Escrita Lição 4, CPAD, Missões Transculturais No Novo Testamento, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 4, CPAD, Missões Transculturais No Novo Testamento, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 Luiz Henrique de Almeida Silva

 4º Trimestre de 2023 - Restaurando a visão familiar

Comentaristas: Albertina Malafaia; Claudio Duarte; Elizete Malafaia; Estevam.

 


 https://youtu.be/BpOsv8tgJ2Q?si=dLP2wm9lwzYKH0JG Vídeo

Escrita http://ebdnatv.blogspot.com/2023/10/escrita-licao-4-cpad-missoes.html

Slides http://ebdnatv.blogspot.com/2023/10/slides-escrita-licao-4-cpad-missoes.html

Power Point https://pt.slideshare.net/henriqueebdnatv/slides-lio-4-cpad-misses-transculturais-no-novo-testamentopptx


TEXTO ÁUREO
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3.16)


VERDADE PRÁTICA
A natureza missionária de Deus pode ser vista ao fazer de seu único Filho um missionário, e da Igreja a sucessora dessa sublime tarefa.

  

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 20.21; 3.16 O Pai enviou o Filho para uma grande missão
Terça - 1 Co 15.28 O plano de Deus tem dimensão universal e abarca todas as esferas da vida
Quarta - Mt 28.19 A clareza da Grande Comissão no Novo Testamento
Quinta - Is 61.1,2 A obra missionária do Senhor Jesus Cristo
Sexta - Jo 8.32,36 A verdadeira liberdade está em conhecer o Senhor Jesus
Sábado - Ef 2.14 O "muro da separação" entre judeus e gentios foi derrubado por meio de Jesus CRISTO

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Isaías 61.1-2; Lucas 4.17-20
Isaías 61
1 - O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos;
2 - a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;
Lucas 4
17 - E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:
18 - O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,
19 - a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.
20 - E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.

 

HINOS SUGERIDOS: 376, 378, 471 da Harpa Cristã

 

PALAVRA-CHAVE - Novo Testamento

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

I – O DEUS MISSIONÁRIO REVELADO NO NOVO TESTAMENTO
1. A Bíblia mostra um Deus missionário

2. Uma perspectiva missionária do Novo Testamento

3. A Igreja à luz dessa revelação

II – MISSÕES NOS EVANGELHOS E EM ATOS DOS APÓSTOLOS
1. Nos Evangelhos

2. Nos Atos dos Apóstolos, os missionários Filipe e Pedro

3. Nos Atos dos Apóstolos, os missionários Paulo e Barnabé

III – A MISSÃO CUMPRIDA NAS CARTAS E NO APOCALIPSE
1. Nas Cartas Paulinas

2. Nas Cartas Gerais

3. No Apocalipse

 

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Evangelismo e Missões - 3º Trimestre de 2002 - CD CPAD
A Igreja Cumprindo Sua Tarefa
Comentários de Pr. Esequias Soares

 

Lição 13 - Missões Transculturais No Século XXI
 
INTRODUÇÃO
O terceiro milênio começa com 6 bilhões de habitantes e com 1.739 grupos étnicos no planeta. Os últimos dados estatísticos nos mostram que cerca de 33% dos moradores da terra ainda nunca ouviram falar de Jesus. O quadro é mais ou menos assim: 2 bilhões de pessoas seguem o Cristianismo, incluindo os cristãos nominais; 2 bilhões já ouviram falar de Jesus pelo menos uma vez e 2 bilhões nunca ouviram falar de Jesus. Que tipo de sociedade vamos encontrar no séc. XXI? Como alcançar essas etnias? É sobre isso que vamos estudar hoje.

I. PANORAMA MUNDIAL 
1. O fenômeno da globalização. A globalização é um fenômeno curioso que nos dá a impressão de uma padronização das culturas mundiais. Depois da queda do Muro de Berlim, marcando o fim da Guerra Fria em 1989, a globalização, ou mundialização, vem ganhando espaço, dinamizada principalmente pelos modernos sistemas de comunicação. À parte os efeitos colaterais, como o desemprego, não devemos negar que essa nova ordem mundial tem facilitado muito a vida do homem. Isso facilita também a evangelização e as missões, pois o evangelho é também uma mensagem globalizada; é universal, portanto para todos os povos (Mc 16.15; Ef 2.14-19; Cl 3.11). 
2. Perfil do mundo globalizado. Os aeroportos internacionais seguem um mesmo padrão, para que você se sinta em casa em qualquer país. O sistema de shopping centers também está padronizado em todo o mundo. Você não terá muita dificuldade em comprar roupa em qualquer parte do mundo, ainda que não fale sequer uma palavra em outra língua. Também não morre de fome, o sistema “fast food” (comida rápida) está em qualquer parte do mundo. Parece que o mundo vai diminuindo à medida que o tempo passa. Além desse mundo globalizado e secularista que não quer saber de Jesus, há um outro mundo que não tem acesso à globalização, que igualmente precisa de Jesus. 
3. Os pobres do terceiro milênio. O número deles chega a mais de 800 milhões; mais 10% da população da terra, segundo dados recentes da ONU. Ninguém pode negar que há mais recursos no mundo de hoje do que no mundo antigo. Isso deveria melhorar o mundo, mas a humanidade continua na miséria moral e espiritual. Tanto ricos como pobres estão clamando pelo pão do céu. Só Jesus pode dar sentido à vida; só Ele pode dar ao homem a alegria de viver. Os tempos e as coisas mudam, mas o sofrimento permanece atormentando os homens. 

II. OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
1. O avanço dos meios de comunicação. Atualmente o homem pode estar virtualmente presente em toda a parte do planeta; pode estar conectado em rede, tanto na Internet, como em sua própria residência através do sistema celular de telefonia. Pode acessar um terminal eletrônico para movimentar sua conta bancária de qualquer parte do mundo. Esses avanços têm revolucionado as indústrias e alterado profundamente a vida da sociedade. Isso já estava no cronograma divino “e a ciência se multiplicará” (Dn 12.4). Em função desses avanços, as igrejas têm reavaliado suas estratégias administrativas, os métodos de evangelização e de fazer missões. 
2. Os meios de comunicação no plano de Deus. A Bíblia diz que as duas testemunhas mortas em Jerusalém serão vistas ao mesmo tempo pelos moradores da terra, como se fosse uma transmissão de imagens num noticiário (Ap 11.8-10). Na segunda vinda de Jesus, todo o olho o verá, até mesmo os judeus (Ap 1.7). Ora, se nem mesmo o sol pode ser visto ao mesmo tempo no Brasil e no Japão, como Jesus pode ser visto em toda a terra ao mesmo tempo? Ainda que não existisse uma explicação, poderíamos estar descansados: o poder de Deus é infinito (Sl 147.4,5). O certo é que a Bíblia está falando dos meios de comunicação dos últimos tempos.
3. Os meios de comunicação a serviço de Deus. Deus permitiu e deu sabedoria aos homens a fim de que produzissem tais recursos para a expansão do seu Reino, assim como os recursos dos dias apostólicos foram usados por eles e para o bem-estar da humanidade, como indica a expressão paulina: “Fiz-me de tudo para com todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns” (v.22). Os recursos modernos são a maior ferramenta (em termos materiais, é claro) de que dispomos para a pregação 
do evangelho, pois permite que milhões de pessoas em todo o mundo ouçam ao mesmo tempo o evangelho: “a sua palavra corre velozmente” (Sl 147.15). 

