05 dezembro 2012

LIÇÃO 10, SOFONIAS, O JUÍZO VINDOURO



LIÇÃO 10, SOFONIAS, O JUÍZO VINDOURO

LIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Os Doze Profetas Menores - Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de CRISTO.
Comentários da revista da CPAD: Pr. Esequias Soares
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
QUESTIONÁRIO
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
 

TEXTO ÁUREO
"Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos" (Mt 24.24). 


VERDADE PRÁTICA 
No juízo vindouro, DEUS há de julgar todos os moradores da terra, de acordo com as obras de cada um. 


LEITURA DIÁRIA
Segunda – Jr 30.7 Um tempo de angústia para Jacó
Terça – Dn 12.1 Daniel profetizou o tempo de angústia
Quarta – Lc 21.25,26 Uma convulsão geral na sociedade
Quinta – 2 Pe 3.10 Os céus passarão com grande estrondo
Sexta – 1 Ts 5.2,3 Um tempo de destruição
Sábado – Mt 25.31,46 O juízo final

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Sofonias 1.1-10
1 Palavra do SENHOR vinda a Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias, nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá. 2 Inteiramente consumirei tudo sobre a face da terra, diz o SENHOR. 3 Arrebatarei os homens e os animais, consumirei as aves do céu, e os peixes do mar, e os tropeços com os ímpios; e exterminarei os homens de cima da terra, disse o SENHOR. 4 E estenderei a minha mão contra Judá e contra todos os habitantes de Jerusalém e exterminarei deste lugar o resto de Baal e o nome dos quemarins com os sacerdotes; 5 e os que sobre os telhados se curvam ao exército do céu; e os que se inclinam jurando ao SENHOR e juram por Malcã; 6 e os que deixam de andar em seguimento do SENHOR, e os que não buscam ao SENHOR, nem perguntam por ele. 7 Cala-te diante do Senhor JEOVÁ, porque o dia do SENHOR está perto, porque o SENHOR preparou o sacrifício e santificou os seus convidados. 8 E acontecerá que, no dia do sacrifício do SENHOR, hei de castigar os príncipes, e os filhos do rei, e todos os que se vestem de vestidura estranha. 9 Castigarei também, naquele dia, todos aqueles que saltam sobre o umbral, que enchem de violência e engano a casa dos seus senhores. 10 E, naquele dia, diz o SENHOR, far-se-á ouvir uma voz de clamor desde a Porta do Peixe, e um uivo desde a segunda parte, e grande quebranto desde os outeiros.
 

COMENTÁRIOS DA BEP - CPAD
Esboço 
Introdução (1.1)
I.O Julgamento e o Dia do Senhor (1.2—3.8)
A. Julgamento sobre a Terra (1.2,3)
B. Julgamento contra o Povo de Judá (1.4-18)
1. Descrição dos Pecados de Judá (1.4-9)
2. Advertência a Jerusalém (1.10-13)
3. O Grande Dia do Senhor (1.14-18)
C. Chamada ao Arrependimento (2.1-3)
D. Julgamento das Nações (2.4-15)
1. Os Filisteus (2.4-7)
2. Os Amonitas e Moabitas (2.8-11)
3. Os Etíopes (2.12)
4. Os Assírios (2.13-15)
E. Julgamento de Jerusalém (3.1-7)
1. Pecados de Jerusalém (3.1-4)
2. A Justiça Divina contra Jerusalém (3.5-7)
3. Julgamento de Toda a Terra (3.8)
II.A Salvação e o Dia do Senhor (3.9-20)
A. O Remanescente Restaurado e Jerusalém Purificada (3.9-13)
B. O Povo Jubiloso com DEUS no Seu Meio (3.14-17)
C. Promessas Finais a Respeito da Restauração (3.18-20)

Autor: Sofonias
Tema: O Dia do Senhor
Data: Cerca de 630 a.C.

Considerações Preliminares
Sofonias, cujo nome significa “o Senhor esconde”, era um tataraneto do rei Ezequias. Ele profetizou durante o reinado de Josias (639-609 a.C.), o último governante piedoso de Judá (1.1). Sua referência a Jerusalém como “este lugar” (1.4), bem como a descrição minuciosa de sua topografia e de seus pecados, indicam que residia na cidade. Como parente do rei Josias, tinha imediato acesso ao palácio real. Conforme era de se esperar, suas profecias focalizavam a palavra do Senhor endereçada a Judá e às nações.
Os pecados dos quais Sofonias acusava Jerusalém e Judá (1.4-13; 3.1-7) indicam que ele profetizou antes do reavivamento e reformas promovidas por Josias. Período este marcado pela iniqüidade dos reis que antecederam a Josias (Manassés e Amom). Foi somente no décimo segundo ano do reinado de Josias (i.e., 627 a.C.) que o rei empreendeu a purificação do povo com o banimento da idolatria e a restauração do verdadeiro culto ao Senhor. Oito anos mais tarde, ordenaria o conserto e a purificação do templo. Nesta ocasião, foi descoberta uma cópia da Lei do Senhor (cf. 2 Rs 22.1-10). A descrição que Sofonias faz das lamentáveis condições espirituais e morais de Judá deve ter sido escrita por volta de 630 a.C. É provável que a pregação de Sofonias tenha tido influência direta sobre o rei, inspirando-o em suas reformas. O ano de 630 a.C. é também indicado devido a ausência de referências, no livro de Sofonias, à Babilônia, sendo esta uma potência reconhecida no cenário internacional. Babilônia só começou a galgar uma posição de destaque com a ascendência de Nabopolassar em 625 a.C. Mesmo assim, Sofonias profetizou a destruição da grande Assíria, evento este ocorrido em 612 a.C., com a queda de Nínive. Jeremias era um contemporâneo mais jovem de Sofonias.

 
Propósito
O objetivo de Sofonias foi advertir Judá e Jerusalém quanto ao juízo divino iminente e ameaçador. O juízo divino é aqui chamado de “o grande dia do Senhor” (1.14). A aplicação imediata da palavra profética era que a apóstata Judá receberia a justa retribuição por sua iniqüidade, o mesmo acontecendo com as nações pagãs em derredor, alistadas nominalmente pelo profeta. O alcance imediato da profecia aplica-se à igreja e ao mundo na conclusão da história. Sofonias escreveu, também, para encorajar os fiéis com a mensagem de que DEUS um dia haveria de restaurar o seu povo. Judá, então, cantaria louvores ao DEUS justo que habita no meio do seu povo.

Visão Panorâmica
Na sua maior parte, o livro é uma advertência sóbria a respeito do dia do castigo divino contra o pecado. Embora percebesse um castigo vindouro em escala mundial, (1.2; 3.8), Sofonias focalizava especialmente o julgamento que viria contra Judá (1.4-18; 3.1-7). Ele faz um apelo à nação para que se arrependa e busque o Senhor em humildade antes que o decreto entre em vigor (2.1-3). O arrependimento nacional ocorreu parcialmente durante o reavivamento de Josias (627—609 a.C.).
Sofonias também profetizou o juízo vindouro contra cinco nações estrangeiras: Filístia, Amom, Moabe, Etiópia e Assíria (2.4-15). Depois de dirigir sua atenção aos pecados de Jerusalém (3.1-7), o profeta prediz um tempo em que DEUS reuniria, redimiria e restauraria o seu povo. Os fiéis gritariam de alegria como verdadeiros adoradores do Senhor DEUS, que estaria no meio deles como um guerreiro vitorioso (3.9-20).

Características Especiais
Cinco aspectos caracterizam o livro de Sofonias.

(1) É o único profeta que apresenta uma lista considerável da sua linhagem, remontando quatro gerações até o rei Ezequias.
(2) Contém a revelação mais completa no AT a respeito do “dia do Senhor”.
(3) Demonstra que o povo de DEUS precisa ser confrontado por suas advertências, além de ser consolado com suas promessas.
(4) Contém uma doutrina bem desenvolvida a respeito do remanescente fiel, que seria restaurado no dia da visitação do Senhor (3.9-20).
(5) A revelação de Sofonias a respeito do dia vindouro da ira de DEUS, para os ímpios, e do grande dia da salvação, para seu povo, contribuiu para a revelação do NT sobre o fim dos tempos.

O Livro de Sofonias ante o NT
JESUS pode ter aludido a Sofonias duas vezes (1.2,3, cf. Mt 13.40-42; 1.15; cf. Mt 24.29). Ambas as referências acham-se associadas à sua segunda vinda. Os escritores do NT entendiam a mensagem de Sofonias a respeito do “dia do SENHOR” como uma descrição dos eventos escatológicos que terão início na grande tribulação e culminarão quando JESUS voltar para julgar os vivos e os mortos (cf. 1.14 com Ap 6.17; 3.8 com Ap 16.1). Freqüentemente, o NT refere-se à segunda vinda de CRISTO e ao dia do juízo como “o Dia” (e.g., 1 Co 3.13; cf. 2 Tm 1.12,18; 4.8).

