Escrita Lição 7, CPAD, A Responsabilidade é Individual, 4Tr22, Pr Henrique, EBD NA TV

Lição 7, A Responsabilidade é Individual

 


 
TEXTO ÁUREO
“A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.” (Ez 18.20)
 
VERDADE PRÁTICA
Para além da responsabilidade individual, a Palavra de DEUS se posiciona contra o fatalismo, isto é, contra a ideia de que tudo está determinado por um rígido destino.

 
Vídeo https://youtu.be/bZk7iUVWJuU

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2022/11/escrita-licao-7-responsabilidade-e.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2022/11/slides-licao-7-responsabilidade-e.html  

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LEITURA DIÁRIA
Segunda - Dt 24.16 Na lei de Moisés, cada um vive e morre pelos seus próprios atos
Terça - Ec 12.14 Os seres humanos são responsáveis pelos seus atos
Quarta - Jr 31.29 A parábola das uvas verdes e os dentes, um ditado falso
Quinta - Ez 18.2,3 Os exilados da Babilônia deviam rejeitar o uso dessa máxima
Sexta - At 17.30 DEUS oferece oportunidade de arrependimento aos pecadores
Sábado - Jo 17.12 É possível o justo se desviar e perder a salvação
 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ezequiel 18.20-28

20 - A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele. 21 - Mas, se o ímpio se converter de todos os seus pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer juízo e justiça, certamente viverá; não morrerá. 22 - De todas as suas transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela sua justiça que praticou, viverá. 23 - Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? Diz o Senhor JEOVÁ; não desejo, antes, que se converta dos seus caminhos e viva? 24 - Mas, desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniquidade, e fazendo conforme todas as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as suas justiças que tiver feito não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu, e no seu pecado com que pecou, neles morrerá. 25 - Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é direito. Ouvi, agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho direito? Não são os vossos caminhos torcidos? 26 - Desviando-se o justo da sua justiça e cometendo iniquidade, morrerá por ela; na sua iniquidade que cometeu, morrerá. 27 - Mas, convertendo-se o ímpio da sua impiedade que cometeu e praticando o juízo e a justiça, conservará este a sua alma em vida. 28 - Pois quem reconsidera e se converte de todas as suas transgressões que cometeu,  certamente viverá, não morrerá.
 
Comentários BEP - CPAD
18.21-23 SE O ÍMPIO SE CONVERTER. DEUS promete a salvação a todo e qualquer ímpio que abandone seus pecados e venha para DEUS. Ninguém é obrigado a continuar nos pecados da sua família (cf. vv. 18,19). DEUS quer salvar cada pecador. Ele jamais tem prazer que o ímpio morra no pecado (cf. 1 Tm 2.4).
18.24 DESVIANDO-SE O JUSTO. O justo que confia em DEUS e anda nos seus caminhos não deve pensar que está eternamente seguro, caso mais tarde se desvie e se rebele contra DEUS. A condição de tal pessoa, ao morrer, será como a daquele que sempre viveu no pecado. A Bíblia adverte aos crentes: Se viverdes segundo a carne, morrereis (Rm 8.13; ver também Hb 2.3; 3.6; 2 Pe 2.20-22).


HINOS SUGERIDOS: 71, 422, 484 da Harpa Cristã

PALAVRA-CHAVE - Responsabilidade
 
 
Resumo da Lição 7, A Responsabilidade é Individual
I - SOBRE A MÁXIMA USADA EM ISRAEL
1. Uma máxima equivocada.
2. Jeremias e Ezequiel trataram do assunto.
3. O problema em nosso tempo.
II - SOBRE A SALVAÇÃO PARA TODOS OS SERES HUMANOS
1. Há esperança para o pecador (vv. 21,22,23).
2. Refutando um pensamento fatalista (v.20).
3. Duas situações (vv.2,22,24).
III - SOBRE A REAÇÃO DE ISRAEL
1. Uma pergunta retórica (v.25).
2. Sobre a justiça.
3. O arrependimento (vv. 27,28).
 
 
Comentários Extras
 
A APOSTASIA PESSOAL - BEP – CPAD

Hb 3.12 "Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do DEUS vivo”.
A apostasia (gr. apostasia) aparece duas vezes no NT como substantivo (At 21.21; 2Ts 2.3) e, aqui em Hb 3.12, como verbo (gr. aphistemi, traduzido “apartar”). O termo grego é definido como decaída, deserção, rebelião, abandono, retirada ou afastar-se daquilo a que antes se estava ligado.

Apostatar significa cortar o relacionamento salvífico com CRISTO, ou apartar-se da união vital com Ele e da verdadeira fé nEle. Sendo assim, a apostasia individual é possível somente para quem já experimentou a salvação, a regeneração e a renovação pelo ESPÍRITO SANTO (cf. Lc 8.13; Hb 6.4,5); não é simples negação das doutrinas do NT pelos inconversos dentro da igreja visível. A apostasia pode envolver dois aspectos distintos, embora relacionados entre si: (a) a apostasia teológica, i.e., a rejeição de todos os ensinos originais de CRISTO e dos apóstolos ou dalguns deles (1Tm 4.1; 2Tm 4.3); e (b) a apostasia moral, i.e., aquele que era crente deixa de permanecer em CRISTO e volta a ser escravo do pecado e da imoralidade (Is 29.13; Mt 23.25-28; Rm 23; 8.6-13).
A Bíblia adverte fortemente quanto à possibilidade da apostasia, visando tanto nos alertar do perigo fatal de abandonar nossa união com CRISTO, como para nos motivar a perseverar na fé e na obediência. O propósito divino desses trechos bíblicos de advertência não deve ser enfraquecido pela idéia que afirma: “as advertências sobre a apostasia são reais, mas a sua possibilidade, não”. Antes, devemos entender que essas advertências são como uma realidade possível durante o nosso viver aqui, e devemos considerá-las um alerta, se quisermos alcançar a salvação final. Alguns dos muitos trechos do NT que contêm advertências são: Mt 24.4,5,11-13; Jo 15.1-6; At 11.21-23; 14.21,22; 1Co 15.1,2; Cl 1.21-23; 1Tm 4.1,16; 6.10-12; 2Tm 4.2-5; Hb 2.1-3; 3.6-8,12-14; 6.4-6; Tg 5.19,20; 2Pe 1.8-11; 1Jo 2.23-25.

