Escrita Lição 13, Central Gospel, Jesus, o Líder dos Líderes, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 13, Central Gospel, JESUS, o Líder dos Líderes, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

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https://youtu.be/9GZKf4xCF4k Vídeo
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/06/escrita-licao-13-central-gospel-jesus-o.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/06/slides-licao-13-central-gospel-jesus-o.html
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ESBOÇO DA LIÇÃO
1-  JESUS, UM LÍDER PLENO EM HUMILDADE,
EMPATIA E COMPAIXÃO
1.1. JESUS, o maior de todos os líderes, dava atenção ao clamor dos necessitados
1.2. JESUS, o maior de todos os líderes, era movido
pela compaixão
1.3. JESUS, o maior de todos os líderes, sabia como
lidar com os bons e com os maus
1.4. JESUS, o maior de todos os líderes, era objetivo
2- JESUS, UM LÍDER CHEIO DE AUTORIDADE
2.1. JESUS, o maior de todos os líderes, exercia autoridade com humildade
2.2. JESUS, o maior de todos os líderes, exercia
autoridade com verdade
3-  JESUS, UM LÍDER MULTIPLICADOR
3.1. JESUS, o maior de todos os líderes, preparou
doze homens
3.2. JESUS, o maior de todos os líderes, tinha um
propósito universal
 
 
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Mateus 9.35-38
35 - E percorria JESUS todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades
e moléstias entre o povo.
36 - E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor.
37 - Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros.
38 - Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara.
 
 
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SUBSÍDIOS DIVERSOS
 
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JESUS, MODELO DE LIDERANÇA
 
Texto Básico:  Marcos 3.13-15
Para ler e meditar durante a semana
D – Jo 13.1 – Jesus, o líder amoroso;
S – Jo 13.12-17 – Jesus, o líder servo;
T – Jo 8.46 – Jesus, o líder íntegro;
Q – Mt 23.13-36 – Jesus, o líder corajoso;
Q – Jo 2.13-22 – Jesus, o líder zeloso;
S – Mt 26.39 – Jesus, o líder fiel;
S – Lc 9.18-22 – Jesus, o líder focado em sua missão
 
INTRODUÇÃO
Jesus foi e é o maior líder de todos os tempos. Nunca houve alguém com vocação tão suprema, ministério tão eficaz, liderança tão exemplar e legado mais duradouro. Como líder, ele tinha uma clara consciência de sua pessoa, da sua missão e do seu dever de formar discípulos que continuassem sua obra. Em seu estado de humilhação Jesus aprendeu a depender do Pai em tudo e todas as suas escolhas ministeriais, desde o chamado aos discípulos até seu triunfo na cruz, foram feitas em oração e submissão.
O presente estudo aborda o ministério de Jesus como o modelo supremo de liderança a ser imitado, analisando algumas características marcantes que devem ser seguidas por todo líder cristão, como sua consciência da missão, seu pastoreio sacrificial, seu amor abnegado e o seu exemplo humilde que moldou a vida e o caráter dos discípulos. Todos são chamados a amar, servir e liderar como ele, formando outros discípulos para que a obra de Deus continue se expandindo até a consumação.
 
I. JESUS, O LÍDER SINGULAR
Jesus foi um líder completo, diferentemente de todos os outros líderes humanos. O caráter singular da sua pessoa como Deus e homem proporcionou uma perfeição a suas ações, palavras e escolhas que nunca poderão ser plenamente imitadas por nenhum homem ou líder. Ninguém pode perguntar aos demais como ele perguntou: “Quem dentre vós me convence de pecado?” (Jo 8.46).
Jesus foi único porque sua pessoa é única. Ele é o verdadeiro Deus que se fez carne e veio ao mundo com o propósito de salvar pecadores (Jo 1.1-5,11-14). Ao mesmo tempo, é o servo de Deus que renunciou sua glória nascendo como perfeito homem para dessa forma identificar-se com seu povo e salvá-lo da condenação eterna (cf. Jo 15.13).
A singularidade e perfeição da pessoa e obra de Cristo responde por sua perfeita consciência de si mesmo, de sua missão e das suas ovelhas, coisa que os demais líderes não possuem. Ainda assim, o fato de ele ter sido apontado por Deus como Supremo Pastor e exemplo indica a todo líder cristão que seu dever é seguir os passos do Mestre (1Pe 2.21-22).
A. Consciência de si mesmo
Jesus tinha uma perfeita consciência de quem era. Ele sabia que era perfeito Deus e perfeito homem. Um dos mais importantes títulos encontrados no NT para Jesus é “Filho de Deus” (Mt 11.25- 27; 16.17). Repetidas vezes ele fala de Deus como seu Pai, mostrando que tinha consciência da sua divina filiação. No seu batismo e transfiguração, o próprio Pai testemunhou que Jesus era o seu preexistente filho (Mc 1.1,11; 9.7). Por outro lado, ele nasceu e cresceu como um perfeito homem, sabendo que era o segundo Adão, o descendente real de Davi, o servo sofredor prometido, o messias e “Filho do Homem” que reinaria para sempre.
Essa consciência de Jesus quanto à sua dupla natureza em uma só pessoa é afirmada constantemente no NT. Jesus se define pelo menos 18 vezes com a expressão “Eu Sou”, que apontava para o caráter divino de sua pessoa e missão (Jo 6.35; 8.12,23-24,58; 10.9; 11.25). Porém, em diversas ocasiões, Jesus fez também referência à sua natureza humana (Jo 2.25; 11.35; 12.33). Sua encarnação proporcionou um conhecimento prático do que era a natureza humana com todas as suas limitações. Embora tivesse nascido sem pecado, seu corpo carregava as marcas da fragilidade impostas pela queda, como o sofrimento e a morte.
Esse é um ponto importante para os líderes atuais porque a primeira coisa que um líder precisa ter é uma clara consciência de si. Obviamente, não existem líderes divinos ou perfeitos, porém conhecer a si mesmo é fundamental para um ministério eficaz. Por isso, é necessário buscar um conhecimento profundo de Deus e de sua Palavra, pois tal conhecimento produzirá algo vital no ministério, a humildade.
B. Compreensão de sua missão
Jesus sabia perfeitamente por que veio ao mundo. Ele fala de si mesmo como tendo “vindo” ou sido “enviado” por Deus (Mc 1.38; 10.45; Lc 12.49,51). Ele possuía um completo conhecimento de cada momento e estágio do seu ministério. Essa consciência se devia tanto ao relacionamento eterno com o Pai, quando recebeu sua missão como aos próprios textos proféticos que falavam em detalhes dessa missão. (Veja por exemplo: Jo 16.28; Lc 19.10; Jo 4.34; 10.11; Lc 9.22).
O ministério de Jesus possuía um caráter paradoxal, pois ele tanto sabia da origem divina de sua pessoa, como agiu como um servo sofredor para cumprir a missão dada pelo Pai (Is 53.1-12). Hoje, nenhum líder é capaz de ter uma visão completa da sua missão com respeito a cada estágio de sua vida ministerial como Jesus teve. Contudo, ainda assim é de suma importância para os líderes compreenderem por que foram chamados por Deus e qual é a natureza da sua missão. Os exemplos dos apóstolos e de Paulo mostram que líderes eficazes são aqueles que sabem o propósito de sua missão e mantêm o foco no que é prioritário (At6.1-7; 20.24).
C. Conhecimento de suas ovelhas
A metáfora predileta de Jesus para retratar seu relacionamento com seu povo foi a ilustração do pastor e da ovelha. O Antigo Testamento estava repleto de alusões a Deus como o pastor de Israel (Is 40.10-11; Sl 23.1). Além disso, o conceito de pastorear tornou-se uma importante imagem explicativa usada para retratar a liderança espiritual em Israel. Assim, reis, profetas e sacerdotes eram chamados de pastores (Jr 23.1-4; Ez 34; Zc 11).
Essa metáfora não foi usada pelo Senhor Jesus por acaso, uma vez que era uma clara alusão ao pastor ferido, conforme profetizado por Zacarias, como também uma imagem cultural fácil de ser entendida pelos ouvintes (Zc 13.7-9). Assim, Jesus se descreve como o bom pastor, cuja obra consistia em dar a vida pelas ovelhas (Jo 10.11). O conceito de ovelhas era importante porque mostrava que somente um grupo de pessoas creria na mensagem de Jesus (Jo 10.26-27).
Ao usar essa metáfora, Jesus demonstra ter um conhecimento perfeito das suas ovelhas. Ele sabia quem entre os seus discípulos e ouvintes eram crentes verdadeiros e algumas vezes se referiu a pessoas como não fazendo parte do seu aprisco. De fato, Jesus nunca foi surpreendido por falsas ovelhas e sempre deixou claro que sua missão consistia em juntar apenas aquelas que o Pai lhe dera (Jo 6.37-44; 10.25-29; 13.18).
Esse conhecimento perfeito do rebanho nenhum líder hoje tem, embora seja seu dever pastorear o rebanho conhecendo as ovelhas e cuidando de cada uma delas. Na igreja visível é possível apenas observar os frutos e as marcas da graça na vida de alguém e presumir que tal pessoa seja uma ovelha do Senhor. Contudo, enganos podem acontecer e muitos bodes podem estar no meio do rebanho ou mesmo da liderança. É tarefa dos líderes estar atentos para pastorear as ovelhas do Senhor e ter cuidado com os lobos vestidos de cordeiro.
 
