Escrita Lição 10, Betel, Sofonias, O Fim está Próximo, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

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3° Trimestre de 2023, EBD BETEL, Revista Editora Betel 

TEMA: PROFETAS MENORES DO ANTIGO TESTAMENTO – Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a DEUS. Anunciando a esperança da salvação através do Messias

  

TEXTO ÁUREO

“Naquele dia, se dirá a Jerusalém: Não temas, ó Sião, não se enfraqueçam as tuas mãos.” Sofonias 3.16

 

 

VERDADE APLICADA

É preciso vigiar, orar e permanecer fiel, pois o Senhor DEUS não está indiferente à iniquidade que se multiplica. O Dia do Senhor virá.

  

OBJETIVOS DA LIÇÃO

- Apresentar o cenário da mensagem de Sofonias
- Falar sobre a ira de DEUS sobre Jerusalém
- Extrair lições de Sofonias para os dias de hoje

 

 

TEXTOS DE REFERÊNCIAS - SOFONIAS 1.1-4

1 Palavra do Senhor vinda a Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Hezequias, nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá.
2 Inteiramente consumirei tudo sobre a face da terra, diz o Senhor.
3 Arrebatarei os homens e os animais, consumirei as aves do céu, e os peixes do mar, e os tropeços com os ímpios; e exterminarei os homens de cima da terra, disse o Senhor.
4 E estenderei a minha mão contra Judá e contra todos os habitantes de Jerusalém e exterminarei deste lugar o resto de Baal e o nome dos queimarins com os sacerdotes.

 

Malcã - Provavelmente o mesmo que Moloque, principal deus dos amonitas.

Tradicionalmente entendido como o nome de um deus pagão, cujo culto incluía o sacrifício de crianças, que eram queimadas (Lv 18.21).

 

Quemarins (Sofonias 1:4; traduzido “sacerdotes idólatras” em 2Reis 23:5, e “sacerdotes” em Oséias 10:5). Alguns derivam essa palavra do assírio Kamaru, que significa “derrubar”, e a interpretam como descrevendo os sacerdotes idólatras que se prostram diante dos ídolos.

  

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA Jl 2.2 Dia do Senhor: dia de trevas e tristezas.
TERÇA Am 5.20 Predição da ruína de Israel.
QUARTA Sf 1 Ameaças contra Judá e Jerusalém.
QUINTA Sf 2 Ameaças contra diversas nações.
SEXTA Sf 3.1-8 O castigo de Jerusalém.
SÁBADO Sf 3.9-20 A promessa feita aos fiéis.


HINOS SUGERIDOS: 483, 485, 578

 

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore a DEUS por coragem para anunciar o problema do pecado.

 

PONTO DE PARTIDA - Viver longe de DEUS é viver Seu iminente juízo.

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA

1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta

1.2. A mensagem do profeta 

1.3. Justiça e esperança 

2- A IRA DE DEUS SOBRE JERUSALÉM

2.1. A ira do Senhor 

2.2. O Dia do Senhor 

2.3. Restauração e alegria

3- SOFONIAS PARA HOJE

3.1. As injustiças nossas de cada dia

3.2. Esperança em dias sombrios

3.3. Confiança nas promessas 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

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LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - JOVENS - 3º Trimestre de 2021

Título: Vigilância, justiça e o culto a Deus — Um chamado para a Igreja nos escritos dos profetas menores - Comentarista: Israel Trota

Lição 10: Sofonias: O Dia do Juízo está chegando

Data: 05 de Setembro de 2021

  

TEXTO DO DIA

“Buscai o SENHOR, vós todos os mansos da terra, que pondes por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do SENHOR.” (Sf 2.3).

 

SÍNTESE

A profecia de Sofonias forneceu os fundamentos teológicos para a compreensão de um juízo vindouro que alcançará toda a humanidade.

 

AGENDA DE LEITURA

SEGUNDA — Sl 96.13 O Senhor vem julgar a terra

TERÇA — Hb 4.13 Todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos de Deus

QUARTA — Lm 4.11 A ira de Deus derramada sobre Sião

QUINTA — Pv 18.10 O justo é protegido por DEUS

SEXTA — Tg 1.21,22 A Palavra de Deus traz salvação do juízo vindouro

SÁBADO — 1Ts 5.5-8 A necessidade da vigilância e da sobriedade

 

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

EXPLICAR o contexto histórico e a mensagem principal do livro de Sofonias;

COMENTAR o significado do “Dia do Senhor”;

EXORTAR sobre a necessidade constante da vigilância para nos mantermos preparados para o encontro com Cristo.

 

INTERAÇÃO

Os profetas do Senhor, em especial no Antigo Testamento, nunca se preocuparam com a popularidade ou com a própria vida. A única preocupação deles era declarar ao povo a mensagem de Deus de forma precisa. Na maioria das vezes a mensagem era de juízo e julgamento, e com Sofonias não foi diferente. Ele trouxe uma mensagem contundente a respeito da destruição de Judá e das nações vizinhas (1.1). O livro de Sofonias trata a respeito da punição pelo pecado. Temos um Deus amoroso, justo, santo e que pune o pecado, caso não haja um arrependimento sincero.

Cremos que assim como o juízo divino veio contra Judá, um dia o Senhor também julgará o pecado das nações. Acreditamos no Juízo Final, no acerto de contas da humanidade com o seu Criador. Não sabemos quando se dará esse dia, por isso, somos exortados, segundo as Escrituras Sagradas a vivermos em obediência e a aproveitarmos o tempo da graça.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor(a), reproduza o quadro abaixo. Utilize-o para fazer um resumo do livro do profeta Sofonias e apresente-o na introdução da lição.

 

TEXTO BÍBLICO

Sofonias 1.1-2.

1 — Palavra do SENHOR vinda a Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias, nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá.

2 — Inteiramente consumirei tudo sobre a face da terra, diz o Senhor.

 

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO

O livro de Sofonias adicionou um tom final à compreensão teológica do juízo divino. As oportunidades de Deus foram desperdiçadas pelos israelitas, por causa disto, o “Dia do Senhor” se aproximava. Este livro nos traz uma advertência muito bem fundamentada a respeito da abominação de Deus pelo pecado, igualmente, contém a revelação mais completa do Antigo Testamento sobre o conceito dos profetas em relação ao “Dia do Senhor”.

 

I. SOFONIAS

1. Sua vida. Sofonias significa “o Senhor esconde”. Ele nasceu durante o reinado de Manassés, uma época marcada pelo derramamento de muito sangue inocente (2Rs 21.16; 24.3,4). É provável que o seu nome seja uma menção à proteção que o Senhor lhe deu, visto que foi escondido pelo Senhor das maldades do rei. Enquanto Isaías — segundo a tradição — morreu durante este reinado ímpio, Sofonias nasceu e posteriormente começou a desenvolver o seu ministério. É o único dentre os profetas menores que possuía o sangue da realeza, sendo tataraneto do rei Ezequias (Sf 1.1). Diferente dos outros profetas, sua genealogia retrocede quatro gerações para destacar a sua linhagem real. Por causa de sua nobreza, provavelmente desfrutou do acesso ao palácio durante o reinado de Josias, seu primo distante (640-609 a.C.). Alguns estudiosos chegaram a propor que a reforma religiosa do jovem rei Josias iniciou-se por influência de Sofonias.

2. Contexto histórico. Os pecados de Judá descritos parecem refletir os momentos que a nação viveu antes do início da reforma religiosa de Josias, iniciada apenas no décimo segundo ano do seu reinado (aproximadamente 627 a.C.). O rei Josias se empenhou em banir a idolatria de Judá, purificando os locais sagrados e restabelecendo o verdadeiro culto ao Senhor (2Rs 23.1-25). Acreditamos que Sofonias profetizou por volta de 630 a.C., antes destes acontecimentos, pois a condição de pecado retratada pelo profeta indica que sua profecia se deu em um período pré-reforma, nos primeiros anos do reinado de Josias, visto que o livro denuncia um estado de apostasia em Judá. Sabemos que depois do reinado de Ezequias em Judá, o Reino do Sul sofreu durante cinco décadas com os reinados dos ímpios Manassés e Amom. Foram cinquenta anos de escuridão, pecado, idolatria, assassinatos de profetas, corrupção religiosa e judiciária, paganismo, sincretismo e apostasia em Jerusalém. Sofonias também profetizou a destruição da Assíria; sendo assim, sua mensagem foi entregue antes da queda de Nínive em 612 a.C., ele também não fez menção a Babilônia, indicando que esta nação ainda não tinha se consolidado como uma grande potência internacional. Portanto, a data de 630 a.C., se ajusta a estas conjecturas.

3. Estrutura e mensagem do livro. O livro possui um estilo predominantemente poético e está organizado em três partes principais. Começa anunciando o juízo sobre as nações da terra, incluindo de modo mais detalhado a situação de Judá (Sf 1.1 — 2.3). Na segunda parte há uma particularização de nações estrangeiras que prestarão contas com Deus neste julgamento: Filístia, Moabe, Amom, Etiópia e Assíria (Sf 2.4-15). Por fim, trata do juízo divino sobre Judá. apresentando a purificação do povo e a restauração dos remanescentes fiéis (Sf 3.1-20). “O Dia do Senhor” é um tema que atravessa toda a profecia de Sofonias no fito de indicar o agir de Deus na história, no propósito de concretizar Seus planos. Esse “Dia” tinha como objetivo a instalação da ordem divina no mundo. Logo, antes do “Dia do Senhor” escatológico, existem diversos “dias do Senhor”. A queda de Nínive, da Babilônia e a própria derrocada de Jerusalém são considerados como “dias do Senhor”. Foi a partir desta expressão que surgiu a compreensão de um “Dia do Senhor” escatológico e final. Cremos que há momentos específicos na história em que Deus “se levanta do trono” para fazer valer sua justiça, por isto, devemos viver como servos tementes e vigilantes (Mt 24.42; 25.13).

 

II. O JUÍZO VINDOURO

1. A ira do Senhor. Sofonias iniciou sua mensagem com severidade, destacando que a ira do Senhor consumiria tudo sobre a face da terra (Sf 1.2,3). A ira do Senhor não pouparia Judá, pois Jerusalém praticara o sincretismo religioso e a idolatria (Sf 1.4.5). Naquela época os homens se inclinavam diante de Baal, o deus cananeu da fertilidade. Influenciados pela astrologia os judeus também adoravam o “exército do céu”, expressão que aponta para os corpos celestiais. Eles desprezaram o verdadeiro culto ao Senhor, introduzindo novas formas de adoração em Judá. Eles tentaram misturar o culto ao Senhor com práticas pagãs. Como estamos prestando o nosso culto a Deus? O Senhor estava preparando o holocausto. Os babilônios eram os convidados e Judá seria o sacrifício (Sf 1.7). Em Judá havia idolatria (Sf 1.4-6); líderes corruptos (Sf 1.8); violência e fraude (Sf 1.9). Devemos repensar nossas ações, pois prestaremos contas a Deus de tudo o que fizermos (Sl 96.13). Nossa vida precisa ser santa, assim como nosso culto.

2. Judá não teria imunidade. Os judeus se iludiam com a ideia de que o Dia do Senhor seria um dia de livramento e festa, onde Deus destruiria para sempre os seus inimigos. Jamais esperavam que também fossem julgados nesse dia. Amós foi o primeiro profeta a desmistificar esse pensamento (Am 5.18-20). O juízo do “Dia do Senhor” viria, não contra os inimigos do povo de Deus, mas contra os inimigos do Senhor. Neste contexto, Judá agia como um inimigo do Senhor. Israel já tinha sido destruído em 722 a.C., e agora estava chegando à hora do juízo ser executado em Judá (Sf 1.14). Sofonias descreve esse momento como “dia de angústia e de ânsia, dia de alvoroço e desolação” (Sf 1.15). Nesse dia, os homens ficariam angustiados por causa dos seus pecados (Sf 1.16) e nem mesma a riqueza os livraria (Sf 1.17). Sofonias nos ensina que os recursos humanos jamais reverterão a sentença de Deus. Se não andarmos em conformidade com a Palavra de Deus, o “Dia do Senhor” trará espanto em vez de alegria. É por este motivo que há crentes que se assustam quando pensam sobre a “Segunda Vinda de Cristo”. Mesmo frequentando a igreja, crentes infiéis não serão poupados da ira do Senhor. Não é o lugar ou a adesão a um grupo social que nos salvará, mas a forma como vivemos diante de Deus (Mt 7.20-23).