Exemplos da apostasia propriamente dita acham-se em Êx 32; 2Rs 17.7-23; Sl 106; Is 1.2-4; Jr 9; At 1.25; Gl 5.4; 1Tm 1.18-20; 2Pe 2.1,15,20-22; Jd 4,11-13, a apostasia, segundo a Bíblia, ocorrerá dentro da igreja professa nos últimos dias desta era.

Os passos que levam à apostasia são:
O crente, por sua falta de fé, deixa de levar plenamente a sério as verdades, exortações, advertências, promessas e ensinos da Palavra de DEUS (Mc 1.15; Lc 8.13; Jo 5.44,47; 8.46).
Quando as realidades do mundo chegam a ser maiores do que as do reino celestial de DEUS, o crente deixa paulatinamente de aproximar-se de DEUS através de CRISTO (4.16; 7.19,25; 11.6).
Por causa da aparência enganosa do pecado, a pessoa se torna cada vez mais tolerante do pecado na sua própria
vida (1Co 6.9,10; Ef 5.5; Hb 3.13). Já não ama a retidão nem odeia a iniqüidade (ver 9).
Por causa da dureza do seu coração (3.8,13) e da sua rejeição dos caminhos de DEUS (v. 10), não faz caso da repetida voz e repreensão do ESPÍRITO SANTO (Ef 4.30; 1Ts 5.19-22; Hb 3.7-11).
O ESPÍRITO SANTO se entristece (Ef 4.30; cf. Hb 3.7,8); seu fogo se extingue (1Ts 5.19) e seu templo é profanado ( 1Co 3.16). Finalmente, Ele afasta-se daquele que antes era crente (Jz 16.20; Sl 51.11; Rm 8.13; 1Co 3.16,17; Hb 3.14).
Se a apostasia continua sem refreio, o indivíduo pode, finalmente, chegar ao ponto em que não seja possível um recomeço. (a) Isto é, a pessoa que no passado teve uma experiência de salvação com CRISTO, mas que deliberada e continuamente endurece seu coração para não atender à voz do ESPÍRITO SANTO (3.7-19), continua a pecar intencionalmente (10.26) e se recusa a arrepender-se e voltar para DEUS, pode chegar a um ponto sem retorno em que não há mais possibilidade de arrependimento e de salvação (6.4-6; Dt 29.18-21; 1 Sm 2.25; Pv 29.1). Há um limite para a paciência de DEUS (ver 1 Sm 3.11-14; Mt 12.31,32; 2 Ts 2.9-11; Hb 10.26-29,31; 1 Jo 5.16).
Esse ponto de onde não há retorno, não se pode definir de antemão. Logo, a única salvaguarda contra o perigo de apostasia extrema está na admoestação do ESPÍRITO: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações ( 3.7,8,15; 4.7).
É próprio salientar que, embora a apostasia seja um perigo para todos os que vão se desviando da fé (2.1-3) e que se apartam de DEUS (6.6), ela não se consuma sem o constante e deliberado pecar contra a voz do ESPÍRITO SANTO (ver Mt 12.31 - Blasfêmia contra o ESPÍRITO SANTO - atribuir ao Diabo a obra realizada pelo ESPÍRITO SANTO).
Aqueles que, por terem um coração incrédulo, se afastam de DEUS (3.12), podem pensar que ainda são verdadeiros crentes, mas sua indiferença para com as exigências de CRISTO e do ESPÍRITO SANTO e para com as advertências das Escrituras indicam o contrário. Uma vez que alguém pode enganar-se a si mesmo, Paulo exorta todos aqueles que afirmam ser salvos: "Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos" (ver 2 Co 13.5).
Quem, sinceramente, preocupa-se com sua condição espiritual e sente no seu coração o desejo de voltar-se arrependido para DEUS, tem nisso uma clara evidência de que não cometeu a apostasia imperdoável. As Escrituras afirmam com clareza que DEUS não quer que ninguém pereça (2 Pe 3.9; cf. Is 1.18,19; 55.6,7) e declaram que DEUS receberá todos que já desfrutaram da graça salvadora, se arrependidos, voltarem a Ele (cf. Gl 5.4 com 4.19; 1 Co 5.1-5 com 2 Co 2.5-11; Lc 15.11-24; Rm 20-23; Tg 5.19,20; Ap 3.14-20; note o exemplo de Pedro, Mt 16.16; 26.74,75; Jo 21.15-22).
 
 
Lição 05: A Lei da Responsabilidade Pessoal, 1° Trimestre de 2022, EBD – Editora Betel Dominical
 
TEXTO ÁUREO
“Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá.” Ezequiel 18.4
 
VERDADE APLICADA
DEUS deseja a salvação de todos, porém cada ser humano tem a responsabilidade de se arrepender para que seja salvo.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Explicar a responsabilidade pessoal de cada um.
Mostrar a possibilidade de ser diferente.
Ressaltar que DEUS quer que todos sejam salvos.
 
TEXTOS DE REFERÊNCIA - EZEQUIEL 18
Mas dizeis: Por que não levará o filho a maldade do pai? Porque o filho fez juízo e justiça, e guardou todos os meus estatutos, e os praticou, por isso, certamente viverá.
A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.
Desviando-se o justo da sua justiça e cometendo iniquidade, morrerá por ela; na sua iniquidade que cometeu, morrerá.
Mas, convertendo-se o ímpio da sua impiedade que cometeu e praticando o juízo e a justiça, conservará este a sua alma em vida.
 
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Gn 2.16-17 A liberdade de escolha.
TERÇA / Sl 51.17 DEUS não rejeita um coração quebrantado.
QUARTA / Sl 119.105 A Palavra de DEUS é luz para o caminho.
QUINTA / Ec 7.29 DEUS fez ao homem reto.
SEXTA / Lc 14.26 A necessidade de uma reflexão inteligente.
SÁBADO / Jo 12.46-48 O julgamento divino e a pregação de JESUS.
 
HINOS SUGERIDOS 147, 169, 171
 
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que tenhamos consciência dos nossos deveres pessoais diante de DEUS.
 
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1– A responsabilidade pessoal de cada um
2– A possibilidade de ser diferente
3– DEUS quer que todos sejam salvos
Conclusão
 
INTRODUÇÃO
A presente lição trata do desejo de DEUS em salvar a todos e seu chamado ao arrependimento, sem anular a responsabilidade individual e a certeza do juízo divino sobre os que não se arrependerem.
 
PONTO DE PARTIDA - DEUS quer que todos sejam salvos.
 