III. A TRANSCULTURAÇÃO
1. O Cristianismo e as culturas. O Cristianismo não tem o objetivo de padronizar o mundo e nem destruir as culturas; sua mensagem, porém é universal. No dia do triunfo de Cristo e da Igreja, cada povo ou etnia se apresentará louvando a Deus na sua própria língua (Ap 5.9). Por isso o apóstolo Paulo disse que, sendo livre, se fez servo de todos, judeu para os judeus, sem lei para os sem lei (vv.19-22) a fim de ganhá-los para Jesus. Não é necessário destruir a cultura dessas 7.319 etnias para levá-las à fé cristã, porque o Cristianismo é transcultural. 
2. O respeito pelas outras culturas. Os missionários devem respeitar as culturas de cada povo. Barnabé sabia que a tradição judaica era mais uma forma de manter a identidade nacional, e que isso em nada implicaria na salvação dos novos crentes; portanto, não seria necessário observar o ritual da lei de Moisés (At 15.19,20). Convém lembrar que a importação de inovações para as nossas igrejas pode desrespeitar a nossa herança espiritual. Muitas coisas não servem para a nossa cultura, pois já temos a nossa identidade cultural, como igualmente esta pode não servir para outras etnias pela mesma razão.

IV. MUITAS TERRAS PARA CONQUISTAR PARA JESUS
1. Estatística missionária. Estamos iniciando o século XXI com 2.500 missionários transculturais brasileiros, de todas as denominações, em mais de 70 países de todos os continentes, com 13% deles na Janela 10/40. É muito pouco. No mundo todo, segundo dados do livro Intercessão Mundial, há 76.120 missionários protestantes estrangeiros num total de 138.492, incluídos os missionários que atuam em seus próprios países. Eis a estatística desse mundo globalizado, com todos os recursos disponíveis. Isso mostra o tamanho do nosso desafio. Esse número pode crescer muito mais; basta cada líder seguir a ordem de Jesus (At 1.8), com o apoio espiritual e financeiro dos crentes. 
2. O exemplo do apóstolo Paulo. O apóstolo era um judeu rico e culto que sacrificou as tradições de seus antepassados, deixando tudo para a salvação do maior números possível de almas (Fp 3.5-8), pois considerava a salvação dos homens mais importante do que sua identificação cultural como judeu. Todos os meios lícitos são válidos para conquistar os pecadores para o reino de Deus. Paulo conhecia o mundo de sua geração e soube como conquistá-lo para Jesus. Aqui ele apresenta a receita; os princípios são os mesmos. 

CONCLUSÃO
O Reino de Deus cresce à medida que os pecadores vão se convertendo ao Senhor Jesus. A Igreja é a única agência do Reino de Deus escolhida pelo Senhor Jesus para levar a mensagem do evangelho a um mundo que perece por causa do pecado. Veja a grande importância da evangelização. Com isso você está dando continuidade ao trabalho que Jesus começou. Esse trabalho proporciona crescimento espiritual, aumenta a experiência com o Senhor Jesus, além das bênçãos prometidas aos que corresponderem ao chamado do Mestre (Jo 15.16). 

  

Lição 5 - O Manual de Missões
 
INTRODUÇÃO
Todos os cristãos reconhecem a origem divina das Escrituras. Não é possível separar missão da Bíblia. Nesta encontramos o tema de missões: JESUS, e “tudo o que diz respeito à vida e a piedade” (2 Pe 1.3). O estudo de hoje não é uma defesa à inspiração e à autoridade das Escrituras, porque todos os cristãos já reconhecem a origem divina da Bíblia, mas mostra que a obra missionária está presente em toda a Bíblia, desde o Gênesis ao Apocalipse. 

I. POR QUE A BÍBLIA É O MANUAL DE MISSÕES POR EXCELÊNCIA?
1. Porque ela evidencia os propósitos universais de Deus para a Redenção do homem. A Bíblia é a única obra literária do planeta que registra a nossa origem: o que somos, de onde viemos e para onde vamos. Deus quer que todos os seres humanos conheçam a verdade sobre Ele e de como Ele se revelou nas Santas Escrituras; e, também sobre a natureza humana. A vontade de Deus é que todos os homens se arrependam e venham ao conhecimento da verdade (1 Tm 2.4). Deus sempre se preocupou com o bem-estar do homem. Essa vontade só pode ser conhecida pela revelação e isso encontramos nos oráculos divinos, a Bíblia Sagrada. 
2. Porque ela nos apresenta o fundamento, o norte, e as estratégias missionárias. É na Bíblia que encontramos os registros das primeiras missões. Além disso mostra como plantar igrejas locais, as estratégias de evangelização, as possíveis atividades de um missionário no campo, o papel da igreja missionária e os problemas enfrentados no campo missionário. Essas coisas nos inspiram e orientam como fazer missões. 
O registro das viagens missionárias na Bíblia serve também para mostrar o modus operandi, ou seja: como fazer. Deus nos manda fazer missões e além disso ordenou fosse registrada em sua Palavra as viagens missionárias, principalmente as do apóstolo Paulo, para que todos possam visualizar uma viagem missionária e todas as possível atividades de um obreiro no campo missionário. A Bíblia é o manual por excelência de missões porque é a revelação de Deus à humanidade. Além de ser a única fonte inspirada de teologia e ética, ela nos ensina como fazer missões. 

II. A VISÃO MISSIONÁRIA PRENUNCIADA NO ANTIGO TESTAMENTO
1. Exemplificada no comissionamento dos Patriarcas. A obra missionária está no coração de Deus. O patriarca Abraão foi chamado por Deus para deixar sua terra e partir para uma terra distante e desconhecida (At 7.2-4). Quando Deus apareceu a Abraão, em Harã, prometeu: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Essa promessa foi confirmada depois a Isaque (Gn 26.4) também a Jacó (Gn 28.14). Isso significa que o próprio Deus pregou o evangelho primeiramente a Abraão prevendo sua extensão por toda a terra (Gl 3.8). Nisso podemos ver missões tanto no exemplo, no comissionamento de Abraão, como também de maneira direta: as famílias da terra sendo abençoadas no patriarca Abraão.
2. Cantada nos Salmos. Os salmos também vislumbravam a obra missionária em toda a terra: “Anunciai entre as nações a sua glória; entre os povos, as suas maravilhas” (Sl 93.3). O salmo 67 é essencialmente missionário. A chegada do evangelho entre os etíopes é cumprimento de uma profecia bíblica cantada nos Salmos (Sl 68.31). Assim, a conversão do eunuco da rainha Candace, da Etiópia (At 8.27, 39), eram as primícias do Pentecostes representadas nas 17 nações que começavam a se espalhar entre as nações: Etiópia, casa de Cornélio, Antioquia da Síria e finalmente “os confins da terra”. 
3. Conscientizada nos profetas. Estudamos na lição 3 a visão missionária nos discursos proféticos, sendo Jonas enviado para Nínive. Deus é apresentado nos profetas como Deus universal, de toda a terra, e não meramente um Deus tribal restrito aos filhos de Israel (Is 40.28). Encontramos tanto de maneira implícita como explícita a natureza missionária do Cristianismo em termos proféticos (Is 42.4; 49.6). Veja o cumprimento dessas profecias no Novo Testamento (Mt 12.21; At 13.47).

