Escrita Lição 12, Betel, Dorcas – As boas obras que falam por si, 4Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
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EBD Editora Betel | 4° Trimestre De
2025 | Tema: PERSONAGENS BÍBLICOS VIRTUOSOS E MARCANTES – Homens
e mulheres que permaneceram fiéis a DEUS diante das circunstâncias da
vida | Escola Bíblica Dominical
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- A ORIGEM DA DISCÍPULA DORCAS
1.1. A história de Dorcas
1.2. A morte de Dorcas
1.3. A ressurreição de Dorcas
2- O MINISTÉRIO DE DORCAS
2.1. Uma mulher generosa
2.2. Dorcas, a discípula amada
2.3. Vivendo em paz com todos
3- O CARÁTER INSPIRADOR DE DORCAS
3.1. Uma lição de amor
3.2. O legado de Dorcas
3.3. Um exemplo a ser seguido
TEXTO ÁUREO
“E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que, traduzido, se
diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia”, Atos 9.36.
VERDADE APLICADA
Devemos exercer nossa fé juntamente com boas obras, como expressão
de nossa Salvação em CRISTO JESUS
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Identificar a origem da discípula Dorcas.
- Destacar o ministério de Dorcas.
- Reconhecer o caráter inspirador de Dorcas para os dias de hoje.
TEXTOS DE REFERÊNCIA - Atos 9.36-40
36 E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que, traduzido, se
diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia.
37 E aconteceu, naqueles dias, que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado,
a depositaram num quarto alto.
38 E, como Lida era perto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali,
lhe mandaram dois varões, rogando-lhe que não se demorasse em vir ter com eles.
39 E, levantando-se Pedro, foi com eles. Quando chegou, o levaram ao quarto
alto, e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e vestidos
que Dorcas fizera quando estava com elas.
40 Mas Pedro, fazendo-as sair a todas, pôs-se de joelhos e orou; e, voltando-se
para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos e, vendo a Pedro,
assentou-se.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | 1Co 15.58 O nosso trabalho não é vão no Senhor.
TERÇA | 2Co 5.10 O tribunal de CRISTO julgará a obra de cada um.
QUARTA | Hb 6.10-12 DEUS não esquece as nossas obras.
QUINTA | Tg 2.14-17 A fé sem obras é morta.
SEXTA | Ap 2.19 O Senhor conhece as nossas obras, o nosso amor e a nossa
fé.
SÁBADO | Ap 22.12 DEUS dará a recompensa a cada um segundo a sua obra.
HINOS SUGERIDOS: 93, 15, 600
MOTIVO DE ORAÇÃO: Ore para que possamos praticar boas obras.
PONTO DE PARTIDA: O legado de Dorcas.
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO – LIVROS, REVISTAS ANTIGAS E GOOGLE
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Ταβιθα Tabitha – Dicionário Strong em Português
de origem aramaica
Tabita = “gazela”
1) nome da mulher que Pedro ressuscitou da morte (Dorcas em grego)
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TABITA (Aramaico) – DORCAS (Grego) - Dicionário Bíblico Wycliffe -
CPAD
Uma palavra aramaica que Lucas, o escritor de Atos, traduziu como
"Dorcas" no texto grego (At 9.36). Ele o fez aparentemente visando o
benefício dos leitores. O nome significa "gazela", um nome feminino
de tratamento carinhoso tanto entre os judeus como entre os gregos, e assim um
nome apropriado para a mulher a quem Pedro ressuscitou dos mortos. Este foi um
milagre digno de nota, visto ter sido a primeira ressurreição realizada por um
apóstolo (cf.. Mt 10.8; At 20.9,10). A notícia deste milagre espalhou-se por
toda Jope e, como resultado, muitos creram no Senhor JESUS (At 9.42). Nada se
conhece sobre Tabita, exceto o que é expresso em Atos 9.36-42. Ela é chamada de
"discípula" (mathetria, a forma feminina usada somente aqui no NT),
isto é, uma cristã, uma verdadeira crente em JESUS CRISTO. Sua bondade e
presteza haviam tocado as vidas de muitas pessoas à sua volta. Quando ela
morreu, houve uma tristeza generalizada e um sentimento de grande perda. Pedro,
que havia curado Eneias em Lida, 16 quilômetros a sudeste, foi chamado pelos
amigos consternados da falecida Tabita. Não se sabe exatamente porque eles
levaram o apóstolo até Jope, se como um consolo ou em busca de um milagre. Mas
Pedro respondeu ao seu apelo. Eles o conduziram ao cenáculo onde o corpo jazia;
depois de fazer sair os amigos, e ajoelhando-se para orar, ele se voltou para o
corpo e disse, "Tabita, levanta-te". Ela abriu os olhos e se sentou.
As viúvas a quem Dorcas havia ajudado dando-lhes túnicas e vestidos, assim como
os outros crentes, se regozijaram.
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A distância entre Lida (Lod) e Jope (Jaffa) é curta, cerca
de 20 km, pois Lida ficava em direção a Jerusalém a partir de Jope,
e foi de Lida que os discípulos chamaram Pedro para ressuscitar Tabita/Dorcas,
mostrando que era uma cidade vizinha.
Detalhes do Evento (Atos 9:36-42)
1.
O
Local: Tabita (Dorcas) morava em Jope (hoje Jaffa,
parte de Tel Aviv).
2.
