Lição 1 - A Igreja diante do Espírito da Babilônia,
3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
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TEXTO ÁUREO
“E, na
sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições
e Abominações da Terra.” (Ap 17.5)
VERDADE PRÁTICA
A
igreja deve resistir ao “espírito da Babilônia” presente no cenário atual. Isso
deve ser feito por meio do compromisso inegociável com a autoridade da Palavra
de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda
- Na 3.4 A idolatria como símbolo da prostituição espiritual
Terça - 2 Ts 2.4,9,10 O Anticristo, por meio de Satanás, fará oposição a Cristo
Jesus
Quarta - 2 Tm 4.3 O relativismo cultural contra a doutrina e a autoridade
bíblicas
Quinta - Is 5.20 A busca pela desconstrução da ética e da moral cristãs
Sexta - Mt 24.35 A Palavra de Deus é a verdade absoluta e imutável
Sábado - Mc 13.33 Aguardando a volta de Cristo em constante oração e vigilância
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Apocalipse 17.1-6
1 - E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou comigo,
dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está
assentada sobre muitas águas,
2 - com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se
embebedaram com o vinho da sua prostituição.
3 - E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma
besta de cor escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia e tinha sete
cabeças e dez chifres.
4 - E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, adornada com ouro, e
pedras preciosas, e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio das
abominações e da imundícia da sua prostituição.
5 - E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe
das Prostituições e Abominações da Terra.
6 - E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos e do sangue das
testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.
COMENTÁRIOS DIVERSOS –
SUBSÍDIOS
17.1 UM DOS SETE ANJOS... FALOU COMIGO, DIZENDO-ME. Os capítulos 17,18 retratam a queda da grande Babilônia (Ap 16.19). (1) A Babilônia (v. 5) simboliza a totalidade do sistema mundial dominado por Satanás, que promove a iniquidade na política, na religião e no comércio (ver Jr 50.1; Ap 51.1-64). (2) Babilônia será totalmente destruída durante os últimos três anos e meio desta era. A Babilônia religiosa (i.e., a prostituta) será destruída pelo anticristo (vv. 16,17), ao passo que a Babilônia política será destruída por Cristo na sua vinda (Ap 19.11-21).
17.1 GRANDE PROSTITUTA. Trata-se da Babilônia religiosa, e abrange todas as religiões falsas, inclusive o cristianismo apóstata. Na Bíblia, os termos prostituição e adultério, quando empregados figuradamente, normalmente denotam apostasia religiosa e infidelidade a Deus (Is 1.21; Jr 3.9; Ez 16.14-18; Tg 4.4), e significam um povo que professa servir a Deus enquanto, na realidade, adora e serve a outros deuses.
Note o nítido contraste entre a grande prostituta e a esposa do Cordeiro (Ap 19.7,8).
A prostituta é súdita de Satanás; a esposa é súdita de Cristo. Satanás veste a prostituta (v. 4); Deus veste a esposa do Cordeiro (19.8). A morte eterna é a porção da prostituta; a glória eterna é o destino da esposa.
Concernente a esta falsa religião:
(1) A prostituta rejeitará o evangelho de Cristo e dos apóstolos, o poder da piedade (2 Tm 3.5; 4.3; Mt 24.24). (2) Ela se alinhará com os poderes e a filosofia de "Babilônia", i.e., o estilo de vida do mundo com sua imoralidade (v. 2; Ap 3.16). Os poderes político e religioso se unirão para apoderar-se do controle espiritual das nações (v. 18). (3) Seus líderes perseguirão os verdadeiros seguidores de Cristo (v. 6). Ela será uma miscelânia de religiões e credos, sem preocupação com a doutrina bíblica. Seu principal interesse estará na conquista das massas e na adoção dos seus sistemas, valores e objetivos religiosos. Ela se tornará "morada de demônios, e abrigo de todo espírito imundo" (Ap 18.2; cf. Is 47.12,13). (4) A todos os verdadeiros crentes se lhes ordena que saiam de "Babilônia", para que não sejam condenados com ela. (5) Deus fará com que o anticristo a destrua (ver v. 16).
17.2 OS QUE HABITAM NA TERRA. O verdadeiro parentesco da grande prostituta (ver a nota anterior) não é com Cristo, mas com o mundo. (1) Os hipócritas e os falsos profetas obtêm sucesso como resultado da sua doutrina, porque ela induz a sociedade mundana a unir-se a ela. Os falsos sistemas religiosos permitem que seus membros professem que são de Deus e ao mesmo tempo pratiquem adultério. (2) Transigência com o poder político e tolerância com a injustiça são suas características. Como prostituta, essa igreja apóstata negocia sua influência com o mundo sem vacilar (18.3).
17.3 UMA BESTA DE COR ESCARLATE. Esta besta é o futuro governo mundial, a Babilônia política, que apoia a falsa organização religiosa mundial (para comentários sobre "as sete cabeças", ver v. 10 sobre os "dez chifres", ver v. 12).
17.4 UM CÁLICE DE OURO. Este cálice cheio de "abominações", mas externamente atraente, revela a condição espiritual da igreja apóstata dos últimos dias (cf. Mt 23.27,28). Essa igreja do cálice de ouro oferecerá ao povo, tanto as coisas de Deus, como a satisfação carnal, i.e., um cristianismo pervertido, que ensina aos seus adeptos a prática da imoralidade e ao mesmo tempo lhes diz que são aceitos por Deus.
17.5 BABILÔNIA. O nome "Babilônia" provém de "Babel", que simboliza a religião falsa, a feitiçaria, a astrologia e a rebelião contra Deus (Gn 10.8-10; 11.4; Is 47.13).
17.6 SANGUE DOS SANTOS. Naqueles dias, a religião falsa, aliada ao sistema político mundial, perseguirá a todos que verdadeiramente se dedicarem a Cristo e à fé bíblica.
17.8 A BESTA QUE... JÁ NÃO É, E HÁ DE SUBIR DO ABISMO. Alguns interpretam este versículo presumindo ser o Anticristo uma pessoa que já viveu em algum tempo da história, mas que agora está morta, e que no futuro subirá do abismo, permanecendo na terra por um certo período e, por fim, será destruída (cf. vv. 8-11; Ap 19.20). Outros relacionam o versículo com a declaração de João, em Ap 13.3.
A Terra e o
Seu Povo - Dicionário Bíblico
Wycliffe
Babilônia
(pais) está situada na planície aluvial entre os rios Tigre e Eufrates, na.
extremidade leste do Crescente Fértil na Ásia Ocidental. Com apenas 65
quilômetros de extensão, ela abrange aproximadamente 20.000 quilômetros
quadrados, e é quase do tamanho de New Jersey, nos Estados Unidos. A cidade da
Babilônia (q.v.) era a sua capital, e o país era chamado de “terra de Sinar” (Gn
10.10; 11.2; Is 11.11) e de
“terra dos caldeus” (Jr 24.5; 25.12;
Ez 12.13). Ela faz fronteira ao norte com a Assíria; a leste, com as planícies
ao pé dos montes Zagros; ao sul, com o Golfo Pérsico e, a oeste, com o Deserto
Árabe, do qual está separada apenas por uma estreita faixa. Os depósitos de
lodo, carregados pelo Tigre e pelo Eufrates em seus cursos em direção ao Golfo
Pérsico, estendem a área em aproximadamente 24 metros a cada ano, ou 2,4
quilômetros a cada século. Alguns estudiosos acreditam que a taxa de depósito
tenha sido muito maior na antiguidade.
O clima é
extremamente quente no verão. A temporada de chuva continua de novembro a
fevereiro, mas a soma de toda a chuva durante estes meses é inferior a 250
milímetros. A fertilidade do solo era fantástica. Duas colheitas a cada ano e
colheitas de 50 a 100 vezes o número de sementes plantadas não eram fatos
desconhecidos na antiguidade. Canais de irrigação, bem dispostos e
adequadamente cuidados, eram adicionados à produtividade do solo, que era enriquecido
anualmente pelo lodo trazido aos vales pelas inundações anuais do Tigre e do
Eufrates. Alguns autores antigos chamaram a Babilônia da cesta de pães do
mundo, ,e berço da civilização - o local do Jardim do Éden. Entretanto, a
negligência do cultivo por um longo período trouxe à Babilônia um árido
deserto. Apenas os aterros e as valas visíveis atestam a presença e os cursos
daqueles antigos canais de irrigação tão vitais para as abundantes plantações
que, outrora, preenchiam a planície babilônica. A estimativa recente da
população dessa área é de 7 milhões de pessoas, mas ela poderia abrigar 50
milhões utilizando todo o potencial do Tigre e do Eufrates.