 
1.1 SOFONIAS. Sofonias profetizou durante o reinado de Josias, rei de Judá (640-609 a.C). A nação achava-se envolvida com a violência e a idolatria. Havia indiferença e zombaria para com o Senhor DEUS. A mensagem de Sofonias foi entregue provavelmente antes do movimento da reforma promovida por Josias. Talvez haja funcionado como a força motivadora que levou o rei a conclamar o povo a renovar a obediência a DEUS e à sua Lei (ver introdução).
1.2,3 INTEIRAMENTE CONSUMIREI TUDO. Sofonias começa, anunciando o juízo divino que virá sobre o mundo todo. Pois a raça humana, de maneira genérica, recusar-se-á a buscar o Senhor. DEUS mesmo determinou um dia em que destruirá todos os ímpios, bem como o próprio mundo. Será um tempo de aflição, angústia, perturbação e ruína (v. 15)
1.4 CONTRA JUDÁ. Judá, o povo de DEUS nos dias de Sofonias, não demoraria em experimentar a ira de DEUS por haver se desviado do Senhor para adorar outros deuses, e por haver se dedicado à violência, à corrupção e à traição (vv. 4-9).
1.5 SE CURVAM AO EXÉRCITO DO CÉU. Esta forma de idolatria grassa nos dias de hoje. Muitos são os que buscam consolo e orientação por meio de sinais astrológicos e horóscopos (cf. Dt 4.19).
1.5 OS QUE... JURANDO AO SENHOR. Muitos em Judá participavam doutras formas de culto enquanto diziam adorar ao Senhor DEUS. Tal mistura é idolátrica e flagrantemente maligna. DEUS não tolerará os que, embora se identifiquem como seus seguidores, participam de atividades pagãs, pecaminosas e imorais. A condenação espreita a todos os que se recusam a se dedicarem como santos ao Senhor.
1.7 O DIA DO SENHOR. Esta profecia aplica-se, em primeiro lugar, à destruição de Judá pelos babilônios em 605 a.C. E, em segundo lugar, ao juízo divino a ser aplicado em escala mundial contra todas as nações no fim dos tempos (cf. Is 2.12; 13.6,9; Jr 46.10; Ez 13.5; 2.1; ver Jl 1.15; Am 5.18). O último dia da ira ainda está por vir (Rm 2.5), e acha-se associado à segunda vinda de CRISTO (Mt 24.29-33; ver 1 Ts 5.2).
1.12 O SENHOR NÃO FAZ BEM NEM FAZ MAL. Muitos em Judá tinham um conceito deísta de DEUS (i.e., de que DEUS não está ativamente envolvido nos assuntos cotidianos da humanidade). Acreditavam que DEUS não castigaria o pecado do povo. (1) Os que adotam tal atitude, descobrirão, com pavor, no dia do juízo, que DEUS os punirá por causa daqueles pecados que não abandonaram. (2) DEUS não está distante dos assuntos humanos, nem deixa de neles envolver-se. Ele recompensará os que o buscam, e condenará os que dEle se desviam para praticar o mal (ver Rm 2.5-11).
2.1-3 CONGREGA-TE Ó NAÇÃO. Sofonias já havia enunciado a iminência do dia da ira divina contra Judá. Dia este que não seria cancelado. A ocasião exata e a certeza do juízo já haviam sido determinadas. A nação teria de ser castigada em conseqüência de suas apostasias e pecados. Mesmo assim, DEUS oferecia esperança aos que se arrependessem antes daquele dia. Os verdadeiramente justos seriam protegidos pelo Senhor no dia de sua ira.
2.3 BUSCAI O SENHOR... BUSCAI A JUSTIÇA, BUSCAI A MANSIDÃO. O profeta oferece esperança aos que já se haviam voltado ao Senhor. Exorta-os a aprofundar sua dedicação a DEUS e aos seus caminhos. E o Senhor, quem sabe, haveria de protegê-los quando viesse castigar o povo. Os fiéis deviam buscar três coisas se quisessem experimentar o avivamento e novas bênçãos da parte do Senhor. Três coisas igualmente essenciais aos crentes de hoje.

(1) Buscar o próprio DEUS. Seus corações deviam voltar-se a Ele com profundo desejo de conhecê-lo e amá-lo como seu Senhor e protetor segundo o concerto (cf. Jr 29.13). (
2) Buscar a justiça, conforme definida na Palavra de DEUS, como sua maneira de vida (cf. Is 1.21; Am 5.24; Mt 6.33). (3) Buscar a humildade, reconhecendo a própria insuficiência e necessidade em submeter-se a DEUS (cf. Nm12.3; Sl 45.4; Pv 15.33).
2.4-15 GAZA SERÁ DESAMPARADA. Depois de advertir Judá, Sofonias profetiza o castigo divino que viria sobre as nações vizinhas, todas pecaminosas e idólatras.
2.10 ESCARNECERAM E SE ENGRANDECERAM CONTRA O POVO DO SENHOR. O mundo incrédulo ofende e zomba dos que são de DEUS, e dedicam-se aos padrões retos e santos da sua Palavra. (1) Semelhante tratamento é inevitável num mundo que está sob o controle de Satanás, é e dominado pelos que têm a mente obscurecida (cf. 2 Co 4.4; Ef 2.2,3; 4.18). O próprio JESUS sofreu zombaria e censuras enquanto se encontrava na terra (ver Mt 27.39-44; cf. Sl 69.10). (2) A perseguição aos justos não durará para sempre. DEUS determinou um dia em que vindicará os que permaneceram leais aos seus caminhos. O justo castigo ele reservou aos que zombam dos fiéis.
3.1-7 AI... DA CIDADE OPRESSORA! Depois de condenar as nações pagãs, Sofonias volta a atenção aos pecados de Jerusalém e do povo de DEUS, por haverem se oposto a DEUS e à sua Lei. A decadência moral penetrara em todos os níveis da sociedade, e o povo já não queria ouvir os profetas do Senhor.
3.3,4 SEUS PRÍNCIPES... JUÍZES... PROFETAS... SACERDOTES. Estas eram as quatro principais categorias de líderes em Judá. DEUS os condenou por não serem santos e justos.

(1) Os príncipes e juízes pervertiam a Lei, e abusavam de seus cargos para obter dinheiro e propriedades.
(2) Os profetas alteravam a mensagem divina a fim de obter popularidade e a aprovação do povo.
(3) Os sacerdotes profanavam a casa de DEUS ao violarem seus princípios e viverem vidas imorais.
(4) Devemos resistir aos líderes que toleram ou promovem o mundanismo e a imoralidade em nome de DEUS. Em lugar deles, coloquemos líderes e leigos que preservem os padrões divinos. Estes jamais podem ser rebaixados a fim de acomodar os pecados de líderes profanos.
3.5 O SENHOR É JUSTO... NÃO COMETE INIQÜIDADE. Embora os seres humanos fracassem e caiam no pecado, DEUS continuará justo. Tal verdade é inerente à sua natureza.

(1) O Senhor DEUS é veraz, reto e justo em todos os seus caminhos (cf. Dt 32.4). Mantenhamos, pois, a fé na sua justiça infalível.
(2) Embora aconteçam-nos coisas que não conseguimos entender, permaneçamos convictos de que seu amor e fidelidade jamais hão de cessar. Ele opera em nossa vida o que é certo. DEUS não pode falhar
3.9-20 PARA QUE TODOS INVOQUEM O NOME DO SENHOR. Sofonias passa, agora, a examinar o plano divino em redimir as nações depois de haverem sido estas purificadas pelo juízo. Um dia, as nações serão reconciliadas com DEUS, e hão de invocá-lo e servi-lo. Estas promessas serão cumpridas durante o Milênio, quando CRISTO estiver reinando sobre o mundo inteiro (ver Ap 20.4).
3.10 DALÉM DOS RIOS DA ETIÓPIA. A Etiópia era uma das terras mais distantes de Israel naqueles tempos. Além da Etiópia, as demais nações trarão oferendas a DEUS em Jerusalém (cf. Is 66.18,20).
3.11 NAQUELE DIA. Quando DEUS levar as nações ao verdadeiro conhecimento, Ele restaurará os infortúnios do seu próprio povo (v. 20).
3.14-17 REGOZIJA-TE E EXULTA. O povo de DEUS deve regozijar-se por causa da sua salvação. A alegria do coração não é uma reação carnal; é uma reação sobrenatural, que resulta da atividade redentora em nossa vida. O regozijo vem-nos porque:

(1) somos perdoados e não mais castigados pelos nossos pecados (v. 15);
(2) nosso inimigo já foi derrotado, i.e., fomos libertados da escravidão de Satanás e do pecado (v. 15);
(3) DEUS está conosco, e nos dá sua comunhão, graça e ajuda durante a nossa vida (vv. 15-17; cf. Hb 4.16); e
(4) somos objetos do grande amor e deleite de DEUS (v. 17). Estas condições prévias à exultação acham-se à disposição daqueles que têm pleno conhecimento do que DEUS tem feito em nosso favor mediante o seu Filho (ver Ef 1.17,18; 3.16-20). Nossa alegria chegará ao clímax no dia em que DEUS manifestar plenamente a sua glória e majestade na terra (cf. Is 35.1-10).


 
SUBSÍDIOS DO LIVRO DE SOFONIAS - O DIA DO SENHOR ESTA PERTO) - Revista BETEL - 2º Trimestre de 2008 - Profetas Menores
 
TEXTO ÁUREO
Cala-te diante do Senhor Jeová porque o Dia do Senhor está perto, porque o Senhor preparou o sacriflcio e santificou os seus convidados". (Sf 1.7) 
VERDADE APLlCADADA
O dia do Senhor virá como uma grande surpresa para os descuidados. Vigiemos, pois, servindo ao Senhor. 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Alertar para a necessidade de estarmos prontos para o Dia do Senhor;
Ensinar que o Dia do Senhor será um dia maravilhoso somente para aqueles que O buscam de todo coração;
Frisar que a Igreja deve trabalhar para que venha logo aquele Dia. 
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda Sf 1.2 - Terça Sf 1.18 - Quarta Sf 2.3 - Quinta Sf 3, 11 - Sexta Am 5.18-20 - Sábado 2Pe 3.12,13  
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Sf 1.14 - O Grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa a voz do dia do Senhor; amargamente clamará ali o homem poderoso.
Sf 1.15 - Aquele dia é um dia de indignação, dia de angústia e de ânsia dia de alvoroço e de desolação; dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas,
Sf 1.16 - Dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortes e contra as torres altas.
Sf 2.3 - Buscai o Senhor, vós todos os mansos da Terra, que pondes por obra o Seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do Senhor.
 
INTRODUÇÃO
No livro de Sofonias estudaremos a respeito do Dia do Senhor porque os demais assuntos de que trata o profeta já foram abordados nas lições anteriores.
"Dia da ira':, "dia da vingança", "dia de visitação" do Senhor e outros, são alusivos a períodos de julgamentos proferIdos pelos profetas, e comumente seguidos de "naquele (s) dia (s)", significam as conseqüênclas e a
abrangência do conjunto de ações justas e poderosas de Jeova para tornar a congregar a si todas as coisas, no Dia do Senhor.
 
