Escrita Lição 10, CPAD, A Renovação Cotidiana Do Homem Interior, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
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TEXTO ÁUREO
“Por isso não
desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior,
contudo, se renova de dia em dia.” (2 Co 4.16)
VERDADE PRÁTICA
Por
instrumentalidade do Espírito Santo, os salvos experimentam a renovação
interior em meio as adversidades externas.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Co
4.7 O tesouro do Evangelho guardado em vasos de barro
Terça - 2 Co
1.9,10 As provações na vida de Paulo forjaram a sua confiança em Deus
Quarta - Jo
14.16,17 O Espírito Santo habilita o cristão a vencer na adversidade
Quinta - Fp
3.13,14 A adversidade impulsiona o cristão a prosseguir na jornada da fé
Sexta - Hb 11.1
O apelo da Escritura ao exercício da fé bíblica
Sábado - Ez
22.30 A busca do Espírito de Deus por crentes que tomam posição contra o mal
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - 2 Coríntios 4.11-18
11 - E assim
nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de
Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne
mortal.
12 - De maneira
que em nós opera a morte, mas em vós, a vida.
13 - E temos,
portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri; por isso, falei. Nós
cremos também; por isso, também falamos,
14 - sabendo
que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por
Jesus e nos apresentará convosco.
15 - Porque
tudo isso é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio
de muitos, torne abundante a ação de graças, para glória de Deus.
16 - Por isso, não
desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior,
contudo, se renova de dia em dia.
17 - Porque a
nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de
glória mui excelente,
18 - não
atentando nós nas coisas que se veem, mas nas
que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não
veem são eternas.
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – O
SOFRIMENTO EXTERIOR
1. A
experiência de Paulo
2. O exemplo do
Apóstolo
3. A esperança
do crente
II – OS
DESAFIOS DE HOJE
1. O
fortalecimento diário
2. O eterno
peso de glória
3. A visão da
eternidade
III – OS
DESAFIOS DE HOJE
1. Cultura
secularista
2. Relativismo
doutrinário
3. Batalha
espiritual
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Subsídios para
as Lições Bíblicas Adultos do 3º Trimestre de 2023
Lição 10 - A
RENOVAÇÃO COTIDIANA DO HOMEM INTERIOR – Revista CPAD
A paz do
Senhor, amigo(a) professor(a). A Palavra de Deus ressalta que “mesmo que o
nosso ser exterior se desgaste, o nosso ser interior se renova dia a dia” (2Co
4.16). Nesse sentido, a vida cristã não está condicionada às intempéries da
vida. Diuturnamente, o crente é convidado pelo Espírito a viver pela fé, a
suportar as tentações e a resistir firme contra as astutas ciladas do Diabo (Ef
6.11). Para tanto, precisa apropriar-se da proteção espiritual disponível ao
crente mediante a tomada da armadura de Deus.
Dentre as
investidas de Satanás para causar o enfraquecimento da fé no crente está o
convencimento de que ele não tem condições de suportar as angústias e problemas
dos dias maus. A falta de confiança e convicção na provisão divina já fez
muitos servos de Deus afundarem na fé, como ocorreu com Pedro ao temer a
tempestade (Mt 14.30). Aos escrever a Carta aos Efésios, o apóstolo Paulo
destaca o “dia mau” como uma realidade recorrente vivenciada pelo crente (Ef
6.13). Em contraste com o êxito na realização da obra ministerial, na salvação
de almas e na operação de milagres e maravilhas em o nome de Cristo, estão os
períodos de dor e tristeza resultantes das perseguições, preocupações,
afrontas, traições e injustiças recebidas de quem menos esperamos. Tais
situações são os dias nos quais o apóstolo dos gentios exorta a permanecermos
firmes (Ef 6.13).
Em nome de
Jesus, a Obra de Deus é realizada e vidas são edificadas. De modo semelhante,
em nome de Jesus, as lutas e aflições são vencidas por meio da resistência e da
perseverança. Logo, o contraste entre as aflições do homem e o poder de Deus,
descrito em 2 Coríntios 4.8-14, é uma marca da resiliência do cristão, apontada
na Bíblia como o resultado da convicção do crente alcançada mediante o
relacionamento íntimo e sincero com o seu Senhor. O comentário da Bíblia de
Estudo Pentecostal afirma: “Na sua guerra espiritual, o cristão é conclamado a
suportar as aflições como bom soldado de Cristo (2Tm 2.3), sofrer em prol do
Evangelho (Mt 5.10-12; Rm 8.17; 2Co 11.23; 2Tm 1.8), combater o bom combate da
fé (1Tm 6.12; 2Tm 4.7), guerrear espiritualmente (2Co 10.3), perseverar (Ef
6.18), vencer (Rm 8.37), ser vitorioso (1Co 15.57), triunfar (2Co 2.14),
defender o Evangelho (Fp 1.16), combater pela fé (Fp 1.27), não se alarmar ante
os que resistem (Fp 1.28), vestir toda a armadura de Deus (Ef 6.11), ficar
firme (Ef 6.13,14), destruir as fortalezas de Satanás (2Co 10.4), levar cativo
todo pensamento (2Co 10.5) e fortalecer-se na guerra contra o mal (Hb 11.34)”
(CPAD, 1995, p. 1820).
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O homem
interior
O homem
interior na tradução da versão KJV em inglês, de ko eso anthropos em Romanos 7.22; Efésios 3.16; 2 Coríntios 4.16 (na
última referência apenas ko eso aparece, com anthropos devendo, claramente, ser
entendido a partir do contexto imediato). É uma expressão paulina que se refere
à natureza racional, moral e espiritual do homem, que é a esfera total na qual
o Espírito Santo efetua a sua obra convincente, renovadora e santificadora. Em
resumo, é o sinônimo da alma do homem. Desse modo, não é o “novo homem”, isto
é, a nova capacidade de servir a Deus e à justiça, que Deus misericordiosamente
dá ao pecador na regeneração.
Em Romanos 7.22, Paulo está
descrevendo a sua atitude em relação à lei divina como um fariseu hipócrita,
aquele que se gloria em sua própria justiça. (Para a defesa da opinião e
que Romanos
7.14-25 descreve Paulo ainda como um fariseu legalista, veja J.Oliver
Buswell, Jr., A Systematic Theology of the Christian Religion, II, 115-119.)
Como um fariseu treinado, e possuindo um elevado respeito pela lei de Deus,
Paulo poderia dizer que antes mesmo de sua conversão ele concordava e tinha
prazer na lei de Deus. Mas não sendo regenerado na época de sua vida descrita
em Romanos 7, Paulo
teve que admitir que naquela época não possuía nenhuma capacitação, recebida
pela graça, por meio da qual pudesse obedecer à lei conforme seu sentido
correto. Sendo este o caso, Paulo poderia, entretanto, declarar que como um
homem religioso altamente treinado, ele respeitava a lei divina em seu “homem
interior”.
[Para a opinião
de que em Romanos
7,14-25 Paulo está descrevendo a sua contínua experiência como crente,
veja Charles C. ítyrie, Balancing the Christian Life, Chicago. Moody Press,
1969, pp, 45-48. De acordo com esta interpretação, todos os crentes têm duas
capacidades dentro de seu ser: servir ao pecado e deleitar-se na lei de Deus.
Estas duas capacidades permanecem com o cristão durante toda a vida na terra,
com a constante possibilidade de conflito. Por sua liberdade de escolha, o
crente ativa a velha ou a nova capacidade. - Ed.]
Em 2 Coríntios 4.16, Paulo está
simplesmente expressando sua confiança de que, embora seu corpo físico se
desgastasse por causa do estresse e do esforço de seu trabalho, seu "homem
interior״, isto é, a sua alma (ou espírito) seria renovado diariamente.
Em Efésios 3.16, Paulo orou para
que os crentes efésios pudessem experimentar um novo avivamento do Espírito
Santo no “homem interior”. Aqui ele estava meramente expressando seu desejo e a
sua súplica de que eles crescessem espiritualmente.