1- A RESPONSABILIDADE PESSOAL DE CADA UM
O capítulo 18 de Ezequiel trata de um tema que também está presente nos dias de hoje na mente de muitos: a questão da responsabilidade pelo estado de uma pessoa (seja, dentre outros, social, psicológico, financeiro, espiritual). Na presente lição, evidentemente, nos deteremos no aspecto espiritual, o qual resulta em atitudes para com o próximo [Ez 18.6-8]. Como está meu relacionamento com DEUS? Qual a minha responsabilidade no estado em que se encontra meu relacionamento com DEUS?
 
1.1. A tendência humana de transferir responsabilidade. Desde o primeiro casal, vemos a tendência humana de explicar suas atitudes com as atitudes do outro: “A mulher que tu me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi” [Gn 3.12]. Esta foi a explicação de Adão para DEUS. Como se o homem não tivesse escolha ou como se fosse apenas vítima: a mulher foi dada por DEUS e o fruto foi dado pela mulher! Ao se dirigir à mulher, esta respondeu a DEUS que a serpente a enganou. Assim, tal tendência tem acompanhado a história da humanidade ao longo da sua existência. Que o estudo da presente lição contribua para que não nos esqueçamos que, se somos vítimas de algumas situações, somos “também agentes, portadores responsáveis da imagem de DEUS”, como descreveu Larry Crabb.
 
Subsídio do Professor: Bíblia King James – Gênesis 3.12: “Parece ter sido Adão quem inventou a conhecida evasiva: “Quem? Eu? Não! Foi Fulano, Beltrano ou Sicrano!”. Desde o Éden o homem tem grande dificuldade em aceitar sua culpa e, fugindo de si e das responsabilidades pessoais, procura amenizar sua consciência condenatória culpando outras pessoas e o mundo. Adão tenta se isentar da responsabilidade pessoal sobre a quebra da obediência devida a DEUS culpando Eva, a serpente e o próprio Senhor (…).”
 
1.2. A capacidade de escolher. Um dos aspectos da imagem de DEUS em nós é a nossa capacidade de escolher. Ao criar o primeiro casal, DEUS lhes concedeu a liberdade de escolha entre fazer o certo e o errado [Gn 2.16-17]. O ser humano possui a faculdade intelectual e volitiva, que lhe permite raciocinar, pensar, decidir. Evidentemente que o pecado também atingiu esta capacidade humana, porém a Bíblia revela que a pessoa não perdeu de todo essa faculdade [Dt 30.19-20; Js 24.15]. Notemos que as expressões usadas por JESUS: “Se alguém quer vir após mim” [Lc 9.23] e “Se alguém vier a mim” [Lc 14.26] – indicam a necessidade de uma reflexão inteligente.
 
Subsídio do Professor: Timothy Munyon: “A respeito da imagem moral de DEUS nos seres humanos, “DEUS fez ao homem reto” [Ec 7.29]. Até mesmo os pagãos, que não possuem conhecimento da lei escrita de DEUS, conservam uma lei moral escrita por Ele em seus corações [Rm 2.14-15]. Em outras palavras, somente os seres humanos possuem a capacidade de sentir o que é certo ou errado, bem como o intelecto e a vontade necessários para escolher entre eles. (…) Estes, mesmo possuindo tal liberdade, são incapazes de escolher a DEUS. DEUS, portanto, pela sua bondade, equipa as pessoas com uma medida de graça que as capacita e prepara a corresponder ao Evangelho [Jo 1.9; Tt 2.11].”
 
1.3. A culpa coletiva não exclui a individual. Tanto o profeta Jeremias como Ezequiel mencionam um provérbio que estava sendo bastante usado pelo povo de Israel [Jr 31.29; Ez 18.2], que atribuía aos antepassados a culpa pelos sofrimentos do presente. É certo que as gerações anteriores àquela dos profetas tinham cometido graves pecados (vide os relatos históricos dos tempos de Acaz, Manassés, Amom e tantos outros), contudo, tal fato não justificava a conduta dos contemporâneos de Jeremias e Ezequiel, pois também tinham a revelação divina e, consequentemente, não eram ignorantes quanto ao que DEUS requeria, ou seja, arrependimento do povo.
 
Subsídio do Professor: Professora Betty Bacon: “Os provérbios errados, de antigamente e de hoje, são um alerta para nós. É muito fácil ter a mente corrompida pelo que “todo mundo diz”. O cristão deve conversar sim, mas cuidar do que falam e avaliar o que ouvem, especialmente antes de transmitir a outros – Cl 4.6; 1Ts 5.21”. Por isso é importante passar as informações e “provérbios” pelo crivo da Palavra de DEUS.
 
EU ENSINEI QUE:
Há uma tendência humana de transferir responsabilidade. Porém, um dos aspectos da imagem de DEUS em nós é a nossa capacidade de escolher.
 
2- A POSSIBILIDADE DE SER DIFERENTE
O capítulo estudado na presente lição [Ez 18] trata de um assunto presente em muitos outros registros bíblicos. Ou seja, um passado pecaminoso ou justo de uma família não significa que, automaticamente, a geração seguinte irá vivenciar a mesma realidade independente das escolhas e comportamentos [Ez 8.5-18].
 
2.1. Exemplo de quatro gerações de reis de Judá. Para exemplificar o texto de Ezequiel 18.5-18, podemos citar a história bíblica de quatro reis de Judá: Ezequias – Manassés – Amom – Josias [2Cr 29-35]. Como foram diferentes as posturas dos reis quanto ao relacionamento com DEUS, mesmo diante das Escrituras, dos profetas e dos exemplos que tinham. O histórico familiar pode influenciar, mas não determina. A pessoa, principalmente em nossa realidade de abundância de proclamação da Palavra de DEUS, ao alcançar determinada idade, precisa exercitar sua capacidade de discernimento quanto aos valores e crenças recebidos da família, sempre à luz da Palavra [Sl 119.9, 105].
 
Subsídio do Professor: Daniel I. Block comentou sobre a geração alvo das profecias de Ezequiel: “O tempo todo, eles reclamam o direito à proteção divina, com base nas promessas imutáveis de DEUS. Entretanto, Ezequiel é intransigente em sua exposição da hipocrisia da nação. As promessas da aliança não são garantias incondicionais de favorecimento; a segurança e o bem-estar são contingentes em aceitar as reivindicações exclusivas do Senhor à sua lealdade e obediência intransigente à sua vontade. Uma vez que falharam nos dois departamentos, a geração presente fica sob ameaça das maldições da aliança.”
 
