Para me ajudar 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
1º
Trimestre de 2024 - Título: O Corpo de CRISTO — Origem, natureza e vocação
da Igreja no mundo - Comentarista: José Gonçalves
https://youtu.be/0_z23pLh1PI?si=bKAWNc3Jd7uFBUR - Vídeo
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2024/01/escrita-licao-6-cpad-igreja-organismo-e.html
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ESBOÇO DA LIÇÃO
I. A ESTRUTURA DA IGREJA CRISTÃ
1. A Igreja como organismo
2. A Igreja como organização
3. Organismo e organização.
II. IGREJA: UM ORGANISMO VIVO E ORGANIZADO
1. No seu aspecto local
2. No seu aspecto litúrgico e ritual
III. O GOVERNO DA IGREJA NAS DIFERENTES TRADIÇÕES CRISTÃS
1. Episcopal
2. Presbiteral
3. Congregacional
4. O sistema de governo de nossa igreja
TEXTO ÁUREO
“Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios
do ESPÍRITO SANTO e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante
negócio.” (At 6.3).
VERDADE PRÁTICA
A Igreja é um organismo vivo. Contudo, como toda estrutura viva, precisa
ser organizada.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Ef 5.23 CRISTO, a cabeça da Igreja
Terça — 1Co 12.12-14 A Igreja como um organismo vivo, o Corpo de CRISTO
Quarta — At 16.4 A Igreja organizada
Quinta — 1Co 14.40 Mantendo a decência e a ordem
Sexta — At 15.1-6 Resolvendo problemas de natureza doutrinária
Sábado — 1Co 16.1 Cuidando dos santos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 6.1-7.
1 — Ora, naqueles dias,
crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os
hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.
2 — E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é
razoável que nós deixemos a palavra de DEUS e sirvamos às mesas.
3 — Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação,
cheios do ESPÍRITO SANTO e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este
importante negócio.
4 — Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.
5 — E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem
cheio de fé e do ESPÍRITO SANTO, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e
Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;
6 — e os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram
as mãos.
7 — E crescia a palavra de DEUS, e em Jerusalém se multiplicava muito o
número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.
COMENTÁRIO BEP – CPAD, SOBRE ATOS 6.1-7, COM ALGUNS ACRÉSCIMOS DO Pr
Henrique
6.3 CHEIOS
DO ESPÍRITO SANTO E DE SABEDORIA. Os apóstolos estipularam que os sete varões
deviam apresentar evidências de terem continuado fielmente sob a influência do ESPÍRITO
SANTO. Segundo parece, os apóstolos supunham que nem todos os crentes
continuavam na plenitude do ESPÍRITO. Noutras palavras, aqueles que deixam de
andar fielmente segundo o ESPÍRITO (Gl 5.16-25) cessarão de ser cheios do ESPÍRITO.
Quanto à diferença entre conservar a plenitude e ser cheio do ESPÍRITO SANTO,
notemos o seguinte: (1) Os crentes que conservam a plenitude do ESPÍRITO SANTO são
caracterizados pela sua constância nessa condição (cf. At 6.5;
11.24), que os capacita a falar com inspiração profética ou a ministrar no
poder do ESPÍRITO SANTO segundo o seu querer (FALAM EM LÍNGUAS DIARIAMENTE).
(2) A expressão cheios do ESPÍRITO SANTO é usada: (a) para indicar o
recebimento do batismo no ESPÍRITO SANTO(At 1.5; 2.4;
9.17; 11.16); (b) para indicar que um crente ou crentes, em ocasiões
específicas, recebeu poder para falar sob o impulso direto do ESPÍRITO SANTO(At 4.8; 13.9;
Lc 1.41-45, 67-79 – FALAR EM LÍNGUAS CONSTANTEMENTE E ALGUM DOM DO ESPÍRITO
SANTO LHES É NOTÓRIO NO DIA A DIA); (c) para indicar um ministério profético
geral sob a inspiração ou a unção do ESPÍRITO SANTO, sem especificar a duração
desse ministério (At 4.31-33;
13.52; Lc 1.15). (3) Depois do recebimento inicial do batismo no ESPÍRITO, os
que andam fielmente no ESPÍRITO, mortificando as obras pecaminosas do corpo (Rm
8.13,14), podem
ser descritos como: cheios do ESPÍRITO SANTO, i.e., mantendo a plenitude
permanente do ESPÍRITO SANTO(e.g., os sete varões, especialmente Estêvão, vv.
3,5; At 7.55; ou
Barnabé, At 11.24).
Além disso, aqueles que continuam na plenitude do ESPÍRITO vivem num constante
enchimento do ESPÍRITO, visando a um propósito ou tarefa específica,
especialmente uma capacitação divina para falar segundo o impulso do ESPÍRITO SANTO
(exemplos, Profecia, Palavra de Sabedoria, Palavra de Conhecimento).
6.4
PERSEVERAREMOS NA ORAÇÃO. O batismo no ESPÍRITO SANTO, em si, não basta para
uma liderança cristã eficaz. Os líderes cristãos devem dedicar-se
constantemente à oração e à pregação da Palavra. O verbo traduzido perseverar
(gr. proskartereo) denota uma fidelidade inabalável e sincera e a dedicação de
muito tempo a um certo empreendimento. Por isso, os apóstolos tinham a
convicção de que a oração e o ministério da Palavra eram a ocupação máxima dos
dirigentes cristãos. Note as frequentes referências à oração em Atos (ver At 1.14,24;
2.42; 4.24-31; 6.4,6; 9.40; 10.2,4,9,31; 11.5;
12.5; 13.3; 14.23; 16.25; 22.17; 28.8).
6.6 LHES
IMPUSERAM AS MÃOS. No NT, a imposição de mãos era usada de cinco maneiras:
(1) em
relação a milagres de curas (28.8; Mt 9.18; Mc 5.23; 6.5);
(2) ao
abençoar outras pessoas (Mt 19.13,15);
(3) em
relação ao batismo no ESPÍRITO SANTO(8.17,19; 19.6);
(4) na
comissão para uma obra específica (At 6.6; 13.3); e
(5) na
concessão de dons espirituais através dos presbíteros (1 Tm 4.14).
Como um dos
meios através dos quais DEUS transmite dons e bênçãos às pessoas, a imposição
de mãos veio a ser uma doutrina fundamental na igreja primitiva (Hb 6.2). Não
pode ser dissociada da oração (v. 6), pois a oração indica que os dons da
graça, a cura ou o batismo no ESPÍRITO SANTO procede de DEUS e não do ser
humano. A separação destes sete homens importava, principalmente, duas coisas.
(1) Era um
testemunho público da igreja de que esses homens tinham antecedentes de
perseverança na piedade e na obediência à direção do ESPÍRITO SANTO(cf. 1 Tm
3.1-10).
(2) Era um
ato de separar aqueles homens à obra de DEUS e um testemunho da sua disposição
em aceitar a responsabilidade da chamada divina.
HINOS SUGERIDOS
131, 455 e 655 da Harpa
Cristã.
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A
LIÇÃO
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIO CPAD - Lição 6 – A IGREJA: ORGANISMO E ORGANIZAÇÃO
Nesta lição, veremos de que forma a Igreja do Senhor se organizou
ao longo dos anos enquanto instituição religiosa. Veremos também que é o fato
de a Igreja ser compreendida como organismo vivo que dá vida a todas as ações
realizadas por ela neste mundo. É evidente que, após os primeiros 300 anos de
existência, a Igreja se institucionalizou a partir dos primeiros concílios que
definiram e organizaram as doutrinas cristãs: Niceia, 325 d.C.; Constantinopla,
381 d.C.; Éfeso, 431 d.C.; Calcedônia, 451 d.C.) Contudo, o desafio da Igreja
nestes últimos dias é não perder a perspectiva de que sua existência não se
deve apenas ao aspecto institucional, mas, acima de tudo, à sua qualidade
espiritual. Assim como na visão da tricotomia humana temos espírito, alma e corpo,
a Igreja do Senhor não existe apenas a partir da sua estrutura física. Ela
existe pela qualidade dos seus membros e, em razão da união com CRISTO, bem
como pela preservação do ESPÍRITO SANTO, continua viva e atuante na sociedade.