O
Chamado: Quando ela morreu, os discípulos em Jope souberam que Pedro
estava em Lida (uma cidade próxima) e enviaram mensageiros
pedindo sua ajuda urgente.
3.
O
Milagre: Pedro foi para Jope e, no quarto de cima, ressuscitou Tabita,
um evento que se espalhou por toda a cidade.
Portanto, a proximidade entre as duas cidades foi crucial para que
Pedro chegasse a tempo de realizar o milagre em Jope.
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Novo Testamento. O corpo de Tabita (Dorcas) foi l levado e colocado
num quarto superior (At 9.37). No caso de Lázaro e JESUS, braços e pernas foram
atados por bandagens de linho impregnadas com perfume, e um lenço de linho foi
enrolado na cabeça (Jo 11.44; 20.6s.). Era costume se enrolar o defunto como se
fosse uma “múmia” e um lenço amarrava a cabeça ao queixo para que o defunto não ficasse com a
boca aberta. Presume-se que o corpo fosse vestido; o "lençol" de Mc
15.46 pode significar uma túnica simples. O sudário de Turim, que foi exposto na
França no século XIV e provocou discussão mais recente, é uma peça de linho de
3 x 1 m, com a impressão de um corpo humano que se afirma ser de JESUS. O NT e
outros textos antigos não indicam o uso desse tipo de mortalha no século I, e
as evidências científicas indicam origem medieval. O luto compreendia choro e lamento (Me 5.38) a que uma grande
multidão e músicos contratados podiam se juntar (Mt 9.23), e as pessoas
provavelmente batiam no peito em sinal de aflição (Lc 23.48). Muitos textos
rabínicos incentivavam o enterro no mesmo dia da morte (cf. Jo 19.31). Quando JESUS
encontrou uma procissão fúnebre em Naim, o corpo era carregado em um esquife
(Lc 7.12ss.); o corpo do rei Herodes foi exposto em 4 a.C. em um divã dourado
cravejado de pedras preciosas, e seu filho ArqueIau deu um suntuoso banquete
fúnebre. O luto em geral continuava por vários dias depois do sepultamento (cf.
Eclesiástico 22.12). Antigas tumbas escavadas na rocha em c. 40 a.C.-135 d.C.
cercavam três lados dos muros de Jerusalém, a mais magnífica era a da rainha
Helena de Adiabene. Os túmulos para pessoas mais pobres tinham uma ou mais
câmaras com uma pequena entrada quadrada e prateleiras para os corpos. A pedra que
fechava a entrada podia ser ou como uma rolha que se encaixava numa fenda ao
redor da entrada ou uma pedra bruta, grande e arredondada. As descrições dos evangelhos
indicam que JESUS foi enterrado nesse tipo de túmulo. Foram encontrados túmulos
intactos destinados a conter ossuários, pequenas arcas de calcário em que os
ossos eram reunidos e novamente sepultados. É provável que o lugar do SANTO Sepulcro
em Jerusalém seja o verdadeiro local de sepultamento de JESUS ou fique próximo;
os túmulos dos arredores são do tipo normal do século I. O "Jardim do Túmulo",
um jardim atraente com uma única sepultura escavada na rocha, só foi sugerido
como o túmulo de JESUS pela primeira vez no século XIX. Não é do período do NT
e data provavelmente do século II, mas dá aos visitantes uma impressão de como
eram as tumbas antigas.
DICIONÁRIO BÍBLICO VIDA NOVA - Derek Williams
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COMENTÁRIOS BEP – CPAD
- 9.36 DORCAS... CHEIA DE BOAS OBRAS. Assim como DEUS operava através de Pedro
para curar (vv. 33-35) e para ressuscitar os mortos (v. 40), Ele também operava
através de Dorcas, para praticar atos de bondade e de amor. Os atos de amor
para ajudar os necessitados são também manifestações do ESPÍRITO SANTO. Paulo
enfatizou essa verdade em 1 Co 13 (cf. 1 Pe 4.10,11). Era a primeira
vez que um cristão ressuscitava uma pessoa
no Novo Testamento, imitando JESUS.
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Dorcas. Uma costureira benevolente em Jope,
caracterizada pelos seus
atos altruístas e descrita como discípula (At 9.36). Enquanto Pedro
estava na
cidade vizinha de Lida, Dorcas — ou Tabita (aramaico) — adoeceu e
morreu. Depois que o corpo já estava preparado para o sepultamento,
dois
homens foram e pediram a Pedro que curasse Dorcas. Ele atendeu,
viajou a
Jope e ressuscitou-a dos mortos. Muitas pessoas se converteram a JESUS
CRISTO por
causa desse milagre (At 9.36-42). DICIONÁRIO BÍBLICO BAKER
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ATOS 9 – DORCAS
36 Havia em Jope uma discípula por nome Tabita,
que traduzido quer dizer Dorcas, a qual estava cheia de boas obras e
esmolas que fazia.
O que significa Discípulo - O que recebe disciplina ou instrução;
que segue os conselhos.
37 Ora, aconteceu naqueles dias que ela, adoecendo,
morreu; e, tendo-a lavado, a colocaram no cenáculo.
Cenáculo – Lugar alto, arejado, para reuniões, principalmente para
orações, nas casas dos crentes.
38 Como Lida era perto de Jope, ouvindo os
discípulos que Pedro estava ali, enviaram-lhe dois homens, rogando-lhe: Não te
demores em vir ter conosco.
Jope – Cidade marítima, ótimo porto.
