10 junho 2010

ESTUDOS DA LICAO 11 - A EXCELENCIA DO MINISTERIO

LIÇÃO 11 - A EXCELÊNCIA DO MINISTÉRIO
Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 2º Trimestre de 2010
Jeremias - Esperança em tempos de crise
Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev.. Luiz Henrique de Almeida Silva



TEXTO ÁUREO
"SENHOR, o meu coração não se elevou, nem os meus olhos se levantaram; não me exercito em grandes assuntos, nem em coisas muito elevadas para mim"
(Sl 131.1).





VERDADE PRÁTICA
Que a nossa única preocupação seja buscar a glória de Deus para a Sua glória, porque Ele é o Senhor da glória!





LEITURA DIÁRIA
Segunda Jr 32.13 Baruque, um servo obediente
Terça Jr 36.4 Baruque, o fiel escriba
Quarta Jr 36.13 Baruque, o arauto de Jeremias
Quinta Jr 43.3 Baruque é acusado
Sexta Jr 43.6 Baruque tem a vida resguardada
Sábado Jr 45.2-5 Baruque recebe a divina promessa


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jeremias 45.1-5
1 Palavra que falou Jeremias, o profeta, a Baruque, filho de Nerias, escrevendo ele aquelas palavras, num livro, da boca de Jeremias, no ano quarto de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, dizendo: 2 Assim diz o SENHOR, Deus de Israel, acerca de ti, ó Baruque: 3 Disseste: Ai de mim agora, porque me acrescentou o SENHOR tristeza à minha dor! Estou cansado do meu gemido e não acho descanso. 4 Isto lhe dirás: Assim diz o SENHOR: Eis que o que edifiquei eu derribo e o que plantei eu arranco, e isso em toda esta terra. 5 E procuras tu grandezas? Não as busques, porque eis que trarei mal sobre toda a carne, diz o SENHOR; a ti, porém, darei a tua alma por despojo, em todos os lugares para onde fores.

COMENTÁRIO
Palavra Chave: Glória - Honra, magnificência, esplendor, prestígio.

GLÓRIA
1) Honra ou louvor dado a coisas (1Sm 4.21-22), a pessoas (Lc 2.32) ou a Deus (Sl 29.1; Lc 2.14).
2) A majestade e o brilho que acompanham a revelação da presença e do poder de Deus (Sl 19.1; Is 6.3; Mt 16.27; Jo 1.14; Rm 3.23).
3) O estado do novo corpo ressuscitado, espiritual e imortal, em que os salvos serão transformados e o lugar onde eles viverão (1Co 15.42-54; Fp 3.21; Cl 3.4).


Vemos que DEUS poupou os dois amigos e companheiros de Jeremias em sua árdua e difícil tarefa de falar à Judá todas as duras palavras de juízo de DEUS.
Tanto Baruque quanto Ebede-Meleque receberam por recompensa suas próprias almas e livramento.

45.1-5 BARUQUE. Cronologicamente, este capítulo encaixa-se no quarto ano do rei Jeoaquim, em Jerusalém. Sua mensagem visava fortalecer a fé de Baruque, secretário de Jeremias, que estava desanimado devido ao aparente fracasso do ministério de Jeremias, e por causa do juízo sobre Judá (cf. cap. 36). Deus lhe falou que não devia buscar para si poder nem posição (cf. Mt 20.26-28). Mateus 20.26 Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser, entre vós, fazer-se grande, que seja vosso serviçal; 27 e qualquer que, entre vós, quiser ser o primeiro, que seja vosso servo, 28 bem como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos.
NÃO SERÁ ASSIM ENTRE VÓS. Neste mundo, os que exercem autoridade e domínio são considerados grandes. Jesus diz que, no reino de Deus, a grandeza não será medida pelo domínio sobre os outros, mas pela dedicação das pessoas ao serviço do próximo, de conformidade com a revelação bíblica de Cristo. O crente não deve procurar alcançar as posições mais altas a fim de exercer autoridade ou domínio. Pelo contrário, deve dedicar sua vida a ajudar os outros, especialmente na labuta pelo bem espiritual de todos (v. 28; cf. Jo 13.34; 1 Co 13; Cl 3.14; 1 Jo 3.14; 4.8).

Por causa da sua fidelidade a Jeremias e à mensagem de Deus, Baruque sobreviveria à destruição de Jerusalém (v. 5).
BARUQUE - Abençoado. (http://www.bibliaonline.net/scripts/dicionario.cgi-acesso 08-06-2010).
1. Filho de Nerias,irmão de Seraías, amigo e secretário do profeta Jeremias (Jr 36.4 e seguintes). Era homem erudito, de nobre família (Jr 51.59), tendo servido fielmente ao profeta. Pelas instruções de Jeremias, escreveu Baruque as profecias daquele profeta, comunicando-as aos príncipes e governadores. E um destes foi acusar de traição o escrevente e o profeta Jeremias, mostrando ao rei, como prova das suas afirmações, os escritos, de que tinham conseguido lançar mão. Quando o rei leu os documentos, foi grande o seu furor. Mandou que fossem presos os dois, mas eles escaparam. Depois da conquista de Jerusalém pelos babilônios (586 a.C.), foi Jeremias bem tratado pelo rei Nabucodonosor - e Baruque foi acusado de exercer influência sobre Jeremias a fim de não fugirem para o Egito (Jr 43.3). Mas, por fim, foram ambos compelidos a ir para ali com a parte remanescente de Judá (Jr 43.6). Durante o seu encarceramento deu Jeremias a Baruque o titulo de propriedade daquela herdade que tinha sido comprada a Hanameel (Jr 32.12). Baruque lamentou-se muito, nas suas orações a Deus, por causa de tudo o que havia sofrido, mas apaziguou-se, pois compreendeu que era melhor para ele estar satisfeito com as suas condições de vida (Zr 45.2 a 5.).

Jeremias 39.16 Vai e fala a Ebede-Meleque, o etíope, dizendo: Assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que eu trarei as minhas palavras sobre esta cidade para mal e não para bem; e se cumprirão diante de ti naquele dia.17 A ti, porém, eu livrarei naquele dia, diz o SENHOR, e não serás entregue nas mãos dos homens perante cuja face tu temes.
18 Porque, certamente, te salvarei, e não cairás à espada; mas a tua alma terás por despojo, porquanto confiaste em mim, diz o SENHOR.
EBEDE-MELEQUE Trabalhando a favor de Jeremias, esse etíope procurou salvá-lo mediante um apelo ao rei. Demonstrou compaixão por Jeremias e coragem ao opor-se aos inimigos do profeta. O crente sempre deve procurar ajudar os maltratados, mesmo que isso importe em contrariar a maioria. Por causa da sua bondade para com Jeremias, a vida de Ebede-Meleque foi poupada quando Jerusalém caiu; Deus não se esqueceu desse servo leal.

É interessante notarmos que DEUS envia uma mensagem a Baruque diferente da mensagem enviada a Ebede-Meleque, mesmo que todos os dois recebem o mesmo galardão de DEUS pelos serviços prestados a Jeremias Seu servo.
Pelo que parece Baruque andava de mal humor e reclamando de sua sorte. Se sentia frustrado em seu ministério por não ser engrandecido perante o povo, perante seus parentes aristocratas e nem perante o rei, os sacerdotes e os profetas de sua época. (Jr 45.5 "E procuras tu grandezas? Não as busques...").
Como acontece com quase todos os que alcançam o sucesso ministerial, Baruque desejava honras, riquezas e reconhecimento pelo seu ministério, mas tudo o que DEUS lhe ofereceu e lhe concedeu foi sua própria alma. Deveria Baruque se contentar com isso, pois era-lhe mais necessário escapar com sua própria alma, já que Jerusalém e seus habitantes seriam destruídos e muito deles levados cativos para a Babilônia dentro em breve.

Cabe-nos aprender de JESUS "

“Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou MANSO e HUMILDE de coração”.
A VIDA EXEMPLAR DE CRISTO

A vida de Jesus foi uma vida exemplar. Ele foi o único homem que nunca pecou. Jesus teve essa vida santa porque Ele era humilde e dependente de Deus. No livro de Filipenses, no capitulo 2, do versículo 5 ao 8, está escrito: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, sendo igual a Deus, mas a Si mesmo se esvaziou, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E, achado na forma de homem, HUMILHOU-SE a Si mesmo, sendo obediente até a morte”. Nessa passagem que lemos podemos ver que a vida de Cristo foi uma vida de humildade e obediência. Jesus sempre demonstrou dependência em todo o Seu viver aqui na terra.
Muitas pessoas interpretam de forma errada a palavra humildade. Acham que ser humilde é se deixar humilhar pelas outras pessoas. Mas, o que a Palavra de Deus nos ensina acerca da humildade é bem diferente. Para o Senhor, somos humildes quando não temos amor próprio. Se analisarmos a conduta de Cristo, veremos que Ele se esvaziou e assumiu a postura de servo. Isso é não ter amor próprio. Cristo escolheu servir aos homens.
Ele era humilde porque era submisso à vontade do Pai. Assim, nós seremos humildes quando nos esvaziarmos de todo o nosso egoísmo e amor próprio e escolhermos servir ao Senhor de forma incondicional. Essa foi a escolha feita por Cristo. Deus o considerou humilde porque Ele, em tudo, foi obediente. Essa deve ser a nossa postura para com Deus. Ele quer que sejamos humildes e que tenhamos disposição para sermos submissos à Sua vontade.
Analise um pouco da vida de Cristo. Se você ler a Bíblia com bastante atenção, você verá que Jesus apenas servia a Deus e aos homens. Ele estava sempre disposto a fazer a vontade de Deus. Ele poderia ter resistido à cruz, mas por obediência Ele escolheu ir para a cruz e morrer por todos nós. Deus quer que nós tenhamos a mesma postura de Cristo. Se Ele foi humilde, nós também podemos ser, porque o mesmo Deus e o mesmo Espírito que estavam com Cristo, hoje estão conosco. Você somente será humilde quando a sua postura for de obediência e submissão.
No evangelho de Mateus, capitulo 11, versículo 29, está escrito: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou MANSO e HUMILDE de coração”. Nós realmente precisamos aprender a ser humildes assim como Cristo foi. Precisamos ter aulas de humildade com o Senhor Jesus. O material está à sua disposição, que é a Palavra de Deus. Leia a Bíblia e aprenda a ser humilde como Jesus foi. Preste muita atenção na conduta de Cristo e você aprenderá a ser manso e humilde de coração. Ele mesmo disse, no versículo que lemos: “aprendei de mim que sou manso e humilde de coração. Tome a vida de Jesus como um exemplo. Ele nunca fez alguma coisa em Seu próprio beneficio ou esperando ganhar algo para Si mesmo. Mas toda a Sua vida foi para agradar a Deus e para servir e beneficiar os homens. (ELE ESCOLHEU OS CRAVOS).


