12 dezembro 2025

Escrita Lição 12, Betel, Dorcas – As boas obras que falam por si, 4Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 12, Betel, Dorcas – As boas obras que falam por si, 4Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para os ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique  de Almeida Silva

 


EBD Editora Betel | 4° Trimestre De 2025 | Tema: PERSONAGENS BÍBLICOS VIRTUOSOS E MARCANTES – Homens e mulheres que permaneceram fiéis a DEUS diante das circunstâncias da vida | Escola Bíblica Dominical 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- A ORIGEM DA DISCÍPULA DORCAS

1.1. A história de Dorcas 

1.2. A morte de Dorcas 

1.3. A ressurreição de Dorcas 

2- O MINISTÉRIO DE DORCAS

2.1. Uma mulher generosa 

2.2. Dorcas, a discípula amada 

2.3. Vivendo em paz com todos 

3- O CARÁTER INSPIRADOR DE DORCAS

3.1. Uma lição de amor 

3.2. O legado de Dorcas 

3.3. Um exemplo a ser seguido 

 

TEXTO ÁUREO

“E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que, traduzido, se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia”, Atos 9.36.

 

VERDADE APLICADA

Devemos exercer nossa fé juntamente com boas obras, como expressão de nossa Salvação em CRISTO JESUS

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

- Identificar a origem da discípula Dorcas.
- Destacar o ministério de Dorcas.
- Reconhecer o caráter inspirador de Dorcas para os dias de hoje.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - Atos 9.36-40

36 E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que, traduzido, se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia.
37 E aconteceu, naqueles dias, que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto.
38 E, como Lida era perto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali, lhe mandaram dois varões, rogando-lhe que não se demorasse em vir ter com eles.
39 E, levantando-se Pedro, foi com eles. Quando chegou, o levaram ao quarto alto, e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e vestidos que Dorcas fizera quando estava com elas.
40 Mas Pedro, fazendo-as sair a todas, pôs-se de joelhos e orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, assentou-se.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | 1Co 15.58 O nosso trabalho não é vão no Senhor.
TERÇA | 2Co 5.10 O tribunal de CRISTO julgará a obra de cada um.
QUARTA | Hb 6.10-12 DEUS não esquece as nossas obras.
QUINTA | Tg 2.14-17 A fé sem obras é morta.
SEXTA | Ap 2.19 O Senhor conhece as nossas obras, o nosso amor e a nossa fé.
SÁBADO | Ap 22.12 DEUS dará a recompensa a cada um segundo a sua obra.


HINOS SUGERIDOS: 93, 15, 600

 

MOTIVO DE ORAÇÃO: Ore para que possamos praticar boas obras.

 

PONTO DE PARTIDA: O legado de Dorcas.

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO – LIVROS, REVISTAS ANTIGAS E GOOGLE

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Ταβιθα Tabitha – Dicionário Strong em Português
de origem aramaica
Tabita = “gazela”
1) nome da mulher que Pedro ressuscitou da morte (Dorcas em grego)

 

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TABITA (Aramaico) – DORCAS (Grego) - Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD

Uma palavra aramaica que Lucas, o escritor de Atos, traduziu como "Dorcas" no texto grego (At 9.36). Ele o fez aparentemente visando o benefício dos leitores. O nome significa "gazela", um nome feminino de tratamento carinhoso tanto entre os judeus como entre os gregos, e assim um nome apropriado para a mulher a quem Pedro ressuscitou dos mortos. Este foi um milagre digno de nota, visto ter sido a primeira ressurreição realizada por um apóstolo (cf.. Mt 10.8; At 20.9,10). A notícia deste milagre espalhou-se por toda Jope e, como resultado, muitos creram no Senhor JESUS (At 9.42). Nada se conhece sobre Tabita, exceto o que é expresso em Atos 9.36-42. Ela é chamada de "discípula" (mathetria, a forma feminina usada somente aqui no NT), isto é, uma cristã, uma verdadeira crente em JESUS CRISTO. Sua bondade e presteza haviam tocado as vidas de muitas pessoas à sua volta. Quando ela morreu, houve uma tristeza generalizada e um sentimento de grande perda. Pedro, que havia curado Eneias em Lida, 16 quilômetros a sudeste, foi chamado pelos amigos consternados da falecida Tabita. Não se sabe exatamente porque eles levaram o apóstolo até Jope, se como um consolo ou em busca de um milagre. Mas Pedro respondeu ao seu apelo. Eles o conduziram ao cenáculo onde o corpo jazia; depois de fazer sair os amigos, e ajoelhando-se para orar, ele se voltou para o corpo e disse, "Tabita, levanta-te". Ela abriu os olhos e se sentou. As viúvas a quem Dorcas havia ajudado dando-lhes túnicas e vestidos, assim como os outros crentes, se regozijaram.

 

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A distância entre Lida (Lod) e Jope (Jaffa) é curta, cerca de 20 km, pois Lida ficava em direção a Jerusalém a partir de Jope, e foi de Lida que os discípulos chamaram Pedro para ressuscitar Tabita/Dorcas, mostrando que era uma cidade vizinha. 