Um ensinamento extraído das Cartas apocalíticas enviadas às igrejas
da Ásia Menor endossa a necessidade de a igreja do Senhor manter-se viva e
unida a CRISTO. Ao anunciar a mensagem ao anjo da igreja de Laodiceia, chama a
atenção o fato de que era uma igreja que tinha aparência de riqueza e abastança
e dizia-se não ter falta de nada. Contudo, a mornidão imperava entre os seus
membros (Ap 3.15-17). O dilema vivido por essa igreja se assemelha ao que pode
ser notado nos dias atuais. Temos uma igreja que existe enquanto instituição
religiosa e pessoa jurídica, porém, carente do ardor do ESPÍRITO SANTO. Isso
pode ser percebido pela ausência de manifestações espirituais como o batismo no
ESPÍRITO SANTO e os dons espirituais entre os seus membros. Entretanto, o que
mais chama a atenção no tocante à sua frieza espiritual é a ausência de
comunhão e cordialidade entre os seus membros.
O comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD, 1995), endossa
que
“1. A igreja morna é aquela
que transige com o mundo e, em comportamento, se assemelha à sociedade ímpia ao
seu redor, professa o Cristianismo, mas, na realidade, é espiritualmente
‘desgraçada e miserável’ (vv. 17, 18);
2. CRISTO faz a esta igreja uma séria advertência no tocante ao seu
julgamento contra a mornidão espiritual (vv. 15-17);
3. CRISTO faz também um convite sincero para que se arrependa e
seja restaurada a uma posição de fé, justiça, revelação e comunhão (vv. 18,
19)” (p. 1988).
O convite do Senhor JESUS se estende à Sua Igreja nos dias atuais.
Como organização institucional, e também como organismo vivo, a Igreja do
Senhor deve zelar pela sua identidade enquanto Corpo de CRISTO e canal de
salvação para todos os povos.
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RESUMO RÁPIDO DO Pr. Henrique
I. A
ESTRUTURA DA IGREJA CRISTÃ
1. A
Igreja como organismo
CORPO σωμα (original grego – Strong) soma - corpo vivo
usado de um (grande ou pequeno) número de homens estreitamente unidos numa sociedade,
ou família; corpo social, ético, místico - usado neste sentido no NT para
descrever a igreja.
aquilo que projeta uma sombra como distinta da sombra em si (REFLETIMOS A LUZ
DE CRISTO)
Organismo
É uma associação, coletividade, corpo, corporação, entidade,
instituição, instituto, órgão, sociedade.
Um organismo é um ser vivo e atuante.
A
igreja, metaforicamente, é denominada “o corpo de CRISTO” (1Co 12.27), tendo
como cabeça, CRISTO (Ef 5.23). Um corpo
só pode funcionar se seus membros funcionarem, se seu cérebro comandar. Quem
tem morte cerebral, seu corpo não obedece mais ao comando do cérebro e morre.
Porém a cabeça do corpo que é a Igreja é JESUS que ressuscitou e vive
eternamente.
Assim
como uma árvore exige que seus ramos produzam, a cabeça do corpo exige que seus
membros lhe obedeçam e se movimentem. Assim JESUS nos entregou a Grande
Comissão com a ordem de irmos ensinando, pregando e curando a todos em seu
nome.
― Eu sou a videira verdadeira, e o meu Pai é o agricultor. Ele
corta todo ramo que, estando em mim, não der fruto. E poda todo aquele que der
fruto, para que dê mais fruto ainda. Vocês já estão limpos, pela palavra que
tenho falado. Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Como um ramo não
pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira, assim vocês também
não podem dar fruto se não permanecerem em mim. ― Eu sou a videira, e vocês, os
ramos. Se alguém permanecer em mim, e eu permanecer nele, esse dará muito
fruto, pois sem mim vocês não podem fazer nada. Se alguém não permanecer em
mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. João 15.1-5.
JESUS
está vivo para todo o sempre, portanto seu corpo também não morre. JESUS
continua ensinando, pregando e curando a todos através de seu corpo, Ele está
no comando como cabeça deste corpo. Cada um de nós é um membro deste corpo.
2. A Igreja como
organização
A igreja em seu início
era bem organizada, os apóstolos lideravam, recebiam ofertas e cuidavam para que
nenhum crente passasse fome. (At 16.4).
e
depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à
medida que alguém tinha necessidade. Atos 4:35
Cabia aos apóstolos a
liderança na oração e no ensino e pregação (At 2.42; At 4.37); também
confirmavam os auxiliares e líderes que iam sendo necessários à medida que a
igreja crescia (At 6.6; At 14.23); Aconteceu um grande congresso ou reunião
ministerial para decidirem sobre assuntos importantes, como a liberdade dos
gentios em não precisarem serem circuncidados, reunião esta que o apóstolo
Paulo se fez presente.(At 15.1-6). Quando se fez necessário Pedro e João foram
enviados para Samaria a ministrarem o batismo com o ESPÍRITO SANTO, no tempo em
que Filipe ali ganhava muitas almas (apenas um exemplo de organização que viria
mais tarde dando continuidade a esta organização).
A igreja organizada é
necessária e saudável. Sem organização vira uma bagunça e não cresce.
A igreja
institucionalizada é enrijecida e a neutralizada, se torna fria e sem vida,
nada produz no reino de DEUS.
3. Organismo e
organização
A Igreja existe, então,
como organismo e como organização. Um organismo precisa se organizar para
sobreviver.
A Bíblia nos revela
claramente que a Igreja sempre foi um organismo vivo e organizado.
A igreja tornou conhecido
o evangelho em toda parte em seu início e aproveitou muito bem o sistema
organizado dos judeus com suas inúmeras sinagogas espalhadas por todo o império
romano, bem como aproveitou muito bem o templo em Jerusalém para fazer reuniões
e orações.
Pedro e João estavam se dirigindo ao templo para a oração das
três horas da tarde. .
Atos 3:1
II. IGREJA: UM ORGANISMO VIVO E ORGANIZADO
1. No seu aspecto local
Geograficamente a igreja estava em Roma, Corinto, Éfeso, Colossos,
Jerusalém, Antioquia etc. A Igreja era um organismo vivo e era organizada.
Tendo eles assim orado, tremeu o lugar onde se achavam reunidos. E
todos ficaram cheios do Espírito Santo, continuando a anunciar com intrepidez a
palavra de Deus. Assim viva a primeira comunidade cristã. Se reuniam, oravam,
colocaram diáconos para ajudar na distribuição de alimentos, elegiam
lideranças, enviavam missionários, ajudavam aos necessitados, ensinavam,
pregavam e curavam a todos, como JESUS fazia e agora continuava a fazer através
deles. (At 2.42; At 2.42; 12.12; At 4.35; At 6.2-6; At 14.23; At 13.1-4).
2.
No seu aspecto litúrgico e ritual
A Igreja realiza cultos
onde está presente a liturgia, por exemplo, começa o culto com oração, canta-se
geralmente três hinos da harpa, se faz a leitura da Palavra de DEUS etc...
Existe uma sequência pré-moldada para realização do culto, isso é liturgia.
Cada parte da liturgia é um rito. Orar é um rito, cantar é um rito, pregar é um
rito etc...
O apóstolo Paulo escreveu
aos coríntios a respeito da organização do culto em 1Co 14.40. Ordenanças de
JESUS foram dadas a Igreja como o Batismo nas águas e a Santa Ceia (1Co 11.16; At
8.38,39; 1Co 11.23).
O apóstolo Paulo, inspirado pelo ESPÍRITO SANTO chegou a dizer o
que deve haver em um legítimo culto da Igreja - Que fazer, então, irmãos?
Quando vocês se reúnem, um tem um salmo, outro tem um ensino, este traz uma
revelação, aquele fala em línguas, e ainda outro faz a interpretação. Que tudo
seja feito para edificação.
