Lição
6, A Justiça de DEUS
TEXTO ÁUREO
“Com o puro te mostrarás puro; e com o perverso te mostrarás
indomável.” (Sl 18.26)
VERDADE PRÁTICA
Os agentes do juízo divino revelam que a responsabilidade humana é
pessoal.
Lição 6, CPAD, A Justiça de DEUS, 4Tr22, Pr Henrique, EBD NA TV
https://youtu.be/XkH1qRC9ZSQ
https://pt.slideshare.net/henriqueebdnatv/slides-licao6-a-justica-de-deus-pr-henrique-ebd-na-tvpptx
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 18.26 O Justo Juiz de toda a Terra
sabe separar o justo do injusto
Terça - 2 Rs 17.25 Animais selvagens são agentes de DEUS para o juízo
divino
Quarta - Jr 24.10 Espada, fome e peste são agentes da ira divina
Quinta - Jr 29.18 A trilogia da morte, espada, fome e peste, envolve
destruição e diáspora
Sexta - Dn 12.1 O juízo divino sobre Jerusalém é o prenúncio da Grande
Tribulação
Sábado - Lc 21.21-24 O derramamento da ira de DEUS nunca acontece sem
aviso prévio
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ezequiel 14.12-21
12 - Veio ainda a mim a
palavra do SENHOR, dizendo: 13 - Filho do homem, quando uma terra pecar contra
mim, gravemente se rebelando, então, estenderei a mão contra ela, e tornarei
instável o sustento do pão, e enviarei contra ela fome, e arrancarei dela
homens e animais; 14 - ainda que estivessem no meio dela estes três homens,
Noé, Daniel e Jó, eles, pela sua justiça, livrariam apenas a sua alma, diz o
Senhor JEOVÁ. 15 - Se eu fizer passar pela terra nocivas alimárias, e elas a
assolarem, que fique assolada, e ninguém possa passar por ela por causa das
feras; 16 - ainda que esses três homens estivessem no meio dela, vivo eu, diz o
Senhor JEOVÁ, que nem a filhos nem a filhas livrariam; só eles ficariam livres,
e a terra seria assolada. 17 - Ou, se eu trouxer a espada sobre a tal terra, e
disser: Espada, passa pela terra: e eu arrancar dela homens e animais; 18 -
ainda que aqueles três homens estivessem nela, vivo eu, diz o Senhor JEOVÁ, que
nem filhos nem filhas livrariam, mas eles só ficariam livres. 19 - Ou se eu
enviar a peste sobre a tal terra e derramar o meu furor sobre ela com sangue,
para arrancar dela homens e animais; 20 - ainda que Noé, Daniel e Jó estivessem
no meio dela, vivo eu, diz o Senhor JEOVÁ, que nem filho nem filha eles
livrariam, mas só livrariam a sua própria alma pela sua justiça. 21 - Porque
assim diz o Senhor JEOVÁ: Quanto mais, se eu enviar os meus quatro maus juízos,
a espada, e a fome, e as nocivas alimárias, e a peste, contra Jerusalém para
arrancar dela homens e animais?
PALAVRA-CHAVE - Justiça
Resumo
da Lição 6, A Justiça de DEUS
I – SOBRE A IDENTIFICAÇÃO DO JUÍZO DIVINO
1. O discurso profético.
2.
A primeira parte do oráculo (v.13).
3.
Descrição dos agentes do juízo divino (vv.17,21).
II - SOBRE A PETIÇÃO QUE DEUS NÃO ATENDE
1. Exemplos de intercessão pelo pecador.
2.
Um castigo inevitável.
3.
Quando DEUS não atende a oração intercessória de um justo.
III – SOBRE A INTERCESSÃO DE NOÉ, DANIEL E JÓ
1. Por que o povo rejeitou os profetas?
2.
“Noé, Daniel e Jó” (vv.14,20).
3.
O profeta Daniel.
COMENTÁRIOS
EXTRAS
BEP - CPAD
14.3 ÍDOLOS NO SEU CORAÇÃO. Os
anciãos de Israel (v. 1) eram culpados de idolatria no coração, i.e., não eram
leais a DEUS e à sua Palavra. Desprezaram a vontade divina, e queriam viver de
maneira ímpia. Como DEUS não respondesse suas orações, ficaram sem direção
alguma. Semelhantemente, aqueles que hoje buscam orientação de DEUS, não a
terão, se seus corações estiverem cheios de impiedade e demais coisas
pecaminosas do mundo.
14.9,10 O PROFETA... DESTRUÍ-LO-EI. DEUS destruiria qualquer profeta
que tolerasse, apoiasse, ou incentivasse a idolatria dos israelitas.
Semelhantemente, os pastores que toleram membros da igreja, em pecado, e não os
disciplinam serão considerados tão culpados como esses membros hipócritas.
14.14 NOÉ, DANIEL E JÓ. O julgamento que estava para vir sobre Jerusalém era tão certo que até
mesmo estes três homens de DEUS, conhecidos pela sua retidão (Gn 6.9; Jó 1.1,8;
2.3; Dn 6.4,5,22), não poderiam livrar ninguém mediante as suas orações
intercessórias.
14.16 NEM A FILHOS NEM A FILHAS LIVRARIAM. A condição moral de Judá tornou-se tão pecaminosa, que nem as justas
orações de Noé, Daniel e Jó seriam suficientes para salvar seus próprios
filhos. O crente deve tomar muito cuidado quanto ao ambiente social e
educacional de seus filhos. O ambiente pode tornar-se tão ímpio que nem nossa
vida santa, nem nossas ferventes orações conseguirão levar esses filhos a
aceitar CRISTO como seu Senhor e Salvador
A mensagem de julgamento e Grace ( 14: 12-23 ) -
Comentário Bíblico Wesleyana
12 E a palavra do Senhor veio a mim,
dizendo: 13 Filho do homem, quando uma terra pecar contra mim
por cometer uma transgressão, e eu estendo a minha mão contra ela, e quebrar o
sustento do pão, e enviarei fome sobre -lo, e cortar dela homens e
animais; 14 ainda que esses três homens, Noé, Daniel e Jó
estivessem no meio dela, eles devem entregar, mas as suas próprias almas pela
sua justiça, diz o Senhor DEUS. 15 Se eu fizer feras para
passar pela terra, e eles devastar-lo, e ela fique desolada, de modo que
ninguém possa passar por ela por causa das feras; 16 ainda que
esses três homens estivessem nela, vivo eu, diz o Senhor DEUS, eles devem
entregar nem filhos nem filhas; eles só devem ser entregues, mas a terra
seria assolada. 17 Ou, se eu trouxer a espada sobre aquela
terra, e disser: Espada, passa pela terra; para que eu cortar dela homens
e animais; 18 ainda que esses três homens estivessem nela, vivo
eu, diz o Senhor DEUS, eles não livrariam nem filhos nem filhas, mas eles só
devem ser entregues a si mesmos. 19 Ou, se eu enviar a peste
sobre aquela terra, e derramar o meu furor sobre ela com sangue, para
exterminar dela homens e animais; 20 ainda que Noé, Daniel e Jó
estivessem no meio dela, vivo eu, diz o Senhor DEUS, eles devem entregar nem
filho nem filha; eles somente livrariam as suas próprias almas pela sua
justiça.
