Escrita Lição 5, CPAD, Uma Perspectiva Pentecostal de Missões, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 5, CPAD, Uma Perspectiva Pentecostal De Missões, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

  


https://youtu.be/gsqL_qoop8U?si=NvxitTsGbJQFhhr7 Vídeo

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/10/escrita-licao-5-cpad-uma-perspectiva.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/10/slides-licao-5-cpad-uma-perspectiva.html

Power Point https://www.slideshare.net/henriqueebdnatv/slides-lio-5-cpad-uma-perspectiva-pentecostal-de-misses-4tr23pptx



TEXTO ÁUREO

“Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.” (At 1.8)

  

VERDADE PRÁTICA

O ESPÍRITO SANTO derramado no Pentecoste é o mesmo ESPÍRITO que DEUS deseja derramar de novo na Igreja da atualidade.

  

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Co 12.11 A atividade de DEUS por meio do ministério do ESPÍRITO SANTO

Terça - At 2.1-12 O ESPÍRITO SANTO experimentado pelos cristãos do século I

Quarta - At 1.8 O poder pentecostal é indispensável para a obra de Missões

Quinta - At 8.26-30 O primeiro missionário transcultural da Igreja do Primeiro Século

Sexta - At 10.34,35; 11.17,18 DEUS não faz acepção de pessoas para a salvação

Sábado - At 9.31 Ousadia e poder do ESPÍRITO na obra missionária

  

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.1-8, 14-18

1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;

2 - e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.

3 - E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.

4 - E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.

5 - E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.

6 - E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.

7 - E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando?

8 Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?

14 - Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.

15 - Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo  esta a terceira hora do dia.

16 - Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:

17 - E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS, que do meu ESPÍRITO derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;

18 - e também do meu ESPÍRITO derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão.

  

HINOS SUGERIDOS:  24, 122, 486 da Harpa Cristã

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

I – A CONCEPÇÃO DE CRISTO

1. Somos evangélicos

2. Somos pentecostais

3. Contribuições Pentecostais às Missões

II – A OBRA MISSIONÁRIA DEPOIS DO PENTECOSTES

1. A causa da obra missionária da primeira igreja

2. A expansão missionária da primeira igreja

3. “DEUS não faz acepção de pessoas”

III – A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO E A OBRA MISSIONÁRIA

1. A função do ESPÍRITO na obra missionária

2. O ESPÍRITO SANTO capacita para a obra

3. DEUS age por meio do ESPÍRITO SANTO

 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

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Lição 11, Lucas-Atos, O Modelo Pentecostal para hoje

Lições Bíblicas - 1º Trimestre de 2022 - CPAD - Para adultos
Tema: A Supremacia das Escrituras, a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de DEUS
Comentário: Pr. Douglas Baptista (Pr. Pres. Assembleia de DEUS Missão, Brasília, DF)
Complementos, ilustrações, questionário e vídeos: Pr. Henrique

 

 
TEXTO ÁUREO
“E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.”  (At 2.4)

 


VERDADE PRÁTICA
A atividade do ESPÍRITO SANTO e suas implicações na vida cristã são o padrão bíblico adotado pelo crente pentecostal.

 

 

 

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Lc 3.16 O poder de CRISTO em batizar no ESPÍRITO SANTO e com fogo
Terça - Lc 3.21,22 O ESPÍRITO SANTO em forma de pomba e uma voz do céu identificam o Messias
Quarta - At 1.8 A virtude do ESPÍRITO capacita o crente para a obra de evangelização
Quinta - At 2.2,3 Sinais sobrenaturais marcaram o advento do ESPÍRITO SANTO
Sexta - At 2.4; 10.46; 19.6 O "falar em línguas" é a evidência física inicial do Batismo no ESPÍRITO SANTO
Sábado - At 2.17-20 O derramamento do ESPÍRITO SANTO permanecerá até o Dia do Senhor


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 1.21,22; Atos 2.1-4
Lucas 1.21 - E o povo estava esperando a Zacarias e maravilhava-se de que tanto se demorasse no templo. 22 - E, saindo ele, não lhes podia falar; e entenderam que tivera alguma visão no templo. E falava por acenos e ficou mudo.
Atos 2.1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; 2 - E, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. 3 - E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. 4 - E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO, e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.

 



PALAVRA-CHAVE - ESPÍRITO

 

Resumo da Lição 11, Lucas-Atos, O Modelo Pentecostal para hoje

I – O EVANGELHO DE LUCAS: O ESPÍRITO SANTO NO MINISTÉRIO DE CRISTO
1. O ESPÍRITO SANTO no Evangelho.

2. O ESPÍRITO SANTO e o batismo de CRISTO.

3. O ESPÍRITO SANTO e a tentação de CRISTO.

4. O ESPÍRITO SANTO e a missão de CRISTO.

II – ATOS DOS APÓSTOLOS: O ESPÍRITO SANTO NO MINISTÉRIO DA IGREJA
1. O ESPÍRITO SANTO em Atos.

2. A promessa cumprida no Pentecostes.

3. A expansão da Igreja Primitiva.

III – UM MODELO PENTECOSTAL PARA A IGREJA DE NOSSOS DIAS
1. O revestimento de poder do alto.

2. As línguas como evidência inicial.

3. A plenitude do ESPÍRITO SANTO.

 

 

O EVANGELHO DE LUCAS - BEP - CPAD

Autor: Lucas
Tema: JESUS, o Salvador Divino Humano
Data:     60-63 d.C.

 Considerações Preliminares
O Evangelho segundo Lucas é o primeiro dos dois livros endereçados a um certo Teófilo (1.3; At 1.1). Embora o autor não se identifique pelo nome em nenhum dos dois livros, o testemunho unânime do cristianismo primitivo e as evidências internas indicam a autoria de Lucas nos dois casos.
Segundo parece, Lucas era um gentio convertido, sendo o único autor humano não-judeu de um livro da Bíblia. O ESPÍRITO SANTO o moveu a escrever a Teófilo (cujo nome significa “aquele que ama a DEUS”) a fim de suprir uma necessidade da igreja gentia, de um relato completo do começo do cristianismo. A obra tem duas partes: (1) o nascimento, vida e ministério, morte, ressurreição e ascensão de JESUS (Lucas), e (2) o derramamento do ESPÍRITO em Jerusalém e o desenvolvimento subsequente da igreja primitiva (Atos). Esses dois livros perfazem mais de uma quarta parte do NT.
Pelas epístolas de Paulo sabemos que Lucas era um “médico amado” (Cl 4.14) e um leal cooperador do apóstolo (2 Tm 4.11; Fm 24; cf. os trechos em Atos na primeira pessoa do plural; ver a introdução a Atos). Pelos escritos de Lucas, vemos que ele era um escritor culto e hábil, um historiador atento e teólogo inspirado. Segundo parece, quando Lucas escreveu o seu Evangelho, a igreja gentia não tinha nenhum desses livros completo ou bem conhecido, a respeito de JESUS. Primeiramente Mateus escreveu um Evangelho para os judeus, e Marcos escreveu um Evangelho conciso para a igreja em Roma. O mundo gentio de língua grega dispunha de relatos orais de JESUS, dados por testemunhas oculares, bem como breves tratados escritos, mas nenhum Evangelho completo com os fatos na devida ordem (ver 1.1-4). Daí, Lucas se propôs a investigar tudo cuidadosamente “desde o princípio” (1.3), e, provavelmente, fez pesquisas na Palestina enquanto Paulo esteve na prisão em Cesaréia (At 21.17; 23.23—26.32) e terminou o seu Evangelho perto do fim daquele período, ou pouco depois de chegar a Roma com Paulo (At 28.16).

Propósito
Lucas escreveu este Evangelho aos gentios para proporcionar-lhes um registro completo e exato de “tudo que JESUS começou, não só a fazer, mas a ensinar, até ao dia que foi recebido em cima” (At 1.1b,2a). Escrevendo sob a inspiração do ESPÍRITO SANTO, sua intenção foi transmitir a Teófilo e outros convertidos e interessados gentios, com certeza, a plena verdade sobre o que já tinham sido oralmente inteirados (1.3,4). Lucas no seu Evangelho deixa claro que ele escreveu para os gentios. Por exemplo, ele apresenta a genealogia humana de JESUS, recuando-a até Adão (3.23-38) e não até Abraão, conforme fez Mateus (cf. Mt 1.1-17). Em Lucas, JESUS é visto claramente como o Salvador Divino humano, que veio como a provisão divina da salvação para todos os descendentes de Adão.

Visão Panorâmica
O Evangelho segundo Lucas começa com as narrativas mais completas da infância de JESUS (1.5—2.40), bem como apresenta o único vislumbre, nos Evangelhos, da juventude de JESUS (Lc 2.41-52). Depois de descrever o ministério de João Batista e apresentar a genealogia de JESUS, Lucas divide o ministério de JESUS em três seções principais: (1) seu ministério na Galileia e arredores (Lc 4.14—9.50), (2) seu ministério durante a viagem final a Jerusalém (9.51—19.27); e (3) sua última semana em Jerusalém (19.28—24.43).
Embora os milagres ocupem lugar de destaque no registro de Lucas sobre o ministério de JESUS na Galileia, o enfoque principal deste Evangelho consiste nos ensinos e parábolas de JESUS durante seu extenso ministério a caminho de Jerusalém (9.51—19.27). Esta é a maior seção de assuntos exclusivos de Lucas, e inclui muitas histórias e parábolas prediletas. O versículo determinante (9.51) e o versículo chave (19.10) do Evangelho ocorrem no início e perto do fim dessa seção especial.

Características Especiais
São oito as características principais do Evangelho segundo Lucas. (1) Seu amplo alcance no registro dos eventos na vida de JESUS, desde a anunciação do seu nascimento até a sua ascensão. (2) A qualidade excepcional do seu estilo literário, empregando um vocabulário rico e escrito com um domínio excelente da língua grega. (3) O alcance universal do Evangelho — que JESUS veio para salvar a todos: judeus e gentios igualmente. (4) Ele salienta a solicitude de JESUS para com os necessitados, inclusive mulheres, crianças, os pobres e os socialmente marginalizados. (5) Sua ênfase na vida de oração de JESUS e nos seus ensinos a respeito da oração. (6) O notável título de JESUS neste Evangelho, a saber: “Filho do Homem”. (7) Seu enfoque sobre a alegria que caracteriza aqueles que aceitam a JESUS e a sua mensagem. (8) Sua ênfase na importância e proeminência do ESPÍRITO SANTO na vida de JESUS e do seu povo (e.g., Lc 1.15, 41, 67; 2.25-27; 4.1, 14, 18; 10.21; 12.12; 24.49).

 

 

 

24.6 RESSUSCITOU. A ressurreição de CRISTO JESUS (ver Mt 28.6) é confirmada pelos seguintes fatos: (1) O túmulo vazio. Se os inimigos de JESUS tivessem furtado o seu corpo, eles o teriam mostrado, para confirmar que Ele não ressuscitara. Se os discípulos tivessem furtado o seu corpo, nunca teriam sacrificado suas vidas e posses em prol daquilo que saberiam ser mentira e engano. O túmulo vazio revela que JESUS realmente ressuscitou e que Ele é verdadeiramente o Filho de DEUS. (2) A existência, o poder, a alegria e a devoção da igreja primitiva. Se JESUS não tivesse ressuscitado e aparecido aos seus, estes nunca teriam passado do desânimo para alegria, coragem e esperança indizíveis (vv. 52,53). (3) A composição do Novo Testamento. O Novo Testamento foi escrito por homens que deram a sua vida em prol da verdade e da justiça ensinadas por JESUS. Nunca teriam se dado ao trabalho de escrever a respeito do Messias e dos seus ensinos, se a sua carreira tivesse terminado em morte e desilusão (ver 1 Co 15.12-19). (4) O batismo no ESPÍRITO SANTO e suas inerentes manifestações na igreja. O derramamento do ESPÍRITO SANTO, no dia de Pentecoste, como realidade prática, comprova que JESUS ressuscitara e fora exaltado à destra de DEUS (cf. At 1.3-5; 2.33). Se CRISTO não tivesse ressuscitado, não teria havido nenhum batismo experimental no ESPÍRITO SANTO (cf. Jo 16.7). (5) Os milhões de pessoas que, no decurso desses últimos 2.000 anos, experimentaram nos seus próprios corações e vidas a presença de JESUS e o testemunho do ESPÍRITO SANTO.
24.15 JESUS SE APROXIMOU. Para as aparições de CRISTO após sua ressurreição, ver Mt 28.9.
24.19 JESUS... UM PROFETA. Para os escritores dos Evangelhos, JESUS era o profeta enviado por DEUS (cf. Dt 18.15,16,19; Mc 6.4; At 3.22; ver Lc 6.23).
24.27 EXPLICAVA-LHES... AS ESCRITURAS. O Messias e a sua obra redentora, através do sofrimento, são o tema central no AT. CRISTO pode ter citado trechos tais como Gn 3.15; 22.18; 49.10; Nm 24.17; Sl 22.1,18; 110.1; Is 25.8; 52.14; 53; Jr 23.5; Dn 2.24,35,44; Mq 5.2; Zc 3.8; 9.9; 13.7; Ml 3.1.
24.39 UM ESPÍRITO NÃO TEM CARNE. A declaração de CRISTO: um espírito não tem carne nem ossos não significa que o espírito não tem forma nem corpo, mas apenas que seu corpo não é material como o do homem. JESUS tem um corpo glorificado, espiritual (Fp 3.20,21), e de igual modo os santos no céu (1 Co 15.40,44).
24.46 A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO. Ver Mt 28.6.
24.47 SE PREGASSE. Para comentários sobre a Grande Comissão, ver Mt 28.19.
24.47 ARREPENDIMENTO E A REMISSÃO DE PECADOS. Os discípulos somente deviam pregar o perdão dos pecados juntamente com o arrependimento do pecador. O pregador que anuncia a salvação como uma simples crença ou religião fácil, ou uma formal aceitação da salvação gratuita, sem nenhum compromisso voluntário do pecador de obedecer a CRISTO e à sua Palavra, está pregando um falso evangelho. O verdadeiro arrependimento inclui o abandono do pecado, i.e., um elemento fundamental e imutável do verdadeiro evangelho neotestamentário (ver Mt 3.2, sobre o arrependimento).
24.47 EM TODAS AS NACÕES. O próprio CRISTO institui a obra missionária cristã como uma tarefa santa e obrigatória da igreja. Missões é um tema prioritário, tanto no Antigo como no Novo Testamento (Gn 22.18; 1 Rs 8.41-43; Sl 72.8-11; Is 2.3, 45.22-25; Mt 28.19; At 1.8; 28.28; Ef 2.14-18).
24.49 A PROMESSA DE MEU PAI. A promessa de meu Pai refere-se ao derramamento do ESPÍRITO SANTO (ver At 1.4; 2.4). Vemos esta promessa no AT, em Is 32.15, 44.3; Jl 2.28; Ez 39.29; e no NT, em Jo 14.16,17,26; 15.26; 16.7; At 1.4-8; 2.17,18,33,38,39. Os discípulos aguardaram o cumprimento desta promessa em oração perseverante (ver At 1.14). O crente atual que busca o batismo no ESPÍRITO SANTO deve fazer a mesma coisa
24.50 OS ABENÇOOU. (1) A palavra bênção (gr. eulogia) encerra o significado de: (a) uma dádiva divina que faz prosperar o trabalho do crente (Dt 28.12); (b) a presença divina conosco (Gn 26.3); (c) a dotação de força, poder e ajuda divina (Ef 3.16; Cl 1.11); e (d) DEUS operando em nós e através de nós para realizar o bem (Fp 2.13). (2) No AT, o termo bênção ocorre mais de 400 vezes. A primeira coisa que DEUS fez, no tocante ao homem, foi abençoá-lo (Gn 1.28). DEUS também sustenta a sua obra, abençoando-a (Ez 34.26). A vida e a história do povo de DEUS podem estar sob a bênção ou a maldição (Dt 11.26ss.). (3) No NT, a obra total de CRISTO pode ser resumida na expressão: DEUS o enviou para abençoar (At 3.26). Vemos sua bênção outorgada às crianças (Mc 10.13-16) e aos seus seguidores quando Ele partia da terra (vv. 50,51). A bênção divina era uma realidade bem presente no ministério dos apóstolos (Rm 15.29). (4) A bênção de DEUS é condicional, dependendo do seu povo, o qual opta pela bênção, ao obedecer a DEUS, ou pela maldição, ao desobedecer (Dt 30.15-18; Jr 17.5,7). (5) Como recebemos a bênção do Senhor? (a) olhando sempre para JESUS e buscando sua bênção sobre nosso ministério, trabalho, vida e família (Hb 12.2); (b) por meio da fé, do amor e da obediência diante dEle (cf. Mt 5.3-11; 24.45,46; Ap 1.3; 16.15; 22.7); e (c) por sua graça, removendo da nossa vida tudo quanto possa impedir a bênção divina (Hb 12.1; Ef 4.22; Rm 13.12). (6) A bênção de DEUS pode não estar relacionada a lucros materiais pessoais e à ausência do sofrimento na vida do crente (ver Hb 11.37-39; Ap 2.8-10). Jacó enriqueceu materialmente, porém, usando de astúcia e trapaça (Gn 30.31-43).

 

 

 

ATOS - BEP - CPAD

 

Autor: Lucas
Tema: A Propagação Triunfal do Evangelho pelo Poder do ESPÍRITO SANTO
Data: Cerca de 63 d.C.
 
Considerações Preliminares
O livro de Atos, e de igual modo o Evangelho segundo Lucas, é endereçado a um homem chamado “Teófilo” (1.1). Embora nenhum dos dois livros identifique nominalmente o autor, o testemunho unânime do cristianismo primitivo e a evidência interna confirmatória dos dois livros denotam que ambos foram escritos por Lucas, “o médico amado” (Cl 4.14).
O ESPÍRITO SANTO inspirou Lucas a escrever a Teófilo a fim de suprir na igreja a necessidade de um relato completo dos primórdios do cristianismo. (1) “O primeiro tratado” foi seu Evangelho a respeito da vida de JESUS, e (2) o segundo foi seu relato, em Atos, sobre o derramamento do ESPÍRITO em Jerusalém e sobre o crescimento da igreja primitiva. Torna-se claro que Lucas era um escritor habilidoso, um historiador consciente e um teólogo inspirado.
Atos abrange, de modo seletivo, os primeiros trinta anos da história da igreja. Como historiador eclesiástico, Lucas descreve, em Atos, a propagação do evangelho, partindo de Jerusalém até Roma. Ele menciona nada menos que 32 países, 54 cidades, 9 ilhas do Mediterrâneo, 95 diferentes pessoas e uma variedade de membros e funcionários do governo com seus títulos precisos. A arqueologia continua a confirmar a admirável exatidão de Lucas em todos os seus pormenores. Como teólogo, Lucas descreve com habilidade a relevância de várias experiências e eventos dos primeiros anos da igreja.
Na sua fase inicial, as Escrituras do NT consistiam em duas coletâneas: (1) os quatro Evangelhos, e (2) as Epístolas de Paulo. Atos desempenhou um papel substancial como elo de ligação entre as duas coletâneas, e faz jus à posição que ocupa no cânon. Nos caps. 13—28, temos o acervo histórico necessário para bem compreendermos o ministério e as cartas de Paulo. O pronome “nós”, empregado por Lucas através de Atos (16.10-17; 20.5—21.18; 27.1—28.16), aponta-o como estando presente nas viagens de Paulo.


Propósito
Lucas tem pelo menos dois propósitos ao narrar os começos da igreja. (1) Demonstra que o evangelho avançou triunfalmente das fronteiras estreitas do judaísmo para o mundo gentio, apesar da oposição e perseguição. (2) Revela a missão do ESPÍRITO SANTO na vida e no papel da igreja e enfatiza o batismo no ESPÍRITO SANTO como a provisão de DEUS para capacitar a igreja a proclamar o evangelho e a dar continuidade ao ministério de JESUS. Lucas registra três vezes, expressamente, o fato de o batismo no ESPÍRITO SANTO ser acompanhado de enunciação em outras línguas (2.1-4.; 10.44-47; 19.1-6). O contexto destas passagens mostra que isto era normal no princípio da igreja, e que é o padrão permanente de DEUS para ela.


Visão Panorâmica
Enquanto o Evangelho segundo Lucas relata “tudo que JESUS começou, não só a fazer, mas a ensinar” (1.1), Atos descreve o que JESUS continuou a fazer e a ensinar depois de sua ascensão, mediante o poder do ESPÍRITO SANTO, operando em, e através dos seus discípulos e da igreja primitiva. Ao ascender ao céu (1.9-11), a última ordem de JESUS aos discípulos foi para que permanecessem em Jerusalém até que fossem batizados no ESPÍRITO SANTO (1.4,5). O versículo chave de Atos (1.8) contém um resumo teológico e geográfico do livro: JESUS promete aos discípulos que receberão poder quando o ESPÍRITO SANTO vier sobre eles; poder para serem suas testemunhas (1) em Jerusalém (1—7), (2) em toda a Judéia e Samaria (8—12) e (3) até aos confins da terra (13—28).
Nos caps. 1—12, o centro principal irradiador da igreja é Jerusalém. Aqui, Pedro é o mais destacado instrumento usado por DEUS para pregar o evangelho. Nos caps. 13—28, o
centro principal de irradiação passou a ser Antioquia da Síria, onde o instrumento de maior realce nas mãos de DEUS foi Paulo para levar o evangelho aos gentios. O livro de Atos termina de modo repentino com Paulo em Roma aguardando julgamento perante César. Mesmo com o resultado do referido julgamento ainda pendente, o livro termina de modo triunfante, estando Paulo prisioneiro, porém cheio de ânimo e sem impedimento para pregar e ensinar acerca do reino de DEUS e do Senhor JESUS (28.31).


Características Especiais
Nove principais destaques assinalam o livro de Atos. (1) A igreja. Atos revela a origem do poder da igreja e a verdadeira natureza da sua missão, juntamente com os princípios que devem norteá-la em todas as gerações. (2) O ESPÍRITO SANTO. A terceira pessoa da Trindade é mencionada cinquenta vezes; o batismo no ESPÍRITO SANTO e o seu ministério outorgam poder (1.8), ousadia (4.31), santo temor a DEUS (5.3,5,11), sabedoria (6.3,10), direção (16.6-10), e dons espirituais (19.6). (3) Mensagens da igreja primitiva. Lucas relata com habilidade os ensinos inspirados de Pedro, Estêvão, Paulo, Tiago, e outros, apresentando assim um quadro da igreja primitiva não encontrado noutro lugar do NT. (4) Oração. Os cristãos primitivos dedicavam-se às orações com regularidade e fervor, que, às vezes, duravam a noite inteira, produzindo resultados maravilhosos. (5) Sinais, maravilhas e milagres. Estas manifestações acompanhavam a proclamação do evangelho no poder do ESPÍRITO SANTO. (6) Perseguição. A proclamação do evangelho com poder dava origem à oposição religiosa e/ou secular. (7) A ordem judaica/gentia. Do começo ao fim de Atos, o evangelho alcança primeiro os judeus e, depois, os gentios. (8) As mulheres. Há menção especial às mulheres dedicadas à obra contínua da igreja. (9) Triunfo. Barreira alguma nacional, religiosa, cultural, ou racial, nem oposição ou perseguição puderam impedir o avanço do evangelho.


Princípio Hermenêutico
Há quem considere o conteúdo do livro de Atos como se pertencesse a uma outra era bíblica e não como o padrão divino para a igreja e seu testemunho durante todo o período que o NT chama de “últimos dias” (cf. 2.17). O livro de Atos não é simplesmente um compêndio de história da igreja primitiva; é o padrão perene para a vida cristã e para qualquer congregação cheia do ESPÍRITO SANTO.
Os crentes devem desejar, buscar e esperar, como norma para a igreja atual, todos os fatos vistos no ministério e na experiência da igreja do NT (exceto a redação de novos livros para o NT). Esses fatos são evidentes quando a igreja vive na plenitude do poder do ESPÍRITO SANTO. Nada, em Atos e no restante do NT, indica que os sinais, maravilhas, milagres, dons espirituais ou o padrão apostólico para a vida e o ministério da igreja cessariam, repentina ou de uma vez, no fim da era apostólica.

 
Considerações Preliminares
O livro de Atos, e de igual modo o Evangelho segundo Lucas, é endereçado a um homem chamado “Teófilo” (1.1). Embora nenhum dos dois livros identifique nominalmente o autor, o testemunho unânime do cristianismo primitivo e a evidência interna confirmatória dos dois livros denotam que ambos foram escritos por Lucas, “o médico amado” (Cl 4.14).
O ESPÍRITO SANTO inspirou Lucas a escrever a Teófilo a fim de suprir na igreja a necessidade de um relato completo dos primórdios do cristianismo. (1) “O primeiro tratado” foi seu Evangelho a respeito da vida de JESUS, e (2) o segundo foi seu relato, em Atos, sobre o derramamento do ESPÍRITO em Jerusalém e sobre o crescimento da igreja primitiva. Torna-se claro que Lucas era um escritor habilidoso, um historiador consciente e um teólogo inspirado.
Atos abrange, de modo seletivo, os primeiros trinta anos da história da igreja. Como historiador eclesiástico, Lucas descreve, em Atos, a propagação do evangelho, partindo de Jerusalém até Roma. Ele menciona nada menos que 32 países, 54 cidades, 9 ilhas do Mediterrâneo, 95 diferentes pessoas e uma variedade de membros e funcionários do governo com seus títulos precisos. A arqueologia continua a confirmar a admirável exatidão de Lucas em todos os seus pormenores. Como teólogo, Lucas descreve com habilidade a relevância de várias experiências e eventos dos primeiros anos da igreja.
Na sua fase inicial, as Escrituras do NT consistiam em duas coletâneas: (1) os quatro Evangelhos, e (2) as Epístolas de Paulo. Atos desempenhou um papel substancial como elo de ligação entre as duas coletâneas, e faz jus à posição que ocupa no cânon. Nos caps. 13—28, temos o acervo histórico necessário para bem compreendermos o ministério e as cartas de Paulo. O pronome “nós”, empregado por Lucas através de Atos (16.10-17; 20.5—21.18; 27.1—28.16), aponta-o como estando presente nas viagens de Paulo.

Propósito
Lucas tem pelo menos dois propósitos ao narrar os começos da igreja. (1) Demonstra que o evangelho avançou triunfalmente das fronteiras estreitas do judaísmo para o mundo gentio, apesar da oposição e perseguição. (2) Revela a missão do ESPÍRITO SANTO na vida e no papel da igreja e enfatiza o batismo no ESPÍRITO SANTO como a provisão de DEUS para capacitar a igreja a proclamar o evangelho e a dar continuidade ao ministério de JESUS. Lucas registra três vezes, expressamente, o fato de o batismo no ESPÍRITO SANTO ser acompanhado de enunciação em outras línguas (At 2.1-4.; 10.44-47; 19.1-6). O contexto destas passagens mostra que isto era normal no princípio da igreja, e que é o padrão permanente de DEUS para ela.

Visão Panorâmica
Enquanto o Evangelho segundo Lucas relata “tudo que JESUS começou, não só a fazer, mas a ensinar” (1.1), Atos descreve o que JESUS continuou a fazer e a ensinar depois de sua ascensão, mediante o poder do ESPÍRITO SANTO, operando em, e através dos seus discípulos e da igreja primitiva. Ao ascender ao céu (1.9-11), a última ordem de JESUS aos discípulos foi para que permanecessem em Jerusalém até que fossem batizados no ESPÍRITO SANTO (1.4,5). O versículo chave de Atos (1.8) contém um resumo teológico e geográfico do livro: JESUS promete aos discípulos que receberão poder quando o ESPÍRITO SANTO vier sobre eles; poder para serem suas testemunhas (1) em Jerusalém (1—7), (2) em toda a Judéia e Samaria (8—12) e (3) até aos confins da terra (13—28).
Nos caps. 1—12, o centro principal irradiador da igreja é Jerusalém. Aqui, Pedro é o mais destacado instrumento usado por DEUS para pregar o evangelho. Nos caps. 13—28, o centro principal de irradiação passou a ser Antioquia da Síria, onde o instrumento de maior realce nas mãos de DEUS foi Paulo para levar o evangelho aos gentios. O livro de Atos termina de modo repentino com Paulo em Roma aguardando julgamento perante César. Mesmo com o resultado do referido julgamento ainda pendente, o livro termina de modo triunfante, estando Paulo prisioneiro, porém cheio de ânimo e sem impedimento para pregar e ensinar acerca do reino de DEUS e do Senhor JESUS (28.31).

Características Especiais
Nove principais destaques assinalam o livro de Atos. (1) A igreja. Atos revela a origem do poder da igreja e a verdadeira natureza da sua missão, juntamente com os princípios que devem norteá-la em todas as gerações. (2) O ESPÍRITO SANTO. A terceira pessoa da Trindade é mencionada cinquenta vezes; o batismo no ESPÍRITO SANTO e o seu ministério outorgam poder (1.8), ousadia (4.31), santo temor a DEUS (5.3,5,11), sabedoria (6.3,10), direção (16.6-10), e dons espirituais (19.6). (3) Mensagens da igreja primitiva. Lucas relata com habilidade os ensinos inspirados de Pedro, Estêvão, Paulo, Tiago, e outros, apresentando assim um quadro da igreja primitiva não encontrado noutro lugar do NT. (4) Oração. Os cristãos primitivos dedicavam-se às orações com regularidade e fervor, que, às vezes, duravam a noite inteira, produzindo resultados maravilhosos. (5) Sinais, maravilhas e milagres. Estas manifestações acompanhavam a proclamação do evangelho no poder do ESPÍRITO SANTO. (6) Perseguição. A proclamação do evangelho com poder dava origem à oposição religiosa e/ou secular. (7) A ordem judaica/gentia. Do começo ao fim de Atos, o evangelho alcança primeiro os judeus e, depois, os gentios. (8) As mulheres. Há menção especial às mulheres dedicadas à obra contínua da igreja. (9) Triunfo. Barreira alguma nacional, religiosa, cultural, ou racial, nem oposição ou perseguição puderam impedir o avanço do evangelho.

Princípio Hermenêutico
Há quem considere o conteúdo do livro de Atos como se pertencesse a uma outra era bíblica e não como o padrão divino para a igreja e seu testemunho durante todo o período que o NT chama de “últimos dias” (cf. At 2.17). O livro de Atos não é simplesmente um compêndio de história da igreja primitiva; é o padrão perene para a vida cristã e para qualquer congregação cheia do ESPÍRITO SANTO.
Os crentes devem desejar, buscar e esperar, como norma para a igreja atual, todos os fatos vistos no ministério e na experiência da PRIMEIRA IGREJA.

 

 

PRINCIPAIS FATOS DE ATOS - BEP - CPAD

 

1.1 O PRIMEIRO TRATADO. No Evangelho segundo Lucas temos o relato de tudo que JESUS começou a fazer e a ensinar no poder do ESPÍRITO SANTO (Lc 4.1,18). No livro de Atos temos a continuação do relato de como seus seguidores, no mesmo poder do ESPÍRITO SANTO, proclamaram o mesmo evangelho, operaram o mesmo tipo de milagre e viveram o mesmo tipo de vida cristã. O ESPÍRITO SANTO reproduzindo a vida e o ministério de JESUS através da igreja é a principal ênfase teológica do livro de Atos. Este livro poderia muito bem ser chamado Os Atos do ESPÍRITO SANTO . Observe os itens abaixo sobre o registro inspirado do ESPÍRITO SANTO no livro de Atos. (1) Todo o texto bíblico de Atos, inclusive o das narrativas históricas, tem relevância didática (i.e., ensino) e teológica. Dois fatos confirmam esta verdade. (a) A declaração bíblica de que Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça (2 Tm 3.16). (b) A declaração paulina de que as narrativas do AT têm um propósito didático e instrutivo (1 Co 10.11). Ele afirma que essas narrativas são exemplos de relevância prática e teológica para o crente (Rm 15.4). O que é válido às narrativas históricas do AT também o é a Atos. (2) Os propósitos primários que Lucas tinha em mente ao escrever o livro de Atos eram, portanto, os seguintes: (a) apresentar um padrão definitivo da atividade do ESPÍRITO SANTO, a
ser seguido durante toda a era da igreja; (b) fornecer dados para a formulação de uma doutrina do ESPÍRITO SANTO; e (c) mostrar como essa doutrina deve relacionar-se com a vida dos crentes em CRISTO. Note especificamente dois elementos neste livro que são normativos na teologia e na prática: (i) o registro repetido e harmônico de Lucas das muitas ocasiões em que ocorreu o batismo no ESPÍRITO SANTO, ou quando os crentes foram cheios do ESPÍRITO SANTO (ver At 2.39; cf. At 1.5,8; 2.4; 4.8,31; 8.15-17; 9.17; 10.44-46; 13.9,52; 15.8; 19.1-6); (ii) as muitas atividades do ESPÍRITO SANTO no livro de Atos, que forneceram à igreja os padrões de justiça, de testemunho e do poder que DEUS deseja para seu povo
nos últimos dias (i.e., na era da igreja).
1.3 SE APRESENTOU VIVO. Ver Mt. 28.9, sobre as aparições de CRISTO após ressuscitar.
1.4 A PROMESSA DO PAI. O prometido dom do Pai (Jl 2.28,29; Mt 3.11) é o batismo no ESPÍRITO SANTO (ver v. 5). O cumprimento desta promessa, no entanto, é descrito como ser cheios do ESPÍRITO SANTO (2.4). Assim, batizado no ESPÍRITO e cheio do ESPÍRITO , às vezes, são usados como equivalentes nas Escrituras. A partícula grega que aparece nos pertinentes textos do NT leva para a tradução com ou no ESPÍRITO SANTO, em se tratando do batismo pentecostal. Este batismo com ou no ESPÍRITO SANTO, não deve ser identificado com o recebimento do ESPÍRITO SANTO na ocasião da regeneração. São duas obras distintas do ESPÍRITO, muitas vezes separadas por um período de tempo.
1.5 BATIZADOS COM O ESPÍRITO SANTO. A preposição com é a partícula grega en, que pode ser traduzida como em ou com . Por isso, muitos preferem a tradução sereis batizados no ESPÍRITO SANTO . Da mesma forma, batizados com água pode ser traduzido batizados em água . O próprio JESUS é aquele que batiza no ESPÍRITO SANTO os que nEle creem.
1.8 RECEBEREIS A VIRTUDE. O termo original para virtude é dunamis, que significa poder real; poder em ação. Esse é o versículo chave do livro de Atos. O propósito principal do batismo no ESPÍRITO SANTO é o recebimento de poder divino para testemunhar de CRISTO, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a observar tudo quanto CRISTO ordenou. Sua finalidade é que CRISTO seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de DEUS (cf. Mt 28.18-20; Lc 24.49; Jo 5.23; 15.26,27). (1) Poder (gr. dunamis) significa mais do que força ou capacidade; designa aqui, principalmente, o poder divino em operação, em ação. O batismo no ESPÍRITO SANTO trará o poder pessoal do ESPÍRITO SANTO à vida do crente. (2) Note que neste versículo Lucas não relaciona o batismo no ESPÍRITO SANTO com a salvação e regeneração da pessoa, mas com o poder celestial no interior do crente para este testemunhar com grande eficácia. (3) A obra principal do ESPÍRITO SANTO no testemunho e na proclamação do evangelho diz respeito à obra salvífica de CRISTO, à sua ressurreição e à promessa do batismo no ESPÍRITO (cf. 2.14-42). Ver a seguir, que trata do ESPÍRITO dando testemunho e o que isso representa em nossa vida pessoal
1.8 SER-ME-EIS TESTEMUNHAS. O batismo no ESPÍRITO SANTO não somente outorga poder para pregar JESUS como Senhor e Salvador, como também aumenta a eficácia desse testemunho, fortalecido e aprofundado pelo nosso relacionamento com o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO por termos sido cheios do ESPÍRITO (cf. Jo 14.26; 15.26,27). (1) O ESPÍRITO SANTO revela e torna mais real para nós a presença pessoal de JESUS (Jo 14.16-18). Uma comunhão íntima com o próprio JESUS CRISTO resultará num desejo cada vez maior da nossa parte de amar, honrar e agradar nosso Salvador. (2) O ESPÍRITO SANTO dá testemunho da justiça (Jo 16.8,10) e da verdade (Jo 16.13), as quais glorificam a CRISTO (Jo 16.14), não somente com palavras, mas também no modo de viver e no agir. Daí, quem tem o testemunho do ESPÍRITO SANTO a respeito da obra redentora de JESUS CRISTO, manifestará com certeza, à semelhança de CRISTO, o amor, a verdade e a justiça em sua vida (cf. 1 Co 13). (3) O batismo no ESPÍRITO SANTO outorga poder para o crente testemunhar de CRISTO e produz nos perdidos a convicção do pecado, da justiça e do juízo (ver Jo 16.8). Os efeitos desta convicção se tornarão evidentes naqueles que proclamam com sinceridade a mensagem da Palavra e naqueles que a recebem (2.39,40). (4) O batismo no ESPÍRITO SANTO destina-se àqueles cujos corações pertencem a DEUS por terem abandonado seus maus caminhos (2.38; 3.26), e é mantido mediante a mesma dedicação sincera a CRISTO (ver 5.32). (5) O batismo no ESPÍRITO SANTO é um batismo no ESPÍRITO que é santo (cf. ESPÍRITO de santificação , Rm 1.4). Assim, se o ESPÍRITO SANTO realmente estiver operando em nós plenamente, viveremos em maior conformidade com a santidade de CRISTO. À luz destas verdades bíblicas, portanto, quem for batizado no ESPÍRITO SANTO, terá um desejo intenso de agradar a CRISTO em tudo o que puder. Noutras palavras: a plenitude do ESPÍRITO complementa (i.e., completa) a obra salvífica e santificadora do ESPÍRITO SANTO em nossa vida. Aqueles que afirmam ter a plenitude do ESPÍRITO, mas vivem uma vida contrária ao ESPÍRITO de santidade, estão enganados e mentindo. Aqueles que manifestam dons espirituais, milagres, sinais espetaculares, ou oratória inspiradora, mas não têm uma vida de verdadeira fé, amor e retidão, não estão agindo segundo o ESPÍRITO SANTO, mas segundo um espírito impuro que não é de DEUS (Mt 7.21-23; cf. Mt 24.24; 2 Co 11.13-15). Mais exposição sobre testemunhar de CRISTO, em 13.31.
1.14 PERSEVERAVAM UNANIMEMENTE EM ORAÇÃO E SÚPLICAS. A experiência do Pentecoste sempre envolve a responsabilidade humana. Aqueles que desejam o derramamento do ESPÍRITO em sua vida, para terem poder para realizar a obra de DEUS, devem colocar-se à disposição do ESPÍRITO SANTO mediante sua submissão à vontade de DEUS e à oração (v. 4; 2.38; 9.11-17; cf. Lc 11.5-13; 24.49; Is 40.29-31). Note os paralelos entre a vinda do ESPÍRITO sobre JESUS e os discípulos. (1) O ESPÍRITO desceu sobre eles depois que oraram (Lc 3.21,22; At 1.14; 2.2-4). (2) Houve manifestações visíveis do ESPÍRITO (Lc 3.22; At 2.2-4). (3) Os ministérios, tanto de JESUS como dos discípulos, começaram depois do ESPÍRITO SANTO vir sobre eles (cf. Mt 3.16 com 4.17; Lc 3.21,22 com 4.14-19; At 2.14-47).

 

2.1 PENTECOSTE. Pentecoste era a segunda grande festa sagrada do ano judaico. A primeira grande festa era a Páscoa. Cinquenta dias após esta, vinha a festa de Pentecoste, nome este derivado do gr. penteekostos (= quinquagésimo). Era também chamada Festas das Colheitas, porque nela as primícias da sega de grãos eram oferecidas a DEUS (cf. Lv 23.17). Da mesma forma, o dia de Pentecoste simboliza, para a igreja, o início da colheita de almas para DEUS neste mundo.
2.2,3 UM VENTO... IMPETUOSO, E... LÍNGUAS REPARTIDAS, COMO QUE DE FOGO. As manifestações externas de um som como de um vento poderoso e das línguas de fogo (vv. 2,3) demonstram que DEUS estava ali presente e ativo, de modo poderoso (cf. Êx 3.1-6; 1 Rs 18.38,39). O fogo talvez simbolize a consagração e a separação dos crentes para DEUS, visando a obra de glorificar a CRISTO (Jo 16.13,14) e de testemunhar dEle (At 1.8). Estas duas manifestações antecederam o batismo no ESPÍRITO SANTO, e não foram repetidas noutros relatos similares do livro de Atos.
2.4 CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO. Qual é o significado da plenitude do ESPÍRITO SANTO recebida no dia de Pentecoste? (1) Significou o início do cumprimento da promessa de DEUS em Jl 2.28,29, de derramar seu ESPÍRITO sobre todo o seu povo nos tempos do fim (cf. 1.4,5; Mt 3.11; Lc 24.49; Jo 1.33; ver Jl 2.28,29). (2) Posto que os últimos dias desta era já começaram (v. 17; cf. Hb 1.2; 1 Pe 1.20), todos agora se veem ante a decisão de se arrependerem e de crerem em CRISTO (3.19; Mt 3.2; Lc 13.3; ver At 2.17). (3) Os discípulos foram do alto... revestidos de poder (Lc 24.49; cf. At 1.8), que os capacitou a testemunhar de CRISTO, a produzir nos perdidos grande convicção no tocante ao pecado, à justiça, e ao julgamento divino, e a desviá-los do pecado para a salvação em CRISTO (cf. At 1.8; At 4.13,33; 6.8; Rm 15.19; ver Jo 16.8). (4) O ESPÍRITO SANTO já revelou sua natureza como aquele que anseia e pugna pela salvação de pessoas de todas as nações e aqueles que receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO ficaram cheios do mesmo anseio pela salvação da raça humana (vv. 38-40; At 4.12,33; Rm 9.1-3; 10.1). O Pentecoste é o início das missões mundiais (1.8; 2.6-11,39). (5) Os discípulos se tornaram ministros do ESPÍRITO. Não somente pregavam JESUS crucificado e ressuscitado, levando outras pessoas ao arrependimento e à fé em CRISTO, como também influenciavam essas pessoas a receber o dom do ESPÍRITO SANTO (vv. 38,39) que eles mesmos tinham recebido no Pentecoste (v. 4). Levar outros ao batismo no ESPÍRITO SANTO é a chave da obra apostólica no NT (ver At 8.17; 9.17,18; 10.44-46; 19.6). (6) Mediante este batismo no ESPÍRITO, os seguidores de CRISTO tornaram-se continuadores do seu ministério terreno. Continuaram a fazer e a ensinar, no poder do ESPÍRITO SANTO, as mesmas coisas que JESUS começou, não só a fazer, mas a ensinar (At 1.1; Jo 14.12)

 

 

2.4 COMEÇARAM A FALAR EM OUTRAS LÍNGUAS.

O FALAR EM OUTRAS LÍNGUAS - Marcos 16
Quem crer fala, quem não crer não fala.
E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Marcos 16:17
 
Quem ora em línguas ora bem.
 "Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem.." (1 Co 14.14a). Isso resultará em fortalecimento espiritual ao crente para ficar dirigido e orientado pelo ESPÍRITO SANTO quanto à evangelização.
 
Orar em línguas. Ensino claro de Paulo e de Judas.
Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO SANTO, Judas 1:20
O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo... 1 Coríntios 14:4a
orando em todo tempo com toda oração e súplica no ESPÍRITO e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos, Efésios 6:18
  
O FALAR EM OUTRAS LÍNGUAS NA VIDA PESSOAL
 Línguas para falar com DEUS (1 Co 14.2).
Aqui não é dom do ESPÍRITO SANTO. É a língua do batismo.
Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a DEUS; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. 1 Coríntios 14:2
 
 Edificação pessoal.
Aqui não é dom do ESPÍRITO SANTO. É a língua do batismo.
O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo... 1 Coríntios 14:4a
orando em todo tempo com toda oração e súplica no ESPÍRITO e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos Efésios 6:18
Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO SANTO, Judas 1:20
É impressionante que em algumas igrejas se referem ao falar em línguas como se fosse algo pecaminoso. Como? Se falar em línguas com interpretação traz edificação da igreja? Por que então Paulo diz que não se deve proibir falar em línguas? Por que então ensina Paulo que um deve falar e outro interpretar? Nos parece que estas igrejas deveriam buscar a presença de DEUS e o poder de DEUS em seu meio e fazer cultos como ensina a Bíblia.
Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. 1 Coríntios 14:26.
Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar, e não proibais falar línguas. 1 Coríntios 14:39
 
Paulo falava muito em línguas e ainda diz falar mais do que todos os outros.
Dou graças ao meu DEUS, porque falo mais línguas do que vós todos. 1 Coríntios 14:18
 
Todos devem e podem falar em línguas, mas nem todos recebem o dom de variedade de línguas.
Língua do batismo é para todos, porém o dom de falar em várias línguas diferentes, nem todos recebem.
Têm todos o dom de curar? falam todos diversas línguas? interpretam todos? 1 Coríntios 12:30
Existem manifestações de línguas espirituais ou estranhas no Antigo Testamento?
Alguns eruditos judeus dizem ser possível que sim em Números 11:26 e em Daniel 5:1-31
Porém no arraial ficaram dois homens; o nome de um era Eldade, e do outro Medade; e repousou sobre eles o ESPÍRITO (porquanto estavam entre os inscritos, ainda que não saíram à tenda), e profetizavam no arraial. Números 11:26
Agora mesmo foram introduzidos à minha presença os sábios e os astrólogos, para lerem este escrito, e me fazerem saber a sua interpretação; mas não puderam dar a interpretação destas palavras. Daniel 5:15
Esta é a interpretação daquilo: Mene : Contou DEUS o teu reino e o acabou. Tequel: Pesado foste na balança e foste achado em falta. Peres : Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas. Daniel 5:26-28
Nós falamos em língua dos anjos?
Não. Paulo está dizendo uma hipérbole. Ainda que eu falasse... Paulo está se referindo às línguas como importantes, mas não o mais importante. Está fazendo uma comparação. A conclusão é de que o amor é mais importante que tudo na vida do crente. Então use o dom de línguas para edificar as pessoas por amor a elas. Afinal, se amamos alguém queremos que DEUS fale com ela.
As línguas cessarão quando vier o que é perfeito (1 Coríntios 13). Após o arrebatamento não serão mais necessárias as línguas e nem os dons. Seremos então perfeitos.
 O perfeito será quando atingirmos a maturidade perfeita. Quando formos arrebatados e nosso corpo for transformado em corpo espiritual, celeste e eterno. Ai, não mais será necessário falar em línguas e nem será mais necessário exercer os dons do ESPÍRITO SANTO, pois no céu, na Nova Jerusalém, tudo será perfeito e DEUS falará pessoalmente conosco, não por meio de pessoas, mas ELE mesmo falará conosco pessoalmente, não haverá mais doentes e nem quem esteja sofrendo.
 
CONCLUSÃO
Todos os crentes devem e podem ser batizados no ESPÍRITO SANTO e quando isso ocorrer falarão em língua espiritual ou estranha.
E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Marcos 16:17
E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO, e começaram a falar noutras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem. Atos 2:4
Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a DEUS. Atos 10:46
E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas, e profetizavam. Atos 19:6
E eu quero que todos vós faleis em línguas, ...1 Coríntios 14:5
Nem todos os crente recebem dom de variedade de línguas, mas todos devem e podem buscar esse dom maravilhoso para edificar a Igreja.
Ore em línguas o máximo que puder para ser edificado, fortalecido e guiado pelo ESPÍRITO SANTO.
 
Estudo elaborado pelo Pr. Luiz Henrique - EBD NA TV - 99-99152-0454

 

BATISMO COM E NO ESPÍRITO SANTO É PARA TODOS OS SALVOS

E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO; Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos DEUS nosso Senhor chamar. Atos 2:38,39

Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa; Efésios 1:13


2.13 MOSTO. Mosto (gr. gleukos) normalmente se refere ao suco de uva não fermentado. Aqueles que zombavam dos discípulos talvez hajam empregado este termo, ao invés da palavra mais comum no NT para vinho (oinos), porque sabiam que os discípulos de JESUS usavam somente este tipo de vinho doce, não fermentado. Neste caso, sua zombaria teria sido sarcástica.
2.14-40 O DISCURSO DE PEDRO NO DIA DE PENTECOSTE. O discurso de Pedro no dia de Pentecoste, juntamente com sua mensagem em At 3.12-26, contém um padrão para a proclamação do evangelho. (1) JESUS é o Senhor e CRISTO crucificado, ressurreto e exaltado (vv. 22-36; At 3.13-15). (2) Estando agora à destra do Pai, JESUS CRISTO recebeu autoridade para derramar o ESPÍRITO SANTO sobre todos os crentes (vv. 16-18,32,33; 3.19). (3) Todos devem colocar sua fé em JESUS como Senhor, arrepender-se dos seus pecados e ser batizados, demonstrando o perdão dos pecados (vv. 36-38; 3.19). (4) Os crentes devem esperar o prometido dom do ESPÍRITO SANTO, ou o batismo nEle, uma vez tendo crido e se arrependido (vv. 38,39). (5) Aqueles que atenderem com fé, devem separar-se do mundo e salvar-se dessa geração perversa (v. 40; 3.26). (6) JESUS CRISTO voltará para restaurar completamente o reino de DEUS (3.20,21).
2.16 DITO PELO PROFETA JOEL. O batismo no ESPÍRITO SANTO e as manifestações espirituais acompanhantes são cumprimentos de Jl 2.28,29. Joel, no século VIII a.C., profetizou um grande derramamento do ESPÍRITO SANTO sobre todo o povo de DEUS (ver Jl 2.28,29).
2.17 NOS ÚLTIMOS DIAS.(1) No AT os últimos dias eram tidos como o tempo em que o Senhor agiria poderosamente, julgando o mal e concedendo salvação ao seu povo (cf. Is 2.2-21; 3.18 -46; 10.20-23; Os 1.2; Jl 1.3; Am 8.9-11; 9.9-12). (2) O NT revela que os últimos dias começaram com a primeira vinda de CRISTO e o derramamento inicial do ESPÍRITO sobre o povo de DEUS, e que terminarão com a segunda vinda do Senhor (Mc 1.15; Lc 4.18-21; Hb 1.1,2). Este período específico é caracterizado como a era do juízo contra o mal, da autoridade sobre os demônios, da salvação da raça humana e da presença aqui do reino de DEUS. (a) Estes últimos dias serão assinalados pelo poder do ESPÍRITO SANTO (Mt 12.28). (b) Os últimos dias abrangem a investida do poder de DEUS, através de CRISTO, contra o domínio de Satanás e do pecado. Mesmo assim, a guerra apenas começou; não chegou ao fim, pois o mal e a atividade satânica ainda estão fortemente presentes (Ef 6.10-18). Por isso, somente a segunda vinda de JESUS aniquilará a atividade do poder maligno e encerrará os últimos dias (cf. 1 Pe 1.3-5; Ap 19). (c) Os últimos dias serão um período de testemunho profético, conclamando todos a se arrependerem, crerem em CRISTO e experimentarem o derramamento do ESPÍRITO SANTO (1.8; 2.4,38-40; Jl 2.28-32). Devemos proclamar a obra salvífica de CRISTO, no poder do ESPÍRITO, mesmo enquanto antevemos o dia final da ira (Rm 2.5), i.e.: o grande e glorioso Dia do Senhor (2.20b). Devemos viver todos os dias em vigilância, esperando o dia da redenção e a volta de CRISTO para buscar o seu povo (Jo 14.3; 1 Ts 4.15-17). (d) Os últimos dias introduzem o reino de DEUS com sua demonstração de pleno poder (ver Lc 11.20). Devemos ter a plenitude desse poder no conflito contra as forças espirituais do mal (2 Co 10.3-5; Ef 6.11,12) e no sofrimento por causa da justiça (Mt 5.10-12; 1 Pe 1.6,7)
2.17 VOSSOS FILHOS E AS VOSSAS FILHAS PROFETIZARÃO. Aqui o falar noutras línguas (vv. 4,11) está relacionado à profecia (vv. 17,18). Deste modo, falar em línguas é uma forma de profetizar. O significado básico aqui, de profecia, é o uso da nossa voz para o serviço e a glória de DEUS sob o impulso direto do ESPÍRITO SANTO. No livro de Atos: (1) os 120 todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem (2.4); (2) o ESPÍRITO SANTO desceu sobre Cornélio e sua casa. Todos, entre eles Pedro, os ouviam falar em línguas e magnificar a DEUS (At 10.44-47); e (3) os discípulos em Éfeso, quando veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas e profetizavam (At 19.6).
2.18 MEUS SERVOS E MINHAS SERVAS. Segundo a profecia de Joel, citada por Pedro, o batismo no ESPÍRITO SANTO é para aqueles que já pertencem ao reino de DEUS, i.e., servos de DEUS, ou crentes; tanto homens como mulheres salvos, regenerados, pertencentes a DEUS.
2.18 NAQUELES DIAS. Pedro, citando Joel, diz que DEUS derramará seu ESPÍRITO naqueles dias . O derramamento do ESPÍRITO SANTO e os sinais sobrenaturais que o acompanham, não podem ser limitados unicamente ao dia de Pentecoste. O poder e a bênção do ESPÍRITO SANTO são para todo cristão receber e experimentar, no decurso de toda a era da igreja, que é a totalidade do período de tempo entre a primeira e segunda vinda de CRISTO (Ap 19.20; ver At 2.39).
2.33 PELA DESTRA DE DEUS. O derramamento do ESPÍRITO SANTO por JESUS comprova que Ele é de fato o Messias exaltado e que agora está à destra de DEUS, intercedendo pelos seus representantes na terra (Hb 7.25). (1) Desde o batismo de JESUS até o dia de Pentecoste, o ESPÍRITO estava sobre o CRISTO (i.e., o Ungido de DEUS; cf. Lc 3.21,22; 4.1,14,18,19). Estando JESUS agora à direita de DEUS, vive para derramar o mesmo ESPÍRITO sobre aqueles que nEle creem. (2) Ao derramar o ESPÍRITO, a intenção de JESUS é que o Consolador transmita sua presença aos crentes e lhes conceda poder para continuarem a fazer tudo aquilo que Ele mesmo fazia enquanto estava na terra
2.38 ARREPENDEI-VOS, E CADA UM DE VÓS SEJA BATIZADO. O arrependimento, o perdão dos pecados e o batismo são condições prévias para o recebimento do dom do ESPÍRITO SANTO. Mesmo assim, o batismo em água antes do recebimento da promessa do Pai (cf. At 1.4,8) não deve ser tido como condição prévia absoluta para a plenitude do ESPÍRITO SANTO; assim como o batismo no ESPÍRITO não é uma consequência automática do batismo em água. (1) Na situação em apreço, Pedro exigiu o batismo em água antes do recebimento da promessa, porque na mente dos seus ouvintes judaicos, o rito do batismo era pressuposto como parte de qualquer decisão de conversão. O batismo em água, contudo, não precedeu o batismo no ESPÍRITO nas ocasiões registradas em At 9.17,18 (o apóstolo Paulo) e 10.44-48 (os da casa de Cornélio). (2) Cada crente, depois de se arrepender dos seus pecados e de aceitar JESUS CRISTO pela fé, deve receber (At 2.38; cf. Gl 3.14) o batismo pessoal no ESPÍRITO. Vemos no livro de Atos o dom do ESPÍRITO SANTO sendo conscientemente desejado, buscado e recebido (At 1.4,14; 4.31; 8.14-17; 19.2-6); a única exceção possível à regra, no NT, foi o caso de Cornélio (At 10.44-48). Daí, o batismo no ESPÍRITO não deve ser considerado um dom automaticamente concedido ao crente em CRISTO.
2.39 A VÓS, A VOSSOS FILHOS E A TODOS. A promessa do batismo no ESPÍRITO SANTO não foi apenas para aqueles presentes no dia de Pentecoste (v.4), mas também para todos os que cressem em CRISTO durante toda esta era: a vós os ouvintes de Pedro; a vossos filhos à geração seguinte; à todos os que estão longe à terceira geração e às subsequentes. (1) O batismo no ESPÍRITO SANTO com o poder que o acompanha, não foi uma ocorrência isolada, sem repetição, na história da igreja. Não cessou com o Pentecoste (cf. v. 38; At 8.15; 9.17; 10.44-46; 19.6), nem com o fim da era apostólica. (2) É o direito mediante o novo nascimento de todo cristão buscar, esperar e experimentar o mesmo batismo no ESPÍRITO que foi prometido e concedido aos cristãos do NT (1.4,8; Jl 2.28; Mt 3.11; Lc 24.49).
2.40 DESTA GERAÇÃO PERVERSA. Ninguém, pode ser salvo, se não abandonar a perversidade e a corrupção da sociedade contemporânea (cf. Lc 9.41; 11.29; 17.25; Fp 2.15).
Todos os novos crentes devem ser ensinados a romper com todas as más companhias, renunciar o mundo ímpio, unir-se com CRISTO e seu povo e dedicar-se à obra de DEUS (2 Co 6.14,17).
2.42 DOUTRINA DOS APÓSTOLOS, E NA COMUNHÃO, E NO PARTIR DO PÃO, E NAS ORAÇÕES. Ver 12.5, sobre as 16 características de uma igreja neotestamentária.

 

3.6 EM NOME DE JESUS...ANDA. A cura do mendigo coxo foi realizada pelo poder de CRISTO operando através dos apóstolos. JESUS disse aos seus seguidores no tocante àqueles que viriam a crer nEle: Em meu nome...imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão (Mc 16.17,18). A igreja continuou o ministério de cura que JESUS exercera, em obediência à sua vontade. O milagre aqui foi realizado mediante a fé em nome de JESUS CRISTO (v. 6) e o dom de curar, operando através de Pedro (ver 1 Co 12.1,9). Pedro declarou que não tinha prata nem ouro, mas que daria ao mendigo coxo algo muito mais valioso. As igrejas que desfrutam de prosperidade material devem meditar nestas palavras de Pedro. Muitas igrejas dos nossos dias já não podem dizer: Não tenho prata nem ouro, mas também não tem condição de dizer: Em nome de JESUS CRISTO, o Nazareno , levanta-te e anda .
3.19 ARREPENDEI-VOS, POIS, E CONVERTEI-VOS. DEUS determinou que abençoará o seu povo com o derramamento do ESPÍRITO SANTO sob as condições prévias de arrependimento, i.e., de se desviarem do pecado e da geração perversa ao seu redor, e se converterem: voltar-se para DEUS, ouvir tudo quanto CRISTO, o Profeta, lhes diz (vv. 22,23), e sempre progredir na obediência sincera a CRISTO (cf. At 2.38-41; 5.29-32).
3.19 TEMPOS DO REFRIGÉRIO. No decurso de toda a presente era, e até à volta de CRISTO, DEUS enviará tempos do refrigério (i.e., o derramamento do ESPÍRITO SANTO) a todos aqueles que se arrependerem e se converterem. Embora tempos perigosos venham perto do fim desta era, acompanhada da apostasia da fé (2 Tm 3.1; 2 Ts 2.3), DEUS ainda promete enviar reavivamento e tempos de refrigério aos fiéis. A presença de CRISTO, a bênção espiritual, milagres e derramamento do ESPÍRITO SANTO virão sobre os remanescentes que fielmente o buscarem e vencerem o mundo, a carne e o domínio de Satanás (cf. At 26.18).
3.21 TEMPOS DA RESTAURAÇÃO. Os tempos da restauração de tudo é uma referência ao tempo da volta de CRISTO para debelar a iniquidade e estabelecer o reino de DEUS na terra, livre de todo o pecado. No fim, todas as coisas cuja restauração foi prometida no AT serão restauradas (cf. Zc 12; 13; 14; Lc 1.32,33). CRISTO redimirá ou renovará, a totalidade da Natureza (Rm 8.18-23) e reinará pessoalmente na terra (ver Ap 20; 21). Note que não serão os seres humanos da terra, mas CRISTO, com os seus exércitos celestiais, que realizará o triunfo de DEUS e do seu reino (Ap 19.11 21).
3.22 UM PROFETA. A predição de Moisés em Dt 18.17,18: Então o SENHOR me disse: Bem falaram naquilo que disseram. Eis que lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu... , foi uma profecia a respeito de JESUS CRISTO. De que maneira foi JESUS semelhante a Moisés? (1) Moisés foi ungido pelo ESPÍRITO (Nm 11.17); o ESPÍRITO do Senhor estava sobre JESUS na pregação do evangelho (Lc 4.18,19). (2) DEUS usou Moisés para introduzir a antiga aliança; JESUS introduziu a nova aliança. (3) Moisés conduziu Israel, tirando-o do Egito para o Sinai, e estabeleceu o pacto de seu relacionamento com DEUS; CRISTO redimiu seu povo do pecado e da escravidão de Satanás, e estabeleceu um novo e vivo pacto com DEUS, por meio do qual seu povo pudesse entrar na sua própria presença. (4) Moisés, nas leis do AT, referiu-se ao sacrifício de cordeiros para prover em figura a redenção; o próprio CRISTO tornou-se o Cordeiro de DEUS para prover salvação a todos quantos o aceitarem. (5) Moisés conduziu o povo à lei, mostrando-lhe a sua obrigação em cumprir seus estatutos para ter a bênção divina; CRISTO chamava o povo a si mesmo e ao ESPÍRITO SANTO, como a maneira de DEUS cumprir a sua vontade, e dos fiéis receberem a bênção divina e a vida eterna.
3.26 DESVIASSE, A CADA UM, DAS VOSSAS MALDADES. Pedro volta a enfatizar que crer em CRISTO e receber o ESPÍRITO SANTO depende de renunciarmos ao pecado e separar-nos da iniquidade (ver At 2.38,40; At 3.19; At 8.21). Na mensagem apostólica original, toda bênção prometida requeria santidade.

 

4.8 PEDRO, CHEIO DO ESPÍRITO SANTO. Pedro recebe novo enchimento do ESPÍRITO SANTO que lhe traz repentina inspiração, sabedoria e ousadia para que proclamasse a verdade de DEUS. É teologicamente relevante que a plenitude do ESPÍRITO não foi uma experiência ocorrida uma única vez, mas, sim, repetitiva. Este fato é um cumprimento da promessa de JESUS em Lc 12.11,12; outras ocorrências de novo enchimento do ESPÍRITO acham-se em At 7.55 e At 13.9.
4.12 EM NENHUM OUTRO HÁ SALVAÇÃO. Os discípulos tinham convicção de que a maior necessidade de cada indivíduo era a salvação do pecado e da ira de DEUS, e pregavam que esta necessidade não poderia ser satisfeita por nenhum outro, senão JESUS CRISTO. Isto revela a natureza exclusiva do evangelho e coloca sobre a igreja a pesada responsabilidade de pregar o evangelho a todas as pessoas. Se houvesse outros meios de salvação, a igreja poderia ficar despreocupada. Mas, segundo o próprio CRISTO (Jo 14.6), não há esperança para ninguém, fora da salvação em CRISTO (cf. 10.43; 1 Tm 2.5,6). Este é o fundamento do imperativo missionário.
4.20 NÃO PODEMOS DEIXAR DE FALAR. O ESPÍRITO SANTO criou nos apóstolos um desejo irreprimível de proclamar o evangelho. Por todo o livro de Atos, o ESPÍRITO impeliu os crentes a levar o evangelho aos outros (At 1.8; 2.14-41; 3.12-26; 8.25,35; 9.15; 10.44-48; 13.1-4).
4.29 CONCEDE AOS TEUS SERVOS ... OUSADIA. Os discípulos precisavam de renovação em sua coragem para testemunhar e falar de CRISTO. Durante a vida cristã, nós também precisamos nos aproximar de DEUS em oração a fim de vencer o medo de passar vergonha, rejeição, críticas, ou perseguição. A graça de DEUS, através da renovação do ESPÍRITO SANTO, ajudar-nos-á a falar com ousadia a respeito de JESUS (cf. Mt 10.32).
4.30 CURAR... SINAIS E PRODÍGIOS. Pregação e milagres devem andar juntos (At 3.1-10; 4.8-22,29-33; 5.12-16; 6.7,8; 8.6ss.; At 15.12; 20.7ss). Milagres são sinais acompanhantes mediante os quais CRISTO confirma a palavra de suas testemunhas (At 14.3; cf. Mc 16.20 ). (1) Sinais geralmente se refere a atos miraculosos realizados para demonstrar a existência do poder divino de advertir ou encorajar a fé. (2) Prodígios se refere a eventos extraordinários que causam pasmo ao espectador. Note neste versículo a igreja orando pela realização de curas, sinais e maravilhas. A igreja dos nossos dias precisa interceder ferventemente em oração para DEUS confirmar o evangelho com grande poder, milagres e graça abundante (v. 33). Somente quando o evangelho é proclamado com poder, como declara o NT, é que o mundo perdido pode ser ganho para CRISTO.
4.31 TODOS FORAM CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO. Várias verdades importantes destacam-se aqui. (1) A expressão batizados com ESPÍRITO SANTO (ver At 1.5) descreve a obra de consagração do ESPÍRITO SANTO capacitando inicialmente o crente com poder divino para testemunhar. Os termos cheios , revestido e com autoridade descrevem essa sua capacitação para trabalhar (At 2.4; 4.8,31; 9.17; 13.9,52). Conforme a necessidade, o enchimento do ESPÍRITO pode ser renovado. (2) As expressões do meu ESPÍRITO derramarei (At 2.17,18; 10.45), veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO (At 19.6), retratam de modo diferente a ocasião em que os crentes são cheios do ESPÍRITO SANTO (At 2.4; 4.31; 9.17). (3) Todos os crentes, inclusive os apóstolos anteriormente cheios (At 2.4), foram novamente cheios a fim de enfrentarem a oposição contínua dos judeus (v. 29). Novos enchimentos com o ESPÍRITO SANTO fazem parte da vontade e provisão de DEUS para todos os que receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO (cf. At 4.8; At 13.52). Devemos esperá-los e buscá-los. (4) Aqui, o ESPÍRITO visita uma congregação inteira. Logo, para que seja cumprida a vontade de DEUS quanto a igreja, não somente indivíduos devem ser cheios do ESPÍRITO (4.8; 9.17; 13.9), mas também congregações inteiras (At 2.4; 4.31) devem experimentar visitações repetidas do ESPÍRITO SANTO face às necessidades e desafios especiais. (5) A atuação de DEUS sobre toda a congregação, com um novo enchimento do ESPÍRITO SANTO, resulta em ousadia e poder no testemunho dos crentes, em amor uns pelos outros e no recebimento de graça abundante sobre todos (vv. 31-33).
4.31 ANUNCIAVAM COM OUSADIA A PALAVRA DE DEUS O poder interior do ESPÍRITO e a realidade da presença de DEUS que vêm da plenitude do ESPÍRITO libertam o crente do medo doutras pessoas e aumenta grandemente a sua coragem e motivação para falar de DEUS
4.33 COM GRANDE PODER. Era poder divino manifesto no mais alto grau que operava nos apóstolos. O grego diz aqui mega dunamis. Grande poder é a característica distintiva da pregação e do testemunho apostólicos (cf. At 1.8), por três razões: (1) O testemunho apostólico baseava-se na Palavra de DEUS (v. 29) e na convicção de que ela fora dada pela inspiração do ESPÍRITO SANTO. (2) Os discípulos tinham certeza de terem sido enviados e comissionados pelo próprio JESUS CRISTO, o Senhor ressurreto (v. 33). (3) O grande poder do ESPÍRITO SANTO operando nos discípulos (v. 31), efetuava grande convicção nos ouvintes do evangelho quanto ao pecado de cada um, a justiça de CRISTO e o juízo divino (ver Jo 16.8). Hoje, o mesmo acontecerá em nossas igrejas se o ESPÍRITO operar poderosamente.

 

5.3 MENTISSES AO ESPÍRITO SANTO. A fim de obterem prestígio e reconhecimento, Ananias e Safira mentiram diante da igreja a respeito das suas contribuições. DEUS considerou um delito grave essas mentiras contra o ESPÍRITO SANTO. As mortes de Ananias e Safira ficaram como exemplos perpétuos da atitude de DEUS para com qualquer coração enganoso entre aqueles que professam ser cristãos. Note, também, que mentir ao ESPÍRITO SANTO é a mesma coisa que mentir a DEUS, logo, o ESPÍRITO SANTO também é DEUS (vv. 3,4; ver Ap 22.15)
5.4 POR QUE FORMASTE ESTE DESÍGNIO...? A raiz do pecado de Ananias e de Safira era seu amor ao dinheiro e elogio dos outros. Isto os fez tentar o ESPÍRITO SANTO (v. 9). Quando o amor ao dinheiro e o aplauso dos homens tomam posse de uma pessoa, seu espírito fica vulnerável a todos os tipos de males satânicos (1 Tm 6.10). Ninguém pode estar cheio de amor ao dinheiro e, ao mesmo tempo, amar e servir a DEUS (Mt 6.24; Jo 5.41-44).
5.5 ANANIAS... CAIU E EXPIROU. DEUS feriu com severidade a Ananias e Safira (vv. 5,10), para que se manifestasse sua aversão a todo engano, mentira e desonestidade no reino de DEUS. Um dos pecados mais abomináveis na igreja é enganar o povo de DEUS no tocante ao nosso relacionamento com CRISTO, trabalho para Ele, e a dimensão do nosso ministério. Entregar-se a esse tipo de hipocrisia significa usar o sangue derramado de CRISTO para exaltar e glorificar o próprio eu diante dos outros. Esse pecado desconsidera o propósito dos sofrimentos e da morte de CRISTO (Ef 1.4; Hb 13.12), e revela ausência de temor do Senhor (vv. 5,11) e de respeito e honra ao ESPÍRITO SANTO (v. 3), e merece o justo juízo de DEUS.
5.11 HOUVE UM GRANDE TEMOR EM TODA A IGREJA O julgamento divino contra o pecado de Ananias e Safira levou a um aumento de humildade, reverência e temor do povo para com um DEUS santo. Sem o devido temor do DEUS santo e da sua ira contra o pecado, o povo de DEUS voltará, em pouco tempo, aos caminhos ímpios do mundo, cessará de experimentar o derramamento do ESPÍRITO e a presença milagrosa de DEUS e então lhe será cortado o fluxo da graça divina. Este é um elemento essencial da fé neotestamentária e do cristianismo bíblico hoje em dia.
5.16 TODOS ERAM CURADOS. Os apóstolos fizeram aquilo que seu Senhor fazia: libertavam os atormentados de espíritos imundos (ver Mc 1.34). Tratava-se de um sinal supremo de que o reino de DEUS viera sobre o povo com grande poder. Não é errado orar para que, mediante o ESPÍRITO SANTO, possamos praticar o bem e curar os oprimidos pela enfermidade e por Satanás (4.30)
5.29 MAIS IMPORTA OBEDECER A DEUS DO QUE AOS HOMENS. A grande pergunta que paira ante todo cristão não é: É conveniente, seguro, agradável popular entre os homens? , mas: O que está certo diante de DEUS? (cf. Gl 1.10).
5.32 O ESPÍRITO SANTO... ÀQUELES QUE LHE OBEDECEM. Se não houver verdadeira obediência a CRISTO (v. 32), nem busca sincera da justiça do seu reino (Mt 6.33; Rm 14.17), é falsa a afirmação de quem diz ter a plenitude do ESPÍRITO SANTO. O Pentecoste sem o senhorio de CRISTO é impossível (cf. 2.38-42), porque o ESPÍRITO SANTO é dado somente àqueles que vivem na obediência da fé (Rm 1.5).
 

6.3 CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO E DE SABEDORIA. Os apóstolos estipularam que os sete varões deviam apresentar evidências de terem continuado fielmente sob a influência do ESPÍRITO SANTO. Segundo parece, os apóstolos supunham que nem todos os crentes continuavam na plenitude do ESPÍRITO. Noutras palavras, aqueles que deixam de andar fielmente segundo o ESPÍRITO (Gl 5.16-25) cessarão de ser cheios do ESPÍRITO. Quanto à diferença entre conservar a plenitude e ser cheio do ESPÍRITO SANTO, notemos o seguinte: (1) Os crentes que conservam a plenitude do ESPÍRITO SANTO são caracterizados pela sua constância nessa condição (cf. At 6.5; 11.24), que os capacita a falar com inspiração profética ou a ministrar no poder do ESPÍRITO SANTO segundo o seu querer. (2) A expressão cheios do ESPÍRITO SANTO é usada: (a) para indicar o recebimento do batismo no ESPÍRITO SANTO (At 1.5; 2.4; 9.17; 11.16); (b) para indicar que um crente ou crentes, em ocasiões específicas, recebeu poder para falar sob o impulso direto do ESPÍRITO SANTO (At 4.8; 13.9; Lc 1.41-45, 67-79); (c) para indicar um ministério profético geral sob a inspiração ou a unção do ESPÍRITO SANTO, sem especificar a duração desse ministério (At 4.31-33; 13.52; Lc 1.15). (3) Depois do recebimento inicial do batismo no ESPÍRITO, os que andam fielmente no ESPÍRITO, mortificando as obras pecaminosas do corpo (Rm 8.13,14), podem ser descritos como: cheios do ESPÍRITO SANTO , i.e., mantendo a plenitude permanente do ESPÍRITO SANTO (e.g., os sete varões, especialmente Estêvão, vv. 3,5; At 7.55; ou Barnabé, At 11.24). Além disso, aqueles que continuam na plenitude do ESPÍRITO podem receber um novo enchimento do ESPÍRITO, visando a um propósito ou tarefa específica, especialmente uma capacitação divina para falar segundo o impulso do ESPÍRITO SANTO.
6.4 PERSEVERAREMOS NA ORAÇÃO. O batismo no ESPÍRITO SANTO, em si, não basta para uma liderança cristã eficaz. Os líderes cristãos devem dedicar-se constantemente à oração e à pregação da Palavra. O verbo traduzido perseverar (gr. proskartereo) denota uma fidelidade inabalável e sincera e a dedicação de muito tempo a um certo
empreendimento. Por isso, os apóstolos tinham a convicção de que a oração e o ministério da Palavra eram a ocupação máxima dos dirigentes cristãos. Note as freqüentes referências à oração em Atos (ver At 1.14,24; 2.42; 4.24-31; 6.4,6; 9.40; 10.2,4,9,31; 11.5; 12.5; 13.3; 14.23; 16.25; 22.17; 28.8).
6.6 LHES IMPUSERAM AS MÃOS. No NT, a imposição de mãos era usada de cinco maneiras: (1) em relação a milagres de curas (28.8; Mt 9.18; Mc 5.23; 6.5); (2) ao abençoar outras pessoas (Mt 19.13,15); (3) em relação ao batismo no ESPÍRITO SANTO (8.17,19; 19.6); (4) na comissão para uma obra específica (At 6.6; 13.3); e (5) na concessão de dons espirituais através dos presbíteros (1 Tm 4.14). Como um dos meios através dos quais DEUS transmite dons e bênçãos às pessoas, a imposição de mãos veio a ser uma doutrina fundamental na igreja primitiva (Hb 6.2). Não pode ser dissociada da oração (v. 6), pois a oração indica que os dons da graça, a cura ou o batismo no ESPÍRITO SANTO procede de DEUS e não do ser humano. A separação destes sete homens importava, principalmente, duas coisas. (1) Era um testemunho público da igreja de que esses homens tinham antecedentes de perseverança na piedade e na obediência à direção do ESPÍRITO SANTO (cf. 1 Tm 3.1-10). (2) Era um ato de separar aqueles homens à obra de DEUS e um testemunho da sua disposição em aceitar a responsabilidade da chamada divina.
6.8 ESTÊVÃO, CHEIO DE FÉ E DE PODER. O ESPÍRITO SANTO deu a Estêvão poder para realizar prodígios e grandes sinais entre o povo (v. 8) e lhe deu grande sabedoria para pregar o evangelho de tal maneira, que seus oponentes não podiam contestar os seus argumentos (v. 10; cf. Êx 4.15; Lc 21.15).

 

7.2 IRMÃOS E PAIS, OUVI. O discurso de Estêvão diante do sinédrio é uma defesa da fé propagada por CRISTO e pelos apóstolos. Ele é o precursor de todos quantos defendem a fé bíblica contra os que se opõem ao seu ensino ou o distorcem, e é o primeiro que morreu por essa causa. JESUS vindica a ação de Estêvão, ficando em pé para honrá-lo diante de seu Pai, no céu (v. 56). O amor de Estêvão à verdade e sua disposição em dar a vida para salvaguardá-la, contrastam-se nitidamente com aqueles que pouco se interessam por batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos (Jd 3) e que, em nome do amor, da paz e da tolerância, não veem qualquer necessidade de oposição aos falsos mestres, nem àqueles que distorcem o evangelho puro, em favor do qual CRISTO morreu (ver Gl 1.9).

7.38 A CONGREGAÇÃO NO DESERTO. A congregação no deserto refere-se a Israel como o povo de DEUS. Em hebraico a palavra traduzida por congregação é qahal e na Septuaginta (a tradução grega do AT) o termo é ekklesia (i.e., assembleia ou igreja). (1) Assim como Moisés conduziu a igreja do AT, CRISTO conduz a igreja do NT. A igreja do NT designada descendência de Abraão (Gl 3.29; cf. Rm 4.11-18) e o Israel de DEUS (Gl 6.16) dá continuidade a igreja do AT. (2) Assim como a igreja do AT, a igreja do NT está no deserto , i.e., é uma igreja peregrina, longe da Terra Prometida (Hb 11.6-16). Por isso nunca devemos sentir-nos plenamente à vontade quanto ao viver aqui nesta terra.
7.42 DEUS... OS ABANDONOU. As palavras de Estêvão refletem um princípio bem estabelecido nas Escrituras e na história da redenção. Aqueles que persistem em repudiar a DEUS, não somente são abandonados por Ele, como também são entregues à influência do mal, de Satanás e da imoralidade (cf. Rm 1.24,28). Ao contrário da crença popular, DEUS não continuará demonstrando amor e perdão, caso não haja resposta da nossa parte. Ele perdoa e comunica o seu amor somente àqueles que voltam-se para Ele com arrependimento sincero e com verdadeira obediência. Para aqueles que endurecem o coração; que sempre resistem ao ESPÍRITO SANTO e que se recusam a aceitar a salvação divina, permanece somente a ira justa de DEUS (Rm 2.4-6,8).
7.44 SEGUNDO O MODELO. DEUS sempre teve um padrão divino para ser seguido por seu povo. (1) DEUS tinha um padrão para Moisés, que servia de norma segundo o antigo concerto. (a) Em Êx 12, DEUS deu a Moisés instruções específicas para a primeira Páscoa no Egito, que se tornou padrão para todas as gerações subsequentes dos israelitas. (b) Em Êx 20, DEUS deu a Moisés os Dez Mandamentos como padrão e norma moral para todas as gerações subsequentes. (c) Em Êx 25, DEUS mandou Moisés levantar um tabernáculo no meio do arraial de Israel como cópia e sombra das coisas celestiais e da redenção que DEUS planejara levar a efeito através do Senhor JESUS CRISTO na terra. Moisés fez cuidadosamente o tabernáculo e todos os seus pertences conforme... modelo que DEUS estabelecera na sua sabedoria (Êx 25.9,40; cf. Hb 8.1-5). (2) Tão certamente como DEUS tinha um padrão para o tabernáculo segundo o antigo concerto, Ele tem um padrão para sua igreja segundo o novo concerto. Os apóstolos do NT não resolveram de modo arbitrário e aleatório como a igreja seria constituída, porque o Pai e o Filho, mediante o que o ESPÍRITO SANTO registrou nos Evangelhos, nos Atos dos Apóstolos, nas Epístolas e nas cartas às sete igrejas (Ap 2.3), estabeleceu o padrão apostólico para a igreja. (3) Infelizmente, depois da era apostólica, a igreja começou a apartar-se da revelação divina e a modificar o padrão celestial de DEUS ao acomodar-se às culturas e à organização, conforme as idéias humanas e terrenas. O resultado tem sido a proliferação de padrões humanos impostos à igreja. (4) Para a igreja de JESUS CRISTO experimentar novamente a totalidade do plano, poder, favor e presença de DEUS, deve deixar de seguir seus próprios caminhos e voltar a adotar o padrão apostólico do NT como a norma perpétua de DEUS para ela.
7.51 SEMPRE RESISTIS AO ESPÍRITO SANTO. A história de Israel retrata um povo que repetidamente rebelou-se contra DEUS e a sua Palavra revelada. Ao invés de se
submeterem às normas da sua lei, os israelitas se voltaram para os caminhos e modo de vida das nações ímpias ao seu redor. Mataram os profetas que os chamavam ao
arrependimento e que profetizavam a respeito da vinda de CRISTO (vv. 52,53). É isto o que significa resistis ao ESPÍRITO SANTO . Da mesma forma o Israel de CRISTO, sob o novo concerto, deve estar consciente da sua tendência de proceder como o Israel de DEUS do antigo concerto. As igrejas de CRISTO podem desviar-se dEle e da sua Palavra e recusar-se a dar ouvido à voz do ESPÍRITO SANTO. Acontecendo isto, elas incorrerão no juízo divino: o reino lhes será tirado (ver Rm 11.20-22; Ap 2,3).
7.56 O FILHO DO HOMEM, QUE ESTÁ EM PÉ. A Bíblia normalmente fala de JESUS assentado à direita de DEUS (2.34; Mc 14.62; Lc 22.69; Cl 3.1). Mas aqui, conforme a tradução
literal do grego, JESUS colocou-se de pé para dar as boas-vindas ao seu primeiro mártir que morria por amor a Ele. Estêvão confessara a CRISTO diante dos homens e defendera a fé.
Agora CRISTO, honrando o seu servo, confessa-o diante do seu Pai celeste. O Salvador está em pé pronto para acolher, como intercessor e advogado, o crente fiel que enfrenta a
morte por Ele (cf. Marcos 8.38; Lc 12.8; Rm 8.34; 1 Jo 2.1).

