Escrita, Lição 9, CPAD, A Conspiração De Hamã Contra Os Judeus, 3Tr24, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO 9
I – O PLANO ODIOSO DE HAMÃ
1. Intrigas e patologias do poder
2. A extensão do plano
3. Astúcia e oportunismo
II – A TRISTEZA DE MARDOQUEU, DOS JUDEUS E DE ESTER
1. O pavor da violência
2. Bebida, confusão e tristeza
3. Crise e clamor
III – O PERIGO E A CRUELDADE DO ANTISSEMITISMO
MODERNO
1. Faces do antissemitismo
2. Antissemitismo nacionalista e racial
3. Antissemitismo hoje
TEXTO ÁUREO
“E odiados de todos
sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.”
(Mt 10.22)
VERDADE
PRÁTICA
Quando nos tornamos
agradáveis ao mundo é sinal de que nossa fidelidade a Deus está em crise.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Ef 6.9; 1 Pe 5.2,3 Devemos
agir com serenidade em qualquer área de liderança
Terça - Et 3.6 Hamã
planeja destruir os judeus de todo o reino de Assuero
Quarta - Gn
6.11-13; 2 Tm
3.1-4 A motivação de Hamã para a violência remonta tempos
longínquos
Quinta - Et 4.3,4 Luto,
jejum, choro e lamentação diante da ameaça de Hamã
Sexta - Dn 6.10; Ef 6.18; 1 Ts 5.17 A
importância da oração para suportar as intempéries do mundo
Sábado - Zc
14.4-9; Rm 11.26; Ap 1.7 Jesus, o
Messias, salvará Israel, quando de sua conversão nacional
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Ester 3.7-11; 4.1-4
Ester 3
7 - No primeiro mês
(que é o mês de nisã), no ano duodécimo do rei Assuero, se lançou Pur, isto é,
a sorte, perante Hamã, de dia em dia e de mês em mês, até ao duodécimo mês, que
é o mês de adar.
8 - E Hamã disse ao
rei Assuero: Existe espalhado e dividido entre os povos em todas as províncias
do teu reino um povo cujas leis são diferentes
das leis de todos os povos e que
não cumpre as leis do rei; pelo que não convém ao rei deixá-lo ficar.
9 - Se bem parecer ao
rei, escreva-se que os matem; e eu porei nas mãos dos que fizerem a obra dez
mil talentos de prata, para que entrem nos tesouros do rei.
10 - Então, tirou o
rei o anel da sua mão e o deu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, adversário
dos judeus.
11 - E disse o rei a
Hamã: Essa prata te é dada, como também esse povo, para fazeres dele o que
bem parecer aos teus olhos.
Ester 4
1 - Quando Mardoqueu
soube tudo quanto se havia passado, rasgou Mardoqueu as suas vestes, e
vestiu-se de um pano de saco com cinza, e saiu pelo meio da
cidade, e clamou com grande e amargo clamor;
2 - e chegou até
diante da porta do rei; porque ninguém vestido de pano de saco podia entrar
pelas portas do rei.
3 - E em todas as
províncias aonde a palavra do rei e a sua lei chegavam havia entre os judeus
grande luto, com jejum, e choro, e lamentação;
e muitos estavam deitados em pano
de saco e em cinza.
4 - Então, vieram as
moças de Ester e os seus eunucos e fizeram-lhe saber, com o que a rainha muito
se doeu; e mandou vestes para vestir a Mardoqueu e tirar-lhe o seu cilício;
porém ele não as aceitou.
Hinos Sugeridos: 77,
531, 578 da Harpa Cristã
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 9
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
OBSERVAÇÕES DO Pr Henrique
Mardoqueu era primo de Ester e seu tutor, não tio.
A nacionalidade de Ester era Babilônica, mas era descendente de
Judeus e criada como judia. Ela nasceu na época do Exílio, ou
cativeiro, na Babilônia.
O exílio ou cativeiro durou 70 anos - Ciro os libertou e deu a
todos a opção de irem para Jerusalém e ocupar as terras dadas por DEUS a eles.
Dos quase 1 milhão de Judeus que viviam ali na babilônia (agora Pérsia) só 50
mil foram com Zorobabel.
Dos mais de 3milhões que viviam no restante do território, agora
Persa, também poucos foram para a parte norte de Israel e formaram os povos
samaritanos. Eles tinham sido espalhados pela Assíria (capital Nínive) nestas
nações agora dominadas pelo império Persa.
Ciro libertou a todos, mas pouquíssimos ainda estavam vivos depois
de 70 anos, sendo que seus descendentes já haviam se misturado com os povos das
nações e não conheceram o DEUS de seus pais.
Tudo o que acontece está debaixo da permissão de DEUS.
No caso de Hamã, ele era descendente do rei Agague que era
Amalequita, arqui-inimigo dos judeus. DEUS mandou Moisés exterminá-los e Josué
iniciou esse extermínio e alguns reis continuaram depois. O rei Saul tentou
deixar escapar um rei Agague (título honorífico dos reis Amalequitas), mas
Samuel o matou.
Hamã tinha o incentivo de Satanás que colocou no coração de
Xerxesou Assuero promover a ministro este terrível inimigo do povo de DEUS.
Também DEUS quiz puni-los por não voltarem para Jerusalém quando o
rei Ciro permitiu no final dos 70 anos de cativeiro.
No fim, DEUS teve misericórdia deste povo, senão teriam morrido
mais de 3 milhões de judeus nesta época. Usou como instrumentos principais
Mardoqueu (ou Mordecai) e Ester (Hadassa).
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
PRESCIÊNCIA
Presciência - conhecimento do futuro (para nós é futuro, para DEUS
é presente, está contido no eterno presente).
substantivo feminino
[Do lat.
praescientia, ciência inata] Atributo metafísico e incomunicável de DEUS,
através do qual Ele sabe tudo de antemão (para nós, para Ele é presente o
futuro) e se faz sempre presente no
tempo e no espaço (1 Sm 2.3; 1 Jo 3.20). Dicionário Teológico - Claudionor
Correia de Andrade
ATRIBUTO
DIVINO PELO QUAL DEUS CONHECE O PASSADO, PRESENTE E FUTURO COMO TUDO INCLUÍDO
EM SUA ETERNIDADE COMO PRESENTE PARA ELE. (DIVIDIDO EM TEMPOS PASSADO, PRESENTE
E FUTURO PARA OS HOMENS).
At 2.22 Homens israelitas, escutai estas palavras: A JESUS
Nazareno, homem aprovado por DEUS entre vós com maravilhas, prodígios e sinais,
que DEUS por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; 23 A este
que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de DEUS,
prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; 24 Ao qual
DEUS ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse
retido por ela;
1Pe 1.2 Eleitos segundo a presciência de DEUS Pai,
em santificação do ESPÍRITO, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS
CRISTO: Graça e paz vos sejam multiplicadas.
Para que desta geração seja requerido o sangue de todos os profetas
que, desde a fundação do mundo, foi derramado; Lucas 11:50
Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que
fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; Efésios 1:4
O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da
fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós; 1
Pedro 1:20
Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta, que disse:
Abrirei em parábolas a minha boca; Publicarei coisas ocultas desde a fundação
do mundo. Mateus 13:35
E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes
não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação
do mundo.
Apocalipse 13:8
Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos
de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação
do mundo; Mateus 25:34
De outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a
fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou,
para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. Hebreus 9:26
Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como
disse: Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso; embora as suas
obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo. Hebreus 4:3
Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles
estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste
antes da fundação do mundo. João 17:24
A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à
perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da
vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não
é, ainda que é. Apocalipse 17:8
E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do
juízo. João 16:8
Conhecidas são a DEUS, desde o princípio do mundo, todas as suas
obras. Atos 15:18
Como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do
mundo; Lucas 1:70
Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo
deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?
1 Coríntios 6:2
Ainda ele não tinha feito a terra, nem os campos, nem o princípio
do pó do mundo.
Provérbios 8:26
Ele fez a terra com o seu poder, e ordenou o mundo com a sua
sabedoria, e estendeu os céus com o seu entendimento. Jeremias 51:15
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Bíblia de
Estudo Pentecostal – BEP
- CPAD
3.7 SE LANÇOU PUR.
"Pur" é um termo ligado a dados. Hamã usou dados para determinar o
"dia da sorte" em que destruiria os judeus. Decorreu quase um ano
entre o dia em que Hamã lançou a sorte e a execução do plano. Foi o tempo
suficiente, na providência divina, para Mardoqueu e Ester neutralizarem a
conspiração maligna de Hamã.
3.8 CUJAS LEIS SÃO
DIFERENTES DAS LEIS DE TODOS OS POVOS. Um dos propósitos de Deus, ao outorgar a
lei a Israel, era torná-lo um povo diferente de todos os outros povos. Hamã
observava algo diferente nos judeus, e os odiava por isso. No novo concerto, é a
vontade de Deus que seu povo seja separado e diferente do mundo, um povo santo,
adquirido para Ele mesmo (1 Pe 2.9). Hoje, como então, o mundo odeia o povo de
Deus, pois os crentes são diferentes, santos e justos (cf. Jo 15.18-25).
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
O antissemitismo em xeque!
O cristão bíblico e genuinamente nascido de novo jamais será um
antissemita.
https://www.gospelprime.com.br/o-antissemitismo-em-xeque/
“Estranho que Deus escolheu o judeu, mas mais estranho que aqueles
que escolhem o Deus dos judeus, odeiem o judeu.” (Autor desconhecido)
JESUS DISSE QUE A SALVAÇÃO VEM DOS JUDEUS - Vós adorais o que não
sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. João 4:22
O que é Antissemitismo?