II. JESUS, O LÍDER A SER IMITADO
O ministério de Jesus consistia em pregar e ensinar as boas-novas do reino (Mt 4.23), instruindo aqueles que respondiam afirmativamente à sua proclamação a terem uma atitude de total submissão à sua própria pessoa e ensino, por ser ele o Messias, Rei e Salvador. A nova vida ideal dos crentes consistia em viver como cidadãos do reino, reconhecendo que o rei veio e que suas exigências eram graciosas e revestidas de autoridade, exigindo uma resposta de fé e um comprometimento absoluto. É possível resumir a prática ministerial de Jesus observando suas quatro principais ênfases, que eram: a) anunciar a verdade de Deus com autoridade aos ouvintes, mostrando que as profecias estavam sendo cumpridas nele e pregando as Escrituras pelo método de exposição, ilustração e aplicação com o objetivo de converter pecadores e edificar os discípulos; b) depender do Pai em tudo, vivendo em completa submissão e vida de oração; c) desenvolver um ministério de misericórdia paralelo ao da pregação, em que as curas e exorcismos tinham o propósito de mostrar a sua compaixão e a natureza singular de sua vida e obra (Mt 11.2-6; Is 35.5-6; 61.1); d) preparar discípulos para que fossem como ele mesmo e dentre eles selecionar um grupo para pastorear os demais (os 12 apóstolos).
A. Jesus, o expositor da Palavra
Jesus foi um pregador da Palavra de Deus e sua forma de pregar foi essencialmente judaica, apresentando a exposição das Escrituras entrelaçada com ilustrações, figuras de linguagem e constantes aplicações práticas. Sua preocupação central era anunciar que o reino havia chegado à sua plenitude e a sua própria pessoa representava a inauguração do estágio final do reino de Deus. Ele era não somente o concretizador das promessas do Antigo Testamento concernentes à era vindoura, mas também o inaugurador dos propósitos finais de Deus na história da salvação, trazendo a mensagem do evangelho tanto para judeus como para gentios (Mt 4.23-25).
A exposição do Antigo Testamento feita com autoridade formava a base do ministério de Jesus (Lc 4.16-21). Ele era tanto o intérprete final das Escrituras, como a sua vida e ministério (nascimento, morte, ressurreição e exaltação) eram a própria chave para se entender o seu conteúdo, uma vez que todas as Escrituras falavam a respeito dele (Lc 24.25-27,44-45).
Durante todo o seu ministério Jesus nunca se apartou da Palavra de Deus e sua linguagem, motivos, temas e mensagem eram somente baseados nela. Algumas vezes, sua pregação consistia em uma exposição bíblica em textos específicos com afirmações revestidas de autoridade e autor referências que indicavam o caráter único de sua pessoa (Lc 4.16-21). Outras vezes, tratava de temas gerais e amplos cujas ideias estavam ancoradas em linguagem alusiva ao Antigo Testamento, como no caso do sermão do monte (Mt 5.1–7.29). Ou, ainda, sua exposição era resultado de uma resposta aos desafios e questões propostas pelos ouvintes (Mt 19.3-12). Sua prática de ensino possuía sempre autoridade e era repleta de metáforas, símiles, parábolas e outras figuras de linguagem usadas para causar impacto nos ouvintes.
A ênfase ministerial de Jesus nas Escrituras e sua forma de interpretar foram imitadas pelos apóstolos e seus seguidores, mas, infelizmente, têm sido negligenciadas pelos líderes. É de fundamental importância reaprender os métodos interpretativos e comunicativos de Jesus, com a profundidade bíblica acompanhada de ilustrações e aplicações práticas que falem ao mundo real dos ouvintes.
B. Jesus e sua vida de oração
A oração foi um elemento distintivo no ministério de Jesus. Não há um único momento em seu ministério em que Jesus não seja visto buscando o Pai em oração. Além disso, o escopo de sua oração era vasto, pois tanto orou por si, como pelos discípulos e os futuros crentes. Ele também ensinou os discípulos a orar e deixou um modelo de oração a ser imitado.
Jesus orou no início e durante seu ministério (Mc 1.35-39; Mt 14.23; Lc 9.28), antes de escolher os discípulos e depois os ensinou a orar (Lc 6.12-16; 11.2; Mt 6.9-15; Mt 21.22; Lc 11.9-13; 18.1; 22.40), antes e durante a sua crucificação (Mc 14.32-42; 15.34-35). Ele rogou (orar com grande intensidade) pela vida espiritual dos discípulos (Lc 22.32; Jo 17.9), pela sua futura igreja (Jo 17.20-21). Jesus zelou pelo papel singular da oração na vida do povo de Deus (Mt 21.13) e alertou sobre a importância da oração na batalha espiritual (Mc 9.29; cf. Ef 6.17- 18). A submissão a Deus em se ministério dirigia suas orações. Ele não orava por algo que implicasse fazer sua própria vontade (Mt 26.36-39,53).
Todas as citações mostram que Jesus viveu em constante oração em seu ministério. A oração não era uma prática ou tema acessório em sua vida, mas a contínua ênfase que norteava seu ministério e deveria também nortear o ministério dos discípulos. Portanto, é impossível pensar em um líder cristão fiel que não seja um homem de oração. Nas palavras do teólogo John Owen, “um ministro pode encher os bancos da igreja, sua lista de comunhão, a boca do público, mas o que esse ministro é sobre seus joelhos em secreto diante do Deus Todo-Poderoso é o que ele é e nada mais”.
 