39 Pedro levantou-se e foi com eles; quando
chegou, levaram-no ao cenáulo; e todas as viúvas o cercaram,
chorando e mostrando-lhe as túnicas e vestidos que Dorcas fizera
enquanto estava com elas.
Viúva – mulher necessitada, solitária, sofredora.
40 Mas Pedro, tendo feito sair a todos,
pôs-se de joelhos e orou; e voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te.
Ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, sentou-se.
Mandou sair a todos – separou o doente dos incrédulos - O milagre é
para os que crêm
De joelhos orando – será que vimos algum outro milagre realizado de
joelhos?
41 Ele, dando-lhe a mão, levantou-a e,
chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva.
Dando-lhe a mão – acreditar no milagre. Ajudar o doente.
42 Tornou-se isto notório por toda a Jope,
e muitos creram no Senhor.
Creram no Senhor e não em Pedro – o objetivo deve ser conversões.
43 Pedro ficou muitos dias em Jope, em casa de um
curtidor chamado Simão.
Imagine que cheiro havia na casa de Simão – o curtidor.
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A
ressurreição de Tabita (v. 36-43).
Essa história nos leva
de volta em espírito à simplicidade e ao poder dos relatos de cura nos
Evangelhos. Não sabemos exatamente o que os irmãos em Jope esperavam
quando mandaram buscar Pedro, mas sabiam que a presença do apóstolo
seria uma grande ajuda num momento de tristeza e angústia profundas.
Tabita, ou Dorcas, (“gazela”) tinha se embelezado com boas obras, e a sua
partida estava sendo muito lamentada (v. 39). Logo após a
sua chegada, Pedro precisou ficar sozinho com o “DEUS que ressuscita
os mortos”, na presença do corpo sem vida, para poder discernir a vontade
do Senhor. A sua oração ao ajoelhar-se nos lembra as batalhas espirituais
de Elias e Eliseu em circunstâncias semelhantes. Pedro recebeu a
certeza de que precisava e se voltou para o corpo com a simples ordem:
Tabita, levante-se. Que momento fantástico quando a irmã de coração
tão grande pôde ser apresentada aos fiéis novamente — viva! (v. 41). O
grande valor do testemunho anterior de Tabita destacou a mensagem poderosa
do milagre, e muitos creram no Senhor. Dessa maneira, Pedro havia sido
conduzido por DEUS ao lugar em que receberia novas e estranhas ordens
de marcha, o que se constituiu num dos mais importantes sinais na história
da redenção (v. 43). Comentário - NVI (F. F. Bruce) – Atos - Série Cultura
Bíblica - I. Howard Marshall.
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A
Ressurreição de Tabita
Atos 9:36-43
Temos aqui outro
milagre feito por Pedro para confirmar o evangelho, milagre esse que excedeu o
anterior: A ressurreição de Tabita depois de ela estar morta por certo tempo.
Aqui está:
I
A vida, morte e caráter de Tabita, em quem foi
realizado este milagre (vv. 36,37).
1. Tabita morava em
Jope (v. 36), cidade portuária na tribo de Dã, de onde Jonas tomou um navio
para ir para Társis, hoje chamada Jafo.
2. O seu nome era
Tabita (v. 36), nome hebraico, que em grego é Dorcas, ambos com o significado
de “corça, cerva, gazela”, uma criatura agradável. Naftali é uma cerva solta;
ele dá palavras formosas (Gn 49.21). A esposa do marido amoroso e meigo é como
cerva amorosa e gazela graciosa (Pv 5.19).
3. Tabita era
discípula (v. 36), alguém que aceitara a fé cristã e fora batizada. Além disso,
ela era eminente acima de muitos através de obras de caridade. Ela mostrava sua
fé por suas obras, suas boas obras, das quais ela estava cheia, isto é, nas
quais ela abundava. Sua cabeça estava cheia de cuidados e idéias para fazer o
bem. Ela projetava coisas nobres (Is 32.8). Suas mãos estavam cheias de bons
usos. Seu negócio era fazer o bem, ela nunca estava inativa, depois de ter
aprendido a aplicar-se às boas obras (Tt 3.8), a manter uma conduta contínua e
método constante delas. Ela estava cheia de boas obras, como a árvore que está
carregada de frutos. Muitos estão cheios de boas palavras, mas vazios e
estéreis de boas obras. Mas Tabita fazia grandes coisas e falava grandes
coisas: Non magna loquimur, sed vivimus – Nós não falamos grandes coisas, mas
nós as vivemos. Entre outras boas obras, ela se destacava em esmolas que fazia.
Ela praticava não só obras devocionais, que são as boas obras e os frutos da fé,
mas obras assistenciais e beneficentes, que fluíam do amor ao próximo e do
desprezo santo a este mundo. Note que ela é elogiada pelas esmolas que dava e
pelas esmolas que fazia. Os que não têm recursos para dar às obras
assistenciais ainda podem fazer caridade, trabalhando com as mãos, ou andando
com os pés, para o benefício dos pobres. Os que não querem fazer um ato de
caridade, seja o que for o que pretendam, se fossem ricos não dariam um
presente caridoso. Ela estava cheia de [...] esmolas que fazia, hon epoiei –
que ela fazia. Em grego, há ênfase em ela fazer as esmolas, porque tudo
pertinente a esse tipo de trabalho que lhe viesse às mãos para fazer, ela o
fazia segundo suas forças e perseverava nisso. Tratava-se de esmolas, não o que
ela imaginava, pretendia e dizia que ia fazer, mas o que ela fazia. Não o que
ela começava a fazer, mas o que ela fazia, o que ela realizava, aquilo com que
ela completava a ação (2 Co 8.11; 9.7). Esta é a vida e caráter de um discípulo
de CRISTO, e deveria ser de todos os seus discípulos. Se dermos muito fruto,
então seremos realmente seus discípulos (Jo 15.8).
