Escrita Lição 10, CPAD, A Renovação Cotidiana Do Homem Interior, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 10, CPAD, A Renovação Cotidiana Do Homem Interior, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 


 

https://youtu.be/zc9-VifKsq0 Vídeo

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/08/escrita-licao-10-cpad-renovacao.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/08/slides-licao-10-cpad-renovacao.html

PowerPoint https://www.slideshare.net/henriqueebdnatv/slides-lio-10-renovao-cotidiana-do-homem-interiorpptx

 

TEXTO ÁUREO

“Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.” (2 Co 4.16)

  

VERDADE PRÁTICA

Por instrumentalidade do Espírito Santo, os salvos experimentam a renovação interior em meio as adversidades externas.

  

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 2 Co 4.7 O tesouro do Evangelho guardado em vasos de barro

Terça - 2 Co 1.9,10 As provações na vida de Paulo forjaram a sua confiança em Deus

Quarta - Jo 14.16,17 O Espírito Santo habilita o cristão a vencer na adversidade

Quinta - Fp 3.13,14 A adversidade impulsiona o cristão a prosseguir na jornada da fé

Sexta - Hb 11.1 O apelo da Escritura ao exercício da fé bíblica

Sábado - Ez 22.30 A busca do Espírito de Deus por crentes que tomam posição contra o mal

 

 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Coríntios 4.11-18

11 - E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues  à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal. 

12 - De maneira que em nós opera a morte, mas em vós, a vida. 

13 - E temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri; por isso, falei. Nós cremos também; por isso, também falamos, 

14 - sabendo que o que ressuscitou  o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus e nos apresentará convosco. 

15 - Porque tudo isso é por amor  de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, torne abundante a ação de graças, para glória de Deus.

16 - Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 

17 - Porque a nossa leve e momentânea tribulação  produz para nós um peso eterno de glória mui excelente, 

18 - não atentando nós  nas  coisas  que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem  são  eternas.

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

I – O SOFRIMENTO EXTERIOR

1. A experiência de Paulo

2. O exemplo do Apóstolo

3. A esperança do crente

II – OS DESAFIOS DE HOJE

1. O fortalecimento diário

2. O eterno peso de glória

3. A visão da eternidade

III – OS DESAFIOS DE HOJE

1. Cultura secularista

2. Relativismo doutrinário

3. Batalha espiritual

  

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Subsídios para as Lições Bíblicas Adultos do 3º Trimestre de 2023

Lição 10 - A RENOVAÇÃO COTIDIANA DO HOMEM INTERIOR – Revista CPAD

A paz do Senhor, amigo(a) professor(a). A Palavra de Deus ressalta que “mesmo que o nosso ser exterior se desgaste, o nosso ser interior se renova dia a dia” (2Co 4.16). Nesse sentido, a vida cristã não está condicionada às intempéries da vida. Diuturnamente, o crente é convidado pelo Espírito a viver pela fé, a suportar as tentações e a resistir firme contra as astutas ciladas do Diabo (Ef 6.11). Para tanto, precisa apropriar-se da proteção espiritual disponível ao crente mediante a tomada da armadura de Deus.

Dentre as investidas de Satanás para causar o enfraquecimento da fé no crente está o convencimento de que ele não tem condições de suportar as angústias e problemas dos dias maus. A falta de confiança e convicção na provisão divina já fez muitos servos de Deus afundarem na fé, como ocorreu com Pedro ao temer a tempestade (Mt 14.30). Aos escrever a Carta aos Efésios, o apóstolo Paulo destaca o “dia mau” como uma realidade recorrente vivenciada pelo crente (Ef 6.13). Em contraste com o êxito na realização da obra ministerial, na salvação de almas e na operação de milagres e maravilhas em o nome de Cristo, estão os períodos de dor e tristeza resultantes das perseguições, preocupações, afrontas, traições e injustiças recebidas de quem menos esperamos. Tais situações são os dias nos quais o apóstolo dos gentios exorta a permanecermos firmes (Ef 6.13).

Em nome de Jesus, a Obra de Deus é realizada e vidas são edificadas. De modo semelhante, em nome de Jesus, as lutas e aflições são vencidas por meio da resistência e da perseverança. Logo, o contraste entre as aflições do homem e o poder de Deus, descrito em 2 Coríntios 4.8-14, é uma marca da resiliência do cristão, apontada na Bíblia como o resultado da convicção do crente alcançada mediante o relacionamento íntimo e sincero com o seu Senhor. O comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal afirma: “Na sua guerra espiritual, o cristão é conclamado a suportar as aflições como bom soldado de Cristo (2Tm 2.3), sofrer em prol do Evangelho (Mt 5.10-12; Rm 8.17; 2Co 11.23; 2Tm 1.8), combater o bom combate da fé (1Tm 6.12; 2Tm 4.7), guerrear espiritualmente (2Co 10.3), perseverar (Ef 6.18), vencer (Rm 8.37), ser vitorioso (1Co 15.57), triunfar (2Co 2.14), defender o Evangelho (Fp 1.16), combater pela fé (Fp 1.27), não se alarmar ante os que resistem (Fp 1.28), vestir toda a armadura de Deus (Ef 6.11), ficar firme (Ef 6.13,14), destruir as fortalezas de Satanás (2Co 10.4), levar cativo todo pensamento (2Co 10.5) e fortalecer-se na guerra contra o mal (Hb 11.34)” (CPAD, 1995, p. 1820). 



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O homem interior

O homem interior na tradução da versão KJV em inglês, de ko eso anthropos em Romanos 7.22Efésios 3.162 Coríntios 4.16 (na última referência apenas ko eso aparece, com anthropos devendo, claramente, ser entendido a partir do contexto imediato). É uma expressão paulina que se refere à natureza racional, moral e espiritual do homem, que é a esfera total na qual o Espírito Santo efetua a sua obra convincente, renovadora e santificadora. Em resumo, é o sinônimo da alma do homem. Desse modo, não é o “novo homem”, isto é, a nova capacidade de servir a Deus e à justiça, que Deus misericordiosamente dá ao pecador na regeneração.

Em Romanos 7.22, Paulo está descrevendo a sua atitude em relação à lei divina como um fariseu hipócrita, aquele que se gloria em sua própria justiça. (Para a defesa da opinião e que Romanos 7.14-25 descreve Paulo ainda como um fariseu legalista, veja J.Oliver Buswell, Jr., A Systematic Theology of the Christian Religion, II, 115-119.) Como um fariseu treinado, e possuindo um elevado respeito pela lei de Deus, Paulo poderia dizer que antes mesmo de sua conversão ele concordava e tinha prazer na lei de Deus. Mas não sendo regenerado na época de sua vida descrita em Romanos 7, Paulo teve que admitir que naquela época não possuía nenhuma capacitação, recebida pela graça, por meio da qual pudesse obedecer à lei conforme seu sentido correto. Sendo este o caso, Paulo poderia, entretanto, declarar que como um homem religioso altamente treinado, ele respeitava a lei divina em seu “homem interior”.

[Para a opinião de que em Romanos 7,14-25 Paulo está descrevendo a sua contínua experiência como crente, veja Charles C. ítyrie, Balancing the Christian Life, Chicago. Moody Press, 1969, pp, 45-48. De acordo com esta interpretação, todos os crentes têm duas capacidades dentro de seu ser: servir ao pecado e deleitar-se na lei de Deus. Estas duas capacidades permanecem com o cristão durante toda a vida na terra, com a constante possibilidade de conflito. Por sua liberdade de escolha, o crente ativa a velha ou a nova capacidade. - Ed.]

