LIÇÃO 4 – PROFECIA E MISTICISMO
Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 3º Trimestre de 2010
O Ministério Profético na Bíblia, a voz de DEUS na Terra
Comentários da revista da CPAD:
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev.. Luiz Henrique de Almeida Silva
Para melhor entendimento estude a lição sobre Paganismo: http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao11-dns-neopaganismoumasc.htm
Assita também os vídeos sobre Paganismo
http://www.youtube.com/watch?v=zxTmJfnKXJs&feature=player_embedded
TEXTO ÁUREO
"Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o DEUS de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhos que sonhais" (Jr 29.8).
VERDADE PRÁTICA
Embora o sobrenatural fascine o ser humano, muito do que ocorre, nesse âmbito, não procede de DEUS.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 41.8 - O fracasso dos sábios adivinhadores
Terça - Êx 8.18 - A enganação dos magos continua ainda hoje
Quarta -Dn 2.2-5 - A antiga falácia dos magos e astrólogos
Quinta -Ez 21.21 - Hepatoscopia praticada por Nabucodonosor
Sexta - Os 4.12 - Rabdomancia feita pelo espírito de luxúria
Sábado - Lv 20.27 - A Bíblia condena toda forma de prática divinatória
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE- Deuteronômio 13.1-5; 18.10-12
Dt 13.1-5 - 1 Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio, 2 e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, 3 não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos, porquanto o SENHOR, vosso DEUS, vos prova, para saber se amais o SENHOR, vosso DEUS, com todo o vosso coração e com toda a vossa alma. 4 Após o SENHOR, vosso DEUS, andareis, e a ele temereis, e os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis, e a ele servireis, e a ele vos achegareis. 5 E aquele profeta ou sonhador de sonhos morrerá, pois falou rebeldia contra o SENHOR, vosso DEUS, que vos tirou da terra do Egito e vos resgatou da casa da servidão, para vos apartar do caminho que vos ordenou o SENHOR, vosso DEUS, para andardes nele; assim, tirarás o mal do meio de ti.
Dt 18.10-12 - 10 Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prog-nosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro,11nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos, 12 pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu DEUS, as lança fora de diante de ti.
13.3 NÃO OUVIRÁS AS PALAVRAS DAQUELE PROFETA. É fundamental à comunhão do crente com o Senhor, a sua fidelidade a DEUS e à Palavra revelada dEle (8.3). Os versículos 1-5 mostram que a tentação visando a destruir nossa lealdade a DEUS, às vezes surge através de pessoas parecendo espirituais. Várias inferências decorrem disso, para nossa vida como crentes.
(1) DEUS, às vezes, testa a sinceridade do nosso amor e dedicação a Ele e à sua Palavra (cf. 8.2).
(2) DEUS, às vezes, nos prova permitindo que surja entre o seu povo, pessoas afirmando que são profetas de DEUS, e que realizam "sinal ou prodígio" (vv. 1,2). Tais pessoas, às vezes, falam com muita "unção", predizem corretamente o futuro, e operam milagres, sinais e prodígios. Ao mesmo tempo, porém, podem pregar um evangelho contrário à revelação bíblica, acrescentar inovações à Palavra de DEUS ou subtrair partes dela (cf. 4.2; 12.32). Aceitar esses falsos pregadores, significa abdicar da fidelidade total a DEUS e à sua Palavra inspirada (v. 5).
3) O NT também, por sua vez, adverte que falsos profetas e falsos mestres perverterão grandemente o evangelho de CRISTO nos últimos dias desta era. O crente deve ter firme determinação quanto a sua fidelidade à revelação escrita de DEUS, como a temos na Bíblia. A autenticidade do ministério de uma pessoa e do seu ensino não deve ser avaliada apenas pela sua pregação talentosa, alocuções proféticas poderosas, realização de milagres ou número de decisões. Esses critérios tornam-se cada vez menos dignos de confiança à medida que se aproximam os tempos do fim. O padrão da verdade sempre deverá ser a infalível Palavra de DEUS.
18.10 PASSAR PELO FOGO. Moisés relembra aos israelitas que não devem imitar a prática dos cananeus, de sacrificar crianças aos deuses pagãos, o que eles faziam, tentando influir no decurso de eventos futuros (cf. Lv 20.2-5).
18.10 NEM ADIVINHADOR, NEM PROGNOSTICADOR. Os adivinhos ou feiticeiros procuravam predizer eventos futuros ou desvendar segredos, pela ação de espíritos malignos ou de algum meio humano (cf. Ap 9.21). Já o plano de DEUS para obtermos a verdade é ouvir os fiéis mensageiros de DEUS exporem a sua Palavra (vv. 14-22).
18.11 NEM ENCANTADOR... NEM QUEM CONSULTE OS MORTOS. Esta lista inclui médiuns, espíritas e todos que invocam os mortos ou consultam espíritos (i.e., demônios) para conhecerem segredos, predizer o futuro, ou controlar coisas e pessoas. O que eles chamam de comunicação com os mortos é, na realidade, comunicação com os demônios (cf. 1 Sm 28.7-14; 2 Rs 21.6; Is 8.19).
2Pe 1.19 - MUI FIRME A PALAVRA DOS PROFETAS. Pedro contrasta as idéias humanistas com a Palavra de DEUS (v. 16). Ele atesta a origem divina das Escrituras e afirma que toda a profecia teve sua origem em DEUS, e não no ser humano (cf. v. 16). Assim, temos a certeza de que a mensagem de DEUS é infalível (não é passível de conter erros ou enganos) e inerrante (livre de erros, falsificação ou logro). A infalibilidade e a inerrância da Bíblia são inseparáveis, porque a inerrância é o resultado da infalibilidade da própria Palavra de DEUS. As Escrituras, na sua totalidade, são verdadeiras e fidedignas em todos os seus ensinos (2 Sm 23.2; Jr 1.7-9; 1 Co 14.37).
1.20 NENHUMA PROFECIA DA ESCRITURA. O significado é que nenhuma profecia das Escrituras veio das idéias, ou raciocínio do seu escritor, mas, sim, do ESPÍRITO SANTO.
1.21 OS HOMENS... DE DEUS FALARAM INSPIRADOS PELO ESPÍRITO SANTO. Pedro afirma a divina origem e autoridade das profecias da Escritura. Todos os crentes devem, de modo semelhante, manter um conceito firme e final da inspiração e autoridade das Sagradas Escrituras. Há várias razões para isso:
(1) É a única maneira de ser fiel ao que JESUS CRISTO, os apóstolos e a própria Bíblia ensinam a respeito das Escrituras (ver Sl 119; Jo 5.47).
(2) Sem uma convicção inabalável nas Sagradas Escrituras, a igreja fica sem alicerce autêntico e seguro para sua fé, sem certeza da salvação, sem valor moral absoluto, sem mensagem
garantida para pregar, sem nenhuma certeza do batismo no ESPÍRITO SANTO e da operação de milagres e nenhuma esperança da volta iminente de JESUS CRISTO.
(3) Sem uma convicção inabalável nas Sagradas Escrituras, os cristãos fiéis à Bíblia não têm nenhuma verdade absoluta e objetiva, baseada na autoridade do próprio DEUS, com a qual possam julgar e rejeitar os valores movediços deste mundo, as filosofias humanas e as práticas ímpias da cultura mundana (Sl 119.160).
(4) Sem uma convicção inabalável nas Sagradas Escrituras, o cristão não tem condições de suportar as terríveis dificuldades dos últimos dias (ver 1 Ts 2.1-12; 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1).
(5) Sem uma convicção inabalável nas Sagradas Escritu-ras, ficam enfraquecidas a plena autoridade e as doutrinas da Bíblia; em conseqüência disso, ela será substituída pela experiência religiosa subjetiva humana, ou pelo ra-ciocínio independente e crítico, também humano (2.1-3)
1Tm 3.15 - IGREJA... COLUNA E FIRMEZA DA VERDADE. A igreja deve ser o fundamento da verdade do evangelho. Ela sustenta e preserva a verdade revelada por CRISTO e pelos apóstolos. Ela recebeu esta verdade para obedecê-la (Mt 28.20), escondê-la no coração (Sl 119.11), proclamá-la como "a palavra da vida" (Fp 2.16), defendê-la (Fp 1.17) e demonstrar seu poder no ESPÍRITO SANTO (Mc 16.15-20; At 1.8; 4.29-33; 6.8).
2Tm 3.8 - RESISTEM À VERDADE. Uma das coisas que identifica o falso mestre na igreja é a sua oposição às verdades básicas do evangelho, ou sua indiferença para com elas (ver 1 Tm 4.1)
4.1 APOSTATARÃO ALGUNS DA FÉ. O ESPÍRITO SANTO revelou explicitamente que haverá, nos últimos tempos, uma rebeldia organizada contra a fé pessoal em JESUS CRISTO e da verdade bíblica (cf. 2 Ts 2.3; Jd 3,4).
(1) Aparecerão na igreja pastores de grande capacidade e poderosamente ungidos por DEUS. Alguns realizarão grandes coisas por DEUS, e pregarão a verdade do evangelho de modo eficaz, mas se afastarão da fé e paulatinamente se voltarão para espíritos enganadores e falsas doutrinas. Por causa da unção e do zelo por DEUS que tinham antes, desviarão a muitas pessoas.
(2) Muitos crentes se desviarão da fé porque deixarão de amar a verdade (2 Ts 2.10) e de resistir às tendências pecaminosas dos últimos dias (cf. Mt 24.5,10-12; ver 2 Tm 3.2,3). Por isso, o evangelho liberal dos ministros e educadores modernistas encontrará pouca resistência em muitas igrejas (4.1; 2 Tm 3.5; 4.3; ver 2 Co 11.13).
(3) A popularidade dos ensinos antibíblicos vem sobretudo pela ação de Satanás, conduzindo suas hostes numa oposição cerrada à obra de DEUS. A segunda vinda de CRISTO será precedida de uma maior atividade de satanismo, espiritismo, ocultismo, possessão e engano demoníacos, no mundo e na igreja (Ef 6.11,12).
(4) A proteção do crente contra tais enganos e ilusões consiste na lealdade total a DEUS e à sua Palavra inspirada, e a conscientização de que homens de grandes dons e unção espirituais podem enganar-se, e enganar os outros com sua mistura de verdade e falsidade. Essa conscientização deve estar aliada a um desejo sincero do crente praticar a vontade de DEUS (Jo 7.17) e de andar na justiça e no temor de DEUS (Sl 25.4,5,12-15).
(5) Os crentes fiéis não devem pensar que pelo fato da apostasia predominar dentro do cristianismo nesses últimos dias, não poderá ocorrer reavivamento autêntico, nem que o evangelismo segundo o padrão do NT não será bem-sucedido. DEUS prometeu que nos "últimos dias" salvará todos quantos invocarem o seu nome e que se separarem dessa geração perversa, e que Ele derramará sobre eles o seu ESPÍRITO SANTO (At 2.16-21,33,38-40; 3.19)
FALSOS MESTRES
Mc 13.22: “Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos”;.
DESCRIÇÃO. O crente da atualidade precisa estar informado de que pode haver, nas igrejas, diversos obreiros corrompidos e distanciados da verdade, como os mestres da lei de DEUS, nos dias de JESUS (Mt 24.11,24). JESUS adverte, aqui, que nem toda pessoa que professa a CRISTO é um crente verdadeiro e que, hoje, nem todo escritor evangélico, missionário, pastor, evangelista, professor, diácono e outros obreiros são aquilo que dizem ser.
(1) Esses obreiros “exteriormente pareceis justos aos homens” (Mt 23.28). Aparecem “vestidos como ovelhas” (Mt 7.15). Podem até ter uma mensagem firmemente baseada na Palavra de DEUS e expor altos padrões de retidão. Podem parecer sinceramente empenhados na obra de DEUS e no seu reino, demonstrar grande interesse pela salvação dos perdidos e professar amor a todas as pessoas. Parecerão ser grandes ministros de DEUS, líderes espirituais de renome, ungidos pelo ESPÍRITO SANTO. Poderão realizar milagres, ter grande sucesso e multidões de seguidores (ver Mt 7.21-23; 24.11,24; 2Co 11.13-15).
(2) Todavia, esses homens são semelhantes aos falsos profetas dos tempos antigos (ver Dt 13.3; 1Rs 18.40; Ne 6.12; Jr 14.14; Os 4.15), e aos fariseus do NT. Longe das multidões, na sua vida em particular, os fariseus entregavam-se à “rapina e de iniqüidade” (Mt 23.25), “cheios de ossos de mortos e de toda imundícia” (Mt 23.27), “cheios de hipocrisia e de iniqüidade” (Mt 23.28). Sua vida na intimidade é marcada por cobiça carnal, imoralidade, adultério, ganância e satisfação dos seus desejos egoístas.
(3) De duas maneiras, esses impostores conseguem uma posição de influência na igreja. (a) Alguns falsos mestres e pregadores iniciam seu ministério com sinceridade, veracidade, pureza e genuína fé em CRISTO. Mais tarde, por causa do seu orgulho e desejos imorais, sua dedicação pessoal e amor a CRISTO desaparecem lentamente. Em decorrência disso, apartam-se do reino de DEUS (1Co 6.9,10; Gl 5.19-21; Ef 5.5,6) e se tornam instrumentos de Satanás, disfarçados em ministros da justiça (ver 2Co 11.15). (b) Outros falsos mestres e pregadores nunca foram crentes verdadeiros. A serviço de Satanás, eles estão na igreja desde o início de suas atividades (Mt 13.24-28,36-43). Satanás tira partido da sua habilidade e influência e promove o seu sucesso. A estratégia do inimigo é colocá-los em posições de influência para minarem a autêntica obra de CRISTO. Se forem descobertos ou desmascarados, Satanás sabe que grandes danos ao evangelho advirão disso e que o nome de CRISTO será menosprezado publicamente.
A PROVA. Quatorze vezes nos Evangelhos, JESUS advertiu os discípulos a se precaverem dos líderes enganadores (Mt 7.15; 16.6,11; 24.4,24; Mc 4.24; 8.15; 12.38-40; 13.5; Lc 12.1; 17.23; 20.46; 21.8). Noutros lugares, o crente é exortado a pôr à prova mestres, pregadores e dirigentes da igreja (1Ts 5.21; 1 Jo 4.1). Seguem-se os passos para testar falsos mestres ou falsos profetas:
(1) Discernir o caráter da pessoa. Ela tem uma vida de oração perseverante e manifesta uma devoção sincera e pura a DEUS? Manifesta o fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22,23), ama os pecadores (Jo 3.16), detesta o mal e ama a justiça (Hb 1.9) e fala contra o pecado (Mt 23; Lc 3.18-20)?