Cabe lembrar que o termo semita foi criado em 1781, por um filólogo
alemão, enquanto definição de um determinado grupo de línguas, entre elas o
hebraico e o árabe; daí em 1879, numa campanha contra os judeus, um agitador
alemão cunhou o termo “antissemitismo” (apud. BORGER, 2008, p.311).
Segundo o Rabino Mor do Reino Unido, Jonathan Sacks, antissemitismo
é a negação aos judeus do direito de existir coletivamente como judeus com os
mesmos direitos que os demais cidadãos. O antissemitismo sempre foi utilizado
para expressar a aversão preconceituosa e xenofóbica contra os judeus
[espalhados forçadamente pelo mundo].
O que é Antissionismo?
Vale aqui relembrar a definição de antissionismo, pelo mesmo Rabino
Jonathan Sacks: “É comum ouvir críticos mais extremados de Israel alegar que
não são antissemitas, apenas antissionistas. O melhor modo de entender o
antissemitismo é como um vírus. Para derrotar o sistema imunológico, um vírus
tem de passar por mutações. O mesmo se deu com o antissemitismo. Na Idade
Média, os judeus eram odiados por sua religião. No século XIX, apareceu o ódio
racial. Hoje, não se pode odiar pessoas por sua religião ou por sua raça.
Então, os judeus são odiados porque têm um Estado. O que faz do antissionismo a
nova face do velho e bem conhecido antissemitismo. Os israelenses sabem lidar
com a crítica, mas não podemos lidar com a negação do nosso direito de
existir”.
Em termos práticos Isy Birensztajn colocou da seguinte forma:
“Aquela ladainha cambaia “sou antissionista mas não tenho nada contra os
judeus”, usada por estes antissemitas enxaguados nos recônditos do armário, jaz
exposta à luz do sol e ao ridículo. O sionismo, numa casca de noz, é o
movimento criado em prol da volta dos judeus a Sião, sua pátria milenar.
Afirmar que “sou contra a política de Israel mas não tenho nada contra judeus”
é o suprassumo da covardia antissemita.”
Portanto, o antigo antissemitismo e novo antissionismo são as duas
faces da mesma moeda de intolerância e perseguição ao povo judeu fora ou dentro
de sua pátria.
Deuteronômio 11.23 Também o Senhor, de diante de vós, lançará
fora todas estas nações, e possuireis nações maiores e mais poderosas do que
vós.
24 Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé será vosso;
desde o deserto, e desde o Líbano, desde o rio, o rio Eufrates, até ao mar
ocidental, será o vosso termo.
A Origem do Antissemitismo
O primeiro exemplo que temos da prática do antissemitismo,
paradoxalmente, encontramos nas Sagradas Escrituras. No livro de Êxodo, em seu
capítulo primeiro, que fala da estadia dos filhos de Jacó no Egito, temos a
gênesis do antissemitismo na imoral proposta do novo faraó egípcio que
consistia em eliminar os meninos hebreus de seu reino, realizando assim uma
limpeza étnica no reino das pirâmides: “E o rei do Egito falou às parteiras das
hebreias (das quais o nome de uma era Sifrá, e o da outra Puá), E disse: Quando
ajudardes a dar à luz às hebreias, e as virdes sobre os assentos, se for filho,
matai-o; mas se for filha, então viva” (Êxodo
1:15-16).
As parteiras respeitaram a Deus e não cumpriram o intento maligno
do rei do Egito como está registrado em Êxodo
1:17: “As parteiras, porém, temeram a Deus e não fizeram como o rei do
Egito lhes dissera, antes conservavam os meninos com vida”, as quais foram
preservadas por Deus. Mas uma nova estratégia de eliminação foi determinada por
Faraó: “Então ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que
nascerem lançareis no rio, mas a todas as filhas guardareis com vida” (Êxodo
1:22). Desta forma, a fúria antissemita do rei do Egito foi lançada sobre
os descendentes homens dos hebreus já escravizados.
O efeito da benção de relação de Deus com Abraão de Gênesis
12 “amaldiçoarei os que te amaldiçoarem” veio através da libertação
dos escravos hebreus, por seu líder Moisés – que foi salvo das águas (Êxodo 2),
com grandes feitos de Deus por meio de juízo divino – como as dez pragas.
Assim, o êxodo dos hebreus também ficou conhecido como uma migração
em decorrência de perseguições políticas, sociais e religiosas aos filhos
(semitas) de Abraão, Isaque e Israel.
Antissemitismo na Pérsia
O segundo grande exemplo de antissemitismo encontramos na
fascinante história da rainha Ester em Susã, a bela capital do império persa.
Hamã, o agagita, é o grande vilão, e descendente de Amaleque (Rei Agague).
Amaleque foi o primeiro inimigo do general Josué depois da saída do Egito em
direção a terra prometida (Êxodo
17:8-16). Saul o primeiro rei de Israel, deveria eliminar completamente os
descendentes de Amaleque (neto de Esaú), cujo rei era Agague, mas ele
desobedeceu a palavra divina (1Samuel
15). Tendo como pano de fundo essa história Hamã procura se vingar
elaborando a morte de todos os judeus do grande reino de Assuero.
Encontramos em Hamã os principais sintomas do antissemitismo:
primeiro a intolerância à diferença cultural e religiosa – singularidade do
povo judeu: “E Hamã disse ao rei Assuero: “Existe espalhado e dividido entre os
povos em todas as províncias do teu reino um povo, cujas leis são diferentes
das leis de todos os povos, e que não cumpre as leis do rei; por isso não
convém ao rei deixá-los ficar” (Ester 3:8);
e depois ódio, o que leva à solução do antissemita – a exterminação dos judeus:
“Se bem parecer ao rei, decrete-se que os matem” (Ester 3:9a).
Infelizmente o antissemitismo ainda é o mais longo e mais profundo
ódio da história humana. O pastor norte americano Don Finto fez uma intrigante
e profética pergunta em seu livro – O teu povo será o meu povo: “Por que
Satanás ainda provoca tanto ódio contra os judeus?” Ele mesmo responde: “Porque
o nosso invisível e poderoso adversário sabe de algo que muitos cristãos ainda
não descobriram – as promessas de Deus não serão cumpridas se Satanás for bem
sucedido” (FINTO, 2010, pág. 63).
As Dificuldades dos Antissemitas
“E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te
amaldiçoarem;
em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis
12:3).
Um dos maiores paradoxos que existe é o antissemitismo. O
antissemita abomina o povo judeu, mas se beneficia da inteligência e dos
inúmeros benefícios que este povo presta a humanidade.
Sendo assim, vejamos a situação de um pai antissemita que, por
infelicidade, tem um filho ameaçado pela paralisia infantil. Como usar a vacina
antipólio, descoberta por Albert Sabin, um judeu a quem odeia?
Também o antissemita que tenha sífilis não se pode tratar com
Salvarsan, porque este medicamento foi descoberto por outro judeu de nome
Erlich. Não poderá sequer submeter-se a um exame para ver se está realmente
doente, pois a reação de Wasserman, própria para estas ocasiões, foi descoberta
por outro judeu.
Um antissemita que sofra do coração não poderá utilizar-se da
Digitalina, pesquisada pelo judeu Ludwig Traube.
Quando tiver dor de dentes, não poderá usar a lidocaína, pois do
contrário irá se valer de outro judeu, Salomão Stricher. Quando sentir dor de
cabeça deverá fugir ao Pyramidon e à antipirina (Spiro e Eiloge).
Um diabético não poderá recorrer à insulina, em virtude das
pesquisas neste terreno terem sido feitas pelo judeu Minkovsky.
Do tifo não poderá ser tratado, porque as honras da descoberta do
tratamento pertencem aos judeus Widal e Weill.
Os antissemitas que sofrem de convulsões deverão acabar com elas de
outra forma, mas nunca com o uso de cloral hidrato, ideia de Oscar Liebreich,
também judeu.
Os médicos antissemitas nunca poderão recomendar as descobertas e
aperfeiçoamentos levados a efeito pelos seguintes prêmios Nobel: Volitzer,
Barangay, Otto Warburg, Judasson, Bruno Bloch, Uma Oppennhhein, Kronecher,
Benediel Fraenkel e muitos outros.
Na música, o antissemita deve tapar os ouvidos, para não ouvir as
composições dos judeus, George Guerchwin e Irving Berlin (autor da canção de
Natal “Noite Feliz”), executada no mundo inteiro. Não deverá casar-se ao som da
marcha nupcial de Mendelsson ou os clássicos de Mahler.
Evitar ir ao cinema, para não assistir artistas judeus célebres,
como Edward G. Robinson, Kirk Douglas, Bárbara Streissand, Tony Curtis e vários
outros artistas.
Enfim, não deveria ter a oportunidade de conhecer e usufruir todos
os inventos maravilhosos que surgiram no século 20, frutos da descoberta da
teoria da relatividade, por um “maldito judeu”, chamado Albert Einstein, que
permitiu à Humanidade entrar na era nuclear.
Quem melhor definiu esta absurda discriminação secular foi Ernesto
Sabato, o grande intelectual e escritor argentino, analisando o antissemitismo:
“Se Jesus tivesse nascido na Polônia, sua mãe teria sido arrastada pelo chão,
puxada pelos cabelos, levando cutiladas, até os vagões de carga que a
transportariam aos campos de extermínio”. Todos esses fatos, o antissemita
conhece, reconhece e usufrui (Fonte Revista Shalom).