Em 2 Coríntios 4.16, Paulo está simplesmente expressando sua confiança de que, embora seu corpo físico se desgastasse por causa do estresse e do esforço de seu trabalho, seu "homem interior״, isto é, a sua alma (ou espírito) seria renovado diariamente.

Em Efésios 3.16, Paulo orou para que os crentes efésios pudessem experimentar um novo avivamento do Espírito Santo no “homem interior”. Aqui ele estava meramente expressando seu desejo e a sua súplica de que eles crescessem espiritualmente.

R. L. R. - Dicionário Bíblico Wycliffe

 

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BEP – CPAD

4.11,12 ENTREGUES À MORTE. Para um cristão ministrar vida a outra pessoa, ele deve compartilhar dos sofrimentos de Cristo e experimentar na sua própria vida a operação da morte (v. 12). A abnegação, a aflição, a decepção e o sofrimento por amor a Cristo farão com que nossa vida ministre a graça ao próximo (cf. 2Co 11.23-29; Rm 8.36,37; Fp 1.29; 1 Pe 4.14). Jesus ensinou esse mesmo grande princípio do quebrantamento, em Jo 12.24,25.

4.16 HOMEM EXTERIOR... INTERIOR. O "homem exterior" é nosso corpo físico, sujeito à decadência, e que vai caminhando para a morte por causa da mortalidade e aflições da vida (v.17). O "homem interior" é o espírito humano; o nosso ser interior, que recebe a vida espiritual de Cristo. Embora nosso corpo envelheça e decaia, experimentamos a renovação contínua, mediante a outorga constante da vida e poder de Cristo, cuja influência capacita a nossa mente, nossas emoções e vontade a se conformarem com a sua semelhança e propósito eterno.

4.17 LEVE... TRIBULAÇÃO... PESO ETERNO DE GLÓRIA. As aflições e as privações suportadas na vida dos que permanecem fiéis a Cristo, são leves em comparação com a abundância de glória que temos em Cristo. Essa glória já está parcialmente presente, mas só no futuro será experimentada plenamente (cf. Rm 8.18). Quando alcançarmos a nossa herança no céu, poderemos dizer que as tribulações mais severas não eram nada em comparação com a glória do estado eterno. Não devemos, portanto, desesperar-nos, perder a esperança, nem deixar nossa fé diminuir, em meio aos nossos problemas.

 

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2 Coríntios 4.11-18

Comentário Bíblico Wesleyana

A fé de Paulo está intimamente relacionada com a esperança da ressurreição. A fé se formou em conhecimento: "porque sabemos" (eidotes ). Era o mesmo tipo de conhecimento que Jó tinha declarado ( 19:25 , 26 ), reforçada por dados históricos recentes. O motivo de esperança de Paulo era a ressurreição de nosso Senhor, que espero que ele tinha argumentado de forma conclusiva a eles em 1 Coríntios 15 . Nessa carta ele tinha referido a segunda vinda de Cristo tão perto, e tinha dado a entender que esperava estar vivo quando voltou ( 1 Cor. 15:51 , 52 ). Ele é acusado, neste contexto, de desistir da esperança e de frente para a morte e ressurreição. Experiências de quase morte poderia ter trazido para casa com ele essa possibilidade. Ele acredita que ele será levantado com( sol ) Jesus . Isso é para ser interpretado como uma identificação mística, que Paulo gosta de fazer. A nossa ressurreição espiritual é um com a morte e ressurreição de Cristo ( Rm 6: 4. ; 8:11 , Colossenses 2:12 ). Tem aqui o significado de "porque ele vive, nós também viveremos." Sua ressurreição garante a nossa. Alguns manuscritos ler dia , por conta de, ou "por causa de" Jesus, mas sol , com, é, provavelmente, a verdadeira leitura.

Paulo liga os Corinthians, tanto a ressurreição e a apresentação com si mesmo: ressuscitará a nós, nos apresentam, com você . Identificação com eles é sugerida em cada conexão possível. Ele estava forjando uma cadeia de relacionamento que não podiam ser facilmente quebrados. A apresentação é um momento alto no pensamento de Paulo ( Ef 5:27. ; Col. 1:22 ), e associar-se com eles, desta forma é uma homenagem tácita a sua pureza esperado.

Tudo na vida de Paulo está relacionada com o bem da Igreja. A afirmação de que todas as coisas são por causa de vós é um princípio mais amplo de operação Unido do que a autorreferência de Paulo. A Igreja, sendo o produto do amor de Cristo, é ter tudo deu certo para o seu avanço. Isto é tão planejado que o grande excedente de graça concedido, "a graça abundante" que tenham recebido, pode resultar em mais pessoas do que está sendo convertido e muito mais ações de graças abundantes ( perisseusē ). As questões "abundante graça" em "ações de graças abundantes", e tudo é feito para ministrar para a glória de Deus .

(2) O contraste entre exterior e interior - Natureza ( 04:16 )

O corpo físico se desgasta no meio das aflições continuaram. Logo virá o tempo quando Paulo se refere a si mesmo como "Paulo, o velho" ( Filemom 9 ). A constante renovação do homem interior ( ESO ho ) é a razão não houvermos desfalecido . Este princípio regenerativo que começa com a implantação da nova vida em Cristo é um dia a dia, e até mesmo um aumento de momento a momento. WE Sangster cita Arthur Chandler ( The Cult of the Moment Passing ) dizendo dos santos, "Santidade tem consistido em sua tendo cada momento como se trata, com a sua chamada para a oração, sofrimento ou ação, e obedecendo cada chamada única de todo o coração . como um chamado de Deus "Davi Livingstone escreveu:" Em nenhuma ocasião fez I lay ".

(3) Propósito das Aflições ( 04:17 )

A luz e momentânea tribulação tão colocado contra um peso de glória que a razão para a expressão anterior de Paulo, não houvermos desfalecido , ganha vida. Para enumerar os ensaios de Paulo no contexto desta epístola seria o suficiente para vê-los tão pesado. Paulo, vendo-os em escalas ponderadas com bênçãos eternas, não os considerar assim. Isto é tão convincente quando essas mesmas aflições são minuciosamente trabalho ( katergazetai ) um peso eterno de glória . Aflições Luz produzir um peso de glória. A palavra para a glória em hebraico, de que a palavra grega é uma tradução, transmite a ideia de peso, para que haja uma dupla implicação de bênção. A frase cada vez mais abundantemente é muito forte ( kath huperbolēn eis huperbolēn ), que poderia ser traduzida como "de excesso até em excesso." Conybeare e Howson combinar as duas palavras em uma só, "imensurável", o RSV ", além de toda comparação "; a KJV, "muito mais superior." Estas palavras unidas com eterna criar o sentido de uma grandeza que está acima de comparação. O fato de que o "momentânea" é colocado contra o "eterno" apoia a tese de que este último termo carrega o sentido de tempo indefinido. A comparação fundamental é leve tribulação defronte peso de glória .

(4) Perspectiva do Eterno ( 04:18 )

O clímax do parágrafo é aqui onde a última razão para não desmaiar é revelado. A renovação diária, a fé que a aflição é benéfica, deve ser sustentado pela visão eterna. Há apenas duas coisas para ser visto, o temporal e o eterno. Duas formas diferentes de visão estão envolvidos, com o olho do sentido e com os olhos da fé. Este é um outro paradoxo, para "ver o invisível".

