Escrita Lição 4, Central Gospel, do coração para toda a vida, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
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TEXTO BÍBLICO
BÁSICO
Salmo 127.3-5
3 - Eis que os
filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre, o seu galardão.
4 - Como
flechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade.
5 -
Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos,
quando falarem com os seus inimigos à porta.
João 1.13
13 - (...) os
quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão,
mas de DEUS.
Efésios 1.3-5
3 - Bendito o DEUS
e Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO, o qual nos abençoou com todas as bênçãos
espirituais nos lugares celestiais em CRISTO,
4 - como também
nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e
irrepreensíveis diante dele em amor,
5 - e nos
predestinou para filhos de adoção por JESUS CRISTO, para si mesmo, segundo o
beneplácito de sua vontade.
TEXTO ÁUREO
E sabemos que todas
as coisas contribuem
juntamente para
o bem daqueles que amam a DEUS. Romanos 8.28ª
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – Provérbios 17.6 A glória dos filhos são seus pais
3ª feira – Salmo 128.1-3 Os teus filhos serão como plantas de
oliveira
4ª feira – Efésios 6.4 Não provoqueis a ira a vossos filhos
5ª feira – Colossenses 3.21 Não irriteis a vossos filhos
6ª feira – Mateus 18.4-6 O maior no Reino dos Céus
Sábado – Provérbios 22.6 Instrui o menino no caminho em que deve
andar
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
- entender que todo filho é um presente de DEUS;
- compreender que a adoção é, antes de tudo, um ato de amor;
- conscientizar-se de que a adoção é um ato de coragem, um triunfo
sobre o preconceito e um gesto que transforma vidas.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, esta lição não tem por objetivo discorrer sobre
filhos biológicos, que nascem diariamente de uniões heteroafetivas. Neste
estudo, será abordada uma condição parental, presente em muitos lares cristãos
(e não cristãos), muitas vezes tratada como tabu. Estamos falando dos filhos
adotivos, assunto pouco abordado nas igrejas. Apesar de não ser incomum a presença
de filhos adotivos em lares cujos pais têm filhos biológicos, a falta de
conhecimento mais aprofundado sobre a questão leva algumas pessoas a preferirem
não tocar no assunto. Portanto, no decorrer do estudo, procure falar sobre a
importância da adoção. Levante dados oficiais, relacionados aos principais
tópicos apontados nesta lição e, se possível, veja se há em sua igreja alguém
que tenha tido a experiência de adoção (como filho ou pais), visando enriquecer
o entendimento da igreja sobre um tópico absolutamente relevante.
Elizete Malafaia
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- ADOÇÃO É MAIS DO QUE UM PROCESSO, É UM ATO DE AMOR
1.1. Considerações acerca da adoção
2- A ADOÇÃO NO BRASIL
2.1. Passo a passo para a adoção no Brasil
2.1.1. Avaliação da equipe interprofissional
2.1.2. Participação em programa de preparação para adoção
2.1.3. Análise do requerimento pela autoridade judiciária
2.1.4. Busca de uma família para a criança/adolescente
2.1.5. O momento de construir novas relações
2.1.6. Uma nova família
3- A ADOÇÃO É UM GESTO DE AMOR QUE
TRANSFORMA VIDAS
3.1. Como e quando dizer a verdade
3.2. Procure desfazer as diferenças
))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIOS EXTRAS
)))))))))))))))))))))))))))))
Adoção, Uma Causa Que A Igreja Precisa Abraçar
Por Ester Cunha Duarte –
Mãe por adoção, Pedagoga, Empresária e Multiplicadora do HOME
Segundo uma pesquisa do Data Folha,
em 2020 o Brasil tinha aproximadamente 65,4 milhões de pessoas que se
declaravam evangélicas, frequentando milhares de igrejas com denominações
distintas. Sabemos que um dos temas mais abordados nas igrejas é família. As
pessoas são incentivadas a constituir famílias e a zelar bem por
elas (afinal, família é um projeto de Deus). Em 30 anos de vivência no
meio Cristão confesso que jamais ouvi qualquer incentivo à adoção, quando este
tema é abordado. Ao se abordar a construção familiar, em geral estimula-se que
as famílias tenham filhos biológicos (o que não é errado), mas a possibilidade
da adoção nunca é apresentada com uma
via.
Em nossa trajetória em busca
dos nossos filhos, passamos pelo vale da infertilidade. Foi extremamente
doloroso, até porque a adoção era um assunto muito distante e envolto de
preconceitos. Após anos de tratamentos ineficazes, orações pela cura e muitas
situações constrangedoras diante da cobranças por filhos, decidimos expor nossa
condição de infertilidade. Evidentemente a postura dos que nos cercavam era de
declarar que Deus faria um milagre, fazendo com que engravidássemos.
Em uma noite fria, enquanto eu
lavava a louça, o Senhor falou claramente ao meu coração: “Sou eu quem concede
a graça de pessoas gerarem filhos, mas algumas eu escolho e separo para serem
pais e mães de crianças que já nasceram”. Eu fiquei em choque, nada havia sido
tão audível na minha experiência com Deus. Permaneci calada e dias depois meu
marido propôs a adoção. Decididos e convictos, iniciamos o processo para a
habilitação à adoção. Quando compartilhamos nossa decisão com os irmãos em
Cristo, o que ouvimos foram frases de desencorajamento como: “Não precisa
adotar, Deus fará um milagre”. “É complicado adotar pois a criança vem
com maldição hereditária”. “Se Deus não deu filhos é porque Ele não quer isso
para vocês.” O que mais me impressionava era o fato de que éramos estimulados a
ganhar e cuidar de vidas, então como a adoção poderia ser assim tão
desconsiderada?
