Escrita Lição 5, A Mordomia da Igreja Local, 3Tr19, Pr. Henrique, EBD NA TV

Lição 5, A Mordomia da Igreja Local
3º Trimestre de 2019 - Tempos, Bens e Talentos - Sendo Mordomo Fiel e Prudente com as coisas Que DEUS nos tem dado - Comentarista CPAD - Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP
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TEXTO ÁUREO
“Escrevo-te estas coisas [...] para que saibas como convém andar na casa de DEUS, que é a igreja do DEUS vivo, a coluna e firmeza da verdade.” (1 Tm 3.14,15)
 
 
 
 
VERDADE PRÁTICA
O cristão deve valorizar a igreja local como ambiente de adoração, comunhão e serviço ao Reino de DEUS. 
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 16.18 JESUS edifica a sua Igreja
Terça – At 12.5 Uma igreja de oração
Quarta – Rm 16.5 A igreja em casa
Quinta – 1 Co 4.17 Igreja, lugar de ensino 
Sexta – 1 Co 14.12 Igreja, lugar de edificação
Sábado – Ef 1.22 JESUS, o Cabeça da Igreja
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 9.31; 1 Coríntios 1.1,2; Hebreus 10.24,25 
Atos 9:31 - Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galileia, e Samaria tinham paz e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação do ESPÍRITO SANTO.
1 Coríntios 1:1 - Paulo (chamado apóstolo de JESUS CRISTO, pela vontade de DEUS) e o irmão Sóstenes, 2 - à igreja de DEUS que está em Corinto, aos santificados em CRISTO JESUS, chamados santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor JESUS CRISTO, Senhor deles e nosso.
Hebreus 10:24 - E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, 25 - não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia. 
 

OBJETIVO GERAL - Expor que a igreja local é um ambiente de adoração, comunhão e serviço.
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar a mordomia dos bens espirituais;
Refletir sobre a mordomia da ação social da Igreja;
Conscientizar acerca da mordomia dos crentes na igreja local.
 
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Já se perguntou a respeito de quem a igreja local é constituída? Uma pergunta sempre é especial para o início de uma reflexão. A nossa, nesta lição, é sobre a igreja local. Essa igreja, amada por muitos, mas “odiada” por outros. Há quem pense que se pode amar CRISTO, mas não a sua Igreja. Uma das coisas mais significativas no Novo Testamento, a partir do ministério dos apóstolos, era o amor deles pela Igreja. Esse amor só foi possível por causa do exemplo maior de JESUS CRISTO, o fundador da Igreja. Nesta lição, queremos que você seja encorajado a amar a Igreja, a servi-la e a defendê-la.
 
 
PONTO CENTRAL
A igreja local é um ambiente de adoração, comunhão e serviço.
 
 
Resumo da Lição 5, A Mordomia da Igreja Local
I – A MORDOMIA DOS BENS ESPIRITUAIS
1. A mordomia e a valorização da Palavra de DEUS.
2. A mordomia na evangelização e no discipulado.
3. A mordomia no uso dos dons espirituais.
II – A MORDOMIA DA AÇÃO SOCIAL DA IGREJA
1. A assistência social no Antigo Testamento.
2. Assistência social no Novo Testamento.
3. Agindo para glória de DEUS e o alívio do próximo.
III – A MORDOMIA DOS CRENTES NA IGREJA LOCAL
1. Em primeiro lugar é preciso congregar.
2. Líderes cristãos como mordomos.
3. A mordomia dos membros e congregados.
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - A mordomia dos bens espirituais envolve a valorização da Palavra de DEUS, a evangelização, o discipulado e o uso dos dons espirituais.
SÍNTESE DO TÓPICO II - A ação social no Antigo Testamento tem base nos livros dos Salmos, Provérbios e profetas; no Novo, nos evangelhos, nos Atos dos Apóstolos e nas epístolas.
SÍNTESE DO TÓPICO III - A mordomia dos crentes na igreja local leva em conta a necessidade de congregar, os líderes e também os membros como mordomos do Reino de DEUS.
 
 
 
 
 
Resumo rápido do Pr. Henrique
 
 
INTRODUÇÃO
A igreja local é lugar de reunião de salvos com o objetivo principal de adorar a DEUS, prestar um serviço de adoração a DEUS. É local de louvor. É local de leitura da Bíblia com ensino e pregação sobre esta leitura. É local de reunião de consolação, edificaçãoe exortação do povo de DEUS. É local de contribuição para a divulgação do evangelho. É local de comunhão do corpo de CRISTO. Etc...
A Igreja invisível é formada pelos que morreram em CRISTO e pelos que estão em condição de salvos em todo o mundo e estão a espera do arrebatamento.
A Igreja visível é formada por todos os que congregam em um determinado local e se dizem cristãos. Dentre estes existem os salvos e os carnais, não sendo possível edificar claramente quem está salvo ou não.
 
 
IGREJA (Strong Português) εκκλησια ekklesia
1) reunião de cidadãos chamados para fora de seus lares para algum lugar público, assembléia 
1a) assembléia do povo reunida em lugar público com o fim de deliberar 
1b) assembléia dos israelitas 
1c) qualquer ajuntamento ou multidão de homens reunidos por acaso, tumultuosamente 
1d) num sentido cristão 
1d1) assembléia de Cristãos reunidos para adorar em um encontro religioso 
1d2) grupo de cristãos, ou daqueles que, na esperança da salvação eterna em Jesus Cristo, observam seus próprios ritos religiosos, mantêm seus próprios encontros espirituais, e administram seus próprios assuntos, de acordo com os regulamentos prescritos para o corpo por amor à ordem 
1d3) aqueles que em qualquer lugar, numa cidade, vila,etc, constituem um grupo e estão unidos em um só corpo 
1d4) totalidade dos cristãos dispersos por todo o mundo 
1d5) assembléia dos cristãos fieis já falecidos e recebidos no céu
 
É funçaõ da Igreja a Evangelização mundial
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? [...]" (Rm 10.14.15).
 
A Igreja é equipada pelo ESPÍRITO SANTO com dons para dar poder a esta de evangelizar.
A Igreja possui ministros dados por CRISTO para a edificar e organizar.
A Igreja possui administradores e mantenedores dados pelo PAI para sua manutenção.
 
 
É função da Igreja ajudar aos pobres e necessitados.
Uma das atividades que JESUS avocou na sua missão dirigida pelo ESPÍRITO SANTO foi “evangelizar os pobres” (4.18; cf. Is 61.1). Noutras palavras, o evangelho de CRISTO pode ser definido como um evangelho dos pobres (Mt 5.3; 11.5; Lc 7.22; Tg 2.5).
(1) Os “pobres” (gr. ptochos) são os humildes e aflitos deste mundo, os quais clamam a DEUS em grande necessidade, buscando socorro. Ao mesmo tempo, são fiéis a DEUS e aguardam a plena redenção do povo de DEUS, do pecado, sofrimento, fome e ódio, que prevalecem aqui no mundo. Sua riqueza e sua vida não consistem em coisas deste mundo (ver Sl 22.26; 72.2, 12,13; 147.6; Is 11.4; 29.19; Lc 6.20; Jo 14.3).
(2) A libertação do sofrimento, da opressão, da injustiça e da pobreza, com certeza virá aos pobres de DEUS (Lc 6.21;
 
Não há como fazer parte da Igreja e não congregar em uma congregação.
Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia. Hebreus 10:25
E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até à meia-noite. Atos 20:7 (Santa Ceia)
No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar. 1 Coríntios 16:2 (Santa Ceia)
“… onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18:20 RA)
 
I – A MORDOMIA DOS BENS ESPIRITUAIS
 
Características da Igreja Verdadeira
Onde pode ser encontrada hoje a igreja verdadeira e quais os seus aspectos essenciais? Em primeiro lugar devemos distinguir os vários significados da palavra igreja:
1. Todo o povo de DEUS em todos os séculos, o conjunto total dos eleitos. É a igreja invisível.
2. A comunidade local dos cristãos, reunidos visivelmente para adoração e ministério; este significado abrange a vasta maioria das referências à igreja (ekklesia) do Novo Testamento – Igreja Local.
3. Todo o povo de DEUS no mundo, em determinada época, talvez melhor definida como a igreja universal. Esse sentido ocorre apenas ocasionalmente no Novo Testamento (1 Co 10.32; Gl 1.13).
4. “A igreja dentro da igreja”. Notamos antes a distinção feita entre a edah (toda a congregação visível) e os gahal (aqueles dentro dela que respondem ao chamado de DEUS). JESUS ensinou que o reino corresponde a este padrão: o joio está misturado com o trigo (Mt 13.24-30; 36-43). Dentro do grupo identificado com CRISTO acha-se o povo de DEUS, a verdadeira igreja. Não existe, então, uma igreja pura; em meio a cada igreja pode haver pessoas que não professaram a sua fé e outras cuja profissão será desmascarada no último dia (Mt 7.21-23).
Admitindo-se assim que uma igreja pura ou perfeita não é possível deste lado da glória, onde podemos descobrir o verdadeiro povo de DEUS visivelmente reunido? 
Tradicionalmente, são reconhecidos quatro sinais da igreja autêntica.

UNA
A unidade da igreja procede de seu fundamento do único DEUS (Ef 4.1-6). Todos os que pertencem verdadeiramente à igreja são um só povo e, portanto, a igreja verdadeira será distinguida por sua unidade.
Esta unidade, porém, não implica necessariamente uniformidade total. Na igreja do Novo Testamento havia uma variedade de ministérios (1 Co 12.4-6) e de opiniões sobre assuntos de importância secundária (Rm 14:1-15:13). Embora houvesse uniformidade nas convicções teológicas básicas (1 Co 15.11, BLH; Jd 3), a fé comum recebia ênfases diversas, segundo as diferentes necessidades percebidas pelos apóstolos (Rm 3.20; cf. Tg 2.24; Fp 2.5-7; cf. Cl 2.9s).
Havia também uma variedade de formas de adoração. O tipo de culto em Corinto (1 Co 14.26ss) não era comum nas igrejas palestinas, onde a adoração se baseava no modelo da sinagoga judaica e tinha um padrão mais formal, centrado na exposição da palavra escrita. Este modelo tirado da sinagoga justifica o fato de as igrejas do primeiro século serem consideradas um ramo do judaísmo. Tiago 2.2 usa até mesmo a palavra sinagoga para a reunião dos cristãos. Existem também elementos discerníveis de mais de uma forma de governo da igreja.
A verdadeira unidade no ESPÍRITO SANTO de todo o povo regenerado é um fato independente da desunião denominacional exterior. O chamado para a unidade no Novo Testamento é, portanto, uma ordem para manter a unicidade fundamental da vida que o ESPÍRITO concedeu através da regeneração (Ef 4.3). É distinguindo entre a igreja invisível (todos os eleitos que são verdadeiramente um em CRISTO) e a igreja visível (um grupo misto de regenerados e não-regenerados). A unidade da igreja invisível é um fato consumado, concedido com a salvação.
É significativo notar que quando Judas pretendeu escrever sobre a salvação que temos em comum, ele achou necessário insistir com os leitores para “batalhar diligentemente pela fé que uma vez foi entregue aos santos” (Judas 3). Para o Novo Testamento, a unidade está baseada em um compromisso consciente com as verdades reveladas do Cristianismo Apostólico.
O Novo Testamento dirigiu seus ensinos sobre a unidade a grupos específicos, com implicações imediatas para seus relacionamentos visíveis (Ef 2.15; 4.4; Cl 3.15). O desafio mais profundo deste ensinamento, porém, situa-se ao nível dos relacionamentos na igreja local. Nesse ambiente, a unidade da vida em CRISTO deve expressar-se através do cuidado e compromisso genuínos e tangíveis de uns para com os outros. Na ausência disto, a reivindicação de ser uma verdadeira igreja cristã é posta em dúvida (1 Co 3.3s).

SANTA
O povo de DEUS forma a nação santa (1 Pe 2.9). No sentido mais profundo a igreja é santa, da mesma forma que todo indivíduo cristão é santo em virtude de estar unido a CRISTO, separado para ele e revestido com sua justiça perfeita. Na sua posição diante de DEUS em CRISTO, a igreja é irrepreensível e isenta de qualquer mancha moral. A distinção entre a igreja visível e a invisível aplica-se aqui.
A união com CRISTO envolve também uma santidade de vida que seja visível. Desse modo, a relação da igreja com CRISTO, o seu cabeça, será expressa no caráter moral e nas características especiais de sua vida e de seus relacionamentos comunitários. Quando CRISTO dirigiu-se à sua igreja, ele esperava dela essa mesma diferença moral e foi severo em seu julgamento quando observou que ela lhes faltava (Ap 2.-3).
A fim de não desanimarmos ao aplicar este teste, vale a pena lembrar que grande parte da vida da igreja do Novo Testamento foi eivada de erros, divisões, falhas morais e instabilidade. Não obstante, a presença de um sinal visível de santidade é uma característica invariável da igreja de DEUS.

CATÓLICA
O termo católico significa literalmente abrangendo ao todo. E em seu uso primitivo, significava ser a igreja universal, distinguindo-a da local; mais tarde, veio significar a igreja que professava a fé ortodoxa, em contraste com os hereges. A igreja católica somos nós e não a idólatra Romana.
O principal aspecto da catolicidade da igreja primitiva estava na sua abertura para todos. Distinta do judaísmo, com seu exclusivismo racial, e do gnosticismo, com seu exclusivismo cultural e intelectual, a igreja abriu seus braços a todos que quisessem ouvir a mensagem e aceitar seu salvador, sem levar em conta cor, raça, posição social, capacidade intelectual e antecedentes morais. Ela surgiu no mundo como uma fé para todos (Mt 28.19; Ap 7.9). A única exigência para admissão a esta graça era a fé pessoal em JESUS CRISTO como Salvador e Senhor e ressurreto dentre os mortos (Mt 28.19; At 2.38,41; Rm 10:9,10).

APOSTÓLICA
O apóstolo é uma testemunha do ministério e da ressurreição de JESUS; é um arauto autorizado do evangelho (Lc 6.12s; At 1.21s; 1 Co 15.8-10). Os arautos tomam posição entre JESUS e todas as gerações subsequentes da fé cristã; nós só nos achegamos a ele por meio dos apóstolos e de seu testemunho sobre ele, incorporado no Novo Testamento. Neste sentido fundamental, toda a igreja é "edificada sobre o fundamento dos apóstolos" (Ef 2.20; cf. Mt 16.18; Ap 21.14). A apostolicidade da igreja encontra-se, portanto, no fato de ela conformar-se à fé apostólica "que uma vez por todas foi entregue aos santos" (Jd 3; cf. At 2.42). 
Os atuais ministérios como registrados em Efésios 4:11 são pessoas dadas à igreja, não sendo esses testemunhas oculares da vida e ressurreição de JESUS, mas enviados por DEUS, escolhidos por JESUS para edificarem a igreja. 
A sucessão apostólica é na verdade a sucessão do evangelho apostólico, quando o depósito original de verdade apostólica é passado de uma para outra geração: "homens fiéis ... para instruir a outros" (2 Tm 2.2). A igreja é apostólica à medida que reconhece na prática a autoridade suprema das escrituras apostólicas, ou seja, a Bíblia, e mais especificamente, o Novo Testamento. 
 

1. A mordomia e a valorização da Palavra de DEUS.
 
A IGREJA E A SUBMISSÃO À PALAVRA Somente a verdadeira Igreja de CRISTO confia e recebe a Bíblia como Palavra legítima de DEUS e a respeita como tal. 
 JESUS, o noivo, escreveu uma carta para sua noiva.
Noiva que ama, sempre lê a carta de seu noivo, responde a essa carta e relê todos os dias a carta de seu noivo amado, acabando até por, às vezes, decorar todo o texto da carta amada. Assim JESUS espera de nós o mesmo tratamento.
Hoje, como as cartas escritas à mão vai perdendo lugar para os e-mail's e redes sociais, podemos dizer que a Bíblia é o e-mail de DEUS para a Igreja, do noivo JESUS para a Igreja, ou a mensagem enviada pelo ESPÍRITO SANTO.
 
 
Mt 16.18 “Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

A igreja é a coluna e o fundamento da verdade (1Tm 3.15), funcionando, assim, como o alicerce que sustenta uma construção. A igreja deve sustentar a verdade e conservá-la íntegra, defendendo-a contra os deturpadores e os falsos mestres (ver Fp 1.17; Jd 3). 
A Bíblia é a vara de prumo da Igreja verdadeira
Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; 2 Timóteo 3:16
 
A Bíblia ensina como deve ser o verdadeiro culto - Elementos do verdadeiro culto bíblico:
Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. 1 Coríntios 14:26
1- Salmo (Leitura da Bíblia e cântico)
2- Doutrina (Explanação da Bíblia por ensino e por pregação - para que todos aprendam todos sejam consolados, edificados e exortados)
3- Revelação (falem dois ou três profetas, os outros julguem - todos podereis profetizar, uns depois dos outros - procurai, com zelo, profetizar )
4- Língua (se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito três, por sua vez, haja intérprete - não proibais falar línguas)
5- Interpretação (é a manifestação de um dom do ESPÍRITO SANTO - equivale à profecia).
 
 
2. A mordomia na evangelização e no discipulado.
 
A Evangelização Integral nesta Última Hora - Pr. Luiz Henrique
Lição 13 - A Evangelização Integral nesta Última Hora - 3º Trimestre de 2016 - Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor JESUS de levar as Boas-Novas a toda criatura - Comentarista: Claudionor de Andrade 
 
  O falso evangelho que é pregado hoje pelas igrejas evangélicas quase não tem produzido.
50% do mundo não conhece JESUS - NO TEMPO DOS APÓSTOLOS, QUANDO SE PREGAVA O LEGÍTIMO E VERDADEIRO EVANGELHO, QUASE 100% DO MUNDO CONHECEU O EVANGELHO EM APENAS UMA GERAÇÃO. (100 ANOS). Não se buscava riquezas e em nada tinham suas vidas como preciosas. (Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor JESUS, para dar testemunho do evangelho da graça de DEUS. Atos 20:24)
Não existe evangelho legítimo sem Dons. Sem Milagres. Metade do evangelho é manifestação de Dons.
Eu abri 8 igrejas em 2 anos e meio com auxílio dos dons. Aqui no tempo que estive na congregação Ebenézer abrimos 4 congregações e mandamos gente para mais 4.
Será tão difícil entender isso e passarmos a ensinar isso?
Estamos enviando missionários que às vezes nem são batizados no ESPÍRITO SANTO. Praticamente nenhum possui pelo menos um dom. O resultado é raquítico. Enquanto o Reinhard ganha 42 milhões de almas em 20 anos, nós não chegamos com todo o trabalho missionário a 100 mil em 20 anos.
Eu ganhei 700 almas em 2 anos no campo e abri 8 congregações enquanto hoje vemos missionários que foram para o campo a 10 anos ou mais que não ganharam 200 almas. Vamos acordar para buscarmos poder. Para imitarmos JESUS e os apóstolos.
Em Atos dos Apóstolos temos nosso padrão de como trabalharmos para DEUS. Milagres, ajuntamento de pessoas, pregação do evangelho e muita salvação de almas. Esse é o padrão bíblico. O padrão de JESUS e dos Apóstolos.

Os discípulos clamavam por sinais, prodígios e maravilhas, pois sabiam que através deles ganhavam muitas almas.
Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra; Enquanto estendes a tua mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome de teu santo Filho JESUS. Atos 4:29,30
Evangelho não é grito, nem teologia e nem retórica - é poder de DEUS.
At 4.33 E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor JESUS, e em todos eles havia abundante graça.
Porque o reino de DEUS não consiste em palavras, mas em poder.1 Coríntios 4:20
 
O QUE É A EVANGELIZAÇÃO INTEGRALEvangelização integral envolve milagres, pregação, conversão, batismo nas águas, batismo no ESPÍRITO SANTO, manifestação de dons do ESPÍRITO SANTO, ajuda social de alimentação e vestuário e até moradia.
Evangelização integral.
Evangelização integral é o mesmo que dizer: Evangelização que atinge todo o mundo ao mesmo tempo, ou seja, Evangelização que não existe ainda.
A ordem de JESUS era que o evangelho fosse pregado ao mesmo tempo em Jerusalém (cidade toda), Judeia (estado ou país na época - território de Judá), Samaria (Israel do Norte todo, com capital em Samaria), e até os confins do mundo (mundo todo).
 
A preocupação de Paulo era exatamente essa, atingir todo o mundo.
Mas importa que o evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações. Marcos 13:10 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Marcos 16:15 - Se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro.  Colossenses 1:23
 
Os discípulos em Jerusalém sofreram uma perseguição permitida por DEUS para que saíssem pregando em todas as partes.
E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos. Atos 8:1
 
Paulo procurava pregar o evangelho onde JESUS ainda não havia sido pregado.
E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde CRISTO foi nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio; Romanos 15:20
 
É no livro de Atos onde a igreja deve aprender sobre evangelização.
 
Avivamento e evangelização.
JESUS disse bem claro que não é para ninguém sair pregando o evangelho sem antes receber o batismo no ESPÍRITO SANTO.
E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. Lucas 24:49.
 
O batismo no ESPÍRITO SANTO é o revestimento de poder necessário para que o crente pregue o evangelho que JESUS mandou.
O batismo no ESPÍRITO SANTO é o primeiro passo para o recebimento dos dons do ESPÍRITO SANTO que serão necessários para uma excelente evangelização com resultados como os do livro de Atos.
E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que, disse ele, de mim ouvistes.
Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO, não muito depois destes dias.
Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?
E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.
Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.
Atos 1:4-8
 
Talvez você leitor não tenha lido direito Atos 2. As pessoas se converteram depois de haver uma clara manifestação do ESPÍRITO SANTO - Dom de línguas. Cerca de 3 mil almas (Atos 2.42).
2 mil almas depois de haver um milagre de um aleijado que ficava na porta formosa andar. (Atos 3.12; 4.4)
Em Samaria se convertiam pois viam e ouviam os sinais que Filipe fazia. (Atos 8.6)
A chamada de Paulo para a evangelização aconteceu através de uma manifestação do ESPÍRITO SANTO, uma profecia. (Atos 13.
2 E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado).
Na ilha o pro cônsul se converteu depois de um empregado seu ficar cego, uma clara manifestação do poder do ESPÍRITO SANTO.
Em Jope depois de uma costureira ressuscitar pelo poder do ESPÍRITO SANTO é que a cidade se converteu. (Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, assentou-se. E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva. E foi isto notório por toda a Jope, e muitos creram no Senhor. Atos 9:40-42)
Em Filipos depois de uma jovem possessa ser liberta é que muitos se converteram.(At 16.18)
Melhor estudar o livro de Atos.
Esse é o padrão do evangelho legítimo. milagres, sinais e prodígios, depois ajuntamento de multidões, depois conversões em massa, depois batismos.
 
DISCIPULADO INTEGRAL
O amor é demonstrado através de ações espirituais, materiais e sociais.
Doutrinação.
Primeiro passo na vida do cristão é o batismo nas águas, que deve ser feito o mais rapidamente possível. Assim ensina-nos o livro de Atos. Imediatamente após a conversão o batismo era realizado.
Depois do batismo recebiam instruções ou doutrinas dos apóstolos. eram ensinados em como viverem em união uns com os outros, como não permitir que alguém passasse fome, ou sede, ou frio. eram ensinados a orarem juntos e uns pelos outros.
Eles viam e ouviam os sinais que faziam seus líderes.
Gostavam de ficar juntos e se ajudarem uns aos outros.
Congregavam juntos e ganhavam muitas almas.
 
De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas, E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a DEUS, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar. Atos 2:41-47
 
Integração.
Integração fala de aceitação de uns para os outros em seu meio. fala de amor familiar. Cada crente é uma pequena pedrinha na construção do edifício de DEUS, a igreja. é preciso que as arestas dessas pedras sejam lapidadas para que não se machuquem uns aos outros. O amor e o perdão devem ser aumentados dia a dia.
1 João 3.23 E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho JESUS CRISTO, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento.
 