UM MINISTÉRIO EXCELENTE PARA A EXCELÊNCIA DE DEUS
O que é preciso para que alguém se torne um pastor? Quais são os critérios fundamentais para que se decida ordenar alguém ao sagrado ministério? Que tarefas ou desafios deve cumprir o candidato ao posto de condutor do rebanho que é de Deus? Somos capazes de identificar as marcas de um pastor segundo o coração de Deus?
São perguntas que tentamos responder a cada nova convicção de chamado, a cada nova vocação. Não são simples, nem fáceis de responder, mas importantes e decisivas para o futuro da igreja que Cristo confiou aos nossos cuidados. Para lembrar suas palavras a Pedro: “apascenta as MINHAS ovelhas” (Jo 21). Que gigantesca responsabilidade!
Que grande privilégio. Quanta alegria deve inundar o coração de tantos quantos são convocados pelo Espírito para tal tarefa. Nas palavras do apóstolo Paulo ao jovem Timóteo: “Fiel é esta palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja” (1 Tm 3:1). Note bem: excelente obra almeja.
O bispo (episcopos, no grego) possuía as mesmas funções de um presbítero na igreja antiga. Ambos eram chamados a pastorear -- basta lembrar que Paulo, ao discursar em Mileto para os presbíteros da igreja de Éfeso, disse-lhes: “atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (At 20:28). Como escreveu o apóstolo Pedro: “Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, testemunha dos sofrimentos de Cristo e, ainda, co-participante da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós” (1 Pe 5:1-2). Pastorear, portanto, é sua missão.
Agora, se a obra que consiste em pastorear é excelente, excelência é o que ela deve exigir. Se excelência é a exigência da obra, excelente deve ser o processo que nos conduza ao pastorado. Se excelente deve ser o processo, excelentes devem ser a postura e o caminhar de todos os que se candidatam ao posto. Assim, se o que se almeja é o pastorado, almeje-se também excelência na presença de Deus.
Portanto,
1. Que se comece buscando excelência na vida devocional
A excelência do pastor tem por fundamento: o amor pelas Escrituras, a seriedade na vida de oração e a humildade no relacionamento com Deus.
O pastor sabe, como lembrou João Crisóstomo, que “a raiz de todos os males é a falta de conhecimento das Escrituras”. Por isso, o salmo 01: “Bem aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta à roda dos escarnecedores. Antes, tem seu prazer na lei do Senhor e nela medita de dia e de noite”. Até o resgate do púlpito, como instrumento eficaz no pastoreio do rebanho, depende do resgate desse amor pela Palavra. Como afirmou Karl Barth: “Do contato freqüente com as Escrituras pode resultar que algumas passagens se imponham ao pregador como um mandato. Supõe-se que o pastor consulta sua Bíblia em outras ocasiões além daquelas quando do preparo da pregação”.
O pastor também sabe, como escreveu D. Bonhöeffer, que “ou a comunidade cristã vive da intercessão mútua de seus membros, ou ela morre”. Por isso, Paulo insistia: “Orai sem cessar” (1 Ts 5:17). A negligência em relação à oração permanece como um dos principais problemas da igreja contemporânea e, consequentemente, do ministério em geral. É preciso recuperar a noção da importância da oração e da alegria que seu exercício traz. O mesmo Bonhöeffer dizia: “É prova de amor de Deus para conosco que não apenas nos dá a sua Palavra, mas também nos empresta o seu ouvido”.
Enfim, o pastor sabe, como exortou Martinho Lutero, que “diante de Deus, cada um é forçado a abater sua plumagem”. Por isso, Pedro desafiou: “humilhai-vos sob a potente mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte” (1 Pe 5:6). O ministério é um constante desafio de humildade e dependência de Deus. Repare na importância do Conselho de Spurgeon a seus discípulos: "Preparem-se, meus jovens amigos, para se tornarem cada vez mais fracos; preparem-se para mergulhar a níveis cada vez mais baixos de auto-estima; preparem-se para a auto-aniquilação; e orem para que Deus apresse este processo".
O candidato ao ministério pastoral deve almejar excelência na vida devocional. Não deverá evidenciá-la ou demonstrá-la sob nenhuma hipótese, mas simplesmente buscá-la, considerando-se, sempre, para todos os efeitos, como alguém que está a caminho.
2. Que se procure excelência no amor ao próximo e no cuidado com as pessoas
A excelência do pastor passa por sua capacidade de identificação com as pessoas em suas reais necessidades e, igualmente, pelo desejo de atendê-las como quem serve ao próprio Jesus. O pastor excelente é acessível e disposto, sempre pronto para ouvir e perseverante em seu propósito de ajudar; é zeloso pela obra missionária e na evangelização.
O pastor sabe, como lemos no famoso livro “O Monge e o Executivo” – de James Hunter, que “a chave para a liderança é executar as tarefas enquanto se constroem os relacionamentos”; e que “ouvir é uma das habilidades mais importantes que um líder pode escolher para desenvolver”. Por isso, Jesus ensinou: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, fazei também a eles, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7:12). Paulo, por sua vez, lembrou: “acima de tudo, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição” (Cl 3:14). Tiago, finalmente: “Todo homem seja pronto para ouvir...” (1:19).
O pastor já descobriu que pessoas, e não coisas, são o alvo principal de seu ministério. Sabe, como defendeu Martin Luther King Jr., que “quem não vive para servir, não serve para viver”; e que o verdadeiro serviço cristão glorifica a Deus e alcança o coração dos homens. Conhece o desafio de Jesus: “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus” (Mt 5:16). Por isso, deseja ser um missionário em todas as suas ações. Concorda com Spurgeon, quando diz: "todo cristão ou é um missionário ou é um impostor”. E com Karl Barth, quando adverte: “Deus quer que seu evangelho seja pregado. Vamos obedecer a este mandamento, vamos para onde ele nos chama. O sucesso não é da nossa conta”. Lembrando Jesus: “Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16:15).

O candidato ao ministério pastoral deve, portanto, buscar excelência no relacionamento com o rebanho de Cristo. Deve amar e cuidar acima de seu desejo de sucesso e conquistas pessoais. Se não ama o cuidado e o serviço, que não aspire ao ministério.
3. Que se assuma o desafio do aprendizado permanente
O pastor excelente jamais se considera um sábio. Nunca deixa de estudar e nunca esquece que os outros têm algo com que contribuir. Não é “dono da verdade” e não teme as opiniões contrárias ao seu ponto de vista. Julga, como ensinou o apóstolo Paulo, todas as coisas, retendo o que é bom (1 Ts 5:21).
Sabe, como escreveu Fernando de Rojas, que “coisa miserável é pensar ser mestre aquele que nunca foi discípulo”. Já precebeu, como bem exortou Spurgeon, que “a convicção de ignorância é a porta de entrada do templo da sabedoria”. Admite que seu tema e razão são incompreensíveis, podendo ser contemplados apenas como por espelho, até que vejamos face a face (1 Co 13). Como antecipou-nos Jesus: “A vida eterna é esta: que te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17:3). Para fazer coro, mais uma vez, com Paulo: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Rm 11:33-36).
O candidato ao ministério pastoral deve amar os livros – sobretudo a Bíblia. Deve amar os estudos, as conversas que edificam, as novas descobertas das manifestações do amor, da graça e da grandeza de Deus. Não deve ser preguiçoso; nem de início, nem jamais. Deve crescer sempre, para atingir a estatura de Cristo. Eis a excelência do pastor.
O pastor, portanto, para ser excelente em Cristo e no seu Espírito, e não em seus próprios recursos ou condições, deve buscar excelência na vida devocional, no amor ao próximo e no crescimento contínuo de seu ministério. Amadurecimento é uma palavra-chave.
Que assim seja. O processo está aberto e o caminho pela frente. Quanto ao mais, Deus cuidará de tudo. Jesus Cristo é o Senhor das nossas vidas. A Ele a glória eternamente.
Marcelo Gomes - Publicado em 02.05.2007 - Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.institutojetro.com e comunicada sua utilização através do e-mail artigos@institutojetro.com


QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR
1Tm 3.1,2 “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.”

Se algum homem deseja ser “bispo” (gr. episkopos, i.e., aquele que tem sobre si a responsabilidade pastoral, o pastor), deseja um encargo nobre e importante (3.1). É necessário, porém, que essa aspiração seja confirmada pela Palavra de Deus (3.1-10; 4.12) e pela igreja (3.10), porque Deus estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos. Quem se disser chamado por Deus para o trabalho pastoral deve ser aprovado pela igreja segundo os padrões bíblicos de 3.1-13; 4.12; Tt 1.5-9 (ver o estudo DONS MINISTERIAIS PARA A IGREJA). Isso significa que a igreja não deve aceitar pessoa alguma para a obra ministerial tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem visão ou chamada. A igreja da atualidade não tem o direito de reduzir esses preceitos que Deus estabeleceu mediante o Espírito Santo. Eles estão plenamente em vigor e devem ser observados por amor ao nome de Deus, ao seu reino e da honra e credibilidade da elevada posição de ministro.
(1) Os padrões bíblicos do pastor, como vemos aqui, são principalmente morais e espirituais. O caráter íntegro de quem aspira ser pastor de uma igreja é mais importante do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos. O enfoque das qualificações ministerais concentra-se no comportamento daquele que persevera na sabedoria divina, nas decisões acertadas e na santidade devida. Os que aspiram ao pastorado sejam primeiro provados quanto à sua trajetória espiritual (cf. 3.10). Partindo daí, o Espírito Santo estabelece o elevado padrão para o candidato, i.e., que ele precisa ser um crente que se tenha mantido firme e fiel a Jesus Cristo e aos seus princípios de retidão, e que por isso pode servir como exemplo de fidelidade, veracidade, honestidade e pureza. Noutras palavras, seu caráter deve demonstrar o ensino de Cristo em Mt 25.21 de que ser “fiel sobre o pouco” conduz à posição de governar “sobre o muito”.
(2) O líder cristão deve ser, antes de mais nada, “exemplo dos fiéis” (4.12; cf. 1Pe 5.3). Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas perante a congregação como dignas de imitação.
(a) Os dirigentes devem manifestar o mais digno exemplo de perseverança na piedade, fidelidade, pureza em face à tentação, lealdade e amor a Cristo e ao evangelho (4.12,15).
(b) O povo de Deus deve aprender a ética cristã e a verdadeira piedade, não somente pela Palavra de Deus, mas também pelo exemplo dos pastores que vivem conforme os padrões bíblicos. O pastor deve ser alguém cuja fidelidade a Cristo pode ser tomada como padrão ou exemplo (cf. 1Co 11.1; Fp 3.17; 1Ts 1.6; 2Ts 3.7,9; 2Tm 1.13).
(3) O Espírito Santo acentua grandemente a liderança do crente no lar, no casamento e na família (3.2,4,5; Tt 1.6). Isto é: o obreiro deve ser um exemplo para a família de Deus, especialmente na sua fidelidade à esposa e aos filhos. Se aqui ele falhar, como “terá cuidado da igreja de Deus?” (3.5). Ele deve ser “marido de uma [só] mulher” (3.2). Esta expressão denota que o candidato ao ministério pastoral deve ser um crente que foi sempre fiel à sua esposa. A tradução literal do grego em 3.2 (mias gunaikos, um genitivo atributivo) é “homem de uma única mulher”, i.e., um marido sempre fiel à sua esposa.
(4) Conseqüentemente, quem na igreja comete graves pecados morais, desqualifica-se para o exercício pastoral e para qualquer posição de liderança na igreja local (cf. 3.8-12). Tais pessoas podem ser plenamente perdoadas pela graça de Deus, mas perderam a condição de servir como exemplo de perseverança inabalável na fé, no amor e na pureza (4.11-16; Tt 1.9). Já no AT, Deus expressamente requereu que os dirigentes do seu povo fossem homens de elevados padrões morais e espirituais. Se falhassem, seriam substituídos (ver Gn 49.4 nota; Lv 10.2 nota; 21.7,17 notas; Nm 20.12 nota; 1Sm 2.23 nota; Jr 23.14 nota; 29.23 nota).
(5) A Palavra de Deus declara a respeito do crente que venha a adulterar que “o seu opróbrio nunca se apagará” (Pv 6.32,33). Isto é, sua vergonha não desaparecerá. Isso não significa que nem Deus nem a igreja perdoará tal pessoa. Deus realmente perdoa qualquer pecado enumerado em 3.1-13, se houver tristeza segundo Deus e arrependimento por parte da pessoa que cometeu tal pecado. O que o Espírito Santo está declarando, porém, é que há certos pecados que são tão graves que a vergonha e a ignomínia (i.e., o opróbrio) daquele pecado permanecerão com o indivíduo mesmo depois do perdão (cf. 2Sm 12.9-14).
(6) Mas o que dizer do rei Davi? Sua continuação como rei de Israel, a despeito do seu pecado de adultério e de homicídio (2Sm 11.1-21; 12.9-15) é vista por alguns como uma justificativa bíblica para a pessoa continuar à frente da igreja de Deus, mesmo tendo violado os padrões já mencionados. Essa comparação, no entanto, é falha por vários motivos.
(a) O cargo de rei de Israel do AT, e o cargo de ministro espiritual da igreja de Jesus Cristo, segundo o NT, são duas coisas inteiramente diferentes. Deus não somente permitiu a Davi, mas, também a muitos outros reis que foram extremamente ímpios e perversos, permanecerem como reis da nação de Israel. A liderança espiritual da igreja do NT, sendo esta comprada com o sangue de Jesus Cristo, requer padrões espirituais muito mais altos.
(b) Segundo a revelação divina no NT e os padrões do ministério ali exigidos, Davi não teria as qualificações para o cargo de pastor de uma igreja do NT. Ele teve diversas esposas, praticou infidelidade conjugal, falhou grandemente no governo do seu próprio lar, tornou-se homicida e derramou muito sangue (1Cr 22.8; 28.3). Observe-se também que por ter Davi, devido ao seu pecado, dado lugar a que os inimigos de Deus blasfemassem, ele sofreu castigo divino pelo resto da sua vida (2Sm 12.9-14).
(7) As igrejas atuais não devem, pois, desprezar as qualificações justas exigidas por Deus para seus pastores e demais obreiros, conforme está escrito na revelação divina. É dever de toda igreja orar por seus pastores, assisti-los e sustentá-los na sua missão de servirem como “exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” (4.12).


