03 dezembro 2015

Lição 10 - A Origem da Diversidade Cultural da Humanidade, 4 partes, 4Tr15, Ev Henrique, EBD NA TV

Lição 10 - A Origem da Diversidade Cultural da Humanidade
4º trimestre de 2015 - O Começo de Todas as Coisas - Estudos Sobre O Livro de Gênesis
Comentarista da CPAD: Pr. Claudionor Correa de Andrade
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
PONTOS DIFÍCEIS DA LIÇÃO - POLÊMICOS
 
 
TEXTO ÁUREO"[...] Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer" (Gn 11.6).
 

VERDADE PRÁTICAApesar da multiplicidade de línguas e dialetos, decorrente da confusão de Babel, o Evangelho de CRISTO pode ser perfeitamente entendido em todos os idiomas e culturas.
 

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 11.1-9 - Torre de Babel, um monumento à soberba humana
Terça - Gn 10.20 - Os povos e nações são divididos em línguas
Quarta - Is 66.18 - Povos e línguas contemplarão a glória de DEUS
Quinta - Dn 3.4-7 - Nações e línguas curvam-se
Sexta - At 21.37-40; 27.31 - Paulo, um missionário poliglota escolhido pelo Senhor
Sábado - At 2.1-4 - A reversão de Babel em o Novo Testamento
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 11.1-9
- E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala. 2 - E aconteceu que, partindo eles do Oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali. 3 - E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume, por cal. 4 - E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. 5 - Então, desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam; 6 - e o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. 7 - Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro. 8 - Assim, o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade. 9 - Por isso, se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.
 
OBJETIVO GERALMostrar como se deu a diversidade cultural da humanidade.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Saber a respeito da torre de Babel;
Analisar como se deu a confusão de línguas;
Mostrar que a multiplicidade linguística e cultural, depois da Torre de Babel, tornou-se um fato.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSORNa lição de hoje estudaremos a respeito da construção da Torre de Babel. Veremos que um dos fatores que contribuíram para que a depravação da humanidade viesse a crescer de forma vertiginosa foi o monolinguismo. A Terra havia sido purificada pelas águas do dilúvio, mas a semente do pecado estava em Noé e em seus descendentes. Não demorou muito para que o pecado se alastrasse novamente. Já que não havia impedimento quanto a língua, os homens cheios de soberba, e com um espírito de rebelião se unem para fazer um monumento que seria símbolo da sua empáfia. DEUS não estava preocupado com a construção ou com o tamanho da torre, mas com a arrogância que dominava, mais uma vez o coração do homem. O Senhor abomina a altivez, o orgulho (Pv 6.17). Que venhamos guardar os nossos corações destes sentimentos tão nefastos.

PONTO CENTRALO monolinguismo contribuiu para que a primeira civilização humana se tornasse uma civilização depravada e distante do Criador.
 
Resumo da Lição 10 - A Origem da Diversidade Cultural da Humanidade
I - A TORRE DE BABEL
1. O monolinguismo.
2. Uma nova apostasia.
3. Um monumento à soberba humana.
II - A CONFUSÃO DE LÍNGUAS
1. Uma cidade à prova d'água.
2. A torre que DEUS não viu.
3. Quando ninguém mais se entende.
III - A MULTIPLICIDADE LINGUÍSTICA E CULTURAL
1. Linguísticas.
2. Culturais.
3. Geográficas.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - soberba dos homens da primeira civilização os levaram a desejar construir uma torre, um monumento a soberba humana.
SÍNTESE DO TÓPICO II - Como uma forma de dificultar os intentos perversos dos homens, DEUS confundiu as línguas.
SÍNTESE DO TÓPICO III - A confusão das línguas contribuiu para a multiplicidade linguística e cultural da humanidade
 
PARA REFLETIR - A respeito do livro de Gênesis:O que levou os descendentes de Noé a construírem a torre de Babel?
Eles queriam fama e desejavam segurança. Foram movidos pelo orgulho.
Como eles construíram a torre?
Eles prepararam o material: tijolos bem queimados e betume.
O que teria acontecido se eles tivessem alcançado o seu intento?
O homem não teria cumprido o mandato cultural que DEUS havia lhe dado.
O que, hoje, separa os seres humanos?
A diversidade linguística, cultural e geográfica.
Que episódio bíblico é considerado o contraponto da torre de Babel?
A proclamação do Evangelho, pois no Pentecostes, "todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem" (At 2.4).
 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 64, p. 41. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos
 
SUGESTÃO DE LEITURA
Introdução à Teologia da História, Síntese Bíblica do Antigo Testamento - Vol. 1 e Perfeitamente Imperfeito
 
 
Comentários de diversos autores com algumas modificações do Ev. Luiz Henrique
Observações do Ev. Luiz Henrique
CURIOSIDADES - PONTOS DIFÍCEIS DA LIÇÃO - POLÊMICOS
Por que queriam construir uma torre que tocasse o céu?
Resposta:
1- Queriam ser como DEUS;
2- Queriam um nome, uma identificação, não com DEUS;
3- Queriam desobedecer a DEUS que queria que se espalhassem e se multiplicassem e povoassem toda a Terra.
4- Queriam ficar juntos e rebeldes só em um local para se sentirem mais fortes do que DEUS.
 
A ordem de DEUS foi:
Gn 9.1 E abençoou DEUS a Noé e a seus filhos, e disse-lhes: Frutificai e multiplicai-vos e enchei a terra.
A resposta dos homens foi:
Gn 11.4 E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra
.
Vontade de DEUS - povoassem toda a Terra. - Vontade dos homens - para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
Os homens disseram Eia... DEUS respondeu: Eia...
Gn 11.7 - Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro
 
O capítulo 11 de Gênesis expõe a história de Babel, concluindo todos os relatos pré-abraâmicos. Além de encerrar a série de narrativas das origens, a história de Babel leva-nos diretamente para a narrativa de Abraão e a conseqüente à formação do povo de DEUS. A história de Babel tem como um de seus intuitos apresentar o ambiente pagão e politeísta do nosso pai na fé, Abraão.
Gênesis 11 mostra que a confusão do idioma, quando DEUS decidiu confundir as línguas da humanidade, ocorreu na quarta geração pós-diluviana. O propósito por trás do relato da Torre de Babel está paralelamente ligado ao mesmo propósito da narrativa de Adão e Eva em Gênesis 3: mostrar a busca pela própria autonomia e usurpar a glória de DEUS.
A Torre de Babel representa a eterna tentativa do ser humano em ser autônomo, ser independente e dono do seu próprio destino. Mas o texto deixa claro que quando o ser humano porfia por esse caminho, ele entra pelo caminho da morte, da rebelião contra a vontade de DEUS.De outro modo, o Dia de Pentecoste representa o ideal de DEUS, por intermédio da Igreja, o Corpo de CRISTO, em viver uma comunhão verdadeira e uma vida que faça sentido para o ser humano. A Torre de Babel é a tentativa da emancipação do homem por si mesmo; o Dia de Pentecoste é DEUS, por intermédio do ESPÍRITO SANTO, emancipando o ser humano. (http://perto-fim.blogspot.com/2015/11/licao-10-origem-da-diversidade-cultural.html)
 
Os primeiros nove versos do capítulo 11 devem ser tratados como parte do capítulo 10, visto fazerem parte das gerações dos filhos de Noé. A seqüência da narrativa mesmo exige esta conexão. Na ordem de tempo estes nove versos do cap. 11 deviam preceder o cap. 10, visto que o espalhamento do povo e sua formação em nações já foi o resultado da confusão das línguas, descritas nestes nove versos. Nós, porém, seguimos a ordem em que se encontram os dados históricos, deixando a cronologia no mérito em que Moisés a colocou.
DEUS primeiro colocou sua vontade escrita no capítulo 10, depois colocou como teve que fazer para que sua vontade fosse satisfeita no capítulo 11.
Não era preciso outro idioma se todos fossem obedientes a DEUS, pelo contrário, o evangelho seria pregado muito mais rápido a todos e todos seriam salvos. Todos seriam realmente irmãos, tanto descendentes se Noé, como filhos de DEUS.
 
A cidade de Babilônia foi resultado da torre de babel. Babel - Confusão de línguas - Babilônia - Portal de "Deus". primeira cidade fundada depois do dilúvio = Babilônia, cidade mais antiga da Terra. Depois dela existe uma discussão, mas a mais aceita é Nínive.
 
Noé, Sem e Jafé estavam vivos nesta época de Babel, mas como aconteceu na época de Lameque o povo de DEUS se misturou com o povo do maligno (Cam). Noé deve ter lutado contra a torre, explicado que DEUS lhe havia dito que nunca mais destruiria a Terra com um dilúvio, mas Ninrode agora se tornara uma influência poderosa sobre eles por ser um exímio caçador, sua ambição por poder o levou a um ato de rebeldia contra DEUS e assim liderou a construção de uma torre para levar o povo a se tornarem independentes de DEUS. A torre era impermeável, a prova de água.. Queriam independência total de DEUS. Eram aproximadamente 1000 pessoas lideradas por Ninrode.
Noé ainda pode testemunhar sobre o dilúvio para Terá, pai de Abraão e possivelmente para o próprio Abraão. Noé morreu com 950 anos com um belíssimo testemunho de DEUS a seu favor:
 
 
Comentários de BEP - CPAD
11.2 NA TERRA DE SINAR. Sinar é o nome que o AT dá ao território da antiga Suméria e, posteriormente, chamado Babilônia ou o termo geral Mesopotâmia.
11.4 EDIFIQUEMOS... FAÇAMO-NOS UM NOME. O pecado do povo na terra de Sinar foi a ambição de dominar o mundo e dirigir o seu próprio destino, à parte de DEUS, através da união política centralizada, poder e grandes conquistas. Esse desígnio era fruto do orgulho e rebeldia contra DEUS. DEUS frustrou o propósito deles, multiplicando idiomas em seu meio, de tal maneira que não podiam comunicar-se entre si (vv. 7,8). Isso deu origem à diversidade de raças e idiomas no mundo. Nesse tempo, a raça humana deixando a DEUS, voltou-se para a idolatria, a feitiçaria e a astrologia (Is 47.12; ver Êx 22.18 nota; Dt 18.10). As funestas conseqüências deste estado espiritual nos seres humanos é descrita em Rm 1.21-28. DEUS os entregou à impureza dos seus próprios corações (Rm 1.24,26,28), e, com Abrão, Ele prosseguiu dando cumprimento ao propósito da salvação da raça humana (ver v. 31).
11.28 UR DOS CALDEUS. Essa cidade antiga ficava cerca de 160 km a sudeste da cidade de Babilônia, perto do rio Eufrates, na região hoje chamada Iraque. Sin , o deus-lua, era o deus padroeiro dessa cidade.
 