III. A VISÃO MISSIONÁRIA CONFIRMADA NO NOVO TESTAMENTO
1. Os evangelhos – Jesus o maior exemplo. O Senhor Jesus está presente em cada livro da Bíblia, mas somente os quatro Evangelhos revelam sua vida e ministério e o reconhecem como o cumprimento das promessas de Deus. Estudamos na lição passada que Jesus é o enviado do Pai (Jo 3.16,17), sendo o maior exemplo para os missionários de todos os tempos. O objetivo da obra missionária é tornar o nome de Jesus conhecido em todas as nações da terra. De todos os 66 livros da Bíblia os evangelhos se destacam na revelação da pessoa de Jesus e de sua história: nascimento, vida, morte, ressurreição e ascensão ao céu.
2. As epístolas. Sabemos que a história da vida de Jesus está registrada nos quatro Evangelhos, mas a interpretação teológica está nas epístolas. Elas tratam dos mais variados assuntos fundamentais da fé cristã. No que tange à missiologia, servem também para estabelecer disciplinas e encorajar as igrejas às missões (Rm 10.13-15; Gl 2.9). O papel de Atos é decisivo em missões, por isso vamos estudá-lo à parte, na próxima lição. No Apocalipse encontramos o fim glorioso da jornada da Igreja (Ap 21.3,4). O Senhor Jesus é o centro das Escrituras e da mensagem dos missionários. Nenhum missionário pode fazer coisa alguma sem o Espírito Santo, sem o Senhor Jesus e sem a Bíblia. 

IV. A VISÃO MISSIONÁRIA ULTIMADA NA GRANDE COMISSÃO
1. A Grande Comissão. Registrada nos quatro Evangelhos e repetida em Atos (Mt 28.18-20, Mc 16.15-20; Lc 24.46-49; Jo 20.20-2; At 1.8). Essas diferentes narrações se completam entre si apresentando um resumo dos elementos básicos para missões. No Evangelho de João, lemos que Jesus veio pela autoridade do Pai, e na sua própria autoridade enviou seus discípulos ao mundo, e esse poder abrange todo o universo “o céu e a terra”, que na ação do Espírito Santo Jesus deu aos seus discípulos o poder sobrenatural para que a obra de Deus seja realizada (Mc 16.17, 18; At 1.8). 
2. Uma ordem e não uma recomendação. Fazer missões é mandamento bíblico. Trata-se de uma ordem bíblica imperativa e não meramente um parecer ou uma recomendação. É algo que não depende mais de mandamento específico ou de receber uma visão especial da parte de Deus para iniciar a obra missionária. Essa ordem, como vimos, já está na Bíblia (1 Co 9.16). Essa mensagem de salvação é para ser pregada a “todo o mundo” (Mc 16.15), até aos confins da terra, mediante a atuação do Espírito Santo (At 1.8). Essa incumbência foi dada à Igreja. O que é necessário é buscar a direção do Espírito para saber como realizar tal tarefa.
 
CONCLUSÃO
Missões está em toda a Bíblia. Visto que o propósito fundamental da Palavra de Deus é a redenção humana e missões se insere nesse contexto, é correto afirmar que está presente desde o Gênesis ao Apocalipse. Essa presença pode ser direta ou indireta, nas ilustrações, figuras, profecias. O livro de Atos se sobressai em missões, registra os grandes trabalhos missionários. Missões, contudo, está em toda a Bíblia. O livro do Senhor é o manual de missões.
 
Sugerimos que peça a algum aluno da classe para pesquisar junto à Sociedade Bíblica do Brasil e elabore um relatório sobre como anda a distribuição e tradução da Bíblia no mundo. Dê oportunidade para o aluno fazer uma apresentação na próxima aula.
A Bíblia é o manual de missões por excelência. Nela encontramos precedentes de toda experiência, estratégia de trabalho, e até exemplos dos problemas que o obreiro pode enfrentar no campo missionário, pois a obra missionária está presente em toda a Bíblia, desde o Gênesis ao Apocalipse.
Transcreva para o quadro de giz a figura abaixo, mas sem o preenchimento. Peça a seus alunos para preencherem com referências bíblicas evidenciando os ensinos missionários da Bíblia:
 
 
Livros
Idéias Missionários
no AT
Livros
Idéias Missionárias
no NT
Pentateuco 
Adão Gn 1.28;3.15
Noé Gn 9.1
Abraão Gn 26.2-4
Isaque Gn 26.2-4
Jacó Gn 28.12-14
Moisés Êx 19.5,6
Evangelhos 
Lc 9.1-6; 24.45-49
Mt 10.16-42; 
23.16-20
Históricos
 Naamã 2 Rs 5
Raabe Js 2; Hb 11.31
O livro de Ester
Atos
At 1.8; 5.28,42; 
8.4,11,20; 17.6
Poéticos 
Salmos 47; 50; 67; 
72; 89; 96; 98; 
104;117.
Epístolas 
Rm 15.9; Gl 1.15,16; 
3.8; Ef 3.4-6; Fp 
2.10,11; 
1 Tm 2.4; 3.16.
Proféticos 
Is 45.21,22; Jr 3.17; 
Hb 2.14; Ag 2.7; Zc 
9.10; Ml 1.11
Apocalipse 
Ap 5.9,10,13; 7.9; 
10.11; 11.15; 
20.11-15; 21.9-27.
 
 
Lição 6 - Atos, O Livro das Missões
 
 
INTRODUÇÃO
Dos 66 livros da Bíblia, Atos é o que mais se destaca na obra missionária, pois registra missões por todos os ângulos, mostrando todas as possíveis atividades de um missionário. O poder do Espírito Santo, a obra da evangelização e as viagens missionárias do apóstolo Paulo são o conteúdo de Atos. Essas viagens são o assunto que vamos estudar hoje.


I. O LIVRO DE ATOS
1. O propósito de Atos. O propósito de Lucas, em seu Evangelho, foi escrever tudo o que Jesus “começou não só a fazer, mas a ensinar” (v.1). No livro de Atos, o propósito foi registrar o que Jesus continuou a fazer e a ensinar, agora, pelo Espírito Santo, através dos apóstolos, dando ênfase a ressurreição de Jesus, que “se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas” (v.3). 
2. Visão geral de Atos. O livro de Atos começa com o aparecimento de Jesus já ressuscitado, reunindo-se com os seus discípulos durante 40 dias. Jesus, ao ascender ao céu reafirma a promessa do Espírito Santo, a fim de que os seus discípulos se encham do poder de Deus para pregar e fazer missões. A trajetória da Igreja começa em Jerusalém (1.1–6.7); em seguida, temos a extensão do Cristianismo na Palestina (6.8–9.31) e conversão de Saulo de Tarso até a introdução do evangelho em Antioquia da Síria (9.1–11.19). Depois vem a campanha de Paulo na Galácia (13.14–16.6); a proclamação do evangelho na Europa (At 16.8–18.18); e a chegada de Paulo a Roma, a capital do Império Romano (19.21–28.31).
3. O valor de Atos. Sem o livro de Atos é impossível entender as epístolas paulinas. A origem da Igreja estaria envolta em mistério, e não teríamos a garantia do cumprimento das promessas de Jesus sobre a vinda do Consolador e nem saberíamos qual a experiência dos apóstolos com o Espírito Santo, como foi a obra missionária, como a Igreja se expandiu pelo mundo. Essas narrativas são de inestimável valor para todas as gerações de cristãos. 