O trigo era
a principal safra, enquanto o gergelim também era cultivado. As tamareiras
foram introduzidas pela Arábia, provendo aos habitantes; vinho, vinagre, mel,
açúcar, farinha para cozer, esteiras para trabalhos de vime, madeira para a
construção e até mesmo alimento para engordar bois e ovelhas. Q homem podia
viver quase que exclusivamente do fruto da tamareira. As canas que cresciam ao
longo dos canais do rio eram usadas na construção de barcos e para cercar os
campos.
Os sistemas
aos canais praticamente uniam o Tigre ao Eufrates, e se tomavam meios de
transporte assim como fontes de irrigação. Um deles era chamado de “o canal
real” e unia os dois rios com água suficientemente profunda e extensa para
transportar grandes embarcações. A tradição afirma ser este o canal construído
por Ninrode, enquanto outros estudiosos e críticos o atribuem a um rei
babilônio. O Salmo 137.1-2 fala dos rios (canais) da Babilônia. Leões,
panteras, chacais, raposas, javalis selvagens e bois selvagens vagavam pelos
pântanos, enquanto bois domesticados, carneiros, cabras, jumentos e cães
serviam às necessidades do homem no serviço doméstico. Os elefantes, os
jumentos selvagens e os camelos também eram conhecidos.
Visto que
as pedras eram extremamente escassas na planície aluvial, e as tamareiras eram
de qualidade inferior para fins de construção, a maioria das cidades na
Babilônia foi construída em morros com o uso de tijolos secos ao sol e pelos
calcinados em forno, feitos do barro abundante encontrado em toda parte. Os
tijolos variavam consideravelmente em tamanho e muitos deles eram estampados
com o nome do rei para cujo uso eles eram feitos, o que ajuda consideravelmente
a decidir a cronologia e a história de muitas estruturas. Os tijolos calcinados
em forno eram usados para dar acabamento à camada exterior de construções
públicas e em importantes estruturas ae alicerce; por causa de sua resistência
às intempéries, eles duravam mais do que os tijolos secos ao sol. As pedras
eram importadas quando necessário para monumentos especiais ou para outras
necessidades de construção.
Nos
primeiros períodos, o pais era dividido entre os acádios ao norte, e os
sumérios ao sul. A cidade da Babilônia, Borsipa, Quis, Kutha, Sippar e Acade
(fundada por Sargão I) eram cidades acádias; Ur (o lar do patriarca Abraão),
Eridu, Nippur, Lagash, Umma, Larsa e Ereque eram cidades sumárias Algumas
dessas cidades datam de 4000 a.C., sendo possivelmente até mais antigas.
Os sumérios
falavam uma língua aglutinativa (como a língua turca) que pertence a um grupo
não especificado de línguas chamado, por conveniência, de turaniano. Eles
desenvolveram uma escrita cuneiforme, originada de uma forma de escrita
pictográfica anterior. A língua falada pelos babilônios pertence ao grupo das
línguas semíticas do norte, e está relacionada com o fenício, o aramaico e o
hebraico. Ela foi chamada de cuneiforme a partir do termo cuneus, do latim -
“cunha”; esta era a forma dos sinais que vinham do estilo (ou “buril”) usado
para formar os símbolos, A escrita corria da direita para a esquerda sem
espaços entre as palavras. A escrita era, geralmente, feita em tábuas de barro,
praticamente indestrutíveis quando assadas. Assim, extensos registros da
Mesopotâmia têm sido preservados e grandes coleções têm sido descobertas pelos
escavadores. Os acádios - embora tenham derrotado os sumérios - tomaram
emprestada a sua forma de escrita, modificaram- na e tornaram-na a base de
todas as formas de escrita cuneiforme, que continuaram existindo até um século
antes da era cristã.
A origem do
povo sumério é incerta. Alguns estudiosos vêem na raiz smr a raiz básica sm
(shem) com um complemento fonético “r”, e assim consideram que eles são
descendentes de Sem, sendo deste modo realmente um povo semítico. Pelos
monumentos que eles deixaram, nota-se que seus traços faciais assemelham-se com
os asiáticos, e das árvores e animais retratados em seus brasões cilíndricos,
tem sido conjeturado que eles vieram das montanhas do norte e do leste. Seus
trabalhos com metais e joias marchetadas nunca se sobressaíram.
Desenvolvimento
Histórico - Dicionário Bíblico
Wycliffe
A
princípio, as cidades da Babilônia eram reinos independentes - cidades-estados.
Mas, finalmente, centros de dinastia começaram a surgir para proteger a área de
invasores e para organizar o indispensável sistema de irrigação. Em aprox. 2500
a.C., Ur estabeleceu uma hegemonia sobre grande parte da região Suméria. Sargão
I de Acade, em aprox. 2350 a.C., criou, em um sentido Teal, um império semítico
quando derrotou todas as cidades sumérias e fundou a cidade de Acade (ou Agade)
como a primeira capital do Império Semítico. Sua dinastia continuou até aprox.
2200 a.C.
Entre os
primeiros conquistadores da Babilônia estavam os gutianos e os amorreus.
Hamurabi (no século XVIII a.C.), um amorreu, liderou a Babilônia em uma
campanha vitoriosa contra as cidades vizinhas e a transformou na capital de um
império político. Sua administração era excelente, grandes trabalhos de caráter
público foram instituídos, a lei e a ordem prevaleceram, e Hamurabi imortalizou
sua fama através da codificação das leis que ficaram conhecidas como o código
de Hamurabi. Esse era um código legal que protegia os interesses dos nobres e
favorecia os interesses das classes superiores. Muitos estudos comparativos dos
códigos hebreus e dos de Hamurabi têm sido feitos. Embora pareça haver muitas
semelhanças, as diferenças são maiores do que as semelhanças. A lei hebraica
foi única em seu elevado monoteísmo, em sua rejeição à administração da justiça
de acordo com a classe social das pessoas, e em seu conceito de lei moral.
Depois que
a dinastia Hamurabi chegou ao fim no século XVI a.C., a Babilônia não figurou
mais de forma expressiva na história mundial, até que o império caldeu de
Nabucodonosor (século VI a.C.) tornou-se o terror da Asia ocidental.
A Religião
Babilônica - Dicionário Bíblico
Wycliffe
Com a
ascensão da supremacia da cidade da Babilônia, Marduque, o patrono da cidade,
tornou-se a principal divindade do panteão babilônico, Uma festa de ano novo
chamada de festa “akitu” era realizada anualmente em sua honra, na qual uma
batalha simulada entre o rei e o dragão das profundezas era encenada
repetidamente para comemorar a primitiva vitória de Marduque sobre o caos. O
propósito da festa era anunciar o ano novo com um ritual para assegurar paz, a
prosperidade e a felicidade por todo o ano.
Outras
divindades adoradas pelos babilônios eram Anu, deus do céu; Enlil, deus do
vento e da terra; Ea, deus do submundo - juntos, eles formavam uma tríade de
divindades. Outra tríade importante era Sin, o deus- sol de Ur, e Harã, os
primeiros abrigos da família de Abraão; Sarnas, a divindade do sol; e Istar,
deusa do amor e da guerra, equivalente à Astarte dos fenícios, Astarote
mencionada da Bíblia, e Afrodite dos gregos. Outras divindades significativas
foram Nabu, o deus da escrita e Nergal (irmão de Marduque), o deus da guerra e
da fome. Veja Falsos deuses.
Os deuses
da Babilônia eram, em sua origem, personificações das várias forças da
natureza. A religião babilônica era, dessa forma, uma adoração à natureza em
todas as suas partes, prestando homenagem a seres super- humanos que eram ao
mesmo tempo amigáveis e hostis, com frequência representados por formas
humanas, animais, ou híbridas. Nenhuma divindade era todo-poderosa - nem mesmo
as principais das várias tríades de divindades. Cada uma delas tinha uma
província sobre a qual governava. Na verdade, cada grande cidade possuía sua
própria divindade à qual seus habitantes prestavam homenagens. As divindades
eram criadas a partir de materiais existentes no mundo, e estavam sujeitas à
ordem natural. Algumas divindades morriam como o homem. Os deuses que
alcançavam alguma ascensão representavam as expressões babilônias do desejo que
o homem tem de transcender o padrão da ordem natural. Abaixo das divindades
estava o mundo dos demônios, que eram dotados de várias qualidades e
características, mas de influência limitada.