Detalhes do Evento (Atos 9:36-42)

1.    O Local: Tabita (Dorcas) morava em Jope (hoje Jaffa, parte de Tel Aviv).

2.    O Chamado: Quando ela morreu, os discípulos em Jope souberam que Pedro estava em Lida (uma cidade próxima) e enviaram mensageiros pedindo sua ajuda urgente.

3.    O Milagre: Pedro foi para Jope e, no quarto de cima, ressuscitou Tabita, um evento que se espalhou por toda a cidade. 

Portanto, a proximidade entre as duas cidades foi crucial para que Pedro chegasse a tempo de realizar o milagre em Jope. 

 

 

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Novo Testamento. O corpo de Tabita (Dorcas) foi l levado e colocado num quarto superior (At 9.37). No caso de Lázaro e JESUS, braços e pernas foram atados por bandagens de linho impregnadas com perfume, e um lenço de linho foi enrolado na cabeça (Jo 11.44; 20.6s.). Era costume se enrolar o defunto como se fosse uma “múmia” e um lenço amarrava a cabeça ao  queixo para que o defunto não ficasse com a boca aberta. Presume-se que o corpo fosse vestido; o "lençol" de Mc 15.46 pode significar uma túnica simples. O sudário de Turim, que foi exposto na França no século XIV e provocou discussão mais recente, é uma peça de linho de 3 x 1 m, com a impressão de um corpo humano que se afirma ser de JESUS. O NT e outros textos antigos não indicam o uso desse tipo de mortalha no século I, e as evidências científicas indicam origem medieval. O luto compreendia  choro e lamento (Me 5.38) a que uma grande multidão e músicos contratados podiam se juntar (Mt 9.23), e as pessoas provavelmente batiam no peito em sinal de aflição (Lc 23.48). Muitos textos rabínicos incentivavam o enterro no mesmo dia da morte (cf. Jo 19.31). Quando JESUS encontrou uma procissão fúnebre em Naim, o corpo era carregado em um esquife (Lc 7.12ss.); o corpo do rei Herodes foi exposto em 4 a.C. em um divã dourado cravejado de pedras preciosas, e seu filho ArqueIau deu um suntuoso banquete fúnebre. O luto em geral continuava por vários dias depois do sepultamento (cf. Eclesiástico 22.12). Antigas tumbas escavadas na rocha em c. 40 a.C.-135 d.C. cercavam três lados dos muros de Jerusalém, a mais magnífica era a da rainha Helena de Adiabene. Os túmulos para pessoas mais pobres tinham uma ou mais câmaras com uma pequena entrada quadrada e prateleiras para os corpos. A pedra que fechava a entrada podia ser ou como uma rolha que se encaixava numa fenda ao redor da entrada ou uma pedra bruta, grande e arredondada. As descrições dos evangelhos indicam que JESUS foi enterrado nesse tipo de túmulo. Foram encontrados túmulos intactos destinados a conter ossuários, pequenas arcas de calcário em que os ossos eram reunidos e novamente sepultados. É provável que o lugar do SANTO Sepulcro em Jerusalém seja o verdadeiro local de sepultamento de JESUS ou fique próximo; os túmulos dos arredores são do tipo normal do século I. O "Jardim do Túmulo", um jardim atraente com uma única sepultura escavada na rocha, só foi sugerido como o túmulo de JESUS pela primeira vez no século XIX. Não é do período do NT e data provavelmente do século II, mas dá aos visitantes uma impressão de como eram as tumbas antigas.

DICIONÁRIO BÍBLICO VIDA NOVA - Derek Williams

 

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COMENTÁRIOS BEP – CPAD - 9.36 DORCAS... CHEIA DE BOAS OBRAS. Assim como DEUS operava através de Pedro para curar (vv. 33-35) e para ressuscitar os mortos (v. 40), Ele também operava através de Dorcas, para praticar atos de bondade e de amor. Os atos de amor para ajudar os necessitados são também manifestações do ESPÍRITO SANTO. Paulo enfatizou essa verdade em 1 Co 13 (cf. 1 Pe 4.10,11). Era a primeira vez que um cristão ressuscitava uma pessoa no Novo Testamento, imitando JESUS.

 

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Dorcas. Uma costureira benevolente em Jope, caracterizada pelos seus

atos altruístas e descrita como discípula (At 9.36). Enquanto Pedro estava na

cidade vizinha de Lida, Dorcas — ou Tabita (aramaico) — adoeceu e

morreu. Depois que o corpo já estava preparado para o sepultamento, dois

homens foram e pediram a Pedro que curasse Dorcas. Ele atendeu, viajou a

Jope e ressuscitou-a dos mortos. Muitas pessoas se converteram a JESUS CRISTO por

causa desse milagre (At 9.36-42). DICIONÁRIO BÍBLICO BAKER

 

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 ATOS 9 – DORCAS

36 Havia em Jope uma discípula por nome Tabita, que traduzido quer dizer Dorcas, a qual estava cheia de boas obras e esmolas que fazia.

O que significa Discípulo - O que recebe disciplina ou instrução; que segue os conselhos.

37 Ora, aconteceu naqueles dias que ela, adoecendo, morreu; e, tendo-a lavado, a colocaram no cenáculo.

Cenáculo – Lugar alto, arejado, para reuniões, principalmente para orações, nas casas dos crentes.

38 Como Lida era perto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali, enviaram-lhe dois homens, rogando-lhe: Não te demores em vir ter conosco.