Treinamento.
O novo convertido precisa entender e colocar em prática a evangelização. entender para o que foi chamado, ou seja, entender claramente que precisa ganhar almas. precisa produzir para e no reino de DEUS.
Veja que Paulo já começou a pregar imediatamente após sua conversão.
E, tendo comido, ficou confortado. E esteve Saulo alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco. E logo nas sinagogas pregava a CRISTO, que este é o Filho de DEUS. E todos os que o ouviam estavam atônitos, e diziam: Não é este o que em Jerusalém perseguia os que invocavam este nome, e para isso veio aqui, para os levar presos aos principais dos sacerdotes? Saulo, porém, se esforçava muito mais, e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que aquele era o CRISTO.Atos 9:19-22
 
Identificação.
Os discípulos foram chamados de cristãos porque imitavam CRISTO em tudo.
Na evangelização, nas pregações, os ensinos, nas orações, na ajuda aos necessitados e no poder de DEUS em operação através dos dons de curas e milagres principalmente.
Atos 11.26 E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.
Os verdadeiros discípulos devem se preocupar em como são conhecidos não só na terra, como no céu. Jó era bem conhecido no céu.
Disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a DEUS, e que se desvia do mal. Jó 1:8
 
A IGREJA DA EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL
Divulgação do Evangelho de CRISTO: promoção, comissão e manutenção. Igreja é evangelística e missionária.
Promoção.
Vivemos momentos tristes da igreja. A maioria dos líderes vêem a igreja como uma empresa onde a arrecadação de dízimos e ofertas são para seus próprios investimentos financeiros e empreendimentos.
DEUS não criou a igreja para enricar alguns em detrimento de outros e nem para ser uma grande empresa de capital fácil e sem impostos.
A igreja deve ser um hospital de almas e uma agência missionária.
A igreja não pode ser um fim em si mesma, pois tem um dono e Senhor que lhe ordenou:  
Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Marcos 16:15 - Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Mateus 28:19
 
Comissão.
Só a igreja tem o dever e a obrigação de escolher, treinar e enviar missionários por todo mundo. Não podemos confiar que o estado faça isso ou que os descrentes façam isso, ou que as seitas façam isso.
Essa é a tarefa magna que foi dada por JESUS, de forma imperativa, á igreja.
Paulo pergunta: Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? [...]" (Rm 10.14.15).
Diga para DEUS como disse Isaías: Eis-me aqui, envia-me a mim. Isaías 6:8b.
 
Manutenção.
Quase nada foi realizado ainda pela igreja do século 21. Metade dos povos nunca ouviram o nome de JESUS. Enquanto líderes enriquecem, milhões de vidas são entregues a satanás, milhões perecem sem CRISTO no vale da decisão.
A condição financeira do país está boa - Nada fazem. A condição financeira do país está ruim - Nada fazem.
As igrejas da Macedônia, apesar de pobres, enriqueceram a muitos, sustentando obreiros e missionários (2 Co 8.1-7).
Paulo nos deu exemplo de pobreza ajudando aos que antes eram ricos e nada fizeram em prol do evangelho.
Ora, muitos anos depois, vim trazer à minha nação esmolas e ofertas. Atos 24:17
E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia. Atos 11:29
 
 
O Evangelização integral deve atingir a toda criatura pelo avivamento e evangelização. O amor deve ser demonstrado através de ações espirituais, materiais e sociais. A doutrinação dos novos convertidos deve ser urgentemente passada a eles nos primeiros dias de sua fé. A integração desse novo convertido ao serviço da igreja deve ser monitorado e acelerado pela liderança da igreja.
Todo crente deve ser treinamento no serviço de evangelização e  ser identificado no meio em que vive como um legítimo praticante de sua fé cristã.
 
 
3. A mordomia no uso dos dons espirituais.
 
DIFERENÇA ENTRE SINAL, PRODÍGIO E MARAVILHA
ISSO É O QUE DIZ OS ORIGINAIS
 
SINAIS (Strong Português) - σημειον semeion
1) sinal, marca, símbolo
1a) aquilo pelo qual uma pessoa ou algo é distinto de outros e é conhecido
1b) sinal, prodígio, portento, i.e., uma ocorrência incomum, que transcende o curso normal da natureza
1b1) de sinais que prognosticam eventos notáveis prestes a acontecer
1b2) de milagres e prodígios pelos quais Deus confirma as pessoas enviadas por ele, ou pelos quais homens provam que a causa que eles estão pleiteando é de Deus
 
 
 
PRODÍGIOS (Strong Português) - τερας teras
1) prodígio, portento
2) milagre: realizado por alguém
 
 
 
MILAGRES OU MARAVILHAS (Strong Português) - δυναμις dunamis
1) poder, força, habilidade
1a) poder inerente, poder que reside numa coisa pela virtude de sua natureza, ou que uma pessoa ou coisa mostra e desenvolve
1b) poder para realizar milagres
1c) poder moral e excelência de alma
1d) poder e influência própria dos ricos e afortunados
1e) poder e riquezas que crescem pelos números
1f) poder que consiste em ou baseia-se em exércitos, forças, multidões
 
 
AS TRÊS PALAVRAS SE RESUMEM NUMA SÓ - DEMONSTRAÇÃO DO PODER SOBRENATURAL DE DEUS, REALIZANDO ALGO INEXPLICÁVEL, DE MANEIRA MARAVILHOSA E INCONTESTÁVEL.
 
PODEMOS DIVIDIR OS DONS DO ESPÍRITO SANTO ASSIM:
SINAIS – (DONS DA FALA) PROFECIA, VARIEDADE DE LÍNGUAS E INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS.
MILAGRES OU MARAVILHAS – (DONS DE PODER) FÉ, MILAGRES E DONS DE CURAR.
PRODÍGIOS – (DONS DE REVELAÇÃO) PALAVRA DE SABEDORIA, PALAVRA DA CIÊNCIA E DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS.
 
 
Lição 2 - O Propósito dos Dons Espirituais - LIÇÕES BÍBLICAS - 2º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário - Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
 
Meus comentários - Pr. Luiz Henrique - Dons
Veja - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/donsdoespiritosanto.htm
Os dons espirituais são concedidos pela graça de DEUS ao crente para que o mesmo compartilhe com outros essas maravilhosas bênçãos, tudo movido pelo amor.
Os dons são ferramentas de grande eficiência para evangelização. Conversões em massa e pessoais têm ocorrido desde a fundação da Igreja, no pentecostes.
Os dons, na igreja, visam principalmente o compartilhamento entre os irmãos que suprem a necessidade de cada um. Assim, se um está doente, aquele que tem o dom de curar orará para que este seja curado, e assim por diante. Todos serão abençoados, edificados, exortados e consolados nas diversas manifestações do ESPÍRITO SANTO.
Na Igreja de Corinto, como havia abundância, havia a totalidade dos dons em operação, houve a necessidade de Paulo regulamentar essas manifestações que estavam à disposição dos crentes, mas que estãavam também sob o controle de cada um no agir paralelamente a esses. Assim Numa mesma reunião Paulo aconselha que haja no máximo três crentes que vão profetizar, sempre um depois do outro, tudo isso visando a edificação dos outros. Paulo também ensina que o crente deve falar em línguas baixinho para que aquele que for usado para trazer a mensagem que vai ser interpretada seja ouvido. Paulo chama a atenção para o fato de que não se pode proibir falar em línguas, mas regulamentar sua prática quando numa reunião onde haja descrentes. A solução é aquele crente que fala em línguas orar para que ele mesmo interprete a mensagem que trouxe em línguas ou que outro a interprete. Quem desejar poderá orar na altura que desejar em sua casa, no quarto, para sua edificação própria como Paulo ensina em 1 Co 14 e Judas, no vers. 20 (O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. 1 Coríntios 14:4).
Pela imaturidade da maioria dos crentes e pela falta de experiência dos líderes com os dons é que na maioria das vezes os que são usados em dons são considerados mais espirituais e superiores aos demais. Paulo não disse que todos os crentes em Corinto eram carnais, mas disse que havia muitos carnais entre eles. Paulo não disse que aqueles que estavam sendo usados em dons eram carnais. O que ocorre na maioria dos avivamentos é que enquanto uns estão se consagrando e buscando serem cada dia mais usados por DEUS, outros, que não estão interessados neste avivamento ou estão cometendo pecados encobertos acabam por se beneficiarem da alegria e do amor que invadiu as almas de todos e isso os levou a desconsiderarem a correção aos que teimam em continuar no pecado.
Devemos tomar o cuidado de ensinar aos crentes a buscarem diligentemente os dons e a valorizarem esses dons tanto na evangelização como na edificação da igreja. estamos vivendo época em que se busca mais as dádivas de Mamom (como sinal de espiritualidade???) do que as dádivas espirituais de DEUS. Professores de Escola Bíblica Dominical deveriam ser os que mais dons tivessem em evidência, pois ensinam a Bíblia, onde se ensina que o verdadeiro evangelho é comprovado por sinais, prodígios e maravilhas (E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém. Marcos 16:20)..
John Wimber escreveu: “Quando duas frentes colidem, uma quente e uma fria, o resultado é que algo impetuoso ocorre: raios e trovões, chuva ou neve, até mesmo tornados e furacões. Há um conflito, e dele decorre a liberação de energia. Isso se dá com desordem, com confusão, é difícil de ser controlado.” Mais adiante ele diz: “Encontros de poder não são fáceis de controlar. Esta é uma palavra que para muitos cristãos ocidentais é dura para se aceitar, porque todos os fenômenos que não se encaixam dentro de um pensamento racional nos são desconfortáveis: eles nos lançam no escuro mundo que ultrapassa o racional, em que sentimos perder todo o controle da situação. Eventos que não estão de acordo com as nossas posturas normais do pensamento são ameaçadoras para nós, causando medo, por não nos serem familiares — especialmente onde ocorre poder espiritual.”
Medo da Nova Geração - John White - Quando o Espírito vem com poder
O avivamento traz consigo outras ofensas. O avivamento gera seus próprios líderes. Então os da velha guarda e os que a apoiam se põem na defensiva, com os ânimos exaltados. Há duas fontes de descontentamento. A primeira é que a distinção de clérigo/leigo é atingida, ameaçando instituições clericais. A segunda é que os líderes que surgem podem ser deficientes em seu preparo formal, e em seu refinamento social.
Contudo será que Deus alguma vez se limitou a usar apenas pessoas de alto nível cultural? Ele levantou juízes para libertar Israel, um ou dois dentre os quais com um modo de agir totalmente diverso do convencional. Os profetas compunham-se de poetas, eruditos e homens iletrados. Jesus, ele mesmo sendo um carpinteiro, escolheu um pequeno grupo de discípulos que muita gente consideraria serem pessoas bem diversificadas e inexpressivas, para com elas fundar a igreja. Paulo observou que ele mesmo e seus seguidores eram considerados como “lixo do mundo, escória de todos” (1 Co 4:13).
Dificilmente alguém poderia acusar Wesley de não fazer uso de sinais e maravilhas. Para ele, os gritos, os tremores, as quedas ao chão eram sobrenaturais, eram sinais e maravilhas que despertavam uma resposta. John Cennick relatou acerca de Wesley: “Com freqüência, quando ninguém se agitava nas reuniões, ele orava ‘Senhor, onde está a tua marca, onde estão os teus sinais?’ e eu não me lembro de ter visto outra coisa, mas sempre que ele orava muitos eram tomados e passavam a gritar.”
Whitefield consistentemente viu o choro mais silencioso e muitos casos de cair no Espírito ou “ser vencido” pelo Espírito. Mais importante, porém, é que tanto Wesley como Whitefield tinham uma unção especial de poder do Espírito Santo na evangelização. Era isso que sobressaía e que dava poder na evangelização deles. Wesley descreve a situação em seu diário. Segunda-feira. 1º. de janeiro, 1739 — Hall, Kinchin, Ingham, Whitefield, Hutchins e meu irmão Charles estavam presentes em nossa celebração de um ágape em Fetter Lane, com cerca de sessenta irmãos nossos. Perto das três da manhã, estando nós sem parar em contínua oração, o poder de Deus veio poderosamente sobre nós, de forma tal que muitos gritaram com tremenda alegria, e muitos caíram no chão. Tão logo nos recuperamos um pouco daquele temor e deslumbramento diante da presença da sua Majestade, começamos logo com uma voz: “Nós te louvamos, ó Senhor; reconhecemos que Tu és o Senhor.”
“O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas ... curar ... proclamar libertação ...” e muito mais (Is 61:1-2)
 
 
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
Os propósitos dos dons podem ser compreendidos a partir de sua natureza. Myer Pearlman diz que os dons do ESPÍRITO “...descrevem as capacidades sobrenaturais concedidas pelo ESPÍRITO para ministérios especiais...”. Para esse teólogo, o propósito principal dos dons do ESPÍRITO SANTO é “edificar a Igreja de DEUS, por meio da instrução aos crentes e para ganhar novos convertidos”.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais e Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 26.
 
OS DONS NÃO SÃO PARA ELITIZAR O CRENTE
A igreja Coríntia.
CORINTO Capital da província romana da Acaia.
1. Topografia. A cidade era uma das mais estrategicamente localizadas do mundo antigo. Estava situada em um planalto que contemplava o istmo de Corinto, cerca de 3 km do Golfo. Assentada aos pés do Acro corinto, uma acrópole que se ergue precipitadamente a quase 600 m de altitude, tão fácil de defender que era chamada de um dos '‘grilhões da Grécia”. Era uma fortaleza tão impenetrável que só foi tomada à força depois da invenção da pólvora. Corinto comandava todas as rotas terrestres da Grécia central para o Peloponeso ao longo do istmo.
Havia bons portos em ambos os lados do istmo: Cencréia no Golfo Sarônico ao leste e o Lichaeum no Golfo de Corinto ao Oeste. Uma moeda do imperador Adriano representava os portos mediante duas ninfas, olhando em direções opostas com um leme entre eles. Nos tempos antigos os navios eram arrastados através do istmo sobre cilindros, para evitar a longa e perigosa passagem em tomo do Cabo Malea na extremidade sul do Peloponeso.
História. A próspera cidade-estado de Corinto surgiu no 82 séc. a.C. Ganhou controle sobre o istmo e o sul de Megara.
No período helenístico Corinto era um centro industrial, comercial e de prazer. Tomou-se membro e, por um tempo, a principal cidade da Liga Aqueana, no período entre a morte de Alexandre e o surgimento da influência romana na Grécia. Depois de uma breve campanha que resultou na conquista da Grécia em 196 a.C., Corinto foi declarada pelos romanos uma cidade livre. Entretanto, logo os romanos foram forçados a restringir a influência de Corinto e da liga, e a cidade foi completamente destruída por Múmio em 146 a.C.
Corinto ficou em ruínas por cem anos, até o decreto de Júlio César em 46 a.C. que dizia que deveria ser reconstruída. Uma colônia romana foi fundada no local, a qual mais tarde se tomou a capital da província da Acaia. Sua população era formada de gregos locais, orientais incluindo um grande número de judeus, homens livres da Itália, oficiais do governo de Roma e comerciantes. A cidade se tomou um lugar favorito dos imperadores romanos. Nero exibiu sua extraordinária habilidade artística nos jogos istmianos e, em um momento de exuberância, declarou a cidade livre. Ele próprio, Vespasiano e Adriano foram patronos da cidade e fizeram de Corinto a cidade mais bela da Grécia. Pausanias, o viajante e geógrafo grego, visitou Corinto no 2- séc. d.C. e fez uma descrição concisa dos monumentos da cidade imperial.
A cidade romana foi destruída por hordas góticas no 3º e 4º sécs. Sua destruição pelos godos, em 521 d.C., levou Procópio a comentar que DEUS estava abandonando o império romano. A cidade foi fundada novamente pelo imperador Justiniano e mantida na Idade Média pelos normandos, venezianos e turcos. O antigo local foi abandonado em 1858 devido a um forte terremoto. A nova cidade foi construída perto do golfo e mais para o leste.
Nos tempos romanos, a cidade era notória como lugar de prosperidade e indulgência. “Viver como um coríntio” significava viver em luxúria e imoralidade. Sendo um porto marítimo, Corinto era o local de encontro de todas as nacionalidades e oferecia todos os tipos de vícios. O templo de Afrodite no Acro-Corinto era único na Grécia. Suas sacerdotisas eram mais de mil hierodouloi, “escravas sagradas”, que se ocupavam na prostituição. Sua riqueza vinha de seu movimento comercial por mar e por terra, sua cerâmica e indústrias de metal, e sua importância política como a capital da Acaia. Em seu apogeu, provavelmente atingiu uma população de 200.000 homens livres e 500.000 escravos.
Importância bíblica. Existem três itens de interesse arqueológico que se relacionam ao relato de Atos acerca da visita de Paulo a Corinto. O tribunal romano, para o qual ele foi arrastado (At 18.12) pela multidão, para comparecer diante de Gálio, foi descoberto no centro do ágora. Era uma plataforma alta apoiada por dois degraus, revestida com mármore azul e branco. Dos lados havia recintos com assentos e, mais adiante, corredores que levavam da porção inferior à superior do ágora. Esta construção é perfeitamente coerente com a concepção romana de um rostro, uma plataforma para oratória pública.
Ao sul do teatro há uma área grande e pavimentada, datada da metade do lséc. 1 d.C. Em uma das pedras do calçamento está a inscrição Eratus,pro aedilitate sua pecunia stravit, “Erasto, em troca pelo título de édilo, colocou [o pavimento] responsabilizando-se por seus custos.” Paulo, escrevendo de Corinto, mencionou em sua epístola aos Romanos (16.23) um Erasto, a quem ele descreveu como “tesoureiro” ou “administrador da cidade”. Embora exista alguma dúvida se esse nome é um equivalente próprio de edil, comumente em grego, em geral se afirma que este é o mesmo Erasto, um convertido ou amigo do apóstolo.
O apóstolo Paulo visitou Corinto, pela primeira vez, em sua segunda viagem missionária (Atos 18). Ele havia acabado de chegar de Atenas, onde fora miseravelmente recebido. Posteriormente ele disse que começou seu trabalho em Corinto em fraqueza, medo e temor. Pretendia permanecer apenas por um curto período de tempo, antes de retomar a Tessalônica, mas o Senhor falou com ele numa visão durante a noite (At 18.9,10; l Ts 2.17,18). Paulo pregou na cidade por um ano e meio. Por um tempo ele residiu na casa de Aquila e Priscila, judeus que haviam recentemente sido expulsos de Roma pelo imperador Cláudio. Assim como Paulo, os dois eram fabricantes de tendas e Paulo trabalhou com eles durante sua estada na cidade, para que seus motivos como pregador não fossem contestados. Logo depois de sua chegada, Silas e Timóteo se juntaram a ele, vindos da Macedônia.
Paulo pregou na sinagoga todos os sábados, até que uma forte oposição surgiu entre os judeus.
Ele então se voltou para os gentios e ficou na casa de Tício Justo, um gentio adepto do Judaísmo, que morava ao lado da sinagoga. Paulo fez vários convertidos durante sua estada, dentre eles Crispo, o administrador da sinagoga.
Em certo momento, uma multidão de judeus arrastou Paulo diante do procônsul romano da Acaia, L. Junius Gálio. O vencimento de seu mandato era para o ano 51-52 ou 52-53, de acordo com uma inscrição encontrada em Delfi, em 1908 (SIG II3.801). Gálio ouviu as acusações no tribunal, mas se recusou a julgar assuntos concernentes à lei judaica. Mesmo quando a multidão libertou Paulo e começou a espancar Sóstenes, o administrador da sinagoga, ele não se envolveu (At 18.12-17). Esta opinião, dada por um oficial romano altamente respeitado, de que a pregação de Paulo não era contrária à lei romana, sem dúvida deu a ele uma compreensão da proteção que Roma lhe daria ao pregar o evangelho. O relato da primeira visita de Paulo a Corinto é encerrado com a observação de que ele partiu, algum tempo depois deste incidente, para Jerusalém e Antioquia via Éfeso.
Paulo escreveu as epístolas aos Tessalonicenses durante sua estada em Corinto. Tão logo chegou na cidade, Silas e Timóteo se uniram a ele.
O livro de Atos conta muito pouco sobre a história do começo da Igreja em Corinto, mas alguns poucos detalhes adicionais podem ser derivados das epístolas aos Coríntios. Apoio, um convertido de Áquila e Priscila enquanto eles estavam em Éfeso, foi enviado com uma carta de recomendação e exerceu um grande papel na igreja, embora às vezes involuntariamente, tenha sido causa de divisões (At 18.27—19.11; I Co 1.12). As evidências indicam que Paulo pretendia visitar a igreja novamente, em sua terceira viagem missionária (2Co 12.14; 13.1).
Enquanto estava em Éfeso, Paulo enviou uma carta para Corinto, que não foi preservada (I Co 5.9). A resposta da igreja, que pedia conselho acerca de problemas que estava enfrentando, e um relatório oral que indicava que a igreja estava muito mal, levou o apóstolo a escrever a primeira epístola aos Coríntios. Esta foi provavelmente levada para Corinto por Tito (2Co 7.13) ou por Timóteo (I Co 4.17), porque ambos haviam visitado a igreja nesta época. Depois da partida apressada de Paulo de Éfeso, ele foi para Trôade com a esperança de encontrar Tito com novidades acerca de Corinto. Sua expectativa foi frustrada, mas ele o encontrou mais tarde na Macedônia. Quando ele recebeu o relato sobre o reavivamento na igreja, Paulo escreveu sua segunda epístola da Macedônia. Depois disso, ele passou três meses na Acaia, grande parte, sem dúvida, em Corinto (At 20.2,3). Enquanto estava lá, arrecadou uma oferta para os santos pobres de Jerusalém, para a qual a Igreja de Corinto também deve ter contribuído, e de onde ele provavelmente escreveu a epístola aos Romanos (Rm 16.23).
A Igreja em Corinto reaparece na história literária ao final do séc.1 d.C.; por volta do ano 97 Clemente de Roma escreveu uma carta, que ainda sobrevive, à igreja. Esta revela que a igreja ainda era afligida por muitos dos mesmos problemas sobre os quais Paulo escreveu.
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag. 1173-1179.
Dons Espirituais Abundantes (1.7)
Declarado em termos positivos, os coríntios tinham abundância de dons espirituais, ou seja, tinham tudo o que era necessário para a salvação. A palavra dom (charisma) é usada apenas por Paulo no NT (exceto 1 Pe 4.10). Paulo usou a palavra de duas formas. De forma geral, a palavra significa “o efeito das ações misericordiosas de DEUS, a bênção positiva conferida aos pecadores através da graça”. Neste sentido geral ela inclui todas as graças espirituais e os atributos espirituais. Ela também é usada por Paulo, de uma maneira especial, para referir-se a atributos espirituais em particular que seriam usados no ministério do evangelho de JESUS CRISTO. Tais dons são discutidos no final desta carta, nos capítulos 12-14.
Expectativa Espiritual (1.7)
Paulo, com os coríntios, esperava a manifestação de nosso Senhor JESUS CRISTO. O apóstolo combinou a vitalidade espiritual presente com a antecipação espiritual futura. Ele observou a vida de uma forma realista, sabendo dos pecados do homem e proclamando a graça redentora de DEUS. Ele também buscou com expectativa, sabendo que a segunda vinda de CRISTO era a resposta definitiva da graça a um mundo irremediavelmente enredado no pecado. O verbo traduzido como esperando transmite a ideia de uma expectativa forte e ardente, e uma vigilância bastante alerta. A palavra manifestação (revelação, apocalypsis) significa literalmente descobrir, desvelar. “Aqui ela se refere ao retomo do Senhor para receber os seus santos para si mesmo em sua Parousia... Ela é usada em relação à sua vinda com seus santos e anjos para distribuir os juízos de DEUS...” Paulo tornou o evangelho relevante para as atuais necessidades do homem. Mas ele, juntamente com outros escritores do NT, sempre fez da expectativa da volta do Senhor JESUS CRISTO um estímulo para a busca espiritual e um meio de enriquecimento espiritual e de poder espiritual (cf. 2 Pe 3.11-12; 1 Jo 3.2-3).
Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 247-248.
 