3. O juízo sobre as outras nações. Para os ímpios judeus, não adiantava tentar se esconder do juízo buscando abrigo em outras nações (Na 1.6). A única atitude que os “esconderia” do “Dia do Senhor” era o arrependimento (Am 5.4-6; Sf 2.3). Assim como Judá, todas as outras nações ímpias provariam da ira do Senhor (Sf 2.11). No capítulo dois, as cidades e locais especificados representavam todas as nações que cercavam territorialmente Israel: Filístia (oeste); Moabe e Amom (leste), Etiópia (sul) e Assíria (norte). A citação destes povos aponta para a amplitude do juízo divino que não ficaria circunscrito apenas em Judá. O Dia do Senhor abarcaria todos os povos pagãos que foram hostis ao Senhor. Sofonias apresenta um Deus ativo que não apenas observa, mas faz a própria história acontecer (Sf 2.9). O profeta nos ensina que aqueles que não querem entregar-se nas mãos da misericórdia de Deus, não serão livrados do derramar de sua justiça.

  

III. O DIA DO JUÍZO ESTÁ CHEGANDO

1. Uma cidade opressora. Os juízos expedidos não pouparam a Cidade Santa, identificada como uma cidade opressora (Sf 3.1). Como nós somos identificados por Deus? É fácil transmitirmos uma boa impressão para as pessoas. Isto é reputação. Deus não se ilude com nossa reputação, porque enxerga o nosso caráter (1Sm 16.7). Reputação é o que somos diante das pessoas, caráter é o que somos quando ninguém está nos vendo. Não nos esqueçamos: os olhos do Senhor contemplam todos os nossos caminhos e ações (Pv 15.3). Em Jerusalém havia rebeldia; desobediência, resistência à correção, corrupção, falta de temor e impiedade. Os habitantes de Jerusalém não ouviam a voz do Senhor (Sf 3.2). Os príncipes foram comparados a animais selvagens e os juízes a lobos devoradores que destruíam qualquer vestígio de justiça (Sf 3.3). Os profetas agiam com leviandade. Os homens que deveriam possuir visão espiritual estavam cegos. Os sacerdotes profanaram o santuário de Jerusalém violentando as leis estabelecidas (Sf 3.4). Sendo Deus justo, não poderia deixar a iniquidade ficar impune (Sf 3.5), portanto, o juízo de Deus estava decretado. Jerusalém seria exterminada e as praças ficariam desertas (Sf 3.6). Não nos enganemos, Deus sabe quem realmente somos e conhece as nossas obras (Ap 2.19).

2. Oportunidade de arrependimento. Apesar de todas as investidas de Deus para que o povo se arrependesse, os judeus permaneceram resolutos em seus pecados ignorando a correção do Senhor. Eles madrugavam com o desejo de pecar. Para eles o pecado não era um acidente, mas um ato idealizado, maquinado e pintado com cores atraentes (Sf 3.7). O Senhor congregaria os povos da terra (Babilônia) e toda a ira do Senhor seria despejada sobre Jerusalém (Sf 3.8). Deus não se congratula com o pecado. Aquele que deseja viver no pecado atrai juízo sobre si (Jr 5.25; Ez 8.18). O Senhor nos dá oportunidades para o arrependimento. A porta da graça está aberta (Is 55.6). Hoje temos a oportunidade de abraçarmos tão grande salvação (Ef 1.13; Rm 2.4). Enquanto o “Dia do Senhor” para Jerusalém representou uma oportunidade de purificação e restauração por meio de um juízo temporário, o “Dia do Senhor” final e escatológico representará a consumação de todas as coisas.

3. Promessas de bênçãos futuras. Depois de apresentar o lado sombrio do “Dia do Senhor”, o profeta encerrou sua mensagem destacando o seu lado festivo. A destruição, apesar de ser gigantesca, não será total, pois não destruirá o selo das promessas para Israel. Sofonias destacou o livramento que Deus concederia aos remanescentes de Israel em meio à destruição das nações. Os justos receberiam “lábios puros” e abandonariam a blasfêmia, servindo a Deus em um mesmo espírito (Sf 3.9). O povo disperso viria de lugares longínquos para adorar ao Senhor (Sf 3.10). A soberba seria extirpada do meio do povo (Sf 3.11). Sofonias foi categórico em afirmar que haveria em Israel um grupo restaurado identificado como “os remanescentes de Israel” (Sf 3.13). A presença de Deus seria perceptível no meio do seu povo (Sf 3.17). No final da história, haverá os remanescentes fiéis, que estarão para todo o sempre diante de Deus. Zelemos e vigiemos para que possamos estar entre os tais.

  

CONCLUSÃO

O julgamento divino profetizado por Sofonias para Jerusalém não foi final, embora tenha sido severo. Foi derramado pedagogicamente, não destrutivamente. O propósito era possibilitar o surgimento de um remanescente purificado. Para o mundo atual, haverá um juízo vindouro muito mais severo, visto que representará o Julgamento Final, marcando o fim das oportunidades. A reflexão escatológica não pode ser ignorada pela Igreja. É urgente e requer de nós vigilância constante.

 

 

HORA DA REVISÃO

 1. Quando Sofonias nasceu e qual a relação do período do seu nascimento com o significado do seu nome?

Ele nasceu durante o reinado do rei Manassés, um rei ímpio que matou muitos profetas (2Rs 21.16; 24.3,4; 2Cr 33.9; Jr 15.4). É provável que o seu nome seja uma menção a proteção que o Senhor lhe deu. Sofonias significa “o Senhor esconde”.

2. Por que a genealogia de Sofonias retrocede quatro gerações?

Para destacar a sua linhagem real. Ele era tataraneto do rei Ezequias (Sf 1.1)

3. “O Dia do Senhor” é um tema que atravessa toda a profecia de Sofonias, sendo assim, qual o significado dessa expressão?

Esta expressão indica o agir de Deus na história com o propósito de concretizar Seus planos. Esse “Dia” tinha como objetivo a instalação da ordem divina no mundo.

4. Quais foram as nações estrangeiras que também enfrentariam o juízo de Deus?

Filístia, Moabe, Amom, Etiópia e Assíria.

5. Qual a mensagem final apresentada por Sofonias?

Ele profetiza bênçãos futuras para Israel.

 

SUBSÍDIO I

 “Há uma simplicidade convincente na mensagem de Sofonias: ele tem apenas um tema, e jamais se desvia dele; essa profecia representa um tratado estruturado sobre o tema do dia do Senhor.

O propósito deste livro profético é predizer o juízo vindouro de Deus contra Judá e contra as nações pagãs vizinhas, com uma visão complementar da restauração realizada por Deus de um remanescente do seu povo, no final do livro.

Sofonias é um livro de vividos contrastes. Comparado com outros profetas, ele pinta um retrato mais sombrio do juízo de Deus, e um retrato mais brilhante do futuro de Israel. O extremo contraste reflete as lealdades religiosas divididas do povo de Judá. De certa forma, a história dos tempos nada tem a dizer a respeito da mensagem de Sofonias. Por todo o livro, há uma sensação de distância de eventos históricos. Sofonias está enraizado no fluxo da história, mas a sua preocupação é apenas com o dia em que os calamitosos esforços humanos para administrar o mundo coincidirão, em um clímax impressionante, com os propósitos do Senhor, de juízo e esperança” (Profetas Menores: Livro de Estudo. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p.157).

 

SUBSÍDIO II

“Em alguns momentos de sua profecia, permeada da expressão escatológica ‘Dia do Senhor’, Sofonias alaúde ao julgamento das nações. Nos versículos 2 e 3 do primeiro capítulo, ele já menciona esse juízo global, e o assunto volta ao final do primeiro e início do segundo capítulo. O texto fala de ‘desolação’ (1.5), homens andando ‘como cegos’ (1.7) e de ‘uma destruição total e apressada’ sobre ‘todos os moradores da terra’ (1.18). Porém, a partir do versículo 4 do capítulo 2, há um julgamento de nações específicas. O julgamento sobre a Filístia compreende os versículos 4 a 7. As quatro cidades citadas no versículo 4 (Gaza, Asquelom, Asdode e Ecrom) pertenciam aos filisteus, que habitavam ao sudeste de Judá. na costa do mar Mediterrâneo.

O juízo sobre Moabe e Amom é assunto dos versículos 8 a 10. Esses povos, lembra Deus, haviam escarnecido do povo do Senhor (2.10) e pagariam por essa soberba e por toda a sua impiedade. Os etíopes também são alvos do juízo divino (2.12). E, posteriormente, no livro de Ezequiel, lemos que ‘a absorção dos territórios de Amom e Moabe está claramente pressuposta nas distribuições da terra no Milênio’” (COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Os Doze Profetas Menores. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.85).

 

 

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LIÇÃO 10, SOFONIAS, O JUÍZO VINDOURO

LIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Para jovens e adultos

Tema: Os Doze Profetas Menores - Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de CRISTO.

Comentários da revista da CPAD: Pr. Esequias Soares

Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto

Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva

QUESTIONÁRIO

 

 

TEXTO ÁUREO

"Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos" (Mt 24.24). 

 

VERDADE PRÁTICA 

No juízo vindouro, DEUS há de julgar todos os moradores da terra, de acordo com as obras de cada um. 

 

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Jr 30.7 Um tempo de angústia para Jacó

Terça – Dn 12.1 Daniel profetizou o tempo de angústia

Quarta – Lc 21.25,26 Uma convulsão geral na sociedade

Quinta – 2 Pe 3.10 Os céus passarão com grande estrondo

Sexta – 1 Ts 5.2,3 Um tempo de destruição

Sábado – Mt 25.31,46 O juízo final

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Sofonias 1.1-10

1 Palavra do SENHOR vinda a Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias, nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá. 2 Inteiramente consumirei tudo sobre a face da terra, diz o SENHOR. 3 Arrebatarei os homens e os animais, consumirei as aves do céu, e os peixes do mar, e os tropeços com os ímpios; e exterminarei os homens de cima da terra, disse o SENHOR. 4 E estenderei a minha mão contra Judá e contra todos os habitantes de Jerusalém e exterminarei deste lugar o resto de Baal e o nome dos quemarins com os sacerdotes; 5 e os que sobre os telhados se curvam ao exército do céu; e os que se inclinam jurando ao SENHOR e juram por Malcã; 6 e os que deixam de andar em seguimento do SENHOR, e os que não buscam ao SENHOR, nem perguntam por ele. 7 Cala-te diante do Senhor JEOVÁ, porque o dia do SENHOR está perto, porque o SENHOR preparou o sacrifício e santificou os seus convidados. 8 E acontecerá que, no dia do sacrifício do SENHOR, hei de castigar os príncipes, e os filhos do rei, e todos os que se vestem de vestidura estranha. 9 Castigarei também, naquele dia, todos aqueles que saltam sobre o umbral, que enchem de violência e engano a casa dos seus senhores. 10 E, naquele dia, diz o SENHOR, far-se-á ouvir uma voz de clamor desde a Porta do Peixe, e um uivo desde a segunda parte, e grande quebranto desde os outeiros.
 

COMENTÁRIOS DA BEP - CPAD

Esboço 
Introdução (1.1)
I.O Julgamento e o Dia do Senhor (1.2—3.8)
A. Julgamento sobre a Terra (1.2,3)
B. Julgamento contra o Povo de Judá (1.4-18)
1. Descrição dos Pecados de Judá (1.4-9)
2. Advertência a Jerusalém (1.10-13)
3. O Grande Dia do Senhor (1.14-18)
C. Chamada ao Arrependimento (2.1-3)
D. Julgamento das Nações (2.4-15)
1. Os Filisteus (2.4-7)
2. Os Amonitas e Moabitas (2.8-11)
3. Os Etíopes (2.12)
4. Os Assírios (2.13-15)
E. Julgamento de Jerusalém (3.1-7)
1. Pecados de Jerusalém (3.1-4)
2. A Justiça Divina contra Jerusalém (3.5-7)
3. Julgamento de Toda a Terra (3.8)
II.A Salvação e o Dia do Senhor (3.9-20)
A. O Remanescente Restaurado e Jerusalém Purificada (3.9-13)
B. O Povo Jubiloso com DEUS no Seu Meio (3.14-17)
C. Promessas Finais a Respeito da Restauração (3.18-20) 

Autor: Sofonias
Tema: O Dia do Senhor
Data: Cerca de 630 a.C. 

Considerações Preliminares
Sofonias, cujo nome significa “o Senhor esconde”, era um tataraneto do rei Ezequias. Ele profetizou durante o reinado de Josias (639-609 a.C.), o último governante piedoso de Judá (1.1). Sua referência a Jerusalém como “este lugar” (1.4), bem como a descrição minuciosa de sua topografia e de seus pecados, indica que residia na cidade. Como parente do rei Josias, tinha imediato acesso ao palácio real. Conforme era de se esperar, suas profecias focalizavam a palavra do Senhor endereçada a Judá e às nações.
Os pecados dos quais Sofonias acusava Jerusalém e Judá (1.4-13; 3.1-7) indicam que ele profetizou antes do reavivamento e reformas promovidas por Josias. Período este marcado pela iniquidade dos reis que antecederam a Josias (Manassés e Amom). Foi somente no décimo segundo ano do reinado de Josias (i.e., 627 a.C.) que o rei empreendeu a purificação do povo com o banimento da idolatria e a restauração do verdadeiro culto ao Senhor. Oito anos mais tarde, ordenaria o conserto e a purificação do templo. Nesta ocasião, foi descoberta uma cópia da Lei do Senhor (cf. 2 Rs 22.1-10). A descrição que Sofonias faz das lamentáveis condições espirituais e morais de Judá deve ter sido escrita por volta de 630 a.C. É provável que a pregação de Sofonias tenha tido influência direta sobre o rei, inspirando-o em suas reformas. O ano de 630 a.C. é também indicado devido a ausência de referências, no livro de Sofonias, à Babilônia, sendo está uma potência reconhecida no cenário internacional. Babilônia só começou a galgar uma posição de destaque com a ascendência de Nabopolassar em 625 a.C. Mesmo assim, Sofonias profetizou a destruição da grande Assíria, evento este ocorrido em 612 a.C., com a queda de Nínive. Jeremias era um contemporâneo mais jovem de Sofonias.

 

Propósito

O objetivo de Sofonias foi advertir Judá e Jerusalém quanto ao juízo divino iminente e ameaçador. O juízo divino é aqui chamado de “o grande dia do Senhor” (1.14). A aplicação imediata da palavra profética era que a apóstata Judá receberia a justa retribuição por sua iniquidade, o mesmo acontecendo com as nações pagãs em derredor, alistadas nominalmente pelo profeta. O alcance imediato da profecia aplica-se à igreja e ao mundo na conclusão da história. Sofonias escreveu, também, para encorajar os fiéis com a mensagem de que DEUS um dia haveria de restaurar o seu povo. Judá, então, cantaria louvores ao DEUS justo que habita no meio do seu povo.

Visão Panorâmica
Na sua maior parte, o livro é uma advertência sóbria a respeito do dia do castigo divino contra o pecado. Embora percebesse um castigo vindouro em escala mundial, (1.2; 3.8), Sofonias focalizava especialmente o julgamento que viria contra Judá (1.4-18; 3.1-7). Ele faz um apelo à nação para que se arrependa e busque o Senhor em humildade antes que o decreto entre em vigor (2.1-3). O arrependimento nacional ocorreu parcialmente durante o reavivamento de Josias (627—609 a.C.).
Sofonias também profetizou o juízo vindouro contra cinco nações estrangeiras: Filístia, Amom, Moabe, Etiópia e Assíria (2.4-15). Depois de dirigir sua atenção aos pecados de Jerusalém (3.1-7), o profeta prediz um tempo em que DEUS reuniria, redimiria e restauraria o seu povo. Os fiéis gritariam de alegria como verdadeiros adoradores do Senhor DEUS, que estaria no meio deles como um guerreiro vitorioso (3.9-20).

Características Especiais
Cinco aspectos caracterizam o livro de Sofonias.

(1) É o único profeta que apresenta uma lista considerável da sua linhagem, remontando quatro gerações até o rei Ezequias.

(2) Contém a revelação mais completa no AT a respeito do “dia do Senhor”.

(3) Demonstra que o povo de DEUS precisa ser confrontado por suas advertências, além de ser consolado com suas promessas.

(4) Contém uma doutrina bem desenvolvida a respeito do remanescente fiel, que seria restaurado no dia da visitação do Senhor (3.9-20).

(5) A revelação de Sofonias a respeito do dia vindouro da ira de DEUS, para os ímpios, e do grande dia da salvação, para seu povo, contribuiu para a revelação do NT sobre o fim dos tempos.

O Livro de Sofonias ante o NT
JESUS pode ter aludido a Sofonias duas vezes (1.2,3, cf. Mt 13.40-42; 1.15; cf. Mt 24.29). Ambas as referências se acham associadas à sua segunda vinda. Os escritores do NT entendiam a mensagem de Sofonias a respeito do “dia do SENHOR” como uma descrição dos eventos escatológicos que terão início na grande tribulação e culminarão quando JESUS voltar para julgar os vivos e os mortos (cf. 1.14 com Ap 6.17; 3.8 com Ap 16.1). Frequentemente, o NT refere-se à segunda vinda de CRISTO e ao dia do juízo como “o Dia” (e.g., 1 Co 3.13; cf. 2 Tm 1.12,18; 4.8).

 

1.1 SOFONIAS. Sofonias profetizou durante o reinado de Josias, rei de Judá (640-609 a.C). A nação achava-se envolvida com a violência e a idolatria. Havia indiferença e zombaria para com o Senhor DEUS. A mensagem de Sofonias foi entregue provavelmente antes do movimento da reforma promovida por Josias. Talvez haja funcionado como a força motivadora que levou o rei a conclamar o povo a renovar a obediência a DEUS e à sua Lei (ver introdução).
1.2,3 INTEIRAMENTE CONSUMIREI TUDO. Sofonias começa, anunciando o juízo divino que virá sobre o mundo todo. Pois a raça humana, de maneira genérica, recusar-se-á a buscar o Senhor. DEUS mesmo determinou um dia em que destruirá todos os ímpios, bem como o próprio mundo. Será um tempo de aflição, angústia, perturbação e ruína (v. 15)
1.4 CONTRA JUDÁ. Judá, o povo de DEUS nos dias de Sofonias, não demoraria em experimentar a ira de DEUS por haver se desviado do Senhor para adorar outros deuses, e por haver se dedicado à violência, à corrupção e à traição (vv. 4-9).
1.5 SE CURVAM AO EXÉRCITO DO CÉU. Esta forma de idolatria grassa nos dias de hoje. Muitos são os que buscam consolo e orientação por meio de sinais astrológicos e horóscopos (cf. Dt 4.19).
1.5 OS QUE... JURANDO AO SENHOR. Muitos em Judá participavam doutras formas de culto enquanto diziam adorar ao Senhor DEUS. Tal mistura é idolátrica e flagrantemente maligna. DEUS não tolerará os que, embora se identifiquem como seus seguidores, participam de atividades pagãs, pecaminosas e imorais. A condenação espreita a todos os que se recusam a se dedicarem como santos ao Senhor.
1.7 O DIA DO SENHOR. Esta profecia aplica-se, em primeiro lugar, à destruição de Judá pelos babilônios em 605 a.C. E, em segundo lugar, ao juízo divino a ser aplicado em escala mundial contra todas as nações no fim dos tempos (cf. Is 2.12; 13.6,9; Jr 46.10; Ez 13.5; 2.1; ver Jl 1.15; Am 5.18). O último dia da ira ainda está por vir (Rm 2.5), e acha-se associado à segunda vinda de CRISTO (Mt 24.29-33; ver 1 Ts 5.2).
1.12 O SENHOR NÃO FAZ BEM NEM FAZ MAL. Muitos em Judá tinham um conceito deísta de DEUS (i.e., de que DEUS não está ativamente envolvido nos assuntos cotidianos da humanidade). Acreditavam que DEUS não castigaria o pecado do povo. (1) Os que adotam tal atitude, descobrirão, com pavor, no dia do juízo, que DEUS os punirá por causa daqueles pecados que não abandonaram. (2) DEUS não está distante dos assuntos humanos, nem deixa de neles envolver-se. Ele recompensará os que o buscam, e condenará os que dEle se desviam para praticar o mal (ver Rm 2.5-11).
2.1-3 CONGREGA-TE Ó NAÇÃO. Sofonias já havia enunciado a iminência do dia da ira divina contra Judá. Dia este que não seria cancelado. A ocasião exata e a certeza do juízo já haviam sido determinadas. A nação teria de ser castigada em consequência de suas apostasias e pecados. Mesmo assim, DEUS oferecia esperança aos que se arrependessem antes daquele dia. Os verdadeiramente justos seriam protegidos pelo Senhor no dia de sua ira.
2.3 BUSCAI O SENHOR... BUSCAI A JUSTIÇA, BUSCAI A MANSIDÃO. O profeta oferece esperança aos que já se haviam voltado ao Senhor. Exorta-os a aprofundar sua dedicação a DEUS e aos seus caminhos. E o Senhor, quem sabe, haveria de protegê-los quando viesse castigar o povo. Os fiéis deviam buscar três coisas se quisessem experimentar o avivamento e novas bênçãos da parte do Senhor. Três coisas igualmente essenciais aos crentes de hoje.

(1) Buscar o próprio DEUS. Seus corações deviam voltar-se a Ele com profundo desejo de conhecê-lo e amá-lo como seu Senhor e protetor segundo o concerto (cf. Jr 29.13). (

2) Buscar a justiça, conforme definida na Palavra de DEUS, como sua maneira de vida (cf. Is 1.21; Am 5.24; Mt 6.33). (3) Buscar a humildade, reconhecendo a própria insuficiência e necessidade em submeter-se a DEUS (cf. Nm12.3; Sl 45.4; Pv 15.33).
2.4-15 GAZA SERÁ DESAMPARADA. Depois de advertir Judá, Sofonias profetiza o castigo divino que viria sobre as nações vizinhas, todas pecaminosas e idólatras.
2.10 ESCARNECERAM E SE ENGRANDECERAM CONTRA O POVO DO SENHOR. O mundo incrédulo ofende e zomba dos que são de DEUS, e dedicam-se aos padrões retos e santos da sua Palavra. (1) Semelhante tratamento é inevitável num mundo que está sob o controle de Satanás, é e dominado pelos que têm a mente obscurecida (cf. 2 Co 4.4; Ef 2.2,3; 4.18). O próprio JESUS sofreu zombaria e censuras enquanto se encontrava na terra (ver Mt 27.39-44; cf. Sl 69.10). (2) A perseguição aos justos não durará para sempre. DEUS determinou um dia em que vindicará os que permaneceram leais aos seus caminhos. O justo castigo ele reservou aos que zombam dos fiéis.
3.1-7 AI... DA CIDADE OPRESSORA! Depois de condenar as nações pagãs, Sofonias volta a atenção aos pecados de Jerusalém e do povo de DEUS, por haverem se oposto a DEUS e à sua Lei. A decadência moral penetrara em todos os níveis da sociedade, e o povo já não queria ouvir os profetas do Senhor.
3.3,4 SEUS PRÍNCIPES... JUÍZES... PROFETAS... SACERDOTES. Estas eram as quatro principais categorias de líderes em Judá. DEUS os condenou por não serem santos e justos.