As
divindades eram adoradas em vários templos, muitas vezes em torres-templo. As
torres-templo (zigurates) eram estruturas imponentes, erguendo-se em enormes
níveis, um acima do outro, construídos quase que completamente com tijolos
sólidos e acesso feito por meio de uma escadaria externa. Muitas dessas
torres-templo tinham três ou quatro pavimentos de altura, com bases
extremamente largas. No topo da estrutura havia um relicário no qual ficava uma
imagem da divindade à qual a torre-templo era dedicada. Alguns zigurates foram
construídos de forma que os ângulos retos fossem orientados de acordo com os
pontos cardeais. Estas torres-templos dominavam as casas vizinhas e eram mais
imponentes do que os palácios reais.
Para cada
templo estava vinculado um sacerdócio treinado e altamente organizado dedicado
à adoração ao seu deus e à preservação dos rituais e do conjunto de tradições.
Os sacerdotes eram remunerados com as ofertas regulares e com a renda que vinha
das terras do templo, as quais lhes eram doadas. O papel do sacerdócio na
Babilônia era mais elevado do que aquele que era exercido na Assíria. A
Babilônia era uma sociedade teocrática, governada pela ordem sacerdotal que
sancionava uma monarquia. Esta era subordinada à ordem religiosa, mas
suficientemente poderosa para executar a lei que regulava a sociedade
babilônica.
Muitos
trechos grandiosos de literatura vieram da Babilônia. Além do código de lei de
Hamurabi, há histórias da Criação e do Dilúvio encontradas em Nipur. E, em
outras partes, lê-se a história da descida de Istar para o Hades.
A
influência babilônica em assuntos particulares hebreus teve seu ponto mais
elevado durante o período do Exílio, Muitas famílias hebreias do cativeiro
estiveram envolvidas em transações comerciais na região de Nipur, conforme
declarado em tábuas ali encontradas, e o sistema monetário da Babilônia
influenciava o sistema monetário dos hebreus. É bastante provável que o
movimento das sinagogas tenha se desenvolvido entre os hebreus no exílio
Babilônico, e que o espírito do judaísmo, nascido nesse período, tenha sido
levado por Esdras, o escriba, da Babilônia para Jerusalém.
Durante os
primeiros séculos cristãos, o talmude babilônico foi criado nas escolas hebreias
dentro e ao redor de Nehardea, Pumbeditha e Sura. Estas escolas no final foram
extintas, e o centro do judaísmo deslocou-se para a Palestina e para a Europa.
BABILÔNIA
Uma antiga
cidade-estado situada em ambas as margens do rio Eufrates na terra de Sinar
(mais tarde chamada de Caldéia), aprox. 65-80 quilômetros ao sul da atual
Bagdá, e 480 quilômetros ao norte do Golfo Pérsico. Seu nome foi derivado do
acádio babilu - “porta de Deus”. Ela, por fim, tornou-se a capital do Império
Babilônico, e o nome foi usado no AT para designar tanto a cidade quanto o
país.
Os
primórdios da cidade não são claros, com exceção da passagem bíblica que
atribui a fundação da Babilônia aos descendentes de Cuxe e aos seguidores de
Ninrode (Gn 10.8- 10).
De acordo com a tradição grega, Belus (o babilônio Bel ou Merodaque) foi o seu
fundador. Escavações arqueológicas revelaram a presença de uma cultura Suméria
dentro e ao redor <ia Babilônia que precede a civilização acádio-semita.
Descrição. Muitos
escritores antigos relataram o tamanho, o esplendor, e a importância da
Babilônia. Embora exista uma certa divergência em relação ao verdadeiro tamanho
da cidade, todos estão de acordo quanto à sua magnitude e influência. Como as
pedras eram escassas na área, e a qualidade da madeira (em grande parte,
palmeiras) era inferior, a cidade foi construída com tijolos feitos de
depósitos de barro de suas vizinhanças (cf. Gn 11.3, “E foi-lhes o tijolo por
pedra, e o betume, por cal”). Heródoto, o historiador grego que visitou
Babilônia depois da conquista de Ciro, enquanto ela ainda preservava grande
parte de seu esplendor original, relatou que a cidade era um enorme quadrado
cujo perímetro chegava a 90 quilômetros. Ele também se referiu ao enorme fosso
que circundava os muros duplos da cidade. Esses muros eram muito altos, e muito
largos (cf. Jr 51.58). No alto dos muros havia câmaras, uma de frente para a
outra, com um espaço entre elas que permitia que uma carruagem de quatro
cavalos desse a volta e mudasse de direção. Os portões - em um total de 100, sendo
25 de cada lado, todos com portas chapeadas de bronze - atravessavam os muros
da cidade (cf. Is 45.2). As ruas da cidade eram dispostas de forma regular tão
simétrica quanto um moderno projeto norte-americano de desenvolvimento. Casas
de três e quatro andares delineavam as ruas planejadas. As duas metades da
cidade eram ligadas por uma ponte constituída com pilastras de pedra cobertas
com plataformas móveis de madeira. Majestosos palácios, fortemente vigiados,
ficavam nas duas extremidades da ponte, e um túnel sob o rio ligava os
palácios.
Uma outra
estrutura famosa na cidade era o templo de Belus, descrito por Heródoto como
ocupando uma das praças que dividiam a cidade. Esse templo foi muito ampliado e
embelezado por Nabucodonosor. Berosso, o historiador babilônico nos dias de
Alexandre, escreveu a sua história da Babilônia a partir das inscrições dos
muros do templo. A torre-templo ou zigurate era dedicada a propósitos
astronômicos, pelos quais os babilônios eram famosos. O primeiro eclipse solar
registrado foi observado com precisão na Babilônia em 721 a.C.
O palácio
de Nabucodonosor também adornava a cidade da Babilônia, assim como os Jardins
Suspensos. Diziam que ele fora construído por Nabucodonosor para agradar sua
esposa Amytis, que sentia uma forte saudade das colinas e bosques de sua terra
natal. Esses jardins foram considerados uma das sete maravilhas do mundo
antigo.
A famosa
Avenida Processional ia da Porta de Istar até o templo de Istar (esta deusa era
comparável a Astarote do AT), e até o templo de Esagila. Os dois lados da ma
eram alinhados com leões em tamanho real, e dragões em relevo pintados em
tijolos esmaltados.
Governadores. O
primeiro governador famoso da Babilônia foi o amorreu Hamurabi (aprox,
1728-1686 a.C.), o sexto rei da poderosa “Primeira Dinastia da Babilônia”.
Especialmente conhecido pelo código de leis que leva o seu nome, ele também
estendeu as fronteiras de seu império até Mari, no Norte. Um repentino ataque
heteu pôs fim a essa dinastia logo depois de 1.600 a.C. Os cassitas do nordeste
ocuparam o país por vários séculos, governando de Dur Kurigalzu (a moderna
*Aqarquf), alguns quilômetros a oeste de Bagdá. Desde a época em que
Tukulti-Ninurta I (1235-1198 a.C.) aprisionou a Babilônia, ela esteve
periodicamente sob o domínio dos assírios, até a morte de Assurbanipal no final
do século VII a.C. Em 626 a.C., Nabopolassar declarou-se rei da cidade e esta,
dominada por seu filho Nabucodonosor II (605-562 a.C.), alcançou seu apogeu
mais glorioso. Merodaque ou Marduque, suposta divindade protetora da cidade,
tornou-se, com o gradual crescimento da Babilônia e sua supremacia na região, a
divindade chefe do panteão babilônico. No AT, Marduque é chamado de “Bel”. Ele
é retratado simbolicamente em monumentos como um dragão flamejante.