2.2. O valor da conversão. A mensagem de Ezequiel deixa claro ao povo que é possível ser diferente: “Mas, se o ímpio se converter… Mas, convertendo-se o ímpio da sua impiedade…” [Ez 18.21, 27]. “Converter”, no hebraico, é um termo usado para expressar, entre outros significados, mudança de reações, atitudes e sentimentos. O povo de Israel no tempo de Ezequiel certamente conhecia o exemplo do rei Manassés que, quando levado cativo, orou e se humilhou diante do Senhor e alcançou misericórdia e restauração [2Cr 33.11-20]. DEUS não rejeita um coração humilde e arrependido [Sl 51.17].
 
Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Moody: “Os conceitos da solidariedade social e da responsabilidade de grupo eram coisas antigas em Israel. A homília ou ensaio de Ezequiel no capítulo 18 implica na operação da sequência natural da causa e efeito no meio das circunstâncias da vida humana. DEUS não considera um homem responsável pelas circunstâncias nas quais nasceu, mas apenas pelo uso que fizer delas subsequentemente. Portanto, um homem é livre para renunciar o seu passado, tanto para o bem como para o mal.”
 
2.3. A relevância da resposta humana para DEUS. A possibilidade de ser diferente passa pela resposta de uma pessoa diante do anúncio da Palavra de DEUS. O apóstolo Paulo enfatizou este assunto em Romanos 10.3, 18-21. O apóstolo diz que os judeus rejeitaram a maneira de DEUS agir e foram rebeldes, mesmo o Senhor enviando Seus mensageiros e estendendo as Suas mãos. Tal postura do povo também era realidade no tempo de Ezequiel: “O caminho do Senhor não é direito” [Ez 18.29], além de acharem que estavam sofrendo injustamente [Ez 18.2]. E nós, que resposta (reação) estamos tendo diante do agir e da Palavra do Senhor?
 
Subsídio do Professor: Pr. Marcos Sant´Anna: “Não é de qualquer maneira ou baseados tão somente no nosso conhecimento e criatividade que nossas atitudes ou respostas para DEUS serão aceitas por Ele. Vide o exemplo de Caim, considerado o primeiro ato de adoração registrado na história humana, pois, antes de Abel, foi ele que teve a iniciativa de apresentar uma oferta ao Senhor. Contudo, DEUS não atentou para ele e para a sua oferta [Gn 4.3-5]. A reação de Caim demonstrou desinteresse em conhecer os motivos de DEUS para não o aceitar, mesmo depois de o Senhor ter falado com ele [Gn 4.5-7].”
 
EU ENSINEI QUE:
O passado pecaminoso ou justo de uma família não significa que, automaticamente, a geração seguinte irá vivenciar a mesma realidade.
 
3- DEUS QUER QUE TODOS SEJAM SALVOS
O Senhor DEUS não deseja que o homem mau morra, mas que se arrependa e viva [Ez 18.23, 32]. Desde a queda no Éden o Criador tem revelado seu interesse em restaurar a humanidade, anunciando a vinda da semente da mulher, providenciando vestes adequadas para o primeiro casal, preservando Noé e sua família, chamando Abraão e revelando Seu plano para abençoar todas as famílias da terra [Gl 3.8, 14].
 
 
3.1. O desejo de DEUS em salvar não anula o juízo. O Senhor DEUS, além de chamar o povo à conversão, também anunciou que, se continuassem com as transgressões e iniquidades, estariam sendo julgados pelo que estavam fazendo [Ez 18.30]. A mensagem do julgamento divino também fazia parte da pregação de JESUS [Jo 12.46-48]. Como comentou F. F. Bruce: “A palavra de julgamento no último dia, portanto, não é diferente da palavra de vida já anunciada. A mensagem que proclama vida para o crente é a mesma que proclama condenação para o desobediente”.
 
Subsídio do Professor: De acordo com John B. Taylor: “A lei da responsabilidade individual que Ezequiel está expondo é supremamente justa, porque cada homem tem sua própria escolha pessoal e a oportunidade para viver. DEUS julgará cada um segundo os seus caminhos [Ez 18.30]. É a combinação deste fato com o conhecimento de que DEUS não tem prazer na morte de ninguém [Ez 18.32] que leva Ezequiel a apelar ao povo, em nome de DEUS, no sentido de se arrepender e de se voltar a Ele. Como um povo, talvez sejam rebeldes e idólatras, mas como indivíduos, pode-se apelar a eles e, através do seu arrependimento, podem ser salvos.”
 
3.2. Cada um é responsável por seus atos diante de DEUS. É importante trazer sempre à mente a verdade bíblica da futura prestação de contas diante de DEUS. A graça de DEUS não nos libera para sermos descuidados quanto ao nosso viver neste mundo. Todos vamos comparecer, porém a prestação de contas será individual [Rm 14.10, 12]. Tal certeza deve despertar em cada discípulo de CRISTO um autoexame, sempre à luz da Palavra de DEUS e ação do ESPÍRITO [1Co 11.28; 2Co 13.5]. Sabendo que, enquanto neste mundo, não alcançaremos um autojulgamento completo [1Co 4.4-5; 2Co 5.10].
 
Subsídio do Professor: Leon Morris comentou sobre 1Coríntios 4.4-5: “Paulo está dizendo que não tem ciência de nenhum ponto importante em que tenha falhado em sua ação como despenseiro. Mas não descansa a sua confiança nisso. Não é isso que lhe dá absolvição. (…) Surge disso tudo uma exortação a não julgar prematuramente. (…) O juízo do Senhor será perfeito, pois Ele porá a descoberto as coisas ocultas das trevas. (…) É somente o juízo do Senhor que pode levar em conta os atos e motivos secretos [Rm 2.16].”
 
3.3. Palavra de DEUS como referência segura. Notemos que a Palavra do Senhor inicia desconstruindo um provérbio muito usado pelo povo de Israel [Ez 18.2-3], depois revela como o povo estava equivocado em alguns de seus próprios pensamentos [Ez 18.19, 25, 29]. Nossa segurança está na Palavra de DEUS e não em “achismos” humanos ou naquilo que a maioria diz. A queda do primeiro casal iniciou quando Eva cedeu à sugestão maligna de que a Palavra de DEUS estava sujeita ao nosso julgamento [Gn 3.1-5], comentou Derek Kidner.
 
Subsídio do Professor: Antônio Neves de Mesquita: “Acostumados a ouvir que a nação estava sob a garantia e guarda divinas, o israelita achava que esta doutrina não era correta, afirmando: O caminho do Senhor não é direito [Ez 18.25]. Noutra linguagem, os pais deveriam pagar pelos filhos, e não os filhos pelos pais, como lhes parecia [v.2]. O que havia nesta conexão é que os caminhos dos homens eram tortuosos, enquanto os de DEUS era retos, mas a interpretação era falseada.”
 