II. A PRIMEIRA VIAGEM 
1. Partindo de Antioquia. Barnabé foi o companheiro de Paulo na sua primeira viagem missionária, que durou cerca de dois anos (entre 46 e 48 d.C.) O objetivo deles era fundar igrejas. Começaram na ilha de Chipre; logo entraram no continente, passando por Perge e Panfília, indo imediatamente para Antioquia da Pisídia, na Galácia do Sul.
2. Antioquia da Pisídia. Nessa cidade Paulo e Barnabé começaram a pregar numa sinagoga (13.14). Uns creram e receberam a palavra, insistindo que Paulo retornasse no sábado seguinte para continuar o assunto. O número dos assistentes foi grande no sábado seguinte, e isso causou inveja nos judeus, resultando em perseguição. Paulo e Barnabé foram expulsos da cidade (13.42-46).
3. Listra, Icônio e Derbe. A cura de um coxo em Listra serviu como ponto de apoio para a pregação do evangelho (14.8-10). Depois disso Paulo e Barnabé foram para Derbe (14.20), e retornaram para o ponto de partida, visitando as igrejas em Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia (14.22) e estabelecendo obreiros nativos, frutos do trabalho missionário. 

III. A SEGUNDA VIAGEM
1. Objetivo da segunda viagem. Na Segunda viagem, Silas foi companheiro de Paulo. O objetivo era duplo, revisitar as igrejas da Galácia do Sul, que Paulo fundara juntamente com Barnabé na primeira viagem (15.36; 16.1-6; Gl 1.2), e abrir novas frentes de trabalho, ou seja, fundar mais igrejas locais (v.6). O apóstolo não pretendia ir para a Europa; sua intenção era ir para Ásia: “foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a Palavra na Ásia” (16.6). Depois Paulo intentou ir para a Bitínia, mas novamente foi impedido (16.7), sendo em seguida impulsionado a rumar para Trôas. 
2. As igrejas europeias. O apóstolo Paulo visitou muitas cidades europeias do mundo grego, durante a sua segunda viagem. Aqui mencionamos apenas as cidades em que ele fundou igrejas. Em Filipos, começou a igreja na casa de Lídia (16.14,15,40); em Tessalônica, começou pregando numa sinagoga (17.1,2) e da mesma forma em Beréia (17.10-12). Em Atenas o trabalho começou numa sinagoga, e depois continuou nas praças e no centro acadêmico da cidade, o areópago (17.17-19). Em Corinto teve início na sinagoga, como sempre, depois teve de sair dela, e foi para a casa de Tito Justo, recebendo apoio de Crispo, principal da sinagoga, que creu no Senhor Jesus (18.4-8). Essa viagem durou cerca de três anos (entre 49 e 52 d.C.).

IV. TERCEIRA E QUARTA VIAGENS
1. A igreja de Éfeso. Seu propósito era visitar as igrejas para confirmar e fortalecer os discípulos (At 18.22,23). Fez o mesmo caminho da segunda viagem: Galácia do Sul, região frígio-gálata, chegando a Éfeso, onde havia estado no fim de sua segunda viagem, ainda que tenha permanecido não mais que três dias na cidade (18.19-21). Na terceira viagem encontrou um grupo de 12 novos convertidos, que conheciam apenas o batismo de João (19.1-7). Por essa cidade havia passado Apolo (18.24) que fora instruído por Áquila (18.26). Nessa oportunidade, o apóstolo ficou três anos na cidade (20.31). A viagem durou cerca de quatro anos (entre 53 e 57 d.C.). 
2. A cidade de Éfeso. Capital da província romana da Ásia, era a cidade mais importante da região e cruzamento de rotas comerciais. Nela estava o templo da deusa Diana (19.35), chamada pelos romanos de Ártemis, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Atualmente a cidade está em ruínas, e encontra-se localizada na região da Anatólia, Turquia. 
3. A viagem para Roma. Paulo partiu de Cesaréia Marítima como prisioneiro, pois havia apelado para César (At 25.11; 26.32). Foi uma viagem muito conturbada, por causa do mau tempo, e o apóstolo não perdeu a oportunidade: evangelizou os demais presos e a tripulação do navio que, em Malta, naufragou. Apesar dos danos materiais, ninguém pereceu. Nessa ilha, o apóstolo fundou uma igreja. Depois embarcou para Roma, onde chegaria em 62 d.C. A viagem está registrada em Atos 27 e 28. 
4. Paulo em Roma. Enquanto aguardava a audiência com Nero, o apóstolo atendia os irmãos em casa alugada (At 28.30). A história de Paulo não termina aqui. O que se sabe, além da interrupção que Lucas faz de sua narrativa, são alguns detalhes que o apóstolo dá em suas cartas ou então por intermédio dos escritos dos Pais da Igreja. Seu caso foi examinado e ele foi absolvido. Nessa ocasião, se diz que ele cumpriu seu desejo de pregar na Espanha (Rm 15.28). Nas redondezas de Roma, fez um grande trabalho. 

V. MISSÕES MUNDIAIS
1. O campo missionário é o mundo. Jesus disse: “o campo é o mundo” (Mt 13.38). Ele não disse que o campo é Jerusalém, nem a Judéia, nem Roma, nem minha cidade e a tua. Infelizmente há ainda os que pensam que o “campo” é a sua cidade e por isso mostram-se não somente apáticos às missões, mas também posicionam-se contra elas. Outros não são contra, mas não se esforçam, são acomodados. É dever de cada crente incentivar missões, orar pelos missionários e pelos que estão sendo enviados e contribuir financeiramente para o sustento dos missionários.
2. “Tanto em Jerusalém como em toda a Judéia” (v.8). Jesus não disse para primeiro pregar em Jerusalém, depois na Judéia, depois em Samaria e só então ser testemunha até “os confins da terra”, mas mandou pregar “tanto em Jerusalém como em toda Judéia, Samaria e até os confins da terra”. Isso fala de simultaneidade, do contrário o evangelho estaria ainda em Israel, confinado entre os judeus, pois Jesus mesmo disse: “porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do Homem” (Mt 10.23).

CONCLUSÃO
Como resultado das viagens de Paulo, surgiram igrejas na Ásia e Europa, e com elas apareceram as epístolas, que ocupam um terço do Novo Testamento, e o Cristianismo se tornou universal. Em Atos, portanto, estão registradas as viagens missionárias mais importantes da história do Cristianismo. É a receita de missões e de todas as atividades de um missionário. Por essas razões, de todos os livros da Bíblia, Atos é o livro de missões. 
 