A Babilônia
e a Bíblia. Mencionada, juntamente com o país da Babilônia,
mais de duzentas vezes na Bíblia, a cidade da Babilônia desempenhou um
importante papel na vida dos hebreus. Abraão trouxe consigo, em sua
peregrinação, proveniente dessa área: a língua, a cultura e a fé, que deixaram
certa influência sobre o estilo de vida dos hebreus. Babilônia, juntamente com
a Assíria, constantemente influenciavam o desenvolvimento da nação hebraica. E
ela serviu como um segundo Egito, em influência, sobre a vida e o pensamento
hebraico através do forçado Exílio Babilônico que se seguiu à queda de
Jerusalém e ao colapso do estado de Judá. Merodaque-Baladã, governador da
Babilônia no século VIII a.C., trocava correspondências com Ezequias, rei de
Judá (2 Rs 20.12-19; Is 39,1-8); e Daniel e seus três companheiros hebreus
foram prisioneiros dos babilônios na capital (Dn 1-5).
Os textos
em Isaías 13-14; 21.1-10 e Jeremias 50-51 falam da queda que Babilônia
sofreria. Eles a descrevem como um evento impressionante pela extensão de seu
impacto sobre as nações civilizadas. Ela se tornaria um amontoado de ruínas,
uma nação devastada. Segundo antigos registros mesopotâmicos, primeiro
Senaqueribe sitiou a cidade e a inundou através de canais para se vingar de sua
insurreição. Ciro o Grande, Dario Histaspe, Xerxes (que infligiu penalidades à
cidade per suas rebeliões, destruindo palácios, templos e muros em aprox. 480
a.C.), e finalmente Alexandre o Grande, conquistaram a cidade. Alexandre
planejou restaurar a cidade e fazer dela a capital de seu império, mas este
plano não foi realizado por causa da sua morte precoce. Então, em 312 a.C.,
Seleuco Nicátor fundou e fortaleceu a Selêucia, situada à frente do Tigre,
próxima à cidade da Babilônia, e transferiu a sede do império para esta cidade.
A partir daí, a cidade aa Babilônia declinou rapidamente e nunca mais recuperou
a condição de cidade. No início da era cristã, apenas um pequeno grupo de
astrônomos e matemáticos estava vivendo na cidade. Muitas das cidades na
vizinhança, como Hilla, usaram os tijolos secos ao sol e os secos ao forno da
outrora grande cidade para construir novos muros, casas e represas, exatamente
como havia sido profetizado (Is 13.19-22; Jr 50.23-26; 51.24-26). Deste modo, a
cidade da Babilônia serviu apenas para a construção das novas cidades. Consequentemente,
é provável qne as referências do NT à Babilônia em Apocalipse 14.8; 16.19; 17.18
refiram-se à cidade de Roma. Tertuliano, Jerônimo e Agostinho compreenderam
muito bem estas referências. Uma teoria menos provável é que a referência à
Babilônia em 1 Pedro 5.13 tinha em vista um lugar no Egito, hoje localizado no
Cairo Antigo.
Escavações. O
trabalho arqueológico mais importante na Babilônia foi liderado por Robert
Koldewey, que escavou para a Sociedade Alemã do Leste, de 1899 a 1914. Uma vez
que as camadas das primeiras ocupações do local hoje se encontram debaixo
a’água, quase tudo que é encontrado é datado da época de Nabucodonosor. Embora
a cidade toda tenha sido completamente arruinada, a expedição conseguiu formar
um quadro bastante preciso da planta da cidade, e esboçar os seus principais
edifícios. F. E. Y.
Algumas
versões traduzem o termo “mistério* (Ap 17.5) como um “significado secreto”,
indicando que a “Babilônia” é designada de forma simbólica. A Roma da época de
João (cidade, império, civilização, adoração ao imperador) foi a incorporação
contemporânea da Babilônia. Roma foi construída sobre sete colinas (Ap 17.9), e
“nomes de blasfêmia” (Ap 17.3) ou títulos divinos foram dados aos imperadores
romanos. As prostitutas romanas habitualmente mostravam os seus nomes em suas
frontes (Ap 17.5). Porém a Babilônia é mais do que a Roma histórica. Ela mostra
antecipadamente o sistema eclesiástico apóstata do final dos tempos (Ap 17; 19.2), assim como o
poder político do Anticristo (Ap 14.8; 16.19; 18.10-24).
Ela é um
reino demoníaco, a habitação de demônios e o abrigo de todo espírito imundo (Ap
18.2). Esta Babilônia é claramente considerada a sucessora do reino pagão
denunciado nos livros proféticos do AT, e o eco das canções ameaçadoras dos
profetas acerca da Babilônia pode ser ouvida em Apocalipse 17-18 (Ap 17,1,15
com Jr 51,13; Ap 17,2,4;
18.3,9 com Jr 51.7; Ap 18.2 com
Is 21.9; 13.21-22; Ap 18.5 com Jr 51.9; Ap 18.7 com Is 47.7,8; Ap 18.8 com Is 47.9; Ap
18.21 com Jr 51.63,64).
R. A. K. e
J. R.
Lição 1 - A IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO
DA BABILÔNIA - Subsídios para as Lições Bíblicas Adultos do 3º Trimestre de
2023 - CPAD
Prezado(a)
professor(a), a copiosa paz do Senhor! Durante este trimestre, a partir do
estudo das Lições Bíblicas Adultos, editada pela CPAD, veremos como o “espírito
da Babilônia” está presente na sociedade atual em constante oposição à Igreja
do Senhor. A Lição deste trimestre tem como título A Igreja de Cristo e o
Império do Mal: Como Viver Neste Mundo Dominado pelo Espírito da Babilônia. A
Palavra de Deus nos revela que o espírito do Anticristo já opera neste mundo e
nada tem a ver com Cristo. Embora o homem da iniquidade só se revele no tempo
determinado por Deus, é possível perceber a atuação do mal com frequência na
sociedade em que vivemos. Nosso papel como Igreja é resistir às investidas do
império das trevas e preservar os valores do Reino por meio de um testemunho
justo. No que diz respeito à postura da Igreja frente ao mundanismo e à
apostasia da fé, é com grande preocupação que pastores e líderes de nosso tempo
têm observado o comportamento de alguns crentes. É notória a desaceleração do
exercício do evangelismo em alguns lugares bem como a falta de compromisso
ético com a doutrina bíblica. Em consequência disso, temos a descaracterização
da igreja e o declínio do bom testemunho por parte dos crentes. Nesse sentido,
o pastor Elinaldo Renovato, na obra A Família Cristã e os Ataques do Inimigo,
editada pela CPAD (2013, pp. 132, 133) destaca: “O caráter é o aspecto psíquico
da personalidade. O caráter é a característica responsável pela ação, reação e
expressão da personalidade. É a maneira própria de cada pessoa agir e
expressar-se. Tem a ver com a própria conduta. É a ‘marca’ da pessoa. O caráter
faz parte da personalidade; é adquirido, não herdado... Resulta da adaptação
progressiva do temperamento às condições do meio ambiente: o lar, a escola, a
igreja, a comunidade, o estado socioeconômico”. Tendo como base o ensino da
Palavra de Deus, através das lições ministradas em cada classe por faixa
etária, a Escola Dominical torna-se inestimável auxiliar na formação do
caráter.
Nessa mesma perspectiva, a Igreja tem o trabalho imperativo de prezar por um
ensino bíblico de qualidade com vistas à formação de crentes e obreiros
comprometidos com as verdades do Evangelho, para que possa exercer com afinco o
seu papel de representante de Cristo neste mundo.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Apocalipse Capítulo XVII - Apocalipse Versículo por Versículo - Severino Pedro da Silva - com
algumas modificações do Pr. Henrique
1. “E VIO um dos sete anjos
que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a
condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas”.
I. “...grande prostituta”. Nos
capítulos 17 e 18 deste livro, nas sete visões da condenação da “grande
Babilônia”, são vistos dois “sistemas” se combinando entre si: Babilônia
(política e religiosa) e (literal e comercial). A primeira sendo descrita no
capítulo 17 e a segunda, no capítulo 18. As predições bíblicas têm cumprimento
a curto ou a longo prazo. Portanto, nos “últimos dias”, que são dias da ira
tanto humana como divina, veremos o “aparecimento” tanto de um império político:
a federação dos dez reis escatológicos, pelo Anticristo (v.13), tendo como sede
a cidade apocalíptica aqui denominada Babilônia (Podendo ser Roma, ou
Jerusalém, ou a própria Babilônia mesmo, ou outra cidade), como também veremos
o “aparecimento” de “um falso culto” dedicado à Besta, o homem do pecado (o
anticristo). Também veremos ainda, a condenação duma grande prostituta
denominada “a grande Babilônia” envolvida em “mistérios”. A Babilônia, a
grande, cerca de 713, (a. C.). O profeta Naum chamou-a de “graciosa meretriz”
(Na 3.4). De modo bem similar, e por razões idênticas um outro profeta aplica o
mesmo epítero vergonhoso a cidade de Tiro, predizendo sua ruína (Is 23.15).