21 Pois assim diz o Senhor DEUS: Quanto mais quando eu
enviar os meus quatro maus juízos, a espada, a fome, as bestas-feras e a peste,
para cortar dela homens e animais 22 Mas, se ainda , se ainda
restarem nela alguns sobreviventes que devem ser realizados fora, assim filhos
e filhas; eis que eles virão para vós, e vereis o seu caminho e os seus
feitos; e sereis consolados do mal que eu trouxe sobre Jerusalém, e de
tudo o que eu trouxe sobre ela. 23 E sereis consolados, quando
virdes o seu caminho e os seus feitos; e sabereis que eu não fiz sem razão
tudo o que eu tenha feito, diz o Senhor DEUS.
Outra mensagem pessoal aos cativos de Tel-Abibe segue o julgamento
sobre a idolatria. A configuração cresce fora das perguntas dos cativos
por que motivo DEUS não poupará Jerusalém como Ele se ofereceu para fazer com
Sodoma e Gomorra nos dias de Abraão ( Gn. 18: 23f ). Ezequiel
enuncia o princípio da responsabilidade pessoal. A justiça do justo não
pode salvar o ímpio.
A breve mensagem é composta de duas considerações: a regra de
julgamento (vv. 12-21 ), e o remanescente da graça
(vv. 22-23 ).
A regra de julgamento, com seus quatro ilustrações é expressa
hipoteticamente: quando uma terra pecar ... e eu estendo a minha mão ... e
enviar fome ... ainda que esses três homens estivessem no meio dela ... ...
eles devem entregar, mas suas próprias almas. Esta ilustração é empregada
de quatro vezes, cada vez que sugere uma nova forma de julgamento pela fome,
feras, uma espada e peste. O princípio espiritual é que a presença de um
homem justo há segurança para os ímpios, que vai sofrer por seus próprios
pecados.
Noé, Daniel e Jó eram homens anotado para grande justiça nos tempos do
Antigo Testamento. Noé salvou sua família ( : Gen. 6 8F. ;) Daniel
salvou seus amigos ( Dan. 1: 6-20 ); Jó salvou seus inimigos
( Jó 42: 7-10 ). Se alguém fosse capaz de salvar Jerusalém, que
teria sido uma dessas grandes santos. Mas a mensagem de julgamento
inevitável foi corrigido. Mesmo que eles estavam presentes nesta cidade
mal, que só seria capaz de salvar-se.
Os críticos argumentam que a diferença de nomes entre esta Dan'el e
Daniel, o profeta ( Dan. 1: 2 ), significa que Ezequiel está se
referindo ao grande herói de Canaã mencionado nos tablets Ras Shamra. Embora
isso seja possível, o peso da evidência nesta passagem favorece a Daniel
bíblico. Ezequiel foi em Babylon, um contemporâneo do conselheiro corte de
Nabucodonosor ( Dan. 2 ). Ele refere-se tanto a justiça de
Daniel e de sua sabedoria (cf. 28: 3 ; Dan. 1:
8 ; 05:11 ). Seria improvável para Ezequiel, um sacerdote,
para mencionar um herói Cananéia que não era monoteísta, quando a chave pensei
aqui é justiça. Nota 28: 3 , onde a sabedoria de Daniel é a ideia
principal.
O versículo 21 aplica-se a suposição de Jerusalém. Se a
terra não poderia ser salvo de um julgamento, quanto mais quando DEUS
envia todos os quatro tipos de julgamento sobre Jerusalém. Certamente, não
há esperança para esta cidade mal.
Mas, em contraste com a certeza de um julgamento, Ezequiel lembra-nos
da misericórdia da graça de DEUS: No entanto, eis que, se ainda restarem
nela um remanescente. Somente a graça pode poupar onde a justiça e a honra
procura vingança. "Onde abundou o pecado, a graça abundou mais
excessivamente" ( Rom. 5:20 ). Fora da cidade condenada
virão alguns que sereis consolados. Estas foram palavras de graça para os
cativos perplexos de Tel-Abibe. O testemunho da resquício que pudesse
assegurar os atuais cativos que os caminhos de DEUS estava certo e justo
(v. 22 ). Não mais que eles levantam a questão: "Por que
DEUS não poupou a nossa cidade?" Eles sabem que eu não fiz sem razão
tudo o que eu tenha feito, diz o Senhor DEUS.
Esta breve palavra do profeta estabelece dois pensamentos que passam
por toda a Escritura. O julgamento de DEUS cai inevitavelmente sobre o
pecado; o homem não pode rejeitar a DEUS e vencer. No entanto, a
graça de DEUS está presente no meio de julgamento; há sempre um raio de
esperança para a alma que se arrepende.
A Destruição do Povo é Determinada. - A Variedade dos Juízos
Divinos. - Um Remanescente é Preservado - Com. Bíblico - Matthew Henry
(Exaustivo) AT e NT
Ezequiel 14. 12-23 - O objetivo destes versos é mostrar:
I
Que os pecados nacionais trazem juízos nacionais. Quando a
virtude é destruída, em pouco tempo as demais coisas também são destruídas (v.