Uma igreja de muitos dons, mas carnal.
O vocábulo «...irmãos...» é um termo que subentende afeição, usado para suavizar as severas reprimendas que Paulo precisava dirigir contra os crentes de Corinto. (Ver outros usos desse termo em I Cor. 1:10,26; 2:1; 4:6; 10:1; 12:1 e 14:20).
«...espirituais...» Paulo postulou aqui três classes de homens, a saber, «espirituais», «carnais» e «naturais». Os homens espirituais e os carnais são ambos crentes, mas de inclinações opostas. Os homens naturais são os indivíduos ainda sem regeneração. ( I Cor. 2:14).
«...carnais...» Em outras palavras, «homens da carne», ou seja, crentes controlados pela carne. É possível interpretar que esse adjetivo significa que as pessoas assim qualificadas são inteiramente destituídas do ESPÍRITO de DEUS (se considerarmos tão somente o sentido verbal), mas o contexto geral não nos permite tirar essa conclusão. Mui facilmente, entretanto, Paulo poderia estar querendo dar a entender que toda a sua suposta e apregoada espiritualidade, no exercício dos dons espirituais, era falsa, fraudulenta; porque não dispor das qualidades morais de CRISTO, e, ao mesmo tempo, ser supostamente habitado pelo ESPÍRITO de DEUS, a ponto de realizar feitos miraculosos, é uma aberrante contradição, uma impossibilidade moral.
Os crentes «...espirituais...», de conformidade com o uso que Paulo fez desse vocábulo, eram os crentes «experientes», espiritualmente maduros, segundo se lê em I Cor. 2:6. Já os «carnais», em contraste com isso, eram os, que davam excessivo valor à sabedoria «humana», conforme a menção e os comentários existentes em I Cor. 1:18,19;21 e 2:1,4,5.
A sabedoria humana, em sua exaltação por parte dos retóricos e sofistas cristãos, que abundavam na igreja de Corinto, é que havia causado as lamentáveis divisões que Paulo repreende com tanta severidade nesta epístola. Príncipes se encontravam entre os sábios deste mundo; mas esses são inteiramente despidos da sabedoria divina, tendo cometido o pior de todos os crimes da humanidade, a saber, a crucificação do Senhor JESUS. (Ver I Cor. 2:6-8). E poderiam crentes verdadeiros imitar tal sabedoria, provocando assim tão desgraçadas divisões no seio do cristianismo? Tal possibilidade pareceria inconcebível, mas era exatamente o que aquela gente tinha feito. Dessa maneira, se tinham desqualificado a si mesmos como crentes «espirituais». Antes, eram imaturos, crianças na fé. Eram crentes «carnais», o que significa que não eram necessariamente destituídos da presença do ESPÍRITO SANTO, e, sim, que não eram controlados por ele, conforme supunham, e, sim, pela carne. Não tinham ainda atingido a plenitude da experiência espiritual, apesar de se julgarem supremamente espirituais. Todas as suas supostas elevadas experiências espirituais, portanto, eram fraudulentas.
A palavra «carnal», em sua definição básica, significa simplesmente «da carne e do sangue», não indicando, necessariamente, qualquer qualidade ética inferior. Mas o homem que é dominado por seus desejos inferiores, que se originam da mera mortalidade, como as concupiscências, as paixões, a busca pela fama, pela exaltação pessoal, etc. (tudo o que caracterizava certo grupo de crentes da igreja de Corinto, conforme se lê na primeira e na segunda epístolas aos Coríntios), se torna «eticamente carnal, e não apenas metafisicamente carnal. Isso significa que pouco se conhece sobre o predomínio do «princípio espiritual», também chamado «princípio celestial», que faz com que um homem se torne um crente espiritual. Essa palavra, pois, significa:
1. Pertencente à ordem das coisas terrenas, «materiais», sem ou com algum conteúdo ético. (Ver o trecho de I Cor. 9:11 quanto ao uso dessa palavra, sem qualquer conteúdo moral).
2. Pode também significar «composto de carne», que é uma referência ao corpo humano. (Ver I Pol. 2:2).
3. Finalmente, pode significar pertencente ao reino da carne, isto é, algo débil, pecaminoso e transitório, em contraste com o reino espiritual. (Ver I Cor. 3:4 e I Ped. 2:11). Nesse caso entra o elemento ético, o que mostra que o adjetivo «carnal» significa pecaminoso, controlado por princípios errôneos.
Portanto, por si mesma, essa palavra pode aplicar-se à totalidade dos homens não regenerados, a todos os homens, como seres humanos mortais, ou aos crentes carnais. Essa é a aplicação que esse vocábulo tem no presente texto. As pessoas a quem Paulo se referiu não estavam subordinadas à «lei superior» dos céus, mas permaneciam verdadeiros filhos deste mundo terreno. Com isso se pode comparar a afirmativa de Paulo, em Rom. 7:14, em que ele se declara que fora «carnal, vendido ao pecado». Isso é menção à carnalidade que controla o crente infantil, o que abafa as influências espirituais superiores em sua pessoa.
No N.T. grego existem duas palavras extremamente similares, «sarkinos» e «sarkikos». Nem mesmo no grego clássico esses dois termos são distinguidos claramente, e muito menos ainda no grego «koiné». «Sarkinos» é a palavra que aparece neste texto. «Sarkikos» figura em Rom. 7:14; 15:27 e outros trechos. Os manuscritos confundem os dois vocábulos, usando-os como sinônimos. (Ver a iiota textual que as segue).
«.. .crianças em CRISTO...»A palavra grega aqui traduzida por «crianças» é «nepios». Esse vocábulo usualmente indica alguém que ainda não sabe falar (derivado de «ne», o negativo, e de «epos», palavra), ou seja, uma criança tão pequena que ainda não aprendeu a falar, isto é, com menos de dois anos de idade. Notemos, pois, quão severa é a repreensão de Paulo. Eram virtuais «recém-nascidos», como crentes, totalmente destituídos de outras experiências cristãs válidas. Eram crentes imaturos, sem espiritualidade, embora se julgassem altamente espirituais. Paulo os põe em antítese com «experimentados», isto é, os crentes maduros, em I Cor. 2:6, que é uma de suas descrições acerca dos crentes «espirituais». Paulo se utilizou da palavra «crianças», algumas vezes, em sentido depreciativo, conforme vemos em Rom. 2:20; Gál. 4:3 e Efé. 4:4. Em diversas referências literárias se verifica que esse termo era empregado para indicar os noviços nas escolas, os prosélitos recentes de alguma religião. Paulo gostaria de ter-lhes escrito uma mensagem como aquela que encontramos na epístola aos Efésios, um tratado profundo sobre as questões espirituais; mas isso lhe era impossível, porquanto se dirigia a pessoas que eram principiantes na fé cristã, que se admiravam ante a sabedoria humana, e não por causa da sabedoria divina.
«Eram pessoas convertidas, mas tinham um entendimento infantil, no conhecimento e na experiência; tinham bem pouco discernimento quanto às coisas espirituais, e não possuíam ainda habilidade na palavra da justiça». (John Gill, in loc.).
«É extremamente comum que pessoas de conhecimento e compreensão muito moderados se mostrarem excessivamente convencidas. O apóstolo atribuiu sua ínfima eficiência, no conhecimento do cristianismo, como uma das razões pelas quais ele não lhes podia transmitir mais profundas verdades». (Matthew Henry, in loc.).
«....ciúmes...» Essa palavra, no original grego, «zelos», pode significar «zelo», «ardor», não sendo má por si mesma. (Ver II Cor. 9:2; Fil. 3:6; Luciano, Adv. Ind. 17: I Macabeus 2:58). Esse é o vocábulo grego do qual se derivou a nossa «inveja», «ciúme», tal como em Plur. Thess. 6:9; Atos 5:17; 13:45; Rom. 13:13; II Cor. 12:20 e Gal. 5:20. Nesta última referência, o «ciúme» é alistado como uma das «obras da carne», isto é, um dos resultados da pervertida carnalidade do homem, em contraste com o «fruto do ESPÍRITO», o qual produz a transformação moral do crente segundo a imagem de CRISTO. Por conseguinte, a inveja é aqui pintada através do mau sentido de «zelo» ou «ardor», provocado pela criação de facções, alicerçadas na adoração a «heróis» humanos. Porém, CRISTO é o único verdadeiro «herói» da igreja cristã; e, assim sendo, adorar ou venerar a quem quer que seja equivale à idolatria, furtando algo da glória de CRISTO.
«...contendas...» Essa palavra tem por sinônimos «discórdia», «querelas», «dissensão». (Ver Fil. 1:15; Tito 3:9; I Cl. 35:5; 46:5 e Tito 3:9). Essa palavra aparece na lista dos muitos vícios que caracterizavam os pagãos, que haviam abandonado o conhecimento de DEUS, segundo se aprende em Rom. 1:29. Portanto, os crentes de Corinto agiam como homens ainda sujeitos às obras da carne (ver Gál. 5:20), como pagãos que ainda não conheciam a CRISTO. A estimativa que deles fazia o apóstolo Paulo, contudo, era inteiramente diferente disso. Aquele que é verdadeiramente espiritual deve demonstrar o fruto do ESPÍRITO, exercendo predomínio sobre as obras da carne. Devemos observar que essa palavra, aqui traduzida por «contidas», também aparece na lista de Gal. 5:20, como obra da carne, aparecendo ali imediatamente antes de «ciúmes». É possível que esses dois defeitos de caráter tenham alguma conexão vital. As contendas começam quando surge a inveja no coração.
«As contendas são o resultado exterior do sentimento invejoso. (Ver Gal. 5:20; Clemente Rom. Cor. 3)». (Robertson e Plummér, in loc.).
«..e andais segundo o homem? ...» Isto é, de conformidade como o homem de inclinações «carnais», o homem controlado pelos apetites da natureza carnal. Paulo estabelecia aqui o contraste com o homem «espiritual», referido no primeiro versículo deste capítulo, que ele definiu como «experimentado» ou maduro (ver I Cor. 2:6). Aqueles crentes de Corinto, embora inchados com pensamentos de uma espiritualidade superior, na realidade eram homens controlados pelas paixões carnais, tal como qualquer outra pessoa deste mundo.
Variante Textual.
A operação autentica do ESPÍRITO SANTO derrota os impulsos carnais na experiência do crente. (Ver Rom. 8:3 e ss.). Os crentes de Corinto, pois, não contavam com uma autêntica operação do ESPÍRITO de DEUS em suas vidas.
«‘Andais como homens’, isto é, como homens sem regeneração. (Comparar com Mat. 16:23). ‘Segundo a carne e não segundo o ESPÍRITO’ (Ver Rom. 8:4 e Gál. 5:25,26)». (Faucett, in loc.).
Com essas palavras se pode comparar os trechos de Rom.3:5; 15:5 e Gál. 1:2, onde lemos «segundo JESUS CRISTO», quanto ao caráter dessa maneira de andar, o que também é um contraste com a maneira carnal de viver. Pois aquele que anda como CRISTO andou, segundo JESUS CRISTO, só pode fazê-lo por meio do ESPÍRITO de DEUS.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 38-40.
Paulo censura os coríntios pela fraqueza e incompetência deles. Aqueles que são santificados somente o são em parte: ainda há lugar para crescimento e aumento na graça e no conhecimento (2 Pe 3.18). Aqueles que são renovados pela graça divina para uma vida espiritual, ainda podem ser defeituosos em muitas coisas. O apóstolo lhes diz que “não lhes pôde falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em CRISTO” (v. 1).
Note que é tarefa do fiel ministro de CRISTO estudar a capacidade de entendimento de seus ouvintes e ensinar-lhes o quanto eles puderem suportar. E também é natural que os bebês cresçam até se tornarem homens; e bebês em CRISTO devem se empenhar em crescer em estatura e tornar-se homens em CRISTO. Espera-se que seu desenvolvimento no conhecimento seja proporcional aos seus recursos e oportunidades, e ao tempo da profissão da sua religião, que eles possam ser capazes de suportar discursos sobre os mistérios de nossa religião, e não descansar sempre em coisas simples e claras. Era uma vergonha para os coríntios que eles tivessem se sentado tanto tempo sob o ministério de Paulo e não tivessem feito progresso significativo no conhecimento cristão. Observe que os cristãos são totalmente culpados se não se empenham em crescer na graça e no conhecimento.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 436-437.
 
 Dom não é sinal de superioridade espiritual.
Falsa Profissão de Fé (7.21-23). Enquanto a advertência anterior estava particularmente voltada aos líderes religiosos, esta trata do grupo de membros dentro da Igreja. O verdadeiro teste do discipulado é a obediência. Nem mesmo a pregação e a operação de milagres em Nome de JESUS CRISTO prova que uma pessoa é aceita diante de DEUS.
1. Alei de CRISTO foi estabelecida (v, 21), “Nem todos aqueles que dizem Senhor, Senhor, entrarão no reino dos céus” , no reino da graça e da glória. Esta é uma resposta ao Salmo 15.1. "Quem habitará no teu tabernáculo?” A igreja militante. E quem morará no teu santo monte? A igreja triunfante. CRISTO está mostrando aqui:
(1) Que não basta dizer as palavras “Senhor, Senhor” para ter CRISTO como nosso Mestre, ou para se dirigir a Ele professando nossa religião. Nas orações a DEUS e nas conversas com os homens, devemos invocar o Senhor JESUS CRISTO. Quando dizemos "Senhor, Senhor”, estamos dizendo bem, pois é isso que Ele é (Jo 13.13). Mas será que imaginamos que isso é suficiente para nos levar ao céu, que essa expressão de formalidade deveria ser recompensada ou que Ele sabe e exige que o coração esteja presente nas demonstrações essenciais? Os cumprimentos entre os homens são uma demonstração de civilidade, retribuída com outros cumprimentos, e nunca são expressos como se fossem serviços reais. E o que dizer destes em relação a CRISTO? Pode haver uma aparente impertinência na oração “Senhor, Senhor” , mas se as impressões interiores não forem acompanhadas pelas correspondentes expressões exteriores, nossas palavras serão como o metal que soa ou como o sino que tine. Isso não nos deve impedir de dizer “Senhor, Senhor”, de orar, e de sermos sinceros nas nossas orações, de professar o nome de CRISTO, com toda clareza; porém jamais devemos expressar alguma forma de piedade sem o poder de DEUS.
(2) Que será necessário - para nossa felicidade – fazer a vontade de CRISTO, que na verdade, é a vontade do Pai celestial. A vontade de DEUS, como Pai de CRISTO, é a verdade que está no Evangelho, onde Ele é conhecido como Pai do nosso Senhor JESUS CRISTO e, através dele, O nosso Pai. Esta é a vontade de DEUS; que creiamos em CRISTO, nos arrependamos dos nossos pecados, vivamos uma vida santa e amemos uns aos outros. Essa é a sua vontade; a nossa santificação. Se não obedecermos à vontade de DEUS, estaremos zombando de CRISTO ao chamá-lo de Senhor, da mesma forma como fizeram aqueles que o vestiram com um manto suntuoso e disseram: “Salve, Rei dos Judeus” . Dizer e fazer são duas coisas que muitas vezes estão separadas nas palavras dos homens: existe aquele que diz: “Eu vou, senhor” , porém jamais dá sequer um passo na direção prometida (cap. 21.30). Mas DEUS reuniu essas duas coisas no seu mandamento, e nenhum homem poderá separá-las se quiser entrar no Reino dos céus.
2. O argumento dos hipócritas contra o rigor dessa lei oferece outras coisas no lugar da obediência (v. 22).
“ Senhor, Senhor”, a esse respeito, irão apelar a CRISTO com grande confiança. Senhor, não sabes: (1) “Não profetizamos nós em teu nome?”
Pode ser que sim. Balaão e Caifás foram usados pela profecia e, contra a sua vontade, Saul se encontrou entre os profetas. No entanto, isso não bastou para salvá-los. Eles profetizaram no nome do Senhor, mas não foram obedientes. Fizeram uso do seu nome apenas para servir a uma circunstância. Veja bem, o homem pode ser um pregador, pode ter os dons do ministério e até um chamado externo para exercê-lo; pode até ser bem-sucedido nisso e, ao mesmo tempo, ser um homem vil; pode ajudar os outros a ir para o céu e, no entanto, estar desqualificado e ficar fora dele. (2) “Em teu nome, não expulsamos demônios?” Isso também pode acontecer. Judas expulsou os demônios, no entanto, era filho da perdição. Orígenes diz que em seu tempo o nome de CRISTO era tão prevalecente para expulsar os demônios que, às vezes, esse nome também ajudava, mesmo quando era pronunciado por cristãos indignos.
Um homem pode expulsar o demônio de outros homens e ainda ter um demônio. (3) “Em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?” Pode haver alguma fé nos milagres, onde não existe nenhuma fé para a justificação; nenhuma fé que opera através do amor e da obediência. Os dons de línguas e de cura podem recomendar os homens ao mundo, mas somente a verdadeira piedade e santidade serão aceitas por DEUS. A graça e o amor são a maneira mais eficiente de remover montanhas, ou de falar as línguas espirituais (1 Co 13.1,2). A graça irá levar o homem para o céu mesmo sem milagres; porém os milagres nunca irão levar o homem para o céu sem a ajuda da graça. Observe que aqueles que confiam e colocam os seus corações na prática dessas obras, veem muitas maravilhas. Simão, o mágico, ficou atônito com os milagres (At 8.13), portanto daria qualquer quantia para ter o poder de fazer o mesmo. Veja que eles não tinham muitas boas obras para pleitear, nem podiam fingir que tinham feito muitas obras de piedade ou de caridade. Qualquer uma destas teria sido melhor para sua avaliação do que muitas e maravilhosas obras, que de nada serviriam enquanto persistissem na desobediência. Atualmente, os milagres continuam a acontecer. Mas será que o coração humano ainda encontra o encorajamento em esperanças infundadas, com seus vãos esteios? Aqueles que são descritos nesse versículo pensam que vão para o céu porque têm tido uma boa reputação entre os mestres da religião, observam o jejum, dão esmolas e têm sido promovidos na igreja, como se isso fosse suficiente para reparar seu permanente orgulho, mundanismo, sensualidade e a falta de amor a DEUS e ao próximo. Betel é a sua confiança (Jr 48.13), eles se ensoberbecem no monte santo de DEUS (Sf 3.11), e se vangloriam de ser o templo do Senhor (Jr 7.4). Devemos prestar atenção nos seus privilégios e performances externos para não nos enganarmos e não perecermos eternamente, como ocorre com as multidões, que seguram uma mentira em sua mão direita.
3. A rejeição desse argumento por ser frívolo. Aquele que é o Legislador (v. 21) está aqui como Juiz e, de acordo com essa lei (v. 23), irá publicamente anular esse argumento. Irá comunicar a eles, com toda solenidade possível, a sentença emitida pelo Juiz: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”. Observe:
(1) A razão e os fundamentos que Ele usa para rejeitá-los, e aos seus argumentos, se resume no fato de praticarem a iniquidade. Observe que é possível a um homem adquirir um nome notável como pessoa piedosa, e ainda assim ser um praticante de iniquidades. Aqueles que agem assim irão receber uma condenação maior. Quaisquer esconderijos secretos do pecado, guardados sob o manto de uma evidente profissão de fé, são a ruína dos homens. Anulam as pretensões dos hipócritas. Viver deliberadamente em pecado anula as pretensões dos homens, por mais capciosas que sejam.
(2) A maneira como esse argumento é expresso: “Nunca vos conheci”. “Nunca me pertencestes como servos, nem mesmo quando profetizáveis em meu nome, quando estáveis no auge da vossa profissão de fé, e éreis elogiados” . Isso indica que, se alguma vez o Senhor os tivesse conhecido, como Ele conhece aqueles que são seus, se os tivesse possuído e amado como se fossem seus, Ele os teria conhecido e possuído e amado até o fim. Mas Ele nunca os reconheceu, pois sempre soube que eram hipócritas e tinham o coração corrompido, como aconteceu com Judas. Portanto, Ele diz: “Apartai-vós de mim”.
Será que CRISTO precisava de tais convidados? Quando CRISTO veio em carne e osso, Ele chamou a si os pecadores ao arrependimento (cap. 9.13), e quando voltar novamente, coroado de glória, irá afastar de si os pecadores.
Aqueles que não forem até Ele para serem salvos deverão partir para serem condenados. Afastar-se de CRISTO será a razão fundamental da miséria de ser condenado, de ter sido desprovido de toda esperança dos benefícios da mediação de CRISTO. Ele não irá aceitar nem trazer a si no grande dia aqueles que, a seu serviço, não vão além de uma simples profissão de fé. Veja a que ponto um homem pode cair das alturas da esperança ao abismo da desgraça. Como pode ir para o inferno através das portas do céu! Essas deveriam ser palavras de alerta a todos os cristãos. Se um pregador que expulsa os demônios e realiza milagres for rejeitado por CRISTO porque praticou iniquidades, o que será dele, e o que seria de nós, caso isso acontecesse conosco? Se agirmos assim, isto certamente acontecerá conosco. No tribunal de DEUS, uma profissão de fé nunca Irá defender homem algum da prática e do vício do pecado, portanto todo aquele que pronuncia o nome de CRISTO deve abandonar toda Iniquidade.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 87-88.
Mt 7.22. Não profetizamos nós em teu nome? O uso de ou na pergunta pede a resposta afirmativa.
Eles afirmam ter profetizado ou pregado em nome de CRISTO e feito muitos milagres. Mas JESUS lhes arrancará a pele de ovelha e exporá o lobo voraz.
Mt 7.23. Nunca vos conheci. “Nunca me fui pessoalmente conhecido de vós” (conhecimento experimental).
O sucesso, segundo estimação do mundo, não é um critério de conhecer CRISTO e ter uma relação com ele. “Eu lhes direi abertamente”, o mesmo vocábulo usado para confessar CRISTO diante dos homens (Mt 10.32). Esta expressão JESUS usará para o anúncio público e franco do destino dessas pessoas.
A. T. ROBERTSON. COMENTÁRIO MATEUS & MARCOS A luz do novo testamento Grego. pag. 93-94.
 