A frase introdutória, não atentando nós (genitivo absoluto no grego), dá a razão para a fé. A fé é o poder operativo em ver o invisível ( Heb. 11: 1 ). As aflições que estão trabalhando estão produzindo um homem melhor, uma justiça forjada, bem como auxiliando-nos a pensamentos elevados e nobres ações. Estas são as etapas intermediárias, os primeiros concomitantes em experimentar o peso de glória . Há um poder diretivo necessário à vontade em olhar não para a temporais, mas as coisas eternas . Deve ter sido assim com Moisés, que "firme, como quem vê aquele que é invisível" ( Heb. 11:27 ). O eterno deve ser personalizado por ver Jesus ( Heb. 2: 9 ; 12: 2 ). Temporariamente dar lugar a verdades eternas

 

 

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A RENOVAÇÃO PELO ESPÍRITO

Há vários fatores que ocasionam o envelhecimento ou a decadência espiri­tual. Os mais comuns são a rotina, a imaturidade, a frieza, o descaso e, por fim, a estagnação da vida cristã. Há crentes que perdem o entusiasmo e o fervor dos primeiros dias de fé, acostumando-se a uma vida sem poder, testemunho, oração, consagração e crescimento. Nesta situação, se não houver uma reversão imediata, o crente pode desviar-se dos caminhos do Senhor, o que será ainda pior.

Aquele fervor espiritual do início da conversão deveria ser conservado, man­tendo assim aberto o caminho da renovação pelo Espírito Santo (Lv 6.13; Jó14.7-9

9; Sm 92.10; 119.25; Lm 5.21; Tt 3.5).

O que é renovação espiritual. Renovar significa “tornar novo”, “recomeçar”, “re­fazer”, “reaver”, “retornar”. Na renovação espiritual, o Espírito Santo restaura e revigora a obra que anteriormente havia iniciado na vida do crente (Sm 103.5; Rm 12.2; Ap 2.4,5; Sm 51.10; Cl 3.10).

 

Renovar espiritualmente é:

Retornar às experiências espirituais do passado. No início da fé cristã, o crente recebe do Senhor bênçãos extraordinárias que antes da conversão jamais poderia obter: fortificação pela fé em Cristo, certeza de vida eterna, batismo com o Espírito Santo, dons sobrenaturais, milagres, comunhão com Deus, santidade, vida cristã vitoriosa e tantas outras maravilhas que acompanham a salvação. O amoroso Pai tem prazer de, no início da jornada da fé, encher o crente de vida, graça e poder espiritual. Ele nos eleva muito além das experiências puramente humanas.

Todavia, infelizmente, muitos esfriam na fé e perdem o contato com a Fonte da Graça. Só o Senhor, por meio do seu Santo Espírito, pode revigorar aqueles que perderam a força e a altitude das águias (Is 40.28-31).

Restabelecer as bênçãos perdidas. E difícil aceitar que o crente possa perder algo que recebeu de Deus. Alguém imagina que o Pai celestial jamais retirará as bênçãos de seus filhos, especialmente as espirituais. Porém, a Bíblia é categórica ao afirmar que, se não cuidarmos bem da nossa vida espiritual, poderemos, sim, perder as bênçãos advindas do Senhor. A Palavra de Deus nos diz que podemos perder o amor (Ap 2.4), a alegria da salvação (Sm 51.12), a fé (I Tm 6.10), a firmeza em Deus (2 Pe 3.17), o poder (Jz 16.20) e muitas outras bênçãos do Alto. É por isso que somos advertidos a guardar o que temos (Ap 2.25; 3.11).

Graças a Deus que, pela renovação espiritual, o Senhor nos restaura comple­tamente e torna a dar-nos as bênçãos perdidas (SI 51.10; Os 2.15; Lm 5.21-23). O Grande Oleiro é plenamente capaz de fazer um novo vaso, com o barro do vaso que se quebrou (Jr 18.1-4).

Receber novas bênçãos. As promessas de Deus jamais falham. Em Deus “não há mudança, nem sombra de variação” (Tg 1.17; Hb 1.10-12). A conversão inclui gran­des e ricas promessas de Deus para a vida do crente, as quais Ele cumpre fielmente. Na renovação espiritual, o Senhor nos dá as bênçãos prometidas que até então não tínhamos recebido (Is 45.3), e nos anima a conquistarmos muito mais (Js 18.3).

Além disso, as bênçãos que Ele nos concedeu no passado (Ef 1.3), conti­nuarão no presente, porque suas promessas são fiéis para todos os tempos (Ato 2.39; 2 Co 1.20).

Como ocorre a renovação. De acordo com a Palavra de Deus, a renovação deve ser:

Diária. Assim como o corpo físico revigora-se diariamente, nosso homem interior precisa de constante renovação para manter-se fortalecido e plenamente saudável espiritualmente. Conforme nos orienta a Palavra de Deus, a renovação espiritual deve ocorrer “de dia em dia” (2 Co 4.16).

No Tabernáculo, tudo deveria estar sempre pronto, a fim de que o culto diário ao Senhor nunca fosse interrompido. Os sacerdotes cuidavam para que o fogo do altar nunca se apagasse. A cada manhã, este era alimentado com nova lenha e novos holocaustos (Lv 6.12,13). O mesmo se dava com as especiarias do altar do incenso e o azeite do castiçal. Tudo era renovado continuamente na presença do Senhor (Ex 27.20,21; 30.7). Da mesma forma Deus quer que nos apresentemos — sempre prontos e renovados espiritualmente diante dEle (2 Co 4.16).

Consciente e desejada. Precisamos ter consciência da urgente necessidade da renovação espiritual: “... transformai-vos pela renovação do vosso entendimento” (Rm 12.2). Assim como a chuva cai sobre as plantações, gerando e produzindo fruto (SI 65.7-13), devemos pedir ao Senhor que envie sobre nós, sua lavoura, uma abundante chuva de renovação (I Co 3.10; SI 72.6,7; Os 6.3). Quando essa chuva começar a cair, o Espírito Santo certamente fará maravilhas, a começar pelas vidas renovadas. Aleluia!

A renovação enseja a operação do Espírito. A renovação mantém o crente afastado do mundo. Em Efésios 4.25-31 encontramos uma relação de vícios e práticas mundanas, emanadas do velho homem, que muitas vezes atingem sorrateiramente a vida do crente.

Precisamos não somente abandonar, mas abominar as coisas que entristecem o Espírito de Deus: “Não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes, condenai-as” (v.II). Pela renovação espiritual nos mantemos firmes no processo de despirmo-nos do velho homem e revestirmo-nos do novo (Ef 4.22-24).

A renovação aprofunda o crente na Palavra de Deus. Quando somos renovados, nosso espírito é impelido pelas verdades eternas da Palavra (Jo 6.63) e nossa fé cresce abundantemente (Rm 10.17; 2 Ts 1.3).

A renovação dá poder ao crente. “Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças” (Is 40.31). No dia de Pentecostes, todos os crentes foram cheios do Espírito Santo (At 2.4). Não obstante, pouco tempo depois foram cheios novamente; do mesmo poder e pelo mesmo Espírito (At 4.30,31). Como já vimos, o sentido de Efésios 5.18 é de enchimento contínuo. Sempre o crente deve buscar mais e mais do poder do Alto.

A renovação torna o crente sensível à direção do Espírito. Quando somos renovados ficamos bem atentos à voz do Espírito, para sermos conduzidos e instruídos por Ele (At 16.6,7; 10.19). Se o Espírito Santo conhece todas as coisas em seus por­menores, pode nos guiar com precisão. Só um crente renovado tem sensibilidade espiritual para ouvir e obedecer a voz do Senhor: “Este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda” (Is 30.21).