1- AS INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O DIA DO SENHOR
Segundo as Escrituras, o mal será finalmente subjugado mediante ações justas e poderosas de DEUS. A raça humana será regenerada em CRISTO. Os ímpios - aqueles que voluntariamente rejeitarem a nova vida - serão aniquilados; e o maligno será aprisionado.
a) A definição - o dia do Senhor fala de um tempo que DEUS reservou para si, no qual todos os Seus desígnios que dizem respeito à criação serão plenamente realizados inclusive a solução do complexo problema do mal, que tanto afeta os humanos e diante do qual, mesmo pessoas tementes a DEUS ficam perplexas.
b) A duração - De ninguém é conhecido, a não ser do próprio DEUS o início e o encerramento do dia do Senhor. JESUS disse "daquele dia e hora ninguém sabe nem anjos dos céus, nem o Filho mas unicamente meu Pai" (Mt 24.36). A segunda vinda de JESUS será o evento que inaugurará o Dia do Senhor. O próprio JESUS indicou os sinais que a precederiam (Mt 24:3.14).
C) O propósito - O propósito do Dia do Senhor é " ... tornar a congregar em CRISTO todas as coisas na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na Terra".(Ef 1.9,10). Ao longo dos
séculos DEUS tem tomado as medidas necessárias ao cumprimento do seu propósito. Estas medidas serão mostradas nos próximos tópicos.
2- A REMOÇÃO DOS OBSTÁCULOS NO DIA DO SENHOR.
A maioria das profecias possui três sentidos, o literal, o espiritual e o figurado. Eles devem ser levados em conta quando se estuda sobre o Dia do Senhor. Todas as pessoas, sociedades e nações, anteriores e posteriores aos
profetas que foram por eles mencionadas e que receberam em si mesmas a visitação do Dia do Senhor, passaram a constituir o molde de todos os obstáculos futuros a DEUS e aos seus desígnios, que serão removidos para que venha a plenitude do grande e glorioso dia do Senhor.
a) A remoção da idolatria - As reformas religiosas sempre deixaram restos que contaminavam a nação (2Re 15.35), ou escondiam a idolatria por causa da imposição da verdadeira religião (2Cr 34.33). Também havia a religião sem temor a DEUS e amor ao próximo, com meras formalidades e práticas e ensinadas por líderes levianos, fingidos e violentos (Sf 1. 3-4). O Dia do Senhor levado a efeito em sua plenitude, desarraigará toda a idolatria, falsidade e apostasia (Sf 1.4-7; 2.11).
b) A remoção das sociedades ímpias - Serão removidos no dia do Senhor todos os que praticam a violência e o engano (Sf 1.9).
Todos os sistemas sociais organizados de costas para o Senhor, como se fossem deuses serão arrancados juntos com os seus ídolos (Sf 2.15).
C) A remoção das nações iníquas - Em sua iniqüidade, rebeldia, arrogância e altivez as nações voltaram-se contra DEUS e fortificaram-se em tudo o que acharam necessário para viverem independentes dEle (Is 14.13,14). O
dia do Senhor será para elas um beco sem saída (Am 5.19), onde nem a reunião de toda a sabedoria delas (Ob v8), nem que até os instrumentos de trabalho sejam transformados em armas (Jl3.10), nem as riquezas que acumularam (Na 2.9), nem Satanás, representado pelos ídolos e deuses que elas adoram (2.11a) poderão resistir ao fogo do zelo do Senhor.
3- A FORMAÇÃO DE NOVA AGÊNCIA DO REINO DE DEUS
DEUS não realiza a obra de remoção de Seus opositores de modo caprichoso e sem critérios, demolindo tudo e fazendo perecer o justo com o injusto. Não. Ele nunca comete injustiça nem fíca sem testemunho. DEUS julgará os
povos com eqüidade e edificará para Si uma nova agência de disseminação de Seu reino e cumprimento de Sua vontade para Seu louvor e glória através:
a) Do remanescente de Israel - Podemos considerar o remanescente de Israel em dois grupos - aquele que voltou do cativeiro babilônico, reorganizou a nação judaica e possibilitou a preservação da linhagem de Davi, da qual
nasceria o redentor (Mq 5.2), e os demais israelitas, fiéis de ambas as nações, espalhados por todo o mundo, e que foram responsáveis pela difusão da esperança messiânica em toda a terra (Mq 5.7).
b) Dos mansos de.toda a Terra - O Senhor preservou, dentre as sociedades e nações históricas exterminadas no dia da Sua ira, aqueles que viviam de acordo com o juízo de DEUS. Eles são chamados de "mansos" (Sf 2.3).
Assim vemos que os magos do Oriente temiam ao Senhor e esperavam ansiosos pela manifestação do DEUS que satisfaria o anelo das suas almas. Seus corações estavam em sintonia com DEUS, de tal forma, que pelos
seus cálculos astronômicos obtiveram dEle a informação de quando e onde nasceria o rei dos judeus (Mt 2.2). Antes do nascimento de CRISTO, havia no mundo milhares de pessoas famintas e sedentas de algum poder superior
que iluminasse suas existências escuras e resolvesse o problema do mal.
c) Do Messias - A primeira vinda de JESUS constitui o cerne dos preparativos para o Dia do Senhor. Seu nascimento, morte e ressurreição criaram uma nova época que é marcada pela edificação da Igreja, formada por pessoas de todos os povos compradas para DEUS com o sangue precioso de JESUS (Ap 7.14), que  receberam Dele nova vida (Gl 2.20), e por Ele têm acesso direto a DEUS. Por esta agência a sabedoria de DEUS torna-se conhecida dos principados e potestades nos céus (Ef 3.10), e o Evangelho do Reino é pregado a todo mundo para a salvação de todo aquele que crê (Mc 16.15,16).
4- AS MEDIDAS RESTAURADORAS NO DIA DO SENHOR
O remanescente de Israel preparou os corações dos gentios para a vinda do Messias (Rm 11.11). Este inaugurou a Igreja e deu a ela poder contra o mal. Para ela até as portas do inferno terão que se abrir de par em par (Mt 16.18). Mediante sua pregação, proferida em o Nome de JESUS, os cativos serão libertados e restaurados à dignidade de filhos de DEUS. Esta poderosa agência do reino de DEUS é o ponto de partida para o tempo da restauração que compreende:
a) A restauração do homem (Hc 3.9) - Jeremias, Ezequiel e Sofonias profetizaram que no Dia do Senhor, seria dado ao homem um novo coração, um novo espírito, lábios puros (Ez 36.26, Sf 2.9,13). Isto fala da restauração do homem ao seu estado de inocência e pureza anteriores à queda. Miquéias admirado com esta possibilidade exclama: "Quem, Ó DEUS, é semelhante a Ti ... que subjugará as nossas iniqüidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar ?" (Mq 7.18,19).
b) A restauração da ordem e da paz mundial - "E acontecerá nos últimos dias que ... Ele exercerá juízo sobre as nações e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices; não levantará espada nação contra nação ... " (Is 2.4). Isto será possível com o aniquilamento dos espíritos malignos promotores das guerras (Ap 16.14), com o lançamento no lago de fogo da besta e do falso profeta, com a morte daqueles que não quiseram ter purificado o coração de toda a iniqüidade (Ap 19.21) e com o aprisionamento de Satanás, o enganador das nações (Ap 20.3,10).
C) A restauração de todas as coisas - o propósito do Dia do Senhor se cumprirá na sua plenitude com a restauração de toda a criação. " ...A mesma criatura será liberta da servidão da corrupção, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do corpo e quando, pelo sangue da sua cruz, CRISTO reconciliar consigo mesmo todas as coisas tanto as que estão na Terra como as que estão nos céus" (Rm 8.19-23; Cl 1.20).
CONCLUSÃO
"Portanto, amados, sábendo isso de antemão, guardai-vos de que pelo engano de homens abomináveis, sejais arrastados e descaiais da firmeza da vossa fé; tornai toda a armadura de DEUS, para que possais resistir no dia mal e, havendo feito tudo, ficar firmes; e olhai para que aquele dia não venha de improviso sobre vós. Vígiai, pois, em todo tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de estar em pé diante do Filho do Homem" (2 Pe 3.17; Ef 6.13; Lc 21.34,36).
 


INTERAÇÃO 
Se DEUS é bom, por que Ele castigará algumas pessoas eternamente? Esta é a indagação de muitos. Nas Escrituras, DEUS é descrito como o justo juiz. No Antigo Testamento Ele pronunciou juízos contra Israel e outras nações. Em o Novo Testamento o Altíssimo julgou Ananias e Safira (At 5.1-11 ). E no fim dessa era o Eterno, através de seu Filho, julgará todos os homens da terra, de acordo com as obras de cada um. Esses fatos demonstram um DEUS que ama o bem e odeia o mal. Isso mesmo! A justiça de DEUS é uma resposta retumbante contra o mal criado pelo Diabo e praticado pelos homens. O Dia do Senhor vem! 

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar a estrutura e a mensagem do livro de Sofonias. 
Compreender a linguagem predominante no livro de Sofonias.   
Saber que Juízo de DEUS é uma doutrina bíblica irrevogável. 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 
Professor, para a aula de hoje sugerimos que você reproduza, de acordo com as suas possibilidades, o esquema abaixo. Utilize-o logo na introdução para explicar que o livro de Sofonias é predominantemente poético. Ele pode ser dividido em três partes: a primeira, o juízo contra as nações, incluindo Judá; a segunda, a descrição dos povos vítimas do juízo divino e a terceira o juízo de Jerusalém e a restauração do remanescente fiel. Explique que o tema "Dia do Senhor" é o assunto central do profeta Sofonias.

ESBOÇO DO LIVRO DE SOFONIAS
Introdução (1.1)
Silêncio! O Temível Dia do Senhor (1.2 — 2.3)
O julgamento do Senhor (1.2,3)
O julgamento contra Judá (1.4-18)
A Chamada para o Arrependimento (2.1-3)
Profecias contra as Nações (2.4-15)
Os filisteus (vv.4-7)
Os amonitas e moabitas (vv.8-11)
Os etíopes (v.12)
Os assírios (vv. 13,15)
Julgamento de Jerusalém (3.1-8)
Os pecados de Jerusalém (vv.1-4)
A justiça divina contra Jerusalém (vv. 5-7)
Julgamento de toda terra (v.8)
Salvação e o Dia do Senhor (3.9-20)
O remanescente restaurado e Jerusalém purificada (vv.9-13)
A alegria do povo com DEUS (vv.14-17)
Promessas a respeito da restauração final (vv.18-20)

RESUMO DA LIÇÃO 10, SOFONIAS, O JUÍZO VINDOURO
I. O LIVRO DE SOFONIAS 
1. Contexto histórico.
2. Genealogia.
3. Estrutura e mensagem.
II. O JUÍZO VINDOURO 
1. Toda a face da terra será consumida (v.2).
2. A linguagem de Sofonias. 
3. Descrição detalhada.  
III. OBJETIVO DO LIVRO 
1. Sincretismo dos sacerdotes.
2. Sincretismo do povo.
3. O modismo do povo e a violência dos príncipes.
IV. "O DIA DO SENHOR" 
1. Significado bíblico.
2. O sacrifício e seus convidados.