INTERAÇÃO
Professor, em Mateus 28.18,19 (ARA), Jesus ordena aos onze: "Ide e fazei discípulos de todas as nações". Seu objetivo é claro: façam discípulos. Jesus não desejava que eles apenas pregassem as Boas Novas, mas que formassem servos semelhantes a eles, que pudessem dar prosseguimento àquela missão, ou seja, discípulo formando discípulo. Fazer discípulo demanda tempo, esforço, dedicação, acompanhamento, aconselhamento, paciência, sabedoria e amor. Essa tarefa não é nada fácil, mas extremamente recompensadora. Portanto, seja fiel até o fim à missão que o Senhor lhe concedeu.

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Identificar as características de Baruque.
Analisar o relacionamento de Baruque com Jeremias.
Priorizar o Reino de Deus e a sua glória em vez de o sucesso pessoal.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para introduzir o último tópico da lição, escreva no quadro-de-giz o seguinte: sucesso ministerial x excelência ministerial. Depois, pergunte aos alunos qual a diferença entre essas duas expressões. Anote as respostas no quadro enquanto são mencionadas. Em seguida, leve-os a compará-las.
É importante ressaltar que nesta atividade não existe reposta certa e errada, uma vez que, logo depois, você estará embasando o assunto na Bíblia.



RESUMO DA LIÇÃO 11 - A EXCELÊNCIA DO MINISTÉRIO
Que perspectiva haveria para Baruque? Para quem sonhava com o sucesso,
seria obrigado a conviver com um aparente fracasso.
I. QUEM ERA BARUQUE
1. Pertencia à nobreza de Judá.
2. Era um jovem culto e bem educado.
II. A CORAGEM E O ZELO DE BARUQUE
1. Cuidava dos negócios particulares de Jeremias.
2. Registrava fielmente as palavras de Jeremias.
3. Lia as palavras de Jeremias.
III. A EXPECTATIVA DE BARUQUE É FRUSTRADA
1. A frustração de Baruque.
2. A destruição de Jerusalém.
3. O tratamento recebido por Jeremias.
4. As acusações contra Baruque.
IV. SUCESSO OU EXCELÊNCIA?
1. A efemeridade do sucesso.
2. A glória da excelência.
CONCLUSÃO
Jeremias, agora, exorta ao seu secretário a deixar os sonhos de grandeza, a fim de se
dedicar à excelência da obra de Deus.
A grandeza pertence única e exclusivamente a Deus. É dEle que nos vêm a excelência!

SINOPSE DO TÓPICO (1)
Baruque era um jovem culto, nobre, inteligente e hábil na arte de escrever, que trabalhava como secretário particular do profeta Jeremias.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Baruque cuidava dos negócios de Jeremias, registrava e lia as palavras dele com coragem e zelo.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Baruque sofreu grande frustração em seu ministério e vida pessoal, porquanto esperava sucesso, reconhecimento e prestígio de Jeremias e do povo.
SINOPSE DO TÓPICO (4)
Aqueles que militam na obra de Deus devem buscar a excelência da obra e a glória de Deus, e não, o sucesso ministerial.
REFLEXÃO
"Estamos freqüentemente dispostos a observar determinados costumes simplesmente por causa da tradição. No entanto, devemos obedecer à Palavra de Deus, porque ela é eterna. "
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
"Carregar a cruz tem o modo maravilhoso de tirar o nosso foco dos interesses temporais para fixá-lo nos assuntos eternos. Como já comentei, a nossa visão é míope e tomamos decisões baseadas nessa imprevidência. Deus quer que nos concentremos em ideais maiores do que os existentes nesta vida. Amamos muito este mundo, e não reconhecemos que somos peregrinos e estrangeiros aqui. A nossa casa verdadeira e eterna está em outro lugar. É por isso que Paulo disse: 'Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens' (1 Co 15.19).
Em muitos aspectos, é o que está englobado na soberba da vida. Ficamos tão arrogantemente presos ao que estamos fazendo, ao que nos empolga e nos interessa que perdemos de vista que é superior e muito maior. Não podemos amar o mundo e Deus ao mesmo tempo (Tg 4.4; 1 Jo 2.15). Os sistemas e poderes corruptos e pecaminosos deste globo giratório estão se acabando. Não obstante, como cristãos que possuem as verdades eternas, nós pateticamente corremos atrás do mundo e seus ideais. Anelamos e ansiamos ter mais riqueza, maior poder e crescentes privilégios, e assim menosprezamos a cruz" (KULIGIN, Victor. Dez coisas que eu gostaria que Jesus nunca tivesse dito. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp.99).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
A glória dos homens - "Outro conceito associado à glória é a idéia de aprovação ou louvor. Paulo lembra aos tessalonicenses que, quando ele ministrou entre eles não buscava a 'glória dos homens' (1 Ts 2.6), ou seja, o louvor ou aprovação das pessoas. A única aprovação e louvor que importa para Paulo é o de Deus (1 Co 4.5). Por sua vez, dar glória a Deus diferencia a pessoa que tem comunhão com Ele das que não a têm. Paulo, ao descrever os que rejeitam a verdade a respeito de Deus, diz: 'Não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças' (Rm 1.21). Em contraste com isso, temos um indivíduo de fé como a de Abraão que dá 'glória a Deus' (4.20). Assim, as pessoas dão glória a Deus por meio do que falam e fazem, isto é, ao expressar louvor e dar graças a Ele e ao representá-lo, refletindo o caráter do Senhor e fazendo a vontade dEle" (ZUCK, Roy B (ed). Teologia do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.279).

Subsídio Devocional
Ambição - "Baruque fazia parte de uma família de gente bem-sucedida. Seu avô fora governador de Jerusalém, na época de Josias (2 Cr 34.8), e seu irmão, funcionário graduado do tribunal de Zedequias (Jr 51.59). Sua expectativa era de vir a ocupar algum cargo elevado, mas, para sua frustração, não passou de secretário do homem mais odiado em Judá! Deus disse a Baruque o que fala ainda hoje a cada um de nós. Seja o melhor que puder, mas não espere mais do que você é. A ambição egoísta foi inadequada quando a nação enfrentou o julgamento divino, e em outras ocasiões" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 475).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
KULIGIN, Victor. Dez coisas que eu gostaria que Jesus nunca tivesse dito. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
ZUCK, Roy B (ed). Teologia do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. SAIBA MAIS - Revista Ensinador Cristão - CPAD, Nº 42, P.41.


QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 11 - A EXCELÊNCIA DO MINISTÉRIO - (DIA DO PASTOR)
RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 2º TRIMESTRE DE 2010
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas corretas e com "F" as falsas.

TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"SENHOR, o meu ________________________ não se elevou, nem os meus olhos se levantaram; não me exercito em ______________________ assuntos, nem em coisas muito _________________________ para mim" (Sl 131.1).

VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
Que a nossa única ___________________________ seja buscar a _____________________ de Deus para a Sua glória, porque Ele é o ______________________ da glória!

INTRODUÇÃO
3- Que perspectiva haveria para Baruque? Para quem sonhava com o sucesso, seria obrigado a conviver com o que?
( ) Um completo fiasco.
( ) Um aparente sucesso.
( ) Um aparente fracasso.

I. QUEM ERA BARUQUE
4- Quem era Baruque?
( ) Pertencia à nobreza de Judá.
( ) Era um jovem culto e bem educado.
( ) Cuidava dos negócios particulares de Jeremias.
( ) Era casado com a irmã de Jeremias.
( ) Registrava fielmente as palavras de Jeremias.
( ) Lia as palavras de Jeremias.

5- Pertencia Baruque à nobreza de Judá?
( ) Era ele filho de Nerias, irmão de Seraías, camareiro-mor do rei Zedequias (Jr 51.59).
( ) Provinha certamente de uma família que o havia educado para ser, em todas as coisas, uma bênção nas mãos de Deus.
( ) Baruque, em hebraico, significa "abençoado".
( ) Seu pai era governador.

6- Baruque era um jovem culto e bem educado?
( ) Apesar de saber ler e escrever não tinha sabedoria para escrever poemas e versos.
( ) Baruque tanto sabia escrever com perfeição como ler perfeitamente em público.
( ) Era um arauto perfeito.
( ) Era um jovem graduado que colocara toda a sua formação acadêmica a serviço de Deus.

II. A CORAGEM E O ZELO DE BARUQUE
7- O jovem Baruque era conhecido por seu zelo e coragem. De que maneira exerceu o seu ministério?



III. A EXPECTATIVA DE BARUQUE É FRUSTRADA
8- À semelhança dos outros jovens, tinha Baruque suas expectativas. Conforme podemos depreender do texto bíblico, o que esperava ele?
( ) Esperava ele um sucesso contínuo na vida ministerial. Afinal, estava a secretariar um dos mais queridos profetas de Israel.
( ) Esperava ele um sucesso imediato na vida ministerial. Afinal, estava a secretariar um dos mais influentes profetas de Israel.
( ) Esperava ele um sucesso futuro na vida ministerial. Afinal, estava a secretariar um dos mais sofredores profetas de Israel.

9- Quais as lições que Baruque precisava aprender e com urgência?



IV. SUCESSO OU EXCELÊNCIA?
10- Por que há tantos obreiros frustrados?
( ) Porque estão atrás apenas do sucesso espiritual. Isso é uma honra para o homem de Deus!
( ) Porque estão atrás apenas do sucesso ministerial. Isso é uma tragédia para o homem de Deus!
( ) Porque estão atrás apenas do sucesso material. Isso é uma dádiva para o homem de Deus!

11- O que há de bom e de mal na efemeridade do sucesso?
( ) O sucesso faz o nome do obreiro, todavia não o torna conhecido diante de Deus.
( ) Dá-lhe riquezas, porém, não lhe proporciona prosperidade espiritual.
( ) Enche-lhe o templo, mas, não raro, de crentes vazios.
( ) Edifica e consola os crentes e lhes dá esperança na vida eterna.
( ) Confere-lhe prestígio, entretanto, não lhe aumenta a reputação diante daquEle que tudo vê e tudo conhece.
( ) Abre-lhe as portas aos poderosos, não obstante, fecha-lhe as do Todo-Poderoso.
( ) O sucesso faz a igreja de Laodicéia, mas somente a excelência pode conferir a beleza de Filadélfia e a perseverança de Esmirna.
( ) O sucesso ministerial sem a excelência do Cristo de Deus nada é.

12- O que devemos perseguir até que nos venha buscar o Senhor?
( ) A prosperidade financeira.
( ) A excelência!
( ) Se com ela semeamos com lágrimas, com ela ceifaremos com alegria.
( ) Se com ela sofremos, com ela jubilaremos na presença do Rei.

13- Complete:
Quando fomos chamados ao _________________________, o Senhor não nos disse que teríamos _________________________; através de seu apóstolo, assegurou-nos que ____________________________ coisa estávamos nós almejando (1 Tm 3.1-3).