Profeticamente falando, este “sistema misterioso” desta secção, representa o novo
paganismo do tempo do Anticristo, e especialmente, o culto dele e suas formas
de expressões.
2. “Com a qual se prostituíram
os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua
prostituição”.
I. “...se prostituíram os reis
da terra”. Os reis do tempo do antigo império romano, por exemplo, tentaram de
todas as formas influenciar, para seu benefício, no seu comércio, tudo que era
de seus cidadãos. Profeticamente falando, isso se fará, em grau supremo, nos
dias sombrios do Anticristo, os “reis” farão também que os súditos da Besta,
aceitam não só este “sistema” de tributos sobre si, mas de um modo especial o
seu próprio “culto”, a ele dedicado. “Assim como Nínive e Tiro desviaram outros
povos, forçando-os com a idolatria vigente naqueles dias, agora será a cidade apocalíptica
aqui denominada Babilônia (Podendo ser Roma, ou Jerusalém, ou a própria
Babilônia mesmo, ou outra cidade), a meretriz, que seduzirá os “reis”,
juntamente com os aliados da Besta, fazendo-os beber do vinho de sua fornicação
(14.8). Isto é, ela os seduzirá à adoração idolátrica de si mesma e seu
consorte, a Besta”.
3. “E levou-me em espírito a
um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que
estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres”.
I. “...uma mulher assentada”.
A mulher e a Besta nesta secção simbolizam dois poderes: o religioso e o
político. O fato de ela estar “assentada sobre a Besta” indica que a grande
prostituta domina as nações religiosamente, assim como a Besta sobre a qual
cavalga o faz politicamente. Isso também revela sua influência e, ao menos
aparentemente, parece controlar e até dirigir a Besta. Por sua vez a mulher é
sustentada pela Besta. O presente texto nos mostra o primeiro poder (religioso)
a cavalgar sobre o segundo (político).
1. A mulher e a Besta são
significativas especialmente em suas vestes e em seu poder, mas habitam no
deserto. Isso indica claramente suas naturezas demoníacas (Lc 11.24). Ela é
realmente vista onde deve ser vista: num lugar desolado, faminto, sedento
apropriada para uma meretriz horrenda. A esse lugar o anjo levou o profeta. Há
ainda neste versículo um fato curioso que chamou a atenção de João: a Besta
estava coberta de nomes de blasfêmia. Isso indica que o sistema predominante da
Besta é totalmente corrupto.
4. “E a mulher estava vestida
de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e
tinham na sua mão um cálice de ouro das abominações e da imundícia da sua
prostituição”.
I. “...a mulher estava
vestida”. Em muitos texto do Apocalipse, emprega-se termos como “adultério”,
“prostituição”, “meretriz”, para simbolizar o afastamento dos povos da comunhão
espiritual. Quando a palavra “mulher” é usada simbolicamente nas Escrituras,
dependendo do contexto, significa religião. Uma mulher pura, como uma “noiva”
ou a Esposa”, designa uma “religião pura e imaculada”, como a verdadeira Igreja
de Cristo (19.7 e 21.9). Portanto, quando o Apóstolo João emprega o termo
“meretriz” na descrição de suas visões, sem dúvida alguma está se referindo a
um sistema religioso que havia prostituído sua própria existência com algo que
é totalmente contrário aos propósitos da Igreja do Senhor. Nos tempos dos
monarcas babilônicos os súditos do imponente poder da grande Babilônia,
consideram-na como se fora “rainha” (Jr 51.7). O “cálice de ouro” em sua mão
demonstra o seu desejo de implantar no mundo uma falsa “comunhão”, e sua
doutrina afermentada (ela embriaga). Mas um dia ela ouvirá a voz poderosa de
Deus a lhe dizer: “peso do deserto do mar...caída é Babilônia, caída é!” (Is
21.1, 9).
5. “E na sua testa estava
escrito o nome: MISTÉRIO, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e
abominações da terra”.
I. “...Mistério: a grande
Babilônia”. A cidade denominada de Babilônia é citada sete vezes no Apocalipse,
nas seguintes passagens (14.8; 16.19; 17.5; 18.2, 10, 21). Alguns teólogos
opinam que, nos dias do reinado do Anticristo, será reconstruída a antiga
cidade e torre de Babel, que posteriormente se tornará a grande Babilônia. Mas
se consideramos a sentença divina predita pelo profeta Isaías (13.20), ela
jamais será reedificada: “E Babilônia, o ornamento dos reinos, a glória e a
soberba dos caldeus será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou.
Nunca mais será habitada, nem reedificada de geração em geração: nem tão pouco
os pastores ali farão deitar os seus rebanhos. Mas as feras do deserto
repousarão ali...”. Porém podemos ver que havia uma maldição sobre a cidade de
Jericó, mas foi construída uma cidade ao lado da antiga (Josué 6:26; 1 Reis 16:33-34 ).
1. No que diz respeito a
reconstrução da torre de Babel as Escrituras guardam silêncio. Há, em nossos
dias, projeto para a “reconstrução” da torre de Babel; declara um boletim do
serviço noticiário religioso do Iraque, 1980: “A reconstrução da torre de Babel
mencionada na Bíblia (Gn 11.1-11) está sendo estudada por uma equipe de
acadêmicos da Universidade de Kioto, Japão. Um porta-voz da equipe anunciou que
o governo iraquiano solicitou auxilio de técnicos japoneses no sentido de criar
uma “cidade-museu” no local da antiga cidade da Babilônia, para servir de
atração turística na região do Eufrates, a cerca de 88 quilômetros ao sul de
Bagdá”.
6. “E vi que a mulher estava
embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus. E,
vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração”.
I. “...a mulher estava
embriagada”. Sabemos pela história que Ninrode “o poderoso de almas em oposição
a face do Senhor” foi o primeiro imperador. Fundou o primeiro governo e além de
ser caçador, “começou a ser poderoso na terra”. A esposa deste monarca era
Semíramis, figura bastante conhecida na história secular, uma prostituta.
“Quando Ninrode foi assassinado, ela assumiu a posição de imperatriz do
governo. Para manter-se no poder...ela criou um mito ao redor da figura de seu
falecido marido, Ninrode, atribuindo-lhe o nome de Zoroastrita, que quer dizer
“A semente da mulher”. A partir deste princípio, tudo que está ligado direto ou
indiretamente com a cidade de Babilônia, é sempre representada por uma figura
feminina.
1. Nos dias do Anticristo,
esse grande poder “político-religioso” estará ainda mais reforçado, e
acrescentará a todas as suas maldades anteriores (cf. lc 3.20). Ela é a única
responsável (direta ou indiretamente) pelo sangue derramado das testemunhas do
Senhor, em qualquer tempo e em qualquer lugar. Eis a razão de ela agora se
encontrar embriagada. As testemunhas a que João aludi, originalmente eram os
cristãos que sofreram no primeiro século da Igreja cristã. Profeticamente
falando, isso aponta para os cristãos que sofrerão sob o Anticristo: Eles são
os “santos” do Apocalipse. (C. 8.3, 4; 11.18; 13.7; 14.12; 15.3; 16.6;17.6;
18.24; 19.8; 20.9), etc.
Quanto a Jerusalém ser chamda
de prostituta - Como se fez prostituta a
cidade fiel! Ela que estava cheia de retidão! A justiça habitava nela, mas,
agora, homicidas.Isaías 1:21
E entraram
a ela, como quem entra a uma prostituta; assim, entraram a Oolá e a Oolibá,
mulheres infames. Ezequiel
23:44- Samaria e Jerusalém
Ez
16.15 — Mas você se aproveitou da sua beleza e da sua fama para dormir com
qualquer um que passava. 16 Usou
os seus vestidos para enfeitar os seus lugares de adoração e ali você se
entregava a qualquer um, como uma prostituta.