SINÓPSE DO TÓPICO (1) O livro de Sofonias apresenta juízo divino contra as nações e Judá; o julgamento global; o castigo de Jerusalém e a restauração do remanescente fiel.  
SINÓPSE DO TÓPICO (2) A proclamação do juízo vindouro é o anúncio da tragédia global descrita em Sofonias 3.6-8.
SINÓPSE DO TÓPICO (3) O objetivo do livro de Sofonias é anunciar o juízo de DEUS sobre as nações e as mazelas sociais e religiosas praticadas pela humanidade 
SINÓPSE DO TÓPICO (4) A expressão o "Dia do Senhor" indica o período para o acerto de contas entre DEUS e todos os moradores da terra. Esse período é chamado também de Grande Tribulação.  

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO 
Subsídio Teológico
"[O Juízo Final]
Não há ninguém na Escritura que possa dizer mais sobre isso do que o Senhor JESUS. Ele advertiu repetidamente a respeito do iminente julgamento dos que não se arrependem (Lc 13.3,5). Ele falou muito mais sobre o inferno do que sobre o céu, usando sempre os termos mais nítidos e perturbadores. A maior parte do que sabemos sobre o destino eterno dos pecadores veio dos lábios do Salvador. E nenhuma das descrições bíblicas do juízo é mais severa ou mais intensa do que aquelas feitas por JESUS.
No entanto, Ele sempre falou sobre essas coisas usando os tons mais ternos e compassivos. Ele sempre insiste para que os pecadores abandonem os seus pecados, reconciliem-se com DEUS, e se refugiem nEle para que não entrem em julgamento. Melhor do que qualquer outro, CRISTO conhecia o elevado preço do pecado e a severidade da cólera divina contra o pecador, pois iria suportar toda a força dessa cólera em benefício daqueles que redimiu. Portanto, ao falar sobre essas coisas, Ele sempre usou a maior empatia e a menor hostilidade" (MACARTHUR JR., John. A Segunda Vinda. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.180).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
MACARTHUR JR., John. A Segunda Vinda. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. 
SAIBA MAIS 
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 52, p.41.

 
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 10, SOFONIAS, O JUÍZO VINDOURO
Responda conforme a revista da CPAD do 4º Trimestre de 2012
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas
 
1- Complete:
"Porque surgirão ____________________________ cristos e ___________________________ profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, ___________________________ até os escolhidos" (Mt 24.24). 

VERDADE PRÁTICA 
2- Complete:
No _____________________________ vindouro, DEUS há de _____________________________ todos os moradores da terra, de acordo com as ______________________________ de cada um. 

COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO 
3- Em que se destaca Sofonias?
(    ) Pela sensatez do juízo babilônico contra Judá e os gentios.
(    ) Pela intrepidez do juízo divino contra Samaria e os gregos.
(    ) Pela intrepidez do juízo divino contra Judá e os gentios.

I. O LIVRO DE SOFONIAS 
4- Qual o contexto histórico de Sofonias?
(    ) Sofonias exerceu o seu ministério "nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá".
(    ) Sofonias exerceu o seu ministério "nos dias de Manassés, pai de Amom, rei de Judá".
(    ) Josias reinou entre 660 e 603 a.C.
(    ) Josias reinou entre 640 e 609 a.C.
(    ) A reforma religiosa do rei de Judá aconteceu em 621 a.C., "no ano décimo oitavo" do seu reinado.
(    ) Quando ocorreu a reforma, Jeremias exercia o ofício de profeta há cinco anos.
(    ) O seu chamado deu-se "no décimo terceiro ano do [...] reinado" de Josias.
(    ) Esse período corresponde a 627 a.C.
(    ) É possível que, na reforma, o rei fora encorajado por esses profetas.
(    ) Evidências internas apontam para um tempo de pré-reforma em Judá, denunciando os desmandos dos reis Manassés e Amom.

5- Qual a genealogia de Sofonias?
(    ) É comum a menção do nome paterno nos livros dos profetas. Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oseias, Joel e Jonas, trazem essa informação.
(    ) Sofonias, porém, descreve a sua genealogia: "Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias".
(    ) Sofonias, porém, descreve a sua genealogia: "Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Zedequias".
(    ) A citação do nome do pai estabelecia o direito tanto à herança quanto à posição social ou aquisição de poder.
(    ) A ausência de paternidade demonstra que tal profeta não adveio de família tradicional.
(    ) Sofonias era trineto de Ezequias, que também fora rei de Judá. Isso lhe garantia livre acesso no governo real, bem como noutros segmentos da sociedade.

6- Qual a estrutura e mensagem de Sofonias?
(    ) Os meios de comunicação dos oráculos divinos aos profetas eram a palavra e a visão.
(    ) Os porta-vozes do Eterno deixam isso claro no prólogo de seus livros.
(    ) O estilo poético predomina em todo o livro de Sofonias.
(    ) O oráculo está organizado em três partes principais: a primeira anuncia o juízo contra as nações da terra, incluindo Judá..
(    ) A segunda especifica os povos nesse julgamento global - Egito, Moabe, Amom, Grécia e Assíria.
(    ) A segunda especifica os povos nesse julgamento global - Filístia, Moabe, Amom, Etiópia e Assíria.
(    ) E a terceira parte trata do castigo de Jerusalém e da restauração dos remanescentes fiéis.
(    ) O tema do "Dia do Senhor" ocupa todo o oráculo divino. 

II. O JUÍZO VINDOURO 
7- O que quer dizer "Toda a face da terra será consumida" (v.2)?
(    ) Refere-se ao ataque de Nabucodonozor a Jerusalém.
(    ) Após o dilúvio, DEUS prometeu não mais destruir a terra com água.
(    ) Desde então, a palavra profética anunciou o juízo vindouro pela destruição através do fogo.
(    ) A declaração "inteiramente consumirei tudo sobre a face da terra" refere-se à tragédia global referida em 3.6-8.
(    ) Note que a expressão "face da terra" é igualmente usada no anúncio da tragédia do dilúvio.  

8- Qual a linguagem de Sofonias?
(    ) A hipérbole é uma figura de linguagem que consiste em dar ênfase ao sentido diminutivo de algo.
(    ) A hipérbole é uma figura de linguagem que consiste em dar à sua significação uma ênfase exagerada.
(    ) A hipérbole aparece na Bíblia e, por isso, alguns expositores veterotestamentários defendem o uso de uma linguagem hiperbólica para o livro de Sofonias.
(    ) Eles consideram forte demais a descrição do aniquilamento natural de aves, peixes, animais, seres humanos, nações e cidades.

9- Dê a descrição detalhada e mais provável sobre a linguagem usada por Sofonias: Complete:
É verdade que na Bíblia há o emprego de hipérbole (Mt 11.23; Jo 12.19 etc.). Mas não é o caso, aqui, em Sofonias! A descrição "os homens e os animais, _______________________________ as aves do céu, e os peixes do mar" (v.3) representa o reverso da criação registrada em Gênesis (1.20-26). Ela corresponde à ____________________________________ universal e literal da criação (Ap 16.1-21). O dilúvio, por exemplo, foi literal e global, mas a família de Noé foi salva (1 Pe 3.20), assim como os filhos de Israel foram poupados das ________________________________ do Egito (Êx 9.4; 10.23; Nm 3.13). 

III. OBJETIVO DO LIVRO 
10- Como era o sincretismo dos sacerdotes na época de Sofonias?
(    ) A origem real dos principes de judá fazia com que estivessem envolvidos no santo culto religioso do templo. 
(    ) A expressão "quemarins com os sacerdotes" (v.4) aponta para o sincretismo da religião de Israel com o paganismo.
(    ) "Quemarins" é o plural do hebraico komer usado para "sacerdote pagão" e aparece apenas três vezes no Antigo Testamento.
(    ) Apesar da origem levítica, os sacerdotes estavam envolvidos no sincretismo religioso pagão.

11- Como era o sincretismo do povo na época de Sofonias?
(    ) Sabeísmo é a prática pagã dos sabeus; o povo da rainha de Sabá.
(    ) Seu culto estimulava a prática de consulta aos mortos, adivinhação, astrologia, santificação e culto ao DEUS de Israel.
(    ) Seu culto resumia-se na prática de adivinhação e na astrologia.
(    ) Judá envolveu-se nesse tipo de paganismo.
(    ) Malcã ou Milcom (ARA e TB), ou ainda Moloque (NVI), era o deus nacional dos amonitas.
(    ) Sofonias denunciou o povo por adorar a Jeová numa cerimônia comum com essa asquerosa divindade.
(    ) Isso exemplifica a realidade do ritual sincrético no meio do povo escolhido.

12- Como era o modismo do povo e a violência dos príncipes na época de Sofonias? Complete:
Não havia nada de errado em alguém vestir a roupa do __________________________. O problema da "vestidura estranha" (v.8) era o _________________________________ religioso de tal indumentária com o paganismo (2 Rs 10.22). Os príncipes de Judá, provavelmente filhos de Manassés ou Amom (pois Josias era bem novo para ter filhos nessa idade), serão duramente __________________________ por causa da violência e do engano (v.9). O objetivo do castigo divino é exterminar o baalismo, o sincretismo, as práticas divinatórias e as ______________________________ sociais. 

IV. "O DIA DO SENHOR" 
13- Qual o significado bíblico de "Dia do Senhor" ? Complete:
O termo hebraico para "dia" é yom, que pode ser "dia" no sentido literal (Jó 3.3) ou período de tempo (Gn 2.4). Assim, "o dia do SENHOR" (v.7) ou as fraseologias similares "dia da ira do SENHOR" (2.2,3) e "naquele dia" (1.10), indicam o período reservado por DEUS para o __________________________ de contas com todos os moradores da ________________________ (Is 13.6,9; Ez 13.5; Jl 1.15; 2.1). Esse período também é chamado de ____________________ Tribulação (Ap 7.14). O julgamento de Judá e das nações vizinhas é o prenúncio do _______________________________ vindouro.

14- O que quer dizer "sacrifício e seus convidados"?
(    ) Aqui, essa sentença é chamada de "sacrifício", uma metáfora usada pelos profetas para indicar o jejum coletivo de Israel.
(    ) A profecia afirma que Jeová "preparou o sacrifício e santificou os seus convidados".
(    ) Aqui, essa sentença é chamada de "sacrifício", uma metáfora usada pelos profetas para indicar o juízo.
(    ) O verbo hebraico para "santificar" é qadash, cuja ideia básica consiste em "separar, retirar do uso comum".
(    ) Assim, os babilônios foram separados por DEUS para a execução da ira divina sobre o povo de Judá.