(2) Discernir os motivos da pessoa. O líder cristão verdadeiro procurará fazer quatro coisas: (a) honrar a CRISTO (2Co 8.23; Fp 1.20); (b) conduzir a igreja à santificação (At 26.18; 1Co 6.18; 2Co 6.16-18); (c) salvar os perdidos (1Co 9.19-22); e (d) proclamar e defender o evangelho de CRISTO e dos seus apóstolos (ver Fp 1.16; Jd 3).
(3) Observar os frutos da vida e da mensagem da pessoa. Os frutos dos falsos pregadores comumente consistem em seguidores que não obedecem a toda a Palavra de DEUS (ver Mt 7.16).
(4) Discernir até que ponto a pessoa se baseia nas Escrituras. Este é um ponto fundamental. Ela crê e ensina que os escritos originais do AT e do NT são plenamente inspirados por DEUS, e que devemos observar todos os seus ensinos (ver 2Jo 9-11)? Caso contrário, podemos estar certos de que tal pessoa e sua mensagem não provêm de DEUS.
(5) Finalmente, verifique a integridade da pessoa quanto ao dinheiro do Senhor. Ela recusa grandes somas para si mesma, administra todos os assuntos financeiros com integridade e responsabilidade, e procura realizar a obra de DEUS conforme os padrões do NT para obreiros cristãos? (1Tm 3.3; 6.9,10).
Apesar de tudo que o crente fiel venha a fazer para avaliar a vida e o trabalho de tais pessoas, não deixará de haver falsos mestres nas igrejas, os quais, com a ajuda de Satanás, ocultam-se até que DEUS os desmascare e revele aquilo que realmente são.
A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS
2Tm 3.16,17 “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de DEUS seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.”
O termo “Escritura”, conforme se encontra em 2Tm 3.16, refere-se principalmente aos escritos do AT (3.15). Há evidências, porém, de que escritos do NT já eram considerados Escritura divinamente inspirada por volta do período em que Paulo escreveu 2Tm (1Tm 5.18, cita Lc 10.7; 2Pe 3.15,16). Para nós, hoje, a Escritura refere-se aos escritos divinamente inspirados tanto do AT quanto do NT, i.e., a Bíblia. São (os escritos) a mensagem original de DEUS para a humanidade, e o único testemunho infalível da graça salvífica de DEUS para todas as pessoas.
(1) Paulo afirma que toda a Escritura é inspirada por DEUS. A palavra “inspirada” (gr. theopneustos) provém de duas palavras gregas: Theos, que significa “DEUS”, e pneuo, que significa “respirar”. Sendo assim, “inspirado” significa “respirado por DEUS”. Toda a Escritura, portanto, é respirada por DEUS; é a própria vida e Palavra de DEUS. A Bíblia, nas palavras dos seus manuscritos originais, não contém erro; sendo absolutamente verdadeira, fidedigna e infalível. Esta verdade permanece inabalável, não somente quando a Bíblia trata da salvação, dos valores éticos e da moral, como também está isenta de erro em tudo aquilo que ela trata, inclusive a história e o cosmos (cf. 2Pe 1.20,21; note também a atitude do salmista para com as Escrituras no Sl 119).
(2) Os escritores do AT estavam conscientes de que o que disseram ao povo e o que escreveram é a Palavra de DEUS (ver Dt 18.18; 2Sm 23.2). Repetidamente os profetas iniciavam suas mensagens com a expressão: “Assim diz o Senhor”.
(3) JESUS também ensinou que a Escritura é a inspirada Palavra de DEUS até em seus mínimos detalhes (Mt 5.18). Afirmou, também, que tudo quanto Ele disse foi recebido da parte do
Pai e é verdadeiro (Jo 5.19, 30,31; 7.16; 8.26). Ele falou da revelação divina ainda futura (i.e., a verdade revelada do restante do NT), da parte do ESPÍRITO SANTO através dos apóstolos (Jo 16.13; cf. 14.16,17; 15.26,27).
(4) Negar a inspiração plenária das Sagradas Escrituras, portanto, é desprezar o testemunho fundamental de JESUS CRISTO (Mt 5.18; 15.3-6; Lc 16.17; 24.25-27, 44,45; Jo 10.35), do ESPÍRITO SANTO (Jo 15.26; 16.13; 1Co 2.12-13; 1Tm 4.1) e dos apóstolos (3.16; 2Pe 1.20,21). Além disso, limitar ou descartar a sua inerrância é depreciar sua autoridade divina.(5) Na sua ação de inspirar os escritores pelo seu ESPÍRITO, DEUS, sem violar a personalidade deles, agiu neles de tal maneira que escreveram sem erro (3.16; 2Pe 1.20,21; ver 1Co 2.12,13).
(6) A inspirada Palavra de DEUS é a expressão da sabedoria e do caráter de DEUS e pode, portanto, transmitir sabedoria e vida espiritual através da fé em CRISTO (Mt 4.4; Jo 6.63; 2Tm 3.15; 1Pe 2.2).
(7) As Sagradas Escrituras são o testemunho infalível e verdadeiro de DEUS, na sua atividade salvífica a favor da humanidade, em CRISTO JESUS. Por isso, as Escrituras são incomparáveis, eternamente completas e incomparavelmente obrigatórias. Nenhuma palavra de homens ou declarações de instituições religiosas igualam-se à autoridade delas.
(8) Qualquer doutrina, comentário, interpretação, explicação e tradição deve ser julgado e validado pelas palavras e mensagem das Sagradas Escrituras (ver Dt 13.3).
(9) As Sagradas Escrituras como a Palavra de DEUS devem ser recebidas, cridas e obedecidas como a autoridade suprema em todas as coisas pertencentes à vida e à piedade (Mt 5.17-19; Jo 14.21; 15.10; 2Tm 3.15,16; ver Êx 20.3). Na igreja, a Bíblia deve ser a autoridade final em todas as questões de ensino, de repreensão, de correção, de doutrina e de instrução na justiça (2Tm 3.16,17). Ninguém pode submeter-se ao senhorio de CRISTO sem estar submisso a DEUS e à sua Palavra como a autoridade máxima (Jo 8.31,32, 37).
(10) Só podemos entender devidamente a Bíblia se estivermos em harmonia com o ESPÍRITO SANTO. É Ele quem abre as nossas mentes para compreendermos o seu sentido, e quem dá
testemunho em nosso interior da sua autoridade (ver 1Co 2.12).
(11) Devemos nos firmar na inspirada Palavra de DEUS para vencer o poder do pecado, de Satanás e do mundo em nossas vidas (Mt 4.4; Ef 6.12,17; Tg 1.21).
(12) Todos na igreja devem amar, estimar e proteger as Escrituras como um tesouro, tendo-as como a única verdade de DEUS para um mundo perdido e moribundo. Devemos manter
puras as suas doutrinas, observando fielmente os seus ensinos, proclamando a sua mensagem salvífica, confiando-as a homens fiéis, e defendendo-as contra todos que procuram
destruir ou distorcer suas verdades eternas (ver Fp 1.16; 2Tm 1.13,14; 2.2; Jd 3). Ninguém tem autoridade de acrescentar ou subtrair qualquer coisa da Escritura (ver Dt 4.2; Ap 22.19).
(13) Um fato final a ser observado aqui. A Bíblia é infalível na sua inspiração somente no texto original dos livros que lhe são inerentes. Logo, sempre que acharmos nas Escrituras alguma coisa que parece errada, ao invés de pressupor que o escritor daquele texto bíblico cometeu um engano, devemos ter em mente três possibilidades no tocante a um tal suposto problema: (a) as cópias existentes do manuscrito bíblico original podem conter inexatidão; (b) as traduções atualmente existentes do texto bíblico grego ou hebraico podem conter falhas; ou (c) a nossa própria compreensão do texto bíblico pode ser incompleta ou incorreta.
INTERAÇÃO
Prezado professor, como tem sido a receptividade do tema por parte dos alunos? O universo temático da lição de hoje é a identificação do misticismo enganoso, por trás do uso da nomenclatura de Profecia. Como identificar essa tendência? Como saber se a manifestação é ou não divina? O texto da Leitura Bíblica em Classe revela-nos que o sobrenatural pode ser usado para desviar o povo de DEUS. A Palavra do Senhor esclarece que, qualquer experiência antes de ser aceita, deve ser submetida ao escrutínio da Escritura Sagrada. No tempo hodierno, não são poucas as pessoas que usam a ingenuidade dos indoutos, a fim de desanimá-los. Cabe a você ensiná-los a ter uma resposta firme contra essas tendências.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Definir o termo misticismo
Explicar o que são práticas divinatórias
Conscientizar-se de que o objetivo da profecia bíblica é nortear o Corpo de CRISTO na sua peregrinação.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Essa lição trata da identificação da verdadeira profecia e do misticismo. Explique aos alunos o termo misticismo e como este, de acordo com o texto áureo, deve ser rejeitado. É importante que o seu aluno saiba fazer uma leitura das ramificações místicas e esotéricas contemporâneas que podem influenciar o povo de DEUS. Assim, poderá analisar o universo evangélico e identificar possíveis influências que este vem sofrendo de outras religiões (com destaque para os objetos "sagrados", o uso de roupas, fotos, plantas etc.), a fim de alcançar algum tipo de favor "divino". O povo de DEUS precisa saber rejeitar tais inovações.
PALAVRA-CHAVE
Misticismo – (Do Lat. Mystica, espiritual).
É uma atitude mental de busca da união íntima e direta do homem com a divindade, baseada mais na intuição e no sentimento do que no conhecimento racional.
REFLEXÃO: “Na Bíblia, DEUS nos diz tudo o que precisamos saber sobre o que está por acontecer”. Bíblia do Estudante Aplicação Pessoal.
REFLEXÃO: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas...” Mt 7.15.
REFLEXÃO: “Com a direção fidedigna do ESPÍRITO SANTO, das escrituras e da igreja, não precisamos voltar-nos para as fontes ocultas, a fim de obter informações, especialmente porque o que vêm destas fontes é enganoso.” Bíblia do Estudante Aplicação Pessoal.
RESUMO DA LIÇÃO 4 – PROFECIA E MISTICISMO
I. AVALIAÇÃO DA PROFECIA
1. Os embusteiros (13.1).
2. Como identificar a fonte do milagre? (13.2).
3. DEUS usa o falso profeta para provar os seus servos (13.3).
II. PRÁTICAS DIVINATÓRIAS
1. As abomináveis práticas divinatórias (18.9).
2. Adivinhador, prognosticador, agoureiro, feiticeiro, encantador, n
ecromante e mágico (18.10,11).
3. Bruxo e bruxaria.
III. A NECESSIDADE DA PROFECIA BÍBLICA
1. A voz de DEUS na terra.
2. Revelação dos arcanos divinos.
3. O contraste entre a verdadeira profecia e as práticas pagãs.
CONCLUSÂO
Nós temos a Bíblia, o Senhor JESUS CRISTO e o ESPÍRITO SANTO,
portanto, deixemo-nos ser guiados e ensinados pelo Consolador (Jo 14.26).
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
As práticas divinatórias são uma forma infame de idolatria e satanismo e, portanto, repulsivas aos olhos de DEUS.
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
As práticas divinatórias são uma forma infame de idolatria e satanismo e, portanto, repulsivas aos olhos de DEUS.
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
A profecia bíblica norteia homens e mulheres no caminho para o céu e contradiz as práticas pagãs
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
Método do paganismo e os verdadeiros profetas
"Antes de discutir a lei sobre profetas, Deuteronômio lista diversas técnicas utilizadas pelo paganismo para obter oráculos divinos (Dt 18.9-14). Tais métodos não serviriam para Israel ouvir a voz do Senhor. O que esses itens proibidos têm em comum é que todos caem na categoria da sabedoria e da ingenuidade humanas. Yehezkel Kaufmann, com muita propriedade, chama a adivinhação de ciência de segredos cósmicos e o adivinho de cientista que pode dispensar a revelação divina. O Senhor, em contrapartida, levantaria como seu veículo de revelação um profeta. Tal qual o rei, ele devia ser oriundo da comunidade israelita (18.15; 17.15). Ele só era capaz de falar porque DEUS punha a palavra em sua boca (17.19). O fato de DEUS, [...], colocar suas palavras na boca de seus profetas explica o porquê de muitos deles iniciarem seus pronunciamentos com: "A palavra do Senhor veio a mim" ou "Assim diz o Senhor". Por outro lado, é raro qualquer outra pessoa nas Escrituras, Antigo ou Novo Testamentos, prefaciar e validar seus comentários com esta fórmula. Uma coisa é afirmar que as Escrituras foram inspiradas; outra coisa é entender como DEUS a inspirou. Já com os profetas, não restam dúvidas: DEUS os inspirou ao lhes ditar suas palavras, colocando sua palavra em suas bocas, de forma que as palavras do profeta eram proferidas por DEUS"
(HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. RJ: 2.ed. CPAD, 2006, pp.481-2).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII
Subsídio Teológico - Como Identificar a falsa profecia? DEUTERONÔMIO 18.10-22 - Como é que os falsos profetas podem ser distinguidos dos verdadeiros?
A MÁ INTERPRETAÇÃO: A Bíblia contém muitas profecias que nos foram dadas para que nelas creiamos, porque vieram de DEUS. Contudo, a Bíblia também mostra a existência de falsos profetas (Mt 7.15). Na verdade, muitas religiões e seitas - incluindo as Testemunhas de Jeová e os Mórmons, alegam ter profetas. Daí, a Bíblia exortar os crentes a "provar" aqueles que se dizem profetas (1 Jo 4.1a). Qual é a diferença entre um falso profeta e um verdadeiro profeta de DEUS de acordo com Deuteronômio 18.10-22?
CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Existem muitos testes para provar um falso profeta. Vários deles estão listados na passagem bíblica em questão. Colocando-os em forma de perguntas, os testes são:
1. Eles sempre entregam falsas profecias? Cem por cento de suas predições em relação ao futuro se cumprem? (Dt 18.21,22)
2. Contatam espíritos de mortos? (Dt 18.11)
3. Utilizam meios de adivinhação? (Dt 18.11)
4. Envolvem médiuns ou feiticeiras? (Êx 20.3,4)
5. Seguem a falsos deuses ou ídolos? (Êx 20.3,4; Dt 13.1-3)
6. Negam a divindade de JESUS CRISTO? (Cl 2.8,9)
7. Negam a humanidade de JESUS CRISTO? (1 Jo 4.1,2)
8. As suas profecias desviam a atenção da pessoa de JESUS CRISTO? (Ap 19.10)
9. Defendem a abstenção de certos alimentos e carnes por razões espirituais? (1 Tm 4.3,4)
10. Criticam ou negam a necessidade do casamento? (1 Tm 4.3)
11. Promovem a imoralidade? (Jd vv.4,7)
12. Encorajam a renúncia pessoal legalista? (Cl 2.16-23)
Uma resposta positiva a qualquer das questões acima é uma indicação de que o profeta não está falando por parte de DEUS. DEUS não fala e não encoraja qualquer coisa que seja contrária ao seu próprio caráter e mandamentos conforme registrados nas Escrituras. E com absoluta certeza, o DEUS da verdade não dá falsas profecias (Dt 18.21-23) (GEISLER, Norman L.; RHODES, Ron. Respostas às Seitas. Rio de Janeiro. 1. ed. CPAD, 2000, pp.65-6).
VOCABULÁRIO
Embusteiro: O que utiliza de embustes; o impostor.
Cosmovisão: Modo de olhar o mundo.
Quiromancia: Adivinhação pelo exame das linhas da palma da mão.
Necromancia: Adivinhação pela invocação de espíritos; magia negra.
Clarividência: capacidade mediúnica de visualizar objetos por meios paranormais.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco. RJ: CPAD, 2006.
GEISLER, Norman.; RHODES, R. Respostas às Seitas. RJ: CPAD, 2000.
BEVERE, J. Assim diz o Senhor? Como saber quando DEUS está falando através de outra pessoa. RJ: CPAD, 2006.
SAIBA MAIS EM Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 43, p. 38
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 4 – PROFECIA E MISTICISMO
RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 2º TRIMESTRE DE 2010
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas corretas e com "F" as falsas.
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o DEUS de Israel: Não vos enganem os vossos ______________________ que estão no meio de vós, nem os vossos _____________________, nem deis ___________________________ aos vossos sonhos que sonhais" (Jr 29.8).
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
Embora o _______________________ fascine o ser ________________________, muito do que ocorre, nesse âmbito, não _______________________ de DEUS.
INTRODUÇÃO
3- Devido a que os termos "profecia" e "misticismo" que antes eram restritas a grupos específicos, acabaram tornando-se comuns?
( ) Devido à popularidade que os meios de evangelização dão às questões espirituais.
( ) Devido à popularidade que os meios de divugação evangélicos dão às questões espirituais.
( ) Devido à popularidade que os meios de comunicação dão às questões espirituais.
4- O que de fato significam os termos "profecia" e "misticismo"?
( ) Profecia é a mensagem ou palavra do rei.
( ) Profecia é a mensagem ou palavra do profeta.
( ) o misticismo é a manifestação do sobrenatural.
( ) O misticismo, no sentido em que vamos enfocar, é a tendência para a união espiritual íntima com seres espirituais tenebrosos.
( ) O misticismo, são também manifestações ocultistas e esotéricas dos místicos no Antigo Testamento.
5- O que acontece hoje com os que tentam imitar a autêntica experiência dos verdadeiros profetas da igreja em relação à mensagem do evangelho de JESUS CRISTO.
( ) Há pessoas que desejam imitá-lo, sem necessariamente ter conhecimento e compromisso algum com a fé cristã.
( ) Há pessoas que desejam irritá-lo, sem necessariamente ter conhecimento e compromisso algum com a era cristã.
( ) Há pessoas que desejam imitá-lo, necessariamente tendo conhecimento e compromisso com a crença cristã.
I. AVALIAÇÃO DA PROFECIA
6- A que se refere o texto de Deuteronômio 13.1?
( ) Diz que é impossível alguém realizar sinais como os que DEUS realiza se não for salvo.
( ) Fala sobre "profeta" ou "sonhador", na realidade está referindo-se a alguém que se apresenta como tal, e é possível que ele realize perante o povo "um sinal ou prodígio".
( ) Contudo, tal milagre em si não é garantia de que o seu ministério seja de origem divina.
( ) À luz do texto sagrado, é possível alguém manifestar tais sinais e maravilhas sem necessariamente ser um servo de DEUS.
( ) O reformador alemão, Martinho Lutero, dizia com razão que o Diabo é o maior imitador de DEUS.
( ) JESUS afirmou que tais impostores "farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos".
( ) O apóstolo Paulo nos adverte dizendo que até "Satanás se transfigura em anjo de luz".
7- Como identificar a fonte do milagre? (13.2).
( ) Pelos milagres já se dá para reconhecer o profeta.
( ) A primeira e mais segura regra de autenticação dos prodígios realizados por alguém é a sua coerência bíblica.
( ) Só de se cumprir o que o profeta falar já é um sinal da autenticidade do tal profeta.
( ) É impossível alguém operar milagres da parte do Senhor e, ao mesmo tempo, adotar uma teologia contrária à Bíblia.
( ) Quem ensina ao povo a seguir a um deus estranho está incitando a rebelião contra DEUS.
( ) JESUS disse: "[...] por seus frutos os conhecereis".
8- O que quiz dizer JESUS quando disse: "[...] por seus frutos os conhecereis" (Mt 7.16)?
( ) O termo "frutos" não diz respeito apenas ao testemunho pessoal, pois há ateus e praticantes de doutrinas ocultistas que têm um excelente testemunho junto à família e diante da sociedade.
( ) Ao falar dos "frutos", o Senhor JESUS CRISTO referiu-se mais ao conteúdo teológico do pregador milagreiro e enganador.
( ) Ao falar dos "frutos", o Senhor JESUS CRISTO referiu-se mais ao número de conversões.
9- Como DEUS usa o falso profeta para provar os seus servos (13.3)? Complete:
Como já foi dito, uma das formas mais simples de avaliação de um falso profeta é o _____________________ de sua mensagem. Se a cosmovisão religiosa e filosófica do profeta, ou sonhador, acerca de DEUS, do ser humano e do mundo ____________________-se das Escrituras, contrariando a doutrina bíblica, ainda que ele faça descer fogo do céu à nossa vista e impressione o povo, devemos continuar firmes em nosso lugar, pois tais manifestações são de fonte __________________________. Conforme vimos na leitura bíblica, DEUS permite que essas coisas aconteçam para nos provar (13.3). Isso é ainda mais válido para os dias atuais com tantos inovadores milagreiros, falsos cristos e pregadores de "outro ____________________, outro espírito e outro evangelho" (2 Co 11.4).
II. PRÁTICAS DIVINATÓRIAS
10- Quais os principais profetas que advertiram o povo sobre as abomináveis práticas divinatórias n AT (18.9)?
( ) Moisés enumerou algumas práticas divinatórias comuns entre os cananeus.
( ) O profeta Isaías preveniu o povo sobre algo semelhante observado pelos egípcios.
( ) O profeta Malaquias preveniu o povo sobre esse fato praticado pelos judeus..
11- Quais práticas abomináveis existem ainda hoje na sociedade? Por que?
( ) São práticas repulsivas aos olhos de DEUS porque representam uma forma sublime de adoração a DEUS.
( ) Elas abrangem direta ou indiretamente: magia, astrologia, alquimia, clarividência, tarô, búzios, quiromancia, necromancia, numerologia, levitação, transe etc.
( ) São práticas repulsivas aos olhos de DEUS porque representam uma forma infame de idolatria e demonismo.
12- Sobre adivinhador, prognosticador, agoureiro, feiticeiro, encantador, necromante e mágico (18.10,11), ligue a primeira coluna de acordo com a segunda:
O "adivinhador" ou "adivinho" é uma das possíveis traduções do hebraico onen, e literalmente significa "fazer agouros pela nuvem".
A Magia é o que pratica agouros, uma forma de magia especializada em tentar predizer males e desgraças (2 Rs 17.17)
O termo hebraico traduzido em nossas versões por "encantador de encantamentos" denota "amarrar" alguém por meio de mágica.
É o praticante de macumba, de despacho etc. na ARA, tem sentido abrangente: médium, espírito, espírito de mortos, necromante e também mágico (Lv 19.31; 20.6; Is 8.19; 29.4).
O termo "prognosticador" essa prática é uma antiga arte de predizer o futuro por meios diversificados: intuição, explicação de sonhos, cartas, leitura de mão etc.
A palavra hebraica usada para "espírito adivinhante" ou "necromante" é usada também para "bruxo"; os tais faziam parte do grupo de conselheiros de Faraó, com os seus sábios e magos (Êx 7.11).
A palavra hebraica empregada para "feiticeiro" aquele que pratica mágica, vaticínio, presságio, prognóstico e tenta prever o futuro por meio de sortilégios.
O agoureiro é quem pratica a adivinhação.
13- O que vem a ser 'Bruxo e bruxaria'?
( ) Bruxo é o praticante da magia negra que visa fazer o mal (qualquer forma de adivinhação em si mesma já é um mal).
( ) A bruxaria chegou ao seu apogeu na Idade Média.
( ) Hoje, as bruxas são apresentadas, pela mídia, como heroínas belas para as crianças e adolescentes.
( ) Bruxo é também o praticante da idolatria a Baal.
II. A NECESSIDADE DA PROFECIA BÍBLICA
14- Como era, e é a voz de DEUS na terra?
( ) Mesmo com a queda do homem no Éden, o Senhor nunca deixou de se comunicar com as suas criaturas racionais.
( ) A voz de DEUS na Terra só pode ser dita através da Bíblia.
( ) Através dos patriarcas, reis, sacerdotes e profetas, Ele revelou a si mesmo e se propôs a habitar no meio do seu povo.
( ) A profecia bíblica é a voz de DEUS na terra para nortear homens e mulheres no caminho seguro para o céu; é também chamada de a "profecia da Escritura".
( ) Na atualidade, a voz do Senhor pode ser ouvida através da Palavra de DEUS, que é pregada ao mundo inteiro por meio da "igreja do DEUS vivo, a coluna e firmeza da verdade".
15- Dentro da revelação dos arcanos divinos, complete:
Ao falar sobre o fato de JESUS ser o ____________________________ da mensagem dos profetas, o apóstolo _______________________ disse que "agora", ou seja, para nós que estamos presenciando a materialização dos vaticínios e arcanos divinos, precisamos atentar ainda mais para a importância de tais mensagens, pois cumprem o propósito de servirem como um ___________________________, "até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração" (2 Pe 1.19).
16- Dentro do tema: O contraste entre a verdadeira profecia e as práticas pagãs, complete:
A Leitura Bíblica em Classe e as demais referências citadas nesta lição revelam a gravidade das práticas ocultistas e esotéricas, as quais tentam imitar a profecia bíblica. Elas são __________________________, portanto, condenadas pela Palavra de DEUS. O objetivo dos adivinhadores, magos, prognosticadores, agoureiros, necromantes etc., é o mesmo dos tempos bíblicos: fazer frente à ___________________________ de DEUS e ao ______________________ de JESUS CRISTO, levando o povo ao _________________________ do único caminho certo, à semelhança de Janes e Jambres que "resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade" (2 Tm 3.8).
CONCLUSÃO
17- O que cada crente em JESUS deve fazer diante da atual avalanche de crenças e práticas disseminadas no mundo atual?
( ) Ser sóbrio e valente.
( ) Ser santo e vigilante.
( ) Ser sóbrio e vigilante.
18- Por que tanta popularidade ocorre com crenças e práticas disseminadas no mundo atual? complete:
Principalmente por causa dos meios de ____________________________ (livros, revistas, internet, televisão, esta última principalmente através de novelas, programas de auditórios, filmes e seriados), os quais fazem a sociedade encarar tudo como se tais práticas fossem ___________________________, comuns e inofensivas. Os formadores de opinião apresentam tais coisas como _______________________, mas aos olhos de DEUS são uma abominação (Dt 18.9-12; Ap 9.21; 21.8). Nós temos a Bíblia, o Senhor JESUS CRISTO e o ESPÍRITO SANTO, portanto, deixemo-nos ser guiados e ensinados pelo _______________________ (Jo 14.26).
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
Para melhor entendimento estude a lição sobre Paganismo: http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao11-dns-neopaganismoumasc.htm
Assita também os vídeos sobre Paganismo http://www.youtube.com/watch?v=zxTmJfnKXJs&feature=player_embedded
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - BÍBLIA de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Nosso novo endereço: http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/
Veja vídeos em http://ebdnatv.blogspot.com, http://www.ebdweb.com.br/ - Ou nos sites seguintes: 4Shared, BauCristao, Dadanet, Dailymotion, GodTube, Google, Magnify, MSN, Multiply, Netlog, Space, Videolog, Weshow, Yahoo, Youtube.
Pr. Henrique, EBD NA TV, DONS DE CURAR, Lições Bíblicas, COMENTO REVISTAS CPAD, BETEL E CENTRAL GOSPEL, Moro em Jordanésia, Cajamar, SP, morava em Imperatriz, MA, Pr. IEADI, estudos bíblicos, vídeos aula, gospel, ESPÍRITO SANTO, JESUS, DEUS PAI, slides, de Ervália, MG, Canal YouTube Henriquelhas, Igreja Evangélica Assembleia de Deus ministério Belém, área 58, Santana de Parnaíba, SP.
23 julho 2010
22 julho 2010
15 julho 2010
LICAO 3, AS FUNCOES SOCIAIS E POLITICAS DA PROFECIA
Primeiro assista aqui aos vídeos (6partes de 10 minutos)
Depois leia os estudos abaixo:
LIÇÃO 3 – AS FUNÇÕES SOCIAIS E POLÍTICAS DA PROFECIA
Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 3º Trimestre de 2010
O Ministério Profético na Bíblia, a voz de DEUS na Terra
Comentários da revista da CPAD:
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev.. Luiz Henrique de Almeida Silva
TEXTO ÁUREO
"Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado" (Pv 29.18).