III. JESUS, O LÍDER A SER SEGUIDO
Outra característica fundamental no ministério de Jesus foi sua ênfase em formar discípulos e motivá-los a ser como ele. Cristo escolheu homens comuns e os treinou por um período de tempo ensinando-os a guardar a Palavra de Deus (Mt 28.20), corrigindo pela convivência e exemplificando modelos comportamentais a serem imitados (Jo 13.12-17,34-35). Ele os ensinou sobre teologia e como interpretar as Escrituras, sobre a história da salvação e seus eventos finais, bem como a viver em comunhão e de forma piedosa como homens de oração, dispostos a perdoar e servir aos outros com humildade.
Porque seu ministério seria curto (cerca de três anos), era preciso um programa de discipulado rápido, prático, intensivo e seletivo. Então ele escolheu especialmente 12 homens com quem trabalhar mais de perto (Lc 6.12-16). A seleção dos 12 foi um marco importante no ministério de Jesus, pois seu ministério adquirira grandes proporções e isso exigia uma organização e divisão de trabalho mais efetiva. Além do mais, era preciso preparar uma liderança que serviria de fundamento para a igreja do Novo Testamento, que seria composta de judeus e gentios (Ef 2.19-22).
No caso específico dos 12, o objetivo de Jesus foi treiná-los para exercer um pastoreio sacrificial, um amor abnegado pela obra do Pai e uma vida de humildade similar à do Mestre. Eles precisavam pastorear com a Palavra, vigiar em oração, exercer misericórdia para com os fracos e oprimidos e liderar com amor. Sua missão seria testemunhar acerca da obra de Cristo e glorificar o seu nome fazendo discípulos de todas as nações, “ensinando-os a guardar todas as coisas” ordenadas por Jesus (Mt 28.18-20; At 1.8; 4.12,33).
Líderes devem aprender com Jesus que a prioridade no ministério não é apenas pregar, mas formar discípulos pelo ensino e exemplo. Além disso, é importante selecionar e preparar dentre eles os que são aptos para liderar a igreja. Formar discípulos requer tempo, ensino da Palavra, oração, visitação, atribuição de missão, exemplo e humildade.
 
CONCLUSÃO
Estudar sobre a vida de Jesus como líder nos conduz a um modelo completo de liderança, em que autoridade e serviço, amor e verdade, firmeza e sensibilidade, disciplina e compaixão, fidelidade e submissão andam juntos. É pastorear com coração amoroso e formar discípulos pelo ensino, exemplo e serviço. É ter posição de autoridade, mas agir humildemente como servo de todos. É trabalhar incansavelmente anunciando o evangelho, mas sempre dependendo de Deus em tudo. É ter paciência com as ovelhas, pastoreando cada uma delas de acordo com suas necessidades. É resistir ao erro, denunciar a hipocrisia, o legalismo e as tradições humanas que se sobrepõem à verdade de Deus. Porém, é também anunciar o arrependimento, indicando o caminho da salvação aos pecadores e a vida que devem viver para agradar a Deus. Enfim, estudar sobre o ministério de Jesus é descobrir que nunca houve ou haverá um líder como ele, mas todos os líderes cristãos são desafiados a ser como Cristo.
 
PERGUNTAS PARA REFLEXÃO EM GRUPO
1. Por que Jesus foi um líder completo?
2. Como Jesus liderou os seus discípulos?
3. Como podemos aprender com as ênfases ministeriais de Jesus?
4. Como o relacionamento pastor/ ovelhas entre Jesus e seus discípulos pode ajudar a repensarmos o relacionamento entre líderes e liderados hoje?
>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cultura Cristã, na série Expressão, na revista Liderança Segundo o NT. 
 
 
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EBD – Lição 13: JESUS, O Modelo de Líder | 4° Trimestre de 2022 | JOVENS
 
EBD | 4° Trimestre De 2022 | CPAD – Revista Jovens – Tema: Liderança na Igreja de Cristo – Escolhidos por Deus para Servir | Escola Bíblica Dominical | Lição 13: JESUS, O Modelo de Líder
 
 
TEXTO PRINCIPAL
“Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” (Mc 10.45)
 
RESUMO DA LIÇÃO
Jesus é definitivamente o modelo a ser seguido por toda a liderança cristã.
 
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Jo 1.1-14 Jesus Cristo, o Filho de Deus
TERÇA – Lc 9.18-22 Jesus prediz sua morte
QUARTA – Jo 13.1 O amor de Jesus
QUINTA – Jo 13. 12-17 O líder que ama e que serve
SEXTA – Hb 4.14-16 Jesus é superior aos sumo sacerdotes
SÁBADO – Hb 3.1-3 Jesus, maior do que todos os patriarcas
 
OBJETIVOS
CONSCIENTIZAR a respeito da natureza da liderança de Jesus;
COMPREENDER o modelo de liderança de Jesus:
EXPLICAR que durante o seu ministério terreno Jesus foi um líder prático.
 
INTERAÇÃO
Professor(a), na lição deste domingo estudaremos a respeito da liderança daquele que deve ser o nosso modelo de líder: Jesus Cristo. Veremos que o Senhor Jesus Cristo foi um líder próximo de seus liderados. Ele frequentou a casa de Pedro, o que mostra que conhecia de perto a realidade dos primeiros apóstolos. Jesus também é o exemplo de uma liderança servidora. Ele lavou os pės dos seus discípulos, deixando-nos o exemplo de humildade, serviço e amor ao próximo (Jo 13.1-12). Depois da cerimônia da lavagem dos pés, o Salvador declarou: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.15).
 
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), reproduza o quadro abaixo. Utilize-o na introdução da lição para mostrar aos alunos algumas das características da liderança de Jesus Cristo.
 
 

UM LÍDER PRÓXIMO DE SEUS LIDERADOS.

Jesus conhecia a realidade dos seus discípulos. Ele frequentou a casa de Pedro.

UMA LIDERANÇA PAUTADA NA ORAÇÃO.

Jesus tinha uma vida de oração e de jejum.

UMA LIDERANÇA HUMILDE DISPOSTA A SERVIR

Jesus lavou e secou os pés dos seus discípulos. Lavar os pés dos visitantes era uma tarefa realizada pelo “menor” servo da Casa do Senhor

 
 
TEXTO BÍBLICO - JOÃO 13.1-15
1- Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.
2- E, acabada a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o traísse.
3- Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus, e que ia para Deus.
4- Levantou-se da ceia, tirou as vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se.
5- Depois, pôs água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.
6- Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim?
7- Respondeu Jesus e disse-lhe: O que eu faço, não o sabes tu, agora, mas tu o saberás depois.
8- Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pės. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo.
9- Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça.
10- Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos.
11- Porque bem sabia ele quem o havia de trair, por isso, disse: Nem todos estais limpos.
12- Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito?
13- Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou
14- Ora, se eu. Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros.
15- Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.
 
INTRODUÇÃO
Esta lição tem como objetivo apresentar Jesus como o maior e mais importante líder de todos os tempos Veremos algumas características da liderança dEle, e que deve servir de modelo para todos os líderes. Que venhamos seguir o modelo de liderança deixado por nosso Senhor.
 
1- A NATUREZA DA LIDERANÇA DE JESUS
1- A divindade de Jesus. Não é certo falar a respeito das obras de Jesus sem considerar quem Ele é. Por isso, antes de fazer uma análise sobre o modelo de liderança deixado por Jesus, é imprescindível que se faça uma reflexão a respeito de sua natureza. No Evangelho de João encontramos os sete “Eu sou” de Jesus, e cada um deles revela a sua pessoa, obra e divindade. Mas quem é Jesus e qual é a sua natureza? Como fruto da revelação divina, Pedro respondeu a esta pergunta, afirmando: “és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16.17).
Essa declaração foi um reconhecimento público da divindade de Jesus. Por isso, todas as obras dEle decorrem e refletem o seu caráter divino, inclusive as suas ações como líder. O modelo de liderança que Ele deixou deve ser o padrão de referência e ideal a ser alcançado, pois retrata aquilo que Deus espera de um líder.
2- A autoconsciência de Jesus. Uma das marcas mais visíveis e perceptíveis nas atitudes de Jesus é a plena consciência que Ele sempre teve de que é o Filho de Deus (Mt 11.25-27). Por diversas vezes a Bíblia mostra Jesus reafirmando a sua natureza, ou seja, Ele não tinha dúvida de onde veio e nem de quem o enviou (Jo 16.28).
A serenidade e a segurança com que Jesus enfrentou o interrogatório de Pilatos é de impressionar, e isso se deu justamente pela convicção do Mestre acerca de si mesmo e de quem o enviou (Jo 18.36).
Esta convicção de sua identidade deu a Jesus as condições necessárias para lidar com equilíbrio e tranquilidade com Judas Iscariotes, que haveria de traí-lo, e com todas as adversidades que teve de enfrentar (Jo 13.18.19). Jesus mostra que o líder deve ter plena consciência da natureza de seu chamado e de quem o enviou
3- Jesus e a consciência de sua missão. Ciente de sua natureza e de quem o enviou, Jesus teve clareza a respeito de sua missão, ou seja, do que Ele veio fazer no mundo. Esta consciência pode ser vista nas palavras que dirigiu aos seus pais quando eles o encontraram ensinando aos doutores da Lei: “Por que é que me procuráveis?
Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lc 2.49). A verdade é que em cada etapa de sua trajetória terrena Jesus teve muita clareza acerca de sua missão. Compreender sua missão deu a Jesus as condições necessárias para realizar tudo com excelência.
 
