Escrita Lição 8, CPAD, A Disciplina Na Igreja, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 8, CPAD, A Disciplina Na Igreja, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
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Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2024/02/slides-licao-8-cpad-disciplina-na.html
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ESBOÇO DA LIÇÃO
I – A NECESSIDADE DA DISCIPLINA BÍBLICA
1. DEUS é santo 
2. A Igreja é santa
3. Quando a igreja não disciplina
II – O PROPÓSITO DA DISCIPLINA BÍBLICA
1. Manter a honra de CRISTO
2. Frear o comportamento pecaminoso
3. Não tolerar a prática do pecado
III – AS FORMAS DE DISCIPLINA BÍBLICA
1. A disciplina como modo de correção
2. A disciplina como forma de restauração
3. A disciplina como modo de exclusão
 
 
TEXTO ÁUREO
“E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido.”
(Hb 12.5).
 
VERDADE PRÁTICA
A disciplina cristã é uma doutrina bíblica necessária, pois permite ao crente refletir o caráter de CRISTO.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Lv 11.44 O Senhor nosso DEUS é santo
Terça – 1 Pe 1.14,15 O povo de DEUS deve ser santo
Quarta – Rm 2.22-24 DEUS deve ser honrado na vida
Quinta – 1 Co 5.6  O poder contagioso do pecado
Sexta – Gl 6.2 Levando as cargas uns dos outros
Sábado – Hb 12.7 DEUS corrige a quem ama
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Hebreus 12.5-13
5 - E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido;
6 - porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho.
7 - Se suportais a correção, DEUS vos trata como filhos; porque que filho há a quem o pai não corrija?
8 - Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois, então, bastardos e não filhos.
9 - Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?
10 - Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade.
11 - E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.
12 - Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados,
13 - e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente; antes, seja sarado.
 
 
Hinos Sugeridos: 4, 33, 153 da Harpa Cristã
 
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Subsídios extras para a lição
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PALAVRA-CHAVE – Disciplina
מוסר muwcar – (lê-se Murssar) Hebraico
1) disciplina, castigo, correção
1a) disciplina, correção
1b) castigo

1) disciplina, castigo, correção
1a) disciplina, correção
1b) castigo
2) Removido
 
παιδεια paideia (lê-se Pediá) - Grego
1) todo o treino e educação infantil (que diz respeito ao cultivo de mente e moralidade, e emprega para este propósito ora ordens e admoestações, ora repreensão e punição). Também inclue o treino e cuidado do corpo
2) tudo o que em adultos também cultiva a alma, esp. pela correção de erros e contenção das paixões.
2a) instrução que aponta para o crescimento em virtude
2b) castigo, punição, (dos males com os quais DEUS visita homens para sua correção)
3) Educação
 
παιδευω paideuo (lê-se Pedefó) - Grego
1) treinar crianças
1a) ser instruído ou ensinado
1b) levar alguém a aprender
2) punir
2a) punir ou castigar com palavras, corrigir
2a1) daqueles que moldam o caráter de outros pela repreensão e admoestação
2b) de DEUS
2b1) purificar pela aflição de males e calamidade
2c) punir com pancada, açoitar
2c1) de um pai que pune seu filho
2c2) de um juiz que ordena que alguém seja açoitado
 
 
PUNIÇÃO - Definição Bíblica de Punição - Dicionário Bíblico Wycliffe
מוסר muwcar – (lê-se Murssar) Hebraico
disciplina, castigo, correção, disciplina

disciplina, castigo, correção, disciplina
παιδεια paideia (lê-se Pediá) – Grego
repreensão, correção, instrução, castigo, punição
 
καί estais esquecidos ἐκλανθάνομαι da exortação παράκλησις que ὅστις, como ὡς a filhos υἱός, discorre διαλέγομαι convosco ὑμῖν: Filho υἱός meu μοῦ, não μή menosprezes ὀλιγωρέω a correção παιδεία que vem do Senhor κύριος, nem μηδέ desmaies ἐκλύω quando por ὑπό ele αὐτός és reprovado ἐλέγχω
 
“excomunhão”, “expulsão” e “desassociação” são usados de forma intercambiável.
 
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A DISCIPLINA NA IGREJA – LUCIANO SUBIRÁ
 
Muitos são tão impactados por DEUS na sua conversão e experimentam uma transformação tão grande, que chegam a pensar que todos na igreja são perfeitos. Porém, não é necessário muito tempo para descobrir que isto não é verdade; todos somos falhos e imperfeitos, e na igreja encontraremos falhas, erros e limitações.
A maneira de se lidar com estes erros é com amor e paciência; vamos nos ajustando aos poucos e assim prosseguimos. Mas quando se trata de pecado, a igreja deve agir diferente, deve usar de disciplina.
Na igreja encontraremos todo tipo de gente; aqueles que querem levar DEUS a sério, e os que não. O Senhor JESUS disse que quando a rede é lançada ao mar, recolhe todo tipo de peixes: bons e ruins (Mt 13.47,48); nesta mesma ocasião JESUS também ilustrou isto de outra forma, falou acerca do joio e do trigo para mostrar que na igreja temos todo tipo de gente.
O Senhor nos preveniu que haveria escândalos em nosso meio (Mt 18.7), deixando claro que estes por quem vem os escândalos serão julgados, mas que é inevitável que isto ocorra. Quando o evangelho é proclamado, a pessoa é convidada a vir a DEUS como está, mas depois que passa a pertencer à Igreja do Senhor terá que se ajustar à Sã Doutrina. Todos somos falhos e pecamos. Como diz a Escritura:
“Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”(1 Jo 1.4).
Portanto, não é qualquer pecado que nos fará sermos disciplinados, senão viveríamos só de disciplina. Quando pecamos, devemos nos arrepender e confessar nossos pecados e seremos perdoados (1 Jo 1.9); a disciplina é para tratar com quem peca e não quer se arrepender, insistindo em viver no pecado.
 
SOMOS UM CORPO
Não podemos perder de vista que ninguém vive espiritualmente isolado; somos membros uns dos outros e constituímos um só corpo. Quando alguém passa a viver no pecado fere não só a si mesmo, mas também ao corpo de CRISTO!
O Velho Testamento nos revela como o pecado de um só homem, Acã, prejudicou todo Israel e como foi necessário que ele fosse julgado (Js 7.11-26). O Novo Testamento enfatiza muito a ideia do corpo; quando JESUS envia sua mensagem a cada uma das sete igrejas da Ásia (Ap.2 e 3), ele as trata como um todo tanto ao falar de suas virtudes como também de seus erros.
 
OS QUATRO NÍVEIS DA DISCIPLINA NA IGREJA
JESUS foi quem primeiro falou de disciplina no Novo Testamento:
“Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só. Se te ouvir, ganhaste a teu irmão. Mas se não te ouvir, leva contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada. E se não ouvir, dize-o à igreja; e, se também não ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano”. (Mt 18.15-17)
 
Há quatro níveis distintos no processo de disciplina que o Senhor ensinou:
1. Repreensão pessoal; “entre ti e ele só”
2. Repreensão com testemunhas; “leva contigo um ou dois”
3. Repreensão pública; “dize-o à igreja”
4. Exclusão. “considera-o como gentio e publicano”
 
Não praticamos a disciplina quando a pessoa se arrepende, mas sim quando ela se recusa a arrepender-se. E neste caso, dentro de uma progressividade; com a repreensão pessoal primeiro, a com testemunhas em segundo, a diante da igreja em terceiro e só então a exclusão em quarto lugar.
Não podemos excluir alguém sem ter dado antes estes passos. Porém, alguém pode não querer receber os primeiros níveis da repreensão fugindo deles; neste caso, constatada a indiferença e relutância da pessoa, passamos então ao quarto nível, subentendendo terem sido os outros insuficientes ou impraticáveis.
Quando a repreensão se torna pública, ainda que seguida de arrependimento, e a pessoa em questão é um líder, a disciplina se manifestará afastando a pessoa de sua posição de liderança até comprovada restauração.
 
REPREENSÃO PESSOAL
Vários textos bíblicos falam sobre a necessidade de repreensão. E não são necessariamente ligados ao presbitério, pois no corpo de CRISTO ministramos uns aos outros. Neste nível se enquadram os líderes de departamentos e todos que exercem cuidado por outras pessoas no Corpo. Veja alguns deles:
 
“Exortamos-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos…” (1 Ts 5.14)
“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações, e tanto mais vedes que aquele dia se aproxima”. (Hb 10.25)
 
“Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e, sim, deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente; disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que DEUS lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade”. (2 Tm 2.24,25)
 
Note que corrigir não significa contender, mas demonstrar cuidado com mansidão. Quando porém, a situação se agrava, é necessário que o governo da Igreja (os presbíteros) assuma a situação, que pode ser delicada e necessitar que a autoridade espiritual seja imposta, como Paulo fez com os coríntios (2 Co 13.2 e 10).
 
REPREENSÃO COM TESTEMUNHAS
Além da instrução do Senhor JESUS, não encontramos outro texto que fale com clareza sobre este nível de disciplina, mas ele é muito eficaz por tirar a situação do aspecto pessoal e colocá-la num patamar de formalidade. E se as pessoas escolhidas para acompanharem a repreensão forem pacificadoras, serão de grande proveito para promoverem o arrependimento com argumentação mansa e amorosa.
Em caso de resistência da pessoa que está sendo repreendida, ela deve ser avisada que assim como o segundo nível de repreensão não foi aceito, será necessário o terceiro num culto público, e que permanecendo ainda inflexível ela chegará ao quarto nível: a exclusão.
 
REPREENSÃO PÚBLICA
Ao dizer que levasse a repreensão para o terceiro nível, à Igreja, JESUS não se referia a tratar a questão na Igreja (templo) ou com os líderes da Igreja, como alguns gostariam que fosse. Na verdade, Ele se referia a tratar a questão em público.
Paulo também falou sobre este princípio ao escrever para seu discípulo Timóteo:
“Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os demais temam”. (1 Tm 5.20)
E a razão para isto é clara: “Para que outros tenham temor”. Toda a Igreja precisa ser ensinada sobre a disciplina cristã e vê-la funcionando quando necessário. Somos um corpo no Senhor; o pecado contínuo de alguém prejudicará a todos. O único meio de evitar isto é cortando a raiz do pecado com arrependimento ou cortando a pessoa (quando ela não quer se arrepender) da comunhão do corpo. Diante da Igreja ela será obrigada a optar entre um ou outro.
 
A EXCLUSÃO
Na Igreja de Corinto, alguém chegou ao ponto de se envolver sexualmente com a madrasta (1Co 5.1). Tão logo isto chegou ao conhecimento do apóstolo Paulo, ele ordenou: “Tirai do meio de vós a esse iníquo”. Antes, contudo, deixou claro em que condições isto deve acontecer:
“Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros; refiro-me com isto não propriamente aos impuros deste mundo, ou avarentos, ou roubadores, ou idólatras, pois neste caso teríeis que sair do mundo. Mas agora vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem ainda comais. Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro? Os de fora, porém, DEUS os julgará. EXPULSAI, pois, de entre vós o malfeitor.” (1Co 5.9-13)
Observe o detalhe que Paulo inseriu ao falar do pecador: “dizendo-se irmão”. Isto se refere a quem quer se parecer irmão sem o ser; não fala de uma queda ou tropeço espiritual, mas de uma prática continuada nestes pecados.
Excluir não significa proibir a pessoa de colocar o pé na Igreja, mas sim deixar de reconhecê-la como parte do corpo, e isto envolve deixar de se relacionar (Tt 3.10,11), de ter comunhão com a pessoa. Isto fica claro quando o apóstolo diz: “com o tal nem ainda comais”. Paulo explica melhor esta distinção na sua carta aos tessalonicenses:
“Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado. Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão.” (2 Ts 3.14,15)
Este princípio já havia sido estabelecido desde o Velho Testamento, onde havia vários motivos pré-estabelecidos para exclusão. O motivo é poupar o corpo de prejuízos espirituais, e não tentar manter um controle sobre as pessoas. Os casos não manifestos não chegam a ser tratados na Igreja, só os que chegam a ser conhecidos.
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Autor: Luciano P. Subirá. É o responsável pelo Orvalho.Com – um ministério de ensino bíblico ao Corpo de CRISTO. Também é pastor da Comunidade Alcance em Curitiba/PR. Casado com Kelly, é pai de dois filhos: Israel e Lissa.