EU ENSINEI QUE:
DEUS quer que todos sejam salvos. No entanto, o desejo de DEUS em salvar não anula o juízo. Por isso, cada um é responsável por seus atos diante de DEUS.
 
CONCLUSÃO
É preciso que perseveremos nos caminhos do Senhor e nos submetamos ao que DEUS revelou nas Escrituras e anunciemos a todos para que aproveitem as oportunidades que Ele, em Sua graça, tem proporcionado ao ser humano.
 
 
O problema de um passado pecaminoso ( 18: 22-32 )
22  todas as suas transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele:. pela sua justiça que ele fez, ele viverá 23  Tenho eu algum prazer na morte do ímpio? diz o Senhor DEUS; e não desejo antes que se converta dos seus caminhos, e viva? 24  Mas, quando o justo se desviar da sua justiça, e cometendo iniquidade, e fizer de acordo com todas as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as suas justiças que tiver feito não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu, e no seu pecado com que pecou, ​​neles morrerá.
25  Todavia, vós dizeis: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho? não são os vossos caminhos tortuosos? 26  Quando o justo se desviar da sua justiça, e comete iniquidade, e é aí que morre; na sua iniquidade, que cometeu morrerá. 27  Mais uma vez, quando o ímpio se desviar da sua impiedade que cometeu, e faz o que é lícito e correto, ele salvará sua alma em vida. 28  pois que reconsidera, e se desvia de todas as suas transgressões que cometeu, certamente viverá, não morrerá. 29  Contudo, diz a casa de Israel: O caminho do Senhor não é justo. Ó casa de Israel, não são os meus caminhos são iguais? não são os vossos caminhos tortuosos? 30  Portanto, eu vos julgarei, ó casa de Israel, cada um conforme os seus caminhos, diz o Senhor DEUS. Convertei-vos, e convertei-vos de todas as vossas transgressões; iniquidade não vos servirá de tropeço. 31  Lançai de vós todas as vossas transgressões com que vos traspassaram; e torná-lo um novo coração e um novo espírito:? por que haveis de morrer, ó casa de Israel 32  Porque não tenho prazer na morte do que morre, diz o Senhor DEUS; Portanto, convertei-vos e viver.
Esta seção resolve um problema novo: pode uma pessoa estar livre da influência de um passado pecaminoso? ou uma pessoa pode reverter para uma vida de pecado, depois de viver em retidão? A resposta a ambas as perguntas é um incondicional "sim". Portanto, a oportunidade de arrependimento sempre existe (vv. 29-32 ). Três ideias-chave se destacam.
Em primeiro lugar, o profeta ensina a possibilidade de arrependimento (vv. 21-23 , 27-28 ). Se o ímpio se converta ... certamente viverá. arrependimento envolve passando de todos os seus pecados, o aspecto negativo, e mantendo todos os meus estatutos, o aspecto positivo. Quando o homem se arrepende, DEUS dá a vida, a vida eterna, pois DEUS não tem prazer na morte do ímpio. DEUS, fonte de vida, é glorificado não na morte, mas na vida.
Os versículos 27-28 repetir a possibilidade de arrependimento, enfatizando as novas atitudes e ações que acompanham esta mudança de mentalidade em relação a DEUS e eu.
Em segundo lugar, o profeta ensina a possibilidade de retrocesso a partir de um estado de justiça (vv. 24-26 ). Mas, quando o justo se desviar da sua justiça ... porventura viverá? A questão se aplica a ambos os de Tel-Abibe e Jerusalém, para eles eram uma casa rebelde. A resposta de DEUS foi "não". Não só ele não vive, mas nenhuma das suas obras de justiça que ele fez será lembrado.
Este último ponto, provavelmente, levantou a objeção do povo: O caminho do Senhor não é justo [justo]. Na verdade eles estavam dizendo: "Como pode DEUS, que é misericordioso e não deseja a morte do ímpio contra o justo que peca? Sua misericórdia pode mudar? "Mas a Ezequiel DEUS não é apenas misericordioso, mas apenas. As pessoas são injustas em pedir a DEUS de justiça tolerar o pecado. Este Ele não pode fazer, então , quando o justo se desviar da sua justiça, e comete iniquidade, e é aí que morre; na sua iniqüidade, que cometeu morrerá. Não há segurança para uma vida vivida em pecado, nem para uma pessoa que morre vivendo em pecado.Os dois usos da palavra "morrer" no versículo 26 sugerem primeiro a física e, em seguida, a morte espiritual.
Finalmente, o profeta, por seu chamado ao arrependimento, ensina o liberdade de escolha (vv. 29-32 ). A liberdade humana está fundamentada na igualdade e justiça de DEUS: não são os meus caminhos são iguais? não são os vossos caminhos tortuosos? Porque DEUS é justo, Ele julga os homens de acordo com os princípios da justiça divina: Portanto, eu vos julgarei, ó casa de Israel, cada um segundo os seus caminhos [atos]. No Novo Testamento, este é o critério de julgamento divino ( Rm 2:. 6-16 ).
Mas junto com a previsão de julgamento, DEUS oferece misericórdia: Convertei-vos, e convertei-vos de todas as vossas transgressões; iniquidade não vos servirá de tropeço. O hebraico shuv (retorno) é o equivalente do grego metanoein (arrepender-se, mudar de idéia). O arrependimento leva à conversão , Lançai de vós todas as vossas
transgressões, e regeneração , e torná-lo um novo coração e um novo espírito. Ezequiel proclama a salvação como a forma do novo coração e da vida nova ( 11:19 ; 36: 24- 32 ; . Jeremias 31: 31-34 ).
O versículo 31 , por que haveis de morrer? desafios, tanto o pecador e o apóstata. É uma questão de chamar para uma decisão por DEUS. Rebeliões do homem, suas dúvidas, suas perguntas, seus problemas estão todos irrelevante ao lado deste desafio moral e espiritual pungente. A questão é existencial; ela exige a nossa resposta. O Senhor DEUS aguarda a sua decisão; Ele convida você a transformar-vos e viver.
 