A palavra de Deus nos revela
que três grandes planos de salvação elaborados por Ele incluíram a
adoção como parte de sua estratégia. Para libertar o povo de Deus
do Egito, Moisés foi escolhido e foi necessário que a filha do Faraó o adotasse
para que ele não fosse morto ainda bebê. A órfã Ester, foi adotada,
acolhida e orientada por seu primo Mordecai antes de chegar à posição de
Rainha. Após a sua coroação, por meio de sua influência, ela pode livrar
seu povo do extermínio planejado por Hamã. José foi orientado pelo anjo do
Senhor a cuidar de Maria acolhendo o bebê que estava no seu ventre, evitando
assim que ela mesma sofresse por ser uma jovem, solteira e grávida. Ele assumiu
a paternidade terrena de Jesus, o Salvador do mundo.
Definitivamente a adoção também é um
projeto de Deus, portanto, se faz urgente que a igreja abrace esta
causa. Em Tiago 1.27 diz “A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como
pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades…
Estimular as pessoas a se envolverem com a causa da adoção (sendo uma família
acolhedora, fazendo apadrinhamento afetivo ou realizando trabalhos voluntários
nos abrigos) e, principalmente, apoiando casais e/ou pessoas que decidem adotar
filhos é o papel da igreja.
Quanto a nós, Deus fez o
milagre? Sim, na verdade fez três grandes milagres: deu uma família a um
órfão de mãe, tornou um casal infértil em pais de 2 filhos através da adoção e
livrou da morte um bebê que foi descartado por sua genitora, lhe dando
uma família que o ama muito! O milagre é a vontade do Pai sendo cumprida em
nossas vidas! E você? Está pronto para o milagre?
Falando De Adoção
/ Reflexão
para Igreja / Por kjccrp
Por Angélica Carvalho, escritora e youtuber
Falar de adoção é falar do sacrifício de Jesus por nós!
Adoção não é um mero “ato de amor” em que uma família agrega a ela
mais um membro, é sobre o amor de Deus por nós que nos leva a amar independente
do nosso tipo sanguíneo, da nossa etnia, da nossa cor.
Entender o quão profundo, lindo e salvador foi o plano de Deus para
nos resgatar das mãos do maligno e nos dar um nome, uma família, um pai para
chamar de nosso, é fundamental para que entendamos a essência da adoção.
Ao entendemos a profundidade do Evangelho, não conseguimos nos
calar e não fazer nada, pois o maior exemplo de amor e de adoção foi
demonstrado na cruz, pois ao morrer por nós, Jesus se tornou o Filho
primogênito de Deus que nos adota na família divina ao sermos salvos por Ele.
Infelizmente observo que muitos cristãos negligenciam ou
menosprezam todo esse amor, esse exemplo, acreditando mais no que o inimigo das
nossas almas tenta nos dizer sobre adoção, sobre o Plano da Salvação do que o
que o próprio Deus já nos ensinou.
Se nossas igrejas olhassem com mais seriedade para a Palavra de
Deus, veríamos que em Tiago 1.27 diz: “Essa é a verdadeira e pura religião,
cuidar dos órfãos e viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo
mundo”.
Só há duas formas de viver esse versículo ao falarmos de adoção:
Adotando ou importando-se.
Adotar não é para todos e tudo bem com isso, Deus tocará seu
coração para esse chamado se Ele assim o quiser, mas Ele já nos chamou para a
segunda opção, que é se importar com a causa da adoção.
Você não precisa adotar para se importar, você precisa orar, se
mobilizar em pró de milhares de crianças e adolescentes negligenciados, que não
tem esperança, se sentem inferiores pois os tratam como se fossem.
Eu fui negligenciada, até que pessoas se permitiram serem tocadas
pelo amor de Deus e começaram a se importar comigo, até que meus pais, que
oravam por mim mesmo antes de eu existir, me encontraram e me resgataram da
desesperança, da falta de amor, da solidão e me deram um nome, um sobrenome, uma
família e me apresentaram Deus!
Que você que hoje lê essa pequena reflexão, se permita ser usado
(a) por Deus, como mãos, pés, voz para tantas almas que foram lançadas ao mundo
e não tem um referencial de amor, de pai, mãe, família e principalmente de Deus.
Você não precisa ser perfeito, ter tudo para dar o primeiro passo e
se importar, você apenas precisa se disponibilizar a Deus e pedir que Ele te
direcione, seja para lutar ou adotar!
Permita-se refletir e dar os passos para obedecer a Deus!
Colocados Em Família
Por Camila Christovam Canata Bueno dos Santos, professora e
multiplicadora do Home
“Vocês não podem ir sozinhos”. Foi esta a frase que ouvimos de
nossa pastora quando participamos de uma das etapas do processo colocar o Corpo
de Cristo em oração. Pois, o inimigo quer frustrar o cumprimento da verdadeira
religião: CUIDAR DO ÓRFÃO E DA VIÚVA.
Eu e meu esposo Rodrigo decidimos adotar desde que estávamos
noivos. Em 2021, já com dois filhos, demos início ao processo. Passamos por
várias etapas: envio de documentos, curso, entrevista individual, até que
chegamos a última entrevista em que para nós já estava tudo garantido, pois até
então não havia nenhuma objeção. Fomos confiantes, tranqüilos, como soldados
descansados, e justamente nesta última etapa enfrentamos objeções, sentimos que
era algo realmente espiritual, uma confusão, um levante de satanás para tirar
nossa paz. Fomos agendados pra outro dia e então entendemos que estamos em
batalha o tempo todo por nossos filhos que já nasceram para nós e por aqueles que
chegarão. No mesmo dia que parecia que estava tudo acabado, procuramos Pr.
Carlinhos e sua equipe, nossos pastores Samuel, Denise, Alessander e Larissa,
assim como nossa equipe de intercessores e nossos pais que nos apoiaram e se
colocaram na brecha por nós. Fomos exortados a não irmos mais sozinhos, pois
estamos em batalha constantemente. A partir deste dia a batalha não era
só nossa, mas do corpo de Cristo. Na próxima entrevista fomos em jejum e
debaixo de oração. Resultado? O Espírito Santo quem direcionou tudo e fomos
aprovados.