PROFESSOR(A), “o professor respondeu sorrindo: ‘Aprendi há muito tempo que é inútil tentar vender respostas reais para alguém que só quer comprar ecos. Cuidado para não colocar-se em posição de pensar que sabe todas as respostas. Todas as vezes que fizer isso estará se colocando em perigo. É praticamente impossível considerar-se especialista, e continuar ao mesmo tempo crescendo e aprendendo. Todos os grandes aprendizes são grandes ouvintes. Um problema comum, à medida que as pessoas ganham mais autoridade, é que elas sempre passam a ouvir aos outros menos e menos” (MAXWELL, John C: Como Tornar-se uma Pessoa de Influência. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p. 103).”
 
SUBSÍDIO 1
Professor(a), explique que neste primeiro tópico veremos que a natureza da liderança de Jesus é divina e não humana. Evidência o fato de que “quando Jesus foi concebido no ventre de Maria, Deus se fez homem. Ele não era em parte humano e nem em parte divino: era completamente humano e completamente divino (CL 2.9). Antes de Cristo vier ao mundo, o povo conhecia a Deus parcialmente.
Depois da vinda de Cristo, o povo pode conhecer a plenitude de Deus, porque Ele se tornou visível e tangível! em Cristo, sua expressão perfeita na forma humana. Os dois erros mais comuns a respeito de Jesus são: minimizar sua humanidade ou a sua divindade. Jesus é tanto Deus como homem”. (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal Rio de Janeiro: CPAD, 2009. p. 1414.)
 
II- O MODELO DE LIDERANÇA DE JESUS
1- Uma liderança fundamentada no amor. Do ponto de vista bíblico, nenhuma obra terá valor se não for realizada com amor. Em outras palavras, é o amor que valida e dá autenticidade a toda e qualquer ação da Igreja (1 Co 13). Tudo o que Jesus realizou, em seu ministério, terreno foi por amor. O amor é essencial para que o líder seja bem-sucedido. O amor deve ser evidenciado em obras, assim como Deus provou o seu amor por nós.
2- Uma liderança sacrificial. Qualquer reflexão a respeito da obra de Jesus em favor da humanidade, inclusive a sua liderança, deve começar com base em sua disposição em se sacrificar pelo favor do outro (Fp 26-8).
3- Uma liderança em favor do próximo. O olhar do Mestre sempre esteve voltado para o outro e nunca para si mesmo Firmado no princípio apresentado a Abraão, de que nele todas as famílias da terra viriam a ser abençoadas (Gn 12.3). o Senhor Jesus disse ter recebido a unção divina com o propósito de abençoar as outras pessoas.
Ele reconheceu estar cheio do Espírito Santo, não para fins pessoais, mas para evangelizar os pobres, curar os quebrantados do coração, apregoar liberdade aos cativos, dar vistas aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos” (Is 611-3).
 
SUBSÍDIO 2
Professor(a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “Qual era o modelo de liderança de Jesus?” Incentive a participação de todos e ouça os alunos com atenção. Em seguida, escreva no quadro as três características de Jesus que se encontram no tópico 2 da revista: Uma liderança fundamentada no amor, uma liderança sacrificial e uma liderança em favor do próximo. Em seguida, discuta com os alunos a respeito de cada uma delas. Conclua enfatizando que Jesus é o modelo de líder perfeito.
 
III- JESUS, UM LÍDER PRÁTICO
1- Um líder próximo de seus liderados. Jesus não foi um líder de “gabinete”, mas sempre esteve entre os seus liderados e no meio das multidões. Ele comeu com os discípulos, conversou, ouviu os seus dramas e atendeu-os em suas necessidades (Hb 4.14-16). Jesus não esperava que as pessoas fossem a Ele, mas Ele mesmo se dirigia até elas com a finalidade de pregar o Evangelho do Reino (Lc 13:22).
2- Uma liderança pautada na oração. Jesus orou e ensinou seus discípulos a orarem (Lc 11.1-4). Ele orou no início e durante todo o seu ministério (Mt 14.23): orou durante uma noite inteira para escolher os que seriam os seus apóstolos (Lc 6.12-16). Ele também orou antes de ser crucificado (Mc 14.32-42). Um dos principais legados de Jesus como líder é, sem dúvida, a sua vida de oração, que deve ser imitada por aqueles que são chamados a atuar na liderança
3- Uma advertência à liderança cristã. Outra marca da liderança de Jesus, que deve ser observada pelos líderes da atualidade, foi a sua descrição. Infelizmente, na atualidade, não são poucos os que têm entrado pelo caminho da busca por popularidade e tem se perdido e levado outros a se perderem também. Jesus não buscou ser popular, mas sempre se manteve fiel à missão que recebeu do Pai (Jo 6.60-71).
Ele sempre se afastava quando a multidão era muito grande (Lc 5.1-3; 15.16). Não fez marketing pessoal, mas investiu no bom nome, como se vê no exemplo do cego de Jericó que, embora não tivesse condições de conhecer a sua face em virtude de sua deficiência visual, conhecia bem o seu nome (Mc 10.46-52).
Deus prometeu engrandecer o nome de Abrão, mas não a Abraão, porque as pessoas passam, mas o nome do Senhor permanece. O exemplo deixado por Jesus é de que o líder deve investir naquilo que realmente importa, isto é, no bom nome.
 
SUBSÍDIO 3
Professor(a), explique que em sua plena humanidade. Jesus foi um líder prático e tudo que Ele fez e ensinou pode ser realizado por nós. Jesus não somente ensinou o que fazer. Ele fez para nós deixar o exemplo. Pode parecer desafiador. todavia é possível o lider ser próximo de seus liderados, conhecendo suas necessidades. Também é possível uma liderança pautada na oração e no jejum. Seguindo o exemplo de Jesus Cristo o líder deve investir naquilo que é realmente importante se distanciando de tudo que não é relevante para o Reino de Deus.
 
