Escrita Lição 1, CPAD, A Grande Comissão, Um Enfoque Etnocêntrico, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 1, CPAD, A Grande Comissão, Um Enfoque Etnocêntrico, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Para em ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

4º TRIMESTRE DE 2023 - Até os Confins da Terra - Pregando o Evangelho a Todos os Povos até a Volta de Cristo

Comentarista – Pr. Wagner Tadeu dos Santos Gaby

Subsídios - Thiago Santos.

 


Lição 1, CPAD, A Grande Comissão, Um Enfoque Etnocêntrico, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

https://youtu.be/knAVB65TnGM?si=ETxNvCNkh4gKdLWX Vídeo

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/09/escrita-licao-1-cpad-grande-comissao-um.html?zx=27ae5a89ccbd4ad3

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/09/slides-licao-1-cpad-grande-comissao-um.html?zx=27ae5a89ccbd4ad3

Power Point https://www.slideshare.net/henriqueebdnatv/slides-lio-1-cpad-a-grande-comisso-um-enfoque-etnocntricopptx

 

TEXTO ÁUREO

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.”

(Mc 16.15)

  

VERDADE PRÁTICA

A ordem imperativa de JESUS aos seus discípulos aponta para a universalidade da pregação do Evangelho no mundo.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 9.37,38 A seara é a grande e são poucos os ceifeiros

Terça - Rm 15.20 Esforçando-se para pregar onde CRISTO não foi anunciado

Quarta - Lc 24.49; At 1.8 Cheios do ESPÍRITO para cumprir a Grande Comissão

Quinta - Gn 3.15; 6.11-14; Gn 12.3 DEUS deseja alcançar os povos do mundo inteiro

Sexta - At 9.15; 16.5; 22.14,15,21 A missão da Igreja de expandir o Reino de DEUS em todas as nações

Sábado - Lc 24.46-49 Arrependimento para o perdão dos pecados

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 28.19,20; Marcos 16.15-18

Mateus 28

19 - Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO;

20 - ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!

Marcos 16

15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

17 - E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;

18 - pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.

 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

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Evangelização transcultural. A evangelização transcultural começa na vida urbana com as diferentes culturas vividas pelos seus habitantes. Porém, ela avança quando requer dos missionários uma capacitação especial para alcançar as pessoas. É preciso que o missionário tenha uma visão nítida de que a mensagem do evangelho é global, pois o Cristianismo deve alcançar cada tribo, e língua, e povo, e nação até as extremidades da terra (Is 49.6; At 13.47). Pr. Elienai Cabral

 

 

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SUBSÍDIO CPAD 4º Trimestre 2023

 

Lição 1 - A GRANDE COMISSÃO: UM ENFOQUE ETNOCÊNTRICO

 

Prezado(a) professor(a), a paz do Senhor. Neste trimestre, estudaremos a respeito da grande missão que o Senhor JESUS outorgou a seus discípulos: “Ide, por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15). A lição deste trimestre tem como título “Até os Confins da Terra: Pregando o Evangelho a Todos os Povos até a Volta de CRISTO”. Veremos neste estudo em que consiste a ordem imperativa de nosso Mestre com vista à universalidade da pregação do Evangelho. A realização dessa missão requer da igreja conhecimentos fundamentais sobre missões transculturais, evangelização local e formação de missionários para o desenvolvimento da obra missionária.

O cumprimento da missão evangelizadora trata-se de um aspecto inerente à essência do que é a Igreja. Reconciliar a humanidade com o Criador não foi o único objetivo da vinda de nosso Senhor a este mundo. Ele veio para reunir um povo que teria, de fato, todas as condições espirituais necessárias para adorar, servir, bem como para viver em plena comunhão e santidade com o Criador. Nesse sentido, o povo escolhido por DEUS para viver essas promessas não estaria limitado ao aspecto étnico, cultural ou linguístico. DEUS chama todos os povos à salvação e, por essa razão, incumbiu os apóstolos de proclamarem os fundamentos da fé cristã.

Stanley Horton, na obra Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, editada pela CPAD (1996), destaca do ponto de vista teológico de que “a missão da Igreja é realmente uma continuação da missão divina da reconciliação. A missão de DEUS sempre foi suscitar um povo para refletir a Sua glória (inclusive o Seu caráter e Sua presença). A revelação que DEUS faz de si mesmo sempre envolve Seus esforços para reconciliar a humanidade e para se restaurar a comunhão com DEUS. A declaração dessas boas-novas foi iniciada na proclamação e no ministério de JESUS CRISTO. O Pentecoste garante-nos que a missão de CRISTO permanece intacta” (p. 597).

Em conformidade com o plano divino para Igreja neste presente século, os crentes não podem se furtar da sua responsabilidade com o compromisso missionário. Anunciar as Boas Novas e formar discípulos comprometidos com as verdades ortodoxas da fé pentecostal são missões que devem ser cumpridas com excelência.

 

 

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O Manual de Missões
 
INTRODUÇÃO
Todos os cristãos reconhecem a origem divina das Escrituras. Não é possível separar missão da Bíblia. Nesta encontramos o tema de missões: JESUS, e “tudo o que diz respeito à vida e a piedade” (2 Pe 1.3). O estudo de hoje não é uma defesa à inspiração e à autoridade das Escrituras, porque todos os cristãos já reconhecem a origem divina da Bíblia, mas mostra que a obra missionária está presente em toda a Bíblia, desde o Gênesis ao Apocalipse. 

I. POR QUE A BÍBLIA É O MANUAL DE MISSÕES POR EXCELÊNCIA?
1. Porque ela evidencia os propósitos universais de DEUS para a Redenção do homem. A Bíblia é a única obra literária do planeta que registra a nossa origem: o que somos, de onde viemos e para onde vamos. DEUS quer que todos os seres humanos conheçam a verdade sobre Ele e de como Ele se revelou nas Santas Escrituras; e, também sobre a natureza humana. A vontade de DEUS é que todos os homens se arrependam e venham ao conhecimento da verdade (1 Tm 2.4). DEUS sempre se preocupou com o bem-estar do homem. Essa vontade só pode ser conhecida pela revelação e isso encontramos nos oráculos divinos, a Bíblia Sagrada. 
2. Porque ela nos apresenta o fundamento, o norte, e as estratégias missionárias. É na Bíblia que encontramos os registros das primeiras missões. Além disso mostra como plantar igrejas locais, as estratégias de evangelização, as possíveis atividades de um missionário no campo, o papel da igreja missionária e os problemas enfrentados no campo missionário. Essas coisas nos inspiram e orientam como fazer missões. 
O registro das viagens missionárias na Bíblia serve também para mostrar o modus operandi, ou seja: como fazer. DEUS nos manda fazer missões e além disso ordenou fosse registrada em sua Palavra as viagens missionárias, principalmente as do apóstolo Paulo, para que todos possam visualizar uma viagem missionária e todas as possível atividades de um obreiro no campo missionário. A Bíblia é o manual por excelência de missões porque é a revelação de DEUS à humanidade. Além de ser a única fonte inspirada de teologia e ética, ela nos ensina como fazer missões. 

II. A VISÃO MISSIONÁRIA PRENUNCIADA NO ANTIGO TESTAMENTO
1. Exemplificada no comissionamento dos Patriarcas. A obra missionária está no coração de DEUS. O patriarca Abraão foi chamado por DEUS para deixar sua terra e partir para uma terra distante e desconhecida (At 7.2-4). Quando DEUS apareceu a Abraão, em Harã, prometeu: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Essa promessa foi confirmada depois a Isaque (Gn 26.4) também a Jacó (Gn 28.14). Isso significa que o próprio DEUS pregou o evangelho primeiramente a Abraão prevendo sua extensão por toda a terra (Gl 3.8). Nisso podemos ver missões tanto no exemplo, no comissionamento de Abraão, como também de maneira direta: as famílias da terra sendo abençoadas no patriarca Abraão.
2. Cantada nos Salmos. Os salmos também vislumbravam a obra missionária em toda a terra: “Anunciai entre as nações a sua glória; entre os povos, as suas maravilhas” (Sl 93.3). O salmo 67 é essencialmente missionário. A chegada do evangelho entre os etíopes é cumprimento de uma profecia bíblica cantada nos Salmos (Sl 68.31). Assim, a conversão do eunuco da rainha Candace, da Etiópia (At 8.27, 39), eram as primícias do Pentecostes representadas nas 17 nações que começavam a se espalhar entre as nações: Etiópia, casa de Cornélio, Antioquia da Síria e finalmente “os confins da terra”. 
3. Conscientizada nos profetas. Estudamos na lição 3 a visão missionária nos discursos proféticos, sendo Jonas enviado para Nínive. DEUS é apresentado nos profetas como DEUS universal, de toda a terra, e não meramente um DEUS tribal restrito aos filhos de Israel (Is 40.28). Encontramos tanto de maneira implícita como explícita a natureza missionária do Cristianismo em termos proféticos (Is 42.4; 49.6). Veja o cumprimento dessas profecias no Novo Testamento (Mt 12.21; At 13.47).