13): Quando uma terra pecar contra mim, gravemente se rebelando, quando a
perversidade e a iniquidade se tornarem epidêmicas, quando os pecadores forem
muito numerosos e os seus pecados odiosos, quando graves impiedades e
imoralidades prevalecerem, “então, estenderei a mão contra ela”, para puni-la.
O poder divino será exercido abertamente e vigorosamente. Os juízos se
estenderão a todos os cantos da terra, a todos os interesses da nação. Pecados
graves trazem pragas graves.
II
Que DEUS tem uma variedade de amargos juízos com os quais pune as
nações pecadoras, e Ele os tem todos a Seu comando e os inflige quando deseja.
Na verdade, Ele permitiu que Davi escolhesse com qual juízo desejava ser punido
pelo seu pecado de numerar o povo. Pois qualquer deles serviria ao Seu
objetivo, que era diminuir o número de que Davi tanto se orgulhava. Mas Davi,
na verdade, devolveu a escolha a DEUS; “Caiamos nas mãos do Senhor. Que Ele
escolha a vara que nos atingirá”. Mas DEUS usa uma variedade de juízos para que
fique evidente que Ele tem um domínio universal, e em todos os nossos
interesses podemos ver a nossa dependência dele. Quatro juízos amargos são aqui
especificados: 1. A fome, v. 13. A negação e a retenção das misericórdias
comuns é por si só, um juízo suficiente, nada mais é necessário para tornar um
povo infeliz. DEUS não precisa trazer a vara de opressão, basta tirar o
sustento do pão e a obra logo é cumprida. Ele extirpa homens e animais eliminando
as provisões que a natureza cria para ambos, nos produtos anuais da terra. DEUS
tira o sustento do pão quando, ainda que tenhamos pão, não somos alimentados e
fortalecidos por ele. Ageu 1.6, Comeis mas não vos fartais. 2. Animais nocivos,
repugnantes, venenosos ou famintos. DEUS pode fazê-los passar pela terra (v.
15), fazer com que se multipliquem por todas as suas partes, e prová-la, não
somente através do gado domesticado, atacando seus rebanhos, mas do seu povo,
devorando homens, mulheres e crianças, de modo que ninguém possa passar por
ela, por causa das feras. Ninguém ousará passar, nem mesmo pelas estradas,
temendo ser despedaçado pelos leões, ou outros animais predatórios, como os
filhos de Betel o foram, por dois ursos. Observe que quando os homens se
rebelam contra a sua aliança com DEUS, e se rebelam contra Ele, é justo diante
de DEUS que as criaturas inferiores se levantem contra os homens, Levítico
26.22. 3. A guerra. DEUS frequentemente castiga as nações trazendo sobre elas
uma espada, a espada de um inimigo estrangeiro, e a esta espada Ele dá Sua
comissão e ordens sobre a execução que ela fará (v. 17): Ele diz: Espada, passa
pela terra. Já é ruim o suficiente se a espada somente entrar nas fronteiras de
uma terra, mas muito pior quando ela passa pelas entranhas de uma terra. Com a
espada DEUS arranca de uma terra homens e animais, cavalaria e infantaria. A
execução que a espada realiza, é DEUS que a realiza por intermédio dela. Pois é
a Sua espada que age como Ele lhe ordena. 4. A peste (v. 19), alguma doença
terrível, que algumas vezes despovoou cidades. Por ela, DEUS derrama o Seu
furor com sangue (isto é, com morte). A peste mata tão eficazmente como se o
sangue fosse derramado pela espada, pois está envenenada pela doença, e de
doença a chamamos. Veja como é infeliz o caso da humanidade que está assim
exposta a mortes de variadas formas. Veja como é perigoso o caso dos pecadores
contra os quais DEUS tem tantas maneiras de lutar, de modo que, ainda que
escapem a um juízo, DEUS tem outro à sua espera.
III
Que, quando o povo que professa servir a DEUS se revolta contra Ele, e
se rebela contra Ele, pode, com razão, esperar que uma combinação de juízos
caia sobre todos eles. DEUS tem várias maneiras de lutar contra uma nação
pecadora. Mas se Jerusalém, a cidade santa, se tornar uma prostituta, DEUS
enviará sobre ela todos os Seus “quatro maus juízos” (v. 21). Pois quanto mais
próxima uma pessoa está de DEUS em nome e profissão, mais severamente Ele
lidará com ela, se ela envergonhar aquele digno nome pelo qual é chamada, e for
falsa com aquilo que professa. Eles serão castigados sete vezes mais.
IV
Que pode haver, e normalmente há, alguns poucos homens de bem, mesmo
naqueles lugares que pelo pecado, estão prontos para a destruição. Não é uma
suposição estranha que mesmo em uma terra que transgrediu terrivelmente, possa
haver três homens como Noé, Daniel e Jó. Daniel estava vivo nesta época, e mal
tinha chegado ao auge da sua eminência, mas já era famoso (pelo menos, esta
palavra de DEUS a respeito dele, sem dúvida, o tornaria famoso). No entanto,
ele foi levado em cativeiro, com os primeiros, Daniel 1.6. Algumas das melhores
pessoas em Jerusalém poderiam, talvez, pensar que, se Daniel (de cuja fama na
corte do rei da Babilônia eles tinham ouvido falar) tivesse permanecido em
Jerusalém, ela teria sido poupada por causa dele, como aconteceu com os magos
na Babilônia. Não, diz DEUS, embora vocês o tenham tido, a ele, que foi tão
eminentemente bom em maus tempos e lugares como Noé no velho mundo, e Jó, na terra
de Uz, ainda assim a suspensão desta punição não será obtida. Nos lugares mais
corruptos e nas épocas mais degeneradas, existe um resto que DEUS reserva para
Si mesmo, e que ainda conservará a sua integridade, e continuará justo pela
honra de libertar a terra, como está escrito que são os inocentes, Jó 22.30.
V
Que DEUS frequentemente poupa lugares muito ímpios por causa
de algumas poucas pessoas piedosas que ali estão. Isto é indicado aqui como a
expectativa dos amigos de Jerusalém no dia da sua aflição: Certamente DEUS irá
interromper a Sua controvérsia conosco. Pois não há alguns, entre nós, que
esvaziam a medida da culpa nacional com as suas orações, da mesma maneira como
outros a enchem com seus pecados? E, em lugar de destruir os justos com os ímpios,
DEUS preservará os ímpios com os justos. Se Sodoma poderia ter sido poupada por
causa de dez homens de bem, certamente Jerusalém também pode.