8.1 UMA GRANDE PERSEGUIÇÃO. Parece que Saulo foi o líder da primeira perseguição em grande escala contra a igreja (vv. 1-3; 9.1), perseguição essa intensa e severa. Homens e mulheres eram encerrados na prisão (v. 3) e açoitados (At 22.19), e muitos foram mortos (At 22.20; 26.10,11). DEUS, porém, transformou essa perseguição em início da grande obra missionária da igreja (v. 4).
8.5-24 DESCENDO FILIPE À ... SAMARIA. Note a sequência de eventos nesse registro do derramamento do ESPÍRITO SANTO nos crentes samaritanos. (1) Filipe pregou o evangelho do reino, e DEUS confirmou a Palavra com sinais e prodígios (vv. 5-7). (2) Muitos samaritanos receberam a Palavra de DEUS (v. 14), creram em JESUS (v. 12), foram curados e libertos de espíritos imundos (v. 7), e batizados nas águas (vv. 12,13). Assim, experimentaram a salvação, a obra regeneradora do ESPÍRITO SANTO e o poder do reino de DEUS (ver v. 12). (3) O ESPÍRITO SANTO, porém, não tinha descido sobre nenhum deles depois da sua conversão a CRISTO e batismo em água (v. 16). (4) Alguns dias depois da conversão dos samaritanos, Pedro e João chegaram a Samaria e oraram para os novos crentes receberem o ESPÍRITO SANTO (vv. 14,15). Houve um definido intervalo entre a conversão deles e o recebimento do batismo no ESPÍRITO SANTO (vv. 16,17; cf. At 2.4). Este caso dos samaritanos segue o padrão da experiência idêntica dos discípulos no dia de Pentecoste. (5) Sem dúvida houve manifestação externa neste caso de recebimento do ESPÍRITO SANTO, a saber: línguas e profecia (ver v. 18)
8.6 OS SINAIS QUE ELE FAZIA. A promessa de CRISTO no sentido de operar sinais e milagres para confirmar a pregação da Palavra não se limitava aos apóstolos (Mc 16.15-18). Ele prometeu que os convertidos por seus discípulos ( os que crerem na palavra deles) operarão milagres em nome de JESUS, tais como expulsar demônios (Mc 16.17) e curar os enfermos (Mc 16.18). Foi exatamente o que Filipe fez (vv. 6,7)
8.12 CRESSEM... DO NOME DE JESUS CRISTO. Os samaritanos já eram convertidos e salvos antes do ESPÍRITO vir sobre eles (ver o v. 17). (1) Creram e foram batizados. Dois fatos tornam claro que a fé dos samaritanos era fé genuína salvífica. (a) Tanto Filipe (v. 12) quanto os apóstolos (v. 14) consideravam válida a fé que eles tinham. (b) Os samaritanos assumiram um compromisso público com CRISTO mediante o batismo em água (v. 12). As Escrituras afirmam que Quem crer e for batizado será salvo (Mc 16.16). Sendo assim, eram regenerados e o ESPÍRITO SANTO habitava neles (Rm 8.9). (2) O recebimento do ESPÍRITO SANTO por eles, vários dias mais tarde (v. 17), não era para salvação. Era o recebimento do ESPÍRITO SANTO como os discípulos o receberam no dia de Pentecoste, i.e., para dotá-los de poder para o serviço e o testemunho para DEUS (1.8). Lucas emprega aqui a expressão recebereis a virtude do ESPÍRITO , primeiramente no sentido de revestir de poder divino (At 1.8; 2.38; 8.17; 10.47; 19.2), e não no sentido do novo nascimento ou da regeneração. (3) Alguns têm ensinado que a fé dos samaritanos não era uma fé salvífica e regeneradora. É uma incoerência crer que Filipe, um homem cheio de fé, de sabedoria e do ESPÍRITO SANTO (6.3-5), batizasse, curasse e expulsasse demônios de pessoas, cuja fé não considerasse genuína
8.16 SOBRE NENHUM DELES TINHA AINDA DESCIDO. O ESPÍRITO ainda não tinha descido sobre nenhum deles, da mesma maneira que descera sobre os crentes no dia de Pentecoste (2.4). Ainda não descera sobre eles de conformidade com a promessa do Pai (1.4) e conforme CRISTO predissera: vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO (1.5; ver vv. 5-24 v. 18).
8.17 RECEBERAM O ESPÍRITO SANTO. Mediante a imposição das mãos dos apóstolos, os samaritanos recebem o ESPÍRITO SANTO de modo idêntico ao batismo do dia de
Pentecoste (At 1.8; 2.4). A experiência dos samaritanos em duas etapas, ou seja: primeiramente crer e depois ser cheio do ESPÍRITO, demonstra que a experiência em duas etapas dos crentes, do dia de Pentecoste não foi anômala. As experiências tanto de Paulo em At 9.5-17, como a dos discípulos efésios em At 19.1-6, foram iguais à dos samaritanos. Aceitaram CRISTO como Senhor e depois foram cheios do ESPÍRITO. Não tem que haver um longo tempo de espera entre a salvação e o batismo no ESPÍRITO, conforme demonstra o caso dos gentios em Cesaréia (At 10).
8.18 SIMÃO, VENDO. A descida do ESPÍRITO sobre os samaritanos foi acompanhada de manifestações externas visíveis notadas até por Simão, o mágico. É razoável concluir que as manifestações visíveis eram semelhantes às dos primeiros discípulos no dia de Pentecoste, i.e., falar noutras línguas (ver 2.4; 10.45,46; 19.6). Assim, tanto os samaritanos como os apóstolos tiveram um sinal confirmador da descida do ESPÍRITO SANTO sobre aqueles novos crentes
8.21 O TEU CORAÇÃO NÃO É RETO. O batismo no ESPÍRITO SANTO através do livro de Atos ocorre somente entre os salvos por JESUS CRISTO. (1) Simão, que queria o poder e o dom do ESPÍRITO SANTO, bem como autoridade para transmitir o dom (v. 19), foi rejeitado por DEUS por ser ímpio, em laço de iniquidade (vv. 22,23), não tendo um coração reto diante de DEUS (v. 21). O dom genuíno do ESPÍRITO SANTO será derramado somente sobre quem o teme e faz o que é justo (At 10.35, cf. 44-48; ver também At 5.32). (2) Antes e depois do dia do Pentecoste os discípulos de CRISTO viviam para o Senhor ressurreto (At 1.2-14; 2.32) e oravam continuamente (At 1.14; 6.4). Suas vidas eram separadas do pecado e do mundo (At 2.38-40) e observavam o ensino dos apóstolos (At 2.42; 6.4). Novos derramamentos do ESPÍRITO eram concedidos a crentes que tinham largado seus pecados e seus maus caminhos, para viverem para JESUS CRISTO (cf. At 2.42; 3.1,19,22-26; 4.8,19-35; 5.29-32; 6.4; 8.14-21; 9.1-19; 10.34-47; 19.1-6; 24.16). Andar no ESPÍRITO e ser guiado por Ele são sempre condições para alguém ser cheio do ESPÍRITO (ver Gl 5.16-25; cf. Ef 5.18). (3) Qualquer experiência sobrenatural, tida como o batismo no ESPÍRITO SANTO, ocorrida em quem continua nos caminhos pecaminosos da carne, não é de CRISTO (cf. 1 Jo 4.1-6). Pelo contrário, é um falso batismo no ESPÍRITO, e que pode ser acompanhado de poderes demoníacos (Mt 7.21-23; 2 Ts 2.7-10).

 

9.3-19 A CONVERSÃO DE PAULO. Os versículos 3-9 registram a conversão de Paulo fora da cidade de Damasco (cf. At 22.3-16; 26.9-18). Que sua conversão ocorreu nessa ocasião, e não posteriormente na casa de Judas (v. 11), fica claro à luz do seguinte: (1) Ele obedece às ordens de CRISTO (v. 6; At 22.10; 26.15-19), compromete-se a ser um ministro e testemunha do evangelho (26.16) e um missionário aos gentios (At 26.17-19) e entrega-se à oração (v. 11). (2) Paulo é chamado Irmão Saulo por Ananias (v. 17). Ananias percebe que Paulo é um crente que experimentou o novo nascimento (ver Jo 3.3-6), que se dedicou a CRISTO, para fazer a sua vontade e que apenas necessita ser batizado, receber a restauração da sua vista e ser cheio do ESPÍRITO SANTO (vv. 17,18; ver At 9.17).
9.11 POIS EIS QUE ELE ESTÁ ORANDO. Após conhecer JESUS e aceitá-lo como Senhor e Messias, Paulo ora e jejua, pedindo orientação, em atitude de profunda dedicação a DEUS. A fé salvadora e o novo nascimento à que ela conduz, sempre levarão o crente a buscar comunhão com seu Senhor e Salvador, que ele acaba de aceitar.
9.13 TEUS SANTOS. Os crentes do NT são chamados santos (cf. 26.10; Rm 1.7; 1 Co 1.2; Ap 13.7; 19.8). (1) A ideia básica do termo santo (gr. hagios) é separação do pecado, e, para DEUS. Os santos, noutras palavras, são os separados para DEUS ou os santificados em DEUS . Isto significa ser guiado e santificado pelo ESPÍRITO SANTO (Rm 8.14; 1 Co 6.11; 2 Ts 2.13; 1 Pe 1.2), largar o mundo a fim de seguir a JESUS (Jo 17.15-17). Mesmo assim, o termo santo não significa que o crente seja perfeito ou incapaz de pecar (cf. 1 Jo 2.1). (2) O NT em nenhum lugar chama o crente de pecador salvo , portanto este costume não é bíblico. O termo bíblico comum para todos os crentes é santo , o qual enfatiza: (a) a pressuposição bíblica que todos os crentes vivam conforme os ensinos divinos da justiça (Ef 5.3), e (b) a necessidade da santidade ser uma realidade interna em todos que pertencem a CRISTO (1 Co 1.30)
9.16 PADECER PELO MEU NOME. A conversão de Paulo incluiu não somente uma ordem para pregar o evangelho, mas também uma chamada para sofrer por amor a CRISTO. Paulo foi informado desde o início que ele sofreria muito pela causa de CRISTO. No reino de CRISTO, sofrer por amor a Ele é um sinal do mais alto favor de DEUS (At 14.22; Mt 5.11,12; Rm 8.17; 2 Tm 2.3) e o meio de ter um ministério frutífero (Jo 12.24; 2 Co 1.3-6); resulta em recompensas abundantes no céu (Mt 5.12; 2 Tm 2.12). A morte precisa atuar no crente para que a vida de DEUS flua dele para os outros (Rm 8.17,18,36,37; 2 Co 4.10-12). Para outros textos sobre os sofrimentos de Paulo, ver 20.23; 2 Co 4.8-18; 6.3-10; 11.23-27; Gl 6.17; 2 Tm 1.11,12; ver também 2 Co 1.4; At 11.23.
9.17 IRMÃO SAULO. Ver sobre vv. 3-19.
9.17 CHEIO DO ESPÍRITO SANTO. Três dias depois da sua conversão, Paulo recebeu a plenitude do ESPÍRITO SANTO. A experiência de Paulo forma um paralelo com a dos discípulos no dia de Pentecoste. Primeiro, a sua experiência do novo nascimento; a salvação (ver vv. 3-19; depois, ser cheio do ESPÍRITO SANTO (v. 17). Embora Lucas não diga especificamente que Paulo falou em línguas quando recebeu o dom do ESPÍRITO SANTO, é justo admitir que ele o fez. (1) O padrão do NT mostra que a pessoa que recebe a plenitude do ESPÍRITO SANTO começa a falar noutras línguas (At 2.4; 10.45,46; 19.6; ver At 11.15). (2) O próprio Paulo testifica que frequentemente falava em línguas: Dou graças ao meu DEUS, porque falo mais línguas do que vós todos (1 Co 14.18)
9.18 FOI BATIZADO. O interesse primacial de Lucas aqui é o próprio batismo no ESPÍRITO SANTO e não primeiramente o fato de ele falar em línguas no batismo. Quem busca a plenitude do ESPÍRITO deve concentrar-se no próprio ESPÍRITO SANTO e não numa manifestação externa. Por outro lado, todos os crentes que desejam a plenitude do ESPÍRITO SANTO devem aguardar as manifestações espirituais desta bênção (At 2.4,17).
9.31 NO TEMOR DO SENHOR. Lucas enfatiza a fórmula temer a DEUS tanto no seu Evangelho (ver Lc 1.50, 18.2; 23.40) como em Atos. São os tementes a DEUS (os gentios que abraçaram a fé judaica) que formam a base inicial da obra missionária aos gentios em At 10 (At 10.2,22,35; 13.16,26). O temor do Senhor produz confiança e obediência, bem como o afastar-se do mal (Jó 28.28; Sl 111.10; Pv 1.7); isso, por sua vez, resulta na consolação do ESPÍRITO SANTO (v. 31)
9.36 DORCAS... CHEIA DE BOAS OBRAS. Assim como DEUS operava através de Pedro para curar (vv. 33-35) e para ressuscitar os mortos (v. 40), Ele também operava através de Dorcas, para praticar atos de bondade e de amor. Os atos de amor para ajudar os necessitados são tanto uma manifestação do ESPÍRITO SANTO, quanto o são os milagres, os sinais e os prodígios. Paulo enfatizou essa verdade em 1 Co 13 (cf. 1 Pe 4.10,11).

 

10.4 ORAÇÕES... PARA MEMÓRIA DIANTE DE DEUS. DEUS considera nossas orações um sacrifício que sobe até Ele, lembrando-lhe da nossa perseverança, ao invocá-lo com fé e devoção (ver Sl 141.2; Hb 13.15,16).
10.9 SUBIU PEDRO AO TERRAÇO PARA ORAR. O ESPÍRITO SANTO, o autor das Escrituras, revela através delas que os cristãos do NT eram dedicados a muita oração. Estavam convictos de que o reino de DEUS não poderia manifestar-se em todo o seu poder mediante uns poucos minutos de oração por dia (At 1.14; 2.42; 3.1; 6.4; Ef 6.18; Cl 4.2). (1) O judeu piedoso orava duas ou três vezes por dia (cf. Sl 55.17; Dn 6.10). Era prática dos seguidores de CRISTO, especialmente dos apóstolos (At 6.4), orar com a mesma devoção. Pedro e João subiram ao templo para a hora da oração (3.1), e Lucas e Paulo fizeram o mesmo (At 16.16). Pedro orava regularmente ao meio-dia, ou seja, à hora sexta (10.9); DEUS recompensou Cornélio pela sua fidelidade na observância das suas horas de oração (10.30ss.). (2) As Escrituras exortam os crentes a continuarem perseverantes na oração (Rm 12.12), a orarem sempre (Lc 18.1), a orarem sem cessar (1 Ts 5.17), a orarem em todos os lugares (1 Tm 2.8), a orarem em todo o tempo com toda a oração (Ef 6.18), a perseverarem na oração (Cl 4.2), e a orarem com eficácia (Tg 5.16). Estas exortações indicam que não poderá haver nenhum poder celestial em nossa batalha contra o pecado, Satanás e o mundo, nem vitória em nossa tentativa de ganhar os perdidos, sem muita oração diariamente. (3) Não seria do agrado de DEUS, tendo em vista a exortação do Senhor, que seus discípulos vigiem e orem pelo menos uma hora (Mt 26.38-41); e à luz da urgência dos tempos do fim, nos quais vivemos, se todo crente dedicasse pelo menos uma hora por dia à oração e ao estudo da Palavra de DEUS, visando ao crescimento do seu reino na terra e tudo quanto isso significa para nós (Mt 6.10,33)? (4) Uma hora de oração pode incluir o seguinte: (a) louvor, (b) cantar ao Senhor, (c) ações de graças, (d) esperar em DEUS, (e) ler a Palavra, (f) ficar atento ao ESPÍRITO SANTO, (g) orar com as próprias palavras das Escrituras, (h) confissão das faltas, (i) intercessão pelos outros, (j) petição pelas nossas próprias necessidades, e (l) oração em línguas
10.19 DISSE-LHE O ESPÍRITO. O ESPÍRITO SANTO deseja a salvação de todas as pessoas (Mt 28.19; 2 Pe 3.9). Pelo fato de os apóstolos terem recebido o ESPÍRITO, eles, também, desejavam a salvação de todas as pessoas. Intelectualmente, no entanto, não compreendiam que a salvação já não se restringia a Israel, mas que agora abrangia todas as nações (vv. 34,35). Foi o ESPÍRITO SANTO que alargou a visão da igreja. Em Atos, Ele é a força da obra missionária e o que dirige a igreja para novas áreas de testemunho (At 8.29,39; 10.19; 11.11,12; 13.2,4; 16.6; 19.21). O derramamento do ESPÍRITO e a compulsão à missão sempre andam de mãos dadas (cf. At 1.8). Mesmo hoje, muitos crentes anelam a salvação do seu povo, sem, porém, compreenderem plenamente o propósito do ESPÍRITO SANTO para as missões mundiais (ver Mt 28.19; Lc 24.47).
10.34 DEUS NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS. DEUS não tem nenhuma nação ou raça predileta, nem favorece qualquer indivíduo por causa da sua nacionalidade, linhagem ou posição na vida (cf. Tg 2.1). DEUS favorece e aceita aqueles, dentre todas as nações, que abandonam o pecado, creem em CRISTO, temem a DEUS e vivem retamente (v. 35; cf. Rm 2.6-11). Todos aqueles que perseveram neste modo de vida, permanecerão no amor e no favor de DEUS (Jo 15.10).
10.38 CURANDO A TODOS OS OPRIMIDOS DO DIABO.
10.44 CAIU O ESPÍRITO SANTO SOBRE TODOS. A família gentia de Cornélio ouve e recebe a Palavra com fé salvadora (vv. 34-48; 11.14). (1) DEUS imediatamente derrama sobre ela o ESPÍRITO SANTO (v. 44) como seu testemunho de que creram e receberam a vida regeneradora de CRISTO (cf. 11.17; 15.8,9). (2) A vinda do ESPÍRITO SANTO sobre a família de Cornélio teve o mesmo propósito que o dom do ESPÍRITO SANTO para os discípulos no dia de Pentecoste (cf. 1.8; 2.4). Esse derramamento do ESPÍRITO não é a obra de DEUS na regeneração do pecador, mas sua vinda sobre eles para revesti-los de poder. Note as palavras de Pedro posteriormente, ressaltando a semelhança entre essa experiência e a do dia de Pentecoste (At 11.15,17). (3) Evidentemente, é possível uma pessoa ser batizada no ESPÍRITO imediatamente depois de receber a salvação (ver v. 46; cf. At 11.17).
10.45 O DOM DO ESPÍRITO SANTO.
10.46 OS OUVIAM FALAR EM LÍNGUAS. Pedro e os que o acompanhavam consideravam o falar em línguas, mediante o ESPÍRITO, como o sinal convincente do batismo no ESPÍRITO SANTO. Isto é, assim como DEUS confirmou o acontecimento do dia de Pentecoste com o sinal das línguas (2.4), Ele faz os gentios no lar de Cornélio falarem em línguas como sinal convincente para Pedro e os demais crentes judeus.

 

11.15 CAIU SOBRE ELES O ESPÍRITO SANTO, COMO TAMBÉM SOBRE NÓS AO PRINCÍPIO. O derramamento do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecoste (At 2.4) foi um padrão para o recebimento do ESPÍRITO, a partir de então. O batismo no ESPÍRITO seria determinado pela transformação visível ocorrida no indivíduo pela infusão da alegria por expressões vocais sobrenaturalmente inspiradas e pela ousadia no testemunho (At 2.4; 4.31; 8.15-19; 10.45-47; 19.6). Por isso, quando Pedro salientou diante dos apóstolos e irmãos em Jerusalém que os familiares de Cornélio tinham falado em línguas, ao ser derramado sobre eles o ESPÍRITO SANTO (cf. At 10.45-46), ficaram convictos de que DEUS estava concedendo aos gentios a salvação em CRISTO (v. 18). Não se pode hoje dizer que alguém recebeu o batismo no ESPÍRITO se as manifestações físicas, tais como o falar em línguas, estão ausentes. Em nenhuma parte de Atos, o batismo no ESPÍRITO SANTO aparece como uma experiência percebida somente pela fé (ver At 8.12,16; 19.6)
11.17 A NÓS, QUANDO CREMOS. Esta expressão é, no grego, um particípio aoristo, que normalmente descreve uma ação que ocorre antes daquela do verbo principal. Por isso, uma tradução mais exata seria: DEUS lhes deu o mesmo dom que a nós também, depois que cremos . Esta interpretação concorda com os fatos históricos, i.e., que os discípulos tinham crido em JESUS e tinham sido regenerados pelo ESPÍRITO, antes do dia de Pentecoste.
11.18 OUVINDO ESTAS COISAS. O discurso de Pedro silenciou todas as objeções (vv. 4-18). DEUS tinha batizado os gentios no ESPÍRITO SANTO (At 10.45), e este ato foi acompanhado da evidência convincente do falar noutras línguas pelo ESPÍRITO (At 10.46). Era esse o único sinal necessário a ser aceito sem mais dúvidas.
11.23 QUE... PERMANECESSEM NO SENHOR. Os discípulos do NT não aceitavam o ensino que aquele que recebesse a graça de DEUS permaneceria automaticamente leal ao Senhor, visto que o pecado, o mundo e as tentações de Satanás podiam levar um novo crente a desviar-se do caminho da salvação em CRISTO. Barnabé nos oferece um exemplo de como os novos convertidos devem ser tratados: que nosso interesse principal seja ajudá-los e animá-los a permanecerem na fé, no amor e na comunhão com CRISTO e com sua At igreja (cf. 13.43; 14.22).
11.26 OS DISCÍPULOS... CHAMADOS CRISTÃOS. A palavra cristão (gr. christianos) ocorre somente três vezes no NT (At 11.26; 26.28; 1 Pe 4.16). Originalmente, era um termo que denotava um servo e seguidor de CRISTO. Hoje tornou-se termo geral, destituído do significado original que tinha no NT. A nós, este termo deve sugerir o nome do nosso Redentor (Rm 3.24), a ideia do profundo relacionamento do crente com CRISTO (Rm 8.38,39), o pensamento de que o recebemos como nosso Senhor (Rm 5.1), e a causa da nossa salvação (Hb 5.9). Reivindicar o nome de cristão significa que CRISTO e a sua palavra revelada nas Escrituras são a autoridade suprema e a única fonte da esperança futura (Cl 1.5,27).
11.27 PROFETAS. A posição dos profetas na igreja é reconhecida nas epístolas paulinas.

 

12.2 E MATOU À ESPADA TIAGO. DEUS permitiu que Tiago, irmão de João (cf. Mt 4.21) morresse, mas enviou um anjo para livrar a Pedro (vv. 3-17). São os caminhos misteriosos de DEUS para com o seu povo que levaram Tiago a morrer, enquanto Pedro escapou para continuar seu ministério. Tiago teve a honra de ser o primeiro dos apóstolos que morreu como mártir. Morreu da mesma maneira que seu Senhor: pela causa de DEUS (cf. Mc 10.36-39).
12.5 A IGREJA. Através do livro de Atos, bem como outros trechos do NT, tomamos conhecimento das normas ou dos padrões estabelecidos para uma igreja neotestamentária. (1) Antes de mais nada, a igreja é o agrupamento de pessoas em congregações locais e unidas pelo ESPÍRITO SANTO, que diligentemente buscam um relacionamento pessoal, fiel e leal com DEUS e com JESUS CRISTO (At 13.2; 16.5; 20.7; Rm 16.3,4; 1 Co 16.19; 2 Co 11.28; Hb 11.6). (2) Mediante o poderoso testemunho da igreja, os pecadores são salvos, nascidos de novo, batizados nas águas e acrescentados à igreja; participam da Ceia do Senhor e esperam a volta de CRISTO (At 2.41,42; 4.33; 5.14; 11.24; 1 Co 11.26). (3) O batismo no ESPÍRITO SANTO será pregado e concedido aos novos crentes (ver At 2.39), e sua presença e poder se manifestarão. (4) Os dons do ESPÍRITO SANTO estarão em operação (Rm 12.6-8; 1 Co 12.4-11; Ef 4.11,12), inclusive prodígios, sinais e curas (At 2.18,43; 4.30; 5.12; 6.8; 14.10; 19.11; 28.8; Mc 16.18). (5) Para dirigir a igreja, DEUS lhe provê um ministério quíntuplo, o qual adestra os santos para o trabalho do Senhor (Ef 4.11,12) (6) Os crentes expulsarão demônios (At 5.16; 8.7; 16.18; 19.12; Mc 16.17). (7) Haverá lealdade absoluta ao evangelho, i.e., aos ensinamentos originais de CRISTO e dos apóstolos (2.42; ver Ef 2.20). Os membros da igreja se dedicarão ao estudo da Palavra de DEUS e à obediência a ela (6.4; 18.11; Rm 15.18; Cl 3.16; 2 Tm 2.15). (8) No primeiro dia da semana (At 20.7; 1 Co 16.2), a congregação local se reunirá para a adoração e a mútua edificação através da Palavra de DEUS escrita e das manifestações do ESPÍRITO (1 Co 12.7-11; 14.26; 1 Tm 5.17). (9) A igreja manterá a humildade,
reverência e santo temor diante da presença de um DEUS santo (5.11). Os membros terão uma preocupação vital com a pureza da igreja, disciplinarão aqueles que caírem no pecado, bem como os falsos mestres que são desleais à fé bíblica (20.28; 1 Co 5.1-13; ver Mt 18.15). (10) Aqueles que perseverarem no caráter piedoso e nos padrões da justiça ensinados pelos apóstolos, serão ordenados ministros para a direção das igrejas locais e a manutenção da sua vida espiritual (Mt 18.15; 1 Co 5.1-5; 1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9). (11) Semelhantemente, a igreja terá diáconos responsáveis para cuidarem dos negócios temporais e materiais da igreja (ver 1 Tm 3.8). (12) Haverá amor e comunhão no ESPÍRITO evidente entre os membros (At 2.42,44-46; ver Jo 13.34), não somente dentro da congregação local como também entre ela e outras congregações que creem na Bíblia (15.1-31; 2 Co 8.1-8). (13) A igreja será uma igreja de oração e jejum (At 1.14; 6.4; 12.5; 13.2; Rm 12.12; Cl 4.2; Ef 6.18). (14) Os crentes se separarão dos conceitos materialistas prevalecentes no mundo, bem como de suas práticas (2.40; Rm 12.2; 2 Co 6.17; Gl 1.4; 1 Jo 2.15,16). (15) Haverá sofrimento e aflição por causa do mundo e dos seus costumes (At 4.1-3; 5.40; 9.16; 14.22). (16) A igreja trabalhará ativamente para enviar missionários a outros países (At 2.39; 13.2-4). Nenhuma igreja local tem o direito de se chamar de igreja segundo as normas do NT, a não ser que esteja se esforçando para manter estas 16 características práticas entre seus membros.
12.5 CONTÍNUA ORAÇÃO. Os crentes do NT enfrentavam a perseguição em oração fervorosa. A situação parecia impossível; Tiago fora morto. Herodes mantinha Pedro na prisão vigiado por dezesseis soldados. Todavia, a igreja primitiva tinha a convicção de que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16), e oraram de um modo intenso e contínuo a respeito da situação de Pedro. A oração deles não demorou a ser atendida (vv. 6-17). As igrejas do NT frequentemente se dedicavam à oração coletiva prolongada (At 1.4; 2.42; 4.24-31; 12.5,12; 13.2). A intenção de DEUS é que seu povo se reúna para a oração definida e perseverante; note as palavras de JESUS: A minha casa será chamada casa de oração (Mt 21.13). As igrejas que declaram basear sua teologia, prática e missão, no padrão divino revelado no livro de Atos e noutros escritos do NT, devem exercer a oração fervorosa e coletiva como elemento vital da sua adoração e não apenas um ou dois minutos por culto. Na igreja primitiva, o poder e presença de DEUS e as reuniões de oração integravam-se. Nenhum volume de pregação, ensino, cânticos, música, animação, movimento e entusiasmo manifestará o poder e presença genuínos no ESPÍRITO SANTO, sem a oração neotestamentária, mediante a qual os crentes perseveravam unanimemente em oração e súplicas (1.14).
12.7 O ANJO. Os anjos são espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação (Hb 1.14; ver At 1.13)

 

13.2 SERVINDO... E JEJUANDO. O cristão cheio do ESPÍRITO é muito sensível ao que o ESPÍRITO SANTO comunica durante a oração e o jejum (ver Mt 6.16). Aqui, a comunicação da parte do ESPÍRITO SANTO provavelmente foi uma palavra profética (cf. v. 1).
13.2 PARA A OBRA A QUE OS TENHO CHAMADO. Paulo e Barnabé foram chamados à obra missionária e enviados pela igreja de Antioquia. As características dessa obra estão descritas em At 9.15; 13.5; 22.14,15,21 e At 26.16-18. (1) Paulo e Barnabé foram chamados para pregar o evangelho e conduzir homens e mulheres à salvação em CRISTO. As Escrituras não indicam em lugar nenhum que os missionários do NT foram enviados aos campos para realizarem trabalhos sociais ou políticos, i.e., propagar o evangelho e fundar igrejas mediante o exercício de todos os tipos de atividades sociais ou políticas para o bem da população do Império Romano. O alvo dos missionários era conduzir pessoas a CRISTO (At 16.31; 20.21), livrá-las do poder de Satanás (At 26.18), levá-las a receber o ESPÍRITO SANTO (At 19.6) e organizá-las em igrejas. Nesses novos cristãos, o ESPÍRITO SANTO veio habitar e manifestar-se através do amor; Ele deu dons espirituais (1 Co 12.1-14.40) e transformou esses fiéis de tal maneira que suas vidas glorificavam ao seu Salvador. (2) Os missionários do evangelho de hoje devem ter a mesma atividade prioritária: ser ministros e testemunhas do evangelho, que levem outros a CRISTO, livrando-os do domínio de Satanás (At 26.18), fazendo-os discípulos, motivando-os a receber o ESPÍRITO SANTO e os seus dons (At 2.38; 8.17) e ensinando-os a observar tudo quanto CRISTO ordenou (Mt 28.19,20). Isto deve ser acompanhado de sinais e prodígios, cura de enfermos e libertação de oprimidos pelos demônios (At 2.43; 4.30; 8.7; 10.38; Mc 16.17,18). Esta tarefa suprema de pregar o evangelho, no entanto, deve também incluir atos pessoais de amor, de misericórdia e de bondade para com os necessitados (cf. Gl 2.10). Deste modo, todos que são chamados a dar testemunho do evangelho servirão na causa divina segundo o modelo de JESUS (ver Lc 9.2).
13.3 OS DESPEDIRAM. Com estas palavras começa o grande movimento missionário da igreja até aos confins da terra (1.8). Os princípios missionários vistos no capítulo 13 são um modelo para todas as igrejas que enviam missionários. (1) A atividade missionária é originada pelo ESPÍRITO SANTO, através de líderes espirituais que estão profundamente dedicados ao Senhor e ao seu reino, buscando-o com oração e jejum (v. 2). (2) A igreja deve estar atenta ao ministério e atividade proféticos do ESPÍRITO SANTO e sua orientação (v. 2). (3) Os missionários que são enviados, devem fazê-lo segundo a chamada e a vontade específicas do ESPÍRITO SANTO (v. 2b). (4) Mediante a oração e o jejum, a igreja buscando constantemente estar em harmonia com a vontade do ESPÍRITO SANTO (vv. 3,4), confirma a chamada divina de determinadas pessoas à obra missionária. O propósito é que a igreja envie somente aqueles que forem da vontade do ESPÍRITO SANTO. (5) Pela imposição de mãos e o envio de missionários, a igreja indica que se compromete a sustentar e assistir os que saem à obra. A responsabilidade da igreja que envia missionários inclui demonstrar amor e cuidado para com eles de um modo digno de DEUS (3 Jo 6), orar por eles (v. 3; Ef 6.18,19) e sustentá-los financeiramente (Lc 10.7; 3 Jo 6-8). Isso inclui ofertas especiais de amor para necessidades específicas deles (Fp 4.10, 14-18). O missionário é uma projeção do propósito, interesse e missão da igreja que os envia. Essa igreja fica sendo, portanto, uma cooperadora da verdade (Fp 1.5; 3 Jo 8). (6) Aqueles que saem como missionários devem estar dispostos a expor a vida pelo nome de nosso Senhor JESUS CRISTO (At 15.26).
13.8 ELIMAS, O ENCANTADOR. Este judeu encantador (feiticeiro) era provavelmente um astrólogo. Os astrólogos ensinavam que o destino de cada pessoa é determinado pela posição dos astros em relação ao nascimento dessa pessoa. Toda feitiçaria e astrologia são formas de espiritismo, o qual se opõe ao evangelho de CRISTO, porque são coisas de Satanás e seus demônios. Ver as frases resistia-lhes Elimas e inimigo de toda a justiça (vv. 8,10; ver Dt 18.9-11).
13.9 SAULO... CHEIO DO ESPÍRITO SANTO. Mesmo quem foi batizado no ESPÍRITO, como Paulo o foi (9.17), pode, em ocasiões de necessidade específica, receber novos enchimentos do ESPÍRITO. Semelhantes enchimentos repetidos são necessários: (1) no enfrentamento da oposição ao evangelho (At 4.8); (2) no avanço do evangelho (4.8-12,31) e (3) ao enfrentar diretamente a atividade satânica (At 13.9). Enchimentos repetidos do ESPÍRITO SANTO devem ser normais a todos os crentes batizados no ESPÍRITO SANTO.
13.11 FICARÁS CEGO. Os milagres do NT iam além de curas. Alguns, como nos casos da ira de DEUS contra Elimas (vv. 8-11) e Herodes (At 12.20-23), envolveram juízo contra os ímpios. O caso de Ananias e Safira (At 5.1-11) é um exemplo de julgamento sob a forma de milagre, revelando a ira divina contra o pecado dentro da igreja.
13.31 SUAS TESTEMUNHAS PARA COM O POVO. Testemunha (gr. martus) é alguém que testifica, por atos ou palavras, da verdade . Testemunhas cristãs são as que confirmam e atestam a obra salvífica de JESUS CRISTO através das suas palavras, ações e vida e, se necessário, através da sua própria morte. Ser testemunha envolve sete princípios: (1) Dar testemunho de CRISTO é a obrigação de todos os crentes (At 1.8; Mt 4.19; 28.19,20). (2) A testemunha cristã deve ter uma mentalidade missionária, visando alcançar todas as nações, e levar a salvação divina até aos confins da terra (At 11.18; 13.2-4; 26.16-18; Mt 28.19,20; Lc 24.47). (3) A testemunha cristã fala principalmente a respeito da vida de CRISTO, da sua morte, ressurreição, poder salvífico e da promessa do ESPÍRITO SANTO (Atos 2.32,38,39; 3.15; 10.39-41,43; 18.5; 26.16; 1 Co 15.1-8). (4) A testemunha cristã precisa produzir convicção quanto ao pecado, a justiça e ao juízo (At 2.37-40; 7.51-54; 24.24,25; ver Jo 16.8). Mediante tal testemunho, as pessoas são levadas à fé salvífica (At 2.41; 4.33; 6.7; 11.21). (5) A testemunha cristã sofrerá às vezes (At 7.57-60; 22.20; 2 Co 11.23-29). A palavra mártir deriva da palavra grega que significa testemunha . Ser discípulo do Senhor subentende compromisso, custe ele o que custar ao discípulo. (6) O testemunho cristão deve ser paralelo a uma separação do mundo (2.40), a uma vida de justiça (Rm 14.17) e a uma confiança total no ESPÍRITO SANTO (At 4.29-33) que resulta na sua manifestação com poder (1 Co 2.4). (7) O testemunho cristão deve ser profético (At 2.17), revestido de poder (1.8) e inspirado pelo ESPÍRITO (At 2.4; 4.8).
13.48 ORDENADOS PARA A VIDA ETERNA. Alguns entendem que este versículo ensina a predestinação arbitrária. Entretanto, nem o contexto nem a palavra traduzida ordenados (gr. tetagmenoi, do verbo tasso, justifica essa interpretação). (1) O versículo 46 enfatiza explicitamente a responsabilidade humana na aceitação ou rejeitação da vida eterna. A melhor interpretação de tetagmenoi, portanto, é estavam dispostos : e creram todos quantos estavam dispostos para a vida eterna . Esta interpretação concorda totalmente com as afirmações de 1 Tm 2.4; Tt 2.11; 2 Pe 3.9). (2) Além disso, segundo Rm 11.20-22, ninguém é incondicionalmente destinado à vida eterna
13.52 ESTAVAM CHEIOS ... DO ESPÍRITO SANTO. O verbo grego traduzido cheios está no pretérito imperfeito, indicando ação contínua num tempo passado. Os discípulos recebiam continuamente, dia após dia, a plenitude e o revestimento de poder do ESPÍRITO SANTO. A plenitude do ESPÍRITO não é meramente uma experiência inicial que ocorre uma só vez, mas, sim, uma vida de repetidos enchimentos para as necessidades e tarefas da parte de DEUS (cf. Ef 5.18).

 

14.3 SINAIS E PRODÍGIOS. Foi da vontade de DEUS que a pregação do evangelho fosse acompanhada por sinais miraculosos para confirmar a veracidade do evangelho (cf. Mc 16.20. Dessa maneira, o Senhor cooperava com o seu povo e dava testemunho da veracidade da mensagem do evangelho. Semelhante confirmação da graça de DEUS, com sinais e prodígios, não é menos necessária hoje, à medida que enfrentamos os tempos difíceis dos últimos dias (ver 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1-13)
14.4 APÓSTOLOS. Tanto Paulo como Barnabé são chamados apóstolos. Como termo mais genérico, apóstolo era aplicado aos primeiros missionários cristãos enviados pela igreja para pregar a mensagem do NT (At 14.4,14). Apóstolo num sentido especial é aplicado somente àqueles que tinham recebido uma comissão direta de CRISTO para implantar sua mensagem e revelação originais (ver Ef 2.20). Paulo era um apóstolo nesse sentido especial (ver 1 Co 9.1; 15.7).
14.9 VENDO QUE TINHA FÉ. O discernimento da fé do coxo, por Paulo, veio certamente através do ESPÍRITO SANTO. Paulo passou, então, a encorajar a fé desse homem, ordenando que ele ficasse em pé. Os crentes devem orar, pedindo discernimento espiritual para reconhecer a fé das pessoas que precisam da graça e da cura divinas.
14.19 APEDREJARAM A PAULO. Nos tempos do NT, DEUS nem sempre protegia seus servos dos sofrimentos. Essa verdade é imanente no evangelho, e é válida hoje também: o reino de DEUS avança a um alto preço da parte dos servos do Senhor. Quando Paulo descreveu posteriormente os sofrimentos que suportara por amor a CRISTO, referiu-se a essa ocasião dizendo: uma vez fui apedrejado (2 Co 11.25; Gl 6.17; ver At 9.16). Ao escrever às igrejas da Galácia, declarou: trago no meu corpo as marcas do Senhor JESUS (Gl 6.17), referindo-se provavelmente e este incidente (ver 2 Co 11.23, sobre os sofrimentos de Paulo).
14.22 POR MUITAS TRIBULAÇÕES. Aqueles que se dedicam a CRISTO como Senhor, e que um dia entrarão no reino do céu, hão de sofrer muitas tribulações ao longo do seu caminho. Por viverem em meio a um mundo hostil, têm que se engajar na guerra espiritual contra o pecado e o poder de Satanás (Ef 6.12; cf. Rm 8.17; 2 Ts 1.4-7; 2 Tm 2.12). Por outro lado, a vida verdadeiramente cristã é uma contínua batalha contra os poderes do mal. (1) Os que são fiéis a CRISTO, à sua Palavra e aos caminhos de justiça, terão problemas e aflições neste mundo (Jo 16.33). Somente o crente morno ou de meio termo viverá em paz com este mundo (cf. Ap 3.14-17). (2) O presente mundo ímpio, bem como os falsos crentes, continuarão como adversários do evangelho de CRISTO até quando o Senhor derrubar o sistema maligno deste mundo, na sua vinda (Ap 19.20). Entrementes, a esperança do crente está reservada nos céus (Cl 1.5) e está já prestes para se revelar no último tempo (1 Pe 1.5). Sua esperança não consiste nesta vida, nem neste mundo, mas no aparecimento do seu Salvador para levá-lo para si (Jo 14.1-3; 1 Jo 3.2,3)
14.23 HAVENDO-LHES... ELEITO ANCIÃOS. A consagração de anciãos ou presbíteros (aqui, ministros ou pastores), foi feita não somente pela busca da vontade do ESPÍRITO, mediante a oração e jejum, como também através de um exame do caráter, dos dons espirituais, da reputação e da vida irrepreensível dos candidatos ao dito cargo (1 Tm 3.1-10). Se fossem achados irrepreensíveis, seriam consagrados.

 

15.8 DEUS, QUE CONHECE OS CORAÇÕES. O conhecimento que DEUS tinha dos corações dos gentios (i.e., de Cornélio e dos seus familiares) diz respeito à fé salvífica que Ele viu neles. DEUS deu testemunho da autenticidade da fé que tinham: (a) ao purificar seus corações mediante a obra interior da regeneração pelo ESPÍRITO SANTO (v. 9), e (b) ao batizá-los no ESPÍRITO SANTO imediatamente, com o sinal acompanhante de falar em línguas (At 10.44-46; 11.15-18).
15.11 PELA GRAÇA DO SENHOR JESUS CRISTO. A questão essencial da conferência de Jerusalém era se a circuncisão e a obediência à lei de Moisés eram necessárias à
salvação em CRISTO. Os representantes que se reuniram ali, chegaram à conclusão de que os gentios eram salvos pela graça do Senhor JESUS, que lhes perdoara os pecados e deles fizera novas criaturas. A graça é concedida à pessoa que se arrepende do pecado e crê em CRISTO como Senhor e Salvador (At 2.38,39). Essa receptividade à graça de DEUS capacita a pessoa a receber o poder de tornar-se filho de DEUS (Jo 1.12)
15.14 PARA TOMAR DELES UM POVO. O plano de DEUS para a presente era é tirar dentre todas as nações um povo para si, para o seu nome. Esse corpo de CRISTO, constituído daqueles que largaram o presente sistema mundano, ora prepara-se na qualidade de noiva de CRISTO (Ap 19.7,8).
15.16 O TABERNÁCULO DE DAVI. Tiago indica que a missão redentora de CRISTO abrange tanto os judeus quanto os gentios. A tenda de Davi, que caiu (ver Am 9.11-15), refere-se a um remanescente de Israel que sobrevive ao juízo divino. (1) A profecia de Amós declara o seguinte: (a) DEUS julgará com destruição a nação pecaminosa de Israel, porém não totalmente. (b) Ele destruirá todos os pecadores da casa de Jacó (Am 9.8-10). (c) Depois da destruição dos judeus ímpios, DEUS a edificará como nos dias da antiguidade (cf. Am 9.11). (2) A salvação desse remanescente purificado dentre os judeus, levará as nações a buscarem o Senhor (v. 17). Noutros textos, Paulo diz a mesma coisa, referindo-se à bênção dos gentios como resultado do remanescente judaico de reconciliar-se com DEUS (ver Rm 11.11-15, 25,26).
15.28 PARECEU BEM AO ESPÍRITO SANTO. A conferência de Jerusalém foi dirigida pelo ESPÍRITO SANTO. JESUS prometera que o ESPÍRITO SANTO guiaria os fiéis em toda a verdade (Jo 16.13). As decisões da igreja não devem ser tomadas pelo homem apenas; este deve buscar a direção do ESPÍRITO, mediante oração e jejum e a fidelidade à Palavra de DEUS até que a vontade divina seja claramente discernida (cf. At 13.2-4). A igreja, para ser realmente a igreja de CRISTO, deve ouvir o que o ESPÍRITO diz às igrejas locais (cf. Ap 2.7).
15.29 QUE VOS ABSTENHAIS. O ESPÍRITO SANTO (v. 28) estabeleceu certos limites que possibilitam a convivência harmoniosa entre os cristãos judaicos e seus irmãos gentios. Os gentios deviam se abster de certas práticas consideradas ofensivas aos judeus (v. 29). Uma das maneiras de medir a maturidade do cristão é ver a sua disposição de refrear-se das práticas que certos cristãos consideram certas e outros consideram erradas (ver o ensino bíblico por Paulo, em 1 Co 8.1-11).
15.39 CONTENDA. Às vezes, surgem divergências entre crentes que amam ao Senhor e que também amam uns aos outros. Quando elas não podem ser solucionadas, é melhor desistirem de convencer um ao outro e deixar que DEUS opere a sua vontade na vida de todos os envolvidos. Diferenças de opiniões que levam à separação, como no caso de Paulo e Barnabé, nunca devem ser acompanhadas de amarguras e hostilidades. Tanto Paulo quanto Barnabé continuaram seus trabalhos na causa de DEUS, com sua bênção e graça.

 

16.5 AS IGREJAS ERAM CONFIRMADAS. Ver At 12.5 sobre a forma de estabelecimento de igrejas no NT.
16.6 IMPEDIDOS PELO ESPÍRITO SANTO. Toda a iniciativa no evangelismo e na atividade missionária, especialmente no caso das viagens missionárias registradas em Atos, deve ser orientada pelo ESPÍRITO SANTO, como vemos em At 1.8; 2.14-41; 4.8-12,31; 8.26-29,39,40; 10.19,20; 13.2; 16.6-10; 20.22. A orientação aqui, pode ter ocorrido em forma de uma revelação profética, de um impulso interior, de circunstâncias externas, ou visões (vv. 6-9). Pelo impulso do ESPÍRITO, avançavam para levar o evangelho aos não salvos. Quando o ESPÍRITO os impedia de ir numa direção, iam noutra, confiando nEle para aprovar ou desaprovar seus planos de viagem.
16.16 ESPÍRITO DE ADIVINHAÇÃO. As expressões vocais demoníacas da jovem escrava eram consideradas a voz de um deus; por isso, os serviços dela como adivinha eram muito procurados, dando grande lucro aos seus donos. Através de Paulo, CRISTO demonstrou aqui, mais uma vez, seu poder sobre o império do mal.
16.23 HAVENDO-LHES DADO MUITOS AÇOITES. A lei judaica sobre castigo por açoites prescrevia até quarenta açoites para o culpado, dependendo do juiz (Dt 25.2,3). O costume judaico era usar o chicote com três a cinco tiras de couro presas a um cabo curto. Aqui trata-se do costume romano (v.21) que usava a vara. Os açoites eram aplicados ao corpo desnudo do preso (vv. 22,23). Dependendo do juiz romano, este castigo podia ser terrivelmente cruel, por não estar fixado em lei o número de açoites por castigo. Muitas vezes o preso morria em consequência dos açoites. Os açoites de Paulo em 2 Co 11.24,25 abrangem tanto o açoitamento judaico (v. 24 recebi dos judeus ), como o romano (v. 25 fui açoitado com varas ). Em 2 Co 11.24 vemos a crueldade dos judeus contra Paulo neste tipo de castigo. Davam-lhe 39 açoites para que pudessem depois aplicar-lhe idêntico castigo, uma vez que a lei mosaica limitava a 40 o total de açoites (Dt 25.3). Certamente foi nas sinagogas que Paulo mais sofreu o açoitamento dos judeus, pois ele costumava frequentá-las para pregar a CRISTO. Os judeus não tinham autoridade para decretar pena de morte por estarem sob domínio romano, mas podiam castigar.
16.25 ORAVAM E CANTAVAM HINOS. Paulo e Silas estavam sofrendo a humilhação do encarceramento, tendo seus pés presos ao tronco e as costas laceradas por açoites. No meio desse sofrimento, no entanto, oravam e cantavam hinos de louvor a DEUS (cf. Mt 5.10-12). Aprendemos da experiência missionária deles: (1) que a alegria do crente vem do interior e independe das circunstâncias externas; a perseguição não pode destruir nossa paz e nossa alegria (Tg 1.2-4); (2) que os inimigos de CRISTO não poderão destruir a fé em DEUS e o amor por Ele que o crente tem (Rm 8.35-39); (3) que mesmo no meio das piores circunstâncias, DEUS dá graça suficiente àqueles que estão na sua vontade e que sofrem por amor ao seu nome (Mt 5.10-12; 2 Co 12.9,10); (4) que sobre aqueles que sofrem por amor ao nome de CRISTO, repousa o ESPÍRITO da glória de DEUS (1 Pe 4.14).
16.26 FORAM SOLTAS AS PRISÕES DE TODOS. Por todo o livro de Atos, Lucas enfatiza que nada pode impedir o avanço do evangelho de CRISTO quando propagado por crentes fiéis. Em Filipos, DEUS interveio, e Paulo e Silas foram libertos por um terremoto enviado por Ele. O resultado foi um maior progresso do evangelho, destacando-se a salvação do carcereiro e de todos os seus familiares (vv. 31-33).
16.30 QUE É NECESSÁRIO QUE EU FAÇA PARA ME SALVAR? Esta é a pergunta mais importante que alguém se pode fazer. A resposta dos apóstolos é: Crê no Senhor JESUS CRISTO (v. 31). (1) Crer no Senhor JESUS é achegarmo-nos a Ele como o nosso vivo e divino Redentor, nosso Salvador da condenação eterna e o Senhor da nossa vida. É crer que Ele é o Filho de DEUS enviado pelo Pai e que tudo quanto Ele é verdadeiro e final para a nossa vida. É crer que Ele perdoa os nossos pecados, torna-nos seus filhos, dá-nos o ESPÍRITO SANTO e está sempre presente conosco para nos ajudar, guiar, consolar e nos levar até ao céu. (2) A fé salvífica é muito mais do que crer em verdades a respeito de CRISTO. Ela nos aproxima dEle, faz-nos permanecer nEle e entregar-lhe nossa vida conturbada, na confiança de que Ele, sua Palavra e o ESPÍRITO SANTO nos conduzirão através desta vida à gloriosa presença do Pai.

 

17.11 EXAMINANDO CADA DIA NAS ESCRITURAS. O exemplo dos crentes bereanos serve de modelo para todos quantos ouvem os pregadores e ensinadores expondo as Escrituras. Nenhuma interpretação ou doutrina deve ser aceita sem exame. Pelo contrário, tudo deve ser examinado cuidadosamente mediante o estudo pessoal das Escrituras. A palavra traduzida examinar (gr. anakrino) significa peneirar para cima e para baixo; fazer um exame cuidadoso e exato . A pregação bíblica deve levar os ouvintes a se tornarem estudantes da Bíblia. A veracidade de toda doutrina deve ser averiguada de conformidade com a Palavra de DEUS (ver Ef 2.20).
17.16 O SEU ESPÍRITO SE COMOVIA. Vendo a idolatria e a corrupção moral, Paulo ficou indignado e contristado (ver Hb 1.9); seu espírito se comovia, vendo o povo perdido e carente de salvação. Paulo revelou a mesma atitude de JESUS ante o pecado e sua obra destrutiva (ver Jo 11.33). Uma atitude de ira santa contra o pecado e a imoralidade deve ser comum a todos os que têm o espírito de CRISTO. Pela causa de CRISTO e da salvação dos perdidos, nosso espírito deve insurgir-se contra o pecado exposto nas Escrituras, pois ofensivo a DEUS e destrói a raça humana (cf. 1 Co 6.17).
17.30 ANUNCIA AGORA A TODOS...QUE SE ARREPENDAM. No passado, antes do pleno conhecimento de DEUS manifesto à raça humana através de JESUS CRISTO, DEUS deixou impune a ignorância humana quanto à sua Pessoa, bem como boa parte do pecado humano (cf. Rm 3.25). Agora, com a plena e perfeita revelação de DEUS através da vinda de CRISTO, a Palavra de DEUS ordena a todos que se arrependam e creiam em JESUS como seu Senhor e Salvador. Não haverá exceção, pois DEUS não tolerará os pecados de quem quer que seja. Todos devem abandonar seus pecados, ou serão condenados. O arrependimento, está bem claro, é essencial à salvação (ver Mt 3.2).
17.31 COM JUSTIÇA HÁ DE JULGAR O MUNDO. Para outras referências dos escritos de Paulo sobre dia destinado por DEUS para o julgamento do mundo, ver Rm 2.5,16; 1 Co 1.8; Fp 1.6,10; 1 Ts 5.2,4; 2 Ts 1.7-10; 2.2.
 

18.3 DO MESMO OFÍCIO. Paulo exercia uma profissão além de pregar o evangelho. Ele fabricava tendas e ganhava a vida assim, enquanto viajava ou ficava hospedado com alguém (At 20.34; 1 Ts 2.9; 2 Ts 3.8). Fica claro, pelo exemplo de Paulo, que os pastores que precisam trabalhar para ajudar no sustento de si mesmo e de sua família não têm o seu ministério inferior ao dos outros. A vocação ministerial que incluir uma outra secular (uma profissão) tem precedente bíblico e até mesmo apostólico.
18.9 NÃO TEMAS. Este trecho revela os sentimentos internos e humanos do apóstolo. A oposição e o ódio a Paulo e ao evangelho estavam aumentando, e ele começava a recear e hesitar quanto à sua permanência em Corinto (cf. 1 Co 2.3). Esses mesmos sentimentos ocorrem às vezes no coração de todos os fiéis de DEUS, até mesmo em homens como Elias (1 Rs 19.4) e Jeremias (Jr 15.15). Ocorrendo isso, DEUS socorrerá seus santos, fortalecendo seus corações. A promessa da sua presença (v. 10) é suficiente para livrá-los do medo e dar-lhes a certeza e a paz necessárias para cumprirem a vontade de DEUS para suas vidas (vv. 10,11).
18.10 PORQUE EU SOU CONTIGO. Estas palavras de CRISTO, dirigidas a Paulo, não se referem à sua presença geral em todos os lugares, i.e., sua onipresença (cf. Sl 139; Jr 23.23,24; Am 9.2-4; At 17.26-28). Pelo contrário, referem-se à sua presença específica entre os seus servos. Tal presença de CRISTO significa que Ele pessoalmente está ali para nos comunicar sua vontade, amor e comunhão. Ele está presente entre nós para agir em todas as situações da nossa vida, para abençoar, ajudar, proteger e guiar. (1) Podemos aprender mais desta verdade de CRISTO conosco , examinando os trechos do AT em que DEUS declarou que estava pessoalmente com seus fiéis. Quando Moisés temeu voltar ao Egito, DEUS lhe disse: Eu serei contigo (Êx 3.12). Quando Josué assumiu a liderança de Israel, depois da morte de Moisés, DEUS prometeu: serei contigo; não te deixarei nem te desampararei (Js 1.5). E DEUS encorajou Israel com estas palavras: Quando passares pelas águas, estarei contigo... Não temas, pois, porque estou contigo (Is 43.2,5). (2) No NT, Mateus declara que o propósito da vinda de JESUS ao mundo foi tornar em realidade concreta a presença de DEUS entre seu povo. Seu nome é Emanuel , que significa DEUS conosco (Mt 1.23). De novo, no fim do seu Evangelho, Mateus registra a promessa que JESUS legou aos seus discípulos: eis que eu estou convosco todos os dias (Mt 28.20). Marcos termina seu evangelho com as palavras: E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor (Mc 16.20).
18.23 CONFIRMANDO A TODOS OS DISCÍPULOS. Assim começa a terceira viagem missionária de Paulo (At 18.23; 21.15). Ele parte para visitar as igrejas fundadas na sua primeira viagem (At 13 ;14), e na segunda (At 15.36; 18.22). Paulo jamais ganhou convertidos para depois esquecê-los; empenhava-se de igual modo no discipulado desses novos crentes, fortalecendo-os no caminho de CRISTO. Todos os novos crentes devem ser, sem demora, procurados por cristãos firmes na fé, que orarão com eles, lhes ensinarão como viver a vida cristã e os motivarão a reunir-se com outros crentes para adoração, oração, ministração da Palavra e as manifestações do ESPÍRITO SANTO para o bem de todos (At 2.42; Mt 28.19,20; 1Co 12.7-11; 14.1ss.).
18.25 CONHECENDO SOMENTE O BATISMO DE JOÃO. Nessa ocasião, era limitada a compreensão que Apolo tinha do evangelho. Aceitara o batismo de João e crera em JESUS como o Messias crucificado e ressurreto. O que ele ainda não sabia era que o próprio JESUS agora batizava todos os crentes com o ESPÍRITO SANTO. Os crentes de Éfeso estavam em situação bem semelhante (At 19.2,6).

 

 

19.1 ÉFESO... ALGUNS DISCÍPULOS. Estes discípulos de Éfeso eram cristãos, ou discípulos de João Batista? Ambas as hipóteses são possíveis. (1) Alguns acham que eram cristãos. (a) Lucas os chama discípulos (v. 1), palavra esta que ele comumente aplica aos cristãos. Se Lucas quisesse indicar que eram apenas discípulos de João Batista, e não de CRISTO, teria dito isto mais claramente. (b) Paulo se dirige a eles como a crentes (v. 2). O verbo crer é empregado cerca de vinte vezes em Atos sem nenhum objeto direto. Em todos os demais casos, o contexto indica que o sentido é crer em CRISTO de modo salvífico. (2) Outros argumentam que os discípulos de Éfeso eram discípulos de João Batista que ainda esperavam a chegada do Messias. Depois de terem ouvido a respeito de JESUS da parte de Paulo, creram nEle como o CRISTO predito nas Escrituras, e nasceram de novo pelo ESPÍRITO (vv. 4,5). (3) Em qualquer das hipóteses, fica claro que foi somente depois de crerem, de serem batizados e receberem a imposição das mãos, é que foram cheios do ESPÍRITO SANTO (vv. 5,6).
19.2 RECEBESTES VÓS JÁ O ESPÍRITO SANTO...? Observe os fatos abaixo, no tocante aos discípulos de Éfeso. (1) A pergunta de Paulo sugere enfaticamente que ele os tinha como cristãos verdadeiramente convertidos, mas que ainda não tinham recebido a plenitude do ESPÍRITO SANTO. (2) A pergunta de Paulo, nesse contexto, refere-se ao batismo do ESPÍRITO SANTO como revestimento de poder e capacitação para o serviço, da mesma forma que ocorreu aos apóstolos no Pentecoste (cf. 1.8; 2.4). Ela não pode referir-se à presença do ESPÍRITO habitando no crente, porque Paulo sabia claramente que todos os crentes têm o ESPÍRITO habitando neles desde o primeiro momento da conversão e da regeneração (Rm 8.9). (3) A tradução literal da pergunta de Paulo é: Tendo crido, recebestes o ESPÍRITO SANTO? Tendo crido (gr. pisteusantes, de pisteuo) é um particípio aoristo que normalmente indica ação anterior à ação do verbo principal (neste caso, receber ). Por isso, é possível traduzir assim: Recebestes já o ESPÍRITO SANTO depois que crestes? Isto concorda plenamente com o contexto do trecho, pois foi exatamente isto que aconteceu aos crentes de Éfeso. (a) Já tinham crido em CRISTO antes de Paulo conhecê-los (vv. 1,2). (b) Passaram, então, a ouvir a Paulo e crer em todas as suas demais mensagens que ele lhes deu a respeito de CRISTO e do ESPÍRITO SANTO (v. 4). (c) A seguir, Paulo aceitou a fé em CRISTO desses efésios como genuína e adequada, pois os batizou em nome do Senhor JESUS (v. 5). (d) Foi somente, então, depois de crerem e serem batizados em água, que Paulo lhes impôs as mãos e veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO (v. 6). Houve, portanto, um intervalo de tempo entre o ato de crerem em CRISTO e a vinda do ESPÍRITO, enchendo-os do seu poder. A pergunta de Paulo, nesse contexto, indica que ele achava plenamente possível crer em CRISTO sem experimentar o batismo no ESPÍRITO SANTO. Esse trecho é fundamental por demonstrar que uma pessoa pode ser crente sem ter a plenitude do ESPÍRITO SANTO.
19.2 NEM AINDA OUVIMOS. A resposta dos crentes efésios à pergunta de Paulo, não significa que nunca tinham ouvido falar do ESPÍRITO SANTO. Certamente conheciam os ensinos do AT a respeito do ESPÍRITO, e com certeza tinham ouvido a mensagem de João Batista a respeito do batismo no ESPÍRITO SANTO que CRISTO traria (Lc 3.16). O que ainda não tinham ouvido era que o ESPÍRITO já estava sendo derramado sobre os crentes (At 1.5,8).
19.5 FORAM BATIZADOS. O batismo em água, em nome do Senhor JESUS , desses doze crentes de Éfeso (v. 7), testifica que tinham fé salvífica e que eram nascidos de novo pelo ESPÍRITO. Neste caso, o batismo em água precedeu o recebimento da plenitude do ESPÍRITO SANTO (v. 6).
19.6 VEIO SOBRE ELES O ESPÍRITO SANTO. Esse evento ocorre cerca de 25 anos depois do primeiro Pentecoste (2.4); mesmo assim, o padrão do recebimento por esses doze homens da plenitude do ESPÍRITO SANTO está conforme o modelo normal já apresentado por Lucas (ver At 8.5-24). (1) Tinham crido em JESUS e tinham nascido de novo pelo ESPÍRITO. (2) Depois de terem sido batizados em água (v. 5), Paulo impôs sobre eles as mãos, e foram batizados no ESPÍRITO SANTO. (3) Quando o ESPÍRITO SANTO veio sobre eles, começaram a falar noutras línguas e a profetizar. Lucas nunca apresenta o derramamento do ESPÍRITO SANTO como algo que se possa perceber somente pela fé. Pelo contrário, mostra que é uma experiência identificável e que pode ser comprovada objetivamente; falar em línguas era a comprovação externa e visível que o ESPÍRITO SANTO viera sobre esses seguidores de JESUS.
19.12 LENÇOS E AVENTAIS. O ministério de Paulo em Éfeso foi marcado por milagres extraordinários de curas e de expulsão de demônios, levados a efeito de modo direto, ou através de lenços e aventais que ele carregava (i.e., lenços para enxugar suor e aventais usados por ele no trabalho com tecido e couro, na confecção de tendas) (At 18.3). As doenças desapareciam e os maus espíritos saíam, quando os sofredores tocavam nesses panos (cf. At 5.15; Mc 5.27). Os evangelistas atuais que procuram obter dinheiro vendendo lenços, azeite, água, etc., ungidos , com a mesma finalidade, não estão agindo segundo os motivos e o caráter de Paulo, pois ele não usava essas coisas em troca de dinheiro. Ele apenas multiplicou o poder que nele havia, através desses meios tangíveis, e assim curou e libertou mais pessoas do que impondo as mãos pessoalmente. Não se trata aqui de ensino doutrinário como um princípio permanente, mas do registro de um caso no ministério de Paulo, dirigido por DEUS.
19.19 ARTES MÁGICAS. Esta expressão refere-se à prática da feitiçaria. A queima pública dos livros de magia demonstra que aqueles novos crentes em CRISTO eram
imediatamente ensinados a largarem as práticas do ocultismo. A bruxaria, a magia negra, a feitiçaria, o espiritismo e outras práticas de ocultismo são atividades satânicas totalmente incompatíveis com o evangelho de CRISTO. Ninguém pode ser crente genuíno em CRISTO e, ao mesmo tempo, manter comunicação com maus espíritos, ou procurar manter contato com os mortos. DEUS proíbe e condena todas essas práticas, por serem abominações (Dt 18.9-13). Mexer com ocultismo e espiritismo é expor-se à poderosa influência satânica e à possessão demoníaca.

 

 

20.19 COM MUITAS LÁGRIMAS. Paulo, em muitas ocasiões, menciona que servia ao Senhor com lágrimas (v. 31; 2 Co 2.4; Fp 3.18). Nesse discurso diante dos anciãos de Éfeso (vv. 17-38), Paulo refere-se à admoestação que, com lágrimas, lhes dirigiu durante três anos (v. 31). As lágrimas não resultaram de fraqueza; pelo contrário, Paulo via a condição perdida da raça humana, a maldade do pecado, a distorção do evangelho e o perigo de rejeitar o Senhor, como coisas tão graves, que sua pregação era frequentemente acompanhada de lágrimas (cf. Mc 9.24; Lc 19.41).
20.20 NADA... DEIXEI DE VOS ANUNCIAR. Paulo pregava tudo que era útil ou necessário à salvação de seus ouvintes. O ministro do evangelho deve ser fiel ao anunciar toda a verdade de DEUS à sua congregação. Não deve procurar agradar aos desejos dos ouvintes, nem satisfazer o gosto deles, nem promover sua própria popularidade. Mesmo se tiver que falar palavras de repreensão e de reprovação, ensinar contrariamente a preconceitos naturais, ou pregar padrões bíblicos opostos aos desejos da natureza carnal; o pregador fiel entregará a verdade plena por amor ao rebanho (e.g., Gl 1.6-10; 2 Tm 4.1-5).
20.22 LIGADO EU PELO ESPÍRITO. O espírito de Paulo, sob o controle do ESPÍRITO SANTO, sentia-se compelido a ir até Jerusalém. Sabia que aflições e sofrimentos o aguardavam (v. 23), mas confiou em DEUS, não sabendo se isso redundaria em vida ou em morte para ele (ver At 21.4).
20.23 O ESPÍRITO SANTO... ME REVELA. A revelação do ESPÍRITO SANTO a Paulo de que prisões e tribulações o esperavam provavelmente veio-lhe através dos profetas, nas igrejas por onde ele ia passando (cf. 1 Co 12.10).
20.24 EM NADA TENHO A MINHA VIDA POR PRECIOSA. A preocupação principal de Paulo não era preservar a sua própria vida. O mais importante para ele era cumprir o ministério para o qual DEUS o chamara. Seja qual fosse o fim em vista, mesmo em se tratando do sacrifício da sua vida, ele, com alegria, iria até o fim da sua carreira com esta confiança: CRISTO será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte (Fp 1.20). Engrandecermos a CRISTO estando vivos é fácil entender; mas engrandecê-lo por nossa morte é difícil para todos entender e aceitar. Para Paulo, a vida e o serviço para CRISTO são representados como uma carreira ou corrida que se deve correr com absoluta fidelidade ao seu Senhor (cf. At 13.25; 1 Co 9.24; 2 Tm 4.7; Hb 12.1).
20.26 ESTOU LIMPO DO SANGUE DE TODOS. A palavra sangue é empregada normalmente no sentido de derramamento de sangue, ou seja: o crime de provocar a morte dalguma pessoa (cf. 5.28; Mt 23.35; 27.25). (1) Aqui significa que se alguém ali morresse espiritualmente e se perdesse para sempre, Paulo estaria isento de culpa. (2) Se os pastores não quiserem ser considerados culpados pela perdição de pessoas que eles pastoreiam, deverão declarar-lhes toda a vontade de DEUS (v. 27).
20.28 OLHAI... POR TODO O REBANHO.
20.29 ENTRARÃO... LOBOS CRUÉIS. Movidos pela ambição de edificar seus próprios impérios, ou por amor ao dinheiro, ao poder, ou à popularidade (e.g., 1 Tm 1.6,7; 2 Tm 1.15; 4.3,4; 3Jo 9), impostores na igreja, perverterão o evangelho original segundo o NT: (1) repudiando ou rejeitando algumas das suas verdades fundamentais; (2) acrescentando-lhe idéias humanistas, filosofias, sabedoria ou psicologia; (3) misturando suas doutrinas e práticas com coisas como os ensinos malignos da Nova Era ou do ocultismo e espiritismo; (4) e tolerando modos de vida imorais, contrários aos retos padrões de DEUS (ver 1 Tm 4.1; Ap 2.3). Que tais lobos realmente entraram no meio do rebanho e perverteram a doutrina e prática apostólicas em Éfeso, fica evidente em 1 Tm 1.3,4,18,19; 4.1-3; 2 Tm 1.15; 2.17,18; 3.1-8. As epístolas pastorais revelam uma rejeição geral dos ensinos bíblicos apostólicos, que naquele tempo começou a ganhar ímpeto em toda a província da Ásia
20.31 PORTANTO, VIGIAI. Os dirigentes do povo de DEUS sempre devem ter sensibilidade para discernir os membros das suas congregações, que não são sinceramente leais, e dedicados a viver conforme a mensagem original de CRISTO e dos apóstolos. Devem estar em tão íntima comunhão com o ESPÍRITO SANTO que, com cuidados e lágrimas, se preocupem com seus membros, sem nunca cessar, noite e dia, de admoestar o rebanho, a respeito do perigo que o ameaça, sempre dirigindo os fiéis para o único alicerce seguro CRISTO e a sua Palavra.
20.33 DE NINGUÉM COBICEI A PRATA. Paulo dá um exemplo a todos os ministros de DEUS. Ele nunca visou a riqueza, nem buscou enriquecer através do seu trabalho no evangelho (cf. 2 Co 12.14). Paulo teve muitas oportunidades de acumular riquezas. Como apóstolo, tinha influência sobre os crentes, e realizava milagres de curas; além disso, os cristãos primitivos estavam dispostos a doar dinheiro e propriedades aos líderes eclesiásticos de destaque, para serem distribuídos aos necessitados (ver At 4.34,35,37). Se Paulo tivesse tirado vantagem dos seus dons e da sua posição, e da generosidade dos crentes, poderia ter tido uma vida abastada. Não fez assim porque o ESPÍRITO SANTO dentro dele o orientava, e porque amava o evangelho que pregava (cf. 1 Co 9.4-18; 2 Co 11.7-12; 12.14-18; 1 Ts 2.5,6).
20.37 UM GRANDE PRANTO ENTRE TODOS. Esta partida de Paulo dentre os obreiros de Éfeso é um exemplo notável da comunhão e amor que deve haver entre os cristãos. Paulo lhes serviu com desvelo e solicitude altruístas, compartilhou das suas alegrias e tristezas e lhes ministrou em meio a lágrimas e provações (vv. 19,31). Com o coração partido, prantearam ao pensar que não veriam mais o rosto do apóstolo (v. 38). O mútuo amor profundo entre Paulo e os anciãos de Éfeso deve caracterizar todos os obreiros cristãos entre si.

 

21.4 PELO ESPÍRITO... QUE NÃO SUBISSE A JERUSALÉM. Pelo ESPÍRITO , aqui, significa por causa do que o ESPÍRITO dissera . Ó ESPÍRITO SANTO não estava proibindo Paulo de ir a Jerusalém, pois era da vontade de DEUS que ele fosse (ver v. 14; 23.11). DEUS, porém, estava dando a Paulo um aviso: que muito sofrimento o aguardava na sua ida para lá. Provavelmente o ESPÍRITO disse aqui, em Tiro, o mesmo que dissera em Cesaréia (vv. 8-14). Paulo, porém, estava decidido e disposto até mesmo a morrer por amor do evangelho (vv. 10-14).
21.9 FILHAS...QUE PROFETIZAVAM. A igreja pode receber o dom espiritual de profetizar (i.e., um dos dons de manifestação do ESPÍRITO) cf. 1 Co 11.5; 12.10,11. Entretanto, nos escritos do NT não consta que uma mulher exercesse o ministério de profeta. O versículo em apreço diz que as quatro filhas de Filipe profetizavam (gr. propheteusai), mas não são chamadas profetizas. Por outro lado, somente homens, como é o caso de Ágabo, em At 21.10, são chamados profetas; isto quanto ao dom ministerial de profecia (ver Ef 4.11; 1 Co 12.4; 1 Co 12.1).
21.10 UM PROFETA, POR NOME ÁGABO. Ágabo, um dos profetas que predisseram a fome de 46 d.C. (At 11.27,28), agora prediz que Paulo será preso e encarcerado. Quanto mais perto de Jerusalém Paulo se aproximava, tanto mais claras e específicas ficaram as revelações sobre a sua ida (v. 11). A profecia de Ágabo não dizia que Paulo não fosse a Jerusalém, mas somente o que lhe aguardava se fosse. Note que, em nenhum incidente registrado no NT, o dom de profecia foi usado para dirigir pessoas em casos que pudessem ser resolvidos pelos princípios bíblicos. As decisões no tocante à moralidade, compra e venda, ao casamento, ao lar e à família devem ser tomadas mediante a aplicação e obediência aos princípios da Palavra de DEUS e não meramente à base de uma profecia . No NT, expressões vocais proféticas visavam, em primeiro lugar, à edificação, exortação e consolação da igreja (1 Co 14.3), e frequentemente à orientação no cumprimento de missão (ver 16.16).
21.13 MAS PAULO RESPONDEU. Este trecho demonstra que a vontade da maioria, ou até mesmo o desejo unânime de crentes genuínos e sinceros, nem sempre significa a vontade de DEUS. Paulo não estava indiferente à imploração e às lágrimas dos seus amigos; mesmo assim, não podia alterar seu propósito resoluto em sofrer encarceramento e até mesmo morrer por amor ao nome do Senhor JESUS.
21.14 FAÇA-SE A VONTADE DO SENHOR. Muitos discípulos (v. 4), bem como o profeta Ágabo (v. 11), profetizaram dos sofrimentos que Paulo passaria se fosse a Jerusalém. Estes cristãos interpretaram a palavra profética como uma orientação pessoal a Paulo para que ele não fosse a Jerusalém (vv. 4,12). Paulo, embora reconhecesse a veracidade da revelação (v. 11), não aceitou a sincera interpretação que os discípulos deram à profecia (v. 13). Confiava na orientação pessoal do ESPÍRITO SANTO e na Palavra de DEUS aplicada pessoalmente a si para tomar uma decisão tão importante (At 23.11; ver At 21.4). No tocante ao nosso ministério futuro, devemos esperar numa palavra pessoal de DEUS, e não meramente depender da palavra dos outros.
21.20 CRÊEM... ZELOSOS DA LEI. Tiago e Paulo sabiam que as cerimônias judaicas não salvavam ninguém (cf. At 15.13-21; Gl 2.15-21). Reconheciam, porém, que parte da lei e dos costumes judaicos podiam ser observados como uma expressão da fé em CRISTO por parte do crente e do seu amor por Ele. Os crentes judaicos tinham, com toda a sinceridade, aceitado a CRISTO, sido regenerados pelo ESPÍRITO e cheios dEle. Seu zelo pela lei e pelos costumes não vinha de uma atitude legalista, mas de corações dedicados a CRISTO e da lealdade aos caminhos de DEUS (ver Mt 7.6).

22.16 BATIZA-TE. O batismo em água acompanhava a proclamação do evangelho desde o início da missão da igreja. Era um rito da iniciação cristã usado no NT para indicar que a pessoa se dedicava plenamente a JESUS CRISTO (At 2.38,41). Ao entrarem na água batismal, em nome da Trindade (Mt 28.19), os crentes demonstravam publicamente a sua fé diante da comunidade cristã. (1) O batismo nas águas (At 2.38; cf. Mt 28.19) significa que a pessoa passou a pertencer a CRISTO, e compartilha da sua vida, do seu ESPÍRITO e da sua filiação com DEUS (Rm 8.14-17; Gl 3.26-4.7). (2) O batismo em água é a resposta positiva do crente ao que CRISTO fez por ele. Para ser válido, deve ser precedido de arrependimento (At 2.38) e de fé pessoal em CRISTO (Cl 2.12). (3) O batismo em água, quando praticado com um coração sincero, com fé e dedicação a CRISTO como Senhor e Salvador, é um meio de receber graça da parte de CRISTO (cf. 1 Pe 3.21). (4) O batismo em água é um sinal e testemunho exterior do recebimento de CRISTO como Senhor e Salvador, e da remoção total dos pecados pela lavagem espiritual (cf. At 2.38; Tt 3.5; 1 Pe 3.21). (5) O batismo em água representa a união entre o crente e CRISTO na sua morte, sepultamento e ressurreição (Rm 6.1-11; Cl 2.11,12). Significa o fim (i.e., a morte ) de uma vida de pecado (Rm 6.3,4,7,10,12; Cl 3.3-14), e o início de uma nova vida em CRISTO (Rm 6.4,5,11; Cl 2.12,13). Por isso, o batismo em água inclui o compromisso vitalício de se virar as costas ao mundo e a tudo quanto é mau (Rm 6.6,11-13), e comprometer-se a viver uma nova vida no ESPÍRITO, que demonstre os padrões divinos da justiça (Cl 2.1-17)
22.16 LAVA OS TEUS PECADOS. Paulo foi convertido e salvo na estrada de Damasco (ver At 9.5a). Seu batismo foi seu testemunho público do perdão recebido, do seu compromisso em abandonar todo o pecado e identificar-se com a causa de CRISTO.
22.17 FUI ARREBATADO. O termo arrebatamento ou êxtase refere-se aqui a um estado mental em que a atenção da pessoa fica plenamente consciente na esfera do ESPÍRITO, em vez da natural. Em tais ocasiões a pessoa fica especialmente receptiva à revelação da parte de DEUS, e movida pelo ESPÍRITO a uma comunhão mais profunda e intensa com DEUS (ver o arrebatamento de Pedro em At 10.10; 11.5; cf. 2 Co 12.3,4).
23.1 COM TODA A BOA CONSCIÊNCIA. A consciência é a percepção interior que testifica junto à nossa personalidade no tocante ao certo ou errado das nossas ações. Uma boa consciência diante de DEUS dá o veredito de que não temos ofendido nem a Ele, nem à sua vontade. A declaração de Paulo (provavelmente com referência à sua vida pública diante dos homens) é sincera; note Fp 3.6, onde ele declara: segundo a justiça que há na lei, irrepreensível . Antes da sua conversão, ele chegou a crer que praticava a vontade de DEUS ao perseguir os crentes (At 26.9). A dedicação de Paulo a DEUS, sua total resolução em agradá-lo e sua vida irrepreensível até mesmo antes da sua conversão a CRISTO, deixam envergonhados e julgados os crentes professos que se desculpam de sua infidelidade a CRISTO, alegando que todos pecam e que é impossível viver diante de DEUS com uma boa consciência.
23.11 APRESENTANDO-SE-LHE O SENHOR. Paulo está ansioso e apreensivo quanto às coisas que lhe acontecerão. Poderá ser morto em Jerusalém e, assim, seus planos de levar o evangelho até Roma, e daí para o Ocidente, talvez nunca se realizem. DEUS lhe aparece nesse momento crítico, encoraja o seu coração e assegura que ele dará testemunho da sua causa em Roma. As Escrituras registram que DEUS apareceu a Paulo três vezes para reafirmar-lhe isso (At 18.9,10; 22.17,18; 23.11; cf. 27.23-24; ver At 18.10).

24.14 AQUELE CAMINHO. A salvação consumada por CRISTO é chamada o Caminho (cf. At 16.17; 19.9,23; 24.14,22). A palavra grega empregada aqui (hodos), denota caminho ou estrada. O crente do NT via a salvação em CRISTO não somente como uma experiência a ser recebida, mas também como um caminho a ser trilhado com fé em JESUS e comunhão com Ele. Precisamos caminhar por aquela estrada até o fim para desfrutarmos a salvação final na era do porvir.
24.14 CRENDO TUDO QUANTO ESTÁ ESCRITO. A fé que Paulo tinha nas Sagradas Escrituras como sendo inerrantes, infalíveis e fidedignas em todas as coisas, contrasta fortemente com muitos ensinadores religiosos destes últimos dias, que dizem crer em apenas algumas coisas escritas na Lei e nos Profetas. Aqueles que têm o espírito e a mente de CRISTO (Mt 5.18) e dos apóstolos (v. 14; 2 Tm 3.16), crerão em tudo quanto está escrito na Palavra de DEUS. Aqueles que não têm as condições acima, não concordarão com essas palavras do grande apóstolo.
24.15 RESSURREIÇÃO... TANTO DOS JUSTOS COMO DOS INJUSTOS. A Bíblia ensina uma ressurreição dos mortos justos e também uma dos injustos. Os justos
ressuscitarão para viverem para sempre com o Senhor nos seus corpos redimidos (1 Ts 4.13-18), ao passo que os injustos ressuscitarão para serem julgados por DEUS (quanto às duas ressurreições, ver Dn 12.2; Jo 5.28,29; Ap 20.6-14). O fato das duas ressurreições serem mencionadas no mesmo versículo não significa que elas ocorrem simultaneamente (ver Jo 5.29).
24.16 UMA CONSCIÊNCIA SEM OFENSA. Uma consciência inculpável é citada nas Escrituras como uma das nossas armas mais essenciais para uma vida e ministério espirituais bem sucedidos (2 Co 1.12; 1 Tm 1.19). (1) Uma boa consciência inclui a liberdade interna de espírito que se manifesta quando sabemos que DEUS não está ofendido por nossos pensamentos e ações (ver At 23.1; Sl 32.1; 1 Tm 1.5; 1 Pe 3.16; 1 Jo 3.21,22). (2) Quando uma boa consciência se corrompe, fé, vida de oração, comunhão com DEUS e vida de boas obras são gravemente prejudicadas (Tt 1.15,16); quem rejeita a boa consciência terminará em naufrágio na fé (1 Tm 1.19).
24.25 JUSTIÇA, E DA TEMPERANÇA, E DO JUÍZO VINDOURO. Quando Paulo fala diante de Félix a respeito da fé em JESUS CRISTO, e prega a respeito da justiça, e da temperança e do Juízo vindouro , Félix fica apavorado. Essa reação concorda com as palavras de JESUS de que quando vier o ESPÍRITO SANTO, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo (Jo 16.8). A salvação de todas as pessoas depende da proclamação fiel das verdades solenes da Palavra, mediante as quais o ESPÍRITO SANTO produz convicção no pecador (ver Jo 16.8).
25.8 NÃO PEQUEI... CONTRA A LEI. Paulo não tem conhecimento de nenhum delito que tivesse cometido contra os judeus ou contra a Lei. Paulo realmente guardava a lei moral do AT (cf. At 21.24). Sabia que os padrões da lei são imutáveis, assim como o próprio DEUS é imutável. Para ele a Lei é santa, boa e espiritual (Rm 7.12,14), e expressa o caráter de DEUS e suas exigências para uma vida justa (cf. Mt 5.18,19). Mesmo assim, Paulo não guardava a Lei como um conjunto de códigos ou padrões mediante o qual se tornaria justo.
Uma vida justa requer a obra do ESPÍRITO SANTO no coração e na alma da pessoa. Somente depois de regenerados mediante a graça de CRISTO é que podemos obedecer devidamente à lei de DEUS, como expressão do nosso desejo em agradar-lhe. Nunca estamos sem lei perante DEUS, quando vivemos segundo à lei de CRISTO (1 Co 9.21; ver Mt 5.17; Rm 3.21; 8.4).