Combatendo o Antissemitismo
Pode um antissemita ser cristão?
Transcrevo a resposta do Dr. Jacob Gartenhaus, fundador do nosso
ministério nos EUA: “Um antissemita não é e não pode ser um cristão, pois tem
que odiar o fundador do Cristianismo, seus propagadores, as primeiras igrejas,
pois todos foram verdadeiros e fiéis judeus, e porque o cristianismo é todo
baseado na Bíblia Judaica, um livro que o cristão deve usar como
padrão de vida”.
Contudo, muitos ditos cristãos foram antissemitas nas suas
perseguições aos judeus ao longo dos séculos de cristianismo institucional,
como a Inquisição, os Pogroms e o Nazismo (Holocausto), entre outras atitudes não
condizente com o verdadeiro cristianismo.
Nosso desafio é mostrar que essa parte da cristandade não
representa na totalidade a Igreja de Cristo, mas sim uma parte que se utilizou
do expediente religioso para seus próprios interesses escusos, perversos de
ganho financeiro e político. E que o verdadeiro cristianismo não se porta com
ódio e sim com o amor ensinado por nosso Senhor Jesus Cristo para com o homem (Jo.3:16).
Nas palavras de Paulo, o apóstolo aos gentios, a igreja deve
compartilhar bens materiais com Israel “Isto lhes pareceu bem, como devedores
que são para com eles [judeus]. Porque, se os gentios foram participantes dos
seus bens espirituais, devem também ministrar-lhes os temporais” (Romanos
15:27), ou seja, no contexto de ajuda humanitária a igreja tem o dever
moral de orientar os seus membros a combater o antissemitismo (se tratando do
povo judeu nas nações), ou o antissionismo (se tratando do povo judeu em
Israel).
Defender o direito de Israel à sua Terra (Gênesis 15:17-21; 17:1-9), como prometida na “A
Bíblia Sagrada”, através das promessas imutáveis e irrevogáveis de Deus ditas e
escritas, por todas as Escrituras (Antigo e Novo Testamento), por meio de seus
santos profetas e apóstolos.
Orar pela paz de Jerusalém, como ordenado no Salmo
122:6 e promover a proteção dos judeus, como de qualquer outro povo,
que esteja vivendo como imigrante ou cidadão em nosso país, bem como
considerá-los como cidadãos.
E por último reconhecê-los como, também, criados por Deus e amados
pelo Pai (Is.43:1; Jr.31:3)
e como alvos da salvação divina: “Porque não me envergonho do evangelho de
Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro
do judeu, e também do grego” (Rm.1:16).
O cristão bíblico e genuinamente nascido de novo jamais será um
antissemita ou antissionista e sim um verdadeiro amigo de Sião e seus
habitantes, os judeus.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 11: Ester 8 – Um Novo Decreto Livra os Judeus
EBD - REVISTA PECC
EBD Pecc | 3° Trimestre De 2021 | Tema: Rute e
Ester – A fé e a Coragem Da Mulheres – Programa de Educação Cristã Continuada. Escola
Bíblica Dominical
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Ester 8 há 17 versos. Sugerimos começar a aula lendo,
com todos os presentes, Ester 8.1-17 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia
de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Neste capítulo, o autor trata da maneira como o rei Assuero mudou o
quadro que antes estava destinado aos judeus. Podemos dizer que houve uma
reviravolta nos planos estabelecidos no edito que fora divulgado em Susã e no
império como um todo. Em primeiro lugar, o rei constitui a Mardoqueu por
superintendente da casa de Hamã, cujos bens agora pertenciam à rainha, Ester.
Sensível a mais uma petição da rainha, o rei propõe um segundo decreto
irrevogável, no qual deter mina que os judeus se congreguem em um exército e se
defendam. O poder do Deus de Israel fica implícito nesse triunfo de Mardoqueu
sobre Hamã, na reversão do edito de Hamã e na reação do povo da terra. O ódio
de Hamã resultou na sua própria morte e na conversão de inúmeros persas.
OBJETIVOS
• Compreender a dinâmica que autorizou os judeus a
resistirem ante o decreto que não podia ser revogado.
• Esclarecer que o pedido da rainha Ester mudou a
condição de seu povo.
• Mostrar a popularidade e triunfo dos judeus sobre os
seus inimigos.
PARA COMEÇAR A AULA
Fale sobre os benefícios que Deus tem concedido ao Seu povo,
mormente ao povo de Israel quando se encontrava naquela situação vexatória, no
império persa. Em que pese o nome do Deus de Israel não ser mencionado, Seu
cuidado se fazia sentir em todas as situações vivenciadas. Sem saber que sua
rainha era judia, o rei atendeu -lhe a intercessão em favor do seu povo e da
sua própria vida, buscando solução para o mal que já estava determinado. Que
tipo de pedido podemos levar ao Senhor hoje para que beneficie nossa vida,
nossa pátria, nossa comunidade?
LEITURA ADICIONAL
Ester pode ser considerada um tipo da Igreja. Ela é em seus
ancestrais judeus. Era filha de judeus, mas seus pais haviam morrido. Mesmo
assim. a igreja, se considerada historicamente, surgiu de ancestrais judeus. O
próprio Salvador era judeu. As Escrituras que prepararam o caminho para a
igreja cristã eram judaicas. A primeira comunidade cristã era judaica. Todavia,
ao surgir o judaísmo, a igreja carregava consigo o sinal de que seu antecedente
judaico já estava morto. A lei foi abolida em Cristo. A ordem mosaica já
passara. Do mesmo modo como os pais de Ester haviam morrido, também não mais
existia o antecedente judaico do qual a igreja procedia. Ester é um tipo da
igreja em sua beleza feminina. Deus lhe dera uma beleza que superava a de todas
as outras. Assim também Deus deu à Igreja de Cristo uma beleza insuperável – a
beleza do próprio Cristo. Nos nos tornamos a “justiça de Deus em Cristo. Somos
“aceitos no amado Seremos ainda apresentados como a “igreja gloriosa, sem
mácula, nem ruga, nem cousa semelhante” (Ef 5.27). […]
Ester tipifica a igreja em sua exaltação, Ela se casa com um homem
cujo titulo era “rei dos reis”. Embora Assuero, em seu caráter pessoal,
estivesse longe de tipificar a Cristo, mesmo assim, por ser um “rei dos reis”,
pode muito bem representar para nós o noivo real, o qual, de fato, è “o Rei dos
reis e Senhor dos senhores. [-] Ester tipifica a igreja em sua intercessão. Ela
compareceu diante do rei “no terceiro dia”, simbolizando a ressurreição e a
intercessão no poder da ressurreição. Era contra a “lei” o fato de Ester se
apresentar assim ao rei: daquele modo, a lei a excluía. No entanto, foi aceita
com base na graça apenas, pois o rei a viu nos trajes reais que lhe dera (5.1).
Nós também somos excluídos pela lei, mas somos plenamente aceitos com base em
generosa graça, quando aparecemos nos trajes reais que Cristo nos deu.
Os judeus foram livrados mediante a intercessão de Ester. Não será
através da intercessão dos sacerdotes piedosos da igreja que o livramento
chegará para os judeus em sua tribulação final? As taças de ouro cheias de
incenso” não são chamadas de “orações dos santos7 (Ap 5.8).
Livro: Examinai as Escrituras: Juízes a Ester. (Bader, J. Sidlow
São Paulo: Edições Vida Nova, 1993, p.200).
Texto Áureo
“Escrevei, pois, aos judeus, como bem vos parecer, em nome do rei,
e selai-o com o anel do rei; por que os decretos feitos em nome do rei e que
com o seu anel se selam não se podem revogar.” Et 8.8
Leitura Bíblica Para Estudo
Ester 8.1-17
Verdade Prática
Quando Deus derruba o perverso e revela amor continuo pelos Seus,
devemos nos regozijar.
ESBOÇO
INTRODUÇÃO
I- ELEVAÇÃO DE MARDOQUEU Et 8.1-2
1- Confiscados os bens de Hamã Et 8.1
2– Mardoqueu como primeiro-ministro Et 8.2
3– O significado do anel Et 8.2
II- O NOVO DECRETO Et 8.3-14
1– Outra petição de Ester Et 8.3
2– Ester intercede pelo seu povo Et 8.5
3– Um novo decreto é escrito Et 8.8
III- POPULARIDADE DOS JUDEUS Et 8.15-17
1– Mardoqueu e honrado Et 8.15
2– Regozijo e alegria dos judeus Et 8.16
3– Triunfo sobre os inimigos Et 8.17
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
Segunda – Ester 8.1-2
Terça – Ester 8.1-2
Quarta – Ester 8.3-4
Quinta – Ester 8.5-7
Sexta – Ester 8.8-14
Sábado – Ester 8.15-17
Hinos da Harpa 212-88
INTRODUÇÃO
Uma vez a justiça tendo sido feita em relação aos planos malignos
de Hamã, o rei Assuero toma as rédeas da situação: confisca os bens de Hamã e
passa-os para a rainha Ester, designando Mardoqueu para ser o superintendente e
o nomeia também primeiro-ministro. Ester alcança mais um favor do rei, que
sugere um novo decreto, que agora os autoriza a se defender. Mardoqueu foi
honrado, os judeus se alegraram e se regozijaram com o novo rumo dos
acontecimentos, triunfando sobre os seus inimigos. Isso demonstra que o cuidado
providencial de Deus os acompanhava.