VI
Que homens que forem como Noé, Daniel e Jó, prevalecerão, se alguém
puder prevalecer, para desviar a ira de DEUS de um povo pecador. Noé era um
homem reto e manteve a sua integridade quando toda a carne tinha corrompido o
seu caminho. E por causa dele, a sua família, ainda que um deles fosse ímpio
(Cam), foi salva na arca. Jó foi um grande exemplo de piedade, e poderoso na
oração por seus filhos e por seus amigos. E DEUS virou o seu cativeiro quando
ele orou. Estes eram exemplos muito antigos, mais importantes que Moisés, o
grande intercessor. E DEUS os menciona para indicar que Ele tinha alguns
favoritos muito peculiares, muito tempo antes que a nação judaica fosse formada
ou fundada, e os teria quando ela fosse destruída. E por esta razão,
aparentemente, estes nomes são usados, e não os de Moisés, Arão ou Samuel. No
entanto, para que ninguém pensasse que DEUS era parcial na Sua consideração
pelos dias antigos, aqui está um exemplo moderno, um exemplo vivo, colocado
entre aqueles dois que eram as glórias da antiguidade (e que agora é um cativo,
“Daniel”), para nos ensinar a não diminuir os homens de bem dos nossos dias
enaltecendo demais os antigos. Que os filhos do cativeiro saibam que Daniel,
seu semelhante, e companheiro em tribulações, sendo um homem de grande
humildade, piedade e zelo por DEUS, cuidadoso e constante em oração, tinha um
acesso ao céu como tinham Noé ou Jó. Por que DEUS não poderia levantar homens
grandiosos e bons como fez anteriormente, e fazer a mesma coisa por eles?
VII
Que quando o pecado de um povo atingisse o seu auge, e a sua destruição
fosse promulgada, a piedade e as orações dos melhores homens não prevaleceriam
para dar um fim à controvérsia. Isto é declarado aqui, repetidas vezes, pois,
ainda que esses três homens estivessem no meio de Jerusalém, “nem filho nem
filha eles livrariam”. Os pequeninos não seriam livrados por causa deles, tanto
quanto os pequenos de Israel não foram livrados pela oração de Moisés, Números
14.31. Não. A terra seria desolada, e DEUS não ouviria as orações por ela,
ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante dele, Jeremias 15.1. Observe que
quando se abusa da paciência, ela se converte em ira inexorável. E parece que
DEUS seria mais inexorável no caso de Israel do que em qualquer outro (v. 6),
porque, além da paciência divina, eles tinham desfrutado de mais privilégios do
que qualquer outro povo, e isto agravava o seu pecado.
VIII
Que, embora homens piedosos e que oravam não prevalecessem para
libertar a outros, eles libertariam suas próprias almas, pela sua justiça, de
modo que, embora pudessem sofrer a calamidade comum, para eles a propriedade
desta calamidade seria alterada. Ela não seria, para eles, o que era para os
ímpios. Ela seria fraca e não lhes faria mal. Ela seria santificada, e lhes
faria bem. Algumas vezes, as almas dos fiéis (as suas vidas) são admiravelmente
libertadas, e lhes são dadas como despojo. Pelo menos as suas almas (os seus
interesses espirituais) são protegidas. Se seus corpos não forem libertados,
pelo menos as suas almas serão. As riquezas realmente não servem para nada no
dia da ira, mas a justiça liberta da morte, de uma morte tão grande, de tantas
mortes como as que são ameaçadas aqui. O fato de que, se conservarmos a nossa
integridade em tempos de apostasia comum estaremos escondidos no dia da ira do
Senhor, deve nos encorajar a conservá-la.
IX
Que, ainda que DEUS inflija as maiores desolações com seus juízos, Ele
reserva alguns para serem monumentos da Sua misericórdia, vv. 22,23. Na própria
Jerusalém, embora marcada para a destruição total, haverá um resto que não será
extirpado por nenhum destes maus juízos anteriormente mencionados, mas será
levado em cativeiro – tanto os filhos como as filhas, que serão a semente de
uma nova geração. Os jovens, que não tinham chegado a tal obstinação no pecado
como seus pais (que foram extirpados por serem incuráveis), serão levados para
fora das ruínas de Jerusalém, pelo inimigo vitorioso, e “virão a vós”, que
estais em cativeiro. Eles se tornarão grandes necessitados. E tendo em vista
que muitos de seus amigos tinham ido para lá antes deles, eles virão ainda mais
dispostos à Babilônia, e aqueles estarão prontos para recebê-los. “Vereis o seu
caminho e os seus feitos”. Vocês ouvirão quando eles fizerem uma confissão
livre e sincera dos pecados de que tinham sido culpados, e uma humilde
profissão de arrependimento por eles, com promessas de reforma. E verão
exemplos da sua reforma, verão o bem que a sua aflição lhes fez, e com que
prudência e paciência se comportam nesta aflição. O fato de escaparem, por
pouco, produzirá um efeito positivo sobre eles. Isto mudará o seu temperamento
e o seu modo de vida, e os tornará novos homens. Isto resultará: 1. Na
satisfação de seus irmãos: “Sereis consolados, quando virdes o seu caminho”.
Observe quão consoladora é a visão de um povo que, estando sob a vara, se
arrepende e se humilha, justificando a DEUS e aceitando a punição pela sua
iniquidade. Quando sofremos (e sofremos!) pelas aflições de outros, é um grande
consolo para nós, em nossa angústia, vê-los tirando proveito das suas aflições
e fazendo bom uso delas. Quando os cativos disseram aos seus amigos quão maus
tinham sido, e quão justo DEUS foi ao trazer estes juízos sobre eles, isto os
deixou muito tranquilo, e ajudou a reconciliá-los com as calamidades de
Jerusalém. Também aceitaram a justiça de DEUS ao punir o Seu próprio povo desta
maneira, e a bondade de DEUS, que agora mostrava ter tido as melhores intenções
em tudo. E assim, “ficareis consolados do mal que eu trouxe sobre Jerusalém”.
Em outras palavras, quando compreenderem melhor, não terão preocupações tão
terríveis como têm tido. Observe que se obtivermos o bem pelas nossas aflições,
temos uma dívida com nossos irmãos, pois o fato de saberem disto os consolará.