CONCLUSÃO 
15- Complete:
O juízo vindouro não é assunto ______________________________. Os profetas trataram dele, bem como o Senhor JESUS CRISTO e seus ___________________________. Fica aqui um alerta para os promotores da teologia da ______________________________ (Fp 3.19-21). Infelizmente, entre muitos cristãos, os assuntos escatológicos são motivos de chacotas e risos. No entanto, DEUS não se deixa escarnecer. O seu ____________________ é certo e verdadeiro e virá sobre todos os que praticam a iniquidade.
 


 
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. 
William Macdonald - Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).


Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.


O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.


Comentário Bíblico NVI - EDITORA VIDA.


Revista Ensinador Cristão - nº 52 - CPAD.


Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Revista - LIÇÃO JUVENIS CPAD 2002= ESTUDO PANORÂMICO DOS PROFETAS MENORES
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.
CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD

27 novembro 2012

LIÇÃO 9, HABACUQUE, A SOBERANIA DIVINA SOBRE AS NAÇÕES




LIÇÃO 9, HABACUQUE, A SOBERANIA DIVINA SOBRE AS NAÇÕES 

LIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Os Doze Profetas Menores - Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de CRISTO.
Comentários da revista da CPAD: Pr. Esequias Soares
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
QUESTIONÁRIO
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
 
 
TEXTO ÁUREO 
"Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a vexação não podes contemplar; por que, pois, olhas para os que procedem aleivosamente e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele?" (Hc 1.13). 
 
 
VERDADE PRÁTICA 
A fim de cumprir os seus planos DEUS age soberanamente na vida de todas as nações da terra
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Rs 17.23 - DEUS usou a Assíria contra Israel
Terça - Sf 2.13 - O castigo contra a Assíria
Quarta - Jr 25.9 - DEUS usou a Babilônia contra Judá
Quinta - Jr 25.12 - O castigo contra a Babilônia
Sexta - Jr 27.5-7 - As nações sob a autoridade divina
Sábado - Hc 2.20 - Perante o Senhor a Terra se cala
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Habacuque 1.1-6; 2.1-4
Habacuque 1.1-6
1 O peso que viu o profeta Habacuque. 2 Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás? 3 Por que razão me fazes ver a iniqüidade e ver a vexação? Porque a destruição e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio. 4 Por esta causa, a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o ímpio cerca o justo, e sai o juízo pervertido. 5 Vede entre as nações, e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizo, em vossos dias, uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada. 6 Porque eis que suscito os caldeus, nação amarga e apressada, que marcha sobre a largura da terra, para possuir moradas não suas.
 
Habacuque 2.1-4
1 Sobre a minha guarda estarei, e sobre a fortaleza me apresentarei, e vigiarei, para ver o que fala comigo e o que eu responderei, quando eu for argüido. 2 Então, o SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo passa. 3 Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará, e não mentirá; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará. 4 Eis que a sua alma se incha, não é reta nele; mas o justo, pela sua fé, viverá.
 
Habacuque 2.1-4
1 Sobre a minha guarda estarei, e sobre a fortaleza me apresentarei, e vigiarei, para ver o que fala comigo e o que eu responderei, quando eu for argüido. 2 Então, o SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo passa. 3 Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará, e não mentirá; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará. 4 Eis que a sua alma se incha, não é reta nele; mas o justo, pela sua fé, viverá.
 
 
Comentários Ev. Henrique
Habacuque e sua importante teologia da fé
Habacuque 2:4
Eis que a sua alma está orgulhosa, não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá.

Habacuque 3:17-19 - Em forma de poesia ou salmo
Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas.
 
Paulo e sua importante teologia da salvação pela graça, mediante a fé, baseada em Habacuque.
Romanos 5:1-5
Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dada.
 
Romanos 8:35-39 - Em forma de poesia ou salmo
Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
 
OBSERVAÇÃO
Os judeus deveriam compreender rápida e claramente a mensagem do profeta de DEUS, Habacuque:
DEUS havia julgado e condenado Judá a uma correção imediata por seus delitos e pecados, Idolatria, Juízo pervertido, Escravidão de seus irmãos mais pobres, Contenda e litígio, adultérios nos casamentos, Corrupção ativa e passiva de seus líderes e juízes, bem como de seus sacerdotes, destruição e violência generalizada, abandono da Palavra de DEUS.
O juízo seria aplicado atraves do império babilônico liderado por Nabucodonozor. Aquele que se submetesse a essa correção pacificamente seria levado cativo ou feito escravo de Nabuconozor, aqueles, porém, que se rebelassem contra a correção de DEUS e enfrentassem o exército babilônico seriam mortos.
Assim os justos se livrariam da morte porque aceitariam a correção de DEUS pela sua fé NELE, sendo levados cativos por um período determinado por DEUS.
Os ímpios, porém, não se sujeitariam à correção de DEUS e morreriam por sua falta de fé em DEUS.
DEUS explica que depois irá julgar a nação ímpia que estava utilizando para corrigí-los. Eles deveriam aceitar pela fé a correção de DEUS, com promessas de libertação e paz no futuro.
 
Jeremias 27.1-8
No princípio do reinado de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá, veio esta palavra a Jeremias da parte do SENHOR, dizendo: Assim me disse o SENHOR: Faze uns grilhões e jugos, e põe-nos ao teu pescoço. E envia-os ao rei de Edom, e ao rei de Moabe, e ao rei dos filhos de Amom, e ao rei de Tiro, e ao rei de Sidom, pela mão dos mensageiros que vêm a Jerusalém a ter com Zedequias, rei de Judá. E lhes ordenarás, que digam aos seus senhores: Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Assim direis a vossos senhores: Eu fiz a terra, o homem, e os animais que estão sobre a face da terra, com o meu grande poder, e com o meu braço estendido, e a dou a quem é reto aos meus olhos. E agora eu entreguei todas estas terras na mão de Nabucodonosor, rei de babilônia, meu servo; e ainda até os animais do campo lhe dei, para que o sirvam. E todas as nações servirão a ele, e a seu filho, e ao filho de seu filho, até que também venha o tempo da sua própria terra, quando muitas nações e grandes reis se servirão dele. E acontecerá que, se alguma nação e reino não servirem o mesmo Nabucodonosor, rei de babilônia, e não puserem o seu pescoço debaixo do jugo do rei de babilônia, a essa nação castigarei com espada, e com fome, e com peste, diz o SENHOR, até que a consuma pela sua mão;
 
Daí se conclui que aqueles que tivessem fé em DEUS e em sua Palavra, pela sua fé livrariam suas vidas da morte. Aqueles que não obedecessem a ordem de DEUS é porque não tinha fé em DEUS e seriam, portanto, mortos.
 
CONCLUSÃO - O JUSTO, PELA SUA FÉ VIVERÁ.
 
 
RESUMO BEP - CPAD
Esboço 
Introdução (1.1)
I. As Perguntas de Habacuque (1.2—2.20)A. Primeira Pergunta: Como DEUS Pode Permitir Que a Ímpia Judá Fique sem Castigo? (1.2-4)
B. Resposta: DEUS Usará a Babilônia para Castigar Judá (1.5-11)
C. Segunda Pergunta: Como DEUS Pode Usar uma Nação Mais Ímpia Que Judá Como Instrumento de Juízo? (1.12—2.1)
D. Resposta: DEUS Também Julgará Babilônia (2.2-20)
1. Introdução à Resposta (2.2,3)
2. Pecados de Babilônia (2.4,5)
3. Série de Cinco “Ais” contra Babilônia (2.6-19)
4. O Senhor de Toda a Terra (2.20)
II. O Cântico de Habacuque (3.1-19)A. A Oração de Habacuque, Pedindo Misericórdia (3.1,2)
B. O Poder do Senhor (3.3-7)
C. Os Atos Salvíficos do Senhor (3.8-15)
D. A Fé Inabalável de Habacuque (3.16-19)

Autor: Habacuque
Tema: Viver pela Fé
Data: Cerca de 606 a.C. 

Considerações PreliminaresO autor deste livro identifica-se como “o profeta Habacuque”(1.1; 3.1). Além disso, não oferece nenhum outro dado acerca de sua pessoa nem de sua família. Seu nome, que significa “abraço”, não aparece em nenhum outro lugar das Escrituras. A referência de Habacuque ao “cantor-mor sobre os meus instrumentos de música” (3.19), sugere que ele pode ter sido um músico levita a serviço do santo templo em Jerusalém.
Ao contrário de outros profetas, Habacuque não data a sua profecia mediante referências aos reis que foram seus contemporâneos. Mas o fato de ficar perplexo com o uso que DEUS faz dos babilônios (os “caldeus” de 1.6) como instrumento de seu juízo contra Judá, sugere um período em que Babilônia já era uma potência mundial. Portanto, a invasão de Judá era iminente (c. 608—598 a.C.). Nabucodonosor já havia derrotado os egípcios na batalha de Carquemis (605 a.C.). O Egito, aliás, foi a última potência a se opor à expansão dos babilônios. Se a descrição do exército babilônico em 1.6-11 refere-se à marcha babilônica em direção à Carquemis, conforme interpreta-se, a data da profecia de Habacuque seria entre 606—605 a.C., durante os primeiros anos do rei Joaquim de Judá.
As conseqüências da ascensão de Babilônia como potência mundial foram devastadoras à apóstata Judá (ver 2 Rs 24,25). Retornando do Egito, Nabucodonosor invadiu Judá, e levou a Babilônia um número considerável de cativos, entre os quais Daniel e seus três amigos (605 a.C.). Em 597 a.C., as forças babilônicas tornaram a invadir Jerusalém, saqueando-lhe o templo, e levando outros 10.000 cativos para Babilônia, entre os quais o profeta Ezequiel. Quando o rei Zedequias intentou livrar Judá do controle babilônico, onze anos mais tarde (586 a.C.), Nabucodonosor, enfurecido, sitiou Jerusalém, incendiou o templo, destruiu totalmente a cidade, e deportou para Babilônia a maioria dos judeus sobreviventes. É provável que Habacuque haja vivido na maior parte deste período, onde o juízo divino revelou-se contra Judá.