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Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 2º Trimestre de 2013
Título: A Família Cristã
no século XXI — Protegendo seu lar dos ataques do inimigo
Comentarista: Elinaldo
Renovato de Lima
Lição 4: A Família sob ataque - Data: 28 de Abril de 2013
Efésios 5.1-6.
1 - Sede, pois imitadores
de Deus, como filhos amados; 2 - e andai em amor, como também Cristo vos
amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em
cheiro suave. 3 - Mas a prostituição, e toda a impureza ou avareza, nem
ainda se nomeie entre vós, como convém a santos; 4 - nem torpezas, nem
parvoíces, nem chocarrices, que não convém; mas antes ações de graças. 5
- Porque bem sabeis isto: que nenhum fornicário, ou impuro, ou avarento, o
qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. 6 - Ninguém vos
engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os
filhos da desobediência.
INTERAÇÃO
Professor, na lição de hoje
estudaremos a respeito de alguns ataques que as famílias vêm enfrentando na
atualidade. Tais investidas são lançadas por Satanás, o arqui-inimigo da
família. O Diabo tem como intento matar, roubar e destruir e ele tem conseguido
realizar os seus propósitos. Como “sal” e “luz” deste mundo precisamos anunciar
a Cristo, aquEle que possui todo poder para destruir as obras do Maligno. A
Igreja do Senhor Jesus Cristo, a “coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15),
deve lutar para que os princípios éticos fundamentais da família sejam
preservados, pois somente assim não pereceremos sob os ataques do mal, antes,
glorificaremos a Deus.
Sabemos que Satanás tem
mobilizado os sistemas deste mundo para desestruturar a vida familiar. No
entanto, a Igreja de Cristo, como “sal” e “luz” da terra, deve confrontar, por
intermédio da Palavra de Deus, os ataques do Maligno. Não podemos nos esquecer
que estamos lutando contra principados e potestades (Ef 6.12). Se desejamos uma
vida familiar vitoriosa, precisamos viver em total dependência do Senhor.
Carecemos da armadura de Deus para que possamos enfrentar as lutas e desafios
do nosso tempo.
I. OS ATAQUES DO INIMIGO
1. Ataque às
crianças. Atualmente, em muitas escolas, tanto da rede pública como
privada, o ensino materialista está sendo valorizado e repassado de modo
contínuo às crianças. A educação que nossos filhos recebem é totalmente
influenciada pelo materialismo e o ateísmo. Os currículos, que reúnem os
conteúdos programáticos, a serem transmitidos nas salas de aula, são
fundamentados na filosofia evolucionista. Tudo começa com a explicação sobre a
origem da matéria, da vida, do homem, e de tudo que existe no universo. Os pais
não podem negligenciar a educação de seus filhos, e devem levá-los aos pés do
Senhor. A Igreja também deve ajudar os pais nesta nobre missão, oferecendo uma
educação religiosa de qualidade às crianças.
2. Ataque à disciplina no
lar. Em nossos dias existem questionamentos relacionados à aplicação da
disciplina aos filhos. Mas, segundo a Palavra de Deus, aplicada com sabedoria,
a disciplina livra a criança da morte (Pv 23.13,14). Disciplina é toda ação
instrutiva e discipuladora, pois a palavra disciplina tem a mesma raiz da
palavra discipular. De fato, uma pessoa bem disciplinada é uma pessoa bem
educada, bem discipulada. Que os pais eduquem seus filhos no temor e na
admoestação do Senhor e que os filhos honrem e obedeça aos pais conforme ordena
a Palavra de Deus. Devemos nos lembrar também de que devemos ser prudentes na
aplicação da disciplina aos nossos filhos, para mostrar-lhes, acima de tudo, a
forma correta de proceder em toda a sua existência.
3. Falsos ensinos. Há, em
nossos dias, diversas novas teologias que agridem diretamente a mensagem
bíblica. De modo aberto, e às vezes sutil, “as portas do inferno” valem-se da
teologia para atacar a Igreja e consequentemente às famílias. Satanás tem
investido e disseminado muitos ensinos deturpados, que utilizam-se até de
partes das Escrituras, utilizadas sem a devida e correta interpretação, para
confundir e afastar do Senhor as famílias, que tem sede de salvação, do
caminho, da verdade, e da vida, que é o próprio Jesus Cristo (Jo 14.6).
Inspirados por teologias liberais, há famílias que não mais veem a Bíblia como
a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Todavia, a Bíblia é e
continuará sendo a única regra de fé e prática do cristão. Alguns chegam a
ensinar que a Bíblia limita-se a conter a Palavra de Deus. Cuidado! A Bíblia é,
de fato, a Palavra de Deus. Leia com atenção 2 Timóteo 3.16. É indispensável,
que as famílias cristãs estudem e obedeçam fielmente as Sagradas Escrituras.
Nossas famílias precisam estar preparadas para enfrentarem as muitas teologias
antibíblicas que tem se levantado no nosso tempo, pois não podemos deixar
brecha alguma ao adversário. Quer na igreja, quer em casa, vigiemos e oremos.
SINOPSE DO TÓPICO (I) - O alvo do Diabo é minar as famílias através dos falsos ensinos às crianças, da distorção da Palavra de Deus e da ausência de disciplina no lar.
II. ATITUDES MUNDANAS PARA
DESTRUIR A FAMÍLIA
1. O Abandono aos
filhos. Não é incomum vermos em nossa sociedade pais que abandonam seus
filhos, não raro, estes ainda bebês. Essa é uma forma monstruosa de desrespeito
para com a vida. Como pais, precisamos entender que os filhos são herança do
Senhor para que nós possamos cuidar, educar e conduzir ao Senhor. Como pais,
somos responsáveis por vestir nossos filhos, alimentá-los, proporcionar-lhes
uma educação de qualidade, inclusive para que estejam prontos para o mercado de
trabalho cada vez mais exigente, mas acima de tudo, é igualmente nossa
obrigação transmitir a fé que uma vez nos foi dada, para que as próximas
gerações tenham sua própria experiência com Deus. Portanto, sejamos exemplo
para este mundo, zelando por nossos filhos e conduzindo-os a Cristo.
2. Desrespeito aos
pais. O ato de honrar os pais sempre foi apreciado por Deus. Quando Ele
deu a sua lei aos filhos de Israel, antes de entrarem na terra Prometida,
dentre os mandamentos constava a ordem de honrar pai e mãe, para que os filhos
pudessem entrar na nova terra sabendo que entre suas responsabilidades para com
Deus estava o respeito para com aqueles que, por meio de um ato de amor, lhe
trouxeram a vida. Séculos depois, Jesus reafirmou esse mandamento (Mt 19.19; Lc
18.20), e Paulo acrescentou que honrar pai e mãe foi o primeiro mandamento com
promessa (Ef 6.2). Infelizmente, não são raros os casos de filhos que não
apenas desonram seus pais desobedecendo-lhes, mas também esquecem deles na sua
velhice, época em que mais precisam de ajuda. Que esse pensamento mundano
jamais prospere entre servos de Deus.
3. O secularismo. Segundo
o Dicionário Teológico (CPAD) o secularismo é a “doutrina que ignora os
princípios espirituais na condução dos negócios humanos. Para o secularista, o
homem, e somente o homem, é a medida de todas as coisas”. Quando a família se
seculariza, os valores espirituais, bíblicos são desprezados e os valores
humanos e materiais são exaltados. Como cristãos não podemos nos conformar com
o pecado, a iniquidade e a corrupção que destrói a vida familiar. Precisamos
ser santos em toda a nossa maneira de viver (1 Pe 1.15,16). Muitas famílias
estão sendo influenciadas, pela mídia, a viverem um estilo de vida materialista
e hedonista. Não podemos jamais nos esquecer que precisamos ser “sal da terra”
e “luz do mundo” (Mt 5.13,14). Como sal, precisamos ter uma vida familiar de
tal forma, que os que nos veem, ou nos ouvem, sintam a nossa família fazer
diferença marcante no ambiente em que nos situamos. Como luz, precisamos, com
nosso testemunho, contribuir para dissipar as trevas do pecado em nossa volta.
SINOPSE DO TÓPICO (II) - O crente como sal e luz do mundo, representante do reino divino, não pode permitir que atitudes mundanas destruam a família.