1 Coríntios 14:26
falando entre vocês com salmos, hinos e cânticos espirituais,
cantando e louvando com o coração ao Senhor, Efésios 5:19
Que a palavra de
Cristo habite ricamente em vocês. Instruam e aconselhem-se mutuamente em toda a
sabedoria, louvando a Deus com salmos, hinos e cânticos espirituais, com
gratidão no coração. Colossenses 3:16
III. O GOVERNO DA IGREJA NAS DIFERENTES TRADIÇÕES CRISTÃS
1. Episcopal
O que é ser um episcopal?
É
uma forma de organização hierárquica, com a autoridade máxima local exercida
por um bispo (episcopos, em grego ou episcopus, em latim). Esta estrutura está
presente na maioria das Igrejas Católicas, Igrejas Ortodoxas e Igrejas
Episcopais, inclusive na Igreja da Inglaterra (anglicana).
2. Presbiteral
O que é um governo
presbiteral?
O governo
presbiteral é uma forma de organização da Igreja que se caracteriza pelo governo de um
presbitério, ou seja: uma assembleia de presbíteros, ou anciãos.
Nesse sistema
de governo os crentes são regidos pelos presbíteros. Não é
sistema congregacional (onde todos
decidem pelo voto direto), nem episcopais (onde apenas um superior decide sobre
os demais), mas um sistema que é representado pelos presbíteros escolhidos pela
igreja local.
3. Congregacional
O sistema
de governo congregacional tem dois pilares. Primeiro, defende a
autonomia da igreja local em relação a qualquer poder externo por parte de um
bispo ou líder. Em segundo lugar, defende a democracia plena em que cada membro da igreja
local tem voz e voto e exerce, assim, o governo da Igreja.
O governo da Igreja é atribuído aos membros da mesma, que tomam
as decisões através de uma assembleia geral. Nesse modelo, todos os membros em comunhão
possuem direito de voto sobre questões que vão desde a reforma da Igreja até a
eleição da Diretoria.
4. O sistema de governo de nossa igreja
SISTEMA DE GOVERNO NA IGREJA ATUAL
Sempre, na história das controvérsias cristãs, houve um luta para
saber qual era o modelo de governo eclesiástico mais bíblico. O fato é que
todos os modelos de governos eclesiásticos (congregacional, episcopal e
presbiteriano) se baseiam no Novo Testamento. O episcopal concede o poder para
o seu pastor ou bispo, o presbiteriano concede poder aos presbitério da igreja
e o congregacional concede poder aos seus membros ou a um conselho de irmãos
reunidos.
Há tentações em todos os modelos. O episcopal pode concentrar um poder tão
grande na mão do pastor, que ele se torna uma pessoa acima da crítica e não
prestar contas à igreja. O presbiteriano pode criar uma elite dentro da
congregação ou denominação, pois um pequeno grupo decide sobre os demais. O
congregacional pode minar a autoridade do pastor local. Portanto, não temos
como definir um modelo eclesiástico mais bíblico, pois todos tem pontos fortes
e fracos.
A Assembleia de DEUS começou com um modelo congregacional (depois acabou
misturando os três modelos) bem definido, aja vista a herança eclesiológica
batista, que é congregacional. O modelo congregacional fica bem claro nas
palavras do pastor assembleiano Alcebiades Pereira dos Vasconcelos, no
Mensageiro da Paz, nº 10, de 1959: No nosso entender, a igreja cristã
biblicamente entendida, governa-se a si mesma, mediante o sistema democrático
em que todos os seus membros livremente podem e devem ouvir e ser ouvidos,
votar e ser votados, conforme a sua capacidade pessoal de servir(…) A igreja
cristã, à luz do Novo Testamento, é uma democracia perfeita, em qual o pastor e
seus auxiliares de administração (tenham as categorias ou denominações que
tiverem) não dominam, pois quem domina sobre ela é JESUS, por mediação do
ESPÍRITO SANTO, sendo o pastor apenas um servo que lidera os trabalhadores sob
guia do mesmo ESPÍRITO SANTO; e, neste caso, é expressa e taxativamente
proibido ter domínio sobre a igreja. I Pedro 5.2,3. [1]
Os pentecostais clássicos sempre tiveram uma tendência para a democracia na
igreja, um modelo em que a congregação tinha voz, o teólogo Myer Pearlman deixa
bem claro essa posição: As primeiras igrejas eram democráticas em seu governo.
Circunstância natural em uma comunidade onde o dom do ESPÍRITO SANTO estava
disponível a todos , e onde toda e qualquer pessoa podia ser dotada de dons
para um ministério especial. É verdade que os apóstolos e anciãos presidiam às
reuniões de negócios e à seleção dos oficiais; mas tudo se fez em cooperação
com a igreja (Atos 6.3-6; 15.22, I Co 16.3, II Co 8.19, Fp 2.25). E Pearlman
completa: Nos dias primitivos não havia nenhum governo centralizado abrangendo
toda a igreja. Cada igreja local era autônoma e administrava seus próprios
negócios com liberdade.
No decorrer do tempo, a Assembleia de DEUS, não deixando de ser congregacional,
passou a mesclar com o modelo episcopal e presbiteriano. Hoje, é comum a figura
o pastor-presidente, um verdadeiro bispo regional. Nas Assembleias de DEUS há
traços do modelo presbiteriano, com as convenções ou concílios regionais e
nacionais (CGADB e Conamad). A Assembleia de DEUS, portanto, não tem um modelo
eclesiástico puro. O Rev. Antônio Gouvêa Mendonça, comenta em relação a Assembleia
de DEUS: Seu sistema de governo eclesiástico está mais próximo do
congregacionalismo dos batistas por causa da liberdade das Igrejas locais e da
limitação de poderes da Convenção Nacional. Todavia, a divisão em ministérios
regionais semiautônomos lembra um pouco o sistema presbiteriano. Alguns fatos
interessantes: em cidades do interior, as Assembleias de DEUS são bem
congregacionais, pois a igreja em constantes assembleias, decidem o rumo da
congregação juntamente com o pastor. As igrejas AD da capital são normalmente
divididas em setores, com a figura presente do pastor-presidente, sendo mais um
modelo episcopal. Mas as congregações das cidades interioranas e da metrópole
estão sujeitas a convenção estadual e nacional, semelhante aos supremos
concílios presbiterianos.
A Assembleia de DEUS foi influenciada por várias denominações, desde sua
eclesiologia até a sua teologia. Exemplo dessa mistura esteve nas palavras do
pastor Thomas B. Barrat, de Oslo, Noruega em 1914, que disse: “Com respeito à
salvação, somos luteranos. Na forma do batismo pelas águas, somos batistas. Com
respeito à santificação, somos metodistas. Em evangelismo agressivo, somos como
o Exército da Salvação. Porém, com respeito ao batismo com o ESPÍRITO SANTO,
somos pentecostais!”
O lamentável é o fato de muitas igrejas Assembleia de DEUS aderindo a um modelo
episcopal, abandonaram a tradição congregacional. Mas, o modelo episcopal, hoje
adotado não é o mesmo dos metodistas ou anglicanos, mas sim das igrejas
neopentecostais, onde a figura do líder é centralizadora, um modelo episcopal
levado ao extremo.
https://pentecostalismo.wordpress.com/2008/01/14/governo-eclesiastico/
(07-06-2021
CONCLUSÃO
Vimos
que a estrutura da igreja cristã funciona como organismo vivo e organizado
desde sua criação.
A Igreja é um organismo vivo e organizado no seu aspecto local, litúrgico e
ritual.
O governo da igreja existe em diferentes tradições cristãs como o sistema
Episcopal, o Presbiteral e o Congregacional, sendo que os três sistemas de
governo são usados em nossa igreja que usa sistema híbrido de
administração.
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LÍDERES DEVEM SER DETERMINADOS E DESENVOLVIDOS
(At 6.3) - BIBLIA DA LIDERANÇA CRSTÃ - John C. Maxwell
A boa liderança responde efetivamente à necessidade de mais líderes
e trabalhadores. Na Igreja primitiva, ninguém tinha o voto para determinar qual
qualidade que identificaria tais pessoas. Os apóstolos tinham em mente
qualificações bem específicas para os líderes que eles queriam junto de si.