CONCLUSÃO
Nesta lição estudamos a respeito do modelo de liderança de Jesus. Vimos que Cristo teve uma vida de oração e que Ele amou a todos. O Mestre é o maior e melhor líder de todos os tempos. Que venhamos seguir o seu exemplo, buscando amar e servir ao nosso próximo. Vivendo para a glória de Deus.
HORA DA REVISÃO
1- Qual a natureza de Jesus? R. Divina e humana
2- Jesus tinha consciência de sua deidade? R. Sim (Jo 16.28)
3- Cite as características do modelo de liderança de Jesus. R. Uma liderança fundamentada no amor, uma liderança sacrificial e uma liderança em favor do próximo.
4- Como o amor deve ser evidenciado pelo líder? R. Ele deve ser evidenciado por obras.
5- Qual a característica que você acredita ser indispensável a um líder? Resposta pessoal
 
 
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05 melhores lições de liderança de Jesus Cristo que todo líder poderia seguir
Dra. Erica Belon
 
Auxilio as empresas à transformarem suas equipes em profissionais de Alta Performance através dos aportes das neurociências
86 artigos Seguir
9 de fevereiro de 2022
Um dos maiores líderes da história, Jesus Cristo! Um sujeito que aos fracos mostrava o quanto era fortes. Aos fortes, mostrava o quanto eram vulneráveis e fracos. Aos pobres, Jesus tinha a capacidade de mostrar a sua riqueza e aos ricos, conseguia fazê-los enxergar a inutilidade das suas fortunas. 
Listei abaixo, na minha opinião, as 05 melhores lições de liderança de Jesus Cristo, que poderiam ser modeladas pelos gestores:
1. Jesus se dedicava frequentemente em se autodesenvolver. Fazia isso quando se retirava para orar. 
2. Jesus tinha seus medos, mas não deixou se abater. Como líder ele cumpriu a ordem que seu chefe (Deus) lhe deu até o final.
3. Jesus acreditava que para mudar o mundo ele precisa da ajuda de outras pessoas. Por isso investiu num time de 12 pessoas, com personalidades e temperamentos totalmente diferentes. 
4. Jesus treinava seu time. Inúmeras vezes orientava os discípulos, dava feedback sobre seus comportamentos e repreendia quando era preciso. 
5. Jesus acreditava tanto no seu time que dava a eles autoridade. Diversas vezes delegava as tarefas e os motivava a continuar, fazendo com que sua equipe se sentisse capaz. 
Você encontra muitos desafios na sua gestão. Que tal, antes de tomar a decisão se perguntar: No meu lugar, o que Jesus faria?
Fico imaginando aqui se as empresas colocassem esses atributos como habilidades fundamentais para serem desenvolvidas no seu time de liderança! Que equipe fantástica não teríamos, não é verdade? 
E o que essa equipe de líderes não fariam pelos seus times?
E o que esses times não fariam para essas empresas?
 
 
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Lição 13 – Jesus: O Modelo de Líder
Categorias SUBSÍDIOS JOVENS
 Data22/12/2022
 
Prezado(a) professor(a), para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio da semana. O conteúdo é de autoria do pastor Elias Torralbo, comentarista do trimestre.
 
INTRODUÇÃO
Este capítulo visa glorificar ao Senhor Jesus Cristo, apresen­tando-o como o maior líder que já existiu. Além disso, esta lição será dedicada de forma bem específica a apresentar alguns aspectos fundamentais que caracterizam a liderança de Jesus e que devem servir de modelo para todo líder cristão, principalmente na atualidade. O objetivo maior desta lição é o de despertar em toda liderança cristã o desejo de seguir o modelo de líder deixado por Jesus, nosso Senhor.
 
A NATUREZA DA LIDERANÇA DE JESUS
 
A Divindade de Jesus
É impossível — e, de certa forma, seria incorreto — pensar nas obras de Jesus sem considerar quem Ele é. Por isso, antes de ser feita uma análise sobre o modelo de liderança deixado por Jesus, é imprescin­dível que se faça uma reflexão a respeito da sua natureza.
No Evangelho escrito por João, encontram-se apenas sete milagres de Jesus, e cada um deles é acompanhado da expressão “Eu sou”, feita pelo próprio Senhor, o que indica que as suas obras resultam da sua essência, isto é, de quem Ele é.
Mas, afinal, quem é Jesus e qual a sua natureza? Como fruto da revelação divina, Pedro respondeu a essa pergunta e afirmou que Jesus é “o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16,17). Essa declaração foi um reconhecimento público da divindade de Jesus (Jo 14.5-11).
Por isso, todas as obras de Jesus decorrem e refletem o seu caráter divino, inclusive as suas ações como líder, razão por que o modelo de liderança que Ele deixou deve ser o padrão máximo de referência e ideal a ser alcançado, pois Jesus retrata perfeitamente aquilo que o Senhor Deus espera de um líder.
 
A Autoconsciência de Jesus
Uma das marcas mais visíveis e perceptíveis nas atitudes de Jesus é a plena consciência de que Ele sempre teve de ser o Filho de Deus (Mt 11.25-27). Por diversas vezes, a Bíblia registra o Senhor Jesus, quer fosse pregando, quer orando, reafirmando a sua natureza — ou seja, Ele não tinha dúvida de onde veio e nem de quem o enviou (Jo 16.28; 17.18-25).
A serenidade e a segurança com que Jesus enfrentou o interrogatório de Pilatos é de impressionar, e isso se deu justamente pela convicção do Mestre acerca de si mesmo, de quem o enviou e de que Ele estava sob os cuidados do seu Pai (Jo 18.36; 19.10,11). É essa mesma certeza que deu a Jesus as condições necessárias para lidar com equilíbrio e tranquilidade com Judas Iscariotes, que haveria de traí-lo (Jo 13.18,19).
Jesus deixa o exemplo de que o líder cristão deve ter plena cons­ciência da natureza do seu chamado e de quem o enviou.
 
Jesus e a Consciência de sua Missão
Ciente da sua natureza e de quem o enviou, Jesus pôde ter clareza sobre a sua missão, ou seja, do que Ele veio fazer no mundo. Essa consciência Ele teve desde muito cedo, conforme se vê nas firmes e convictas palavras que dirigiu aos seus pais quando estes o encontra­ram ensinando aos doutores da Lei, conforme se lê: “[…] Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lc 2.49).
A verdade é que, em cada etapa da sua trajetória na terra, Jesus teve muita clareza acerca da sua missão, quer fosse sobre o seu mi­nistério como pregador (Mc 1.38), quer fosse da sua responsabilidade em servir e não ser servido (10.45), do momento em que Ele voltaria para o Pai (Jo 16.28), da certeza de que veio salvar os perdidos (Lc 19.10) e de que daria a vida pelas suas ovelhas (Jo 10.11).
O conhecimento e a compreensão da sua missão terrena deram a Jesus as condições necessárias para lograr êxito em muitas frentes da sua liderança, dentre as quais se destacam duas aqui: I) Cumprir o seu papel mesmo diante das afrontas dos fariseus (Lc 5.20-26); II) Manter-se fiel à mensagem a ser pregada, mesmo sabendo que a multidão iria rejeitá-lo e abandoná-lo (Jo 6.60-69). Assim como Jesus, o líder cristão deve ter consciência a respeito da sua missão e, assim, cumpri-la com fidelidade.
 
O MODELO DE LIDERANÇA DE JESUS
Uma Liderança Fundamentada no Amor
Do ponto de vista bíblico, nenhuma obra terá valor algum se não tiver o amor como a sua fonte. Em outras palavras, é o amor que valida e dá autenticidade a toda e qualquer ação da Igreja (1 Co 13). A igreja que estava em Éfeso é um exemplo de que nada adianta ser zeloso na doutrina, ter boas qualidades e ser dedicado ao trabalho pelo Reino de Deus se não tiver o amor (Ap 2.1-7).
Tudo o que Jesus realizou no seu ministério terreno — como, por exemplo, os seus milagres, as suas pregações, os seus ensinamentos e o modelo de liderança que deixou — só foi possível porque Ele foi enviado pelo Pai, e isso aconteceu “porque Deus amou o mundo de tal maneira” (Jo 3.16). Desse modo, a base do ministério de Jesus, inclusive a sua liderança, é o amor.
Toda a trajetória de Jesus na terra foi, portanto, permeada pelo amor, só que nada traduz isso melhor do que a entrega da sua vida na cruz por amor da humanidade (Rm 5.6-8). Biblicamente, amor não é sentimento e nem mesmo se demonstra em palavras, mas é traduzido em obras, assim como Deus provou o seu amor (1 Jo 3.11,16-19; 4.7-21).
O amor moveu e autenticou tudo o que Jesus fez, e assim devem ser aqueles que visam seguir o seu modelo de liderança.
 
