Escrita Lição 10, CPAD, O Plano De Livramento E O Papel De
Ester, 3Tr24, Com. Extras Pr Henrique, ERBD NA TV
Para em ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
8 de Setembro de 2024, Dia Nacional de Missões
ESBOÇO DA
LIÇÃO 10
I – O PERIGOSO PLANO E O TEMOR DE ESTER
1. Lamento, choro e compadecimento
2. Um obstáculo real
3. Autoritarismo e morte
II – MARDOQUEU CONVENCE ESTER
1. Confiando na providência divina
2. Primeiro DEUS, depois o homem
3. Confiar em DEUS não é tentá-lo
III – O PLANO: ESTER ENTRA À PRESENÇA DO REI E PROPÕE UM BANQUETE
1. Prudência, preparação e ação
2. Estendendo o cetro
3. Em sintonia com DEUS
TEXTO ÁUREO
“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um DEUS além de ti, que trabalhe para aquele que nele espera.” (Is 64.4)
VERDADE
PRÁTICA
É nos momentos dramáticos da vida que mais aprendemos a confiar em DEUS e a depender dEle realmente.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Et 4.1-5 Ester envia Hataque para perguntar o que se passava com Mardoqueu
Terça - Nm 12.3-10; Êx 23.22; Sl 5.11 O favor de DEUS em livrar seus servos dos infortúnios
Quarta - Et 4.13 Se Ester não agisse nem ela mesma seria poupada
Quinta - Et 4.14 Se o livramento divino não chegasse por intermédio de Ester, chegaria por outro meio
Sexta - 1 Sm 25.18-35; Pv 19.2 A rainha Ester agiu com a sabedoria de outras mulheres na Bíblia
Sábado - Et 5.2,3 O
rei Assuero viu Ester e estendeu o seu cetro, disposto a atender-lhe
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Ester 4.5-17; 5.1-3,7,8
Ester 4. 5 - Então, Ester chamou a Hataque (um dos eunucos do rei, que este tinha posto na presença dela) e deu-lhe mandado para Mardoqueu, para saber que era aquilo e para quê.
6 - E, saindo Hataque a Mardoqueu, à praça da cidade que estava diante da porta do rei,
7 - Mardoqueu lhe fez saber tudo quanto lhe tinha sucedido, como também a oferta da prata que Hamã dissera que daria para os tesouros do rei pelos judeus, para os lançar a perder.
8 - Também lhe deu a cópia da lei escrita que se publicara em Susã para os destruir, para a mostrar a Ester, e lha fazer saber, e para lhe ordenar que fosse ter com o rei, e lhe pedisse, e suplicasse na sua presença pelo seu povo.
9 - Veio, pois, Hataque e fez saber a Ester as palavras de Mardoqueu.
10 - Então, disse Ester a Hataque e mandou-lhe dizer a Mardoqueu:
11 - Todos os servos do rei e o povo das províncias do rei bem sabem que para todo homem ou mulher que entrar ao rei, no pátio interior, sem ser chamado, não há senão uma sentença, a de morte, salvo se o rei estender para ele o cetro de ouro, para que viva; e eu, nestes trinta dias, não sou chamada para entrar ao rei.
12 - E fizeram saber a Mardoqueu as palavras de Ester.
13 - Então, disse Mardoqueu que tornassem a dizer a Ester: Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus.
14 - Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?
15 - Então, disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu:
16 - Vai, e ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas moças também assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei, ainda que não é segundo a lei; e, perecendo, pereço.
17 - Então, Mardoqueu foi e fez conforme tudo quanto Ester lhe ordenou.
Ester 5.1 - Sucedeu, pois, que, ao terceiro dia, Ester se vestiu de suas vestes reais e se pôs no pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento.
2 - E sucedeu que,
vendo o rei a rainha Ester, que estava no pátio, ela alcançou graça aos seus
olhos; e o rei apontou para Ester com o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e
Ester chegou e tocou a ponta do cetro.
3 - Então, o rei lhe disse: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.
Ester 5.7 - Então, respondeu Ester e disse: Minha petição e requerimento é:
8 - se achei graça aos
olhos do rei, e se bem parecer ao rei conceder-me a minha petição e outorgar-me
o meu requerimento, venha o rei com Hamã ao banquete que lhes hei de preparar,
e amanhã farei conforme o mandado do rei.
Hinos Sugeridos: 372,
432, 473 da Harpa Cristã
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 10
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OBSERVAÇÕES
Impossível Mardoqueu (ou Mordecai) ter sido levado cativo de Jerusalém para a Babilônia, pois estaria com no mínimo 110 anos agora no livro de Ester. Não teria a virilidade que demonstra ter aí.
70 anos de cativeiro com mais 20 anos até o início do governo de Xerxes e mais 20 anos do governo deste.
O edito é publicado (Et 3.12)
“Chamaram, pois, os secretários do rei, no dia treze do primeiro mês, e, segundo ordenou Hamã, tudo se escreveu aos sátrapas do rei, aos governadores de todas as províncias e aos príncipes de cada povo; a cada província no seu próprio modo de escrever e a cada povo na sua própria língua. Em nome do rei Assuero se escreveu, e com o anel do rei se selou.”
O dia da vingança racial (Et 3.13)
“Enviaram-se as cartas, por intermédio dos correios, a todas as províncias do rei, para que se destruíssem, matassem e aniquilassem de vez a todos os judeus, moços e velhos, crianças e mulheres, em um só dia, no dia treze do duodécimo mês, que é o mês de Adar, e que lhes saqueassem os bens.”
11 meses a frente seria o dia da morte de pelo menos 7 milhões de judeus que viviam nos países, ou sátrapas, ou províncias que pertenciam ao império Persa governado por Xerxes ou Assuero.
Foi entre os dois banquetes de Ester que Assuero consultou suas crônicas e descobriu que foi salvo por Mardoqueu e mandou Hamã o honrar diante de toda Susã, capital do império Persa. Provavelmente Ester tinha por volta de 20 anos.
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Lição 08: Ester 3 e 4 – A Trama de Hamã contra os Judeus, EBD, 3°
Trimestre De 2021 - Revista PECC - 3° Trimestre De
2021, Tema: Rute e Ester – A fé e a Coragem Da Mulheres – Programa
de Educação Cristã Continuada, Escola Bíblica Dominical
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
Orientação Pedagógica
Em Ester 3 e 4 há 23 e 17 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ester 3.1 6 e 4.12-17 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Comece a sua aula fazendo um ligeiro comentário sobre o ódio, que é um sentimento negativo, que enraizado em nossa mente causa angústia e dores. Por qual razão teríamos maior facilidade em perpetuar iras e ódios do que em cultivar amor e compaixão?
Talvez, em parte, isto se deva ao fato de a afeição humana ser absolutamente suscetível a humilhações, decepções, importunações e ameaças. Quando a ira ou o ódio encontram abrigo em nossa mente e coração, o desafio pode ganhar contornos absurdos e despropositados, pois as atitudes daqueles que despertam tais emoções em nós são determinantes para que elas sejam extintas ou perpetuadas. Veja o caso de Hamã, em seu ódio cruel contra Mardoqueu
e o povo judeu.
OBJETIVOS
Compreender que o ódio pode ter consequências desastrosas.
Entender a tragédia que se aba teria sobre a
comunidade judaica pela prepotência e ódio de um inimigo.
Perceber a providência divina na decisão de
Ester em arriscar-se pelo seu povo.
PARA COMEÇAR A AULA
Após fazer um ligeiro comentário sobre o ódio, um sentimento negativo, que enraizado em nossa mente causa angústia e dores, pergunte: Por qual razão teríamos maior facilidade em perpetuar iras e ódios do que em cultivar amor e compaixão? Talvez, em parte, isto se deva à crença de que a afeição nos deixa vulneráveis ao próximo? Por que então a ira ou o ódio encontram abrigo em nossa mente e coração? As atitudes daqueles que despertam tais emoções em nós são determinantes para que elas sejam extintas ou perpetuadas? O caso de Hamã em seu ódio cruel contra Mardoqueu e o povo judeu poderia nos ensinar alguma coisa?
LEITURA ADICIONAL
A comunicação entre a rainha e Mardoqueu precisava se dar através de mediadores, mesmo quando se estava discutindo um assunto tão secreto como este aqui registrado. É impressionante a total confiabilidade de Hamã, o eunuco real, e contrasta com a traição de Bigtã e Teres (2.21). Os que serviam Ester tinham conhecimento dos laços que a ligavam a Mardoqueu, mas não deviam saber que eles eram parentes, e o decreto que era e assunto da cidade evidentemente ainda era desconhecido no palácio (6-8). Quando Ester ficou sabendo que Mardoqueu estava se lamentando, presumiu que alguma perda material havia ocorrido, e por isso mandou lhe roupas novas para vestir, mas a sua dor não foi aplacada assim tão facilmente.
Podem estar certos os comentaristas que argumentam que a intenção de Ester em enviar roupas a Mardoqueu era para que ele pudesse qualificar-se para entrar no palácio, mas naquele caso a sua recusa em aceitá-las teria sido extremamente descortês. Não obstante, estaria em consonância com a sua inépcia que causara a crise, para começar. Não há nada de privado em relação à reunião entre Hamã e Mardoqueu, que teve lugar na praça da cidade, além das portas do palácio, onde todos se congregavam. Mardoqueu não hesitou em dar todas as informações exatas, com especial atenção à persuasão financeira que Hama havia oferecido ao rei. Conquanto fosse indubitavelmente rico, Assuero assim mesmo reagia às promessas de riqueza ainda maior, embora tivesse repudiado (311).
A traição de pessoas em troca de dinheiro sempre fora particularmente repugnante (nunca tanto quanto a traição de JESUS per Judas) e podia-se contar que Ester iria reagir com ressentimento apaixonado. Uma cópia do decreto silenciaria todas as dúvidas a respeito da exatidão da informação e suscitaria a interrogação: O que devia ser feito? Será que o decreto fora pregado no muro da cidade, para que todos o vissem e lessem? As últimas palavras de Mardoqueu foram uma ordem para que ela usasse a sua influência junto ao rei em favor do seu povo. Ele ainda lhe disse o que fazer, embora ela fosse rainha. Minúcias como esta, que acontecem na vida, dão à narrativa grande conteúdo humano.
Livro: Ester: Introdução e comentário, Badwin, Joyce G Sane Cultura Cristã SP Vida Nova, 2011, 09.70).
Texto Áureo
“Porque, se de todo te calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada rainha? (Ester 4.14)
Leitura Bíblica Para Estudo
Ester 3.1-11; 4.12-17
Verdade Prática
DEUS é fiel no cumprimento de todas as Suas alianças e promessas para com aqueles que o temem e guardam Seus mandamentos.
INTRODUÇÃO
MARDOQUEU E ESTER Et 4.1-17
1– Angústia e desgosto Et 4.1
2– Um apelo a Ester Et 4.14
3– Ester concorda em interceder Et 4.16
2– Um apelo a Ester Et 4.14
3– Ester concorda em interceder Et 4.16
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
Quinta – Ester 4.1-13
Sexta – Ester 4.14-15
Sábado – Ester 4.16-17
Sexta – Ester 4.14-15
Sábado – Ester 4.16-17
Hinos da Harpa 372-459
INTRODUÇÃO
DEUS está operando por trás das cortinas. Apenas um Ser com tal graça e sabedoria protegeria uma órfã esquecida, uma menininha que perdera a mãe e o pai. Só essa Providência atuaria na vida de um pobre judeu no poderoso império medo-persa, onde a cruel e cobiçoso Hamã tramava para matar todo o povo judeu
MARDOQUEU E ESTER (Et 4.1-17)
1. Angústia e desgosto (Et 4.1) “Quando soube Mardoqueu tudo quanto se havia passada rasgou as suas ventes, e se cobriu de pano de saco e de cinza e saindo pela cidade, clamou com grande e amargo clamor”
A forma como Mardoqueu tomou conhecimento de todos os detalhes da
transação – todas as propriedades dos judeus e mais a quantia prometida ao rei,
de 10 mil talentos de prata, valor aproximado de 25 milhões de reais e não
somente o decreto publicado, não nos é revelada. Possivelmente os amigos que
ele tinha na corte colocaram-no a par do que estava acontecendo. E não poderia
ter sido outra a sua reação: vestiu-se de pano de saco, cobriu-se de cinza,
rasgou a própria roupa e chorou amargurado. Vestir-se de saco com cinza era um
sinal ostensivo de luto; demonstrava uma intensa desolação.
Apesar de Mardoqueu ter acesso à propriedade real, não podia entrar com essas roupas. Aparentemente, estar vestido de pano de saco tornava a pessoa cerimonialmente impura e, por isso, impossibilitada de entrar na corte. Grande era a dor que Mardoqueu experimentava na sua alma pela possibilidade de ver seu povo erradicado naquelas circunstâncias.
2. Um apelo a Ester (Et 4.14) “Porque, se de
todo te calares agora, de outro parte se levantará para os judeus socorro e
livramento, mas tu e a casa de teu pai parecereis quem sabe se para conjuntura
como esta é que foste elevada a rainha?”
Seria no mínimo ingênuo pensar que na corte a relação entre Ester e
Mardoqueu não fosse notada. Os servos de Ester, portanto, informaram-lhe a
respeito da condição triste de Mardoqueu. Ester ficou muito condoída pelo
aspecto de Mardoqueu, embora ainda não imaginasse os motivos dele (Et 5.5).
Ester fez o que pode, enviando uma muda limpa de roupa, para que ele se visse livre daqueles trajes de pano de saco. Mas ele recusou a gentileza. Então Ester envia seu eunuco guardião a fim de saber a que estava acontecendo para que seu primo procedesse daquela forma. Hamã saiu à praça da cidade para encontrar-se com Mardoqueu e este não ocultou nenhuma das informações necessárias, enviando para Ester o traslado do decreto escrito; e Hamã levou um relatório completo a Ester. Mardoqueu pede a Ester que vá até o rei e implore que ele tenha misericórdia do seu povo.
Neste ponto, o rei não parece saber que esta lei é contra os judeus, nem que Ester é judia. Mas Ester se recusa, lembrando a seu primo a lei persa que permite que o rei execute qualquer pessoa que entre em sua presença sem ser convidada. O argumento de Mardoqueu era irretorquível, pois ele claramente conclui que a ascensão dela ao trono foi providência divina: “Porque, se de todo te calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento, mas tu e a casa de teu pai perecereis, e quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada a rainha?” (Et. 4.14)
3. Ester concorda em interceder (Et
4.16) “Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejua por
mim e não comais, nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; eu e as
minhas servas também, jejuaremos. Depois, irei ter com o rei, ainda que é
contra a lei; se perecer, pereci”
A relutância de Ester trouxe uma afirmação de fé do judeu Mardoqueu.
Apesar de DEUS permanecer não mencionado. Mardoqueu está sem dúvida
lembrando-se das promessas do Senhor a Abraão e a Davi, que não poderiam ser
cumpridas se os judeus fossem exterminados. E foi com autoridade e firmeza que
relembra a Estero per curso para ela chegar até o trono.
APLICAÇÃO PESSOAL
Ante a ameaça de Hamã, Mardoqueu cria na obra providencial de DEUS ao dirigir as circunstâncias da vida. Sabendo que DEUS é fiel no cumprimento de todas as suas alianças e promessas feitas a Abraão, entendia que não poderiam ser cumpridas se os judeus fossem exterminados.