III. A VISÃO MISSIONÁRIA CONFIRMADA NO NOVO TESTAMENTO
1. Os evangelhos – JESUS o maior exemplo. O Senhor JESUS está presente em cada livro da Bíblia, mas somente os quatro Evangelhos revelam sua vida e ministério e o reconhecem como o cumprimento das promessas de DEUS. Estudamos na lição passada que JESUS é o enviado do Pai (Jo 3.16,17), sendo o maior exemplo para os missionários de todos os tempos. O objetivo da obra missionária é tornar o nome de JESUS conhecido em todas as nações da terra. De todos os 66 livros da Bíblia os evangelhos se destacam na revelação da pessoa de JESUS e de sua história: nascimento, vida, morte, ressurreição e ascensão ao céu.
2. As epístolas. Sabemos que a história da vida de JESUS está registrada nos quatro Evangelhos, mas a interpretação teológica está nas epístolas. Elas tratam dos mais variados assuntos fundamentais da fé cristã. No que tange à missiologia, servem também para estabelecer disciplinas e encorajar as igrejas às missões (Rm 10.13-15; Gl 2.9). O papel de Atos é decisivo em missões, por isso vamos estudá-lo à parte, na próxima lição. No Apocalipse encontramos o fim glorioso da jornada da Igreja (Ap 21.3,4). O Senhor JESUS é o centro das Escrituras e da mensagem dos missionários. Nenhum missionário pode fazer coisa alguma sem o ESPÍRITO SANTO, sem o Senhor JESUS e sem a Bíblia. 

IV. A VISÃO MISSIONÁRIA ULTIMADA NA GRANDE COMISSÃO
1. A Grande Comissão. Registrada nos quatro Evangelhos e repetida em Atos (Mt 28.18-20, Mc 16.15-20; Lc 24.46-49; Jo 20.20-2; At 1.8). Essas diferentes narrações se completam entre si apresentando um resumo dos elementos básicos para missões. No Evangelho de João, lemos que JESUS veio pela autoridade do Pai, e na sua própria autoridade enviou seus discípulos ao mundo, e esse poder abrange todo o universo “o céu e a terra”, que na ação do ESPÍRITO SANTO JESUS deu aos seus discípulos o poder sobrenatural para que a obra de DEUS seja realizada (Mc 16.17, 18; At 1.8). 
2. Uma ordem e não uma recomendação. Fazer missões é mandamento bíblico. Trata-se de uma ordem bíblica imperativa e não meramente um parecer ou uma recomendação. É algo que não depende mais de mandamento específico ou de receber uma visão especial da parte de DEUS para iniciar a obra missionária. Essa ordem, como vimos, já está na Bíblia (1 Co 9.16). Essa mensagem de salvação é para ser pregada a “todo o mundo” (Mc 16.15), até aos confins da terra, mediante a atuação do ESPÍRITO SANTO (At 1.8). Essa incumbência foi dada à Igreja. O que é necessário é buscar a direção do ESPÍRITO para saber como realizar tal tarefa.
 
CONCLUSÃO
Missões está em toda a Bíblia. Visto que o propósito fundamental da Palavra de DEUS é a redenção humana e missões se insere nesse contexto, é correto afirmar que está presente desde o Gênesis ao Apocalipse. Essa presença pode ser direta ou indireta, nas ilustrações, figuras, profecias. O livro de Atos se sobressai em missões, registra os grandes trabalhos missionários. Missões, contudo, está em toda a Bíblia. O livro do Senhor é o manual de missões.

 

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Atos, O Livro das Missões
 
INTRODUÇÃO
Dos 66 livros da Bíblia, Atos é o que mais se destaca na obra missionária, pois registra missões por todos os ângulos, mostrando todas as possíveis atividades de um missionário. O poder do ESPÍRITO SANTO, a obra da evangelização e as viagens missionárias do apóstolo Paulo são o conteúdo de Atos. Essas viagens são o assunto que vamos estudar hoje.

I. O LIVRO DE ATOS
1. O propósito de Atos. O propósito de Lucas, em seu Evangelho, foi escrever tudo o que JESUS “começou não só a fazer, mas a ensinar” (v.1). No livro de Atos, o propósito foi registrar o que JESUS continuou a fazer e a ensinar, agora, pelo ESPÍRITO SANTO, através dos apóstolos, dando ênfase a ressurreição de JESUS, que “se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas” (v.3). 
2. Visão geral de Atos. O livro de Atos começa com o aparecimento de JESUS já ressuscitado, reunindo-se com os seus discípulos durante 40 dias. JESUS, ao ascender ao céu reafirma a promessa do ESPÍRITO SANTO, a fim de que os seus discípulos se encham do poder de DEUS para pregar e fazer missões. A trajetória da Igreja começa em Jerusalém (1.1–6.7); em seguida, temos a extensão do Cristianismo na Palestina (6.8–9.31) e conversão de Saulo de Tarso até a introdução do evangelho em Antioquia da Síria (9.1–11.19). Depois vem a campanha de Paulo na Galácia (13.14–16.6); a proclamação do evangelho na Europa (At 16.8–18.18); e a chegada de Paulo a Roma, a capital do Império Romano (19.21–28.31).
3. O valor de Atos. Sem o livro de Atos é impossível entender as epístolas paulinas. A origem da Igreja estaria envolta em mistério, e não teríamos a garantia do cumprimento das promessas de JESUS sobre a vinda do Consolador e nem saberíamos qual a experiência dos apóstolos com o ESPÍRITO SANTO, como foi a obra missionária, como a Igreja se expandiu pelo mundo. Essas narrativas são de inestimável valor para todas as gerações de cristãos. 

II. A PRIMEIRA VIAGEM 
1. Partindo de Antioquia. Barnabé foi o companheiro de Paulo na sua primeira viagem missionária, que durou cerca de dois anos (entre 46 e 48 d.C.) O objetivo deles era fundar igrejas. Começaram na ilha de Chipre; logo entraram no continente, passando por Perge e Panfília, indo imediatamente para Antioquia da Pisídia, na Galácia do Sul.
2. Antioquia da Pisídia. Nessa cidade Paulo e Barnabé começaram a pregar numa sinagoga (13.14). Uns creram e receberam a palavra, insistindo que Paulo retornasse no sábado seguinte para continuar o assunto. O número dos assistentes foi grande no sábado seguinte, e isso causou inveja nos judeus, resultando em perseguição. Paulo e Barnabé foram expulsos da cidade (13.42-46).
3. Listra, Icônio e Derbe. A cura de um coxo em Listra serviu como ponto de apoio para a pregação do evangelho (14.8-10). Depois disso Paulo e Barnabé foram para Derbe (14.20), e retornaram para o ponto de partida, visitando as igrejas em Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia (14.22) e estabelecendo obreiros nativos, frutos do trabalho missionário. 

III. A SEGUNDA VIAGEM
1. Objetivo da segunda viagem. Na Segunda viagem, Silas foi companheiro de Paulo. O objetivo era duplo, revisitar as igrejas da Galácia do Sul, que Paulo fundara juntamente com Barnabé na primeira viagem (15.36; 16.1-6; Gl 1.2), e abrir novas frentes de trabalho, ou seja, fundar mais igrejas locais (v.6). O apóstolo não pretendia ir para a Europa; sua intenção era ir para Ásia: “foram impedidos pelo ESPÍRITO SANTO de anunciar a Palavra na Ásia” (16.6). Depois Paulo intentou ir para a Bitínia, mas novamente foi impedido (16.7), sendo em seguida impulsionado a rumar para Troas. 
2. As igrejas europeias. O apóstolo Paulo visitou muitas cidades europeias do mundo grego, durante a sua segunda viagem. Aqui mencionamos apenas as cidades em que ele fundou igrejas. Em Filipos, começou a igreja na casa de Lídia (16.14,15,40); em Tessalônica, começou pregando numa sinagoga (17.1,2) e da mesma forma em Beréia (17.10-12). Em Atenas o trabalho começou numa sinagoga, e depois continuou nas praças e no centro acadêmico da cidade, o areópago (17.17-19). Em Corinto teve início na sinagoga, como sempre, depois teve de sair dela, e foi para a casa de Tito Justo, recebendo apoio de Crispo, principal da sinagoga, que creu no Senhor JESUS (18.4-8). Essa viagem durou cerca de três anos (entre 49 e 52 d.C.).

IV. TERCEIRA E QUARTA VIAGENS
1. A igreja de Éfeso. Seu propósito era visitar as igrejas para confirmar e fortalecer os discípulos (At 18.22,23). Fez o mesmo caminho da segunda viagem: Galácia do Sul, região frígio-gálata, chegando a Éfeso, onde havia estado no fim de sua segunda viagem, ainda que tenha permanecido não mais que três dias na cidade (18.19-21). Na terceira viagem encontrou um grupo de 12 novos convertidos, que conheciam apenas o batismo de João (19.1-7). Por essa cidade havia passado Apolo (18.24) que fora instruído por Áquila (18.26). Nessa oportunidade, o apóstolo ficou três anos na cidade (20.31). A viagem durou cerca de quatro anos (entre 53 e 57 d.C.). 
2. A cidade de Éfeso. Capital da província romana da Ásia, era a cidade mais importante da região e cruzamento de rotas comerciais. Nela estava o templo da deusa Diana (19.35), chamada pelos romanos de Ártemis, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Atualmente a cidade está em ruínas, e encontra-se localizada na região da Anatólia, Turquia. 
3. A viagem para Roma. Paulo partiu de Cesaréia Marítima como prisioneiro, pois havia apelado para César (At 25.11; 26.32). Foi uma viagem muito conturbada, por causa do mau tempo, e o apóstolo não perdeu a oportunidade: evangelizou os demais presos e a tripulação do navio que, em Malta, naufragou. Apesar dos danos materiais, ninguém pereceu. Nessa ilha, o apóstolo fundou uma igreja. Depois embarcou para Roma, aonde chegaria em 62 d.C. A viagem está registrada em Atos 27 e 28. 
4. Paulo em Roma. Enquanto aguardava a audiência com Nero, o apóstolo atendia os irmãos em casa alugada (At 28.30). A história de Paulo não termina aqui. O que se sabe, além da interrupção que Lucas faz de sua narrativa, são alguns detalhes que o apóstolo dá em suas cartas ou então por intermédio dos escritos dos Pais da Igreja. Seu caso foi examinado e ele foi absolvido. Nessa ocasião, se diz que ele cumpriu seu desejo de pregar na Espanha (Rm 15.28). Nas redondezas de Roma, fez um grande trabalho. 