26.18 A COMISSÃO DIVINA DE PAULO. Este versículo é uma declaração típica feita pelo Senhor JESUS daquilo que Ele quer realizar através da pregação do evangelho aos perdidos. (1) Lhes abrires os olhos . Satanás cegou a mente dos perdidos para não verem a realidade da sua condição de perdidos que perecem, nem a verdade do evangelho (2 Co 4.4). Somente pregando a CRISTO JESUS, no poder do ESPÍRITO SANTO, seu entendimento será aberto (cf. 2 Co 4.5; Ef 1.18). (2) Os converteres.... do poder de Satanás a DEUS . Satanás é o governante deste mundo, e todos que não têm CRISTO estão sujeitos ao controle de Satanás e escravizados pelo seu poder. O espírito de Satanás age em todos os pecadores, ou seja: nos filhos da desobediência (Ef 2.2). A proclamação do evangelho, no poder do ESPÍRITO, libertará homens e mulheres do poder de Satanás e os colocará no reino de CRISTO (ver Cl 1.13; 1 Pe 2.9). (3) A fim de que recebam a remissão dos pecados . O perdão de DEUS vem mediante a fé em CRISTO, firmada nos méritos da sua morte sacrificial na cruz. (4) Santificados pela fé em mim . Aquele que é perdoado, liberto do domínio do pecado e de Satanás, e batizado no ESPÍRITO SANTO, está separado do mundo e agora vive para DEUS, na comunhão com todos os demais salvos pela fé em CRISTO.
26.19 NÃO FUI DESOBEDIENTE. Paulo se converteu a CRISTO na sua viagem a Damasco. A partir daquele momento, passou a ter JESUS como seu Senhor e Salvador, e dedicou a sua vida a obedecer-lhe (cf. Rm 1.5).
26.20 FAZENDO OBRAS DIGNAS DE ARREPENDIMENTO. Paulo não pregava conforme fazem alguns, afirmando que a salvação consiste em apenas confiar em CRISTO e na sua morte expiatória . Os apóstolos declaram que ninguém será salvo em CRISTO, a não ser que se arrependessem e se convertessem a DEUS, fazendo obras dignas de arrependimento.

 

27.24 PAULO, NÃO TEMAS. Enquanto DEUS tiver um lugar e um propósito na vida de alguém aqui na terra, e tal pessoa buscar a DEUS e seguir a direção do ESPÍRITO SANTO (cf. At 23.11; 24.16), o Senhor o protegerá da morte. Todos os fiéis de DEUS têm o direito de orar: Ó Senhor, sou teu, sirvo a ti; sê tu meu protetor (cf. Sl 16.1,2).
27.25 TENDE BOM ÂNIMO. Paulo é um prisioneiro no navio sem deixar de ser um homem livre em CRISTO e viver na presença de DEUS, liberto do medo; ao passo que os demais que estão com ele no navio achavam-se aprisionados pelo terror por causa dos perigos que os cercam em alto-mar. Nesta vida, somente o crente sincero e fiel, que experimenta a presença de DEUS, pode enfrentar os perigos da vida com coragem e certeza em CRISTO.
27.31 SE ESTES NÃO FICAREM NO NAVIO. Esta declaração de Paulo parece colidir com os vv. 22,24. Se DEUS prometera a Paulo que pouparia as vidas de todos aqueles que navegavam com o apóstolo (v. 24), e Paulo lhes cita essa promessa incondicional dizendo: não se perderá a vida de nenhum de vós (v. 22), como a deserção dos marinheiros poderia provocar a morte dos passageiros? A resposta jaz na verdade bíblica de que as promessas de DEUS ao seu povo são normalmente sujeitas à condição da obediência à sua vontade (ver Gn 1.26-31; 6.5-7; Êx 3.7,8; Nm 14.28-34; 2 Sm 7.12-16; 1 Rs 11.11-13; 12.16).

28.5 NÃO PADECEU NENHUM MAL. A experiência de Paulo aqui ilustra maravilhosamente a promessa de JESUS em Mc 16.18.
28.16 CHEGAMOS A ROMA. Paulo tinha o desejo de pregar o evangelho em Roma (Rm 15.22-29), e era da vontade de DEUS que ele assim o fizesse (At 23.11). Quando, porém, chegou ali, estava algemado e ainda assim depois dos reveses, tempestades, naufrágio e muitas outras provações. Embora Paulo fosse fiel, DEUS não lhe proveu um caminho fácil e livre de problemas. Nós, da mesma forma, podemos estar na vontade de DEUS, ser inteiramente fiéis a Ele, e mesmo assim sermos dirigidos por Ele através de caminhos desagradáveis, com aflições. No meio de tudo isso, sabemos, porém, que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a DEUS (Rm 8.28).
28.30 PAULO FICOU DOIS ANOS INTEIROS. A história da igreja primitiva, escrita por Lucas, termina aqui. Paulo permaneceu em prisão domiciliar por dois anos. Tinha licença de receber visitas, às quais pregava o evangelho. O que aconteceu a Paulo depois, segundo geralmente se crê, é o que se segue. Durante esses dois anos, Paulo escreveu as Epístolas aos Efésios, Filipenses, Colossenses, e a Filemom. Em 63 d.C., aproximadamente, Paulo foi absolvido e solto. Durante uns poucos anos continuou seus trabalhos missionários, e talvez tenha ido até à Espanha, conforme planejara (Rm 15.28). Durante esse período, escreveu 1 Timóteo e Tito. Foi preso de novo cerca de 67 d.C., e levado de volta a Roma. 2 Timóteo foi escrita durante esse segundo encarceramento em Roma. A prisão de Paulo só terminou ao ser ele decapitado, sofrendo o martírio sob o imperador romano Nero.
28.31 PREGANDO O REINO DE DEUS O livro de Atos termina de modo repentino, sem nenhuma conclusão formal quanto ao que DEUS realizou através do ESPÍRITO SANTO e dos apóstolos no NT. A intenção de DEUS é que os atos do ESPÍRITO SANTO e a pregação do evangelho continuem na vida do povo de CRISTO até o fim dos tempos (At 2.17-21; Mt 28.18-20). Lucas, sob a inspiração do ESPÍRITO SANTO, revelou o padrão daquilo que a igreja deve ser e fazer. Ele registrou exemplos da fidelidade dos crentes, do triunfo do evangelho em meio a oposição do inimigo e do poder do ESPÍRITO SANTO operante na igreja e entre os homens. Esse é o padrão de DEUS para as igrejas atuais e futuras, e devemos fielmente guardá-lo, proclamá-lo e vivê-lo (2 Tm 1.14). Todas as igrejas devem avaliar-se segundo o que o ESPÍRITO disse e fez entre os crentes dos primeiros tempos. Se o poder, a justiça, a alegria e a fé das nossas igrejas atuais não são idênticas às que lemos nas igrejas em Atos, devemos pedir a DEUS, mais uma vez, uma renovação da nossa fé no CRISTO ressurreto, e um novo derramamento do seu ESPÍRITO SANTO

 

 

 

O EVANGELHO DE LUCAS - Dicionário Bíblico Wycliffe

Esboço
I. Prefácio, 1.1-4.
II. Narrativas de Nascimentos, 1.5-2.52
III. Missão de João Batista, 3.1-20
IV. Ministério de JESUS na Galileia, 3.21- 9.50
V. Narrativa de Viagem, 9.51-19.44
VI. Ministério em Jerusalém, 19.45-21,38
VII. Experiências da Paixão, 22.1-24.53
Introdução
As evidências do século II para o reconhecimento de Lucas como um dos quatro evangelhos podem ser encontradas no Cânon Muratório, na obra Diatessaron, e nas obras de Irineu e Tertuliano. Uma forma mutilada dele foi usada por Márcion (os textos são coletados na obra de D. Theron, The Evidence of Tradition). Os manuscritos mais antigos de Lucas que se conhece são os papiros Bodmer (P ,5) e Chester Beatty (P te) do século III.
A tradição unânime da igreja primitiva é que tanto o terceiro evangelho como Atos foram escritos por Lucas, o médico, que foi o companheiro de Paulo. Veja Lucas. O propósito de Atos era ser uma parte de uma obra maior (At 1.1). Ambos os livros são endereçados a Teófilo, e o vocabulário e o estilo mostram semelhanças. Esses dois livros juntos formam um grande bloco de material, maior do que a obra de qualquer outro escritor do NT. Discussões sobre a data do livro levantam um problema complicado envolvendo a suposição de datas previamente atribuídas a Marcos e Atos, e a questão se as afirmações em Lucas 19.43ss, e 21,20-24 refletem um conhecimento da queda de Jerusalém em 70 d.C. O prólogo sugere que algum tempo havia se passado durante o qual outros relatos haviam sido escritos. Consequentemente, o livro foi provavelmente escrito em algum momento na segunda metade do século I.
O escritor não foi uma testemunha ocular dos acontecimentos que narra (Lc 1.1,2). Nada claro é conhecido sobre Teófilo, a quem o livro é endereçado, exceto o título, o que sugere que ele seria um oficial de alta patente (er. At 23,26), Lucas provavelmente escreveu para leitores gentios, uma vez que seu Iivro é comparativamente livre de citações do AT.
A afirmação do Prólogo Anti-Marcionita de que o evangelho foi escrito na Acaia, não pode ser nem substanciado nem negado. Alguns têm entendido que o interesse do escritor pelo movimento do evangelho em direção a Roma, faz desta cidade o local mais provável da redação. Na falta de informações, não se pode ter certeza quanto a essas questões.
Lucas escreveu um relato ordenado de acontecimentos para confirmar os pensamentos daqueles que já haviam crido na verdade que lhes fora ensinada. Alguns têm pensado que o propósito secundário de Lucas era demonstrar que o cristianismo não era politicamente perigoso. Esses propósitos são revelados quando o escritor traça paralelos entre os eventos do evangelho e a história contemporânea (1.5; 2,1,2; 3.1,2) e, quando, repetidamente, deixa claro que os apóstolos, embora acusados pela multidão, foram inocentados pelas autoridades.
Tem sido observado que Lucas enfatiza os privilégios dos pobres. Ele está preocupado com os excluídos da sociedade: a mulher pecadora, o publicano, o filho pródigo, o samaritano, Ele tenta demonstrar que a vida, morte e ensino do Senhor JESUS formam uma mensagem de salvação dirigida a todos os homens: a revelação é dada aos gentios (2.32); os convidados das estradas e das sebes são forçados a entrar (14.23); a pregação deve ser dirigida a todas as nações (24.47). Um considerável interesse é demonstrado pelo papel que as mulheres desempenharam na vida do Salvador. Lucas também está interessado no papel que a oração ocupava nas práticas devocionais do Senhor JESUS. Nos evangelhos Sinóticos JESUS ora 15 vezes, das quais 11 são narradas em Lucas. O terceiro evangelho dá uma grande ênfase ao ESPÍRITO SANTO, uma característica semelhante ao livro de Atos.
O escritor do terceiro evangelho iniciou seu livro com um prólogo clássico, Ele era habilidoso em grego e possuía um vocabulário versátil. Ele usou em seu livro 312 palavras únicas no NT. Embora tenha usado frases gregas ao invés de frases hebraicas e aramaicas encontradas em Marcos, e embora a expressão “na verdade” seja preferível a “amém”, os hebraísmos são freqüentes: “E aconteceu que”; “E eis”. Estas expressões são especialmente freqüentes nas seções de nascimento e infância como se o escritor conscientemente imitasse o estilo semita da Septuaginta (LXX), Paul Winter procurou demonstrar em vários artigos que Lucas usou uma fonte de origem palestina judaica escrita em hebraico para os caps. 1-2, mostrando, nesta seção, o caráter judaico de várias expressões (por exemplo.
“On the Margin of Luke I, II”, Studia Theologica, XII [1958], 103-107.
Lucas é caracterizado pelas longas narrativas do nascimento de João e do Senhor JESUS (1.5-2.52) e pela longa narrativa de viagem (9.51-19.44), que não são encontradas nos outros evangelhos. Diversas parábolas e milagres significativos são incluídos na seção final. Dezoito das parábolas de JESUS são peculiares a Lucas. O Sermão na Planície (6.20-
49) é muito mais breve do que o Sermão do Monte em Mateus, mas outras palavras de JESUS que fazem um paralelo com o Sermão do Monte estão espalhadas por todo o livro de Lucas. Somente Lucas conta que CRISTO comeu ao aparecer aos dez apóstolos (24.36-43). Só ele registra o aparecimento do Senhor aos discípulos de Emaús (24.1331־).
Veja o tópico Lucas em Evangelhos, Os Quatro. J. P. L.

 

 

Atos dos Apóstolos - Dicionário Bíblico Wycliffe

Atos dos Apóstolos, o quinto livro do NT, corresponde ao segundo volume da história primitiva dos cristãos, do qual, de acordo com Lucas, o primeiro volume corresponde aos Evangelhos. A unidade essencial desses dois volumes é evidenciada pelo fato de ambos terem sido endereçados a Teófilo (Lc 1.1-4; At 1.1); pela alusão a Atos como um tratado anterior relativo a tudo que JESUS começou a fazer e a ensinar, e que está de acordo com o conteúdo dos Evangelhos; pela ênfase comum feita à pessoa e à obra do ESPÍRITO SANTO; pela semelhança da linguagem entre os dois documentos e pela afirmação da tradição que atribui uniformemente a autoria a Lucas, amigo e companheiro de Paulo. É provável que o título Evangelhos tenha sido escolhido quando Mateus, Marcos e João combinaram que a obra teria a forma de grupos distintos de narrativas da vida de JESUS, deixando que Atos se tornasse uma crônica de um período posterior. A divisão foi feita em uma data anterior, pois a lista ainda existente dos livros canônicos trata esse livro como uma obra em separado.
Conteúdo
Embora com o nome de Atos dos Apóstolos, ou apenas Atos em alguns manuscritos, esse livro não descreve os feitos de todos os primeiros seguidores de JESUS. Seu registro é seletivo e, aparentemente, foi motivado pelo desejo de relatar o crescimento da Igreja dos gentios desde o dia do Pentecostes até a expansão para Antioquia e, em seguida, através da missão paulina, até Roma. Sua organização é principal mente biográfica enfocando personagens tais como Pedro, Estêvão, Felipe, Barnabé e Paulo.
O livro de Atos está organizado em três partes, baseadas nas palavras de JESUS que estão citadas em Atos 1.8. “Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”. O primeiro estágio registra os fundamentos judeus, começando por Jerusalém; o segundo estágio de transição inclui o desenvolvimento de novas idéias e movimentos na direção do mundo dos gentios, e o terceiro estágio cobre a missão gentílica de Paulo que o levou desde Antioquia até a Asia Menor e Roma.
Esboço
O Início da Igreja Cristã
I. Período Inicial: Jerusalém, 1.1-8.3
A. A Incumbência de CRISTO, 1.1-8
B. A Preparação para o Pentecostes, I. 9-26
C. A Fundação da Igreja em Jerusalém, 2.1- 6.7
D. O Ministério de Estêvão, 6.8-8.3
II. O Período de Transição: Antioquia, 8.4-11.18
A. O Ministério de Felipe (Samaria), 8.4-40
B. A Conversão de Paulo, 9.1-31
C. O Ministério de Pedro (Cesaréia), 10.1- 11.18
III. O Período de Expansão: Roma, 11.19-28.31
A. A Transferência para Antioquia,
II. 19-12.25
B. Primeira Viagem Missionária, 13.1- 14.28
C. O Concílio de Jerusalém, 15.1-35
D. Segunda Viagem Missionária, 15.36-18.22
E. Terceira Viagem Missionária. 18.23- 21.14
F. Prisão e Defesa de Paulo, 21.15- 28.31
A primeira seção do livro de Atos introduz o tema através de uma referência às últimas palavras de JESUS antes de sua ascensão, nas quais Ele ordena aos discípulos que permaneçam em Jerusalém aguardando o derramamento do Espirito SANTO. Através de sua descida, no dia de Pentecostes, os discípulos receberam o poder de pregar que JESUS havia ressuscitado e que Ele era o verdadeiro Messias. O sermão de Pedro exortava ao arrependimento e ao batismo por parte dos crentes. Três mil convertidos foram acrescentados ao grupo dos discípulos. Por meio de uma série de perseguições, a igreja cresceu até chegar a, pelo menos, 5.000 pessoas, incluindo convertidos oriundos do sacerdócio judeu.
O ministério de Estêvão levou a igreja para dentro de sinagogas de língua estrangeira. Sua prisão e julgamento perante o Sinédrio representaram um marco decisivo na vida da igreja. Sua afirmação de que “o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens” (Act 7.48) implicava um aspecto mais abrangente do que o do judaísmo, A perseguição que acompanhou sua morte obrigou os cristãos a se espalharem por outras áreas.
O período de transição foi marcado por uma expansão para outros territórios e o início de um ministério entre outros povos. A pregação de Felipe aos samaritanos e ao eunuco etíope (8.5-40), a entrada de Pedro no lar do centurião romano Cornélio (10.1-11.18) e a surpreendente conversão do chefe dos perseguidores, Saulo de Tarso (9.1-30) romperam as barreiras do preconceito e do medo. Alguns dos refugiados iniciaram um trabalho entre os gentios de Antioquia, que se tornou a base para um movimento missionário em todo o império.
A campanha missionária compreendia três viagens missionárias: A primeira, realizada por Paulo e Barnabé, cobriu Chipre e a região sul da província da Galácia (Act 13.1- 14.28). Na segunda viagem, feita por Paulo, Silas, Timóteo e Lucas, as igrejas ao sul da Galácia foram novamente visitadas, e a Palavra de DEUS penetrou nas províncias da Macedônia e Acaia (15.36-18.22). A terceira incluiu um ministério de três anos na província da Asia tendo como centro a região de Éfeso, seguida por uma minuciosa inspeção das igrejas da Macedônia e Acaia (18.23- 21.14). O Concílio de Jerusalém resolveu uma importante questão sobre os gentios: se precisavam obedecer à lei de Moisés a fim de se tornarem cristãos (15.1-35).
A captura de Paulo em Jerusalém, sua prisão e julgamento perante autoridades judaicas e romanas, e sua viagem a Roma, concluem o relato de sua pregação na cidade imperial (21.15-28.31). A história termina abruptamente, talvez porque o autor tivesse concluído a história como a conhecia e nada mais tivesse a dizer. Entretanto, ele havia alcançado seu objetivo de traçar o progresso da mensagem do Evangelho desde Jerusalém, o centro do judaísmo, até Roma, a metrópole do mundo gentílico.
Autoria
O livro de Atos tem sido tradicionalmente atribuído a Lucas, um médico grego que acompanhou Paulo em sua segunda e terceira viagens. Sua presença é indicada pelo uso do pronome “nós”, pronome que aparece primeiramente em Atos 16.10-17, reaparece em 20.5-21.17 e novamente em 27.1-28.16. O autor se juntou a Paulo em Troas, foi com ele para Filipos, onde aparentemente permaneceu até que Paulo retomasse para a terceira viagem, e depois o acompanhou durante todo o caminho até Roma. Ele não compartilhou da prisão de Paulo em Jerusalém e Roma, mas permaneceu próximo ao apóstolo. Paulo faz alusão a Lucas como o “médico amado״ em sua correspondência da prisão (Cl 4.14; Fm 24) e em uma data posterior, fala dele novamente (2 Tm 4.11).
Irineu, um dos primeiros patriarcas da Igreja (cerca de 180 d.C.) cita o livro de Atos como sendo produto de Lucas “o discípulo e seguidor dos apóstolos” (Against Heresies I. xxiii.l). É possível que Lucas tivesse sido irmão de Tito, um outro companheiro de Paulo que nunca foi mencionado em Atos e aparece caracterizado pelo apóstolo em 2 Coríntios como o “irmão cujo louvor no evangelho está espalhado em todas as igrejas” (2 Co 8.18). A carta foi escrita, presumivelmente, quando Paulo ainda estava em Filipos, e Tito na Macedônia.
Provas mais detalhadas mostram que o autor era um grego extremamente culto que havia viajado freqüentemente e era um excelente observador. Hobart (na obra The Medical Language of St. Luke ) afirma que a linguagem de Lucas prova que ele era médico, por causa dos termos médicos que utiliza. Pode ser que Hobart esteja exagerando no significado técnico do vocabulário de Lucas, mas parece que ele estava mais interessado nas enfermidades e na sua cura do que qualquer outro escritor cristão. Todas as indicações que podem ser inferidas do livro de Atos dão suporte a essa tradicional autoria.
Data
A expressão terminus a quo do livro de Atos encerra a primeira prisão de Paulo, em cerca de 61/62 d.C., pois o livro não poderia ter sido escrito antes dos eventos que descreve. A Tübingen School do século XIX atribui esse livro à metade do segundo século acreditando ser um trabalho apologético escrito para esconder as diferenças que ocorreram na igreja na era precedente. Outros datam a obra do final do primeiro século entendendo que Lucas usou como fonte de informações os trabalhos de Josefo, que somente foram escritos depois do ano 90 d.C. Entretanto, Lucas pode ter tido um acesso independente às mesmas informações de Josefo. A precisão geral de suas alusões a lugares, pessoas e eventos, na medida em que possam ser corroboradas pela arqueologia e pela história, indicam que Lucas foi um contemporâneo daquilo que descreve. Apesar de seu profundo interesse por Paulo, a ausência de qualquer referência feita às suas epistolas não poderia ser explicada se o livro de Atos tivesse sido escrito depois de elas terem sido coletadas e publicadas. Por essas razões, uma data anterior ao ano 65 d.C. parece ser mais aceitável.
O Valor do Livro de Atos
O livro de Atos é um documento de fundamental importância histórica tanto para a história da igreja como para o mundo antigo. Se não fosse pelo livro de Atos, a lacuna entre os Evangelhos e as epístolas seria quase impossível de ser preenchida pois nenhuma explicação estaria disponível para a transição entre o ministério do Senhor JESUS e a doutrina e evangelização da igreja. Quase todo conhecimento autêntico que sobreviveu, relacionado com os líderes apostólicos e a extensão geográfica de sua missão, se originou desse livro. Ele não provê um relato completo, mas fornece princípios gerais e fatos condutores que ajudam sua interpretação histórica.
As alusões a ocorrências contemporâneas permitem aos estudiosos relacionar o cristianismo com o mundo daquela época. A morte de Herodes Agripa I (Act 12.21-23), o cargo de procônsul de Gálio (18.12-17), a administração de Félix (23.24) e Festo (24.27), os procuradores da Judéia, os nomes técnicos dos oficiais nos distritos do Império Romano, tais como pretores e quadrilheiros (ou oficiais de justiça) em Filipos (16.35), os “magistrados da cidade” em Tessalônica (em grego, politarchs, 17,6) e Asiáticos (principais da Ásia, ou asiarcas) em Éfeso (19.31), as diferenças linguísticas obtidas de diferentes seções do Império (14.11; 21.36,40) e os acurados detalhes geográficos da última viagem a Roma (At 27-28) fornecem informações confiáveis aos modernos historiadores e mostram que o autor tinha informações precisas. A importância doutrinária e espiritual do livro de Atos é muito grande. Os primeiros ensinamentos da igreja estão descritos nos discursos preservados pelo livro de Atos, e a ênfase na obra do ESPÍRITO SANTO e na base do empreendimento missionário constituem um padrão para a experiência e a prática das gerações que se sucedem. M. C. T.

 

 


A Mensagem de Atos - John R. W. Scott
Introdução
1. Introdução a Lucas (Lucas 1:1-4)
Antes de ler qualquer livro, é bom saber a intenção do autor ao escrevê-lo. Os livros da Bíblia não fogem a essa regra. Por que, então, Lucas escreveu?
Na verdade, ele escreveu dois livros. O primeiro foi o seu Evangelho, cuja autoria lhe foi atribuída por tradições antigas e reconhecidas e que, quase com absoluta certeza, é o "primeiro livro" mencionado no início de Atos. Assim, Atos foi o seu segundo livro. Os dois formam um par óbvio, ambos são dedicados a Teófilo e escritos no mesmo estilo literário grego. Além disso, como ressaltou Henry J. Cadbury há sessenta anos, Lucas considerava que Atos "não era apenas um apêndice nem um posfácio", mas que formava, j unta mente com seu evangelho, "uma obra única e contínua". Cadbury prossegue sugerindo que, "a fim de enfatizar a unidade histórica dos dois volumes ... a expressão Lucas-Atos talvez seja justificável."1
Voltando à questão do motivo pelo qual Lucas escreveu sua obra em dois volumes sobre a origem do cristianismo, podemos dar pelo menos três respostas. Ele escreveu como um historiador cristão, como um diplomata e como um teólogo-evangelista.
a. Lucas, o historiador
E verdade que os críticos mais destrutivos do passado tinham pouca ou nenhuma confiança na fidedignidade histórica de Lucas. F. C. Baur, por exemplo, líder da Escola de Tübingen em meados do último século, escreveu que certas afirmações em Atos "só podem ser vistas como desvios intencionais da verdade histórica em função da tendência especial que possuem".2 E o muito pouco ortodoxo Adolf Hamack (1851-1930), que podia descrever Atos como "essa grande obra histórica",3 também escreveu no mesmo livro, que Lucas "oferece exemplos gritantes de descuido e, muitas vezes, de completa confusão em sua narrativa".4
Existem, porém, numerosas razões para sermos céticos em relação a esse ceticismo. Em primeiro lugar, Lucas alega, no prefácio de seu Evangelho, estar relatando a histórica verídica e, geralmente, concorda-se que ele se referia aos seus dois livros. Pois "na antigüidade era costume", sempre que uma obra era dividida em mais de um volume, "afixar ao primeiro, um prefácio para o todo". Assim, Lucas 1:1-4 "é o verdadeiro prefácio de Atos, bem como do Evangelho".5
Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, 2conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares, e ministros da palavra, 3igualmente a mim me pareceu hem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem, 4para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído.
Nessa importante declaração, Lucas esboça cinco estágios sucessivos:
Primeiro vêm os eventos históricos. Lucas os chama de certos "fatos que entre nós se cumpriram" (v. 1, ERC). E se a tradução for correta, isso parece indicar que esses eventos não ocorreram por acaso nem de forma inesperada, mas se realizaram para cumprir a profecia do Antigo Testamento.
Depois, Lucas menciona as testemunhas oculares contemporâneas, pois os fatos "que entre nós se realizaram" foram transmitidos pelos "que desde o princípio foram deles testemunhas oculares, e ministros da palavra" (v. 2). Aqui, Lucas exclui a sua própria pessoa, pois, apesar de ter sido uma testemunha ocular de grande parte daquilo que relatará na segunda parte de Atos, ele não pertencia ao grupo de pessoas que eram testemunhas oculares "desde o princípio". Eles eram os apóstolos, testemunhas oculares do JESUS histórico que transmitiram (o significado de "tradição") aos outros o que tinham visto e ouvido.
O terceiro estágio é a investigação pessoal de Lucas. Apesar de pertencer à segunda geração, que recebeu a "tradição" sobre JESUS das testemunhas oculares, os apóstolos, ele não a aceitou sem questioná-la. Pelo contrário, fez uma "acurada investigação de tudo desde sua origem" (v. 3).
Em quarto lugar, depois dos acontecimentos, da tradição das testemunhas oculares e da investigação, vem a escrita. "Muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos" (v.l), diz ele, e agora "igualmente a mim me pareceu bem ... escrever uma exposição em ordem" (v. 3). Entre os "muitos" autores, sem dúvida alguma, incluía-se Marcos.
E em quinto lugar, o escrito destinava-se a leitores, entre eles Teófilo, a quem Lucas se dirige: "para que tenhas plena certeza das verdades em que fostes instruído" (v. 4). Assim, os acontecimentos que haviam se cumprido, tinham sido testemunhados, transmitidos, investigados e escritos, deveriam ser (e ainda são) a base da fé e da certeza cristã.
E mais, Lucas, a pessoa que afirma estar registrando a história, era um homem qualificado para tal tarefa, pois era um médico culto,6 companheiro de viagem de Paulo, e tinha morado na Palestina durante, pelo menos, dois anos.
Mesmo naqueles dias remotos, os médicos submetiam-se a um treinamento rigoroso, e o grego refinado de Lucas é próprio de uma pessoa culta. Há também, em Lucas-Atos, algumas evidências do vocabulário e do poder de observação que se podem esperar de um membro da classe médica. Em 1882, o erudito irlandês W. K. Hobart escreveu o livro The Medicai Language of St. Luke , cujo propósito era mostrar que Lucas era "hábil no manuseio da linguagem das escolas gregas de medicina"7 e que "a predominância do estilo médico" revela um autor médico em todo o Evangelho e em Atos.8 Adolf Harnack endossa essa teoria.9 Críticos mais recentes, porém, a rejeitam. Em diversos estudos, H. J. Cadbury, após vasculhar a lista de supostas palavras médicas usadas por Lucas, feita por Hobart, destacou que elas não pertenciam a um vocabulário médico técnico, mas, sim, ao repertório de todo grego culto. A verdade provavelmente se encontra entre esses dois extremos. Apesar da formação médica de Lucas não poder ser comprovada através de seu vocabulário, mesmo assim parece que alguns resíduos de interesse e terminologia médicos podem ser encontrados em seus escritos. "Instintivamente, Lucas emprega palavras médicas", escreveu William Barclay,10 citando exemplos tirados do Evangelho11 e de Atos.12
Outra razão para confiarmos em Lucas, quando ele afirma estar relatando a história, é que ele foi companheiro de viagem de Paulo. É fato conhecido que, algumas vezes, na narração de Atos, Lucas muda da terceira pessoa do plural ("eles") para a primeira pessoa do plural ("nós"), e que nesses trechos na primeira pessoa, ele inevitavelmente chama a atenção para a sua pessoa. A primeira dessas ocorrências os levou de Trôade a Filipos, onde o evangelho foi plantado em terra européia (At 16:10-17); a segunda, de Filipos a Jerusalém, após a última viagem missionária (At 20:5-15 e At 21:1-18); e a terceira, de Jerusalém a Roma, por mar (At 27:1-28:16). Nesses períodos, Lucas deve ter tido oportunidade suficiente para ouvir e absorver os ensinamentos de Paulo, e escreveu um diário de suas viagens e experiências, do qual tiraria proveito mais tarde.
Além de ser médico e amigo de Paulo, Lucas possuía uma terceira qualificação para escrever história: o fato de ter morado na Palestina. Isso aconteceu da seguinte maneira. Lucas chegou a Jerusalém com Paulo (At 27:17) e o acompanhou em sua viagem a Roma (At 27:1). Entre essas duas ocasiões, houve um período de mais de dois anos, durante os quais Paulo foi mantido prisioneiro em Cesaréia (At 24:27), enquanto Lucas estava livre. Como ele teria usado esse tempo? É razoável imaginar que Lucas aproveitou para viajar por toda Palestina, juntando material para o seu Evangelho e para os primeiros capítulos de Atos, que se passaram em Jerusalém. Sendo gentio, ele deve ter se familiarizado com a história, os costumes e as festas judaicas, e deve ter visitado os locais tornados sagrados pelo ministério de JESUS e o nascimento da comunidade cristã. Hamack ficou impressionado com o seu conhecimento de Nazaré (sua formação montanhosa e sinagoga), Cafarnaum (e o centurião que construiu a sinagoga local), Jerusalém (o Monte das Oliveiras, as aldeias vizinhas e a "Sinagoga dos Libertos"), o templo (seus pátios, portões e pórticos), Emaús a sessenta estádios, Lida, Jope, Cesaréia e outras cidades.13
Já que, segundo o que Lucas entendia por história antiga, as pessoas eram mais importantes do que os locais, ele certamente deve ter interrogado muitas testemunhas oculares. Algumas devem ter conhecido JESUS, incluindo, talvez, a virgem Maria, então já idosa; pois o seu relato do nascimento e da infância de JESUS, inclusive os pormenores da Anunciação, é narrado do ponto de vista de Maria e, em última análise, deve ser atribuído a ela. Outras, deviam estar associadas ao começo da igreja de Jerusalém, como João Marcos e sua mãe, Filipe, os apóstolos Pedro e João, e Tiago, o irmão do Senhor; que podiam ter dado a Lucas informações de primeira mão sobre a Ascensão, o Dia de Pentecoste, as primeiras pregações do evangelho, a oposição do Sinédrio, o martírio de Estêvão, a conversão de Cornélio, a execução do apóstolo Tiago e a prisão e libertação de Pedro. Assim, não nos surpreende o fato de a primeira metade de Atos ter um "cunho semítico muito evidente".14
Temos, portanto, bons motivos para dar crédito à afirmação de Lucas, quando ele diz estar relatando a história. Historiadores profissionais e arqueólogos se encontram entre os maiores defensores de sua fidedignidade. Sir William Ramsay, por exemplo, que, antes, fora um estudante admirador da crítica radical de F. C. Baur, foi forçado, pelas suas próprias pesquisas, a mudar de opinião. Em seu livro St. Paul the Traveller and the Roman Citizen (1985), ele relata que deu início às suas investigações "sem nenhum preconceito que pudesse vir a favorecer a conclusão" a que chegou mais tarde, mas "pelo contrário... com uma mente desfavorável".15 Apesar disso, ele foi capaz de apresentar razões "para colocar o autor de Atos entre os historiadores de primeira linha".16
Setenta anos depois, A. N. Sherwin-White, professor de história antiga da universidade de Oxford, denominado "historiador greco-romano profissional"17, defendeu com vigor a acuidade do conhecimento contextuai de Lucas. Sobre Atos, ele escreveu:
O contexto histórico é exato. Em termos de tempo e espaço, os detalhes são precisos e corretos. Pode-se percorrer as ruas e os mercados, os teatros e as assembléias de Éfeso, Tessalônica, Corinto ou Filipos do primeiro século com o autor de Atos. Os grandes homens das cidades, os magistrados, a revolta e o seu líder estão todos ali... O mesmo acontece com a narrativa das experiências judiciais de Paulo perante os tribunais de Gaio, Félix e Festo. Como documentos, essas narrativas pertencem à mesma série histórica dos relatos de julgamentos regionais e imperiais em fontes epigráficas e literárias do primeiro e do início do século segundo d.C.18
E aqui está sua conclusão: "No caso de Atos, a confirmação de sua veracidade histórica é esmagadora ... Qualquer tentativa de rejeitar sua veracidade histórica básica, mesmo em relação a detalhes, deve, agora, parecer absurda. Historiadores romanos, há muito, a aceitaram como autêntica."19
b. Lucas, o diplomata
Relatar a história não pode ter sido o único propósito de Lucas, pois a história que ele apresenta é seletiva e incompleta. Ele nos fala de Pedro, João, Tiago, irmão de JESUS, e Paulo, mas nada relata sobre os outros apóstolos, exceto que Tiago, filho de Zebedeu, foi decapitado. Ele descreve como o evangelho se espalhou ao Norte e Oeste de Jerusalém, mas nada escreve sobre o seu progresso no Sul e no Leste, a não ser a conversão do etíope. Ele retrata e igreja da Palestina no seu período imediato ao Pentecoste, mas depois segue a expansão da missão aos gentios, liderada por Paulo. Assim, Lucas é mais que um historiador. Ele é, na verdade, um "diplomata" cristão, sensível em relação à igreja e ao Estado.
Em primeiro lugar, Lucas desenvolve uma apologética política, pois ele se preocupa profundamente com a atitude das autoridades romanas para com o cristianismo. Portanto, sai de seu caminho para defender o cristianismo das críticas. As autoridades, argumenta, nada têm a temer dos cristãos, pois eles não são rebeldes nem subversivos, mas, pelo contrário, legalmente inocentes e moralmente inofensivos. Sendo mais positivo ainda: os cristãos exercem uma influência saudável sobre a sociedade.
Talvez seja esse o motivo de ambos os livros de Lucas serem dirigidos a Teófilo. Apesar de o adjetivo theophiles ("amado por DEUS" ou "o que ama DEUS", cf. BAGD) poder simbolizar qualquer leitor cristão, é mais provável que seja o nome de uma pessoa específica. E apesar de o adjetivo kratistos ("excelentíssimo", Lc 1:3) poder ser apenas "uma forma de tratamento educada, sem nenhuma conotação oficial" ou a "forma de tratamento honrosa usada para pessoas que ocupavam uma poéição oficial ou social mais elevada que a do orador" (BAGD), o último uso parece ser o mais provável, pois ocorre mais tarde em referência aos procuradores, Félix (At 23:26; 24:3) e Festo (26:25). Um equivalente moderno seria "Vossa Excelência". Alguns eruditos chegam a sugerir que Teófilo era um oficial romano específico que tinha ouvido certas calúnias anticristãs, enquanto B. H. Streeter entende que a palavra seria um "pseudônimo prudente", na verdade (ele supõe) "o nome secreto pelo qual Flávio Clemente era conhecido na igreja romana".20
De qualquer forma, Lucas repetidamente enfatiza três pontos de apologética política. Primeiro, os oficiais romanos eram invariavelmente favoráveis ao cristianismo, e alguns até se tornaram cristãos, como o centurião ao pé da cruz, o centurião Cornélio e Sérgio Paulo, procônsul de Chipre. Segundo, as autoridades romanas não conseguiram encontrar nenhuma acusação contra JESUS e seus apóstolos. JESUS fora acusado de sedição, mas nem Herodes nem Pilatos conseguiram estabelecer alguma base para essa acusação. Quanto a Paulo, em Filipos, os magistrados lhe pediram perdão; em Corinto, o procônsul Gálio se recusou a acusá-lo e, em Éfeso, o escrivão da cidade declarou que Paulo e seus amigos eram inocentes. Félix, Festo e Agripa, todos eles, fracassaram ao tentar culpá-lo de qualquer ofensa — três ocorrências que correspondem às três vezes em que Lucas relata que Pilatos declarou a inocência de JESUS.21
Em terceiro lugar, as autoridades romanas reconheceram que o cristianismo era uma religio licita (uma religião legal ou permitida), porque não era uma nova religião (que precisava ser aprovada pelo Estado), mas, sim, a forma mais pura do judaísmo (que gozava de liberdade religiosa concedida pelos romanos desde o segundo século a.C). A vinda de CRISTO era o cumprimento das profecias do Antigo Testamento e a comunidade cristã desfrutava uma continuidade direta com o povo de DEUS do Antigo Testamento.
Essa era a apologética política de Lucas. Ele reuniu provas para mostrar que o cristianismo era inofensivo (porque alguns oficiais romanos chegaram a adotá-lo pessoalmente), inocente (porque os juízes romanos não conseguiram encontrar nenhuma base para condená-lo) e legal (pois ele era o cumprimento verdadeiro do judaísmo). Semelhantemente, baseados nisso, todos os cristãos deveriam, sempre, poder reivindicar a proteção do Estado. Lembro-me de uma declaração feita em 1972 pelos batistas de Piryatin a N. V. Podgorny, diretor de um presídio da União Soviética, e a L. I. Brejnev, secretário-geral do Partido Comunista. Citando artigos da constituição soviética e da Declaração Universal dos Direitos Humanos, juntamente com leis específicas e interpretações jurídicas, os batistas evangélicos de Piryatin reivindicaram o direito à liberdade de consciência e fé, e declararam que não haviam violado a lei: "pois não há nada de ofensivo, nada que se oponha ao governo, nada de fanático em nossa atividade; mas apenas o que é espiritualmente saudável, justo, honesto, pacífico, de acordo com os ensinamentos de JESUS
CRISTO".22
O segundo exemplo da "diplomacia" de Lucas é o fato de ele ter sido um pacificador da igreja. Através de sua narração, ele demonstra que a igreja primitiva era uma igreja unida, que o perigo de divisão entre os cristãos judeus e samaritanos, e entre os cristãos judeus e gentios, fora providencialmente evitado e que os apóstolos Pedro, Tiago e Paulo estavam fundamentalmente de acordo em relação ao evangelho.
Foi Matthias Schneckenburger que, em Über den Zweck der Apostelgeschichte (1841), fez "a primeira investigação elaborada sobre o propósito de Atos".23 Ele acreditava que Lucas estava defendendo Paulo contra a crítica judaico-cristã à sua missão entre os gentios, enfatizando suas práticas judaicas e suas boas relações com a igreja de Jerusalém. Ele também teria se esforçado para demonstrar "milagres, visões, sofrimentos e pregações paralelas",24 a fim de "igualar Paulo e Pedro".25
F. C. Baur foi muito mais longe. Ele viu em Atos um propósito preciso e "tendencioso". Usando como base bastante frágil as facções coríntias ("Eu sigo Paulo ... Eu sigo Pedro , 1 Co 1:12), construiu uma teoria elaborada, dizendo que a igreja primitiva estava dividida pelo conflito entre o cristianismo judaico original, representado por Pedro, e o cristianismo gentio posterior, representado por Paulo. Atos seria uma tentativa feita por um "paulinista" (um seguidor de Paulo) do segundo século para minimizar, e até mesmo negar, a suposta hostilidade entre os dois líderes apostólicos e reconciliar, assim, os cristãos judeus e gentios. Ele retrata Paulo como um judeu fiel, que guardava a lei e cria nos profetas; e Pedro como evangelista através do qual o primeiro gentio se converteu. Os dois apóstolos são, assim, vistos em harmonia, não em contraposição. De fato, Lucas tentou reconciliar "os dois partidos, fazendo Paulo parecer o mais petrino possível, e, c^írrespondentemente, Pedro, o mais paulino possível".26
Em geral, concorda-se que F. C. Baur e seus sucessores da Escola de Tübingen levaram essa teoria muito longe. Realmente não havia nenhuma evidência de que houvesse dois cristianismos (judaico e gentílico) na igreja primitiva, liderados por dois apóstolos (Pedro e Paulo), em irreconciliável oposição, um com o outro. Baur provavelmente foi influenciado pelo entendimento dialético de Hegel, que via a história em termos de um conflito recorrente entre tese e antítese. Certamente existe uma tensão entre os cristãos judeus e gentios e, devido à atividade dos judaizantes, um rompimento sério parecia possível até que esse assunto foi resolvido pelo Concílio de Jerusalém. Lucas não omite esse fato. Certamente, também, em Antioquia, Paulo se opôs publicamente a Pedro, face a face,27 por ter se retirado da comunhão com cristãos gentios. Mas esse confronto foi excepcional e temporário; Paulo escreveu sobre isso aos Gaiatas usando os verbos no tempo passado. Pedro se recuperou de seu lapso momentâneo. A reconciliação entre os dois líderes apostólicos foi real, não fictícia, e a ênfase de Atos, Gálatas 1 e 2, e 1 Coríntios 15:11, está na concordância dos apóstolos em relação ao evangelho.
Lucas não inventou essa harmonia apostólica, como Baur argumentou; ele observou um fato e o relatou. É evidente, em sua história, que ele dá proeminência a Pedro (capítulos 1-12) e a Paulo (capítulos 13-28). Parece muito provável que ele os apresente deliberadamente exercendo ministérios paralelos, e não divergentes. As semelhanças são notáveis. Assim, tanto Pedro como Paulo eram cheios do ESPÍRITO SANTO (4:8 e 9:17; 13:9), ambos pregaram a Palavra de DEUS com clareza (At 4:13, 31 e At 9:27, 29), e testemunharam diante do público judeu acerca da crucificação, ressurreição e exaltação de JESUS em cumprimento das Escrituras, como o caminho da salvação (e.g., At 2:22ss. e At 13:16ss.); ambos pregaram tanto aos gentios como aos judeus (10:34ss. e 13:46ss.); ambos receberam visões que deram a direção vital para a missão que a igreja estava desenvolvendo (10:9ss.; 16:9); ambos foram presos devido ao seu testemunho de JESUS e, depois, milagrosamente libertos (12:7ss. e 16:25ss.); ambos curaram um paralítico de nascença, Pedro em Jerusalém e Paulo em Listra (3:2ss. e 14:8ss.); ambos curaram outras pessoas doentes (9:41 e 28:8); ambos expulsaram espíritos malignos (5:16 e 16:18); ambos possuíam poderes tão excepcionais que pessoas foram curadas pela sombra de Pedro e pelos lenços e mantos de Paulo (At 5:15 e At 19:12); ambos ressuscitaram mortos: Tabita, em Jope, por Pedro, e Êutico, em Trôade, por Paulo (9:36ss. e 20:7ss.); ambos invocaram o julgamento de DEUS sobre um feiticeiro/falso mestre: Pedro sobre Simão o Mago, em Samaria, e Paulo sobre Elimas, em Pafos (8:20ss. e 13:6ss.); e ambos recusaram serem adorados por homens: Pedro recusou o culto de Cornélio e Paulo o dos moradores de Listra At (10:25-26 e At 14:llss.).
É verdade que esses exemplos estão espalhados por Atos, não sendo colocados em justaposição direta. Mas estão ali. Dificilmente podem ser acidentais. Lucas certamente os inclui em sua narrativa para mostrar que Pedro e Paulo eram ambos apóstolos de CRISTO, com a mesma comissão, o mesmo evangelho e a mesma autenticidade. E nesse sentido que ele pode ser chamado "pacificador", uma pessoa que demonstrou a unidade da igreja apostólica.
c. Lucas, o teólogo-evangelista
O valor da "crítica da redação" é que ela retrata os autores dos evangelhos e de Atos, não como editores sem imaginação, mas como teólogos com idéias próprias, que conscientemente selecionaram, arranjaram e apresentaram seu material a fim de servir ao seu propósito pastoral específico. Foi na década de 50 que a crítica da redação começou a ser aplicada ao livro de Atos, primeiramente por Martin Dibelius (1951), depois por Hans Conzelmann (1954)28 e a seguir por Emst Haenchen (1956) em seu comentário. Infelizmente esses eruditos alemães acreditavam que Lucas se envolveu com suas preocupações teológicas às custas de sua fidedignidade histórica. O professor Howard Marshall, porém, que se baseou nas obras desses estudiosos (submetendo-as ao mesmo tempo a uma crítica rigorosa), especialmente em seu estudo: Luke: Historian anã Theologian (1970) afirma veementemente que não precisamos colocar Lucas, o historiador, em oposição a Lucas, o teólogo, pois ele era ambos, e na verdade cada uma dessas ênfases exige a outra.
Lucas é historiador e teólogo, e ... o melhor termo para descrevê-lo é "evangelista". Um termo que, cremos, inclui os dois outros ... Como teólogo, Lucas estava preocupado em buscar sua mensagem sobrç JESUS e sobre a igreja primitiva em história fidedigna... El^colocou sua história a serviço de sua teologia.29    '
Novamente, Lucas era "um historiador confiável e um bom teólogo... Cremos que a validade de sua teologia se mantém ou cai de acordo com a fidedignidade da história em que ela se baseia ... Lucas está preocupado com o significado salvífico da história, e não na história em si como meros fatos".30
Particularmente, então, Lucas foi um teólogo da salvação. A salvação, escreveu Howard Marshall, "é o tema central da teologia de Lucas",31 no Evangelho (onde a vemos cumprida) e em Atos (onde a vemos proclamada). Michael Green chama a atenção para esse fato em The Meaning of Salvation: "É difícil superestimar a importância da salvação nos escritos de Lucas... É surpreendente ... que, em vista da freqüência com que Lucas usa a terminologia da salvação, não se tenha prestado mais atenção a isso."32
A teologia da salvação de Lucas já está explícita no "Cântico de Simeão" ou Nunc Dimittis, registrado em seu Evangelho.33 Três verdades fundamentais se destacam.
Em primeiro lugar, a salvação vem sendo preparada por DEUS. Ao falar com DEUS, Simeão disse: "a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos" (Lc 2:30-31). Longe de ser um pensamento posterior, ela fora planejada e prometida havia séculos. Essa mesma ênfase se repete em todo o livro de Atos. Nos sermões de Pedro e Paulo (sem mencionar a defesa de Estêvão), a morte, ressurreição e exaltação de JESUS e a dádiva do ESPÍRITO são, todas, vistas como a culminação de séculos de promessas proféticas.
Em segundo lugar, a salvação é dada por CRISTO. Quando Simeão falou a DEUS sobre "tua salvação", que ele vira com seus próprios olhos, estava se referindo ao menino JESUS que ele estava segurando em seus braços e que nascera para ser "o Salvador" (Lc 2:11). O próprio JESUS, mais tarde, afirmou inequivocamente que tinha vindo para "buscar e salvar o perdido" (Lc 19:10), ilustrando isso com as três famosas parábolas sobre a perdição humana (Lc 15:1-32). Depois de sua morte e ressurreição, seus apóstolos declararam que o perdão dos pecados estava ao alcance de todos os que se arrependessem e cressem em JESUS (At 2:38-39; 13:38-39). De fato, a salvação não poderia ser encontrada em nenhuma outra pessoa (At 4:12). Pois DEUS tinha exaltado JESUS, à sua direita, como "Príncipe e Salvador, a fim de conceder... o arrependimento e a remissão dos pecados ..." (At 5:31).
Em terceiro lugar, a salvação é oferecida a todos os povos. Como Simeão o coloca, ela vem sendo preparada "na presença de todos os povos", para ser uma luz para todas as nações e, também, a glória de Israel (Lc 2:31-32). Sem dúvida é nessa verdade que Lucas imprime maior ênfase. Em Lucas 3:6, referindo-se a João Batista, ele prolonga a sua citação de Isaías 40, indo além do ponto em que Mateus e Marcos param, a fim de incluir a afirmação "toda a carne verá a salvação de DEUS". Em Atos 2:17 ele relata a promessa de DEUS, dada através de Joel, citada por Pedro: "Derramarei meu ESPÍRITO sobre toda a carne". Essas duas palavras pasa sarx ("toda carne" ou "toda humanidade") são colocadas como sinaleiros no início de cada um dos volumes de Lucas, em ambos embutidas em uma profecia do Antigo Testamento, para indicar a mensagem principal de Lucas. JESUS é o Salvador do mundo; ninguém se encontra fora do alcance do seu amor. Em seu Evangelho, Lucas mostra a compaixão de JESUS pelas camadas sociais desprezadas pelos outros, isto é: as mulheres e as crianças, os pobres, os doentes, os pecadores e os desabrigados, os samaritanos e os gentios; enquanto que, em Atos, ele explica como Paulo se voltou para os gentios, e descreve o progresso triunfal do evangelho, partindo de Jerusalém, a capital dos judeus, até chegar a Roma, a capital do mundo.
É particularmente adequado que a proeminência dada à oferta universal do evangelho brote da pena de Lucas, pois ele é o único contribuinte gentio na formação do Novo Testamento.34 Culto e viajado, ele é o único dos escritores dos evangelhos que chama o Mar da Galiléia de "lago", porque é capaz de compará-lo ao Grande Mar, o Mediterrâneo. Ele possui o amplo horizonte do mundo greco-romano, sua história, bem como sua geografia. Dessa forma ele situa as suas narrativas acerca de JESUS e da igreja primitiva dentro do contexto dos acontecimentos seculares contemporâneos. E emprega a palavra oikoumene ("a terra habitada") mais vezes (oito) do que todos ou outros autores do Novo Testamento juntos.
Mas Lucas, o teólogo da salvação, é, em sua essência, um evangelista. Pois ele proclama o evangelho da salvação de DEUS em CRISTO para todos os povos. Daí, a inclusão de tantos sermões e declarações, especialmente de Pedro e Paulo, em Atos. Ele não somente os mostra pregando aos seus ouvintes originais, mas também os capacita a pregar para nós que, séculos mais tarde, ouvimos seus sermões. Pois, conforme disse Pedro no Dia de Pentecoste, a promessa da salvação vale também para nós, e para todas as gerações, "isto é, para quantos o "Senhor nosso DEUS chamar" (At 2:39).

 

 

 

SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 11 - 1TR22 - CPAD

 

Hinos Sugeridos: 5, 85, 290 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, temos como propósito destacar que a ação do ESPÍRITO SANTO na vida de JESUS em Lucas e da igreja em Atos com a finalidade de capacitá-la para a proclamação do Evangelho em continuidade ao ministério de JESUS. Veremos que esse modo de viver serve de modelo para a igreja dos dias atuais. Assim como no início da igreja, os crentes atuais precisam buscar o Batismo no ESPÍRITO SANTO como revestimento de poder do Alto para realizar a obra de DEUS e alcançar uma vida cristã vitoriosa.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Enfatizar a ação do ESPÍRITO SANTO na vida e ministério de JESUS em Lucas; II) Ressaltar que a manifestação do ESPÍRITO SANTO no ministério da igreja em Atos é cumprimento da promessa de DEUS revelada por intermédio do profeta Joel; III) Apontar que o Batismo no ESPÍRITO SANTO é uma promessa atual e deve ser buscado por todos os crentes como capacitação para o serviço cristão.
B) Motivação: O ESPÍRITO SANTO é a fonte inspiradora e capacitadora da igreja. Os crentes são intrinsecamente dependentes do ESPÍRITO SANTO tanto no que diz respeito ao serviço prestado na obra de DEUS quanto a uma vida íntegra e testemunhante das verdades bíblicas. É preciso buscar continuamente o revestimento do ESPÍRITO.
C) Sugestão de Método: Com a ajuda de seus alunos, realize um mapa conceitual. Anote no centro do quadro a palavra "ESPÍRITO SANTO", e com a ajuda dos alunos, relacione em torno desta palavra quais as manifestações do ESPÍRITO SANTO encontradas no livro de Atos dos Apóstolos que confirmam o cumprimento da promessa de DEUS anunciada pelo profeta Joel (cf. Jl 2.28-31).
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Converse com seus alunos sobre a experiência do Batismo no ESPÍRITO SANTO. Reforce que o ESPÍRITO SANTO habita o crente quando este aceita JESUS como Salvador. No entanto, o crente deve buscar o revestimento de poder para realizar a obra de DEUS com afinco. Aproveite para ouvir as experiências daqueles que foram batizados no ESPÍRITO SANTO.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p. 41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "O Propósito do Batismo no ESPÍRITO SANTO", ao final do primeiro tópico, ressalta que o Batismo no ESPÍRITO SANTO é a porta de entrada para vários dons do ESPÍRITO; 2) O texto "Línguas como evidência do Batismo no ESPÍRITO SANTO", localizado no final do terceiro tópico, aprofunda a questão das línguas como evidência física e inicial do Batismo no ESPÍRITO SANTO.

 

 

 

SINÓPSE I - A unção do ESPÍRITO SANTO esteve presente na vida e ministério do Senhor JESUS, capacitando-o a cumprir a missão para a qual DEUS Pai o havia enviado.

SINÓPSE II - A manifestação do ESPÍRITO SANTO em Atos dos Apóstolos revela a inauguração da história da Igreja como agência de CRISTO.
SINÓPSE III - O A experiência pentecostal permanece atual na igreja, mostrando-se evidente na manifestação dos dons espirituais.

 


AUXÍLIO TEOLÓGICO TOP1
“O Propósito do Batismo no ESPÍRITO SANTO
Em adição ao poder para servir, através do qual o indivíduo se torna canal de testemunho para o mundo, o batismo no ESPÍRITO transforma-se na entrada para um tipo de adoração que abençoa os santos reunidos de DEUS. O batismo é a porta de entrada dos vários ministérios espirituais, chamados dons do ESPÍRITO. Visto que tais dons visam a edificação da igreja local [...]. Os que se converteram foram batizados em águas e no ESPÍRITO SANTO, no dia de Pentecostes. Mostraram novas evidências da obra do ESPÍRITO em suas vidas, conforme Atos 2.42, 46, 47: ‘E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão e nas orações. E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a DEUS e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor aqueles que se haviam de salvar’. Temos aqui a descrição de uma obra contínua do ESPÍRITO, que aprofundou a experiência dos crentes e seu amor a DEUS e à sua Palavra, uns pelos outros e pelos perdidos. [...] Assim também o batismo no ESPÍRITO SANTO é apenas uma porta para uma relação crescente entre Ele mesmo e os crentes. Essa relação leva a uma vida de serviço, onde os dons do ESPÍRITO proveem poder e sabedoria para divulgação do evangelho e o crescimento da Igreja, como evidenciado pela sua rápida propagação em muitas áreas do mundo atual” (HORTON, Stanley M; MENZIES, Willian W. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Fé Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp.105,106).

 


AUXÍLIO TEOLÓGICO TOP3
[Línguas como evidência do Batismo no ESPÍRITO SANTO]
“Dos quatro casos no livro de Atos em que Lucas descreve a vinda inicial do ESPÍRITO, três citam explicitamente a glossolalia como resultado imediato (At 2.4; 10.46; 19.6) e outro (8.14-19) a deixa implícita. [...] Lucas considerava as línguas como sinal do recebimento do dom pentecostal. Lucas apresenta as línguas como evidência da vinda do ESPÍRITO. No dia de Pentecostes, Pedro declara que as línguas dos discípulos serviram de sinal. As línguas estabeleceram o fato de que eles, os discípulos de JESUS, eram profetas do fim dos tempos, sobre os quais Joel profetizou. As línguas também marcaram a chegada dos últimos dias (At 2.17-21) e serviram para estabelecer o fato de que JESUS ressuscitara e é o Senhor (At 2.33-36). Em Atos 10.44-48, ‘falar em línguas’ é mais uma vez ‘retratado como evidência positiva e suficiente para convencer os companheiros de Pedro’ de que o ESPÍRITO fora derramado sobre os gentios. Em Atos 19.6, línguas e profecia são citadas como resultados imediatos da vinda do ESPÍRITO, a evidência incontestável da resposta afirmativa à pergunta de Paulo feita no início da narrativa: ‘Recebestes vós já o ESPÍRITO SANTO quando crestes?’
É interessante observar que Lucas não toma parte na angústia de muitos cristãos hoje em dia sobre a possibilidade de falsas línguas. Lucas não oferece orientações para discernir se as línguas são verdadeiras ou falsas, de DEUS ou de outra fonte. Pelo contrário, Lucas presume que a comunidade cristã conhecerá e experimentará o que for necessário e bom” (MENZIES, Robert P. Pentecostes: Essa História é a Nossa História. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.74-75).

 


VOCABULÁRIO
Advento: aparecimento, chegada. Aquilo que começa ou se institui.
Intrepidez: qualidade de intrépido; arrojo, bravura, coragem, intrepidez. Que ou aquele que não receia o perigo, que não tem medo; arrojado, corajoso.
Hodierna: que existe ou ocorre atualmente; atual, moderno, dos dias de hoje.
Efusão: manifestação expansiva de sentimentos amistosos, de afeto, de alegria (sentido figurado).


REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que Lucas enfatiza em seu Evangelho a respeito do ESPÍRITO SANTO? Lucas registra os fatos acerca da vida e obra de CRISTO (Lc 1.1-3). O evangelista enfatiza o papel do ESPÍRITO no advento do Messias.
2. O que a vitória do Senhor sobre a tentação demonstra? A vitória do Senhor sobre a tentação demonstra que Ele estava capacitado para cumprir o seu ministério.
3. O que o livro de Atos dos Apóstolos registra? Atos registra a ação do ESPÍRITO na inauguração histórica da igreja como agência de CRISTO.
4. O que Pedro ensina a respeito do revestimento do alto? Pedro ensina que essa promessa está em vigor para todos os salvos em todas as épocas (At 2.38, 39).
5. O que aponta a expressão “do meu ESPÍRITO derramarei” (At 2.17)? A expressão “do meu ESPÍRITO derramarei” (At 2.17) aponta para o início da dispensação do ESPÍRITO, e mostra que a efusão será contínua até “o grande e glorioso dia do Senhor” (At 2.20).


LEITURAS PARA APROFUNDAR
Comentário Bíblico - Atos
A Teologia Carismática de Lucas

 

 

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Lição 1, A Pessoa do ESPÍRITO SANTO

Revistas Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 1° Trimestre 2021
Tema: O Verdadeiro Pentecostalismo - A Atualidade Da Doutrina Bíblica Sobre A Atuação Do ESPÍRITO SANTO
Comentarista: Esequias Soares
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel Esposa - 19-98448-2187
  


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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 14.16-18, 26; 16.14
JOÃO 14
16 - E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, 17 - o ESPÍRITO da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. 18 - Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.

26 - Mas aquele Consolador, o ESPÍRITO SANTO, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
JOÃO 16
14 - Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.

 


OBJETIVO GERAL - Expor a doutrina bíblica acerca da pessoa do ESPÍRITO SANTO.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar a revelação do ESPÍRITO SANTO nas Escrituras;
Relacionar a pessoa do ESPÍRITO SANTO com a de JESUS;
Afirmar que o ESPÍRITO SANTO age no mundo e no ser humano.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Neste trimestre, estudaremos as principais doutrinas que identificam um crente pentecostal e assembleiano. Aprofundaremos os assuntos que formam parte do legado pentecostal deixado pelos pioneiros de um movimento que alterou os rumos dos protestantes evangélicos no mundo.
Os pentecostais, e mais especificamente os assembleianos do Brasil, amam o ESPÍRITO SANTO, glorificam a JESUS em suas pregações, afirmam o batismo no ESPÍRITO SANTO com a evidência de línguas, a atualidade dos dons espirituais e levam a sério a iminência da volta de seu Senhor, JESUS CRISTO. Isso e muito mais serão estudados ao longo desses três meses.
Para nos auxiliar neste maravilhoso estudo, o comentarista de Lições Bíblicas Adultos é o pastor Esequias Soares. Ele é o líder da Assembleia de DEUS em Jundiaí, presidente do Conselho de Doutrina da CGADB, presidente da Comissão de Apologética da CGADB. É graduado em Hebraico pela Universidade de São Paulo. Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Mackenzie. É também autor de diversos livros, entre eles: Manual de Apologética Cristã, Heresias e Modismos e A Razão da Nossa Fé, todos publicados pela CPAD.


PONTO CENTRAL - A Bíblia revela a verdade sobre a pessoa do ESPÍRITO SANTO.
 


Resumo da Lição 1, A Pessoa do ESPÍRITO SANTO
I - A REVELAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NAS ESCRITURAS
1. Divindade.

2. Personalidade.

3. Atributos divinos.

II - O ESPÍRITO SANTO E JESUS CRISTO
1. Pericorese.

2. “Ele me glorificará” (16.14).

3. O efeito prático da pericorese.

4. Consubstancial com o Filho.

III - O ESPÍRITO SANTO AGE NO MUNDO E NO SER HUMANO
1. No mundo.

2. No plano divino da salvação.

3. Na vida humana.

 

 

Resumo rápido do Pr Henrique

I - A REVELAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NAS ESCRITURAS
1. Divindade. O ESPÍRITO SANTO é DEUS.

2. Personalidade. O ESPÍRITO SANTO é uma pessoa.

3. Atributos divinos. O ESPÍRITO SANTO é Onisciente, Onipresente e Onipotente.

II - O ESPÍRITO SANTO E JESUS CRISTO
1. Pericorese. Dança de roda onde crianças dançam e uma fica no meio da roda. Depois uma outra criança entra no lugar desta que está no centro. Era usado para ilustrar a trindade por padres teólogos católicos romanos.

2. “Ele me glorificará” (16.14). Podemos glorificar tanto ao PAI, quanto ao ESPÍRITO SANTO, quanto ao filho JESUS.

3. O efeito prático da pericorese. A Trindade é ensinada em toda a Bíblia, desde Gênesis onde diz "Façamos" e o ESPÍRITO SANTO pairava sobre a face do abismo até o Apocalipse. Passagens mais importantes e claras são:

TRINDADE NA BÍBLIA e o ESPÍRITOSANTO desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és meu Filho amado; em ti me tenho comprazido. Lucas 3:22 Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITOSANTO; Mateus 28:19 Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra e o ESPÍRITOSANTO; e estes três são um. 1 João 5:7

4. Consubstancial com o Filho. TRÊS PESSOAS EM UMA MESMA SUBSTÂNCIA. UM SÓ DEUS.

III - O ESPÍRITO SANTO AGE NO MUNDO E NO SER HUMANO
1. No mundo. Criador e sustentador de todas as coisas.

2. No plano divino da salvação. Inspirando os profetas e auxiliando na salvação pelo convencimento.

3. Na vida humana. Orientando, santificando, etc...

 

 

Ajuda

 

Vídeo desta Lição -  https://www.youtube.com/watch?v=qTRAEZ1bd9g

Escrita - https://ebdnatv.blogspot.com/2020/12/escrita-licao-1-pessoa-do-espirito-santo.html

Slides - https://ebdnatv.blogspot.com/2020/12/slides-da-licao-1-pessoa-do-espirito.html

https://www.slideshare.net/henriqueebdnatv/slideshare-lio-1-a-pessoa-do-esprito-santo-1tr21-pr-henrique-ebd-na-tv

 

 

LIÇÕES ANTIGAS

  

Lição 5, Identidade do ESPÍRITO SANTO - 3º Trimestre de 2017 - Título: A Razão da Nossa Fé: Assim Cremos, assim Vivemos

Comentarista: Pr. Pres. Esequias Soares, Assembleia de DEUS, Jundiaí, SP

Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 14.15-18,26
15 - Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. 16 - E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, 17 - o ESPÍRITO da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. 18 - Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. 26 - Mas aquele Consolador, o ESPÍRITO SANTO, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.

 

 

Cremos (Confissão de Fé) - POR FAVOR, LEIA PARA A IGREJA

Cremos

1. Na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão (2 Tm 3.14-17);

2. Em um só DEUS, eternamente subsistente em três pessoas distintas que, embora distintas, são iguais em poder, glória e majestade: o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO; Criador do Universo, de todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, e, de maneira especial, os seres humanos, por um ato sobrenatural e imediato, e não por um processo evolutivo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29; Gn 1.1; 2.7; Hb 11.3 e Ap 4.11);

3. No Senhor JESUS CRISTO, o Filho Unigênito de DEUS, plenamente DEUS, plenamente Homem, na concepção e no seu nascimento virginal, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e em sua ascensão vitoriosa aos céus como Salvador do mundo (Jo 3.16-18; Rm 1.3,4; Is 7.14; Mt 1.23; Hb 10.12; Rm 8.34 e At 1.9);

4. No ESPÍRITO SANTO, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, consubstancial com o Pai e o Filho, Senhor e Vivificador; que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; que regenera o pecador; que falou por meio dos profetas e continua guiando o seu povo (2 Co 13.13; 2 Co 3.6,17; Rm 8.2; Jo 16.11; Tt 3.5; 2 Pe 1.21 e Jo 16.13);

5. Na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de DEUS e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de JESUS CRISTO podem restaurá-lo a DEUS (Rm 3.23; At 3.19);

6. Na necessidade absoluta do novo nascimento pela graça de DEUS mediante a fé em JESUS CRISTO e pelo poder atuante do ESPÍRITO SANTO e da Palavra de DEUS para tornar o homem aceito no Reino dos Céus (Jo 3.3-8, Ef 2.8,9);

7. No perdão dos pecados, na salvação plena e na justificação pela fé no sacrifício efetuado por JESUS CRISTO em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26; Hb 7.25; 5.9);

8. Na Igreja, que é o corpo de CRISTO, coluna e firmeza da verdade, una, santa e universal assembleia dos fiéis remidos de todas as eras e todos os lugares, chamados do mundo pelo ESPÍRITO SANTO para seguir a CRISTO e adorar a DEUS (1 Co 12.27; Jo 4.23; 1 Tm 3.15; Hb 12.23; Ap 22.17);

9. No batismo bíblico efetuado por imersão em águas, uma só vez, em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO, conforme determinou o Senhor JESUS CRISTO (Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12);

10. Na necessidade e na possibilidade de termos vida santa e irrepreensível por obra do ESPÍRITO SANTO, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas de JESUS CRISTO (Hb 9.14; 1 Pe 1.15);

11. No batismo no ESPÍRITO SANTO, conforme as Escrituras, que nos é dado por JESUS CRISTO, demonstrado pela evidência física do falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7);

12. Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo ESPÍRITO SANTO à Igreja para sua edificação, conforme sua soberana vontade para o que for útil (1 Co 12.1-12);

13. Na segunda vinda de CRISTO, em duas fases distintas: a primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja antes da Grande Tribulação; a segunda — visível e corporal, com a sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1 Ts 4.16, 17; 1 Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 1.14);

14. No comparecimento ante o Tribunal de CRISTO de todos os cristãos arrebatados, para receberem a recompensa pelos seus feitos em favor da causa de CRISTO na Terra (2 Co 5.10);

15. No Juízo Final, onde comparecerão todos os ímpios: desde a Criação até o fim do Milênio; os que morrerem durante o período milenial e os que, ao final desta época, estiverem vivos. E na eternidade de tristeza e tormento para os infiéis e vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis de todos os tempos (Mt 25.46; Is 65.20; Ap 20.11-15; 21.1-4).

16. Cremos, também, que o casamento foi instituído por DEUS e ratificado por nosso Senhor JESUS CRISTO como união entre um homem e uma mulher, nascidos macho e fêmea, respectivamente, em conformidade com o definido pelo sexo de criação geneticamente determinado (Gn 2.18; Jo 2.1,2; Gn 2.24; 1.27).

 

 

Resumo da Lição 5, Identidade do ESPÍRITO SANTO
I - O ESPÍRITO SANTO
1. A revelação divina.

2. O esquecimento.

3. O ESPÍRITO SANTO e os primeiros cristãos.

II - A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO À LUZ DA BÍBLIA

1. A divindade declarada.

2. A divindade revelada.

3. Obras divinas.

III - OS ATRIBUTOS DA DIVINDADE

1. Alguns atributos incomunicáveis.

2. Alguns atributos comunicáveis.

3. O ESPÍRITO SANTO e a Trindade.

IV - PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO

1. As faculdades da personalidade.

2. Reações do ESPÍRITO SANTO.

 

 

PARA REFLETIR - A respeito da identidade do ESPÍRITO SANTO, responda:
Quem revela o Filho? - O ESPÍRITO SANTO é quem revela o Filho (Jo 16.14; 1 Co 12.3).
O que revela o relacionamento do ESPÍRITO SANTO com o Pai e o Filho? - O relacionamento do ESPÍRITO SANTO com o Pai e com o Filho revela a sua divindade e a sua consubstancialidade com Eles.
O que o Credo Niceno-Constantinopolitano declara sobre o ESPÍRITO SANTO? - O Credo Niceno-Constantinopolitano declara: "E no ESPÍRITO SANTO, o Senhor e Vivificador, o que procede do Pai e do Filho, o que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, o que falou por meio dos profetas".
O que significa ser batizado em nome do Pai, e do Filho e do ESPÍRITO SANTO? - Isso significa ser o ESPÍRITO SANTO objeto de nossa fé, pois em seu nome somos batizados, indicando reconhecimento igual ao do Pai e do Filho.
Quais são os três elementos constitutivos da personalidade no ESPÍRITO SANTO? - Intelecto, pois Ele penetra todas as coisas (1 Co 2.10,11), inteligência (Rm 8.27), emoção, sensibilidade (Rm 15.30; Ef 4.30) e vontade.

  

 

Resumo Rápido do Pr. Henrique da Lição 5, Identidade do ESPÍRITO SANTO


INTRODUÇÃO

Vemos claramente na Bíblia a exposição do ESPÍRITO SANTO como DEUS, coexistindo na trindade com o Pai e com o Filho, numa mesma substância. É clara sua identidade, sua deidade, sua personalidade, suas obras, suas reações e seus atributos.

Os primeiros cristãos não tiveram dificuldades em reconhecer  tudo isto, mas vieram outras gerações que não conheceram os primeiros apóstolos e Paulo. Como no tempo dos hebreus, após a morte de Moisés e Josué, o povo se corrompeu, a igreja também, após os apóstolos, deixou que heresias penetrassem em seu meio e a doutrina verdadeira foi corrompida. A partir do Concílio de Niceia. Iniciou-se uma tentativa de formulação da doutrina pneumatológica e na segunda metade do século IV foi mais desenvolvida para corrigir os heréticos de então.

 

I - O ESPÍRITO SANTO

O ESPÍRITO SANTO É DEUS.

Uma das citações bíblicas de maior clareza que comprova que o ESPÍRITO SANTO é DEUS está em Atos 5.1-4

Mas um certo homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade, E reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos. Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS. Atos 5:1-4 - A DEUS - O ESPÍRITO SANTO É DEUS.

 

1. A revelação divina.

a- A Bíblia mostra que no Antigo Testamento houve uma mais clara manifestação da pessoa de DEUS PAI, ficando um tanto obscura a presença do Filho JESUS e do ESPÍRITO SANTO, nesta época. O judeus entendiam DEUS como unicamente sendo o PAI. Adotaram o Shemá e não viam nele a Trindade.

b- No Novo Testamento, mais precisamente nos evangelhos, temos a clara manifestação da pessoa do Filho JESUS que veio pessoalmente à Terra, em forma corpórea como ser humano, se fazendo em tudo semelhante aos homens (com exceção do pecado).

c- Também no Novo Testamento e em nossos dias, temos uma farta revelação da manifestação da pessoa do ESPÍRITO SANTO como DEUS. Ele foi enviado por JESUS, Mora conosco e em nós, nos ajuda em tudo para o sucesso de nossa vida cristã.

O Senhor JESUS revelou o Pai (Jo 1.18), e o ESPÍRITO SANTO é quem revela o Filho (Jo 16.141 Co 12.3).

 

 

2. O esquecimento.

A bíblia possui inúmeros versículos que nos revela a identidade do ESPÍRITO SANTO - comprovam sua deidade (Divindade; qualidade de divino) do ESPÍRITO SANTO. Sua personalidade é revelada em seus atributos e ações. Seu relacionamento com o PAI nos indica tanto sua deidade como sua personalidade e nos fornece sua identidade.

Assim como o PAI e o Filho JESUS, o ESPÍRITO SANTO é mencionado, na Bíblia, desde Gênesis 1.2 até Apocalipse 22.17. Isso nos revela sua importância na trindade.

E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o ESPÍRITO de DEUS se movia sobre a face das águas. Gênesis 1.2

E o ESPÍRITO e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.  Apocalipse 22.17

Com o passar dos anos nações inteiras foram evangelizadas - muitos eram os novos convertidos e nenhum deles conheceu pessoalmente JESUS e nem os apóstolos. O verdadeiro ensino estava corrompido. Havia denominações que nem reconheciam JESUS como DEUS e muito menos o ESPÍRITO SANTO.  Havia a necessidade de se corrigir as heresias e formular um credo de acordo com os ensinos de JESUS e dos apóstolos. Daí surgiram os concílios. O primeiro concílio aconteceu em Jerusalém, ainda no tempo dos primeiros apóstolos, para corrigir erros doutrinários e o constante debate entre Paulo e os judaizantes - Veja Atos 15. Após 100 anos houve a necessidade de se convocar novos concílios, o que foi providenciado. Esses concílios eram patrocinados por Imperadores, políticos hereges, mas DEUS colocou lá dentro seus servos fiéis e atentos nas decisões doutrinárias. Eles puderam participar e influenciar suas decisões. Dentre os principais destacam-se estes:

I Concílio de Niceia I, convocado no ano 325, II Concílio de Constantinopla I, do ano 381, III Concílio de Éfeso, do ano 431, IV Concílio de Calcedônia, do ano 451, V Concílio de Constantinopla II, do ano 553,

 

3. O ESPÍRITO SANTO e os primeiros cristãos.

A primeira geração não teve problemas em reconhecer o ESPÍRITO SANTO como DEUS - eram cheios do ESPÍRITO SANTO, eram acostumados a orar 3 horas por dia, a jejuarem pelo menos dois dias por semana, a estudar a bíblia pelo menos 3 horas por dia. Eram todos batizados no ESPÍRITO SANTO e a maioria deles era usada em dons do ESPÍRITO SANTO. Todos ganhavam almas. Era uma geração que tinha líderes cheios do ESPÍRITO SANTO e que marchavam na frente do povo com sinais, prodígios e maravilhas. Após 100 anos a igreja iniciou o declínio espiritual. Seus líderes se comprometeram com a política (imperadores e altos funcionários do reino romano), a oração diminuiu, o jejum sumiu, o estudo da bíblia rareou, o dinheiro apareceu, a avareza aumentou. O povo cristão se corrompeu e as heresias foram introduzidas no meio da Igreja. Começaram a duvidar da trindade e a desacreditar na deidade de JESUS e do ESPÍRITO SANTO.

 

II - A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO À LUZ DA BÍBLIA

1. A divindade declarada.

Ora, o Senhor é o ESPÍRITO; e onde está o ESPÍRITO do Senhor, aí há liberdade.
Aqui a palavra “Senhor” está indicando o ESPÍRITO SANTO.

ESPÍRITO do SENHOR ou o ESPÍRITO de DEUS são nomes atribuídos ao ESPÍRITO SANTO. Isaías 11:2, repousará sobre Ele; 1 Samuel 16:14, retirou-se de Saul; 2 Samuel 23:2, falou por mim; Juízes 13:25, incitava Sansão; 2 Crônicas 15:1, ESPÍRITO de DEUS; 2 Crônicas 20:14, veio na congregação; Ezequiel 37:1, pôs Ezequiel no meio de um vale; 1 Coríntios 6:11, ESPÍRITO do nosso DEUS; Atos 8:39, arrebatou a Filipe; 2 Coríntios 3:18, transformados de glória em glória; Lucas 4:18, é sobre mim; etc...

 Podemos notar que muitas vezes os nomes "DEUS" e "ESPÍRITO SANTO" aparecem alternadamente na Bíblia, indicando a deidade do ESPÍRITO SANTO: "Por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO, e retivesses parte do preço da herdade? [...] Não mentiste aos homens, mas a DEUS" (At 5.3,4b).

 Veja o que o apóstolo Paulo afirma sobre o ESPÍRITO SANTO -  "Não sabeis vós que sois o templo de DEUS e que o ESPÍRITO de DEUS habita em vós?" (1 Co 3.16).

"Não sabeis vós que sois o templo de DEUS" - Templo de DEUS - morada de DEUS, tabernáculo de DEUS. Paulo diz que é de DEUS, emprega o nome DEUS.

"ESPÍRITO de DEUS  habita em vós?" - Agora diz que esse DEUS é o ESPÍRITO SANTO que habita no templo.

 No Antigo Testamento também esta linguagem era usada, mas não muito observada pelos judeus. Os judeus, assim como muitos hoje, também entendiam que o ESPÍRITO SANTO era somente um poder, uma unção, e não DEUS. Somente alguns poucos entendiam que o ESPÍRITO SANTO era DEUS. Exemplo destes são Samuel, Davi, Elias, Elizeu, etc...

"O ESPÍRITO do SENHOR falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca. Disse o DEUS de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou" (2 Sm 23.2,3).

Também ungirás a Arão e seus filhos, e os santificarás para me administrarem o sacerdócio. Êxodo 30:30

 É nessa linguagem que a Bíblia diz que o ESPÍRITO SANTO é DEUS.

 

2. A divindade revelada.

Onde aparece na bíblia o PAI, o Filho JESUS e o ESPÍRITO SANTO (construções tripartidas), isso nos mostra claramente a divindade e consubstancialidade do ESPÍRITO SANTO com o PAI, o Filho JESUS. Veja exemplos em: Mt 28.19, 1 Co 12.4-6; 2 Co 13.13; Ef 4.4-6; 1 Pe 1.2.

a - Na bênção apostólica - "A graça do Senhor JESUS CRISTO, e o amor de DEUS, e a comunhão do ESPÍRITO SANTO seja com vós todos" (2 Co 13.13).

b - No louvor - "E clamavam uns para com os outros, dizendo: SANTO [DEUS], SANTO [JESUS], SANTO [ESPÍRITO SANTO] é o Senhor dos Exércitos: toda a terra está cheia da sua glória" (Is 6.3).

c - No batismo - "Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO..." (Mt 28.19).

d - Nos dons - "Ora há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Se­nhor [JESUS] é o mesmo. E há diversidade de opera­ções, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos" (1 Co 12.4-6).

e - Na unidade da fé - "Há um só... ESPÍRITO... um só Senhor [JESUS]... um só DEUS e Pai de todos..." (Ef 4.4,6).

f - No testemunho - "Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o ESPÍRITO SANTO; e estes três são um" (1 Jo 5.7).

g- Na Eleição - Eleitos segundo a presciência de DEUS Pai, em santificação do ESPÍRITO, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: Graça e paz vos sejam multiplicadas. 1 Pedro 1:2

 

O ESPÍRITO penetra todas as coisas, até mesmo as profundezas de DEUS (1 Co 2.10,11)

Na trindade o ESPÍRITO SANTO parece fazer a ligação entre o PAI e o Filho JESUS e vemos isso no tetragrama com as letras que compõem o nome de DEUS, as quatro consoantes, YHWH. Esse H, parece indicar a ligação do ESPÍRITO SANTO na Trindade entre as três pessoas. (Interpretação minha).

Esse mesmo H parece ser enviado ao nome de alguém como Abrahão (nas diversas línguas tem um H que veio de DEUS, não no português) - Em inglês, por exemplo, Abraham.

Sabemos que o poder para se realizar obras está no ESPÍRITO SANTO. ´E chamado por JESUS de Dedo de DEUS. (

O contexto é - dará o Pai celestial o ESPÍRITO SANTO àqueles que lho pedirem? Lucas 11:13a
E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam vossos filhos? Eles, pois, serão os vossos juízes.
Mas, se eu expulso os demônios pelo dedo de DEUS, certamente a vós é chegado o reino de DEUS. Lucas 11:19,20

Mas, se eu expulso os demônios pelo ESPÍRITO de DEUS, logo é chegado a vós o reino de DEUS. Mateus 12:28
O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, Lucas 4:18

JESUS o chama de "outro Consolador" (Jo 14.16).

 

OUTRO

JESUS prometeu dar aos seus discípulos “outro Consolador” (Jo 14.16). A palavra “outro” aqui corresponde ao original grego “allos”, que significa “outro”, mas da mesma natureza, da mesma espécie e da mesma qualidade. As Pessoas da deidade eternamente são coexistentes em uma união perfeita de uma só natureza, substância e essência.