Jope – Cidade marítima, ótimo porto.

39 Pedro levantou-se e foi com eles; quando chegou, levaram-no ao cenáulo; e todas as viúvas o cercaram, chorando e mostrando-lhe as túnicas e vestidos que Dorcas fizera enquanto estava com elas.

Viúva – mulher necessitada, solitária, sofredora.

40 Mas Pedro, tendo feito sair a todos, pôs-se de joelhos e orou; e voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. Ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, sentou-se.

Mandou sair a todos – separou o doente dos incrédulos - O milagre é para os que crêm

De joelhos orando – será que vimos algum outro milagre realizado de joelhos?

41 Ele, dando-lhe a mão, levantou-a e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva.

Dando-lhe a mão – acreditar no milagre. Ajudar o doente.

42 Tornou-se isto notório por toda a Jope, e muitos creram no Senhor.

Creram no Senhor e não em Pedro – o objetivo deve ser conversões.

43 Pedro ficou muitos dias em Jope, em casa de um curtidor chamado Simão.

Imagine que cheiro havia na casa de Simão – o curtidor.

 

 

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A ressurreição de Tabita (v. 36-43).

Essa história nos leva de volta em espírito à simplicidade e ao poder dos relatos de cura nos Evangelhos. Não sabemos exatamente o que os irmãos em Jope esperavam quando mandaram buscar Pedro, mas sabiam que a presença do apóstolo seria uma grande ajuda num momento de tristeza e angústia profundas. Tabita, ou Dorcas, (“gazela”) tinha se embelezado com boas obras, e a sua partida estava sendo muito lamentada (v. 39). Logo após a sua chegada, Pedro precisou ficar sozinho com o “DEUS que ressuscita os mortos”, na presença do corpo sem vida, para poder discernir a vontade do Senhor. A sua oração ao ajoelhar-se nos lembra as batalhas espirituais de Elias e Eliseu em circunstâncias semelhantes. Pedro recebeu a certeza de que precisava e se voltou para o corpo com a simples ordem: Tabita, levante-se. Que momento fantástico quando a irmã de coração tão grande pôde ser apresentada aos fiéis novamente — viva! (v. 41). O grande valor do testemunho anterior de Tabita destacou a mensagem poderosa do milagre, e muitos creram no Senhor. Dessa maneira, Pedro havia sido conduzido por DEUS ao lugar em que receberia novas e estranhas ordens de marcha, o que se constituiu num dos mais importantes sinais na história da redenção (v. 43). Comentário - NVI (F. F. Bruce) – Atos - Série Cultura Bíblica - I.  Howard Marshall.

 

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A Ressurreição de Tabita

Atos 9:36-43

Temos aqui outro milagre feito por Pedro para confirmar o evangelho, milagre esse que excedeu o anterior: A ressurreição de Tabita depois de ela estar morta por certo tempo. Aqui está:

I

 A vida, morte e caráter de Tabita, em quem foi realizado este milagre (vv. 36,37).

 

1. Tabita morava em Jope (v. 36), cidade portuária na tribo de Dã, de onde Jonas tomou um navio para ir para Társis, hoje chamada Jafo.

 

2. O seu nome era Tabita (v. 36), nome hebraico, que em grego é Dorcas, ambos com o significado de “corça, cerva, gazela”, uma criatura agradável. Naftali é uma cerva solta; ele dá palavras formosas (Gn 49.21). A esposa do marido amoroso e meigo é como cerva amorosa e gazela graciosa (Pv 5.19).

 

3. Tabita era discípula (v. 36), alguém que aceitara a fé cristã e fora batizada. Além disso, ela era eminente acima de muitos através de obras de caridade. Ela mostrava sua fé por suas obras, suas boas obras, das quais ela estava cheia, isto é, nas quais ela abundava. Sua cabeça estava cheia de cuidados e idéias para fazer o bem. Ela projetava coisas nobres (Is 32.8). Suas mãos estavam cheias de bons usos. Seu negócio era fazer o bem, ela nunca estava inativa, depois de ter aprendido a aplicar-se às boas obras (Tt 3.8), a manter uma conduta contínua e método constante delas. Ela estava cheia de boas obras, como a árvore que está carregada de frutos. Muitos estão cheios de boas palavras, mas vazios e estéreis de boas obras. Mas Tabita fazia grandes coisas e falava grandes coisas: Non magna loquimur, sed vivimus – Nós não falamos grandes coisas, mas nós as vivemos. Entre outras boas obras, ela se destacava em esmolas que fazia. Ela praticava não só obras devocionais, que são as boas obras e os frutos da fé, mas obras assistenciais e beneficentes, que fluíam do amor ao próximo e do desprezo santo a este mundo. Note que ela é elogiada pelas esmolas que dava e pelas esmolas que fazia. Os que não têm recursos para dar às obras assistenciais ainda podem fazer caridade, trabalhando com as mãos, ou andando com os pés, para o benefício dos pobres. Os que não querem fazer um ato de caridade, seja o que for o que pretendam, se fossem ricos não dariam um presente caridoso. Ela estava cheia de [...] esmolas que fazia, hon epoiei – que ela fazia. Em grego, há ênfase em ela fazer as esmolas, porque tudo pertinente a esse tipo de trabalho que lhe viesse às mãos para fazer, ela o fazia segundo suas forças e perseverava nisso. Tratava-se de esmolas, não o que ela imaginava, pretendia e dizia que ia fazer, mas o que ela fazia. Não o que ela começava a fazer, mas o que ela fazia, o que ela realizava, aquilo com que ela completava a ação (2 Co 8.11; 9.7). Esta é a vida e caráter de um discípulo de CRISTO, e deveria ser de todos os seus discípulos. Se dermos muito fruto, então seremos realmente seus discípulos (Jo 15.8).