2. Isto resultará na honra de DEUS: “Sabereis que não fiz sem razão tudo quanto
tenho feito”. Sabereis que não foi sem uma justa provocação e nem sem um
gracioso desígnio, que fiz tudo quanto tenho feito nela. Observe que quando as
aflições tiverem concluído o seu trabalho, e tiverem cumprido aquilo para o que
foram enviadas, então ficarão evidentes a sabedoria e a bondade de DEUS ao enviá-las,
e DEUS não será somente justificado, mas glorificado nelas.
A condição deplorável de Jerusalém é irremediável (14.12-23)
- Comentário - NVI (F F Bruce)
Que a presença de homens justos em uma
comunidade, especialmente se forem grandes intercessores, pode protegê-la
contra o desastre é um tema recorrente no ATOS: o exemplo clássico é
a garantia divina dada a Abraão com relação a Sodoma (Gn
18.23-32). Mas a condição de Jerusalém agora é tão desesperadora que
o homem mais justo que já tivesse vivido não poderia salvá-la da
fome, dos animais selvagens, da espada e da peste. O mesmo tema é
formulado em Jr 15.1-4, em que Moisés e Samuel (intercessores realmente
grandes) têm o papel que Noé, Daniel e Jó têm no texto estudado aqui.
v. 13. para cortar o seu sustento: cf. 4.16; 5.16. v. 14. Noé, Daniel
eJó: três homens que se sobressaíram por sua justiça; acerca de
Noé, cf. Gn 6.9; 7.1 (contudo as únicas pessoas resgatadas em virtude da
justiça dele foram pessoas da sua própria família), e acerca de Jó, cf. Jó
1.1,8 (e 42.8,10, em que ele ora com eficácia por seus três amigos). Daniel
(heb. daríeí, NEB: “Danei”) é soletrado de forma diferente do herói do
livro de Daniel, contemporâneo de Ezequiel, e possivelmente deve ser
identificado com uma personagem comparável em antiguidade com Noé e Jó —
o Danei que é celebrado na literatura ugarítica do século XIV a.C. como um
governante justo e sábio, que julgou a causa da viúva e do órfão (cf.
28.3). (Pode ser coincidência que um “Danei” seja mencionado em Jubileus
4.20 como o tio e sogro de Enoque.) Se essa identificação puder
ser sustentada, então todos os três homem justos desse texto
eram não-israelitas (ao contrário dos israelitas Moisés e Samuel em Jr
15.1), mas, se eles vivessem em Jerusalém, a sua justiça serviria apenas
para salvar a sua própria vida — nem mesmo (em contraste com a narrativa
do Dilúvio) a vida das suas famílias. Isso pode ser uma antecipação do
individualismo ético destacado em 18.1ss; 33.10-16.
v. 21. os meus quatro terríveis juízos: resumindo as ameaças em maiores
detalhes dos v. 12-20. Três das quatro — a espada, a fome [...] e a peste
— já foram mencionadas nos oráculos de 5.12 e 6.12, e a outra —
animais selvagens — no de 5.17. v. 22. haverá alguns sobreviventes: cf.
12.16. Aqui a sobrevivência de algumas pessoas do cerco e saque de
Jerusalém não é tanto um ato de misericórdia para os próprios
sobreviventes quanto uma fonte de consolo para os exilados:
quando eles virem os sobreviventes e ouvirem de suas experiências
angustiantes, ficarão felizes por terem sido levados para o exílio
já antes e vão entender que DEUS teve um propósito nisso tudo.
O JULGAMENTO DO CRENTE
2Co 5.10 “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de CRISTO,
para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou
mal.”
A Bíblia ensina que os crentes terão, um dia, de prestar contas “ante o
tribunal de CRISTO”, de todos os seus atos praticados por meio do corpo, sejam
bons ou maus. No tocante a esse julgamento do crente, segue-se o estudo de
alguns de seus pontos.
Todos os crentes serão julgados; não haverá exceção (Rm 14.10,12; 1Co
3.12-15; 2Co 5.10; ver Ec 12.14).
Esse julgamento ocorrerá quando CRISTO vier buscar a sua igreja (ver Jo
14.3; cf. 1Ts).
4.14-17).
O juiz desse julgamento é CRISTO (Jo 5.22, cf. “todo o juízo”; 2Tm 4.8,
cf. “Juiz”).
A Bíblia fala do julgamento do crente como algo sério e solene,
mormente porque inclui para este a possibilidade de dano ou perda (1Co 3.15;
cf. 2 Jo 8); de ficar envergonhado diante dEle “na sua vinda” (1Jo 2.28), e de
queimar-se o trabalho de toda sua vida 1Co 3.13-15). Esse julgamento, não é
para sua salvação, ou condenação. É um julgamento de obras.
Tudo será conhecido. A palavra “comparecer” (gr. phaneroo, 5.10)
significa “tornar conhecido aberta ou publicamente”. DEUS examinará e revelará
abertamente, na sua exata realidade, (a) nossos atos secretos (Mc 4.22; Rm
2.16), (b) nosso caráter (Rm 2.5-11), (c) nossas palavras (Mt 12.36,37), (d)
nossas boas obras (Ef 6.8), (e) nossas atitudes (Mt 5.22), (f) nossos motivos
(1Co 4.5), (g) nossa falta de amor (Cl 3.23—4.1) e (h) nosso trabalho e
ministério (1Co 3.13).
Em suma, o crente terá que prestar contas da sua fidelidade ou
infidelidade a DEUS (Mt 25.21-23; 1Co 4.2-5) e das suas práticas e ações, tendo
em vista a graça, a oportunidade e o conhecimento que recebeu (Lc 12.48; Jo
5.24; Rm 8.1).
As más ações do crente, quando ele se arrepende, são perdoadas no que
diz respeito ao castigo eterno (Rm 8.1), mas são levadas em conta quanto à sua
recompensa: “Mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer” (Cl 3.25; cf.
Ec 12.14; 1Co 3.15; 2Co 5.10). As boas ações e o amor do crente são lembrados
por DEUS e por Ele recompensados (Hb 6.10): “cada um receberá do Senhor todo o
bem que fizer” (Ef 6.8).