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
A INTERVENÇÃO DE DEUS SOBRE BABEL1. Ameaça a unidade da raça humana
2. Orgulho e autossuficiência
3. Confusão e dispersão
OBJETIVO - Concordar que se DEUS não tivesse intervido em Babel, seu plano de ocupação plena da Terra não teria se concretizado.
IMPORTANTE
Esclarecer que as características de cada raça foram estabelecidas pela própria Natureza, mediante a vontade divina. Por isso, a cor escura dos camitas, nada tem a ver com a maldição de Noé sobre Cão (Cam), pois é uma consequência de um componente químico, chamado melanina, fornecido pelo Sol, naquele continente.
A destruição de Babel e a confusão das línguas foi um mal necessário, pois o desejo dos descendentes de Noé era o de construir urna torre, para que se estabelecesse como urna unidade universal e um ponto de referencia da idolatria. Por isso, DEUS, sabiamente, a desfez e os obrigou a se dispersarem pelos continentes.
1. Ameaça a unidade da raça humana (Gn 11.1,2).
Noé e seus filhos, ao saírem da Arca, deixaram as montanhas do Ararate, na atual Armênia, e foram para as partes baixas e férteis que ficam entre o Tigre e Eufrates, a 320 km do mar, onde desembocam estes rios. Foi nesta terra que se iniciou urna nova civilização pós-diluviana. Possivelmente, neste lugar, os homens de então desenvolveram suas habilidades em artes e tecnologias próprias, capazes de planejarem a construção de cidades e um prédio de muitos andares, como Babel.
Mas o destaque destes primeiros versículos, é que os descendentes de Noé se multiplicaram e todos falavam urna mesma língua. Havia urna certa unidade de pensamento e de entendimento, que se manifestava de modo natural, porque era um só povo. Mesmo havendo o reinício da humanidade, o estigma do pecado, herdado de Adão e Eva (Rm 5.12), estava em cada pessoa daquela geração pós-diluviana.
2. Orgulho e autossuficiência (Gn 11.3;4 ).
Por estes mesmos pecados, Lúcifer foi expulso da presença de DEUS (Is 14.12-15). Ele não deixou por menos esta geração pós-diluviana, ao inspirar o sentimento de orgulho e autossuficiência. Dominados por este sentimento, e unidos pela comunicação, através de urna só língua, imaginaram fortalecer o poder humano, construindo urna cidade grande e urna torre que tocasse os céus. Esta intenção revelava;·também; a insegurança deixada pelo Dilúvio. Facilmente, esqueceram da aliança que DEUS havia feito com Noé.
3. Confusão e dispersão (Gn 11.5-9).
No versículo 5, DEUS resolveu "descer", quando os homens construíam a cidade e a torre. A expressão "então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre" é urna linguagem especial, para indicar o Todo-poderoso que se move, preocupa-se com suas criaturas e as obras que elas realizam.
No versículo 6, DEUS diz: "O povo é um e tem a mesma linguagem ". Esta declaração divina não significa que a unidade seja. urna coisa má. Entretanto, em relação àquele povo, ela tinha um fim negativo, pois visava confrontar a autoridade divina e estabelecer a autossuficiência humana.
No versículo 7, o Senhor reforça o papel divino, com urna forma plural do pronome pessoal, quando diz: "Vinde, desçamos e confundamos sua linguagem". Podemos perceber que a Trindade "desceu'.', para fazer aquele trabalho especial. Possivelmente, os anjos de DEUS fizeram parte da comitiva divina. Na infinita sabedoria e presciência e DEUS, todo aquele episódio obedeceu a um plano especial e milagroso. Foi o resultado dá intervenção divina. que conduziu aquele povo a fazer o que mais temia, ou seja, "espalhar-se pela terra". Se a mesma língua era suficiente para mantê-los unidos. DEUS produziu na mente deles a confusão da linguagem que tinham e entendiam, e os dispersou para todos os lados e cada grupo, isoladamente, desenvolveu um idioma, pelo qual pudesse se entender e comunicar-se.
CONCLUSÃO
No capítulo 11, ternos a demonstração da soberania divina intervindo na vida humana, para salvá-la.
DEUS não destruiu a torre de Babel, por recear que o homem pudesse elevá-la até os céus, pois isto era impossível. Esta atitude do Criador, entretanto, foi por causa da desobediência dos descendentes de Noé, pois o Senhor lhes falara que crescessem, multiplicassem e enchessem a Terra.
Todos nós, os seres humanos, somos descendentes dos três filhos de Noé: Sem, Cão e Jafé. Após a destruição de Babel, os pós-diluvianos espalharam-se, imediatamente, por toda a parte. Daí, a origem das civilizações indígenas, as quais já se encontravam nas Américas, quando os europeus as descobriram.
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
 
 
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
A confusão de línguas (11.1-9). O cenário desta história curta, mas intrigante, forma-se depois do dilúvio com os descendentes de Noé que se agruparam por uma língua comum e logo começaram a migrar para novos territórios. Cronologicamente, a história está relacionada com as fases mais primitivas de migração, pois 10.25 fala de uma divisão de povos nos dias de Pelegue e 11.8 menciona um espalhamento de clãs. O relato foi colocado depois das três genealogias do capítulo 10 para que sua relação com a profecia de Noé (9.25-27) não fosse perturbada. Mudando-se da região do monte Ararate, os povos se instalaram em Sinar (2), que é o vale da Mesopotâmia, o local dos vestígios mais antigos da civilização por nós conhecido. O vale é banhado pelos rios Tigre e Eufrates, sendo muito fértil. A história nos conta que, em assembleia, os novos habitantes de Sinar tomaram uma decisão totalmente fora da vontade de DEUS. O propósito da ação proposta é claro. Queriam fama: Façamo-nos um nome (4). E desejavam segurança: Para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. Ambas as metas seriam alcançadas somente pelo empreendimento humano. Não há dúvida sobre a ingenuidade das pessoas. Não tendo pedras, fabricaram em seu lugar tijolos de barro que depois queimaram bem (3). Viram a utilidade do betume (asfalto) abundante na área e o usaram como cal ou argamassa. Trabalharam com persistência até que houvesse bastante tijolo para o projeto de construção. O interesse principal deste povo estava numa torre (4), embora também houvesse a construção de uma cidade. A torre ia alcançar os céus. Nada é dito sobre um templo no topo da torre, por isso não está claro se a torre era como os zigurates que houve mais tarde na Babilônia. Havia morros enormes e artificiais feitos de tijolo, alguns elevando- se até 90 metros acima da planície circunvizinha. Colocados no centro das cidades, eram encimados por um templo dedicado a uma deidade pagã e, em inscrições antigas, há a descrição de que chegavam até o céu. O paganismo estava indiretamente envolvido nesta história, pois havia um ímpeto construtivo em direção ao céu e o único verdadeiro DEUS foi definitivamente omitido de todo o planejamento e de todas as metas. Mas DEUS não estava inativo. Ele observava o que estava acontecendo e logo mostrou sua avaliação da situação. O homem não foi cria­ do como ser independente de DEUS. Ser “à nossa imagem” (1.26) significava que o homem estava dotado de grandes poderes e que era totalmente dependente de DEUS para sua essência de vida e razão de ser. Há ironia no monólogo do Senhor. Os povos estavam unidos, tinham comunicação aberta entre si, contudo arruinaram estas bênçãos em rebelião contra o Criador. DEUS não permitiria ser ignorado, e a loucura da ilusão humana de que posses e atividades criativas eram insuperáveis não ficaria sem confrontação. O julgamento de DEUS logo manifestou estas ilusões. Para demonstrar que a unidade humana era superficial sem DEUS, Ele introduziu confusão de som na língua humana. Imediatamente estabeleceu-se o caos. O grande projeto foi abandonado e a sociedade unida, mas sem temor de DEUS, foi despedaçada em segmentos confusos. Em hebraico, um jogo de palavras no versículo 9 é pungente. Babel (9) significa “confusão” e a diversidade de línguas resultou em balbucios ou fala ininteligível.
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
 
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
FIM E PRINCÍPIO: BABEL E CANAà(11:1-32)
11:1-9. Babel.
A história primeva atinge seu clímax infrutífero quando o homem, cônscio das suas novas capacidades, prepara-se para glorificar-se e fortalecer-se mediante um esforço coletivo. Os elementos componentes do relato, foram sempre uma característica do espírito do mundo. O projeto é tipicamente grandioso. Os homens o descrevem excitadamente uns aos outros como se fosse a realização última — o que lembra muito bem as glórias do homem moderno em seus projetos espaciais.
Ao mesmo tempo, deixam entrever sua insegurança ao reunir-se em multidão para preservar a sua identidade e gerir os seus bens (4). A narrativa capta o absurdo e a gravidade simultâneos do fato. Mesmo os materiais são provisórios, como o assinala o versículo 3, mas os construtores são mais fracos ainda. Há ironia no eco do alarido dos homens, “ Vinde ... Vinde ...” que encontramos nas palavras de DEUS,
“Vinde, desçamos...” , e o fim é um anticlímax: “cessaram de ” . A cidade semi-construída é um monumento mais que suficiente deste aspecto do homem. Contudo, isso também é levado a sério. Aos ouvidos modernos, 6 é
totalmente adequado: “ Isto é só o começo...; agora, nada do que eles se propuserem ... ser-lhes-á impossível” (RSV). A nota de prognóstico assinala o interesse de um Criador e de um Pai, não de um rival; é como o que disse o nosso Senhor: “ Se em lenho verde fazem isto...” (Lc 23:31). Isto deixa claro que a unidade e a paz não são os bens últimos: é melhor a divisão do que a apostasia coletiva (cf. Lc 12:51).
O fim revela a decisiva mão de DEUS nos quefazeres humanos. É questão reconhecida que a incompreensão mútua tem suas causas naturais, tais como as próprias atitudes de orgulho e temor expressas no v. 4 (que poderia ser o moto do nacionalismo moderno); mas, em última instância, é a justa disciplina aplicada por DEUS a uma raça insubordinada.
O pentecostes iniciou um novo capítulo da história, na articulação de um Evangelho em muitas línguas. A inversão final é prometida em Sf 3:9: “ Sim, naquele tempo mudarei a linguagem dos povos para uma linguagem pura, para que todos invoquem o nome do Senhor e o sirvam de comum acordo” (RSV).
1. Uma linguagem (AV, RV, AA. Literalmente, “ uma [série de] palavras” ) é preferível a RSV: poucas palavras, embora uma e outra sejam possíveis (ver o hebraico de Ez 37:17; Gn 27:44 respectivamente).
O episódio deu-se logo depois dó dilúvio (cf. 10:5, etc.) ou, de outro modo, limitou-se a um povo particular, se a terra aqui significar “ território” . (A impressão de que este é um grupo de colonizadores com medo de sofrer ataque (2,4) empresta algum apoio à segunda interpretação.)
9. Babel (Babilônia) dava-se a si própria o nome de Babilônia “portal de DEUS” (que pode ter sido uma lisonjeira reinterpretação do seu sentido original).1 Mas. mediante um jogo de palavras, a Escritura sobrepõe o rótulo mais verdadeiro,bãlal (“ele confundiu” ). Na Bíblia, esta cidade veio a simbolizar crescentemente a sociedade ateísta, com suas pretensões (Gn 11), perseguições (Dn 3), prazeres, pecados e superstições (Is 47:8-13), suas riquezas e sua eventual ruína (Ap 17,18).
Uma de suas glórias foi seu enorme ziggurat, montanha artificial encimada por um templo cujo nome, Etemenanki, sugeria a ligação de céu e terra. Mas foram os seus pecados que “se acumularam até ao céu” (Ap 18:5). No Apocalipse ela é contrastada com a santa cidade que desce “do céu”, cujas portas abertas unem as nações (Ap 21:10, 24-27).
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
 
Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP
A TORRE DE BABILÔNIA OU BABEL E A CONFUSÃO DAS LÍNGUAS
Os primeiros nove versos do capítulo 11 devem ser tratados como parte do capítulo 10, visto fazerem parte das gerações dos filhos de Noé. A seqüência da narrativa mesmo exige esta conexão. Na ordem de tempo estes nove versos do cap. 11 deviam preceder o cap. 10, visto que o espalhamento do povo e sua formação em nações já foi o resultado da confusão das línguas, descritas nestes nove versos. Nós, porém, seguimos a ordem em que se encontram os dados históricos, deixando a cronologia no mérito em que Moisés a colocou. O primeiro verso do capítulo 11 declara que antes da confusão das línguas todo o mundo de então "era de uma mesma língua e de uma mesma fala". Qual seria esta língua, ainda ninguém pôde dizer. Antigamente, tanto judeus como cristãos criam que essa língua era a hebraica e ainda há hoje quem assim pense, sendo que só a tribo que ficou fiel a Jeová, a de Sem, teve o privilégio de reter a língua original, língua esta que foi falada no Éden e continuou depois da queda e da torre de Babel. No entanto, os progressos da filologia não deixam muita base a esta teoria. A origem das línguas é um assunto assaz difícil, e algumas delas têm sua história perdida nas brumas do passado, sem que o filólogo lhes consiga achar o começo. A língua hebraica é uma destas. Se ela foi a língua original ou não, é, como vimos, difícil afirmar e difícil negar, mas, caso não seja, deve ter tido um princípio como as outras, e, neste caso, qual teria sido? A nação hebraica veio de Abraão, e Abraão veio de Ur dos Caldeus, e a língua que se falava ali não era o hebraico como o temos nos escritos do V.T. A língua caldaica desse tempo era a antiga língua da Acádia que, provavelmente, foi a língua primitiva da terra. Os documentos ou tijolinhos descobertos nas ruínas das cidades contemporâneas de Abraão, todos são do tipo cuneiforme, e só temos que admitir que esta foi a língua de Abraão antes de mudar-se para Canaã. É, pois, difícil achar-se o ponto de partida, a gênese do hebraico. Crêem alguns, que ela começou a se desenvolver com o intercurso de Abraão com os povos da Palestina e se elaborou durante os anos que os hebreus permaneceram no Egito. À primeira vista, tomando as diversas estórias que se relacionam com a vida de Abraão, parece que uma era a língua tanto dos hebreus como dos heteus e mesmo egípcios, porque Abraão desceu de Padã-Arã e pôde comunicar-se com os heteus que moravam na terra. Desceu ao Egito por causa da terrível fome na Palestina, e lá o encontramos em franco intercurso com os egípcios, como se a sua língua fosse a deles. Entretanto, nada há de similaridade entre os hieróglifos do Egito e a língua hebraica. O problema parece resolver-se, se atentarmos em que haveria pontos comuns entre todas e que não seria preciso muitos meses para qualquer pessoa, numa terra de língua estranha, se poder fazer compreender. Este assunto, conquanto seja fascinante e mereça acurado estudo, não pode ser estudado aqui, ficando para a filologia comparativa decidir a questão, se puder.
Crêem alguns expositores que Abraão abandonou sua língua quando chegou a Canaã e adotou a língua da terra, e que, quando desceu ao Egito, já falava a língua corrente na terra de Canaã, quer fosse o cananeu ou heteu ou qualquer outro idioma, e que dessa língua veio depois o hebraico. Alguns monumentos descobertos têm inscrições com caracteres hebraicos, o que leva a crer que o hebraico já seria falado na Palestina quando da vinda de Abraão para ali. Em Isaías 19:18 há uma expressão que parece denotar que a língua de Canaã era falada até mesmo no Egito; Mas esta Escritura ou profecia visa ao futuro e pouca força tem para mostrar que a língua de Canaã era o hebraico e que foi levada por Jacó para o Egito e na volta do povo ainda era falada na terra. É admissível que houvesse pontos de contato entre as diversas línguas, ou mesmo similaridade, mas é difícil crer que o hebraico fosse falado na Palestina no tempo de Abraão. Não há dúvida de que havia um grande grupo de línguas irmãs, ainda assim bem diferentes, mesmo nos caracteres, como sejam, a etiópica, a árabe e mais tarde a aramaica, e talvez elas sejam filhas de uma outra língua, provavelmente morta. As recentes descobertas arqueológicas lançam muita luz sobre o problema filológico, especialmente no que se refere ao hebraico. Sabe-se que o hebraico é língua flexionável, portanto, do ramo indo-germânico ou europeu, enquanto as demais línguas antigas são todas do tipo cuneiforme ou hieroglífico, como a egípcia. Alguns admitem o ano de 1.600 para o início da língua hebraica; outros, a colocam em 1.500, mais ou menos. Dá-se, Igualmente, como terra original desta língua a Península do Sinai. As tabuinhas encontradas em Serabite estão escritas num hebraico arcaico. Entre as diversas línguas usadas no Seminário de Raz-Shanra, no norte da Palestina, o hebraico era uma delas. O hebraico compõe-se de 22 letras, enquanto os alfabetos grego e latino têm 24, (quase o mesmo número). Há, pois, certa relação entre o hebraico e as línguas neolatinas. Quem foi o seu autor? De onde veio? Já se admite que Moisés, no Egito ou mais tarde em Midiã, organizou o alfabeto hebraico, o qual depois foi levado ao norte da Palestina e, pelos fenícios, ao mundo ocidental, dando a estes a glória de serem os seus inventores. No campo da filologia, há muito que investigar, mas a glória da Invenção do alfabeto está errada: não foram os fenícios os seus inventores. Os livros do Pentateuco foram escritos no hebraico; logo, esta língua existia no tempo de Moisés. Para não deixar o assunto sem dizer uma outra palavra sobre qual seria a primitiva língua do mundo antes da confusão, mencionarei, ligeiramente, alguns conhecimentos que o estudo do assunto tem trazido à luz. Como já vimos em Gênesis 11:1, diz-se que toda a terra era originalmente de uma mesma língua. Este problema tem sido para a filologia o que a pedra filosofal foi para a alquimia; tem estimulado exaustivos estudos e conseguido arranjar um volumoso material; e ainda que tudo isto não tenha compensado o esforço despendido, tem, todavia, aberto o caminho para as mais brilhantes descobertas no campo intrincado da filologia. Crendo, como diz o relato divino, que houve um tempo em que só existia uma língua, conjeturou-se que esta primitiva língua ainda existiria ou pelo menos poderia ser descoberta entre os muitos dialetos e línguas do mundo. Daí, as mais penosas investigações no estudo comparativo das línguas, as mais dispendiosas expedições a terras longínquas, e um enorme vocabulário colecionado e a mais angélica paciência, examinando e comparando tudo isto, tomando em consideração a idade de cada uma das línguas sujeitas ao estudo, a fim de descobrir a língua mãe. Muitas conclusões prematuras foram tiradas, e cada qual dos investigadores reclamava para si o privilégio de haver descoberto a preciosa língua materna. À medida, porém, que o estudo continuava, a maior soma de material era adquirida, mas se foi tornando patente que o problema não era de tão fácil solução e muito restava fazer para descobrir o alvo almejado, e que todas as conclusões precedentes tinham sido prematuras. Pensava-se que a mera similaridade de sons entre duas ou mais línguas fosse suficiente para denunciar uma origem comum, mas em breve se verificou que isso pouco contribuía para desvendar o mistério e que essas similaridades eram casuais. A presença de palavras iguais em duas línguas foi também admitida, como prova de que ambas provinham de um tronco comum, ou uma provinha de outra, sem indagar se uma tinha tomado tais palavras por empréstimo da outra ou não. Por exemplo, há no Português um grande número de palavras de origem saxônica. Será isto suficiente para provar que o Português e o Inglês tiveram a mesma origem? Esta suposição breve se esvaeceu também. Assim que a mera relação ou similaridade entre duas ou mais línguas, tomada a princípio como ponto de partida seguro, teve de ser abandonada e ser nova trilha procurada. Tiveram de deixar a superfície do assunto, e penetrar até ao âmago, e logo que esse curso foi adotado, uma completa revolução se efetuou em todas as noções e concepções prévias e, a despeito do grande número de línguas e da enorme distância que separa muitas delas, a mais significativa similaridade de estrutura e vocabulário se revelou aos olhos dos filólogos. Daí em diante foi relativamente fácil a classificação em famílias e grupos, de modo que as mais recentes investigações reduzem a três grupos principais todas as línguas do mundo:1. As línguas isoladas, ou que não desenvolveram as primitivas raízes, nas quais não há flexão nem meio de exprimir a relação de número, pessoa ou gênero. As raízes permanecem estagnadas, sem desenvolvimento ou evolução. Para formar o plural ou gênero, ajunta-se palavra a palavra, sem nexo, afinidade ou coerência. O plural de um nome é feito pelo ajuntamento de dois nomes iguais no singular, como "casa" mais "casa", igual a "casas". A língua dos primitivos babilônios, e que, sem dúvida, é vizinha da língua mãe, é desse tipo. O hebraico apresenta vestígios disso (II Reis 3:16).
2. As línguas aglutinadas, que representam um grande avanço sobre as isoladas. Possuem já as várias formas da linguagem, suportando modificações de forma, para expressar a idéia; a este grupo pertence a maioria das línguas orientais.
3. As línguas flexionáveis, as mais desenvolvidas e perfeitas. Estas línguas são faladas pela raça indo-europeia ou jafetita e pela raça semita. Ambas pertencem ao Velho e Novo Testamentos.
A língua semita, o hebraico, é a língua em que o V.T. foi escrito. Talvez a mais rica e flexionável das línguas indo-européias seja a grega, usada no N.T. O sânscrito, que se crê ser a língua mãe do grego, pertence a este grupo. Tomando estas conclusões como um todo, parece que estamos em vias de resolver o assunto de qual foi a língua a que se refere Gênesis 11:1, mas, infelizmente, não é assim. É lógico que a língua mais elementar destes grupos seja a mais próxima do original, mas, assim mesmo, o tempo operou tantas transformações, que esta mesma não representa o tipo primitivo. Ao filólogo cabe dissecar, no laboratório de sua perspicácia e argúcia científica, o corpo desta língua rudimentar e ver o que o tempo lhe acresceu, e do restante verificar se é ou não a primitiva. Mas, há duas dificuldades insuperáveis, a nosso ver: primeiro, faltará um ponto de contato no processo comparativo, para se poder afirmar que esta língua, separados os elementos acrescidos através dos séculos, é realmente a língua primitiva; em segundo lugar, é impossível, pela mesma razão, saber o que foi original e o que foi acrescentado. Assim que, é difícil sair do labirinto filólogo. Entretanto, não há que desanimar. As investigações nos têm levado, talvez, bem perto do alvo, e se ainda não pudermos chegar lá, pode ser que futuros conhecimentos nos removam o resto dos obstáculos, e possamos deleitar-nos no estudo das línguas que Adão, Noé, Sem, Cão, Jafé, Ninrode e o resto de nossos antepassados falaram; e se nunca chegarmos a esse paraíso, consolemo-nos com a verdade de que antes da confusão das línguas, na torre de Babel, "toda a terra tinha uma mesma língua e uma mesma fala". Como ficou dito, a narrativa do cap.10 está em conexão com o cap.11:2, que terminou na confusão de línguas e conseqüente dispersão da raça. Este verso parece indicar que o povo estava ainda morando nas imediações da terra de Arará, onde a Arca parou. Se Arará é a mesma Armênia, o que é duvidoso, então o povo começou a mover-se para o Oriente, até a planície de Sinear ou Babilônia, numa extensão de 220 léguas, aproximadamente. Como a Armênia é um país extremamente montanhoso, é possível que o povo seguisse o curso do rio Eufrates numa extensão considerável, até chegar ao imenso planalto na terra de Sinear. Ainda que mais de 100 anos já tivessem passado depois do Dilúvio, devemos pensar que o povo não era ainda muito numeroso e que tal emigração não era difícil; ao mesmo tempo, é crível que alguns ficassem nas terras da Armênia. O território ocupado abrangia os antigos impérios da Assíria e Babilônia.
 