Uma Liderança Sacrificial
Partindo do princípio da natureza divina de Jesus, qualquer análise a respeito da sua obra em favor da humanidade, inclusive a sua li­derança, deve começar com base na sua disposição em sacrificar-se em favor do outro; afinal de contas, o cumprimento da sua missão começou com a sua renúncia em ser igual a Deus, a sua decisão em fazer-se servo e em tornar-se homem, para que finalmente pudesse padecer e morrer de forma humilhante (Fp 2.6-8).
Em Atos 10.38,39, está registrado o testemunho de Pedro acerca da disposição que Jesus teve durante o seu ministério terreno em movimentar-se em direção às pessoas para fazer-lhes o bem, mesmo sabendo que isso lhe custaria a própria vida, pois Ele viria a ser maltratado, humilhado e crucificado. Jesus liderou sob o modelo da liderança sacrificial.
 
Uma Liderança em Favor do Próximo
Depois de ter verificado a natureza divina da liderança de Jesus e o seu modelo sacrificial de liderança, esta lição volta-se para o fato de que o olhar do Mestre sempre esteve voltado para o outro e nunca para si mesmo. Firmado no princípio apresentado a Abraão de que nele todas as famílias da terra viriam a ser abençoadas (Gn 12.3), o Senhor Jesus replicou o que foi previsto pelo profeta Isaías e disse ter recebido a unção divina com vistas a abençoar outras pessoas; ou seja, Ele reconheceu estar cheio do Espírito Santo não para fins pessoais, mas, sim, para “evangelizar os pobres […], curar os quebrantados do coração […], apregoar liberdade aos cativos […], dar vista aos cegos […], pôr em liberdade os oprimidos” (Is 61.1-3; Lc 4.18-19).
Destacam-se aqui dois acontecimentos relacionados ao ministério de Jesus: I) Aquele vez em que, depois de ter jejuado quarenta dias e de ter sido tentado pelo Diabo no deserto, Jesus teve fome, e o Diabo sugeriu-lhe que Ele transformasse pedras em pães, mas Jesus repreendeu-o ao dizer que o homem não vive só de pão, mas de ou­vir a palavra de Deus (Lc 4.3,4); e II) Aquela vez em que Jesus usou o seu poder para multiplicar cinco pães e dois peixes para saciar a fome de uma grande multidão (Jo 6.1-15).
Eis a pergunta: Por que Jesus não transformou as pedras em pães para saciar a sua fome de quarenta dias sem comer, mas multiplicou os pães e peixes para saciar a fome de uma multidão que estava há horas sem comer?
Eis a resposta: Jesus nunca usou o seu poder para beneficiar-se a si mesmo, mas sempre se disponibilizou dEle para abençoar outras pessoas.
Jesus sempre liderou em favor dos seus liderados.
 
JESUS, UM LÍDER PRÁTICO
Um Líder Próximo de seus Liderados
Jesus não foi um líder de “gabinete”, mas sempre esteve entre os seus liderados, viveu entre eles, comeu com eles, conversou com eles, conheceu os seus dramas e atendeu-os nas suas necessidades (Hb 4.14-16). Jesus não esperava que as pessoas fossem a Ele, mas Ele mesmo se dirigia a elas com a finalidade de pregar-lhes o evangelho do Reino (Lc 13.22).
Um exemplo significativo de que Jesus foi um líder que fez questão de estar entre os seus liderados e buscou liderar a partir da realidade de cada um deles é o seu ministério como pregador. Um dos métodos mais usados pelo Mestre foi a parábola, cujo termo significa “estar ao lado” e que objetivou facilitar a compreensão dos ouvintes ao transmitir verdades eternas e espirituais por meio de exemplos do cotidiano, como a agricultura, a dona de casa, a relação de pais e filhos, o cuidado do pastor com as suas ovelhas, a relação dos senhores com os seus servos e tantos outros.
Jesus pregava a partir da realidade dos seus ouvintes, como de­monstração de interesse por eles e de que compreendessem o que efetivamente Ele quis ensinar. Desse modo, o Mestre foi um líder que trabalhou entre os seus liderados e espera que os que por Ele foram chamados a exercer a liderança cristã sigam este mesmo modelo.
 
Uma Liderança Pautada na Oração
Não há um momento sequer nos registros bíblicos acerca do minis­tério terreno de Jesus no qual Ele não esteja em oração; aliás, Jesus não ensinou os discípulos a pregar e nem a liderar — pelo menos não teoricamente —, mas ensinou-os a orar (Lc 11.1-4).
Jesus orou em cada momento da sua passagem pela terra, como se vê: I) No início e durante todo o seu ministério (Mt 14.23; Lc 9.28); II) Orou durante uma noite inteira para escolher os que seriam os seus apóstolos (Lc 6.12-16); III) Orou antes de ser crucificado (Mc 14.32-42); IV) Orou durante a sua crucificação (15.34-35); V) Orou pelos discípulos que estavam com Ele e por aqueles que ainda viriam a ser os seus discípulos (Lc 22.32; Jo 17.20-21).
Sendo assim, um dos principais legados de Jesus como líder é, sem dúvida, a sua vida de oração, que deve ser imitada por aqueles que são chamados a atuar na liderança cristã na atualidade.
 
Uma Advertência à Liderança Cristã
Outra marca da liderança de Jesus que deve nortear a vida dos líderes cristãos na atualidade foi a sua discrição. Essa característica do ministério de Jesus assume um aspecto que ultrapassa o modelo a ser seguido e assume uma natureza exortativa e de advertência, pois não são poucos os que têm entrado pelo caminho da busca por popularidade e tem-se perdido e levado outros a perderem-se também.
Em primeiro lugar, Jesus não foi movido pela busca de populari­dade, mas sempre buscou manter-se fiel à missão que recebeu do Pai (Jo 6.60-71). Em segundo lugar, Jesus nunca investiu na sua imagem; aliás, Ele sempre se afastava quando a multidão era muito grande (Lc 5.1-3,15,16). Se, no entanto, Ele não investiu na sua própria imagem, dedicou-se a investir no bom nome, como se vê no exemplo do cego de Jericó, que, embora não tivesse condições de conhecer a sua face em virtude da sua deficiência visual, conhecia bem o seu nome (Mc 10.46-52).
Deus prometeu engrandecer o nome de Abrão, mas não a Abraão, e isso porque pessoas passam, mas o nome permanece (Gn 12.2). Diante disso, o modelo deixado por Jesus e a ser seguido adverte a cada um dos que militam na liderança cristã a investir naquilo que realmente importa, isto é, no bom nome, e não na própria imagem.
Definitivamente, Jesus é o maior líder que já existiu, e o seu mo­delo de liderança deve ser perseguido por todos os líderes cristãos.
 
CONCLUSÃO
Ao término dessa jornada literária, ficam várias questões a ser respondidas a partir de uma reflexão profunda, sincera e per­manente sobre a necessidade de líderes cristãos fiéis, bem preparados, compromissados com a verdade do evangelho, capazes de dialogar com a sociedade atual sem corromper-se com o mundo e o seu siste­ma. Para que isso seja possível, faz-se necessário: I) Ter consciência da natureza do chamado, isto é, saber com clareza e firmeza quem o escolheu para liderar — em alguma medida — sobre a igreja; II) Conhecer os métodos deixados pelo Senhor como meios e instrumentos para a execução do trabalho da liderança cristã; e III) Estabelecer bem e com precisão os objetivos a ser alcançados no exercício da liderança cristã.
Tendo a certeza de que foi Deus quem o escolheu para trabalhar e cooperar com o que Ele está realizando no mundo por meio da sua Igreja, conhecer os métodos bíblicos e os objetivos preestabele­cidos por certo fará de você um líder cristão bem-sucedido, cujos frutos colhidos serão doces, não obstante os momentos amargos a ser enfrentados, assim como duradouros, ainda que para isso é preciso o aprofundamento das raízes, o que demanda tempo, dedicação e treinamento, incluindo leitura bíblica e oração.
Ao longo desta obra, que serve como apoio às Lições Bíblicas Jovens sobre liderança cristã, compartilharam-se conceitos, definições, prin­cípios, referências bíblicas de lideranças que, ao longo da história, contribuíram direta e indiretamente com a construção do edifício espiritual que Deus está levantando no mundo, bem como o avan­ço do seu Reino. Siga, portanto, os bons exemplos aqui expostos e dependa de Deus, e certamente o Senhor fará com que você triunfe sobre todas as adversidades inerentes ao exercício da liderança cristã.
Que Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Para conhecer mais a respeito dos temas das lições, adquira o livro do trimestre: TORRALBO, Elias. Liderança na Igreja de Cristo: Escolhidos por Deus para servir. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.
 