Os resultados específicos do julgamento do crente serão vários, como
obtenção ou a perda de alegria (1Jo 2.28), aprovação divina (Mt 25.21), tarefas
e autoridade (Mt 25.14-30), posição (Mt 5.19; 19.30), recompensa (1Co 3.12-14;
Fp 3.14; 2Tm 4.8) e honra (Rm 2.10; cf. 1Pe 1.7).
A perspectiva de um iminente julgamento do crente deve aperfeiçoar
neste o temor do Senhor (5.11; Fp 2.12; 1Pe 1.17), e levá-lo a ser sóbrio, a
vigiar e a orar (1Pe 4.5, 7), a viver em santa conduta e piedade (2Pe 3.11) e a
demonstrar misericórdia e bondade a todos (Mt 5.7; cf. 2Tm 1.16-18).
SINÓPSE I - DEUS não executa o seu juízo sem uma justa causa
nem mesmo sem um prévio aviso.
SINÓPSE II - Na Bíblia, encontramos exemplos de orações intercessórias
de justos que DEUS não atende: os de Moisés e Samuel; os de Noé, Daniel e Jó.
SINÓPSE III - Segundo a mensagem de Ezequiel, DEUS não é obrigado a
tolerar o pecado do povo por causa dos justos da cidade.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO TOP1 - A Lição Transmitida por
Ezequiel
Ao longo de seu ministério, [...] Ezequiel
explicou aos israelitas o significado da presença de DEUS com eles. Quando o
povo de DEUS é fiel e anda humildemente diante dEle, a presença do Senhor é uma
fonte de bênção, paz e prosperidade. No entanto, quando o povo de DEUS é desleal,
rebelde e adúltero, a presença de DEUS é algo terrível porque significa
julgamento e correção. Porém, por DEUS ser misericordioso e compassivo, sua
presença também significa perdão, salvação, restauração e esperança . Leia mais
em Panorama da Bíblia, CPAD, p.118.
Ezequiel refuta o imaginário popular de que DEUS é obrigado a tolerar o
pecado do povo por causa dos justos da cidade.”
Auxílio Teológico TOP2 - Responsabilidade HUMANA
“Embora estivesse ansioso para aceitar as
mensagens dos falsos profetas, o povo de Judá considerava a presença de alguns
homens tementes a DEUS na nação uma apólice de seguro contra desastres. Em
tempos de adversidade, sempre podiam pedir conselhos aos profetas de DEUS.
Devemos lembrar que a relação que o nosso pastor, nossa família e amigos têm
com DEUS não nos protegerá das consequências de nossos pecados. Cada pessoa é
responsável por sua relação pessoal com DEUS. Sua fé é pessoal e real ou você
se apoia naquilo que outros fazem?” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de
Janeiro: CPAD, 1995, p.1046).
Auxílio Teológico TOP3 - O justo juízo de DEUS
“Noé, Daniel e Jó foram grandes homens na
história de Israel, renomados por seu relacionamento com DEUS e por sua
sabedoria (ver Gn 6.8,9; Dn 2.47,48; Jó 1.1). Daniel foi levado cativo durante
a primeira invasão da Babilônia contra Judá em 605 a.C.; oito anos antes,
Ezequiel havia sido exilado. Na época em que Ezequiel pregou essa mensagem,
Daniel ocupava uma elevada posição no governo da Babilônia. Mas mesmo estes
grandes homens de DEUS não poderiam ter salvado o povo de Judá, porque DEUS já
havia julgado a nação devido à impiedade geral” (Bíblia de Estudo Aplicação
Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1047).
HINOS SUGERIDOS: 389, 450, 522 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A presente lição está fundamentada em três
grandes tópicos. O primeiro identifica o juízo divino exposto pelo profeta. O
segundo mostra um tipo de petição que DEUS não atende. E, finalmente, o
terceiro diz respeito a impossibilidade de uma possível intercessão de homens
justos, como Noé, Daniel e Jó, para livrar o povo do juízo divino. À luz desses
tópicos, a presente lição desenvolve o tema da retribuição divina ao pecado.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Identificar o juízo
divino; II) Mostrar a petição que DEUS não atende; III) Refletir a respeito da
intercessão de Noé, Daniel e Jó.
B) Motivação: A justiça divina traz justa retribuição ao pecado. Não
podemos perder o foco do perigo do pecado. DEUS é o justo Juiz. A natureza de
sua justiça se revela no atributo de sua santidade. O pecado nos distancia da
santidade divina.
C) Sugestão de Método: Trabalharemos agora com a terceira lei do
ensino: a lei da comunicação. Essa lei pode ser descrita assim: "a
linguagem comunicada no ensino deve ser comum ao professor e ao aluno".
Tão importante como preparar a aula é cuidar do tipo de comunicação em classe.
Essa comunicação deve levar em conta que todos devem aprender a Bíblia. Por
isso, 1) Tenha cuidado em traduzir devidamente os termos bíblicos, pois o que
para você parece simples, para o aluno pode ser complexo; 2) Tenha sempre uma
versão moderna da Bíblia para simplificar o entendimento de uma passagem
complexa, nem todos conseguem compreender uma versão tradicional como a ARC (nesse
sentido, a versão NAA pode auxiliar nesse objetivo); 3) Convide os alunos a
comentarem um trecho bíblico, ou parte da lição, com as suas próprias palavras.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Advirta a classe que, diante de
DEUS, temos responsabilidade com os próprios atos. O justo Juiz nos pedirá
conta deles.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer
essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à
Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.39, você encontrará um subsídio
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que
darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Responsabilidade
Humana" traz um aprofundamento a respeito da responsabilidade dos próprios
atos; 2) O texto "O Justo Juízo de DEUS" faz uma distinção entre o
juízo de DEUS a justiça dos homens.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que ficamos sabendo à luz das Escrituras
sobre a ira de DEUS? À luz das Escrituras ficamos sabendo que a ira de DEUS
nunca acontece sem uma justa causa e nem mesmo sem um prévio aviso (Am 3.7).
2. Quais os agentes do juízo divino? A seca, a espada, a peste, a fome,
animais ferozes.