Tentativa de Centralização
Logo que chegaram a essa terra fértil e agradável, surgiu a idéia da formação de um grande centro, com meios de escapamento, no caso de outra catástrofe como a do Dilúvio: fundar uma cidade e erigir uma torre que tocasse os céus. Não é preciso supor que o fim desta torre fosse insultar e desafiar a DEUS, mas (Nota de Ev. Henrique - também) prover os meios de segurança e refúgio (Nota de Ev. Henrique - contra uma possível ação de DEUS). A falta maior estava em que a ordem de DEUS era povoar a terra por meio de dispersão, e eles queriam ficar juntos. E disseram uns aos outros: "Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E tijolos serviram-lhes de pedra, e betume de cal. E disseram: Eia, edifiquemos uma cidade e uma torre cujo topo toque nos céus e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra." Justamente o contrário do que DEUS tinha ordenado. Havia um motivo: "façamo-nos um nome". Havia um receio: ser espalhados pela face de toda a terra. A empresa era digna da ambição mundana de Ninrode. Conforme o cap. 10:10, Babel ou Babilônia foi a primeira cidade do mundo. Assíria, a segunda, se aceitarmos a tradução comum de 10:11. Nínive, antiga capital do Império da Assíria, foi edificada depois por Ninrode, mas preferimos a outra tradução já mencionada, que será: "E desta forma saiu Assur e edificou a Nínive... em lugar de ... saiu à Assíria"; e, enquanto Ninrode era descendente de Cão, Assur era de Sem, e o povo assírio foi semita, e não camita. Os últimos anos têm assistido ao ressurgimento de toda esta primitiva civilização, segundo crêem os arqueológistas. Os tabletes de tijolo em que escreviam estes antigos ninrodianos ou acádios têm jorrado verdadeiros caudais de luz sobre a historicidade da narrativa nestes capítulos, e a Babilônia antiga tem sido desenterrada dos escombros do passado, e sua literatura fala-nos com a mesma clareza que aos seus contemporâneos. A literatura em português é paupérrima demais neste assunto, mas a inglesa e a alemã são fartas. Estas investigações foram levadas a efeito para certificar se a narrativa bíblica era histórica ou mitológica ou mesmo fictícia, diante dos formidáveis ataques do racionalismo alemão, e há mais de 50 anos que se escava o solo oriental onde floresceram estas civilizações, enchendo os museus da Europa e América com preciosos documentos comprobatórios de que de fato o relato bíblico está baseado em história bem documentada. Se é histórica a cidade de Babel, também o é a torre de Babilônia. As duas caem ou ficam de pé juntas. Cria-se, nos círculos intelectuais conservadores, que, a despeito da existência de tal torre construída e destruída no tempo de Ninrode, DEUS nada teria deixado que nos pudesse dar o consolo de ver, pelo menos, os alicerces. Josefo, historiador judaico, reproduziu a tradição corrente entre os judeus de que DEUS tinha demolido até aos fundamentas essa torre, com raios e coriscos, de maneira a não deixar vestígios de sua existência. É possível que isto acontecesse, mas Moisés nada diz a repeito. As recentes investigações afirmam ter-se encontrado na elevação que tem o nome árabe de Birs Nimrod o antigo local da torre. Nabucodonozor encontrou estes restos de ruínas, reedificou-os e embelezou-os, constituindo uma das belezas do seu reino. Mas, recentes informações afirmam que os próprios alicerces da torre foram descobertos e medidos, dando uma área suficientemente grande para suportar um monumento de estupenda altura. Talvez o futuro ainda revele muita coisa sobre este passado, tão importante em conexão com a Bíblia.
 
Intervenção Divina
Os versos 5-7 descrevem a descida de Jeová para ver a torre. A linguagem com que Moisés descreve Jeová é antropomórfica, isto é, põe DEUS em condições humanas, descendo para ver a torre, como se a DEUS houvesse qualquer coisa invisível. É grande maravilha como o Todo-poderoso se adapta às condições humanas, para fins redentores. Jeová desceu, viu a torre, viu também que todo o povo tinha uma mesma língua, e determinou fazer-lhes justamente o que eles temiam: espalhá-los pela face da terra.
"Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro". Mais uma vez notamos Jeová empregando o plural, como se outras pessoas fossem convidadas a participar da ação. Jeová, desceu ali, confundiu a língua do povo e o espalhou por toda a terra. A confusão das línguas deve ter sido uma formidável lição para os ninrodianos e um dos mais estupendos milagres. DEUS lançou a semente da confusão nas línguas, e até hoje, à medida que a terra se vai povoando, novas línguas vão aparecendo. É bem possível que fosse tão radical a diferença entre a língua original e as outras que surgiram do ato divino, que achar qual foi a original seja um problema demasiado difícil para desafiar o intelecto humano. Os críticos, visto não poderem compreender o problema, lançam mão de diversos meios para explicar o fenômeno, tais como a hipótese documentária ou a existência de mais um documento onde Moisés teria copiado este relato, e que um dos documentos é espúrio, sem base histórica. Afirmam que somente o capítulo 10 é histórico e que os 9 versos do capítulo 11 são invenção. Que o capítulo 10 reconhece as diversas famílias espalhando-se por toda a terra, levadas pelo instinto natural da emigração e conquista, e que as diversas línguas são o resultado desta dispersão e separação de um povo de outro. Quando, porém, têm de dizer por que há tais diferenças irreconciliáveis entre as muitas línguas, refugiam-se na filologia e no fato de que ela ainda é muito nova e está atrasada. Isto é um simples meio de pôr à parte o que o homem não pode compreender e uma presunção tola de negar a intervenção divina no curso da história humana. Mas estes críticos terão de sofrer a decepção de ver ruir suas idéias, enquanto que a narrativa bíblica continua inalterável, século após século. Nada há que possa explicar a diferença fundamental entre as principais línguas senão um fenômeno
como o descrito aqui. Se fosse uma questão evolutiva de uma língua para outra, por causa das condições locais, fácil seria identificar ou achar a língua original .Mas não; há um ponto em que o labirinto é tal que todas as sutilezas filológicas caem por terra e deixam o sábio estarrecido. O Dr. Conant, citado por Carroll, em seu livro sobre Gênesis, diz: "A diversidade de línguas da terra apresenta um problema que a filologia tem em vão procurado resolver. A filologia comparativa tem, entretanto, mostrado que as muitas línguas diferentes são agrupadas por afinidades comuns, como ramos da mesma família, tendo todos a mesma língua original, como mãe comum. Não obstante o grande número de línguas diversas, todas elas podem ser ligadas a umas poucas línguas maternas originais. A dificuldade jaz na diversidade essencial destas poucas primitivas línguas, sem que exista a mais remota afinidade que denuncie uma origem comum ou uma relação histórica, problema este, para o qual a filologia comparativa não pode encontrar solução. Os críticos não podem achar explicação natural para o problema e se recusam a admitir o sobrenatural. O problema resolve-se facilmente, aceitando-se a intervenção divina no curso da história humana. Havia uma língua original. DEUS aparece e multiplica esta língua em diversas outras, digamos, três ou oito. Destas, outras surgiram no curso da História, as quais, por um processo dedutivo, podem ser investigadas até à sua origem, em que se encontrarão estas três ou oito: mas, destas, até a única original, não há jeito de chegar, porque, quando DEUS a dividiu, não deixou vestígio de seu estado original. De acordo com isto, serão baldados todos os esforços humanos para desvendar o mistério. Qualquer que tenha sido a língua dos ninrodianos antes da confusão, perdeu-se, morreu, e o ponto de partida agora deve começar aqui, e o passado ser deixado com o infinito soberano. A Bíblia não pode ser entendida sem levarmos em conta , a parte que DEUS tem tomado na história do povo que ela descreve. Fora disto, é entrar num beco sem saída, é especular e encher a terra de problemas e dificuldades desnecessárias. Conquanto pareça à mente humana difícil resolver este assunto e outros iguais, ele não é tão difícil como os sábios o têm feito. Os que negam a historicidade deste e de outros eventos, porque não os podem compreender nem explicar, e que por isto procuram evasivas e interpretações sui generis, nada têm produzido que nos ajude a compreender a Bíblia ou a história dos nossos antepassados.
O nome da cidade que os pós-diluvianos edificaram ficou sendo Babel, porque ali DEUS confundiu suas línguas. Babel significa "confusão". Daí vem o nome grego Babilônia. A existência de uma cidade tão antiga, com um nome tão significativo, é fato de alguma importância que não pode ser posto de lado, a gosto de quem quer que seja. Babel tem permanecido de geração em geração, de milênio em milênio, como o indicador divino apontando para o quadro tétrico desenrolado na confusão das línguas, como uma lição de que o homem procura debalde executar seus planos contra a ordem divina. O caminho de DEUS é sempre o mais curto, por mais sinuosidade que ofereça. "Daqui Jeová os espalhou pela face de toda a terra."
Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP
 