EDIFICANDO A SI MESMO E AOS OUTROS
1. Edificando a si mesmo.
Diz Paulo que “O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja” (1 Co 14.4). É um aspecto muito interessante do propósito dos dons. O membro da igreja, em particular, precisa ser edificado, para que a coletividade, a igreja, também o seja. Não pode haver igreja edificada, se os membros não tiverem edificação espiritual. Quando o crente fala línguas, sem que haja intérprete, não edifica a igreja, porque o que fala fica sem entendimento para os demais. Mas não se deve proibir que o crente fale língua para si próprio ou baixinho (1 Co 14.39). Tão somente, deve ser ensinado que ele se controle e não eleve a voz, numa mensagem ininteligível. Há irmãos que, ao falar línguas, querem chamar a atenção para si, para mostrar que são espirituais. Isso é falta de maturidade.
O apóstolo ensina: “E, agora, irmãos, se eu for ter convosco falando línguas estranhas, que vos aproveitaria, se vos não falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina?” (1 Co 14.6). Ele quer dizer que, se falar língua sem interpretação, é ótimo para si próprio, pois “edifica a si mesmo”. Mas, se não houver interpretação, não haverá revelação, ciência, profecia ou doutrina. E a igreja fica sem edificação, sem aproveitamento. Daí, porque, no mesmo capítulo, ele exorta: “Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar. Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto” (1 Co 14.13,14).
Quem fala línguas, sem interpretação, “edifica-se a si mesmo”, mas “... não fala aos homens, senão a DEUS; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios” (1 Co 14.2). Naturalmente, quando o crente ora em línguas, mesmo que ele não saiba o sentido das palavras, DEUS o entende. O crente, batizado com o ESPÍRITO SANTO, deve procurar desenvolver uma adoração individual, plena da unção do ESPÍRITO SANTO. Há ocasiões em que as palavras do seu idioma nativo não conseguem expressar o que sua alma deseja dizer a DEUS, seja glorificando, intercedendo ou suplicando ao Senhor.
E nessas horas, quando o crente não sabe orar, que o ESPÍRITO SANTO intercede por ele de maneira especial. “E da mesma maneira também o ESPÍRITO ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo ESPÍRITO intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26). Esses “gemidos” do ESPÍRITO, pronunciados em línguas estranhas, são incompreensíveis ao que ora, mas perfeitamente entendidos por DEUS, pois há línguas estranhas que são linguagem do céu” (1 Co 13.1).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 28-29.
O apóstolo dos gentios jamais proibiu que se falassem em línguas (ver o trigésimo nono versículo deste capítulo), ainda que tivesse recomendado que as línguas, sem interpretação, não fossem usadas na adoração pública (ver os versículos vigésimo sétimo e vigésimo oitavo deste capítulo). As línguas particulares seriam altamente benéficas para cada crente, porquanto nada há de errado com a alma que se comunica com DEUS, ainda que o intelecto não tire proveito. No entanto, os crentes de Corinto apreciavam o caráter teatral das línguas, e lhe davam preferência acima da profecia, conforme este capítulo inteiro deixa subentendido. Esse foi o «abuso» que Paulo procurou corrigir.
O dom profético, em contraste com as línguas, é uma manifestação de natureza altruísta; portanto, está mais conforme ao grande princípio do amor cristão (altruísmo puro), segundo Paulo havia demonstrado no décimo terceiro capítulo desta epístola. Esse exaltado princípio do amor cristão é que deve governar todas as atividades da igreja cristã; portanto, em uma comunidade cristã bem orientada pelo Senhor, o dom profético terá proeminência sobre as línguas. A profecia é tão mais importante que o dom de línguas como a edificação da congregação inteira é mais importante que a edificação de uma única pessoa.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 216-217.
1. A interpretação da Escritura será para a sua edificação; eles podem ser exortados e confortados por ela (v. 3). E de fato, esses dois devem caminhar juntos. A obediência é o modo correto de confortar; e aqueles que são confortados devem tolerar ser exortados.
2. O que fala em línguas pode edificar-se a si mesmo (v. 4). Ele pode entender e ser afetado por aquilo que fala. A finalidade do falar na igreja é a edificação da igreja (v. 4), à qual se adapta o profetizar, ou o interpretar as Escrituras por inspiração ou de outra maneira. Note que é o dom mais desejável e vantajoso, que melhor responde aos propósitos da caridade e realiza o melhor bem; não que ele possa somente nos edificar, mas que também edificará a igreja. Tal é a profecia, ou a pregação, e a interpretação da Escritura, comparada com o falar em uma língua desconhecida.
3. De fato, nenhum dom deve ser desprezado, mas deve-se preferir os melhores. “E eu quero, diz o apóstolo, que todos vós faleis línguas estranhas, mas muito mais que profetizeis” (v. 5). “...porque o que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também interprete, para que a igreja receba edificação” (v. 5). Mais bem-aventurada coisa é dar que receber. O que interpreta a Escritura para edificar a igreja é maior do que aquele que fala línguas para recomendar-se a si mesmo. 
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 488- 489.
A profecia edifica a igreja (14.4-6). Como a profecia é entendida pelos homens, ela edifica a igreja (4). Falar em línguas desconhecidas serve apenas para fortalecer o indivíduo. Entretanto, Paulo não proíbe completamente esta prática: Quero que todos vós faleis línguas estranhas (5). O verbo quero, ou desejo (thelo), “não expressa uma ordem, mas uma concessão sob a forma de um desejo improvável de ser realizado (cf. 7.7)”.80 Quanto a essa declaração, Bruce escreve: Ele deixa claro que não está proibindo as línguas, mas insistindo na superioridade da profecia”. Paulo preferiu não proibir o falar em línguas. Entretanto ele indica, de forma rápida e distinta, que o dom de profecia é superior: ...mas muito mais que profetizeis.
O critério de avaliação de qualquer dom é o seu valor para a igreja. Mesmo quando Paulo faz a concessão do falar em línguas, ele imediatamente insiste que seu valor é menor que a profecia, a não ser que elas sejam interpretadas para que a igreja receba edificação (5). As palavras a não ser que também interprete “não se referem à particular interpretação de uma mensagem transmitida em línguas, mas ao dom permanente da interpretação... Paulo tem em vista uma pessoa que recebeu dois dons, o de falar em línguas e o de ter a sua interpretação”. Dessa forma, o apóstolo indica que qualquer glossolalia deveria ser interpretada para fortalecer a congregação.
Quando Paulo faz alusão à sua futura visita a Corinto, ele novamente faz da edificação da igreja o critério pelo qual se estabelece o valor dos dons do ESPÍRITO: Que vos aproveitaria, se vos não falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina? (6)
Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 349-350.
O dom da profecia está acima dos demais, pois seu objetivo principal foi ensinar e instruir outros nas coisas de sua salvação. Deviam cobiçar este dom mais do que todos os outros, até mais do que o de línguas, que naturalmente fazia uma profunda impressão sobre os coríntios e era considerado especialmente desejável.
Ouvem os sons de sua voz, mas não têm qualquer idéia sobre o significado de sua elocução, visto que no espírito fala ministérios, os segredos de DEUS continuam encobertos, ocultos aos ouvintes, e provavelmente também a quem fala. Doutro lado, aquele que profetiza, a pessoa que tem o dom da profecia, de fato fala às pessoas. Sua fala, sendo por eles entendida, serve como meio de comunicação; Comunica-lhes ideias, edificação e exortação e consolo. A fala daquele que profetiza serve para fazer os cristãos crescer em conhecimento, promovendo assim o progresso da igreja. Ela os admoesta, os estimula para se aplicarem mais sinceramente ao seu dever cristão. Dá-lhes força e consolo espiritual quando estão em perigo de serem dominados pelo medo. Esse, pois, é o propósito principal do culto público, que a Palavra de DEUS seja pregada e aplicada, que as pessoas possam entender o que é dito e sejam edificadas, admoestadas e confortadas. Este objetivo não é alcançado no caso daquele que fala em língua. Na melhor das hipóteses ele edifica a si mesmo, enquanto que aquele que profetiza edifica a assembleia da igreja.
Paulo, fazendo esta afirmação, não quer se entendido erradamente como se subestimasse o valor do dom de línguas: Não obstante desejar que todos vós falásseis em línguas, desejo muito antes que profetizásseis. Desta forma ele não faz quaisquer medíocres concessões aos coríntios, mas está bem consciente do fato que o dom de línguas poderia ter uma profunda impressão sobre um ímpio que chegasse à reunião deles e que poderia abrir caminho para sua conversão. Mas sabe, devido ao uso efetivo e prático, que o dom da profecia deve ser preferido. Além disso, aquele que profetiza é maior do que aquele que fala em línguas. Ocupa uma posição de maior utilidade e por isso também de maior dignidade, a não ser que, aquele que fala em línguas tem também, ao mesmo tempo, o dom e a capacidade de interpretar suas extáticas elocuções, de forma que todas as pessoas possam entendê-lo e a congregação receba, desta forma, edificação. Se Paulo tivesse sido só um orador em línguas, e incapaz para interpretar os mistérios que o ESPÍRITO SANTO exprimia através de sua boca, então o seu trabalho evidentemente não teria tido qualquer valor, a não ser que ele, de fato, se pudesse fazer entender por meio duma fala inteligível, em revelação e profecia, pelo ensino dos grandes mistérios que compreendeu, trazendo juntos tanto o conhecimento como a doutrina. Este apelo ao senso comum dos coríntios não podia deixar de convencê-los da verdade do argumento de Paulo, visto que sabiam que ele sempre buscou o bem-estar espiritual deles, e não sua própria satisfação e edificação espiritual.
KRETZMANN. Paul E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento. Editora Concordia Publishing House.
2. Edificando os outros.
Através de dons dessa ordem a igreja é verdadeiramente edificada, mediante uma atuação verdadeira de DEUS. Se fizessem o que era devido se distinguiriam deveras; mas, se, em seu orgulho, abusassem do dom de línguas, embora pensassem nisso residiria a sua glória, não passariam de crentes carnais e insensíveis para com as necessidades da comunidade cristã. Eles se tinham degradado. Para reverter isso, precisavam buscar exceder-se na edificação da igreja local.
«...a força desta passagem é aquela dada acima —cumpria-lhes buscarem os dons espirituais visando ao benefício alheio, e para se beneficiarem pessoalmente deveriam orar em línguas baixinho. Assim serviriam a seus irmãos na fé, no que deveriam abundar mais e mais (ver I Cor. 8:7 e I Tes. 4:1)». (Shore, in loc.).
Edificação
1. Esse é o objetivo mesmo do ofício ministerial (ver Efé. 4:11,12).
2. Com esse propósito é que os dons espirituais nos foram concedidos (ver I Cor. 14:3-5,12).
3. A perfeição e a união com CRISTO são seus alvos (ver Efé. 4:16).
4. A autonegação é necessária para seu pleno desenvolvimento (ver I Cor. 10:23,33).
5. Espera-se que os crentes se edifiquem mutuamente (ver Rom. 14:19). 6. Todas as ações efetuadas no seio da igreja precisam ter esse alvo em mira (ver Efé. 4:29).
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 219.
I Cor 14.12. “procurai com zelo” (AV: “ desejai” e “cobiçai ardentemente”, respectivamente). Paulo não censura o desejo deles, mas o toma como base para concitá-los a procurarem progredir, para a edificação da igreja. Precisamente mediante esta passagem, ele retorna a este pensamento. A coisa de valor para o cristão é que possa edificar outros. Embora seja seu direito desejar progredir no exercício de dons espirituais, deve procurar os dons úteis para a edificação.
Leon Monis. I Corintos Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag.
No versículo 12, Paulo volta incansavelmente ao seu ponto de maior ênfase: Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja. O primeiro objetivo do cristão deve ser a edificação da igreja e o fortalecimento dos seus membros. Se o crente quiser promover o bem-estar da igreja, ele analisará os seus dons de acordo com este critério.
Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 351.
 
Observação minha - Pr. Luiz Henrique - A melhor maneira do crente se tornar forte espiritualmente é orar em línguas, principalmente para expulsão de demônios. A solução para o crente é orar em casa em línguas na altura que lhe for necessária, mas quando estiver na igreja, deve orar baixinho para não atrapalhar os que estão ouvindo a pregação ou alguma manifestação do ESPÍRITO SANTO traga em profecias, pois esta profecia é na língua inelegível a todos e trará edificão a todos, enquanto o falar em línguas só trará crescimento ao que fala, pois estará se edificando somente a si próprio. P
É bom separarmos "Falar em línguas" de "Dom de Línguas".
"Falar em línguas" - Significa falar na língua de seu batismo no ESPÍRITO SANTO - o crente pode falar nessa língua a vida toda - essa é uma linguagem de oração - para edificação própria.
"Dom de Línguas" - o crente pode falar em vários tipos de línguas quando recebe esse dom - Línguas para se falar com o estrangeiro como em Atos 2, Língua para ser interpretada, Língua para oração intercessória como em Romanos 8.
aulo aconselha que o crente que possui dom de línguas (fala em diversas línguas) ore para que possa interpretá-las, assim poderá falar em voz alta na igreja e trará a interpretação a todos e todos serão edificados.
 
3. Edificando até o não crente.
Paulo teve coragem de dizer que era um “sábio arquiteto”, na edificação da igreja. Nem todo obreiro pode dizer isso, nos dias presentes. Os terrenos em que a igreja está sendo edificada são tão instáveis, que desafiam a capacidade de todos os engenheiros ou arquitetos. Os ventos fortes de falsas doutrinas e movimentos heréticos, disfarçados de genuínos movimentos cristãos conspiram contra a estabilidade e a unidade da Igreja de CRISTO. Os edificadores de hoje têm tantos ou maiores desafios do que os do tempo de Paulo, mesmo que tenham mais recursos humanos e técnicos que o apóstolo dos gentios.
Mas a missão dos obreiros do Senhor é cuidar da evangelização, buscando as almas que se integram à igreja, e o cuidado delas, através do discipulado autêntico, que se fundamenta na sã doutrina, esposada por JESUS CRISTO, e interpretada e aplicada pelos seus apóstolos e discípulos, ao longo da História. Os cristãos devem ser edificados para serem templos do ESPÍRITO SANTO (1 Co 6.19,20). E os dons são indispensáveis nessa edificação espiritual.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 30-31.
I Cor 14.9. Os crentes devem ser capazes de transmitir benefícios espirituais a seus ouvintes. Porém, se algum idioma não for compreendido pelos seus ouvintes, perde-se o desígnio inteiro da comunicação de ideias, e a voz humana se torna muito menos significativa do que o instrumento musical visto não haver transmitido pensamento ou sentimento nenhum.
«...como se falásseis ao ar...» Isso seria um ditado antigo, equivalente ao nosso moderno «falar a uma porta». Está em foco um falar inútil para os ouvinte, útil só para o falante, ao qual ninguém dá qualquer atenção, visto não transmitir qualquer entendimento.
Aquele que falava «ao ar» não tinha nenhum ouvinte ao alcance de sua voz; portanto, não podia transmitir ele qualquer mensagem. Assim também sucede ao dom de línguas, sem o dom da interpretação de línguas.
«...língua...» Essa palavra, que aparece aqui no singular, se refere à linguagem ou ao membro literal e físico da língua, que há no interior da boca; mas o contexto deixa claro que essa «língua» é o «falar em línguas», ou seja, mediante aquele dom do ESPÍRITO que recebe esse nome. A «língua» é o instrumento da comunicação verbal, tal como a trombeta, a harpa, a flauta, etc., são instrumentos de comunicação musical.
«Essa frase denota a inutilidade de um discurso ininteligível. Tal discurso morre na própria atmosfera, jamais atingindo a mente de um ouvinte».
(Kling, in loc.).
Tem utilidade particular, para o próprio crente que as fala; mas não tem uma utilidade coletiva, altruísta. Portanto, as línguas, caso não acompanhadas do dom paralelo da interpretação de línguas, devem ser praticadas em particular, e não publicamente.
I Cor 14.23. Os versículos vigésimo terceiro a vigésimo quinto fornecem-nos a sexta razão pela qual Paulo dizia que as «línguas» devem ser consideradas um dom espiritual inferior à profecia. Os «indoutos» e os «incrédulos», que estivessem presentes ao culto público, se ouvissem línguas sem a sua interpretação, tenderiam por sentir-se ofendidos, e poderiam até pensar que os que assim falassem estariam mentalmente desequilibrados. No entanto, a profecia serve de força poderosa, tanto na conversão dos incrédulos como na edificação dos crentes.
«...toda a igreja se reunir...» Paulo se referia ao culto público, à ordem eclesiástica, ao referir-se ao valor comparativo dos dons espirituais, cujo grande alvo é a edificação da comunidade; não aludia ao uso particular desses dons espirituais.
Os lares eram os lugares ordinários de reunião dos crentes, talvez por conveniência ou talvez por razões econômicas; pois os crentes primitivos tradicionalmente provinham das classes menos abastadas. (Ver I Cor. 1:26-28).
Nem todas as assembleias locais, quando se reuniam especificamente com o propósito de adorar, permitiam que «estranhos» (incrédulos) estivessem presentes. Mas isso dependia muito dos costumes locais. Os amigos (ou parentes) dos crentes, quase sem dúvida, eram admitidos em quase todas essas reuniões. Tais pessoas, entretanto, poderiam pensar que o exercício descontrolado do dom de línguas, em que um crente após outro exercia esse dom, visto que nada se entendia do que diziam, seria apenas um sinal de descontrole emocional, ou mesmo de insanidade mental.
«...indoutos...» (cap 16). Concluiu-se ali que esses «indoutos» seriam crentes, embora destituídos de «dons espirituais», ou, pelo menos, não possuidores do dom de línguas; e esses não simpatizariam com o exagero no exercício da «glossolalia», talvez até mesmo por motivo de inveja. Dificilmente poderíamos pensar que os mesmos seriam incrédulos (ainda que o vocábulo grego aqui empregado possa significar exatamente isso), porquanto dificilmente os tais diriam «Amém», ao que os crentes dissessem em suas reuniões (conforme Paulo declarou que tais pessoas naturalmente diriam, se porventura compreendessem o que ali fosse dito); e aqui, além disso, esses «indoutos» são contrastados com os «incrédulos». E o vocábulo grego usado para os tais indica exatamente isso; por conseguinte, não pode restar dúvida alguma quanto ao sentido dessa expressão. Ambos esses grupos, os «indoutos» e os «incrédulos», poderiam suspeitar de que aqueles que falavam em línguas eram indivíduos psicóticos, em maior ou menor grau, ou, pelo menos, que fossem pessoas mentalmente desequilibradas.
Pode-se comparar isso com as atitudes dos incrédulos, na narrativa de Atos 2:13, os quais pensavam que os crentes que falavam em línguas estivessem bêbedos. As passagens de Atos 12:15 e 26:24 são outros exemplos, existentes nas páginas do N.T., acerca dessas atitudes dos incrédulos para com os cristãos, o que se vem manifestando desde os longínquos tempos apostólicos até aos nossos próprios dias.
«...e todos se puserem a falar em outras línguas...» Isso indica o abuso a que haviam sujeitado as línguas. Mui provavelmente também falavam todos ao mesmo tempo, tal como os seus profetas, que não esperavam uns pelos outros. Assim sendo, mostravam-se descorteses e extremamente fanáticos no uso que faziam de seus dons espirituais. (Ver os versículos vigésimo nono em diante).
As observações contrárias de Paulo, por todo este capítulo, visam as línguas desacompanhadas de interpretação. Portanto, ele não contradiz, no presente versículo, a ideia de que as línguas são um sinal para os incrédulos.
Imaturidade Espiritual
1. A imaturidade espiritual se evidencia no egoísmo (ver Rom. 15:1), pois o amor é a verdadeira medida de nossa maturidade. Estás servindo a ti mesmo mais diligentemente do que ao próximo? Nesse caso, és um crente espiritualmente imaturo. A tua maturidade pode ser aquilatada pelo quanto serves aos outros.
2. Os crentes de Corinto demonstravam sua imaturidade ao transformarem a igreja em um teatro, onde os dons espirituais entraram em competição uns com os outros. Isso era destrutivo para a unidade e a paz, e, por conseguinte, para o desenvolvimento espiritual.
3. Os crentes coríntios, em surpreendente ausência de santificação, demonstravam a sua imaturidade quando, o tempo todo, se vangloriavam de seu grande avanço.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 218; 224-225.
Falar em línguas pode não ajudar os incrédulos (14.23-25). Agora Paulo apresenta um caso hipotético para os coríntios. O que acontecerá se toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem línguas estranhas (23). Como esse dom era desejável, conforme indicavam os coríntios, toda a igreja tinha o direito, e até a obrigação, de buscá-lo. Mas o que aconteceria se os incrédulos viessem a essa igreja, onde todos estivessem falando em línguas de forma desordenada? Não dirão, porventura, que estais loucos? Paulo não estava preocupado com as pesquisas de popularidade eclesiástica. Nem estava ajustando a mensagem do evangelho para conformá-la ao molde da opinião pública. O apóstolo entendia que a tarefa da igreja era atrair os incrédulos e conquistá-los para CRISTO. Ele estava alarmado com o fato de que, ao invés de ajudar a converter os pecadores, o ato de falar em línguas de forma desordenada poderia despertar somente o escárnio e o desprezo dos descrentes.
Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 352.
O efeito do dom da profecia é totalmente diferente: Mas se todos profetizam, e entra alguma pessoa descrente ou ignorante, esta por todos será persuadida, por todos julgada. O dom da profecia incluía ser examinado pelas palavras de saber onisciente, sendo reveladas as coisas secretas, ou os pecados ocultos, de seu coração. E o resultado, evidentemente, podia ser que uma pessoa assim iria prostrar-se sobre seu rosto e adorar a DEUS, admitindo publicamente que DEUS estava em meio á congregação cristã. Nada é mais poderoso do que a viva Palavra de DEUS, pela qual Ele examina os corações e as mentes, Hb. 4. 12, e discerne os pensamentos e as intenções do coração. Desta forma o dom da profecia resultaria não só no ganho de almas para CRISTO, mas também no dar glória ao Senhor.
KRETZMANN. Paul E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento. Editora Concordia Publishing House.
 
EDIFICAR TODO O CORPO DE CRISTO
1. Os dons na igreja.
«...de quem...» Paulo emprega aqui uma metáfora fisiológica, tal como o faz em Col. 2:19. Na epístola aos Colossenses a metáfora por ele empregada salienta o fato que a criação inteira depende de CRISTO como cabeça, unificador, restaurador e governador de tudo. Aqui, embora idêntica linguagem seja usada, a porção enfatizada é CRISTO, como cabeça da igreja, a qual é o seu corpo. 6 do Cabeça que o corpo recebe suas energias e poderes vitais, como também a sua coesão. Entretanto, no corpo há também aquela coesão mútua e aquela participação nas energias vitais de uma união perfeita, a despeito do que essa participação vital de energias mútuas depende do Cabeça, já que ele é a origem da mesma e o seu unificador. Por conseguinte, há uma certa «interdependência»' no corpo, nenhum membro fica isolado, e nenhum membro possui a vida espiritual vital que se encontra no próprio corpo. E também há uma dependência mútua do corpo inteiro ao Cabeça, para que receba essa mesma energia de vida divina.
«...bem ajustado e consolidado...» Um corpo se caracteriza pela maravilhosa cooperação de muitos elementos, que são perfeitamente unidos um ao outro. É a essa admirável unidade de muitas porções que Paulo se refere, fazendo disso uma ilustração de como tal condição deveria prevalecer na igreja. São usados verbos no particípio presente a fim de salientar como essa unidade, tão intricada e perfeita em sua natureza e atuação, deve existir na forma de uma operação contínua. As ideias de «harmonia», de «adaptação», de< «solidariedade» e de «unidade na diversidade», são assim expressas. (Comparar com Col. 2:2,19).
Nomes, seitas e partidos caem:
Tu, ó CRISTO, és tudo em todos!
Esses dois verbos têm sido variegadamente compreendidos, a saber:
«...toda junta...» Quanto a estas palavras também têm havido diferenças de opinião, ou seja:
As juntas realmente não suprem e nem propagam a vitalidade do corpo. É bem possível que ele tivesse feito alusão às «juntas». Existe uma vida, uma energia vital, que vem primeiramente do Cabeça, e que então se difunde por todo o corpo. Por essa razão, o corpo ê vivificado pela vida divina; pois a participação na mesma vida, que vem da mesma fonte originária, é motivo de uma união perfeita. Cada porção, pois, tanto é beneficiada como serve de canal mediante o qual a vida é passada para outras porções.
• «... segundo a justa cooperação de cada parte...» De acordo com a tradução inglesa RSV (aqui vertida para o português), isso quer dizer «...quando cada porção está operando apropriadamente...» Neste caso, «apropriadamente» é tradução do original grego «en metro», literalmente, «por medida»; e é bem provável que isso aluda às palavras «...segundo a proporção do dom de CRISTO...», do sétimo versículo deste capítulo. Por conseguinte, cada «...parte...» (ou membro) tem um dom, ou seja, serve de entidade que dispersa a vida de CRISTO no corpo, como agente de desenvolvimento espiritual. Portanto, cada crente, «de acordo com sua medida e capacidade» no corpo, torna-se um «contato» mediante o que a vitalidade do ESPÍRITO de DEUS é dispersa por todo o corpo.
«...edificação de si mesmo em amor...» (Efé. 4:12). Cumpre-nos observar que todo esse processo de crescimento e nutrição, que produz a maturidade espiritual, se alicerça sobre o «amor», pois Paulo reiterava a ideia que mencionara no versículo anterior. («importância do amor cristão»). Isso concorda com o que se lê em I Cor. 12-14. Os dons espirituais devem ser buscados, pois são necessários; mas só são úteis esses dons quando são administrados em «amor» (ver o décimo terceiro capítulo da primeira epístola aos Coríntios), pois essa virtude ê maior que todos os dons espirituais. Assim é que um dom espiritual administrado na igreja sem o concurso do amor, não será de grande utilidade na igreja. Boas obras, feitas sem o condimento do amor, não valem coisa alguma aos olhos de DEUS. O amor é o elemento onde funcionam a unidade verdadeira e o benefício mútuo no corpo de CRISTO. Sem amor, essa realização é simplesmente impossível. «...O amor edifica...» (I Cor. 8:1). O amor «...é o vínculo da perfeição...» (Col. 3:14). Isso mostra-nos a suprema importância do amor, porque é mediante o amor que CRISTO «habita em nossos corações»; e é nesse amor que chegamos a conhecer a pessoa de CRISTO, mediante a iluminação do ESPÍRITO SANTO. (Ver Efé. 3:17-19). O próprio vocábulo «amor» fala sobre «mutualidade», fala sobre «harmonia», «participação», «cuidado pelo próximo», sendo contrário às ideias do «egoísmo», da «cobiça», da «facção» e do «ódio».
Ao mencionar a harmonia e a participação na vida mútua que o amor cristão propicia, Paulo chega ao final da presente secção, reiterando a ideia de unidade, que inspirou esta passagem, a começar por Efé. 4:1, como é necessário nos suportarmos uns aos outros em amor, tendo em vista a preservação da unidade do ESPÍRITO no vínculo da paz. (Ver Efé. 4:3).
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 605.
Ef 4.16. É somente de CRISTO, como Cabeça, que o corpo recebe toda sua capacidade para crescer e para desenvolver sua atividade, recebendo assim uma direção única para funcionar como entidade coordenada. Colossenses 2:19 é um texto paralelo bem próximo deste versículo, e ambos deveriam ser estudados em conjunto. A palavra traduzida junta (haphê) - O uso da palavra tanto no contexto quanto no âmbito restrito da medicina justifica a sua tradução por “junta”, e assim, afirma que é pelo auxilio de toda junta, com que o corpo é equipado, é que o crescimento e funcionamento verdadeiros se tornam possíveis. Em outras palavras, o corpo depende para seu crescimento e atividade: da direção do Senhor, de Sua provisão para tudo o que necessita (compare versículos 11, 12), e também do bom relacionamento entre os membros.
E agora estamos de volta com uma palavra que se tornou familiar nesta epístola (1,19 e 3:7), pois o apóstolo deixa de considerar os membros e a conexão entre eles para tratar da justa cooperação de todo o corpo. A “energização” de DEUS no corpo todo torna possível este funcionamento de cada parte, em sua medida e de acordo com sua necessidade. Então menciona-se mais uma vez o propósito do crescimento, e está claro que cada membro não procura o seu próprio crescimento, mas o do corpo como um todo: não sua própria edificação, mas a edificação do todo. Basicamente, a edificação não é o aumento numérico da Igreja, mas o crescimento espiritual. E este crescimento é acima de tudo em amor. Esta pequena frase aparece novamente (1:4; 3:17; 4:2; 5:2), pois o amor determina que cada membro procurará a edificação de todos. Então, sem dúvida, se houver a comunhão da convivência em amor e a demonstração da verdade em amor, o aumento numérico virá como consequência natural.
Francis Foulkes. Efésios Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 103-104.
Ef 4.16 - Este versículo sintetiza de fato todo o trecho precedente: partindo da unidade de DEUS e de seu agir no corpo de CRISTO, o olhar se estende para a multiplicidade dos dons distribuídos aos crentes. Na sequência, Paulo destaca as tarefas específicas dos apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres no preparo dos santos, para que a igreja de CRISTO possa alcançar a idade adulta e resistir a doutrinas ardilosas e enganosas. Por fim o apóstolo enfoca novamente a cooperação de todos na edificação do corpo. A característica marcante de toda a incumbência é que a edificação acontece “no amor” (v. 13). Isso sucede quando o conhecimento do amor de CRISTO (Ef 3.19) cresce mais e mais e por isso também se fala a verdade em amor (Ef 4.15).
Eberhard Hahn. Comentário Esperança Efésios. Editora Evangélica Esperança.
 