PropósitoDiferentemente da maioria dos outros profetas, Habacuque não profetiza à desviada Judá. Escreveu para ajudar o remanescente piedoso a compreender os caminhos de DEUS no tocante à sua nação pecaminosa, e ao seu castigo iminente. Habacuque, após haver considerado o intrigante problema de os caldeus, uma nação deploravelmente ímpia, serem usados por DEUS para tragar o seu povo em juízo (1.6-13), garante aos fiéis que DEUS lidará com toda a iniqüidade no tempo determinado. Entrementes, “o justo, pela sua fé, viverá” (2.4), e não pelo seu entendimento. Em seguida, o profeta afiança: “exultarei no DEUS da minha salvação” (3.18).

Visão PanorâmicaOs capítulos 1 e 2 registram as perguntas que Habacuque faz, em sua perplexidade, acerca dos caminhos de DEUS, bem como as respostas que o Senhor lhe deu. Após ter visto tanta iniqüidade e idolatria em Judá, a primeira pergunta do profeta é: Como DEUS poderia deixar seu povo rebelde escapar sem o devido castigo? DEUS responde, mostrando-lhe que, dentro em breve, estaria usando os babilônios para castigar Judá. A segunda pergunta de Habacuque segue-se imediatamente: Como DEUS poderia permitir que uma nação ainda mais ímpia e cruel que Judá castigasse a esta? A isto DEUS responde, garantindo ao profeta que o dia de prestação de contas também chegaria para os babilônios. No decurso de todo o livro, Habacuque expressa a sua fé na soberania de DEUS e na certeza de que Ele é justo em todos os seus caminhos. A revelação do amor divino aos justos, e de seu propósito em destruir a ímpia Babilônia, evoca um hino profético de louvor a DEUS, e reafirma as promessas a respeito da salvação em Sião (cap. 3).

Características Especiais
Cinco aspectos básicos caracterizam a profecia de Habacuque. (1) Ao invés de profetizar a respeito da apóstata Judá, registra, em seu “diário” pessoal, suas conversações particulares com DEUS, e a subseqüente revelação profética. (2) Contém pelo menos três formas literárias distintas entre si: “diálogo” entre o profeta e DEUS (1.2—2.5); “ais proféticos” clássicos (2.6-20); e um cântico profético (cap. 3) — todas com dicção vigorosa e com metáforas pitorescas. (3) O profeta manifesta três características em meio aos tempos adversos: faz perguntas honestas ao Senhor (cap. 1); revela fé inabalável na soberania divina (2.4; 3.18,19); e manifesta zelo pelo avivamento (3.2). (4) A visão que o profeta tem de DEUS no capítulo três é uma das mais sublimes da Bíblia, e relembra a teofania no monte Sinai. Outros trechos inesquecíveis em Habacuque são: 1.5; 2.3,4,20; 3.2,17-19. (5) Nenhum profeta do AT fala com mais eloqüência a respeito da questão da fé que Habacuque — não somente na sua declaração, “o justo, pela sua fé, viverá” (2.4), como também em seu testemunho pessoal (3.17-19).

O Livro de Habacuque ante o NT A declaração de Habacuque de que o justo viverá por sua fé (2.4) é o texto-chave do AT usado por Paulo em sua teologia da justificação. O apóstolo cita o versículo em Rm 1.17 bem como em Gl 3.11 (cf. também Hb 10.37,38).
 
1.1 HABACUQUE. Habacuque profetizou a Judá entre a derrota dos assírios, em Nínive, e a invasão de Jerusalém pelos babilônios (605-597 a.C.).
(1) O livro é único no seu gênero por não ser uma profecia dirigida diretamente a Israel, mas sim um diálogo entre o profeta e DEUS. Habacuque queria saber por que DEUS não fazia algo a respeito da iniqüidade que predominava em Judá. DEUS lhe responde, então, que enviaria os babilônios para castigar a Judá.
(2) Esta resposta deixou o profeta ainda mais confuso: "Por que DEUS castigaria seu povo através de uma nação mais ímpia do que ele"? No fim, Habacuque aprende a confiar em DEUS, e a viver pela fé da maneira como DEUS o requer: independentemente das circunstâncias.
1.2-4 ATÉ QUANDO... CLAMAREI EU? 
Habacuque ora a DEUS, pedindo-lhe que pusesse fim à iniqüidade que reinava entre o povo do concerto. DEUS, no entanto, parecia nada fazer a respeito, a não ser tolerar a violência, a injustiça e a destruição dos justos. As perguntas do profeta têm a ver com um antiqüíssimo tema: "Por que DEUS demora tanto em castigar a iniqüidade?" e "Por que nossas orações geralmente não são prontamente atendidas?". Note, todavia, que tais queixas vinham de um coração cheio de fé num DEUS justo.
1.5-11 REALIZO... UMA OBRA. 
DEUS responde a Habacuque, e diz-lhe já ter planos para castigar Judá pelos seus pecados. DEUS lançaria mão dos implacáveis babilônios a fim de corrigir a Judá. O fato de DEUS usar um povo tão ímpio e pagão para castigar o seu povo deixara o profeta atônito. Era algo que parecia incrível ao povo de DEUS.
1.12 NÃO ÉS TU DESDE SEMPRE? 
Habacuque fica horrorizado pelo fato de DEUS usar uma nação tão iníqua para atacar a Judá. Mas ele sabe que DEUS não permitiria que os babilônios aniquilassem a nação judaica, pois, mediante tal destruição, estaria cancelando seu propósito redentor à raça humana.
1.13 NÃO PODES VER O MAL. 
Esta expressão não significa que DEUS seja incapaz de perceber o mal, pois Ele a tudo observa. Ele é onisciente. Pelo contrário: significa que DEUS jamais contempla o mal para tolerá-lo ou apoiá-lo. O que deixou Habacuque perplexo foi o uso que DEUS fez dos ímpios babilônios. Tem-se a impressão de que Ele tolerava os pecados destes enquanto castigava Judá que, a despeito de todos os seus pecados, não deixava de ser uma nação mais justa que os filhos de Babilônia.
2.2-20 ESCREVE 
A VISÃO. No capítulo 2, DEUS responde a Habacuque acerca da predominância do mal no mundo, e do possível aniquilamento dos justos. O Senhor declara que viria um tempo em que todos os ímpios haveriam de ser destruídos, e que os únicos a ficarem firmes seriam os justos - os que se relacionam com DEUS através da fé (ver v. 4).
2.3 A VISÃO... PARA O TEMPO DETERMINADO. 
A solução do problema de Habacuque viria somente no "tempo determinado" por DEUS. (1) Então, seria colocado um ponto final à iniqüidade do mundo. Os fiéis de DEUS teriam de "esperá-lo", ainda que parecesse levar tanto tempo. (2) A semelhança de Habacuque, devemos esperar a justa intervenção de DEUS no fim desta era. Quando CRISTO levar os justos deste mundo, toda a iniqüidade será aniquilada (ver 1 Ts 4.16-17)
2.4 O JUSTO, PELA SUA FÉ, VIVERÁ. 
É o "justo" que, no fim, emergirá vitorioso.
(1) Os retos são contrastados com os orgulhosos e ímpios. Os corações dos justos voltam-se a DEUS, pois o têm como Pai. Possuem estreita comunhão com Ele, e lhe obedecem a vontade.
(2) Os justos devem viver neste mundo mediante a sua fé em DEUS. "Fé", aqui, significa firme confiança em DEUS e na retidão dos seus caminhos. É uma lealdade pessoal a Ele como Salvador e Senhor. É também a perseverança moral para seguir os seus caminhos. Paulo desenvolve este tema em Rm 1.17 e Gl 3.11 (cf. Hb 10.38.
2.6-20 AI DAQUELE. 
Estes versículos pronunciam os ais do juízo contra todo aquele cuja "alma... não é reta nele" (v. 4). Tais pessoas serão condenadas por causa de sua agressão (vv. 6-8), injustiça (vv. 9-11), violência e crime (vv. 12-14), imoralidade (vv. 15-17) e idolatria (vv. 18-20).
3.1-19 ORAÇÃO. 
Este capítulo retrata o modo pelo qual Habacuque reage à resposta que DEUS lhe dera no capítulo dois. Entre o pecado do mundo e o juízo divino, o profeta aprendera a viver pela fé em DEUS, e a confiar na sabedoria dos seus caminhos.
3.2 AVIVA, Ó SENHOR, A TUA OBRA NO MEIO DOS ANOS. 
Habacuque sabia que o povo de DEUS havia pecado, e, conseqüentemente, seria submetido ao juízo divino. Nestas circunstâncias, faz duas petições:
(1) Pede a DEUS que apareça entre o seu povo com nova manifestação de poder. Habacuque está ciente de que o povo não sobreviveria se o Senhor não interviesse com um derramamento de sua graça e de seu ESPÍRITO. Somente assim haveria verdadeira vida espiritual entre os fiéis.
(2) Habacuque ora para que DEUS se lembre da misericórdia em tempos de aflição e angústia. Sem a sua misericórdia, o povo haveria de perecer. Hoje, com os alicerces da igreja sendo abalados, quando há aflição por todos os lados, imploremos ao Senhor que torne a manifestar sua misericórdia e poder para que haja vida e renovação entre o seu povo.
3.3-16 DEUS VEIO. 
Nestes versículos, Habacuque refere-se à ocasião em que DEUS livrou o seu povo do Egito (ver Êx 14). O mesmo DEUS que viera com salvação no passado, voltaria em toda a sua glória. Todos quantos esperavam sua vinda, viveriam e veriam seu triunfo sobre impérios e nações.
3.18-19 EU ME ALEGRAREI NO SENHOR. 
Habacuque testifica que servia a DEUS não por causa das suas dádivas, mas porque o Senhor é DEUS. Mesmo em meio ao castigo divino derramado sobre Judá (v. 16), o profeta opta por regozijar-se no Senhor. DEUS seria a sua salvação e o manancial inesgotável de suas forças. Ele sabia que um remanescente fiel haveria de sobreviver à invasão babilônica, por isso proclama com confiança a derradeira vitória dos que vivem pela fé em DEUS (cf. 2.4).
 