R. L. R. -
Dicionário Bíblico Wycliffe
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BEP – CPAD
4.11,12
ENTREGUES À MORTE. Para um cristão ministrar vida a outra pessoa, ele deve
compartilhar dos sofrimentos de Cristo e experimentar na sua própria vida a
operação da morte (v. 12). A abnegação, a aflição, a decepção e o sofrimento
por amor a Cristo farão com que nossa vida ministre a graça ao próximo (cf. 2Co
11.23-29; Rm 8.36,37; Fp 1.29; 1 Pe 4.14). Jesus ensinou esse mesmo grande
princípio do quebrantamento, em Jo 12.24,25.
4.16 HOMEM
EXTERIOR... INTERIOR. O "homem exterior" é nosso corpo físico,
sujeito à decadência, e que vai caminhando para a morte por causa da
mortalidade e aflições da vida (v.17). O "homem interior" é o
espírito humano; o nosso ser interior, que recebe a vida espiritual de Cristo.
Embora nosso corpo envelheça e decaia, experimentamos a renovação contínua,
mediante a outorga constante da vida e poder de Cristo, cuja influência
capacita a nossa mente, nossas emoções e vontade a se conformarem com a sua
semelhança e propósito eterno.
4.17 LEVE...
TRIBULAÇÃO... PESO ETERNO DE GLÓRIA. As aflições e as privações suportadas na
vida dos que permanecem fiéis a Cristo, são leves em comparação com a
abundância de glória que temos em Cristo. Essa glória já está parcialmente
presente, mas só no futuro será experimentada plenamente (cf. Rm 8.18). Quando
alcançarmos a nossa herança no céu, poderemos dizer que as tribulações mais
severas não eram nada em comparação com a glória do estado eterno. Não devemos,
portanto, desesperar-nos, perder a esperança, nem deixar nossa fé diminuir, em
meio aos nossos problemas.
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2 Coríntios
4.11-18
Comentário
Bíblico Wesleyana
A fé de Paulo
está intimamente relacionada com a esperança da ressurreição. A fé se
formou em conhecimento: "porque sabemos" (eidotes ). Era o
mesmo tipo de conhecimento que Jó tinha declarado
( 19:25 , 26 ), reforçada por dados históricos
recentes. O motivo de esperança de Paulo era a ressurreição de nosso
Senhor, que espero que ele tinha argumentado de forma conclusiva a eles em 1
Coríntios 15 . Nessa carta ele tinha referido a segunda vinda de Cristo
tão perto, e tinha dado a entender que esperava estar vivo quando voltou
( 1 Cor. 15:51 , 52 ). Ele é acusado, neste contexto,
de desistir da esperança e de frente para a morte e ressurreição. Experiências
de quase morte poderia ter trazido para casa com ele essa
possibilidade. Ele acredita que ele será
levantado com( sol ) Jesus . Isso é para ser
interpretado como uma identificação mística, que Paulo gosta de fazer. A
nossa ressurreição espiritual é um com a morte e ressurreição de Cristo
( Rm 6: 4. ; 8:11 , Colossenses 2:12 ). Tem
aqui o significado de "porque ele vive, nós também viveremos." Sua
ressurreição garante a nossa. Alguns manuscritos ler dia , por
conta de, ou "por causa de" Jesus, mas sol , com, é, provavelmente,
a verdadeira leitura.
Paulo liga os
Corinthians, tanto a ressurreição e a apresentação com si
mesmo: ressuscitará a nós, nos apresentam, com
você . Identificação com eles é sugerida em cada conexão
possível. Ele estava forjando uma cadeia de relacionamento que não podiam
ser facilmente quebrados. A apresentação é um momento alto no pensamento
de Paulo ( Ef 5:27. ; Col. 1:22 ), e associar-se com eles,
desta forma é uma homenagem tácita a sua pureza esperado.
Tudo na vida de
Paulo está relacionada com o bem da Igreja. A afirmação de que todas
as coisas são por causa de vós é um princípio mais amplo de
operação Unido do que a autorreferência de Paulo. A Igreja, sendo o
produto do amor de Cristo, é ter tudo deu certo para o seu avanço. Isto é
tão planejado que o grande excedente de graça concedido, "a graça
abundante" que tenham recebido, pode resultar em mais pessoas do que está
sendo convertido e muito mais ações de graças abundantes
( perisseusē ). As questões "abundante graça" em
"ações de graças abundantes", e tudo é feito para ministrar
para a glória de Deus .
(2) O contraste
entre exterior e interior - Natureza ( 04:16 )
O corpo físico
se desgasta no meio das aflições continuaram. Logo virá o tempo quando
Paulo se refere a si mesmo como "Paulo, o velho" ( Filemom
9 ). A constante renovação do homem interior ( ESO ho ) é a
razão não houvermos desfalecido . Este princípio regenerativo
que começa com a implantação da nova vida em Cristo é um dia a dia, e até mesmo
um aumento de momento a momento. WE Sangster cita Arthur Chandler
( The Cult of the Moment Passing ) dizendo dos santos,
"Santidade tem consistido em sua tendo cada momento como se trata, com a
sua chamada para a oração, sofrimento ou ação, e obedecendo cada chamada única
de todo o coração . como um chamado de Deus "Davi Livingstone
escreveu:" Em nenhuma ocasião fez I lay ".
(3) Propósito
das Aflições ( 04:17 )
A luz e
momentânea tribulação tão colocado contra um peso de glória que a razão para a
expressão anterior de Paulo, não houvermos desfalecido , ganha
vida. Para enumerar os ensaios de Paulo no contexto desta epístola seria o
suficiente para vê-los tão pesado. Paulo, vendo-os em escalas ponderadas
com bênçãos eternas, não os considerar assim. Isto é tão convincente
quando essas mesmas aflições são minuciosamente trabalho
( katergazetai ) um peso eterno de glória . Aflições
Luz produzir um peso de glória. A palavra para a glória em hebraico, de que a
palavra grega é uma tradução, transmite a ideia de peso, para que haja uma
dupla implicação de bênção. A frase cada vez mais
abundantemente é muito forte ( kath huperbolēn eis huperbolēn ),
que poderia ser traduzida como "de excesso até em excesso." Conybeare
e Howson combinar as duas palavras em uma só, "imensurável", o RSV
", além de toda comparação "; a KJV, "muito mais
superior." Estas palavras unidas com eterna criar o sentido de
uma grandeza que está acima de comparação. O fato de que o
"momentânea" é colocado contra o "eterno" apoia a tese de
que este último termo carrega o sentido de tempo indefinido. A comparação
fundamental é leve tribulação defronte peso de glória .
(4) Perspectiva
do Eterno ( 04:18 )
O clímax do
parágrafo é aqui onde a última razão para não desmaiar é revelado. A
renovação diária, a fé que a aflição é benéfica, deve ser sustentado pela visão
eterna. Há apenas duas coisas para ser visto, o temporal e o
eterno. Duas formas diferentes de visão estão envolvidos, com o olho do
sentido e com os olhos da fé. Este é um outro paradoxo, para "ver o
invisível".
A frase
introdutória, não atentando nós (genitivo absoluto no grego), dá a
razão para a fé. A fé é o poder operativo em ver o invisível ( Heb.
11: 1 ). As aflições que estão trabalhando estão produzindo um homem
melhor, uma justiça forjada, bem como auxiliando-nos a pensamentos elevados e
nobres ações. Estas são as etapas intermediárias, os primeiros
concomitantes em experimentar o peso de glória . Há um poder
diretivo necessário à vontade em olhar não para a temporais,
mas as coisas eternas . Deve ter sido assim com Moisés, que
"firme, como quem vê aquele que é invisível" ( Heb.