Eles escolhiam pessoas que:
1. Eram conhecidas dentre seu círculo de influência -
"procurem alguém dentre vocês";
2. Pudessem trabalhar em equipe - "sete homens";
3. Tivessem crédito entre as pessoas - "de boa
reputação";
4. Fossem capacitadas para a tarefa - "cheios do Espírito
Santo";
5. Competentes e inteligentes - "cheios de sabedoria";
6. Responsáveis - "a quem podemos confiar essa tarefa".
21 Qualidades Pedro e a Lei
Das Prioridades
Líderes compreendem que atividade não significa cumprimento
(At 6.1-7)
Líderes nunca alcançarão o lugar que eles não elegem como
prioridade. Os bons líderes elegem prioridades, não importa se estão conduzindo
um pequeno grupo, pastoreando uma igreja, empreendendo um pequeno negócio ou
mesmo um negócio de bilhões de dólares.
As coisas que trazem as maiores recompensas fazem brilhar o fervor
na vida de um líder. Nada traz mais energia a uma pessoa do que a paixão. Tim
Redmond admitiu: "Há muitas coisas que podem prender meus olhos, mas muito
poucas são capazes de prender meu coração."
Tome algum tempo para repensar as prioridades de sua liderança.
Você está se fazendo presente por todos os lugares' Ou você está focado em
poucas coisas que podem lhe trazer grandes recompensas? O maior sucesso só virá
quando você focar as pessoas no que realmente vale a pena.
Aguçando seu foco para alargar sua visão
Talvez você seja parecido com Pedro: ele começou cheio de paixão,
mas com falta de direção. A boa notícia é que você já tem a metade da equação.
A má notícia é que, se você não sabe para onde está indo, você pode acabar
ficando no meio do caminho ou ainda pior: você pode ficar anos trilhando uma
direção equivocada.
Quando você sabe para onde vai, as suas prioridades se tornam
claras, e suas ações passam a fazer sentido. A equação vai se parecer com isso:
Uma grande paixão + visão clara = ação focada
Quando os judeus da Grécia foram levar-lhe suas queixas, Pedro
reconheceu que ele poderia expandir sua missão se ele resolvesse o problema
deles. Mas ele também reconheceu que havia sido chamado para focar as
necessidades mais profundas das pessoas: ouvir a verdade da Palavra de DEUS. Ao
invés de tentar fazer isso tudo sozinho, ele delegou a tarefa de solucionar as
queixas para sete pessoas competentes para fazê-lo. Como resultado, a Igreja,
pode cuidar dos dois problemas.
Ao examinar a situação de Pedro, nós aprendemos bastantes coisas
sobre manter-se focado nas prioridades porque não se perdeu de vista o grande
quadro da visão. Pedro demonstrou que, quando surge uma necessidade os líderes
focados...
1.Avaliam o valor da necessidade.
Líderes fortes, rapidamente, percebem quando o curso de uma ação
precisa ser adotado e, prontamente, consideram como deixar o trabalho
resolvido. Pedro sabia que a igreja poderia perder a oportunidade se ela não
atendesse as necessidades apontadas pelos judeus gregos. Mais do que tentar
resolver o problema por si mesmo (como muitos líderes fazem), ele imaginou
outro meio de fazê-lo.
Como você reage quando seu povo lhe traz uma necessidade legítima?
Você pára de fazer o que você está fazendo e, imediatamente, tenta atender seu
pedido? Você movimenta sua cabeça como quem está interessado, depois a põe para
o outro lado como quem quer esquecer-se disso? Ou, como Pedro, você pára, olha
para sua grande missão e determina-se a agir de acordo com suas prioridades?
2. Procure uma oportunidade de liderança.
Mesmo quando uma necessidade real não se enquadre em suas
prioridades, isso pode lhe ser uma grande oportunidade para alguém de seu
grupo. Pedro, rapidamente, percebeu que ele e os outros discípulos tinham
necessidade de continuarem pregando ao invés de ficarem distribuindo alimentos.
Mas ele também reconheceu nisso uma oportunidade de desenvolver alguns líderes
que estavam surgindo.
As pessoas estão na lista de suas grandes prioridades ? Antes de
você colocar algo sob sua responsabilidade, verifique ela se compatibiliza com
as responsabilidades de uma ou mais pessoas que estão com você. Os líderes mais
eficientes põem seu foco em algumas poucas coisas. Eles acreditam que outras
pessoas serão capazes de fazer o restante
3. Delegue a tarefa para pessoas competentes.
Líderes se valem da delegação do poder como uma ferramenta básica.
Usando-a de modo certo, ela pode levar sua eficiência a um padrão completamente
novo. Pedro e os discípulos escolheram uma equipe de sete pessoas
cuidadosamente, a quem eles consideravam ser maduras e capazes de suportar a
tarefa.
Será sempre sua a responsabilidade de delegar poder às pessoas
certas. Não há nada mais constrangedor do que ter de rever uma tarefa, porque
ela foi designada para uma pessoa incompetente. Isso diminui sua eficiência e
pode manchar sua credibilidade. Por isso, antes de delegar uma tarefa, esteja
certo das qualidades e habilidades das pessoas de sua equipe.
4. Comissione e confirme as pessoas a quem delegou poder
publicamente.
Pedro e os discípulos colocaram sua equipe de trabalho para que
fossem bem sucedidos. Eles não apenas estavam certos de que seriam capazes de
dar conta da tarefa como também os apresentaram aos outros como líderes dignos.
Ao fazerem assim, eles deram a esses sete homens confiança e crédito.
Para você o mais importante é fazer coisas ou fazer coisas
corretamente? Muitos líderes apenas delegam certas tarefas para poderem constar
em sua lista de projetos feitos que a tarefa foi executada. Eles usam a
delegação de tarefas para distraírem a atenção e não para alcançarem
eficiência. Contudo, os grandes líderes compreendem que sua. eficiência depende
do sucesso de seus delegados. Por isso, faz parte de suas prioridades ajudá-los
a vencer.
Tal qual todo líder eficiente, Pedro compreendeu a diferença entre
ativismo e realização. Primeiro, ele percebeu uma necessidade por meio da maior
de todas as lentes, sua missão. Em seguida, focou a atenção ao que deveria ser
feito, tanto por ele mesmo, como por meio de outros. Como resultado, as
Escrituras relatam que o número de cristãos crescia sem parar sob sua
liderança.
O PRINCÍPIO DE PARETO - Vinte por cento de suas prioridades lhe
darão oitenta por cento de sua produção
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
PRIMEIROS problemas de organização da Igreja ( Atos 6:
1-7 )
Comentário Bíblico Wesleyana - COM ALGUNS ACRÉSCIMOS DO Pr Henrique
A. A IGREJA NOVA COM NOVOS PROBLEMAS (6:1, 2)
A igreja apostólica, como a igreja de todas as gerações subsequentes,
teve também seus problemas. Esses problemas foram solucionados sob
orientação divina. A primeira foi a falta de sinceridade e foi punido pelo
juízo divino ( Atos 5:1-11 - Ananias e Safira ). O segundo teve
a sua origem na ampliação da igreja e consistia em acusações de discriminação,
se não práticas, bem como a divisão de responsabilidades da igreja. Estes
problemas foram resolvidos pela sabedoria humana divinamente inspirada.
1. O Problema do Crescimento ( 6:1-A )
1 Ora, naqueles dias, quando o número dos discípulos se
multiplicava, houve.
O narrador aqui usa uma nova aritmética, pela primeira vez, em
relação ao crescimento da igreja. Anteriormente crentes foram
"acrescentados à igreja" (ver Atos
2:41 , 47 ; 05:14 ); mas agora o crescimento,
resultante das vitórias apostólicos sob as bênçãos de DEUS, tornou-se tão
rápido que ele pode ser referido como "multiplicação". Tal como foi
esta igreja em rápido crescimento, também suas dores aumentavam. O
crescimento é normal e saudável, mas sempre produz os seus problemas de novas
adaptações, como a expansão e maturidade contínuos. A disposição para
atender e resolver esses problemas nunca podem sufocar o crescimento e destruir
o organismo. Os apóstolos encararam como um desafio.
2. O problema da discriminação ( 6:1-B )
1 houve uma murmuração dos judeus gregos contra os hebreus,
porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária.