Telma Bueno
 
Escrita Lição 13, Central Gospel, JESUS, o Líder dos Líderes, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 
 
ESBOÇO DA LIÇÃO
1-  JESUS, UM LÍDER PLENO EM HUMILDADE,
EMPATIA E COMPAIXÃO
1.1. JESUS, o maior de todos os líderes, dava atenção ao clamor dos necessitados
1.2. JESUS, o maior de todos os líderes, era movido
pela compaixão
1.3. JESUS, o maior de todos os líderes, sabia como
lidar com os bons e com os maus
1.4. JESUS, o maior de todos os líderes, era objetivo
2- JESUS, UM LÍDER CHEIO DE AUTORIDADE
2.1. JESUS, o maior de todos os líderes, exercia autoridade com humildade
2.2. JESUS, o maior de todos os líderes, exercia
autoridade com verdade
3-  JESUS, UM LÍDER MULTIPLICADOR
3.1. JESUS, o maior de todos os líderes, preparou
doze homens
3.2. JESUS, o maior de todos os líderes, tinha um
propósito universal
 
 
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Mateus 9.35-38
35 - E percorria JESUS todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades
e moléstias entre o povo.
36 - E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor.
37 - Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros.
38 - Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara.
 
 
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de entender que:
- em toda a Bíblia, não há modelo maior de liderança do que o de JESUS;
- JESUS foi um líder pleno em humildade, empatia e compaixão;
 - a liderança de JESUS foi exercida em demonstração de poder e autoridade.
 
 
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, nesta lição, leve seus alunos à seguinte reflexão: que liderança pode ser superior à de um soberano? E quem, jamais, em toda a História, gozou de tanta força em sua liderança como JESUS, cujo reinado é eterno? Os grandes monarcas morrem e são sucedidos por seus filhos no trono real, mas a nenhum deles, em tempo algum, foi dado o poder
de ser um rei pela eternidade adentro. Em Suas últimas palavras, no instante em que ascendia
ao céu, JESUS incumbiu os discípulos de espalharem Sua mensagem pelo mundo inteiro. Eles começaram a anunciá-la há mais de dois mil anos, e essa mensagem jamais deixou de ser anunciada (Mt 28.18-20). Como explicar esse fenômeno? Nesta lição, procure focar as características singulares da liderança de JESUS (Homem), que, sob muitos aspectos, podem ser aplicadas à vida de todos, indistintamente. Boa aula!
 
 
TEXTO ÁUREO
Disse-lhe JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. João 14.6
 
 
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – Apocalipse 19.6 JESUS, o maior líder de todos
3ª feira – João 2.25 JESUS sabe tudo sobre os homens
4ª feira – Hebreus 4.15 JESUS, um líder compassivo
5ª feira – Marcos 1.22 JESUS, um líder cheio de autoridade
6ª feira – Mateus 11.29 JESUS, um líder humilde
Sábado – João 7.46 JESUS, um líder admirado
 
 
COMENTÁRIO
 
Palavra introdutória
Nas lições anteriores, foram abordadas as características de liderança de doze expoentes bíblicos, os quais, cada um a seu modo, inspiram-nos sobremaneira. Nesta, destacaremos o estilo de liderança de JESUS, Aquele que era, é e será, o
maior líder dentre todos os outros. Do nascimento à ascensão: a liderança de JESUS perpassa toda Sua vida terrena. O anjo Gabriel, ao anunciar o nascimento
do Messias de Israel, declarou: Ele será grande e será
chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor DEUS lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim (Lc 1.32,33).
 
 
1- JESUS, UM LÍDER PLENO EM HUMILDADE,
EMPATIA E COMPAIXÃO
JESUS nunca liderou uma instituição. Sendo o sumo sacerdote da nossa confissão (Hb 3.1), Ele jamais carregou sobre os ombros as chaves do Templo (Is 22.22). Embora fosse um rabi (mestre), em tempo algum escreveu um livro, tampouco liderou a Grande Congregação de Israel, a qual existe até hoje em Jerusalém. Nosso Salvador recusou ser declarado rei pelo povo; antes, respondeu: O meu reino não é deste mundo (Jo 18.36). Ele lidou com gente o tempo todo e usava a linguagem do coração; por isso, falava em parábolas (Mc 4.34). O Filho de DEUS entendia
de gente. Como declarou João: Ele não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem (Jo 2.25).
 
 
SUBSÍDIO 1
O líder que não sabe ouvir, não pode ter a presunção
de querer ser ouvido. O líder comanda com a voz; por isso, o líder mais acatado, é aquele que ouve.
 
 
1-1- JESUS, o maior de todos os líderes, dava atenção ao clamor dos necessitados
JESUS parava para ouvir o clamor dos necessitados. Observe:
- O cego Bartimeu, na entrada de Jericó, clamava pelo Senhor, e Ele, parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-lhe, dizendo: Que queres
que te faça (Lc 18.39,40)?
- Uma mulher cananeia, na Fenícia, clamou por sua filha endemoninhada. Quando os discípulos sugeriram
que JESUS a despedisse, Ele disse: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres (Mt 15.28 ARA).
- Jairo, o príncipe da sinagoga, rogou por sua filha enferma que acabara de morrer. Diz o texto bíblico que um da casa do príncipe da sinagoga disse que não haveria razão de Jairo incomodar o Mestre, pois sua filha já havia falecido, JESUS, no entanto, afirmou: Não temas; crê somente, e será salva (Lc 8.49,50).
- Um leproso aproximou-se de JESUS, dizendo: Se queres, bem podes limpar-me. JESUS, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo (Mc 1.40,41).
 
 
 
1-2- JESUS, o maior de todos os líderes, era movido pela compaixão
O Salvador não era movido por qualquer desejo de autopromoção; antes, preferia trabalhar com discrição, proibindo, muitas vezes, as pessoas beneficiadas por Ele de contarem o que lhes havia sido feito. Como morador da Galileia, ao Norte do país, JESUS convivia com uma população pobre e carente (Mt 4.23). Ele enxergava com profundidade a realidade social do Seu povo e era movido de íntima compaixão pelas pessoas. Observe:
- Na cidade de Naim, JESUS enxergou uma mãe enlutada, que chorava à frente do cortejo fúnebre de seu filho. Movido de íntima compaixão por ela, o Senhor ressuscitou o morto e entregou-o à sua mãe (Lc 7.13,14).
- Quando multiplicou cinco pães e dois peixes e os deu
para saciar a fome de uma grande multidão, JESUS o fez, possuído de íntima compaixão para com ela (Mt 14.14).
 