11:27 ). O eterno deve ser personalizado por ver Jesus ( Heb. 2:
9 ; 12: 2 ). Temporariamente dar lugar a verdades eternas
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A RENOVAÇÃO PELO
ESPÍRITO
Há vários
fatores que ocasionam o envelhecimento ou a decadência espiritual. Os mais
comuns são a rotina, a imaturidade, a frieza, o descaso e, por fim, a
estagnação da vida cristã. Há crentes que perdem o entusiasmo e o fervor dos
primeiros dias de fé, acostumando-se a uma vida sem poder, testemunho, oração,
consagração e crescimento. Nesta situação, se não houver uma reversão imediata,
o crente pode desviar-se dos caminhos do Senhor, o que será ainda pior.
Aquele fervor
espiritual do início da conversão deveria ser conservado, mantendo assim
aberto o caminho da renovação pelo Espírito Santo (Lv 6.13; Jó14.7-9
9; Sm
92.10; 119.25; Lm 5.21; Tt 3.5).
O que é
renovação espiritual. Renovar significa “tornar novo”, “recomeçar”, “refazer”,
“reaver”, “retornar”. Na renovação espiritual, o Espírito Santo restaura e
revigora a obra que anteriormente havia iniciado na vida do crente (Sm 103.5; Rm
12.2; Ap 2.4,5; Sm
51.10; Cl 3.10).
Renovar
espiritualmente é:
Retornar às
experiências espirituais do passado. No início da fé cristã, o crente recebe do
Senhor bênçãos extraordinárias que antes da conversão jamais poderia obter:
fortificação pela fé em Cristo, certeza de vida eterna, batismo com o Espírito
Santo, dons sobrenaturais, milagres, comunhão com Deus, santidade, vida cristã
vitoriosa e tantas outras maravilhas que acompanham a salvação. O amoroso Pai
tem prazer de, no início da jornada da fé, encher o crente de vida, graça e
poder espiritual. Ele nos eleva muito além das experiências puramente humanas.
Todavia,
infelizmente, muitos esfriam na fé e perdem o contato com a Fonte da Graça. Só
o Senhor, por meio do seu Santo Espírito, pode revigorar aqueles que perderam a
força e a altitude das águias (Is 40.28-31).
Restabelecer as
bênçãos perdidas. E difícil aceitar que o crente possa perder algo que recebeu
de Deus. Alguém imagina que o Pai celestial jamais retirará as bênçãos de seus
filhos, especialmente as espirituais. Porém, a Bíblia é categórica ao afirmar
que, se não cuidarmos bem da nossa vida espiritual, poderemos, sim, perder as
bênçãos advindas do Senhor. A Palavra de Deus nos diz que podemos perder o amor
(Ap 2.4), a alegria da salvação (Sm 51.12), a fé (I Tm 6.10), a firmeza em Deus
(2 Pe 3.17), o poder (Jz 16.20) e muitas outras bênçãos do Alto. É por isso que
somos advertidos a guardar o que temos (Ap 2.25; 3.11).
Graças a Deus
que, pela renovação espiritual, o Senhor nos restaura completamente e torna a
dar-nos as bênçãos perdidas (SI 51.10; Os 2.15; Lm 5.21-23). O Grande
Oleiro é plenamente capaz de fazer um novo vaso, com o barro do vaso que se
quebrou (Jr 18.1-4).
Receber novas
bênçãos. As promessas de Deus jamais falham. Em Deus “não há mudança, nem
sombra de variação” (Tg 1.17; Hb 1.10-12). A conversão inclui grandes
e ricas promessas de Deus para a vida do crente, as quais Ele cumpre fielmente.
Na renovação espiritual, o Senhor nos dá as bênçãos prometidas que até então
não tínhamos recebido (Is 45.3), e nos anima a conquistarmos muito mais (Js
18.3).
Além disso, as
bênçãos que Ele nos concedeu no passado (Ef 1.3), continuarão no presente,
porque suas promessas são fiéis para todos os tempos (Ato 2.39; 2 Co 1.20).
Como ocorre a
renovação. De acordo com a Palavra de Deus, a renovação deve ser:
Diária. Assim
como o corpo físico revigora-se diariamente, nosso homem interior precisa de
constante renovação para manter-se fortalecido e plenamente saudável
espiritualmente. Conforme nos orienta a Palavra de Deus, a renovação espiritual
deve ocorrer “de dia em dia” (2 Co 4.16).
No Tabernáculo,
tudo deveria estar sempre pronto, a fim de que o culto diário ao Senhor nunca
fosse interrompido. Os sacerdotes cuidavam para que o fogo do altar nunca se
apagasse. A cada manhã, este era alimentado com nova lenha e novos holocaustos
(Lv 6.12,13). O mesmo se dava com as especiarias do altar do incenso e o azeite
do castiçal. Tudo era renovado continuamente na presença do Senhor (Ex 27.20,21; 30.7).
Da mesma forma Deus quer que nos apresentemos — sempre prontos e renovados
espiritualmente diante dEle (2 Co 4.16).
Consciente e
desejada. Precisamos ter consciência da urgente necessidade da renovação
espiritual: “... transformai-vos pela renovação do vosso entendimento” (Rm 12.2).
Assim como a chuva cai sobre as plantações, gerando e produzindo fruto (SI
65.7-13), devemos pedir ao Senhor que envie sobre nós, sua lavoura, uma
abundante chuva de renovação (I Co 3.10; SI 72.6,7; Os 6.3). Quando essa
chuva começar a cair, o Espírito Santo certamente fará maravilhas, a começar
pelas vidas renovadas. Aleluia!
A renovação
enseja a operação do Espírito. A renovação mantém o crente afastado do mundo.
Em Efésios 4.25-31 encontramos uma relação de vícios e práticas
mundanas, emanadas do velho homem, que muitas vezes atingem sorrateiramente a
vida do crente.
Precisamos não
somente abandonar, mas abominar as coisas que entristecem o Espírito de Deus:
“Não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes, condenai-as”
(v.II). Pela renovação espiritual nos mantemos firmes no processo de
despirmo-nos do velho homem e revestirmo-nos do novo (Ef 4.22-24).
A renovação
aprofunda o crente na Palavra de Deus. Quando somos renovados, nosso espírito é
impelido pelas verdades eternas da Palavra (Jo 6.63) e nossa fé cresce abundantemente
(Rm 10.17; 2 Ts 1.3).
A renovação dá
poder ao crente. “Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças” (Is 40.31).
No dia de Pentecostes, todos os crentes foram cheios do Espírito Santo (At
2.4). Não obstante, pouco tempo depois foram cheios novamente; do mesmo poder e
pelo mesmo Espírito (At 4.30,31). Como já vimos, o sentido de Efésios 5.18 é
de enchimento contínuo. Sempre o crente deve buscar mais e mais do poder do
Alto.
A renovação
torna o crente sensível à direção do Espírito. Quando somos renovados ficamos
bem atentos à voz do Espírito, para sermos conduzidos e instruídos por Ele (At
16.6,7; 10.19). Se o Espírito Santo conhece todas as coisas em seus pormenores,
pode nos guiar com precisão. Só um crente renovado tem sensibilidade espiritual
para ouvir e obedecer a voz do Senhor: “Este é o caminho; andai nele, sem vos
desviardes nem para a direita nem para a esquerda” (Is 30.21).
A necessidade
da renovação. Quem permanece renovado não perde o ânimo. Muitas vezes as lutas
e tribulações nos fazem diminuir o passo, reduzir o ritmo de nossa corrida e
até pararmos. Para não sermos vencidos na batalha contra o mal, busquemos a
renovação espiritual em Cristo. Não podemos parar! Não há espaço para o
desânimo: “Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos” (v. 14);
“Levantai-vos, e andai, porque não será aqui o vosso descanso” (Mq 2.10). Leia
também I Reis 19.7 e Hebreus 10.38.
Como já vimos,
podemos perder a bênção de Deus por entristecermos o Espírito Santo (Ef 4.30).
Temos de zelar para que as causas desse mal sejam imediatamente removidas.