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A punição pode ser definida como uma medida de dor ou sofrimento infligida justamente ao pecador ou criminoso como retribuição pelas suas faltas. A punição sempre implica um padrão ou lei que estabelecem tanto o que é direito como o que é errado. A lei de DEUS, de acordo com a divina revelação, é o único padrão absoluto para se determinar a culpa de um ato pecaminoso. Praticamente todas as categorias de punição ou castigo descritas na Bíblia Sagrada estão inseridas no escopo das seguintes observações:
Fundamentalmente, a punição é a revelação da ira de DEUS contra a transgressão humana da vontade ou da lei de DEUS. Esse castigo inclui o mundo angelical (2 Pe 2.4; Jd 6), o homem (Gn 3.16-19; Salmos 90.9; Jo 3.36) e o mundo natural (Gn 3.17-19; Rm 8.19-22).
A punição ou o castigo acompanha uma sequência tripla no curso do tempo: primeiro, sobre Adão e sua posteridade por causa do pecado no Éden (Gn 3.1-24; Rm 5.12); segundo, sobre Israel (Lv 26.14-46; Jr 25.1-14; Lc 21.20-24; 1 Ts 2.14-16), as nações (Gn 19.1- 28; Jr 25.15-38; Na 3.1-19) e os indivíduos (Gn 4.9-16; 1 Co 5.1-5) por causa de suas transgressões às leis de DEUS; terceiro, sobre Satanás, os anjos apóstatas e o impenitente entre os homens, por causa de sua rebelião contra DEUS (Rm 2.5,8,9; At 17.31; 2 Ts 1.8,9; Ap 20.11-15).
Àa vezes, a punição ou o castigo assume a forma de uma vingança contra alguém. Essencialmente, essa vingança pertence somente a DEUS (Dt 32.35,43; Salmos 94.1-3; Na 1.2,3; Rm 12.19; Hb 10.30), mas foi delegada ao estado como um agente de DEUS (Rm 13.4; 1 Pe 2.14).
A lei mosaica permitia a “vingança do sangue”, pela qual era necessário observar regulamentos prescritos para que esta desempenhasse sua função de forma adequada (Nm 35.19-27; Dt 19.2-13; Js 20.1-9). Davi foi soberanamente impedido de se vingar (1 Sm 25.21-39), mas os judeus sob Ester e Mardoqueu tiveram a soberana permissão de agir em represália (Et 8.11-13; 9.1-16). A vingança pessoal era proibida tanto na época do AT (Dt 32.35; PV 20.22; 24.29) como na época do NT (Rm 12.19; 1 Ts 5.15; 1 Pe 3.9).
A Bíblia Sagrada raramente oferece alguma consideração ao castigo como uma “medida reformataria ou medicinal״ destinada a reabilitar o transgressor. Pelo contrário, a punição deve ser aplicada rapidamente e sem misericórdia (Dt 13.6-9; 19,13,21; Hb 10.28). Por exemplo, nenhuma chance foi oferecida a Acã (Js 7.10-26) ou a Ananias e Safira (At 5.1-11), para que reparassem suas faltas antes que o castigo caísse sobre eles. O aparente arrependimento de Israel em Cades não mitigou o castigo de DEUS sobre aquela rebelde geração (Nm 14.26-45), e o ato de Moisés ferir por duas vezes a rocha não foi capaz de evitar que ele perdesse o acesso à terra prometida (Nm 20.1-13).
Entretanto, existem casos em que a punição é modificada (2 Cr 33.10-19) ou postergada (2 Cr 34.23-28) depois que o transgressor se arrepende, e existem outros em que o castigo, embora modificado ou postergado pelo homem, é finalmente aplicado com todo o rigor (1 Sm 15.1-35; 2 Sm 21.1-14). Simei, que foi perdoado e recebeu a liberdade (2 Sm 16.5-14; 19.16-23), foi sumariamente executado quando sua incorrigível natureza ressurgiu (1 Rs 2,8,9,39-46). A nação de Israel, punida com o exílio, retornou praticamente como a mesma nação que era antes do exílio (cf. Is 1.1-31 com Ml 1.6-14).
Porém, em um nível mais elevado, DEUS realmente emprega medidas corretivas para a retificação de seus filhos regenerados. O Pai Celestial os castiga a fim de purificar a vida deles da escória terrena (Pv 3.11ss,; Hb 12.5- 14). Tais punições são às vezes muito severas (1 Co 5.5; 11.27-32). No entanto, não existe base nas Escrituras para se defender a opinião de que as chamas do purgatório irão consumar sua purificação na próxima existência (Jo 14.1-3; 2 Co 5.1-10; Fp 1.21-23; Ap 14.13). A Bíblia Sagrada também não dá suporte à ideia de que o impenitente no inferno irá finalmente responder às medidas corretivas supostamente empregadas para sua salvação (Lc 16.19-31; Ap 14.9-11). Está claramente explícito que a punição destes será eterna (Mt 25.44,46).
Finalmente, a punição torna-se retaliatória, conforme o princípio do olho-por-olho (o justalionis, ou lei de Talião, da lei romana), e é incorporada à lei de DEUS (Êx 21.23-25; Lv 24.19ss.; Dt 19.21). Na verdade, esse estatuto foi instituído para limitar a severidade e transformar a punição em um castigo da mesma intensidade do crime. O cativeiro de 70 anos de Israel na Babilônia, por exemplo, foi uma retaliação exata por não terem observado a lei do Sábado (2 Cr 36.21; Jr 29.10; Dn 9.2), No entanto, os cristãos estão proibidos de se vingar da mesma maneira (Mt 5.38-42), e são encorajados a pagar o mal com o bem (Lc 6.27-30; Rm 12.20, 21; 1 Pe 3.9), da mesma maneira como DEUS o faz em sua tolerância e em sua graça (Mt 5.44,45).
Entretanto, na morte do Senhor JESUS na cruz, DEUS cobrou plenamente e em espécie o castigo em que o pecador incorreria, e que foi suportado pelo Substituto do pecador (Is 53.4,11; Mt 20.28; 27.46; 1 Pe 2.24; 3.18). E esse mesmo princípio de retribuição plena e legal que servirá sob medida para o castigo do pecador impenitente no inferno, quando o dia da graça tiver passado (2 Ts 1.8; Ap 14.10,11; 18.6,7,20).
Premissas sobre as Quais a Punição Está Fundamentada
As premissas teológicas que justificam a punição nunca são enunciadas como tal na lei mosaica. Entretanto, elas constituem a base e o fundamento de todo castigo descrito nessa lei.
1. O conceito do homem como criado à imagem de DEUS (Gn 1.26ss.; Gn 5.1; 9.6). Embora nunca tenha sido mencionado especificamente, esse conceito da natureza humana serve como um suporte fundamental à lei de moisés. Se um homem mata intencional mente outro homem, a lei exige que o homicida seja condenado à morte (Êx 21.12,14ss.; Nm 35.16-21; Dt 19.11-13). Só assim a culpa da terra poderá ser removida (cf, 2 Sm 21,1-14). O crime contra um homem representa, essencialmente, um crime contra a “imagem” de DEUS que está no homem. Essa premissa fundamental justifica a severidade das punições inscritas no código mosaico.
2.       O conceito do homem como pecador. Embora a imagem “residual” de DEUS ainda permaneça na natureza humana, o homem tornou-se agora um pecador e um rebelde contra a autoridade divina (Dt 1.26,43; 9.6ss., 13, 23ss.; 31.27). Os líderes de Israel lembram-se dolorosamente de como os castigos de DEUS caíram repetidamente sobre a nação por causa de sua desobediência às leis divinas (2 Cr 36.11-21; Ne 9.5-38; Dn 9.1-19). Mas, nenhuma lei, mesmo com todas as suas rigorosas punições, poderá deter completamente as iníquas inclinações e paixões da natureza humana. O homem precisa de uma mudança em seu coração (Dt 10.16; Jr 4.4). Essa mudança irá prepará-lo para obedecer às leis de DEUS por causa do amor, e não por causa das penalidades da desobediência (Dt 6.5ss.; 10.12ss.; Dt 11.13; 30.6). Dessa forma, as punições na lei mosaica tornam- se uma necessidade resultante da natureza humana pecaminosa. A “nova aliança” estabeleceu a base legal para o registro das leis de DEUS no coração dos redimidos (Jr 24.7; 31.33; 32.39,40; Hb 8.10).
3.       O conceito de Israel como uma teocracia. No Sinai, Israel tornou-se um governo teocrático. Nessa espécie de governo, é DEUS que determina as leis (Êx 20.2ss.) e especifica as penalidades para a desobediência a elas (Êx 20.22-23.19). A aceitação da teocracia por parte de Israel (Êx 19.8; 24.3-8) nunca foi qualificada como uma condição para que a nação ou cada israelita pudesse mudar as leis ou os castigos recebidos no Sinai. A integridade das leis de DEUS e a justiça de suas punições devem ser aceitas obedientemente pela nação e pelos seus indivíduos, porque a plena santidade da divina natureza das leis recebidas de DEUS está fundamentada em uma justiça absoluta; portanto, como consequência lógica, as punições previstas por essas leis devem ser absolutamente justas.
Os Dez Mandamentos que Ilustram as Punições da Lei Mosaica
Como os Dez Mandamentos (Êx 20.1-17; Dt 5.6-21) constituem a essência legal do sistema jurídico de Israel, eles representam o exemplo da maneira pela qual, em uma legislação judicial ampliada (Êx 20.22-23.19 etc.), as punições são prescritas de acordo com as infrações. A história subsequente de Israel irá, na maioria dos casos, acrescentar outros exemplos. Nos Dez Mandamentos, apenas o segundo e o terceiro incluem unia penalidade.
1.       Um único DEUS. Esse mandamento é básico para a religião da Bíblia Sagrada (Dt 6.4ss; 14; Sl 81.9ss.; Is 45.21ss.; Mt 4.10; 1 Co 8.4,6). As penalidades contra aqueles que desobedecem a esse mandamento fundamental estão entre as mais terríveis da legislação mosaica.
O episódio ao pé de monte Sinai, enquanto Moisés estava recebendo as leis, mostra como era forte a propensão de Israel em direção a outros deuses, e como o castigo de DEUS deveria ser terrível para quebrar essa propensão da nação (Êx 32.1-35). Mas, apesar de repetidas advertências e punições (Dt 13.1-18; Js 24.14ss., 20; Jz 2.11-23), a idolatria de Israel só foi vencida por meio do rigor do cativeiro na Babilônia, que veio sobre a nação como o resultado dela ter desobedecido a esse primeiro mandamento (Jr 25.4-11).
2.       Nenhum ídolo. O segundo mandamento é, na verdade, uma extensão do primeiro. As consequências imediatas de sua desobediência foram estabelecidas na legislação mosaica de acordo com a plenitude da atrocidade deste pecado (Dt 4.23-28). O castigo de DEUS sobre as nações de Canaã, por causa de sua idolatria, tinha o propósito de salvaguardar seu próprio povo contra qualquer idolatria semelhante (Êx 23.20-28; 34.11-16; Dt 7.1- 6; Js 23.12ss.). Mas esses exemplos de punição mostraram-se ineficazes na história de Israel até que, finalmente, DEUS enviou a nação para o exílio na Babilônia (Jr 7.21-34; 25.4-11). A justiça do castigo divino nunca foi questionada pelos intérpretes posteriores da história de Israel (Ne 9.6-38; Dn 9.1-19).
3.       Não tomar o nome de DEUS em vão. O terceiro mandamento abrange todas as formas de desrespeito manifestadas em relação ao nome divino. A legislação do Sinai enfatizava repetidamente a dignidade do nome de DEUS (Êx 34.5-7; Lv 18.21; 19.12; 20.3; 21.6), A profanação do nome de DEUS redundava em um rápido castigo sobre o transgressor (Lv 24.10-16). Até mesmo o rei assírio foi destruído, como registra a história mais recente (2 Rs 18.13-19.37), porque blasfemou contra o nome de DEUS, O clímax supremo desse pecado foi revelado naquilo que CRISTO chamou de “blasfêmia contra o ESPÍRITO" (Mt 12.22-37), que é um “pecado eterno” (Mc 3.28-30).
4.       Desrespeito ao sábado. O quarto mandamento estabelece uma porção do tempo do homem para o repouso, a adoração e o culto a DEUS. A legislação do Sinai está repleta de graves advertências a respeito da santidade do sábado (Êx 23.12; 31.12-17; 35.2ss.). A execução sumária do transgressor lembra a Israel - de uma forma literal - a inviolabilidade das leis de DEUS (Nm 15.32-36). Profetas posteriores da história de Israel consideraram o preceito do sábado como um padrão da fidelidade do povo ao Senhor (Is 56.2-7; 58.13ss.; Os 2.11; Am 8.5). O longo período de desobediência da nação de Israel à lei do sábado foi posteriormente punido com 70 anos de exílio na Babilônia, a fim de compensar os 490 anos precedentes de desobediência (2 Cr 36.20,21; Jr 25.12; 29.30).
5.       Honrar aos pais. O quinto mandamento dá início àquela seção do Decálogo que trata do relacionamento do homem com seus semelhantes. Ele foi ampliado no código mosaico naquelas situações onde a sentença de morte é pronunciada contra aqueles que maltratam os pais (Êx 21.17; Lv 20.9; Dt 27.16). A infâmia desse pecado foi claramente estabelecida na lei registrada em Deuteronômio 21.18-21. Os provérbios de Israel ampliaram devidamente a magnitude desse crime (Pv 19.26; 20.20; 30.11,17).
6.       Matar. O sexto mandamento reitera basicamente a afirmação encontrada em Gênesis 9.6. Nada na legislação do Sinai é mais explícito que a lei proibindo um homem de matar outro homem (Êx 21.12-14; Lv 24.17.21). Essa legislação faz uma clara distinção entre o homicídio não premeditado (Nm 35.9-15,22-28; Dt 19.1-10) e o homicídio intencional (Nm 35.16-21,29-34; Dt 19.11-13). O assassino deveria ser executado pelo “vingador de sangue”; porém aquele que não praticou um crime de forma intencional deveria fugir para uma das cidades de refúgio em busca de proteção, e para o julgamento de seu caso.
A história subsequente de Israel mostra como a lei a respeito do homicídio era às vezes ignorada ou modificada pelos homens, e como ela foi finalmente aplicada por DEUS (2 Sm 3.27-39; cf. 1 Rs 2.31-34; 2 Sm 21.1- 14; 2 Cr 24.20-23,25). Na verdade, o Senhor JESUS CRISTO usou como exemplo o assassinato de Abel (Gn 4.8-15) e de Zacarias (2 Cr 24.21) ao falar dos castigos que estavam destinados a Israel pela morte de homens inocentes (Mt 23.32-36).
7.       Adultério. O sétimo mandamento proibia relações sexuais fora do casamento. O edito mosaico estipulava a morte como castigo para aqueles que desobedecessem a esse mandamento (Lv 18.20; 20.10). Dois acontecimentos pouco comuns, registrados por Moisés, mostram como o adultério é abominável. O primeiro está dirigido à lassidão moral de Israel ao pé do monte Sinai, enquanto Moisés estava recebendo a lei. Essa lassidão moral acarretou um castigo imediato pelas mãos de Moisés e dos levitas (Êx 32.6,25-28; 1 Co 10.7). O outro acontecimento está centrado em torno da licenciosidade da relação de Israel com os midianitas. Essa perversão foi imediata- mente punida por Finéias (Nm 15.1-18; 1 Co 10.8). Nos provérbios de Israel, o pecado pela lassidão moral foi estabelecido com todos os seus devastadores efeitos sobre a mente e o corpo (Pv 5.3-23; 7.5-27; 9.13- 18; 23.27,28; 29.3). O adultério de Davi com Bate-Seba mostra que essa transgressão é indesculpável, mesmo que praticada por um rei (2 Sm 11.2-5; 12.7-23; Salmos 51). Nesse caso, a pena capital só foi evitada por causa de sua genuína e sincera confissão e arrependimento.
8.       Roubo. O oitavo mandamento proibia a posse ilegal da propriedade alheia. O código mosaico ampliou esse mandamento com vários detalhes (Êx 21.16; 22.1-4; Lv 19.11,13; 35.37; Dt 24.7; 25.13-16). Em alguns casos, o castigo prescrito era muito severo (Dt 24.7). Provérbios posteriores descrevem com clareza a infâmia desse crime (Pv 11.1; 28.24; 29.24).
9.       Dar um falso testemunho. O nono mandamento proibia quaisquer declarações ou acusações que fossem falsas. O código mosaico censurava e castigava severamente aqueles que fossem culpados desse pecado (Êx 23.1,7; Lv 19.11,16; Dt 19.15-21). Em períodos posteriores da história de Israel, ele foi condenado através de preceitos (Pv 6.16,19; 12.17; 14.5; 19.5,9,28; 21.28; 24.28; 25.18) e exemplos (Jr 37.11-21).
10.     Cobiça. O último mandamento proibia quaisquer desejos ilegais. A “luxúria* de Israel foi ilustrada não apenas pelo desejo físico pecaminoso das pessoas (Nm 11.4-6; Salmos 78.18; 106.14ss.), mas também pelo desejo pecaminoso de certos levitas em relação ao sacerdócio (Nm 16.1-40). Nas épocas posteriores, esse pecado sutil foi exemplificado através da transgressão de Acã (Js 7.10-26). Esse pecado também foi condenado em vários provérbios (Pv 1.19; 15.27; 28.16).
Conclusões
A conclusão mais óbvia em relação aos castigos ou punições prescritos na lei mosaica, é que esses castigos são não apenas sagrados e justos aos olhos de DEUS, mas também aceitáveis por todos os homens nos quais o ESPÍRITO de DEUS habita. DEUS sempre irá legislar aquilo que é direito. Uma outra conclusão é que o crente não deve temer que o castigo da lei mosaica caia sobre ele, pessoalmente. Ele sabe que esse castigo foi uma vez e para sempre suportado por CRISTO a favor de todos os homens. W. B.
 