A necessidade da renovação. Quem permanece renovado não perde o ânimo. Muitas vezes as lutas e tribulações nos fazem diminuir o passo, reduzir o ritmo de nossa corrida e até pararmos. Para não sermos vencidos na batalha contra o mal, busque­mos a renovação espiritual em Cristo. Não podemos parar! Não há espaço para o desânimo: “Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos” (v. 14); “Levantai-vos, e andai, porque não será aqui o vosso descanso” (Mq 2.10). Leia também I Reis 19.7 e Hebreus 10.38.

Como já vimos, podemos perder a bênção de Deus por entristecermos o Espírito Santo (Ef 4.30). Temos de zelar para que as causas desse mal sejam imediatamente removidas. Precisamos alcançar o perdão de Deus mediante a nossa purificação no sangue de Jesus. Isaías confessou o pecado de seus lábios, e foi purificado (Is 6.4-8). O mesmo se deu com o profeta Jeremias (Jr 1.4-10;

11). Louvado seja o nome do Senhor, que continua perdoando e renovando o seu povo pelo fogo santo!

Em meio a esses difíceis dias que a igreja atravessa, os quais precedem a volta de Jesus, busque uma poderosa e sincera renovação do Senhor para sua vida. Não deixe fora nenhuma área da sua vida. Se você já é batizado com o Espírito Santo, peça a Deus uma renovação dessa preciosa bênção. Aproxime-se mais do Senhor! Somente pela renovação espiritual poderemos vencer este mundo. “É já hora de despertarmos do sono” (Rm I3.I I). E, renovados, sigamos “... a paz com todos e santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).

O Espírito Santo e a santificação do crente

Salvação e santificação são obras realizadas por Jesus no homem integral: espírito, alma e corpo. A Bíblia afirma que fomos eleitos “desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito” (2Ts 2.13). Esta verdade está implícita em João 19.34. Do lado ferido do corpo de Jesus fluíram, a um só tempo, sangue e água. Isto é, o sangue poderoso de Cristo nos redime de todo pecado, mas a água também nos lava de nossas impurezas pecaminosas.

Cristo morreu “para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tt 2.14). A salvação e a santificação devem andar juntas na vida do crente.

A santidade de Deus. A Bíblia diz que nosso Deus é santíssimo: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos” (Is 6.3; Ap 4.8). A santidade de Deus é intrínseca, absoluta e perfeita (Lv 19.2; Ap 15.4). E o atributo que mais expressa sua natureza. No crente, porém, a santificação não é um estado absoluto, é relativo assim como a lua, que, não tendo luz própria, reflete a luz do sol (cf. Hb 12.10; Lv 21.8b).

Deus é “santo” (Pv 9.10; Is 5.16); e, quem almeja andar com Ele, precisa viver em santidade, segundo as Escrituras.

O que não é santificação. O próprio Pedro enganou-se a respeito da santificação (At 10.10-15). Vejamos o que não é a santificação bíblica.

Exterioridade (Mt 23.25-28; I Sm 16.7). Usos, práticas e costumes. Estes últi­mos, quando bons, devem ser o efeito da santificação, e não a causa dela (Ef 2.10).

Maturidade cristã. Não é pelo tempo que algo se torna limpo, mas pela ação contínua da limpeza. A maturidade cristã varia, como se vê em I João 2.12,13: “Filhinhos”; “pais”; “mancebos”; “filhos”.

Batismo com o Espírito Santo e dons espirituais. O batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais em si mesmos não equivalem à santificação como processo divino e contínuo em nós (At 1.8; I Co 14.3).

Santificar e santificação. “Santificar” é “pôr à parte, separar, consagrar ou dedicar uma coisa ou alguém para uso estritamente pessoal”. Santo é o crente que vive separado do pecado e das práticas mundanas pecaminosas, para o domínio e uso exclusivo de Deus. E exatamente o contrário do crente que se mistura com as coisas tenebrosas do pecado.

A santificação do crente tem dois lados: (I) sua separação para a posse e uso de Deus; e (2) a separação do pecado, do erro, de todo e qualquer mal conheci­do, para obedecer e agradar a Deus. Ela tem também três aspectos: posicionai, progressiva e futura.

A santificação posicionai (Hb 10.10; Cl 2.10; I Co 6.11). No seu aspecto po­sicionai, a santificação é completa e perfeita, ou seja, o crente pela fé torna-se santo “em Cristo”. Deus nos vê em Cristo perfeitos (Ef 2.6; Cl 2.10). Quando estamos “em Cristo”, não há qualquer acusação contra nós (Rm 8.33,34), porque a santidade do Senhor passa a ser a nossa santidade (I Jo 4.17b).

A santificação progressiva. E a santificação prática, aplicada ao viver diário do crente. Nesse aspecto, a santificação do crente pode ser aperfeiçoada (2 Co

. Os crentes mencionados em Hebreus 10.10 já haviam sido santificados, e continuavam sendo santificados (w. 10,14-ARA).

A santificação futura. “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irre­preensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (I Ts 5.23). Trata-se da santificação completa e final (I Jo 3.2). Leia também Efésios 5.27 e I Ts 3.13.

 

A SANTIFICAÇÃO COMO UM PROCESSO

O       crescimento do crente “em santificação” ocorre à medida que o Espírito o rege soberanamente, e o crente, por sua vez, o busca, em cooperação com Deus: “Sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (I Pe I.I5).

O       lado divino da santificação progressiva. São meios que o Senhor utiliza para santificar- nos em nosso viver diário. Esses recursos divinos são: o sangue de Jesus Cristo (Hb 13.12; I Jo 1.7,9); a Palavra de Deus (Sm 12.6; 119.9; Jo 17.17; Ef 5.26); o Espírito Santo (Rm 1.4; I Pe 1.2; 2 Ts 2.13); a glória de Deus manifesta (Êx 29.43; 2 Cr 5.13, 14); e a fé em Deus (Ato 26.18; Fp 3.9; Tg 2.23; Rm 4.11).

O       lado humano da santificação progressiva. Deus é quem opera a santificação no crente, embora haja a cooperação deste. Os meios coadjuvantes de santificação progressiva são:

O próprio crente. Sua atitude e propósito de ser santo, separado do mal para posse de Deus, são indispensáveis. E o crente tendo fome e sede de ser santo (Mt 5.6; 2Tm 2.21, 22; I Tm 5.22).

O santo ministério. Os obreiros do Senhor têm o dever de cooperar para a santificação dos crentes (Ex 19.10,14; Ef 4.11,12).

Pais que andam com Deus. Assim como Jó (Jó 1.5), os pais devem cooperar para a santificação dos filhos. Eunice, por exemplo, colaborou para a integridade de Timóteo, seu filho (2Tm 1.5; 3.15). Por outro lado, pais descuidados podem influenciar negativamente seus filhos, como no caso de Herodias que influenciou a Salomé (Mac 6.22-24).

As orações do justo (Sm 51.10; 32.6). A oração contrita, constante e sincera tem efeito santificador.

A consagração do crente a Deus (Lv 27.28b; Rm 12.1,2). A rendição incon­dicional do crente a Deus tem efeito santificador nele.

Estorvos à santificação do crente. Estorvos são embaraços que impedem o cristão de viver em santidade, tais como:

Desobediência. Desobedecer de modo consciente, contínuo e obstinada­mente à conhecida vontade do Senhor (Êx 19.5,6).

Comunhão com as trevas. Comungar com as obras infrutíferas das trevas (Rm 13.12); com os ímpios, seus costumes mundanos e suas falsas doutrinas (Ef 5.3; 2 Co 6.14-17).