RESPONDA
1) Qual o nome do grão-vizir do rei Assuero que era inimigo declarado dos judeus? Hamã
2) Qual a sentença do rei Assuero contra os judeus? O
extermínio de todos os judeus
3) O que fez Mardoqueu diante de decreto do rei As? vestiu-se
de pano de saco
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Lição 09: Ester 5 e 6 – O Primeiro Banquete de Ester, EBD, 3°
Trimestre De 2021 - Revista PECC, Tema: Rute e Ester
– A fé e a Coragem Da Mulheres – Programa de Educação Cristã Continuada, Escola
Bíblica Dominical
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Ester 5 e 6 há 14 em cada capítulo. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ester 5.1-5 e 6.12-14 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Enfatizar que DEUS, durante a competição, fez com que Ester ganhasse o favor do rei para enfrentar este momento difícil que viria para todos os judeus. Interessante observar também que, quando o tempo de Ester entrar em ação chega, DEUS novamente a faz ganhar a graça do mesmo homem, e não foi condenada à morte por ter entrado na corte sem ser convidada.
Nesta visita ao rei, Ester convidou-lhe, e a Hama, para um banque te que ela havia preparado naquele dia. Um outro banquete foi arranja do para o próximo dia 0 tempo de um banquete ao outro foi realmente muito crítico. E a indignação de Hamã em relação a Mardoqueu era tanta que ele não esperaria até o dia definido para a destruição dos judeus para vê-lo morto. Mas os planos de DEUS não podem ser frustrados.
OBJETIVOS
Identificar o agir providencial de DEUS na vida de Ester.
Entender como a arrogância, o orgulho e a
vaidade podem levar a atos extremos.
Constatar a providência divina até na insônia
do rei.
PARA COMEÇAR A AULA
Para começar sua aula, fale sobre a insônia do rei naquela noite e como isso foi providencial para o reconhecimento do que Mardoqueu havia feito pelo rei, uma vez que este não fora sequer lembrado. Mas foi isto que fez com que o rei pedisse para que lhe trouxessem o livro das crônicas do reino. Mas, naquela noite, entre as muitas ano tações, havia uma única que precisava ser lida; e, finalmente, foi esta a anotação lida. Após o rei saber que Mardoqueu não tinha sido ainda recompensado, ele decidiu honrá-lo no dia seguinte.
LEITURA ADICIONAL
O rei não consegue dormir. A noite se arrasta. Ele pede que o livro dos feitos memoráveis seja lido e ouve como uma conspiração contra sua vida havia sido evitada mediante um gesto oportuno de Mardoqueu, surpreendendo-se ao descobrir que este não recebera qualquer recompensa. Resolve então que ele deverá ser premiado sem demora. […] O rei pergunta quem está no pátio e lhe respondem que é Hamã (pois este se apresentara bem cedo a fim de obter uma audiência como rei, na qual esperava conseguir autorização para enforcar Mardoqueu). O rei pergunta a Hamã: “Que se fará ao homem a quem o rei deseja honrar?” Hamã, supondo presunçosa mente ser ele mesmo o candidato a novas preferências, cã envaidecido e faz a seguinte proposta atraente: tragam-se as vestes reais, de que o rei costuma usar, e o cavalo em que o rei costuma andar montado, e tenha na cabeça a coroa real, entreguem-se as vestes e o cavalo às mãos dos mais nobres príncipes do rei, e vistam delas aquele a quem o rei deseja honrar: levem-no a cavalo pela praça da cidade, e diante dele apregoem: Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar”.
A proposta de Hamã evidencia sua ilimitada presunção, sua sede doentia de louvor dos homens o sua ideia mesquinha de grandeza. Seu coração bate mais forte quando se imagina sendo levado dessa forma em meio à adulação de seus semelhantes. Então, ele ouve o rei dizer: “Apressa-te, toma as vestes e o cavalo, como disseste, e fazei assim para com o judeu Mardoqueu Quê? Fazer isso ao judeu Mardoqueu? Será que os ouvidos de Hamã estão zombando dele? Não! É verdade. O rei falou e deve ser obedecido! O brilho foge dos olhos de Hamã. Seu orgulho se derrete. È como se uma mortalha sombria lhe envolvesse o coração. Por alguns segundos que parecem séculos ele fica ali de pé, estupefato diante de seu senhor real. A seguir, retira-se devagar, com passos pesados, a fim de exaltar Mardoqueu justamente do modo que ele mesmo estupidamente propusera.
Livro: Examina as Escrituras: Juízes a Ester. (Baxter, J. Sidow São Paulo: Vida Nova, 1993, p.279 280).
Texto Áureo
“Quando o rei viu a rainha Ester parada no pátio, alcançou ela favor perante ele; estendeu o rei para Ester o cetro de ouro que tinha na mão; Ester se chegou e tocou a ponta do cetro”. Et 5.2
Leitura Bíblica Para Estudo - Ester 5.1-5; 6.12-14
Verdade Prática
Enquanto esperamos, DEUS não trabalha apenas em nosso coração, mas, igualmente, no de outros, renovando as forças a todo o momento.
INTRODUÇÃO
I- ESTER ALCANÇA O FAVOR Et 5.1-8
1- Ester vai falar com o rei Et 5.3
2– O primeiro banquete Et 5.5
3– A petição de Ester Et 5.8
II- A VAIDADE DE HAMÃ Et 5.9-14
1- O bom-humor de Hama Et 5.9
2– A ira de Hamã contra Mardoqueu Et 5.9b
3- Hamã planeja vingança Et 5.14
III- HUMILHAÇÃO DE HAMĀ Et 6.1-14
1- Ajuda de Mardoqueu lembrada Et 6.2
2- Mardoqueu honrado Et 6.11
3- Mulher de Hamã prevê fracasso Et 6.13
2– O primeiro banquete Et 5.5
3– A petição de Ester Et 5.8
II- A VAIDADE DE HAMÃ Et 5.9-14
1- O bom-humor de Hama Et 5.9
2– A ira de Hamã contra Mardoqueu Et 5.9b
3- Hamã planeja vingança Et 5.14
III- HUMILHAÇÃO DE HAMĀ Et 6.1-14
1- Ajuda de Mardoqueu lembrada Et 6.2
2- Mardoqueu honrado Et 6.11
3- Mulher de Hamã prevê fracasso Et 6.13
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
Segunda – Ester 5.1-2
Terça – Ester 5.3-5
Quarta – Ester 5.6-14
Quinta – Ester 6.1-2
Sexta – Ester 6.3-11
Sábado – Ester 6.12-13
Terça – Ester 5.3-5
Quarta – Ester 5.6-14
Quinta – Ester 6.1-2
Sexta – Ester 6.3-11
Sábado – Ester 6.12-13
Hinos da Harpa 58-205
INTRODUÇÃO
Após jejuar três dias, Ester colocou suas melhores roupas para comparecer perante o rei, pois conhecia sua natureza impulsiva. DEUS a acompanhou e o monarca estendeu para ela o cetro de ouro, prometendo dar-lhe o que ela desejasse. Por que ela não pediu ao rei no primeiro momento, o que ela desejava realmente? Talvez por querer confrontar Hamã com sua maldade de uma forma estratégica e em um lugar no qual ele não tivesse escapatória. Talvez Ester agisse de acordo com a melhor tradição do seu povo: confrontar Hamã face a face, em vez de falar pelas costas. Dessa forma ela convidou a ambos para um banquete
I- ESTER ALCANÇA O FAVOR (Et 5.1-8)
1. Ester vai falar com o rei (Et 5.3) “Então, lhe disse o rei: Que é a que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.
Depois que Mardoqueu convenceu Ester a tentar intervir em favor dos
judeus, por meio de uma entre vista pessoal com o rei, Ester estava em uma
situação crítica, pois não havia sido chamada à presença do rei nos últimos
trinta dias. Passados, portanto, os dias do jejum por ela solicitado, ela se
vestiu da maneira mais atraente possível, colocou-se no pátio interno do
palácio, em frente ao salão do rei; e se colocou no lugar onde o rei pudesse
vê-la e chamá-la. Sabendo que Ester devia ter tido um motivo in comum para
atrever-se a se aproximar dele, ela acaba alcançando graça aos seus olhos.
Novamente, a providência de DEUS é demonstrada pela reação do rei a Ester. “Quando o rei viu a rainha Ester parada no pátio, alcançou ela favor perante ele estendeu o rei para Ester o cetro de ouro que tinha na mão; Ester se chegou e tocou a ponta do cetro (Et 5.2). Para indicar sua aprovação, o rei estendeu-lhe o cetro de ouro, e então lhe diz: “Que é que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará” (Et 5.3). Diante da explosão de generosidade do rei, Ester não se precipitou. Ela apenas convidou o rei e Hama para um banquete que preparara especialmente para eles.
2. O primeiro banquete (Et 5.5) “Então,
disse o rei: Fazei apressar a Hamã, para que atendemos a que Ester deseja.
Vinda, pois, o rei e Hamã ao banquete que Ester havia preparado.”
Observemos a prudência de Ester no trato com o rei. Ela não se
apresentou a ele intercedendo imediatamente pelo seu povo, porque sentiu que
aquele não era o momento nem o lugar adequado. Talvez ela tenha preferido um
lugar mais reservado para fazer o seu pedido. Mas, naquela oportunidade, ela
convidou o rei e Hama para irem a seu banquete naquele mesmo dia “Respondeu
Ester: Se bem te parecer, venha o rei e Hamã hoje ao banquete que eu preparei
ao rei Então, disse o rei: Fazei apressar a Hamã, para que atendamos ao que
Ester deseja. Vindo, pois, o rei e Hamã ao banquete que Ester havia preparado,
disse o rei a Ester, no banquete do vinho: Qual é a tua petição? E se te dará
Que desejas? Cumprir-se-á, ainda que seja metade do reino” (Et 5.4-6).
Assim, antes de pedir o que queria, Ester preparou um banquete para o rei Assuero e para Hamã, cujo objetivo seria examinar o terreno e saber qual era o estado de espírito do rei. Naquela noite, o rei novamente pediu-lhe que dissesse o que desejava, mas Ester simplesmente convidou o rei e Hamã para outro banquete. a ser realizado na noite seguinte. Era um lance arriscado convidar Hamã para o banquete, como único conviva do casal real; contudo, isto estava em plena concordância com a recente promoção desse homem, levada a efeito pelo rei.
3. A petição de Ester (Et
5.8) “Se achei favor perante o rei e se bem parecer ao rei conceder-me a
petição e cumprir o meu deseja venha o rei com Hamã ao banquete que lhes hei de
preparar amanhã, e, então, farei segundo o rei me concede.”
Os dias de jejum coletivo, acompanhado de oração, haviam
dado a Ester uma sabedoria do alto e uma confiança que não lhe era
característica. Ela chegara até a preparar a refeição, crendo que o resultado
da sua ousada iniciativa seria favorável. Oferecendo publicamente duas vezes
cumprir o que Ester desejasse, até mesmo metade do rei no, a resposta dela foi
cautelosa e mansa, atributos que ela sabia que o rei valorizava numa mulher:
“Se achei favor perante o rei e se bem parecer do rei[…]” (Et
5.8). Isto fez o rei se sentir no total controle da situação. O rei
não tinha como se esquivar do convite da rainha pois o propósito do banquete
era para revelar o pedido dela. E, nesse arriscado jogo, Ester estava fazendo
tudo o que estava ao seu alcance para aumentar as chances de sucesso.
II. A VAIDADE DE HAMÃ (Et 5.9-14)
1. O bom-humor de Hamã (Et 5.9) “Então, saiu Hamã naquele dia alegre e de bom ânimo quando viu porém, Mardoqueu à porta do rei e que não se levantara, nem se movera diante dele, então, se encheu de furor contra Mardoqueu.”
Hamã alcançou tanto prestígio aos olhos do rei, que veio a
tornar-se o primeiro-ministro do reino. O rei chegou a ordenar que todos se
inclinassem perante ele. Portanto, era o homem de influência e confiança do
rei. Ao pedir ao rei que Hamã o acompanhasse no segundo banque te que
ofereceria, Ester queria assegurar-se do seu favor e, ao mesmo tempo, garantir
a presença de Hamã quando expusesse o plano perverso dele. Hamã teria então de
calar-se Não poderia negar a veracidade da acusação, nem ousaria contradizer a
rainha na presença do rei. E Hamã saiu alegre e disposto, sem saber o que lhe
esperava (Et 5.9a).
2. A ira de Hamã contra Mardoqueu (Et
5.9b) “… Quando viu, porém, Mardoqueu à porta do rei e que não se
levantara, nem se movera diante dele, então, se encheu de furor contra Mardoqueu”.
Hamã alimentava um ódio mor tal contra o judeu Mardoqueu e,
consequentemente, todos os judeus estavam
incluídos nesse sentimento fatídico. E quando, cheio de alegria e orgulho,
pensando estar prestes a receber alguma honraria adicional da parte do rei –
pois fora o único convidado para beber vinho com o rei e a rainha-, depara-se
com Mardoqueu sentado na porta do rei. Este nem ao menos se levantou quando ele
passava e sequer se prostrou diante dele, conforme exigiam os costumes
orientais.
Então, a ira de Hamã se acendeu sobremaneira. O prazer de Hamã em
participar do banquete da rainha se transforma em ódio, então ele se
queixa diante da família e amigos da humilhação que sente diante da provocação
de Mardoqueu. A sua esposa e amigos alimentam esse ódio cruel, incentivando-o a
arquitetar um plano “maquiavélico” que o livraria de uma vez por todas da
presença nefasta do judeu.
3. Hama planeja vingança (Et
5.14) “Então, lhe disse Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos: Faça-se
uma forca de cinquenta côvados de altura, e, pela manhã, dize ao rei que nela
enforquem Mardoqueu; então, entra alegre com o rei ao banquete. A sugestão foi
bem-aceita por Hama, que mandou levantar a forca”
Hamã era vaidoso, soberbo, arrogante e conteve sua ira ao passar
perto de Mardoqueu e ser alvo novamente da insubordinação daquele. Hamã, em sua
sandice, se gabava à esposa e aos amigos das riquezas que possuía, dos filhos
que tinha e de seu status no reino. Ter uma prole numerosa era considerado uma
grande bênção entre os antigos povos semitas. Na Pérsia, o homem que tivesse
mais filhos recebia presentes do rei em pessoa. Mas ele não estava satisfeito
com tudo o que possuía, enquanto Mardoqueu estivesse atravessado no seu
caminho: “Porém tudo isso não me satis faz, enquanto vir o judeu Mardoqueu
assentado à porta do rei” (Et
5.13). Foi então que a mulher de Hamã, Zeres, expôs a sua grande e
horrível ideia de abater Mardoqueu, enforcando-o incontinente. No entanto, DEUS
estava soberanamente operando por trás até de um ato tão odioso, como o de
levantar uma forma.
III- HUMILHAÇÃO DE HAMÃ (Et 6.1-14)
1. Ajuda de Mardoqueu lembrada (Et 6.2) “Achou-se escrito que Mardoqueu é quem havia denunciado a Bigtã e a Teres, as dois eunucos do rei, guardas da porta que tinham procura- do matar a rei Assuero.”
E depois do primeiro banquete de Ester, já em seus aposentos,
o rei não consegue dormir. Ele pede então que o livro dos feitos memoráveis
seja lido e ouve a respeito de uma conspiração contra sua vida que havia sido
evitada mediante um gesto oportuno de Mardoqueu (Et 219-23), 0 rei
surpreende-se ao descobrir que o benfeitor não recebera qualquer recompensa.
Resolve então que este deveria ser premiado sem demora. Já estava quase
amanhecendo. O rei pergunta quem está no pátio e lhe respondem que é Hamã; este
estava aguardando para ver o rei e conseguir autorização para enforcar Mardoqueu.
2. Mardoqueu honrado (Et 6.11) “Hamã tomou as
vestes e o cavalo, vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pela praça da cidade,
e apregoou diante dele: Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar.”