V. MISSÕES MUNDIAIS
1. O campo missionário é o mundo. JESUS disse: “o campo é o mundo” (Mt 13.38). Ele não disse que o campo é Jerusalém, nem a Judéia, nem Roma, nem minha cidade e a tua. Infelizmente há ainda os que pensam que o “campo” é a sua cidade e por isso mostram-se não somente apáticos às missões, mas também se posicionam contra elas. Outros não são contra, mas não se esforçam, são acomodados. É dever de cada crente incentivar missões, orar pelos missionários e pelos que estão sendo enviados e contribuir financeiramente para o sustento dos missionários.
2. “Tanto em Jerusalém como em toda a Judéia” (v.8). JESUS não disse para primeiro pregar em Jerusalém, depois na Judéia, depois em Samaria e só então ser testemunha até “os confins da terra”, mas mandou pregar “tanto em Jerusalém como em toda Judéia, Samaria e até os confins da terra”. Isso fala de simultaneidade, do contrário o evangelho estaria ainda em Israel, confinado entre os judeus, pois JESUS mesmo disse: “porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do Homem” (Mt 10.23).

CONCLUSÃO
Como resultado das viagens de Paulo, surgiram igrejas na Ásia e Europa, e com elas apareceram as epístolas, que ocupam um terço do Novo Testamento, e o Cristianismo se tornou universal. Em Atos, portanto, estão registradas as viagens missionárias mais importantes da história do Cristianismo. É a receita de missões e de todas as atividades de um missionário. Por essas razões, de todos os livros da Bíblia, Atos é o livro de missões. 

 

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Missões Transculturais No Século XXI
 
INTRODUÇÃO
O terceiro milênio começa com 6 bilhões de habitantes e com 1.739 grupos étnicos no planeta. Os últimos dados estatísticos nos mostram que cerca de 33% dos moradores da terra ainda nunca ouviram falar de JESUS. O quadro é mais ou menos assim: 2 bilhões de pessoas seguem o Cristianismo, incluindo os cristãos nominais; 2 bilhões já ouviram falar de JESUS pelo menos uma vez e 2 bilhões nunca ouviram falar de JESUS. Que tipo de sociedade vamos encontrar no séc. XXI? Como alcançar essas etnias? É sobre isso que vamos estudar hoje.

I. PANORAMA MUNDIAL 
1. O fenômeno da globalização. A globalização é um fenômeno curioso que nos dá a impressão de uma padronização das culturas mundiais. Depois da queda do Muro de Berlim, marcando o fim da Guerra Fria em 1989, a globalização, ou mundialização, vem ganhando espaço, dinamizada principalmente pelos modernos sistemas de comunicação. À parte os efeitos colaterais, como o desemprego, não devemos negar que essa nova ordem mundial tem facilitado muito a vida do homem. Isso facilita também a evangelização e as missões, pois o evangelho é também uma mensagem globalizada; é universal, portanto para todos os povos (Mc 16.15; Ef 2.14-19; Cl 3.11). 
2. Perfil do mundo globalizado. Os aeroportos internacionais seguem um mesmo padrão, para que você se sinta em casa em qualquer país. O sistema de shopping centers também está padronizado em todo o mundo. Você não terá muita dificuldade em comprar roupa em qualquer parte do mundo, ainda que não fale sequer uma palavra em outra língua. Também não morre de fome, o sistema “fast food” (comida rápida) está em qualquer parte do mundo. Parece que o mundo vai diminuindo à medida que o tempo passa. Além desse mundo globalizado e secularista que não quer saber de JESUS, há um outro mundo que não tem acesso à globalização, que igualmente precisa de JESUS. 
3. Os pobres do terceiro milênio. O número deles chega a mais de 800 milhões; mais 10% da população da terra, segundo dados recentes da ONU. Ninguém pode negar que há mais recursos no mundo de hoje do que no mundo antigo. Isso deveria melhorar o mundo, mas a humanidade continua na miséria moral e espiritual. Tanto ricos como pobres estão clamando pelo pão do céu. Só JESUS pode dar sentido à vida; só Ele pode dar ao homem a alegria de viver. Os tempos e as coisas mudam, mas o sofrimento permanece atormentando os homens. 

II. OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
1. O avanço dos meios de comunicação. Atualmente o homem pode estar virtualmente presente em toda a parte do planeta; pode estar conectado em rede, tanto na Internet, como em sua própria residência através do sistema celular de telefonia. Pode acessar um terminal eletrônico para movimentar sua conta bancária de qualquer parte do mundo. Esses avanços têm revolucionado as indústrias e alterado profundamente a vida da sociedade. Isso já estava no cronograma divino “e a ciência se multiplicará” (Dn 12.4). Em função desses avanços, as igrejas têm reavaliado suas estratégias administrativas, os métodos de evangelização e de fazer missões. 
2. Os meios de comunicação no plano de DEUS. A Bíblia diz que as duas testemunhas mortas em Jerusalém serão vistas ao mesmo tempo pelos moradores da terra, como se fosse uma transmissão de imagens num noticiário (Ap 11.8-10). Na segunda vinda de JESUS, todo o olho o verá, até mesmo os judeus (Ap 1.7). Ora, se nem mesmo o sol pode ser visto ao mesmo tempo no Brasil e no Japão, como JESUS pode ser visto em toda a terra ao mesmo tempo? Ainda que não existisse uma explicação, poderíamos estar descansados: o poder de DEUS é infinito (Sl 147.4,5). O certo é que a Bíblia está falando dos meios de comunicação dos últimos tempos.
3. Os meios de comunicação a serviço de DEUS. DEUS permitiu e deu sabedoria aos homens a fim de que produzissem tais recursos para a expansão do seu Reino, assim como os recursos dos dias apostólicos foram usados por eles e para o bem-estar da humanidade, como indica a expressão paulina: “Fiz-me de tudo para com todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns” (v.22). Os recursos modernos são a maior ferramenta (em termos materiais, é claro) de que dispomos para a pregação 
do evangelho, pois permite que milhões de pessoas em todo o mundo ouçam ao mesmo tempo o evangelho: “a sua palavra corre velozmente” (Sl 147.15). 

III. A TRANSCULTURAÇÃO
1. O Cristianismo e as culturas. O Cristianismo não tem o objetivo de padronizar o mundo e nem destruir as culturas; sua mensagem, porém é universal. No dia do triunfo de CRISTO e da Igreja, cada povo ou etnia se apresentará louvando a DEUS na sua própria língua (Ap 5.9). Por isso o apóstolo Paulo disse que, sendo livre, se fez servo de todos, judeu para os judeus, sem lei para os sem lei (vv.19-22) a fim de ganhá-los para JESUS. Não é necessário destruir a cultura dessas 7.319 etnias para levá-las à fé cristã, porque o Cristianismo é transcultural. 
2. O respeito pelas outras culturas. Os missionários devem respeitar as culturas de cada povo. Barnabé sabia que a tradição judaica era mais uma forma de manter a identidade nacional, e que isso em nada implicaria na salvação dos novos crentes; portanto, não seria necessário observar o ritual da lei de Moisés (At 15.19,20). Convém lembrar que a importação de inovações para as nossas igrejas pode desrespeitar a nossa herança espiritual. Muitas coisas não servem para a nossa cultura, pois já temos a nossa identidade cultural, como igualmente esta pode não servir para outras etnias pela mesma razão.

IV. MUITAS TERRAS PARA CONQUISTAR PARA JESUS
1. Estatística missionária. Estamos iniciando o século XXI com 2.500 missionários transculturais brasileiros, de todas as denominações, em mais de 70 países de todos os continentes, com 13% deles na Janela 10/40. É muito pouco. No mundo todo, segundo dados do livro Intercessão Mundial, há 76.120 missionários protestantes estrangeiros num total de 138.492, incluídos os missionários que atuam em seus próprios países. Eis a estatística desse mundo globalizado, com todos os recursos disponíveis. Isso mostra o tamanho do nosso desafio. Esse número pode crescer muito mais; basta cada líder seguir a ordem de JESUS (At 1.8), com o apoio espiritual e financeiro dos crentes. 
2. O exemplo do apóstolo Paulo. O apóstolo era um judeu rico e culto que sacrificou as tradições de seus antepassados, deixando tudo para a salvação do maior números possível de almas (Fp 3.5-8), pois considerava a salvação dos homens mais importante do que sua identificação cultural como judeu. Todos os meios lícitos são válidos para conquistar os pecadores para o reino de DEUS. Paulo conhecia o mundo de sua geração e soube como conquistá-lo para JESUS. Aqui ele apresenta a receita; os princípios são os mesmos. 