2. Os sábios arquitetos do Corpo de CRISTO.
I Cor 13.9. Nosso conhecimento é parcial, até mesmo com a ajuda dos mais elevados dons da sabedoria e do conhecimento. Essa admissão é declaração, feitas pelo apóstolo, deveria ensinar-nos a sermos cautelosos quando cercamos a DEUS com os nossos dogmas, como se, já sabendo tudo quanto tem importância, não precisássemos mais de fazer qualquer pesquisa honesta pela verdade. A tendência da religião «ortodoxa» é olvidar-se desse grande fato, apodando de heterodoxa qualquer opinião que não se adapte facilmente dentro dos limites dos dogmas já aceitos.
Da covardia que teme novas verdades,
Da preguiça que aceita meias-verdades,
Da arrogância que conhece toda a verdade,
Oh, Senhor, livra-nos. (Arthur Ford).
Os intelectuais de Corinto faziam uma ideia exagerada da grandiosidade de seu conhecimento. Foi mister que Paulo lhes lembrasse que, quando muito, o que sabiam era parcial; e ele nem ao menos aborda aqui o problema dos «erros» incorporados no sistema deles.  Para nós o conhecimento se acha em estado de constante expansão, nunca chegando a um ponto final. Todos os campos do conhecimento, das ciências à teologia, estão sempre franqueados à modificação e revisão, à medida que nossos conceitos são expandidos e aprofundados.
O conhecimento e a profecia, pois, conforme os conhecemos e podemos conhecer, serão sempre indiretos, parciais e fragmentários; e disso participam os tipos exatos de descrição que a moderna epistemologia atribui a todo o conhecimento, incluindo o conhecimento científico.
«Conhecimento e pregação são ambos incompletos; portanto, quando esta dispensação terminar, e a dispensação completa for inaugurada, então esses dons imperfeitos cessarão. Os dons espirituais são apenas os implementos da lavoura divina; as graças são as próprias sementes.
O argumento usado por Paulo é que aquilo que é «parcial» e «imperfeito», em face dessas mesmas características, não pode ser permanente. O amor, por outro lado, sendo perfeito, é permanente. Um conhecimento mais elevado, um conhecimento perfeito, é possível; mas isso somente quando da inauguração do estado eterno.
E isso é um poderoso argumento em favor da possibilidade da continuação dos dons miraculosos (e não miraculosos), continuação essa que prosseguirá até à «parousia» ou segunda vinda de JESUS CRISTO. Isso vai de encontro aos argumentos distorcidos de alguns, que pretendem eliminar os dons miraculosos, como se os mesmos houvessem desaparecido quase imediatamente depois da era apostólica, os quais supõem encontrar base bíblica para essa opinião no fato que o oitavo versículo deste capít. diz que esses dons eventualmente «cessarão». Ê verdade que os dons espirituais cessarão; mas o tempo é definidamente determinado no presente versículo, isto é, no fim da presente era da graça, quando da segunda vinda de CRISTO. Porém, enquanto não vier o que é perfeito, teremos necessidade dos dons espirituais «imperfeitos» visto que eles são muito, muito superiores a qualquer coisa meramente humana.
Paulo está antecipando a perfeição que a segunda vinda de CRISTO trará. Os dons existem.
Haverá uma grande transição de uma dispensação para outra, da era presente para o estado eterno, em razão do segundo advento de CRISTO. Essa transição é pintada pelo apóstolo Paulo mediante aquilo que tem lugar entre a meninice e a idade adulta. A «meninice», neste caso, representa a era inteira da imperfeição, a nossa era presente. Não importa quão grandemente os dons sejam desenvolvidos, não importa quão elevada se torne a nossa sabedoria e o nosso conhecimento, e não importa quão eloquentes se tornem a profecia e as línguas—em comparação com o que haverá eventualmente, tudo quanto obtivermos agora é apenas brinquedo de crianças, sentimentos infantis, pensamentos infantis, coisas próprias de meninos. Isso serve de poderosa ilustração instrutiva, sobre a estatura de nosso presente conhecimento.
Esta vida, portanto, consiste em uma «infância espiritual», e a era vindoura, ou melhor, a eternidade, será a «idade adulta espiritual». Isso é muito encorajador, pelo progresso dos séculos, o que, para nós, indica um progresso de natureza espiritual, o abandono de todas as imperfeições, o aprendizado da perfeição.
«Quantos pontos de vista estreitos, quantas noções indistintas das coisas, têm as crianças, em comparação com os adultos! E quão naturalmente os homens, quando a razão se lhes amadurece, desprezam e dispensam os seus pensamentos infantis, pondo-os de lado, rejeitando-os, considerando-os como nada! Assim é que pensaremos sobre nossos dons mais valiosos e aquisições neste mundo, quando chegarmos ao céu». (Matthew Henry, in loc.).
1) O amor torna os dons da vida aproveitáveis, 1-3;
2) O amor transforma os relacionamentos da vida em algo maravilhoso, 4-7;
3) O amor faz com que as contribuições da vida se tornem eternas, 8-13 (da obra Sermon Outlines on Favorite Bible Chapters).
Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 347-348.
Visto que a asserção que os dons de conhecimento e de profecia cessarão podia parecer estranho, Paulo explica sua afirmação: Pois em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o imperfeito será abolido. Nosso conhecimento é imperfeito neste mundo, inadequado para um entendimento completo de DEUS, de Sua essência, de Sua vontade. Entendemos somente partes pequenas da verdade eterna e celeste, mesmo tendo nós uma razão cristã iluminada. Não temos uma visão compreensiva do total, da ligação dos pensamentos e conselhos divinos. A plenitude da magnitude e majestade de DEUS ainda nos é desconhecida.
Fé, esperança e amor permanecem na eternidade, porque o que o cristão crê, espera e ama permanece para sempre, visto que DEUS é eterno, com quem estamos unidos na fé, na esperança e no amor. Esta conclusão é praticamente exigida pela afirmação que todas as coisas imperfeitas serão abolidas. Pois o apóstolo não diz destes três que são imperfeitos, ou seja, que cremos em parte, que esperamos em parte, que amamos em parte. A fé, mesmo a fé fraca, ainda que conhece a DEUS só em parte, aceita, porém, como fé salvadora, o DEUS inteiro, o CRISTO inteiro, a redenção inteira em CRISTO, e o pleno perdão dos pecados. Também a esperança, mesmo vendo e conhecendo somente alguns raios da glória vindoura, tem, ainda assim, o futuro total como seu alvo. E o amor se concentra sobre o inteiro DEUS trino de nossa salvação, e não sobre algum restinho miserável.
Resumo: O apóstolo louva o alto valor do amor, dá uma descrição de seus aspectos essenciais, e descreve sua duração eterna.
KRETZMANN. Paul E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento. Editora Concordia Publishing House.
 
3. Despenseiros dos dons.
10. Vida na comunidade cristã é vida de serviço aos outros. JESUS foi o Servo de DEUS, Aquele que “não veio para ser servido, mas para servir” (Mc 10.45). Na Sua vida, tal como nos mostram os Evangelhos, Ele demonstrou esse princípio, servindo ao Seu povo e aos Seus (como ilustrado em Jo 13.1-17). Servi uns aos outros é, assim, um chamado a sair de si mesmo e dos seus problemas, e se dedicar aos outros. É  essa exteriorização que está o fundamento da ética cristã, como vida de serviço aos outros “enquanto outros” (ou seja, não uma extensão de mim próprio, ou “outros” a quem eu comando ou manipulo, e coloco dentro do meu esquema). A palavra grega é diakonuntes, de onde vem diaconia, serviço. Aqui, ela tem um significado abrangente, incluindo todo tipo de serviço que se pode prestar a outros (em palavra e ação).
Essa diaconia é possível porque todos receberam dons com os quais podem servir aos outros. Charisma é o termo usualmente empregado no N.T. para se referir aos chamados “dons espirituais”. São várias as definições e especificações deles (cf. 1 Co 12; Rm 12; Ef 4); trata-se de capacidades que DEUS concede a todos os cristãos (associadas à habitação do ESPÍRITO SANTO neles, 1 Co 12.7) para o serviço dentro do contexto da comunidade cristã. Podem se tratar de talentos naturais que recebem um novo impulso e uma nova orientação pela ação do ESPÍRITO, ou de capacitações originais, concedidas ao crente para que com elas sirva aos outros.
Esta questão dos dons às vezes tem causado polêmicas entre os cristãos. Nunca devemos perder de vista que são dados soberanamente pelo ESPÍRITO SANTO, e que sua função é servir (nada mais que isso; usá-los para autopromoção é absolutamente contrário à sua natureza, sendo uma atitude exemplarmente repreendida em At 8.18-24).
Importante é também que cada um dos crentes recebeu um dom, o que, de saída, nivela a todos, e toma todos igualmente importantes uns para os outros. Cada um deve colocar o dom que tem a serviço de todos, porque, ao receberem dons, os cristãos se tomam despenseiros da graça de DEUS. A charis (graça) é a fonte dos charisma (dons, carismas). Quem os recebe, recebe graça de DEUS, e os recebe por causa da graça de DEUS que lhes concedeu o ESPÍRITO SANTO. Ter um dom espiritual, então, é ter um “depósito de graça”, que deve extravasar (porque graça é para ser doada). Despenseiros é oikonomoi, um termo técnico referente ao mordomo, o administrador da casa (lembrando que “casa” é a oikos do mundo da época, uma instituição social fundamental, a “comunidade doméstica” que incluía família e trabalhadores, bem como os hóspedes). O oikonomos era o encarregado de atender as necessidades de todos, administrando os bens nessa direção. E uma bela figura para o papel dos cristãos na igreja (e note-se que todos o são). Todos na “casa de DEUS” têm necessidade de “graça”, e todos são chamados a suprir essa necessidade mutuamente. E não devemos espiritualizar em demasia a questão, pois essas necessidades muitas vezes serão bem materiais e rotineiras. E o chamado ainda é para ser bons despenseiros, estando implícito que se pode não ser um bom administrador da graça de DEUS. Vem a propósito aqui a parábola do bom e do mau oikonomos (mordomo), de Lc 12.42-48 (especialmente pelo contexto escatológico).
A graça de DEUS, por fim, é multiforme. Visualmente, isso seria como um cristal que reflete a luz em vários matizes e uma sempre nova e surpreendente combinação de cores e tons. Esse conceito é importante e tem sido desprezado na prática, muitas vezes, pelos cristãos. Está subentendido que a questão dos dons é sempre dinâmica. Não podemos deduzir uma lista fixa de dons a partir das passagens do N.T. que falam sobre o assunto, e mantê-los a todo custo como os únicos dons espirituais.
DEUS dá os dons de modo multiforme, de acordo com as características locais e as necessidades do momento. Quando a situação muda, quando novos quadros se apresentam, Ele dará os dons de forma apropriada à nova realidade, sempre nos surpreendendo com o Seu agir. Multiforme também significa, para um mundo dividido como o nosso em culturas e características regionais bastante diferenciadas, que o ESPÍRITO leva em conta essa diversificação e trabalha dentro dela. Indispensável nas relações entre os cristãos (também a nível internacional) é a eliminação de todo resquício de prepotência e espírito de julgamento, e a disposição ao amor e ao serviço ao outro como outro (respeitando-o e valorizando-o naquilo em que é diferente de mim ou de nós).
I Ped 4.11. Na comunidade cristã, esta graça de DEUS (ou a ausência dela) revela-se também na forma como a comunidade é organizada. Todos receberam dons; portanto, todos participam de uma forma ou outra. Não há maiores ou melhores entre os cristãos, todos receberam de DEUS o que possuem, e isso nivela a todos de forma irrevogável. A distinção entre os dons é funcional, e não de classe (a sociedade cristã é sem classes, G1 3.28). 1 Pedro apresenta uma divisão muito simples entre os dons.
Basicamente há dois tipos de dons, que correspondem às duas formas básicas em que o evangelho de CRISTO é Se alguém fala inclui, assim, todos os tipos de ministério a igreja que primam pela comunicação da graça de DEUS em palavra (pregação missionária, pregação pastoral, ensino, etc.; hoje teríamos de incluir a palavra escrita, a literatura). A estes a exortação é que fale de acordo com os oráculos de DEUS. A expressão grega é bem breve, e por isso está sujeita a várias leituras dá então, o sentido literal “se alguém fala, como palavra de DEUS”. O sentido é bem preservada na nossa versão ARA, Quem falar na comunidade cristã, deve fazê-lo em acordo com o falar de DEUS. O termo logia está se referindo, provavelmente, de forma bem ampla à palavra de DEUS (nas Escrituras do A.T., na pregação de JESUS e dos apóstolos, nas mensagens dos profetas nas congregações cristãs). A Bíblia tem, na igreja cristã, justamente essa função de ser “cânon”, regra e critério para o falar de todos os cristãos. DEUS falou, e o nosso falar deve se guiar pelo dEle. Naturalmente, o nosso falar terá suas formas próprias de expressão (um apego legalista à “linguagem de Canaã”, a linguagem das traduções da Bíblia em português, não seria muito bíblico). Dentro da nossa realidade e situação concreta, o nosso falar será nosso, sem dúvida, mas a partir da inspiração e do critério que representa o falar de DEUS (por ele também deverá ser julgado o nosso falar). Isto se aplica à pregação nas igrejas, aos estudos bíblicos comunitários e em grupos, à pregação evangelística também ao labor teológico dos que a isso são chamados dentro da igreja, pois teologia é pensar e expressar o falar de DEUS para dentro de uma nova geração, dentro de um novo contexto sócio-cultural e político, dentro de uma nova configuração psico-cultural representada por cada uma das partes da multiforme igreja de DEUS; sendo assim a pregação e a teologia tarefas que perpetuamente se renovam, para poderem ser fiéis tanto ao falar de DEUS como ao mundo em que este falar de DEUS deve ser anunciado e vivido.
Se alguém serve dá aqui um sentido um pouco mais restrito de diakonein do que no versículo anterior (onde ele resumia todo o ministério cristão). Aqui, a palavra designa os dons considerados como propriamente “de serviço”, e que já na época podiam ser os mais diversos (exemplos teríamos em Rm 12.8, “o que contribui”, “o que preside”, “quem exerce misericórdia”). Pode se incluir aqui tudo que a comunidade necessitar para a sua organização, para o seu culto, todos aqueles pequenos itens técnicos que tantas vezes são simplesmente “pressupostos”, sem que se dê conta de que foram feitos por alguém (talvez com mais amor do que os serviços que mais aparecem), e sem que, talvez, sejam valorizados adequadamente. O versículo também não exclui (e não vemos razões por que excluir) o serviço prestado para fora da comunidade cristã, onde de muitas maneiras os cristãos podem dar eloquente testemunho de sua fé, simplesmente servindo aos outros (cf. 3.1, sobre o testemunho de mulheres aos maridos não-crentes). O fator determinante nesse serviço parece ser a “necessidade” concreta e imediata (cf. At 2.45, “à medida que alguém tinha necessidade”), especialmente as necessidades materiais (que é o assunto de que se fala no texto mencionado de Atos; várias vezes no N.T. diakonia refere-se a uma coleta em dinheiro que se levantava na igreja para as igrejas e os cristãos mais pobres cf. 2 Co 8.4,20; 9.1,12).
A mesma divisão simples do trabalho na comunidade cristã encontramos também em At 6.1-7, onde os serviços são divididos em “serviço da palavra” e “serviço das mesas” (a distribuição de pão entre os pobres da comunidade). E não há primazia de uns sobre outros; porquanto os que se dedicam à palavra são fundamentais para a igreja, ela também não subsistiria sem estes outros, que igualmente devem ser “cheios do ESPÍRITO e de sabedoria” (At 6.3). Também as igrejas de hoje são chamadas a observar este duplo ministério cristão, dando o devido valor ao serviço da palavra, mas não permitindo que ele faça com que o serviço do amor seja negligenciado. Pelo contrário, um ministério da palavra que seja realmente “de acordo com os oráculos de DEUS” vai saber privilegiar o serviço de amor como forma eloquente de presença cristã no mundo, tal como foi a presença serviçal do Senhor da igreja em meio aos pobres deste mundo. Principalmente em realidades sofridas como as do Brasil e do Terceiro Mundo em geral, a presença cristã dessa forma é fundamental.
Quem serve, faça-o na força que DEUS supre. O termo ischyos (força) na maioria das vezes significa “força física”, evidenciando que os serviços são trabalhos que se realizam em prol dos outros, coisas talvez bem “mundanas” e do dia-a-dia, que os cristãos talvez não saibam valorizar direito como dons concedidos pelo ESPÍRITO de DEUS. Aos cansados neste serviço, fica a lembrança de que DEUS supre as forças necessárias para ele. Por isso, ele deve ser feito de tal modo que DEUS seja glorificado através dele (cf. 2.12, “observando as vossas obras, glorifiquem a DEUS; Mt 5.16); ou seja, é importante a humildade daquele que serve, de não atrair para si uma glória que é de DEUS, doador da graça e das forças (de todas as dádivas que nos dão e sustentam a vida no corpo). Em todas as cousas se refere ao todo do ministério cristão: que tanto no serviço da palavra como no serviço de amor seja DEUS glorificado. Como costumamos ver glória a DEUS mais na pregação da palavra do que no serviço, não custa insistir em que todos os pequenos trabalhos de amor do cristão em prol dos outros glorificam a DEUS, sendo dignos de que a eles nos dediquemos. Cl 3.17 oferece um bom comentário neste ponto. A glória vai a DEUS por meio de JESUS CRISTO, sendo importante que atentemos devidamente para essa mediação, tanto em termos do pensamento e das intenções da pessoa que serve, como em termos de que haja algum tipo de reconhecimento final de que JESUS CRISTO está presente no serviço cristão (embora, quanto a isso, Mt 25.31-46). A quem 1 Pedro 4.11. pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos pode se referir tanto a DEUS como a JESUS CRISTO. Na verdade, nem parece conveniente tomá-los separadamente. A glória e o domínio que pertencem a DEUS foram concedidos a JESUS CRISTO na Sua ascensão (3.22; Ap 11.15), sendo uma glória que Ele já tinha antes mesmo de vir ao mundo (Jo 17.5).
Arriên é tanto uma expressão de reconhecimento (“realmente é assim”; cf. o “em verdade, em verdade” de JESUS, Jo 3.5,11, etc.) como de desejo piedoso (“assim seja”, não tanto de que “seja” na realidade de DEUS, onde já é, mas de que seja reconhecido neste mundo como tal).
Ênio R. Mueller. I Pedro. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 238-243.
I Ped 4.10 Cada um, conforme recebeu um dom da graça – servi uns aos outros com ele como bons administradores da multiforme graça de DEUS. Visto que os dons da graça (em grego: charisma) são dados pelo ESPÍRITO SANTO, eles também são chamados de “dons do ESPÍRITO” (1Co 14.1). Este versículo presta uma importante contribuição para a pergunta a respeito do que são os carismas e como devem ser exercidos. O contexto demonstra que ser hospitaleiro, falar a palavra de DEUS e exercer a diaconia são serviços dos dons da graça. O NT, portanto, não restringe o termo “dom da graça” aos dons particularmente notórios, p. ex., cura de enfermos (1Co 12.9) ou línguas (1Co 12.10; 14.13). Quem pratica de modo alegre e consciente a hospitalidade provavelmente obteve um carisma para isso. Porém, todo aquele que recebeu um dom para a edificação da igreja é um “carismático”. Pedro não escreve: “cada um, quando recebeu um dom da graça”, mas como (ou: “na proporção em que”) recebeu. Logo tem por certo que cada cristão participa da multiforme graça de DEUS, que consequentemente também possui dons da graça. Não é possível produzi-los a partir de si mesmo, mas somente recebê-los. É verdade que podemos “buscá-los” (1Co 14.1), mas sempre continuarão sendo dádiva de DEUS através do ESPÍRITO SANTO. Servi uns aos outros com eles significa: os dons da graça foram dados para o serviço mútuo.
Uwe Holmer. Comentário Esperança Cartas aos I Pedro. Editora Evangélica Esperança.
I Cor 4.1. Tendo apresentado a sua polêmica contra o espírito faccioso, Paulo agora passa a mostrar qual deve ser a atitude certa dos crentes para com os verdadeiros ministros do evangelho, e, em particular, para com ele mesmo, que era um apóstolo autêntico, que tinha apresentado muitas evidências sobre a validade do seu apostolado. Em Corinto havia detratores de Paulo que haviam convencido a alguns dos membros daquela igreja que ele não era verdadeiro apóstolo. O nono capítulo da presente epístola expõe a defesa de Paulo contra essa calúnia. No capítulo que ora iniciamos a comentar, porém, esse apóstolo mostra-nos que tais detratores, ao denegri-lo, tão somente deixavam de mostrar o devido respeito pela dignidade de seu oficio, que lhe fora conferido pelo Senhor. Isso era apenas um outro resultado negativo do fato de se terem deixado encantar pelos líderes de diversas facções, os quais exaltavam aos homens e se gloriavam no homem. Os ministros autênticos da Palavra de DEUS não podem estar sujeitos aos caprichos da comunidade religiosa, e contra esse abuso, Paulo agora fazia objeção firme.
A Fidelidade
1. Essa deveria ser uma das características essenciais de todos os crentes professos (ver Efé. 1:1 e Apo. 17:14).
2. A fidelidade se exibe no serviço prestado (ver Mat. 24:45), e na pregação da Palavra (ver II Cor. 2:17).
3. Deveria ser tão geral que incluísse todas as coisas (ver I Tim. 3:11).
4. Não pode haver período de férias no campo da fidelidade (ver Apo. 2:10).
5. Ela redunda em uma espécie notável de bem-aventurança (ver Mat. 24:45,46).
6. Consideremos o exemplo de Paulo (ver Atos 20:20,27). «...ministros...» Paulo substitui aqui o termo grego mais comum, «diakonos» pelo vocábulo grego «uperetes». Originalmente, essa palavra indicava aqueles que manuseavam a fileira de remos mais inferior de uma trirreme; em seguida veio a significar qualquer pessoa que serve subordinada a outra, um «servo», um «assistente», um «ajudante». Mediante o uso dessa palavra, pois, o apóstolo dos gentios assume sua correta posição como servo de JESUS CRISTO. Ele não exalta a si mesmo, como se exigisse ser respeitado devido aos seus próprios méritos; não obstante, não é coisa de pouca monta ser um homem um verdadeiro ministro do grande Rei, o Senhor JESUS CRISTO. Tais ministros requerem um respeito verdadeiro da parte daqueles para quem ministram.
«...despenseiros...» é tradução do vocábulo grego «oikonomos» (derivado de «oikos», casa, e «nemo», distribuir, determinar), que indica alguém que tinha por função controlar uma casa, determinando a cada qual, os seus deveres específicos. Eram os despenseiros quem controlavam o dispêndio de dinheiro, a compra dos suprimentos e a distribuição dos bens, dentro da casa. Essa palavra também indicava alguém que geria os negócios externos de uma casa; razão também pela qual era aplicada aos oficiais administradores do governo, que manuseavam os fundos públicos e conduziam os negócios em geral do império. Na sociedade antiga, o «gerente» de uma casa, em relação ao seu senhor, era apenas um escravo.
Por essa razão é que era frequente que escravos de alguma habilidade fossem selecionados para essa tarefa. Perante os demais escravos, entretanto, tal homem possuía elevada posição aos olhos dos quais ele era o «superintendente» ou «chefe» de todas as operações. (Ver Luc.. 12:42 e Mat. 20:8). José, no Egito, seria um exemplo clássico disso.
No terreno das realidades espirituais, DEUS ou JESUS CRISTO é quem aparece como o grande Senhor (ver I Cor. 3:23), e a casa cristã é a igreja (ver I Tim. 3:15). Os «despenseiros» ou superintendentes estavam encarregados da distribuição dos «mistérios de DEUS». Em termos gerais, esses mistérios são as verdades bíblicas que os pregadores deveriam ensinar. Sendo assim comissionados para ensinarem as verdades divinas, exigiam o respeito de todos os membros da comunidade cristã. Entre o Senhor e os despenseiros permanecia ainda o Filho (ver I Cor. 15:25 e Heb. 3:6), e todos os «ajudantes» são seus ministros e despenseiros. E esses despenseiros são «distribuidores da graça divina», da mensagem da verdade.
«...mistérios...» (I Cor. 2:7 - Rom. 11:25 «mistérios do N.T.»). Paulo alude aqui aos cultos misteriosos, ou, pelo menos, aos primórdios de tal atividade na igreja cristã. Os mistérios do N.T. são «segredos franqueados», coisas reveladas em CRISTO, por intermédio do seu SANTO ESPÍRITO, e através da instrumentalidade dos servos de CRISTO, principalmente dos apóstolos, cujas revelações constituem o tema mesmo do novo pacto.
A sabedoria humana, que o apóstolo dos gentios vinha atacando coerentemente, desde, o princípio desta epístola, conta com seus supostos mistérios profundos.
«...considerem...» Essa palavra indica uma «estimativa razoável», extraída de princípios aprovados de julgamento espiritual. (Comparar com os trechos de Rom. 6:11 e 12:1).
«Paulo tinha um vivido senso da dignidade de sua posição como despenseiro de DEUS, a qual lhe fora dada pelo Senhor (ver Col. 1:25 e Efé. 1:10). O ministério da Palavra é muito mais do que uma profissão ou negócio. É a própria chamada de DEUS para a gerência». (Robertson, in loc.)
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 57.
A Missão do Apóstolo (4.1-5)
A missão de Paulo e de todos os que foram chamados para pregar o evangelho foi construída sobre quatro elementos: serviço, mordomia, fidelidade e sensibilidade aos juízos de DEUS. Embora todos estes elementos estejam relacionados, há diferença entre eles.
a) Serviço (4.1). Paulo, Pedro e Apolo não deveriam ser considerados como líderes de evangelhos diferentes. Ambos eram ministros de CRISTO. A palavra ministros (hyperetas) significa “servos”. Originalmente o termo se referia a remadores que ajudavam a impulsionar barcos através das águas do mar. A palavra sugere a labuta e o trabalho contínuo envolvido na obra do evangelho.
b) Mordomia (4.1). Paulo, Pedro e Apolo também eram despenseiros dos mistérios de DEUS. Um despenseiro (oikonomos) era literalmente o “administrador de uma casa”. Freqüentemente ele era um escravo respeitado e eficiente a quem o negociante ou o dono da terra havia entregue a administração da propriedade. Como tal, o despenseiro tinha autoridade sobre os ajudantes ou empregados. Ele atribuía trabalho e distribuía mantimentos. Ele era o superintendente sobre a operação de todo o empreendimento. Contudo, ele estava sempre ciente de que era um escravo, e estava sob a obrigação de iniciar e executar a vontade do proprietário.
O termo mistérios se refere a todo o plano da salvação (cf. o comentário sobre 2.7). Paulo, Pedro e Apolo não possuíam qualquer conhecimento secreto escondido de todos, exceto de alguns escolhidos. Eles eram mestres e pregadores da verdade revelada sobre a salvação em JESUS CRISTO e através dele.
Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 267.
Ef 4.19. O estudo da unidade de todos os cristãos “em um ESPÍRITO” receberá ênfase e será desenvolvido no capítulo quatro, mas aqui o apóstolo volta-se especificamente para os gentios a fim de prosseguir tratando da mudança operada em sua situação, Antes eles estavam “separados da comunidade de Israel” (v. 12). Em relação ao povo da aliança de DEUS, eram estrangeiros e peregrinos (xenoi e paroikoi), isto é, pessoas que ainda que vivessem no mesmo país, tenham contudo os mais superficiais direitos de cidadania. Essa era sua situação anterior, mas de agora em diante já não o é. No dizer do apóstolo, agora são concidadãos dos santos. Ele deve ter pensado nos santos do Antigo Testamento, ou nos membros da Igreja Cristã, aos quais a palavra se aplica (veja comentário sobre 1:1); provavelmente pensou naqueles que, em todos os sentidos, podiam ser chamados povo de DEUS, e assim disse aos gentios que eles agora estavam incluídos entre os santos, e em igualdade de condições.
Cidadania do povo de DEUS, eis um modo expressivo de estabelecer a verdadeira posição que judeus e gentios igualmente partilhavam com DEUS e entre si. Mas essa ilustração conduz a uma outra verdade mais profunda, qual seja a intimidade maior que os cristãos têm com DEUS, e também uns com os outros. Judeus e gentios, homens de quaisquer raças, cores ou posições, estão juntos na família de DEUS, na mesma família. Gálatas 4:10 usa a mesma palavra oikeioi para falar da “família da fé”. Embora tal palavra não seja perfeita para expressar completamente a verdade de serem todos “filhos de DEUS, mediante a fé em CRISTO JESUS” (G1 3:26; 1:5), ainda assim o pensamento se refere mais a pessoas da casa, do que ao edifício em si (Hb 3:2, 5; 1 Pe 4:17).
Francis Foulkes. Efésios. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 72-73.
ELABORADO: Pb Alessandro Silva.
 