 
Comentário - NVI (FFBruce) - a) Um provérbio enganoso (18.1-4). v. 2. 
‘Os pais comem uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotam’-, i.e., os filhos estão pagando pelas ações dos seus pais. O provérbio é citado também em Jr 31.29,30 e refutado de forma semelhante: “cada um morrerá por causa do seu próprio pecado. Os dentes de todo aquele que comer uvas verdes se embotarão”. v. 4. Pois todos me pertencem (“Eis que todas as almas são minhas”, ARA): cada pessoa individualmente (heb. nephesh) é uma criação única de Deus; a pessoa que pecar (e não os seus descendentes) é que morrerá (ou sofrerá) pelo seu pecado.
b)    Mudança moral de geração a geração (18.5-20). v. 5. Suponhamos que haja um..:. essa é a introdução comum a uma lei criada por caso de precedência na legislação israelita (cf. Êx 21.7,20,26,33; 22.1 etc.). Os detalhes de conduta nos v. 6-9 que tornam um homem justo são especialmente evidenciados no Código de Santidade (Lv 17—26), embora sejam encontrados em outras partes da Lei também, v. 6. come nos santuários que há nos montes-, provavelmente uma referência às refeições sagradas nos altares idólatras (cf. 6.2ss; 20.28,29), proibidas por dedução em Dt 12.2-28. Josias havia abolido a adoração nos altares dos lugares altos (2Rs 23.8ss), mas as suas reformas tiveram vida curta, olha (“levantando os olhos”, ARA): cf. SL 121.1, provavelmente deveria ser traduzido por “Deveria eu levantar os meus olhos para os montes?” — e a resposta subentendida é: “Não”. nem se deita com uma mulher..:, cf. Lv 18.19;
20.18. v. 7. devolve o que tomou como garantia-. cf. Êx 22.26,27; Dt 24.10-13. v. 8. não empresta visando lucro-, cf. Êx 22.25; Lv 25.36;
Dt 23.19; SL 15.5. v. 9. ele viverá: cf. Lv 18.5: “o homem que os praticar viverá por eles”.
v. 10. Suponhamos que ele tenha um filho violento...', a justiça do pai não pode ser creditada a um filho ímpio. São os que fazem as obras de Abraão que são os verdadeiros filhos de Abraão (Jo 8.39). v. 12. comete práticas detestáveis', i.e., idolatria, v. 13. com certeza será morto-, eco de uma fórmula jurídica (cf. Ex 19.12 etc.), ele será responsável por sua própria morte-, cf. Lv 20.1 lss, Ele (e ninguém mais) será responsável por sua morte, o castigo do seu próprio mau comportamento.
v. 14. Mas suponhamos que esse filho tenha ele mesmo um filho...', a maldade do pai não pode ser debitada ao filho justo. v. 20. Aquele que pecar é que morrerá', repetição do v. 4. Cada geração é responsável por Sl mesma com relação à recompensa ou ao castigo por comportamento justo ou ímpio. O filho não levará a culpa do pai...-, isso já foi estabelecido como princípio jurídico em Dt 24.16 e exemplificado historicamente em 2Rs 14.6; aqui é afirmado como um princípio da forma em que Deus age com os homens.
c)    Mudança moral durante a vida de uma pessoa (18.21-24). Um homem ímpio que se arrepende e corrige a sua vida será perdoado (v. 21,22); cf. o relato do cronista acerca do rei Manasses (2Cr 33.12,13). Ao contrário disso, um homem antes justo que se volta para a iniqüidade e idolatria vai sofrer a retribuição condizente (v. 24); cf. o relato de Joás, rei de Judá (2Cr 24.17ss). Mas nesse parágrafo o destaque principal é dado ao desejo profundo que Deus tem de perdoar. Todos os grandes profetas expressam isso de uma forma ou de outra: Teria eu algum prazer na morte do ímpio? (v. 23; cf. v. 32).
d)    A vindicação divina (18.25-29). v. 25. ‘O caminho do Senhor não éjusto’-, porque, como eles pensavam, Deus fazia os filhos sofrerem pelos pecados dos pais. Mas ele responde ao repetir o conteúdo dos v. 21-24, em ordem inversa, para destacar que os seus caminhos são de fato justos, porque ele ressalta a responsabilidade pessoal; a injustiça que houver está no caminho deles, e não no de Deus.
e) O chamado ao arrependimento (18.30-32). v. 30. para que o pecado não cause a queda de voces', lit. “e vocês não terão mais a pedra de tropeço da iniqüidade” (cf. 7.19; 14.3,4,7). Os problemas pelos quais estavam passando os faziam queixar-se de que Deus era injusto. “Arrependam-se”, Deus diz, “e ponham-me à prova; livrem-se dessa atitude rebelde e busquem um coração novo e um espírito novo” (v. 31). Cf. 11.19,20; 36.26,27, em que esse é o presente de Deus para um povo arrependido. v. 32. Pois não me agrada a morte de ninguém'. cf. v. 23. E porque Deus tem prazer na misericórdia que o seu apelo é tão urgente e intenso: Por que deveriam morrer? (v. 31). Arrependam-se e vivam (cf. 33.11).
 
 
SUBSÍDIOS DA Lição 7, A Responsabilidade é Individual - CPAD
 
 
SINÓPSE I - A máxima popular “Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram” remetia à ideia de que os filhos pagariam os pecados dos pais.
SINÓPSE II - O ensino no livro de Ezequiel revela que a salvação está disponível a todos.
SINÓPSE III - A acusação dos exilados em Babilônia contra Javé, seu DEUS, de injustiça, se reverte contra eles mesmos.

Auxílio Teológico TOP2
Responsabilidade Individual (Ez 18.1-20)
“Aqui Ezequiel se torna um teólogo. Ele é geralmente um pastor, preocupado com o cuidado e a cura das almas; ou ele é um profeta, que declara conselhos de DEUS com franqueza e determinação. Mas aqui se trata de doutrina. [...] O que Ezequiel diz é que, mesmo que os filhos possam sofrer por causa dos pecados dos seus pais em uma ordem natural de causa e efeito, DEUS não vai castigar um filho pelos pecados do pai e também não considerará justo o filho injusto porque seu pai foi justo. Duas vezes no capítulo Ezequiel diz: a alma que pecar, essa morrerá (4,20)” (Comentário Bíblico Beacon: Isaías a Daniel. Vol. 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p. 456).