 
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Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 1º Trimestre de 2011
Título: Atos dos Apóstolos — Até aos confins da Terra
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
 Lição 6: A importância da disciplina na Igreja
 
TEXTO ÁUREO
“Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça” (Hb 12.11 — ARA).
 
VERDADE PRÁTICA
A essência da disciplina é o ensino e o seu objetivo é levar-nos a andar de acordo com a vontade de DEUS.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv 23.12 O incentivo à disciplina
Terça - Hb 12.7 Aquele que suporta a correção é tratado como filho
Quarta - Jr 6.8 DEUS adverte seu povo a que se corrija
Quinta - Pv 29.15 Disciplina e correção andam juntas
Sexta - Hb 12.6 DEUS nos corrige como pai
Sábado - Hb 12.8 Devemos buscar a disciplina
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 5.1-11.
1 - Mas um certo varão chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade
2 - e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos.
3 - Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade?
4 - Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS.
5 - E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.
6 - E, levantando-se os jovens, cobriram o morto e, transportando-o para fora, o sepultaram.
7 - E, passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido.
8 - E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? E eia disse: Sim, por tanto.
9 - Então, Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o ESPÍRITO do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti.
10 - E logo caiu aos seus pés e expirou. E, entrando os jovens, acharam-na morta e a sepultaram junto de seu marido.
11 - E houve um grande temor em toda a igreja e em todos os que ouviram estas coisas.
 
INTERAÇÃO
Na lição de hoje estudaremos a respeito da importância da disciplina na igreja. A disciplina é necessária para que haja ordem no Corpo de CRISTO. Ela pode ser coerciva como também educativa. Tanto no Antigo como em o Novo Testamento, o Criador sempre disciplinou os seus servos, para que esses vivam em plena comunhão com Ele.
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Reconhecer que a disciplina é uma prova do amor de DEUS.
Explicar a necessidade da disciplina.
Saber que todo ato gera uma consequência.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza, conforme suas possibilidades, o quadro abaixo para os seus alunos. Converse com eles acerca da “Disciplina da vida cristã”. Explique que o objetivo da disciplina cristã é proporcionar ao crente uma intimidade profunda com o seu Criador. Além disso, a expressão “disciplina cristã” é utilizada em dois sentidos: práticas espirituais, devocionais, sociais e correção terapêutica. Algumas das primeiras são: a adoração a DEUS, leitura diária e sistemática da Bíblia, oração, serviço, mordomia do corpo e dos bens. Quanto à segunda, sendo devidamente administrada, possui um efeito salutar e restaurador. Ela não deve servir para envergonhar, mas para edificar a fé do fraco e daquele que vacilou na caminhada.
 
Tabela, Linha do tempo

Descrição gerada automaticamente
 
Palavra-Chave - Disciplina: Educar, ensinar corrigir.
 
COMENTÁRIO - introdução
Numa igreja descompromissada com a sã doutrina, crentes como Ananias e Safira seriam até homenageados por sua “liberalidade e altruísmo”. Mas numa igreja que prima pelo ensino, não subsistiriam. Haveriam de ser desmascarados, repreendidos e fulminados pelo próprio DEUS, pois Ele sonda-nos a mente e o coração. A falta de doutrina, pois, acaba por induzir toda uma congregação à hipocrisia e à mentira.
No episódio de Ananias e Safira, Lucas destaca o valor da disciplina na Igreja de CRISTO. Por conseguinte, vejamos porque o ensino é imprescindível ao povo de DEUS.
 
I. A DISCIPLINA E SUA NECESSIDADE
1. Definindo a disciplina. O que é disciplina senão ensino? Mas possui ela também o seu lado grave: a correção (Pv 15.10). Seu objetivo é conscientizar-nos quanto às consequências de nossas atitudes (Gl 6.7). A falta de disciplina pode conduzir à morte. Foi o que aconteceu a Ananias e a Safira.
2. A disciplina no Antigo Testamento. Por intermédio de seus profetas, DEUS mostra ao seu povo o valor e a imprescindibilidade da disciplina (Jó 5.17). Ele requer que todos os seus filhos sejam ensinados na Lei e nos Profetas (Sl 25.8). A disciplina é tão preciosa quanto à própria vida (Pv 6.23). Eis o que diz Salomão: “O que ama a correção ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é um bruto” (Pv 12.1).
Nestes tempos tão difíceis e trabalhosos, nós pais somos coagidos a não aplicar a disciplina aos nossos próprios filhos. É claro que também somos contra os maus tratos impingidos às crianças. Mas que estas têm de ser disciplinadas, não o podemos negar. A recomendação é do próprio DEUS: “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina” (Pv 13.24 — ARA). Por que os educadores contrários à educação cristã, ao invés de nos constrangerem com as suas impropriedades, não saem em defesa das crianças abandonadas e prostituídas que fervilham nossas cidades? É necessário e urgente resgatar a infância abandonada e proporcionar-lhe uma vida digna e segura.
3. A disciplina em o Novo Testamento. Embora vivamos sob os termos da Nova Aliança, DEUS em nada mudou quanto ao padrão disciplinar de seu povo. Haja vista o Sermão do Monte. Agora, além de o Senhor ratificar o sétimo mandamento, por exemplo, requer tenhamos nós um coração puro (Mt 5.27,28). Por conseguinte, viver sob a lei do ESPÍRITO requer uma disciplina ainda maior.
Por quebrarem a disciplina, Ananias e Safira foram severamente punidos pelo Senhor.
 