VERDADE PRÁTICA
O objetivo principal da profecia bíblica é levar o homem a amar a DEUS acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, a fim de que haja ordem e bem-estar social.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jr 7.2 - Moisés e os direitos humanos
Terça - Jr 7.3 - Ninguém está acima da Lei
Quarta - Jr 7.4 - Governantes que decretam leis injustas
Quinta - Jr 7.11 - A ação social é tema dos profetas
Sexta - Jr 7.12 - O direito do estrangeiro, do órfão e da viúva
Sábado - Jr 7.10 - A profecia apregoa a paz, a harmonia e a justiça social
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jeremias 34.8-11,16,17
8 A palavra que do SENHOR veio a Jeremias, depois que o rei Zedequias fez concerto com todo o povo que havia em Jerusalém, para lhes apregoar a liberdade: 9 que cada um despedisse forro o seu servo e cada um, a sua serva, hebreu ou hebréia, de maneira que ninguém se fizesse servir deles, sendo judeus, seus irmãos. 10 E ouviram todos os príncipes e todo o povo que entrou no concerto que cada um despedisse forro o seu servo e cada um, a sua serva, de maneira que não se fizessem mais servir deles; ouviram, pois, e os soltaram. 11 Mas, depois, se arrependeram, e fizeram voltar os servos e as servas que tinham libertado, e os sujeitaram por servos e por servas.
16 Mudastes, porém, e profanastes o meu nome, e fizestes voltar cada um ao seu servo, e cada um, à sua serva, os quais já tínheis despedido forros, conforme a sua vontade; e os sujeitastes, para que se vos fizessem servos e servas. 17 Portanto, assim diz o SENHOR: Vós não me ouvistes a mim, para apregoardes a liberdade, cada um ao seu irmão e cada um ao seu próximo; pois eis que eu vos apregôo a liberdade, diz o SENHOR, para a espada, para a pestilência e para a fome; e dar-vos-ei por espanto a todos os reinos da terra.
18 E entregarei os homens que traspassaram o meu concerto, que não confirmaram as palavras do concerto, como eles fizeram diante de mim com o bezerro que dividiram em duas partes, passando pelo meio das duas porções. 19 Os príncipes de Judá, e os príncipes de Jerusalém, e os eunucos, e os sacerdotes, e todo o povo da terra que passou por meio das porções do bezerro, 20 entregá-los-ei, digo, nas mãos de seus inimigos e nas mãos dos que procuram a sua morte, e os cadáveres deles servirão de mantimento às aves dos céus e aos animais da terra. 21 E até o rei Zedequias, rei de Judá, e seus príncipes entregarei nas mãos de seus inimigos e nas mãos dos que procuram a sua morte, e nas mãos do exército do rei da Babilônia, que já se retirou de vós.
34.8 PARA LHES APREGOAR A LIBERDADE. Lhes refere-se a escravos entre os hebreus. A lei de Moisés declara que todos os hebreus, homens ou mulheres, vendidos como escravos por causa de dívidas, deviam ser libertos após seis anos (Êx 21.2-11; Dt 15.12-18). O rei exigiu que todos os governantes e o povo obedecessem a essa lei, e libertassem seus escravos. -Assim, o rei esperava obter a bênção de DEUS; além disso, os escravos libertos estariam mais dispostos a defenderem Jerusalém.
34.11 E OS SUJEITARAM. Quando o cerco babilônico de Jerusalém foi suspenso temporariamente, ante a -ameaça dos egípcios (cf. vv. 21,22), os judeus reativaram a escravidão de seus ex-escravos. Este ato demonstrou que a libertação anterior dos escravos (v. 8) não fora motivada por zelo pela justiça e pela lei de DEUS, mas por egoísmo. Quanto a esses afrontosos violadores da sua lei, DEUS declara: Os cadáveres deles servirão de mantimento às aves dos céus (v. 20).
Deutronômio 15.7-11 O POBRE. A obediência à lei de DEUS devia também significar um propósito resoluto de socorrer os necessitados (cf. 24.19-21; Lv 19.10).
(1) DEUS observa nossa atitude e desejo de ajudar os pobres e necessitados. Devemos usar nossos recursos materiais para ajudar os realmente necessitados. O espírito de cobiça e de egoísmo que não se preocupa com as necessidades dos outros, priva-nos da bênção de DEUS (vv. 9,10).
(2) O NT destaca a necessidade da compaixão, sensibilidade e bondade para com os sofredores e outros que enfrentaram circunstâncias difíceis que os levaram à pobreza ou à penúria
(Mt 25.31-36; Gl 6.2,10)
15.13 NÃO O DESPEDIRÁS VAZIO. Os israelitas não podiam mandar embora seus escravos sem provisões suficientes (cf. v. 12). O amor ao próximo (cf. Lv 19.18) os compelia a prover alimentos e suprimentos suficientes à sobrevivência deles, até conseguirem trabalho para ganhar a vida. Semelhantemente, o princípio do amor e da justiça no novo concerto, requer que tratemos os empregados com compaixão, eqüidade e justiça.
TRASPASSARAM MEU CONCERTO. Veja o estudo Aliança.
Gênesis 15.9; Jr 34.18
MORTE DE UM ANIMAL OU PASSAR PELAS METADES:
Significa: estamos morrendo e nascendo de novo, também significa: Que eu morra se não cumprir e que tu morras se não cumprir.
Colocava-se uma parte do animal de um lado e outra parte do outro lado e depois os cabeças de aliança, ou chefes, passavam pelas metades de braços dados, dando a entender que:
***Este sinal significa infinito; a aliança passa de pai para filho, é eterna.
***Daí a aliança ser um círculo, significa eternidade; sem princípio e nem fim.
Observações preliminares
(Pv 29.18). “Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado”.
Vamos estudar um pouco o profeta e o meio social em que ele vive – a igreja.
Infelizmente está havendo um problema sério de identidade na igreja de hoje. O ministério profético (Profeta como ministério e não Profecia como Dom do ESPÍRITO SANTO) está sendo suprimido da igreja e quase já está extinto. Assim os pastores (que controlam a parte financeira) se tornam senhores e detentores de todos os cargos e autoridades espirituais da igreja. Por falta desse tão importante ministério (como o é o de pastor, de apóstolo, de evangelista e de mestre – Ef 4.11), a igreja tem sofrido pela falta de revelação do pecado que assola a igreja atual. Já não se disciplina o membro faltoso porque ela poderia denunciar o fato às autoridades governamentais, já não se exclui ministros, pois, os mesmos poderiam revelar segredos comprometedores de outros líderes. Aonde vamos parar desse jeito? A igreja deve ser exemplo, deve ser sal e luz e seus representantes devem assumir a autoridade de DEUS ao conduzir seu rebanho e a santidade devida a essa posição, mas não massacrando os outros ministérios que o próprio JESUS deu à igreja para que edificação, consolação exortação e crescimento organizado e frutífero.
Quando alguém é chamado para abrir igrejas (apóstolo) e faz isso bem, logo o colocamos para ser pastor e dirigir uma congregação.
Quando alguém é chamado para pregar contra o pecado e DEUS por seu intermédio revela segredos e prediz coisas do futuro (profeta) e faz isso bem, logo o colocamos para ser pastor e dirigir uma congregação.
Quando alguém é chamado para pregar às multidões também realizando DEUS milagres por seu intermédio e faz isso bem, logo o colocamos para ser pastor e dirigir uma congregação.
Quando alguém é chamado para ensinar a palavra de DEUS às igrejas e faz isso bem, logo o colocamos para ser pastor e dirigir uma congregação.
Queremos que todos sejam pastores para que possam ser sustentados pela igreja e assim a igreja não terá que sustentá-los em seus devidos ministérios.
O que acontece, em geral é que nenhum deles será um pastor de destaque nas funções pastorais, pois estarão ocupando a posição errada na igreja.
Assim os ministérios serão enfraquecidos e a igreja conseqüentemente também o será.
Por isso é importante um avivamento espiritual, pois é nesse clima que os ministérios são aflorados e são colocados em evidência por JESUS e a igreja se desenvolve rapidamente com alegria e satisfação de todos.
Cada um na sua função para que o corpo todo seja beneficiado.
Sacerdotes, juízes, reis.
Embora tenham sido levantados por DEUS para desempenharem a função de mediadores entre DEUS e o povo. Falharam, em sua grande maioria, por se corromperem pelo poder, tanto financeiro como social.
O profeta, desde Adão até nossos dias, veio com a função dupla de ser porta-voz de DEUS e de condenar o pecado onde quer que se encontrasse. Embora muito deles se corrompessem como no tempo de Jeremias, a sua grande maioria foi fiel em sua missão de transmitir os oráculos de DEUS e de condenarem o pecado, mesmo entre os Sacerdotes, juízes e reis. Os profetas que mais se destacaram dentre todos, pela sua fidelidade a DEUS, foram Jó, Noé, Moisés, Samuel e Daniel.
O caráter de Jó, Noé, Moisés, Samuel e Daniel beneficiaria os pecadores. Podemos orar intercessoriamente por alguém, para que DEUS aja naquela vida, envie alguém para testemunhar, cure, mas nunca podemos salvar alguém com nossas orações, mas, podemos mudar o destino dessas pessoas sendo exemplo para elas.
Justiça é o caráter, qualidade do que está em conformidade com o que é direito com o que é justo; princípio moral em nome do qual o direito deve ser respeitado - Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objetivo, Rio de Janeiro, 2001.
VERDADEIRO E FALSO PROFETA:
É Samuel quem elenca os critérios para se distinguir o verdadeiro profeta: ele é chamado por DEUS (1Sm 3.4ss); tudo o que diz se cumpre (1Sm 3.19); anuncia a Palavra (1Sm 4.1); defende a justiça social (1Sm 8.11-18); intercede pelo povo (1Sm 9.6,8,10); é homem de YAHWEH (1Sm 9.9,11,18,19), seu instrumento (1Sm 10.1ss) e proclamador de oráculos (1Sm 22.23,28). Mas é, sobretudo, fiel à Lei (1Sm 12.1-5). Além desse elenco, o critério fundamental são as próprias palavras do homem que se apresenta como profeta: se aquilo que diz se verifica, então será considerado verdadeiro profeta: “Quando o profeta falar em nome do SENHOR, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele.” (18,22).
Mas, se deveras melhorardes os vossos caminhos e as vossas obras; se deveras praticardes o juízo entre um homem e o seu próximo; Se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal, Eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde os tempos antigos e para sempre. (LEIA Jr 7.1-14).
O substantivo torah vem da raiz verbal yarah que quer dizer lançar, ensinar, instruir. O Salmo 19.7-9 lança mais luzes sobre o significado de Torah:
“A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do SENHOR é fiel, e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro, e ilumina os olhos. O temor do SENHOR é limpo, e permanece eternamente; os juízos do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente.”
A lei do Senhor não é dura e inflexível. Pelo contrário, é tão perfeita que faz a vida voltar; é firme e torna o sábio simples, alegra o coração, ilumina os olhos. Por quê? A resposta está no critério do julgamento divino: amor, bondade etc. Assim se desvenda o mistério nas palavras de JESUS para João Batista: “[…]Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça…” (Mt 3.15). DEUS fez o homem um ser espiritual, físico e social, portanto, a obrigação de amar o nosso próximo nunca pode ser reduzida para somente uma parte dele. Devemos amar nosso próximo como DEUS o criou (o que é mandamento para nós), então, inevitavelmente, estaremos preocupados com o seu bem-estar total. A igreja recebeu um importante papel social. As questões políticas e sociais foram assuntos defendidos pelos profetas em sua época. Como coluna e firmeza da verdade a Igreja deve, através de suas ações, denunciar injustiças sociais e também amparar os injustiçados (Mt 25.35-46).
A justiça, para Aristóteles
A justiça, para Aristóteles, é inseparável da pólis, da vida em comunidade. Se o homem é um animal político, isto significa sua necessidade natural de conviver em sociedade, de promover o bem comum e a felicidade. A pólis grega encarnada na figura do Estado é uma necessidade humana, cuidando da vida do homem como o organismo precisa cuidar de suas partes vitais. O homem que vive completamente sozinho, não é humano: ou é um animal ou é um deus, diz Aristóteles.
Estas premissas fundamentam a necessidade de regulação da vida social através da lei, respeitando os critérios da justiça e da equidade. O justo em geral, para os antigos, é dar a cada um o que é seu. Como dizia o Direito Romano, os preceitos jurídicos são viver honestamente, não lesar a ninguém e dar a cada um o que lhe pertence.
Ao estudar a questão da justiça, Aristóteles identifica vários tipos. A classificação aristotélica segue o princípio lógico de estabelecer as características ou propriedades do geral, para depois analisar os casos particulares. Há, desse modo, uma justiça geral e uma justiça particular.
A Justiça Geral é a observância da lei, o respeito à legislação ou às normas convencionais instituídas pela pólis. Tem como objetivo o bem comum, a felicidade individual e coletiva. A justiça geral é também chamada de justiça legal. Ressalte-se a compreensão dos gregos que consideravam o justo legal não somente sob a forma do ordenamento jurídico positivo, mas principalmente as leis não escritas, universais e não derrogáveis do Direito Natural.
A Justiça Particular tem por objetivo realizar a igualdade entre o sujeito que age e o sujeito que sofre a ação. Divide-se em Justiça Distributiva e Justiça Corretiva.
A Justiça Distributiva consiste na distribuição ou repartição de bens e honrarias segundo os méritos de cada um.
A Justiça Corretiva visa a correção das transações entre os indivíduos, que podem ocorrer de modo voluntário, a exemplo dos acordos e contratos, ou de modo involuntário, como nos delitos em geral. Nesta forma de justiça surge a necessidade de intervenção de uma terceira pessoa, que deve decidir sobre as relações mútuas e o eventual descumprimento de acordos ou de cláusulas contratuais. O juiz, segundo Aristóteles, passa a personificar a noção do justo. A justiça corretiva é também denominada equiparadora ou sinalagmática.
Subdivide-se em:
Justiça Comutativa, que preside os contratos em geral: compra e venda, locação, empréstimo, etc. É essencialmente preventiva, já que a justiça prévia iguala as prestações recíprocas antes mesmo de uma eventual transação.