AUXÍLIO TEOLÓGICO TOP3
Os Justos podem Cair da graça (Ez 18.21-32)
“Ezequiel explica que se o ímpio se converter de todos os seus pecados [...] certamente viverá (21). DEUS tem prazer em dar-lhe vida (23). Por outro lado, o profeta pergunta: desviando-se o justo da sua justiça [...] porventura viverá? (24). A resposta é: “Não”. De todas as suas justiças [...] não se fará memória (‘Nenhum de seus atos justos será lembrado’, NVI) [...] e no seu pecado com que pecou, neles morrerá (24). O profeta explica mais adiante: Desviando-se o justo da sua justiça e cometendo iniquidade, morrerá por ela; na sua iniquidade que cometeu, morrerá (26). Essa pessoa realmente foi justa e realmente caiu da graça. Se ela não voltar para DEUS, mas morrer em seu estado caído, sofrerá a ira santa de DEUS.
A ideia, aceita amplamente no Protestantismo, de que se alguém tornar-se um cristão não pode cair da graça e perder-se vai contra o ensino desse texto. Isso foi ensinado por João Calvino (1509-1564), pelos calvinistas nos tempos de Jacó Armínio, e continua sendo ensinado por muitos teólogos calvinistas, que, mesmo assim, aceitam o arminianismo em outros pontos importantes – e.g. que qualquer pessoa pode ser salva. É difícil entender como alguém pode conciliar a teologia de ‘uma vez na graça, sempre na graça’ com o claro ensino bíblico dessa passagem” (Comentário Bíblico Beacon: Isaías a Daniel. Vol. 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, pp. 456,57).
 
 
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A salvação é individual. Você já deve ter ouvido essa expressão. É muito comum em nossas igrejas. O que está por trás dessa expressão é a perspectiva da responsabilidade individual diante de DEUS. A Palavra de DEUS mostra exatamente essa perspectiva. O pecado é um ato individual e não há nada que o justifique diante de DEUS. A única saída para o ser humano pecador é arrepender-se de seus pecados e crê no Evangelho.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: Explicar a máxima usada em Israel; II) Expor a respeito da abrangência da salvação; III) Pontuar a reação de Israel.
B) Motivação: Vivemos um tempo em que as responsabilidades individuais são solapadas pelas realidades contextuais. Há quem defenda que o criminoso não pague pelos seus crimes por causa de sua "circunstância econômica". A Palavra de DEUS mostra que ricos e pobres, homens e mulheres, enfim, o ser humano de modo geral precisa se arrepender dos seus próprios pecados (Lm 3.39; At 3.19).
C) Sugestão de Método: Até que aqui vimos três leis do ensino: a lei do professor, a lei do aluno e a lei da comunicação. Agora veremos a quarta lei: a lei da lição. Essa lei pode ser resumida pela seguinte sentença: "a verdade a ser ensinada deve ser aprendida através de uma verdade já conhecida". Só se apresenta um novo conceito depois que o conceito ensinado esteja bem estabelecido. A partir dessa compreensão, você deve levar em conta: 1) Certifique-se de que o aluno compreende o assunto A antes de apresentar o assunto B (por exemplo, só ensine a respeito da salvação depois que os alunos aprenderem a respeito da gravidade do pecado); 2) Trace objetivos progressivos de ensino que consta na lição.
 
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Traga exemplos que mostrem o quanto o ser humano é responsável pelas suas atitudes. A história de confissão do pecado do rei Davi traz um bom exemplo para o fechamento desta lição.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Responsabilidade Individual (Ez 18.1-20)" traz uma explicação teológica a respeito da relação do pecado dos pais com a vida dos filhos; 2) O texto "Os Justos podem Cair da graça (Ez 18.21-32)" traz uma excelente abordagem a respeito da possibilidade da queda do justo.

REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que significava a máxima “Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram”?
Com base nesse ditado, eles diziam que estavam sendo punidos por causa dos pecados de seus antepassados.
2. Como se chama o movimento que hoje segue esse pensamento das uvas verdes e dentes embotados?
Esse movimento é conhecido como “Batalha Espiritual” que inclui a doutrina da maldição hereditária.
3. Por que DEUS proibiu o uso desse ditado popular em Israel?
DEUS proíbe o uso desse ditado popular porque a responsabilidade é individual. O profeta Ezequiel fecha a porta fatalista do imaginário popular do povo de Judá e dos exilados de Babilônia.
4. Qual a conclusão depois de Ezequiel explicar a verdade e apresentar os fatos?
Depois de explicar essa verdade e apresentar os fatos vem a conclusão: os caminhos do Senhor são corretos e os do povo, torcidos.
5. Qual a tendência das pessoas hoje ao explicar suas aflições?
É tendência dessas pessoas culparem a DEUS pelas suas mazelas.


LEITURAS PARA APROFUNDAR
Arminianismo Puroe Simples
Esta obra é a respeito do Arminianismo, que se harmoniza perfeitamente com as Escrituras, e de forma simples, bíblica e histórica.
As Obras de Armínio
Livre Arbítrio x Predestinação, Graça Irresistível x Vontade Permissiva... Grande aprofundamento para todos os que se interessam pela teologia.

 

 

Lição 7, A Responsabilidade é Individual (Revista CPAD)

 

TEXTO ÁUREO

“A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.” (Ez 18.20)

 

VERDADE PRÁTICA

Para além da responsabilidade individual, a Palavra de DEUS se posiciona contra o fatalismo, isto é, contra a ideia de que tudo está determinado por um rígido destino.

 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ezequiel 18.20-28

20 - A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele. 21 - Mas, se o ímpio se converter de todos os seus pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer juízo e justiça, certamente viverá; não morrerá. 22 - De todas as suas transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela sua justiça que praticou, viverá. 23 - Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? Diz o Senhor JEOVÁ; não desejo, antes, que se converta dos seus caminhos e viva? 24 - Mas, desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniquidade, e fazendo conforme todas as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as suas justiças que tiver feito não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu, e no seu pecado com que pecou, neles morrerá. 25 - Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é direito. Ouvi, agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho direito? Não são os vossos caminhos torcidos? 26 - Desviando-se o justo da sua justiça e cometendo iniquidade, morrerá por ela; na sua iniquidade que cometeu, morrerá. 27 - Mas, convertendo-se o ímpio da sua impiedade que cometeu e praticando o juízo e a justiça, conservará este a sua alma em vida. 28 - Pois quem reconsidera e se converte de todas as suas transgressões que cometeu,  certamente viverá, não morrerá.



INTRODUÇÃO
O ponto de partida desta lição é uma máxima muito usada em Jerusalém e, também, entre os exilados de Babilônia que diziam: “Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram” (Jr 31.29; Ez 18.2). Com base nesse ditado, eles diziam que estavam sendo punidos por causa dos pecados de seus antepassados.