14- Por que Paulo jamais se sentiu frustrado?
( ) Ele perseguia o sucesso ministerial no serviço do Senhor, e não a excelência (Rm 11.13).
( ) Ele perseguia a ciência ministerial no serviço do Senhor, e não o poder (Rm 11.13).
( ) Ele perseguia a excelência ministerial no serviço do Senhor, e não o sucesso (Rm 11.13).

15- Quem, dentre a equipe de Paulo, buscava sucesso e pelo que foi atraído?
( ) Estéfanas que, no momento mais difícil de Paulo, abandona-o por sentir-se atraído pelo presente século (2 Tm 4.10).
( ) Cláudio que, no momento mais difícil de Paulo, abandona-o por sentir-se atraído pelo presente século (2 Tm 4.10).
( ) Demas que, no momento mais difícil de Paulo, abandona-o por sentir-se atraído pelo presente século (2 Tm 4.10).

CONCLUSÃO
16- Complete:
Jeremias, agora, exorta ao seu _______________________ a deixar os sonhos de ______________________, a fim de se dedicar à __________________________ da obra de Deus. Já não tinha o jovem à alma como despojo ou patrimônio? O que mais buscava? O que você tem almejado, _________________________ de Deus? O sucesso ou a excelência ministerial no trabalho do Senhor? É hora de reavaliarmos nossas prioridades. A grandeza pertence __________________________________ e exclusivamente a Deus. É dEle que nos vêm a excelência!


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AJUDA
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VIDEOS DA LICAO 11, A EXCELENCIA DO MINISTERIO

03 junho 2010

ESTUDOS DA LICAO 10 - O VALOR DA TEMPERANCA

LIÇÃO 10 - O VALOR DA TEMPERANÇA
Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 2º Trimestre de 2010
Jeremias - Esperança em tempos de crise
Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev.. Luiz Henrique de Almeida Silva


TEXTO ÁUREO
"E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do ESPÍRITO" (Ef 5.18).

VERDADE PRÁTICA
A Igreja de CRISTO sempre primou pela temperança. A vida de seus membros tem de ser um eloqüente protesto contra as inconseqüências e vícios.

LEITURA DIÁRIA
Segunda Dn 1.5-9; 6.4 Como deve o servo de DEUS andar
Terça Gn 9.20-22 O vício traz a vergonha
Quarta Gn 19.31-38 O vício leva à devassidão
Quinta Pv 31.4,5 O vício não convém aos nobres
Sexta Dn 5.23 O vício leva a blasfêmia
Sábado Rm 14.21 O vício leva ao escândalo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jeremias 35.1-5, 8,18,19
1 Palavra que do SENHOR veio a Jeremias, nos dias de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, dizendo: 2 Vai à casa dos recabitas, e fala com eles, e leva-os à Casa do SENHOR, a uma das câmaras, e dá-lhes vinho a beber. 3 Então, tomei a Jazanias, filho de Jeremias, filho de Habazinias, e a seus irmãos, e a todos os seus filhos, e a toda a casa dos recabitas; 4 e os levei à Casa do SENHOR, à câmara dos filhos de Hanã, filho de Jigdalias, homem de DEUS, que está junto à câmara dos príncipes, que está sobre a câmara de Maaséias, filho de Salum, guarda do vestíbulo; 5 e pus diante dos filhos da casa dos recabitas taças cheias de vinho e copos e disse-lhes: Bebei vinho.

8 Obedecemos, pois, à voz de Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, em tudo quanto nos ordenou; de maneira que não bebemos vinho em todos os nossos dias, nem nós, nem nossas mulheres, nem nossos filhos, nem nossas filhas;

18 E à casa dos recabitas disse Jeremias: Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o DEUS de Israel: Visto que obedecestes ao mandamento de Jonadabe, vosso pai, e guardastes todos os seus mandamentos, e fizestes conforme tudo quanto vos ordenou, 19 assim diz o SENHOR dos Exércitos, DEUS de Israel: Nunca faltará varão a Jonadabe, filho de Recabe, que assista perante a minha face todos os dias.

COMENTÁRIO
35.2 RECABITAS. Este povo fazia parte de uma tribo nômade aparentada com os queneus e com Jetro, sogro de Moisés (cf. Jz 1.16; 1 Cr 2.55). Seu ancestral, Jonadabe (cf. 2 Rs 10.15-27), ordenara a seus filhos, mais de duzentos anos antes, que não bebessem nenhum tipo de vinho, não habitassem em casas permanentes e não cultivassem a terra. Pelo contrário, deviam viver como nômades, criando gado. DEUS mandou Jeremias provar os recabitas a fim de pôr em destaque sua fidelidade ao seu ancestral (Jonadabe), para assim contrastar com a infidelidade da nação de Judá ao seu DEUS.
35.6-11 NÃO BEBEREMOS VINHO. Os recabitas permaneceram fiéis às suas convicções, e não desobedeceram aos princípios estabelecidos por seu antepassado.
(1) Jonadabe tinha prescrito essas regras para que seus descendentes tivessem uma vida simples, e permanecessem separados dos cananeus, e evitassem a conformação com os israelitas por sua constante apostasia. A abstinência do vinho ajudava-os a evitar a imoralidade e a idolatria do culto de Baal, que geralmente envolvia embriaguês e orgia.
(2) Algumas das regras dos recabitas não se aplicam aos crentes de hoje, mas o seu propósito de viverem separados do mal deve ser o alvo dos verdadeiros seguidores de CRISTO. Todos os pais crentes devem, da mesma maneira que Jonadabe, ensinar aos filhos os princípios santos que os ajudarão a permanecer fiéis a DEUS e à sua Palavra.
35.19 NUNCA FALTARÁ VARÃO... QUE ASSISTA PERANTE A MINHA FACE TODOS OS DIAS. A fidelidade dos recabitas seria recompensada. Sempre teriam descendentes que servissem ao Senhor. Todos os crentes que conhecem os ensinos divinos e os praticam fielmente para honrarem ao Senhor, à igreja e aos pais receberão a bênção e a recompensa de DEUS.

Palavra Chave: Fidelidade - Constância e firmeza em observar os princípios bíblicos.
s. f.
1. Qualidade de fiel.
2. Fé, lealdade.
3. Verdade, veracidade.
4. Exactidão!
FIEL
(latim fidelis, -e)
1. Que guarda fidelidade. = leal
2. Constante.
3. Verídico, exacto!exato.
4. Seguro.
5. Probo, honrado.
6. Que não falha.
7. Que tem ou teve a fé religiosa.

REFLEXÃO
"À semelhança dos recabitas, primemos pela excelência das virtudes cristãs. Caso contrário: seremos tidos como profanos quando da volta do Senhor JESUS." Claudionor de Andrade

"E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do ESPÍRITO" (Ef 5.18).
Embriagar - Embebedar, inebriar, extasiar, perder o controle do corpo, da alma e do espírito sob efeito de drogas ou domínio exterior.
Embriagam-se os homens com o poder, a política, a riqueza, o sexo, as drogas (crack, maconha, cocaína, etc...) e muitas coisas mais, pois, não conhecem aquele que liberta e dá a verdadeira paz, JESUS CRISTO.
Só há uma solução para a embriaguez, esvaziar-se do mundo e encher-se do ESPÍRITO SANTO, orando em todo o tempo, jejuando, estudando a bíblia e evangelizando. Para se viver debaixo do domínio de DEUS deve-se ficar livre do julgo do mundo. JESUS CRISTO liberta, cura, salva e leva para o céu.
A temperança é produzida pelo fruto do ESPÍRITO SANTO implantado em nós quando de nossa conversão. Quanto mais permitimos a intimidade com o ESPÍRITO SANTO, mais temos em nós as manifestações da possessão de DEUS, as características do fruto do ESPÍRITO, dentre elas, a temperança.

O VINHO NOS TEMPOS DO ANTIGO TESTAMENTO
Nm 6.3 “de vinho e de bebida forte se apartará; vinagre de vinho ou vinagre de bebida forte não beberá; nem beberá alguma beberagem de uvas; nem uvas frescas nem secas comerá.”

PALAVRAS HEBRAICAS PARA “VINHO”. De um modo geral, há duas palavras hebraicas traduzidas por “vinho” na Bíblia.
(1) A primeira palavra, a mais comum, é yayin, um termo genérico usado 141 vezes no AT para indicar vários tipos de vinho fermentado ou não-fermentado (ver Ne 5.18, que fala de “todo o vinho [yayin]” = todos os tipos). (a) Por um lado, yayin aplica-se a todos os tipos de suco de uva fermentado (Gn 9.20,21; 19.32-33; 1Sm 25.36,37; Pv 23.30,31). Os resultados trágicos de tomar vinho fermentado aparecem em vários trechos do AT, notadamente Pv 23.29-35 (ver a próxima seção). (b) Por outro lado, yayin também se usa com referência ao suco doce, não-fermentado, da uva. Pode referir-se ao suco fresco da uva espremida. Isaías profetiza: “já o pisador não pisará as uvas [yayin] nos lagares” (Is 16.10); semelhantemente, Jeremias diz: “fiz que o vinho [yayin] acabasse nos lagares; já não pisarão uvas com júbilo” (Jr 48.33). Jeremias até chama de yayin o suco ainda dentro da uva (Jr 40.10, 12). Outra evidência que yayin, às vezes, refere-se ao suco não-fermentado da uva temos em Lamentações, onde o autor descreve os nenês de colo clamando às mães, pedindo seu alimento normal de “trigo e vinho” (Lm 2.12). O fato do suco de uva não-fermentado poder ser chamado “vinho” tem o respaldo de vários eruditos. A Enciclopédia Judaica (1901) declara: “O vinho fresco antes da fermentação era chamado yayin-mi-gat [vinho de tonel] (Sanh, 70a)”. Além disso, a Enciclopédia Judaica (1971) declara que o termo yayin era usado para designar o suco de uva em diferentes etapas, inclusive “o vinho recém-espremido antes da fermentação.” O Talmude Babilônico atribui ao rabino Hiyya uma declaração a respeito de “vinho [yayin] do lagar” (Baba Bathra, 97a). E em Halakot Gedalot consta: “Pode-se espremer um cacho de uvas, posto que o suco da uva é considerado vinho [yayin] em conexão com as leis do nazireado” (citado por Louis Ginzberg no Almanaque Judaico Americano, 1923). Para um exame de oinos, o termo equivalente no grego do NT, à palavra hebraica yayin.
(2) A outra palavra hebraica traduzida por “vinho” é tirosh, que significa “vinho novo” ou “vinho da vindima”. Tirosh ocorre 38 vezes no AT; nunca se refere à bebida fermentada, mas sempre ao produto não-fermentado da videira, tal como o suco ainda no cacho de uvas (Is 65.8), ou o suco doce de uvas recém-colhidas (Dt 11.14; Pv 3.10; Jl 2.24). Brown, Driver, Briggs (Léxico Hebraico-Inglês do Velho Testamento) declaram que tirosh significa “mosto, vinho fresco ou novo”. A Enciclopédia Judaica (1901) diz que tirosh inclui todos os tipos de sucos doces e mosto, mas não vinho fermentado”. Tirosh tem “bênção nele” (Is 65.8); o vinho fermentado, no entanto, “é escarnecedor” (Pv 20.1) e causa embriaguez (ver Pv 23.31).
(3) Além dessas duas palavras para “vinho”, há outra palavra hebraica que ocorre 23 vezes no AT, e freqüentemente no mesmo contexto — shekar, geralmente traduzida por “bebida forte” (e.g., 1Sm 1.15; Nm 6.3). Certos estudiosos dizem que shekar, mais comumente, refere-se a bebida fermentada, talvez feita de suco de fruto de palmeira, de romã, de maçã, ou de tâmara. A Enciclopédia Judaica (1901) sugere que quando yayin se distingue de shekar, aquele era um tipo de bebida fermentada diluída em água, ao passo que esta não era diluída. Ocasionalmente, shekar pode referir-se a um suco doce, não-fermentado, que satisfaz (Robert P. Teachout: “O Uso de Vinho no Velho Testamento”, dissertação de doutorado em Teologia, Seminário Teológico Dallas, 1979). Shekar relaciona-se com shakar, um verbo hebraico que pode significar “beber à vontade”, além de “embriagar”. Na maioria dos casos, saiba-se que quando yayin e shekar aparecem juntos, formam uma única figura de linguagem que se refere às bebidas embriagantes.