Justiça Reparativa, que visa reprimir a injustiça, a reparar ou indenizar o dano, estabelecendo, se for o caso, punições.
(http://www.reinerio.hpg.ig.com.br/justo.htm)
O CUIDADO DOS POBRES E NECESSITADOS
Am 5.12-14 “Porque sei que são muitas as vossas transgressões e enormes os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate e rejeitais os necessitados na porta. Portanto, o que for prudente guardará silêncio naquele tempo, porque o tempo será mau. Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o DEUS dos Exércitos, estará convosco, como dizeis.”
Neste mundo, onde há tanto ricos quanto pobres, freqüentemente os que têm abastança material tiram proveito dos que nada têm, explorando-os para que os seus lucros aumentem continuamente (ver Sl 10.2, 9,10; Is 3.14,15; Jr 2.34; Am 2.6,7; 5.12,13; Tg 2.6). A Bíblia tem muito a dizer a respeito de como os crentes devem tratar os pobres
e necessitados.
O ZELO DE DEUS PELOS POBRES E NECESSITADOS.
DEUS tem expressado de várias maneiras seu grande zelo pelos pobres, necessitados e oprimidos.
(1) O Senhor DEUS é o seu defensor. Ele mesmo revela ser deles o refúgio (Sl 14.6; Is 25.4), o socorro (Sl 40.17; 70.5; Is 41.14), o libertador (1Sm 2.8; Sl 12.5; 34.6; 113.7; 35.10; cf. Lc 1.52,53) e provedor (cf. Sl 10.14; 68.10; 132.15).
(2) Ao revelar a sua Lei aos israelitas, mostrou-lhes também várias maneiras de se eliminar a pobreza do meio do povo (ver Dt 15.7-11). Declarou-lhes em seguida, o seu alvo global: “Somente para que entre ti não haja pobre; pois o SENHOR abundantemente te abençoará na terra que o SENHOR, teu DEUS, te dará por herança, para a possuíres” (Dt 15.4). Por isso DEUS, na sua Lei, proíbe a cobrança de juros nos empréstimos aos pobres (Êx 22.25; Lv 25.35,36). Se o pobre entregasse algo como “penhor”, ou garantia pelo empréstimo, o credor era obrigado a devolver-lhe o penhor (uma capa ou algo assim) antes do pôr-do-sol. Se o pobre era contratado a prestar serviços ao rico, este era obrigado a pagar-lhe diariamente, para que ele pudesse comprar alimentos a si mesmo e à sua família (Dt 24.14,15). Durante a estação da colheita, os grãos que caíssem deviam ser deixados no chão para que os pobres os recolhessem (Lv 19.10; Dt 24.19-21); e mais: os cantos das searas de trigo, especificamente, deviam ser deixados aos pobres (Lv 19.9). Notável era o mandamento divino de se cancelar, a cada sete anos, todas as dívidas dos pobres (Dt 15.1-6). Além disso, o homem de posses não podia recusar-se a emprestar algo ao necessitado, simplesmente por estar próximo o sétimo ano (Dt 15.7-11). DEUS, além de prover o ano para o cancelamento das dívidas, proveu ainda o ano para a devolução de propriedades — o Ano do Jubileu, que ocorria a cada cinqüenta anos. Todas as terras que tivessem mudado de dono desde o Ano do Jubileu anterior teriam de ser devolvidas à família originária (ver Lv 25.8-55). E, mais importante de tudo: a justiça haveria de ser imparcial. Nem os ricos nem os pobres poderiam receber qualquer favoritismo (Êx 23.2,3,6; Dt 1.17; cf. Pv 31.9). Desta maneira, DEUS impedia que os pobres fossem explorados pelos ricos, e garantia um tratamento justo aos necessitados (ver Dt 24.14).
(3) Infelizmente, os israelitas nem sempre observavam tais leis. Muitos ricos tiravam vantagens dos pobres, aumentando-lhes a desgraça. Em conseqüência de tais ações, o Senhor proferiu, através dos profetas, palavras severas de juízo contra os ricos (ver Is 1.21-25; Jr 17.11; Am 4.1-3; 5.11-13; Mq 2.1-5; Hc 2.6-8; Zc 7.8-14).
A RESPONSABILIDADE DO CRENTE NEOTESTAMENTÁRIO DIANTE DOS POBRES E NECESSITADOS.
No NT, DEUS também ordena a seu povo que evidencie profunda solicitude pelos pobres e necessitados, especialmente pelos domésticos na fé.
(1) Boa parte do ministério de JESUS foi dedicado aos pobres e desprivilegiados na sociedade judaica. Dos oprimidos, necessitados, samaritanos, leprosos e viúvas, ninguém mais se importava a não ser JESUS (cf. Lc 4.18,19; 21.1-4; Lc 17.11-19; Jo 4.1-42; Mt 8.2-4; Lc 17.11-19; Lc 7.11-15; 20.45-47). Ele condenava duramente os que se apegavam às possessões terrenas, e desconsideravam os pobres (Mc 10.17-25; Lc 6.24,25; 12.16-20; 16.13-15,19-31).
(2) JESUS espera que seu povo contribua generosamente com os necessitados (ver Mt 6.1-4). Ele próprio praticava o que ensinava, pois levava uma bolsa da qual tirava dinheiro para dar aos pobres (ver Jo 12.5,6; 13.29). Em mais de uma ocasião, ensinou aos que o queriam seguir a se importarem com os marginalizados econômica e socialmente (Mt 19.21; Lc 12.33; 14.12-14,16-24; 18.22). As contribuições não eram consideradas opcionais. Uma das exigências de CRISTO para se entrar no seu reino eterno é mostrar-se generoso para com os irmãos e irmãs que passam fome e sede, e acham-se nus (Mt 25.31-46).
(3) O apóstolo Paulo e a igreja primitiva demonstravam igualmente profunda solicitude pelos necessitados. Bem cedo, Paulo e Barnabé, representando a igreja em Antioquia da Síria, levaram a Jerusalém uma oferta aos irmãos carentes da Judéia (At 11.28-30). Quando o concílio reuniu-se em Jerusalém, os anciãos recusaram-se a declarar a circuncisão como necessária à salvação, mas sugeriram a Paulo e aos seus companheiros “que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência” (Gl 2.10). Um dos alvos de sua terceira viagem missionária foi coletar dinheiro “para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém” (Rm 15.26). Ensinava as igrejas na Galácia e em Corinto a contribuir para esta causa (1Co 16.1-4). Como a igreja em Corinto não contribuísse conforme se esperava, o apóstolo exortou demoradamente aos seus membros a respeito da ajuda aos pobres e necessitados (2Co 8;9). Elogiou as igrejas na Macedônia por lhe terem rogado urgentemente que lhes deixasse participar da coleta (2Co 8.1-4; 9.2). Paulo tinha em grande estima o ato de contribuir. Na epístola aos Romanos, ele arrola, como dom do ESPÍRITO SANTO, a capacidade de se contribuir com generosidade às necessidades da obra de DEUS e de seu povo (ver Rm 12.8; ver 1Tm 6.17-19).
(4) Nossa prioridade máxima, no cuidado aos pobres e necessitados, são os irmãos em CRISTO. JESUS equiparou as dádivas repassadas aos irmãos na fé como se fossem a Ele próprio (Mt 25.40, 45). A igreja primitiva estabeleceu uma comunidade que se importava com o próximo, que repartia suas posses a fim de suprir as necessidades uns dos outros (At 2.44,45; 4.34-37). Quando o crescimento da igreja tornou impossível aos apóstolos cuidar dos necessitados de modo justo e equânime, procedeu-se a escolha de sete homens, cheios do ESPÍRITO SANTO, para executar a tarefa (At 6.1-6). Paulo declara explicitamente qual deve ser o princípio da comunidade cristã: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gl 6.10). DEUS quer que os que têm em abundância compartilhem com os que nada têm para que haja igualdade entre o seu povo (2Co 8.14,15; cf. Ef 4.28; Tt 3.14). Resumindo, a Bíblia não nos oferece outra alternativa senão tomarmos consciência das necessidades materiais dos que se acham ao nosso redor, especialmente de nossos irmãos em CRISTO.
A Bíblia.
Livros do Antigo Testamento. - Livros Proféticos - Posição social e política das profecias.
O Profetismo
Objeto da pregação tanto dos profetas de ação como dos escritores, era defender a pureza do monoteísmo javista contra as contaminações ou infiltrações idolátricas, concitar o povo à santidade dos costumes, exigida pela lei divina, combater as desordens sociais, principalmente a opressão dos humildes, opor-se ao formalismo religioso, inculcando o primado do espírito interior sobre os ritos externos, anunciar a cada cidadão e a toda a nação os tremendos castigos de DEUS, em conseqüência das culpas cometidas, como também oferecer a perspectiva de um futuro melhor, fruto do arrependimento, porvir radioso, o mais das vezes compendiado em termos esperançosos e genéricos de paz e de salvação.
Nesta ordem de idéias, própria dos profetas escritores, apresenta-se-nos a majestosa e cativante figura de um descendente de Davi, mediante o qual se realizarão as venturosas promessas. Ele é o Salvador dos povos, o restaurador da religião e da justiça, o soberano de um reino eterno de paz.
Garantia suficiente da sua sinceridade e da sua vocação divina, era sua pureza de vida e de doutrina, ou, em alguns casos, a realização de seu vaticínio (Dt. 13:1-3; 18:21-22). Foi assim que já no limiar do Novo Testamento apresentaram-se às turbas de Israel, João Batista e JESUS de Nazaré. Continuação e coroamento da antiga mensagem profética foi a mensagem evangélica.
Isaias
Relativamente às condições políticas, morais e religiosas de Jerusalém e de Judá nos tempos de Isaías, temos notícias abundantes em 2 Rs. 15-20 e 2 Crôn. 26-32, além das reflexões do presente livro. O longo e benéfico reinado de Azarias ou Ozias (cf. 2 Rs. 15:1), que tão grandemente favoreceu a agricultura e o comércio no reino, trouxe com a prosperidade também o luxo e a despreocupação, fatores de corrupção e conseqüentes desventuras. As baixas camadas populacionais eram descuidadas, oprimidas pelos ricos e potentados. A prática da religião exteriorizava-se em numerosos atos públicos de culto, em funções litúrgicas, mas era destituída de sincero sentimento interior e de vida moral correspondente. Pior ainda, ao lado da legítima religião monoteísta, do Javismo puro, vicejavam práticas abominadas pela lei, e até mesmo atos de idolatria, especialmente depois que o crescente poderio assírio prestigiou os cultos babilônicos, favorecendo-lhes a penetração entre as populações palestinenses. O reinado de Ezequias promoveu uma ação enérgica e salutar contra essas aberrações. Mas as suas sábias reformas não tiveram grande duração nem penetraram totalmente na sociedade judaica. Durante o reinado de seu degenerado filho e sucessor, Manassés, grassou mais do que nunca a corrupção na religião e nos costumes. À propagação do mal opôs-se em vão a voz enérgica dos profetas; não eram atendidos. Chaga tão maligna só podia ser curada com um tratamento radical. E eis os profetas, especialmente Isaías, a anunciar os castigos divinos, que se sucederiam implacáveis, até quase o aniquilamento da nação culpada. Mas do terrível cadinho sairá um pequeno resto, completamente purificado, germe sagrado de um povo novo. E a nação ressurgida e transformada gozará de paz sem fim e de bem-estar invejável. Esta, em linhas gerais, a mensagem do profeta.
Espremidos entre os dois poderosos contendores, os pequenos estados do Oriente próximo viam-se na contingência de se arranjarem como podiam. Daí a formação, particularmente em Jerusalém, de dois partidos opostos, um propenso a negociar com a Assíria, outro a formar com a oposição encabeçada pelo Egito. Isaias, em nome de DEUS, pregava a neutralidade, combatia toda a esperança fundamentada nos homens e incitava a pôr toda a confiança em Javé, fundador e protetor da nação. A esta política, ao mesmo tempo prudente e corajosa naquelas circunstâncias, o profeta animava o rei Ezequias, mesmo depois que, com a queda do reino de Efraim (queda da Samaria em 721 a.C). o perigo para o reino de Judá, menor e mais fraco, apresentava-se mais ameaçador. Graças a essa política, o pequeno reino saiu ainda incólume da tempestade (701 a. C.), naufragando em novo embate somente após mais de um século (587).
Jeremias
Jeremias foi chamado por DEUS e por ele enviado a levar a sua mensagem aos reinos e às nações, mensagem em que predominam as ameaças e as ruínas, mas que é rica também de promessas de restauração (1:9-10).
Sua atividade desenvolveu-se nos momentos mais críticos da nação judaica, num período dos mais convulsionados do antigo Oriente semítico. Conheceu o colapso do poderio assírio e o nascimento do segundo império babilônico, que cedo iria destruir a bruxuleante chama da independência de Israel. No interior da nação, as condições religiosas e sociais não eram menos inquietantes. Ao iniciar Jeremias o seu ministério, perduravam ainda os péssimos efeitos do nefando reinado de Manassés, que abrira as portas às infiltrações idolátricas na prática religiosa do povo de Israel (2 Rs. 21:2-6). Foi contra essas aberrações e contra o formalismo religioso que o profeta teve de bradar, principalmente nos primeiros anos de sua pregação (Jer. 1-6), e não apenas nesses anos. Entra em cena com energia vibrante, profligando os vícios renascentes sob os sucessores de Josias, não poupando sequer os poderosos, os sacerdotes, os profetas mendazes, aduladores do povo ou de partidos. Muitos males trouxe-lhe esta pregação desassombrada, porque os poderosos alvejados por ele não lhe pouparam violências, perseguições, vilipêndios, cárceres (Jer. 20:1-3.7; 26:7-24; 32:1-2; 37;38).