Revista da Editora Betel - Profetas Menores
1- Habacuque - seu contexto e personalidade
São poucas, porém preciosas, as informações históricas fornecidas neste tópico. Algumas foram extraídas de fontes comuns a qualquer estudante; outras dos livros dos Reis e das Crônicas; o profeta Jeremias também contribuiu, e é claro, o próprio livro de Habacuque. Leia-as atentamente. Elas oferecem subsídios para o estudo da lição.
 
a) Em 722 a.C, o território de Israel foi tomado e sua população levada em cativeiro para a Assína.
- Cerca de cem anos após, Jeremias chamou aquele evento de "libelo de divórcio", dado por Deus aos israelitas por causa de sua idolatria (Jr 3.8). Judá não tomou isto como aviso, antes, tornou-se pior que sua irmã do norte. Por causa da grandeza das suas prostituições, sua fama correu entre as nações (Jr 3.9).
b) Habacuque (621-609), foi contemporãneo de Jeremias, e seu mmlstério ocorreu durante a reforma religiosa de Josias
Percebeu, contudo, que a conversão do povo era falsa (Jr 3.11), e as palavras da profetiza Hulda ao rei: "... eis que trarei mal sobre este lugar..."(2Rs 22.16), faziam-no temer pelo destino do seu povo: pois se a crescente onda de corrupção não fosse imediatamente freada, seria o fim. E, onde está Deus, que não vê? Que não ouve? Será que Ele desistiu de Judá (1.2)?
 
C) Pelo seu próprio livro, ficamos sabendo que Habacuque pertencia a uma escola de protetas {Hc 1.1)
- Lemos também, que ele era compositor e músico profissional (Hc 3.19), a esta informação pode-se acrescentar sua origem levítica, pertencendo a uma das famílias designadas para o ministério de louvor (2Cr 20.19). Estamos, portanto diante de uma pessoa susceptível a conflitos íntimos pela sua notável sensibilidade e grande capacidade de apreensão das coisas da alma e do espírito.
 
2- Habacuque viveu em meio à crise moral do seu país
"Até quando, Senhor, clamarei eu, e Tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás?". Estas são expressões de desespero e de angústia, de um cidadão que assiste, impotente, seu povo caindo no abismo profundo da impiedade. Seu único refúgio é o Senhor, o Justo e Santo Juiz. Mas, onde está Ele? Onde estás meu Santo (Hc 1.12)? São palavras proferidas em meio à agonia de um crente inconformado, íntegro, e intercessor, ansioso pela resposta de Deus.
 
a) Inconformado
- Em Judá, o afastamento nacional de Deus dera origem à violência física e de direitos (Hc 1.2), a provocação de demandas judiciais com o fim levar vantagem (Hc 1.3c), e a juízes que adiavam as sentenças para fazer perecer o direito do litigante mais fraco (Hc 1.4). O profeta náo se conformava àquela situação, antes, de contínuo orava a Deus para que Ele subjugasse a impiedade do seu povo.
 
b) íntegro
A maioria das pessoas sentem-se incomodadas com situações de violência e injustiça, mas se são expostas a elas durante algum tempo, logo se acostumam, e algumas até passam a praticar aquilo que antes lhes causavam repulsa. E a política que todo mundo faz, porque não eu? Habacuque, ao contrário, mantinha a sua integridade em tempo de crise. Não usava a corrupção generalizada como desculpa para também transgredir.
 
c) Intercessor
- Habacuque intercedeu pela cura de Judá para evitar que ela tivesse o mesmo fim de Israel, o cativeiro. Diante da resposta de Deus, que usaria no Reino do Sul, os mesmos métodos curativos que usara no Reino do Norte, variando apenas no instrumento, a Babilônia, ele intensificou a intercessão a ponto de apresentar-se ao Senhor com uma apelação a favor de Judá (Hc 1 1 ?-17)
 
3- Habacuque viveu em meio à crise de sua própria fé
Pessoas íntegras, tementes ao Senhor e conhecedoras do Seu caráter não se conformam com a aparente vitória do mal sobre o bem, do injusto sobre o justo, do mau sobre o bom, da imoralidade sobre a pureza, do profano sobre o santo. Muitos entram em crise de fé. Habacuque foi um deles. Obteve, entretanto a vitória por meio de três recursos infalíveis:
 
a) Recorreu à Deus em oração
A fé de Habacuque entrou em crise com o silêncio de Deus diante do mal, e pela falta de resposta às suas constantes orações. Mas, ao invés de abandonar o posto de intercessor, seus rogos se intensificaram dia-a-dia, até que se tornaram em gritos de agonia perante a face de Deus. "Até quando, Senhor, clamarei e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás" (1.2)?
 
b) Persistiu até a dúvida dar lugar a fé
Depois de um longo e constrangedor silêncio, finalmente Habacuque ouviu a voz de Deus, mas a resposta que ela trouxe (Hc 1.5-11) encheu sua alma de apreensão. Ele mergulhou numa nova crise que o levou a interrogar a Deus mais uma vez: "Por que, Senhor, Tuas providências para purificar Judá, parecem estar em desacordo com aquilo que eu conheço acerca do Teu caráter?" (Hc 1.12,13). "Não importa quanto tempo, eu esperarei para ouvir o que Tu tens a dizer-me" (Hc 2.1).
 
c) Permaneceu a sós com Deus, vigiando, enquanto esperava pela resposta dEle
Para não por tudo a perder, o profeta decidiu guardar silêncio a respeito daquela questão - não murmuraria, não reclamaria, nem faria coisa alguma até obter resposta ao que perguntara ao Senhor. Habacuque sabia que precisava estar com olhos e ouvidos bem abertos e atentos. É isto que significa: "Ficarei de guarda, e no meu posto de sentinela, vigiarei..." (Hc 2.1).
 
Deus promete exercer juízo sobre Babilônia depois e isso alivia um pouco a angústia do profeta e sua compreenção dos planos de DEUS que são muito mais altos do que os do homem.
 
INTERAÇÃO
"O justo viverá pela fé". Esta sentença tornou-se uma das mais importantes temáticas do Novo Testamento. Foi um dos lemas da Reforma Protestante. O apóstolo Paulo é um dos que descrevem a graça de DEUS de maneira mais intensa e bela: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de DEUS" (Ef 2.8). Tal perspectiva da graça de DEUS foi precedida pelo profeta Habacuque, quando ele declarou: "O justo, pela sua fé, viverá" (2.4).  
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar o contexto histórico, a estrutura e a mensagem do livro de Habacuque.   
Compreender a situação do país na época de Habacuque. 
Mencionar a reposta de DEUS ministrada ao profeta.  
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 
Professor, providencie cópias do quadroabaixo para os alunos. Inicie a aula com a seguinte indagação: "Qual o propósito do livro de Habacuque?" Incentive a participação da classe e ouça todos com atenção. Depois, explique que o objetivo do profeta era mostrar ao Reino do Sul (Judá) que DEUS estava no controle do mundo, embora o mal parecesse triunfar em alguns momentos. Habacuque foi um profeta inquiridor. Em seguida distribua as cópias com o esquema da página seguinte e explique que vários temas estão presentes na profecia de Habacuque. Podemos destacar, por exemplo, "a confiabilidade absoluta de DEUS", "o domínio divino do universo", "a incapacidade humana de entender adequadamente os caminhos misericordiosos de DEUS", "as lutas colossais da natureza e da política" e a "predisposição divina de não tolerar a violência derivada do orgulho". Faça um resumo do livro utilizando o quadro.
 
ESBOÇO DO LIVRO
O Interrogatório de Habacuque a DEUS (1.2 — 2.20) 
Questão: Como DEUS permite que a ímpia Judá fique sem castigo (1.2-4).
Resposta: Mas DEUS usará a Babilônia para castigar Judá (1.5-11).
Questão: Como DEUS pode usar uma nação mais ímpia que Judá como instrumento de juízo (1.12 — 2.1).
Resposta: DEUS também julgará Babilônia (2.2-20).
O Cântico de Habacuque (3.1-19)
Oração de Habacuque por misericórdia divina (3.1,2).
O poder do Senhor (3.1,2).
Os atos salvíficos do Senhor (3.3-7).
A fé inabalável de Habacuque (3.16-19).
 
RESUMO DA LIÇÃO 9, HABACUQUE, A SOBERANIA DIVINA SOBRE AS NAÇÕES 
I. O LIVRO DE HABACUQUE 
1. Contexto histórico.
2. Vida pessoal.
3. Estrutura e mensagem.
II. HABACUQUE E A SITUAÇÃO DO PAÍS 
1. O clamor de Habacuque.
2. A descrição do pecado.
3. O colapso da justiça nacional.
III. A RESPOSTA DIVINA 
1. O juízo divino é anunciado.
2. Os caldeus e a questão ética (1.6).   
IV. DEUS RESPONDE PELA SEGUNDA VEZ 
1. A espera de Habacuque (2.1).
2. A visão.
3. O justo viverá da fé.
 
SINÓPSE DO TÓPICO (1) - O livro de Habacuque denuncia a corrupção generalizada da nação, descreve as respostas divinas e apresenta a oração de Habacuque.  
SINÓPSE DO TÓPICO (2) - O caos estabelecido em Judá era decorrente da corrupção generalizada e denunciada pelo profeta Habacuque. 
SINÓPSE DO TÓPICO (3) - A primeira resposta divina era o agigantamento dos caldeus a caminho de Jerusalém para invadir a província de Judá.  
SINÓPSE DO TÓPICO (4) - A segunda reposta de DEUS era que a Babilônia desapareceria para sempre. Mas Judá, apesar de passar por um castigo doloroso, sobreviveria.
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsidio Teológico
"O significado da fé em Habacuque
Além de estar dizendo claramente que os justos de Judá, apesar do sofrimento pelo qual passarão no ataque caldeu, serão poupados (como aconteceu com Jeremias, Daniel e tanto outros), o Senhor mostra ao profeta que sua compreensão concernente à vida espiritual ainda era superficial. Ainda faltava a Habacuque considerar alguns aspectos essenciais da vida com DEUS. Sua Teologia ainda ignorava nuanças vitais, e que agora são sintetizadas para o profeta em uma única frase: 'O justo viverá pela sua fé'.
O justo não vive pelo que vê, sente, percebe, imagina ou pensa, mas pela fé. 'Porque andamos por fé e não por vista' (2 Co 5.7). Não que essas coisas não sirvam, vez por outra, para alimentar a nossa fé, mas não podem ser considerados fundamentos para ela. Nossa fé está fundamentada no próprio DEUS, em sua Palavra. O justo está baseado nela" (DANIEL, Silas. Habacuque: A vitória da fé em meio ao caos. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.90).
 
VOCABULÁRIO 
Pujante: Que tem grande força.
Oriundo: Descendente de.
Litígio: Pleito, demanda.
Coercitivo: Que reprime, força.
Arguido: Que foi repreendido, censurado. 
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 
DANIEL, Silas. Habacuque: A vitória da fé em meio ao caos. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.
 