A POSIÇÃO DO ANTIGO TESTAMENTO SOBRE O VINHO FERMENTADO. Em vários lugares o AT condena o uso de yayin e shekar como bebidas fermentadas.
(1) A Bíblia descreve os maus efeitos do vinho embriagante na história de Noé (Gn 9.20-27). Ele plantou uma vinha, fez a vindima, fez vinho embrigante de uva e bebeu. Isso o levou à embriaguez, à imodéstia, à indiscrição e à tragédia familiar em forma de uma maldição imposta sobre Canaã. Nos tempos de Abraão, o vinho embriagante contribuiu para o incesto que resultou em gravidez nas filhas de Ló (Gn 19.31-38).
(2) Devido ao potencial das bebidas alcoólicas para corromper, DEUS ordenou que todos os sacerdotes de Israel se abstivessem de vinho e doutras bebidas fermentadas, durante sua vida ministerial. DEUS considerava a violação desse mandamento suficientemente grave para motivar a pena de morte para o sacerdote que a cometesse (Lv 10.9-11).
(3) DEUS também revelou a sua vontade a respeito do vinho e das bebidas fermentadas ao fazer da abstinência uma exigência para todos que fizessem voto de nazireado (ver a próxima seção).
(4) Salomão, na sabedoria que DEUS lhe deu, escreveu: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio” (Pv 20.1). As bebidas alcoólicas podem levar o usuário a zombar do padrão de justiça estabelecido por DEUS e a perder o autocontrole no tocante ao pecado e à imoralidade.
(5) Finalmente, a Bíblia declara de modo inequívoco que para evitar ais e pesares e, em lugar disso, fazer a vontade de DEUS, os justos não devem admirar, nem desejar qualquer vinho fermentado que possa embriagar e viciar (ver Pv 23.29-35).
OS NAZIREUS E O VINHO. O elevado nível de vida separada e dedicada a DEUS, dos nazireus, devia servir como exemplo a todo israelita que quisesse assim fazer (ver Nm 6.2). DEUS deu aos nazireus instruções claras a respeito do uso do vinho.
(1) Eles deviam abster-se “de vinho e de bebida forte” (6.3; ver Dt 14.26); nem sequer lhes era permitido comer ou beber qualquer produto feito de uvas, quer em forma líquida, quer em forma sólida. O mais provável é que DEUS tenha dado esse mandamento como salvaguarda ante a tentação de tomar bebidas inebriantes e ante a possibilidade de um nazireu beber vinho alcoólico por engano (6.3-4). DEUS não queria que uma pessoa totalmente dedicada a Ele se deparasse com a possibilidade de embriaguez ou de viciar-se (cf. Lv 10.8-11; Pv 31.4,5). Daí, o padrão mais alto posto diante do povo de DEUS, no tocante às bebidas alcoólicas, era a abstinência total (6.3-4).
(2) Beber álcool leva, freqüentemente, a vários outros pecados (tais como a imoralidade sexual ou a criminalidade). Os nazireus não deviam comer nem beber nada que tivesse origem na videira, a fim de ensinar-lhes que deviam evitar o pecado e tudo que se assemelhasse ao pecado, que leva a ele, ou que tenta a pessoa a cometê-lo.
(3) O padrão divino para os narizeus, da total abstinência de vinho e de bebidas fermentadas, era rejeitado por muitos em Israel nos tempos de Amós. Esse profeta declarou que os ímpios “aos nazireus destes vinho a beber” (ver Am 2.12). O profeta Isaías declara por sua vez: “o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são absorvidos do vinho, desencaminham-se por causa da bebida forte, andam errados na visão e tropeçam no juízo. Porque todas as suas mesas estão cheias de vômitos e de imundícia; não há nenhum lugar limpo” (Is 28.7,8). Assim ocorreu, porque esses dirigentes recusaram o padrão da total abstinência estabelecido por DEUS (ver Pv 31.4,5).
(4) A marca essencial do nazireado — i.e., sua total consagração a DEUS e aos seus padrões mais elevados — é um dever do crente em CRISTO (cf. Rm 12.1; 2Co 6.17; 7.1). A abstinência de tudo quanto possa levar a pessoa ao pecado, estimular o desejo por coisas prejudiciais, abrir caminho à dependência de drogas ou do álcool, ou levar um irmão ou irmã a tropeçar, é tão necessário para o crente hoje quanto o era para o nazireu dos tempos do AT (ver 1Ts 5.6; Tt 2.2).

O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO (1)
Lc 7.33,34 “Porque veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Tem demônio. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e dos pecadores.”
VINHO: FERMENTADO OU NÃO FERMENTADO? Segue-se um exame da palavra bíblica mais comumente usada para vinho. A palavra grega para “vinho”, em Lc 7.33, é oinos. Oinos pode referir-se a dois tipos bem diferentes de suco de uva:
(1) suco não fermentado, e
(2) vinho fermentado ou embriagante. Esta definição apóia-se nos dados abaixo.
(1) A palavra grega oinos era usada pelos autores seculares e religiosos, antes da era cristã e nos tempos da igreja primitiva, em referência ao suco fresco da uva (ver Aristóteles, Metereologica, 387.b.9-13). (a) Anacreontes (c. de 500 a.C.) escreve: “Esprema a uva, deixe sair o vinho [oinos]” (Ode 5). (b) Nicandro (século II a.C.) escreve a respeito de espremer uvas e chama de oinos o suco daí produzido (Georgica, fragmento 86). (c) Papias (60-130 d.C.), um dos pais da igreja primitiva, menciona que quando as uvas são espremidas produzem “jarros de vinho [oinos]” (citado por Ireneu, Contra as Heresias, 5.33.3–4). (d) Uma carta em grego escrita em papiro (P. Oxy. 729; 137 d.C.), fala de “vinho [oinos] fresco, do tanque de espremer” (ver Moulton e Milligan, The Vocabulary of the Greek Testament, p. 10). (e) Ateneu (200 d.C.) fala de um “vinho [oinos] doce”, que “não deixa pesada a cabeça” (Ateneu, Banquete, 1.54). Noutro lugar, escreve a respeito de um homem que colhia uvas “acima e abaixo, pegando vinho [oinos] no campo” (1.54). Para considerações mais pormenorizadas sobre o uso de oinos pelos escritores antigos, ver Robert P. Teachout: “O Emprego da Palavra ‘Vinho’ no Antigo Testamento”. (Dissertação de Th.D. no Seminário Teológico de Dallas, 1979).
(2) Os eruditos judeus que traduziram o AT do hebraico para o grego c. de 200 a.C. empregaram a palavra oinos para traduzir várias palavras hebraicas que significam vinho. Noutras palavras, os escritores do NT entendiam que oinos pode referir-se ao suco de uva, com ou sem fermentação.
(3) Quanto a literatura grega secular e religiosa, um exame de trechos do NT também revela que oinos pode significar vinho fermentado, ou não fermentado. Em Ef 5.18, o mandamento: “não vos embriagueis com vinho [oinos]” refere-se ao vinho alcoólico. Por outro lado, em Ap 19.15 CRISTO é descrito pisando o lagar. O texto grego diz: “Ele pisa o lagar do vinho [oinos]”; o oinos que sai do lagar é suco de uva (ver Is 16.10; Jr 48.32,33). Em Ap 6.6, oinos refere-se às uvas da videira como uma safra que não deve ser destruída. Logo, para os crentes dos tempos do NT, “vinho” (oinos) era uma palavra genérica que podia ser usada para duas bebidas distintivamente diferentes, extraídas da uva: o vinho fermentado e o não fermentado.
(4) Finalmente, os escritores romanos antigos explicam com detalhes vários processos usados para tratar o suco de uva recém-espremido, especialmente as maneiras de evitar sua fermentação.
(a) Columela (Da Agricultura, 12.29), sabendo que o suco de uva não fermenta quando mantido frio (abaixo de 10 graus C.) e livre de oxigênio, escreve da seguinte maneira: “Para que o suco de uva sempre permaneça tão doce como quando produzido, siga estas instruções: Depois de aplicar a prensa às uvas, separe o mosto mais novo [i.e., suco fresco], coloque-o num vasilhame (amphora) novo, tampe-o bem e revista-o muito cuidadosamente com piche para não deixar a mínima gota de água entrar; em seguida, mergulhe-o numa cisterna ou tanque de água fria, e não deixe nenhuma parte da ânfora ficar acima da superfície. Tire a ânfora depois de quarenta dias. O suco permanecerá doce durante um ano” (ver também Columela: Agricultura e Árvores; Catão: Da Agricultura). O escritor romano Plínio (século I d.C.) escreve: “Tão logo tiram o mosto [suco de uva] do lagar, colocam-no em tonéis, deixam estes submersos na água até passar a primeira metade do inverno, quando o tempo frio se instala” (Plínio, História Natural, 14.11.83). Este método deve ter funcionado bem na terra de Israel (ver Dt 8.7; 11.11,12; Sl 65.9-13).
(b) Outro método de impedir a fermentação das uvas é fervê-las e fazer um xarope. (2)). Historiadores antigos chamavam esse produto de “vinho” (oinos). O Cônego Farrar (Smith’s Bible Dictionary, p. 747) declara que “os vinhos assemelhavam-se mais a xarope; muitos deles não eram embriagantes”. Ainda, O Novo Dicionário da Bíblia , observa que “sempre havia meios de conservar doce o vinho durante o ano inteiro”.

O USO DO VINHO NA CEIA DO SENHOR. JESUS usou uma bebida fermentada ou não fermentada de uvas, ao instituir a Ceia do Senhor (Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.17-20; 1Co 11.23-26)? Os dados abaixo levam à conclusão de que JESUS e seus discípulos beberam no dito ato suco de uva não fermentado.
(1) Nem Lucas nem qualquer outro escritor bíblico emprega a palavra “vinho” (gr. oinos) no tocante à Ceia do Senhor. Os escritores dos três primeiros Evangelhos empregam a expressão “fruto da vide” (Mt 26.29; Mc 14.25; Lc 22.18). O vinho não fermentado é o único “fruto da vide” verdadeiramente natural, contendo aproximadamente 20% de açúcar e nenhum álcool. A fermentação destrói boa parte do açúcar e altera aquilo que a videira produz. O vinho fermentado não é produzido pela videira.
(2) JESUS instituiu a Ceia do Senhor quando Ele e seus discípulos estavam celebrando a Páscoa. A lei da Páscoa em Êx 12.14-20 proibia, durante a semana daquele evento, a presença de seor (Êx 12.15), palavra hebraica para fermento ou qualquer agente fermentador. Seor, no mundo antigo, era freqüentemente obtido da espuma espessa da superfície do vinho quando em fermentação. Além disso, todo o hametz (i.e., qualquer coisa fermentada) era proibido (Êx 12.19; 13.7). DEUS dera essas leis porque a fermentação simbolizava a corrupção e o pecado (cf. Mt 16.6,12; 1Co 5.7,8). JESUS, o Filho de DEUS, cumpriu a lei em todas as suas exigências (Mt 5.17). Logo, teria cumprido a lei de DEUS para a Páscoa, e não teria usado vinho fermentado.
(3) Um intenso debate perpassa os séculos entre os rabinos e estudiosos judaicos sobre a proibição ou não dos derivados fermentados da videira durante a Páscoa. Aqueles que sustentam uma interpretação mais rigorosa e literal das Escrituras hebraicas, especialmente Êx 13.7, declaram que nenhum vinho fermentado devia ser usado nessa ocasião.
(4) Certos documentos judaicos afirmam que o uso do vinho não fermentado na Páscoa era comum nos tempos do NT. Por exemplo: “Segundo os Evangelhos Sinóticos, parece que no entardecer da quinta-feira da última semana de vida aqui, JESUS entrou com seus discípulos em Jerusalém, para com eles comer a Páscoa na cidade santa; neste caso, o pão e o vinho do culto de Santa Ceia instituído naquela ocasião por Ele, como memorial, seria o pão asmo e o vinho não fermentado do culto Seder” (ver “JESUS”. The Jewish Encyclopaedia, edição de 1904. V.165).
(5) No AT, bebidas fermentadas nunca deviam ser usadas na casa de DEUS, e um sacerdote não podia chegar-se a DEUS em adoração se tomasse bebida embriagante (Lv 10.9). JESUS CRISTO foi o Sumo Sacerdote de DEUS do novo concerto, e chegou-se a DEUS em favor do seu povo (Hb 3.1; 5.1-10).
(6) O valor de um símbolo se determina pela sua capacidade de conceituar a realidade espiritual. Logo, assim como o pão representava o corpo puro de CRISTO e tinha que ser pão asmo (i.e., sem a corrupção da fermentação), o fruto da vide, representando o sangue incorruptível de CRISTO, seria melhor representado por suco de uva não fermentado (cf. 1Pe 1.18,19). Uma vez que as Escrituras declaram explicitamente que o corpo e sangue de CRISTO não experimentaram corrupção (Sl 16.10; At 2.27; 13.37), esses dois elementos são corretamente simbolizados por aquilo que não é corrompido nem fermentado.
(7) Paulo determinou que os coríntios tirassem dentre eles o fermento espiritual, i.e., o agente fermentador “da maldade e da malícia”, porque CRISTO é a nossa Páscoa (1Co 5.6-8). Seria contraditório usar na Ceia do Senhor um símbolo da maldade, i.e., algo contendo levedura ou fermento, se considerarmos os objetivos dessa ordenança do Senhor, bem como as exigências bíblicas para dela participarmos.