No plano político, encontrou-se Jeremias em idêntica posição à de Isaías (cf. p. 796). Renovava-se o contraste entre o Egito e o império oriental, nas mãos dos babilônios ou caldeus. Ante a avançada ameaçadora destes, Jeremias recomenda, em nome de DEUS, a aceitação e a submissão aos novos senhores. Mas o forte partido da oposição incitava à resistência, apoiando-se novamente no Egito, e quis abafar a voz do profeta já malvisto, lançando-o numa escura prisão (Jer. 37:38), donde foi libertado, após a tomada da cidade, pelos caldeus, que, conhecedores dos seus sentimentos, tomaram-no sob a sua proteção (40:1-6). Nem mesmo isto, entretanto, lhe valeu algo contra o cego furor dos egiptófilos, que, conseguindo escapar dos caldeus, asilaram-se no Egito, arrastando consigo, à força, o desditoso profeta (43:1-7). Também ali, fiel à ordem divina, Jeremias continuou a missão de corrigir costumes e pacificar os espíritos entre seus compatriotas (44).
Jeremias possuía um coração extremamente sensível, e o patético, quer do amor quer do sofrimento, atinge às vezes o ápice no seu livro. A ternura de DEUS para com o seu povo e a mágoa de se ver por ele não correspondido, o esmagamento do profeta ante a ruína moral e política de sua amada nação, as alegrias pela reconciliação e o feliz reflorir, fazem vibrar as cordas mais íntimas do seu coração.
Ezequiel
Ezequiel, pertencente à linhagem sacerdotal, viveu, como Jeremias, no período mais tormentoso da história hebraica.
Em 598/97 a.C., antes de ter completado 30 anos, foi deportado de Jerusalém para a Caldéia, juntamente com o rei Joiakim (ou Jeconias) e mais dez mil pessoas entre nobres, guerreiros e artesãos. Permaneceu no exílio até à morte, ocorrida entre os anos 571 a 561 a.C.
Ao contrário de Jeremias, que tem páginas patéticas, transbordantes de extrema sensibilidade, Ezequiel é, muitas vezes, áspero, duro, quase desapiedado. Mas as suas predições e ações simbólicas, bem como as suas mortificações voluntárias, para inclinar, se possível fora, Israel a uma conduta de fidelidade para com DEUS e a uma sabedoria política, são inspiradas por um coração magnânimo e forte ao mesmo tempo, baseado na fé, na dedicação ao seu povo e no amor à pátria.
O projeto da divisão da Terra Prometida, o desenho do novo templo e a indicação das leis ao mesmo atinentes, parecem mais obra de técnico do que de profeta.
Ezequiel é o primeiro representante dum novo gênero literário de mensagem profética, muito desenvolvido, em seguida, na literatura judaica do séc. II a.C. Trata-se do gênero apocalíptico. No Novo Testamento, ele figura no livro do Apocalipse (termo grego que significa "revelação").
Daniel
Desde os primeiros atos (cf. 13:45-62) revela-se senhor daquela sabedoria que constitui o fundo de sua figura moral. Modelo e mártir da fidelidade à lei divina, foi enriquecido por DEUS com um dom extraordinário de penetração nos mistérios contidos nas visões e nos sonhos proféticos que DEUS envia a ele e a algumas personagens daquela época (2:17-35; 4:2; 5:13-16).
Em virtude dessas suas capacidades, fez carreira entre os soberanos babilônios, desde Nabucodonosor até Ciro, que o honraram, confiando-lhe cargos. De dois anos destes soberanos são datadas as revelações que ele teve, a última das quais (10:1) se deu no terceiro ano de Ciro. Além dessa data, nada mais sabemos dele.
No livro a idéia central que predomina, é aquela do reino de DEUS, isto é, do supremo domínio de DEUS sobre a natureza e sobre os eventos humanos, que culmina no estabelecimento do "reino dos santos" (os adoradores do verdadeiro DEUS) sobre as ruínas dos mais poderosos impérios humanos.
O messianismo de Daniel é sumário, de poucos elementos, mas de relevância extraordinária. É um messianismo quase exclusivamente coletivo, isto é, visando antes a sociedade religiosa do que o seu chefe; suas características são todas de origem espiritual: cessação do pecado, triunfo da justiça, inauguração de uma eminente santidade (9:24) ; o reino anunciado será o "reino dos santos," que se poderia traduzir também por "reino de DEUS," tal como foi depois anunciado na primeira pregação do Evangelho (Mc. 1:14).
Profetas menores
Oséias
O profeta Oséias era natural do reino de Israel ou Efraim, como se costuma chamar. Profetizou sob o reinado de Jeroboão II e de seu sucessor, a partir da queda de Samaria e de todo o reino (721 a.C.).
Os três primeiros capítulos do livro de Oséias formam um conjunto todo especial. Sob a forma de drama simbólico é-nos posta diante dos olhos a infidelidade do povo de Israel para com o seu DEUS, representada, figuradamente, na infidelidade duma esposa para com seu legítimo marido; anuncia-se o seu castigo, mas também o seu arrependimento, a sua reconciliação e, enfim, sua vida renovada e mais feliz (2:16-24; cf. 2:1-2; 3:5).
Nos capítulos restantes (4-14) voltam os mesmos motivos, a saber: a culpa de Israel, principalmente as práticas idolátricas, o culto do bezerro de Betel, as alianças com os poderosos pagãos, a Assíria e o Egito, a falta de confiança e de apelo ao único DEUS; daí os castigos proporcionados às culpas. No c. 7 os acontecimentos políticos que, entre 745 e 725 a.C. elevaram tantos reis ao trono e outros tantos derrubaram dele, aparecem como fatos já passados.
Das páginas de Oséias transparece um caráter impressionante, ardente e patético a um só tempo, mas sensível sobretudo às ternuras e às fogosidades do amor. Sob este aspecto é um precursor de Jeremias.
O método de Oséias se destaca pela descrição das relações entre DEUS e Israel propostas sob a figura do amor conjugal. Ele é o primeiro profeta que recorre a esta comparação tão fecunda e repetida pelos profetas seguintes. A bem dizer, ele insiste mais no aspecto negativo do matrimonio, nas infidelidades e nas rupturas, do que no amor propriamente dito. A descrição deste amor será reservada ao Cântico dos Cânticos. A Oséias, pelo contrário, DEUS faz sentir as suas amarguras de esposo traído, ameaçando e executando os duros castigos que o caso reclama. Tudo termina com a expectativa da reconciliação dos esposos a da restauração.
Joel
Ao contrário dos grandes profetas, Joel jamais especifica as faltas censuradas por ele; contenta-se com a exortação geral: "Voltai a DEUS de todo o coração" (2: 12). Além disso, jamais menciona rei ou reino. Isso induziu a maior parte dos modernos a situar o profeta numa época posterior ao, exílio, à qual parecem convir melhor as condições sociais e históricas próprias de sua mensagem. Joel conhece a dispersão do povo de Israel entre as nações e descreve sumariamente os seus horrores (3:1-6). Na sua mensagem já não se dirige aos reis, mas somente aos anciãos (1:2) e aos sacerdotes (1: 13). São indícios que mostram que a organização pré-exílica acabou, e, que, portanto, o livro não é dessa época.
Importante é o "Dia de Javé" (em nossa tradução "Dia do Senhor"), na primeira parte, referência a um castigo grave, mas transitório. Na segunda parte, com cores sombrias e insistência, refere-se ao castigo definitivo dos infiéis.
Amos
O profeta Amós é distinto de Amós, pai do profeta Isaías (Is. 1:1: os dois nomes são de grafia diferente no hebraico). O livro fornece-nos bastante pormenores sobre sua vida. Natural de Técua, aldeia situada a uns 8 km ao sul de Belém, tirava o seu sustento do pastoreio de rebanhos e do cultivo de sicômoros, cujos frutos constituíam o alimento da gente pobre (Am. 1:1;7:14). Corriam os tempos dos longos e prósperos reinados de Ozias, em Judá (cf. 2 Rs 15:2.5) e de Jeroboão II, em Israel (783-743 a.C.), que davam à nação poder e riqueza de que há muito tempo não gozava. Daí que a própria religião auferia vantagens, pela abundância das vítimas imoladas nos altares e pela pompa dos ritos. Mas ficaram prejudicadas a moral e a piedade sincera, os costumes pioravam, e os israelitas, deslumbrados pela prosperidade, caminhavam alegres e inconscientes para a ruína. Crescia, para infelicidade deles, o poderio assírio. Nesta altura, o humilde pastor de Técua sente-se chamado a pregar o arrependimento aos desavisados, revelando aos culpados os castigos iminentes. E ei-lo a percorrer, vaticinando, as cidades de Israel. Enfrentou corajosamente a oposição dos sacerdotes de Betel, o principal santuário do reino (Am. 7:10-17)
Acima dos méritos literários estão a elevação de pensamento, a doutrina moral e religiosa. O monoteísmo ético puro atinge o auge. O DEUS de Israel não é somente o único verdadeiro DEUS, criador e governador de todo o Universo, mas por sua santidade essencial é também o autor e guarda zeloso de uma lei moral, cuja observância ele exige de todos os povos, e pune o delito onde quer que sua onisciência o descubra. A escolha especial e gratuita do povo de Israel não é nenhum privilégio sob este aspecto (3:2, 9:7-10. Para lhe tributar as honras á que tem direito, é necessária antes de mais nada a santidade de costumes, sem a qual nada valem os atos dum culto cerimonioso e os sacrifícios de numerosas vítimas (5:21-24). Amós condena a moleza, o luxo, a ambição (6:4-6, 8:5-7), e também com mais energia e maior freqüência, a injustiça e a crueldade para com o próximo, seja ele quem for, a opressão dos pobres.
Abdias
Com o nome de Abdias, que quer dizer "Servo de Javé," temos o mais breve escrito do Antigo Testamento: consta de um só e não longo capítulo de 21 versículos.
É todo ele uma mensagem dirigida contra os edomitas ou idumeus, dos quais se recriminam:
1. O orgulho e a ousada confiança que depositam na posição geográfica, defendida pelos fortes baluartes naturais de seu país (vv. 2-9).
2. Sua cumplicidade e alegria feroz a quando da desgraça dos hebreus (vv. 10-15).
3. O castigo até o aniquilamento, em contraste com a restauração de Israel em suas possessões e até no predomínio deste sobre a Iduméia (vv. 16-21).
Muito se tem discutido sobre a desgraça nacional de Israel a que se alude nos vv. 10:14; comparando-se esta passagem com Sl. 13:6-7; Ez. 25:12; 35:5 e Jer. 49:7-18, não resta dúvida de que se trata da queda de Jerusalém nas mãos dos caldeus em 587 a.C.
Com isso temos a época aproximada em que o autor viveu. Escreveu talvez quando os acontecimentos aos quais alude eram ainda recentes, isto é, na primeira metade do séc. VI a.C. Era, portanto, um contemporâneo de Jeremias e de Ezequiel. Não se pode, pois, identificá-lo, como fizeram outrora judeus e cristãos, com Abdias, mordomo do rei Acabe, que tanto se esforçou em favor dos profetas.
Jonas
Duas coisas ressaltam nesta narração: a mesquinhez do espírito humano (nos temores e nas iras do profeta) e a infinita bondade e clemência de DEUS. Não menos importante é, porém, o universalismo religioso. Temos o caso único de um profeta de Israel ser enviado a pregar a gentios, e vemos o DEUS de Israel dispensar tanto cuidado a uma nação idólatra. Pressentimos já o conceito universalista do cristianismo (Rom. 3:29-30; Co1. 3:11).
Notamos que a sua finalidade é dar uma lição moral quanto à largueza de espírito e à bondade de coração. Os fatos reais têm igualmente força para instruir a mente e maior eficácia para mover a vontade. Estando assim neste ponto as conclusões, não é de prudência cristã duvidar da realidade histórica dos fatos, levada em conta pelo próprio JESUS.
Miquéias
Em Miquéias o lado positivo da mensagem, isto é, a promessa de um futuro melhor, ocupa um lugar relativamente mais amplo. Notável é também que entre as culpas exprobradas por Miquéias aos hebreus de seu tempo, têm grande prevalência as faltas de justiça e de humanitarismo para com o próximo, os crimes contra a boa ordem social. Redunda em honra singular para o profeta e o seu livro o fato de que duas das suas mais insignes predições sejam expressamente citadas à letra, quer pelo Antigo Testamento (3:12: em Jer. 26, como já foi dito), quer pelo Novo (5:1: em Mt. 2:5-6; cf. Jo. 7:42), e que o próprio JESUS, na instrução aos seus apóstolos, expressou um ponto do seu programa (Mt. 10:35-36) com as palavras de Miquéias (7:6).
Naum
A época de Naum deve ser posta entre a queda de Tebas, no Egito, sob as armas do assírio Assurbanipal, em 663 a.C., e a queda de Nínive, sob os golpes conjugados dos babilônios e dos persas, em 612. A primeira é recontada no seu livro (3:8-10) como acontecimento passado; a segunda constitui o objeto quase único de sua mensagem profética.
Habacuc
O livro versa todo sobre um ponto crucial da doutrina religiosa: o problema de saber se há uma justiça que governa o mundo e por que os bons são dominanados pelos maus. O tema é desenvolvido em três seções: duas queixais em forma de diálogo e um canto final à maneira de contemplação.
A mensagem de Habacuc tem em comum com a de Jeremias, o fato de pôr em discussão o problema moral dá prosperidade dos maus (Jer. 12:1-3), e com a de Isaías o pensamento de que DEUS se serve das ambições humanas, da tirania estrangeira, para castigar os pecados do seu povo, sem, porém, deixar impunes os excessos dos tiranos (10:3-19). Especial em Habacuc é o grande princípio, promulgado com insólita solenidade (2:4), de que a fonte da vida é a fé, em DEUS, que Paulo fará um dos pontos básicos da sua doutrina religiosa.
Sofonias
O tempo em que vaticinou Sofonias pode ser deduzido da sua mensagem. Pregando sob Josias e entre outras coisas acusando os jerosolimitanos de perversões idólatras e práticas gentilícias em religião (1:4-6), isso deve ter acontecido antes da célebre reforma religiosa de Josias, que se iniciou em 621 a.C. (cf. 2 Rs. 22:3-23:20). Diremos, portanto, que Sofonias exercitou o seu ministério profético pelo ano 625 a.C, quando surgiu também o profeta Jeremias no mesmo ministério.
Ageu
Ageu foi contemporâneo do profeta Zacarias, com o qual compartilhou a missão de assistir os repatriados na obra de construção do templo.
A atividade do profeta Ageu desenvolveu-se durante poucos meses, no segundo ano de Dario I (cf. Ag. 1:1; 2:11), rei da Pérsia, de 521 a 485 a.C.