SINOPSE DO TÓPICO (I)- Tanto no Antigo como em o Novo Testamento a disciplina orienta e evita que o erro se torne repetitivo.
 
II. A OFERTA DE ANANIAS E SAFIRA
Disposto a dedicar-se integralmente ao cumprimento da Grande Comissão, Barnabé vende a sua propriedade e entrega todo o dinheiro aos apóstolos. Lucas, ao registrar o fato, realça o desprendimento daquele levita natural da ilha de Chipre, que haveria de prestar relevantes serviços ao Reino de DEUS (At 4.36,37).
Ananias e Safira, imitando a Barnabé, também vendem a sua propriedade. Ao contrário deste, o casal retém parte do dinheiro, e repassa o restante aos apóstolos, como se aquele depósito representasse o valor total da propriedade. Eles, porém, seriam desmascarados, repreendidos e mortalmente punidos. Não se pode mentir a DEUS.
1. O pecado contra o ESPÍRITO SANTO e a Igreja. O pecado de Ananias e Safira não foi um requinte social como eles supunham; constituiu-se numa ofensa contra o ESPÍRITO SANTO (At 5.9). Ajamos, pois, com muito cuidado, porque o Senhor chamar-nos-á a prestar contas de todas as palavras frívolas que proferirmos (Mt 12.36).
Se formos disciplinados na Palavra de DEUS, jamais cairemos no erro de Ananias e Safira: mentira, hipocrisia e roubo. Como vem você agindo? Tem se dado à mentira? Cuidado. Os mentirosos não terão guarida no Reino de DEUS (Ap 22.15).
2. Uma oferta como a de Caim. Nossa atitude diante do Senhor é sempre mais importante do que a nossa oferta. Vejamos a história de Abel e Caim. Ambos trouxeram o fruto do seu trabalho a DEUS. O primeiro teve a sua oferenda aceita, pois justo era o seu coração. Quanto ao segundo, por ser iníquo, foi rejeitado (Gn 4.6,7). Antes de atentar para a oferta, o Senhor contempla o ofertante.
Ananias e Safira poderiam ter vendido a propriedade pelo valor que bem entendesse e haver dado todo o montante, ou parte deste, à Igreja. Pedro deixou-lhes isso bem patente (At 5.4). Mas como o casal, buscando a própria honra, não mentiram somente a Pedro, mentiram também ao próprio DEUS (At 5.3).
 
SINOPSE DO TÓPICO (II) - DEUS observa o coração do ofertante, isto é, a sua verdadeira intenção e não o valor da oferta.
 
III. O EXTREMO DA DISCIPLINA
Ananias e Safira conheciam muito bem a doutrina dos apóstolos e não ignoravam o Antigo Testamento. Nas sinagogas, ouviam sábado após sábado, a leitura da Lei, dos Escritos e dos Profetas. Chegaram eles a conhecer a JESUS? É bem provável. Por conseguinte, não foram eles punidos inocentemente. Ao mentirem a Pedro, sabiam estarem ofendendo o ESPÍRITO SANTO. Eles sabiam que esse pecado era gravíssimo (Mt 12.32).
1. A sentença de morte. Confrontado pelo apóstolo Pedro, Ananias viu-se desmascarado. Naquele momento, aliás, vê-se ele diante do tribunal divino e do Senhor recebe a sentença pela boca do apóstolo: “Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS” (At 5.3,4).
Informa Lucas que, ouvindo a reprimenda de Pedro, Ananias caiu por terra fulminado. O mesmo aconteceria à sua esposa três horas depois (At 5.10). O casal que contra o Senhor peca unido, unido também perecerá. Não poderiam eles andar no temor e na disciplina divina?
2. A maldição é retirada do arraial dos santos. Se Ananias e Safira não houvessem sido confrontados e punidos, a Igreja de CRISTO, como um todo, sofreria por causa do anátema. Lembra-se do caso de Acã? Quando o pecado é revelado e a liderança não faz uso da disciplina, segundo os padrões bíblicos, toda a igreja sofre debaixo da maldição do pecado. Leia com atenção e temor o capítulo sete de Josué. Tomemos cuidado, pois DEUS não mudou. Ele continua o mesmo. Aliás, vejamos esta advertência de Pedro: “Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de DEUS; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de DEUS?” (1 Pe 4.17).
 
SINOPSE DO TÓPICO (III) - DEUS julga e condena o pecado e o remove do meio dos santos.
 
CONCLUSÃO
“O tolo despreza a correção de seu pai, mas o que observa a repreensão prudentemente se haverá” (Pv 15.5). A disciplina é uma prova de amor. DEUS requer que seus filhos andem de conformidade com a sua Palavra. Se errarmos, Ele certamente disciplinar-nos-á. No entanto, cuidado: DEUS não se deixa escarnecer.
Ananias e Safira, simulando uma justiça que não possuíam, mentiram para o próprio DEUS. Por isso foram mortalmente punidos. Andemos, pois, no temor do Senhor.
 
VOCABULÁRIO
Frívola: Leviana, fútil, sem valor.
Impingido: Aplicado.
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
MULDER, C. O. et al. Comentário Bíblico Beacon. 1.ed., Vol.2. RJ: CPAD, 2005.
 
EXERCÍCIOS
1. O que é disciplina?
R. Tanto pode ser ensino quanto correção.
2. O que nos ensina o episódio de Ananias e Safira?
R. Que não podemos mentir e nem enganar o ESPÍRITO SANTO.
3. Que paralelo podemos estabelecer entre o casal e Acã?
R. Tanto o casal como Acã tentaram enganar o ESPÍRITO SANTO e foram punidos com a morte.
4. O que pretendiam Ananias e Safira?
R. Desejavam demonstrar que tinham o coração desprendido dos bens materiais, o que era uma inverdade.
5. Você aceita com gratidão a disciplina divina?
R. Resposta Pessoal.
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliográfico
“O delito de Ananias não foi reter parte do preço do terreno; poderia ter ficado com tudo se quisesse; seu delito foi tentar impor-se sobre os apóstolos com uma mentira espantosa unida à cobiça, com o desejo de ser visto. Se pensarmos que podemos enganar a DEUS, fatalmente enganaremos a nossa própria alma. Como é triste ver as relações que deveriam estimular-se mutuamente às boas obras, endurecerem-se mutuamente no que é mau! Este castigo, na realidade foi uma misericórdia para muitas pessoas. Ele faria as pessoas examinarem a si mesmas rigorosamente, com oração e terror da hipocrisia, cobiça e vanglória, e a continuarem agindo assim. Impediria o aumento dos falsos crentes. Aprendamos com isto quão odiosa a falsidade é para o DEUS da verdade, e não somente evitar a mentira direta, mas todas as vantagens obtidas com o uso de expressões duvidosas e de significado duplo em nosso falar”.
(HENRY, M. Comentário Bíblico. 1.ed. RJ: CPAD, 2002, p.891)
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Bibliológico
O Pecado de Acã
“Certamente Acã descobriu que o pecado é uma emoção passageira. Houve a emoção de obter alguma coisa secretamente. Ele teve a emoção de conhecer uma coisa que os outros não conheciam. Ele teve a emoção de ser procurado. Finalmente, chegou à emoção de ser o centro das atenções, de ser ‘a manchete do dia’. Há pessoas dispostas a trocar suas vidas por essas compensações.
Mas a emoção teve vida curta. O que ele fizera foi logo descoberto por todos. O que ele havia escondido foi rapidamente manifesto a toda a sua nação. Aquilo que ele considerou valioso mostrou-se impotente para ministrar-lhe. Aquilo que ele teve orgulho tornou-se sua vergonha. Sua alegria transformou-se em tristeza. Sua emoção momentânea terminou numa morte violenta. Com ele pereceu tanto aquilo que ele havia roubado quanto o que era legitimamente seu. Ele recebeu o salário do pecado. Ele foi ‘sem deixar de si saudades’ (2 Cr 21.20).
Este evento evidencia o princípio de que somente aqueles que vivem vidas submissas diante de DEUS recebem ajuda do Senhor. Acã recusou-se a se submeter ao plano de DEUS. Ele carecia da santidade que daria permanência ao seu programa de vida.
O fato de que ‘nenhum de vós vive para si e nenhum morre para si’ (Rm 14.7) é ilustrado pela vida de Acã. Um homem pode contaminar uma comunidade tanto para o bem como para o mal. Paulo dá a essa ideia um cuidadoso desenvolvimento em sua carta aos coríntios. Ele conclui: ‘De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele’ (1 Co 12.26).
A vida de Acã também nos ensina que o pecado nunca está oculto aos olhos de DEUS. O Senhor sabe o que os olhos veem, o que o coração deseja e o que os dedos manipulam. Ele também sabe dos inúteis esforços do homem de tentar enganá-lo. Mais cedo ou mais tarde, um ser humano deverá encarar seus atos e prestar contas de todos eles.
Outra verdade importante é encontrada no fato de que, assim que o pecado foi expiado, a porta da esperança se abriu. O povo sentiu mais uma vez a segurança de que poderia avançar. Esta verdade continua em ação. Aquele que aceita o sacrifício de CRISTO pelo pecado imediatamente olha para a vida com esperança e segurança”.
(MULDER, C. O. et al. Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol.2. RJ: CPAD, 2005, p.45)
 
 
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Hebreus 12.6 – Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho.
 
Comentário Bíblico de Matthew Henry
12.5-11 Quem ama mais a seus filhos, o pai que lhes permite fazer o que lhes causa dano ou o que os corrige, disciplina e castiga para lhes ajudar a aprender o que é correto? Nunca é agradável ser corrigido e disciplinado Por DEUS, mas sua disciplina é um indício de seu amor profundo por nós. Quando DEUS lhe corrige, tome-o como uma prova de seu amor e lhe peça que lhe mostre o que está tratando de lhe ensinar.
12:11 Podemos responder à disciplina de diversas formas: (1) aceitá-la com resignação; (2) aceitá-la com compaixão de si mesmo, pensando que em realidade não o necessitamos; (3) ressentir-nos e nos ofender com DEUS por isso; ou (4) aceitá-la com gratidão, como a atitude apropriada para um Pai amoroso.
12:12, 13 DEUS não é só um pai que disciplina mas também um instrutor exigente que nos estimula a alcançar o máximo e demanda uma vida disciplinada. Embora pudéssemos não nos sentir o bastante fortes para alcançar a vitória, sentiremos a capacidade para continuar à medida que seguimos a CRISTO e dependemos de sua fortaleza. Assim podemos usar nossos crescentes força para ajudar a quem está perto de nós que são débeis e que estão lutando.
12:12, 13 A expressão "pelo qual" é um indício de que o que segue é importante! Não devemos viver só com nossa própria sobrevivência em mente. Outros seguirão nosso exemplo e temos uma responsabilidade com eles se afirmarmos que vivemos por CRISTO. Seu exemplo ajuda a outros a acreditar, seguir e maturar em CRISTO, ou quem o segue terminam confundidos e extraviados?
 
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Comentário bíblico John Wesley 
Disciplina na CORRIDA CRISTÃ ESPERANÇADA (Hb 12: 5-11)
12: 5 E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, e não desmaies quando por ele fores repreendido;
12: 6 Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho.
12: 7 Se suportais a correção, DEUS vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?
12: 8 Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.
12: 9 Além do que tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos: não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?
12: 10 Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade.
12: 11 E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.
 
Deuteronômio 8:5 Confessa, pois, no teu coração que, como um homem castiga a seu filho, assim te castiga o Senhor, teu DEUS.
II Samuel 7:14 Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens e com açoites de filhos de homens.
Salmos 32:1 Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.
Salmos 73:14 Pois todo o dia tenho sido afligido e castigado cada manhã.
Salmos 94:12 Bem-aventurado é o homem a quem tu repreendes, ó Senhor, e a quem ensinas a tua lei,
Salmos 119:71 Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.
Salmos 119:75 Bem sei eu, ó Senhor, que os teus juízos são justos e que em tua fidelidade me afligiste.
 