O rei então pergunta a Hamã: “Que se fará ao homem a quem o rei
deseja honrar? (Et
6.6). Imediatamente, Hama dá a sua sugestão, De tão arrogante, Hamã
pensou que o rei estava querendo honrá-lo. Ele mesmo sugeriu as honrarias que
adoraria receber: um desfile real pela praça da cidade, para que todos vissem e
ouvissem como o rei se agradava dele.
O rei aceitou, mas planejava dar esse galardão ao homem que Hamã
julgava ser seu inimigo, embora o rei não tivesse nenhuma ciência disso. O pior
de tudo foi Hama ter sido encarregado de exaltar e fazer cumprir publicamente
as honrarias ao homem para o qual fora requerer uma sentença de morte, para
quem se atrevera a preparar a forca Ainda foi obrigado a proclamar que o rei se
agradava dele. Era uma estonteante humilhação.
Ali estava o odiado Mardoqueu que não se prostrava diante de Hamã, montando o cavalo real. com as vestes púrpuras, enquanto. Hama puxava o cavalo a pé pela praça da cidade, apregoando diante dele: ‘Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar.
3. Mulher de Hamã prevê fracasso (Et
6.13) “Cantou Hamã a Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos tudo
quanto lhe tinha sucedido. Então, os seus sábios e Zeres, sua mulher, lhe
disseram: Se Mardoqueu perante o qual já começaste o cair é da descendência dos
judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente, cairás diante dele.”
Foi terrível contar todo o ocorrido, a humilhação era demasiada
para suportar. Então, a esposa e os amigos de Hamã disseram-lhe que ele não
prevaleceria, devido à ascendência judaica de Mardoqueu (Et
6.13). Hamã ainda está se recuperando da humilhação quando chegam os
mensageiros do rei chamando-o para o segundo banquete com Assuero e Ester (Et
6.14).
APLICAÇÃO PESSOAL
A providência divina é manifesta em Assuero que, no meio de sua insônia, decidiu ouvir a leitura das crônicas reais onde ficou constatada a participação do judeu Mardoqueu na salvação da vida do rei, sem que recompensa alguma lhe fosse dispensada até aquele momento.
RESPONDA
1) Quem a rainha Ester convidou para se assentar no banquete com o rei Assuero? Hamã
2) Que tipo de vingança a mulher de Hamã tramo contra Mardoqueu?
Enforcamento
3) Qual foi a decisão do rei Assuero em favor de Mardoqueu? Honra-lo
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Ester
4:5-17
Mardoqueu e Ester Orquestram um Modo de Evitar o Perigo
Tão estritamente
confinava a lei persa as esposas, especialmente as esposas do rei, que não era
possível a Mardoqueu tratar desse assunto pessoalmente com Ester, mas várias
mensagens precisaram ser trocadas entre eles por meio de Hataque, a quem o rei
designara para servi-la, e parece se tratar de alguém em quem ela podia
confiar.
I
Ela envia uma mensagem a Mardoqueu, pedindo que lhe contasse de modo mais pormenorizado quais as circunstâncias que ele tanto lamentava (v. 5), e por que ele não queria tirar seus panos de saco. Perguntar desse modo pelas novidades, para que saibamos melhor pelo que lamentar e regozijar, e pelo que rogar e louvar a DEUS, é conduta mais que apropriada para todos que amam a Sião. Se devemos chorar com os que choram, precisamos, afinal, saber por que estão chorando.
II
Mardoqueu lhe manda um relato exato da questão toda, com a incumbência de que ela interceda junto ao rei quanto às circunstâncias: Mardoqueu lhe fez saber tudo quanto lhe tinha sucedido (v. 7), e o ressentimento que Hamã lhe tinha por não prostrar-se ante ele, e com artimanhas este conseguira o edito; ele também lhe enviou uma cópia verdadeira deste, para que visse o perigo iminente que ela e seu povo corriam, e incumbiu-a, se ela tivesse qualquer respeito por ele, ou qualquer amor pela nação judaica, que aparecesse agora em seu favor diante do rei, retificasse as falsidades que se lhe haviam contado, e que elucidasse a questão toda, não duvidando de que o rei, então, anularia o decreto.
III
Ester responde a Mardoqueu que não podia, sem grande perigo de vida, comparecer diante do rei, e que, portanto, ele colocava um grande fardo sobre ela com essa incumbência. Ela de bom grado serviria, de bom grado se rebaixaria, para ajudar os judeus; mas se deve correr o risco de ser executada como uma malfeitora, ela bem podia dizer, rogo-te que me hajas por escusado, e encontrar algum outro intercessor.
1. A lei era clara, e todos a conheciam, a saber, que qualquer pessoa que comparecesse diante do rei, sem ser chamada, seria morta, a não ser que o rei estenda para ele o cetro de ouro, e era extremamente difícil determinar se ela o encontraria em tal estado de bom humor (v. 11). Essa lei foi criada, não tanto por prudência, para maior segurança da pessoa do rei, quanto por orgulho, para que, pouco se o vendo, e isto apenas com grande dificuldade, ele viesse a ser adorado como a um pequeno deus. Tratava-se de uma lei tola; pois (1) Isso deixava os reis infelizes, confinando-os a seus isolamentos por receio de que fossem vistos. Isso fazia do palácio real pouco mais que uma prisão real, e os reis só podiam acabar ficando rabugentos, e talvez melancólicos, e, portanto, um terror para os outros e um fardo para si mesmos. Muitos têm a vida miserável por causa de sua própria altivez e má inclinação. (2) Isso era ruim para os súditos; pois que bem lhes fazia um rei a quem não tinham a liberdade de recorrer para eventuais retificações, e a quem não pudessem apelar por meio de juízes? Não é assim na corte do Rei dos reis; ao seu trono de graça podemos chegar com confiança, a qualquer tempo, e podemos estar certos de uma resposta de paz à oração de fé. Somos bem-vindos, não apenas ao pátio interno, mas até mesmo ao SANTO dos Santos, através do sangue de JESUS. (3) Para as esposas, particularmente, isso era muito desconfortável (pois não havia cláusula na lei que as excetuasse), elas que eram osso dos seus ossos e carne da sua carne. Mas talvez a lei fosse perversamente tencionada, tanto como contra qualquer outro, contra elas, para que os reis pudessem desfrutar mais livremente de suas concubinas, e Ester o sabia. Miserável era o reino quando seus príncipes moldavam as leis para servir à sua luxúria.
2. O caso de Ester, nesse momento, era desanimador. A Providência ordenara as coisas de tal modo que, justamente a essa altura dos acontecimentos, ela se encontrasse sob uma nuvem, e as afeições do rei por ela se esfriassem, pois estes trinta dias não fora chamada para entrar ao rei, para que sua fé e coragem fossem mais bem provadas, e para que a bondade de DEUS, não obstante a boa vontade que o rei tinha para com ela no momento, viesse a brilhar com mais esplendor. É provável que Hamã tenha tentado distrair o rei com mulheres e vinho, para que não pensasse no que fizera, e Ester tenha então sido negligenciada, Hamã tendo feito o que pôde para afastá-la do rei, pois sabia que ela lhe era adversa.
IV
Mardoqueu insistiu mesmo assim em que, qualquer perigo que viesse a correr, ela devia recorrer ao rei nessa importante questão (vv. 13,14). Nenhuma desculpa servirá, ela deve tomar essa causa para si; ele sugere a ela: 1. Que a causa era dela mesma, pois o decreto para que se destruíssem todos os judeus não fazia exceção para ela: “Não imagines, portanto, que escaparás na casa do rei, que o palácio será tua proteção, e que a coroa salvará tua cabeça; não, és judia, e, se os outros serão eliminados, tu também o serás”. Seria sábio da parte dela, certamente, expor-se antes a uma morte condicional por parte de seu marido, do que a uma morte certa por parte de seu inimigo. 2. Que era uma causa que, de uma maneira ou outra, certamente prevaleceria, e pela qual, portanto, ela podia se aventurar com segurança. “Se você se recusar, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus”. Esta era a linguagem de uma fé forte, que não duvidava da promessa quando o perigo se afigurava mais ameaçador, mas que em esperança, cria contra a esperança. Instrumentos podem falhar, mas a aliança de DEUS não falha.
3. Que, se abandonasse seus amigos agora, por covardia e falta de fé, ela teria razões para temer algum julgamento dos céus sobre si mesma e sua família: “Tu e a casa de teu pai perecereis, quando o resto das famílias dos judeus será preservado”. O que busca salvar sua vida por expedientes pecaminosos, e não consegue em seu coração confiar em DEUS durante as tribulações, perderá a sua vida no caminho do pecado.
4. Que a Providência tinha um propósito para este momento em torná-la rainha: e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?” e, portanto, (1) “Você está obrigada, por gratidão, a DEUS e sua igreja, de outro modo não estará respondendo ao fim de sua coroação”. (2) “Você não precisa temer falhar na empreitada; se DEUS a escolheu para ela, ele irá salvaguardá-la e conceder-lhe sucesso”. Agora: [1] Parecia, dadas as circunstâncias, que ela de fato viera ao reino para ser instrumento da Providência na libertação dos judeus, de modo que Mardoqueu estava certo em sua conjectura. Porquanto o Senhor ama o seu povo, pôs Ester como rainha sobre ele. Sábio é o intento de todas as providências de DEUS, desconhecidas de nós até seu cumprimento, e que sempre se provam, quando vêm a passar, benéficas para a igreja. [2] A probabilidade disso era boa razão para que se pusesse em ação, e fizesse o seu melhor pelo seu povo. Devemos cada um de nós refletir para que fim DEUS nos pôs no lugar em que estamos, e ser diligentes em cumprir este fim; e quando qualquer oportunidade surgir de servir a DEUS e a nossa geração, devemos cuidar para não deixá-la passar; pois elas nos são confiadas para que possamos colaborar para o seu respectivo bem. Essas coisas instam Mardoqueu com Ester para que esta as cumpra; e alguns autores judeus, de mente particularmente fértil, acrescentam mais uma coisa entre as que lhe tinham sucedido (v. 7), e que desejava fossem contadas a Ester, “que indo para casa, na noite anterior, sob grande pesar, porquanto soubera do plano de Hamã, encontrou ele três crianças judias voltando da escola, às quais perguntou o que haviam aprendido naquele dia; a primeira lhe disse que sua lição fora (Pv 3.25,26): Não temas o pavor repentino; a segunda lhe disse que fora (Is 8.10): Tomai juntamente conselho, e ele será dissipado; e a terceira lhe disse que fora (Is 46.4): Eu os fiz, e eu os levarei, e eu vos trarei, e vos guardarei. “Oh, quão bondoso é DEUS”, diz Mardoqueu, “que pelos lábios de criancinhas confere a força!”.
V
Ester decide, em vista disso tudo, custe-lhe o que custar, comparecer diante do rei, mas não antes de ela e seus amigos terem consultado a DEUS. Que primeiro, por jejum e oração, obtenham a graça de DEUS, e então ela poderá esperar obter graça junto ao rei (vv.15,16). Aqui ela fala:
1. Com a piedade e devoção apropriadas a uma israelita. Ela se voltou para DEUS, em cuja mão está o coração dos reis, e de quem dependia para inclinar o coração do rei em seu favor. Ela ia sob risco de vida, mas sabia estar segura, e seu espírito estava em paz, pois confiara a guarda de sua alma a DEUS, e colocara-se sob sua proteção. Ela cria que a graça de DEUS deveria ser obtida pela oração, que seu povo era um povo de oração, e Ele um DEUS que ouvia orações. Ela sabia que era a prática de boas pessoas unir o jejum à oração, e muitas delas juntas nos dois. Ela, portanto: (1) Desejava que Mardoqueu ajuntasse a todos os judeus que se achassem em Susã e que jejuassem por ela, que se encontrassem nas respectivas sinagogas a que pertenciam, e que orassem por ela, e que mantivessem um jejum solene, abstendo-se de todas as refeições à mesa e comidas agradáveis por três dias, e o quanto fosse possível, de toda comida, em sinal de sua humilhação pelo pecado e seu senso de quão indignos eram da misericórdia de DEUS. Não sabe valorizar os favores divinos aqueles que se ressente em esforçar-se e negar-se na busca deles. (2) Ela prometeu que ela e sua família santificariam esse jejum em seu apartamento no palácio, pois ela não poderia juntar-se a eles nas assembleias; suas empregadas eram ou judias ou prosélitas, pois se juntaram a ela em seu jejum e oração. Aqui há um bom exemplo de uma ama orando com suas criadas, e digno de imitação. Observe também que os que estão confinados privadamente podem unir suas orações aos que se encontram em assembleias solenes; os que estão ausentes em corpo, podem estar presentes em espírito. Os que desejam e têm as orações de outros por eles não devem achar que isso os exime de orarem por si mesmos.
2. Com a coragem e resolução apropriadas a uma rainha. “Quando tivermos buscado a DEUS quanto a esta questão, irei ter com o rei para interceder pelo meu povo, ainda que não seja segundo a lei, mas está de acordo com a lei de DEUS; e, portanto, o que quer que venha a acontecer, eu me aventurarei, e não considerarei minha vida como preciosa para mim mesma, para que possa servir a DEUS e a sua igreja, mesmo que perecendo, pereça. Não posso dar a vida por causa melhor. Melhor fazer minha obrigação e morrer pelo meu povo do que recuar de minha obrigação e morrer com ele”. Ela raciocina como os leprosos (2 Rs 7.4): “Se eu ficar aqui, morrerei; se eu me aventurar, talvez viva e salve o meu povo: se o pior acontecer”, como dizíamos, “tão-somente morreremos”. Nada faça, nada ganhe. Ela não o disse em desespero ou paixão, mas em resolução santa de fazer sua obrigação e confiar em DEUS; aceitar alegremente sua santa vontade. Na parte apócrifa desse livro (caps. 13 e 14) temos as orações de Mardoqueu e Ester nessa ocasião, ambas muito particulares e pertinentes. Na sequência veremos que DEUS não disse a esta semente de Jacó: Buscai-me em vão.
Com. Bíblico - Matthew
Henry (Exaustivo) AT e NT
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Ester 5:1-8
Ester Comparece diante do Rei
Aqui temos:
I
O audaz comparecimento de Ester diante do rei. Quando o tempo designado para seu jejum terminou, não perdeu tempo, mas no terceiro dia, com suas recentes devoções ainda vivas em seu espírito, dirigiu-se ela ao rei. Quando o coração é engrandecido na comunhão com DEUS, torna-se ele destemido na obra e nos sofrimentos por sua causa. De acordo com alguns, o jejum de três dias durava tão-somente um dia e duas noites, em que não se consumia alimento algum, período este a que se chama três dias, assim como se chama ao tempo em que CRISTO jazeu na sepultura. Essa opinião tem a seu favor o fato de que, no terceiro dia, a rainha compareceu na corte. Resoluções difíceis e arriscadas devem ser cumpridas sem demora, a fim de que não esfriem e afrouxem. O que fizeres, que requeira coragem, faze-o sem demora. Agora ela se vestiu de seus vestidos reais, para que se tornasse mais agradável aos olhos do rei, e livrou-se de suas roupas de jejum. Ela vestiu suas roupas finas, não para agradar a si mesma, mas a seu marido; em sua oração (Et 14.16), como encontramos nos apócrifos, ela apela a DEUS da seguinte maneira: Sabes, Senhor, como abomino a insígnia da dignidade que está sobre minha cabeça nos dias em que devo aparecer em público, etc. Que aqueles, cuja posição os obrigue a vestir roupas luxuosas, aprendam desse modo a ser mortos em relação a elas, não fazendo delas seu adorno. Ela se pôs no pátio interior da casa do rei, achando que seria provavelmente condenada, estando agora entre o medo e a esperança.