I- ELEVAÇÃO DE MARDOQUEU (Et 8.1-2)
1. Confiscados os bens de Hama (Et 8.1) “Naquele mesmo dia,
deu o rei Assuero à rainha Ester a casa de Hama, inimigo dos judeus; e Morde
cai veio perante o rei porque Ester lhe fez saber que era seu parente.”
Os historiadores Heródoto e Josefo afirmam que a propriedade de um
traidor passava para o rei. No mesmo dia da execução de Hamă, o rei deu à
rainha a casa de Hamă. Isto refere-se à casa de Hamã com todos os bens que ele
possuía. Isso está de acordo com a lei persa, segundo a qual o espólio dos
traidores ficava sob custódia da coroa. Assuero entregou a propriedade
confiscada a Ester, como reparação pela ofensa cometida contra ela e como sinal
de boa vontade. Posteriormente, a esposa de Hamã e seus filhos também foram
mortos. Ester ficou com todo o pessoal de Hamã, seus escravos e servos, e
também seus suboficiais.
2. Mardoqueu como primeiro-ministro (Et 8.2) “Tirou o rei o
seu anel, que tinha tomado de Hamã, e o deu a Mardoqueu. E Ester pôs a
Mardoqueu por superintendente da casa de Hamă”.
Além de ter sua vida poupada da tentativa de assassinato, Mardoqueu
foi promovido como sucessor de Hama na corte. Mardoqueu obteve o cargo de
primeiro-ministro que fora de Hamă. A tentativa de matar Mardoqueu serviu
apenas para exaltá-lo. Foi investido pelo rei de plena autoridade, o que fica
patente por ter recebido o anel real. E essa de inversão tem por objetivo
advertir os inimigos do povo de Deus e encorajar aqueles a quem Deus prometeu
proteção. Foi a apresentação de Mardoqueu ao rei, como parente próximo de Ester
e como quem salvou a vida do rei ao descobrir o plano secreto para matá-lo, que
proporcionou a ocasião da sua investidura como primeiro-ministro do rei, no
lugar do traidor Hamã. Ester, de sua par te, precisava de um administrador de
propriedades, papel para o qual indicou Mardoqueu.
3. O significado do anel (8.2) “Tirou o rei o anel que tinha
tomado de Hamă, e a deu a Mardoqueu.”
Mardoqueu tornou-se alguém dentro daquele grupo seleto, que podia
ir ver o rei a qualquer tempo, sem esperar por permissão Tornou-se a primeiro-ministro.
ocupando o lugar de Hama. Ele recebeu o anel de selar do rei, que era usado
para deixar sua marca sobre a argila, e assim, apor a assinatura do rei sobre
qualquer decreto ou questão. Era o poder de decretar em nome do rei,
logicamente por sua direção. Mardoqueu tornou-se administrador de muita
riqueza, incluindo a casa de Hama, da qual ele era agora o supervisor.
Ester dotou a seu pai de criação e primo o prestígio que
cabia a um primeiro-ministro. Agora, Mardoqueu possuía tudo aquilo que antes
pertencia ao inimigo dos judeus: suas riquezas, seu título e sua autoridade.
II- O NOVO DECRETO (Et 8.3-14)
1. Outra petição de Ester (Et 8.3) “Falou mais Ester perante o
rei e se lhe lançou aos pés com lagrimas. Lhe implorou que revogasse a maldade
de Hamã o agagita, e a trama que havia empreendido contra as judeus.”
Apesar da grande vitória obtida por Ester e Mardoqueu, o problema
do decreto de Hamã ainda
precisava ser resolvido. Como fora emitido no nome do rei e com seu selo, ele
não podia ser revogado. Portanto, Ester, embora uma grande e poderosa mulher em
seus próprios direitos. prostrou-se diante do rei, com muito choro e lágrimas.
A intenção da rainha era levar o rei a exercer misericórdia E o rei olhou para
aquela triste cena Ester prostrada no chão, chorando e lamentando-se. O que ele
poderia fazer? Então, estendeu o cetro de ouro em sua direção, dando a entender
que sua presença ali era aceita, e que ele estava pronto para ouvir outro
pedido dela.
2. Ester intercede pelo seu povo (Et 8.5) “E lhe disse: Se bem
parecer ao rei, se eu achei favor perante ele se esta coisa é reta diante do
rei e se nisto lhe agrado, escreva-se que se revoguem os decretos concebidos
por Hamã, filho de Hamedata, o agagita, os quais ele escreveu para aniquilar os
judeus que há em todas as províncias de rei.”
Assim que o rei estendeu o cetro de ouro para Ester, ela se
levantou pôs-se em pé diante dele e lhe disse “Se bem parecer ao rei se eu
achei favor perante ele se esta coisa é reta diante do rei e se nisto lhe
agrado, escreva-se que se revoguem os decretos concebidos por Hamã, filho de
Hamedata, o agagita, os quais ele escreveu para aniquilar os judeus que há em
todas as províncias do rei.
Pois como poderei ver o mal que sobrevirá ao meu povo? E como
poderei ver a destruição da minha parentela?” (Et 8.5-6) Portanto, com a devida
deferência, Ester fará seu pedido. Aproveita-se da boa posição que estava
desfrutando aos olhos do rei. Pedir que uma lei dos medo-persas fosse revogada
era pedir o impassível, de forma que Ester evitou o vocábulo “lei”, e dá ênfase
à obra de Hamã. Embora, estritamente falando, as cartas houvessem sido
impedidas em nome do rei ele não tinha conhecimento da conspirata.
3. Um novo decreto é escrito (Et 8.8) “Escrevei pois, aos
judeus, como bem vos parecer, em nome do rei, selai-o como anel do rei, porque
as decretos feitos em nome do rei e que com o seu anel se selam não se podem
revogar.”
No império medo-persa, uma escritura real não podia ser altera da,
mas uma segunda escritura poderia amenizar as consequências. Sendo assim, o rei
instruiu Mardoqueu e Ester a escrever um segundo edito. Este teria o mesmo peso
do anterior, mas poderia reverter os seus resultados. Embora fosse impossível o
rei recuar de qualquer palavra que havia sido expedida em seu nome, uma
compensação podia ser conseguida por um edito posterior, semelhantemente
autenticado. Ele tinha suas formas e melos de fazer valer a sua vontade.
O primeiro decreto determinava o total aniquilamento dos judeus; e
o segundo visava o bem estar deles. Ambos tinham o selo. do rei, sua expressa
autoridade, autenticada pelo seu anel. O edito foi emitido em nome do rei e sob
sua autorização, Foi também sela do o decreto com o anel real, que tinha o peso
legal de uma assinatura. Ninguém poderia reverter o decreto que o rei havia
determinado, porque ele era soberano. O primeiro decreto não fora anula do,
simplesmente porque nenhum decreto real podia sê-lo. Podia ser tornado obsoleto
por um novo decreto, equivalente à anulação, mas não a anulação estrita e
expressa Mardoqueu assumiu a responsabilidade de redigir o edito que os
secretários do rei precisavam copiar e traduzir nas muitas línguas do império.
Desta vez, o hebraico foi acrescentado nas cópias enviadas para os
judeus em todas as províncias. O novo decreto foi baixado em sivã, o terceiro
mês (ref. junho-julho), no ano de 474 1 a.C. pouco mais de dois meses após o
primeiro decreto. “Os correios, montados em ginetes que se usavam no
serviço do rei, saíram incontinenti, impelidos pela ordem do rei; e o edito foi
publicado na cidadela de Susã.” (Et 8.14).
III- POPULARIDADE DOS JUDEUS (Et 8.15-17)
1. Mardoqueu é honrado (Et 8.15) “Então, Mardoqueu saiu da
presença do rei com veste real azul-celeste e brancos, como também com grande
coroa de ouro e manto de linho fino e púrpura; e a cidade de Susã exultou e se
alegrou.”
Quando do edito de Hamã houve consternação geral e tristeza. Mas,
agora, com Mardoqueu investido de autoridade e vestido a caráter, ao sair para
despachar o decreto real, houve alegria em todo o povo (Et 8.15). A cidade de
Susã, e não apenas os judeus que ali vi- viam, deram as boas-vindas a Mardoqueu
como primeiro-ministro.
Longe de ficarem ressentidos pela indicação de um membro de uma
minoria estrangeira, o povo aclamou e regozijou-se, apoiando plenamente aquela
nomeação. As roupas características com as cores reais e a grande coroa de ouro
o distinguiam como o segundo em autoridade no reino, passando a ocupar o lugar
de honra outrora ocupado por Hamã. A diferença era brutal, pois operou com mais
honra e obteve maior sucesso, ganhando popularidade ao mesmo tempo junto a
judeus e gentios, pois sua abençoada atuação produzira alegria no lugar de
desalento. ]
2. Regozijo e alegria dos judeus (Et 8.16) “Para
os judeus houve felicidade, alegria, regozijo e honra.”
O contraste entre a recepção do novo decreto e o primeiro, do novo
decreto e o primeiro, de Hamã, ficou particularmente marcado entre os judeus.
As noticias sobre o reposicionamento do edito real espalharam-se como fogo.
Homens contendiam pelas cópias do decreto. Todo judeu queria ler as boas-novas
para certificar-se de que aquilo era verdade. Agora, aos humildes judeus, eram
conferidas honrarias. Em lugar de jejum, choro e lamentos (Et 4.3), houve
felicidade, alegria, regozijo e honra.