 
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
Gênesis - Comentário Adam Clarke
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
Revista CPAD - Lições Bíblicas 1942 - 1º trimestre de 1942 - A Mensagem do Livro de Gênesis - LIÇÃO 2 - 11/01/1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - Adalberto Arraes 
Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP
 

27 novembro 2015

Lição 9, Bênção e Maldição na Família de Noé 1 parte

Lição 9, Bênção e Maldição na Família de Noé
4º trimestre de 2015 - O Começo de Todas as Coisas - Estudos Sobre O Livro de Gênesis
Comentarista da CPAD: Pr. Claudionor Correa de Andrade
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htmPONTOS DIFÍCEIS DA LIÇÃO - POLÊMICOS

 
 
TEXTO ÁUREO"Bendito seja o Senhor, DEUS de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue DEUS a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo."  (Gn 9.26,27)
 

VERDADE PRÁTICAPor causa de sua irreverência e falta de respeito, Cam veio a perder boa parte de sua herança.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 9.22 - A atitude desrespeitosa de Cam para com seu pai
Terça - Gn 9.23 - A atitude reverente de Sem e Jafé para com seu pai
Quarta - Lc 3.36 - 
Sem, ascendente do Messias que viria para salvar a humanidade
Quinta - Gn 11.10,29 - 
Abraão,amigo de DEUS, é descendente de Sem
Sexta - Gn.9.25 - 
A maldade levou o filho de Cam a ser amaldiçoado
Sábado - Gn 17.8 - 
Canaã perde suas terras, que são entregues a Abrão

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 9.20-29
20 - E começou Noé a ser lavrador da terra e plantou uma vinha. 21 - E bebeu do vinho e embebedou-se; e descobriu-se no meio de sua tenda. 22 - E viu Cam, o pai de Canaã, a nudez de seu pai e fê-lo saber a ambos seus irmãos, fora. 23 - Então, tomaram Sem e Jafé uma capa, puseram-na sobre ambos os seus ombros e, indo virados para trás, cobriram a nudez do seu pai; e os seus rostos eram virados, de maneira que não viram a nudez do seu pai. 24 - E despertou Noé do seu vinho e soube o que seu filho menor lhe fizera. 25 - E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos. 26 - E disse: Bendito seja o SENHOR, DEUS de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. 27 - Alargue DEUS a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. 28 - E viveu Noé, depois do dilúvio, trezentos e cinquenta anos. 29 - E foram todos os dias de Noé novecentos e cinquenta anos, e morreu.

OBJETIVO GERAL
Mostrar que, por não respeitar seu pai, Cam perdeu parte de sua herança.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Saber a respeito da vinha que Noé plantou;
Analisar o juízo de Noé sobre a irreverência de Cam;
Mostrar que a maldição de Canaã se cumpriu
 
INTERAGINDO COM O PROFESSORNa lição de hoje estudaremos o triste episódio da embriaguez de Noé e a trágica consequências de seu ato para a sua família. Este é o primeiro relato bíblico com relação ao uso exagerado do vinho. Com ele aprendemos que o crente precisa estar sóbrio. DEUS advertiu inúmeras vezes o seu povo quanto ao uso do vinho após instituir a lei. Os sacerdotes não podiam beber vinho antes de se apresentarem ao Senhor: "Vinho ou bebida forte tu e teus filhos contigo não bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações" (Lv 10.9). Eles deveriam ser santos, diante de DEUS e das pessoas. Hoje, somos a geração santa, sacerdotes do Senhor em JESUS CRISTO (1 Pe 2.9), e como tal devemos nos manter sóbrios, evitado o uso de bebidas alcoólicas.
 
PONTO CENTRAL
A atitude desrespeitosa de Cam para com o seu pai, Noé, resultou em maldição e a atitude reverente de Sem e Jafé para com o pai resultou em bênçãos.
 
I - A VINHA DE NOÉ
1. A destemperança do patriarca. 

2. A irreverência de Cam.
3. O respeitoso gesto de Sem e Jafé.
II - O JUÍZO DE NOÉ SOBRE A IRREVERÊNCIA DE CAM
1. A maldição de Canaã.
2. A benção de Sem e Jafé. 

III - CUMPRE-SE A MALDIÇÃO DE CANAÃ
1. Canaã perde a sua herança.
2. A bênção de Sem na pessoa de Israel.
3. Jafé participa da bênção de Sem.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - Noé plantou uma vinha, fez vinho e acabou por se embriagar.
SÍNTESE DO TÓPICO II - Passada a embriaguez, Noé toma conhecimento do feito perverso de seu filho Cam e pronuncia uma palavra de juízo sobre ele.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Canaã perde a sua herança dando cumprimento a maldição de Canaã.
 
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO top1"Noé passou a ser um lavrador da terra, como fora Caim. Cuidar de plantas se tornou sua grande paixão e plantou uma videira. Esta é a primeira vez que a produção de vinho é aludida na Bíblia, e é significativo que esteja ligada a uma situação de desgraça (Obs. Minha - Ev. Henrique - é muito provável que antes do dilúvio já se plantasse e colhesse e se fermentasse uvas para tornar seu suco alcoólico - JESUS disse que no tempo de Noé comiam e bebiam...) .
Noé pode ter sido inocente, não conhecendo o efeito que a fermentação causava no suco de uva nem o efeito que o vinho fermentado exerce no cérebro humano (Obs. Minha - Ev. Henrique - O açúcar misturado ao suco de uvas, vinho, o faz fermentar, possivelmente Noé comeu mel e bebeu suco de uva em excesso). Isto não impediu que a vergonha entrasse no círculo familiar. Perdendo a compostura devido à embriaguês, Noé tirou a roupa e se deitou nu. A nudez era detestada pelos primitivos povos semíticos, sobretudo pelos hebreus que a associavam com a libertinagem sexual (cf. Lv 18.5-19; 20.17-21; 1 Sm 20.30)" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 42).
 
CONHEÇA MAIS
O pecado de Cam
O pecado é muito debatido, pois a frase "viu a nudez de" é usada em relações sexuais ilícitas (cf. Lv 18). Aqui o texto sugere que o pecado de Cam foi o de ridicularizar o pai a quem deveria honrar (cf. Êx 20.12). A falha de Noé de Cam nos adverte que, embora vivamos num lar aparentemente perfeito, a raiz do pecado está plantada profundamente em cada pessoa individualmente. A causa de nossos fracassos está em nós mesmos."
Para conhecer mais leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 30 - (Obs. Minha - Ev. Henrique - Creio que Cam fez um comentário sobre os órgãos genitais de seu pai, seria o sentido mais claro aqui)
 
PARA REFLETIR - A respeito do livro de Gênesis:Em que consistiu o pecado de Cam?
Ao invés de calar-se e, discretamente, resguardar a honra do pai, saiu a depreciar-lhe a imagem (Gn 9.22).
Em quem recaiu a maldição de Cam?
O patriarca castiga indiretamente a Cam, lançando sobre o filho mais novo deste uma pesada maldição.
Como Sem e Jafé foram abençoados?
Ao galardoar a atitude respeitosa e reverente de Sem e Jafé, o patriarca concede-lhes uma benção eterna: "Bendito seja o Senhor, DEUS de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue DEUS a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo" (Gn 9.26,27).
Como Canaã foi castigado?
Eles seriam punidos com a perda de suas terras aos filhos de Abraão, o mais notável descendente de Sem, depois de JESUS CRISTO.
De que forma devemos agir ante os pecados alheios?
Não entreguemos o faltoso ao vitupério. Se agirmos com amor, poderemos recuperá-lo plenamente (Tg 5.20). Doutra forma, perderemos almas mui preciosas aos olhos de DEUS. Lembremo-nos da recomendação de nosso Senhor (Mt 18.15-18).
 