II
A recepção favorável que o rei lhe deu. Quando o rei viu a rainha Ester, ela alcançou graça aos seus olhos. O autor apócrifo e Josefo dizem que ela levava duas criadas consigo, uma em quem ela se apoiava, e outra que carregava a cauda de seu vestido — que seu semblante era animado e amigável, mas seu coração se encontrava angustiado —, que o rei, erguendo o semblante, que irradiava majestade, primeiro lhe lançou um olhar muito severo, de modo que Ester empalideceu, e desmaiou sobre a criada que a acompanhava; mas então DEUS mudou o espírito do rei, que saltou assustado de seu trono, e tomou-a em seus braços, até que recobrasse a consciência, e confortou-a com palavras amorosas. Aqui temos:
1. Que ele a protegeu
da lei, e garantiu-lhe segurança, apontando para Ester com o cetro de ouro (v.
2), e Ester, agradecida, tocou a ponta do cetro, desse modo apresentando-se
para ele como humilde peticionária. Tendo assim contendido com DEUS, e
prevalecido, como Jacó, ela também era apta a contender com homens. Qualquer
que perder a sua vida, por DEUS, a salvará, ou reencontrá-la-á em uma vida
melhor.
2. Que ele a encorajou a fazer seu requerimento: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Tão longe estava o rei de considerá-la como culpada que, antes, parecia feliz em vê-la, e desejoso de obsequiá-la. Ele, que divorciara sua mulher por não comparecer sob sua requisição, não foi áspero com outra mulher sua por comparecer sem ser chamada. DEUS pode converter o coração dos homens, mesmo dos grandes homens, mesmo dos de conduta mais arbitrária, como bem lhe aprouver. Ester temia sua morte, mas lhe foi prometido que teria o que quer que pedisse, mesmo que fosse até metade do reino. Note como DEUS muitas vezes anula os medos e supera as esperanças de seu povo, especialmente quando este se aventura por sua causa. Infiramos desta história, como o faz nosso Salvador da parábola do juiz injusto, um encorajamento para orar sem cessar. Ouça o que esse rei altivo diz (Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? E dar-se-te-á.), e diga se DEUS não haverá de ouvir e responder as orações dos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite? Ester compareceu diante de um homem soberbo e imperioso; nós comparecemos diante de um DEUS de amor e graça. Ela não foi chamada; mas nós o somos: o ESPÍRITO diz: Vem, e o noivo diz: Vem. Ela tinha uma lei contra si; nós temos uma promessa, ou antes, muitas promessas, em nosso favor: Pedi, e dar-se-vos-á. Ela não tinha amigo para introduzi-la, ou interceder por ela, quando ao contrário o favorito do rei era seu inimigo; mas nós temos um intercessor junto ao Pai, de quem Ele sobremodo se agrada. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça.
3. Que tudo que Ester tinha para lhe solicitar, nessa ocasião, era que ele viesse a um banquete que preparara para ele, e trouxesse Hamã consigo. Desse modo: (1) Ela lhe confidenciaria o quanto estimava estar em sua graça e companhia. O que quer que tivesse a pedir, ela desejava acima de tudo estar nas graças do rei, e faria tudo para consegui-las. (2) Ela poria à prova a afeição do rei por si, pois, se este recusasse seu pedido, seria inútil fazer o próximo. (3) Esforçar-se-ia em deixá-lo de bom humor, e amansar-lhe o espírito, para que recebesse a queixa de Ester com a maior ternura possível. (4) Ela iria agradá-lo, sendo cortês para com Hamã, seu favorito, e convidando-o à companhia do rei, sabendo que este se agradaria disso, e desejando que o réu de sua denúncia estivesse presente quando a fizesse, pois não se atreveria a dizer nada dele pelas costas, que não tivesse coragem de lhe dizer na cara. (5) Ela considerava o banquete de vinho a oportunidade mais favorável de fazer o seu pedido. A sabedoria é de grande proveito quando se precisa lidar com homens complicados, e ajuda a abordá-los com tato.
4. Que o rei veio prontamente, e ordenou a Hamã que viesse com ele, o que indicava a ternura que ainda tinha por Ester; se ele realmente intentasse a destruição dela e de seu povo, não teria aceitado o convite para o banquete. Ali o rei repetiu sua afável pergunta, (Qual é tua petição?), e sua generosa promessa, de que seu pedido seria atendido, até metade do reino se te dará (v. 6), uma expressão proverbial, pela qual lhe assegurou que não lhe negaria nada que fosse razoável. Herodes valeu-se da mesma expressão.
5. Que Ester achou apropriado não pedir senão que ele aceitasse uma regalia, para o dia seguinte, em seu apartamento, e que trouxesse Hamã com ele, e que então lhe falaria a respeito da questão da qual pretendia tratar. Esse adiamento da petição principal pode ser atribuído:
(1) À prudência de Ester; desse modo pretendia cair ainda mais profundamente nas graças do rei. Talvez seu coração tenha desfalecido na ocasião do banquete, e ela desejou algum tempo a mais para poder orar, para que DEUS lhe desse boca e sabedoria. O adiamento da questão dessa maneira estava certa, expressaria a grande reverência que tinha pelo rei, e sua relutância em ser premente demais para com ele. O que se pede com pressa é, muitas vezes, negado com igual prontidão; porém o que se pede com paciência merece ser considerado.
(2) A Providência de DEUS que influenciou Ester, em seu coração, a prorrogar seu pedido por mais um dia, mesmo ela não sabendo por que, mas DEUS sabia que na noite entre esse dia e o seguinte, o intento de Ester prosperaria, e abrir-se-ia caminho para seu sucesso, e que Hamã chegaria ao ponto culminante de sua maldade para com Mardoqueu, e começaria a cair perante ele. Os judeus talvez estivessem achando Ester um pouco enrolada a esta altura, alguns começando a duvidar de sua sinceridade, ou ao menos de seu zelo; mas o incidente desmentiu suas suspeitas, e tudo cooperou para o melhor.
Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
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LIÇÃO 10,
REVISTA 3Tr24, NA ÍNTEGRA
Escrita Lição 10, CPAD, O Plano De Livramento E O Papel De
Ester, 3Tr24, Com. Extras Pr Henrique, ERBD NA TV
Para em ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
8 de Setembro de 2024, Dia Nacional de Missões
ESBOÇO DA
LIÇÃO 10
I – O PERIGOSO PLANO E O TEMOR DE ESTER
1. Lamento, choro e compadecimento
2. Um obstáculo real
3. Autoritarismo e morte
II – MARDOQUEU CONVENCE ESTER
1. Confiando na providência divina
2. Primeiro DEUS, depois o homem
3. Confiar em DEUS não é tentá-lo
III – O PLANO: ESTER ENTRA À PRESENÇA DO REI E PROPÕE UM BANQUETE
1. Prudência, preparação e ação
2. Estendendo o cetro
3. Em sintonia com DEUS
TEXTO ÁUREO
“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um DEUS além de ti, que trabalhe para aquele que nele espera.” (Is 64.4)
VERDADE
PRÁTICA
É nos momentos dramáticos da vida que mais aprendemos a confiar em DEUS e a depender dEle realmente.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Et 4.1-5 Ester envia Hataque para perguntar o que se passava com Mardoqueu
Terça - Nm 12.3-10; Êx 23.22; Sl 5.11 O favor de DEUS em livrar seus servos dos infortúnios
Quarta - Et 4.13 Se Ester não agisse nem ela mesma seria poupada
Quinta - Et 4.14 Se o livramento divino não chegasse por intermédio de Ester, chegaria por outro meio
Sexta - 1 Sm 25.18-35; Pv 19.2 A rainha Ester agiu com a sabedoria de outras mulheres na Bíblia
Sábado - Et 5.2,3 O
rei Assuero viu Ester e estendeu o seu cetro, disposto a atender-lhe
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Ester 4.5-17; 5.1-3,7,8
Ester 4. 5 - Então, Ester chamou a Hataque (um dos eunucos do rei, que este tinha posto na presença dela) e deu-lhe mandado para Mardoqueu, para saber que era aquilo e para quê. 6 - E, saindo Hataque a Mardoqueu, à praça da cidade que estava diante da porta do rei,
7 - Mardoqueu lhe fez saber tudo quanto lhe tinha sucedido, como também a oferta da prata que Hamã dissera que daria para os tesouros do rei pelos judeus, para os lançar a perder. 8 - Também lhe deu a cópia da lei escrita que se publicara em Susã para os destruir, para a mostrar a Ester, e lha fazer saber, e para lhe ordenar que fosse ter com o rei, e lhe pedisse, e suplicasse na sua presença pelo seu povo. 9 - Veio, pois, Hataque e fez saber a Ester as palavras de Mardoqueu.
10 - Então, disse Ester a Hataque e mandou-lhe dizer a Mardoqueu: 11 - Todos os servos do rei e o povo das províncias do rei bem sabem que para todo homem ou mulher que entrar ao rei, no pátio interior, sem ser chamado, não há senão uma sentença, a de morte, salvo se o rei estender para ele o cetro de ouro, para que viva; e eu, nestes trinta dias, não sou chamada para entrar ao rei.
12 - E fizeram saber a Mardoqueu as palavras de Ester. 13 - Então, disse Mardoqueu que tornassem a dizer a Ester: Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus. 14 - Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?
15 - Então, disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu: 16 - Vai, e ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas moças também assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei, ainda que não é segundo a lei; e, perecendo, pereço.
17 - Então, Mardoqueu foi e fez conforme tudo quanto Ester lhe ordenou.
Ester 5.1 - Sucedeu, pois, que, ao terceiro dia, Ester se vestiu de suas vestes reais e se pôs no pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento. 2 - E sucedeu que, vendo o rei a rainha Ester, que estava no pátio, ela alcançou graça aos seus olhos; e o rei apontou para Ester com o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou e tocou a ponta do cetro. 3 - Então, o rei lhe disse: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.
Ester 5.7 - Então, respondeu Ester e disse: Minha petição e
requerimento é: 8 - se achei graça aos
olhos do rei, e se bem parecer ao rei conceder-me a minha petição e outorgar-me
o meu requerimento, venha o rei com Hamã ao banquete que lhes hei de preparar,
e amanhã farei conforme o mandado do rei.
Hinos Sugeridos: 372,
432, 473 da Harpa Cristã
PLANO DE
AULA
1. INTRODUÇÃO
DEUS concedeu um grande livramento ao povo judeu diante das artimanhas de Hamã. Esta lição apresenta todo o processo de preparação para o grande livramento, desde o plano de Mardoqueu, o convencimento de Ester, bem como seu preparo para se colocar diante do rei para rogar o livramento do povo. Esta lição mostra como DEUS atuou por meio desses personagens para providenciar socorro ao seu povo. Assim, o plano de Hamã não prosperaria diante da providência divina.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Relatar o plano de Mardoqueu e o temor de Ester; II) Considerar o processo de convencimento de Ester por Mardoqueu; III) Demonstrar o plano de Ester diante do rei Assuero.
B) Motivação: A atitude corajosa de Ester nos permite refletir como devemos agir em situações difíceis e até mesmo perigosa. O exemplo de Ester nos convida em, no lugar de se apavorar, tomar uma atitude de confiança, buscando sempre a direção divina para atravessar os grandes desafios.
C) Sugestão de Método: Para concluir a lição, sugerimos que você reflita com a classe a respeito da seção Motivação, logo acima. Mostre aos alunos quatro atitudes negativas e quatro positivas que podemos tomar diante de um contexto difícil e, até mesmo, perigoso. Atitudes positivas: 1) Em oração, conscientizar-se e calcular o custo de uma decisão; 2) Estabelecer prioridades; 3) Se preparar para tomada de decisão; 4) Em consagração, determinar o curso da ação e prosseguir com confiança. Atitudes Negativas: 1) Agir por instinto; 2) Abraçar todas as ideias mirabolantes; 3) Tomar decisão de maneira despreparada; 4) Se mostrar instável e sem confiança. Finalize, mostrando que a rainha Ester nos ensina a tomar atitudes positivas diante de grandes dilemas na vida na presença de DEUS.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Diante dos contextos difíceis, devemos nos preparar em DEUS, confiar nEle e agir confiantemente de acordo com a direção que Ele nos dá. O ESPÍRITO SANTO é o nosso Ajudador e está pronto a nos auxiliar.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Confiando em DEUS para agir", localizado depois do primeiro tópico, aprofunda mais a respeito da decisão de Mardoqueu e Ester; 2) O texto "A decisão de Ester", ao final do terceiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito do preparo para se dirigir ao rei.
PALAVRA-CHAVE
– Livramento
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos as atitudes de Mardoqueu e Ester em favor de todo o povo judeu. O decreto do rei estava assinado. A ordem de extermínio havia chegado a todas as províncias. O dia da matança estava definido. Era preciso clamar a DEUS e agir sob sua direção.
I – O PERIGOSO PLANO E O TEMOR DE ESTER
1. Lamento, choro e compadecimento
Mardoqueu não escondeu seu abatimento.
O quadro trágico produziu nele um profundo lamento. Do palácio, Ester soube da crítica situação do primo e compadeceu-se, mas não sabia os motivos. Sua atitude foi enviar roupas para vestir Mardoqueu, que as recusou. Ester precisava saber o que estava acontecendo de tão grave. Então, enviou Hataque, um dos eunucos, para perguntar a Mardoqueu porque agia daquele jeito (Et 4.1-5). Mardoqueu não estava apenas querendo chamar a atenção de Ester. Seus sentimentos eram sinceros, assim como de todos os judeus das províncias, diante da ordem de matança emitida pelo rei. Mas também era preciso que a rainha soubesse de tudo que se passava. Compartilhar nossos sentimentos, com as pessoas certas, é necessário e nos faz bem (Rm 12.15). Em um momento de profunda agonia, JESUS abriu o coração e rogou aos seus discípulos que não o deixassem só (Mt 26.36-38).
2. Um obstáculo real
Por intermédio de Hataque, Mardoqueu deixou Ester informada de todo o ardiloso plano de Hamã, enviando-lhe, inclusive, uma cópia do decreto de Assuero. Ele pediu que ela fosse ao rei e suplicasse pelos judeus. Mas havia um grande obstáculo. Ester respondeu a Mardoqueu lembrando-lhe da lei que não permitia que qualquer pessoa, homem ou mulher, fosse ao interior do palácio sem ser chamada pelo rei. A sentença era a morte, salvo se o rei estendesse o cetro de ouro. Acredita-se que essa rigorosa norma existia porque os reis temiam ser vítimas de conspirações, como ocorreu com muitos deles, ao longo da história, mortos no trono.
3. Autoritarismo e morte
O que Assuero temia lhe sobreveio. Foi assassinado por um dos oficiais do palácio em 465 a.C., oito anos depois dos episódios narrados no livro de Ester. Dois de seus guardas, aliás, já haviam tramado sua morte anos antes (Et 3.21). Decisões autoritárias produzem muitos inimigos. É muito comum ditadores terem mortes trágicas, por vezes nas mãos de seus ex-súditos, como aconteceu na história recente com o ditador líbio Muammar Gaddafi (1942-2011). A mansidão nos livra de muitos infortúnios (Pv 15.1). E quando atacados, DEUS é a nossa defesa (Nm 12.3-10; Êx 23.22; Sl 5.11)
SINÓPSE I - Não era simples ir ao palácio e
interceder ao rei pelo povo judeu.
Auxílio VIDA CRISTÃ
CONFIANDO EM DEUS PARA AGIR
“Embora Ester fosse a rainha e compartilhasse alguns dos poderes do rei e suas riquezas, ela ainda precisava da proteção de DEUS e de sabedoria. Ninguém está seguro em suas próprias forças em qualquer sistema político. É tolice acreditar que riqueza ou posição pode nos proteger contra o perigo. O livramento vem apenas de DEUS.