CONCLUSÃO
O Reino de DEUS cresce à medida que os pecadores vão se convertendo ao Senhor JESUS. A Igreja é a única agência do Reino de DEUS escolhida pelo Senhor JESUS para levar a mensagem do evangelho a um mundo que perece por causa do pecado. Veja a grande importância da evangelização. Com isso você está dando continuidade ao trabalho que JESUS começou. Esse trabalho proporciona crescimento espiritual, aumenta a experiência com o Senhor JESUS, além das bênçãos prometidas aos que corresponderem ao chamado do Mestre (Jo 15.16).

 

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Povos Não Alcançados
 
INTRODUÇÃO 
Quando JESUS ordenou que se levasse o evangelho a todas as nações, referia-se também aos grupos étnicos. A palavra grega para “nações” ou “mundo”, usada nesse contexto missiológico, (Mt 24.14; 28.19, Lc 24.47) é ethnos, de onde vem a palavra “etnia”. A ordem não diz respeito meramente a países, mas aos diferentes grupos étnicos, que se acham nos países politicamente organizados, e estes estão em torno de 1.739.
 
I. JANELA 10/40
1. O que é a Janela 10 por 40? É a região onde habita 66% da população mundial, e ocupa 33% da área total do planeta, compreendendo 62 países. Os dois maiores países do mundo, em número de habitantes, encontram-se nessa área: China e Índia. Os dois juntos representam cerca de 33% da população da terra. Esta região estende-se desde o oeste da África até ao leste da Ásia, e é comparada a uma janela retangular, estando entre 10 e 40 graus ao norte da linha do equador. Todas as terras bíblicas encontram-se nessa janela. O apóstolo Paulo ultrapassou esses limites nas suas viagens missionárias (Rm 15.19). 
2. Características. É a área do mundo onde vive o maior número de povos não alcançados, predominando os seguidores do Islamismo, do Hinduísmo e do Budismo. O Islamismo está atingindo 1 bilhão de adeptos, o Hinduísmo, mais de 700 milhões. A Janela 10/40 é conhecida como o Cinturão de Resistência; nela se encontram as fortalezas de Satanás, pois 37 dos 50 países menos alcançados do mundo localizam-se nessa região. Nessa área, estão 82% dos mais pobres do planeta. Bilhões de pessoas são vítimas das enfermidades, misérias e calamidades. 

II. POVOS SEM PÁTRIAS 
1. Os curdos. São os descendentes de Elão, filho de Sem, filho de Noé (Gn 10.22). Os elamitas estavam presentes no Dia de Pentecostes (At 2.9). Atualmente a maioria está concentrada no Iraque e na Turquia. Lutam para reconstruir sua pátria; o que eles estão vivendo é o cumprimento da Palavra de DEUS (Jr 49.34-39). A palavra profética contempla, no v. 34, um final glorioso para esse povo. Sua evangelização tem sido um desafio para as igrejas, pois eles são muçulmanos. 
2. Os povos berberes rifenhos. São provenientes da região de Cirene, norte da África, terra de Simão, cireneu, mencionado nos evangelhos sinóticos (Mt 27.32; Mc 15.21; Lc 23.26); e de Lúcio (At 13.1). Estavam também presentes no Dia de Pentecostes (At 2.10). A maioria deles habita no norte da África, nas montanhas do Rife, região que vai do Marrocos até à Tunísia. De maioria muçulmana, sua maior concentração na Europa está em Amsterdã, Holanda. Falam o Tamazigh; o evangelho de João já foi traduzido nessa língua. Sua evangelização é um desafio para as igrejas devido a sua religião islâmica. 
3. Os indígenas brasileiros. Quando Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, em 1500, havia entre 5 a 6 milhões deles, divididos em cerca de 900 grupos étnicos. Foram dizimados impiedosamente pelos colonizadores. Hoje, 500 anos depois, eles estão reduzidos a 250 mil e a 221 grupos, sendo 41 desses grupos com mais de 1.000 membros e 56 com menos de 100 indígenas falando cerca de 185 línguas diferentes (dados de 1991). Sua evangelização constitui-se num desafio para todos nós, por causa das pressões dos sociólogos incrédulos, da imprensa e da grande variedade de línguas que dificulta prover literatura em sua língua. 

III. OS ADEPTOS DE SEITAS
1. O desafio das seitas. Onde quer que o missionário seja enviado, para qualquer parte do planeta, lá estarão as seitas. Os adeptos de seitas estão incluídos na lista dos grupos não alcançados, e sua evangelização é um desafio para a Igreja. Hoje há no mundo 10 religiões, além do Cristianismo, são elas: Judaísmo, Islamismo, Hinduísmo, Budismo, Confucionismo, Taoísmo, Xintoísmo, Jainismo, Sickismo e Zoroastrismo; e cerca de 10 mil seitas, sendo 6 mil delas na África e 1.200 nos Estados Unidos. Entre as seitas prolifera o Espiritismo, manifesto ou disfarçado, nas suas muitas ramificações. Vale ressaltar aqui o nosso lema: “Você está disposto a fazer pela verdade o que as seitas fazem pela mentira?” (Jd v.3). O que você está fazendo para a salvação desses povos e grupos não alcançados? (Pv 24.11). 
2. Como alcançá-las? Seus adeptos estão à nossa volta, mas requer-se dos crentes conhecimentos sólidos das doutrinas vitais do Cristianismo. Além disso, é necessário conhecer as crenças das seitas, seus argumentos e saber como refutá-los à luz da Bíblia (2 Tm 2.15; 1 Pe 3.15). Mesmo assim, o trabalho só terá êxito se for realizado na direção e capacitação do ESPÍRITO SANTO (Jo 16.8-11). Ainda são poucos os que se desprendem para tal tarefa. Geralmente são as pessoas que vieram dessas seitas que se preocupam com a evangelização de seus antigos irmãos.  

IV. OS MUÇULMANOS
1. Sua origem. Os muçulmanos são os adeptos do Islamismo. O termo “islamismo” vem da palavra árabe islão, que significa “submissão”; uma referência a sua obediência à sua divindade Alá. É uma religião fundada por Maomé (570-634 d.C.) na Arábia Saudita. Hoje são cerca de 1 bilhão de seguidores; a maioria na Janela 10 por 40. Para cada seis seres humanos no planeta um é muçulmano, dois são cristãos (incluindo os cristãos nominais), um já ouviu falar de JESUS pelo menos uma vez, e dois nunca ouviram falar de JESUS. 
2. O grande desafio à Igreja. A evangelização dos muçulmanos é um dos maiores desafios da Igreja, isso porque nenhuma religião do mundo odeia tanto a cruz de CRISTO como o Islamismo; e além disso, ensinam seus adeptos a opor-se ao Cristianismo. O islão não é apenas uma religião, mas também um sistema político, social, econômico, educativo e judicial. A sociedade muçulmana exige estrita fidelidade por parte dos seus cidadãos. A opinião do indivíduo conta pouco; o que a comunidade pensa é muito mais importante. O comportamento de um indivíduo é controlado de tal maneira pela sociedade que quase não resta espaço para uma ação independente. É por isso que o muçulmano não está habituado a tomar decisões pessoais, como aceitar o evangelho, crendo em CRISTO como o seu Salvador.
3. Suas crenças. Negam a Trindade, a divindade de JESUS; afirmam que JESUS não é o Filho de DEUS; negam sua morte na cruz; ressaltam que não é necessário alguém morrer pelos pecados de outrem e rejeitam a doutrina do pecado original. Apesar de serem monoteístas, professando sua crença em Alá como único DEUS e em Maomé seu profeta, negam e atacam os fundamentos do Cristianismo. O conceito deles sobre cada doutrina do Cristianismo é distorcido e antibíblico. Eram poucos os cristãos na Arábia, nos dias de Maomé. Além disso, o Cristianismo daquela região, de maioria nestoriana, não era bíblico. Isso explica o fato de Maomé haver pensado que a Trindade se constituísse de Pai, Filho e Maria (Alcorão, Sura 4.171; 5.72.73), em vez de Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO (Mt 28.19; 2 Co 13.13).
4. O Alcorão. Nós temos a Bíblia e eles o Alcorão. Os muçulmanos nunca puderam provar ser o seu livro de origem divina. Suas declarações são meramente dogmáticas, baseadas na autoridade que seus adeptos lhe atribuem. O certo é que a Bíblia e o Alcorão se opõem um ao outro. O Alcorão nega a morte de JESUS; diz que Ele não foi crucificado (Sura 4.157); ao passo que toda a Bíblia fala de sua morte, tanto em termo de profecia (Gn 3.15; Is 53), como de figuras, ver o sacrifício de Isaque (Gn 22); ilustrações (Hb 9.9-11), e sua historicidade nos Evangelhos e o seu significado nas epístolas (1 Co 15.3). O fato é confirmado também pela história (Josefo e Tácito).  