II – A MORDOMIA DA AÇÃO SOCIAL DA IGREJA
Isaías 58
6 - Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo, e que deixes livres os quebrantados, e que despedaces todo o jugo? 7 - Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto e recolhas em casa os pobres desterrados? E, vendo o nu, o cubras e não te escondas daquele que é da tua carne? -Então, romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda. 10 - e, se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. 11 - E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares secos, e fortificará teus ossos; e serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas nunca faltam.
Tiago 2
14 - Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura, a fé pode salvá-lo? 15 - E, se o irmão ou a irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, 16 - e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? 17 - Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.
 
RIQUEZA E POBREZA (Estudo da Bíblia de Estudos Pentecostal em CD - CPAD)
Lc 18.24,25: “E, vendo JESUS que ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de DEUS os que têm riquezas!
Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de DEUS.”

Uma das declarações mais surpreendentes feitas por nosso Senhor é que é muito difícil um rico entrar no reino de DEUS. Este, porém, é apenas um dos seus ensinos sobre o assunto da riqueza e da pobreza. Esta sua perspectiva é repetida pelos apóstolos em várias epístolas do NT.
RIQUEZA.
(1) Predominava entre os judeus daqueles tempos a idéia de que as riquezas eram um sinal do favor especial de DEUS, e que a pobreza era um sinal de falta de fé e do desagrado de DEUS.
Os fariseus, por exemplo, adotavam essa crença e escarneciam de JESUS por causa da sua pobreza (16.14). Essa idéia falsa é firmemente repelida por CRISTO (ver 6.20; 16.13; 18.24,25).
(2) A Bíblia identifica a busca insaciável e avarenta pelas riquezas como idolatria, a qual é demoníaca (cf. 1Co 10.19,20; Cl 3.5). Por causa da influência demoníaca associada à riqueza, a ambição por ela e a sua busca freqüentemente escravizam as pessoas (cf. Mt 6.24).
(3) As riquezas são, na perspectiva de JESUS, um obstáculo, tanto à salvação como ao discipulado (Mt 19.24; 13.22). Transmitem um falso senso de segurança (12.15ss.), enganam (Mt 13.22) e exigem total lealdade do coração (Mt 6.21). Quase sempre os ricos vivem como quem não precisa de DEUS. Na sua luta para acumular riquezas, os ricos sufocam sua vida espiritual (8.14), caem em tentação e sucumbem aos desejos nocivos (1Tm 6.9), e daí abandonam a fé (1Tm 6.10). Geralmente os ricos exploram os pobres (Tg 2.5,6). O cristão não deve, pois, ter a ambição de ficar rico (1Tm 6.9-11).
(4) O amontoar egoísta de bens materiais é uma indicação de que a vida já não é considerada do ponto de vista da eternidade (Cl 3.1). O egoísta e cobiçoso já não centraliza em DEUS o seu alvo e a sua realização, mas, sim, em si mesmo e nas suas possessões. O fato de a esposa de Ló pôr todo seu coração numa cidade terrena e seus prazeres, e não na cidade celestial, resultou na sua tragédia (Gn 19.16,26; Lc 17.28-33; Hb 11.8-10).
(5) Para o cristão, as verdadeiras riquezas consistem na fé e no amor que se expressam na abnegação e em seguir fielmente a JESUS (1Co 13.4-7; Fp 2.3-5).
(6) Quanto à atitude correta em relação a bens e o seu usufruto, o crente tem a obrigação de ser fiel (16.11). O cristão não deve apegar-se às riquezas como um tesouro ou garantia pessoal; pelo contrário, deve abrir mão delas, colocando-as nas mãos de DEUS para uso no seu reino, promoção da causa de CRISTO na terra, salvação dos perdidos e atendimento de necessidades do próximo. Portanto, quem possui riquezas e bens não deve julgar-se rico em si, e sim administrador dos bens de DEUS (12.31-48). Os tais devem ser generosos, prontos a ajudar o carente, e serem ricos em boas obras (Ef 4.28; 1Tm 6.17-19).
(7) Cada cristão deve examinar seu próprio coração e desejos: sou uma pessoa cobiçosa? Sou egoísta? Aflijo-me para ser rico? Tenho forte desejo de honrarias, prestígio, poder e posição, o que muitas vezes depende da posse de muita riqueza?


1. A assistência social no Antigo Testamento.
 
O CUIDADO DOS POBRES E NECESSITADOS (Estudo da Bíblia de Estudos Pentecostal em CD - CPAD)
Am 5.12-14 “Porque sei que são muitas as vossas transgressões e enormes os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate e rejeitais os necessitados na porta. Portanto, o que for prudente guardará silêncio naquele tempo, porque o tempo será mau. Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o DEUS dos Exércitos, estará convosco, como dizeis.”

Neste mundo, onde há tanto ricos quanto pobres, freqüentemente os que têm abastança material tiram proveito dos que nada têm, explorando-os para que os seus lucros aumentem continuamente (ver Sl 10.2, 9,10; Is 3.14,15; Jr 2.34; Am 2.6,7; 5.12,13; Tg 2.6). A Bíblia tem muito a dizer a respeito de como os crentes devem tratar os pobres e necessitados.
O ZELO DE DEUS PELOS POBRES E NECESSITADOS. DEUS tem expressado de várias maneiras seu grande zelo pelos pobres, necessitados e oprimidos.
(1) O Senhor DEUS é o seu defensor.
Ele mesmo revela ser deles o refúgio (Sl 14.6; Is 25.4), o socorro (Sl 40.17; 70.5; Is 41.14), o libertador (1Sm 2.8; Sl 12.5; 34.6; 113.7; 35.10; cf. Lc 1.52,53) e provedor (cf. Sl 10.14; 68.10; 132.15).
(2) Ao revelar a sua Lei aos israelitas, mostrou-lhes também várias maneiras de se eliminar a pobreza do meio do povo (ver Dt 15.7-11). Declarou-lhes, em seguida, o seu alvo global:
“Somente para que entre ti não haja pobre; pois o SENHOR abundantemente te abençoará na terra que o SENHOR, teu DEUS, te dará por herança, para a possuíres” (Dt 15.4). Por isso DEUS, na sua Lei, proíbe a cobrança de juros nos empréstimos aos pobres (Êx 22.25; Lv 25.35,36). Se o pobre entregasse algo como “penhor”, ou garantia pelo empréstimo, o credor era obrigado a devolver-lhe o penhor (uma capa ou algo assim) antes do pôr-do-sol. Se o pobre era contratado a prestar serviços ao rico, este era obrigado a pagar-lhe diariamente, para que ele pudesse comprar alimentos a si mesmo e à sua família (Dt 24.14,15). Durante a estação da colheita, os grãos que caíssem deviam ser deixados no chão para que os pobres os recolhessem (Lv 19.10; Dt 24.19-21); e mais: os cantos das searas de trigo, especificamente, deviam ser deixados aos pobres (Lv 19.9). Notável era o mandamento divino de se cancelar, a cada sete anos, todas as dívidas dos pobres (Dt 15.1-6). Além disso, o homem de posses não podia recusar-se a emprestar algo ao necessitado, simplesmente por estar próximo o sétimo ano (Dt 15.7-11). DEUS, além de prover o ano para o cancelamento das dívidas, proveu ainda o ano para a devolução de propriedades — o Ano do Jubileu, que ocorria a cada cinqüenta anos. Todas as terras que tivessem mudado de dono desde o Ano do Jubileu anterior teriam de ser devolvidas à família originária (ver Lv 25.8-55). E, mais importante de tudo: a justiça haveria de ser imparcial. Nem os ricos nem os pobres poderiam receber qualquer favoritismo (Êx 23.2,3,6; Dt 1.17; cf. Pv 31.9). Desta maneira, DEUS impedia que os pobres fossem explorados pelos ricos, e garantia um tratamento justo aos necessitados (ver Dt 24.14). (3) Infelizmente, os israelitas nem sempre observavam tais leis. Muitos ricos tiravam vantagens dos pobres, aumentando-lhes a desgraça. Em conseqüência de tais ações, o Senhor proferiu, através dos profetas, palavras severas de juízo contra os ricos (ver Is 1.21-25; Jr 17.11; Am 4.1-3; 5.11-13; Mq 2.1-5; Hc 2.6-8; Zc 7.8-14). 
 
 
2. Assistência social no Novo Testamento.
 
POBREZA. Uma das atividades que JESUS avocou na sua missão dirigida pelo ESPÍRITO SANTO foi “evangelizar os pobres” (4.18; cf. Is 61.1). Noutras palavras, o evangelho de CRISTO pode ser definido como um evangelho dos pobres (Mt 5.3; 11.5; Lc 7.22; Tg 2.5).
(1) Os “pobres” (gr. ptochos) são os humildes e aflitos deste mundo, os quais clamam a DEUS em grande necessidade, buscando socorro. Ao mesmo tempo, são fiéis a DEUS e aguardam a plena redenção do povo de DEUS, do pecado, sofrimento, fome e ódio, que prevalecem aqui no mundo. Sua riqueza e sua vida não consistem em coisas deste mundo (ver Sl 22.26; 72.2, 12,13; 147.6; Is 11.4; 29.19; Lc 6.20; Jo 14.3).
(2) A libertação do sofrimento, da opressão, da injustiça e da pobreza, com certeza virá aos pobres de DEUS (Lc 6.21).
 
 
3. Agindo para glória de DEUS e o alívio do próximo.
 
 
LIÇÃO 9 - O PRINCIPIO BÍBLICO DA GENEROSIDADE - Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 1º Trimestre de 2010
2 Coríntios - "Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas". - Comentários da revista da CPAD: Pr. Elienai Cabral
 
2 Coríntios 8.1-5;9.6,7,10,11
1 Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de DEUS dada às igrejas da Macedônia; 2 como, em muita prova de tribulação, houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza superabundou em riquezas da sua generosidade. 3 Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente, 4 pedindo-nos com muitos rogos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos. 5 E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor e depois a nós, pela vontade de DEUS;
 
6 E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará. 7 Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque DEUS ama ao que dá com alegria. 8 E DEUS é poderoso para tornar abundante em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em toda boa obra, 9 conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre. 10 Ora, aquele que dá a semente ao que semeia e pão para comer também multiplicará a vossa
sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça; 11 para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a DEUS.

8.1-9.15 ÀS IGREJAS DA MACEDÔNIA.
Estes dois capítulos contêm instruções sobre a oferta para os crentes pobres de Jerusalém. As palavras de Paulo abarcam o ensino mais completo do NT sobre a contribuição financeira cristã. Os princípios, aqui, definidos são ensinos para os crentes e para as igrejas de todos os tempos.
 
8.2 RIQUEZAS DA SUA GENEROSIDADE. Os princípios e as promessas da contribuição cristã contidos nesses dois capítulos são os seguintes:
(1) Pertencemos a DEUS; aquilo que possuímos está confiado às nossas mãos pelo Senhor (v. 5).
(2) Devemos tomar a decisão firme, em nosso coração, de que serviremos a DEUS, e não ao dinheiro (v.5; Mt 6.24).
(3) A contribuição é feita para ajudar os necessitados (v. 14; 9.12; Pv 19.17; Gl 2.10, para promover o reino de DEUS (1 Co 9.14; Fp 4.15-18), para acumular tesouros no céu (Mt 6.20; Lc 6.32-35) e para aprendermos a temer ao Senhor (Dt 14.22,23).
(4) A contribuição deve ser em proporção ao que ganhamos (vv. 3,12; 1 Co 16.2).
(5) A contribuição é considerada uma prova do nosso amor cristão (v.24) e deve ser realizada de modo sacrificial (v.3) e voluntária (9.7).
(6) Ao contribuirmos com nossas ofertas para DEUS, semeamos não somente dinheiro, mas também fé, tempo, serviço, e, assim, colhemos mais fé e outras bênçãos (v.5; 9.6,10-12).
(7) Quando DEUS nos dá em abundância, é para que multipliquemos as nossas boas obras (9.8; Ef 4.28).
(8) Quando contribuímos, isso aumenta a nossa dedicação a DEUS (Mt 6.21) e propicia suas bençãos sobre nossos assuntos financeiros (Lc 6.38).
 
8.9 JESUS CRISTO... SE FEZ POBRE.
Dar, de modo sacrificial, fez parte essencial da natureza e do caráter de JESUS CRISTO aqui no mundo. Porque Ele se fez pobre, nós, agora, participamos das suas riquezas eternas. DEUS quer uma atitude idêntica entre os crentes, como evidência da sua graça operando em nosso ser. Todos os dons da graça e da salvação, o reino do céu e, até mesmo, o vitupério por causa de CRISTO são as riquezas eternas que recebemos em lugar dos trapos da nossa iniqüidade (Lc 12.15; Ef 1.3; Fp 4.11-13,18,19; Hb 11.26; Ap 3.17).
 
9.6 POUCO... CEIFARÁ.
O cristão pode contribuir generosamente, ou com avareza. DEUS o recompensará de acordo com o que ele lhe dá (Mt 7.1,2). Para Paulo, a contribuição não é uma perda, mas uma forma de economizar; ela trará benefícios substanciais para quem contribui (ver 8.2; 9.11). Paulo não fala primeiramente da quantidade ofertada, mas da qualidade dos desejos e dos motivos do nosso coração ao ofertarmos. A viúva pobre deu uma oferta pequena, mas DEUS a considerou uma quantia grande por causa da proporção da dádiva e pela dedicação total que ela revelou ter (ver Lc 21.1-4; cf. Pv 11.24,25; 19.17; Mt 10.41,42; Lc 6.38).

9.8 ABUNDAR EM VÓS TODA GRAÇA.
O crente que contribui com o que pode, para ajudar os necessitados, verá que a graça de DEUS suprirá o suficiente para suas próprias necessidades, e até mais, a fim de que possa ser fecundo em toda boa obra (cf. Ef 4.28).

9.11 EM TUDO ENRIQUEÇAIS.
Para que a generosidade seja manifesta exteriormente, o coração deve antes estar enriquecido de amor e compaixão sinceros para com o próximo. Dar de nós mesmos e daquilo que temos, resulta em:
(1) suprir as necessidades dos nossos irmãos mais pobres;
(2) louvor e ações de graças a DEUS (v.12) e
(3) amor recíproco da parte daqueles que recebem a ajuda (v.14).

 
O CUIDADO DOS POBRES E NECESSITADOS
Am 5.12-14 “Porque sei que são muitas as vossas transgressões e enormes os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate e rejeitais os necessitados na porta. Portanto, o que for prudente guardará silêncio naquele tempo, porque o tempo será mau. Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o DEUS dos Exércitos, estará convosco, como dizeis.”

Neste mundo, onde há tanto ricos quanto pobres, freqüentemente os que têm abastança material tiram proveito dos que nada têm, explorando-os para que os seus lucros aumentem continuamente (ver Sl 10.2, 9,10; Is 3.14,15; Jr 2.34; Am 2.6,7; 5.12,13; Tg 2.6). A Bíblia tem muito a dizer a respeito de como os crentes devem tratar os pobres e necessitados.

O ZELO DE DEUS PELOS POBRES E NECESSITADOS.
DEUS tem expressado de várias maneiras seu grande zelo pelos pobres, necessitados e oprimidos.
(1) O Senhor DEUS é o seu defensor. Ele mesmo revela ser deles o refúgio (Sl 14.6; Is 25.4), o socorro (Sl 40.17; 70.5; Is 41.14), o libertador (1Sm 2.8; Sl 12.5; 34.6; 113.7; 35.10; cf. Lc 1.52,53) e provedor (cf. Sl 10.14; 68.10; 132.15).
(2) Ao revelar a sua Lei aos israelitas, mostrou-lhes também várias maneiras de se eliminar a pobreza do meio do povo (ver Dt 15.7-11). Declarou-lhes, em seguida, o seu alvo global: “Somente para que entre ti não haja pobre; pois o SENHOR abundantemente te abençoará na terra que o SENHOR, teu DEUS, te dará por herança, para a possuíres” (Dt 15.4). Por isso DEUS, na sua Lei, proíbe a cobrança de juros nos empréstimos aos pobres (Êx 22.25; Lv 25.35,36). Se o pobre entregasse algo como “penhor”, ou garantia pelo empréstimo, o credor era obrigado a devolver-lhe o penhor (uma capa ou algo assim) antes do pôr-do-sol. Se o pobre era contratado a prestar serviços ao rico, este era obrigado a pagar-lhe diariamente, para que ele pudesse comprar alimentos a si mesmo e à sua família (Dt 24.14,15). Durante a estação da colheita, os grãos que caíssem deviam ser deixados no chão para que os pobres os recolhessem (Lv 19.10; Dt 24.19-21); e mais: os cantos das searas de trigo, especificamente, deviam ser deixados aos pobres (Lv 19.9). Notável era o mandamento divino de se cancelar, a cada sete anos, todas as dívidas dos pobres (Dt 15.1-6). Além disso, o homem de posses não podia recusar-se a emprestar algo ao necessitado, simplesmente por estar próximo o sétimo ano (Dt 15.7-11). DEUS, além de prover o ano para o cancelamento das dívidas, proveu ainda o ano para a devolução de propriedades — o Ano do Jubileu, que ocorria a cada cinqüenta anos. Todas as terras que tivessem mudado de dono desde o Ano do Jubileu anterior teriam de ser devolvidas à família originária (ver Lv 25.8-55). E, mais importante de tudo: a justiça haveria de ser imparcial. Nem os ricos nem os pobres poderiam receber qualquer favoritismo (Êx 23.2,3,6; Dt 1.17; cf. Pv 31.9). Desta maneira, DEUS impedia que os pobres fossem explorados pelos ricos, e garantia um tratamento justo aos necessitados (ver Dt 24.14).
(3) Infelizmente, os israelitas nem sempre observavam tais leis. Muitos ricos tiravam vantagens dos pobres, aumentando-lhes a desgraça. Em conseqüência de tais ações, o Senhor proferiu, através dos profetas, palavras severas de juízo contra os ricos (ver Is 1.21-25; Jr 17.11; Am 4.1-3; 5.11-13; Mq 2.1-5; Hc 2.6-8; Zc 7.8-14).