Ageu recebe sua eficácia e interesse da grande paixão do profeta pelo templo. Animada pela recordação do esplendor do antigo templo, contemplado talvez numa juventude muito remota, esta paixão é alimentada sobretudo pela certeza de que a reconstrução do templo é a premissa indispensável para um renascimento seguro da vida nacional. A isso acrescenta-se a visão sobrenatural daquilo que o novo templo é destinado a simbolizar e como que a preludiar: a gloriosa construção espiritual do futuro reino messiânico. Certo deste destino, o profeta encontra palavras inflamadas para sacudir o povo de seu letargo, torna-se ousado diante dos tímidos representantes oficiais da nação e arrasta todos a um grande fervor.
Zacarias
Como a Ageu, coube também a Zacarias a missão de apoiar os repatriados na obra de reconstrução do templo.
O livro inteiro é perpassado por uma profunda espiritualidade. Ressalta nele a doutrina sobre os anjos, que velam pela sorte do reino de DEUS e desempenham, cuidadosos, a missão de intermediários entre o céu e a terra. Expondo os diversos motivos sobre o Messias e o seu reino futuro, Zacarias realça o elemento interior da santidade e o da luta contínua contra o mal até o surgimento de seu último estágio, glorioso e sem fim.
Malaquias
A semelhança, e às vezes a identidade, entre os abusos que Malaquias repreende e aqueles contra os quais tiveram de lutar freqüentemente Esdras e Neemias, nos levam a supor, com bastante fundamento, que também o presente profeta viveu durante o período persa, numa época mais ou menos próxima da dos dois grandes reformadores do séc. V.
Estudos sobre ação social cristã
PERSPECTIVA BÍBLICA
1. Definição de termos
“Ação social cristã” é uma expressão imprecisa e genérica. Precisamos dar-lhe um conteúdo, dizer o que entendemos por ela. Uma tentativa de definição seria afirmar que consiste em toda atividade de cristãos individuais ou da igreja coletivamente no sentido de suprir necessidades materiais das pessoas, aliviar o sofrimento humano, atenuar ou eliminar males sociais que afligem indivíduos, famílias, comunidades e até mesmo a sociedade como um todo. Essa ação social é especificamente cristã, pois responde a motivações e princípios diretamente relacionados com as Escrituras e com o evangelho de CRISTO.
O objetivo da ação social cristã é proporcionar às pessoas e comunidades condições de vida mais condignas, o suprimento básico das carências humanas fundamentais no plano material (moradia, alimentação, saúde, educação, trabalho). Quanto à sua amplitude de atuação, a ação social pode ir desde o atendimento de necessidades emergenciais, muitas vezes chamado de assistencialismo, até aquela atuação mais ampla que visa resolver os problemas de modo mais permanente e profundo. Um exemplo disso seria não somente fornecer alimento para uma pessoa ou família, mas proporcionar-lhe meios de educação, capacitação profissional e oportunidade de trabalho para que ela mesma possa ganhar o seu sustento, libertando-se da dependência externa. O objetivo mais elevado e complexo da ação social cristã seria a transformação das estruturas sociais e econômicas do país, visando a eliminação das causas da pobreza, a correção das injustiças sociais, a melhor distribuição de renda e assim por diante. Nesse último caso, os cristãos e as igrejas precisam atuar junto ao poder público, a classe política e as diferentes instituições da sociedade.
Essas colocações mostram que, do ponto de vista cristão, a ação social é incompleta em si mesma para promover a plena dignidade humana, porque as necessidades humanas transcendem o plano meramente material. As pessoas e famílias têm também carências emocionais e espirituais. Daí falar-se no binômio evangelização-ação social como duas atividades complementares da igreja. Infelizmente, por razões históricas que serão abordadas posteriormente, muitos evangélicos fazem uma dicotomia entre esses dois elementos, considerando-os como mutuamente excludentes. Acham que a igreja deve preocupar-se apenas com atividades “espirituais” ou religiosas, como a evangelização, deixando a esfera social para outras instituições, principalmente o Estado.
Entendemos que a evangelização e a ação social são partes essenciais e complementares da missão da igreja no mundo. Cremos existirem abundantes argumentos bíblicos que apontam para o fato de que DEUS quer dar plenitude de vida às suas criaturas, e essa plenitude inclui tanto o conhecimento de DEUS e um relacionamento vital com ele, quanto o suprimento das necessidades humanas mais fundamentais no plano material. Não só o desconhecimento de DEUS, mas também a fome, a doença, a ignorância e a violência são fatores que atentam contra a dignidade humana. Portanto, a evangelização e a ação social devem caminhar lado a lado, como dois aspectos integrais da missão e do testemunho da igreja junto à sociedade.
Existem outros termos e expressões que são aplicados a essa atividade cristã, mas nem todos são muito felizes nas suas implicações. É o caso, por exemplo, de “assistência social” e “beneficência”, com suas conotações assistencialistas. Melhor seria falar em “responsabilidade social” ou “serviço cristão”, este último tendo forte conteúdo bíblico. Outros termos bíblicos aplicáveis são “socorros” (1 Co 12.28), “exercício da misericórdia” (Rm 12.8), “fazer o bem” (Gl 6.9-10), “prática do bem” (Hb 13.16) e “ministração” (2 Co 9.13).
2. Ensino do Antigo Testamento
A temática social está fortemente presente em todas as partes do Antigo Testamento: a Lei (Pentateuco), os Profetas e os Escritos. A base da ética social bíblica é o caráter de DEUS. DEUS se apresenta ao povo de Israel como um DEUS justo e misericordioso, que atenta para os sofredores (Jr 9.24; Sl 68.5-6; 103.6; 146.7-9). Acima de tudo, DEUS é gracioso e misericordioso para com Israel, amando-o, escolhendo-o, libertando-o do cativeiro, conduzindo-o pelo deserto, dando-lhe a terra prometida, suprindo todas as suas necessidades (Dt 4.37; 7.6-8; 8.4,7-10,15-16; Ex 20.2). E assim como DEUS tratou Israel, ele quer que os seus filhos tratem uns aos outros (Lv 19.9-10,33-34; Dt 10.17-19). Isso faz parte da aliança que DEUS firmou com Israel e da lei associada com essa aliança.
Israel é continuamente exortado a praticar a justiça e a misericórdia, como na conhecida passagem de Miquéias 6.8 (ver também Jr 22.3; Os 6.6). Outra motivação inculcada é o amor ao próximo (Lv 19.18). DEUS demonstra um interesse especial pelos elementos mais frágeis e vulneráveis da sociedade, tais como o órfão, a viúva, o pobre, o enfermo, o deficiente físico e o estrangeiro (Lv 19.10,13-15). A ética do Antigo Testamento está centrada na generosidade e na solidariedade. Toda a criação e seus recursos pertencem a DEUS e devem servir para o sustento de todos, não para que alguns tenham excesso e outros tenham falta do mínimo necessário para a sua subsistência. Os filhos de DEUS devem ser bons mordomos das dádivas de DEUS, utilizando-as sabiamente e repartindo-as com os outros.
A Lei contém diversos mecanismos pelos quais a solidariedade social deveria ser praticada em Israel. Alguns exemplos notáveis são a respiga, mediante a qual parte do produto da terra devia ser propositalmente deixada para os necessitados (Lv 23.22; Dt 24.21; Rt 2.7,15); o ano sabático, ano de descanso da terra a cada sete anos, quando tudo que crescesse espontaneamente estaria disponível a todos indistintamente (Lv 25.1-7,20-22); e o ano do jubileu, a cada cinqüenta anos, no qual todas as propriedades retornavam aos seus donos originais e os escravos eram devolvidos a suas famílias (Lv 25.8-17,23-27). O argumento de DEUS na última passagem é “a terra é minha” e “vós sois para mim estrangeiros e peregrinos” (v. 23; ver também o v. 55).
A mensagem social mais enfática do Antigo Testamento está contida nos profetas do século oitavo antes de CRISTO (Isaías, Oséias, Amós e Miquéias). Essa mensagem adquiriu uma conotação “política” ao denunciarem energicamente os males sociais do seu tempo, como a opressão e a injustiça praticadas pelos poderosos contra os necessitados. Ninguém pode ler as passagens desses profetas e continuar afirmando que os cristãos nada têm a ver com os problemas sociais do seu país. Alguns textos significativos são os seguintes: Isaías 1.17,23; 3.14-15,18-23; 5.7-8; 58.5-10; Oséias 10.12; Amós 2.6-7; 4.1; 5.12,24; 8.4-6; Miquéias 2.1-2; 6.8. No entanto, a ênfase do Antigo Testamento como um todo é positiva e construtiva: não somente deixar de praticar o mal e denunciar a injustiça, mas fazer o bem ao próximo concretamente.
3. Ensino do Novo Testamento
CRISTO e os apóstolos mantiveram implicitamente a mensagem social do Antigo Testamento. A ética de JESUS preserva e torna mais exigentes os requisitos da Lei, revelando a sua intenção mais profunda (Mt 5.17,20). A prática do bem deve estender-se também aos que não pertencem à família de DEUS (Mt 5.43-45; 6.1-4). Essas passagens mostram que as motivações dos discípulos de CRISTO devem ser a imitação de DEUS e a reverência para com ele. Outra motivação fundamental é o amor altruísta expresso no serviço desinteressado e até mesmo sacrificial, conforme exemplificado pelo próprio CRISTO (Mc 10.45; Jo 13.12-15).
CRISTO proferiu muitos ensinos sobre a prática da justiça e da misericórdia (Mt 5.6-7; 19.21; 23.23), especialmente através de suas parábolas (Mt 25.34-40). Acima de tudo, ele exerceu misericórdia, socorrendo continuamente os sofredores (Mt 4.23; 9.2,6,36; 12.9-13; 14.14,19; 15.30). À semelhança do Antigo Testamento, JESUS insistiu que meras palavras e atos externos de religiosidade não são suficientes na vida com DEUS (Mt 7.21-23), e sim os frutos, a prática da fé (vv. 16-20,24).
O Evangelho de Lucas dá uma ênfase especial aos sofredores, aos excluídos, aos membros mais frágeis da sociedade, como as mulheres, as crianças, os enfermos e outras categorias. Diversas parábolas e episódios do ministério de JESUS que revelam o seu interesse pelos marginalizados são exclusivos do terceiro evangelho (o filho da viúva de Naim: 7.11-15; a mulher com hemorragia: 8.43-48; o bom samaritano: 10.29-37; o filho pródigo: 15.11-24; os dez leprosos: 17.11-19). Outro tema importante para Lucas é pobreza e riqueza (1.52-53; 4.18-19; 6.20-21,24; 12.13-21; 14.12-14; 16.19-31).
Como era de se esperar, a temática social continua presente no outro livro atribuído a Lucas. Atos dos Apóstolos mostra como a vida da comunidade cristã original era caracterizada pelo compartilhamento dos bens de modo igualitário – o chamado comunismo cristão primitivo (2.42-47; 4.32-35). Ainda que esse não fosse um modelo para todos os tempos e lugares, apontava para a importância da solidariedade e generosidade entre os seguidores de CRISTO. O discurso de Pedro na casa de Cornélio destaca a prática da misericórdia no ministério de JESUS (10.38).
Muito cedo a igreja sentiu a necessidade de estruturar as suas atividades caritativas através da eleição de homens especialmente voltados para esse mister, aqueles que a tradição considera como os primeiros diáconos (6.1-6). A instituição do diaconato passou a ser um eloqüente testemunho da preocupação da igreja com a assistência aos necessitados (Fp 1.1; 1 Tm 3.8-13). Esta última passagem suscita a interessante possibilidade de que também houvesse diaconisas na igreja primitiva (ver ainda Rm 16.1-2). Parece claro que pelo menos as viúvas de mais idade desempenhavam um importante papel nessa área (1 Tm 5.9-10).
O apóstolo Paulo, com toda a sua conhecida ênfase na evangelização, também demonstra nítida preocupação com a beneficência cristã. Um tema que ocupa bastante espaço em algumas de suas cartas foi a oferta levantada por ele junto às igrejas gentílicas para os crentes pobres de Jerusalém (1 Co 16.1-4; 2 Co 8.1-9.15; Rm 15.25-28; At 24.17; Gl 2.10). A seção prática de suas epístolas contém muitos ensinos sobre o serviço cristão e exortações ao mesmo (Rm 12.8,13,17,20; 1 Co 11.22; 12.28; 16.15; Gl 6.2,9-10; Fp 4.10-19; 1 Ts 4.9-12; 2 Ts 3.6-15; 1 Tm 6.17-19; Tt 3.8). As epístolas gerais igualmente possuem diversos preceitos nessa área (Hb 13.1-3; 1 Pe 4.9-10; 1 Jo 3.17-18). A carta de Tiago, devido ao ser caráter prático e seu teor veterotestamentário, aborda a temática social de modo muito insistente (1.9-11,27; 2.1-7,15-17; 5.1-6).
Devido às circunstâncias difíceis em que viviam os primeiros cristãos, o Novo Testamento dá mais ênfase ao serviço cristão voltado para os irmãos na fé. Mas fica implícito que a prática de beneficência devia aplicar-se também aos de fora. A história da igreja mostra que foi exatamente isso que os cristãos fizeram, desde o princípio. (http://www.mackenzie.br/7150.html-Alderi Souza de Matos)
INTERAÇÃO
Professor, você já pensou que papel social e relevante a igreja tem na sociedade contemporânea? As questões políticas e sociais foram assuntos tratados pelos profetas em sua época. Muitos deles quando estavam diante do rei, tinham a incumbência de falar o que era pertinente ao andamento do reinado (Jr 28.1-3; 11,12-14). Não eram poucos os reis israelitas, que consultavam os profetas para construir estratégias de cunho político para a nação (2 Rs 22.14-20). Como coluna e firmeza da verdade a Igreja deve, através de suas ações, denunciar injustiças sociais e também amparar os injustiçados (Mt 25.35-46).
BJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar o papel político e social da profecia.
Conhecer a relação do profeta com a questão de ordem social da nação.