III. O CUIDADO CONTRA A
FILOSOFIA MUNDANA E A PORNOGRAFIA
Para a filosofia de vida
mundana, não há limites para o homem desfrutar do prazer carnal. A internet,
que tem sido usada como um grande meio de comunicação, facilitou também a
propaganda e o estilo de vida miserável e sujo, com a pornografia. Como reagir
a esse desafio?
1. Observar a Palavra de
Deus. A Bíblia diz que o jovem só pode ter pureza em seu caminho quando
observar a Palavra de Deus (Sl 119.9-11). Como não há idade para o pecado, este
princípio aplica-se a qualquer cristão independente de sua faixa-etária. É
indispensável que o adolescente, o jovem, ou o adulto, conheçam profundamente a
Palavra de Deus. Assim, estaremos preparados para enfrentar os ardis de Satanás
(Ef 6.10-20).
2. Templo do Espírito
Santo. Não é incomum sofrermos tentações em todas as esferas da vida,
principalmente na sexual por causa da pornografia, tão comum em nossos dias.
Porém, devemos nos lembrar de que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo e
o objeto de glorificação ao Altíssimo (1 Co 6.18-20). E devemos buscar a
santificação para vencer desafios como a oferta de sexo imoral e sem
compromisso, que desfigura a santidade e desagrada a Deus. (Hb 12.14; 1 Pe
1.15).
3. “Não porei coisa má diante
dos meus olhos” (Sl 101.3). “Coisa má” é tudo aquilo que, aos olhos de
Deus, é reprovável. A pornografia é uma atitude pecaminosa contra a santidade
do corpo e contra o próprio Deus. Portanto, os pais devem ser os tutores dos
seus filhos, orientando-os quanto ao que pode ser visto, ouvido e assistido.
Não podemos descuidar da educação dos nossos filhos. Zele por sua descendência.
SINOPSE DO TÓPICO (III) - Só poderemos vencer a filosofia de vida mundana se atentarmos para a Palavra de Deus.
CONCLUSÃO
Alguns dos mais terríveis
golpes contra a família são manipulados pelas autoridades públicas, ou seja,
justamente por aqueles que deveriam zelar pelo fortalecimento da constituição
da família tradicional (Rm 13.4). Há uma onda do materialismo e do liberalismo
social, ambos a serviço do Diabo, predominando nas políticas públicas. Todavia,
a Igreja do Senhor Jesus Cristo, a “coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15),
cerrará as fileiras de guardiã dos princípios éticos fundamentais da família.
Assim, não pereceremos sob os ataques contra a família, mas glorificaremos a
Deus.
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REVISTA NA ÍNTEGRA
Lição 1 - A Igreja diante do
Espírito da Babilônia
Para me ajudar PIX 33195781620
(CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
TEXTO ÁUREO
“E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe
das Prostituições e Abominações da Terra.” (Ap 17.5)
VERDADE PRÁTICA
A igreja deve resistir ao “espírito da Babilônia” presente no cenário atual.
Isso deve ser feito por meio do compromisso inegociável com a autoridade da
Palavra de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Na 3.4 A idolatria como símbolo da prostituição espiritual
Terça - 2 Ts 2.4,9,10 O Anticristo, por meio de Satanás, fará oposição a Cristo Jesus
Quarta - 2 Tm 4.3 O relativismo cultural contra a doutrina e a autoridade bíblicas
Quinta - Is 5.20 A busca pela desconstrução da ética e da moral cristãs
Sexta - Mt 24.35 A Palavra de Deus é a verdade absoluta e imutável
Sábado - Mc 13.33 Aguardando a volta de Cristo em constante oração e vigilância
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Apocalipse 17.1-6
1 - E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou comigo,
dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está
assentada sobre muitas águas,
2 - com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se
embebedaram com o vinho da sua prostituição.
3 - E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma
besta de cor escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia e tinha sete
cabeças e dez chifres.
4 - E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, adornada com ouro, e
pedras preciosas, e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio das abominações
e da imundícia da sua prostituição.
5 - E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe
das Prostituições e Abominações da Terra.
6 - E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos e do sangue das
testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.
HINOS SUGERIDOS: 206, 469, 473 DA HARPA CRISTÃ
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Estamos assistindo a uma grande organização que faz oposição ao cristianismo
bíblico. Essa oposição se desenvolve em escalas religiosa, política, econômica
e cultural. Diante desse quadro, cabe à Igreja usar de quais armas para
continuar a sua marcha no mundo até a volta de Jesus?
Para responder essa e outras perguntas pertinentes aos desafios de nosso tempo,
contaremos com o auxílio do pastor Douglas Baptista. Ele é doutor em Teologia,
presidente da Assembleia de Deus de Missão (DF), presidente do Conselho de
Educação e Cultura da CGADB.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Apresentar os significados de Babilônia; II) Elencar
os sistemas que formam o "espírito da Babilônia"; III) Demarcar a
posição que se espera da Igreja nesse contexto.
B) Motivação: Sua classe tem plena consciência do contexto de opressão que está
se formando no mundo contra o cristianismo bíblico? Seus alunos se sentem
livres em falar que Jesus é o único caminho, a verdade e a vida em detrimento
de outras opções religiosas? Eles se sentem livres em expressar no meio em que
se relacionam que são contra o aborto?
C) Sugestão de Método: Para introduzir a primeira lição, procure levar
reportagens de líderes evangélicos sendo encaminhados para prestar depoimentos
porque falou algo a respeito da fé que contraria a agenda progressista da
atualidade. Não são poucas lideranças cristãs ameaçadas juridicamente por causa
da crença. Então, a partir dessa amostra apresente o tema geral do trimestre e
a exposição da primeira lição.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Esta primeira lição nos estimula a marcar a nossa posição como
cristãos bíblicos. Nesse sentido, devemos ser encorajados a perseverar na
ortodoxia bíblica; desenvolver a cada dia o caráter de Cristo por meio do
Espírito Santo; e cultivar dia a dia a iminência da volta do Senhor Jesus
Cristo, pois Ele pode voltar a qualquer momento.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz
reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 94, p.36, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão
suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Capítulo 17 [de
Apocalipse]", localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a
respeito dos símbolos da expressão "babilônia"; 2) O texto
"Estais sempre preparados para responder", ao final do tópico três,
traz uma ampliação a respeito da posição da Igreja de Cristo diante desse
contexto desafiador.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O
Apocalipse é a “Revelação de Jesus Cristo” (Ap 1.1a) cujo propósito é mostrar
“as coisas que brevemente devem acontecer” (Ap 1.1b). Por ser de natureza
escatológica, o livro não é de fácil interpretação. Por isso, convém esclarecer
que, nesta lição, não se pretende identificar a babilônia literal nem listar os
eventos da Grande Tribulação. Nosso objetivo é alertar a Igreja acerca dos
aspectos gerais do “espírito da Babilônia” presente no cenário global em que
vivemos.
I – BABILÔNIA E SEUS SIGNIFICADOS
1- A Grande Prostituta
A
personagem é apresentada como a grande meretriz com a qual os reis da terra se
prostituíram (Ap 17.1,2). No texto bíblico destacam-se três termos gregos:
pórne (prostituta); pornéuo (prostituir-se); e porneia (prostituição). Na
mensagem dos profetas do Antigo Testamento, essas expressões apontam para a
idolatria, isto é, a prostituição espiritual (Na 3.4; Is 23.15; Jr 2.20; Os
2.5). Em Apocalipse, as muitas águas onde a prostituta se assenta simboliza
multidões seduzidas pela idolatria, paganismo e sua oposição a fé cristã (Ap
17.15). Assim, a prostituta é identificada como uma das facetas da imoralidade
e do falso sistema religioso representado pelo “espírito da Babilônia” (Ap
14.8; 17.5).
2- A Mulher e a besta Escarlata
A
mulher montada sobre a Besta é a descrição da grande prostituta (Ap 17.3a). Ela
se veste de púrpura e de escarlata (Ap 17.4a) o que significa reinado e luxo
(Mt 27.28; Mc 15.17; Lc 16.19). Ela também se adorna com ouro, pedras preciosas
e pérolas (Ap 17.4b) o que sinaliza o materialismo e o poder econômico. O
cálice em sua mão diz respeito as abominações e as imundícias da sua
prostituição (Ap 17.4c), o que representa toda a forma obscena e impura de
contaminação moral e espiritual da sociedade. A fera na qual a mulher está
montada é a Besta que saiu do mar (Ap 13.1). Trata-se do Anticristo que, pelo
poder de Satanás, faz oposição a Jesus (2 Ts 2.4,9,10). Ele profere blasfêmias
em consciente repulsa ao senhorio de Cristo (Ap 13.6; 17.3b). Suas sete cabeças
e dez chifres simbolizam os poderes do mundo e a sua força política (Ap
17.3c,10,12). A união entre o cavaleiro (mulher) e a montaria (besta) simboliza
a nefasta força dos sistemas religioso, econômico e político do “espírito da
Babilônia”.