A RESPONSABILIDADE DO CRENTE NEOTESTAMENTÁRIO DIANTE DOS POBRES E NECESSITADOS.
No NT, DEUS também ordena a seu povo que evidencie profunda solicitude pelos pobres e necessitados, especialmente pelos domésticos na fé.
(1) Boa parte do ministério de JESUS foi dedicado aos pobres e desprivilegiados na sociedade judaica. Dos oprimidos, necessitados, samaritanos, leprosos e viúvas, ninguém mais se importava a
não ser JESUS (cf. Lc 4.18,19; 21.1-4; Lc 17.11-19; Jo 4.1-42; Mt 8.2-4; Lc 17.11-19; Lc 7.11-15; 20.45-47). Ele condenava duramente os que se apegavam às possessões terrenas, e desconsideravam os pobres (Mc 10.17-25; Lc 6.24,25; 12.16-20; 16.13-15,19-31).
(2) JESUS espera que seu povo contribua generosamente com os necessitados (ver Mt 6.1-4). Ele próprio praticava o que ensinava, pois levava uma bolsa da qual tirava dinheiro para dar aos pobres (ver Jo 12.5,6; 13.29). Em mais de uma ocasião, ensinou aos que o queriam seguir a se importarem com os marginalizados econômica e socialmente (Mt 19.21; Lc 12.33; 14.12-14,16-24; 18.22). As contribuições não eram consideradas opcionais. Uma das exigências de CRISTO para se entrar no seu reino eterno é mostrar-se generoso para com os irmãos e irmãs que passam fome e sede, e acham-se nus (Mt 25.31-46).
(3) O apóstolo Paulo e a igreja primitiva demonstravam igualmente profunda solicitude pelos necessitados. Bem cedo, Paulo e Barnabé, representando a igreja em Antioquia da Síria, levaram a Jerusalém uma oferta aos irmãos carentes da Judéia (At 11.28-30). Quando o concílio reuniu-se em Jerusalém, os anciãos recusaram-se a declarar a circuncisão como necessária à salvação, mas sugeriram a Paulo e aos seus companheiros “que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência” (Gl 2.10). Um dos alvos de sua terceira viagem missionária foi coletar dinheiro “para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém” (Rm 15.26). Ensinava as igrejas na Galácia e em Corinto a contribuir para esta causa (1Co 16.1-4). Como a igreja em Corinto não contribuísse conforme se esperava, o apóstolo exortou demoradamente aos seus membros a respeito da ajuda aos pobres e necessitados (2Co 8;9). Elogiou as igrejas na Macedônia por lhe terem rogado urgentemente que lhes deixasse participar da coleta (2Co 8.1-4; 9.2). Paulo tinha em grande estima o ato de contribuir. Na epístola aos Romanos, ele arrola, como dom do ESPÍRITO SANTO, a capacidade de se contribuir com generosidade às necessidades da obra de DEUS e de seu povo (ver Rm 12.8; ver 1Tm 6.17-19).
(4) Nossa prioridade máxima, no cuidado aos pobres e necessitados, são os irmãos em CRISTO. JESUS equiparou as dádivas repassadas aos irmãos na fé como se fossem a Ele próprio (Mt 25.40, 45). A igreja primitiva estabeleceu uma comunidade que se importava com o próximo, que repartia suas posses a fim de suprir as necessidades uns dos outros (At 2.44,45; 4.34-37). Quando o crescimento da igreja tornou impossível aos apóstolos cuidar dos necessitados de modo justo e equânime, procedeu-se a escolha de sete homens, cheios do ESPÍRITO SANTO, para executar a tarefa (At 6.1-6). Paulo declara explicitamente qual deve ser o princípio da comunidade cristã: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gl 6.10). DEUS quer que os que têm em abundância compartilhem com os que nada têm para que haja igualdade entre o seu povo (2Co 8.14,15; cf. Ef 4.28; Tt 3.14). Resumindo, a Bíblia não nos oferece outra alternativa senão tomarmos consciência das necessidades materiais dos que se acham ao nosso redor, especialmente de nossos irmãos em CRISTO.
 
 
 
LIÇÃO 12 - AJUDA AOS NECESSITADOS - Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 2º TRIMESTRE DE 2009
1Coríntios - Os Problemas da Igreja e Suas Soluções - Comentários do Pr. Antônio Gilberto
 
 
As Responsabilidades da Igreja (Discípulos Agindo Coletivamente) 
O principal papel da igreja é espiritual. 1 Timóteo 3:14-15 diz: "Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te em breve; para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de DEUS, que é a igreja do DEUS vivo, coluna e baluarte da verdade." A missão básica da igreja é espiritual, não física nem social. Porém, pessoas passam por dificuldades financeiras, e precisamos seguir o padrão do Novo Testamento para saber como lidar com tais necessidades. Antes de chegar a conclusões, vamos examinar a evidência, considerando diversos trechos que falam sobre igrejas do primeiro século.
"Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade" (Atos 2:44-45).
"Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor JESUS, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade" (Atos 4:32-35).
"Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de DEUS para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do ESPÍRITO e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra" (Atos 6:1-4).
"Naqueles dias, desceram alguns profetas de Jerusalém para Antioquia, e, apresentando-se um deles, chamado Ágabo, dava a entender, pelo ESPÍRITO, que estava para vir grande fome por todo o mundo, a qual sobreveio nos dias de Cláudio. Os discípulos, cada um conforme as suas posses, resolveram enviar socorro aos irmãos que moravam na Judéia; o que eles, com efeito, fizeram, enviando-o aos presbíteros por intermédio de Barnabé e de Saulo" (Atos 11:27-30).
"Mas, agora, estou de partida para Jerusalém, a serviço dos santos. Porque aprouve à Macedônia e à Acaia levantar uma coleta em benefício dos pobres dentre os santos que vivem em Jerusalém" (Romanos 16:25-26).
"Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for. E, quando tiver chegado, enviarei, com cartas, para levarem as vossas dádivas a Jerusalém, aqueles que aprovardes" (1 Coríntios 16:1-3).
"...pedindo_nos, com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos" (2 Coríntios 8:4).
"Ora, quanto à assistência a favor dos santos, é desnecessário escrever-vos....Porque o serviço desta assistência não só supre a necessidade dos santos, mas também redunda em muitas graças a DEUS, visto como, na prova desta ministração, glorificam a DEUS pela obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de CRISTO e pela liberalidade com que contribuís para eles e para todos" (2 Coríntios 9:1,12-13).
O que podemos aprender desses trechos? Quais são os limites colocados por DEUS em relação ao trabalho benevolente da igreja? Observamos no Novo Testamento que:
 Esses versículos falam sobre pessoas necessitadas. A assistência aos santos não é para fornecer luxo ou fazer de todos ricos. JESUS falou em Mateus 6:25-33 que devemos buscar o reino de DEUS e confiar no Senhor para nos dar as coisas necessárias (o que comer, o que beber, com que nos vestir). Uma das maneiras como ele cuida das necessidades dos santos é através da benevolência da igreja, satisfazendo as necessidades dos irmãos pobres.
As pessoas ajudadas pela igreja são os próprios santos, ou irmãos em CRISTO. Algumas pessoas podem estranhar lendo os relatos do Novo Testamento, porque muitas igrejas nos últimos dois séculos se transformaram em grandes agências sociais oferecendo ajuda material para todas as pessoas, cristãs ou não. Os nomes de algumas denominações aparecem com mais freqüência em hospitais e orfanatos do que em casas de oração e louvor. Mas as tendências históricas não mudam os fatos bíblicos. As igrejas do Senhor no Novo Testamento ajudaram os santos necessitados. Como já observamos, cristãos ajudaram outros individualmente e não sobrecarregaram a igreja com tais obras sociais.
O dinheiro da igreja foi usado ou para ajudar os necessitados na própria congregação, ou enviado de uma congregação para outra para ajudar os santos pobres no outro lugar. Nisso encontramos um padrão definido de cooperação entre congregações, onde as mais ricas enviaram dinheiro para suprir as necessidades das congregações mais pobres. O trabalho de benevolência foi feito pelas igrejas quando a necessidade surgiu. O trabalho principal da igreja, o ensinamento da palavra de DEUS, nunca pára. Mas as igrejas nesses exemplos bíblicos não alocaram fundos de rotina a algum trabalho de benevolência. Quando a necessidade surgiu, não mediram esforços para ajudar os irmãos.
 Podemos ver que a ajuda sempre foi dada, não emprestada. A prática de muitas igrejas de oferecer empréstimos que serão pagos de volta à igreja é mais um exemplo da desobediência de homens que seguem opiniões humanas e não respeitam a palavra de DEUS (veja Provérbios 14:12; Isaías 55:8-9; Jeremias 10:23). A igreja não é banco.
Tomando Decisões Sábias
Como seguidores de CRISTO, temos que aceitar nossa responsabilidade para usar o dinheiro da igreja numa maneira que agrada a DEUS. Devemos sempre agir segundo os princípios ensinados por JESUS em Mateus 22:37-39: "Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo." O amor ao próximo exigirá sacrifícios (Tiago 2:15-16; 2 Coríntios 8:2-4). O amor ao Senhor exigirá cuidadosa adesão ao padrão dele, respeitando os limites que ele nos deu. Por exemplo, pessoas que amam a DEUS não tolerarão a preguiça de homens que desrespeitam a palavra de DEUS: "se alguém não quer trabalhar, também não coma" (2 Tessalonicenses 3:10).
Colocando a palavra de DEUS acima das nossas próprias opiniões, jamais acrescentaremos ao trabalho da igreja algo que DEUS não mandou. A igreja não tem autorização de DEUS para dar ajuda benevolente aos cristãos que não têm necessidade. O papel da igreja é suprir as necessidades da vida diária (Atos 6:1). Ela não pode sustentar os preguiçosos (2 Tessalonicenses 3:10).
Uma vez que o trabalho da igreja é espiritual, especialmente o de ensinar a palavra, ela não deve negligenciar esse aspecto do trabalho em relação aos irmãos necessitados. Presbíteros, evangelistas e outros professores devem orientar irmãos sobre as próprias responsabilidades. O irmão necessitado pode precisar de comida hoje, mas não devemos deixar de ajudá-lo a saber como cuidar de si mesmo amanhã. Devemos ensinar sobre a responsabilidade de cada irmão em relação a sua família (1 Timóteo 5:8). Ele deve trabalhar (2 Tessalonicenses 3:10). Deve procurar viver dentro das suas condições (Lucas 3:14; Atos 20:33-34; 1 Timóteo 6:8). Numa época em que muitas pessoas se afogam em dívidas, devemos exortar os nossos irmãos a falar sempre a verdade (Efésios 4:25; Mateus 5:37). Comprar a prazo quando não se tem condições para pagar é uma maneira de mentir, e pode até chegar a ser fraude.
Enquanto cada irmão deve procurar suas próprias soluções através de trabalho honesto e de boa administração dos seus bens, existem casos de necessidade verdadeira entre cristãos. Devemos praticar o amor não fingido, mostrando a compaixão digna dos filhos de DEUS. Cada um de nós deve ler com freqüência as instruções importantíssimas de Romanos 12:9-16: "O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor; regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes; compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade; abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram. Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos."
 
III – A MORDOMIA DOS CRENTES NA IGREJA LOCAL
1. Em primeiro lugar é preciso congregar.
 
É importante frequentar uma igreja? O que a Bíblia diz sobre isso?

Vivemos em uma época em que a correria faz parte de nosso dia a dia. Mesmo sendo onipresente, Deus estabeleceu um lugar onde pudesse encontrar-Se de forma mais pessoal com seu povo: o Santuário.
Vivemos em uma época em que a correria faz parte de nosso dia a dia. Não há tempo para tudo aquilo que queríamos, pois há inúmeros compromissos e muitas outras coisas a se fazer. A sociedade moderna vive num ritmo frenético e tal situação prejudica inclusive a comunhão entre família e igreja.
Sendo que a vida moderna é desta maneira, será que não bastaria comungarmos com Deus em nosso lar ao invés de ir sempre à igreja? Para ter resposta a esta questão, precisamos analisar por que existe a igreja e qual é seu propósito. Na Bíblia, vemos que a primeira ocorrência de uma igreja, um local de adoração, foi com o povo de Israel, quando Deus os livrou dos egípcios. A ordem divina foi: “E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles” (Êxodo 25:8).
Mesmo sendo Onipresente (está em todo o lugar), Deus estabeleceu um lugar onde pudesse encontrar-Se de forma mais pessoal com seu povo: o Santuário. Em seguida, após serem abolidos os rituais do santuário, Deus instituiu a igreja como o lugar onde se encontraria com Seus filhos; o propósito da mesma é servir e levar a mensagem do evangelho às pessoas. “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo” (Apocalipse 14:6 RA).

Como um meio organizado, a importância da igreja é animar, instruir, ensinar, levar as pessoas a estarem em comunhão com Deus. Mas será que não podemos estar firmes com Deus fazendo nossos cultos em casa apenas? Muitas pessoas colocam este argumento como desculpa para não ir à igreja. Dizem que estão firmes com Deus, que oram sempre e leem a Bíblia em casa. Contudo, é muito mais fácil nos dedicarmos à adoração a Deus quando estamos em um lugar apropriado para isso. Prova de que Deus quer que comunguemos com Ele também na igreja, está no seguinte texto: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (Hebreus 10:25 RA).
De modo claro, Paulo (se realmente for o escritor de Hebreus) ensina que os cristãos não devem deixar de congregar-se como é costume de alguns e que, quanto mais se aproxima o dia da volta de Jesus, mais devemos ir à igreja a fim de nos prepararmos. Se este conselho era válido há cerca de 2000 atrás, imagine hoje! A seguinte ilustração nos ajudará a entender ainda mais sobre a importância de congregar-nos: O que acontece a uma brasa quando sai do fogo? Ela permanece acesa, mas por pouco tempo, pois ela vai esfriando e apagando. O mesmo se dá conosco quando saímos da igreja, vamos esfriando na fé e em seguida, apagamos.
Caso você sinta que sua a igreja está desanimada, com poucos membros, saiba que Jesus está presente mesmo assim: “… onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18:20 RA). Esteja firme no Senhor, pois Deus escolheu a igreja para encontrar-Se com Seu povo porque é ali que Ele quer nos instruir. O Senhor sabe também que a comunhão entre os irmãos fortalece a fé e o ânimo a fim de perseverar em seguir a Deus e que o louvor através dos cânticos enriquece a vida espiritual.

“Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (Hebreus 10:24-25).
“Louvai ao SENHOR, porque o SENHOR é bom; cantai louvores ao seu nome, porque é agradável” (Salmos 135:3 RA).
O grande dia da volta de Cristo se aproxima. Não compensa ficarmos longe de Deus, e se não vamos à igreja, torna-se mais fácil nos afastarmos de Jesus. Faça como o salmista: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR” (Salmos 122:1). Equipe Biblia.com.br
 
 
Não há como fazer parte da Igreja e não congregar em uma congregação.
Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia. Hebreus 10:25
E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até à meia-noite. Atos 20:7 (Santa Ceia)
No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar. 1 Coríntios 16:2 (Santa Ceia)
 
 
 
 
 
2. Líderes cristãos como mordomos.
 
LEITURAS
IMPORTANTES
1 Co 3.9
Os ministros da Palavra são cooperadores de DEUS
2 Co 8.23
Os ministros da Palavra são embaixadores de DEUS
Fp 3.17
Os ministros da Palavra devem ser exemplo em tudo
2 Tm 3.17
Os ministros da Palavra devem buscar a perfeição
2 Tm 2.15
Os ministros da Palavra devem ser aprovados
1 Ts 2.19,20
Os ministros da Palavra e seus frutos
 
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA IGREJA
 
Paulo disse: "Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de CRISTO, e despenseiros dos mistérios de DEUS" (1 Co 4.1). A palavra grega traduzida aqui como ministro é huperetes, um remador inferior, um ajudante de remador. Ao utilizar-se desse termo, Paulo está se referindo aos remadores que ficavam na parte mais inferior do navio; remadores submissos a outros remadores...
Não é servo (diácono) nem escravo (doulos) mas alguém que trabalha por obrigatoriedade, uma pessoa contratada, que vive sob ordens de um superior, que espera ordens para agir, no caso de Paulo, de CRISTO. O que Paulo pretendia dizer com isso? Que as pessoas deveriam entender que o ministro não age por conta própria, que trabalha sob ordens, obedece a um líder e que tudo o que faz é apenas trabalhar e trabalhar...obedecendo!
Mathew Henry diz: "Neste caso, o apóstolo requer respeito ao tipo de ofício que tem, especialmente porque muitos fracassaram na missão apostólica, ainda que outros, possivelmente, colocavam o apostolado como algo muito sublime, elevado, como se Paulo fosse o líder de um partido e, por isso, diziam serem seus discípulos.
É nossa opinião de ministros, que deveríamos evitar os extremos. Os apóstolos não devem ser super valorizados, pois são ministros, não mestres; despenseiros, não senhores. Eram apenas servos de CRISTO e nada mais, ainda que servos do mais alto escalão, pessoas que cuidavam da despensa, provendo alimento e designando tarefas aos demais.
Na jornada da vida ministerial, em algum lugar, perdemos o verdadeiro sentido do ministério. O verdadeiro ministério precisa urgentemente ser restabelecido no seio da igreja, e para que isso aconteça é necessário que os pastores voltem ao começo de tudo, repensem seu chamamento, reflitam sobre seus ministérios e deixem o ministério pastoral de cunho profissional para o de cunho vocacional.
 
A DIVERSIDADE DE MINISTÉRIOS (1 Co 4.1,2)
Os obreiros que trabalhavam na igreja de Corinto ilustram, em parte, os vários tipos de ministério que DEUS pôs na sua Igreja, como está escrito em 1 Co 12.28,29.
1. "Ministros de CRISTO" (v.1). "Ministros", aqui, não é um termo geral para significar obreiros do Evangelho. Literalmente, o termo refere-se a um serviçal muito humilde, cujo trabalho, naqueles tempos, era muito pesado. DEUS usa esse termo para realçar:
a) A humildade que deve assinalar todos os obreiros do Senhor;
b) A responsabilidade confiada por DEUS ao obreiro, na execução da sua obra.
A idéia aqui é o volume de trabalho.
2. "Despenseiro dos mistérios de DEUS" (1 Co 4.1,2). A idéia, aqui, é mais de qualidade no trabalho que se faz para DEUS. O termo despenseiro, neste versículo, alude a um administrador que, a serviço de seu senhor, cuida de sua casa, negócios, recursos, propriedades e pessoal. A tarefa desse despenseiro não era tanto manual (como a do caso anterior), mas principalmente mental. DEUS também capacita obreiros para tais ministérios. Ver I Co 12.28b "governos", e Rm 12.8 "o que preside".
Há igrejas que possuem obreiros administradores em excesso, mas poucos pastores para cuidar das ovelhas. Embora não constituam toda a obra de DEUS. as ovelhas são a sua principal parte, porque são dotadas de almas viventes com um destinoeterno. Em 1Ts 5.12, a Biblia fala de obreiros "que trabalham entre vós", e também de obreiros "que presidem sobre vós no Senhor".
a) Obreiro e os mistérios de DEUS (v. I ). Conforme vemos em 1Co 2.7, "ministérios" neste contexto, são os que sabem as verdades e doutrinas bíblicas da redenção, e da Igreja do Senhor, reveladas por JESUS nos evangelhos, e pelo Espirito SANTO através das epistolas do Novo Testamento.
b) Obreiro e sua fidelidade ao Senhor (v.2). O despenseiro a que se refere a texto bíblico não era dona daquilo que cuidava e administrava, assim como a obreiro não é dono da obra que dirige, pois esta pertence ao Senhor.
3. Os obreiros que trabalhavam em Corinto. Esses obreiros, bem como a seu trabalho, estão registrados na Bíblia para a nosso ensino concernente a igreja, ao seu ministério e ao seu trabalho.
a) Paulo, o fundador da igreja local (1 Co 3.6a, 10). Como missionário, ele fundou a igreja em Corinto (At 18.1). Ai, permaneceu 18 meses, dedicando-se ao ensino doutrinário daquela novel igreja (At 18.11). A lição que temos aqui é a do obreiro que cuida, com absoluta prioridade, do ensino da Palavra de DEUS na igreja. Paulo tinha muito o que fazer naquele lugar, mas sabia, pelo Espirito SANTO, que o discipulado daqueles novos crentes era fundamental para a consolidação e avanço da obra de DEUS.
Se as igrejas e congregações de hoje cuidassem devidamente dos novos convertidos, levando-os, inclusive, a buscar o batismo com o Espirito SANTO, teríamos uma igreja muito maior, tanto em quantidade como em qualidade. As igrejas também estariam investindo como se deve na preparação de obreiros para "fazer discípulos", conforme ordenou JESUS. Discípulos do Senhor não nascem assim; eles são feitos depois de nascidos. Do nascimento espiritual, JESUS cuida, mas a seguir, vem a missão da Igreja, que é a de "fazer discípulos".
b) Apolo (I Co 3.6). Aqui está dito que Apolo "regou". Esse é um santo ministério - cuidar das plantinhas na casa do Senhor. Sem isso elas definharão. Ver mais sobre Apolo em At 18.24-28. Comparando-se 1 Co 3.6 com At 18.27b, vê­se que Apolo cuidava também do discipulado dos novos cristãos.
c) Timóteo (I Co 4.17). Esse foi outro obreiro que trabalhou em Corinto. Ele aprendera com o grande mestre que foi Paulo, e relembrava os seus ensinos para aquela congregação. Reiterar, repetir e relembrar podem ser aspectos do ministério de determinado obreiro.
Paulo coloca Timóteo em lugar de honra, mencionando-o nos primeiros versículos das seguintes epistolas: 2 Coríntios, Filipenses, Colossenses, 1Tessalonicenses, 2Tessalonicenses, e Filemon. Isso revela até que ponto Timóteo merecia a confiança de Paulo, o apóstolo a quem DEUS confiara tão grande obra.
d) Tito (2 Co 7.14,15). Este também trabalhou em Corinto. Tinha personalidade forte, como se deduz de 2 Co 7.15 e Tt 1.5. Ele muito colaborou no levantamento de fundos para a assistência social daquela época, na igreja (2 Co 8.6). Talvez por ser um obreiro enérgico, ele foi para Dalmácia (2 Tm 4.10). Apesar de os dálmatas serem de difícil diálogo, Tito certamente soube lidar com eles.
e) Silas (2 Co 1.19). Trata-se do mesmo obreiro chamado Silvano noutras referencias. (Silvano é a forma latina de Silas). Era profeta do Senhor.
 
Esses ministérios todos são necessários na obra de DEUS.
 