O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO (2)
Jo 2.11 “JESUS principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.”

O VINHO: MISTURADO OU INTEGRAL? Os dados históricos sobre o preparo e uso do vinho pelos judeus e por outras nações no mundo bíblico mostram que o vinho era: (a) freqüentemente não fermentado; e (b) em geral misturado com água. O estudo anterior O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO, aborda um dos processos usados para manter o suco da uva fresco em estado doce e sem fermentação. O presente estudo menciona dois outros processos de preparação da uva para posteriormente ser misturada com água.
(1) Um dos métodos era desidratar as uvas, borrifá-las com azeite para mantê-las úmidas e guardá-las em jarras de cerâmica (Enciclopédia Bíblica Ilustrada de Zondervan, V. 882; ver também Columella, Sobre a Agricultura 12.44.1-8). Em qualquer ocasião, podia-se fazer uma bebida muito doce de uvas assim conservadas. Punha-se-lhes água e deixava-as de molho ou na fervura. Políbio afirmou que as mulheres romanas podiam beber desse tipo de refresco de uva, mas que eram proibidas de beber vinho fermentado (ver Políbio, Fragmentos, 6.4; cf. Plínio, História Natural, 14.11.81).
(2) Outro método era ferver suco de uva fresco até se tornar em pasta ou xarope grosso (mel de uvas); este processo deixava-o em condições de ser armazenado, ficando isento de qualquer propriedade inebriante por causa da alta concentração de açúcar, e conservava a sua doçura (ver Columella, Sobre a Agricultura, 12.19.1-6; 20.1-8; Plínio, História Natural, 14.11.80). Essa pasta ficava armazenada em jarras grandes ou odres. Podia ser usada como geléia para passar no pão, ou dissolvida em água para voltar ao estado de suco de uva (Enciclopédia Bíblica Ilustrada, de Zondervan, V. 882-884). É provável que a uva fosse muito cultivada para produção de açúcar. O suco extraído no lagar era engrossado pela fervura até tornar-se em líquido conhecido como “mel de uvas” (Enciclopédia Geral Internacional da Bíblia, V. 3050). Referências ao mel na Bíblia freqüentemente indicam o mel de uva (chamado debash pelos judeus), em vez do mel de abelha.
(3) A água, portanto, pode ser adicionada a uvas desidratadas, ao xarope de uvas e ao vinho fermentado. Autores gregos e romanos citavam várias proporções de mistura adotadas. Homero (Odisséia, IX 208ss.) menciona uma proporção de vinte partes de água para uma parte de vinho. Plutarco (Symposíacas, III.ix) declara: “Chamamos vinho diluído, embora o maior componente seja a água”. Plínio (História Natural, XIV.6.54) menciona uma proporção de oito partes de água para uma de vinho.
(4) Entre os judeus dos tempos bíblicos, os costumes sociais e religiosos não permitiam o uso de vinho puro, fermentado ou não. O Talmude (uma obra judaica que trata das tradições do judaísmo entre 200 a.C. e 200 d.C.) fala, em vários trechos, da mistura de água com vinho (e.g., Shabbath 77a; Pesahim 1086). Certos rabinos insistiam que, se o vinho fermentado não fosse misturado com três partes de água, não podia ser abençoado e contaminaria quem o bebesse. Outros rabinos exigiam dez partes de água no vinho fermentado para poder ser consumido.
(5) Um texto interessante temos no livro de Apocalipse, quando um anjo, falando do “vinho da ira de DEUS”, declara que ele será “não misturado”, i.e., totalmente puro (Ap 14.10). Foi assim expresso porque os leitores da época entendiam que as bebidas derivadas de uvas eram misturadas com água (ver Jo 2.3.
Em resumo, o tipo de vinho usado pelos judeus nos dias da Bíblia não era idêntico ao de hoje. Tratava-se de (a) suco de uva recém-espremido; (b) suco de uva assim conservado; (c) suco obtido de uva tipo passas; (d) vinho de uva feito do seu xarope, misturado com água; e (e) vinho velho, fermentado ou não, diluído em água, numa proporção de até 20 para 1. Se o vinho fermentado fosse servido não diluído, isso era considerado indelicadeza, contaminação e não podia ser abençoado pelos rabinos. À luz desses fatos, é ilícita a prática corrente de ingestão de bebidas alcoólicas com base no uso do “vinho” pelos judeus dos tempos bíblicos. Além disso, os cristãos dos dias bíblicos eram mais cautelosos do que os judeus quanto ao uso do vinho (ver Rm 14.21; 1Ts 5.6; 1Tm 3.3; Tt 2.2).

A GLÓRIA DE JESUS MANIFESTA ATRAVÉS DO VINHO. Em Jo 2, vemos que JESUS transformou água em “vinho” nas bodas de Caná. Que tipo de vinho era esse? Conforme já vimos, podia ser fermentado ou não, concentrado ou diluído. A resposta deve ser determinada pelos fatos contextuais e pela probabilidade moral. A posição desta Bíblia de Estudo é que JESUS fez vinho (oinos) suco de uva integral e sem fermentação. Os dados que se seguem apresentam fortes razões para rejeição da opinião de que JESUS fez vinho embriagante.
(1) O objetivo primordial desse milagre foi manifestar a sua glória (2.11), de modo a despertar fé pessoal e a confiança em JESUS como o Filho de DEUS, santo e justo, que veio salvar o seu povo do pecado (2.11; cf. Mt 1.21). Sugerir que CRISTO manifestou a sua divindade como o Filho Unigênito do Pai (1.14), mediante a criação milagrosa de inúmeros litros de vinho embriagante para uma festa de bebedeiras (2.10; onde subentende-se que os convidados já tinham bebido muito), e que tal milagre era extremamente importante para sua missão messiânica, requer um grau de desrespeito, e poucos se atreviriam a tanto. Será, porém, um testemunho da honra de DEUS, e da honra e glória de CRISTO, crer que Ele criou sobrenaturalmente o mesmo suco de uva que DEUS produz anualmente através da ordem natural criada (ver 2.3). Portanto, esse milagre destaca a soberania de DEUS no mundo natural, tornando-se um símbolo de CRISTO para transformar espiritualmente pecadores em filhos de DEUS (3.1-15). Devido a esse milagre, vemos a glória de CRISTO “como a glória do Unigênito do Pai” (1.14; cf. 2.11).
(2) Contraria a revelação bíblica quanto a perfeita obediência de CRISTO a seu Pai celestial (cf. 4.34; Fp 2.8,9) supor que Ele desobedeceu ao mandamento moral do Pai: “Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho... e se escoa suavemente”, i.e., quando é fermentado (Pv 23.31).
CRISTO por certo sancionou os textos bíblicos que condenam o vinho embriagante como escarnecedor e alvoroçador (Pv 20.1), bem como as palavras de Hc 2.15: “Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro!... e o embebedas” (cf. Lv 10.8-11; Pv 31.4-7; Is 28.7; Rm 14.21).
(3) Note, ainda, o seguinte testemunho da medicina moderna.
(a) Os maiores médicos especialistas atuais em defeitos congênitos citam evidências comprovadas de que o consumo moderado de álcool danifica o sistema reprodutivo das mulheres jovens, provocando abortos e nascimentos de bebês com defeitos mentais e físicos incuráveis. Autoridades mundialmente conhecidas em embriologia precoce afirmam que as mulheres que bebem até mesmo quantidades moderadas de álcool, próximo ao tempo da concepção (c. 48 horas), podem lesar os cromossomos de um óvulo em fase de liberação, e daí causar sérios distúrbios no desenvolvimento mental e físico do nenê.
(b) Seria teologicamente absurdo afirmar que JESUS haja servido bebidas alcoólicas, contribuindo para o seu uso. Afirmar que Ele não sabia dos terríveis efeitos em potencial que as bebidas inebriantes têm sobre os nascituros é questionar sua divindade, sabedoria e discernimento entre o bem e o mal. Afirmar que Ele sabia dos danos em potencial e dos resultados deformadores do álcool, e que, mesmo assim, promoveu e fomentou seu uso, é lançar dúvidas sobre a sua bondade, compaixão e seu amor. A única conclusão racional, bíblica e teológica acertada é que o vinho que CRISTO fez nas bodas, a fim de manifestar a sua glória, foi o suco puro e doce de uva, e não fermentado.



AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO
Gl 5.19-23 “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de DEUS. Mas o fruto do ESPÍRITO é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas
não há lei.”

Nenhum trecho da Bíblia apresenta um mais nítido contraste entre o modo de vida do crente cheio do ESPÍRITO e aquele controlado pela natureza humana pecaminosa do que 5.16-26. Paulo não somente examina a diferença geral do modo de vida desses dois tipos de crentes, ao enfatizar que o ESPÍRITO e a carne estão em conflito entre si, mas também inclui uma lista específica tanto das obras da carne, como do fruto do ESPÍRITO.