Provérbios 13:24 O que retém a sua vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, a seu tempo, o castiga.
Provérbios 19:18 Castiga teu filho enquanto há esperança, mas para o matar não alçarás a tua alma.
Provérbios 22:15 A estultícia está ligada ao coração do menino, mas a vara da correção a afugentará dele.
Provérbios 23:13 Não retires a disciplina da criança, porque, fustigando-a com a vara, nem por isso morrerá.
Provérbios 29:15 A vara e a repreensão dão sabedoria, mas o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe.
Provérbios 29:17 Castiga o teu filho, e te fará descansar e dará delícias à tua alma.
 
 
 
Moffatt diz: "É para disciplina que você tem que suportar. DEUS vos trata como filhos; para onde está o filho que não é disciplinado por seu pai? "JB Phillips diz explicitamente:" Não verdadeiro filho já cresceu não corrigido por seu pai. "
Cinco aspectos distintos da disciplina cristã são tratados nestes versos.
(1) A primeira diz respeito à relação de disciplina para filiação (vv. He 12:5-6 ). A educação da fé através da disciplina parental agora é a preocupação do autor. A partir do exemplo anterior e inspiração de CRISTO, a consideração agora se volta para castigo paterno, com vista à correção. Visto que CRISTO aprendeu a obediência através do sofrimento (He 5:8 ).
Os leitores são repreendeu por não ter em mente uma admoestação Antigo Testamento com o qual eles eram evidentemente familiares. Essa advertência, feita a partir de Pv 3:11 , estabelece a razoabilidade ou sabedoria de disciplina paterna, um aviso contra a tomada de tal disciplina de ânimo leve, instrução para não desanimar debaixo da vara disciplinar, e uma explicação sobre o propósito da disciplina de DEUS. O autor deixa claro que a vida cristã não pode ter nenhum significado ou valor além da disciplina, como de fato é verdade para toda a vida. É uma das principais funções e responsabilidades da paternidade para administrar disciplina para seus filhos. Na verdade, é uma das marcas do verdadeiro amor paternal, porque revela genuína preocupação do pai para maior bem de seu filho. Fora de sua sabedoria maior conhecimento e mais madura que ele é mais capaz de julgar o que é no melhor interesse de seu filho em excesso de todas as situações da vida. Esta é a razão de algum tipo de exigências educacionais são colocadas sobre as crianças de todas as sociedades, com a responsabilidade parental para impor o cumprimento desses requisitos. Estes requisitos podem ser informais ou formais. Mas, em qualquer caso, eles são considerados como necessárias nos superiores interesses da juventude e do futuro bem-estar da sociedade. A disposição dos jovens para descontar e até, por vezes, se rebelar contra a autoridade dos pais é bem ilustrada pela piada do humorista americano Marcos Twain. Ele pensou que seu pai extremamente ignorante quando ele próprio tinha dezessete anos de idade, mas ele ficou surpreso ao observar o quanto o "homem velho" tinha aprendido pelo tempo Marcos tinha vinte e um anos de idade. O filho pródigo (Lc 15:11) se revoltaram contra a autoridade parental e dissipou seus recursos numa vida devassa. No fim das contas, era necessário que ele retorne para e aceitar de seu pai, os princípios da boa vida antes que ele pudesse fazer qualquer progresso substancial na vida. Tal é igualmente verdade dos crentes em sua relação com o Pai celestial. O reconhecimento e aceitação do direito de controle disciplinar sobre suas vidas do Pai celeste são do crente mais certas marcas da verdadeira filiação espiritual.
(2) O segundo aspecto da disciplina cristã reflete a sabedoria do Pai celeste em sua administração de disciplina aos filhos: com você como filhos (v. He 12:7 ). Observa-se que o plural, filhos , é aqui empregada pelo autor. Esta estrutura gramatical não é sem razão. A eficácia salvífica da cruz de CRISTO não anula personalidades ou destruir as diferenças individuais. Ele faz libertá-los da escravidão restritiva que o pecado lhes impôs e purifica-los da poluição do pecado. Eles são, no entanto, redimiu indivíduos. Agora, qualquer pai que teve a experiência de criar mais de um filho sabe muito bem que não há duas crianças são exatamente iguais em suas personalidades. Além disso, tal pai sabe igualmente bem a impossibilidade de aplicar os mesmos métodos de disciplina para crianças diferentes com a mesma eficácia. A individualidade de cada criança pede compreensão cuidadosa e a administração do tipo particular de disciplina, e da aplicação específica dessa disciplina, que é mais adequado e eficaz na vida da criança em questão. Se este princípio é verdadeiro no nível puramente humano, é igualmente verdade sobre o nível de filiação espiritual do homem. Certamente DEUS, o Pai Celestial não é menos sábio, compreensão, e apenas na disciplina de seus filhos do que é um pai humano. Assim, os métodos mais severos são chamados para no disciplinamento de alguns de seus filhos do que com os outros. O princípio importante ter em mente é que o Pai Celestial é todo sábio, e que Ele sinceramente ama cada um de Seus filhos. Assim, com a Sua sabedoria e bondade não é sempre expressa Sua maior vontade e propósito para cada um de Seus filhos. Este é basicamente verdadeiro independentemente da gravidade da disciplina.
(3) O terceiro princípio estabelecido pelo autor é que, na ausência de disciplina verdadeira filiação não é e não pode existir: Mas, se estais sem disciplina ... logo, sois bastardos e não filhos (v. He 12:8 ). JB Phillips diz caracteristicamente, "No verdadeiro filho nunca cresce não corrigido por seu pai. Porque, se você não tinha nenhuma experiência da correção que todos os filhos têm de suportar, você pode muito bem duvidar da legitimidade de sua filiação. "É evidente que a primeira cláusula deste versículo se refere o versículo 6 .
Barclay observa que, sob a lei romana, bem conhecido e compreendido pelos leitores, foi o famoso pátrio poder , ou o poder do pai. Esta disposição legal deu o poder soberano pai ao longo de toda a sua família, desde que ele viveu. Este prorrogado até mesmo para seus netos e seus filhos. Esta disposição tornou legal para o pai para manter ou descartar seu filho recém-nascido, para punir ou negar um filho, para vendê-lo como escravo, ou mesmo para executar ou ordenar a execução de seu filho se ele considerou justificável. Na verdade, ele geralmente chamado de Conselho dos membros responsáveis ​​da família para consulta antes de tomar as medidas mais drásticas, mas ele não foi obrigado por lei a fazê-lo. Embora a opinião pública, eventualmente, impedido o exercício do pai do seu direito legal de executar seu filho, isso ocorreu tão tarde como Augustus (27 BC-AD 14). Nero aliviou-se da responsabilidade problemático de mais de um membro da sua família com impunitas (isenção de pena), embora a legalidade de seus atos pode ficar em dúvida. Tais direitos paternos não eram desconhecidos para os hebreus durante o tempo patriarcal, e até mesmo mais tarde, períodos nos termos da lei (conforme Gn 22:1).
(4) O quarto fator diz respeito ao verdadeiro propósito da disciplina na vida do crente. Uma prestação de esta passagem afirma claramente: "Disciplina, sem dúvida, nunca é agradável; no momento em que parece doloroso, mas no final ele produz para aqueles que têm sido por ela exercitados, a colheita pacífica de uma vida honesta "(v. He 12:11 , NEB). A ordem de disciplina aqui sugerido é sofrimento, a resistência, e frutas. O sofrimento é grave e difícil de tomar, se o objetivo não é claramente compreendido. Resistência  requer paciência no sofrimento. O sofrimento com paciência por amor de CRISTO nunca deixa de produzir o fruto pacífico de justiça. O homem não é salvo pela disciplina do sofrimento, mas ele é experiente assim. Assim, todo o resultado depende da atitude tomada na experiência da disciplina.
Barclay vê cinco possíveis atitudes que podem ser assumidos na experiência da disciplina. Em primeiro lugar, a atitude estoica de demissão pode ser assumida. Isso também é característica de cerca de um terço de um bilhão de muçulmanos no mundo atual. Esta é, no entanto, um derrotismo em vez de uma atitude dispostos cooperativa.
Em segundo lugar, a disciplina pode ser aceite com a atitude de um "sentimento desagradável de começá-lo sobre o mais rapidamente possível", uma espécie de atitude dura lábio superior. Esta atitude se encontra com o sofrimento de disciplina com desafio, mas não com gratidão que amadurece a alma em justiça.
A terceira atitude é autopiedade que acaba por conduzir ao colapso total. Ele não admite a partilha de tristeza ou sofrimento com DEUS ou aos outros. É bastante abraça a sua própria seio todos os seus sofrimentos e é destruído por eles no final.
A quarta atitude é de a aceitação da disciplina porque é inevitável e inescapável, mas aceita-se com ressentimento escondido que envenena a alma, perverte conceitos do sofredor de DEUS e da realidade, e pode até mesmo produzir uma disposição de vingança para com DEUS e da própria vida .
A quinta e última atitude é a que vê na disciplina a mão amorosa de um DEUS todo-sábio e benevolente trabalhar fora Seus maiores efeitos na vida de seu filho. Ele leva seus sofrimentos como um favor do Pai Celestial e é grato. Ele aplica o princípio de Romanos Mt 8:28 a sua experiência e com paciência e obedientemente carrega a mão pesada da aflição na fé que ele vai ser o melhor para ele. Ele considera suas disciplinas como um favor de DEUS e se alegra de que estejam sendo considerados dignos de sofrer por causa da justiça (conforme Mt 5:10. ).
Barclay cita Jerome como tendo dito: "A maior raiva de tudo é quando DEUS não mais com raiva de nós é quando pecamos." Ele parece ter significado maior castigo do homem é o de tornar-se abandonado ao seu pecado, como um réprobo sem esperança. Três vezes no terrível descrição de Paulo da descida do homem dentro do redemoinho da iniquidade e degeneração no primeiro capítulo de Romanos ele usa a expressão: "DEUS os entregou" (Rm 1:24a , Rm 1:28b ; conforme Lc 13:34)
 
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Barclay - Comentários de Hebreus Capítulo 12
A carreira e a meta — He 12:1-2. Há muitas maneiras nas que a pessoa pode considerar a disciplina que DEUS lhe envia.
Pode aceitar a disciplina resignadamente. Isto é o que faziam os estóicos que pensavam que nada neste mundo acontecia sem a vontade de DEUS. Portanto, afirmavam, não há outra saída senão a aceitação. Agir de outra maneira é simplesmente golpear a cabeça contra as muralhas do universo e não querer aceitar o inevitável. Trata-se certamente de uma aceitação. Pode ser que seja até a aceitação da sabedoria suprema; mas apesar de tudo é uma aceitação não do amor de um pai, mas sim de seu poder. Não é uma aceitação voluntária mas sim uma aceitação derrotada.
Pode-se aceitar a disciplina com o lúgubre sentimento de que
passe o mais rapidamente possível. Um famoso romano da antiguidade dizia: "Não deixarei que nada interrompa minha vida". Se a pessoa aceitar a disciplina desta maneira, ele o faz com uma turva determinação mas considerando-a como uma correção e aflição que devem superar-se com desafio e não certamente com gratidão.
Pode-se aceitar a disciplina com uma autocomiseração que o conduz finalmente ao fracasso. Há pessoas que quando se vêem vítimas de alguma situação difícil dão a impressão de ser os únicos do mundo golpeados ou afligidos pela vida. Perdem-se na autocomiseração. Ainda que se trate da perda de um ser querido, por quem sofrem todo o tempo é por si mesmas.
Alguém pode aceitar a disciplina como um castigo que os ofende. É estranho que nessa época os romanos não vissem nos desastres nacionais e pessoais mais que a vingança dos deuses.
Luciano escreveu: "Roma teria sido efetivamente feliz e seus cidadãos felizes, se os deuses se preocupassem tanto em cuidar dos homens como em ser exigentes na vingança".
Tácito mantinha que os desastres da nação eram a prova de que os deuses não se interessavam pela segurança dos homens, mas sim em seu castigo. Até há aqueles que consideram a DEUS como um DEUS vingativo. Quando algo lhes acontece ou aos que amam, eles se perguntam: "O que é que eu fiz para merecer isto?" E o perguntam em tom e com um espírito tais que evidenciam que consideram tudo como um castigo injusto e imerecido de parte de DEUS. Jamais lhes ocorre perguntar: "O que é o que DEUS quer me ensinar? O que quer fazer de mim? O que quer fazer comigo por meio desta experiência que me sobreveio?"
Desta maneira chegamos à última atitude. Também existem os que vêem nas coisas difíceis da vida a disciplina de um pai amante.
Jerônimo dizia algo paradoxal mas verdadeiro: "A maior ira de todas é que DEUS não se ire mais conosco quando pecamos". Queria dizer que o castigo supremo é que DEUS nos abandone como indóceis, incuráveis e irremediavelmente cegos.
O verdadeiro cristão sabe que tudo o que lhe sobrevém procede de um DEUS que é um Pai e que, "a mão de um pai jamais causará a seu filho uma lágrima inútil". Sabe que tudo o que acontece significa algo, tem um propósito, leva o desígnio de fazer dele um homem melhor e mais sábio.
Daremos fim à autocomiseração, ao ressentimento e à queixa rebelde se lembrarmos que não há disciplina de DEUS que não tenha suas fontes no amor, e que não esteja ordenada para o bem.
 