Após ter sido expedido o decreto para matar os judeus, Mardoqueu e Ester poderiam ter se desesperado, decidindo salvar apenas a si próprios, ou ter somente aguardado uma intervenção de DEUS. Ao contrário, eles viram que DEUS os havia colocado em suas posições com um propósito, para que eles aproveitassem o momento certo e agissem. Quando estiver ao nosso alcance salvar as pessoas, precisamos fazê-lo. Em uma situação onde a vida é ameaçada, não se acovarde, não se comporte de forma egoísta, não espere que DEUS faça todas as coisas. Ao invés disso, peça direção a DEUS e aja! DEUS pode tê-lo colocado na posição em que você se encontra apenas ‘para tal tempo como este?’” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.691).
II – MARDOQUEU CONVENCE ESTER
1. Confiando na providência divina
Ester apresentou a Mardoqueu sua impossibilidade de dirigir-se ao rei. Nos últimos 30 dias ela não havia sido chamada por Assuero. Mardoqueu não se contentou com a resposta de Ester. Pediu que dissessem a ela que não confiasse em sua posição, por estar no palácio, pois a ordem real era o extermínio de todos os judeus, sem exceção (Et 4.13). Se Ester não se dispusesse a interceder junto ao rei, Mardoqueu confiava que a providência divina se manifestaria de outra forma. A expressão “socorro e livramento doutra parte virá” revela que Mardoqueu confiava em DEUS, acima de tudo (Et 4.14). Quando supervalorizamos pessoas, por mais importantes que sejam, nos esquecendo que nosso socorro vem de DEUS, fazemos delas nossos ídolos (Sl 121.1,2). DEUS abomina todo o tipo de idolatria (Jr 17.5).
2. Primeiro DEUS, depois o homem
Ester convenceu-se de que precisaria agir. Antes de tudo, porém, era preciso clamar a DEUS, para que a dirigisse e lhe desse graça diante do rei. Em sua resposta a Mardoqueu, pediu que ajuntasse todos os judeus de Susã e jejuassem por ela durante três dias. Ela faria o mesmo junto com as moças que a assistiam no palácio (Et 4.16). Equilíbrio e prudência espiritual nos fazem entender o tempo e o lugar de DEUS e o nosso no cotidiano da vida. Antes de Ester procurar o rei, os judeus deveriam buscar a DEUS. Uma triste característica de nossos dias são o secularismo e o materialismo (Lc 18.8). Inspirados no ateísmo, rejeitam e negam as realidades espirituais e veem o homem como o senhor de sua existência e de seu destino; como a medida de todas as coisas. Autoconfiança e soberba humana são de origem maligna (Tg 4.13-16).
3. Confiar em DEUS não é tentá-lo
Ester confiava em DEUS, mas não agiu de forma a tentá-lo (Mt 4.5-7). Através do jejum, os judeus pediam a intervenção divina para que o rei aceitasse a presença de Ester e ela alcançasse o que pretendia. Todavia, isso poderia não acontecer. Por isso, mesmo confiando, Ester estava disposta a morrer: “perecendo, pereço” (Et 4.16). Décadas antes, na Babilônia, três outros judeus haviam demonstrado a mesma fé e disposição (Dn 3.16-18). Em nossos dias são difundidas crenças errôneas que acreditam ser possível mandar em DEUS e pô-lo “na parede”. A soberania divina não pode ser desafiada por ninguém (Jó 2.9,10).
SINÓPSE II - Antes de
se dirigir ao rei, Ester conclamou um jejum pela causa.
III – O PLANO: ESTER ENTRA À PRESENÇA DO REI E PROPÕE
UM BANQUETE
1. Prudência, preparação e ação
Ao decidir entrar à presença de Assuero, Ester estava sujeita a qualquer reação dele quando a visse: vida ou morte. Era um grande desafio. Por isso, Ester se preparou espiritual, emocional e fisicamente: depois de três dias de jejum, pôs sua veste real e foi ao pátio interior da casa do rei, diante do salão onde ficava o trono (Et 5.1). Sua conduta nos ensina como devemos ser precavidos para tomar atitudes importantes, que podem impactar nosso futuro (Pv 19.2). Mulheres sábias, como Ester e Abigail, conseguem resolver grandes problemas e evitar muitas tragédias (1 Sm 25.18-35). Por outro lado, imprudências e precipitações podem levar a prejuízos irreparáveis (Pv 14.1).
2. Estendendo o cetro
Assentado em seu trono, Assuero viu Ester e estendeu para ela seu cetro de ouro (Et 5.2). Deve ter sido um grande alívio para a corajosa judia. Ela se aproximou e tocou a ponta do cetro, cumprindo o protocolo legal. Como era incomum alguém se apresentar diante do rei sem ter sido chamado, Assuero logo perguntou o que estava acontecendo: “Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará” (Et 5.3). A disposição de vontade do rei foi manifestada com o uso de uma frase que era comum nessas ocasiões, mas que, segundo estudiosos, não se interpretava de forma literal. Herodes usou essa mesma expressão (Mc 6.21-23).
3. Em sintonia com DEUS
As circunstâncias narradas no livro de Ester nos permitem dizer que ela, em seu coração, estava em plena sintonia com DEUS. Mesmo o rei se prontificando imediatamente a atendê-la, Ester agiu com cautela. Apenas o convidou para um banquete, junto com Hamã. Na ocasião, o rei renovou sua disposição em atender a qualquer pedido de Ester. Era a segunda oportunidade, mas ainda não era o momento adequado. Ester convida Assuero e Hamã, para outro banquete, no dia seguinte, quando faria seu pedido. Uma noite decisiva mudaria o curso da história. Os desígnios de DEUS são perfeitos. A providência divina estava guiando Ester em todos os detalhes.
SINÓPSE III - Nenhum ser humano ficará impune diante
da santidade e justiça de DEUS.
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
A DECISÃO DE ESTER
“‘Salve a sua pele’” e ‘Seja sempre o primeiro’ são lemas mundiais que refletem nossa egoísta perspectiva de vida. A atitude de Ester contrasta muito com essa visão. Ela sabia o que precisava fazer, e que isso poderia custar sua própria vida. Contudo, ela disse: ‘E perecendo, pereço’. Devemos ter o mesmo compromisso de fazer o que é certo a despeito das possíveis consequências. Você procura salvar a si mesmo permanecendo em silêncio em vez de defender o que é certo?
[...] DEUS estava no controle, mas mesmo assim Mardoqueu e Ester tiveram que agir. [...] DEUS escolhe trabalhar através daqueles que agem de forma determinada em seu favor. Devemos orar como se todas as coisas dependessem de DEUS e agirmos como se tudo dependesse de nós. Devemos evitar dois extremos: nada fazer, e achar que devemos fazer tudo” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 692-93).
CONCLUSÃO
Confiar em DEUS e depender dEle nos faz viver experiências extraordinárias. O agir divino manifesta-se em todas as áreas de nossa vida. O DEUS Todo-poderoso jamais perde o controle. Só a Ele glória!
REVISANDO O
CONTEÚDO
1. O que aprendemos com o exemplo de Mardoqueu quanto a compartilhar nossos sentimentos? Compartilhar nossos sentimentos, com as pessoas certas, é necessário e nos faz bem (Rm 12.15).
2. Qual era o obstáculo para o plano de Mardoqueu? Ester respondeu a Mardoqueu lembrando-lhe da lei que não permitia que qualquer pessoa, homem ou mulher, fosse ao interior do palácio sem ser chamada pelo rei. A sentença era a morte, salvo se o rei estendesse o cetro de ouro.
3. O que a expressão “socorro e livramento doutra parte virá” nos revela? A expressão “socorro e livramento doutra parte virá” revela que Mardoqueu confiava em DEUS, acima de tudo (Et 4.14).
4. O que aprendemos com a atitude de Ester em pedir, antes de tudo, três dias de jejum? Equilíbrio e prudência espiritual nos fazem entender o tempo e o lugar de DEUS e o nosso no cotidiano da vida. Antes de Ester procurar o rei, os judeus deveriam buscar a DEUS.
5. Por que podemos afirmar que Ester estava em plena sintonia com DEUS? Mesmo o rei se prontificando imediatamente a atendê-la, Ester agiu com cautela. Apenas o convidou para um banquete, junto com Hamã.
Para em ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
8 de Setembro de 2024, Dia Nacional de Missões
I – O PERIGOSO PLANO E O TEMOR DE ESTER
1. Lamento, choro e compadecimento
2. Um obstáculo real
3. Autoritarismo e morte
II – MARDOQUEU CONVENCE ESTER
1. Confiando na providência divina
2. Primeiro DEUS, depois o homem
3. Confiar em DEUS não é tentá-lo
III – O PLANO: ESTER ENTRA À PRESENÇA DO REI E PROPÕE UM BANQUETE
1. Prudência, preparação e ação
2. Estendendo o cetro
3. Em sintonia com DEUS
“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um DEUS além de ti, que trabalhe para aquele que nele espera.” (Is 64.4)
É nos momentos dramáticos da vida que mais aprendemos a confiar em DEUS e a depender dEle realmente.
Segunda - Et 4.1-5 Ester envia Hataque para perguntar o que se passava com Mardoqueu
Terça - Nm 12.3-10; Êx 23.22; Sl 5.11 O favor de DEUS em livrar seus servos dos infortúnios
Quarta - Et 4.13 Se Ester não agisse nem ela mesma seria poupada
Quinta - Et 4.14 Se o livramento divino não chegasse por intermédio de Ester, chegaria por outro meio
Sexta - 1 Sm 25.18-35; Pv 19.2 A rainha Ester agiu com a sabedoria de outras mulheres na Bíblia
Ester 4. 5 - Então, Ester chamou a Hataque (um dos eunucos do rei, que este tinha posto na presença dela) e deu-lhe mandado para Mardoqueu, para saber que era aquilo e para quê.
6 - E, saindo Hataque a Mardoqueu, à praça da cidade que estava diante da porta do rei,
7 - Mardoqueu lhe fez saber tudo quanto lhe tinha sucedido, como também a oferta da prata que Hamã dissera que daria para os tesouros do rei pelos judeus, para os lançar a perder.
8 - Também lhe deu a cópia da lei escrita que se publicara em Susã para os destruir, para a mostrar a Ester, e lha fazer saber, e para lhe ordenar que fosse ter com o rei, e lhe pedisse, e suplicasse na sua presença pelo seu povo.
9 - Veio, pois, Hataque e fez saber a Ester as palavras de Mardoqueu.
10 - Então, disse Ester a Hataque e mandou-lhe dizer a Mardoqueu:
11 - Todos os servos do rei e o povo das províncias do rei bem sabem que para todo homem ou mulher que entrar ao rei, no pátio interior, sem ser chamado, não há senão uma sentença, a de morte, salvo se o rei estender para ele o cetro de ouro, para que viva; e eu, nestes trinta dias, não sou chamada para entrar ao rei.
12 - E fizeram saber a Mardoqueu as palavras de Ester.
13 - Então, disse Mardoqueu que tornassem a dizer a Ester: Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus.
14 - Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?
15 - Então, disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu:
16 - Vai, e ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas moças também assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei, ainda que não é segundo a lei; e, perecendo, pereço.
17 - Então, Mardoqueu foi e fez conforme tudo quanto Ester lhe ordenou.
Ester 5.1 - Sucedeu, pois, que, ao terceiro dia, Ester se vestiu de suas vestes reais e se pôs no pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento.
3 - Então, o rei lhe disse: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.
Ester 5.7 - Então, respondeu Ester e disse: Minha petição e requerimento é:
SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 10
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Impossível Mardoqueu (ou Mordecai) ter sido levado cativo de Jerusalém para a Babilônia, pois estaria com no mínimo 110 anos agora no livro de Ester. Não teria a virilidade que demonstra ter aí.
70 anos de cativeiro com mais 20 anos até o início do governo de Xerxes e mais 20 anos do governo deste.
O edito é publicado (Et 3.12)
“Chamaram, pois, os secretários do rei, no dia treze do primeiro mês, e, segundo ordenou Hamã, tudo se escreveu aos sátrapas do rei, aos governadores de todas as províncias e aos príncipes de cada povo; a cada província no seu próprio modo de escrever e a cada povo na sua própria língua. Em nome do rei Assuero se escreveu, e com o anel do rei se selou.”
O dia da vingança racial (Et 3.13)
“Enviaram-se as cartas, por intermédio dos correios, a todas as províncias do rei, para que se destruíssem, matassem e aniquilassem de vez a todos os judeus, moços e velhos, crianças e mulheres, em um só dia, no dia treze do duodécimo mês, que é o mês de Adar, e que lhes saqueassem os bens.”
11 meses a frente seria o dia da morte de pelo menos 7 milhões de judeus que viviam nos países, ou sátrapas, ou províncias que pertenciam ao império Persa governado por Xerxes ou Assuero.
Foi entre os dois banquetes de Ester que Assuero consultou suas crônicas e descobriu que foi salvo por Mardoqueu e mandou Hamã o honrar diante de toda Susã, capital do império Persa. Provavelmente Ester tinha por volta de 20 anos.
Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
Em Ester 3 e 4 há 23 e 17 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ester 3.1 6 e 4.12-17 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Comece a sua aula fazendo um ligeiro comentário sobre o ódio, que é um sentimento negativo, que enraizado em nossa mente causa angústia e dores. Por qual razão teríamos maior facilidade em perpetuar iras e ódios do que em cultivar amor e compaixão?
Talvez, em parte, isto se deva ao fato de a afeição humana ser absolutamente suscetível a humilhações, decepções, importunações e ameaças. Quando a ira ou o ódio encontram abrigo em nossa mente e coração, o desafio pode ganhar contornos absurdos e despropositados, pois as atitudes daqueles que despertam tais emoções em nós são determinantes para que elas sejam extintas ou perpetuadas. Veja o caso de Hamã, em seu ódio cruel contra Mardoqueu
e o povo judeu.
Compreender que o ódio pode ter consequências desastrosas.
Após fazer um ligeiro comentário sobre o ódio, um sentimento negativo, que enraizado em nossa mente causa angústia e dores, pergunte: Por qual razão teríamos maior facilidade em perpetuar iras e ódios do que em cultivar amor e compaixão? Talvez, em parte, isto se deva à crença de que a afeição nos deixa vulneráveis ao próximo? Por que então a ira ou o ódio encontram abrigo em nossa mente e coração? As atitudes daqueles que despertam tais emoções em nós são determinantes para que elas sejam extintas ou perpetuadas? O caso de Hamã em seu ódio cruel contra Mardoqueu e o povo judeu poderia nos ensinar alguma coisa?
A comunicação entre a rainha e Mardoqueu precisava se dar através de mediadores, mesmo quando se estava discutindo um assunto tão secreto como este aqui registrado. É impressionante a total confiabilidade de Hamã, o eunuco real, e contrasta com a traição de Bigtã e Teres (2.21). Os que serviam Ester tinham conhecimento dos laços que a ligavam a Mardoqueu, mas não deviam saber que eles eram parentes, e o decreto que era e assunto da cidade evidentemente ainda era desconhecido no palácio (6-8). Quando Ester ficou sabendo que Mardoqueu estava se lamentando, presumiu que alguma perda material havia ocorrido, e por isso mandou lhe roupas novas para vestir, mas a sua dor não foi aplacada assim tão facilmente.
Podem estar certos os comentaristas que argumentam que a intenção de Ester em enviar roupas a Mardoqueu era para que ele pudesse qualificar-se para entrar no palácio, mas naquele caso a sua recusa em aceitá-las teria sido extremamente descortês. Não obstante, estaria em consonância com a sua inépcia que causara a crise, para começar. Não há nada de privado em relação à reunião entre Hamã e Mardoqueu, que teve lugar na praça da cidade, além das portas do palácio, onde todos se congregavam. Mardoqueu não hesitou em dar todas as informações exatas, com especial atenção à persuasão financeira que Hama havia oferecido ao rei. Conquanto fosse indubitavelmente rico, Assuero assim mesmo reagia às promessas de riqueza ainda maior, embora tivesse repudiado (311).