3- Mistério, a Grande Babilônia
Na sequência da revelação, o
nome da prostituta é desvendado: “Mistério, a Grande Babilônia” (Ap 17.5a). O
termo “mistério” indica que o nome “babilônia” não é meramente geográfico, mas
simbólico. Babilônia é descrita como grande porque é poderosa e de vasto
alcance. Refere-se à “Mãe das Prostituições e Abominações da Terra” (Ap 17.5b).
Ela é a mentora de toda a rebelião contra Deus e a consequente depravação da
sociedade. Babilônia é a responsável pelo assassinato dos santos e das
testemunhas de Jesus (Ap 17.6a), simboliza o espírito de perseguição e a
desconstrução da fé bíblica. Não se trata apenas de uma cultura sem Deus, mas
de uma cultura contra Deus. Assim, o “espírito da Babilônia” é um sistema
global deliberadamente anticristão.
II – O ESPÍRITO DA BABILÔNIA
1- No sistema religioso
O
“espírito da Babilônia” faz com que as pessoas sejam seduzidas pela
“prostituição espiritual” (Ap 17.2). Nesse sentido, o culto ao ego torna o ser
humano amante de si mesmo, do dinheiro e dos deleites (2 Tm 3.2-4). Além disso,
o argumento de “liberdade” estimula a devassidão por meio do afrouxamento da
moral (2 Pe 2.19); o ecumenismo doutrinário provoca a erosão da fé bíblica (Gl
1.6,8); o relativismo rejeita a doutrina dos apóstolos e a autoridade bíblica
(2 Tm 4.3); o humanismo reinterpreta e ressignifica os mandamentos divinos (2
Pe 3.16); o sincretismo mistura o sagrado e o profano (2 Co 6.16,17). Assim,
tudo passa a ser permitido e a verdade é desconstruída (2 Tm 3.7). Em
consequência disso, a Igreja verdadeira é brutalmente perseguida (Mt 24.9).
2- No sistema político e cultural
O
“espírito da Babilônia” exerce forte influência na política e na cultura (Mt
13.38; 1 Jo 5.19). Pautas progressistas de inversão de valores são impostas em
afronta à cultura cristã, tais como: apologia ao aborto, ideologia de gênero,
legalização das drogas e da prostituição (Is 5.20). Logo, o patrulhamento
ideológico estigmatiza como “fundamentalista” quem ousa discordar dessas pautas
(Lc 6.22; 1 Pe 4.4); há censura contra quem defende os valores bíblicos (Lc 12.11,12;
1 Tm 6.3-5); a grande mídia, as artes, a literatura e a educação promovem o
doutrinamento contrário à fé cristã (Jo 15.19). Coagida pelo “politicamente
correto”, a sociedade assimila e defende a “nova cultura” (1 Jo 4.5,6). Nesse
contexto, cristãos são perseguidos e julgados (Lc 21.16,17).
3- No sistema econômico
O Livro
de Apocalipse registra o enriquecimento dos mercadores por meio da exploração
da luxúria e da licenciosidade do “espírito da Babilônia” (Ap 18.3). Ele mostra
como o comércio e o governo subornam os cidadãos por avareza, dinheiro e poder
(Mq 2.1-3; Ap 18.12,13); as pessoas são motivadas a levar vantagem financeira,
ilícita e imoral em prejuízo do próximo (Pv 16.29; Mq 3.11); a sociedade é
extorquida em troca da satisfação dos prazeres pecaminosos e consumismo
desenfreado (Is 55.2; Lc 12.15). Nesse sentido, o materialismo, os deleites e a
autossuficiência conduzem o ser humano a confiar no dinheiro (1 Tm 6.9,10, 17)
e os que controlam a economia impõem embargos, tributos e multas em desfavor do
cidadão impotente (Tg 2.6,7; Ap 13.16,17).
III – A POSIÇÃO DA IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO DA BABILÔNIA
1- Não
negociar a ortodoxia bíblica
A
palavra ortodoxia vem do grego orthós que significa “correto” e da expressão
dóxa, do verbo dokéo, com o sentido de “crer”. A junção dos termos traz a ideia
de “crença correta”. Nesse aspecto, a ortodoxia cristã tem a Bíblia Sagrada
como a suprema e inquestionável árbitra em matéria de fé e prática. Por
conseguinte, a Igreja precisa reafirmar a verdade bíblica como valor universal
e imutável (Sl 100.5; Mt 24.35). Assim, por meio do estudo bíblico, sistemático
e doutrinário, torna-se possível capacitar o crente para enfrentar o “espírito
da Babilônia” e suas ideologias contrárias aos valores absolutos da fé cristã
com mansidão, temor e boa consciência (1 Pe 3.15,16).
2- Formar o caráter de Cristo
O
caráter cristão refere-se à nova vida, modo de pensar e agir daqueles que
pertencem a Cristo (Ef 4.22-30). Nesse aspecto, torna-se necessário enfatizar
que é o Fruto do Espírito que desenvolve o caráter do salvo (Gl 5.22-25). Jesus
ensinou que é pelo fruto que se conhece uma árvore (Mt 12.33). Não por acaso, o
apóstolo Paulo observa que o melhor antídoto contra o veneno e o jugo do pecado
é andar no Espírito (Gl 5.16,17). A falha na formação moral do caráter produz
pseudocristãos escravizados pela carne (Jd 1.12,13). Portanto, a igreja que
prima pelo estudo e aplicação da Palavra de Deus produz crentes espiritualmente
maduros, capazes de resistir o “espírito da Babilônia” presente no cenário
global (Rm 8.35,38,39).
3- Aguardar a volta de CRISTO.
A
dispensação da graça termina com o Arrebatamento da Igreja, antes da Grande
Tribulação (1 Co 15.51,52; 1 Ts 1.10; 4.13-18; 5.9; 2 Ts 2.6-10). Acerca dos
sinais que precedem a volta de Cristo, destacamos: a apostasia, a inversão de
valores, perseguição, guerras, fomes, pestes e terremotos (Mt 24.5-12,24; 1 Tm
4.1; 2 Tm 4.3). Diante desses eventos, o cristão é exortado a não viver
despercebido, mas a esperar o seu Senhor em oração e vigilância (Mc 13.33).
Ainda, requer-se do salvo, enquanto aguarda a bendita esperança, a renúncia à
impiedade, às paixões mundanas e a viver neste presente século uma vida de
autodomínio, integridade e santidade (Tt 2.12,13).
CONCLUSÃO
Vivemos um período em que o “espírito da Babilônia” exerce forte influência
na sociedade global. Suas ações buscam o completo domínio político, econômico,
cultural e religioso em oposição aos valores da fé cristã. O avanço dessas
ideologias aponta para a iminente volta de Cristo (Lc 21.28). Nesse interlúdio,
é dever da Igreja oferecer resistência ao mal (2 Ts 2.6,7), ensinar a doutrina
bíblica (Mt 28.20), formar o caráter dos discípulos (Gl 4.19) e santificar-se
para a vinda do Senhor (Hb 12.14).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que o termo “mistério” indica?
O termo “mistério” indica que o nome “babilônia” não é meramente geográfico,
mas simbólico.
2. O que é o “espírito da Babilônia”?
O “espírito da Babilônia” é um sistema global deliberadamente anticristão.
3. Cite pelo menos duas características que atestam o “espírito da Babilônia”
no sistema religioso.
O relativismo e o sincretismo.
4. Cite pelo menos duas características que atestam o “espírito da Babilônia”
no sistema político e cultural.
Patrulhamento ideológico e o politicamente correto.
5. Cite pelo menos duas características que atestam o “espírito da Babilônia”
no sistema econômico.
Exploração da luxúria e a extorsão da sociedade.
VOCABULÁRIO
Interlúdio: Lapso de tempo que interrompe provisoriamente alguma coisa;
interregno.