A reflexão que quero deixar para você que está lendo este pequeno
relato é que você pretendente à adoção não está sozinho! Você tem uma igreja,
uma família que luta esta batalha com você. O que aprendi com esta experiência
foi que antes de adotarmos precisamos compreender que fomos adotados e
colocados em família e que não precisamos andar sozinhos. Antes de colocar seu
filho em família entenda que o Pai te colocou em família!
ENQUANTO MEU FILHO NÃO CHEGA
Por Carlos Alberto Januário – Pastor e facilitador do
projeto Home.
Um dos momentos mais importantes e cruciais na história humana, foi
o nascimento de Cristo. Uma jovem de aproximadamente 17 anos, Maria, é visitada
por um anjo de Deus, que lhe traz uma boa notícia: Lucas 1:31,32 “Mas
o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. 31 Eis
que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de
Jesus. 32 Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo …”
destaque meu.
Você consegue imaginar que grande responsabilidade aquela
jovenzinha e também José o seu noivo que como sabemos se casou com ela
abraçando a adoção daquele garoto que estava sendo gerado pelo Espírito
Santo? Eu imagino quanto tempo em oração eles dedicaram perguntando ao
Senhor como eles deveria cuidar daquela criança, penso que eles se prepararam,
estudaram, afinal de contas eles foram escolhidos para criar o Filho de Deus.
Da mesma forma, Deus escolheu você colocando em seu coração o
chamado para adotar uma criança. Vemos no Salmos 68:5 que o
Senhor se identifica como Pai dos órfãos, ou seja, cada órfão é como um filho
para Deus, e o Senhor está dando a você o privilégio de fazer o mesmo que
José e Maria, ser um canal para reescrever a história de pessoas, começando
pelo filho que vocês aguardam, passando por suas próprias vidas que também
serão transformadas e por tantas outras ao seu redor que serão impactadas pela
família que vocês levantarão pra glória do Senhor.
Por essa razão quero lhe incentivar a prepararem-se da melhor forma
possível, ore diariamente por seu filho(a), mesmo antes dele nascer em sua
casa, estude, absorva a maior quantidade de conhecimento que você puder sobre
adoção, participe de um grupo de apoio à adoção. Durante o tempo de espera na
fila do SNA, busque vencer suas limitações emocionais, peça ajuda do Espírito
Santo para te fazer uma pessoa mais curada, assim você poderá ser instrumento
de Deus para curar as marcas e feridas que porventura seus filhos trouxerem na
bagagem.
Use o tempo da espera a seu favor, ao invés de se sentir triste e
desanimado, dedique-se a buscar em Deus capacitação para cuidar do filho que
Deus lhe dará, da melhor forma possível.
Faça como Manoá : “Então Manoá orou ao SENHOR: “Senhor, eu te
imploro que o homem de Deus que enviaste volte para nos instruir sobre o que
fazer com o menino que vai nascer”. Juízes 13:8.
Com esse coração, tenho certeza de que a sua experiência de adoção,
será maravilhosa.
Uma Igreja Reparadora De Brechas Parentais
/ Reflexão
para Igreja / Por kjccrp
Por Flávia Luz Vaz – psicóloga, palestrante e
voluntária em casa de acolhimento em Vila Velha-ES
Uma causa!
Essa é a razão pela qual as pessoas se movimentam durante sua
jornada de vida. Elas buscam realizar sonhos e resolver problemas. Uma causa é
o motivo pelo qual vale a pena diariamente levantar para dizer sim e também,
para dizer não. Causas habitam no coração de Deus e isso é tão verdadeiro que
Ele deixou de forma absolutamente clara algumas das causas que são tratadas
como uma prioridade pela igreja.
A palavra afirma que os órfãos e as viúvas estão ranqueando as
pautas de prioridade da vida de uma igreja. Ser igreja inclui, necessariamente,
se movimentar na direção de olhar e agir em favor das minorias descritas
algumas vezes pelas escrituras (Salmo 146:9; 82:3; 68:5 Isaías 1:17; Tiago
1:27).
A escolha no nosso artigo serão os órfãos e quero ainda justificar
o porquê. A orfandade é uma das mazelas humanas mais primitivas. Ela aconteceu
no Éden, quando o homem e a mulher, por causa do pecado, precisam ser
desligados temporariamente da relação com o Pai (Gênesis 3:23). Esse cenário
deixa um buraco original e existencial de orfandade. Corações órfãos, filhos
órfãos de pais vivos e órfãos, de fato e de direito, abandonados nas ruas e
abrigos da sociedade. Todos marcados por uma falta que precisa de reparação.
Aqui se abriu uma “brecha” a ser ocupada. Quem fará esse papel? Quem lutará por
essa causa?
Quando Jesus realiza a Sua parte no projeto de Deus Ele garante a
possibilidade de que nossas vidas recebessem a adoção necessária para que a
orfandade do nosso corpo, alma e espírito fosse resolvida (Efésios 1:5). Não
somos mais órfãos. Jesus foi o reparador dessa brecha parental. E através do
Seu ato redentor outorgou à Igreja a função de continuidade na missão definida
pela causa da orfandade. A igreja é a força motriz para “reparar brechas
parentais”, para ocupar os buracos que um homem ou mulher deixaram de ocupar.
Adoção é nossa causa. Uma igreja, uma adoção. Essa é também nossa missão. Temos
nas mãos o poder garantido por Jesus para entrar nesses lugares que têm sido
“assolados de geração em geração” e restaurar a vida (Isaías 61:4).
A mentalidade da Igreja precisa ser de uma “influenciadora para a
adoção”. Todos os tipos de adoção precisam estar na pauta da noiva de Cristo na
terra. A adoção total, a partir da identidade familiar oferecida a uma criança
ou adolescente em um registro oficial de uma certidão registrada em cartório. A
adoção parcial, através de uma lista de possíveis ações que são passíveis de
serem realizadas como Igreja, às quais quero trazer à luz neste texto.