Precisamos alcançar o perdão de Deus mediante a nossa purificação no sangue de
Jesus. Isaías confessou o pecado de seus lábios, e foi purificado (Is 6.4-8). O
mesmo se deu com o profeta Jeremias (Jr 1.4-10;
11). Louvado
seja o nome do Senhor, que continua perdoando e renovando o seu povo pelo fogo
santo!
Em meio a esses
difíceis dias que a igreja atravessa, os quais precedem a volta de Jesus,
busque uma poderosa e sincera renovação do Senhor para sua vida. Não deixe fora
nenhuma área da sua vida. Se você já é batizado com o Espírito Santo, peça a
Deus uma renovação dessa preciosa bênção. Aproxime-se mais do Senhor! Somente
pela renovação espiritual poderemos vencer este mundo. “É já hora de
despertarmos do sono” (Rm I3.I I). E, renovados, sigamos “... a paz com todos e
santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
O Espírito
Santo e a santificação do crente
Salvação e
santificação são obras realizadas por Jesus no homem integral: espírito, alma e
corpo. A Bíblia afirma que fomos eleitos “desde o princípio para a salvação, em
santificação do Espírito” (2Ts 2.13). Esta verdade está implícita em João
19.34. Do lado ferido do corpo de Jesus fluíram, a um só tempo, sangue e água.
Isto é, o sangue poderoso de Cristo nos redime de todo pecado, mas a água
também nos lava de nossas impurezas pecaminosas.
Cristo morreu
“para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial,
zeloso de boas obras” (Tt 2.14). A salvação e a santificação devem andar juntas
na vida do crente.
A santidade de
Deus. A Bíblia diz que nosso Deus é santíssimo: “Santo, santo, santo é o Senhor
dos Exércitos” (Is 6.3; Ap 4.8). A santidade de Deus é intrínseca,
absoluta e perfeita (Lv 19.2; Ap 15.4). E o atributo que mais expressa sua
natureza. No crente, porém, a santificação não é um estado absoluto, é relativo
assim como a lua, que, não tendo luz própria, reflete a luz do sol (cf. Hb
12.10; Lv 21.8b).
Deus é “santo”
(Pv 9.10; Is 5.16); e, quem almeja andar com Ele, precisa viver em
santidade, segundo as Escrituras.
O que não é
santificação. O próprio Pedro enganou-se a respeito da santificação (At
10.10-15). Vejamos o que não é a santificação bíblica.
Exterioridade (Mt
23.25-28; I Sm 16.7). Usos, práticas e costumes. Estes últimos, quando
bons, devem ser o efeito da santificação, e não a causa dela (Ef 2.10).
Maturidade
cristã. Não é pelo tempo que algo se torna limpo, mas pela ação contínua da
limpeza. A maturidade cristã varia, como se vê em I João 2.12,13:
“Filhinhos”; “pais”; “mancebos”; “filhos”.
Batismo com o
Espírito Santo e dons espirituais. O batismo com o Espírito Santo e os dons
espirituais em si mesmos não equivalem à santificação como processo divino e
contínuo em nós (At 1.8; I Co 14.3).
Santificar e
santificação. “Santificar” é “pôr à parte, separar, consagrar ou dedicar uma
coisa ou alguém para uso estritamente pessoal”. Santo é o crente que vive
separado do pecado e das práticas mundanas pecaminosas, para o domínio e uso
exclusivo de Deus. E exatamente o contrário do crente que se mistura com as
coisas tenebrosas do pecado.
A santificação
do crente tem dois lados: (I) sua separação para a posse e uso de Deus; e (2) a
separação do pecado, do erro, de todo e qualquer mal conhecido, para obedecer
e agradar a Deus. Ela tem também três aspectos: posicionai, progressiva e
futura.
A santificação
posicionai (Hb 10.10; Cl 2.10; I Co 6.11). No seu aspecto posicionai,
a santificação é completa e perfeita, ou seja, o crente pela fé torna-se santo
“em Cristo”. Deus nos vê em Cristo perfeitos (Ef 2.6; Cl 2.10). Quando
estamos “em Cristo”, não há qualquer acusação contra nós (Rm 8.33,34), porque a
santidade do Senhor passa a ser a nossa santidade (I Jo 4.17b).
A santificação
progressiva. E a santificação prática, aplicada ao viver diário do crente. Nesse
aspecto, a santificação do crente pode ser aperfeiçoada (2 Co
. Os crentes
mencionados em Hebreus 10.10 já haviam sido santificados, e
continuavam sendo santificados (w. 10,14-ARA).
A santificação
futura. “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito,
e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de
nosso Senhor Jesus Cristo” (I Ts 5.23). Trata-se da santificação completa e
final (I Jo 3.2). Leia também Efésios 5.27 e I Ts 3.13.
A SANTIFICAÇÃO
COMO UM PROCESSO
O crescimento
do crente “em santificação” ocorre à medida que o Espírito o rege
soberanamente, e o crente, por sua vez, o busca, em cooperação com Deus: “Sede
vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (I Pe I.I5).
O lado
divino da santificação progressiva. São meios que o Senhor utiliza para
santificar- nos em nosso viver diário. Esses recursos divinos são: o sangue de
Jesus Cristo (Hb 13.12; I Jo 1.7,9); a Palavra de Deus (Sm 12.6; 119.9; Jo
17.17; Ef 5.26); o Espírito Santo (Rm 1.4; I Pe 1.2; 2 Ts 2.13);
a glória de Deus manifesta (Êx 29.43; 2 Cr 5.13, 14); e a fé em Deus
(Ato 26.18; Fp 3.9; Tg 2.23; Rm 4.11).
O lado
humano da santificação progressiva. Deus é quem opera a santificação no crente,
embora haja a cooperação deste. Os meios coadjuvantes de santificação
progressiva são:
O próprio
crente. Sua atitude e propósito de ser santo, separado do mal para posse de
Deus, são indispensáveis. E o crente tendo fome e sede de ser santo (Mt 5.6; 2Tm
2.21, 22; I Tm 5.22).
O santo
ministério. Os obreiros do Senhor têm o dever de cooperar para a santificação
dos crentes (Ex 19.10,14; Ef 4.11,12).
Pais que andam
com Deus. Assim como Jó (Jó 1.5), os pais devem cooperar para a santificação
dos filhos. Eunice, por exemplo, colaborou para a integridade de Timóteo, seu
filho (2Tm 1.5; 3.15). Por outro lado, pais descuidados podem influenciar
negativamente seus filhos, como no caso de Herodias que influenciou a Salomé (Mac
6.22-24).
As orações do justo
(Sm 51.10; 32.6). A oração contrita, constante e sincera tem efeito santificador.
A consagração
do crente a Deus (Lv 27.28b; Rm 12.1,2). A rendição incondicional do
crente a Deus tem efeito santificador nele.
Estorvos à
santificação do crente. Estorvos são embaraços que impedem o cristão de viver
em santidade, tais como:
Desobediência.
Desobedecer de modo consciente, contínuo e obstinadamente à conhecida vontade
do Senhor (Êx 19.5,6).
Comunhão com as
trevas. Comungar com as obras infrutíferas das trevas (Rm 13.12); com os
ímpios, seus costumes mundanos e suas falsas doutrinas (Ef 5.3; 2 Co
6.14-17).
Áreas da vida
não santificadas. Alguns aspectos reservados da vida do crente que não foram
consagrados a Deus devem ser apresentados ao Senhor. Como, por exemplo, mente,
sentidos, pensamento, instintos, apetites e desejos, linguagem, gostos,
vontade, hábitos, temperamento, sentimento. Um exemplo disso está em Mateus
6.22,23.
A necessidade
de santificar-se. Para esse tópico aconselhamos a leitura meditativa de 2
Coríntios 7.1 e I Ts 4.7. Vejamos por que é necessário seguir a
santificação:
A Bíblia
ordena. A Bíblia afirma que temos dentro de nós a “lei do pecado” (Rm 7.23; 8.2).