3. Quais os dois baluartes de Israel que tiveram as suas orações
intercessórias pelo povo atendidas? Moisés e Samuel, dois baluartes de Israel,
foram atendidos nas petições em favor do povo nos casos de pecados e rebeliões
(Êx 32.11, 14; Nm 14.19, 20; 1 Sm 7.5, 6, 9; 12.19-25; Sl 99.6-8).
4. Por que a maioria não acreditava no juízo divino anunciado por
Ezequiel? Se apenas 10 justos, na época de Abraão, em relação a Sodoma (onde Ló
morava), são suficientes para DEUS poupar a cidade, por que destruiria
Jerusalém com um número maior de justos? (Gn 18.33). Essa era uma das razões
pelas quais a maioria não acreditava no juízo divino anunciado pelos profetas.
5. Quais os patriarcas citados na profecia como exemplos de justos que
não teriam suas petições atendidas em favor do povo, mas apenas pela própria
justiça deles? Eles são Noé, Daniel e Jó (Ez 14.14, 20).
VOCABULÁRIO - Abjurar: Renegar a crença (convicção, princípio moral
etc.) em que antes acreditava.
Lição 6,
A Justiça de DEUS – CPAD - Revista
TEXTO
ÁUREO
“Com o
puro te mostrarás puro; e com o perverso te mostrarás indomável.” (Sl 18.26)
VERDADE
PRÁTICA
Os
agentes do juízo divino revelam que a responsabilidade humana é pessoal.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Ezequiel 14.12-21
12 - Veio
ainda a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 13 - Filho do homem, quando uma terra
pecar contra mim, gravemente se rebelando, então, estenderei a mão contra ela,
e tornarei instável o sustento do pão, e enviarei contra ela fome, e arrancarei
dela homens e animais; 14 - ainda que estivessem no meio dela estes três
homens, Noé, Daniel e Jó, eles, pela sua justiça, livrariam apenas a sua alma,
diz o Senhor JEOVÁ. 15 - Se eu fizer passar pela terra nocivas alimárias, e
elas a assolarem, que fique assolada, e ninguém possa passar por ela por causa
das feras; 16 - ainda que esses três homens estivessem no meio dela, vivo eu,
diz o Senhor JEOVÁ, que nem a filhos nem a filhas livrariam; só eles ficariam
livres, e a terra seria assolada. 17 - Ou, se eu trouxer a espada sobre a tal
terra, e disser: Espada, passa pela terra: e eu arrancar dela homens e animais;
18 - ainda que aqueles três homens estivessem nela, vivo eu, diz o Senhor
JEOVÁ, que nem filhos nem filhas livrariam, mas eles só ficariam livres. 19 -
Ou se eu enviar a peste sobre a tal terra e derramar o meu furor sobre ela com
sangue, para arrancar dela homens e animais; 20 - ainda que Noé, Daniel e Jó
estivessem no meio dela, vivo eu, diz o Senhor JEOVÁ, que nem filho nem filha
eles livrariam, mas só livrariam a sua própria alma pela sua justiça. 21 -
Porque assim diz o Senhor JEOVÁ: Quanto mais, se eu enviar os meus quatro maus
juízos, a espada, e a fome, e as nocivas alimárias, e a peste, contra Jerusalém
para arrancar dela homens e animais?
RESUMO
GERAL
I – SOBRE
A IDENTIFICAÇÃO DO JUÍZO DIVINO
1. O
discurso profético.
2. A
primeira parte do oráculo (v.13).
3.
Descrição dos agentes do juízo divino (vv.17,21).
II -
SOBRE A PETIÇÃO QUE DEUS NÃO ATENDE
1.
Exemplos de intercessão pelo pecador.
2. Um
castigo inevitável.
3. Quando
DEUS não atende a oração intercessória de um justo.
III –
SOBRE A INTERCESSÃO DE NOÉ, DANIEL E JÓ
1. Por
que o povo rejeitou os profetas?
2. “Noé,
Daniel e Jó” (vv.14,20).
3. O
profeta Daniel.
INTRODUÇÃO
É
importante compreender a estrutura do discurso de Ezequiel 14.12-21. Estaria o profeta
partindo do genérico para o específico? Ou seja, de uma terra qualquer para
depois se dirigir à casa de Israel? É o que parece. A primeira parte dessa
palavra profética é genérica e a segunda é específica, dirigida a Jerusalém. A
presente lição tem por objetivo mostrar e explicar a retribuição divina ao
pecado de uma nação.
I – SOBRE
A IDENTIFICAÇÃO DO JUÍZO DIVINO
Uma
leitura atenta dos profetas do Antigo Testamento nos ajuda a compreender as
ações de DEUS concernentes à retribuição ao pecado.
1. O discurso profético.
À luz das
Escrituras, ficamos sabendo que a ira de DEUS nunca acontece sem uma justa
causa e nem mesmo sem um prévio aviso (Am 3.7). O DEUS Javé de Israel procede
dessa maneira para oferecer oportunidade de arrependimento (Jr 3.14; 38.17,18;
Am 5.1-4,14,15). O perdão divino vem com o arrependimento como aconteceu com a
cidade de Nínive (Jn 3.10). Mas o tempo dessa oportunidade já havia expirado
para Jerusalém. A vontade de Javé é abençoar o seu povo e restaurar sua
herança, mas como ajudar quem não se ajuda? Por isso o castigo é inevitável,
trata-se de uma questão de justiça e santidade.
2. A primeira parte do oráculo (v.13).
A
expressão, “[. . .] quando uma terra pecar contra mim”, pode se aplicar a
qualquer povo e em qualquer lugar e época. Existem inúmeras formas de DEUS
castigar um desobediente contumaz, que se recusa ouvir sua Palavra. Ele torna
“instável o sustento do pão” (v.13; 4.16; 5.16). Como isso é feito? A palavra
profética esclarece com a carestia, fome e extermínio de seus moradores e até dos
animais (Mt 24.7; Ap 6.8). Trata-se de uma grande crise econômica nacional, que
chamamos de recessão financeira.