4. Tabita morreu
durante suas atividades beneficentes: Aconteceu, naqueles dias, que, enfermando
ela, morreu (v. 37). A promessa para os que cuidam dos pobres não é que eles
nunca ficarão doentes, mas que o Senhor os sustentará no leito da enfermidade,
ao menos lhes fortalecendo a alma, e assim tu renovas a sua cama na doença,
tornando-a suportável (Sl 41.1,3). Eles não podem presumir que nunca venham a
morrer (os homens compassivos são retirados, Is 57.1, e as mulheres compassivas
também, conforme atesta Tabita), mas podem contar que, naquele Dia, eles
acharão misericórdia diante do Senhor (2 Tm 1.18).
5. Os amigos de Tabita
e as pessoas em sua volta não a sepultaram logo, como de hábito, porque nutriam
a esperança de que Pedro viesse e a ressuscitasse. Eles lavaram seu corpo (v.
37) segundo o costume, que, supõe-se, era com água morna para que, se ainda
houvesse vida remanescente, ela voltasse a si. Este procedimento era feito para
mostrar que ela estava verdadeiramente morta. Eles tentaram todos os métodos
habituais para trazê-la à vida, sem sucesso. Conclamatum est – o último grito
foi proferido. Eles a depositaram envolta em sua mortalha num quarto alto, que,
segundo o Dr. Lightfoot, era a sala de reunião pública para os crentes daquela
cidade. Eles puseram o corpo lá para que Pedro, caso viesse, a ressuscitasse
naquele lugar.
II
O pedido que os amigos cristãos de Tabita
fizeram a Pedro foi que fosse até eles a toda pressa, não para assistir ao
funeral, mas, se possível, para evitá-lo (v. 38). Lida, onde Pedro estava, era
perto de Jope, e os discípulos de Jope tinham ouvido que Pedro estava ali e que
ele, além de curar um paralítico na Porta Formosa e sua sombra estar curando
multidões, restaurara Enéias da cama de enfermidade. Eles lhe mandaram dois
varões para tornar a mensagem mais solene e respeitosa, rogando-lhe que não se
demorasse em vir ter com eles. O pedido não continha explicações para que
Pedro, por humildade, não recusasse a ir em tão grande incumbência quanto a
ressuscitar uma pessoa: se eles puderem trazê-lo, deixarão o caso com ele. A
amiga deles estava morta, e era tarde demais para chamar um médico; todavia,
não tarde demais para chamar Pedro. Post mortem medicus – um médico depois da
morte é um absurdo, mas não o é post mortem apostolus – um apóstolo depois da
morte.
III
A postura em que os sobreviventes estavam
quando Pedro chegou: Levantando-se Pedro, foi com eles (v. 39). Eles não lhe
disseram o que queriam com ele, mas ele se dispôs a ir com eles, supondo que
era por alguma boa razão que lhe chamaram. Os ministros fiéis não devem ter má
vontade de estar às ordens de todos, contanto que tenham habilidade, visto que
o grande apóstolo se fez servo de todos (1 Co 9.19). O cadáver jazia na sala de
cima, guardado pelas viúvas, provavelmente viúvas pobres que estavam em comunhão
com a igreja. Aqui elas estavam:
1. Elogiando Tabita
por suas boas obras (v. 39).
Eram obras
verdadeiramente elogiáveis e dignas de imitação, pois foram feitas com
humildade e sobriedade, sem lisonja dos sobreviventes ou qualquer intenção
maléfica, mas puramente para a glória de DEUS e o incentivo dos outros ao que é
virtuoso e louvável. Os elogios a Tabita eram como as suas próprias virtudes,
não em palavras, mas em ação. Não se tratavam de encômios oratórios, ou poemas
escritos em sua memória. Mas todas as viúvas [...] rodearam [Pedro], [...]
mostrando as túnicas e vestes que Dorcas fizera (v. 39) para elas e lhes dera
quando estava com elas. Era a consolação de Jó, enquanto vivia, que os lombos
dos pobres o abençoassem, porque eles estavam aquentados com as peles dos
cordeiros dele (Jó 31.20). Era o crédito de Tabita, quando morta, que as costas
das viúvas a elogiassem pelas roupas que ela lhes fizera. As pessoas mais bem
elogiadas são as elogiadas por suas obras (Pv 31.31), quer as palavras dos
outros as elogiem ou não. É muito mais meritório vestir um grupo de viúvas
decrépitas com roupas indispensáveis para a noite e para o dia, que orarão por
seus benfeitores quando estes não estiverem vendo, do que vestir um grupo de
criados preguiçosos com uniformes suntuosos que talvez pelas costas amaldiçoem
aqueles que os vestem (Ec 7.21). É no que terão prazer todos que são sábios e
bons, pois a bondade é a verdadeira grandeza que logo ultrapassará a conta.