(1) Os príncipes e juízes pervertiam a Lei, e abusavam de seus cargos para obter dinheiro e propriedades.

(2) Os profetas alteravam a mensagem divina a fim de obter popularidade e a aprovação do povo.

(3) Os sacerdotes profanavam a casa de DEUS ao violarem seus princípios e viverem vidas imorais.

(4) Devemos resistir aos líderes que toleram ou promovem o mundanismo e a imoralidade em nome de DEUS. Em lugar deles, coloquemos líderes e leigos que preservem os padrões divinos. Estes jamais podem ser rebaixados a fim de acomodar os pecados de líderes profanos.
3.5 O SENHOR É JUSTO... NÃO COMETE INIQÜIDADE. Embora os seres humanos fracassem e caiam no pecado, DEUS continuará justo. Tal verdade é inerente à sua natureza.

(1) O Senhor DEUS é veraz, reto e justo em todos os seus caminhos (cf. Dt 32.4). Mantenhamos, pois, a fé na sua justiça infalível.

(2) Embora aconteçam-nos coisas que não conseguimos entender, permaneçamos convictos de que seu amor e fidelidade jamais hão de cessar. Ele opera em nossa vida o que é certo. DEUS não pode falhar
3.9-20 PARA QUE TODOS INVOQUEM O NOME DO SENHOR. Sofonias passa, agora, a examinar o plano divino em redimir as nações depois de haverem sido estas purificadas pelo juízo. Um dia, as nações serão reconciliadas com DEUS, e hão de invocá-lo e servi-lo. Estas promessas serão cumpridas durante o Milênio, quando CRISTO estiver reinando sobre o mundo inteiro (ver Ap 20.4).
3.10 DALÉM DOS RIOS DA ETIÓPIA. A Etiópia era uma das terras mais distantes de Israel naqueles tempos. Além da Etiópia, as demais nações trarão oferendas a DEUS em Jerusalém (cf. Is 66.18,20).
3.11 NAQUELE DIA. Quando DEUS levar as nações ao verdadeiro conhecimento, Ele restaurará os infortúnios do seu próprio povo (v. 20).
3.14-17 REGOZIJA-TE E EXULTA. O povo de DEUS deve regozijar-se por causa da sua salvação. A alegria do coração não é uma reação carnal; é uma reação sobrenatural, que resulta da atividade redentora em nossa vida. O regozijo vem-nos porque:

(1) somos perdoados e não mais castigados pelos nossos pecados (v. 15);

(2) nosso inimigo já foi derrotado, i.e., fomos libertados da escravidão de Satanás e do pecado (v. 15);

(3) DEUS está conosco, e nos dá sua comunhão, graça e ajuda durante a nossa vida (vv. 15-17; cf. Hb 4.16); e

(4) somos objetos do grande amor e deleite de DEUS (v. 17). Estas condições prévias à exultação acham-se à disposição daqueles que têm pleno conhecimento do que DEUS tem feito em nosso favor mediante o seu Filho (ver Ef 1.17,18; 3.16-20). Nossa alegria chegará ao clímax no dia em que DEUS manifestar plenamente a sua glória e majestade na terra (cf. Is 35.1-10).
 

Outro resumo do livro

Sofonias significa “o Senhor esconde” ou protege.

Essa proteção da justiça do Dia do Senhor está em  Sofonias capítulo 2 versículo 3. 

Sofonias 3.8 e 12.

O profeta é identificado no primeiro versículo como trineto de Ezequias (sem dúvidas o rei que reinara setenta e cinco anos antes).

Diante disto, conclui-se que Sofonias foi o único Profeta Menor pertencente à família real.

Data em que foi escrito –

Entre 630 e 625 a.C., aproximadamente.

 

O objetivo dessa profecia era divulgar um chamado de undécima hora à nação, condenando sua idolatria e advertindo o povo sobre o grande dia da ira divina que estava para vir.

Além desse aviso, Sofonias enfatizou novamente os resultados finais do julgamento de Israel, que seria um povo purificado e humilde, restaurado pelo Senhor, e este passaria a habitar no meio deles.

 

I. O Autor e a Época da Profecia, 1:1

II. As Profecias de Juízo - 1:2 - 3:8

a. Juízo contra Judá, 1:2-18

b. Uma exortação ao arrependimento, 2:1-3

c. Juízo contra as nações Gentílicas 2:4-15

d. Juízo contra Jerusalém, 3:1-7

e. Juízo contra as nações 3:8

III. As Profecias de Bênçãos, 3:9-20

a. Futuras Bênçãos para os gentios, 3:9-10

b. Futuras Bênçãos para os judeus, 3:11-20

 

II. As Profecias de Juízo

a. Contra Judá

Jeová está no meio da terra para julgar (3:5 e 1:17).

Primeiro Ele analisa Judá.

O sacrifício apresentado é o juízo contra Judá.

Os convidados consagrados são os caldeus (Isaias 13:3; 34:6; Jeremias 46:10; Ezequiel 39:17).

O quadro final é apresentado em Apocalipse 19:17-18. Quão torturante deve ser o juízo quando DEUS santifica os pagãos babilônicos como seus sacerdotes para matar os animais do sacrifícios!

Posteriormente, DEUS pronuncia a sua condenação contra todos os que adoram ídolos.

A terra precisa ser libertada da idolatria, por detrás de cada ídolo há um demônio escravizando o povo.

Os príncipes são denunciados, bem como toda classe de pecadores  (1:7-13).

E, finalmente, são condenados os que se afastaram do Senhor.

Sobre todos virá o grande e terrível Dia do Senhor.

O Dia do Senhor é mencionado sete vezes nesta profecia. O futuro Dia do Senhor é o período da Grande Tribulação e do milênio.

(veja Apocalipse 6:1-17). Judá foi avisado de que o “dia do Senhor” estava a caminho, quando haveria um especial ajuste de conta.

b. Uma exortação ao arrependimento (2:1-3)

DEUS não proclama o seu juízo vindouro sem indicar ao mesmo tempo os meios para evitar a provação.

O dia de arrependimento é uma gloriosa oportunidade, mas ele passa tão depressa como a palha que é levada pelo vento.

Eles devem valer dessa oportunidade agora.

A porta do arrependimento estava até então escancarada para qualquer pessoa entrar.

c. Os juízos contra as Nações Gentílicas(2:4-15)

São indicados quatro cantos do globo, onde indicam que o juízo de DEUS ,que será universal.

O DEUS de Israel  é Senhor do  Universo, o DEUS das Nações.

Os ídolos dos inimigos serão destruídos, eles terão de adorar ao Senhor.

d. O juízo contra Jerusalém(3: 1-7)

Para ver como Jerusalém estava manchada, leia (Jeremias 5:1; 19:5; 23:13-14; 32:35).

A ganância é tão grande que  nada deixam de resto para o dia seguinte.

DEUS esperava de Jerusalém mais obediência e fé por ser a cidade tão favorecida e privilegiada.

Cidade opressora, pois subtraía o direito dos pobres, dos órfãos e das viúvas.

Jerusalém se fazia surda, não ouvia a voz de DEUS na Lei e pelas bocas dos profetas.

Não confiava em DEUS, mas em si mesma.

Não se aproximava do seu DEUS em fé, adoração e arrependimento, mas alienava-se dele embora ele buscasse estar perto dela(Deuteronômio 4:7).

O povo era expressão dos seus líderes.

Os príncipes, profetas e sacerdotes, recebem condenação especial.

Não houve condenação contra Josias porque este era um rei piedoso e temente a DEUS.

PRÍNCIPES eram como leões insaciáveis, andavam sempre em busca de mais presa.

PROFETAS não eram pastores, mas sim lobos vorazes devoradores(1:8-9; Zc 11:4; Miquéias 2:2).

JUÍZES legislavam em causa própria, devoravam tudo, não deixava nada para outro dia.

Quem devia dar bons exemplos, como líderes que eram, faziam contaminar as nações por seus maus exemplos e caminhos tortos.

Nem mesmo o triste destino das dez tribos levou o reino do sul a enveredar do caminho de pecado contra DEUS.

e. O juízo contra as nações

Os piedosos devem esperar o juízo de DEUS contra as nações, pois isto resultará na sua redenção.

De acordo com eruditos, que fielmente trabalham no texto do Antigo Testamento, o versículo  8 é o único da A. T. em que ocorrem todas as letras do alfabeto hebraico.

 

III. As Profecias de Bênçãos (3:9-20)

Os gentios  Depois de derramar sua ira contra os ímpios entre as nações, estão, no programa de suas misericórdias sobre os gentios e lhes darão uma língua pura para que O adorem.

As nações  aprendem  a justiça  mediante o julgamento.

Estas  invocarão  o nome  do Senhor, o que  significa  restauração das condições indicadas em  Gênesis 4:26 . Isto ocorrerá  na  era milenar.

As futuras  Bênçãos para os Judeus (Sofonias 3:11-20) –

O profeta  conclui  com as mais   maravilhosas  promessas  da  restauração  futura de Israel e de uma situação feliz do povo de DEUS nos últimos dias. 

O remanescente dos remidos voltará a Sião purificado,  humilhado, confiante, exultante com suas ofertas.

Eles se estabelecerão em  sua  terra e  JESUS  estará  no  meio  deles (Sofonias 3:15, 17). 

Sião será ,então, uma alegria entre as nações e uma bênção para toda a terra, conforme promessa feita por DEUS a Abraão (Gênesis 12:1-3).

O Júbilo de Sofonias (Sofonias 3, versículos 14 e20) deve referir-se a algum acontecimento além do dia em que o remanescente voltará depois do cativeiro da Babilônia.

Deve, portanto referir-se ao dia em que o próprio Senhor JESUS CRISTO se assentará no trono de Davi, quando seu povo se congregará dos quatro cantos da terra (Sofonias3 versículo 19).

Esta profecia será abençoadamente cumprida no tempo em que CRISTO vier pela Segunda vez a terra para reinar em Poder e Grande Glória.

 

 

INTERAÇÃO 

Se DEUS é bom, por que Ele castigará algumas pessoas eternamente? Esta é a indagação de muitos. Nas Escrituras, DEUS é descrito como o justo juiz. No Antigo Testamento Ele pronunciou juízos contra Israel e outras nações. Em o Novo Testamento o Altíssimo julgou Ananias e Safira (At 5.1-11 ). E no fim dessa era o Eterno, através de seu Filho, julgará todos os homens da terra, de acordo com as obras de cada um. Esses fatos demonstram um DEUS que ama o bem e odeia o mal. Isso mesmo! A justiça de DEUS é uma resposta retumbante contra o malcriado pelo Diabo e praticado pelos homens. O Dia do Senhor vem! 

 

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Explicar a estrutura e a mensagem do livro de Sofonias. 

Compreender a linguagem predominante no livro de Sofonias.   

Saber que Juízo de DEUS é uma doutrina bíblica irrevogável. 

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 

Professor, para a aula de hoje sugerimos que você reproduza, de acordo com as suas possibilidades, o esquema abaixo. Utilize-o logo na introdução para explicar que o livro de Sofonias é predominantemente poético. Ele pode ser dividido em três partes: a primeira, o juízo contra as nações, incluindo Judá; a segunda, a descrição dos povos vítimas do juízo divino e a terceira o juízo de Jerusalém e a restauração do remanescente fiel. Explique que o tema "Dia do Senhor" é o assunto central do profeta Sofonias.

 

ESBOÇO DO LIVRO DE SOFONIAS

Introdução (1.1)

Silêncio! O Temível Dia do Senhor (1.2 — 2.3)

O julgamento do Senhor (1.2,3)

O julgamento contra Judá (1.4-18)

A Chamada para o Arrependimento (2.1-3)

Profecias contra as Nações (2.4-15)

Os filisteus (vv.4-7)

Os amonitas e moabitas (vv.8-11)

Os etíopes (v.12)

Os assírios (vv. 13,15)

Julgamento de Jerusalém (3.1-8)

Os pecados de Jerusalém (vv.1-4)

A justiça divina contra Jerusalém (vv. 5-7)

Julgamento de toda terra (v.8)

Salvação e o Dia do Senhor (3.9-20)

O remanescente restaurado e Jerusalém purificada (vv.9-13)

A alegria do povo com DEUS (vv.14-17)

Promessas a respeito da restauração final (vv.18-20)

 

RESUMO DA LIÇÃO 10, SOFONIAS, O JUÍZO VINDOURO

I. O LIVRO DE SOFONIAS 

1. Contexto histórico.

2. Genealogia.

3. Estrutura e mensagem.

II. O JUÍZO VINDOURO 

1. Toda a face da terra será consumida (v.2).

2. A linguagem de Sofonias. 

3. Descrição detalhada.  

III. OBJETIVO DO LIVRO 

1. Sincretismo dos sacerdotes.

2. Sincretismo do povo.

3. O modismo do povo e a violência dos príncipes.

IV. "O DIA DO SENHOR" 

1. Significado bíblico.

2. O sacrifício e seus convidados.

 

SINÓPSE DO TÓPICO (1) O livro de Sofonias apresenta juízo divino contra as nações e Judá; o julgamento global; o castigo de Jerusalém e a restauração do remanescente fiel.  

SINÓPSE DO TÓPICO (2) A proclamação do juízo vindouro é o anúncio da tragédia global descrita em Sofonias 3.6-8.

SINÓPSE DO TÓPICO (3) O objetivo do livro de Sofonias é anunciar o juízo de DEUS sobre as nações e as mazelas sociais e religiosas praticadas pela humanidade 

SINÓPSE DO TÓPICO (4) A expressão o "Dia do Senhor" indica o período para o acerto de contas entre DEUS e todos os moradores da terra. Esse período é chamado também de Grande Tribulação.  

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO 

Subsídio Teológico

"[O Juízo Final]

Não há ninguém na Escritura que possa dizer mais sobre isso do que o Senhor JESUS. Ele advertiu repetidamente a respeito do iminente julgamento dos que não se arrependem (Lc 13.3,5). Ele falou muito mais sobre o inferno do que sobre o céu, usando sempre os termos mais nítidos e perturbadores. A maior parte do que sabemos sobre o destino eterno dos pecadores veio dos lábios do Salvador. E nenhuma das descrições bíblicas do juízo é mais severa ou mais intensa do que aquelas feitas por JESUS.

No entanto, Ele sempre falou sobre essas coisas usando os tons mais ternos e compassivos. Ele sempre insiste para que os pecadores abandonem os seus pecados, reconciliem-se com DEUS, e se refugiem nEle para que não entrem em julgamento. Melhor do que qualquer outro, CRISTO conhecia o elevado preço do pecado e a severidade da cólera divina contra o pecador, pois iria suportar toda a força dessa cólera em benefício daqueles que redimiu. Portanto, ao falar sobre essas coisas, Ele sempre usou a maior empatia e a menor hostilidade" (MACARTHUR JR., John. A Segunda Vinda. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.180).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

MACARTHUR JR., John. A Segunda Vinda. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. 

 

SAIBA MAIS 

Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 52, p.41.

 

QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 10, SOFONIAS, O JUÍZO VINDOURO

Responda conforme a revista da CPAD do 4º Trimestre de 2012

Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas

 

1- Complete:

"Porque surgirão __falsos__ cristos e __falsos__ profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, __enganariam__ até os escolhidos" (Mt 24.24). 

 

VERDADE PRÁTICA 

2- Complete:

No __juízo__ vindouro, DEUS há de __julgar__ todos os moradores da terra, de acordo com as __obras__ de cada um. 

 

COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO 

3- Em que se destaca Sofonias?

(    ) Pela intrepidez do juízo divino contra Judá e os gentios.

 

I. O LIVRO DE SOFONIAS 

4- Qual o contexto histórico de Sofonias?

(    ) Sofonias exerceu o seu ministério "nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá" (v. 1).

(    ) Josias reinou entre 640 e 609 a.C.

(    ) A reforma religiosa do rei de Judá aconteceu em 621 a.C., "no ano décimo oitavo" do seu reinado (2 Rs 22.3).

(    ) Quando ocorreu a reforma, Jeremias exercia o ofício de profeta há cinco anos.

(    ) O seu chamado deu-se "no décimo terceiro ano do [...] reinado" de Josias (Jr 1.2).

(    ) Esse período corresponde a 627 a.C.

(    ) É possível que, na reforma, o rei fora encorajado por esses profetas.

(    ) Evidências internas apontam para um tempo de pré-reforma em Judá, denunciando os desmandos dos reis Manassés e Amom (2 Rs 21.16-24).

 

5- Qual a genealogia de Sofonias?

(    ) É comum a menção do nome paterno nos livros dos profetas. Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oseias, Joel e Jonas, trazem essa informação.

(    ) Sofonias, porém, descreve a sua genealogia: "Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias" (v.1).

(    ) A citação do nome do pai estabelecia o direito tanto à herança quanto à posição social ou aquisição de poder.

(    ) A ausência de paternidade demonstra que tal profeta não adveio de família tradicional.

(    ) Sofonias era trineto de Ezequias, que também fora rei de Judá. Isso lhe garantia livre acesso no governo real, bem como noutros segmentos da sociedade.

 

6- Qual a estrutura e mensagem de Sofonias?

(    ) Os meios de comunicação dos oráculos divinos aos profetas eram a palavra e a visão.

(    ) Os porta-vozes do Eterno deixam isso claro no prólogo de seus livros (v.1a).

(    ) O estilo poético predomina em todo o livro de Sofonias.

(    ) O oráculo está organizado em três partes principais: a primeira anuncia o juízo contra as nações da terra, incluindo Judá (1.1-2.3).

(    ) A segunda especifica os povos nesse julgamento global - Filístia, Moabe, Amom, Etiópia e Assíria (2.4-15).

(    ) E a terceira parte trata do castigo de Jerusalém e da restauração dos remanescentes fiéis (3.1-20).

(    ) O tema do "Dia do Senhor" ocupa todo o oráculo divino. 

 

II. O JUÍZO VINDOURO 

7- O que quer dizer "Toda a face da terra será consumida" (v.2)?

(    ) Após o dilúvio, DEUS prometeu não mais destruir a terra com água (Gn 9.11-16).

(    ) Desde então, a palavra profética anunciou o juízo vindouro pela destruição através do fogo (1.18; 3.8; Jl 2.3; 2 Pe 3.7; Ap 16.8).

(    ) A declaração "inteiramente consumirei tudo sobre a face da terra" (v.2) refere-se à tragédia global referida em 3.6-8.

(    ) Note que a expressão "face da terra" é igualmente usada no anúncio da tragédia do dilúvio (Gn 6.7; 7.4).  

 

8- Qual a linguagem de Sofonias?

(    ) A hipérbole é uma figura de linguagem que consiste em dar à sua significação uma ênfase exagerada.

(    ) A hipérbole aparece na Bíblia e, por isso, alguns expositores veterotestamentários defendem o uso de uma linguagem hiperbólica para o livro de Sofonias.

(    ) Eles consideram forte demais a descrição do aniquilamento natural de aves, peixes, animais, seres humanos, nações e cidades (1.3; 3.6).

 

9- Dê a descrição detalhada e mais provável sobre a linguagem usada por Sofonias: Complete:

É verdade que na Bíblia há o emprego de hipérbole (Mt 11.23; Jo 12.19 etc.). Mas não é o caso, aqui, em Sofonias! A descrição "os homens e os animais, __consumirei__ as aves do céu, e os peixes do mar" (v.3) representa o reverso da criação registrada em Gênesis (1.20-26). Ela corresponde à __destruição__ universal e literal da criação (Ap 16.1-21). O dilúvio, por exemplo, foi literal e global, mas a família de Noé foi salva (1 Pe 3.20), assim como os filhos de Israel foram poupados das __pragas__ do Egito (Êx 9.4; 10.23; Nm 3.13). 

 

III. OBJETIVO DO LIVRO 

10- Como era o sincretismo dos sacerdotes na época de Sofonias?

(    ) A expressão "quemarins com os sacerdotes" (v.4) aponta para o sincretismo da religião de Israel com o paganismo.

(    ) "Quemarins" é o plural do hebraico komer usado para "sacerdote pagão" e aparece apenas três vezes no Antigo Testamento (2 Rs 23.5; Os 10.5).

(    ) Apesar da origem levítica, os sacerdotes estavam envolvidos no sincretismo religioso pagão.

 

11- Como era o sincretismo do povo na época de Sofonias?

(    ) Sabeísmo é a prática pagã dos sabeus; o povo da rainha de Sabá.

(    ) Seu culto resumia-se na prática de adivinhação e na astrologia.

(    ) Judá envolveu-se nesse tipo de paganismo (2 Rs 23.5; Jr 8.2; 19.13).

(    ) Malcã ou Milcom (ARA e TB), ou ainda Moloque (NVI), era o deus nacional dos amonitas (1 Rs 11.5-7).

(    ) Sofonias denunciou o povo por adorar a Jeová numa cerimônia comum com essa asquerosa divindade (v.5).

(    ) Isso exemplifica a realidade do ritual sincrético no meio do povo escolhido.

 

12- Como era o modismo do povo e a violência dos príncipes na época de Sofonias? Complete:

Não havia nada de errado em alguém vestir a roupa do __estrangeiro__. O problema da "vestidura estranha" (v.8) era o __compromisso__ religioso de tal indumentária com o paganismo (2 Rs 10.22). Os príncipes de Judá, provavelmente filhos de Manassés ou Amom (pois Josias era bem novo para ter filhos nessa idade), serão duramente __castigados__ por causa da violência e do engano (v.9). O objetivo do castigo divino é exterminar o baalismo, o sincretismo, as práticas divinatórias e as __injustiças__ sociais. 

 

IV. "O DIA DO SENHOR" 

13- Qual o significado bíblico de "Dia do Senhor" ? Complete:

O termo hebraico para "dia" é yom, que pode ser "dia" no sentido literal (Jó 3.3) ou período de tempo (Gn 2.4). Assim, "o dia do SENHOR" (v.7) ou as fraseologias similares "dia da ira do SENHOR" (2.2,3) e "naquele dia" (1.10), indicam o período reservado por DEUS para o __acerto__ de contas com todos os moradores da __terra__ (Is 13.6,9; Ez 13.5; Jl 1.15; 2.1). Esse período também é chamado de __Grande__ Tribulação (Ap 7.14). O julgamento de Judá e das nações vizinhas é o prenúncio do __juízo__ vindouro.

 

14- O que quer dizer "sacrifício e seus convidados"?

(    ) A profecia afirma que Jeová "preparou o sacrifício e santificou os seus convidados" (v.7).

(    ) Aqui, essa sentença é chamada de "sacrifício", uma metáfora usada pelos profetas para indicar o juízo (Is 34.6; Jr 46.10; Ez 39.17-20).

(    ) O verbo hebraico para "santificar" é qadash, cuja ideia básica consiste em "separar, retirar do uso comum" (Lv 10.10).

(    ) Assim, os babilônios foram separados por DEUS para a execução da ira divina sobre o povo de Judá (v.10). 

 

CONCLUSÃO 

15- Complete:

O juízo vindouro não é assunto __descartável__. Os profetas trataram dele, bem como o Senhor JESUS CRISTO e seus __apóstolos__. Fica aqui um alerta para os promotores da teologia da __prosperidade__ (Fp 3.19-21). Infelizmente, entre muitos cristãos, os assuntos escatológicos são motivos de chacotas e risos. No entanto, DEUS não se deixa escarnecer. O seu __juízo__ é certo e verdadeiro e virá sobre todos os que praticam a iniquidade.

 

RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO NA LEITURA DA LIÇÃO ABAIXO

 
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 Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2012

Título: Os Doze Profetas Menores — Advertências e consolações para a santificação da Igreja de CRISTO - Comentarista: Esequias Soares

Lição 10: Sofonias — O juízo vindouro - Data: 9 de Dezembro de 2012

 

TEXTO ÁUREO

“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24).

 

VERDADE PRÁTICA

No juízo vindouro, Deus há de julgar todos os moradores da terra, de acordo com as obras de cada um.

 

HINOS SUGERIDOS - 275, 300, 371.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jr 30.7 Um tempo de angústia para Jacó

Terça - Dn 12.1 Daniel profetizou o tempo de angústia

 Quarta - Lc 21.25,26 Uma convulsão geral na sociedade

Quinta - 2 Pe 3.10 Os céus passarão com grande estrondo

Sexta - 1 Ts 5.2,3 Um tempo de destruição

Sábado - Mt 25.31,46 O juízo final

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Sofonias 1.1-10.

1 - Palavra do SENHOR vinda a Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias, nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá.

2 - Inteiramente consumirei tudo sobre a face da terra, diz o SENHOR.

3 - Arrebatarei os homens e os animais, consumirei as aves do céu, e os peixes do mar, e os tropeços com os ímpios; e exterminarei os homens de cima da terra, disse o SENHOR.

4 - E estenderei a minha mão contra Judá e contra todos os habitantes de Jerusalém e exterminarei deste lugar o resto de Baal e o nome dos quemarins com os sacerdotes;

5 - e os que sobre os telhados se curvam ao exército do céu; e os que se inclinam jurando ao SENHOR e juram por Malcã;

6 - e os que deixam de andar em seguimento do SENHOR, e os que não buscam ao SENHOR, nem perguntam por ele.

7 - Cala-te diante do Senhor JEOVÁ, porque o dia do SENHOR está perto, porque o SENHOR preparou o sacrifício e santificou os seus convidados.

8 - E acontecerá que, no dia do sacrifício do SENHOR, hei de castigar os príncipes, e os filhos do rei, e todos os que se vestem de vestidura estranha.

9 - Castigarei também, naquele dia, todos aqueles que saltam sobre o umbral, que enchem de violência e engano a casa dos seus senhores.

10 - E, naquele dia, diz o SENHOR, far-se-á ouvir uma voz de clamor desde a Porta do Peixe, e um uivo desde a segunda parte, e grande quebranto desde os outeiros.

 

·       Malcã - Provavelmente o mesmo que Moloque, principal deus dos amonitas.

Tradicionalmente entendido como o nome de um deus pagão, cujo culto incluía o sacrifício de crianças, que eram queimadas (Lv 18.21).

 

·       Quemarins (Sofonias 1:4; traduzido “sacerdotes idólatras” em 2Reis 23:5, e “sacerdotes” em Oséias 10:5). Alguns derivam essa palavra do assírio Kamaru, que significa “derrubar”, e a interpretam como descrevendo os sacerdotes idólatras que se prostram diante dos ídolos.

  

INTERAÇÃO

Se Deus é bom, por que Ele castigará algumas pessoas eternamente? Esta é a indagação de muitos. Nas Escrituras, Deus é descrito como o justo juiz. No Antigo Testamento Ele pronunciou juízos contra Israel e outras nações. Em o Novo Testamento o Altíssimo julgou Ananias e Safira (At 5.1-11). E no fim dessa era o Eterno, através de seu Filho, julgará todos os homens da terra, de acordo com as obras de cada um. Esses fatos demonstram um Deus que ama o bem e odeia o mal. Isso mesmo! A justiça de Deus é uma resposta retumbante contra o malcriado pelo Diabo e praticado pelos homens. O Dia do Senhor vem!

 

OBJETIVOS

 Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Explicar a estrutura e a mensagem do livro de Sofonias.

Compreender a linguagem predominante no livro de Sofonias.

Saber que juízo de Deus é uma doutrina bíblica irrevogável.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 Professor, para a aula de hoje sugerimos que você reproduza, de acordo com as suas possibilidades, o esquema abaixo. Utilize-o logo na introdução para explicar que o livro de Sofonias é predominantemente poético. Ele pode ser dividido em três partes: a primeira, o juízo contra as nações, incluindo Judá; a segunda, a descrição dos povos vítimas do juízo divino e a terceira o juízo de Jerusalém e a restauração do remanescente fiel. Explique que o tema “Dia do Senhor” é o assunto central do profeta Sofonias.

 

ESBOÇO DO LIVRO DE SOFONIAS

 Introdução ......................................................................................................... (1.1)

 Silêncio! O Temível Dia do Senhor ..................................................................... (1.2 — 2.3)

   •    O julgamento do Senhor ....................................................................... (1.2,3)

   •    O julgamento contra Judá .................................................................... (1.4-18)

   •    A Chamada para o Arrependimento ................................................... (2.1-3)

 Profecias contra as Nações ................................................................................... (2.4-15)

   •    Os filisteus ............................................................................................... (vv.4-7)

   •    Os amonitas e moabitas ......................................................................... (vv.8-11)

   •    Os etíopes ................................................................................................ (v.12)

   •    Os assírios ................................................................................................ (vv.13,15)

 Julgamento de Jerusalém ..................................................................................... (3.1-8)

   •    Os pecados de Jerusalém ...................................................................... (vv.1-4)

   •    A justiça divina contra Jerusalém ........................................................ (vv.5-7)

   •    Julgamento de toda terra ...................................................................... (v.8)

Salvação e o Dia do Senhor .................................................................................... (3.9-20)

   •    O remanescente restaurado e Jerusalém purificada ......................... (vv.9-13)

   •    A alegria do povo com Deus ................................................................... (vv.14-17)

   •    Promessas a respeito da restauração final ........................................... (vv.18-20)

 

COMENTÁRIO

Palavra-Chave - Juízo: Ato, processo ou efeito de julgar; julgamento.

 introdução

  Nesta lição, estudaremos o oráculo de Sofonias. Ele se destaca pela intrepidez do juízo divino contra Judá e os gentios. O profeta anuncia o julgamento universal descrito como a reação de Deus aos pecados cometidos pelos moradores de toda a terra. Sofonias, porém, aborda o julgamento divino numa perspectiva escatológica de restauração.

 

1. O LIVRO DE SOFONIAS

 1. Contexto histórico. Sofonias exerceu o seu ministério “nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá” (v.1). Josias reinou entre 640 e 609 a.C. A reforma religiosa do rei de Judá aconteceu em 621 a.C, “no ano décimo oitavo” do seu reinado (2 Rs 22.3). Quando ocorreu a reforma, Jeremias exercia o ofício de profeta há cinco anos. O seu chamado deu-se “no décimo terceiro ano do [...] reinado” de Josias (Jr 1.2). Esse período corresponde a 627 a.C. É possível que, na reforma, o rei fora encorajado por esses profetas. Evidências internas apontam para um tempo de pré-reforma em Judá, denunciando os desmandos dos reis Manassés e Amom (2 Rs 21.16-24).

2. Genealogia. É comum a menção do nome paterno nos livros dos profetas. Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oseias, Joel e Jonas, trazem essa informação. Sofonias, porém, descreve a sua genealogia: “Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias” (v.1). A citação do nome do pai estabelecia o direito tanto à herança quanto à posição social ou aquisição de poder. A ausência de paternidade demonstra que tal profeta não adveio de família tradicional. Sofonias era trineto de Ezequias, que também fora rei de Judá. Isso lhe garantia livre acesso no governo real, bem como noutros segmentos da sociedade.

3. Estrutura e mensagem. Os meios de comunicação dos oráculos divinos aos profetas eram a palavra e a visão. Os porta-vozes do Eterno deixam isso claro no prólogo de seus livros (v.1a). O estilo poético predomina em todo o livro de Sofonias. O oráculo está organizado em três partes principais: a primeira anuncia o juízo contra as nações da terra, incluindo Judá (1.1-2.3). A segunda especifica os povos nesse julgamento global — Filístia, Moabe, Amom, Etiópia e Assíria (2.4-15). E a terceira parte trata do castigo de Jerusalém e da restauração dos remanescentes fiéis (3.1-20). O tema do “Dia do Senhor” ocupa todo o oráculo divino.

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 O livro de Sofonias apresenta juízo divino contra as nações e Judá; o julgamento global; o castigo de Jerusalém e a restauração do remanescente fiel.

 

II. O JUÍZO VINDOURO

 1. Toda a face da terra será consumida (v.2). Após o dilúvio, Deus prometeu não mais destruir a terra com água (Gn 9.11-16). Desde então, a palavra profética anunciou o juízo vindouro pela destruição através do fogo (1.18; 3.8; Jl 2.3; 2 Pe 3.7; Ap 16.8). A declaração “inteiramente consumirei tudo sobre a face da terra” (v.2) refere-se à tragédia global referida em 3.6-8. Note que a expressão “face da terra” é igualmente usada no anúncio da tragédia do dilúvio (Gn 6.7; 7.4).

2. A linguagem de Sofonias. A hipérbole é uma figura de linguagem que consiste em dar à sua significação uma ênfase exagerada. Ela, porém, aparece na Bíblia e, por isso, alguns expositores veterotestamentários defendem o uso de uma linguagem hiperbólica para o livro de Sofonias. Eles consideram forte demais a descrição do aniquilamento natural de aves, peixes, animais, seres humanos, nações e cidades (1.3; 3.6).

3. Descrição detalhada. É verdade que na Bíblia há o emprego de hipérbole (Mt 11.23; Jo 12.19, etc). Mas não é o caso, aqui, em Sofonias! A descrição “os homens e os animais, consumirei as aves do céu, e os peixes do mar” (v.3) representa o reverso da criação registrada em Gênesis (1.20-26). Ela corresponde à destruição universal e literal da criação (Ap 16.1-21). O dilúvio, por exemplo, foi literal e global, mas a família cie Noé foi salva (1 Pe 3.20), assim como os filhos de Israel foram poupados das pragas do Egito (Êx 9.4; 10.23; Nm 3.13).

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 A proclamação do juízo vindouro é o anúncio da tragédia global descrita em Sofonias 3.6-8.

 

III. OBJETIVO DO LIVRO

 1. Sincretismo dos sacerdotes. A expressão “quemarins com os sacerdotes” (v.4) aponta para o sincretismo da religião de Israel com o paganismo. “Quemarins” é o plural do hebraico komer usado para “sacerdote pagão” e aparece apenas três vezes no Antigo Testamento (2 Rs 23.5; Os 10.5). Apesar da origem levítica, os sacerdotes estavam envolvidos no sincretismo religioso pagão.

2. Sincretismo do povo. Sabeíssimo é a prática pagã dos sabeus; o povo da rainha de Sabá. Seu culto resumia-se na prática de adivinhação e na astrologia. Judá envolveu-se nesse tipo de paganismo (2 Rs 23.5; Jr 8.2; 19.13). Malcã ou Milcom (ARA e TB), ou ainda Moloque (NVI), era o deus nacional dos amonitas (1 Rs 11.5-7). Sofonias denunciou o povo por adorar a Jeová numa cerimônia comum com essa asquerosa divindade (v.5). Isso exemplifica a realidade do ritual sincrético no meio do povo escolhido.

3. O modismo do povo e a violência dos príncipes. Não havia nada de errado em alguém vestir a roupa do estrangeiro. O problema da “vestidura estranha” (v.8) era o compromisso religioso de tal indumentária com o paganismo (2 Rs 10.22). Os príncipes de Judá, provavelmente filhos de Manassés ou Amom (pois Josias era bem novo para ter filhos nessa idade), serão duramente castigados por causa da violência e do engano (v.9). O objetivo do castigo divino é exterminar o baalismo, o sincretismo, as práticas divinatórias e as injustiças sociais.