Lição 7 - A Igreja de Jerusalém 
 
INTRODUÇÃO 

Os textos de Atos 2.42-47; 4.32-53 juntos se completam e mostram o começo da igreja de Jerusalém. Era uma igreja que se caracterizava pela comunhão, sinais sobrenaturais, solidariedade de seus membros, testemunho da ressurreição de Cristo, e pelo poder atuante do Espírito Santo na vida dos discípulos. Tais características são indispensáveis na vida da Igreja em todas as eras e em todos os lugares. 

I. A RESSURREIÇÃO DE JESUS 

1. Uma das colunas do Cristianismo (4.33). Os fundadores das grandes religiões não-cristãs, Buda, Confúcio, Zoroastro, Maomé e outros morreram e estão sepultados até hoje, entretanto Jesus está vivo! “Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como tinha dito. Vinde e vede o lugar onde o Senhor jazia” (Mt 28.6). Uma das grandezas do Cristianismo é que o seu fundador venceu a morte e continua vivo. Não somente está vivo, mas tem todo o poder no céu e na terra (Mt 28.18), e esse poder está presente na Igreja: “E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (4.33). A ressurreição de Cristo é a viga mestra do Cristianismo.
2. Jesus ressuscitou para a nossa justificação. A ressurreição de Jesus foi corporal (Jo 2.20-22; At 2.25-32). O apóstolo Paulo afirma que isso aconteceu para que pudéssemos ser justificados diante de Deus (Rm. 4.25). “Se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1 Co 15.17). Com isso afirma o apóstolo que o Cristianismo não teria sentido se Jesus não tivesse ressuscitado; não passaria de uma religião comum como as demais, cujos fundadores morreram e não puderam ressuscitar; foram vencidos pela morte. Essa ressurreição é mais que meramente tornar a viver; é a glorificação de Jesus (Jo 7.39; Rm 1.4).
3. “Muitos sinais se faziam entre os apóstolos” (2.43). O milagre da ressurreição foi tão extraordinário, que para os gregos era loucura (At 17.32). A cura do coxo na porta do templo de Jerusalém era a prova infalível da ressurreição e do poder de Jesus (At 3.13-16). Isso porque a morte de Jesus foi testemunhada por muitos em Jerusalém. Toda a cidade tinha conhecimento desse acontecimento; a notícia havia se espalhado por toda a parte. Pedro fez questão de sublinhar que a cura extraordinária do coxo era obra do Cristo ressuscitado. 

II. UMA IGREJA SOLIDÁRIA 

1. A generosidade dos irmãos (2.45). A solidariedade era algo generalizado na igreja de Jerusalém e não meramente uma característica de Barnabé. Isso era consequência da nova vida em Cristo. Muitos deles vendiam suas propriedades levando o dinheiro aos apóstolos. É bom sempre lembrar que essas doações eram voluntárias e a repercussão foi muito grande, pois naquela época havia muita pobreza na Cidade Santa. O trabalho social é também uma forma de evangelizar. Aliás, é essa a linguagem que o mundo entende (1 Jo 3.17).
2. Avaliando essa atitude. Há expositores que criticam a atitude desses irmãos. Consideram-na como precipitação pueril e equivocada, motivada pela expectativa da vinda iminente de Cristo, dando assim origem a uma pobreza que, depois, foi necessário o apóstolo Paulo angariar fundos nas igrejas gentias para remediar tal situação. O relato de Atos não nos dá a entender nenhuma interpretação dessa natureza. A pobreza deles não foi proveniente disso, mas das circunstâncias daqueles tempos. Essas doações foram necessárias para a sobrevivência da igreja de Jerusalém, pois estava começando e a pobreza do povo era extrema. Com esses recursos a igreja era suprida e assim era possível assistir ao pobre que se convertia a Jesus (At 6.1).

III. UMA IGREJA CARACTERIZADA PELA COMUNHÃO  

1. Comunhão. Ter tudo em comum e partilhar da mesma crença é comunhão. A palavra grega koinonia, “comunhão”, significa compartilhar ou participar mutuamente de algum evento comum ou acordo. No Antigo Testamento a ideia de comunhão diz respeito ao relacionamento do homem com o seu próximo (Sl 133.1) e nunca do homem com Deus. Mesmo o fato de Abraão ser chamado “amigo de Deus” (Tg 2.23) e Moisés ter falado com Deus face a face (Dt 34.10), não significa que hajam eles provado a mesma comunhão com Deus, como os crentes da nova aliança (Jo 15.14). A comunhão no Cristianismo envolve tanto o relacionamento entre os irmãos como também com o Pai, com o Filho (1 Jo 1.3) e com o Espírito Santo (2 Co 13.13). 
2. A comunhão na igreja de Jerusalém (2.44; 4.32). A igreja de Jerusalém, logo nos seus primeiros dias, deu ao mundo uma lição de koinonia. O que o texto sagrado diz é que não se trata apenas de compartilhar algo, mas também de unidade. “Coração” diz respeito ao centro da vida. “Alma” é a sede das emoções, fala dos mesmos afetos e sentimentos (Fp 2.2,3). Todos os crentes tinham o mesmo propósito, a mesma esperança, servindo o mesmo Senhor. 

IV. O SOBRENATURAL NA IGREJA 

1. Igreja sem o sobrenatural está morta. A Igreja do primeiro século era pentecostal. Ainda hoje a doutrina pentecostal dá muita ênfase às experiências pessoais do cristão com o Senhor Jesus. Uma das características da dispensação da graça é o fato de Deus se comunicar com cada crente individualmente, com pessoas de todos os sexos e de todas as idades por meio de sonhos, visões, profecias e até pelas pequenas coisas naturais do dia-a-dia (At 2.17,18). Esses privilégios eram restritos aos profetas ou a alguém escolhido por Deus para uma obra específica nos tempos do Antigo Testamento (Nm 12.6), mas agora é privilégio de todos os crentes.
2. Jesus deu poder à sua Igreja. Os sinais que Jesus prometeu (Mc 16.16-20) acompanharam a Igreja, e o livro de Atos é um registro histórico dessas promessas de Jesus. O ministério de Jesus foi acompanhado do sobrenatural. Ele deu poder aos seus discípulos para a realização de milagres, poder sobre o poder das trevas: “Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo, e nada vos fará dano algum” (Lc 10.19); e poder sobre as enfermidades: “Curai os enfermos, limpai leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça daí” (Mt 10.8); é por isso que “muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos” (2.43). 
3. Os sinais sobrenaturais hoje. Os milagres atraem as pessoas e muitas vezes levam-nas à fé cristã. Os sinais que se seguiram (Mc 16.20) estão presentes nos dias atuais. O Senhor Jesus dotou a sua Igreja dos dons espirituais para que tenha poder de levar o evangelho a todo o mundo. Nós somos a continuação daqueles irmãos; os sinais devem continuar na vida da igreja da atualidade.

CONCLUSÃO 

Testemunhar com ousadia a ressurreição de Jesus, promover a comunhão e a solidariedade entre os irmãos, buscar o sobrenatural do Espírito Santo para que o povo conheça o poder de Deus são características da verdadeira Igreja cristã. Cristianismo sem o sobrenatural do Espírito Santo é mera filosofia. Os recursos espirituais servem para mostrarmos ao pecador que Jesus é o único Salvador do mundo. Eis aí o retrato de uma igreja que revolucionou o planeta, sendo pioneira na evangelização do mundo, cujo exemplo devemos seguir. 
 
