18 junho 2023

Escrita Lição 1 - A Igreja diante do Espírito da Babilônia, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

 Lição 1 - A Igreja diante do Espírito da Babilônia, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

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TEXTO ÁUREO
“E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra.” (Ap 17.5)

  

VERDADE PRÁTICA
A igreja deve resistir ao “espírito da Babilônia” presente no cenário atual. Isso deve ser feito por meio do compromisso inegociável com a autoridade da Palavra de Deus.

 

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Na 3.4 A idolatria como símbolo da prostituição espiritual
Terça - 2 Ts 2.4,9,10 O Anticristo, por meio de Satanás, fará oposição a Cristo Jesus
Quarta - 2 Tm 4.3 O relativismo cultural contra a doutrina e a autoridade bíblicas
Quinta - Is 5.20 A busca pela desconstrução da ética e da moral cristãs
Sexta - Mt 24.35 A Palavra de Deus é a verdade absoluta e imutável
Sábado - Mc 13.33 Aguardando a volta de Cristo em constante oração e vigilância


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Apocalipse 17.1-6
1 - E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas,
2 - com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição.
3 - E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia e tinha sete cabeças e dez chifres.
4 - E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, adornada com ouro, e pedras preciosas, e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição.
5 - E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra.
6 - E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.

 

 

COMENTÁRIOS DIVERSOS – SUBSÍDIOS

  COMENTÁRIOS BEP - CPAD

17.1 UM DOS SETE ANJOS... FALOU COMIGO, DIZENDO-ME. Os capítulos 17,18 retratam a queda da grande Babilônia (Ap 16.19). (1) A Babilônia (v. 5) simboliza a totalidade do sistema mundial dominado por Satanás, que promove a iniquidade na política, na religião e no comércio (ver Jr 50.1; Ap 51.1-64). (2) Babilônia será totalmente destruída durante os últimos três anos e meio desta era. A Babilônia religiosa (i.e., a prostituta) será destruída pelo anticristo (vv. 16,17), ao passo que a Babilônia política será destruída por Cristo na sua vinda (Ap 19.11-21).
17.1 GRANDE PROSTITUTA. Trata-se da Babilônia religiosa, e abrange todas as religiões falsas, inclusive o cristianismo apóstata. Na Bíblia, os termos prostituição e adultério, quando empregados figuradamente, normalmente denotam apostasia religiosa e infidelidade a Deus (Is 1.21; Jr 3.9; Ez 16.14-18; Tg 4.4), e significam um povo que professa servir a Deus enquanto, na realidade, adora e serve a outros deuses.

Note o nítido contraste entre a grande prostituta e a esposa do Cordeiro (Ap 19.7,8).

A prostituta é súdita de Satanás; a esposa é súdita de Cristo. Satanás veste a prostituta (v. 4); Deus veste a esposa do Cordeiro (19.8). A morte eterna é a porção da prostituta; a glória eterna é o destino da esposa.

Concernente a esta falsa religião:

(1) A prostituta rejeitará o evangelho de Cristo e dos apóstolos, o poder da piedade (2 Tm 3.5; 4.3; Mt 24.24). (2) Ela se alinhará com os poderes e a filosofia de "Babilônia", i.e., o estilo de vida do mundo com sua imoralidade (v. 2; Ap 3.16). Os poderes político e religioso se unirão para apoderar-se do controle espiritual das nações (v. 18). (3) Seus líderes perseguirão os verdadeiros seguidores de Cristo (v. 6). Ela será uma miscelânia de religiões e credos, sem preocupação com a doutrina bíblica. Seu principal interesse estará na conquista das massas e na adoção dos seus sistemas, valores e objetivos religiosos. Ela se tornará "morada de demônios, e abrigo de todo espírito imundo" (Ap 18.2; cf. Is 47.12,13). (4) A todos os verdadeiros crentes se lhes ordena que saiam de "Babilônia", para que não sejam condenados com ela. (5) Deus fará com que o anticristo a destrua (ver v. 16).
17.2 OS QUE HABITAM NA TERRA. O verdadeiro parentesco da grande prostituta (ver a nota anterior) não é com Cristo, mas com o mundo. (1) Os hipócritas e os falsos profetas obtêm sucesso como resultado da sua doutrina, porque ela induz a sociedade mundana a unir-se a ela. Os falsos sistemas religiosos permitem que seus membros professem que são de Deus e ao mesmo tempo pratiquem adultério. (2) Transigência com o poder político e tolerância com a injustiça são suas características. Como prostituta, essa igreja apóstata negocia sua influência com o mundo sem vacilar (18.3).
17.3 UMA BESTA DE COR ESCARLATE. Esta besta é o futuro governo mundial, a Babilônia política, que apoia a falsa organização religiosa mundial (para comentários sobre "as sete cabeças", ver v. 10  sobre os "dez chifres", ver v. 12).
17.4 UM CÁLICE DE OURO. Este cálice cheio de "abominações", mas externamente atraente, revela a condição espiritual da igreja apóstata dos últimos dias (cf. Mt 23.27,28). Essa igreja do cálice de ouro oferecerá ao povo, tanto as coisas de Deus, como a satisfação carnal, i.e., um cristianismo pervertido, que ensina aos seus adeptos a prática da imoralidade e ao mesmo tempo lhes diz que são aceitos por Deus.
17.5 BABILÔNIA. O nome "Babilônia" provém de "Babel", que simboliza a religião falsa, a feitiçaria, a astrologia e a rebelião contra Deus (Gn 10.8-10; 11.4; Is 47.13).
17.6 SANGUE DOS SANTOS. Naqueles dias, a religião falsa, aliada ao sistema político mundial, perseguirá a todos que verdadeiramente se dedicarem a Cristo e à fé bíblica.
17.8 A BESTA QUE... JÁ NÃO É, E HÁ DE SUBIR DO ABISMO. Alguns interpretam este versículo presumindo ser o Anticristo uma pessoa que já viveu em algum tempo da história, mas que agora está morta, e que no futuro subirá do abismo, permanecendo na terra por um certo período e, por fim, será destruída (cf. vv. 8-11; Ap 19.20). Outros relacionam o versículo com a declaração de João, em Ap 13.3.


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A Terra e o Seu Povo - Dicionário Bíblico Wycliffe

 

Babilônia (pais) está situada na planície aluvial entre os rios Tigre e Eufrates, na. extremidade leste do Crescente Fértil na Ásia Ocidental. Com apenas 65 quilômetros de extensão, ela abrange aproximadamente 20.000 quilômetros quadrados, e é quase do tamanho de New Jersey, nos Estados Unidos. A cidade da Babilônia (q.v.) era a sua capital, e o país era chamado de “terra de Sinar” (Gn 10.10; 11.2; Is 11.11) e de “terra dos caldeus” (Jr 24.5; 25.12; Ez 12.13). Ela faz fronteira ao norte com a Assíria; a leste, com as planícies ao pé dos montes Zagros; ao sul, com o Golfo Pérsico e, a oeste, com o Deserto Árabe, do qual está separada apenas por uma estreita faixa. Os depósitos de lodo, carregados pelo Tigre e pelo Eufrates em seus cursos em direção ao Golfo Pérsico, estendem a área em aproximadamente 24 metros a cada ano, ou 2,4 quilômetros a cada século. Alguns estudiosos acreditam que a taxa de depósito tenha sido muito maior na antiguidade.

O clima é extremamente quente no verão. A temporada de chuva continua de novembro a fevereiro, mas a soma de toda a chuva durante estes meses é inferior a 250 milímetros. A fertilidade do solo era fantástica. Duas colheitas a cada ano e colheitas de 50 a 100 vezes o número de sementes plantadas não eram fatos desconhecidos na antiguidade. Canais de irrigação, bem dispostos e adequadamente cuidados, eram adicionados à produtividade do solo, que era enriquecido anualmente pelo lodo trazido aos vales pelas inundações anuais do Tigre e do Eufrates. Alguns autores antigos chamaram a Babilônia da cesta de pães do mundo, ,e berço da civilização - o local do Jardim do Éden. Entretanto, a negligência do cultivo por um longo período trouxe à Babilônia um árido deserto. Apenas os aterros e as valas visíveis atestam a presença e os cursos daqueles antigos canais de irrigação tão vitais para as abundantes plantações que, outrora, preenchiam a planície babilônica. A estimativa recente da população dessa área é de 7 milhões de pessoas, mas ela poderia abrigar 50 milhões utilizando todo o potencial do Tigre e do Eufrates.

O trigo era a principal safra, enquanto o gergelim também era cultivado. As tamareiras foram introduzidas pela Arábia, provendo aos habitantes; vinho, vinagre, mel, açúcar, farinha para cozer, esteiras para trabalhos de vime, madeira para a construção e até mesmo alimento para engordar bois e ovelhas. Q homem podia viver quase que exclusivamente do fruto da tamareira. As canas que cresciam ao longo dos canais do rio eram usadas na construção de barcos e para cercar os campos.

Os sistemas aos canais praticamente uniam o Tigre ao Eufrates, e se tomavam meios de transporte assim como fontes de irrigação. Um deles era chamado de “o canal real” e unia os dois rios com água suficientemente profunda e extensa para transportar grandes embarcações. A tradição afirma ser este o canal construído por Ninrode, enquanto outros estudiosos e críticos o atribuem a um rei babilônio. O Salmo 137.1-2 fala dos rios (canais) da Babilônia. Leões, panteras, chacais, raposas, javalis selvagens e bois selvagens vagavam pelos pântanos, enquanto bois domesticados, carneiros, cabras, jumentos e cães serviam às necessidades do homem no serviço doméstico. Os elefantes, os jumentos selvagens e os camelos também eram conhecidos.

Visto que as pedras eram extremamente escassas na planície aluvial, e as tamareiras eram de qualidade inferior para fins de construção, a maioria das cidades na Babilônia foi construída em morros com o uso de tijolos secos ao sol e pelos calcinados em forno, feitos do barro abundante encontrado em toda parte. Os tijolos variavam consideravelmente em tamanho e muitos deles eram estampados com o nome do rei para cujo uso eles eram feitos, o que ajuda consideravelmente a decidir a cronologia e a história de muitas estruturas. Os tijolos calcinados em forno eram usados para dar acabamento à camada exterior de construções públicas e em importantes estruturas ae alicerce; por causa de sua resistência às intempéries, eles duravam mais do que os tijolos secos ao sol. As pedras eram importadas quando necessário para monumentos especiais ou para outras necessidades de construção.

Nos primeiros períodos, o pais era dividido entre os acádios ao norte, e os sumérios ao sul. A cidade da Babilônia, Borsipa, Quis, Kutha, Sippar e Acade (fundada por Sargão I) eram cidades acádias; Ur (o lar do patriarca Abraão), Eridu, Nippur, Lagash, Umma, Larsa e Ereque eram cidades sumárias Algumas dessas cidades datam de 4000 a.C., sendo possivelmente até mais antigas.

Os sumérios falavam uma língua aglutinativa (como a língua turca) que pertence a um grupo não especificado de línguas chamado, por conveniência, de turaniano. Eles desenvolveram uma escrita cuneiforme, originada de uma forma de escrita pictográfica anterior. A língua falada pelos babilônios pertence ao grupo das línguas semíticas do norte, e está relacionada com o fenício, o aramaico e o hebraico. Ela foi chamada de cuneiforme a partir do termo cuneus, do latim - “cunha”; esta era a forma dos sinais que vinham do estilo (ou “buril”) usado para formar os símbolos, A escrita corria da direita para a esquerda sem espaços entre as palavras. A escrita era, geralmente, feita em tábuas de barro, praticamente indestrutíveis quando assadas. Assim, extensos registros da Mesopotâmia têm sido preservados e grandes coleções têm sido descobertas pelos escavadores. Os acádios - embora tenham derrotado os sumérios - tomaram emprestada a sua forma de escrita, modificaram- na e tornaram-na a base de todas as formas de escrita cuneiforme, que continuaram existindo até um século antes da era cristã.

A origem do povo sumério é incerta. Alguns estudiosos vêem na raiz smr a raiz básica sm (shem) com um complemento fonético “r”, e assim consideram que eles são descendentes de Sem, sendo deste modo realmente um povo semítico. Pelos monumentos que eles deixaram, nota-se que seus traços faciais assemelham-se com os asiáticos, e das árvores e animais retratados em seus brasões cilíndricos, tem sido conjeturado que eles vieram das montanhas do norte e do leste. Seus trabalhos com metais e joias marchetadas nunca se sobressaíram.

 

Desenvolvimento Histórico - Dicionário Bíblico Wycliffe

 

A princípio, as cidades da Babilônia eram reinos independentes - cidades-estados. Mas, finalmente, centros de dinastia começaram a surgir para proteger a área de invasores e para organizar o indispensável sistema de irrigação. Em aprox. 2500 a.C., Ur estabeleceu uma hegemonia sobre grande parte da região Suméria. Sargão I de Acade, em aprox. 2350 a.C., criou, em um sentido Teal, um império semítico quando derrotou todas as cidades sumérias e fundou a cidade de Acade (ou Agade) como a primeira capital do Império Semítico. Sua dinastia continuou até aprox. 2200 a.C.

Entre os primeiros conquistadores da Babilônia estavam os gutianos e os amorreus. Hamurabi (no século XVIII a.C.), um amorreu, liderou a Babilônia em uma campanha vitoriosa contra as cidades vizinhas e a transformou na capital de um império político. Sua administração era excelente, grandes trabalhos de caráter público foram instituídos, a lei e a ordem prevaleceram, e Hamurabi imortalizou sua fama através da codificação das leis que ficaram conhecidas como o código de Hamurabi. Esse era um código legal que protegia os interesses dos nobres e favorecia os interesses das classes superiores. Muitos estudos comparativos dos códigos hebreus e dos de Hamurabi têm sido feitos. Embora pareça haver muitas semelhanças, as diferenças são maiores do que as semelhanças. A lei hebraica foi única em seu elevado monoteísmo, em sua rejeição à administração da justiça de acordo com a classe social das pessoas, e em seu conceito de lei moral.

 

Depois que a dinastia Hamurabi chegou ao fim no século XVI a.C., a Babilônia não figurou mais de forma expressiva na história mundial, até que o império caldeu de Nabucodonosor (século VI a.C.) tornou-se o terror da Asia ocidental.

 

A Religião Babilônica - Dicionário Bíblico Wycliffe

 

Com a ascensão da supremacia da cidade da Babilônia, Marduque, o patrono da cidade, tornou-se a principal divindade do panteão babilônico, Uma festa de ano novo chamada de festa “akitu” era realizada anualmente em sua honra, na qual uma batalha simulada entre o rei e o dragão das profundezas era encenada repetidamente para comemorar a primitiva vitória de Marduque sobre o caos. O propósito da festa era anunciar o ano novo com um ritual para assegurar paz, a prosperidade e a felicidade por todo o ano.

Outras divindades adoradas pelos babilônios eram Anu, deus do céu; Enlil, deus do vento e da terra; Ea, deus do submundo - juntos, eles formavam uma tríade de divindades. Outra tríade importante era Sin, o deus- sol de Ur, e Harã, os primeiros abrigos da família de Abraão; Sarnas, a divindade do sol; e Istar, deusa do amor e da guerra, equivalente à Astarte dos fenícios, Astarote mencionada da Bíblia, e Afrodite dos gregos. Outras divindades significativas foram Nabu, o deus da escrita e Nergal (irmão de Marduque), o deus da guerra e da fome. Veja Falsos deuses.