A traição de pessoas em troca de dinheiro sempre fora particularmente repugnante (nunca tanto quanto a traição de JESUS per Judas) e podia-se contar que Ester iria reagir com ressentimento apaixonado. Uma cópia do decreto silenciaria todas as dúvidas a respeito da exatidão da informação e suscitaria a interrogação: O que devia ser feito? Será que o decreto fora pregado no muro da cidade, para que todos o vissem e lessem? As últimas palavras de Mardoqueu foram uma ordem para que ela usasse a sua influência junto ao rei em favor do seu povo. Ele ainda lhe disse o que fazer, embora ela fosse rainha. Minúcias como esta, que acontecem na vida, dão à narrativa grande conteúdo humano.
Livro: Ester: Introdução e comentário, Badwin, Joyce G Sane Cultura Cristã SP Vida Nova, 2011, 09.70).
Texto Áureo
“Porque, se de todo te calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada rainha? (Ester 4.14)
Ester 3.1-11; 4.12-17
DEUS é fiel no cumprimento de todas as Suas alianças e promessas para com aqueles que o temem e guardam Seus mandamentos.
MARDOQUEU E ESTER Et 4.1-17
1– Angústia e desgosto Et 4.1
2– Um apelo a Ester Et 4.14
3– Ester concorda em interceder Et 4.16
3– Ester concorda em interceder Et 4.16
APLICAÇÃO PESSOAL
Quinta – Ester 4.1-13
Sexta – Ester 4.14-15
Sábado – Ester 4.16-17
Sábado – Ester 4.16-17
DEUS está operando por trás das cortinas. Apenas um Ser com tal graça e sabedoria protegeria uma órfã esquecida, uma menininha que perdera a mãe e o pai. Só essa Providência atuaria na vida de um pobre judeu no poderoso império medo-persa, onde a cruel e cobiçoso Hamã tramava para matar todo o povo judeu
1. Angústia e desgosto (Et 4.1) “Quando soube Mardoqueu tudo quanto se havia passada rasgou as suas ventes, e se cobriu de pano de saco e de cinza e saindo pela cidade, clamou com grande e amargo clamor”
Apesar de Mardoqueu ter acesso à propriedade real, não podia entrar com essas roupas. Aparentemente, estar vestido de pano de saco tornava a pessoa cerimonialmente impura e, por isso, impossibilitada de entrar na corte. Grande era a dor que Mardoqueu experimentava na sua alma pela possibilidade de ver seu povo erradicado naquelas circunstâncias.
Ester fez o que pode, enviando uma muda limpa de roupa, para que ele se visse livre daqueles trajes de pano de saco. Mas ele recusou a gentileza. Então Ester envia seu eunuco guardião a fim de saber a que estava acontecendo para que seu primo procedesse daquela forma. Hamã saiu à praça da cidade para encontrar-se com Mardoqueu e este não ocultou nenhuma das informações necessárias, enviando para Ester o traslado do decreto escrito; e Hamã levou um relatório completo a Ester. Mardoqueu pede a Ester que vá até o rei e implore que ele tenha misericórdia do seu povo.
Neste ponto, o rei não parece saber que esta lei é contra os judeus, nem que Ester é judia. Mas Ester se recusa, lembrando a seu primo a lei persa que permite que o rei execute qualquer pessoa que entre em sua presença sem ser convidada. O argumento de Mardoqueu era irretorquível, pois ele claramente conclui que a ascensão dela ao trono foi providência divina: “Porque, se de todo te calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento, mas tu e a casa de teu pai perecereis, e quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada a rainha?” (Et. 4.14)
Ante a ameaça de Hamã, Mardoqueu cria na obra providencial de DEUS ao dirigir as circunstâncias da vida. Sabendo que DEUS é fiel no cumprimento de todas as suas alianças e promessas feitas a Abraão, entendia que não poderiam ser cumpridas se os judeus fossem exterminados.
1) Qual o nome do grão-vizir do rei Assuero que era inimigo declarado dos judeus? Hamã
Em Ester 5 e 6 há 14 em cada capítulo. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ester 5.1-5 e 6.12-14 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Enfatizar que DEUS, durante a competição, fez com que Ester ganhasse o favor do rei para enfrentar este momento difícil que viria para todos os judeus. Interessante observar também que, quando o tempo de Ester entrar em ação chega, DEUS novamente a faz ganhar a graça do mesmo homem, e não foi condenada à morte por ter entrado na corte sem ser convidada.
Nesta visita ao rei, Ester convidou-lhe, e a Hama, para um banque te que ela havia preparado naquele dia. Um outro banquete foi arranja do para o próximo dia 0 tempo de um banquete ao outro foi realmente muito crítico. E a indignação de Hamã em relação a Mardoqueu era tanta que ele não esperaria até o dia definido para a destruição dos judeus para vê-lo morto. Mas os planos de DEUS não podem ser frustrados.
Identificar o agir providencial de DEUS na vida de Ester.
Para começar sua aula, fale sobre a insônia do rei naquela noite e como isso foi providencial para o reconhecimento do que Mardoqueu havia feito pelo rei, uma vez que este não fora sequer lembrado. Mas foi isto que fez com que o rei pedisse para que lhe trouxessem o livro das crônicas do reino. Mas, naquela noite, entre as muitas ano tações, havia uma única que precisava ser lida; e, finalmente, foi esta a anotação lida. Após o rei saber que Mardoqueu não tinha sido ainda recompensado, ele decidiu honrá-lo no dia seguinte.
O rei não consegue dormir. A noite se arrasta. Ele pede que o livro dos feitos memoráveis seja lido e ouve como uma conspiração contra sua vida havia sido evitada mediante um gesto oportuno de Mardoqueu, surpreendendo-se ao descobrir que este não recebera qualquer recompensa. Resolve então que ele deverá ser premiado sem demora. […] O rei pergunta quem está no pátio e lhe respondem que é Hamã (pois este se apresentara bem cedo a fim de obter uma audiência como rei, na qual esperava conseguir autorização para enforcar Mardoqueu). O rei pergunta a Hamã: “Que se fará ao homem a quem o rei deseja honrar?” Hamã, supondo presunçosa mente ser ele mesmo o candidato a novas preferências, cã envaidecido e faz a seguinte proposta atraente: tragam-se as vestes reais, de que o rei costuma usar, e o cavalo em que o rei costuma andar montado, e tenha na cabeça a coroa real, entreguem-se as vestes e o cavalo às mãos dos mais nobres príncipes do rei, e vistam delas aquele a quem o rei deseja honrar: levem-no a cavalo pela praça da cidade, e diante dele apregoem: Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar”.
A proposta de Hamã evidencia sua ilimitada presunção, sua sede doentia de louvor dos homens o sua ideia mesquinha de grandeza. Seu coração bate mais forte quando se imagina sendo levado dessa forma em meio à adulação de seus semelhantes. Então, ele ouve o rei dizer: “Apressa-te, toma as vestes e o cavalo, como disseste, e fazei assim para com o judeu Mardoqueu Quê? Fazer isso ao judeu Mardoqueu? Será que os ouvidos de Hamã estão zombando dele? Não! É verdade. O rei falou e deve ser obedecido! O brilho foge dos olhos de Hamã. Seu orgulho se derrete. È como se uma mortalha sombria lhe envolvesse o coração. Por alguns segundos que parecem séculos ele fica ali de pé, estupefato diante de seu senhor real. A seguir, retira-se devagar, com passos pesados, a fim de exaltar Mardoqueu justamente do modo que ele mesmo estupidamente propusera.
Livro: Examina as Escrituras: Juízes a Ester. (Baxter, J. Sidow São Paulo: Vida Nova, 1993, p.279 280).
“Quando o rei viu a rainha Ester parada no pátio, alcançou ela favor perante ele; estendeu o rei para Ester o cetro de ouro que tinha na mão; Ester se chegou e tocou a ponta do cetro”. Et 5.2
Enquanto esperamos, DEUS não trabalha apenas em nosso coração, mas, igualmente, no de outros, renovando as forças a todo o momento.
I- ESTER ALCANÇA O FAVOR Et 5.1-8
1- Ester vai falar com o rei Et 5.3
2– O primeiro banquete Et 5.5
3– A petição de Ester Et 5.8
II- A VAIDADE DE HAMÃ Et 5.9-14
1- O bom-humor de Hama Et 5.9
2– A ira de Hamã contra Mardoqueu Et 5.9b
3- Hamã planeja vingança Et 5.14
III- HUMILHAÇÃO DE HAMĀ Et 6.1-14
1- Ajuda de Mardoqueu lembrada Et 6.2
2- Mardoqueu honrado Et 6.11
3- Mulher de Hamã prevê fracasso Et 6.13
3– A petição de Ester Et 5.8
II- A VAIDADE DE HAMÃ Et 5.9-14
1- O bom-humor de Hama Et 5.9
2– A ira de Hamã contra Mardoqueu Et 5.9b
3- Hamã planeja vingança Et 5.14
III- HUMILHAÇÃO DE HAMĀ Et 6.1-14
1- Ajuda de Mardoqueu lembrada Et 6.2
2- Mardoqueu honrado Et 6.11
3- Mulher de Hamã prevê fracasso Et 6.13
APLICAÇÃO PESSOAL
Segunda – Ester 5.1-2
Terça – Ester 5.3-5
Quarta – Ester 5.6-14
Quinta – Ester 6.1-2
Sexta – Ester 6.3-11
Sábado – Ester 6.12-13
Quarta – Ester 5.6-14
Quinta – Ester 6.1-2
Sexta – Ester 6.3-11
Sábado – Ester 6.12-13
Hinos da Harpa 58-205
Após jejuar três dias, Ester colocou suas melhores roupas para comparecer perante o rei, pois conhecia sua natureza impulsiva. DEUS a acompanhou e o monarca estendeu para ela o cetro de ouro, prometendo dar-lhe o que ela desejasse. Por que ela não pediu ao rei no primeiro momento, o que ela desejava realmente? Talvez por querer confrontar Hamã com sua maldade de uma forma estratégica e em um lugar no qual ele não tivesse escapatória. Talvez Ester agisse de acordo com a melhor tradição do seu povo: confrontar Hamã face a face, em vez de falar pelas costas. Dessa forma ela convidou a ambos para um banquete
1. Ester vai falar com o rei (Et 5.3) “Então, lhe disse o rei: Que é a que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.
Novamente, a providência de DEUS é demonstrada pela reação do rei a Ester. “Quando o rei viu a rainha Ester parada no pátio, alcançou ela favor perante ele estendeu o rei para Ester o cetro de ouro que tinha na mão; Ester se chegou e tocou a ponta do cetro (Et 5.2). Para indicar sua aprovação, o rei estendeu-lhe o cetro de ouro, e então lhe diz: “Que é que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará” (Et 5.3). Diante da explosão de generosidade do rei, Ester não se precipitou. Ela apenas convidou o rei e Hama para um banquete que preparara especialmente para eles.
Assim, antes de pedir o que queria, Ester preparou um banquete para o rei Assuero e para Hamã, cujo objetivo seria examinar o terreno e saber qual era o estado de espírito do rei. Naquela noite, o rei novamente pediu-lhe que dissesse o que desejava, mas Ester simplesmente convidou o rei e Hamã para outro banquete. a ser realizado na noite seguinte. Era um lance arriscado convidar Hamã para o banquete, como único conviva do casal real; contudo, isto estava em plena concordância com a recente promoção desse homem, levada a efeito pelo rei.
1. O bom-humor de Hamã (Et 5.9) “Então, saiu Hamã naquele dia alegre e de bom ânimo quando viu porém, Mardoqueu à porta do rei e que não se levantara, nem se movera diante dele, então, se encheu de furor contra Mardoqueu.”
1. Ajuda de Mardoqueu lembrada (Et 6.2) “Achou-se escrito que Mardoqueu é quem havia denunciado a Bigtã e a Teres, as dois eunucos do rei, guardas da porta que tinham procura- do matar a rei Assuero.”
Ali estava o odiado Mardoqueu que não se prostrava diante de Hamã, montando o cavalo real. com as vestes púrpuras, enquanto. Hama puxava o cavalo a pé pela praça da cidade, apregoando diante dele: ‘Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar.
A providência divina é manifesta em Assuero que, no meio de sua insônia, decidiu ouvir a leitura das crônicas reais onde ficou constatada a participação do judeu Mardoqueu na salvação da vida do rei, sem que recompensa alguma lhe fosse dispensada até aquele momento.
1) Quem a rainha Ester convidou para se assentar no banquete com o rei Assuero? Hamã
Mardoqueu e Ester Orquestram um Modo de Evitar o Perigo
I
Ela envia uma mensagem a Mardoqueu, pedindo que lhe contasse de modo mais pormenorizado quais as circunstâncias que ele tanto lamentava (v. 5), e por que ele não queria tirar seus panos de saco. Perguntar desse modo pelas novidades, para que saibamos melhor pelo que lamentar e regozijar, e pelo que rogar e louvar a DEUS, é conduta mais que apropriada para todos que amam a Sião. Se devemos chorar com os que choram, precisamos, afinal, saber por que estão chorando.
II
Mardoqueu lhe manda um relato exato da questão toda, com a incumbência de que ela interceda junto ao rei quanto às circunstâncias: Mardoqueu lhe fez saber tudo quanto lhe tinha sucedido (v. 7), e o ressentimento que Hamã lhe tinha por não prostrar-se ante ele, e com artimanhas este conseguira o edito; ele também lhe enviou uma cópia verdadeira deste, para que visse o perigo iminente que ela e seu povo corriam, e incumbiu-a, se ela tivesse qualquer respeito por ele, ou qualquer amor pela nação judaica, que aparecesse agora em seu favor diante do rei, retificasse as falsidades que se lhe haviam contado, e que elucidasse a questão toda, não duvidando de que o rei, então, anularia o decreto.
III
Ester responde a Mardoqueu que não podia, sem grande perigo de vida, comparecer diante do rei, e que, portanto, ele colocava um grande fardo sobre ela com essa incumbência. Ela de bom grado serviria, de bom grado se rebaixaria, para ajudar os judeus; mas se deve correr o risco de ser executada como uma malfeitora, ela bem podia dizer, rogo-te que me hajas por escusado, e encontrar algum outro intercessor.
1. A lei era clara, e todos a conheciam, a saber, que qualquer pessoa que comparecesse diante do rei, sem ser chamada, seria morta, a não ser que o rei estenda para ele o cetro de ouro, e era extremamente difícil determinar se ela o encontraria em tal estado de bom humor (v. 11). Essa lei foi criada, não tanto por prudência, para maior segurança da pessoa do rei, quanto por orgulho, para que, pouco se o vendo, e isto apenas com grande dificuldade, ele viesse a ser adorado como a um pequeno deus. Tratava-se de uma lei tola; pois (1) Isso deixava os reis infelizes, confinando-os a seus isolamentos por receio de que fossem vistos. Isso fazia do palácio real pouco mais que uma prisão real, e os reis só podiam acabar ficando rabugentos, e talvez melancólicos, e, portanto, um terror para os outros e um fardo para si mesmos. Muitos têm a vida miserável por causa de sua própria altivez e má inclinação. (2) Isso era ruim para os súditos; pois que bem lhes fazia um rei a quem não tinham a liberdade de recorrer para eventuais retificações, e a quem não pudessem apelar por meio de juízes? Não é assim na corte do Rei dos reis; ao seu trono de graça podemos chegar com confiança, a qualquer tempo, e podemos estar certos de uma resposta de paz à oração de fé. Somos bem-vindos, não apenas ao pátio interno, mas até mesmo ao SANTO dos Santos, através do sangue de JESUS. (3) Para as esposas, particularmente, isso era muito desconfortável (pois não havia cláusula na lei que as excetuasse), elas que eram osso dos seus ossos e carne da sua carne. Mas talvez a lei fosse perversamente tencionada, tanto como contra qualquer outro, contra elas, para que os reis pudessem desfrutar mais livremente de suas concubinas, e Ester o sabia. Miserável era o reino quando seus príncipes moldavam as leis para servir à sua luxúria.