A OBRA DO MINISTÉRIO
Nenhum obreiro é perfeito, mas também nenhuma congregação o é, e muito menos a de Corinto. Os títulos e os atos que a Bíblia registra com referencia aos obreiros das duas Epístolas aos Coríntios, nos ensinam muito sobre o ministério evangélico.
1. "Cooperadores de DEUS" (I Co 3.9). O obreiro é descrito aqui como um auxiliar de DEUS, trabalhando com Ele como bem o diz o termo original. Então, o obreiro que trabalha com DEUS deve ser um constante aprendiz dEle.
2. "Ministros de DEUS" (2 Co 6.4). Aqui, o termo original para ministro é o mesmo para diácono como em Fp 1.1. O obreiro chamado por DEUS é um assistente e servidor dEle; um diácono de DEUS.
(Revista Antiga CPAD)
 
NÓS SOMOS MORDOMOS DO EVANGELHO
Na maioria das vezes, Paulo usava as palavras mordomo (oikonomos) e mordomia (oikonomia) em relação ao Evangelho. Ele escreveu, por exemplo, : "que os homens nos considerem, pois, como ministros de CRISTO, e despenseiros dos mistérios de DEUS. Ora, além disso, o que se requer nos despenseiros é que cada um seja encontrado fiel" (I Cor. 4:1, 2). Mantendo o sentido básico de mordomo como administrador e despenseiro dos bens uns dos outros, Paulo está dizendo que ele e os outros ministros são administradores e proclamadores da mensagem dos atos redentores de DEUS, que DEUS mesmo lhes havia confiado.
Assim, como mordomos de DEUS, nós devemos ser administradores responsáveis, proclamadores fiéis e testemunhas conscientes da verdade que Ele a nós tem confiado.
Paulo usa o termo oikonomia (mordomia) três vezes para indicar seu comissionamento como proclamador do Evangelho. Em I Cor. 9:17, referendo-se à sua responsabilidade em pregar o Evangelho, ele escreveu: "estou apenas incumbido de uma mordomia." Assim, ele foi escolhido para a tarefa que lhe foi confiada, de pregar a mensagem. Nos versículos anteriores, Paulo defende o direito dos ministros, de serem sustentados por aqueles que se beneficiaram do seu ministério. Mas, recebendo ou não o seu sustento, ele deve pregar o Evangelho como mordomo de DEUS. A responsabilidade em pregar o Evangelho é dada por DEUS e o mordomo é responsável diante de DEUS em cumpri-la.
Em Efésios 3:2 e Colossenses 1:25, Paulo escreve palavras semelhantes. Fazendo o Evangelho conhecido dos gentios para que eles pudessem tornar-se "co-herdeiros e membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa em CRISTO" (Ef. 3:6) era a responsabilidade dada a ele como mordomo. Esta mordomia do Evangelho era, ao mesmo tempo, um dom da graça de DEUS e uma obrigação que ele não buscara, mas que lhe fora imposta.
 
OS DESPENSEIROS DA TRINDADE DIVINA.
Somos despenseiros do DEUS, a quem pertence todas as coisas (SI 24.1; Ag 2.8), mas como acreditamos em um DEUS Trino, somos então despenseiros da Trindade.
a) Despenseiros de DEUS (Gn 1.28). DEUS criou todas as coisas e entregou ao homem o governo das suas obras (SI 8.3-9). O homem fora criado, “imagem e semelhança de DEUS" (Gn 1.26), com inteligência, razão e todas as condições de exercer a função de mordomo, ou seja, foi colocado como co-regente de DEUS no comando dos seus bens. Assim sendo somos, despenseiros dos mistérios de DEUS (1 Co 4.1 b).
b) Despenseiros de CRISTO (Jo 15.16; 17.18). Ser despenseiro de CRISTO significa prestar serviço à sua obra. Nós recebemos diretamente dEle a grande comissão (Mc 16.15-20). Numa das parábolas que trata da mordomia cristã está claro que o "senhor" que delega as tarefas representa o Senhor JESUS CRISTO, que nos delegou tarefas a ser executadas em sua casa - a Igreja. Quando Ele voltar ajustará as contas conosco (Mt 24.45-51; 25.14-30; Mc 13.34, Lc 19.11-27). No ministério de JESUS há um exemplo literal do mau despenseiro. Judas, que era tesoureiro, cargo de confiança no delegado por JESUS. Ele era hipócrita e mesquinho, pois viu na atitude da mulher pecadora com JESUS um gesto desnecessário, ao passo que ele mesmo lançava mão dos recursos do que ali entrava (Jo 12. 1-9).
c) Despenseiros do ESPÍRITO SANTO (At 13.2,4). O ESPÍRITO SANTO comissiona, orienta e capacita os despenseiros, concedendo dons para melhor desempenho de sua obra (1 Co 12.1-11). "Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO vos constitui bispos, para apascentardes a Igreja de DEUS, que Ele resgatou com seu próprio sangue" (At 20.28).
 
Despenseiro ou mordomo.
No Antigo Testamento o mordomo era encarregado de uma casa (Gn 39.2-6; 43.19; 44.4). Já no Novo Testamento há duas palavras para definir o despenseiro: "epitropos" (Mt 20.8; Lc 8.3; Gl 4.2) isto é, alguém a cujos cuidados de guardião uma propriedade alheia foi confiada; e, que é traduzida como "administrador", "procurador" e "curador"; e “oiconomos”, que ocorre por dez vezes, e é traduzido como "administrador", "despenseiro", "mordomo", "tesoureiro" e "tutor" (Lc 16.2,3; 1 Co 4.1,2; Tt 1.7; 1a Pe 4.10). Este último vocábulo provém de “oikos” (casa) e de “nomo” (dispensar ou gerir), o que da à palavra o sentido de gerente ou superintendente. Que todos nós sejamos despenseiros fiéis dos bens de nosso Pai Celestial, para que quando Ele enviar Seu Filho para nos buscar e acertar as contas conosco, sejamos bem recompensados por Ele na Sua vinda!
 
Organograma da Igreja
Crentes Gerais
Crentes nominais (Visitam a igreja)
Crentes carnais (Meninos na fé, causam divisões)
Crentes fiéis (Congregam, oram e cultuam)
Crentes trabalhadores (Produzem sem títulos ou reconhecimento humano)
Ministros:
Diáconos (Trabalhadores na parte material)
Dispenseiros:
Presbíteros (Trabalhadores na parte de direção local e organização)
Evangelistas (Trabalhadores na parte de direção,organização e divulgação do evangelho na parte externa)
Pastores (Projetam o trabalho, escolhem os auxiliares, organizam o trabalho, cuidam da parte financeira  e distribuem a renda)
 
CAPACITAÇÕES PARA O MINISTÉRIO
 
1 Coríntios 12
(9 dons do ESPÍRITO)
Efésios 4
(5 dons de CRISTO)
Romanos 12
(5 dons do PAI)
1 Coríntios 12.28-30 (2 outros)
Palavra da sabedoria
Apóstolos
Ministério
Dom de socorro
Palavra da ciência
Profetas
Exortação
Ajuda
Dom da Fé
Evangelista
Contribuição
Dons de curar
Pastor
Administrar
Operação de maravilhas
Ensino
Misericórdia
Profecia
Discernimento
Variedade de línguas
Interpretação
 
 
O Padrão do Novo Testamento – Assim como os modelos das coisas mostraram a Moisés como estabelecer os padrões para o tabernáculo (Êxodo 25:9, 25:40, 26:30, 39:42-43, Atos 7:44 e Hebreus 8:5); assim como os modelos das coisas mostraram a Davi como estabelecer os padrões para o templo (I Crônicas 28:11, 28:13 e 28:19), da mesma forma os modelos das coisas mostradas no Novo Testamento estabeleceram os padrões para a assembléia, o templo de DEUS (I Coríntios 3:9, 3:16, 3:17, 6:19-20, Efésios 2:21-22, 4:13-16, I Timóteo 3:15, I Pedro 2:5, 2:9, Apocalipse 1:6, 3:12, 5:10, 20:6).
Servos Líderes – Líderes são funcionalmente necessários para a assembléia. O Senhor JESUS levantou-os do meio dos membros do corpo e os equipou para preencher qualificações estabelecidas. Eles inevitavelmente se sobressairão do rebanho e serão notados pela assembléia e esta deve formalmente reconhecer a chamada do Senhor naqueles sobre os quais Ele colocou os dons e a qualificação para servir como guias, mestres e exemplos para o corpo todo. Esses servos são chamados anciãos, bispos, pastores ou mestres (Tito 1:5 e Efésios 4:11).
Anciãos São Servos, Não Senhores – As palavras de CRISTO determinam, pelo Seu ESPÍRITO no meio ao Seu Povo, através dos corações regenerados e das mentes renovadas dos membros da assembléia, como Ele leva Seu rebanho a um acordo unânime ou consenso. Os anciãos lideram pela autoridade moral de servos que oferecem a palavra e o exemplo e merecem respeito pelo que dão, não pelo que pedem. Um ancião não age como autoridade independente. Sua tarefa é a de assessorar e supervisionar, nunca a de exercer autoridade senhorial nem a de comandar singularmente. Eles são instrumentos, através de suas lideranças, ensinamentos e exemplos, para levar a assembléia ao consenso. Porém, toda autoridade repousa somente em CRISTO. Todos os membros, incluindo os anciãos, se submetem ao Senhor e submetem-se uns aos outros no Senhor. Inclui-se, nesse caso, a submissão dos membros anciãos a todos os outros membros, incluídos os demais anciãos. Em outras palavras, não há cadeia de comando, como: DEUS, depois CRISTO, depois anciãos e depois membros. Existe apenas uma rede de submissão, na qual os anciãos carregam o maior fardo de submissão e responsabilidade, por serem servos de toda a assembléia. Apenas os que se humilham ao nível de servos diante do Senhor e de Sua assembléia serão elevados a esse nível de responsabilidade. Percebe-se então, que aqueles que exaltam a si mesmos a uma posição de autoridade sobre os outros, inevitavelmente se desqualificam para qualquer posição de serviço.
 
Pastor – No Novo Testamento, encontramos três títulos que expressam o ministério pastoral:
1. Presbíteros – no tempo em que a Bíblia foi escrita, os presbíteros eram os anciãos, aqueles mais velhos que eram indicados para juízes ou conselheiros, pois eram
respeitados pela sua experiência de vida. Este termo sugere a dignidade do ministério pastoral (At 11.30; Tg 5.14).
2. Bispo – administrador, curador. Tinha a função de supervisor, vigia. Dá o sentido que o pastor é guardião de almas (Fl 1.1; I Tm 3.1).
3. Pastor – encontrado no campo apascentando seu rebanho, mostrando o caminho certo e dando cuidados àquelas ovelhas que dele precisavam. Este é um termo carinhoso (Ef 4.11). Suas qualificações se encontram em I Tm 3.1-7.
 
Diácono – vem do termo grego diakonein, que significa “servir”. Cabe a eles o servir a mesa do Senhor, ou seja, a ceia; tratar do sustento pastoral e cuidar dos problemas sociais dos membros da igreja (beneficência). Eles devem ser “de boa reputação, cheios do ESPÍRITO SANTO e cheios de sabedoria” (At 6.16). Suas qualificações se encontram em I Timóteo 3.8-13.
 
 
 
 
3. A mordomia dos membros e congregados.
 
TRIBUNAL DE CRISTO
"Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de CRISTO, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal." [2 Coríntios 5:10].
DEVEMOS - QUEM?
Esse versículo, ou declaração, é parte da epístola de Paulo aos crentes em Corinto, a questão se responde por si mesma! "Nós" aqui inclui Paulo também e, juntamente com o "todos", restringe a declaração aos crentes — não a toda a humanidade, como seria o caso para um julgamento geral. Então quando juntamos isso com o fato que "tribunal" é bema em grego, descobrimos uma direção inteiramente diferente para as coisas. BEMA - A Concordância Bíblica de Strong diz o seguinte:Bema, item 968,
Bema, da base do grego; um passo, isto é, por implicação uma plataforma, ou seja, o assento do juiz no tribunal, colocar [o pé] em, trono. (ênfase nossa).A imagem mental que Paulo está projetando para nós diz respeito a um de seus métodos favoritos de ilustração — o esporte da época — os jogos greco-romanos. Bema era uma plataforma elevada na qual os juízes das diversas competições atléticas ficavam para premiar os vencedores. Isso se parece com o assento elevado de um juiz — alguém que detém o poder da vida e da morte em suas mãos? De forma alguma! É uma imagem de grande consolação para o cristão, pois combina o aspecto solene do julgamento com o de uma recompensa em potencial. Nosso grande, misericordioso e gracioso DEUS prometeu que o serviço fiel não ficará sem recompensa! Observe o que Paulo tem a dizer em 1 Coríntios 3:11-15:
 
 
 
"Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é JESUS CRISTO. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo." [ênfase adicionada].
Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós ou por algum juízo humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo. 4 Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me considero justificado, pois quem me julga é o Senhor.
Apesar de Paulo consultar sua consciência e não encontrar acusação para o condenar, ele diz que não acredita em sua consciência, pois ela poderia estar absolvendo-o na parcialidade da bondade consigo mesmo, portanto, o único juízo que importa é o de DEUS e não dos homens.
JESUS CRISTO se assentará para julgar as obras dos membros do seu corpo, a sua noiva, a igreja, provando-os pelo fogo. Observe a ordem descendente do seu valor relativo: "Ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha". O ouro, a prata e as pedras preciosas resistem ao calor, mas a madeira, o feno e a palha são queimados. O Senhor determina o grau de valor e o fogo revelará o resultado. Se as obras de um cristão forem inteiramente consumidas no processo e assim se revelarem inúteis, ele sofrerá a perda de não ser o "vencedor da corrida", porém sua salvação nunca estará em questão. Esse ponto foi definitivamente estabelecido na cruz do Calvário.
DEUS julgará as obras de cada crente e concederá galardões se eles forem merecidos (NO TRIBUNAL DE CRISTO), mas a vida do incrédulo será julgada e a punição aplicada de imediato (NO JUÍZO FINAL, QUE SERÁ PARA OS DESCRENTES). Em que grupo você estará?
 
O Juízo final, no grande Trono Branco está reservado para Satanás, seus demônios, depois passou a ser também para todos seus seguidores e admiradores.
 
Os despenseiros serão avaliando pelo Senhor, por isso, é preciso que sejam aprovados, que não tenham do que se envergonhar, que manejem bem a Palavra da verdade (II Tm. 2.15). A obra de todos os despenseiros de CRISTO será avaliada (I Co. 4.5). O trabalho feito será julgado pelo Senhor, passando pelo seu crivo. Isso acontecerá no Tribunal de CRISTO, quando virão, à luz, as intenções do trabalho feito (I Co. 3.13-15; II Co. 5.10; Rm. 14.10,12; I Jô. 3.15). Esse não será um julgamento para condenação, mas das obras (Ap. 14.13), já que nenhuma condenação há para os que estão em CRISTO (Rm. 8.1).
 
 
NOSSA ATITUDE ANTE A PALAVRA DE DEUS.
A Bíblia descreve, em linguagem clara e inconfundível, como devemos proceder quanto a palavra de DEUS em suas diferentes expressões. Devemos ansiar por ouvi-la (1.10; Jr 7.1,2; At 17.11) e procurar compreendê-la (Mt 13.23). Devemos louvar, no Senhor, a palavra de DEUS (Sl 56.4,10), amá-la (Sl 119.47,113), e dela fazer a nossa alegria e deleite (Sl 119.16,47). Devemos aceitar o que a palavra de DEUS diz (Mc 4.20; At 2.41; 1Ts 2.13), ocultá-la nas profundezas de nosso coração (Sl 119.11), confiar nela (Sl 119.42), e colocar a nossa esperança em suas promessas (Sl 119.74,81,114; 130.5). Acima de tudo, devemos obedecer ao que ela ordena (Sl 119.17,67; Tg 1.22-24) e viver de acordo com seus ditames (Sl 119.9). DEUS conclama os que ministram a palavra (cf. 1Tm 5.17) a manejá-la corretamente (2Tm 2.15), e a pregá-la fielmente (2Tm 4.2). Todos os crentes são convocados a proclamarem a palavra de DEUS por onde quer que forem (At 8.4).
A Bíblia – fé e prática
Neste momento profético em que surge a apostasia, a Igreja do Senhor JESUS está sendo fortalecida pelo grande derramamento do ESPÍRITO SANTO sobre toda a carne e por sua fé nas Escrituras Sagradas do Velho e do Novo Testamento. A Igreja crê na inspiração plenária e na inerrância das Escrituras Sagradas do Velho e do Novo Testamentos, pois elas foram inspiradas pelo ESPÍRITO SANTO (II Tm. 3:16) e, portanto, expressão a vontade de DEUS para a vida da Igreja como coletividade e para cada crente em particular.


Por crer na Bíblia como a Palavra de DEUS, expressão da eterna e graciosa vontade de DEUS, a Igreja fiel entende que toda e qualquer comunhão entre igrejas ou entre pastores deve ser baseada na fé comum nas doutrinas bíblicas e na experiência comum da operação do ESPÍRITO SANTO na vida da Igreja.
A Igreja do Senhor JESUS entende que a Bíblia contém todas as doutrinas necessárias à edificação da Igreja. Todas as regras em matéria fé (em que a Igreja crê) e prática (como a Igreja vive, serve e adora a DEUS) encontram-se nas Escrituras Sagradas. As doutrinas reveladas nas Escrituras e nas quais a Igreja fiel sempre creu se referem à Bíblia como sendo a Palavra revelada de DEUS, à Trindade, ao Plano de Salvação, e à Pessoa e Obra do Senhor JESUS.
Nesta última hora, contudo, o Senhor tem levado a Igreja a anunciar de forma mais constante a Segunda Vinda de Cristo, e a praticar as doutrinas da Igreja como Corpo de Cristo, do Batismo com o ESPÍRITO SANTO, dos Dons Espirituais e dos 5 Ministérios. A prática destas doutrinas são necessárias para que a Igreja esteja ouvindo a voz do Senhor JESUS (Jo. 10:16) e para que a Igreja tenha poder para pregar o evangelho (At. 1:8) e para que sinais confirmem essa pregação (Mar. 16:20).
Para andar no ESPÍRITO (Gl. 5:16) e viver cheia do ESPÍRITO (Ef. 5:18) a Igreja necessita apenas crer e praticar todas as doutrinas ensinadas na Palavra de DEUS (a Bíblia), sobretudo obedecer ao Senhor, ouvir a voz do ESPÍRITO e viver em santificação, além de utilizar os meios de graça: meditação na Palavra, jejum e a oração - inclusive em vigílias e cedo da manhã. A Igreja não necessita das novidades doutrinárias surgidas nos últimos 50 anos, especialmente após o início do movimento carismático. Embora esse movimento tenha sido fruto de um grande derramamento do ESPÍRITO SANTO, parte desse movimento perdeu a direção do ESPÍRITO na medida em que não percebeu o pleno significado das Escrituras Sagradas como única e suficiente fonte de fé e prática para a Igreja.
No entanto, para a glória de DEUS, há exemplos, em vários países, de Igrejas cheias do ESPÍRITO e que estão andando no ESPÍRITO e vivendo cheias do ESPÍRITO, onde os membros são batizados com o ESPÍRITO SANTO e recebem e praticam regularmente os dons espirituais. Essas Igrejas, que passaram a utilizar os dons espirituais de forma bíblica para buscar a direção do ESPÍRITO SANTO, não aceitam nenhuma novidade doutrinária ou prática.
 
 
SUBSÍDIOS CPAD - LIÇÃO 5 - A MORDOMIA DA IGREJA LOCAL
SUBSÍDIO DIDÁTICO - PEDAGÓGICO
Quantos minutos você gasta por dia para ler a Bíblia e orar? Quantas vezes na semana você evangeliza uma pessoa? Você acompanha algum novo convertido na sua igreja local? Você se preocupa com o exercício dos dons espirituais na sua igreja? Você tem algum dom espiritual?
Essas são algumas perguntas que sugerimos para o início da exposição deste primeiro tópico. A ideia é que a classe pense com seriedade acerca dessa disciplina indispensável ao crente. O que permeia essas perguntas é encontrado na vida de muitos cristãos santos que gastaram suas vidas para ler a Bíblia, orar, evangelizar, discipular, exercer os dons espirituais: mordomia espiritual. Assim, estimule seus alunos a seguir os exemplos desses servos abnegados.
 

SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
“Diakonia (‘Serviço’, ‘ministério’). São os esforços no serviço a CRISTO que continuam o ministério encarnacional que realizou e que nos ajuda a realizar. O caráter desse ministério é servir; não imita o padrão da autoridade ou do propósito que este mundo impõe. A essência do ministério tem sido exemplificada por CRISTO de uma vez para sempre (Mc 10.45) e, como consequência, servimos a CRISTO por meio de servir à criação que está debaixo do seu senhorio. 
A dimensão de serviço no ministério leva-nos, além de divulgar as boas-novas com denodo e coragem, a participar do desejo de DEUS que é alcançar de modo prático os marginalizados da sociedade. As pessoas que não têm ninguém para pleitear a sua causa, e que se encontram desconsideradas e abandonadas, também foram criadas à imagem de DEUS. A Igreja, revestida pelo poder do ESPÍRITO, terá de passar das palavras para ações se quer ver realizados os propósitos de DEUS. Não poderá haver maneira de fugir deste fato: se vamos realmente servir no ministério continuado de JESUS CRISTO, esse serviço deverá seguir o exemplo do seu ministério” (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.604).
 
 
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“Há várias passagens no Novo Testamento nas quais podemos ver uma descrição clara do que significa ser membro da igreja. Uma das seções mais volumosas está em 1 Coríntios 12 a 14. Em 1 Coríntios 12, Paulo explica a metáfora da igreja como um corpo com muitos membros. Em 1 Coríntios 13, ele estabelece o amor como a atitude e a ação centrais que todos os membros devem ter. E em 1 Coríntios 14, ele se volta à igreja em Corinto, cuja visão a respeito do conceito de membresia está equivocada.
Alguns líderes e membros da igreja entendem o conceito de membresia como um conceito organizacional ou ligado à administração. Por isso, eles refutam a ideia de que sua visão seja antibíblica. Contudo, o conceito de membresia é extremamente bíblico. A Bíblia explica ‘membros’ de um modo diferente da cultura secular. Por exemplo, observe o termo em 1 Coríntios 12.27,28: ‘Ora, vós sois o corpo de CRISTO e seus membros em particular. E a uns pôs DEUS na igreja...’.
Você percebe a diferença? Os membros de uma igreja compõem o todo e são partes essenciais do todo [...]” (RAINER, Thom S. Eu Sou Membro de Igreja: Descobrindo a atitude que faz a diferença. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.25).
 

PARA REFLETIR - A respeito de “A Mordomia da Igreja Local”, responda:
Quem são os mordomos da Palavra de DEUS, hoje? Pastores, evangelistas, discipuladores e professores da Escola Dominical.
Qual a melhor maneira de se exercer a mordomia da Palavra de DEUS? Uma das melhores formas de exercer a mordomia da Palavra de DEUS é evangelizar todos tipos de pessoas (Mc 16.15,16). 
A quem foi confiada a grande mordomia dos dons espirituais? A Bíblia mostra que os dons espirituais foram confiados unicamente à Igreja de CRISTO, ou seja, aos salvos.
Em que está o fundamento para a nossa prática social? O nosso fundamento para a prática social está nos salmistas, nos profetas, em CRISTO e nos apóstolos, ou seja, na Bíblia. 
Que grande lição JESUS deu aos apóstolos sobre a humildade? Ele lavou os pés dos discípulos de maneira humilde.
 
 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 79, p38.
 
 
SUGESTÃO DE LEITURA - Falando Bem - Toque Pessoas com Suas Palavras, Desenvolva Suas Habilidades de Liderança e Cristianismo Equilibrado.
 

 
BIBLIOGRAFIA GERAL 
Adam Clarke N. T. Lucas 12 
AS GRANDES DEFESAS DO CRISTIANISMO - CPAD - Jéfferson Magno Costa
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Bíblia MySword
Bíblia The Word
BANCROFT, E.H. Teologia Elementar. Imprensa Batista Regular, 1966.
BERKHOF, L. Manual de Doutrina Cristã. Luz Para o Caminho/Ceibel, 1985.
BETTENSON, H. Documentos da Igreja Cristã. JUERP, 1983.
BERKOUWER G.C. A Pessoa de CRISTO. ASTE, 1964.
BINNEY, A.R. Compêndio de Teologia. Editora Nazarena.
BOICE, J.M. O Alicerce da Autoridade Bíblica. Edições Vida Nova, 1982.
BURTNER e CHILES. Coletânea da Teologia de João Wesley. Imprensa Metodista, 1960.
CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. 
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W. Wiersbe
Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearman - Editora Vida
CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO - Esequias Soares - CPAD
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
Dicionário Strong português
Ética - Pr. Humberto Schimitt Vieira - MANUAL DE ETICA MINISTERIAL - Cantares - Gravadora e Editora - www.gravadoracantares.com.br
Ética Cristã - Norman Geisler - Sociedade RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA - Caixa Postal 21266, São Paulo-SP 04602-970
ÉTICA E O MELHOR NEGOCIO - Por John Maxwell
Ética ministerial - Jânio Santos de Oliveira - Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de DEUS Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro - janio-construcaocivil.blogspot.com
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O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
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Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Revista Ensinador Cristão - CPAD
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Teologia Sistemática - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - A Salvação - Myer Pearman - Editora Vida
Teologia Sistemática de Charles Finney
Teologia Sistemática Pentecostal - A Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto - CPAD 
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