As ações de intervenção social de uma igreja em casas de
acolhimento e abrigos se constituem em uma das significativas ações adotivas. A
prática organizada e disciplinada de projetos de atenção biopsicossocial com
abertura para o discipulado espiritual são verdadeiros motores que permitem
adoções parciais a crianças e adolescentes. Nem sempre uma família estará
disponível para acolher definitivamente uma criança em seu ambiente familiar,
mas certamente uma pessoa idônea da comunidade religiosa poderá ocupar de forma
regular um lugar na vida cotidiana de crianças e adolescentes que vivem em
casas de acolhida. Essa é uma significativa oportunidade para a Igreja
responder com responsabilidade ao clamor da causa da orfandade.
A cerca de 3 anos a Comunidade Missão Praia da Costa em Vila Velha
no Espírito Santo tem desenvolvido projetos dessa natureza no seu entorno
geográfico. Voluntários membros da igreja participam de um programa
experimental que visa ofertar recursos variados a crianças e adolescentes de
casas abrigo. A estrutura básica do programa é criar uma rotina interativa da
igreja, através da participação dos voluntários dentro do abrigo. Uma agenda
semanal é utilizada para que a intervenção através de encontros de discipulado
bíblico, aulas de reforço escolar, dinâmicas de psicoeducação, treinamento e
preparação para o mercado de trabalho, aulas de inglês e redação, oficinas de
artesanato e bijuteria, festas em datas comemorativas como Páscoa, Natal, Dia
das crianças, entre outros. Ao mesmo tempo, as crianças e adolescentes
participam de reuniões e cultos semanais dentro do espaço da comunidade
religiosa. A constância nesse tipo de agenda de adoção que denominamos parcial,
tem permitido que a participação na vida de crianças e adolescentes seja real e
o acompanhamento minimize “brechas parentais”. Do aconselhamento a uma questão
específica sobre namoro com uma adolescente abrigada ao batismo nas águas
dentro da vida comum na igreja. Entre as demandas supridas nas casas de
acolhida estão presentes questões que envolvem a oferta de recursos
financeiros, a igreja participa diretamente do suprimento de necessidades
coletivas e individuais da população abrigada. Estado e Igreja juntos cumprindo
uma missão que envolve a maior causa do coração do Pai: vidas. O projeto que
realizamos por aqui é um piloto. A intenção é criarmos um “modelo de franquia
social” para que possa ser aderido por igrejas no mundo. Temos um celeiro farto
dentro de nossas comunidades cristãs. Voluntários especializados e disponíveis
para investir em órfãos. Talvez para muitos possa parecer um sonho, mas por
aqui já começamos a fazer desse sonho uma realidade. A missão? Espalhar essa ideia
para que “onde houver uma igreja, aconteça uma adoção”. Porque essa é sem
dúvida, a importante causa do Seu coração.
Enquanto Esperamos, Deus Está Trabalhando
/ Psicologia /
Por Bruno Duarte
Por Bruno Duarte, psiquiatra infantil
“Ele não deixará que você tropece; aquele que o protege não
cochilar. Aquele que guarda Israel não cochila nem dorme”.
Salmos 122:3-4
Nesta breve caminhada pelas estradas da adoção e apadrinhamento e
todos os processos envolvidos, uma das perguntas mais frequentes que eu mais
escuto é: Por que demora tanto? Por que eu estou fazendo tudo certo e ainda
assim o processo não anda? São anos de espera e nada!”.
Nós sabemos que os processos legais que envolvem o apadrinhamento e
a adoção no nosso país não são uniformes, variam de lugar para lugar, e geram
muita frustração pois levam um tempo que sob a ótica da lógica é demasiadamente
longo.
Ainda assim, temos que confiar que aquele que nos guarda não
cochila e nem dorme. Ele não permitirá que tropecemos, pois enquanto nós
esperamos, Ele está trabalhando.
Muitas vezes, durante o processo de espera o Senhor está
trabalhando muitas coisas: O propósito no fundo do coração do pai não está
completamente alinhado com o da mãe; o Senhor precisa preparar mais o coração
dos pais para os desafios da paternidade e adoção; às vezes o filho que o
Senhor gerou ou está gerando para nós não é aquele que nosso coração parece ter
gerado. E é nesses processos em que entra o fator do tempo. Enquanto esperamos,
enquanto piscamos, o Senhor não pisca. Ele está preparando tudo ao seu perfeito
tempo para que aquele que ele guarda não tropece. Se seu tempo está demorando,
saiba que o Senho está trabalhando.
A adoção e o apadrinhamento são momentos lindos da caminhada com
Deus, porém quando processos são acelerados, nosso pé pode tropeçar pois o
Guarda de Israel estava preparando o momento certo.
Para finalizar, eu gostaria de citar uma música chamada “God is God”
do cantor americano Steven Curtis Chapman. Em um trecho desta canção, o cantor
fala que “Deus é Deus e eu não sou: eu só consigo ver uma parte da pintura que
Ele está pintando”.
Talvez o pedacinho da pintura que você esteja vendo e vivenciando
hoje não faça sentido ou ainda seja muito feio, mas tenha certeza que faz parte
de uma obra maior, e que a obra que está por vir, no tempo do Pintor, será uma
obra prima. Não acelere os processos, pois o Guarda de Israel não permitirá que
você tropece!
Que Deus abençoe, console e acalme o seu coração! O seu Deus sequer
pisca!
Seja Um Agente Do Amor
Deixe
um comentário / Reflexão para Igreja /
Por kjccrp
Por Kelly Silva intercessora da Comunidade Cristã de
Apucarana
Já ouvi inúmeras histórias de amor, mas nenhuma se compara com
aquelas que falam sobre adoção, sobre você adotar alguém com seu coração, para
entrar em sua vida e transformar a sua história.