CONCLUSÃO
A história da Igreja é marcada pelos desafios. Oramos 70 anos para que DEUS fizesse ruir a Cortina de Ferro (os países comunistas) e DEUS ouviu a nossa oração. Depois de tudo isso perguntamos: “O que estamos fazendo nesses países?” Infelizmente, muito pouco. Restam ainda a China, a Coréia do Norte e Cuba. Apesar de o evangelho estar sendo pregado nesses países, não deixa de ser mais um desafio para a Igreja. A Janela 10/40 ainda é um dos maiores desafios missionários da atualidade. Por isso todos os crentes devem orar, contribuir, apoiar e inteirar-se das necessidades dos trabalhos missionários direcionados para essa região do planeta. 
 

 

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A IGREJA E AS MISSÕES TRANSCULTURAIS

A visão do papel transcultural da igreja. Teologia Sistemática Pentecostal - CPAD

Segundo Atos 1.8, sua visão não pode circunscrever-se à comunidade local, mas deve ampliar-se até as últimas fronteiras do planeta. O texto transmite a ideia de simultaneidade. Enquanto a igreja evangeliza a cidade, seus olhos pousam mais além e vêem terras mais distantes que estão brancas para a ceifa (Jo 4.35).

Vemos o mesmo conceito de modo cristalino na visão de João. Ali a expres­são “de toda tribo, e língua, e raça e nação” (Ap 5.9) implica na proclamação simultânea do Evangelho até os confins da terra. A linguagem enfática determina que ninguém poderá ficar de fora. Todos os povos deverão ser alcançados. Assim o Cuia Prático de Missões define Missões Transculturais:

O prefixo “trans” vem do latim e significa “movimento para além de”, “através de”. Portanto, em linhas gerais, missões transculturais é transpor uma cultura para levar a mensagem do Evangelho. Esta mensagem não pode se restringir a uma só cultura, mas tem alcance abrangente, em todos os quadrantes da terra, onde quer que haja uma etnia que ainda não a tenha ouvido.5

E interessante que o número quatro aparece de forma implícita. Na Bíblia, ele é símbolo de totalidade. Isto implica em afirmar, com absoluta segurança, que a doutrina de missões é bíblica, mesmo que este termo não apareça nas Escrituras. Assim como a Trindade não é mencionada no texto sagrado de forma explícita, o          cristão bíblico não duvida de que ela se constitui numa verdade doutrinária. A mensagem salvífica, portanto, tem como alvo o mundo em sua globalidade.

Para tornar ainda mais séria a responsabilidade, o termo “nação”, que aparece em Apocalipse 5.9 e também em Mateus 28.19, vem do grego ethnos, cujo sentido é diferente da ideia geopolítica de países como são atualmente constituídos. Aqui significa povos na sua essência étnica, envolvendo cultura, dialeto, tradições, modus vivendi, visão de mundo e outras particularidades.

Sob esse ponto de vista, há pelos menos doze mil povos espalhados no mundo, e todos, sem exceção, estão incluídos no plano da redenção. Não basta olhar os países, que somam hoje aproximadamente 240, mas cada “tribo, e língua, e raça, e nação”. Esta é a forma pela qual DEUS vê o mundo. A visão de Isaías sobre a missão messiânica e, por conseguinte, da igreja é clara: “... também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra” (Is 49.6; cf. At 13.47).

A transculturação, neste caso, significa encontrar em cada cultura os ins­trumentos adequados para proclamar de forma clara, aceitável e consciente a mensagem do evangelho. Há na Bíblia elementos da cultura judaica que não foram transplantados para o Cristianismo. O preparo do missionário, de igual modo, implica em ele saber que não lhe cabe transplantar no país onde exercerá o seu ministério elementos da cultura de seu país de origem que só ali fazem sentido.

Sabemos que os princípios da Palavra de DEUS são absolutos, inalteráveis e universais, assim como os elementos químicos da água. No entanto, pode-se servi-la em copos diferentes. Para exemplificar, cabe aqui a clássica expressão do famoso evangelista hindu Sadu Sudar Sing: “A água da vida deve ser servida ao povo hindu em copo hindu”. Isto é transculturação. E saber discernir em cada cultura aquilo que é bíblico, antibíblico e extrabíblico.

A visão que revela o cumprimento da missão da igreja sobre a Terra. A visão do Apocalipse implica em afirmar a dupla grandeza da missão da igreja.

Os anjos gostariam de ter assumido esta tarefa, mas coube ao povo de DEUS a singular oportunidade de abrir as portas da salvação para os perdidos da Terra. Nen­huma instituição desfruta deste privilégio. Só a igreja (I Pe I.I0-I2).

Trata-se de tarefa gigantesca alcançar cada “tribo, e língua, e povo, e nação” em seu próprio meio cultural antes que JESUS venha. Para executá-la só há uma forma: mobilização total e prioridade absoluta. Nenhuma atividade, por mais importante que seja, poderá subtrair tempo e recursos dedicados à evangelização mundial. Agir deste modo é subtrair, também, as bênçãos de DEUS sobre a igreja.

Ou se quer, de fato, ouvir o clamor do mundo, ou então a igreja estará como os contemporâneos de Ninrode: construindo torres para ajuntar-se e alegrar-se à sua volta, esquecendo-se das almas que perecem nas últimas fronteiras do mundo (Gn

I.I-6). Dizer que faltam recursos é uma aleivosia. Por outro lado, a tecnologia, hoje, põe o mundo dentro de casa. Assim sendo, resta apenas agir... e rápido.

Todavia, a visão de João traz uma boa notícia: A igreja não falhará. Ela cumprirá a sua missão, custe o que custar, nem que seja preciso vir o vento forte da perseguição para espalhar os seus membros pelo mundo. Impulsionada pelo poder do ESPÍRITO SANTO, a igreja começa a mover-se em todas as direções para que o mundo todo saiba que JESUS CRISTO é o Senhor que se revela agora como Salvador, mas um dia Ele assentar-se-á no trono do Universo para julgar os vivos e os mortos.

Se não for assim, a visão de João terá sido uma fraude. Mas ela é a eterna e infalível Palavra de DEUS. Portanto, naquele dia, diante do Cordeiro, a Igreja será formada por pessoas fiéis — compradas pelo seu sangue — de “toda tribo, e língua, e povo, e nação”, que se tornarão reis e sacerdotes para DEUS “e reinarão sobre a terra”. O cresci­mento universal da igreja, no entanto, gera tensões decorrentes de seu lado humano. Uma é o crescente denominacionalismo.

 

 

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Missionário James Hudson Taylor (1832-1905)

 

James Hudson Taylor (1832–1905).

“Que o DEUS de nosso Senhor JESUS CRISTO, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos” (Ef 1.17,18). 

 

Hudson Taylor, missionário inglês que viveu na China por 51 anos. Foi o fundador da “China Inland Mission” (Missão no Interior da China), responsável pelo envio de mais de 800 missionários para aquele país, onde começaram 125 escolas resultando na conversão à fé cristã de 18.000 pessoas e o estabelecimento de mais de 300 estações de trabalho, contando com cerca de 500 colaboradores locais em todas as dezoito províncias.

 

Testemunho de Fé.

Por saber que deveria depender totalmente de DEUS para o seu sustento diário na China, Hudson muitas vezes colocava-se em situações para provar sua própria fidelidade e confiança em DEUS. Ele vivia basicamente se alimentando de aveia e arroz, e grande parte do seu salário ofertava para a obra do Senhor. Certo dia, quando evangelizava os pobres, um homem lhe pediu que fosse orar por sua esposa que estava morrendo em casa. Ao chegar ali, viu uma casa cheia de crianças passando fome, e a mãe que estava muito enferma. Compadecido daquela situação, depois de orar, tirou do seu bolso a única moeda que tinha, o sustento da semana, e ofereceu ao casal. Milagrosamente, naquele mesmo dia, alguém lhe procurou e trouxe um envelope cheio de dinheiro. Esta experiência ensinou a Hudson Taylor que DEUS era o seu provedor. 

 

Hudson Taylor foi notado como um dos europeus mais influentes na China do século XIX, não só por seu trabalho evangelístico entre aquele povo, como também por sua liderança e engajamento na campanha da CIM contra o comércio do Ópio.

 

Frases Memoráveis.

“Confie nisso, a obra de DEUS feita da maneira de DEUS nunca terá falta do suprimento de DEUS”. 

 

“A Grande Comissão não é uma opção a ser considerada, é um mandamento a ser obedecido”.

 

“Não são os grandes homens que transformam o mundo, mas sim os fracos e pequenos nas mãos de um grande DEUS”.

 

Pr. José Rodrigues Filho

 

 

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MISSÕES NAS RELIGIÕES ANTIGAS

1. Os pagãos. As religiões do antigo Oriente Médio eram tribais. Não há registro de que um adepto de Astarote, divindade dos sidônios; ou de Milcom, dos amonitas (1 Rs 11.5), ou ainda de qualquer outra divindade, haja levado sua mensagem para os adeptos de outros deuses, pois tais religiões eram algo mais de caráter cultural do que espiritual. Os pagãos entendiam que a cada povo bastava o seu deus. 