 
1-3- JESUS, o maior de todos os líderes, sabia como lidar com os bons e com os maus
Os seres humanos não são todos iguais: há pessoas boas, generosas e solidárias, como o bom samaritano; mas há também as de má índole, insensíveis, cruéis, sem afeto natural (2 Tm 3.1-5). JESUS foi odiado por muitos, principalmente pelos religiosos que compunham o grupo dos fariseus, saduceus e escribas. O Senhor não os poupou; antes, chamou-os de hipócritas, iníquos, serpentes e raça de víboras (Mt 23.13-33).
- No entanto, Ele atendeu pessoas desses grupos, quando esses o procuraram com honestidade, como foi o caso de Nicodemos, príncipe dos judeus (Jo 3.1). - JESUS mostrou compaixão para com a mulher que fora apanhada em adultério, perdoando-a, enquanto se mostrou austero com os que a julgavam (Jo 8.1-11).
- JESUS sabia defender-se dos maus e não guardava rancor ou espírito de vingança em relação a quem quer que fosse. Ele amava a todos e deixou claro que devemos amar, inclusive, os nossos inimigos (Lc 6.27).
 
 
1-4- JESUS, o maior de todos os líderes, era objetivo
O Mestre era focado. Ele sabia o que queria e onde pretendia chegar. Ninguém jamais conseguiu desviá-lo dos Seus propósitos. Observe:
- Quando começou a falar sobre Sua morte, Pedro achou que poderia repreender JESUS; e recebeu como resposta: (...) Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de DEUS, mas só as que são dos homens (Mt 16.23).
- Quando os samaritanos se recusaram a oferecer uma noite de repouso a JESUS, os discípulos, revoltados, propuseram que Ele fizesse descer fogo do céu para consumir aquela gente má. JESUS, no entanto, não os atendeu e seguiu o Seu caminho (Lc 9.53-56).
 
 
2- JESUS, UM LÍDER CHEIO DE AUTORIDADE
Autoridade é o poder que alguém possui para exercer domínio sobre outros; trata-se, portanto, de uma arma poderosa, que pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal. A autoridade está diretamente
relacionada ao respeito e à submissão.
 
 
SUBSÍDIOS 2
Há duas palavras no grego designativas de “poder”:
dynamis e exousia. Dynamis é mais aplicado ao poder que obtemos de DEUS para realizar a Sua obra (At 1.8); exousia é uma autoridade maior, aplicada, grande parte das vezes, em relação a DEUS (Mc 1.22). JESUS usou exousia.
 
 
2-1- JESUS, o maior de todos os líderes, exercia autoridade com humildade
JESUS disse aos discípulos: É-me dado todo o poder no céu e na terra (Mt 28.18). Considerando Sua essência e origem, JESUS poderia ter sido um déspota, mas Ele foi um kyrios. Qual a diferença? Ambos os termos, no grego, significam senhor. Porém, déspota (em português) é um senhor arbitrário, tirano; enquanto kyrios é um senhor que abre o diálogo. JESUS é chamado de kyrios, porque Ele era acessível às pessoas. Todos podiam aproximar-se dele e falar com Ele. O Rabi da Galileia ensinava com humildade e não evocava títulos ou publicidades para si (Jo 5.31). Quando chamado de “grande”, Ele dizia: Meu Pai é grande. Quando chamado de “bom”, Ele dizia que somente DEUS é bom. JESUS era odiado pelos religiosos, mas amado pelos pecadores. Seu exemplo de vida Confirma os Seus ensinamentos de que a evocação do “eu” é autodestrutiva (Jo 7.18). O Mestre deixou claro que veio ao mundo para fazer a vontade de DEUS, não a Sua própria (Jo 4.32,34); e, para isso, esvaziou--se de si mesmo (Fp 2.6,7).
 
 
2-2- JESUS, o maior de todos os líderes, exercia
autoridade com verdade
JESUS nunca ludibriou pessoa alguma. Ele jamais verbalizou uma frase da qual pudesse arrepender-se depois. De igual modo, em tempo algum, esteve preocupado em agradar a quem quer que fosse. Do mesmo modo como falou do céu para os que nele cressem, falou do inferno para os que preferiam permanecer no pecado (Jo 8.23,24).
Certa vez, um grupo formado por fariseus e herodianos procurou JESUS para surpreendê-lo quanto à questão dos impostos que eram pagos a Roma. Para chegarem à pergunta, iniciaram com uma declaração: (...) Mestre, bem sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de DEUS, segundo a verdade, sem te importares com quem quer que seja, porque não olhas à aparência dos homens (Mt 22.16). Embora não houvesse sinceridade no que diziam, fizeram uma declaração baseada no que realmente notavam em JESUS: a verdade era o Seu retrato. JESUS, sem ser ríspido, respondeu a verdade de modo didático, apresentando a Seus interlocutores os dois lados de uma mesma moeda e perguntando: De quem é esta efígie e esta inscrição? E eles disseram: De César. Então, ele lhes disse: Dai, pois, a César o que é de César e a DEUS, o que é de DEUS (Mt 22.19-21). Um verdadeiro líder responde com a verdade sem arrogância ou grosseria.
 
 
3- JESUS, UM LÍDER MULTIPLICADOR
JESUS não precisou mais do que 33 anos para cumprir cabalmente a Sua missão. O Seu ministério consistiu em ensinar, pregar e curar (Mt 4.23). Sua missão final consistiu na Sua morte expiatória por toda a humanidade na cruz do Calvário.
 
 
3-1- JESUS, o maior de todos os líderes, preparou
doze homens
JESUS escolheu homens de perfil controverso para que o seguissem em Seu ministério terreno: quatro pescadores; dois homens chamados de filhos do trovão, devido ao temperamento intempestivo deles; um pessimista, Tomé; um com o apelido de menor, esse era Tiago, filho de Alfeu, propenso a um complexo de inferioridade; um de espírito revolucionário, chamado Simão Zelote; um Natanael, que desconfiou de JESUS por morar no pobre vilarejo de Nazaré; um que trabalhava como cobrador de impostos; e o mais preparado de todos, intelectualmente, ao qual JESUS confiou a tesouraria, Judas, que o traiu.
JESUS não colocou os discípulos sentados em uma sala de aula. Ele usou a estrada. Ensinou mais com Sua própria vida do que com regras e teorias. O Mestre conversava com eles; mostrava-lhes as situações; respondia às suas perguntas; e provocava o raciocínio deles. Mais tarde, João escreveu sobre isso (1 Jo 1.1).
 
 
3-2- JESUS, o maior de todos os líderes, tinha um
propósito universal
Em Suas últimas palavras, JESUS recomendou aos discípulos que dessem continuidade a tudo quanto Ele lhes havia ensinado, ou seja, que se reproduzissem em outros, dizendo: Portanto, ide e ensinai a todas as nações... ensinando-as a guardar todas as coisas que vos tenho mandado (...) (Mt 28.19,20). Em Sua oração sacerdotal, JESUS deixou bem claro que o Seu propósito abrangia o mundo inteiro: Eu não rogo
somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim (Jo 17.20). Dois mil e vinte anos depois, os discípulos de JESUS continuam a reproduzir a mesma mensagem, com o mesmo poder e oferecendo a mesma esperança salvífica. Qual outro líder na História jamais obteve tamanho êxito?
 
 
CONCLUSÃO
Depois de havermos estudado sobre exemplos bíblicos de liderança, culminando no maior de todos eles, JESUS — embora conscientes de que não esgotamos os modelos bíblicos de liderança —, temos de admitir que cada personagem elencado nesta revista nos transmite um incontrolável entusiasmo,
que nos encorajam a repetir seus gestos. Mesmo acreditando que estamos muito aquém de qualquer um deles, a Palavra de DEUS nos encoraja. Nos exemplos estudados, observa-se que DEUS levantou pessoas como nós, cheias de defeitos, fraquezas e incapacidades. Apesar disso, Ele exigiu que seus
eleitos dessem frutos permanentes (Jo 15.16). Fica aqui, então, o desafio: acredite no seu potencial; submeta-se à vontade de DEUS; tenha um objetivo na vida, ponha foco nele e deixe o resto por conta do Senhor!
 
 
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. A qual líder, o escritor de Hebreus compara JESUS (Hb 3.3)?
R.: A Moisés.