Me traz a memória a forma como fomos adotados por Deus, não havia
esperança, nada em nós que pudesse despertar o coração Dele, mas o amor falou
mais alto, a paternidade celestial, tanto quanto a humana, falam a mesma
linguagem, a Linguagem do Amor.
Uma família que decide aumentar através da adoção dá um passo rumo
a um recomeço, tudo se torna novo, tudo se torna leve, tudo acontece por um
propósito.
Adoção é assunto para “heróis” da vida real, para corações
destemidos que sabem que Deus não desampara um coração que ampara, para aqueles
que entenderam o poder que há em mudar uma história, para aqueles que amam o
que o coração de Deus ama.
• Não é apenas adotar uma criança, é gerar um filho em oração.
• É destravar alguém para viver um destino extraordinário.
• É curar traumas do passado, é oferecer um lar, ambiente de
calmaria e acolhimento.
Adoção vem diretamente do coração de Deus, é onde a estéril se
torna mãe, e filhos não são mais órfãos.
Você consegue fazer uma ligação com o que Deus fez com a gente?
Ele nos amou e fomos gerados através do Seu amor, nossa história
teve um início, tem um meio e terá um futuro, Ele nos enxergou!
Ele nos chamou de filhos e eu não sei quanto a você, mas quando
ouço a voz Dele me chamar de filha, a confiança que eu tenho é que jamais serei
desamparada, tenho um Pai!
Ao adotar, você dá o direito da criança/adolescente de se sentir
amparado, confiante, seguro. Você dá sentido a uma história, constrói pontes,
dá o direito a alguém que foi escolhido desde o ventre de sua mãe, de se sentir
realmente amado. Amado como Deus o ama e amado através de você!
Deus recupera risos e você pode ser de inúmeras formas instrumento
para despertar alegria. Procure mais informações, ouça a voz de Deus, obedeça.
Seja um agente do amor. Adote!
Guerra Espiritual E A Adoção
Por Carlos Alberto Januário pastor e facilitador do Home
Moysés, uma das pessoas mais relevantes do velho testamento, foi
cercado de ameaças contra sua vida em seu nascimento e, por quê? Deus tinha um
propósito para ele, seria o libertador de Israel, por essa razão foi alvo de
ataques ferrenhos do inferno através de Faraó. Uma situação semelhante acontece
no novo testamento, a vida de Jesus é ameaçada por Herodes em sua infância, e
por que Jesus, assim como Moisés, não foi morto em sua infância? Porque Deus
levantou pessoas para os protegerem.
Quero pensar com você sobre a importância de nós cristãos sermos
cooperadores para o cumprimento dos propósitos de Deus na vida das crianças que
ele coloca ao nosso cuidado.
Que seria de Moisés se as parteiras hebreias Sifrá e Puá, não
tivessem decidido desobedecer a Faraó protegendo aquelas crianças do
assassinato? Se Joquebede, sua mãe, não o escondesse lutando contra a força do
maior império daquela época para salvar a vida daquele menino indefeso? Podemos
dizer mais, o que seria do povo hebreu no Egito? A nação de Israel existiria?
O que seria de nós se José tivesse decidido não adotar Jesus com
seu filho? Se ele não desse ouvidos à voz do anjo que o advertiu para se mudar
para o Egito para proteger a vida de Jesus contra a fúria de Herodes?
Deus tem um propósito e um chamado para cada criança que é gerada,
e nosso papel como cristãos é lutar por elas, o Senhor espera que as protejamos
das investidas do inferno. Não podemos ignorar que uma guerra espiritual é
travada contra cada criança gerada.
Nunca como nos dias de hoje ameaças têm sido levantadas contra
crianças: o aborto, o abandono, a violência, o abuso sexual etc. Certamente há
um levante do inferno para impedir que elas floresçam saudáveis e vivam a
plenitude de seu propósito.
Quando uma criança nasce em nossa casa pela adoção, precisamos
estar conscientes de uma verdade: Estamos entrando em uma guerra espiritual
para resgate dessa criança. A adoção não é uma experiência romântica, é uma
decisão consciente num processo de transformação, fortalezas precisam ser
quebradas, feridas precisam ser saradas, marcas precisam ser removidas e, nessa
missão teremos que lutar contra o inferno, contra o preconceito, contra tudo
que tente impedir que nossos filhos atinjam o propósito pelo qual eles foram
criados.
Por essa razão podemos afirmar que adotar não é para todos, é
preciso um chamado, é preciso um preparo, é preciso ser guerreiro. É preciso fé
para ver o futuro ao invés das marcas do presente.
Que o Senhor nos conceda ser para nossos filhos assim como José foi
para Jesus, ele não mediu esforços, ele lutou, ele mudou, ele se colocou como
uma cerca ao redor de seu filho, viabilizando a obra tremenda da salvação que
aconteceria através da vida de Jesus.
Adotar é entender que fomos chamados para interceder, para amar
incondicionalmente, usando todas as armas espirituais que dispomos para que
Deus seja engrandecido. Nessa jornada haverão momentos de choro, momentos
desafiadores e o medo, mas nada disso se compara à alegria de ver Cristo sendo formado
na vida de nossos filhos, pois nEle, temos a certeza de grandes vitórias, pois
o amor cobre multidão de transgressões.
As vidas de Joquebede e José são para nós modelos de pais
guerreiros, que protegem seus filhos, se agirmos como eles, a eternidade
revelará quão frutíferos e abençoados nossos filhos e suas gerações serão.
Jeremias 1:19 – Eles lutarão contra você, mas não
vencerão, pois estou com você e o protegerei. Eu, o Senhor, falei!
O Menino Da Casa De Acolhimento
Por Carlos Alberto Januário – Pai por adoção e pastor
Essa semana eu estive em uma casa de acolhimento de minha cidade
para serviço voluntário e enquanto estávamos ali para pintar as paredes de um
dos quartos dos meninos, me chamou a atenção que elas estavam cheias de desenhos
feitos à caneta pelas crianças do quarto.