Daí ela ordenar que sejamos santos (I Pe I.I6; Lv 11.44; Ap
; o Senhor
habita somente em lugar santo (Is 57.15; I Co 3.17).
Só os santos
serão arrebatados. O Senhor Jesus — que é santo — virá buscar os que são
consagrados a Ele (I Ts 3.13; 5.23; 2 Ts 1.10; Hb 12.14). Por
isso, a vontade de Deus para a vida do crente é que ele seja santo, separado do
pecado (I Ts 4.3).
A santidade
revelada de Deus. Uma importante razão pela qual o crente deve santificar-se é
que a santidade de Deus, em parte, é revelada através do procedimento justo e
da vida santificada do crente (Lv 10.3; Nm 20.12). Então, o crente não
deve ficar observando, nem exigindo santidade na vida dos outros; ele deve
primeiro demonstrar a sua!
Os ataques do
Diabo. Devemos atentar para o fato de que o Inimigo centraliza seus ataques na
santificação do crente. A principal tática que o Adversário emprega para
corromper a santidade é o pecado da mistura. Isso ele já propôs antes a Israel
através de Faraó (Ex 8.25), o que abrange mistura da igreja com o mundanismo;
da doutrina do Senhor com as heresias; da adoração com as músicas profanas;
etc.
Em muitas
igrejas hoje a santificação é chamada de fanatismo. Nessas igrejas falam muito
de união, amor, fraternidade, louvor, mas não da separação do mundanismo e do
pecado. Notemos que as “virgens” da parábola de Mateus 25 pareciam
todas iguais;
a diferença só
foi notada com a chegada do noivo. Estejamos, pois, preparados para
o encontro com
Jesus nos ares, avivados para o Arrebatamento (I Ts 4.16,17).
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
O SOFRIMENTO
DOS JUSTOS – BEP - CPAD
Jó 2.7,8 “Então,
saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a
planta do pé até ao alto da cabeça.
E Jó, tomando
um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da
cinza.”
A fidelidade a
Deus não é garantia de que o crente não passará por aflições, dores e
sofrimentos nesta vida (ver At 28.16). Na realidade, Jesus ensinou que tais
coisas poderão acontecer ao crente (Jo 16.1-4,33; ver 2Tm 3.12). A Bíblia
contém numerosos exemplos de santos que passaram por grandes sofrimentos, por
diversas razões e.g., José, Davi, Jó, Jeremias e Paulo.
POR QUE OS
CRENTES SOFREM?
São diversas as
razões por que os crentes sofrem.
O crente
experimenta sofrimento como uma decorrência da queda de Adão e Eva. Quando o
pecado entrou no mundo, entrou também a dor, a tristeza, o conflito e,
finalmente, a morte sobre o ser humano (Gn 3.16-19). A Bíblia afirma o
seguinte: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado,
a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos
pecaram” (Rm 5.12). Realmente, a totalidade da criação geme sob os efeitos do
pecado, e anseia por um novo céu e nova terra (Rm 8.20-23; 2Pe 3.10-13). É
nosso dever sempre recorrermos à graça, fortaleza e consolo divinos (cf. 1Co
10.13).
Certos crentes
sofrem pela mesma razão que os descrentes sofrem, i.e., consequência de seus
próprios atos. A lei bíblica “Tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl
6.7) aplica-se a todos de modo geral. Se guiarmos com imprudência o nosso
automóvel, poderemos sofrer graves danos. Se não formos comedidos em nossos
hábitos alimentares, certamente vamos ter graves problemas de saúde. É nosso
dever sempre proceder com sabedoria e de acordo com a Palavra de Deus e evitar
tudo o que nos privaria do cuidado providente de Deus.
O crente também
sofre, pelo menos no seu espírito, por habitar num mundo pecaminoso e
corrompido. Por toda parte ao nosso redor estão os efeitos do pecado. Sentimos
aflição e angústia ao vermos o domínio da iniquidade sobre tantas vidas
(ver Ez 9.4; At 17.16; 2Pe 2.8). É nosso dever orar a Deus para que
Ele suplante vitoriosamente o poder do pecado.
Os crentes
enfrentam ataques do diabo. (a) As Escrituras claramente mostram que Satanás,
como “o deus deste século” (2Co 4.4), controla o presente século mau (ver 1Jo
5.19; cf. Gl 1.4; Hb . Ele recebe permissão para afligir crentes de várias
maneiras (cf. 1Pe 5.8,9). Jó, um homem reto e temente a Deus, foi
atormentado por Satanás por permissão de Deus (ver Jó 1—2). Jesus afirmou que
uma das mulheres por Ele curada estava presa por Satanás há dezoito anos
(cf. Lc 13.11,16). Paulo reconhecia que o seu espinho na carne era “um
mensageiro de Satanás, para me esbofetear” (2Co 12.7). À medida em que travamos
guerra espiritual contra “os príncipes das trevas deste século” (Ef 6.12), é
inevitável a ocorrência de adversidades. Por isso, Deus nos proveu de armadura
espiritual (Ef 6.10-18; ver 6.11) e armas espirituais (2Co 10.3-6). É nosso
dever revestir-nos de toda armadura de Deus e orar (Ef 6.10-18), decididos a
permanecer fiéis ao Senhor, segundo a força que Ele nos dá. (b) Satanás e seus
seguidores se comprazem em perseguir os crentes. Os que amam ao Senhor Jesus e
seguem os seus princípios de verdade e retidão serão perseguidos por causa da
sua fé. Evidentemente, esse sofrimento por causa da justiça pode ser uma
indicação da nossa fiel devoção a Cristo (ver Mt 5.10). É nosso dever, uma
vez que todos os crentes também são chamados a sofrer perseguição e desprezo
por causa da justiça, continuar firmes, confiando naquele que julga com justiça
(Mt 5.10,11; 1Co 15.58; 1Pe 2.21-23).
De um ponto de
vista essencialmente bíblico, o crente também sofre porque “nós temos a mente
de Cristo” (ver 1Co 2.16). Ser cristão significa estar em Cristo, estar em
união com Ele; nisso, compartilhamos dos seus sofrimentos (ver 1Pe 2.21). Por
exemplo, assim como Cristo chorou em agonia por causa da cidade ímpia de
Jerusalém, cujos habitantes se recusavam a arrepender-se e a aceitar a salvação
(ver Lc 19.41), também devemos chorar pela pecaminosidade e condição
perdida da raça humana. Paulo incluiu na lista de seus sofrimentos por amor a
Cristo (2Co 11.23-32; ver 11.23) a sua preocupação diária pelas igrejas que
fundara: “quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza,
que eu não me abrase?” (2Co 11.29). Semelhante angústia mental por causa
daqueles que amamos em Cristo deve ser uma parte natural da nossa vida: “chorai
com os que choram” (Rm 12.15). Realmente, compartilhar dos sofrimentos de
Cristo é uma condição para sermos glorificados com Cristo (Rm 8.17). É nosso
dever dar graças a Deus, pois, assim como os sofrimentos de Cristo são nossos,
assim também nosso é o seu consolo (2Co 1.5).