 

4. Tabita morreu durante suas atividades beneficentes: Aconteceu, naqueles dias, que, enfermando ela, morreu (v. 37). A promessa para os que cuidam dos pobres não é que eles nunca ficarão doentes, mas que o Senhor os sustentará no leito da enfermidade, ao menos lhes fortalecendo a alma, e assim tu renovas a sua cama na doença, tornando-a suportável (Sl 41.1,3). Eles não podem presumir que nunca venham a morrer (os homens compassivos são retirados, Is 57.1, e as mulheres compassivas também, conforme atesta Tabita), mas podem contar que, naquele Dia, eles acharão misericórdia diante do Senhor (2 Tm 1.18).

 

5. Os amigos de Tabita e as pessoas em sua volta não a sepultaram logo, como de hábito, porque nutriam a esperança de que Pedro viesse e a ressuscitasse. Eles lavaram seu corpo (v. 37) segundo o costume, que, supõe-se, era com água morna para que, se ainda houvesse vida remanescente, ela voltasse a si. Este procedimento era feito para mostrar que ela estava verdadeiramente morta. Eles tentaram todos os métodos habituais para trazê-la à vida, sem sucesso. Conclamatum est – o último grito foi proferido. Eles a depositaram envolta em sua mortalha num quarto alto, que, segundo o Dr. Lightfoot, era a sala de reunião pública para os crentes daquela cidade. Eles puseram o corpo lá para que Pedro, caso viesse, a ressuscitasse naquele lugar.

II

 O pedido que os amigos cristãos de Tabita fizeram a Pedro foi que fosse até eles a toda pressa, não para assistir ao funeral, mas, se possível, para evitá-lo (v. 38). Lida, onde Pedro estava, era perto de Jope, e os discípulos de Jope tinham ouvido que Pedro estava ali e que ele, além de curar um paralítico na Porta Formosa e sua sombra estar curando multidões, restaurara Enéias da cama de enfermidade. Eles lhe mandaram dois varões para tornar a mensagem mais solene e respeitosa, rogando-lhe que não se demorasse em vir ter com eles. O pedido não continha explicações para que Pedro, por humildade, não recusasse a ir em tão grande incumbência quanto a ressuscitar uma pessoa: se eles puderem trazê-lo, deixarão o caso com ele. A amiga deles estava morta, e era tarde demais para chamar um médico; todavia, não tarde demais para chamar Pedro. Post mortem medicus – um médico depois da morte é um absurdo, mas não o é post mortem apostolus – um apóstolo depois da morte.

III

 A postura em que os sobreviventes estavam quando Pedro chegou: Levantando-se Pedro, foi com eles (v. 39). Eles não lhe disseram o que queriam com ele, mas ele se dispôs a ir com eles, supondo que era por alguma boa razão que lhe chamaram. Os ministros fiéis não devem ter má vontade de estar às ordens de todos, contanto que tenham habilidade, visto que o grande apóstolo se fez servo de todos (1 Co 9.19). O cadáver jazia na sala de cima, guardado pelas viúvas, provavelmente viúvas pobres que estavam em comunhão com a igreja. Aqui elas estavam:

 

1. Elogiando Tabita por suas boas obras (v. 39).

Eram obras verdadeiramente elogiáveis e dignas de imitação, pois foram feitas com humildade e sobriedade, sem lisonja dos sobreviventes ou qualquer intenção maléfica, mas puramente para a glória de DEUS e o incentivo dos outros ao que é virtuoso e louvável. Os elogios a Tabita eram como as suas próprias virtudes, não em palavras, mas em ação. Não se tratavam de encômios oratórios, ou poemas escritos em sua memória. Mas todas as viúvas [...] rodearam [Pedro], [...] mostrando as túnicas e vestes que Dorcas fizera (v. 39) para elas e lhes dera quando estava com elas. Era a consolação de Jó, enquanto vivia, que os lombos dos pobres o abençoassem, porque eles estavam aquentados com as peles dos cordeiros dele (Jó 31.20). Era o crédito de Tabita, quando morta, que as costas das viúvas a elogiassem pelas roupas que ela lhes fizera. As pessoas mais bem elogiadas são as elogiadas por suas obras (Pv 31.31), quer as palavras dos outros as elogiem ou não. É muito mais meritório vestir um grupo de viúvas decrépitas com roupas indispensáveis para a noite e para o dia, que orarão por seus benfeitores quando estes não estiverem vendo, do que vestir um grupo de criados preguiçosos com uniformes suntuosos que talvez pelas costas amaldiçoem aqueles que os vestem (Ec 7.21). É no que terão prazer todos que são sábios e bons, pois a bondade é a verdadeira grandeza que logo ultrapassará a conta. Observe:

 

(1) Em que área Tabita dedicou grande parte de seus atos de caridade. É lógico que havia outras esmolas que ela fazia, mas estas são as citadas. Ela fez, ao que parece com as próprias mãos, túnicas e vestes (v. 39) para as viúvas pobres, que talvez com o próprio esforço lutavam para ganhar o pão diário, mas não o suficiente para comprar roupa. Este é excelente exemplo de caridade: E, vendo o nu, o cubras (Is 58.7), e que não acha que basta dizer: Aquentai-vos (Tg 2.15,16).

 

(2) O sentimento de gratidão que os pobres tinham pela bondade de Tabita: As viúvas, [...] mostrando as túnicas e vestes (v. 39), não se envergonhavam em admitir que estavam em dívida com ela pelas roupas que usavam naquele exato momento. São horrivelmente ingratos os que recebem atos bondosos e não os reconhecem, mostrando a bondade que lhes é feita, pelo menos como estas viúvas fizeram. Quem recebe esmola não é obrigado a guardar muito segredo dela, como deve quem a dá. Quando os pobres criticam os ricos por serem descaridosos e desumanos, devem ter autocrítica e ponderar se eles não estão sendo ingratos e mal-agradecidos. O ato de mostrar as túnicas e vestes que Dorcas fizera quando estava com elas foi um modo de elogiar seus atos assistenciais e esforços diligentes. É a dedução depreendida pelo caráter da mulher virtuosa, que estende as mãos ao fuso, ou pelo menos pega a agulha, e abre a mão ao aflito; e ao necessitado estende as mãos do que ela trabalhou. Quando DEUS e os pobres têm o que lhes é devido, ela faz para si tapeçaria e de linho fino e de púrpura é a sua veste (Pv 31.19-22).

 

2. Elas estavam chorando a perda de Tabita:

Todas as viúvas [...] rodearam [Pedro], chorando (v. 39). Quando os misericordiosos são retirados, isso deve ser considerado no coração, sobretudo por aqueles a quem eles foram de maneira particular misericordiosos. Elas não precisavam chorar por ela, pois ela foi levada antes de o mal vir (Is 57.1). Ela descansou dos seus trabalhos, e suas obras a seguiram (Ap 14.13), além dos trabalhos e obras que ela deixou para trás. Mas elas choravam por si mesmas e por seus filhos, que logo sentiriam falta de mulher tão bondosa e insubstituível. Note que elas observam o bem que Dorcas fizera quando estava com elas, mas agora ela morrera e por isso estavam de luto. Os que são caridosos sempre têm os pobres com eles (Jo 12.8), mas isso é bom se os pobres sempre tiverem os caridosos consigo. Temos de fazer bom uso das luzes, mesmo que poucas, enquanto estiverem conosco, porque não estarão conosco para sempre, sua permanência não será por muito tempo. Quando essas luzes se apagarem pensaremos no que elas fizeram quando estavam conosco. Pelo visto, as viúvas choraram na presença de Pedro, como a persuadi-lo, se pudesse, a ter compaixão delas e ajudá-las, restabelecendo-lhes a pessoa que costumava ter compaixão delas. Quando as pessoas caridosas morrem, não há oração para ressuscitá-las, mas, quando estiverem doentes, este ato de gratidão lhes é devido: orar por sua recuperação para que, se for da vontade do Senhor, vivam aqueles que quase estão morrendo.

IV

 A maneira pela qual Tabita foi ressuscitada.

 

1. Reservadamente.

Tabita fora posta no quarto alto (v. 39), onde se faziam as reuniões públicas. Pelo visto, havia muitas pessoas em torno do corpo morto na expectativa do que aconteceria. Mas Pedro, fazendo-as sair a todas (v. 40), as viúvas que lamentavam sua morte, exceto poucas pessoas da família, ou talvez, os dirigentes da congregação para unir-se a ele em oração, como JESUS fizera certa ocasião (Mt 9.25). Desta forma, Pedro recusou delicadamente tudo que tinha a aparência de vanglória e ostentação. As pessoas foram ver, mas ele não veio para ser visto. Ele as fez sair para que tivesse mais liberdade para derramar a alma diante de DEUS em oração e não fosse incomodado com os clamores ruidosos dos enlutados.

 

2. Pela oração.

Na cura de Enéias está implícita uma oração, mas nesta obra maior ele próprio se dirigiu a DEUS em oração solene, como fez JESUS quando ressuscitou Lázaro. Mas a oração de JESUS era com a autoridade de Filho que vivifica aqueles que ele deseja vivificar (Jo 5.21). A oração de Pedro foi feita com a submissão de um servo que está sob ordens, por isso ele pôs-se de joelhos e orou (v 40). 3. Pela palavra, uma palavra de vivificação e despertamento, uma palavra que é espírito e vida (Jo 6.63). Pedro voltou-se para o corpo (v. 40), ação que dá a entender que no começo da oração ele se afastara do corpo para que sua fé não fraquejasse diante de um cadáver. Ele olhou para o outro lado a fim de nos ensinar, como Abraão que, em esperança, creu contra a esperança, não levou conta as dificuldades que havia no caminho e não atentou para o seu próprio corpo já amortecido, a fim de que não enfraquecesse na fé (Rm 4.19,20). Tendo acabado de orar, Pedro se voltou para o corpo e proferiu no nome do seu Mestre, de acordo com o seu exemplo, a seguinte ordem: “Tabita, levanta-te. Volta à vida”. O poder acompanhou a palavra, e ela voltou à vida, abriu os olhos que a morte tinha fechado. Assim, na ressurreição das almas mortas para a vida espiritual, o primeiro sinal de vida é a abertura dos olhos da mente (Atos 26.18). Quando viu a Pedro, ela assentou-se para mostrar que estava realmente viva. Ele, dando-lhe a mão, a levantou (v. 41), não como se ela estivesse lutando por estar um tanto fraca, mas ele procedeu assim como a lhe dar as boas-vindas novamente à vida e lhe dar a mão direita da comunhão entre os vivos, de quem ela fora retirada. Por fim, chamando os santos e as viúvas, que estavam em luto pela morte dela, ele apresentou-lha viva a eles para a grande consolação deles, particularmente para as viúvas que no coração levaram em grande consideração a morte dela. Ele apresentou-lha viva a eles, como Elias (1 Rs 17.23), Eliseu (2 Rs 4.36) e JESUS (Lc 7.15) apresentaram vivos os filhos anteriormente mortos para as suas respectivas mães. A maior alegria e satisfação são expressas pela vida dentre os mortos.

V

 Os bons efeitos deste milagre.

 

1. Muitos (v. 42), por este milagre, ficaram convencidos da verdade do evangelho, ou seja, que procedia dos céus e não dos homens, e creram no Senhor.

O milagre foi [...] notório por toda a Jope. Logo estaria na boca de todos e, por ser uma cidade de marinheiros, a notícia do milagre em pouco tempo se espalharia por outros países, embora algumas pessoas nunca percebessem o quanto foram afetadas por isso. Este era o propósito dos milagres: confirmar a revelação divina.

E foi isto notório por toda a Jope, e muitos creram no Senhor. Atos 9:42

 

2. Pedro, por causa deste milagre, foi induzido a ficar muitos dias em Jope (v. 43). Achando que se lhe abrira uma porta de oportunidade, ele permaneceu ali muitos dias, até que o buscassem e fosse levado a serviço para outra cidade. Ele não ficou na casa de Tabita, embora fosse rica, para que não parecesse que buscava a própria glória. Mas se hospedou com um certo Simão, curtidor, um negociante comum, exemplo esse de sua condescendência e humildade. Por esse meio, ele nos dá o seguinte ensinamento: Não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes (Rm 12.16). Embora pareça que Pedro tenha sido esquecido na obscuridade da casa de um curtidor pobre à beira-mar, DEUS foi buscá-lo para fazer um serviço nobre que está registrado no próximo capítulo. O que a si mesmo se humilhar será exaltado (Mt 23.12). Dali o incansável  Pedro foi para Cesareia atender a um chamado do centurião Cornélio e ali muitas almas também foram salvas.

Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT - CPAD

 

 

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NA ÍNTEGRA LIÇÃO 12, BETEL, DORCAS – AS BOAS OBRAS QUE FALAM POR SI, 4º TRIMESTRE DE 2025

 

 

Escrita Lição 12, Betel, Dorcas – As boas obras que falam por si, 4Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

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ESBOÇO DA LIÇÃO

1- A ORIGEM DA DISCÍPULA DORCAS

1.1. A história de Dorcas 

1.2. A morte de Dorcas 

1.3. A ressurreição de Dorcas 

2- O MINISTÉRIO DE DORCAS

2.1. Uma mulher generosa 

2.2. Dorcas, a discípula amada 

2.3. Vivendo em paz com todos 

3- O CARÁTER INSPIRADOR DE DORCAS

3.1. Uma lição de amor 

3.2. O legado de Dorcas 

3.3. Um exemplo a ser seguido 

 

TEXTO ÁUREO

“E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que, traduzido, se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia”, Atos 9.36.

 

VERDADE APLICADA

Devemos exercer nossa fé juntamente com boas obras, como expressão de nossa Salvação em CRISTO JESUS

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

- Identificar a origem da discípula Dorcas.
- Destacar o ministério de Dorcas.
- Reconhecer o caráter inspirador de Dorcas para os dias de hoje.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - Atos 9.36-40

36 E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que, traduzido, se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia.
37 E aconteceu, naqueles dias, que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto.
38 E, como Lida era perto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali, lhe mandaram dois varões, rogando-lhe que não se demorasse em vir ter com eles.
39 E, levantando-se Pedro, foi com eles. Quando chegou, o levaram ao quarto alto, e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e vestidos que Dorcas fizera quando estava com elas.
40 Mas Pedro, fazendo-as sair a todas, pôs-se de joelhos e orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, assentou-se.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | 1Co 15.58 O nosso trabalho não é vão no Senhor.
TERÇA | 2Co 5.10 0 tribunal de CRISTO julgará a obra de cada um.
QUARTA | Hb 6.10-12 DEUS não esquece as nossas obras.
QUINTA | Tg 2.14-17 A fé sem obras é morta.
SEXTA | Ap 2.19 O Senhor conhece as nossas obras, o nosso amor e a nossa fé.
SÁBADO | Ap 22.12 DEUS dará a recompensa a cada um segundo a sua obra.


HINOS SUGERIDOS: 93, 15, 600

 

MOTIVO DE ORAÇÃO: Ore para que possamos praticar boas obras.