Observe:
(1) Em que área Tabita
dedicou grande parte de seus atos de caridade. É lógico que havia outras
esmolas que ela fazia, mas estas são as citadas. Ela fez, ao que parece com as
próprias mãos, túnicas e vestes (v. 39) para as viúvas pobres, que talvez com o
próprio esforço lutavam para ganhar o pão diário, mas não o suficiente para
comprar roupa. Este é excelente exemplo de caridade: E, vendo o nu, o cubras
(Is 58.7), e que não acha que basta dizer: Aquentai-vos (Tg 2.15,16).
(2) O sentimento de
gratidão que os pobres tinham pela bondade de Tabita: As viúvas, [...]
mostrando as túnicas e vestes (v. 39), não se envergonhavam em admitir que
estavam em dívida com ela pelas roupas que usavam naquele exato momento. São
horrivelmente ingratos os que recebem atos bondosos e não os reconhecem,
mostrando a bondade que lhes é feita, pelo menos como estas viúvas fizeram.
Quem recebe esmola não é obrigado a guardar muito segredo dela, como deve quem
a dá. Quando os pobres criticam os ricos por serem descaridosos e desumanos,
devem ter autocrítica e ponderar se eles não estão sendo ingratos e
mal-agradecidos. O ato de mostrar as túnicas e vestes que Dorcas fizera quando
estava com elas foi um modo de elogiar seus atos assistenciais e esforços
diligentes. É a dedução depreendida pelo caráter da mulher virtuosa, que
estende as mãos ao fuso, ou pelo menos pega a agulha, e abre a mão ao aflito; e
ao necessitado estende as mãos do que ela trabalhou. Quando DEUS e os pobres
têm o que lhes é devido, ela faz para si tapeçaria e de linho fino e de púrpura
é a sua veste (Pv 31.19-22).
2. Elas estavam
chorando a perda de Tabita:
Todas as viúvas [...]
rodearam [Pedro], chorando (v. 39). Quando os misericordiosos são retirados,
isso deve ser considerado no coração, sobretudo por aqueles a quem eles foram
de maneira particular misericordiosos. Elas não precisavam chorar por ela, pois
ela foi levada antes de o mal vir (Is 57.1). Ela descansou dos seus trabalhos,
e suas obras a seguiram (Ap 14.13), além dos trabalhos e obras que ela deixou
para trás. Mas elas choravam por si mesmas e por seus filhos, que logo
sentiriam falta de mulher tão bondosa e insubstituível. Note que elas observam
o bem que Dorcas fizera quando estava com elas, mas agora ela morrera e por
isso estavam de luto. Os que são caridosos sempre têm os pobres com eles (Jo
12.8), mas isso é bom se os pobres sempre tiverem os caridosos consigo. Temos
de fazer bom uso das luzes, mesmo que poucas, enquanto estiverem conosco,
porque não estarão conosco para sempre, sua permanência não será por muito
tempo. Quando essas luzes se apagarem pensaremos no que elas fizeram quando estavam
conosco. Pelo visto, as viúvas choraram na presença de Pedro, como a
persuadi-lo, se pudesse, a ter compaixão delas e ajudá-las, restabelecendo-lhes
a pessoa que costumava ter compaixão delas. Quando as pessoas caridosas morrem,
não há oração para ressuscitá-las, mas, quando estiverem doentes, este ato de
gratidão lhes é devido: orar por sua recuperação para que, se for da vontade do
Senhor, vivam aqueles que quase estão morrendo.
IV
A maneira pela qual Tabita foi ressuscitada.
1. Reservadamente.
Tabita fora posta no
quarto alto (v. 39), onde se faziam as reuniões públicas. Pelo visto, havia
muitas pessoas em torno do corpo morto na expectativa do que aconteceria. Mas
Pedro, fazendo-as sair a todas (v. 40), as viúvas que lamentavam sua morte, exceto
poucas pessoas da família, ou talvez, os dirigentes da congregação para unir-se
a ele em oração, como JESUS fizera certa ocasião (Mt 9.25). Desta forma, Pedro
recusou delicadamente tudo que tinha a aparência de vanglória e ostentação. As
pessoas foram ver, mas ele não veio para ser visto. Ele as fez sair para que
tivesse mais liberdade para derramar a alma diante de DEUS em oração e não
fosse incomodado com os clamores ruidosos dos enlutados.
2. Pela oração.
Na cura de Enéias está
implícita uma oração, mas nesta obra maior ele próprio se dirigiu a DEUS em
oração solene, como fez JESUS quando ressuscitou Lázaro. Mas a oração de JESUS
era com a autoridade de Filho que vivifica aqueles que ele deseja vivificar (Jo
5.21). A oração de Pedro foi feita com a submissão de um servo que está sob
ordens, por isso ele pôs-se de joelhos e orou (v 40). 3. Pela palavra, uma
palavra de vivificação e despertamento, uma palavra que é espírito e vida (Jo
6.63). Pedro voltou-se para o corpo (v. 40), ação que dá a entender que no
começo da oração ele se afastara do corpo para que sua fé não fraquejasse
diante de um cadáver. Ele olhou para o outro lado a fim de nos ensinar, como
Abraão que, em esperança, creu contra a esperança, não levou conta as
dificuldades que havia no caminho e não atentou para o seu próprio corpo já
amortecido, a fim de que não enfraquecesse na fé (Rm 4.19,20). Tendo acabado de
orar, Pedro se voltou para o corpo e proferiu no nome do seu Mestre, de acordo
com o seu exemplo, a seguinte ordem: “Tabita, levanta-te. Volta à vida”. O
poder acompanhou a palavra, e ela voltou à vida, abriu os olhos que a morte
tinha fechado. Assim, na ressurreição das almas mortas para a vida espiritual,
o primeiro sinal de vida é a abertura dos olhos da mente (Atos 26.18). Quando
viu a Pedro, ela assentou-se para mostrar que estava realmente viva. Ele,
dando-lhe a mão, a levantou (v. 41), não como se ela estivesse lutando por
estar um tanto fraca, mas ele procedeu assim como a lhe dar as boas-vindas
novamente à vida e lhe dar a mão direita da comunhão entre os vivos, de quem
ela fora retirada. Por fim, chamando os santos e as viúvas, que estavam em luto
pela morte dela, ele apresentou-lha viva a eles para a grande consolação deles,
particularmente para as viúvas que no coração levaram em grande consideração a
morte dela. Ele apresentou-lha viva a eles, como Elias (1 Rs 17.23), Eliseu (2
Rs 4.36) e JESUS (Lc 7.15) apresentaram vivos os filhos anteriormente mortos
para as suas respectivas mães. A maior alegria e satisfação são expressas pela
vida dentre os mortos.