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 Estímulo na Correção (12:5-11) Beacon - Comentários de Hebreus Capítulo 12 
O autor agora se volta às Escrituras, para desenvolver uma filosofia de sofrimento cristão. A sua tese básica é que os sofrimentos deles deveriam ser interpretados como correção e como evidência de filiação e favor divino — portanto, não uma ocasião para desânimo, mas para encorajamento.
a) A premissa bíblica (12:5-8). Debaixo da pressão das circunstâncias adversas é fácil esquecer os textos relevantes da Palavra de DEUS, que servem para nos confortar e firmar em tempos de necessidade (SI 119:49-52, 105-107). E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos, ele repreende. A admoestação seguinte é de Provérbios 3:11-12 (LXX; cf. Ap 3:19) : Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido (5). Em geral, correção (paideias) refere-se à disciplina, treinamento e instrução (pediatria e pedagogia são termos modernos baseados no termo grego pais) ; neste contexto, o lado desagradável da disciplina está na mente do autor. No versículo 6, o castigo é especificado, significando castigo corporal — ou seja, o uso da vara. Nosso Pai celestial sabe dos benefícios do conselho que deu aos pais humanos na Palavra (Pv 13:24). A pedagogia moderna, que eliminou a vara, não produziu crianças melhores. Alguém disse: "Se a psicologia da permissividade estivesse certa, seríamos uma nação de santos". Desprezar isto significa "negligenciar, considerar levianamente, dar pouca importância". Se tivermos uma atitude errada em relação à disciplina, perderemos o seu benefício.
Esta correção não é uma expressão do desprazer de DEUS, mas do seu favor. Porque o Senhor corrige o que ama (6). Se você está experimentando a correção de DEUS, deveria sentir-se confortado pelo fato de que DEUS está simplesmente nos tratando como filhos (7). Que privilégio elevado ser tratado por DEUS como seus filhos! Antes ser corrigido por DEUS do que ser mimado pelo diabo! A pergunta retórica: porque que filho há a quem o pai não corrija? Subentende-se aqui que já que isto é esperado dos pais humanos como um padrão normal de educação, não deveríamos estar surpresos quando DEUS, como Pai, age de acordo com o seu papel característico. Também se subentende que todos os filhos humanos são imperfeitos, tanto assim que uma ausência de correção pode sugerir uma falta do interesse verdadeiramente paternal ou de laços paternais: Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois, então, bastardos e não filhos. Prosperidade demais e lisonja podem ser um mau sinal. Isto deveria ser lembrado quando os charlatães modernos pregam uma religião de "saúde, riqueza e prosperidade". DEUS está interessado em salvar almas e desenvolver um caráter forte, não em cuidar para que "todos tenham um tempo agradável". O que podemos concluir até aqui?
Que os reveses e adversidades da vida são enviados ou permitidos por DEUS como um valor disciplinar.
Todos nós precisamos desta disciplina; portanto, ela deveria ser aceita com humildade e gratidão, em vez de com ressentimento e inquietação.
Que não estamos sozinhos nessas experiências, porque elas são universais para os filhos de DEUS e deveriam ser esperadas.
Que elas são a evidência mais segura possível, não do desinteresse de DEUS, mas do seu profundo interesse e preocupação por nós como indivíduos — membros da família real.
O exemplo dos pais (12.9,10). Além disso, o autor pergunta, visto que temos este tipo de correção de nossos pais humanos e os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? (9) O dever dos pais no treinamento cuidadoso e firme dos filhos era universalmente reconhecido entre os judeus. O desrespeito e a rebelião eram quase desconhecidos. Certamente, eles não deveriam ter dificuldades em ver uma adequação lógica ainda maior em aceitar a mesma coisa de DEUS, o Pai dos espíritos, de quem nossa vida eterna é derivada. Homens são pais biológicos; DEUS é nosso Pai espiritual (Jo 1:12). Esse relacionamento familiar é espiritual, embora tão real quanto o relacionamento físico com um pai humano. Esta frase não necessariamente infere apoio bíblico ao "criacionismo" como uma teoria para a origem das almas individuais. Ela é simplesmente uma afirmação de que o nosso relacionamento com DEUS é mais essencial para o homem interior e mais eterno em natureza do que o nosso relacionamento com nossos pais humanos.
Há ainda uma outra razão para conceder a DEUS um respeito ainda maior: Nossos pais humanos eram faltosos na administração da disciplina, mas tal coisa nunca pode ser atribuída a DEUS. Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia (10) ; ou "segundo lhes parecia melhor".' O versículo não infere que eles castigavam apenas para sentirem-se melhor, mas de acordo com o que julgavam ser certo na época; e, muitas vezes seus métodos não eram os mais conducentes com o fim desejado. Tal falha não pode ser atribuída a DEUS: mas este, para nosso proveito (epístola to sumpherom); a frase deveria provavelmente ser traduzida da seguinte forma: "de acordo com o que é apropriado".
A finalidade exata é expressa: para sermos participantes da sua santidade (lit., "para a participação da sua santidade"). Este é o alvo e desejo supremo de DEUS para o homem e é o objetivo de todos os seus atos redentores. Podemos não compartilhar dos atributos naturais de DEUS que pertencem somente à divindade — como onisciência, onipotência etc. Mas podemos ser semelhantes a Ele na santidade, visto que esta é uma qualidade moral possível (por meio da graça) para todos os agentes morais pessoais. E esta é a única base suficiente de comunhão (1 Pe 1:14-16).
 
 
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Comentário Bíblico da versão NVI
NVI F. F. Bruce - Comentários de Hebreus Capítulo 12 do versículo 1 até o 20
Aplicação do princípio da fé à vida (Hebreus 12:1-24)
a) A vida como uma corrida (12:1-4)
Os muitos heróis da fé listados no cap. 11 se tornam para o autor um anfiteatro de espectadores torcendo pelo corredor cristão que está indo em direção ao alvo. Aliás, eles são mais do que espectadores; são testemunhas (gr. martyres) interpretando o significado da vida para ele. Eles encorajam o cristão por meio da vida deles, que torna claro o sucesso garantido da participação persistente, para se livrar de tudo o que [...] atrapalha, e do pecado que [...] atrapalha (v. 1) o cristão. Esta expressão traduz a palavra grega euperistatos(lê-se ioperistatós – grego), que é dificultada pelo fato de que pouco resultou do estudo etimológico do seu significado. Como está na NVI, descreve os efeitos obstruidores de um manto que se apega ao corpo (e assim atrapalha os movimentos), o que pode ser uma referência aos pecados de se afastar da fé, da frouxidão espiritual, da falta de exercício espiritual, da imaturidade, que podem levar a pessoa a perder a corrida da vida. O manuscrito grego mais antigo de Hebreus que possuímos traz uma palavra diferente, euperispastos, que significa “distrair-se facilmente”. Essa palavra se encaixa bem com a imagem de um corredor cujos olhos devem estar fixos somente no alvo. Esse alvo é JESUS (v. 2), que participou das nossas experiências humanas. Ele não é somente o objeto da visão da fé, mas é também o seu maior encorajador, pois é seu autor e consumador (v. 2). Como autor, ele mesmo participou nesse crer (conforme 2.13). Ele abriu a trilha da fé para que os cristãos a seguissem, pois a sua experiência humana foi conduzida pela fé, e não pela visão. Mas ele é também o aperfeiçoador da fé, pois tudo pelo que a fé espera encontra a sua consumação nele. JESUS é também um exemplo do encorajamento para a fé no fato de que suportar a cruz foi o preço que ele pagou voluntariamente pela (gr. antí) alegria que lhe fora proposta (v. 2; conforme v. 16, em que o autor cita o fato de que o direito de primogenitura de Esaú foi o preço que ele pagou por \anti\ uma simples refeição). Assim, os crentes são encorajados a considerar seus sofrimentos (menores, evidentemente, que os de CRISTO) como um pequeno preço a pagar pelo galardão a ser garantido no final da corrida proposta para eles. A escolha da cruz, no entanto, resultou na exaltação de CRISTO à direita do trono de DEUS (v. 2). Por causa da sua vida exemplar, portanto, que incluiu aceitar a oposição dos pecadores, os cristãos são encorajados a pensar naquele que suportou tal oposição (v. 3), a observar cuidadosamente a sua vida de perseverança inabalável para que assim, na sua experiência, eles estejam capacitados a decidir pelo mesmo caminho de sofrimento, se a lealdade a DEUS exigir isso, em vez do caminho do alívio fácil (v. 3,4). Assim, eles vão terminar a corrida, embora o cansaço os tente a desistir e parar. A vida de JESUS, portanto, é um chamado à perseverança, pois a corrida “não é uma arremetida rápida para a glória, mas uma corrida longa que exige perseverança” (A. C. Purdy, Comm., p. 739).
 