Deus pode usar
o sofrimento como catalizador para o nosso crescimento ou melhoramento
espiritual. (a) Frequentemente, Ele emprega o sofrimento a fim de chamar a si o
seu povo desgarrado, para arrependimento dos seus pecados e renovação
espiritual (ver o livro de Juízes). É nosso dever confessar nossos pecados
conhecidos e examinar nossa vida para ver se há alguma coisa que desagrada o
Espírito Santo. (b) Deus, às vezes, usa o sofrimento para testar a nossa fé,
para ver se permanecemos fiéis a Ele. A Bíblia diz que as provações que
enfrentamos são “a prova da vossa fé” (Tg 1.3; ver 12); elas são um meio de
aperfeiçoamento da nossa fé em Cristo (ver Dt 8.3; 1Pe 1.7). É nosso
dever reconhecer que uma fé autêntica resultará em “louvor, e honra, e glória
na revelação de Jesus Cristo” (1Pe 1.7). (c) Deus emprega o sofrimento, não
somente para fortalecer a nossa fé, mas também para nos ajudar no
desenvolvimento do caráter cristão e da retidão. Segundo vemos nas cartas de
Paulo e Tiago, Deus quer que aprendamos a ser pacientes mediante o sofrimento (Rm
5.3-5; Tg 1.3). No sofrimento, aprendemos a depender menos de nós mesmos e
mais de Deus e da sua graça (ver Rm 5.3; 2Co 12.9). É nosso dever estar
afinados com aquilo que Deus quer que aprendamos através do sofrimento. (d)
Deus também pode permitir que soframos dor e aflição para que possamos melhor
consolar e animar outros que estão a sofrer (ver 2Co 1.4). É nosso dever
usar nossa experiência advinda do sofrimento para encorajar e fortalecer outros
crentes.
Finalmente,
Deus pode usar, e usa mesmo, o sofrimento dos justos para propagar o seu reino
e seu plano redentor. Por exemplo: toda injustiça por que José passou nas mãos
dos seus irmãos e dos egípcios faziam parte do plano de Deus “para conservar
vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento” (Gn
45.7). O principal exemplo, aqui, é o sofrimento de Cristo, “o Santo e o Justo”
(At 3.14), que experimentou perseguição, agonia e morte para que o plano divino
da salvação fosse plenamente cumprido. Isso não exime da iniquidade aqueles que
o crucificaram (At 2.23), mas indica, sim, como Deus pode usar o sofrimento dos
justos pelos pecadores, para seus próprios propósitos e sua própria glória.
O
RELACIONAMENTO DE DEUS COM O SOFRIMENTO DO CRENTE. (1) O primeiro fato a ser
lembrado é este: Deus acompanha o nosso sofrer. Satanás é o deus deste século,
mas ele só pode afligir um filho de Deus pela vontade permissiva de Deus (cf.
1—2). Deus promete na sua Palavra que Ele não permitirá sermos tentados além do
que podemos suportar (1Co 10.13). (2) Temos também de Deus a promessa que Ele
converterá em bem todos os sofrimentos e perseguições daqueles que o amam e
obedecem aos seus mandamentos (ver Rm 8.28). José verificou esta verdade
na sua própria vida de sofrimento (cf. Gn 50.20), e o autor de Hebreus
demonstra como Deus usa os tempos de apertos da nossa vida para nosso próprio
crescimento e benefício (ver Hb 12.5). (3) Além disso, Deus promete que
ficará conosco na hora da dor; que andará conosco “pelo vale da sombra da
morte” (Sl 23.4; cf. Is 43.2).
VITÓRIA SOBRE O
SOFRIMENTO PESSOAL. Se você está sob provações e aflições, que deve fazer para
triunfar sobre tal situação?
Primeiro:
examinar as várias razões por que o ser humano sofre (ver seção 1, supra) e ver
em que sentido o sofrimento concerne a você. Uma vez identificada a razão
específica, você deve proceder conforme o contido em “É nosso dever”.
Creia que Deus
se importa sobremaneira com você, independente da severidade das suas circunstâncias
(ver Rm 8.36; 2Co 1.8-10; Tg 5.11; 1Pe 5.). O sofrimento
nunca deve fazer você concluir que Deus não lhe ama, nem o rejeitar como seu
Senhor e Salvador. Recorra a Deus em oração sincera e busque a sua face. Espere
nEle até que liberte você da sua aflição (ver Sl 27.8-14; 40.1-3; 130).
Confie que Deus
lhe dará a graça para suportar a aflição até chegar o livramento (1Co 10.13; 2Co
12.7-10). Convém lembrar de que sempre “somos mais do que vencedores, por
aquele que nos amou” (Rm 8.37; Jo 16.33). A fé cristã não consiste na
remoção de fraquezas e sofrimento, mas na manifestação do poder divino através
da fraqueza humana (ver 2Co 4.7).
Leia a Palavra
de Deus, principalmente os salmos de conforto em tempos de lutas (e.g., Sl
11; 16; 23; 27; 40; 46; _61; 91; 121; 125; 138).
Busque
revelação e discernimento da parte de Deus referente à sua situação específica
— mediante a oração, as Escrituras, a iluminação do Espírito Santo ou o
conselho de um santo e experiente irmão. Se o seu sofrimento é de natureza
física.
No sofrimento,
lembre-se da predição de Cristo, de que você terá aflições na sua vida como
crente (Jo 16.33). Aguarde com alegria aquele ditoso tempo quando “Deus limpará
de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor” (Ap
21.4).
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Escrita Lição
10, CPAD, A Renovação Cotidiana Do Homem Interior, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA
TV
Para me ajudar
PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
TEXTO ÁUREO
“Por isso não
desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior,
contudo, se renova de dia em dia.” (2 Co 4.16)
VERDADE PRÁTICA
Por
instrumentalidade do Espírito Santo, os salvos experimentam a renovação
interior em meio as adversidades externas.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Co
4.7 O tesouro do Evangelho guardado em vasos de barro
Terça - 2 Co
1.9,10 As provações na vida de Paulo forjaram a sua confiança em Deus
Quarta - Jo
14.16,17 O Espírito Santo habilita o cristão a vencer na adversidade
Quinta - Fp
3.13,14 A adversidade impulsiona o cristão a prosseguir na jornada da fé
Sexta - Hb 11.1
O apelo da Escritura ao exercício da fé bíblica
Sábado - Ez
22.30 A busca do Espírito de Deus por crentes que tomam posição contra o mal
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE - 2 Coríntios 4.11-18
11 - E assim
nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de
Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne
mortal.
12 - De maneira
que em nós opera a morte, mas em vós, a vida.
13 - E temos,
portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri; por isso, falei. Nós
cremos também; por isso, também falamos,
14 - sabendo
que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por
Jesus e nos apresentará convosco.
15 - Porque
tudo isso é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio
de muitos, torne abundante a ação de graças, para glória de Deus.
16 - Por isso,
não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
interior, contudo, se renova de dia em dia.
17 - Porque a
nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de
glória mui excelente,
18 - não
atentando nós nas coisas que se veem, mas nas
que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não
veem são eternas.
Hinos
Sugeridos: : 5, 186, 330 da Harpa Cristã
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – O
SOFRIMENTO EXTERIOR
1. A
experiência de Paulo
2. O exemplo do
Apóstolo
3. A esperança
do crente
II – OS
DESAFIOS DE HOJE
1. O
fortalecimento diário
2. O eterno
peso de glória
3. A visão da
eternidade
III – OS
DESAFIOS DE HOJE
1. Cultura
secularista
2. Relativismo
doutrinário
3. Batalha
espiritual
PALAVRA-CHAVE -
Renovação
INTRODUÇÃO
As adversidades
externas são uma incontestável realidade (Rm 8.22,23). Apesar disso, por meio
do Espírito, os salvos experimentam a renovação espiritual no interior de sua
vida (2 Co 4.16). Não obstante, durante a nossa existência, o corpo mortal
permanecerá sujeito às adversidades da vida (2 Co 5.2,4). Nesta lição, veremos
o sofrimento do homem exterior, o fortalecimento do homem interior e os
desafios atuais como forças externas que tentam esmagar a nossa vida espiritual.
A finalidade é mostrar que o crente espiritualmente renovado pode resistir a
qualquer ataque das trevas.