I - SOBRE A MÁXIMA USADA EM ISRAEL

1. Uma máxima equivocada.

O ditado popular “Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram” se baseava numa interpretação equivocada sobre o terceiro mandamento do Decálogo (Êx 20.5; Dt 5.9). A maldição não é hereditária, ela só permanece quando os filhos continuam nos pecados dos pais; veja a expressão “daqueles que me aborrecem”. É um princípio divino estabelecido desde a lei de Moisés (Dt 24.16). Isso é lembrado na história de Israel (2 Rs 14.5,6).

 


2. Jeremias e Ezequiel trataram do assunto.

A palavra profética em Jeremias é escatológica. A seção de Jeremias 30–33 é o Livro da Consolação, que não foi editado separadamente como Lamentações, essa parte da profecia anuncia a restauração de Israel e de Judá e contempla o futuro glorioso da nação unificada. Esse oráculo está nesse contexto, como nos revela também a profecia no livro de Jeremias (Jr 31.29,30). É nesse contexto escatológico que nunca mais será pronunciado em Israel tal provérbio popular. Mas a proibição anunciada por Ezequiel é imediata (Ez 18.2,3).

 


3. O problema em nosso tempo.

A doutrina das “uvas verdes e dentes embotados” que predominou o imaginário popular de Israel (Jr 31.29; Ez 18.2) veio a ser parte do cardápio doutrinário de um movimento infiltrado em algumas igrejas conhecido como “Batalha Espiritual”. Essa parte do ensino é a conhecida extravagante doutrina da maldição hereditária. Quando alguém se converte a CRISTO, deixa de aborrecer a DEUS, logo, essa passagem do terceiro mandamento do Decálogo não pode se aplicar aos crentes (Rm 5.8-10), pois eles se tornam em uma nova criatura, pois “as coisas velhas já passaram, e eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17). Devemos orar e agir para que esses ensinos equivocados não prosperem em nossas igrejas (Jd v.3).

 


II - SOBRE A SALVAÇÃO PARA TODOS OS SERES HUMANOS

1. Há esperança para o pecador (vv. 21,22,23).

Essa ideia está muito clara no capítulo inteiro, que, para não deixar dúvidas, Ezequiel afirma de maneira direta (vv.4,20), reiterando diversas vezes com exemplos claros e ilustrações. A vontade de DEUS é a salvação de todos os seres humanos para que ninguém se perca, e nisso o profeta antecipa o pensamento do Novo Testamento (Jo 5.40; 1 Tm 2.4; 2 Pe 3.9).

 


2. Refutando um pensamento fatalista (v.20).

Tanto os exilados na Babilônia como os que estavam em Judá e em Jerusalém acreditavam ou se justificavam numa ideia falsa de que estavam pagando pelos pecados dos pais, mesmo depois da destruição de Jerusalém (Lm 5.7). DEUS proíbe o uso desse ditado popular porque a responsabilidade é individual. O profeta Ezequiel fecha a porta fatalista do imaginário popular do povo de Judá e dos exilados de Babilônia. Ele torna claro o pensamento bíblico da responsabilidade individual de maneira textual e direta (v.20). A palavra “alma”, nesse contexto, significa a própria pessoa.

 


3. Duas situações (vv.2,22,24).

O profeta explica, com clareza, os oráculos divinos sobre a relação de DEUS com os seres humanos. Se o pecador abandona a sua vida cheia de pecados, todo tipo de maldade, iniquidade e se volta para DEUS, tal pessoa é perdoada, e se “fizer juízo e justiça, certamente viverá; não morrerá” (vv.21,22). Mas, se pelo contrário, o justo se desviar de sua justiça e cometer injustiça e iniquidade “conforme todas as abominações que faz o ímpio [...] De todas as suas justiças que tiver feito não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu, e no seu pecado com que pecou, neles morrerá” (v.24). É possível, sim, o salvo perder a salvação temporariamente (Lc 15.32) ou definitivamente (2 Pe 2.20-22).

 


III - SOBRE A REAÇÃO DE ISRAEL

1. Uma pergunta retórica (v.25).

Na verdade, são duas perguntas: “Não é o meu caminho direito? Não são os vossos caminhos torcidos?”. A pergunta retórica não espera resposta, trata-se de uma afirmação em forma de pergunta. É o que Javé afirma nessa passagem. Esses recursos estilísticos são frequentes nas Escrituras, veja esses exemplos: “Não é Arão, o levita, teu irmão?” (Êx 4.14); “Não errais vós em razão de não saberdes as Escrituras e nem o poder de DEUS?” (Mc 12.24; cf. Ez 8.6; Jo 4.35; 6.70; 1 Co 10.16). Depois de explicar essa verdade e apresentar os fatos vem a conclusão: os caminhos do Senhor são corretos e os do povo, torcidos.
Se o pecador abandona a sua vida cheia de pecados, todo tipo de maldade, iniquidade e se volta para DEUS, tal pessoa é perdoada, e se ‘fizer juízo e justiça, certamente viverá’ [...].”

 


2. Sobre a justiça.

Ezequiel deixa claro mais que o sol do meio-dia que a lei da responsabilidade individual é justa e está de acordo com os atributos divinos. Esse atributo é manifesto no castigo do pecador e na premiação do justo: “o qual recompensará cada um segundo as suas obras” (Rm 2.6). Esse atributo se harmoniza com a santidade de DEUS. A Bíblia declara, com todas as letras, que somente DEUS é justo, considerando justiça como atributo, no sentido absoluto de perfeição: “DEUS é um juiz justo” (Sl 7.11).

 


3. O arrependimento (vv. 27,28).

DEUS é justo e misericordioso. A retribuição ao pecador contumaz vem depois de muitos anos de apelo ao arrependimento sem resposta do povo. A resposta dada aos críticos deixa claro também que, mesmo o ímpio na sua impiedade, deixando o pecado e voltando a praticar a justiça, tem o perdão. Todos precisam de arrependimento e buscar o perdão de DEUS e não acusar o próprio DEUS (Is 55.6,7; At 3.19). Essa história se repete em nossos dias, porque é tendência dessas pessoas culparem a DEUS pelas suas mazelas. Devemos levar a Palavra de DEUS a essas pessoas, pois nenhuma felicidade pode ser plena sem JESUS.

 


CONCLUSÃO
Depois de refutar o imaginário popular de que DEUS estivesse sendo injusto pelo castigo do povo, o profeta chama os seus leitores para uma reflexão. Esse discurso soteriológico é muito importante e continua atual na vida da igreja e na pregação cristã. É nossa responsabilidade levar essa mensagem aos perdidos da terra.