A princípio em meu coração eu critiquei o fato dessas crianças
terem desenhando e escrito nas paredes daquele quarto sombrio e triste, mas
quando me detive para olhar os desenhos eu pude perceber que eles eram os
gritos de crianças que tinham perdido sua voz.
As crianças em uma casa de acolhimento não estão ali porque
escolheram, elas foram obrigadas a deixar sua família porque de alguma forma
elas estavam em risco. Eu entendo que para a proteção delas e a preservação de
seus direitos, foi necessário afasta-las do convívio de seus cuidadores,
contudo isso não torna o trauma da separação dos pais, menor para elas.
Imagine, pessoas estranhas chegam a seus lares, as levam para um
lugar estranho e assustador, as colocam em um quarto para dormir e conviver com
outras crianças que ela não sabe quem são. A descrição é em si assustadora para
um adulto, imagine quanto é apavorante para uma criança.
Com quem ela pode falar sobre seus medos, sua dor? Ela perdeu a
voz, não há quem a escute, precisa colocar para fora a sua angústia e suas
palavras. Sim, eu entendi que aquelas paredes eram os gritos de sofrimento e de
saudade daquelas crianças. Me chamou a atenção o desenho ao lado de uma cama
encostada à parede: Um homem e uma mulher segurando as mãos de um menino.
Me emocionei, parecia até errado eu cobrir aquele desenho com a tinta nova para
aquele quarto. Aquele desenho era a forma dele estar próximo a sua família.
Quando terminamos, o quarto tinha até uma aparência bonita, mas em
meu coração eu pude entender que por mais bonito que o quarto estava agora,
ainda não era lugar para aquelas crianças, elas gritam silenciosamente que
precisam de uma família amorosa e segura.
Enquanto você lê essas palavras, eu oro para que o Senhor desperte
a cada um de nós para respondermos ao clamor dessas crianças. Nenhuma criança
merece passar por uma situação como essa, toda criança tem direito a uma
família.
Não podemos fechar os olhos, ignorar o fato de que elas existem,
são dezenas, centenas e talvez milhares em nossas cidades, sugiro a você que
procure uma casa de acolhimento de crianças e adolescentes vulneráveis em sua
cidade, certamente você e sua igreja podem fazer a diferença, fazendo com que o
tempo dessas crianças numa casa de acolhimento seja menos doloroso. Encerro
essa reflexão pedindo a você que leia a frase de Nelson Mandela, substituindo a
palavra sociedade por igreja: “Não existe revelação mais
nítida da alma de uma sociedade do que a forma como ela trata suas
crianças”, isso faz sentido para mim, e para você?
)))))))))))))))))))))))))))))))))))
Escrita Lição
4, Central Gospel, do coração para toda a vida, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar
PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
TEXTO BÍBLICO
BÁSICO
Salmo 127.3-5
3 - Eis que os
filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre, o seu galardão.
4 - Como
flechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade.
5 -
Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos,
quando falarem com os seus inimigos à porta.
João 1.13
13 - (...) os
quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão,
mas de DEUS.
Efésios 1.3-5
3 - Bendito o DEUS
e Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO, o qual nos abençoou com todas as bênçãos
espirituais nos lugares celestiais em CRISTO,
4 - como também
nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e
irrepreensíveis diante dele em amor,
5 - e nos
predestinou para filhos de adoção por JESUS CRISTO, para si mesmo, segundo o
beneplácito de sua vontade.
TEXTO ÁUREO
E sabemos que todas
as coisas contribuem
juntamente para
o bem daqueles que amam a DEUS. Romanos 8.28ª
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – Provérbios 17.6 A glória dos filhos são seus pais
3ª feira – Salmo 128.1-3 Os teus filhos serão como plantas de
oliveira
4ª feira – Efésios 6.4 Não provoqueis a ira a vossos filhos
5ª feira – Colossenses 3.21 Não irriteis a vossos filhos
6ª feira – Mateus 18.4-6 O maior no Reino dos Céus
Sábado – Provérbios 22.6 Instrui o menino no caminho em que deve
andar
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
- entender que todo filho é um presente de DEUS;
- compreender que a adoção é, antes de tudo, um ato de amor;
- conscientizar-se de que a adoção é um ato de coragem, um triunfo
sobre o preconceito e um gesto que transforma vidas.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, esta lição não tem por objetivo discorrer sobre
filhos biológicos, que nascem diariamente de uniões heteroafetivas. Neste
estudo, será abordada uma condição parental, presente em muitos lares cristãos
(e não cristãos), muitas vezes tratada como tabu. Estamos falando dos filhos
adotivos, assunto pouco abordado nas igrejas. Apesar de não ser incomum a presença
de filhos adotivos em lares cujos pais têm filhos biológicos, a falta de
conhecimento mais aprofundado sobre a questão leva algumas pessoas a preferirem
não tocar no assunto. Portanto, no decorrer do estudo, procure falar sobre a
importância da adoção. Levante dados oficiais, relacionados aos principais
tópicos apontados nesta lição e, se possível, veja se há em sua igreja alguém
que tenha tido a experiência de adoção (como filho ou pais), visando enriquecer
o entendimento da igreja sobre um tópico absolutamente relevante.