OBRAS DA CARNE. “Carne” (gr. sarx) é a natureza pecaminosa com seus desejos corruptos, a qual continua no cristão após a sua conversão, sendo seu inimigo mortal (Rm 8.6-8,13; Gl 5.17,21). Aqueles que praticam as obras da carne não poderão herdar o reino de DEUS (5.21). Por isso, essa natureza carnal pecaminosa precisa ser resistida e mortificada numa guerra espiritual contínua, que o crente trava através do poder do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.4-14; ver Gl 5.17). As obras da carne (5.19-21) incluem:
(1) “Prostituição” (gr. pornéia), i.e., imoralidade sexual de todas as formas. Isto inclui, também, gostar de quadros, filmes ou publicações pornográficos (cf. Mt 5.32; 19.9; At 15.20,29; 21.25; 1Co 5.1). Os termos moichéia e pornéia são traduzidos por um só em português: prostituição.
(2) “Impureza” (gr. akatharsia), i.e., pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios, inclusive maus pensamentos e desejos do coração (Ef 5.3; Cl 3.5).
(3) “Lascívia” (gr. aselgeia), i.e., sensualidade. É a pessoa seguir suas próprias paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha e a decência (2Co 12.21).
(4) “Idolatria” (gr. eidololatria), i.e., a adoração de espíritos, pessoas ou ídolos, e também a confiança numa pessoa, instituição ou objeto como se tivesse autoridade igual ou maior que DEUS e sua Palavra (Cl 3.5).
(5) “Feitiçarias” (gr. pharmakeia), i.e., espiritismo, magia negra, adoração de demônios e o uso de drogas e outros materiais, na prática da feitiçaria (Êx 7.11,22; 8.18; Ap 9.21; 18.23).
(6) “Inimizades” (gr. echthra), i.e., intenções e ações fortemente hostis; antipatia e inimizade extremas.
(7) “Porfias” (gr. eris), i.e., brigas, oposição, luta por superioridade (Rm 1.29; 1Co 1.11; 3.3).
(8) “Emulações” (gr. zelos), i.e., ressentimento, inveja amarga do sucesso dos outros (Rm 13.13; 1Co 3.3).
(9) “Iras” (gr. thumos), i.e., ira ou fúria explosiva que irrompe através de palavras e ações violentas (Cl 3.8).
(10) “Pelejas” (gr. eritheia), i.e., ambição egoísta e a cobiça do poder (2Co 12.20; Fp 1.16,17).
(11) “Dissensões” (gr. dichostasia), i.e., introduzir ensinos cismáticos na congregação sem qualquer respaldo na Palavra de DEUS (Rm 16.17).
(12) “Heresias” (gr. hairesis), i.e., grupos divididos dentro da congregação, formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja (1Co 11.19).
(13) “Invejas” (gr. fthonos), i.e., antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos e queremos.
(14) “Homicídios” (gr. phonos), i.e., matar o próximo por perversidade. A tradução do termo phonos na Bíblia de Almeida está embutida na tradução de methe, a seguir, por tratar-se de práticas conexas.
(15) “Bebedices” (gr. methe), i.e., descontrole das faculdades físicas e mentais por meio de bebida embriagante.
(16) “Glutonarias” (gr. komos), i.e., diversões, festas com comida e bebida de modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes.
As palavras finais de Paulo sobre as obras da carne são severas e enérgicas: quem se diz crente em JESUS e participa dessas atividades iníquas exclui-se do reino de DEUS, i.e., não terá salvação (5.21; ver 1Co 6.9).

O FRUTO DO ESPÍRITO. Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama “o fruto do ESPÍRITO”.
Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o ESPÍRITO dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com DEUS (ver Rm 8.5-14; 8.14; cf. 2Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9). O fruto do ESPÍRITO inclui:
(1) “Caridade” (gr. agape), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; 1Co 13; Ef 5.2; Cl 3.14).
(2) “Gozo” (gr. chara), i.e., a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de DEUS, bênçãos estas que pertencem àqueles que crêem em CRISTO (Sl 119.16; 2Co 6.10; 12.9; 1Pe 1.8; ver Fp 1.14).
(3) “Paz” (gr. eirene), i.e., a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; 1Ts 5.23; Hb 13.20).
(4) “Longanimidade” (gr. makrothumia), i.e., perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4.2; 2Tm 3.10; Hb 12.1).
(5) “Benignidade” (gr. chrestotes), i.e., não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32; Cl 3.12; 1Pe 2.3).
(6) “Bondade” (gr. agathosune), i.e., zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13).
(7) “Fé” (gr. pistis), i.e., lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7; Tt 2.10).
(8) “Mansidão” (gr. prautes), i.e., moderação, associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com eqüidade quando for necessário, e
também humildemente submeter-se quando for preciso (2Tm 2.25; 1Pe 3.15; para a mansidão de JESUS, cf. Mt 11.29 com 23; Mc 3.5; a de Paulo, cf. 2Co 10.1 com 10.4-6; Gl 1.9; a de Moisés, cf. Nm 12.3 com Êx 32.19,20).
(9) “Temperança” (gr. egkrateia), i.e., o controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5).
"Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se". (Tito 1:8) "mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante". (Tt 2:5) " (Tt 2:5) "a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seu marido, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada".
Qualidade ou virtude de quem modera apetites e paixões.
Serve de freio no momento da tentação quando nosso velho homem quer ceder a tentação, as paixões a coisas ilícitas. (Tiago 1:12-16)-
O fruto do Espírito nos dá o domínio para refrearmos a nossa inclinação carnal. A vontade de Deus pode as vezes significar que precisamos nos privar de algo, e o domínio próprio aceita a privação.A vontade de Deus é mais importante. (Mateus 10:37-39)
Quando o Espírito flui no crente o domínio próprio, a carne, o mau humor ou as concupiscências não determinam o que ele faz ou deixa de fazer, mas ele tem vitória sobre todas estas coisas.

A última parte do fruto (ou última qualidade do fruto, como queira) é a temperança, que algumas versões colocam como "domínio próprio". O dicionário coloca que temperança é "qualidade daquele que é moderado nas paixões, nos apetites, etc.; comedimento, sobriedade", o que, é evidente, não cabe no conceito bíblico de temperança. Mais uma vez devo lembrar que o entendimento bíblico deve ser espiritual, e, portanto, de acordo com o Espírito de Deus.

Temperança, em linhas gerais, é o negar-se a si mesmo de que falou Jesus em Mateus 16:24; Marcos 8:34 e Lucas 9:23.

Existem fatores que conduzem o ser humano: o pensamento (entendimento, espírito) e o sentimento (emoção, alma). Em outras palavras: as pessoas fazem o que acham certo ou o que querem, desejam fazer. Não raro, ocorrem contradições entre os sentimentos e os pensamentos: queremos fazer o que condenamos, o que achamos errado, reprovável; ou não queremos fazer o que precisa ser feito.

Deus precisa dominar nossos pensamentos (espírito) e nossos sentimentos (alma). Enquanto nossos pensamentos e nossos sentimentos forem carnais e vendidos sob a escravidão do pecado (Rom.7), nossos atos também o serão. Enquanto não chegarmos a estatura de varão perfeito, estaremos sujeitos a fazer o que é errado, pensando que é o certo, e nos deixar dominar por emoções carnais, pelo desejo lascivo, devasso, destrutivo.

Não digo que devamos negar e reprimir todas as nossas emoções, sentimentos e desejos, mas que isso deve acontecer para nossa alegria e alegria dos que vivem e convivem conosco. Entregar-se às emoções que magoam, matam e destroem nos conduzirá para as trevas e para a solidão.

Nossos pensamentos vão se formando aos poucos, vão evoluindo, e se tornam como as rochas que seguram as ondas do mar (e também precisam da santificação). Não são as águas que seguram as rochas, são as rochas que seguram as ondas. Assim, os pensamentos é que refreiam as emoções. A raiva, o ódio, a paixão, o desejo, são tempestades que agitam nossa alma, e se não houver rochas altas, rígidas e firmes, as águas acabam por escapar, destruindo tudo que está à frente.

Enquanto não se chega ao final do processo de santificação, eu entendo que devemos confiar mais em nossos pensamentos do que em nossos sentimentos. Desconfie sempre de suas emoções. Machado de Assis (escritor de romances do início do século XX) já dizia que "a emoção nunca foi boa conselheira".

A temperança (negar-se a si mesmo) é justamente isso: reprimir sentimentos, emoções e desejos carnais, egoístas e destrutivos, e agir mais de acordo com os pensamentos. Os pensamentos são mais confiáveis, visíveis, compreensíveis e palpáveis. Nossas emoções mudam de repente, sem nenhum motivo aparente. O mesmo não ocorre com nossos pensamentos. A emoção não distingue o que é bom ou mau. O pensamento distingue quais são as emoções "boas" ou "más".

Emoções, desejos, sentimentos são coisas que despencam (ou explodem) em nós, sem que peçamos, sem que possamos escolher. Não somos nós que controlamos o surgimento, o nascimento, a gênese de nossas emoções. Mas somos nós que controlamos o crescimento e o desenvolvimento dessas emoções dentro de nossos corações.

Temperança é a capacidade de não se deixar dominar pelas emoções que nos afastam de Deus (por mais que queiramos), e alimentar as que nos aproximam de Deus (por mais que as repudiemos).

O ensino final de Paulo sobre o fruto do ESPÍRITO é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado. O crente pode — e realmente deve — praticar essas virtudes continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui descritos.

QUENEUS -
Uma das tribos da Palestina no tempo de Abraão (Gn 15.19), habitando nos retiros fortificados ao sul de Judá (1 Sm 15.6 e 27.10). Foi apostrofada por Balaão (Nm 24.21,22). Jetro, o sogro de Moisés, era queneu (Jz 1.16). Por esta razão, e pelo fato de terem sido amáveis para com os israelitas, vindos do Egito, foram os queneus salvos da destruição, quando eram esmagados os amalequitas (1 Sm 15.6) - aconteceu isto depois da conquista de Canaã. No tempo de Débora, Héber, o queneu, vivia muito para o norte (Jz 4.11). Hemate, também queneu, foi o fundador da seita ou família, que era conhecida pelo nome de recabitas. Para explicar as amigáveis relações que por muito tempo existiram entre esta tribo de midianitas errantes e o povo de israel, deve-se notar que os recabitas se acham realmente incluídos nas genealogias de Judá (1 Cr 2.55). O professor Sayce julga que os queneus eram uma família de ferreiros. (http://www.bibliaonline.net/scripts/dicionario.cgi)

RECABITAS
Tiveram seu princípio em Jonadabe, filho de Recabe. os princípios dos recabitas consistiam numa reação e protesto contra o luxo e a licenciosidade que, no reinado de Acabe e Jezabel, ameaçavam destruir inteiramente a simplicidade da antiga vida nômade de israel. Em conformidade com as suas idéias, os recabitas não bebiam vinho, nem edificavam casas, nem semeavam grão, nem plantavam vinhas, nem possuíam coisa alguma. Habitavam em tendas, em obedi~encia ao princípo de pureza imposto por seu lider Jonadabe e em memória de terem sido estrangeiros na terra. Pelo espaço de dois séculos e meio eles cumpriram fielmente as suas normas - mas, quando Nabucodonosor invadiu Judá, no ano 607 a.C., tiveram então que abandonar as suas tendas. (http://www.bibliaonline.net/scripts/dicionario.cgi)
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: NÃO ERAM HEBREUS OU JUDEUS OU ISRAELITAS - ERAM UMA MISTURA DE CANENEUS COM QUENEUS.


INTERAÇÃO
Jeremias utilizou vários métodos para apresentar a Palavra de DEUS ao povo de Judá. Na lição de hoje veremos que ele usou uma tribo inteira para ensinar aos israelitas acerca da importância de se respeitar às ordenanças divinas. Os recabitas se recusavam a beber vinho, porque o patriarca da família havia determinado que seus descendentes não bebessem vinho de forma alguma (35.1-11). Os recabitas foram obedientes e demonstraram respeito às tradições de seus pais. DEUS queria que o povo de Judá compreendesse que eles não estavam respeitando suas leis e ordenanças. Eles desobedeciam a DEUS persistentemente e, por isso, seriam disciplinados. Se quisermos agradar ao Senhor, precisamos obedecer-Lhe. A obediência é uma prova do nosso amor ao Pai.

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar a origem dos recabitas.
Compreender que os recabitas honravam a tradição de seus antepassados.
Conscientizar-se de que a Igreja de CRISTO deve ter um forte compromisso com a temperança e com a excelência moral tanto de seus membros quanto dos que a cercam.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, sugerimos que você utilize o esquema abaixo para enfatizar aos seus alunos o contraste existente entre os recabitas e os israelitas. Destaque que a obediência aos preceitos divinos deve ser eterna.



RESUMO DA LIÇÃO 10 - O VALOR DA TEMPERANÇA
O mundo está sendo destruído. Como estamos a nos comportar? Agimos como os recabitas?
I. A ORIGEM DOS RECABITAS
1. Sua origem.
2. Seu relacionamento com Israel.
3. O encontro dos recabitas com Jeremias.
II. O ESTILO DE VIDA DOS RECABITAS
1. Abstinência de bebidas fortes.
2. Peregrinações.
3.Honravam a tradição de seus antepassados.
III. O EXEMPLO DOS RECABITAS
A fim de realçar a fidelidade dos recabitas, o profeta os conduz ao SANTO Templo.
O interessante é que o vinho fora posto diante dos recabitas exatamente no interior da Casa de DEUS.
Não se deixe contaminar seja pelo ambiente social seja pela herança cultural.
CONCLUSÃO
O momento requer sobriedade e vigilância.
Afinal, somos a luz do mundo e o sal da terra (Mt 5.13-16; Ef 5.8-13).