Os gentios comuns temeram, pois a poder de matar tinha sido posto
nas mãos dos judeus. Em toda parte, os judeus celebravam com grandes
festividades. “Para os judeus houve felicidade, alegria, regozijo e honra” (Et
8.16).
3. Triunfo sobre os inimigos (Et 8.17) “Também em toda
província e em toda cidade aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia
entre os judeus alegria e regozijo. banquetes e festas e muitos dos povos da
terra, se fizeram judeus porque o temor dos judeus tinha caldo sobre eles.”
As províncias se regozijaram quando o edito chegou a elas. A
decretação de um feriado implica em que os empregadores gentios receberam as notícias
com simpática compreensão, e se manifestaram dispostos a permitir que os judeus
tivessem tempo para celebrar: O fato de um judeu estar dirigindo os negócios da
capital pode ter alguma relação com o respeito dos judeus que sobreveio ao
império. Mardoqueu havia provado a sua habilidade para mudar o que, pelo menos
em teoria, não podia ser muda- do; e o povo ficou impressionado tanto quanto
apreensivo concernente ao futuro. Sentindo, com razão, que no futuro seria
vantajoso ser judeu, muitos se fizeram judeus. Naturalmente, isso significa que
eles tiveram de ser circuncidados. A fé judaica foi abraçada por muitos.
APLICAÇÃO PESSOAL
As surpresas para a rainha Ester, Mardoqueu e o povo judeu foram
alvissareiras. Eles estavam na iminência de uma total destruição; agora podiam
se preparar para defenderem a sua vida. Quando Deus derruba o perverso e revela
amor contínuo pelos Seus, devemos nos regozijar.
RESPONDA
1) Qual foi a primeira medida tomada pelo Rei Assuero após a morte
de Hamã? Tirou o anel de Hamã e deu a Mardoqueu.
2) Diferente de primeiro decreto que determinava a aniquilação dos
judeus, qual o teor do segundo ? O bem-estar dos judeus.
3) Que posição recebeu Mardoqueu dentro do falácia do rei
Assuero? Primeiro ministro
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Ester 3:7-11 - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Hamã Obtém do Rei uma
Ordem para que os Judeus
Sejam Massacrados
em um Determinado Dia
Aumenta a soberba de
Hamã, sob a audaz idéia, que ele bem julgou se tornou seu grande espírito, de
destruir a todos os judeus — um empreendimento digno de seu autor, e que,
prometeu-se este a si mesmo, haveria de perpetuar a sua memória. Ele não duvida
que conseguirá encontrar mãos desesperadas e sangrentas o suficiente para
rasgar-lhes a todos as gargantas, conquanto que o rei lho permita. De que modo
conseguiu a permissão e incumbência de fazê-lo é-nos contado agora. Ele tinha
acesso ao ouvido do rei, e meios, com esta intimidade, de lhe fazer a cabeça.
I
Ele faz uma descrição falsa e maldosa dos
judeus e seu caráter para o rei (v. 8). Os inimigos do povo de Deus não lhe
poderiam dispensar tamanhos maus tratos se antes não lhe sujassem o nome. Hamã
queria persuadir o rei de que: 1. Os judeus eram um povo desprezível, e que não
ficaria bem para a honra do rei abrigá-los, “Existe um povo”, sem lhes
mencionar o nome, como se ninguém soubesse de onde viessem e quem fossem; “não
devidamente incorporado, mas espalhado e dividido entre os povos, como
fugitivos e vagabundos sobre a terra, meros ocupantes em todos os países em que
estão, o fardo e o escândalo de onde quer que vivam”. 2. Insinua também que se
tratava de um povo perigoso, e que não era seguro lhe conceder refúgio. “Eles
têm leis e costumes próprios, e não se conformam aos estatutos do reino e aos
costumes do país; e, portanto, podem ser considerados desleais para com o
governo, provavelmente tendendo a infectar os outros com suas singularidades, o
que pode acabar em rebelião”. Não é nada de novo ou incomum que assim se
denigra o caráter de grandes homens; se não é pecado matá-los, não será pecado
manchar-lhes a reputação.
II Ele aposta alto na
permissão para destruí-los a todos (v. 9). Hamã sabia que muitos eram os que
odiavam os judeus, e lançar-se-iam de bom grado sobre eles se apenas se lhes
concedesse a comissão: Escreva-se, portanto, que se os matem. Apenas dêem-se as
ordens para o massacre geral dos judeus, e Hamã prontamente as cumprirá. Se o
rei o satisfizer quanto a isso, Hamã o presenteará com dez mil talentos, que
entrarão nos tesouros do rei. Isso, pensou ele, seria um grande incentivo ao
seu consentimento, e removeria a maior objeção contra o plano, a saber, que a
receita do reino certamente sofreria com a destruição de tantos de seus
súditos; tão grande soma, esperava Hamã, compensaria essa perda. Homens
orgulhosos e perversos não hesitam diante do preço de sua desforra, nem poupam
custo algum para satisfazer sua sede de vingança. De qualquer modo, Hamã sem
dúvida sabia como reembolsar seu prejuízo, o que pretendia fazer através do
espólio dos judeus, que seus partidários haviam ficado encarregados de confiscar,
de modo que se lhes incumbiu o fardo de sua própria ruína; enquanto ele
esperava não apenas economizar, mas também lucrar com o negócio.
III
Ele obtém o que desejava: a plena incumbência
de fazer o que quisesse com os judeus (vv. 10,11). O rei estava tão desatento
em relação aos negócios, e tão enfeitiçado por Hamã, que sequer tomou tempo
para examinar-lhe as alegações, mas estava tão disposto quanto Hamã a acreditar
no pior a respeito dos judeus, e, portanto, entregou-os em suas mãos, como
cordeiros a um leão: Esse povo te é dado, para fazeres dele o que bem parecer a
teus olhos. Ele não diz: “Mate-os, acabe com eles” (esperando que Hamã, em sua
serenidade, moderasse o rigor de sua sentença e fosse persuadido a vendê-los
como escravos), mas: “Faça o que quiser com eles”. E tão mal considerou o rei o
quanto perderia em tributos, e quanto lucraria Hamã com os espólios, que lhe
deu sem hesitar os dez mil talentos: Essa prata te é dada. Tal confiança
implícita ele tinha em Hamã, e tão completamente tinha abandonado o cuidado por
seu reino, que deu a Hamã seu anel, seu selo privado, ou sua assinatura, com o
qual Hamã poderia confirmar qualquer edito que quisesse criar. Miserável é o
reino sob o domínio de uma cabeça como essa, que dispõe de apenas um ouvido, e
um nariz pelo qual é puxada, não tendo olhos ou cérebro, e mal tendo uma
língua.
IV
Hamã então consulta seus oráculos, para saber
qual seria um dia auspicioso para o massacre (v. 7). A decisão foi tomada no
primeiro mês e ano duodécimo do rei, quando Ester houvera sido sua mulher por
aproximadamente cinco anos. Sobre algum dia ou outro daquele ano deve a data
recair; e, como se não duvidasse que os próprios Céus favoreceriam sua
intenção, deixou a decisão a cargo do lançamento de Pur, isto é, a cargo da
Providência divina; e eis que a decisão provou-se maior amiga dos judeus do que
dele, pois foi escolhido o duodécimo mês, de modo que Mardoqueu e Ester
dispunham de doze meses para diligenciarem pela ab-rogação do plano, ou, se
nisso falhassem, haveria pelo menos tempo para que o povo judeu escapasse.
Hamã, embora ansioso pela destruição dos judeus, submete-se às leis de sua
superstição, e não adianta o dia supostamente afortunado, nem mesmo para
gratificar sua impaciente sede de vingança. Talvez temesse que os judeus
acabassem sendo páreo duro para seus inimigos, e, portanto, não se atreveu na
empreitada senão sob o sorriso de bons auspícios. Isso nos deveria envergonhar,
nós que frequentemente não nos submetemos às direções e disposições da Providência, quando
elas se chocam com nossas intenções e desejos. Hamã, que acredita na sorte, em
vez de crer na promessa, não age apressadamente. Mas veja como a sabedoria de
Deus se serve da tolice humana. Hamã apela para Pur, e Pur, adiando a execução,
presta julgamento contra ele, e quebra o pescoço do plano.
Ester 4:1-4 - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Os Amigos dos Judeus
Compreendem o Perigo e o Lamentam
Aqui temos um relato
do pesar que acometeu os judeus quando foi publicado o edito sangrento de Hamã contra
eles. Era um tempo triste para a igreja. 1. Mardoqueu chorou amargamente,
rasgou as suas vestes, e vestiu-se de um pano de saco com cinza (vv. 1,2). Não
era um mero desabafo de sua mágoa, mas uma proclamação desta, para que todos
soubessem que não se envergonhava de se considerar amigo dos judeus, e
participante em seus sofrimentos, seu irmão e companheiro neste momento de
tribulação, nem tampouco de considerar odioso e desprezível todo que agora
fosse representado pela facção de Hamã. Foi nobre o seu gesto, esposar
publicamente o que sabia ser uma causa justa, e a causa também de Deus, mesmo
quando parecesse uma causa impossível, fadada ao fracasso. Mais do que qualquer
outro judeu, Mardoqueu sentiu que a ameaça lhe dizia respeito pessoalmente, pois
sabia que a ira de Hamã se concentrava principalmente nele, e que era por sua
causa que os outros estavam sendo alvejados; e, portanto, embora não se
arrependesse do que alguns considerariam sua teimosia, pois persistia na sua
recusa a prostrar-se ante Hamã, muito o perturbava que seu povo sofresse pelos
seus escrúpulos, o que talvez tenha feito alguns o julgarem rigoroso demais.