Áreas da vida não santificadas. Alguns aspectos reservados da vida do crente que não foram consagrados a Deus devem ser apresentados ao Senhor. Como, por exemplo, mente, sentidos, pensamento, instintos, apetites e desejos, linguagem, gostos, vontade, hábitos, temperamento, sentimento. Um exemplo disso está em Mateus 6.22,23.

A necessidade de santificar-se. Para esse tópico aconselhamos a leitura meditativa de 2 Coríntios 7.1 e I Ts 4.7. Vejamos por que é necessário seguir a santificação:

A Bíblia ordena. A Bíblia afirma que temos dentro de nós a “lei do pecado” (Rm 7.23; 8.2). Daí ela ordenar que sejamos santos (I Pe I.I6; Lv 11.44; Ap

; o Senhor habita somente em lugar santo (Is 57.15; I Co 3.17).

Só os santos serão arrebatados. O Senhor Jesus — que é santo — virá buscar os que são consagrados a Ele (I Ts 3.13; 5.23; 2 Ts 1.10; Hb 12.14). Por isso, a vontade de Deus para a vida do crente é que ele seja santo, separado do pecado (I Ts 4.3).

A santidade revelada de Deus. Uma importante razão pela qual o crente deve santificar-se é que a santidade de Deus, em parte, é revelada através do procedimento justo e da vida santificada do crente (Lv 10.3; Nm 20.12). Então, o crente não deve ficar observando, nem exigindo santidade na vida dos outros; ele deve primeiro demonstrar a sua!

Os ataques do Diabo. Devemos atentar para o fato de que o Inimigo centraliza seus ataques na santificação do crente. A principal tática que o Adversário emprega para corromper a santidade é o pecado da mistura. Isso ele já propôs antes a Israel através de Faraó (Ex 8.25), o que abrange mistura da igreja com o mundanismo; da doutrina do Senhor com as heresias; da adoração com as músicas profanas; etc.

Em muitas igrejas hoje a santificação é chamada de fanatismo. Nessas igrejas falam muito de união, amor, fraternidade, louvor, mas não da separação do mundanismo e do pecado. Notemos que as “virgens” da parábola de Mateus 25 pareciam todas iguais;

a diferença só foi notada com a chegada do noivo. Estejamos, pois, preparados para

o encontro com Jesus nos ares, avivados para o Arrebatamento (I Ts 4.16,17).

 

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O SOFRIMENTO DOS JUSTOS – BEP - CPAD

Jó 2.7,8 “Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça.

E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza.”

A fidelidade a Deus não é garantia de que o crente não passará por aflições, dores e sofrimentos nesta vida (ver At 28.16). Na realidade, Jesus ensinou que tais coisas poderão acontecer ao crente (Jo 16.1-4,33; ver 2Tm 3.12). A Bíblia contém numerosos exemplos de santos que passaram por grandes sofrimentos, por diversas razões e.g., José, Davi, Jó, Jeremias e Paulo.

 

POR QUE OS CRENTES SOFREM?

São diversas as razões por que os crentes sofrem.

O crente experimenta sofrimento como uma decorrência da queda de Adão e Eva. Quando o pecado entrou no mundo, entrou também a dor, a tristeza, o conflito e, finalmente, a morte sobre o ser humano (Gn 3.16-19). A Bíblia afirma o seguinte: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12). Realmente, a totalidade da criação geme sob os efeitos do pecado, e anseia por um novo céu e nova terra (Rm 8.20-23; 2Pe 3.10-13). É nosso dever sempre recorrermos à graça, fortaleza e consolo divinos (cf. 1Co 10.13).

Certos crentes sofrem pela mesma razão que os descrentes sofrem, i.e., consequência de seus próprios atos. A lei bíblica “Tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7) aplica-se a todos de modo geral. Se guiarmos com imprudência o nosso automóvel, poderemos sofrer graves danos. Se não formos comedidos em nossos hábitos alimentares, certamente vamos ter graves problemas de saúde. É nosso dever sempre proceder com sabedoria e de acordo com a Palavra de Deus e evitar tudo o que nos privaria do cuidado providente de Deus.

O crente também sofre, pelo menos no seu espírito, por habitar num mundo pecaminoso e corrompido. Por toda parte ao nosso redor estão os efeitos do pecado. Sentimos aflição e angústia ao vermos o domínio da iniquidade sobre tantas vidas (ver Ez 9.4; At 17.16; 2Pe 2.8). É nosso dever orar a Deus para que Ele suplante vitoriosamente o poder do pecado.

Os crentes enfrentam ataques do diabo. (a) As Escrituras claramente mostram que Satanás, como “o deus deste século” (2Co 4.4), controla o presente século mau (ver 1Jo 5.19; cf. Gl 1.4; Hb . Ele recebe permissão para afligir crentes de várias maneiras (cf. 1Pe 5.8,9). Jó, um homem reto e temente a Deus, foi atormentado por Satanás por permissão de Deus (ver Jó 1—2). Jesus afirmou que uma das mulheres por Ele curada estava presa por Satanás há dezoito anos (cf. Lc 13.11,16). Paulo reconhecia que o seu espinho na carne era “um mensageiro de Satanás, para me esbofetear” (2Co 12.7). À medida em que travamos guerra espiritual contra “os príncipes das trevas deste século” (Ef 6.12), é inevitável a ocorrência de adversidades. Por isso, Deus nos proveu de armadura espiritual (Ef 6.10-18; ver 6.11) e armas espirituais (2Co 10.3-6). É nosso dever revestir-nos de toda armadura de Deus e orar (Ef 6.10-18), decididos a permanecer fiéis ao Senhor, segundo a força que Ele nos dá. (b) Satanás e seus seguidores se comprazem em perseguir os crentes. Os que amam ao Senhor Jesus e seguem os seus princípios de verdade e retidão serão perseguidos por causa da sua fé. Evidentemente, esse sofrimento por causa da justiça pode ser uma indicação da nossa fiel devoção a Cristo (ver Mt 5.10). É nosso dever, uma vez que todos os crentes também são chamados a sofrer perseguição e desprezo por causa da justiça, continuar firmes, confiando naquele que julga com justiça (Mt 5.10,11; 1Co 15.58; 1Pe 2.21-23).

De um ponto de vista essencialmente bíblico, o crente também sofre porque “nós temos a mente de Cristo” (ver 1Co 2.16). Ser cristão significa estar em Cristo, estar em união com Ele; nisso, compartilhamos dos seus sofrimentos (ver 1Pe 2.21). Por exemplo, assim como Cristo chorou em agonia por causa da cidade ímpia de Jerusalém, cujos habitantes se recusavam a arrepender-se e a aceitar a salvação (ver Lc 19.41), também devemos chorar pela pecaminosidade e condição perdida da raça humana. Paulo incluiu na lista de seus sofrimentos por amor a Cristo (2Co 11.23-32; ver 11.23) a sua preocupação diária pelas igrejas que fundara: “quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me abrase?” (2Co 11.29). Semelhante angústia mental por causa daqueles que amamos em Cristo deve ser uma parte natural da nossa vida: “chorai com os que choram” (Rm 12.15). Realmente, compartilhar dos sofrimentos de Cristo é uma condição para sermos glorificados com Cristo (Rm 8.17). É nosso dever dar graças a Deus, pois, assim como os sofrimentos de Cristo são nossos, assim também nosso é o seu consolo (2Co 1.5).