 

PONTO DE PARTIDA: O legado de Dorcas.

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição, conheceremos o ministério da discípula Dorcas, uma mulher aguerrida, cujas obras coadunam sistematicamente com sua fé. Ela ficou na história bíblica como discreta, singular e abençoadora.

 

1- A ORIGEM DA DISCÍPULA DORCAS

Não sabemos muito sobre Dorcas, apenas que era uma discípula cristã que vivia em Jope, cidade portuária na costa da Judeia. Entretanto, ela é uma personagem bíblica marcante por seu amor pelos mais necessitados. Admirada por seus gestos de generosidade e caridade, ela oferecia às pessoas ao seu redor aconchego e esperança.

 

1.1. A história de Dorcas 

Dorcas (grego), também conhecida como Tabita (aramaico), é mencionada em Atos dos Apóstolos 9.36-42. Seu nome significa “gazela’; um símbolo de beleza e graciosidade, relatado por Salomão (Ct 2.9,17). Era conhecida por seu serviço aos necessitados, especialmente por costurar roupas para as viúvas e pessoas pobres.

 

Champlin (2002, p. 207): “Essa devota discípula […] serve de modelo para as mulheres cristãs; embora não pareça possuir bens apreciáveis, mostrava-se muito caridosa, até onde chegavam as suas possibilidades, atingindo a classe mais pobre e negligenciada de todas, as viúvas”.

 

1.2. A morte de Dorcas 

Dorcas adquiriu uma enfermidade (At 9.37). A Bíblia não esclarece de qual mal ela foi acometida, mas a verdade é que aquela doença a levou à morte. Esse fato gerou muita tristeza na comunidade de Jope, principalmente entre as pessoas que eram atendidas e amparadas por sua generosidade.

 

Pr. Odair Alves comenta: “A vida, contudo, passa. A morte se aproxima, sem aviso, sem anúncios. O final da vida terrena havia chegado para ela [Dorcas]. Sua morte foi consequência de uma enfermidade que não foi revelada. Encerrara sua caminhada. Estava agora no descanso de seu Senhor […] Sua biografia, porém, não termina aqui”.

 

1.3. A ressurreição de Dorcas 

O corpo de Dorcas foi preparado para o sepultamento, mas os discípulos, sabendo que Pedro estava próximo, em Lida, enviaram mensageiros para chamá-lo. Quando Pedro chegou, encontrou viúvas chorando e mostrando as túnicas que Dorcas havia feito (At 9.39). O apóstolo orou e ordenou que Dorcas se levantasse, e ela foi ressuscitada milagrosamente (At 9.40). Esse milagre levou muitos em Jope a crerem no Senhor (At 9.42).

 

Para Isabela Fonseca: “A notícia da ressurreição de Dorcas foi o tema do dia em Jope. Dorcas estava viva, Pedro a ressuscitou. Espalhando-se a notícia e vendo o povo esse milagre, creram e glorificaram a DEUS, interessando-se pela fé cristã. Na ressureição de Dorcas, vemos que os discípulos aqui, como seu Mestre JESUS, acharam, em cada momento difícil, uma oportunidade para servir, curar e abençoar as pessoas”:

 

EU ENSINEI QUE: Dorcas era conhecida especialmente por costurar roupas para as viúvas e pessoas pobres.

 

2- O MINISTÉRIO DE DORCAS

Dorcas expressava e testemunhava sua fé no Evangelho de JESUS com suas agulhas de costura, executando um trabalho digno de atenção e apreciado por todos. Sua trajetória ministerial foi bem-sucedida e bastante admirada. O relato bíblico traz a história de Dorcas em apenas seis versículos, mas sua relevância para a comunidade cristã ecoa ainda hoje.

 

2.1. Uma mulher generosa 

Dorcas era generosa, capaz de deixar seus próprios interesses para ajudar o próximo, “cheia de boas obras e esmolas que fazia” (At 9.36). Embora fosse uma mulher bondosa e que fazia caridade, Dorcas sempre se manteve discreta, sem alardear seus feitos, como ensinou JESUS (Mt 6.1-4).

 

Pr. Odair Alves, no livro O legado de Dorcas, comenta: “A luz que uma alma generosa espalha jamais poderá ser contabilizada. Feliz daquele que não toma nota do bem que faz. Não permite que seu cérebro fique meditando sobre isso”.

 

2.2. Dorcas, a discípula amada 

Quando Pedro chegou a Jope, as viúvas o cercam, chorando e mostrando as túnicas e os vestidos confeccionados por Dorcas. Logo que o apóstolo chamou os santos e as viúvas e a apresentou viva (At 9.41), certamente ele pôde constatar o amor das pessoas daquela comunidade por Dorcas. A dor deles foi aliviada, e o choro transformado em alegria (Sl 30.5).

 

Pr. Maurício Ferreira relata o amor da igreja por Dorcas: “Mesmo num clima de tristeza, o amor por Dorcas foi demonstrado pelas viúvas que conviveram com ela: “…e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto” (At 9.37). Tiveram o cuidado de preparar seu corpo para o sepultamento (Ec 6.3). Além disso, enviaram emissários para trazer o Apóstolo Pedro, porque criam que DEUS podia operar uma grande maravilha”.