V
Os bons efeitos deste milagre.
1. Muitos (v. 42), por
este milagre, ficaram convencidos da verdade do evangelho, ou seja, que
procedia dos céus e não dos homens, e creram no Senhor.
O milagre foi [...]
notório por toda a Jope. Logo estaria na boca de todos e, por ser uma cidade de
marinheiros, a notícia do milagre em pouco tempo se espalharia por outros
países, embora algumas pessoas nunca percebessem o quanto foram afetadas por
isso. Este era o propósito dos milagres: confirmar a revelação divina.
E foi isto notório por
toda a Jope, e muitos creram no Senhor. Atos 9:42
2. Pedro, por causa
deste milagre, foi induzido a ficar muitos dias em Jope (v. 43). Achando que se
lhe abrira uma porta de oportunidade, ele permaneceu ali muitos dias, até que o
buscassem e fosse levado a serviço para outra cidade. Ele não ficou na casa de
Tabita, embora fosse rica, para que não parecesse que buscava a própria glória.
Mas se hospedou com um certo Simão, curtidor, um negociante comum, exemplo esse
de sua condescendência e humildade. Por esse meio, ele nos dá o seguinte
ensinamento: Não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes (Rm
12.16). Embora pareça que Pedro tenha sido esquecido na obscuridade da casa de
um curtidor pobre à beira-mar, DEUS foi buscá-lo para fazer um serviço nobre
que está registrado no próximo capítulo. O que a si mesmo se humilhar será
exaltado (Mt 23.12). Dali o incansável
Pedro foi para Cesareia atender a um chamado do centurião Cornélio e ali
muitas almas também foram salvas.
Com.
Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT - CPAD
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NA ÍNTEGRA LIÇÃO 12, BETEL, DORCAS – AS
BOAS OBRAS QUE FALAM POR SI, 4º TRIMESTRE DE 2025
Escrita Lição 12, Betel, Dorcas – As boas obras que falam por si,
4Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Para os ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
EBD Editora Betel | 4° Trimestre De
2025 | Tema: PERSONAGENS BÍBLICOS VIRTUOSOS E MARCANTES – Homens
e mulheres que permaneceram fiéis a DEUS diante das circunstâncias da
vida | Escola Bíblica Dominical
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- A ORIGEM DA DISCÍPULA DORCAS
1.1. A história de Dorcas
1.2. A morte de Dorcas
1.3. A ressurreição de Dorcas
2- O MINISTÉRIO DE DORCAS
2.1. Uma mulher generosa
2.2. Dorcas, a discípula amada
2.3. Vivendo em paz com todos
3- O CARÁTER INSPIRADOR DE DORCAS
3.1. Uma lição de amor
3.2. O legado de Dorcas
3.3. Um exemplo a ser seguido
TEXTO ÁUREO
“E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que, traduzido, se
diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia”, Atos 9.36.
VERDADE APLICADA
Devemos exercer nossa fé juntamente com boas obras, como expressão
de nossa Salvação em CRISTO JESUS
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Identificar a origem da discípula Dorcas.
- Destacar o ministério de Dorcas.
- Reconhecer o caráter inspirador de Dorcas para os dias de hoje.
TEXTOS DE REFERÊNCIA - Atos 9.36-40
36 E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que, traduzido, se
diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia.
37 E aconteceu, naqueles dias, que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado,
a depositaram num quarto alto.
38 E, como Lida era perto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali,
lhe mandaram dois varões, rogando-lhe que não se demorasse em vir ter com eles.
39 E, levantando-se Pedro, foi com eles. Quando chegou, o levaram ao quarto
alto, e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e vestidos
que Dorcas fizera quando estava com elas.
40 Mas Pedro, fazendo-as sair a todas, pôs-se de joelhos e orou; e, voltando-se
para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos e, vendo a Pedro,
assentou-se.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | 1Co 15.58 O nosso trabalho não é vão no Senhor.
TERÇA | 2Co 5.10 0 tribunal de CRISTO julgará a obra de cada um.
QUARTA | Hb 6.10-12 DEUS não esquece as nossas obras.
QUINTA | Tg 2.14-17 A fé sem obras é morta.
SEXTA | Ap 2.19 O Senhor conhece as nossas obras, o nosso amor e a nossa
fé.
SÁBADO | Ap 22.12 DEUS dará a recompensa a cada um segundo a sua obra.