 

CONSOLADOR

João 14.16 O CONSOLADOR. JESUS chama o ESPÍRITO SANTO de "Consolador". Trata-se da tradução da palavra grega parakletos, que significa literalmente "alguém chamado para ficar ao lado de outro para o ajudar". É um termo rico de sentido, significando Consolador, Fortalecedor, Conselheiro, Socorro, Advogado, Aliado e Amigo. O termo grego para "outro" é, aqui, allon, significando "outro da mesma espécie", e não heteros, que significa outro, mas de espécie diferente. Noutras palavras, o ESPÍRITO SANTO dá prosseguimento ao que CRISTO fez quando na terra. (1) JESUS promete enviar outro Consolador. O ESPÍRITO SANTO, pois, faria pelos discípulos, tudo quanto CRISTO tinha feito por eles, enquanto estava com eles. O ESPÍRITO estaria ao lado deles para os ajudar (cf. Mt 14. 30,31), prover a direção certa para suas vidas (v. 26), consolar nos momentos difíceis (v. 18), interceder por eles em oração (Rm 8.26,27; cf. 8.34) e permanecer com eles para sempre. (2) A palavra parakletos é aplicada ao Senhor JESUS em 1 Jo 2.1. JESUS, portanto, é nosso Ajudador e Intercessor no céu (cf. Hb 7.25) enquanto o ESPÍRITO SANTO é nosso Ajudador e Intercessor, habitando em nós, aqui na terra (Rm 8.9,26; 1 Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16; 2 Tm 1.14).

 

Dicionário Strong em Português - παρακλητος parakletos
1) chamado, convocado a estar do lado de alguém, esp. convocado a ajudar alguém
1a) alguém que pleiteia a causa de outro diante de um juiz, intercessor, conselheiro de defesa, assistente legal, advogado
1b) pessoa que pleiteia a causa de outro com alguém, intercessor
1b1) de CRISTO em sua exaltação à mão direita de DEUS, súplica a DEUS, o Pai, pelo perdão de nossos pecados
1c) no sentido mais amplo, ajudador, amparador, assistente, alguém que presta socorro
1c1) do SANTO ESPÍRITO, destinado a tomar o lugar de CRISTO com os apóstolos (depois de sua ascensão ao Pai), a conduzi-los a um conhecimento mais profundo da verdade evangélica, a dar-lhes a força divina necessária para capacitá-los a sofrer tentações e perseguições como representantes do reino divino

AJUDADOR é a melhor interpretação, sendo que Ele é nosso intercessor na terra (...ESPÍRITO intercede por nós com gemidos inexprimíveis. Romanos 8:26), enquanto JESUS o é no céu (o qual está à direita de DEUS, e também intercede por nós. Romanos 8:34), Ele é nosso advogado na Terra (como haveis de responder; Lucas 21:14), enquanto JESUS o é no céu (Advogado para com o Pai, JESUS CRISTO, o justo. 1 João 2:1):

 

O ESPÍRITO SANTO NOS AJUDA:

- Nos ajuda a orar - Romanos 8:26

- Nos ajuda a entender a Bíblia, nos ensina - João 14.26

- Nos ajuda a lembrar - João 14.26

- Nos ajuda a falar quando não sabemos o que dizer - Lucas 12.12

- Nos ajuda a ganhar almas - João 16.8

- Nos ajuda a saber o futuro - João 16.13

- Nos ajuda nos Guiando - João 16.13

 

3. Obras divinas.

Suas obras o revelam como DEUS. Seu poder é utilizado para realização das obras divina desde a criação (Gn 1.2).

JESUS se utilizou desse poder que o ESPÍRITO SANTO tem para realizar suas obras maravilhosas aqui na Terra e ser guiado por Ele.

(Então, pela virtude do ESPÍRITO, voltou JESUS para a Galileia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor. Lucas 4:14; O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor. Lucas 4:18,19; E toda a multidão procurava tocar-lhe, porque saía dele virtude, e curava a todos. Lucas 6:19; Mas, se eu expulso os demônios pelo ESPÍRITO de DEUS, logo é chegado a vós o reino de DEUS. Mateus 12:28;  E aconteceu que, num daqueles dias, estava ensinando, e estavam ali assentados fariseus e doutores da lei, que tinham vindo de todas as aldeias da Galileia, e da Judéia, e de Jerusalém. E a virtude do Senhor estava ali para os curar. Lucas 5:17).
 

O ESPÍRITO SANTO é o Criador do Universo e dos seres humanos junto com o PAI e o Filho JESUS (Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30).

O ESPÍRITO SANTO gerou JESUS como homem (Mt 1.20; Lc 1.35) e o ressuscitou dentre os mortos (1 Pe 3.18); e ressuscitará os fiéis (Rm 8.11).

O ESPÍRITO SANTO também é Senhor da Igreja, instituindo bispos (At 20.28); participante do novo nascimento (Jo 3.5,6); também é doador da vida (Ez 37.14), Ele regenera o pecador (Tt 3.5) e distribui os dons espirituais como quer (1 Co 12.7-11).

Assim, o Credo Niceno-Constantinopolitano declara para confirmar a bíblia: "E no ESPÍRITO SANTO, o Senhor e Vivificador, o que procede do Pai e do Filho, o que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, o que falou por meio dos profetas".

 

III - OS ATRIBUTOS DA DIVINDADE

Os atributos da divindade se dividem entre atributos incomunicáveis (só DEUS os possui e os pode revelar) – o ser humano não os possui), e também os atributos comunicáveis que são transferidos aos

crentes para que possam ter uma vida cristã sadia. O ESPÍRITO SANTO É SENHOR - 2 Coríntios 3.17.

 

1. Alguns atributos incomunicáveis.

Atributos incomunicáveis (só DEUS os possui e os pode revelar) – O ESPÍRITO SANTO comunica esses atributos por meio dos dons espirituais, como por exemplo, o dom Palavra de Sabedoria que é comunicada sobrenaturalmente revelando alguma coisa no futuro, dentro da onisciência de DEUS (Ex. E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo ESPÍRITO, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César. Atos 11:28). Já a onipresença é manifestada no dom Palavra de Conhecimento ou da ciência como em 2 Reis 6:12 (E disse um dos servos: Não, ó rei meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas no teu quarto de dormir). A onipotência  é revelada nos dons de poder, Fé, Milagres e Dons de Curar.

Os homens em si mesmo não possuem esses atributos. São exclusivos de DEUS. O ESPÍRITO SANTO os possui.

São eles, os principais:

Atributo que pertence exclusivamente a divindade (Rm 1.23; Hb 1.11).
a) Onipresença. Ele está presente em todos os lugares ao mesmo tempo (Sm 139.7-10; I Co 2.10).. Não podemos fugir à sua presença (Sl 139.7). Como ê bom saber que podemos contar com a sua companhia em todo o tempo.

Atentemos para duas ênfases contidas nesses textos que evidenciam a onipresença do ESPÍRITO: “Para onde me irei do teu ESPÍRITO, ou para onde fugirei da tua face?” e “O ESPÍRITO penetra todas as coisas, ainda as profundezas de DEUS”.


b) Onisciência. O ESPÍRITO SANTO tudo sabe e tudo conhece. Ele nos sonda e nos prova quanto às intenções de nosso coração (1 Co 2.10). Ninguém pode mentir àquEle que sabe toda a verdade. Lembra-se de Ananias e Safira? Nada escapa ao conhecimento do ESPÍRITO SANTO. Sua compreensão é infinita. Ele tudo sabe e nada ignora (Sl 139.2.11,13).

Esta é mais uma evidência da deidade do ESPÍRITO SANTO, o qual sabe e conhece todas as coisas (I Co 2.10,11). Isso é um fato solene, mormente se considerarmos que Ele habita em nós: “habita convosco, e estará em vós” (Jo 14.17). A primeira parte dessa declaração de JESUS indica a permanência do ESPÍRITO SANTO em nós (“habita convosco”); e a segunda, a sua presença constante dentro de nós (“e estará em vós”).

Alguém pode habitar numa casa e não estar presente nela em determinada ocasião. Porém, o ESPÍRITO SANTO quer estar sempre presente no crente, como uma das maravilhas dessa “tão grande salvação” (Hb 2.3).


c) Onipotência. Ele é DEUS. Não há impossíveis para o ESPÍRITO SANTO. O homem é limitado, mas o Consolador tudo pode fazer e o maior milagre que Ele opera no homem ê o do novo nascimento (Jo 3.3).

O divino Consolador tem pleno poder sobre todas as coisas (Sm 104.30)

O ESPÍRITO SANTO tem poder próprio. Ê dEle que flui a vida, em suas dimensões e sentidos bem como o poder de DEUS (SI 104.30; Ef 3.16; At 1.8). Isso é uma evidência da deidade do ESPÍRITO SANTO. Ele tem autoridade e poder inerentes, como vemos em toda a Bíblia, máxime em o Novo Testamento.

Em I Coríntios 2.4, na única referência (no original) em que aparece o termo traduzido por “demonstração do ESPÍRITO SANTO”, designa-se literalmente uma demonstração operacional, prática e imediata na mente e na vida dos ouvintes do evangelho de CRISTO. E isso ocorre pela poderosa ação persuasiva e convincente do ESPÍRITO, cujos efeitos transformadores foram visíveis e incontestáveis na vida dos ouvintes de então, confirmando o evangelho pregado pelo apóstolo Paulo (I Co 2.4,5).

Era nítido o contraste entre a ação poderosa do ESPÍRITO e os métodos secos e repetitivos dos mestres e filósofos gregos da época, que tentavam convencer e conseguir admiradores e discípulos mediante demonstrações encenadas de retórica, dialética e argumentação filosófica; isto é, “sabedoria dos homens” (v.5). Que diferença faz o evangelho de poder do Senhor JESUS CRISTO, o qual “é o poder de DEUS para a salvação de todo o que crê” (Rm 1.16).

Paulo reconhecia que os mestres gregos o superavam em capacidade acadêmica e humana (2 Co 10.10; 11.6). Mas a sabedoria, a oratória e a argumentação filosófica deles era tão-somente um espetáculo teatral, vazio, que atingia apenas os sentidos dos espectadores. No apóstolo Paulo, ao contrário, operava, nesse sentido, o poder de DEUS (I Co 2.4,5; Cl 1.29; I Ts 1.5; 2 Co 13.10).

O poder do ESPÍRITO SANTO, que evidencia a sua deidade, é também revelado em passagens como Lucas 1.35, Jó 26.13 e 33.4, Salmos 33.6 e Gênesis 1.1,2. Esse divino poder, como já afirmamos, é liberado através da pregação do evangelho de CRISTO:

Na conversão dos ouvintes (Ato 2.37,38).

No batismo com o ESPÍRITO SANTO para os novos crentes (Ato 10.44).

Na expulsão de Espíritos malignos (At 8.6,7; Lc 11.20).

Na cura divina dos enfermos (Ato 3.6-8).

Na obediência dos crentes ao Senhor (Rm 16.19).

 

d) Eternidade. Ele é infinito em existência; sem princípio; sem fim; sem limitação de tempo (Hb 9.14). Ele estava presente no princípio, quando todas as coisas foram criadas (Gn 1.1,2).

Outros atributos. O ESPÍRITO de DEUS é denominado Senhor (2 Co 3.16-18); é descrito como Criador (Jó 26.13; 33.4; Sm 33.4; 104.3; Gn 1.1,2; Ez 37.9,10); e é classificado e mencionado juntamente com o Pai e o Filho, o que, claramente, é uma grande evidência da sua divindade.

 

2. Alguns atributos comunicáveis.

a) O ESPÍRITO SANTO é santo. "SANTO" não como que tendo recebido esta santidade externamente, mas como consequência direta de sua natureza santa. ELE mesmo é santo.  Ele nos santifica (Rm 15.16; 1 Co 6.11).

b) O Fruto do ESPÍRITO e suas 9 qualidades é um atributo do ESPÍRITO SANTO que nos comunica suas virtudes. Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Gálatas 5:22.

c) Os dons do ESPÌRITO SANTO são também seus atributos que nos capacita a fazer a obra a de DEUS, reúne multidões para ouvir o evangelho e confirma nossa pregação como advinda de DEUS. Aí há muitas conversões com o ESPÌRITO SANTO os convencendo do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8).

Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo ESPÍRITO é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a palavra da ciência; E a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, os dons de curar; E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. 1 Coríntios 12:7-11

Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros, e os queimaram na presença de todos e, feita a conta do seu preço, acharam que montava a cinqüenta mil peças de prata. Atos 19:19 - E, apegando-se o coxo, que fora curado, a Pedro e João, todo o povo correu atônito para junto deles, ao alpendre chamado de Salomão Atos 3:11

E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém. Marcos 16:20

 

  

3. O ESPÍRITO SANTO e a Trindade.

Terceira Pessoa da Trindade

DEUS é uno e, ao mesmo tempo, Triúno (Gn 1.1,26; 3.22; 11.7; Dt 6.4; 1 Jo 5.7 . O Pai, o Filho e o ESPÍRITO são três divinas e distintas Pessoas. São verdades bíblicas que transcendem a razão humana e as aceitamos alegremente pela fé. A fé em DEUS deve preceder a doutrina (I Tm 4.6).

Se a unidade composta do homem — ESPÍRITO, alma e corpo — continua como um fato inexplicável para a ciência e para os homens mais sábios e santos, quanto mais a triunidade do Pai, do Filho e do ESPÍRITO SANTO!

As três divinas Pessoas da Trindade são coeternas e iguais entre si. Mas, em suas operações concernentes à criação e à redenção, DEUS, o Pai, planejou a criação de tudo (Ef 3.9); DEUS, o Filho, executou o plano, criando (Jo 1.3Cl 1.16Hb 1.211.3); e DEUS, o ESPÍRITO SANTO, vivificou, ordenou, pôs tudo, todo o universo, em ação: desde a partícula infinitesimal e invisível até ao super-macroscópico objeto existente (Jó 33.4Jo 6.63Gl 6.8Sm 33.6Tt 3.5). Ou seja, o Pai domina, o Filho realiza, e o ESPÍRITO SANTO vivifica, preserva e sustenta.

Na redenção da humanidade, o Pai planejou a salvação, no céu; o Filho consumou-a, na terra; e o ESPÍRITO SANTO realiza e aplica essa tão grande salvação à pessoa humana. Entretanto, num exame cuidadoso da Bíblia vemos que, em qualquer desses atos divinos, as três Pessoas da Trindade estão presentes.

Uma tentativa de definição do trino DEUS é: DEUS Pai é a plenitude da divindade invisível (Jo 1.18). DEUS Filho é a plenitude da divindade manifesta (Jo I7). DEUS ESPÍRITO SANTO é a plenitude da divindade operando na criatura (I Co 2.12-16).

Para os sentidos físicos do homem, por condescendência de DEUS, vemos as três Pessoas da Trindade no batismo de JESUS. O Pai eterno falou do céu, o ESPÍRITO SANTO desceu em forma visível de pomba — uma alegoria —, e o Filho estava sendo batizado no rio Jordão, para cumprir toda a justiça (Mt 3.16,17).

 

 

IV - PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO

1. As faculdades da personalidade.

O ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA DA TRINDADE

UMA PESSOA SE ENTRISTECE

E não entristeçais o ESPÍRITO SANTO de DEUS, no qual estais selados para o dia da redenção. Efésios 4:30

UMA PESSOA FALA

E disse o ESPÍRITO a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro. Atos 8:29

E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Atos 13:2

Bem falou o ESPÍRITO SANTO a nossos pais pelo profeta Isaías, Atos 28:25b

Portanto, como diz o ESPÍRITO SANTO: Se ouvirdes hoje a sua voz, Hebreus 3:7

E disse-me o ESPÍRITO que fosse com eles, nada duvidando; e também estes seis irmãos foram comigo, e entramos em casa daquele homem; Atos 11:12.

UMA PESSOA SE ALEGRA

Naquela mesma hora se alegrou JESUS no ESPÍRITO SANTO, Lc 10.21

Com gozo do ESPÍRITO SANTO. 1 Tessalonicenses 1:6b

Porque o reino de DEUS não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no ESPÍRITO SANTO. Romanos 14:17

UMA PESSOA QUE CONSTITUI LÍDERES

Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO vos constituiu bispos. Atos 20.28a

O ESPÍRITO SANTO DÁ DONS COMO QUER

Porque a um pelo ESPÍRITO é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a palavra da ciência; E a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, os dons de curar; E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. 1 Coríntios 12:7-11

A graça do Senhor JESUS CRISTO, e o amor de DEUS, e a comunhão do ESPÍRITO SANTO seja com todos vós. Amém. 2 Coríntios 13:14

O ESPÍRITO SANTO ENSINA E FAZ LEMBRAR

As quais também falamos, não com palavras que a sabedoria humana ensina, mas com as que o ESPÍRITO SANTO ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. 1 Coríntios 2:13.

Mas aquele Consolador, o ESPÍRITO SANTO, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. João 14:26

ESPÍRITO SANTO DÁ TESTEMUNHO TANTO NO CÉU COMO NA TERRA, TANTO COM O PAI, QUANTO COM O FILHO.

Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o ESPÍRITO SANTO; e estes três são um. E três são os que testificam na terra: o ESPÍRITO, e a água e o sangue; e estes três concordam num1 João 5:7,8.

 

Personalidade

• Atributos de personalidade: a) inteligência (capacidade de conhecimento) — 1 Co 2.10 comparado com Is 11.2; b) vontade própria (capacidade de escolha) — 1 Co 12.11; c) sensibilidade (capacidade de emoção) — Ef 4.30; Rm 15.30.

• Atividades pessoais exercidas pelo ESPÍRITO SANTO: a) ensina — Jo 14.26; b) testifica — Jo 15.26; c) guia — Rm 8.14; d) convence — Jo 16.7,8; e) contende — Gn 6.3; f) ordena e dirige — At 8.29; 13.1,3; g) intercede — Rm 8.26, 34; h) realiza milagres — At 8.39.

• ESPÍRITO SANTO contradiz as regras de gramática — Palavra grega pneuma (espírito) é do gênero neutro. Uso de 3 espécies de pronomes, todos do gênero masculino: a) pronome demonstrativo masculino — Jo 16.13,14 (este, esse, aquele); b) pronomes relativos masculinos — Jo 15.26 e Ef 1.14 (que, o qual); c) pronome pessoal masculino — Jo 16.6,8 (vo-lo enviarei).

• Farta identificação pessoal - textos: Jo 14.16,17,26, 15.26, 16.7,13; At 1.8, 5.9,32, 8.18, 10.19,29,47, 13.2, 19.6; Rm 8.16; 1 Co 2.10,11; 2 Co 3.17; Ap 2.11,29; 3.6,13,22. O nome JESUS é encontrado 905 vezes no NT, algumas vezes sem artigo. Símbolos do ESPÍRITO SANTO nas suas atividades: água, fogo, pomba, azeite. JESUS: porta (Jo 10.9), videira (Jo 15.1), caminho (Jo 14.6), etc. ESPÍRITO SANTO é pessoa tanto quanto JESUS.(http://www.cacp.org.br/a-deidade-do-espirito-santo)

 

A Personalidade do ESPÍRITO SANTO

A Bíblia apresenta o ESPÍRITO SANTO como um Ser dotado de personalidade, isto é, que possui ou contém em si mesmo os elementos de existência pessoal, em contraste com a existência impessoal

Pode-se dizer que a personalidade existe quando se encontram em uma única combinação, inteligência, emoção e volição, ou ainda autoconsciência e autodeterminação. Deste modo, ao usarmos o termo "pessoa", aplicando-o aos membros da Trindade, deve ser entendido em sentido qualitativo ou limitado, e não em organismos separados, confundindo-o com corporalidade, conforme usamos o termo em relação ao homem.

A Bíblia mostra a personalidade do ESPÍRITO SANTO quando diz que:

Ele cria e dá vida (Jó 33.4).

Ele nomeia e comissiona ministros (Is 48.16At 13.220.28).

Ele dirige onde os ministros devem pregar (At 16.6,7).

Ele instrui o que os ministros devem pregar (1 Co 2.14).

Ele falou através dos profetas (At 1.161 Pd 1.11,122 Pd 1.21).

Ele contende com os pecadores (Gn 6.3).

Ele reprova (Jo 16.8).

Ele consola (At 9.31).

Ele nos ajuda em nossas fraquezas (Rm 8.26).

Ele ensina (Jo 14.261 Co 12.3).

Ele guia (Jo 16.13).

Ele santifica (Rm 15.161 Co 6.11).

Ele testifica de CRISTO (JO 15.26).

Ele glorifica a CRISTO (Jo 16.14).

Ele tem poder próprio (Rm 15.13).

Ele sonda tudo (Rm 11.33,341 Co 10,11).

Ele age segundo a sua vontade (1 Co 12.11).

Ele habita com os Santos (Jo 14.17).

Ele pode ser entristecido (Ef 4.30).

Ele pode ser envergonhado (Is 63.10).

Ele pode sofrer resistência (At 7.51).

Ele pode ser tentado (At 5.9).

 

2. Reações do ESPÍRITO SANTO.

O ESPÍRITO SANTO É QUEM DETÉM O ANTICRISTO

Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama DEUS, ou se adora; de sorte que se assentará, como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer DEUS. Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco? E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora o retém até que do meio seja tirado; E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; 2 Tessalonicenses 2:3-8 - O ESPÍRITO SANTO É QUEM DETÉM O ANTICRISTO PARA QUE NÃO REINE ANTES DA HORA CERTA - DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO.

2 Tessalonicenses - 2.7 - Comentários Bíblicos TT W. W. Wiersbe

Por que Satanás não consegue revelar antes o "homem da iniquidade"? Porque DEUS está refreando as forças do mal no mundo de hoje. Satanás não pode fazer o que bem entende, quando bem entende. Nosso Senhor soberano é capaz de fazer até a ira do homem louvá-lo: "e do resíduo das iras te cinges" (Sl 76:10). Em 2 Tes 2:67, Paulo menciona uma força repressora que hoje está colaborando para que os acontecimentos sigam o cronograma.

O que ou quem é esse repressor? Paulo explicou isso aos tessalonicenses quando os ensinou pessoalmente, mas não incluiu essa informação em nenhuma das cartas. O repressor está atuando hoje no mundo e continuará em ação até que seja "tirado do meio deles" (2 Ts 2:7b).

Convém observar que, em 2 Tes 2:6, Paulo refere-se ao repressor de modo neutro ("o que o detém"), enquanto em 2 Tes 2:7, usa o gênero masculino ("aquele que agora o detém"). O repressor é um indivíduo que se encontra presente em nosso meio, mas que, um dia, será "afastado".

Vários estudiosos da Bíblia identificam o repressor como o ESPÍRITO SANTO de DEUS. Sem dúvida, ele faz parte do plano de DEUS e opera no meio da Igreja cumprindo os propósitos de DEUS. Quando a Igreja for arrebatada, o ESPÍRITO SANTO não será removido do mundo (do contrário, ninguém poderia ser salvo durante a Tribulação), mas será afastado de modo que Satanás e suas hostes possam atuar. Por certo, o ESPÍRITO SANTO estará presente na Terra durante o Dia do Senhor, mas não agirá mais refreando o mal como faz hoje.

Apesar das fraquezas e dos aparentes fracassos da Igreja, não se deve jamais subestimar sua importância no mundo. As pessoas que criticam a Igreja não se dão conta de que a presença do povo de DEUS neste mundo dá aos não salvos a oportunidade de receber a salvação. A presença da Igreja adia a vinda do julgamento. Ló não era um homem consagrado ao Senhor, mas foi sua presença em Sodoma que refreou a ira de DEUS {Gn 19:12-29). Há dois planos em ação no mundo de hoje: o plano de DEUS para a salvação e o plano de Satanás para o pecado, o "mistério da iniquidade". DEUS tem um cronograma para seu plano, e Satanás não pode fazer coisa alguma para mudá-lo. Assim como houve uma "plenitude do tempo" para a vinda de CRISTO (Gl 4:4), também haverá uma "plenitude do tempo" para o surgimento do anticristo, e nada acontecerá fora do cronograma divino. Uma vez que o ministério repressor do ESPÍRITO de DEUS tiver chegado ao fim, o acontecimento seguinte poderá ocorrer.

 

O ESPÍRITO SANTO reage quando é confrontado, quando é entristecido, quando é desrespeitado, quando é desobedecido. isso é mais uma prova de  sua personalidade como pessoa da Trindade, como DEUS.
Pedro obedeceu ao ESPÍRITO SANTO (At 10.19,21). Ananias mentiu ao ESPÍRITO SANTO (At 5.3). Estêvão disse que os judeus sempre resistiram ao ESPÍRITO SANTO (At 7.51). O apóstolo Paulo nos recomenda não entristecer o ESPÍRITO SANTO (Ef 4.30); os fariseus blasfemaram contra o ESPÍRITO SANTO (Mt 12.29-31); os cristãos são batizados em nome do ESPÍRITO SANTO (Mt 28.19).

Muitas vezes podemos perceber que nossa alegria e até mesmo nossa pregação tão bem-preparada desaparecem de repente no púlpito. É a sensibilidade do ESPÍRITO SANTO. ELE reage a alguma coisa que fizemos ou dissemos e não lhe agradou. Por exemplo: quando assistimos futebol antes de ir pregar na igreja. Quando discutimos e brigamos com nossa esposa ou filhos antes de nos congregar, quando fofocamos nas redes sociais antes do culto ou durante o mesmo, Etc... Cada um deve perceber que o ESPÍRITO SANTO reage aos mínimos detalhes do nosso comportamento cristão.

 

BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO

E a todo aquele que proferir uma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; mas ao que blasfemar contra o ESPÍRITO SANTO, não lhe será perdoado. Lucas 12.10

Blasfêmia é atribuir a Satanás o que o ESPÍRITO SANTO faz

A Blasfêmia geralmente é o desejo de "eliminar DEUS do próprio coração"

Quando alguém blasfema nem sente mais que DEUS existe - nunca mais entra numa igreja. Se torna inimigo de DEUS.
Blasfêmia  - (Strong português) - βλασφημεω - blasphemeo
1) falar de modo repreensível, injuriar, insultar, caluniar, blasfemar
2) ser mal falado por, injuriado, insultado

BEP - CPAD - 12.31 BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO. A blasfêmia contra o ESPÍRITO SANTO é a rejeição contínua e deliberada do testemunho que o ESPÍRITO SANTO dá de CRISTO, da sua Palavra e da sua obra de convencer o homem, do pecado (cf. Jo 16.7-11). Aquele que rejeita a voz do ESPÍRITO e se opõe a ela, afasta de si mesmo o único recurso que pode levá-lo ao perdão o ESPÍRITO SANTO. Os passos que levam à blasfêmia contra o ESPÍRITO:

(1) entristecer o ESPÍRITO. Se isto for contínuo, levará à resistência ao ESPÍRITO (Ef 4.30);

(2) resistir ao ESPÍRITO leva ao apagamento do ESPÍRITO dentro da pessoa (1 Ts 5.19);

(3) apagar o ESPÍRITO leva ao endurecimento do coração (Hb 3.8-13);

(4) o endurecimento do coração leva a uma mente réproba e depravada, a ponto de chamar o bem de mal e o mal de bem (Rm 1.28Is 5.20). Quando o endurecimento do coração atinge certa intensidade que somente DEUS conhece, o ESPÍRITO já não contenderá para levar aquela pessoa ao arrependimento (cf. Gn 6.3; ver Dt 29.18-211 Sm 2.25Pv 29.1). Quanto àqueles que se preocupam pensando que já cometeram o pecado imperdoável, a sua disposição de se arrependerem e quererem o perdão, é evidência de que não cometeram o tal pecado imperdoável.

Para pessoa que fala “contra o ESPÍRITO SANTO” não há perdão. (Comentário NT Kestimaker e Hendriksen).

Por que não? Aqui, como sempre quando o próprio texto não é imediatamente claro, o contexto histórico deve ser nosso guia. Veja Lucas 11.1518Marcos 3.22; cf. João 7.208.485210.20. Dele aprendemos que os amargos adversários de JESUS estiveram atribuindo a Satanás o que o ESPÍRITO SANTO fazia por meio de JESUS. Além disso, eles faziam isso voluntariamente, deliberadamente. A despeito de todas as evidências em contrário, ainda estavam afirmando que JESUS expulsava os demônios pelo poder de Belzebu. Ora, ser perdoado subentende que o pecador se arrependeu verdadeiramente. Entre os oponentes estava totalmente ausente esse pesar genuíno pelo pecado. Em lugar do arrependimento, puseram o endurecimento; em lugar da confissão, conspiração. E assim, por meio de sua própria dureza criminosa e completamente injustificada, estavam se condenando a si próprios.

 

CONCLUSÃO

O ESPÍRITO SANTO tem na Bíblia toda a revelação divina de que é DEUS. Houve um esquecimento das doutrinas básicas de nossa fé, ensinadas pelos apóstolos e também por Paulo e seus auxiliares, por parte da igreja após 100 anos. O ESPÍRITO SANTO era conhecido como DEUS pelos primeiros cristãos. A divindade do ESPÍRITO SANTO à luz da Bíblia é vista na divindade declarada, na divindade revelada e nas obras divinas realizadas pelo ESPÍRITO SANTO. Os atributos da divindade se dividem entre atributos incomunicáveis (só DEUS os possui e os pode revelar) – o ser humano não os possui), e também os atributos comunicáveis que são transferidos aos crentes para que possam ter uma vida cristã sadia. O ESPÍRITO SANTO e a trindade é claramente percebido na Bíblia principalmente na Grande Comissão (Mt 28.19), na Bênção Apostólica ( 2 Co 13.13 ) e em João 5:7,8. . A personalidade do ESPÍRITO SANTO é vista claramente pelas suas  faculdades e reações.

 

 

Comentários de algumas Bíblias, Livros e Dicionários

BEP - CPAD - João 14.16-18; 26

João 14.16 EU ROGAREI AO PAI. JESUS rogou ao Pai que enviasse o Consolador, mas somente àqueles que o amam sinceramente e que se dedicam à sua Palavra. JESUS emprega o tempo presente em "Se me amardes"(v. 15), ressaltando assim uma atitude contínua de amor e de obediência.

 

14.16 O CONSOLADOR. JESUS chama o ESPÍRITO SANTO de "Consolador". Trata-se da tradução da palavra grega parakletos, que significa literalmente "alguém chamado para ficar ao lado de outro para o ajudar". É um termo rico de sentido, significando Consolador, Fortalecedor, Conselheiro, Socorro, Advogado, Aliado e Amigo. O termo grego para "outro" é, aqui, allon, significando "outro da mesma espécie", e não heteros, que significa outro, mas de espécie diferente. Noutras palavras, o ESPÍRITO SANTO dá prosseguimento ao que CRISTO fez quando na terra.

(1) JESUS promete enviar outro Consolador. O ESPÍRITO SANTO, pois, faria pelos discípulos, tudo quanto CRISTO tinha feito por eles, enquanto estava com eles. O ESPÍRITO estaria ao lado deles para os ajudar (cf. Mt 14. 30,31), prover a direção certa para suas vidas (v. 26), consolar nos momentos difíceis (v. 18), interceder por eles em oração (Rm 8.26,27; cf. 8.34) e permanecer com eles para sempre.

(2) A palavra parakletos é aplicada ao Senhor JESUS em 1 Jo 2.1. JESUS, portanto, é nosso Ajudador e Intercessor no céu (cf. Hb 7.25) enquanto que o ESPÍRITO SANTO é nosso Ajudador e Intercessor, habitando em nós, aqui na terra (Rm 8.9,261 Co 3.166.192 Co 6.162 Tm 1.14).

 

14.17 HABITA CONVOSCO E ESTARÁ EM VÓS. CRISTO declara que o ESPÍRITO SANTO habitava agora com os discípulos, e lhes promete que futuramente Ele estaria "em vós". A promessa do ESPÍRITO SANTO para habitar nos fiéis cumpriu-se depois da ressurreição de CRISTO, quando Ele assoprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o ESPÍRITO SANTO" (ver Jo 20.22). A seguir, CRISTO lhes ordenou a aguardarem uma outra experiência no ESPÍRITO SANTO, que lhes daria grande poder para testemunhar. "Mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO, não muito depois destes dias... recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós" (At 1.5,82.4, para a operação do ESPÍRITO SANTO na regeneração do pecador).

 

14.17 O ESPÍRITO DA VERDADE. O ESPÍRITO SANTO é chamado "O ESPÍRITO da verdade" (João 15.2616.13; cf. 1 Jo 4.65.6), porque Ele é o ESPÍRITO de JESUS, que é a verdade (18.37), instrui quanto à verdade, expõe a mentira (At 5.1-9) e guia o crente em toda a verdade (16.13). Aqueles que querem sacrificar a verdade em favor da unidade, do amor, ou outra qualquer razão, negam o ESPÍRITO da verdade, que os tais alegam ter. A igreja que abandona a verdade, abandona a seu Senhor. O ESPÍRITO SANTO não será conselheiro dos que são indiferentes à fé ou a seu compromisso com a verdade. Ele vive somente nos que adoram ao Senhor "em ESPÍRITO e em verdade" (4.24).

 

14.18 VOLTAREI PARA VÓS. JESUS se revela ao crente obediente mediante o ESPÍRITO SANTO, que torna conhecida a presença pessoal de JESUS na, e com a pessoa que o ama (v. 21). O ESPÍRITO nos torna conscientes da presença de JESUS e da realidade do seu amor, bênção e socorro. Essa é uma das suas missões principais. É mediante o ESPÍRITO SANTO que CRISTO vive no crente, que por esta razão deve expressar amor, adoração e dedicação a DEUS.

14.26 O ESPÍRITO SANTO. O Consolador é identificado aqui como o "ESPÍRITO SANTO". Para o crente do NT, o aspecto mais importante do ESPÍRITO não é a sua grandeza, nem é o seu poder (At 1.8), mas a sua santidade. Seu caráter SANTO manifestado na vida dos crentes, é o que mais importa (cf. Rm 1.4Gl 5.22-26).

 

 

A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO - BEP - CPAD

At 5.3,4 “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS.”

É essencial que os crentes reconheçam a importância do ESPÍRITO SANTO no plano divino da redenção. Sem a presença do ESPÍRITO SANTO neste mundo, não haveria a criação, o universo, nem a raça humana (Gn 1.2Jó 26.1333.4Sl 104.30). Sem o ESPÍRITO SANTO, não teríamos a Bíblia (2Pe 1.21), nem o NT (Jo 14.261Co 2.10) e nenhum poder para proclamar o evangelho (1.8). Sem o ESPÍRITO SANTO, não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão neste mundo. Este estudo examina alguns dos ensinamentos básicos a respeito do ESPÍRITO SANTO.

A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO.

Através da Bíblia, o ESPÍRITO SANTO é revelado como Pessoa, com sua própria individualidade (2Co 3.17,18Hb 9.141Pe 1.2). Ele é uma Pessoa divina como o Pai e o Filho (5.3,4). O ESPÍRITO SANTO não é mera influência ou poder. Ele tem atributos pessoais, a saber: Ele pensa (Rm 8.27), sente (Rm 15.30), determina (1Co 12.11) e tem a faculdade de amar e de deleitar-se na comunhão. Foi enviado pelo Pai para levar os crentes à íntima presença e comunhão com JESUS (Jo 14.16-18,26). À luz destas verdades, devemos tratá-lo como pessoa, que é, e considerá-lo DEUS vivo e infinito em nosso coração, digno da nossa adoração, amor e dedicação (ver Mc 1.11).

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO.

(1) A revelação do ESPÍRITO SANTO no AT. Para uma exposição da operação do ESPÍRITO SANTO no AT. (2) A revelação do ESPÍRITO SANTO no NT. (a) O ESPÍRITO SANTO é o agente da salvação. Nisto Ele convence-nos do pecado (Jo 16.7,8), revela-nos a verdade a respeito de JESUS (Jo 14.16,26), realiza o novo nascimento (Jo 3.3-6), e faz-nos membros do corpo de CRISTO (1Co 13). Na conversão, nós, crendo em CRISTO, recebemos o ESPÍRITO SANTO (Jo 3.3-620.22) e nos tornamos coparticipantes da natureza divina (2 Pe 1.4). (b) O ESPÍRITO SANTO é o agente da nossa santificação. Na conversão, o ESPÍRITO passa a habitar no crente, que começa a viver sob sua influência santificadora (Rm 8.91  Co 6.19). Note algumas das coisas que o ESPÍRITO SANTO faz, ao habitar em nós. Ele nos santifica, i.e., purifica, dirige e leva-nos a uma vida santa, libertando-nos da escravidão ao pecado (Rm 8.2-4Gl 5.16,172 Ts 2.13). Ele testifica que somos filhos de DEUS (Rm 8.16), ajuda-nos na adoração a DEUS (At 10.45,46; Rm 8.26,27) e na nossa vida de oração, e intercede por nós quando clamamos a DEUS (Rm 8.26,27). Ele produz em nós as qualidades do caráter de CRISTO, que O glorificam (Gl 5.22,23; 1Pe

(2) Ele é o nosso mestre divino, que nos guia em toda a verdade (Jo 16.1314.261 Co 2.10-16) e também nos revela JESUS e nos guia em estreita comunhão e união com Ele (Jo 14.16-1816.14). Continuamente, Ele nos comunica o amor de DEUS (Rm 5.5) e nos alegra, consola e ajuda (Jo 14.161 Ts 1.6). (c) O ESPÍRITO SANTO é o agente divino para o serviço do Senhor, revestindo os crentes de poder para realizar a obra do Senhor e dar testemunho dEle. Esta obra do ESPÍRITO SANTO relaciona-se com o batismo ou com a plenitude do ESPÍRITO. Quando somos batizados no ESPÍRITO, recebemos poder para testemunhar de CRISTO e trabalhar de modo eficaz na igreja e diante do mundo (1.8). Recebemos a mesma unção divina que desceu sobre CRISTO (Jo 1.32,33) e sobre os discípulos (2.4; ver 1.5), e que nos capacita a proclamar a Palavra de DEUS (1.8; 4.31) e a operar milagres (2.43; 3.2-8; 5.15; 6.8; 10.38). O plano de DEUS é que todos os cristãos atuais recebam o batismo no ESPÍRITO SANTO (2.39). Para realizar o trabalho do Senhor, o ESPÍRITO SANTO outorga dons espirituais aos fiéis da igreja para edificação e fortalecimento do corpo de CRISTO (1 Co 12—14). Estes dons são uma manifestação do ESPÍRITO através dos santos, visando ao bem de todos (1 Co 12.7-11). (d) O ESPÍRITO SANTO é o agente divino que batiza ou implanta os crentes no corpo único de CRISTO, que é sua igreja (1 Co 12.13) e que permanece nela (1 Co 3.16), edificando-a (Ef 2.22), e nela inspirando a adoração a DEUS (Fp 3.3), dirigindo a sua missão (13.2,4), escolhendo seus obreiros (20.28) e concedendo-lhe dons (1 Co 12.4-11), escolhendo seus pregadores (2.4; 1Co 2.4), resguardando o evangelho contra os erros (2 Tm 1.14) e efetuando a sua retidão (Jo 16.81 Co 3.161 Pe 1.2).

(3) As diversas operações do ESPÍRITO são complementares entre si, e não contraditórias. Ao mesmo tempo, essas atividades do ESPÍRITO SANTO formam um todo, não havendo plena separação entre elas. Alguém não pode ter (a) a nova vida total em CRISTO, (b) um SANTO viver, (c) o poder para testemunhar do Senhor ou (d) a comunhão no seu corpo, sem exercitar estas quatro coisas. Por exemplo: uma pessoa não pode conservar o batismo no ESPÍRITO SANTO se não vive uma vida de retidão, produzida pelo mesmo ESPÍRITO, que também quer conduzir esta mesma pessoa no conhecimento das verdades bíblicas e sua obediência às mesmas.

 

 

Comentários do Pr. Henrique em 2011

I - Quem É o ESPÍRITO SANTO

O ESPÍRITO SANTO é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Ele aparece pela primeira vez nas Escrituras em Gênesis 1.2, e daí em diante sua presença é proemi­nente em ambos os Testamentos. O vocábulo que dá sentido ao seu nome é o grego pneuma, vindo da raiz hebraica ruach. Ambos os termos, quando aplicados para dar significação divina e sem igual, denotam o infinito ESPÍRITO de DEUS.

A atuação deste supremo Ser é marcante nas Escrituras como o Substituto legal do Filho de DEUS, desde o Pentecoste até o arrebatamento da Igreja (Jo 16.7), e continuando depois com ela para sempre (Jo 14.16). Ele veio ao mundo como o "Agente da Comunicação Divi­na". Sua origem não se encontra nas tábuas genealógicas, pois, sendo Ele um dos membros da Divindade, é a ori­gem de si mesmo e a causa de sua própria substância.

 

II - Sua Preexistência

A natureza e os atributos do ESPÍRITO SANTO caracteri­zam-no como o "ESPÍRITO eterno", não conhecendo princípio de dias nem fim de existência (Hb 9.14). Ele aparece ao lado de DEUS, quando havia unicamente o DEUS trino e uno. O tempo, que marca extensão, é percebido através da relação entre "antes" e "depois". Uma vez que o ESPÍRITO SANTO tem a mesma natureza de DEUS, o tempo não se aplica a Ele já que existe pela própria necessidade de sua existência. Ele é um Ser vivo, dotado de perso­nalidade, não sendo meramente uma influência ou ema­nação de DEUS. Antes, é uma Pessoa claramente divina, que faz parte da Trindade.

Não um ser criado, como nós ou as demais criaturas que, por um ato de DEUS, passamos a existir num certo tempo e lugar.

1. No Antigo Testamento

O período do Antigo Testamento foi de preparação e espera a este Ser eterno, cuja ação plena concretizou-se no Novo. Mas antes, como sabemos, o Eterno ESPÍRITO de DEUS já operava.

Em suas várias manifestações e demonstrações de po­der, tanto no universo físico como no espiritual, sua presença é sentida e revelada (Gn 1.2; 6.3; Êx 8.19; Jo 33.4 etc.) Entretanto, eram apenas manifestações objeti­vas e tópicas, pois até então o ESPÍRITO SANTO não havia sido "derramado" e sim "manifestado" (cf. Jl 2.28; Jo 7.39). O ESPÍRITO SANTO se revelava de três maneiras, visto no contexto geral.

a. Como ESPÍRITO criador do cosmo. Por cujo poder o Universo e todos os seres foram criados.

b. Como ESPÍRITO dinâmico ou doador de poder. Revelado como o Agente de DEUS em relação aos homens; entretanto, não era outorgado como dádiva permanente. Em sentido tópico, tal sucedia até mesmo no caso dos profetas, embora seja seguro pensar que homens mais profundamente espirituais possuíam o dom do ESPÍRITO por tempo mais dilatado que o comum (cf. Sl 51.11- Ml 2.15).

c. Como ESPÍRITO regenerador. Pelo qual a natureza humana é transformada "de glória em glória na mesma imagem, como pelo ESPÍRITO do Senhor" (2 Co 3.18). Encontramos sua presença no Antigo Testamento, em várias manifestações de poder, num total de 88 vezes: 13 no Pentateuco; sete em Juízes; sete em 1 Samuel; cinco nos Salmos; 14 em Isaías; 12 em Ezequiel; e trinta ou­tras, por inferência.

Dos 39 livros do Antigo testamento, apenas 16 não fazem referência específica a Ele - mas em essência.

Algumas referências marcam sua presença nesse período, descrevendo-o como membro ativo da Divindade e participante de decisões somente a ela inerentes. Veja­mos algumas:

•   Na criação do Universo: "E o ESPÍRITO de DEUS se movia sobre a face das águas" (Gn 1.2).

•   Na criação do homem: "E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhan­ça..." (Gn 1.26).

•   No juízo sobre o pecado: "Então disse o Senhor DEUS: Eis que o homem é como um de nós..." (Gn 3.22).

•   No julgamento sobre o dilúvio: "Então disse o Se­nhor: Não contenderá o meu ESPÍRITO para sempre com o homem..." (Gn 6.3).

•   Sobre a construção da torre de Babel: "Eia, desça­mos, e confundamos ali a sua língua..." (Gn 11.7).

O ESPÍRITO SANTO é também retratado, em relação aos homens, como aquEle que ilumina (Jo 33.8), dá forças especiais (Jz 14.6,19), concede sabedoria (Êx 31.1-6; Dt 34.8), outorga revelações (Nm 11.25; 2 Sm 23.2), instrui sobre a vontade de DEUS (Is 11.2), administra graça (Zc 12.10) e, finalmente, enche as vidas com sua presença (Ef 5.18).

2. No Novo Testamento

O ESPÍRITO SANTO entra em cena logo nas primeiras páginas do Novo Testamento. O anjo Gabriel informa a Zacarias, um velho sacerdote da ordem de Abias, que seu futuro filho, João Batista, seria cheio do ESPÍRITO SANTO desde o ventre materno (Lc 1.15). O mesmo mensageiro celestial diz a Maria que o ESPÍRITO SANTO desceria sobre ela (Lc 1.35). Mais adiante encontramos o justo Simeão, e "o ESPÍRITO SANTO estava sobre ele" (Lc 2.25). Durante a vida terrena de nosso Senhor JESUS, a atuação do ESPÍRITO SANTO acompanhava seus passos, palavras e obras. Ou seja, JESUS era "cheio do ESPÍRITO SANTO" (Lc 4.1). E podia exclamar: "O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim" (Lc 4.18).

 

III - Sua Existência Pós-pentecostal

Vinte e cinco livros dos 27 que compõem o Novo Testamento descrevem o ESPÍRITO SANTO como um Ser real. Apenas dois, Filemom e 3 João, falam dEle apenas em essência.

Há duas citações sobre a existência do Pai e do Filho que não mencionam sua existência:

"E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único DEUS verdadeiro, e a JESUS CRISTO, a quem envias-te" (Jo 17.3).

"E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de DEUS e do Cordeiro..." (Ap22.1).

No entanto, a ausência do ESPÍRITO SANTO nestas duas citações não lhe nega a existência como Pessoa real! Pelo contrário, prova sua humildade e grandeza.

De acordo com a Lei mosaica, o testemunho de dois homens era verdadeiro para se firmar qualquer palavra ou sentença.

Dois grandes personagens, João Batista e JESUS CRISTO, afirmaram ter visto o ESPÍRITO SANTO em forma corpórea.

"E João testificou, dizendo: Eu vi o ESPÍRITO descer do céu como uma pomba, e repousar sobre ele. E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o ESPÍRITO, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o ESPÍRITO SANTO" (Jo 1.32,33).

"E, sendo JESUS batizado, saiu logo da água, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba e vindo sobre ele" (Mt 3.16).

 

IV - Sua Natureza

A terceira Pessoa da Trindade é ESPÍRITO por natureza! Ou seja, tal qual Ele é, tanto o seu Ser como o seu caráter, assim são também o Pai e o Filho: iguais em aspecto, poder e glória. O fato de o ESPÍRITO SANTO ser DEUS fica provado não somente por sua identificação com o Pai e o Filho, nas fórmulas do batismo e da bênção apostólica, mas também pelos atributos divinos que pos­sui. Em outros aspectos, o ESPÍRITO SANTO é coparticipante dos atos de DEUS, especialmente pela sua maneira tríplice de agir, como por exemplo:

 

1 Na bênção das tribos

"O Senhor DEUS te abençoe e te guarde: o Senhor [JESUS] faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti. O Senhor [ESPÍRITO SANTO] sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz" (Nm 6.24-26).

2 Na bênção apostólica

"A graça do Senhor JESUS CRISTO, e o amor de DEUS, e a comunhão do ESPÍRITO SANTO seja com vós todos" (2 Co 13.13).

3 No perdão

"Ó Senhor [DEUS], ouve; ó Senhor [JESUS], perdoa: Ó Senhor [ESPÍRITO SANTO], atende-nos e opera sem tardar" (Dn 9.19).

4.     No louvor

"E clamavam uns para com os outros, dizendo: SANTO [DEUS], SANTO [JESUS], SANTO [ESPÍRITO SANTO] é o Senhor dos Exércitos: toda a terra está cheia da sua glória" (Is 6.3).

5 No batismo

"Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO..." (Mt 28.19).

6 Nos dons

"Ora há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Se­nhor [JESUS] é o mesmo. E há diversidade de opera­ções, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos" (1 Co 12.4-6).

7 Na unidade da fé

"Há um só... ESPÍRITO... um só Senhor [JESUS]... um só DEUS e Pai de todos..." (Ef 4.4,6).

8 No testemunho

"Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o ESPÍRITO SANTO; e estes três são um" (1 Jo 5.7).

 

Evidentemente, a presença do ESPÍRITO SANTO é vista por toda a extensão das Escrituras, sempre agindo de comum acordo com o Pai e o Filho.

De DEUS se declara: "Desde a antiguidade fundaste a terra: e os céus são obra das tuas mãos" (Sl 102.25).

De CRISTO se declara: "Porque nele foram criadas to­das as coisas, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por ele e para ele" (Cl 1.16).

Do ESPÍRITO SANTO se declara: "Pelo seu ESPÍRITO ornou os céus" (Jo 26.13). Os atos da criação - em separado, ainda que completos - da parte de cada Pessoa reúnem-se na afirmação do nome de DEUS [Eloim], e daí por diante.

Ele é, portanto, o ESPÍRITO eterno (Hb 9.14). É onipresente (Sl 139.7-10), onipotente (Lc 1.37) e onisci­ente (1 Co 2.10). A Ele se atribuem obras divinas: tomou parte na criação (Gn 1.2); produz novas criaturas para JESUS (Jo 3.5); ressuscitou a JESUS CRISTO dentre os mor­tos (Rm 1.4; 8.11).

O sentido que lhe dá a palavra grega - herdada do original hebraico - é sem igual. Pneuma, como termo psicológico, representa a sede da percepção, do sentido, da vontade, do estado da mente, ou pode ser equivalente ao ego da pessoa humana (Mc 2.8; Lc 1.47; Jo 11.33; 13.21 etc...). Porém, o termo pneuma, ou vocábulo grego correspondente, aparece 220 vezes no Novo Testamento. Nada menos de 91 dessas ocorrências, em essência espe­cial, com ou sem qualificativo quanto ao caráter ou a origem, indicam o ESPÍRITO SANTO.

São usados pronomes masculinos, como na indicação do Pai e do Filho, dominando, portanto, toda construção gramatical neste sentido. Isto é importante!

 

V - Seu Relacionamento

A atuação do ESPÍRITO SANTO pode ser vista tanto em relação ao universo físico como ao espiritual. Sua ação pode ser presenciada em ambos os Testamentos. Entretanto, com maior impacto, o ESPÍRITO foi prometido para uma dispensação futura, a tal ponto que, nos tempos do Messias, Ele seria "derramado sobre toda a carne".

1. Com o Universo

"E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o ESPÍRITO de DEUS se movia sobre a face das águas" (Gn 1.2).

Observe-se que a palavra "DEUS" está no plural, e o verbo, no singular (no hebraico, há três números: singular, dual e plural). Assim, a natureza de DEUS é revelada na primeiras palavras de Gênesis, como de igual modo o Filho e o ESPÍRITO SANTO: uma Trindade, porém um só DEUS.

O Filho aparece na "segunda" palavra da Bíblia - Ele é o princípio (Ap 3.14).

O Pai aparece na "quarta" palavra.

O ESPÍRITO SANTO aparece na "trigésima-terceira" palavra, e daí por diante sua presença contínua e suas mani­festações tópicas nas obras de DEUS são presenciadas em cada acontecimento. Dessa maneira, podemos aceitar que, na criação do Universo, o Pai a propôs e o Filho agiu pela energia do ESPÍRITO SANTO. Subentende-se, portanto, que o ESPÍRITO SANTO, como Divindade inseparável em toda a criação, manifesta sua presença em todos os elementos da natureza criada. Todas as forças da natureza são ape­nas evidências da presença e operação do ESPÍRITO de DEUS. Toda a criação, e todo ser criado, deve sua existên­cia e continuação às "mãos de DEUS": CRISTO ("Nele fo­ram criadas todas as coisas", Cl 1.16) e ao ESPÍRITO SANTO ("Ele criou e ornamentou a todas as coisas"; cf. Jo 26.13; 33.4; Sl 104.30).

2. Com CRISTO

O ESPÍRITO SANTO desceu sobre Maria, produzindo a concepção virginal do Filho de DEUS (Mt 1.20; Lc 1.23), e é visto como aquEle que "ungiu" JESUS de Nazaré, capacitando-o para sua missão evangelizadora (Lc 4.18,19) e seu ministério miraculoso. Pedro afirma que DEUS "ungiu a JESUS de Nazaré com o ESPÍRITO SANTO e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque DEUS era com ele" (At 10.38). Ele veio substituir o Filho na missão de conduzir os homens a DEUS, como sua Testemunha pode­rosa (Jo 15.26). É a força restauradora por meio da qual CRISTO opera (Rm 8.11). Finalmente, Ele é o "Amigo Fiel" de CRISTO, glorificando-o por ter realizado tão subli­me redenção em favor de quem não a merecia (Jo 16.14).

3. Com a Igreja

O ESPÍRITO SANTO é o único que pode regenerar a alma, mediante seu toque transformador. Sua presença entre os salvos deve ser contínua e perpétua, pois assim produz no crente fruto semelhante a natureza moral positiva de DEUS (Gl 5.22,23).

O objetivo principal do fruto do ESPÍRITO no crente, bem como de todas as suas operações na alma, é transformá-lo segundo a imagem de CRISTO, nos termos mais literais possíveis (2 Co 3.18). A promessa de JESUS a seus discípulos foi a presença constante do ESPÍRITO em suas vidas. Ele disse: "... para que [o ESPÍRITO SANTO] fique convosco para sempre... porque habita convosco, e estará em vós" (Jo 14.16,17).

a. Após a ressurreição de CRISTO. Depois de ressurreto, JESUS entrou numa casa para participar com seus discípu­los da primeira reunião de seu ministério celestial. As portas daquele santuário improvisado estavam "cerradas... onde os discípulos, com medo dos judeus, se ti­nham ajuntado".

Após tê-los saudado ("Paz seja convosco!"), o segun­do ato do Senhor foi "soprar" sobre eles, dizendo: "Recebei o ESPÍRITO SANTO" (Jo 20.19,22).

Todo salvo, segundo as Escrituras, tem o ESPÍRITO SANTO como selo da ressurreição de CRISTO. Porque "se alguém não tem o ESPÍRITO de CRISTO, esse tal não é dele" (Rm 8.9). E esta é a confirmação divina: "Se o ESPÍRITO daquele que dos mortos ressuscitou a JESUS habita em vós", então, sem nenhuma dúvida, "somos filhos de DEUS" (Rm 8.11,16).

Ora, o grande sucesso, tanto da igreja como do crente em particular, tem sido a presença gloriosa do ESPÍRITO SANTO.

Paulo revela aos crentes de Corinto: "Não sabeis vós que sois o templo de DEUS, e que o ESPÍRITO de DEUS habita em vós?" (1 Co 3.16).

b. A habitação do ESPÍRITO. Depois do processo de regeneração no pecador, o ESPÍRITO SANTO passa a habitar nele, e aí permanece como Agente divino da comunica­ção com o Pai e o Filho. A habitação do ESPÍRITO é uma fase posterior à obra da conversão, e possibilita o cresci­mento da nova vida iniciada naquele que foi chamado das trevas para viver na luz.

"Precisamos reconhecer sua presença permanente no templo de nossos corpos. Esse reconhecimento deve tor­nar-se sagrado e levar-nos, sem interrupção alguma, a uma vida imaculada, livre de pecado. É o segredo da experiência de seu poder, que permanentemente atua na­quele que é fiel e obediente a CRISTO".

A comunhão com o ESPÍRITO SANTO leva o crente a aspirar pela sua presença, no dizer de Paulo: "Não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do ESPÍRITO" (Ef 5.18).

c. A companhia do ESPÍRITO. R. M. Riggs observa que desde o seu advento, no dia de Pentecoste, em Jerusa­lém, e através de outras visitações nas congregações de Samaria (At 8), Cesaréia (At 10), Antioquia da Síria (At 13.2,4), Antioquia da Pisídia (At 13.14), Éfeso (At 19.1-7), Corinto (1 Co 12.13) e Galácia (Gl 3.2), o ESPÍRITO SANTO continua habitando pessoalmente nos crentes em JESUS - algo que CRISTO não poderia fazer quando andava visivelmente na terra em carne humana, isto é, de habitar o corpo dos outros, mas o ESPÍRITO SANTO o faz agora.

d. Dirigindo nossos passos. A partir do Pentecoste, o ESPÍRITO SANTO passou a dirigir os passos da Igreja. A nova dispensação, inaugurada pela glorificação de CRISTO, é chamada tanto de era do ESPÍRITO SANTO como era da Igreja.

O ESPÍRITO e a Igreja em tudo agem de comum acordo. A Igreja sem o ESPÍRITO seria um corpo sem vida; e o ESPÍRITO sem a Igreja, uma força sem meio de ação. Por esta razão o ESPÍRITO e a Igreja são inseparáveis e sempre dirigidos um para o outro.

Ambos são anunciados e prometidos por JESUS durante o seu ministério terreno (Mt 16.18; Jo 7.39). Depois da ressurrei­ção de nosso Senhor, os dois aparecem juntos no plano da salvação. Finalmente, o ESPÍRITO e a Igreja estão unidos na mesma espera: o advento de JESUS CRISTO (Ap 22.17).

e. No livro de Atos dos Apóstolos. O ESPÍRITO SANTO rouba a cena neste livro que é padrão para a Igreja, tanto no sentido evangelístico como no administrativo e soci­al. Assim como nos evangelhos a presença do Filho de DEUS revelando e exaltando o Pai é o fato principal, também a presença do ESPÍRITO SANTO, exaltando e revelando o Filho de DEUS, preenche o campo inteiro de nossa visão em Atos - até nossos dias.

Cumprem-se assim as palavras de JESUS aos discípu­los: "Ele [o ESPÍRITO SANTO] habita convosco, e estará em vós" (Jo 14.17).

4. Com o Mundo

Nosso Senhor sintetizou a missão do ESPÍRITO: "E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da jus­tiça, e do juízo" (Jo 16.8).

a. "Do pecado, porque não crêem em mim" (Jo 16.9). Existem várias interpretações sobre o poder de convenci­mento do ESPÍRITO SANTO, sendo que as opiniões seguem mais ou menos assim: "As palavras de JESUS no versículo 9 apontam principalmente o tremendo pecado da rejei­ção ao Messias, do qual é antes de todos acusada a incrédula comunidade judaica" (At 3.18-20; 7.7,45;15.22).

Está em foco o pecado de rejeição, porquanto a Luz veio ao mundo, mas os homens a rejeitaram. JESUS "veio para o que era seu [os judeus], e os seus não o recebe­ram" (Jo 1.11). Com a vinda gloriosa do ESPÍRITO SANTO, todos foram convencidos deste pecado "contra" CRISTO.

Uma segunda interpretação diz respeito à poderosa atuação do ESPÍRITO na conversão do homem. O ESPÍRITO SANTO opera diretamente no coração do homem, e este se convence de que é um pecador de fato a vagar sem rumo nesta vida. O ESPÍRITO, então, mostra-lhe a cruz de CRISTO (Ap 22.17).

b. "Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais" (Jo 16.10). Temos aqui um avanço em rela­ção a ideia anterior, pois o ESPÍRITO SANTO agora não somente revela aos homens de que consiste o pecado, convencendo-os dessa realidade, mas também de que consiste a justiça. Em outras palavras, o ESPÍRITO de DEUS convence os homens da justiça de CRISTO.

c. "E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado" (Jo 16.11). O senso moral correto exige que os homens sejam recompensados ou punidos. Essa prova moral baseia-se na justiça de DEUS, que exige recebam a virtude e o vício as sanções que lhes são devidas: recom­pensa ou punição.

Aqui no mundo, as sanções da virtude e do vício são evidentemente insuficientes: muitas vezes o vício triun­fa, enquanto a virtude é humilhada. A justiça deseja que cada um seja tratado segundo as suas obras, e isto não pode ser feito senão por meio de CRISTO. O ESPÍRITO SANTO, portanto, convence o mundo deste juízo por CRISTO (At 17.30,31). Em síntese, o ESPÍRITO SANTO convence o mundo:

•   Do pecado: contra o CRISTO - crucificado.

•   Da justiça: de CRISTO - glorificado.

•   Do juízo: por CRISTO - diante do Trono Branco.

Por três vezes JESUS referiu-se ao ESPÍRITO SANTO como o "ESPÍRITO de verdade" (Jo 14.17; 15.26; 16.13). Signifi­ca que o ESPÍRITO SANTO é o Agente que conduz os homens a CRISTO, que é a Verdade, convence os homens de que tudo o que CRISTO falou era verdade, bem como da reali­dade do Juízo Final, diante do Trono Branco, efetuado por CRISTO ao lado do Pai.

 

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Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 2º Trimestre de 2011
Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé - Comentarista: Elienai Cabral
Lição 1: Quem é o ESPÍRITO SANTO - Data: 03 de Abril de 2011


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 14.16,17,26; 16.13-15.
João 14
16 - E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, 17 - o ESPÍRITO da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece: mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. 26 - Mas aquele Consolador, o ESPÍRITO SANTO, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
João 16
13 - Mas, quando vier aquele ESPÍRITO da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. 14 - Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar. 15 - Tudo quanto o Pai tem é meu: por isso, vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
A PESSOA E A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
Quem é o ESPÍRITO SANTO?
• O ESPÍRITO SANTO é o agente da salvação.
• O ESPÍRITO SANTO é o agente da santificação.
• O ESPÍRITO SANTO reveste os crentes para o serviço do Senhor.
• O ESPÍRITO implanta os crentes no corpo místico de CRISTO, que é sua Igreja.
Seu trabalho
• Ele convence, faz nascer de novo e habita no crente (Jo 16.7-11; 3.3-6; 14.16,17).
• Ele influencia, purifica e liberta (Rm 8.8-11: 2 Ts 2.13-17: Rm 8.1-4).
• Ele capacita para o testemunho (At 1.8; Jo 1.12,33).
• Ele edifica, inspira para adoração e envia (Ef 2.20-22; Fp 3.3; At 13.2-4).
“|...| O ESPÍRITO de DEUS nos guia para a revelação da verdade se nós assim o permitirmos. Se tivermos o desejo de dar frutos, então devemos deixá-lo que nos guie porque Ele nos conduzirá até a verdade. Se deixarmos o ESPÍRITO ser o nosso consolador e guia, isso nos ajudará quando estivermos passando pelos momentos difíceis de nossas vidas” (Moody).
Palavra-Chave
ESPÍRITO SANTO: [Do heb. Ruah Kadosh; do gr. Hagios Peneumathos] Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. É um ser dotado de personalidade e vontade própria.
INTRODUÇÃO
No ano do Centenário das Assembleias de DEUS no Brasil, pôr-nos-emos a estudar, uma vez mais, os fundamentos da fé pentecostal. Abriremos esta série de estudos, tratando sobre o ESPÍRITO SANTO a Terceira Pessoa da Trindade, o divino Consolador. Nesta lição, você conhecerá mais a respeito do Consolador: sua deidade, personalidade, operações e manifestações. Quanto mais conhecermos o ESPÍRITO SANTO, com temor de DEUS e santidade, mais íntimos nos tornaremos dEle, e melhor compreenderemos a obra realizada por Ele.


I. A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO
1. A doutrina do ESPÍRITO SANTO. A pneumatologia é o estudo da pessoa, obra e ministério do ESPÍRITO SANTO. O termo vem de pneuma (gr. “ar”, “vento”, “espírito”), cognato do verbo pnéo, “respirar”, “soprar”, “inspirar”.
Há teólogos, frios na fé, modernistas e irreverentes que, menosprezando o ESPÍRITO SANTO, afirmam que Ele é tão somente uma força, ou poder, que emana de DEUS. Todavia, o Consolador é a Terceira Pessoa da Trindade. Sim. Ele é uma pessoa em toda a sua plenitude, pois ensina, guia, consola e fala (Jo 14.26; 16.13; At 21.11). Como pessoa, o ESPÍRITO SANTO chama-se a Si mesmo “Eu” (At 10.19.20).
2. O ESPÍRITO SANTO no Antigo e Novo Testamento. O ESPÍRITO SANTO está presente em toda a Bíblia. Na criação, no planejamento e na construção do universo (Gn 1.2; Sl 104.30). Ele também atuou na formação do homem (Jó 33.4). E agiu por intermédio dos juízes, reis, sacerdotes e profetas (2 Sm 23.2; Mq 3.8).
O ESPÍRITO SANTO fez-se presente, ainda, no nascimento e na vida terrena de JESUS (Lc 1.35; 4.1) . Ele Inspirou, capacitou e guiou os autores do Novo Testamento a registrar, fidedignamente, os principais episódios do ministério de CRISTO (Lc 1.1-4; Jo 21.25). Sua atuação em Atos dos Apóstolos é tão marcante, que o livro é conhecido também como os “Atos do ESPÍRITO SANTO”.
3. O ESPÍRITO SANTO na atualidade. No Dia de Pentecostes, o ESPÍRITO SANTO foi derramado sobre a Igreja (At 2.2), enchendo a todos aqueles crentes e batizando-os, tal como prometera o Senhor (Lc 24.49; At 1.5). Após o Pentecostes, os discípulos passaram a pregar e a evangelizar vigorosa e eficazmente, alcançando Israel e as nações gentias sem impedimento algum (At 28.31).
Busquemos o poder do alto; mantenhamos acesa a chama pentecostal.
O autêntico pentecostes leva o crente a evangelizar com poder e dinamismo, a orar e a contribuir para a obra missionária. Precisamos do ESPÍRITO atuando poderosamente em nosso meio. Caso contrário, corremos o risco de compactuar com o mundo (Rm 12.2; 1 Jo 2.15). Laodiceia tornou-se intragável, porque havia se tornado espiritualmente morna (Ap 3.15b). Busquemos, pois, o poder do alto, e lancemo-nos à conquista do mundo para CRISTO no poder do ESPÍRITO SANTO (At 1.8).
II. A ASEIDADE DO ESPÍRITO SANTO
I. A aseidade e existência do ESPÍRITO SANTO. A palavra aseidade advém do latim aseitatis e serve para designar o atributo divino, segundo o qual DEUS existe por si próprio. Assim como o Pai e o Filho, o ESPÍRITO SANTO é autoexistente. Ou seja: não depende de nada fora de si para existir. Ele sempre existiu; é um ser incausado; “não teve princípio de dias, nem fim de existência” (Hb 7.3). De eternidade a eternidade, o ESPÍRITO SANTO é DEUS.
O autor da Epístola aos Hebreus apresenta o Consolador como “o ESPÍRITO eterno” (9.14). Ele tem existência própria. Mas isso não significa que esteja separado da Trindade. O Pai, o Filho e o próprio ESPÍRITO SANTO, embora distintos como pessoas, constituem a mesma essência indivisível e eterna da divindade.
2. Atributos incomunicáveis do ESPÍRITO SANTO. O ESPÍRITO SANTO possui todos os atributos divinos. Em primeiro lugar, Ele é imutável. Sua essência e caráter não podem ser alterados. A imutabilidade, por conseguinte, é um atributo que pertence exclusivamente a divindade (Rm 1.23; Hb 1.11).
a) Onipresença. Ele está presente em todos os lugares ao mesmo tempo. Não podemos fugir à sua presença (Sl 139.7). Como ê bom saber que podemos contar com a sua companhia em todo o tempo.
b) Onisciência. O ESPÍRITO SANTO tudo sabe e tudo conhece. Ele nos sonda e nos prova quanto às intenções de nosso coração (1 Co 2.10). Ninguém pode mentir àquEle que sabe toda a verdade. Lembra-se de Ananias e Safira? Nada escapa ao conhecimento do ESPÍRITO SANTO. Sua compreensão é infinita. Ele tudo sabe e nada ignora (Sl 139.2.11,13).
c) Onipotência. Ele é DEUS. Não há impossíveis para o ESPÍRITO SANTO. O homem é limitado, mas o Consolador tudo pode fazer. E o maior milagre que Ele opera no homem ê o do novo nascimento (Jo 3.3).
III. A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO
1. O ESPÍRITO SANTO tem personalidade. Você sabe o que é personalidade? De acordo com o pastor Antonio Gilberto, “é o conjunto de atributos de várias categorias que caracterizam uma pessoa”. As Escrituras mostram com clareza e simplicidade que o ESPÍRITO SANTO é uma pessoa. Suas ações evidenciam esta verdade. Ele ensina (Jo 14.26), testifica (Jo 15.26), guia (Rm 8.14) e intercede por nós (Rm 8.26). Ele possui qualidades intelectivas: “Mas DEUS no-las revelou pelo seu ESPÍRITO; porque o ESPÍRITO penetra todas as coisas, ainda as profundezas de DEUS” (1 Co 2.10,11). De acordo com Ron Rhodes, a palavra grega para penetrar significa “investigar profundamente”. No versículo 11, a Palavra de DEUS afirma que o ESPÍRITO SANTO “sabe” os pensamentos de DEUS.
2. O ESPÍRITO SANTO tem emoções. “E não entristeçais o ESPÍRITO SANTO de DEUS, no qual estais selados para o Dia da redenção” (Ef 4.30). Sim, o ESPÍRITO se entristece ante a desobediência consciente, crescente e contínua do homem para com DEUS (Is 63.10). E a tristeza é algo que somente uma pessoa pode experimentar. Quando pecamos, entristecemos o divino Consolador que em nós habita. Deixemos de lado, pois, tudo que possa entristecê-lo (Ef 4.25-29).
3. O ESPÍRITO SANTO tem vontade. “Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (1 Co 12.11). O texto bíblico mostra a vontade e a soberania do ESPÍRITO SANTO. Segundo Ron Rhodes, a palavra grega bouletai, traduzida por “querer”, refere-se à decisão proveniente da vontade, após deliberação prévia, caracterizando o exercício volitivo de uma pessoa.
CONCLUSÃO
Precisamos conhecer melhor o ESPÍRITO SANTO, pela nossa total e continua rendição e comunhão com Ele para entendermos devidamente suas manifestações. Ele não é um mero símbolo ou uma energia celestial. É a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Ele é DEUS. Como Igreja de CRISTO, mantenhamos a comunhão com o ESPÍRITO SANTO, o ESPÍRITO de santidade e de vida, a fim de preservar os ensinos e os valores bíblicos que fundamentam a fé pentecostal.
 

Pneumatologia a Doutrina do ESPÍRITO SANTO (Teologia Sistemática Pentecostal) - Capítulo 4 - Pneumatologia — a Doutrina do ESPÍRITO SANTO - Pr. Antonio Gilberto

Neste capítulo, trataremos da Pneumatologia, doutrina que se ocupa do estudo da Pessoa do ESPÍRITO SANTO como DEUS e integrante da Santíssima Trindade. Toda a sua obra, desde a conversão do pecador até a sua ação na vida do crente — batismo com o ESPÍRITO, renovação diária, santificação como um processo, etc. —, será considerada aqui.

Introdução à Pneumatologia

Pneumatologia é a doutrina do ESPÍRITO SANTO quanto a sua deidade, seus atributos, obras e operações. O termo vem de pneuma (gr. “o ar”, “o vento”), cognato do verbo pnéo, “respirar”, “soprar”, “inspirar”. Significa, na Bíblia, principalmente o ESPÍRITO humano, que, como o vento, é invisível, imaterial, dinâmico, potente. Mas pneuma (hb. ruach) diz respeito também ao ESPÍRITO de DEUS, a terceira Pessoa da Trindade.

Quanto aos atos e operações do ESPÍRITO SANTO no Novo Testamento, na igreja, como o Parácleto divino prometido pelo Pai, bem como prometido e enviado pelo Filho, essa parte da doutrina da Pneumatologia é comumente denominada Paracletologia.

Para o crente e a igreja, a doutrina do ESPÍRITO SANTO é altamente prioritária e indispensável, uma vez que o próprio título “ESPÍRITO SANTO” denota regeneração, recriação, vivificação, dinamismo, espiritualidade (Jo 6.633.6b; Tt 3.5). O mesmo título denota santidade, santificação (“SANTO”).

A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO

Acerquemo-nos deste sublime assunto com reverência, SANTO temor e oração, tendo em mente que se trata de um assunto assaz difícil, haja vista o ESPÍRITO SANTO não falar de si mesmo (Jo 16.13). O eterno DEUS, o Pai, revela muito de si mesmo nas Páginas Sagradas; de igual modo, o Filho. Mas o divino Consolador, não. Daí tratar-se este assunto de um insondável mistério, do qual devemos nos acercar primeiramente pela fé em CRISTO (Rm 3.27).

A terceira Pessoa da Trindade não aparece com nomes revelados, como o Pai e o Filho, e sim com títulos descritivos das suas natureza e missão no mundo, entre os homens, bem como através de seus atos realizados. “ESPÍRITO SANTO” não é rigorosamente um nome como apelativo, e sim um título descritivo da sua natureza (ESPÍRITO) e da sua missão principal (SANTO), a de santificar-nos nesta dispensação.

Ele habita nos servos do Senhor JESUS. As suas operações, portanto, são invisíveis, nas profundezas do nosso interior. Todos esses fatos mencionados tomam o estudo sobre o ESPÍRITO SANTO muito difícil, cabendo aqui a pergunta: “Porventura alcançarás os caminhos de DEUS, ou chegarás à perfeição do Todo-poderoso?” (Jó

11.7).

O ESPÍRITO SANTO, como DEUS, age de maneira multiforme. Em I Coríntios 2.4-12, o ESPÍRITO de DEUS é mencionado de modo enfático como devendo ter toda primazia em nossas vidas, em nosso meio e em nosso trabalho. O ESPÍRITO do homem, mencionado no versículo II, só entende as coisas humanas, terrenas, naturais (Pv 20.2727.19Jr 17.9). Nossa santificação deve, pois, prevalecer em nosso ESPÍRITO, e daí abranger alma e corpo (I Ts 5.23).

Na primeira passagem em apreço, o “ESPÍRITO do mundo” também é mencionado (v. 12), o qual é pecaminoso e nocivo ao cristão. O aviso sobre isso, na Palavra de DEUS, é enfático e claro (I Jo 2.15-175.19Jo 14.3017.14,16).

Seis diferentes “coisas” aparecem na passagem de I Coríntios 2.9-16: (I) as que DEUS preparou para os que o amam (v.9); (2) as das profundezas de DEUS (v.IO); (3) as do homem (v.I I); (4) as de DEUS (v.I I); (5) as espirituais (v. 13); e (6) as do ESPÍRITO de DEUS (v. 14). Uma dessas “coisas” alude à esfera humana; as demais são da parte de DEUS. Isso denota a sua multiforme ação.

Ainda tomando como base o texto de I Coríntios 2.4-14, vemos que o ESPÍRITO SANTO é mencionado juntamente com o Senhor DEUS (vv.5,7,9-I2,I4)

e o Senhor JESUS CRISTO (v.8; também os vv.2,I6), o que já denota a divindade do ESPÍRITO SANTO. Essa sublime verdade da Trindade Santa vê-se também através da Bíblia em muitas outras passagens, como I Coríntios 12.4-6.

 

Os ATRIBUTOS DIVINOS DO ESPÍRITO SANTO

Onipotência. O divino Consolador tem pleno poder sobre todas as coisas (Sm 104.30)

O ESPÍRITO SANTO tem poder próprio. Ê dEle que flui a vida, em suas dimensões e sentidos bem como o poder de DEUS (SI 104.30; Ef 3.16; At 1.8). Isso é uma evidência da deidade do ESPÍRITO SANTO. Ele tem autoridade e poder inerentes, como vemos em toda a Bíblia, máxime em o Novo Testamento.

Em I Coríntios 2.4, na única referência (no original) em que aparece o termo traduzido por “demonstração do ESPÍRITO SANTO”, designa-se literalmente uma demonstração operacional, prática e imediata na mente e na vida dos ouvintes do evangelho de CRISTO. E isso ocorre pela poderosa ação persuasiva e convincente do ESPÍRITO, cujos efeitos transformadores foram visíveis e incontestáveis na vida dos ouvintes de então, confirmando o evangelho pregado pelo apóstolo Paulo (I Co 2.4,5).

Era nítido o contraste entre a ação poderosa do ESPÍRITO e os métodos secos e repetitivos dos mestres e filósofos gregos da época, que tentavam convencer e conseguir admiradores e discípulos mediante demonstrações encenadas de retórica, dialética e argumentação filosófica; isto é, “sabedoria dos homens” (v.5). Que diferença faz o evangelho de poder do Senhor JESUS CRISTO, o qual “é o poder de DEUS para a salvação de todo o que crê” (Rm 1. 16)1

Paulo reconhecia que os mestres gregos o superavam em capacidade acadêmica e humana (2 Co 10.1011.6). Mas a sabedoria, a oratória e a argumentação filosófica deles era tão-somente um espetáculo teatral, vazio, que atingia apenas os sentidos dos espectadores. No apóstolo Paulo, ao contrário, operava, nesse sentido, o poder de DEUS (I Co 2.4,5Cl 1.29I Ts 1.52 Co 13.10).

O poder do ESPÍRITO SANTO, que evidencia a sua deidade, é também revelado em passagens como Lucas 1.35Jó 26.13 e 33.4, Salmos 33.6 e Gênesis 1.1,2. Esse divino poder, como já afirmamos, é liberado através da pregação do evangelho de CRISTO:

Na conversão dos ouvintes (Ato 2.37,38).

No batismo com o ESPÍRITO SANTO para os novos crentes (Ato 10.44).

Na expulsão de espíritos malignos (Ato 8.6,7Lc 11.20).

Na cura divina dos enfermos (Ato 3.6-8).

Na obediência dos crentes ao Senhor (Rm 16.19).

Onisciência. Esta é mais uma evidência da deidade do ESPÍRITO SANTO, o qual sabe e conhece todas as coisas (I Co 2.10,11). Isso é um fato solene, mormente se considerarmos que Ele habita em nós: “habita convosco, e estará em vós” (Jo 14.17). A primeira parte dessa declaração de JESUS indica a permanência do ESPÍRITO SANTO em nós (“habita convosco”); e a segunda, a sua presença constante dentro de nós (“e estará em vós”).

Alguém pode habitar numa casa e não estar presente nela em determinada ocasião. Porém, o ESPÍRITO SANTO quer estar sempre presente no crente, como uma das maravilhas dessa “tão grande salvação” (Hb 2.3).

Aos que amam a DEUS, o ESPÍRITO SANTO revela as infinitas e indizíveis bênçãos preparadas para os salvos, já nesta vida, e muito mais na outra (I Co 2.9,10). O profeta Isaías, pelo ESPÍRITO, profetizou essas maravilhas (64.4; 52.15). Os demais profetas do Antigo Testamento também tiveram a revelação divina dessas coisas miríficas que os santos desfrutarão na glória (1 Pe 1.10-12). O ESPÍRITO também revelou aos escritores do Novo Testamento essas maravilhas consoladoras, inclusive a Paulo (I Co 2.10).

Ele é o nosso divino Mestre na presente dispensação da Igreja (I Co 2.13), como já estava predito em Provérbios 1.23. Concernente a esta missão do ESPÍRITO SANTO, JESUS declarou: “Esse vos ensinará todas as coisas” (Jo 14.26). O texto de Lucas 12.12 também é bastante elucidativo quanto a mais esta ação do ESPÍRITO na igreja.

Onipresença. O ESPÍRITO SANTO está presente em todo lugar (Sm 139.7-10I Co 2.10). Atentemos para duas ênfases contidas nesses textos que evidenciam a onipresença do ESPÍRITO: “Para onde me irei do teu ESPÍRITO, ou para onde fugirei da tua face?” e “O ESPÍRITO penetra todas as coisas, ainda as profundezas de DEUS”.

Eternidade. Ele é infinito em existência; sem princípio; sem fim; sem limitação de tempo (Hb 9.14). Ele estava presente no princípio, quando todas as coisas foram criadas (Gn 1.1,2).

Outros atributos. O ESPÍRITO de DEUS é denominado Senhor (2 Co 3.16-18); é descrito como Criador (Jó 26.1333.4Sm 33.4104.3Gn 1.1,2Ez 37.9,10); e é classificado e mencionado juntamente com o Pai e o Filho, o que, claramente, é uma grande evidência da sua divindade.

Na fórmula doutrinária do batismo nas águas (Mt 28.19). Aqui a Bíblia não diz “nos nomes”, como se as três Pessoas da santíssima Trindade fossem uma só, mas “em nome” — singular —, distinguindo cada Pessoa existente em DEUS: o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO.

Na invocação da bênção tríplice sobre a igreja (2 Co 13.13).

Na doutrina da habitação do ESPÍRITO SANTO no crente (Rm 8.9).

Na descrição bíblica do estado do crente diante de DEUS (I Pe 1.2).

Nas diretrizes ao povo de DEUS (Jd 20,21). Aqui o ESPÍRITO SANTO é mencionado primeiro; em seguida, o Pai; por fim, o Filho.

Na doutrina da unidade da fé cristã (Ef 4.4-6). Aqui também o ESPÍRITO é mencionado em primeiro lugar, seguido do Senhor JESUS e de DEUS, o Pai.

 

Na saudação bíblica às sete igrejas da Asia (Ap 1.4,5).

 

A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO

O que é personalidade? È o conjunto de atributos de várias categorias que caracterizam uma pessoa. No seu aspecto psíquico, a personalidade consiste de intelecto, sensibilidade e vontade. Os três são também chamados de inteligência, afetividade e autodeterminação.

No ESPÍRITO SANTO vemos essa triplicidade de atributos da personalidade, a saber: intelecto: “ninguém sabe as coisas de DEUS, senão o ESPÍRITO de DEUS” (I Co 2.11); sensibilidade: “E não entristeçais o ESPÍRITO SANTO de DEUS” (Ef 4.30); e vontade: “[O ESPÍRITO] repartindo particularmente a cada um como quer” (I Co 12.11) e “a intenção do ESPÍRITO” (Rm 8.27). Como membro da unidade trina de DEUS, o ESPÍRITO SANTO é, pois, uma Pessoa.