SAIBA MAIS - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 52, p.40.
 
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 9, HABACUQUE, A SOBERANIA DIVINA SOBRE AS NAÇÕES 
Responda conforme a revista da CPAD do 4º Trimestre de 2012
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas
 
TEXTO ÁUREO 
1- Complete:
"Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o ______________________________ e a vexação não podes contemplar; por que, pois, olhas para os que procedem aleivosamente e te ______________________________ quando o ímpio devora aquele que é mais ________________________________________ do que ele?" (Hc 1.13). 
 
VERDADE PRÁTICA 
2- Complete:
A fim de cumprir os seus ______________________ DEUS ____________________________________ soberanamente na vida de _________________________________ as nações da terra
 
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO 
3- Qual o oráculo do livro de Habacuque que fez-se tão notório, que se tornou uma das mais importantes temáticas em o Novo Testamento (Rm 1.17 cf. Gl 3.8) e que séculos mais tarde, inspirou Martinho Lutero a deflagrar a Reforma Protestante. 
(    ) "O justo, pela sua coragem, viverá".
(    ) "O justo, pela sua fidelidade, viverá".
(    ) "O justo, pela sua fé, viverá".
 
I. O LIVRO DE HABACUQUE 
4- Qual o contexto histórico de Habacuque:
(    ) Habacuque exerceu o seu ministério quando os caldeus marchavam vitoriosamente pelo Oriente Médio.
(    ) Tal marcha iniciou-se em 727 a.C. e foi concluída com a vitória sobre Faraó Neco, do Egito, na Batalha de Carquêmis, em 705 a.C.
(    ) Tal marcha iniciou-se em 627 a.C. e foi concluída com a vitória sobre Faraó Neco, do Egito, na Batalha de Carquêmis, em 605 a.C.
(    ) Os caldeus tornaram-se um império pujante. Isso mostra que o profeta era contemporâneo de Jeremias e Sofonias.
(    ) Ele menciona ainda a opressão dos ímpios sobre os pobres e o colapso da justiça nacional e descreve também o cenário do reinado tirânico de Jeoaquim, rei de Judá, entre 605 e 598 a.C..
 
5- O que sabemos da vida pessoal de Habacuque?
(    ) Sabemos que ele era profeta, sacerdote e músico, detalhes estes também encontrados em Ageu e Zacarias.
(    ) Não há informações, dentro ou fora do livro, sobre a vida pessoal de Habacuque.
(    ) Apenas temos a declaração de que ele é profeta, detalhe este também encontrado em Ageu e Zacarias.
(    ) Pela finalização de seu livro, muitos estudiosos entendem que Habacuque era um profeta bem aceito pela sociedade e - há quem afirme - oriundo de família sacerdotal. A literatura rabínica apoia essa ideia.
 
6- Qual a estrutura e mensagem de Habacuque?
(    ) Sabemos que o termo "peso" indica uma situação difícil de resolver, sérias consequências.
(    ) No estudo passado, aprendemos que o termo "peso" indica uma "sentença pesada e profecia".
(    ) A exemplo do livro de Naum, esse oráculo foi revelado à Habacuque na forma de visão.
(    ) A profecia divide-se em três capítulos.
(    ) O primeiro denuncia a corrupção generalizada da nação e a consequente resposta divina; o segundo, outra resposta do Eterno (2.1-20); e a terceira, a oração de Habacuque.
(    ) O oráculo divino, que possui a mesma estrutura dos Salmos, tem como principal ênfase a fé. 
 
II. HABACUQUE E A SITUAÇÃO DO PAÍS 
7- Por que e como acontecia o clamor de Habacuque em seu livro?
(    ) O profeta expressa sua perplexidade na forma de lamentos: "O Senhor não enxerga [...]?"; "Não vê [...]?".
(    ) O que ocorria em Judá ia de encontro ao conhecimento que Habacuque possuía a respeito do DEUS de Israel.
(    ) Mas como é possível Aquele que é justo e santo tolerar tamanha maldade?
(    ) O profeta expressa sua perplexidade na forma de lamentos: "Até quando, SENHOR[...]?"; "Por que [...]?".
(    ) Essas perguntas indicam que, há tempos, Habacuque orava a DEUS em busca de solução.
 
8- Qual era a descrição do pecado na época de Habacuque?
(    ) O profeta resume o quadro desolador do seu povo: iniquidade e vexação; destruição e violência; contenda e litígio.
(    ) O profeta resume o quadro desolador do seu povo: idolatria, adultério, enriquecimento, aprisionamento e tortura dos inimigos.
(    ) A Bíblia ARA (Almeida Revista e Atualizada) emprega o termo "opressão".
(    ) A Bíblia TB (Tradução Brasileira) usa "perversidade" no lugar de "vexação".
(    ) A estrutura poética nessa descrição revela a falência da justiça e o abuso opressor das autoridades em relação aos pobres.
 
9- Qual foi o colapso da justiça nacional em Israel, na época de Habacuque?
(    ) A frouxidão da lei era consequência da corrupção generalizada.
(    ) Na esfera judiciária, a sentença não era pronunciada, ou quando dado o veredicto, este sempre beneficiava os poderosos.
(    ) A sociedade sequer lembrava-se da lei. Esta era o poder subversivo para manter a ordem pública, garantir a segurança e os direitos do cidadão.
(    ) A sociedade sequer lembrava-se da lei. Esta era o poder coercitivo para manter a ordem pública, garantir a segurança e os direitos do cidadão.
 
10- Onde estava a solução para os problemas da época de Habacuque?
(    ) A autoridade das autoridades piedosas contribuia o suficiente para mudar o estado das coisas.
(    ) A influência das autoridades piedosas não foi suficiente para mudar o estado das coisas.
(    ) Somente o Senhor onipotente de Israel é quem pode fazer plena justiça. 
 
III. A RESPOSTA DIVINA 
11- Quanto ao juízo divino que é anunciado, complete:
Antes de Habacuque perceber a ______________________________________ da situação, DEUS, que está no controle de todas as coisas, apenas ___________________________________ o tempo oportuno para agir e mostrar a razão de sua intervenção. Tudo estava nos planos do Senhor. O profeta e todo o povo de Judá precisavam prestar mais atenção aos acontecimentos _________________________________________, pois o Eterno realizaria, naqueles dias, uma obra que eles não creriam, quando lhes fosse contada (1.5). Essa obra era um novo ______________________________________ que DEUS estava levantando no mundo. Não obstante, esse oráculo também diz respeito à vinda do Messias (At 13.40,41).
 
12- Por que Habacuque se admira com o juízo exercido atraves dos caldeus e qual a questão ética, aqui?
(    ) O império dos caldeus crescia e agigantava-se sob a liderança do rei Nabupolasar.
(    ) O império dos caldeus crescia e agigantava-se sob a liderança do rei Nabucodonosor.
(    ) Ele estava a caminho de Jerusalém para invadir a província de Judá.
(    ) Ele estava a caminho de Samaria para invadir a província de Israel.
(    ) No entanto, Habacuque ficou desapontado com essa resposta.
(    ) Como um povo idólatra, sem ética e respeito aos direitos humanos, poderia castigar o povo de DEUS?
(    ) Ele pergunta: "por que, pois, olhas para os que procedem aleivosamente e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele?".
(    ) Trataria o Senhor os filhos de Judá como os animais?
(    ) Permitiria à Babilônia fazer o que desejasse com o povo? 
 
IV. DEUS RESPONDE PELA SEGUNDA VEZ 
13- Como foi a espera de Habacuque (2.1) para receber as respostas de DEUS às suas perguntas? Complete:
Sabedor de que DEUS lhe responderá, o profeta prepara-se para ser __________________________________ por DEUS. Ele se posiciona como uma _________________________ - figura comumente empregada para descrever os profetas bíblicos. Sua função era ficar alerta para _________________________________ a palavra de DEUS e transmiti-la ao povo (Is 21.8; Jr 6.17; Ez 3.17).
 
14- Como foi a visão de Habacuque? Complete:
A resposta divina veio ao profeta através de uma ______________________________ transmitida com agilidade e nitidez, dispensando a necessidade de que alguém lesse e a _____________________________ (2.2), pois se tratava de uma mensagem que, apesar de futurística, era ___________________________________: A Babilônia desaparecerá da terra para sempre! No entanto, Judá, apesar do castigo, sobreviverá (Jr 30.11). O desafio era _______________________________ na mensagem! Ainda que seu cumprimento tardasse, DEUS é fiel para cumprir a sua palavra (2.3; Jr 1.12). Assim como naquele tempo, o mundo permanece no _________________________________ por causa da incredulidade e por isso não crê na pregação do Evangelho (Jo 9.41; 15.22; 16.9; 2 Co 4.4).
 
15- A que se refere a expressão "alma que se incha" (2.4)?
(    ) Refere-se ao orgulho dos judeus.
(    ) Refere-se ao orgulho dos caldeus.
(    ) Refere-se ao orgulho dos babilônios.
 
16- O justo viverá da fé. Quem é o justo? Qual o significado dessa mensagem?
(    ) O justo é somente aquele que crê em JESUS,no período do cativeiro, na Babilônia.
(    ) O justo é aquele que crê no julgamento de DEUS sobre a Babilônia.
(    ) O justo sobreviverá à devastação de Judá pelo exército de Nabucodonosor: "o justo, pela sua fé, viverá".
(    ) Ao mesmo tempo é uma mensagem de profundo significado para a fé cristã.
(    ) Em o Novo Testamento, o "justo" é quem, proveniente de todas as nações, acolhe a mensagem do Evangelho e é justificado pela fé em JESUS.
 
CONCLUSÃO 
17- Complete:
A Palavra de DEUS é suficiente para _______________________________ o caminho tortuoso de qualquer pessoa. Apesar de a resposta divina nem sempre ser o que esperamos, ela é sempre a ________________________. Quem não se lembra do fato ocorrido na vida de Naamã? (2 Rs 5.10-14). Isso acontece porque os caminhos e os pensamentos de DEUS são infinitamente mais _____________________________ que os nossos (Is 55.8,9). Vivamos, pois, pela ____________________________________!
 
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AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. 
William Macdonald - Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI - EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão - nº 52 - CPAD.
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Revista - LIÇÃO JUVENIS CPAD 2002= ESTUDO PANORÂMICO DOS PROFETAS MENORES
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.
CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD