LIÇÃO 1 - O Ministério Profético no Antigo Testamento

LIÇÃO 1 - O Ministério Profético no Antigo Testamento
Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 3º Trimestre de 2010
O Ministério Profético na Bíblia, a voz de DEUS na Terra
Comentários da revista da CPAD:
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev.. Luiz Henrique de Almeida Silva

TEXTO ÁUREO
"E falarei aos profetas e multiplicarei a visão; e, pelo ministério dos profetas, proporei similes" (Os 12.10).

VERDADE PRÁTICA
OS profetas do Antigo Testamento serviram como canais de comunicação entre DEUS e o seu povo, conscientizando-o acerca da vontade e do conhecimento divinos.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - J5 20.2 DEUS falou pelo ministério de Moisés .
Terça - 1 Cr 1 , .3 DEUS falou pelo ministério de Samuel.
Quarta - , Rs 12.1 5 DEUS falou pelo ministério do profeta Aías.
Quinta - , Rs 16.12 DEUS falou pelo ministério do profeta jeú.
Sexta - 1 Rs 17.16 DEUS falou pelo ministério do profeta Elias.
Sábado A vinda do messias foi anunciada pelos profetas.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Números 11.24-29
24 - E saiu Moisés, e falou as palavras do SENHOR ao povo, e ajuntou setenta homens dos anciãos do povo e os pôs em roda da tenda. 2S - Então, o SENHOR desceu na nuvem e lhe falou; e, tirando do ESPÍRITO que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles setenta anciãos; e aconteceu que, quando o ESPÍRITO repousou sobre eles, profetizaram; mas, depois, nunca mais. 26 - Porém no arraial ficaram dois homens; o nome de um era Eldade, e o nome do outro, Medade; e repousou sobre eles o ESPÍRITO (porquanto estavam entre os inscritos, ainda que não saíram à tenda), e profetizavam no arraial. 27 - Então, correu um moço, e o anunciou a Moisés, e disse: Eldade e Medade profetizam no arraial, 28 - E Josué, filho de Num um dos seus jovens escolhidos, respondeu e disse: Senhor meu, Moisés, proíbe-lho. 29 - Porém Moisés lhe disse: Tens ciúmes por mim? Tomara que todo o povo do SENHOR fosse profeta, que o SENHOR lhes desse o seu ESPÍRITO!

INTERAÇÃO
Prezado professor, neste trimestre estudaremos um tema extremamente relevante para os nossos dias. O comentarista destas lições é o pastor Esequias Soares, que, além de ser um dos mais renomados apoloqistas da atualidade, preside a Assembléia de DEUS em fundia! (SP), a Comissão Apologética da CCADB, e é mestre em Ciências da Religião e autor de várias obras pubticadas pela CPAD. Vivemos tempos difíceis, o povo de DEUS está faminto pela palavra profética autêntica. Entretanto, nesses últimos dias têm aparecido muitos falsos profetas que enganam até os escolhidos. Que o povo do Senhor tenha discernimento e sabedoria, a fim de reconhecer aqueles que são verdadeiramente autorizados para falar por Ele e em lugar dEle.

OBJETIVOS
Identificar a origem do ministério profético.
Explicar o significado do termo profeta dentro do contexto das Escrituras Sagradas.
Reconhecer que Moisés e Arão deram início ao ministério dos profetas em Israel.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, reproduza o esquema da página abaixo e explique à classe que a igreja precisa da profecia e que a Palavra de DEUS nos aconselha a não desprezá-Ia. Entretanto, precisamos examinar tudo com sabedoria. Leia com seus alunos 1 Tessalonicenses 5.19,20. Enfatize que atualmente muitos falsos profetas têm se levantado para conduzir os crentes fiéis à apostasia. A Igreja precisa aprender a julgar as profecias e discernir os espíritos. Contudo, para isso precisa conhecer a Bíblia, pois toda profecia precisa ser confrontada com a Palavra, já que o nosso DEUS nunca se contradiz e foi Ele, através do seu ESPÍRITO quem a inspirou.

O PROFETA

Definição: "Aquele que fala em lugar de outrem";

porta-voz de DEUS.

Função: Proclamar os oráculos de DEUS.

Prova de autenticidade da mensagem: Deuteronômio 18.21,22.

Início do ministério dos profetas: Moisés iniciou o ofício profético em Israel (Nm 11.25,26).

Quem poderia ser profeta: Qualquer pessoa, desde que tivesse uma chamada divina específica.

Classificação dos profetas: Clássicos ou profetas escritores e não-escritores ou orais.

RESUMO DA LIÇÃO 1 - O MINISTÉRIO PROFÉTICO NO ANTIGO TESTAMENTO

INTRODUÇÃO

Os profetas do Antigo Testamento inspiram e instruem não somente a Israel, mas a Igreja de CRISTO.

I. O INÍCIO DO MINISTÉRIO DOS PROFETAS

1. Contexto histórico (v.24).

2. Moisés iniciou o ofício profético em Israel (vv.25,26).

3. "Tomara que todo o povo do SENHOR fosse profeta" (v.29).

II - O PROFETA

1- Seu significado.

2. Sua abrangência.

3. Expressões correlatas.

III - O MINISTÉRIO

1. Havia o ministério dos profetas?

2. A corporação profética.

3. Classificação.

CONCLUSÃO

Por essa razão, devemos considerar "a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos,

como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva

apareça em vosso coração" (2 Pe 1.19).

SINOPSE DO TÓPICO (1 ) O ministério profético, como instituição, teve início em Israel por meio de Moisés.

SINOPSE DO TÓPICO (2) O profeta é um porta-voz ou embaixador divino, que fala em nome de DEUS.

SINOPSE DO TÓPICO (3) O texto sagrado revela a existência de uma organização de profetas, que eram categorizados em clássicos ou profetas escritores e orais ou não-escritores.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO Subsídio Bibliológico

O profeta e Moisés "Para um melhor entendimento da origem divina da instituição profética, a passagem-chave está em Deuteronômio 18.9-22. Em contrapartida à contínua atividade dos adivinhadores e vaticinadores cananeus, DEUS prometeu enviar a Israel seus profetas. Portanto, Israel não seria compelida a lançar mão de meios humanos para obter informações sobre a vida e a morte. Antes, a nação deveria dar ouvidos aos profetas que iriam declarar as verdadeiras Palavras de DEUS. Dessa forma, assim como Moisés, ele seria um mediador entre DEUS e a nação. Da mesma forma como o sacerdote representava o povo perante DEUS, também o profeta representava DEUS perante o povo. Entretanto nenhum dos profetas foi uma cópia exata de Moisés. Somente com a vinda de CRISTO, eles conheceram aquele grande Profeta que fora verdadeiramente representado por Moisés, aquele que conhecia a DEUS Pai face a face (Dt 34.10). Em Hebreus 3.1-6, existe um grande contraste entre Moisés e CRISTO. Na casa de DEUS, isto é, na divina organização ou dispensação, Moisés era fiel servo, mas CRISTO está acima da casa como Filho. A era do Antigo Testamento, ou Era Mosaica, ficou aqui estabelecida como testemunha do período do Novo Testamento. Nesse sentido, todo o desígnio mosaico pode ser considerado como típico e preparatório de uma nova época. E nesse desígnio de aspecto e preparação, Moisés foi a maior figura, o único que era realmente parecido com CRISTO." (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, p.1607).



AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Teológico

O Ofício Profético - "A Bíblia retrata o profeta como alguém que era aceito nas câmaras do conselho divino, onde DEUS 'revela o seu segredo' (Am 3.7). O texto hebraico de 1 Samuel 9.15 retrata DEUS 'revelando aos ouvidos' do profeta. Pelo processo da inspiração divina, DEUS revelava o que estava oculto (2 Sm 7.27), de forma que o profeta percebia o que o Senhor dissera (Jr 23.18). Esta comunhão com DEUS era essencial para que a verdade de DEUS fosse revelada pelo processo de inspiração profética. A Palavra do Senhor era comunicada ao profeta e mediada ao povo pelo ESPÍRITO SANTO - com uma convicção poderosa e precisão exata" (LA.HAYE, Tim. Enciclopédia Popular de profecia Bíblica. l.ed. Rio de janeiro: CPAD, 2008, p.383).

Os Profetas - "A pessoa se tornava profeta ao perceber que DEUS estava falando com ela e precisava então transmitir a mensagem recebida. A consciência disso se manifestava de várias maneiras e a mensagem era transmitida conforme a personalidade única do profeta Jeremias diz simplesmente que a mão do Senhor o tocou e palavras foram postas em sua boca (Jr 1.9). Outros profetas tiveram visões e sonhos (1 Sm 28.6,15; Zc 1.8). Algumas vezes a mensagem profética era dada recapitulando a visão (ls 6), outras vezes contando parábolas ou histórias (ls 5.1-7), repetindo um oráculo (2 Rs 13.14-19; Ez 4.1-3), ou escrevendo (ls 30.8).

[ ... ] Grupos de profetas trabalhavam nos centros de adoração (1 Sm 10.5) e se associavam então com os sacerdotes e levitas (2 Rs 23.2). Em vista de conhecerem os abusos do sistema de sacrifícios e compreenderem que a vida moral dos adoradores não correspondia ao cerimonial, eles tendiam a atacar esse. Fizeram o que JESUS fez mais tarde com a samaritana, quando afirmou que a verdadeira adoração aceitável a DEUS é 'em espírito e em verdade' 00 4.24)" (GOWER, Ralph. Uso e Costumes dos Tempos Bíblicos. 1. ed. Rio de janeiro: CPAD, 2002, pp.367,368).

Subsídio Lexicográfico

Profetismo - "Movimento que, surgido no século VIII a.C., em Israel, tinha por objetivo restaurar o monoteísmo hebreu, combater a idolatria, denunciar as injustiças sociais, proclamar o Dia do Senhor e reacender a esperança messiânica num povo que já não podia esperar contra a esperança. Tendo sido iniciado por Amós, foi encerrado por Malaquias. João Batista é visto como o último representante deste movimento" (ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico. Rio de janeiro, CPAD, p.244).

“E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração” (2 Pe 1.19).

PROFETAS:

Ez 33.7 Quanto a ti, pois, ó filho do homem, eu te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; portanto ouve da minha boca a palavra, e da minha parte dá-lhes aviso.

Profecia de Oséias a respeito de JESUS CRISTO que se cumpriu cabalmente:

Os 11.1 Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei a meu filho. Cumprimento em Mt 2.14,15

Será que ainda hoje temos o ministério profético operando em nosso meio? E evidente que sim, o que acabou, segundo o próprio JESUS é o ministério profético que predizia sua vinda e sacrifício.

Infelizmente devido ao brilho excessivo dado pela Igreja a alguns ministérios como o de Pastores e Evangelistas, como também aos cantores e músicos (que não é ministério dado por CRISTO); estamos assistindo ao progressivo sufocamento de outros ministérios essenciais ao crescimento qualitativo da Igreja de JESUS CRISTO, nesses últimos momentos da mesma aqui na terra. Ainda se considera, embora dando pouco valor e ainda menos tempo, o ministério de Mestre; quase não se fala em Apóstolos e sufocaram quase que totalmente o ministério de profeta. Estamos confundindo profecia (Dom do ESPÍRITO SANTOI) com o ministério de profeta (Pessoa escolhida e separada por CRISTO para exercer o ministério profético na Igreja, sendo usado para predizer o futuro).


Diferença:
A profecia pode vir de 3 fontes: DEUS, homem e satanás. Devem ser julgadas (1 Ts 5:21,22) e controladas para haver ordem no culto; um depois do outro e no máximo três em cada reunião (1 Co 14.31). Não devem ser desprezadas(1 Ts 5:20). Vêm para edificação, exortação e consolação(1 Co 14:3). Línguas + Interpretação = Profecia (1 Co 14:27,13).

Diferente de profeta, todo profeta profetiza, mas nem todo que profetiza é profeta (1Co 14:31) e (Ef 4:11).

Profeta é ministério dado por CRISTO, profecia é manifestação do ESPÍRITO SANTO. Profeta prediz alguma coisa que ainda vai acontecer, profecia não prediz nada. Todos podem profetizar (1 Co 14.31), mas poucos são chamados para serem profetas.

Ex: JESUS: "Assim também vós agora, na verdade, tendes tristeza; mas eu vos tornarei a ver, e alegrar-se-á o vosso coração, e a vossa alegria ninguém vo-la tirará."(Jo 16:22).

Agabo: At 21 8 Partindo no dia seguinte, fomos a Cesaréia; e entrando em casa de Felipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele.

9 Tinha este quatro filhas virgens que profetizavam (Dom do ESPIRITO SANTO). 10 Demorando-nos ali por muitos dias, desceu da Judéia um profeta, de nome Ágabo (Ministério dado por CRISTO a Igreja); 11 e vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo e, ligando os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o ESPÍRITO SANTO: Assim os judeus ligarão em Jerusalém o homem a quem pertence esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios.

Paulo: "disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não ficarem no navio, não podereis salvar-vos. Então os soldados cortaram os cabos do batel e o deixaram cair. Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais e permaneceis em jejum, não havendo provado coisa alguma. Rogo-vos, portanto, que comais alguma coisa, porque disso depende a vossa segurança; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós."(At 27:31-34).

Antioquia Da Síria (Conhecida Na Síria Como Antakya): A Melhor Pronúncia Seria Dizer Antíoquia, Com Acento No "I", Porque Quem Fundou A Cidade Foi Antíoco Epifâneo. Havia Alí Profetas E Doutores (Será Que Temos Hoje?) O Corpo Humano Para Funcionar Bem Tem Que Funcionar Bem Todos Os Sentidos, Ou Seja:

1-Olfato 2-Paladar 3-Aldição 4-Visão 5-Tato

A Igreja, Como Corpo De CRISTO Na Terra, Para Funcionar Bem Tem Que Ter Também Cinco Ministérios Funcionando Bem:

1-Apóstolos 2-Profetas 3-Evangelistas 4-Pastores 5-Mestres Ef 4.11

PROFETA:

Porta-voz de DEUS cuja mensagem é ou admoestação ou predição. Em um sentido os primeiros profetas foram os patriarcas, desde Adão até Moisés. Ver Gn 20.7. No sentido restrito, é em Samuel que começa o ministério profético. Entre esses profetas encontram-se Elias, Eliseu, Davi. A partir dessa época, começa outra ordem de profetas, divididos em duas classes: l) Os grandes profetas: Isaias, Jeremias, Ezequiel, Daniel 2) Os profetas menores, isto é, que deixaram escritos menos importantes, são, cm número de doze: Oséias, Joel, Amos, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. i
Lista cronológica dos profetas: Enoque, Gn 5.21-24; Noé, Gn 9.25-27; Abraão, Gn 20.7; Jacó, Gn 49.1; Arão, Êx 7.1; Moisés, Dt 18.18; Balaão; Nm 23.5; Samuel, l Sm 3.20; Davi, SI 16.8-11; Nata, 2 Sm 7.2; Zadoque, 2 Sm 15.27; Gade, 2 Sm 24.11; Aias, l Rs 11.29; Ido, 2 Cr 9.29; Semaías, 2 Cr 12.7; Azarias, 2 Cr 15.2-7; Hanani, 2 Cr 16.7; Jeú, l Rs 16.1; Elias, l Rs 17.1; Eliseu, l Rs 19.16; Micaias, l Rs 22.7; Jonas, 2 Rs 14.25; Isaias, 2 Rs 19.2; Oséias, Os 1.1; Amos, Am I.1; Miquéias, Mq 1.1; Obede, 2 Cr 28.9; Naum, Na 1.1; Joel, Jl 1.1; Sofonias, Sf 1.1; Jedutum, 2 Cr 35.15; Jeremias, 2 Cr 36.12; Habacuque, He 1.1; Obadias, Ob l; Ezequiel, Ez 1.3; Daniel, Dn 12.11; Ageu, Ag 1.1; Zacarias, Zc 1.1; Malaquias, Ml 1.1; Zacarias, Lc 1.67; João Batista, Lc 7.28; Caifás, Jô II.51; Âgabo, At 11.28; Paulo, l Tm 4.1; Pedro, 2 Pé 2.1, 2; João, Ap 1.1; CRISTO, de quem testificavam todos os profetas (Lc 24.27, 44), é O Profeta da Sua Igreja em todas as épocas, Dt 18.15; At 3.22, 23. Ver Apóstolo, Evangelista, Ministro, Vidente.





PROFETAS



PROFETAS, FALSOS: Dt 18 20; Is 9.15; Jr 14.13; Ez 13.3; Mt 7.15; 2 Pé 2.1; l Jo 4.1. Zedequias, l Rs 22.11; Jr 29.21. Barjesus, At 13.6.



PROFETIZA: Mulher que faz profecias. Miriã, Êx 15.20; Débora, Jz 4.4; Hulda, 2 Rs 22.14; Ana, Lc 2.36; As quatro filhas de Felipe, At 21.9. Ver Is 8.3; At 2.18; l Co 11.5.



PROFETIZAR: Predizer como profeta.

Ver Profeta. Setenta anciãos . . . profetizaram, Nm 11.25. A palavra dele se não cumprir . . . como profetizou, Dt 18.22; (ver 13.1-5). Saul, e ele profetizou, l Sm 10.10. Um grupo de profetas profetizando . . . também eles profetizaram, l Sm 19.20, Também estes profetizaram . . . também profetizaram, l Sm 19.21. Profetizou diante de Samuel, l Sm 19.24. Nunca profetiza de mim o que é bom, l Rs 22.8. Profetizaram o profeta Ageu e Zacarias, Ed 6.14. Não profetizeis para nós o que é reto, Is 30.10. Os profetas profetizam falsamente, Jr 5.31. Profetizado em teu nome, Mt 7.22. Todos os profetas ... profetizaram até João, Mt 11.13. Profetiza-nos . . . quem é que te bateu! Mt 26.68. Zacarias . . . profetizou, Lc 1.67. Em parte profetizamos, l Co 13.9. Procurai com zelo ... de profetizar, l Co 14.39. Profetizou Enoque, Jd 14. Ver Pronunciar, Predizer.



PROFECIA: Profeta. Não havendo p o povo se corrompe, Pv 29.18. Diferentes dons ... se p, Rm 12.6. A outro p, l Co 12.10. Havendo p, desaparecerão, l Co 13.8. A p não é para os incrédulos, l Co 14.22. Não desprezeis p, l Ts 5.20. Segundo as p de que . . . foste objeto, l Tm 1.18 Dom ... te foi concedido mediante p, l Tm 4.14. Nenhuma p ... vêm de particular elucidação, 2 Pé 1.20. Ouvem as palavras da p, Ap 1.3; 22.18. O testemunho de JESUS é o espírito da p, Ap 19.10. Que guarda as palavras da p, Ap 22.7. Ver Dons do ESPÍRITO em 1 Co 12.



O PROFETA NO ANTIGO TESTAMENTO - BEP - CPAD

Is 6.8,9 “Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim. Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis.”



O LUGAR DOS PROFETAS NA HISTÓRIA DE HEBREUS.

(1) Os profetas do AT eram homens de DEUS que, espiritualmente, achavam-se muito acima de seus contemporâneos. Nenhuma categoria, em toda a literatura, apresenta um quadro mais dramático do que os profetas do AT. Os sacerdotes, juízes, reis, conselheiros e os salmistas, tinham cada um, lugar distintivo na história de Israel, mas nenhum deles, logrou alcançar a estatura dos profetas, nem chegou a exercer tanta influência na história da redenção.

(2) Os profetas exerceram considerável influência sobre a composição do AT. Tal fato fica evidente na divisão tríplice da Bíblia hebraica: a Torá, os Profetas e os Escritos (cf. Lc 24.44). A categoria dos profetas inclui seis livros históricos, compostos sob a perspectiva profética: Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis. É provável que os autores desses livros fossem profetas. Em segundo lugar, há dezessete livros proféticos específicos (Isaías até Malaquias). Finalmente, Moisés, autor dos cinco primeiros livros da Bíblia (a Torá), era profeta (Dt 18.15). Sendo assim, dois terços do AT, no mínimo, foram escritos por profetas.



PALAVRAS HEBRAICAS APLICADAS AOS PROFETAS.

(1) Ro’eh. Este substantivo, traduzido por “vidente”, em português, indica a capacidade especial de se ver na dimensão espiritual e prever eventos futuros. O título sugere que o profeta não era enganado pela aparência das coisas, mas que as via conforme realmente eram — da perspectiva do próprio DEUS. Como vidente, o profeta recebia sonhos, visões e revelações, da parte de DEUS, que o capacitava a transmitir suas realidades ao povo.

(2) Nabi’.

(a) Esta é a principal palavra hebraica para “profeta”, e ocorre 316 vezes no AT. Nabi’im é sua forma no plural. Embora a origem da palavra não seja clara, o significado do verbo hebraico “profetizar” é: “emitir palavras abundantemente da parte de DEUS, por meio do ESPÍRITO de DEUS” (Gesenius, Hebrew Lexicon). Sendo assim, o nabi’ era o porta-voz que emitia palavras sob o poder impulsionador do ESPÍRITO de DEUS. A palavra grega prophetes, da qual se deriva a palavra “profeta” em português, significa “aquele que fala em lugar de outrem”. Os profetas falavam, em lugar de DEUS, ao povo do concerto, baseados naquilo que ouviam, viam e recebiam da parte dEle.

(b) No AT, o profeta também era conhecido como “homem de DEUS” (ver 2Rs 4.21), “servo de DEUS” (cf. Is 20.3; Dn 6.20), homem que tem o ESPÍRITO de DEUS sobre si (cf. Is 61.1-3), “atalaia” (Ez 3.17), e “mensageiro do Senhor” (Ag 1.13). Os profetas também interpretavam sonhos (e.g., José, Daniel) e interpretavam a história — presente e futura — sob a perspectiva divina.



HOMENS DO ESPÍRITO E DA PALAVRA.

O profeta não era simplesmente um líder religioso, mas alguém possuído pelo ESPÍRITO de DEUS (Ez 37.1,4). Pelo fato do ESPÍRITO e a Palavra estarem nele, o profeta do AT possuía estas três características:

(1) Conhecimentos divinamente revelados. Ele recebia conhecimentos da parte de DEUS no tocante às pessoas, aos eventos e à verdade redentora. O propósito primacial de tais conhecimentos era encorajar o povo a permanecer fiel a DEUS e ao seu concerto. A característica distintiva da profecia, no AT, era tornar clara a vontade de DEUS ao povo mediante a instrução, a correção e a advertência. O Senhor usava os profetas para pronunciarem o seu juízo antes de este ser desferido. Do solo da história sombria de Israel e de Judá, brotaram profecias específicas a respeito do Messias e do reino de DEUS, bem como predições sobre os eventos mundiais que ainda estão por ocorrer.

(2) Poderes divinamente outorgados. Os profetas eram levados à esfera dos milagres à medida que recebiam a plenitude do ESPÍRITO de DEUS. Através dos profetas, a vida e o poder divinos eram demonstrados de modo sobrenatural diante de um mundo que, doutra forma, se fecharia à dimensão divina.

(3) Estilo de vida característico. Os profetas, na sua maioria, abandonaram as atividades corriqueiras da vida a fim de viverem exclusivamente para DEUS. Protestavam intensamente contra a idolatria, a imoralidade e iniqüidades cometidas pelo povo, bem como a corrupção praticada pelos reis e sacerdotes. Suas atividades visavam mudanças santas e justas em Israel. Suas investidas eram sempre em favor do reino de DEUS e de sua justiça. Lutavam pelo cumprimento da vontade divina, sem levar em conta os riscos pessoais.

OITO CARACTERÍSTICAS DO PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO.

Que tipo de pessoa era o profeta do AT?

(1) Era alguém que tinha estreito relacionamento com DEUS, e que se tornava confidente do Senhor (Am 3.7). O profeta via o mundo e o povo do concerto sob a perspectiva divina, e não segundo o ponto de vista humano.

(2) O profeta, por estar próximo de DEUS, achava-se em harmonia com DEUS, e em simpatia com aquilo que Ele sofria por causa dos pecados do povo. Compreendia, melhor que qualquer outra pessoa, o propósito, vontade e desejos de DEUS. Experimentava as mesmas reações de DEUS. Noutras palavras, o profeta não somente ouvia a voz de DEUS, como também sentia o seu coração (Jr 6.11; 15.16,17; 20.9).

(3) À semelhança de DEUS, o profeta amava profundamente o povo. Quando o povo sofria, o profeta sentia profundas dores. Ele almejava para Israel o melhor da parte de DEUS (Ez 18.23). Por isso, suas mensagens continham, não somente advertências, como também palavras de esperança e consolo.

(4) O profeta buscava o sumo bem do povo, i.e., total confiança em DEUS e lealdade a Ele; eis porque advertia contra a confiança na sabedoria, riqueza e poder humanos, e nos falsos deuses (Jr 8.9,10; Os 10.13,14; Am 6.8). Os profetas continuamente conclamavam o povo a viver à altura de suas obrigações conforme o seu concerto estabelecido com DEUS, para que viesse a receber as bênçãos da redenção.

(5) O profeta tinha profunda sensibilidade diante do pecado e do mal (Jr 2.12,13, 19; 25.3-7; Am 8.4-7; Mq 3.8). Não tolerava a crueldade, a imoralidade e a injustiça. O que o povo considerava leve desvio da Lei de DEUS, o profeta interpretava, às vezes, como funesto. Não podia suportar transigência com o mal, complacência, fingimento e desculpas do povo (32.11; Jr 6.20; 7.8-15; Am 4.1; 6.1). Compartilhava, mais que qualquer outra pessoa, do amor divino à retidão, e do ódio que o Senhor tem à iniqüidade (cf. Hb 1.9).

(6) O profeta desafiava constantemente a santidade superficial e oca do povo, procurando desesperadamente encorajar a obediência sincera às palavras que DEUS revelara na Lei. Permanecia totalmente dedicado ao Senhor; fugia da transigência com o mal e requeria fidelidade integral a DEUS. Aceitava nada menos que a plenitude do reino de DEUS e a sua justiça, manifestadas no povo de DEUS.

(7) O profeta tinha uma visão do futuro, revelada em condenação e destruição (e.g., 63.1-6; Jr 11.22,23; 13.15-21; Ez 14.12-21; Am 5.16-20,27, bem como em restauração e renovação (e.g., 61– 62; 65.17–66.24; Jr 33; Ez 37). Os profetas enunciaram grande número de profecias acerca da vinda do Messias.

(8) Finalmente, o profeta era, via de regra, um homem solitário e triste (Jr 14.17,18; 20.14-18; Am 7.10-13; Jn 3– 4), perseguido pelos falsos profetas que prediziam paz, prosperidade e segurança para o povo que se achava em pecado diante de DEUS (Jr 15.15; 20.1-6; 26.8-11; Am 5.10; cf. Mt 23.29-36; At 7.51-53). Ao mesmo tempo, o profeta verdadeiro era reconhecido como homem de DEUS, não havendo, pois, como ignorar o seu caráter e a sua mensagem.



O PROFETA E O SACERDOTE.

Durante a maior parte da história de Israel, os sacerdotes e profetas, constantemente, entravam em conflito. O plano de DEUS era que houvesse cooperação entre eles, mas os sacerdotes tendiam a aderir ao liberalismo e deixavam de protestar contra a decadência do povo de DEUS.

(1) Os sacerdotes muitas vezes concordavam com a situação anormal reinante, e sua adoração a DEUS resumia-se em cerimônias e liturgia. Embora a moralidade ocupasse um lugar formal na sua teologia, não era enfatizada por eles na prática.

(2) O profeta, por outro lado, ressaltava fortemente o modo de vida, à conduta, e as questões morais. Repreeendiam constantemente os que apenas cumpriam com os deveres litúrgicos Irritava, importunava, denunciava, e sem apoio humano defendia justas exigências e insistia em aplicar à vida os eternos princípios de DEUS. O profeta era um ensinador de ética, um reformador moral e um inquietador da consciência humana. Desmascarava o pecado e a apostasia, procurando sempre despertar o povo a um viver realmente santo.



A MENSAGEM DOS PROFETAS DO ANTIGO TESTAMENTO.

A mensagem dos profetas enfatiza três temas principais:

(1) A natureza de DEUS.

(a) Declaravam ser DEUS o Criador e Soberano onipotente do universo (e.g., 40.28), e o Senhor da história, pois leva os eventos a servirem aos seus supremos propósitos de salvação e juízo (cf. Is 44.28; 45.1; Am 5.27; Hc 1.6).

(b) Enfatizavam que DEUS é santo reto e justo, e não pode tolerar o pecado, iniqüidade e injustiça. Mas a sua santidade é temperada pela misericórdia. Ele é paciente e tardio em manifestar a sua ira. Sendo DEUS santo, em sua natureza, requer que seu povo seja consagrado e santo ao SENHOR (Zc 14.20; cf. Is 29.22-24; Jr 2.3). Como o DEUS que faz concerto, que entrou num relacionamento exclusivo com Israel, requer que seu povo obedeça aos seus mandamentos, como parte de um compromisso de relacionamento mútuo.

(2) O pecado e o arrependimento. Os profetas do AT compartilhavam da tristeza de DEUS diante da contínua desobediência, infidelidade, idolatria e imoralidade de seu povo segundo o concerto. E falavam palavras severas de justo juízo contra os transgressores. A mensagem dos profetas era idêntica a de João Batista e de CRISTO: “arrependei-vos, senão igualmente perecereis”. Prediziam juízos catastróficos, tal como a destruição de Samaria, pela Assíria (e.g. Os 5.8-12; 9.3-7; 10.6-15), e a de Jerusalém por Babilônia (e.g., Jr 19.7-15; 32.28-36; Ez 5.5-12; 21.2, 24-27).

(3) Predição e esperança messiânica.

(a) Embora o povo tenha sido globalmente infiel a DEUS e aos seus votos, segundo o concerto, os profetas jamais deixaram de enunciar-lhe mensagens de esperança. Sabiam que DEUS cumpriria os ditames do concerto e as promessas feitas a Abraão através de um remanescente fiel No fim, viria o Messias, e através dEle, DEUS haveria de ofertar a salvação a todos os povos.

(b) Os profetas colocavam-se entre o colapso espiritual de sua geração e a esperança da era messiânica. Eles tinham de falar a palavra de DEUS a um povo obstinado, que, inexoravelmente rejeitavam a sua mensagem (cf. Is 6.9-13). Os profetas eram tanto defensores do antigo concerto, quanto precursores do novo. Viviam no presente, mas com a alma voltada para o futuro.

SUBSÍDIO PROFÉTICO:

PROFETAS E PROFECIAS
1- Profecia e Profeta:

A palavra profecia (oráculo):

Em Pv 30.1 segundo algumas versões, representa a palavra hebraica massa, que propriamente significa “oráculo”; e o nome profeta, em Is 30.10, representa a palavra hebraica chozeh, que propriamente significa “vidente”, e refere-se àqueles que vêem visões. Mas sempre, em qualquer outro lugar no A.T., a “profecia” é a tradução de nebu’a; e “profeta” a de nabi. Não é certa a significação original da raiz (NB). A raiz (NB) significa ferver em cachão, e nabi, portanto, supõe-se querer dizer aquele que ferve com a inspiração ou com a mensagem divina. Todavia, é mais provável que nabi esteja em conexão com uma raiz assíria ou árabe, que significa proferir, anunciar uma mensagem. Neste caso o nabi é considerado o orador, a quem foi confiada uma missão. Isto está em conformidade como que se lê em Êx 7.1: “Então disse o Senhor a Moisés: Vê que te constituí como deus sobre Faraó, e Arão, teu irmão, será teu profeta.” Por isso é provável que o nome “profeta”, como é empregado na Bíblia, signifique aquele que fala como acreditado mensageiro do Altíssimo DEUS. Deve-se observar que no termo, de que se trata, não há coisa alguma que implique previsão de acontecimentos. Pode um profeta predizer, ou não, o futuro segundo a mensagem que DEUS lhe der. Deste modo a palavra grega prophetes, que se acha na versão dos Setenta, e no NT, significa aquele que “expõe, fala sobre certo assunto”. Os substantivos abstratos nebu’a e propheteie (“profecia”) têm uma significação correspondente.



2- O estado dos profetas ao receberem a sua mensagem.

E importantíssima ter uma noção certa das condições espirituais do profeta, afim de que possamos penetrar os segredos da comunicação do homem com DEUS. A concepção pagã da profecia era a de uma condição absolutamente passiva no profeta, de modo que, quanto mais inconsciente se mostrava, mais apto estava para receber a mensagem divina. Alguma coisa deste gênero se pode ver na histeria do povo israelita. Aquelas danças sagradas dos profetas de Baal, durante as quais eles batiam em si furiosamente, cortando-se com canivetes, para que pudessem receber um sinal visível de aprovação divina, eram, na realidade, uma manifestação típica (1 Rs 18.26 a 28); e é provável que em tempos posteriores os falsos profetas tomassem disposições semelhantes, com o fim de provocarem em si próprios o estado de êxtase para as suas arengas. Mas a idéia pagã de profecia se apresenta dum modo muito claro em Balaão. A sua vontade e os seus próprios pensamentos são vencidos pela inspiração divina, proclamando ele a mensagem celestial, contrariamente aos seus particulares desejos (Nm 22 a 24).



No tempo de Samuel já se vê o principio de melhor sistema. Ele reunia em comunidades aqueles que parecia terem dons especiais da profecia, disciplinando-os, ensinando-lhes a música, e, segundo parece, ministrando-lhes conhecimentos da história e religião, para que pudessem estar nas melhores condições de receber as palavras de DEUS (1 Sm 10.10 a 13; 19.18 a 20). A respeito da música pode-se compreender que era para aquietar a alma, e prepará-la para as comunicações com DEUS (1 Sm 16. 14 a 23; 2 Rs 3.15). Quanto a serem estas escritas ou não pelo profeta, isso dependia do caráter particular de cada alocução.



Essas profecias, devemos dizê-lo, são inteiramente apostas ás produzidas no estado de mero êxtase. São escritas com grande escolha de palavras e frases, revelando a vida anterior dos profetas, os seus interesses e ocupações, e apresentando em vários graus a cultura e as circunstâncias do tempo em que cada profecia foi revelada. As profecias de Amós. de Miquéias, de Isaias, e de Jeremias, por exemplo, estão muito longe das de Balaão, tanto na visão espiritual como nos conscientes pensamentos e deliberado estudo. Os profetas tinham aprendido que DEUS Se servia das próprias faculdades e aptidões deles como instrumento das Suas revelações.



Na verdade, querendo formar a mais alta concepção do estado do profeta, na recepção das comunicações divinas, temos esse ideal em JESUS CRISTO, que estava em comunhão com o Seu Pai, e anunciava aos homens o que dele ouvia (Jo 8.26 a 40; 15.15; 17.8). Em JESUS não havia o estado de êxtase, mas manifestava-se uma clara comunicação espiritual, tendo a Sua alma um grandioso poder receptivo e ativo. Na proporção em que os profetas alcançavam este dom maravilhoso de profecia, podiam eles receber e transmitir perfeitamente a mensagem divina.



3- A função dos profetas.

Examinando as suas palavras num sentido mais lato, e tomando no seu todo a obra dos profetas, observamos que uma das suas mais importantes funções era a interpretação dos fatos passados e presentes. Estudando eles os acontecimentos na presença de DEUS, puderam vê-los na sua luz divina, e compreendê-los assim no seu verdadeiro aspecto e significação. Por isso os profetas não eram, realmente, historiadores (como o escritor dos livros dos Reis), mas foram algumas vezes políticos ativos bem como diretores religiosos. Entre estes podemos admitir não somente Isaias e Jeremias, mas também Eliseu, visto como este mandou um dos filhos dos profetas ungir Jeú, efetuando deste modo a destruição da dinastia de Onri, culpada de prestar culto a Baal (2 Rs 9). Além disso, o fato de eles perceberem a significação dos acontecimentos passados e presentes, habilitava-os a conhecer os resultados da vida pessoal e nacional, e a proclamar princípios que tinham um alcance muito mais largo, de muito maior extensão, do que o que eles podiam imaginar. E, deste modo, quando as mesmas forças operavam em tempos e lugares muitíssimo distantes dos contemplados pelos próprios profetas, as suas palavras de aviso e conforto achavam cumprimento, não talvez uma vez somente, mas em diversas ocasiões. E a este poder, inerente a uma previsão verdadeiramente inspirada, que Pedro provavelmente se refere, quando escreveu (2 Pe 1.20): “nenhuma profecia da Escritura é de particular elucidação”, querendo dizer que o seu significado e referência não devem limitar-se a qualquer acontecimento no tempo.



4- O valor das profecias:

a) Os sacerdotes tratavam de coisas rituais, ou melhor, das orações litúrgicas e dos cânticos sagrados. Nos profetas havia vistas mais largas, e uma realização mais completa da vontade de DEUS na vida diária, tanto particular como nacional. Se quisermos, talvez, dizer em poucas palavras qual o efeito dos ensinamentos dos profetas sobre os seus contemporâneos, quer se trate de pessoas, quer de nações, afirmaremos que era a esperança o forte sentimento que consolava a alma israelita, apesar dum passado manchado pelo pecado, e dum presente sob a ameaça do castigo. Todavia, superior a tudo, estava DEUS realizando o Seu plano de misericórdia e bênçãos. Nenhuma religião, fora do Judaísmo, podia mostrar nos seus ensinamentos tais princípios de consoladora expectativa. E eis aqui um dos grandes segredos que explicam o grande êxito que só a religião de Israel alcançou.

b) Se os contemporâneos dos profetas muito ganharam, ou estiveram na situação de ganhar com a obra dos profetas, maior proveito disso devemos nos ainda tirar. Porquanto estamos agora preparados para ver bem o efeito das suas doutrinas e predições, e considerar as verdades eternas, em que eles depositavam completa confiança. Dum modo particular, certamente, podemos apreciar até certo grau as suas exposições acerca do grande Personagem, por meio do qual havia de vir a redenção de Israel. Não é o nosso fim neste artigo enumerar as várias profecias com relação a CRISTO. A maioria delas é bem conhecida. Basta dizer-se que, embora os profetas não alcançassem bem o inteiro sentido das suas próprias palavras, esperavam, contudo, um Ente que havia de ser idealmente perfeito, na sua qualidade de Rei para governar, de Profeta para ensinar, e de Sacerdote para reconciliar; que havia de ser homem, e mais do que homem, pois seria Ele mesmo DEUS; e que havia de sofrer até á morte, reinando, contudo, para sempre na Glória.



5- Profecia e profetas do Novo Testamento:

Houve uma pausa: por espaço de trezentos anos não tinha DEUS falado aos homens. Mas no fim desse tempo, João, filho de Zacarias, cognominado o Batista, que foi “profeta”, e “mais de que profeta” (Mt 11.9), apareceu, revelando às multidões a vontade de DEUS a respeito delas, e dizendo-lhes que estava chegado o tempo em que as profecias sobre a vinda do Libertador deviam ser cumpridas. E chegou esse tempo do Profeta ideal, em quem tiveram realização, no maior grau. as palavras de Moisés (Dt 18.18; At 3.22), revelando Ele nos Seus atos e palavras o ESPÍRITO do Pai celestial. E compreende-se que a atividade profética não tivesse a sua paragem em JESUS CRISTO, continuando duma maneira nova, depois que o ESPÍRITO SANTO foi derramado no dia de Pentecoste. Então, as palavras de Joel receberam parte do seu cumprimento: “vossos filhos e as vossas filhas profetizarão” (Jl 2.28; At 2.17); e mais uma vez se acostumaram os crentes a ouvir os profetas, que se lhes dirigiam em nome do Senhor. Entre estes são mencionados: Ágabo e outros, vindos de Jerusalém (At 11.27,28; 21.10); profetas em Antioquia (At 13.1); Judas e Silas (At 15.32); as quatro filhas de Filipe, o evangelista (At 21.9). Paulo também se refere a profetas cristãos em 1 Co 12.28 e seguintes: 14.29,32,37; Ef 3.5 e 4.11, compreendendo nós, por essas passagens, que esses obreiros, tomando parte proeminente nas reuniões cristãs, nos cultos, eram algumas vezes inclinados a pensar que não podiam restringir o ímpeto da fala. O autor do Apocalipse também se refere freqüentes vezes aos profetas cristãos, que são considerados como seus irmãos (Ap 22.9; vede também 10.7; 11.10-18; 16.6; 18.20-24; 22.6).

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