 

2.3. Vivendo em paz com todos 

O relato bíblico nos mostra que Dorcas era querida e, portanto, não tinha inimizades na cidade. Ela é um bom exemplo de como bons relacionamentos são construídos por meio de generosidade, empatia, humildade e serviço. Sua vida em Jope, marcada por atos de amor às viúvas e outros necessitados, mostra que pequenas ações podem criar laços profundos de amizade e impactar uma comunidade inteira.

 

A viúva que recebeu o profeta Eliseu, se tivesse inimizade com os vizinhos, possivelmente não conseguiria as vasilhas emprestadas para cumprir a palavra do profeta e multiplicar o azeite (2Rs 4.1-7). Precisamos ser pacíficos para com todos e fazer o nosso trabalho com um bom relacionamento, pois a interação e a amizade abrem as portas para exercermos o nosso dom, o nosso talento e as nossas habilidades com fé, para o bem de todos, junto à comunidade cristã (GI 6.10).

 

EU ENSINEI QUE: Dorcas sempre se manteve discreta, sem alardear seus feitos, como ensinou JESUS.

 

3- O CARÁTER INSPIRADOR DE DORCAS

Fazer discípulos é um trabalho árduo, que exige dedicação, bom exemplo, mansidão e paciência. Porém, o discipulado é capaz de produzir frutos que ultrapassam a barreira do tempo. Aprender com Dorcas nos dá ânimo e nos estimula a expressar nossa fé com boas obras. Com isso, o Poder de DEUS aparente em nossa vida levará muitos a crerem no Senhor (At 9.42).

 

3.1. Uma lição de amor 

O verdadeiro amor vem acompanhado de atitudes práticas (Jo 3.16). JESUS exemplificou isso na Parábola do Bom Samaritano, que prestou socorro àquele homem ferido. O samaritano mostrou seu amor ao próximo com sua atitude (Lc 10.30-37). Dorcas, portanto, nos deixa um belo exemplo de amor demonstrado pelo serviço a quem não tinha condições de retribui-la.

 

Pr. Odair Alves comenta as lições deixadas por Dorcas: “As lições que podemos extrair da vida de Dorcas são preciosas. Nos levam a crer que não estamos em uma família ou comunidade sem um propósito do Senhor DEUS. O que pode nos parecer insignificante pode ser a solução que muitas pessoas estão necessitando e esperando. Não há talento a ser desperdiçado. Os pequenos gestos não passam despercebidos aos olhos do Senhor DEUS, especialmente quando carregados de amor”.

 

3.2. O legado de Dorcas 

Nem todos temos os mesmos talentos, dons e habilidades, mas cada um de nós tem algo a oferecer. Dorcas escolheu trabalhar com aquilo que tinha habilidade: costurar. Suas boas obras incluíam a doação de roupas, mas também esmolas às pessoas que precisavam, principalmente às viúvas. Ela cumpriu o ministério que recebeu de DEUS e ficou na história bíblica (At 9.36-41), juntamente com outras mulheres notáveis.

 

Isbela Fonseca, em Mulheres da Bíblia, destaca: “Dorcas não era uma mulher atraente; não impressionava ninguém. Ela tinha simplesmente um dom, sabia costurar roupas para as viúvas. Talvez pensasse assim: não sou profetisa, nem líder como Miriã, nem tenho a capacidade de Débora para julgar a Israel. Enfim, não faço parte da classe das mulheres talentosas da Bíblia. Parece que Dorcas era solteira, não tinha marido nem filhos que pudessem torná-la influente entre os cristãos. Todavia, não era frustrada por isso”.

 

3.3. Um exemplo a ser seguido 

Dorcas foi a única mulher a ser chamada de discípula nas Escrituras, possivelmente por seguir os ensinamentos dos apóstolos de JESUS. Uma mulher atuante em sua comunidade local, ao fazer o bem a todos (Gl 6.10), certamente inspirou outras, dentro e fora da igreja, como seu testemunho vivo da fé cristã.

 

Pr. David Cabral comenta o exemplo de fé de Dorcas: “Vida cristã é, essencialmente, viver os ideais nobres da Palavra de DEUS, bem como revelar ao mundo que CRISTO se manifesta através de nossos atos e atitudes (2Co 5.17). Vida cristã também significa viver com DEUS e para DEUS (1 Co 10.31), tendo como objetivo maior glorificá-lo em tudo (Rm 11.36). Não se pode viver apenas um cristianismo de fachada; antes, devemos todos ter uma vida de oração, boas obras e fé. É necessário que tudo isto faça parte da vida do cristão. A fé deve ser demonstrada com obras, pois são elas que revelam a genuína fé (Tg 2.21-22). Por isto, é importante a lição que nos deixou Dorcas: uma vida de fé e cheia de boas obras (Tt 2.14)”.

 

EU ENSINEI QUE: Dorcas foi a única mulher a ser chamada de discípula nas Escrituras.

 

CONCLUSÃO

Dorcas é um exemplo de discipulado prático, demonstrado no amor e no cuidado pelos necessitados. Sua história nos inspira a sermos perseverantes em atos de bondade e no serviço cristão, movidos por amor a DEUS, gratidão pela Salvação em CRISTO e compromisso com o testemunho cristão. Tudo isso visando a Glória de DEUS, como revelado nas Escrituras.