Houve uma murmuração . ... Um tom abafado de queixa finalmente
irrompeu e começou a evidenciar-se na superfície. Os gregos foram
helenistas, ou judeus que haviam assimilado a cultura grega, incluindo a
linguagem, moravam em países em que nasceram no período da dispersão, falavam
grego e estudavam a tradução dos setenta, versão em grego, septuaginta
(antiga tradução em grego do texto
hebreu do Antigo Testamento, feita para uso da comunidade de judeus do Egito no
final do século III a.C. e no II a.C.; teria sido realizada por 72 tradutores). Eles
foram considerados inferiores pelos hebreus ou judeus da Palestina, que eram a
maioria na igreja e falavam aramaico e tinham seus escritos em Hebraico. A
organização das viúvas, apoiada pela igreja eram dedicadas à oração e obras de
misericórdia ( Atos 9:41; 1Tim. 5:3, 9-11, 16 ), foi
uma das primeiras instituições cristãs. Esta negligência das viúvas gregas
pelos administradores hebraico-cristãos de bens temporais, provavelmente, não
foi intencional, mas revelou uma fraqueza essencial da comunidade cristã
primitiva, pois a alimentação não estava chegando corretamente entre elas, como
chegava às de fala aramaica, moradoras, principalmente, de Jerusalém.
3. O Problema de Responsabilidades (6:2)
2 E os doze, convocando a multidão dos discípulos junto
deles, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de DEUS para servir
às mesas.
Originalmente, no sistema comum cristão, os apóstolos eram os
administradores do tesouro comum e alimentação de todos os necessitados
( Atos 2:45 ; 5:2 ). O aumento das responsabilidades
ministeriais na igreja crescente tornou-se inevitável. Os problemas, quando
aconteciam, não poderiam continuar. O primeiro dever dos apóstolos era a
dedicação à oração e a ministrar a Palavra de DEUS ( Mat.
28:18-20 ; Atos 1:8 ). Eles reuniram a multidão e declararam
seu primeiro dever de serem um ministério espiritual crescente e atuante. O apostolado apareceu
pela primeira vez na igreja, em seguida, o diaconato, e mais tarde o presbitério,
como a necessidade de ia surgindo. Se o ministério negligenciar o seu
serviço espiritual de oração e estudo da Palavra de DEUS, dando prioridade ao
homem com suas preocupações temporais, ele terá falhado em seu chamado
divino. Funções de zeladoria ou emprego secular do ministro pode ser
justificável no início de uma igreja, mas raramente pode ser continuado sem
prejuízo tanto para o ministro como para a igreja.
B. SOLUÇÃO PROPOSTA ( 6: 3-5a )
A igreja apostólica aqui apresenta um exemplo viável para a solução
dos problemas da igreja. Toda a igreja foi representada
(v. 2a ), e ainda que os apóstolos sugerissem a solução, a
responsabilidade pela escolha dos oficiais ficou com a igreja. Esses sete
escolhidos foram designados simplesmente como servos para servirem às
mesas. Foram nomeados como o diaconato em tempos posteriores. As
qualificações de diáconos são dadas por Paulo (Filipenses 1:1; 1Tim.
3:8,12).
Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em
Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos. Filipenses 1:1
Do mesmo modo, quanto a diáconos, é necessário que sejam
respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não gananciosos,
1 Timóteo 3:8
1. A consideração necessária (6:3a)
3 Escolhei, pois, irmãos, dentre vós sete homens de boa
reputação,
Aqui é um modelo perfeito de representação leiga em assuntos
oficiais da Igreja.
"Escolha dentre vós." A igreja melhor sabia que entre os
seus membros foram eficientes, confiáveis e imparciais. Sua apreciação e
escolha cuidadosa se reflete no cuidado da igreja sob os
escolhidos. Nenhum significado especial precisa ser anexado ao número
sete, a não ser que para a sacralidade do número com os judeus, ou que cada uma
pode supervisionar os assuntos temporais, um a cada dia da semana.
2. As qualificações exigidas ( 6: 3b , 4 )
3 cheios do ESPÍRITO e de sabedoria, aos quais
encarregaremos deste serviço. 4 Mas nós vamos continuar
perseverando na oração e no ministério da palavra.
Os apóstolos especificaram as qualificações dos sete oficiais a
serem escolhidos; a saber:
(1) boa reputação, de boa fama ;
(2) espiritualidade, cheio do ESPÍRITO; e
(3) praticidade, cheio ... de sabedoria.
Essas qualificações são poucas, mas elas cobrem muito território,
ou seja, abrangem todas as qualificações que Paulo lista para Timóteo e Tito
mais tarde a respeito das qualificações dos ministros que servem à Igreja.
Esses oficiais da igreja nunca vão envergonhar o cristianismo, e com
sua ajuda a causa de CRISTO prosperará; e, assim, o ministério vai ser
liberto de interesses temporais e humanistas.
Os apóstolos escolheram a melhor parte, a parte que lhes cabia - perseveravam
na oração e no ministério da palavra.
Sem oração não há poder e sem poder não há legítimo evangelho de
JESUS CRISTO. O rebanho precisava de alimento e para isto deveriam ler e
estudar as escrituras sagradas.
3. A solução amigável ( 6:5-A )
5 E este parecer contentou a toda a multidão:
Qualquer solução de problema complicado que agrade a toda a Igreja
deve realmente ser de origem divina. Não se deve ser pessoal ou fazer grupos
que dividem a igreja, mas dar oportunidade aos crentes de resolverem seus
problemas no caminho que DEUS indicar.
C. PLANO DE PROCESSO ( 6: 5b , 6 )
A sabedoria divina é claramente refletida no plano apostólico para
a seleção, apresentação e dedicação destes oficiais da igreja às suas
funções. Como é revelado por suas atividades ministeriais posteriores,
especialmente no caso de Estevão e Filipe, eles eram mais do que diáconos
temporais.
Escolha 1. A Igreja ( 6:5b )
5 e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do ESPÍRITO SANTO,
Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;
Enquanto era dever da igreja escolher os diáconos, era
responsabilidade dos apóstolos separá-los (v. 6b ) e nomeá-los
(v. 3b ). Todos os sete escolhidos tinham nomes gregos, pois a
ordem foi: “escolhei dentre vós” (gregos). No entanto, como não era
incomum para os judeus, especialmente os judeus helenistas, ter nomes gregos,
isso não mostra claramente que todos eles eram gregos puros, mas que eram
descendentes de judeus que moravam em terras ou países onde a língua grega era
a principal língua falada. Dois dos sete são de especial
interesse. Estevão se tornou evangelista, exímio pregador do evangelho, o
primeiro mártir cristão.
Filipe, do mesmo modo iniciou como pregador em Samaria, logo após a
grande perseguição da Igreja, chefiada por Saulo de Tarso (Paulo) e tornou-se
um evangelista eficaz, cujo registro temos em Atos
8:5 ; 8:26 ; e 21:8 (Como evangelista em Cesaréia –
tinha 4 filhas virgens e que profetizavam).
2. A recomendação da Igreja ( 6: 6-A )
6 E os apresentaram perante os apóstolos;
Aqui está um belo exemplo de respeito pelos direitos dentro da
igreja. A igreja tem utilizado o seu melhor julgamento na seleção dos
agentes, de acordo com as especificações dadas, e agora eles apresentam a sua
escolha para os apóstolos para a sua aprovação. Essa escolha do povo pode ser
seriamente questionada se alguém é ou não, divinamente chamado para o serviço
cristão. É necessário que não tenha o reconhecimento e recomendação de pelo menos
alguns responsáveis ou grupos dentro da igreja.
3. Consagração dos apóstolos( 6:6-B )
6 e eles orando, impuseram as mãos sobre eles.
Como foi a consagração e dedicação de Barnabé e Paulo para o
trabalho missionário pela igreja de Antioquia (Atos 13:2, 3). Os
elementos essenciais para a sua ordenação são a oração e a imposição das mãos
dos apóstolos. Este costume era muito antigo e foi emprestado dos judeus para
os cristãos (ver 27 Num: 18-23; Dt 34:9 ). Ele simplesmente
indicava a aceitação da separação de DEUS (confirmada apenas pelos
cristãos - João 15:16 – “eu vos escolhi”).