b) À vida como educação (12:5-24)
Na seção seguinte (v. 5-24), o autor explica o significado dos sofrimentos e tribulações como a disciplina (não “castigo” ou “punição”) de um Pai amoroso (conforme v. 6), cujo propósito com isso é educar (gr. paideuein) seu filho. Assim, no caso do cristão, o sofrimento é o processo educativo de DEUS pelo qual ele é forjado a se tornar participante da santidade de DEUS (v. 10). E um elemento necessário no relacionamento de Pai—filho como o autor demonstra com base no seu livro de evidências — o AT (Pv 3:11, Pv 3:12), e com base na analogia da paternidade humana (v. 8,9). Se você não está sendo educado e disciplinado, não é filho legítimo (v. 8). Sendo esse o caso, a atitude adequada a adotar em relação ao sofrimento é a de submissão: ... devemos submeter-nos ao Pai dos espíritos (uma expressão que contrasta com pais humanos e que significa o “Pai espiritual”),para assim vivermos! (v. 9). A disciplina, embora dolorida, mais tarde produz fruto de justiça e paz (v. 11), mas somente para aqueles que se exercitam por meio dela, isto é, “aqueles que pela prática adquiriram a capacidade de reagir de forma correta à aflição” (Narborough, Comm., p. 143; conforme 5.14). Estes entendem que as circunstâncias da sua vida são ditadas pelo DEUS que dirige seu destino por meio da sua infalível onisciência, e cuja natureza toda amorosa promove ativamente o seu mais elevado bem-estar.
Junto com a disciplina de DEUS, no entanto, o autor encoraja à autodisciplina e à disciplina que vem por meio do poder da “mútua influência” (v. 12-17): fortaleçam as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes. Façam caminhos retos... (v. 12ss). Aqui novamente ele se volta ao real problema que os seus leitores estavam enfrentando — a frouxidão espiritual que resulta do afastamento gradativo do DEUS vivo. Somente agora ele usa a imagem da debilitação. O “fracasso final”, ele adverte, “vem do enfraquecimento contínuo. A força interior é debilitada pouco a pouco” (Westcott, Comm., p. 398). As admoestações no v. 14 são dirigidas ao indivíduo e parecem um eco do Sermão do Monte (cf. Mt 5:8, Mt 5:9). A expressão “ver o Senhor” é uma forma comum no AT de descrever a “adoração aceitável” (conforme Is 6.1-5), provavelmente significa uma pessoa cujo coração foi afastado do Senhor e se torna “uma raiz que produz fruto venenoso e amargo”, assim causando problemas na comunidade cristã e corrompendo muitos outros além de si (v. 15). A Igreja também deve se empenhar para que não surja nenhum segundo Esaú entre eles, um indivíduo imoral ou profano (v. 16), uma pessoa que não valoriza as coisas espirituais (Gn 25:29ss). O autor adverte que uma decisão como a de Esaú é irrevogável. Esaú não teve como alterar a sua decisão, embora buscasse a bênção com lágrimas (v. 17).
Aceitem a disciplina de DEUS, o autor adverte, e disciplinem-se a si mesmos, porque como cristãos vocês têm vantagens muito maiores do que aqueles que viviam sob a antiga aliança, e o final deste processo educativo é muito mais glorioso do que o anterior. A antiga aliança foi inaugurada no monte Sinai, um monte que se podia tocar (v. 18), um monte material e temporal. A nova aliança foi posta em vigor no monte Sião, a Jerusalém celestial, a cidade do DEUS vivo, o mundo real, espiritual e eterno (v. 22; conforme Ap 3:12; Ap 21:0.2ss; G1 4.26ss). A antiga foi estabelecida numa atmosfera de pavor. Um fogo resplandecente ardia, trevas estavam em todo lugar. Houve uma tempestade e o som de uma trombeta. O povo suplicou para não ouvir mais (v. 19; cf. Dt 4:11,Dt 4:12; Êx 20:18; Dt 5:2,13).
Até Moisés tremeu com temor (v. 21, mas conforme Dt 9:19 e seu contexto). Mas a nova não é assim; há em torno dela uma atmosfera de alegria, paz e confiança, embora ao mesmo tempo de reverência. Aqui há um encontro festivo (gr. panêgpris). Presentes nele estão os anjos e a assembleia dos santos, dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus (v. 23), “já não separados, como no Sinai, por sinais de grande pavor, mas unidos em uma grande assembleia” (Westcott, Gomm., p. 413). DEUS, o juiz de todos os homens (v. 23), também está lá, como também os espíritos dos justos aperfeiçoados (v. 23). JESUS está lá também, cujo sangue aspergido fala melhor do que o sangue de Abel (v. 24). O de Abel clamou por vingança; o de CRISTO súplica por perdão. E para esse encontro festivo que os cristãos são convidados (gr. proserchesthai, i.e., a virem como adoradores).
 
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A excomunhão no protestantismo
O protestantismo até prevê a excomunhão, mas na prática ela não existe. Nos tempos antigos, quando o protestantismo saia do berço, os chamados “hereges” eram queimados vivos.[6] Em geral, o protestantismo fala da excomunhão como se aplicando apenas ao passado. O erudito John Gill, do movimento Batista, explicou sobre a passagem de 1 Coríntios 5:11:
[os excomungados] não deviam apenas ser removidos de sua sociedade religiosa, [ou] da comunicação com a igreja, e impedidos de se sentarem juntos [para] comer à mesa do Senhor, ou em seus banquetes fraternais, mas também lhes deviam ser negadas a conversa civil e a intimidade com eles. [O grifo é meu][7] (Sobre 1 Coríntios 5:11)
   John Gill adiciona que tal procedimento servia para “envergonhar tais ofensores e levá-los ao arrependimento”.
 Adam Clarke, erudito bíblico e teólogo protestante renomado, explicou que os cristãos não deviam “ter nenhuma comunicação com tal pessoa, nem em coisas sagradas nem em civis”.[8]
Albert Barnes, teólogo protestante, também explicou algo similar:
Esta completa separação e afastamento de toda a comunicação eram necessários nesses tempos para proteger a igreja de escândalo, e dos relatos injuriosos que circulavam. [O grifo é meu] (Sobre 1 Coríntios 5:11)[9]
Norman Champlin, famoso erudito protestante, explicou que a desassociação requer o término dequalquer associação social com tal pessoa, como tomar uma refeição com ela, em sua residência, e nem seja tal pessoa convidada para tal coisa na residência de algum crente. Isso segue os passos da exclusão entre os judeus, a qual não envolvia somente a sinagoga, mas também cobria as situações sociais. [O grifo é meu.][10]
   Champlin acrescentou que a desassociação “serve para mostrar [ao pecador] que a igreja está profundamente preocupada com a questão,” que o pecado em questão exige “medidas drásticas”, e que o crente deve compreender que “isso visa ao seu próprio bem.” (p. 76) Champlin adiciona:
Uma disciplina severa pode produzir o bom efeito de fazer o crente errado voltar ao bom senso, e, finalmente, ao arrependimento autêntico. (p. 76)
   Matthew Henry, teólogo anglicano, explicou:
Aqui o apóstolo os aconselha a evitar a companhia e a conversa com os que são escandalosos. [...] [Os cristãos] deveriam evitar toda a familiaridade com ele; eles não deveriam ter comércio com ele; mas, para que pudessem envergonhá-lo e levá-lo ao arrependimento, deveriam negá-lo e evitá-lo. Note que os cristãos devem evitar a conversa familiar com companheiros cristãos que são notoriamente maus e sob censura justa por suas práticas flagrantes, a qual traz desgraça sobre o nome cristão.[12]
    Joseph Benson, teólogo protestante, afirmou sobre a igreja em relação ao desassociado:
Não [deve] ter contato ou comunhão com ele de qualquer espécie; [...] Um curso semelhante é ordenado por João; em 2 Jo 1:10-11. Isso se refere ao contato da vida comum, e não particularmente à comunhão. O verdadeiro cristão deveria renegar completamente essa pessoa e não fazer nada que parecesse implicar que a considerava um irmão cristão. Veremos aqui que a regra era muito mais rigorosa em relação a alguém que professava ser cristão do que àqueles que eram conhecidos e reconhecidos pagãos.[13]
   Com base nesses comentários feitos por eruditos protestantes vemos que existe grande consenso entre tais de que o tratamento a um excomungado inclua o fim de toda a comunicação e associação com tal.
 
 
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REVISTA CPAD 1TR24 NA ÍNTEGRA
 
Lição 8, A Disciplina Na Igreja, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
 
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – A NECESSIDADE DA DISCIPLINA BÍBLICA
1. DEUS é santo 
2. A Igreja é santa
3. Quando a igreja não disciplina
II – O PROPÓSITO DA DISCIPLINA BÍBLICA
1. Manter a honra de CRISTO
2. Frear o comportamento pecaminoso
3. Não tolerar a prática do pecado
III – AS FORMAS DE DISCIPLINA BÍBLICA
1. A disciplina como modo de correção
2. A disciplina como forma de restauração
3. A disciplina como modo de exclusão
 
 
TEXTO ÁUREO
“E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido.”
(Hb 12.5).
 
VERDADE PRÁTICA
A disciplina cristã é uma doutrina bíblica necessária, pois permite ao crente refletir o caráter de CRISTO.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Lv 11.44 O Senhor nosso DEUS é santo
Terça – 1 Pe 1.14,15 O povo de DEUS deve ser santo
Quarta – Rm 2.22-24 DEUS deve ser honrado na vida
Quinta – 1 Co 5.6  O poder contagioso do pecado
Sexta – Gl 6.2 Levando as cargas uns dos outros
Sábado – Hb 12.7 DEUS corrige a quem ama
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Hebreus 12.5-13
5 - E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido;
6 - porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho.
7 - Se suportais a correção, DEUS vos trata como filhos; porque que filho há a quem o pai não corrija?
8 - Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois, então, bastardos e não filhos.
9 - Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?
10 - Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade.
11 - E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.
12 - Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados,
13 - e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente; antes, seja sarado.
 
 
Hinos Sugeridos: 4, 33, 153 da Harpa Cristã
 
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Caro professor, prezada professora, esta lição tem como finalidade apresentar a prática da disciplina na igreja. Haja vista o nosso DEUS ser santo, convém que os seus servos o sirvam em santidade. Por essa razão, a disciplina é uma prática indispensável para a igreja, pois tem  o propósito de corrigir maus comportamentos, afugentar o pecado e preservar o bom testemunho cristão.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Mostrar a necessidade de disciplina na igreja; II) Destacar que a disciplina tem como propósito preservar a honra cristã e repelir a prática do pecado; III) Apresentar as diferentes formas de disciplina elencadas na Bíblia.
B) Motivação: A disciplina sempre existiu entre o povo de DEUS. Desde os tempos em que os hebreus saíram da escravidão no Egito até os dias atuais, a disciplina tem sido o método instituído pelo Senhor como forma de preservar a santidade e a comunhão com o seu povo. Esse processo pode ser compreendido pela forma como DEUS usou a Lei, os profetas e, por fim, seu próprio Filho anunciando a mensagem do Reino.
C) Sugestão de Método: Nesta lição, a compreensão do processo de disciplina é fundamental para que os crentes possam manter-se compromissados com o Evangelho. Análise com seus alunos os métodos de disciplina instruídos na Bíblia, especificamente, nas Cartas Pastorais. Em seguida, relacione se tais métodos têm sido adotados com frequência atualmente e converse com seus alunos sobre o que pode ser feito para estimular a prática da disciplina na igreja.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A prática da disciplina, embora pareça indigesta para alguns crentes, não deve ser entendida como uma punição que tem a pretensão de humilhar o pecador. Antes, a disciplina é a prova mais clara de que o Senhor repreende e corrige a todos que Ele ama. Nesse sentido, o crente deve aceitar a disciplina como indispensável para melhorar o seu comportamento e testemunho cristãos.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p. 40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Correção”, localizado depois do primeiro tópico, traz a definição do conceito de correção e o seu propósito na vida cristã; 2) O texto “DEUS disciplina seus filhos”, ao final do terceiro tópico, amplia a reflexão sobre o bom efeito da disciplina. A forma como os pais corrigem seus filhos exemplifica e justifica por que DEUS também aplica a correção para com os seus filhos por adoção.
 
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos sobre a prática da disciplina na igreja. Embora seja muito necessária, a disciplina como prática da Igreja Cristã vem sendo esquecida e negligenciada por muitos. Ora, uma igreja que não corrige seus membros perdeu a sua identidade, não passando de um mero grupo social. O resultado disso são igrejas fracas, anêmicas e sem testemunho cristão. Por isso, o nosso assunto da disciplina cristã como um processo formativo do caráter cristão nas modalidades corretiva e formativa.
 
 
I – A NECESSIDADE DA DISCIPLINA BÍBLICA
1. DEUS é santo 
Santidade é um dos atributos de DEUS e, por isso, é uma das causas que justificam a necessidade da disciplina na igreja: “Eu sou santo” (Lv 11.45). DEUS é santo e como tal deve ser reconhecido. JESUS mostrou na oração do Pai Nosso a necessidade de reconhecermos a santidade de DEUS: “santificado seja o teu nome” (Mt 6.9). Quando DEUS se faz presente, a nossa pecaminosidade se evidencia: “E, vendo isso Simão Pedro, prostrou-se aos pés de JESUS, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, por que sou um homem pecador” (Lc 5.8). Assim, quando o comportamento pecaminoso na vida do crente não é corrigido, a santidade de DEUS deixa de ser reconhecida.
 
2. A Igreja é santa
DEUS é santo e a igreja também deve ser: “Sede santos porque eu sou santo” (1 Pe 1.16). Ao formar seu povo, tanto na Antiga como na Nova Aliança, o desejo do Senhor é que ele fosse um povo separado. Na verdade, a palavra grega hagios (lê-se chadêos), traduzida como “santo”, possui o sentido de “separado” ou “consagrado”.
 