O fato de o ESPÍRITO ser um com DEUS, com CRISTO e, ao mesmo tempo, distinto dEles é parte, como já dissemos, do grande e insondável mistério da Trindade Santa para a mente humana. O ESPÍRITO de DEUS não é tão-somente uma influência, um poder, uma energia, uma unção — como os heréticos concluem por si e assim ensinam —, mas uma Pessoa divina e real.

Do ESPÍRITO SANTO como o Consolador divino está escrito que Ele veio para estar conosco em lugar de JESUS. Ora, JESUS é uma Pessoa divina e real; para substituir uma tal Pessoa, só outra Pessoa do mesmo quilate divino (Jo 16.6,7).

Em João, JESUS refere-se ao ESPÍRITO SANTO empregando o pronome pessoal e determinativo “Ele” — ekeinos (14.26, 15.26 e 16.8,13,14). Por sua vez, o divino ESPÍRITO SANTO chama-se a si mesmo de “Eu” (Ato 10.19,20). E isso é uma irrefutável e inegável evidência da sua personalidade.

Atos do ESPÍRITO SANTO. Não podemos falar da Pessoa do ESPÍRITO SANTO sem mencionar o livro de Atos dos Apóstolos, cujo título mais apropriado deveria ser Atos do ESPÍRITO SANTO. Este é um livro-chave no estudo da Pneumatologia. Quem pretende entender essa matéria não pode deixar de estudá-lo, haja vista o que está escrito em Atos 1.2: “até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo ESPÍRITO SANTO, aos apóstolos que escolhera”.

Muitos dos exemplos citados neste capítulo procedem do livro de Atos dos Apóstolos. Vejamos de maneira resumida como a terceira Pessoa da Trindade agia nos tempos da igreja primitiva, tomando como base os 28 capítulos desse livro:

Capítulo I — A promessa do ESPÍRITO SANTO (vv.Ato4,5).

Capítulo 2 — O derramamento do ESPÍRITO SANTO (vv.Ato 1 -4).

Capítulo 3 — milagres pelo ESPÍRITO SANTO (vv.Ato8-I0).

Capítulo 4 — ousadia pelo ESPÍRITO SANTO (vv.Ato 29-31).

Capítulo 5 — a deidade do ESPÍRITO SANTO (vv.Ato3,4).

Capítulo 6 — trabalho no poder do ESPÍRITO SANTO (vvAto2-5).

Capítulo 7 — pregação inspirada pelo ESPÍRITO SANTO (vvAto51,55).

Capítulo 8 — expansão da igreja pelo ESPÍRITO SANTO (vv.I-8,I5- 17,39).

Capítulo 9 — conversão pelo ESPÍRITO SANTO (vv. 1-6,31).

Capítulo 10 — Céu aberto para salvar pelo ESPÍRITO SANTO (w. 19,20,44).

Capítulo II — salvação para todos pelo ESPÍRITO SANTO (vv.II-I4).

Capítulo 12 — livramento pelo ESPÍRITO SANTO (vv.5-II).

Capítulo 13 — obra missionária dirigida pelo ESPÍRITO SANTO (w.2-9,52).

Capítulo 14 — confirmação da obra pelo ESPÍRITO SANTO (vv.2I-27).

Capítulo 15 — assembleia de líderes sob o ESPÍRITO SANTO (vv.8,28).

Capítulo 16 — prisão desfeita pelo ESPÍRITO SANTO (vv.23-34).

Capítulo 17 — avanço incessante da igreja pelo ESPÍRITO SANTO (w.22-30).

Capítulo 18 — liderança da igreja através do ESPÍRITO SANTO (w.9-11,21-23).

Capítulo 19 — demonstração de poder pelo ESPÍRITO SANTO (w.2,II-20).

Capítulo 20 — revelação concedida pelo ESPÍRITO SANTO (vv.22-3I).

Capítulo 21 — previsão de fatos pelo ESPÍRITO SANTO (vv.4,I I).

Capítulo 22 — presença constante do ESPÍRITO SANTO (vv.6-30).

Capítulo 23 — proteção contínua do ESPÍRITO SANTO (vv.IO-24,35).

Capítulo 24 — coragem contínua pelo ESPÍRITO SANTO (vv.I0-I6).

Capítulo 25 — convicção total pelo ESPÍRITO SANTO (vv.6-12,23-26).

Capítulo 26 — heroísmo pelo ESPÍRITO SANTO (todo o capítulo).

Capítulo 27 — consolação pelo ESPÍRITO SANTO (vv.9,10,21-25,35).

Capítulo 28 — progressão da igreja pelo ESPÍRITO SANTO (vv.23-3I).

 

Terceira Pessoa da Trindade

DEUS é uno e, ao mesmo tempo, Triúno (Gn 1.1,263.2211.7Dt 6.4; 1 Jo 5.7. O Pai, o Filho e o ESPÍRITO são três divinas e distintas Pessoas. São verdades bíblicas que transcendem a razão humana e as aceitamos alegremente pela fé. A fé em DEUS deve preceder a doutrina (I Tm 4.6).

Se a unidade composta do homem — ESPÍRITO, alma e corpo — continua como um fato inexplicável para a ciência e para os homens mais sábios e santos, quanto mais a triunidade do Pai, do Filho e do ESPÍRITO SANTO!

As três divinas Pessoas da Trindade são coeternas e iguais entre si. Mas, em suas operações concernentes à criação e à redenção, DEUS, o Pai, planejou a criação de tudo (Ef 3.9); DEUS, o Filho, executou o plano, criando (Jo 1.3Cl 1.16Hb 1.211.3); e DEUS, o ESPÍRITO SANTO, vivificou, ordenou, pôs tudo, todo o universo, em ação: desde a partícula infinitesimal e invisível até ao super-macroscópico objeto existente (Jó 33.4Jo 6.63Gl 6.8Sm 33.6Tt 3.5). Ou seja, o Pai domina, o Filho realiza, e o ESPÍRITO SANTO vivifica, preserva e sustenta.

Na redenção da humanidade, o Pai planejou a salvação, no céu; o Filho consumou-a, na terra; e o ESPÍRITO SANTO realiza e aplica essa tão grande salvação à pessoa humana. Entretanto, num exame cuidadoso da Bíblia vemos que, em qualquer desses atos divinos, as três Pessoas da Trindade estão presentes.

Uma tentativa de definição do trino DEUS é: DEUS Pai é a plenitude da divindade invisível (Jo 1.18). DEUS Filho é a plenitude da divindade manifesta (Jo I7). DEUS ESPÍRITO SANTO é a plenitude da divindade operando na criatura (I Co 2.12-16).

Para os sentidos físicos do homem, por condescendência de DEUS, vemos as três Pessoas da Trindade no batismo de JESUS. O Pai eterno falou do céu, o ESPÍRITO SANTO desceu em forma visível de pomba — uma alegoria —, e o Filho estava sendo batizado no rio Jordão, para cumprir toda a justiça (Mt 3.16,17).

 

A atuação do ESPÍRITO SANTO a partir do Pentecostes

A Palavra de DEUS alerta, em Romanos 1.23-26, quanto a mudanças indevidas e seus resultados funestos para a igreja. Daniel menciona “mudanças” como uma das características do tempo do Anticristo. Essas mudanças são muitas e injustificáveis, como a teologia da libertação, o culto da prosperidade, além de um elevado número de fatos e eventos registrados na Bíblia transformados em doutrina pelos falsos mestres.

Em 2 Coríntios 4.2, lemos sobre o perigo da falsificação da Palavra de DEUS e o que devemos fazer para não sermos enganados: “antes, rejeitamos as coisas que, por vergonha, se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de DEUS; e assim recomendamos à consciência de todo homem, na presença de DEUS, pela manifestação da verdade”.

Há um padrão bíblico para a igreja (2Tm 1.13Hb 8.5). E os que a edificam devem atentar para o que está escrito em I Coríntios 3.10: “Segundo a graça de DEUS que foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele”, pois a obra de cada um se manifestará (v. 13). Cuidado, os edificadores da igreja; os que fazem discípulos para o Senhor (Mt 28.19).

Existem quatorze palavras-chaves — ou frases —, em Atos 2, que marcaram o primeiro Pentecostes, indicando fatos que devem acompanhar a verdadeira ação do ESPÍRITO SANTO através dos tempos: “Pentecostes” (v.I); “todos” (vv. 1,4,17,21,39,43,44); “reunidos” (v.I); “céu” (v.2); “som” (v.2); “vento” (v.2); “casa” (v.2); “línguas” (v.3); “fogo” (v.3); “cheios” (v.4); “nações” (v.5); “zombaria” (v. 13); “Pedro” (v. 14); e “Palavra de DEUS” (w. 16-36).

Meditemos, pois, nessas palavras, tendo em mente o contexto do primeiro derramamento pentecostal, e comparemos isso com o que ora ocorre em nosso meio.

O significado de Pentecostes. Em Levítico 23, DEUS estabeleceu sete festas sagradas para Israel observar, as quais prefiguravam, de antemão, todo o curso da história da igreja. Essas festas sagradas falam também do caráter alegre que caracterizaria a igreja, pois festa pressupõe alegria. E JESUS sempre foi um homem alegre, apesar de viver à sombra da horrenda cruz!

Das sete festas sagradas de Israel, a quarta era a de Pentecostes (Lv 23.15,16), também chamada de Festa das Semanas (Dt 16.10) e Festa das Colheitas (Ex 23.16). A Festa de Pentecostes ocorria no terceiro mês, Sivã, e durava um dia — dia 6 de Sivã, mês que corresponde mais ou menos ao nosso junho.

A Festa de Pentecostes era precedida de três outras festas conjuntas: Páscoa: 14 de Abibe (um dia); Pães Asmos: de 15 a 22 de Abibe (sete dias); Primícias: 16 de Abibe (um dia). As três levavam oito dias e eram celebradas no mês de Abibe, o primeiro do calendário sagrado de Israel. O primeiro mês do calendário civil era Tisri, que corresponde mais ou menos ao nosso outubro.

Três outras festas seguiam o Pentecostes: Trombetas: em Io de Tisri (um dia); Tisri era o início do ano civil de Israel; Expiação: em 10 de Tisri (um dia), “o grande dia da Expiação”; e Tabernáculos: de 15 a 21 de Tisri (sete dias). Essas três últimas festas eram todas celebradas num mesmo mês (Tisri).

Pentecostes era a festa central das sete que o Senhor determinou para Israel observar, conforme Levítico 23. Ou seja, eram realizadas três festas antes de Pentecostes, e três, depois (3 + 1+3). Isso fala da importância do batismo com o ESPÍRITO SANTO para a igreja, e do equilíbrio espiritual que resulta dele.

Ninguém sabe, ao certo, o dia do Natal de CRISTO, nem o da sua morte, porém todos sabem o dia da sua ressurreição (primeiro dia da semana), bem como o dia de Pentecostes (qüinquagésimo dia após as Primícias). Depois das Primícias, contavam- se sete semanas, vindo a seguir o dia de Pentecostes (7x7 semanas + 1 dia=50 dias). Há, pois, uma profecia típica na Festa de Pentecostes, que falava da ressurreição de CRISTO (Lv 23.15I Co 15.20). Isso mostra também que sem Páscoa — isto é, o Cordeiro de DEUS morto e ressurreto — não teríamos Pentecostes!

Mas faz-se necessário explicar a profecia típica da Festa de Pentecostes. Na festa das Primícias era movido perante o Senhor um molho (um feixe) de espigas de trigo (Lv 23.10,11). Na Festa de Pentecostes eram movidos perante o Senhor dois pães de trigo (Lv 23.15-17). Isso falava da igreja, que seria composta de Judeus e gentios — formando um só corpo, o Corpo de CRISTO (Ef 2.14; Jo 11.52).

Quanto ao feixe de espigas, isso fala de união, mas os pães vão além: representam unidade (Ef 4.3). Numa espiga, como é fácil verificar, os grãos estão presos a ela, mas distintos uns dos outros.

Comparemos o trigo de Josué 5.10-12 com o de João 12.24. Num feixe de espigas, os grãos estão simplesmente presos à espiga, mas distintos uns dos outros. Num pão é diferente: o trigo é o mesmo, enquanto os grãos passaram por um multiforme processo, formando agora um todo — um corpo único. O derramamento pentecostal fez isso na formação da igreja, conforme lemos em Atos 2, e quer continuar fazendo o mesmo hoje.

Todos reunidos. As palavras “todo” e “todos” aparecem diversas vezes em Atos, especialmente no capítulo 2 (vv.I,4,I7,2I,39,43,44). Como o vocábulo “todos” é inclusivo, todos os salvos são candidatos ao batismo com o ESPÍRITO SANTO. Observe, contudo, que a salvação não é o batismo com o ESPÍRITO SANTO; este deve seguir-se à salvação. Os discípulos do Senhor, juntamente com as mulheres — Maria e outras (Ato 1.13,14) — já eram salvos antes do dia de Pentecostes.

A Palavra de DEUS elimina qualquer dúvida nesse sentido. Em Atos 2.38,39, fica claro que o batismo com o ESPÍRITO SANTO é destinado a pessoas salvas, membros do corpo de CRISTO. Retrocedendo um pouco na leitura, vemos a ênfase: “sobre meus servos e minhas servas” (v. 18). E Paulo perguntou aos varões de Éfeso: “Recebestes vós já o ESPÍRITO SANTO quanto crestes?” (Ato 19.2), numa demonstração de que o revestimento de poder é subsequente à experiência do novo nascimento. Por isso, JESUS salientou que o mundo não pode receber o ESPÍRITO de DEUS (Jo 14.17).

Em Atos 2.1, está escrito: “Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar”. Isso indica não somente união, mas unidade no ESPÍRITO SANTO (cf. v.4). Acabaram-se as discordâncias, as contendas, as divergências pessoais em torno das coisas de DEUS, e todos estavam ali, juntos, reunidos. Mentalizemos, pois, João, Pedro, Tomé, unidos...

Um som vindo do céu. No dia do prometido derramamento de poder celestial, a Palavra de DEUS diz que veio do céu um som como de um vento (At 2.2). O que está ocorrendo atualmente em sua vida, em sua igreja, em seu movimento religioso? Isso tudo vem mesmo do céu? Ou vem simplesmente dos homens? Leia Jeremias 17.9. Ou vem do astuto Enganador? Ê importante que reflitamos sobre a origem daquilo que sentimos. O verdadeiro revestimento de poder do ESPÍRITO vem do Alto (Lc 24.49Ato 11. 15), mas a Palavra de DEUS nos alerta quanto a “outro ESPÍRITO” (2 Co 11.4).

Observemos que o ESPÍRITO SANTO veio primeiramente como um som. Um som para despertar os dormentes; para acordar do sono espiritual. Um som para alertar de perigo; para avisar. Um som para convocar para o trabalho; para reunir (I Co 14.8). Um som para a igreja louvar a DEUS, com “música de DEUS” (I Cr 16.42Cl 3.16).

O som que veio do céu era como de um vento. Isto é, não houve vento natural de fato, e sim algo semelhante a seus efeitos sonoros, circundantes e propulsores. O que isso representa?

0 vento fala de força impulsora, como nas velas dos barcos, nos moinhos, etc.

O vento separa a palha do grão (SI 1.4Mt 3.12); o leve do pesado.

O vento move e movimenta água, árvores.

O vento fertiliza, levando o pólen, a vida (Cl 4.16Jo 3.5,8).

O vento limpa árvores, campos, etc.

O vento não tem cor: favoritismo, individualismo, discriminação.

O vento não pertence a um clima único; é universal.

O vento move-se continuamente (cf. Ec 1.6Gn 1.2).

O vento não tem cheiro, mas espalha perfume; aqui é importante refletir sobre o papel do Altar do Incenso, no Tabernáculo. Ver também 2 Coríntios 2.14,15.

O vento, quando se move, é infalivelmente sentido, notado.

O vento refresca e suaviza no calor.

O vento — o ar — alimenta e vivifica (pulmões, a vida orgânica). Em Ezequiel 37.8-10, naquela visão que DEUS deu ao profeta sobre um vale

de ossos secos, vemos nos corpos: ossos, nervos, carne, pele, mas não vida, até que o ESPÍRITO assoprou sobre eles. Aleluia! Há muitos crentes por aí que têm de sobra “ossos, nervos, carne e pele”, porém falta-lhes a vida abundante do ESPÍRITO.

O vento é misterioso (Jo 3.8).

Cabe aqui um aviso: devemos ter cuidado com as falsificações, isto é, os ventos nocivos, que não provém do ESPÍRITO de DEUS (Mt 7.25Ef 4.14).

A casa ficou cheia. O som como de um vento veemente e impetuoso encheu toda a casa (Ato 2.2). Aquele primeiro derramamento do ESPÍRITO ocorreu numa residência, numa casa de família. Isso leva-nos a refletir sobre o importante papel da família cristã cheia do ESPÍRITO SANTO, para a igreja.

A família, como primeira instituição divina na terra, foi o meio pelo qual DEUS iniciou o ciclo da história humana. Foi por meio dela, ainda, que Ele fundou a nação que traria o Messias ao mundo. E, por fim, o Senhor serviu-se de uma família para que dela nascesse o Messias.

E devido à grande importância que a família tem para todos e para tudo na face da terra que o Inimigo — com todas as suas hostes — luta para destruí-la, inclusive dentro da igreja. Mas observemos como DEUS cuida da família:

Em Atos 2.17, vemos que todos os membros da família estão incluídos na promessa pentecostal: “vossos filhos e vossas filhas, vossos jovens e vossos velhos”.

Antes de julgar o mundo com um dilúvio, DEUS proveu salvação para Noé e toda a sua família (Gn 6.18).

Em Êxodo 12.3,4, vemos que o Senhor instruiu cada família a tomar um cordeiro para si. Na noite em que Ele julgou os egípcios, os israelitas foram milagrosamente salvos pelo sangue do cordeiro.

Na expressão “serás salvo tu e tua casa” (Ato 16.31) vemos a promessa de DEUS para os chefes de família.

Línguas como que de fogo. O texto de Atos 2.3 mostra que línguas como que de fogo foram repartidas. O verdadeiro Pentecostes tem algo para se ouvir do céu (“veio do céu um som”); para se ver do céu (“foram vistas por eles línguas”); e para repartir, também vindo do céu (“línguas repartidas”).

Línguas estranhas seguem-se ao derramamento do ESPÍRITO; não o precede — “Foram cheios do ESPÍRITO SANTO, e começaram a falar noutras línguas” (At 2.4). Línguas, no derramamento pentecostal, indicam o evangelho falado, pregado, cantado, comunicado. Porém, são línguas “como que de fogo”, e não língua de flores.

Vários dons do ESPÍRITO SANTO são exercidos através da língua, da fala. DEUS usou as línguas estranhas como sinal externo do batismo com o ESPÍRITO SANTO,

para demonstrar sua inteira posse e controle da nossa língua, ao batizar-nos (Tg 3.8)

Mediante a comparação dos textos de Atos 2.4, 10.44-46 e 11. 15, vemos, pela lei da primeira referência, que as línguas estranhas são a evidência física inicial do batismo com o ESPÍRITO SANTO.

As línguas estranhas são apresentadas, também, como um dos dons do ESPÍRITO SANTO (I Co 12.10,30). Quando comparamos as passagens de Atos 2.17 e 19.6, vemos que os dons espirituais podem ser concedidos por DEUS no momento do batismo com o ESPÍRITO. Como foi o seu batismo? Como você foi ensinado sobre essas coisas da Bíblia?

Essas línguas são “como que de fogo”, isto é, fogo sobrenatural, celestial, e não fogo estranho. Vejamos a aplicação espiritual desse “fogo do céu”:

O fogo alastra-se, comunica-se.

O fogo purifica. Contra a impureza espiritual, a principal força é o ESPÍRITO SANTO.

O fogo ilumina. E o saber; o conhecimento das coisas de DEUS.

O fogo aquece. A igreja é o corpo de CRISTO. Todo corpo vivo é quente.

O fogo, para queimar bem, depende muito da madeira; se é boa ou ruim.

O fogo tanto estira o ferro duro, como a roupa macia.

Foi o fogo do céu que fez do Templo de Salomão a Casa de DEUS (2 Cr 7.1I Co 3.16).

“Quem nasce sob o fogo não esmorece sob o sol”.

 

Cheios do ESPÍRITO SANTO. A caixa dágua, quanto mais cheia e mais alta, mais pressão e peso tem! Observe que, no dia de Pentecostes, não somente os crentes foram cheios, mas também o ambiente: a casa (Ato 2.2). Os símbolos e figuras manifestos ali falam de poder, como fogo e vento. Cheios do ESPÍRITO, usufruímos o poder, a energia e a força, mesmo não sabendo definir plenamente essas gloriosas manifestações do ESPÍRITO (cf. Jo 3.8).

As nações. No dia de Pentecostes, vemos que as nações estavam presentes (At 2.5-12) JESUS já havia feito a declaração sobre isso, em Atos 1.8. E aqui devemos refletir sobre evangelização e missões (Mac 16.15), obras que devemos fazer impulsionados pelo poder do ESPÍRITO SANTO. Não há como negar aqui a realidade de que o verdadeiro movimento pentecostal terá de ser um movimento missionário, nacional e mundial!

O verdadeiro movimento pentecostal, missionário, ora pelas missões; contribui para as missões; promove as missões! E um movimento que vai ao campo missionário. A igreja que não evangeliza, muito breve deixará de ser evangélica. Por isso, devemos encarar com amor e responsabilidade, sob a orientação do ESPÍRITO, a obra da evangelização à nossa volta, levando sempre em conta o fenômeno da transculturação relacionado com Missões.

A pregação da Palavra de DEUS. Diante da manifestação do ESPÍRITO de DEUS no dia de Pentecostes, muitos zombaram, dizendo: “Estão cheios de mosto” (Ato 2.13). Esses zombadores não eram pessoas ímpias, e sim religiosas.

Hoje não acontece a mesma coisa? Há muitos zombadores e críticos religiosos. A Palavra de DEUS afirma que, no último tempo haveria escarnecedores (Jd 18). E, quando não aparece um Judas Iscariotes do lado de dentro da igreja, surge um Pilatos do lado de fora, ainda se defendendo (Mt 27.24). Não obstante, devemos continuar a fazer, como JESUS, a obra que DEUS nos confiou, pois sempre haverá críticos e zombadores.

Pedro, então, cheio do ESPÍRITO SANTO, pôs-se em pé e, além de dar uma resposta aos zombeteiros, pregou a Palavra de DEUS (At 2.14,15). Reflitamos sobre este homem de DEUS. Quem era Pedro antes do Pentecostes? Depois daquele dia em que o poder do ESPÍRITO desceu sobre ele, nunca mais foi o mesmo! Daí para a frente ele jamais mudou (I Pe1.1-52,4).

A teologia modernista, liberalista e especulativa está permeando o mundo. Que, à semelhança de Pedro, coloquemo-nos em pé e, pelo poder do ESPÍRITO, respondamos às suas críticas infundadas, pregando o evangelho. Qual foi, então, a resposta de Pedro? Ele disse: “isto é o que foi dito pelo profeta Joel”. Observemos que a primeira pregação da igreja foi pura exposição da Palavra de DEUS (Ato 2.16-36).

Nossos ministério e congregação experimentam um abundante e poderoso ministério da Palavra? E a pregação e o ensino pentecostal devem ter “endereço” certo: o coração do ouvinte — “E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração” (Ato 2.37).

Há atualmente um esvaziamento da Palavra de DEUS no púlpito de inúmeras igrejas. O tempo que deveria ser da Palavra do Senhor é ocupado por música e canto profissionais — não o genuíno louvor — e atividades sociais, restando alguns minutos para a pregação da Palavra de DEUS. Daí o elevado número de “retardados espirituais” nessas igrejas. Como está a sua igreja, em particular?

E preciso vigilância com os chamados hinos especiais duplos e triplos de cantores, conjuntos e corais. Vemos, em Êxodo 30.34-38 e 2 Crônicas 29.27, como são necessários equilíbrio e dosagem na adoração a DEUS. Considere, aqui, o texto de I Coríntios 14.40 à luz da expressão “porão em ordem”, relacionada com o holocausto ao Senhor (Lv 1.7,8,12).

Como manter o poder do ESPÍRITO. Há algumas coisas que ocorreram no primeiro Pentecostes que trazem à tona as condições da nossa parte para usufruirmos o verdadeiro poder pentecostal em nossos dias:

Obediência à vontade do Senhor (Lc 24.49Ato 1.12-14). A desobediência é um entrave à operação divina em nossa vida (Ato 5.32).

União e unidade entre os crentes (Ato 1. 142.1Ef 4.3). Imaginemos João, Pedro, Tomé e outros, em conjunto com as mulheres, com as suas diferenças, todos reunidos...

Oração perseverante e unânime (Ato 1. 14).

Mas, além de valorizarmos tais condições, que possibilitam o usufruto do poder do ESPÍRITO, não podemos ignorar a importância de o conservarmos. Na Lei havia apagador de fogo (Ex 25.38), mas na Graça, não (Mt 12.20I Ts 5.19)! Nesta última referência, a mensagem para nós é clara: “Não apagueis o ESPÍRITO” (ARA), como temos enfatizado ao longo desta obra.

A conservação do poder do ESPÍRITO SANTO vem pela constante renovação espiritual do crente. Em Tito 3.5 está escrito que a regeneração é seguida da renovação (cf. Ato 4.8,316.57.5511.2413.9,52Rm 12.22 Co 4.16Ef 4.235.18Cl 3.10). A vida espiritual renovada também recebe destaque no livro de Salmos92.10103.5104.30119.25,37,40,50,88,93,97,154,156,159). Se não atentarmos para a necessidade da contínua renovação espiritual, corremos o risco de “terminar na carne” (Gl 3.3).

Ministrações do ESPÍRITO ao crente

Em razão de suas operações dinâmicas (Gn 1.2), o ESPÍRITO SANTO é mais mencionado no Antigo Testamento como “ESPÍRITO”. Já no Novo Testamento, Ele é mais citado como “ESPÍRITO SANTO”, o que destaca seu principal ministério na igreja: santificar o crente. Essa distinção de oficio do ESPÍRITO SANTO no Antigo e Novo Testamento é claramente percebida em 2 Coríntios 3.7,8. O versículo 8 assevera: “Como não será de maior glória o ministério do ESPÍRITO?”

O novo nascimento pelo ESPÍRITO (Jo 3,3-8). O novo nascimento abrange a regeneração e a conversão, que são dois lados de uma só realidade. Enquanto a regeneração enfatiza o nosso interior, a conversão, o nosso exterior. Quem diz ser nascido de novo deve demonstrar isso no seu dia a dia. A expressão “de novo” (v.3), de acordo com o texto original, significa “nascer do Alto, de cima, das alturas”. Isto quer dizer que se trata de um nascimento espiritual realizado pelo

ESPÍRITO SANTO. O homem natural, portanto, desconhece esse novo nascimento

(vv.4-12; Jo I6.7-II;Tt 3.5).

A habitação do ESPÍRITO no crente (Jo 14.16,17Rm 8.9). No Antigo Testamento, o ESPÍRITO agia entre o povo de DEUS (Ag 2.5Is 63.1 Ib), mas com o advento de CRISTO e por sua mediação, o ESPÍRITO habita no crente (Jo 20.21,22). Este privilégio é também reafirmado em I Coríntios 3.166.192 Coríntios 6.16; e Gaiatas 4.6.

O testemunho do ESPÍRITO de que somos filhos de DEUS (Rm 8.15,16). Esse testemunho é uma plena convicção produzida no crente pelo ESPÍRITO SANTO de que DEUS é o nosso Pai celeste (v. 15) e de que somos filhos de DEUS: “O mesmo ESPÍRITO testifica... que somos filhos de DEUS” (v.I6). È, pois, um testemunho objetivo e subjetivo, da parte do ESPÍRITO SANTO, concernente a nossa salvação em CRISTO.

A fé pelo ESPÍRITO SANTO para a salvação. È a vida de fé (Rm 1. 17), “pelo ESPÍRITO” (Gl 5.5

Tal fé, segundo Atos 11.24, procede do ESPÍRITO, a fim de que o crente permaneça fiel por meio da manifestação do fruto do ESPÍRITO (GI 5.22b). Uma coisa decorre da outra. Os heróis de Hebreus 11 venceram “pela fé”, porque o ESPÍRITO a supria (2 Co 4.13Hb 10.38).

A santificação posicionai do crente. A santificação sob este aspecto é perfeita e completa “em CRISTO”, mediante a fé. Ela ocorre por ocasião do novo nascimento (I Co 1.2Hb 10.10Cl 2.10I Jo 4.17; Fp I.I), sendo simultânea com a justificação “em CRISTO” (I Co 6.11; G1 2.17a).

O batismo “do” ou “pelo” ESPÍRITO SANTO (I Co 12.13Gl 3.27Rm 6.3). Este batismo “do” ou “pelo” ESPÍRITO é algo tão real, apesar de ser espiritual, que a Bíblia o denomina como “batismo”. Em todo batismo, é evidente, há três pontos inerentes: um batizador; um batizando; e um meio em que o candidato é imerso.

O batismo “com” ou “no” ESPÍRITO SANTO (Ato 1.4582.1-410.44-4611.1619.2-6). A evidência física desse glorioso batismo são as línguas sobrenaturais faladas pelo crente conforme o ESPÍRITO concede. È uma ministração de poder do Alto pelo ESPÍRITO, provida pelo Pai, mediante o Senhor JESUS (Jo 14.26Ato 2.32,33). Como esse assunto merece um tópico à parte, o analisaremos abaixo.

No batismo pelo ESPÍRITO SANTO, o batizador é o ESPÍRITO de DEUS (I Co 12.13); o batizando é o novo convertido; e o elemento em que o recém-convertido é imerso, a Igreja, como corpo místico de CRISTO (I Co 12.27Ef 1.2223). Portanto, o ESPÍRITO SANTO realiza esse batismo espiritual no momento da nossa conversão, inserindo o crente na Igreja (Mt 16.18). Logo, todos os salvos são batizados “pelo” ESPÍRITO SANTO para pertencerem ao corpo de CRISTO — a Igreja, mas nem todos são batizados “com” ou “no” ESPÍRITO.

A santificação progressiva do crente (I Pe 1.15,162 Co 7.13.17,18). Essa verdade é declarada no texto original de Hebreus 10.10,14. No versículo 10,

a ênfase recai sobre o estado ou a posição do crente — SANTO: “Temos sido santificados”. O versículo 14, no entanto, não só reafirma o estado anterior, “SANTO”, como declara o processo contínuo de santificação em nosso viver aqui e agora proveniente de tal posição: “sendo santificados”.

A oração no ESPÍRITO (Rm 8.2627Ef 6.18Jd 20Zc 12.10I Co 14.14,15). Esta ministração do ESPÍRITO no crente, capacita-o a orar, inclusive a interceder por outros. Logo, só podemos orar de modo eficaz se formos assistidos e vivificados pelo ESPÍRITO SANTO. A “oração no ESPÍRITO” de que trata Judas, no versículo 20, refere-se a essa capacidade concedida pelo ESPÍRITO.

O ESPÍRITO SANTO como selo e penhor (2 Co 1.22Ef 1.13144.302 Co 5.5). Devemos observar que, nos tempos bíblicos, o selo era usado para designar a posse de uma pessoa sobre algum objeto ou coisa por ela selada. Por conseguinte, indicava propriedade particular, segurança e garantia. Este selo, portanto, não é o batismo com o ESPÍRITO SANTO, mas a habitação do ESPÍRITO no crente, como prova de que o mesmo é propriedade particular de DEUS.

Juntamente com o selo é mencionado o “penhor da nossa herança” (Ef 1.14). De modo semelhante ao selo, o penhor era o primeiro pagamento efetuado na aquisição de uma propriedade. Mediante esse “depósito”, a pessoa assegurava o objeto como sua propriedade exclusiva. Assim, o Senhor deu-nos o ESPÍRITO SANTO, como garantia de que somos sua propriedade exclusiva e intransferível. O Senhor JESUS “investiu” em nós imensuráveis riquezas do ESPÍRITO como penhor ou garantia de que muito em breve Ele virá para levar para Si sua propriedade peculiar, a Igreja de DEUS (Tt 2.14).

A unção do ESPÍRITO para o serviço. JESUS, nosso exemplo, foi ungido com o ESPÍRITO SANTO para servir (Ato 10.38Lc 4.18,19). Assim também a igreja recebeu a unção coletiva do ESPÍRITO (2 Co 1.21,22), mas alguns de seus membros são individualmente ungidos para ministérios específicos, segundo os propósitos de DEUS. Vejamos a unção do ESPÍRITO sobre o crente, conforme I João 2.20,27.

“Tendes a unção do SANTO”. Esta unção santifica e separa o crente para o serviço de DEUS.

“E sabeis tudo”. Também proporciona conhecimento das coisas de DEUS em geral.

“Fica em vós” (v.27). Ê permanente no crente.

“Unção que vos ensina todas as coisas” (v.27). E didática, pois possibilita ensino contínuo das coisas de DEUS.

“È verdadeira” (v.27). Não falha, pois procede da verdade, que é DEUS.

“E não é mentira” (v.27). È sem dolo; sem falsidade. È possível que houvesse entre certos líderes daqueles dias uma falsa unção, que imitava a verdadeira.

Na conclusão de 2 Coríntios 3, prorrompe jubiloso o sacro escritor, a respeito da glória do ministério do ESPÍRITO: “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo ESPÍRITO do Senhor” (v. 18).

Todas essas maravilhosas ministrações e dádivas do ESPÍRITO SANTO, dispensadas aos filhos de DEUS (2 Co 3.8), são necessárias para fazermos a obra do Senhor no poder do ESPÍRITO, a fim de que muitas almas sejam salvas.

 

O BATISMO COM O ESPÍRITO

Para compreender melhor a obra do ESPÍRITO, o leitor deve meditar profundamente nas seguintes referências: João 7.37-39Lc 24.49,52Ato 1.12-14.. O comentário que se segue é um desdobramento desses textos, dentro dos limites do espaço de que dispomos.

Dos cerca de quinhentos irmãos que viram JESUS ressurrecto e ouviram o seu chamado para o cenáculo em Jerusalém (Lc 24.49), apenas uns 120 deles atenderam (cf. I Co 15.6). O que acontecera aos demais que lá não foram? Nem todos buscam com fé, sede e perseverança conhecer a obra do ESPÍRITO SANTO.

A promessa no Antigo Testamento. Há várias promessas de DEUS, no Antigo Testamento, do derramamento do seu ESPÍRITO sobre o seu povo, mas a principal é a que foi proferida pelo profeta Joel, uns oitocentos anos antes do advento de CRISTO (Jl 2.28-32).

A promessa no Novo Testamento. João Batista, o arauto de JESUS, foi homem cheio do ESPÍRITO SANTO. Em todos os quatro Evangelhos ele confirma a promessa divina do batismo (Mt 3.11Mc 1.8Lc 3.16Jo 1.32,33Ato 11.16).

Em Marcos 16.17, JESUS declarou: “falarão novas línguas”. Os críticos alegam que os versículos 9 a 20 do Evangelho Segundo Marcos não constam de certos manuscritos bíblicos antigos do Novo Testamento e que, portanto, esses versículos não são autênticos. Pouco importa o que os críticos digam. DEUS não precisa de veredicto do homem na sua Palavra e nos seus assuntos. E o que dizer dos milhões que em todo o mundo falam em novas línguas sobrenaturais pelo ESPÍRITO hoje?

Em Lucas 24.49, JESUS denominou a promessa como “a promessa de meu Pai”. O batismo com o ESPÍRITO SANTO foi o último assunto de JESUS aos seus, antes da sua ascensão (vv.50,5I). Isso mostra que esse revestimento de poder do Alto é de inestimável relevância para o povo salvo.

A declaração de JESUS, em João 7.38,39, deve ser estudada juntamente com Atos 2.32,33. O apóstolo Pedro, após ser batizado com o ESPÍRITO SANTO e pregar no dia de Pentecostes, encerrou o seu sermão citando a promessa do batismo, agora cumprida no cenáculo em Jerusalém (At 2.1-4).

O cumprimento ia promessa. No Antigo Testamento, o privilégio especial do povo de DEUS — Israel — foi receber, preservar e comunicar a revelação divina, as Santas Escrituras (Rm 3.1,29.42 Co 3.7). Já o privilégio especial do povo de DEUS no Novo Testamento, a Igreja, é receber o ESPÍRITO SANTO: na conversão (Jo 3.514.16,1716.72 Co 3.8,9Rm 8.9); no batismo com o ESPÍRITO SANTO; e, subsequentemente, através da vida cristã (Ato 4.8,319.1713.9,52Ef 5.18).

O ESPÍRITO SANTO já foi derramado, segundo a palavra profética de Joel 2.28-32, mas não ainda na sua plenitude. Todos os sinais sobrenaturais mencionados na referida profecia, bem como no texto paralelo de Atos 2.1621, ainda não se cumpriram em plenitude. Também em Joel 2.28, diz DEUS: “derramarei o meu ESPÍRITO”, enquanto em Atos 2.17, o mesmo DEUS diz: “derramarei do meu ESPÍRITO”. Pequenas palavras com grande significado e alcance nos desígnios divinos.

Concepções errôneas. Muitos crentes não têm recebido o batismo com o ESPÍRITO SANTO por não entenderem claramente a doutrina do batismo com o ESPÍRITO SANTO. Algumas das concepções erradas são:

Pensam que o batismo é o mesmo que salvação. Mas o batismo com o (ou “no”) ESPÍRITO SANTO não é a salvação. A salvação é uma milagrosa transformação que se efetua na alma e na vida da pessoa que, pela fé, recebe JESUS CRISTO como seu Salvador. Sua origem está na graça de DEUS (Rm 3.24Tt 2.11). Seu fundamento é o sangue de JESUS CRISTO (Rm 3.25I Jo 2.2). Seu meio de recepção ou apropriação é a nossa fé em CRISTO (Ato 16.31Ef 2.8).

Os discípulos de JESUS que foram batizados com o ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecostes já eram salvos, como já mostramos. Na conversão, recebemos vida de DEUS; no batismo com o ESPÍRITO recebemos poder de DEUS.

Acreditam que o batismo é a habitação do ESPÍRITO no crente. Porém, o batismo não é a habitação interior do ESPÍRITO em nós. Na habitação, Ele está dentro; no batismo, Ele enche em plenitude. É uma experiência indizível; indescritível; por isso, cada filho de DEUS deve usufruir esta experiência!

Confundem o batismo com a santificação. No entanto, o batismo com o ESPÍRITO SANTO não é a santificação do crente. A santificação posicionai é, a um só tempo, instantânea e completa, no momento do milagre da nossa regeneração. E a nossa santificação objetiva, “em CRISTO” (Hb 10.10). Também não é a santificação subjetiva e progressiva na nossa vida cristã diária neste mundo (Hb 10.14). Aqui diz a Palavra literalmente: “os que estão sendo santificados”, como na Versão ARA.

O que é o batismo com o ESPÍRITO. É um revestimento e derramamento de poder do Alto, com a evidência física inicial de línguas estranhas, conforme o ESPÍRITO SANTO concede, pela instrumentalidade do Senhor JESUS, para o ingresso do crente numa vida de mais profunda adoração e eficiente serviço para DEUS (Lc 24.49Ato 1.810.46I Co 14.15,26).

Já o batismo “do” ESPÍRITO, como vemos em I Coríntios 12.13Gálatas 3.27 e Efésios 4.5, trata-se de um batismo figurado, apesar de ser real. Todos aqueles que experimentam o novo nascimento, que é também efetuado pelo ESPÍRITO SANTO (Jo 3.7) são por Ele imersos, batizados, feitos participantes do corpo místico de CRISTO, que é a sua Igreja, no sentido universal (Hb 12.23I Co 12.12).

Nesse sentido, todos os salvos são batizados pelo ESPÍRITO SANTO. Já quanto ao batismo com o ESPÍRITO, conquanto seja para todos os salvos, nem todos são batizados. A Escritura Sagrada, ao tratar de Israel como o povo escolhido de DEUS da antiga dispensação, declara: “E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar” (I Co 10.2). “Batizados em Moisés” tem o sentido de “para unirem-se a Moisés”; “para pertencerem a Moisés”.

O grandioso milagre da travessia de Israel pelo meio do mar, com a presença da nuvem divina protetora no alto, separou aquele povo sob Moisés como um corpo. O mar era ali algo material, mas a nuvem divina era sobrenatural. Em I Coríntios 10.2, na expressão “batizados em Moisés”, a partícula original é eis, que significa: “para ingressarem, unirem-se, pertencerem a”.

Certas denominações, por desconhecerem ou rejeitarem o batismo com o ESPÍRITO SANTO conforme Atos 1.5;2.4, confundem-no com esse batismo de que estamos tratando. A evidência física inicial do precioso batismo com o ESPÍRITO são as línguas estranhas sobrenaturais conforme o ESPÍRITO conceder (Ato 2.4Mac 16.17).

Embora o batismo seja um dom, uma dádiva de DEUS para seus filhos (Ato 2.38,29), ele precede os dons espirituais mencionados nas epístolas, principalmente em I Coríntios 12.1 -11.

JESUS empregou o termo “batismo” ao referir-se ao ato do batismo com o ESPÍRITO SANTO (Ato 1.511.16). João Batista, o precursor de JESUS, homem cheio do ESPÍRITO, também se referiu ao batismo com o ESPÍRITO mediante o termo “batismo” (Mt 3.11Mc 1.8).

Três condições para receber o batismo no ESPÍRITO. Em todo batismo há três condições para que esse ato se realize: um candidato a ser batizado; um batizador do candidato; e um elemento ou meio em que o candidato vai ser imerso. No batismo de que estamos tratando — o batismo com o ESPÍRITO SANTO —, o candidato é o crente; o batizador é o Senhor JESUS; e o elemento ou meio em que o candidato é imerso é o ESPÍRITO SANTO.

O batismo com o ESPÍRITO SANTO, a um só tempo, é:

Uma ditosa promessa da parte de DEUS — “a promessa do Pai” (Ato 1.4).

Uma dádiva celestial inestimável — “o dom do ESPÍRITO SANTO” (Ato 2.38).

Uma imersão do crente no espiritual e sobrenatural de DEUS — “sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO” (Ato 1.5). A partícula original desta referência também permite a tradução “batizados no ESPÍRITO SANTO”.

Um revestimento de poder do Alto (Lc 24.49). É como alguém, estando já vestido espiritualmente, ser revestido de poder do céu. O termo “revestido”, no original, conduz essa ideia.

As línguas estranhas. Por meio das línguas estranhas, o crente edifica-se a si mesmo, espiritualmente (I Co 14.4). Línguas da parte do ESPÍRITO é o único dos dons, do qual está escrito que edifica o seu portador. Os demais dons edificam a igreja. Daí o apóstolo Paulo tanto falar em línguas em suas devoções pessoais diante de DEUS (I Co 14.18). Leia também o versículo 39.

As línguas são apresentadas na Bíblia como um meio de o crente falar a DEUS. Isto é, falar “a” DEUS na dimensão do ESPÍRITO SANTO, “em linha direta” (I Co 14.2). Também em línguas, pelo ESPÍRITO, “falar das maravilhas de DEUS” (Ato 2.11). Elas também são um meio de o crente, em seu ESPÍRITO, orar a DEUS, e também interceder, na dimensão do ESPÍRITO SANTO (I Co 14.14,15Rm 8.26Ef 6.18Jd 20).

Por meio das línguas, o crente louva e adora a DEUS, inclusive cantando, dando graças a DEUS (I Co 14.15-17Ef 5.19), falando de suas grandezas e magnificando a DEUS (Ato 2.1110.46).

De acordo com I Coríntios 14.21,22, as línguas são também um “sinal” para os descrentes: “sinal para os infiéis”. Leia também Isaías 28.11.

As línguas são, ainda, apresentadas nas Escrituras como dom do ESPÍRITO SANTO: dom de “variedade de línguas” e dom de “interpretação das línguas” (I Co 12.10,28,3014.5,13,26-28).

Como receber o batismo com o ESPÍRITO. A luz da Palavra de DEUS, o batismo com o ESPÍRITO SANTO é para pessoas de qualquer nação ou “toda carne” (At 2.17); de ambos os sexos ou “filhos e filhas” (Ato 2.17); de qualquer idade ou “vossos mancebos e vossos velhos” (Ato 2.17); de qualquer camada social ou “os meus servos e as minhas servas” (Ato 2.18).

Enfim, o batismo no ESPÍRITO é para os Judeus, o povo escolhido por DEUS (At 2..41) os samaritanos, o povo misto e menosprezado (At 8.17); os romanos, o povo tido como autossuficiente (Ato 10.44-46); os gregos, povos gentílicos (At 19.6); e para os anônimos e desconhecidos — dos quase 120 irmãos batizados com o ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecostes, somente doze deles são mencionados por nome (Ato I.13-15). Os demais não são nominados.

O batismo é para quem já tem o ESPÍRITO SANTO. “Habita convosco” (Jo 14.17); “Recebei o ESPÍRITO SANTO” (Jo 20.22). E também a “tantos quantos DEUS nosso Senhor chamar” (Ato 2.39).

Sendo o candidato já salvo. O batismo com o ESPÍRITO SANTO é para quem já é salvo. Os discípulos, ao serem batizados no dia de Pentecostes, já tinham os seus nomes escritos no céu (Lc 10.20); já eram limpos diante de DEUS (Jo 15.3); já tinham em si vida espiritual, assim como o galho da videira está unido ao seu tronco (Jo 15.4,5,16); já tinham sido por CRISTO enviados para o seu trabalho, dotados de poder divino (Mt 10.1Lc 9.1,210.19).

E preciso crer com convicção na promessa divina do batismo. O batismo é chamado “a promessa do Pai” (Lc 24.49Ato 1.42.16,32,33). E somente pela fé em CRISTO que recebemos o batismo (G13.14). Não é por mérito, haja vista ser um dom, uma dádiva de DEUS para seus filhos.

Buscando o batismo com sede, em oração (Ato 1.4,14Jo 7.37-39Lc 11.13). Adorando a DEUS com perseverança. Louvando sempre a DEUS. Bendizendo ao Senhor. Alegrando-se em DEUS. Assim fizeram os candidatos antes do derramamento do ESPÍRITO, no dia de Pentecostes (Lc 24.52,53). Vivendo em obediência à vontade do Senhor (At 5.32). Para você que busca o batismo, há alguma área da sua vida não submissa totalmente a CRISTO;

Cuidando o crente da sua espiritualidade. Em João 15.2, JESUS disse: “Limpa toda aquela que dá fruto”. É o crente separando-se do mundo quanto à sua iniquidade e pecados — “o mundo não pode receber”, disse JESUS, referindo-se ao ESPÍRITO SANTO (Jo 14.17).

Perseverando em unidade fraternal. Isso também eles fizeram antes de receberem o poder do ESPÍRITO (Ato I.I4).

Os resultados do batismo com o ESPÍRITO. Os resultados e efeitos desse glorioso batismo em nossa vida são muitos. Citaremos apenas alguns, haja vista as limitações de espaço desta obra.

Edificação espiritual pessoal, mediante o cultivo das línguas estranhas (I Co 14.4,15). Edificar, como está na Bíblia, não é exatamente o mesmo que construir. Paulo foi tão grandemente edificado na sua vida cristã em geral e como obreiro, pelo muito que o ESPÍRITO operou nele mediante as línguas (I Co 14.18). Línguas não faladas em público, mas consigo e com DEUS.

Maior dinamismo espiritual, mais disposição e maior coragem na vida cristã para testemunhar de CRISTO e proclamar o evangelho; para efetuar o trabalho do Senhor. Compare, nesse sentido, os discípulos de JESUS, antes e depois do batismo com o ESPÍRITO SANTO, como foi o caso de Pedro — compare Marcos 14.66-72 com Atos 4.6-20.

Um maior desejo e resolução para orar e para interceder (Ato 2.423.14.24-316.410.9Rm 8.26).

Uma maior glorificação do nome do Senhor “em ESPÍRITO e em verdade” (Jo 4.24), nos atos e na vida do crente (Jo 16.13,14).

Uma maior consciência de que DEUS é o nosso Pai celeste, e que nós somos seus filhos (Rm 8.15,16Gl 4.6).

O batismo é também um meio para a outorga por DEUS, dos dons espirituais — “falavam línguas e profetizavam” (Ato 19.6).

O derramamento do ESPÍRITO sobre o crente é chamado de batismo (Ato 1.5Mt 3.11). Em todo batismo, como já vimos, tem de haver três condições: o candidato a ser batizado, o batizador e o elemento em que o candidato vai ser imerso. No batismo “com o” ou “no” ESPÍRITO SANTO, o candidato é o crente; o batizador, o Senhor JESUS; e o elemento ou o meio em que o crente é imerso, o ESPÍRITO SANTO.

Há diferença entre ser cheio do ESPÍRITO SANTO e ser batizado com o ESPÍRITO SANTO. Uma garrafa pode estar cheia de água, e não “batizada” em água. Ela estará cheia de água e “batizada” quando estiver cheia de água e imersa em água (cf. Dt 34.9Mq 3.8Lc 1.67).

Quanto à passagem de João 20.22, é preciso esclarecer que ali JESUS não se referiu ao batismo pentecostal. Faz-se, pois, necessária uma abordagem aqui, de três diferentes sopros divinos vistos nas Escrituras. O primeiro vivificou e animou o homem material, Adão (Gn 2.7). O segundo vivificou e animou o homem espiritual, o crente (Jo 20.22). O terceiro sopro da parte de DEUS, o batismo pentecostal, capacita o crente para o serviço do Senhor (Ato 2.2).

O primeiro homem — o homem natural, adâmico — teve uma vocação terrena (I Co 15.47); o novo homem, criado em CRISTO ressurrecto, tem uma vocação especial, celestial, santificante (Hb 3.1Ef 4.24). Portanto, como homens espirituais, necessitamos desse sobre-excelente e indispensável poder derramado sobre a igreja, e a promessa desse derramamento do ESPÍRITO é extensiva a todos nós.

Se você ainda não é batizado com o ESPÍRITO SANTO, busque incessantemente essa gloriosa dádiva celestial. Mas, se você já o é, atente para o que diz a Palavra de DEUS, em I Coríntios 14.1: “Segui a caridade e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar”.

Os dons do ESPÍRITO SANTO

O grande pregador e pastor inglês C.H. Spurgeon, em um dos seus escritos relata a história de uma velhinha que morava numa instituição para idosos pobres que ele certo dia visitou. Nos pertences dessa senhora foi encontrado um documento bancário antigo, que lhe fora entregue como lembrança por alguém muito rico. Com permissão da velhinha, o pastor Spurgeon levou o documento a um banco e ficou sabendo que se tratava de uma elevada quantia em depósito, suficiente para aquela senhora viver muito bem pelo resto da vida.

Partindo desse fato, Spurgeon concluiu que muitos crentes vivem em estado de grande pobreza espiritual por ignorarem as infinitas riquezas espirituais que estão a seu dispor, em CRISTO, se as buscarem, conforme lemos em Efésios 3.8. Neste contexto, está a riqueza dos dons espirituais. Daí São Paulo escrever aos coríntios: “Acerca dos dons espirituais, não quero irmãos que sejais ignorantes” (I Co 12.1).

A igreja da atualidade precisa mais e mais conhecer, buscar, receber e exercitar a provisão divina imensurável que há nos dons espirituais, para o seu contínuo avanço, edificação, consolidação e vitória contra as hostes infernais, e, ao mesmo tempo, glorificar muito mais a CRISTO.

Princípios doutrinários. Pelo menos dois princípios devem ficar bem patentes aqui, concernentes aos dons espirituais:

Uma pessoa que recebeu do Senhor dons do ESPÍRITO não significa que ela alcançou um estado de perfeição e que é merecedora das bênçãos de DEUS. As manifestações e operações do ESPÍRITO SANTO por meio de um crente jamais devem ser motivo de orgulho, seja ele quem for.

Assim como o crente não é salvo pelas obras, mas tão-somente pela graça divina (Ef 2.8Tt 3.5), assim também os dons do ESPÍRITO SANTO nos são concedidos pela graça de DEUS para que ninguém se engrandeça — “segundo a graça” (Rm 12.6).

Na igreja de Corinto, certos crentes imaturos receberam dons espirituais e se descuidaram de crescer na fé e na doutrina. Problemas surgiram daí, afetando toda aquela igreja.

Definição dos dons. Em seu sentido geral, o termo “dom” tem mais de um emprego. Há os dons naturais, também vindos de DEUS na criação, na natureza: a água, a luz, o ar, o fogo, a vida, a saúde, a flora, a fauna, os alimentos, etc. Há também os dons por DEUS concedidos na esfera humana: os talentos, os dotes, as aptidões, as prendas, as virtudes, as qualidades, as vocações inatas, etc.

O dom espiritual é uma dotação ou concessão especial e sobrenatural pelo ESPÍRITO SANTO, de capacidade divina sobre o crente, para serviço especial na execução dos propósitos divinos para e através da Igreja. “São como que faculdades da Pessoa divina operando no ser humano” (Horton). Dons espirituais como aqui estudados não são simplesmente dons humanos aprimorados e abençoados por DEUS.

Foi a poderosa e abundante operação dos dons do ESPÍRITO que promoveu a expansão da igreja primitiva como se vê no livro de Atos dos Apóstolos e nas Epístolas. Foi dotada de dons espirituais que a igreja de então continuou crescendo sem parar e triunfando, apesar das limitações da época, da oposição e das perseguições. A obra missionária também avançou celeremente como fogo em campo aberto.

As principais passagens sobre os dons espirituais são sete: I Coríntios 11,28-311314.11,28-31; 13; 14; Romanos 12.6-8Efésios 4.7-16Hebreus 2.4; e Pedro 4.10,11. Além destas referências, há muitos outros textos isolados através da Bíblia sobre o assunto.

Termos designadores dos dons. Abordaremos a partir de agora os cinco principais termos bíblicos designadores dos dons. Estes termos descrevem a natureza dos dons.

Pneumatika (I Co 12.11). Os críticos e opositores dos dons alegam que, no original, aqui, não consta a palavra “dom”. Não consta neste versículo, mas consta a seguir, em I Coríntios 12 e nos capítulos seguintes. O referido termo refere-se às manifestações sobrenaturais da parte do ESPÍRITO SANTO através dos dons (cf. I Co 12.714.1).

Charismata (I Co 12.4Rm 12.6). Falam da graça subsequente de DEUS em todos os tempos e aspectos da salvação.

Díakonaí (I Co 12.5). Isso fala de serviço, trabalho e ministério prático. São ministrações sobrenaturais do ESPÍRITO através dos membros da igreja como um corpo (I Co 12.12-27).

Energemata (I Co 12.6). Isto é, os dons são operações diretas do poder de DEUS para a realização de seus propósitos e para abençoar o povo (cf. w.9,I0).

Phanerosis{ I Co 12.7). Os dons são sobrenaturais da parte de DEUS; mas, conforme o sentido do termo original, aqui, eles operam igualmente na esfera do natural, do tangível, do sensível, do visível.

Dons de manifestação do ESPÍRITO

Vamos agora classificar ou agrupar os dons com o objetivo de entender melhor o assunto. A primeira classificação é a dos dons de manifestação do ESPÍRITO em número de nove, conforme I Coríntios 12.8-10. Esses dons são formas de capacitação sobrenatural de pessoas, para a “edificação do corpo de CRISTO” como um todo, e também para a bem-aventurança de seus membros, individualmente (vv.3-5,12,17,26).

Os capítulos 12 a 14 de I Coríntios têm a ver com esses maravilhosos dons. Eles são de atuação eventual, inesperada e imprevista (quanto ao portador do dom), tudo dependendo da soberania de DEUS na sua operação. Esses dons manifestam o saber de DEUS, o poder de DEUS e a mensagem de DEUS.

Dons que manifestam o saber de DEUS (I Co 12.8-10). Esses dons manifestam a multiforme sabedoria de DEUS:

A palavra da sabedoria (v.8). É um dom de manifestação da sabedoria sobrenatural, pelo ESPÍRITO SANTO. E um dom altamente necessário no governo da igreja, pastoreio, administração, liderança, direção de qualquer encargo na igreja e nas suas instituições.

A palavra da ciência (v.8). “Ciência” equivale, aqui, a “conhecimento”. Ê um dom de manifestação de conhecimento sobrenatural pelo ESPÍRITO SANTO; de fatos, de causas, de ensinamentos, de revelações etc.

O dom de discernir os espíritos (v. 10). No original, os dois termos que designam este dom estão no plural. E um dom de conhecimento e de revelação sobrenaturais pelo ESPÍRITO SANTO. É um dom de proteção divina para não sermos enganados e prejudicados por Satanás e seus demônios, e também pelos homens. Uma das principais atividades de Satanás é enganar (Ap 12.920.8,10I Tm 4.1). Os homens também enganam (Ef 4.14I Jo 2.262 Jo.7). Líderes em geral — inclusive de música —, pastores, evangelistas, mestres, precisam muito deste dom para não serem enganados.

Dons que manifestam o poder de DEUS (I Co 12.9,10). Esses dons manifestam a poder dinâmico de DEUS:

A fé (v. 9). E um dom de manifestação de poder sobrenatural pelo ESPÍRITO SANTO. Superação e eliminação de obstáculos, sejam quais forem, e de impedimentos; liberação do poder de DEUS; intercessão. Não se trata aqui da fé no seu sentido salvífico (Ef 2.8); ou fé como fruto do ESPÍRITO (G1 5.22); ou fé significando o corpo de doutrinas bíblicas (GI 1.23); ou fé como o aspecto puramente espiritual da vida cristã (2 Co 13.5). Trata-se da fé chamada “fé especial”, “fé miraculosa”. Este dom opera também em conjunto com vários outros dons.

Os dons de curar. Ou “dons de curas”, literalmente (v.9). Isto é, este dom é multiforme na sua constituição e na sua operação. Ê uma sublime mensagem para os enfermos, não importando a sua doença. São dons de manifestação de poder sobrenatural pelo ESPÍRITO SANTO para a cura das doenças e enfermidades do corpo, da alma e do ESPÍRITO, para crentes e descrentes.

Esses “dons de curas” operam de várias maneiras: através da Palavra; através de outro dom; uma palavra de ordem; um olhar; mãos, etc. Os dons de curas

abrangem o ser humano em sua totalidade; já o dom da fé, além do ser humano, abrange tudo mais, conforme os planos e propósitos de DEUS.

A operação de maravilhas (v. 10). No original, os dois termos que designam este dom estão no plural: “operações de maravilhas”. São operações de milagres extraordinários, surpreendentes, pasmosos; prodígios espantosos pelo poder de DEUS, para despertar e converter incrédulos, céticos, oponentes, crentes duvidosos. Leia João 6Atos 8.6,1319.II; e Josué 10.12-14.

Dons que manifestam a mensagem de DEUS (I Co 12.10). Esses dons manifestam a mensagem da parte de DEUS, poderosa, vivificante, criativa, edificante e consoladora (È em torno desses três últimos dons que ocorre mais falta de disciplina e de ordem nas igrejas, como também ocorreu em Corinto.).

A profecia (v. 10). E um dom de manifestação sobrenatural de mensagem verbal pelo ESPÍRITO, para “edificação, exortação e consolação” do povo de DEUS (I Co 14.3). E um dom necessário a todos os que ministram a Palavra; que trabalham com a Palavra (cf. Lc 1,2b; I Tm 5.7). O grau da profecia na igreja hoje não é o mesmo da “profecia da Escritura” (2 Pe 1.20), que é infalível — a profecia da Bíblia.

A profecia na igreja deve ser, pois, julgada. De fato, a Bíblia declara: “Em parte profetizamos” (I Co 13.9). A profecia da igreja está sujeita a falhas por parte do profeta; daí a recomendação bíblica de I Coríntios 14.29: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem”.

Por que a profecia é denominada o principal dom, conforme I Coríntios 13.2 e 14.1,5,39? Porque a profecia edifica a igreja como um corpo, e não apenas como indivíduos. Também porque a profecia é um meio de expressão de muitos dons (I Tm 4.14a). A maior parte do tempo do culto deve ser para a ministração da Palavra de DEUS, e não para a profecia, conquanto seja esta tão importante (I Co 14.29).

A variedade de línguas (v. 10). E um dom de expressão plural, como indica o seu título. E um milagre linguístico sobrenatural. Nem todos os crentes batizados com o ESPÍRITO SANTO recebem este dom (I Co 12.30). Já as línguas como evidência física inicial do batismo, todos ao serem batizados no ESPÍRITO SANTO as falam.

As mensagens em línguas mediante este dom devem ser interpretadas para que a igreja receba edificação (I Co 14.5,27). O crente portador deste dom, ao falar em línguas perante a congregação, não havendo intérprete por DEUS suscitado, deve este crente falar somente “consigo e com DEUS” (I Co 14.4,28) isto é, falar em silêncio. (FALAR BAIXO - NUNCA PENSDE EM LÍNGUAS - FALE EM LÍNGUAS)

A interpretação das línguas (v. 10). E um dom de manifestação de mensagem verbal, sobrenatural, pelo ESPÍRITO SANTO. Não se trata de “tradução de línguas”, mas de “interpretação de línguas”. Tradução tem a ver com palavras em si; interpretação tem a ver com mensagem. As línguas estranhas como dom espiritual, quando interpretadas, assemelham-se ao dom de profecia, mas não são a mesma coisa. O dom de interpretação é um dom em si mesmo, e não uma duplicação do dom de profecia (cf. I Co 12.10,3014.5,13,26-28).

Dons de ministérios práticos

São administrações de serviços práticos, individuais e em grupo (Rm 6.8; I Co 12.28-30). Nestas passagens, eles aparecem juntamente com os demais dons espirituais, e sob o mesmo título original charismata — “dons da graça”. São dons de ministração residentes no portador, pela natureza de sua finalidade junto às pessoas ou grupos: assistência, serviço, socorro, auxílio, amparo, provisão. São dons residentes nos seus portadores, pela natureza e objetivos de sua ação.

Estes dons têm sido pouco estudados na igreja. Daí os equívocos e dúvidas existentes. São da mesma natureza espiritual e sobrenatural dos demais dons da graça de DEUS. A Bíblia os coloca em conjunto com os demais dons (I Co 12.28) Ela usa para esses dons o mesmo termo original empregado para os dons de I Coríntios 12.4-10: charismata (Rm 12.6-8).

Ministério (Rm 12.7). Ministração, servir, prestar serviço material e espiritual, sem primeiramente esperar recompensa, reconhecimento, retribuição, remuneração, com motivação e capacitação mediante este dom. E servir capacitado sobrenaturalmente pelo ESPÍRITO.

Ensinar (Rm 12.7). Ensinar no sentido didático, como deixa claro o original. E o dom espiritual de ensinar, tanto na teoria, como na prática; ensinar fazendo; ensinar a fazer; ensinar a entender; treinar outros. Educar no sentido técnico desta palavra. Não confundir com o ministério do ensino, que tem a ver com ministros do evangelho, segundo Efésios 4. II e Atos 13.1 (“profetas e mestres”).

Exortar (Rm 12.8). Exortar, aqui, é como dom: ajudar, assistir, encorajar, animar, consolar, unir pessoas desunidas, que não se falam; admoestar.

Repartir (Rm 12.8). O sentido no original é dar generosamente, doar, oferecer, distribuir aos necessitados em primeiramente esperar recompensa ou reconhecimento, movido pelo ESPÍRITO SANTO. Este dom ocupa-se da benevolência, beneficência, humanitarismo, filantropia, altruísmo.

Presidir (Rm 12.8). E conduzir, dirigir, organizar, liderar, governar, orientar com segurança, conhecimento, sabedoria e discernimento espiritual. Isso em se tratando de igreja, congregação, instituição, etc. Para alguém presidir desta maneira, só mesmo tendo de DEUS este dom! A tendência natural de quem lidera e preside é ser duro, dominar somente pela autoridade, ser insensível.

Exercitar misericórdia (Rm 12.8). Este dom refere-se à assistência aos sofredores, necessitados, carentes; fracos, enfermos, presos, visitação, compaixão.

Socorros (I Co 12.28). Literalmente “achegar-se para socorrer”. É o caso de enfermos, exaustos, famintos, órfãos, viúvas, etc. È um dom de ação plural.

Governos (I Co 12.28). E um dom plural no seu exercício. Ê dirigir, guiar e conduzir com segurança e destreza. O termo original sugere pilotar uma embarcação com segurança, destreza e responsabilidade.

 

Dons na área do ministério

Esses dons são enumerados em Efésios 4.11 e I Coríntios 12.2829, a saber: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, doutores ou mestres.

Alvos e resultados dos dons espirituais. De acordo com I Coríntios 12.7, “a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil”. Vejamos quais são os alvos e resultados dos dons espirituais:

A glorificação do Senhor JESUS em escala muito além da natural e humana (Jo 16.14).

A confirmação da Palavra de DEUS anunciada, pregada e ensinada (Mac 16.17-20Hb 2.3,4).

O crescimento constante e real, em quantidade e qualidade, da obra de DEUS na igreja, na evangelização e nas missões (Ato 6.719.209.31Rm 15.19\

A “edificação” espiritual da igreja de DEUS como um corpo e como membros individualmente (I Co 12.12-27). JESUS afirmou: “Eu edificarei a minha igreja” (Mac 16.18), mas na ocasião Ele não disse como ia edificar. Mas em Atos e nas Epístolas vemos que é em parte através desses dons divinos de que estamos a tratar.

O aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11,12). Isso jamais é possível por parte do homem, ou das coisas desta vida, mas é possível para DEUS (cf Lc 18.27).

O exercício dos dons do ESPÍRITO. Toda energia e poder sem controle é desastroso. Estudando I Coríntios 14.26,32,33 e 40, vemos que DEUS nos concede dons, mas não é responsável pelo mau uso deles, por desobediência do portador à doutrina bíblica, ou por ignorância desta. A eletricidade quando domada nas subestações, torna-se apropriada ao consumo doméstico, mas nas linhas de alta tensão é letal e destruidora. Também não adianta ter um bom freio no carro sem o seu potente motor, como muitos fazem nas igrejas mornas, frias e secas. Elas têm freio e direção no “carro”, porém falta-lhes o ativo e poderoso motor.

O uso dos dons na igreja deve ser regulado e equilibrado pela Palavra de DEUS, corretamente entendida, interpretada e aplicada. A Palavra e o ESPÍRITO interpenetram-se e combinam-se em sua operação conjunta na igreja. A Palavra é a espada do ESPÍRITO, e o ESPÍRITO interpreta e emprega a Palavra.

Na igreja, a predominância da doutrina do Senhor corrige erros, evita confusão e repara estragos. Ela, quando ensinada e aplicada, neutraliza o fanatismo, que é zelo religioso sem entendimento — são exageros, práticas antibíblicas, emocionalismo, gritaria e outros desmandos. Por sua vez, quando o ESPÍRITO predomina, neutraliza o formalismo, que é excesso de regras, regulamentos, legalismo, rotina religiosa, formalidades secas e enjoativas, mornidão, fórmulas, ritos e coisas assim.

Quem recebe dons de DEUS, a primeira coisa a fazer é procurar conhecer o que a Palavra ensina sobre o exercício deles. Em Corinto havia abuso dos dons, enquanto em Tessalônica havia carência deles, por tanto refreio. E de pasmar em nossas igrejas a carência da doutrina bíblica sobre essas manifestações do ESPÍRITO — os dons espirituais. O resultado disso aí está em muitos lugares: fanatismo, práticas antibíblicas, meninices, confusão, escândalo e desonra para o evangelho que pregamos.

No exercício dos dons e de outras manifestações do ESPÍRITO SANTO, ninguém que aja desordenadamente e cause confusão, dentro da congregação e fora dela, venha a dizer que está agindo assim por direção do ESPÍRITO SANTO. Ele não é o autor de tais coisas!

Responsabilidade quanto aos dons. É preciso haver responsabilidade quanto aos dons, a fim de que não haja mau uso deles.

Conhecer os dons. “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (I Co 12.1).

Buscar os dons. “Procurai com zelo os melhores dons” (I Co 12.31).

Zelar pelos dons. “Procurai com zelo os dos espirituais” (I Co 14.1).

Ser abundante nos dons. “Procurai progredir neles, para a edificação da igreja” (I Co 14.12, ARA).

Ter autodisciplina nos dons. “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas” (I Co 14.32).

Ter decência e ordem no exercício dos dons. “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (I Co 14.40).

Portanto, poder, sinais, curas, libertação e maravilhas devem caracterizar um genuíno avivamento pleno de renovação espiritual e pentecostal. No entanto, tudo

deve ser livre de escândalos, engano, falsificação, e segundo a decência e ordem que a Palavra de DEUS preceitua (I Co 14.26-40).

 

O MAU USO DOS DONS ESPIRITUAIS

O uso dos dons na igreja deve ser regulado e equilibrado pela Palavra de DEUS. A Palavra e o ESPÍRITO interpenetram-se, combinam-se em sua operação conjunta na igreja. A Palavra é a espada do ESPÍRITO (Ef 6.17), e o ESPÍRITO interpreta e usa a Palavra. A predominância da doutrina do Senhor corrige erros, evita confusões e repara estragos.

Quando aplicada e observada, a doutrina do Senhor neutraliza o fanatismo, que é zelo sem entendimento, exagero, práticas antibíblicas, emocionalismo, etc. Por sua vez, a predominância do ESPÍRITO SANTO neutraliza os extremos do formalismo, que é excesso de regras, regulamentos, legalismo, rotina, formalidade, mornidão, fórmulas, ritos, etc.

Os dons espirituais não devem operar sem o fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22I Co 13Jo 15.1-8). Quem recebe os dons, a primeira coisa a fazer é procurar conhecer o que diz a Palavra sobre o exercício deles. Havia abuso dos dons em Corinto, e carência deles em Tessalônica (I Co 14I Ts 5.19,20).

A igreja de Corinto. Os cultos da igreja de Corinto eram notadamente pentecostais (I Co 121314). Segundo o apóstolo Paulo, nenhum dom faltava àquela igreja (I Co 1.7). Todas as manifestações espirituais do ESPÍRITO SANTO tinham lugar ali (I Co 12.4); as diversidades de ministérios do Senhor JESUS (I Co 12.5); e as diversas operações do próprio DEUS (I Co 12.6).

No entanto, a igreja estava envolvida em diversas dissensões e litígios (I Co 6.1-11; 11.18), pecados morais graves (I Co 5), além de desordem no culto de adoração a DEUS (I Co 11.17-19). Outrossim, os crentes eram imaturos e carnais (I Co 3.1-4). A desordem era tal que o próprio culto se tornou um entrave para o progresso espiritual dos crentes.

Dissensão ou partidarismo (I Co 11.181.10-133.4-6). “Ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões”. O termo “dissensões” empregado em I Coríntios II.17 e 1.10 descreve a destruição da unidade cristã por meio da carnalidade. Em vez de gratidão a DEUS, para promover a comunhão uns para com os outros e “guardar a unidade do ESPÍRITO pelo vínculo da paz” (Ef 4.3), os crentes reuniam-se para o culto com “ESPÍRITO faccioso”.

Carnalidade (I Co 3.1-3). “Não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais” (v.I). Havia membros da igreja de Corinto guiados e cheios do ESPÍRITO SANTO (I Co 1.4-9Rm 8.14), mas muitos eram carnais (v.I). Carnal, como já vimos, é o crente, ele ou ela, cuja vida não é regida pelo ESPÍRITO (Rm 8.5-8); que tem muita dificuldade de entender os assuntos espirituais (I Co 2.14) e vive em contendas, difamações. A mente e a língua do carnal é malfazeja até durante o sono (cf. Rm 8.5; G1 5.19-21; Pv 4.16). Esse tipo de crente é uma perturbação no culto de adoração a DEUS.

Intemperança (I Co 11.21). Na liturgia da igreja primitiva era comum a Ceia do Senhor ser precedida por uma festividade chamada de ágape ou festa de amor (2 Pe 2.13; Jd v.I2). No entanto, alguns crentes coríntios em vez de fortalecerem o amor e a unidade cristã antes da Ceia do Senhor, embriagavam-se. Os ricos se fartavam de tudo, enquanto os pobres padeciam fome (v.2I). Isso alguns faziam “para sua própria condenação” ou castigo (v.29). Esses cristãos cometiam o erro de transformar uma festa espiritual, o culto, em uma festa profana. Veja as consequências disso nos versículos 30,31.

Muitos crentes, em Corinto, eram ignorantes quanto ao uso correto dos dons espirituais (I Co 12.114.26-33). A manifestação dos dons espirituais é “dada a cada um para o que for útil” (I Co 12.7). Os propósitos de DEUS neles é edificação, consolação, exortação, crescimento espiritual e aperfeiçoamento do corpo de CRISTO (I Co 14.326Ef 4.11-14Rm 12.4-8).

Mas, para que assim seja, é necessário que haja sabedoria, ordem e decência quanto ao uso dos dons (I Co 12.114.40). O crente não é proibido de falar em línguas, nem o profeta de profetizar no culto (I Co 14.39), contanto que seja conforme a doutrina bíblica (I Co 14.1219,2639). A expressão-chave do ensino contido em 1 Coríntios 14.26-40 é: “Faça-se tudo para edificação” (v.26). “Edificação” quer dizer “construir como um processo”, ou seja, crescimento sólido, gradual, uniforme e constante na vida do crente.

Os cristãos de Corinto ignoravam o propósito evangelístico e edificador do culto na vida espiritual do crente (I Co 14.23-25), pois exibiam vaidosamente seus dotes espirituais, provocando balburdia e dissensões (I Co 14.27-30). A Bíblia recomenda que todos, pelo ESPÍRITO SANTO, falem em línguas e profetizem (I Co 14.5), mas que também exerçam os dons espirituais com sabedoria, ordem e decência (I Co 14.26-33,37-40), a fim de que o nome do Senhor seja glorificado (I Co 14.25), o incrédulo seja convertido (I Co 14.22-25) e a igreja edificada(I Co 14.26).

Visões e revelações. É de pasmar o descaso em nossas igrejas, da carência do ensino da Palavra sobre essas manifestações do ESPÍRITO — os dons espirituais. O resultado aí está em muitos lugares: fanatismo, práticas antibíblicas, meninices, confusão, escândalo e desonra para o evangelho, ou desprezo e indiferença dos crentes pelos dons. Um exemplo disso é o caso de “visões” e “revelações”.

Revelações em si não são um dom. Há pessoas por aí afora dizendo-se portadoras do “dom de revelação”. Não há especificamente tal dom. Sonhos, visões e revelações sobrenaturais, sim, podem ser expressões do dom da ciência (I Co 12.8). DEUS criou não somente coisas visíveis, mas também as invisíveis (Cl 1. 16). Por sua vez, coisas invisíveis podem se tornar visíveis. DEUS, que criou e sustenta todas as coisas, também as controla como quer.

Igrejas inteiras, famílias e crentes à parte têm padecido muito por causa de falsas visões, revelações e sonhos da parte de visionários, às vezes fanáticos, outras vezes mentecaptos, e ainda por cima trapaceiros. E necessário que, sem sufocar o genuíno entusiasmo e fervor espiritual, ou provocar frieza na fé, os dirigentes de trabalho, através da doutrina bíblica, regulem e controlem essa intensa “onda” de visões e revelações falsas, que tanto perturbam e prejudicam os crentes na fé.

Todo poder sem controle é desastroso. DEUS nos concede poderosos dons, mas não é responsável pelo mau uso deles, por desobediência do portador à doutrina bíblica, ou ignorância desta. O fogo em casa é indispensável, quando sob controle no fogão, mas como incêndio... é um sinistro!

A eletricidade, nas linhas de alta tensão é letal; nas subestações é domada, tornando-se apropriada ao consumo doméstico, Um carro é utilíssimo quando dotado de bons freios. Por outro lado, de nada adianta bons freios se o carro não tiver um potente motor... O que acontece em igrejas mornas e secas? Têm freios e direção, mas lhes falta o ativo e poderoso “motor” do ESPÍRITO.

No autêntico exercício dos dons espirituais o ESPÍRITO SANTO é soberano. O fato registrado em Atos 19.11,12 não significa doutrina sobre o assunto nem modelo para ser copiado.

Expulsão de demônio à moda de exorcismo. O costume hoje em dia praticado por determinadas pessoas, de chamar endemoninhados à frente, praticar expulsão de demônios à moda de exorcismo, manipulando as pessoas, expulsando demônios “à prestação”, como se eles estivessem saindo da vítima aos poucos, é prática reprovável e antibíblica.

Os demônios são expulsos, sim, por direção e poder do ESPÍRITO SANTO, mas de maneira bíblica, original, sem deixar dúvidas, confusão, nem escândalos. JESUS nos mandou chamar pecadores e expulsar demônios... Em muitos lugares, está ocorrendo o inverso: estão chamando demônios e expulsando os pecadores. Sim, pois estes saem confusos, iludidos, escandalizados, sem saber ao certo se estiveram num culto santificado a DEUS, ou numa sessão espírita!

Em muitos lugares, os pecadores saem piores do que chegaram. E isso operação dos dons espirituais? Nunca! Poder manifesto de DEUS não significa escândalo, promiscuidade, desordem, grosseirismo e puro emocionalismo, que, uma vez passado, só resta frustração, engano, medo e revolta interior. Isso — que pode ser atuação dos chamados “espíritos familiares” (Is 8.19) — é mais uma operação diabólica para confundir os neófitos e perturbar a boa marcha do trabalho do Senhor.

Falsos obreiros. Tenhamos cuidado! Está dito na Palavra de DEUS que não somente houve entre os fiéis falsos profetas, mas que haverá também, nos dias atuais (2 Pe 2.1).  DEUS não é de confusão. A ausência de continuado e metódico ensino bíblico sobre a Pessoa do ESPÍRITO SANTO e suas genuínas operações resulta nisso.

O inimigo aproveita a ignorância dos crentes; ele aproveita enquanto os trabalhadores dormem, para semear a má semente. Não se confunda gritos, trejeitos, gestos desconexos, pulos, linguagem impressionante, barulho emotivo e algaravia pública com o real poder do ESPÍRITO SANTO. Espiritualidade e poder de DEUS não implicam desordem e escândalo para gregos, Judeus e Igreja de DEUS.

Há uma série de pretensos obreiros desautorizados — acolhidos por certos grupos religiosos —, promovendo por si próprios movimentos ditos carismáticos, mas sem qualquer base bíblica, sem conhecimento da doutrina, sem experiência cristã e ministerial, sem cultura bíblica e secular, sem ordem, de ministério irregular, mescrupulosos, irreverentes, gananciosos, explorando o povo e as igrejas, iludindo a fé dos incautos e aproveitando-se da credulidade das massas, até que os escândalos provoquem uma reação negativa e acabe tudo em nada!

Os tais obreiros — ostentando a coleção inteira de mais de um falso profeta —, em lugar de procurarem expulsar demônios, e praticar curandeirismo, eles é que deviam ser expulsos! Dizendo-se autorizados por DEUS, arrogam-se autoritários, não aceitando qualquer conselho bíblico, chegando a ponto de quererem provar seus erros mediante a Palavra de DEUS!

Poder, sinais e maravilhas devem caracterizar um genuíno avivamento, pleno de renovação espiritual e pentecostal, mas livre de escândalos, enganos, falsificação e mistificação; dentro da decência e da ordem que a Palavra de DEUS preceitua.

O certo é que esses pseudo-obreiros estão causando sérios estragos dentro e fora da igreja, especialmente na área da expulsão de demônios, cura divina, revelações, visões, profecia e línguas estranhas. Não duvidamos de que muitas dessas pessoas tenham recebido uma chamada divina para um ministério de poder, mas estragaram-na porque começaram a laborar fora do plano divino revelado nas Escrituras. Como em 2 Reis 6.5, perderam o ferro do machado; só têm o cabo agora.

Se eles deram fruto a princípio, não permaneceram assim. A vitória e a aprovação divina iniciais não significam continuidade da operação divina nem frutos permanentes, caso a pessoa saia do plano bíblico: “para que deis fruto, e o vosso fruto permaneça”. Assim disse JESUS (Jo 15.16).

Quem reconhece ter recebido um ministério de pregação acompanhado de sinais e maravilhas, pelo poder de DEUS, exerça-o, mas segundo a doutrina bíblica, apegado sempre à Palavra. Não é nunca possível um tal ministério frutificar mais e mais e permanecer assim, sem o instrumento humano conservar-se na humildade, na simplicidade e na pureza doutrinária da Palavra de DEUS. Um obreiro pode receber o mais rico ministério de libertação e conservar-se profundamente bíblico, dentro dos ditames de ética ministerial e da Palavra de DEUS.

O espírito do profeta e o ESPÍRITO do Senhor. Precisamos fazer a nossa parte, a fim de que o ESPÍRITO realize a dEle. E isso está relacionado com a liturgia, conjunto dos elementos que compõem o culto cristão (Ato 2.42-47I Co 14.26-40Cl 3.16). Embora seja possível liturgia sem culto, não há culto sem liturgia (Is 1.11-1729.13Mt 15. 7-9I Co 11.17-22).

A parte litúrgica compreende diversas partes do culto: oração (Ato 12.1216.16); cânticos (I Co 14.26Cl 3.16); leitura e exposição da Palavra de DEUS (Rm 10.17Hb 13.7); ofertas (I Co 16.1,2); manifestações e operações do ESPÍRITO SANTO (I Co 14.26-32); e bênção apostólica (2 Co 13.13Nm 6.23-27).

Tomando como base o livro de Atos dos Apóstolos e as Epístolas (Ato 2.1-4Ef 5.19Cl 3.16), vejamos como era o culto, nos tempos do Novo Testamento. A promessa da efusão do ESPÍRITO (Jl 2.28) cumpriu-se no dia de Pentecostes (Ato 2.16-18), quando os que estavam reunidos foram “cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem” (Ato 2.1-4). Essa experiência pentecostal repetiu-se em outras ocasiões: em Samaria (Ato 8.14-20); na vida de Paulo (Ato 9.17); na casa de Cornélio (Ato 10.44-48); e em Éfeso (Ato 19.1-7).