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 64, p. 40.
Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
 
SUGESTÃO DE LEITURA
Pequena Enciclopédia Bíblica, Tempos do Antigo Testamento e Arqueologia Bíblica
 

Lição 9, Bênção e Maldição na Família de Noé 2 Parte

Comentários de diversos autores com algumas modificações do Ev. Luiz Henrique
Observações do Ev. Luiz Henrique
CURIOSIDADES -
Levítico 18.6-19 (Isso é depois da lei - a terra só poderia ser povoada se parentes se casassem entre si). Nenhum homem se chegará a qualquer parenta da sua carne, para descobrir a sua nudez. Eu sou o Senhor. Não descobrirás a nudez de teu pai e de tua mãe: ela é tua mãe; não descobrirás a sua nudez. Não descobrirás a nudez da mulher de teu pai; é nudez de teu pai. A nudez da tua irmã, filha de teu pai, ou filha de tua mãe, nascida em casa, ou fora de casa, a sua nudez não descobrirás. A nudez da filha do teu filho, ou da filha de tua filha, a sua nudez não descobrirás; porque é tua nudez. A nudez da filha da mulher de teu pai, gerada de teu pai (ela é tua irmã), a sua nudez não descobrirás. A nudez da irmã de teu pai não descobrirás; ela é parenta de teu pai. A nudez da irmã de tua mãe não descobrirás; pois ela é parenta de tua mãe. A nudez do irmão de teu pai não descobrirás; não te chegarás à sua mulher; ela é tua tia. A nudez de tua nora não descobrirás: ela é mulher de teu filho; não descobrirás a sua nudez. A nudez da mulher de teu irmão não descobrirás; é a nudez de teu irmão. A nudez de uma mulher e de sua filha não descobrirás; não tomarás a filha de seu filho, nem a filha de sua filha, para descobrir a sua nudez; parentas são; maldade é. E não tomarás uma mulher juntamente com sua irmã, para fazê-la sua rival, descobrindo a sua nudez diante dela em sua vida. E não chegarás à mulher durante a separação da sua imundícia, para descobrir a sua nudez,
Estas ordens de DEUS estão na Lei dada a Moisés, não valiam ainda no tempo de Noé, mas o respeito aos pais, com certeza já era exigido.
Veja que é proibido sexo durante a menstruação.
RESGUARDO - 
Fala aos filhos de Israel, dizendo: Se uma mulher conceber e der à luz um menino, será imunda sete dias, assim como nos dias da separação da sua enfermidade, será imunda.
E no dia oitavo se circuncidará ao menino a carne do seu prepúcio. Depois ficará ela trinta e três dias no sangue da sua purificação; nenhuma coisa santa tocará e não entrará no santuário até que se cumpram os dias da sua purificação.
Mas, se der à luz uma menina será imunda duas semanas, como na sua separação; depois ficará sessenta e seis dias no sangue da sua purificação. Levítico 12:2-5
--- Resguardo quando nasce menino - 40 dias --- Resguardo quando nasce menina- 80 dias - SABIAM DISSO?
 
E começou Noé a ser lavrador da terra, e plantou uma vinha. Gênesis 9:20
Se plantou, não existia neste local, é claro. Parece que o Noé lembrou-se de que faltava vinho (suco de uva), parte constante na alimentação em seus dias (Pão do trigo, leite, mel, azeite, suco integral da uva). Beber suco de uva em excesso embriaga, experimente, ou melhor, não experimente!
Se passaram meses e talvez um ano e Noé agora espera pelo fruto da videira. Por que se embebedou? Falta de controle ou distração?
 
É evidente que já havia vinho antes do dilúvio e que as pessoas se embriagavam antes do dilúvio, Noé sabia disto e presenciou muito desta bebedeira antes do Dilúvio. Como podemos provar isso? Simples, JESUS nos dá a certeza disso:
Mateus 24.37 E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem. 38 Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam (grifo nosso), casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, 39 e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.
O contexto aqui é escatológico e JESUS está falando de juízo sobre o pecado. DEUS não destruiria toda a raça humana apenas porque estavam ocupados, mas destruiria por causa da multiplicação do pecado na área social (glutonaria e embriagues - comiam e bebiam) e na área sexual (desconsiderando totalmente o casamento como instituição divina - casavam e davam-se em casamento),
Por que Noé plantou uma vinha? Poderia ter plantado muitas outras plantas, mas a que faltava em sua alimentação básica era o suco de uva integral (vinho).
Não nos esqueçamos também de que a região onde Noé plantou uvas é excelente para produzir uvas mesmo em nossos dias, imagine naqueles dias em que a terra tinha condições climáticas favoráveis, pois a Terra estava pronta para produzir. Não levou tanto tempo assim para Noé plantar e colher aquilo que desejava, não é? Cerca talvez de um ano até 2 anos (devido às condições climáticas e de terreno de sua época).
Creio que na lei da consciência de Noé embebedar-se era pecado e ficar nu no meio da família também. DEUS disse para ele que sua geração ia ser destruída exatamente por motivos como esses.Então, como Noé era um homem de DEUS, não cremos que o tenha feito propositalmente.
É possível que Noé tenha se aproveitado de mudas ou que estavam na arca ou que estavam na Terra, mas precisavam ser cultivadas.
Gn 6.21 E leva contigo de toda a comida que se come e ajunta-a para ti; e te será para mantimento, a ti e a eles.
A questão não é condenar Noé. Creio que condená-lo ou absolvê-lo cabe a DEUS, mas enxergar seu erro, por falta de vigilância, e não repeti-lo cabe a nós. Conheço homens que foram bênçãos nas mãos de DEUS e que hoje vivem na embriaguês (esta é uma aplicação necessária na aula para que nossos alunos não venham um dia cair nesta tão nefasta armadilha de Satanás).
Tem muito crente na igreja evangélica hoje bebendo bebida alcoólica. Pensam que DEUS não vê. Tem muito crente plantando sua vinha.
Portanto cuidado com o vinho ou outra bebida alcoólica qualquer - No fim, picará como a cobra, e como o basilisco morderá. Provérbios 23:32
Parece que Noé foi tomando suco de uva e não percebeu que estava ficando bêbado (talvez comemorando, alegre por ter conseguido uma boa colheita em sua primeira vinha plantada por ele mesmo).
 
 
Coloquei o irmão Noé no banco de réu, acusei-o, fiz de tudo para condená-lo, como a maioria dos crentes faz, mas na hora que pensei que tinha ganho a causa, na hora que vi meu irmão humilhado, condenado, mal falado, amei-o mesmo assim e apelei para que aparecesse pelo menos um que o defendesse. Achei, por fim uma testemunha que é incapaz de mentir e de se corromper. Achei DEUS. Ezequiel: 14. 14. ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles pela sua justiça, livrariam apenas a sua própria vida, diz o Senhor DEUS. - Ezequiel: 14. 20. ainda que Noé, Daniel e Jó estivessem no meio dela, vivo eu, diz o Senhor DEUS, eles não livrariam nem filho nem filha, tão somente livrariam as suas próprias vidas pela sua justiça. - E não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, a oitava pessoa, o pregoeiro da justiça, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios; 2 Pedro 2:5
Não, Noé não premeditou embriagar-se. Noé é um homem de DEUS. Sua geração se corrompeu, banalizaram o casamento, eram glutões e bêbados, mas ele, Noé, não se deixou levar por sua pervertida geração.
E não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, a oitava pessoa, o pregoeiro da justiça, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios; 2 Pedro 2:5 - Noé é pregoeiro da justiça.
 
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE - A MALDIÇÃO DE NOÉ FOI SÓ SOBRE O FILHO MAIS NOVO DE CAM - CANAÃ - OS OUTROS FILHOS CONSTRUÍRAM GRANDES NAÇÕES COMO O EGITO E A ETIÓPIA.
As maldições e consequências são devido à falta de reverência e de respeito de Cam para com seu pai.
Na terra de Canaã também houve prosperidade até Israel a atacar cumprindo a maldição de Noé sobre eles. Havia frutos muito bons e cidades fortificadas. Os descendentes de Canaã não eram povos fracos ou miseráveis não!
Veja o relatório dos espiãs:
Números 13
27 E contaram-lhe, e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e verdadeiramente mana leite e mel, e este é o seu fruto. 28 O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades fortificadas e mui grandes; e também ali vimos os filhos de Enaque.
 
Temos vários exemplos de homens de DEUS que amaldiçoaram pessoas no Antigo Testamento e DEUS cumpriu suas maldições.
Então subiu dali a Betel; e, subindo ele pelo caminho, uns meninos saíram da cidade, e zombavam dele, e diziam-lhe: Sobe, calvo; sobe, calvo! E, virando-se ele para trás, os viu, e os amaldiçoou no nome do Senhor; então duas ursas saíram do bosque, e despedaçaram quarenta e dois daqueles meninos. 2 Reis 2:23,24
E respondeu Elias: Se eu sou homem de DEUS, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinquenta. Então o fogo de DEUS desceu do céu, e o consumiu a ele e aos seus cinquenta. 2 Reis 1:12
Na aliança existiam muitas maldições para quem as quebrasse. veja Deuteronômio 28 - Ainda bem que JESUS as levou todas - veja Gl 3.13
 
É importante saber que quem amaldiçoou Canaã foi Noé e não DEUS, mas DEUS manteve e honrou a maldição de Noé sobre ele.
Se fosse a maldição de DEUS, seria para todos os filhos de Noé. Está tão clara que a maldição foi por parte de Noé que foi só sobre o filho mais novo de Cam (Canaã).
Vejam Êx 20.5 Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu DEUS, sou DEUS zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.
Assim que DEUS amaldiçoa toda uma família - a terra abriu a sua boca, e os tragou com as suas casas, como também a todos os homens que pertenciam a Coré, e a todos os seus bens. Números 16:32
Se fosse a maldição dada por DEUS, seria para todos os filhos de Cam. Quem amaldiçoou foi Noé e somente seu neto Canaã, os outros filhos mais velhos de Noé, não. Quem foi amaldiçoado foi só Canaã e seus descendentes, os outros filhos mais velhos construíram grandes civilizações como a Etiópia e o Egito.
Cam se revelou como a ovelha negra entre os três filhos de Noé e parece que seu Neto lhe saiu como cópia.
 
Gênesis 19:30-38 - Outro exemplo de excesso de vinho - E subiu Ló de Zoar, e habitou no monte, e as suas duas filhas com ele; porque temia habitar em Zoar; e habitou numa caverna, ele e as suas duas filhas. Então a primogênita disse à menor: Nosso pai já é velho, e não há homem na terra que entre a nós, segundo o costume de toda a terra; Vem, demos de beber vinho a nosso pai, e deitemo-nos com ele, para que em vida conservemos a descendência de nosso pai. E deram de beber vinho a seu pai naquela noite; e veio a primogênita e deitou-se com seu pai, e não sentiu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou. E sucedeu, no outro dia, que a primogênita disse à menor: Vês aqui, eu já ontem à noite me deitei com meu pai; demos-lhe de beber vinho também esta noite, e então entra tu, deita-te com ele, para que em vida conservemos a descendência de nosso pai. E deram de beber vinho a seu pai também naquela noite; e levantou-se a menor, e deitou-se com ele; e não sentiu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou. E conceberam as duas filhas de Ló de seu pai. E a primogênita deu à luz um filho, e chamou-lhe Moabe; este é o pai dos moabitas até ao dia de hoje. E a menor também deu à luz um filho, e chamou-lhe Ben-Ami; este é o pai dos filhos de Amom até o dia de hoje.
 
 
Gn 10.6 E os filhos de Cão (Cam) são: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã.
Gn 10.15-19E Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete;
E ao jebuseu, ao amorreu, ao girgaseu,
E ao heveu, ao arqueu, ao sineu,
E ao arvadeu, ao zemareu, e ao hamateu, e depois se espalharam as famílias dos cananeus.
E foi o termo dos cananeus desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza; indo para Sodoma e Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa.
 