2. O caso de Ester, nesse momento, era desanimador. A Providência ordenara as coisas de tal modo que, justamente a essa altura dos acontecimentos, ela se encontrasse sob uma nuvem, e as afeições do rei por ela se esfriassem, pois estes trinta dias não fora chamada para entrar ao rei, para que sua fé e coragem fossem mais bem provadas, e para que a bondade de DEUS, não obstante a boa vontade que o rei tinha para com ela no momento, viesse a brilhar com mais esplendor. É provável que Hamã tenha tentado distrair o rei com mulheres e vinho, para que não pensasse no que fizera, e Ester tenha então sido negligenciada, Hamã tendo feito o que pôde para afastá-la do rei, pois sabia que ela lhe era adversa.
IV
Mardoqueu insistiu mesmo assim em que, qualquer perigo que viesse a correr, ela devia recorrer ao rei nessa importante questão (vv. 13,14). Nenhuma desculpa servirá, ela deve tomar essa causa para si; ele sugere a ela: 1. Que a causa era dela mesma, pois o decreto para que se destruíssem todos os judeus não fazia exceção para ela: “Não imagines, portanto, que escaparás na casa do rei, que o palácio será tua proteção, e que a coroa salvará tua cabeça; não, és judia, e, se os outros serão eliminados, tu também o serás”. Seria sábio da parte dela, certamente, expor-se antes a uma morte condicional por parte de seu marido, do que a uma morte certa por parte de seu inimigo. 2. Que era uma causa que, de uma maneira ou outra, certamente prevaleceria, e pela qual, portanto, ela podia se aventurar com segurança. “Se você se recusar, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus”. Esta era a linguagem de uma fé forte, que não duvidava da promessa quando o perigo se afigurava mais ameaçador, mas que em esperança, cria contra a esperança. Instrumentos podem falhar, mas a aliança de DEUS não falha.
3. Que, se abandonasse seus amigos agora, por covardia e falta de fé, ela teria razões para temer algum julgamento dos céus sobre si mesma e sua família: “Tu e a casa de teu pai perecereis, quando o resto das famílias dos judeus será preservado”. O que busca salvar sua vida por expedientes pecaminosos, e não consegue em seu coração confiar em DEUS durante as tribulações, perderá a sua vida no caminho do pecado.
4. Que a Providência tinha um propósito para este momento em torná-la rainha: e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?” e, portanto, (1) “Você está obrigada, por gratidão, a DEUS e sua igreja, de outro modo não estará respondendo ao fim de sua coroação”. (2) “Você não precisa temer falhar na empreitada; se DEUS a escolheu para ela, ele irá salvaguardá-la e conceder-lhe sucesso”. Agora: [1] Parecia, dadas as circunstâncias, que ela de fato viera ao reino para ser instrumento da Providência na libertação dos judeus, de modo que Mardoqueu estava certo em sua conjectura. Porquanto o Senhor ama o seu povo, pôs Ester como rainha sobre ele. Sábio é o intento de todas as providências de DEUS, desconhecidas de nós até seu cumprimento, e que sempre se provam, quando vêm a passar, benéficas para a igreja. [2] A probabilidade disso era boa razão para que se pusesse em ação, e fizesse o seu melhor pelo seu povo. Devemos cada um de nós refletir para que fim DEUS nos pôs no lugar em que estamos, e ser diligentes em cumprir este fim; e quando qualquer oportunidade surgir de servir a DEUS e a nossa geração, devemos cuidar para não deixá-la passar; pois elas nos são confiadas para que possamos colaborar para o seu respectivo bem. Essas coisas instam Mardoqueu com Ester para que esta as cumpra; e alguns autores judeus, de mente particularmente fértil, acrescentam mais uma coisa entre as que lhe tinham sucedido (v. 7), e que desejava fossem contadas a Ester, “que indo para casa, na noite anterior, sob grande pesar, porquanto soubera do plano de Hamã, encontrou ele três crianças judias voltando da escola, às quais perguntou o que haviam aprendido naquele dia; a primeira lhe disse que sua lição fora (Pv 3.25,26): Não temas o pavor repentino; a segunda lhe disse que fora (Is 8.10): Tomai juntamente conselho, e ele será dissipado; e a terceira lhe disse que fora (Is 46.4): Eu os fiz, e eu os levarei, e eu vos trarei, e vos guardarei. “Oh, quão bondoso é DEUS”, diz Mardoqueu, “que pelos lábios de criancinhas confere a força!”.
Ester decide, em vista disso tudo, custe-lhe o que custar, comparecer diante do rei, mas não antes de ela e seus amigos terem consultado a DEUS. Que primeiro, por jejum e oração, obtenham a graça de DEUS, e então ela poderá esperar obter graça junto ao rei (vv.15,16). Aqui ela fala:
1. Com a piedade e devoção apropriadas a uma israelita. Ela se voltou para DEUS, em cuja mão está o coração dos reis, e de quem dependia para inclinar o coração do rei em seu favor. Ela ia sob risco de vida, mas sabia estar segura, e seu espírito estava em paz, pois confiara a guarda de sua alma a DEUS, e colocara-se sob sua proteção. Ela cria que a graça de DEUS deveria ser obtida pela oração, que seu povo era um povo de oração, e Ele um DEUS que ouvia orações. Ela sabia que era a prática de boas pessoas unir o jejum à oração, e muitas delas juntas nos dois. Ela, portanto: (1) Desejava que Mardoqueu ajuntasse a todos os judeus que se achassem em Susã e que jejuassem por ela, que se encontrassem nas respectivas sinagogas a que pertenciam, e que orassem por ela, e que mantivessem um jejum solene, abstendo-se de todas as refeições à mesa e comidas agradáveis por três dias, e o quanto fosse possível, de toda comida, em sinal de sua humilhação pelo pecado e seu senso de quão indignos eram da misericórdia de DEUS. Não sabe valorizar os favores divinos aqueles que se ressente em esforçar-se e negar-se na busca deles. (2) Ela prometeu que ela e sua família santificariam esse jejum em seu apartamento no palácio, pois ela não poderia juntar-se a eles nas assembleias; suas empregadas eram ou judias ou prosélitas, pois se juntaram a ela em seu jejum e oração. Aqui há um bom exemplo de uma ama orando com suas criadas, e digno de imitação. Observe também que os que estão confinados privadamente podem unir suas orações aos que se encontram em assembleias solenes; os que estão ausentes em corpo, podem estar presentes em espírito. Os que desejam e têm as orações de outros por eles não devem achar que isso os exime de orarem por si mesmos.
2. Com a coragem e resolução apropriadas a uma rainha. “Quando tivermos buscado a DEUS quanto a esta questão, irei ter com o rei para interceder pelo meu povo, ainda que não seja segundo a lei, mas está de acordo com a lei de DEUS; e, portanto, o que quer que venha a acontecer, eu me aventurarei, e não considerarei minha vida como preciosa para mim mesma, para que possa servir a DEUS e a sua igreja, mesmo que perecendo, pereça. Não posso dar a vida por causa melhor. Melhor fazer minha obrigação e morrer pelo meu povo do que recuar de minha obrigação e morrer com ele”. Ela raciocina como os leprosos (2 Rs 7.4): “Se eu ficar aqui, morrerei; se eu me aventurar, talvez viva e salve o meu povo: se o pior acontecer”, como dizíamos, “tão-somente morreremos”. Nada faça, nada ganhe. Ela não o disse em desespero ou paixão, mas em resolução santa de fazer sua obrigação e confiar em DEUS; aceitar alegremente sua santa vontade. Na parte apócrifa desse livro (caps. 13 e 14) temos as orações de Mardoqueu e Ester nessa ocasião, ambas muito particulares e pertinentes. Na sequência veremos que DEUS não disse a esta semente de Jacó: Buscai-me em vão.
Ester Comparece diante do Rei
I
O audaz comparecimento de Ester diante do rei. Quando o tempo designado para seu jejum terminou, não perdeu tempo, mas no terceiro dia, com suas recentes devoções ainda vivas em seu espírito, dirigiu-se ela ao rei. Quando o coração é engrandecido na comunhão com DEUS, torna-se ele destemido na obra e nos sofrimentos por sua causa. De acordo com alguns, o jejum de três dias durava tão-somente um dia e duas noites, em que não se consumia alimento algum, período este a que se chama três dias, assim como se chama ao tempo em que CRISTO jazeu na sepultura. Essa opinião tem a seu favor o fato de que, no terceiro dia, a rainha compareceu na corte. Resoluções difíceis e arriscadas devem ser cumpridas sem demora, a fim de que não esfriem e afrouxem. O que fizeres, que requeira coragem, faze-o sem demora. Agora ela se vestiu de seus vestidos reais, para que se tornasse mais agradável aos olhos do rei, e livrou-se de suas roupas de jejum. Ela vestiu suas roupas finas, não para agradar a si mesma, mas a seu marido; em sua oração (Et 14.16), como encontramos nos apócrifos, ela apela a DEUS da seguinte maneira: Sabes, Senhor, como abomino a insígnia da dignidade que está sobre minha cabeça nos dias em que devo aparecer em público, etc. Que aqueles, cuja posição os obrigue a vestir roupas luxuosas, aprendam desse modo a ser mortos em relação a elas, não fazendo delas seu adorno. Ela se pôs no pátio interior da casa do rei, achando que seria provavelmente condenada, estando agora entre o medo e a esperança.
II
A recepção favorável que o rei lhe deu. Quando o rei viu a rainha Ester, ela alcançou graça aos seus olhos. O autor apócrifo e Josefo dizem que ela levava duas criadas consigo, uma em quem ela se apoiava, e outra que carregava a cauda de seu vestido — que seu semblante era animado e amigável, mas seu coração se encontrava angustiado —, que o rei, erguendo o semblante, que irradiava majestade, primeiro lhe lançou um olhar muito severo, de modo que Ester empalideceu, e desmaiou sobre a criada que a acompanhava; mas então DEUS mudou o espírito do rei, que saltou assustado de seu trono, e tomou-a em seus braços, até que recobrasse a consciência, e confortou-a com palavras amorosas. Aqui temos:
2. Que ele a encorajou a fazer seu requerimento: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Tão longe estava o rei de considerá-la como culpada que, antes, parecia feliz em vê-la, e desejoso de obsequiá-la. Ele, que divorciara sua mulher por não comparecer sob sua requisição, não foi áspero com outra mulher sua por comparecer sem ser chamada. DEUS pode converter o coração dos homens, mesmo dos grandes homens, mesmo dos de conduta mais arbitrária, como bem lhe aprouver. Ester temia sua morte, mas lhe foi prometido que teria o que quer que pedisse, mesmo que fosse até metade do reino. Note como DEUS muitas vezes anula os medos e supera as esperanças de seu povo, especialmente quando este se aventura por sua causa. Infiramos desta história, como o faz nosso Salvador da parábola do juiz injusto, um encorajamento para orar sem cessar. Ouça o que esse rei altivo diz (Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? E dar-se-te-á.), e diga se DEUS não haverá de ouvir e responder as orações dos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite? Ester compareceu diante de um homem soberbo e imperioso; nós comparecemos diante de um DEUS de amor e graça. Ela não foi chamada; mas nós o somos: o ESPÍRITO diz: Vem, e o noivo diz: Vem. Ela tinha uma lei contra si; nós temos uma promessa, ou antes, muitas promessas, em nosso favor: Pedi, e dar-se-vos-á. Ela não tinha amigo para introduzi-la, ou interceder por ela, quando ao contrário o favorito do rei era seu inimigo; mas nós temos um intercessor junto ao Pai, de quem Ele sobremodo se agrada. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça.
3. Que tudo que Ester tinha para lhe solicitar, nessa ocasião, era que ele viesse a um banquete que preparara para ele, e trouxesse Hamã consigo. Desse modo: (1) Ela lhe confidenciaria o quanto estimava estar em sua graça e companhia. O que quer que tivesse a pedir, ela desejava acima de tudo estar nas graças do rei, e faria tudo para consegui-las. (2) Ela poria à prova a afeição do rei por si, pois, se este recusasse seu pedido, seria inútil fazer o próximo. (3) Esforçar-se-ia em deixá-lo de bom humor, e amansar-lhe o espírito, para que recebesse a queixa de Ester com a maior ternura possível. (4) Ela iria agradá-lo, sendo cortês para com Hamã, seu favorito, e convidando-o à companhia do rei, sabendo que este se agradaria disso, e desejando que o réu de sua denúncia estivesse presente quando a fizesse, pois não se atreveria a dizer nada dele pelas costas, que não tivesse coragem de lhe dizer na cara. (5) Ela considerava o banquete de vinho a oportunidade mais favorável de fazer o seu pedido. A sabedoria é de grande proveito quando se precisa lidar com homens complicados, e ajuda a abordá-los com tato.
4. Que o rei veio prontamente, e ordenou a Hamã que viesse com ele, o que indicava a ternura que ainda tinha por Ester; se ele realmente intentasse a destruição dela e de seu povo, não teria aceitado o convite para o banquete. Ali o rei repetiu sua afável pergunta, (Qual é tua petição?), e sua generosa promessa, de que seu pedido seria atendido, até metade do reino se te dará (v. 6), uma expressão proverbial, pela qual lhe assegurou que não lhe negaria nada que fosse razoável. Herodes valeu-se da mesma expressão.
5. Que Ester achou apropriado não pedir senão que ele aceitasse uma regalia, para o dia seguinte, em seu apartamento, e que trouxesse Hamã com ele, e que então lhe falaria a respeito da questão da qual pretendia tratar. Esse adiamento da petição principal pode ser atribuído:
(1) À prudência de Ester; desse modo pretendia cair ainda mais profundamente nas graças do rei. Talvez seu coração tenha desfalecido na ocasião do banquete, e ela desejou algum tempo a mais para poder orar, para que DEUS lhe desse boca e sabedoria. O adiamento da questão dessa maneira estava certa, expressaria a grande reverência que tinha pelo rei, e sua relutância em ser premente demais para com ele. O que se pede com pressa é, muitas vezes, negado com igual prontidão; porém o que se pede com paciência merece ser considerado.
(2) A Providência de DEUS que influenciou Ester, em seu coração, a prorrogar seu pedido por mais um dia, mesmo ela não sabendo por que, mas DEUS sabia que na noite entre esse dia e o seguinte, o intento de Ester prosperaria, e abrir-se-ia caminho para seu sucesso, e que Hamã chegaria ao ponto culminante de sua maldade para com Mardoqueu, e começaria a cair perante ele. Os judeus talvez estivessem achando Ester um pouco enrolada a esta altura, alguns começando a duvidar de sua sinceridade, ou ao menos de seu zelo; mas o incidente desmentiu suas suspeitas, e tudo cooperou para o melhor.
Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
8 de Setembro de 2024, Dia Nacional de Missões
I – O PERIGOSO PLANO E O TEMOR DE ESTER
1. Lamento, choro e compadecimento
2. Um obstáculo real
3. Autoritarismo e morte
II – MARDOQUEU CONVENCE ESTER
1. Confiando na providência divina
2. Primeiro DEUS, depois o homem
3. Confiar em DEUS não é tentá-lo
III – O PLANO: ESTER ENTRA À PRESENÇA DO REI E PROPÕE UM BANQUETE
1. Prudência, preparação e ação
2. Estendendo o cetro
3. Em sintonia com DEUS
“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um DEUS além de ti, que trabalhe para aquele que nele espera.” (Is 64.4)
É nos momentos dramáticos da vida que mais aprendemos a confiar em DEUS e a depender dEle realmente.