Lição 8 - A Igreja de Antioquia 
 
INTRODUÇÃO
Em Antioquia da Síria estava a primeira igreja gentia e a maior igreja missionária depois de Jerusalém. Além dessas duas características, gentia e missionária, Antioquia também teve o privilégio de ter o apóstolo Paulo como seu pastor (v.26), tornando-se a base missionária deste apóstolo. Vejamos como esta etapa tão importante da evangelização mundial começou a se cumprir de acordo com o plano-mestre estabelecido por Nosso Senhor.

I. A IGREJA EM TERRITÓRIO GENTIO
1. Fugindo das perseguições. As perseguições iniciadas em Jerusalém, depois do martírio de Estêvão, tornaram insuportável a situação dos cristãos naquela cidade. Muitos foram dispersos, não só pela Judéia e Samaria, mas para além da terra de Israel, indo para a Fenícia, Chipre, Antioquia da Síria e Cirene (v.19; 8.1-4). De todas essas regiões, Antioquia sobressaiu-se, tornando-se no mais importante centro missionário do primeiro século. Durante os primeiros séculos do Cristianismo ela esteve entre os cinco maiores centros cristãos da história: Antioquia, Jerusalém, Alexandria, Constantinopla e Roma.
2. A cidade de Antioquia da Síria. Distava 500 quilômetros de Jerusalém e gozava de posição estratégica favorável para missões. Localizava-se na divisa entre os dois mundos culturais da época – o grego e o semita. Não deve ser confundida com a Antioquia da Pisídia (At 13.14). Era a terceira cidade do Império Romano, vindo depois de Roma e Alexandria. Passou a ser a capital da província romana da Síria, em 64 a.C., quando Pompeu a conquistou. 
3. O caráter universal do evangelho. Era cidade de população mista e boa parte desta era de judeus. Josefo afirma que muitos judeus emigraram para a região nos dias dos selêucidas e outros fugiram para lá durante as guerras dos Macabeus. Isso talvez justifique a forte presença judaica, em Antioquia, nesse período da história da Igreja. A chegada do evangelho à cidade representou muito cedo o caráter universal da mensagem cristã. A partir daí o Cristianismo saiu dos círculos judaicos para ser pregado a todos os povos, conforme determinação do Senhor Jesus (Mt 28.19,20; Mc 16.15).

II. OS FUNDADORES DA IGREJA DE ANTIOQUIA
1. Começou no anonimato. Os fundadores da igreja de Antioquia eram de Chipre e de Cirene: “Os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus” (v.20). Até então o evangelho era pregado só aos judeus (v.19). Talvez a experiência de Pedro na casa de Cornélio tivesse chegado ao conhecimento deles, e começaram a pregar também aos gentios (v.20). O resultado foi extraordinário! Esses gregos creram no Senhor Jesus e o número deles crescia a cada dia (v.21). Nascia a igreja dos gentios. A ordem profética “até aos confins da terra”, de Jesus, caminhava rapidamente para o seu cumprimento (At 1.8). 
2. Barnabé e Lúcio. As notícias foram recebidas com alegria pela igreja de Jerusalém. Curioso é que Barnabé era de Chipre (At 4.36) e Lúcio, um dos doutores da igreja de Antioquia, era de Cirene (At 13.1). Será que a iniciativa de se pregar aos gentios partiu deles? Quem seriam pois esses missionários? Muitos de nossos pioneiros ficaram no anonimato. Há grandes trabalhos que foram iniciados por pessoas anônimas, mas Deus conhece cada uma delas. Tais pessoas terão o seu galardão, e serão conhecidas e reconhecidas por toda a eternidade.
 
III. ESTRUTURANDO UMA IGREJA EM CRESCIMENTO
1. Enviado para ensinar. Barnabé foi enviado pela igreja de Jerusalém para ensinar aos gentios de Antioquia (v.26). Entendeu muito cedo o caráter universal do evangelho de Jesus. Ele e Saulo foram os primeiros pastores de Antioquia, e no exercício de seu ministério ultrapassaram as barreiras culturais. O Cristianismo é transcultural; a igreja de Jerusalém enviou o homem certo para Antioquia. Por ser cipriota, talvez tivesse mais jeito de lidar com os gentios (v.22). Esse é um exemplo de missionário enviado para ensinar numa igreja já constituída. 
2. O convite feito a Saulo. Barnabé foi o primeiro que entendeu a nova realidade. Vendo que os costumes dos gentios eram muito diferentes das tradições judaicas e que aqueles irmãos estavam alegres e eram fervorosos no espírito, mas provenientes de outra cultura, lembrou-se de Saulo, pois sabia que o Senhor Jesus o havia chamado para pregar e ensinar aos gentios. Saulo era de Tarso, grande centro cultural da época, e conhecia a cultura grega. Ninguém melhor do que Saulo para ensinar a esses novos crentes de costumes estranhos. Barnabé não hesitou em buscá-lo em Tarso para essa nobre tarefa (v.25). Antioquia conquistou essa importância na história do Cristianismo graças a estrutura bem-organizada por Barnabé e Saulo.
 
IV. O QUE SIGNIFICA O NOME “CRISTÃO”?
1. O nome “cristão”. A palavra “cristão” ocorre somente três vezes no Novo Testamento (11.26; 26.28; 1 Pe 4.6). Originalmente designava um servo e seguidor de Cristo. Hoje tornou-se um termo geral, destituído do seu significado primitivo. A nós, este termo deve sugerir o nome do nosso Redentor (Rm 3.24), a ideia do profundo relacionamento do crente com Cristo (Rm 8.38,39), o pensamento de que o recebemos como nosso Senhor (Rm 5.1), e a causa da nossa salvação (Hb 5.9). (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD)

CONCLUSÃO
O texto de Atos 11.19-26 relata, ainda que de maneira resumida, um dos maiores acontecimentos da história da Igreja. Vemos aqui, em síntese, os passos para a universalização do evangelho: Filipe prega em Samaria (At 8.5). Como os samaritanos eram meio judeus, não foi aí que nasceu a igreja dos gentios. Depois Pedro prega na casa de Cornélio, que era gentio, mas como estava afeito à cultura judaica (At 10.1,2) também não há notícias de uma igreja gentia proveniente de sua casa. Finalmente, temos em Antioquia o princípio da sustentação missionária ao mundo gentílico. Sua igreja pode ser considerada uma base missionária? Há muitos Barnabés e Saulo esperando para serem comissionados até aos confins da terra. 
 
 

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Lição 4 CPAD na íntegra

 

Escrita Lição 4, CPAD, Missões Transculturais No Novo Testamento, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

4º Trimestre de 2023 - Restaurando a visão familiar

Comentaristas: Albertina Malafaia; Claudio Duarte; Elizete Malafaia; Estevam.

 

 

TEXTO ÁUREO
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3.16)



VERDADE PRÁTICA
A natureza missionária de Deus pode ser vista ao fazer de seu único Filho um missionário, e da Igreja a sucessora dessa sublime tarefa.

 

 

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 20.21; 3.16 O Pai enviou o Filho para uma grande missão
Terça - 1 Co 15.28 O plano de Deus tem dimensão universal e abarca todas as esferas da vida
Quarta - Mt 28.19 A clareza da Grande Comissão no Novo Testamento
Quinta - Is 61.1,2 A obra missionária do Senhor Jesus Cristo
Sexta - Jo 8.32,36 A verdadeira liberdade está em conhecer o Senhor Jesus
Sábado - Ef 2.14 O "muro da separação" entre judeus e gentios foi derrubado por meio de Jesus CRISTO

 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Isaías 61.1-2; Lucas 4.17-20
Isaías 61
1 - O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos;
2 - a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;
Lucas 4
17 - E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:
18 - O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,
19 - a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.
20 - E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.

 


HINOS SUGERIDOS: 376, 378, 471 da Harpa Cristã

 


PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
No Novo Testamento, o Senhor Jesus Cristo é apresentado como o primeiro missionário enviado diretamente pelo Pai ao mundo. A partir de seu ministério glorioso na Terra, os apóstolos o sucederam e, mediante a Igreja, o Corpo de Cristo, a missão de Jesus passou ser a missão da Igreja. Hoje, como Corpo de Cristo, temos a responsabilidade de continuar a missão de Jesus, o enviado do Pai para salvar a humanidade.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Revelar o Deus missionário no Novo Testamento; II) Mostrar as Missões nos Evangelhos e em Atos dos Apóstolos; III) Enfatizar a Missão Cumprida nas Cartas e no Apocalipse.
B) Motivação: O caráter missionário é central no cristianismo primitivo, conforme podemos ver no Livro de Atos e nas Cartas Apostólicas. De modo, o Novo Testamento é um livro missionário no discurso, conteúdo e propósito. Esse entendimento do fundamento missionário da primeira igreja deve nos estimular a exercer a vocação missionária na atualidade.
C) Sugestão de Método: Antes de iniciar a aula desta semana, relembre o conteúdo passado, pois esta aula tem uma conexão com o tema de Missões do Antigo Testamento, conforme vimos na semana passada. Em seguida, introduza a aula destacando como é possível perceber a natureza missionária de Deus nas Escrituras, mais especificamente no desenvolvimento do Novo Testamento. Mostre que tudo no Novo Testamento tem uma inspiração missionária, sempre um propósito de mostrar aos povos as Boas-Novas de salvação.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A Igreja do Senhor herdou a missão de Deus, mediante o seu Filho, para testemunhar, apresentar e proclamar a mensagem de Salvação para o mundo. Por isso, a missão da Igreja de Cristo deve ser executada com todo temor e reverência.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 95, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Teologia Missionária e o Novo Testamento", localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito da revelação missionária de Deus no Novo Testamento; 2) O texto "Os Apóstolos viviam e ministravam com a consciência de estarem tomados pelo Espírito Santo", ao final do terceiro tópico, amplia a reflexão a respeito da ênfase missionária no ministério apostólico.
 

 

PALAVRA-CHAVE - Novo Testamento

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

I – O DEUS MISSIONÁRIO REVELADO NO NOVO TESTAMENTO
1. A Bíblia mostra um Deus missionário

2. Uma perspectiva missionária do Novo Testamento

3. A Igreja à luz dessa revelação

II – MISSÕES NOS EVANGELHOS E EM ATOS DOS APÓSTOLOS
1. Nos Evangelhos

2. Nos Atos dos Apóstolos, os missionários Filipe e Pedro

3. Nos Atos dos Apóstolos, os missionários Paulo e Barnabé

III – A MISSÃO CUMPRIDA NAS CARTAS E NO APOCALIPSE
1. Nas Cartas Paulinas

2. Nas Cartas Gerais

3. No Apocalipse

 

COMENTÁRIO – INTRODUÇÃO

No Novo Testamento, o Senhor Jesus foi o primeiro missionário enviado pelo Pai (Jo 20.21). Pelo fato de ter sido o enviado de Deus, Ele trouxe consigo um plano de resgate da humanidade que envolve todos os seus seguidores. Nosso Senhor disse aos seus primeiros discípulos: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4.19). Por isso, podemos dizer que o Novo Testamento é uma obra de caráter missionário do início ao fim, onde os Evangelhos, o livro dos Atos, as Cartas e o Apocalipse são instrumentos de um verdadeiro trabalho missionário.



I – O DEUS MISSIONÁRIO REVELADO NO

NOVO TESTAMENTO

1. A Bíblia mostra um Deus missionário

A Bíblia Sagrada, de Gênesis ao Apocalipse, é um livro eminentemente missionário porque sua inspiração emana de um Deus missionário, aquEle que envia: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21; Jo 3.16). No Antigo Testamento, Israel foi o instrumento usado por Ele para alcançar o objetivo divino, mas Israel não o alcançou. Todavia, a partir do Novo Testamento, Deus passou a usar a Igreja para cumprir esse propósito, mostrando ao mundo o seu grande e sublime amor.

 


2. Uma perspectiva missionária do Novo

Testamento

O ensino do Novo Testamento é totalmente missionário. Pelo fato de o povo de Israel ter falhado no seu propósito missionário, Deus organizou um novo povo, a Igreja de Cristo, para que ela levasse à frente o propósito universal de Deus em redimir o ser humano. Para isso que o Nosso Senhor, o Filho Unigênito de Deus, foi enviado ao mundo, fazendo-se assim o missionário por excelência (Jo 3.16). Não por acaso, o missionário escocês, David Livingnstone, disse: “Deus tinha um único filho e fez dele um missionário”.

 


3. A Igreja à luz dessa revelação

À luz dessa revelação bíblica, a de um Deus missionário nas páginas do Novo Testamento, a Igreja de Cristo tem uma tarefa ainda inacabada: anunciar o Evangelho a toda a criatura (Mt 28.19). Essa tarefa começou em Deus, que enviou o seu Filho com a mesma missão, que passou à Igreja do Novo Testamento e, atualmente, perdura como missão primeira da igreja na atualidade.


SINÓPSE I - A Bíblia toda, e mais especificamente o Novo Testamento, revela um Deus missionário.

 

Auxílio Missiológico - “Teologia Missionária e o Novo Testamento

A teologia missionária do Novo Testamento (separada dos Evangelhos) não é difícil de ser estabelecida. Precisamos apenas nos lembrar do fato de que o livro de Atos é o autêntico registro missionário dos apóstolos e da Igreja Primitiva e de que todas as epístolas foram escritas para igrejas estabelecidas através de esforços missionários. Se o cristianismo não fosse uma religião missionária e os apóstolos não tivessem sido missionários, não teríamos o livro de Atos e nenhuma epístola. Com a exceção de Mateus, até mesmo os Evangelhos foram escritos para igrejas missionárias. O Novo Testamento é um livro missionário em discurso, conteúdo, espírito e desígnio. Esse é um fato simples, mas também é um fato de real e profunda importância. O Novo Testamento é mais a teologia em ação do que teologia em razão e conceito. Ele é ‘teologia missionária’” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, pp.159-60).