RESULTADOS – Eficiência (6:7)
Quando a mente e a vontade de DEUS são consultadas e seguidas, na
solução de problemas e na condução dos negócios da igreja, a prosperidade
espiritual estará sempre presente.
1. A Palavra de DEUS Maior (6:7a)
7 E a palavra de DEUS cresceu;
Com os apóstolos inteiramente dedicados à oração, estudo e pregação
da Palavra de DEUS (v. 4 ), e locais de pregação da Igreja fundados sensata
e satisfatoriamente pelos apóstolos e tendo a cooperação dos diáconos recém-eleitos,
não é de admirar que o avivamento continuou. A palavra de DEUS cresceu e
foi pregada por toda parte, iluminando os corações que passaram de condenação,
a conversão, porque houve entrega e poder de limpeza. Sob poder
vivificador do ESPÍRITO, produzido por fervorosa oração, a Palavra de DEUS
torna-se "viva e eficaz" (Hb 4:12, 13). A Palavra animada
pelo ESPÍRITO é sempre produtiva para avivamentos..
2. A Igreja Multiplicou (6:7b)
7 e o número dos discípulos em Jerusalém se multiplicava
muito; É suficiente saber que o movimento espiritual continuou, e que a palavra multiplicada melhor
expressa o conceito do narrador do rápido crescimento. O crescimento era
exponencial. Era rápido em qualidade e quantidade devido a pregação e
demonstração de poder do ESPÍRITO SANTO. Sinais e prodígios eram operados pelo
ESPÍRITO SANTO através dos apóstolos.
3. Os Sacerdotes se convertiam (6:7-C)
7 e uma grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.
Isso representa o maior de todos os milagres apostólicos, uma vez
que os sacerdotes eram os inimigos mais amargos do CRISTO e do cristianismo
(ver João 12:42 ). Uma vez que havia 24 turmas de sacerdotes com
suas famílias em Jerusalém, literalmente multidões, não há nenhum problema com
a conversão de uma grande parte dos sacerdotes.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Revista CPAD, 1Tr24, na
íntegra
Escrita, Lição 6, CPAD, Igreja, Organismo e Organização, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – ADULTOS
1º Trimestre de 2024 -
Título: O Corpo de CRISTO — Origem, natureza e vocação da Igreja no mundo
- Comentarista: José Gonçalves
https://youtu.be/0_z23pLh1PI?si=bKAWNc3Jd7uFBUR-
Vídeo
Escrita
https://ebdnatv.blogspot.com/2024/01/escrita-licao-6-cpad-igreja-organismo-e.html
Slides
https://ebdnatv.blogspot.com/2024/01/slides-licao-6-cpad-igreja-organismo-e_29.html
PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshows/slides-lio-6-cpad-igreja-organismo-e-organizao-1tr24pptx/265936120
ESBOÇO DA LIÇÃO
I. A ESTRUTURA DA IGREJA CRISTÃ
1. A Igreja como organismo
2. A Igreja como organização
3. Organismo e organização.
II. IGREJA: UM ORGANISMO VIVO E ORGANIZADO
1. No seu aspecto local
2. No seu aspecto litúrgico e ritual
III. O GOVERNO DA IGREJA NAS DIFERENTES TRADIÇÕES CRISTÃS
1. Episcopal
2. Presbiteral
3. Congregacional
4. O sistema de governo de nossa igreja
TEXTO ÁUREO
“Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios
do ESPÍRITO SANTO e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante
negócio.” (At 6.3).
VERDADE PRÁTICA
A Igreja é um organismo vivo. Contudo, como toda estrutura viva, precisa
ser organizada.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Ef 5.23 CRISTO, a cabeça da Igreja
Terça — 1Co 12.12-14 A Igreja como um organismo vivo, o Corpo de CRISTO
Quarta — At 16.4 A Igreja organizada
Quinta — 1Co 14.40 Mantendo a decência e a ordem
Sexta — At 15.1-6 Resolvendo problemas de natureza doutrinária
Sábado — 1Co 16.1 Cuidando dos santos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 6.1-7.
1 — Ora, naqueles dias, crescendo o número dos
discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas
viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.
2 — E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é
razoável que nós deixemos a palavra de DEUS e sirvamos às mesas.
3 — Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação,
cheios do ESPÍRITO SANTO e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este
importante negócio.
4 — Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.
5 — E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem
cheio de fé e do ESPÍRITO SANTO, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e
Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;
6 — e os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram
as mãos.
7 — E crescia a palavra de DEUS, e em Jerusalém se multiplicava muito o
número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.
HINOS SUGERIDOS
131, 455 e 655 da Harpa
Cristã.
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, temos o
propósito de evidenciar a importância da organização eclesiástica,
diferenciando-a do institucionalismo e legalismo. Para tal, tomaremos como base
de estudo o exemplo da Igreja Primitiva que, embora possuísse uma estrutura
organizacional simples e ainda em desenvolvimento, era visível e eficaz. Tanto
que, como estudaremos, vem servindo de inspiração para diferentes formas de
governo eclesiástico ao longo dos séculos de tradição cristã. Conheceremos os
principais modelos vigentes nas igrejas evangélicas do país, incluindo o
aderido pela nossa denominação.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da
Lição: I) Aprofundar o entendimento acerca da Igreja, enquanto Corpo de CRISTO,
como um organismo ordenado; II) Compreender, por meio do exemplo da Igreja
Primitiva, a necessidade de organização para uma igreja viva e saudável; III)
Aprender sobre as principais formas de governo da Igreja, segundo a tradição
cristã, e a escolha do modelo de nossa igreja.
B) Motivação: Todo
organismo e organização humana necessitam de ordem que, segundo o dicionário da
língua portuguesa, é “a relação inteligível estabelecida entre uma pluralidade
de elementos; organização; estrutura”. Ou seja, embora, nenhuma liturgia ou
forma de governo humano seja perfeita, ela é necessária para o bem comum, para
o desenvolvimento e boa convivência mútua de um grupo. Como Igreja de CRISTO
temos a maior das vantagens: um perfeito manual de conduta que é a Palavra de DEUS,
bem como o ESPÍRITO SANTO, nosso fiel Conselheiro.
C) Sugestão de
Método: Como método pedagógico, propomos o uso de uma dinâmica, a fim de
exemplificar de forma prática as lições estudadas nesta aula. Previamente,
imprima em tamanho grande o trecho de 1Coríntios 12.20-27. Prepare duas cópias,
para dividir a classe em dois grupos. Recorte cada versículo em duas ou três
partes, como um quebra-cabeças, que deverá ser igual para ambas as equipes.
Explique que os grupos terão alguns minutos para juntos desvendarem e montarem
corretamente a passagem bíblica, o detalhe é que estarão sem a sua referência.
Por isso, precisarão se organizar para descobri-la e a colocarem na ordem
correta, dentro do tempo estabelecido. Enquanto mediador, vá anotando alguns
comportamentos dos integrantes, ligados ao tema da aula: a importância da
organização; de uma liderança; da submissão necessária; da boa comunicação; de
cada um desempenhar sua função; e o que mais julgar que enfatize a forma como
um grupo de pessoas necessita de alguns critérios organizacionais para o seu
progresso, tanto individual quanto coletivo, em prol de uma missão em comum.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Muitos
cristãos não compreendem a importância do zelo quanto à doutrina e liturgia
eclesiásticas, confundindo-as com institucionalismo ou legalismo. De fato,
precisamos ter vigilância para não incorrer nesses erros. Contudo, não é a organização
em si que nos incita a eles. Na Criação, o ESPÍRITO de DEUS pôs ordem no caos
(Gn 1.2). Assim como, desde o Antigo Testamento, o Senhor já ensinava o seu
povo, de maneira detalhada, a organização e ritos necessários na devida
adoração e santificação, em prol de uma íntima comunhão com Ele e uns com os
outros. Embora ainda em desenvolvimento, podemos observar no Novo Testamento, a
importância da organização na Igreja Primitiva para uma expressão de fé e
convivência harmônica, sadia e frutífera.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador
Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos,
entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p.39,
você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “A organização na Igreja de CRISTO”, localizado depois do segundo tópico, elucida que uma estrutura formal e ordenada na igreja visível não secundariza a condição espiritual do indivíduo, nem a Igreja invisível. 2) O texto “O modelo de liderança assembleiano”, ao final do tópico três, oferece um breve panorama histórico de como e por qual razão se deu a liderança eclesiástica adotada pela nossa denominação.