Manifestações espirituais como essas foram acompanhadas de: falar em outras línguas (Ato 2.419.6); poder (Ato 8.18,19); exultação a DEUS (Ato 10.46); ousadia, poder e graça na pregação (Ato 4.31,33); e mensagens proféticas (Ato 19.6). O culto dos crentes primitivos que, nos primeiros dias da igreja em Jerusalém, não se distinguia muito da liturgia judaica (Ato 3.1), passou a ser dinâmico, espontâneo e com manifestações periódicas dos dons concedidos pelo ESPÍRITO SANTO (Rm 12.6-8; I Co 12.4-11,28-31).

Se alguém reconhece que tem recebido dons espirituais para um ministério de poder, o primeiro passo não é sair fazendo demonstrações pueris, escandalosas e antibíblicas. Não. O primeiro passo é conhecer o que a Bíblia ensina sobre um determinado ministério.

Sabemos que a capacidade espiritual do obreiro vem de DEUS, mas do seu preparo ele deverá cuidar, segundo está escrito: “Procura apresentar-te a DEUS aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15). E mediante a Palavra de DEUS que ele se torna hábil para toda boa obra (2 Tm 3.17).

Ninguém que cometa escândalos e pratique as coisas negativas mencionadas neste tópico venha a dizer que agiu assim movido pelo ESPÍRITO SANTO, porque Ele não é autor de desmandos, sejam quais forem. Que surgiriam tais coisas em nossos dias, sabemo-lo pela Bíblia (2 Pe 2.1,2), porém que elas e seus promotores permaneçam entre nós como sendo nossos, e dos nossos, não

(I Jo 2.19)!

 

A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO

A recomendação da Bíblia aos crentes pentecostais é: “Não vos embriagueis com vinho em que há contenda, mas enchei-vos do ESPÍRITO” (Ef 5.18).

“Enchei-vos do ESPÍRITO”. O verbo traduzido por “enchei-vos” traz no original quatro lições importantes:

E um imperativo — pois se trata de uma ordem.

Está no plural — por isso, aplica-se a todos os crentes.

Está na voz passiva — o que significa que a ação de estarmos cheios do ESPÍRITO é atribuição dEle.

Está no tempo presente contínuo — isto é, designa uma ação constante, contínua, perene. Portanto, pode ser traduzido como “Deixai-vos encher continuamente do ESPÍRITO”.

Enchendo-nos continuamente do ESPÍRITO para cultuar a DEUS. Os crentes de Éfeso só poderiam continuar enchendo-se do ESPÍRITO, se já estivessem cheios dEle anteriormente. Na verdade, eles já haviam sido batizados com o ESPÍRITO, conforme Atos 19.1-7. Quando o crente é cheio e se mantém renovado pelo ESPÍRITO SANTO, o culto cristão é caracterizado por: “salmos, e hinos, e cânticos espirituais” (Ef 5.19).

O fruto do ESPÍRITO. Em I Coríntios 2.14—3.3, vemos que DEUS divide toda a humanidade em três grupos de pessoas. Apenas três, e isso no sentido espiritual: (I) o homem natural, literalmente controlado pela sua alma (2.14); (2) o homem espiritual, literalmente controlado pelo ESPÍRITO SANTO (2.15); e (3) o homem carnal, controlado, literalmente, pela sua natureza carnal (3.3). Ninguém escapa dessa classificação divina. Todos nós somos um desses “homens”. Identifique-se!

O homem natural não é salvo. È irregenerado. E chamado de “natural” porque vive segundo a natureza adâmica, decaída. O homem espiritual é aquele que o

ESPÍRITO SANTO governa e rege seu ESPÍRITO, sua alma e seu corpo. Nele, o seu “eu”, pela fé em CRISTO, está mortificado, crucificado (Rm 6.11GI 2.19,20).

Já o homem carnal, na conceituação bíblica, é o crente espiritualmente imaturo e que assim continua através da vida — “meninos em CRISTO” (I Co 3.1). A vida do crente carnal é mista, dividida, fracassada. Esse crente vive em conflito interior entre a sua natureza humana e a divina, sendo a sua alma o campo de batalha (cf. Gl 5.13-26). (Gl 5.22,

O homem espiritual é o crente cheio do ESPÍRITO SANTO, isto é, aquele em cuja vida o fruto do ESPÍRITO tem amadurecido 23; Ef 5.9Jo 15.1-8; 16). A evidência de que alguém continua cheio do ESPÍRITO é a manifestação do fruto do ESPÍRITO de DEUS em sua vida (Mt 3.87.20).

Se um cristão afirma ser nascido de novo, mas seu modo de viver dentro e fora da igreja desmente o que afirma, isso é uma contradição, um escândalo e uma pedra de tropeço para os descrentes e os cristãos mais fracos. E pela sua habitação e presença permanente no crente, regendo-o em tudo, que o ESPÍRITO produz o seu fruto, como descrito em Gálatas 5.22.

 

Pecados contra o ESPÍRITO SANTO

Os pecados contra o ESPÍRITO SANTO afetam terrivelmente a santidade. Ele é o ESPÍRITO SANTO; o ESPÍRITO que nos santifica. Ele é muito sensível; é tanto que é simbolizado pela pomba. O único pecado imperdoável só pode ser cometido contra Ele; não contra o DEUS Pai, nem contra o DEUS Filho. Isso deve nos servir de alerta quanto ao pecado!

Há seis principais pecados contra o ESPÍRITO SANTO; que consistem em palavras, atitudes e atos. Entre os pecados por palavras, acham-se as afrontas verbais e as blasfêmias. As atitudes e os atos constam da resistência ao ESPÍRITO, e da recusa contínua de se cumprir a vontade de DEUS.

Resistir ao ESPÍRITO SANTO. A resistência ao ESPÍRITO é o pecado inicial que se comete contra o Consolador (Ato 7.51). E dizer “não” continuamente ao convite da salvação; recusar ouvir e ler a Palavra de DEUS; recusar os impulsos interiores do ESPÍRITO SANTO dentro de nós (orar, testemunhar, apartar-se do mal).

Resistir ao ESPÍRITO é também rebelar-se contra a autoridade divina (Is 63.10). Não só a direta, que é infrequente na Bíblia: mas a autoridade divina indireta, isto é, delegada por DEUS. Esta é a forma predileta de DEUS governar entre os homens, através da família (autoridade social); do governo (autoridade civil); e da igreja (autoridade religiosa).

Esse pecado, cometido por incrédulos e crentes, consiste ainda em adiar a decisão de obedecer ao Senhor. È, em resumo, resistir à voz de DEUS, de todas as formas. E, uma vez cometida essa ofensa, as demais parecerão de somenos importância, visto que o coração do ofensor, afetado terrivelmente pela iniquidade, considerará o pecado algo comum e corriqueiro.

O pecado de resistir ao ESPÍRITO pode ser compreendido pelo modo como Estêvão concluiu seu sermão diante dos anciãos de Israel: “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao ESPÍRITO SANTO” (Ato 7.51). O pecado daqueles homens não era um ato isolado, mas contínuo: resistir “sempre” ao ESPÍRITO SANTO.

Quem resiste ao ESPÍRITO SANTO recusa, de forma consciente, a vontade divina expressa pela terceira Pessoa da Trindade, mediante a Palavra de DEUS e por meio de seu trabalho em nossos corações. A palavra “resistir”, empregada por Estêvão, no original, vai além de uma mera resistência. Significa lutar contra; lutar com afoiteza.

O povo de Israel até hoje sofre as consequências de sua resistência contínua ao ESPÍRITO de DEUS (I Ts 2.15,16). Os ouvintes de Estêvão “lutavam” contra o ESPÍRITO, empregando naquela peleja todas as suas forças (cf. Zc 7.12Gn 6.3Is 30.1Ne 9.30Ez 8.3,6). O povo de DEUS fez isso por rebeldia contumaz, e o ESPÍRITO do Senhor voltou-se contra eles. Que relato terrível e condenatório (Is 63.10)! O leitor tem resistido ao ESPÍRITO SANTO?

Insultar ao ESPÍRITO SANTO. Insultar ou agravar o ESPÍRITO SANTO é um pecado que consiste em insultar, agravar, ultrajar a terceira Pessoa da Trindade. È rejeitar continuamente a JESUS — isso pode ser uma pessoa, uma família, uma comunidade, uma nação. É um pecado cometido por incrédulos e crentes.

Acostumados com o culto levítico, e sob perseguição por causa do evangelho de CRISTO, os cristãos de origem judaica começaram a deixar a igreja e a retornar ao judaísmo centrado no Templo em Jerusalém. Em Hebreus 10.29, eles são incisivamente exortados a não fazê-lo: “De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de DEUS, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao ESPÍRITO da graça?”

Aqueles irmãos cometeram três horrendos pecados: o de pisar o Filho de DEUS; o de ter por comum o sangue da aliança; e o de agravar o ESPÍRITO SANTO. Agravar, como aqui é empregado, é afrontar, ultrajar, debochar, zombar, injuriar, insultar com desdém.

Quem ultraja ao ESPÍRITO rejeita a Palavra de DEUS com menosprezo e zombaria, continuamente. Além disso, tem o sangue redentor de JESUS como coisa sem valor, sem importância; rejeita com desdém e escárnio as ofertas da graça

de DEUS. Essa recusa ultrajante se deve ao fato de o crente 'ou descrente) não valorizar (negligenciar) os dons graciosos de DEUS: o dom da salvação; o dom do ESPÍRITO; os dons espirituais.

Tentar o ESPÍRITO SANTO. E pecar conscientemente até quando o ESPÍRITO SANTO suportar. E um pecado cometido também por incrédulos e crentes. Implica mentir ao ESPÍRITO (ora, Ele é a verdade: I Jo 5.6); enganar os servos de DEUS como congregação, como corpo; e ser hipócrita. O hipócrita devia saber que o ESPÍRITO SANTO sonda e conhece os corações.

Ananias e Safira cometeram esse pecado; mentiram ao ESPÍRITO; enganaram os servos de DEUS; e quiseram mostrar-se melhores do que os outros, sem o serem, conforme lemos em Atos 5.1-10.

 

... Ananias, com Safira, sua mulher; vendeu uma propriedade e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos. Disse\ então, Pedro: Ananias; por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS (...) Então, Pedro lhe disse [a Safira]: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o ESPÍRITO do Senhor?

(...) E logo caiu aos seus pés e expirou. E, entrando os jovens, acharam-na morta e a sepultaram junto de seu marido.

 

A mentira ao ESPÍRITO SANTO está categoricamente exemplificada na passagem em que Pedro, pelo ESPÍRITO SANTO, denuncia a mentira de Ananias e Safira: “Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade?” (Ato 5.3). Qual é o sentido da palavra “mentira” aqui? O termo original corresponde a contar uma falsidade como se fosse verdade. Ananias e Safira certamente ensaiaram essa mentira, como pode ser visto no versículo 9.

Quais são as implicações de se mentir ao ESPÍRITO SANTO? Quem mente ao ESPÍRITO SANTO, menospreza a sua deidade; Ele é DEUS (vv.3,4). Como a terceira pessoa da Santíssima Trindade, Ele é onisciente, onipresente e onipotente. Isso significa que o ESPÍRITO SANTO tudo sabe e tudo conhece. Logo, mentir e tentar o ESPÍRITO do Senhor (v.9), é testar a tolerância de DEUS, isto é, pecar até enquanto DEUS suportar, (cf. Nm 14.22,23Dt 6.16Mt 4.7).

Entristecer o ESPÍRITO SANTO. Na Epístola aos Efésios, exorta-nos Paulo: “E não entristeçais o ESPÍRITO SANTO de DEUS, no qual estais selados para o dia da redenção. Toda amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmias, e toda malícia seja tirada de entre vós” (Ef 4.30,31).

O que é entristecer o ESPÍRITO SANTO? O vocábulo original tem a ver com agravo, dor, aflição, angústia.

Entristecer ao ESPÍRITO, um pecado cometido por incrédulos e crentes, consiste em fazer tudo aquilo que não agrada ao ESPÍRITO de DEUS, como ser ingrato para com DEUS; ser negligente na vida espiritual; ser esquecido das bênçãos divinas recebidas e das coisas de DEUS em geral; ser rebelde, desobediente de modo contínuo para com DEUS (cf. Is 63.10); ser mundano, o que implica infidelidade espiritual (Tg 4.5); e ser carnal (Gl 5.16).

O que pode entristecer o ESPÍRITO SANTO? Mathew Henry responde: “Toda conversação maligna e corrupta, que estimule os desejos pecaminosos e a luxúria, contrista o ESPÍRITO SANTO”. O ESPÍRITO SANTO também é entristecido quando, desprezando a vontade divina, preferimos seguir nossos desejos e ambições; quando o cristão não reverencia a sua presença manifesta e ignora a sua voz; e quando o crente não busca a sua vontade e direção.

E importante considerar aqui os “nãos” divinos constantes de Efésios 4.26-30:

Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo. Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. E não entristeçais o ESPÍRITO SANTO de DEUS, no qual estais selados para o Dia da redenção.

Muitos falsos ensinadores têm afirmado que não existem proibições para os crentes; os tais afirmam que é proibido proibir. Mas, como vemos na referência acima, a Palavra de DEUS apresenta muitos “nãos”, como:

“Não pequeis”. “Não se ponha o sol sobre a vossa ira”. “Não deis lugar ao diabo”.  “Não furte mais”. “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe”. “Não entristeçais o ESPÍRITO SANTO”.

O Decálogo também consiste de tremendos “nãos” divinos! Será que sabemos ensinar mais do que DEUS, que usa “nãos”?

Apagar o ESPÍRITO SANTO. Escrevendo aos crentes de Tessalônica, Paulo exortou- os: “Não extingais o ESPÍRITO” (I Ts 5.19). Como o ESPÍRITO SANTO é comparado ao fogo, apagar ou extinguir o ESPÍRITO é abafar, reprimir, sufocar o calor e a luz provenientes dEle. E, pois, reprimir a voz do ESPÍRITO dentro de nós; opor-se à operação dEle em nosso meio; não se renovar espiritualmente; impedir a sua operação pelo mundanismo, materialismo e humanismo (Mac 4.19Lc 8.14).

Extinguir o ESPÍRITO SANTO — um pecado cometido apenas por crentes — é ser fanático religioso; desviar-se para “a direita” (observe que, em Isaías 30.21, o primeiro tipo de desvio para o qual DEUS chama atenção é para “a direita”); enfim, é não dar ouvido a Ele, até que a sua voz não seja mais ouvida:

Porém entendeste a tua benignidade sobre eles por muitos anos e protestaste contra eles pelo teu ESPÍRITO, pelo ministério dos teus profetas; porém eles não deram ouvidos; pelo que os entregaste na mão dos povos das terras :f\e 9.30).

Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra ( 8.43).

O termo traduzido por “extinguir”, referente ao ESPÍRITO SANTO, tem o sentido colateral de apagar aos poucos uma chama, um fogo que está a arder. Portanto, extinguir o ESPÍRITO é agir de modo a impedir, suprimir ou limitar a manifestação do ESPÍRITO do Senhor. Quando perdemos o primeiro amor, extinguimos ou apagamos de nossas vidas o ESPÍRITO de CRISTO (Ap 2.4).

Qual é o perigo de se extinguir o ESPÍRITO SANTO? A extinção das operações do ESPÍRITO SANTO na vida da igreja quando não é letal, a adoece e debilita, sem que ninguém o perceba. Mais tarde, resta somente a lembrança do passado quando o fogo do céu ardia. Sempre que for detectada a falta de operações do ESPÍRITO SANTO em nosso meio, devemos clamar a DEUS sem cessar por um avivamento espiritual. A extinção do ESPÍRITO SANTO leva a igreja à mornidão espiritual (Ap 3.14-22).

O fogo é o grande agente purificador natural, assim como o ESPÍRITO SANTO é o grande agente purificador divino. Sendo assim, arrume bem a lenha (ponha ordem na vida; coloque a “lenha” em ordem); limpe o local do fogo (tire de sua vida “cinza”, “areia”, “água”, “coisas estranhas”, como as doutrinas falsas); areje o fogo (sem ar fresco, bom, o fogo se apaga); alimente o fogo (com lenha boa [Pv 26.20], combustível bom, o que é caro; o fogo é sempre bom; a lenha às vezes é ruim); e mantenha o equilíbrio do fogo — isso requer “acendedores” e “apagadores” de “ouro puro” (Ex 25.3837.23).

Blasfêmia contra o ESPÍRITO SANTO. Este pecado é cometido por incrédulos (Mt 12.31,32Mac 8.28-30Lv 24.11-14). Implica atribuir continuamente os atos divinos a Satanás (cf. Mt 12.24). E a blasfêmia contínua, deliberada, consciente e abusiva contra o ESPÍRITO SANTO. Trata-se de um “eterno pecado” (Mc 3.29 cf. rodapé ARC).

O pecado em apreço não pode ser cometido por ignorância (I Tm 1.3); não é cometido mediante uma fraqueza isolada, impensada; torna-se imperdoável, não porque DEUS não queira ou não possa perdoar, mas porque o pecador, através desse pecado, afasta para longe de si a única Pessoa, o ESPÍRITO SANTO, que podia convencê-la do tal pecado.

Encontrava-se o Senhor JESUS numa sinagoga em Cafarnaum, a sua cidade, quando lhe trouxeram um endemoninhado cego e mudo. JESUS por sua compaixão libertou totalmente o homem possesso. Os fariseus alegaram que Ele operara tal milagre pelo poder do chefe dos demônios. Era o cúmulo do pecado deles contra o ESPÍRITO SANTO (Mt 12.24).

JESUS lhes disse: “Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens, mas a blasfêmia contra o ESPÍRITO não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o ESPÍRITO SANTO, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro” (Mt 12.31,32Mac 3.28-30Lc 12.10).

Os adversários de JESUS blasfemavam contra Ele e o ESPÍRITO SANTO, declarando consciente, proposital e seguidamente que JESUS operava milagres pelo poder de Satanás, o chefe dos demônios (Mt 9.32-3412.22-24Mac 3.22Lc 11.14,15).

Com essa blasfêmia, eles estavam rejeitando de modo deliberado o ESPÍRITO SANTO que operava em JESUS, o Messias (Mt 12.28Lc 4.14-19Jo 3.34Ato 10.38).

A blasfêmia deliberada e consciente contra o ESPÍRITO SANTO é imperdoável. O ser humano pode chegar a tal cegueira espiritual a ponto de blasfemar contra o ESPÍRITO. Ver Mt 23.1617192426. A blasfêmia contra o ESPÍRITO de DEUS é a consequência de pecado similares que a precedem, como:

Rebelar-se e resistir ao ESPÍRITO (Is 63.10Ato 7.51).

Abafar e apagar o fogo interior do ESPÍRITO (I Ts 5.19Gn 6.3Dt 29.1821I Ts 4.4).

O endurecimento total do coração — cauterização da consciência e cegueira total. Chegando o ser humano a este ponto, torna-se réprobo quanto à fé (2 Tm 3.8) e passa a chamar o mal de bem e o bem de mal (Is 5.20).

A blasfêmia contra o ESPÍRITO do Senhor é imperdoável porque sendo Ele o que nos convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.7-11), e, que intercede por nós (Rm 8.26,27), é recusado, rejeitado e blasfemado (cf. I Sm 2.25). Isso porque a obra salvífica do Pai e a do Filho estão

completas, mas a do ESPÍRITO SANTO continua até que todos os salvos cheguem ao céu (Ap 22.11)!

Conclusão. As igrejas somente poderão lograr bom êxito em qualidade e quantidade quando se mantiverem nos padrões da sã doutrina e revestidas do poder do Alto. De poder de baixo (humano, terreno) não temos falta, mas necessitamos sempre do poder do Alto, que põe a igreja em marcha (Lc 24.49).

È impensável um crente ou uma igreja sem o ESPÍRITO SANTO. Não devemos cometer nenhum pecado contra Ele, a fim de que o mantenhamos conosco e em nós. Que o Senhor nos ajude a sermos sadios na fé, maduros no entendimento e zelosos na manutenção da chama do autêntico avivamento espiritual.

 

Avivamento pelo ESPÍRITO

Na Epístola aos Colossenses — escrita no ano 61, aproximadamente —, há menções da igreja de Laodiceia (2.1; 4.13,15,16) e dos crentes Laodicenses (4.16). Neste mesmo versículo, há também uma ordem para que a epístola em apreço fosse lida na igreja dos laodicenses, e que a epístola que viesse de Laodiceia fosse lida pelos colossenses.

A Epístola de Laodiceia não foi incluída no cânon sagrado do Novo Testamento. A razão disso não está revelada — talvez fossem mensagens preventivas de DEUS contra a mornidão e o formalismo espirituais, que estariam em formação naquela igreja.

DEUS previne, avisa e adverte de antemão, e às vezes chamando as pessoas pelo nome, como: “Abraão, Abraão”, “Simão, Simão”, “Moisés, Moisés”, “Saulo, Saulo”. A carta de JESUS à igreja em Laodiceia, por meio de João (Ap 3.14-22), é de aproximadamente 96 d.C. Se tudo foi assim, aquela igreja esfriou aos poucos, até chegar ao estado crítico descrito em Apocalipse,

Necessidade de avivamento. Quando, em que estado de coisas e em que situação a igreja carece de um real avivamento do ESPÍRITO SANTO? Quando nela prevalecem as seguintes características negativas:

Calmaria espiritual, paralização espiritual, indiferença e comodismo (Ez 37.9).

Sonolência espiritual (Ef 5.14).

Insensibilidade espiritual, mas também insensibilidade moral e social (cf. Ef 4.19Pv 23.35I Tm 4.2).

Secularismo — ou mundanismo. E o crente conformar-se com o mundo; “dar na forma [fôrma] do mundo”, como diz literalmente Romanos 12.2:

e não vos conformeis com este mundo”. É a contextualização da igreja com o mundo, o que está muito em voga hoje.

Postura do crente apenas defensiva quanto ao mal e ao pecado, e não de repúdio, aversão, horror e de combate espiritual contra ele.

Quando, na igreja, prevalece entre os crentes a hibernação espiritual (Ap 2.4). E o estado do crente que permanece meio-morto (Ap3.16). Tem nome de que está vivo espiritualmente, mas na realidade está morto, sem vida, sem fervor, sem entusiasmo e sem condições de reagir a um tal estado de coisas.

Uma igreja nesse estado pode ter: uma boa estrutura eclesiástica (“ossos”, Ez 37.3); muita organização (“nervos”, v.8); muito movimento e vaivém (“carne”, v.8); muito boa aparência (“pele”, v.8); mas tal igreja não tem vida espiritual vibrante, transbordante e dinâmica, pela ausência do “ESPÍRITO de vida” (Ez

37.8,9; Rm 8.2).

Também quando entre os crentes prevalece o desinteresse pelos cultos e passam a se interessar mais pelas coisas e passatempos seculares, profanos, tentando eles com isso preencher o seu vazio espiritual. Nesse estado, a perda de cultos pelo crente não lhe traz falta. Vem, por fim, o abandono da Casa de DEUS (cf. Hb 10.25Sm 27.484.2,10; .I; Ag 1.4,9).

No livro de Atos, vemos como DEUS fez surgir a igreja avivada no ESPÍRITO SANTO, coisa que os crentes de Israel desconheciam. Cremos e oramos que do mesmo modo Ele avivará poderosamente a sua igreja, nesses últimos dias que precedem a volta de JESUS.

O avivamento espiritual, como no princípio, é uma necessidade em nossos dias. Hoje, muitas igrejas pensam estar experimentando um reavivamento, quando, na verdade, tudo não passa de inovação, misticismo, falsificações e mudanças injustificáveis na liturgia do culto, etc.

Características de um avivamento. Quais são, pois, à luz da Palavra do Senhor, as características de um genuíno avivamento, promovido pelo ESPÍRITO de DEUS?

Contrição total. Num verdadeiro avivamento, há contrição total pelo ESPÍRITO SANTO. Contrição é arrependimento, humilhação e confissão de pecados e males de todos os tipos, na presença do Senhor; é quebrantamento espiritual em nosso íntimo, acompanhado de profundo arrependimento de pecados. E tudo isso deve ser demonstrado também em nosso exterior, pela poderosa ação do ESPÍRITO SANTO.

Esses estados da alma têm a ver com o pecado, no seu duplo aspecto: como delito praticado e como estado imanente no ser humano — isto é, a pecaminosidade da natureza humana. Desta forma do pecado, o crente precisa ser sempre vencedor, pelo “sangue da sua cruz [de CRISTO]” (Cl 1.20), como bem nos mostra a passagem de Romanos 6.

E num tal contexto espiritual que o avivamento se instala, e o ESPÍRITO SANTO assume a primazia, predominando e prevalecendo. Infelizmente, quem retarda e impede o avivamento da igreja não são os incrédulos; somos nós, os crentes, inclusive obreiros. Basta ler passagens como 2 Crônicas 7.14 para se chegar a tal conclusão.

Um real avivamento inclui, sim, os obreiros da igreja (cf. Zc 3.3). Qual era o problema da igreja de Éfeso? Seu pastor deixara o primeiro amor (Ap 2.4). E o da igreja de Sardes? Seu pastor estava morto no seu estado espiritual e não sabia (Ap 3.1). E o problema da igreja de Laodiceia? Seu pastor era morno (Ap 3.16).

Meditemos sobre o termo “perfeito”, concernente ao crente no contexto do avivamento. O referido termo aparece em passagens como Deuteronômio 18.13Mateus 5.482 Coríntios 13.11 e Colossenses 1.28. Ele, em suma, diz-nos que o nosso inteiro ser deve ser oferecido a DEUS; tudo deve estar à disposição dEle: ESPÍRITO, e alma, e corpo. Não retenha nada! Ponha tudo no altar.

Em Marcos 12.30, vemos uma pormenorização disso: nossa afeição (“de todo o teu coração, e de toda a tua alma”); nossa cognição (“e de todo o teu entendimento”); e nossa volição (“e de todas as tuas forças”). Sim, um avivamento começa e continua pela reconsagração total do crente a DEUS.

Que façamos a oração do profeta Habacuque: “Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (3.2).

Perdão e reconciliação. No avivamento de Israel (I Rs 18), DEUS usou como instrumento humano o profeta Elias. No cumprimento de sua missão, o primeiro passo deste profeta foi “reparar o altar do Senhor, que estava quebrado” (vv.30-32). Em seguida, ele colocou no altar doze pedras — que representavam as doze tribos israelitas, completas e unidas —, e não apenas dez, o que representaria incompletude e divisão de Israel, como era o caso do Reino do Norte (dez tribos), ao qual o profeta pertencia.

E notável o fato de Elias trabalhar com doze pedras no altar, sendo ele do reino das dez tribos! O que pode fazer um povo dividido e desunido? Se, por acaso, realizarem alguma coisa de bom, os males de sua desunião e da sua rebeldia atrofiarão tudo o que se fizer.

Em Ezequiel 37, no grandioso avivamento ali retratado, “cada osso se uniu ao seu osso” (vv.7,17). Imagine um osso unindo-se a um corpo que não era o seu e, por conseguinte, diferente na idade, na altura, etc. Isso daria numa imensa e confusa babel, em que cada um estaria sem identificação, sem dono, sem direção;

e logo a seguir: deformações, anomalias, teratias, como indivíduos e como grupo. Não é isso que está acontecendo por toda parte com os chamados movimentos avivalistas de renovação carismática?

Sim, um avivamento não é só de quebrantamento de ESPÍRITO, mas também de perdão total, com reconciliação entre os crentes, inclusive obreiros. Pessoalmente, este autor tem visto, em nosso país, obreiros causando, fomentando e acalentando inimizades no ministério. E ainda apresentam “justificativas”, além de, pior ainda, acharem que isso que fazem é uma virtude!

Em Atos 4.32, no primeiro avivamento da igreja, a Bíblia diz: “E era um o coração e a alma da multidão dos que criam”. DEUS pode fazer isso hoje, num reavivamento — a unidade espiritual do seu povo. Portanto, o avivamento genuíno envolve amplo perdão e reconciliação de uns com os outros; isto é, união e, sobretudo, unidade. O que pode fazer um povo descontente, dividido e desunido?

Generosidade e abundância financeira. Em Jerusalém ocorreu um avivamento de ampla e contínua generosidade entre os crentes, de abundância financeira, nas contribuições para a obra de DEUS em geral: nos dízimos, nas ofertas, nas doações, na mão-de-obra voluntária, nos auxílios; enfim, na cooperação de todas as formas (Atos 4.32-37).

Mas também deve haver restituição aos outros, de tudo o que for alheio, que, porventura, esteja em nosso poder. No avivamento espiritual sob o rei Ezequias, vemos em ação a liberalidade financeira, espontânea, do povo, movida pelo ESPÍRITO de DEUS (2 Cr 31.5-10). No avivamento de Jerusalém ocorreu o mesmo. E que ocorra da mesma forma em nossos dias!

Santidade interior e exterior. Segundo o modelo bíblico, o reavivamento resulta em santidade do crente em toda a sua maneira de viver (I Pe1.15). Se um avivamento não resultar nisso — nessa mudança de vida — tudo não passará de mero entusiasmo, mecanicismo e emoção, como acontece com certos “avivamentos” orquestrados pelos homens. O avivamento sob Esdras e Neemias, nesse sentido, obteve grandiosos resultados (Ne 89.1-3810.1-3913).

A santificação deve ocorrer em “todo o vosso ESPÍRITO, e alma, e corpo” (I Ts 5.23). Isso significa que devemos ser santos em nosso viver, e em nossa conduta

isto é, em nosso caráter, internamente —, e em nosso proceder, externamente. Nossa vida natural é uma série diuturna de hábitos, práticas e costumes, que podem ser bons ou maus, ou um misto dos dois. É evidente que um povo SANTO, porque pertence a DEUS, deve ter costumes santos.

Mantenhamo-nos, pois, separados do mundo pecaminoso. Reflitamos sobre a advertência da Palavra de DEUS registrada em Eclesiastes 10.8: “Quem fizer uma cova cairá nela, e quem romper um muro, uma cobra o morderá”. “Abrir

uma cova”, aqui, é iludir o povo; é fazer o povo errar e deixá-lo nesse estado. “Cova” é armadilha, embuste, laço, simulação. “Romper um muro” é eliminar a separação do pecado; é ficar indefeso às investidas do mal; é renunciar à condição de “povo peculiar” (Ex 19.5Tt 2.14).

Evangelização e missões. O avivamento promovido pelo ESPÍRITO SANTO move e leva a igreja a evangelizar e a fazer missões entre os povos. Evangelização e missões são dois lados de um só assunto — de um mesmo trabalho para DEUS (cf. Ato 1.85.428.413.1-4). E este trabalho é a atividade principal de uma igreja avivada, um fato patente no livro de Atos dos Apóstolos, mas também na história subsequente da igreja, sempre que ela é reavivada.

Louvor e adoração. Numa igreja realmente avivada, ouvem-se os “cânticos espirituais”, mencionados em Efésios 5.19. O “som” vindo do céu (cf. Ato 2.2), quando do derramamento inicial do ESPÍRITO sobre a igreja, fala disto. O sentido de “espirituais”, aqui, vai muito além daquele que lhe é comumente atribuído nos dias de hoje.

Uma igreja com avivamento do ESPÍRITO não precisa de artistas, de atores da música secular e de animadores de auditório — como se a Casa do Senhor fosse um palco para comediantes —, nem de shows musicais, nem de torcida, nem de assovios, por parte daqueles que só buscam chamar a atenção para si mesmos. Isso não é avivamento; é aviltamento!

A igreja carece, sim, de “verdadeiros adoradores” que adorem a DEUS em ESPÍRITO e em verdade, conforme JESUS disse em João 4.24. Temos, atualmente, na igreja, não muito do verdadeiro louvor e adoração que agrada ao Senhor, porque tais coisas precisam ser precedidas de sacrifício espiritual ao Senhor (2 Cr 29.27,30Hb 13.15Sm 50.23, “sacrifício de louvor”).

Evitemos brincar de crente, de culto e de igreja. Isso só acontece numa igreja em que não há real avivamento. Em Mateus 6.2 e noutras passagens similares, JESUS verbera duramente contra os fariseus, chamando-os de hipócritas, porque brincavam de crente, simulavam, encenavam, fingiam espiritualidade. Pessoas assim são vazias de avivamento e poder; vazias do ESPÍRITO SANTO e da Palavra de DEUS.

Renovação e batismo com o ESPÍRITO. No genuíno avivamento há batismo com o ESPÍRITO SANTO, com línguas estranhas, e manifestação dos dons espirituais (cf. SI 92.10; Ef 5.18). Outrossim, a operação de milagres pelo ESPÍRITO SANTO, como os “sinais” prometidos por JESUS em Marcos 16.17,18, são uma realidade, num avivamento bíblico norteado pela doutrina (At 2.42,43).

Intercessão e jejum. A oração intercessória e o jejum, de modo constante, são partes integrantes dos avivamentos reais, segundo a história da igreja (Ato 2.422 Cr 7.14Sm 119 — aqui temos várias vezes o Salmista orando “vivifica-me” ou “aviva- me”). Que busquemos, pela oração mtercessória, o avivamento, como fez o profeta Habacuque (c. 609-605 a.C.), o qual profetizou durante o declínio espiritual que se seguiu ao reinado de Josias (Hc 3.2).

Palavra de DEUS. A poderosa Palavra do Senhor sempre tem sido o instrumento inicial de DEUS em todos os avivamentos (cf. Ne caps. 8-10; Ed caps. 8-10). E não pode ser diferente hoje: “Não é a minha palavra como fogo, diz o Senhor, e como o martelo que esmiuça a penha?” (Jr 23.29). O avivamento de que necessitamos deve ser de busca e de ensino da Palavra de DEUS.

Precisamos de um poderoso avivamento de ensino da Palavra de DEUS, no templo, no lar, nos educandários da igreja, nas publicações, nos hinos cantados, etc. (cf. Ato 2.425.42). Esse movimento de ensino da Palavra, por sua vez, conduz à salvação dos pecadores (Ato 13.12Sl 51.13Lc 20.1). O avivamento pelo ensino da Palavra é necessário para que vidas sejam “moldadas” (Mt 28.19) por meio da “disseminação do conhecimento das coisas do Senhor” (Mt 28.20). Por exemplo, o avivamento espiritual que precedeu o primeiro advento de CRISTO teve como instrumento divino a Palavra de DEUS (Lc 3.2).

Destruição de ídolos. O verdadeiro avivamento leva o crente a destruir os ídolos do coração. Sem uma vida avivada no ESPÍRITO, as coisas naturais desta vida logo se tornam “Deuses” dentro de nós, como: riquezas, sucesso, posição ou status, cultura acadêmica, trabalho extremado — de modo a deixar-nos sem tempo para a adorar a DEUS —, glutonaria, diversões e passatempos “inocentes”, vaidades do ESPÍRITO humano, etc.

São nesses casos ídolos do coração (Ez 14.3,4,7). Um tal ídolo em nossa vida é tudo aquilo que nela toma o lugar do verdadeiro DEUS, e que ocupa o nosso coração, todo nosso tempo e toda nossa atenção. Samuel, o admirável homem de DEUS, no avivamento dos seus dias, exortou o povo a destruir os seus próprios ídolos (I Sm 7.3-6).

DEUS é o Senhor absoluto da nossa vida, ou somos nós que mandamos em nós mesmos? Não há meio-termo, pois DEUS não divide o seu senhorio, nem a sua glória com ninguém. Jacó, ao experimentar um avivamento do céu em sua vida, deu um basta nos ídolos de casa (Gn 35.1-4). Em I João 5.21, está escrito: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos”. Ora, tratando-se aqui de cristãos, a referência é a ídolos do coração.

O modelo do avivamento pelo ESPÍRITO. Não há dúvidas de que a solução divina para neutralizar, deter e restringir os males que acossam os santos nesse tempo do fim é um verdadeiro avivamento, segundo o modelo da Palavra de DEUS: sem inovações descabidas, sem distorções, sem manipulação humana, sem intermediários. O ESPÍRITO SANTO é soberano. Que o Senhor nos avive segundo a sua Palavra, como bem disse o Salmista (119.25,154).

Em Levítico 10, dois sacerdotes ofereceram “fogo estranho” perante o Senhor e foram mortos no mesmo instante, ali mesmo. “Fogo estranho” era o fogo profano, não-sagrado, não aprovado por DEUS; fogo não obtido do altar dos sacrifícios. Desse tipo de logo existe muito por aí, atualmente. Se a Lei continuasse em vigor hoje, os cemitérios estariam repletos de falsos avivalistas mortos. Atestado de Óbito: “Morte espiritual prematura por falsa identidade ideológica cristã”.

Mas esse avivamento segundo o modelo bíblico — promovido pelo ESPÍRITO, pois “o ESPÍRITO é o que vivifica” (Jo 6.63) — é harmônico e equilibrado (Ex 25.37,38I Rs 7.49,50). O fogo sagrado das lâmpadas do candelabro era regulado, para que não se apagasse, mas também para que não se excedesse. Para isso, havia acendedores ou espevitadores (lit., “avivadores”), bem como reguladores do fogo (lit., “ajustadores do fogo, da chama”).

Nunca devemos interpretar a Bíblia à luz das nossas experiências espirituais, mas interpretar as nossas experiências espirituais à luz da Palavra de DEUS. Do contrário, cairemos no experiencialíssimo extremado e antibíblico, como estamos vendo acontecer nos dias de hoje.

Avivamento na casa de DEUS e no lar. Somente o verdadeiro avivamento nos leva a amar, zelar e ser assíduos, na Casa de DEUS. Leia em sua Bíblia estas passagens: Levítico 19.30Salmos 27.484.1093.5Eclesiastes 5.1 e João 2.13-17. A Casa do Senhor vem sofrendo hoje, em muitos sentidos; tudo por falta de avivamento dos que a frequentam. O avivamento deve acontecer igualmente na família, no lar cristão.

Não podemos ter igrejas avivadas, despertadas, renovadas, santificadas, com lares distanciados de DEUS, indiferentes e mesmo refratários ao avivamento espiritual. Há várias passagens que comprovam esse avivamento a partir da família (Gn 35.1-7Ne 8.2,3Ed 8.2110.12 Cr 20.1331.18Êx 38.8).

Vemos, em Deuteronômio 20.5, que uma casa “edificada” precisa ser também “consagrada”. O avivamento pentecostal que ocorreu na origem à igreja, no dia de Pentecostes, ocorreu num lar, numa casa de família, e continuou assim (Ato I.13; 5.42; Rm 16.5I Co 16.19Cl 4.15; Fm v.2). É oportuno lembrar que o termo “lar”, no seu original latino, indica uma laje fortemente aquecida na cozinha da casa — isto é, o lugar onde permanecia aceso o fogo da casa; daí advém a palavra “lareira”.

O avivamento espiritual (ou reavivamento) é uma intervenção divina na vida da igreja, onde e quando DEUS quer, em resposta ao clamor da igreja despertada para um avivamento (2 Cr 7.14). Precisamos, pois, nesses últimos dias, de um real avivamento — bíblico, soberano, poderoso, divino, sobrenatural, irresistível e duradouro —, incomparavelmente maior do que todos os precedentes, conforme a palavra profética de Joel 2.28.

Em Atos 2.17,18, está escrito: “E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS, que do meu ESPÍRITO derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e também do meu ESPÍRITO derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão” (Ato 2.17,18).

Mas a plenitude da promessa pentecostal, conforme Joel 2.29,31 — enfatizada por Pedro de modo parcial —, aguarda um pleno cumprimento futuro, como já vimos: “derramarei o meu ESPÍRITO”. E esse avivamento atingirá a igreja, em geral, e as suas instituições. “Aviva, ó Senhor, a tua obra!”

 

A COOPERAÇÃO DO ESPÍRITO NA OBRA MISSIONÁRIA

Ao aceitar o convite divino para a maravilhosa salvação em CRISTO (Mt 11.28;Tt 3.5), recebemos a bendita tarefa de anunciar as virtudes do Senhor JESUS CRISTO, que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (I Pe 2.9). Ele nos confiou “a palavra desta salvação” (Ato 13.26). Mas, para termos êxito nessa Grande Comissão do Senhor, conforme Marcos 16.15, precisamos da capacitação do ESPÍRITO SANTO (Jo 14.17Mac 16.202 Co 3.5), pois é Ele quem nos unge para evangelizar (2 Co 1.21) e convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11).

A Grande Comissão. A Grande Comissão de JESUS à sua igreja abrange a evangelização à nossa volta e a obra missionária (Mt 28.19Mac 16.15). JESUS derramou do poder do ESPÍRITO sobre os seus servos, no dia de Pentecostes (Ato 2.17), para que se tornassem suas testemunhas tanto na cidade onde estavam como em outras, até à extremidade da terra (Ato 1.8).

A urgência da evangelização. Evangelizar significa “anunciar as boas novas” (Hb 4.2Rm 10.15). E isto é uma obrigação de cada salvo: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!” (I Co 9.16, ARA). Nos últimos momentos entre os seus discípulos, JESUS enfatizou o dever de cada crente proclamar o Evangelho no poder do ESPÍRITO (Ato 1.6-8Lc 24.47-49).

Não nos esqueçamos de que a evangelização deve ser pessoal, isto é, pessoa- a-pessoa, e igualmente em massa, como em tantos casos relatados no Novo Testamento (Ato 8.626-35).

Esse assunto é muito urgente! Quem passa desta vida para a outra sem JESUS está perdido para sempre. Portanto, embora o número de evangélicos brasileiros

seja expressivo — algo em torno de 20% da população —, a maioria não se preocupa com a evangelização. Sabemos também que o principal movimento pentecostal do mundo está em nosso país. Por isso, “não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20).

O Brasil é hoje o país com mais espíritas no mundo, e o primeiro colocado, na América Latina, em prostituição infantil. Além disso, temos aqui milhares de alcoólatras e viciados em outras drogas, bem como um número expressivo de menores abandonados. Estes e outros dados alarmantes devem nos despertar para a urgência da evangelização.

DEUS conta conosco. O Pai estabeleceu o plano de salvação (Ap 22.17Gl 4.4,5Ef 2.8,9), o Filho pôs o plano em execução (Jo 17.419.30), e o Consolador convence os pecadores e os converte, realizando o milagre do novo nascimento (Jo 16.8-113.5). DEUS quer usar aqueles a quem Ele salvou para a salvação da humanidade: a família; a vizinhança; os estrangeiros; os ricos e pobres; etc. Ele quer salvar a todos (I Tm 2.4).

A urgência da obra missionária. Esta envolve a transculturação (I Co 9.2022Cl 3.11), haja vista os diversos costumes e cultura dos povos do mundo, que influenciam na implantação, na formação e na preservação de igrejas autóctones. Nem todo crente pode ir para o campo missionário, mas todos podem interceder em oração, contribuir financeiramente, e ajudar de muitas outras maneiras (Rm 10.8-17).

“E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. “E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, cresciam cada vez mais” (At 2.47b; 5.14). Depois da plena evangelização de Jerusalém (Ato 5.28), o Senhor permitiu uma perseguição e dispersão dos crentes, que levaram as boas novas a Samaria, Judéia e outras regiões daquele país (At 8.1-5; 9.31; II. 19-24). Não demorou muito para que o mundo conhecido ouvisse o Evangelho, graças à ação do ESPÍRITO naqueles crentes fervorosos, cheios de graça e de poder (Rm 10.1815.19Cl 1.6,23).

O desafio principal da igreja. O mundo de hoje conta com mais de seis bilhões de habitantes. Destes, cerca de dois bilhões nunca ouviram a mensagem de salvação! O número de evangélicos em todo o mundo não chega a um bilhão, segundo os centros de informação missionária. Na igreja primitiva, todos evangelizavam incessantemente em toda parte, no poder do ESPÍRITO, com sinais e milagres (At 8.4,6,7). Precisamos em todo tempo estar revestidos do poder do Alto, para dar continuidade a essa urgente obra, a fim de que, como eles, alvorocemos o mundo para CRISTO (Ato 17.6).

Em I Coríntios 1.22,23, vemos a importância da Grande Comissão de JESUS CRISTO. Enquanto uns (como os Judeus) se preocupam com sinais, e outros (como os gregos), em buscar sabedoria, nosso objetivo deve ser a evangelização de todos, em todo o mundo. Temos hoje muitos pregadores eloquentes nos templos; mas é o poder do ESPÍRITO que faz de nós ganhadores de almas, no mundo.'

Assistência do ESPÍRITO na evangelização pessoal. O ESPÍRITO SANTO dirige os nossos passos, como no caso de Filipe relatado em Atos 8.26-38. Ele também ajuda- nos a superar os obstáculos apresentados pela pessoa evangelizada (Jo 4.7-29), desde que nos preparemos (I Pe 3.15), firmando-nos em seu poder, e não em nossas palavras (I Co 2.1-5).

Assistência do ESPÍRITO na pregação em público. O segredo do êxito, em cruzadas evangelísticas, é buscar, em oração, a assistência do Consolador. Tomando como base às campanhas realizadas pela igreja primitiva, vemos o que acontece quando se prega a Palavra de DEUS, no poder do ESPÍRITO SANTO: salvação de almas (At 2.41; 4.4); sinais miraculosos (At 8.6,7); grande alegria (At 8.8); e batismo com o ESPÍRITO SANTO (At 8.14-17).

Assistência do ESPÍRITO na obra missionária. Em Atos 13, vemos como a assistência do ESPÍRITO SANTO é imprescindível à obra missionária:

Escolha. Em Antioquia havia cinco profetas e doutores, e o ESPÍRITO de DEUS escolheu o primeiro e o último da lista: Barnabé e Saulo (w. 1,2). Por que não o primeiro e o segundo? Porque a chamada é um ato soberano dEle (Hb 5.4).

Envio. Eles foram também enviados pelo ESPÍRITO (vv.3,4). A igreja apenas os despediu, pois é Ele quem escolhe e envia (Mc 3.13,14).

Capacitação. Paulo e Barnabé manejavam bem a Palavra de DEUS (w. 16-44), eram cheios do ESPÍRITO, de ousadia (v.46) e tinham autoridade divina para repreender os que se lhes opunham (vv.5-I2; Ato 4.31).

Direção. Guiados pelo Consolador, eles faziam discípulos numa cidade e partiam para outra (vv.46-5I). Graças à direção e à providência do ESPÍRITO, o evangelho, tendo alcançado a Europa (Ato 16.6-10), chegou tempos depois a América do Norte, de onde vieram para o Brasil os missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, pioneiros do Movimento Pentecostal em nosso país!

Antes de sua ascensão, JESUS mencionou os aspectos da obra missionária. O alvo: “ensinai todas as nações” (Mt 28.19). A abrangência: “todo o mundo... toda criatura” (Mac 16.15). A mensagem: “o arrependimento e a remissão dos pecados” (Lc 24.47). O modo: “assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós” (Jo 20.21). E o poder: “recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO que há de vir sobre vós” (Ato 1.8).

Para alcançar o alvo, em toda a sua abrangência, pregando a mensagem certa e de modo apropriado, precisamos do poder do Alto (Lc 24.49). Portanto, “Não extingais o ESPÍRITO” (I Ts 5.19).

 

A RENOVAÇÃO PELO ESPÍRITO

Há vários fatores que ocasionam o envelhecimento ou a decadência espiritual. Os mais comuns são a rotina, a imaturidade, a frieza, o descaso e, por fim, a estagnação da vida cristã. Há crentes que perdem o entusiasmo e o fervor dos primeiros dias de fé, acostumando-se a uma vida sem poder, testemunho, oração, consagração e crescimento. Nesta situação, se não houver uma reversão imediata, o crente pode desviar-se dos caminhos do Senhor, o que será ainda pior.

Aquele fervor espiritual do início da conversão deveria ser conservado, mantendo assim aberto o caminho da renovação pelo ESPÍRITO SANTO (Lv 6.13Jó14.7-9Sm 92.10119.25Lm 5.21Tt 3.5).

O que é renovação espiritual. Renovar significa “tornar novo”, “recomeçar”, “refazer”, “reaver”, “retornar”. Na renovação espiritual, o ESPÍRITO SANTO restaura e revigora a obra que anteriormente havia iniciado na vida do crente (Sm 103.5Rm 12.2Ap 2.4,5Sm 51.10Cl 3.10).

Renovar espiritualmente é:

Retornar às experiências espirituais do passado. No início da fé cristã, o crente recebe do Senhor bênçãos extraordinárias que antes da conversão jamais poderia obter: fortificação pela fé em CRISTO, certeza de vida eterna, batismo com o ESPÍRITO SANTO, dons sobrenaturais, milagres, comunhão com DEUS, santidade, vida cristã vitoriosa e tantas outras maravilhas que acompanham a salvação. O amoroso Pai tem prazer de, no início da jornada da fé, encher o crente de vida, graça e poder espiritual. Ele nos eleva muito além das experiências puramente humanas.

Todavia, infelizmente, muitos esfriam na fé e perdem o contato com a Fonte da Graça. Só o Senhor, por meio do seu SANTO ESPÍRITO, pode revigorar aqueles que perderam a força e a altitude das águias (Is 40.28-31).

Restabelecer as bênçãos perdidas. E difícil aceitar que o crente possa perder algo que recebeu de DEUS. Alguém imagina que o Pai celestial jamais retirará as bênçãos de seus filhos, especialmente as espirituais. Porém, a Bíblia é categórica ao afirmar que, se não cuidarmos bem da nossa vida espiritual, poderemos, sim, perder as bênçãos advindas do Senhor. A Palavra de DEUS nos diz que podemos perder o amor (Ap 2.4), a alegria da salvação (Sm 51.12), a fé (I Tm 6.10), a firmeza em DEUS (2 Pe 3.17), o poder (Jz 16.20) e muitas outras bênçãos do Alto. É por isso que somos advertidos a guardar o que temos (Ap 2.253.11).

Graças a DEUS que, pela renovação espiritual, o Senhor nos restaura completamente e torna a dar-nos as bênçãos perdidas (SI 51.10; Os 2.15; Lm 5.21-23). O Grande Oleiro é plenamente capaz de fazer um novo vaso, com o barro do vaso que se quebrou (Jr 18.1-4).

Receber novas bênçãos. As promessas de DEUS jamais falham. Em DEUS “não há mudança, nem sombra de variação” (Tg 1.17Hb 1.10-12). A conversão inclui grandes e ricas promessas de DEUS para a vida do crente, as quais Ele cumpre fielmente. Na renovação espiritual, o Senhor nos dá as bênçãos prometidas que até então não tínhamos recebido (Is 45.3), e nos anima a conquistarmos muito mais (Js 18.3).

Além disso, as bênçãos que Ele nos concedeu no passado (Ef 1.3), continuarão no presente, porque suas promessas são fiéis para todos os tempos (Ato 2.392 Co 1.20).

Como ocorre a renovação. De acordo com a Palavra de DEUS, a renovação deve ser:

Diária. Assim como o corpo físico revigora-se diariamente, nosso homem interior precisa de constante renovação para manter-se fortalecido e plenamente saudável espiritualmente. Conforme nos orienta a Palavra de DEUS, a renovação espiritual deve ocorrer “de dia em dia” (2 Co 4.16).

No Tabernáculo, tudo deveria estar sempre pronto, a fim de que o culto diário ao Senhor nunca fosse interrompido. Os sacerdotes cuidavam para que o fogo do altar nunca se apagasse. A cada manhã, este era alimentado com nova lenha e novos holocaustos (Lv 6.12,13). O mesmo se dava com as especiarias do altar do incenso e o azeite do castiçal. Tudo era renovado continuamente na presença do Senhor (Ex 27.20,2130.7). Da mesma forma DEUS quer que nos apresentemos — sempre prontos e renovados espiritualmente diante dEle (2 Co 4.16).

Consciente e desejada. Precisamos ter consciência da urgente necessidade da renovação espiritual: “... transformai-vos pela renovação do vosso entendimento” (Rm 12.2). Assim como a chuva cai sobre as plantações, gerando e produzindo fruto (SI 65.7-13), devemos pedir ao Senhor que envie sobre nós, sua lavoura, uma abundante chuva de renovação (I Co 3.10; SI 72.6,7; Os 6.3). Quando essa chuva começar a cair, o ESPÍRITO SANTO certamente fará maravilhas, a começar pelas vidas renovadas. Aleluia!

A renovação enseja a operação do ESPÍRITO. A renovação mantém o crente afastado do mundo. Em Efésios 4.25-31 encontramos uma relação de vícios e práticas mundanas, emanadas do velho homem, que muitas vezes atingem sorrateiramente a vida do crente.

Precisamos não somente abandonar, mas abominar as coisas que entristecem o ESPÍRITO de DEUS: “Não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes, condenai-as” (v.II). Pela renovação espiritual nos mantemos firmes no processo de despirmo-nos do velho homem e revestirmo-nos do novo (Ef 4.22-24).

A renovação aprofunda o crente na Palavra de DEUS. Quando somos renovados, nosso ESPÍRITO é impelido pelas verdades eternas da Palavra (Jo 6.63) e nossa fé cresce abundantemente (Rm 10.172 Ts 1.3).

A renovação dá poder ao crente. “Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças” (Is 40.31). No dia de Pentecostes, todos os crentes foram cheios do ESPÍRITO SANTO (At 2.4). Não obstante, pouco tempo depois foram cheios novamente; do mesmo poder e pelo mesmo ESPÍRITO (At 4.30,31). Como já vimos, o sentido de Efésios 5.18 é de enchimento contínuo. Sempre o crente deve buscar mais e mais do poder do Alto.

A renovação torna o crente sensível à direção do ESPÍRITO. Quando somos renovados ficamos bem atentos à voz do ESPÍRITO, para sermos conduzidos e instruídos por Ele (At 16.6,7; 10.19). Se o ESPÍRITO SANTO conhece todas as coisas em seus pormenores, pode nos guiar com precisão. Só um crente renovado tem sensibilidade espiritual para ouvir e obedecer a voz do Senhor: “Este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda” (Is 30.21).

A necessidade da renovação. Quem permanece renovado não perde o ânimo. Muitas vezes as lutas e tribulações nos fazem diminuir o passo, reduzir o ritmo de nossa corrida e até pararmos. Para não sermos vencidos na batalha contra o mal, busquemos a renovação espiritual em CRISTO. Não podemos parar! Não há espaço para o desânimo: “Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos” (v. 14); “Levantai-vos, e andai, porque não será aqui o vosso descanso” (Mq 2.10). Leia também I Reis 19.7 e Hebreus 10.38.

Como já vimos, podemos perder a bênção de DEUS por entristecermos o ESPÍRITO SANTO (Ef 4.30). Temos de zelar para que as causas desse mal sejam imediatamente removidas. Precisamos alcançar o perdão de DEUS mediante a nossa purificação no sangue de JESUS. Isaías confessou o pecado de seus lábios, e foi purificado (Is 6.4-8). O mesmo se deu com o profeta Jeremias (Jr 1.4-10;11). Louvado seja o nome do Senhor, que continua perdoando e renovando o seu povo pelo fogo SANTO!

Em meio a esses difíceis dias que a igreja atravessa, os quais precedem a volta de JESUS, busque uma poderosa e sincera renovação do Senhor para sua vida. Não deixe fora nenhuma área da sua vida. Se você já é batizado com o ESPÍRITO SANTO, peça a DEUS uma renovação dessa preciosa bênção. Aproxime-se mais do Senhor! Somente pela renovação espiritual poderemos vencer este mundo. “É já hora de despertarmos do sono” (Rm I3.I I). E, renovados, sigamos “... a paz com todos e santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).

 

O ESPÍRITO SANTO e a santificação do crente

Salvação e santificação são obras realizadas por JESUS no homem integral: ESPÍRITO, alma e corpo. A Bíblia afirma que fomos eleitos “desde o princípio para a salvação, em santificação do ESPÍRITO” (2Ts 2.13). Esta verdade está implícita em João 19.34. Do lado ferido do corpo de JESUS fluíram, a um só tempo, sangue e água. Isto é, o sangue poderoso de CRISTO nos redime de todo pecado, mas a água também nos lava de nossas impurezas pecaminosas.

CRISTO morreu “para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tt 2.14). A salvação e a santificação devem andar juntas na vida do crente.

A santidade de DEUS. A Bíblia diz que nosso DEUS é santíssimo: “SANTO, SANTO, SANTO é o Senhor dos Exércitos” (Is 6.3Ap 4.8). A santidade de DEUS é intrínseca, absoluta e perfeita (Lv 19.2Ap 15.4). E o atributo que mais expressa sua natureza. No crente, porém, a santificação não é um estado absoluto, é relativo assim como a lua, que, não tendo luz própria, reflete a luz do sol (cf. Hb 12.10Lv 21.8b).

DEUS é “SANTO” (Pv 9.10Is 5.16); e, quem almeja andar com Ele, precisa viver em santidade, segundo as Escrituras.

O que não é santificação. O próprio Pedro enganou-se a respeito da santificação (At 10.10-15). Vejamos o que não é a santificação bíblica.

Exterioridade (Mt 23.25-28I Sm 16.7). Usos, práticas e costumes. Estes últimos, quando bons, devem ser o efeito da santificação, e não a causa dela (Ef 2.10).

Maturidade cristã. Não é pelo tempo que algo se torna limpo, mas pela ação contínua da limpeza. A maturidade cristã varia, como se vê em I João 2.12,13: “Filhinhos”; “pais”; “mancebos”; “filhos”.

Batismo com o ESPÍRITO SANTO e dons espirituais. O batismo com o ESPÍRITO SANTO e os dons espirituais em si mesmos não equivalem à santificação como processo divino e contínuo em nós (At 1.8; I Co 14.3).

Santificar e santificação. “Santificar” é “pôr à parte, separar, consagrar ou dedicar uma coisa ou alguém para uso estritamente pessoal”. SANTO é o crente que vive separado do pecado e das práticas mundanas pecaminosas, para o domínio e uso exclusivo de DEUS. E exatamente o contrário do crente que se mistura com as coisas tenebrosas do pecado.

A santificação do crente tem dois lados: (I) sua separação para a posse e uso de DEUS; e (2) a separação do pecado, do erro, de todo e qualquer mal conhecido, para obedecer e agradar a DEUS. Ela tem também três aspectos: posicionai, progressiva e futura.

A santificação posicionai (Hb 10.10Cl 2.10I Co 6.11). No seu aspecto posicionai, a santificação é completa e perfeita, ou seja, o crente pela fé torna-se SANTO “em CRISTO”. DEUS nos vê em CRISTO perfeitos (Ef 2.6Cl 2.10). Quando estamos “em CRISTO”, não há qualquer acusação contra nós (Rm 8.33,34), porque a santidade do Senhor passa a ser a nossa santidade (I Jo 4.17b).

A santificação progressiva. E a santificação prática, aplicada ao viver diário do crente. Nesse aspecto, a santificação do crente pode ser aperfeiçoada (2 Co

. Os crentes mencionados em Hebreus 10.10 já haviam sido santificados, e continuavam sendo santificados (w. 10,14-ARA).

A santificação futura. “E o mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso ESPÍRITO, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO” (I Ts 5.23). Trata-se da santificação completa e final (I Jo 3.2). Leia também Efésios 5.27 e I Ts 3.13.

 

A SANTIFICAÇÃO COMO UM PROCESSO

O crescimento do crente “em santificação” ocorre à medida que o ESPÍRITO o rege soberanamente, e o crente, por sua vez, o busca, em cooperação com DEUS: “Sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (I Pe I.I5).

O lado divino da santificação progressiva. São meios que o Senhor utiliza para santificar- nos em nosso viver diário. Esses recursos divinos são: o sangue de JESUS CRISTO (Hb 13.12I Jo 1.7,9); a Palavra de DEUS (Sm 12.6119.9Jo 17.17Ef 5.26); o ESPÍRITO SANTO (Rm 1.4I Pe 1.22 Ts 2.13); a glória de DEUS manifesta (Êx 29.432 Cr 5.1314); e a fé em DEUS (Ato 26.18Fp 3.9Tg 2.23Rm 4.11).

O lado humano da santificação progressiva. DEUS é quem opera a santificação no crente, embora haja a cooperação deste. Os meios coadjuvantes de santificação progressiva são:

O próprio crente. Sua atitude e propósito de ser SANTO, separado do mal para posse de DEUS, são indispensáveis. E o crente tendo fome e sede de ser SANTO (Mt 5.62Tm 2.2122I Tm 5.22).

O SANTO ministério. Os obreiros do Senhor têm o dever de cooperar para a santificação dos crentes (Ex 19.10,14Ef 4.11,12).

Pais que andam com DEUS. Assim como Jó (Jó 1.5), os pais devem cooperar para a santificação dos filhos. Eunice, por exemplo, colaborou para a integridade de Timóteo, seu filho (2Tm 1.53.15). Por outro lado, pais descuidados podem influenciar negativamente seus filhos, como no caso de Herodias que influenciou a Salomé (Mac 6.22-24).

As orações do justo (Sm 51.1032.6). A oração contrita, constante e sincera tem efeito santificador.

A consagração do crente a DEUS (Lv 27.28b; Rm 12.1,2). A rendição incondicional do crente a DEUS tem efeito santificador nele.

Estorvos à santificação do crente. Estorvos são embaraços que impedem o cristão de viver em santidade, tais como:

Desobediência. Desobedecer de modo consciente, contínuo e obstinadamente à conhecida vontade do Senhor (Èx 19.5,6).

Comunhão com as trevas. Comungar com as obras infrutíferas das trevas (Rm 13.12); com os ímpios, seus costumes mundanos e suas falsas doutrinas (Ef 5.32 Co 6.14-17).

Áreas da vida não santificadas. Alguns aspectos reservados da vida do crente que não foram consagrados a DEUS devem ser apresentados ao Senhor. Como, por exemplo, mente, sentidos, pensamento, instintos, apetites e desejos, linguagem, gostos, vontade, hábitos, temperamento, sentimento. Um exemplo disso está em Mateus 6.22,23.

A necessidade de santificar-se. Para esse tópico aconselhamos a leitura meditativa de 2 Coríntios 7.1 e I Ts 4.7. Vejamos por que é necessário seguir a santificação:

A Bíblia ordena. A Bíblia afirma que temos dentro de nós a “lei do pecado” (Rm 7.238.2). Daí ela ordenar que sejamos santos (I Pe I.I6; Lv 11.44; Ap

; o Senhor habita somente em lugar SANTO (Is 57.15I Co 3.17).

Só os santos serão arrebatados. O Senhor JESUS — que é SANTO — virá buscar os que são consagrados a Ele (I Ts 3.135.232 Ts 1.10Hb 12.14). Por isso, a vontade de DEUS para a vida do crente é que ele seja SANTO, separado do pecado (I Ts 4.3).

A santidade revelada de DEUS. Uma importante razão pela qual o crente deve santificar-se é que a santidade de DEUS, em parte, é revelada através do procedimento justo e da vida santificada do crente (Lv 10.3Nm 20.12). Então, o crente não deve ficar observando, nem exigindo santidade na vida dos outros; ele deve primeiro demonstrar a sua!

Os ataques do Diabo. Devemos atentar para o fato de que o Inimigo centraliza seus ataques na santificação do crente. A principal tática que o Adversário emprega para corromper a santidade é o pecado da mistura. Isso ele já propôs antes a Israel através de Faraó (Ex 8.25), o que abrange mistura da igreja com o mundanismo; da doutrina do Senhor com as heresias; da adoração com as músicas profanas; etc.

Em muitas igrejas hoje a santificação é chamada de fanatismo. Nessas igrejas falam muito de união, amor, fraternidade, louvor, mas não da separação do mundanismo e do pecado. Notemos que as “virgens” da parábola de Mateus 25 pareciam todas iguais;

a diferença só foi notada com a chegada do noivo. Estejamos, pois, preparados para

o Encontro com JESUS nos ares, avivados para o Arrebatamento (I Ts 4.16,17).

O ESPÍRITO SANTO e a Segunda Vinda de CRISTO

O assunto da Segunda Vinda de CRISTO é parte inerente da pregação do evangelho (Mt 24.14). Foi isso que o apóstolo Pedro deixou bem claro no dia de Pentecostes, na primeira mensagem evangelística registrada na Bíblia (At 22.21)

A vinda de JESUS é a nossa sublime e bem-aventurada esperança. O próprio Senhor afirmou que voltaria para levar os seus (Jo 14.318Ap 22.20).

Como será a vinda de CRISTO? Segundo as Escrituras, a segunda vinda terá duas fases: “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande DEUS e nosso Senhor JESUS CRISTO” (Tt 2.13).

A volta de JESUS para a Igreja. Nesta ocasião JESUS levará sua Igreja para o céu, num instante e em segredo quanto ao mundo. Nessa primeira fase, Ele virá até as nuvens (I Co 15.52I Ts 4.16,17).

Na segunda fase, virá com todos os santos e anjos, descendo sobre o monte das Oliveiras publicamente, repleto de glória e de poder. Nesse momento, livrará a Israel, que estará sucumbindo sob as forças do Anticristo, e julgará as nações, e estabelecerá com poder e justiça o Reino Milenial (Zc 14.4Mt 24.30Ap 1.719.11—20.6).

No Arrebatamento da Igreja, JESUS virá para os seus santos; na sua manifestação em glória, com os seus santos (Cl 3.4).

O derramamento do ESPÍRITO SANTO em escala mundial (At 2.16,17; J1 2.28). Com esse sinal da segunda vinda vem também a operação de milagres e prodígios, a dinamização e expansão do evangelho e o avanço da obra missionária. Através dos séculos, o Senhor nunca deixou de derramar do ESPÍRITO SANTO sobre o seu povo, ora mais, ora menos. Mas, a partir de 1901, o derramamento do ESPÍRITO SANTO tem sido cada vez maior. E somos testemunhas disso.

Conservemos, pois, a doutrina bíblica do ESPÍRITO SANTO. Mantenhamo-nos com a chama do Pentecostes acesa! Afinal, somente os avivados podem fazer a última oração registrada na Bíblia: “Ora, vem, Senhor JESUS” (Ap 22.20).

 

Apêndice textos em que o ESPÍRITO SANTO é mencionado através da Bíblia

Gênesis

2: “e o ESPÍRITO de DEUS se movia sobre a face das águas”.

6.3: “Não contenderá o meu ESPÍRITO para sempre com o homem”.

41.38: “um varão como este, em que haja o ESPÍRITO de DEUS?”

Êxodo

28.3: “a quem eu tenha enchido do ESPÍRITO de sabedoria”.

31.3: “E o enchi do ESPÍRITO de DEUS”.

35.31: “E o ESPÍRITO de DEUS o encheu de sabedoria”.

Números

II.17: “e tirarei do ESPÍRITO que está sobre ti”.

11.25: “e, tirando do ESPÍRITO que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles setenta anciãos”.

11.26: “e repousou sobre eles o ESPÍRITO”. 11.29: “que o Senhor lhes desse o seu ESPÍRITO”. 24.2: “veio sobre ele o ESPÍRITO de DEUS”. 27.18: “homem em que há o ESPÍRITO”. Deuteronômio

34.9: “E Josué, filho de Num, foi cheio do ESPÍRITO de sabedoria”. Juizes 3.10: “E veio sobre ele o ESPÍRITO do Senhor”. 6.34: “o ESPÍRITO do Senhor revestiu a Gideão”. 11.29: “Então, o ESPÍRITO do Senhor veio sobre Jefté”. 13.25: “o ESPÍRITO do Senhor começou a impelir”. 14.6: “o ESPÍRITO do Senhor se apossou dele tão possantemente”. 14.19: “o ESPÍRITO do Senhor tão possantemente se apossou dele”. 15.14: “o ESPÍRITO do Senhor possantemente se apossou dele”.

Samuel

10.6: “o ESPÍRITO do Senhor se apoderará de ti”. 10.10: “o ESPÍRITO de DEUS se apoderou dele”. 11.6: “o ESPÍRITO de DEUS se apoderou de Saul”. 16.13: “o ESPÍRITO do Senhor se apoderou de Davi”.

16.14: “o ESPÍRITO do Senhor se retirou de Saul”. 19.20: “o ESPÍRITO de DEUS veio sobre os mensageiros de Saul”. 19.23: “o mesmo ESPÍRITO de DEUS veio sobre ele”. 2 Samuel

23.2: “O ESPÍRITO do Senhor falou por mim”.

 

Reis

18.12: “o ESPÍRITO do Senhor te tomasse”. 22.24: “Por onde passou de mim o ESPÍRITO do Senhor para falar”.

Reis

2.16: “pode ser que o elevasse o ESPÍRITO do Senhor”.

 

Crônicas

12.18: “entrou o ESPÍRITO em Amasa”.

Crônicas

15.1: “veio o ESPÍRITO de DEUS a Azarias”. 18.23: “passou de mim o ESPÍRITO do Senhor para falar a ti?” 20.14: “veio o ESPÍRITO do Senhor no meio da congregação”. 24.20: “o ESPÍRITO de DEUS revestiu a Zacarias”.

 

Neemias

9.20: “E deste do teu bom ESPÍRITO, para os ensinar”. 9.30: “protestaste contra eles pelo teu ESPÍRITO, pelo ministério de teus profetas”.

 

26.13: “Pelo seu ESPÍRITO ornou os céus”. 32.8: “a inspiração do Todo-poderoso [ESPÍRITO de DEUS] os faz entendidos” 33.4: “O ESPÍRITO de DEUS me fez”.

 Salmos 33.6: “todo o exército deles, pelo ESPÍRITO da sua boca”. 51.II: “não retires de mim o teu ESPÍRITO SANTO”. 104.30: “Envias o teu ESPÍRITO, e são criados”. 139.7: “Para onde me irei do teu ESPÍRITO”. 143.10: “guie-me o teu bom ESPÍRITO por terra plana”.

 

Provérbios

23: “abundantemente derramarei sobre ele o meu ESPÍRITO”.

Isaías

4.4: “ESPÍRITO de justiça”. 4.4: “ESPÍRITO de ardor”. 11.2: “repousará sobre ele o ESPÍRITO do Senhor”. 11.2: “o ESPÍRITO de sabedoria e de inteligência”. 11.2: “o ESPÍRITO de conselho e de fortaleza”.

11.2: “o ESPÍRITO de conhecimento e de temor do Senhor”. 30.1: “se cobriram com uma cobertura, mas não do meu ESPÍRITO”. 32.15: “até que se derrame sobre nós o ESPÍRITO lá do alto”. 34.16: “o seu ESPÍRITO mesmo as ajudará”. 40.7: “soprando nelas o hálito [=o ESPÍRITO] do Senhor”. 40.13: “Quem guiou o ESPÍRITO do Senhor?” 42.1: “pus o meu ESPÍRITO sobre ele”. 44.3: “derramarei o m eu ESPÍRITO sobre a tua posteridade". 48.16: “agora, o Senhor Jeová me enviou o seu ESPÍRITO”. 59.19: “o ESPÍRITO do Senhor arvora contra ele a sua bandeira”. 59.21: “o meu ESPÍRITO, que está sobre ti”. 61.1: “O ESPÍRITO do Senhor Jeová está sobre mim”. 63.10: “Mas eles foram rebeldes e contristaram o seu ESPÍRITO SANTO”. 63.11: “o que pôs no meio deles o seu ESPÍRITO SANTO?” 63.14: “o ESPÍRITO do Senhor lhe deu descanso”.

 

Ezequiel

2.2: “entrou em mim o ESPÍRITO, quando falava comigo, e me pôs em pé”. 3.12: “E levantou-me o ESPÍRITO”. 3.14: “Então o ESPÍRITO me levantou, e me levou”. 3.24: “entrou em mim o ESPÍRITO, e me pôs em pé, e falou comigo”. 8.3: “o ESPÍRITO me levantou entre a terra e o céu e me trouxe a Jerusalém’. 10.17: “porque o ESPÍRITO de vida estava nelas”. II.I: “Então, me levantou o ESPÍRITO, e me levou à porta oriental da casa do Senhor”. 11.5: “Caiu, pois, sobre mim o ESPÍRITO do Senhor e disse-me”.  19: “um ESPÍRITO novo porei dentro deles”. 24: “Depois, o ESPÍRITO me levantou e me levou em visão à Caldéia” 24: “pelo ESPÍRITO de DEUS”. 36.26: “porei dentro de vós um ESPÍRITO novo”..27: “porei dentro de vós o meu ESPÍRITO e farei que andeis nos meus estatutos”. 37.1: “o Senhor me levou em ESPÍRITO, e me pôs no meio de um vale”.37.5: “Eis que farei entrar em vós o ESPÍRITO, e vivereis”. 37.6: “e porei em vós o ESPÍRITO, e vivereis”. 37.9: “Profetiza ao ESPÍRITO”. 37.9: “e dize ao ESPÍRITO”. 37.9: “Vem dos quatro ventos, ó ESPÍRITO, e assopra sobre estes mortos, para que vivam”. 37.10: “então o ESPÍRITO entrou neles e viveram, e se puseram em pé”. 37.14: “porei em vós o meu ESPÍRITO, e vivereis”. 39.29: “quando eu houver derramado o meu ESPÍRITO sobre a casa de Israel”. 43.5: “E levantou-me o ESPÍRITO, e me levou ao átrio interior”.

 

Daniel

6.3: “porque nele havia um ESPÍRITO excelente”.

Joel

2.28: “derramarei o meu ESPÍRITO sobre toda a carne”. 2.29: “naqueles dias, derramarei o meu ESPÍRITO”.

Miquéias

2.7: “tem-se restringido o ESPÍRITO do Senhor?” 3.8: “decerto, eu sou cheio da força do ESPÍRITO do Senhor”.

Ageu

2.5: “quando saístes do Egito, e o meu ESPÍRITO habitava no meio de vós”.

Zacarias 4.6: “pelo meu ESPÍRITO, diz o Senhor dos Exércitos”. 6.8: “fizeram repousar o meu ESPÍRITO na terra do Norte”. 7.12: “as palavras que o Senhor dos Exércitos enviara pelo seu ESPÍRITO mediante os profetas precedentes”.

12.10: “derramarei o ESPÍRITO de graça e de súplicas”.

Mateus

1.18: “achou-se ter concebido do ESPÍRITO SANTO”.

20: “o que nela está gerado é do ESPÍRITO SANTO”.

3.11: “ele vos batizará com o ESPÍRITO SANTO e com fogo”.

3.16: “e viu o ESPÍRITO de descendo como pomba e vindo sobre ele”.

4.1: “Então, foi conduzido JESUS pelo ESPÍRITO ao deserto”.

10.20: “o ESPÍRITO de vosso Pai é que fala em vós”.

12.18: “porei sobre ele o meu ESPÍRITO”.

12.28: “se eu expulso os demônios pelo ESPÍRITO de DEUS”.

12.31: “a blasfêmia contra o ESPÍRITO SANTO não será perdoada aos homens”. 12.32: “se alguém falar contra o ESPÍRITO SANTO, não lhe será perdoado”. 22.43: “Davi, em ESPÍRITO, lhe chama Senhor”.

28.19: “em no do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO”.

Marcos

1.8: “ele, porém, vos batizará com o ESPÍRITO SANTO”.

I.IO: “viu os céus abertos e o ESPÍRITO, que como pomba descia sobre ele”. I.12: “E logo o ESPÍRITO o impeliu para o deserto”.

3.29: “Qualquer, porém, que blasfemar contra o ESPÍRITO SANTO”.

12.36: “O próprio Davi disse pelo ESPÍRITO SANTO”.

13.11: “porque não são vós os que falais, mas o ESPÍRITO SANTO”.

Lucas

I.15: “o será cheio do ESPÍRITO SANTO, já desde o ventre de sua mãe”.

1.35: “Descerá sobre ti o ESPÍRITO SANTO, e a virtude do Altíssimo”.

1.41: “Isabel foi cheia do ESPÍRITO SANTO”.

67: “Zacarias, seu pai, foi cheio do ESPÍRITO SANTO”.

2.25: “o ESPÍRITO SANTO estava sobre ele”.

2.26: “fora-lhe revelado pelo ESPÍRITO SANTO que ele não morreria”.

2.27: “pelo ESPÍRITO, foi ao templo”.

3.16: “este vos batizará com o ESPÍRITO SANTO e com fogo”.

3.22: “o ESPÍRITO SANTO desceu sobre ele em forma corpórea”.

4.1: “foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto”.

4.14: “pela virtude do ESPÍRITO SANTO, voltou JESUS para a Galileia”.

4.18: “O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu”.

10.21: “Naquela hora, se alegrou JESUS no ESPÍRITO SANTO”.

13: “quanto mais dará o Pai celestial o ESPÍRITO SANTO”.

12.10: “ao que blasfemar contra o ESPÍRITO SANTO não lhe será perdoado”. 12.12: “na mesma hora vos ensinará o ESPÍRITO SANTO o que vos convenha falar”. 24.49: “sobre vós envio a promessa de meu Pai”.

João

1.32: “Eu vi o ESPÍRITO descer do céu como uma pomba”.

1.33: “Sobre aquele que vires descer o ESPÍRITO”.

1.33: “esse é o que batiza com o ESPÍRITO SANTO”.

3.5: “aquele que não nascer da água e do ESPÍRITO”.

3.6: “o que é nascido no ESPÍRITO é ESPÍRITO”.

3.8: “assim é todo aquele que é nascido do ESPÍRITO”.

3.34: “não lhe dá DEUS o ESPÍRITO por medida”.

4.24: “DEUS é ESPÍRITO, e importa que os que o adoram”.

6.63: “O ESPÍRITO é o que vivifica”.

7.39: “E isso disse ele do ESPÍRITO, que haviam de receber”.

7.39: “porque o ESPÍRITO SANTO ainda não fora dado”.

14.16: “ele vos dará outro Consolador”.

14.17: ‘O ESPÍRITO de verdade, que o mundo não pode receber”.

14.26: “Mas aquele Consolador”.

14.26: ‘o ESPÍRITO SANTO, que o Pai enviará em meu nome”.

15.26: “Mas, quando vier o Consolador”.

15.26: “aquele ESPÍRITO de verdade, que procede do Pai”.

16.7: “se eu não for, o Consolador não virá a vós”.

16.8: “E, quando ele [ESPÍRITO SANTO] vier, convencerá o mundo do pecado” 16.13: “Mas, quando vier aquele ESPÍRITO de verdade”.

16.14: “Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu”.

20.22: “e disse-lhes: Recebei o ESPÍRITO SANTO”.

Atos dos Apóstolos

2: “depois de ter dado mandamentos pelo ESPÍRITO SANTO aos apóstolos”. 4: “mas que esperassem a promessa do Pai”. 5: “vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO”. 8: “recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós”. 16: “que o ESPÍRITO SANTO predisse pela boca de Davi”.

2.4: “E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO”. 2.4: “conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem”. 2.17: “do meu ESPÍRITO derramarei sobre toda a carne”. 2.18: “também do meu ESPÍRITO derramarei sobre os meus servos”. 2.33: “tendo recebido do Pai a promessa do ESPÍRITO SANTO”. 2.38: “e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO”. 4.8: “Pedro, cheio do ESPÍRITO SANTO, lhes disse”. 4.31: “e todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO”. 5.3: “mentisses ao ESPÍRITO SANTO”. 5.4: “Não mentiste aos homens, mas a DEUS [ESPÍRITO SANTO]” (cf. v.3). 5.9: “para tentar o ESPÍRITO do Senhor?” 5.32: “e também o ESPÍRITO SANTO, que DEUS deu”. 6.3: “cheios do ESPÍRITO SANTO e de sabedoria”. 6.5: “homem cheio de fé e do ESPÍRITO SANTO”. 6.10: “ao ESPÍRITO com que falava”. 7.51: “vós sempre resistir ao ESPÍRITO SANTO”. 7.55: “estando cheio do ESPÍRITO SANTO”.8.15: “oraram por eles para que recebessem o ESPÍRITO SANTO”. 8.17: “receberam o ESPÍRITO SANTO”. 8.18: “era dado o ESPÍRITO SANTO”. 8.19: “sobre quem eu puser as mãos receba o ESPÍRITO SANTO”. 8.20: “cuidaste que o dom de DEUS se alcança por dinheiro”. 8.29: “disse o ESPÍRITO SANTO a Filipe”. 8.39: “o ESPÍRITO do Senhor arrebatou a Filipe”. 9.17: “e sejas cheio do ESPÍRITO SANTO”. 9.31: “andando no temor do Senhor e na consolação do ESPÍRITO SANTO”. 10.19: “pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o ESPÍRITO SANTO”. 10.20: “não duvidando; porque eu [ESPÍRITO SANTO] os enviei” (cf. v. 19). 10.38: “DEUS ungiu a JESUS de Nazaré com o ESPÍRITO SANTO”. 10.44: “caiu o ESPÍRITO SANTO sobre todos os que ouviam a palavra”. 10.45: “o dom do ESPÍRITO SANTO se derramasse também sobre os gentios”. 10.47: “receberam como nós o ESPÍRITO SANTO?”11. 12: “E disse-me o ESPÍRITO que fosse com eles, nada duvidando”. 15: “quando comecei a falar, caiu sobre eles o ESPÍRITO SANTO”. 16: “mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO”. 24: “era homem de bem e cheio do ESPÍRITO SANTO e de fé”. 28: “dava a entender pelo ESPÍRITO SANTO”.

13.2: “disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo”. 13.4: “estes enviados pelo ESPÍRITO SANTO”. 13.9: “Paulo, cheio do ESPÍRITO SANTO”. 13.52: “cheios de alegria e do ESPÍRITO SANTO”.

15.8: “dando-lhes o ESPÍRITO SANTO”. 15.28: “pareceu bem ao ESPÍRITO SANTO e a nós”. 16.6: “foram impedidos pelo ESPÍRITO SANTO”. 16.7: “mas o ESPÍRITO de JESUS não lho permitiu”. 19.2: “Recebestes vós já o ESPÍRITO SANTO quando crestes?” 19.2: “nem ainda ouvimos que haja ESPÍRITO SANTO”. 19.6: “veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO”. 20.23: “o ESPÍRITO SANTO, de cidade em cidade, me revela”.  20.28: “sobre que o ESPÍRITO SANTO vos constituiu bispos”. 21.4: “pelo ESPÍRITO SANTO, diziam a Paulo”. 21.11: “Isto diz o ESPÍRITO SANTO”. 28.25: “Bem falou o ESPÍRITO SANTO a nossos pais”.