SINOPSE DO TÓPICO (1) DEUS utiliza o exemplo dos recabitas para ensinar seu povo a respeito da fidelidade aos seus mandamentos.
SINOPSE DO TÓPICO (2) Os recabitas honravam a tradição de seus antepassados, ao contrário dos judeus, que já haviam se esquecido da Lei de Moisés
SINOPSE DO TÓPICO (3) Em um momento de apostasia, os recabitas tornaram-se um singular exemplo de moderação, prudência e fidelidade a todo o povo de DEUS.

QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 10 - O VALOR DA TEMPERANÇA
RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 2º TRIMESTRE DE 2010
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas corretas e com "F" as falsas.


TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"E não vos __________________________ com vinho, em que há ______________________, mas __________________-vos do ESPÍRITO" (Ef 5.18).

VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
A Igreja de CRISTO sempre ____________________ pela temperança. A vida de seus membros tem de ser um eloqüente ______________________ contra as __________________________________ e vícios.

INTRODUÇÃO
3- Qual exemplo tão marcante que, passados vinte e seis séculos, ainda nos inspiramos em seu equilíbrio e temperança?
( ) Recasintas.
( ) Recabitas.
( ) Recalintas.

4- Qual a recompensa de DEUS ao equilíbrio e temperança do recabitas?
( ) DEUS revelou-lhes a salvação em CRISTO.
( ) DEUS levou-lhes em conta a piedade.
( ) Quando da destruição de Jerusalém, o Senhor deu-lhes suas almas como despojo;
( ) Foram preservados do mal enquanto os intemperantes e viciosos eram entregues à ruína.

I. A ORIGEM DOS RECABITAS
5- Qual a origem dos recabitas?
( ) São judeus provindos da tribo de Jetro, sogro de Moisés.
( ) No tempo de Jeremias já tinham 250 anos de existência.
( ) De uma tribo nômade e dedicada ao pastoreio, foram pouco a pouco aparentando-se com os queneus e com os descendentes de Jetro, sogro de Moisés.
( ) Se constituíram num expressivo e piedoso clã.

6- Qual o relacionamento dos recabitas com Israel? Complete:
Os recabitas entram na história do povo de DEUS de maneira _____________________. Jonadabe, um de seus patriarcas, é convidado pelo rei Jeú a ________________________ os profetas de Baal do Reino do Norte. Nesta ocasião, o _________________________ identifica-se como tendo um coração reto diante de DEUS (2 Rs 10.15-27). Apesar dos desvios de Jeú e de outros líderes em Israel, mantiveram-se os recabitas fiéis à Lei de DEUS, embora não passassem de forasteiros entre os hebreus.

7- Como foi o encontro dos recabitas com Jeremias?
( ) Os recabitas achavam-se em Jerusalém para escapar às forças babilônicas que, dentro em breve, haveriam de destruir a Cidade Santa.
( ) Armaram eles suas tendas perto do templo em Jerusalém.
( ) Na periferia desta, armaram eles suas tendas.
( ) E, agora, recebem o inesperado convite do profeta para se dirigirem à Casa de DEUS.

II. O ESTILO DE VIDA DOS RECABITAS
8- Qual o estilo de vida dos recabitas?
( ) Abstinência de bebidas fracas, viviam como peregrinos e honravam a tradição dos judeus.
( ) Abstinência de bebidas fortes, viviam como peregrinos e honravam a tradição de seus antepassados
( ) Abstinência de bebidas fortes, viviam como mendigos e honravam a tradição de seus antepassados

9- Como era a abstinência de bebidas fortes dos recabitas?
( ) Resolveram eles absterem-se somente das bebidas fortes, pois sabiam muito bem serem somente estas nocivas à moral e aos bons costumes.
( ) Estava o vinho intimamente associado às festas dos ímpios cananeus.
( ) Se queriam os recabitas viver como povo de DEUS, deveriam primar por uma conduta sóbria e recatada.
( ) Resolveram eles absterem-se totalmente das bebidas fortes, pois sabiam muito bem serem estas nocivas à moral e aos bons costumes.

10- Como era esse estilo de vida de peregrinações dos recabitas?
( ) Gostavam de viajar por todos os países em volta de Israel e assim serem conhecidos por todos e pregarem sua doutrinas.
( ) Vistos de nosso contexto cultural, os recabitas pareciam os mais estranhos dos homens.
( ) Faziam questão de viver como peregrinos (Hb 11.13), a fim de protestar contra a intemperança, a injustiça e a idolatria que já dominavam Israel e Judá.

11- Como os recabitas honravam a tradição de seus antepassados? Complete:
Ao contrário dos judeus que já se haviam esquecido da Lei de Moisés e do exemplo dos _______________________, levavam os recabitas em consideração o que lhes havia recomendado ________________________ filho de Recabe: "Assim, ouvimos e fizemos conforme tudo quanto nos mandou Jonadabe, nosso pai" (Jr 35.10). Como haviam eles honrado seus pais, tinha-lhes o Senhor, agora, uma gloriosa promessa(Jr 35.18,19). Eles se houveram com denodo e zelo em relação às _________________________ dos ancestrais.

12- Complete, contextualizando com nossos dias:
Quantas vezes, nós, ignorante e tolamente, não buscamos destruir tudo o que nos legaram os antigos? As tradições que têm como alvo a _________________ do corpo de CRISTO e a integridade moral dos filhos de DEUS têm de ser mantidas: "Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por _____________________, seja por epístola nossa" (2 Ts 2.15). Sobre o assunto, pronuncia-se o conceituadíssimo comentarista Warren W. Wiersbe: "A tradição humana não é necessariamente má, a não ser que contradiga ou se arvore para ___________________________ a Palavra de DEUS".

III. O EXEMPLO DOS RECABITAS
13- A fim de realçar a fidelidade dos recabitas, onde o profeta Jeremias os conduz?
( ) Os conduz ao pátio do Templo.
( ) Os conduz ao Santo dos Santos no Templo.
( ) Os conduz ao Santo Templo.

14- Na câmara de Hanã, Jeremias oferece aos recabitas taças cheias de vinho, e ordena-lhes que o bebam. O que acontece ali, então?
( ) Os recabitas só aceitam beber se for misturada bastante água ao vinho.
( ) O chefe do clã de Recabe, recusa-se a fazê-lo.
( ) Com esta demonstração de indômita coragem, Jazanias, o maioral dos recabitas, deixa bem patente a todos, principalmente aos ministros do altar, porque eles não se davam ao vinho.

15- Onde o vinho fora posto diante dos recabitas e por que?
( ) Exatamente no interior da Casa de DEUS, porque os sacerdotes achavam-se tão presos aos vícios quanto o povo, os levitas não mais primavam pela temperança! Sem o perceber, estavam comprometendo todo o seu ministério.
( ) Exatamente no exterior da Casa de DEUS, porque os profetas achavam-se tão presos aos vícios quanto o povo, os levitas não mais primavam pela temperança! Sem o perceber, estavam comprometendo todo o seu ministério.

16- Complete:
Não são poucos os que se acham destruídos pelas bebidas alcoólicas e por outros vícios, hábitos e costumes igualmente nocivos. Não abra nenhum precedente. Não se deixe ___________________ seja pelo ambiente social seja pela herança cultural. Lembre-se: Noé e ________________ eram muito mais piedosos e firmes do que nós. Todavia, induzidos pelo vinho, portaram-se _____________________________________.

CONCLUSÃO
17- Complete:
Estamos nos últimos dias. O momento requer ________________________ e vigilância. À semelhança dos recabitas, primemos pela excelência das virtudes cristãs. Caso contrário: seremos tidos como __________________________ quando da volta do Senhor JESUS.E que jamais nos esqueçamos: a Igreja de CRISTO tem um forte compromisso com a temperança, com a sobriedade, com a prudência, com os bons ______________________________ e com a excelência moral tanto de seus membros quanto dos que a cercam. Afinal, somos a luz do mundo e o sal da terra (Mt 5.13-16; Ef 5.8-13).


RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO NOS VÍDEOS EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Bibliológico
"O pai de Jonadabe e fundador da família dos recabitas
Recabe pode ter sido de uma das famílias de queneus que entraram na Palestina com os israelitas (1 Cr 2.55). Nos dias do reino dividido, Recabe determinou que a causa da apostasia e da imoralidade do povo era a cultura palestina, e comandou seus filhos a voltarem ao seu antigo modo nômade de vida com toda sua simplicidade. Nos dias de Jeú, Jonadabe, o líder dos recabitas, auxiliou aquele rei em sua destruição ao culto a Baal (2 Rs 10.15,23). Nos dias de Jeremias, o profeta usou os recabitas como uma lição objetiva. Ele os levou até a Casa do Senhor, e lhes ofereceu vinho. Eles recusaram por causa de sua lealdade para com o seu ancestral. Jeremias usou a fidelidade deles como uma censura à infidelidade de Israel para com o Senhor. Por causa de sua fidelidade, o Senhor lhes prometeu: 'Nunca faltará varão... que assista perante a minha face todos os dias' (Jr 35.19). Diz-se que Rab Judah registrou que as filhas recabitas se casaram com os levitas, e assim esta linda promessa foi cumprida. Hegessippus disse que 'sacerdotes recabitas' intercederam por Tiago, o irmão do Senhor JESUS CRISTO, mas não conseguiram salvar sua vida.
Malquias, o 'filho de recabe', reparou a Porta do Monturo de Jerusalém sob o governo de Neemias (Ne 3.14). Ele pode ter sido o líder dos recabitas depois do exílio'' (Wycliffe Dicionário Bíblico. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, p.1653).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Devocional
Um triste espetáculo - "A embriaguez é um pecado que jamais caminha sozinho, porque leva os homens a outros males; é um pecado que provoca muito a DEUS. O ébrio dá à sua própria família e a todo o mundo o triste espetáculo de um pecador endurecido, além do que seria comum, e que se precipita à perdição. Procuremos então, pela oração, evitarmos tudo aquilo que possa entristecer ao nosso benigno Consolador" (HENRY, Mattew. Comentário Bíblico de Mattew Henry. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.997).

Subsídio Bibliológico
Embriaguez - "As Escrituras Sagradas relatam muitos casos individuais de embriaguez, como o de Noé (Gn 9.20-24), Ló (Gn 19.30-35), Nabal (1 Sm 25.36), Urias (2 Sm 11.12,13). A embriaguez está implícita no relato do banquete de Belsazar (Dn 5.1-4,23). Deve ter sido comum na época dos juízes, visto que Eli rapidamente suspeitou que Ana estivesse embriagada (1 Sm 1.13,14).
O Senhor JESUS advertiu seus discípulos contra a embriaguez, a fim de que não fossem considerados despreparados para se encontrar com Ele na ocasião de sua volta (Lc 21.34). Paulo repreendeu severamente os cristãos coríntios por beberem em excesso na Ceia do Senhor (1 Co 11.20,21), e advertiu os crentes de Roma em relação à embriaguez (Rm 13.13). Ele ensinou sem rodeios que a continuidade no alcoolismo impede as pessoas de entrarem no reino de DEUS (1 Co 6.9-11; Gl 5.21). Sua advertência é clara e direta. 'Não vos embriagueis com vinho, em que há contenda [ou dissolução' (Ef 5.18)" (Wycliffe Dicionário Bíblico. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, p.638).

VOCABULÁRIO
Chafurdar: Atolar-se em vícios.
Frugal: Sóbrio.
Denodo: Coragem.
Clã: Unidade social formada por indivíduos ligados a um ancestral comum por laços de descendência.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

Comentário Bíblico Beacon. Vol. 4: Isaías a Daniel. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2005.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
SAIBA MAIS pela Revista Ensinador Cristão - CPAD, Nº 42, P.41.

AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - BÍBLIA de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Nosso novo endereço: http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/
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http://www.jesussite.com.br/acervo.asp?id=852 (acesso em 30-05-2010).