HINOS SUGERIDOS: 93, 15, 600
MOTIVO DE ORAÇÃO: Ore para que possamos praticar boas obras.
PONTO DE PARTIDA: O legado de Dorcas.
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
conheceremos o ministério da discípula Dorcas, uma mulher aguerrida, cujas
obras coadunam sistematicamente com sua fé. Ela ficou na história bíblica como
discreta, singular e abençoadora.
1- A ORIGEM DA
DISCÍPULA DORCAS
Não sabemos
muito sobre Dorcas, apenas que era uma discípula cristã que vivia em Jope,
cidade portuária na costa da Judeia. Entretanto, ela é uma personagem bíblica
marcante por seu amor pelos mais necessitados. Admirada por seus gestos de
generosidade e caridade, ela oferecia às pessoas ao seu redor aconchego e
esperança.
1.1. A história
de Dorcas
Dorcas (grego),
também conhecida como Tabita (aramaico), é mencionada em Atos dos
Apóstolos 9.36-42. Seu nome significa “gazela’; um símbolo de beleza e
graciosidade, relatado por Salomão (Ct 2.9,17). Era conhecida por seu
serviço aos necessitados, especialmente por costurar roupas para as viúvas e
pessoas pobres.
Champlin
(2002, p. 207): “Essa devota discípula […] serve de modelo para as mulheres
cristãs; embora não pareça possuir bens apreciáveis, mostrava-se muito
caridosa, até onde chegavam as suas possibilidades, atingindo a classe mais
pobre e negligenciada de todas, as viúvas”.
1.2. A morte de
Dorcas
Dorcas adquiriu
uma enfermidade (At 9.37). A Bíblia não esclarece de qual mal ela foi
acometida, mas a verdade é que aquela doença a levou à morte. Esse fato gerou
muita tristeza na comunidade de Jope, principalmente entre as pessoas que eram
atendidas e amparadas por sua generosidade.
Pr.
Odair Alves comenta: “A vida, contudo, passa. A morte se aproxima, sem aviso,
sem anúncios. O final da vida terrena havia chegado para ela [Dorcas]. Sua
morte foi consequência de uma enfermidade que não foi revelada. Encerrara sua
caminhada. Estava agora no descanso de seu Senhor […] Sua biografia, porém, não
termina aqui”.
1.3. A
ressurreição de Dorcas
O corpo de
Dorcas foi preparado para o sepultamento, mas os discípulos, sabendo que Pedro
estava próximo, em Lida, enviaram mensageiros para chamá-lo. Quando Pedro
chegou, encontrou viúvas chorando e mostrando as túnicas que Dorcas havia feito
(At 9.39). O apóstolo orou e ordenou que Dorcas se levantasse, e ela foi
ressuscitada milagrosamente (At 9.40). Esse milagre levou muitos em Jope a
crerem no Senhor (At 9.42).
Para
Isabela Fonseca: “A notícia da ressurreição de Dorcas foi o tema do dia em
Jope. Dorcas estava viva, Pedro a ressuscitou. Espalhando-se a notícia e vendo
o povo esse milagre, creram e glorificaram a DEUS, interessando-se pela fé
cristã. Na ressureição de Dorcas, vemos que os discípulos aqui, como seu Mestre
JESUS, acharam, em cada momento difícil, uma oportunidade para servir, curar e
abençoar as pessoas”:
EU ENSINEI QUE:
Dorcas era conhecida especialmente por costurar roupas para as viúvas e pessoas
pobres.
2- O MINISTÉRIO
DE DORCAS
Dorcas
expressava e testemunhava sua fé no Evangelho de JESUS com suas agulhas de
costura, executando um trabalho digno de atenção e apreciado por todos. Sua
trajetória ministerial foi bem-sucedida e bastante admirada. O relato bíblico
traz a história de Dorcas em apenas seis versículos, mas sua relevância para a comunidade
cristã ecoa ainda hoje.
2.1. Uma mulher
generosa
Dorcas era
generosa, capaz de deixar seus próprios interesses para ajudar o próximo,
“cheia de boas obras e esmolas que fazia” (At 9.36). Embora fosse uma mulher
bondosa e que fazia caridade, Dorcas sempre se manteve discreta, sem alardear
seus feitos, como ensinou JESUS (Mt 6.1-4).
Pr.
Odair Alves, no livro O legado de Dorcas, comenta: “A luz que uma alma generosa
espalha jamais poderá ser contabilizada. Feliz daquele que não toma nota do bem
que faz. Não permite que seu cérebro fique meditando sobre isso”.
2.2. Dorcas, a
discípula amada
Quando Pedro chegou
a Jope, as viúvas o cercam, chorando e mostrando as túnicas e os vestidos
confeccionados por Dorcas. Logo que o apóstolo chamou os santos e as viúvas e a
apresentou viva (At 9.41), certamente ele pôde constatar o amor das pessoas
daquela comunidade por Dorcas. A dor deles foi aliviada, e o choro transformado
em alegria (Sl 30.5).
Pr.
Maurício Ferreira relata o amor da igreja por Dorcas: “Mesmo num clima de
tristeza, o amor por Dorcas foi demonstrado pelas viúvas que conviveram com
ela: “…e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto” (At 9.37). Tiveram o
cuidado de preparar seu corpo para o sepultamento (Ec 6.3). Além disso,
enviaram emissários para trazer o Apóstolo Pedro, porque criam que DEUS podia
operar uma grande maravilha”.