Palavras-Chave: ORGANIZAÇÃO E ORGANISMO
COMENTÁRIO – INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos conhecer a Igreja como um organismo e uma organização. Veremos que não existe função sem forma nem organismo sem organização. Isso nos ajudará a evitar os extremos: uma igreja sem nenhum tipo de liderança visível; ou uma igreja estruturada em um institucionalismo rígido que acaba por sacrificá-la. Conheceremos também os três principais sistemas de governos adotados na tradição cristã ao longo dos anos e em qual, ou quais, deles a nossa igreja se enquadra. Sublinhamos que nenhum desses modelos de governo eclesiástico é mal em si mesmo. Porém, como tudo o que é humano, estão sujeitos a acertos e erros. Portanto, o padrão exposto no Novo Testamento deve ser buscado como parâmetro.
I. A ESTRUTURA DA IGREJA CRISTÃ
1. A Igreja como
organismo
Um organismo é visto como
um conjunto de órgãos que constituem um ser vivo. Nesse aspecto, um corpo com
as diferentes funções de seus órgãos e membros é entendido como estrutura
física de um organismo vivo. Metaforicamente, a Igreja é definida como “o corpo
de CRISTO” (1Co 12.27), um organismo vivo, cuja cabeça é CRISTO (Ef 5.23).
Assim como um corpo funciona pela harmonia de seus membros, da mesma forma
também a Igreja (1Co 12.12). Os membros não existem independentemente um dos
outros (1Co 12.21). Portanto, como Corpo Místico de CRISTO, a Igreja existe
organicamente.
2. A Igreja como organização
A forma de organização da
Igreja Primitiva era simples, todavia, existia. Por exemplo, a igreja seguia a
liderança centralizada dos apóstolos (At 16.4). Dessa forma, os apóstolos
doutrinavam a igreja (At 2.42); cuidavam da parte administrativa (At 4.37);
instituíam lideranças locais (At 6.6; At 14.23); reuniam-se em Concílio (At
15.1-6). Por outro lado, precisamos diferenciar uma igreja organizada de uma
igreja institucionalizada. A organização é saudável, o institucionalismo, não.
A organização permite à igreja, como estrutura social, se movimentar; o
institucionalismo a enrijece e a neutraliza. Uma igreja organizada se mantém
viva; uma igreja institucionalizada caminha para a morte.
3. Organismo e organização
Vimos que a Igreja como o
Corpo de CRISTO é um organismo vivo e uma organização. Ela existe como
organismo e como organização. Nesse aspecto, podemos dizer que não há organismo
sem organização. Todo organismo precisa de organização, mesmo as estruturas
mais simples. Alguns acreditam que a Igreja existe somente na forma de
organismo e rejeitam toda forma de organização para ela. Então, por exemplo,
para essas pessoas, não deve haver liderança ou estrutura alguma. Entretanto,
de acordo com a Bíblia, encontramos a Igreja como forma de organismo e de
organização.
SINOPSE I
Assim como o corpo humano
funciona ordenadamente pela harmonia de seus membros, da mesma forma é o Corpo
de CRISTO.
II. IGREJA: UM ORGANISMO VIVO E ORGANIZADO
1. No seu aspecto
local
No contexto do Novo
Testamento, a Igreja existe localmente como comunidade organizada. Dessa forma,
havia a igreja que estava em Roma, Corinto, Éfeso etc. Como um organismo vivo,
a igreja do Novo Testamento era organizada. Por exemplo, ela se reunia (At
2.42) e orava (At 2.42; 12.12). Contudo, enxergava as demandas sociais que
precisavam ser atendidas (At 4.35); instituiu o diaconato (At 6.2-6); elegeu
lideranças (At 14.23); enviou seus primeiros missionários (At 13.1-4). Todos
esses fatos mostram um organismo vivo agindo de forma organizada.
2. No seu aspecto litúrgico e ritual
Toda igreja organizada
possui sua liturgia e rituais. A organização, portanto, é necessária para uma
igreja viva. Uma igreja organizada, por exemplo, mantém a decência e a ordem no
culto (1Co 14.40). Estabelece costumes que devem ser observados (1Co 11.16). Da
mesma forma, em relação ao aspecto ritual. Nesse sentido, vemos a Igreja
Primitiva batizando os primeiros crentes em águas (At 8.38,39) e realizando a
Ceia do Senhor (1Co 11.23).
SINOPSE II
Organização é diferente
de institucionalismo. A Igreja Primitiva nos exemplifica como a ordem é
importante para uma comunidade de fé sadia e eficaz.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
A ORGANIZAÇÃO NA IGREJA
DE CRISTO
“A tendência, no curso da
história da Igreja, tem sido oscilar entre um extremo e outro. Por exemplo:
algumas tradições, como a Católica Romana, a Ortodoxa Oriental e a Anglicana,
enfatizam a prioridade da Igreja institucional ou visível. Outras, como a dos
quacres e dos Irmãos de Plymouth, ressaltando uma fé mais interna e subjetiva,
têm desprezado e até mesmo criticado qualquer tipo de organização e estrutura
formal, e buscam a verdadeira Igreja invisível.
Conforme observa Millard
Erickson, as Escrituras certamente consideram prioridade a condição espiritual
do indivíduo e sua posição na Igreja invisível, mas não a ponto de
desconsiderar ou menosprezar a importância da organização da Igreja visível.
Sugere que, embora haja distinções entre a Igreja visível e a invisível, é
importante adotarmos uma abordagem abrangente, de maneira que procuremos deixar
as duas serem tão idênticas quanto possível” (HORTON, Stanley
(Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de
Janeiro: CPAD, 2023, p.550).
III. O GOVERNO DA IGREJA NAS DIFERENTES TRADIÇÕES CRISTÃS
1. Episcopal
Essa palavra traduz o
grego “episkopos” e aparece algumas vezes no Novo Testamento (At 20.28; 1Tm
3.2; Tt 1.7). No contexto atual, o episcopalismo defende que CRISTO confiou o
governo da igreja a uma categoria de oficiais denominados de “bispos” ou
“supervisores”. Com o tempo, esse sistema passou a defender a primazia de um
bispo sobre o outro e terminou culminando no papado romano. Esse modelo é
seguido pelo Catolicismo, por algumas denominações protestantes e pentecostais.
2. Presbiteral
O ofício de presbítero
(gr. presbyteros) é encontrado no Novo Testamento (At 11.30; At 15.2).
Contudo, no atual sistema presbiteral a igreja elege os presbíteros para um
Conselho. Dessa forma, o Conselho possui autoridade para conduzir a igreja local.
Há um supremo Concílio ou Assembleia Geral que exerce autoridade sobre as
igrejas de uma determinada região ou país. É o sistema seguido pelas igrejas
reformadas e algumas igrejas pentecostais na América do Norte.
3. Congregacional
A prática de eleger os
dirigentes da igreja local no contexto do Novo Testamento é vista em Atos
14.23. Nesse atual sistema, o pastor é eleito pela Assembleia Geral da igreja
local. Assim, as igrejas locais são autônomas nas suas tomadas de decisões, não
estando sujeitas a nenhuma interferência que venha de fora. É o modelo seguido
pelos batistas.
4. O sistema de governo de nossa igreja
No contexto
norte-americano, as Assembleias de DEUS se aproximam mais do modelo de governo
presbiteral. Por outro lado, no contexto brasileiro, nossa igreja reúne
elementos dos sistemas episcopal e congregacional. É, portanto, um modelo
híbrido. Isso porque até o início dos anos 1930, a Assembleia de DEUS, por
haver sido fundada por batistas, seguia o modelo congregacional. Contudo, esse
sistema de governo sofreu modificações a partir da criação da Convenção Geral
de 1930, quando elementos do modelo episcopal foram somados a sua estrutura de
governo. Assim, no atual modelo de governo, em sua grande maioria, embora
mantenham certa autonomia administrativa em relação as convenções Geral e
Estadual, a quem são filiadas, as igrejas possuem um modelo de liderança
regional e local centralizado. Por exemplo, a autoridade de estabelecer
lideranças pastorais nas igrejas locais pertence às Convenções Estaduais. Em
alguns casos, essa função cabe a uma igreja-sede que preside sobre um conjunto
de congregações locais a ela filiadas.