Deus pode usar o sofrimento como catalizador para o nosso crescimento ou melhoramento espiritual. (a) Frequentemente, Ele emprega o sofrimento a fim de chamar a si o seu povo desgarrado, para arrependimento dos seus pecados e renovação espiritual (ver o livro de Juízes). É nosso dever confessar nossos pecados conhecidos e examinar nossa vida para ver se há alguma coisa que desagrada o Espírito Santo. (b) Deus, às vezes, usa o sofrimento para testar a nossa fé, para ver se permanecemos fiéis a Ele. A Bíblia diz que as provações que enfrentamos são “a prova da vossa fé” (Tg 1.3; ver 12); elas são um meio de aperfeiçoamento da nossa fé em Cristo (ver Dt 8.3; 1Pe 1.7). É nosso dever reconhecer que uma fé autêntica resultará em “louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo” (1Pe 1.7). (c) Deus emprega o sofrimento, não somente para fortalecer a nossa fé, mas também para nos ajudar no desenvolvimento do caráter cristão e da retidão. Segundo vemos nas cartas de Paulo e Tiago, Deus quer que aprendamos a ser pacientes mediante o sofrimento (Rm 5.3-5; Tg 1.3). No sofrimento, aprendemos a depender menos de nós mesmos e mais de Deus e da sua graça (ver Rm 5.3; 2Co 12.9). É nosso dever estar afinados com aquilo que Deus quer que aprendamos através do sofrimento. (d) Deus também pode permitir que soframos dor e aflição para que possamos melhor consolar e animar outros que estão a sofrer (ver 2Co 1.4). É nosso dever usar nossa experiência advinda do sofrimento para encorajar e fortalecer outros crentes.

Finalmente, Deus pode usar, e usa mesmo, o sofrimento dos justos para propagar o seu reino e seu plano redentor. Por exemplo: toda injustiça por que José passou nas mãos dos seus irmãos e dos egípcios faziam parte do plano de Deus “para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento” (Gn 45.7). O principal exemplo, aqui, é o sofrimento de Cristo, “o Santo e o Justo” (At 3.14), que experimentou perseguição, agonia e morte para que o plano divino da salvação fosse plenamente cumprido. Isso não exime da iniquidade aqueles que o crucificaram (At 2.23), mas indica, sim, como Deus pode usar o sofrimento dos justos pelos pecadores, para seus próprios propósitos e sua própria glória.

 

O RELACIONAMENTO DE DEUS COM O SOFRIMENTO DO CRENTE. (1) O primeiro fato a ser lembrado é este: Deus acompanha o nosso sofrer. Satanás é o deus deste século, mas ele só pode afligir um filho de Deus pela vontade permissiva de Deus (cf. 1—2). Deus promete na sua Palavra que Ele não permitirá sermos tentados além do que podemos suportar (1Co 10.13). (2) Temos também de Deus a promessa que Ele converterá em bem todos os sofrimentos e perseguições daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos (ver Rm 8.28). José verificou esta verdade na sua própria vida de sofrimento (cf. Gn 50.20), e o autor de Hebreus demonstra como Deus usa os tempos de apertos da nossa vida para nosso próprio crescimento e benefício (ver Hb 12.5). (3) Além disso, Deus promete que ficará conosco na hora da dor; que andará conosco “pelo vale da sombra da morte” (Sl 23.4; cf. Is 43.2).

 

VITÓRIA SOBRE O SOFRIMENTO PESSOAL. Se você está sob provações e aflições, que deve fazer para triunfar sobre tal situação?

Primeiro: examinar as várias razões por que o ser humano sofre (ver seção 1, supra) e ver em que sentido o sofrimento concerne a você. Uma vez identificada a razão específica, você deve proceder conforme o contido em “É nosso dever”.

Creia que Deus se importa sobremaneira com você, independente da severidade das suas circunstâncias (ver Rm 8.36; 2Co 1.8-10; Tg 5.11; 1Pe 5.). O sofrimento nunca deve fazer você concluir que Deus não lhe ama, nem o rejeitar como seu Senhor e Salvador. Recorra a Deus em oração sincera e busque a sua face. Espere nEle até que liberte você da sua aflição (ver Sl 27.8-14; 40.1-3; 130).

Confie que Deus lhe dará a graça para suportar a aflição até chegar o livramento (1Co 10.13; 2Co 12.7-10). Convém lembrar de que sempre “somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37; Jo 16.33). A fé cristã não consiste na remoção de fraquezas e sofrimento, mas na manifestação do poder divino através da fraqueza humana (ver 2Co 4.7).

Leia a Palavra de Deus, principalmente os salmos de conforto em tempos de lutas (e.g., Sl 11; 16; 23; 27; 40; 46; _61; 91; 121; 125; 138).

Busque revelação e discernimento da parte de Deus referente à sua situação específica — mediante a oração, as Escrituras, a iluminação do Espírito Santo ou o conselho de um santo e experiente irmão. Se o seu sofrimento é de natureza física.

No sofrimento, lembre-se da predição de Cristo, de que você terá aflições na sua vida como crente (Jo 16.33). Aguarde com alegria aquele ditoso tempo quando “Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor” (Ap 21.4).

  

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Escrita Lição 10, CPAD, A Renovação Cotidiana Do Homem Interior, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

  

TEXTO ÁUREO

“Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.” (2 Co 4.16)

  

VERDADE PRÁTICA

Por instrumentalidade do Espírito Santo, os salvos experimentam a renovação interior em meio as adversidades externas.

  

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 2 Co 4.7 O tesouro do Evangelho guardado em vasos de barro

Terça - 2 Co 1.9,10 As provações na vida de Paulo forjaram a sua confiança em Deus

Quarta - Jo 14.16,17 O Espírito Santo habilita o cristão a vencer na adversidade

Quinta - Fp 3.13,14 A adversidade impulsiona o cristão a prosseguir na jornada da fé

Sexta - Hb 11.1 O apelo da Escritura ao exercício da fé bíblica

Sábado - Ez 22.30 A busca do Espírito de Deus por crentes que tomam posição contra o mal

  

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Coríntios 4.11-18

11 - E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues  à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal. 

12 - De maneira que em nós opera a morte, mas em vós, a vida. 

13 - E temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri; por isso, falei. Nós cremos também; por isso, também falamos, 

14 - sabendo que o que ressuscitou  o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus e nos apresentará convosco. 

15 - Porque tudo isso é por amor  de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, torne abundante a ação de graças, para glória de Deus.

16 - Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 

17 - Porque a nossa leve e momentânea tribulação  produz para nós um peso eterno de glória mui excelente, 

18 - não atentando nós  nas  coisas  que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem  são  eternas.

 

Hinos Sugeridos: : 5, 186, 330 da Harpa Cristã

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

I – O SOFRIMENTO EXTERIOR

1. A experiência de Paulo

2. O exemplo do Apóstolo

3. A esperança do crente

II – OS DESAFIOS DE HOJE

1. O fortalecimento diário

2. O eterno peso de glória

3. A visão da eternidade

III – OS DESAFIOS DE HOJE

1. Cultura secularista

2. Relativismo doutrinário

3. Batalha espiritual

  

PALAVRA-CHAVE - Renovação

 

 INTRODUÇÃO

As adversidades externas são uma incontestável realidade (Rm 8.22,23). Apesar disso, por meio do Espírito, os salvos experimentam a renovação espiritual no interior de sua vida (2 Co 4.16). Não obstante, durante a nossa existência, o corpo mortal permanecerá sujeito às adversidades da vida (2 Co 5.2,4). Nesta lição, veremos o sofrimento do homem exterior, o fortalecimento do homem interior e os desafios atuais como forças externas que tentam esmagar a nossa vida espiritual. A finalidade é mostrar que o crente espiritualmente renovado pode resistir a qualquer ataque das trevas.