2.3. Vivendo em
paz com todos
O relato
bíblico nos mostra que Dorcas era querida e, portanto, não tinha inimizades na
cidade. Ela é um bom exemplo de como bons relacionamentos são construídos por
meio de generosidade, empatia, humildade e serviço. Sua vida em Jope, marcada
por atos de amor às viúvas e outros necessitados, mostra que pequenas ações
podem criar laços profundos de amizade e impactar uma comunidade inteira.
A
viúva que recebeu o profeta Eliseu, se tivesse inimizade com os vizinhos,
possivelmente não conseguiria as vasilhas emprestadas para cumprir a palavra do
profeta e multiplicar o azeite (2Rs 4.1-7). Precisamos ser pacíficos para com
todos e fazer o nosso trabalho com um bom relacionamento, pois a interação e a
amizade abrem as portas para exercermos o nosso dom, o nosso talento e as
nossas habilidades com fé, para o bem de todos, junto à comunidade cristã (GI
6.10).
EU ENSINEI QUE:
Dorcas sempre se manteve discreta, sem alardear seus feitos, como ensinou JESUS.
3- O CARÁTER
INSPIRADOR DE DORCAS
Fazer
discípulos é um trabalho árduo, que exige dedicação, bom exemplo, mansidão e
paciência. Porém, o discipulado é capaz de produzir frutos que ultrapassam a
barreira do tempo. Aprender com Dorcas nos dá ânimo e nos estimula a expressar
nossa fé com boas obras. Com isso, o Poder de DEUS aparente em nossa vida
levará muitos a crerem no Senhor (At 9.42).
3.1. Uma lição
de amor
O verdadeiro
amor vem acompanhado de atitudes práticas (Jo 3.16). JESUS exemplificou isso
na Parábola do Bom Samaritano, que prestou socorro àquele homem ferido. O
samaritano mostrou seu amor ao próximo com sua atitude (Lc 10.30-37). Dorcas,
portanto, nos deixa um belo exemplo de amor demonstrado pelo serviço a quem não
tinha condições de retribui-la.
Pr.
Odair Alves comenta as lições deixadas por Dorcas: “As lições que podemos
extrair da vida de Dorcas são preciosas. Nos levam a crer que não estamos em
uma família ou comunidade sem um propósito do Senhor DEUS. O que pode nos
parecer insignificante pode ser a solução que muitas pessoas estão necessitando
e esperando. Não há talento a ser desperdiçado. Os pequenos gestos não passam
despercebidos aos olhos do Senhor DEUS, especialmente quando carregados de amor”.
3.2. O legado
de Dorcas
Nem todos temos
os mesmos talentos, dons e habilidades, mas cada um de nós tem algo a oferecer.
Dorcas escolheu trabalhar com aquilo que tinha habilidade: costurar. Suas boas
obras incluíam a doação de roupas, mas também esmolas às pessoas que precisavam,
principalmente às viúvas. Ela cumpriu o ministério que recebeu de DEUS e ficou
na história bíblica (At 9.36-41), juntamente com outras mulheres notáveis.
Isbela
Fonseca, em Mulheres da Bíblia, destaca: “Dorcas não era uma mulher atraente;
não impressionava ninguém. Ela tinha simplesmente um dom, sabia costurar roupas
para as viúvas. Talvez pensasse assim: não sou profetisa, nem líder como Miriã,
nem tenho a capacidade de Débora para julgar a Israel. Enfim, não faço parte da
classe das mulheres talentosas da Bíblia. Parece que Dorcas era solteira, não
tinha marido nem filhos que pudessem torná-la influente entre os cristãos.
Todavia, não era frustrada por isso”.
3.3. Um exemplo
a ser seguido
Dorcas foi a
única mulher a ser chamada de discípula nas Escrituras, possivelmente por
seguir os ensinamentos dos apóstolos de JESUS. Uma mulher atuante em sua
comunidade local, ao fazer o bem a todos (Gl 6.10), certamente inspirou outras,
dentro e fora da igreja, como seu testemunho vivo da fé cristã.
Pr.
David Cabral comenta o exemplo de fé de Dorcas: “Vida cristã é, essencialmente,
viver os ideais nobres da Palavra de DEUS, bem como revelar ao mundo que CRISTO
se manifesta através de nossos atos e atitudes (2Co 5.17). Vida cristã também
significa viver com DEUS e para DEUS (1 Co 10.31), tendo como objetivo maior
glorificá-lo em tudo (Rm 11.36). Não se pode viver apenas um cristianismo de
fachada; antes, devemos todos ter uma vida de oração, boas obras e fé. É
necessário que tudo isto faça parte da vida do cristão. A fé deve ser
demonstrada com obras, pois são elas que revelam a genuína fé (Tg 2.21-22). Por
isto, é importante a lição que nos deixou Dorcas: uma vida de fé e cheia de
boas obras (Tt 2.14)”.
EU ENSINEI QUE:
Dorcas foi a única mulher a ser chamada de discípula nas Escrituras.
CONCLUSÃO
Dorcas é um
exemplo de discipulado prático, demonstrado no amor e no cuidado pelos
necessitados. Sua história nos inspira a sermos perseverantes em atos de
bondade e no serviço cristão, movidos por amor a DEUS, gratidão pela Salvação
em CRISTO e compromisso com o testemunho cristão. Tudo isso visando a Glória de
DEUS, como revelado nas Escrituras.