 

Romanos

1.4: “segundo o ESPÍRITO de santificação”. 5.5: “o amor de DEUS está derramado em nossos corações pelo ESPÍRITO SANTO’ 8.1: ‘ 8.2: ‘ 8.4: ‘ 8.5: ‘ 8.5: ‘ 8.6: ‘ 8.9: ‘ 8.9: ‘ 8.9: ‘ 8.11: 8.13: 8.14: 8.15: 8.16: 8.23: 8.26: 8.27:  2.12: “mas o ESPÍRITO que provém de DEUS”. 2.13: “que o ESPÍRITO SANTO ensina”. 2.14: “o homem natural não compreende as coisas do ESPÍRITO de DEUS”. 3.16: “e que o ESPÍRITO de DEUS habita em vós?” 6.11: “e pelo ESPÍRITO do nosso DEUS”. 6.19: “o vosso corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO”. 7.40: “também eu cuido que tenho o ESPÍRITO de DEUS”. 12.3: “ninguém que fala pelo ESPÍRITO de DEUS”. 12.3: “e ninguém pode dizer que JESUS é Senhor, senão pelo ESPÍRITO SANTO”. 12.4: “há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo”. 12.7: “Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil”. 12.8: “a um, pelo ESPÍRITO”. 12.9: “e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO”.12.11: “Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas essas coisas”. 12.13: “fomos batizados em um ESPÍRITO”. 12.13: “todos temos bebido de um ESPÍRITO”. 14.2: “em ESPÍRITO fala de mistérios”.

Coríntios

1.22: “deu o penhor do ESPÍRITO em nossos corações”. 3.3: “com o ESPÍRITO do DEUS vivo”. 3.6: “mas do ESPÍRITO”. 3.6: “o ESPÍRITO vivifica”. 3.8: “como não será de maior glória o ministério do ESPÍRITO?”

3.17: “Ora, o Senhor é o ESPÍRITO”. 3.17: “onde está o ESPÍRITO do Senhor, aí há liberdade”. 3.18: “como pelo Senhor, o ESPÍRITO”. 4.13: “E temos, portanto, o mesmo ESPÍRITO de fé”. 5.5: “o qual nos deu também o penhor do ESPÍRITO”. 6.6: “no ESPÍRITO SANTO, no amor não fingido”. 12.18: “Não andamos, porventura, no mesmo ESPÍRITO, sobre as mesmas pisadas?” 13.13: “e a comunhão do ESPÍRITO SANTO seja com todos”.

 

Gálatas 3.2: “recebestes o ESPÍRITO pelas obras da lei ou pregação da fé?” 3.3: “tendo começado pelo ESPÍRITO, acabais agora pela carne?" 3.5: “Aquele, pois, que vos dá o ESPÍRITO”. 3.14: “pela fé, nós recebamos a promessa do ESPÍRITO”.

4.6: “DEUS enviou aos nossos corações o ESPÍRITO de seu Filho”. 4.29: “perseguia o que era gerado segundo o ESPÍRITO”. 5.5: “Porque nós, pelo ESPÍRITO da fé”. 5.16: “Andai em ESPÍRITO e não cumprireis a concupiscência”. 5.17: “a carne cobiça contra o ESPÍRITO”. 5.17: “e o ESPÍRITO contra a carne”. 5.18: “Mas, se sois guiados pelo ESPÍRITO”. 5.22: “o fruto do ESPÍRITO”. 6.8: “O que semeia no ESPÍRITO”.

6.8: “do ESPÍRITO ceifará a vida eterna”.

 

Efésios

1.13: “fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa”.  I.I4: “o qual [o ESPÍRITO] é o penhor da nossa herança” (cf. v. 13). I.17: “o ESPÍRITO de sabedoria e de revelação”. 2.18: “por ele, ambos temos acesso ao Pai em um mesmo ESPÍRITO”. 2.22: “sois edificados para morada de DEUS no ESPÍRITO”. 3.5: “agora, tem sido revelado pelo ESPÍRITO aos seus santos”. 3.16: “com poder pelo seu ESPÍRITO no homem interior”. 4.3: “guardar a unidade do ESPÍRITO pelo vínculo da paz”. 4.4: “há um só corpo e um só ESPÍRITO”. 4.30: “E não entristeçais o ESPÍRITO SANTO de DEUS”. 5.9: “(porque o fruto do ESPÍRITO)”.

5.18: “enchei-vos do ESPÍRITO”. 6.17: “a espada do ESPÍRITO, que é a palavra de DEUS”. 6.18: “com toda oração e súplica no ESPÍRITO”.

 

Filipenses

1.19: “pelo socorro do ESPÍRITO de JESUS CRISTO”. 2.1: “se alguma comunhão no ESPÍRITO”. 3.3: “que servimos a DEUS no ESPÍRITO”.

 

Colossenses

1.8: “a vossa caridade no ESPÍRITO”.

Tessalonicenses

1.5: “mas também em poder, e no ESPÍRITO SANTO”. 1.6: “com gozo no ESPÍRITO SANTO”. 4.8: “DEUS, que nos deu também o seu ESPÍRITO SANTO”. 5.19: “Não extingais o ESPÍRITO”.

Tessalonicenses

2.13: “para a salvação, em santificação do ESPÍRITO e fé da verdade”.

Timóteo

3.16: “Aquele que se manifestou em carne, foi justificado em ESPÍRITO”.

4.1: “Mas o ESPÍRITO expressamente diz”.

Timóteo

1.7: “DEUS não nos deu o ESPÍRITO de temor, mas o ESPÍRITO de fortaleza, e de amor, e de moderação”.

I.I4: “Guarda o bom depósito pelo ESPÍRITO SANTO que habita em nós”.

Tito

3.5: “nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO”.

Hebreus

2.4: “dons do ESPÍRITO SANTO, distribuídos por sua vontade”. 3.7: “como diz o ESPÍRITO SANTO”.  6.4: “se fizeram participantes do ESPÍRITO SANTO”. 9.8: “dando nisso a entender o ESPÍRITO SANTO”.

9.14: “CRISTO, que, pelo ESPÍRITO eterno, se ofereceu”. 10.15: “E também o ESPÍRITO SANTO” 10.29: “e fizer agravo ao ESPÍRITO da graça?”

 

Tiago

4.5: “O ESPÍRITO que nós habita tem ciúmes?”

Pedro

1.2: “em santificação do ESPÍRITO”.

I: “indagando que tempo ou que ocasião de tempo o ESPÍRITO de CRISTO”. 3.18: “vivificado pelo ESPÍRITO".

4.14: “porque repousa sobre vós o ESPÍRITO da glória de DEUS”.

Pedro

1.21: “os homens santos de DEUS falaram inspirados pelo ESPÍRITO SANTO”.

João

2.20: “E vós tendes a unção do SANTO e sabeis tudo”.

3.24: “E nisto conhecemos que ele está em nós: pelo ESPÍRITO que nos tem dado”.

4.2: “Nisto conhecemos o ESPÍRITO de DEUS”. 4.6: “Nisto conhecemos nós o ESPÍRITO da verdade”. 4.13: “pois nos deu do seu ESPÍRITO”. 5.6: “E o ESPÍRITO é o que testifica”. 5.6: “porque o ESPÍRITO é a verdade”. 5.7: “o Pai, a Palavra e o ESPÍRITO SANTO”. 5.8: “o ESPÍRITO, a água, e o sangue”.

 

Judas

v.I9: “os que causam divisões, sensuais, que não têm o ESPÍRITO”. v.20: “orando no ESPÍRITO SANTO”.

Apocalipse

4: “dos sete espíritos que estão diante do seu trono”.

2.7: “ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas”.  2.11: “ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas”. 2.17: “ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas”. 2.29: “ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas”.  3.1: “Isto diz o que tem os sete ESPÍRITO de DEUS”. 3.6: “ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas”. 3.13: “ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas”. 3.22: “ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas”. 4.5: “as quais são os sete espíritos de DEUS”. 5.6: “que são os sete espíritos de DEUS”. “o ESPÍRITO de vida, vindo de DEUS, entrou neles”.

14.13: “Sim, diz o ESPÍRITO, para que descansem dos seus trabalhos”. 22.17: “o ESPÍRITO e a esposa dizem”.

Observação. Referências há em que o ESPÍRITO SANTO é mencionado mais de uma vez em um mesmo versículo. Também existem referências indiretas a Ele. E há, finalmente, aquelas — não inclusas aqui — em que é difícil, ante o texto

original, mormente o do Antigo Testamento, saber-se com precisão se se referem ao ESPÍRITO de DEUS.

Cite a referência do Evangelho Segundo São João segundo a qual entendemos que o ESPÍRITO SANTO não fala de si mesmo.

Dê a definição de Pneumatologia e cite uma relação das doutrinas que estão que compõem esta matéria teológica.

O que evidencia que o ESPÍRITO SANTO é uma Pessoa e é DEUS?

Cite os passos que o crente deve dar para receber o batismo com o ESPÍRITO SANTO.

A principal finalidade dos dons espirituais, à luz de I Coríntios 12—14, é promover o quê?

Cite as grandes termos designadores dos dons espirituais.

Em que consiste o pecado de entristecer o ESPÍRITO SANTO?

A Palavra de DEUS menciona línguas estranhas em pelo menos dois sentidos. Quais são eles?

Mencione pelo menos três ministrações do ESPÍRITO SANTO ao crente e defina cada uma delas.

Qual é a diferença entre o batismo do ESPÍRITO e o batismo no ESPÍRITO? Cite referências bíblicas.

Quais são as principais concepções erradas sobre o batismo com o ESPÍRITO SANTO?

Como os dons espirituais podem ser classificados?

Cite pelo menos cinco dons de ministérios práticos e defina- os.

Quanto aos aspectos da santificação, cite os três principais.

O que abrange a santificação posicionai; isto é, em que consiste ela?

O que é a santificação progressiva, segundo a Bíblia?

Por que os dons espirituais não subsistem sem o fruto do ESPÍRITO?

O que é o pecado de blasfêmia contra o ESPÍRITO? Por que este pecado é imperdoável?

Por que no original o dom relaciona com a cura aparem em plural, isto é, “dons de curas”?

Qual é a atuação da terceira Pessoa da Trindade nesse período que antecede o Arrebatamento da Igreja?

 

PNEUMATOLOGIA (Grandes Doutrinas) - PNEUMATOLOGIA

ÍNDICE

I. A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO
1. A Personalidade do ESPÍRITO SANTO - 2. Nomes Divinos São Dados ao ESPÍRITO SANTO - 3. Símbolos do ESPÍRITO SANTO

II. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
1. O ESPÍRITO SANTO na Criação - 2. O ESPÍRITO SANTO Antes do Dilúvio - 3. O ESPÍRITO SANTO nos Líderes do Antigo Testamento - 4. O ESPÍRITO SANTO em João Batista - 5. O ESPÍRITO SANTO em CRISTO - 6. O ESPÍRITO SANTO em Relação ao Crente

III. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
1. O Dia de Pentecoste - 2. Para Quem é a Promessa? - 3. A Natureza Deste Batismo - 4. Evidência do Batismo com o ESPÍRITO SANTO

IV. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO
1. Os Dons do ESPÍRITO SANTO em 1 Coríntios - 2. Classificação dos Dons Espirituais - 3. Dons de Revelação - 4. Dons de Poder - 5. Dons de Inspiração

V. O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO
1. Relação dos Dons e do Fruto do ESPÍRITO SANTO - 2. Distinção Entre Dons e Fruto do ESPÍRITO - 3. Definição do Fruto do ESPÍRITO - 4. Equilíbrio Entre Dons e Fruto do ESPÍRITO

 

INTRODUÇÃO

Por muitos anos, principalmente nos anos anteriores ao despertamento pentecostal iniciado no começo deste Século, o ESPÍRITO SANTO era a Pessoa menos conhecida dentre as Pessoas da Santíssima Trindade. Porém, com o surgimento do Movimento Pentecostal, quando DEUS fez soprar o vento do seu ESPÍRITO em maior profusão, o ESPÍRITO SANTO veio a conquistar no conceito cristão a sua verdadeira posição em relação ao Pai e ao Filho.

A despeito de tudo isto, no entanto, reconhecemos haver muito erro e confusão em nossos dias no tocante à personalidade, operações e manifestações do ESPÍRITO SANTO. Eruditos, conscientes, mas equivocados, têm sustentado pontos de vista errôneos e contrários às Escrituras a respeito desse singular personagem da Trindade Divina. É vital, portanto, para a fé de todo crente sincero, que o ensino bíblico a respeito do ESPÍRITO SANTO seja mantido em bases seguras e em suas corretas proporções. Só assim serão evitados os extremos quanto ao assunto: evitando ou dando ênfase demasiada e até antibíblica à Pessoa e obra do ESPÍRITO SANTO.

I. A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO

A natureza do ESPÍRITO SANTO se evidencia através da sua personalidade singular, da sua divindade, dos seus nomes e símbolos conforme revelam o Antigo e o Novo Testamento.

1. A Personalidade do ESPÍRITO SANTO

A Bíblia apresenta o ESPÍRITO SANTO como um Ser dotado de personalidade, isto é, que possui ou contém em si mesmo os elementos de existência pessoal, em contraste com a existência impessoal (Teologia Elementar – Imprensa Batista –Pág. 163).

Pode-se dizer que a personalidade existe quando se encontram em uma única combinação, inteligência, emoção e volição, ou ainda autoconsciência e autodeterminação. Deste modo, ao usarmos o termo "pessoa", aplicando-o aos membros da Trindade, deve ser entendido em sentido qualitativo ou limitado, e não em organismos separados, confundindo-o com corporalidade, conforme usamos o termo em relação ao homem.

A Bíblia mostra a personalidade do ESPÍRITO SANTO quando diz que:

Ele cria e dá vida (Jó 33.4).

Ele nomeia e comissiona ministros (Is 48.16At 13.220.28).

Ele dirige onde os ministros devem pregar (At 16.6,7).

Ele instrui o que os ministros devem pregar (1 Co 2.14).

Ele falou através dos profetas (At 1.161 Pd 1.11,122 Pd 1.21).

Ele contende com os pecadores (Gn 6.3).

Ele reprova (Jo 16.8).

Ele consola (At 9.31).

Ele nos ajuda em nossas fraquezas (Rm 8.26).

Ele ensina (Jo 14.261 Co 12.3).

Ele guia (Jo 16.13).

Ele santifica (Rm 15.161 Co 6.11).

Ele testifica de CRISTO (JO 15.26).

Ele glorifica a CRISTO (Jo 16.14).

Ele tem poder próprio (Rm 15.13).

Ele sonda tudo (Rm 11.33,341 Co 10,11).

Ele age segundo a sua vontade (1 Co 12.11).

Ele habita com os santos (Jo 14.17).

Ele pode ser entristecido (Ef 4.30).

Ele pode ser envergonhado (Is 63.10).

Ele pode sofrer resistência (At 7.51).

Ele pode ser tentado (At 5.9).

2.Nomes Divinos São Dados ao ESPÍRITO SANTO

O ESPÍRITO SANTO é chamado DEUS: "Então disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO?... Não mentiste aos homens, mas a DEUS" (At 5.3,4).

O ESPÍRITO SANTO também é chamado SENHOR: "E todos nós com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o ESPÍRITO" (2 Co 3.18).

Além de nomes, o ESPÍRITO SANTO detém atributos divinos, como:

Eternidade (Hb 9.14).

Onipresença (Sl 139.7-70).

Onipotência (Lc 1.35).

Onisciência (1 Co 2.10).

Outra incontestável prova da divindade do ESPÍRITO SANTO é que Ele realiza trabalhos exclusivos de DEUS. Por exemplo:

Foi o ESPÍRITO SANTO quem comunicou vida à criação (Gn 1.2).

É o ESPÍRITO SANTO quem transforma o homem pecador em uma nova criatura, por meio do novo nascimento (Jo 3.3-8).

Foi o ESPÍRITO SANTO quem levantou a CRISTO da morte, mediante a ressurreição (Rm 8.11).

No decorrer de toda a Escritura, o ESPÍRITO SANTO é chamado:

• ESPÍRITO de DEUS (1 Co 3.16Gn 1.2).

ESPÍRITO de CRISTO (Rm 8.9).

ESPÍRITO SANTO (At 1.5).

ESPÍRITO de Vida (Rm 8.2).

ESPÍRITO de Adoção (Rm 8.5Gl 4.5,6).

3.Símbolos do ESPÍRITO SANTO

A Bíblia é um livro de figuras e símbolos. De forma específica, o ESPÍRITO SANTO é mostrado nas Escrituras também através de símbolos, dentre os quais se destacam os seguintes:

a) O Fogo

"Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mais eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, a quem eu não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o ESPÍRITO SANTO e com fogo” (Lc 3.16).

O fogo, como símbolo do ESPÍRITO SANTO, fala da sua grande força em relação às diversas maneiras de sua operação, para corrigir os defeitos da nossa natureza decaída e conduzir-nos à perfeição que deve adornar os filhos de DEUS. Mais do que isto, o fogo fala da ação purificadora do ESPÍRITO SANTO.

b) O Vento

"E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados" (At 2.2). JESUS falou do vento como símbolo do ESPÍRITO SANTO. O vento apesar de invisível, é real. Não podemos tocá-lo nem compreendê-lo, mas o sentimos. A sua ação independe do querer ou não do homem. Isto fala da ação soberana do ESPÍRITO SANTO.A mesma palavra "pneuma", que é usada em referência ao ESPÍRITO, é também traduzida por "vento", "ar", ou "fôlego".

c) Água, Rio, Chuva

"E no último, o grande dia da festa, JESUS pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios dágua viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do ESPÍRITO que haviam de receber os que nele cressem; porque o ESPÍRITO SANTO ainda não fora dado, por ainda JESUS não ter sido glorificado" (Jo 7.37-39).

d) Óleo, Azeite

"E me disse: Que vês? Eu disse: Olho, e eis um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite no cimo, com as suas sete lâmpadas; e cada lâmpada posta no cimo tinha sete canudos. E, por cima dele, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à esquerda. E falei, e disse ao anjo que falava comigo, dizendo: Senhor meu, que é isto? Então respondeu o anjo que falava comigo, e me disse: Não sabes tu o que isto é? E eu disse: Não, senhor meu. E respondeu, e me falou, dizendo: Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas pelo meu ESPÍRITO, diz o Senhor dos Exércitos" (Zc 4.2-6).

Simbolizando o ESPÍRITO SANTO, o óleo era usado nas solenidades consagratórias de profetas, sacerdotes e reis em Israel. É considerado símbolo do ESPÍRITO SANTO porque era usado nos rituais do Antigo Testamento, correspondendo à operação real do ESPÍRITO SANTO na vida do crente hoje.

e) Selo

"Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa" (Ef 1.13). O selo é prova de propriedade, legitimidade, autoridade, segurança ou preservação. Estas palavras expressam a situação daqueles que foram selados pelo ESPÍRITO SANTO.

f) A Pomba

"E, sendo JESUS batizado, saiu logo da água, e eis que se abriram os céus, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mt 13.16,17). O ESPÍRITO SANTO veio sobre os discípulos no dia de Pentecoste, em forma de fogo - havia o que queimar. Sobre JESUS, no entanto, veio em forma corpórea duma pomba-símbolo da pureza e da inocência de CRISTO.

II. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO

A dispensação em que vivemos atualmente é um tempo oportuno para as atividades especiais do ESPÍRITO SANTO entre os homens, como aquele sobre quem pesa a responsabilidade de alcançar todo este vasto Universo, encaminhando os homens para DEUS. Entretanto, sabemos que o mesmo ESPÍRITO também exerceu as suas atividades em tempos mais remotos. Muito antes do alvorecer dos tempos, Ele já existia como a terceira Pessoa da Trindade divina.

1.O ESPÍRITO SANTO na Criação

Muito antes de o homem aparecer na terra e mesmo antes da terra existir, o ESPÍRITO SANTO já existia. A primeira parte de Gênesis 1.2 apresenta uma cena singular: a terra, uma massa informe, vazia e escura. Foi então que um raio de esperança brilhou, iluminando-a, antes mesmo que DEUS ordenasse o aparecimento da luz. Lemos: "E o ESPÍRITO de DEUS pairava por sobre as águas". Foi este aspecto diferente o primeiro prenuncio da perfeição das obras do Criador.Com singular inspiração, disse o patriarca Jó que DEUS, "pelo seu ESPÍRITO, ornou os céus" (Jó 26.13). Isto é, através do seu ESPÍRITO, DEUS não apenas formou o Universo, mas também o embelezou estabelecendo a ordem de ação de cada astro, do menor ao maior.

2.O ESPÍRITO SANTO Antes do Dilúvio

Os primeiros versículos do capítulo seis de Gênesis pintam um quadro calamitoso. A terra estava corrompida. A maldade do homem não tinha limites. Era a depravação total da raça humana. Todos os pensamentos do coração do homem eram maus continuamente (Gn 6.5). Diante disto, concluímos logicamente, que os homens resistiam ao ESPÍRITO SANTO apesar da sua persistência em conduzi-los à consciência de erro e uma consequente volta para DEUS. Face à impenitência do homem, em estado de profunda tristeza, disse DEUS a Noé: "O meu ESPÍRITO não agirá para sempre no homem" (Gn 6.3).

Apesar disto, DEUS ainda deu ao homem uma oportunidade que durou cerca de cento e vinte anos. Mesmo assim, em atitude de rebeldia contra DEUS e o seu ESPÍRITO SANTO, o homem continuou na escalada do pecado, culminando com a destruição trazida pelo Dilúvio.

3.O ESPÍRITO SANTO nos Líderes do Antigo Testamento

Dentre os grandes vultos do Antigo Testamento, em cujas vidas o ESPÍRITO SANTO encontrou lugar para operar, se destacam José do Egito, Moisés, os setenta anciões de Israel, Bezalel, Josué, Otoniel, Gideão, Jefté, Sansão, Saul e Davi. Por esta razão a história narrada no Antigo Testamento os destaca dos seus contemporâneos.

Foi pela ação do ESPÍRITO SANTO que,

José se evidenciou com capacidade de revelar mistérios e com sabedoria para administrar (Gn 41. 8,38).

Moisés mostrou autoridade divina para liderar e sabedoria para legislar sobre o povo de DEUS (Is 63.11).

Os setenta anciãos mostraram habilidade como cooperadores na condução dos filhos de Israel durante a peregrinação no deserto (Nm 11.16,1725).

Bezalel recebeu capacidade para construir o tabernáculo e para ensinar a outros o mesmo serviço (Ex 31.1-435.34).

Otniel adquiriu sabedoria para julgar Israel (Jz 3.10,11).

Gideão encontrou coragem para lutar (Jz 6.34).

Jefté lutou e venceu os Amonitas (Jz 11.29).

Sansão encontrou força para libertar o seu povo que gemia sob o jugo da escravidão dos filisteus (Jz 14.1915.14).

Saul foi contado entre os profetas, e assim continuou enquanto temeu ao Senhor (1 Sm 10.6,10).

Davi encontrou forças para ser rei, poeta, cantor e profeta (1 Sm 16.13).

Os profetas trabalharam e agiram no poder do ESPÍRITO, ministrando não para si mesmos, mas para nós da atual geração (Ez 2.22 Pd 1.21).

4.O ESPÍRITO SANTO em João Batista

A João Batista estava destinada uma missão de grande interesse dos céus. Por isso o ESPÍRITO SANTO se manifestou nele (desde o ventre de sua mãe), de modo especial (Lc 1.15). Foi cheio do ESPÍRITO SANTO, pois nenhuma missão divina de grande relevância pode ser realizada, a não ser pela unção do ESPÍRITO SANTO.

A presença do ESPÍRITO SANTO no ministério de João Batista se evidencia: Pela autoridade com que exortava o povo a preparar o caminho do Senhor (Lc 3.2-4); Pela firmeza com que anunciava a salvação de DEUS, a manifestar-se em CRISTO (Lc 3.5,6); Pela energia com que denunciava o pecado do seu povo, conclamando-o ao arrependimento, para escapar do juízo iminente, qual machado já posto à raiz da árvore (Lc 3.7-9); Pela segurança com que ensinava o caminho de retorno a DEUS (Lc 3.10-14); Pela convicção com que predizia o caráter sobrenatural do ministério de JESUS, de quem era precursor (Lc 3.15-18); Pela imparcialidade com que protestava contra o pecado do rei Herodes (Lc 3.19).

5.O ESPÍRITO SANTO em CRISTO

Ninguém melhor que JESUS se identificou de forma tão plena com o ESPÍRITO SANTO. Essa relação salienta a pessoa de JESUS CRISTO como alguém

a) Concebido pelo ESPÍRITO SANTO (Lc 1.35).

b) Ungido com o ESPÍRITO SANTO (At 10.38).

c)Guiado pelo ESPÍRITO SANTO (Mt 4.1).

d) Cheio do ESPÍRITO SANTO (Lc 4.1).

e)Que realizou o seu ministério no poder do ESPÍRITO SANTO (Lc 4.18,19).

f) Que ofereceu-se em sacrifício pelo ESPÍRITO (Hb 9.14).

g)Que ressuscitou pelo poder do ESPÍRITO (Rm 8.11).

h)Que deu mandamento aos apóstolos após a ressurreição- por intermédio do ESPÍRITO SANTO (At 1.1,2).

i) Doador do ESPÍRITO SANTO (At 2.33).

JESUS CRISTO viveu toda a sua vida terrena dependendo inteiramente do ESPÍRITO SANTO e a Ele se sujeitou.

6. O ESPÍRITO SANTO em Relação ao Crente

Quanto à pessoa do crente, o ESPÍRITO SANTO nele opera:

regenerando-o (Jo 3.3-6).

batizando-o no corpo de CRISTO (Jo 1.32-34).

habitando nele (1 Co 6.15-19).

selando-o (Ef 1.13,14).

proporcionando-lhe segurança (Rm 8.14-16).

fortalecendo-o (Ef 3.16).

enchendo-o da sua virtude (Ef 5.18-20).

libertando-o da lei do pecado e da morte (Rm 8.2).

guiando-o (Rm 8.14).

chamando-o para serviço especial (At 13.2,4).

orientando-o para serviço especial (At 8.27-29).

iluminando-o (1 Co 2.12-14).

instruindo-o (Jo 16.13,14).

capacitando-o (1 Ts 1.5).

III. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

O evento do batismo com o ESPÍRITO SANTO não deveria surpreender, nem confundir os estudantes das Escrituras, pois é uma bênção já prometida, relacionada com o plano divino da salvação em CRISTO, predito por Joel, Isaias, João Batista e JESUS (At 2.16-18; Is 44.3; Mt 3.11; Jo 14.16,17).

1. O Dia de Pentecoste

O dia de Pentecoste foi um dia singular para a Igreja e continua sendo; é que nesse dia aprouve a DEUS, por intercessão de JESUS CRISTO, enviar o ESPÍRITO SANTO, a ocupar no mundo e de forma mais precisa, no seio da Igreja, uma posição sem paralelo em toda a história da humanidade. Nesse dia cerca de cento e vinte frágeis discípulos de JESUS foram cheios do ESPÍRITO SANTO e dotados do poder de testemunhar do Evangelho.

Como resultado da experiência do Pentecoste, Pedro pregou com tal autoridade, que cerca de três mil preciosas almas se renderam aos pés de JESUS. Com autoridade sobrenatural acusou os seus ouvintes Judeus de haver entregue à morte o Filho de DEUS, e exortou-os a se arrependerem de seus pecados. Isto disse como prelúdio, para logo informar-lhes de que a conversão a CRISTO resultaria em receberem a mesma experiência que observavam, com sinais poderosamente evidentes (At 2.14-41). Atente com interesse para este fato. Pedro proclamou ter a promessa do batismo com o ESPÍRITO referência a todos os homens e não somente àqueles que constituíam a assembleia ali reunida.

2. Para Quem é a Promessa?

"E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO; porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe; a tantos quantos DEUS nosso Senhor chamar" (At 2.38,39). De acordo com estas palavras de Pedro, note a extensão e alcance da promessa do batismo com o ESPÍRITO SANTO:

1° A promessa é para vós - os Judeus ali presentes, representando os demais compatriotas, isto é, a nação com a qual DEUS fizera a antiga aliança.

2° Para os vossos filhos -os que existiam então e as gerações sucessivas.

3° Para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor nosso DEUS chamar - para todos, universalmente, para os gentios e para qualquer indivíduo que responda à chamada de DEUS, através do Evangelho para a salvação em .CRISTO.

A promessa de Atos 2.39 indica que a gloriosa experiência do batismo com o ESPÍRITO SANTO foi designada por DEUS para todos os crentes, desde o dia de Pentecoste até o fim da presente dispensação. O enchimento do ESPÍRITO SANTO, assinalado pelo falar noutras línguas, como aconteceu no dia de Pentecoste, deveria ser o modelo para essa experiência, para qualquer indivíduo, através da dispensação da Igreja.

3.À Natureza Deste Batismo

Várias palavras e expressões são usadas na Bíblia para simbolizar e descrever a vinda do ESPÍRITO SANTO aos crentes, e seu ministério através destes. Algumas dessas expressões, são:

a) Derramamento

Esta expressão das Escrituras é usada frequentemente para designar a vinda do ESPÍRITO SANTO à vida do crente. O sentido original da palavra se refere à comunicação de alguma coisa vinda do céu, com grande abundância..(Jl 2.28,29).

b) Batismo

O recebimento do ESPÍRITO SANTO é figurado como batismo: uma total, gloriosa e sobrenatural imersão do Divino ESPÍRITO, o que revela a maneira gloriosa como o ESPÍRITO SANTO envolve, enche e penetra a alma do crente. Assim todo o nosso ser se torna saturado e dominado com a presença refrigeradora de DEUS, pelo seu ESPÍRITO SANTO.

c) Enchimento

Quando o ESPÍRITO veio sobre os discípulos no cenáculo, foram cheios do ESPÍRITO. Evidenciaram estar cheios, a ponto de parecerem estar "embriagados" (At 2.3).

Esse enchimento não se deu em gotas, caídas como que através dum crivo. Não. No Pentecoste a plenitude do ESPÍRITO os encheu inteiramente, de tal modo que andavam de um lado para outro, falando em novas línguas.

4. Evidência do Batismo com o ESPÍRITO SANTO

Todos os casos de batismos com o ESPÍRITO SANTO relatados no livro de Atos, constituem uma sólida base para a afirmação de que o falar em línguas estranhas é a evidência física inicial de que o crente foi batizado com o ESPÍRITO SANTO. Detenhamo-nos um pouco em analisar os cinco casos distintos como são apresentados no referido livro.

a) No Dia de Pentecoste

"E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO, e começaram a falar noutras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem" (At 2.4). Esta foi a primeira manifestação do ESPÍRITO SANTO, após JESUS ter dito: "...e vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO, não muito depois destes dias" (At 1.5). A demonstração comum ou evidência física inicial de que todos os presentes no cenáculo foram cheios do ESPÍRITO SANTO, foi que todos falaram em línguas estranhas; línguas que não haviam aprendido, faladas, portanto, pela operação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO.

b) Entre os Crentes Samaritanos

"Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a Palavra de DEUS, enviaram lá Pedro e João, os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o ESPÍRITO SANTO. (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram batizados em nome do Senhor JESUS). Então lhes impuseram as mãos, e receberam o ESPÍRITO SANTO" (At 8.14-17).

Ainda que o texto bíblico citado não mostre explicitamente que os samaritanos hajam falado em línguas estranhas como evidência do batismo com o ESPÍRITO SANTO, estudiosos das Escrituras são da opinião de que eles tenham falado em línguas; pois, se não houvesse a manifestação das línguas, como os apóstolos teriam notado a diferença entre eles antes e depois da oração com imposição de mãos? Lucas diz que "Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o ESPÍRITO SANTO, lhes ofereceu dinheiro..."(At 8.18). Simão não seria suficientemente tolo a ponto de propor dinheiro para adquirir poderes para realizar operações espirituais abstratas. Ele almejava poderes para operar fenômenos como os que ele via e ouvia naquele momento.

c) Sobre Saul em Damasco

"E Ananias foi, e entrou na casa, e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor JESUS, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do ESPÍRITO SANTO, e logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado" (At 9.17,18). Também no caso de Saulo, o texto bíblico não diz explicitamente que ele tenha falado em línguas, porém diz que ele foi cheio do ESPÍRITO. Ora, se é válido admitir que ele foi cheio do ESPÍRITO SANTO naquele momento, por que, então, duvidar que ele haja falado em línguas? Do punho do próprio Paulo lemos as seguintes palavras: "Dou graças a DEUS porque falo mais línguas do que vós todos" (1 Co 14.18). O contexto de 1 Co 14 é o falar em línguas espirituais, ou seja, línguas estranhas.

d) Em Casa do Centurião Cornélio

"E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o ESPÍRITO SANTO sobre todos que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do ESPÍRITO SANTO se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a DEUS" (At 10.44-46). Foi a ênfase dada por Pedro e seus companheiros a que os gentios em Cesaréia haviam recebido o dom do ESPÍRITO SANTO, tal qual eles no dia de Pentecoste, que apaziguou os ânimos dos apóstolos em Jerusalém, de sorte que disseram: "Na verdade até aos gentios deu DEUS arrependimento para a vida!"(At 11.18).

e) Sobre os Discípulos em Éfeso

"E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas e profetizavam" (At 19.6). Observe: vinte anos após o dia de Pentecoste, o batismo com o ESPÍRITO SANTO ainda era acompanhado com a evidência inicial de falar línguas estranhas. Esta evidência satisfazia não só a um dos requisitos da doutrina apostólica quanto à manifestação do ESPÍRITO SANTO, como também cumpria a promessa de JESUS: "Estes sinais seguirão aos que crêem: ...falarão novas línguas" (Marc 16.17). Crisóstomo, um dos grandes mestres da Igreja antiga, afirmou, muitos anos após os dias de Paulo: "Quem quer que fosse batizado nos dias apostólicos, logo falava línguas: recebiam eles o ESPÍRITO SANTO".

IV. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO

Dentre as insondáveis riquezas espirituais que DEUS coloca à disposição da sua Igreja na terra, destacam-se os dons sobrenaturais do ESPÍRITO SANTO, apresentados pelo apóstolo Paulo" (1 Co 12.11) como agentes de poder e de vitória desta mesma Igreja.

O professor Antônio Gilberto define dons do ESPÍRITO SANTO como sendo "uma dotação ou concessão especial e sobrenatural de capacidade divina para serviço especial da execução do propósito divino para a Igreja e através dela". Em resumo - "é uma operação especial e sobrenatural do ESPÍRITO SANTO por meio do crente". Numa definição mais resumida, Stanley Horton define os dons do ESPÍRITO SANTO como sendo "faculdades da pessoa divina operando no homem".

1.Os Dons do ESPÍRITO SANTO em 1 Coríntios

Escreve o apóstolo Paulo que “... a um é dada, mediante o ESPÍRITO, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo ESPÍRITO, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo ESPÍRITO, fé; e a outro no mesmo ESPÍRITO, dons de curar; a outro, operação de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpretá-las" (1 Co 12.8-10).

Vale ressaltar que os dons são do ESPÍRITO SANTO e não daqueles através dos quais eles operam. A torneira não pode dizer de si mesma: "Eu produzo água", pois seria uma inverdade. Quem produz água é a fonte. A torneira é apenas o canal através do qual a água flui. Os dons são do ESPÍRITO SANTO, e, através deles, o ESPÍRITO opera em quem quer, como quer, quando quer e onde quer, com a finalidade precípua de edificar a Igreja, o corpo vivo de CRISTO.

2.Classificação dos Dons Espirituais

Para melhor apresentação dos dons do ESPÍRITO SANTO, alguns estudiosos têm usado classificá-los da seguinte maneira:

a) Dons de Revelação:

Palavra do conhecimento - Palavra da sabedoria - Discernimento de espíritos

b) Dons de Poder:

Dons de curar - Operação de milagres - Fé

c) Dons de Inspiração:

Variedade de línguas - Interpretação das línguas - Profecia

Frank M. Boyd declarou que "a menos que os dons do ESPÍRITO sejam claramente definidos e cuidadosamente classificados em primeiro lugar, seu propósito não será entendido e podem ser mal-usados; a glória do Senhor pode ser roubada; e a Igreja pode deixar de receber grandes benefícios que esses dons devem trazer".

3. Dons de Revelação

Os dons de revelação são não somente necessários, mas igualmente indispensáveis àqueles que cuidam do governo e orientação da Igreja do Senhor JESUS CRISTO na terra. Desde os mais remotos tempos do Antigo Testamento, esta categoria de dons esteve em evidência no ministério de juízes, sacerdotes, reis e profetas condutores do povo de Israel.

a) Palavra do Conhecimento

Este dom tem sido definido como sendo a revelação sobrenatural dalgum fato que existe na mente de DEUS, mas que o homem, devido às suas naturais limitações, não pode conhecer, a não ser que o ESPÍRITO SANTO lhe revele. Exemplos da manifestação deste dom são encontrados nos ministérios de Samuel, Eliseu, Aías, JESUS, Pedro e Paulo (1 Sm 9.15,20; 10.22; 2 Rs 5.20,26; 6.8; 1 Rs 14.6; Jo 1.48; 4.18; Lc 19.5; Mt 16.23; At 5.3,4). Através deste dom, segredos do mais profundo do coração são revelados, enquanto que obstáculos ao desenvolvimento da Igreja são manifestos, e desmascarada toda e qualquer hipocrisia. Este dom é de grande importância para o ministério ordinário da Igreja, pois pode apontar os maus obreiros, possíveis candidatos ao ministério cristão.

b) Palavra da Sabedoria

Este dom é uma palavra (uma proclamação, uma declaração) de sabedoria, dada por DEUS através da revelação do ESPÍRITO SANTO, para satisfazer a necessidade de solução urgente dum problema particular. Não se deve confundi-lo, portanto, com a sabedoria num sentido amplo e geral. Não depende da habilidade cultural humana de solucionar problemas, pois é uma revelação do conselho divino. Nos domínios do ministério cristão, este dom se aplica tanto ao ensino da doutrina bíblica, quanto à solução de problemas em geral.

c) Discernimento de espíritos

Através deste dom, DEUS revela ao crente a fonte e o propósito de toda e qualquer forma de poder espiritual. Através dele o ESPÍRITO SANTO revelou a Paulo que tipo de ESPÍRITO operava na jovem de Filipos, (At 16.18) e fez Paulo resistir a Elimas, condenando-o à cegueira (At 13.11). Note que não se trata do "dom" de julgar ou fazer juízo doutras pessoas. Este é sem dúvida um dos dons de maior valia para o ministro nos dias hodiernos, pois, em meio a tanta contrafação e imitação nos domínios da fé e da religião, o obreiro a quem falte este dom, estará em apuros, pondo em risco a integridade da doutrina e da segurança do rebanho que DEUS lhe confiou.

4. Dons de Poder

Os dons de poder formam o segundo grupo dos dons do ESPÍRITO SANTO, e existem em função do sucesso e do cumprimento da grande comissão dada por JESUS CRISTO. Como o Evangelho é o poder de DEUS, é natural que tenha a sua pregação confirmada com sinais e maravilhas sobrenaturais, que ratificam esse Evangelho e lhe dão patente divina.

a) Dons de Curar

No grego o dom (curar), como o seu efeito, está no plural, o que dá a entender que existe uma variedade de modos na operação deste dom. Assim, um servo de DEUS pode não ter todos os dons de curar, e, por isso, às vezes, muitos não são curados por sua intercessão. Por exemplo, Paulo orou pelo pai de Públio, que se achava com febre e desinteira, na ilha de Malta, e JESUS o curou (At 28.8), porém foi forçado a deixar o seu amigo Trófimo doente em Mileto (2 Tm 4.20). Como são diferentes os tipos de enfermidades, é evidente que há um dom de cura para cada tipo de enfermidade: orgânica, psicossomática ou de patogenia espiritual.

b) Operação de Milagres

Ambas as palavras aparecem no original grego, no plural, o que sugere que há uma variedade de modos de milagres e de atos de poder. Por milagres ou maravilhas, entende-se todo e qualquer fenômeno que altera uma lei preestabelecida. "Milagres" e "Maravilhas" são plurais da palavra "poder" em Atos 1.8, que significa: atos de poder grandiosos, sobrenaturais, que vão além do que o homem pode ver. A operação de milagres só acontece em relação às operações de DEUS (Mt 14.2; Marc 6.14; Gl 4.5; Fp 3.21) ou de Satanás (2 Ts 2.7,9; Ef 2.2). Nesses atos de poder de DEUS que infligem derrota a Satanás, poderíamos incluir o juízo de cegueira sobre Elimas, o mágico (At 3.9-11) e a expulsão de demônios.

Também pode ser classificado como milagre o resultado da operação divina na cura de determinadas enfermidades, para as quais ainda não existe remédio, como por exemplo: certos tipos de câncer, alguns tipos de cegueira, surdez, mudez, e determinados tipos de paralisia, etc.

c) Fé

O dom da fé envolve uma fé especial, diferente da fé para salvação, ou da fé que é mostrada por Paulo como um dos aspectos do fruto do ESPÍRITO em Gaiatas 5.22. O dom da fé traduz uma fé especial e sobrenatural, verdadeiro apelo a DEUS no sentido de que Ele intervenha, quando todos os recursos humanos se têm esgotado. Foi este o tipo de fé com o qual foram dotados os grandes heróis mostrados na galeria de Hebreus 11.

5. Dons de Inspiração

Este é o terceiro e último grupo dos nove dons do ESPÍRITO SANTO registrados pelo apóstolo Paulo no capítulo 12 da sua primeira epístola aos Coríntios. Ao contrário dos dois primeiros grupos de dons, em geral exercidos pelo ministério responsável pela administração da Igreja, este último grupo tem se feito experiência comum para os crentes em geral.

a) Variedade de Língua

Variedade de línguas é a expressão falada e sobrenatural duma língua nunca estudada pela pessoa que fala; uma palavra anunciada pelo poder do ESPÍRITO SANTO, não compreendida por quem fala, e usualmente incompreensível para a pessoa que a ouve. Nada tem a ver com a facilidade de assimilar línguas estrangeiras (poliglotismo); tampouco tem a ver com o intelecto. É a manifestação da mente de DEUS por intermédio dos órgãos da fala do ser humano (glossolalia).

b) Interpretação das Línguas

O dom de interpretação de línguas é o único dos nove dons espirituais cuja existência ou função, depende de outro dom - a variedade de línguas. Consequentemente, não havendo o dom de variedade de línguas, não pode haver a interpretação de línguas. “Interpretação" aqui não é a mesma coisa que tradução. A interpretação geralmente alonga-se mais que a simples tradução. O dom de interpretação de línguas revela o poder, a riqueza, a soberania e a sabedoria de DEUS. Por certo que este dom não implica em que haja algum tipo de conhecimento do idioma por parte do intérprete. A interpretação de línguas é em si mesma um dom tão miraculoso quanto o é o próprio dom de variedade de línguas.

c) Profecia

A profecia é uma manifestação do ESPÍRITO de DEUS e não da mente do homem, e é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso (1 Co 12.7). Embora o dom da profecia nada tenha a ver com os poderes normais do raciocínio humano, pois é algo muito superior, isso não impede que qualquer crente possa exercitá-lo: "Porque todos podereis profetizar, um após outro, para todos aprenderem e serem consolados" (1 Co 14.31). Ainda que nalguns casos o dom da profecia possa ser exercido simultaneamente com a pregação da Palavra, é evidente que esse dom é dotado de um elemento sobrenatural, não devendo, portanto, ser confundido com a simples habilidade de pregar o Evangelho. “Edificação", "exortação" e "consolação" são os três elementos básicos da profecia, e a razão de ser e de existir desse dom. Portanto, a profecia não deve ser exercida com propósito governativo da igreja local.

V. O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO

Antes do grande avivamento pentecostal iniciado no começo deste século, dava-se bastante ênfase ao fruto do ESPÍRITO, enquanto que os dons eram ignorados. Para pôr fim a esse desequilíbrio, começou-se a dar ênfase aos dons e quase a ignorar o fruto do ESPÍRITO. Hoje, no entanto, a situação parece bem mais delicada, devido ao fato de estar sendo dada pouca ênfase tanto aos dons quanto ao fruto do ESPÍRITO. Evidentemente, esta posição coloca-nos em desacordo com a Bíblia Sagrada, devendo, portanto, levar-nos a uma tomada de posição quanto ao assunto.

1. Relação dos Dons e do Fruto do ESPÍRITO SANTO

De acordo com o apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios 12.8-10 e Gaiatas 5.22, são os seguintes os dons e os aspectos do fruto do ESPÍRITO:

a) Os Dons do ESPÍRITO

Palavra da sabedoria, Palavra do conhecimento, Fé, Dons de Curar, Operação de milagres,

Profecia, Discernimento de espíritos, Variedade de línguas, Interpretação de línguas.

b) O Fruto do ESPÍRITO

Caridade (Amor), Gozo, Paz, Longanimidade, Benignidade, Bondade, Fé, Mansidão, Temperança

O fato de os dons serem em número de nove e o fruto do ESPÍRITO ser nônuplo em seus aspectos, parece não passar duma mera coincidência, porém, não é assim. Levando em consideração que o ESPÍRITO SANTO foi o divino inspirador de toda a Bíblia, temos de considerar também o interesse divino em nos comunicar um grande e necessário ensino através dessa aparente coincidência.

2.Distinção Entre Dons e Fruto do ESPÍRITO

Não obstante os dons e o fruto procederem do mesmo ESPÍRITO, dons e fruto são diferentes entre si. Por exemplo:

Os dons são dados, recebidos, enquanto o fruto é gerado em nós.

Os dons vêm após o batismo com o ESPÍRITO SANTO, enquanto o fruto começa com a obra do ESPÍRITO, a partir da regeneração.

Os dons vêm de fora, do Alto, enquanto o fruto vem do interior.

Os dons vêm completos, perfeitos, enquanto o fruto requer tempo para crescer e desenvolver-se.

Os dons são dotações de poder de DEUS, enquanto que o fruto é uma expressão do caráter de CRISTO.

Os dons revelam concessão de poder e graça especial, enquanto o fruto se relaciona com o caráter do portador.

Os dons são a operação soberana do ESPÍRITO SANTO, enquanto o fruto (também do ESPÍRITO) nos vem mediante JESUS CRISTO.

Os dons são distintos, enquanto o fruto, sendo nônuplo, é indivisível.

Os dons conferem poder, enquanto que o fruto confere autoridade.

Os dons comunicam espiritualidade, enquanto o fruto comunica irrepreensão.

Os dons identificam-se com o que fazemos, enquanto o fruto identifica-se com o que somos.

Os dons podem ser imitados, enquanto que o fruto jamais o será.

3.Definição do Fruto do ESPÍRITO

Numa análise do fruto do ESPÍRITO, apontando o amor como o aspecto exaltado do mesmo fruto, escreve o Dr. Boyd:

"Gozo é o amor obedecendo.

Paz é o amor repousando.

Longanimidade é o amor sofrendo.

Benignidade è o amor mostrando compaixão.

Bondade é o amor agindo.

Fé é o amor confiando.

Mansidão é o amor suportando.

Temperança é o amor controlando".

4.Equilíbrio Entre Dons e Fruto do ESPÍRITO

A orientação divina dada a Moisés quanto ao adorno das vestes sacerdotais no Antigo Testamento, dá-nos uma vista adequada da harmonia que deve existir entre os dons e o fruto do ESPÍRITO."E nas suas bordas farás romãs de azul, e de púrpura, e de carmesim, ao redor das bordas; e campainhas de ouro do meio delas ao redor. Uma campainha de ouro, e uma romã, outra campainha de ouro, e outra romã, haverá nas bordas do manto, ao redor; e estará sobre Arão quando ministrar, para que se ouça o seu sonido quando entrar no santuário diante do Senhor" (Ex 28.33-35). Não foi orientação divina sequenciar uma campainha doutra campainha. Também não diz: "Uma romã, outra romã e mais outra romã", mas afirma: "Uma campainha de ouro, e uma romã; outra campainha de ouro, e outra romã", e assim por diante. Aplicado este princípio divino ao equilíbrio que deve existir entre dons e fruto do ESPÍRITO, o ideal é: um dom, o fruto; outro dom, o fruto; outro dom ainda, o fruto e assim sucessivamente (A Doutrina Pentecostal Hoje – CPAD – todas as páginas correspondentes aos Dons do ESPÍRITO).

O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO (Estudos Doutrinários da Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD)

O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO

Jl 2.28,29 "E há de ser que, depois, derramarei o meu ESPÍRITO sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e servas, naqueles dias, derramarei o meu ESPÍRITO."

 

O ESPÍRITO SANTO é a terceira pessoa do DEUS Eterno, Trino e Uno (ver Mc 1.11). Embora a plenitude do seu poder não tivesse sido revelada antes do ministério de JESUS e, posteriormente, no Pentecoste (ver At 2), há trechos do AT que se referem a Ele e à sua obra. Este estudo examina os ensinamentos do AT a respeito do ESPÍRITO SANTO.

TERMO EMPREGADO. A palavra hebraica para “ESPÍRITO” é ruah que, às vezes, é traduzida por “vento” e “sopro”. Sendo assim, as referências no AT ao sopro de DEUS e ao vento da parte de DEUS (e.g., Gn 2.7Ez 37.9,10,14) também podem referir-se à obra do ESPÍRITO de DEUS.

 

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO. A Bíblia descreve várias atividades do ESPÍRITO SANTO no Antigo Testamento.

1- O ESPÍRITO SANTO desempenhou um papel ativo na criação. O segundo versículo da Bíblia diz que “o ESPÍRITO de DEUS se movia sobre a face das águas” (Gn 1.2), preparando tudo para que a palavra criadora de DEUS desse forma ao mundo. Tanto o Verbo de DEUS (i.e., a segunda pessoa da Trindade) quanto o ESPÍRITO de DEUS, foram agentes na criação (ver Jó 26.13Sl 33.6;). O ESPÍRITO também é o autor da vida. Quando DEUS criou Adão, foi indubitavelmente o seu ESPÍRITO quem soprou no homem o fôlego da vida (Gn 2.7; cf. Jó 27.3). O ESPÍRITO SANTO continua a dar vida às criaturas de DEUS (Jó 33.4Sl 104.30).

2- O ESPÍRITO estava ativo na comunicação da mensagem de DEUS ao seu povo. Era o ESPÍRITO, por exemplo, quem instruía os israelitas no deserto (Ne 9.20). Quando os salmistas de Israel compunham seus cânticos, faziam-no mediante o ESPÍRITO do Senhor (2Sm 23.2; cf. At 1.16,20; Hb 3.7-11). Semelhantemente, os profetas eram inspirados pelo ESPÍRITO de DEUS a declarar sua palavra ao povo (Nm 11.291Sm 10.5,6,10; 2Cr 20.14; 24.19,20; Ne 9.30Is 61.1-3Mq 3.8Zc 7.12; cf. 2Pe 1.20,21). Ezequiel ensina que os falsos profetas “seguem o seu próprio ESPÍRITO” ao invés de andarem segundo o ESPÍRITO de DEUS (Ez 13.2,3). Era possível, entretanto, o ESPÍRITO de DEUS vir sobre alguém que não tinha um relacionamento genuíno com DEUS para levá-lo a entregar uma mensagem verdadeira ao povo (ver Nm 24.2).

3- A liderança do povo de DEUS no AT era fortalecida pelo ESPÍRITO do Senhor. Moisés, por exemplo, estava em tão estreita harmonia com o ESPÍRITO de DEUS que compartilhava dos próprios sentimentos de DEUS; sofria quando Ele sofria, e ficava irado contra o pecado quando Ele se irava (ver Êx 33.11; cf. Êx 32.19). Quando Moisés escolheu, em obediência à ordem do Senhor, setenta anciãos para ajudá-lo a liderar os israelitas, DEUS tomou do ESPÍRITO que estava sobre Moisés, e o colocou sobre eles (Nm 11.16,17; ver 11.12).. Semelhantemente, quando Josué foi comissionado para que sucedesse a Moisés como líder, DEUS indicou que “o ESPÍRITO” (i.e., o ESPÍRITO SANTO) estava nele (Nm 27.18). O mesmo ESPÍRITO veio sobre Gideão (Jz 6.34), Davi (1Sm 16.13) e Zorobabel (Zc 4.6). Noutras palavras, no AT a maior qualificação para a liderança era a presença do ESPÍRITO de DEUS.

4- O ESPÍRITO de DEUS também vinha sobre indivíduos a fim de equipá-los para serviços especiais. Um exemplo notável, no AT, era José, a quem fora outorgado o ESPÍRITO para capacitá-lo a agir de modo eficaz na casa de Faraó (Gn 41.38-40). Note, também, Bezalel e Ooliabe, aos quais DEUS concedeu a plenitude do seu ESPÍRITO para que fizessem o trabalho artístico necessário à construção do Tabernáculo, e também para ensinarem aos outros (ver Êx 31.1-1135.30-35). A plenitude do ESPÍRITO SANTO, aqui, não é exatamente a mesma coisa que o batismo no ESPÍRITO SANTO no NT. No AT, o ESPÍRITO SANTO vinha sobre uns poucos indivíduos selecionados para servirem a DEUS de modo especial, e os revestia de poder (ver Êx 31.3). O ESPÍRITO do Senhor veio sobre muitos dos juízes, tais como Otniel (Jz 3.9,10). Gideão (Jz

5- Jefté (Jz 11.29) e Sansão (Jz 14.5,615.14-16). Estes exemplos revelam o princípio divino que ainda perdura: quando DEUS opta por usar grandemente uma pessoa, o seu ESPÍRITO vem sobre ela.

6- Havia, ainda, uma consciência no AT de que o ESPÍRITO desejava guiar as pessoas no terreno da retidão. Davi dá testemunho disto em alguns dos seus salmos (Sl 51.10-13143.10). O povo de DEUS, que seguia o seu próprio caminho ao invés de ouvir a voz de DEUS, recusava-se a seguir o caminho do ESPÍRITO (ver Gn 16.2). Os que deixam de viver pelo ESPÍRITO de DEUS experimentam, inevitavelmente, alguma forma de castigo divino (ver Nm 14.29Dt 1.26).

7- Note que, nos tempos do AT, o ESPÍRITO SANTO vinha apenas sobre umas poucas pessoas, enchendo-as a fim de lhes dar poder para o serviço ou a profecia. Não houve nenhum derramamento geral do ESPÍRITO SANTO sobre Israel. O derramamento do ESPÍRITO SANTO de forma mais ampla (cf. _ 2.28,29; At 2.4,16-18) começou no grande dia de Pentecoste.

 

A PROMESSA DO PLENO PODER DO ESPÍRITO SANTO.

O AT antegozava a era vindoura do ESPÍRITO, i.e., a era do NT. (1) Em várias ocasiões, os profetas falaram a respeito do papel que o ESPÍRITO desempenharia na vida do Messias. Isaías, em especial, caracterizou o Rei vindouro, o Servo do Senhor, como uma pessoa sobre quem o ESPÍRITO de DEUS repousaria de modo especial (ver Is 11.1-442.161.1-3). Quando JESUS leu as palavras de Isaías 61, em Nazaré, cidade onde morava, terminou dizendo: “Hoje, se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos” (Lc 4.21).

 

Outras profecias do AT anteviam o período do derramamento geral do ESPÍRITO SANTO sobre a totalidade do povo de DEUS. Entre esses textos, o de maior destaque é 2.28,29, citado por Pedro no dia de Pentecoste (At 2.17,18). Mas a mesma mensagem também se acha em Is 32.15-1744.3-559.20,21Ez 11.19,2036.26,2737.1439.29. DEUS prometeu que, quando a vida e o poder do seu ESPÍRITO viessem sobre o seu povo, os seus seriam capacitados a profetizar, ver visões, ter sonhos proféticos, viver uma vida em santidade e retidão, e a testemunhar com grande poder. Por conseguinte, os profetas do AT previram a era messiânica. E, a respeito dela, profetizaram que o derramamento e a plenitude do ESPÍRITO SANTO viriam sobre toda a humanidade. E foi o que aconteceu no domingo do Pentecoste (dez dias depois de JESUS ter subido ao céu), com uma subsequente gigantesca colheita de almas (cf. 2.28,32;Atos 2.414.413,44,48,49).

 

A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO (Estudos Doutrinários da Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD)

 

A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO

At 5.3,4 “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS.”

 

É essencial que os crentes reconheçam a importância do ESPÍRITO SANTO no plano divino da redenção. Sem a presença do ESPÍRITO SANTO neste mundo, não haveria a criação, o universo, nem a raça humana (Gn 1.2Jó 26.1333.4Sl 104.30). Sem o ESPÍRITO SANTO, não teríamos a Bíblia (2Pe 1.21), nem o NT (Jo 14.261Co 2.10) e nenhum poder para proclamar o evangelho (1.8). Sem o ESPÍRITO SANTO, não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão neste mundo. Este estudo examina alguns dos ensinamentos básicos a respeito do ESPÍRITO SANTO.

 

A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO.

Através da Bíblia, o ESPÍRITO SANTO é revelado como Pessoa, com sua própria individualidade (2Co 3.17,18Hb 9.141Pe 1.2). Ele é uma Pessoa divina como o Pai e o Filho (5.3,4). O ESPÍRITO SANTO não é mera influência ou poder. Ele tem atributos pessoais, a saber: Ele pensa (Rm 8.27), sente (Rm 15.30), determina (1Co 12.11) e tem a faculdade de amar e de deleitar-se na comunhão. Foi enviado pelo Pai para levar os crentes à íntima presença e comunhão com JESUS (Jo 14.16-18,26;). À luz destas verdades, devemos tratá-lo como pessoa, que é, e considerá-lo DEUS vivo e infinito em nosso coração, digno da nossa adoração, amor e dedicação (ver Mc 1.11,).

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO. (1) A revelação do ESPÍRITO SANTO no AT. Para uma exposição da operação do ESPÍRITO SANTO no AT. (2) A revelação do ESPÍRITO SANTO no NT. (a) O ESPÍRITO SANTO é o agente da salvação. Nisto Ele convence-nos do pecado (Jo 16.7,8), revela-nos a verdade a respeito de JESUS (Jo 14.16,26), realiza o novo nascimento (Jo 3.3-6), e faz-nos membros do corpo de CRISTO (1Co

 

1- Na conversão, nós, crendo em CRISTO, recebemos o ESPÍRITO SANTO (Jo 3.3-620.22) e nos tornamos coparticipantes da natureza divina (2Pe 1.4;). (b) O ESPÍRITO SANTO é o agente da nossa santificação. Na conversão, o ESPÍRITO passa a habitar no crente, que começa a viver sob sua influência santificadora (Rm 8.91Co 6.19). Note algumas das coisas que o ESPÍRITO SANTO faz, ao habitar em nós. Ele nos santifica, i.e., purifica, dirige e leva-nos a uma vida santa, libertando-nos da escravidão ao pecado (Rm 8.2-4Gl 5.16,172Ts 2.13). Ele testifica que somos filhos de DEUS (Rm 8.16), ajuda-nos na adoração a DEUS (At 10.45,46; Rm 8.26,27) e na nossa vida de oração, e intercede por nós quando clamamos a DEUS (Rm

8.26,27). Ele produz em nós as qualidades do caráter de CRISTO, que O glorificam (Gl 5.22,23; 1Pe

 

2- Ele é o nosso mestre divino, que nos guia em toda a verdade (Jo 16.1314.261Co 2.10-16) e também nos revela JESUS e nos guia em estreita comunhão e união com Ele (Jo 14.16-1816.14). Continuamente, Ele nos comunica o amor de DEUS (Rm 5.5) e nos alegra, consola e ajuda (Jo 14.161Ts 1.6). (c) O ESPÍRITO SANTO é o agente divino para o serviço do Senhor, revestindo os crentes de poder para realizar a obra do Senhor e dar testemunho dEle. Esta obra do ESPÍRITO SANTO relaciona-se com o batismo ou com a plenitude do ESPÍRITO. Quando somos batizados no ESPÍRITO, recebemos poder para testemunhar de CRISTO e trabalhar de modo eficaz na igreja e diante do mundo (1.8). Recebemos a mesma unção divina que desceu sobre CRISTO (Jo 1.32,33) e sobre os discípulos (2.4; ver 1.5), e que nos capacita a proclamar a Palavra de DEUS (1.8; 4.31) e a operar milagres (2.43; 3.2-8; 5.15; 6.8; 10.38). O plano de DEUS é que todos os cristãos atuais recebam o batismo no ESPÍRITO SANTO (2.39). Para realizar o trabalho do Senhor, o ESPÍRITO SANTO outorga dons espirituais aos fiéis da igreja para edificação e fortalecimento do corpo de CRISTO (1Co 12—14). Estes dons são uma manifestação do ESPÍRITO através dos santos, visando ao bem de todos (1Co 12.7-11). (d) O ESPÍRITO SANTO é o agente divino que batiza ou implanta os crentes no corpo único de CRISTO, que é sua igreja (1Co 12.13) e que permanece nela (1Co 3.16), edificando-a (Ef 2.22), e nela inspirando a adoração a DEUS (Fp 3.3), dirigindo a sua missão (13.2,4), escolhendo seus obreiros (20.28) e concedendo-lhe dons (1Co 12.4-11), escolhendo seus pregadores (2.4; 1Co 2.4), resguardando o evangelho contra os erros (2Tm 1.14) e efetuando a sua retidão (Jo 16.81Co 3.161Pe 1.2).

 

3- As diversas operações do ESPÍRITO são complementares entre si, e não contraditórias. Ao mesmo tempo, essas atividades do ESPÍRITO SANTO formam um todo, não havendo plena separação entre elas. Alguém não pode ter (a) a nova vida total em CRISTO, (b) um SANTO viver, (c) o poder para testemunhar do Senhor ou (d) a comunhão no seu corpo, sem exercitar estas quatro coisas. Por exemplo: uma pessoa não pode conservar o batismo no ESPÍRITO SANTO se não vive uma vida de retidão, produzida pelo mesmo ESPÍRITO, que também quer conduzir esta mesma pessoa no conhecimento das verdades bíblicas e sua obediência às mesmas.

 

O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO (Estudos doutrinários da Bíblia de Estudo Pentecostal)

O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

At 1.5 “Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO, não muito depois destes dias.”

Uma das doutrinas principais das Escrituras é o batismo no ESPÍRITO SANTO (ver 14 nota sobre “batismo no”, ao invés de “batismo com”, o ESPÍRITO SANTO). A respeito do batismo no ESPÍRITO SANTO, a Palavra de DEUS ensina o seguinte:

1- O batismo no ESPÍRITO é para todos que professam sua fé em CRISTO; que nasceram de novo, e, assim, receberam o ESPÍRITO SANTO para neles habitar.

2- Um dos alvos principais de CRISTO na sua missão terrena foi batizar seu povo no ESPÍRITO (Mt 3.11Mc 1.8Lc 3.16Jo 1.33). Ele ordenou aos discípulos não começarem a testemunhar até que fossem batizados no ESPÍRITO SANTO e revestidos do poder do alto (Lc 24.49; At 1.4.5.8).

3- O batismo no ESPÍRITO SANTO é uma obra distinta e à parte da regeneração, também por Ele efetuada. Assim como a obra santificadora do ESPÍRITO é distinta e completiva em relação à obra regeneradora do mesmo ESPÍRITO, assim também o batismo no ESPÍRITO complementa a obra regeneradora e santificadora do ESPÍRITO. No mesmo dia em que JESUS ressuscitou, Ele assoprou sobre seus discípulos e disse: “Recebei o ESPÍRITO SANTO” (Jo 20.22), indicando que a regeneração e a nova vida estavam-lhes sendo concedidas. Depois, Ele lhes disse que também deviam ser “revestidos de poder” pelo ESPÍRITO SANTO (Lc 24.49; cf. At 1.5,8). Portanto, este batismo é uma experiência subsequente à regeneração (ver 11.17; 19.6).

4- Ser batizado no ESPÍRITO significa experimentar a plenitude do ESPÍRITO, (cf. 15; 2.4). Este batismo teria lugar somente a partir do dia de Pentecoste. Quanto aos que foram cheios do ESPÍRITO SANTO antes do dia de Pentecoste (e.g. Lc 1.15,67), Lucas não emprega a expressão “batizados no ESPÍRITO SANTO”. Este evento só ocorreria depois da ascensão de CRISTO (1.2-5; Lc 24.49-51Jo 16.7-14).

5- O livro de Atos descreve o falar noutras línguas como o sinal inicial do batismo no ESPÍRITO SANTO (2.4; 10.45,46; 19.6).

6- O batismo no ESPÍRITO SANTO outorgará ao crente ousadia e poder celestial para este realizar grandes obras em nome de CRISTO e ter eficácia no seu testemunho e pregação (cf. 18; 2.14-41; 4.31; 6.8; Rm 15.18,191Co 2.4). Esse poder não se trata de uma força impessoal, mas de uma manifestação do ESPÍRITO SANTO, na qual a presença, a glória e a operação de JESUS estão presentes com seu povo (Jo 14.16-1816.141Co 12.7).

7- Outros resultados do genuíno batismo no ESPÍRITO SANTO são: (a) mensagens proféticas e louvores (2.4, 17; 10.46; 1Co 14.2,15); (b) maior sensibilidade contra o pecado que entristece o

ESPÍRITO SANTO, uma maior busca da retidão e uma percepção mais profunda do juízo divino contra a impiedade (ver Jo 16.8; At 1.8); (c) uma vida que glorifica a JESUS CRISTO (Jo 16.13,14; At3.3;

 (d) visões da parte do ESPÍRITO (2.17); (e) manifestação dos vários dons do ESPÍRITO SANTO (1Co 12.4-10); (f) maior desejo de orar e interceder (2.41,42; 3.1; 4.23-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26); (g) maior amor à Palavra de DEUS e melhor compreensão dela (Jo 16.13; At 2.42) e (h) uma convicção cada vez maior de DEUS como nosso Pai (At 1.4; Rm 8.15Gl 4.6).

 

1- A Palavra de DEUS cita várias condições prévias para o batismo no ESPÍRITO SANTO. (a) Devemos aceitar pela fé a JESUS CRISTO como Senhor e Salvador e apartar-nos do pecado e do mundo (2.38-40; 8.12-17). Isto importa em submeter a DEUS a nossa vontade (“àqueles que lhe obedecem”,

2- Devemos abandonar tudo o que ofende a DEUS, para então podermos ser “vaso para honra, santificado e idôneo para o uso do Senhor” (2Tm 2.21). (b) É preciso querer o batismo. O crente deve ter grande fome e sede pelo batismo no ESPÍRITO SANTO (Jo 7.37-39; cf. Is 44.3Mt 5.66.33). c)Muitos recebem o batismo como resposta à oração neste sentido (Lc 11.13; At 1.14; 2.1-4; 4.31; 8.15,17). (d) Devemos esperar convictos que DEUS nos batizará no ESPÍRITO SANTO (Mc 11.24; At

1.4,5).

1- O batismo no ESPÍRITO SANTO permanece na vida do crente mediante a oração (4.31), o testemunho (4.31, 33), a adoração no ESPÍRITO (Ef 5.18,19) e uma vida santificada (ver Ef 5.18 notas). Por mais poderosa que seja a experiência inicial do batismo no ESPÍRITO SANTO sobre o crente, se ela não for expressa numa vida de oração, de testemunho e de santidade, logo se tornará numa glória desvanecente.

2- O batismo no ESPÍRITO SANTO ocorre uma só vez na vida do crente e move-o à consagração à obra de DEUS, para, assim, testemunhar com poder e retidão. A Bíblia fala de renovações posteriores ao batismo inicial do ESPÍRITO SANTO (ver 4.31; cf. 2.4; 4.8, 31; 13.9; Ef 5.18). O batismo no ESPÍRITO, portanto, conduz o crente a um relacionamento com o ESPÍRITO, que deve ser renovado (4.31) e conservado (Ef 5.18).

 

O ESPÍRITO SANTO - Mark D. McLean (TEOLOGIA SISTEMÁTICA STANLEY M. HORTON) - CAPÍTULO ONZE - O ESPÍRITO SANTO - Mark D. McLean

 

A tarefa dada à Igreja do século XX é pregar a totalidade do Evangelho. O que necessitamos não é um evangelho diferente, mas a plenitude do Evangelho conforme registrado no Novo Testamento. Destacamos este fato, porque o ESPÍRITO SANTO tem sido negligenciado no decurso dos séculos. Temos a tarefa de entender de novo a Pessoa e a obra do ESPÍRITO SANTO, conforme reveladas na Bíblia e experimentadas na vida da Igreja hoje. A mensagem do Evangelho pleno proclama a centralidade da obra do ESPÍRITO SANTO como o Agente ativo da Trindade na revelação que DEUS fez de si mesmo à sua criação. A mensagem do Evangelho pleno diz que DEUS hoje continua a falar e a agir, como nos tempos do Antigo e do Novo Testamento.

A mensagem do Evangelho pleno é mais que uma simples declaração de que o falar em outras línguas e os demais dons alistados na Bíblia estão à disposição do crente de hoje. No decurso da história da Igreja, tem havido surtos de fenômenos pentecostais. Muitos destes iniciaram dentro da Igreja como os movimentos de reforma e de santidade. Esses movimentos ficavam de fora da vida eclesiástica, porque não tinham acesso às Escrituras. As Bíblias custavam muito caro, e eram literalmente acorrentadas aos púlpitos das igrejas. Imaginava-se que somente os clérigos tinham o preparo e o acesso às verdades espirituais, que lhes capacitaria o estudo das Sagradas Escrituras. Sem acesso às Escrituras, as pessoas não demoravam a fazer confusão entre suas próprias emoções e a operação do ESPÍRITO SANTO dentro delas. Sem a Bíblia para formar os muros ao longo do caminho único e, apertado que leva ao Céu, tais grupos não demoravam a se desviar do caminho. 1

Uma das razões da longa duração e do sucesso do movimento pentecostal do século XX é o livre acesso à Bíblia, nossa regra infalível de fé e conduta. Reconhecemos que nossas interpretações da Bíblia são por demais e frequentemente falíveis, mesmo quando feitas com muito cuidado e oração. No entanto, sem as Escrituras como nosso guia canónico quanto à natureza e propósitos de DEUS, facilmente perderíamos o caminho. 2

A tarefa de proclamar a mensagem do Evangelho pleno não é fácil. Vivemos num mundo em que secularistas e acadêmicos teologicamente liberais de algumas das mais prestigiadas universidades têm proclamado que a crença bíblica tradicional num DEUS pessoal é uma ameaça à continuidade da espécie humana. Argumentam que não existe nenhum DEUS ativamente envolvido com a redenção do mundo ou dos indivíduos. Os secularistas exigem a abolição da totalidade da religião. Os teólogos liberais pedem que sejam desmontados os elementos tradicionais da fé judaico-cristã: a Bíblia, DEUS e JESUS CRISTO. Pretendem substituí-los ou redefini-los à luz da sua crença, segundo a qual ninguém poderá nos salvar de nós mesmos. Dizem que a continuidade da espécie humana está exclusivamente nas mãos dos seres humanos. 3

Um dos resultados dessa cosmovisão teológica aparece no texto de Gênesis 1.2. A The News English Bible traduz o versículo como "um vento poderoso que varria a superfície das águas". A nota de rodapé diz que outros o interpretam como "o ESPÍRITO de DEUS". Os tradutores, tendo resolvido que o Antigo Testamento não contém o mínimo vestígio do ESPÍRITO SANTO como agente na criação, conforme se acha no Novo Testamento, simplesmente mudaram "ESPÍRITO" para "vento", e "DEUS" para "forte". Não encontro nenhum texto paralelo às Escrituras canónicas que justifique semelhante tradução. 4

A tarefa tem-se complicado ainda mais pelos mal-entendidos a respeito da obra e da Pessoa do ESPÍRITO SANTO que têm circulado (consciente ou inconscientemente) na Igreja em geral. Trata-se, entre outras coisas, de conceitos errôneos do papel do ESPÍRITO SANTO no Antigo Testamento, do relacionamento dos crentes com Ele antes e depois da conversão e do batismo no ESPÍRITO SANTO. O capítulo sobre a Trindade trata da questão do posicionamento do ESPÍRITO SANTO na Deidade. Muito mais do que isso não pode ser dito. DEUS se tem revelado como uma Trindade. Há um só DEUS, porém três Pessoas - um só DEUS, e não três; nem um só DEUS com perturbações do tipo múltipla personalidade. Para compreendermos a doutrina da Trindade, precisamos aceitar o fato de sermos forçados, mediante a autorrevelação de DEUS na Bíblia, a desconsiderar as leis comuns da lógica. 5 A doutrina da Trindade proclama que DEUS é um só, porém três; Ele é três, porém um só. Isso não significa que o Cristianismo tenha abandonado a lógica e o raciocínio. Pelo contrário, aceitamos o fato de que a doutrina da Trindade se refere a um Ser infinito que está além da compreensão de suas criaturas finitas.

E assim, voltamos à função do ESPÍRITO SANTO como agente ativo da Deidade na criação. Sem a atividade contínua de DEUS, mediante o ESPÍRITO SANTO, seria impossível conhecermos a DEUS. Embora muitos teólogos tenham procurado descrever os atributos - ou propósitos - com base na teologia natural ou teologia escolástica,6 não têm conseguido descrevê-los corretamente. A única maneira de se conhecer uma pessoa, inclusive o próprio DEUS, é saber o que ela tem dito e feito. A Bíblia nos conta o que DEUS tem dito e feito. E a obra contínua do ESPÍRITO SANTO nos revela o que Ele continua a dizer e fazer hoje.

 

O ESPÍRITO SANTO nas Escrituras

Títulos do ESPÍRITO SANTO

Para muitas pessoas de nossa sociedade, os nomes pessoais não têm a mesma relevância que os da literatura bíblica. Os pais dão nomes às crianças sem pensar no significado, simplesmente copiando dos parentes, amigos ou personagens públicas. Um casal pode dar o nome de Miguel a um filho, sem o mínimo conhecimento do significado original do nome ("Quem é como DEUS?").7 Os pais que têm um tio muito querido, chamado Samuel ("Seu nome é DEUS"), talvez deem o mesmo nome a um filho. Para um israelita, o nome Samuel proclamava que o portador do nome era um adorador de DEUS.

Os nomes e títulos do ESPÍRITO SANTO nos revelam muita coisa a respeito de quem é DEUS o ESPÍRITO SANTO.8 Embora o nome "ESPÍRITO SANTO" não ocorra no Antigo Testamento,9 vários títulos equivalentes são usados. O problema teológico da personalidade do ESPÍRITO SANTO gira em torno da revelação e compreensão progressivas, bem como da maneira de o leitor abordar a natureza da Bíblia. O ESPÍRITO SANTO, como membro da Trindade, conforme revela o Novo Testamento, não aparece na Bíblia hebraica. Mesmo assim, o fato de a doutrina do ESPÍRITO SANTO não estar plenamente revelada na Bíblia hebraica não altera a realidade da existência e obra do ESPÍRITO SANTO nos tempos do Antigo Testamento. A Terra nunca foi o centro físico do Universo. Mas antes de terem as observações da criação divina - feitas por Copérnico, Galileu e outros - comprovado o contrário, tanto os teólogos quanto os cientistas dos tempos passados acreditavam que a Terra era o centro do Universo. 10

Conforme já foi observado, ainda não houve uma revelação da parte de DEUS, quer na Bíblia, quer na criação, que abrangesse a totalidade de tudo quanto DEUS está dizendo ou fazendo. O modo de entender o Servo sofredor, depois da ressurreição, conforme sintetiza a explicação que Filipe fez de Isaías 53.7,8 ao eunuco etíope (At 8.26-40), não era uma revelação nova, mas um modo mais exato de compreender uma revelação antiga. 11

O título mais frequente no Antigo Testamento é "o ESPÍRITO de Yaweh" (heb. ruach YHWH [Yahweh]), ou, conforme consta nas Bíblias em português, "o ESPÍRITO do Senhor". Considerando o ataque que os críticos modernos fazem à presença do ESPÍRITO SANTO no Antigo Testamento, talvez devamos usar o nome pessoal de DEUS, "Yahweh", ao invés do título "Senhor" (que os Judeus dos tempos posteriores ao Antigo Testamento substituíram pelo nome). O que nos interessa aqui é um dos significados de Yahweh: "aquele que cria, ou faz existir".12 Cada emprego do nome Yahweh é uma declaração a respeito da criação. O "Senhor dos Exércitos" é melhor traduzido como "aquele que cria as hostes"-tanto as hostes celestiais (as estrelas e os anjos, de acordo com o contexto) quanto as hostes do povo de DEUS. O ESPÍRITO de Yahweh estava ativo na criação, conforme revela Gênesis 1.2, com referência ao "ESPÍRITO de DEUS" (heb. ruach 'elohim).

Uma preciosa série de títulos do ESPÍRITO SANTO encontra-se em João 14-16. Em 14.16 JESUS promete enviar outro Consolador ("Ajudador" ou "Conselheiro").13 A obra do ESPÍRITO SANTO como Conselheiro inclui o papel de ESPÍRITO da Verdade, que habita dentro de nós (Jo 14.1615.26), como aquEle que ensina todas as coisas, como aquEle que nos faz lembrar tudo quanto CRISTO tem dito (14.26), como aquEle que dará testemunho de CRISTO (15.26) e como aquEle que convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo (16.8).

Vários títulos do ESPÍRITO SANTO podem ser encontrados nas Epístolas: "o ESPÍRITO de santificação" (Rm 1.4); "o ESPÍRITO de vida" (Rm 8.2); "o ESPÍRITO de adoção de filhos" (Rm 8.15); o "ESPÍRITO SANTO da promessa" (Ef 1.13); "o ESPÍRITO eterno" (Hb 9.14); "o ESPÍRITO da graça" (Hb 10.29); e "o ESPÍRITO da glória" (1 Pe 4.14).

 

Símbolos do ESPÍRITO SANTO

Os símbolos oferecem quadros concretos de coisas abstratas, tais como a terceira Pessoa da Trindade. Os símbolos do ESPÍRITO SANTO também são arquétipos. Em literatura, arquétipo é uma personagem, tema ou símbolo comum a várias culturas e épocas. Em todos os lugares, o vento representa forças poderosas, porém invisíveis; a água límpida que flui representa o poder e refrigério sustentador da vida a todos os que têm sede, física ou espiritual; o fogo representa uma força purificadora (como na purificação de minérios) ou destruidora (frequentemente citada no juízo). Tais símbolos representam realidades intangíveis, porém genuínas. 14

Vento. A palavra hebraica ruach tem amplo alcance semântico. Pode significar "sopro", "ESPÍRITO" ou "vento". E empregada em paralelo com nephesh. O significado básico de nephesh é "ser vivente", ou seja, tudo que tem fôlego. A partir daí, seu alcance semântico desenvolve-se ao ponto de referir-se a quase todos os aspectos emocionais e espirituais do ser humano vivente. Ruach adota parte do alcance semântico de nephesh. Por isso, em Ezequiel 37.5-10, achamos ruach traduzido como "ESPÍRITO", ao passo que, em 37.14, Yahweh explica que porá em Israel o seu ESPÍRITO.

A palavra grega pneuma tem um alcance semântico quase idêntico ao de ruach. O vento, como símbolo, fala da natureza invisível do ESPÍRITO SANTO, conforme revela João 3.8. Podemos ver e sentir os efeitos do vento, mas ele próprio não é visto. Atos 2.2 emprega poderosamente o vento como figura de linguagem, para descrever a vinda do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecoste.

Agua. A água, assim como o fôlego, é necessária ao sustento da vida. JESUS prometeu rios de água viva, "e isso disse ele do ESPÍRITO" (Jo 7.39). O fôlego e a água, tão vitais na hierarquia das necessidades físicas humanas, são igual-z mente vitais no âmbito do ESPÍRITO. Sem o fôlego vivificante e as águas vivas do ESPÍRITO SANTO, nossa vida espiritual não demoraria a murchar e a ficar sufocada. A pessoa que se deleita na Lei (heb. torah - "instrução") de Yahweh e nela medita de dia e de noite é "como a árvore plantada junta a ribeiros de águas... cujas folhas não caem" (SI 1.3). O ESPÍRITO da Verdade flui da Palavra como águas vivas, que sustentam e refrigeram o crente e o revestem de poder.

Fogo. O aspecto purificador do fogo é refletido claramente em Atos 2. Ao passo que uma brasa tirada do altar purifica os lábios de Isaías (6.6,7), no dia de Pentecoste são "línguas de fogo" que marcam a vinda do ESPÍRITO (At 2.3). Esse símbolo é empregado uma só vez para retratar o batismo no ESPÍRITO SANTO. O aspecto mais amplo do fogo como elemento purificador encontra-se no pronunciamento - ou profecia - de João Batista: "Ele vos batizará com o ESPÍRITO SANTO e com fogo. Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará" (Mt 3.11,12; ver também Lc 3.16,17).

As palavras de João Batista aplicam-se mais diretamente à separação entre o povo de DEUS e os que têm rejeitado a Ele e ao Messias. Os que o rejeitaram serão condenados ao fogo do juízo.15 Por outro lado, o fogo ardente e purificador do ESPÍRITO da Santidade também opera no crente (1 Ts 5.19).

Óleo. Pedro, em seu sermão diante de Cornélio, declara: "DEUS ungiu a JESUS de Nazaré com o ESPÍRITO SANTO e com virtude" (At 10.38). Citando Isaías 61.1,2, JESUS proclama: "O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres" (Lc 4.18). Desde os primórdios, o azeite é usado primeiramente para ungir os sacerdotes de Yahweh, e depois, os reis e os profetas. O azeite é o símbolo da consagração divina do crente para o serviço no reino de DEUS. Em 1 João, os crentes são advertidos a respeito dos anticristos:

E vós tendes a unção do SANTO e sabeis tudo... E a unção que vós recebestes dele fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis (1 Jo 2.20,27).

 

Receber a unção do ESPÍRITO da Verdade, que faz brotar rios de águas vivas no mais íntimo do nosso ser, reveste-nos de poder para servir a DEUS. Na simbologia do ESPÍRITO SANTO, a água e o óleo (azeite da unção) realmente se misturam!