I – O
SOFRIMENTO EXTERIOR
1. A
experiência de Paulo
O apóstolo
Paulo é um exemplo de um homem que sofreu adversidades externas, mas não perdeu
a solidez da vida espiritual. Suas epístolas relatam tribulações acima de suas
forças, a ponto de ele perder a esperança da preservação da própria vida (2 Co
1.8). Ainda podemos ler menções do apóstolo a prisões, açoites, apedrejamento,
perseguições, fadiga, fome, sede, frio e nudez (2 Co 11.23-27). Dessa forma,
Paulo sintetiza as adversidades da nossa jornada de fé nas seguintes palavras:
“E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus
padecerão perseguições” (2 Tm 3.12). Por isso, o texto bíblico diz que o
tesouro do Evangelho está guardado em vasos de barro (2 Co 4.6,7). Isso é uma
declaração de que somos feitos do pó, ou seja, somos mortais, e, por isso, como
seres humanos, somos frágeis (2 Co 7.5). Nesse aspecto, o homem exterior padece
e sofre ataques por causa da cruz (2 Tm 2.9,10).
2. O exemplo do
Apóstolo
Mesmo diante do
sofrimento, o apóstolo não retrocede e tampouco nega a fé (2 Tm 4.7; Hb 10.39).
Suas provações forjaram a confiança em Deus na sua vida e ministério (2 Co
1.9,10; Fp 4.12,13). Ele reconhece que suas fraquezas são instrumentos do poder
divino (2 Co 2.4; 4.11; 12.9,10). Sua vida está a serviço do Mestre, em favor
dos escolhidos e para a glória de Deus (2 Co 1.12-14; 4.11,12,15). Cônscio de
sua vocação, o apóstolo declara: “por isso não desfalecemos; [...] ainda que o
nosso homem exterior se corrompa” (2 Co 4.16a). Nesse aspecto, o legado do
apóstolo é de perseverança. Embora o homem exterior seja consumido pelas
tribulações, o salvo não desanima nem recua. Acerca disso, Cristo nos
assegurou: “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”
(Jo 16.33).
3. A esperança
do crente
Na Escritura, o
contraste entre as aflições do homem e o poder de Deus estão assim
representadas: (a) “atribulados, mas não angustiados” (2 Co 4.8a) significa
que, mesmo pressionado, o crente não é esmagado; (b) “perplexos, mas não
desanimados” (2 Co 4.8b), indica que, mesmo confuso, o crente não se desespera;
(c) “perseguidos, mas não desamparados” (2 Co 4.9a), sinaliza que, mesmo
ameaçado, o crente não é abandonado; (d) “abatidos, mas não destruídos” (2 Co
4.9b), mostra que, mesmo derrubado, o crente não é nocauteado. O texto ensina
que, embora nosso corpo esteja sujeito ao pecado e ao sofrimento, Deus sempre
provê um meio de escape (1 Co 10.13). Nosso Senhor obteve êxito sobre a morte
e, do mesmo modo, temos esperança da vitória e da vida eterna (2 Co 4.14).
Portanto, como cristãos, não podemos deixar de aguardar a bem-aventurada
esperança em Cristo (Tt 2.13).
II – A
RENOVAÇÃO INTERIOR
1. O
fortalecimento diário
A Bíblia
enfatiza que o Espírito Santo é o agente que habilita o cristão a manter-se
firme na adversidade (Jo 14.16,17). Esse poder do Espírito atua no homem
interior e capacita o crente a perseverar e a viver afastado do pecado (1 Co
2.12-16). Assim, apesar da fraqueza e do sofrimento exteriores, o nosso
“interior, contudo, se renova de dia em dia” (2 Co 4.16b). Isso é a operação do
Espírito que qualifica o salvo a não desfalecer. Do ponto de vista das
disciplinas espirituais práticas, esse renovo ocorre por meio da santificação
pessoal, fidelidade, reverência, oração, jejum e temor a Deus (1 Co 7.5; Ef
5.18; Hb 12.14,28). Portanto, não podemos permitir que a aflição nos desanime,
mas devemos renovar o nosso compromisso em servir a Cristo e permitir que o
poder do Espírito Santo nos fortaleça dia a dia (1 Co 16.13).
2. O eterno
peso de glória
O apóstolo
Paulo declara o seguinte: “a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós
um peso eterno de glória mui excelente” (2 Co 4.17). Aqui, ele faz um contraste
entre o sofrimento presente e o futuro glorioso. O apóstolo ensina que, se
comparada ao peso da glória, que é eterna, a tribulação é leve e passageira.
Nesse sentido, a adversidade serve como instrumento encorajador do homem
interior, impulsionando-o a prosseguir (Fp 3.13,14) e que a fé se renova à
medida que o crente é capaz de suportar as tribulações (Jó 42.5; Sl 119.67).
Portanto, faz-se necessário sermos sábios diante da tribulação, fugindo da
murmuração e reconhecendo que as lutas, segundo o critério de Deus, são
inevitáveis. Entretanto, as Escrituras ratificam que as aflições deste tempo
não podem ser comparadas com a glória do porvir (Rm 8.18).
3. A visão da
eternidade
Fortalecido em
Deus, tendo plena consciência da vida vindoura, o cristão é exortado a não
focar “nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem
são temporais, e as que se não veem são eternas” (2 Co 4.18). Contrastando as
coisas visíveis com as invisíveis, as temporárias com as eternas, o apóstolo
Paulo apela ao exercício da fé bíblica como uma importante motivação para o
crente não desfalecer nas tribulações (cf. Hb 11.1). Nesse caso, somado à
renovação diária, o crente deve viver sob a perspectiva da eternidade. Não por
acaso, o apóstolo Paulo escreveu: “pensai nas coisas que são de cima e não nas
que são da terra” (Cl 3.2).
III – OS DESAFIOS
DE HOJE
1. Cultura
secularista
O “espírito da
Babilônia”, por meio da cultura secularista, procura esmagar a vida espiritual
dos crentes (Ap 17.5). É um sistema materialista, conforme estudamos até aqui,
que nega a realidade espiritual, a existência de Deus, a verdade bíblica e todo
o conjunto de valores provenientes da Palavra de Deus. Diante desse ataque, o
Altíssimo continua a buscar um povo que seja renovado por dentro, resista aos
ataques externos e tome posição contra o advento do mal (Ez 22.30).
2. Relativismo
doutrinário
Outro ataque
que procura matar a nossa vida espiritual é o processo de desconstrução dos
fundamentos da fé. Não podemos tolerar a relativização doutrinária. Ora,
relativizar a doutrina bíblica é enfraquecer o homem interior. Não há como
renovar a nossa vida espiritual sem ter em alta conta a Palavra de Deus. Não se
pode fazer uma releitura seletiva da Bíblia para agregar à Igreja os que não
aceitam a sã doutrina (2 Tm 4.3). O relativismo aliado à ideologia secularista
impõe o que deve ser considerado como ideal. Assim, o pecado é aceito e
tolerado. Porém, o crente renovado deve reagir contra essa inversão de valores,
resistir ao “espírito da Babilônia” e “batalhar pela fé que uma vez foi dada
aos santos” (Jd 1.3).
3. Batalha
espiritual
Todo salvo
trava uma batalha espiritual neste mundo. A Escritura diz que Satanás é o “deus
deste século” e que o mundo jaz no Maligno (2 Co 4.4; 1 Jo 5.19). Por isso,
nossa Declaração de Fé realça que foi com engano que ele começou as suas
atividades contra o homem (Gn 3.13; 2 Co 11.3). E é com essa arma que o Diabo e
seus agentes ainda seduzem as pessoas neste mundo (Ap 12.9). Outrossim, os
espíritos malignos têm capacidade de influenciar os que vivem na desobediência,
manipulando, aprisionando e colocando pessoas contra Deus (Ef 2.2). Por isso, a
Bíblia alerta que nossa luta não é contra o homem, mas contra os demônios (Ef
6.12). De certo, o crente renovado, de posse da armadura de Deus, deve
posicionar-se contra as ciladas do Diabo, “orando em todo o tempo com toda a
oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18).
CONCLUSÃO
Durante a
existência do corpo mortal, nosso homem exterior estará sujeito às tribulações
desta vida (2 Co 4.11). Apesar do padecimento e das aflições, o nosso homem interior
não deve desfalecer, mas se renovar por meio do poder do Espírito (2 Co 4.16).