SINOPSE III
O modelo de estrutura
organizacional no Novo Testamento inspira a tradição cristã ao longo dos anos a
regulamentar seus ministérios.
AUXÍLIO HISTÓRICO
O MODELO DE LIDERANÇA
ASSEMBLEIANO
“As Assembleias de DEUS,
especialmente no Brasil, certamente em razão de se constituírem inicialmente de
crentes de diversos grupos evangélicos, atraídos pela crença bíblica do batismo
no ESPÍRITO SANTO, do ponto de vista administrativo, ministerial, adotaram uma
posição intermediária mais aproximada do sistema presbiteriano. Não admitem
hierarquia. Não aceitam o episcopado formal, senão o conceito bíblico de que o
pastor é o mesmo bispo mencionado no Novo Testamento. Admitem, entretanto, o
cargo separado de presbítero. O presbítero (anteriormente chamado ‘ancião’) é o
auxiliar do pastor. Porém, em algumas regiões, em campo de evangelização das
Assembleias de DEUS, de certo modo, é lhe dado cargo correspondente ao de
pastor, onde, na ausência deste, ele desempenha todas as funções pastorais:
unge, ministra a Ceia e batiza. Entre esses, há os que possuem a dignidade,
capacidade e verdadeiro dom de pastor.
[...] Porém, na Convenção
Geral de 1937, na AD de São Paulo (SP), foi debatida a questão sobre se os
anciãos (presbíteros) não poderiam ser considerados pastores. Os convencionais
compreenderam, citando textos como 1 Pedro 5.1, Atos 20.28 e 1 Timóteo 5.17,
que, em alguns casos, parece haver uma diferença entre anciãos e anciãos com
chamada ao ministério, e estabeleceram, assim, a hierarquia eclesiástica que
até hoje existe nas Assembleias de DEUS: diáconos, presbíteros e ministros do
evangelho (pastores e evangelistas).
[...] Nas Assembleias de DEUS,
embora o trabalho do presbítero tenha a sua definição, passou a ser também
visto como o penúltimo cargo a ser exercido pelo obreiro, na sucessão das
ordenações, antes de ser consagrado a evangelista ou pastor” (ARAÚJO,
Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD,
2007, pp.715,716).
CONCLUSÃO
Nesta lição, fizemos uma análise da Igreja como organismo e organização. O que
ficou claro é que as Escrituras destacam a Igreja como um organismo vivo e
organizado. Nesse aspecto, juntamente com os presbíteros e diáconos, o colégio
apostólico dava corpo e forma ao ministério local da igreja neotestamentária.
Embora essa igreja possuísse uma estrutura organizacional muito simples,
contudo, ela existia. Por outro lado, embora não haja nenhuma norma específica
de como deve ser o governo da igreja no Novo Testamento, ao longo dos anos os
cristãos têm procurado se inspirar no texto bíblico para regulamentar seus
ministros e ministérios.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Conceitue
“organismo”.
Um organismo é visto como
um conjunto de órgãos que constituem um ser vivo.
2. Caracterize a
organização da Igreja Primitiva.
A forma de organização da
Igreja Primitiva era simples, todavia, existia. Por exemplo, a igreja seguia a
liderança centralizada dos apóstolos (At 16.4). Dessa forma, os apóstolos
doutrinavam a igreja (At 2.42); cuidavam da parte administrativa (At 4.37);
instituíam lideranças locais (At 6.6; At 14.23); reuniam-se em Concílio (At
15.1-6).
3. Quais fatos
mostram a Igreja como um organismo vivo agindo de forma organizada?
Como um organismo vivo, a igreja do Novo Testamento era organizada. Por
exemplo, ela se reunia (At 2.42) e orava (At 2.42; 12.12). Contudo, enxergava
as demandas sociais que precisavam ser atendidas (At 4.35). Instituiu o
diaconato (At 6.2-6); elegeu lideranças (At 14.23); enviou seus primeiros
missionários (At 13.1-4).
4. Explique o
sistema de governo episcopal e congregacional.
No contexto atual, o
episcopalismo defende que CRISTO confiou o governo da igreja a uma categoria de
oficiais denominados de “bispos” ou “supervisores”. Já no sistema
congregacional atual, o pastor é eleito pela Assembleia Geral da igreja local.
Assim, as igrejas locais são autônomas nas suas tomadas de decisões, não
estando sujeitas a nenhuma interferência que venha de fora.
5. Explique o
sistema de governo de nossa igreja.
No atual modelo de
governo de nossas igrejas, a sua grande maioria, embora mantenham certa
autonomia administrativa em relação as convenções Geral e Estadual, a quem são
filiadas, possuem um modelo de liderança regional e local centralizado.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A IGREJA: ORGANISMO E
ORGANIZAÇÃO
Nesta lição, veremos de
que forma a Igreja do Senhor se organizou ao longo dos anos enquanto
instituição religiosa. Veremos também que é o fato de a Igreja ser compreendida
como organismo vivo que dá vida a todas as ações realizadas por ela neste
mundo. É evidente que, após os primeiros 300 anos de existência, a Igreja se
institucionalizou a partir dos primeiros concílios que definiram e organizaram
as doutrinas cristãs (Niceia, 325 d.C.; Constantinopla, 381 d.C.; Éfeso, 431
d.C.; Calcedônia, 451 d.C.). Contudo, o desafio da Igreja nestes últimos dias é
não perder a perspectiva de que sua existência não se deve apenas ao aspecto
institucional, mas, acima de tudo, à sua qualidade espiritual. Assim como na
visão da tricotomia humana temos espírito, alma e corpo, a Igreja do Senhor não
existe apenas a partir da sua estrutura física. Ela existe pela qualidade dos
seus membros e, em razão da união com CRISTO, bem como pela preservação do ESPÍRITO
SANTO, continua viva e atuante na sociedade.
Um ensinamento extraído
das Cartas apocalíticas enviadas às igrejas da Ásia Menor endossa a necessidade
de a igreja do Senhor manter-se viva e unida a CRISTO. Ao anunciar a mensagem
ao anjo da igreja de Laodiceia, chama a atenção o fato de que era uma igreja
que tinha aparência de riqueza e abastança e dizia-se não ter falta de nada.
Contudo, a mornidão imperava entre os seus membros (Ap 3.15-17). O dilema vivido
por essa igreja se assemelha ao que pode ser notado nos dias atuais. Temos uma
igreja que existe enquanto instituição religiosa e pessoa jurídica, porém,
carente do ardor do ESPÍRITO SANTO. Isso pode ser percebido pela ausência de
manifestações espirituais como o batismo no ESPÍRITO SANTO e os dons
espirituais entre os seus membros. Entretanto, o que mais chama a atenção no
tocante à sua frieza espiritual é a ausência de comunhão e cordialidade entre
os seus membros.
O comentário
da Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD, 1995), endossa que “1. A
igreja morna é aquela que transige com o mundo e, em comportamento, se
assemelha à sociedade ímpia ao seu redor, professa o Cristianismo, mas, na
realidade, é espiritualmente ‘desgraçada e miserável’ (vv.17,18); 2. CRISTO
faz a esta igreja uma séria advertência no tocante ao seu julgamento contra a
mornidão espiritual (vv.15-17); 3. CRISTO faz também um convite
sincero para que se arrependa e seja restaurada a uma posição de fé, justiça,
revelação e comunhão (vv.18,19)” (p.1988). O convite do Senhor JESUS se estende
à Sua Igreja nos dias atuais. Como organização institucional, e também como
organismo vivo, a Igreja do Senhor deve zelar pela sua identidade enquanto
Corpo de CRISTO e canal de salvação para todos os povos.