 

II – MISSÕES NOS EVANGELHOS E EM ATOS DOS APÓSTOLOS

1. Nos Evangelhos

De acordo com os Evangelhos, Jesus é o Enviado de Deus para salvar e tornar o seu povo uma agência missionária. Seu ministério foi marcado inteiramente por ações missionárias, demonstrando muito amor e compaixão enquanto anunciava a mensagem de salvação para todas as pessoas (Is 61.1,2). Essa natureza missionária pode ser vista também na formação dos Evangelhos à medida que eles foram produzidos sob a inspiração do Espírito Santo, para que as pessoas pudessem conhecer o Senhor Jesus (Jo 8.32,36). Não por acaso, cada um dos Evangelhos é concluído com o mandato da Grande Comissão (Mt 28,18-20; Mc 16.15-18; Lc 24.44-48; Jo 20.21-23). Eis a natureza missionária deles.

 

2. Nos Atos dos Apóstolos, os missionários

Filipe e Pedro

Na igreja cristã, os primeiros cristãos e líderes tinham a missão de propagarem a salvação a todos os povos em todos os tempos. Nesse sentido, Filipe foi o primeiro missionário transcultural da Igreja Primitiva, enviado para a estrada de Gaza, antiga região dos filisteus, onde encontrou um eunuco, alto oficial da rainha dos etíopes. Depois de lhe ter anunciado o Evangelho, batizou-o nas águas (At 8.26-39). Outro episódio importante foi quando o apóstolo Pedro reconheceu que, para Deus, todos os seres humanos são alvos do amor divino, deixando claro que sua mensagem é dirigida a todas as pessoas, independentemente de sua nacionalidade (At 10.34,35; 11.17,18).

 

3. Nos Atos dos Apóstolos, os missionários

Paulo e Barnabé

O apóstolo Paulo, de perseguidor dos cristãos, tornou-se o apóstolo dos gentios (At 9.15,16; 3.8; 1 Tm 2,7; Tt 2.11). Em Atos, vemos que, através de seu ministério, a primeira igreja estendeu-se a todos os povos, culturas e nações conhecidos naquela época. Nesse contexto, temos também Barnabé que, após ter sido enviado pelos apóstolos à Antioquia, para pastorear os que se converteram por meio da pregação dos dispersos de Jerusalém pela perseguição, foi enviado pela igreja em Antioquia, juntamente com Paulo, pelo poder do Espírito Santo, para o campo missionário. Assim, podemos afirmar que em Antioquia estava a primeira igreja missionária de natureza gentílica (At 13.1-4).

 

SINÓPSE II - Nos Evangelhos e em Atos dos Apóstolos as Missões ocupam uma posição relevante.

 

III – A MISSÃO CUMPRIDA NAS CARTAS E NO

APOCALIPSE

1. Nas Cartas Paulinas

O apóstolo Paulo escreveu suas epístolas como um missionário. Seu objetivo missionário era instruir, nos assuntos doutrinários e práticos, as igrejas que ele plantava. Por exemplo, a Carta aos Romanos é uma carta em que a universalidade do pecado e o processo de salvação são ensinados; a Carta aos Efésios traz a unidade da igreja a partir da queda “do muro da separação” entre judeus e gentios por meio de Jesus Cristo (Ef 2.14); as Cartas a Timóteo e a Tito lidam especificamente com qualificações para a vocação de novos líderes das igrejas plantadas, como dirigir os assuntos de uma igreja local.

 

2. Nas Cartas Gerais

As epístolas gerais dão um forte testemunho sobre Missões, como por exemplo: a Carta aos Hebreus demonstra a descontinuidade entre a Antiga e a Nova aliança, enfatizando a nova como “melhor” (Hb 7.19,22), a qual, uma vez aceita, a missão de Deus nos levará para o centro da vontade de Deus, para realizar a sua vontade como lhe agrada (Hb 13.20); a Carta de Tiago contém a sabedoria prática para viver o Evangelho de Cristo. E, finalmente, as Cartas de Pedro asseguram a nossa posição de povo de Deus e a esperança da vinda do Senhor Jesus.

 

3. No Apocalipse

Nesse livro o Senhor Jesus revela ao apóstolo João a conclusão da longa jornada e o destino de toda a raça humana. As sete igrejas localizadas na província da Ásia Menor, nos capítulos 2 e 3, devem ser vistas como “igrejas missionárias”. Nesse sentido, o apóstolo João relata que Deus se interessa pela salvação de todos os homens (Ap 5.9,10; 7.9; 11.15).



SINÓPSE III - Nas Cartas paulinas e gerais, bem como no livro de Apocalipse, está presente o propósito missionário de instrução e consumação de tudo.

 

Auxílio Missiológico


“Os Apóstolos viviam e ministravam com a consciência de estarem tomados pelo Espírito SANTO.
As experiências do Senhor vivo e glorioso eram mediadas pelo Espírito Santo. Dessa forma, há uma ênfase firme e consistente quanto ao Espírito Santo no ensinamento e nas experiências apostólicas. [...] O Espírito Santo é a dinâmica no ministério dos apóstolos, e estar repleto do Espírito é essencial para um serviço eficaz e aceitável (At 2.4; 4.8,31; 6.3,5,10; 7.55; 8.29,39; 10.19; 1 Pe 1.12; 2 Pe 1.21). O Espírito Santo também é a fonte apropriada de força e conforto no sofrimento e martírio. Os apóstolos sabiam por experiência a importância do Espírito Santo. Sem Ele, suas vidas teriam permanecido menos que cristãs, menos que normais, pois Ele mediava vida, dinâmica, significado, orientação e glória. Foi devido à sua presença em suas vidas que a glória do Senhor ressuscitado irradiou-se dos apóstolos e os impeliu em seu empenho missionário” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.175).

 

CONCLUSÃO
O Novo Testamento mostra claramente a forma pela qual Deus planejou a redenção da humanidade caída por meio da sublime tarefa missionária. Para esse fim, Ele enviou seu único Filho que, com preço de sangue, pagou o pecado dos homens de todas as tribos, línguas, povos e nações, constituindo-os seus cooperadores na obra de redenção de toda a Criação, decaída e prisioneira de Satanás. Ora, se Missões nasce do coração de Deus, ela deve estar no coração de quem ama a obra missionária.

 

REVISANDO O CONTEÚDO
1. Por que podemos dizer que a Bíblia é um livro eminentemente missionário?
A Bíblia Sagrada, de Gênesis ao Apocalipse, é um livro eminentemente missionário porque sua inspiração emana de um Deus missionário, aquele que envia: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21; Jo 3.16).
2. Qual é a tarefa inacabada da Igreja de Cristo?
Anunciar o Evangelho a toda a criatura (Mt 28.19).
3. Como a natureza missionária na formação dos Evangelhos pode ser vista?
Essa natureza missionária pode ser vista também na formação dos Evangelhos à medida que eles foram produzidos sob a inspiração do Espírito Santo para que as pessoas pudessem conhecer o Senhor Jesus (Jo 8.32,36).
4. Segundo a lição, quem foi o primeiro missionário transcultural da Igreja?
Filipe foi o primeiro missionário transcultural da Igreja Primitiva.
5. Qual era o objetivo missionário do apóstolo Paulo com a suas Cartas?
Seu objetivo missionário era instruir nos assuntos teológicos e práticos as igrejas que ele plantava.

 

LEITURAS PARA APROFUNDAR
Teologia Bíblica de Missões; Guia Prático de Missões
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