O VINHO NOS TEMPOS DO ANTIGO TESTAMENTO -= BEP - CPAD
Nm 6.3 “de vinho e de bebida forte se apartará; vinagre de vinho ou vinagre de bebida forte não beberá; nem beberá alguma beberagem de uvas; nem uvas frescas nem secas comerá.”
BEBERAGEM DE UVAS. A palavra traduzida "beberagem" (hb. mishrah) refere-se a uma bebida feita com uvas ou restos de uvas, espremidos e deixados de molho na água
Comentários da BEP - CPAD - 9.21 E BEBEU DO VINHO E EMBEBEDOU-SE.
Esta primeira menção de vinho nas Escrituras está ligada à embriaguez, ao pecado, à vergonha e à maldição (vv. 21-25). Por causa dos males que acompanham as bebidas embriagantes, DEUS fez da abstinência total o reto padrão para o seu povo (Lv 10.9; Jz 13.4-7; Pv 31.4; ver Nm 6.3; Pv 23.31; 1 Ts 5.6; Tt 2.2).
9.22 CAM, O PAI DE CANAÃ. O pecado de Cam consistiu em não honrar, nem respeitar seu pai; ao invés de cobri-lo, ele expôs a sua condição deplorável.
9.25 MALDITO SEJA CANAÃ. Quando Noé ficou sabendo do ato desrespeitoso de Cam, pronunciou uma maldição sobre Canaã, filho de Cam (i.e., não sobre o próprio Cam). (1) Talvez Canaã estivesse dalguma maneira envolvido no pecado de Cam, ou tivesse os mesmos defeitos de caráter do seu pai. A maldição prescrevia que os descendentes de Canaã (os quais não eram negros) seriam oprimidos e controlados por outras nações. Por outro lado, os descendentes de Sem e Jafé teriam a benção de DEUS (vv. 26,27). (2) Essa profecia de Noé era condicional à todas as pessoas a quem ela foi dirigida. Qualquer descendente de Canaã que se voltasse para DEUS receberia, também, a bênção de Sem (Js 6.22-25; Hb 11.31); mas também quaisquer descendentes de Sem e de Jafé que se desviassem de DEUS teriam a maldição de Canaã (Jr 18.7-10).
No tempo de Moisés, sob a lei, a bebida forte foi proibida aos Nazirerus (pessoas que faziam voto de servir a DEUS integralmente).
Gn 6.2 Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando um homem ou mulher se tiver separado, fazendo voto de nazireu, para se separar para o SENHOR, 3 de vinho e de bebida forte se apartará; vinagre de vinho ou vinagre de bebida forte não beberá; nem beberá alguma beberagem de uvas; nem uvas frescas nem secas comerá. 4 Todos os dias do seu nazireado, não comerá de coisa alguma que se faz da vinha, desde os caroços até às cascas.

PALAVRAS HEBRAICAS PARA “VINHO”. De um modo geral, há duas palavras hebraicas traduzidas por “vinho” na Bíblia.
(1) A primeira palavra, a mais comum, é yayin, um termo genérico usado 141 vezes no AT para indicar vários tipos de vinho fermentado ou não-fermentado (ver Ne 5.18, que fala de “todo o vinho [yayin]” = todos os tipos). (a) Por um lado, yayin aplica-se a todos os tipos de suco de uva fermentado (Gn 9.20,21; 19.32-33; 1Sm 25.36,37; Pv 23.30,31). Os resultados trágicos de tomar vinho fermentado aparecem em vários trechos do AT, notadamente Pv 23.29-35 (ver a próxima seção). (b) Por outro lado, yayin também se usa com referência ao suco doce, não-fermentado, da uva. Pode referir-se ao suco fresco da uva espremida. Isaías profetiza: “já o pisador não pisará as uvas [yayin] nos lagares” (Is 16.10); semelhantemente, Jeremias diz: “fiz que o vinho [yayin] acabasse nos lagares; já não pisarão uvas com júbilo” (Jr 48.33). Jeremias até chama de yayin o suco ainda dentro da uva (Jr 40.10, 12). Outra evidência que yayin, às vezes, refere-se ao suco não-fermentado da uva temos em Lamentações, onde o autor descreve os nenês de colo clamando às mães, pedindo seu alimento normal de “trigo e vinho” (Lm 2.12). O fato do suco de uva não-fermentado poder ser chamado “vinho” tem o respaldo de vários eruditos. A Enciclopédia Judaica (1901) declara: “O vinho fresco antes da fermentação era chamado yayin-mi-gat [vinho de tonel] (Sanh, 70a)”. Além disso, a Enciclopédia Judaica (1971) declara que o termo yayin era usado para designar o suco de uva em diferentes etapas, inclusive “o vinho recém-espremido antes da fermentação.” O Talmude Babilônico atribui ao rabino Hiyya uma declaração a respeito de “vinho [yayin] do lagar” (Baba Bathra, 97a). E em Halakot Gedalot consta: “Pode-se espremer um cacho de uvas, posto que o suco da uva é considerado vinho [yayin] em conexão com as leis do nazireado” (citado por Louis Ginzberg no Almanaque Judaico Americano, 1923). Para um exame de oinos, o termo equivalente no grego do NT, à palavra hebraica yayin.
(2) A outra palavra hebraica traduzida por “vinho” é tirosh, que significa “vinho novo” ou “vinho da vindima”. Tirosh ocorre 38 vezes no AT; nunca se refere à bebida fermentada, mas sempre ao produto não-fermentado da videira, tal como o suco ainda no cacho de uvas (Is 65.8), ou o suco doce de uvas recém-colhidas (Dt 11.14; Pv 3.10; Jl 2.24). Brown, Driver, Briggs (Léxico Hebraico-Inglês do Velho Testamento) declaram que tirosh significa “mosto, vinho fresco ou novo”. A Enciclopédia Judaica (1901) diz que tirosh inclui todos os tipos de sucos doces e mosto, mas não vinho fermentado”. Tirosh tem “bênção nele” (Is 65.8); o vinho fermentado, no entanto, “é escarnecedor” (Pv 20.1) e causa embriaguez (ver Pv 23.31).
(3) Além dessas duas palavras para “vinho”, há outra palavra hebraica que ocorre 23 vezes no AT, e freqüentemente no mesmo contexto — shekar, geralmente traduzida por “bebida forte” (e.g., 1Sm 1.15; Nm 6.3).
Certos estudiosos dizem que shekar, mais comumente, refere-se a bebida fermentada, talvez feita de suco de fruto de palmeira, de romã, de maçã, ou de tâmara. A Enciclopédia Judaica (1901) sugere que quando yayin se distingue de shekar, aquele era um tipo de bebida fermentada diluída em água, ao passo que esta não era diluída. Ocasionalmente, shekar pode referir-se a um suco doce, não-fermentado, que satisfaz (Robert P. Teachout: “O Uso de Vinho no Velho Testamento”, dissertação de doutorado em Teologia, Seminário Teológico Dallas, 1979). Shekar relaciona-se com shakar, um verbo hebraico que pode significar “beber à vontade”, além de “embriagar”. Na maioria dos casos, saiba-se que quando yayin e shekar aparecem juntos, formam uma única figura de linguagem que se refere às bebidas embriagantes.

A POSIÇÃO DO ANTIGO TESTAMENTO SOBRE O VINHO FERMENTADO. Em vários lugares o AT condena o uso de yayin e shekar como bebidas fermentadas. (1) A Bíblia descreve os maus efeitos do vinho embriagante na história de Noé (Gn 9.20-27). Ele plantou uma vinha, fez a vindima, fez vinho embriagante de uva e bebeu. Isso o levou à embriaguez, à imodéstia, à indiscrição e à tragédia familiar em forma de uma maldição imposta sobre Canaã. Nos tempos de Abraão, o vinho embriagante contribuiu para o incesto que resultou em gravidez nas filhas de Ló (Gn 19.31-38). (2) Devido ao potencial das bebidas alcoólicas para corromper, DEUS ordenou que todos os sacerdotes de Israel se abstivessem de vinho e doutras bebidas fermentadas, durante sua vida ministerial. DEUS considerava a violação desse mandamento suficientemente grave para motivar a pena de morte para o sacerdote que a cometesse (Lv 10.9-11). (3) DEUS também revelou a sua vontade a respeito do vinho e das bebidas fermentadas ao fazer da abstinência uma exigência para todos que fizessem voto de nazireado (ver a próxima seção). (4) Salomão, na sabedoria que DEUS lhe deu, escreveu: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio” (Pv 20.1). As bebidas alcoólicas podem levar o usuário a zombar do padrão de justiça estabelecido por DEUS e a perder o autocontrole no tocante ao pecado e à imoralidade. (5) Finalmente, a Bíblia declara de modo inequívoco que para evitar ais e pesares e, em lugar disso, fazer a vontade de DEUS, os justos não devem admirar, nem desejar qualquer vinho fermentado que possa embriagar e viciar (ver Pv 23.29-35).
OS NAZIREUS E O VINHO. O elevado nível de vida separada e dedicada a DEUS, dos nazireus, devia servir como exemplo a todo israelita que quisesse assim fazer (ver Nm 6.2). DEUS deu aos nazireus instruções claras a respeito do uso do vinho. (1) Eles deviam abster-se “de vinho e de bebida forte” (6.3; ver Dt 14.26); nem sequer lhes era permitido comer ou beber qualquer produto feito de uvas, quer em forma líquida, quer em forma sólida. O mais provável é que DEUS tenha dado esse mandamento como salvaguarda ante a tentação de tomar bebidas inebriantes e ante a possibilidade de um nazireu beber vinho alcoólico por engano (6.3-4). DEUS não queria que uma pessoa totalmente dedicada a Ele se deparasse com a possibilidade de embriaguez ou de viciar-se (cf. Lv 10.8-11; Pv 31.4,5). Daí, o padrão mais alto posto diante do povo de DEUS, no tocante às bebidas alcoólicas, era a abstinência total  (6.3-4). (2) Beber álcool leva, freqüentemente, a vários outros pecados (tais como a imoralidade sexual ou a criminalidade). Os nazireus não deviam comer nem beber nada que tivesse origem na videira, a fim de ensinar-lhes que deviam evitar o pecado e tudo que se assemelhasse ao pecado, que leva a ele, ou que tenta a pessoa a cometê-lo.
(3) O padrão divino para os narizeus, da total abstinência de vinho e de bebidas fermentadas, era rejeitado por muitos em Israel nos tempos de Amós. Esse profeta declarou que os ímpios “aos nazireus destes vinho a beber” (ver Am 2.12). O profeta Isaías declara por sua vez: “o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são absorvidos do vinho, desencaminham-se por causa da bebida forte, andam errados na visão e tropeçam no juízo. Porque todas as suas mesas estão cheias de vômitos e de imundícia; não há nenhum lugar limpo” (Is 28.7,8). Assim ocorreu, porque esses dirigentes recusaram o padrão da total abstinência estabelecido por DEUS (ver Pv 31.4,5). (4) A marca essencial do nazireado — i.e., sua total consagração a DEUS e aos seus padrões mais elevados — é um dever do crente em CRISTO (cf. Rm 12.1; 2Co 6.17; 7.1). A abstinência de tudo quanto possa levar a pessoa ao pecado, estimular o desejo por coisas prejudiciais, abrir caminho à dependência de drogas ou do álcool, ou levar um irmão ou irmã a tropeçar, é tão necessário para o crente hoje quanto o era para o nazireu dos tempos do AT (ver 1Ts 5.6; Tt 2.2) .
 