2. O Judaísmo. Apesar de o Judaísmo não adorar a um DEUS tribal, não é uma religião missionária, nem proselitista. Mas o Antigo Testamento, que os judeus acatam como a Palavra de DEUS, assevera que toda a terra é do SENHOR (Êx 19.5; Sl 24.1). Por conseguinte, DEUS tem o direito de reinar sobre todas as nações e de proclamar seus juízos e a sua salvação. Com exceção de Jonas, os profetas do Senhor sempre eram enviados ao seu próprio povo, e, em seus escritos, encontramos mensagens de advertências, ameaças e também de bênçãos para as nações vizinhas. 
3. Os prosélitos no Novo Testamento. Eram gentios convertidos à fé judaica (At 2.10; 6.5; 13.43). Parece que havia empenho das autoridades judaicas do primeiro século no proselitismo (Mt 23.15). O prosélito submetia-se a três coisas: fazer a circuncisão, oferecer um sacrifício e submeter-se ao batismo. No batismo, o local não podia conter menos que 300 litros de água e todo o corpo devia ser tocado pela água. A pessoa tinha de rapar o cabelo, cortar as unhas e pôr-se desnuda. Ainda na água, lia uma parte da Lei, e fazia a confissão de fé, diante de três testemunhas — uma espécie de padrinhos. Em seguida, recebia as palavras de consolo e de bênção. Quando saía das águas batismais, já era membro da família de Israel. Era o batismo deles. Hoje os rabinos fazem sérias objeções aos gentios que desejam se converter ao Judaísmo. Eles se empenham, acima de tudo, em 
trazer de volta para o Judaísmo seus próprios irmãos: os judeus não religiosos. 

4. Profecias cumpridas. Há no Antigo Testamento vislumbres missionários, de profecias que se cumpriram no Novo Testamento. A mensagem de Gn 12.3: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” era a promessa de DEUS para salvar os gentios (Gl 3.8). Isso está ainda mais claro no profeta Isaías: “As ilhas aguardarão a sua doutrina” (42.4). Ou: “E, no seu nome, os gentios esperarão”, conforme a Septuaginta, citada em Mt 12.21. Isso também é visto em Os 1.10; 2.23, citado em Rm 9.25,26. O Cristianismo é a primeira religião missionária do mundo.

 

O ENVIADO DO PAI

1. Missionário. O conceito de “missão” no contexto bíblico teológico é “enviar” e vem da palavra grega apostolos. Esse vocábulo é usado no Novo Testamento para designar os doze apóstolos: “e escolheu doze deles, a quem deu o nome de apóstolos” (Lc 6.13). É também usado para os enviados como embaixadores ou missionários da Igreja (2 Co 8.23; Fp 2.25). A Igreja Ortodoxa Grega desde o princípio usava o vocábulo apostolos para designar seus missionários. Já os nossos termos linguísticos “missão” e “missionário” vem do latim “mitto”, que quer dizer enviar, mandar.
2. O enviado de DEUS. JESUS é chamado de apostolos no Novo Testamento grego: “Considerai a JESUS CRISTO, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão” (Hb 3.1). DEUS enviou o seu Filho ao mundo (v.17), o Filho enviou seus discípulos ao mundo (Jo 20.21), o Pai e o Filho enviaram o ESPÍRITO SANTO para dar poder à Igreja em sua missão de buscar os perdidos da terra (Lc 24.49; At 1.8). A Bíblia diz que JESUS veio ao mundo para salvar os pecadores (1Tm 1.15). Essa, portanto, foi a missão na terra do missionário por excelência. 

3. JESUS é singular. Basta uma lida nos Evangelhos para deixar qualquer um perplexo. A perfeição e a singularidade que encontramos na vida e ministério de JESUS são algo nunca visto na história. Não procurava status e associava-se com os pecadores: publicanos e prostitutas (Mt 11.19; 21.31,32); embora santo, perfeito e impecável, foi submetido aos nossos sofrimentos e provações. Rompeu barreiras geográficas, culturais, étnicas e religiosas (Mc 7.24-27; Jo 4.9). Eis o modelo de missionário: JESUS é de todos e para todos; é o único Salvador do mundo; é dever nosso levar o seu nome para as nações (Lc 24.47; At 1.8). 

 

 

 

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A IGREJA E A COLHEITA DE ALMAS PARA O REINO DE DEUS

 

Muitos são os modelos adotados pelas igrejas locais no propósito de cumprir a missão primordial da igreja; ganhar e acolher as almas no aprisco. Diga-se de passagem, nenhum modelo humano é perfeito e jamais pode ser apresentado como a “única” e definitiva fórmula para o crescimento de uma igreja. Isso é sectarismo.

Todavia, há uma lição básica que aprendemos na Bíblia; e esta sim legítima e perfeita na propagação do Remo de DEUS. Ê a lei da semeadura e da colheita, que sugere estratégias eficientes que podem ser adotadas para uma ação de grandes e abençoados resultados.

A igreja e o princípio da semeadura. Essas estratégias estão implícitas no episódio da passagem de JESUS por Samaria, que serviu para ensinar aos discípulos a importância da ceifa no contexto da igreja. Rumando em direção ao Norte (Jo 4.3), o Mestre deixara a região desértica de Israel e entrara na parte agricultável do país. Ali, tendo como cenário os campos plantados, aguardando a hora da colheita, uma cidade foi alcançada em apenas dois dias, com as boas novas do Reino (Jo 4.39-42).

Com esse quadro fértil diante dos olhos, faltando, ainda, quatro meses para a ceifa, CRISTO aproveitou a oportunidade para mostrar que a colheita do evangelho é sempre urgente. Não pode ser protelada (Jo 4.35).

Outra lição que também se extrai do episódio é a necessidade de conhecimento para uma boa semeadura, que resulte em abundante colheita, principalmente em Israel, onde havia bastante escassez de água, com o país cortado por colinas ro­chosas e excesso de pedras nas áreas férteis. Isso obrigava os agricultores a serem criativos, cavando reservatórios para reter as águas das chuvas (2 Cr 26.10) e descobrindo técnicas propícias ao cultivo, como o uso da lei da gravidade para que as águas reservadas chegassem aos campos plantados.

Hoje, a modernização da tecnologia permite que Israel e países com a agricultura desenvolvida disponham de sistema de irrigação comandados por computadores, mediante o qual cada semente recebe — milimetricamente — todos os dias, na hora certa, a quantidade de água necessária para frutificar. Nem mais nem menos.

Além do conhecimento (Mt 16.2,3), que se aperfeiçoa a cada dia, a semea­dura produtiva requer um bom preparo da terra. Nos tempos bíblicos, lavrava-se a terra com arados de madeira ou ferro, os quais eram puxados por juntas de bois, conduzidas pelo lavrador (I Rs 19.19-21). Atualmente, equipamentos sofisticados fazem o mesmo trabalho, ganhando tempo e baixando os custos de produção.

A plantação, por sua vez, requer boa escolha de terra e clima adequados à espécie que se deseja plantar. Há plantações apropriadas ao clima frio e a regiões montanhosas, enquanto outras só frutificam em climas tropicais e terreno plano. Cada espécie, por conseguinte, exige uma forma de sementeira e cultivo para que os resultados sejam mais proveitosos. Ou seja, não se faz a semeadura a esmo, de modo dispersivo, como se estivesse simplesmente cumprindo uma obrigação enfadonha. Não é jogar os folhetos na rua e esperar que “floresçam”. E preciso mais do que isso.

Em sua passagem por Samaria, JESUS aplicou todos os recursos possíveis para obter uma boa colheita.

Ele buscou o coração da mulher samaritana, cujo estado moral propiciava um bom terreno para plantar a semente do evangelho.

O Mestre não iniciou seu diálogo fazendo críticas a ela, mas usando como ponto de contato a sua ida ao poço de Jacó para apanhar água, preparando assim a “terra” para tomar frutífera a mensagem.

Ele tratou com ela, passo a passo, até que estivesse pronta para crer em sua messianidade.

JESUS a viu como um instrumento capaz de impactar os samaritanos com a fé, em virtude de seu estado anterior à conversão (Jo 4.1-30).

O resultado foi uma boa colheita para o Reino de DEUS, na cidade de Sicar, de cuja semeadura os discípulos não participaram, porém estavam agora recebendo os méritos da ceifa (v.38).

A igreja e as implicações da semeadura. A lição ensinada pelo Mestre implica em a igreja compreender o sentido de urgência da semeadura. Ele poderia chegar à Galileia, seu destino final naquela ocasião, por outras vias de acesso. Até mesmo para evitar a hostilidade dos samaritanos, rivais milenares dos judeus (Jo 4.9). Sua passagem por Samaria, todavia, não foi obra do acaso, e sim fruto de uma decisão amadurecida (Jo 4.4) de quem vê o mundo como um imenso campo a ser urgentemente lavrado, semeado e ceifado (Mt 13.38). Ele viu ali uma necessidade e tomou a decisão de passar por lá para supri-la.

Quando se fala em semeadura, a ideia ficaria incompleta se não se pensasse em colheita. A Bíblia é rica em ilustrações que revela tratar-se de etapas que se completam. Não basta lavrar a terra e semear. Ê preciso colher. Trata-se de um erro pregar e largar ao abandono a sementeira.

Enfatizam-se muito os resultados qualitativos, e estes, de fato, não po­dem ser esquecidos. A qualidade do que se faz é, em si, uma boa forma de atrair as pessoas. Mas os resultados quantitativos contam, sim, para o Reino de DEUS (SI 126.5,6). A colheita tinha tanta importância na vida do povo de Israel que as primícias eram consagradas a DEUS, como ato de gratidão (Lv 23.9-14).

A igreja preparada para a colheita. Diante do exposto, verifica-se que a igreja precisa estar preparada não só para a semeadura, mas também para a colheita. Isso implica ter um projeto de vida integrado, que tenha por objetivo obter resultados eficientes em seu trabalho. O que inclui planejamento, estrutura, preparação e ação.

Como pensar, por exemplo, numa grande colheita se não há depósitos suficien­tes para guardar os grãos? Esta, sem dúvida, foi uma das primeiras providências de josé, quando assumiu o posto de governador do Egito (Gn 41.46-49).

A título de reflexão, como funcionam os departamentos de cada igreja local? Eles estão integrados a uma filosofia de trabalho implantado pela igreja, ou cada um age como se fosse um feudo de propriedade particular por falta de um projeto de vida? A Escola Bíblica Dominical cumpre a sua missão como a principal agência de ensino da igreja, ou existe apenas para constar no orga­nograma? A Secretaria de Missões está inserida na execução de um programa missionário da igreja, ou desenvolve projetos de sua particular iniciativa, em razão de esta se desobrigar de suas responsabilidades?

Outra pergunta para reflexão: A abertura de novas congregações é feita à luz de um planejamento que mobilize a igreja para a nova semeadura, ou apenas cumpre a rotina de reuniões vazias que não impactam a comunidade?

Por outro lado, como desenvolver um programa de evangelização dos drogados, se depois a igreja não sabe como recuperá-los? Como buscar as prostitutas nos prostíbulos, se depois não há como integrá-las à vida social? Como tirar os mendigos das ruas, se depois não há como restaurá-los? Afinal, depois de convertidos, eles não desejarão continuar debaixo das marquises e, sim, abrigar-se em algum lugar para serem curados até que possam viver uma vida normal.

Em síntese, os resultados de uma boa lavoura só aparecem quando as três fases do processo se completam: semear, cultivar e colher (I Co 3.5-9). Seria algo como ganhar as almas, discipulá-las e integrá-las na vida da igreja.

Organizar-se, portanto, é bíblico. Planejar também o é. Preparar-se para a colheita muito mais. E executar o que foi planejado é a tarefa primordial. Esta­mos no tempo da semeadura e da colheita. Ela é simultânea. Muitas vezes uns semeiam, enquanto outros colhem. O trabalho, no entanto, precisa ser feito.

Esse é o projeto de vida da igreja para o qual todas as suas forças precisam ser mobilizadas. A igreja ideal é uma meta. Muitas não chegaram, ainda, a esse padrão, mas perseverar em buscá-lo é um dever, para que o Reino de DEUS seja recebido nos corações humanos e, assim, a Igreja — com todos os seus santos — possa ao final desta era adentrar ao seu destino final.

 

 

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REVISTA CPAD 4º TRIMESTRE 2023 NA ÍNTEGRA

 

Escrita Lição 1, CPAD, A Grande Comissão, Um Enfoque Etnocêntrico

 

 

TEXTO ÁUREO

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.”

(Mc 16.15)

 

 

VERDADE PRÁTICA

A ordem imperativa de JESUS aos seus discípulos aponta para a universalidade da pregação do Evangelho no mundo.

 

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 9.37,38

A seara é a grande e são poucos os ceifeiros

Terça - Rm 15.20

Esforçando-se para pregar onde CRISTO não foi anunciado

Quarta - Lc 24.49; At 1.8

Cheios do ESPÍRITO para cumprir a Grande Comissão

Quinta - Gn 3.15; 6.11-14; Gn 12.3

DEUS deseja alcançar os povos do mundo inteiro

Sexta - At 9.15; 16.5; 22.14,15,21

A missão da Igreja de expandir o Reino de DEUS em todas as nações

Sábado - Lc 24.46-49

Arrependimento para o perdão dos pecados

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 28.19,20; Marcos 16.15-18

Mateus 28

19 - Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO;

20 - ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!

Marcos 16

15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

17 - E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;

18 - pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.

 

 

HINOS SUGERIDOS: 132, 431, 541 da Harpa Cristã

 

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

O tema deste trimestre é a obra missionária. Estudaremos a seguinte temática: "Até os Confins da Terra: Pregando o Evangelho a Todos os Povos até a Volta de CRISTO". Veremos que a obra de Missões envolve evangelização local e transcultural, bem como a formação de missionários. Nesta primeira lição, trataremos Missões sob um enfoque etnocêntrico, ou seja, a relação da Grande Comissão com as Missões Transculturais.

Para tratar desses e outros assuntos, contaremos com o auxílio do pastor Wagner Gaby, líder da Assembleia de DEUS em Curitiba (PR), conferencista, advogado, escritor de obras da CPAD, entre elas: As Doenças do Século, Planejamento e Gestão Eclesiástica, Relações Públicas para Líderes Cristãos e As Parábolas de JESUS, todas publicadas pela CPAD.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Conceituar "A Grande Comissão"; II) Explicar Missões Transculturais; III) Afirmar a visão global do Evangelho no mundo.

B) Motivação: Você já ouviu falar na expressão "Grande Comissão"? Essa expressão traz consigo uma ideia de comissionamento para algo, ou seja, um chamado a desempenhar uma ação. Aqui, percebemos que a Grande Comissão de JESUS para nós tem a ver com Missões Transculturais e, a partir daí, desenvolvemos uma percepção global na causa do Evangelho. Que tal você começar a pensar em um país específico que poderia ser alcançado pelo Evangelho de CRISTO?

C) Sugestão de Método: Como introdução ao tema geral deste trimestre, e com o auxílio de sites especializados ou livros de História de Missões, traga um panorama de Missões ao longo dos séculos. Mostre como o Evangelho chegou às nações ao longo dos séculos. É muito importante que seus alunos tenham uma noção clara do desenvolvimento da história das Missões Transculturais no mundo.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Esta primeira lição nos convida a meditar a respeito da universalidade de nossa responsabilidade missionária, o compromisso fiel com a evangelização e o discipulado no mundo. Que possamos nos comprometer com a causa do Evangelho em nosso bairro, cidade, estado, país e no mundo.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 95, p.36, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "A Tarefa Missionária é Bíblica", localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito da Grande Comissão da Igreja de CRISTO; 2) O texto "O Chamado para o discipulado", ao final do tópico três, amplia a reflexão a respeito da tarefa da Igreja de CRISTO na obra de evangelização mundial.

 

PALAVRA-CHAVE - Etnia

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

I – A GRANDE COMISSÃO

1. O que é a Grande Comissão

2. A questão cultural

3. A ordem de fazer discípulos em todas a nações

4. A eficácia e os objetivos da Grande Comissão

II – MISSÕES TRANSCULTURAIS

1. Conceito

2. Visão transcultural da Bíblia

3. Barreiras nas Missões Transculturais.

III – VISÃO GLOBAL DO EVANGELHO NO MUNDO

1. Evangelização e Discipulado

2. Arrependimento e capacitação do ESPÍRITO

 

INTRODUÇÃO

Neste trimestre, estudaremos a respeito da obra missionária. É um convite a refletir sobre o imperativo de nosso Senhor JESUS para pregar o Evangelho a toda a criatura. Por isso, nesta primeira lição, nosso propósito é esclarecer a respeito da Grande Comissão, conceituar e desenvolver o tema das Missões Transculturais e apresentar uma visão global da mensagem do Evangelho no mundo. Veremos que missões é uma ordem divina e que DEUS conta com cada crente para dizer “sim” à obra que Ele iniciou por intermédio de seu Filho, o Senhor JESUS CRISTO.

 

I – A GRANDE COMISSÃO

1. O que é a Grande Comissão

É o mandamento do Senhor para a sua Igreja proclamar o Evangelho a todas as nações. Esse mandamento tem rastros no Antigo Testamento (Is 45.22; cf. Gn 12.3) e está fundamentado no Novo (Mt 9.37,3828.19At 1.8). Dessa forma, a Grande Comissão pode ser melhor compreendida como uma ordem pós-ressurreição de JESUS CRISTO dada aos seus discípulos (Mt 28.18-20Mc 16.15-20Lc 24.46-49Jo 20.21-23At 1.4,5,8). A respeito dela, James Hudson Taylor, missionário inglês na China por 51 anos, disse: “A Grande Comissão não é uma opção a ser considerada. É um mandamento a ser obedecido”.

 

2. A questão cultural

O “Ide” de JESUS significa também atravessar fronteiras. Nesse caso, anunciar o Evangelho em uma cultura diferente é o grande desafio da obra missionária. Logo, não devemos desprezar a cultura de um povo a quem pretendemos evangelizar, nem lhe impingir a nossa (1 Co 1.1,2). Entretanto, a cultura de um povo deve ser avaliada e provada pelas Escrituras. Se por um lado a cultura é rica em beleza e bondade, pois o homem foi criado à imagem e semelhança de um DEUS bom e amoroso; por outro, em consequência da Queda, ela foi manchada pelo pecado e, em parte, dominada por ações demoníacas. Portanto, estejamos prontos a pregar o Evangelho além de nossas fronteiras! Preparemo-nos para esse desafio!

Se por um lado, a cultura é rica em beleza e bondade, pois o homem foi criado à imagem e semelhança de DEUS; por outro, em consequência da Queda, ela foi manchada pelo pecado e, em parte, dominada por ações demoníacas.”

 

3. A ordem de fazer discípulos em todas a nações

A palavra “nação” é a tradução do termo ethnos, que se refere a grupos étnicos e não primariamente a países. Um país é uma nação politicamente definida, já a etnia é um povo culturalmente definido com uma língua e uma cultura próprias. De acordo com alguns missiólogos, há no mundo 24.000 etnias. Quase a metade desse total ainda não foi evangelizada. Será que isso não nos comove? Há milhões de pessoas que ainda não ouviram o Evangelho de CRISTO. É urgente e imperioso o clamor do apóstolo Paulo: “Esforçando-me deste modo, por pregar o evangelho, não onde CRISTO já foi anunciado” (Rm 15.20 – NAA).

 

4. A eficácia e os objetivos da Grande Comissão

Para ser eficaz e cumprir os seus objetivos, a Grande Comissão deve ser executada por pessoas cheias do poder do ESPÍRITO SANTO (Lc 24.49; At 1.8), pois é Ele que convence a pessoa do pecado (Jo 16.8), regenera o pecador (Tt 3.5) e capacita os homens a confessarem JESUS como Senhor (1 Co 12.3). Nesse sentido, a Igreja estará pronta para atingir os seguintes objetivos da Grande Comissão: 1) Proclamar o Evangelho em palavras e ações a toda criatura; 2) Discipular os novos convertidos, tornando-os fiéis seguidores de CRISTO; 3) Integrá-los espiritual e socialmente na igreja local, a fim de que cresçam na graça e no conhecimento por intermédio da ação do ESPÍRITO SANTO em sua vida, desfrutando sempre da comunhão dos santos.

 

SINÓPSE I

A Grande Comissão é um chamado para anunciar o Evangelho a cada criatura e em qualquer lugar.

 

Auxílio Missiológico

“A Tarefa missionária é bíblica

[...] O que se aplica a missões é certamente aplicável ao missionário. Não somos enviados como missionários meramente para propósitos de amizade ou para demonstrar a singularidade dos cristãos no corpo de CRISTO. Essas são verdades preciosas e pertencem ao domínio da genuína vida cristã, mas somos enviados principalmente para compartilhar com o mundo os grandes benefícios do cristianismo. Somos testemunhas de CRISTO; somos embaixadores de CRISTO; somos pregadores do Evangelho de DEUS e portadores da mensagem de DEUS para a humanidade. Nossa mensagem está contida em um livro, a Bíblia. Felizmente, suportamos o desdém do mundo por sermos pessoas de um Livro, os mensageiros de uma mensagem antiga. O desafio de um cristão é ser um ‘missionário’, um ‘enviado’, comissionado pelo ESPÍRITO SANTO através da igreja (At 13.4) para ser testemunha de CRISTO e proclamar a mensagem revelada do ato redentor de DEUS em CRISTO JESUS. Isso, claro, requer um conhecimento absoluto da mensagem como é encontrada na Bíblia, e uma familiarização íntima e pessoal com CRISTO” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.195).

 

II – MISSÕES TRANSCULTURAIS

1. Conceito

O prefixo trans vem do latim e tem o sentido de “movimento para além de” e “através de”. Em linhas gerais, Missões Transculturais são transpor uma cultura para levar a mensagem do Evangelho. Essa mensagem não pode se restringir a uma cultura somente, mas alcançar todos os quadrantes da Terra, onde quer que esteja uma etnia que ainda não tenha ouvido falar das Boas-Novas.

 

2. Visão transcultural da Bíblia

Quando se fala em missões transculturais, a Bíblia Sagrada é o padrão a ser seguido. O Antigo Testamento registra a revelação de um DEUS missionário. Em pelo menos três ocasiões específicas, no livro de Gênesis, Ele tratou com toda a humanidade e não somente com uma nação (Gn 3.15; 6.11-14; Gn 12.3). Nesse sentido, Missões Transculturais têm esse mesmo apelo e são parte fundamental da missão da Igreja, pois esta é uma agência executiva de missões. DEUS não escolheu outra instituição, por mais poderosa financeiramente que seja para esse empreendimento. Entretanto, Ele escolheu a sua Igreja, estabelecendo-a na Terra com a missão de expandir seu reino para todas as nações (At 9.15; 16.5; 22.14,15,21; 26.16-18).

 

3. Barreiras nas Missões Transculturais.

Há barreiras complexas para a evangelização do mundo e a Igreja precisa conhecê-las e preparar-se para realizar sua tarefa missional. As barreiras são inúmeras. Vejamos: a) Barreiras geográficas: novas nações e novas culturas; b) Barreiras culturais: valores de vida, costumes e hábitos; c) Barreiras econômicas: diferenças de moeda e comércio; d) Barreiras linguísticas: as línguas nativas; e) Barreiras religiosas: Islamismo, ateísmo, materialismo, secularismo etc. Os apóstolos enfrentaram essas mesmas barreiras. Mas, na força do ESPÍRITO SANTO, o Evangelho saiu de Jerusalém e alcançou os “confins da Terra”. Esse mesmo ESPÍRITO está com a Igreja do presente século para confirmar a nobre missão de proclamar o Evangelho.

 

SINÓPSE II

As Missões Transculturais passam pelo desafio cultural dos povos nativos.

 

III – VISÃO GLOBAL DO EVANGELHO NO MUNDO

1. Evangelização e Discipulado

Em Mateus 28.18-20, percebemos uma ênfase em “fazer discípulos”. Ora, fazer discípulos é uma ordem baseada na relação de um mestre com o seu discípulo. Nessa ordem está subentendido que a missão não se dá em apenas um ato, um momento. Fazer discípulo, conforme as Escrituras, demanda tempo. Nosso Senhor passou pelo menos três anos forjando o caráter dos seus discípulos. Por outro lado, em Marcos 16.15-20, percebemos uma ênfase na “proclamação” e no “anúncio”. A tarefa missional leva em conta a proclamação pública do Evangelho ao mesmo tempo em que atua na formação permanente do novo convertido. Evangelização e discipulado não são excludentes, mas duas faces da mesma missão.

 

2. Arrependimento e capacitação do ESPÍRITO

 

Na Missão Transcultural, a mensagem missionária tem de levar em conta o apelo ao arrependimento para o perdão dos pecados (Lc 24.46-49). Esse apelo deve estar sob a autoridade de JESUS, que tem por objeto “sermos [suas] testemunhas”, no poder do ESPÍRITO SANTO, “tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8). Nesse sentido, devemos estar prontos para anunciar a mensagem de JESUS sob a capacidade do ESPÍRITO SANTO, conforme lemos em Atos dos Apóstolos, rogando que os pecadores se arrependam e creiam no Evangelho (Mc 1.15).

 

SINÓPSE III

A proclamação do Evangelho leva em conta a evangelização, o discipulado, o arrependimento e a capacitação do ESPÍRITO.

 

Auxílio Missiológico

“O Chamado para o discipulado

A disciplina cristã é um ideal bíblico para o qual todo cristão é chamado. Ele está implicado na vida exemplar de CRISTO e em seu chamado: ‘Sigam-me’. Ele está implícito no programa de treinamento que o Mestre realizava com seus seguidores. Ele está explícito na ordem de nosso Senhor como expressa na Grande Comissão e registrado em Mateus 28.18-20. ‘Fazei discípulos’ é certamente central na comissão, enquanto que ir, batizar e ensinar são os caminhos e métodos para fazer discípulos. A disciplina cristã está implícita na salvação por meio de CRISTO e deve, portanto, ser ensinada claramente e pregada enfaticamente assim como praticada humilde e sinceramente. O conceito de discipulado cristão foi estudado previamente” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.329).

 

CONCLUSÃO

Temos um grande desafio em Missões Transculturais: alcançar o mundo inteiro com a mensagem genuína do Evangelho. Por isso, como Igreja de DEUS, somos chamados a sair “de Jerusalém” em perspectiva de alcançar os “confins da Terra”. Há muitos povos neste mundo para serem alcançados, de sorte que DEUS conta com cada crente comprometido com a causa do Reino de DEUS. É um imperativo do Reino nos perguntarmos a respeito do que estamos fazendo para que “a água da vida” sacie a sede dos que estão sedentos por vida eterna ao redor do mundo. O pecador depende do envio do Corpo de CRISTO para ouvir de nós as Boas-Novas de salvação.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que é a Grande Comissão?

É o mandamento do Senhor para a sua Igreja proclamar o Evangelho a todas as nações.

2. Cite pelo menos dois objetivos da Grande Comissão.

Proclamar o Evangelho em palavras e ações a toda criatura; 2) Discipular os novos convertidos, tornando-os fiéis seguidores de CRISTO.

3. Cite pelo menos duas barreiras em Missões Transculturais.

Barreiras geográficas: novas nações e novas culturas; b) Barreiras culturais: valores de vida, costumes e hábitos.

4. O que percebemos em Mateus 28.18-20?

Em Mateus 28.18-20, percebemos uma ênfase em “fazer discípulos”.

5. O que a mensagem missionária tem de levar em conta nas Missões Transculturais?

Na Missão Transcultural, a mensagem missionária tem de levar em conta o apelo ao arrependimento para o perdão dos pecados (Lc 24.46-49).

 

VOCABULÁRIO

Impingir: dar com força; obrigar a aceitar algo; impor; constranger.