3. Descrição dos agentes do juízo divino (vv.17,21).
É Javé
quem manda as chuvas e fertiliza a terra e os campos (Jr 5.24; 14.22; Dt 32.2;
Am 4.7,8). Ao invés de agradecer a DEUS, eles agradeciam as abençoadas
colheitas a Baal (Os 2.8). A seca era um sinal visível do castigo divino (Jr
12.4; Dt 28.23). A espada, linguagem figurada para designar a guerra, também
resulta em fome e peste (Ez 6.3,12; 7.15). A fome é uma referência à escassez
de alimento provocada pela destruição da produção agropecuária; a peste é
resultado da epidemia causada pelas mortes nos campos de batalha. Mas, no
versículo 21, o profeta acrescenta a figura dos animais ferozes. No versículo
21, o oráculo inclui Jerusalém como destinatária da profecia, de modo que
podemos afirmar que essa palavra profética é para qualquer nação e época.
II - SOBRE A PETIÇÃO QUE DEUS NÃO ATENDE
Nós
encontramos em Jeremias e Ezequiel duas situações hipotéticas de orações
intercessórias de justos que DEUS não atende. O exemplo de Moisés e Samuel; o
de Noé, Daniel e Jó.
1. Exemplos de intercessão pelo pecador.
DEUS
aceitou poupar as cidades de Sodoma e Gomorra atendendo a oração intercessória
de Abraão, isso se houvesse pelo menos 10 justos em Sodoma (Gn 18.32). Moisés e
Samuel, dois baluartes de Israel, foram atendidos nas petições em favor do povo
nos casos de pecados e rebeliões (Êx 32.11,14; Nm 14.19,20; 1 Sm 7.5,6,9;
12.19-25; Sl 99.6-8). DEUS perdoou o povo reiteradas vezes. Israel se rebelou
contra DEUS, ainda no Sinai, com o culto do bezerro de ouro. Mas DEUS
perdoou-os e renovou o concerto com os israelitas (Êx 34.10). Inspirados nessas
experiências dos homens de DEUS que oramos, uns pelos outros (Ef 6.18,19; Tg
5.16), e intercedemos pelos pecadores, para que eles se arrependam e venham a
CRISTO.
2. Um castigo inevitável.
As
reiteradas rebeliões dos filhos de Israel ao longo de sua história, desde a
peregrinação no deserto, levaram a nação a uma apostasia generalizada.
Chegou-se a um ponto em que não havia mais retorno (2 Cr 36.15, 16). As
Escrituras mostram que há situações em que DEUS se recusa a perdoar a nação e
até pessoas, como aconteceu com Saul (1 Sm 16.1). O profeta Jeremias intercedeu
pelo povo (Jr 14.21), mas DEUS endureceu sua resposta ao profeta, afirmando que
nem mesmo Moisés e Samuel seriam atendidos se orassem em favor de Judá (Jr
15.1).
3. Quando DEUS não atende a oração intercessória de um justo.
A Bíblia
ensina que a “oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5.16),
mas quando o pecado ultrapassa todos os limites, DEUS não atende tais orações
intercessórias. O “pecado para morte”, na linguagem do apóstolo João (1 Jo
5.16), é a apostasia total tanto individual quanto coletiva que se aparta da fé
e abjura o seu DEUS (Hb 10.28,29). Isso é diferente do pecador que se
arrepende. A apostasia é negar a fé que antes defendia, isso acontecia
reiteradas vezes em Israel, mas no período final do reino de Judá, não havia
mais remédio senão o juízo divino sobre a cidade de Jerusalém.
III – SOBRE A INTERCESSÃO DE NOÉ, DANIEL E JÓ
Estava
chegando o tempo em que nem com a intercessão de Moisés e Samuel o povo seria
poupado. Ezequiel refuta o imaginário popular de que DEUS é obrigado a tolerar
o pecado do povo por causa dos justos da cidade.
1. Por que o povo rejeitou os profetas?
A geração
dos profetas Jeremias e Ezequiel conhecia o relato da destruição de Sodoma e
Gomorra. Se apenas 10 justos são suficientes para DEUS poupar a cidade, por que
destruiria Jerusalém com um número maior de justos? (Gn 18.32). Essa era uma
das razões pelas quais a maioria não acreditava no juízo divino anunciado pelos
profetas. Esse argumento pode explicar por que Ezequiel afirma que “ainda que
estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles, pela sua
justiça, livrariam apenas a sua alma” (vv.14,20). Esse oráculo está entre os
mais severos, veja que todas as vezes que os três justos são mencionados, vêm
acompanhados da chancela de autoridade espiritual “diz o Senhor Jeová” (v.14)
ou, “vivo eu, diz o Senhor Jeová” (vv. 16,18,20).
2. “Noé,
Daniel e Jó” (vv.14,20).
Por que
Daniel? Há quem se surpreenda em ver o nome de um jovem entre dois grandes e
antigos patriarcas. Mas, a pergunta deveria ser invertida, pois Daniel era
judeu, mas Noé e Jó não eram israelitas e viveram muito tempo antes da formação
do povo de Israel. Porém, eram exemplos de justos, reconhecidos de todo o povo,
pois adoraram e serviram o mesmo DEUS Javé de Israel, Criador dos céus e da
terra (Gn 6.7,8; Hb 11.7; Jó 1.8; Tg 5.11). Mas, somente a justiça de CRISTO é
extensiva a todos os pecadores que creem (Rm 3.22; 5.17-19).
3. O profeta Daniel.
Nos
últimos tempos, têm surgido questionamentos sobre a identidade do Daniel
apresentado nesse trio de justos. São dois os argumentos para explicar não ser
o profeta Daniel da Bíblia. Primeiro, a grafia do nome, que Ezequiel emprega
Dan’l, não é como Dan‘yel usada no livro de Daniel; e, segundo, o fato de ser
muito jovem para ser contado entre dois patriarcas antigos. Mas muitos
expositores do Antigo Testamento consideram tais argumentos insuficientes, pois
não se deve dar importância demais à ortografia, pois soletrações variantes
nunca foram novidades na antiguidade bíblica. Além disso, Daniel era
contemporâneo de Ezequiel na Babilônia, e era ministro na corte de
Nabucodonosor (Dn 2.48,49). A reputação de Daniel pela sua fé e sabedoria se
espalhou rapidamente entre os exilados de Babilônia (Ez 28.3).
CONCLUSÃO
Concluímos a nossa lição conscientes de que o enfoque da justiça de DEUS
nesse discurso de Ezequiel diz respeito à retribuição divina ao pecado. É
importante ter em mente esse conceito para não se confundir com a justiça da
teologia paulina, que justifica o pecador que crê em JESUS.