 
3. Quando a igreja não disciplina
Se a igreja, como Corpo de CRISTO deve ser santa (1 Co 3.16), da mesma forma o cristão, como membro desse Corpo, o deve ser também (1 Co 6.19). A santidade faz parte da identidade do cristão (Ef 1.1). Logo, a falta de disciplina acaba embotando essa identidade. Surge, então, a imagem do crente “mundano” ou “carnal”. Na verdade, esses adjetivos revelam de fato um crente indisciplinado. Alguém que não tratou, ou não foi tratado, aquilo que acabou se tornando um hábito pecaminoso. Nesse sentido, a falta de disciplina acaba destruindo o limite entre o sagrado e o profano. Portanto, uma igreja que não disciplina seus membros torna-se mundana (Ap 3.19).
 
SINÓPSE I - Santidade é um dos atributos de DEUS e, por isso, é uma das causas que justificam a necessidade da disciplina na igreja.
 
 
II – O PROPÓSITO DA DISCIPLINA BÍBLICA
1. Manter a honra de CRISTO
Quando o pecado não é tratado na vida do crente, CRISTO é desonrado: “o nome de DEUS é blasfemado entre os gentios por causa de vós” (Rm 2.24). Se não corrigido, o comportamento pecaminoso compromete o testemunho cristão. No caso da igreja de Corinto, onde um dos seus membros adotou um comportamento flagrantemente pecaminoso sem, contudo, ter uma resposta enérgica da igreja, condenando essa prática, levou o apóstolo Paulo a censurá-la (1 Co 5.2). Não é possível alguém adotar um comportamento pecaminoso sem que com isso incorra em julgamento divino (1 Co 11.27-34; Ap 2.14,15).
2 Co
2:3 A carta anterior do Paulo não foi 1 Coríntios a não ser uma escrita entre 1 e 2 Coríntios, pouco tempo depois de sua improvisada e penosa visita (2.1). Paulo se refere a esta carta novamente em 7.8.
2:4 Paulo não desfruta repreendendo a seus amigos e seguidores, mas sim está bastante preocupado por eles, por isso os confronta com suas ações equivocadas. Pv 27:6 diz: "Fiéis são as feridas do que ama; mas inoportunos os beijos de que aborrece". Algumas vezes nossos amigos optam por decisões que sabemos que são errôneas, se as passarmos por cima e deixamos que sigam adiante, não lhes estamos mostrando amor. O amor implica manifestar sinceramente nossa preocupação a fim de que sejam e façam o melhor para DEUS. Quando não brindamos ajuda, mostramos que estamos mais preocupados com o que poderia nos passar que com o que lhes poderia passar .
2.5-11 Mugiu explicou que era tempo de perdoar ao homem castigado pela igreja e que se arrependeu. Agora necessitava perdão, companheirismo e consolo. Satanás podia ganhar vantagem se separavam permanentemente a este homem da congregação em vez de perdoá-lo e restaurá-lo. Este pôde ter sido aquele que requeria ação disciplinadora e que se descreve em 1 Coríntios 5 ou o principal opositor do Paulo, que originou a angústia do apóstolo descrita em 2:1-11. A triste carta levada pelo Tito, finalmente motivou o arrependimento dos Coríntios (7.8-14) e a disciplina do homem trouxe consigo o arrependimento. A disciplina da igreja sempre deve procurar a restauração. Há dois enganos que se podem cometer na disciplina eclesiástica: ser muito permissivos com o pecado e não corrigir os enganos ou ser muito estritos e não perdoar. Há tempo de confrontar e tempo de consolar.
2:11 Empregamos a disciplina na igreja a fim de mantê-la pura e ajudar a que a gente tome o caminho do arrependimento. Mas Satanás procura causar machuco à igreja mediante a tentação que usa a disciplina que não perdoa. Isto motiva que aqueles que aplicam a disciplina se glorifiquem de sua pureza e origina no disciplinado ódio e até um afastamento definitivo da igreja. Devemos recordar que nosso propósito com a disciplina é restaurar a uma pessoa à comunhão, não destrui-la. Devemos cuidar que a ira pessoal não tome forma de disciplina da igreja.
 
 
 
2. Frear o comportamento pecaminoso
Outro propósito da disciplina cristã está no fato de que ela põe um freio no comportamento pecaminoso. Isso porque o pecado é algo extraordinariamente contagioso que tem poder de se alastrar com grande facilidade. “Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa?” (1 Co 5.6).
 
 
3. Não tolerar a prática do pecado
Em 1 Coríntios 5, o apóstolo Paulo censura os coríntios porque não estavam adotando medida alguma contra a prática do pecado por parte de um de seus membros (1 Co 5.1,2). A consequência disso é que esse pecado acabaria enfraquecendo a igreja, pois uma igreja que não pratica a disciplina bíblica fatalmente fracassará. Nesse sentido, não se pode tolerar a prática do pecado, ou o comportamento pecaminoso, na igreja nem fora dela: “Mas tenho contra ti o tolerares que Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensine e engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria” (Ap 2.20).
 
SINÓPSE II - O propósito da disciplina cristã está no fato de que ela mantém a honra de CRISTO na conduta do crente e põe um freio no comportamento pecaminoso.
 
 
Auxílio Bibliológico
“CORREÇÃO - Esta palavra é usada para regenerar, emendar, restaurar, disciplinar. A correção é uma função e uma responsabilidade do pai para com os seus filhos (Pv 23.13; 29.17; Jr 2.30; Hb 12.9) e de DEUS para com o seu povo (Jó 5.17; Pv 3.12; Hb 12.7, 9). Tanto os termos em hebraico como em grego sugerem um significado duplo; instruir, guiar, argumentar; e, também, punir, castigar, reprovar. A correção é visível em todo o processo de criação dos filhos, como sugere o termo grego mais comum paideuo (lê-se Pediá) - Grego, ‘educar um filho’, envolvendo tanto a orientação positiva, como a disciplina negativa, no caso de má conduta. A expressão que mostra que a Palavra de DEUS é útil para a correção (2 Tm 3.16), ressalta o seu valor na melhoria de vida e do caráter do crente. O termo grego aqui significa ‘restauração a um estado de retidão’” (PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.466).
[...] A disciplina cumpre o importante papel de restaurar o ferido, conforme a instrução do apóstolo Paulo à igreja de Corinto [....].”
 
PUNIÇÃO - Definição Bíblica de Punição - Dicionário Bíblico Wycliffe
מוסר muwcar – (lê-se Murssar) Hebraico
disciplina, castigo, correção, disciplina

disciplina, castigo, correção, disciplina
παιδεια paideia (lê-se Pediá) – Grego
repreensão, correção, instrução, castigo, punição
 
III – AS FORMAS DE DISCIPLINA BÍBLICA
1. A disciplina como modo de correção
As Escrituras mostram a necessidade de sermos corrigidos. A correção contribui para o crescimento e formação do caráter cristão: “Porque que filho há a quem o pai não corrija?” (Hb 12.7). Todos os crentes, de alguma forma, tiveram a necessidade de ser corrigidos em algum momento. Se alguém não é corrigido quando erra, então, segundo a Bíblia, trata-se de um bastardo e não de filho (Hb 12.8). Pedro, por exemplo, teve que ser corrigido por Paulo quando adotou uma atitude visivelmente errada em relação aos gentios (Gl 2.11-14). Quando o crente comete alguma falta e não é corrigido, a tendência é que isso acabe se tornando um comportamento. O comportamento errado é reforçado. Dessa forma, o alvo da disciplina é levar aquele que pecou, ou vive na prática do pecado, à restauração e reconciliação (Gl 6.1). 
 
 
2. A disciplina como forma de restauração
A palavra grega katartizo (Lê-se Catartizô – grego), traduzida aqui como “encaminhai o tal” significa na verdade “restaurar”. É usada em Mateus 4.21 para se referir aos “reparos” (remendos) das redes de pescas. O sentido, portanto, é fazer com que a pessoa atingida pelo pecado seja restaurada ao seu anterior estado de bem-estar com DEUS, da mesma forma que uma rede de pesca volta à sua utilidade após ser consertada. Nesse aspecto, dizemos que a disciplina cumpre o importante papel de restaurar o ferido, conforme a instrução do apóstolo Paulo à igreja de Corinto para que restaurasse o faltoso à comunhão (2 Co 2.5-8). 
 
 
3. A disciplina como modo de exclusão
Esse tipo de disciplina é também conhecido como “cirúrgica”. Isto porque o membro é cortado do Corpo de CRISTO: “Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo” (1 Co 5.13). Nesse caso, há um desligamento e não apenas um afastamento da comunhão: “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu” (Mt 18.18). Assim, o indivíduo perde a condição de membro pelo desligamento, já que o Senhor disse que ele passa a ser considerado “gentio” e “publicano” (Mt 18.17). Esse desligamento corta o vínculo da comunhão entre o membro e a igreja. Não há, portanto, mais vínculo entre o crente excluído por esse processo disciplinar e a igreja da qual fazia parte. 
 
SINÓPSE III - A disciplina faz com que a pessoa atingida pelo pecado seja restaurada ao seu anterior estado de bem-estar com DEUS.
 
Auxílio Teológico
“DEUS DISCIPLINA SEUS FILHOS (HB 12.4-15)
A correção de DEUS é dirigida à produção de justiça e paz (Hb 12.10b, 11). O autor revela o fim para o qual se destina a disciplina ou a correção de DEUS. Não importa o quanto possam ser desagradáveis as experiências difíceis das nossas vidas, ou dolorosos os nossos sofrimentos, nós podemos obter consolo do fato de que ‘mais tarde’ tais experiências produzirão ‘um fruto pacífico de justiça’. O resultado, entretanto, não é automático. A palavra traduzida como ‘exercitados’ no versículo 11 é gegymnasmenois (Lê-se Ieguinosmanis – estar descoberto, ou seja, sem pecado, para se exercitar, na fé), que deriva do atletismo, onde ela significa um exercício contínuo. O atleta diz: ‘sem esforço não há resultados’, querendo dizer que somente rompendo o tecido muscular e reconstruindo tecidos mais fortes é que ele pode atingir e seu objetivo. A correção que DEUS impõe nos dá oportunidades cada vez mais novas para nos exercitarmos espiritualmente, e desta forma nos aproximarmos mais do objetivo de DEUS para nós, de vidas verdadeiramente justas e de paz interior” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.510,11).
Estar vestido adequadamente para praticar o esporte
“Amigo, como é que você entrou aqui sem roupa de festa?” (Lc 14.15-24)
 
 
CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos o valor da disciplina cristã sob diferentes aspectos. A disciplina se mostra necessária quando sabemos que DEUS é santo e exige que seu povo seja santo. Por outro lado, a disciplina também cumpre os propósitos de DEUS quando ela conduz o cristão a se conformar com o caráter de CRISTO. Uma igreja indisciplinada, portanto, perdeu o bom cheiro de CRISTO (2 Co 2.14).
 
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Qual é uma das causas que justificam a necessidade da disciplina na igreja?
Santidade é um dos atributos de DEUS e, por isso, é uma das causas que justificam a necessidade da disciplina na igreja.
2. O que acontece quando o pecado não é tratado na vida do crente?
Quando o pecado não é tratado na vida do crente, CRISTO é desonrado.
3. Por que o apóstolo Paulo censura os crentes em 1 Coríntios 5?
Um dos seus membros adotou um comportamento flagrantemente pecaminoso sem, contudo, ter uma resposta enérgica da igreja. A condenação dessa prática, levou o apóstolo Paulo a censurá-la (1 Co 5.2).
4. Cite três formas de disciplina bíblica de acordo com a lição.
As formas de disciplina são: a disciplina como modo de correção; a disciplina como forma de restauração; e a disciplina como modo de exclusão.
5. Com o que a correção contribui?
A correção contribui para o crescimento e formação do caráter cristão.
 
VOCABULÁRIO
Incorrer: Ficar sujeito; incidir; comprometido; envolvido em.