Elizete Malafaia
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- ADOÇÃO É MAIS DO QUE UM PROCESSO, É UM ATO DE AMOR
1.1. Considerações acerca da adoção
2- A ADOÇÃO NO BRASIL
2.1. Passo a passo para a adoção no Brasil
2.1.1. Avaliação da equipe interprofissional
2.1.2. Participação em programa de preparação para adoção
2.1.3. Análise do requerimento pela autoridade judiciária
2.1.4. Busca de uma família para a criança/adolescente
2.1.5. O momento de construir novas relações
2.1.6. Uma nova família
3- A ADOÇÃO É UM GESTO DE AMOR QUE
TRANSFORMA VIDAS
3.1. Como e quando dizer a verdade
3.2. Procure desfazer as diferenças
COMENTÁRIO - Palavra
introdutória
Devido ao
número elevado de mães que precisam cuidar de seus filhos sozinhas e à baixa renda
de muitas famílias, o número de crianças que precisam ser acolhidas cresce ano
a ano. A exclusão social, a pobreza gerada pela falta de emprego, de moradia e
de acesso à educação, a gravidez indesejada — inclusive de meninas adolescentes
— e a dependência de drogas são as causas mais comuns de mães abandonarem seus
filhos. Não raramente, muitas delas são abandonadas de maneira criminosa,
outras são entregues a instituições que têm a responsabilidade de encontrar uma
família para delas cuidar. A igreja do Senhor não pode ser indiferente ou,
simplesmente, virar as costas a este desafio tão urgente.
1- ADOÇÃO É MAIS DO QUE UM PROCESSO, É UM ATO DE AMOR
A adoção é um
ato de amor que nasce no coração de um casal e se perpetua na vida da família.
A base para a adoção está no amor, e o exemplo nos foi dado pelo próprio DEUS,
que nos adotou como seus filhos, tornando-nos seus herdeiros, como afirma o
apóstolo Paulo: Bendito o DEUS e Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO, o qual nos
abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em CRISTO
(...) e nos predestinou para filhos de adoção por JESUS CRISTO, para si mesmo
(...) (Ef 1.3-5). DEUS satisfez todas as exigências da Lei em favor da humanidade:
Ele pagou o preço (Ef 1.7; 1 Tm 2.6) e apresentou o documento para comprovar
Sua vontade de nos adotar e de nos tornar participantes da sua herança (Mt
19.29; 1 Jo 5.13; Gl 4.7; Rm 8.15,17). A beleza da adoção está na possibilidade
de mudar a história de uma pessoa, assim como CRISTO mudou a nossa: Ele nos aceitou
mesmo sabendo que somos pecadores e falhos (Rm 5.8).
SUBSÍDIO 1
Se os casais
cristãos se preocupassem em adotar,
o número de
crianças nos orfanatos diminuiria — e
muito —, o que
seria uma bênção para a sociedade
e para a
criança também.
1.1. Considerações acerca da adoção
A palavra
adoção significa “ação ou efeito de adotar, de acolher legalmente como
filho(a)”. Adoção se traduz como um ato legal em que uma pessoa com a qual não
se tem relação consanguínea, na maioria das vezes, é legitimada como filho
natural. A origem da prática da adoção
deu-se no
passado, quando famílias abastadas, que não possuíam filhos ou possuíam apenas
filhas, desejavam ter um filho do sexo masculino
para que a
herança continuasse na família. A adoção não deve ser o plano “B”, motivado
pelo impedimento ou dificuldade de conceber filhos
biológicos.
Mas, uma escolha madura e consciente de exercer a maternidade e paternidade com
amor e compromisso, visando proporcionar ao filho que foi gerado no coração,
uma família saudável — espiritual, emocional e fisicamente. Nem todos terão
como adotar uma criança, mas podem
apadrinhá-la
patrocinando-a em seus estudos; ajudando na criação e com apoio financeiro.
Outra forma de demonstrar amor e solidariedade é cuidar de uma criança, temporariamente,
até que ela seja encaminhada para adoção. Isso é possível por meio do programa
Família Acolhedora, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Saiba como funciona o programa em
SUBSÍDIO 1.1
No Antigo
Testamento, estão registrados vários
casos de
adoção. O mais típico deles é o de Moisés, que foi adotado pela filha de Faraó
(Êx 2.10). Também se destacam o servo Eliezer, que foi adotado por seu senhor
Abraão (Gn 15.2,3), e Ester, que foi adotada por seu parente Mordecai (Et
2.15).
2- A ADOÇÃO NO BRASIL
2.1. Passo a passo para a adoção no Brasil
O processo de
adoção é gratuito e deve ser iniciado na Vara de Infância e Juventude mais
próxima da residência do postulante à adoção. A idade mínima para se habilitar
à adoção é 18 anos, independentemente do estado civil. Deve ser
respeitada a
diferença de 16 anos entre quem deseja adotar e a criança a ser acolhida. Ao
decidir-se pela adoção, é preciso procurar o Fórum ou
a Vara da
Infância e da Juventude da cidade ou região em que se reside a fim de obter
informações sobre o processo e quais são as etapas deste.
2.1.1. Avaliação da equipe interprofissional
Os pretendentes
à adoção serão avaliados por uma equipe técnica multidisciplinar do Poder
Judiciário. O objetivo é conhecer as motivações e expectativas dos candidatos à
adoção, analisar a realidade sociofamiliar, avaliar, por meio de uma criteriosa
análise, se o postulante à adoção pode vir a receber criança/adolescente na
condição de filho, identificar qual lugar ela ocupará na dinâmica familiar, bem
como orientar os postulantes sobre o processo adotivo.
2.1.2. Participação em programa de preparação para adoção
Requisito
legal, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para quem busca
habilitação no cadastro à adoção. O programa pretende oferecer aos postulantes
o efetivo conhecimento sobre a adoção, tanto do ponto de vista jurídico quanto
psicossocial; fornecer informações que possam ajudar os postulantes a decidirem
com mais segurança sobre a adoção; preparar os pretendentes para superar
possíveis
dificuldades
que possam haver durante a convivência inicial com a criança/adolescente;
orientar e estimular à adoção interracial, de crianças ou de adolescentes com
deficiência, com doenças crônicas ou com necessidades específicas de saúde, e
de grupos de irmãos.