Mas, podendo declarar perante Deus que o fizera por um princípio de
consciência, ele podia com conforto entregar a sua causa e a de seu povo àquele
que julga com justiça. Deus protegerá os de boa consciência, quando estes
correrem perigo. Menciona-se aqui uma lei de acordo com a qual ninguém vestido
de pano de saco podia entrar pelas portas do rei; embora o poder arbitrário dos
reis persas não raro, como neste caso, fosse causa de luto, ninguém podia se
aproximar do rei em trajes de luto, pois ele não desejava lhes ouvir suas
reclamações. Nada a não ser o que era alegre e agradável podia aparecer na
corte, e tudo que fosse melancólico deveria ser banido; todos nas cortes reais
andam ricamente vestidos (Mt
11.8), não em panos de saco. Mas proibir desse modo os sinais de luto, a
não ser que também tivessem os meios de eliminar as suas causas — banir os
panos de saco de entrarem, a não ser que também pudessem acabar com a doença, a
desgraça e a morte — só podia ser piada. No entanto, isso obrigou Mardoqueu a
manter distância, e não entrar pela porta do rei. 2. Todos os judeus em todas as províncias levaram a
coisa a sério (v. 3). Renunciaram ao conforto de suas mesas (pois jejuavam,
unindo lágrimas a sua comida e bebida), e ao conforto de suas camas à noite,
pois deitavam em saco e em cinza. Aqueles que, por falta de confiança em Deus,
e de afeição por sua própria terra, haviam ficado na terra de seu cativeiro,
quando Ciro lhes dera liberdade para sair, talvez agora se arrependessem de sua
tolice, e desejassem, quando já era tarde demais, que tivessem seguido o
chamado de Deus. 3. A rainha Ester, sendo notificada das circunstâncias que
agora afligiam Mardoqueu, muito se doeu (v. 4). O pesar de Mardoqueu era o seu,
tamanho respeito tinha por ele; e o perigo dos judeus, a sua angústia; pois,
ainda que fosse rainha, não se esquecera de sua relação com eles. Que os
grandes não pensem estar acima de afligir-se pela quebra de José, mesmo que
estejam ungidos com o mais excelente óleo (Am 6.6). Ester enviou novas roupas a Mardoqueu, o óleo de
gozo por tristeza, e o vestido de louvor por espírito angustiado; mas, para que
ela tomasse consciência da grandeza de seu pesar, e, portanto, da causa deste,
ele não os aceitou, mas procedeu como alguém que se recusa a ser confortado.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Comentário
Bíblico Wesleyana
PEDIDO DE
HAMÃ PARA ASSUERO ( 3: 7-11 )
Pedido de Hamã que
todos os judeus ser destruído foi baseada em sua crítica à sua maneira
separatista da vida: Há certas pessoas ... e as suas leis são diversas ...
nem manter eles o direito do rei (v. 8 ). Por causa da
tensão criada pela existência de um povo separado que ocupava um Estado totalitário, não há tolerância
possível. A menos que as pessoas dedicadas a separação para
DEUS tomem a decisão de desistir
de seu modo de vida em um estado totalitário, eles enfrentarão a ira daqueles que controlam o Estado.
Comentário
Bíblico Wesleyana
EVENTOS QUE
LEVAM A DIVULGAÇÃO DA TRAMA POR ESTER ( Ester 4: 1-4 )
A sorte estava
lançada. Hamã conseguiu obter um decreto irrevogável do monarca persa,
Assuero. A execução de todos os judeus, tinha sido ordenada. Os judeus reagiram convocando um período prolongado de jejum.
Mordecai entraram no
período de luto e vestiu-se de saco. A notícia veio a Ester nos arredores
abrigadas do harém real que Mordecai estava vestida de luto vestuário
(v. 4 ). Ester enviou um mensageiro para Mordecai, e o mensageiro voltou para contar-lhe sobre o édito
contra os judeus.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Hamã
Pretende Destruir Todos os Judeus (3:7-11)
COMENTÁRIO
MESQUITA ( AT )
Estava-se no primeiro
mês, o mês de Nisã ou Abibe, março-abril, no ano duodécimo de Xerxes, ou seja,
cinco anos depois da volta da Grécia e quatro da escolha da nova rainha em 474
A. C. Talvez por isso mesmo Mardoqueu se mostrasse renitente em não prestar
homenagem a Hamã, fiando-se no prestígio da sobrinha. Mês após mês mandava Hamã lançar pur, isto é,
sortes, até o mês de Adar, o décimo segundo.
A palavra pur é estrangeira, tanto que foi traduzida por sortes. Os assírios tinham também uma palavra para esta
adivinhação, a palavra buru, pedra parecida com a palavra hebraica goral e a
grega psefos, que significa pedra também.
Esta maneira de deitar as sortes era para descobrir um mês propício em
que não entrasse o aziago. Foi assim que
Hamã levou um ano quase para decidir realizar o seu intento, pois sabia que a
empreitada não seria tão fácil. No
Brasil não se usam pedras, mas moedas, com a cara ou coroa. Depois de tantas adivinhações, Hamã achou de
levar o seu plano de destruição ao rei, pois pensava que esta era a sua hora.
Certo de que era o
momento propício, apresentou o assunto ao rei com um aspecto simpático: Existe,
espalhado e disperso entre os povos em todas as províncias do seu reino, um
povo. . . (v. 8). O fato falso de que esta gente não cumpria as leis do Estado era
um argumento forte contra os judeus, pois se constituíam um povo perigoso. A maioria dos judeus não havia voltado à
pátria; continuava em Babilônia, Pérsia, Média e noutras partes do império. Não era fácil a sua destruição. Todavia, em virtude da maneira como o assunto
foi apresentado ao rei, este nem investigou os fatos, de que não poderia ser
ignorante, quanto à lealdade dos judeus ao Estado em que viviam. O anti-semitismo já estava em moda. Além de eliminar esta gente, o tesouro real
receberia 10.000 talentos de prata, tirados do despojo dos judeus. Um talento de prata valia 1.000 dólares e 59
centavos. 10.000 talentos valiam então 10.590.000 dólares, uma fortuna
apreciável para o tesouro real. O rei
deu a ordem de extermínio, colocando o seu anel, o carimbo real, muito usado
pelos reis do Egito, nas mãos de Hamã, e os 10.000 talentos de prata também
seriam seus. Estava o homem com tudo, como se diz, não
houvesse uma outra lei diferente da de Assuero.
Têm sido levantadas
certas obsessões à historicidade desta narrativa, baseadas no fato de que, por
mais despótico que fosse um monarca, jamais poderia encarar com indiferença
tanto a riqueza prometida como a vida de milhões de súditos, que também deveriam
ser conhecidos do rei, e talvez dentre eles muitos até tivessem combatido ao
seu lado na Grécia. Entretanto, a
história comprova a possibilidade de uma atitude real como esta. Xerxes era um homem violento; só lhe
interessavam os seus vastos domínios e as mulheres. Isso parece ser tanto verdade, que nenhum dos
cronistas do tempo de Esdras e Neemias se ocupou sequer deste monarca. Esdras, que viveu nesse tempo, não diz uma
palavra sequer sobre Xerxes. Menciona
Dario, passa por cima de todo o período de Assuero e começa com Artaxerxes no
capítulo 7. No transcorrer da História, acontecimentos parecidos aconteceram. Aí está o que Hitler fez com esta gente, fato
bem recente. Uma outra objeção é o rei
recusa a prata prometida por Hamã.
Segundo Heródoto, o rendimento anual do império era de 17.000 talentos de prata, (2) e Hamã oferece, de salda,
10.000, quase tanto quanto o tesouro real coletava em todo o império. Não nos parece que estas obsessões sejam de
peso. Quem sabe, Hamã escolheu uma festa
quando o coração (cabeça) do rei estivesse quente? Não sabemos. De fato, são coisas difíceis, mas podiam
acontecer.
(2) Heródoto, 3:95.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA NA ÍNTEGRA
Escrita, Lição 9, CPAD, A Conspiração De Hamã Contra Os
Judeus, 3Tr24, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO 9
I – O PLANO ODIOSO DE HAMÃ
1. Intrigas e patologias do poder
2. A extensão do plano
3. Astúcia e oportunismo
II – A TRISTEZA DE MARDOQUEU, DOS JUDEUS E DE ESTER
1. O pavor da violência
2. Bebida, confusão e tristeza
3. Crise e clamor
III – O PERIGO E A CRUELDADE DO ANTISSEMITISMO
MODERNO
1. Faces do antissemitismo
2. Antissemitismo nacionalista e racial
3. Antissemitismo hoje
TEXTO ÁUREO
“E odiados de todos
sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.”