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 O objetivo do livro de Sofonias é anunciar o juízo de Deus sobre as nações e as mazelas sociais e religiosas praticadas pela humanidade.

 

IV. “O DIA DO SENHOR”

 1. Significado bíblico. O termo hebraico para “dia” é yom, que pode ser “dia” no sentido literal (Jó 3.3) ou período de tempo (Gn 2.4). Assim, “o dia do SENHOR” (v.7) ou as fraseologias similares “dia da ira do SENHOR” (2.2,3) e “naquele dia” (1.10), indicam o período reservado por Deus para o acerto de contas com todos os moradores da terra (Is 13.6,9; Ez 13.5; Jl 1.15; 2.1). Esse período também é chamado de Grande Tribulação (Ap 7.14). O julgamento de Judá e das nações vizinhas é o prenúncio do juízo vindouro.

2. O sacrifício e seus convidados. A profecia afirma que Jeová “preparou o sacrifício e santificou os seus convidados” (v.7). Aqui, essa sentença é chamada de “sacrifício”, uma metáfora usada pelos profetas para indicar o juízo (Is 34.6; Jr 46.10; Ez 39.17-20). O verbo hebraico para “santificar” é qadash, cuja ideia básica consiste em “separar, retirar do uso comum” (Lv 10.10). Assim, os babilônios foram separados por Deus para a execução da ira divina sobre o povo de Judá (v.10).

 

SINOPSE DO TÓPICO (IV)

 A expressão o “Dia do Senhor” indica o período para o acerto de contas entre Deus e todos os moradores da terra. Esse período é chamado também de Grande Tribulação.

 

CONCLUSÃO

 O juízo vindouro não é assunto descartável. Os profetas trataram dele, bem como o Senhor Jesus Cristo e seus apóstolos. Fica aqui um alerta para os promotores da teologia da prosperidade (Fp 3.19-21). Infelizmente, entre muitos cristãos, os assuntos escatológicos são motivos de chacotas e risos. No entanto, Deus não se deixa escarnecer. O seu juízo é certo e verdadeiro e virá sobre todos os que praticam a iniquidade.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.

MACARTHUR JR., J. A Segunda Vinda. 1 ed., RJ: CPAD, 2008.
SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.

 

EXERCÍCIOS

 1. Qual o tema do livro de Sofonias?

R. O tema é o “Dia do Senhor”.

 2. De que trata a declaração: “Inteiramente consumirei tudo sobre a face da terra” (v.2)?

R. Da tragédia global referida em 3.6-8.

 3. O que é hipérbole?

R. É uma figura de linguagem que consiste em dar à sua significação uma ênfase exagerada.

 4. Qual o objetivo do castigo divino?

R. É exterminar o baalismo, o sincretismo, as práticas divinatórias e as injustiças sociais.

 5. O que indica a forma metafórica da palavra “sacrifício” no versículo sete?

R. O juízo.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

 Subsídio Teológico

 “[O Juízo Final]

Não há ninguém na Escritura que possa dizer mais sobre isso do que o Senhor Jesus. Ele advertiu repetidamente a respeito do iminente julgamento dos que não se arrependem (Lc 13.3,5). Ele falou muito mais sobre o inferno do que sobre o céu, usando sempre os termos mais nítidos e perturbadores. A maior parte do que sabemos sobre o destino eterno dos pecadores veio dos lábios do Salvador. E nenhuma das descrições bíblicas do juízo é mais severa ou mais intensa do que aquelas feitas por Jesus.

No entanto, Ele sempre falou sobre essas coisas usando os tons mais ternos e compassivos. Ele sempre insiste para que os pecadores abandonem os seus pecados, reconciliem-se com Deus, e se refugiem nEle para que não entrem em julgamento. Melhor do que qualquer outro, Cristo conhecia o elevado preço do pecado e a severidade da cólera divina contra o pecador, pois iria suportar toda a força dessa cólera em benefício daqueles que redimiu. Portanto, ao falar sobre essas coisas, Ele sempre usou a maior empatia e a menor hostilidade” (MACARTHUR JR., J. A Segunda Vinda. 1 ed., RJ: CPAD, 2008, p.180).

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 Sofonias: O Juízo vindouro

 O nome Sofonias significa “o Senhor esconde”. Esse profeta é identificado como sendo descendente de Ezequias. Estudiosos do Antigo Testamento acreditam que esse Ezequias foi o rei que governara Judá aproximadamente setenta e cinco anos antes. Portanto, podemos entender por esses dados que Sofonias tinha acesso à Corte e conhecia o sistema religioso de seus dias. Seu ministério durou de 640-609 a.C, um período histórico em que a Assíria estava em declínio e a Babilônia estava crescendo no cenário internacional. Nesse mesmo período, em Judá, o reino havia se enfraquecido por causa da administração de Manassés, um rei que “fez errar a Judá e os moradores de Jerusalém, de maneira que fizeram pior do que as nações que o Senhor tinha destruído de diante dos filhos de Israel” (2 Cr 33.9). A Bíblia diz que Manassés foi preso e levado algemado para a Babilônia, e que lá, arrependeu-se dos males que tinha feito: “fez-lhe oração, e Deus se tornou favorável para com ele, atendeu-lhe a súplica e o fez voltar para Jerusalém, ao seu reino; então, reconheceu Manassés que o SENHOR era Deus” (2 Cr 33.13). Apesar dessa conversão de Manassés ao Senhor, o povo não o acompanhou nessa mudança.

Sofonias profetiza, então, para advertir ao povo que o julgamento de Deus estava para vir. Ele também deixou claro que a nação seria purificada por Deus, que haveria de habitar entre eles. De forma intrigante, Sofonias começa sua profecia com um lamento, mas termina com um cântico de alegria.

Sofonias fala do dia do Senhor. Sua descrição não é da manifestação do Messias, e sim da ira de Deus. Joel (2.31) e Malaquias (4.5) também trata desse tema, e não é por acaso. Sofonias apresenta os pecados que o povo praticava; eles adoravam a Baal, uma divindade cananita; adoravam os elementos da natureza, o sol e a lua, e também as estrelas, desprezando o Criador; eles misturavam a adoração a Deus com a adoração a outras “divindades”; aos poucos, foram abandonando o culto ao Senhor e, finalmente, manifestaram um claro descaso para com a obediência dos preceitos divinos.

Seu ministério profético foi exercido nos dias do rei Josias, um homem que se esforçou muito para que o seu povo se tornasse para Deus. Josias aproveitou o breve momento de baixa ingerência de nações inimigas e buscou um avivamento espiritual, a fim de que o povo mudasse de atitudes e se voltasse para o Senhor, o que só aconteceu depois do exílio de Judá.

  

 
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. 
William Macdonald - Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI - EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão - nº 52 - CPAD.
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Revista - LIÇÃO JUVENIS CPAD 2002= ESTUDO PANORÂMICO DOS PROFETAS MENORES
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.
CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD

 

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Escrita Lição 10, Betel, Sofonias, O Fim está Próximo, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

  

3° Trimestre de 2023, EBD BETEL, Revista Editora Betel 

TEMA: PROFETAS MENORES DO ANTIGO TESTAMENTO – Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a DEUS. Anunciando a esperança da salvação através do Messias

  

TEXTO ÁUREO

“Naquele dia, se dirá a Jerusalém: Não temas, ó Sião, não se enfraqueçam as tuas mãos.” Sofonias 3.16

  

VERDADE APLICADA

É preciso vigiar, orar e permanecer fiel, pois o Senhor DEUS não está indiferente à iniquidade que se multiplica. O Dia do Senhor virá.

  

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Apresentar o cenário da mensagem de Sofonias
Falar sobre a ira de DEUS sobre Jerusalém
Extrair lições de Sofonias para os dias de hoje

  

TEXTOS DE REFERÊNCIAS - SOFONIAS 1.1-4

1 Palavra do Senhor vinda a Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Hezequias, nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá.
2 Inteiramente consumirei tudo sobre a face da terra, diz o Senhor.
3 Arrebatarei os homens e os animais, consumirei as aves do céu, e os peixes do mar, e os tropeços com os ímpios; e exterminarei os homens de cima da terra, disse o Senhor.
4 E estenderei a minha mão contra Judá e contra todos os habitantes de Jerusalém e exterminarei deste lugar o resto de Baal e o nome dos queimarins com os sacerdotes.

  

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA Jl 2.2 Dia do Senhor: dia de trevas e tristezas.
TERÇA Am 5.20 Predição da ruína de Israel.
QUARTA Sf 1 Ameaças contra Judá e Jerusalém.
QUINTA Sf 2 Ameaças contra diversas nações.
SEXTA Sf 3.1-8 O castigo de Jerusalém.
SÁBADO Sf 3.9-20 A promessa feita aos fiéis.


HINOS SUGERIDOS: 483, 485, 578

 

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore a DEUS por coragem para anunciar o problema do pecado.

 

PONTO DE PARTIDA - Viver longe de DEUS é viver Seu iminente juízo.

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA

1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta

1.2. A mensagem do profeta 

1.3. Justiça e esperança 

2- A IRA DE DEUS SOBRE JERUSALÉM

2.1. A ira do Senhor 

2.2. O Dia do Senhor 

2.3. Restauração e alegria

3- SOFONIAS PARA HOJE

3.1. As injustiças nossas de cada dia

3.2. Esperança em dias sombrios

3.3. Confiança nas promessas 

 

INTRODUÇÃO

Sofonias pregou a necessidade de buscar ao Senhor, tendo em vista o iminente juízo de DEUS sobre o pecado, mas também transmitiu a esperança de redenção e salvação para os remanescentes fiéis.

  

1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA

Sofonias profetizou nos dias de Josias [Sf 1.1]. O profeta era do reino do Sul e o cenário em que viveu naquela época era de total afastamento de DEUS, injustiças, corrupção e o domínio estrangeiro sobre o povo de DEUS. Eles foram contaminados em todos os sentidos pelos costumes dos povos que os oprimiam.

  

1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta

O nome Sofonias significa ‘Yahweh escondeu/ocultou para proteger’, assim como descrito no sentido do Salmo 27.5: “Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me esconderá; pôr-me sobre uma rocha”. Outros estudiosos consideram a possibilidade do significado do nome do profeta “Jeová ocultou” indicar que ele tenha nascido durante o período truculento que marcou o reinado de Manassés, no reino do Sul [2Rs 21.16]. Este mesmo rei abraçou a idolatria e a corrupção moral, influenciado pela Assíria, e induziu o povo ao sincretismo religioso.

  

SUIBSÍDIO 1.1

Esdras Bentho & Reginaldo Leandro (Introdução ao Estudo do Antigo Testamento, CPAD, 2019, p. 558-559): “Pfeiffer e Harrison definem o nome de Sofonias nos seguintes termos: “Seu nome indica uma confiança no poder de DEUS para esconder (isto é, proteger) seu adorador em momentos de perigo”. O período da profecia de Sofonias é uma época excessivamente dramática. É o período da expansão da Assíria com suas destruições e crueldades (…) Logo a seguir a situação se inverte: os medos aniquilam Nínive em 612 a.C., depois os neocaldeus da Babilônia inundam o Ocidente. Jerusalém terá sido sitiada três vezes antes de ser arruinada em 586 a.C. (…) Nesse contexto conturbado, e mais precisamente durante os anos de menoridade do rei Josias, situa-se a atuação do profeta Sofonias.”

 

  

1.2. A mensagem do profeta 

A mensagem do livro de Sofonias é um chamado de arrependimento para o povo de Judá. Tanto o povo quanto sua liderança apostataram da fé [Sf 3.1-4]. Eles estavam distantes do Senhor, influenciados pelos costumes pagãos; isso atingia não somente a religião, mas também o estilo de vida daquele povo [Sf 1.2-6]. Havia corrupção e as injustiças sociais eram gritantes. Sofonias denunciou as injustiças que estavam entre as lideranças e em determinados grupos do povo [Sf 3.1-5]. O profeta também direcionou suas palavras para outras nações como as cidades da Filisteia [Sf 2.4-6], para os etíopes [Sf 2.12] e para a Assíria e sua capital Nínive [Sf 2.13-14].