  

I – O SOFRIMENTO EXTERIOR

1. A experiência de Paulo

O apóstolo Paulo é um exemplo de um homem que sofreu adversidades externas, mas não perdeu a solidez da vida espiritual. Suas epístolas relatam tribulações acima de suas forças, a ponto de ele perder a esperança da preservação da própria vida (2 Co 1.8). Ainda podemos ler menções do apóstolo a prisões, açoites, apedrejamento, perseguições, fadiga, fome, sede, frio e nudez (2 Co 11.23-27). Dessa forma, Paulo sintetiza as adversidades da nossa jornada de fé nas seguintes palavras: “E também todos os que piamente querem viver  em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2 Tm 3.12). Por isso, o texto bíblico diz que o tesouro do Evangelho está guardado em vasos de barro (2 Co 4.6,7). Isso é uma declaração de que somos feitos do pó, ou seja, somos mortais, e, por isso, como seres humanos, somos frágeis (2 Co 7.5). Nesse aspecto, o homem exterior padece e sofre ataques por causa da cruz (2 Tm 2.9,10).

  

2. O exemplo do Apóstolo

Mesmo diante do sofrimento, o apóstolo não retrocede e tampouco nega a fé (2 Tm 4.7; Hb 10.39). Suas provações forjaram a confiança em Deus na sua vida e ministério (2 Co 1.9,10; Fp 4.12,13). Ele reconhece que suas fraquezas são instrumentos do poder divino (2 Co 2.4; 4.11; 12.9,10). Sua vida está a serviço do Mestre, em favor dos escolhidos e para a glória de Deus (2 Co 1.12-14; 4.11,12,15). Cônscio de sua vocação, o apóstolo declara: “por isso não desfalecemos; [...] ainda que o nosso homem exterior se corrompa” (2 Co 4.16a). Nesse aspecto, o legado do apóstolo é de perseverança. Embora o homem exterior seja consumido pelas tribulações, o salvo não desanima nem recua. Acerca disso, Cristo nos assegurou: “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). 

  

3. A esperança do crente

Na Escritura, o contraste entre as aflições do homem e o poder de Deus estão assim representadas: (a) “atribulados, mas não angustiados” (2 Co 4.8a) significa que, mesmo pressionado, o crente não é esmagado; (b) “perplexos, mas não desanimados” (2 Co 4.8b), indica que, mesmo confuso, o crente não se desespera; (c) “perseguidos, mas não desamparados” (2 Co 4.9a), sinaliza que, mesmo ameaçado, o crente não é abandonado; (d) “abatidos, mas não destruídos” (2 Co 4.9b), mostra que, mesmo derrubado, o crente não é nocauteado. O texto ensina que, embora nosso corpo esteja sujeito ao pecado e ao sofrimento, Deus sempre provê um meio de escape (1 Co 10.13). Nosso Senhor obteve êxito sobre a morte e, do mesmo modo, temos esperança da vitória e da vida eterna (2 Co 4.14). Portanto, como cristãos, não podemos deixar de aguardar a bem-aventurada esperança em Cristo (Tt 2.13).

  

II – A RENOVAÇÃO INTERIOR

1. O fortalecimento diário

A Bíblia enfatiza que o Espírito Santo é o agente que habilita o cristão a manter-se firme na adversidade (Jo 14.16,17). Esse poder do Espírito atua no homem interior e capacita o crente a perseverar e a viver afastado do pecado (1 Co 2.12-16). Assim, apesar da fraqueza e do sofrimento exteriores, o nosso “interior, contudo, se renova de dia em dia” (2 Co 4.16b). Isso é a operação do Espírito que qualifica o salvo a não desfalecer. Do ponto de vista das disciplinas espirituais práticas, esse renovo ocorre por meio da santificação pessoal, fidelidade, reverência, oração, jejum e temor a Deus (1 Co 7.5; Ef 5.18; Hb 12.14,28). Portanto, não podemos permitir que a aflição nos desanime, mas devemos renovar o nosso compromisso em servir a Cristo e permitir que o poder do Espírito Santo nos fortaleça dia a dia (1 Co 16.13).

  

2. O eterno peso de glória

O apóstolo Paulo declara o seguinte: “a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” (2 Co 4.17). Aqui, ele faz um contraste entre o sofrimento presente e o futuro glorioso. O apóstolo ensina que, se comparada ao peso da glória, que é eterna, a tribulação é leve e passageira. Nesse sentido, a adversidade serve como instrumento encorajador do homem interior, impulsionando-o a prosseguir (Fp 3.13,14) e que a fé se renova à medida que o crente é capaz de suportar as tribulações (Jó 42.5; Sl 119.67). Portanto, faz-se necessário sermos sábios diante da tribulação, fugindo da murmuração e reconhecendo que as lutas, segundo o critério de Deus, são inevitáveis. Entretanto, as Escrituras ratificam que as aflições deste tempo não podem ser comparadas com a glória do porvir (Rm 8.18).

  

3. A visão da eternidade

Fortalecido em Deus, tendo plena consciência da vida vindoura, o cristão é exortado a não focar “nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2 Co 4.18). Contrastando as coisas visíveis com as invisíveis, as temporárias com as eternas, o apóstolo Paulo apela ao exercício da fé bíblica como uma importante motivação para o crente não desfalecer nas tribulações (cf. Hb 11.1). Nesse caso, somado à renovação diária, o crente deve viver sob a perspectiva da eternidade. Não por acaso, o apóstolo Paulo escreveu: “pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra” (Cl 3.2).

  

III – OS DESAFIOS DE HOJE

1. Cultura secularista

O “espírito da Babilônia”, por meio da cultura secularista, procura esmagar a vida espiritual dos crentes (Ap 17.5). É um sistema materialista, conforme estudamos até aqui, que nega a realidade espiritual, a existência de Deus, a verdade bíblica e todo o conjunto de valores provenientes da Palavra de Deus. Diante desse ataque, o Altíssimo continua a buscar um povo que seja renovado por dentro, resista aos ataques externos e tome posição contra o advento do mal (Ez 22.30).

  

2. Relativismo doutrinário

Outro ataque que procura matar a nossa vida espiritual é o processo de desconstrução dos fundamentos da fé. Não podemos tolerar a relativização doutrinária. Ora, relativizar a doutrina bíblica é enfraquecer o homem interior. Não há como renovar a nossa vida espiritual sem ter em alta conta a Palavra de Deus. Não se pode fazer uma releitura seletiva da Bíblia para agregar à Igreja os que não aceitam a sã doutrina (2 Tm 4.3). O relativismo aliado à ideologia secularista impõe o que deve ser considerado como ideal. Assim, o pecado é aceito e tolerado. Porém, o crente renovado deve reagir contra essa inversão de valores, resistir ao “espírito da Babilônia” e “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 1.3).

  

3. Batalha espiritual

Todo salvo trava uma batalha espiritual neste mundo. A Escritura diz que Satanás é o “deus deste século” e que o mundo jaz no Maligno (2 Co 4.4; 1 Jo 5.19). Por isso, nossa Declaração de Fé realça que foi com engano que ele começou as suas atividades contra o homem (Gn 3.13; 2 Co 11.3). E é com essa arma que o Diabo e seus agentes ainda seduzem as pessoas neste mundo (Ap 12.9). Outrossim, os espíritos malignos têm capacidade de influenciar os que vivem na desobediência, manipulando, aprisionando e colocando pessoas contra Deus (Ef 2.2). Por isso, a Bíblia alerta que nossa luta não é contra o homem, mas contra os demônios (Ef 6.12). De certo, o crente renovado, de posse da armadura de Deus, deve posicionar-se contra as ciladas do Diabo, “orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18).