(Mt 10.22)
VERDADE
PRÁTICA
Quando nos tornamos
agradáveis ao mundo é sinal de que nossa fidelidade a Deus está em crise.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ef 6.9; 1 Pe 5.2,3 Devemos
agir com serenidade em qualquer área de liderança
Terça - Et 3.6 Hamã
planeja destruir os judeus de todo o reino de Assuero
Quarta - Gn
6.11-13; 2 Tm
3.1-4 A motivação de Hamã para a violência remonta tempos
longínquos
Quinta - Et 4.3,4 Luto,
jejum, choro e lamentação diante da ameaça de Hamã
Sexta - Dn 6.10; Ef 6.18; 1 Ts 5.17 A
importância da oração para suportar as intempéries do mundo
Sábado - Zc
14.4-9; Rm 11.26; Ap 1.7 Jesus, o
Messias, salvará Israel, quando de sua conversão nacional
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Ester 3.7-11; 4.1-4
Ester 3
7 - No primeiro mês
(que é o mês de nisã), no ano duodécimo do rei Assuero, se lançou Pur, isto é,
a sorte, perante Hamã, de dia em dia e de mês em mês, até ao duodécimo mês, que
é o mês de adar.
8 - E Hamã disse ao
rei Assuero: Existe espalhado e dividido entre os povos em todas as províncias
do teu reino um povo cujas leis são diferentes
das leis de todos os povos e que
não cumpre as leis do rei; pelo que não convém ao rei deixá-lo ficar.
9 - Se bem parecer ao
rei, escreva-se que os matem; e eu porei nas mãos dos que fizerem a obra dez
mil talentos de prata, para que entrem nos tesouros do rei.
10 - Então, tirou o
rei o anel da sua mão e o deu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, adversário
dos judeus.
11 - E disse o rei a
Hamã: Essa prata te é dada, como também esse povo, para fazeres dele o que
bem parecer aos teus olhos.
Ester 4
1 - Quando Mardoqueu
soube tudo quanto se havia passado, rasgou Mardoqueu as suas vestes, e
vestiu-se de um pano de saco com cinza, e saiu pelo meio da
cidade, e clamou com grande e amargo clamor;
2 - e chegou até
diante da porta do rei; porque ninguém vestido de pano de saco podia entrar
pelas portas do rei.
3 - E em todas as
províncias aonde a palavra do rei e a sua lei chegavam havia entre os judeus
grande luto, com jejum, e choro, e lamentação;
e muitos estavam deitados em pano
de saco e em cinza.
4 - Então, vieram as
moças de Ester e os seus eunucos e fizeram-lhe saber, com o que a rainha muito
se doeu; e mandou vestes para vestir a Mardoqueu e tirar-lhe o seu cilício;
porém ele não as aceitou.
Hinos Sugeridos: 77,
531, 578 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A lição de hoje nos
auxilia a refletir a respeito de um tema muito atual: o Antissemitismo. Nela,
estudaremos o plano odioso de Hamã em exterminar todos os judeus do reino
persa. A causa desse intento de Hamã se revela de caráter pessoal, mas que
atinge toda uma nação. A história bíblica que estudaremos nos revela como é
antiga a campanha de ódio contra o povo judeu.
2. APRESENTAÇÃO DA
LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Explicar o plano odioso de Hamã; II) Destacar a tristeza de Mardoqueu, dos
judeus e de Ester; III) Apontar o perigo e a crueldade do Antissemitismo
Moderno.
B) Motivação: Como
reflexão a respeito do perigo do Antissemitismo no meio cristão, leia
atentamente o seguinte trecho: "O Holocausto não começou com Hitler
enfileirando os judeus para a câmara de gás; ele começou com líderes religiosos
plantando as sementes de ódio contra o povo judeu em suas congregações. Hitler
citava a Bíblia, capítulo e versículo, para justificar o seu ataque aos
judeus" (Em Defesa de Israel, CPAD, p.40).
C) Sugestão de Método:
Para complementar a exposição do terceiro tópico, faça uma pesquisa em sites ou
livros especializados a respeito do Holocausto, dos pogroms (ataques violentos
contra judeus na Rússia e Ucrânia). Busque imagens da época, depoimentos de
sobreviventes, por meio de entrevistas ou biografias, de modo que crie e
desenvolva uma perspectiva clara da gravidade e das consequências da tolerância
de ataques antissemitas ao povo judeu. Apresente essas imagens ou depoimentos à
medida que você exponha o tópico.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A
história do ódio de Hamã contra os judeus deve servir de alerta contra o
Antissemitismo Moderno. Como evangélicos, amamos o povo judeu e oramos para que
ele reconheça Jesus como o Messias. Isso não significa fechar os olhos para
seus erros. Contudo, nos impulsiona a repelir mentiras e narrativas construídas
a fim de reputar o Estado de Israel como algoz quando desde sempre é o alvo do
Terrorismo sistemático.
4. SUBSÍDIO AO
PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz
reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 98, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais:
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de
sua aula: 1) O texto "Procurou destruir todos os judeus", localizado
depois do primeiro tópico, aprofunda mais sobre o ódio de Hamã contra os
judeus; 2) O texto "É possível um cristão ser antissemita?", ao final
do terceiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito do antissemitismo moderno
no mundo, bem como no meio cristão.
PALAVRA-CHAVE - CONSPIRAÇÃO
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Na lição anterior, vimos que Mardoqueu não se
inclinava nem se prostrava diante de Hamã. Nesta lição, estudaremos a respeito
do plano de Hamã para exterminar todos os judeus do reino da Pérsia. Veremos,
também, como o povo judeu tem sido perseguido ao longo de toda a história.
Israel sobrevive pela providência divina.
I – O PLANO ODIOSO DE HAMÃ
1. Intrigas e patologias do poder
A conduta de Mardoqueu incomodou aos demais servos do
rei. Eles o questionavam todos os dias: “Porque traspassas o mandado do rei?”
(Et 3.3). Mardoqueu disse apenas que era judeu. Incomodados, seus conservos
foram denunciá-lo a Hamã para verem se Mardoqueu continuaria com a mesma
postura. Pelo visto não era um zelo sincero pela palavra do rei. Pareceu mais
uma tentativa de jogar lenha na fogueira. Invejas e intrigas costumam reinar em
todo o tipo de grupo social. Hamã ficou furioso e reagiu de maneira absolutamente
desproporcional. Revelando uma personalidade doentia, planejou o extermínio de
todos os judeus (Et 3.4-6). Quem exerce autoridade, em qualquer área da vida,
precisa agir com serenidade, sabendo que todos temos um Senhor nos céus (Ef
6.9; 1 Pe 5.2,3). Abuso de poder leva à queda (Pv 16.18).
2. A extensão do plano
O Império Persa abrangia todo o Antigo Oriente
Próximo, desde o rio Indo, na Índia (hoje no Paquistão) até o Mediterrâneo
Oriental. Incluía parte do Norte da África, até a Etiópia, e se estendia para
além do mar Egeu (até a Trácia, na Europa; parte da atual Turquia, Grécia e
Bulgária). Em linha reta, de um extremo a outro, eram mais de 4 mil
quilômetros. Em todo esse território havia inúmeras comunidades judaicas. Hamã
planejou a destruição dos judeus de todo o reino de Assuero (Et 3.6). Isso
incluía até os que haviam retornado para Jerusalém.
3. Astúcia e oportunismo
Hamã convenceu Assuero escondendo sua verdadeira
motivação, que era pessoal. Disse que havia um povo no reino que tinha leis
diferentes e não cumpria as leis do rei. Por isso, convinha que fosse
exterminado (Et 3.8). Se Assuero decretasse a morte desse povo, Hamã entregaria
10 mil talentos de pratas (cerca 350 toneladas) para o tesouro real, o
equivalente a dois terços da renda anual do Império Persa (Et 3.9). O texto
bíblico nos permite entender que Assuero concordou com Hamã sem questionar de
que povo tratava. Simplesmente tirou seu anel e o deu a Hamã, a quem coube
definir os termos da carta a ser enviada a todas as províncias, assinada em
nome do rei (Et 3.10-12). Nesse episódio, Assuero mostrou-se facilmente
manipulável. Hamã soube apelar para o seu ego. Liderar requer prudência e
sabedoria para identificar desavenças pessoais disfarçadas de motivações,
aparentemente, nobres.
SINÓPSE I
O plano odioso de Hamã contra os judeus revela astúcia
e oportunismo.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“PROCUROU DESTRUIR TODOS OS JUDEUS
Hamã, o primeiro-ministro da Pérsia, é a primeira
figura política na Bíblia a idealizar um plano sinistro para, em sua esfera de
influência e autoridade, exterminar todos os judeus. Este plano de genocídio
(isto é, um esforço sistemático de matar todas as pessoas de um grupo étnico,
nacional ou religioso) contra a raça dos judeus se compara ao plano de Antíoco
Epifânio, no século II a.C (veja Dn 11.28), aos perversos planos de Adolf
Hitler, na Europa do século XX, e às intenções do anticristo, que procurará
destruir todos os judeus e cristãos no fim da história [...].
[...] Ao dar a sua lei a Israel, um dos propósitos de
Deus foi tornar o seu povo diferente de todos os outros. Hamã reconheceu algo
singular nos judeus e os odiou por isso. Sob o novo concerto (o plano de Deus
de salvação espiritual por meio da vida e do sacrifício de Jesus Cristo), Deus
ainda quer que o seu povo seja separado e positivamente distinto de toda a
iniquidade e impiedade do mundo. Ele deseja que eles sejam um povo santo e
puro, que pertence a Ele (cf. 1Pe 2.9). Como na época de Ester, o mundo de hoje
ainda odeia o povo de Deus porque eles são diferentes (cf. Jo 15.18-25). O seu
caráter piedoso e o seu comportamento estão em completo contraste com o modo de
vida e os costumes aceitos pela maioria das pessoas do mundo” (Bíblia de Estudo
Pentecostal: Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp. 838-40).