  

SUBSÍDIO 1.2

Ev. Valdilon Ferreira Brandão (Revista Betei Dominical, 2o Trimestre/1994, p. 42): “Sofonias apresenta sua mensagem de forma bem comum no profetismo judaico. Ele comunica o julgamento, para logo em seguida apresentar a causa deste, e conclui com a apresentação do grande amor de DEUS aos que se arrependem [2Pe 3.9]. Esta é a forma que o ESPÍRITO  SANTO usa para trazer os pecadores aos pés de CRISTO [Jo 16.8]”. O comentarista ainda ressalta que, apesar de proferir mensagens contra outros povos, contudo o foco principal é o próprio “povo de DEUS que tinha a responsabilidade de ser exemplo para as outras nações [Is 5.1, 7]”.

  

1.3. Justiça e esperança 

Apesar de uma profecia com duras palavras direcionadas ao povo e a sua liderança, havia nas palavras de Sofonias também um anúncio de esperança e justiça: “O Senhor afastou os teus juízos, exterminou o teu inimigo; o Senhor, o rei de Israel, está no meio de ti; tu não verás mais mal algum.” [Sf 3.15]. O cativeiro babilônico traria dor e sofrimento ao reino de Judá, que não atentou para as mensagens que os profetas trouxeram, chamando-o ao arrependimento. Mesmo assim, para aqueles que se voltassem para o Senhor havia uma mensagem de esperança [Sf 3.13]. A promessa era de que os remanescentes veriam o fim de seus opressores e, a partir disso, teriam um recomeço que os permitiria viver de modo diferente, com uma nova configuração social livre das influências de outras nações.

  

 

SUBSÍDIO 1.3

Esdras Bentho & Reginaldo Leandro (Introdução ao Estudo do Antigo Testamento, CPAD, 2019, p. 566-567) mencionam que a última seção do livro de Sofonias abrange de 3.9 até 3.20, onde “o profeta não está apenas olhando para Jerusalém e Judá, nem em volta, mas contempla muito além; para uma época de cura e bênção que virá a Israel e a todos os outros povos. O reino messiânico abrangerá todas as outras nações. (…) Grande promessas de bênçãos e restauração para a cura das nações são citadas. A Cidade Santa será cirandada e purificada, e então será honrada em toda a terra. O povo redimido louvará a DEUS que habita no meio dele [Sf 3.11-20]”.

  

EU ENSINEI QUE:

Um povo que opta por viver longe dos preceitos de DEUS está fadado a viver sob Seu iminente juízo, mas também pode encontrar em Sua misericórdia alívio e esperança.

  

2- A IRA DE DEUS SOBRE JERUSALÉM

Quando aconteceu o julgamento de Jerusalém, sua população foi levada para a Babilônia [2Rs 24-25], No entanto, a mensagem registrada em Sofonias 3.18-20 faz referência a um grupo de pessoas dispersas e aflitas, os remanescentes, a quem DEUS traria de volta da Babilônia para Jerusalém depois do exílio de 70 anos. Essa restauração teve início quando Ciro permitiu que os judeus voltassem à sua terra natal. Essa volta dos judeus a Judá, em cumprimento à profecia de Sofonias é uma prefiguração da redenção final da terra.

  

2.1. A ira do Senhor 

O dia da ira do Senhor [Sf 1.14-17] sugere um tempo sombrio com as palavras – “indignação”, “angústia”, “desolação”, “escuridade” e “trevas” [Sf 1.15]. Para aqueles que viveram no pecado e se voltaram contra DEUS não há meios de escapar. Mas esse dia terrível também extinguirá a maldade sobre a terra e também a indiferença daqueles que pensam que DEUS permanece alheio às mazelas do ser humano. São aquelas pessoas céticas, que apesar de não negarem a existência de DEUS, negam-se a crer em Sua intervenção no mundo [Sf 1.12].

  

SUBSÍDIO 2.1

Comentário Beacon: “A descrição que Sofonias faz sobre o dia do SENHOR [Sf 1.15-16] é muito parecida com o texto de Joel 2.2 e Amós 5.20. Mas a narrativa de Sofonias é mais completa e dá maior destaque ao fato de este ser um dia de ira. O original hebraico é um poema que não há como reproduzir adequadamente em tradução. Mas mesmo numa versão percebemos o espírito tumultuoso e a atmosfera aterrorizante que os ouvintes devem sentir.”

  

2.2. O Dia do Senhor 

O profeta Sofonias é conhecido por alguns estudiosos como o “Profeta do Dia do Senhor”, por causa das várias vezes em que ele utilizou essa expressão em sua profecia [Sf 1.7-10,14-16,18; 2.2-3; 3.8]. A sua mensagem faz várias referências a esse dia como o dia da soberania e do juízo de DEUS: “O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do Senhor; amargamente clamará ali o homem poderoso.” [Sf 1.14]. Essa mensagem não determina um dia específico, nem um lugar determinado, mas um tempo. Naquela época, essa palavra estava relacionada à invasão e dominação babilônica sobre Judá, isso aconteceu 20 anos depois da profecia de Sofonias.

  

SUBSÍDIO 2.2

Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre de 2008, p. 46): “No livro de Sofonias estudaremos a respeito do Dia do Senhor, porque os demais assuntos de que trata o profeta já foram abordados nas lições anteriores. “Dia da ira”, “dia da vingança”, “dia da visitação’ do Senhor e outros, são alusivos a períodos de julgamentos proferidos pelos profetas, e comumente seguidos de “naquele (s) dia (s)”, significam as consequências e a abrangência do conjunto de ações justas e poderosas de Jeová para tornar a congregar a si todas as coisas, no Dia do Senhor.”

  

2.3. Restauração e alegria

Havia a profecia do Dia do Senhor, mas também o profeta anuncia que a alegria em Jerusalém seria restaurada e isso o leva a conclamar a cidade para cantar e se alegrar [Sf 3.14-17]. A razão para isso era que o DEUS, o Poderoso, estaria lá para salvá-la. Sua presença era sinal de força e proteção contra todo o mal [Sf 3.5, 17].

  

SUBSÍDIO 2.3

Manual Bíblico – Entendendo a Bíblia (CPAD, 2011, p. 319-321), sobre a mensagem de Sofonias: “Como todos os outros profetas da Bíblia, Sofonias acrescenta uma mensagem de esperança. Depois da destruição punitiva, DEUS promete reunir os sobreviventes espalhados, que são seus verdadeiros adoradores. Unido, o povo de DEUS celebrará o fim da tristeza, violência e injustiça. (…) As últimas palavras de Sofonias são de que os que amam o Senhor podem confiar nEle, mesmo quando não puderem confiar em mais ninguém .”

  

EU ENSINEI QUE:

É preciso anunciar o Dia do Senhor para que os homens saibam que precisam se arrepender dos seus pecados e voltar-se para DEUS antes que seja tarde.

  

3- SOFONIAS PARA HOJE

A coragem e a ousadia de Sofonias são uma inspiração, pois ele ensina que não importa a classe social, status ou prestígio nos ambientes políticos, o problema do pecado é um problema de todos os homens e isso precisa ser anunciado com coragem e ousadia.

  

3.1. As injustiças nossas de cada dia

Apesar de Judá ter se afastado de DEUS e por isso sofria duras consequências, esse afastamento também trouxe insensibilidade e corrupção entre o próprio povo. O profeta denuncia corrupção e dureza espiritual que caracterizavam todas as classes de Jerusalém. Seus líderes, juízes, profetas e sacerdotes eram todos corruptos e endurecidos [Sf 3.3-4], Mesmo Sofonias fazendo parte da classe mais alta de Judá, isso não foi impedimento, como homem de DEUS, de exercer o seu ministério como profeta, denunciando o pecado, mas também a corrupção vigente.

  

SUBSÍDIO 3.1

Pr. Valdir Alves de Oliveira (Revista Betel Dominical, 1° Trimestre de 2022, p. 14-16) ao abordar sobre “Um profeta destemido”, escreve sobre a grande responsabilidade dos que afirmam serem anunciadores de mensagens vindas da parte de DEUS: “Independentemente de as pessoas gostarem ou não, o papel do profeta de DEUS é transmitir as mensagens com autenticidade, sem erros nem intransigência (ódio ou agressividade), consciente de que são verdades vindas de DEUS [2Pe 1.20-21 ]. (…) Nos nossos dias, se a mensagem não massagear o “Ego” das pessoas, o mensageiro não é um “bom” profeta, orador, pregador, pastor e mestre, principalmente se não pregar a doutrina da prosperidade e do triunfalismo.”

  

3.2. Esperança em dias sombrios

O profeta Sofonias traz uma palavra de esperança de que, ao final, DEUS consertará todas as coisas. Quando a justiça está distorcida, quando o certo e o errado parecem ter o mesmo valor, quando os líderes se tornam corruptos e não há quem confiar, o caminho mais fácil e óbvio parece ser o desânimo. Quando, além disso tudo, os líderes religiosos falham, é preciso lutar para não permitir que o ceticismo tome conta da fé. Sofonias dá garantia de que ainda podemos confiar em DEUS [Sf 3.17], Mesmo em dias sombrios a fé do cristão pode ser um raio de luz para iluminar a vida de outros que estão ao seu redor.

  

SUBSÍDIO 3.2

Ev. Valdilon Ferreira Brandão (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre/1994, p. 44): “Uma parte do povo de DEUS sempre foi e será rebelde e obstinada, não se importando com os juízos de DEUS [Hb 4.11], Sofonias mostra que, mesmo tendo DEUS destruído nações inteiras, o povo não tomava consciência disto [Sf 3.6-7], O profeta começa então a vislumbrar um tempo futuro, quando DEUS purificará por meio do fogo [Sf 3.8] o Seu povo. A idolatria e a injustiça estavam instaladas na cidade santa [Sf 1.4, 6; 3.1-8], bem no meio dela [Sf 3.3], Porém não é esta a única força presente, isto porque “no meio dela o Senhor é justo, Ele não comete injustiça…” [Sf 3.5]. Esta força irá por fim triunfar. O anúncio do castigo era apenas o início do anúncio da transformação e da purificação. Verdadeiramente o Senhor era Rei de Israel [Sf 3.15].”

  

3.3. Confiança nas promessas 

O profeta Sofonias pretendia incentivar os seguidores fiéis do Senhor, assegurando-lhes que DEUS conservaria um remanescente e, no fim, cumpriria as promessas feitas aos antepassados. Essa certeza deveria ajudá-los a perseverar em tempos difíceis e enxergar com grande expectativa o período que se seguiria ao juízo iminente. Haveria purificação [Sf 3.9-13] e regozijo [Sf 3.14-17], ou seja, uma restauração completa com bênçãos para os habitantes daquela cidade.

  

SUBSÍDIO 3.3

Manual Bíblico – Entendendo a Bíblia (CPAD, 2011, p. 323): “Mas, de alguma maneira, depois que DEUS tiver destruído a terra no “ardor da sua ira”, Ele irá “ajuntar as nações…os zelosos adoradores” que aparentemente sobreviveram a holocausto [Sf 3.8, 10]. E, com isso, surgirá um remanescente. O grupo de pessoas que sobreviver “não cometerá iniquidade, nem proferirá mentira, e na sua boca não se achará língua enganosa; porque serão apascentados, deitar-se-ão, e não haverá quem os espante” [Sf 3.13].”

  

EU ENSINEI QUE:

A mensagem do cristão precisa ser de advertência, mas também de encorajamento para que os servos de DEUS permaneçam firmes apesar dos dias sombrios.

  

CONCLUSÃO

A mensagem de Sofonias se destaca e se identifica com os dias atuais. O povo de sua época estava totalmente pervertido e não buscava ao Senhor, por causa disso havia injustiças, corrupção e o pecado imperava.