  

CONCLUSÃO

Durante a existência do corpo mortal, nosso homem exterior estará sujeito às tribulações desta vida (2 Co 4.11). Apesar do padecimento e das aflições, o nosso homem interior não deve desfalecer, mas se renovar por meio do poder do Espírito (2 Co 4.16). Assim, os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com o peso de glória eterna reservado para os fiéis (2 Co 4.17). Por isso, no tempo presente de ataques e desconstrução da fé cristã, necessitamos de renovação do nosso interior, dia a dia, para enfrentar o poder do pecado e do mal.

 

SINÓPSE I - O apóstolo Paulo sofreu muitas aflições, mas se manteve fiel. Nós devemos seguir seu exemplo.

SINÓPSE II - Precisamos buscar o renovo do homem interior constantemente, nos fortalecendo com a ajuda do Espírito Santo.

SINÓPSE III - A cultura secularista e o relativismo doutrinário combatem contra a fé cristã. Precisamos nos fortalecer para vencermos as batalhas espirituais.

comparados com o peso de glória eterna reservado para os fiéis (2 Co 4.17). Por isso, no tempo presente de ataques e desconstrução da fé cristã, necessitamos de renovação do nosso interior, dia a dia, para enfrentar o poder do pecado e do mal.

  

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

As adversidades são comuns à nossa vida terrena. Por isso, nosso Senhor alertou: "no mundo tereis aflições" (Jo 16.33). Fica claro que as aflições são uma realidade. Entretanto, o nosso desafio é não deixar que a fé seja enfraquecida por elas. Precisamos lembrar de que Jesus já venceu o mundo. Assim, a lição desta semana traz uma exortação para que a nossa vida interior, isto é, a vida espiritual, persevere diante das muitas dificuldades externas.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Refletir sobre as adversidades enfrentadas pelo homem interior; II) Compreender que essas dificuldades na vida não podem ser comparadas à glória futura reservada aos cristãos; III) Despertar os alunos para buscar o renovo espiritual e o fortalecimento do homem interior.

B) Motivação: A vida do apóstolo Paulo nos mostra que os crentes fiéis e obedientes ao Senhor também passam por muitas provações e aflições. Ele nos deixou um grande exemplo de como permanecer firme em Cristo, mesmo diante do sofrimento. Como cristão precisamos amadurecer na fé. Para isso, Deus usa as adversidades para nos conduzir ao caminho do crescimento espiritual.

C) Sugestão de Método: Essa lição precisa ser desenvolvida à luz das experiências pessoais dos seus alunos. Ao apresentar o primeiro e o segundo tópico, compartilhe um testemunho pessoal que mostre o quanto uma adversidade pode nos fazer crescer na fé. Em seguida, convide seus alunos a compartilharem também. Exemplos reais irão enriquecer sua aula e edificar a fé dos ouvintes.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Esta lição traz uma mensagem de despertamento espiritual. Convide sua classe a refletir sobre a saúde e a firmeza da fé em Cristo. Na lição foi citado dois tipos de ataques contra a fé cristã (o secularismo e o relativismo doutrinário). Entretanto, é possível que seus alunos estejam enfrentando outros tipos de provações. Ressalte que o Espírito Santo é nossa fonte de força e renovo. Encerre a aula motivando seus alunos a buscarem mais da intimidade com Deus por meio de uma vida de oração.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "O paradoxo dos sofrimentos de Paulo", que ajudará aprofundar o primeiro tópico; 2) O texto "Batalha Espiritual" deve ser usado na ministração do segundo tópico, pois traz aplicações devocionais sobre o tema.

  

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Qual exemplo podemos contemplar na vida do apóstolo Paulo?

Mesmo diante do sofrimento, o apóstolo não retrocedeu e tampouco negou a fé.

2. O que a Bíblia enfatiza a respeito do Espírito Santo?

A Bíblia enfatiza que o Espírito Santo é o agente que habilita o cristão a manter-se firme na adversidade.

3. Que contraste o apóstolo Paulo faz para apelar ao exercício da fé bíblica?

Ele contrasta as coisas visíveis com as invisíveis, as temporárias com as eternas.

4. De acordo com a lição, o que o “espírito da Babilônia” nega?

Nega a realidade espiritual, a existência de Deus, a verdade bíblica e todo o conjunto de valores provenientes da Palavra de Deus.

5. O que a Bíblia nos alerta a respeito de nossa luta?

A Bíblia alerta que nossa luta não é contra o homem, mas contra os demônios (Ef 6.12).

  

AUXÍLIO TEOLÓGICO

“O PARADOXO DOS SOFRIMENTOS DE PAULO

[Em 2 Coríntios 4.7-11] Parece que Paulo foi atingido pelo paradoxo que acabou de descrever. O ‘tesouro’ (v. 7) faz referência à ‘luz [ou iluminação] do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo’ (v. 6), conhecido e experimentado por Paulo e seus companheiros. Isto abrange a completa realidade que pertence ao novo ministério da aliança do Espírito (3.3-18). Paulo é dominado pelo contraste entre o valor insondável e duradouro deste ‘tesouro do evangelho’ e a indignidade e fragilidade humana (‘vasos de barro’) daqueles que agora levam-no ao mundo. Ele também percebe que este paradoxo é necessário. Deus escolheu trazer o evangelho ao mundo através da fraqueza humana [5] para que a grandeza extraordinária de seu poder de salvação possa ser vista como sua obra e não como uma ação humana. Os versículos 8,9 contêm quatro conjuntos de contrastes que ilustram tanto a fraqueza de Paulo em executar sua chamada apostólica, como o poder de Deus para superar esta fraqueza e libertá-lo: Paulo conheceu aflições que o pressionavam de todos os lados, porém nunca foi cercado a ponto de ser esmagado. Encontrou circunstâncias desnorteantes, mas nunca chegou a ponto de se desesperar. Seus inimigos haviam perseguido seus passos, mas Deus nunca o deixou cair em suas garras. Abateram-no até o chão, porém foram impedidos de dar o golpe fatal. Em resumo, Paulo descreve estas experiências em termos físicos, identificando-as com a “morte de Jesus” ou até mesmo como que participando desta (v. 10), de forma que Deus poderia revelar seu poder de ressurreição. Este poder infunde ao corpo mortal de Paulo a vida de Jesus, e preservou-o apesar das tribulações e das ameaças contra sua vida (vv. 10-11). Estas não são somente as consequências destas tribulações, mas também o propósito de Deus” (ARRINGTON, F. L. STRONSTAD, R. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 287).

  

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO - BATALHA ESPIRITUAL

“A guerra é aplicada de forma figurada à vida espiritual, particularmente pelo apóstolo Paulo. O seguidor de Cristo, como um bom soldado, suporta as dificuldades e não se envolve de forma exagerada com os assuntos desta vida (2 Tm 2.3,4). Aquele que é temente e obediente veste ‘toda a armadura de Deus’ para que possa estar firme e resistir às forças espirituais opostas que, de outro modo, o derrotariam (Ef 6.10-20). O cristão não trava uma guerra contra a carne e o sangue; portanto, as armas de sua luta não são materiais ou humanas, e sim divinamente poderosas para destruir fortalezas de especulações e sofismas, e tudo aquilo que se levanta de forma orgulhosa contra o conhecimento de Deus (2 Co 10.4,5). A Igreja de Jesus Cristo deve lutar contra as portas do inferno, pois estas não serão capazes de resistir (Mt 16.18)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.887).