2.1.3. Análise do requerimento pela autoridade judiciária
A partir do
estudo psicossocial, da certificação de participação em programa de preparação
para adoção e do parecer do Ministério Público, o juiz proferirá sua decisão,
deferindo ou não o pedido de habilitação à adoção. Com o deferimento do pedido
de habilitação à adoção, os dados do postulante são inseridos no Sistema
Nacional de Adoção e Acolhimento, observando-se a ordem cronológica
da decisão
judicial.
2.1.4. Busca de uma família para a criança/adolescente
Quando se busca
uma família para uma criança/adolescente, cujo perfil corresponda ao definido
pelo postulante, este será contatado pelo Poder Judiciário, respeitando-se a
ordem de
classificação
no cadastro. Será apresentado o histórico de vida da criança/adolescente ao
postulante e, se houver interesse, será permitida a aproximação com ela/ele. Durante
esse estágio de convivência, monitorado pela Justiça e pela equipe técnica, é
permitido visitar o abrigo onde ela/ele mora; dar pequenos passeios para que
adotantes e adotados possam conhecer-se melhor. É importante manter os contatos
atualizados, pois é por eles que o Judiciário entrará em contato para informar
que há crianças ou adolescentes aptos para adoção dentro do perfil do
pretendente. O sistema também fará comunicações por e-mail, caso seja
cadastrado.
2.1.5. O momento de construir novas relações
Caso a
aproximação tenha sido bem-sucedida, o postulante iniciará o estágio de
convivência. Nesse momento, a criança ou o adolescente passa a morar com a
família, sendo acompanhados e orientados pela equipe técnica do Poder Judiciário.
Esse período tem prazo máximo de 90 dias, prorrogável por igual período.
2.1.6. Uma nova família
Contado do dia
seguinte à data do término do estágio de convivência, os pretendentes terão 15
dias para propor a ação de adoção. Caberá ao juiz verificar as condições de adaptação
e vinculação socioafetiva da criança/adolescente e de toda a família. Sendo as
condições favoráveis, o magistrado profere a sentença de adoção e determina a
confecção do novo registro de nascimento, já com o sobrenome da nova família.
Nesse momento, a criança/adolescente passa a ter todos os direitos de um filho.
O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 dias, prorrogáveis
uma única vez por igual período,
mediante
decisão fundamentada da autoridade judiciária. Disponível em:
https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/
adocao/passo-a-passo-da-adocao/.
3- A ADOÇÃO É UM GESTO DE AMOR QUE
TRANSFORMA VIDAS
Quando se trata
da adoção de bebês, muitas vezes os pais adotivos não conhecem a família de
origem. Mas, se a adoção for realizada depois de a criança passar algum tempo
com a família biológica, ou em alguma instituição, ela trará consigo a marca da
experiência vivida nesses espaços. Seu comportamento, seus hábitos e atitudes
devem ser trabalhados para a adaptação ao novo lar e à aceitação dos novos
pais.
3.1. Como e quando dizer a verdade
A adoção de um
filho é um processo que envolve toda a família, não somente aquele núcleo onde
ele passa a viver. Todos precisam tomar conhecimento da situação: irmãos, avós,
tios, primos, cunhados e, até mesmo, os parentes mais distantes. Esse momento
costuma atemorizar os pais, porque alguém poderá rejeitar a adoção. No entanto,
se o filho adotivo, depois de crescido, vier a saber da verdadeira situação, certamente
se revoltará por sentir-se traído durante todo o tempo. Sendo assim, é melhor
que a notícia seja dada pelos
próprios pais.
A verdade deve ser dita desde a chegada da criança ao novo lar. É fundamental
que a adoção não seja um segredo na família. Na verdade, esse deve ser um
assunto tratado pelo casal antes mesmo do casamento; conversado, naturalmente, pelas
famílias e até mesmo incentivado. Em relação à criança, aos poucos os pais
devem conversar com ela, levando-a a entender como ela chegou àquele lar e o quanto
essa escolha foi motivada pelo amor. Existem livros
específicos que
visam orientar os pais nesta área.
3.2. Procure desfazer as diferenças
O filho adotivo
deve ser tratado do mesmo modo que os filhos biológicos. Ele precisa sentir que
é parte, de fato, da família. O trato deve ser dispensado de tal modo, que ele se
identifique com os costumes, os hábitos e a cultura do novo lar.
Os pais devem,
continuamente, infundir-lhe o sentimento de pertencimento, de estar ligado
pelos laços do verdadeiro amor e repetir, não somente por palavras, mas principalmente
por atitudes, que não existe diferença entre os filhos. Por outro lado, os pais
não devem superproteger os filhos adotivos em detrimento dos filhos biológicos,
pois essa
atitude pode
ocasionar conflitos entre eles.
CONCLUSÃO
Em todo o
tempo, é preciso entender que os filhos — todos eles — são um presente de DEUS
(Sl 127.3a); e Ele nos dá graça, sabedoria e força para vivenciarmos os
desafios desta vida (Mt 28.20); afinal, temos a certeza de que tudo coopera para
o bem daqueles que o amam (Rm 8.28). Se você é pai ou mãe, abençoe seus filhos,
sejam eles
biológicos ou
adotivos, para que eles sejam um canal de bênçãos nesta terra até a volta do
Senhor JESUS. Aceitem, como pais, sua missão de amá-los, instruí-los,
discipliná-los e motivá-los. Seja um exemplo para eles em seu viver diário.
Que DEUS lhes
capacite com sabedoria, fé, unção, graça, coragem e autoridade para criá-los em
Seus caminhos!
ATIVIDADE PARA
FIXAÇÃO
1. Por que, em
sua opinião, os pais não devem superproteger os filhos adotivos em detrimento
dos demais filhos?
R.: A
superproteção pode prejudicar a criança em áreas que ela poderia desenvolver-se
muito bem. Todos — sem exceção — são heranças do Senhor e, portanto, devem ser
criados sem preferências ou comparações, pois cada indivíduo é único em sua
personalidade e particularidade.