Segunda - Et 4.1-5 Ester envia Hataque para perguntar o que se passava com Mardoqueu
Terça - Nm 12.3-10; Êx 23.22; Sl 5.11 O favor de DEUS em livrar seus servos dos infortúnios
Quarta - Et 4.13 Se Ester não agisse nem ela mesma seria poupada
Quinta - Et 4.14 Se o livramento divino não chegasse por intermédio de Ester, chegaria por outro meio
Sexta - 1 Sm 25.18-35; Pv 19.2 A rainha Ester agiu com a sabedoria de outras mulheres na Bíblia
Ester 4. 5 - Então, Ester chamou a Hataque (um dos eunucos do rei, que este tinha posto na presença dela) e deu-lhe mandado para Mardoqueu, para saber que era aquilo e para quê. 6 - E, saindo Hataque a Mardoqueu, à praça da cidade que estava diante da porta do rei,
7 - Mardoqueu lhe fez saber tudo quanto lhe tinha sucedido, como também a oferta da prata que Hamã dissera que daria para os tesouros do rei pelos judeus, para os lançar a perder. 8 - Também lhe deu a cópia da lei escrita que se publicara em Susã para os destruir, para a mostrar a Ester, e lha fazer saber, e para lhe ordenar que fosse ter com o rei, e lhe pedisse, e suplicasse na sua presença pelo seu povo. 9 - Veio, pois, Hataque e fez saber a Ester as palavras de Mardoqueu.
10 - Então, disse Ester a Hataque e mandou-lhe dizer a Mardoqueu: 11 - Todos os servos do rei e o povo das províncias do rei bem sabem que para todo homem ou mulher que entrar ao rei, no pátio interior, sem ser chamado, não há senão uma sentença, a de morte, salvo se o rei estender para ele o cetro de ouro, para que viva; e eu, nestes trinta dias, não sou chamada para entrar ao rei.
12 - E fizeram saber a Mardoqueu as palavras de Ester. 13 - Então, disse Mardoqueu que tornassem a dizer a Ester: Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus. 14 - Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?
15 - Então, disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu: 16 - Vai, e ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas moças também assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei, ainda que não é segundo a lei; e, perecendo, pereço.
17 - Então, Mardoqueu foi e fez conforme tudo quanto Ester lhe ordenou.
Ester 5.1 - Sucedeu, pois, que, ao terceiro dia, Ester se vestiu de suas vestes reais e se pôs no pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento. 2 - E sucedeu que, vendo o rei a rainha Ester, que estava no pátio, ela alcançou graça aos seus olhos; e o rei apontou para Ester com o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou e tocou a ponta do cetro. 3 - Então, o rei lhe disse: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.
1. INTRODUÇÃO
DEUS concedeu um grande livramento ao povo judeu diante das artimanhas de Hamã. Esta lição apresenta todo o processo de preparação para o grande livramento, desde o plano de Mardoqueu, o convencimento de Ester, bem como seu preparo para se colocar diante do rei para rogar o livramento do povo. Esta lição mostra como DEUS atuou por meio desses personagens para providenciar socorro ao seu povo. Assim, o plano de Hamã não prosperaria diante da providência divina.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Relatar o plano de Mardoqueu e o temor de Ester; II) Considerar o processo de convencimento de Ester por Mardoqueu; III) Demonstrar o plano de Ester diante do rei Assuero.
B) Motivação: A atitude corajosa de Ester nos permite refletir como devemos agir em situações difíceis e até mesmo perigosa. O exemplo de Ester nos convida em, no lugar de se apavorar, tomar uma atitude de confiança, buscando sempre a direção divina para atravessar os grandes desafios.
C) Sugestão de Método: Para concluir a lição, sugerimos que você reflita com a classe a respeito da seção Motivação, logo acima. Mostre aos alunos quatro atitudes negativas e quatro positivas que podemos tomar diante de um contexto difícil e, até mesmo, perigoso. Atitudes positivas: 1) Em oração, conscientizar-se e calcular o custo de uma decisão; 2) Estabelecer prioridades; 3) Se preparar para tomada de decisão; 4) Em consagração, determinar o curso da ação e prosseguir com confiança. Atitudes Negativas: 1) Agir por instinto; 2) Abraçar todas as ideias mirabolantes; 3) Tomar decisão de maneira despreparada; 4) Se mostrar instável e sem confiança. Finalize, mostrando que a rainha Ester nos ensina a tomar atitudes positivas diante de grandes dilemas na vida na presença de DEUS.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Diante dos contextos difíceis, devemos nos preparar em DEUS, confiar nEle e agir confiantemente de acordo com a direção que Ele nos dá. O ESPÍRITO SANTO é o nosso Ajudador e está pronto a nos auxiliar.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Confiando em DEUS para agir", localizado depois do primeiro tópico, aprofunda mais a respeito da decisão de Mardoqueu e Ester; 2) O texto "A decisão de Ester", ao final do terceiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito do preparo para se dirigir ao rei.
Nesta lição estudaremos as atitudes de Mardoqueu e Ester em favor de todo o povo judeu. O decreto do rei estava assinado. A ordem de extermínio havia chegado a todas as províncias. O dia da matança estava definido. Era preciso clamar a DEUS e agir sob sua direção.
1. Lamento, choro e compadecimento
Mardoqueu não escondeu seu abatimento.
O quadro trágico produziu nele um profundo lamento. Do palácio, Ester soube da crítica situação do primo e compadeceu-se, mas não sabia os motivos. Sua atitude foi enviar roupas para vestir Mardoqueu, que as recusou. Ester precisava saber o que estava acontecendo de tão grave. Então, enviou Hataque, um dos eunucos, para perguntar a Mardoqueu porque agia daquele jeito (Et 4.1-5). Mardoqueu não estava apenas querendo chamar a atenção de Ester. Seus sentimentos eram sinceros, assim como de todos os judeus das províncias, diante da ordem de matança emitida pelo rei. Mas também era preciso que a rainha soubesse de tudo que se passava. Compartilhar nossos sentimentos, com as pessoas certas, é necessário e nos faz bem (Rm 12.15). Em um momento de profunda agonia, JESUS abriu o coração e rogou aos seus discípulos que não o deixassem só (Mt 26.36-38).
Por intermédio de Hataque, Mardoqueu deixou Ester informada de todo o ardiloso plano de Hamã, enviando-lhe, inclusive, uma cópia do decreto de Assuero. Ele pediu que ela fosse ao rei e suplicasse pelos judeus. Mas havia um grande obstáculo. Ester respondeu a Mardoqueu lembrando-lhe da lei que não permitia que qualquer pessoa, homem ou mulher, fosse ao interior do palácio sem ser chamada pelo rei. A sentença era a morte, salvo se o rei estendesse o cetro de ouro. Acredita-se que essa rigorosa norma existia porque os reis temiam ser vítimas de conspirações, como ocorreu com muitos deles, ao longo da história, mortos no trono.
O que Assuero temia lhe sobreveio. Foi assassinado por um dos oficiais do palácio em 465 a.C., oito anos depois dos episódios narrados no livro de Ester. Dois de seus guardas, aliás, já haviam tramado sua morte anos antes (Et 3.21). Decisões autoritárias produzem muitos inimigos. É muito comum ditadores terem mortes trágicas, por vezes nas mãos de seus ex-súditos, como aconteceu na história recente com o ditador líbio Muammar Gaddafi (1942-2011). A mansidão nos livra de muitos infortúnios (Pv 15.1). E quando atacados, DEUS é a nossa defesa (Nm 12.3-10; Êx 23.22; Sl 5.11)
CONFIANDO EM DEUS PARA AGIR
“Embora Ester fosse a rainha e compartilhasse alguns dos poderes do rei e suas riquezas, ela ainda precisava da proteção de DEUS e de sabedoria. Ninguém está seguro em suas próprias forças em qualquer sistema político. É tolice acreditar que riqueza ou posição pode nos proteger contra o perigo. O livramento vem apenas de DEUS.
Após ter sido expedido o decreto para matar os judeus, Mardoqueu e Ester poderiam ter se desesperado, decidindo salvar apenas a si próprios, ou ter somente aguardado uma intervenção de DEUS. Ao contrário, eles viram que DEUS os havia colocado em suas posições com um propósito, para que eles aproveitassem o momento certo e agissem. Quando estiver ao nosso alcance salvar as pessoas, precisamos fazê-lo. Em uma situação onde a vida é ameaçada, não se acovarde, não se comporte de forma egoísta, não espere que DEUS faça todas as coisas. Ao invés disso, peça direção a DEUS e aja! DEUS pode tê-lo colocado na posição em que você se encontra apenas ‘para tal tempo como este?’” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.691).
1. Confiando na providência divina
Ester apresentou a Mardoqueu sua impossibilidade de dirigir-se ao rei. Nos últimos 30 dias ela não havia sido chamada por Assuero. Mardoqueu não se contentou com a resposta de Ester. Pediu que dissessem a ela que não confiasse em sua posição, por estar no palácio, pois a ordem real era o extermínio de todos os judeus, sem exceção (Et 4.13). Se Ester não se dispusesse a interceder junto ao rei, Mardoqueu confiava que a providência divina se manifestaria de outra forma. A expressão “socorro e livramento doutra parte virá” revela que Mardoqueu confiava em DEUS, acima de tudo (Et 4.14). Quando supervalorizamos pessoas, por mais importantes que sejam, nos esquecendo que nosso socorro vem de DEUS, fazemos delas nossos ídolos (Sl 121.1,2). DEUS abomina todo o tipo de idolatria (Jr 17.5).
Ester convenceu-se de que precisaria agir. Antes de tudo, porém, era preciso clamar a DEUS, para que a dirigisse e lhe desse graça diante do rei. Em sua resposta a Mardoqueu, pediu que ajuntasse todos os judeus de Susã e jejuassem por ela durante três dias. Ela faria o mesmo junto com as moças que a assistiam no palácio (Et 4.16). Equilíbrio e prudência espiritual nos fazem entender o tempo e o lugar de DEUS e o nosso no cotidiano da vida. Antes de Ester procurar o rei, os judeus deveriam buscar a DEUS. Uma triste característica de nossos dias são o secularismo e o materialismo (Lc 18.8). Inspirados no ateísmo, rejeitam e negam as realidades espirituais e veem o homem como o senhor de sua existência e de seu destino; como a medida de todas as coisas. Autoconfiança e soberba humana são de origem maligna (Tg 4.13-16).
Ester confiava em DEUS, mas não agiu de forma a tentá-lo (Mt 4.5-7). Através do jejum, os judeus pediam a intervenção divina para que o rei aceitasse a presença de Ester e ela alcançasse o que pretendia. Todavia, isso poderia não acontecer. Por isso, mesmo confiando, Ester estava disposta a morrer: “perecendo, pereço” (Et 4.16). Décadas antes, na Babilônia, três outros judeus haviam demonstrado a mesma fé e disposição (Dn 3.16-18). Em nossos dias são difundidas crenças errôneas que acreditam ser possível mandar em DEUS e pô-lo “na parede”. A soberania divina não pode ser desafiada por ninguém (Jó 2.9,10).
1. Prudência, preparação e ação
Ao decidir entrar à presença de Assuero, Ester estava sujeita a qualquer reação dele quando a visse: vida ou morte. Era um grande desafio. Por isso, Ester se preparou espiritual, emocional e fisicamente: depois de três dias de jejum, pôs sua veste real e foi ao pátio interior da casa do rei, diante do salão onde ficava o trono (Et 5.1). Sua conduta nos ensina como devemos ser precavidos para tomar atitudes importantes, que podem impactar nosso futuro (Pv 19.2). Mulheres sábias, como Ester e Abigail, conseguem resolver grandes problemas e evitar muitas tragédias (1 Sm 25.18-35). Por outro lado, imprudências e precipitações podem levar a prejuízos irreparáveis (Pv 14.1).
Assentado em seu trono, Assuero viu Ester e estendeu para ela seu cetro de ouro (Et 5.2). Deve ter sido um grande alívio para a corajosa judia. Ela se aproximou e tocou a ponta do cetro, cumprindo o protocolo legal. Como era incomum alguém se apresentar diante do rei sem ter sido chamado, Assuero logo perguntou o que estava acontecendo: “Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará” (Et 5.3). A disposição de vontade do rei foi manifestada com o uso de uma frase que era comum nessas ocasiões, mas que, segundo estudiosos, não se interpretava de forma literal. Herodes usou essa mesma expressão (Mc 6.21-23).
As circunstâncias narradas no livro de Ester nos permitem dizer que ela, em seu coração, estava em plena sintonia com DEUS. Mesmo o rei se prontificando imediatamente a atendê-la, Ester agiu com cautela. Apenas o convidou para um banquete, junto com Hamã. Na ocasião, o rei renovou sua disposição em atender a qualquer pedido de Ester. Era a segunda oportunidade, mas ainda não era o momento adequado. Ester convida Assuero e Hamã, para outro banquete, no dia seguinte, quando faria seu pedido. Uma noite decisiva mudaria o curso da história. Os desígnios de DEUS são perfeitos. A providência divina estava guiando Ester em todos os detalhes.
A DECISÃO DE ESTER
“‘Salve a sua pele’” e ‘Seja sempre o primeiro’ são lemas mundiais que refletem nossa egoísta perspectiva de vida. A atitude de Ester contrasta muito com essa visão. Ela sabia o que precisava fazer, e que isso poderia custar sua própria vida. Contudo, ela disse: ‘E perecendo, pereço’. Devemos ter o mesmo compromisso de fazer o que é certo a despeito das possíveis consequências. Você procura salvar a si mesmo permanecendo em silêncio em vez de defender o que é certo?
[...] DEUS estava no controle, mas mesmo assim Mardoqueu e Ester tiveram que agir. [...] DEUS escolhe trabalhar através daqueles que agem de forma determinada em seu favor. Devemos orar como se todas as coisas dependessem de DEUS e agirmos como se tudo dependesse de nós. Devemos evitar dois extremos: nada fazer, e achar que devemos fazer tudo” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 692-93).
Confiar em DEUS e depender dEle nos faz viver experiências extraordinárias. O agir divino manifesta-se em todas as áreas de nossa vida. O DEUS Todo-poderoso jamais perde o controle. Só a Ele glória!
1. O que aprendemos com o exemplo de Mardoqueu quanto a compartilhar nossos sentimentos? Compartilhar nossos sentimentos, com as pessoas certas, é necessário e nos faz bem (Rm 12.15).
2. Qual era o obstáculo para o plano de Mardoqueu? Ester respondeu a Mardoqueu lembrando-lhe da lei que não permitia que qualquer pessoa, homem ou mulher, fosse ao interior do palácio sem ser chamada pelo rei. A sentença era a morte, salvo se o rei estendesse o cetro de ouro.
3. O que a expressão “socorro e livramento doutra parte virá” nos revela? A expressão “socorro e livramento doutra parte virá” revela que Mardoqueu confiava em DEUS, acima de tudo (Et 4.14).
4. O que aprendemos com a atitude de Ester em pedir, antes de tudo, três dias de jejum? Equilíbrio e prudência espiritual nos fazem entender o tempo e o lugar de DEUS e o nosso no cotidiano da vida. Antes de Ester procurar o rei, os judeus deveriam buscar a DEUS.
5. Por que podemos afirmar que Ester estava em plena sintonia com DEUS? Mesmo o rei se prontificando imediatamente a atendê-la, Ester agiu com cautela. Apenas o convidou para um banquete, junto com Hamã.