Os deuses da Babilônia eram, em sua origem, personificações das várias forças da natureza. A religião babilônica era, dessa forma, uma adoração à natureza em todas as suas partes, prestando homenagem a seres super- humanos que eram ao mesmo tempo amigáveis e hostis, com frequência representados por formas humanas, animais, ou híbridas. Nenhuma divindade era todo-poderosa - nem mesmo as principais das várias tríades de divindades. Cada uma delas tinha uma província sobre a qual governava. Na verdade, cada grande cidade possuía sua própria divindade à qual seus habitantes prestavam homenagens. As divindades eram criadas a partir de materiais existentes no mundo, e estavam sujeitas à ordem natural. Algumas divindades morriam como o homem. Os deuses que alcançavam alguma ascensão representavam as expressões babilônias do desejo que o homem tem de transcender o padrão da ordem natural. Abaixo das divindades estava o mundo dos demônios, que eram dotados de várias qualidades e características, mas de influência limitada.

As divindades eram adoradas em vários templos, muitas vezes em torres-templo. As torres-templo (zigurates) eram estruturas imponentes, erguendo-se em enormes níveis, um acima do outro, construídos quase que completamente com tijolos sólidos e acesso feito por meio de uma escadaria externa. Muitas dessas torres-templo tinham três ou quatro pavimentos de altura, com bases extremamente largas. No topo da estrutura havia um relicário no qual ficava uma imagem da divindade à qual a torre-templo era dedicada. Alguns zigurates foram construídos de forma que os ângulos retos fossem orientados de acordo com os pontos cardeais. Estas torres-templos dominavam as casas vizinhas e eram mais imponentes do que os palácios reais.

Para cada templo estava vinculado um sacerdócio treinado e altamente organizado dedicado à adoração ao seu deus e à preservação dos rituais e do conjunto de tradições. Os sacerdotes eram remunerados com as ofertas regulares e com a renda que vinha das terras do templo, as quais lhes eram doadas. O papel do sacerdócio na Babilônia era mais elevado do que aquele que era exercido na Assíria. A Babilônia era uma sociedade teocrática, governada pela ordem sacerdotal que sancionava uma monarquia. Esta era subordinada à ordem religiosa, mas suficientemente poderosa para executar a lei que regulava a sociedade babilônica.

Muitos trechos grandiosos de literatura vieram da Babilônia. Além do código de lei de Hamurabi, há histórias da Criação e do Dilúvio encontradas em Nipur. E, em outras partes, lê-se a história da descida de Istar para o Hades.

A influência babilônica em assuntos particulares hebreus teve seu ponto mais elevado durante o período do Exílio, Muitas famílias hebreias do cativeiro estiveram envolvidas em transações comerciais na região de Nipur, conforme declarado em tábuas ali encontradas, e o sistema monetário da Babilônia influenciava o sistema monetário dos hebreus. É bastante provável que o movimento das sinagogas tenha se desenvolvido entre os hebreus no exílio Babilônico, e que o espírito do judaísmo, nascido nesse período, tenha sido levado por Esdras, o escriba, da Babilônia para Jerusalém.

Durante os primeiros séculos cristãos, o talmude babilônico foi criado nas escolas hebreias dentro e ao redor de Nehardea, Pumbeditha e Sura. Estas escolas no final foram extintas, e o centro do judaísmo deslocou-se para a Palestina e para a Europa.

 

BABILÔNIA

Uma antiga cidade-estado situada em ambas as margens do rio Eufrates na terra de Sinar (mais tarde chamada de Caldéia), aprox. 65-80 quilômetros ao sul da atual Bagdá, e 480 quilômetros ao norte do Golfo Pérsico. Seu nome foi derivado do acádio babilu - “porta de Deus”. Ela, por fim, tornou-se a capital do Império Babilônico, e o nome foi usado no AT para designar tanto a cidade quanto o país.

Os primórdios da cidade não são claros, com exceção da passagem bíblica que atribui a fundação da Babilônia aos descendentes de Cuxe e aos seguidores de Ninrode (Gn 10.8- 10). De acordo com a tradição grega, Belus (o babilônio Bel ou Merodaque) foi o seu fundador. Escavações arqueológicas revelaram a presença de uma cultura Suméria dentro e ao redor <ia Babilônia que precede a civilização acádio-semita.

 

Descrição. Muitos escritores antigos relataram o tamanho, o esplendor, e a importância da Babilônia. Embora exista uma certa divergência em relação ao verdadeiro tamanho da cidade, todos estão de acordo quanto à sua magnitude e influência. Como as pedras eram escassas na área, e a qualidade da madeira (em grande parte, palmeiras) era inferior, a cidade foi construída com tijolos feitos de depósitos de barro de suas vizinhanças (cf. Gn 11.3, “E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume, por cal”). Heródoto, o historiador grego que visitou Babilônia depois da conquista de Ciro, enquanto ela ainda preservava grande parte de seu esplendor original, relatou que a cidade era um enorme quadrado cujo perímetro chegava a 90 quilômetros. Ele também se referiu ao enorme fosso que circundava os muros duplos da cidade. Esses muros eram muito altos, e muito largos (cf. Jr 51.58). No alto dos muros havia câmaras, uma de frente para a outra, com um espaço entre elas que permitia que uma carruagem de quatro cavalos desse a volta e mudasse de direção. Os portões - em um total de 100, sendo 25 de cada lado, todos com portas chapeadas de bronze - atravessavam os muros da cidade (cf. Is 45.2). As ruas da cidade eram dispostas de forma regular tão simétrica quanto um moderno projeto norte-americano de desenvolvimento. Casas de três e quatro andares delineavam as ruas planejadas. As duas metades da cidade eram ligadas por uma ponte constituída com pilastras de pedra cobertas com plataformas móveis de madeira. Majestosos palácios, fortemente vigiados, ficavam nas duas extremidades da ponte, e um túnel sob o rio ligava os palácios.

Uma outra estrutura famosa na cidade era o templo de Belus, descrito por Heródoto como ocupando uma das praças que dividiam a cidade. Esse templo foi muito ampliado e embelezado por Nabucodonosor. Berosso, o historiador babilônico nos dias de Alexandre, escreveu a sua história da Babilônia a partir das inscrições dos muros do templo. A torre-templo ou zigurate era dedicada a propósitos astronômicos, pelos quais os babilônios eram famosos. O primeiro eclipse solar registrado foi observado com precisão na Babilônia em 721 a.C.

O palácio de Nabucodonosor também adornava a cidade da Babilônia, assim como os Jardins Suspensos. Diziam que ele fora construído por Nabucodonosor para agradar sua esposa Amytis, que sentia uma forte saudade das colinas e bosques de sua terra natal. Esses jardins foram considerados uma das sete maravilhas do mundo antigo.

A famosa Avenida Processional ia da Porta de Istar até o templo de Istar (esta deusa era comparável a Astarote do AT), e até o templo de Esagila. Os dois lados da ma eram alinhados com leões em tamanho real, e dragões em relevo pintados em tijolos esmaltados.

 

Governadores. O primeiro governador famoso da Babilônia foi o amorreu Hamurabi (aprox, 1728-1686 a.C.), o sexto rei da poderosa “Primeira Dinastia da Babilônia”. Especialmente conhecido pelo código de leis que leva o seu nome, ele também estendeu as fronteiras de seu império até Mari, no Norte. Um repentino ataque heteu pôs fim a essa dinastia logo depois de 1.600 a.C. Os cassitas do nordeste ocuparam o país por vários séculos, governando de Dur Kurigalzu (a moderna *Aqarquf), alguns quilômetros a oeste de Bagdá. Desde a época em que Tukulti-Ninurta I (1235-1198 a.C.) aprisionou a Babilônia, ela esteve periodicamente sob o domínio dos assírios, até a morte de Assurbanipal no final do século VII a.C. Em 626 a.C., Nabopolassar declarou-se rei da cidade e esta, dominada por seu filho Nabucodonosor II (605-562 a.C.), alcançou seu apogeu mais glorioso. Merodaque ou Marduque, suposta divindade protetora da cidade, tornou-se, com o gradual crescimento da Babilônia e sua supremacia na região, a divindade chefe do panteão babilônico. No AT, Marduque é chamado de “Bel”. Ele é retratado simbolicamente em monumentos como um dragão flamejante.

 

A Babilônia e a Bíblia. Mencionada, juntamente com o país da Babilônia, mais de duzentas vezes na Bíblia, a cidade da Babilônia desempenhou um importante papel na vida dos hebreus. Abraão trouxe consigo, em sua peregrinação, proveniente dessa área: a língua, a cultura e a fé, que deixaram certa influência sobre o estilo de vida dos hebreus. Babilônia, juntamente com a Assíria, constantemente influenciavam o desenvolvimento da nação hebraica. E ela serviu como um segundo Egito, em influência, sobre a vida e o pensamento hebraico através do forçado Exílio Babilônico que se seguiu à queda de Jerusalém e ao colapso do estado de Judá. Merodaque-Baladã, governador da Babilônia no século VIII a.C., trocava correspondências com Ezequias, rei de Judá (2 Rs 20.12-19; Is 39,1-8); e Daniel e seus três companheiros hebreus foram prisioneiros dos babilônios na capital (Dn 1-5).

Os textos em Isaías 13-14; 21.1-10 e Jeremias 50-51 falam da queda que Babilônia sofreria. Eles a descrevem como um evento impressionante pela extensão de seu impacto sobre as nações civilizadas. Ela se tornaria um amontoado de ruínas, uma nação devastada. Segundo antigos registros mesopotâmicos, primeiro Senaqueribe sitiou a cidade e a inundou através de canais para se vingar de sua insurreição. Ciro o Grande, Dario Histaspe, Xerxes (que infligiu penalidades à cidade per suas rebeliões, destruindo palácios, templos e muros em aprox. 480 a.C.), e finalmente Alexandre o Grande, conquistaram a cidade. Alexandre planejou restaurar a cidade e fazer dela a capital de seu império, mas este plano não foi realizado por causa da sua morte precoce. Então, em 312 a.C., Seleuco Nicátor fundou e fortaleceu a Selêucia, situada à frente do Tigre, próxima à cidade da Babilônia, e transferiu a sede do império para esta cidade. A partir daí, a cidade aa Babilônia declinou rapidamente e nunca mais recuperou a condição de cidade. No início da era cristã, apenas um pequeno grupo de astrônomos e matemáticos estava vivendo na cidade. Muitas das cidades na vizinhança, como Hilla, usaram os tijolos secos ao sol e os secos ao forno da outrora grande cidade para construir novos muros, casas e represas, exatamente como havia sido profetizado (Is 13.19-22; Jr 50.23-26; 51.24-26). Deste modo, a cidade da Babilônia serviu apenas para a construção das novas cidades. Consequentemente, é provável qne as referências do NT à Babilônia em Apocalipse 14.8; 16.19; 17.18 refiram-se à cidade de Roma. Tertuliano, Jerônimo e Agostinho compreenderam muito bem estas referências. Uma teoria menos provável é que a referência à Babilônia em 1 Pedro 5.13 tinha em vista um lugar no Egito, hoje localizado no Cairo Antigo.

Escavações. O trabalho arqueológico mais importante na Babilônia foi liderado por Robert Koldewey, que escavou para a Sociedade Alemã do Leste, de 1899 a 1914. Uma vez que as camadas das primeiras ocupações do local hoje se encontram debaixo a’água, quase tudo que é encontrado é datado da época de Nabucodonosor. Embora a cidade toda tenha sido completamente arruinada, a expedição conseguiu formar um quadro bastante preciso da planta da cidade, e esboçar os seus principais edifícios. F. E. Y.

 

 BABILÔNÎA MISTÉRIO - Dicionário Bíblico Wycliffe

 Uma expressão usada nas Escrituras (Ap 17.5,7; cf. 18.2,10) para tipificar o paganismo em uma percepção geral, como é visto por Deus. Em certas passagens do AT, o conceito da Babilônia desenvolve-se dentro de uma figura típica para o orgulho, e das forças deste mundo que desafiam a Deus (Is 13-14; 21.1-10; 47; Jr 50-51). No NT, ela é, ainda mais claramente, um tipo de panteísmo formado por uma síntese do cristianismo e do paganismo; isso é indicado simbolicamente na descrição da mulher montada na Besta (Ap 17.1ss.). A designação “mistério” não significa algo não revelado, mas, antes, algo revelado do céu para todos aqueles que irão ouvir e ler, ainda que só possa ser entendido pelos crentes em Cristo e com o auxílio do Espírito Santo.

Algumas versões traduzem o termo “mistério* (Ap 17.5) como um “significado secreto”, indicando que a “Babilônia” é designada de forma simbólica. A Roma da época de João (cidade, império, civilização, adoração ao imperador) foi a incorporação contemporânea da Babilônia. Roma foi construída sobre sete colinas (Ap 17.9), e “nomes de blasfêmia” (Ap 17.3) ou títulos divinos foram dados aos imperadores romanos. As prostitutas romanas habitualmente mostravam os seus nomes em suas frontes (Ap 17.5). Porém a Babilônia é mais do que a Roma histórica. Ela mostra antecipadamente o sistema eclesiástico apóstata do final dos tempos (Ap 17; 19.2), assim como o poder político do Anticristo (Ap 14.8; 16.19; 18.10-24).

Ela é um reino demoníaco, a habitação de demônios e o abrigo de todo espírito imundo (Ap 18.2). Esta Babilônia é claramente considerada a sucessora do reino pagão denunciado nos livros proféticos do AT, e o eco das canções ameaçadoras dos profetas acerca da Babilônia pode ser ouvida em Apocalipse 17-18 (Ap 17,1,15 com Jr 51,13; Ap 17,2,4; 18.3,9 com Jr 51.7; Ap 18.2 com Is 21.9; 13.21-22; Ap 18.5 com Jr 51.9; Ap 18.7 com Is 47.7,8; Ap 18.8 com Is 47.9; Ap 18.21 com Jr 51.63,64).

R. A. K. e J. R.

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Lição 1 - A IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO DA BABILÔNIA - Subsídios para as Lições Bíblicas Adultos do 3º Trimestre de 2023 - CPAD
Prezado(a) professor(a), a copiosa paz do Senhor! Durante este trimestre, a partir do estudo das Lições Bíblicas Adultos, editada pela CPAD, veremos como o “espírito da Babilônia” está presente na sociedade atual em constante oposição à Igreja do Senhor. A Lição deste trimestre tem como título A Igreja de Cristo e o Império do Mal: Como Viver Neste Mundo Dominado pelo Espírito da Babilônia. A Palavra de Deus nos revela que o espírito do Anticristo já opera neste mundo e nada tem a ver com Cristo. Embora o homem da iniquidade só se revele no tempo determinado por Deus, é possível perceber a atuação do mal com frequência na sociedade em que vivemos. Nosso papel como Igreja é resistir às investidas do império das trevas e preservar os valores do Reino por meio de um testemunho justo. No que diz respeito à postura da Igreja frente ao mundanismo e à apostasia da fé, é com grande preocupação que pastores e líderes de nosso tempo têm observado o comportamento de alguns crentes. É notória a desaceleração do exercício do evangelismo em alguns lugares bem como a falta de compromisso ético com a doutrina bíblica. Em consequência disso, temos a descaracterização da igreja e o declínio do bom testemunho por parte dos crentes. Nesse sentido, o pastor Elinaldo Renovato, na obra A Família Cristã e os Ataques do Inimigo, editada pela CPAD (2013, pp. 132, 133) destaca: “O caráter é o aspecto psíquico da personalidade. O caráter é a característica responsável pela ação, reação e expressão da personalidade. É a maneira própria de cada pessoa agir e expressar-se. Tem a ver com a própria conduta. É a ‘marca’ da pessoa. O caráter faz parte da personalidade; é adquirido, não herdado... Resulta da adaptação progressiva do temperamento às condições do meio ambiente: o lar, a escola, a igreja, a comunidade, o estado socioeconômico”. Tendo como base o ensino da Palavra de Deus, através das lições ministradas em cada classe por faixa etária, a Escola Dominical torna-se inestimável auxiliar na formação do caráter.
Nessa mesma perspectiva, a Igreja tem o trabalho imperativo de prezar por um ensino bíblico de qualidade com vistas à formação de crentes e obreiros comprometidos com as verdades do Evangelho, para que possa exercer com afinco o seu papel de representante de Cristo neste mundo.

  

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Apocalipse Capítulo XVII - Apocalipse Versículo por Versículo - Severino Pedro da Silva - com algumas modificações do Pr. Henrique

 

1. “E VIO um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas”.

I. “...grande prostituta”. Nos capítulos 17 e 18 deste livro, nas sete visões da condenação da “grande Babilônia”, são vistos dois “sistemas” se combinando entre si: Babilônia (política e religiosa) e (literal e comercial). A primeira sendo descrita no capítulo 17 e a segunda, no capítulo 18. As predições bíblicas têm cumprimento a curto ou a longo prazo. Portanto, nos “últimos dias”, que são dias da ira tanto humana como divina, veremos o “aparecimento” tanto de um império político: a federação dos dez reis escatológicos, pelo Anticristo (v.13), tendo como sede a cidade apocalíptica aqui denominada Babilônia (Podendo ser Roma, ou Jerusalém, ou a própria Babilônia mesmo, ou outra cidade), como também veremos o “aparecimento” de “um falso culto” dedicado à Besta, o homem do pecado (o anticristo). Também veremos ainda, a condenação duma grande prostituta denominada “a grande Babilônia” envolvida em “mistérios”. A Babilônia, a grande, cerca de 713, (a. C.). O profeta Naum chamou-a de “graciosa meretriz” (Na 3.4). De modo bem similar, e por razões idênticas um outro profeta aplica o mesmo epítero vergonhoso a cidade de Tiro, predizendo sua ruína (Is 23.15). Profeticamente falando, este “sistema misterioso” desta secção, representa o novo paganismo do tempo do Anticristo, e especialmente, o culto dele e suas formas de expressões.

 

2. “Com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição”.

I. “...se prostituíram os reis da terra”. Os reis do tempo do antigo império romano, por exemplo, tentaram de todas as formas influenciar, para seu benefício, no seu comércio, tudo que era de seus cidadãos. Profeticamente falando, isso se fará, em grau supremo, nos dias sombrios do Anticristo, os “reis” farão também que os súditos da Besta, aceitam não só este “sistema” de tributos sobre si, mas de um modo especial o seu próprio “culto”, a ele dedicado. “Assim como Nínive e Tiro desviaram outros povos, forçando-os com a idolatria vigente naqueles dias, agora será a cidade apocalíptica aqui denominada Babilônia (Podendo ser Roma, ou Jerusalém, ou a própria Babilônia mesmo, ou outra cidade), a meretriz, que seduzirá os “reis”, juntamente com os aliados da Besta, fazendo-os beber do vinho de sua fornicação (14.8). Isto é, ela os seduzirá à adoração idolátrica de si mesma e seu consorte, a Besta”.

 

3. “E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres”.

I. “...uma mulher assentada”. A mulher e a Besta nesta secção simbolizam dois poderes: o religioso e o político. O fato de ela estar “assentada sobre a Besta” indica que a grande prostituta domina as nações religiosamente, assim como a Besta sobre a qual cavalga o faz politicamente. Isso também revela sua influência e, ao menos aparentemente, parece controlar e até dirigir a Besta. Por sua vez a mulher é sustentada pela Besta. O presente texto nos mostra o primeiro poder (religioso) a cavalgar sobre o segundo (político).

1. A mulher e a Besta são significativas especialmente em suas vestes e em seu poder, mas habitam no deserto. Isso indica claramente suas naturezas demoníacas (Lc 11.24). Ela é realmente vista onde deve ser vista: num lugar desolado, faminto, sedento apropriada para uma meretriz horrenda. A esse lugar o anjo levou o profeta. Há ainda neste versículo um fato curioso que chamou a atenção de João: a Besta estava coberta de nomes de blasfêmia. Isso indica que o sistema predominante da Besta é totalmente corrupto.

 

4. “E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinham na sua mão um cálice de ouro das abominações e da imundícia da sua prostituição”.

I. “...a mulher estava vestida”. Em muitos texto do Apocalipse, emprega-se termos como “adultério”, “prostituição”, “meretriz”, para simbolizar o afastamento dos povos da comunhão espiritual. Quando a palavra “mulher” é usada simbolicamente nas Escrituras, dependendo do contexto, significa religião. Uma mulher pura, como uma “noiva” ou a Esposa”, designa uma “religião pura e imaculada”, como a verdadeira Igreja de Cristo (19.7 e 21.9). Portanto, quando o Apóstolo João emprega o termo “meretriz” na descrição de suas visões, sem dúvida alguma está se referindo a um sistema religioso que havia prostituído sua própria existência com algo que é totalmente contrário aos propósitos da Igreja do Senhor. Nos tempos dos monarcas babilônicos os súditos do imponente poder da grande Babilônia, consideram-na como se fora “rainha” (Jr 51.7). O “cálice de ouro” em sua mão demonstra o seu desejo de implantar no mundo uma falsa “comunhão”, e sua doutrina afermentada (ela embriaga). Mas um dia ela ouvirá a voz poderosa de Deus a lhe dizer: “peso do deserto do mar...caída é Babilônia, caída é!” (Is 21.1, 9).  

 

5. “E na sua testa estava escrito o nome: MISTÉRIO, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra”.

I. “...Mistério: a grande Babilônia”. A cidade denominada de Babilônia é citada sete vezes no Apocalipse, nas seguintes passagens (14.8; 16.19; 17.5; 18.2, 10, 21). Alguns teólogos opinam que, nos dias do reinado do Anticristo, será reconstruída a antiga cidade e torre de Babel, que posteriormente se tornará a grande Babilônia. Mas se consideramos a sentença divina predita pelo profeta Isaías (13.20), ela jamais será reedificada: “E Babilônia, o ornamento dos reinos, a glória e a soberba dos caldeus será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou. Nunca mais será habitada, nem reedificada de geração em geração: nem tão pouco os pastores ali farão deitar os seus rebanhos. Mas as feras do deserto repousarão ali...”. Porém podemos ver que havia uma maldição sobre a cidade de Jericó, mas foi construída uma cidade ao lado da antiga (Josué 6:26; 1 Reis 16:33-34 ). 

1. No que diz respeito a reconstrução da torre de Babel as Escrituras guardam silêncio. Há, em nossos dias, projeto para a “reconstrução” da torre de Babel; declara um boletim do serviço noticiário religioso do Iraque, 1980: “A reconstrução da torre de Babel mencionada na Bíblia (Gn 11.1-11) está sendo estudada por uma equipe de acadêmicos da Universidade de Kioto, Japão. Um porta-voz da equipe anunciou que o governo iraquiano solicitou auxilio de técnicos japoneses no sentido de criar uma “cidade-museu” no local da antiga cidade da Babilônia, para servir de atração turística na região do Eufrates, a cerca de 88 quilômetros ao sul de Bagdá”.

 

6. “E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração”.

I. “...a mulher estava embriagada”. Sabemos pela história que Ninrode “o poderoso de almas em oposição a face do Senhor” foi o primeiro imperador. Fundou o primeiro governo e além de ser caçador, “começou a ser poderoso na terra”. A esposa deste monarca era Semíramis, figura bastante conhecida na história secular, uma prostituta. “Quando Ninrode foi assassinado, ela assumiu a posição de imperatriz do governo. Para manter-se no poder...ela criou um mito ao redor da figura de seu falecido marido, Ninrode, atribuindo-lhe o nome de Zoroastrita, que quer dizer “A semente da mulher”. A partir deste princípio, tudo que está ligado direto ou indiretamente com a cidade de Babilônia, é sempre representada por uma figura feminina.

1. Nos dias do Anticristo, esse grande poder “político-religioso” estará ainda mais reforçado, e acrescentará a todas as suas maldades anteriores (cf. lc 3.20). Ela é a única responsável (direta ou indiretamente) pelo sangue derramado das testemunhas do Senhor, em qualquer tempo e em qualquer lugar. Eis a razão de ela agora se encontrar embriagada. As testemunhas a que João aludi, originalmente eram os cristãos que sofreram no primeiro século da Igreja cristã. Profeticamente falando, isso aponta para os cristãos que sofrerão sob o Anticristo: Eles são os “santos” do Apocalipse. (C. 8.3, 4; 11.18; 13.7; 14.12; 15.3; 16.6;17.6; 18.24; 19.8; 20.9), etc.

 

Quanto a Jerusalém ser chamda de prostituta - Como se fez prostituta a cidade fiel! Ela que estava cheia de retidão! A justiça habitava nela, mas, agora, homicidas.Isaías 1:21

E entraram a ela, como quem entra a uma prostituta; assim, entraram a Oolá e a Oolibá, mulheres infames. Ezequiel 23:44- Samaria e Jerusalém

Ez 16.15 — Mas você se aproveitou da sua beleza e da sua fama para dormir com qualquer um que passava. 16 Usou os seus vestidos para enfeitar os seus lugares de adoração e ali você se entregava a qualquer um, como uma prostituta.

 

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Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 2º Trimestre de 2013

Título: A Família Cristã no século XXI — Protegendo seu lar dos ataques do inimigo

Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima

 Lição 4: A Família sob ataque - Data: 28 de Abril de 2013

 

Efésios 5.1-6.

1 - Sede, pois imitadores de Deus, como filhos amados; 2 - e andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. 3 - Mas a prostituição, e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos; 4 - nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convém; mas antes ações de graças. 5 - Porque bem sabeis isto: que nenhum fornicário, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. 6 - Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.

 

INTERAÇÃO

Professor, na lição de hoje estudaremos a respeito de alguns ataques que as famílias vêm enfrentando na atualidade. Tais investidas são lançadas por Satanás, o arqui-inimigo da família. O Diabo tem como intento matar, roubar e destruir e ele tem conseguido realizar os seus propósitos. Como “sal” e “luz” deste mundo precisamos anunciar a Cristo, aquEle que possui todo poder para destruir as obras do Maligno. A Igreja do Senhor Jesus Cristo, a “coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15), deve lutar para que os princípios éticos fundamentais da família sejam preservados, pois somente assim não pereceremos sob os ataques do mal, antes, glorificaremos a Deus.

 

Sabemos que Satanás tem mobilizado os sistemas deste mundo para desestruturar a vida familiar. No entanto, a Igreja de Cristo, como “sal” e “luz” da terra, deve confrontar, por intermédio da Palavra de Deus, os ataques do Maligno. Não podemos nos esquecer que estamos lutando contra principados e potestades (Ef 6.12). Se desejamos uma vida familiar vitoriosa, precisamos viver em total dependência do Senhor. Carecemos da armadura de Deus para que possamos enfrentar as lutas e desafios do nosso tempo.

 

I. OS ATAQUES DO INIMIGO

1. Ataque às crianças. Atualmente, em muitas escolas, tanto da rede pública como privada, o ensino materialista está sendo valorizado e repassado de modo contínuo às crianças. A educação que nossos filhos recebem é totalmente influenciada pelo materialismo e o ateísmo. Os currículos, que reúnem os conteúdos programáticos, a serem transmitidos nas salas de aula, são fundamentados na filosofia evolucionista. Tudo começa com a explicação sobre a origem da matéria, da vida, do homem, e de tudo que existe no universo. Os pais não podem negligenciar a educação de seus filhos, e devem levá-los aos pés do Senhor. A Igreja também deve ajudar os pais nesta nobre missão, oferecendo uma educação religiosa de qualidade às crianças.

2. Ataque à disciplina no lar. Em nossos dias existem questionamentos relacionados à aplicação da disciplina aos filhos. Mas, segundo a Palavra de Deus, aplicada com sabedoria, a disciplina livra a criança da morte (Pv 23.13,14). Disciplina é toda ação instrutiva e discipuladora, pois a palavra disciplina tem a mesma raiz da palavra discipular. De fato, uma pessoa bem disciplinada é uma pessoa bem educada, bem discipulada. Que os pais eduquem seus filhos no temor e na admoestação do Senhor e que os filhos honrem e obedeça aos pais conforme ordena a Palavra de Deus. Devemos nos lembrar também de que devemos ser prudentes na aplicação da disciplina aos nossos filhos, para mostrar-lhes, acima de tudo, a forma correta de proceder em toda a sua existência.

3. Falsos ensinos. Há, em nossos dias, diversas novas teologias que agridem diretamente a mensagem bíblica. De modo aberto, e às vezes sutil, “as portas do inferno” valem-se da teologia para atacar a Igreja e consequentemente às famílias. Satanás tem investido e disseminado muitos ensinos deturpados, que utilizam-se até de partes das Escrituras, utilizadas sem a devida e correta interpretação, para confundir e afastar do Senhor as famílias, que tem sede de salvação, do caminho, da verdade, e da vida, que é o próprio Jesus Cristo (Jo 14.6). Inspirados por teologias liberais, há famílias que não mais veem a Bíblia como a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Todavia, a Bíblia é e continuará sendo a única regra de fé e prática do cristão. Alguns chegam a ensinar que a Bíblia limita-se a conter a Palavra de Deus. Cuidado! A Bíblia é, de fato, a Palavra de Deus. Leia com atenção 2 Timóteo 3.16. É indispensável, que as famílias cristãs estudem e obedeçam fielmente as Sagradas Escrituras. Nossas famílias precisam estar preparadas para enfrentarem as muitas teologias antibíblicas que tem se levantado no nosso tempo, pois não podemos deixar brecha alguma ao adversário. Quer na igreja, quer em casa, vigiemos e oremos.

 

SINOPSE DO TÓPICO (I) - O alvo do Diabo é minar as famílias através dos falsos ensinos às crianças, da distorção da Palavra de Deus e da ausência de disciplina no lar.

 

II. ATITUDES MUNDANAS PARA DESTRUIR A FAMÍLIA

1. O Abandono aos filhos. Não é incomum vermos em nossa sociedade pais que abandonam seus filhos, não raro, estes ainda bebês. Essa é uma forma monstruosa de desrespeito para com a vida. Como pais, precisamos entender que os filhos são herança do Senhor para que nós possamos cuidar, educar e conduzir ao Senhor. Como pais, somos responsáveis por vestir nossos filhos, alimentá-los, proporcionar-lhes uma educação de qualidade, inclusive para que estejam prontos para o mercado de trabalho cada vez mais exigente, mas acima de tudo, é igualmente nossa obrigação transmitir a fé que uma vez nos foi dada, para que as próximas gerações tenham sua própria experiência com Deus. Portanto, sejamos exemplo para este mundo, zelando por nossos filhos e conduzindo-os a Cristo.

2. Desrespeito aos pais. O ato de honrar os pais sempre foi apreciado por Deus. Quando Ele deu a sua lei aos filhos de Israel, antes de entrarem na terra Prometida, dentre os mandamentos constava a ordem de honrar pai e mãe, para que os filhos pudessem entrar na nova terra sabendo que entre suas responsabilidades para com Deus estava o respeito para com aqueles que, por meio de um ato de amor, lhe trouxeram a vida. Séculos depois, Jesus reafirmou esse mandamento (Mt 19.19; Lc 18.20), e Paulo acrescentou que honrar pai e mãe foi o primeiro mandamento com promessa (Ef 6.2). Infelizmente, não são raros os casos de filhos que não apenas desonram seus pais desobedecendo-lhes, mas também esquecem deles na sua velhice, época em que mais precisam de ajuda. Que esse pensamento mundano jamais prospere entre servos de Deus.

3. O secularismo. Segundo o Dicionário Teológico (CPAD) o secularismo é a “doutrina que ignora os princípios espirituais na condução dos negócios humanos. Para o secularista, o homem, e somente o homem, é a medida de todas as coisas”. Quando a família se seculariza, os valores espirituais, bíblicos são desprezados e os valores humanos e materiais são exaltados. Como cristãos não podemos nos conformar com o pecado, a iniquidade e a corrupção que destrói a vida familiar. Precisamos ser santos em toda a nossa maneira de viver (1 Pe 1.15,16). Muitas famílias estão sendo influenciadas, pela mídia, a viverem um estilo de vida materialista e hedonista. Não podemos jamais nos esquecer que precisamos ser “sal da terra” e “luz do mundo” (Mt 5.13,14). Como sal, precisamos ter uma vida familiar de tal forma, que os que nos veem, ou nos ouvem, sintam a nossa família fazer diferença marcante no ambiente em que nos situamos. Como luz, precisamos, com nosso testemunho, contribuir para dissipar as trevas do pecado em nossa volta.

 

SINOPSE DO TÓPICO (II) - O crente como sal e luz do mundo, representante do reino divino, não pode permitir que atitudes mundanas destruam a família.

 

III. O CUIDADO CONTRA A FILOSOFIA MUNDANA E A PORNOGRAFIA

Para a filosofia de vida mundana, não há limites para o homem desfrutar do prazer carnal. A internet, que tem sido usada como um grande meio de comunicação, facilitou também a propaganda e o estilo de vida miserável e sujo, com a pornografia. Como reagir a esse desafio?

1. Observar a Palavra de Deus. A Bíblia diz que o jovem só pode ter pureza em seu caminho quando observar a Palavra de Deus (Sl 119.9-11). Como não há idade para o pecado, este princípio aplica-se a qualquer cristão independente de sua faixa-etária. É indispensável que o adolescente, o jovem, ou o adulto, conheçam profundamente a Palavra de Deus. Assim, estaremos preparados para enfrentar os ardis de Satanás (Ef 6.10-20).

2. Templo do Espírito Santo. Não é incomum sofrermos tentações em todas as esferas da vida, principalmente na sexual por causa da pornografia, tão comum em nossos dias. Porém, devemos nos lembrar de que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo e o objeto de glorificação ao Altíssimo (1 Co 6.18-20). E devemos buscar a santificação para vencer desafios como a oferta de sexo imoral e sem compromisso, que desfigura a santidade e desagrada a Deus. (Hb 12.14; 1 Pe 1.15).

3. “Não porei coisa má diante dos meus olhos” (Sl 101.3). “Coisa má” é tudo aquilo que, aos olhos de Deus, é reprovável. A pornografia é uma atitude pecaminosa contra a santidade do corpo e contra o próprio Deus. Portanto, os pais devem ser os tutores dos seus filhos, orientando-os quanto ao que pode ser visto, ouvido e assistido. Não podemos descuidar da educação dos nossos filhos. Zele por sua descendência.

 

SINOPSE DO TÓPICO (III) - Só poderemos vencer a filosofia de vida mundana se atentarmos para a Palavra de Deus.

  

CONCLUSÃO

Alguns dos mais terríveis golpes contra a família são manipulados pelas autoridades públicas, ou seja, justamente por aqueles que deveriam zelar pelo fortalecimento da constituição da família tradicional (Rm 13.4). Há uma onda do materialismo e do liberalismo social, ambos a serviço do Diabo, predominando nas políticas públicas. Todavia, a Igreja do Senhor Jesus Cristo, a “coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15), cerrará as fileiras de guardiã dos princípios éticos fundamentais da família. Assim, não pereceremos sob os ataques contra a família, mas glorificaremos a Deus.

  

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 REVISTA NA ÍNTEGRA

Lição 1 - A Igreja diante do Espírito da Babilônia

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

TEXTO ÁUREO
“E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra.” (Ap 17.5)


VERDADE PRÁTICA
A igreja deve resistir ao “espírito da Babilônia” presente no cenário atual. Isso deve ser feito por meio do compromisso inegociável com a autoridade da Palavra de Deus.

 

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Na 3.4 A idolatria como símbolo da prostituição espiritual
Terça - 2 Ts 2.4,9,10 O Anticristo, por meio de Satanás, fará oposição a Cristo Jesus
Quarta - 2 Tm 4.3 O relativismo cultural contra a doutrina e a autoridade bíblicas
Quinta - Is 5.20 A busca pela desconstrução da ética e da moral cristãs
Sexta - Mt 24.35 A Palavra de Deus é a verdade absoluta e imutável
Sábado - Mc 13.33 Aguardando a volta de Cristo em constante oração e vigilância


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Apocalipse 17.1-6

1 - E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas,
2 - com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição.
3 - E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia e tinha sete cabeças e dez chifres.
4 - E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, adornada com ouro, e pedras preciosas, e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição.
5 - E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra.
6 - E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.

HINOS SUGERIDOS: 206, 469, 473 DA HARPA CRISTÃ

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO
Estamos assistindo a uma grande organização que faz oposição ao cristianismo bíblico. Essa oposição se desenvolve em escalas religiosa, política, econômica e cultural. Diante desse quadro, cabe à Igreja usar de quais armas para continuar a sua marcha no mundo até a volta de Jesus?
Para responder essa e outras perguntas pertinentes aos desafios de nosso tempo, contaremos com o auxílio do pastor Douglas Baptista. Ele é doutor em Teologia, presidente da Assembleia de Deus de Missão (DF), presidente do Conselho de Educação e Cultura da CGADB.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Apresentar os significados de Babilônia; II) Elencar os sistemas que formam o "espírito da Babilônia"; III) Demarcar a posição que se espera da Igreja nesse contexto.
B) Motivação: Sua classe tem plena consciência do contexto de opressão que está se formando no mundo contra o cristianismo bíblico? Seus alunos se sentem livres em falar que Jesus é o único caminho, a verdade e a vida em detrimento de outras opções religiosas? Eles se sentem livres em expressar no meio em que se relacionam que são contra o aborto?
C) Sugestão de Método: Para introduzir a primeira lição, procure levar reportagens de líderes evangélicos sendo encaminhados para prestar depoimentos porque falou algo a respeito da fé que contraria a agenda progressista da atualidade. Não são poucas lideranças cristãs ameaçadas juridicamente por causa da crença. Então, a partir dessa amostra apresente o tema geral do trimestre e a exposição da primeira lição.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Esta primeira lição nos estimula a marcar a nossa posição como cristãos bíblicos. Nesse sentido, devemos ser encorajados a perseverar na ortodoxia bíblica; desenvolver a cada dia o caráter de Cristo por meio do Espírito Santo; e cultivar dia a dia a iminência da volta do Senhor Jesus Cristo, pois Ele pode voltar a qualquer momento.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.36, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Capítulo 17 [de Apocalipse]", localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito dos símbolos da expressão "babilônia"; 2) O texto "Estais sempre preparados para responder", ao final do tópico três, traz uma ampliação a respeito da posição da Igreja de Cristo diante desse contexto desafiador.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
O Apocalipse é a “Revelação de Jesus Cristo” (Ap 1.1a) cujo propósito é mostrar “as coisas que brevemente devem acontecer” (Ap 1.1b). Por ser de natureza escatológica, o livro não é de fácil interpretação. Por isso, convém esclarecer que, nesta lição, não se pretende identificar a babilônia literal nem listar os eventos da Grande Tribulação. Nosso objetivo é alertar a Igreja acerca dos aspectos gerais do “espírito da Babilônia” presente no cenário global em que vivemos.


I – BABILÔNIA E SEUS SIGNIFICADOS
1- A Grande Prostituta

A personagem é apresentada como a grande meretriz com a qual os reis da terra se prostituíram (Ap 17.1,2). No texto bíblico destacam-se três termos gregos: pórne (prostituta); pornéuo (prostituir-se); e porneia (prostituição). Na mensagem dos profetas do Antigo Testamento, essas expressões apontam para a idolatria, isto é, a prostituição espiritual (Na 3.4; Is 23.15; Jr 2.20; Os 2.5). Em Apocalipse, as muitas águas onde a prostituta se assenta simboliza multidões seduzidas pela idolatria, paganismo e sua oposição a fé cristã (Ap 17.15). Assim, a prostituta é identificada como uma das facetas da imoralidade e do falso sistema religioso representado pelo “espírito da Babilônia” (Ap 14.8; 17.5).

 

2- A Mulher e a besta Escarlata

A mulher montada sobre a Besta é a descrição da grande prostituta (Ap 17.3a). Ela se veste de púrpura e de escarlata (Ap 17.4a) o que significa reinado e luxo (Mt 27.28; Mc 15.17; Lc 16.19). Ela também se adorna com ouro, pedras preciosas e pérolas (Ap 17.4b) o que sinaliza o materialismo e o poder econômico. O cálice em sua mão diz respeito as abominações e as imundícias da sua prostituição (Ap 17.4c), o que representa toda a forma obscena e impura de contaminação moral e espiritual da sociedade. A fera na qual a mulher está montada é a Besta que saiu do mar (Ap 13.1). Trata-se do Anticristo que, pelo poder de Satanás, faz oposição a Jesus (2 Ts 2.4,9,10). Ele profere blasfêmias em consciente repulsa ao senhorio de Cristo (Ap 13.6; 17.3b). Suas sete cabeças e dez chifres simbolizam os poderes do mundo e a sua força política (Ap 17.3c,10,12). A união entre o cavaleiro (mulher) e a montaria (besta) simboliza a nefasta força dos sistemas religioso, econômico e político do “espírito da Babilônia”.

 

3- Mistério, a Grande Babilônia

Na sequência da revelação, o nome da prostituta é desvendado: “Mistério, a Grande Babilônia” (Ap 17.5a). O termo “mistério” indica que o nome “babilônia” não é meramente geográfico, mas simbólico. Babilônia é descrita como grande porque é poderosa e de vasto alcance. Refere-se à “Mãe das Prostituições e Abominações da Terra” (Ap 17.5b). Ela é a mentora de toda a rebelião contra Deus e a consequente depravação da sociedade. Babilônia é a responsável pelo assassinato dos santos e das testemunhas de Jesus (Ap 17.6a), simboliza o espírito de perseguição e a desconstrução da fé bíblica. Não se trata apenas de uma cultura sem Deus, mas de uma cultura contra Deus. Assim, o “espírito da Babilônia” é um sistema global deliberadamente anticristão.


II – O ESPÍRITO DA BABILÔNIA
1- No sistema religioso

O “espírito da Babilônia” faz com que as pessoas sejam seduzidas pela “prostituição espiritual” (Ap 17.2). Nesse sentido, o culto ao ego torna o ser humano amante de si mesmo, do dinheiro e dos deleites (2 Tm 3.2-4). Além disso, o argumento de “liberdade” estimula a devassidão por meio do afrouxamento da moral (2 Pe 2.19); o ecumenismo doutrinário provoca a erosão da fé bíblica (Gl 1.6,8); o relativismo rejeita a doutrina dos apóstolos e a autoridade bíblica (2 Tm 4.3); o humanismo reinterpreta e ressignifica os mandamentos divinos (2 Pe 3.16); o sincretismo mistura o sagrado e o profano (2 Co 6.16,17). Assim, tudo passa a ser permitido e a verdade é desconstruída (2 Tm 3.7). Em consequência disso, a Igreja verdadeira é brutalmente perseguida (Mt 24.9).

 

2- No sistema político e cultural

O “espírito da Babilônia” exerce forte influência na política e na cultura (Mt 13.38; 1 Jo 5.19). Pautas progressistas de inversão de valores são impostas em afronta à cultura cristã, tais como: apologia ao aborto, ideologia de gênero, legalização das drogas e da prostituição (Is 5.20). Logo, o patrulhamento ideológico estigmatiza como “fundamentalista” quem ousa discordar dessas pautas (Lc 6.22; 1 Pe 4.4); há censura contra quem defende os valores bíblicos (Lc 12.11,12; 1 Tm 6.3-5); a grande mídia, as artes, a literatura e a educação promovem o doutrinamento contrário à fé cristã (Jo 15.19). Coagida pelo “politicamente correto”, a sociedade assimila e defende a “nova cultura” (1 Jo 4.5,6). Nesse contexto, cristãos são perseguidos e julgados (Lc 21.16,17).

 

3- No sistema econômico

O Livro de Apocalipse registra o enriquecimento dos mercadores por meio da exploração da luxúria e da licenciosidade do “espírito da Babilônia” (Ap 18.3). Ele mostra como o comércio e o governo subornam os cidadãos por avareza, dinheiro e poder (Mq 2.1-3; Ap 18.12,13); as pessoas são motivadas a levar vantagem financeira, ilícita e imoral em prejuízo do próximo (Pv 16.29; Mq 3.11); a sociedade é extorquida em troca da satisfação dos prazeres pecaminosos e consumismo desenfreado (Is 55.2; Lc 12.15). Nesse sentido, o materialismo, os deleites e a autossuficiência conduzem o ser humano a confiar no dinheiro (1 Tm 6.9,10, 17) e os que controlam a economia impõem embargos, tributos e multas em desfavor do cidadão impotente (Tg 2.6,7; Ap 13.16,17).



III – A POSIÇÃO DA IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO DA BABILÔNIA

1- Não negociar a ortodoxia bíblica

A palavra ortodoxia vem do grego orthós que significa “correto” e da expressão dóxa, do verbo dokéo, com o sentido de “crer”. A junção dos termos traz a ideia de “crença correta”. Nesse aspecto, a ortodoxia cristã tem a Bíblia Sagrada como a suprema e inquestionável árbitra em matéria de fé e prática. Por conseguinte, a Igreja precisa reafirmar a verdade bíblica como valor universal e imutável (Sl 100.5; Mt 24.35). Assim, por meio do estudo bíblico, sistemático e doutrinário, torna-se possível capacitar o crente para enfrentar o “espírito da Babilônia” e suas ideologias contrárias aos valores absolutos da fé cristã com mansidão, temor e boa consciência (1 Pe 3.15,16).

 

2- Formar o caráter de Cristo

O caráter cristão refere-se à nova vida, modo de pensar e agir daqueles que pertencem a Cristo (Ef 4.22-30). Nesse aspecto, torna-se necessário enfatizar que é o Fruto do Espírito que desenvolve o caráter do salvo (Gl 5.22-25). Jesus ensinou que é pelo fruto que se conhece uma árvore (Mt 12.33). Não por acaso, o apóstolo Paulo observa que o melhor antídoto contra o veneno e o jugo do pecado é andar no Espírito (Gl 5.16,17). A falha na formação moral do caráter produz pseudocristãos escravizados pela carne (Jd 1.12,13). Portanto, a igreja que prima pelo estudo e aplicação da Palavra de Deus produz crentes espiritualmente maduros, capazes de resistir o “espírito da Babilônia” presente no cenário global (Rm 8.35,38,39).

 

3- Aguardar a volta de CRISTO.

A dispensação da graça termina com o Arrebatamento da Igreja, antes da Grande Tribulação (1 Co 15.51,52; 1 Ts 1.10; 4.13-18; 5.9; 2 Ts 2.6-10). Acerca dos sinais que precedem a volta de Cristo, destacamos: a apostasia, a inversão de valores, perseguição, guerras, fomes, pestes e terremotos (Mt 24.5-12,24; 1 Tm 4.1; 2 Tm 4.3). Diante desses eventos, o cristão é exortado a não viver despercebido, mas a esperar o seu Senhor em oração e vigilância (Mc 13.33). Ainda, requer-se do salvo, enquanto aguarda a bendita esperança, a renúncia à impiedade, às paixões mundanas e a viver neste presente século uma vida de autodomínio, integridade e santidade (Tt 2.12,13).



CONCLUSÃO
Vivemos um período em que o “espírito da Babilônia” exerce forte influência na sociedade global. Suas ações buscam o completo domínio político, econômico, cultural e religioso em oposição aos valores da fé cristã. O avanço dessas ideologias aponta para a iminente volta de Cristo (Lc 21.28). Nesse interlúdio, é dever da Igreja oferecer resistência ao mal (2 Ts 2.6,7), ensinar a doutrina bíblica (Mt 28.20), formar o caráter dos discípulos (Gl 4.19) e santificar-se para a vinda do Senhor (Hb 12.14).


REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que o termo “mistério” indica?
O termo “mistério” indica que o nome “babilônia” não é meramente geográfico, mas simbólico.
2. O que é o “espírito da Babilônia”?
O “espírito da Babilônia” é um sistema global deliberadamente anticristão.
3. Cite pelo menos duas características que atestam o “espírito da Babilônia” no sistema religioso.
O relativismo e o sincretismo.
4. Cite pelo menos duas características que atestam o “espírito da Babilônia” no sistema político e cultural.
Patrulhamento ideológico e o politicamente correto.
5. Cite pelo menos duas características que atestam o “espírito da Babilônia” no sistema econômico.
Exploração da luxúria e a extorsão da sociedade.

VOCABULÁRIO
Interlúdio: Lapso de tempo que interrompe provisoriamente alguma coisa; interregno.

 


17 junho 2023

Escrita Lição 13, Central Gospel, Jesus, o Líder dos Líderes, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 13, Central Gospel, JESUS, o Líder dos Líderes, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

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Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/06/escrita-licao-13-central-gospel-jesus-o.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/06/slides-licao-13-central-gospel-jesus-o.html
https://pt.slideshare.net/henriqueebdnatv/slides-lio-13-central-gospel-jesus-o-lder-dos-lderespptx
  
ESBOÇO DA LIÇÃO
1-  JESUS, UM LÍDER PLENO EM HUMILDADE,
EMPATIA E COMPAIXÃO
1.1. JESUS, o maior de todos os líderes, dava atenção ao clamor dos necessitados
1.2. JESUS, o maior de todos os líderes, era movido
pela compaixão
1.3. JESUS, o maior de todos os líderes, sabia como
lidar com os bons e com os maus
1.4. JESUS, o maior de todos os líderes, era objetivo
2- JESUS, UM LÍDER CHEIO DE AUTORIDADE
2.1. JESUS, o maior de todos os líderes, exercia autoridade com humildade
2.2. JESUS, o maior de todos os líderes, exercia
autoridade com verdade
3-  JESUS, UM LÍDER MULTIPLICADOR
3.1. JESUS, o maior de todos os líderes, preparou
doze homens
3.2. JESUS, o maior de todos os líderes, tinha um
propósito universal
 
 
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Mateus 9.35-38
35 - E percorria JESUS todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades
e moléstias entre o povo.
36 - E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor.
37 - Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros.
38 - Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara.
 
 
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SUBSÍDIOS DIVERSOS
 
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JESUS, MODELO DE LIDERANÇA
 
Texto Básico:  Marcos 3.13-15
Para ler e meditar durante a semana
D – Jo 13.1 – Jesus, o líder amoroso;
S – Jo 13.12-17 – Jesus, o líder servo;
T – Jo 8.46 – Jesus, o líder íntegro;
Q – Mt 23.13-36 – Jesus, o líder corajoso;
Q – Jo 2.13-22 – Jesus, o líder zeloso;
S – Mt 26.39 – Jesus, o líder fiel;
S – Lc 9.18-22 – Jesus, o líder focado em sua missão
 
INTRODUÇÃO
Jesus foi e é o maior líder de todos os tempos. Nunca houve alguém com vocação tão suprema, ministério tão eficaz, liderança tão exemplar e legado mais duradouro. Como líder, ele tinha uma clara consciência de sua pessoa, da sua missão e do seu dever de formar discípulos que continuassem sua obra. Em seu estado de humilhação Jesus aprendeu a depender do Pai em tudo e todas as suas escolhas ministeriais, desde o chamado aos discípulos até seu triunfo na cruz, foram feitas em oração e submissão.
O presente estudo aborda o ministério de Jesus como o modelo supremo de liderança a ser imitado, analisando algumas características marcantes que devem ser seguidas por todo líder cristão, como sua consciência da missão, seu pastoreio sacrificial, seu amor abnegado e o seu exemplo humilde que moldou a vida e o caráter dos discípulos. Todos são chamados a amar, servir e liderar como ele, formando outros discípulos para que a obra de Deus continue se expandindo até a consumação.
 
I. JESUS, O LÍDER SINGULAR
Jesus foi um líder completo, diferentemente de todos os outros líderes humanos. O caráter singular da sua pessoa como Deus e homem proporcionou uma perfeição a suas ações, palavras e escolhas que nunca poderão ser plenamente imitadas por nenhum homem ou líder. Ninguém pode perguntar aos demais como ele perguntou: “Quem dentre vós me convence de pecado?” (Jo 8.46).
Jesus foi único porque sua pessoa é única. Ele é o verdadeiro Deus que se fez carne e veio ao mundo com o propósito de salvar pecadores (Jo 1.1-5,11-14). Ao mesmo tempo, é o servo de Deus que renunciou sua glória nascendo como perfeito homem para dessa forma identificar-se com seu povo e salvá-lo da condenação eterna (cf. Jo 15.13).
A singularidade e perfeição da pessoa e obra de Cristo responde por sua perfeita consciência de si mesmo, de sua missão e das suas ovelhas, coisa que os demais líderes não possuem. Ainda assim, o fato de ele ter sido apontado por Deus como Supremo Pastor e exemplo indica a todo líder cristão que seu dever é seguir os passos do Mestre (1Pe 2.21-22).
A. Consciência de si mesmo
Jesus tinha uma perfeita consciência de quem era. Ele sabia que era perfeito Deus e perfeito homem. Um dos mais importantes títulos encontrados no NT para Jesus é “Filho de Deus” (Mt 11.25- 27; 16.17). Repetidas vezes ele fala de Deus como seu Pai, mostrando que tinha consciência da sua divina filiação. No seu batismo e transfiguração, o próprio Pai testemunhou que Jesus era o seu preexistente filho (Mc 1.1,11; 9.7). Por outro lado, ele nasceu e cresceu como um perfeito homem, sabendo que era o segundo Adão, o descendente real de Davi, o servo sofredor prometido, o messias e “Filho do Homem” que reinaria para sempre.
Essa consciência de Jesus quanto à sua dupla natureza em uma só pessoa é afirmada constantemente no NT. Jesus se define pelo menos 18 vezes com a expressão “Eu Sou”, que apontava para o caráter divino de sua pessoa e missão (Jo 6.35; 8.12,23-24,58; 10.9; 11.25). Porém, em diversas ocasiões, Jesus fez também referência à sua natureza humana (Jo 2.25; 11.35; 12.33). Sua encarnação proporcionou um conhecimento prático do que era a natureza humana com todas as suas limitações. Embora tivesse nascido sem pecado, seu corpo carregava as marcas da fragilidade impostas pela queda, como o sofrimento e a morte.
Esse é um ponto importante para os líderes atuais porque a primeira coisa que um líder precisa ter é uma clara consciência de si. Obviamente, não existem líderes divinos ou perfeitos, porém conhecer a si mesmo é fundamental para um ministério eficaz. Por isso, é necessário buscar um conhecimento profundo de Deus e de sua Palavra, pois tal conhecimento produzirá algo vital no ministério, a humildade.
B. Compreensão de sua missão
Jesus sabia perfeitamente por que veio ao mundo. Ele fala de si mesmo como tendo “vindo” ou sido “enviado” por Deus (Mc 1.38; 10.45; Lc 12.49,51). Ele possuía um completo conhecimento de cada momento e estágio do seu ministério. Essa consciência se devia tanto ao relacionamento eterno com o Pai, quando recebeu sua missão como aos próprios textos proféticos que falavam em detalhes dessa missão. (Veja por exemplo: Jo 16.28; Lc 19.10; Jo 4.34; 10.11; Lc 9.22).
O ministério de Jesus possuía um caráter paradoxal, pois ele tanto sabia da origem divina de sua pessoa, como agiu como um servo sofredor para cumprir a missão dada pelo Pai (Is 53.1-12). Hoje, nenhum líder é capaz de ter uma visão completa da sua missão com respeito a cada estágio de sua vida ministerial como Jesus teve. Contudo, ainda assim é de suma importância para os líderes compreenderem por que foram chamados por Deus e qual é a natureza da sua missão. Os exemplos dos apóstolos e de Paulo mostram que líderes eficazes são aqueles que sabem o propósito de sua missão e mantêm o foco no que é prioritário (At6.1-7; 20.24).
C. Conhecimento de suas ovelhas
A metáfora predileta de Jesus para retratar seu relacionamento com seu povo foi a ilustração do pastor e da ovelha. O Antigo Testamento estava repleto de alusões a Deus como o pastor de Israel (Is 40.10-11; Sl 23.1). Além disso, o conceito de pastorear tornou-se uma importante imagem explicativa usada para retratar a liderança espiritual em Israel. Assim, reis, profetas e sacerdotes eram chamados de pastores (Jr 23.1-4; Ez 34; Zc 11).
Essa metáfora não foi usada pelo Senhor Jesus por acaso, uma vez que era uma clara alusão ao pastor ferido, conforme profetizado por Zacarias, como também uma imagem cultural fácil de ser entendida pelos ouvintes (Zc 13.7-9). Assim, Jesus se descreve como o bom pastor, cuja obra consistia em dar a vida pelas ovelhas (Jo 10.11). O conceito de ovelhas era importante porque mostrava que somente um grupo de pessoas creria na mensagem de Jesus (Jo 10.26-27).
Ao usar essa metáfora, Jesus demonstra ter um conhecimento perfeito das suas ovelhas. Ele sabia quem entre os seus discípulos e ouvintes eram crentes verdadeiros e algumas vezes se referiu a pessoas como não fazendo parte do seu aprisco. De fato, Jesus nunca foi surpreendido por falsas ovelhas e sempre deixou claro que sua missão consistia em juntar apenas aquelas que o Pai lhe dera (Jo 6.37-44; 10.25-29; 13.18).
Esse conhecimento perfeito do rebanho nenhum líder hoje tem, embora seja seu dever pastorear o rebanho conhecendo as ovelhas e cuidando de cada uma delas. Na igreja visível é possível apenas observar os frutos e as marcas da graça na vida de alguém e presumir que tal pessoa seja uma ovelha do Senhor. Contudo, enganos podem acontecer e muitos bodes podem estar no meio do rebanho ou mesmo da liderança. É tarefa dos líderes estar atentos para pastorear as ovelhas do Senhor e ter cuidado com os lobos vestidos de cordeiro.
 
II. JESUS, O LÍDER A SER IMITADO
O ministério de Jesus consistia em pregar e ensinar as boas-novas do reino (Mt 4.23), instruindo aqueles que respondiam afirmativamente à sua proclamação a terem uma atitude de total submissão à sua própria pessoa e ensino, por ser ele o Messias, Rei e Salvador. A nova vida ideal dos crentes consistia em viver como cidadãos do reino, reconhecendo que o rei veio e que suas exigências eram graciosas e revestidas de autoridade, exigindo uma resposta de fé e um comprometimento absoluto. É possível resumir a prática ministerial de Jesus observando suas quatro principais ênfases, que eram: a) anunciar a verdade de Deus com autoridade aos ouvintes, mostrando que as profecias estavam sendo cumpridas nele e pregando as Escrituras pelo método de exposição, ilustração e aplicação com o objetivo de converter pecadores e edificar os discípulos; b) depender do Pai em tudo, vivendo em completa submissão e vida de oração; c) desenvolver um ministério de misericórdia paralelo ao da pregação, em que as curas e exorcismos tinham o propósito de mostrar a sua compaixão e a natureza singular de sua vida e obra (Mt 11.2-6; Is 35.5-6; 61.1); d) preparar discípulos para que fossem como ele mesmo e dentre eles selecionar um grupo para pastorear os demais (os 12 apóstolos).
A. Jesus, o expositor da Palavra
Jesus foi um pregador da Palavra de Deus e sua forma de pregar foi essencialmente judaica, apresentando a exposição das Escrituras entrelaçada com ilustrações, figuras de linguagem e constantes aplicações práticas. Sua preocupação central era anunciar que o reino havia chegado à sua plenitude e a sua própria pessoa representava a inauguração do estágio final do reino de Deus. Ele era não somente o concretizador das promessas do Antigo Testamento concernentes à era vindoura, mas também o inaugurador dos propósitos finais de Deus na história da salvação, trazendo a mensagem do evangelho tanto para judeus como para gentios (Mt 4.23-25).
A exposição do Antigo Testamento feita com autoridade formava a base do ministério de Jesus (Lc 4.16-21). Ele era tanto o intérprete final das Escrituras, como a sua vida e ministério (nascimento, morte, ressurreição e exaltação) eram a própria chave para se entender o seu conteúdo, uma vez que todas as Escrituras falavam a respeito dele (Lc 24.25-27,44-45).
Durante todo o seu ministério Jesus nunca se apartou da Palavra de Deus e sua linguagem, motivos, temas e mensagem eram somente baseados nela. Algumas vezes, sua pregação consistia em uma exposição bíblica em textos específicos com afirmações revestidas de autoridade e autor referências que indicavam o caráter único de sua pessoa (Lc 4.16-21). Outras vezes, tratava de temas gerais e amplos cujas ideias estavam ancoradas em linguagem alusiva ao Antigo Testamento, como no caso do sermão do monte (Mt 5.1–7.29). Ou, ainda, sua exposição era resultado de uma resposta aos desafios e questões propostas pelos ouvintes (Mt 19.3-12). Sua prática de ensino possuía sempre autoridade e era repleta de metáforas, símiles, parábolas e outras figuras de linguagem usadas para causar impacto nos ouvintes.
A ênfase ministerial de Jesus nas Escrituras e sua forma de interpretar foram imitadas pelos apóstolos e seus seguidores, mas, infelizmente, têm sido negligenciadas pelos líderes. É de fundamental importância reaprender os métodos interpretativos e comunicativos de Jesus, com a profundidade bíblica acompanhada de ilustrações e aplicações práticas que falem ao mundo real dos ouvintes.
B. Jesus e sua vida de oração
A oração foi um elemento distintivo no ministério de Jesus. Não há um único momento em seu ministério em que Jesus não seja visto buscando o Pai em oração. Além disso, o escopo de sua oração era vasto, pois tanto orou por si, como pelos discípulos e os futuros crentes. Ele também ensinou os discípulos a orar e deixou um modelo de oração a ser imitado.
Jesus orou no início e durante seu ministério (Mc 1.35-39; Mt 14.23; Lc 9.28), antes de escolher os discípulos e depois os ensinou a orar (Lc 6.12-16; 11.2; Mt 6.9-15; Mt 21.22; Lc 11.9-13; 18.1; 22.40), antes e durante a sua crucificação (Mc 14.32-42; 15.34-35). Ele rogou (orar com grande intensidade) pela vida espiritual dos discípulos (Lc 22.32; Jo 17.9), pela sua futura igreja (Jo 17.20-21). Jesus zelou pelo papel singular da oração na vida do povo de Deus (Mt 21.13) e alertou sobre a importância da oração na batalha espiritual (Mc 9.29; cf. Ef 6.17- 18). A submissão a Deus em se ministério dirigia suas orações. Ele não orava por algo que implicasse fazer sua própria vontade (Mt 26.36-39,53).
Todas as citações mostram que Jesus viveu em constante oração em seu ministério. A oração não era uma prática ou tema acessório em sua vida, mas a contínua ênfase que norteava seu ministério e deveria também nortear o ministério dos discípulos. Portanto, é impossível pensar em um líder cristão fiel que não seja um homem de oração. Nas palavras do teólogo John Owen, “um ministro pode encher os bancos da igreja, sua lista de comunhão, a boca do público, mas o que esse ministro é sobre seus joelhos em secreto diante do Deus Todo-Poderoso é o que ele é e nada mais”.
 
III. JESUS, O LÍDER A SER SEGUIDO
Outra característica fundamental no ministério de Jesus foi sua ênfase em formar discípulos e motivá-los a ser como ele. Cristo escolheu homens comuns e os treinou por um período de tempo ensinando-os a guardar a Palavra de Deus (Mt 28.20), corrigindo pela convivência e exemplificando modelos comportamentais a serem imitados (Jo 13.12-17,34-35). Ele os ensinou sobre teologia e como interpretar as Escrituras, sobre a história da salvação e seus eventos finais, bem como a viver em comunhão e de forma piedosa como homens de oração, dispostos a perdoar e servir aos outros com humildade.
Porque seu ministério seria curto (cerca de três anos), era preciso um programa de discipulado rápido, prático, intensivo e seletivo. Então ele escolheu especialmente 12 homens com quem trabalhar mais de perto (Lc 6.12-16). A seleção dos 12 foi um marco importante no ministério de Jesus, pois seu ministério adquirira grandes proporções e isso exigia uma organização e divisão de trabalho mais efetiva. Além do mais, era preciso preparar uma liderança que serviria de fundamento para a igreja do Novo Testamento, que seria composta de judeus e gentios (Ef 2.19-22).
No caso específico dos 12, o objetivo de Jesus foi treiná-los para exercer um pastoreio sacrificial, um amor abnegado pela obra do Pai e uma vida de humildade similar à do Mestre. Eles precisavam pastorear com a Palavra, vigiar em oração, exercer misericórdia para com os fracos e oprimidos e liderar com amor. Sua missão seria testemunhar acerca da obra de Cristo e glorificar o seu nome fazendo discípulos de todas as nações, “ensinando-os a guardar todas as coisas” ordenadas por Jesus (Mt 28.18-20; At 1.8; 4.12,33).
Líderes devem aprender com Jesus que a prioridade no ministério não é apenas pregar, mas formar discípulos pelo ensino e exemplo. Além disso, é importante selecionar e preparar dentre eles os que são aptos para liderar a igreja. Formar discípulos requer tempo, ensino da Palavra, oração, visitação, atribuição de missão, exemplo e humildade.
 
CONCLUSÃO
Estudar sobre a vida de Jesus como líder nos conduz a um modelo completo de liderança, em que autoridade e serviço, amor e verdade, firmeza e sensibilidade, disciplina e compaixão, fidelidade e submissão andam juntos. É pastorear com coração amoroso e formar discípulos pelo ensino, exemplo e serviço. É ter posição de autoridade, mas agir humildemente como servo de todos. É trabalhar incansavelmente anunciando o evangelho, mas sempre dependendo de Deus em tudo. É ter paciência com as ovelhas, pastoreando cada uma delas de acordo com suas necessidades. É resistir ao erro, denunciar a hipocrisia, o legalismo e as tradições humanas que se sobrepõem à verdade de Deus. Porém, é também anunciar o arrependimento, indicando o caminho da salvação aos pecadores e a vida que devem viver para agradar a Deus. Enfim, estudar sobre o ministério de Jesus é descobrir que nunca houve ou haverá um líder como ele, mas todos os líderes cristãos são desafiados a ser como Cristo.
 
PERGUNTAS PARA REFLEXÃO EM GRUPO
1. Por que Jesus foi um líder completo?
2. Como Jesus liderou os seus discípulos?
3. Como podemos aprender com as ênfases ministeriais de Jesus?
4. Como o relacionamento pastor/ ovelhas entre Jesus e seus discípulos pode ajudar a repensarmos o relacionamento entre líderes e liderados hoje?
>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cultura Cristã, na série Expressão, na revista Liderança Segundo o NT. 
 
 
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EBD – Lição 13: JESUS, O Modelo de Líder | 4° Trimestre de 2022 | JOVENS
 
EBD | 4° Trimestre De 2022 | CPAD – Revista Jovens – Tema: Liderança na Igreja de Cristo – Escolhidos por Deus para Servir | Escola Bíblica Dominical | Lição 13: JESUS, O Modelo de Líder
 
 
TEXTO PRINCIPAL
“Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” (Mc 10.45)
 
RESUMO DA LIÇÃO
Jesus é definitivamente o modelo a ser seguido por toda a liderança cristã.
 
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Jo 1.1-14 Jesus Cristo, o Filho de Deus
TERÇA – Lc 9.18-22 Jesus prediz sua morte
QUARTA – Jo 13.1 O amor de Jesus
QUINTA – Jo 13. 12-17 O líder que ama e que serve
SEXTA – Hb 4.14-16 Jesus é superior aos sumo sacerdotes
SÁBADO – Hb 3.1-3 Jesus, maior do que todos os patriarcas
 
OBJETIVOS
CONSCIENTIZAR a respeito da natureza da liderança de Jesus;
COMPREENDER o modelo de liderança de Jesus:
EXPLICAR que durante o seu ministério terreno Jesus foi um líder prático.
 
INTERAÇÃO
Professor(a), na lição deste domingo estudaremos a respeito da liderança daquele que deve ser o nosso modelo de líder: Jesus Cristo. Veremos que o Senhor Jesus Cristo foi um líder próximo de seus liderados. Ele frequentou a casa de Pedro, o que mostra que conhecia de perto a realidade dos primeiros apóstolos. Jesus também é o exemplo de uma liderança servidora. Ele lavou os pės dos seus discípulos, deixando-nos o exemplo de humildade, serviço e amor ao próximo (Jo 13.1-12). Depois da cerimônia da lavagem dos pés, o Salvador declarou: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.15).
 
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), reproduza o quadro abaixo. Utilize-o na introdução da lição para mostrar aos alunos algumas das características da liderança de Jesus Cristo.
 
 

UM LÍDER PRÓXIMO DE SEUS LIDERADOS.

Jesus conhecia a realidade dos seus discípulos. Ele frequentou a casa de Pedro.

UMA LIDERANÇA PAUTADA NA ORAÇÃO.

Jesus tinha uma vida de oração e de jejum.

UMA LIDERANÇA HUMILDE DISPOSTA A SERVIR

Jesus lavou e secou os pés dos seus discípulos. Lavar os pés dos visitantes era uma tarefa realizada pelo “menor” servo da Casa do Senhor

 
 
TEXTO BÍBLICO - JOÃO 13.1-15
1- Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.
2- E, acabada a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o traísse.
3- Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus, e que ia para Deus.
4- Levantou-se da ceia, tirou as vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se.
5- Depois, pôs água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.
6- Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim?
7- Respondeu Jesus e disse-lhe: O que eu faço, não o sabes tu, agora, mas tu o saberás depois.
8- Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pės. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo.
9- Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça.
10- Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos.
11- Porque bem sabia ele quem o havia de trair, por isso, disse: Nem todos estais limpos.
12- Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito?
13- Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou
14- Ora, se eu. Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros.
15- Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.
 
INTRODUÇÃO
Esta lição tem como objetivo apresentar Jesus como o maior e mais importante líder de todos os tempos Veremos algumas características da liderança dEle, e que deve servir de modelo para todos os líderes. Que venhamos seguir o modelo de liderança deixado por nosso Senhor.
 
1- A NATUREZA DA LIDERANÇA DE JESUS
1- A divindade de Jesus. Não é certo falar a respeito das obras de Jesus sem considerar quem Ele é. Por isso, antes de fazer uma análise sobre o modelo de liderança deixado por Jesus, é imprescindível que se faça uma reflexão a respeito de sua natureza. No Evangelho de João encontramos os sete “Eu sou” de Jesus, e cada um deles revela a sua pessoa, obra e divindade. Mas quem é Jesus e qual é a sua natureza? Como fruto da revelação divina, Pedro respondeu a esta pergunta, afirmando: “és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16.17).
Essa declaração foi um reconhecimento público da divindade de Jesus. Por isso, todas as obras dEle decorrem e refletem o seu caráter divino, inclusive as suas ações como líder. O modelo de liderança que Ele deixou deve ser o padrão de referência e ideal a ser alcançado, pois retrata aquilo que Deus espera de um líder.
2- A autoconsciência de Jesus. Uma das marcas mais visíveis e perceptíveis nas atitudes de Jesus é a plena consciência que Ele sempre teve de que é o Filho de Deus (Mt 11.25-27). Por diversas vezes a Bíblia mostra Jesus reafirmando a sua natureza, ou seja, Ele não tinha dúvida de onde veio e nem de quem o enviou (Jo 16.28).
A serenidade e a segurança com que Jesus enfrentou o interrogatório de Pilatos é de impressionar, e isso se deu justamente pela convicção do Mestre acerca de si mesmo e de quem o enviou (Jo 18.36).
Esta convicção de sua identidade deu a Jesus as condições necessárias para lidar com equilíbrio e tranquilidade com Judas Iscariotes, que haveria de traí-lo, e com todas as adversidades que teve de enfrentar (Jo 13.18.19). Jesus mostra que o líder deve ter plena consciência da natureza de seu chamado e de quem o enviou
3- Jesus e a consciência de sua missão. Ciente de sua natureza e de quem o enviou, Jesus teve clareza a respeito de sua missão, ou seja, do que Ele veio fazer no mundo. Esta consciência pode ser vista nas palavras que dirigiu aos seus pais quando eles o encontraram ensinando aos doutores da Lei: “Por que é que me procuráveis?
Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lc 2.49). A verdade é que em cada etapa de sua trajetória terrena Jesus teve muita clareza acerca de sua missão. Compreender sua missão deu a Jesus as condições necessárias para realizar tudo com excelência.
 
PROFESSOR(A), “o professor respondeu sorrindo: ‘Aprendi há muito tempo que é inútil tentar vender respostas reais para alguém que só quer comprar ecos. Cuidado para não colocar-se em posição de pensar que sabe todas as respostas. Todas as vezes que fizer isso estará se colocando em perigo. É praticamente impossível considerar-se especialista, e continuar ao mesmo tempo crescendo e aprendendo. Todos os grandes aprendizes são grandes ouvintes. Um problema comum, à medida que as pessoas ganham mais autoridade, é que elas sempre passam a ouvir aos outros menos e menos” (MAXWELL, John C: Como Tornar-se uma Pessoa de Influência. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p. 103).”
 
SUBSÍDIO 1
Professor(a), explique que neste primeiro tópico veremos que a natureza da liderança de Jesus é divina e não humana. Evidência o fato de que “quando Jesus foi concebido no ventre de Maria, Deus se fez homem. Ele não era em parte humano e nem em parte divino: era completamente humano e completamente divino (CL 2.9). Antes de Cristo vier ao mundo, o povo conhecia a Deus parcialmente.
Depois da vinda de Cristo, o povo pode conhecer a plenitude de Deus, porque Ele se tornou visível e tangível! em Cristo, sua expressão perfeita na forma humana. Os dois erros mais comuns a respeito de Jesus são: minimizar sua humanidade ou a sua divindade. Jesus é tanto Deus como homem”. (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal Rio de Janeiro: CPAD, 2009. p. 1414.)
 
II- O MODELO DE LIDERANÇA DE JESUS
1- Uma liderança fundamentada no amor. Do ponto de vista bíblico, nenhuma obra terá valor se não for realizada com amor. Em outras palavras, é o amor que valida e dá autenticidade a toda e qualquer ação da Igreja (1 Co 13). Tudo o que Jesus realizou, em seu ministério, terreno foi por amor. O amor é essencial para que o líder seja bem-sucedido. O amor deve ser evidenciado em obras, assim como Deus provou o seu amor por nós.
2- Uma liderança sacrificial. Qualquer reflexão a respeito da obra de Jesus em favor da humanidade, inclusive a sua liderança, deve começar com base em sua disposição em se sacrificar pelo favor do outro (Fp 26-8).
3- Uma liderança em favor do próximo. O olhar do Mestre sempre esteve voltado para o outro e nunca para si mesmo Firmado no princípio apresentado a Abraão, de que nele todas as famílias da terra viriam a ser abençoadas (Gn 12.3). o Senhor Jesus disse ter recebido a unção divina com o propósito de abençoar as outras pessoas.
Ele reconheceu estar cheio do Espírito Santo, não para fins pessoais, mas para evangelizar os pobres, curar os quebrantados do coração, apregoar liberdade aos cativos, dar vistas aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos” (Is 611-3).
 
SUBSÍDIO 2
Professor(a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “Qual era o modelo de liderança de Jesus?” Incentive a participação de todos e ouça os alunos com atenção. Em seguida, escreva no quadro as três características de Jesus que se encontram no tópico 2 da revista: Uma liderança fundamentada no amor, uma liderança sacrificial e uma liderança em favor do próximo. Em seguida, discuta com os alunos a respeito de cada uma delas. Conclua enfatizando que Jesus é o modelo de líder perfeito.
 
III- JESUS, UM LÍDER PRÁTICO
1- Um líder próximo de seus liderados. Jesus não foi um líder de “gabinete”, mas sempre esteve entre os seus liderados e no meio das multidões. Ele comeu com os discípulos, conversou, ouviu os seus dramas e atendeu-os em suas necessidades (Hb 4.14-16). Jesus não esperava que as pessoas fossem a Ele, mas Ele mesmo se dirigia até elas com a finalidade de pregar o Evangelho do Reino (Lc 13:22).
2- Uma liderança pautada na oração. Jesus orou e ensinou seus discípulos a orarem (Lc 11.1-4). Ele orou no início e durante todo o seu ministério (Mt 14.23): orou durante uma noite inteira para escolher os que seriam os seus apóstolos (Lc 6.12-16). Ele também orou antes de ser crucificado (Mc 14.32-42). Um dos principais legados de Jesus como líder é, sem dúvida, a sua vida de oração, que deve ser imitada por aqueles que são chamados a atuar na liderança
3- Uma advertência à liderança cristã. Outra marca da liderança de Jesus, que deve ser observada pelos líderes da atualidade, foi a sua descrição. Infelizmente, na atualidade, não são poucos os que têm entrado pelo caminho da busca por popularidade e tem se perdido e levado outros a se perderem também. Jesus não buscou ser popular, mas sempre se manteve fiel à missão que recebeu do Pai (Jo 6.60-71).
Ele sempre se afastava quando a multidão era muito grande (Lc 5.1-3; 15.16). Não fez marketing pessoal, mas investiu no bom nome, como se vê no exemplo do cego de Jericó que, embora não tivesse condições de conhecer a sua face em virtude de sua deficiência visual, conhecia bem o seu nome (Mc 10.46-52).
Deus prometeu engrandecer o nome de Abrão, mas não a Abraão, porque as pessoas passam, mas o nome do Senhor permanece. O exemplo deixado por Jesus é de que o líder deve investir naquilo que realmente importa, isto é, no bom nome.
 
SUBSÍDIO 3
Professor(a), explique que em sua plena humanidade. Jesus foi um líder prático e tudo que Ele fez e ensinou pode ser realizado por nós. Jesus não somente ensinou o que fazer. Ele fez para nós deixar o exemplo. Pode parecer desafiador. todavia é possível o lider ser próximo de seus liderados, conhecendo suas necessidades. Também é possível uma liderança pautada na oração e no jejum. Seguindo o exemplo de Jesus Cristo o líder deve investir naquilo que é realmente importante se distanciando de tudo que não é relevante para o Reino de Deus.
 
CONCLUSÃO
Nesta lição estudamos a respeito do modelo de liderança de Jesus. Vimos que Cristo teve uma vida de oração e que Ele amou a todos. O Mestre é o maior e melhor líder de todos os tempos. Que venhamos seguir o seu exemplo, buscando amar e servir ao nosso próximo. Vivendo para a glória de Deus.
HORA DA REVISÃO
1- Qual a natureza de Jesus? R. Divina e humana
2- Jesus tinha consciência de sua deidade? R. Sim (Jo 16.28)
3- Cite as características do modelo de liderança de Jesus. R. Uma liderança fundamentada no amor, uma liderança sacrificial e uma liderança em favor do próximo.
4- Como o amor deve ser evidenciado pelo líder? R. Ele deve ser evidenciado por obras.
5- Qual a característica que você acredita ser indispensável a um líder? Resposta pessoal
 
 
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05 melhores lições de liderança de Jesus Cristo que todo líder poderia seguir
Dra. Erica Belon
 
Auxilio as empresas à transformarem suas equipes em profissionais de Alta Performance através dos aportes das neurociências
86 artigos Seguir
9 de fevereiro de 2022
Um dos maiores líderes da história, Jesus Cristo! Um sujeito que aos fracos mostrava o quanto era fortes. Aos fortes, mostrava o quanto eram vulneráveis e fracos. Aos pobres, Jesus tinha a capacidade de mostrar a sua riqueza e aos ricos, conseguia fazê-los enxergar a inutilidade das suas fortunas. 
Listei abaixo, na minha opinião, as 05 melhores lições de liderança de Jesus Cristo, que poderiam ser modeladas pelos gestores:
1. Jesus se dedicava frequentemente em se autodesenvolver. Fazia isso quando se retirava para orar. 
2. Jesus tinha seus medos, mas não deixou se abater. Como líder ele cumpriu a ordem que seu chefe (Deus) lhe deu até o final.
3. Jesus acreditava que para mudar o mundo ele precisa da ajuda de outras pessoas. Por isso investiu num time de 12 pessoas, com personalidades e temperamentos totalmente diferentes. 
4. Jesus treinava seu time. Inúmeras vezes orientava os discípulos, dava feedback sobre seus comportamentos e repreendia quando era preciso. 
5. Jesus acreditava tanto no seu time que dava a eles autoridade. Diversas vezes delegava as tarefas e os motivava a continuar, fazendo com que sua equipe se sentisse capaz. 
Você encontra muitos desafios na sua gestão. Que tal, antes de tomar a decisão se perguntar: No meu lugar, o que Jesus faria?
Fico imaginando aqui se as empresas colocassem esses atributos como habilidades fundamentais para serem desenvolvidas no seu time de liderança! Que equipe fantástica não teríamos, não é verdade? 
E o que essa equipe de líderes não fariam pelos seus times?
E o que esses times não fariam para essas empresas?
 
 
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Lição 13 – Jesus: O Modelo de Líder
Categorias SUBSÍDIOS JOVENS
 Data22/12/2022
 
Prezado(a) professor(a), para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio da semana. O conteúdo é de autoria do pastor Elias Torralbo, comentarista do trimestre.
 
INTRODUÇÃO
Este capítulo visa glorificar ao Senhor Jesus Cristo, apresen­tando-o como o maior líder que já existiu. Além disso, esta lição será dedicada de forma bem específica a apresentar alguns aspectos fundamentais que caracterizam a liderança de Jesus e que devem servir de modelo para todo líder cristão, principalmente na atualidade. O objetivo maior desta lição é o de despertar em toda liderança cristã o desejo de seguir o modelo de líder deixado por Jesus, nosso Senhor.
 
A NATUREZA DA LIDERANÇA DE JESUS
 
A Divindade de Jesus
É impossível — e, de certa forma, seria incorreto — pensar nas obras de Jesus sem considerar quem Ele é. Por isso, antes de ser feita uma análise sobre o modelo de liderança deixado por Jesus, é imprescin­dível que se faça uma reflexão a respeito da sua natureza.
No Evangelho escrito por João, encontram-se apenas sete milagres de Jesus, e cada um deles é acompanhado da expressão “Eu sou”, feita pelo próprio Senhor, o que indica que as suas obras resultam da sua essência, isto é, de quem Ele é.
Mas, afinal, quem é Jesus e qual a sua natureza? Como fruto da revelação divina, Pedro respondeu a essa pergunta e afirmou que Jesus é “o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16,17). Essa declaração foi um reconhecimento público da divindade de Jesus (Jo 14.5-11).
Por isso, todas as obras de Jesus decorrem e refletem o seu caráter divino, inclusive as suas ações como líder, razão por que o modelo de liderança que Ele deixou deve ser o padrão máximo de referência e ideal a ser alcançado, pois Jesus retrata perfeitamente aquilo que o Senhor Deus espera de um líder.
 
A Autoconsciência de Jesus
Uma das marcas mais visíveis e perceptíveis nas atitudes de Jesus é a plena consciência de que Ele sempre teve de ser o Filho de Deus (Mt 11.25-27). Por diversas vezes, a Bíblia registra o Senhor Jesus, quer fosse pregando, quer orando, reafirmando a sua natureza — ou seja, Ele não tinha dúvida de onde veio e nem de quem o enviou (Jo 16.28; 17.18-25).
A serenidade e a segurança com que Jesus enfrentou o interrogatório de Pilatos é de impressionar, e isso se deu justamente pela convicção do Mestre acerca de si mesmo, de quem o enviou e de que Ele estava sob os cuidados do seu Pai (Jo 18.36; 19.10,11). É essa mesma certeza que deu a Jesus as condições necessárias para lidar com equilíbrio e tranquilidade com Judas Iscariotes, que haveria de traí-lo (Jo 13.18,19).
Jesus deixa o exemplo de que o líder cristão deve ter plena cons­ciência da natureza do seu chamado e de quem o enviou.
 
Jesus e a Consciência de sua Missão
Ciente da sua natureza e de quem o enviou, Jesus pôde ter clareza sobre a sua missão, ou seja, do que Ele veio fazer no mundo. Essa consciência Ele teve desde muito cedo, conforme se vê nas firmes e convictas palavras que dirigiu aos seus pais quando estes o encontra­ram ensinando aos doutores da Lei, conforme se lê: “[…] Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lc 2.49).
A verdade é que, em cada etapa da sua trajetória na terra, Jesus teve muita clareza acerca da sua missão, quer fosse sobre o seu mi­nistério como pregador (Mc 1.38), quer fosse da sua responsabilidade em servir e não ser servido (10.45), do momento em que Ele voltaria para o Pai (Jo 16.28), da certeza de que veio salvar os perdidos (Lc 19.10) e de que daria a vida pelas suas ovelhas (Jo 10.11).
O conhecimento e a compreensão da sua missão terrena deram a Jesus as condições necessárias para lograr êxito em muitas frentes da sua liderança, dentre as quais se destacam duas aqui: I) Cumprir o seu papel mesmo diante das afrontas dos fariseus (Lc 5.20-26); II) Manter-se fiel à mensagem a ser pregada, mesmo sabendo que a multidão iria rejeitá-lo e abandoná-lo (Jo 6.60-69). Assim como Jesus, o líder cristão deve ter consciência a respeito da sua missão e, assim, cumpri-la com fidelidade.
 
O MODELO DE LIDERANÇA DE JESUS
Uma Liderança Fundamentada no Amor
Do ponto de vista bíblico, nenhuma obra terá valor algum se não tiver o amor como a sua fonte. Em outras palavras, é o amor que valida e dá autenticidade a toda e qualquer ação da Igreja (1 Co 13). A igreja que estava em Éfeso é um exemplo de que nada adianta ser zeloso na doutrina, ter boas qualidades e ser dedicado ao trabalho pelo Reino de Deus se não tiver o amor (Ap 2.1-7).
Tudo o que Jesus realizou no seu ministério terreno — como, por exemplo, os seus milagres, as suas pregações, os seus ensinamentos e o modelo de liderança que deixou — só foi possível porque Ele foi enviado pelo Pai, e isso aconteceu “porque Deus amou o mundo de tal maneira” (Jo 3.16). Desse modo, a base do ministério de Jesus, inclusive a sua liderança, é o amor.
Toda a trajetória de Jesus na terra foi, portanto, permeada pelo amor, só que nada traduz isso melhor do que a entrega da sua vida na cruz por amor da humanidade (Rm 5.6-8). Biblicamente, amor não é sentimento e nem mesmo se demonstra em palavras, mas é traduzido em obras, assim como Deus provou o seu amor (1 Jo 3.11,16-19; 4.7-21).
O amor moveu e autenticou tudo o que Jesus fez, e assim devem ser aqueles que visam seguir o seu modelo de liderança.
 
Uma Liderança Sacrificial
Partindo do princípio da natureza divina de Jesus, qualquer análise a respeito da sua obra em favor da humanidade, inclusive a sua li­derança, deve começar com base na sua disposição em sacrificar-se em favor do outro; afinal de contas, o cumprimento da sua missão começou com a sua renúncia em ser igual a Deus, a sua decisão em fazer-se servo e em tornar-se homem, para que finalmente pudesse padecer e morrer de forma humilhante (Fp 2.6-8).
Em Atos 10.38,39, está registrado o testemunho de Pedro acerca da disposição que Jesus teve durante o seu ministério terreno em movimentar-se em direção às pessoas para fazer-lhes o bem, mesmo sabendo que isso lhe custaria a própria vida, pois Ele viria a ser maltratado, humilhado e crucificado. Jesus liderou sob o modelo da liderança sacrificial.
 
Uma Liderança em Favor do Próximo
Depois de ter verificado a natureza divina da liderança de Jesus e o seu modelo sacrificial de liderança, esta lição volta-se para o fato de que o olhar do Mestre sempre esteve voltado para o outro e nunca para si mesmo. Firmado no princípio apresentado a Abraão de que nele todas as famílias da terra viriam a ser abençoadas (Gn 12.3), o Senhor Jesus replicou o que foi previsto pelo profeta Isaías e disse ter recebido a unção divina com vistas a abençoar outras pessoas; ou seja, Ele reconheceu estar cheio do Espírito Santo não para fins pessoais, mas, sim, para “evangelizar os pobres […], curar os quebrantados do coração […], apregoar liberdade aos cativos […], dar vista aos cegos […], pôr em liberdade os oprimidos” (Is 61.1-3; Lc 4.18-19).
Destacam-se aqui dois acontecimentos relacionados ao ministério de Jesus: I) Aquele vez em que, depois de ter jejuado quarenta dias e de ter sido tentado pelo Diabo no deserto, Jesus teve fome, e o Diabo sugeriu-lhe que Ele transformasse pedras em pães, mas Jesus repreendeu-o ao dizer que o homem não vive só de pão, mas de ou­vir a palavra de Deus (Lc 4.3,4); e II) Aquela vez em que Jesus usou o seu poder para multiplicar cinco pães e dois peixes para saciar a fome de uma grande multidão (Jo 6.1-15).
Eis a pergunta: Por que Jesus não transformou as pedras em pães para saciar a sua fome de quarenta dias sem comer, mas multiplicou os pães e peixes para saciar a fome de uma multidão que estava há horas sem comer?
Eis a resposta: Jesus nunca usou o seu poder para beneficiar-se a si mesmo, mas sempre se disponibilizou dEle para abençoar outras pessoas.
Jesus sempre liderou em favor dos seus liderados.
 
JESUS, UM LÍDER PRÁTICO
Um Líder Próximo de seus Liderados
Jesus não foi um líder de “gabinete”, mas sempre esteve entre os seus liderados, viveu entre eles, comeu com eles, conversou com eles, conheceu os seus dramas e atendeu-os nas suas necessidades (Hb 4.14-16). Jesus não esperava que as pessoas fossem a Ele, mas Ele mesmo se dirigia a elas com a finalidade de pregar-lhes o evangelho do Reino (Lc 13.22).
Um exemplo significativo de que Jesus foi um líder que fez questão de estar entre os seus liderados e buscou liderar a partir da realidade de cada um deles é o seu ministério como pregador. Um dos métodos mais usados pelo Mestre foi a parábola, cujo termo significa “estar ao lado” e que objetivou facilitar a compreensão dos ouvintes ao transmitir verdades eternas e espirituais por meio de exemplos do cotidiano, como a agricultura, a dona de casa, a relação de pais e filhos, o cuidado do pastor com as suas ovelhas, a relação dos senhores com os seus servos e tantos outros.
Jesus pregava a partir da realidade dos seus ouvintes, como de­monstração de interesse por eles e de que compreendessem o que efetivamente Ele quis ensinar. Desse modo, o Mestre foi um líder que trabalhou entre os seus liderados e espera que os que por Ele foram chamados a exercer a liderança cristã sigam este mesmo modelo.
 
Uma Liderança Pautada na Oração
Não há um momento sequer nos registros bíblicos acerca do minis­tério terreno de Jesus no qual Ele não esteja em oração; aliás, Jesus não ensinou os discípulos a pregar e nem a liderar — pelo menos não teoricamente —, mas ensinou-os a orar (Lc 11.1-4).
Jesus orou em cada momento da sua passagem pela terra, como se vê: I) No início e durante todo o seu ministério (Mt 14.23; Lc 9.28); II) Orou durante uma noite inteira para escolher os que seriam os seus apóstolos (Lc 6.12-16); III) Orou antes de ser crucificado (Mc 14.32-42); IV) Orou durante a sua crucificação (15.34-35); V) Orou pelos discípulos que estavam com Ele e por aqueles que ainda viriam a ser os seus discípulos (Lc 22.32; Jo 17.20-21).
Sendo assim, um dos principais legados de Jesus como líder é, sem dúvida, a sua vida de oração, que deve ser imitada por aqueles que são chamados a atuar na liderança cristã na atualidade.
 
Uma Advertência à Liderança Cristã
Outra marca da liderança de Jesus que deve nortear a vida dos líderes cristãos na atualidade foi a sua discrição. Essa característica do ministério de Jesus assume um aspecto que ultrapassa o modelo a ser seguido e assume uma natureza exortativa e de advertência, pois não são poucos os que têm entrado pelo caminho da busca por popularidade e tem-se perdido e levado outros a perderem-se também.
Em primeiro lugar, Jesus não foi movido pela busca de populari­dade, mas sempre buscou manter-se fiel à missão que recebeu do Pai (Jo 6.60-71). Em segundo lugar, Jesus nunca investiu na sua imagem; aliás, Ele sempre se afastava quando a multidão era muito grande (Lc 5.1-3,15,16). Se, no entanto, Ele não investiu na sua própria imagem, dedicou-se a investir no bom nome, como se vê no exemplo do cego de Jericó, que, embora não tivesse condições de conhecer a sua face em virtude da sua deficiência visual, conhecia bem o seu nome (Mc 10.46-52).
Deus prometeu engrandecer o nome de Abrão, mas não a Abraão, e isso porque pessoas passam, mas o nome permanece (Gn 12.2). Diante disso, o modelo deixado por Jesus e a ser seguido adverte a cada um dos que militam na liderança cristã a investir naquilo que realmente importa, isto é, no bom nome, e não na própria imagem.
Definitivamente, Jesus é o maior líder que já existiu, e o seu mo­delo de liderança deve ser perseguido por todos os líderes cristãos.
 