Conscientizar-se de que a Igreja tem o mesmo princípio profético de denunciar as injustiças, amparando os injustiçados.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, leia o texto bíblico de Tiago 2. 14-18; 4.17 e pergunte aos seus alunos "o que é justiça social?" Exponha na lousa as principais respostas. Com o auxílio do quadro abaixo, conceitue para eles os seguintes termos: Política e Justiça Social. Estabeleça um diálogo a fim de demonstrar a relevância que a igreja pode ter frente às mazelas de nossa sociedade. Você, professor, poderá enriquecer esse conceito acrescentando maiores exemplos, fazendo uma relação com as respostas dadas pelos alunos. Após a exposição conceitual, procure extrair dos alunos alguns pensamentos pautados pela Palavra de DEUS sobre a relação: Igreja e Justiça Social. Boa aula!
RESUMO DA LIÇÃO 3 – AS FUNÇÕES SOCIAIS E POLÍTICAS DA PROFECIA
Os profetas de Israel combatiam a injustiça social com o mesmo ímpeto com que atacavam a idolatria.
I. O PAPEL POLÍTICO E SOCIAL DA PROFECIA NAS ESCRITURAS
1. O profeta e o povo.
2. O profeta e o rei.
3. O profeta marginalizado.
II. O PROFETA É ENVIADO AO REI
1. O princípio do fim do reino de Judá.
2. Profecia dirigida ao rei (v.2).
3. O destino do rei Zedequias é anunciado (v.3).
III. A QUESTÃO DE ORDEM SOCIAL
1. A liberdade dos escravos hebreus (vv.8-10).
2. A alforria dos escravos é cancelada (v.11).
3. A indignação divina (vv.16,17).
CONCLUSÃO
Há somente um que tem poder para transformar essa expectativa profética em realidade,
Ele se chama Senhor JESUS CRISTO, o Príncipe da Paz (Is 9.6).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
A profecia exercia um papel fundamental na esfera política e social em Israel, haja vista os ministérios dos profetas Moisés, Samuel, Natã, Isaías e Jeremias.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
A questão social em Israel era tão relevante para o Senhor que, por ignorá-la, Zedequias e o povo foram severamente castigados.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
A questão social em Israel era tão relevante para o Senhor que, por ignorá-la, Zedequias e o povo foram severamente castigados.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Bibliológico
Zedequias Era um governador fraco e inseguro. Em uma audiência com Jeremias, confessou seus temores e apelou ao profeta que não comentasse o assunto com quem quer que fosse (38.14-28). Todavia, aparentemente, ele tomou a iniciativa de persuadir o povo a que concordasse com a libertação dos escravos hebreus, após o período legal de sete anos. DEUS o recompensara por este ato de piedade, independentemente de sua motivação.
Escravidão
Em Israel, esta instituição era diferente da praticada em outras sociedades do mundo antigo. Um jovem hebreu podia ser comprado, mas somente seria mantido como escravo por um período de sete anos. Ao final deste tempo, seu senhor deveria libertá-lo, suprindo-o generosamente com recursos suficientes para iniciar uma nova vida. Em suma: na lei mosaica, a escravidão era mecanismo social destinado a proteger o pobre, habilitando-o a alcançar a condição de auto-sustento. Em Judá, entretanto, a escravidão fora corrompida, pois as pessoas ricas escravizaram para sempre seus patriotas judeus. A intenção inicial de uma provisão caridosa ao pobre se desvirtuara ao se transformar numa instituição opressora
(RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ, CPAD, 2005, p.469).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
"O nosso próximo é uma pessoa, um ser humano, criado por DEUS. E DEUS não o criou como uma alma sem corpo (para que pudéssemos amar somente sua alma), nem como um corpo sem alma (para que pudéssemos preocupar-nos exclusivamente com seu bem-estar físico), nem tampouco um corpo-alma em isolamento (para que pudéssemos preocupar-nos com ele somente como um indivíduo, sem nos preocupar com a sociedade em que ele vive). Não! DEUS fez o homem um ser espiritual, físico e social. Como ser humano, o nosso próximo pode ser definido como "um corpo-alma em sociedade". Portanto, a obrigação de amar o nosso próximo nunca pode ser reduzida para somente uma parte dele. Se amamos nosso próximo como DEUS o criou (o que é mandamento para nós), então, inevitavelmente, estaremos preocupados com o seu bem-estar total, o bem-estar do seu corpo, da sua alma e da sua sociedade. [...] É verdade que o Senhor JESUS ressurreto deixou a Grande Comissão para a sua Igreja: pregar, evangelizar e fazer discípulo. E esta comissão é ainda a obrigação da Igreja. Mas a comissão não invalida o mandamento, como se 'amarás o teu próximo' tivesse sido substituído por 'pregarás o Evangelho'. Nem tampouco reinterpreta o amor ao próximo em termos exclusivamente evangelísticos. Ao contrário, enriquece o mandamento amar o nosso próximo, ao adicionar uma dimensão nova e cristã, nomeadamente a responsabilidade de fazer CRISTO conhecido para esse nosso próximo"
(STOTT. John R. W. Cristianismo Equilibrado. Rio de Janeiro, CPAD, pp.60-1).
VOCABULÁRIO
Monarquia: Estado ou forma de governo em que o soberano é monarca.
Monarca: Soberano vitalício e, comumente, hereditário, duma nação ou Estado.
Legislação: O conjunto de leis.
Alforria: Liberdade concedida ao escravo.
Salientar: Destacar-se em relação alguma coisa.
Ignominioso: Que traz ou envolve infâmia.
Perjúrio: Ato ou efeito de perjurar (jurar com falsidade).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1ª ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2005.
STOTT. John R. W. Cristianismo Equilibrado. Rio de Janeiro, CPAD.
SAIBA MAIS EM Revista Ensinador Cristão CPAD, nº 43, p. 37.
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 3 – AS FUNÇÕES SOCIAIS E POLÍTICAS DA PROFECIA
RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 2º TRIMESTRE DE 2010
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas corretas e com "F" as falsas.
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Não havendo _______________________, o povo se ______________________; mas o que ___________________________ a lei, esse é bem-aventurado" (Pv 29.18).
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
O objetivo principal da ________________________ bíblica é levar o homem a ___________________________ a DEUS acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, a fim de que haja _________________________________ e bem-estar social.
INTRODUÇÃO
3- O que está presente na Lei e nos Profetas, abrangendo o aspecto político e religioso?
( ) A justiça comutativa.
( ) A justiça corretiva.
( ) A justiça distributiva.
( ) A justiça geral.
( ) A justiça particular.
( ) A justiça reparativa.
( ) A justiça social.
I. O PAPEL POLÍTICO E SOCIAL DA PROFECIA NAS ESCRITURAS
4- Antes da instauração da monarquia em Israel, como eram vistos os profetas?
( ) Como heróis da fé, mas sem respaldo divino.
( ) Como figuras centrais pela sociedade, pois eram os únicos canais humanos e legítimos de comunicação entre DEUS e o povo.
( ) Os arautos de DEUS eram líderes não apenas religiosos, mas também políticos, cujas atividades proféticas cumpriam importantes funções de ordem política e social.
( ) Isso pode ser percebido claramente em Moisés e Samuel que, inclusive, iniciou o seu ministério num período em que a profecia era escassa.
5- O que aconteceu a partir do reinado de Davi, quanto aos profetas?
( ) Os profetas passaram a ter um valor dobrado.
( ) Os profetas passaram a fazer parte do grupo de conselheiros do rei.
( ) Natã e Gade são exemplos desse período.
( ) Suas profecias tinham não somente uma função política, mas também eram importantes para a manutenção da ordem social.
6- A partir de quando o profeta foi marginalizado em Israel e como se deu o fato? Complete:
No período dos reis de Israel e Judá, os profetas de DEUS ficaram ___________________________ dos círculos reais, com exceção de Isaías. O ministério do profeta ________________________ se estendeu até os dias do rei Manassés que, segundo a tradição rabínica, mandou _________________________ Isaías ao meio. Com a decadência espiritual dos monarcas de Israel, os profetas desenvolveram seu ministério distante do _________________________ central. Dessa forma, se empenharam em mudar a __estrutura__ social tanto em Samaria como em Jerusalém, diante de tanta corrupção e injustiça ________________________.
II. O PROFETA É ENVIADO AO REI
7- Como foi o princípio do fim do reino de Judá? Complete:
Como vimos na leitura bíblica, embora tenha jurado lealdade e obediência aos ____________________________ e, por isso, reinado onze anos em Jerusalém, o rei ___________________________ (que teve o seu nome mudado pelo rei da Babilônia, o qual passou a chamá-lo de Zedequias) rebelou-se contra o rei dos caldeus no oitavo ano de seu reinado. Mesmo já estando Judá sob o domínio ________________________, tal postura ocasionou a destituição do rei Joaquim por Nabucodonosor em 598 a.C., que mandou levá-lo para a ________________________ do Império e colocou seu tio, _____________________________, em seu lugar.
8- Onde podemos ver um exemplo de profecia dirigida a um rei? Complete:
O exército dos caldeus, liderando as demais tropas dos povos conquistados, estava à volta de Jerusalém esperando o assédio ______________________. Jeremias já vinha anunciando durante décadas o trágico fim do reinado de ______________________ . Mesmo assim, em seus oráculos havia esperança de livramento da parte de DEUS se o povo se arrependesse de seus pecados e ___________________________ às injustiças sociais. O rei juntamente com os seus príncipes e a maior parte do povo _________________________________ a mensagem de Jeremias e a dos demais profetas. Agora, cerca de _____________________ anos depois de proferir esse discurso, DEUS encarrega o próprio Jeremias de comunicar ao _________________________ que a destruição de Jerusalém é irrevogável: "Eis que eu entrego esta cidade nas mãos do rei da Babilônia, o qual a queimará".
9- Qual o destino do povo e do rei Zedequias, anunciado por Jeremias (v.3)?
( ) Seriam perdoados por DEUS e restaurariam o templo em Jerusalém.
( ) Se quisesse ter paz, o povo deveria se submeter ao rei da Babilônia, pois Jeremias afirmava em sua mensagem que o cativeiro haveria de durar 70 anos.
( ) Além disso, segundo a profecia divina proferida por Jeremias contra o rei Zedequias: este seria entregue nas mãos do rei de Babilônia.
10- Em que acreditaram os contemporâneos do profeta Jeremias, e por isso o taxaram de traidor?
( ) Acreditavam mais na mensagem de um falso profeta chamado Hananias, que incitava o povo a se levantar contra o rei de Babilônia, dizendo - mentirosamente - que em dois anos seria quebrado o jugo dos caldeus.
( ) Acreditavam que Jeremias era espião de Nabuconozor e profeta de Baal.
( ) Por isso, esse profeta era visto com desconfiança, como um espião em favor dos inimigos, e tido como traidor.
III. A QUESTÃO DE ORDEM SOCIAL
11- Como era a liberdade dos escravos hebreus (vv.8-10), na época de Zedequias, quando Jerusalém estava sitiada pelos caldeus? Complete:
A legislação hebraica sobre o escravo hebreu era _____________________ da do escravo estrangeiro. Por razões de falência econômica, o israelita se ____________________ como escravo ao seu irmão, porém, Moisés limitou a escravidão de hebreus ao período máximo de _____________________ anos, quando este devia ser liberto. Esse preceito, porém, não era observado (v.14). Zedequias resolveu libertar os escravos, esperando com isso o livramento divino. Era, infelizmente, tarde demais e, acima de tudo, tratava-se de uma reação artificial e _____________________________.
12- Como foi cancelada a alforria dos escravos (v.11), na época do profeta Jeremias, pelo rei Zedequias? Complete:
O profeta Jeremias anunciou que o rei do ________________________ retornaria a sua terra e o cerco da Cidade Santa pelos caldeus recomeçaria. Entretanto, os fatos de ____________________ ter vindo em socorro de seu aliado Judá, o cerco de Jerusalém ter sido suspenso e os caldeus se retirado, fizeram com que o rei Zedequias e os seus príncipes não _________________________ no profeta de DEUS (Jeremias). Assim, pensando estarem salvos do perigo, _________________________ a lei da libertação dos escravos (v.11). O pecado maior deles consistiu em desfazer um concerto religioso feito em nome de DEUS e no Templo: "[...] e tínheis feito diante de mim um concerto, na _________________________ que se chama pelo meu nome" (v.15). A cerimônia de libertação dos escravos foi um pacto feito no Templo, quando eles ___________________ um bezerro, dividindo-o ao meio, passando em seguida entre as metades (v.18). Esse, aliás, era um método dos povos antigos de ________________________ um tratado. Esse ritual significa que a parte que violar o pacto terá o mesmo destino do animal sacrificado. Assim, este era um ato ignominioso de ___________________________ e de deslealdade, acrescido do perjúrio.
13- Como foi a indignação divina (vv.16,17) sobre Zedequias, seus príncipes e os grandes de Judá?
( ) Em vez dos babilônios, foi o próprio DEUS quem liberou a espada para a destruição de Judá.
( ) A reação divina contra a atitude indigna e vergonhosa de Zedequias, de seus príncipes e dos grandes de Judá, tinha a sua razão de ser.
( ) A parte final do capítulo 34 descreve o duro juízo do Senhor sobre o povo escolhido.
( ) Nabucodonosor tinha uma pendência com Israel e decidiu destruir todo seu povo.
CONCLUSÃO
14- Complete:
A palavra dos profetas não foi vã, eles lutaram por uma causa _______________________, ainda que, como foi dito, não foram ____________________________ em sua geração. Não obstante, seus ideais atravessaram os séculos e até hoje __________________________ políticos, filósofos, economistas, intelectuais, religiosos etc.
15- Em frente ao edifício das Nações Unidas, em Nova Iorque, encontra-se um monumento chamado "Parede de Isaías", no Parque Ralph Bunche, onde está escrita a seguinte profecia: "[...] uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra" (Is 2.4 - ARA). Poderá um dia se cumprir essa profecia? Quando? Por quem?
( ) Há somente um que tem poder para transformar essa expectativa profética em realidade, Ele se chama Senhor ESPÍRITO SANTO, o Príncipe da Paz. Se realizará no Milênio, governado por ISRAEL.
( ) Há somente um que tem poder para transformar essa expectativa profética em realidade, Ele se chama Senhor JESUS CRISTO, o Príncipe da Paz. Se realizará no Milênio, governado por JESUS CRISTO.
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AJUDA
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VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
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