II – A TRISTEZA DE MARDOQUEU, DOS JUDEUS E DE ESTER
1. O pavor da violência
No dia definido para a morte dos judeus, ninguém
deveria ser poupado. A ordem expressa era “que destruíssem, matassem e
lançassem a perder a todos os judeus desde o moço até ao velho, crianças e
mulheres, em um mesmo dia”, e que todos os seus bens fossem saqueados (Et
3.13). Hamã destilou todo o seu ódio no texto que preparou. Não há registro de
levante algum dos judeus durante o Império Persa. Mesmo assim, todos corriam o
risco de serem vítimas da perversidade de Hamã. Iniciada por Caim, a violência
apavora a humanidade em todos os tempos, e, infelizmente, cresce a cada dia (Gn
6.11-13; 2 Tm 3.1-4).
2. Bebida, confusão e tristeza
O Império Persa tinha um sistema de correios muito
eficiente, principalmente em função da estrada real, que ia de Susã a Sardes,
na província da Lídia (hoje território turco). Depois das cartas enviadas a
cada província, Assuero e Hamã puseram-se a beber. Os moradores de Susã,
contudo, ficaram confusos, certamente por não entenderem a repentina e
esdrúxula ordem do rei. Mardoqueu entrou em profunda tristeza. Rasgando suas
vestes, vestiu-se de pano de saco com cinza e saiu pela cidade “clamando em
alta voz e soltando gritos de amargura” (Et 4.1 – NAA). Ester ficou muito
aflita. À medida que as cartas chegavam às províncias, a reação era a mesma.
Havia um clima de luto, com jejum, choro e lamentação (Et 4.3,4). Só Deus pode
frear a impetuosa maldade humana (Sl 22.28; Rm 1.18-20; Ap 19.11-16).
3. Crise e clamor
O decreto de Assuero tirou a tranquilidade de todos
os judeus e os levou a buscar o socorro divino (Et 4.3). Se, de um lado, havia
a fé e a bravura dos 50 mil judeus que foram a Jerusalém para reedificá-la,
liderados por Zorobabel (Ed 2.1,2,64-70), de outro lado havia a aparente
tranquilidade dos que decidiram ficar em suas próprias habitações, por todo o
Império Persa. Mesmo dentre os que foram a Jerusalém, muitos se dedicaram a
construir casas luxuosas, dando pouco valor à reconstrução do Templo, como denunciam
os profetas pós-exílicos Ageu e Zacarias (Ag 1.9; Zc 8.9-13). Agora, todos
corriam o risco de ser exterminados. Por que, muitas vezes, precisamos
experimentar crises para buscar a Deus de todo o coração (Is 55.6)? O correto é
fazer como Daniel, que orava em todo tempo (Dn 6.10). Somente com uma vida de
oração constante, em casa e no templo, podemos vencer o mal (Ef 6.18; 1 Ts
5.17).
SINÓPSE II
O plano odioso de Hamã trouxe tristeza e medo ao povo
judeu.
III – O PERIGO E A CRUELDADE DO ANTISSEMITISMO
MODERNO
1. Faces do antissemitismo
De forma prática, antissemitismo é hostilidade
sistemática contra os judeus. É possível verificar, ao longo da história, três
faces de expressão desse ódio obstinado: antissemitismo religioso, nacionalista
e racial. No aspecto religioso, destacam-se as perseguições, como a do século
XIV, quando os judeus foram acusados de serem os responsáveis pela peste negra,
que assolou a Europa em 1348. Também durante a Idade Média, sofreram intensa
perseguição pela Inquisição, principalmente a partir de 1478, na Espanha, por
ordem do papa Sisto IV (1414-1484), e partir de 1536, em Portugal, pela
instituição oficial do Tribunal do Santo Ofício pelo papa Paulo III
(1468-1549). O objetivo principal era combater o que chamavam de “heresia
judaica”. Milhões de judeus foram espoliados, torturados, execrados e mortos
por não aderirem ao catolicismo e por questões econômicas e políticas. A
primeira ordem de confinamento de judeus em guetos não foi de Adolf Hitler, no
século XX. Foi do papa Paulo IV, em 1555, e atingiu todos os Estados papais por
mais de 300 anos.
“O que os inimigos de Israel querem não é um acordo
que lhes garanta um lugar para viver. Sua verdadeira causa é o extermínio do
Estado de Israel.”
2. Antissemitismo nacionalista e racial
O aspecto nacionalista pode ser visto no século XIX e
no início do século XX, na Ucrânia e na Rússia, através dos chamados pogroms,
violentos ataques físicos indiscriminados aos judeus. A prosperidade dos judeus
causava ódio, alimentado por teorias de conspiração. O povo judeu era apontado
como culpado pelas crises econômicas de países do Leste Europeu, levando-os a
reagir violentamente contra as comunidades judaicas. Durante a Segunda Guerra
Mundial (1939-1945), Adolf Hitler protagonizou o antissemitismo racial, ao
proclamar a superioridade da raça ariana. O Holocausto exterminou 6 milhões de
judeus em toda a Europa.
3. Antissemitismo hoje
A criação do Estado de Israel, em 1948, não garantiu
paz aos judeus. O país vive em estado de alerta em função de ataques
terroristas internos e externos, feitos em nome de uma causa palestina. O mais
brutal da história recente ocorreu em outubro de 2023. Cinco grupos palestinos
armados uniram-se ao Hamas, e, partir da Faixa de Gaza, atacaram Israel por ar,
terra e mar, cometendo barbáries inimagináveis contra civis e deixando cerca de
mil e duzentos mortos, além de levar cerca de mais de 200 pessoas reféns.
Depois disso, os casos de antissemitismo aumentaram em várias partes do mundo.
O que os inimigos de Israel querem não é um acordo que lhes garanta um lugar
para viver. Sua verdadeira causa é o extermínio do Estado de Israel. Só Jesus,
o Messias, salvará Israel, quando de sua conversão nacional (Is 11.10-16; Ez
37.12-14; Zc 12; 13; 14.4-9; Rm 11.26; Ap 1.7).
SINÓPSE III
O Antissemitismo Moderno é perigoso e cruel.
AUXÍLIO HISTÓRICO-TEOLÓGICO
É POSSÍVEL UM CRISTÃO SER ANTISSEMITA?
“É essencial para os antissemitas separar Jesus de
sua origem judaica, pois fizeram isso, então o ódio se torna moderno, e o
antissemitismo se torna uma virtude cristã. Como eu disse anteriormente, um
cristão antissemita é um paradoxo. Um antissemita, neste contexto, é um cristão
morto cujo ódio estrangulou a sua fé. Como um camaleão, o antissemitismo pode mascarar-se, alternadamente, como “fazer a
vontade de Deus”, ou como uma ideologia política.
Se Jesus puder ser separado de suas raízes judaicas,
então os cristãos podem continuar a louvar os judeus mortos do passado (Abraão,
Isaque e Jacó) enquanto desprezam os Goldberg do outro lado da rua. Mas quando
você encara corretamente o povo judeu como a família do nosso Senhor, eles se
tornam a nossa família ampliada, a quem recebemos a ordem de amar
incondicionalmente.
Adolf Hitler reconheceu que precisava destruir as
raízes judaicas de Jesus na mente do povo alemão. Da sua mente doentia veio a
Regra Mischlinge (raça mista), que definia legalmente um judeu como alguém que
tivesse o pai e a mãe judeus. Hitler fez isso por dois motivos. Primeiro, ele
tinha que absolver Jesus por ser judeu, reconhecendo que Ele nascera
exclusivamente da Virgem Maria. Os valentões nazistas jamais teriam assassinado
entusiasticamente seis milhões de parentes do nosso Senhor. Segundo, Hitler temia
ser parcialmente judeu” (HAGEE, John. Em Defesa de Israel. Rio de Janeiro:
CPAD, 2009, pp.109-10).
CONCLUSÃO
O antissemitismo não se revela apenas através de atos
hostis, mas também de apoio aberto ou posturas complacentes aos inimigos de
Israel, como os grupos terroristas, ou, ainda, por meio de críticas
sistemáticas aos atos de defesa israelenses, pintando o país como o vilão da
história. A despeito dos pecados dos judeus, Deus tem um plano com Israel e vai
restaurá-lo quando, arrependido, aceitar o Messias (Rm 11.25-32). “[Oremos]
pela paz de Jerusalém!” (Sl 122.6).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Qual era o plano de
Hamã e sua extensão?
Hamã planejou a
destruição dos judeus de todo o reino de Assuero (Et 3.6). Isso incluía até os que haviam retornado para
Jerusalém.
2. Como Hamã fez para
obter a ordem do rei contra os judeus?
Hamã convenceu Assuero
escondendo sua verdadeira motivação, que era pessoal. Disse que havia um povo
no reino que tinha leis diferentes e não cumpria as leis do rei. Por isso,
convinha que fosse exterminado (Et 3.8).
3. Qual a reação dos
judeus diante da notícia de extermínio?
O decreto de Assuero
tirou a tranquilidade de todos os judeus e os levou a buscar o socorro divino
(Et 4.3).
4. O que é o
antissemitismo e quais são as suas faces?
De forma prática,
antissemitismo é hostilidade sistemática contra os judeus.
5. Cite três exemplos
de práticas antissemitas.
É possível verificar,
ao longo da história, três faces de expressão desse ódio obstinado:
antissemitismo religioso, nacionalista e racial.