CONCLUSÃO
Ao término dessa jornada literária, ficam várias questões a ser respondidas a partir de uma reflexão profunda, sincera e per­manente sobre a necessidade de líderes cristãos fiéis, bem preparados, compromissados com a verdade do evangelho, capazes de dialogar com a sociedade atual sem corromper-se com o mundo e o seu siste­ma. Para que isso seja possível, faz-se necessário: I) Ter consciência da natureza do chamado, isto é, saber com clareza e firmeza quem o escolheu para liderar — em alguma medida — sobre a igreja; II) Conhecer os métodos deixados pelo Senhor como meios e instrumentos para a execução do trabalho da liderança cristã; e III) Estabelecer bem e com precisão os objetivos a ser alcançados no exercício da liderança cristã.
Tendo a certeza de que foi Deus quem o escolheu para trabalhar e cooperar com o que Ele está realizando no mundo por meio da sua Igreja, conhecer os métodos bíblicos e os objetivos preestabele­cidos por certo fará de você um líder cristão bem-sucedido, cujos frutos colhidos serão doces, não obstante os momentos amargos a ser enfrentados, assim como duradouros, ainda que para isso é preciso o aprofundamento das raízes, o que demanda tempo, dedicação e treinamento, incluindo leitura bíblica e oração.
Ao longo desta obra, que serve como apoio às Lições Bíblicas Jovens sobre liderança cristã, compartilharam-se conceitos, definições, prin­cípios, referências bíblicas de lideranças que, ao longo da história, contribuíram direta e indiretamente com a construção do edifício espiritual que Deus está levantando no mundo, bem como o avan­ço do seu Reino. Siga, portanto, os bons exemplos aqui expostos e dependa de Deus, e certamente o Senhor fará com que você triunfe sobre todas as adversidades inerentes ao exercício da liderança cristã.
Que Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Para conhecer mais a respeito dos temas das lições, adquira o livro do trimestre: TORRALBO, Elias. Liderança na Igreja de Cristo: Escolhidos por Deus para servir. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.
 
Telma Bueno
 
Escrita Lição 13, Central Gospel, JESUS, o Líder dos Líderes, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 
 
ESBOÇO DA LIÇÃO
1-  JESUS, UM LÍDER PLENO EM HUMILDADE,
EMPATIA E COMPAIXÃO
1.1. JESUS, o maior de todos os líderes, dava atenção ao clamor dos necessitados
1.2. JESUS, o maior de todos os líderes, era movido
pela compaixão
1.3. JESUS, o maior de todos os líderes, sabia como
lidar com os bons e com os maus
1.4. JESUS, o maior de todos os líderes, era objetivo
2- JESUS, UM LÍDER CHEIO DE AUTORIDADE
2.1. JESUS, o maior de todos os líderes, exercia autoridade com humildade
2.2. JESUS, o maior de todos os líderes, exercia
autoridade com verdade
3-  JESUS, UM LÍDER MULTIPLICADOR
3.1. JESUS, o maior de todos os líderes, preparou
doze homens
3.2. JESUS, o maior de todos os líderes, tinha um
propósito universal
 
 
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Mateus 9.35-38
35 - E percorria JESUS todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades
e moléstias entre o povo.
36 - E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor.
37 - Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros.
38 - Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara.
 
 
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de entender que:
- em toda a Bíblia, não há modelo maior de liderança do que o de JESUS;
- JESUS foi um líder pleno em humildade, empatia e compaixão;
 - a liderança de JESUS foi exercida em demonstração de poder e autoridade.
 
 
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, nesta lição, leve seus alunos à seguinte reflexão: que liderança pode ser superior à de um soberano? E quem, jamais, em toda a História, gozou de tanta força em sua liderança como JESUS, cujo reinado é eterno? Os grandes monarcas morrem e são sucedidos por seus filhos no trono real, mas a nenhum deles, em tempo algum, foi dado o poder
de ser um rei pela eternidade adentro. Em Suas últimas palavras, no instante em que ascendia
ao céu, JESUS incumbiu os discípulos de espalharem Sua mensagem pelo mundo inteiro. Eles começaram a anunciá-la há mais de dois mil anos, e essa mensagem jamais deixou de ser anunciada (Mt 28.18-20). Como explicar esse fenômeno? Nesta lição, procure focar as características singulares da liderança de JESUS (Homem), que, sob muitos aspectos, podem ser aplicadas à vida de todos, indistintamente. Boa aula!
 
 
TEXTO ÁUREO
Disse-lhe JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. João 14.6
 
 
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – Apocalipse 19.6 JESUS, o maior líder de todos
3ª feira – João 2.25 JESUS sabe tudo sobre os homens
4ª feira – Hebreus 4.15 JESUS, um líder compassivo
5ª feira – Marcos 1.22 JESUS, um líder cheio de autoridade
6ª feira – Mateus 11.29 JESUS, um líder humilde
Sábado – João 7.46 JESUS, um líder admirado
 
 
COMENTÁRIO
 
Palavra introdutória
Nas lições anteriores, foram abordadas as características de liderança de doze expoentes bíblicos, os quais, cada um a seu modo, inspiram-nos sobremaneira. Nesta, destacaremos o estilo de liderança de JESUS, Aquele que era, é e será, o
maior líder dentre todos os outros. Do nascimento à ascensão: a liderança de JESUS perpassa toda Sua vida terrena. O anjo Gabriel, ao anunciar o nascimento
do Messias de Israel, declarou: Ele será grande e será
chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor DEUS lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim (Lc 1.32,33).
 
 
1- JESUS, UM LÍDER PLENO EM HUMILDADE,
EMPATIA E COMPAIXÃO
JESUS nunca liderou uma instituição. Sendo o sumo sacerdote da nossa confissão (Hb 3.1), Ele jamais carregou sobre os ombros as chaves do Templo (Is 22.22). Embora fosse um rabi (mestre), em tempo algum escreveu um livro, tampouco liderou a Grande Congregação de Israel, a qual existe até hoje em Jerusalém. Nosso Salvador recusou ser declarado rei pelo povo; antes, respondeu: O meu reino não é deste mundo (Jo 18.36). Ele lidou com gente o tempo todo e usava a linguagem do coração; por isso, falava em parábolas (Mc 4.34). O Filho de DEUS entendia
de gente. Como declarou João: Ele não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem (Jo 2.25).
 
 
SUBSÍDIO 1
O líder que não sabe ouvir, não pode ter a presunção
de querer ser ouvido. O líder comanda com a voz; por isso, o líder mais acatado, é aquele que ouve.
 
 
1-1- JESUS, o maior de todos os líderes, dava atenção ao clamor dos necessitados
JESUS parava para ouvir o clamor dos necessitados. Observe:
- O cego Bartimeu, na entrada de Jericó, clamava pelo Senhor, e Ele, parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-lhe, dizendo: Que queres
que te faça (Lc 18.39,40)?
- Uma mulher cananeia, na Fenícia, clamou por sua filha endemoninhada. Quando os discípulos sugeriram
que JESUS a despedisse, Ele disse: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres (Mt 15.28 ARA).
- Jairo, o príncipe da sinagoga, rogou por sua filha enferma que acabara de morrer. Diz o texto bíblico que um da casa do príncipe da sinagoga disse que não haveria razão de Jairo incomodar o Mestre, pois sua filha já havia falecido, JESUS, no entanto, afirmou: Não temas; crê somente, e será salva (Lc 8.49,50).
- Um leproso aproximou-se de JESUS, dizendo: Se queres, bem podes limpar-me. JESUS, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo (Mc 1.40,41).
 
 
 
1-2- JESUS, o maior de todos os líderes, era movido pela compaixão
O Salvador não era movido por qualquer desejo de autopromoção; antes, preferia trabalhar com discrição, proibindo, muitas vezes, as pessoas beneficiadas por Ele de contarem o que lhes havia sido feito. Como morador da Galileia, ao Norte do país, JESUS convivia com uma população pobre e carente (Mt 4.23). Ele enxergava com profundidade a realidade social do Seu povo e era movido de íntima compaixão pelas pessoas. Observe:
- Na cidade de Naim, JESUS enxergou uma mãe enlutada, que chorava à frente do cortejo fúnebre de seu filho. Movido de íntima compaixão por ela, o Senhor ressuscitou o morto e entregou-o à sua mãe (Lc 7.13,14).
- Quando multiplicou cinco pães e dois peixes e os deu
para saciar a fome de uma grande multidão, JESUS o fez, possuído de íntima compaixão para com ela (Mt 14.14).
 
 
1-3- JESUS, o maior de todos os líderes, sabia como lidar com os bons e com os maus
Os seres humanos não são todos iguais: há pessoas boas, generosas e solidárias, como o bom samaritano; mas há também as de má índole, insensíveis, cruéis, sem afeto natural (2 Tm 3.1-5). JESUS foi odiado por muitos, principalmente pelos religiosos que compunham o grupo dos fariseus, saduceus e escribas. O Senhor não os poupou; antes, chamou-os de hipócritas, iníquos, serpentes e raça de víboras (Mt 23.13-33).
- No entanto, Ele atendeu pessoas desses grupos, quando esses o procuraram com honestidade, como foi o caso de Nicodemos, príncipe dos judeus (Jo 3.1). - JESUS mostrou compaixão para com a mulher que fora apanhada em adultério, perdoando-a, enquanto se mostrou austero com os que a julgavam (Jo 8.1-11).
- JESUS sabia defender-se dos maus e não guardava rancor ou espírito de vingança em relação a quem quer que fosse. Ele amava a todos e deixou claro que devemos amar, inclusive, os nossos inimigos (Lc 6.27).
 
 
1-4- JESUS, o maior de todos os líderes, era objetivo
O Mestre era focado. Ele sabia o que queria e onde pretendia chegar. Ninguém jamais conseguiu desviá-lo dos Seus propósitos. Observe:
- Quando começou a falar sobre Sua morte, Pedro achou que poderia repreender JESUS; e recebeu como resposta: (...) Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de DEUS, mas só as que são dos homens (Mt 16.23).
- Quando os samaritanos se recusaram a oferecer uma noite de repouso a JESUS, os discípulos, revoltados, propuseram que Ele fizesse descer fogo do céu para consumir aquela gente má. JESUS, no entanto, não os atendeu e seguiu o Seu caminho (Lc 9.53-56).
 
 
2- JESUS, UM LÍDER CHEIO DE AUTORIDADE
Autoridade é o poder que alguém possui para exercer domínio sobre outros; trata-se, portanto, de uma arma poderosa, que pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal. A autoridade está diretamente
relacionada ao respeito e à submissão.
 
 
SUBSÍDIOS 2
Há duas palavras no grego designativas de “poder”:
dynamis e exousia. Dynamis é mais aplicado ao poder que obtemos de DEUS para realizar a Sua obra (At 1.8); exousia é uma autoridade maior, aplicada, grande parte das vezes, em relação a DEUS (Mc 1.22). JESUS usou exousia.
 
 
2-1- JESUS, o maior de todos os líderes, exercia autoridade com humildade
JESUS disse aos discípulos: É-me dado todo o poder no céu e na terra (Mt 28.18). Considerando Sua essência e origem, JESUS poderia ter sido um déspota, mas Ele foi um kyrios. Qual a diferença? Ambos os termos, no grego, significam senhor. Porém, déspota (em português) é um senhor arbitrário, tirano; enquanto kyrios é um senhor que abre o diálogo. JESUS é chamado de kyrios, porque Ele era acessível às pessoas. Todos podiam aproximar-se dele e falar com Ele. O Rabi da Galileia ensinava com humildade e não evocava títulos ou publicidades para si (Jo 5.31). Quando chamado de “grande”, Ele dizia: Meu Pai é grande. Quando chamado de “bom”, Ele dizia que somente DEUS é bom. JESUS era odiado pelos religiosos, mas amado pelos pecadores. Seu exemplo de vida Confirma os Seus ensinamentos de que a evocação do “eu” é autodestrutiva (Jo 7.18). O Mestre deixou claro que veio ao mundo para fazer a vontade de DEUS, não a Sua própria (Jo 4.32,34); e, para isso, esvaziou--se de si mesmo (Fp 2.6,7).
 
 
2-2- JESUS, o maior de todos os líderes, exercia
autoridade com verdade
JESUS nunca ludibriou pessoa alguma. Ele jamais verbalizou uma frase da qual pudesse arrepender-se depois. De igual modo, em tempo algum, esteve preocupado em agradar a quem quer que fosse. Do mesmo modo como falou do céu para os que nele cressem, falou do inferno para os que preferiam permanecer no pecado (Jo 8.23,24).
Certa vez, um grupo formado por fariseus e herodianos procurou JESUS para surpreendê-lo quanto à questão dos impostos que eram pagos a Roma. Para chegarem à pergunta, iniciaram com uma declaração: (...) Mestre, bem sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de DEUS, segundo a verdade, sem te importares com quem quer que seja, porque não olhas à aparência dos homens (Mt 22.16). Embora não houvesse sinceridade no que diziam, fizeram uma declaração baseada no que realmente notavam em JESUS: a verdade era o Seu retrato. JESUS, sem ser ríspido, respondeu a verdade de modo didático, apresentando a Seus interlocutores os dois lados de uma mesma moeda e perguntando: De quem é esta efígie e esta inscrição? E eles disseram: De César. Então, ele lhes disse: Dai, pois, a César o que é de César e a DEUS, o que é de DEUS (Mt 22.19-21). Um verdadeiro líder responde com a verdade sem arrogância ou grosseria.
 
 
3- JESUS, UM LÍDER MULTIPLICADOR
JESUS não precisou mais do que 33 anos para cumprir cabalmente a Sua missão. O Seu ministério consistiu em ensinar, pregar e curar (Mt 4.23). Sua missão final consistiu na Sua morte expiatória por toda a humanidade na cruz do Calvário.
 
 
3-1- JESUS, o maior de todos os líderes, preparou
doze homens
JESUS escolheu homens de perfil controverso para que o seguissem em Seu ministério terreno: quatro pescadores; dois homens chamados de filhos do trovão, devido ao temperamento intempestivo deles; um pessimista, Tomé; um com o apelido de menor, esse era Tiago, filho de Alfeu, propenso a um complexo de inferioridade; um de espírito revolucionário, chamado Simão Zelote; um Natanael, que desconfiou de JESUS por morar no pobre vilarejo de Nazaré; um que trabalhava como cobrador de impostos; e o mais preparado de todos, intelectualmente, ao qual JESUS confiou a tesouraria, Judas, que o traiu.
JESUS não colocou os discípulos sentados em uma sala de aula. Ele usou a estrada. Ensinou mais com Sua própria vida do que com regras e teorias. O Mestre conversava com eles; mostrava-lhes as situações; respondia às suas perguntas; e provocava o raciocínio deles. Mais tarde, João escreveu sobre isso (1 Jo 1.1).
 
 
3-2- JESUS, o maior de todos os líderes, tinha um
propósito universal
Em Suas últimas palavras, JESUS recomendou aos discípulos que dessem continuidade a tudo quanto Ele lhes havia ensinado, ou seja, que se reproduzissem em outros, dizendo: Portanto, ide e ensinai a todas as nações... ensinando-as a guardar todas as coisas que vos tenho mandado (...) (Mt 28.19,20). Em Sua oração sacerdotal, JESUS deixou bem claro que o Seu propósito abrangia o mundo inteiro: Eu não rogo
somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim (Jo 17.20). Dois mil e vinte anos depois, os discípulos de JESUS continuam a reproduzir a mesma mensagem, com o mesmo poder e oferecendo a mesma esperança salvífica. Qual outro líder na História jamais obteve tamanho êxito?
 
 
CONCLUSÃO
Depois de havermos estudado sobre exemplos bíblicos de liderança, culminando no maior de todos eles, JESUS — embora conscientes de que não esgotamos os modelos bíblicos de liderança —, temos de admitir que cada personagem elencado nesta revista nos transmite um incontrolável entusiasmo,
que nos encorajam a repetir seus gestos. Mesmo acreditando que estamos muito aquém de qualquer um deles, a Palavra de DEUS nos encoraja. Nos exemplos estudados, observa-se que DEUS levantou pessoas como nós, cheias de defeitos, fraquezas e incapacidades. Apesar disso, Ele exigiu que seus
eleitos dessem frutos permanentes (Jo 15.16). Fica aqui, então, o desafio: acredite no seu potencial; submeta-se à vontade de DEUS; tenha um objetivo na vida, ponha foco nele e deixe o resto por conta do Senhor!
 
 
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. A qual líder, o escritor de Hebreus compara JESUS (Hb 3.3)?
R.: A Moisés.