Assim, os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com o peso de
glória eterna reservado para os fiéis (2 Co 4.17). Por isso, no tempo presente
de ataques e desconstrução da fé cristã, necessitamos de renovação do nosso
interior, dia a dia, para enfrentar o poder do pecado e do mal.
SINÓPSE I - O
apóstolo Paulo sofreu muitas aflições, mas se manteve fiel. Nós devemos seguir
seu exemplo.
SINÓPSE II -
Precisamos buscar o renovo do homem interior constantemente, nos fortalecendo
com a ajuda do Espírito Santo.
SINÓPSE III - A
cultura secularista e o relativismo doutrinário combatem contra a fé cristã.
Precisamos nos fortalecer para vencermos as batalhas espirituais.
comparados com
o peso de glória eterna reservado para os fiéis (2 Co 4.17). Por isso, no tempo
presente de ataques e desconstrução da fé cristã, necessitamos de renovação do
nosso interior, dia a dia, para enfrentar o poder do pecado e do mal.
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
As adversidades
são comuns à nossa vida terrena. Por isso, nosso Senhor alertou: "no mundo
tereis aflições" (Jo 16.33). Fica claro que as aflições são uma realidade.
Entretanto, o nosso desafio é não deixar que a fé seja enfraquecida por elas.
Precisamos lembrar de que Jesus já venceu o mundo. Assim, a lição desta semana
traz uma exortação para que a nossa vida interior, isto é, a vida espiritual,
persevere diante das muitas dificuldades externas.
2. APRESENTAÇÃO
DA LIÇÃO
A) Objetivos da
Lição: I) Refletir sobre as adversidades enfrentadas pelo homem interior; II)
Compreender que essas dificuldades na vida não podem ser comparadas à glória
futura reservada aos cristãos; III) Despertar os alunos para buscar o renovo
espiritual e o fortalecimento do homem interior.
B) Motivação: A
vida do apóstolo Paulo nos mostra que os crentes fiéis e obedientes ao Senhor
também passam por muitas provações e aflições. Ele nos deixou um grande exemplo
de como permanecer firme em Cristo, mesmo diante do sofrimento. Como cristão
precisamos amadurecer na fé. Para isso, Deus usa as adversidades para nos
conduzir ao caminho do crescimento espiritual.
C) Sugestão de
Método: Essa lição precisa ser desenvolvida à luz das experiências pessoais dos
seus alunos. Ao apresentar o primeiro e o segundo tópico, compartilhe um
testemunho pessoal que mostre o quanto uma adversidade pode nos fazer crescer
na fé. Em seguida, convide seus alunos a compartilharem também. Exemplos reais
irão enriquecer sua aula e edificar a fé dos ouvintes.
3. CONCLUSÃO DA
LIÇÃO
A) Aplicação:
Esta lição traz uma mensagem de despertamento espiritual. Convide sua classe a
refletir sobre a saúde e a firmeza da fé em Cristo. Na lição foi citado dois
tipos de ataques contra a fé cristã (o secularismo e o relativismo
doutrinário). Entretanto, é possível que seus alunos estejam enfrentando outros
tipos de provações. Ressalte que o Espírito Santo é nossa fonte de força e
renovo. Encerre a aula motivando seus alunos a buscarem mais da intimidade com
Deus por meio de uma vida de oração.
4. SUBSÍDIO AO
PROFESSOR
A) Revista
Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens,
artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição
94, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios
Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na
preparação de sua aula: 1) O texto "O paradoxo dos sofrimentos de
Paulo", que ajudará aprofundar o primeiro tópico; 2) O texto "Batalha
Espiritual" deve ser usado na ministração do segundo tópico, pois traz
aplicações devocionais sobre o tema.
REVISANDO O
CONTEÚDO
1. Qual exemplo
podemos contemplar na vida do apóstolo Paulo?
Mesmo diante do
sofrimento, o apóstolo não retrocedeu e tampouco negou a fé.
2. O que a
Bíblia enfatiza a respeito do Espírito Santo?
A Bíblia
enfatiza que o Espírito Santo é o agente que habilita o cristão a manter-se
firme na adversidade.
3. Que
contraste o apóstolo Paulo faz para apelar ao exercício da fé bíblica?
Ele contrasta
as coisas visíveis com as invisíveis, as temporárias com as eternas.
4. De acordo
com a lição, o que o “espírito da Babilônia” nega?
Nega a
realidade espiritual, a existência de Deus, a verdade bíblica e todo o conjunto
de valores provenientes da Palavra de Deus.
5. O que a
Bíblia nos alerta a respeito de nossa luta?
A Bíblia alerta
que nossa luta não é contra o homem, mas contra os demônios (Ef 6.12).
AUXÍLIO
TEOLÓGICO
“O PARADOXO DOS
SOFRIMENTOS DE PAULO
[Em 2 Coríntios
4.7-11] Parece que Paulo foi atingido pelo paradoxo que acabou de descrever. O
‘tesouro’ (v. 7) faz referência à ‘luz [ou iluminação] do conhecimento da
glória de Deus na face de Cristo’ (v. 6), conhecido e experimentado por Paulo e
seus companheiros. Isto abrange a completa realidade que pertence ao novo
ministério da aliança do Espírito (3.3-18). Paulo é dominado pelo contraste
entre o valor insondável e duradouro deste ‘tesouro do evangelho’ e a
indignidade e fragilidade humana (‘vasos de barro’) daqueles que agora levam-no
ao mundo. Ele também percebe que este paradoxo é necessário. Deus escolheu
trazer o evangelho ao mundo através da fraqueza humana [5] para que a grandeza
extraordinária de seu poder de salvação possa ser vista como sua obra e não
como uma ação humana. Os versículos 8,9 contêm quatro conjuntos de contrastes
que ilustram tanto a fraqueza de Paulo em executar sua chamada apostólica, como
o poder de Deus para superar esta fraqueza e libertá-lo: Paulo conheceu
aflições que o pressionavam de todos os lados, porém nunca foi cercado a ponto
de ser esmagado. Encontrou circunstâncias desnorteantes, mas nunca chegou a
ponto de se desesperar. Seus inimigos haviam perseguido seus passos, mas Deus
nunca o deixou cair em suas garras. Abateram-no até o chão, porém foram
impedidos de dar o golpe fatal. Em resumo, Paulo descreve estas experiências em
termos físicos, identificando-as com a “morte de Jesus” ou até mesmo como que
participando desta (v. 10), de forma que Deus poderia revelar seu poder de
ressurreição. Este poder infunde ao corpo mortal de Paulo a vida de Jesus, e
preservou-o apesar das tribulações e das ameaças contra sua vida (vv. 10-11).
Estas não são somente as consequências destas tribulações, mas também o
propósito de Deus” (ARRINGTON, F. L. STRONSTAD, R. Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 287).
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO - BATALHA ESPIRITUAL
“A guerra é
aplicada de forma figurada à vida espiritual, particularmente pelo apóstolo
Paulo. O seguidor de Cristo, como um bom soldado, suporta as dificuldades e não
se envolve de forma exagerada com os assuntos desta vida (2 Tm 2.3,4). Aquele
que é temente e obediente veste ‘toda a armadura de Deus’ para que possa estar
firme e resistir às forças espirituais opostas que, de outro modo, o
derrotariam (Ef 6.10-20). O cristão não trava uma guerra contra a carne e o
sangue; portanto, as armas de sua luta não são materiais ou humanas, e sim
divinamente poderosas para destruir fortalezas de especulações e sofismas, e
tudo aquilo que se levanta de forma orgulhosa contra o conhecimento de Deus (2
Co 10.4,5). A Igreja de Jesus Cristo deve lutar contra as portas do inferno,
pois estas não serão capazes de resistir (Mt 16.18)” (Dicionário Bíblico
Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.887).