Pomba. O ESPÍRITO SANTO desceu sobre JESUS na forma de uma pomba, segundo o relato dos quatro evangelhos.16 A pomba é arquétipo da mansidão e da paz. O ESPÍRITO SANTO habita em nós. Ele não toma posse de nós, mas nos liga a si mesmo com amor, em contraste às correntes dos hábitos pecaminosos. Ele é manso e, nas tempestades da vida, produz paz. Mesmo ao lidar com os pecadores, Ele é suave, conforme se vê quando conclama a humanidade à vida, no belo porém tristonho apelo que se encontra em Ezequiel 18.30-32: "Vinde e convertei-vos de todas as vossas transgressões, e a iniquidade não vos servirá de tropeço. Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes e criai em vós um coração novo e um ESPÍRITO novo; pois por que razão morreríeis...? Porque não tomo prazer na morte do que morre, diz o Senhor Jeová; convertei-vos, pois, e vivei".

Os títulos e símbolos do ESPÍRITO SANTO são chaves para o entendimento de sua obra em nosso favor. Vamos usá-los como palavras chaves no estudo da obra do ESPÍRITO SANTO.

 

A Obra do ESPÍRITO

Há vários conceitos errôneos a respeito da obra do ESPÍRITO SANTO. Alguns deles têm-se arraigado à religião popular e às doutrinas populares da Igreja em geral. A religião popular é a maneira de vivermos a nossa vida diária em CRISTO. E uma mistura de elementos normativos e não-normativos. Os elementos normativos são as doutrinas bíblicas corretas a respeito daquilo que devemos crer e praticar. Os elementos não-normativos são modos errôneos de entender doutrinas bíblicas, bem como os elementos não-bíblicos que se vêm infiltrando na ambiente cultural onde vive o cristão.

Ninguém compreende plenamente o DEUS infinito ou seu infinito Universo, nem conhece ou entende com perfeição cada palavra da Bíblia. Continuamos todos discípulos (literalmente: "aprendizes"). Como criaturas finitas, não devemos ter dificuldades para reconhecer que é rematada loucura alegar que compreendemos totalmente o DEUS infinito. DEUS ainda está trabalhando na Igreja e em cada indivíduo, para nos transformar segundo a imagem de CRISTO. A doutrina da santificação progressiva trata diretamente dessa questão.17 Os cristãos precisam evitar o desânimo e aceitar com alegria o desafio de conhecer e experimentar a DEUS mais plenamente todos os dias.

 

Antes do Dia de Pentecostes

"Tiremos totalmente de nossa mente a impressão de que o ESPÍRITO SANTO não entrou no mundo antes do dia de Pentecoste".18 Considere a profecia de Joel em 2.28,2919 e a sua citação por Pedro, em Atos 2.17,18.

E há de ser que, depois, derramarei o meu ESPÍRITO sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu ESPÍRITO.

E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS, que do meu ESPÍRITO derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e também do meu ESPÍRITO derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão.

Note que a promessa não é de uma mudança de atividade do ESPÍRITO de DEUS, ou na qualidade desta. E profetizada a mudança na quantidade e no escopo da atividade. A natureza radical da promessa é vista claramente na inclusão de filhas e de escravos e escravas. Uma coisa é Yahweh derramar o seu ESPÍRITO sobre os filhos, jovens e velhos, cidadãos livres de Israel. Mas é coisa bem diferente se Ele o derrama sobre pessoas consideradas meros bens de família. Em Joel, vemos uma das primeiras declarações diretas do princípio que Paulo posteriormente expressou: "Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea" (G1 3.28).

A fé antiga de Israel era inclusivista. Mas Êxodo 12.43-45 deixa claro que nenhum estrangeiro deveria comer a Páscoa. O que deveria fazer o chefe de um lar se seu escravo, estrangeiro da nascença, quisesse celebrar a Páscoa? O escravo tinha de ser circuncidado. Os trabalhadores temporários incircuncisos ou os estrangeiros residentes na casa não podiam participar da celebração, a não ser que também se submetessem à circuncisão: "Porém, se algum estrangeiro se hospedar contigo e quiser celebrar a Páscoa ao Senhor, seja-lhe circuncidado todo macho, e, então, chegará a celebrá-la, e será como o natural da terra; mas nenhum incircunciso comerá dela. Uma mesma lei haja para o natural e para o estrangeiro que peregrinar entre vós" (Êx 12.48,49).

Dois exemplos proeminentes são Urias, o heteu, e Doegue, o edomita (2 Sm 11.1-2621.7).20 Esses homens, com suas famílias, haviam-se tornado parte da aliança e dos Filhos de Israel, embora esteja claramente registrada a sua linhagem não-israelita. A circuncisão e a obediência à Lei eram sinais de que aceitavam Yahweh como seu DEUS e da aceitação deles por Yahweh. Mesmo assim, DEUS deixa claro que a circuncisão exterior deve ser acompanhada pela circuncisão do coração (Dt 10.1630.6; cf. Jr 9.26). Deuteronômio 29.18-22 adverte que, se alguém resolvesse abusar da aliança para mascarar sua maldade, o indivíduo e a comunidade sofreriam como resultado do desacato à aliança com Yahweh. A derrota diante de Ai e a destruição subsequente de Acã e sua família são um testemunho vívido desse fato (Js 7.1-26).

Desde os primeiros capítulos de Gênesis até ao fim do Novo Testamento, nota-se que DEUS deseja um relacionamento pessoal com cada indivíduo, e não apenas com a comunidade da aliança. O encontro que Samuel teve com DEUS em 1 Samuel 3.1-21 indica que as diferenças entre ser criado na igreja e ser nascido de novo são tão nítidas no período do Antigo Testamento quanto nos dias de hoje.21 Samuel "ministrava perante o Senhor", "crescia diante do Senhor" [e] "fazia-se agradável, assim para com o Senhor como também para com os homens". Mesmo assim, "Samuel ainda não conhecia o Senhor; e ainda não lhe tinha sido manifestada a palavra do Senhor" (1 Sm 2.18,21,263.7).

A palavra hebraica que representa "saber" é yadda, e frequentemente significa conhecer pela experiência, por contraste com o saber fatos históricos. Revelar Yahweh mediante a experiência pessoal era a obra do ESPÍRITO SANTO na vida dos santos do Antigo Testamento, bem como na vida dos do Novo Testamento. Conforme Hebreus 11 deixa claro, todo aquele que já foi salvo, foi salvo pela fé, quer olhando para promessas futuras, ainda não vistas, quer olhando para trás, para a ressurreição de JESUS. 22

Nota-se uma distinção importante. No período do Novo Testamento, DEUS deixa claro que a circuncisão exterior já não era necessária como sinal de inclusão na Igreja. O relato de Cornélio e Pedro, em Atos 10, ilustra o cumprimento da profecia de Joel e a obra do ESPÍRITO SANTO. A chegada dos mensageiros da parte de Cornélio serviu de confirmação a Pedro, bem como à sua visão. Para a igreja de Jerusalém, no entanto, a confirmação não era adequada. A família de Cornélio era reconhecida como "piedosa e temente a DEUS" (At 10.2). Mesmo assim, Pedro se sente obrigado a dizer: "Vós bem sabeis que não é lícito a um varão judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros" (At 10.28). Embora essa fosse uma interpretação errônea da Lei, fazia parte da doutrina popular da Igreja, predominantemente judaica e segundo a qual a visão de Pedro estava para ser examinada.

DEUS agiu na história ao derramar o ESPÍRITO SANTO sobre a família de Cornélio. Antes de Pedro poder perguntar a Cornélio: "Você crê neste evangelho?", o ESPÍRITO SANTO respondeu à pergunta com um derramamento dEle mesmo. Muitos membros da Igreja teriam recusado batizar aquela família nas águas, antes de terem sido circuncidados Cornélio e todos os do sexo masculino; mas o ESPÍRITO SANTO agiu de modo diferente.

Os crentes circuncidados que foram com Pedro a fim de testar a visão, ficaram atônitos ao ver o derramamento do ESPÍRITO SANTO sobre uma família gentia. Tiveram, no entanto, bom senso suficiente para aceitar a obra do ESPÍRITO SANTO como o único sinal apropriado à inclusão na Igreja. Esta obra do ESPÍRITO SANTO inclui a sua presença, habitando no crente a partir do momento da salvação, e o subsequente batismo no ESPÍRITO SANTO. 23

A profecia de Joel ataca outro conceito que prevalecia no Israel antigo. O comportamento dinâmico associado com os profetas genuínos de Yahweh era um dos sinais do cargo profético. Esse comportamento às vezes é chamado extático, embora totalmente diferente do êxtase dos profetas pagãos, que produziam em si mesmos um frenesi que excluía a razão e o autocontrole. 24 Os profetas genuínos eram revestidos do poder do ESPÍRITO SANTO e subiam até os pináculos da alegria na presença de DEUS, ou talvez da profunda preocupação com os perdidos. Essas profundas experiências emocionais levavam às vezes a risos, cânticos, choro, prostração ou dança no ESPÍRITO. 25

No Antigo Testamento, esse comportamento dinâmico é visto como resultado da presença do ESPÍRITO de DEUS repousando sobre a pessoa (Nm 11.26) ou vindo com poder sobre ela (1 Sm 10.6,1119.23,24). Esse tipo de comportamento, embora esperado da parte de um profeta, causava preocupação quando exibido por alguém que não era profeta. Josué implorou a Moisés para que este impedisse a Eldade e Medade de profetizar no arraial. Moisés respondeu: "Tomara que todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o seu ESPÍRITO!" (Nm 11.28,29).

Saul teve duas experiências extáticas. A primeira ocorreu em Gibeá, quando encontrou-se com o grupo de profetas - o qual Samuel lhe avisara que ficaria conhecendo - e começou a profetizar com eles. A experiência espiritual de Saul foi acompanhada por uma mudança, e ele passou a ser uma pessoa diferente. Os circunstantes, atônitos, perguntavam: "Está também Saul entre os profetas?" (1 Sm 10.6-12). Agora, Saul conhecia a DEUS. Seu segundo encontro, em Naiote, foi de tipo diferente. Resultou da sua resistência ao ESPÍRITO SANTO, de tal modo que tirou suas vestes reais e ficou deitado durante um dia e uma noite inteiros diante de Samuel, o que reforçou o ditado: "Está também Saul entre os profetas?" (19.23,24).

Esse comportamento dos profetas e dos seus grupos de seguidores não era uma maratona de predição de eventos vindouros. Boa parte das profecias dinâmicas, frequentemente acompanhadas por música, parece ter consistido em louvores a Yahweh.

Infelizmente, tal comportamento tinha o seu lado escuro. Os profetas da cultura religiosa do Oriente Próximo antigo em derredor exibiam comportamento extático. Chegavam ao ponto de praticar a automutilação, nas tentativas frenéticas de produzir um êxtase religioso ou de atrair a atenção dos seus Deuses. Um exemplo desse comportamento, pelos profetas de Baal, acha-se em 1 Reis 18.28,29. A mesma palavra hebraica, nava' ("profetizar"), usada para indicar a atividade dos profetas de Baal (v. 29), é empregada também para os profetas de Yahweh.26 Naturalmente, esse fato deixava os israelitas confusos.27 Seria a automutilação um comportamento apropriado aos profetas de Yahweh?

Se dois profetas de Yahweh tinham mensagens diferentes, em qual deles se deveria acreditar? Sobre quem repousava o ESPÍRITO de DEUS? Devemos lembrar que os quatrocentos profetas que se opunham a Micaías diante de Acabe alegavam ser profetas de Yahweh, e não de Baal! (1 Rs 22). O comportamento extático não era garantia de que o profeta estava com a "palavra do Senhor". È possível que o profeta estivesse levando uma palavra das suas próprias ilusões ou a que o auditório queria ouvir. Como resultado, vemos, em Zacarias 13.2-6, o repúdio a esses falsos profetas e às suas tentativas de se identificarem como profetas por meio de vestes distintivas e de comportamento extático, inclusive a automutilação.

Na profecia de Joel, portanto, vemos uma expansão da atividade do ESPÍRITO SANTO, e não uma mudança de qualidade. Desde o Éden até hoje, DEUS tem desejado a comunhão com a humanidade. Não tem fundamento a ideia de que o ESPÍRITO SANTO era inativo entre os leigos do Antigo Testamento. A atividade do ESPÍRITO SANTO na vida deles forma um paralelo com o seu envolvimento na vida dos que Ele tem trazido à salvação dentro da Igreja. O ESPÍRITO transforma o coração das pessoas e também as torna diferentes. Outro paralelo existe entre a vinda do ESPÍRITO sobre o indivíduo, revestindo-o de poder para o seu cargo ou ministério, e a plenitude do ESPÍRITO SANTO na Igreja. Roger Stronstad demonstra que um dos propósitos da "plenitude do ESPÍRITO SANTO" é equipar os crentes a cumprir o ministério profético de declarar a vontade e propósitos de DEUS para a Igreja e para o mundo.28 E possível que isso envolva um comportamento incomum. Mesmo não sendo assim, receber a plenitude do ESPÍRITO é um pico de experiência emocional, física e religiosa, visando um propósito específico. Não se pode, no entanto, viver continuamente, dia após dia, nesse pináculo. A presença do ESPÍRITO SANTO em nós, a partir do momento da salvação, visa manter-nos em equilíbrio, dia após dia, momento após momento, principalmente após a experiência da chegada do ESPÍRITO SANTO "com poder" sobre nós.

No Movimento Pentecostal

A continuidade da obra do ESPÍRITO SANTO, no decurso da história do povo de DEUS, foi o enfoque da seção anterior. Embora a atividade tenha aumentado em número, à medida em que a Igreja cresce, o mesmo ESPÍRITO SANTO que operava no mundo antes do dia de Pentecoste continua operando hoje. Mesmo assim, em razão da revelação e da compreensão progressivas, nosso modo de entender a obra do ESPÍRITO deve ser mais claro. Temos à disposição o cânon inteiro da Bíblia e dois mil anos de história. Por esta razão, a Igreja de hoje está em nítida vantagem, até mesmo sobre a Igreja do Novo Testamento.

Durante os primeiros anos do Movimento Pentecostal, tornar-se pentecostal geralmente significava ser forçado a abandonar a denominação original e ingressar em alguma das comunidades pentecostais. Ainda hoje alguns pentecostais expressam consternação quando uma pessoa, tendo sido batizada no ESPÍRITO SANTO e identificada como crente carismática, ainda continua numa igreja tradicional, protestante, católica ou ortodoxa. Embora a sã doutrina seja indispensável ao processo da santificação, o ESPÍRITO SANTO parece estar mais interessado no que a pessoa tem no coração do que em seu sistema teológico. De que outra maneira poderíamos explicar o batismo no ESPÍRITO SANTO desfrutado por pentecostais unitarianos e trinitarianos, sem falar nos que pertencem à renovação carismática? DEUS lida conosco do jeito que somos e nos salva e habita em nós e nos batiza. A partir de então, o ESPÍRITO SANTO começa a transformar-nos à imagem de CRISTO.

Paulo nos revela que, se confessarmos com a nossa boca que JESUS é Senhor e realmente crermos que DEUS o ressuscitou dentre os mortos, seremos salvos. Porque, quando cremos no coração, somos justificados. E, quando confessamos que DEUS ressuscitou JESUS dentre os mortos, somos salvos (Rm 10.9,10). Paulo nos garante que ninguém pode dizer: "JESUS é Senhor", a não ser pelo ESPÍRITO SANTO (1 Co 12.3). Paulo não está afirmando ser impossível aos hipócritas ou falsos mestres falarem, da boca para fora, as palavras "JESUS é Senhor". Mas dizer que JESUS é verdadeiramente Senhor (que envolve o compromisso de segui-lo e de cumprir sua vontade, ao invés de a nossos próprios planos e desejos) exige a presença do ESPÍRITO SANTO dentro de nós e o coração e ESPÍRITO novos, conforme conclama Ezequiel 18.31. Nosso próprio ser confessa que JESUS é Senhor à medida que o ESPÍRITO SANTO começa a transformar-nos segundo a imagem de DEUS. A transformação interior é sinal para o indivíduo de que ele é membro do corpo de CRISTO. A manifestação exterior da transformação, embora varie de pessoa para pessoa, é um sinal para a Igreja.

Um problema relacionado à atividade do ESPÍRITO SANTO como sinal da inclusão no corpo de CRISTO tem crescido entre membros da terceira e quarta gerações de jovens no Movimento Pentecostal tradicional. Nas igrejas pentecostais, as posições de liderança estão reservadas àqueles que podem testificar que foram batizados no ESPÍRITO SANTO com a evidência física inicial de falar em línguas. Este conceito é bíblico (At 6.3,5) e uma ênfase importante do Movimento Pentecostal.29 Mesmo assim, provoca graves efeitos colaterais para alguns que sabem que são salvos. Experimentam o contínuo poder do ESPÍRITO SANTO transformando sua vida, mas se sentem como cidadãos de segunda classe. Para eles, o batismo no ESPÍRITO SANTO torna-se uma necessidade social, ao invés de desejo por um relacionamento espiritual mais profundo, que é inaugurado com o batismo no ESPÍRITO SANTO. 30

Daí a necessidade de se ressaltar que a atividade do ESPÍRITO SANTO nos crentes, quer no momento da salvação, quer na ocasião do batismo no ESPÍRITO SANTO, é muito mais um sinal para o indivíduo que para a congregação. Muitas pessoas são salvas durante a oração individual, quando estão a sós. Assim também aqueles batizados no ESPÍRITO num lugar particular de oração. Mesmo se formos salvos e batizados no ESPÍRITO durante uma reunião pública, quantos dos presentes irão lembrar do que nos aconteceu depois de algumas semanas, meses ou anos? Se mudarmos para um endereço onde ninguém nos conhece, os crentes ali não terão testemunhado o que nos aconteceu. Estarão na dependência de nossas palavras e do nosso bom testemunho cristão, para comprovar a atividade do ESPÍRITO SANTO em nossa vida.

Como Consolador

Conforme observado no estudo dos títulos do ESPÍRITO SANTO, eles nos oferecem chaves para entendermos a sua pessoa e obra. A obra do ESPÍRITO SANTO como Consolador inclui o seu papel como ESPÍRITO da Verdade que habita em nós (Jo 14.1615.26), como Ensinador de todas as coisas, como aquEle que nos faz lembrar tudo o que CRISTO tem dito (14.26), como aquEle que dará testemunho de CRISTO (15.26) e como aquEle que convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo (16.8).31 Não se pode subestimar a importância dessas tarefas. O ESPÍRITO SANTO, dentro em nós, começa a esclarecer as crenças incompletas e errôneas sobre DEUS, sua obra, seus propósitos, sua Palavra, o mundo, crenças estas que trazemos conosco ao iniciarmos nosso relacionamento com DEUS. Conforme as palavras de Paulo, é uma obra vitalícia, jamais completada neste lado da eternidade (1 Co 13.12). Claro está que a obra do ESPÍRITO SANTO é mais que nos consolar em nossas tristezas; Ele também nos leva à vitória sobre o pecado e sobre a tristeza.32 O ESPÍRITO SANTO habita em nós para completar a transformação que iniciou no momento de nossa salvação. JESUS veio para nos salvar dos nossos pecados, e não dentro deles. Ele veio não somente para nos salvar do inferno no além. Veio também para nos salvar do inferno nesta vida terrestre - o inferno que criamos com os nossos pecados. JESUS trabalha para realizar essa obra por intermédio do ESPÍRITO SANTO.

Como Ensinador

O ESPÍRITO SANTO pode e irá ajudar todo crente a interpretar e compreender corretamente a Palavra de DEUS e a sua obra contínua neste mundo. Ele nos levará a toda a verdade. Esta promessa, no entanto, exige também que cooperemos com o nosso esforço. Devemos ler com cuidado e com oração. DEUS jamais teve a intenção de fazer da Bíblia um livro de difícil compreensão para o seu povo. Porém, se não nos dispusermos a cooperar com o ESPÍRITO SANTO mediante o estudo e a aplicação de regras sadias de interpretação, nosso modo de entender a Bíblia - nossa regra infalível da fé e conduta - ficará carregado de erros.33 O ESPÍRITO SANTO nos levará a toda a verdade à medida que lermos e estudarmos cuidadosamente a Bíblia, sob sua orientação.

Uma das verdades ensinadas pelo ESPÍRITO SANTO é que não podemos recitar uma fórmula mágica do tipo: "Amarro Satanás; amarro minha mente; amarro minha carne. Agora, ESPÍRITO SANTO, creio que os pensamentos e as palavras que se seguem vêm todos de ti!" Não nos é lícito usar encantamentos para submeter DEUS à nossa vontade. João admoesta a Igreja: "Provai se os espíritos são de DEUS" (1 Jo 4.1). Significa que devemos permitir ao ESPÍRITO da Verdade orientar-nos na tarefa de interpretar a Palavra de DEUS e a testar, pelas Escrituras, os nossos pensamentos e os de outras pessoas. Há perigos genuínos neste assunto. Certo autor reivindica, na capa do seu livro: "Este livro foi escrito no ESPÍRITO".34 Outra reivindicação do seu livro: "Predições cem por cento corretas das coisas do porvir".35 A tarefa do leitor, com a ajuda do ESPÍRITO SANTO, é seguir o exemplo dos bereanos, que o próprio ESPÍRITO recomenda através das palavras de Lucas. Eles persistiam "examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim" (At 17.11). Cada crente deve ler, testar e compreender a Palavra de DEUS e os ensinos a respeito dela. O crente pode fazer assim confiadamente, na certeza de que o ESPÍRITO SANTO, que habita em cada um de nós, irá levar-nos a toda a verdade.

Ainda há um outro aspecto da obra do ESPÍRITO SANTO como Ensinador: a preparação de JESUS, o Filho encarnado de DEUS, para sua tarefa de Rei, Sacerdote e Cordeiro sacrificial. O ESPÍRITO SANTO veio sobre Maria e lançou a sua sombra sobre ela, gerando nela JESUS, o Filho de DEUS. O ESPÍRITO SANTO foi ensinando o Menino JESUS de tal maneira que, aos 12 anos de idade, deixou atônitos os mestres no Templo. "E o menino crescia e se fortalecia em ESPÍRITO, cheio de sabedoria; e a graça de DEUS estava sobre ele" (Lc 2.40). Depois de seu batismo no Jordão, JESUS que, segundo a descrição, estava cheio do ESPÍRITO SANTO, lutou contra o adversário durante quarenta dias (Lc 4.1-13). JESUS continuou a andar cheio do ESPÍRITO SANTO. Por isso, sempre que o diabo buscou oportunidade para tentá-lo ainda mais, os resultados foram os mesmos. JESUS "como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado" (Hb 4.15; ver também 2.10-18). Se estivermos cheios do ESPÍRITO SANTO na luta contra nossa carne e contra o Adversário, também poderemos vencer nossas tentações com a ajuda do ESPÍRITO. CRISTO veio para nos salvar dos nossos pecados, e não neles.

O ESPÍRITO SANTO estava ativo no ministério de JESUS e no dos discípulos. O ESPÍRITO SANTO estava operante na pregação e nos milagres dos 12 discípulos e depois com os 72 que JESUS enviou a pregar o Reino de DEUS. 36

Outro aspecto dessa tarefa é a ajuda do ESPÍRITO para lembrar-nos de tudo quanto JESUS tem dito. Podemos lembrar somente das coisas que já sabemos e das quais nos esquecemos pela falta de prática. Essa- ajuda da parte do ESPÍRITO SANTO exige que os crentes estudem e memorizem a Palavra, com a certeza de que o ESPÍRITO lhes lembrará de tudo quanto JESUS tem dito, quando precisarem. 37 Os que se deleitam na Palavra de DEUS e nela meditam tornam-se como árvores plantadas à beira de um riacho (SI 1.2,3). Em Lucas 24.6-8, os discípulos são perguntados por que procuram os vivos entre os mortos. Decerto as palavras dos mensageiros foram usadas pelo ESPÍRITO para fazê-los lembrar das palavras de JESUS. Em João 2.19, JESUS disse: "Derribai este templo, e em três dias o levantarei". Ninguém entendeu o que JESUS quis dizer, porém, "quando, pois, ressuscitou dos mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isso; e creram na Escritura e na palavra que JESUS tinha dito" (2.22). João 12.16 é um exemplo semelhante dessa obra do ESPÍRITO SANTO.

Além disso, o ESPÍRITO SANTO também é o Ensinador do descrente. Nessa tarefa, o ESPÍRITO (segundo as palavras de JESUS) convence o mundo "do pecado, e da justiça, e do juízo: do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado" (Jo 16.8-11). Esse fato combina com a obra do ESPÍRITO SANTO de atrair a pessoa à salvação. Em João 14.6, JESUS declara: "Ninguém vem ao Pai senão por mim". Em João 6.44, afirma: "Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, o não trouxer". E o ESPÍRITO SANTO quem atrai cada ser humano a DEUS, embora muitos recusem essa atração. Ele nunca deixa de clamar, sem cessar: "Mas por que morrereis? Arrependei-vos e vivei!"38

A atividade do ESPÍRITO SANTO como aquEle que dá testemunho de CRISTO começa no Antigo Testamento e continua até hoje. O ESPÍRITO SANTO inspirava os profetas do Antigo Testamento à medida que escreviam as profecias acerca do Messias vindouro. Isso não significa que o autor humano ou seu auditório - imediato ou indireto - compreendessem sempre o impacto de tudo quanto estava sendo escrito ou lido. Isaías 11.1,2 é um bom exemplo de uma profecia messiânica facilmente reconhecível:

Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. E repousará sobre ele o ESPÍRITO do Senhor, e o ESPÍRITO de sabedoria e de inteligência, e o ESPÍRITO de conselho e de fortaleza, e o ESPÍRITO de conhecimento e de temor do Senhor.

 

Outros textos bíblicos, como Isaías 53 e Salmos 110.1, exigiram mais ajuda do ESPÍRITO SANTO e, até certo ponto, de alguma luz, recebida após a ressurreição. É evidente que nem os discípulos nem os fariseus reconheciam um Messias sofredor, nem estavam esperando um assim.

Lucas nos informa que o ESPÍRITO SANTO deu testemunho do CRISTO que estava para vir, através de João Batista, dos pais deste, de Maria e de Simeão e Ana, em Jerusalém (ver Lc 1-3). Em João 16.13-15, JESUS declara que a obra do ESPÍRITO SANTO não é falar por conta própria, mas somente aquilo que o Pai e o Filho lhe mandam dizer.

Como Promessa

É difícil sugerir que um dos títulos ou propósitos do ESPÍRITO SANTO seja mais importante que outro. Tudo que o ESPÍRITO faz é vital para o Reino de DEUS. Há, no entanto, um propósito, uma função essencial do ESPÍRITO SANTO, sem a qual tudo quanto se tem dito a respeito dEle até agora não passa de palavras vazias: o ESPÍRITO SANTO é o penhor que garante nossa futura herança em CRISTO.

Em quem [CRISTO] também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de DEUS, para louvor da sua glória (Ef 1.13,14).

 

Qual a garantia oferecida pela operação do ESPÍRITO SANTO em nossa vida e na vida da Igreja?

Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de DEUS um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu; se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus. Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados, não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. Ora, quem para isso mesmo nos preparou foi DEUS, o qual nos deu também o penhor do ESPÍRITO (2 Co 5.1-5; ver também 2 Co 1.22Ef 4.30).

 

Mediante o ESPÍRITO SANTO, podemos conhecer a DEUS, mediante a experiência, de conformidade com a palavra hebraica yada' ("conhecer por experiência"). Nossa experiência com o ESPÍRITO SANTO serve-nos de comprovação da ressurreição de CRISTO. Conforme declara Paulo em 1 Coríntios 15, se CRISTO não ressuscitou dentre os mortos, jamais haverá uma ressurreição geral, e todas as nossas crenças em DEUS e na salvação não passam de mentiras. Conforme já notamos a respeito de Samuel, há uma diferença entre saber a respeito de uma pessoa - ou de DEUS - e conhecer alguém - ou a DEUS - através de um encontro pessoal e de experimentar a sua presença.

O conhecimento intelectual da Bíblia não é o conhecer a DEUS. Muitos teólogos e comentaristas da Bíblia - os quais conheci pessoalmente ou apenas através dos seus escritos - sabem mais a respeito de religião, história da Igreja, conteúdo da Bíblia e teologia do que muitos que se definem como cristãos. Mesmo assim, nunca reconheceram a reivindicação do ESPÍRITO SANTO nas suas vidas, nem se renderam a Ele. Não têm nenhuma experiência de DEUS em suas vidas. Acreditam que, se eles não tiveram nenhuma experiência com DEUS, não é possível que outra pessoa a tenham. Negam, portanto, a existência de DEUS e criticam os cristãos, dizendo que estes interpretam suas experiências subjetivas como a atividade de DEUS na sua vida. Declaram que não há evidência da atividade divina no Universo. Tudo isso, porém, baseia-se na sua exegese distorcida.

Agora, podemos começar a dar o devido valor à importância da obra do ESPÍRITO SANTO como sinal da inclusão do crente no corpo de CRISTO e como sinal diante da Igreja. O ESPÍRITO SANTO confirma não somente a ressurreição, mas também, por extensão, a veracidade das Escrituras. Sem o penhor ("primeira prestação") do ESPÍRITO SANTO para nos ensinar, guiar na verdade e dar testemunho de CRISTO, não haveria hoje igreja nenhuma, porque não haveria Evangelho a ser pregado.

 

 

Perguntas do Estudo

Por que é importante para todo cristão conhecer os elementos da religião popular e o papel que ela desempenha na vida diária do cristão?

Qual a diferença entre a atividade do ESPÍRITO SANTO prometida em Joel 2.28,29 e aquela prometida em Atos 2.17,18?

Quais aspectos da promessa da vinda do ESPÍRITO pareceriam radicais aos ouvintes originais dessa profecia?

Cite algumas diferenças e semelhanças entre a circuncisão e o batismo no ESPÍRITO SANTO, como sinais de inclusão entre o povo de DEUS?

Você concorda ou discorda que o batismo no ESPÍRITO SANTO e sua presença em nós é muito mais um sinal para o indivíduo que para a Igreja? Por quê?

Por que a função da obra do ESPÍRITO SANTO, como garantia da ressurreição, é tão importante? Cite alguns resultados dessa função do ESPÍRITO SANTO?

O papel do ESPÍRITO SANTO como Ensinador de todas as coisas requer certas ações e atitudes por parte do estudante. Cite algumas dessas exigências e considere a sua importância para o modo correto de compreender a Bíblia e suas doutrinas.

Considere a importância do uso da Bíblia para testar alegações a respeito da teologia, da profecia e da operação dos dons do ESPÍRITO. O ESPÍRITO SANTO poderia chegar a nos dar orientação contrária aos claros ensinos das Escrituras?

 

 

Dons espirituais

https://www.youtube.com/watch?v=D_pH0OLeRgQ

https://www.youtube.com/watch?v=DjysTY107PE

https://youtu.be/GvtFGQo5U2k?list=PLBCB8960712BA30F7

 

Dons do ESPÍRITO SANTO - 100 anos avivamento - Rua Azuza

https://www.youtube.com/watch?v=8DSx9L080R8&list=PLAEB801087A0FC296

 

 

CONSOLADOR - (Strong português) - παρακλητος parakletos
 do SANTO ESPÍRITO, destinado a tomar o lugar de CRISTO com os apóstolos (depois de sua ascensão ao Pai), a conduzi-los a um conhecimento mais profundo da verdade evangélica, a dar-lhes a força divina necessária para capacitá-los a sofrer tentações e perseguições como representantes do reino divino

 

 

Subsídios da cpad 1 trimestre de 2021

SÍNTESE DO TÓPICO I - A Bíblia revela a deidade absoluta do ESPÍRITO SANTO, sua personalidade e seus divinos atributos.
SÍNTESE DO TÓPICO II - Há uma comunhão perfeita entre o ESPÍRITO SANTO e JESUS CRISTO em que Este é glorificado por Aquele.
SÍNTESE DO TÓPICO III - O ESPÍRITO SANTO atua na sustentabilidade do Cosmo e na interioridade do ser humano, convencendo-o de seu real estado, regenerando-o e capacitando-o para o serviço no Reino de DEUS.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
Uma boa aula de Escola Dominical admite um bom diálogo entre professor e alunos. Todo diálogo pressupõe um começo. Por isso, sugerimos que você inicie a aula fazendo um ponto de contato com a seguinte pergunta: “O ESPÍRITO SANTO é uma pessoa?”. A ideia é motivar o aluno a se envolver com tema a partir desse ponto de contato.
Muitos irmãos e irmãs até acatam a lógica de o ESPÍRITO SANTO ser uma pessoa, mas igualmente permanecem com dúvidas. Não por acaso, alguns já foram levados por vento de doutrinas que apresentam o ESPÍRITO SANTO, não como uma pessoa, mas como a “força ativa” de DEUS. Isso lhe parece familiar?
Essa pergunta é uma oportunidade para você perceber como está o conteúdo de doutrina bíblica em sua classe. De acordo com as respostas, você pode ponderar se é preciso ou não aparar algumas arestas doutrinárias com os seus alunos.
Após ouvir as muitas impressões da classe, apresente o que a Bíblia ensina acerca da pessoa do ESPÍRITO SANTO conforme o primeiro tópico desta lição.

 

CONHEÇA MAIS TOP2
O relacionamento entre o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO
“Uma análise objetiva dos dados bíblicos no tocante ao relacionamento entre o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO, revela que essa grandiosa doutrina não é uma noção abstrata, mas, na realidade, uma verdade revelada.” Leia mais em “Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal”, editada pela CPAD, 2017, pp.159-65.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP2
“JESUS reivindicava plena divindade para o ESPÍRITO SANTO: ‘E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre’ (Jo 14.16). Ao chamar o ESPÍRITO SANTO allon parakleton (‘outro ajudador do mesmo tipo que Ele mesmo’), JESUS afirmou que tudo quanto pode ser afirmado a respeito de sua natureza pode ser dito a respeito do ESPÍRITO SANTO. Por isso, a Bíblia dá testemunho da divindade do ESPÍRITO SANTO como a Terceira Pessoa da Trindade.
O Salmo 104.30 revela o ESPÍRITO SANTO como o Criador: ‘Envias o teu ESPÍRITO, e são criados, e assim renovas a face da terra’. Pedro se refere a Ele como DEUS (At 5.3,4), e o autor da Epístola aos Hebreus chama-o ‘ESPÍRITO eterno’ (Hb 9.14)” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.161-62)



SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP3
“Na profecia de Joel, portanto, vemos uma expansão da atividade do ESPÍRITO SANTO, e não uma mudança de qualidade. Desde o Éden até hoje, DEUS tem desejado a comunhão com a humanidade. Não tem fundamento a ideia de que o ESPÍRITO SANTO era inativo entre os leigos do Antigo Testamento. A atividade do ESPÍRITO SANTO na vida deles forma um paralelo com o seu envolvimento na vida dos que Ele tem trazido à salvação dentro da Igreja. O ESPÍRITO transforma o coração das pessoas e também as torna diferentes. Outro paralelo existe entre a vinda do ESPÍRITO sobre o indivíduo, revestindo-o de poder para o seu cargo ou ministério, e a plenitude do ESPÍRITO SANTO na Igreja. Roger Stronstad demonstra que um dos propósitos da ‘plenitude do ESPÍRITO SANTO’ é equipar os crentes a cumprir o ministério profético de declarar à vontade e propósitos de DEUS para a Igreja e para o mundo. É possível que isso envolva um comportamento incomum. Mesmo não sendo assim, receber a plenitude do ESPÍRITO é um pico de experiência emocional, física e religiosa, visando um propósito específico. Não se pode, no entanto, viver continuamente, dia após dia, nesse pináculo. A presença do ESPÍRITO SANTO em nós, a partir do momento da salvação, visa manter-nos em equilíbrio, dia após dia, momento após momento, principalmente após a experiência da chegada do ESPÍRITO SANTO ‘com poder’ sobre nós” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.394-95).

 


PARA REFLETIR - A respeito de “A Pessoa do ESPÍRITO SANTO”, responda:
O que todos os crentes precisam saber sobre o ESPÍRITO SANTO? Sobre a sua divindade, a sua personalidade, os seus atributos divinos e as suas obras de acordo com a revelação bíblica.
O que a Bíblia revela com clareza? A Bíblia revela com clareza a divindade do ESPÍRITO (2 Sm 23.2,3; 2 Co 3.17,18), e mais: “Não sabeis vós que sois o templo de DEUS e que o ESPÍRITO de DEUS habita em vós?” (1 Co 3.16).
Quais os principais elementos constitutivos da personalidade? Os principais são o intelecto, a emoção e a vontade, entre os demais.
O que significa “outro Consolador” em João 14.16? A palavra “outro”, em grego, empregada nessa passagem, significa ser alguém da mesma natureza, da mesma espécie e da mesma qualidade.
Dê um exemplo da atuação do ESPÍRITO SANTO na vida diária. Resposta pessoal – Pode ser dado um exemplo como a manifestação de um dom espiritual como o de profecia na vida de um crente.

CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 84, p. 36. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.

 

 

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Lição  4 - ESPÍRITO SANTO - O Dia De Pentecostes

 

SEMANAS = SHAVUOT  (Pentecostes)
Em Levítico 23:16 encontramos a expressão hebraica hamishshïm yom (LXX=pentêkonta hêmeras) que significa cinqüenta dias. Era comemorada cinqüenta dias depois da festa das primícias quando era ofertado o primeiro molho de trigo da colheita (Lv.23:11,12,15,16; Dt.16:9), aos 6 do mês de Sivan, que corresponde ao mês de junho em nosso calendário. Comemorada após cinquenta dias ou sete semanas, recebeu também o nome de festa das semanas=hagh shabhu'ôth (Ex.34:22; Dt.16:10), ou dia das primícias = yôm habbikkürïm (Ex.23:16; Nm.28:26). Comemorava a entrega da lei que foi dada no monte Sinai durante este período (Compare Ex.19:1,11 com Ex.12:6,12). Enquanto os pães asmos eram sem fermento, os pães desta oferta continham fermento (Lv.23:16-18), e deveriam ser movidos com os pães das primícias perante o Senhor (Lv.23:20).
Evento Correspondente no Novo Testamento: Pentecostes

(At.2:1; At.20:16; I Co.16:8)
Assim como os pães das primícias eram movidos (Lv.23:9-14), também os pães levedados deveriam ser movidos juntamente com eles (Lv.23:20; Rm.6:5). O Pentecoste tipifica a descida do ESPÍRITOSANTO para formar a Igreja. Por causa disto está presente o fermento porque o mal está presente na Igreja (Mt.13:33; At.5:1-10; 15:1). Assim como CRISTO foi removido da sepultura; os cristãos também foram simbolicamente movidos (At.4:31). Nas primícias eram oferecidos molhos de hastes separadas frouxamente reunidas, mas no Pentecoste há uma verdadeira união de partes formando uma única massa. A descida do ESPÍRITOSANTO uniu os discípulos, antes separados, em um só corpo (I Co.10:16,17; I Co.12:12,13,20). 

Pentecoste comemora então a vinda do ESPÍRITOSANTO, que foi dado cinqüenta dias após a ressurreição de CRISTO. Assim como a lei foi dada nesse período, no tempo do Antigo Testamento, para o povo de Israel, o ESPÍRITOSANTO foi dado, também nesse período, para a Igreja (IICo.3:3-11). Os 120 discípulos (At.1:15) reunidos no dia de Pentecoste, sobre os quais caiu o ESPÍRITO SANTO, representavam a colheita dos primeiros frutos (Rm.8:23; Tg.1:18; Ap.14:4; Mt.13:30; 21:34). A Igreja tem a Primícia do ESPÍRITO. 

 

At 2.4

E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITOSANTO lhes concedia que falassem.

2.4 CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO. Qual é o significado da plenitude do ESPÍRITOSANTO recebida no dia de Pentecoste? (1) Significou o início do cumprimento da promessa de DEUS em Jl 2.28,29, de derramar seu ESPÍRITO sobre todo o seu povo nos tempos do fim (cf. 1.4,5; Mt 3.11; Lc 24.49; Jo 1.33; ver Jl 2.28,29 nota). (2) Posto que os últimos dias desta era já começaram (v. 17; cf. Hb 1.2; 1 Pe 1.20), todos agora se vêem ante a decisão de se arrependerem e de crerem em CRISTO (3.19; Mt 3.2; Lc 13.3; ver At 2.17 notas). (3) Os discípulos foram do alto... revestidos de poder (Lc 24.49; cf. At 1.8), que os capacitou a testemunhar de CRISTO, a produzir nos perdidos grande convicção no tocante ao pecado, à justiça, e ao julgamento divino, e a desviá-los do pecado para a salvação em CRISTO (cf. 1.8 notas; 4.13,33; 6.8; Rm 15.19; ver Jo 16.8 nota). (4) O ESPÍRITOSANTO já revelou sua natureza como aquele que anseia e pugna pela salvação de pessoas de todas as nações e aqueles que receberam o batismo no ESPÍRITOSANTO ficaram cheios do mesmo anseio pela salvação da raça humana (vv. 38-40; 4.12,33; Rm 9.1-3; 10.1). O Pentecoste é o início das missões mundiais (1.8; 2.6-11,39). (5) Os discípulos se tornaram ministros do ESPÍRITO. Não somente pregavam JESUS crucificado e ressuscitado, levando outras pessoas ao arrependimento e à fé em CRISTO, como também influenciavam essas pessoas a receber o dom do ESPÍRITOSANTO (vv. 38,39) que eles mesmos tinham recebido no Pentecoste (v. 4). Levar outros ao batismo no ESPÍRITOSANTO é a chave da obra apostólica no NT (ver 8.17; 9.17,18; 10.44-46; 19.6). (6) Mediante este batismo no ESPÍRITO, os seguidores de CRISTO tornaram-se continuadores do seu ministério terreno. Continuaram a fazer e a ensinar, no poder do ESPÍRITOSANTO, as mesmas coisas que JESUS começou, não só a fazer, mas a ensinar (1.1; Jo 14.12)
2.4 COMEÇARAM A FALAR EM OUTRAS LÍNGUAS. Para um exame do significado do falar em línguas ocorrido no dia de Pentecoste e noutras ocasiões, na igreja do NT, e da possibilidade de falsas línguas estranhas

 

VERDADE PRÁTICA:

Obediência, Perseverança e União são elementos-chave para receber a promessa do ESPÍRITO SANTO também nos dias atuais.

 

Obedecer significa se submeter, veja que ninguém pode ser batizado nas águas sem se submeter ao batizante, assim também ninguém pode receber o batismo com o ESPÍRITO SANTO sem se submeter inteiramente ao batizante que é JESUS.

 

Leitura Diária:

Segunda - Lv 23.15-25 A Solenidade do Dia de Pentecostes

15 Depois, para vós contareis desde o dia seguinte ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão.16 Até ao dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinquenta dias; então, oferecereis nova oferta de manjares ao SENHOR.17 Das vossas habitações trareis dois pães de movimento; de duas dízimas de farinha serão, levedados se cozerão; primícias são ao SENHOR.18 Também com o pão oferecereis sete cordeiros sem mancha, de um ano, e um novilho, e dois carneiros; holocausto serão ao SENHOR, com a sua oferta de manjares e as suas libações, por oferta queimada de cheiro suave ao SENHOR.19 Também oferecereis um bode para expiação do pecado e dois cordeiros de um ano por sacrifício pacífico.20 Então, o sacerdote os moverá com o pão das primícias por oferta movida perante o SENHOR, com os dois cordeiros; santidade serão ao SENHOR para o sacerdote.21 E, naquele mesmo dia, apregoareis que tereis santa convocação; nenhuma obra servil fareis; estatuto perpétuo é em todas as vossas habitações pelas vossas gerações.22 E, quando segardes a sega da vossa terra, não acabarás de segar os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixarás. Eu sou o SENHOR, vosso DEUS.23 E falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
24 Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, pão primeiro do mês, tereis descanso, memória de jubilação, santa convocação.25 Nenhuma obra servil fareis, mas oferecereis oferta queimada ao SENHOR.
 23.15 SETE SEMANAS. Esta festa (cf. Dt 16.10), também chamada Festa de Pentecoste, era celebrada no fim da colheita do trigo, cinqüenta dias ("Pentecoste" significa "quinquagésimo") depois da Festa das Primícias (v. 16). Nesse dia, o povo de DEUS rendia-lhe graças pelas suas abundantes dádivas de alimento e por tudo quanto os sustinha. Foi no Dia de Pentecoste que DEUS derramou o 
ESPÍRITOSANTO sobre os discípulos de CRISTO (At 2.1-4).23.24 A FESTA DAS TROMBETAS. "Memória de jubilação" é literalmente "toque de trombetas". A Festa das Trombetas era celebrada no primeiro dia do sétimo mês, provavelmente lembrando que o Dia da Expiação se aproximava (cf. vv. 26-32), e como preparação para ele, DEUS queria que Israel pensasse nas coisas espirituais, e especialmente no seu relacionamento com Ele, segundo o concerto.

Terça - Dt 16.10-12 Festa de Pentecostes - Dia de Celebração em Família

10 Depois, celebrarás a Festa das Semanas ao SENHOR, teu DEUS; o que deres será tributo voluntário da tua mão, segundo o SENHOR, teu DEUS, te tiver abençoado.

Quarta - Êx 23.14-16 O Dia de Pentecostes era uma determinação de DEUS

23.16 A FESTA DA SEGA. É também chamada a Festa das Semanas (34.22) ou o Dia de Pentecoste (At 2.1; 20.16; ver Lv 23.10).

Quinta - Todos os varões israelitas eram obrigados a comparecer à festa de Pentecostes

Dt 16.16 - Três vezes no ano, todo varão entre ti aparecerá perante o SENHOR, teu DEUS, no lugar que escolher, na Festa dos Pães Asmos, e na Festa das Semanas, e na Festa dos Tabernáculos; porém não aparecerá vazio perante o SENHOR;
Êx 23.17 - Três vezes no ano todos os teus varões aparecerão diante do SENHOR.

Sexta -Êx 34.34.20 - Ninguém podia comparecer à festa de mãos vazias

 o burro, porém, que abrir a madre, resgatarás com um 43cordeiro; mas, se o não resgatares, cotar-lhe-ás a cabeça; todo primogênito 
de teus filhos resgatarás. E ninguém aparecerá vazio diante de mim.

Sábado - Pentecostes - Dia de oferecer a DEUS as primícias

17 Das vossas habitações trareis dois pães de movimento; de duas dízimas de farinha serão, levedados se cozerão; primícias são ao SENHOR.

 

Leitura Bíblica Em Classe: At 2.1-12

1 Cumprindo-se ao dia de Pentecostes, bestavam todos reunidos no mesmo lugar;2 e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.4 E todos foram cheios do ESPÍRITOSANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITOSANTO lhes concedia que falassem.5 E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.6 E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.7 E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando?8 Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?9 Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, e Judéia, e Capadócia, e Ponto, e Ásia,10 e Frígia, e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos (tanto judeus como prosélitos),11 e cretenses, e árabes, todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de DEUS.12 E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?

2.1 PENTECOSTE. Pentecoste era a segunda grande festa sagrada do ano judaico. A primeira grande festa era a Páscoa. Cinqüenta dias após esta, vinha a festa de Pentecoste, nome este derivado do gr. penteekostos (=qüinquagésimo). Era também chamada Festas das Colheitas, porque nela as primícias da sega de grãos eram oferecidas a DEUS (cf. Lv 23.17). Da mesma forma, o dia de Pentecoste simboliza, para a igreja, o início da colheita de almas para DEUS neste mundo.
2.2,3 UM VENTO... IMPETUOSO, E... LÍNGUAS REPARTIDAS, COMO QUE DE FOGO. As manifestações externas de um som como de um vento poderoso e das línguas de fogo (vv. 2,3) demonstram que DEUS estava ali presente e ativo, de modo poderoso (cf. Êx 3.1-6; 1 Rs 18.38,39). O fogo talvez simbolize a consagração e a separação dos crentes para DEUS, visando a obra de glorificar a CRISTO (Jo 16.13,14) e de testemunhar dEle (1.8). Estas duas manifestações antecederam o batismo no ESPÍRITOSANTO, e não foram repetidas noutros relatos similares do livro de Atos.
2.4 CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO. Qual é o significado da plenitude do ESPÍRITOSANTO recebida no dia de Pentecoste? (1) Significou o início do cumprimento da promessa de DEUS em Jl 2.28,29, de derramar seu ESPÍRITO sobre todo o seu povo nos tempos do fim (cf. 1.4,5; Mt 3.11; Lc 24.49; Jo 1.33; ver Jl 2.28,29 nota). (2) Posto que os últimos dias desta era já começaram (v. 17; cf. Hb 1.2; 1 Pe 1.20), todos agora se vêem ante a decisão de se arrependerem e de crerem em CRISTO (3.19; Mt 3.2; Lc 13.3; ver At 2.17 notas). (3) Os discípulos foram do alto... revestidos de poder (Lc 24.49; cf. At 1.8), que os capacitou a testemunhar de CRISTO, a produzir nos perdidos grande convicção no tocante ao pecado, à justiça, e ao julgamento divino, e a desviá-los do pecado para a salvação em CRISTO (cf. 1.8 notas; 4.13,33; 6.8; Rm 15.19; ver Jo 16.8 nota). (4) O ESPÍRITOSANTO já revelou sua natureza como aquele que anseia e pugna pela salvação de pessoas de todas as nações e aqueles que receberam o batismo no ESPÍRITOSANTO ficaram cheios do mesmo anseio pela salvação da raça humana (vv. 38-40; 4.12,33; Rm 9.1-3; 10.1). O Pentecoste é o início das missões mundiais (1.8; 2.6-11,39). (5) Os discípulos se tornaram ministros do ESPÍRITO. Não somente pregavam JESUS crucificado e ressuscitado, levando outras pessoas ao arrependimento e à fé em CRISTO, como também influenciavam essas pessoas a receber o dom do ESPÍRITOSANTO (vv. 38,39) que eles mesmos tinham recebido no Pentecoste (v. 4). Levar outros ao batismo no ESPÍRITOSANTO é a chave da obra apostólica no NT (ver 8.17; 9.17,18; 10.44-46; 19.6). (6) Mediante este batismo no ESPÍRITO, os seguidores de CRISTO tornaram-se continuadores do seu ministério terreno. Continuaram a fazer e a ensinar, no poder do ESPÍRITOSANTO, as mesmas coisas que JESUS começou, não só a fazer, mas a ensinar (1.1; Jo 14.12)
2.4 COMEÇARAM A FALAR EM OUTRAS LÍNGUAS. Para um exame do significado do falar em línguas ocorrido no dia de Pentecoste e noutras ocasiões, na igreja do NT, e da possibilidade de falsas línguas estranhas

Comentários: Introdução:

 

Tópico I - Os Discípulos Subiram Para O Cenáculo

1- Oração Perseverante, At 1.14 = Nunca desistir e sempre buscar a resposta de DEUS é o segredo do resposta eminente.

Perseverança significa buscar como se a única coisa importante seja o batismo com o ESPÍRITO SANTO e buscar sem desistir.

É como alguém que está se afogando dentro de uma lagoa e a coisa mais preciosa que existe para essa pessoa nesse momento é o ar para que possa respirar e ficar vivo; assim deve ser buscado o batismo com o  ESPÍRITO SANTO .

Mt 7.7 Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á.

 

2- Oração unânime, At 1.14 = Quando dois ou mais concordam na terra a respeito de algo e buscam a DEUS em comunhão, a resposta é certa.

União significa estar em paz com os irmãos que vão ajudar intercedendo e comungando conosco na busca do batismo com o ESPÍRITO SANTO e desejando ser mais um na evangelização dos povos.

Mt 18.19 Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus.

 

3- Oração Definida = A oração deve ter um objetivo definido e sempre dentro da vontade de DEUS.

Lc 11.13 Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o ESPÍRITOSANTO àqueles que lho pedirem?

 

4- Oração com Fé = Aquele que ora e dúvida do poder de DEUS para realizar seu pedido, nunca recebe nada de DEUS.

Mt 21.22 e tudo o que pedirdes na oração, crendo, recebereis.

Tg 1.6 Peça-a, porém, com fé, não duvidando; pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é sublevada e agitada pelo vento.

 

Tópico II - Dia De Pentecostes - DEUS cumpriu Sua Promessa

1- JESUS derramou o ESPÍRITO SANTO sobre todos no dia de Pentecostes (At 2.1-3). O batizador prometeu e cumpriu.

Jo 2.28 Acontecerá depois que derramarei o meu ESPÍRITO sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões;

Lc 24.49 E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai porém, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.

 

a) O Vento é Soberano = Assopra onde quer, Sem interferência humana.

Veja que o batismo com o ESPÍRITO SANTO vem de cima, de DEUS, não vem de homem, não depende do homem e em de sacrifícios, mas é pela graça e misericórdia de DEUS, pela fé e não por obras.

 

b) O vento é invisível = Não se sabe de onde vem e nem para onde vai. Controlado por DEUS.

Veja que a intensidade e o modo de falar é peculiar a cada um segundo DEUS determina, assim o tipo de língua que cada um vai falar é de acordo com a vontade de DEUS, se vai receber um dom também é de acordo com a vontade de DEUS, pois o ESPÍRITO SANTO usa a cada um para o que for útil para a obra de DEUS. Muitos não recebem o batismo porque querem escolher o jeito e a língua que vão falar. Não procure ver alguma língua de fogo, mas deseje que o ESPÍRITO SANTO controle todo o seu ser, principalmente sua língua.

Tg 3.4 Vede também os navios que, embora tão grandes e levados por impetuosos ventos, com um pequenino leme se voltam para onde quer o impulso do timoneiro.5 Assim também a língua é um pequeno membro, e se gaba de grandes coisas. Vede quão grande bosque um tão pequeno fogo incendeia.

 

Tópico III - Dia De Pentecostes - Dia De Resposta Divina

A promessa dada através do profeta Joel e também através do próprio JESUS agora estava se cumprindo cabalmente.

Jo 2.28 Acontecerá depois que derramarei o meu ESPÍRITO sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões;

Lc 24.49 E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai porém, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.

Dia de comemorar a colheita, dia de comemorar as almas que a partir de agora se converteriam a DEUS, através do poder revelador do  ESPÍRITO SANTO, inauguração da Igreja vencedora e poderosa, para inauguração nada melhor que quase três mil almas ganhas.

At 1.8 Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o ESPÍRITOSANTO, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra.

At 2.41 De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas;

 

Tópico IV - Dia De Pentecostes - Dia De Línguas De Fogo

Havia naquele dia uma multidão em Jerusalém atraídos pelos festejos, DEUS soube escolher o dia para espalhar o evangelho para todas as nações em volta de Jerusalém (Veja mapa acima).

O barulho de 120 pessoas falando em línguas é tremendo e escandaliza até os crentes de hoje, imagine naquele dia a curiosidade e o susto dos visitantes de Jerusalém!

Era plano de DEUS para evangelizar os povos gentílicos e judeus.

 

1- DEUS se manifesta em fogo! (Êx 19.17,18; Hb 12.29) Fogo é sinal de aceitação, de comprovação, de poder.

 At 2.3 E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma.

Veja que a partir daí os discípulos perderam o medo que antes tinham de serem presos e partiram para o ataque, pregaram com ousadia e poder o evangelho libertador.

 

2- O ESPÍRITO SANTO veio com línguas repartidas como que de fogo. A identificação era para cada um individualmente.

Um sinal visível para confirmação de todos ou talvez uma visão celestial e sobrenatural para alguns somente.

 

Tópico V - Dia De Pentecostes - Dia De Revestimento De Poder

1- Todos foram cheios do  ESPÍRITO SANTO (At 2.4). Cheio é transbordante, derrama línguas, exaltação e glorificação.

Lc 6.38 A = Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando

Ef 5.18 E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do ESPÍRITO,

 

2- A Maior necessidade dos discípulos era o poder de DEUS. Não existe maior desejo para o crente do que ser cheio do ESPÍRITO SANTO, desejo de sentir e conversar intimamente com DEUS, depois sair para a batalha sabendo que nada nos causará dano algum

Mc 16.18 pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados..

 

Conclusão:

O Pentecostes é para hoje, é para agora, é para quem crê e busca com sinceridade e desejo de servir a DEUS e testemunhar com poder.

Mt 16.17 E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas;

At 2.4 E todos ficaram cheios do ESPÍRITOSANTO, e começaram a falar noutras línguas, conforme o ESPÍRITO lhes concedia que falassem.

At 10.46 porque os ouviam falar línguas e magnificar a DEUS.

At 19.6 Havendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITOSANTO, e falavam em línguas e profetizavam.

 

Os sinais são somente para os que crerem, se crer recebe, se não crer, não recebe.

 

Fontes de Pesquisa:

Revista e BEP www.cpad.com.br 

http://www.estudosbiblicos.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=5

  

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LIÇÃO 5, 4Tr23, NA ÍNTEGRA

  

Escrita Lição 5, CPAD, Uma Perspectiva Pentecostal De Missões, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

  

TEXTO ÁUREO

“Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.” (At 1.8)

  

VERDADE PRÁTICA

O ESPÍRITO SANTO derramado no Pentecoste é o mesmo ESPÍRITO que DEUS deseja derramar de novo na Igreja da atualidade.

 

ESTÁ DERRAMANDO, SERIA MELHOR

 

 LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Co 12.11 A atividade de DEUS por meio do ministério do ESPÍRITO SANTO

Terça - At 2.1-12 O ESPÍRITO SANTO experimentado pelos cristãos do século I

Quarta - At 1.8 O poder pentecostal é indispensável para a obra de Missões

Quinta - At 8.26-30 O primeiro missionário transcultural da Igreja do Primeiro Século

Sexta - At 10.34,35; 11.17,18 DEUS não faz acepção de pessoas para a salvação

Sábado - At 9.31 Ousadia e poder do ESPÍRITO na obra missionária

  

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.1-8, 14-18

1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;

2 - e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.

3 - E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.

4 - E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.

5 - E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.

6 - E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.

7 - E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando?

8 Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?

14 - Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.

15 - Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo  esta a terceira hora do dia.

16 - Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:

17 - E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS, que do meu ESPÍRITO derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;

18 - e também do meu ESPÍRITO derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão.

  

HINOS SUGERIDOS:  24, 122, 486 da Harpa Cristã

  

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Paixão pelo Evangelismo e Missões é uma marca da identidade pentecostal no mundo e, especificamente, em nosso território pátrio. Essa prioridade no Reino de DEUS, sob a dependência do ESPÍRITO SANTO, é a causa do crescimento da obra pentecostal no mundo. No Pentecoste, a Igreja nasceu pregando o Evangelho aos que estavam presentes, advindos de diversas regiões do mundo (At 2.14-41). Na atualidade, o Movimento Pentecostal é responsável por levar o Evangelho aos lugares que ainda não tinham sido alcançados.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Apresentar uma perspectiva pentecostal de Missões; II) Explicar a obra missionária após o Pentecostes; III) Enfatizar a dependência do ESPÍRITO SANTO na obra pentecostal de Missões.

B) Motivação: No Livro dos Atos dos Apóstolos, percebemos a obra do ESPÍRITO SANTO como realidade estabelecida na primeira igreja. Essa imagem presente no livro do Novo Testamento que narra a história da Igreja Primitiva se torna realidade no tempo presente quando, por meio do ESPÍRITO SANTO, o Evangelho chega aos povos com a confirmação dos sinais e maravilhas que mostram a veracidade da Palavra de DEUS.

C) Sugestão de Método: Na lição anterior estudamos a respeito da natureza missionária de DEUS no Novo Testamento. Nesta lição, apresentaremos uma perspectiva pentecostal da obra missionária fundamentada nas Escrituras Sagradas. Por isso, para concluir o primeiro tópico, sugerimos que você enfatize a marca e contribuição pentecostal para a causa missionária: 1) Marca Pentecostal: a crença na mesma experiência com o ESPÍRITO SANTO ocorrida em Atos dos Apóstolos, um senso de profunda dependência do ESPÍRITO para fazer qualquer obra; 2) Contribuição pentecostal: o ESPÍRITO SANTO como fundamento de qualquer projeto missionário, sinais e maravilhas confirmam a veracidade do Evangelho.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Todo projeto missionário na Igreja de nosso tempo deve levar em conta a dependência do ESPÍRITO SANTO para dirigir o início, o meio e o final de cada projeto.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 95, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Quem É o 'Pentecostal'?", localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito da identidade pentecostal; 2) O texto "A Negligência do Papel do ESPÍRITO na Teoria e Prática Missionária", ao final do terceiro tópico, amplia a reflexão a respeito da ênfase do ESPÍRITO SANTO na perspectiva missionária de Missões.

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

I – A CONCEPÇÃO DE CRISTO

1. Somos evangélicos

2. Somos pentecostais

3. Contribuições Pentecostais às Missões

II – A OBRA MISSIONÁRIA DEPOIS DO PENTECOSTES

1. A causa da obra missionária da primeira igreja

2. A expansão missionária da primeira igreja

3. “DEUS não faz acepção de pessoas”

III – A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO E A OBRA MISSIONÁRIA

1. A função do ESPÍRITO na obra missionária

2. O ESPÍRITO SANTO capacita para a obra

3. DEUS age por meio do ESPÍRITO SANTO

  

COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO

Uma característica notável do Movimento Pentecostal, desde o seu início, na virada do século passado, tem sido a paixão por Evangelismo e Missões. Nesta lição, estudaremos algumas características que marcam o trabalho pentecostal em Missões, uma marca da obra do ESPÍRITO SANTO nestes últimos dias.

 

O ESPÍRITO SANTO:

ESCOLHE - ² E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o ESPÍRITOSANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.  Atos 13:2

 

CAPACITA - ¹⁵ E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

¹⁶ Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. ¹⁷ E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; ¹⁸ Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. ¹⁹ Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de DEUS. ²⁰ E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém. Marcos 16:15-20

⁷ Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um, para o que for útil. ⁸ Porque a um pelo ESPÍRITO é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a palavra da ciência; ⁹ E a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, os dons de curar; ¹⁰ E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. ¹¹ Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. 1 Coríntios 12:7-11

 

DIRECIONA E CONDUZ - ⁶ E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo ESPÍRITOSANTO de anunciar a palavra na Ásia.

Atos 16:6

¹ E JESUS, cheio do ESPÍRITOSANTO, voltou do Jordão e foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto;

Lucas 4:1

 

PROCURA MANTER A UNIDADE COM A IGREJA

¹⁴ A graça do Senhor JESUS CRISTO, e o amor de DEUS, e a comunhão do ESPÍRITOSANTO seja com todos vós. Amém.  2 Coríntios 13:14

¹³ Pois todos nós fomos batizados em um ESPÍRITO, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um ESPÍRITO.

¹⁴ Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. 1 Coríntios 12:13,14

 

ENSINA A IGREJA A PALAVRA DE DEUS

²⁶ Mas aquele Consolador, o ESPÍRITOSANTO, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. João 14:26

²⁷ E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis. 1 João 2:27

 

NOS DÁ AS PALAVRAS CERTAS

¹¹ E, quando vos conduzirem às sinagogas, aos magistrados e potestades, não estejais solícitos de como ou do que haveis de responder, nem do que haveis de dizer.

¹² Porque na mesma hora vos ensinará o ESPÍRITOSANTO o que vos convenha falar.

Lucas 12:11,12

 

INTERCEDE E CONSERTA NOSSAS ORAÇÕES

²⁶ E da mesma maneira também o ESPÍRITO ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo ESPÍRITO intercede por nós com gemidos inexprimíveis. ²⁷ E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do ESPÍRITO; e é ele que segundo DEUS intercede pelos santos. Romanos 8:26,27

NOS DÁ CERTEZA DE SALVAÇÃO

¹⁶ O mesmo ESPÍRITO testifica com o nosso espírito que somos filhos de DEUS. Romanos 8:16

 

NOS DÁ LIBERDADE

¹⁷ Ora, o Senhor é o ESPÍRITO; e onde está o ESPÍRITO do Senhor, aí há liberdade. 2 Coríntios 3:17

 

O ESPÍRITO SANTO em Relação ao Crente

Quanto à pessoa do crente, o ESPÍRITO SANTO nele opera:

regenerando-o (Jo 3.3-6).

batizando-o no corpo de CRISTO (Jo 1.32-34).

habitando nele (1 Co 6.15-19).

selando-o (Ef 1.13,14).

proporcionando-lhe segurança (Rm 8.14-16).

fortalecendo-o (Ef 3.16).

enchendo-o da sua virtude (Ef 5.18-20).

libertando-o da lei do pecado e da morte (Rm 8.2).

guiando-o (Rm 8.14).

chamando-o para serviço especial (At 13.2,4).

orientando-o para serviço especial (At 8.27-29).

iluminando-o (1 Co 2.12-14).

instruindo-o (Jo 16.13,14).

capacitando-o (1 Ts 1.5).

 

EM SUMA - O ESPÍRITO SANTO NOS AJUDA:

- Nos ajuda a orar - Romanos 8:26

- Nos ajuda a entender a Bíblia, nos ensina - João 14.26

- Nos ajuda a lembrar - João 14.26

- Nos ajuda a falar quando não sabemos o que dizer - Lucas 12.12

- Nos ajuda a ganhar almas - João 16.8

- Nos ajuda a saber o futuro - João 16.13

- Nos ajuda nos Guiando - João 16.13

 

A Bíblia mostra a personalidade do ESPÍRITO SANTO quando diz que:

Ele cria e dá vida (Jó 33.4).

Ele nomeia e comissiona ministros (Is 48.16At 13.220.28).

Ele dirige onde os ministros devem pregar (At 16.6,7).

Ele instrui o que os ministros devem pregar (1 Co 2.14).

Ele falou através dos profetas (At 1.161 Pd 1.11,122 Pd 1.21).

Ele contende com os pecadores (Gn 6.3).

Ele reprova (Jo 16.8).

Ele consola (At 9.31).

Ele nos ajuda em nossas fraquezas (Rm 8.26).

Ele ensina (Jo 14.261 Co 12.3).

Ele guia (Jo 16.13).

Ele santifica (Rm 15.161 Co 6.11).

Ele testifica de CRISTO (Jo 15.26).

Ele glorifica a CRISTO (Jo 16.14).

Ele tem poder próprio (Rm 15.13).

Ele sonda tudo (Rm 11.33,341 Co 10,11).

Ele age segundo a sua vontade (1 Co 12.11).

Ele habita com os santos (Jo 14.17).

Ele pode ser entristecido (Ef 4.30).

Ele pode ser envergonhado (Is 63.10).

Ele pode sofrer resistência (At 7.51).

Ele pode ser tentado (At 5.9).

   

PALAVRA-CHAVE - Pentecostal

  

I – A CONCEPÇÃO DE CRISTO

1. Somos evangélicos

Historicamente, o evangélico é conhecido como alguém que enfatiza (1) o compromisso pessoal com JESUS a partir do “novo nascimento”, (2) a autoridade bíblica e (3) o apelo de anunciar a CRISTO aos outros. Basicamente, esses princípios são o que os evangélicos têm em comum. Eles tornam-se num impulso evangélico com raiz histórica na tríplice ênfase da Reforma Protestante: 1) a autoridade das Escrituras, (2) a salvação pela fé e (3) o sacerdócio universal dos crentes. Então, de acordo com o missiólogo Paul Pommerville, podemos dizer que o Movimento Pentecostal contribuiu com esse impulso evangélico, descrito acima, com a natureza dinâmica da fé cristã. Esse princípio envolve a atividade de DEUS em termos do ministério do ESPÍRITO SANTO (1 Co 12.11).

  

2. Somos pentecostais

Com o termo “pentecostal” nos referimos ao crente que crê que a experiência do ESPÍRITO SANTO que ocorreu com os apóstolos, no dia de Pentecostes, de acordo com o Livro de Atos, pode acontecer hoje também, ou seja, a experiência com o ESPÍRITO SANTO hoje não é diferente da experimentada pelos cristãos do século I (At 2.1-12). Nas palavras do missiólogo Paul Pomerville, essa experiência do ESPÍRITO perpassou a História da Igreja. Ela remonta à obra do ESPÍRITO SANTO com a Igreja que começou no dia de Pentecostes e continua ao longo dos ‘últimos dias’, até que JESUS CRISTO volte para arrebatar a sua Igreja (At 1.10,11).

  

3. Contribuições Pentecostais às Missões

Uma das contribuições pentecostais mais significativas para as missões modernas, sem dúvida, é a ênfase do papel indispensável do ESPÍRITO SANTO no complexo desafio de plantar igrejas onde CRISTO ainda não foi anunciado. Esse entendimento está na base do importante crescimento evangélico depois das Missões operadas pela obra pentecostal. Nesse sentido, o sucesso das missões pentecostais está ligado diretamente ao “lugar” que damos ao ESPÍRITO SANTO, um lugar semelhante ao que os crentes do Novo Testamento deram em Atos dos Apóstolos (At 16.6-10). Assim, podemos dizer que somos evangélicos-pentecostais, pois para além de afirmarmos todos os princípios que os evangélicos afirmam, para nós é inegociável e indispensável o poder do ESPÍRITO na prática das Missões.

  

SINÓPSE I - Além do compromisso pessoal com JESUS, da autoridade da Bíblia e do apelo de anunciar CRISTO aos povos, os pentecostais enfatizam a presença do ESPÍRITO SANTO em toda boa obra.

  

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

[...] A atividade de DEUS no mundo nunca mais seria a mesma após este ‘evento-CRISTO’. Existe um novo paradigma para a atividade de DEUS no mundo. CRISTO voltou ao céu e foi entronizado para governar ‘acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio’, e o poder do ESPÍRITO SANTO é liberado no mundo para capacitar o corpo de CRISTO a cumprir a missão redentora de CRISTO.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a obra A Força Pentecostal em Missões, editada pela CPAD, p.196.

  

O que está acontecendo com a CPAD?

Veja o subsídio da lição 4.

Auxílio Missiológico

“Quem É o ‘Pentecostal’?

O ‘pentecostalismo clássico’ refere-se às igrejas pentecostais que se separaram das igrejas históricas do protestantismo no início do século passado. A questão que ocasionou a ruptura foi a crença de que o evento no Dia de Pentecostes mencionado em Atos 2.4 refere-se a uma experiência disponível para os cristãos de todas as eras. Acreditava-se que o ‘batismo com o ESPÍRITO SANTO’ é evidenciado pelo sinal de ‘falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO dá expressão vocal’ (Menzies, 1971, p. 9). A questão da glossolalia fez com que as igrejas históricas banissem os ‘faladores de línguas’. Tornou-se também o principal fator unificador entre os primeiros pentecostais, que vieram de diversas tradições cristãs. Hollenweger enfatiza que o fator comum entre os pentecostais era ‘todos os grupos que professam pelo menos duas experiências de crise religiosa (1. O batismo ou o novo nascimento; 2. O batismo com o ESPÍRITO), sendo o segundo subsequente e diferente do primeiro, e sendo o segundo, geralmente, mas nem sempre, associado a falar em línguas’ (Hollenweger, 1972, p. xix)” (POMERVILLE, Paul A. A Força Pentecostal em Missões: Entendendo a Contribuição dos Pentecostais na Teologia Missionária Contemporânea. 1.ed. Rio de Janeiro: 2020, pp.28-29).

OBSERVAÇÃO MINHA (Pr. Henrique) - ABSURDO – NÓS NÃO NOS SEPARAMOS DE IGREJAS HISTÓRICAS, POIS A IGREJA PENTECOSTAL É A QUE FOI INICIADA NO DIA DO PENTECOSTES COMO O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO; E O FALAR EM LÍNGUAS É A COMPROVAÇÃO DESSE BATISMO. TAMBÉM OS DONS DO ESPÍRITO SANTO FORAM MANIFESTOS NA VIDA DE TODOS OS QUE INICIARAM DAÍ PARA FRENTE. A IGREJA NASEU NO DIA DO PENTECOSTES E NA DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO, COM PODER, SOBRE OS CRENTES.

ACREDITAVA-SE???

TORNOU-SE???

O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO SEMPRE ESTÁ ASSOCIADO AO FALAR EM LÍNGUAS.

  

II – A OBRA MISSIONÁRIA DEPOIS DO PENTECOSTES

1. A causa da obra missionária da primeira igreja

A descida do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecostes é o acontecimento que impulsiona a obra missionária da primeira igreja. O Senhor JESUS disse aos discípulos que, uma vez capacitados pelo poder do ESPÍRITO SANTO, eles seriam suas testemunhas até aos confins da Terra (At 1.8). Por isso, o período em que a igreja cristã viveu seu maior crescimento foi o do primeiro século de nossa era. Ali começou o poderoso movimento de Missões. Nesse sentido, os oito primeiros capítulos de Atos dos Apóstolos explicam a razão desse crescimento: antes de sair para alcançar as nações com o Evangelho, os discípulos deveriam estar revestidos de poder (At 1.4). Isso se cumpriu fielmente em Atos 2.

  

2. A expansão missionária da primeira igreja

Depois de serem cheios do ESPÍRITO SANTO, os discípulos puderam compartilhar a mensagem do Evangelho de JESUS CRISTO com outras pessoas além das fronteiras da Palestina. O livro de Atos dos Apóstolos relata, de forma detalhada e precisa, o avanço missionário da igreja do século primeiro. Embora o Livro de Atos destaque a atuação do apóstolo Paulo, considerado o maior missionário da Igreja Primitiva (1 Co 16.8,9), pois ele estabeleceu igrejas nas quatro províncias romanas (Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia), também estão registrados trabalhos importantes de outros homens e mulheres de DEUS, tais como: Barnabé, Pedro, Silas, Filipe, João Marcos, Apolo, Áquila, Priscila etc. Nesse aspecto, podemos dizer que o diácono-evangelista Filipe foi o primeiro missionário transcultural enviado a pregar para um africano (At 8.26-30).

 

PODEMOS TAMBÉM ADMITIR QUE OS BATIZADOS NO DIA DO PENTECOSTES SAÍRAM PREGANDO POR TODA PARTE E ACONTECERAM CONVERSÕES DE ESTRANGEIROS, ALÉM DAQUELAS, ATRAVÉS DE FILIPE EM SAMARIA E DE PEDRO NA CASA DE CORNÉLIO, EM CESAREIA, BEM COMO O PRÓPRIO PRIMEIRO-MINISTRO DA ETIÓPIA PREGOU POR LA, QUANDO CHEGOU E GANHOU MUITAS ALMAS.

¹⁹ E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus.

²⁰ E havia entre eles alguns homens chíprios e cirenenses, os quais entrando em Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor JESUS.

²¹ E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor.

Atos 11:19-21

Quem revela o Filho JESUS? – O ESPÍRITO SANTO é quem revela o Filho (Jo 16.14; 1 Co 12.3).

³ Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo ESPÍRITO de DEUS diz: JESUS é anátema, e ninguém pode dizer que JESUS é o Senhor, senão pelo ESPÍRITOSANTO.  1 Coríntios 12:3

¹⁴ Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar João 16:14

  

3. “DEUS não faz acepção de pessoas”

O apóstolo Pedro, um missionário cheio do ESPÍRITO SANTO, reconheceu que todos os seres humanos são alvos do amor de DEUS (At 10.34,35; 11.17,18). De perseguidor dos cristãos, Paulo se tornou o Apóstolo dos gentios (At 9.15,16; 1 Tm 2,7; Tt 2.11). O apóstolo João relata que DEUS se interessa pela salvação de todos os homens (Ap 5.9,10,13; 7.9; 11.15). Com esse entendimento a respeito da natureza ilimitada do plano de salvação de DEUS para os homens, e impulsionada pelo ESPÍRITO SANTO, a Missão da primeira igreja atingiria a escala mundial. Podemos ver isso no ministério de Pedro com o centurião Cornélio (At 10), o trabalho de Filipe (At 8), a igreja missionária em Antioquia (At 13.1-3), bem como em Roma e outras regiões longínquas com o ministério apostólico de Paulo (Rm 15.22-29).

 

JESUS MORREU PARA QUE TODOS OS HOMENS FOSSEM SALVOS

² E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. 1 João 2:2

 

SINÓPSE II - O ESPÍRITO SANTO impulsiona a igreja para fazer Missões, de modo a buscar os povos não alcançados.

  

III – A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO E A OBRA MISSIONÁRIA

1. A função do ESPÍRITO na obra missionária

Dentre as muitas funções do ESPÍRITO SANTO estão as de ungir, inspirar, separar e enviar homens e mulheres para os quatro cantos da terra como missionários do Senhor. Por isso, a obra missionária é uma tarefa ligada à ação exclusiva do ESPÍRITO SANTO. Vemos esse princípio com o nosso Senhor JESUS, que foi ungido pelo ESPÍRITO SANTO para o exercício do seu ministério (Is 61.1-3; Lc 4.17-20). Em outro momento, o ESPÍRITO SANTO não permitiu que os apóstolos ficassem envolvidos com problemas sociais e quaisquer outras atividades que não fosse a evangelização (At 6.1-4). Os cristãos primitivos, por seu turno, eram fiéis em suas contribuições (At 4.32), o que proporcionava condições para que os apóstolos tivessem mais ousadia e poder do ESPÍRITO SANTO para pregar a Palavra de DEUS (At 9.31).

  

2. O ESPÍRITO SANTO capacita para a obra

O ESPÍRITO SANTO é quem escolhe e envia missionários para anunciarem as Boas-Novas de salvação ao mundo (At 8.29; 13.2; 20.28). Em Atos 16, temos uma revelação clara de como o ESPÍRITO SANTO deseja que a ação missionária seja realizada (At 16.4-7). Nesse sentido, o ESPÍRITO SANTO também é o instrutor dos ministros da Palavra de DEUS no exercício da proclamação da mensagem no campo missionário (1 Co 2.1-18). Não por acaso, a ação do poder do ESPÍRITO SANTO na Igreja é a característica mais surpreendente no livro de Atos, a ponto de o livro ter sido chamado de “Os Atos do ESPÍRITO SANTO”. Tanto o ministério público de JESUS quanto o ministério público da Igreja Primitiva foram iniciados sob a experiência do ESPÍRITO SANTO.

  

3. DEUS age por meio do ESPÍRITO SANTO

Na obra “Verdades Pentecostais” (CPAD), o pastor Antonio Gilberto descreve a assistência do ESPÍRITO SANTO na obra missionária. Ele mostra que o ESPÍRITO SANTO escolhe, envia, capacita e direciona os evangelizadores. É o que observamos no livro dos Atos dos Apóstolos, quando o ESPÍRITO SANTO age na vida da Igreja. Ali, fica claro que o DEUS da Bíblia não é o deísta, isto é, impessoal, que se encontra longe do seu povo, mas Ele intervém de modo que deseja estabelecer um relacionamento vivo com a sua Igreja pelo poder ativo do ESPÍRITO SANTO (At 17.28-30). Assim, a Igreja que dá espaço para a atuação do ESPÍRITO SANTO será um celeiro de evangelismo, com eficácia e direção divina. Portanto, essa perspectiva de atividade do ESPÍRITO direta na obra missionária é uma ênfase dos pentecostais.

 

 

SINÓPSE III - Para os pentecostais, o ESPÍRITO SANTO é indispensável à tarefa da obra missionária.

  

Auxílio Missiológico

“A Negligência do Papel do ESPÍRITO na Teoria e Prática Missionária.

Há evidências na história e na teologia missionárias protestantes de que a negligência à pneumatologia tem afetado negativamente a herança missionária ocidental. Não é de surpreender que Lindsell (1949), Allen (1960), Boer (1961), Kane (1974) e Hodges (1977) percebam que o papel do ESPÍRITO SANTO nas missões modernas é grandemente negligenciado. Allen enfatiza que a revelação do ESPÍRITO SANTO como ESPÍRITO missionário em Atos dos Apóstolos faz com que essa parte do Novo Testamento permaneça sozinha. [...] O desenvolvimento da pneumatologia na área de que Allen falou ainda permanece em grande parte subdesenvolvido. Tal negligência só poderia afetar adversamente o conceito de teoria e prática missionárias” (POMERVILLE, Paul A. A Força Pentecostal em Missões: Entendendo a Contribuição dos Pentecostais na Teologia Missionária Contemporânea. 1.ed. Rio de Janeiro: 2020, pp.122-23).

  

CONCLUSÃO

Nesta lição, estudamos uma das mais importantes contribuições dos pentecostais para as missões modernas: o poder do ESPÍRITO SANTO na vida da Igreja. Vimos que assim ocorreu no ministério terreno de JESUS, bem como o ministério terreno da Igreja Primitiva. Tudo isso nos mostra que é indispensável para qualquer projeto missionário que toda obra comece e termine sob o poder e direção do ESPÍRITO SANTO. É essa presença santa que garante o sucesso e eficácia da obra missionária em pleno século XXI.

  

REVISANDO O CONTEÚDO

1. A que nos referirmos com o termo “pentecostal”?

Referimo-nos ao crente que crê que a mesma experiência do ESPÍRITO SANTO que ocorreu com os apóstolos, no dia de Pentecostes, de acordo com o Livro de Atos, pode acontecer hoje também, ou seja, a experiência com o ESPÍRITO SANTO hoje não é diferente da experimentada pelos cristãos do século I (At 2.1-12).

2. Qual é uma das mais significativas contribuições pentecostais para as missões modernas?

É a ênfase do papel indispensável do ESPÍRITO SANTO no complexo desafio de plantar novas igrejas onde CRISTO ainda não foi anunciado.

3. Qual o acontecimento que impulsiona a obra missionária da primeira igreja do Novo Testamento? A descida do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecostes é o acontecimento que impulsiona a obra missionária da primeira igreja.

4. Segundo a lição, como a primeira igreja atingiria a escala mundial de Missões?

Com o entendimento a respeito da natureza ilimitada do plano de salvação de DEUS para os homens, e impulsionada pelo ESPÍRITO SANTO, a Missão da primeira igreja atingiria a escala mundial.

5. Qual é a característica mais surpreendente no Livro de Atos?

A ação do poder do ESPÍRITO SANTO na Igreja é a característica mais surpreendente no livro de Atos, a ponto de o livro ter sido chamado de “Os Atos do ESPÍRITO SANTO”