Provérbios 20
1 O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio.

Lucas 21
34 E olhai por vós, para que não aconteça que o vosso coração se carregue de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia.
 
Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP
Um Novo Pecado Depois do Dilúvio (Gên. 9:20-27)
Plantou vinha, e colheu vinho. Bebeu demais, e embebedou-se. Caído descompostamente, provocou o riso do filho Cão, que por isso lhe faltou com o respeito. Acordando e sabendo do ato generoso dos filhos Sem e Jafé, daí nasceu uma das mais notáveis profecias, com largo e profundo sentido na história humana. Não foi, entretanto, o filho Cão o amaldiçoado pelo seu mau ato, mas o filho mais novo deste, por nome Canaã, como que a designar que não seria um homem, mas um povo, a sofrer as conseqüências do pecado. Os versos 25-27 do capitulo 9 de Gênesis dão-nos conta dos efeitos da falta de respeito filial. Canaã, o filho mais novo de Cão, seria maldito. Jafé seria o dono do mundo; Sem, o pai da religião. Com um mapa diante de nós e um pouco de conhecimento da distribuição dos primeiros povos, iremos descobrir que os jafetitas tomaram o rumo da Europa e conquistaram e deram ao mundo o que nós conhecemos hoje como civilização ocidental. Foram os jafetitas feitos gregos e romanos antigos que nos deram os povos neolatinos, senhores do mundo por suas conquistas e por sua indústria. Foram eles que descobriram outras terras e as dominaram. Não contentes com a Europa, levaram suas naus ao Oriente distante, tomaram as ilhas do Pacífico, dominaram a China, a Índia e até o Japão, em certo sentido, senão poeticamente, industrialmente, pelo menos. Conquistariam a África e a dominaram até recentes anos. A profecia foi: "Alargue ou engrandeça DEUS a Jafé e more nas tendas de Sem." Depois de dominar o mundo, veio a dominar também o povo semita, que só atualmente está procurando reconquistar a sua independência. O povo camita nos deu algumas civilizações notáveis na Caldeia e no Egito e na Etiópia, mas sempre sob o domínio dos jafetitas. Os semitas nunca se afastaram do Oriente Próximo. Na Caldeia, misturando-se com acádios e amoritas, depois difundindo-se nos edomitas, amonitas e moabitas, formando o mundo árabe, foram sempre, de um modo geral, os encarregados de preservar a religião. A profecia é: "Bendito seja o Senhor DEUS de Sem". DEUS seria bendito neste povo. Aqui está o retrato dos mundos antigo e moderno. Como se aproxima o fim desta geração, os três ramos da raça humana estão se misturando e confundindo, de modo a formar uma só civilização. O estudante de história bíblica não pode deixar de anotar que os conflitos modernos são um meio rústico de acabar com as barreiras entre camitas, jafetitas e semitas. O povo semita, conhecido como israelita, descendente de Abraão, o pai da fé, tem vivido segregado por muitos séculos, por um lado, e misturado com todos os povos, por outro. Desde o ano 70 da nossa era, com a dispersão dos judeus, a sua nacionalidade desapareceu, mas, em verdade, o povo continuou a viver a sua vida comunitária entre as nações do mundo. Agora, com o estabelecimento da sua nacionalidade na Palestina, foi restaurada simbolicamente a sua nacionalidade. Continua um povo à parte. Tanto quanto o gênio industrial dos jafetitas pertence a todos, eles também estão partilhando desse gênio.
 
Uma Vida Longa e útil
Noé viveu, depois do dilúvio, 350 anos. Adão e Matusalém conviveram, e este foi contemporâneo de Noé, e Noé do pai de Abraão. Segundo alguns cronistas, Noé morreu um pouco antes de Abraão nascer. Foi, pois, contemporâneo de Terá, pai de Abraão, por 128 anos. Como a cronologia antiga é muito confusa, nós não dependemos muito destas conclusões, que servem apenas para estudos aproximados. O que nos interessa, à parte da revelação mesma, é a possibilidade de transmissão de narrativas que a Bíblia nos dá. Foi Moisés o grande cronologista dos tempos antigos, e as suas memórias vieram em linha direta desde o princípio. Ao legar-nos o seu admirável Gênesis, ele se teria valido de conhecimentos recebidos e, fundamentalmente, da revelação que DEUS lhe deu, pois muita coisa que nos legou não podia vir de tradições, por mais antigas e de melhor crédito que fossem. Os primeiros capítulos de Gênesis fogem a qualquer tradicionalismo e a qualquer escola moderna ou antiga.
Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP
 
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
9:18-29. O destino de Sem, Cão e Jafé.
A declaração do versículo 19 introduz a amplitude abrangente do capítulo 10, enquanto que os versículos 20-27 preparam-nos para o predomínio do caráter seletivo do restante do Velho Testamento, de 11:10 em diante. A Bíblia mantém sua ênfase, tanto na unidade da humanidade, como os oráculos proféticos sobre os gentios o demonstram, quanto nas especializações que há dentro daquela unidade. Mas os papéis raciais são invalidados no Novo Testamento, “ onde não pode haver grego nem judeu, ... bárbaro, cita, escravo, livre; porém CRISTO é tudo e em todos” (Cl 3:11, RSV, AA). Qualquer tentativa de graduar os ramos da humanidade apelando para 25-27 é, portanto, uma reconstrução daquilo que DEUS demoliu, comparável àquela pela qual Paulo censurou a Pedro, em Gálatas 2:18.
GÊNESIS 9:24-26
A embriaguez de Noé é relatada sem comentários sobre a sua participação no escândalo. A palavra começou (20, AV) poderia implicar em que somente a inexperiência é que deveria ser repreendida. Mas não podemos ter certeza.
23. A perda da decência e da honra que assinala esta primeira história bíblica de bebida forte é mais grave ainda na segunda, com a degradação das filhas de Ló (10:30). Esse não é o seu único aspecto (cf. Dt 14:26; SI 104:15; Pv 31:6,7), mas Pv 31:4,5 comenta suficientemente a última passagem, com o formidável apoio de Pv 23:29-35. A lei providenciaria os votos de abstenção de bebidas fortes, como testemunha da simplicidade primitiva (Nm 6:1), mas esses votos constituíam uma vocação especial (ver também Jr 35; Lc 7:33). Aqui, porém, a embriaguez é casual. O ponto central da narrativa é o prejuízo que a herança de Cão sofreu por causa do seu ato flagrantemente antifilial. E o anverso do quinto mandamento que veio depois, no tempo da lei, que faz do mesmo ponto o pivô do destino nacional — pois esse mandamento não é um preceito sociológico (exceto incidentalmente), mas, sim, um chamamento a manter a autoridade delegada por DEUS e assim reter a Sua bênção.
24. A forma superlativa, o mais moço de todos (RV, RSV) é o sentido natural do hebraico e parece mais apoiado por 10:21. O comparativo mais moço de AV tem escasso apoio. O contato estreito entre os povos semitas e camitas e a grande distância dos jafetitas através de todo o período veterotestamentário podem ter levado ao agrupamento familiar do versículo 18, etc.
25. O fato de que a maldição recaiu sobre Canaã, o filho mais novo do ofensor (10:6), que também era o filho mais novo, salienta sua referência à sucessão de Cão, em vez de à sua pessoa. Por sua violação da família, a sua própria família iria fracassar. Portanto, desde que isto limita a maldição a este único ramo dentre os camitas, aqueles que julgam que os povos camitas em geral estão condenados à inferioridade entenderam mal tanto o Velho como o Novo Testamento. Também é provável que o domínio de Israel sobre os cananeus tenha cumprido suficientemente aquele oráculo (cf. Js 9:23; 1 Rs 9:21).
26. Dos três oráculos, só o referente a Sem usa o nome pessoal de DEUS, Yahwh (o Senhor). A significação do fato começa a emergir em GÊNESIS 9:27-10:1 12:1, e dominará o Velho Testamento (cf. Dt 4:35). Visto que Sem significa “ Nome” , talvez haja aí um jogo de palavras; cf. comentário de 9:27. O texto tradicional: Bendito seja o Senhor, o DEUS de Sem (RV; cf. AV, AA), dá a idéia de que Sem já está em aliança com Yahweh e que em seu Senhor acha ele toda a sua bênção. RSV (Abençoado pelo Senhor meu DEUS seja Sem) poderia estar certa em revocalizar as mesmas consoantes para fazer de Sem o beneficiário direto da bênção. Mas esta construção mais simples e menos fértil não encontra apoio nas versões antigas.
27. A palavra “engrandeça” (dê espaço a) é o verbo que tem afinidade com o nome Jafé (cf. coment. sobre Sem, v. 26). O oráculo evidentemente confirma a oração feita por ocasião do seu nascimento. O cumprimento das palavras habite ele nas (ou entre as) tendas de Sem (RV, RSV, AA) é procurado em vão no Velho Testamento, mas salta à vista no Novo Testamento, na colheita dos gentios (Ef 3:6), predominantemente do ocidente. O fato de que este modo de entender o oráculo faz dele uma predição de grandes acontecimentos, em vez de uma piedosa retropropulsão da política do século doze, só perturbará aquele que for decididamente cético.
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
 
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/
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Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
Gênesis - Comentário Adam Clarke
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
Revista CPAD - Lições Bíblicas 1942 - 1º trimestre de 1942 - A Mensagem do Livro de Gênesis - LIÇÃO 2 - 11/01/1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - Adalberto Arraes 

Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP