Escrita, Lição 3, CPAD, As Promessas De DEUS Para A Igreja,
Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO 3
I – A
NATUREZA DA PROMESSA DE DEUS PARA A IGREJA
1. A
promessa de sinais sobrenaturais.
2. A
promessa de revestimento de poder.
3.
Promessas espirituais para uma instituição espiritual.
II – AS
PROMESSAS DE DEUS PARA A IGREJA
1. Promessa
de vida eterna.
2. Promessa
de Poder.
3. A
promessa da glorificação do nosso corpo.
III –
CONDIÇÕES PARA VIVER AS PROMESSAS DE DEUS
1. É
preciso crer.
2. É
preciso ser fiel.
3. É
preciso obedecer a DEUS.
TEXTO ÁUREO
“Pois também eu te
digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas
do inferno não prevalecerão contra ela.”
(Mt 16.18)
VERDADE
PRÁTICA
As promessas de DEUS
para a Igreja são gloriosas: promessas de vida eterna, de poder e glorificação
final do nosso corpo.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - 2 Co 11.2 A
Igreja é a Noiva de CRISTO, o seu Noivo
Terça - 1 Pe 5.1-4 A
Igreja é o rebanho de DEUS
Quarta - 1 Co 6.19
Como Igreja, somos templo do ESPÍRITO SANTO
Quinta - Mc 16.15 A
missão da Igreja é a evangelização do mundo
Sexta - Ef 2.19 Como
Igreja, pertencemos à família de DEUS
Sábado - Cl 1.24 A
Igreja é o Corpo de CRISTO
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 28.18-20; Marcos 16.15-18; Atos 1.6-8
Mateus 28
18 - E, chegando-se JESUS,
falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
19 - Portanto, ide,
ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO
SANTO;
20 - ensinando-as a
guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco
todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!
Marcos 16
15 - E disse-lhes: Ide
por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 - Quem crer e for
batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17 - E estes sinais
seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas
línguas;
18 - pegarão nas
serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e
imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
Atos 1
6 - Aqueles, pois, que
se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo
o reino a Israel?
7 - E disse-lhes: Não
vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu
próprio poder.
8 - Mas recebereis a
virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e serme-eis testemunhas
tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.
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HINOS SUGERIDOS: : 11, 63, 530 da Harpa Cristã
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SUBSÍDIOS
EXTRAS PARA A LIÇÃO 3
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Algumas
Promessas Para A Igreja:
Promessa De Salvação
(1Tm 2.4; Ef 1.13), Promessa De Vida Eterna (Jo 5.24), Promessa De Batismo Com
O ESPÍRITO SANTO (Jl 2.28; At 11.16; At 1.8), Promessa Do Consolador (Jo
14.16), Promessa De Dons Do ESPÍRITO SANTO (1Co 12.4-10), Promessa De
Ministérios Sobrenaturais (Ef 4.11), Promessa De Livramento
(Mc 16.18; Lc 10.19), Promessa de Arrebatamento
(1 Ts 4.17), Promessa de Glorificação (1Co 15.52), Promessa De Moradia Eterna
Na Nova Jerusalém (Jo 14.3; Ap 3.12) Etc...
LIÇÃO 10 – IGREJA, O CORPO ESPIRITUAL DE CRISTO
4º Trimestre de 2006 - TEMA – As Verdades Centrais da Fé Cristã
COMENTARISTA : Claudionor Correia de Andrade
Jo 10.9 Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e
entrará, e sairá, e achará pastagens.
Entrará no reino da luz, na Igreja (Pastagem é alimentação da
Palavra de DEUS), e
Sairá do reino das trevas, da reunião com o mundo.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - MATEUS 16.13-20
13 E, chegando JESUS às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os
seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?
14 E eles disseram: Uns, João Batista; outros, Elias, e outros, Jeremias ou um
dos profetas.
15 Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?
16 E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo.
17 E JESUS, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas,
porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.
18 Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha
igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
19 E eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que ligares na terra
será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.
20 Então, mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era o
CRISTO.
A
Hora da Verdade A Estátua
de Daniel
PEDRA PEDRA
Atos 4:11 |
Comentários |
Ele JESUS é a pedra. |
A volta de CRISTO, pedra cortada da montanha sem uso de mãos,
acabará com todos os reinos da Terra. |
1 Coríntios 10:4 |
|
Porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era CRISTO. |
|
Efésios 2:20 |
|
Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de
que JESUS CRISTO é a principal pedra da esquina. |
A IGREJA
UNIVERSAL |
LOCAL |
1. Organismo. |
1. Organização. |
2. É invisível. |
2. É visível. |
3. Interdenominacional. |
3. Denominacional. |
4. JESUS é o único líder e
cabeça. |
4. Possui vários líderes. |
5. Os nomes de seus membros
estão inscritos no livro da vida. |
5. Os nomes de seus membros
estão inscritos no rol da igreja local. |
6. Possui vida orgânica. |
6. Possui vida à medida que
seus membros estão ligados à cabeça, CRISTO. |
7. Não depende de rituais de
culto, de templos, de reconhecimento social. |
7. Dependem de cerimônias,
templos, reconhecimento oficiais; estatutos etc. |
|
|
RESUMO DA REVISTA - CPAD - 4TRIM.2006
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
“A Igreja é a herdeira da cruz”. Esta declaração de Thomas Adams,
além de realçar a importância e a natureza da Igreja de CRISTO, deixa bem
claro: a Igreja não surgiu de um projeto humano, mas do próprio Senhor.
I. O QUE É A IGREJA
"A Igreja não é nada mais do que CRISTO manifestado”.
1. Definição etimológica. A palavra igreja vem do hebraico qāhāl; e
do grego ekklēsia. Reunião pública.
2. Definição teológica. Conjunto daqueles que, aceitando a CRISTO
pela fé, são imediatamente agregados em seu corpo espiritual.
II. A FUNDAÇÃO DA IGREJA
Ela só passou a existir com o derramamento do ESPÍRITO SANTO no dia
de Pentecostes (Ef 3.8-11).
III. OS FUNDAMENTOS DA IGREJA
1. A Palavra de DEUS. O fundamento maior da Igreja é, sem
dúvida alguma, a Palavra de DEUS (1 Co 3.10; Ef 3.5; 2 Pe 3.15-17).
2. A Declaração de Cesaréia. O próprio apóstolo Pedro afirma que a
pedra é CRISTO (1 Pe 2.4-8).
IV. A MISSÃO DA IGREJA
1. Glorificar a DEUS. Devemos Agir de tal forma, a fim de que os
homens glorifiquem ao Pai Celeste (Mt 5.16).
2. Ser habitação do ESPÍRITO SANTO (1 Co 6.19). A Igreja é o templo
espiritual de DEUS.
3. Tornar conhecida a sabedoria de DEUS. Através da exposição das
Sagradas Escrituras, pode a Igreja demonstrar quão superior é a sabedoria
divina (Ef 3.10,11).
4. Proclamar o Evangelho. A principal missão da Igreja.
5. Edificar seus membros na Palavra. Através da Palavra.
V. OS MEMBROS DA IGREJA
A Igreja é composta pelos salvos por CRISTO oriundos de todas as
nacionalidades.
1. Os judeus. Primeiros cristãos.
2. Os gentios. Admitidos à família dos santos com pleno acesso às
bênçãos espirituais.
3. A Igreja de DEUS. Formada por judeus e gentios.
VI. AS ORDENANÇAS DA IGREJA
1. Definição teológica. O batismo em água e a santa ceia.
2. O batismo. Constitui o batismo um símbolo da morte e
ressurreição de CRISTO.
3. Santa Ceia. Pão e o vinho, simbolizam, respectivamente, o corpo
e o sangue de CRISTO oferecidos em resgate da humanidade (1 Co 11.24,25).
Contém a Santa Ceia duas mensagens centrais:
a) Memorial:
b) Profética:
CONCLUSÃO
O destino da Igreja é mui glorioso, conforme as Sagradas
Escrituras. Ler Jo 14.2,3; Ef 5.27. Além de sua beleza e distinção no presente,
será ela, quando da volta do Senhor, revestida de inefável glória, uma glória,
aliás, que somente JESUS pode conceder-nos. Se lermos com atenção os dois
últimos capítulos de Apocalipse, seremos constrangidos a orar e a jejuar, a fim
de que venhamos desfrutar de tudo quanto Ele preparou-nos na cruz. Se com o
Senhor, hoje sofremos; com o mesmo Senhor haveremos de ser glorificados.
Resta-nos, pois, suplicar: Maranata: “Ora vem, Senhor JESUS”.
ESTUDO COMPLEMENTAR - A IGREJA
“Mas, se tardar, para que saibais como convém andar na casa de
DEUS, que é a Igreja do DEUS vivo, a coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15).
IGREJA... COLUNA E FIRMEZA DA VERDADE. A igreja deve ser o
fundamento da verdade do evangelho. Ela sustenta e preserva a verdade revelada
por CRISTO e pelos apóstolos. Ela recebeu esta verdade para obedecê-la (Mt
28.20), escondê-la no coração (Sl 119.11), proclamá-la como "a palavra da
vida" (Fp 2.16), defendê-la (Fp 1.17) e demonstrar seu poder no ESPÍRITO
SANTO (Mc 16.15-20; At 1.8; 4.29-33; 6.8).
A Igreja do DEUS vivo é a única instituição em que o cristão e a
sua família podem espiritualmente abrigar-se, buscar apoio e ser abençoados
neste mundo de incertezas.
Mt 16.18 A Igreja é invencível.
Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra
edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
16.18 AS PORTAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO. As portas do inferno representam
Satanás e a totalidade do mal no mundo, lutando para destruir a igreja de JESUS
CRISTO. (1) Este texto não quer dizer que nenhum crente como pessoa e nenhuma
igreja local, confederação de igrejas ou denominação, jamais chegará a cair na
imoralidade, nos erros de doutrina ou na apostasia. O próprio JESUS predisse
que muitos decairão da fé e Ele adverte as igrejas que estão abandonando a fé
neo-testamentária a voltar-se do pecado ou sofrer a pena da remoção do seu
reino (24.10,11; Ap 2.5,12-29; 3.1-6,14-16; ver 1 Tm 4.1). A promessa do
versículo 18 não se aplica àqueles que negam a fé, nem às igrejas mornas. (2) O
que CRISTO quer dizer é que, a despeito de Satanás fazer o pior que pode, a
despeito da apostasia que ocorre entre os crentes, das igrejas que ficam mornas
e dos falsos mestres que se infiltram no reino de DEUS, a igreja não será
destruída. DEUS, pela sua graça, sabedoria e poder soberanos, sempre terá um
remanescente de crentes e de igrejas que, no decurso de toda a história da
redenção, permanecerá fiel ao evangelho original de CRISTO e dos apóstolos e
que experimentará a comunhão com Ele, o senhorio de CRISTO e o poder do
ESPÍRITO SANTO. Como o povo genuíno de DEUS, esses crentes demonstrarão o poder
do ESPÍRITO SANTO contra Satanás, o pecado, a doença, o mundo e as forças
demoníacas. É essa igreja que Satanás com todas as suas hostes não poderá
destruir nem resistir
16.18 PEDRO, A PEDRA E A IGREJA - O significado desta passagem é
que CRISTO edificará a sua igreja sobre a verdade da confissão feita por Pedro
e os demais discípulos, i.e., que JESUS é o CRISTO, o Filho do DEUS vivo (v.
16; At 3.13-26). JESUS emprega um trocadilho. Ele chama seu discípulo de Pedro
(gr. Petros, que significa uma pedra pequena). A seguir, Ele diz: Sobre esta
pedra (gr. petra, que significa uma grande rocha maciça ou rochedo) edificarei
a minha igreja , i.e., sobre a confissão feita por Pedro. (1) É JESUS CRISTO
que é a pedra, i.e., o único e grande alicerce da igreja (1 Co 3.11). Pedro
declara que JESUS é a pedra viva... eleita e preciosa... a pedra que os
edificadores reprovaram (1 Pe 2.4, 6, 7; At 4.11). Pedro e os demais discípulos
são pedras vivas , como parte da estrutura da casa espiritual (a igreja) que
DEUS está edificando (1 Pe 2.5). (2) Em lugar nenhum as Escrituras declaram que
Pedro seria a autoridade suprema e infalível sobre todos os demais discípulos
(cf. At 15; Gl 2.11). Nem está dito, também, na Bíblia que Pedro teria
sucessores infalíveis, representantes de CRISTO e cabeças da igreja. Tais
idéias são injunções do homem e não a verdade das Escrituras. No estudo A
IGREJA, acha-se uma exposição da doutrina da igreja, como aparece aqui e
noutras partes da Bíblia
16.19 AS CHAVES DO REINO. As chaves representam a autoridade que
DEUS delegou a Pedro e à igreja. Estas chaves são usadas para:
(1) repreender o pecado e levar a efeito a disciplina eclesiástica
(18.15-18);
(2) orar de modo eficaz em prol da causa de DEUS na terra
(18.19,20);
(3) dominar as forças demoníacas e libertar os cativos;
(4) anunciar a culpa do pecado, o padrão divino da justiça e o
juízo vindouro (At 2.23; 5.3,9); e
(5) proclamar a salvação e o perdão dos pecados para todos quantos
se arrependem e crêem em CRISTO (Jo 20.23; At 2.37-40; 15.7-9)
1 Co 11.18 Reunidos na igreja: Porque, antes de tudo, ouço
que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e em parte o
creio.
Ef 3.21 Glória a CRISTO na Igreja: a esse glória na igreja, por
JESUS CRISTO, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém!
Cl 1.18 CRISTO - O cabeça da Igreja
E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito
dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência,
PRIMOGÊNITO DENTRE OS MORTOS. JESUS CRISTO foi o primeiro a ressuscitar dentre
os mortos com um corpo espiritual e imortal (1 Co 15.20; Ap 1.5). No dia de sua
ressurreição, JESUS se tornou a cabeça da igreja. A igreja do NT começou no dia
da ressurreição de JESUS, quando os discípulos receberam o ESPÍRITO SANTO. O
fato de CRISTO ser o "primogênito" dentre os mortos importa na
ressurreição subseqüente de todos aqueles por quem Ele morreu
1 Tm 3.15 A Igreja do DEUS vivo.
mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de DEUS,
que é a igreja do DEUS vivo, a coluna e firmeza da verdade.
IGREJA... COLUNA E FIRMEZA DA VERDADE. A igreja deve ser o fundamento da
verdade do evangelho. Ela sustenta e preserva a verdade revelada por CRISTO e
pelos apóstolos. Ela recebeu esta verdade para obedecê-la (Mt 28.20),
escondê-la no coração (Sl 119.11), proclamá-la como "a palavra da
vida" (Fp 2.16), defendê-la (Fp 1.17) e demonstrar seu poder no ESPÍRITO
SANTO (Mc 16.15-20; At 1.8; 4.29-33; 6.8).
Sl 122.1 Indo à Casa do Senhor.
Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR!
À CASA DO SENHOR. A Casa do Senhor deve ser um lugar onde o crente desfruta,
com toda alegria, da íntima presença do Senhor, da comunhão do ESPÍRITO e do
amor dos irmãos na fé.
EFÉSIOS 5.27= para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem
mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
e, esta,
CONCEITOS DE IGREJA |
O RELACIONAMENTO DO CRISTÃO COM A IGREJA LOCAL |
O CULTO DOMÉSTICO |
A Igreja invisível e universal (Hb 12.23). |
Relacionamento positivo. |
Inculcando a Palavra aos filhos. |
a) Perfeita. |
a) A família adorando a DEUS. |
A participação da família no corpo de CRISTO e na igreja local é
condição indispensável para a vida cristã vitoriosa. |
b) A Noiva do Cordeiro. |
b) A família servindo a DEUS. |
|
c) Um organismo. |
c) A família contribuindo. |
|
d) É invisível. |
d) A família amando os irmãos. |
|
A igreja local. |
Relacionamento negativo |
O culto doméstico e o avivamento. |
a) É múltipla. |
a) Mau testemunho. |
a) O cristão precisa ordenar suas prioridades e sua rotina de
maneira que seu lar seja uma extensão da igreja |
b) É uma organização |
b) Referências negativas no lar. |
b) A Igreja é uma continuação do lar. |
c) Está sujeita a falhas. |
c) Mau comportamento nos cultos. |
|
d) É Visível. |
|
|
A Igreja é o corpo de CRISTO. Esta é a igreja que subirá na vinda de JESUS. A igreja local é composta por crentes de uma região, de um bairro etc. A família deve valorizar essa instituição, que pode constituir-se como apoio, unificando a comunidade em que está inserida colocando-a a serviço do Reino de DEUS.
Bodas do Cordeiro = Reunião festiva entre CRISTO e a Igreja, que começará a se
concretizar a partir do arrebatamento. Neste período, os santos receberão os
seus galardões e hão de se preparar para a implantação do Reino de DEUS na Terra
(Ap 19.7-9).
O Cristão e a Igreja Local A Igreja tem quatro propósitos básicos: |
|
1. Anunciar: “Fazer discípulos de todas as Nações” |
É a missão de cada cristão nascido de novo de anunciar a salvação
em CRISTO à todas as pessoas. |
2. Integrar: |
É a responsabilidade de cada cristão em auxiliar o novo decidido a
integrar-se socialmente, doutrinariamente, e emocionalmente na igreja
local |
3. Ensinar: |
É função de cada membro de nossa mocidade trabalhar em prol do
ensino de cada jovem à fim de habilitá-lo para o ministério Cristão. |
4. Enviar: |
É atribuição do Ministério capacitar cada membro com a finalidade
de criar uma Igreja ativa, dinâmica e integrada nas atividades do dia a dia.
Criando uma geração de discípulos de JESUS envolvida com o cumprimento da
Grande Comissão. |
“A Igreja é uma comunidade de pessoas numa jornada rumo a DEUS.
Onde quer que haja unidade sobrenatural e movimento dirigido pelo
ESPÍRITO, aí está a Igreja - uma comunidade espiritual”.
A IGREJA
(CPAD - BEP)
Mt 16.18 “Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei
a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.
A palavra grega ekklesia (igreja), literalmente, refere-se à reunião de um
povo, por convocação (gr. ekkaleo). No NT, o termo designa principalmente o
conjunto do povo de DEUS em CRISTO, que se reúne como cidadãos do reino de DEUS
(Ef 2.19), com o propósito de adorar a DEUS. A palavra “igreja” pode referir-se
a uma igreja local (Mt 18.17; At 15.4) ou à igreja no sentido universal
(16.18; At 20.28; Ef 2.21, 22).
(1) A igreja é apresentada como o povo de DEUS (1Co 1.2; 10.32; 1Pe
2.4-10), o agrupamento dos crentes redimidos como fruto da morte de CRISTO (1Pe
1.18,19). É um povo peregrino que já não pertence a esta terra (Hb 13.12-14),
cujo primeiro dever é viver e cultivar uma comunhão real e pessoal com DEUS
(1Pe 2.5; ver Hb 11.6).
(2) A igreja foi chamada para deixar o mundo e ingressar no reino de DEUS. A
separação do mundo é parte inerente da natureza da igreja e a recompensa disso
é ter o Senhor por DEUS e Pai (2Co 6.16-18).
(3) A igreja é o templo de DEUS e do ESPÍRITO SANTO (ver 1Co 3.16; 2Co
6.14—7.1; Ef 2.11-22; 1Pe 2.4-10). Este fato, no tocante à igreja, requer dela
separação da iniquidade e da imoralidade.
(4) A igreja é o corpo de CRISTO (1Co 6.15,16; 10.16,17; 12.12-27). Isto indica
que não pode existir igreja verdadeira sem união vital dos seus membros com
CRISTO. A cabeça do corpo é CRISTO (Cl 1.18; Ef 1.22; 4.15; 5.23).
(5) A igreja é a noiva de CRISTO (2Co 11.2; Ef 5.23-27; Ap 19.7-9). Este
conceito nupcial enfatiza tanto a lealdade, devoção e fidelidade da igreja a
CRISTO, quanto o amor de CRISTO à sua igreja e sua comunhão com ela.
(6) A igreja é uma comunhão (gr. koinonia) espiritual (2Co 13.14; Fp 2.1). Isto
inclui a habitação nela do ESPÍRITO SANTO (Lc 11.13; Jo 7.37-39; 20.22), a
unidade do ESPÍRITO (Ef 4.4) e o batismo com o ESPÍRITO (At 1.5; 2.4; 8.14-17;
10.44; 19.1-7). Esta comunhão deve ser uma demonstração visível do mútuo amor e
cuidado entre os irmãos (Jo 13.34,35).
(7) A igreja é um ministério (gr. diakonia) espiritual. Ela ministra por meio
de dons (gr. charismata) outorgados pelo ESPÍRITO SANTO (Rm 12.6; 1Co 1.7;
12.4-11, 20-31; Ef 4.11).
(8) A igreja é um exército engajado num conflito espiritual, batalhando com a
espada e o poder do ESPÍRITO (Ef 6.17). Seu combate é espiritual, contra
Satanás e o pecado.. O ESPÍRITO que está na igreja e a enche, é qual
guerreiro manejando a Palavra viva de DEUS, libertando as pessoas do
domínio de Satanás e anulando todos os poderes das trevas (At 26.18; Hb 4.12;
Ap 1.16; 2.16; 19.15, 21).
(9) A igreja é a coluna e o fundamento da verdade (1Tm 3.15), funcionando,
assim, como o alicerce que sustenta uma construção. A igreja deve sustentar a
verdade e conservá-la íntegra, defendendo-a contra os deturpadores e os falsos
mestres (ver Fp 1.17; Jd 3).
(10) A igreja é um povo possuidor de uma esperança futura. Esta esperança tem
por centro a volta de CRISTO para buscar o seu povo (ver Jo 14.3; 1Tm 6.14; 2Tm
4.8; Tt 2.13; Hb 9.28).
(11) A igreja é tanto invisível como visível. (a) A igreja invisível é o
conjunto dos crentes verdadeiros, unidos por sua fé viva em CRISTO. (b) A
igreja visível consiste de congregações locais, compostas de crentes vencedores
e fiéis (Ap 2.11, 17, 26; ver 2.7), bem como de crentes professos, porém
falsos (Ap 2.2); “caídos” (Ap 2.5); espiritualmente “mortos” (Ap 3.1); e
“mornos” (Ap 3.16; ver Mt 13.24; At 12.5).
‘Conhecendo a Igreja’
Texto Bíblico:
‘Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas
concidadãos dos santos, e da família de DEUS’ – (Efésios 2.19)
INTRODUÇÃO
Agora, você faz parte da Igreja, pois não apenas recebeu a
salvação oferecida por CRISTO, mas também foi incluído em sua família. A
palavra ‘Igreja’, nesta lição, não está restrita à uma denominação, nem ao
local onde você frequenta os cultos. Depois do plano idealizado por DEUS, para
salvar os homens, a igreja é a proposta mais inteligente da divindade. Aqueles
que seriam salvos, formariam um corpo, porta-voz da salvação para outras
pessoas. A igreja é um organismo que tem a própria vida em CRISTO, o qual
estabeleceu a missão dela e como cumpri-la.
Quem faz parte da igreja, dá continuidade ao trabalho de CRISTO na
terra. A verdadeira vida que está em você chegará aos outros. Isto é ser uma
bênção para o mundo. Ninguém recebeu a salvação simplesmente para ser salvo,
mas, sim, integrar-se à igreja. Por isso, é preciso que você compreenda bem o
que ela significa, conheça quais são os seus objetivos e as suas ordenanças.
I. O QUE É A IGREJA?
A palavra ‘igreja’ quer dizer ‘uma reunião de pessoas chamadas para
fora’, ou seja, um grupo de pessoas que saíram de dentro do mundo (espiritual)
para seguirem a CRISTO. Os que formam a igreja são chamados, pela Bíblia, de
crentes, irmãos, cristãos, santos, eleitos e os do caminho.
Todos os crentes espalhados pelo mundo formam a igreja. Ela não
está restrita a uma área geográfica e nem a um único povo da terra. É o seu
lado invisível e universal.
Embora a palavra ‘igreja’ seja empregada, em primeiro lugar, para
descrever a totalidade de crentes que vivem em todo o mundo, você pode usá-la
também para se referir aos cristãos de um determinado lugar, isto é, a ‘igreja
local’.
I. Símbolos da Igreja. O primeiro símbolo é o corpo. JESUS não está
mais presente entre os homens, de forma física, mas em cada pessoa que o
recebe, em qualquer parte do mundo, Ele introduz a sua vida, para formar um
corpo. Por Ter a vida em CRISTO, a igreja não é um simples ajuntamento de
pessoas, uma associação ou clube. É um organismo, algo que tem existência tal
como o corpo humano que é composto de muitos membros e órgãos que funcionam em
prol de uma vida comum. Da mesma forma que o ser humano é um, mas tem milhões
de células vivas, assim também é a igreja. Um só corpo, mas constituído por
milhões de pessoas nascidas de novo, por meio do evangelho de JESUS.
Possui também uma cabeça, o próprio CRISTO. Ele é o chefe, o guia,
o Principal e o Príncipe da igreja.
Outro símbolo é o templo. Embora DEUS habite em toda a parte, Ele
se localiza em determinado lugar, para ser encontrado, adorado e louvado. Cada
crente é um templo de DEUS. Leia 1 Coríntios 3.16,17.
Por causa da união e comunhão que os crentes têm com CRISTO, a
igreja é simbolizada na Bíblia pela figura de uma noiva. Em 2 Coríntios 11.2,
Paulo afirma que preparara os crentes de Corinto para os ‘apresentar como uma
virgem pura a um marido, a saber, a CRISTO’. Em Efésios 5.25, o apostolo
declara que CRISTO amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. A noiva e o
noivo viverão juntos para sempre. Leia Apocalipse 22.17.
Outro símbolo da Igreja, o qual se pode destacar na Bíblia é a
família. Você, agora, é membro da família da DEUS.
II. OS OBJETIVOS DA IGREJA
Através da Bíblia, você descobre que a igreja foi fundada por
CRISTO, para cumprir as seguintes finalidades:
a. evangelizar o mundo. A principal atividade dos crentes é levar a
salvação para os não-crentes. CRISTO, depois de completar a sua missão na
terra, declarou: ‘é-me dado todo o poder no céu e na terra’. E, em seguida,
estabeleceu uma missão aos seus seguidores. Leia Mateus 28.19 e 20.
b. lugar para o crente cultuar a DEUS. Os crentes se reúnem para
cultuar a DEUS. O culto é o momento de oração, louvor, adoração, estudo da
Bíblia e edificação dos crentes. No culto, todos os crentes podem se unir em
oração, seja em petição, ação de graças e intercessão. Esta também é uma
maneira de você louvar a DEUS.
c. lugar para o crente praticar a mordomia cristã. Tudo o que você
possui, não lhe pertence (leia Salmo 24.1). Por isso, não tem mais o direito de
fazer o que quer. DEUS agora está em primeiro lugar em sua existência. Isso
inclui sua vida, seu tempo, seus talentos e suas finanças. Você deve
aplicar, na igreja a sua vida, com o melhor de seus esforços e dedicação.
d. lugar para o ensino da disciplina e norma de conduta cristã. Ao
fazer parte de uma igreja local, o novo crente disciplina-se e aprende a norma
bíblica de conduta. Existe um padrão de vida exposto na Bíblia e todos os
crentes devem se esforçar para vivê-lo.
Significa afastar-se da ignorância, preservar-se da corrupção e Ter
todas as esferas da sua vida e atividades regulamentadas, dirigidas por DEUS.
Leia Mateus 5.13, e 18.15-17.
III. AS DUAS ORDENANÇAS DA IGREJA
Há duas cerimônias ordenadas por CRISTO, para que os crentes a
pratiquem: o batismo em água, cerimônia de ingresso do novo crente na igreja e
simboliza o início de sua vida espiritual; e a Ceia do Senhor significa a
continuação desta vida espiritual. Por isso, o crente deve participar dela,
para manter sempre a comunhão com o Senhor JESUS.
a. O batismo. Através do batismo em água você dá um testemunho
público de sua identificação com CRISTO, a nova vida iniciada a partir da
conversão. É o sinal exterior, o qual mostra que você morreu para o mundo e
nasceu para DEUS. Cada um de nós repete, de modo espiritual, o que aconteceu
com CRISTO. Ele morreu e ressuscitou. Assim, pelo batismo, você prova que é
vitorioso.(Os evangélicos não batizam crianças porque elas não têm do que se
arrepender e não podem exercer a fé).
b. A Ceia do Senhor. Na igreja em que você frequenta, todo mês há o culto de Ceia. Não foi ideia de um homem, mas foi instituída por JESUS, na véspera de sua crucificação, para os crentes relembrarem, a sua morte, através do pão e do vinho. O primeiro simboliza o seu corpo e o segundo, o seu sangue. Não somente para relembrar a sua morte vitoriosa, mas os crentes tomam a Ceia para anunciar a CRISTO, até que Ele volte.
Resumo da Lição 9 - 25-02-2001 CPAD - 1º TRIM.2001
Quem é a verdadeira Igreja de CRISTO? A verdadeira Igreja tem as
suas características que a fazem diferente de outras instituições como o
Estado, a família, etc. Essas instituições desaparecem, mas a Igreja, não.
Também é preciso notar que muitas instituições, embora com o nome de igrejas
cristãs, não fazem parte do corpo místico de CRISTO ou Igreja invisível. Os
cristãos componentes da verdadeira Igreja são criaturas dotadas de verdadeiro
novo nascimento, inconfundíveis com o joio. Somente a igreja pura, santificada
e sob o poder do ESPÍRITO SANTO será arrebatada.
A Igreja universal invisível, da qual CRISTO é a cabeça, não é uma
organização, mas um organismo vivo, pois em cada um de seus membros palpita
a vida de nosso Senhor JESUS CRISTO, o qual dirige o movimento de todo o corpo
e de cada crente em particular, e comunica a cada um dos
membros do corpo sua sabedoria, justiça e santidade, vida e poder. Desta forma,
mediante a união vital com CRISTO, todo crente, ainda que
humilde ou isolado, faz parte com os demais redimidos de um organismo no qual
vibra o amor e a graça de nosso Senhor JESUS CRISTO.
INTRODUÇÃO
Ao estudar sobre a Igreja de CRISTO na terra precisamos conhecer sua natureza, ordenanças,
missão e governo.
I. A IGREJA NA PERSPECTIVA BÍBLICA E TEOLÓGICA
1. Uma visão cristocêntrica da Igreja. Em Mateus 16.18 CRISTO cita duas
palavras da mesma raiz, mas com significados diferentes, que expressam
a dimensão exata da revelação. A primeira, petros (o nome do discípulo),
significa um fragmento de pedra. A segunda, petra, traduz-se como
rocha inabalável (1 Pe 2.4-7). Está claro que o Senhor, ao mesmo tempo em que
reconheceu a sensibilidade espiritual de Pedro, como um
fragmento de pedra, deixou também estabelecido que a Igreja seria edificada
sobre aquela pedra inabalável - CRISTO, o Filho do DEUS vivo - isto
é, a confissão pública sobre CRISTO, que o apóstolo acabara de fazer.
2. O sentido da palavra "igreja" no original.
O termo "igreja" no original grego é composto da preposição ek
"fora de" e o verbo kaleõ "chamar". Igreja (ekklêsia)
denota um grupo de cidadãos
"chamados para fora". Corresponde literalmente a "uma convocação
de cidadãos de uma cidade para fora de suas casas mediante o soar de uma
trombeta a fim de reuni-los em assembleia". Os verdadeiros crentes são
convocados para fora do pecado, para viverem em plena comunhão com
o Senhor JESUS CRISTO.
3. A Igreja na perspectiva do Novo Testamento. Nesta parte da Bíblia temos
vários conceitos sobre a Igreja.
a) Igreja visível e invisível. A Igreja é um só organismo independente dos
títulos e das denominações existentes. Entretanto ela pode ser vista
sob dois aspectos: visível e invisível. A Igreja invisível representa singularmente
o povo de DEUS espalhado em todo o mundo, enquanto que a
Igreja visível refere-se à igreja local, a uma comunidade de pessoas num
determinado lugar.
b) Corpo universal de CRISTO. A Igreja de CRISTO como corpo possui diversos
órgãos e muitos membros, mas todos trabalham de forma orgânica e
harmônica, interligados, em função do corpo. Ela é composta de todos os
cristãos autênticos em toda a história do cristianismo (Mt 16.18; 1 Co
12.27; Ef 3.10,21; 5.23-32; Hb 12.23). São milhões de membros espalhados pelo
mundo. Quando todos cumprem a sua parte, a Igreja se
beneficia, mas se algum deles está enfermo espiritualmente e não é logo
restaurado, afeta todo o corpo.
c) Igreja local. A igreja local é o lado visível da Igreja que vivencia em sua
forma comunitária a mesma herança apostólica, os mesmos ideais de
vida, e as mesmas expressões de fé (Rm 16.1; Cl 4.16; Gl 1.2,22; At 14.23).
A vida em comunidade foi uma das características predominantes dos cristãos
primitivos (At 2.46; 4.32,33; 5.42; 12.5,12). Eles frequentemente se reuniam motivados sempre pela mesma razão: a fé no CRISTO ressuscitado.
d) Igrejas domésticas. Como não havia templos cristãos construídos no primeiro
século da Era Cristã, os crentes daquela época tinham por hábito
reunirem-se nas casas, uns dos outros (1 Co 16.19; Rm 16.5,23; Fm v.2). Essas
igrejas domésticas acomodavam perfeitamente o corpo de CRISTO
naquelas localidades. Cada igreja local ou doméstica era a manifestação física
e visível da Igreja universal.
II. A RAZÃO DE SER DA IGREJA
1. A Igreja é o mistério da vontade de DEUS que estava escondido. Segundo o que
Paulo escreveu aos efésios, a Igreja era o mistério que estava
escondido e que em CRISTO foi desvendado: "desvendando-nos o mistério da
sua vontade" (Ef 1.9). DEUS, o Pai, planejou a Igreja antes da
fundação do mundo, porém, a sua concretização efetivou-se na revelação de JESUS
CRISTO. A questão é: Com que propósito este mistério estava
escondido? O propósito era resgatar o controle do Universo usurpado por Satanás
(Ef 1.9,10). DEUS haveria de "convergir em CRISTO todas as
coisas" (Ef 1.10). Essa revelação aconteceria "na plenitude dos
tempos", isto é, quando a medida do tempo de DEUS chegasse ao limite. O
tempo
chegou quando CRISTO, enviado pelo Pai, sendo DEUS, fez-se homem para resgatar
a autoridade usurpada pelo Diabo. Ele veio para buscar o que
se havia perdido (Lc 19.10); para despojar a Satanás e seus anjos dos poderes
roubados e triunfar sobre eles (Cl 2.15); para reconciliar o mundo
com DEUS, satisfazendo a justiça ultrajada de DEUS (2 Co 5.19-21) e, para
readquirir os direitos divinos sobre todo o Universo, por direito de
criação e por direito de redenção.
2. A Igreja representa a criação de uma nova humanidade em CRISTO. Efésios 2.15
diz: "ele aboliu na sua carne, a lei dos mandamentos na forma
de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a
paz". Ao referir-se a "dois homens", metaforicamente o
texto quer dizer, dois povos; judeus e gentios. DEUS quis fazer dos dois, um só
povo, uma nova humanidade, a Igreja. Trata-se de uma criação
no plano espiritual mediante a obra regeneradora do ESPÍRITO SANTO.
A Igreja tem a vida do ESPÍRITO e cumpre a missão de reconciliar o mundo com
DEUS (Rm 8.18-23; 2 Co 5.19).
III. A IGREJA LOCAL E O TRATAMENTO ESPECÍFICO DE DEUS
Vejamos alguns modelos de igrejas locais:
1. A igreja em Jerusalém (At 2.46,47). Foi o primeiro grupo de crentes formado
após a descida do ESPÍRITO SANTO no Pentecostes (At 2.1).
Naturalmente, não havia templos cristãos ainda, pois a Igreja era recém-nascida
e os convertidos reuniam-se no alpendre do Templo de Salomão
(At 2.46; 5.12,20,21,25) e nas casas de famílias (At 2.46; 5.42).
2. A igreja de Corinto (1 Co 1.2). Nesta igreja, o ESPÍRITO SANTO
manifestava-se de modo especial. No primeiro livro dirigido a essa igreja está
o
conteúdo principal da doutrina dos dons espirituais (1 Co 12,13,14) - uma das
doutrinas vitais para todas as igrejas em todo o mundo.
3. A igreja de Tessalônica (1 Ts 1.1). Neste texto o apóstolo Paulo refere-se à
"igreja dos tessalonicenses em DEUS". A expressão "em DEUS"
indica que os cristãos daquela cidade, formavam "a igreja local",
isto é, estavam unidos como um só, em DEUS. A referência à igreja local, nada
tem a ver com qualquer denominação evangélica, pois a expressão "igreja
local" tem um sentido genérico e refere-se aos cristãos que formam a
igreja num determinado local.
4. Os membros da igreja local. Um exemplo que ilustra a igreja local é o da
"igreja que estava em Antioquia" (At 13.1). Esse capítulo fala de uma
reunião dos membros dessa igreja para decidirem sobre sua expansão para outros
lugares. Aqueles irmãos, sob a direção do ESPÍRITO SANTO,
decidiram enviar algumas pessoas para outras cidades.
A igreja local é uma comunidade de pessoas que agem e interagem como os membros
de um corpo (1 Co 12.18). Esses membros estão
distribuídos no corpo e cumprem, cada qual, a sua função (Ef 4.16; 1 Co 12.11).
Desenvolvem um relacionamento social e espiritual (Rm 12.5),
pois "ninguém busque o proveito próprio, antes cada um o que é de
outrem" (1 Co 10.24).
5. As ordenanças de CRISTO à igreja local (At 2.37-41; Lc 22.14-20; 1 Co
11.23-30). Esses textos falam de duas ordenanças de CRISTO para os
seus discípulos: o batismo em águas e a santa ceia. Em Atos 2.41, os discípulos
levaram a sério a ordenança do batismo, o qual representa o
arrependimento de toda pessoa que aceita e crê em CRISTO como Salvador e Senhor
(At 8.13,16; 36-38; 10.47,48; 16.33; 19.3). O batismo seria
por imersão de corpo inteiro sob as águas em nome da Trindade Divina (Mt
28.19). A segunda ordenança foi a comunhão celebrada pela ceia com
pão e vinho, símbolos da sua carne e do seu sangue. A finalidade da ceia era
estabelecer um memorial (Lc 22.19), para lembrar os sofrimentos e
morte do Senhor JESUS CRISTO, sobretudo, o seu sangue que nos trouxe a expiação
de nossos pecados.
CONCLUSÃO
A humanização do Verbo, através do nascimento virginal, constituiu-se no início
da revelação do mistério de DEUS ao mundo. DEUS irmanado
conosco (Mt 1.23), começou a transpor de sua mente para a realidade humana a
parte final do plano que Ele mesmo determinara. Ou seja, fazer
de todos quantos recebem a CRISTO como seu Salvador, quer judeus ou gentios, um
só corpo pela agência do ESPÍRITO SANTO. Toda a concepção
divina para a redenção humana passa por JESUS. Ele é a pedra angular do plano
eterno de DEUS em relação ao mundo.
RESUMO DA LIÇÃO 12 - JESUS E A IGREJA - 18/06/2000 - CPAD 2º
TRIM.2000
COMENTÁRIO-INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos alguns aspectos importantes em relação à
Igreja. Esta instituição, fundada por nosso Senhor JESUS CRISTO, é única em
todo o mundo, em sua missão, atribuições e ação, em prol da salvação da
humanidade. Como "coluna e firmeza da verdade" (1 Tm 3.15), a Igreja
congrega a reserva moral e espiritual, inabalável, sobre a terra, a servir de
padrão para todos os que nela se firmarem. Que DEUS nos ensine a compreender e
valorizar mais a Igreja do Senhor.
I. CONCEITUAÇÃO DE IGREJA
1. Origem da palavra. A palavra igreja vem do grego, ekklesia,
significando, literalmente, "os chamados para fora". Na Grécia
antiga, identificava uma "assembleia", em que um arauto convocava as
pessoas para uma reunião, que podia ser realizada ao ar-livre, numa praça, com
finalidade religiosa, política ou de outra ordem. Na realidade, fomos tirados
"para fora" do mundo e Ele "nos fez assentar nos lugares
celestiais, em CRISTO JESUS" (Ef 2.6).
2. Conceituação bíblica. No Novo Testamento, encontramos expressões
que denotam o significado e missão espiritual da Igreja.
a) "Multiforme sabedoria de DEUS" (Ef 3.10). Neste
aspecto, a Igreja revela ao mundo a sabedoria de DEUS, em suas muitas e
variadas formas de manifestação. A criação do mundo, do homem, e do universo,
bem como suas relações com as coisas criadas são expressões da sabedoria divina
(ver SI 19.1-4; Rm 1.19,20).
b) "Coluna e firmeza da verdade" (1 Tm 3.15). É a única e
exclusiva instituição, em todo o mundo, em todos os tempos, que tem credenciais
para ser sustentáculo da verdade. As "verdades" dos homens mudam a
cada dia. A verdade apresentada pela Igreja é imutável, pois é encarnada no
próprio CRISTO (vide Jo 14.6).
II. O FUNDAMENTO DA IGREJA.
1. Não é Pedro (Mt 16.15.18). O texto bíblico revela o diálogo
entre JESUS e os discípulos, quando estes disseram que certas pessoas o
consideravam como João Batista ressurreto, ou Elias, ou Jeremias ou outro dos
antigos profetas (ver Mt 14.1,2; Lc 9.7,8; Mc 6.14,15). JESUS lhes perguntou:
"E vós, quem dizeis que eu sou?" (v.15). "E Simão Pedro,
respondendo, disse: Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo" (v.16). Diante
dessa resposta, JESUS disse: "Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque
não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois
também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja,
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (vv.17,18).
2. A pedra é CRISTO. Na resposta de JESUS (v.18), podemos ver que
Ele próprio é a pedra sobre a qual a Igreja está assentada. Quando Ele disse:
"Tu és Pedro", usou a palavra petros que quer dizer
"pedrinha" ou "fragmento de pedra", que pode ser removida.
De fato, Pedro demonstrou certa fragilidade, em sua personalidade. Numa
ocasião, deixou-se usar pelo inimigo (Mc 8.33); num momento crucial, negou
JESUS três vezes (Mt 26.69-75). Por isso, quando JESUS disse: "sobre esta
pedra edificarei a minha igreja", Ele utilizou a palavra petra, que tem o
significado de rocha inamovível, e não petros que é "fragmento".
3. A edificação da Igreja. Em Mt 16.18, vemos a promessa da
edificação da Igreja sobre o próprio CRISTO. Ele é a Rocha. Somente Ele
satisfaz essa condição, conforme lemos em 1 Co 3.11; 10.14; Rm 9.33; Mt 21.42;
Mc 12.20; Lc 20.17. Sem dúvida, Pedro foi um dos líderes da Igreja primitiva,
ao lado de Tiago e de João (At 12.17; 15.13; GI 2.9). Contudo, não há base
bíblica para afirmar que a Igreja teria Pedro como a rocha sobre a qual ela
seria edificada. JESUS é o fundamento da Igreja (1 Co 3.11). Se alguém tem
dúvida, basta ouvir o que o próprio Pedro disse em 1 Pe 2.4,5; At 4.8,11.
4. As chaves dadas a Pedro. Em sua resposta a Pedro, JESUS disse:
"E eu te darei as chaves do Reino dos céus... (Mt 16.19a.). As
"chaves dos céus" são melhor entendidas como o poder e a autoridade
para transmitir a mensagem do evangelho. No Dia de Pentecostes, Pedro foi usado
por DEUS para abrir as portas do Cristianismo aos judeus (At 2.38-42) e aos
gentios, na casa de Cornélio (At 10.34-36). Portanto, Pedro não é o porteiro do
céu, como pensam os romanistas.
III. PRERROGATIVAS DA IGREJA
1. O poder de ligar e desligar. "...e tudo o que ligares na
terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos
céus" (Mt 16.19). Trata-se de autoridade dada por CRISTO à Igreja,
representada ali por Pedro, usado por DEUS, e estendida a todos os apóstolos
(Mt 18.18; Jo 20.23), no sentido de receber a aceitação de pecadores ao Reino
dos céus, ou de desligá-los, mediante a autoridade concedida por JESUS. Esse
poder não é absoluto. Só pode ser utilizado de modo legítimo, nos limites
estabelecidos pela Palavra de DEUS.
2. A autoridade para reconciliar. JESUS mostrou que há quatro
passos importantes, para a reconciliação entre irmãos: a) o ofendido deve
procurar o irmão: "vai e repreende-o entre ti e ele só" (Mt 18.15a);
neste passo, há uma bifurcação; "se te ouvir, ganhaste a teu irmão"
(Mt 18.15b); "mas, se não te ouvir", vem o segundo passo; b)
"leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas testemunhas
toda a palavra seja confIrmada" (Mt 16.16); c) "e se não as escutar,
dize-o à igreja" (v.17a); d) "e, se também não escutar à igreja,
considera-o como um gentio e publicano" (v.17b). Aqui, temos algumas
observações. Primeiro, JESUS não mandou o irmão ofendido pedir perdão ao
ofensor, como ensina alguém, de modo ingênuo. Segundo, vemos, nesse texto, a
autoridade da Igreja para respaldar a reconciliação e para excluir aquele que
não quer reconciliar-se.
3. Autoridade da concordância (Mt 18.19,20).
a) "Se dois de vós concordarem na terra". Esta expressão
mostra-nos o valor da união entre os crentes, bem como o valor da oração
coletiva, a começar por um grupo de duas pessoas, que resolvem orar a DEUS, em
nome de JESUS (Jo 14.13), num só pensamento, num só propósito santo. Esse
ensino previne contra o egoísmo na adoração. DEUS é "Pai nosso", de
todos, e não apenas de cada indivíduo. A oração individual é valiosa (Mt 6.6),
mas não exclui a oração coletiva.
b) "Acerca de qualquer coisa que pedirem". A expressão
"qualquer coisa" tem levado muitos a uma interpretação forçada do
texto, crendo que o crente pode pedir o que deseja a DEUS, tendo este obrigação
de atendê-lo. Ocorre que JESUS ensinou algumas condições para o crente ser
ouvido. Não é só dois crentes se unirem e pedirem, por exemplo, a morte de um
desafeto; ou para ganharem rios de dinheiro; ou para fazerem o casamento de
alguém com outrem. É necessário que as pessoas estejam em CRISTO, e que sua
Palavra esteja nas pessoas (Jo 15.7). É importante lembrar que DEUS nos atende
se pedirmos algo de acordo com sua vontade (1 Jo 5.14).
c) "Isto será feito por meu Pai que está nos céus".
Conforme dissemos no item anterior, DEUS atende o crente que lhe pede algo em
nome de
JESUS (Jo 14.13), e se tal pedido for da sua vontade (1 Jo 5.14).
d) "Dois ou três" (v.20). JESUS nos garante que podemos
ter sua presença, não só nas grandes reuniões, mas em qualquer lugar em
que dois ou três crentes estejam em comunhão com DEUS e com eles
mesmos. Dessa forma, a dimensão da igreja local (At 20.28; 1 Co 1.2) ou
universal (Hb 12.23) não depende de grandes números, mas de união e reunião em
nome de JESUS.
CONCLUSÃO
A Igreja de JESUS CRISTO, seja no sentido local ou universal, representa os interesses do Reino de DEUS, na face da Terra. Sem ela, certamente a humanidade não teria como encontrar o caminho, a verdade e a vida, indispensáveis à salvação dos homens. No sentido espiritual, a Igreja é a noiva do Cordeiro, "igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível" (Ef 5.27). Que nos sintamos felizes e honrados de pertencer à Igreja do Senhor JESUS.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA NA ÍNTEGRA
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de
2006
Título: As verdades centrais da Fé Cristã
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Lição 10: Igreja, o corpo espiritual de CRISTO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
MATEUS 18.13-20.
13 - E, chegando JESUS às partes de Cesaréia de Filipe,
interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do
Homem?
14 - E eles disseram: Uns, João Batista; outros, Elias, e
outros, Jeremias ou um dos profetas.
15 - Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?
16 - E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o CRISTO, o
Filho do DEUS vivo.
17 - E JESUS, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu,
Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que
está nos céus.
18 - Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra
edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
19 - E eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que
ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será
desligado nos céus.
20 - Então, mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem
que ele era o CRISTO.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
“A Igreja é a herdeira da cruz”. Esta declaração de Thomas Adams,
além de realçar a importância e a natureza da Igreja de CRISTO, deixa bem
claro: a Igreja não surgiu de um projeto humano, mas do próprio Senhor.
I. O QUE É A IGREJA
Como definir a Igreja? William Gurnall assim o faz: “A Igreja não é
nada mais do que CRISTO manifestado”. Como seus representantes, devemos nos
empenhar em ter uma vida santa e irrepreensível, a fim de que os homens, ao ver
a nossa conduta, venham a glorificar a CRISTO — o cabeça da Igreja.
1. Definição etimológica. A palavra igreja vem do
hebraico qāhāl ; e do grego ekklēsia . Ambas as palavras,
do texto sagrado, carregam o mesmo significado: reunião pública, ou assembleia
regularmente convocada, cujo objetivo é congregar-se para deliberar sobre o bem
comum.
2. Definição teológica. Igreja é o conjunto daqueles que,
aceitando a CRISTO pela fé, são imediatamente agregados em seu corpo espiritual
como sua possessão, a fim de testemunhar acerca do Evangelho.
O mesmo termo é aplicado ao ajuntamento dos fiéis num determinado
lugar para adorar a DEUS. Com o tempo, a palavra passou a designar o lugar de
reunião dos crentes.
II. A FUNDAÇÃO DA IGREJA
Quando exatamente foi a Igreja fundada? Com o nascimento de CRISTO?
Com a declaração de Pedro em Cesaréia? Ou com a ressurreição de Nosso Senhor?
Embora a Igreja sempre houvesse sido uma realidade na presciência de DEUS, ela
só passou a existir com o derramamento do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecostes
(Ef 3.8-11).
III. OS FUNDAMENTOS DA IGREJA
1. A Palavra de DEUS. Solidamente fundamentada na Palavra de DEUS,
a Igreja não é uma invenção dos discípulos, mas o maior projeto de DEUS. O
Antigo Testamento revela que, em CRISTO, todas as nações haveriam de se
congregar em DEUS (Gn 12.1-3; Ag 2.7). O fundamento maior da Igreja é, sem
dúvida alguma, a Palavra de DEUS (1 Co 3.10; Ef 3.5; 2 Pe 3.15-17).
2. A Declaração de Cesaréia. Em Mateus 16, deparamo-nos com
uma das mais concorridas passagens da Bíblia. Os católicos, buscando alicerçar
a autoridade papal, afirmam ser Pedro a pedra a que se refere o Senhor JESUS.
Já os protestantes asseveram: a pedra em questão não é o apóstolo, mas a
declaração que este, inspirado pelo ESPÍRITO SANTO, fez a respeito da
messianidade do Nazareno. Aliás, o próprio apóstolo Pedro afirma que a pedra é CRISTO
(1 Pe 2.4-8).
IV. A MISSÃO DA IGREJA
1. Glorificar a DEUS. No Sermão da Montanha, exorta-nos o CRISTO
a agirmos de tal forma, a fim de que os homens glorifiquem ao Pai Celeste (Mt
5.16).
2. Ser habitação do ESPÍRITO SANTO (1 Co 6.19). A Igreja é o
templo espiritual de DEUS; nela habita o ESPÍRITO de DEUS. Os que a procuram,
têm de saber que DEUS, de fato, está entre nós (1 Co 14.25).
3. Tornar conhecida a sabedoria de DEUS. Através da exposição
das Sagradas Escrituras, pode a Igreja demonstrar quão superior é a sabedoria
divina (Ef 3.10,11).
4. Proclamar o Evangelho. A principal missão da Igreja acha-se
mui clara no texto da Grande Comissão (Mt 28.18,19).
5. Edificar seus membros na Palavra. Através da Palavra de DEUS
vai a Igreja edificando os seus membros (Ef 4.11-13).
V. OS MEMBROS DA IGREJA
A Igreja é composta pelos salvos por CRISTO oriundos de todas as
nacionalidades.
1. Os judeus. Embora os primeiros cristãos fossem de origem
judaica, não tiveram estes a primazia absoluta na Igreja, conforme o demonstra
Pedro (At 10.34).
2. Os gentios. Considerados pelos judeus como cachorrinhos (Mt
15.26), por estarem alijados da comunidade de Israel (Ef 2.12), foram os
gentios admitidos à família dos santos com pleno acesso às bênçãos espirituais.
3. A Igreja de DEUS. Formada por judeus e gentios, a Igreja de
DEUS é vista como a Universal Assembleia dos Santos (Hb 12.22-24).
VI. AS ORDENANÇAS DA IGREJA
1. Definição teológica. Por constituírem em ordenações
explícitas de Nosso Senhor à sua Igreja, assim são denominados o batismo em
água e a santa ceia.
2. O batismo. Constitui o batismo um símbolo da morte e
ressurreição de CRISTO. Através do batismo, realizado por imersão e em nome do
Pai, do Filho e do ESPÍRITO SANTO (Mt 28.18,19), o novo convertido declara
publicamente haver aceitado de forma plena, pela fé, o sacrifício de CRISTO. De
igual modo, testemunha já haver morrido para o mundo e, agora, ressuscitado
espiritualmente, vive em novidade de vida (Rm 6.4).
3. Santa Ceia. É a Santa Ceia a segunda ordenança observada
pela Igreja (Mc 14.12-26). Seus elementos: o pão e o vinho, simbolizam,
respectivamente, o corpo e o sangue de CRISTO oferecidos em resgate da
humanidade (1 Co 11.24,25).
Contém a Santa Ceia duas mensagens centrais:
a) Memorial: leva-nos a recordar o sacrifício vicário de CRISTO.
b) Profética: alerta-nos quanto à vinda de Nosso Senhor JESUS
para buscar a sua Igreja (1 Co 11.26).
CONCLUSÃO
O destino da Igreja é mui glorioso, conforme as Sagradas
Escrituras. Ler Jo 14.2,3; Ef 5.27. Além de sua beleza e distinção no presente,
será ela, quando da volta do Senhor, revestida de inefável glória, uma glória,
aliás, que somente JESUS pode conceder-nos. Se lermos com atenção os dois
últimos capítulos de Apocalipse, seremos constrangidos a orar e a jejuar, a fim
de que venhamos desfrutar de tudo quanto Ele preparou-nos na cruz. Se com o
Senhor, hoje sofremos; com o mesmo Senhor haveremos de ser glorificados.
Resta-nos, pois, suplicar: Maranata: “Ora vem, Senhor JESUS”.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Revista Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 1° Trimestre 2021
Tema: O Verdadeiro Pentecostalismo - A Atualidade Da Doutrina Bíblica
Sobre A Atuação Do ESPÍRITO SANTO
Comentarista: Esequias Soares
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva -
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Lição 13, Voltados os Olhos para a Bendita Esperança
Vídeo desta lição
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Escrita
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Slides
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 1.6-11
6 - Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor,
restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? 7 - E disse-lhes: Não vos pertence
saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder. 8
- Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e
ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até
aos confins da terra. 9 - E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às
alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. 10 - E, estando com
os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois
varões vestidos de branco, 11 - os quais lhes disseram: Varões galileus, por
que estais olhando para o céu? Esse JESUS, que dentre vós foi recebido em cima
no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.
Resumo da Lição 13, Voltados os Olhos para a Bendita Esperança
I - BREVE O SENHOR VIRÁ
1. A vinda de CRISTO.
2. Uma promessa de JESUS.
3. O dia se aproxima.
II - A NECESSIDADE DE VIGILÂNCIA
1. Exortação à vigilância.
2. Os alarmes falsos.
III - VIVENDO COM FIDELIDADE
1. Definição.
2. A fidelidade de DEUS.
3. A fidelidade como virtude cristã.
4. Tempos e estações.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Resumo Rápido da Lição 13, Voltados os Olhos para a Bendita Esperança
INTRODUÇÃO
aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso
grande DEUS e Salvador CRISTO JESUS, (Tt 2.13).
Nossa esperança está na vinda de JESUS para nos levar para estarmos com Ele
para sempre. Para nós, a Igreja, isso acontecerá no dia do Arrebatamento (1Ts
4.17).
Nossa expectativa por esse gloriosos momento vai aumentando a cada dia, pois
amamos a sua vinda (2tm 4.8).
I - BREVE O SENHOR VIRÁ
Assim como as muitas promessas de DEUS já se cumpriram, a promessa de sua vinda
para nos buscar não falhará. Já vemos claramente os sinais a nos guiar como a
estrela que guiou os astrólogos para JESUS.
1. A vinda de CRISTO.
Nos evangelhos, nas epístolas e em Apocalipse vemos a promessa da vinda de
JESUS para nos buscar brevemente. Em geral, todos os que se declaram Cristãos,
acreditam na volta de JESUS para nos buscar, porém, existem muitas
interpretações a este respeito. Existem os pré-tribulacionistas (nós), os
medo-tribulacionista e os pós-tribulacionistas.
A segunda vinda acontece em duas fases distintas: o arrebatamento da igreja (1
Ts 4.15) e a vinda de JESUS em glória (2 Ts 2.8).
Quando o Senhor JESUS ascendeu ao céu, os varões de branco disseram que Ele
virá da mesma maneira que subiu (v.11); esse cenário é de sua vinda em glória e
não do arrebatamento da Igreja.
Os Discípulos queriam saber a situação dos judeus, portanto os varões de branco
falaram da vinda em glória e não do arrebatamento. Para os judeus o
remanescente é que será salvo, no final da Grande Tribulação, quando JESUS vem
glória para vencer satanás e seus exércitos, realizar o juízo de bodes e
ovelhas e dar início ao milênio.
Também Isaías clamava acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel
seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo. Romanos 9:27
JESUS virá nesta segunda fase de sua segunda vinda para livrar os judeus que
estarão já em pequeno número, cercados por exércitos do anticristo. JESUS
descerá sobre o Monte das Oliveiras e destruirá os exércitos do anticristo,
lançará o falso profeta e o anticristo no lago de fogo e enxofre, amarrará
Satanás por mil anos e dará início ao milênio, onde os judeus terão a primazia
do reinado de CRISTO e terão a posse da terra prometida a eles por DEUS.
2. Uma promessa de JESUS.
Não se turbe o vosso coração; credes em DEUS, crede também em mim. Na
casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito,
pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez
e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também.
João 14:1-3. Esta é a promessa maravilhosa de JESUS para nós.
Os discípulos não compreendiam os fatos escatológicos. Perguntaram: “Senhor,
restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?” (Atos 1.6). A resposta de JESUS
indica que só DEUS sabia o tempo certo de tudo ser restaurado. Também o reino
que os judeus esperavam com o Messias sendo seu rei só se daria no milênio e
sobre nações e povos do mundo todo.
3. O dia se aproxima.
Estamos sempre na expectativa da volta de JESUS. Por isso mesmo nos congregamos
e ouvimos mensagens sobre a volta de JESUS, cantamos hinos que nos falam desta
volta.
não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes,
admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai
aproximando aquele Dia. Hebreus 10:25
Os sinais são como faróis a nos guiar para o Senhor JESUS. Mas, daquele Dia e
hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai.
Marcos 13:32. Ninguém. Qualquer tentativa de prever não passará de soberba e
heresia, loucura e engano. Todos os que tentaram predizer a data da vinda do
Senhor ou do fim do mundo caíram em vergonha e descrédito porque a afirmação de
JESUS é inconfundível.
Os principais sinais de sua volta são:
A efusão do ESPÍRITO SANTO, uma promessa para os últimos dias (Jl 2.28-32; At
2.16-21), que a partir do Pentecostes tem se espalhado pelo mundo inteiro. Os
Pentecostais são o maior movimento protestante do mundo.
“Nos últimos dias, diz DEUS, derramarei do meu ESPÍRITO sobre toda carne…” (Jl
2.28).
No início do século teve origem um movimento que trouxe nova vida à Igreja e
que estava destinado a influenciar todo o mundo – o Movimento Pentecostal.
Começou nos EUA e espalhou-se no mundo inteiro. A Igreja de CRISTO passou a
viver em uma nova dimensão de poder, vivenciando experiências sobrenaturais,
como o falar em línguas, as curas e a expulsão de demônios. Não se pode negar
que em sentido de autoridade espiritual e milagres a Igreja de CRISTO tem
vivido um tempo como nunca antes.
O outro sinal evidente é a fundação do Estado de Israel (Lc 21.29-31), que
desde 1948 ostenta a sua bandeira tremulando na sede das Nações Unidas, como
Estado Soberano.
“Nasceria um povo num só dia, uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto
e já deu luz aos seus filhos” (Is 66.8).
O século 20 também presenciou um dos mais reais cumprimentos das profecias
milenares – o renascimento da nação de Israel. No dia 27 de novembro de 1947, a
ONU votava a favor da criação do Estado judeu. E em 14 de maio de 1948, contra
todas as probabilidades, os judeus voltaram a ser uma nação efetiva outra vez.
Este povo, que estivera por quase 2000 anos espalhado no mundo inteiro, ganhou
existência como nação independente. Este foi um sinal inequívoco da mão de DEUS
sobre a História.
Um sinal de que vejo ser bem claro nesses últimos dias é o aparecimento de
JESUS a vários árabes muçulmanos em sonhos e visões.
Cresce o número de muçulmanos que relatam sonhos com JESUS e se convertem após
experiência. http://www.cpadnews.com.br/universo-cristao/25223/cresce-o-numero-de-muculmanos-que-relatam-sonhos-com-jesus-e-se-convertem-apos-experiencia.html
II - A NECESSIDADE DE VIGILÂNCIA
A Igreja, para estar em avivamento, deve estar orando e vigiando. Deve estar
todo o tempo esperando JESUS voltar hoje.
Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz,
me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a
sua vinda. 2 Timóteo 4:8
O legítimo avivamento implica em se estar lendo e estudando a bíblia, orando,
jejuando, evangelizando e se santificando.
O TEMPO SE ABREVIA - Isto, porém, vos digo, irmãos: que o tempo se abrevia 1
Coríntios 7:29 - Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá e
não tardará. Hebreus 10:37
como não sabemos o dia e nem a hora que JESUS virá; também não sabemos o dia de
nossa morte, então devemos estar atentos o tempo todo.
1. Exortação à vigilância.
A vigilância é o ato ou efeito de vigiar, o estado de quem permanece alerta, de
quem procede com precaução para não correr risco. E isso nos mais diversos
aspectos da vida humana. O verbo “vigiar” aparece na Bíblia no sentido de
estarmos atentos em todos os aspectos da vida cristã.
Vigiar, estar alerta.
A palavra que mais aparece no Novo Testamento grego para “vigiar” é o verbo
gregoréo, “vigiar, estar alerta, ser vigilante”, que aparece 22 vezes. A ideia
principal dessa vigilância é escatológica (Mt 24.42,43; 25.13), e isso se
mostra nas passagens paralelas de Marcos e Lucas. Mas, quando JESUS disse a
Pedro, Tiago e João: “ficai aqui e vigiai comigo” (v.38), isso significa que
Ele queria que seus discípulos ficassem acordados e continuassem a orar ou,
talvez, se protegessem de alguma intromissão enquanto oravam. Mas gregoréo é
usado para denotar uma vigilância mais geral (1 Co 16.13; Cl 4.2; 1 Pe 5.8).
Vigiar, guardar, cuidar.
É o verbo grego agrypnéo, “manter-se acordado, vigiar, guardar, cuidar”, e só
aparece quatro vezes no Novo Testamento, duas delas no sentido escatológico no
sermão profético (Mc 13.33; Lc 21.36). O vocábulo é usado para indicar a
vigilância nas orações e súplicas (Ef 6.18) e apresenta ainda a ideia de cuidar
ou velar: “Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por
vossa alma” (Hb 13.17).
Vigiar, ser sóbrio.
É o verbo nepho, literalmente “ser sóbrio”, mas que aparece no sentido figurado
de vigilância combinado com gregoréo (1 Ts 5.6; 1 Pe 5.8). Seu uso no sentido
próprio pode ser visto em outras partes do Novo Testamento (1 Ts 5.8; 2 Tm 4.5;
1 Pe 1.13). Existe ainda o verbo eknepho, que só aparece uma vez no Novo
Testamento (1 Co 15.34), traduzido por “vigiar”, na ARC; por “tornar à
sobriedade”, na ARA e na Nova Almeida Atualizada; e por “despertar” na TB.
No contexto escatológico.
A exortação à vigilância é um dos pontos centrais do sermão profético porque
não se sabe o dia e a hora da vinda de JESUS (Mt 24.36; Mc 13.32). O ensino do
Senhor nas diversas parábolas desse discurso escatológico dá muita ênfase à
necessidade de os crentes estarem atentos. Apesar de ser vedada aos humanos a
data da segunda vinda de JESUS, a Bíblia indica os sinais que precederão a
vinda de CRISTO em Mateus 24 e Lucas 21. Os acontecimentos de hoje nos mostram
o cumprimento das profecias bíblicas, sinalizando que essa vinda está próxima.
Se os cristãos da primeira hora deviam estar vigilantes quanto ao grande
evento, o que não diremos nós, que somos a Igreja da última hora? Por isso
devemos estar ainda mais firmes e atentos, continuamente.
Na vida cristã.
É o estado de alerta para não cairmos em pecado, para nos abstermos de tudo
aquilo que desagrada a DEUS (1 Co 16.13; 1 Ts 5.6; 1 Pe 5.8). Mas essa
vigilância não deixa de ser um exercício contínuo da fé até que JESUS venha.
Ele pode voltar a qualquer momento; os sinais de sua vinda estão aí, como o
avanço da imoralidade e da corrupção (Ap 9.21), a evangelização mundial por
meio de recursos das redes sociais (Mt 24.14) e a posição de Israel no Oriente
Médio (Lc 21.29-31).
“Vigiai e orai” (v.41a).
O sentido da vigilância aqui difere daquele mencionado no v.38, em que “vigiar”
indica ficar despertado, acordado. Mas aqui significa estar vigilante para
manter a fidelidade ao Senhor JESUS e nunca se apartar dEle. Isso fica claro
pelas palavras seguintes: “para que não entreis em tentação”. É uma advertência
solene a todos os crentes em todos lugares e em todas as épocas para viverem
atentos em todos os momentos da vida (Ef 6.18). O Comentário Bíblico Beacon
diz: “A eterna vigilância é o preço da liberdade”.
2. Os alarmes falsos.
Para atrair incautos, as várias religiões falsas tentaram marcar a data
da volta de JESUS.
As heresias são a substituição voluntária de doutrinas bíblicas por
doutrinas que vão apoiar a opinião de alguns dentro da igreja para que criem
outro grupo, como por exemplo, os Nicolaítas e os seguidores de Balaão e os de
Jezabel, como em Apocalipse.
Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também
odeio. Apocalipse 2:6
Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu
odeio. Apocalipse 2:15
Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a
doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos
de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e fornicassem.
Apocalipse 2:14
Mas algumas poucas coisas tenho contra ti que deixas Jezabel, mulher que se diz
profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que forniquem e comam dos
sacrifícios da idolatria. Apocalipse 2:20
Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque
haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos,
blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural,
irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os
bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos
de DEUS, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes
afasta-te. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam
cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias
concupiscências; Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento
da verdade. E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes
resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à
fé. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como
também o foi o daqueles. Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de
viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência, Perseguições e aflições
tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; quantas
perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou; E também todos os
que piamente querem viver em CRISTO JESUS padecerão perseguições. Mas os homens
maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados. Tu,
porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de
quem o tens aprendido, E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras,
que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em CRISTO JESUS. Toda
a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir,
para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de DEUS seja
perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. 2 Timóteo 3:1-17
Previsões clássicas que falharam
Igreja Adventista
Adventismo e, logo, todas as confissões ou denominações cristãs que seguem a
mesma base doutrinária em essência, tem suas raízes nos ensinamentos de William
Miller, um então pregador Batista. Ele previu que o Segundo Advento (donde
Adventismo) de JESUS CRISTO ocorreria antes de 21 de Março de 1844. Sobrevinda
a data, nova previsão foi 18 de abril de 1844. Chegada à data, outro Milerita
(assim ficaram conhecidos os seguidores das novas ideias de William Miller),
Samuel S. Snow, derivou a data de 22 de outubro de 1844. O não-cumprimento
dessas previsões tem sido classicamente chamado de Grande Decepção Milerita.
Igrejas Anabatistas
Certos anabatistas do século 16 acreditavam que o Milênio ocorreria no ano de
1533. Outra fonte relata: "Quando a profecia falhou, os anabatistas
tornaram-se mais zelosos e alegaram que as duas testemunhas (Enoque e Elias)
tinham efetivamente vindo na forma de Jan Matthys e Jan Bockelson,
respectivamente; eles teriam de configurar a Nova Jerusalém em Münster
(Alemanha). Münster tornou-se uma assustadora ditadura sob o controle de
Bockelson. Apesar de todos os católicos e luteranos terem sido expulsos da
cidade, o millennium nunca veio."
Igreja Capela do Calvário
O fundador da Capela do Calvário, Chuck Smith, publicou o livro Fim dos Tempos
, em 1979. Na capa do seu livro, Smith é chamado de um "bem conhecido
estudioso da Bíblia e professor de profecia." Nesse livro, ele escreveu:
Quando olhamos para a cena mundial hoje, parece que a vinda do Senhor está
muito, muito próxima. No entanto, não sabemos quando será. Pode ser que o
Senhor espere mais tempo. Se eu entendi as Escrituras corretamente, JESUS nos
ensinou que a geração que vê o 'brotar da figueira', o nascimento da nação de
Israel, será a geração que vê a volta do Senhor; Eu acredito que a geração de
1948 é a última geração. Como uma geração de juízo é de quarenta anos e a
tribulação dura sete anos, creio que o Senhor poderia voltar para sua igreja a
qualquer momento antes do início da tribulação, o que significaria qualquer
momento antes de 1981. (1948 + 40 - 7 = 1981) é possível que JESUS esteja
namorando o começo da geração de 1967, quando Jerusalém foi novamente ao
controle israelense pela primeira vez desde 587 a.C. Não sabemos ao certo qual
ano realmente marca o começo da última geração.
Esse mesmo ponto de vista foi publicado pelo pastor Hal Lindsey, em seu
amplamente publicado livro No Final do Grande Planeta Terra.
Igreja Católica Romana
Quando, em 1525 Martinho Lutero, ex-monge, casou-se com Catarina de Bora,
ex-freira, seus inimigos disseram que sua descendência seria cumprir a antiga
tradição de que o Anticristo seria o filho dessa união. O Católico, estudioso e
teólogo Erasmus observou que a tradição poderia aplicar-se a milhares dessas
crianças.
Em 1771, o Bispo Charles Walmesley publicou, sob o nom de plume de "Signor
Pastorini", sua "História Geral da Igreja Cristã desde o Seu
Nascimento até a Sua Final Triunfante de Estado no Céu e Principalmente,
Deduzido o Apocalipse de São João, o Apóstolo e Evangelista". Nela, ele
atribuiu o que ele chamou de a quinta era da Igreja, com uma duração de 300
anos, começando com a Reforma Protestante , em 1520 ou 1525. Este foi
amplamente interpretado como prever a queda do Protestantismo pelo 1825. Na
verdade, apenas quatro anos mais tarde, a Roman Catholic Relief Act 1829 trouxe
para culminar o processo de Emancipação Católica em todo o Reino Unido da
Grã-Bretanha e Irlanda.
Igreja Irvingista
O conhecido clérigo escocês Edward Irving foi o precursor da Igreja Católica
Apostólica. Em 1828 ele escreveu uma obra intitulada Os Últimos Dias: Um
Discurso sobre o Caráter Malvado de Nossos Tempos, Provando-os para serem os
'Perigosos Tempos' e os Últimos Dias. Nas páginas 10–22, encontramos algumas
informações que incluem o seguinte:
Eu concluo, portanto, que os últimos dias ... começarão a se estender desde o
tempo da aparição de DEUS para o seu povo antigo, e reunindo-os para o trabalho
de destruir todas as nações anticristãs, de evangelizar o mundo e de governá-lo
durante o Milênio ... Os tempos e a plenitude dos tempos, tantas vezes
mencionados no Novo Testamento, considero como referindo-se ao grande período
numerado por vezes ... Agora, se este raciocínio estiver correto, como pode
haver pouca dúvida de que o mil duzentos e sessenta dias concluídos no ano de
1792, e os trinta dias adicionais no ano de 1823, já estamos inscritos nos
últimos dias, e a vida ordinária de um homem levará muitos de nós até o fim
deles. Se isto é assim, isso dá ao assunto com o qual nós introduzimos o
ministério deste ano uma grande importância, de fato.
Igreja Luterana
O fundador da Igreja Luterana foi o reformador Martinho Lutero (1483-1546 A.
D.). De acordo com uma autoridade, Lutero aventurou-se a prever: "Pela
minha parte, estou certo de que o Dia do Juízo está próximo. Não importa que
nós não saibamos o dia exato... talvez alguém possa descobrir. Mas é certo que
o tempo agora está no fim." Outro autor diz: "Em todas [Lutero] havia
um senso de urgência em que o tempo era curto... o mundo estava indo para o
Armagedom, a guerra com os Turcos."
Mesmo após a morte de Lutero em 1546, os líderes luteranos mantiveram a
reivindicação da proximidade do fim. Por volta do ano 1584, um zeloso luterano
chamado Adam Nachenmoser escreveu o grande volume Prognosticum Theologicum, no
qual ele previu: "Em 1590 o Evangelho seria pregado a todas as nações e
uma maravilhosa união seria alcançada. Os últimos dias deveriam então estar por
perto." Nachenmoser ofereceu numerosas conjecturas sobre a data; 1635
parecia mais provável.
O Sínodo da Igreja Luterana-Missouri publicou um estudo em 1989 refutando
qualquer fim dos tempos, declarando que "repetidamente ensinado por JESUS
e os apóstolos é a verdade que a hora exata da vinda de CRISTO permanece
escondida nos conselhos secretos de DEUS (Mt 24: 36)."[21].
Igreja Menonita
O ministro menonita russo, Claas Epp Jr., previu que CRISTO retornaria em 8 de
março de 1889 e, todavia, a data sobreveio e transcorreu sem intercorrências,
em 1891.
Igreja Montanista
Montanus, que fundou o movimento Montanista em 156 d.C., previu que JESUS
retornaria durante a vida dos membros fundadores do grupo.
Igreja Mórmon
Joseph Smith, fundador da Fé Mórmon, fez várias dezenas de profecias durante
sua vida, muitas das quais estão registradas nos textos sagrados daquela
confissão. As profecias incluíram previsões da Guerra Civil , a vinda de JESUS
e várias previsões menos significativas. Os apologistas da Igreja citam
profecias que afirmam terem-se tornado verdade, enquanto os críticos da igreja
citam profecias que afirmam não se terem realizado.
Igreja Presbiteriana
Thomas Brightman, que viveu de 1562 a 1607, foi chamado de "um dos pais do
Presbiterianismo na Inglaterra". Ele previu que "entre 1650 e 1695
[nós] veríamos a conversão dos muitos judeus e um renascimento de sua nação na
Palestina... a destruição do papado... as Bodas do Cordeiro e sua esposa".
Christopher Love, que viveu de 1618 a 1651, era um graduado brilhante de Oxford
e um convicto presbiteriano. Ele previu que: (1) Babilônia cairia em 1758 (2) A
ira de DEUS contra os iníquos seria demonstrada em 1759 e (3) em 1763 ocorreria
um grande terremoto em todo o mundo.
Igreja Torre de Vigia
Charles Taze Russell, o primeiro presidente da Sociedade Torre de Vigia,
calculou 1874 como o ano da Segunda Vinda de CRISTO e ensinou que CRISTO estava
"invisivelmente presente" e governando desde os céus desde aquele
ano. Russell proclamou "o retorno invisível de CRISTO" em 1874, a
ressurreição dos santos em 1875 e previu o fim da "colheita" e o
Arrebatamento dos santos para o céu 1878, e o fim final do "dia da
ira" em 1914. O ano de 1874 foi considerado o fim de 6.000 anos da
história humana e o começo do julgamento por CRISTO. Uma publicação de 1917 da
Sociedade Torre de Vigia previu que, em 1918, DEUS iria começar a destruir
igrejas e milhões de seus membros.
Joseph Franklin Rutherford, presidente sucessor da Sociedade Torre de Vigia,
previu o início do Milênio em 1925, e que figuras bíblicas como Abraão, Isaque,
Jacó e David ressuscitados como "príncipes". A Sociedade Torre de
Vigia comprou uma propriedade e construiu uma casa, Beth Sarim, na Califórnia,
para seu retorno.
A partir de 1966, declarações em publicações das Testemunhas de Jeová geraram
fortes expectativas de que o Armagedom chegasse em 1975. Em 1974, Testemunhas
foram elogiadas por vender suas casas e propriedades para "terminar o
resto de seus dias neste sistema antigo", pregando em tempo integral. Em
1976, A Sentinela aconselhou aqueles que se tinham "desapontado"
pelas expectativas não cumpridas de 1975 em ajustar seu ponto de vista, por ter
sido entendimento "baseado em premissas erradas". Quatro anos depois,
a Sociedade Torre de Vigia admitiu sua responsabilidade em construir a
esperança em relação a 1975.
É um erro tentar adivinhar os tempos e as estações (At 1.7), pois só DEUS
sabe o dia e hora (Mt 24.36; Mc 13.32).
III - VIVENDO COM FIDELIDADE
DEUS é fiel e exige fidelidade dos que o buscam. Não há espaço para dois
senhores em nosso coração. Devemos crer em DEUS e em sua Palavra.
1. Definição.
(Gr. pistis, “fidelidade״, “confiabilidade*). O adjetivo pistos é
geralmente traduzido como “fiel”. A palavra pistis é traduzida como
*fidelidade” ou “lealdade” apenas uma vez no NT (Tt 2.10), embora seja possível
que em Gálatas 5.22 ela devesse ser traduzida dessa forma. Em Romanos 3.3, “a
fidelidade de DEUS” expressa a justiça de DEUS.
Há uma possibilidade de que em Lucas 18.8: “Quando, porém, vier o Filho do
Homem, porventura, achará fé na terra”, o significado deva ser “fidelidade”.
Mais duas passagens que trazem a palavra fé – 1Timóteo 6.11: “a piedade, a fé,
a caridade, a paciência, a mansidão”, e 2 Timóteo 2.22: “Segue a justiça, a fé,
a caridade” - fariam melhor sentido se fossem traduzidas como “fidelidade”. Em
todos os outros usos de pistis no NT o significado parece ser *fé” ou “a fé”
(q.v.). Quando a palavra “fidelidade” é usada em relação a DEUS, como em
Romanos 3.3, o significado é que podemos confiar que DEUS jamais mudará o seu
caráter ou a sua disposição. Ele possui o atributo da “fidelidade”. Em Tito
2.10; “Mostrando toda a boa lealdade”, os escravos (ou os servos) são exortados
a demonstrar a qualidade da fidelidade. Como cristãos, devemos todos permanecer
fiéis a CRISTO, isto é, termos fidelidade em nossa vida e em nossa fé cristã, e
manifestar “a perseverança dos santos”. Desta maneira também nos tornamos
“dignos de confiança”. (Dicionário Bíblico Wycliffe).
Fidelidade, segundo o Dicionário Houaiss é a "característica do que é
fiel, do que demonstra zelo, respeito por alguém ou algo, lealdade". Logo
podemos afirmar que a fidelidade é a característica de quem tem fé.
Dentro da perspectiva bíblica, podemos dizer que a fé "é o firme
fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não
veem" (Hb 11.1).
Nossa fidelidade a DEUS nos ajuda e nos livra da idolatria.
2. A fidelidade de DEUS.
DEUS, como revelado na Bíblia, é vivo e pessoal, e, dessa forma, possuidor de
um caráter determinado. Um ponto central neste caráter é a fidelidade ou a
possibilidade de se ter total dependência dele. A passagem em Tiago 1.17
apresenta a constância de DEUS, que é a antítese de tudo que é instável e
variável. Um texto muito semelhante é 2 Timóteo 2.13, onde se declara que a
fidelidade de DEUS é corolário da sua autocoerência. Estas passagens do NT
destacam a mesma característica que é metaforicamente expressada nos textos do
AT que chamam o Senhor de Rocha (Dt 32.4, 15,18). Em outras palavras, o caráter
de DEUS é o fundamento sólido e inabalável da realidade. Desse modo, a sua
aliança é inviolável (Dt 7,9), a sua palavra é mais firme que a estrutura da
natureza obediente à lei (Mt 7.24-27; 24.35; Lc 21.33). Pelo fato de DEUS ser
fiel, suas promessas são infalivelmente confiáveis (Hb 10.23). DEUS permanece
firme para com os seus compromissos autoimpostos e leva a cabo os seus acordos
autoiniciados. O perdão, portanto, está enraizado na fidelidade divina (1 Jo
1.9), assim como a vitória de seu povo sobre as mais duras provações da vida (1
Co 10.13; 1 Pe 4.19), como também a sua perseverança (1 Ts 5.24).
Como a autorrevelação do caráter divino, JESUS CRISTO é adequadamente designado
como Fiel e Verdadeiro (An 19.11), aquele que com absoluta fidelidade cumpre
todas as responsabilidades de Sumo Sacerdote (Hb 2.17), Apóstolo (Hb 3.1,2) e
Testemunha (Ap 1.5; 3.14). (Dicionário Bíblico Wycliffe)
Sendo assim, a segunda vinda de CRISTO é um fato incontestável.
3. A fidelidade como virtude cristã.
Esta qualidade do caráter divino encontra o seu reflexo humano em homens
de fé (Hc 2.4). Como o seu Divino Exemplar, eles manifestam uma firme
confiabilidade em todas as suas obrigações (Mt 25.21; 1 Co 4.2); eles são
tenazmente leais, a ponto de enfrentar o martírio (Ap 2.10). Em resposta à fé,
o ESPÍRITO SANTO produz nos homens este traço de fidelidade (Gl 5.22).
(Dicionário Bíblico Wycliffe)
4. Tempos e estações.
Atos 1.6 - Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo:
Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? 7 - E disse-lhes: Não vos
pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio
poder.
Não estavam de todo errados.
É evidente que Não só o reinado de JESUS dali para frente seria só na Terra,
mas também no céu. Por isso mesmo os dois varões de branco se referiram a vinda
em glória, no final da grande tribulação, na qual todo olho o verá descer sobre
o Monte das Oliveiras. Derrotará os exércitos inimigos, separará bodes para o
inferno e ovelhas para fazerem parte de seu reino milenial.
A tratativa é exclusiva para com os judeus.
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Lição 11, A Segunda Vinda de CRISTO
3º Trimestre de 2017 - Título: A Razão da Nossa Fé: Assim
Cremos, assim Vivemos
Comentarista: Pr. Pres. Esequias Soares, Assembleia de DEUS, Jundiaí, SP
Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva -
99-99152-0454
FIGURAS https://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/09/figuras-licao-11-segunda-vinda-de.html
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Tessalonicenses 4.13-18; Lucas 21.25-27
1 Ts 4.13 - Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que
já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm
esperança. 14 - Porque, se cremos que JESUS morreu e ressuscitou,
assim também aos que em JESUS dormem DEUS os tornará a trazer com
ele. 15 - Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os
que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que
dormem. 16 - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com
voz de arcanjo, e com a trombeta de DEUS; e os que morreram em CRISTO
ressuscitarão primeiro; 17 - depois, nós, os que ficarmos vivos,
seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos
ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. 18 - Portanto,
consolai-vos uns aos outros com estas palavras.
Lc 21.25 - E haverá sinais no sol, e na lua, e nas estrelas, e, na terra,
angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das
ondas; 26 - homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que
sobrevirão ao mundo, porquanto os poderes do céu serão abalados. 27 -
E, então, verão vir o Filho do Homem numa nuvem, com poder e grande
glória.
Resumo da Lição 11, A Segunda Vinda de CRISTO
I - OS EVENTOS DO PORVIR
1. Fonte de predição.
2. O destino dos impérios da antiguidade.
3. Sobre as Diásporas judaicas.
II. TERMOS BÍBLICOS PARA A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
1. Vinda.
2. Manifestação, aparição.
3. Revelação.
III - OS EVENTOS DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
1. O arrebatamento da igreja.
2. A vinda de CRISTO em glória.
3. A Grande Tribulação.
4. O Tribunal de CRISTO e as Bodas do Cordeiro.
Apocalipse – Escatologia – Eventos Finais - Quadro Resumo De Escatologia
Criado Pelo Pr. Henrique - 99-99152-0454 - Ministro Palestras
Primeira Guerra De Magogue Contra Israel
Arrebatamento (Antes Da Grande Tribulação)
ESPÍRITO SANTO Retirado Com A Noiva (Destino – Nova Jerusalém)
Tribunal De CRISTO (Nova Jerusalém)
Bodas Do Cordeiro (Nova Jerusalém)
Satanás Assume Governo Da Terra (Grande Tribulação – 7 Anos)
7 Anos De Governo De Satanás – Anticristo (Besta Do Mar), Falso Profeta (Besta
Da Terra) E Dragão (3,5 Anos Paz Falsa E 3,5 Anos De Guerras E Juízos De DEUS)
3,5 Anos De Engano – Anticristo E Falso Profeta (Construção Do Templo) – 144
Mil
Anticristo Descoberto 3,5 Anos De Guerras E Juízos De DEUS Sobre Israel. Marca
Da Besta. Duas Testemunhas -
Selos – Trombetas - Taças E Batalha Do Armagedom – Magogue.
Vinda De JESUS Em Glória - Derrota De Satanás E Seus Exércitos -
Arrebatamento Dos Degolados (Salvos Durane A Grande Tribulação)
Anticristo E Falso Profeta Lançados No Lago De Fogo - Satanás Preso Por Mil
Anos
Juízo De Bodes E Ovelhas.
Ovelhas Ficam Para Milênio.
Bodes São Mortos E Vão Para O Inferno Até O Dia De Serem Lançados No Lago De
Fogo E Enxofre.
Milênio (Igreja No Céu, Na Nova Jerusalém, Sua Casa)
JESUS Governa Sobre Israel E Demais Nações
Igreja Reinará Com Ele (Igreja Não Morando Na Terra, Mas Em Corpos Espirituais
Morando Na Noiva Jerusalém)
Restauração Da Terra E Trilhões De Pessoas Na Terra (Paz, Prosperidade,
Longevidade, Multiplicação)
Satanás Solto – Guerra Contra CRISTO – Magogue - Vencido Satanás Lançado
No Lago De Fogo E Enxofre – Apoiadores De Satanás - Inferno
Arrebatamento De Todos – Ressurreição Final (Uns Para Vida Eterna E Outros Para
Perdição Eterna)
Vivos Do Milênio E Mortos Em Todas As Épocas (Inferno E Morte)
Trono Branco (Salvos E Perdidos) – Juízo Final Só Para Ímpios De Todas As
Épocas
Salvos Para Nova Terra E Novos Céus Com Igreja Na Nova Jerusalém E DEUS Morando
Lá (Eternidade Com DEUS).
Ímpios Lançados No Lago De Fogo E Enxofre (Eternidade Sem DEUS).
Quadro Resumo de Escatologia - Pr. Luiz Henrique 99-99152-0454
OBSERVAÇÕES SOBRE GOVERNO DE CRISTO NO MILÊNIO COM A IGREJA
Primeira observação a considerar é que a Igreja, após o arrebatamento, nunca
mais terá corpo humano, portanto em corpo humano não reinará com CRISTO.
Segunda observação a considerar é que após o arrebatamento a casa da Igreja é a
Nova Jerusalém, conforme Jo 14.1-6.
Terceira observação é que a Igreja governará com CRISTO, mas a Bíblia não
explica como. Pode ser apenas dando apoio ao que CRISTO determinar. os mais
imaginativos dizem que a igreja reinará seguindo ordens de CRISTO para ir aos
líderes das nações em todo o mundo e coisas deste tipo. não tem na Bíblia o que
faremos no reinado de CRISTO, só diz que reinaremos com ELE. Pode ser tanto na
terra junto DELE ou na Nova Jerusalém que estará logo acima da Jerusalém
terrestre.
Possivelmente nosso galardão no Tribunal de CRISTO seja uma coroa de glória
para virmos com ELE em sua segunda vinda em glória. Alguns imaginam que a
Igreja será galardoada e seus membros receberão divisas como num exército
(Exemplo - General, Coronel, Tenente Capitão, Sargento, Soldado).
Porque, qual é a nossa esperança, ou gozo, ou coroa de glória? Porventura não o
sois vós também diante de nosso Senhor JESUS CRISTO em sua vinda? 1
Tessalonicenses 2:19
Resumo da Lição 11, A Segunda Vinda de CRISTO
I - OS EVENTOS DO PORVIR
1. Fonte de predição.
A Bíblia é fonte de profecias, revelações apocalípticas. O dom Palavra de
Sabedoria (onisciência de DEUS está em evidência).
2. O destino dos impérios da antiguidade.
Os impérios e seus líderes todos foram preditos e tiveram que se encaixar
dentro das profecias bíblicas.
3. Sobre as Diásporas judaicas.
II. TERMOS BÍBLICOS PARA A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
1. Vinda.
A vinda de JESUS está dividida em duas.
Na primeira vinda nasceu aqui na Terra como homem. Foi concebido pelo ESPÍRITO
SANTO no útero virgem de Maria. Levou sobre ELE nossos pecados e morreu nossa
morte na Cruz. Ressuscitou ao terceiro dia e está assentado à direita de DEUS
PAI onde intercede por nós.
Sua segunda vinda é aguardada por todos nós que amamos sua vinda. Nesta segunda
vinda haverá duas etapas:
Primeira etapa ou fase - Virá sobre as nuvens. Arrebatará a Igreja, sua noiva,
Segunda etapa ou fase - Virá com a igreja em glória - Todo olho o Verá - Virá
para salvar Israel da destruição total - Aniquilará os exército inimigos na
batalha do Armagedom - Separará Bodes e Ovelhas. O bodes serão aniquilados e
lançados no inferno, as ovelhas participarão de seu governo milenial.
2. Manifestação, aparição.
JESUS se manifestará em glória na sua segunda vinda e segunda etapa ou fase.
3. Revelação.
Será revelado muitas das profecias bíblicas sobre esta maravilhosa vinda e
muitos segredos escondidos por todas as épocas serão esclarecidos.
III - OS EVENTOS DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
1. O arrebatamento da igreja.
Rapto com violência é a tradução correta. JESUS vem buscar sua noiva, como
prometeu em João 14 - Figura do casamento judaico - Preparar morada ao lado da
casa do Pai e deixar penhor como garantia de sua volta para buscar a noiva.
JESUS é o noivo, a igreja é a noiva, a morada é a Jerusalém celestial, o Penhor
é o ESPÍRITO SANTO.
2. A vinda de CRISTO em glória.
3. A Grande Tribulação.
Um período de paz falsa que enganará a muitos e principalmente ao judeus.
Sinais e resolução de vários problemas mundiais farão do anticristo o líder
mundial e os judeus farão com ele uma aliança de sete anos. Esta aliança será
quebrada ao final de 3 anos e meio porque o anticristo se assentará no templo
querendo ser adorado como DEIUS. A inimizade entre o anticristo e seus
seguidores contra Israel será aguçada e uma guerra entre eles será deflagada.
Os juízos de DEUS serão derramados sobre todos. No final desse período que
compreende mais 3 anos e meio, quando os judeus estiverem quase que totalmente
destruídos, será derramado sobre eles o espírito de súplicas e eles clamarão
pelo Messias que virá em seu socorro descendo do céu e pisando o Monte das
Oliveiras. Daí ELE destruirá os inimigos de DEUS e de Israel na batalha do
Armagedom. Separará dentre os sobreviventes do mundo inteiro quem participará
do Milênio (seu governo sobre a Terra).
4. O Tribunal de CRISTO e as Bodas do Cordeiro.
Somente salvos estarão ali para serem galardoados (presenteados). cada um
segundo sua obra aqui na Terra em prol do evangelho de CRISTO. Depois um grande
banquete espiritual onde JESUS estará presente conosco.
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LIÇÕES ANTERIORES SOBRE ESTE ASSUNTO
Lição 3, Esperando a Volta de JESUS
1º trimestre de 2016 - O Final de Todas as Coisas - Esperança e Glória Para os
Salvos
Comentarista da CPAD: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 24.42-46
42 - Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. 43 -
Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia
de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. 44 -
Por isso, estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir à
hora em que não penseis. 45 - Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o
Senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo? 46 -
Bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim.
ATITUDES DO SERVO FIEL ANTE A VOLTA DO SENHOR JESUS
Ter uma vida irrepreensível
Fp 2.15
Não dar lugar à carne
Gl 5.13,16
Dar fruto
Jo 15.16
Ler a palavra de DEUS e orar
Mt 22.19; Lc 22.40
RESUMO RÁPIDO -
I - AGUARDANDO A VOLTA DO SENHOR
1. Com fé e vigilância.
Fé para crer nas promessas de JESUS que disse que vem nos buscar. Jo
14.3 E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei
para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
Vigilância significa estar lendo e comparando o que está acontecendo com o que
está predito por JESUS sobre sua vinda - Prestar atenção aos sinais que
acontecem antes de sua vinda.
2. Cheio do ESPÍRITO SANTO.
Cheio aqui indica estar em comunhão constante com o ESPÍRITO SANTO, pois é ELE
que nos conduzirá a CRISTO no arrebatamento. CHEIO indica que estamos em oração
constante e sentindo a doce direção do ESPÍRITO SANTO e obedecendo aos seus
comandos.
3. Em santidade e em amor.
Em santidade indica em separação para DEUS, afastado do pecado, combatendo o
pecado, lutando contra o pecado.
Em amor indica que o amor de DEUS derramado em nossos corações está sendo
fluído de nós para as outras pessoas que nos rodeiam, tanto em ajuda espiritual
como em ajuda material.
Aqui pode ser incluído produzir qualidades do fruto do ESPÍRITO implantado em
nós quando de nossa conversão. Tudo começa pelo amor.
II - ATITUDES ERRÔNEAS DIANTE DA VINDA DE JESUS
1. Ignorar a vinda de JESUS.
Alguns não acreditam na vinda de JESUS, mas o pior é que dentro da igreja
muitos vivem como se ELE não fosse voltar. Quem não amar sua vinda não subirá
para ELE, pois ELE não vem buscar quem não quer ir.
2. Escarnecer das profecias.
Alguns escarnecem, ou seja, falam das promessas de DEUS como se fossem
promessas de políticos. O pior é que muitos dentro da igreja ensinam que JESUS vai
demorar a voltar, minando assim a fé daqueles que O esperam ansiosamente.
III - ATITUDES DO SERVO FIEL ANTE A VOLTA DO SENHOR
1. Ter uma vida irrepreensível.
Irrepreensível diante de DEUS. Vivemos dias em que os repreensíveis diante dos
homens são os irrepreensíveis diante de DEUS. Como você é conhecido no céu?
Veja como Jó era conhecido no céu:
E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu Servo Jó? Porque ninguém há na
terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a DEUS, e que se desvia do
mal. Jó 1:8.
2. Não dar lugar à carne.
Carne aqui indica concupiscência - desejos pecaminosos. temos que manter nossos
corpo, alma e espírito controlados sendo servos e não nossos senhores. A alma e
o espírito devem ser estimulados, a alma pela leitura e estudo da bíblia (leia
a bíblia ouvindo); o espírito pela oração, principalmente pela oração em
línguas que edifica e nos fortalece espiritualmente. Já o corpo deve ser, não
estimulado, mas controlado, escravizado, para que não atenda a seus desejos
passados. por isso o corpo deve ser submetido a jejuns e à prática de
evangelismo.
3. Dar frutos.
Dar frutos aqui tem o sentido de dar resultados positivos para o reino de DEUS.
O crente deve ser achado por JESUS , quando ELE vier, trabalhando em Sua obra
de salvação de almas.
O Noivado JUDAICO (Lv 25; João 14.1-4)
Jo 14.3- “E, se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei
para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”.
DEUS sempre vem ao homem no nível em que ele se encontra, de maneira simples e
cotidiana, e aqui JESUS usa a figura do noivado judaico (hebreus) para infundir
fé em seus ouvintes a respeito de sua volta para buscar-nos; vejamos:
1- Quem escolhia a noiva era a pai do noivo (Gn
24.2-4), compare com Rm 8.29 onde DEUS nos escolhe para seu filho.
2- O costume era que a escolhida fosse a filha
mais velha, mas se a mesma fosse maior (acima de 18 anos), poderia aceitar ou
não o noivo (Gn 29.24-26), compara com Jo 1.11,12 aonde JESUS veio para ISRAEL
(a filha mais velha, porém de maior), mas estes não o receberam, assim JESUS
escolheu a nós (gentios filhos mais novos que não eram os escolhidos, para
sermos sua noiva, a Igreja).
3- No noivado o noivo ia à casa da noiva para cear e
confirmar o compromisso (Gn 24.54), compare com Mt 22.14-20 aonde JESUS vem a
nossa casa (o mundo) e ceia conosco (representados pelos apóstolos).
4- O noivo deixava um penhor como prova de que ia
voltar para buscar a noiva (Gn 24.53), compare com Ef 1.13,14 onde o ESPÍRITO
SANTO nos é dado como penhor e prova de que o SENHOR voltará para nos buscar.
(2 Ts 2.7)
5- A noiva era comprada por preço de ouro (Gn
24.47), compare com 1 Co 6.19,20 e At 20.28 onde a palavra de DEUS
nos diz que fomos comprados pelo sangue de JESUS CRISTO derramado na cruz do
calvário (o preço maior que existe).
6- O noivo ia preparar uma casa para o casal, ao
lado da casa de seu pai (Gn 24.67), compare com a leitura em Jo 14.2 onde JESUS
diz que na casa de nosso pai existem muitas moradas e que ELE ia nos preparar
lugar.
7- O noivo mandava recados e recebia recados da
noiva através de algum emissário (a), dizendo como é que gostava da noiva: Se
bem vestida, modo de falar correto e santo, etc... Também
dizia que era pra esperá-lo, pois a casa estava quase pronta e ele estava
voltando; compare com Hb 13.7 e 13.14; Ef 5.19 e 5.25-27; Ap 22.7 e 22.20;
etc..., Onde JESUS está nos exortando a continuarmos firmes, com uma vida santa
e irrepreensível e o ESPÍRITO SANTO sempre nos avisando: JESUS ESTÁ VOLTANDO, a
casa está quase pronta, prepara-te.
Sf 1.7 “Cala-te diante do Senhor DEUS, porque o dia do Senhor está perto; pois
o Senhor tem preparado um sacrifício, e tem santificado os
seus convidados”.
A VOLTA DE JESUS SERÁ:
Os eleitos:
Entre nuvens: Mt 24.30; 26.64; Ap 1.7
Devem considerá-la como eminente: Rm 13.12; Fp 4.5; 1 Pe 4.7
Na glória de DEUS: Mt 16.27
A Benção de estarem preparados: Mt 24.46; Lc 12.37,39
Na sua própria glória: Mt 25.31
Amam-na: 2 Tm 4.8- Reinarão com Ele: Dn 7.27; 2 Tm 2.12; Ap 5.10; 20.6;22.5
Em fogo: 2 Ts 1.8
Esperam-na: Fp 3.20; Tt 2.13
Com poder: Mt 24.30
Aguardam-na: 1 Co 1.7; 1 Ts 1.10
Acompanhada por anjos: Mt 16.27; 25.31; Mc 8.38; 2 Ts 1.7
Apressam-na: 2 Pe 3.12 - Serão semelhantes a CRISTO: Fp 3.21; 1 Jo 3.2
Com seus santos: 1 Ts 5.2; Jd 14
Oram por ela: Ap 22.20 - Aparecerão com Ele: Cl 3.4
Subitamente: Mc 13.36
Preparados: Mt 24.44; Lc 12.40 - Receberão a coroa: 2 Tm 4.8; 1 Pe 5.4
Inesperada: Mt 24.44; Lc 12.40; 1 Ts 5.2; 2 Pe 3.10; Ap 16.15
Vigilantes: Mt 24.42; Mc 13.35-37; Lc 21.36
Como o relâmpago: Mt 24.27
Aguardam-na pacientemente: 2 Ts 3.5; Tg 5.7,8
Com ressurreição de mortos: 1 Ts 4.16
Preservados: Fp 1.6; 2 Tm 4.18; 1 Pe 1.5; Jd 24
Com arrebatamento: 1 Ts 4.17
Não se envergonham da mesma: 1 Jo 2.28; 1 Jo 4.17
Um Aviso Necessário
Juntamente com essas primeiras prestações das bênçãos da era vindoura, os
crentes podem desfrutar tempos especiais de refrigério pela presença do senhor,
sempre que se arrependerem ou mudarem de atitude em relação a Ele (At 3.19).
Também devemos nos lembrar de suas advertências. Muitas e muitas vezes JESUS
enfatizou a importância de estarmos preparados e vivermos na iminência de sua
vinda (Mt 24.42,44,50; 25.13; Lc 35,40; 21.34-36).
JESUS comparou o mundo prevalecente na ocasião de sua vinda com o mundo dos
dias de Noé. A despeito dos avisos, da pregação, da construção da arca, da
reunião dos animais, as pessoas estavam distraídas e despreparadas. Na
realidade, não acreditavam na vinda do julgamento de DEUS. Para essas pessoas,
o dia do dilúvio amanheceu como qualquer outro: planejavam suas refeições, seus
momentos de lazer, suas festas, seus casamentos. Mas naquele dia o mundo, como
conheciam, acabou. Da mesma forma, o mundo dos dias de hoje prosseguirá às
cegas, fazendo seus próprios planos. Mas um dia JESUS repentinamente virá (Mt
24.37-39). A subtaneidade de sua vinda é realçada com maiores detalhes em
Mateus 24.43-50.
Para enfatizar que sua vinda se dará num dia comum, JESUS disse: “Estando dois
[homens] no campo, será levado um e deixado o outro; estando duas [mulheres]
moendo no moinho, será levada uma, e deixada [a] outra”(Mt 24.40,41). Quer
dizer, as pessoas estarão fazendo suas tarefas normais, do dia a dia, quando,
repentinamente, haverá uma separação. “Levar” (gr. paralambanetai)
significa “levar consigo” ou “receber”. JESUS “levando consigo Pedro e os dois
filhos de Zebedeu”(Mt 26.38). Ele prometeu: “Virei outra vez e vos levarei
para mim mesmo” (Jo 14.3).” (HORTON, Stanley M . O Ensino Bíblico das
Últimas Coisas. RJ:CPAD, 2002, p.70-1)
Foi com os ensinos de JESUS que Paulo aprendeu que o crente deve estar
preparado para a vinda do Senhor: compare Lucas 21.34 com 1 Tessalonicenses 5.4
(veja l Co 1.7-8; Fp 1.10-11; 1Ts3.13).
Lucas 21.34 E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se
carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre
vós de improviso aquele dia.
O noivo deve achar a noiva em santificação para que a possa conduzir à sua
mansão celestial.
Esta é a vontade de DEUS: a vossa santificação; que eviteis a impureza; 1
Tessalonicenses 4:3
Pois DEUS não nos chamou para a impureza, mas para a santidade. 1
Tessalonicenses 4:7
Procurai a paz com todos e ao mesmo tempo a santidade, sem a qual ninguém pode
ver o Senhor. Hebreus 12:14
Mas agora, libertados do pecado e feitos servos de DEUS, tendes por fruto a
santidade; e o termo é a vida eterna. Romanos 6:22
Eleitos segundo a presciência de DEUS Pai, e santificados pelo ESPÍRITO, para
obedecer a JESUS CRISTO e receber a sua parte da aspersão do seu sangue. A
graça e a paz vos sejam dadas em abundância. 1 Pedro 1:2
Nós, porém, sentimo-nos na obrigação de incessantemente dar graças a DEUS a
respeito de vós, irmãos queridos de DEUS, porque desde o princípio vos escolheu
DEUS para vos dar a salvação, pela santificação do ESPÍRITO e pela fé na
verdade. 2 Tessalonicenses 2:13
Depositários de tais promessas, caríssimos, purifiquemo-nos de toda imundície
da carne e do espírito, realizando plenamente nossa santificação no temor de
DEUS. 2 Coríntios7:1
Contudo, ela poderá salvar-se, cumprindo os deveres de mãe, contanto que
permaneça com modéstia na fé, na caridade e na santidade. 1
Timóteo 2:15
Que cada um de vós saiba possuir o seu corpo santa e honestamente, 1
Tessalonicenses 4:4
Por uma só oblação ele realizou a perfeição definitiva daqueles que recebem a
santificação. Hebreus 10:14
Vou-me servir de linguagem corrente entre os homens, por causa da fraqueza da
vossa carne. Pois, como pusestes os vossos membros a serviço da impureza e do
mal para cometer a iniquidade, assim ponde agora os vossos Membros a serviço da
justiça para chegar à santidade. Romanos 6:19
Que, segundo o ESPÍRITO de santidade, foi estabelecido Filho de DEUS no poder
por sua ressurreição dos mortos; Romanos1:4
TRICOTOMIA - O DEUS da paz vos conceda santidade perfeita. Que todo o vosso
ser, espírito, alma e corpo, seja conservado irrepreensível para a vinda de
nosso Senhor JESUS CRISTO! 1 Tessalonicenses 5:23.
Somos espírito - o que liga o homem a DEUS. precisa de oração para estar ligado
a DEUS.
Possuímos uma alma - Intelecto, inteligência, poder de decisão entre servir a
DEUS ou ao Diabo - Precisa ser alimentada pela palavra de DEUS.
Moramos em um corpo - casa terrestre - sente saudades do tempo passado que
vivia segundo suas concupiscências - Precisa ser domado, controlado, subjugado
- Precisamos de jejum e viver ocupados na obra de DEUS.
DEZ VIRGENS - MATEUS 25.1-13
1 ENTÃO o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas
lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.
Reino dos Céus = Reino espiritual, superior, eterno, não visto pelos
homens naturais, somente pelos espirituais e perdido pelos carnais.
Semelhante = Não é igual, é semelhante, ou seja, parece-se. Representa.
Dez = Alguns acreditam ser um número que indica perfeição ou totalidade,
porém é apenas um número redondo ou par para ser dividido em dois grupos
significativos.
Se fosse um número especial os dez mandamento não seriam reduzidos a dois
mandamentos por JESUS: “Amar a DEUS sobre todas as coisas e Amar ao próximo com
a ti mesmo”. O número de todos os salvos, que formam o corpo de CRISTO na
Terra, A Igreja.
Virgens = Não significa virgindade física, mas sim pureza, santidade,
salvação, comunhão com DEUS, separação para DEUS, Salvos em CRISTO que
receberam o ESPÍRITO SANTO, a Igreja.
Tomando = Se preparando, aceitando a JESUS ao ouvir o evangelho.
Lâmpadas = Lamparinas feitas de barro ou argila, com orifício para se
colocar azeite e lugar para se colocar pedaço de linho fino retorcido para
queimar. Representa Nosso corpo físico, Templo para receber o SANTO ESPÍRITO. O
fio de linho representa nosso espírito e o azeite o ESPÍRITO SANTO, sendo o
fogo a representação de JESUS que acende ou religa-nos a DEUS através do Novo
Nascimento, ocorrido no momento de nossa conversão e posterior enchimento total
no batismo com o ESPÍRITO SANTO.
Saíram = As virgens que representam a Igreja estão prontas para irem ao
encontro do noivo assim como a Igreja está pronta para se encontrar com o noivo
JESUS CRISTO nos ares no momento do arrebatamento da Igreja, este desejo de
sair ao encontro do noivo deve estar sempre no mais íntimo de nosso ser.
Ao Encontro = O momento tão esperado é chegado, todo o trabalho e
paciência agora será recompensado, é o encontro mais desejado depois de tanta
espera, assim também a Igreja ama e deseja se encontrar com seu salvador JESUS
CRISTO, Neste dia terá valido a pena tanto sofrimento, tanto esforço, tanta
expectativa, nos encontremos com o desejado, o amado, o nosso redentor, este é
o nosso maior anelo, nosso maior desejo.
2 E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.
Cinco = A metade, 50%, representa uma quantidade em meio ao total,
JESUS não está querendo dizer aqui que só a metade da denominada “Igreja” será
arrebatada.
Eram prudentes =
PRUDÊNCIA: Virtude que leva o Homem a prever e a evitar os erros e os
perigos;
cautela; moderação; precaução; circunspecção; tino.
Como vemos a prudência prevê o futuro e se prepara para enfrentá-lo com o
devido equipamento necessário.
Assim o crente que estuda a Palavra de DEUS sabe que o Senhor virá e isso é
imprescindível para que o mesmo esteja pronto e trabalhando, para que seu
Senhor ao chegar o ache fazendo assim, ocupado na obra de DEUS. Somente aqueles
que têm em si o temor de DEUS acham a sabedoria para se prevenirem para a hora
da volta do noivo (Pv.1:2,4,7).
A comunhão com o ESPÍRITO SANTO nos traz conhecimento do futuro, pois O Mesmo é
nosso professor e nos revela as palavras de JESUS a respeito do futuro, nosso
arrebatamento e posterior reinado com CRISTO e morada eterna com DEUS; assim é
prudente que se mantém em comunhão com DEUS através do ESPÍRITO SANTO, ou seja,
mantém a lâmpada cheia de azeite (símbolo do ESPÍRITO SANTO)
Devemos amar a vinda de nosso salvador:
2Tm 4.8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor,
justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que
amarem a sua vinda.
E cinco loucas = Loucas = Que perderam a razão; doidas; alienadas;
insensatas; imprudentes; doidivanas; brincalhonas; folgazonas; apaixonadas;
indivíduo que perdeu o uso da razão; demente.
Assim estas noivas não tinham a verdadeira noção da importância da vinda do
noivo, não previam que o noivo poderia demorar, não tomaram as devidas
precauções para estarem devidamente munidas de azeite em todo o
tempo da espera; para elas era apenas uma brincadeira a vinda do noivo, mais um
divertimento, não amavam, estavam apenas apaixonadas.
3 As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.
As loucas = As despreparadas, representam os crentes carnais, que
vivem sem a comunhão com o ESPÍRITO SANTO, mas com o nome de crentes.
Tomando = Pensavam que estavam prontas, ficaram surpresas com a falta de
azeite, talvez tenham se esquecido do valor que o noivo daria ao azeite.
Chegaram a sair ao encontro do noivo, porém notaram que algo estava errado.
Suas Lâmpadas = Estavam bem vestidas, estavam bem adornadas, estavam bem
pintadas, estavam no meio das outras, estavam trabalhando como as outras.
Não levaram azeite consigo = Deveriam ter levado azeite
sobressalente numa vasilha separada, pois não sabiam a que hora o noivo
chegaria e não poderiam esperar no escuro; assim também temos que manter-nos na
oração e nos estudo da Palavra de DEUS, em abundância pra não ficarmos no
escuro e nem desprovidos de desejo de nos encontrar com JESUS. As noivas
se esqueceram do mais importante, sem azeite não há fogo e sem fogo não há luz
e sem luz não há festa e sem festa não há noivo e nem casamento. Sem o ESPÍRITO
SANTO não há salvação, não há encontro com JESUS.
4 Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
As Prudentes = As sábias, as preparadas, as prevenidas, representam os
crentes que estão em constante oração e em constante trabalho para o Senhor,
são os crentes verdadeiros e fiéis que não se cansam de esperar, pois sabem que
quem fez a promessa, certamente a cumprirá: Ap 22.20 Aquele que testifica estas
coisas diz: Certamente cedo venho. Respondamos então: Amém. Ora vem, Senhor
JESUS!!!!!!!
Levaram azeite em suas vasilhas = Pegaram das vasilhas que levavam e tornaram a
encher as lâmpadas. Estavam em comunhão com o ESPÍRITO SANTO e sendo assim
é fácil ser cheio novamente.
Com as suas lâmpadas = Lâmpadas providas de azeite e pavio
suficientes para esperar o noivo e acompanhá-lo. Representam os crentes que
seus corpos são Templo do ESPÍRITO SANTO, são luzes do mundo a iluminar o
caminho para CRISTO, pois JESUS disse: Jo 8.12 Falou-lhes, pois, JESUS outra
vez, dizendo: Eu sou a [luz do mundo]; quem me segue não andará em trevas, mas
terá a luz da vida.
5 E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.
E, tardando o esposo = Demorando o noivo, agora chamado esposo, pois
o futuro era certo, o casamento era certo, pois o noivo nunca falhava em seus
compromissos. Assim JESUS também nos convida a sermos a esposa de CRISTO,
sabemos que nossa união com Ele é certa e se aproxima o dia.
A demora é vista para os que não estão prontos como algo penoso e que causa
desconfiança, porém para os que estão prontos para o encontro a demora é pela
misericórdia do noivo pelos que ainda não estão prontos.
JESUS está voltando e só não voltou ainda devido ao nosso fracasso na
evangelização do mundo, é pela misericórdia de tantos excluídos, de tantos que
nem sequer uma vez ouviram o maravilhoso nome de JESUS.
Tosquenejaram todas, e adormeceram = O cochilo trouxe o adormecimento, é
perigoso o sono do despreparado, pois seu sono é o de condenação, porém para os
que dormem o sono da paz e segurança em DEUS, o adormecimento é mais uma prova
da comunhão com o ESPÍRITO SANTO.
Também temos aqui a visão do crente que peca, porém se arrepende e corre aos
braços do perdoador.
1Jo 1. 9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos
perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.
Infelizmente as outras dormiram o sono da negligência, o sono da condenação
eterna, pois não estavam preparadas para o encontro, embora saibamos que em um
dia no passado estiveram prontas, pois não é à toa que eram virgens e estavam
esperando o noivo.
6 Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.
Mas à meia-noite = Hora da chegada do noivo. Para nós, hora do
arrebatamento, o final da espera, o dia da alegria maior no ESPÍRITO, a hora
mais desejada do crente. Findou a luta, a batalha foi ganha, ufa! Chegamos,
conseguimos, JESUS eu quero te ver, eu quero te abraçar!!!!
ouviu-se um clamor = O grito do emissário que vinha gritando pela cidade,
como o tocar da trombeta, como a voz de muitos anjos.
1Ts 4.16 Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de
arcanjo, e com a trombeta de DEUS; e os que morreram em CRISTO ressuscitarão
primeiro. 17 Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente
com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre
com o Senhor.
Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro = Olha Ele aí, valeu a pena a espera,
valeu a pena ser prevenido, valeu a pena ser fiel. Ele é o salvador, Ele é o
Senhor, Ele veio nos buscar, vamos correndo ao seu encontro.
7 Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas.
Então todas aquelas virgens se levantaram = Todas se levantaram,
todas estavam ali reunidas para receberem o noivo, todas caminharam ao encontro
do noivo; assim muitos naquele dia vão correr ao encontro do noivo...
E prepararam as suas lâmpadas = Todas tinham lâmpadas, todas empunharam
suas lâmpadas; todas acreditaram estarem prontas...
8 E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as
nossas lâmpadas se apagam.
E as loucas disseram às prudentes = Aquelas que não estavam
preparadas, agora vão até aquelas que a todo o tempo conferiam seus utensílios
para não esquecerem nada.
Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. =
A diferença agora apareceu, 5 tinham azeite e cinco não o tinham, agora foi
revelado o segredo, o oculto, até agora eram todas iguais no trabalho, na
espera, no sono, porém agora foi descoberta a falta de preparo, a falta de
prudência. O apagar das lâmpadas significava falta de azeite e consequente
perda de direito a participar do cortejo e posterior festa de casamento. Assim
também na hora do arrebatamento muitos que tinham nome de crentes, se vestiam
como crentes, tinham bíblia com crentes, faziam obras como crentes, falavam
como crentes e até faziam milagres como crentes, serão impedidos de serem
arrebatados, pois vivem em iniquidade.
Lc 13.27 E ele vos responderá: Digo-vos que não sei de onde vós sois;
apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a iniquidade.
9 Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a
vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.
9 Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós
e a vós = Não havia outra solução, pois se as prudentes ajudassem às
imprudentes ou loucas, elas seriam prejudicadas e também não entrariam nas
bodas.
Assim também os crentes não podem participar dos pecados alheios, de falsos
crentes irresponsáveis, pois correrão o risco de não subirem no arrebatamento.
1Tm 5.22 A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos
pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro.
Ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.
O conselho das prudentes era para que fossem em busca do mesmo modo que elas
foram e conseguiram, porém o mais provável é que não haveria mais tempo para
fazê-lo, primeiro devido ao avançado horário quando não havia mais local de
venda de azeite aberto e depois porque o noivo não esperaria pessoas que não
foram para sua festa preparadas. Assim o conselho das prudentes foi apenas uma
maneira de se livrarem das loucas, pois para elas não havia mais solução.
Aprendemos daí que na hora do arrebatamento quem estiver pronto sobe e quem não
estiver fica, pois a Igreja vai ser arrebatada e não haverá mais quem pregue o
evangelho cheio do ESPÍRITO SANTO e nem quem imponha as mãos sobre outro para
que receba o ESPÍRITO SANTO, pois quem o fazia, agora foi arrebatado. O azeite
(ESPÍRITO SANTO) será levado da Terra, subirá junto com as lâmpadas (Os
crentes). Não há tempo, é num piscar de olhos.
1Co 15. 52 Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última
trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e
nós seremos transformados.
10 E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas
entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo = Por incrível que pareça, as
néscias ainda foram procurar quem vendesse o azeite, era muita a falta de
conhecimento do horário do comércio e da paciência do noivo com pessoas loucas.
O esposo chegou, pegou a noiva e partiu para sua casa, não podia esperar por
virgens despreparadas.
Temos aqui a advertência de não acreditarmos em falsos ensinos que
dizem que uns nasceram para serem salvos e outros para serem perdidos. Não, a
chance é para todos, portanto, estejamos prontos, pois só sobem os prontos e
não os que estão se aprontando.
Hb 10. 22 Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé,
tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água
limpa,
11 E as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a
porta.
Somente as 5 que estavam preparadas entraram para a festa de casamento, não
dava mais tempo, fechou-se a porta.
Somente entrarão para as bodas do cordeiro os salvos, os preparados, os que dão
valor e se esforçam por estarem ali antes que as portas se fechem.
Ap 3.7 E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que
é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém
fecha; e fecha, e ninguém abre:
E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos.
Não creio que tenham comprado azeite, mas que tentaram entrar sem lâmpadas,
porém não foram recebidas, mesmo que chamassem o noivo de senhor.
Não há jeitinho brasileiro no céu, não há como entrar sem o ESPÍRITO SANTO.
Mt 7.21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas
aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
12 E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.
Não conhecer é dizer que não reconhece no escuro.
Assim JESUS não reconhece como irmão, como filho de DEUS quem vive em trevas,
sem a luz que vem da comunhão com o ESPÍRITO SANTO.
13 Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há
de vir.
Agora o noivo dá um conselho ou uma advertência para todos os que ouviram a
parábola:
Estejam preparados, com muita unção do ESPÍRITO SANTO, em comunhão estreita com
o mesmo e isto significa ter tudo em comum, ter o desejo maior de estar com
CRISTO para sempre!!!!!!!!!
A DISTRIBUIÇÃO DOS TALENTOS (MT 25.14,15)
1. O que era talento?
O talento passou a representar um valor monetário que podia ser bronze, prata
ou ouro. Um talento equivalia a 60 minas, e uma mina, aproximadamente, a 50
ciclos. Portanto, um talento de ouro ou prata era uma grande quantia.
Podia também uma soma em dinheiro ou ouro ou prata, ser dado a alguém como
Talento (Porque a quantia dada era igual ao valor de 1 Talento).
2. O significado dos talentos na parábola.
Nesta parábola, os talentos têm um sentido figurado que representam valores
pessoais, aptidões naturais, oportunidades que DEUS nos dá para fazermos a sua
obra, como autênticos mordomos.
Os talentos naturais são aquelas aptidões e inclinações natas que todo homem
traz consigo desde o nascimento. São dons ou inclinações naturais para uma
variedade de coisas boas.
A música, a poesia, as letras, a pintura, artes de modo geral, são exemplos de
dons naturais. Esses talentos, apesar de naturais, são dotações da parte de
DEUS.
Ressaltamos que quando uma pessoa aceita a JESUS como seu Salvador, todos os
talentos evidenciados em sua vida adquirirão uma nova dimensão...
Os artistas seculares – os cantores, atores, atletas, entre outros, estão
sempre procurando se apresentar da melhor maneira possível, esforçando-se para
agradar a todos. Enquanto isto, observamos que muitos cristãos que possuem
talentos diversos estão se acomodando e se conformando em oferecer a DEUS apenas
uma parte mínima das suas reais possibilidades. Não fazem mais e melhor o que
estão fazendo para DEUS. Não esqueçamos que todos vamos comparecer ante o
tribunal de CRISTO para dar contas dos nossos feitos, e para receber a
recompensa de acordo com o uso que fizermos dos nossos talentos (2 Co 5.10).
Num sentido mais profundo e espiritual, para a Igreja, os talentos representam
os Dons de DEUS, de CRISTO e do ESPÍRITO SANTO, que são capacitações
ou manifestações especiais do ESPÍRITO SANTO agindo no crente para o progresso
da obra de DEUS na Terra. São armas de guerra contra o reino das trevas.
A SANTIFICAÇÃO - BEP - CPAD
1Pe 1.2 “Eleitos segundo a presciência de DEUS Pai, em santificação do
ESPÍRITO, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: graça e
paz vos sejam multiplicadas”.
Santificação (gr. hagiasmos) significa “tornar santo”, “consagrar”, “separar do
mundo” e “apartar-se do pecado”, a fim de termos ampla comunhão com DEUS e
servi-lo com alegria.
(1) Além do termo “santificar” (cf. 1Ts 5.23), o padrão bíblico da santificação
é expresso em termos tais como “Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o teu
coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37),
“irrepreensíveis em santidade” (1Ts 3.13), “aperfeiçoando a santificação” (2Co
7.1), “a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não
fingida” (1Tm 1.5), “sinceros e sem escândalo algum” (Fp 1.10), “libertados do
pecado” (Rm 6.18), “mortos para o pecado” (Rm 6.2), “para servirem à justiça
para santificação” (Rm 6.19), “guardamos os seus mandamentos” (1Jo 3.22) e
“vence o mundo” (1Jo 5.4). Tais termos descrevem a operação do ESPÍRITO SANTO
mediante a salvação em CRISTO, pela qual Ele nos liberta da escravidão e do
poder do pecado (Rm 6.1-14), nos separa das práticas pecaminosas deste mundo
atual, renova a nossa natureza segundo a imagem de CRISTO, produz em nós o
fruto do ESPÍRITO e nos capacita a viver uma vida santa e vitoriosa de
dedicação a DEUS (Jo 17.15-19,23; Rm 6.5, 13, 16, 19; 12.1; Gl 5.16, 22,23;
ver 2Co 5.17).
(2) Esses termos não subentendem uma perfeição absoluta, mas a retidão moral de
um caráter imaculado, demonstrada na pureza do crente diante de DEUS, na
obediência à sua lei e na inculpabilidade desse crente diante do mundo (Fp
2.14,15; Cl 1.22; 1Ts 2.10; cf. Lc 1.6). O cristão, pela graça que DEUS lhe
deu, morreu com CRISTO e foi liberto do poder e domínio do pecado (Rm 6.18);
por isso, não precisa nem deve pecar, e sim obter a necessária vitória no seu
Salvador, JESUS CRISTO. Mediante o ESPÍRITO SANTO, temos a capacidade para não
pecar (1Jo 3.6), embora nunca cheguemos à condição de estarmos livres da
tentação e da possibilidade do pecado.
(3) A santificação no AT foi a vontade manifesta de DEUS para os israelitas;
eles tinham o dever de levar uma vida santificada, separada da maneira de viver
dos povos à sua volta (ver Êx 19.6; Lv 11.44; 19.2; 2Cr 29.5). De igual modo a
santificação é um requisito para todo crente em CRISTO. As Escrituras declaram
que sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
(4) Os filhos de DEUS são santificados mediante a fé (At 26.18), pela união com
CRISTO na sua morte e ressurreição (Jo 15.4-10; Rm 6.1-11; 1 Co 130), pelo
sangue de CRISTO (1Jo 1.7-9), pela Palavra (Jo 17.17) e pelo poder regenerador
e santificador do ESPÍRITO SANTO no seu coração (Jr 31.31-34; Rm 8.13; 1Co
6.11; 1Pe 1.2; 2Ts 2.13).
(5) A santificação é uma obra de DEUS, com a cooperação do seu povo (Fp
2.12,13; 2Co 7.1). Para cumprir a vontade de DEUS quanto à santificação, o
crente deve participar da obra santificadora do ESPÍRITO SANTO, ao cessar de
praticar o mal (Is 1.16), ao se purificar “de toda imundícia da carne e do
espírito” (2Co 7.1; cf. Rm 6.12; Gl 5.16-25) e ao se guardar da corrupção do
mundo (Tg 1.27; cf. Rm 6.13,19; 8.13; Ef 4.31; 5.18; Tg 4.8).
(6) A verdadeira santificação requer que o crente mantenha profunda comunhão
com CRISTO (ver Jo 15.4), mantenha comunhão com os crentes (Ef 4.15,16),
dedique-se à oração (Mt 6.5-13; Cl 4.2), obedeça à Palavra de DEUS (Jo 17.17),
tenha consciência da presença e dos cuidados de DEUS (Mt 6.25-34), ame a
justiça e odeie a iniquidade (Hb 1.9), mortifique o pecado (Rm 6), submeta-se à
disciplina de DEUS (Hb 12.5-11), continue em obediência e seja cheio do
ESPÍRITO SANTO (Rm 8.14; Ef 5.18).
(7) Segundo o NT, a santificação não é descrita como um processo lento, de
abandonar o pecado pouco a pouco. Pelo contrário, é apresentada como um ato
definitivo mediante o qual, o crente, pela graça, é liberto da escravidão de
Satanás e rompe totalmente com o pecado a fim de viver para DEUS (Rm 6.18; 2Co
5.17; Ef 2.4,6; Cl 3.1-3). Ao mesmo tempo, no entanto, a santificação é
descrita como um processo vitalício mediante o qual continuamos a mortificar os
desejos pecaminosos da carne (Rm 8.1-17), somos progressivamente transformados
pelo ESPÍRITO à semelhança de CRISTO (2Co 3.18) crescemos na graça (2Pe 3.18),
e devotamos maior amor a DEUS e ao próximo (Mt 22.37-39; 1Jo 4.10-12, 17-21).
(8) A santificação pode significar uma outra experiência específica e decisiva,
à parte da salvação inicial. O crente pode receber de DEUS uma clara revelação
da sua santidade, bem como a convicção de que DEUS o está chamando para
separar-se ainda mais do pecado e do mundo e a andar ainda mais perto Dele (2Co
6.16-18). Com essa certeza, o crente se apresenta a DEUS como sacrifício vivo e
santo e recebe da parte do ESPÍRITO SANTO graça, pureza, poder e vitória para
viver uma vida santa e agradável a DEUS (Rm 12.1,2; 6.19-22).
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 13 - Aguardando a Vinda de JESUS
Lições Bíblicas do 3º Trimestre De 2005 - Vida Santa Até A Volta
De CRISTO: Conselhos Para Uma Vida Vitoriosa - Comentarista:
Pr. Elinaldo Renovato De Lima - Livro Tema: 1e 2 Tessalonicenses
Os sinais preditos na Bíblia indicam a iminente vinda de JESUS para
buscar sua Igreja. Como servos de DEUS, devemos vigiar e orar.
2 TESSALONICENSES 2.1,2,7,8; 3.6,7
2 TESSALONICENSES 2.1 Ora, irmãos, rogamos-vos, pela vinda de nosso Senhor
JESUS CRISTO e pela nossa reunião com ele, 2 que não vos movais
facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer
por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o Dia de CRISTO estivesse
já perto. 3 Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem
que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da
perdição, 4 o qual se opõe de se levanta contra tudo o que se chama DEUS ou se
adora; de sorte que se assentará, como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer
DEUS. 5 Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava
convosco? 6 E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo
seja manifestado. 7 Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que,
agora, resiste até que do meio seja tirado; 8 e, então, será revelado o iníquo,
a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da
sua vinda;
Os tessalonicenses, devido às suas muitas perseguições estavam sendo enganados
por falsos mestres que lhes ensinava que a grande tribulação já havia sido
iniciada e que agora deveriam esperar a vinda visível de CRISTO e o início
imediato do milênio. Paulo escreve a eles para que saibam que esta época só
acontecerá após o arrebatamento e que antes de acontecer o que eles imaginavam
estar acontecendo, o anticristo se manifestaria e seria identificado pela
igreja.
2 TESSALONICENSES 3. 6 Mandamos-vos, porém, irmãos, em nome de nosso
Senhor JESUS CRISTO, que vos aparteis de todo irmão que andar
desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebeu. 7 Porque vós
mesmos sabeis como convém imitar-nos, pois que não nos houvemos
desordenadamente entre vós,
O anticristo só poderá assumir seu governo após a igreja cheia do ESPÍRITO
SANTO sair da terra, no arrebatamento.
LEITURAS
Mt 24.36 Daquele dia e hora ninguém sabe MAS UNICAMENTE MEU PAI.
36 Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho,
mas unicamente meu Pai.
O versículo 36 afirma que o Filho não sabe o tempo da sua volta. Esta expressão
refere-se apenas ao tempo em que CRISTO esteve na terra. Certamente, quando
JESUS reassumiu a sua glória anterior (Jo 17.5), passou a conhecer a
data da sua futura volta. Os santos da tribulação poderão saber o tempo da sua
volta, observando os sinais dessa tribulação que CRISTO descreveu.
Mt 24.42 Esperando com vigilância
Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.
PORTANTO, VIGIAI. Vigiai (gr. gregoreo) é um imperativo presente e denota uma
vigília constante no tempo atual. A razão para a vigília constante, hoje, e não
apenas no futuro, é que os crentes dos dias atuais não sabem quando o Senhor
virá buscá-los (ver Jo 14.3 nota). Não haverá sinais específicos de aviso para
eles. Nunca devem presumir que Ele não poderá vir hoje (ver v. 44; cf. Mc
13.33-37). A volta de CRISTO para buscar a igreja pode ocorrer a qualquer dia.
NÃO SABEIS A QUE HORA. A advertência de CRISTO aos seus discípulos para estarem
sempre apercebidos para a sua vinda, por não saberem quando ela se dará, cremos
ser uma referência à volta de CRISTO, vindo do céu, para tirar do mundo os
santos da Igreja, i.e., o arrebatamento (ver Jo 14.3 ).
(1) JESUS afirma claramente que sua vinda para levar os santos antes
da tribulação será numa ocasião inesperada. Ele não somente declara que eles
não sabem a hora (v. 42), mas também que Ele voltará à hora em que não pensais
(v. 44). Isto indica claramente que haverá surpresa, espanto, e que os fiéis
não saberão o momento certo da sua vinda. Assim sendo, para os santos da igreja,
JESUS virá num momento inesperado (v. 44). Isto claramente fala de
surpresa, pasmo e rapidez nesta específica fase da vinda de CRISTO. Este evento
é chamado de primeira fase da segunda vinda de CRISTO.
(2) Quanto à vinda de CRISTO com poder e grande glória, para julgar o mundo
depois da tribulação (v. 30; Ap 19.11-21), ela será aguardada e prevista v. 33;
Lc 21.28). O cumprimento dos eventos e sinais durante a tribulação suscitará
nos santos a certeza e a expectativa da ocasião da volta de CRISTO, ao passo
que os santos da igreja dos dias atuais terão surpresa por ocasião do seu
arrebatamento (ver 24.44; Jo 14.3). A vinda de CRISTO depois da tribulação é
comumente chamada a segunda fase da
vinda de CRISTO.
Mt 26.41 Esperando com oração
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está
pronto, mas a carne é fraca.
Marcos 13.33 Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo.
Marcos 14.38 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na
verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
Lucas 22 .40 E, quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não
entreis em tentação.
46 E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos, e orai para que não
entreis em tentação.
Efésios 6.18 orando em todo tempo com toda oração e súplica no ESPÍRITO e
vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos
1 Pe 1.13-15 Esperando com santidade
Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai
inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de
JESUS CRISTO, 14 como filhos obedientes, não vos conformando com as
concupiscências que antes havia em vossa ignorância; 15 mas, como pé santo
aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver,
Lucas 12.35 Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas, as vossas candeias.
Efésios 6.14 Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a
verdade, e vestida a couraça da justiça,
Lucas 1.74 de conceder-nos que, libertados das mãos de nossos inimigos, o
servíssemos sem temor,
75 em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida.
2 Coríntios 7.1 Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de
toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de
DEUS.
1 Tessalonicenses 4.3 Porque esta é a vontade de DEUS, a vossa santificação:
que vos abstenhais da prostituição,
Jo 13.34,35 Esperando com amor
34 Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a
vós, que
também vós uns aos outros vos ameis.
35 Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos
outros.
AMEIS UNS AOS OUTROS. O cristão é exortado a amar de um modo especial a todos
os outros cristãos verdadeiros, quer sejam membros da sua igreja e da sua
persuasão teológica, quer não.
(1) Isso significa que o crente deve saber distinguir os cristãos verdadeiros
daqueles cuja confissão de fé é falsa, observando a sua obediência a
JESUS CRISTO e sua lealdade às Sagradas Escrituras (5.24; 8.31;
10.27; Mt 7.21; Gl 1.9).
(2) Isso significa que quem possui uma fé viva em
JESUS CRISTO e é leal à Palavra inspirada e inerrante de DEUS,
conforme tal pessoa a compreende, e que resiste ao espírito modernista e
mundano predominante em nossos tempos, é meu irmão em CRISTO e merece meu amor,
consideração e apoio especiais.
(3) Amar a todos os cristãos verdadeiros, inclusive os que não pertencem à
minha igreja, não significa transigir ou acomodar minhas crenças bíblicas
específicas nos casos de diferenças doutrinárias. Também não significa querer
promover união denominacional.
(4) O cristão nunca deverá transigir quanto à santidade de DEUS. É essencial
que o amor a DEUS e à sua vontade, conforme revelados na sua Palavra, controlem
e orientem nosso amor ao próximo. O amor a DEUS deve sempre ocupar o primeiro
lugar em nossa vida (Mt 22.37,39).
13.35 CONHECERÃO QUE SOIS MEUS DISCÍPULOS. O amor (gr. agape) deve ser a marca
distintiva dos seguidores de CRISTO (1 Jo 3.23; 4.7-21). Este amor é, em suma,
um amor abnegado e sacrificial, que visa ao bem do próximo (1 Jo 4.9,10). Por
isso, o relacionamento entre os crentes deve ser caracterizado por uma
solicitude dedicada e firme, que vise altruisticamente a promover o sumo bem
uns dos outros. Os cristãos devem ajudar uns aos outros nas provações, evitar
ferir os sentimentos e a reputação uns dos outros e negar-se a si mesmos para
promover o mútuo bem-estar (cf 1 Jo 3.23; 1 Co 13; 1 Ts 4.9; 1 Pe 1.22; 2 Ts
1.3; Gl 6.2; 2 Pe 1.7).
Ef 5.18 Esperando cheio do ESPÍRITO SANTO
E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do
ESPÍRITO,
VINHO. A declaração de Paulo no versículo 18, demonstra que a plenitude do
ESPÍRITO SANTO depende do modo como o crente corresponde à graça que lhe é dada
para viver em santificação. Isso quer dizer que a pessoa não pode estar
"embriagada com vinho" e, ao mesmo tempo, "cheia do
ESPÍRITO". Paulo adverte todos os crentes a respeito das obras da carne;
que os que cometem tais coisas "não herdarão o reino de DEUS" (Gl
5.19-21; cf. Ef 5.3-7). Além disso, "os que cometem tais coisas" (Gl
5.21) não terão a presença interior do ESPÍRITO SANTO, nem a sua plenitude.
Noutras palavras, não ter "o fruto do ESPÍRITO" (Gl 5.22,23) é perder
a plenitude do ESPÍRITO (Ef 5.18; ver At 8.21).
5.18 ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO. "Enchei-vos" (imperativo passivo
presente) tem o significado, em grego, de "ser enchido repetidas
vezes". A vida espiritual do filho de DEUS deve experimentar a renovação
constante (3.14-19; 4.22-24; Rm 12.2), mediante enchimentos repetidos do
ESPÍRITO SANTO.
(1) O cristão deve ser batizado no ESPÍRITO SANTO após a conversão (ver At 1.5;
2.4), mas também deve renovar-se no ESPÍRITO repetidas vezes, para adoração a
DEUS, serviço e testemunho (ver At 4.31-33).
(2) Experimentamos enchimentos repetidos do ESPÍRITO SANTO quando mantemos uma
fé viva em JESUS CRISTO (Gl 3.5), estamos repletos da
Palavra de DEUS (Cl 3.16), oramos, damos graças e cantamos ao Senhor (1 Co
14.15; Ef 5.19,20), servimos ao próximo (Ef 5.21 ) e fazemos aquilo que o ESPÍRITO
SANTO quer (Rm 8.1-14; Gl 5.16ss.; Ef 4.30; 1 Ts 5.19).
(3) Alguns resultados de ser cheio do ESPÍRITO SANTO são:
(a) falar com alegria a DEUS, em salmos, hinos e cânticos espirituais (v.
19),
(b) dar graças (v. 20) e
(c) sujeitar-nos uns aos outros (v. 21).
INTRODUÇÃO
A vinda de JESUS deve ser a memória cristã sempre atual e atuante em nossos
dias.
Esperar a hora e o dia é ser sábio e prudente, pois os sinais da volta de JESUS
são claros e cada dia mais são espantosos pelo seu cumprimento das escrituras;
quanto ao dia do Senhor, ou da ira de DEUS, ainda acontecerá após o
arrebatamento e então com a ida do ESPÍRITO SANTO ao encontro de JESUS,
conduzindo sua noiva, a igreja, nesta oportunidade o Anticristo se manifestará,
seu intento é destruir os judeus e tudo o que nomeia DEUS. O fim do governo do
Anticristo acontecerá na batalha do Armagedom e consequente derrota de seus
exércitos por CRISTO e Seu poder. Ainda nesta lição veremos como tratar com os
desordeiros e falsos mestres que se infiltram na igreja.
I. A ESPERA COM SABEDORIA E PRUDÊNCIA
Gl 1.6 Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os
chamou pela graça de CRISTO, para seguirem outro evangelho 7 que, na realidade,
não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando,
querendo perverter o evangelho de CRISTO. 8 Mas ainda que nós ou um anjo dos
céus pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja
amaldiçoado! 9 Como já dissemos, agora repito: Se alguém lhes anuncia um evangelho
diferente daquele que já receberam, que seja amaldiçoado!
A ideia é que somente a Palavra inspirada de DEUS deve ser aceita como doutrina
de DEUS, transmitida oralmente por JESUS e seus apóstolos, incluindo-se aqui,
Lucas, Marcos, Paulo e Tiago.
Os mestres e escritores de cartas que aparecessem dizendo-se portadores da
Palavra de DEUS, deveriam ser colocados à prova e analisadas suas palavras de
acordo com os escritos dos mencionados acima.
Nossa vigilância e santidade são nossa garantia de estarmos prontos para o tão
esperado dia do arrebatamento, quando CRISTO virá nos buscar.
toda seita ou grupo herético tem um líder com uma profecia que diferente do que
está na Bíblia e leva após si inúmeros incautos e ignorantes das escrituras.
2 TESSALONICENSES 2.1 Ora, irmãos, rogamos-vos, pela vinda de nosso Senhor
JESUS CRISTO e pela nossa reunião com ele,
2.1 A VINDA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Na sua primeira epístola
aos Tessalonicenses, Paulo garantiu que todos os crentes verdadeiros serão
arrebatados para encontrar o Senhor nos ares e assim ficarão para sempre com
Ele (1 Ts 4.13-18). Esse evento os livraria da ira futura de DEUS sobre a terra
(1 Ts 1.10; 5.9,10). Agora, porém, os falsos mestres ensinavam que o Dia de
Senhor ("Dia de CRISTO") já havia começado, e que a ira final de DEUS
estava sendo derramada sobre a terra.
2 TESSALONICENSES 2.2 que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem
vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de
nós, como se o Dia de CRISTO estivesse já perto.
2.2 NÃO VOS MOVAIS FACILMENTE... NEM VOS PERTURBEIS. Os tessalonicenses
estavam perturbados por causa do que os falsos mestres estavam ensinando
sobre o Dia do Senhor. Paulo lhes escreveu para não se alarmarem, porque o dia
da ira de DEUS ainda não era chegado. Duas coisas assinalarão essa
chegada:
(1) Haverá uma "apostasia" específica; e
(2) Manifestar-se-á "o homem do pecado" (v. 3). Paulo declara, em
seguida, que esses dois eventos não se cumprirão enquanto "um que,
agora, resiste... seja tirado" (v.7). As palavras de Paulo: "quer por
espírito, quer por palavra", talvez indiquem que os falsos ensinos eram
transmitidos através de línguas, com interpretação, ou através de profecia (ver
1 Co 14.29).
PALAVRAS DE EXORTAÇÃO
1. Eleitos desde o princípio (2 Ts 2.13-17). Paulo eleva mais uma gratidão
a DEUS pelos crentes tessalonicenses (v.13). Seu pastor, dirigente e professor
da Escola Dominical louvam a DEUS por sua vida? Afirma Paulo que os
tessalonicenses foram eleitos “desde o princípio para a salvação, em
santificação do ESPÍRITO e fé da verdade” (v.13).
Observemos: a eleição antecede a predestinação conforme Ef 1.4. Há quem
propague uma eleição e predestinação extrabíblicas, que priva o ser humano do
livre-arbítrio. DEUS, porém, é justo; não faz acepção de pessoas (Dt 10.17; Ml
2.9; At 10.34; Rm 2.11; Tg 2.9). Ele não criou uns para a salvação e outros
para a perdição eterna. Como JESUS morreu por toda a humanidade,
todo o que nEle crê será salvo.
2. DEUS guarda o crente do maligno (2 Ts 2,3). Oremos uns pelos outros
para que nos guarde “dos homens maus e dissolutos, porque a fé não é de todos”.
Os obreiros, por sua vez, devem orar para que DEUS guarde os crentes (v.3).
3. Como lidar com os desordenados na igreja (2 Ts 3.6-15).
2 TESSALONICENSES 3.6 Mandamos-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor
JESUS CRISTO, que vos aparteis de todo irmão que andar
desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebeu.
3.6 TODO IRMÃO QUE ANDAR DESORDENADAMENTE. Esses que andavam desordenadamente
eram desocupados e inimigos do trabalho. Tiravam proveito da
generosidade da igreja (cf. 1 Ts 4.9,10) e dependiam, também, dos irmãos
que ganhavam a vida trabalhando normalmente (vv. 6-15).
(1) Paulo diz que tais pessoas devem ser disciplinadas mediante a
recusa de lhes dar sustento e o privá-los da comunhão da igreja (vv.
6,14).
(2) Embora Paulo ensine que se ajude aos verdadeiramente necessitados, ele
não ensina, em parte alguma, que se deva dar comida ou dinheiro às pessoas
em perfeitas condições físicas de trabalho, que não querem emprego fixo
para ganhar a vida (cf. v. 10).
7 Porque vós mesmos sabeis como convém imitar-nos, pois que não nos houvemos
desordenadamente entre vós,
1 Coríntios 4.16 Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores.
1 Coríntios 11.1 Sede meus imitadores, como também eu, de CRISTO.
1 Tessalonicenses 1.6 E vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor,
recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do ESPÍRITO SANTO, 7 de
maneira que fostes exemplo para todos os fiéis na Macedônia e Acaia.
Na igreja de Tessalônica (como ocorre em nossos dias), existem pessoas
desocupadas, desobedientes, irreverentes com as coisas santas, problemáticas e
que querem viver sem trabalhar.
a) Apartar-se do desordenado (3.6). Esta doutrina pode parecer dura. Mas a
comunhão de que desfrutamos com o santos, na igreja, é algo muito sério e
sublime; não pode ser compartilhada com quem afronta a santidade do Senhor (Rm
16.17; 1 Tm 6.5). O apóstolo evoca seu próprio exemplo de integridade (vv.
7-9). Determina ele que, “em nome de nosso Senhor JESUS CRISTO”,
devemos apartar-nos “de todo o irmão que andar desordenadamente” (v 6).
b) Se não trabalham, não comam (v.10). Paulo deixa bem claro: não deve haver
tolerância com os desordenados e desocupados. O ensino do apóstolo é incisivo:
“...se alguém não quer trabalhar, não coma também...”. Os tais, além de viverem
na ociosidade, intrometiam-se na vida dos outros (vv.11, 12). A Bíblia reprova
e execra a preguiça e à ociosidade (Pv 6.6-9; 12.27; 15.19).
“Tanto o apóstolo Paulo quanto CRISTO revelam um quadro difícil da condição de
grande parte da igreja — moral, espiritual e doutrinariamente — à medida que a
era presente chega ao seu fim (cf. Mt 24.5,10-13,24; 1 Tm 4.1; 2 Tm 4.3,4).
Paulo, principalmente, ressalta que nos últimos dias elementos ímpios
ingressarão nas igrejas em geral.
Essa ‘apostasia’ dentro da igreja terá duas dimensões. (i) A apostasia
teológica, que é o desvio de parte ou totalidade dos ensinos de CRISTO e dos
apóstolos, ou a rejeição deles (1 Tm 4.1; 2 Tm 4.3). Os falsos dirigentes
apresentarão uma salvação fácil e uma graça divina sem valor, desprezando as
exigências de CRISTO quanto ao arrependimento, à separação da imoralidade, e à
lealdade a DEUS e seus padrões (2 Pe 2.1-3, 12-19). Os falsos evangelhos,
voltados a interesses humanos, necessidades e alvos egoístas, gozarão de
popularidade. (ii) A apostasia moral, que é o abandono da comunhão salvífica
com CRISTO e o envolvimento com o pecado e a imoralidade. Esses apóstatas
poderão até anunciar a sã doutrina bíblica, e mesmo assim nada terem com os
padrões morais de DEUS (Is 29.13; Mt 23.25-28). Muitas igrejas permitirão quase
tudo, para terem muitos membros, dinheiro, sucesso e prestígio (ver 1 Tm 4.1
nota). O evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por CRISTO (Fp 1.29), de
renunciar todo pecado (Rm 8.13), de sacrificar-se pelo reino de DEUS e de
renunciar a si mesmo, será algo raro (Mt 24.12; 2 Tm 3.1-5; 4.3).” (Bíblia de
Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.1856). Leia mais Revista
Ensinador Cristão CPAD, no 23, pág. 42.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 4, Esteja Alerta e Vigilante, JESUS voltará
1º trimestre de 2016 - O Final de Todas as Coisas - Esperança e Glória Para os Salvos
Comentarista da CPAD: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 17.24-30
24 - porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até
à outra extremidade, assim será também o Filho do Homem no seu dia. 25 - Mas
primeiro convém que ele padeça muito e seja reprovado por esta geração. 26 - E,
como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do Homem.
27 - Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé
entrou na arca, e veio o dilúvio e consumiu a todos. 28 - Como também da mesma
maneira aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam
e edificavam. 29 - Mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e
enxofre, consumindo a todos. 30 - Assim será no dia em que o Filho do Homem se
há de manifestar.
RESUMO RÁPIDO - Pr. Luiz Henrique
I - A VINDA DE JESUS SERÁ REPENTINA
1. Como um relâmpago.
2. Como um ladrão.
1. Como um relâmpago.
O problema aí é só o título que pode confundir O título deveria ser
- Falsos Cristos, pois fala disto. Relâmpago é citado por JESUS se referindo à
sua vinda na segunda fase onde todo o olho o verá.
Aqui o assunto é a proliferação de falsos Cristos, como já
assistimos em nossos dias.
POLIGÂMICO - VISSARION (SIBÉRIA, RÚSSIA), MODERNINHO - DAVID
SHAPLER (INGLATERRA), JESUS MÚLTIPLO - ERNEST L. NORMAN (CALIFÓRNIA, EUA),
JESUS RASTAFÁRI - HAILÉ SELASSIÉ 1º (ETIÓPIA E JAMAICA), BRASILEIRO - INRI
CRISTO ("NOVA JERUSALÉM" (BRASÍLIA), BRASIL), JESUS SUICIDA - JIM
JONES (JONESTOWN, GUIANA), JESUS VENENOSO - SHOKO ASAHARA (TÓQUIO, JAPÃO), E.T.
- MARSHALL APPLEWHITE (SANTA FÉ, EUA), ENCARCERADO - MICHEL TRAVESSER (NOVO
MÉXICO, EUA), ANTICRISTO - JOSÉ LUIS DE JESUS MIRANDA (MIAMI, EUA).
"Então, se alguém vos disser: Eis aqui o CRISTO! Ou: Ei-lo
ali! Não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando
grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos. Vede
que vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no
deserto! Não saiais. Ou: Ei-lo no interior da casa! Não acrediteis. Porque,
assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de
ser a vinda do Filho do Homem." (Mateus 24:23-27). É espantoso a quantidade
de pessoas que esses enganadores conseguem manipular. Como já disse o relâmpago
deveria ser usado só para a vinda de JESUS na segunda fase, seria melhor. Nós
só vamos falar disso na Lição 9 - A Vinda de JESUS em Glória.
2. Como um ladrão.
Vem como um ladrão - Não quer dizer que JESUS vem roubar (ELE não é
ladrão), mesmo porque já somos Dele. Como ladrão é porque vem sem dia e sem
hora marcada. De surpresa para quem não o espera, mas para nós que somos salvos
e estamos em comunhão com o ESPÍRITO SANTO, vivendo em santidade e vigilantes
será uma hora esperada, aguardada, amada.
II - COMO FOI NOS DIAS DE NOÉ
1.Comiam e bebiam (Lc 17.27).
2. "Casavam e davam-se em casamento" (Lc 17.27).
1.Comiam e bebiam (Lc 17.27).
Comer e beber não é pecado, mas comer exageradamente é pecado -
Glutonaria. Beber bebida alcoólica ou mesmo suco de uva em excesso sabendo que
embriaga é pecado.
Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não
dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância; 1 Timóteo 3:8
Não é apenas estar ocupado comendo e bebendo, mas também estar
desatento e no pecado.
Dois problemas - ocupado não percebendo os sinais da volta de
CRISTO e em situação de pecado.
2. "Casavam e davam-se em casamento" (Lc 17.27).
Casar é coisa boa - é de DEUS – Dar-se em casamento, ou seja,
aceitar se casar com alguém do sexo oposto é bom. O problema é quando se casa
já estando casado com outra pessoa, isso é adultério. Qualquer que deixa
sua mulher, e casa com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo
marido, adultera também. Lucas 16:18- O problema é se casar com
pessoa do mesmo sexo - Isso é bestialidade, abominação. Com homem não te
deitarás, como se fosse mulher; abominação é; Levítico 18:22; - Não
erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados,
nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os
maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de DEUS. 1
Coríntios 6:10.
III - A CORRUPÇÃO GERAL NA TERRA
1. Toda a terra estava corrompida e violenta.
2. O juízo de DEUS sobre a corrupção geral.
1. Toda a terra estava corrompida e violenta.
Corrupção - tem sido a marca de nossa geração – nunca se viu tanta,
ou pelo menos nunca se soube de tanta corrupção como em nossos dias.
A corrupção da lição é o que nos corrompe, o que nos prende à
terra, o que pode nos impedir de estarmos prontos para o arrebatamento.
Somos corrompidos pelo que para não sermos arrebatados? Essa é a
questão.
Cantores e outros crentes mais, dividindo o mesmo palco com
cantores mundanos, isso é forma de corrupção. Grana e Fama envolvidos aí.
A corrupção da lição é o que nos corrompe, o que nos prende à
terra, o que pode nos impedir de estarmos prontos para o arrebatamento.
Amor ao dinheiro por exemplo. Viver na prática do aceitar suborno e
subornar.
Adultério, prostituição, roubo, homossexualidade, lesbianismo,
viciado em pornografia na internet, etc...
Embora a corrupção na lição não seja esta da mídia de hoje (dos
políticos, líderes das igrejas, comerciantes, até a gorjeta do guarda de
trânsito), podemos até nos lembrar da corrupção geral dos políticos
brasileiros, inclusive e principalmente dos políticos evangélicos.
Violência – tem começado dentro dos lares, filhos matando pais,
maridos matando esposas. Com a multiplicação dos carros e motos, nunca se teve
tantas mortes no trânsito como vemos em nossos dias. Assaltos são constantes na
vida de qualquer cidadão hoje em dia, as pessoas honestas vivem presas em suas
casas e os ladrões soltos pelas ruas. Estupros, pedofilia, e por incrível que
pareça a diversão maior de jovens passou a ser assistir lutas de UFC MMA onde
duas pessoas se machucam brutalmente sangrando por toda parte. Infelizmente
crentes têm dado muito valor a essas coisas.
Nós temos que mudar essa situação, temos que parar de corromper as
pessoas e de sermos corrompidos por elas, temos de parar de valorizar a
violência. O mundo precisa conhecer a paz e o amor de DEUS.
Imagine, o Brasil tem 10% dos homicídios do mundo. É no mínimo
absurdo. oremos mais, evangelizemos mais.
2. O juízo de DEUS sobre a corrupção geral.
DEUS resolveu destruir toda a humanidade através do dilúvio (Gn
6.5-7).
Certamente o segundo maior Juízo de DEUS sobre a Terra será a
Grande Tribulação que virá sobre aqueles que se esquecem de DEUS. na primeira
parte da grande Tribulação será o juízo da falta do ESPÍRITO SANTO na Terra,
presente somente nas duas testemunhas e nos 144 mil judeus. (Porque já o
mistério da injustiça opera; somente há um que agora o retém até que do meio
seja tirado; 2 Tessalonicenses2:7).
Será fácil para o anticristo enganar as nações, ele se fará passar
pelo próprio CRISTO. fará sinais e prodígios. Será ferido de chaga mortal e
reviverá, fará até fogo descer do céu. Ainda bem que nós não passaremos por
esta época por aqui, já estaremos no céu com o Senhor! Glória a DEUS! Então p
juízo de DEUS está próximo para esta geração corrompida e perversa. Não se
misture a ela. Vigie, santifique-se.
Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se
esquecem de DEUS. Salmos 9:17
IV – COMO FOI NOS DIAS DE LÓ
1. Dias de intensa corrupção.
2. A corrupção mundial.
3. A destruição da família.
1. Dias de intensa corrupção.
"Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló:
comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam" (Lc 17.28).
Isso significa que nos dias de Ló estavam muito ocupados para
perceberem que o pecado já se tornara exageradamente perigoso para eles. Se
esqueceram de que o planeta não é de tolos pecadores, mas de um DEUS santo e
poderoso que não tolera que o desafiem. Comiam, mas com glutonaria; Bebiam, mas
se embriagavam; Compravam, mas muitas de suas mercadorias eram roubadas de
outros ou contrabandeadas (para atualizar com nossos dias); Vendiam, mas
superfaturadas ou sem recolher os devidos impostos (para atualizar com nossos
dias); Plantavam, mas com sementes modificadas geneticamente, ou plantavam
drogas como a maconha, o fumo, ou a coca (para atualizar com nossos dias);
edificavam, mas com material inadequado e financiamentos fraudulentos (para
atualizar com nossos dias).
O pecado estava sempre por detrás de seus empreendimentos. Estavam
sem vigiar e na prática do pecado.
2. A corrupção mundial.
Estados Unidos, uma nação onde a maioria das pessoas se diz cristã,
aprovou o "casamento gay". Este país é hoje anfitrião da maior igreja
de Satanás do mundo, é responsável pela distribuição da maior quantidade de
drogas do planeta, maior distribuição de filmes pornográficos, de violência e
responsável pela maior venda de armas do mundo. Se tornou uma nação íntima de
Satanás. Se gastasse com ajuda humanitária um, terço do gasta com viagens
espaciais, a fome do mundo seria erradicada.
O Brasil hoje sente falta do dinheiro enviado a grupos terroristas,
do dinheiro aplicado em países comunistas e no dinheiro gasto erradamente em
investimentos num produto controlado pelos árabe e americanos, o petróleo (mais
barato importar do que produzir, já que a corrupção neste setor está todo
ocupado por corruptos profissionais que roubam o Brasil).
O Brasil é o maior país católico do mundo, onde a
idolatria, a feitiçaria, o espiritismo são elogiados pelo mundo. O turismo
sexual no Brasil é conhecido no mundo e a pedofilia é explorada por marginais
em todo país.
Enquanto a igreja brasileira perde tempo com a mídia e em roubar
fiéis uns dos outros, milhões de vidas são ceifadas por Satanás.
Até quando SENHOR suportarás essa situação?
3. A destruição da família.
No Brasil, temos visto vários projetos cujo objetivo é dar fim ao
modelo bíblico, cristão de família.
Agora querem tornar a prostituição uma profissão. Isso é provocar a
ira de DEUS sobre nossa nação, mas vem a eleição aí e ainda tem crente que vai
votar nesse partido maligno. Querem também colocar ensino sexual para crianças
ensinando pedofilia, ensinando que ninguém nasce nem homem e nem mulher, pode
escolher depois o que vai ser. Ô partido de Satanás.
Pode ser nossa família por exemplo - Para agradar a família podemos
estar na praia Domingo pela manhã na hora da EBD. Num Sítio, Ou mesmo passarmos
a noite em filmes junto com a família e dormirmos até tarde no Domingo e não
irmos para a EBD. Esse é um exemplo bom.
A explicação para o recorde de divórcios registrados no país também
está no Direito: desde julho do ano passado, uma mudança na legislação
facilitou o acesso ao divórcio, acabando com o instituto da separação, com os
altos preços de alguns processos e com os prazos longos. “Hoje é mais barato,
rápido e acessível”
Comentários de vários autores com alguma modificações do Pr. Luiz
Henrique
Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea - Dicionário Bíblico
Wycliffe
VIGIAR, OBSERVAR, PRESTAR ATENÇÃO - Cinco palavras são assim
traduzidas no AT, das quais shamar talvez seja a mais comum. Cinco também são
assim traduzidas no NT, sendo gregoreo a mais utilizada delas. Este verbo
significa ficar acordado, alerta, dar total atenção, para evitar que por
negligência ou indolência algumas calamidades destrutivas atinjam a vida de
alguém (Mt 24.42; 25.13; Ap 16.15), ou ainda para evitar que alguém negue ou
abandone a CRISTO (Mt 26.41) ou caia em pecado (1 Ts 5.6; 1 Co 16.13; !Pe5.8;Ap3.2ss.).
Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea - Dicionário Bíblico
Wycliffe
O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO - BEP - CPAD
1Jo 2.15,16 "Não ameis o mundo, nem o que no mundo há.
Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no
mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da
vida, não é do Pai, mas do mundo."
A palavra "mundo" (gr. kosmos) frequentemente se refere
ao vasto sistema de vida desta era, fomentado por Satanás e existente à
parte de DEUS. Consiste não somente nos prazeres obviamente malignos, imorais e
pecaminosos do mundo, mas também se refere ao ESPÍRITO de rebelião que
nele age contra DEUS, e de resistência ou indiferença a Ele e à
sua revelação. Isso ocorre em todos os empreendimentos humanos que não
estão sob o senhorio de CRISTO. Na presente era, Satanás emprega as idéias
mundanas de moralidade, das filosofias, psicologia, desejos, governos, cultura,
educação, ciência, arte, medicina, música, sistemas econômicos, diversões,
comunicação de massa, esporte, agricultura, etc, para opor-se a DEUS, ao
seu povo, à sua Palavra e aos seus padrões de retidão (Mt 16.26; 1Co 2.12;
3.19; Tt 2.12; 1Jo 2.15,16; Tg 4.4; Jo 7.7; 15.18,19; 17.14 ). Por
exemplo, Satanás usa a profissão médica, para defender e promover
a matança de seres humanos nascituros; a agricultura para produzir drogas
destruidoras da vida, tais como o álcool e os narcóticos; a educação, para
promover a filosofia ímpia humanista; e os meios de comunicação em massa, para
destruir os padrões divinos de conduta. Os crentes devem estar conscientes
de que, por trás de todos os empreendimentos meramente humanos, há um
espírito, força ou poder maligno que atua contra DEUS e a sua Palavra. Nalguns
casos, essa ação maligna é menos intensa; noutros casos, é mais.
Finalmente, o "mundo" também inclui todos os sistemas religiosos originados
pelo homem, bem como todas as organizações e igrejas mundanas, ou mornas.
(1) Satanás (ver Mt 4.10) é o DEUS do presente sistema mundano (ver
Jo 12.3; 14.30; 16.11; 2Co 4.4; 5.19). Ele o controla juntamente com uma
hoste de espíritos malignos, seus subordinados (Dn 10.13; Lc 4.5-7; Ef
6.12,13).
(2) Satanás tem o mundo organizado em sistemas políticos,
culturais, econômicos e religiosos que são inatamente hostis a DEUS e ao
seu povo (Jo 7.7; 15.18,19; 17.14; Tg 4.4; 2.16) e que se recusam a submeter-se
à sua verdade, a qual revela a iniquidade do mundo (Jo 7.7).
(3) O mundo e a igreja verdadeira são dois grupos distintos de
povo. O mundo está sob o domínio de Satanás (ver Jo 12.31); a igreja
pertence exclusivamente a DEUS (Ef 5.23,24; Ap 21.2). Por isso, o crente deve
separar-se do mundo.
(4) No mundo, os crentes são forasteiros e peregrinos (Hb 11.13;
1Pe 2.11). (a) Não devem pertencer ao mundo (Jo 15.19), não se conformar
com o mundo (ver Rm 12.2), não amar o mundo (2.15), vencer o mundo (5.4), odiar
a iniquidade do mundo (ver Hb 1.9), morrer para o mundo (Gl 6.14) e ser
libertos do mundo (Cl 1.13; Gl 1.4). (b) Amar o mundo (cf. 2.15) corrompe
nossa comunhão com DEUS e leva à destruição espiritual. É impossível amar o
mundo e ao Pai ao mesmo tempo (Mt 6.24; Lc 16.13; ver Tg 4.4). Amar o mundo
significa estar em estreita comunhão com ele e dedicar-se aos seus
valores, interesses, caminhos e prazeres. Significa ter prazer e satisfação
naquilo que ofende a DEUS e que se opõe a Ele (ver Lc 23.35). Note, é
claro, que os termos "mundo" e "terra" não são sinônimos;
DEUS não proíbe o amor à terra criada, i.e., à natureza, às montanhas, às
florestas, etc.
(5) De acordo com 2.16, três aspectos do mundo pecaminoso são
abertamente hostis a DEUS: (a) "A concupiscência da carne", que
inclui os desejos impuros e a busca de prazeres pecaminosos e a gratificação
sensual (1Co 6.18; Fp 3.19; Tg 1.14). (b) "A concupiscência dos
olhos", que se refere à cobiça ou desejo descontrolado por coisas
atraentes aos olhos, mas proibidas por DEUS, inclusive o desejo de olhar
para o que dá prazer pecaminoso (Êx 20.17; Rm 7.7). Nesta era moderna,
isso inclui o desejo de divertir-se contemplando pornografia, violência,
impiedade e imoralidade no teatro, na televisão, no cinema, ou em
periódicos (Gn 3.6; Js 7.21; 2 Sm 11.2; Mt 5.28). (c) "A soberba da
vida", que significa o ESPÍRITO de arrogância, orgulho e independência
autossuficiente, que não reconhece DEUS como Senhor, nem a sua
Palavra como autoridade suprema. Tal pessoa procura exaltar, glorificar e
promover a si mesma, julgando não depender de ninguém (Tg 4.16).
(6) O crente não deve ter comunhão espiritual com aqueles que vivem
o sistema iníquo do mundo (ver Mt 9.11; 2Co 6.14) deve reprovar
abertamente o pecado deles (Jo 7.7; Ef 5.11), deve ser sal e luz do mundo para
eles (Mt 5.13,14), deve amá-los (Jo 3.16), e deve procurar ganhá-los para
CRISTO (Mc 16.15; Jd 22,23).
(7) Da parte do mundo, o verdadeiro cristão terá tribulação (Jo
16.33), ódio (Jo 15.19), perseguição (Mt 5.10-12) e sofrimento em geral
(Rm 8.22,23; 1Pe 2.19-21). Satanás, usando as atrações do mundo, faz um esforço
incessante para destruir a vida de DEUS dentro do cristão (2Co 11.3; 1Pe
5.8).
(8) O sistema deste mundo é temporário e será destruído por DEUS
(Dn 2.34,35, 44; 2Ts 1.7-10; 1Co 7.31; 2Pe 3.10; Ap 18.2).
A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE - BEP - CPAD
2Co 6.17,18 "Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o
Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai,
e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso".
O conceito de separação do mal é fundamental para o relacionamento
entre DEUS e o seu povo. Segundo a Bíblia, a separação abrange duas
dimensões, sendo uma negativa e outra positiva: (a) a separação moral e
espiritual do pecado e de tudo quanto é contrário a JESUS CRISTO, à
justiça e à Palavra de DEUS; (b) acercar-se de DEUS em estreita e
íntima comunhão, mediante a dedicação, a adoração e o serviço a Ele.
(1) No AT, a separação era uma exigência contínua de DEUS para o
seu povo (Lv 11.44 ; Dt 7.3; Ed 9.2 ). O povo de DEUS deve ser santo, diferente
e separado de todos os outros povos, a fim de pertencer exclusivamente a
DEUS. Uma principal razão por que DEUS castigou o seu povo com o desterro
na Assíria e Babilônia foi seu obstinado apego à idolatria e ao modo pecaminoso
de vida dos povos vizinhos (ver 2Rs 17.7,8 ; 24.3 ; 2Cr 36.14 ; Jr 2.5, 13
; Ez 23.2; Os 7.8 ).
(2) No NT, DEUS ordenou a separação entre o crente e (a) o sistema
mundial corrupto e a transigência ímpia (Jo 17.15,16; 2Tm 3.1-5; Tg 1.27;
4.4;); (b) aqueles que na igreja pecam e não se arrependem de seus pecados
(Mt 18.15-17; 1Co 5.9-11; 2Ts 3.6-15); e (c) os mestres, igrejas ou seitas
falsas que aceitam erros teológicos e negam as verdades bíblicas (ver Mt 7.15;
Rm 16.17; Gl 1.9 ; Tt 3.9-11; 2Pe 2.17-22; 1Jo 4.1; 2Jo 10,11; Jd
vv.12,13).
(3) Nossa atitude nessa separação do mal, deve ser de (a) ódio ao
pecado, à impiedade e à conduta de vida corrupta do mundo (Rm 12.9; Hb
1.9; 1Jo 2.15), (b) oposição à falsa doutrina (Gl 1.9), (c) amor genuíno para
com aqueles de quem devemos nos separar (Jo 3.16; 1Co 5.5; Gl 6.1; cf. Rm
9.1-3; 2Co 2.1-8; 11.28,29; Jd v. 22) e (d) temor de DEUS ao nos
aperfeiçoarmos na santificação (7.1).
(4) Nosso propósito na separação do mal, é que nós, como o povo de
DEUS, (a) perseveremos na salvação (1Tm 4.16; Ap 2.14-17), na fé (1Tm
1.19; 6.10, 20,21) e na santidade (Jo 17.14-21; 2Co 7.1); (b) vivamos
inteiramente para DEUS como nosso Senhor e Pai (Mt 22.37; 2Co 6.16-18) e
(c) convençamos o mundo incrédulo da verdade e das bênçãos do evangelho
(Jo 17.21; Fp 2.15).
(5) Quando corretamente nos separarmos do mal, o próprio DEUS nos
recompensará, acercando-se de nós com sua proteção, sua bênção e seu
cuidado paternal. Ele promete ser tudo o que um bom Pai deve ser. Ele será
nosso Conselheiro e Guia; Ele nos amará e de nós cuidará como seus
próprios filhos (6.16-18).
(6) O crente que deixa de separar-se da prática do mal, do erro, da
impureza, o resultado inevitável será a perda da sua comunhão com DEUS
(6.16), da sua aceitação pelo Pai (6.17), e de seus direitos de filho (6.18;
cf. Rm 8.15,16).
A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS
O reino dos céus será semelhante as dez
virgens (v. 1).
Está parábola tem como material uma cena do
casamento oriental, que não sofreu grande alteração com o decurso do tempo. O
esposo ou noivo contratado ia à casa da noiva, para dali ser reconduzido em
companhia dos amigos, geralmente em número de dez para a ceia nupcial. Dez era
o símbolo da perfeição; o número regular de membros de membros da família para
a participação da Páscoa; condição para organizar-se uma sinagoga, número dos
mandamentos do decálogo; o número de amigas no casamento de Booz com Rute.
(Rute 4:2).
Virgens significavam que eram
irrepreensíveis, figurando os crentes cuja vida exterior estava sem qualquer
mancha. Os que seguem o cordeiro são chamados virgens. (Ap. 14:4).
Cinco dentre elas eram néscias. (v.2).
representam aqueles que vivem, na igreja, professam o nome de CRISTO, porém
vivem alienados da palavra de DEUS, vivem de um modo displicente e
descompromissados dos valores do reino de DEUS. As prudentes representam
aqueles que vivem em harmonia com a palavra de DEUS, que amam e guardam os
preceitos do Senhor em seus corações, que vivem a vida cristã em toda a sua
plenitude.
As loucas ao tomarem suas lâmpadas não
levaram azeite consigo. (v.3). Lâmpada fala da igreja, quando João teve a visão
de CRISTO glorificado, ele o viu entre sete candeeiros de ouro (Ap. 1:12-13).
No capítulo 1 verso 20, o próprio CRISTO diz que os candeeiros são as igrejas.
O azeite na Bíblia é símbolo do ESPÍRITO SANTO, então nossas lâmpadas precisam
se encontrar sempre cheias de azeite. Quando falta azeite do ESPÍRITO SANTO o
crente não se exercita na oração, na leitura da bíblia e no trabalho do Senhor.
Quando falta o azeite o crente, não exerce vigilância sobre suas afeições,
donde procedem as fontes da vida, então a lâmpada corre o risco de se apagar.
As prudentes, além das lâmpadas levaram
azeite nas vasilhas. (v.4). Só se conhece um crente prudente, sensato na ora da
provação. É somente na hora do desapontamento imprevisto, da tentação
repentina, ou da tristeza inesperada que se revela a profundeza de caráter e
quanto a de verdadeira consagração na vida do crente.
Tardando o noivo, adormeceram (v.5)
Houve uma demora inesperada, como parece
acontecer com a Segunda vinda de CRISTO; e essa demora serviu para revelar a
prudência das virgens. O decorrer dos anos descobre em nós o que? Prudência?
Insensatez?
A meia-noite ouviu-se um grito. (v.6), a
vinda de CRISTO é possível em qualquer época e não é impossível em nossa época,
diz Trench, sendo a incerteza nossa expectativa um motivo para a diligência e
santidade. O grito da meia noite, é o grito revelador. É a hora do sono
profundo, e por isso menos esperada, é a hora que os homens têm menos esperança
e resolvem descansar.
(Lc. 12:20; I Tes. 5:2)
As néscias disseram as prudentes: Dói-nos
da vosso azeite. (v.8)
No dia da revelação das coisas ocultas, na
hora do balanço geral, da prestação de contas, é que as néscias vão com
surpresa verificar a falta de azeite, elas também estavam aguardando a chegada
do noivo. Tinham as lâmpadas em suas mãos mais faltava o essencial – o azeite.
O pedido que as néscias fizeram, não pôde ser atendido.
Mas as prudentes disseram: não! (v.9), não
podemos conceder vossa vida espiritual ao próximo; nem podemos tomar emprestada
a graça do irmão. Ide compare Is. 55:1.
Entraram com ele para as que estavam
apercebidas, entraram com eles para as bodas, e fechou-se a porta como se
fechou a porta da arca, como se fecharam as portas do templo da cidade de
Jerusalém, para a alegria e segurança dos que achavam dentro, e tristeza e
exclusão dos que ficaram fora, assim se fechará a porta.
Chegarão as virgens néscias clamando
(v.11)
As virgens loucas tentarão buscar azeite de
última hora, quando voltarão encontrarão a porta fechada, baterão, clamarão,
pedirão que o Senhor abra porém será tarde demais.
Em verdade vos digo que vos conheço (v.12).
Muitos dirão naquele dia, Senhor, em teu
nome expulsamos demônios, curamos enfermos, ele dirá: Apartai-vos de mim...
Sabemos pelas Sagradas Escrituras, que é chegado o
momento de CRISTO vir arrebatar a sua Igreja. Não sabemos se virá Ele na
primeira vigília, se aparecerá na segunda ou na terceira, ou se haverá de
romper os céus aos primeiros clarões da alva. De uma coisa, porém,
estejamos certos: JESUS breve virá! Estará você preparado para este dia e
hora?
Muitos serão surpreendidos pela vinda do Senhor. Embriagados pelas
ânsias desta vida, teimam em viver como se a vinda de JESUS fosse a mais
remota das hipóteses. À semelhança daqueles escarnecedores referidos pelo
apóstolo Pedro, perguntam: “Onde está a promessa da sua vinda?” O que tais
crentes não sabem é que já estamos em plena era escatológica; vivemos
os últimos dias desta dispensação. Estarás tu vigiando, quando JESUS
voltar?
Mateus - Série Cultura Bíblica - R.V.G Tasker
As Dez Virgens (25.1-13; somente em Mateus, mas comparar com Lucas
12.35-37.
Conquanto a primeira palavra do v. 1, Então (lote), seja muitas
vezes neste evangelho apenas uma partícula transitiva sem nenhum significado
cronológico, parece que aqui deve ser construída com um sentido temporal, sendo
a referência ao dia que desempenha papel tão importante na seção anterior.
Assim Knox traduz corretamente, ''Quando chegar aquele dia, o reino do céu será
semelhante ... " No capítulo 24, a certeza e o caráter subitâneo da
parousia, e a suprema necessidade de estarem os discípulos preparados para ela,
são salientados com extrema solenidade. A parábola das dez virgens complementa
a parábola do servo fiel e do infiel que a antecede imediatamente. Nela se dá
mais um quadro da condição em que os discípulos se verão na parousia, se
deixarem de preparar-se para ela. O dia da oportunidade, descobrirão eles
então, terá passado para sempre; e terá chegado o tempo de efetuar-se rápida e
permanente separação entre os que estão prepara os para entrar na vida eterna a
eles possibilitada por Aquele a quem aceitaram como o seu Rei, e aqueles que,
embora nominalmente sujeitasse a esse Rei, falharam no cumprimento das suas
obrigações espii1tuais, por negligência, falta de previdência, ou
irresponsabilidade. A estes o caminho para a festa de casamento, símbolo da
alegria do reino do céu, estará permanentemente impedido. Há uma terrível
finalidade em torno das palavras, e fechou-se a porta (10).
Esta estreita conexão entre a parábola e o ensino sobre a parousia,
no capítulo anterior torna difícil ao leitor divisar a característica precisa
dos costumes matrimoniais dos judeus que aqui está sendo empregada com
ilustração. No tempo de JESUS, normalmente havia três estágios no processo
matrimonial. Primeiro vinha o compromisso, quando era feito um contrato formal
entre os respectivos pais da noiva e do noivo. A este seguia-se o noivado,
cerimônia feita na casa dos pais da noiva, quando promessas mútuas eram feitas
pelas partes contratantes diante de testemunhas, e o noivo dava presentes a sua
prometida. O homem e a mulher ficavam unidos um ao outro pela cerimônia de
noivado, apesar de ainda não serem de fato marido e mulher; na verdade, tão
obrigatório era o noivado que, se o homem morresse durante o período de sua
duração, a mulher era considerada viúva; o cancelamento de um noivado não era
permitido; se, porém, acontecia tal coisa, era semelhante a um divórcio''!
Finalmente, depois do transcurso de cerca de um ano havia o casamento, quando o
noivo, acompanhado dos seus amigos, ia buscar a noiva na casa do seu pai e a
levava em cortejo para sua casa, onde se fazia a festa de casamento. É bem
provável que seja este o cortejo que dez jovens da história retratadas como
indo encontrar, quer como damas de honra oficiais são da noiva, quer como
criadas do noivo, quer como filhas de amigos e vizinhos, não temos meios de
sabê-lo.
Porque a parábola se relaciona com a parousia do Filho do homem o
noivo é a figura central. Não se faz menção alguma da noiva, quer o v. 1, quer
no chamamento à ação no v. 2, Eis o noivo, quer na chegada da comitiva do
casamento, no v. 10. É verdade que as palavras, ''e a noiva'', se acham depois
de, o noivo, no v. 1, nas versões da Velha Latina e na Vulgata Latina, no grego
bilingue do Codex Bezae, e nas versões siríacas uma forte combinação de
testemunhas, mas provavelmente não é esta redação original, e não é seguida nas
versões inglesas. As palavras foram acrescentadas mais tarde, parece, para
ajustar mais a história aos costumes judaicos de casamento. Por outro lado,
alguns eruditos têm argumentado em favor da sua autenticidade baseados em que é
razoável supor que elas teriam sido omitidas quando se tornou costumeiro pensar
em JESUS como o Noivo celeste e na igreja como sua noiva, à luz de Efésios
5.25. Mas se o propósito primário da parábola era acentuar a importância de
estar preparado para a vinda final de JESUS (suposição que tanto o contexto em
que se acha a parábola como a sua admoestação no final parecem impelir o leitor
a fazer), a menção da noiva teria sido enganosa. Além disso, são as dez virgens
da história que representam a igreja à espera do retorno do seu Senhor. A
igreja tem em seu seio, como está implícito, os que estão preparados e os que
não estão, embora não necessariamente em proporção igual, pois as palavras,
cinco dentre elas eram néscias, e cinco prudentes, têm sentido geral, não exato.
O que diferencia as néscias das prudentes é precisamente o fracasso
das primeiras em não encararem a possibilidade de que o noivo, o seu Senhor em
regresso, possa chegar mais cedo ou mais tarde do que esperam, e que, seja qual
for o caso, a vinda será tão repentina que não dará oportunidade para corrigir
deficiências descobertas nessa ocasião. A afirmação do v. 5 de que todas as
jovens ''ficaram sonolentas e caíram no sono'' (Knox) não é feita a modo de
recriminação, mas para pôr em relevo a verdade de que quando elas eventualmente
se levantassem, não teriam tempo para nada, exceto para reabastecer as suas
lâmpadas. Tampouco poderiam aquelas que tinham em suas vasilhas o óleo
disponível e necessário para este fim prestar uma assistência de última hora às
que vieram sem ele. A graça salvadora, ensina-se aqui, é uma possessão pessoal
intransferível. Quando chegar o dia final da salvação, ninguém poderá livrar o
seu irmão. Cada qual será, com respeito a isto, árbitro do seu próprio destino.
Esta verdade é sublinhada na réplica das prudentes, quando lhes pedem que
repartam o seu suprimento com as néscias. Não! Para que não nos falte a nós e a
vós outras. A VR e a VPR tornam esta réplica muito mais polida, mas muito menos
decisiva: porventura'' (VPR: ''talvez'') não haverá o bastante para nós e
vós''. Mas se se seguir a redação m'epote ou nê arkese. e não a variante
,nepo-te ouk arkesê, a resposta deveria ser, e talvez devesse ser menos polida
e mais enfática: ''Nunca! Certamente não haverá o bastante para nós e vós''.
Esta recusa intransigente é seguida pela injunção semi-irônica, ide antes aos
que o vende, e comprai-o. Como já passava da meia-noite, não admira que não se
pudesse fazer a compra a tempo!
A parábola termina com uma ordem para sermos vigilantes e estarmos
preparados, e com um arrazoado que ecoa em 24.36. O dia e a hora da parousia
continuam desconhecidos. O acréscimo explicativo, em que há de vir o Filho do
homem (V A) está ausente das mais antigas autoridades do texto, e deve
omitir-se, como o fazem a VR e a RA.
Mateus - Série Cultura Bíblica - R.V.G Tasker
Ap 16.15 Aguardemos a vinda do Senhor vigiando
15 Eis que venho como ladrão! Bem-aventurado aquele que vigia e
guarda as suas vestes, para não andar nu, e não se veja a sua vergonha.
COMO O LADRÃO DE NOITE.
A metáfora sobre o ladrão de noite significa que o tempo do início
do Dia do Senhor é incerto e imprevisto. Não há maneira de prever a sua data
(ver Mt 24.42-44).
A advertência de CRISTO aos seus discípulos para estarem sempre
apercebidos para a sua vinda, por não saberem quando ela se dará, cremos ser
uma referência à volta de CRISTO, vindo do céu, para tirar do mundo os santos
da Igreja, i.e., o arrebatamento (ver Jo 14.3). (1) JESUS afirma claramente que
sua vinda para levar os santos antes da tribulação será numa ocasião
inesperada. Ele não somente declara que eles não sabem a hora (v. 42), mas
também que Ele voltará à hora em que não pensais (v. 44). Isto indica
claramente que haverá surpresa, espanto, e que os fiéis não saberão o momento
certo da sua vinda. Assim sendo, para os santos da igreja, JESUS virá num
momento inesperado (v. 44). Isto claramente fala de surpresa, pasmo e rapidez
nesta específica fase da vinda de CRISTO. Este evento é chamado de primeira
fase da segunda vinda de CRISTO. (2) Quanto à vinda de CRISTO com poder e
grande glória, para julgar o mundo depois da tribulação (v. 30; Ap 19.11-21),
ela será aguardada e prevista. O cumprimento dos eventos e sinais
durante a tribulação suscitará nos santos a certeza e a expectativa da ocasião
da volta de CRISTO, ao passo que os santos da igreja dos dias atuais terão
surpresa por ocasião do seu arrebatamento (ver 24.44; Jo 14.3). A vinda de
CRISTO depois da tribulação é comumente chamada a segunda fase da vinda de
CRISTO
1 Ts 3.13 Esperemos a CRISTO em santidade
13 Possa ele vos confirmar os corações, para que sejais
irrepreensíveis em santidade diante de nosso DEUS e Pai, na vinda de nosso
Senhor JESUS com todos os seus santos.
IRREPREENSÍVEIS EM SANTIDADE... NA VINDA DE NOSSO SENHOR. Paulo
frequentemente orava pensando na volta de CRISTO (cf. Fp 1.10). Considerava que
seria uma tragédia se, na volta do Senhor, alguns da igreja fossem
surpreendidos vivendo em pecado ou indiferentes. JESUS salientou esse mesmo
interesse (Mt 24.42-51; 25.1-13). À luz da volta de CRISTO, o padrão bíblico é
estarmos "irrepreensíveis em santidade". Devemos ser sincera e
totalmente dedicados ao Senhor e separados de tudo quanto o ofende. O termo
"com todos os seus santos" se refere aos crentes fiéis que já
morreram, e que agora estão com o Senhor no céu
1 Ts 5.23 Aguardemos a CRISTO vivendo irrepreensivelmente
23 O mesmo DEUS de paz vos santifique completamente. E todo o vosso
espírito, alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a
vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO.
VOS SANTIFIQUE EM TUDO.
A oração final de Paulo em favor dos crentes tessalonicenses é que
sejam santificados no corpo, na alma e no espírito.
A santificação pode significar uma outra experiência específica e
decisiva, à parte da salvação inicial. O crente pode receber de DEUS uma clara
revelação da sua santidade, bem como a convicção de que DEUS o está chamando
para separar-se ainda mais do pecado e do mundo e a andar ainda mais perto dEle
(2Co 6.16-18). Com essa certeza, o crente se apresenta a DEUS como sacrifício
vivo e santo e recebe da parte do ESPÍRITO SANTO graça, pureza, poder e vitória
para viver uma vida santa e agradável a DEUS (Rm 12.1,2; 6.19-22).
2 Tm 4.8 Na vinda de JESUS receberemos a coroa da justiça
8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o
Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a
todos os que amarem a sua vinda.
A COROA DA JUSTIÇA.
Por ter Paulo permanecido fiel ao seu Senhor e ao evangelho que lhe
foi confiado, o ESPÍRITO lhe testificou que a aprovação amorosa de DEUS e a
"coroa da justiça" o aguardavam no céu. DEUS tem reservado no céu
galardões para todos que conservam a fé com justiça (cf. Mt 19.27-29; 2 Co
5.10).
2 Tm 4.8 Esperemos o Senhor, amando a sua vinda
8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o
Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a
todos os que amarem a sua vinda.
OS QUE AMAREM A SUA VINDA. Os cristãos do NT anelavam grandemente a
volta do Senhor para levá-los daqui, para ficarem com Ele para sempre (ver 1 Ts
4.13-18; cf. Fp 3.20,21; Tt 2.13). Uma marca distintiva dos fiéis de DEUS é que
eles se sentem fora do seu lugar, neste mundo, e já daqui eles aguardam o seu
lar celestial (cf. Hb 11.13-16)
Tg 5.7 Com paciência, esperemos a vinda do Senhor
7 Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Vede que o
lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até
receber as primeiras e as últimas chuvas.
SEDE... PACIENTES ATÉ A VINDA DO SENHOR. A volta de CRISTO está
próxima (v. 8). Ele virá como juiz para castigar os ímpios e recompensar os
justos e livrá-los das injustiças que sofreram (v. 9). A paciência é a virtude
de suportar a injustiça, o sofrimento, as aflições, etc., confiando a nossa
vida na mão de DEUS, tendo fé nEle para corrigir todas as coisas na sua vinda
(Dt 32.35; Rm 12.12; Hb 10.30; 12.1,2; ver Jó 2.3; Sl 73.17)
I. O QUE SIGNIFICAR VIGIAR
Vigiar é um dos verbos mais conhecidos nos arraiais evangélicos.
Leva-nos esta palavra a uma ordem expressa e urgente de Nosso Senhor JESUS
CRISTO: “Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho
do Homem há de vir” (Mt 25.13). Tal mandamento, deu-nos Ele pouco antes do
início de sua paixão, morte e ressurreição. O que significa, porém, vigiar?
1. Definição. Este vocábulo significa:
observar atentamente, tomar cuidado, estar acordado, velar com toda
atenção, postar-se como sentinela, precaver-se. É uma palavra rica em
significados. Quando CRISTO a usou, sabia Ele perfeitamente que os
seus servos, nestes tempos difíceis e trabalhosos, teriam de munir-se de
todos os cuidados possíveis, a fim de não serem subvertidos pelos
acontecimentos que haveriam de preceder o soar da última trombeta.
2. Conceituação teológica. “Vigiar,
no original, é um verbo mui sugestivo; significa estar sóbrio e manter a
mente limpa. Nestes dias de intensa fúria das forças do mal, conservemos
nossas mentes em contínuo equilíbrio para que não percamos de vista a
vinda de CRISTO. Como, porém, manter o equilíbrio em meio a tantas
pressões? Através da oração e súplica. Quanto mais buscarmos a face de
DEUS, mais aptos estaremos para resistir ao período derradeiro da Igreja
na terra”. (Dicionário de Escatologia Bíblica, 1998, p.177, CPAD).
Diante do exposto, a pergunta não pode ser ignorada: Estamos
realmente vigiando? Ou, simplesmente, estamos a brincar de crentes, como
se este mundo, que jaz no maligno, fosse um
imenso parque de diversões? Irmão, não estamos num parque de
diversões; encontramo-nos num campo de batalha, onde nos defrontamos com
um inimigo cruel e astuto. Mas nós
haveremos de vencê-lo através do sangue do Cordeiro. Aleluia!
II. OLHAI, VIGIAI E ORAI
Ao transcrever o Sermão Profético de Nosso Senhor, o evangelista
Marcos registra uma ênfase que todos deveríamos levar em consideração:
“Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo” (Mc
13.33). Vejamos, a seguir, o porquê da ênfase que JESUS empregou
nesta ordem escatológica.
1. Olhai. Este imperativo leva o crente
a olhar para todos os acontecimentos que, nestes últimos dias, estão
marcando a Igreja de CRISTO e a História Universal. Lembra-se do que estudamos
nas primeiras lições deste trimestre? Na segunda lição, vimos que a Igreja
vem sendo atacada por uma onda inédita de heresias, apostasias. Na
terceira, realçamos os sinais mencionados pelo Senhor em seu Sermão
Profético.
Por conseguinte, “quando essas coisas começarem a acontecer, olhai
para cima e levantai a vossa cabeça, porque a vossa redenção está próxima”
(Lc 21.28). Contemplemos os sinais não com espanto e medo; contemplemo-los
com pleno regozijo; afinal, estão eles a assinalar-nos de que breve JESUS
voltará.
2. Vigiai. Como já vimos acima, o vigiar
diz respeito à nossa conduta e ao nosso andar como discípulos de CRISTO
JESUS. Os que não vigiam, estão a agir como aqueles servos das
parábolas do Senhor. Um resolveu enterrar o talento; outro pôs-se a espancar
os conservos; as néscias dormiram sem se aperceberem de azeite. E, assim,
quando o Senhor voltou, encontrou todos desprevenidos. Está você vigiando?
Ou acha que JESUS nunca nos chamará a prestar contas?
3. Orai. Como viver sem oração num mundo que,
declaradamente, jaz no maligno? O apóstolo Paulo, ao discorrer sobre estes
dias aos irmãos de Tessalônica, exortou-os: “Orai sem cessar” (1Ts
5.17). Oremos, pois, em todo o tempo, a fim de que o Senhor nos leve a viver de
vitória em vitória.
III. VIGIAI EM SANTIDADE
A doutrina da santificação vem sendo esquecida em muitos de nossos
púlpitos. Na procura insana por aquilo que se convencionou chamar de
politicamente correto, substituiu-se a teologia da santificação por um
ensino de autoajuda e triunfalista. A grande proeza destes dias
selvagens não é o ser santo, mas o triunfar na profissão e prosperar
materialmente, como se estas fossem o parâmetro exigido por DEUS para
herdarmos a vida eterna. Todavia, a Palavra de DEUS não deixa qualquer dúvida
quanto às reivindicações divinas: “Portanto, santificai-vos e sede
santos, pois eu sou o Senhor, vosso DEUS” (Lv 20.7).
No Apocalipse, deixa-nos o evangelista uma exortação que jamais
deveria ser esquecida por aqueles que lutam por viver a eternidade ao lado
de CRISTO: “Quem é injusto faça injustiça ainda; e quem está sujo suje-se
ainda; e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado
ainda” (Ap 22.11).
É chegado o momento de os santos mostrarem-se cada vez mais santos.
Não há dúvida de que, nestes últimos dias, presenciaremos o surgimento de
uma geração que, amorosa e
sacrificialmente, tudo fará para honrar o Cordeiro de DEUS através
de uma vida irrepreensível e piedosa: “Esta é a geração daqueles que
buscam, daqueles que buscam a tua face, ó DEUS de Jacó” (Sl 24.6).
Infelizmente, o número dos abomináveis aumentará de forma assustadora, e
tudo farão para trazer o mundo para a Igreja.
Tem você vigiado em santidade? Tem buscado ao Senhor de todo o seu
coração? Sem a santificação, ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
CONCLUSÃO
Querido irmão, breve JESUS voltará! Busquemos, pois, ter uma vida
irrepreensível diante daquEle que, em breve, virá buscar-nos. Não podemos
agir de maneira displicente como se fôssemos viver, neste mundo, por
alongados dias. Aqui não é a nossa pátria. Somos peregrinos! E,
assim, andando e chorando, caminhemos em direção da cidade, cujo arquiteto
e construtor é o Senhor. JESUS, não te esqueças de nós!
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Lição 5, O Arrebatamento da Igreja
1º trimestre de 2016 - O Final de Todas as Coisas - Esperança e
Glória Para os Salvos
Comentarista da CPAD: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Tessalonicenses 4.13-18
13 - Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca
dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm
esperança. 14 - Porque, se cremos que JESUS morreu e ressuscitou,
assim também aos que em JESUS dormem DEUS os tornará a trazer com
ele. 15 - Dizemos-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os
que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que
dormem. 16 - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com
voz de arcanjo, e com a trombeta de DEUS; e os que morreram em CRISTO
ressuscitarão primeiro; 17 - depois, nós, os que ficarmos vivos,
seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos
ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. 18 - Portanto,
consolai-vos uns aos outros com estas palavras.
Comentários de vários autores com alguma modificações do Pr. Luiz
Henrique
É certeza que JESUS virá coma Igreja e que a Igreja já subiu antes?
A palavra( grega faneróo de epifaneia, em Cl 3.4, significa,
manifestar, aparecer - esse texto revela que JESUS voltará com a igreja, ver: 1
Ts 3.13;
Pergunta:
Como JESUS voltará com a igreja se antes não a levou? Por isso é
que somos pré-tribulacionistas, vamos subir antes da Grande Tribulação.
Cl 3.4 Quando CRISTO, que é a nossa vida, se manifestar, então
também vós vos manifestareis com ele em glória.
1 Ts 3.13 Para confirmar os vossos corações, para que sejais
irrepreensíveis em santidade diante de nosso DEUS e Pai, na vinda de nosso
Senhor JESUS CRISTO com todos os seus santos.
O arrebatamento é a ressurreição em sua primeira fase, depois vem a
segunda fase da ressurreição no final da Grande Tribulação (vão ressuscitar
aqueles que deram suas vidas durante a grande tribulação, foram degolados) -
essas duas ressurreições fazem parte da primeira Ressurreição.
E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de
julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de JESUS, e
pela palavra de DEUS, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não
receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com
CRISTO durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil
anos se acabaram.
No dia do arrebatamento acontecerão grandes acidentes - Carros
desgovernados, aviões, trens, metrô, fogões ficarão acesos, tudo o que tem
controle do homem estará sem controle se a pessoa que a dirigia era um crente
salvo, pois foi arrebatado.
A trombeta tocada é um chamado à reunião com JESUS, não pode ser de
juízo, pois somente a igreja a ouvirá. Alarido é barulho de festa, de alegria.
Voz de arcanjo indica que Aquele que ali está é o que habita entre os querubins
e tem a máxima autoridade no céu e na terra.
Aqueles que morreram no mar, ou no fogo ou de qualquer outra forma
serão transformados primeiro e depois subirão ao encontro de JESUS juntamente
conosco.
Tem que haver transformação do corpo para estar no céu.
Aqui na terra nossos corpos são feitos do pó da terra para morar na
terra. São corpos terrestres, materiais, corruptíveis - No arrebatamento nossos
corpos serão transformados em corpos celestes, espirituais, incorruptíveis,
eternos.
Os teus mortos e também o meu cadáver viverão e ressuscitarão;
despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o
orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos. Isaías 26:19
Veja o caso dos ímpios -- E deu o mar os mortos que nele havia; e a
morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um
segundo as suas obras. Apocalipse 20:13
Esta é a primeira ressurreição. Apocalipse 20:4,5. Desta primeira
ressurreição fazem parte todos os que foram justificados no antigo testamento,
todos os crentes que já morreram e todos os que estavam vivos e salvos no
momento do arrebatamento e todos os que se converteram durante a grande
tribulação.
E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a
promessa, Provendo DEUS alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem
nós não fossem aperfeiçoados. Hebreus 11:39,40
A segunda ressurreição só se dará no final do milênio, no dia do
juízo final no trono branco - Ali todos os mortos que não aceitaram a CRISTO
serão condenados ao lago de fogo e enxofre.
O importante é saber o seguinte: Se alguém morre crente vai para o
paraíso esperar o arrebatamento. Se alguém morre não sendo crente vai para o
inferno esperar o juízo final no trono branco e ser lançado no lago de fogo e
enxofre.
E disse-lhe JESUS: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no
Paraíso. Lucas 23:43
Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem
não é lícito falar. 2 Coríntios 12:4
E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram
os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas
obras. Apocalipse 20:13
Dormir não é dormir como se estivesse morto e não saber de nada ou
não ver nada, é apenas não poder interferir aqui na Terra. DEUS é DEUS de
vivos. Elias e Moisés desceram no monte da transfiguração bem vivos. Tanto faz
no inferno como no paraíso se tem consciência plena de tudo a respeito do
passado e do presente. DEUS é DEUS de vivos. Dormir é apenas não poder
interferir mais na terra e nos seus acontecimentos. Quem está no paraíso e quem
está no inferno, todos estão vivos, sabendo o que acontece e conhecendo as
pessoas, por exemplo, no inferno está sentido dor, sede, tormento, tendo
conhecimento dos parentes.
E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe
Abraão, e Lázaro no seu seio.
E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a
Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque
estou atormentado - Lucas 16:23,24
E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,
Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham
também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas;
ouçam-nos. Lucas 16:27-29
SOBRE CRIANÇAS E ARREBATAMENTO
Por favor entendam este versículo - MT 24:19 Mas ai das que
estiverem grávidas, e das que amamentarem naqueles dias!
Este versículo não tem nada a ver com arrebatamento. essas mulheres
aqui são as que estiverem grávidas durante a grande tribulação, será difícil
fugir com um barrigão grande e também terão de sacrificar seus filhos para
comerem tamanha será a fome. Quando Israel estiver cercada de exércitos
inimigos se repetirá o que já aconteceu antes em Jerusalém.
### Portanto os pais comerão a seus filhos no meio de ti, e os
filhos comerão a seus pais; e executarei em ti juízos, e tudo o que restar de
ti, espalharei a todos os ventos. Ezequiel 5:10
### E lhes farei comer a carne de seus filhos e a carne de suas
filhas, e comerá cada um a carne do seu amigo, no cerco e no aperto em que os
apertarão os seus inimigos, e os que buscam a vida deles. Jeremias 19:9
### Vê, ó Senhor, e considera a quem fizeste assim! Hão de comer as
mulheres o fruto de si mesmas, as crianças que trazem nos braços? Ou matar-se-á
no santuário do Senhor o sacerdote e o profeta? Lamentações 2.20
### Isso já aconteceu e vai tornar a acontecer nos dias do cerco de
Jerusalém durante a grande tribulação. As mães comerão seus próprios filhos e
terão que dividir seus filhos com outros que estão para morrer de fome.
Ezequiel 5.10 - os pais devorarão a seus filhos. O canibalismo
poderia ser uma consequência de um cerco demorado (2Rs 6.26-29; Lm 2.20).
Moisés tinha advertido que isso poderia acontecer se a nação de Israel não
fosse obediente (Dt 28.53-57).
### E sucedeu que, passando o rei pelo muro, uma mulher lhe bradou,
dizendo: Acode-me, ó rei meu senhor. E ele lhe disse: Se o Senhor te não acode,
donde te acudirei eu? Da eira ou do lagar? Disse-lhe mais o rei: Que tens? E
disse ela: Esta mulher me disse: Dá cá o teu filho, para que hoje o comamos, e
amanhã comeremos o meu filho. Cozemos, pois, o meu filho, e o comemos; mas
dizendo-lhe eu ao outro dia: Dá cá o teu filho, para que o comamos; escondeu o
seu filho. 2 Reis 6:26-29
### JESUS, porém, disse: Deixai as crianças e não as impeçais de
virem a mim, porque de tais é o reino dos céus.(Mateus, 19.14 ).
Isso poderia até ser aplicado assim, se uma criança morrer sem ter
a consciência do pecado ela será salva. Não temos como afirmar que as crianças
serão arrebatadas, infelizmente. Esperemos que sim.
Mas no arrebatamento essas crianças não vão morrer e no decorrer da
tribulação terão no mínimo sete anos quando a mesma terminar, com a capacidade
total de se decidirem por CRISTO neste período. Se entrarem neste período com
pouca idade, mas seus país tiverem lhes inculcado o evangelho, com certeza
escaparão, se ouvirem as pregações durante a grande tribulação serão salvas.
Não temos base bíblica para dizer que as crianças vão ser arrebatadas, a não
ser as que estiverem no ventre de suas mães, porque morreriam se fossem
arrancadas de lá no arrebatamento e nesse caso DEUS estaria fazendo abortos, o
que é inconcebível acreditar.
DIANTE DO EXPOSTO ACIMA, QUAL A EDUCAÇÃO QUE VOCÊ TEM DADO PARA
SEUS FILHOS. ELES SABEM MAIS DE CELULAR E DE JOGUINHOS OU DA BÍBLIA? A EBD ESTÁ
ESPERANDO POR ELES E POR VOCÊ TODOS OS DOMINGOS PELA MANHÃ.
Também pus atalaias sobre vós, dizendo: Estai atentos ao som da
trombeta; mas dizem: Não escutaremos. Jeremias 6:17
Filho do homem: Eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu
da minha boca ouvirás a palavra e avisá-los-ás da minha
parte. Ezequiel 3:17
Mas, se quando o atalaia vir que vem a espada, e não tocar a
trombeta, e não for avisado o povo, e a espada vier, e levar uma vida dentre
eles, este tal foi levado na sua iniquidade, porém o seu sangue requererei da
mão do atalaia. Ezequiel 33:6
CALMA - existe uma possibilidade de sua criança ser arrebatada sim
- Mas veja, é um a possibilidade, não posso afirmar. Veja este versículo
preciosos da Palavra de DEUS - Porque o marido descrente é santificado pela
mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os
vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos. 1 Coríntios 7:14
Assim como temos a.C. e d.C., a humanidade e será dividida entre o
a.A, e o d.A - antes e depois do arrebatamento. Tudo será diferente sem o povo
de DEUS e sem o ESPÍRITO SANTO. Trevas densas esperam a humanidade neste
período de grande tribulação tal qual nunca houve.
Durante a grande tribulação vai morrer mais gente do que todas as
que já morreram até hoje somadas desde Adão até hoje. Só por 5 meses a morte
fugirá dos homens.
E naquela mesma hora houve um grande terremoto, e caiu a décima
parte da cidade, e no terremoto foram mortos sete mil homens; e os demais
ficaram muito atemorizados, e deram glória ao DEUS do céu. Apocalipse 11:13
Por estes três foi morta a terça parte dos homens, isto é pelo
fogo, pela fumaça, e pelo enxofre, que saíam das suas bocas. Apocalipse 9:18
Apocalipse: 9. 5. Foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que
por cinco meses os atormentassem. E o seu tormento era semelhante ao tormento
do escorpião, quando fere o homem.
6- E naqueles dias os homens buscarão a morte, e não a acharão; e
desejarão morrer, e a morte fugirá deles.
10. Tinham caudas com ferrões, semelhantes às caudas dos
escorpiões; e nas suas caudas estava o seu poder para fazer dano aos homens por
cinco meses.
Os exércitos do anticristo todos vão morrer destruídos por JESUS.
RESUMO RÁPIDO - Pr. Luiz Henrique
I - TODOS OS SALVOS SERÃO ARREBATADOS
1. A reunião dos salvos no encontro com CRISTO.
2. Quem será arrebatado?
Alguns interpretam que só os que aceitaram a JESUS como Senhor e
Salvador serão arrebatados, eu creio que todos os que foram justificados no
Antigo Testamento como Abel, Noé, Abraão, Davi, Samuel, Elias, Eliseu, Isaías,
etc...todos esses também serão arrebatados juntamente com a igreja. Todos os
que estiverem vivos também e em comunhão com DEUS, inclusive creio que as
crianças das mães crentes também subirão, estando elas grávidas ou com seus
filhos pequenos (que ainda não têm consciência de pecados). Não creio que
crianças de descrentes subirão, pois terão 7 anos de grande tribulação pela
frente para se converterem e depois ainda terão todo o milênio para se
converterem caso não tenham, aceitado a marca da besta.
II - O ARREBATAMENTO E A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS
1. A ignorância acerca dos mortos (1 Ts 4.13).
2. A primeira e a segunda ressurreição.
3. A transformação dos crentes que estiverem vivos quando JESUS
voltar.
A Igreja dos Tessalonicenses estava tendo problemas para entender
que não estava vivendo durante a Grande Tribulação, pois alguns assim os
ensinavam baseados no fato de estavam sendo duramente perseguidos pelos judeus.
Paulo então lhes explica que para estarem vivendo durante a Grande
Tribulação, seria necessário já ter acontecido o arrebatamento da
Igreja, seria preciso o ESPÍRITO SANTO ter deixado a igreja e a
Terra, seria necessário ser identificado o anticristo, seriam necessários
dois grandes blocos de países terem se juntado contra Israel.
Outro problema enfrentado pela Igreja dos Tessalonicenses é que
pensavam que os que já tinham morrido estavam perdidos pois não tinham
alcançado a vinda de JESUS. Paulo lhes explica que ao voltar JESUS, no
arrebatamento, os que já haviam morrido seriam transformados em primeiro lugar
e depois ressuscitados juntamente com os que estavam vivos e sendo
transformados.
Essa transformação se dará num momento, num abrir e fechar de
olhos, para entendermos, mas, mais rápido do que isso acontecerá o nosso
encontro com CRISTO, nos ares. Hoje moramos em corpos terrestres, materiais e
corruptíveis (morrem e apodrecem), porém, naquele dia seremos transformados e
teremos corpos celestes, espirituais, incorruptíveis (eternos, indestrutíveis).
III - ANTES DO ARREBATAMENTO E DEPOIS DELE
1. Antes, é preciso vigilância.
2. Depois, viveremos felizes para sempre.
Como já vimos na lição 4, precisamos estar atentos aos fatos que
ocorrem e aos sinais da vinda de CRISTO, a respeito dos quais já nos preveniu.
Devemos estar ocupados fazendo a obre de DEUS, orando, jejuando, lendo e
estudando a Palavra de DEUS e em santificação, amando a vinda de
JESUS para nos buscar.
Estaremos, logo após o arrebatamento, no tribunal de CRISTO,
recebendo galardão e participando das bodas do cordeiro, depois viremos, em
corpos gloriosos, juntamente com CRISTO, para o auxiliarmos no governo das
Terra por mil anos sobre as nações e os judeus (Nós, em corpos espirituais).
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Lição 4 - Vem O Fim, O Fim Vem - O Arrebatamento Da Igreja
4º Trimestre De 2004 - VEM O FIM, O FIM
VEM - A Doutrina Das Últimas Coisas - COMENTÁRIOS
Pr. Claudionor Corrêa De Andrade
Leitura Bíblica Em Classe: 1 TESSALONICENSES 4.13-18
13 Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que
já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm
esperança. 14 Cremos que JESUS morreu e ressurgiu, assim também cremos que aos
que dormem em JESUS, DEUS os tornará a trazer com ele.15 Dizemo-vos isto pela
palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não
precederemos os que dormem. 16 Pois o mesmo Senhor descerá do céu com grande
brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de DEUS, e os que morreram em
CRISTO ressurgirão primeiro. 17 Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro do Senhor nos ares,
e assim estaremos para sempre com o Senhor. 18 Portanto, consolai-vos uns aos
outros com estas palavras.
4.13 ACERCA DOS QUE JÁ DORMEM. Esta expressão refere-se aos crentes
que já tinham morrido e cujas almas estavam no céu; não significa que os mortos
estejam inconscientes, como num tipo de sono da alma (cf. Fp 1.21). Os
tessalonicenses não compreendiam o nexo entre a ressurreição dos cristãos
falecidos e o arrebatamento dos vivos (ver Jo 14.3). Ao que parece, eles
acreditavam que os mortos ressuscitariam, mas muitos depois da vinda de CRISTO
(vv. 16, 17). Paulo lhes informa que os mortos em CRISTO ressuscitarão na mesma
ocasião em que o Senhor voltar para buscar a sua igreja.
4.14-18 A VINDA DO SENHOR. O evento descrito por Paulo nestes
versículos é frequentemente chamado "o arrebatamento da
igreja".
4.18 CONSOLAI-VOS UNS AOS OUTROS. Paulo inspira esperança nos
tessalonicenses, não lhes dizendo que se preparem para o martírio durante o
período do "Dia do Senhor" (5.2-10), i.e., a tribulação (Ap 6.19),
mas mediante a mensagem sobre o arrebatamento.
14-17; Jo 14.3; 1 Co 15.51-58). Mediante o conhecimento dessa
doutrina, poderão consolar uns aos outros.
Comentário/Introdução
O Arrebatamento é o divisor de épocas na história do povo cristão
na terra.
Assim como o Dilúvio, A Torre de Babel, A chamada de Abraão, O
reinado de Davi, A vinda de JESUS (sua morte e ressurreição); assim também o
Arrebatamento marca a introdução ao fim da existência humana sobre a terra,
pois logo após o Arrebatamento vem a Grande Tribulação, depois o Milênio e
depois o Juízo Final e o fim de todas as coisas que hoje existem na terra.
O Arrebatamento pré-tribulacional ensina que, antes do período de
sete anos conhecido como Tribulação, todos os membros do corpo de CRISTO (tanto
os vivos quanto os mortos) serão arrebatados nos ares para o encontro com JESUS
CRISTO e depois serão levados ao céu.
Assim como temos a.C. e d.C., a humanidade será dividida entre o
a.A, e o d.A - antes e depois do arrebatamento. Tudo será diferente sem o povo
de DEUS e sem o ESPÍRITO SANTO. Trevas densas esperam a humanidade neste
período de grande tribulação tal qual nunca houve.
I. A VOLTA DO SENHOR JESUS
1. Sentido literal.
O termo “arrebatamento” deriva da palavra raptus em latim, que
significa “arrebatado rapidamente e com força”. O termo latino raptus equivale
a harpazo em grego, traduzido por “arrebatado” em 4.17. Esse evento, descrito
aqui e em 1Co 15, refere-se à ocasião em que a igreja do Senhor será arrebatada
da terra para encontrar-se com Ele nos ares. O arrebatamento abrange apenas os
salvos em CRISTO.
ESTUDO DE PALAVRAS ESCRITAS NA LÍNGUA GREGA
a)Optomai - ( aparecer ) aparecerá pela segunda vez ( Hb 9:28 )
b)Ercomai - ( vir ) virei outra vez ( Jo 14:3 )
c)Epphanos - ( aparição ) aparição de Nosso Senhor ( I Tm 6:14 )
d)Apokalypsi - ( revelação, desvendamento ) manifestação ( I Co 1:7
)
e)Parousia - ( presença e ou vinda ) vinda ou retorno ( II Ts 2:8 )
ARREBATAMENTO - Tirar com violência ou força, arrancar, levar,
desprender de um ímpeto, extasiar. ( Aurélio , Buarque de Holanda Ferreira ) .
Gramaticalmente temos a ideia de que arrebatamento é uma ação
conjunta, rápida e de forma precisa e violenta, eis a razão que o Apóstolo
Paulo nos ensina que será tão rápido como um abrir e fechar de olhos.
2. Definição bíblico-teológica.
O ensino do Arrebatamento é mais claramente apresentado em 1
Tessalonicenses 4.13-18. Nessa passagem Paulo informa seus leitores de que os
crentes que estiverem vivos por ocasião do Arrebatamento serão reunidos aos que
morreram em CRISTO antes deles. No versículo 17 a palavra
"arrebatados" traduz a palavra grega harpazo, que significa
"dominar por meio de força" ou "capturar". Essa palavra é
usada 14 vezes no Novo Testamento Grego de várias maneiras diferentes.
Ocasionalmente o Novo Testamento usa harpazo com o
sentido de "roubar", "arrastar" ou "carregar para
longe" (Mateus 12.29; João 10.12). Também pode ser usada com o sentido de
"levar embora com uso de força" (João 6.15; 10.28-29; Atos 23.10;
Judas 23). No entanto, para nossos propósitos, um terceiro uso é mais
significativo. Diz respeito ao ESPÍRITO SANTO levando alguém de um lugar para
outro. Encontramos esse uso em quatro ocorrências (Atos 8.39; 2 Coríntios 12.2,
4; 1 Tessalonicenses 4.17; Apocalipse 12.5).[2]
Esse último uso é ilustrado em Atos 8.39, quando Filipe, ao
completar o batismo do oficial etíope, é "arrebatado" e divinamente
transportado do deserto até a cidade costeira de Azoto. De modo semelhante, a
Igreja será, num momento, levada da terra ao céu. Não se deve estranhar,
portanto, que um autor contemporâneo tenha chamado esse evento peculiar de
"O Grande Sequestro".[...]
II. QUANDO SE DARÁ O ARREBATAMENTO DA IGREJA
1. O tempo do arrebatamento.
Da palavra Atomô (grego)
do Lat. atomu < Gr. átomos, indivisível
s. m., a menor partícula que se pode obter da divisão de
um elemento, sendo ainda capaz de exibir propriedades desse mesmo elemento e
que pode participar numa reação química;
corpúsculo; porção mínima; curto
espaço; (no pl. ) corpúsculos que se vêem no ar quando, num
recinto escuro, são banhados por uma réstea de luz.
2. Prenúncios do arrebatamento.
Novo Testamento:
• 1 Coríntios 1.7 – "...aguardando vós a
revelação de nosso Senhor JESUS CRISTO".
• 1 Coríntios 16.22 – "Maranata!"
• Filipenses 3.20 – "Pois a nossa pátria está
nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor JESUS CRISTO".
• Filipenses 4.5 – "Perto está o Senhor".
• 1 Tessalonicenses 1.10 – "e para aguardardes
dos céus o Seu Filho...".
• 1 Tessalonicenses 4.15-18 – "Ora, ainda vos
declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à
vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor
mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a
trombeta de DEUS, descerá dos céus, e os mortos em CRISTO ressuscitarão
primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente
com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos
para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas
palavras".
• 1 Tessalonicenses 5.6 – "Assim, pois, não
durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios".
• 1 Timóteo 6.14 – "que guardes o mandato
imaculado, irrepreensível, até à manifestação de nosso Senhor JESUS
CRISTO".
• Tito 2.13 – "aguardando a bendita esperança e
a manifestação da glória do nosso grande DEUS e Salvador CRISTO JESUS".
• Hebreus 9.28 – "assim também CRISTO, tendo-se
oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá
segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação".
• Tiago 5.7-9 – "Sede, pois, irmãos, pacientes,
até a vinda do Senhor... pois a vinda do Senhor está próxima... Eis que o Juiz
está às portas".
• 1 Pedro 1.13 – "Por isso,... sede sóbrios e
esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de JESUS
CRISTO".
• Judas 21 – "guardai-vos no amor de DEUS,
esperando a misericórdia de nosso Senhor JESUS CRISTO, para a vida
eterna".
• Apocalipse 3.11; 22.7, 12, 20 – "Eis que
venho sem demora!"
• Apocalipse 22.17, 20 – "O ESPÍRITO e a
Noiva dizem: Vem. Aquele que ouve diga: Vem.
Aquele que dá testemunho destas cousas diz: Certamente venho sem
demora. Amém. Vem, Senhor JESUS!"
A Igreja primitiva tinha uma saudação especial que os crentes só
usavam entre si, conforme registrado em 1 Coríntios 16.22: a palavra
"Maranata!" Esta palavra é constituída de três termos aramaicos: Mar
("Senhor"), ana ("nosso"), e tha ("vem"),
significando, assim, "Vem, nosso Senhor!" Como outras passagens do
Novo Testamento, "Maranata" só faz sentido se uma vinda iminente, ou
seja, a qualquer momento, for pressuposta. Isso também serve de apoio à posição
pré-tribulacionista.
III. COMO SE DARÁ O ARREBATAMENTO DA IGREJA
De acordo com a Primeira Epístola de Paulo aos Tessalonicenses, o
arrebatamento da Igreja de CRISTO dar-se-á da seguinte forma:
1. Ressoada a trombeta de DEUS,
descerá o Senhor JESUS dos céus com alarido e voz do arcanjo (1 Ts 4.16).
2. Em seguida, os que morreram em CRISTO ressuscitarão,
sendo, de imediato, trasladados (1 Ts 4.16).
3. Ato contínuo, os que estivermos vivos seremos transformados,
arrebatados e levados todos ao encontro do Senhor (1Ts 4.17).
O ARREBATAMENTO DA IGREJA (BEP- CPAD)
1Ts 4.16,17 “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e
com voz de arcanjo, e com a trombeta de DEUS; e os que morreram em CRISTO
ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados
juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim
estaremos sempre com o Senhor.”
O termo “arrebatamento” deriva da palavra raptus em latim, que
significa “arrebatado rapidamente e com força”. O termo latino raptus equivale
a harpazo em grego, traduzido por “arrebatado” em 4.17. Esse evento,
descrito aqui e em 1Co 15, refere-se à ocasião em que a igreja do Senhor
será arrebatada da terra para encontrar-se com Ele nos ares. O
arrebatamento abrange apenas os salvos em CRISTO.
(1) Instantes antes do arrebatamento, ao descer CRISTO do céu para
buscar a sua igreja, ocorrerá a ressurreição dos “que morreram em
CRISTO” (4.16). Não se trata da mesma ressurreição referida em Ap 20.4, a
qual somente ocorrerá depois de CRISTO voltar à terra, julgar os ímpios e
prender Satanás (Ap 19.11—20.3). A ressurreição de Ap 20.4 tem a ver com
os mártires da tribulação e possivelmente com os santos do AT (ver Ap 20.6).
(2) Ao mesmo tempo que ocorre a ressurreição dos mortos em CRISTO,
os crentes vivos serão transformados; seus corpos se revestirão
de imortalidade (1Co 15.51,53). Isso acontecerá num instante, “num abrir e
fechar de olhos” (1Co 15.52).
(3) Tanto os crentes ressurretos como os que acabaram de ser
transformados serão “arrebatados juntamente” (4.17) para encontrar-se com
CRISTO nos ares, ou seja: na atmosfera entre a terra e o céu.
(4) Estarão literalmente unidos com CRISTO (4.16,17), levados à
casa do Pai, no céu (ver Jo 14.2,3), e reunidos aos queridos que tinham morrido
(4.13-18).
(5) Estarão livres de todas as aflições (2Co 5.2,4; Fp 3.21), de
toda perseguição e opressão (ver Ap 3.10), de todo domínio do pecado e
da morte (1Co 15.51-56); o arrebatamento os livra da “ira futura” (ver
1.10; 5.9), ou seja: da grande tribulação.
(6) A esperança de que nosso Salvador logo voltará para nos tirar
do mundo, a fim de estarmos “sempre com o Senhor” (4.17), é a
bem-aventurada esperança de todos os redimidos (Tt 2.13). É fonte
principal de consolo para os crentes que sofrem (4.17,18; 5.10).
(7) Paulo emprega o pronome “nós” em 4.17 por saber que a volta do
Senhor poderia acontecer naquele período, e comunica aos
tessalonicenses essa mesma esperança. A Bíblia insiste que anelemos e
esperemos contínua e confiadamente a volta do nosso Senhor (cf. Rm 13.11; 1Co
15.51,52; Ap 22.12,20).
(8) Quem está na igreja mas não abandona o pecado e o mal, sendo
assim infiel a CRISTO, será deixado aqui, no arrebatamento (ver Mt 25.1;
Lc 12.45). Os tais ficarão neste mundo e farão parte da igreja apóstata
(ver Ap 17.1),
sujeitos à ira de DEUS.
(9) Depois do arrebatamento, virá o Dia do Senhor, um tempo de
sofrimento e ira sobre os ímpios (5.2-10; ver 5.2). Seguir-se-á a segunda
fase da vinda de CRISTO, quando, então, Ele virá para julgar os ímpios e
reinar sobre a terra (ver Mt 24.42,44).
CONCLUSÃO
A VOLTA DO SENHOR JESUS é certa e é usado um termo para nossa saída
da terra para o céu, ao encontro do Senhor nos ares, este termo é
"Arrebatamento" e tem o Sentido literal que deriva da palavra
raptus em latim, que significa “arrebatado rapidamente e com força”. O termo
latino raptus equivale a
harpazo em grego, traduzido por “arrebatado” em 4.17. Esse evento,
é descrito aqui em 1Co 15 e refere-se à ocasião em que a igreja do Senhor será
arrebatada da terra para encontrar-se com Ele nos ares. O arrebatamento abrange
apenas os salvos em CRISTO.
QUANDO SE DARÁ O ARREBATAMENTO DA IGREJA? O tempo do
arrebatamento é super-rápido, denominado de Atomô no grego que significa espaço
de tempo infinitamente pequeno (figurado pelo piscar do olho). Existem
prenúncios do arrebatamento e vinda de CRISTO como Ele mesmo citou: Guerras,
rumores de guerra, fomes, pestes, tremores de terra, convulsões sociais,
imoralidade e apostasia.
COMO SE DARÁ O ARREBATAMENTO DA IGREJA?
1. Ressoada a trombeta de DEUS, descerá o Senhor JESUS dos céus com
alarido e voz do arcanjo (1 Ts 4.16).
2. Em seguida, os que morreram em CRISTO ressuscitarão, sendo, de
imediato, trasladados (1 Ts 4.16).
3. Ato contínuo, os que estivermos vivos seremos transformados,
arrebatados e levados todos ao encontro do Senhor (1Ts 4.17).
Pergunta para cada um de nós: Estamos prontos?
ARREBATAMENTO (A ESPERANÇA DA IGREJA) - RESUMO
“Os teus olhos verão o Rei na sua formosura, e verão a terra que
está longe...”(Is 33.17).
O maior acontecimento da história está preste a ocorrer – A Segunda
Vinda ou a volta do Senhor JESUS a este mundo. O próprio Senhor JESUS CRISTO
falou a respeito de Sua vinda:
“Na casa de meu Pai há muitas moradas;... e, quando eu for, e vos
preparar lugar; virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu
estiver estejais vós também”.(Jo 14.3)
“Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós” (Jo 14.18). Ele mesmo
disse que viria, e não há razão para duvidarmos, Ele nunca cometeu pecado, nem
na sua boca se achou engano (I Pe 2.22). Ele é o próprio DEUS. “Outra vez vos
verei” disse Ele “e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém
vo-la tirará. E naquele dia (o do arrebatamento) nada me perguntareis”.(Jo
16.22,23 a). Isso Ele disse, tamanha será a alegria deste momento tão esperado
e anelado por todos nós.
Os anjos confirmaram a Sua vinda no momento de sua ascensão aos
Céus, dizendo: “... Esse JESUS, que dentre vós foi recebido em cima no
céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir”.(Atos 1.11 b). Que Ele vem,
isto é certo, mas...COMO E QUANDO ACONTECERÁ?
O apóstolo Paulo em sua 1ª Epístola aos crentes de Corinto, nos
revela um grande mistério: “Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos
transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última
trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão, e nós seremos
transformados”.(I Cor 15.51-54)
Que revelação extraordinária, na vinda do Senhor, nossos corpos
serão transformados e receberemos um corpo glorioso semelhante ao de JESUS,
pois “... quando ele se manifestar seremos semelhantes a ele; porque assim
como é o veremos”.(I Jo 3.2 b) “porque convém que isto que é corruptível se
revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da
imortalidade” (I Cor 15.53) “... Então cumprir-se-á a palavra que está escrita:
Tragada foi a morte na vitória”.
Todos os cristãos serão vivificados em CRISTO. Mas cada um por sua
ordem: CRISTO, as primícias, depois os que são de CRISTO, na sua vinda (I Cor
15.23).
Muitas pessoas só têm se preocupado com os cuidados e afazeres
desta vida, mas é necessário buscar primeiro o reino de DEUS e a sua justiça, e
todas as demais coisas nos serão acrescentadas (Mt 6.33). As coisas inerentes a
DEUS devem ter prioridade em nossas vidas, pois “a nossa cidade está nos
céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor JESUS CRISTO, que
transformará o nosso corpo abatido para ser conforme o seu corpo glorioso...”
(Fp 3.20,21 a).
Em sua 1ª Epístola aos Tessalonicenses, Paulo torna a falar acerca
da ressurreição e vinda de CRISTO:
“Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do senhor: Que nós, os que
ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o
mesmo Senhor descerá do céu com alarido e com voz de arcanjo e com a trombeta
de DEUS; e os que morreram em CRISTO ressuscitarão primeiro; depois nós, os que
ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar
o Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor”.(I Tes 4.15-17)
Imagine isso! De todos os confins da terra pessoas serão
arrebatadas dentre as massas humanas, mas todas irão numa só direção: ao
encontro de JESUS nos ares. Para o mundo será um mistério quando num momento,
em meio as mais diferentes e costumeiras atividades cotidianas, multidões
desaparecerão da terra de maneira sobrenatural e misteriosa.
Esse acontecimento passará desapercebido para muitos. Só depois é
que irão dar falta, quando a imprensa falada e escrita, através dos meios de
comunicação, noticiar o desaparecimento de milhões de pessoas em todo o globo
terrestre.
Com certeza, o caos e o pânico tomarão conta do planeta terra.
Haverá tristeza e pranto. Angústia e desespero pela falta de parentes. Uma
grande expectativa tomará conta de todos. Virão escarnecedores e enganarão o
povo. Levantar-se-á a hipótese de terem sido discos voadores, mas os muitos
milhões de desviados saberão que foi CRISTO que voltou e levou Sua Igreja para
o céu. Mas será tarde demais, o Senhor já terá levado os seus remidos; seremos
arrebatados repentinamente, num momento terá acontecido, antes que se perceba.
Nós o esperamos todos os dias, porque sabemos como será, mas não
podemos dizer exatamente quando será “por isso estai vós apercebidos
também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis”.(Mt 24.44)
Há quase 2.011 anos veio humilde, montado num jumentinho. Não tinha
onde reclinar a cabeça; veio como servo veio para servir. Agora virá como Rei.
Rei dos reis e Senhor dos senhores, com poder e grande glória.
É bom frisar e deixar bem claro que a 2ª Vinda de CRISTO abrange
duas fases distintas: Na primeira Ele virá nas nuvens para arrebatar a Sua
Igreja. A Segunda fase se refere à manifestação visível e pessoal de JESUS, no
final da Grande Tribulação, quando Ele assombrará o mundo com o seu poder e o
resplendor de Sua presença. Então julgará as nações e estabelecerá o Milênio na
terra.
No dia do arrebatamento acontecerão grandes acidentes - Carros
desgovernados, aviões, trens, metrô, fogões ficarão acesos, tudo o que tem
controle do homem estará sem controle se a pessoa que a dirigia era um crente
salvo, pois foi arrebatado.
TODOS VÃO RESSUSCITAR
Jo 11.25- Disse-lhe JESUS: “Eu Sou a ressurreição e a vida; quem
crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”.
Em Daniel 12.2 e João 5.28,29; vemos que uns ressuscitarão para a
vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno, mostrando-nos claramente
que:
1- Todos vão Ressuscitar, declaração essa contrária à doutrina que
muitos pregam dizendo que quando morremos se acabou tudo;
2- Haverá dois tipos de ressurreição, uns para a vida eterna e
outros para a vergonha e desprezo eterno (vão ver os salvos gozando da
companhia de DEUS e não vão poder desfrutar);
3- O destino de cada um é de acordo com o que creram e fizeram,
enquanto estavam vivos e aqui na terra;
4- Haverá duas ressurreições, separadas por mil anos (Ap 20.5,6; 1
Ts 4.16)
A RESSURREIÇÃO DE JESUS É O ALICERCE DA FÉ CRISTÃ. A
ressurreição é a chave para a fé cristã. Porque?
(1) Como ele havia prometido, ele ressurgiu dos mortos. Nós podemos
estar confiantes, portanto, que ele cumprirá tudo que ele prometeu.
(2) A ressurreição do corpo nos mostra que o CRISTO vivo é soberano
no reino eterno de DEUS, não um falso profeta ou impostor.
(3) Nós podemos ter certeza de nossa ressurreição porque ele foi
ressuscitado. A morte não é o fim, existe a vida após a morte.
(4) O poder que trouxe JESUS de volta a vida está disponível para
nós trazermos o nosso ser espiritual morto de volta a vida.
(5) A Ressurreição é à base do testemunho da igreja para o mundo.
JESUS é mais que um líder humano, ele é o Filho de DEUS.
A RESSURREIÇÃO DO CORPO (BEP-CPAD)
1Co 15.35 “Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que
corpo virão?”
A ressurreição do corpo é uma doutrina fundamental das Escrituras.
Refere-se ao ato de DEUS, de ressuscitar dentre os mortos o corpo do salvo e
reuni-lo à sua alma e espírito, dos quais esse corpo esteve separado entre a
morte e a ressurreição.
(1) A Bíblia revela pelo menos três razões por que a ressurreição
do corpo é necessária.
(a) O corpo é parte essencial da total personalidade do homem; o
ser humano é incompleto sem o corpo. Por conseguinte, a redenção que CRISTO
oferece abrange a pessoa total, inclusive o corpo (Rm 8.18-25).
(b) O corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO (6.19); na ressurreição,
ele voltará a ser templo do ESPÍRITO.
(c) Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas, o
derradeiro inimigo do homem (a morte do corpo) deve ser aniquilado pela
ressurreição (15.26).
(2) Tanto as Escrituras do AT (cf. Hb 11.17-19 com Gn 22.1-4; Sl
16.10 com At 2.24ss; Jó 19.25-27; Is 26.19; Dn 12.2; Os 13.14), como as
Escrituras do
NT (Lc 14.13,14; 20.35,36; Jo 5.21,28,29; 6.39,40,44,54; Co
15.22,23; Fp 3.11; 1Ts 4.14-16; Ap 20.4-6,13) ensinam a ressurreição futura do
corpo.
(3) Nossa ressurreição corporal está garantida pela ressurreição de
CRISTO (ver Mt 28.6; At 17.31; 1Co 15.12,20-23).
(4) Em termos gerais, o corpo ressurreto do crente será semelhante
ao corpo ressurreto de Nosso Senhor (Rm 8.29; 1Co 15.20,42-44,49; Fp 3.20,21;
1Jo 3.2). Mais especificamente, o corpo ressurreto será:
(a) um corpo que terá continuidade e identidade com o corpo atual e
que, portanto, será reconhecível (Lc 16.19-31);
(b) um corpo transformado em corpo celestial, apropriado para o
novo céu e a nova terra (15.42-44,47,48; Ap 21.1);
(c) um corpo imperecível, não sujeito à deterioração e à morte
(15.42);
(d) um corpo glorificado, como o de CRISTO (15.43; Fp 3.20,21);
(e) um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades, nem à fraqueza
(15.43);
(f) um corpo espiritual (i.e., não natural, mas sobrenatural), não
limitado pelas leis da natureza (Lc 24.31; Jo 20.19; 1Co 15.44);
(g) um corpo capaz de comer e beber (Lc 14.15; 22.16-18,30; 24.43;
At 10.41).
(5) Quando os crentes receberem seu novo corpo se revestirão da
imortalidade (15.53). As Escrituras indicam pelo menos três propósitos nisso:
(a) para que os crentes venham a ser tudo quanto DEUS pretendeu
para o ser humano, quando o criou (cf. 2.9);
(b) para que os crentes venham a conhecer a DEUS de modo completo,
conforme Ele quer que eles o conheçam (Jo 17.3);
(c) a fim de que DEUS expresse o seu amor aos seus filhos, conforme
Ele deseja (Jo 3.16; Ef 2.7; 1Jo 4.8-16).
(6) Os fiéis que estiverem vivos na volta de CRISTO, para buscar os
seus, experimentarão a mesma transformação dos que morrerem em CRISTO antes do
dia da ressurreição deles (15.51-54). Receberão novos corpos, idênticos aos dos
ressurretos nesse momento da volta de CRISTO. Nunca mais experimentarão a morte
física.
(7) JESUS fala de uma ressurreição da vida, para o crente, e de uma
ressurreição de juízo, para o ímpio (Jo 5.28,29).
Como será o corpo da ressurreição?
Respostas corretas são:
a) Visível (Lc 24.39);
b) Incorruptível (1 Co 15.42,54);
c) Palpável (Jo 20.27);
d) Vivificado (Rm 8.11).
Que tipo de ressurreição experimentaram aqueles santos que
ressuscitaram quando JESUS expirou sobre a cruz (cfr. Mat. 27:51-53)? Pode-se
dizer que eles ressuscitaram em ressurreição de vida eterna?
Aqueles santos que ressuscitaram quando JESUS expirou sobre a cruz
experimentaram uma ressurreição como a que experimentou Lázaro depois de estar
quatro dias na sepultura. Portanto esta ressurreição corporal é diferente daquela
para a vida que será experimentada pelos santos na volta de CRISTO e que
consiste numa transformação do corpo num corpo imortal e incorruptível.
Alguns ensinam, porém que aqueles santos experimentaram uma
ressurreição corporal como a que experimentou JESUS CRISTO, mas isso não pode
ser absolutamente verdadeiro. Demonstro isso fazendo notar uma evidente
contradição em que caem aqueles que afirmam coisa semelhante. Mateus diz: “E
JESUS, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do
templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as
pedras; e abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram
ressuscitados; e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram
na cidade santa, e apareceram a muitos” (Mt 27.50-53). Nota-se muito bem que
antes de tudo os sepulcros se abriram e muitos dos corpos dos santos que
dormiam ressuscitaram – QUANDO JESUS MORREU SOBRE A CRUZ. Porque este evento é
posto em relação com a sua morte como também o rasgar do véu do templo, o
terremoto e o fender das pedras. Assim esses santos ressuscitaram antes de
JESUS CRISTO porque JESUS ressuscitou três dias depois da sua morte. Ora, se
eles tivessem ressuscitado com um corpo imortal isso significaria
inequivocamente que CRISTO não foi o primeiro homem a ressurgir dentre os
mortos com um corpo incorruptível e imortal e, portanto que Ele não é “o
primogênito dentre os mortos” (Col. 1.18) ou “as primícias dos que dormem” (I
Co 15.20). Como se poderia de fato afirmar que o é, dizendo que esses santos
ressuscitaram em ressurreição de vida antes que JESUS ressurgisse dentre os
mortos? Fica demonstrado então como é impossível que esses santos tenham
experimentado uma ressurreição corporal como a de CRISTO e como a que
experimentarão os mortos no Senhor na sua vinda. Portanto, o fato desses santos
terem ressuscitado antes de JESUS exclui automaticamente que tenham
ressuscitado em ressurreição de vida.
http://www.cacp.org.br/o-que-houve-com-os-santos-que-ressuscitaram-no-dia-da-morte-de-jesus/
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 84, p. 42.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 12, CPAD, A Bendita Esperança: A Marca Do Cristão, 2TR24, Pr Henrique, EBD NA TV
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – PARA ONDE APONTA A ESPERANÇA DO CRISTÃO?
1. A esperança cristã.
2. A esperança nas cartas do apóstolo Paulo
3. DEUS: o autor da nossa esperança
II – A PERSPECTIVA ESCATOLÓGICA DA ESPERANÇA CRISTÃ
1. A Bíblia focaliza o futuro
2. A esperança no porvir traz consolo e alegria ao crente
3. Por que uma doutrina da esperança?
III – A ESPERANÇA CRISTÃ COMO ÂNCORA DA ALMA
1. Nossa esperança como âncora
2. Por que a esperança do crente é a melhor?
3. Mantendo firme a esperança
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Romanos 8.18-25
18 - Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo
presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.
19 - Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação
dos filhos de DEUS.
20 - Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade,
mas por causa do que a sujeitou,
21 - na esperança de que também a mesma criatura será libertada da
servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de DEUS.
22 - Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com
dores de parto até agora.
23 - E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do
ESPÍRITO, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção
do nosso corpo.
24 - Porque, em esperança, somos salvos. Ora, a esperança que se vê
não é esperança; porque o que alguém vê, como o esperará?
25 - Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Desde quando o crente nasce de novo, ele é convocado a viver uma
vida de esperança. Nesse sentido, a esperança cristã tem o seu fundamento na
ressurreição do Senhor JESUS (1 Pe 1.3,21). É uma obra poderosa de DEUS que
move a Igreja de CRISTO a trabalhar pela causa do seu reino. Assim, a lição
desta semana tem o propósito de expor o ensino da esperança cristã e o quanto
ele é importante em nossa jornada para o céu.
I – PARA ONDE APONTA A ESPERANÇA DO CRISTÃO?
1. A esperança cristã
De acordo com o Novo Testamento, a “esperança” é uma expectativa
favorável e confiante que se fundamenta ao que não se vê, ao futuro (Rm
8.24,25). Nesse caso, ela pode antecipar aquilo que é bom (Tt 1.2; 1 Pe 1.21).
Não por acaso, o apóstolo Paulo escreve que a esperança do cristão foi
estabelecida por meio de CRISTO, a “esperança da glória” e a “esperança nossa”
(Cl 1.27; 1 Tm 1.1). Portanto, do ponto de vista bíblico, podemos dizer que a
esperança é “a confiança no cumprimento de uma grande expectativa”.
2. A esperança nas cartas do apóstolo Paulo
O assunto da esperança cristã está bem presente nas cartas
apostólicas de Paulo. Nelas, percebemos a esperança na ressurreição dos mortos
em CRISTO (At 23.6; 1 Ts 4.13,14); a esperança do cumprimento da promessa (At
26.6,7); a esperança da justiça (Gl 5.5); a esperança do Evangelho (Cl 1.5); a
esperança do arrebatamento da Igreja (1 Ts 5.8); a esperança da vocação (Ef
1.18); a esperança da vida eterna (Tt 1.2; 3.7); e, finalmente, a esperança do
aparecimento da glória de DEUS e do Senhor JESUS CRISTO (Tt 2.13). Na Primeira
Carta de Paulo aos Coríntios, a esperança aparece como a segunda virtude
mencionada ali (1 Co 13.13).
3. DEUS, o autor da nossa esperança
Essa esperança é uma consequência do Novo Nascimento em CRISTO
JESUS, de modo que esse processo envolve uma obra plenamente sobrenatural,
espiritual (1 Pe 1.23). Por isso, DEUS é o autor da nossa esperança, conforme o
apóstolo Paulo mostra em sua carta (Rm 15.13). Logo, por meio dessa viva
esperança, estamos prontos para suportar perseverantemente todos os dissabores
ao longo da nossa jornada ao Céu (Hb 10.32-36). Ora, a nossa fé tem sido
provada pela história por meio das perseguições cruéis e muitos outros desafios
que sempre nos testaram. Entretanto, a Igreja de CRISTO nunca sucumbiu a eles,
sempre prosperou e floresceu por causa de uma esperança gloriosa que nunca
puderam tirar de nós, a confiança na vida eterna com DEUS (At 20.24).
Auxílio Teológico
“A Esperança do Crente
DEUS é revelado na Bíblia com o DEUS da esperança que nos outorga
paz e alegria à medida que confiarmos nEle (Rm 15.13). A garantia da esperança
do crente é dupla: o amor de DEUS que enviou JESUS para morrer em nosso lugar
(Rm 5.5-10) e os atos poderosos do ESPÍRITO SANTO que nos levam a ‘abundar em
esperança pela virtude do ESPÍRITO SANTO (Rm 15.13). Dessa maneira, o ESPÍRITO
SANTO que nos batiza e nos dá a sua plenitude é ‘o penhor [primeira prestação]
da nossa herança’ (Ef 1.14). Paulo também nos mostra que a nossa esperança não
é incerta; é tão segura quanto qualquer coisa que possuímos. O único motivo por
que a promessa da nossa ressurreição, do nosso corpo glorificado, do nosso
reinar com CRISTO, e do nosso futuro eterno é chamada ‘esperança’ é porque
ainda não os alcançamos (Rm 8.24,25). Essa esperança, porém, nunca nos
decepcionará, nem nos envergonhará por termos confiado nela, porque ela é
mantida viva e demonstrada como verdadeira pelo amor de DEUS que o ESPÍRITO
SANTO derramou em nosso coração (Rm 5.5)” (HORTON, Stanley M. (Ed.). Teologia
Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2023,
pp.609-10).
II – A PERSPECTIVA ESCATOLÓGICA DA ESPERANÇA CRISTÃ
1. A Bíblia focaliza o futuro
A história da Criação se inicia com DEUS. O primeiro livro da
Bíblia, Gênesis, nos revela isso. Infelizmente, ao se desdobrar os
acontecimentos do início de Gênesis, o pecado provocou desarmonia na Criação.
Entretanto, DEUS age para que tudo volte a ser perfeito, equilibrado e
harmônico. Isso que o apóstolo Paulo revela a partir da menção que faz à
abrangência cósmica da morte de JESUS CRISTO (Ef 1.10). Essa promessa originou
no Éden, com o descendente da mulher, e se revela hoje por meio de CRISTO como
fio condutor das Sagradas Escrituras (Gn 3.15; Ap 12.9).
2. A esperança no porvir traz consolo e alegria ao crente
A doutrina das últimas coisas, denominada de Escatologia, estuda as
coisas futuras. Muitos vivem com medo do futuro, do que pode acontecer com
eles, mas os cristãos se consolam e se alegram no que a Bíblia diz a respeito
do futuro (Rm 15.4). Nesse aspecto, o que a Palavra de DEUS diz a respeito do
que nos aguarda na eternidade com CRISTO é glorioso e incomparável, em que as
aflições do tempo presente não podem ser comparadas com a glória a ser revelada
em nós (Rm 8.18). Assim, a Bíblia é um livro de profecia que produz alegria e
consolo ao coração do crente. Nela, encontramos um DEUS soberano, que governa
as nossas vidas e age em favor de seu povo.
3. Por que uma doutrina da esperança
A razão de termos uma doutrina da esperança é porque confiamos na
promessa da ressureição dos que morreram em CRISTO, da transformação dos que
estiverem vivos por ocasião de sua volta (1 Ts 4.13-18). Trata-se de uma
promessa gloriosa para reinar com CRISTO. Como ainda não alcançamos essa
promessa, vivemos na esperança de que brevemente tudo se cumpra, pois quem fez
a promessa é fiel para cumprir (Hb 10.23).
Auxílio Teológico
A Ressurreição de JESUS como garantia de nossa esperança
“A maioria dos teólogos reconhece que ‘no Novo Testamento’ o futuro
é visto como o desdobrar daquilo que nos é dado na ressurreição de CRISTO’. Sua
ressurreição era o tema principal da pregação da Igreja Primitiva. No Dia do
Pentecoste, Pedro centralizou a atenção em JESUS. Paulo proclamou que ‘CRISTO
ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem’ (1 Co 15.20).
‘E, se o ESPÍRITO daquele que dos mortos ressuscitou a JESUS habita em vós,
aquele que dos mortos ressuscitou a CRISTO também vivificará o vosso corpo
mortal, pelo seu ESPÍRITO que em vós habita’ (Rm 8.11). Pedro também falou de
‘uma viva esperança, pela ressurreição de JESUS CRISTO dentre os mortos, para
uma herança incorruptível, incontaminável e que se não pode murchar’ (1 Pe 1.3,4).
[...] A ressurreição de CRISTO mediante o ESPÍRITO é, portanto, a
garantia de que seremos ressuscitados e transformados de tal maneira que no
corpo ressuscitado será imortal e corruptível” (HORTON, Stanley M. (Ed.).
Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2023,
pp.609-10).
III – A ESPERANÇA CRISTÃ COMO ÂNCORA DA ALMA
1. Nossa esperança como âncora
Podemos descrever a âncora como uma pesada peça de ferro presa a
uma corrente grossa e lançada ao fundo do mar com o propósito de manter um
navio parado (At 27.29). O escritor aos Hebreus descreve a esperança cristã
como uma “âncora da alma segura e firme” durante a jornada com CRISTO (Hb
6.18,19). Ela representa tudo o que sustenta e estabiliza a alma do crente em
tempos de incertezas.
Essa esperança que traz certeza à alma do salvo não pode ser comparada com esperança dos ímpios.”
2. Por que a esperança do crente é a melhor
Essa esperança que traz certeza à alma do salvo não pode ser
comparada com esperança dos ímpios. O apóstolo Paulo afirma que, sem CRISTO,
não há esperança para o ser humano (Ef 2.12). Dessa forma, trata-se de uma
esperança vã. Por consequência, há diversas esperanças presentes na cultura
humana. Por exemplo, há religiões que expressam sua esperança em uma história
cíclica, como no Hinduísmo, em que a vida é vista de acordo com o ciclo de
nascimento, morte e reencarnação; outros povos buscam pautar a sua esperança em
astrologia, quiromancia, dentre várias práticas pagãs que a Bíblia proíbe; na
política, muitos fundamentam suas esperanças em ações revolucionárias que não
passam de ilusão. Em síntese, podemos dizer que toda esperança fora de CRISTO é
vazia, sem sentido; já a esperança em CRISTO é segura, consoladora e com
propósito (Cl 1.27).
3. Mantendo firme a esperança
À luz do Novo Testamento, afirmamos que a Segunda Vinda de CRISTO é
o grande motivo para o crente permanecer firme e manter sua esperança, de modo
que isso requer uma vida de pureza para desfrutar da promessa de ser como JESUS
é (1 Jo 3.2,3). Naqueles dias, os discípulos de CRISTO entendiam que a sua
vinda seria de maneira iminente, isto é, poderia acontecer a qualquer momento
(Mt 25.1-13). Semelhantemente, devemos estar em prontidão, aguardando o dia em
que o nosso Senhor arrebatará a sua Igreja. Não sabemos o dia nem a hora que o
Senhor virá, mas a nossa parte é manter a nossa esperança viva e firme (Lc
18.8).
CONCLUSÃO
Lutas, dissabores, provações, morte, dentre outas coisas, o salvo
em CRISTO poderá enfrentar tudo isso firmado na esperança verdadeira que é
CRISTO JESUS, nosso Senhor. Assim, seguiremos a nossa jornada sem temor e sem
perder a fé. A história testemunhou que o Cristianismo cresceu e prosperou
porque os cristãos entenderam que essa vida é provisória, sendo apenas uma
parte de um todo muito maior: a eternidade com CRISTO. Portanto, mantenhamos
firme a confissão da nossa esperança, pois o que prometeu é fiel (Hb 10.23).
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EBD – Lição 11: João 14 – JESUS Conforta os discípulos e promete o
Consolador | 2° Trimestre de 2024 | PECC
Escola Bíblica Dominical Revista PECC (Manaus/Belém)
EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 2° Trimestre De 2024 | TEMA: JOÃO – O Evangelho do Filho de DEUS | Escola Bíblica Dominical | Lição 11: João 14 – JESUS Conforta os discípulos e promete o Consolador
LEITURA ADICIONAL
D. A. Carson diz que é JESUS quem está se dirigindo para a
agonia da cruz; é JESUS quem está profundamente perturbado no coração (12.27) e
no espírito (13.21); todavia, nessa noite das noites, o momento crucial de
todos os tempos que seria apropriado para os seguidores de JESUS lhe darem
apoio emocional e espiritual, ele ainda é o único que se doa, que conforta e
que instrui.
Diante de tudo isso, os discípulos estão com o coração turbado. O coração aqui
é o eixo em torno do qual giram os sentimentos e a fé, bem como a mola mestra
das palavras e ações. A alma deles é uma tempestade.
É nesse contexto que JESUS se levanta como terapeuta da alma, a fim de
confortá-los.
John Charles Ryle diz que coração turbado é a coisa mais comum no mundo.
Esse problema atinge pessoas de todos os estratos sociais, de todos os credos
religiosos e de todas as faixas etárias. Nenhuma tranca consegue manter fora de
nossa vida essa dor. Um coração pode ficar turbado pelas pressões que vêm de
fora ou pelos temores que vêm de dentro.
Até mesmo os cristãos mais consagrados precisam beber muitos cálices amargos
entre a graça e a glória.
William Hendriksen diz que os discípulos estavam: a) tristes, em razão da
iminente partida de CRISTO e da esmagadora solidão que os atingia; b)
envergonhados, em razão do egoísmo que haviam evidenciado, perguntando quem era
o maior entre eles; c) perplexos, em razão da predição de que Judas trairia
JESUS e Pedro o negaria e os demais ficariam dispersos; d) vacilantes na fé,
pensando: “Como o Messias pode ser alguém que será traído?”; e) angustiados,
diante das aflições, açoites, perseguições, prisões e torturas que enfrentariam
pela frente.
JESUS os consola, dizendo: Não se turbe o vosso coração (ARA). O que pode
confortar um coração turbado? Como podemos encontrar consolo na hora da
aflição? O texto em tela nos dá a resposta.
Livro: “João: As Glórias do Filho de DEUS” (Hernandes Dias Lopes, Editora
Hagnos Ltda, 2015, São Paulo - SP, págs. 368-369).
LEITURA BÍBLICA COM TODOS - João
14.1-27
INTRODUÇÃO
I- NÃO SE TURBE O CORAÇÃO Jo 14.1-3
1- Creia em DEUS e em JESUS Jo 14.1
2- O céu é o nosso lar Jo 14.2
3- Como JESUS descreve o céu? Jo 14.3
II- O CAMINHO E A ORAÇÃO Jo 14.415
1- Caminho, verdade e vida Jo 14.4-6
2- Mostra-nos o Pai Jo 14.7-11
3- Conforto da oração Jo 14.12-15
III- O ESPÍRITO SANTO E A PAZ Jo 14.16-31
1- Temos o ESPÍRITO SANTO Jo 14.16, 17
2- Desfrutemos o amor do Pai Jo 14.18-24
3- Deixo-vos a paz Jo 14.25-31
APLICAÇÃO PESSOAL
INTRODUÇÃO
JESUS estava se despedindo dos discípulos. Aquela era a
quinta-feira do Getsêmani, do suor de sangue, da traição de Judas, da negação
de Pedro, da prisão de JESUS. Nesse momento crucial Ele é quem conforta e
instrui Seus discípulos.
I- NÃO SE TURBE O CORAÇÃO (Jo 14.1-3)
Os discípulos estão com o coração turbado. JESUS se levanta como
terapeuta da alma, os consola, dizendo: “Não se turbe o vosso coração”. O que
pode confortar um coração turbado? Como podemos encontrar consolo na hora da
aflição? O texto em tela nos dá a resposta.
1- Creia em DEUS e em JESUS (Jo 14.1). Não
se turbe o vosso coração; credes em DEUS, crede também em mim.
JESUS conforta Seus discípulos dizendo que, da mesma maneira que
eles creem em DEUS, deveriam crer também Nele. Com isso, JESUS reafirma
sua divindade.
Uma pequena fé no grande DEUS vale mais do que uma grande fé no objeto errado.
Não é fé na fé. Muitos dizem: “Ah! Eu tenho uma grande fé”. Confiam na fé que
têm, e não no grande DEUS. Fé em CRISTO é o remédio para a doença do coração
turbado. Os problemas aparecem, a solidão, a crise financeira, a doença, o
luto, a dor, as lágrimas, os vales profundos, as noites escuras virão, mas
“continuem confiando em mim”, conclamou JESUS. A fé olha para JESUS, e não para
a tempestade. A fé ri das impossibilidades. A fé triunfa nas crises.
2- O céu é o nosso lar (Jo 14.2,3). Na
casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou
preparar-vos lugar.
Quando JESUS fala de ir preparar lugar, não se trata de Ele entrar
em cena e, depois, começar a preparar o terreno; ao contrário, no contexto da
teologia joanina, é o próprio ato de ir, via cruz e a ressurreição, que prepara
o lugar para os discípulos. Olhar para a frente, para a recompensa, para a
herança imarcescível (incorruptível), para a pátria eterna, para o lar
celestial, nos capacita a triunfar sobre as turbulências da vida.
3- Como JESUS descreve o céu? (Jo 14.3) E
quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim
mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
a) É a casa do Pai com muitas moradas (14.2). O céu é onde se
encontra o trono de DEUS. Se o céu é a casa do Pai, significa que o céu é o
nosso lar. No céu, há morada permanente para todos os filhos de DEUS. Aqui no
mundo somos estrangeiros, mas no céu estaremos em casa, na casa do Pai. Lá não
haverá dor, nem luto, nem tristeza. Lá esqueceremos as agruras desta vida. Lá
nossa alegria será completa. William Barclay diz que não temos porque especular
como será o céu. Basta-nos saber que estaremos com JESUS para sempre!
b) O céu é o lugar preparado por JESUS (14.3), Nós não compramos esse lugar no
céu. Nós não o merecemos. Esse lugar nos é dado como presente. É graça, pura
graça. JESUS preparou esse lugar na cruz, na Sua morte, ressurreição, ascensão
e intercessão. Lá na cruz, JESUS abriu-nos um novo e vivo caminho para DEUS.
Estamos a caminho da glória!
c) O céu é o lugar de comunhão eterna com CRISTO e com os irmãos (14.3). A
maior glória do céu é estarmos com CRISTO para sempre e sempre. Vamos
contemplar o Seu rosto, servi-lo, exaltá-lo, a eternidade inteira. Seremos uma
só família, um só rebanho, uma só Igreja, um só corpo com o Cordeiro. Vamos
abraçar os patriarcas, os profetas, os apóstolos e os entes queridos que nos
antecederam.
II- O CAMINHO E A ORAÇÃO (Jo 14.4-15)
Sabendo que podemos buscar o Pai em oração (14.12-15).
1- Caminho, verdade e vida (Jo 14.4-6). Disse-lhe
JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por
mim.
”Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por
mim” (14.6).
Eu sou o caminho pelo qual vocês devem andar; a verdade em que vocês devem
crer; a vida que vocês devem viver. Eu sou o caminho inerrante, a verdade
infalível, a vida infindável. Se vocês permanecerem no caminho, conhecerão a
verdade e tomarão posse da vida eterna. Ele nos abriu o caminho da árvore da
vida, que foi fechada quando Adão
e Eva caíram.
2- Mostra-nos o Pai (Jo 14.7-11). Disse-lhe
Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
Até então, os discípulos não tinham compreendido que aquele que vê
JESUS vê o Pai, pois JESUS e o Pai são um. JESUS diz aos discípulos que
conhecê-lo é conhecer o Pai. Essa declaração levou Filipe a fazer uma pergunta:
“Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta” (14.8). JESUS não apenas é um com
o Pai, mas é também o porta-voz do Pai. O que Ele fala não fala por si mesmo,
mas fala da parte do Pai. JESUS é o agente do Pai (14.11). A evidência absoluta
da unidade entre o Pai e o Filho é que o Filho realiza as mesmas obras do Pai.
Ele é o Verbo criador. O Pai e Ele trabalham até agora.
3- Conforto da oração (Jo 14.12-15). E
tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no
Filho.
A oração é um dos melhores remédios para um coração perturbado.
Falar com DEUS faz bem à alma. Falar com DEUS nos satisfaz!
a) Orar com fé (14.12). Essa declaração de JESUS tem sido mal interpretada por
muitos. As maiores obras que os discípulos crentes farão não são maiores quanto
à natureza das obras, mas maiores em extensão. Aqui vale o princípio de que o
servo não é maior do que o seu Senhor (13.16). A fé no CRISTO exaltado, que
está à destra do Pai, tem o governo do mundo em Suas mãos e derramou sobre a
Igreja o Seu ESPÍRITO, pode abrir-nos portas mais amplas para colhermos frutos
mais abundantes do que aqueles colhidos por CRISTO. No dia de Pentecostes,
Pedro, com um único sermão, levou para o reino quase três mil pessoas. Não há
obra maior do que a conversão de uma alma. Warren Wiersbe aponta como óbvio que
não é o cristão que realiza essas “coisas maiores”; antes, quem opera os
milagres é DEUS trabalhando no cristão e através dele: e o Senhor cooperava com
eles (Mc 16.20).
b) Orar em nome de JESUS (14.13-15). A oração com fé, endereçada a DEUS, em
nome de JESUS, é a chave que abre os celeiros do céu. Não é, entretanto, uma
“fórmula mágica” que acrescentamos automaticamente às orações que fazemos a
DEUS. Significa pedir o que JESUS pediria, o que lhe agradaria e o
glorificaria. Não erguemos nossas orações aos céus fiados em nosso mérito, mas
nos méritos infinitos de JESUS. Nossas orações precisam ser estribadas nos
méritos de CRISTO e feitas segundo a vontade de DEUS. A oração é endereçada ao
Pai a quem amamos, e a prova do nosso amor a DEUS é nossa amorosa obediência.
III- O ESPÍRITO SANTO E A PAZ (Jo 14.16-3)
Embora todas as versões do Evangelho se refiram ao ESPÍRITO
SANTO, o Evangelho segundo João apresenta o ensino mais amplo de JESUS com
relação ao ESPÍRITO. Só no livro de João JESUS o chama de espírito da verdade e
consolador (14-16). Estes dois são peculiares a João.
1- Temos o ESPÍRITO SANTO (Jo 14.16,17). E eu
rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para
sempre; O ESPÍRITO de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê
nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
JESUS subiria para o Pai, mas o Pai, em resposta à sua oração,
enviaria o ESPÍRITO SANTO, o outro Consolador, para estar para sempre conosco.
a) O ESPÍRITO SANTO é semelhante a JESUS (14.16). “E eu rogarei ao Pai, e ele
vos dará outro consolador”. Significa “outro igual, da mesma substância”. O
ESPÍRITO é DEUS, com os mesmos atributos do Pai e do Filho. A palavra grega
paracletos significa, “consolador”, “advogado”, a pessoa que traz para o lado a
outra para defender.
b) O ESPÍRITO SANTO é permanente (14.16b). “Para que fique para sempre
convosco”. O ESPÍRITO SANTO jamais deixaria os discípulos.
c) ESPÍRITO SANTO da verdade que habita em nós (14.17). O ESPÍRITO SANTO é a
fonte da verdade que o inundo não pode receber. No dia de Pentecostes, Ele não
veio apenas para habitar entre nós, mas, também, para morar em nós. Nosso corpo
transformou-se no Lugar Santíssimo, no SANTO dos Santos de Sua habitação.
2- Desfrutemos o amor do Pai (Jo 14.18-24). Aquele
que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me
ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.
Antes de partir, JESUS deixou claro aos discípulos que não os
deixaria órfãos nem abandonados (14.18). O mundo não verá mais JESUS quando Ele
partir. Então, assim como o Filho está no Pai e o Pai no Filho, nós também
estaremos em JESUS, e Ele, em nós, através do ESPÍRITO SANTO (19,20). Assim o
amor de DEUS manifesta-se aos cristãos no presente (14.20-24). Aquele que ama a
JESUS é o que guarda os seus mandamentos. Aquele que ama a JESUS e guarda os
seus mandamentos é aquele que é amado pelo Pai. É a estes que JESUS se
manifesta.
3- Deixo-vos a paz (Jo 14.25-31). Deixo-vos
a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o
vosso coração, nem se atemorize.
JESUS, como terapeuta da alma, conclui Sua mensagem de consolo
falando sobre verdades importantes.
a) O ESPÍRITO nos ensinará (14.25,26). Ensinará todas as coisas e trará à
memória tudo o que eles aprenderam de JESUS. Nas horas mais graves do cerco do
adversário, o ESPÍRITO SANTO trará as palavras certas, nas horas certas.
b) A paz diferente do mundo (14.27). JESUS vai para o Pai, mas deixa com Seus
discípulos a Sua paz. Essa paz não é a mesma paz que o mundo dá. A paz do mundo
é apenas uma trégua. A paz de CRISTO é alegria inefável no meio da luta. É a
presença sobrenatural na fornalha. É a proteção segura na cova dos leões. É a
coragem inabalável no vale da morte. A paz de CRISTO é a paz que defende nosso
coração e nossa mente da invasão da ansiedade.
c) Alegrar por Sua volta para o Pai (14.28-31), pois isso desembocaria no envio
do outro Consolador e iniciaria Sua obra intercessora junto ao trono da graça
(Hb 2.17,18; 4.14-16; 7.23). Quando JESUS diz: “pois o Pai é maior do que eu”
(14.28), significa que quando Ele estava na terra, limitou-se, necessariamente,
a um corpo humano. Nesse sentido, o Pai era maior do que o Filho. É evidente
que, quando o Filho voltou para o céu, tudo o que havia colocado de lado lhe
foi restituído (17.1,5).
APLICAÇÃO PESSOAL
Temos o ESPÍRITO dentro de nós, o Salvador acima de nós e a Palavra
diante de nós – recursos tremendos para nos dar paz.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
BEP - CPAD (com algumas modificações do Pr. Henrique).
O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
At 1.5 “Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados
com o ESPÍRITO SANTO, não muito depois destes dias.”
Uma das doutrinas principais das Escrituras é o batismo no, ou com o ESPÍRITO
SANTO.
O mergulhar do crente no corpo de CRISTO é para todos que professam sua fé em
CRISTO; que nasceram de novo, e, assim, receberam o ESPÍRITO SANTO para neles
habitar. Um dos alvos principais de CRISTO na sua missão terrena foi tornar
filhos de DEUS os que creem em CRISTO (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33). Ele
ordenou aos discípulos não começarem a testemunhar até que fossem batizados no
ESPÍRITO SANTO e revestidos do poder do alto (Lc 24.49; At 1.4.5.8).
O batismo no ESPÍRITO SANTO é uma obra distinta e à parte da regeneração,
também por Ele efetuada. Assim como a obra santificadora do ESPÍRITO é distinta
e completiva em relação à obra regeneradora do mesmo ESPÍRITO, assim também o
batismo no ESPÍRITO complementa a obra regeneradora e santificadora do
ESPÍRITO. No mesmo dia em que JESUS ressuscitou, Ele soprou sobre seus
discípulos e disse: “Recebei o ESPÍRITO SANTO” (Jo 20.22), indicando que a
regeneração e a nova vida estavam-lhes sendo concedidas. Depois, Ele lhes disse
que também deviam ser “revestidos de poder” pelo ESPÍRITO SANTO (Lc 24.49; cf.
At 1.5,8). Portanto, este batismo é uma experiência subsequente à regeneração
(ver 11.17; 19.6).
em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o
evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o
ESPÍRITO SANTO da promessa; Efésios 1:13
Ser batizado com ou no ESPÍRITO SANTO significa experimentar a plenitude do
ESPÍRITO, (cf. 15; 2.4). Este batismo teria lugar somente a partir do dia de
Pentecoste. Quanto aos que foram cheios do ESPÍRITO SANTO antes do dia de
Pentecoste (e.g. Lc 1.15,67), Lucas não emprega a expressão “batizados no
ESPÍRITO SANTO”. Este evento só ocorreria depois da ascensão de CRISTO (1.2-5;
Lc 24.49-51, Jo 16.7-14).
O livro de Atos descreve o falar noutras línguas como o sinal inicial do
batismo no ESPÍRITO SANTO (2.4; 10.45,46; 19.6).
O batismo no ESPÍRITO SANTO outorgará ao crente ousadia e poder celestial para
este realizar grandes obras em nome de CRISTO e ter eficácia no seu testemunho
e pregação (cf. 18; 2.14-41; 4.31; 6.8; Rm 15.18,19; 1Co 2.4). Esse poder não
se tratar de uma força impessoal, mas de uma manifestação do ESPÍRITO SANTO, na
qual a presença, a glória e a operação de JESUS estão presentes com seu povo (Jo
14.16-18; 16.14; 1Co 12.7).
Outros resultados do genuíno batismo no ESPÍRITO SANTO são: (a) mensagens
proféticas e louvores (2.4, 17; 10.46; 1Co 14.2,15); (b) maior sensibilidade
contra o pecado que entristece o ESPÍRITO SANTO, uma maior busca da retidão e
uma percepção mais profunda do juízo divino contra a impiedade (ver Jo 16.8; At
1.8); (c) uma vida que glorifica a JESUS CRISTO (Jo 16.13,14; At 11.8; (d)
visões da parte do ESPÍRITO (2.17); (e) manifestação dos vários dons do
ESPÍRITO SANTO (1Co 12.4-10); (f) maior desejo de orar e interceder (2.41,42;
3.1; 4.23-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26); (g) maior amor à Palavra de DEUS e melhor
compreensão dela (Jo 16.13; At 2.42) e (h) uma convicção cada vez maior de DEUS
como nosso Pai (At 1.4; Rm 8.15; Gl 4.6).
A Palavra de DEUS cita várias condições prévias para o batismo no ESPÍRITO
SANTO. (a) Devemos aceitar pela fé a JESUS CRISTO como Senhor e Salvador e
apartar-nos do pecado e do mundo (2.38-40; 8.12-17). Isto importa em submeter a
DEUS a nossa vontade (“àqueles que lhe obedecem”. Devemos abandonar tudo o que
ofende a DEUS, para então podermos ser “vaso para honra, santificado e idôneo
para o uso do Senhor” (2Tm 2.21). (b) É preciso querer o batismo. O crente deve
ter grande fome e sede pelo batismo no ESPÍRITO SANTO (Jo 7.37-39; cf. Is 44.3;
Mt 5.6; 6.33). Muitos recebem o batismo como resposta à oração neste sentido
(Lc 11.13; At 1.14; 2.1-4; 4.31; 8.15,17). (d) Devemos esperar convictos que
JESUS nos batizará no ESPÍRITO SANTO (Mc 11.24; At 1.4,5).
O batismo no ESPÍRITO SANTO permanece na vida do crente mediante a oração
(4.31), o testemunho (4.31, 33), a adoração no ESPÍRITO (Ef 5.18,19) e uma vida
santificada (ver Ef 5.18). Por mais poderosa que seja a experiência inicial do
batismo no ESPÍRITO SANTO sobre o crente, se ela não for expressa numa vida de
oração, de testemunho e de santidade, logo se tornará numa glória desvanecente.
O batismo no ESPÍRITO SANTO ocorre uma só vez na vida do crente e move-o à
consagração à obra de DEUS, para, assim, testemunhar com poder e retidão. O
crente pode e deve orar em línguas todos os dias para ser edificado (1 Co 14.4;
Ef 6.18; Jd 1.20). A Bíblia fala de renovações posteriores ao batismo inicial
do ESPÍRITO SANTO (ver 4.31; cf. 2.4; 4.8, 31; 13.9; Ef 5.18). O batismo no ESPÍRITO,
portanto, conduz o crente a um relacionamento com o ESPÍRITO, que deve ser
renovado (4.31) e conservado (Ef 5.18).
PROVAS DO GENUÍNO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
Todo batizado como o ESPÍRITO SANTO fala em línguas não aprendidas no mesmo
momento. As línguas vêm de DEUS, do alto.
Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de
repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu
toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas
repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos
foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme
o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem. Atos 2:1-4
O Batismo no ESPÍRITO SANTO pode ocorrer até mesmo na hora de uma pregação, sem
nem mesmo haver menção do batismo. JESUS olha o interior do crente e seu desejo
de evangelização dos que não são salvos, este é o Caso de Cornélio, seus
familiares e amigos - Atos 10.44-47)
At 10.44,45 E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o ESPÍRITO SANTO sobre
todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos
quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do ESPÍRITO SANTO
se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar em línguas e
magnificar a DEUS. Respondeu, então, Pedro: Pode alguém, porventura, recusar a
água, para que não sejam batizados estes que também receberam, como nós, o
ESPÍRITO SANTO?
O IDEAL SERIA ASSIM
Nem todos os batizados no ESPÍRITO SANTO perseveram na oração, jejum, estudo da
bíblia e evangelização.
Seguem-se alguns princípios bíblicos que deveriam permanecer naquele que
recebeu o batismo no ESPÍRITO SANTO:
O crente será uma pessoa que ama, exalta e glorifica a DEUS Pai e ao Senhor
JESUS CRISTO mais do que antes (ver Jo 16.13,14; At 2.11,36; 10.44-46).
O crente será uma pessoa que aumentará a convicção de sua filiação com o Pai
celestial (1.4; Rm 8.15,16), terá maior percepção da presença de CRISTO em sua
vida diária (Jo 14.16, 23; 15.26) e aumentará o clamor da alma “Aba, Pai”! (Rm
8.15; Gl 4.6). O batismo no ESPÍRITO SANTO deve levar o crente a uma maior
comunhão com CRISTO e a uma mais intensa comunhão com DEUS como nosso Pai.
O batismo no ESPÍRITO SANTO deve aumentar o amor e apreço pelas Escrituras. O
ESPÍRITO da verdade (Jo 14.17), que inspirou as Escrituras (2Tm 3.16; 2Pe
1.20,21), aprofundará nosso amor à verdade da Palavra de DEUS (Jo 16.13; At
2.42; 3.22; 1Jo 4.6).
O batismo no ESPÍRITO SANTO aprofundará nosso amor pelos demais seguidores de
CRISTO e a nossa preocupação pelo seu bem-estar (2.38, 44-46; 4.32-35). A
comunhão e fraternidade cristãs, de que nos fala a Bíblia, somente podem
existir através do ESPÍRITO (2Co 13.13).
O batismo no ESPÍRITO SANTO de preferência deve ser precedido de abandono do
pecado e de completa obediência a CRISTO (2.38). Ele será conservado quando
continuarmos na santificação do ESPÍRITO SANTO (2.40; 2Ts 2.13; Rm 8.13; Gl
5.16,17). Qualquer crente batizado no ESPÍRITO SANTO que vive na prática do
pecado, seguindo a vontade da carne, não conseguirá manter a comunhão com o
ESPÍRITO SANTO (2.40; 8.18-21; Rm 8.2-9). Este crente muito provavelmente
deixará de falar em línguas e só retornará a falar quando se arrepender de seus
pecados e receber o perdão de DEUS.
O real batismo no ESPÍRITO SANTO fará aumentar o nosso repúdio às diversões
pecaminosas e prazeres ímpios deste mundo, refreando-nos a busca egoísta de
riquezas e honrarias terrenas (20.33; 1Co 2.12; Rm 12.16; Pv 11.28).
O genuíno batismo no ESPÍRITO SANTO nos trará mais desejo e poder para
testemunhar da obra redentora do Senhor JESUS CRISTO (ver Lc 4.18; At 1.8;
2.38-41; 4.8-20; Rm 9.1-3; 10.1).
O genuíno batismo no ESPÍRITO SANTO deve despertar em nós o desejo de uma maior
operação sua no reino de DEUS, e uma busca pela operação de seus dons em nossa
vida. As línguas como evidência inicial do batismo devem motivar o crente a
permanecer na busca pelos dons espirituais (2.4,43; 430; 5.12-16; 68; 87; Gl
3.5).
O autêntico batismo no ESPÍRITO SANTO tornará mais real a obra, a direção e a
presença do ESPÍRITO SANTO em nossa vida diária. Depois de batizados no
ESPÍRITO SANTO, os crentes de Atos tornaram-se mais cônscios da presença, poder
e direção do ESPÍRITO SANTO (4.31; 6.5; 9.31; 10.19; 13.2, 4, 52; 15.28; 16.6,7;
20.23).
O FALAR EM LÍNGUAS
At 2.4 “E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras
línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.”
Há muita diferença entre falar em línguas das nações e em línguas espirituais,
ou estranhas, ou sobrenaturais.
Falar em línguas do Pentecostes - γλωσσα glossa - idioma ou dialeto usado por
um grupo particular de pessoas, diferente dos usados por outras nações.
Quando falamos nas línguas das nações então o original é διαλεκτος
dialektos - 1) conversação, fala, discurso, linguagem - 2) língua ou a
linguagem própria de cada povo
O falar noutras línguas, ou a glossolalia (gr. glossais lalo), era entre os
crentes do NT, um sinal da parte de DEUS para evidenciar o batismo no ESPÍRITO
SANTO (ver 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude
do ESPÍRITO continua o mesmo para os dias de hoje.
O VERDADEIRO FALAR EM LÍNGUAS.
(1) As línguas como manifestação do ESPÍRITO. Falar noutras línguas é
uma manifestação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO, i.e., uma expressão vocal
inspirada pelo ESPÍRITO, mediante a qual o crente fala numa língua (gr. glossa)
que nunca aprendeu (2.4; 1Co 14.14,15). Estas línguas podem ser
ouvidas como línguas humanas, i.e., atualmente faladas (Atos 2.6), ou
desconhecidas na terra (cf. 1Co 13.1). Não é “fala extática”, como algumas
traduções afirmam, pois a Bíblia nunca se refere à “expressão vocal extática”
para referir-se ao falar noutras línguas pelo ESPÍRITO.
Línguas como sinal externo inicial do batismo no ESPÍRITO SANTO. Falar noutras
línguas é uma expressão verbal inspirada, mediante a qual o espírito do crente
e o ESPÍRITO SANTO se unem no louvor e/ou profecia. A língua do batismo não é
compreendia por ninguém, senão por DEUS. Porque o que fala língua estranha não
fala aos homens, senão a DEUS; porque ninguém o entende, e em espírito fala de
mistérios. (1 Coríntios 14:2).
Desde o início, DEUS vinculou o falar noutras línguas ao batismo no ESPÍRITO
SANTO (2.4), de modo que os primeiros 120 crentes no dia do Pentecoste, e os
demais batizados a partir de então, tivessem uma confirmação física de que
realmente receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO (cf. 10.45,46). Desse modo,
essa experiência podia ser comprovada quanto a tempo e local de recebimento. No
decurso da história da igreja, sempre que as línguas como sinal foram
rejeitadas, ou ignoradas, a verdade e a experiência do Pentecoste foram
distorcidas, ou totalmente suprimidas. Até mesmo no Antigo Testamento as
línguas são mencionadas - Pelo que, por lábios estranhos e por outra língua,
falará a este povo, ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado;
e este é o refrigério; mas não quiseram ouvir. Isaías 28:11,12.
As línguas como dom de Variedade de Línguas.
Falar em variedade de línguas é descrito como um dos dons concedidos ao crente
pelo ESPÍRITO SANTO (1Co 12.4-10). Este dom tem alguns propósitos principais: (a)
O falar noutras línguas seguidas de interpretação, também pelo ESPÍRITO, em
culto público, como mensagem verbal à congregação para sua edificação
espiritual (1Co 14.5,6,13-17). (b) O falar noutras línguas pelo crente para
dirigir-se a DEUS nas suas devoções particulares e, deste modo, edificar sua
vida espiritual (1Co 14.4; Ef 6.18; Jd 1.20). Significa falar ao nível do
espírito (14.2,14), com o propósito de orar, dar graças (14.16,17) ou cantar
(14.15; ver 1Co 14). (c) Também podemos falar em línguas em gemidos de
intercessão (E da mesma maneira também o ESPÍRITO ajuda as nossas fraquezas;
porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo ESPÍRITO
intercede por nós com gemidos inexprimíveis. Romanos 8:26). (d) Também as
línguas podem ser faladas sem haver interpretação por parte da igreja, mas
apenas uma pessoa as entende (segredo entre DEUS e a pessoa).
OUTRAS LÍNGUAS, PORÉM FALSAS.
O simples fato de alguém falar “noutras línguas”, ou exercitar outra
manifestação sobrenatural não é evidência irrefutável da obra e da presença do
ESPÍRITO SANTO. O ser humano e até demônios podem imitar as línguas estranhas.
A Bíblia nos adverte a não crermos em todo espírito, e averiguarmos se as
experiências espirituais procedem realmente de DEUS (ver 1Jo 4.1). Hoje,
algumas seitas as imitam, como por exemplo, os católicos romanos carismáticos
que aprendem uns com os outros a falarem em outras línguas sem as terem
recebido de cima, de DEUS. Repetem algumas palavras as quais lhes foram
repassadas por alguém da liderança para repetirem.
Somente devemos aceitar as línguas se elas procederem do ESPÍRITO SANTO, como
em 2.4. Esse fenômeno, segundo o livro de Atos, deve ser espontâneo e resultado
do derramamento inicial do ESPÍRITO SANTO. Não é algo aprendido, nem ensinado,
como por exemplo instruir crentes a pronunciar sílabas sem nexo.
O ESPÍRITO SANTO nos adverte claramente que nestes últimos dias surgirá
apostasia dentro da igreja (1Tm 4.1,2); sinais e maravilhas operados por
Satanás (Mt 7.22,23; cf. 2Ts 2.9) e obreiros fraudulentos que fingem ser servos
de DEUS (2Pe 2.1,2).
Se alguém afirma que fala noutras línguas, mas não é dedicado a JESUS CRISTO,
nem aceita a autoridade das Escrituras, nem obedece à Palavra de DEUS, qualquer
manifestação sobrenatural que nele ocorra não provém do ESPÍRITO SANTO (1 Jo
3.6-10; 4.1-3; cf. Gl 1.9; Mt 24.11-24, Jo8.31). Idólatras, por exemplo, não as
recebem.
DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE
1Co 12.7 “Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil”.
PERSPECTIVA GERAL. Uma das maneiras do ESPÍRITO SANTO manifestar-se é através
de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (12.7-11). Essas
manifestações do ESPÍRITO visam à edificação e à santificação da igreja (12.7;
ver 14.26). Esses dons e ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11,
mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja. A
lista em 12.8-10 é completa dentro do tema dons do ESPÍRITO SANTO, porém os
dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras. Por exemplo:
Na operação do dom da fé pode ocorrer cura, milagre e ressurreição de morto,
tudo de uma só vez. Na manifestação do dom de Palavra de conhecimento pode
ocorrer revelação e cura ao mesmo tempo. Etc.
As manifestações do ESPÍRITO dão-se de acordo com a vontade do ESPÍRITO
(12.11), ao surgir a necessidade, e conforme o anelo do crente na busca dos dons
(12.31; 14.1).
Os dons operam no crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um
dom para atendimento de necessidades específicas. O crente deve desejar “dons”,
e não apenas um dom (12.31; 14.1).
É antibíblico e insensato se pensar que quem tem um dom de operação
exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação
mais interiorizada, i.e., menos visível. Também, quando uma pessoa possui um
dom espiritual, isso não significa que DEUS aprova tudo quanto ela faz ou ensina.
Não se deve confundir dons do ESPÍRITO, com o fruto do ESPÍRITO, o qual se
relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl
5.22,23).
Satanás pode imitar a manifestação dos dons do ESPÍRITO, ou falsos crentes
disfarçados como servos de CRISTO podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24;
2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer
manifestação espiritual, mas deve “provar se os espíritos são de DEUS, porque
já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1; cf. 1Ts
5.20,21).
OS DONS ESPIRITUAIS.
Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o
ESPÍRITO SANTO concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as
características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino
sobre eles.
Dom da Palavra da Sabedoria (12.8).
Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação
sobrenatural do ESPÍRITO SANTO. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de
DEUS ou a sabedoria do ESPÍRITO SANTO a uma situação ou problema específico com
relação ao futuro. Exemplo: E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a
entender, pelo ESPÍRITO, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso
aconteceu no tempo de Cláudio César. Atos 11:28
Palavra - Pequena parte (fragmento).
Sabedoria - de DEUS - onisciência e presciência - a respeito do futuro.
Uma revelação por escrito ou falada sob inspiração do ESPÍRITO SANTO e a
respeito do futuro.
É uma manifestação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO, através de um crente, pela
graça de DEUS, sempre revelando o futuro.
Porque tu, DEUS meu, revelaste ao ouvido de teu servo que lhe edificarias casa;
pelo que o teu servo achou confiança para orar em tua presença. 1 Crônicas
17:25
E a mim me foi revelado este segredo, não porque haja em mim mais sabedoria do
que em todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei
e para que entendesses os pensamentos do teu coração. Daniel 2:30
Respondeu o rei a Daniel e disse: Certamente, o vosso DEUS é DEUS dos deuses, e
o Senhor dos reis, e o revelador dos segredos, pois pudeste revelar este
segredo. Daniel 2:47
senão o que o ESPÍRITO SANTO, de cidade em cidade, me revela, dizendo que me
esperam prisões e tribulações. Atos 20:23
Mas FALAMOS A SABEDORIA DE DEUS EM MISTÉRIO, outrora oculta, a qual DEUS
preordenou desde a eternidade para a nossa glória. (1 Co 2.7)
Mas DEUS NO-LO REVELOU PELO ESPÍRITO; porque o ESPÍRITO a todas as coisas
perscruta, até mesmo as profundezas de DEUS.(1 Co 2.10)
depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas
nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. 1
Tessalonicenses 4:17
porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens
santos de DEUS falaram inspirados pelo ESPÍRITO SANTO. 2 Pedro 1:21
Revelação de JESUS CRISTO, a qual DEUS lhe deu para mostrar aos seus servos as
coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou e as notificou
a João, seu servo, Apocalipse 1:1
Toda palavra profética revelando o futuro está dentro deste dom.
Este Dom opera muito através de profetas
Profeta do Antigo Testamento -
ISAÍAS - Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas
dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de DEUS e oprimido.
Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades;
o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos
sarados. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo
seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi
oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e,
como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. Isaías
53:4-7
DANIEL - Mas há um DEUS nos céus, o qual revela os segredos; ele, pois, fez
saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser no fim dos dias; o teu sonho e as
visões da tua cabeça na tua cama são estas: Daniel 2:28
Profeta do Novo Testamento -
ÁGABO - E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender, pelo
ESPÍRITO, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no
tempo de Cláudio César. Atos 11:28
e, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo e, ligando-se os seus próprios pés
e mãos, disse: Isto diz o ESPÍRITO SANTO: Assim ligarão os Judeus, em
Jerusalém, o varão de quem é esta cinta e o entregarão nas mãos dos gentios.
Atos 21:11
JUDAS E SILAS - Depois, Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e
confirmaram os irmãos com muitas palavras. Atos 15:32
MUITOS PROFETAS NO Novo Testamento - Naqueles dias, desceram profetas de
Jerusalém para Antioquia. Atos 11:27
Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber:
Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado
com Herodes, o tetrarca, e Saulo. Atos 13:1
Palavra de Sabedoria dada por JESUS - Toda vez que falou algo que ia ou ainda
vai acontecer no futuro.
Palavra de Sabedoria dada por apóstolo João - Toda vez que falou algo que ia ou
ainda vai acontecer no futuro.
A Palavra de sabedoria é uma pequena parte da sabedoria de DEUS; no futuro, só
DEUS sabe; tem a ver com a onisciência de DEUS. JESUS sabia todas as cosias que
estavam por vir. O profeta Ágabo (novo testamento tem profeta) revelava uma
seca na Judéia que aconteceu realmente pouco tempo depois e a prisão de Paulo,
tudo no futuro.
Aqui, estamos estudando sobre revelações futurísticas que são dadas pelo
ESPÍRITO SANTO, de repente, sem um prévio aviso ou estudo.
Esta revelação pode ser dada por meio de uma visão, de um sonho, ou por
inspiração, ou por meio de uma voz escutada também.
Exemplos:
JESUS:
"Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o
Filho, senão só o Pai. Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a
vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio,
comiam, bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou
na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim
será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois homens no campo,
será levado um e deixado outro; estando duas mulheres a trabalhar no moinho,
será levada uma e deixada a outra. Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia
vem o vosso Senhor; sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que
vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua
casa. Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não
penseis, virá o Filho do homem." (Mt 24: 36-44)
Exemplo em Atos dos apóstolos:
Profeta Ágabo a respeito de uma grande fome
Atos 11:28 e levantando-se um deles, de nome Ágabo, dava a entender pelo
ESPÍRITO, que haveria uma grande fome por todo o mundo, a qual ocorreu no tempo
de Cláudio.
Profeta Ágabo a respeito de Paulo
Atos 21:11 e, vindo ter conosco, tomando o cinto de Paulo, ligando com ele
os próprios pés e mãos, declarou: Isto diz o ESPÍRITO SANTO: Assim os Judeus,
em Jerusalém, farão ao dono deste cinto e o entregarão nas mãos dos gentios.
Paulo em viagem para Roma
"Atos 27.34 Rogo-vos, portanto, que comais alguma coisa, porque disso
depende a vossa segurança; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de
vós.".
Paulo sobre arrebatamento:
I Co 15:51 "Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas
todos seremos transformados".
Porque o Senhor o revelara aos ouvidos de Samuel, um dia antes que Saul viesse,
dizendo: Amanhã, a estas horas, te enviarei um homem da terra de Benjamim, o
qual ungirás por capitão sobre o meu povo de Israel, e ele livrará o meu povo
da mão dos filisteus; porque tenho olhado para o meu povo, porque o clamor
chegou a mim. 1 Samuel 9:15,16
Não é dom de Palavra de Sabedoria
1 Rs 3.16-28
Não foi revelado a Salomão por uma manifestação sobrenatural quem era a mãe da
criança, mas com a sabedoria concedida por DEUS a Salomão para entrar e sair
diante do povo e julgar suas causas, ele pode armar uma estratégia para
descobrir quem era a mãe verdadeira, portanto não é uma manifestação de um dom
do ESPÍRITO SANTO, mas uma sabedoria humana aumentada por DEUS.
Um exemplo aqui de Palavra de Sabedoria no AT poderia ser também II Reis
3.16, 20:
Eliseu, solicitou a presença de um músico. Queria enlevar o ESPÍRITO. Sentir-se
inspirado:
"E sucedeu que, tocando o músico, veio sobre ele a mão do Senhor. E disse:
"Assim diz O Senhor, fazei neste vale, muitas covas". Porque assim
diz o Senhor : Não vereis vento e não vereis chuva; todavia, este vale se
encherá de tanta água, que bebereis vós e o vosso gado e os vossos animais. 2
Reis 3:16, 17.
"E sucedeu que, pela manhã, oferecendo-se a oferta de alimentos, eis que
vinham as águas pelo caminho de Edom; e a terra se encheu de água".
Quando a revelação vem em sonhos futurísticos é palavra de Sabedoria, mas
quando o sonho vem com revelação atual é palavra de Conhecimento.
3. Uma liderança sábia.
DOM DA PALAVRA DA SABEDORIA.
Este dom é uma palavra (uma proclamação, uma declaração) de sabedoria, dada por
DEUS através da revelação do ESPÍRITO SANTO, para satisfazer a necessidade de
solução urgente dum problema particular. Não se deve confundi-lo, portanto, com
a sabedoria num sentido amplo e geral. Não depende da habilidade cultural
humana de solucionar problemas, pois é uma revelação do conselho divino.
HORTON. Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. Editora CPAD.
Observação minha - Pr. Henrique - Ainda que haja certa vinculação entre
dom palavra de Sabedoria e a palavra do Conhecimento, há uma diferença básica
entre ambos. Sabedoria é falar sobre o futuro e Conhecimento ou ciência é sobre
passado ou presente.
Lembrando que o dom é uma manifestação sobrenatural sem aviso para acontecer,
sem premeditação, sem haver aí alguma coisa da sabedoria do homem, sem estudo
prévio, pois é futuro - coisa que ainda não aconteceu.
A palavra da sabedoria. O ensino, a busca da orientação divina, o conselho e a
luta com as necessidades práticas do governo e administração da igreja devem
ser buscados, mas isso não é dom de Palavra de Sabedoria. Todos podemos e
devemos pedir sabedoria a DEUS (Tg 1.5) e ELE concede, mas isso não é dom
de Palavra de Sabedoria.
Salomão não foi usado em Dom Palavra de Sabedoria, embora tenha
recebido sabedoria de DEUS para governar. Se Salomão fosse usado pelo dom
Palavra de Sabedoria não teria feito nenhum teste com as mulheres, mas dito
imediatamente quem era a mãe verdadeira assim que colocou os olhos nelas.
A revelação dada a Daniel acerca dos impérios mundiais demonstra quão grande é
a sabedoria de DEUS, como recurso divino para ocasiões especiais, em que de
nada adianta a sabedoria humana, ou os conhecimentos adquiridos pela
experiência de quem quer que seja. Quis DEUS utilizar-se de um rei estrangeiro
ao seu povo para revelar segredos sobre acontecimentos que teriam lugar na
História, na ocasião, e para o futuro. A visão de Nabucodonosor é uma
referência para a Escatologia, com base nas interpretações dadas pelo Altíssimo
a Daniel, seu servo, que estava vivendo naquele País, com uma missão do mais
alto significado.
Foi revelado o segredo a Daniel numa visão de noite; e Daniel louvou o DEUS do
céu” (Dn 2.17-19). De maneira didática, com precisão histórica, Daniel
interpretou o sonho, mostrando ao rei o desenrolar dos acontecimentos de
eventos futuros. Foi o conhecimento de DEUS a respeito do futuro e não humano,
lógico ou natural.
A Bíblia e a palavra de sabedoria.
No Antigo Testamento, temos alguns exemplos marcantes dessa revelação da
sabedoria de DEUS.
José, na prisão, interpretou sonhos de servos de Faraó, os quais se cumpriram
plenamente. Chamado ao palácio real, diante de todos os sábios, adivinhos e
conselheiros do rei, interpretou os sonhos proféticos que DEUS concedera ao
monarca egípcio. Se não fosse a sabedoria do ESPÍRITO de DEUS, jamais o jovem
hebreu teria tamanha capacidade para interpretar os misteriosos sonhos das
vacas gordas e das vacas magras, e foi elevado à posição de Governador do Egito
(cf. Gn 41.14-41).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a
DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 34-35.
Observação minha Pr Henrique - Um exemplo clássico desse dom é quando um
pregador, por exemplo, chama alguém à frente da igreja e lhe diz que ela está
para viajar, mas que não deve ir, pois o ônibus ou carro em que viajaria no dia
seguinte irá sofrer um acidente e ela morrerá se estiver neste veículo.
A pessoa então desiste da viagem e fica sabendo no outro dia que realmente o
veículo em que iria viajar sofreu um acidente.
Eis aí um exemplo bem atual do Dom da Palavra de Sabedoria.
II – PALAVRA DA CIÊNCIA
1. O que é?
Palavra = pequena parte do conhecimento de DEUS, revelação de coisa conhecida
no passado ou no presente; tem a ver com onipresença de DEUS. (pode ser coisa
conhecida por pessoas em outra parte ou localidade, que é revelada aqui onde
estamos).
JESUS viu Natanael debaixo de uma figueira sem nem mesmo estar na mesma cidade.
Eliseu sabia todas as estratégias de guerra do inimigo sem nem mesmo estar
perto de seu acampamento.
Quando a revelação vem em sonhos futurísticos é palavra de Sabedoria, mas
quando o sonho vem com revelação atual é palavra de Conhecimento.
Exemplos:
JESUS:
Jo 1.48 Perguntou-lhe Natanael: Donde me conheces? Respondeu-lhe JESUS:
Antes que Felipe te chamasse, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira.
João 4 :16-19 JESUS disse à mulher samaritana : "Vai, chama o teu
marido e vem cá. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe
JESUS: Disseste bem: Não tenho marido; porque tiveste cinco maridos, e o que
agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade. Disse-lhe a mulher
: Senhor, vejo que és profeta"
JESUS enxergava a fé dentro das pessoas.
Exemplo em Atos dos apóstolos:
Pedro, Ananias e Safira
Atos 5.4 “Enquanto o possuías, não era teu? E vendido, não estava o preço
em teu poder? Como, pois, formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste
aos homens, mas a DEUS”.
Eliseu sobre conversas escondidas:
2 Rs 6.12 E disse um dos servos: Não, ó rei meu senhor; mas o profeta
Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas
no teu quarto de dormir.
PALAVRA DA CIÊNCIA
Dom da Palavra do Conhecimento (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal,
inspirada pelo ESPÍRITO SANTO, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de
circunstâncias, revelando o passado ou o presente oculto de alguém.
É manifestação da ciência ou do conhecimento de DEUS, concedido ao homem salvo.
Pode ser dado por sonho, por visão, por revelação especial, por voz de DEUS na
mente, operando na esfera humana, no seio da igreja; sendo um conhecimento
sobrenatural propiciado por DEUS. Paulo fala de “todos os mistérios e
toda a ciência” (1 Co 13.2), que só têm valor se for sob a graça do amor de
DEUS. Através desse dom, o crente penetra nas profundezas do conhecimento de
DEUS (cf. Ef 1.17-19).
“Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e
não subiram ao coração do homem são as que DEUS preparou para os que o amam.
Mas DEUS no-las revelou pelo seu ESPÍRITO; porque o ESPÍRITO penetra todas as
coisas, ainda as profundezas de DEUS” (1 Co 2.9).
A Palavra de DEUS mostra exemplos desse dom. Quando JESUS pregava para a mulher
samaritana, soube detalhes da vida dela, que o conhecimento humano não teria
condições de alcançar naquela circunstância de um encontro inesperado. Ele
disse à mulher que chamasse seu marido. A mulher respondeu que não tinha marido
e JESUS lhe disse que ela tivera “cinco maridos” e aquele com quem vivia não
era seu marido. A mulher ficou admirada, e disse: “Senhor, vejo que és profeta”
(Jo 4.16-19). A palavra da ciência não é adivinhação nem expressão de tentativa
de erro e acerto. E dada pelo ESPÍRITO SANTO. Elinaldo Renovato. Dons
espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 36-37.
Observação minha - Um exemplo clássico desse dom é quando um pregador, por
exemplo, chama alguém à frente da igreja e lhe diz que ela está, por exemplo,
com câncer e que lhe foi dada uma comunicação de morte por parte do médico.
O pregador não é da cidade, não conhece a pessoa com câncer. Não sabia de nada
disso, mas DEUS lhe revelou isso na hora da pregação.
Esse é um exemplo bem simples e que muito ocorre. DEUS não apenas revela, mas
resolve o problema curando essa pessoa.
Eis aí um exemplo bem atual do Dom da Palavra de Conhecimento ou da ciência.
Este dom tem sido definido como sendo a revelação sobrenatural dalgum fato que
existe na mente de DEUS, mas que o homem, devido às suas naturais limitações,
não pode conhecer, a não ser que o ESPÍRITO SANTO lhe revele. Exemplos da
manifestação deste dom são encontrados no ministério de Samuel: 1 Sm 10.22;
Eliseu: 2 Rs 5.26; 6.12; Aias: 1 Rs 14.6; JESUS: Mt 16.23; Lc 5.22; Jo 1.48;
4.18; Pedro: At 5.3,4, e Paulo: At 27.23-25.
Raimundo F. de Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD.
2. Sua função.
Revelar algo oculto, tanto no passado, quanto no presente. Tem a ver com a
Onipresença de DEUS que está em toda parte ao mesmo tempo. Muito usado por DEUS
para revelar pecado oculto.
De acordo com o registro bíblico, quando este dom era exercido, o extraordinário
acontecia, como mostram os exemplos que se seguem:
- O rei de Israel foi avisado do perigo de destruição por parte do rei da
Síria: 2 Rs 6.9-12.
- Elias recebeu novo alento em meio à perseguição: 1 Rs 19.14-18.
- A hipocrisia de Geazi foi manifesta: 2 Rs 5.20-
- A samaritana foi convencida da necessidade dum Salvador: Jo 4.18,19,29.
- Saul foi achado no meio da bagagem: 1 Sm 10.22.
- A necessidade de Saulo foi revelada a Ananias: At 9.11.
- Foi desmascarada a hipocrisia de Ananias e Safira: At 5.3.
Este dom pode manifestar-se por diferentes meios, seja através da pregação no
púlpito, da profecia, do aconselhamento aos necessitados e aos que buscam
orientação divina, ou mesmo através de sonhos, na rua, ou em qualquer lugar
onde seja necessário.
Raimundo F. de Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora
CPAD.
Esse dom revela coisas que não são percebidas pela visão natural (ver 1 Sm
16.7; Jo 2.24,25). Na vida prática da igreja, algumas experiências demonstram
que o dom da palavra da ciência pode ser dado nos tempos presentes. Num Círculo
de Oração, em Natal-RN, as irmãs estavam tranquilas, orando e louvando a DEUS,
numa congregação, anos atrás. Apresentou-se um homem, muito bem-vestido, de
paletó de tecido fino, sapato lustroso, gravata e Bíblia debaixo do braço. Ao
ser interpelado, para ser apresentado, disse que era um servo de DEUS, que
estava de passagem por ali, e que viera visitar o trabalho. Acrescentou que era
“filho do Ministro da Educação, Sr. Jarbas Passarinho”. A apresentação do “ilustre”
visitante foi feita, e as irmãs de imediato quiseram ouvir uma palavra por ele.
Uma humilde serva de DEUS, num lampejo divino, disse à dirigente: “Não dê
oportunidade a ele. E um mentiroso, falso e procurado pela polícia...!”. Foi um
mal-estar, pois a dirigente já ia anunciar a oportunidade ao visitante. Mas,
diante da advertência, não o fez. Foi criticada por um SANTO irmão, que achou
uma falta de respeito a um “servo de DEUS”, “filho de uma autoridade pública”.
Esse também convidou o visitante para ir à sua casa, num gesto de desagravo e
de hospitalidade. No caminho, dizia ao visitante: “Essas irmãs não têm
sabedoria”. E pediu desculpas pelo constrangimento. Recebeu-o em casa,
apresentou à família, e ofereceu dormida ao desconhecido.
Pela madrugada, alguém bateu à porta. O anfitrião foi abrir, e deparou-se com
policiais federais, apontando metralhadoras para sua casa, e dizendo que ele
estava preso, pois dera acolhida a um criminoso, estelionatário, que vinha
sendo rastreado em sua viagem. Quem revelaria tal coisa a uma simples serva de
DEUS? Sem dúvida, foi a operação do dom Palavra da Ciência ou do Conhecimento,
num momento crucial. Este exemplo é prova de que DEUS não muda. Agiu nos tempos
antigos. E age em todos os tempos.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a
DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 38-39.
3. Exemplos bíblicos da palavra da ciência.
O profeta Eliseu sabia os planos de guerra do rei da Síria, mesmo à
distância. Quando o rei pensava em atacar o exército de Israel de surpresa, em
determinado lugar o profeta de DEUS alertava ao rei de Israel dos planos do
inimigo, por diversas vezes. O rei sírio ficou intrigado e desconfiou de que
haveria um traidor no meio de suas tropas. Mas um dos servos do rei o fez saber
o mistério: “E disse um dos seus servos: Não, ó rei, meu senhor; mas o profeta
Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas
na tua câmara de dormir” (2 Rs 6.8-12).
Era um conhecimento muito mais aperfeiçoado do que todos os atuais sistemas de
informação, com uso de tecnologia de ponta, usados no mundo atual. Eliseu não
tinha informantes, nem sonhava com equipamentos de comunicação ou de satélites.
Era a mensagem divina, diretamente do ESPÍRITO SANTO ao seu coração. Quando o
profeta Samuel disse a Saul que as jumentas do pai já haviam sido encontradas,
foi pela ciência ou conhecimento de DEUS (1 Sm 9.20).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a
DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 37-38.
Então, tornaram a perguntar ao Senhor se aquele homem ainda viria ali. E disse
o Senhor: Eis que se escondeu entre a bagagem. 1 Samuel 10:22
E, quanto às jumentas que há três dias se te perderam, não ocupes o teu coração
com elas, porque já se acharam. E para quem é todo o desejo de Israel?
Porventura, não é para ti e para toda a casa de teu pai? 1 Samuel 9:20
Porém ele lhe disse: Porventura, não foi contigo o meu coração, quando aquele
homem voltou de sobre o seu carro, a encontrar-te? Era isso ocasião para
tomares prata e para tomares vestes, e olivais, e vinhas, e ovelhas, e bois, e
servos, e servas? 2 Reis 5:26
E disse um dos seus servos: Não, ó rei, meu senhor; mas o profeta Eliseu, que
está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas na tua
câmara de dormir. 2 Reis 6:12
E sucedeu que, ouvindo Aías o ruído de seus pés, entrando ela pela porta, disse
ele: Entra, mulher de Jeroboão! Por que te disfarças assim? Pois eu sou enviado
a ti com duras novas. 1 Reis 14:6
JESUS, porém, conhecendo os seus pensamentos, respondeu e disse-lhes: Que
arrazoais em vosso coração? Lucas 5:22
Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me
serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de DEUS, mas só
as que são dos homens. Mateus 16:23
Atos (5.1-16)
Existem pessoas orgulhosas, de posses, que gostam de impressionar a igreja com
métodos falsos. Ananias e Safira pertenciam a esta categoria. Eles tinham bons
nomes. Ananias, o equivalente do Novo Testamento ao Hananias do Antigo
Testamento, significa “aquele a quem Jeová foi gracioso”. Mas Ananias não era
muito gracioso para DEUS. Ele guardou para si parte do que fingiu estar dando à
igreja. Safira significa “bonita”. Mas ao invés de ser uma pedra de “safira”
brilhante, como sugere o seu nome, ela representa a falta de sinceridade, que é
muito feia.
Barnabé tinha recebido um elogio especial pela sua generosidade para com a
igreja. Ele vendera um terreno na ilha de Chipre e colocara todo o dinheiro aos
pés dos apóstolos (4.36-37). Evidentemente, Ananias e Safira estavam ansiosos
por receber um reconhecimento similar. Assim, venderam uma propriedade — uma
herdade (3) que possuíam.
Mas, diferentemente de Barnabé, eles retiveram parte do preço. O verbo pode ser
traduzido como “defraudar, desviar”. Lake e Cadbury escrevem: “A expressão
ocorre com certa frequências na prosa helenística... e sempre implica: (a) que
o roubo é secreto; (b) que parte de uma quantia maior é usurpada... Deve-se
observar, adicionalmente, que o verbo é mais comumente usado referindo-se à
usurpação daquilo que é entregue em confiança... do que ao roubo de um
indivíduo, por outrem”. Aqui é usado adequadamente neste contexto da mordomia
cristã. A palavra é usada em Josué 7.1 (Septuaginta), sobre Acã, que “tomou do
anátema”. E encontrada novamente no versículo 3, e no Novo Testamento somente
em Tito 2.10, onde é traduzida como “defraudar”.
Guardar para si mesmos o que eles estavam ostensivamente entregando à igreja
foi um ato premeditado de Ananias e Safira. O relato diz: sabendo-o também sua
mulher — literalmente, “a sua mulher também sabia, com” o seu marido. Por ser
deliberado, o pecado era ainda mais grave.
Pedro provavelmente recebeu uma revelação especial dada pelo ESPÍRITO (Palavra
de Conhecimento ou da Ciência) — Pedro desafiou Ananias. Por que este membro da
igreja tinha permitido que Satanás entrasse no seu coração e fizesse com que
ele mentisse ao ESPÍRITO SANTO (mentido a DEUS)? No versículo 4, Pedro diz: Não
mentiste aos homens [ou seja, não somente aos homens] mas a DEUS. Estas duas
frases juntas indicam tanto a personalidade quanto a divindade do ESPÍRITO
SANTO.
Enquanto a terra fosse guardada, sem ser vendida, não ficava para ti? E,
vendida, não estava em teu poder [exousia, “autoridade”]?
Quando Ananias ouviu esta revelação da sua tentativa de ludibriar, ele caiu e
expirou (morreu). Uma única palavra em grego descreve este fato, exepsyxen —
literalmente, “expirou”. A melhor tradução é “expirou”. No Novo Testamento, o
verbo aparece somente aqui, no versículo 10 (sobre Safira) e em 12.23 (sobre a
morte de Herodes Agripa I). Hobart diz: “A palavra ekpsychein é muito rara e
parece estar quase sempre confinada aos autores médicos, e mesmo assim é
raramente usada por eles”.
Os jovens — lit., “os homens mais jovens” (NEB), os que estavam capacitados
para aquele trabalho, em contraste com os homens mais velhos — cobriram o morto
ou “envolveram-no com panos, cobrindo o seu corpo” (cf. NEB). Este é o costume
no Oriente Próximo hoje — e, transportando-o para fora, o sepultaram. Era
necessário que o morto fosse enterrado no mesmo dia, e fora dos muros da cidade
(exceto no caso de reis).
A Morte de Safira (5.7-11). Passadas três horas da morte tão repentina de
Ananias, entrou... sua mulher no local. Ela não tinha sido informada do que
acontecera com o seu marido. Pedro dirigiu-se a ela — e disse — na Septuaginta
e no Novo Testamento este termo frequentemente significa algo como
“perguntou-lhe” (RSV). Talvez a melhor tradução seja a de Phillips: “Diga-me,
você vendeu a sua terra por tanto?” A resposta dela foi: Sim, por tanto.
Obviamente, a quantia mencionada nos dois casos foi a que Ananias tinha
apresentado aos apóstolos. Então Pedro expôs a conspiração da fraude e anunciou
que aqueles que estavam acabando de retornar, tendo enterrado o seu marido,
também iriam levá-la. Ela imediatamente “expirou” (morreu) e os jovens — uma expressão
(um substantivo) diferente daquela do versículo 6, mas referindo-se ao mesmo
grupo de pessoas — levaram-na para o seu sepultamento. O versículo 11 é uma
ampliação da última frase do versículo.
“E houve um grande temor em toda a igreja e em todos os que ouviram estas
coisas”. As duas mortes foram julgamentos divinos diretos, atos imediatos de
DEUS. Ele predisse a morte de Safira no que poderia ser descrito como um
anúncio do julgamento divino. Mas isto é tudo.
“Eles pensaram mais na exibição que estavam fazendo aos pés dos apóstolos do
que no pecado perante os olhos de DEUS”.
Ralph Earle. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag.
238-240.
Desmascarado o pecado. O ESPÍRITO SANTO, habitando no meio da Igreja, detecta
todo o pecado. Ananias escolheu um lugar muito perigoso e uma época
desfavorável à prática da hipocrisia. O divino ESPÍRITO de pureza, sinceridade
e verdade tinha sido derramado em abundância. Portanto, era imediatamente
reconhecido o ESPÍRITO da falsidade e hipocrisia que, em tais circunstâncias,
era ainda mais imperdoável. Num ambiente de tanta espiritualidade, havia
pessoas dispostas à hipocrisia. O que aconteceria, então, em tempos mais
difíceis se não condenassem este pecado? Pedro, mediante o dom do discernimento
de espíritos, viu o que havia em Ananias. Ele não pertencia àquele ambiente
espiritual. Pela inspiração divina, Pedro disse: “Ananias, por que encheu
Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO, e retivesses parte
do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em
teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos
homens, mas a DEUS”.
Pearlman. Myer. Atos: e a Igreja se Fez Missões. Editora CPAD. pag.
61.
III – DISCERNIMENTO DOS espíritos
Saber de onde vem e o que está operando numa pessoa. Tem a ver com a
onipotência de DEUS (Aqui se expulsa demônios e se vence forças e idéias
malignas). Paulo enxergou um demônio falando a verdade a seu respeito, mas com
o intuito de ganhar crédito para suas adivinhações.
Para julgar profecias esse dom é imprescindível.
1Co 14.26 - "E falem dois ou três profetas, e os outros julguem".
O julgamento de manifestações espirituais é uma ordenança bíblica. O apóstolo
João escreveu: "Amados, não creiais em todo ESPÍRITO, mas provai se os
espíritos são de DEUS, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no
mundo"(1Jo 4.1). O discernimento é uma necessidade para a igreja dos dias
atuais, pois há um verdadeiro bombardeio de modismos doutrinários, heresias e
misticismos antibíblicas. Em meio a essa confusão da espiritualidade
pós-moderna, a "profecia", ou melhor, a profetada é um dos meios em
que muitas heresias têm sido geradas.
Como saber se determinada manifestação espiritual vem do ESPÍRITO de DEUS, do
ESPÍRITO humano ou de Satanás? Somente com o discernimento dado pelo ESPÍRITO
SANTO.
A própria pregação e/ou ensino deve ser ouvida e julgada para se discernir
entre a pregação/ensino que vem de DEUS ou a que vem do homem ou a que vem do
Diabo. Porém esse discernimento não é feito pelo intelecto humano, mas é uma
revelação sobrenatural.
1. O dom de discernir os espíritos.
Dom concedido pelo ESPÍRITO SANTO, pela graça de DEUS, ao crente que vive em
santificação e em contínua batalha espiritual contra Satanás e seus demônios.
Capacitação sobrenatural tanto para descobrir, como para expulsar demônios e
interromper suas ações. Muitos chegam até a ver os demônios onde estão no corpo
de outra pessoa. Alguns sabem a intenção das pessoas e até sabem o que estão
pensando ou falando em segredo com outros. Alguns recebem revelação de
trabalhos de macumba e feitiçaria feitos para prejudicar pessoas. São muitas as
manifestações e modos de operar deste Dom do ESPÍRITO SANTO.
Exemplo:
JESUS:
"E JESUS, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados são os
teus pecados."(Mc 2:5).
E JESUS, conhecendo logo em seu ESPÍRITO que assim arrazoavam entre si, lhes
disse: Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso coração? Marcos 2:8
Exemplo em Atos dos apóstolos:
Paulo e a pitonisa:
" E fazia isto por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse
ao ESPÍRITO: Eu te ordeno em nome de JESUS CRISTO que saias dela. E na mesma
hora saiu."(At 16:18).
Paulo, indignado, amaldiçoa um opositor do evangelho inspirado por demônio.
Mas resistia-lhes Elimas, o encantador (porque assim se interpreta o seu nome),
procurando apartar da fé o procônsul. Todavia, Saulo, que também se chama
Paulo, cheio do ESPÍRITO SANTO e fixando os olhos nele, disse:
Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a
justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor? Eis aí, pois,
agora, contra ti a mão do Senhor, e ficarás cego, sem ver o sol por algum
tempo. No mesmo instante, a escuridão e as trevas caíram sobre ele, e, andando
à roda, buscava a quem o guiasse pela mão. Então, o procônsul, vendo o que
havia acontecido, creu, maravilhado da doutrina do Senhor. Atos 13:8-12
Discernir - (Strong português) - διακρινω diakrino
1) separar, fazer distinção, discriminar, preferir
2) aprender por meio da habilidade de ver diferenças, tentar, decidir
2a) determinar, julgar, decidir uma disputa
3) fugir de alguém, desertar
4) separar-se em um ESPÍRITO hostil, opor-se, lutar com disputa, contender
5) estar em divergência consigo mesmo, hesitar, duvidar
O “dom de discernir os espíritos” (1 Co 12.10b).
Em determinadas ocasiões, uma manifestação espiritual pode apresentar-se, no
meio da congregação, ou diante de um servo de DEUS, com aparência de genuína, e
ser uma mistificação diabólica, ou artimanha de origem humana. Pelo
entendimento e pela lógica humana, nem sempre é possível avaliar a origem das
manifestações espirituais. Mas, com o dom de discernir os espíritos o servo de
DEUS ou a igreja não será enganada.
Através desse dom, em suas diversas manifestações, a igreja pode detectar
a presença de demônios, no meio da comunidade ou congregação, a fim de
expulsá-los, no nome de JESUS.
Na ilha de Pafos, Paulo defrontou-se com uma ação diabólica declarada com o
objetivo de impedir a pregação do evangelho ali, e a conversão de uma
autoridade pública. Mas o apóstolo, cheio do ESPÍRITO SANTO, percebeu as
artimanhas do Adversário, e, na autoridade de DEUS, declarou que o opositor do
evangelho ficaria cego por algum tempo, o que de pronto aconteceu. Diante de
tamanho sinal, “Então, o procônsul, vendo o que havia acontecido, creu,
maravilhado da doutrina do Senhor” (At 13.12).
Myer Pearlman diz que se pode saber a diferença entre uma manifestação
espiritual legítima e uma falsa manifestação, através desse dom. “Pelo dom de
discernimento que dá capacidade ao possuidor para determinar se um profeta está
falando, ou não, pelo ESPÍRITO de DEUS. Esse dom capacita o possuidor para
‘enxergar’ todas as aparências exteriores e conhecer a verdadeira natureza duma
inspiração.”
JESUS tinha esse dom. Quando seus adversários queriam apanhá-lo em alguma
palavra ou alguma falta, Ele já sabia o que se passava no interior das pessoas.
“Mas o mesmo JESUS não confiava neles, porque a todos conhecia e não necessitava
de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem”
(Jo 2.24, 25). O apóstolo Pedro teve a percepção de que Ananias estava
mentindo, quando sonegou parte da oferta que prometera a DEUS, por esse dom
especial de discernir os espíritos (At 5.3).
No ministério de Paulo, temos o exemplo notável do uso desse dom (At 16.12-18).
Ao lado de seu companheiro, Silas, chegou à cidade de Filipos, na Macedônia, o
Adversário não ficaria satisfeito de forma alguma com o sucesso de sua missão e
resolveu atacar de uma forma muito sutil, usando uma jovem para tecer um dos
mais elevados elogios que um pregador poderia receber publicamente. Ela era bem
conhecida na cidade, pois era usada por comerciantes inescrupulosos que
obtinham grande lucro, usando-a em seu proveito, pois possuía “ESPÍRITO de
adivinhação”. Quando os dois apóstolos saíram para a oração, a jovem os seguiu,
dizendo em alta voz: “Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são
servos do DEUS Altíssimo” (At 16.17). E fez essa declaração elogiosa, durante
vários dias (Paulo e Silas não notaram o engano). Pregadores são seres humanos,
sujeitos às falhas próprias de sua natureza. Elogios em geral sempre fazem bem
ao ego, à parte emocional, ainda mais, quando o elogio é verdadeiro, como era o
que a moça propagava acerca dos dois servos de DEUS.
Jamais alguém poderia imaginar que aquele elogio não seria de origem legítima.
Podemos entender até, que, a princípio, os apóstolos devem ter ficado
pensativos com aquela declaração. De fato, eles eram servos do DEUS Altíssimo!
O que haveria de errado ou repreensível ouvir tal elogio? Não teria a jovem
percebido que eles eram cristãos autênticos? Acontece que Paulo e Silas eram
homens de oração, tinham comunhão com o ESPÍRITO SANTO. Depois de alguns dias,
ouvindo aquela declaração o ESPÍRITO SANTO deu a Paulo o discernimento para
saber sua origem.
Não era nada da parte de DEUS. A afirmação era verdadeira, mas a origem e a
intenção eram malignas. O Diabo queria iludir os apóstolos, com bajulação e
lisonja, para que o demônio continuasse livre para agir, após a saída dos
servos do Senhor. Assim, “Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao ESPÍRITO: Em
nome de JESUS CRISTO, te mando que saias dela. E, na mesma hora, saiu” (At
16.18).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a
DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 39-42.
Observação minha - Pr. Luiz Henrique - Veja que até para o crente mais sábio
fica difícil discernir se a origem de uma mensagem é de DEUS, do homem ou de
Satanás - Paulo foi enganado pela pitonisa de Filipos. É nessa hora que entra a
manifestação do dom de discernir espíritos, essa manifestação é sobrenatural -
Não é o homem que revela, é o ESPÍRITO SANTO que entra em ação revelando a
origem da mensagem. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado,
voltou-se e disse ao espírito: Em nome de JESUS CRISTO, te mando que saias
dela. E, na mesma hora, saiu. Atos 16:18 (por muitos dias Paulo não percebeu a
ação do inimigo)
2. As fontes das manifestações espirituais.
Nas profecias podemos distinguir biblicamente três fontes - DEUS, o homem e o
Diabo. O dom de discernir os espíritos pode nos revelar qual fonte está sendo
usada.
E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. 1 Coríntios 14:29 - este
julgamento pode ser feito medindo-se o testemunho de vida daquele que
profetizou (seus frutos), pelo cumprimento ou não do que profetizou, pela
orientação que deu para outrem (o fez se aproximar de DEUS ou o afastar?), por
concordar ou não sua profecia com a Palavra de DEUS, por reconhecer JESUS como
único Salvador e Senhor, por reconhecer que JESUS veio em carne, morreu na cruz
e ressuscitou etc. Porém, tudo isto é feito humanamente, intelectualmente, não
tem a ver com o Dom Discernimento de espíritos. Quando o Dom de Discernir
espíritos entra em ação, a revelação é instantânea, é sobrenatural, é revelação
do que os homens não podem perceber ou descobrir sozinhos.
Essa é apenas uma das funções do Dom de Discernir espíritos (demônios).
Geralmente este Dom se manifesta através de algum servo de DEUS para revelar
pecados ocultos e planos malignos. Muitas vezes para revelar doenças e
enfermidades, bem como possessão maligna.
Muitas vezes, também é utilizado para revelar milagres e curas.
Certa vez quando eu expulsava demônios foi-me revelado que a pessoa estava
falando em línguas provindas de um demônio. Doutra vez me foi revelado como
expulsar um demônio muito violento que já havia batido em vários jovens. Nos
avivamentos dos quais participei, expulsão de demônios era rotineiro. Raros os
dias em que não tínhamos que expulsar vários demônios. A congregação da
Assembleia de DEUS da qual eu fazia parte foi instalada em meio a vários
terreiros de macumba e feitiçaria. Todos fecharam suas portas e seus membros se
converteram ao único poderoso Senhor e Salvador JESUS CRISTO. Glória a DEUS.
(Congregação Monte Hermom, Imperatriz, MA)
Esse dom também tem a ver com o discernimento para se distinguir a fonte do
falar em línguas espirituais (ou estranhas).
- se aquele que fala em línguas está falando na carne (fingindo ser batizado,
ou aquele que aprendeu a repetir palavras como se fossem em línguas
espirituais),
- se aquele que fala em línguas está falando de DEUS (foi realmente batizado)
- ou se fala imitações de Satanás, através de demônios que imitam o falar em
línguas verdadeiro.
espíritos Maus
a. Anjos decaídos.
Os anjos foram criados perfeitos e sem pecado, e, como o homem, dotados de
livre escolha. Sob a direção de Satanás, muitos pecaram e foram lançados
fora do céu. (João 8:44; 2 Ped. 2:4; Jud. 6.) O pecado, no qual eles e seu
chefe caíram, foi o orgulho. Segundo as Escrituras, os anjos maus passam parte
do tempo no inferno (2 Ped. 2:4) e parte no mundo, especialmente nos ares
que nos rodeiam. (João 12:31; 14:30; 2 Cor. 4:4; Apoc. 12:4, 7-9.)
Enganando os homens por meio do pecado, exercem grande poder sobre eles (2
Cor. 4:3, 4; Efés. 2:2; 6:11,12); este poder, não obstante, está aniquilado
para aqueles que são fiéis a CRISTO, pela redenção que ele consumou.
(Apoc. 5:9; 7:13,14.)
Os anjos não são contemplados no plano da redenção (1 Ped. 1:12), mas o
inferno foi preparado para o eterno castigo dos anjos maus (Mat. 25:41).
b. Demônios.
As Escrituras dão claro testemunho da sua existência real e de
sua operação. (Mat. 12:26, 27.) Nos Evangelhos aparecem como os espíritos
maus desprovidos de corpos, que entram nas pessoas, das quais se diz que
têm demônio. Em alguns casos, mais de um demônio faz sua morada na mesma vítima
que fica endemoninhada. (Mar. 16:9. Luc. 8:2.) Os efeitos desta possessão
se evidenciam por loucura, epilepsia e outras enfermidades, associadas
principalmente com o sistema mental e nervoso, até mesmo mudez, cegueira,
surdez etc. (Mat. 9:33; 12:22; Mat. 5:4, 5.) O indivíduo sob a influência total
de um demônio não é senhor de si mesmo; o ESPÍRITO mau fala por seus
lábios ou o emudece à sua vontade; leva-o onde quer e geralmente o usa
como instrumento, revestindo-o às vezes de uma força sobrenatural. Assim
escreve o Dr. Nevius, missionário na China, que fez um estudo profundo
sobre os casos de possessão de demônios: Notamos, em pessoas possuídas de
demônios na China, casos semelhantes aos expostos nas Escrituras,
manifestando-se algumas vezes uma espécie de dupla consciência ou ações e
impulsos diretamente opostos e contrários. Uma senhora em Fuchow, apesar
de estar sob a influência de um demônio, cujo impulso era fugir da
presença de CRISTO, sentiu-se movida por uma influência oposta, a deixar
seu lar e vir a Fuchow buscar ajuda de JESUS. O mesmo autor chega à
seguinte conclusão, baseado num estudo da possessão de demônios entre os
chineses: A característica mais surpreendente desses casos é que o
processo de evidências de outra personalidade, e a personalidade normal
nessa hora está parcial ou totalmente dormente. A nova personalidade apresenta
feições de caráter diferentes por inteiro, daquelas que realmente pertencem à
vítima em seu estado normal, e esta troca de caráter tende, com raras exceções,
para a perversidade moral e impureza. Muitas pessoas, quando possuídas de
demônios, dão evidências de um conhecimento do qual não podem dar conta em
seu estado normal. Muitas vezes parece que conhecem o Senhor JESUS CRISTO
como uma pessoa divina, e mostram aversão e temor a ele. Notemos especialmente
estas boas novas: Muitos casos de possessão de demônios têm sido curados por
meio de adoração a CRISTO, ou em seu nome; alguns mui prontamente, outros
com dificuldades. Até onde temos podido descobrir, este método de cura não
tem falhado em nenhum caso ao qual tenha sido aplicado; não importa ter
sido o caso difícil ou crônico. E, em caso algum, até onde se pôde
observar, o mal não voltou, uma vez que a pessoa se tornou crente e
continuou a viver uma vida cristã... Como resultado da comparação feita,
vemos que a correspondência entre os casos encontrados na China e aqueles
registrados nas Escrituras é completa e circunstancial, cobrindo quase
todos os pontos apresentados na narração bíblica. Qual o motivo que influi
nos demônios a fim de apoderarem-se do corpo dos homens? O Dr. Nevius
responde: A Bíblia ensina claramente que todas as relações de Satanás com a
raça humana têm por objetivo enganar e arruinar, afastando a nossa mente
de DEUS e induzindo-nos a infringir suas leis, e trazer sobre nós o
seu desagrado. Esses objetivos são conseguidos por meio da
possessão de demônios. Produzem-se efeitos sobre-humanos que ao ignorante
e desconhecedor parecem divinos. Ele exige e consegue a adoração e a
obediência implícitas pela imposição de sofrimentos físicos e por falsas
promessas e temíveis ameaças. Desse modo, os ritos e as superstições
idólatras, entrelaçadas com os costumes sociais e políticos, têm usurpado
em quase todas as nações da história o lugar da adoração única a DEUS. (Vide 1
Cor. 10:20,21; Apoc. 9:20; Deut. 32:16; Isa. 65:3.) Quanto aos próprios
demônios, parece que eles têm motivos pessoais e próprios. A possessão dos
corpos humanos parece proporcionar-lhes um lugar muito desejado de
descanso e prazer físico. Nosso Salvador fala dos espíritos maus andando
por lugares áridos buscando especialmente descanso nos corpos das vítimas.
Quando privados de um lugar de descanso nos corpos humanos, são
representados como buscando-o no corpo dos animais inferiores. (Mat. 12: 3-5.)
Martinho Lutero disse: "O diabo é o contrafator de DEUS." Em
outras palavras, o inimigo sempre está contrafazendo as obras de DEUS.
E certamente a possessão de demônios é uma grotesca e
diabólica contratação da mais sublime das experiências — a habitação
do ESPÍRITO SANTO no homem. Note alguns paralelos:
1) A possessão de demônios significa a introdução de uma nova
personalidade não ser da vítima, tomando-a, em certo sentido, uma nova
criatura. Note como o gadareno endemoninhado (Mat. 8:29) falava e se
portava como que controlado por outra personalidade. Aquele que
é controlado por DEUS tem uma personalidade divina habitando nele. (João
14:23.)
2) As elocuções inspiradas pelo demônio são imitações satânicas daquelas
inspiradas pelo ESPÍRITO SANTO.
3) Já se observaram casos em que a pessoa que se rende conscientemente ao
poder do demônio, muitas vezes recebe um dom estranho, de forma que pode
ler a sorte, ser médium etc. O Dr. Nevius escreve: "Nesse estado, o
endemoninhado desenvolve certas habilidades psíquicas e se dispõe a ser
usado. Ele é o escravo voluntário, treinado e acostumado com o
demônio." é uma imitação satânica dos dons do ESPÍRITO SANTO!
4) Frequentemente os endemoninhados manifestam uma força extraordinária e
sobre-humana — uma imitação satânica do poder do ESPÍRITO SANTO. O Senhor
JESUS veio ao mundo para resgatar o povo do poder dos espíritos maus e pô-lo
sob o controle do ESPÍRITO de DEUS.
Quem pratica o pecado é do diabo, porque o diabo vive pecando desde o
princípio. Para isto o Filho de DEUS se manifestou: para desfazer as obras do
diabo. 1 João 3:8
3. Discernindo as manifestações espirituais.
Mediante este dom o ESPÍRITO SANTO capacita o crente de discernir a presença de
espíritos malignos em pessoas ou próximo de pessoas ou ver os espíritos
enquanto operam malvadamente. Existem espíritos de vários gêneros, isto é,
ocupados a fazer várias formas de mal. Existem espíritos que provocam mudez e
surdez como aquele que foi expulso por JESUS, daquele menino
epiléptico. De fato JESUS lhe disse : "ESPÍRITO mudo e surdo, eu te ordeno
: Sai dele, e não entres mais nele" (Mar. 9 : 25). De modo que nestes
casos para que a cura se faça é necessário discernir o ESPÍRITO ou os espíritos
que provocam as doenças para depois expulsá-lo(s) em nome de JESUS CRISTO.
Existem espíritos enganadores que estão ocupados a enganar Paulo diz de fato
que em dias vindouros "alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos
enganadores…" (1 Tim. 4 :1). Destes espíritos existem já muitos no seio do
povo de DEUS ; mediante eles toda a sorte de falsa doutrina é ensinada a certos
crentes. Existem espíritos que fazem sinais e prodígios (vide
espíritas) ; João viu alguns deles em visão : "E da boca do dragão, e
da boca da besta, e da boca do falso profeta, vi sair três espíritos imundos,
semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demônios, que operam sinais ; os
quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a
batalha do grande dia do DEUS Todo-Poderoso" (Ap. 16
:13-14).
(Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman)
(Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman)
Não é sabendo a bíblia que descobrimos uma manifestação demoníaca oculta, mas
pela revelação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO.
Advertência contra os falsos profetas, V.15: Acautelai-vos dos falsos profetas
que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos
roubadores. Precisamos do Dom de discernir os espíritos.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE
Edição completa. Editora CPAD. pag. 926.
Um esclarecimento necessário (4.2,3).
Nisto reconhecereis o ESPÍRITO de DEUS: todo ESPÍRITO que confessar que JESUS
CRISTO veio em carne é de DEUS; e todo ESPÍRITO que não confessa a JESUS não
procede de DEUS; pelo contrário, este é o ESPÍRITO do anticristo, a respeito do
qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo.
Simon Kistemaker diz que, no grego, João usa o tempo perfeito para a palavra
veio a fim de indicar que JESUS veio em natureza humana e, ainda agora, no céu,
ele possui uma natureza humana, ou seja, além de sua natureza divina, ele
também tem uma natureza humana.
Os falsos mestres gnósticos negavam tanto a divindade quanto a humanidade de
CRISTO. Eles negavam tanto a sua encarnação como a sua ressurreição. Eles
negavam tanto o seu nascimento virginal quanto a sua morte expiatória.
O ministério particular do ESPÍRITO é testemunhar de JESUS (Jo 15.26;
16.13-15). O ministério do ESPÍRITO é o ministério do holofote. Ele aponta sua
luz para JESUS.
CONCLUSÃO
Palavra Da Sabedoria É Uma Pequena Parte Da Sabedoria De Deus Sobre O Futuro
Que Nos É Revelada.
Palavra Da Ciência É Uma Pequena Parte Da Onipresença De Deus Sobre O Passado
Ou Presente Que Nos É Revelada.
Discernimento Dos Espíritos É A Revelação Da Fonte Verdadeira Por Detrás De Uma
Mensagem Ou De Uma Manifestação. Tem A Ver Com Expulsão De Demônios.
Busquemos os dons do ESPÍRITO SANTO que nos ajudarão na condução da obra
maravilhosa e poderosa de DEUS. todos os Dons do ESPÍRITO SANTO estão a nossa
disposição. Tomemos posse.
Dom da Fé (12.9). Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé
sobrenatural especial, comunicada pelo ESPÍRITO SANTO, capacitando o crente a
crer em DEUS para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé
que remove montanhas (13.2) e que frequentemente opera em conjunto com outras
manifestações do ESPÍRITO, tais como as curas e os milagres (ver Mt 17.20,
sobre a fé verdadeira; Mc 11.22-24; Lc 17.6).
Dons de Curas (12.9). Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da
saúde física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8;
4.30). O plural (“dons”) indica curas de diferentes enfermidades e sugere que
cada ato de cura vem de um dom especial de DEUS. Os dons de curas não são
concedidos a todos os membros do corpo de CRISTO (cf. 12.11,30), todavia, todos
eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé, os enfermos serão curados. Pode
também haver cura em obediência ao ensino bíblico de Tg 5.14-16 (ver Tg 5.15).
Dons de poder
Dom de Operação de Milagres (12.10).
Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza.
Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de DEUS contra Satanás e os
espíritos malignos (ver Jo 6.2).
Dom de Profecia (12.10). É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como
manifestação momentânea do ESPÍRITO da profecia como dom ministerial na igreja,
mencionado em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas
alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas. Como
manifestação do ESPÍRITO, a profecia está potencialmente disponível a todo
cristão cheio dEle (At 2.16-18).
Quanto à profecia, como manifestação do ESPÍRITO, observe o seguinte: (a)
Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação
diretamente de DEUS, sob o impulso do ESPÍRITO SANTO (14.24,25, 29-31). Aqui,
não se trata da entrega de sermão previamente preparado.
Tanto no AT, como no NT, profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas
proclamar a vontade de DEUS e exortar e levar o seu povo à retidão, à
fidelidade e à paciência (14.3). (c) A mensagem profética pode desmascarar a
condição do coração de uma pessoa (14.25), ou prover edificação, exortação,
consolo, advertência e julgamento (14.3, 25,26, 31). (d) A igreja não deve ter
como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão
na igreja (1Jo 4.1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua
autenticidade e conteúdo (14.29, 32; 1Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na
Palavra de DEUS (1Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e
ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a CRISTO
(12.3). (e) O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de DEUS e não a do
homem. Não há no NT um só texto mostrando que a igreja de então buscava
revelação ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na
igreja somente quando DEUS tomava o profeta para isso (12.11).
Dom de Discernimento de Espíritos (12.10).
Trata-se de uma dotação especial dada pelo ESPÍRITO, para o portador do dom
discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem
provém do ESPÍRITO SANTO ou não (ver 14.29; 1Jo 4.1). No fim dos tempos, quando
os falsos mestres (ver Mt 24.5) e a distorção do cristianismo bíblico
aumentarão muito (ver 1Tm 4.1), esse dom espiritual será extremamente
importante para a igreja.
Dom de Variedades de Línguas (12.10).
No tocante às “línguas” (gr. glossa, que significa língua) como manifestação
sobrenatural do ESPÍRITO, notemos os seguintes fatos: (a) Essas línguas podem
ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g.,
“línguas... dos anjos” (13.1; ver cap. 14). A língua falada através deste dom
não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (14.14),
como pelos ouvintes (14.16). (b) O falar noutras línguas como dom abrange o
espírito do homem e o ESPÍRITO de DEUS, que entrando em mútua comunhão, faculta
ao crente a comunicação direta com DEUS (i.e., na oração, no louvor, no
bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que
da mente (14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência
direta do ESPÍRITO SANTO, à parte da atividade da mente (cf. 14.2, 15, 28; Jd
20). (c) Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua
interpretação, também pelo ESPÍRITO, para que a congregação conheça o conteúdo
e o significado da mensagem (14.3, 27,28). Ela pode conter revelação,
advertência, profecia ou ensino para a igreja (cf. 14.6). (d) Deve haver ordem
quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas
pelo ESPÍRITO, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (14.27,28).
Dom de Interpretação de Línguas (12.10). Trata-se da capacidade concedida pelo
ESPÍRITO SANTO, para o portador deste dom compreender e transmitir o
significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a
igreja reunida, pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma
profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do
ESPÍRITO SANTO. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de
edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (14.6, 13,
26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de
outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las
(14.13).
Comentários rápidos do Pr. Henrique
Observações
Dom da fé é ação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO para ressuscitar mortos.
Nada a ver com fé humana ou religiosa ou para salvação ou para fazer a obra de
DEUS ou para acreditar em DEUS.
Milagres ou maravilhas são ações do ESPÍRITO SANTO na natureza. Para sol, andar
sobre água, parar tempestade, multiplicar pães e Peixes, aleijado de nascença
andar, cego de nascença ver, transformar água em vinho etc. Isso são milagres
ou maravilhas.
Quando é cura a pessoa ficou cega por causa de uma doença e foi curada e voltou
a ver.
Quando é milagre a pessoa nasceu cega e passou a ver.
Todas as ressurreições de mortos.
Homens usados: Elias, Eliseu, JESUS, Pedro, Paulo e os de nossos dias,
principalmente na África.
O que confunde é que tudo isso chamamos milagres. Aí complica o entendimento.
Chamamos milagres até às expulsões de demônios que são manifestações do Dom de
discernimento de espíritos.
Comissionados por JESUS os discípulos foram usados para expulsarem demônios e
curar. (Isso não é ter Dons do ESPÍRITO SANTO).
Chamou a si os doze, e começou a enviá-los de dois a dois, e deu-lhes poder
sobre os espíritos imundos,
e ordenou-lhes que nada tomassem para o caminho, senão um bordão; nem alforje,
nem pão, nem dinheiro no cinto; mas que calçassem sandálias e que não vestissem
duas túnicas. E dizia-lhes: Na casa em que entrardes, ficai nela até partirdes
dali. E, quando alguns vos não receberem, nem vos ouvirem, saindo dali, sacudi
o pó que estiver debaixo dos vossos pés, em testemunho contra eles. Em verdade
vos digo que haverá mais tolerância no Dia do Juízo para Sodoma e Gomorra do
que para os daquela cidade. E, saindo eles, pregavam ao povo que se
arrependesse. E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo,
e os curavam. Marcos 6:7-13
Eles não tinham dons do ESPÍRITO SANTO, mas a autoridade do próprio JESUS. Nós
chamamos isso de impartição. JESUS os enviou e os comissionou temporariamente.
IMPARTIR - À semelhança do que acontece com o verbo espanhol e francês, este
verbo inglês é traduzido para português como «comunicar, transmitir; conferir,
dotar de» (Dicionário da Porto Editora). Os apóstolos não passaram a fazer
milagres a partir daí.
Fizeram uma incursão por aldeias deles.
Só depois do Pentecostes é que a bíblia menciona Pedro, Estêvão, Filipe e Paulo
sendo usados em Dons do ESPÍRITO SANTO.
Os discípulos antes do Pentecostes foram instrumentos de JESUS para expulsarem
demônios e curarem enfermos e doentes, assim como no Antigo Testamento Elias e
Eliseu foram usados, porém não eram batizados no ESPÍRITO SANTO e nem tinham
dons do ESPÍRITO SANTO, pois o ESPÍRITO SANTO não havia sido dado ainda. Eram
usados esporadicamente. O ESPÍRITO SANTO vinha e ia embora.
E isso disse ele do ESPÍRITO, que haviam de receber os que nele cressem; porque
o ESPÍRITO SANTO ainda não fora dado, por ainda JESUS não ter sido glorificado.
João 7:39
Veja também que qualquer crente pode ser usado para expulsar demônio e curar
sem ter dons do ESPÍRITO SANTO. Mc 16.15-20, porém no Novo Testamento, só após
o batismo no ESPÍRITO SANTO.
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios;
falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa
mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os
curarão. Marcos 16:16-18
Primeiro - crer.
Segundo - ser batizado.
Terceiro - expulsarão demônios.
Quarto - falarão Novas Línguas (sinal de que foi batizado no ESPÍRITO SANTO).
Quinto - pegarão nas serpentes e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes
fará dano algum.
Sexto - imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão
SINAIS, PRODÍGIOS E MARAVILHAS O QUE SÃO?
Mc 16. Estes sinais seguirão os que crerem. Falar em línguas, expulsar
demônios, beber veneno e não causar mal, pegar em serpentes e não ser
envenenado, impor mãos e curar.
Quando esses sinais são multiplicados se tornam em DONS.
Falar em línguas se torna Dom de variedade de línguas.
Expulsar demônios se torna Dom de discernimento de espíritos.
Pegar em serpentes se torna em Dom de milagres.
Impor as mãos e curar se torna em Dons de Curar.
Veja que o Dom é a multiplicação do sinal.
Prodígios
são mensagens reveladoras como no dom palavra de sabedoria (revelação do
futuro), dom palavra de Conhecimento (revelação de algo oculto no passado ou
presente), profecia (revelação de algo que DEUS responde a oração de alguém
visando edificação, ou consolação, ou exortação.
obs. A profecia pode ser dada diretamente na língua do ouvinte ou em línguas
com interpretação.
Milagres ou maravilhas são manifestações sobrenaturais do ESPÍRITO SANTO onde
um poder tremendo é liberado para mudar a natureza. Quebrar uma lei natural.
Cego de nascença ver, surdo de nascença ouvir, aleijado de nascença andar, sol
parar, andar sobre as águas, acalmar tempestade, fazer alguém como Elimas ficar
cego, etc ..
Lição comentada em 2014 com algumas modificações que fizemos agora
em 2021
Lição 4 - Dons de poder
LIÇÕES BÍBLICAS - 2º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E
EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1_YW4fdAS0xpy24irWCaCVq
Mesma Lição estudada em 2021 - Vídeos
Sabedoria (Strong português) σοφια sophia
1) sabedoria, inteligência ampla e completa; usado do conhecimento sobre
diversos assuntos
1a) a sabedoria que pertence aos homens
1a1) espec. conhecimento variado de coisas humanas e divinas, adquirido pela
sutileza e experiência, e sumarizado em máximas e provérbios
1a2) a ciência e o conhecimento
Poder (Strong português) δυναμις dunamis
poder para realizar milagres
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Coríntios 12. 4,9-11
4 - Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo. 9 - e a outro, pelo
mesmo ESPÍRITO, a fé; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, os dons de curar; 10 - e
a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de
discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a
interpretação das línguas. 11 - Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas essas
coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.
Resumo da Lição 4 - Dons de poder
I - O DOM DA FÉ (1 Co 12.9)
1. O que significa fé?
2. A fé como dom.
3. Exemplo Bíblico do dom da fé.
II - DONS DE CURAR (1 Co 12-9)
1. O que são os dons de curar?
2. A redenção e as curas.
3. A necessidade desses dons.
III - O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS (1 Co 12.10)
1. O dom de operação de maravilhas.
2. Exemplos bíblicos.
3. Distorções no uso dos dons de curar e de operação de maravilhas.
INTRODUÇÃO
O ministério terreno de JESUS foi marcado por inúmeros milagres, ressurreição
de mortos e curas. Os discípulos e apóstolos de JESUS imitaram JESUS e foram
tremendamente usados pelo ESPÍRITO SANTO em todos os dons.
Na divisão didática dos Dons do ESPÍRITO SANTO agora vamos estudar os Dons de
Poder. São eles: Dom da Fé, Dons de Curar e Dom de Milagres (ou maravilhas).
Os Dons são capacitações para todo crente que deseja evangelizar e edificar a
Igreja. São atuais e operantes na vida dos cristãos também nos dias de hoje.
Por que não vemos as manifestações dos dons de poder, como os outros Dons, em
nosso ambiente com mais frequência?
Supomos que a atração pelas coisas deste mundo, a falta de amor pelos
semelhantes, a falta de oração, jejum e santificação e o pecado sejam as
principais razões.
Dom da Fé - Fé sobrenatural para ressuscitar mortos.
Dons de Curar - Doenças e Enfermidades.
Dom de Milagres ou de maravilhas - Interferência na natureza.
Busquemos sermos usados pelo ESPÍRITO SANTO nesses últimos dias da Igreja na
Terra. No céu os Dons cessarão, pois não serão mais necessários como hoje.
Infelizmente vemos cada dia mais crescer a intelectualidade em detrimento da
espiritualidade. A pregação do falso evangelho cresce dentro de nossas igrejas,
evangelho sem DEUS, sem poder de DEUS.
É preciso ser batizado no ESPÍRITO SANTO para receber Dons?
Gostaria de colocar algumas considerações a mais para contribuir:
P r i m e i r o - Aconteceram manifestações dos dons no AT, o que não é o nosso
caso para estudo, pois, no AT não existia batismo no ESPÍRITO SANTO, portanto,
devemos olhar principalmente para Atos dos Apóstolos para termos alguma base
sobre esse tão importante assunto.
S e g u n d o - Encontramos no Novo Testamento alguém que possuía dons sem ser
batizado no ESPÍRITO SANTO?
Creio que não, porque a pregação do evangelho vinha logo após uma manifestação
de um milagre ou cura ou manifestação de dons por parte daqueles que pregavam o
evangelho. Logo após as conversões já se ministrava batismo nas águas
e batismo no ESPÍRITO SANTO (vemos a urgência disso em Samaria
quando aceitaram alguns e foi enviado para lá Pedro e João para orarem por
batismos no ESPÍRITO SANTO; vemos Paulo orando por alguns que haviam se
convertido perguntando se tinham recebido o batismo no ESPÍRITO SANTO e logo a
seguir orou para que recebessem).
T e r c e i r o - Era condição necessária para se assumir qualquer cargo na
igreja o ser cheio do ESPÍRITO SANTO (Atos 6.3), o que comprovava o batismo no
ESPÍRITO SANTO era o falar em línguas (Sempre quando se menciona "cheios”,
logo a seguir diz "e começaram a falar em outras línguas e a glorificar a
DEUS).
Q u a r t o - Para ser batizado no ESPÍRITO SANTO sabemos que até nossa língua
(membro mais difícil de ser controlado) fica entregue totalmente à direção do
ESPÍRITO SANTO. Como para sermos usados em dons temos que estar
entregues totalmente ao ESPÍRITO SANTO, creio que aquele que
já foi batizado é que está nessa posição, sabendo já como se entregar ao
ESPÍRITO SANTO para ser usado.
C o n c l u s ã o - Como não temos no Novo Testamento nenhum lugar dizendo que
alguém tinha algum dom sem ser batizado e como para se assumir qualquer cargo
na Igreja era necessário ser batizado no ESPÍRITO SANTO (Atos 6.3), creio que
podemos acreditar que os dons são recebidos a partir do momento que
se é batizado ou mesmo junto com o batismo, como foi o caso dos apóstolos no
dia de pentecostes recebendo o dom de Variedade de Línguas junto com o batismo
no ESPÍRITO SANTO (Atos 2.8). Pr. Luiz Henrique (CAJAMAR - SP).
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 58, p.38 (com alguns acréscimos e correções
do Pr Henrique).
Nesta lição, estudaremos os dons de poder. Neste grupo está relacionado o Dom
da Fé, os Dons de Curar e o Dom de Operação de milagres ou maravilhas.
O dom da fé - O que é a fé? Há na Bíblia pelo menos três tipos de fé: a comum,
a salvífica e o dom da fé.
A melhor definição de fé pode ser encontrada em Hebreus 11.1. Todo cristão
possui esse tipo de fé. Já a fé que leva o homem à salvação é resultado da
pregação da Palavra e do convencimento do ESPÍRITO SANTO (Ef 1.13). É bom
ressaltar que a fé é sempre o resultado da graça divina. Sem a ação divina, não
conseguimos crer. A Igreja precisa viver pela fé, como JESUS afirmou em Marcos
9.23. Sem fé não podemos agradar a DEUS, todavia, nada disso é o Dom da Fé,
pois o dom da fé é algo específico. Segundo a Bíblia de Aplicação Pessoal o dom
da fé "é uma medida incomum de confiança no poder de DEUS". Mediante
este dom, os cristãos do primeiro século fizeram muitas maravilhas, levando a
igreja a experimentar um crescimento vertiginoso (Ressurreição de mortos é o
maior exemplo de Dom da Fé em ação). Pedro possuía este dom e fez uso dele ao
orar por Dorcas (At 9.40). Dorcas impactou sua comunidade com seus talentos e
Pedro com o dom da Fé. A ressurreição realizada na vida de Dorcas foi notório
em Jope (At 9.42).
Os dons de curar - Temos um DEUS que se apresentou ao Seu povo, no Antigo
Testamento, como Jeová Rafa, o DEUS que sara (Êx 15.27). Isaías nos diz que
JESUS levou sobre Ele nossas enfermidades e doenças (Is 53.4). No Novo
Testamento, podemos ver que JESUS curou muitos doentes e enfermos, glorificando
o nome do Pai. Na Igreja do primeiro século, o evangelho era confirmado
mediante a operação de curas (At 4.24-31) (observação minha - Pr. Henrique -
esta era uma das maneiras de se confirmar o legítimo evangelho e o homem de
DEUS). Este dom não cessou. DEUS continua curando os enfermos mediante os dons
de curar. Em 1 Coríntios 12.9b a palavra cura é utilizada no plural, isto
indica que há cura para os vários tipos de doenças (causam dores) e
enfermidades (doenças que não causam dor, ex. depressão, ansiedade etc.). Por
que, mesmo havendo os dons de curar à disposição da igreja, nem todos são
curados? DEUS é soberano e não sabemos por que uns recebem a cura e outros não,
e pouquíssimos crentes buscam os dons do ESPÍRITO SANTO. Mas para DEUS não há
impossíveis, DEUS quer todos sejam curados porque nos ama (Tg 1.17). Paulo não
pôde curar as frequentes enfermidades de seu filho na fé, Timóteo (1 Tm 5.23),
também Paulo deixou Trófimo doente em Mileto (2 Tm 4.20);isso nos mostra a
limitação de cada um em curar algumas doenças e enfermidades, mas não todas.
Certamente, na Igreja Primitiva, também havia pessoas doentes e enfermas.
Todavia, DEUS concedeu à Sua Igreja os dons de curar, mas nenhum crente pode
curar todas a doenças e todas a enfermidades sozinho, porém, se muitos crentes
receberem Dons de curar teremos todos curados..
Operação de maravilhas - Este dom está relacionado ao dom da fé e cura. E como
os dons de curar, a palavra dons aqui aparece novamente no plural. Segundo o
Comentário Bíblico Pentecostal "este dom parece ter sido uma das
credenciais dos apóstolos, mas não era restrito a eles" (Rm 15.19). Os
sinais e prodígios faziam parte da Igreja Primitiva. Os crentes buscavam com
poder os sinais milagrosos a fim de que muitos recebessem CRISTO como Salvador.
Podemos ver, em especial no livro de Atos, a manifestação deste dom. O milagre
é uma ação sobrenatural
O desejo de DEUS é que todos sejam abençoados com toda sorte de bênçãos.
Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em
quem não há mudança, nem sombra de variação. Tiago 1:17
Observação minha - Pr. Henrique - Devemos nos lembrar também de que existem
doenças e existem enfermidades. Basicamente a diferença está na dor: enquanto
os doentes sentem dor (exemplo: artrite, hérnia de disco, enxaqueca etc.), os
enfermos possuem enfermidades que não lhes causa dor (exemplo: cegueira,
surdez, mudez, depressão, ansiedade, síndrome do pânico etc.).
Pelo fato de Paulo não curar nem Timóteo (1 Tm 5.23) e nem Trófimo (2
Tm 4.20), podemos deduzir que Paulo possuía dons para curar certos tipos de
doenças e enfermidades e outras não.
Paulo maior intérprete do evangelho de JESUS CRISTO, doutrinando através de sua
Carta aos Romanos, declarou: “Porque não me envergonho do evangelho de CRISTO,
pois é o poder de DEUS para salvação de todo aquele que crê primeiro do judeu e
do grego” (Rm 1.16). Na época em que se tornou discípulo de JESUS, após sua
dramática conversão, no caminho de Damasco, já havia muitos “evangelhos”
estranhos, apócrifos, que pregavam “outro JESUS” (2 Co 11.4) - o mesmo que
acontece hoje em dia. Mas o evangelho genuíno tinha que ser um evangelho que
demonstrasse ao mundo que era a mensagem de DEUS aos homens, através de sinais,
prodígios e maravilhas, que o diferençava dos “outros evangelhos” que
apareceram e eram pregados pelos falsos mestres e falsos pregadores.
JESUS, em seu ministério terreno, demonstrou que não viera trazer mais uma
corrente filosófica para o mundo. As nações já conheciam as filosofias gregas,
de Platão, Aristóteles, Heródoto, e outros. O Budismo, o Hinduísmo, o Xintoísmo
e outras religiões dominavam o Oriente. O Judaísmo era a religião consagrada na
Palestina. Mas não se viam sinais de poder impactante e transformador na vida
dos seus adeptos nem daqueles a quem pregavam seus ensinos. Mas JESUS começou,
transformando “água em vinho” (Jo 2.10). Curou cegos, paralíticos, ressicados,
lunáticos, e fez o que nenhum líder de religião fizera ou haveria de fazer:
ressuscitou mortos, inclusive Lázaro, cujo corpo já entrara em estado de
decomposição avançada (Jo 11.43). O cristianismo apresentou-se como um
movimento do ESPÍRITO SANTO para a salvação de almas e libertação dos males
resultantes do pecado.
Além de demonstrar o poder sobre as forças das enfermidades, JESUS demonstrou
que tinha poder sobre as forças da natureza. Acalmou a tempestade, repreendendo
o vento e o mar (Mt 8.23-27); andou por cima das águas e fez passar a tormenta
(Mt 14.22-34). E, para provar que tinha suprema autoridade sobre todos os
poderes, expulsou demônios, libertando os oprimidos do Diabo (Mt 8.28-34 e
referências). A História da Igreja é uma história de pregação e de poder de
DEUS. Neste capítulo, meditaremos sobre os dons de poder, tão necessários à
igreja, nestes tempos trabalhosos a que se referiu Paulo (1 Tm 3.1) que são
como nossos dias onde uma pandemia mata milhões e como resultado milhões
estão com depressão, ansiedade, stress e outras enfermidades, além das doenças
que são em número de milhares.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais e Ministeriais, Servindo a DEUS e
aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 43-44.
Dons de poder
Os dons de poder formam o segundo grupo dos dons do ESPÍRITO SANTO, e existem
em função do sucesso e do cumprimento da grande comissão dada por JESUS CRISTO.
Como o Evangelho é o poder de DEUS, é natural que tenha a sua pregação
confirmada com sinais e maravilhas sobrenaturais, que ratificam esse Evangelho
e lhe dão patente divina. São eles: Dom da Fé, Dons de Curar e Dom de
maravilhas ou milagres.
Raimundo F. de Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD.
Poder (Strong português) δυναμις dunamis
poder para realizar milagres
A língua hebraica, como a portuguesa, dispõe de muitas palavras que transmitem
o conceito de poder. As duas palavras mais comuns aparecem em uma passagem
muito conhecida: “Não por força, nem por violência, mas pelo meu ESPÍRITO, diz
o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6).
A palavra hebraica hayil, que é utilizada para “poderoso”, pode significar
força física ou valor, como no caso dos guerreiros (Js 1.14; 8.3; 10.7),
portanto o poderio militar (1 Cr 20.1), as próprias forças armadas ou exército
(Êx 14.4,28; 1 Rs 29.19,25; Jr 32.2), habilidade ou eficiência, envolvendo
muitas vezes o valor moral (Êx 18.21,25; Gn 47.6; Pv 12.4; 31.10; Rt 3.11), e
riqueza ou influência econômica (Gn 34.29; Dt 8.17,18; Pv 28.8; Rt 2.1).
Koah é a palavra hebraica para “poder” que também pode significar força física
(por exemplo, Sansão, Juízes 16.5; Saul, 1 Sm 28.20) força para chorar, 1
Sm 30.4; uma referência a carregadores de peso, Ne 4.10; assim como habilidade
(Gn 31.6; Ed 2.69; Dt 8.17,18), e poder mental (“força da compreensão”, Jó
36.5). A palavra hebraica g‘bura significa força ou poder (poder dominador)
como de um cavalo de guerra (Jó 39.19), do sol (Jz 5.31) ou de um rei (2 Rs
14.28). O braço (zeroaj e a mão (yadj são usados como metáforas do poder, e
foram assim traduzidos (Ez 22.6 e Jó 1.12, respectivamente; cf. Ez 20.33,34). A
palavra hebraica ‘os é outro sinônimo frequente de força e poder (Lv
26.19; Salmos 62.11; 63.2; 66.3).
No AT, o exercício de todo poder verdadeiro reside exclusivamente nas mãos
de DEUS (Salmos 66.7; 72.11). Ele é aquele que concede poder político a quem
lhe agrada (Jr 27.5; Dn 2.20,21; 4.17) e fortalece aqueles que o servem,
aqueles que nele esperam (Is 40.29-31). DEUS revelou seu poder na criação (Jr
10.12- 16; 51.15-19) e na sustentação do mundo e da criação (Jó 26.12; Salmos
65.5-8; Isaías 40.26; cf. Colossenses 1.17). Portanto, nada é demasiadamente
difícil para Ele (Jr 32.17).
DEUS delega uma parte de sua autoridade à humanidade (Gn 1.26-28; Sl 8.5-8). Às
vezes Ele permite que o homem o exerça como seu representante, como fez com
Moisés (Ex 7.1), Elias (1 Rs 17.1) e Miquéias (Mq 3.8). Ele às vezes intervém
com demonstrações especiais de seu poder, como por exemplo antes e durante o
Êxodo (Êx 6.6; 7.3-5; 15.6; Dt 5.15), na ocasião em que entraram na terra
prometida (Js 3.1410.10-14 ;6.20 ;17־; cf. Sl 111.6), na época de Elias e de
Eliseu, na época em que o Senhor JESUS CRISTO veio à terra, e nos primeiros
dias da Igreja (Hb 2.4).
No NT, a palavra dynamis representa habilidade (2 Co 8.3) ou força (Ef 3.16),
como o poder de realizar milagres (Rm 15.19), o poder exibido na
ressurreição de CRISTO (Ef 1.19,20; Fp 3.10), o poder do evangelho (Rm 1.16; 1
Co 1.18,24) e o poder do ESPÍRITO SANTO em CRISTO (Lc 4.14). Ela também
representa o poder que foi enviado no Pentecostes (At 1.8).
A palavra grega exousia designa direito e poder no sentido de autoridade outorgada.
O Senhor JESUS fala sobre toda a autoridade que Lhe foi dada (Mt 28.18), como a
autoridade para perdoar os pecados (Mc 2.10). JESUS deu poder e autoridade aos
seus doze discípulos para que expulsassem demônios e curassem enfermidades (Lc
9.1).
A pessoa que crê em CRISTO tem o “poder” ou o direito de se tornar filho de
DEUS (Jo 1.12).
A palavra grega kratos expressa mais a ideia de força para fazer as
coisas, e é usada em relação ao poder de DEUS (Ef 1.19; 6.10; Cl 1.11; 1 Tm
6.16; Ap 5.13), e ao poder do Diabo (Hb 2.14).
O poder das chaves refere-se ao poder para libertar, perdoar ou conservar os
pecados, anunciado por CRISTO a Pedro na ocasião de sua confissão em Mateus
16.18-20. O fato desse poder não ser apenas de Pedro, nem delegado por este
apóstolo à Igreja, como o catolicismo romano afirma, foi provado quando CRISTO
declarou que seria dado a todos os discípulos e a todos os crentes (Mt 18.18).
Mas como esse poder seria administrado pelos crentes? (Pr Henrique - Através da
Igreja que teve seu início no dia de Pentecostes, tendo recebido o batismo no
ESPÍRITO SANTO e dons poderosos para evangelizarem. Milagres aconteceram tanto
no At como no NT e continuam acontecendo todos os dias em nossa época, pois os
Dons são atuais). (Dicionário Bíblico Wycliffe)
I - O DOM DA FÉ (1 Co 12.9)
1. O que significa fé?
Dom da fé = “Capacidade que o ESPÍRITO SANTO concede ao crente para
este realizar coisas que transcendem à vida natural”. É acreditar que o
impossível já se tornou possível.
É crer no impossível - Para ressuscitar mortos essa é a fé
necessária. Essa fé não vem de nós, é fé que vem do ESPÍRITO SANTO, para a
realização do feito certo. O crente vê acontecer o milagre na área espiritual
antes que ocorra na esfera material, terrena).
Dom da Fé - Ação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO demonstrada e
comprovada com ressureição de mortos, curas e milagres.
Manifesto por sinais e maravilhas (At 2.29-33; 4.29,30; 5.12; 14.3; 2 Co
12.12).
Vários outros trechos do NT acentuam que a pregação do evangelho nos tempos
neotestamentários era acompanhada de poder especial do ESPÍRITO SANTO: Mc
16.17,18; Lc 10.19; At 28.3-6; Rm 15.19; 1 Co 4.20; 1 Ts 1.5; Hb 2.4.
Todo ministro do evangelho deve orar para que, através do seu ministério: (a) o
povo seja salvo (At 2.41; 11.21,24; 14.1), (b) os novos crentes sejam cheios do
ESPÍRITO SANTO (At 2.4; 4.31; 8.17; 19.6), (c) os espíritos malignos sejam
expulsos (At 5.16; 8.7; 16.18), (d) os enfermos sejam curados (At 3.6; 4.29,30;
14.10), e (e) os discípulos aprendam a obedecer aos padrões e ensinos justos de
CRISTO (Mt 28.18-20; At 11.23,26).
A palavra fé (gr. pisteuó, lat. Fides) “E a confiança que depositamos em todas
as providências de DEUS. É a crença de que Ele está no comando de tudo, e que é
capaz de manter as leis que estabeleceu. É a convicção de que a sua palavra é a
verdade”. A melhor definição de fé é enunciada pelo autor do livro aos Hebreus,
que recebeu uma profunda inspiração para a descrição dessa virtude cristã;
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas
que se não veem” (Hb 11.1). Vemos, nessa definição, três elementos essenciais à
fé:
1) Ela é fundamento ou base para a confiança em DEUS;
2) Ela envolve a esperança ou expectativa segura do que se espera da parte de
DEUS;
3) Ela é “a prova das coisas que não se veem”, mas são esperadas, ou significa
convicção antecipada.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a
DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 44.
"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é
dom de DEUS" - Ef 2.8). (Aqui fala da fé para ser salvo e não do Dom da Fé
concedida ao crente pelo ESPÍRITO SANTO para realização de causas impossíveis).
Fé. Oração fervorosa, alegria extraordinária e coragem incomum acompanham o dom
da fé. Não se trata da fé salvífica, mas da fé milagrosa e sobrenatural dada
pelo ESPÍRITO SANTO para uma situação ou oportunidade especial.
HORTON. Staleym. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. Editora CPAD.
2. A fé como dom.
Definição do dom da fé
DOM DA FÉ - É necessário fé para andar na rua, para comer, para assentar
em uma cadeira plástica, para comer, para ser salvo, para crer na
escatologia, para crer nas promessas de DEUS etc., mas, nenhuma desses
tipos de fé é o dom da fé.
O dom da fé é uma fé sobrenatural vinda do ESPÍRITO SANTO para o crente
crer na realização de uma grande ação de DEUS em algo, como a morte, por
exemplo. É ver o morto se levantando, mesmo este estando ainda no caixão.
Os exemplos mais claros são as várias ressurreições de mortos vistas na bíblia.
Vem em nosso espírito a certeza de que algo impossível de acontecer, já está
acontecendo. Esta fé é comunicada ao nosso espírito pelo ESPÍRITO SANTO - é
sobrenatural, é imediata, é divina.
Veja exemplos no tópico 3
É a capacidade concedida pelo ESPÍRITO SANTO para o crente realizar coisas que
transcendem à esfera natural, visando o benefício e a edificação da igreja.
Podemos entender melhor o significado do dom da fé, através de declarações
negativas em relação a outros tipos de fé. Não é a fé salvífica, que é
despertada pela proclamação da Palavra de DEUS (Rm 10.17; Ef 1.13; 2.8); não é
a fé como doutrina, que denota a permanência do crente, vivendo de acordo com a
Palavra de DEUS, ou a sã doutrina (2 Co 13.5); não é a fé como fruto do
ESPÍRITO, que consiste nas virtudes, que devem ser cultivadas pelo crente, na
comunhão com o ESPÍRITO SANTO. O dom da fé também não é a fé natural, que
resulta da observação da natureza. Se tudo existe, de maneira organizada e com
propósito, há pessoas que creem no Criador (Rm 1.19,20).
O dom da fé “Pode ser considerado como um dom especial da fé para uma
necessidade particular. Alguns o definem como ‘a fé que remove montanhas’,
trazendo manifestações incomuns ou extraordinárias do poder de DEUS”. Esse dom
é concedido, num momento especial, quando só um milagre resolve algo que não
tem solução, no meio da igreja, ou na vida de um servo de DEUS, que atende a
seus propósitos, ou na vida de um descrente que vai ser testemunho do poder de
DEUS.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais &
Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.
Editora CPAD. pag. 45.
Um missionário esteve em determinada cidade de Minas Gerais para
abrir uma igreja, numa cidadezinha do interior. Por lá já haviam passado vários
missionários, mas sem sucesso para abrir uma igreja. O padre da cidade reunia
fiéis de sua paróquia para expulsarem todos os crentes que ali chegassem.
Desta vez chegou ali um missionário que não saía de casa. Seu
tempo todo era preenchido com oração e jejum para que DEUS lhe abrisse a porta
da pregação do evangelho naquela cidade, Depois de dias nesta situação, ouviu
uma voz que lhe dizia: "- Eu sou a ressurreição e a vida." Isso
aconteceu por três dias consecutivos.
Num certo dia, quando já estava deitado para dormir, ouviu alguém
bater a sua porta insistentemente e a gritar por socorro. Levantou-se, se
vestiu e foi atender ao clamor daquela voz de uma criança desconsolada.
Esta lhe disse que seu pai havia falecido a noite e já estava em um caixão na
sala de sua casa, mas ela tinha outros três irmãos crianças para cuidar e
acreditava que se o missionário orasse, seu pai poderia ressuscitar.
Imediatamente se lembrou da voz lhe dizia: "- Eu sou a
ressurreição e a vida."
Saiu imediatamente com a menina até sua casa e lá, ao entrar na
sala, uma fé grandiosa e sobrenatural tomou conta de seu coração e já viu
aquele homem se levantando do caixão mesmo que ainda estivesse deitado
nele. Chegou pois ao homem e segurando em sua mão disse: Levanta-te em nome de
JESUS. O homem se levantou de uma vez e todos se espantaram ao ver tamanho
milagre.
Não foi difícil, agora, ao missionário abrir uma igreja e esta
estar cheia com mais de cem pessoas em menos de um mês para a Glória de
DEUS.
Na África é normal este Dom da Fé em operação. São muitos
ressuscitados por lá através de servos de DEUS que buscam e acreditam nos
dons do ESPÍRITO SANTO.
3. Exemplo Bíblico do dom da fé.
Esse dom da fé não se desenvolve. É concedido pelo ESPÍRITO SANTO
para a resolução de algum problema insolúvel aos meios normais, racionais, ou
naturais. “Esse dom em ação gera uma atmosfera de fé, que dá convicção de que
agora tudo é possível (cf. Jo 11.40-44; Mc 9.23). [...] Para DEUS tudo é
possível (cf. Lc 1.37; Mc 10.27). Quando se diz que tudo é possível deve-se ter
em mente que se tem em mente tudo o que é de acordo com a vontade de DEUS.
O mais terrível inimigo do homem, em sua condição humana, é a morte
(1 Co 15.26). É decreto divino, por causa do pecado (Gn 2.17). O homem nasce,
desenvolve-se e morre. É o curso natural da existência biológica. Uns morrem
mais cedo; outros, mais tarde. Mas JESUS, o criador, doador e Senhor da vida,
pode, quando Ele quer, interromper esse curso da natureza humana. Em seu
ministério, JESUS demonstrou seu poder sobre a morte física. Ele ressuscitou o
filho único de uma viúva, de Naim, quando o féretro já estava a caminho do
cemitério (Lc 7.11-16). JESUS ressuscitou a filha de Jairo, que falecera fazia
pouco tempo (Mc 5.22-24). Alguém poderia alegar, em sua mente racionalista, que
a menina experimentara apenas um estado cataléptico, ou sono profundo e passageiro.
Mas para que não pairassem dúvidas sobre o poder sobrenatural de CRISTO sobre a
morte, Ele se deixou demorar onde se encontrava, ao receber a notícia de que
Lázaro, seu amigo, de Betânia, estava muito enfermo. Em seguida, ele cientifica
aos discípulos de que Lázaro houvera morrido. Ao chegar em Betânia, já fazia
quatro dias do seu falecimento. Não havia a mínima condição para reverter
aquela situação, pois o corpo do defunto já estava sofrendo os efeitos da
decomposição. Mas para JESUS, nada é impossível (Lc 1.37). Após consolar a
família, JESUS se dirigiu ao túmulo, mandou que fizessem o que as pessoas
poderiam fazer naturalmente, tirando a pedra que fechava a entrada da sepultura
(Jo 11.43-45). Completando a demonstração real de que a morte não vence o autor
da vida, JESUS ressuscitou Lázaro, após quatro dias na sepultura, cumprindo o
que Ele predissera para seus discípulos (Lc 24.1-8).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais &
Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.
Editora CPAD. pag. 45-46.
Exemplos de dom de fé em operação
Na ressurreição de mortos.
A Bíblia nos conta que os profetas Elias e Eliseu ressuscitaram cada um uma
pessoa dentre os mortos. (1 Reis 17:17-24; 2 Reis 4:32-37; 8:5; 13:20, 21) E as
Escrituras Gregas Cristãs (“Novo Testamento”) falam também de outras
ressurreições, realizadas tanto por JESUS como pelos seus apóstolos. — Mat.
11:5; Luc. 7:11-16; 8:41-56; João 11:1-46; Atos 9:40; 20:9-12.
E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam) e disse: Jovem, eu
te digo: Levanta-te. E o defunto assentou-se e começou a falar. E entregou-o à
sua mãe. Lucas 7:14,15
Estando ele ainda falando, chegou um da casa do príncipe da sinagoga, dizendo:
A tua filha já está morta; não incomodes o Mestre. JESUS, porém, ouvindo-o,
respondeu-lhe, dizendo: Não temas; crê somente, e será salva. E, entrando em
casa, a ninguém deixou entrar, senão a Pedro, e a Tiago, e a João, e ao pai, e
a mãe da menina. E todos choravam e a pranteavam; e ele disse: Não choreis; não
está morta, mas dorme. E riam-se dele, sabendo que estava morta. Mas ele,
pegando-lhe na mão, clamou, dizendo: Levanta-te, menina! E o seu espírito
voltou, e ela logo se levantou; e JESUS mandou que lhe dessem de comer. Lucas
8:49-55
Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para
o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro,
assentou-se.
Atos dos Apóstolos 9:40
Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para
o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro,
assentou-se.
Atos dos Apóstolos 9:40
Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para
o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro,
assentou-se.
Atos dos Apóstolos 9:40
Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para
o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro,
assentou-se.
Atos dos Apóstolos 9:40
Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para
o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro,
assentou-se.
Atos dos Apóstolos 9:40
Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para
o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro,
assentou-se.
Atos dos Apóstolos 9:40
Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para
o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro,
assentou-se.
Atos dos Apóstolos 9:40
JESUS - E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para
fora. João 11:43
Pedro - Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e,
voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e,
vendo a Pedro, assentou-se. Atos dos Apóstolos 9:40
Paulo - E, estando um certo jovem, por nome Êutico, assentado numa janela, caiu
do terceiro andar, tomado de um sono profundo que lhe sobreveio durante o
extenso discurso de Paulo; e foi levantado morto. Paulo, porém, descendo,
inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, que a
sua alma nele está. Atos dos Apóstolos 20:9-12.
II - DONS DE CURAR (1 Co 12-9)
1. O que são os dons de curar?
Dons de Curar são capacitações concedidas a alguns crentes para intervenções
sobrenaturais do ESPÍRITO SANTO, retirando dores, inflamações, imobilidades,
restaurando ossos, enfim, mudando o estado de caos para o estado de saúde e
bem-estar.
Os Dons são dados (Ef 4.8), "Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada
um para o que for útil." 1 Coríntios 12:7. O Dom fica residente no Crente
porque o ESPÍRITO SANTO mora no crente (1 Co 3.17, 6.19). Quando o ESPÍRITO
SANTO dá o Dom este Dom permanece no crente durante toda sua vida aqui na
Terra. Alguns crentes receberam Dons e acabam por se desviarem na trajetória de
sua vida cristã, mas no momento que se reconciliaram o Dons voltaram a
funcionar normalmente; isto é o que vemos na prática. "Porque os dons e a
vocação de DEUS são sem arrependimento". Romanos 11:29
Devemos nos lembrar também de que existem doenças e existem enfermidades.
Basicamente a diferença está na dor: enquanto os doentes sentem dor (exemplo:
artrite, hérnia de disco, enxaqueca etc.), os enfermos possuem enfermidades que
não lhes causa dor (exemplo: cegueira, surdez, mudez, depressão, ansiedade
etc.).
Pelo fato de Paulo não curar nem Timóteo (1 Tm 5.23) e nem Trófimo (2
Tm 4.20), podemos deduzir que Paulo possuía dom para curar certos tipos de
doenças e enfermidades e outras não. JESUS, enquanto homem, aqui na Terra,
tinha a plenitude (Cl 2.9), ou seja, curava qualquer tipo de doenças ou
enfermidades (Mt 4.23, 9.35, 12.15; Lc 6.19).
Todos os crentes podem e devem ser usados em curas (Mt 10.8; Mc 16.15-20; Lc
10.19), mas nem todos terão o Dom de Curar (1 Co 12.30), embora seja possível.
(Têm todos o dom de curar? Falam todas diversas línguas? Interpretam todos? 1
Coríntios 12:30)
Diferença entre Doenças e Enfermidades - Por isso Dons de Curar no Plural.
Doenças é o que dói, é físico (exemplo: Hérnia de disco); enfermidade não dói,
é na alma e no espírito (exemplo: Depressão, Ansiedade, Estresse).
"Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas
dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de DEUS e
oprimido". Isaías 53:4
"E percorria JESUS toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e
pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e doenças entre
o povo". Mateus 4:23
“Ora, naquele momento JESUS havia curado muitas pessoas de enfermidades, de
doenças e de espíritos malignos, e dado a vista a muitos cegos.” (Lucas 7:21)
Dons de Curar é uma multiplicação do sinal que todo crente pode fazer. Todo
crente pode orar e uma pessoa ser curada. Para a liderança da Igreja está
disponível a unção com óleo e a cura do doente. A diferença para o Dom é que
existe uma multiplicação desta capacitação. Quem tem Dons de curar ora por multidões,
milhares de pessoas que são curadas.
Como os sinais devem seguir “aos que crerem”, pode-se entender que pode haver
curas, ministradas por uma pessoa, que não tem o dom ou dons de curar. Num
momento, um evangelizador, num hospital, ou em outro lugar, pode dizer para um
doente: “Em nome de JESUS seja curado”, e o enfermo levantar-se sadio para
glória do Senhor. No entanto, no meio da congregação local, em qualquer lugar,
é necessário que se busquem os dons de curar, que poderão ser usados, em
momentos ou situações em que DEUS queira manifestar o seu poder curador,
curando milhares de pessoas para glória de JESUS CRISTO.
Pela graça de DEUS e a escolha do ESPÍRITO SANTO, tenho experimentado isso no
ministério que DEUS me concedeu. Pelo menos cinco mil pessoas já foram curadas
desde que recebi Os Dons de Curar. Veja exemplo nos vídeos, no YouTube. Só
digitar na busca "Curas, Pr Henrique, EBD NA TV".
Alguns links de nossas ministrações:
https://www.youtube.com/watch?v=OeGKBxfQ_XI
Cura Caroços e outras muitas curas, em Sud Mennucci, SP
https://www.facebook.com/matias.belido/videos/868033266566186
Aleijado anda em nome de JESUS, em Dourados, MS.
https://www.youtube.com/watch?v=m0RvHLyAH8c&list=PL9TsOz8buX1_z_T_B3Z8dX8ysJYE5cIta&index=1
Vários locais onde estive
Os dons de curar estão no plural. Não há, portanto, um “dom de curar”, mas uma
variedade deles. Os estudiosos não são unânimes na interpretação desse assunto.
A pluralidade dos dons de curar parece indicar que há pessoas que têm o dom de
orar por determinadas doenças e enfermidades; e outras, para orar por outros
tipos de doenças e enfermidades. Também são Dons no plural porque existem
doenças e enfermidades.
Stanley Horton está errado quando diz “que ninguém pode dizer: ‘Eu tenho o dom
de curar’, pois é isso mesmo que acontece, o Dom é dado (evidente que ninguém
pode fazer o que quiser com o Dom, pois o poder é do ESPÍRITO SANTO e oramos em
nome de JESUS). Quando alguém que tem o dom e se desvia, o dom imediatamente
pára de funcionar. Ao se reconciliar, o dom imediatamente volta a funcionar.
Se uma pessoa está doente, pode buscar a cura, através da oração da fé, pode
ser curada apenas lendo e crendo no que está escrito na Bíblia a respeito de
curas, principalmente Isaías 53:4,5 - "Verdadeiramente, ele tomou sobre si
as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por
aflito, ferido de DEUS e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas
transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz
estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados".
E desejável que os crentes em JESUS procurem “com zelo os melhores dons” (1 Co
12.31). Certamente, os dons de curar são muito necessários, num mundo em que as
doenças e enfermidades têm-se multiplicado assustadoramente, a despeito dos
notáveis avanços da medicina. Esses dons são recursos especiais à disposição da
igreja do Senhor JESUS CRISTO, para, sob a soberania de DEUS, e segundo a fé,
os crentes sejam beneficiados com a cura das enfermidades físicas ou emocionais.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a
DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 46-48. (Com
algumas alterações e acréscimos do Pr Henrique)
Podemos juntar a nossa fé com a do enfermo e, juntos, estabelecer o ambiente de
amor e aceitação no qual os dons da cura fluem melhor. No corpo de CRISTO há
poder e força para a satisfação das necessidades de um membro fraco. A cura
possui aspecto encarnacional. HORTON. Staleym. Teologia
Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Editora CPAD.
Porém, muitas vezes a fé do doente não influi em sua cura. Até mesmo a fé do
que está orando por alguém não influi muitas vezes na cura desse alguém. O Dom
está lá e unção de cura está presente. Veja o caso impressionante do defunto
lançado na cova de Eliseu que estava morto; ele reviveu ao tocar os ossos de
Eliseu, pois a unção de cura estava lá. Quem cura é JESUS, no poder do ESPÍRITO
SANTO.
"E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e
lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os
ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés". 2 Reis 13:21
2. A redenção e as curas.
Doenças e enfermidades na Bíblia
É difícil discutir as doenças mencionadas na Bíblia com qualquer grau de
certeza. Uma razão para isto é que elas recebem o nome de acordo com os
sintomas e não por processos patológicos. Assim, a paralisia poderia ser
desencadeada pela pólio, trauma, desequilíbrio nervoso, ou várias outras
causas. Não é absolutamente certo que o definhamento de Levítico 26.16 e
Deuteronômio 28.22 fosse tuberculose. Em segundo lugar, as referências às
doenças são quase sempre incidentais na narrativa. Elas são registradas mais
pelo seu significado histórico do que médico. Finalmente, não temos certeza de
que doenças existiam na época do AT, embora autópsias em múmias egípcias tenham
mostrado evidências de tuberculose, arteriosclerose, artrite, câncer, pedras na
vesícula, pedras na bexiga, esquistossomose e varíola.
Os israelitas obviamente tinham um conhecimento prático de anatomia. Isto é
visto nas descrições dos órgãos de animais sacrificados. Acreditava-se
corretamente que o sangue era o princípio vital: “A vida [a alma] da carne está
no sangue” (Lv 17.11). As funções emocionais eram, às vezes, atribuídas a
certos órgãos. O coração, por exemplo, era considerado o centro do pensamento e
da vontade (Ez 18.31). A expressão “entranhas de misericórdias” (Cl 3,12)
enfatiza a relação entre psycke (“alma”) e soma (“corpo”), o que tem sido
corroborado em nossos dias pela pesquisa psicossomática.
As palavras heb. para doença e enfermidade veem das raízes hala (“estar doente”
ou “fraco”) e dawa (“estar enfermo”). Estas palavras são sempre modificadas por
outras frases descritivas tais como “doente e a ponto de morrer”. As palavras
heb. para cura veem da raiz rapa ’(“curar”, “costurar”, “consertar”), e haya
(“reviver”, “restaurar à vida”), e ‘arak (“prolongar”).
O NT usa expressões gr. tais como astheneia (“fraqueza”, “fragilidade”),
malakia (“moleza”, “debilidade”), e noseo (“estar doente״ ou
“enfermo"). As palavras gr. para saúde e cura vieram das raízes hygiaino
(“estar saudável” ou “forte”), therapeuo (“servir", “atender a”, “cura”,
“restaurar a saúde”), e iaomai (“curar”, “tomar sadio”).
Causas das Doenças
A doença é apenas parte de um conceito maior - o sofrimento do homem. Nas
Escrituras é dito que o sofrimento é um dos resultados do pecado. DEUS ameaçou
enviar doenças sobre Israel se o povo o desobedecesse (Dt 28.15,22,27,28).
Embora a doença fosse frequentemente considerada um castigo direto pela
desobediência (por exemplo, o homem enfermo no tanque de Betesda, Jo 5.14), ela
também poderia vir de Satanás, como aconteceu no caso de Jó (Jó 2.7). CRISTO
falou da mulher paralítica “a qual há dezoito anos Satanás mantinha presa” (Lc
13.16). Além disso, a doença poderia às vezes vir para impedir o homem de fazer
algo proibido por DEUS e para a glória de DEUS (por exemplo, o “espinho na
carne” de Paulo, q.v., e 2 Coríntios 12.7-9).
Os discípulos, olhando para a doença apenas como um castigo pelo pecado,
perguntaram a JESUS sobre um homem que havia nascido cego: “Quem pecou, este ou
seus pais, para que nascesse cego? JESUS respondeu: Nem ele pecou, nem seus
pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de DEUS” (Jo 9.1-3).
Nem sempre pode ser possível distinguir se uma doença é o resultado de causas
puramente naturais, uma permissão de DEUS, ou a operação maligna de Satanás.
Talvez estas três possam estar ativas ao mesmo tempo. Porém, seja qual for a
causa da doença de um cristão, lhe é prometido que um dia o sofrimento será
removido, quando DEUS “limpará de seus olhos toda lágrima” e não haverá mais
dor (Ap 21.4).
Os Médicos e a Medicina
Existe cerca de uma dúzia de referências a médicos na Bíblia. A raiz heb. é
rapa’ (“curar”). A Bíblia Sagrada refere-se a Jeová como “o Senhor que te sara”
(Êx 15.26). A primeira referência a um médico está em Gênesis 50.2 (embora
estes médicos egípcios possam ter sido apenas embalsamadores dos mortos). Nos
tempos bíblicos, assim como agora, os médicos eram solicitados a curar as
doenças e aliviar o sofrimento (Jó 13.4; Jr 8.22; 2 Cr 16.12).
Em Jó os médicos são vistos como não valendo nada - Vós, porém, sois inventores
de mentiras e vós todos, médicos que não valem nada. Jó 13:4 .
DEUS naõ curou um rei porque ele buscou aos médicos ao invés de DEUS - E caiu
Asa doente de seus pés no ano trigésimo nono do seu reinado; grande por extremo
era a sua enfermidade, e, contudo, na sua enfermidade, não buscou ao Senhor,
mas, antes, aos médicos. 2 Crônicas 16:12.
Quando em minhas visitas aos hospitais para ministrar curas, percebi que poucos
doentes e enfermos eram curados, então consultei ao Senhor. Acontece que as
pessoas procuram médicos quando lhes falta a fé em DEUS. Estive comCovid-19 e
passei por maus momentos, mas confiei minha cura em DEUS e fui curado, eu e
minha família. Glória a DEUS.
Os médicos eram considerados em alta estima pelos judeus. O filho de Sirac
escreveu por volta de 190 a.C.: “Honre um médico de acordo com a necessidade
dele, com as honras devidas a ele, pois verdadeiramente o Senhor o criou; pois
do Altíssimo vem a cura; e do rei ele deve receber uma dádiva. A habilidade do
médico deve levantar sua cabeça; e à vista dos grandes homens ele deve ser
admirado״ (Sir
38.1-3).
Na época do NT havia duas maneiras de treinar os médicos. Era muito comum que
um homem auxiliasse como aprendiz a um médico estabelecido. Ele também poderia
ir a um tipo de escola de medicina, geralmente associada a um templo pagão. As
duas escolas que mais conhecemos eram as escolas de medicina de Pérgamo e
Alexandria.
Os remédios usados nos tempos bíblicos eram rudimentares e na maioria dos casos
não muito eficazes. Entre aqueles que são mencionados na Bíblia, estavam
unguentos aplicados no local (Is 1.6), emplastos (Is 38.21), e bálsamos (Jr
8.22; Gn 37.25). As folhas de certas árvores eram aparentemente usadas como
ervas medicinais (Ez 47.12). Pensava-se supersticiosamente que a mandrágora, um
membro da família da batata, desenvolvia a fertilidade (Gn 30.14-16). Os
cidadãos de Laodiceia são conhecidos por terem tido uma escola de medicina e de
terem preparado um pó ou pomada para olhos fracos. Ao falar-lhes, o Senhor usou
uma alusão a um colírio (Ap 3.18).
O vinho era sugerido como estimulante (Pv 31.6), e usado como um antisséptico.
O bom samaritano atou as feridas de seu paciente “aplicando-lhes azeite e vinho״ (Lc 10,34). Paulo
recomendou um pouco de vinho para o alívio do desconforto gástrico de Timóteo
(1 Tm 5.23). O vinho azedo misturado com fel e mirra teria algumas propriedades
sedativas. Ele foi oferecido a CRISTO, provavelmente para aliviar o seu sofrimento
(Mc 15.23).
O tratamento cirúrgico era geralmente mínimo. As únicas operações mencionadas
na Bíblia são a circuncisão, a castração e o fechamento de feridas. Mas o
código de Hamurabi regulamentava a cobrança dos médicos para grandes operações
e cirurgias dos olhos na Babilônia, como também para o restabelecimento de um
osso quebrado e para a cura de um tendão distendido (ANET, pp. 175ss.). O
papiro de Edwin Smith, do Egito, descreve 48 casos cirúrgicos incluindo
contingências como ferimentos acidentais, e feridas de batalha.
O escritor do terceiro Evangelho e de Atos era médico? As evidências internas
sugerem que sim. Ele usa vários termos médicos encontrados em Hipócrates,
Galeno e em outros escritos médicos, embora não sejam encontrados no restante
do NT. Ele também observa algumas particularidades médicas, tais como a
intensidade da febre, se uma doença era congênita ou adquirida, ou qual lado ao
corpo estava afetado (Lc 4.38; At 3.2; Lc 6.6). Ao escrever sobre a mulher que
tinha um fluxo de sangue (Lc 8.43), ele honestamente declara que ela não
poderia ser curada pelos médicos; entretanto, é mais polido em relação à sua
profissão do que Marcos, que acrescenta que ela “havia padecido muito com
muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso,
antes indo a pior...” (Mc 5.26). Estes fatos tendem a corroborar com a outra
evidência de que Lucas, “o médico amado” (Cl 4.14), foi o autor do terceiro
Evangelho e do livro de Atos.
Leis Mosaicas de Saúde
A lei dada por DEUS a Moisés continha regras extraordinárias com relação à
saúde pública. Embora o principal propósito destas regras fosse tomar um homem
cerimonialmente limpo, a limpeza higiênica, no entanto, estava envolvida. Quais
são as principais preocupações de um fiscal de saúde pública hoje?
Contaminação da água e dos alimentos, descarte de esgoto, doenças infecciosas,
educação quanto à saúde - todos estes assuntos são tratados nas leis mosaicas
de saúde.
Tem sido dito que algumas das leis de saúde eram muito rígidas e talvez
desnecessárias para a saúde pública, mas deve ser lembrado que o homem antigo
não possuía o nosso entendimento sobre as doenças. Ser exageradamente rígido
por amor à simplicidade é melhor do que errar na direção oposta. Com a nossa
habilidade médica para distinguir entre o perigoso e o inofensivo, não
precisaríamos observar algumas destas mesmas precauções, mas isto não seria
verdadeiro naquela época. Novamente, deve ser lembrado que a razão inicial para
estas ordenanças era a pureza cerimonial.
As leis mosaicas de saúde (Lv 11-15) incluem regras de circuncisão, consumo de
carne, parto, infecções de pele, contaminações por secreções e excrementos,
procedimentos para remoção e disposição dos mortos, limpeza pessoal e relações
sexuais.
Milagres de Cura
Vários milagres de cura estão registrados na Bíblia. Outros milagres, embora
não sejam de cura, mas de juízo, são de natureza médica. Estes incluem as
pragas no Egito (Êx 9,13-15; 12.12,13), a matança dos filisteus diante da arca
(1 Sm 5.6), a dizimação do exército de Senaqueribe (2 Rs 19.35), a
mão ressequida de Jeroboão (1 Rs 13,1-6) e a lepra de Geazi (2 Rs 5.27).
Embora DEUS possa ter usado processos de doenças naturais, o sobrenatural é
envolvido no momento certo.
No AT, os milagres parecem centralizar-se em torno da época do êxodo e do
ministério de Elias e Eliseu. Aqueles que foram registrados são mais
frequentemente milagres da natureza, com menos de uma dúzia envolvendo a
cura (por exemplo, Abimeleque, Gênesis 20.17; Miriã, Números 12.10-15; a
serpente de bronze, Números 21.5-9; o filho da viúva, 1 Reis 17.17-24; o filho
da sunamita, 2 Reis 4.18-37; Naamã, 2 Reis 5.1-14; Ezequias, 2 Reis 20.1-7).
Por outro lado, o NT registra uma proporção maior de milagres de cura. Estes
foram operados por CRISTO ou por seus seguidores, em seu nome. Dos 35 milagres
de CRISTO registrados no NT, 26 envolvem curas. Em seis destes casos, demônios
foram expulsos. Detalhes cuidadosos são dados sobre muitos destes casos,
especialmente por Lucas, o médico· Algumas destas pessoas são até identificadas
pelo nome (Bartimeu, a filha de Jairo, Maria, Lázaro; também Enéias, Êutico e o
pai de Públio em Atos).
Alguns tentaram explicar os milagres de cura de CRISTO através de uma base
psicológica. De acordo com esta teoria, as doenças curadas eram apenas
funcionais ou psicossomáticas. É verdade que as pessoas podem ter as suas
doenças aliviadas pela “fé” em homens ou coisas. Mas este tipo de cura está
muito distante da cura de doenças orgânicas realizadas por CRISTO como cegueira
congênita (Jo 9.1), artrite avançada da espinha (Lc 13.11), hemorragia
prolongada (Lc 8.43), lepra (Lc 5.12; 17.12) e mão ressequida (Lc 6.10) até
mesmo a morte (Lc 7.12; 8.49-55; Jo 11.1-44). Somente negando a confiabilidade
dos documentos do NT é que se poderia imaginar que as curas realizadas por
CRISTO eram de caráter psicológico.
Além de sua natureza predominantemente orgânica, as curas realizadas pelo
Senhor eram completas e instantâneas (com exceção do homem cuja visão foi
restaurada em duas etapas, Mc 8.22-25). Além disso, elas consistiam em várias
doenças diferentes que são difíceis de tratar até mesmo com as técnicas médicas
de hoje. Poucas - se é que alguma - poderiam ter uma recuperação espontânea. E
não há nenhuma evidência da ocorrência de uma recaída após as curas realizadas
por CRISTO.
Possessão Demoníaca
A possessão demoníaca é um fenômeno que parece ter ocorrido com mais
frequência na época de CRISTO. Das 26 pessoas curadas por CRISTO, seis são
mencionadas como tendo sido possuídas por demônios. Muitas outras pessoas sem
nenhuma enfermidade física aparente foram libertas de opressão demoníaca (Mt
8.16; Mc 1.34,39; Lc 6.18). Pouca ou nenhuma menção é feita à possessão
demoníaca no AT. CRISTO e o NT parecem distinguir entre as doenças comuns e
aquelas que são acompanhadas pela possessão demoníaca (Mt 10.8; Mc 1.34;
At 5.16). A possessão demoníaca podia ser acompanhada por sintomas físicos (por
exemplo, cegueira, surdez e mudez, Mt 12.22; Mc 9.25), manifestações
neurológicas (por exemplo, epilepsia, Lc 9.39,42), ou sintomas mentais (Lc
4.33; 8.27; Mc 7.25).
O diagnóstico da possessão demoníaca, porém, levanta alguns problemas difíceis.
O que a distinguia das doenças naturais? Como uma pessoa poderia reconhecê-la
como tal? Se não há nenhuma característica distinta que tipifique a condição,
elas são tendências suicidas e o uso da pessoa pelo demônio como porta-voz.
Por outro lado, nas Escrituras, a doença física é frequentemente atribuída
a Satanás. CRISTO falou da mulher que andava curvada como alguém a quem
“Satanás mantinha presa"’ (Lc 13.16).
Doenças de Pele
Várias lesões de pele são mencionadas no AT. Algumas delas foram infligidas
como aflições sobre Israel por desobediência ao Senhor (Dt 28.27). A coceira é
provavelmente sarna, ainda conhecida por este nome descritivo, E causada por um
inseto, o Acarus scabei. O escorbuto não é o que conhecemos hoje como escorbuto
(causado pela deficiência de vitamina C), mas sim uma “crosta de ferida”. A
palavra vem de uma raiz que significa ״cocar” ou “ficar áspero”. Isto possivelmente cobre uma gama de
doenças de pele que incluí eczema e psoríase. A aspereza ou o tumor vem de uma
raiz significando “estar inflamado” ou “quente". Os tumores são comuns
hoje embora mais bem controlados, graças a antibióticos modernos. A úlcera de
Ezequias pode ter sido um carbúnculo ou possivelmente antraz (2 Rs 20.1,7). O
antraz é contraído do gado ou de couros e pelos secos de animais
infectados. Sem tratamento pode ser fatal.
A lepra é frequentemente mencionada na Bíblia. Miriã, Naamã e o rei Uzias
contraíram esta doença. As instruções para o seu diagnóstico são dadas em
Levítico 13; ela aparentemente incluía mais do que aquilo que hoje chamamos de
lepra (causada pelo Lepra bacillm de Hansen). Infelizmente, o termo lepra teve
seu significado mudado nas línguas inglesa e portuguesa. Mesmo na Idade Média,
a palavra era usada para descrever várias disfunções na pele, tais como a
tinha. Harold M. Spinka declara; “Minha opinião é que a lepra, como também as
doenças mencionadas nos diferentes diagnósticos - por exemplo, a psoríase
crônica, a sífilis, o pênfigo, a dermatite herpetiforme, a varíola, o fungo
infeccioso e a Pio derma - eram incluídas sob o título geral de lepra”
(“Lepra nos Tempos Hebraicos Antigos”, JASA, XI [março de 1959], 17-22). Também
é demonstrado que a lepra do AT não é idêntica à lepra de hoje, pelo fato de
que havia a lepra de casas e das roupas (Lv 13.47; 14.37) - provavelmente algum
tipo de mofo ou fungo.
A aflição de Jó tem sido objeto de muita especulação. Pelagra, psoríase, eczema,
dermatite herpetiforme e dermatite esfoliativa, foram sugeridas como
possibilidades. Dermatite herpetiforme, uma rara doença de pele, iria coçar
intensamente, e não afetaria gravemente a saúde geral de Jó. A dermatite
esfoliativa é generalizada, crônica, terrível, produz muita coceira e é
associada a tumores provenientes da própria coceira.
Doenças dos Olhos e Ouvidos
Tanto a cegueira congênita quanto a adquirida são mencionadas na Bíblia. A
infecção por tracoma ainda é uma causa comum de cegueira adquirida em muitas
partes do mundo. Este vírus causa uma saída de líquidos de má aparência e pode
ter sido o problema de Léia (Gn 29,17). Talvez seus olhos fossem estrábicos
(strabísmus). O tracoma poderia ter sido o espinho na carne de Paulo (2 Co
12.7-10); suas próprias palavras sugerem algum tipo de problema nos olhos (cf
Gl 6.11 com 4.14,15; At 23.2- 5).
A catarata era provavelmente a causa da cegueira de Isaque e Eli em sua idade
avançada. Esta se caracteriza por uma opacidade progressiva do cristalino dos olhos.
Em Levítico 21.20, a palavra heb. para “belida” (q.v) sugere uma mancha que
causa uma visão confusa, provavelmente uma catarata. A oftalmia neonatal
(Ophthalmia nconato- rurri) causa uma conjuntivite grave e cegueira em crianças
recém-nascidas, É geralmente o resultado de uma infecção por gonorreia na
mãe. Esta provavelmente era responsável por boa parte da cegueira infantil.
Também existem muitos tipos de anomalias congênitas dos olhos, que poderiam
resultar em cegueira total a partir do nascimento. .
A surdez também era comum nos tempos bíblicos, embora seja difícil determinar
sua causa.
Deformidades Ortopédicas
As deformidades ortopédicas teriam sido comoventes em uma época em que pouco
poderia ser feito para corrigi-las. O mendigo coxo que foi curado naquele
encontro com Pedro é um destes casos (At 3.2-8). Uma vez que era coxo de
nascença, ele poderia ter tido um pé torto congênito, spina bifida, ou
paralisia cerebral. A mulher curada por CRISTO de uma enfermidade que a
acometia por 18 anos, tinha provavelmente uma forma grave de artrite que fazia
com que ela se curvasse para frente (Lc 13.11-13). Isto soa como artrite
reumática, que atinge mais as mulheres do que os homens.
A coxeadura de Jacó, adquirida por sua luta corporal com o anjo de DEUS, pode
ter sido causada por um deslocamento de quadril (Gn 32.25,31,32). Pode-se
caminhar com uma coxeadura por um deslocamento anterior. A dor aguda e a
deficiência podem também indicar uma ruptura de disco intervertebral,
produzindo a dor ciática.
Doenças Neurológicas
A paralisia era evidente na população judaica dos dias de JESUS. Era, sem
dúvida, frequentemente, causada por acidentes bem como pela tuberculose da
espinha e pela pólio. A paralisia é raramente mencionada no AT.
O paralítico curado por CRISTO (Lc 5.18) tinha, possivelmente, um ferimento ou
uma lesão no osso da espinha, que causava pressão na medula espinhal. Isto
resultaria em paralisia da parte inferior do corpo. O homem curado no tanque de
Betesda (Jo 5.5- 8) era alguém parcialmente paralisado. Um ferimento de
nascença, pólio, esclerose múltipla, ou um derrame poderia ter causado esta
paralisia. O homem que tinha a mão ressequida também era parcialmente
paralisado (Lc 6.6-10). Sua atrofia muscular poderia ter resultado de uma
incapacidade de usar uma das mãos. Ele pode ter sido vítima de algum ferimento,
pólio, ou possivelmente esclerose lateral amiotrófica, que afeta os pequenos
músculos da mão. O fato clinicamente significativo é que CRISTO o curou de
forma instantânea e completa.
O servo do centurião (Lc 7.2; Mt 8.5) também estava paralisado. No entanto, sua
condição era aguda; ele estava perto da morte, e sofrendo grande dor, Isto
sugeriria tétano ou uma grave compressão da medula espinhal proveniente de
um tumor, abscesso ou hemorragia. O filho da mulher sunamita teve um ataque
repentino de dor de cabeça (2 Rs 4.18-20). Ele morreu dentro de seis horas como
consequência daquilo que pode ter sido uma insolação, meningite,
hemorragia subaracnóidea, ou mais provavelmente de malária cerebral.
Obstetrícia
A esterilidade era um problema que afligia muitos casais nos tempos bíblicos,
assim como acontece hoje. Sara, Raquel, a esposa de Manoá, Ana, a mulher
sunamita e Isabel, tinham esta enfermidade.
Os partos no Israel antigo eram geralmente executados com a mãe em um “assento
de nascimento’’ (Êx 1.16), ou sentada no colo de outra mulher (Gn 30.3). (Nesta
segunda passagem a prática referida pode ser a de colocar a criança
recém-nascida nos joelhos daquela que poderia dar legitimidade ou o direito de
herança - Ed.]. Após o nascimento do bebê, o umbigo era cortado, o bebê era
lavado com água, esfregado com sal, e enrolado em panos (Ez 16.4). Tamar deu à
luz habilmente a gêmeos com um deles em uma posição transversal (Gn 38.27-30).
Doenças Mentais
Há apenas algumas referências às doenças mentais no AT. Davi fingiu estar
louco, de uma forma convincente (1 Sm 21.12-15); Saul tinha depressões
recorrentes e mostrava sintomas de paranoia (1 Sm 16.14,23; 18.8-11,28,29;
19.9,10). Nabucodonosor teve sintomas psicóticos, vivendo como um animal por
sete anos. R. K. Harrison classifica sua doença como licantropia ou boantropia,
uma forma específica de paranoia (IOT, pp. 1114-1117).
O escritor de Provérbios 17.22 relacionou as emoções ao corpo, e assim
antecipou a medicina psicossomática quando escreveu: “O coração alegre serve de
bom remédio, mas o espírito abatido virá a secar os ossos”.
A relação entre a doença mental e a possessão demoníaca é incerta e
controversa. O “homem com espírito imundo”, de Gadara (Mc 5.2-5), lembra o que
classificaríamos hoje como psicótico, embora os outros “endemoninhados” curados
por CRISTO tivessem sintomas orgânicos de doenças físicas.
Doenças Internas
A febre alta é um sintoma e não propriamente uma doença. Ela poderia estar
relacionada à malária, à tifoide, à paratifoide, à varíola, à insolação, ao
tifo, ou a várias outras doenças (Lv 26.16; Dt 28.22; Lc 4.38).
A pestilência enviada por DEUS sobre os filisteus (1 Sm 5.6,96.5 ;12־) era provavelmente a
peste bubônica. Esta doença foi descrita por Hipócrates 400 anos antes de
CRISTO. Ela devastou a Europa na Idade Média e tem as características de alta
mortalidade, incidência repentina, transmissão por roedores mortos, e a
presença de glândulas inguinais aumentadas (na virilha). É interessante notar
que os filisteus colocaram cinco imagens de ouro dos tumores e ratos ao lado da
arca. [Alguns têm sugerido que os “tumores” eram hemorroidas, de acordo com a
versão KJV em inglês, “emerods”. - Ed.]
Uma outra peste foi usada por DEUS para destruir o exército de Senaqueribe (2
Rs 19.35). Existem duas doenças que poderiam matar muitas pessoas dentro de 24
horas - cólera e a praga pneumônica. Provavelmente tenha havido alguns casos no
acampamento antes do pico da epidemia.
O gigantismo é causado por um desarranjo de ordem endócrina. Golias é um
exemplo familiar e possivelmente tinha um tumor pituitário anterior. Ogue, rei
de Basã, precisava de uma cama de aprox. 4 metros de comprimento (Dt 3.11). Um
gigante com 12 dedos nas mãos, e 12 dedos nos pés é descrito em 2 Samuel 21.20.
A hidropisia é causada pela fluidez dos tecidos. E sintomático de certas
doenças, sendo a mais comum a insuficiência cardíaca. O homem a quem CRISTO
curou com esta condição pode ter sofrido de câncer, doença do coração, fígado
ou rins (Lc 14.2).
A disenteria foi a doença que causou a febre debilitante do pai de Públio (At
28,8). Em casos fulminantes de disenteria bacilar, há evacuação de sangue
e muco (daí o “fluxo de sangue* mencionado na versão KJV em inglês), e a morte
pode vir rapidamente.
A ciência médica traz o esclarecimento sobre várias mortes descritas na Bíblia.
O rei Asa morreu com uma grande doença em seus pés (2 Cr 16.12-14), Seu caixão
foi cheio com perfumes. Isto sugere uma gangrena de seus pés que teria causado
um odor Fétido. A gangrena (também “cancro” ou “câncer”) era reconhecida como
uma doença destruidora que consome o tecido em uma parte do corpo, geralmente
um membro (2 Tm 2.17). Ela pode ser causada por um ferimento ou por uma falha
no sistema circulatório sanguíneo. O rei Jeorão foi acometido por uma doença
incurável que causou um prolapso do reto (2 Cr 21.18,19). Esta pode ter sido
uma grave disenteria amebiana ou um câncer do reto. Nabal era, provavelmente,
um alcoólatra crônico. Após um episódio de alcoolismo agudo, ele aparentemente
teve um acidente vascular cerebral (derrame). Ficou em coma por dez dias e
morreu sem recobrar a consciência (1 Sm 25.36-38).
Ananias e Safira morreram repentinamente e sem aviso (At 5.1-10). Eles podem
ter sido atacados por uma trombose coronária. Herodes Agripa foi consumido por
vermes intestinais (At 12.23). Ele provavelmente tinha uma obstrução intestinal
causada por vermes parasitários e pode ter morrido devido a uma perfuração
intestinal, e sua peritonite resultante.
Os Sofrimentos e a Morte de CRISTO
A forte tradição cristã declara que o suor de JESUS caiu ao chão como gotas de
sangue como o resultado de sua angústia no Getsêmani (Lc 22.44). Isto pode ter
sido a rara emissão de sangue pelas glândulas sudoríparas. Discute-se se os
versículos 43 e 44 foram escritos por Lucas, de acordo com a evidência daquele
que é considerado o melhor manuscrito. Há mais de 100 anos, foi sugerido por
Stroud que CRISTO morreu de hérnia cardíaca (isto é, urna ruptura do coração).
Esta se tornou uma opinião comumente defendida, mas é bastante improvável. A
hérnia cardíaca, além do trauma, é rara, e quando ocorre afeta aqueles cujos,
corações já estão seriamente debilitados. É improvável que o coração de CRISTO
estivesse enfermo à luz de sua atividade energética anterior, e de sua perfeita
condição física para cumprir as exigências sacrificiais (1 Pe 1.19).
Também foi sugerido que CRISTO morreu de asfixia pela debilitação da respiração
enquanto estava na cruz. Uma posição ereta prolongada também poderia levar a
uma coagulação venosa e a uma insuficiência circulatória periférica. Uma
diminuição do rendimento cardíaco e a consequente diminuição do fluxo de
sangue para os tecidos causariam um nível de oxigênio mais baixo no cérebro.
Também compatível tanto com a história bíblica como com a probabilidade médica
é a dilatação aguda do estômago. Isto é visto hoje como uma complicação
pós-operatória rara e fracamente compreendida. Ela também pode seguir um estado
de choque. O golpe da lança teria liberado o fluido aquoso acumulado no
estômago dilatado de nosso Senhor. O sangue provavelmente tenha vindo do
coração perfurado e dos grandes vasos. Após um golpe como este, não se pode ter
qualquer dúvida quanto à sua morte.
A despeito de qual tenha sido a causa imediata de sua morte, a importância da
crucificação reside no significado da morte de CRISTO, Podemos dizer com
Isaías: *Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas
iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas
pisaduras, fomos sarados” (Is 53.5).
(Dicionário Bíblico Wycliffe, com algumas alterações e acréscimos do Pr
Henrique)
EM QUE SE FUNDAMENTA A CURA DOS CRENTES? (http://www.ifamilia.com.br)
A – REDENÇÃO - Que a cura física, assim como a cura espiritual estavam
inclusas na obra redentora de CRISTO, é constantemente salientada, tanto pelo
Antigo como pelo Novo Testamentos.
Observe estas declarações com relação à liberdade do povo de Israel do Egito:
Ex. 15:25-26 - Esta era uma parte vigente do pacto de DEUS com Israel. As
doenças pertenciam aos egípcios (pecadores) e não ao povo de DEUS, que conhecia
o Seu poder libertador e andava de acordo com o pacto feito com Ele. Sl.
105:37; Sl. 103:2-3; Is. 53:4-5; Mc. 8:16-17 e 3 João 2. Estes e muitos outros
versículos bíblicos nos mostram que a nossa redenção não foi somente
espiritual, mas física também. Assim como Ele remove o nosso pecado, assim
também ele remove as nossas doenças e enfermidades. Mesmo no Velho Testamento,
a cura física era parte do Pacto. A cura era, experimentada por muitos. Havia
ritos, ofertas e cerimônias especiais que eram usados para trazer a cura a
pessoa enferma. Quando JESUS curava, Ele muitas vezes também, perdoava os
pecados.
Muito frequentemente, Ele ligava a doença com o pecado, e perdoava o pecado
antes que Ele curasse. Os dois também são ligados por Tiago 5:14-16. Os dois
grandes aspectos do ministério de CRISTO na terra foram: Curar os enfermos e
perdoar os pecados. 1 Pd.2:24; Rm.5:12.
B - FÉ - Algumas vezes JESUS ministrava às pessoas Segundo a fé delas. Ele
dizia frequentemente: “Seja-vos feito segundo a vossa fé”, ou alguma declaração
semelhante. Os benefícios tanto do Antigo Testamento como do Novo Testamento
eram e são baseados na fé, o que envolve a confiança e a obediência.
2 Co. 5:7 > Isto significa que concordamos com a Palavra, aceitamo-la em
nossa vida pessoal e agimos com confiança. Mc. 11:24 > Esta fé deve ser
baseada apenas na Palavra de DEUS, em Romanos 10:17 diz: “ De sorte que a fé
vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de DEUS”. Hb. 10:23; Sl, 89:34; Is.
55:11; Ap.12:11 e Mt. 4:4 a 11.
Após o arrebatamento não estaremos mais sujeitos às doenças e enfermidades - 1
Co 15.47 O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do
céu. 48 Qual o terreno, tais são também os terrenos; e, qual o celestial, tais
também os celestiais. 49 E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim
traremos também a imagem do celestial. 50 E, agora, digo isto, irmãos: que
carne e sangue não podem herdar o Reino de DEUS, nem a corrupção herda a
incorrupção. 51 Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos
dormiremos, mas todos seremos transformados, 52 num momento, num abrir e fechar
de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão
incorruptíveis, e nós seremos transformados. 53 Porque convém que isto que é
corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista
da imortalidade. 54 E, quando isto que é corruptível se revestir da
incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então,
cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.
BEP (CPAD) - Rm 8.23 TAMBÉM GEMEMOS. Embora os crentes possuam o ESPÍRITO e as
suas bênçãos, eles também gemem no íntimo, ansiando por sua plena redenção.
Gemem por duas razões.
(1) Os crentes, por viverem num mundo pecaminoso que entristece o seu espírito,
continuam experimentando a imperfeição, a dor, as doenças e enfermidades e a
tristeza. Os gemidos do crente expressam a sua profunda tristeza sentida ante
essas circunstâncias (cf. 2 Co 5.2-4).
(2) Gemem ao suspirar por sua redenção total e pela plenitude do ESPÍRITO SANTO
que serão outorgadas na ressurreição. Gemem pela glória a lhes ser revelada e
pelos privilégios da plena filiação celestial (cf. 2 Co 5.2,4).
Em CRISTO está a libertação das doenças da alma.
Sl 103.3 É ele quem perdoa todas as tuas iniquidades, quem sara todas as tuas
enfermidades,
Não há enfermidade que JESUS não cure, não há doença que JESUS não cure, ELE é
a cura para as nações, ELE é a cura do corpo, da alma e do espírito humano.
JESUS é única a cura para o pecado!
"Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO, que habita
em vós, proveniente de DEUS, e que não sois de vós mesmos?" (1 Co
6.19). Fomos comprados e isso inclui corpo, alma e espírito.
Romanos 8.11 E, se o ESPÍRITO daquele que dos mortos ressuscitou a JESUS habita
em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a CRISTO também vivificará o vosso
corpo mortal, pelo seu ESPÍRITO que em vós habita. Essa é nossa esperança, é
nossa certeza pela fé Nele.
As curas são resultado do poder vivificador do ESPÍRITO SANTO operando em nosso
corpo mortal. A cura está em nós porque aquele que dá poder para haver cura
mora em nós. Um dia teremos corpos celestiais que nunca mais vão adoecer, será
corpo incorruptível. Enquanto isso não acontece devemos orar uns pelos outros
para que todos tenham saúde física, pois JESUS levou na cruz tanto nossos
pecados quanto nossas enfermidades (Is 53).
ADÃO E CRISTO |
|
ADÃO · O corpo natural veio primeiro · O primeiro homem tornou-se alma vivente · Teve origem do pó da Terra · Aqueles que vieram do pó são como ele · Nascemos à semelhança de Adão |
CRISTO · Corpo espiritual vem posteriormente · O Último Adão é espírito vivificante . Sem Princípio de dias · É celestial e divino · Os celestiais são como Ele · Seremos semelhantes a CRISTO |
3. A necessidade desses dons.
QUAL É O PROPOSITO DOS DONS DE CURAR? (http://www.ifamilia.com.br)
1 – DEUS ama ao Seu povo e quer que ele tenha uma boa saúde, referindo-se à
saúde total: corpo, alma e espírito. Não há limites com relação ao que DEUS
deseja dar-nos como uma herança no Reino. 3 João 2:4.
2 - A saúde e a cura divina são aspectos da retificação da maldição da lei. 1
João 3:8; Gl.3:13. A redenção envolve o retirar-se o homem totalmente dos
efeitos das maldições envolvidas na lei, os quais incluem as doenças e as
enfermidades. O homem não tem que suportar doenças se ele aceitar toda a
provisão feita para ele na Nova Aliança. Isto é uma parte integrante das
bênçãos da Nova Aliança.
3 – Isto foi designado para confirmar a nossa mensagem com sinais e
maravilhas. Hb.2:3-4. Isto era uma parte da grande comissão. Mc.
16:15-20. João 5:36 - JESUS não somente pregou o Evangelho do Reino, mas Ele
também o demonstrou Lc. 8:1. Um dos maiores erros da história é a separação de
curas com a pregação da mensagem da Salvação. Isto equivale a pregar-se “metade
do Evangelho”, o que nunca produzirá os resultados que DEUS intencionou que a
pregação do evangelho produzisse.
Nunca tivemos tantos casos de depressão, ansiedade, estresse etc.
Nunca tivemos uma pandemia como a que está acontecendo no mundo atual.
Portanto, nunca houve tanta necessidade dos Dons de curar como hoje.
O Privilégio da Cura Divina (5.14,15a)
A oração em tempos de enfermidade é nosso dever e nosso privilégio em CRISTO.
Provavelmente, deveríamos observar essa prática cristã mais do que fazemos.
A Bíblia ensina a doutrina da cura divina e cabe a nós procurar fazer a oração
da fé pela cura do doente.
b) Cura e Perdão (5.15b,16a)
Entre os judeus, a doença geralmente era atribuída ao pecado. JESUS rejeitou
essa visão como um princípio universal (Jo 9.1-2), mas em outro texto sugere o
que sabemos ser um fato, que em muitos casos o pecado é a causa de uma
enfermidade específica (cf. Jo 5.14).
Nesses casos, presume-se que a pessoa que procura a cura também se arrependeu
do seu pecado e está procurando o perdão divino.
c) Oração Eficaz (5.16b-18)
Quando devemos esperar que nossas orações sejam respondidas por DEUS? Tiago
deixa claro que orações desse tipo devem vir de um justo (v. 16), i.e., alguém
que está num relacionamento correto com DEUS e o homem. Uma tradução da última
frase do versículo 16 é a seguinte: “Muito pode, por sua eficácia, a
súplica do justo” (ARA). A única oração de um injusto que DEUS promete ouvir é
a oração de arrependimento. Baseado na palavra traduzida por “oração fervorosa”
(Bíblia Viva, energoumene).
Cada pessoa que ora sabe que há tempos em que o ESPÍRITO SANTO a ajuda em sua
oração (Rm 8).
A. F. Harper. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 10. pag.
195-196.
III - O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS (1 Co 12.10)
Observação minha - Pr. Henrique - Esse dom modifica uma realidade natural.
Esse dom dá poder para mudar a natureza das coisas. É a ação sobrenatural do
ESPÍRITO SANTO na natureza ou na coisa que seria natural não ser mudada.
1. O dom de operação de maravilhas.
Milagres (gr. sêmeion) são a intervenção sobrenatural na ordem normal da
natureza. O dom de milagres provoca “o desprendimento da energia divina, a fim
de operar grandes mudanças na ordem natural das coisas. Um milagre é uma
manifestação de poder sobrenatural no reino natural”. Esse dom também é chamado
de dom de operação de maravilhas (gr. energemata dunameõn). Desses termos
gregos derivam as palavras “energia” e “dinamite”. São palavras plurais, no
idioma original. Isso dá a entender que pode haver uma variedade enorme de
milagres, operados pelo poder do ESPÍRITO SANTO.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a
DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 48.
Por milagres ou maravilhas, entende-se todo e qualquer fenômeno que altera uma
lei preestabelecida. “Milagres” e “Maravilhas”, são plurais da palavra “poder”
em Atos 1.8, que significa: atos de poder grandiosos, sobrenaturais, que vão
além do que o homem pode ver.
A operação de milagres acontece, na maioria das vezes, em relação às operações
de DEUS (Mt 14.2; Mc 6.14; G14.5 e Fp 3.21) ou de Satanás: 2 Ts 2.7,9; Ef 2.2.
Nesses atos de poder de DEUS que infligem derrota a Satanás. Também pode ser
classificado como milagre o resultado da operação divina na cura de
determinadas enfermidades, para as quais ainda não há remédio, como por
exemplo: câncer de nascença, cegueira de nascença, surdez
de nascença, mudez de nascença, e determinados tipos de paralisia
de nascença etc.
A capacidade de ação de DEUS nunca esteve condicionada ao tempo e ao espaço,
mas à capacidade humana de crer naquilo que DEUS diz. Ontem, hoje e sempre
prevalece a declaração divina: “Se creres verás a glória de DEUS”, Jo 11.40.
Raimundo F. de Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD, com
algumas alterações e acréscimos do Pr Henrique
Operação de maravilhas. "A operação de maravilhas" consiste em dois
plurais: de dunamis (façanhas de grande poder sobrenatural) e energêma. A
palavra grega para "milagre", em João, enfatiza o seu valor como
sinal para encorajar as pessoas a crer e a continuar crendo. Atos dos Apóstolos
enfatiza a continuação dessa obra na Igreja, demonstrando que CRISTO é
vencedor.
HORTON. Staleym. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. Editora CPAD.
Operação de Maravilhas (12.10a)
A palavra maravilhas (ou milagres; dynameon) enfatiza o elemento do poder, e
pode se referir à capacidade de realizar extraordinários esforços físicos (2 Co
11.23-28).
Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8.
pag. 336.
O milagre muda o natural, quebra as regras da natureza.
Exemplos:
Um cego de nascença passar a ver é um milagre, pois naturalmente quem nasce
cego, morre cego. Não ficou cego por alguma enfermidade, mas nasceu cego.
Um surdo de nascença passar a ouvir é um milagre, pois naturalmente quem
nasce surdo, morre surdo. Não ficou surdo por alguma enfermidade, mas nasceu
surdo.
Um aleijado de nascença passar a andar é um milagre, pois naturalmente quem
nasce aleijado, morre aleijado. Não ficou aleijado por alguma doença, mas
nasceu aleijado.
Andar sobre as águas quebra uma lei da natureza.
Mandar para os ventos e tempestade quebra uma lei da natureza.
A Natureza do Miraculoso
Visto que o termo milagre é popularmente aplicado a ocasiões incomuns, até
mesmo por aqueles que professam não acreditar no sobrenatural, nem sempre é
fácil atribuir o verdadeiro significado bíblico à palavra. É provável que a
definição mais simples seja; “Uma interferência na natureza por um poder
sobrenatural” (C. S. Lewis, Miracles, p.15). Uma definição de Machen também é
útil. “Um milagre é um evento no mundo exterior, que é trabalhado pelo poder
imediato de DEUS” (J. Gresham Machen, The Christian View of Man, p. 117). Com
isto ele quer dizer que uma obra divina é milagrosa quando DEUS “não usa meios,
mas utiliza o seu poder criativo, como o utilizou quando fez todas as coisas a
partir da Palavra de DEUS” (Hb 11.3). Em outras palavras, um milagre acontece
quando DEUS dá um passo para fazer algo além do que poderia ser realizado de
acordo com as leis da natureza, do modo como a entendemos, e que na verdade
pode estar em desacordo com elas e ser até uma violação delas. Além disso, um
milagre está além da capacidade intelectual ou científica do homem.
Quatro palavras gregas aparecem nos Evangelhos para descrever as obras
sobrenaturais do Senhor JESUS: terás (traduzido como “maravilha”) fala do seu
caráter extraordinário; aemeíon (“sinal”) simboliza a verdade celestial e
indica a imediata conexão com um mundo espiritual mais elevado; dynamis
(“poder”) descreve um exercício de poder divino e demonstra o fato de que
forças superiores penetraram e estão trabalhando neste nosso mundo inferior;
ergon (“trabalho”) se refere aos feitos miraculosos que CRISTO veio realizar.
Os primeiros três desses termos estão reunidos em Atos 2.22: “A JESUS Nazareno,
varão aprovado por DEUS entre vós com maravilhas [ou milagres, dynamesi],
prodígios [terasi] e sinais [semeio is\, que DEUS por ele fez no meio de vós, como
vós mesmos bem sabeis” (veja W. Gráham Scroggie, A Guide to the Gospels,
pp.203-204).
O Propósito dos Milagres
Alguns tendem a ver os milagres como eventos isolados na vida dos profetas ou
do Senhor JESUS CRISTO, ou de seus apóstolos e discípulos. Presumivelmente, o
desespero medonho de uma pessoa, a seriedade de uma situação, ou a iniciativa
de Elias ditaram se um milagre deveria ou não ser realizado. Mas os milagres
não estão espalhados em uma confusão geral ao longo da Bíblia Sagrada. Eles
estão caracterizados em quatro períodos na história bíblica: os dias de Moisés
e Josué, Elias e Eliseu, de Daniel, do Senhor e Salvador JESUS CRISTO e da
Igreja primitiva. Em cada caso, os milagres serviram para dar crédito à
mensagem e ao mensageiro de DEUS, em ligações importantes no desenvolvimento da
tradição judaico-cristã. Eles também preservaram a verdade de DEUS da extinção.
Destacamos aqui a confirmação de ministérios e homens de DEUS, bem como
autenticaram a Palavra de DEUS e abençoaram as pessoas.
Varões israelitas, escutai estas palavras: A JESUS Nazareno,
varão aprovado por DEUS entre vós com maravilhas, prodígios e
sinais, que DEUS por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis;
Atos 2:22
Moisés era um estranho ao seu povo e precisava de alguns meios para demonstrar
que havia sido enviado por DEUS para guiá-los, tirando-os da escravidão. Além
disso, ele precisava de uma forma de persuadir Faraó a libertar os israelitas
escravizados. E é claro, uma vez que DEUS guiou os israelitas para fora do Egito,
Ele tinha que exercer um poder miraculoso para passar com milhões deles pelo
deserto até Canaã.
Elias e Eliseu ministraram a Israel em uma época em que a adoração ao bezerro e
a Baal ameaçavam exterminar a fé no DEUS verdadeiro. Atos milagrosos mostraram
que a mensagem dos profetas era verdadeira e digna de crédito, e que o DEUS
deles era o único DEUS verdadeiro. Este fato fica especialmente claro no
confronto entre Elias e os profetas de Baal no Monte Carmelo.
Daniel e seus associados foram impulsionados às posições de liderança, no dia
em que o Templo e o poder político judeu foram destruídos, e quando uma grande
porcentagem de membros e líderes da comunidade hebraica foi exilada da sua
terra natal. Muitas questões devem ter passado pela mente dos exilados. DEUS
não existe mais? Ele estava sempre com eles? Os assírios e babilônios estavam
certos quando zombavam, dizendo que o deus deles era mais poderoso do que o
DEUS dos hebreus? O DEUS hebreu era um DEUS local capaz de proteger seus
adoradores apenas na Palestina? Será que DEUS ainda tinha poder, agora que o
seu Templo estava destruído, e não tinha mais aonde habitar? Daniel e seus
associados estavam enganados em sua visão a respeito de DEUS e de seu poder? Os
milagres realizados na Babilônia responderam várias vezes a todas essas
perguntas. O DEUS do céu era o único verdadeiro, universal em seu poder e
amoroso em sua terna supervisão para com os seus. Ele honrou o testemunho dos
seus servos fiéis,־ mostrou
que a imagem de Nabucodonosor não era nada quando comparada ao seu poder;
Ele abateu Belsazar no exato momento em que este ousou profanar as vestes
sagradas e os objetos do Templo e ridicularizar a Divindade judaica. Um povo
tirado da sua terra natal e de seus padrões normais de adoração precisava de
tal demonstração de poder para suportar os seus dias de cativeiro. O fato dos
hebreus não se assemelharem à população mesopotâmia, mas manterem a sua
nacionalidade distinta, por si só é um milagre. É ainda mais notável que tantos
que vieram à Mesopotâmia como prisioneiros de guerra e escravos, tenham se
tornado proeminentes na sociedade babilônica e persa. Descobertas arqueológicas
atestam este fato de uma forma incrível.
Durante o ministério terreno de JESUS, Ele usou os milagres para demonstrar a
sua divindade, para provar que era o Enviado de DEUS, para sustentar o seu
Messianato, para ministrar com compaixão às multidões necessitadas, para guiar
seus seguidores à fé salvadora, para evidenciar um renascimento espiritual
interior (como no caso da cura do paralítico, Mc 2.10,11), e como um auxílio na
instrução e preparação de seus discípulos para o ministério que eles estavam
prestes a desempenhar (por exemplo, Mc 8.16-21). E está claro que os milagres
da encarnação, ressurreição e Ascenção são parte integrante da provisão
divina da salvação para a humanidade.
Depois que o Senhor JESUS CRISTO ascendeu ao céu, os seus discípulos começaram
a pregar em seu nome, interpretando os acontecimentos de sua vida e
especialmente de sua morte, escrevendo aos seus convertidos mensagens que
traziam em si a autoridade do ESPÍRITO SANTO.
Então a questão da comprovação (ou da autenticação) surgiu mais uma vez. Eles
eram verdadeiros mensageiros de DEUS, interpretando corretamente a mensagem e a
obra de seu Filho? Os seus pronunciamentos deveriam ser tratados como se fossem
inspirados? Os milagres ajudaram a responder estas perguntas de forma
afirmativa.
Diante disso precisamos notar os ministérios realmente dados por CRISTO à
Igreja. Existe comprovação do ministro e de sua mensagem com sinais, prodígios
e maravilhas?
A Plausibilidade dos Milagres
O homem que vive na época da ciência tem dificuldade de aceitar os milagres.
Desde o início da nossa época de escola, ficamos impressionados com a lei
natural - com a constância ou uniformidade das operações do universo. Quando
crescemos e começamos a desenvolver um mundo e uma visão da vida por nós
mesmos, um conflito surge entre este ponto de vista sobre a natureza e o
sobrenatural, Como podemos resolver esta questão? Podemos aceitar os milagres?
O argumento teológico. Há uma ordem, um ajuste, e um projeto visível em todos
os lugares no universo. Existe a evidência de um projetista do universo. A
partir deste argumento, podemos concluir que: (1) este Criador deve ter um
grande poder; (2) Ele deve ter grande inteligência; (3) a partir de uma
inteligência tão grande, podemos concluir que este Glorioso Ser possui a sua
personalidade e autoconsciência.
Através de uma cuidadosa consideração, podemos ir mais além nestes argumentos
teístas chegando a uma possibilidade, a uma probabilidade, e até mesmo a uma
alta probabilidade de um teísmo total: uma crença em um DEUS pessoal,
sobrenatural, e onipotente. Embora possamos chegar a certezas morais, não
poderíamos chegar à verdadeira certeza intelectual sem restar nenhuma dúvida
intelectual por parte do indivíduo. A certeza intelectual a respeito de um DEUS
pessoal e ético só pode ser alcançada através dos fatos da revelação cristã, e,
de forma conclusiva, apenas através de uma experiência interior com DEUS. Não é
razoável concluir que o onipotente projetista do universo não teria poder para
revelar a si mesmo, ou que não teria interesse em se revelar às suas criaturas
(isto é, através da Palavra escrita, a Palavra Viva e suas manifestações
sobrenaturais).
Podemos concluir que uma crença nos milagres não é apenas plausível nos nossos
dias, mas que é a única esperança para uma humanidade presa no redemoinho do
poder político e de uma iminente guerra atômica. Sem o elemento miraculoso, o
cristianismo não teria uma mensagem e nem um consolo para a nossa era. Um JESUS
que é simplesmente um mártir da verdade, um líder dos filantropos, um modelo de
professores éticos, não poderia apresentar aos homens mais do que um idealismo
conhecido e desgastado. A única resposta para os mares agitados da vida é um
Salvador que possa dizer “Cala-te, aquieta-te” (Mc 4.39). A única esperança
para a vitória sobre o poder de Satanás, é Aquele que os demônios reconhecem e
obedecem. A única esperança para o corpo nesta vida e na próxima reside naquele
que é o Senhor da vida e da morte. A única esperança para a alma descansa
naquele que morreu pelos nossos pecados, ressuscitou, nos usa em milagres hoje
e ainda vive para interceder por nós.
Sugestões Para o Estudo dos Milagres
Muitas vezes, não se dá a devida atenção aos milagres, e assim estes são
facilmente considerados um fenômeno interessante e dramático. Porém uma
investigação cuidadosa dos milagres proverá informações verdadeiramente
valiosas para o estudante da Bíblia, e contribuirá para o aumento de seu
conhecimento da metodologia de estudo da Bíblia. A seguir estão algumas
maneiras de abordar os milagres.
1. Classifique os milagres. Por exemplo, eles podem estar organizados de acordo
com a demonstração de poder sobre a natureza, os demônios, as enfermidades, ou
as deformidades físicas.
2. Estude-os como uma ferramenta de ensino. Que ponto o realizador do milagre
tentava atingir através do milagre?
3. Observe o valor apologético dos milagres; por exemplo, considere-os como uma
evidência da divindade de CRISTO. Reconheça o fato de que, em todos os
exemplos, as maravilhas que JESUS realizou eram humanamente impossíveis.
4. Veja o que eles revelam sobre a pessoa do realizador do milagre. Alguns
fatos bastante perceptíveis através dos milagres de CRISTO são: seu poder,
compaixão, amor, atitude em relação ao judaísmo, ao governo, e o respeito pelas
pessoas.
5. Observe o método ou procedimento obedecido na realização dos milagres. JESUS
falou com as três pessoas que Ele ressuscitou. Ele tocou um leproso, e aplicou
lodo aos olhos de um cego.
6. Veja o que eles revelam sobre a pessoa pela qual o milagre é realizado. O
que eles falam sobre a sua posição social, econômica, sob o seu ponto de vista
religioso e a sua gratidão? Que efeito o milagre exerce sobre a vida
psicológica e espiritual desta pessoa?
7. Observe as necessidades relativas daqueles que foram beneficiados pelos
milagres.
8. Visualize o drama do momento. Desenvolva uma imaginação santificada. Por
exemplo, imagine Jairo profundamente ansioso e até mesmo nervoso e inquieto,
enquanto o Senhor JESUS, depois do seu pedido, se volta para a mulher que tocou
na orla das suas vestes, para tratar de sua hemorragia. Talvez tenha passado
pela mente de Jairo um breve pensamento de que, se o Senhor JESUS tivesse se
apressado, a sua filha não teria morrido.
A Questão dos Milagres Hoje
Sempre se levanta a questão se a igreja moderna pode desfrutar do mesmo poder
de realizar milagres como ocorria no início do NT. Deve-se considerar que DEUS
é onipotente e pode capacitar os seus para realizar milagres hoje. DEUS
continua o mesmo e a nossa necessidade hoje é maior do que nos tempos
apostólicos. Apesar de estar claro pela história que a igreja, em crise
espiritual, passou algum tempo sem operar “sinais, prodígios e maravilhas”, os
milagres continuam acontecendo. Ocorrências bem comprovadas de curas,
ressurreições, expulsão de demônios, milagres e vários dons em operação,
aconteceram e continuam acontecendo em nossos dias.
O dom de realizar certos tipos de milagres está sempre relacionado à condição
espiritual da igreja, e é confirmado que se a igreja dos nossos dias fosse mais
espiritual, ela poderia exercer os dons como fez a igreja do primeiro século.
(Dicionário Bíblico Wycliffe, com algumas alterações e acréscimos do Pr
Henrique)
2. Exemplos bíblicos.
Os Milagres Bíblicos
Os milagres realizados por Moisés e Josué podem ser facilmente encontrados e
estudados nos capítulos iniciais de Êxodo, nos capítulos subsequentes do
Pentateuco e no livro de Josué. O trabalho maravilhoso de Elias é descrito em 1
Reis 17—2 Reis 2, e o de Eliseu em 2 Reis 2-8. Os milagres do período de Daniel
estão registrados em sua profecia.
Visto que os milagres de nosso Senhor estão relatados ao longo dos quatro
Evangelhos, e que alguns milagres são mencionados em mais de um Evangelho, pode
ser útil obter uma única lista completa. Os milagres realizados pelos líderes
da igreja primitiva podem ser encontrados no livro de Atos, a partir do
capítulo 3.
Os Evangelhos registram 35 milagres separados realizados por CRISTO; entre
estes, Mateus cita 20; Marcos, 18; Lucas, 20; e João, 7. Não se deve concluir,
entretanto, que o Senhor só realizou estes milagres. Mateus, por exemplo,
relembra 12 ocasiões em que o Senhor JESUS realizou várias maravilhas (Mt
4.23-24; 8.16; 9.35; 10.1,8; 11.4,5; 11.20-24; 12.15; 14.14; 14.36; 15.30;
19.2; 21.14).
Obviamente OS escritores dos Evangelhos simplesmente escolheram os milagres de
acordo com o seu objetivo, dentre os inúmeros que foram realizados pelo Senhor
JESUS. Há muitas formas de organizar os milagres individuais registrados nos
Evangelhos, dependendo do propósito do comentarista. Pode ser de grande valia
enumerá-los em sua ordem de ocorrência, tanto quanto for possível.
1. A transformação da água em vinho (Jo 2.1-11)
2. À cura do filho de um nobre em Caná (Jo 4.46-54)
3. A cura um paralítico no tanque de Betesda (Jo 5.1-9)
4. A primeira pesca miraculosa (Lc 5.1-11)
5. A libertação de um endemoninhado na sinagoga (Mc 1.23-28; Lc 4.31-36)
6. A cura da sogra de Pedro (Mt 8.14,15; Mc 1.29-31; Lc 4.38,39)
7. A purificação de um leproso (Mt 8.2-4; Mc 1.40-45; Lc 5.12-16)
8. A cura de um paralítico (Mt 9.2-8; Mc 2.3-12; Lc 5.18-26)
9. A cura de um homem que tinha uma das mãos mirrada (Mt 12.9-13; Mc 3.1- 5; Lc
6.6-10)
10. A cura do servo do centurião (Mt 8.5- 13; Lc 7.1-10)
11. JESUS ressuscita o filho de uma viúva (Lc 7.11-15)
12. A cura de um endemoninhado cego e mudo (Mt 12.22; Lc 11.14)
13. JESUS acalma uma tempestade (Mt 8.18.23-27; Mc 4.35-41; Lc 8.22-25)
14. A libertação de um endemoninhado gadareno (Mt 8.28-34; Mc 5.1-20; Lc
8.26-39)
15. A cura da mulher que tinha um fluxo de sangue (Mt 9.20-22; Mc 5.25-34; Lc
8.43-48)
16. JESUS ressuscita a filha de Jairo (Mt 9.18.19.23-26; Mc 5.22-24,35-43; Lc
8.41, 42,49-56)
17. A cura de dois cegos (Mt 9.27-31)
18. A libertação de um mudo (Mt 9.32,33)
19. JESUS alimenta mais de 5 mil pessoas (Mt 14.14-21; Mc 6.34-44; Lc 9.12-17;
Jo 6.5-13)
20. JESUS anda sobre as águas (Mt 14.24- 33; Mc 6.45-52; Jo 6.16-21)
21. JESUS expulsa o demônio da filha de uma mulher siro-fenícia (Mt 15.21-28;
Mc 7.24-30)
22. A cura de um surdo-mudo em Decápolis (Mc 7.31-37)
23. JESUS alimenta mais de 4 mil pessoas (Mt 15.32-39; Mc 8.1-9)
24. A cura de um cego em Betsaida (Mc 8.22-26)
25. A libertação de um garoto (Mt 17.14- 18; Mc 9.14-29; Lc 9.38-42)
26. Encontrando o dinheiro do tributo (Mt 17.24-27)
27. A cura de um cego de nascença (Jo 9.1-7)
28. A cura de uma mulher em um sábado (Lc 13,10-17)
29. A cura de um hidrópico (Lc 14.1-6)
30. JESUS ressuscita Lázaro (Jo 11.17-44)
31. A purificação dos 10 leprosos (Lc 17.11-19)
32. A cura do cego Bartimeu (Mt 20.29-34; Mc 10.46-52; Lc 18.35-43)
33. JESUS amaldiçoa a figueira (Mt 21.18,19; Mc 11.12-14)
34. A restauração da orelha de Malco (Lc 22.49-51: Jo 18,10)
35. A segunda pesca maravilhosa (Jo 21.1-11)
(Dicionário Bíblico Wycliffe, com algumas alterações e acréscimos do Pr
Henrique)
Lembrando que cada vez que um dos profetas, ou JESUS, ou os apóstolos e
discípulos enunciavam coisas futuras, era uma operação do Dom de Palavra de
Sabedoria que estava em curso.
Lembrando que cada vez que um dos profetas, ou JESUS sabia os pensamentos de
seus opositores ou sabia onde estava Natanael, ou os apóstolos e discípulos
revelavam algo oculto do passado ou do presente, era uma operação do Dom de
Palavra de Conhecimento que estava em curso.
Lembrando que cada vez que JESUS, ou os apóstolos e discípulos expulsavam algum
demônio, era uma operação do Dom de Discernimento de espíritos que estava em
curso.
Lembrando que cada vez que um dos profetas, ou JESUS, ou os apóstolos e
discípulos ressuscitavam um morto, era uma operação do Dom da Fé que estava em
curso.
Lembrando que cada vez que um dos profetas, ou JESUS, ou os apóstolos e
discípulos curavam alguma doença ou enfermidade, era uma operação do Dons de
Curar que estava em curso.
Lembrando que cada vez que um dos profetas, ou JESUS, ou os apóstolos e
discípulos curavam alguém de alguma doença de nascença ou mudavam algo na
natureza, era uma operação do Dom de Milagre ou Maravilha que estava em curso.
Exemplos de Milagres
No Antigo Testamento, Na travessia do Mar Vermelho, temos um exemplo
extraordinário de um milagre, operado por DEUS. O povo de Israel, com cerca de
3 milhões de pessoas, jamais teria condições de adentrar as águas à sua frente,
acossado pelo exército de Faraó. Mas DEUS fez o impossível, alterando o curso
dos elementos da natureza. “Então, Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o
Senhor fez retirar o mar por um forte vento oriental toda aquela noite; e o mar
tornou-se em seco, e as águas foram partidas. E os filhos de Israel entraram
pelo meio do mar em seco; e as águas lhes foram como muro à sua direita e à sua
esquerda” (Ex 14.21,22).
Em meio a uma grave crise climática, em Israel, uma viúva clamou ao profeta
Eliseu para que seus dois filhos não fossem levados cativos para pagar dívidas
deixadas pelo seu esposo. Eliseu indagou o que ela tinha em casa, e, em
resposta, a mulher disse que só tinham “uma botija de azeite” (2 Rs 4.2). Algo
como meio litro ou um pouco mais. Mas isso não significava nada diante do
grande problema da dívida que a mulher tinha que pagar, para não perder a
guarda de seus dois filhos. A ordem normal das coisas, à luz dos costumes e
leis de seu tempo, exigia que ela entregasse os filhos ao credor.
Mas o milagre veio através do profeta que confiando em DEUS, disse à mulher que
conseguisse muitos vasos com seus vizinhos, e os enchesse com aquela pequena
quantidade de azeite. A mulher obedeceu ao profeta, e presenciou, com seus
filhos um milagre extraordinário. À proporção que derramava o azeite nas
vasilhas, o azeite aumentava. Aquilo que parecia ser o fim foi o começo de um
novo tempo na vida daquela pobre viúva. O profeta de DEUS disse: “Então, veio
ela e o fez saber ao homem de DEUS; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a
tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto” (2 Rs 4.7). O gravíssimo
problema só teve solução mediante a intervenção do poder de DEUS na ordem
social e econômica daquela família.
O fenômeno em que o sol se deteve por quase um dia inteiro, para que Josué
pudesse vencer os amorreus, é um exemplo típico de um milagre ou de maravilha
operada por DEUS envolvendo seus servos. Pelas leis da mecânica celeste, o sol
se põe, no final da tarde, ou “se põe”, como se diz na linguagem figurada. Mas,
se a noite caísse, Israel não teria condições de vencer os poderosos exércitos
inimigos. Tal situação exigia uma ação de emergência. E Josué, o líder da
tomada da terra prometida, pôs sua fé em ação, e confiou em DEUS, ao determinar
que o Sol se detivesse em Gibeão, e a lua se detivesse, no vale de Aijalom.
Diz a Bíblia que, contrariando todas as leis da mecânica celeste, houve um
fenômeno jamais visto: “E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se
vingou de seus inimigos. Isso não está escrito no Livro do Reto? O sol, pois,
se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro. E
não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o Senhor,
assim, a voz de um homem; porque o Senhor pelejava por Israel” (Js 10.13,14).
O milagre é sobrenatural, fora da lógica humana. DEUS não está sujeito às
leis da natureza. Quando Ele quer, suspende seus efeitos e cumpre os seus
propósitos para o seu povo, ou para um servo seu.
Nos evangelhos JESUS operou muitos milagres. Após ministrar sua palavra, JESUS
entrou no barco com seus discípulos, acompanhado de outros barquinhos.
Inesperadamente, levantou-se, no mar, um grande temporal de vento, provocando
ondas que cobriam o barco. “E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e
despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não te importa que pereçamos? E ele,
despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento
se aquietou, e houve grande bonança” (Mc 8.38,39). JESUS mostrou, mais de uma
vez, que tem poder sobre a natureza, que Ele mesmo criou (Jo 1.3).
Sempre que é de nascença a doença ou enfermidade e existe a cura, aí é um
Milagre em operação - E, passando JESUS, viu um homem cego de nascença. João
9:1 E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado).
Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo. João 9:7
E estava assentado em Listra certo varão leso dos pés, coxo desde o seu
nascimento, o qual nunca tinha andado. Este ouviu falar Paulo, que, fixando
nele os olhos e vendo que tinha fé para ser curado, disse em voz alta:
Levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e andou. Atos 14:8-10
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a
DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 48-51. (Alguns
acréscimos do Pr. Henrique).
Observação:
Muitos milagres confundem as pessoas que ao contemplar sua ação pensam ser uma
cura. Alguém que nasceu aleijado, alguém nasceu cego, alguém nasceu surdo, isso
são milagres etc.
O milagre contraria o curso normal dessas coisas agindo na natureza dessas
coisas e transformando o caos em bênção. Assim o aleijado de nascença anda, o
cego de nascença vê, o surdo de nascença ouve.
Através desse dom uma chuva pode parar de repente, ao contrário disso, pode
começar a chover (Elias disse para não chover por 3 anos e meio, e aconteceu,
orou para chover e aconteceu, Tg 5.17).
Atos dos Apóstolos 3:2-8 - E era trazido um homem que desde o ventre de
sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada
Formosa, para pedir esmola aos que entravam. 6- E disse Pedro: Não tenho
prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de JESUS CRISTO, o
Nazareno, levanta-te e anda. 7- E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e
logo os seus pés e artelhos se firmaram. 8 - E, saltando ele, pôs-se em pé, e
andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a DEUS.
O milagre instigou a perplexidade dos discípulos (v. 27):
“Aqueles homens se maravilharam”. Eles estavam, havia muito, acostumados com o
mar, e durante toda a sua vida nunca tinham visto uma tempestade se acalmar tão
imediatamente. Este fato tinha em si todos os sinais e marcas de um milagre.
“Isso foi feito pelo Senhor e é coisa maravilhosa aos nossos olhos”.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO
Edição completa. Editora CPAD. pag. 100-101.
3. Distorções no uso dos dons de curar e de operação de maravilhas.
No Sermão do Monte das Oliveiras, o Senhor JESUS CRISTO profetizou que falsos
profetas e cristos realizariam milagres, e seriam tão astutos que, se fosse
possível, enganariam até os próprios escolhidos no período da grande Tribulação
(Mt 24.24). Outras indicações semelhantes podem ser encontradas em 2 Ts 2.9 e
Apocalipse 13.12-15 (cf. Mt 7.21-23). No plano de DEUS as falsas operações de
milagres deverão ser neutralizadas.
Fontes Não-Cristãs de Poder para Operar Milagres
Já observamos que, no final dos tempos, os milagres serão realizados pelo poder
demoníaco. Podemos presumir que o trabalho de Simão, o mágico; e Elimas, o
encantador, deveriam ser classificados na mesma categoria (At 8.9-24; 13.6-12),
assim como no caso aos mágicos egípcios que competiram com Moisés (Êx 7-8).
Se é a vontade de DEUS, é motivo para glorificação ao seu nome, ele pode
conceder autoridade a qualquer de seus servos para operar milagres
extraordinários. No entanto, quando o pregador, por permissão de DEUS, opera
milagres para sua promoção pessoal, de seu ministério ou da igreja a que
pertence, resta à dúvida se aquele milagre foi de DEUS ou de outra origem. Pior
ainda, quando o operador de milagres o faz, visando obter ganhos financeiros e
enriquecimento pessoal. Isso não glorifica a DEUS. É procedimento lastimável,
suscetível do juízo de DEUS no momento próprio. Da mesma forma um pastor ou
qualquer ministro (dons ministeriais) que assim procede está invocando sobre si
mesmo maldição e não bênção. No caso de Dons do ESPÍRITO SANTO, como só operam
em comunhão com o ESPÍRITO SANTO, cessam quando o usado está em pecado. Já os
dons ministeriais não são detectados se deixaram de operar. Muitos pastores
passam anos em adultério, por exemplo, sem ninguém desconfiar.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a
DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 51. (Alguns
acréscimos do Pr. Henrique).
Elocução: Ação ou efeito de enunciar o pensamento por palavras.
Comentários meus, com base na vida prática de dois grandes avivamentos
ocorridos entre 1992 e 1995, em Imperatriz - MA, nas congregações Monte Tabor e
Monte Hermom, da Igreja Evangélica Assembleia de DEUS, dos quais participei
ativamente dos dois - Pr. Henrique - Atualmente muitos dons têm operado através
da igreja de Imperatriz devido a um culto realizado às quartas-feiras, em todas
as 160 congregações e na quinta-feira, no templo central, denominado culto de
adoração. Em sua igreja existe oportunidade para que O ESPÍRITO SANTO se
manifeste? Oram por doentes e enfermos? Expulsam demônios? Profetizam? Oram por
batismos no ESPÍRITO SANTO toda semana? Paulo nos orienta: "Desejai
ardentemente os dons"(1 Co 12.31; 14.1). "Procurai abundar nos
dons" (1 Co 14.12). "Não proibais falar em línguas" (1 Co
14.39). "Não desprezeis as profecias'.
O grupo que contém os últimos três dons é o de Dons de Elocução, também
chamados de Dons de Inspiração, pois os crentes são inspirados pelo ESPÍRITO
SANTO a dizerem alguma coisa numa ação sobrenatural. Também podem ser chamados
de Dons da fala.
São eles: 1- Dom de profecia, 2- Dom de Línguas, ou Variedade de línguas e o 3-
Dom de interpretação de Línguas.
A função primária deles é a edificação da Igreja, ou seja, fazer com que a
Igreja cresça na graça e no conhecimento de CRISTO como único Salvador e
Senhor. (1 Co 14.3). Também são manifestos na evangelização. O dom de
Profetizar é para edificar, consolar e exortar. O dom de Variedade de Línguas é
para edificação da Igreja, também para evangelização. Quando há interpretação
da língua falada a igreja é edificada, quando não há interpretação, o crente,
na igreja, deve falar bem baixinho (consigo mesmo) para não atrapalhar as
manifestações do ESPÍRITO SANTO e não prejudicar a audição da Palavra de DEUS
sendo ensinada ou pregada. A língua falada no batismo no ESPÍRITO SANTO serve
para aquele que a fala ser edificado (1 Co 14.4; Ef 6.18; Jd 1.20). O dom de
Interpretação é para fazer com que as línguas sirvam para edificação da Igreja
que recebe revelações ou mensagens diretamente do ESPÍRITO SANTO que lhe falará
através das línguas e lhe dará entendimento.
Todos podem e devem ter os dons do ESPÍRITO SANTO, devem desejá-los
ardentemente, mas principalmente o de profetizar, pois esse dom edifica a
igreja e é uma grande arma na evangelização. Línguas + Interpretação = Profecia
(quando há língua falada e interpretação, isso equivale a profecia)
COMENTÁRIOS EXTRAS
Se o homem, e, muito mais, o crente, não zelar pela comunhão com DEUS, o pecado
destrói a comunicação com o Senhor. Mas, no seio da igreja cristã, DEUS
comunica-se com seus servos, através da leitura da Bíblia; através de seus
mensageiros, pregadores, ensinadores e líderes, visando sua edificação. De modo
sobrenatural, o Senhor usa pessoas, com os dons especiais de expressão verbal,
ou de elocução, para transmitir sua vontade, orientações, exortações e direção
divina.
Pelo dom de profecia, DEUS supre aquilo que a mensagem costumeira não consegue
alcançar. Quantas vezes, no meio da congregação, um servo ou uma serva de DEUS,
que tem esse dom, levanta-se e entrega uma mensagem de exortação, de alerta, ou
de edificação para toda a comunidade presente. Via de regra, a profecia
autêntica provoca alegria e glorificação a DEUS. Em outras ocasiões, o dom de
variedade de línguas é usado por DEUS, com interpretação, para confortar a
igreja ou, equivalendo a uma profecia (com interpretação), consolar ou edificar
o seu povo.
Infelizmente, nos tempos presentes, percebe-se que muitas igrejas, ditas
pentecostais, substituíram a adoração viva e cheia da presença do ESPÍRITO
SANTO, por um tipo de liturgia social, em que palmas e danças tomam o lugar da
glorificação a DEUS. Os dons espirituais são esquecidos, ou nunca procurados.
Vemos que a adoração a DEUS, em glórias, aleluias e em línguas estranhas, é
muito mais eloquente para a adoração individual e coletiva. E, quando o dom de
variedade de línguas é praticado, com interpretação, é de grande valor para a
igreja.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais e Ministeriais Servindo a DEUS e
aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 53-54.
«.. .edificando...» No original grego, essa palavra era usada para indicar a
ereção literal de edifícios, conforme se vê em Mat. 2:41 e Marc. 13:1,2. Porém,
também era usada metaforicamente, no sentido de edificação espiritual, como um
meio de desenvolvimento espiritual. (Ver também I Cor. 8:1, onde essa palavra é
explanada. E outras referências onde essa palavra reaparece são I Cor. 10:23;
14:4,17; Rom. 15:20; Gál. 2:18 e I Tes. 5:11). Tal como um edifício qualquer é
levado à sua totalidade e utilidade, mediante um processo contínuo de edificação
e aprimoramento, assim também se dá no caso da alma humana, ou mesmo da
comunidade de almas remidas. Torna-se necessário um desenvolvimento gradual;
porquanto nenhum crente se aperfeiçoa imediatamente, e nem de maneira fácil. A
profecia é o dom espiritual que mais contribui para o nosso desenvolvimento em
CRISTO, para nossa transformação moral em CRISTO, para nossa transformação
metafísica à imagem de JESUS CRISTO. Por essa razão é que o dom profético se
reveste de tanta importância. De fato, de alguma maneira, todos os dons
espirituais visam exatamente esse propósito, o desenvolvimento espiritual do
crente, segundo a imagem moral e metafísica de CRISTO, conforme aprendemos em I
Cor. 12:7.
«.. .exortando...» No sentido de exercer a vontade, para que se faça o que é
direito, e não para que se faça o que é mal. Essa palavra pode significar
«exortação» (ver Fil. 2:1), «consolo» (ver II Cor. 1:4-7), «súplica» (ver II
Cor. 8:4), ou mesmo a combinação de exortação e consolo, que também é
«encorajamento» (ver Heb. 6:18). Está em pauta o despertamento da vontade para
que se faça o que é correto e próprio. A maioria dos intérpretes entende que
aqui se deve compreender a «exortação» no sentido de «encorajamento». Assim
sendo, mediante o dom da profecia, o indivíduo pode ser encorajado, exortado,
consolado, sujeito a uma súplica, porquanto compreende o que se diz; e aquilo
que ouve tem a energia do poder do ESPÍRITO de DEUS. Sem o acompanhamento da
interpretação, entretanto, o dom de línguas não pode conseguir tal efeito; por
conseguinte, as línguas formam um dom inferior ao da profecia.
«...consolando...» No original grego, um vocábulo diferente do anterior é usado
aqui, embora essas duas palavras pudessem ser sinônimas, ambas as quais dão a
entender «consolo», embora a palavra que ora consideramos significa
especificamente isso. Sua forma verbal, «paramutheomai», significa «animar»,
«encorajar», «consolar». Por conseguinte, sua forma nominal significa
«encorajamento», «consolo». Há uma outra forma nominal dessa palavra que também
significa «encorajamento», «consolo» ou «alívio». (Ver Sófocles, El. 129; Thu.
5, 103, 1; Epigr. Gre. 951,4; Filo, Praem. 72; Josefo, Guerra dos Judeus 6,183;
7,392). Muitas são as aflições e as tristezas pelas quais devem passar todos os
crentes. Pode-se observar facilmente, na experiência humana, que os crentes não
são poupados, em qualquer sentido, da tristeza geral e das dores que afligem a
humanidade em geral. No entanto, em CRISTO, mediante o dom da profecia, há
alívio para tais sofrimentos. Ouvimos falar acerca da providência de DEUS, de
seu amor e cuidado, de seu propósito, e a mente do crente é levada a
compreender assim o propósito da agonia, bem como a esperança relativa ao
futuro, quando toda a adversidade será finalmente eliminada, e quando a própria
morte física (o pior dos males físicos) houver de ser tragada na vitória. Ora,
o falar em línguas, sem a ajuda da interpretação, não pode realizar isso, não
pode consolar, fortalecer, encorajar. Por isso é que o dom de línguas é inferior
à profecia.
Por esses motivos é que a profecia, no dizer de Findlay (in loc.), «...serve
para melhor edificar a igreja cristã, para estimular a vontade dos crentes e
para fortalecer o espírito cristão».
«Edificação, ânimo, encorajamento, conforme a necessidade de cada um». (Shore,
in loc.).
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 216.
I - DOM DE PROFECIA (1 Co 12.10)
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
Dom de profecia não é ser Profeta (ministério de Ef 4.11). E ele mesmo deu uns
para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros
para pastores e doutores Ef 4.11.
Profecia é dom para todo crente (Porque todos podereis profetizar, ...1
Coríntios 14:31).
Profetas, ministério, são raros no NT (exemplo, Ágabo - E, levantando-se um
deles, por nome Ágabo, dava a entender, pelo ESPÍRITO, que haveria uma grande
fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César. Atos 11:28).
Mais profetas do NT - Depois, Judas e Silas, que também eram profetas,
exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras. Atos 15:32; Naqueles
dias, desceram profetas de Jerusalém para Antíoquia. Atos 11:27; Na igreja que
estava em Antíoquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e
Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes,
o tetrarca, e Saulo. Atos 13:1.
Todo profeta profetiza, mas nem todos os que profetizam (Dom de profecia) são
profetas (ministério de Ef 4.11).
O que confunde muitas pessoas é que em Atos 2 Pedro fala de receber Dom do
ESPÍRITO SANTO se referindo à recepção do presente que DEUS dá a todo aquele
que se converte - o ESPÍRITO SANTO morando em nós.
E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS
CRISTO para perdão dos pecados, e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO. Atos 2:38
- Pedro se refere a receber o ESPÍRITO SANTO e não a receber dons do ESPÍRITO
SANTO.
O que confunde muitas pessoas também é que aquele que tem Dom de
profecia, muitas vezes ser chamado de profeta, porém quem é profeta tem um Dom
Ministerial, ou seja, foi escolhido por JESUS para um ministério como está em
Efésios 4.11 - Todo profeta pode profetizar, embora seja mais usado em Palavra
de Sabedoria (revelação do futuro) e Palavra de Conhecimento (revelação do
passado ou presente), e Dom da fé (ressuscitar mortos) e Dom de milagres e
curas.
E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. 1 Coríntios 14:29 - Aqui se
refere a crentes que têm dom de profecia.
O que confunde muitas pessoas também é que alguns ensinaram à igreja que aquele
que fala sempre em línguas tem Dom de Variedade de Línguas, o que não é
verdade. A língua que recebemos no Batismo no ESPÍRITO SANTO fica conosco para
sempre e deve ser falada em oração de edificação própria (de preferência em
casa durante nosso devocional diário).
O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo... 1 Coríntios 14:4a.
Já o dom de Variedade de Línguas capacita o crente a falar vários tipos de
línguas:
Língua do batismo - E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar
em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem. Atos
2:4
Língua para falar com um estrangeiro - Como pois os ouvimos, cada um, na nossa
própria língua em que somos nascidos? Atos 2:8
Língua para intercessão - E da mesma maneira também o ESPÍRITO ajuda as nossas
fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo
ESPÍRITO intercede por nós com gemidos inexprimíveis. Romanos 8:26
Língua para ser interpretada - Pelo que, o que fala língua estranha, ore para
que a possa interpretar. 1 Coríntios 14:13.
O ESPÍRITO SANTO desceu sobre JESUS, então cremos sim que JESUS foi batizado no
ESPÍRITO SANTO.
É verdade que JESUS não fez nenhum milagre e nem foi usado em qualquer dom do
ESPÍRITO SANTO antes de receber o batismo com o ESPÍRITO SANTO.
JESUS estava na Terra como Homem. Foi guiado pelo ESPÍRITO SANTO. Era cheio do
ESPÍRITO SANTO. JESUS não precisava falar em línguas porque o que falava já
provinha de DEUS e era perfeito. Era uma profecia o que ele falava e portanto
já era a mensagem dada diretamente aos ouvintes.
E JESUS, cheio do ESPÍRITO SANTO, voltou do Jordão e foi levado pelo ESPÍRITO
ao deserto. Lucas 4:1
JESUS estava na Terra como Homem. Sem compreender isso não há compreensão do
evangelho.
Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante
aos homens; Filipenses 2:7
1. O que é o dom de profecia?
Pelo que entendemos o dom de profecia relatado por Paulo em 1 Coríntios 14
refere-se a mensagens sobrenaturais, inspiradas pelo ESPÍRITO SANTO, podendo
ser em uma língua conhecida para quem fala e para quem ouve, ou numa língua
desconhecida para quem fala e conhecida para quem ouve (caso de línguas mais
interpretação e às vezes falamos em línguas, mas a pessoa entende em sua língua
materna como em Atos 2), objetivando edificar, exortar ou consolar a pessoa
destinatária da mensagem. Os dons, inclusive o de profetizar, são movidos
em nós pelo amor, a mais essencial virtude do fruto do ESPÍRITO, implantado em
nós, quando nos convertemos a CRISTO (1 Co 13.2). Para que o crente seja usado
nesse dom deve primeiro desejar o bem da pessoa que vai receber a profecia,
pois é com esse intuito que DEUS nos usa. O Apóstolo Paulo nos exorta a não
desprezarmos as profecias (1 Ts 5.20), por isso elas devem passar pelo
crivo das escrituras, sendo julgadas pela igreja antes de serem aceitas
integralmente, pois as mensagens vêm perfeitas da parte do ESPÍRITO SANTO, mas
passam pelo instrumento que é o crente. Como as profecias e as interpretações
de línguas podem ser transmitidas parcialmente, integralmente ou acrescentadas
pelos que as transmitem, pode haver mudança de entendimento por parte daqueles
que as recebem devido a uma mudança de sentido feita pelo que foi instrumento
do ESPÍRITO SANTO para a transmitir (1 Co 14.29-33; 1 Ts 5.20). Assim, quem é
instrumento usado nesse dom deve evitar interpretar a mensagem recebida à sua
maneira ou de maneira que o ouvinte deseja ouvir, mas entregar somente o que
recebeu. Infelizmente acontece muito desse dom ser exercido fora da igreja
local, sendo por isso mesmo usado de maneira errônea devido à falta de
julgamento da veracidade das mensagens aí transmitidas. Alguns por dinheiro ou
por fama transmitem mensagens que somente agradam aos ouvintes ou trazem
mensagens de terror aos incautos que se guiam por essas mensagens. O Dom de
Discernimento é muito importante nesses casos, revelando se tais mensagens vêm
do que fala, ou do Diabo, ou de DEUS. "Porque, em parte, conhecemos, e em
parte profetizamos" 1 Coríntios 13:9
As profecias vêm para edificação, exortação e consolação (1 Co 14:3).
Línguas + Interpretação é semelhante ao dom de Profecia (1 Co 14:27,13), também
serve para edificar o que fala e a igreja, também deve ser julgada como a
profecia. A diferença é que na profecia não há necessidade de
interpretação.
Não devemos confundir Profeta com aquele que profetiza, pois Profeta é
ministério dado por CRISTO (Ef 4.11), profecia é manifestação sobrenatural do
ESPÍRITO SANTO, é dom dele. Profeta prediz alguma coisa que ainda vai acontecer
ou revela coisas que estão acontecendo ou aconteceram em outra parte (Dom
Palavra de Sabedoria ou Dom Palavra de Conhecimento), profecia não prediz nada.
Todos podem profetizar (1 Co 14.31), mas pouquíssimos são escolhidos para serem
profetas.
Profeta Ágabo: At 21 8 Partindo no dia seguinte, fomos a Cesaréia; e
entrando em casa de Felipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com
ele. 9 Tinha este quatro filhas virgens que profetizavam (Dom do ESPÍRITO
SANTO). 10 Demorando-nos ali por muitos dias, desceu da Judéia um
profeta, de nome Ágabo (Ministério dado por CRISTO a Igreja); 11 e vindo ter
conosco, tomou a cinta de Paulo e, ligando os seus próprios pés e mãos, disse:
Isto diz o ESPÍRITO SANTO: Assim os judeus ligarão em Jerusalém o homem a quem
pertence esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios.
2. A relevância do dom de profecia.
Mas, se todos profetizarem, e algum incrédulo ou indouto entrar, por todos é
convencido, por todos é julgado; 1 Coríntios 14:24
Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem. Abstende-vos de toda
aparência do mal. 1 Tessalonicenses 5:20-22
Paulo coloca esse Dom como o principal - Se esse dom não fosse importante para
a Igreja certamente Paulo não diria o que disse em 1 Co 14.1 "(1 Co 14.1
"Segui a caridade e procurai com zelo os dons espirituais, mas
principalmente o de profetizar". Para que não haja desordem no culto, ou
seja, quando houver num mesmo culto vários irmãos que profetizam e todos eles
desejam trazer uma mensagem da parte de DEUS à igreja, Paulo orienta então que
haja no máximo, durante um mesmo culto, dois ou três irmãos que profetizem, sendo
que um deve esperar pelo outro, assim um profetiza, depois outro e depois outro
(1 Co 14.29-31). Essas profecias deveriam ser julgadas de acordo com a Palavra
de DEUS, de acordo com a santidade e honestidade daqueles que as transmitiam e
pela sua veracidade comprovada pelos que as receberam (1 Co 14.29) - seu
cumprimento e confirmação dos que recebem as mensagens.
Por que as profecias devem ser julgadas? Por que podem vir de três fontes
distintas: DEUS, o homem ou o Diabo.
Lembrando que o julgamento da Profecia não é pelo que está escrito na Bíblia. A
mensagem é direta para uma pessoa ou pessoas e não contém o que está escrito na
Bíblia. É uma mensagem de edificação, exortação ou consolação. Deve ser julgada
por seu cumprimento, pela santidade da pessoa que entregou a profecia e por sua
finalidade (é para aproximar a pessoa mais de DEUS ou para a afastar esta
pessoa de DEUS? O julgamento mais correto é pelo Discernimento de espíritos que
é outro dom sobrenatural do ESPÍRITO SANTO. sabendo primeiramente isto: que
nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; 2 Pedro 1:20
Exemplo:
Pode alguém chegar na igreja e dizer que a doença que um membro tem é para que
ele não se desvie do evangelho - isso, com certeza, é uma mensagem satânica,
pois JESUS já levou nossas doenças e enfermidades na cruz (Is 53.4), ELE não
vai devolver isso para nós.
Pode alguém, na igreja, dizer sobe a briga de um casal e sua separação sendo
que ela já tenha ouvido de uma vizinha esse fato ocorrido e está tentando se
passar por alguém usado em profecia, trazendo uma mensagem que não é nem do
diabo e nem de DEUS.
Graças a DEUS, pode também alguém trazer mensagens da parte de DEUS para
edificação, exortação ou consolação.
Não desprezeis as profecias. 1 Tessalonicenses 5:20 - A igreja tem perdido
muito pela falta das profecias que foram praticamente banidas da igreja por
falta de quem as julgue, por falta de líderes experientes nos dons.
O apóstolo Paulo dava muito valor às profecias - Não desprezes o dom que há em
ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do
presbitério. (1 Timóteo 4:14)
Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve
acerca de ti, milites por elas boa milícia; (1 Timóteo 1:18)
- As profecias são ótimas ferramentas na evangelização. - De sorte que as
línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não
é sinal para os infiéis, mas para os fiéis. 1 Coríntios 14:22.
3. Propósitos da profecia.
Os principais propósitos da profecia são a edificação, consolação e a exortação
da Igreja e a evangelização. A Igreja não pode ser guiada pelas profecias, mas
deve ouvir as profecias e julgá-las para que haja uma sábia direção de DEUS em
auxílio à obra de DEUS e uma união por parte dos membros da Igreja. A
igreja que ouve e julga as profecias é mais propensa a evitar e combater o
pecado entre seus membros.
Onde não há profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei esse é
bem-aventurado (Provérbios 29:18).
Mas, se todos profetizarem, e algum incrédulo ou indouto entrar, por todos é
convencido, por todos é julgado; 1 Coríntios 14:24 - Esta declaração de
Paulo nos leva a crer que as profecias são excelentes ferramentas para
evangelização, pois os segredos do coração das pessoas são revelados provocando
neles a certeza de que DEUS está entre nós. "os segredos do seu
coração se tornam manifestos; e assim, prostrando-se sobre o seu rosto, adorará
a DEUS, declarando que DEUS está verdadeiramente entre vós" - 1 Coríntios
14:25.
Veja que as profecias revelam segredos do coração do ouvinte, ou seja, as
profecias confirmam o que as pessoas já diziam para DEUS ou pediam a DEUS.
As profecias devem ser utilizadas para evangelização.
os segredos do seu coração se tornam manifestos; e assim, prostrando-se sobre o
seu rosto, adorará a DEUS, declarando que DEUS está verdadeiramente entre vós.
1 Coríntios 14:25
"os segredos do seu coração se tornam manifestos; e assim, prostrando-se
sobre o seu rosto, adorará a DEUS, declarando que DEUS está verdadeiramente
entre vós" - 1 Coríntios 14:25.
A evangelização através do Dom de Profecia vem revelando ao ímpio a
presença de DEUS em toda parte e conhecimento de DEUS de tudo o que se passa.
"os segredos do seu coração se tornam manifestos; e assim, prostrando-se
sobre o seu rosto, adorará a DEUS, declarando que DEUS está verdadeiramente
entre vós" -(1 Coríntios 14:25).
As profecias são mensagens sobrenaturais dadas pelo ESPÍRITO SANTO, sem
qualquer participação do intelecto humano. Ninguém estuda ou pensa no que vai
falar, a mensagem é dada pelo ESPÍRITO SANTO, é pura, é santa, é perfeita.
Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular
interpretação; 2 Pedro 1:20
Comentários Extras
I - DOM DE PROFECIA (1 Co 12.10)
1. O que é o dom de profecia?
Deve-se considerar que a profecia, bem como outras manifestações do ESPÍRITO
SANTO, é absolutamente necessária nos dias presentes. Concluir que os dons, os
carismas, os milagres, sinais e prodígios, foram apenas para os dias dos
apóstolos, é querer reduzir o poder e a ação do ESPÍRITO SANTO a uma matriz
teológica, acadêmica e intelectualizada, que não se coaduna com as afirmações
da Palavra de DEUS.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a
DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 54-56
1. O QUE É DOM DE PROFECIA?
O dom de profecia é um dom especial, em que seu portador transmite uma mensagem
para a igreja ou para alguém, na inspiração do ESPÍRITO SANTO. Não pode ser uma
mensagem humana, pessoal da parte do que a transmite, mas é falada numa
linguagem humana. É necessário ter cuidado com as distorções que podem ocorrer
na transmissão da mensagem profética, na igreja de hoje. Se o canal (crente)
estiver contaminado pelo pecado, pode interferir na mensagem, pode alterá-la.
Segundo Raymond Carlson, “A profecia, no Novo Testamento, que difere de uma
pregação comum, é uma manifestação sobrenatural, dada para edificação,
exortação e consolação. Através de 1 Coríntios 14.30, entendemos que o dom nos
é dado por revelação através do ESPÍRITO SANTO”. A profecia não pode
acrescentar nada à Bíblia.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a
DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 54-56.
A profecia é uma manifestação do ESPÍRITO de DEUS e não da mente do homem, e é
concedida a cada um, visando a um fim proveitoso: 1 Co 12.7.
Ainda que nalguns casos o dom da profecia possa ser exercido simultaneamente
com a pregação ou ensino da Palavra, é evidente que esse dom é dotado de um
elemento sobrenatural, não devendo, portanto, ser confundido com a simples
habilidade de pregar ou ensinar o Evangelho.
O apóstolo Paulo adverte os crentes a procurar “com zelo os dons espirituais,
mas principalmente o de profetizar” (1 Co 14.1); isto por razões que ele mesmo
enumera:
a. Porque buscar principalmente o Dom de Profetizar? “o que profetiza fala
aos homens para edificação, exortação e consolação... O que profetiza edifica a
igreja”, 1 Co 14.3,4.
“Edificação”, “exortação” e “consolação” são os três elementos básicos
da profecia, são a razão de ser e de existir desse dom. Nada aqui indica
adivinhações ou revelações do futuro. As revelações do futuro cabem ao Dom de
Palavra de Sabedoria e normalmente enunciadas por profetas, ministros de JESUS
CRISTO como em Efésios 4.11 (apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e
doutores) . É evidente que isto contraria a crença tão popular entre nós, de
que o principal elemento da profecia é o preditivo (predição do futuro).
Certamente, que tanto o Antigo quanto o Novo Testamento contêm numerosas
profecias preditivas, muitas das quais já se cumpriram, e outras estão se
cumprindo, e outras ainda se hão de cumprir. No entanto, no conteúdo geral das
Escrituras, o elemento preditivo da profecia futurística é relativo ao dom
ministerial de profeta no NT e aos profetas, propriamente ditos, no AT.
Observação minha - Pr. Henrique - O dom usado para predizer alguma coisa é a
Palavra de Sabedoria, onde o atributo de DEUS ,onisciência, está sendo revelado
a respeito do futuro. Quem é usado nesse dom é o Ministério Profeta e não o que
tem dom de profecia, pois esse dom é para edificação, exortação e consolação e
não para predizer alguma coisa.
Os profetas recebiam muito da mensagem futurística e muitos, além de as
vaticinarem, as escreviam também (Ex. Moisés, Isaías, Jeremias etc.).
b. Porque buscar principalmente o Dom de Profetizar? ‘‘se todos
profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos
é julgado. Os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se
sobre o seu rosto, adorará a DEUS, publicando que DEUS está verdadeiramente
entre vós”, l Co 14.24,25.
Há algo mais que precisamos ter em mente quanto ao dom de profecia e o
seu uso na Igreja hodiemamente (edificação, exortação, consolação,
evangelização):
2. A relevância do dom de profecia.
“Vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e
sonharão vossos velhos” (At 2.17).
“exortação, edificação e consolação” e evangelização (1 Co 14.3, 24,25)
Mas, se todos profetizarem, e algum incrédulo ou indouto entrar, por todos é
convencido, por todos é julgado; 1 Coríntios 14:24
“Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas.
Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Co 14.39, 40).
"os segredos do seu coração se tornam manifestos; e assim, prostrando-se
sobre o seu rosto, adorará a DEUS, declarando que DEUS está verdadeiramente
entre vós" -(1 Coríntios 14:25).
Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem. Abstende-vos de toda
aparência do mal. 1 Tessalonicenses 5:20-2
ERROS A SEREM EVITADOS NO USO DO DOM DE PROFECIA
1) Usar a profecia para guiar a igreja
A mensagem através do dom de profecia tem como finalidade: “exortação,
edificação e consolação” e evangelização (1 Co 14.3, 24,25). Não tem por
objetivo guiar ou direcionar a administração da igreja local.
2) Usar o dom de profecia como um “oráculo”
Tendo em vista a finalidade da profecia, não é correto o crente só fazer as
coisas se consultar um profeta. A profecia é para o proveito da igreja e
evangelização e não de domínio particular.
3) Usar o dom de profecia como fonte de doutrina
A fonte por excelência de doutrina é a Palavra de DEUS. Nenhuma profecia pode
acrescentar ou retirar o que já foi revelado nas Sagradas Escrituras.
4) Usar o dom de profecia de forma descontrolada
O dom de profecia deve ser usado, na igreja, com decência e ordem. Diz Paulo:
“Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas.
Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Co 14.39, 40).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a
DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 59-61.
I Cor 14.1. A profecia é o dom mais importante (14.1). Em suas palavras
iniciais, Paulo usa dois verbos que são significativos: Segui a caridade e
procurai com zelo os dons espirituais. O verbo seguir (literalmente, perseguir)
“indica uma ação interminável, enquanto ‘procurai com zelo’ realça a
intensidade”. O amor deve ser buscado com persistência, mas também é correto
desejar os dons. Desses dons, Paulo coloca em primeiro lugar a profecia.
A discussão sobre o lugar da profecia e do falar em línguas termina com um
notável princípio. A adoração é essencial para edificar o corpo de CRISTO, a
busca da presença de DEUS e o poder do ESPÍRITO SANTO. Aqui o princípio de
Paulo é importante: Faça-se tudo decentemente e com ordem (40).
Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag.
348-349; 353-355.
Cuidados ao se ouvir uma profecia:
Devido a possíveis abusos quanto ao uso do dom da profecia, este dom está
sujeito a análise e a consequente julgamento. Recomenda o apóstolo Paulo:
“...falem dois ou três profetas, e os outros julguem”, 1 Co 14.29.
Paulo arremata suas advertências quanto ao dom de profecia, dizendo: “Se alguém
cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são
mandamentos do Senhor”, 1 Co 14.37.
O dom de profecia não deve ser desprezado (1 Tm 4.14), mas despertado (2
Tm 2.16), a fim de que a Igreja seja enriquecida: 1 Co 1.57.
Raimundo F. de Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD.
Não desprezeis as profecias (20)
Examinai tudo (21; “discerni tudo”, BJ; “usem o bom senso a todo custo”, CH;
“examinai tudo cuidadosamente”, NASB; “ponham à prova todas as coisas”, NVI;
cf. BAB, BV, NTLH; “julgai todas as coisas”, RA). Estas últimas três exortações
na passagem equilibram as primeiras duas. O julgamento cristão, o bom senso, o
exame criterioso são ações imprescindíveis na vida da igreja. Isto também é o
ESPÍRITO que dá (cf. 1 Co 14.29; 12.10, onde “discernir” é um dos dons). Erdman
escreve: “Paulo não especifica as provas a serem aplicadas. Em outra passagem,
ele dá a entender que todos os dons espirituais devem ser exercidos em amor,
que o verdadeiro propósito dos dons deve ser a edificação das pessoas e que as
pessoas que são movidas pelo ESPÍRITO reconhecerão o senhorio de CRISTO e se
empenharão em promover a sua glória”.
Retende o bem (21). Quando o trigo e o joio forem separados, retenha o trigo.
Quando descobrir a falsificação pelo som do metal genuíno, mantenha o que é de
valor. Ninguém jamais ficou rico apenas descartando o que é espúrio. Esta é a
ilusão do crítico destrutivo.
Árnold E. Airhart. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag.
400.
3. Propósitos da profecia.
Como todos os demais dons espirituais, o de profecia tem propósitos especiais
da parte de DEUS para a Igreja de JESUS CRISTO. Só deve ser usado de forma
correta, com base na Palavra de DEUS. “Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a
cada um para o que for útil” (1 Co 12.7) ou proveitoso para a igreja. De
maneira bem clara e até didática, o dom de profecia tem quatro finalidades
básicas, em proveito da igreja: “Mas o que profetiza fala aos homens para
edificação, exortação e consolação” (1 Co 14.3). Mas, se todos profetizarem, e
algum incrédulo ou indouto entrar, por todos é convencido, por todos é
julgado; 1 Coríntios 14:24
1) Edificação
Assim como um edifício de pedras é edificado pouco a pouco, com a união dos
elementos materiais, com a argamassa própria, da mesma forma, os crentes em
JESUS são “edifício de DEUS” (1 Co 3.9). A formação espiritual de um discípulo
de JESUS começa com a conversão, mas não pára no discipulado inicial. Deve
continuar por toda a vida. Pouco a pouco, o ensino da Palavra e da doutrina do
Senhor vai construindo o caráter cristão no crente.
Mas, às vezes, é necessária uma mensagem especial ou específica para alguém ou para
toda a congregação. E aí que DEUS usa o crente com Dom de Profecia para
transmitir uma mensagem da parte de DEUS, visando corrigir ou colocar “no
prumo”, ou “no nível”, alguma área da edificação espiritual.
A edificação vem pela mensagem de apoio e reconhecimento ao trabalho que o
crente está fazendo para DEUS.
2) Exortação
Exortar tem o sentido de “chamar para fora”, para orientar, ajudar e ensinar.
Deriva da palavra grega parakalao, que tem o sentido de guiar encorajando e
estimulando. Paulo ensina que quem exorta deve fazê-lo “com toda a
longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.2).
Exortar é levantar o ânimo para enfrentar quando surgem problemas, situações e
circunstâncias. Sem o ensino da Palavra de DEUS e da mensagem profética, há uma
tendência para a ocorrência de desvios de conduta e distorções perigosas no
meio das igrejas locais. Diz Provérbios: “Não havendo profecia, o povo se
corrompe...” (Pv 29.18a).
3) Consolação
O ESPÍRITO SANTO é chamado de “O outro Consolador” (cf. Jo 14.16).
Ele é o parakleto prometido por CRISTO. Por isso, também usa o dom de profecia,
para transmitir mensagens de consolação aos servos de DEUS. Já vimos que o
verbo parakaleo (gr.) significa consolar, confortar. E o que podemos ver em
Barnabé, amigo de Paulo (At 4.36; ver Rm 15-4,5; 1 Co 14.3; 2 Co 1.3,4-7)).
Consolação vem deparaklesis (gr.) e tem o sentido de “consolar”, “dar alegria”,
dar “paz”. Paulo diz que todos os crentes podem profetizar (se DEUS conceder
tal dom), visando a consolação da igreja: “Porque todos podereis profetizar,
uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados” (1 Co
14.31 — grifo nosso).
A mensagem aqui é de confirmação da presença de DEUS em meio às lutas.
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 3.
pag. 1089-1090.
II - VARIEDADE DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)
Se cale ou fale consigo mesmo é orar em línguas baixinho.
Sempre vai haver línguas faladas na igreja. Paulo está regulando o uso das
línguas, não proibindo.
A língua do batismo deve ser falada em casa, em nosso devocional, para
edificação própria.
As línguas do Dom de variedade de línguas devem ser faladas na igreja para
haver interpretação, ou mesmo para falar com um estrangeiro, ou mesmo
transmitir uma mensagem individual a alguma pessoa.
Quem falar e não estiver sendo interpretado por ninguém deve se assentar e
falar baixinho em línguas para não atrapalhar aquele que está falando e sendo
interpretado.
Paulo dava muito valor ao falar em línguas.
Porque o que fala língua estranha fala com DEUS. 1 Coríntios 14:2a
O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo 1 Coríntios 14:4a
E eu quero que todos vós faleis línguas estranhas 1 Coríntios 14:5a
Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem 1 Coríntios
14:14a
Dou graças ao meu DEUS, porque falo mais línguas do que vós todos. 1 Coríntios
14:18
não proibais falar línguas. 1 Coríntios 14:39b
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE - Falar em línguas a vida toda não é dom de variedade de
línguas.
Todo crente que é batizado no ESPÍRITO SANTO fala em línguas a vida toda se
desejar e se esforçar por orar todos os dias em línguas, pois esta língua é
para sua edificação própria e para louvor e adoração a DEUS. (O que fala língua
estranha edifica-se a si mesmo.1 Coríntios 14:4 - orando em todo tempo com toda
oração e súplica no ESPÍRITO e vigiando nisso com toda perseverança e súplica
por todos os santos Efésios 6:18 - Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos
sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO SANTO, Judas 1:20).
No Dom do ESPÍRITO SANTO de Variedade de línguas falamos vários tipos de
línguas além da língua do batismo.
Não é porque falamos na língua do batismo a vida toda que temos dom de
variedade de línguas, porém, porque falamos vários tipos de línguas. Língua
para ser interpretada (1 Co 12), língua para intercessão (Rm 8), língua para
falar com estrangeiro 1 Co 14 onde falamos em língua diretamente com alguém e
ele entende na sua língua de origem.
Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
Atos 2:8
E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito,
três, e por sua vez, e haja intérprete. 1 Coríntios 14:27
Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a DEUS. Atos 10:46 (louvamos e
adoramos a DEUS na língua do batismo).
Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a DEUS 1 Coríntios
14:2a - falamos com DEUS na língua do batismo.
1. O que é o dom de variedades de línguas?
O dom de Línguas ou de Variedade de Línguas como o nome mesmo diz, são línguas
inspiradas sobrenaturalmente pelo ESPÍRITO SANTO para que, através das mesmas
possamos ser edificados, para que possamos transmitir mensagens de DEUS aos
homens e para que adoremos e glorifiquemos a DEUS. O que fala em língua
edifica-se a si mesmo, ... 1 Coríntios 14:4a; Ora, quero que todos
vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis, pois quem profetiza é
maior do que aquele que fala em línguas, a não ser que também intérprete
para que a igreja receba edificação. 1 Coríntios 14:5 (Grifo nosso).
Observação importante - Todo crente batizado no ESPÍRITO SANTO fala em línguas
e pode e deve falar nessa língua a vida toda, principalmente para orar pela sua
própria edificação, mas nem todos que são batizados e falam em línguas todos os
dias possuem o Dom de Línguas. A língua que falamos ao ser batizados é para
nosso uso próprio e nos acompanha em toda nossa jornada de fé aqui na Terra, só
findando quando formos arrebatados ou morrermos. ...falam todos em línguas (têm
todos o dom de línguas - grifo nosso)? interpretam todos? 1 Coríntios
12:30b.
As línguas foram profetizadas por Isaias e trazem refrigério àqueles que as
falam. - Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este
povo. Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o
refrigério; porém não quiseram ouvir. Isaías 28:11-12
Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo.
Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o
refrigério; porém não quiseram ouvir.
Isaías 28:11-12
Todos os crentes batizados com o ESPÍRITO SANTO podem falar em línguas
espirituais, podem oram em línguas, podem ser edificados quando oram em
línguas, podem intercalar suas pregações falando em línguas, podem cantar em
línguas e até profetizar em línguas, porém nem todos recebem o Dom de Variedade
de Línguas.
Quem tem o Dom de Línguas pode falar 5 tipos de línguas diferentes:
1-Línguas do batismo (para edificação própria - o crente pode falar nela a vida
toda)
2- Língua para falar com estrangeiro - Língua conhecida pelo ouvinte e não pelo
que a fala. Exemplo maior em Atos 2, onde os apóstolos falaram na língua dos
estrangeiros.
3- Língua para Intercessão - Não são palavras expressadas, mas gemidos de
intercessão (Rm 8; ).
4- Línguas para serem interpretadas - Podem ser interpretadas pelo mesmo que as
fala ou por outrem.
Quem ora em línguas deve orar para poder interpretá-las. Por isso, o que
fala em língua, ore para que a possa interpretar. (1 Coríntios 14:13)
5- ainda há um tipo de linguagem que aquele que fala não entende , porém aquele
que ouve entende e mais ninguém entende.
TIPOS DE LÍNGUAS FALADAS
Xenolalia Ξενολία
falar em língua desconhecida que não se entende, porém é uma língua de alguma
nação.
Xenolália é a capacidade de falar uma língua estrangeira que o indivíduo
desconhece, que não aprendeu nem foi exposto. Xenolália é um termo grego, onde
xenos significa "estranho" e lalia "linguagem".
Quem fala não entende, porém o que ouve entende em sua língua materna.
γλωσσα glossa
Glossolalia falar em línguas só conhecidas no céu.
idioma ou dialeto usado por um grupo particular de pessoas, diferente dos
usados por outras nações (línguas estranhas ou espirituais, ou faladas somente
no céu).
Falamos com DEUS, ninguém entende, só DEUS. Falamos em mistérios.
Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a DEUS; porque
ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios. 1 Coríntios 14:2
Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a DEUS. Atos 10:46
διαλεκτος dialektos conversação, fala, discurso, linguagem
Dialeto - Língua falada pelas nações.
Dialekto falar numa língua estrangeira ou de origem que estudou para falar.
Língua materna ou não, desde que a tenha estudado. São as línguas faladas pelas
nações
língua ou a linguagem própria de cada povo.
(E, quando ouviram falar-lhes em língua hebraica, maior silêncio guardaram.) E
disse: Atos 22:2
2. Qual é a finalidade do dom de Variedade de Línguas?
As línguas são úteis para louvor e adoração a DEUS. "falando entre vós em
salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no
vosso coração" (Efés. 5:19, Colos. 3:16). Todo crente deve
ser batizado no ESPÍRITO SANTO e deve orar em línguas todos os dias de sua vida
aqui na Terra para edificação própria. O que fala em língua edifica-se a si
mesmo, ... 1 Coríntios 14:4a; Mas vós, amados, edificando-vos sobre a
vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO SANTO (Grifo nosso - orando em
línguas) Judas 1:20. Quando o crente ora em línguas não entende o que está
falando, mas seu espírito ligado ao ESPÍRITO SANTO entende e fica fortalecido
para vencer as lutas na esfera espiritual, no campo de batalha espiritual.
ORAR BEM - Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora
bem.... (1 Coríntios 14:14a)
O apóstolo Paulo dava tanto valor ao falar em línguas que declara seu dom de
línguas aos coríntios: Dou graças a DEUS, que falo em línguas mais do que vós
todos. 1 Coríntios 14:18.
Na igreja devemos evitar falar em línguas em voz alta para não atrapalhar as
manifestações do ESPÍRITO SANTO e para que a mensagem pregada e explicada seja
ouvida por todos.
Paulo diz que enquanto um irmão está sendo usado em profecias ou em dom de
línguas com interpretação os outros devem estar calados ou falando em línguas
bem baixinho para não atrapalharem a manifestação dos ESPÍRITO SANTO e apara
que todos ouçam e para que todos sejam edificados.
Não se deve proibir falar em línguas, mas educar aqueles que falam
- Portanto, irmãos, procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar
em línguas. 1 Coríntios 14:39
De DEUS = Mensagem de DEUS para a Igreja ou para uma determinada pessoa
que tem três fins:
1- Edificação = Fazer com que siga fazendo a Obra de DEUS.
2- Exortação = Fazer com que desperte e anime para fazer a Obra de DEUS.
3- Consolação = Fazer com que a tristeza não abata a pessoa, porque DEUS
está presente e assistindo e ajudando em tudo.
O dom de profecia não tem elemento preditivo, ou seja, não tem a função de
dizer o futuro.
3. Atualidade do dom.
Aqueles que dizem que as línguas eram manifestações do ESPÍRITO SANTO
somente para a época dos primeiros apóstolos devem assumir uma posição firme
sobre isto (os Cessacionistas), pois estão afirmando que toda nossa geração
está sendo usada por demônios ou usando de falsidade quando falamos em línguas.
Com certeza sabemos que eles estão equivocados, pois essas manifestações do
ESPÍRITO SANTO eram comuns até mesmo entre os pais dessas denominações
tradicionais que negam a atualidade dos dons do ESPÍRITO SANTO. Infelizmente
posso afirmar que estão debaixo da ação de demônios que os cegam. São claras a
manifestações do ESPÍRITO SANTO em nossos dias, basta ligar um aparelho de TV
ou acessar a internet ou visitar qualquer igreja pentecostal.
Se o apóstolo Paulo diz que os dons são de utilidade para a Igreja, quem somos
nós para dizermos em contrário?
Exemplo de Dom de línguas no Novo Testamento - Atos 2.3, 4, 8 - E foram
vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre
cada um deles. 4 - E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar
em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem. 8 Como
pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? (grifo
nosso).
Exemplo no Antigo Testamento -
Exemplo de Línguas no Antigo Testamento - Isaías - refrigério e descanso.
Is 28.11 Pelo que, por lábios estranhos e por outra língua, falará a este povo,
12 ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o
refrigério; mas não quiseram ouvir
Confirmação no NT que Isaías estava falando sobre Línguas - 1 Co 14.21 Está
escrito na lei: Por gente doutras línguas, e por outros lábios, falarei a este
povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o SENHOR
Exemplo de Línguas no Antigo Testamento - Eldade e Medade
Porém no arraial ficaram dois homens; o nome de um era Eldade, e o nome do
outro, Medade; e repousou sobre eles o ESPÍRITO (porquanto estavam entre os
inscritos, ainda que não saíram à tenda), e profetizavam no arraial. Números
11:26 Então, correu um moço, e o anunciou a Moisés, e disse: Eldade e Medade
profetizam no arraial. Números 11:27 (Segundo alguns eruditos em Hebraico o
significado de "profetizavam" aqui neste texto pode ser "falaram
em línguas desconhecidas").
Veja também Daniel 5:25-28 - Daniel leu uma mensagem escrita na parede do
palácio.
Então, respondeu Daniel e disse na presença do rei: As tuas dádivas fiquem
contigo, e dá os teus presentes a outro; todavia, lerei ao rei a escritura e lhe
farei saber a interpretação. Daniel 5:17
III - INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)
Para haver interpretação de Língua deve haver alguém que tem o Dom de Variedade
de Línguas falando na Língua própria para ser interpretada.
ερμηνια hermeneia
interpretação do que foi dito mais ou menos obscuramente por outros
1. Definição do dom.
É a capacitação sobrenatural dada pelo ESPÍRITO SANTO ao crente para que possa
entender uma mensagem dada em línguas espirituais (línguas estranhas ou
espirituais). Pode ser dado ao mesmo que fala em Línguas para serem
interpretadas ou a outro que irá interpretá-las (outro dom) - Não é tradução,
mas interpretação. O crente ouve a palavra em línguas e as interpreta
sobrenaturalmente, por uma capacitação do ESPÍRITO SANTO. Em parte entendemos e
em parte profetizamos (1 Co 13.9). Esse dom deve ser buscado por todos os
crentes que têm o dom de línguas, segundo Paulo (Por isso, o que fala em língua
desconhecida, ore para que a possa interpretar. 1 Coríntios 14:13).
“E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito,
três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja
calado na igreja e fale consigo mesmo e com DEUS” (1 Co 14.27,28).
"Falar língua estranha" aqui significa falar em línguas para serem
interpretadas.
"Faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez"
significa que aqueles que estão falando e sendo interpretados (ou eles mesmos
interpretam), devem falar até serem interpretados, parando a interpretação
devem falar bem baixinho a partir daí e deixar que o ESPÍRITO SANTO use outro
crente para falar e ser interpretado até que não haja mais interpretação e aí
começará outro a falar e ser interpretado até que cesse a interpretação.
Pronto, Paulo diz que num mesmo culto ou reunião não devem falar e serem
interpretados mais do que três crentes e sempre um depois do outro, não ao
mesmo tempo.
"Haja intérprete" Presume-se que os crentes só falarão línguas em
alta voz na igreja se houverem intérpretes ou ele mesmo as interpretar. é
evidente que existem os momentos em que todos se alegram num culto
legitimamente pentecostal e nesse momento todos ou quase todos falam em línguas
ao mesmo tempo como louvor e adoração a DEUS (falavam em línguas e glorificavam
a DEUS - Atos 10.46). Também alguém pode falar em línguas para que uma só
pessoa entenda.
Por que não podemos ficar falando alto em línguas sem interpretação, durante os
cultos? Porque ninguém o entenderá e não produzirá nem almas para DEUS e nem
edificação para a igreja.
Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a DEUS;
porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. 1 Coríntios 14:2.
este tipo de Línguas do batismo, que não é dom de variedade de línguas, devem
ser faladas em casa, em seu quarto de oração (Vai, pois, povo meu, entra nos
teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até
que passe a ira. Isaías 26:20 - Mas tu, quando orares, entra no teu
aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e
teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará. Mateus 6:6). A língua
falada no batismo estará em atividade por toda nossa vida e serve para
edificação própria e para louvar a DEUS e Adorar a DEUS.
O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a
igreja. 1 Coríntios 14:4
Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé,
orando no ESPÍRITO SANTO, Judas 1:20
orando em todo tempo com toda oração e súplica no ESPÍRITO e vigiando nisso com
toda perseverança e súplica por todos os santos Efésios 6:18
Línguas mais interpretação ou profecia ajuda na evangelização.
Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é
convencido, de todos é julgado.
E, portanto, os segredos do seu coração ficam manifestos, e assim, lançando-se
sobre o seu rosto, adorará a DEUS, publicando que DEUS está verdadeiramente
entre vós.
1 Coríntios 14:24-25
Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é
convencido, de todos é julgado.
E, portanto, os segredos do seu coração ficam manifestos, e assim, lançando-se
sobre o seu rosto, adorará a DEUS, publicando que DEUS está verdadeiramente
entre vós.
1 Coríntios 14:24-25
Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e
entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?
Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é
convencido, de todos é julgado
1 Coríntios 14:23-24
Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e
entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?
Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é
convencido, de todos é julgado
1 Coríntios 14:23-24
Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e
entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos? Mas, se
todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de
todos é julgado 1 Coríntios 14:23-24.
2. Há diferença entre dom de interpretação e o de profecia?
São semelhantes e até um pode substituir o outro. A diferença maior é que no
dom de profecia a mensagem sobrenatural do ESPÍRITO SANTO é dada na língua do
ouvinte enquanto no dom de línguas é dada a mensagem do ESPÍRITO SANTO em
línguas desconhecidas para o que fala e para o que houve, havendo necessidade
de um intérprete para que a mensagem seja válida para a pessoa a quem foi
direcionada a ouça e entenda.
Estevam Ângelo de Souza definiu bem essa questão quando disse que “não haverá
interpretação se não houver quem fale em línguas estranhas para serem
interpretadas, ao passo que a profecia não depende de outro dom para produzir a
edificação de alguém”.
Exemplo de Interpretação de Línguas no Antigo Testamento - Daniel
Porquanto se achou neste Daniel um espírito excelente, e ciência, e
entendimento, interpretando sonhos, e explicando enigmas, e solvendo dúvidas,
ao qual o rei pôs o nome de Beltessazar; chame-se, pois, agora Daniel, e ele
dará interpretação. Daniel 5:12
Então, respondeu Daniel e disse na presença do rei: As tuas dádivas fiquem
contigo, e dá os teus presentes a outro; todavia, lerei ao rei a escritura e
lhe farei saber a interpretação. Daniel 5:17
E tu, seu filho Belsazar, não humilhaste o teu coração, ainda que soubeste de
tudo isso. E te levantaste contra o Senhor do céu, pois foram trazidos os
utensílios da casa dele perante ti, e tu, os teus grandes, as tuas mulheres e
as tuas concubinas bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses
de prata, de ouro, de cobre, de ferro, de madeira e de pedra, que não veem, não
ouvem, nem sabem; mas a DEUS, em cuja mão está a tua vida e todos os teus
caminhos, a ele não glorificaste. Então, dele foi enviada aquela parte da mão,
e escreveu-se esta escritura. Esta, pois, é a escritura que se escreveu: Mene,
Mene, Tequel e Parsim. Esta é a interpretação daquilo: Mene: Contou DEUS o teu
reino e o acabou. Tequel: Pesado foste na balança e foste achado em falta.
Peres: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas. Daniel 5:22-28
Interpretação, não é tradução. Uma palavra pode significar uma frase e uma
frase pode significar uma palavra apenas.
MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM (Daniel 5:22-28) - veja que são 4 palavras apenas,
mas na interpretação são 3 frases inteiras.
Mene: Contou DEUS o teu reino e o acabou.
Tequel: Pesado foste na balança e foste achado em falta.
Peres: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas. Daniel 5:22-28
Comentários Extras
III - INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)
1. Definição do dom.
Já vimos que o dom de línguas propicia mensagens de edificação para quem o
possui e que, para a edificação da igreja, necessita de interpretação. E isso é
possível, através do dom de interpretação de línguas.
O QUE É O DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS
O pastor Antônio Gilberto ensina que “É um dom de manifestação de mensagem
verbal, sobrenatural, pelo ESPÍRITO SANTO. Não se trata de “tradução de
línguas”, mas de “interpretação de línguas”. O dom de línguas prescinde do dom
de interpretação de línguas, para que seja útil para a edificação da igreja.
Paulo deu precioso ensino à igreja de Corinto sobre o uso dos dons. Ao que
parece, o dom de línguas era muito usado, mas sem o necessário equilíbrio
espiritual e emocional, às vezes.
Esse dom deve andar lado a lado com o dom de línguas, no seio da igreja cristã.
São “dons geminados”. Gordon Chown diz que “A interpretação é tão milagrosa
quanto a própria Língua — e isto quer dizer que quem possui o Dom de Línguas não
vai procurar decifrá-la com a mente, mas sim, pede e recebe a Interpretação da
mesma fonte divina de onde surgiu a Língua”. Isso não quer dizer que o dom de
interpretação de línguas é outro tipo de dom de profecia, porém, somado a
interpretação tem o mesmo valor de edificação.
A profecia é autossuficiente em sua ação para quem a ouve. O dom de
interpretação de línguas depende da mensagem em línguas, para que tenha
eficácia.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a
DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 68.
Observação minha – Pr. Henrique – Só há interpretação para a língua específica
do dom de línguas. Não há interpretação da língua falada como evidência do
batismo. O crente pode falar em língua que recebeu no batismo a vida inteira e
mesmo assim nunca receber o dom de variedade de línguas.
Por isso mesmo Paulo pergunta: Falam todos em diversas línguas? Ou seja: têm
todos o dom de línguas? A resposta óbvia é não. Todos podem e devem ser
batizados no ÉSPÍRITO SANTO, mas nem todos terão o dom de variedade de línguas.
Interpretação das línguas
O dom de interpretação de línguas é o único cuja existência ou função
depende de outro dom - a variedade de línguas. Consequentemente, não havendo o
dom de variedade de línguas, não pode haver a interpretação de línguas.
“Interpretação” aqui não é a mesma coisa que tradução.
O dom de interpretação de línguas revela o poder, a riqueza, a soberania
e a sabedoria de DEUS. Por certo que este dom não implica em que haja algum tipo
de conhecimento do idioma por parte do intérprete.
A interpretação de línguas é em si mesma um dom tão miraculoso quanto o é o
próprio dom de variedade de línguas.
Raimundo F. de Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD.
Observação minha – Pr. Henrique – falar consigo mesmo significa falar bem
baixinho para não atrapalhar o vizinho de banco que quer escutar a mensagem
pregada, ou ensinada, ou a interpretação de outro que está sendo usado. O
crente pode orar em línguas ao lado de sua esposa, na cama, à noite, e a esposa
nem saber que ele estava orando. A altura da voz é regulada pelo que fala –
ninguém é obrigado a falar alto em línguas. "E os espíritos dos profetas
estão sujeitos aos profetas". 1 Coríntios 14:32
Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem
doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para
edificação. 1 Coríntios 14:26
a) A regra da edificação (14.26). A primeira diretriz de Paulo era: Faça-se
tudo para a edificação. Quando os coríntios se reuniam para adorar a DEUS, cada
parte do culto deveria contribuir para a edificação da igreja. O Salmo (hino),
a doutrina (ensinamento e pregação da Palavra de DEUS), a língua (alguma
expressão em uma linguagem que não era conhecida), a revelação (Palavra de
Sabedoria - futuro; Palavra de Conhecimento - passado ou presente;
Discernimento de espíritos - expulsão de demônios; profecia), a interpretação
da língua - tudo deveria ter o propósito de fortalecer a igreja.
b) Somente dois ou três deveriam ter permissão de falar (14.27a). Paulo coloca
um limite no número de pessoas que teriam permissão para falar em línguas
estranhas e de profetizar em qualquer reunião pública. Faça-se isso por dois
ou, quando muito, três. Veja que o culto deve ser realizado com tais
atividades. Salmo, doutrina, revelação, língua, interpretação.
c) Devem falar um de cada vez (14.27b) e um após o outro. Além do limite do
número de pessoas que podiam falar em línguas, estas deveriam falar uma de cada
vez. Esta restrição iria eliminar a confusão gerada por várias pessoas falando
ao mesmo tempo em um culto público.
d) Deve haver um intérprete (14.27c-28a). A terceira regra de Paulo era: E haja
intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja. Tudo aquilo
que é dito em línguas estranhas deveria ser acompanhado por uma interpretação.
De acordo com Morris, esta restrição “nos mostra que não devemos pensar que as
línguas eram o resultado de um irresistível impulso do ESPÍRITO SANTO que
levava os homens a fazer um discurso em êxtase e desorganizado. O ESPÍRITO
SANTO naõ obriga o crente a fazer ou falar nada. Porém, o crente, cheio do
ESPÍRITO SANTO deve se colocar como canal de DEUS para edificar à Igreja.
Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag.
353.(com correções e adições do Pr Henrique).
2. Há diferença entre dom de interpretação e o de profecia?
Como é óbvio o que o nome diz, a finalidade principal é a interpretação da
mensagem, transmitida à igreja, através do dom de línguas. No culto
pentecostal, deve haver sabedoria e humildade no uso dos dons. Não é comum
haver quem tenha os nove tipos de dons. Normalmente, o ESPÍRITO distribui “a
cada um como quer”. Quanto mais dons houver numa igreja local, maior será sua
edificação espiritual. A Palavra de DEUS é a fonte primária e mais importante
para a edificação do crente. Mas, como vimos, os demais dons também contribuem
para a edificação da igreja.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a
DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag.69.
Dom de profecia - A mensagem é dada na língua do ouvinte, não há necessidade de
intérprete.
Dom de interpretação de línguas - A mensagem é dada em línguas
espirituais ou estranhas e necessita de um intérprete ou o mesmo que a fala
deverá interpretá-la para que o ouvinte a entenda. Tudo isso,
sobrenaturalmente, dirigido pelo ESPÍRITO SANTO
INTERPRETAR, INTÉRPRETE
O substantivo
"intérprete" (gr. diermeneutes, a pessoa que explica totalmente ou
interpreta) é usado no NT apenas em 1 Coríntios 14.27,28. O verbo dessa raiz
ocorre em 1 Coríntios 12.30; 14.5,13,27. No cap.14, Paulo instrui que o falar
em línguas em uma assembleia da igreja deve ocorrer de uma maneira ordeira, e
de preferência, quando houver um "intérprete" presente, pois então,
isso será edificante. Aquele que fala em línguas deve orar para que ele mesmo
possa interpretar (v.13). Um dos propósitos do dom de línguas era que um
inconverso pudesse ouvir a mensagem em seu próprio idioma, como aconteceu com
aqueles que estavam presentes no Pentecostes (At 2.8), e depois ouvi-la
interpretada por um outro que não conhecesse aquela língua. Isto seria,
portanto, um milagre duplo, contudo um milagre que correspondesse
especificamente ao ouvinte.
Daniel revelou a escritura na parede do palácio de Belsazar (5.12-28). A
palavra pesher, "interpretação" (Ec 8.1), tornou-se o termo padrão
para as explicações, ou comentários, dos livros canônicos do AT pelos membros
da comunidade de Qumrã. R. A. K. - PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico
Wycliffe. Editora CPAD. pag. 979.
Não é tradução, é interpretação. Às vezes uma frase significa uma palavra e uma
palavra pode significar uma frase.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
1 Dons, só depois do batismo com o ESPÍRITO SANTO.(vaso vazio não transborda)
2 O senhorio é de CRISTO (cabeça do corpo)
3 Para glorificação de DEUS (o ESPÍRITO SANTO glorifica a DEUS)
4 Vaso deve estar limpo sempre para o uso constante (santificação)
5 Nada é de nós mesmos, tudo vem de DEUS (nada de orgulho).
6 Todos os dons são para os outros (só um tipo de língua, a do batismo, é para
nós, linguagem de oração para edificação própria).
7 Dom de Variedade de Línguas vem após o batismo e nem todos o recebem. (Língua
do batismo é para oração - deve ser falada todo dia)
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 58, p.38.
Estudaremos nesta lição os dos dons de elocução. Neste grupo estão relacionados
o dom de profecia, variedade de línguas e a interpretação de línguas (1Co
12.10).
O dom de profecia - Em 1 Coríntios 14, Paulo fala à igreja a respeito do dom de
profecia. O apóstolo incentiva os crentes a profetizarem (1Co 12.1). Por quê?
Seria este dom superior aos outros? Não. Paulo estava preocupado com a
edificação do Corpo de CRISTO, pois o dom de profecia tem como propósitos a
edificação, a exortação e consolo da igreja (1Co 14.3). Como podemos definir
este dom? Segundo o Comentário Bíblico Beacon, profecia "é aquele dom
especial que exorta e capacita certas pessoas a transmitir a revelações de DEUS
à sua igreja" (ou a alguém- acréscimo nosso) . Ao conceder o dom da
profecia, DEUS não faz distinção entre homem e mulher. Felipe, o evangelista,
tinha quatro filhas que profetizavam (At 21.9).
Variedade de línguas (1Co 12.10) - O dom de variedade de línguas é diferente
das línguas estranhas como evidência do Batismo com o ESPÍRITO SANTO. Segundo a
Bíblia, as línguas estranhas são um sinal para os não crentes (1 Co 14.22).
Quem possui este dom deve orar pedindo que o Senhor também conceda o dom de
interpretação. O que profetiza edifica o outro, mas o que fala línguas
estranhas edifica a si mesmo. Parece que na igreja de Corinto havia uma
desordem no culto quanto aos dons de línguas. Paulo exorta os crentes dizendo
que eles estavam "falando ao ar" (1 Co 14.9), pois ninguém era
edificado. As línguas estranhas continuam sendo um sinal divino para a igreja
atual e não deve ser desprezado, todavia quem já possui este dom deve buscar
interpretar as línguas.
Interpretação de línguas - É uma habilidade sobrenatural, concedida pelo
ESPÍRITO SANTO, que torna o crente capaz de interpretar, na sua própria língua,
aquilo que foi dito pelo crente em línguas estranhas (ou por ele mesmo -
acréscimo nosso). Paulo advertiu os irmãos de Corinto quanto ao uso deste dom
(1Co 14.27,28). Se não há intérprete a vontade de DEUS não é revelada e a
igreja não é edificada, exortada ou consolada. O dom de interpretação
complementa o dom de profecia ou a substitui. Os dons de poder são para os
crentes atuais. Os dons são atuais, contemporâneos, úteis e necessários".
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
I – O QUE É ADORAÇÃO
Adoração é prestação de culto a DEUS para nós os cristãos. Pode ser realizado
só ou em companhia de outras pessoas. Pode ser realizado em qualquer lugar.
Adoração só é possível pelo nascido de novo em comunhão com o ESPÍRITO SANTO.
Adoração só é possível em CRISTO.
1. No Antigo Testamento.
A palavra hebraica shaha ocorre mais de 100 vezes, e significa “curvar-se
diante” ou “prostrar-se diante” de DEUS.
A palavra abad - “adorar”, “trabalhar” ou “servir” a DEUS (cf. 2 Rs 10.18-23).
Em Êxodo podemos ver que DEUS se agrada quando nos inclinamos diante Dele.
Moisés, Arão, Nadabe e Abiú, e os setenta anciãos receberam ordem de DEUS para
subirem ao monte e inclinarem-se de longe como sinal de reverência e adoração
ao Eterno (24.1).
ADORAÇÃO (Strong Português) HEBRAICO שחה shachah
1) inclinar-se
1a) (Qal) inclinar-se
1b) (Hifil) deprimir (fig.)
1c) (Hitpael)
1c1) inclinar-se, prostrar-se
1c1a) diante de superior em deferência
1c1b) diante de DEUS em adoração
1c1c) diante de deuses falsos
1c1d) diante dum anjo
ADORAÇÃO com sentido de servir (Strong Português) HEBRAICO עבד Ìabad
1) trabalhar, servir
1a) (Qal)
1a1) labutar, trabalhar, fazer trabalhos
1a2) trabalhar para outro, servir a outro com trabalho
1a3) servir como subordinado
1a4) servir (DEUS)
1a5) servir (com tarefa levítica)
1b) (Nifal)
1b1) ser trabalhado, ser cultivado (referindo-se ao solo)
1b2) tornar-se servo
1c) (Pual) ser trabalhado
1d) (Hifil)
1d1) compelir ao trabalho, fazer trabalhar, fazer servir
1d2) fazer servir como subordinado
1e) (Hofal) ser levado ou induzido a servir
ADORAÇÃO A ÍDOLOS (Strong Português) סגד c ̂egid
ARAMAICO
1) prostrar-se, prestar homenagem, adorar
1a) (Peal) prestar homenagem
2. No Novo Testamento.
O verbo grego proskuneo é mencionado 59 vezes - “prostrar-se” ou “adorar” ou
“prestar homenagem a alguém” ou “venerar” ou “ser reverente” ou “beijar a mão”.
Há também o verbo (prosekúnesa), que passou a significar “prostrar-se como
sinal de reverência”, “prestar homenagem”.
Paulo nos orienta de uma posição na oração e adoração que agrada a DEUS - Por
causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO,
Efésios 3:14
Portanto na adoração a posição que mais agrada a DEUS é de joelhos, inclinados
perante DEUS, em sinal de humilhação.
ADORAÇÃO (Strong Português) GREGO προσκυνεω proskuneo (significando beijar,
como um cachorro que lambe a mão de seu mestre);
1) beijar a mão de alguém, em sinal de reverência
2) entre os orientais, esp. persas, cair de joelhos e tocar o chão com a testa
como uma expressão de profunda reverência
3) no NT, pelo ajoelhar-se ou prostrar-se, prestar homenagem ou reverência a
alguém, seja para expressar respeito ou para suplicar
3a) usado para reverência a pessoas e seres de posição superior
3a1) aos sumo sacerdotes judeus
3a2) a DEUS
3a3) a CRISTO
3a4) a seres celestes
3a5) a demônios
3. Outras palavras relativas a adoração.
ADORAÇÃO com sentido de servir (Strong Português) GREGO λατρευω latreuo
lat-ryoo’-o de latris (criado assalariado);
1) servir por salário
2) servir, ministrar, os deuses ou seres humanos. Usado tanto para escravos
como para homens livres
2a) no NT, prestar serviço religioso ou reverência, adorar
2b) desempenhar serviços religiosos, ofertar dons, adorar a DEUS na observância
dos ritos instituídos para sua adoração
2b1) dos sacerdotes, oficiar, cumprir o ofício sacro
Latreía - “serviço” de adoração no culto (Êx 12.25,26; Hb 8.5; 9.9; 13.10).
Há também a palavra leitourgia, ou liturgia, que significava serviço prestado
em favor do povo. Atualmente, a palavra liturgia refere-se à forma de
organização do culto e seu desenvolvimento. Cada denominação cristã tem uma
“liturgia” em que a adoração a DEUS se destaca como a essência do culto.
Liturgia é a compilação de ritos e cerimônias relativas ao ofícios divinos
das igrejas cristãs. É uma palavra que se aplica mais a missas ou rituais da
igreja católica.
Do grego leitourgia "função pública"; pelo
latim liturgia.
QUANDO A DORAÇÃO É NULA, OU SEM VALOR, JESUS USA OUTRA PALAVRA
Mateus 15:9 E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de
homens.
(Strong Português) σεβομαι sebomai - reverenciar, adorar - Aqui JESUS usa
esta outra palavra - Não usa προσκυνεω proskuneo
II – COMO ADORAR A DEUS
1. “Em espírito e em verdade”.
Após a manifestação sobrenatural da Palavra de Conhecimento (ou da ciência -
dom do ESPÍRITO SANTO) dada por JESUS, revelando a situação conjugal de si, a
mulher samaritana percebeu que aquele que lhe falava não era apenas mais um
judeu querendo fazer prosélitos, mas um profeta de DEUS. (Jo 4.19).
Neste diálogo notamos a importância da adoração ao PAI para JESUS. A Palavra
adoração é mencionada dez vezes só neste capítulo de João. Desse ensino de
JESUS depreendemos dois pontos essenciais da Adoração:
Primeiro, onde se deve adorar a DEUS.
Segundo lugar, como se deve adorá-Lo.
1.1. Onde adorar a DEUS?
A mulher samaritana recebeu de seus mestres a orientação de que o lugar correto
de adoração era o monte de Samaria (Gerizim). Ela disse que para os judeus, era
Jerusalém (Monte Moriá).
O Senhor JESUS revelou claramente que chegou (desde o dia que ELE estava na
Terra) o tempo em que o essencial da adoração não seria o lugar geográfico,
pois “os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque
o Pai procura a tais que assim o adorem. DEUS é ESPÍRITO, e importa que os que
o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.23,24).
JESUS disse que não é propriamente em monte que se adora (posição
geográfica não importa), mas, por exemplo, dentro do quarto com a porta fechada
(de preferência, embora se possa adorar a DEUS em qualquer parte, mesmo dentro
de uma congregação cheia - adoração é individual, íntima e sem estímulos
externos). Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua
porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te
recompensará publicamente. Mateus 6:6
Veja que é DEUS quem procura aos verdadeiros adoradores que O adoram em
ESPÍRITO e em Verdade.
Não é nem no Monte Gerizim em Samaria (templo já destruído) e nem no Monte
Moriá em Jerusalém (onde estava erigido um suntuoso templo restaurado por
Herodes) - mas a verdadeira adoração a DEUS é feita onde você estiver, bastando
para isso erguer o pensamento a DEUS e adorá-lo, entregando-se totalmente ao
ESPÍRITO SANTO.
Adorar em espírito quer dizer adorar pela ação do ESPÍRITO SANTO ligado a
noisso espírito, DEUS é ESPÍRITO e só pode ser adorado espiritualmente. Para
adorar a DEUS é preciso ser nascido de novo e viver em comunhão com o ESPÍRITO
SANTO, em santidade no espírito, na alma e no corpo (1 Ts 5:23).
Nós recenbemos o ESPÍRITO SANTO no dia em que nos convertemos a CRISTO. ELE
veio morar em nós. (Efésios 1:13; 1 Co 6:19).
1.2. A atitude do adorador.
DEUS vê o coração, o desejo de adoração. O ESPÍRITO SANTO mora em nós e nos
sonda (E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do ESPÍRITO; e é
ele que segundo DEUS intercede pelos santos.
Romanos 8:27).
Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas
o seu coração está longe de mim. Mateus 15:8
(Jo 4.24).
JESUS é a verdade. Só podemos adorar a DEUS se estivermos em JESUS CRISTO
Disse-lhe JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai,
senão por mim. João 14:6
E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João 8:32
Quase nenhum hino ou louvor apresentado na igreja é de condução à adoração. Na
verdade não existe hino de adoração, pois a adoração é individual, sem
interferência externa, é uma atitude de cada pessoa individualmente, pouco
importando se existe alguma música sendo tocada e cantada ou não.
Somente DEUS pode ser o centro da adoração!
2. Com o “culto racional”.
Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de DEUS, que apresenteis os vossos
corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS, que é o vosso culto
racional. Romanos 12:1
Não há m,anifestação de DEUS sem sacrifício.
A maneira de o adorador se chegar a DEUS para O adorar sempre foi através
de um sacrifício como já vimos na introdução deste estudo. Para nossa salvação
JESUS se ofereceu como sacrifício em nosso lugar. Foi um sacrifício único,
perfeito, eterno, imutável, suficiente.
Porém, se dejamos adorar a DEUS, precisamos nos apresentar diante de DEUS
com algum sacrifício que o agrade. DEUS não aceita mais nem sacrifícios humanos
e nem de animais; agora o sacrifício é vivo, ou seja, nós mesmos sendo
oferecidos a DEUS, nossa vida. O sacrifício é santo. Assim temos de nos
oferecer em santificação e comunhãocom o ESPÍRITO SANTO.
Como o sacrifício é racional, deve ser apresentado de livre e espontânea
vontade, com desejo de servir, com humildade e reconhecimento do poder e
autoridade de DEUS sobre nós, de seu domínio sobre todos e sua soberania sobre
os tempos e sobre tudo o que existe e ainda existirá.
O objetivo do culto racional é este: “para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de DEUS” (Rm 12.2).
O comentarista está falando de um culto racional onde existe louvor, mas o
culto não se resume ao louvor. Tem Salmos, doutrina, Línguas, interpretação,
profecia, etc...
Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem
doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para
edificação. (1 Coríntios 14:26)
III - GESTOS E ATITUDES NA ADORAÇÃO A DEUS
1. Ajoelhar-se e prostrar-se.
São gestos de profunda reverência diante de DEUS. Salomão, na inauguração do
Templo, em Jerusalém, diante de todo o povo, se pôs de joelhos, adorando a
DEUS: “Sucedeu, pois, que, acabando Salomão de fazer ao Senhor esta oração e
esta súplica, estando de joelhos e com as mãos estendidas para os céus, se
levantou de diante do altar do Senhor” (1 Rs 8.54).
JESUS prostrou-se diante do Pai em súplica (Mt 26.39).
Paulo nos orienta de uma posição na oração e adoração que agrada a DEUS - Por
causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO,
Efésios 3:14
Na verdade, na adoração verdadeira, pouco importa a posição do adorador.
O profeta Elias estva com a cabeça entre os joelhos. (1 Reis 18:42)
O rei Ezequias recebeu mais 15 anos de vida estando deitado. (Isaías 38:5)
Os apóstolos e discípulos receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO estando
assentados.
2. Louvar e Cantar.
Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento;
cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. 1 Coríntios
14:15 CANTAREI COM O ESPÍRITO - Falando entre vós em salmos, e hinos, e
cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração;
Efésios 5:19 CÂNTICOS ESPIRITUAIS.
O louvor pode nos conduzir a chegar a adoração, mas nunca fará parte da
adoração.
Louva-se pelo que DEUS faz - Adora-se pelo que DEUS é.
Louvor é estar nos átrios - Adoração é chegar ao santo dos santos.
Louvai ao Senhor desde a terra: vós, baleias, e todos os abismos; Fogo e
saraiva, neve e vapores, e vento tempestuoso que executa a sua palavra; Montes
e todos os outeiros, árvores frutíferas e todos os cedros; As feras e todos os
gados, répteis e aves voadoras; Reis da terra e todos os povos, príncipes e
todos os juízes da terra; Moços e moças, velhos e crianças. Louvem o nome do
Senhor, pois só o seu nome é exaltado; a sua glória está sobre a terra e o céu.
Salmos 148:7-13
Para louvar não precisa ser salvo, não precisa ler bíblia, não precisa orar,
não precisa jejuar. Mas para adorar só quem é nascido de novo e vive em
santidade.
HÁ MUITA DIFERENÇA ENTRE LOUVOR E ADORAÇÃO
1- Louva-se a DEUS pelo que ELE fez ou faz, mas adora-se a ELE pelo que ELE é;
2- O louvor é um agradecimento a DEUS, a adoração é um engrandecimento de DEUS;
3- No louvor precisa-se da participação de outras pessoas e às vezes de
instrumentos musicais, a adoração é individual e nasce dentro de nós, em nosso
espírito;
4 - O louvor chega aos átrios, a adoração chega ao santo dos santos (presença
de DEUS);
5 - No louvor são usados o corpo e a alma; na adoração são usados o corpo
(mortificado), a alma (lavada no sangue de JESUS) e o espírito (“recriado”);
6 - Para louvar a DEUS não é preciso comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois até os
animais o louvam (Sl 148, 149, 150); para se adorar a DEUS é preciso uma
estreita comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois é ELE que nos transporta ao trono.
7 - O louvor é um aceno e cumprimento, a adoração é um abraço e um beijo cheio
de amor.
8 - Tomemos como exemplo um marido que dá um fogão de presente à sua esposa e
manda entregar em sua casa. A esposa louva ao marido pelo seu ato de amor, mas
quando o mesmo chega em casa ela o abraça e beija agradecida e cheia de amor
(isso é adoração).
9 - Para louvar não é preciso nascer de novo, para adorar só com espírito
“recriado” (ligado a DEUS pelo novo nascimento, através do ESPÍRITO SANTO).
10 - Observação: Por isso se vê tão poucos adoradores e tantos que louvam.
11 - Aos homens se aplaude (manifestação externa), a DEUS se adora
(manifestação interna).
12 - Note que JESUS está dizendo para a mulher que os judeus adoravam a DEUS
com a palavra de DEUS (em verdade, pois possuíam todos os escritos do
Pentateuco até os profetas) mas suas bocas diziam uma coisa e o coração outra.
Não adoravam em ESPÍRITO, só com a verdade.
13 - Os samaritanos adoravam em ESPÍRITO, pois não tinham nem o templo legítimo
e nem a palavra (só adotavam o Pentateuco), faltava-lhes portanto a verdade.
JESUS está dizendo que chegou o tempo de adorar em ESPÍRITO e em Verdade, pois
ele envia o ESPÍRITO SANTO àqueles que lhe aceitarem como senhor e salvador e
estes aprenderão o real sentido da adoração.
Louvor é para exaltar a DEUS pelo que Ele faz.
Adoração é para exaltar a DEUS pelo que Ele é.
Bem diferente uma coisa da outra.
O louvor pode conduzir a adoração, mas nunca será adoração.
Antes de JESUS se buscava a DEUS sem entendimento. Não havia o ESPÍRITO SANTO
morando no crente para ligá-lo a DEUS.
JESUS fala dez vezes a palavra Adorar aí neste episódio revelando a extrema
importância da adoração feita em seu nome (verdade) e em comunhão com o
ESPÍRITO SANTO (em espírito).
A adoração legítima exige novo nascimento. Só se adora a DEUS que é ESPÍRITO,
em espírito ligado ao ESPÍRITO SANTO. Só se nasce de novo aceitando a JESUS
como Salvador e Senhor.
Em espírito e em verdade já indica que na Nova Aliança não se mata animais para
adorar. O "animal" já foi morto, o cordeiro de DEUS que tira o pecado
do mundo, ELe é a verdade. Adoramos em espírito porque nosso espírito foi
recriado. Está ligado ao ESPÍRITO SANTO.
3. Glorificar a DEUS.
A ti, ó DEUS, glorificamos, a ti damos louvor, pois o teu nome está perto, as
tuas maravilhas o declaram. Salmos 75:1
A glorificação de DEUS num culto tem mais a ver com louvor, acontece quando se
ouve um testemunho, uma pregação, um cântico, etc... Esse "Glória a
DEUS", quando legítimo, é movido pelo ESPÍRITO SANTO que glorifica a DEUS.
Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.
João 16:14
A Glorificação para nós é o resultado da adoração. Glorificamos porque DEUS
corresponde à nossa adoração.
E glorificavam a DEUS a respeito de mim.Gálatas 1:24
E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a DEUS, dizendo: Um grande
profeta se levantou entre nós, e DEUS visitou o seu povo.Lucas 7:16
Mas eles ainda os ameaçaram mais e, não achando motivo para os castigar,
deixaram-nos ir, por causa do povo; porque todos glorificavam a DEUS pelo que
acontecera;Atos 4:21
E os gentios, ouvindo isto, alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor; e
creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna. Atos 13:48
Até mesmo os descrentes glorificam a onome de DEUS por alguma coisa que vêem e
percebem que é de DEUS.
Até rei morreu por não glorificar a DEUS (dar honra a DEUS)
E no mesmo instante feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a DEUS e,
comido de bichos, expirou. Atos 12:23
CONCLUSÃO
Princípios de Adoração
Primeiro princípio da adoração - não há presença e manifestação de DEUS sem
sacrifício.
Segundo - Adoração muito diferente de louvor.
Terceiro - Adoramos a DEUS pelo que Ele é não pelo que faz.
Quarto - Não precisamos estar em lugar determinado para adorarmos a DEUS. Somos
templo do ESPÍRITO SANTO. Somos um mesmo ESPÍRITO com Ele.
Quinto - Adoração exige entrega de nossa vida a DEUS total.
Sexto - Devemos sempre glorificar a DEUS por ser Ele nosso PAI cheio de amor e
misericórdia.
Como você diz querer passar a eternidade com DEUS se não dá nem uma hora de
tempo para ELE em seu dia?
Mc 14:37b ...Você não pode vigiar comigo nem mesmo uma hora?
Adoração nem no Monte Gerizim (Samaria) e nem no Monte Moriá (Jerusalém), mas
no interior, individual, íntima. Em espírito (só salvo que nasceu de novo e tem
o ESPÍRITO SANTO morando em si) e em verdade.(Em CRISTO - JESUS que disse EU
SOU A VERDADE).
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I – A NATUREZA DO CULTO
1. O culto como serviço a DEUS
Na Bíblia, o culto é mostrado como um serviço, isto é, uma vida entregue e
consagrada a DEUS (Dt 6.13). Em um primeiro plano tem a ver com a atitude com a
qual se cultua o Altíssimo e, em um segundo plano, com a forma como se cultua.
O culto, portanto, expressa uma combinação de obediência à Palavra de DEUS e a
forma ritual como essa adoração acontece. O livro de Atos dos Apóstolos, por
exemplo, mostra a adoração no contexto do culto cristão (At 13.1-4). Enquanto
os cristãos “serviam” (gr. leitourgeô), isto é, cultuavam ao Senhor, o ESPÍRITO
SANTO comissionou os primeiros missionários da igreja.
2. O culto deve ser solene
Por “solene” nos referimos ao que traz respeito e é majestoso. Isso significa
que tanto o conteúdo como a maneira de se cultuar são importantes (Ec 5.1; 1 Co
11.27). Por isso, o culto não pode ser destituído de significado nem realizado
de qualquer jeito (Lv 10.1,2). Não por acaso, o apóstolo Paulo expõe princípios
que regulamentaram o culto na igreja de Corinto (1 Co 12–14). Isso deixa claro
que há uma ordem a ser observada na liturgia cristã. Para isso, temos na Bíblia
o parâmetro para o bom ordenamento do culto. Por exemplo, aos coríntios, o
apóstolo destacou o seguinte: “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Co
14.40). Nesse texto temos os termos gregos euschémonós, traduzido como
“decentemente” e “decorosamente”; e taxis, traduzido como ordem. Isso nos leva
a compreender, portanto, de acordo com a Bíblia, que o culto precisa ter
decoro, decência e ordem.
Infelizmente há muitas reuniões envernizadas para se parecerem com um culto,
mas, de fato, não são. Parecem reuniões profanas tanto na sua forma quanto na
sua essência.”
3. O culto é santo
A santidade de DEUS é afirmada por toda a Bíblia (Lv 11.44; Is 43.3; 1 Pe
1.15,16). Visto que DEUS é santo (Lv 20.26), o culto também deve ser santo.
Dessa forma, nada que fosse profano deveria fazer parte do culto e da vida de
quem o praticava no Antigo Testamento (Ez 44.9; Am 5.21-27; Is 1.13). Assim, o
limite entre o santo e o profano deveria ser mantido (Ez 22.26; 44.23). Por
outro lado, o Novo Testamento também põe em destaque o viver cristão na esfera
do culto, isto é, de uma vida a serviço de DEUS (Rm 15.5). A igreja é o espaço
sacro onde o culto acontece (At 13.2). Assim como no Antigo Testamento, o culto
cristão também não deve ser profanado (1 Co 11.17,18). Nesse caso, tanto a
conduta como o modo de viver são levados em conta na esfera do culto (1 Co
11.22).
SINÓPSE I - Sendo o culto uma forma de serviço a DEUS, sua prática requer
reverência, ordem e santidade.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
EXPRESSÕES DA ADORAÇÃO NO CULTO CRISTÃO
“Dois princípios essenciais ajudam a dirigir e orientar a adoração cristã.
(a) A adoração genuína acontece em espírito e em verdade (veja Jo 4.23). Em
outras palavras, a adoração não é apenas uma atividade física ou mental, mas
também um exercício espiritual – uma resposta apropriada à maneira como DEUS se
revelou a nós, especificamente por meio do seu Filho, JESUS CRISTO. (cf. Jo
14.6).” A adoração envolve a interação sincera entre o espírito humano e o
SANTO ESPÍRITO de DEUS (1 Co 12.7-12).” Amplie mais o seu
conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, p.818.
Auxílio Teológico
O CULTO DIRIGIDO PELO ESPÍRITO SANTO
“Todos sabemos que o culto divino deve ser orientado pelo ESPÍRITO SANTO, e
consideraríamos uma temeridade se houvesse nestes escritos a pretensão de tomar
para o homem prerrogativas que são exclusivas do Senhor. Cabe-nos, no entanto,
dizer que o ESPÍRITO de DEUS usa, para todos os atos que se praticam na igreja,
o homem que se coloca à sua disposição. É maravilhoso notar que somos
instrumentos do ESPÍRITO, e é do agrado do Senhor que seus servos estejam
devidamente informados sobre qualquer procedimento nas atividades que a cada um
têm sido conferidas.
A direção de um culto, cabe prioritariamente ao ESPÍRITO SANTO, mas a
participação humana é indispensável. O elemento humano na direção de um culto a
DEUS precisa estar primeiramente em sintonia com o ESPÍRITO SANTO.
Dirigir um culto requer muita responsabilidade, porque, neste ato, se está
trabalhando com matéria prima do Céu, alimento do Céu, que se distribui com os
famintos espirituais. A meta de quem dirige um culto nunca pode ser a de
cumprir um anseio humano nem de encontrar uma oportunidade para expor os frutos
do eu e da vaidade, mas, sim, fazer tudo para glorificar o nome do Senhor”
(OLIVEIRA, Timóteo. Ramos. Manual de cerimônias. Rio de Janeiro: CPAD, 2005,
p.16).
II – O PROPÓSITO DO CULTO
1. Glorificar a DEUS
O culto é uma celebração que se faz a DEUS. Celebramos a grandeza de DEUS e
seus poderosos feitos (Sl 48.1). Assim o culto é uma celebração pelo que DEUS é
e pelo que Ele faz (Sl 103.1-5). Nesse aspecto, o culto é sempre
cristocêntrico, nunca antropocêntrico. CRISTO é a esfera ou lugar onde deve
acontecer o verdadeiro culto (Jo 2.18-22; Mc 14.58). Ele é o único mediador
entre DEUS e os homens (1 Tm 2.5) e o Eterno Sumo-Sacerdote (Hb 2.17; 5.5,10).
Se DEUS não é celebrado, se Ele não é glorificado, então, o culto perdeu o seu
real sentido.
2. Quando não se cultua a DEUS
De fato, há cultos que não cultuam a DEUS. Paulo censurou os coríntios
afirmando que: “Quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a Ceia do
Senhor” (1 Co 11.20). Era como se dissesse: “o que vocês estão celebrando não é
a Ceia”. Não era um culto o que eles estavam fazendo. Não daquela maneira.
Infelizmente há muitas reuniões envernizadas para se parecerem com um culto,
mas, de fato, não são. Parecem reuniões profanas tanto na sua forma quanto na
sua essência. Não buscam glorificar a DEUS.
3. Edificar a igreja
Um dos propósitos principais do culto é trazer edificação à igreja. Assim, na
esfera do culto, tudo deve buscar a edificação (1 Co 14.26). O verbo grego
oikodoméo, traduzido como “edificar”, ocorre 40 vezes no Novo Testamento
enquanto o substantivo oikodomé, traduzido como “edificação”, ocorre 18 vezes.
O sentido é de algo que está sendo construído, como na parábola da casa
edificada sobre a rocha (Mt 7.24,26; Lc 6.48). Ele é usado muitas vezes no
contexto do culto. O fato mais claro de que um dos propósitos do culto
é trazer edificação para a igreja está revelado no capítulo 14 de 1
Coríntios. Nesse capítulo, o apóstolo disciplina os usos dos dons na igreja
pelo fato de seu uso não estar trazendo edificação à igreja. Assim,
aquele que falava línguas na esfera do culto público deveria interpretar para
que a igreja fosse edificada (1 Co 14.5). Todos os demais dons deveriam seguir
esse critério (1 Co 14.12). Da mesma forma, os dons ministeriais (Ef 4.11)
deveriam contribuir para “edificação do corpo de CRISTO” (Ef 4.12).
SINÓPSE II - Embora o alvo do culto seja DEUS e não o ser humano, um culto
legitimamente cristocêntrico edifica toda a igreja.
III – A LITURGIA DO CULTO
1. A exposição da Bíblia
O Movimento Pentecostal tem firmado seu compromisso com a autoridade da Bíblia
para governar toda crença, experiência e prática. Dessa forma, os pentecostais
viram a necessidade de julgar o mérito de todo ensino, manifestações
espirituais e conduta à luz da Palavra objetiva e revelada de DEUS, a Bíblia.
Esse fato mostra que a leitura e a exposição da Bíblia devem ocupar o lugar de
primazia na dinâmica da liturgia do culto. Nesse aspecto, o pastor que está à
frente de uma igreja, e responsável pela liturgia do culto, deve ficar atento
ao lugar que as Escrituras têm no culto. O Senhor JESUS, nosso maior exemplo,
fez da exposição das Escrituras a base de seu ministério (Lc 4.16-18).
Escrevendo sobre a liturgia do culto na igreja de Corinto, o apóstolo Paulo pôs
a “doutrina”, “instrução” (gr. didaché) como uma das necessidades da igreja (1
Co 14.26). Encontramos esse mesmo apóstolo, juntamente com seu companheiro
Barnabé, expondo e ensinando a Palavra de DEUS (At 15.35). Da mesma forma, o
apóstolo ficou em Corinto durante muito tempo expondo as Escrituras (At
18.11).
2. A adoração entusiástica
A adoração aparece em primeiro lugar na liturgia sugerida pelo apóstolo Paulo à
igreja de Corinto (1 Co 14.26). A palavra “salmo” usada nesse texto traduz o
grego psalmon e é uma referência ao hinário usado pelos primeiros cristãos. É
possível que o apóstolo esteja se referindo aos Salmos de Davi. Não há dúvida
de que a adoração na Igreja Primitiva era entusiástica. Isso porque Paulo se
refere a cristãos cheios do ESPÍRITO que se reuniam para adorar (Ef
5.18-20).
3. O lugar da adoração no culto pentecostal
Um grande teólogo pentecostal, William W. Menzies, destaca o lugar que a
adoração tem entre os pentecostais. De acordo com ele, desde o começo, os
pentecostais foram conhecidos no mundo todo pelas reuniões de cultos alegres e
ruidosas. Isso era visto nas reuniões de oração nas quais todos os presentes,
coletiva e eloquentemente, derramavam o coração perante DEUS em oração e
louvor. Isso também acontece no levantar das mãos como resposta a percepção de
que DEUS se faz presente. Faz parte também da liturgia pentecostal louvar a
DEUS em alta voz e exercitar os dons espirituais durante o culto.
SINÓPSE III - O culto Pentecostal segue o modelo de liturgia neotestamentária,
com expressão fervorosa de adoração e primazia ao ensino da Palavra.
AUXÍLIO DOUTRINÁRIO
“OS ELEMENTOS DO CULTO
Havia diversos elementos na adoração nos tempos do Antigo Testamento, como
oração, sacrifício, oferta, louvor e cântico. Fazia parte da liturgia judaica
nas sinagogas do primeiro século d.C. a oração antífona do Shema, ‘ouve’, a
confissão de fé dos judeus., a leitura bíblica e a exortação. Nossa liturgia é
simples e pentecostal, conforme o modelo do Novo Testamento: ‘Que fareis, pois,
irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem
revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação’ (1 Co
14.26). Ela consiste em oração, louvor, leitura bíblica, exposição das
Escrituras Sagradas ou testemunho e contribuição financeira, ou sejam ofertas e
dízimos. Entendemos que a adoração está incompleta na falta de pelo menos um
desses elementos, exceto se as circunstâncias forem desfavoráveis ou
contrárias” (SOARES, Esequias. Declaração de Fé das Assembleias de DEUS. Rio de
Janeiro: CPAD, 2017, p. 145).
CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos os princípios que devem reger um culto cristão. O culto não
pode ser de qualquer forma, pois ele tem princípios e normas para seguir. Como
DEUS é um DEUS de ordem, então, o culto que se presta a Ele também tem de ser
ordenado. Contudo, ordenado não significa frio e sem vida. O culto deve ser um
momento de celebração, alegria e dinamizado pelo ESPÍRITO SANTO.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
MINISTÉRIOS ESPIRITUAIS DA IGREJA
HOMENS DADOS POR JESUS À IGREJA
O Ministério de Apóstolo
1 - O COLÉGIO APOSTÓLICO
1. O termo “apóstolo”.
2. O colégio apostólico.
3. A singularidade dos doze.
II - O APÓSTOLO PAULO
1. Saulo e sua conversão.
2. Um homem preparado para servir.
3. “O menor dos apóstolos”.
III - APOSTOLICIDADE ATUAL (Ef 4.11)
1. Ainda há apóstolos?
2. Apóstolos fora dos doze.
3. O ministério apostólico atual.
COMENTÁRIOS UNIFICADOS 2014/2021
Lição 6 - O Ministério de Apóstolo
Paulo foi escolhido por JESUS, mas JESUS não saiu dizendo para todo mundo que
escolheu Paulo. Então Paulo se autoproclamou Apóstolo. Ele não foi escolhido
como apóstolo pelos apóstolos ou por alguma igreja.
Paulo não fazia parte do doze apóstolos. Paulo fazia parte dos apóstolos da
Igreja, junto com Barnabé, Tiago, irmão de JESUS, Andrônico, Júnias etc... hoje
existem vários apóstolos na Igreja.
A AMIAORIA DA IGREJA DE SUA ÉPOCA NÃO O ACEITAVA COMO APÓSTOLO E NEM O
RECONHECEU COMO APÓSTOLO. PORÉM O QUE IMPORTA É COMO SOMOS CONHECIDOS NO CÉU.
Se eu não sou apóstolo para os outros, ao menos o sou para vós; porque vós sois
o selo do meu apostolado no Senhor. 1 Coríntios 9:2
Meus comentários - Pr. Henrique
INTRODUÇÃO
Dons ministeriais
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores, Efésios 4:11
Pessoas dadas a igreja por JESUS CRISTO;
Corpo humano tem 5 sentidos, na cabeça é onde está o cérebro que o controla;
Corpo de CRISTO tem 5 ministérios, na cabeça é onde está quem controla tudo,
CRISTO.
DIFERENÇA ENTRE TÍTULO ECLESIÁSTICO E MINISTÉRIO DADO POR CRISTO
Título eclesiástico é dado a um obreiro (incluindo professores de EBD),
diácono, presbítero, evangelista e pastor, todos escolhidos por pessoas sem
confirmação de DEUS que confirma ministério com sinais prodígios e maravilhas.
Talvez 90% dos obreiros (incluindo professores de EBD), diáconos, evangelistas
e, pastores nunca foram escolhidos por JESUS, apenas foram escolhidos por seus
líderes.
OLHA UMA ESCOLHA DE DEUS
Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para
levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel. Atos
9:15
- Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber:
Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado
com Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse
o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os
tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os
despediram. E assim estes, enviados pelo ESPÍRITO SANTO, desceram a
Selêucia e dali navegaram para Chipre. Atos 13:1-4
Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência,
por sinais, prodígios e maravilhas.
2 Coríntios 12:12
E DEUS, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias, Atos 19:11
Um título eclesiástico é uma honra. Aquele que recebe deve orar, jejuar,
estudar a Bíblia e evangelizar tendo fé em DEUS e seu poder.
Buscando a confirmação de seu ministério.
Eu já trilhei por esses caminhos (fui diácono, presbítero, missionário, pastor)
até que tomei a decisão de crer em DEUS e em seu poder - foi quando disse a Ele
que queria que onde eu estivesse Ele estivesse comigo confirmando minha
pregação e ensino com sinais, prodígios e maravilhas.
E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o
Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém! Marcos
16:20
Objetivo dos ministérios
- Trabalho de edificação da igreja e evangelização mundial
querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para
edificação do corpo de CRISTO, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao
conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa
de CRISTO, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por
todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam
fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele
que é a cabeça, CRISTO, do qual todo o corpo, bem-ajustado e ligado pelo
auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o
aumento do corpo, para sua edificação em amor. Efésios 4:12-16
Todos os dons ministeriais são iguais em importância
Se faltar algum sentido ao corpo humano, haverá grande prejuízo ao
funcionamento de todo corpo;
Se faltar algum ministério na igreja (corpo de CRISTO na Terra), haverá grande
prejuízo ao funcionamento de toda a Igreja.
Primeiro Dom Ministerial é o de Apóstolo (enviado)
JESUS deu homens à igreja. Ministérios são funções específicas de liderança
para servir e não para serem servidos.
JESUS deu apóstolos à igreja, tanto no início da Igreja, como em toda sua
trajetória.
Disse-lhes, pois, JESUS outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me
enviou, também eu vos envio a vós. João 20:21
Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. João 17:18
Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra,
hão de crer em mim João 17:20
Primeiro colegiado formado pelos apóstolos:
Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e
André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e
Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu,
apelidado Tadeu; Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu (sendo
este substituído por Matias - E, lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre
Matias. E, por voto comum, foi contado com os onze apóstolos. Atos 1:26).
Mateus 10:2-4
Segundo colegiado formado por Paulo, Barnabé, Tiago, irmão de JESUS, Judas,
irmão de JESUS, Andrônico e Júnia; os demais não são mencionados seus nomes.
Hoje temos apóstolos na Igreja, senão teríamos que rasgar Efésios 4.11 de
nossas bíblias ou inventar interpretações estranhas à Palavra de DEUS para
justificar sua falta.
Paulo foi apóstolo do segundo colegiado quando os apóstolos do primeiro
colegiado ainda estavam vivos. Na convenção que houve em Jerusalém registrada
no capítulo 15 de Atos ninguém da liderança da igreja em Jerusalém se levantou
contra o apostolado de Paulo, e muito menos o de Barnabé, mesmo porque DEUS
confirmava o apostolado de Paulo com sinais, prodígios e maravilhas. Além de
Paulo, Barnabé, Tiago, irmão de JESUS, Andrônico e Júnia, foram também
denominados apóstolos.
O próprio Paulo reconhece Matias como apóstolo substituto de Judas, o traidor.
1Corintios cap. 15 e vers. 5 diz: e foi visto por Cefas e depois pelos DOZE, e
no versículo 8 Paulo diz que JESUS apareceu a ele próprio por último (fazendo
distinção dos 12), indicando que JESUS apareceu primeiro aos 12 no verso 5.
A quem Paulo se referiu em respeito aos 12?
Paulo aparece no verso 8 como distinto dos 12, então a resposta é óbvia, não
era Judas Iscariotes pois ele não viu o CRISTO ressurreto e se perdeu,
suicidando-se, portanto Matias viu, e quando Paulo fala que os 12 viram, já
haviam feito a substituição de Judas por Matias, pelo motivo de se referir aos
12 e não aos 11, Paulo reconheceu ser Matias um dos 12.
Pergunta da lição 6.
Se o dom de apóstolo é atual, quem são os apóstolos nossos?
O apóstolo Paulo liderava homens de DEUS como Timóteo, Tito etc....
O apóstolo Paulo escrevia edificações, exortações e consolações aos seus
liderados, Chamava a atenção de alguns e corrigia outros.
Por que não temos ninguém em nossa igreja com nome de apóstolo?
Existem vários apóstolos na Igreja hoje, porém não são reconhecidos pela
Igreja. Por isso mesmo existem muitos que fazem como Paulo que recebeu o
chamado de JESUS e se autoproclamou apóstolo.
Encontramos na Bíblia, no Novo Testamento, além dos apóstolos do primeiro
colegiado que andaram com JESUS, os apóstolos seguintes da igreja, como Paulo,
Barnabé, Tiago, irmão de JESUS, Andronico e Júnia, entre outros.
At 14:14 Ouvindo, porém, isto, os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram os seus
vestidos, e saltaram para o meio da multidão, clamando.
Gl 1:19 E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do SENHOR.
Rm 16:7 Saudai a Andrónico e a Júnia, meus parentes e meus companheiros na
prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em
CRISTO.
Assim como o corpo humano possui 5 sentidos e para funcionar bem, de acordo com
o plano de DEUS, devem esses 5 sentidos estarem em pleno funcionamento e em
concordância com o restante do corpo; assim também a igreja, o corpo de CRISTO
na terra, possui 5 ministérios que deverão estar em pleno funcionamento e em
concordância com o restante do corpo para produzirem de acordo com o plano de
DEUS, fazendo a obra de DEUS com poder e com excelentes resultados - Almas para
CRISTO e edificação da Igreja..
assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em CRISTO, mas individualmente
somos membros uns dos outros. Romanos 12:5
Primeiros apóstolos formavam o primeiro colégio apostólico - Fundamento da
igreja. Deram início à igreja de CRISTO na Terra logo após serem batizados no
ESPÍRITO SANTO - edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de
que JESUS CRISTO é a principal pedra da esquina; Efésios 2:20
Outros apóstolos - ministérios - pessoas dadas à igreja já formada pelos
apóstolos do primeiro colégio apostólico.
Exemplos: Paulo (“o menor dos apóstolos” - 1 Co.15.9; Rm 1.1; 2 Co 1.1),
Barnabé (At 14.14). Havia “outros apóstolos”, a que Paulo se referia em sua
carta aos romanos (Rm 16.7) e em outras epístolas (G1 1.19; 1 Ts 2.6,7).
O apóstolo é um enviado por JESUS CRISTO para pregar o Evangelho em áreas ainda
não alcançadas, é um desbravador que vai abrir o trabalho em local ainda não
evangelizado. Evidente é que nas modernas metrópoles há espaço para apóstolos
devido à falta de penetração do evangelho por parte de nossas tradicionais
igrejas. O apóstolo Paulo gostava de permanecer mais tempo em cidades grandes,
como Filipos, Éfeso e Corinto, por exemplo. Creio que a maioria dos apóstolos
modernos que surgiram no Brasil, são apóstolos mesmo no sentido correto do
ministério, a maioria tem exercido seu ministério apostólico através da mídia,
o meio mais eficaz de se pregar o evangelho nos dias atuais. DEUS os abençoe
pelos milhões de salvos que estes têm ganhado para JESUS em nossa nação.
Existe 13º apóstolo? Paulo foi esse 13º apóstolo? NÃO.
É necessário, pois, que, dos varões que conviveram conosco todo o tempo em que
o Senhor JESUS entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até
ao dia em que dentre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco
testemunha da sua ressurreição. Atos 1:21,22 - PAULO NÃO CUMPRE ESSES QUISITOS
(não esteve com JESUS vivo num corpo humano, não esteve no batismo de João
Batista, não foi testemunha ocular da ressurreição de JESUS).
Não existe 13º apóstolo no primeiro colégio apostólico. A discussão é em torno
de se admitir Paulo ao invés de Matias no colégio apostólico. Uns acham que a
escolha dos apóstolos foi errada e não estava de acordo com a vontade de DEUS.
Muitos acham que tirar sortes não indicaria a pessoa certa. Muitos acham que
Paulo é o 12º apóstolo porque teve um encontro pessoal com JESUS, aprendeu
muito do próprio JESUS e testificou da ressurreição de JESUS. Eu vejo que Paulo
teve especial tratamento por parte de DEUS, é o homem mais importante da bíblia
para mim, depois de JESUS, mas, para mim, ele foi um apóstolo à parte, de um
ministério totalmente diferente dos outros primeiros apóstolos. Se os apóstolos
foram escolhidos como representantes de Israel na Nova Aliança, Paulo foi
escolhido como apóstolo dos gentios, de um ministério voltado para todos os
povos que se arrependem de seus pecados e são salvos pela graça de DEUS. Paulo,
como precursor desse apostolado aos gentios tinha mesmo que ser especial em
todos os sentidos. Paulo pertence ao segundo apostolado, juntamente com
Barnabé, e os irmãos de JESUS (Tiago e Judas).
Ouvindo, porém, isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes e
saltaram para o meio da multidão, clamando Atos 14:14
E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor. Gálatas
1:19
Para mim "o que desligares na terra será desligado no céu" Os
próprios apóstolos escolheram já que agora tinham autoridade para isso, dada
pelo próprio CRISTO, assim como depois tomaram várias decisões sobre o
andamento da igreja e até mesmo sobre o que deveria ser proibido aos gentios,
no primeiro concílio da igreja (Atos 15). Matias tinha as credenciais
necessárias e tinha a autoridade dada pelos apóstolos que agora eram os
representantes legais de CRISTO na terra.
Paulo era o mais importante e mais credenciado para o novo ministério
apostólico aos gentios e assim ficou como o primeiro desse novo apostolado e
não do primeiro colégio apostólico.
Se nós aceitarmos que Paulo é o 12º apóstolo vamos ter que aceitar que hoje
existem apóstolos do primeiro colégio apostólico, pois muitos apóstolos hoje
alegam terem se encontrado com CRISTO e terem recebido revelações Dele. Sendo
que os católicos apostólicos romanos querem dizer que o papa é substituto de
Pedro e de seu apostolado. Vamos concordar com eles? Creio que não. Seria o
mesmo que concordar com a reencarnação, doutrina totalmente antibíblica.
Se JESUS sabia que Judas o trairia e que os discípulos colocariam Matias em seu
lugar, é evidente que se isso não tivesse apoio de DEUS, JESUS já teria deixado
uma ordem para os discípulos para substituírem Judas por Paulo, por exemplo, ou
por alguém, no caso, que eles conheceriam depois. Chance para isso ELE teve logo
após ressuscitar e passar 40 dias aparecendo aos discípulos. Não, ELE não deu
instruções sobre isso a nenhum apóstolo de seu primeiro colégio apostólico.
Matias era escolha de DEUS confirmada pelos apóstolos, mesmo sendo
com a ajuda de um artifício de sortes, no momento, o único que conheciam e que
confiavam que DEUS estava no controle. O importante aí não é o meio que usaram,
pois poderiam escolher tanto José como Matias, ambos com qualificações para
exercer a função. Usaram o método de tirar sortes apenas para saber qual dos
dois e não para saberem se era para escolher outro no lugar de Judas. Isso já
estava escrito na bíblia. creio que quem inspirou Pedro a fazer isto foi o
ESPÍRITO SANTO que estava nele desde o dia em que JESUS assoprou sobre eles e
disse: "Recebei o ESPÍRITO SANTO" (João 20:22). Portanto, já tinham o
ESPÍRITO SANTO a lhes guiar.
Paulo ao escrever 1Corintios cap. 15 e vers. 5 diz: e foi visto por Cefas e
depois pelos DOZE, e no versículo 8 Paulo diz que JESUS apareceu a ele próprio
por último (fazendo distinção dos 12), indicando que JESUS apareceu primeiro
aos 12 no verso 5.
A quem Paulo se referiu em respeito aos 12?
Paulo aparece no verso 8 como distinto dos 12, então a resposta é óbvia, não
era Judas Iscariotes pois ele não viu o CRISTO ressurreto e se perdeu, portanto
Matias viu, e quando Paulo fala que os 12 viram, já havia feito a substituição
de Judas por Matias, pelo motivo de se referir aos 12 e não aos 11, e Paulo
reconheceu ser Matias dos 12.
Atualmente percebemos que o ESPÍRITO SANTO continua a distribuir, os “dons
espirituais”, “repartindo particularmente a cada um como quer” (1 Co 12.11), e
também JESUS continua concedendo diversos ministérios à igreja, através de
homens que ELE mesmo escolheu ( Ef 4.11) e capacitou. O ESPÍRITO SANTO confirma
esta chamada com sinais, prodígios e maravilhas que executa através destes
ministérios.
Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência,
por sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12
A JESUS Nazareno, varão aprovado por DEUS entre vós com maravilhas, prodígios e
sinais, que DEUS por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; Atos
2:22
E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o
povo. Atos 6:8
E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos.
E estavam todos unanimemente no alpendre de Salomão. Atos 5:12
Então, toda a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam
quão grandes sinais e prodígios DEUS havia feito por meio deles entre os
gentios. Atos 15:12
E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o
Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém! Marcos
16:20
testificando também DEUS com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas,
e dons do ESPÍRITO SANTO, distribuídos por sua vontade? Hebreus 2:4
Um dos maiores equívocos, cometidos por muitos líderes de igrejas, nos
dias presentes, é o de entender que o título de “Apóstolo” lhes confere posição
hierárquica superior ao de pastor, evangelista, profeta ou mestre. Já são
conhecidos exemplos diversos de obreiros, que eram detentores do título de
“pastor”, devidamente ordenados por seus ministérios ou convenções, os quais
arrogaram para si o título de “apóstolo”, com o objetivo de se colocarem em
posição ministerial “superior”. Procedimento totalmente fora de propósito ou de
fundamento escriturístico. Esquecem-se tais “apóstolos”, que a maior função, no
ministério de CRISTO, é o de “servo fiel” (Nm 12.7; Hb 3.5; Mt 25.21-23).
Também nos lembremos de que Pastor não é maior que apóstolo, nem que
evangelista, nem que profeta, nem que mestre. Todos são ministros de CRISTO e
estão a serviço do corpo de CRISTO cuja cabeça é CRISTO.
Primeiro Colégio Apostólico:
PRIMEIRO GRUPO
Simão Pedro------------------------------------O homem de pedra
André----------------------------------------------Irmão de Pedro
Tiago e João------------------------------------Filhos de Zebedeu, e filhos do
trovão
SEGUNDO GRUPO
Filipe----------------------------------------------O inquiridor sincero
Bartolomeu ou Natanael-------------------O israelita em quem não havia dolo
Tomé---------------------------------------------O melancólico
Mateus-------------------------------------------O publicano (assim chamado
apenas por si mesmo)
TERCEIRO GRUPO
Tiago (filho) de Alfeu--------------------------(Marcos 15.40?)
Lebeu. ou Tadeu, ou Judas de Tiago----O discípulo que tinha três nomes
Simão----------------------------------------------O zelote
Judas, o homem de Queriote--------------O traidor - Substituído por Matias.
Note que mesmo João estando vivo na época de Paulo, muitos foram chamados de
apóstolos, os apóstolos do colégio apostólico nunca os desautorizaram e nem os
condenou por isso, Paulo até foi reconhecido por eles. Claro que foram aceitos
como apóstolos de ministério e não como os doze do primeiro colégio apostólico,
incluindo aí Matias.
COMENTÁRIOS - INTRODUÇÃO
A partir deste capítulo, estudaremos acerca dos dons ministeriais, que
identificam uma diversidade enorme de funções, ofícios e atividades, de homens,
chamados por DEUS, e designados pela igreja local, para exercerem a
operacionalidade de serviços ou ministérios.
Os dons ministeriais são indispensáveis ao “aperfeiçoamento dos santos, para a
obra do ministério, para edificação do corpo de CRISTO” (Ef 4.12). Neste
estudo, o texto básico para referência é o capítulo 4, da epístola de Paulo aos
Efésios.
Se alguém é chamado por JESUS mesmo para ser evangelista, ele mesmo é um “dom”,
assim como sua função de evangelizar. E assim por diante, se alguém é chamado
por JESUS mesmo para ser Pastor ele mesmo é um “dom”, assim como sua função de
pastorear. É JESUS quem escolhe o ministro, que concede os que podem ser
chamados de “homens-dons” à igreja. Evidente que hoje temos escolhas
eclesiásticas para o ministério, não sendo um chamado do próprio JESUS com
confirmação do ESPÍRITO SANTO.
Por isso, o apóstolo Paulo diz “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e
outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e
doutores” (Ef 4.11). A expressão “ele mesmo deu” indica que o dom precede o
ofício. Diz Donald Gee: “Se ‘Ele concedeu, está fora de dúvida não poder haver
ministério divinamente ordenado sem o Seu dom”.
O primeiro dom ministerial que estudaremos é o de apóstolo. Há uma controvérsia
que atravessa séculos acerca da atualidade do ministério de apóstolo. Há uma
corrente de estudiosos da Bíblia, que podemos chamar de “Cessacionistas”, a
exemplo do que ocorre com a atualidade dos dons espirituais do ESPÍRITO SANTO,
que também entende que o ministério apostólico “cessou” com os primeiros
discípulos de CRISTO. Outros entendem que ainda existem apóstolos, hoje, ainda
que numa conotação um tanto diferente dos primeiros doze apóstolos de CRISTO.
Além dos 12 apóstolos de CRISTO, que integraram o chamado “Colégio Apostólico”,
vemos, no Novo Testamento, que outros apóstolos foram levantados por DEUS, sem
que nenhum se considerasse sucessor de outro. Paulo e Barnabé não pertenciam ao
“grupo dos 12”; mas eram apóstolos, credenciados por DEUS para realizar a
missão que lhes foi confiada (1 Co 1.1; Cl 1.1; At 13.46); Tiago, “irmão do
Senhor”, também recebia a qualificação de apóstolo (Gl 1.19).
(Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. Pag. 70-72.
Com vários acréscimos e modificações do Pr. Henrique)
Observação - Atualmente percebemos que o ESPÍRITO SANTO continua a distribuir,
os “dons espirituais”, “repartindo particularmente a cada um como quer” - 1 Co
12.11, e também JESUS continua concedendo diversos ministérios à igreja,
através de homens que ELE mesmo escolheu e o ESPÍRITO SANTO confirmou com
sinais, prodígios e maravilhas- Ef 4.11).
Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para
cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para
profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para
edificação do corpo de CRISTO, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao
conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa
de CRISTO, Efésios 4:10,13.
“os apóstolos, os profetas, os evangelistas, os pastores e mestres”.
Diferentemente do v. 7, onde se falava da distribuição de dons individuais para
todos os membros da igreja, Paulo aqui designa determinadas pessoas como dom de
CRISTO. Em vista da proximidade do presente trecho com Ef 1.20-23 é preciso
chamar atenção para o fato de que em Ef 1.22 o CRISTO exaltado foi “concedido”
como cabeça sobre a igreja toda. Logo CRISTO é a “dádiva principal” para sua
igreja, no seio da qual ele próprio “concede” determinadas pessoas.
De modo diverso da listagem análoga em 1 Co 12.28-30, Paulo emprega aqui o
artigo definido para cada uma das pessoas. Isso permitiria concluir que na
carta aos Efésios não se trata da tarefa em geral, mas do grupo claramente
delimitado de representantes incumbidos do serviço específico. Essa diferença
também é constatável em relação a Rm 12.6s, onde são arroladas não as
respectivas pessoas, mas cada uma das atividades: profecia, diaconia,
exortação, etc.
No mesmo sentido Paulo havia falado também em Ef 2.20 do “fundamento dos
apóstolos e profetas” e em Ef 3.5 de “seus santos apóstolos e profetas”. Diante
das demais considerações em Ef 4.12ss, parece que essa ênfase se refere
especificamente às tarefas de proclamação, direção e ensino. Por isso não são
mencionados aqui outros dons da graça que aparecem em Rm 12 e 1 Co 12.
Não se deve esquecer que também na primeira carta aos Coríntios os dons e as
pessoas agraciadas com eles aparecem no começo das respectivas listas, de modo
que o tratamento do conflito causado por fenômenos entusiastas é marcado por uma
clara premissa: isso diz respeito em 1 Co 12.8 à palavra da sabedoria e à
palavra do conhecimento, dadas pelo ESPÍRITO, e em 1 Co 12.28 “primeiramente a
apóstolos, em segundo lugar a profetas, e em terceiro lugar, a mestres”. A
combinação de “profetas e mestres” ocorre em At 13.1. Em 1Tm 2.7 (também em 2Tm
1.11). Paulo relaciona consigo mesmo o serviço de “pregador” (cf.
“evangelista”), apóstolo e mestre (dos gentios). É digno de nota que também
esse trecho está visivelmente próximo de Ef 4.4ss: a confissão do único DEUS e
do único Mediador entre DEUS e os humanos, que se “deu” como pagamento de
resgate, é seguida pela transição para a investidura de Paulo como “arauto”
desse evento de salvação.
Segundo esse pensamento CRISTO presenteou sua igreja com dons, i.é, com pessoas
incumbidas e capacitadas que possuem uma relevância fundamental para a
construção e o crescimento da igreja. Trata-se aqui daqueles que proclamaram e
explicaram o evangelho da salvação em JESUS CRISTO de acordo com a situação
atual dos ouvintes, bem como firmaram, exortaram e encorajaram as incipientes
igrejas através dessa palavra.
Nesse contexto duas coisas são irrenunciáveis: a importância das referidas
pessoas como “detentores de cargo” não vem delas mesmas. Pelo contrário, são
presentes do Senhor à igreja dele. Elas, por sua vez, receberam seus dons
daquele que é o verdadeiro presente para a igreja (Ef 1.23). Possuem
importância fundamental para a constituição da igreja, motivo pelo qual de
forma alguma podem ser arbitrariamente substituídos.
Ef 4.13 A edificação, o crescimento do corpo de CRISTO, estão direcionados para
um alvo que é indicado neste versículo. A expressão “chegar” pode significar
literalmente alcançar um lugar (diversas vezes em At: p. ex., At 16.1; 18.19;
etc.), mas também pode ser usada em sentido figurado (o fim dos tempos chegou:
1 Co 10.11). Assim como aqui, em Fp 3.11 ela implica a atenta orientação rumo
ao alvo visado, quando Paulo afirma de si: “para alcançar a ressurreição dentre
os mortos”.
Eberhard Hahn. Comentário Esperança Efésios. Editora Evangélica Esperança (Com
vários acréscimos e modificações do Pr. Henrique).
A Classificação dos Dons (Ef 4.11)
Nesta passagem, Paulo está interessado em apresentar os ofícios necessários
para a expansão e sustento da igreja. CRISTO deu à igreja os apóstolos: (Obs.
Minha – Pr. Henrique - Plantadores de igrejas - Os apóstolos eram os
dirigentes. CRISTO os investiu com dons extraordinários, poder para operar
milagres e uma infalibilidade para anunciar sua verdade). Os missionários, se
tivessem autoridade apostólica concedidos pela Igreja e dons do ESPÍRITO SANTO
presentes em seu ministério, se fosse enviado só para locais sem crentes,
poderiam ser considerados hoje como apóstolos.
Sendo eles colocados para darem testemunho do CRISTO vivo através dos seus
milagres e doutrina, Ele os enviou a espalhar o evangelho e a implantar e
governar igrejas;
Os profetas tinham o seu dom especial era o de ministério inspirado (Palavra de
sabedoria - revelação do futuro - Atos 11.28 e 21.11 - e de conhecimento –
revelação de fatos que ocorriam sem o conhecimento geral, dom da fé para
ressuscitar mortos, curas e milagres; Os evangelistas eram pregadores
itinerantes, que iam de lugar em lugar para ganhar os incrédulos (cf. 2 Tm
4.5), de modo muito semelhante como se faz hoje e eram tremendamente usados em
curas e expulsão de demônios, milagres e dom da fé; Pastores de um rebanho de
comunicantes; a palavra grega (poimen) empregada aqui significa, literalmente,
“pastor de ovelhas”. A tarefa dos pastores é alimentar o rebanho e protegê-lo
dos perigos espirituais – eram conselheiros e organizadores do trabalho da
igreja – neles operava muito o dom de discernimento de espíritos para julgarem
as profecias e descobrirem falsos mestres e falsos profetas o meio da igreja;
doutores representam uma classe de responsabilidade grande na área do ensino da
igreja – Neles operava neles os dons de curar, a profecia, as línguas e
interpretação de línguas. Não é nada fixado ou pré-determinado. Cada um busca o
Dom melhor para equipar seu ministério e o ESPÍRITO SANTO vai concedendo assim
que necessário.
Os cinco ministérios são concedidos pelo ESPÍRITO e dados por CRISTO à sua
igreja.
Estes dons ministeriais são dados para promover a edificação, exortação e
consolação a igreja e para evangelização eficiente. Uma vez mais, Paulo usa
três frases, cada uma iniciada com a preposição grega eis: 1) à unidade da fé;
2) a varão perfeito; 3) à medida da estatura completa de CRISTO. Estas não são
idéias paralelas. A primeira fala do meio da maturidade, a segunda fala da
realidade da maturidade e a terceira fala da medida da maturidade. Uma tradução
melhor do versículo seria esta: “Assim, todos finalmente atingiremos a unidade
inerente em nossa fé e em nosso conhecimento do Filho de DEUS, e chegaremos à
maturidade, medida por nada menos que a estatura completa de CRISTO” (NEB).A
unidade da fé e do conhecimento do Filho de DEUS constitui o meio do
amadurecimento (cf. RA).
A varão perfeito refere-se ao nível de maturidade coletiva e individual na
igreja, no qual o poder de DEUS se manifesta inteiramente em santidade e
justiça. Tal estado será atingido em seu significado máximo futuramente, quando
possuirmos a graça de CRISTO na perfeição da ressurreição (cf. Fp 3.7-16).
Evidente que vão sendo aperfeiçoados até o dia do arrebatamento, quando então
seremos semelhantes a CRISTO, nunca igual. Paulo procurava a santificação e a
perfeição imitando a CRISTO e ele mesmo confessa nunca a ter atingido
completamente.
Nosso objetivo é continuar nesta busca sempre.
Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,
Hebreus 12:14
Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar
aquilo para o que fui também preso por CRISTO JESUS. Filipenses 3:12
Willard H. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9.
pag.160-162. E algumas adaptações, mudanças e alguns acréscimo meus - Pr.
Henrique.
PASTOR - MINISTÉRIO ECLESIÁSTICO OU MINISTÉRIO DE CRISTO?
Pastor - ministério eclesiástico (humano)- escolhido por homens.
Pastor - Dom de CRISTO - Ministério ou pessoa dada por CRISTO a igreja -
(Sobrenatural, confirmado por DEUS com sinais, prodígios e maravilhas
Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência,
por sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12.
Varões israelitas, escutai estas palavras: A JESUS Nazareno, varão aprovado por
DEUS entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que DEUS por ele fez no meio
de vós, como vós mesmos bem sabeis; Atos 2:22.
testificando também DEUS com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas,
e dons do ESPÍRITO SANTO, distribuídos por sua vontade? Hebreus 2:4
QUANDO A ESCOLHA É FEITA POR DEUS É CONFIRMADA POR SINAIS PRODÍGIOS E
MARAVILHAS.
I - O COLÉGIO APOSTÓLICO
Primeiro colégio apostólico:
Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e
André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e
Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado
Tadeu; Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu. Mateus 10:2-4
1. O termo “apóstolo”.
(Strong português) - αποστολος - apostellein - apóstolos - Em hebraico shalah
1) um delegado, mensageiro, alguém enviado com ordens
1a) especificamente aplicado aos doze apóstolos de CRISTO (primeiro colegiado)
1b) num sentido mais amplo aplicado a outros apóstolos cristãos eminentes
(segundo colegiado e até nossos dias)
1b1) Barnabé e Paulo (At 14.14)
1b2) Andrônico e Júnia (Rm 16:7)
1b3) Irmãos de JESUS, Judas (Mt 13.55; Jd 1.1) e Tiago (Gl 1.19; At 15.13).
E algumas adaptações, mudanças e alguns acréscimo meus - Pr. Henrique.
Na língua grega, em que foi escrito o Novo Testamento, a palavra apóstolo tem o
significado de um enviado, um mensageiro ou um delegado. “Apóstolos. Um
delegado; especialmente um embaixador do evangelho; oficialmente, uma pessoa
comissionada por CRISTO [um apóstolo’] (com poderes miraculosos): — apóstolo,
mensageiro, aquele que é enviado”.
Essa é a conceituação de apóstolo, em seu sentido original. Apóstolo não é
qualquer pessoa que “vai” ou que é mandada por alguém, numa visão humana. “O
apóstolo é enviado por CRISTO do mesmo modo pelo qual foi Ele enviado pelo Pai;
e pelo menos com algo quanto de tudo implica autoridade e poder, e graça e
amor”.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 72.
O termo grego apóstolos vem de αποστολος - Apostellein - apóstolos, no grego -
do verbo apostellein, “enviar”, “remeter”. A Septuaginta utiliza o grego
apóstolos para traduzir o hebraico shalah e seus termos derivados. O
substantivo e o verbo são usados pela LXX para traduzir o hebraico shalah e
seus derivativos. Estas palavras gregas e hebraicas são ocasionalmente usadas
para mensageiros com ênfase naquele que envia, de forma que o agente se toma
uma extensão da personalidade e da influência do mestre (Gn 45.4-8; 1 Rs 14.6).
K. H. Rengstorf, T. W. Manson e outros tentaram rastrear a palavra do NT e
chegar ao termo judaico shaliah (usado em relação a um representante cujas
funções não podem ser transferidas; representante da autoridade religiosa, seja
de um indivíduo ou de um grupo; agente de DEUS). A palavra Apostolos, usada
para “mensageiro” ou “agente”, também é encontrada no grego clássico (Heródoto
i.21; v. 38; cf. Eurípedes, Iphigeneia in Aulis, 688). No NT a palavra
“apóstolo” é usada tanto em um sentido amplo quanto estrito. Todo apostolado é
centrado em JESUS, que é o Apóstolo (Hb 3.1-6) enviado por DEUS para ser o
Salvador do mundo (1 Jo 4.14). Embora João não use o substantivo, ele
frequentemente usa o verbo e descreve as funções do Senhor JESUS como o
Apóstolo de DEUS. Ele foi enviado por DEUS (Jo 7.28,29; 8.42) para falar as
palavras de DEUS (3.34), para fazer as obras (5.36; 6.29) e a vontade (6.38) de
DEUS, para revelar a DEUS (5.37-47), para dar a vida eterna (17.2,3). Todo o
apostolado subsequente tem seu centro em DEUS através de JESUS CRISTO (Jo
17.18-26; 20.21-23) e é mediador de CRISTO em palavra e pessoa (Mt 10.40; Lc
10.16).
Mateus e Marcos usam o termo “apóstolo” apenas uma vez para se referirem aos
doze que foram enviados em uma viagem missionária (Mt 10.2; Mc 6.30). Aqui,
este termo designa uma função ao invés de uma posição. Durante o ministério de
JESUS, os doze não eram, a princípio, mensageiros, mas, homens selecionados que
foram iniciados no reino vindouro e, portanto, consideravam seu dever conclamar
o povo de Israel ao arrependimento e, em última análise, julgá-lo (Mt
19.28-30).
Lucas, frequentemente, e quase que exclusivamente, chama os doze de “apóstolos”
(Lc 6.13; 9.10; 17.5; 22.14; 24.10; At 1.26; 2.43; 4.35,37; 5.2,12,18; 8.1.
Exceções: Lc 11.49; At 14.4,14). Os apóstolos foram testemunhas oculares das
atividades de JESUS na terra e consequentemente testificaram que JESUS era o
Senhor ressurreto (Lc 24.45-48; 1 Jo 1.1- 3). Os pré-requisitos para a
substituição apostólica nesta função única são dados em At 1.21,22.
É necessário, pois, que, dos varões que conviveram conosco todo o tempo em que
o Senhor JESUS entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até
ao dia em que dentre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco
testemunha da sua ressurreição. Atos 1:21,22
A lista de apóstolos de Lucas (Lc 6.14- 16; At 1.13) corresponde à lista dos
doze dadas em Mateus 10.2-4 e Marcos 3.16-19.
Mateus lista os discípulos aos pares, supostamente como enviados por JESUS,
Tadeu (em Mateus e Marcos) era idêntico a Judas o filho de Tiago (em Lucas).
Pedro, Tiago e João formavam um círculo íntimo dentre os doze, e estavam
presentes no episódio da transfiguração (Mt 17,1-9; Mc 9.2-10; Lc 9.28-36) e no
Getsêmani (Mt 26.36-46; Mc 14.32-42; Lc 22.39-46). Os doze foram selecionados
para ser os companheiros de JESUS e proclamar o Evangelho (Mc 3.14). Durante o
ministério de JESUS, os doze serviram como seus representantes, uma função
compartilhada por outros (Lc 10.1).
Aparentemente, a posição dos apóstolos não foi fixada permanentemente antes da
ressurreição (Mt 19.28-30; Lc 22.28-34; cf. Jo 21.15- 18). O CRISTO ressurreto
fez deste grupo seleto de testemunhas do seu ministério e ressurreição,
apóstolos e testemunhas permanentes de que Ele é o Senhor, os comissionou como
missionários, os instruiu a ensinar e batizar (Mt 28.18-20; Mc 16.15-18; Lc
24.46- 48), e completou o processo com o envio do ESPÍRITO SANTO no Pentecostes
(Lc 24.49; At 1.1-8; 2.1-13) e capacitação com Dons do ESPÍRITO SANTO daí para
frente. No período inicial, os 12 apóstolos eram os únicos ensinadores e líderes
da igreja, e outros ofícios foram derivados deles (At 6.1-6; 15.4). O
apostolado não implicava em uma liderança permanente. Embora Pedro tenha
iniciado missões aos judeus (Atos 2) e aos gentios (At 10.1-11.18), Tiago o
substituiu como líder entre os judeus, e Paulo como líder entre os gentios.
Paulo usa o termo “apóstolo” em um sentido amplo para um mensageiro ou agente
(2 Co 8.23; Fp 2.25; e possivelmente em Rm 16.7). Geralmente, porém, Paulo usa
a palavra para um grupo de testemunhas que havia visto o Senhor ressurreto e
que havia recebido um chamado específico para um apostolado. Este grupo era
maior que os doze (At 15.5,6). Incluído neste grupo estava Tiago, o irmão do
Senhor (At 15.13; Gl 1.19), Paulo (Rm 1.1; 1 Co 1.1; 9.1,2; 15.8-10; Gl 2.7,8),
provavelmente Barnabé (1 Co 9.1-6; Gl 2.9; cf. At 14.4.14), Tiago, irmão do
Senhor (Gl 1.19; At 15.13) e possivelmente outros (Rm 16.7). No entanto, o
Senhor ressurreto, de quem Paulo se tornou uma testemunha é idêntico ao JESUS
histórico de quem os doze também testemunharam. Consequentemente, a proclamação
de Paulo deve ser idêntica à dos doze (1 Co 15.11; Gl 1.18; 2.7-10; cf. At 15).
João enfatiza a obra do ESPÍRITO que testemunha através das palavras dos
apóstolos (Jo 15.26,27). Através da pregação do Evangelho, JESUS CRISTO, o
Senhor ressurreto, é contemporâneo aos ouvintes, e os coloca no mesmo patamar
das testemunhas oculares (cf. 1 Co 3.21-23).
Os membros da igreja são sacerdotes, reis, servos de DEUS e santos que usam
seus dons para a edificação da igreja como um todo (1Co 12.1-11; 1 Pe 2.9; Ap
1.6; 5.8,10; 7.3), pregam e ensinam o evangelho e, como os apóstolos, são
mediadores de CRISTO Mt 25.40,45; Mc 9.37; Lc 9.48) e reinarão com Ele (Ap
3.21).
Os apóstolos, porém, através do testemunho de sua palavra, sempre serão a norma
e os arautos do fundamento sobre o qual CRISTO edifica a sua igreja (Ef 2.20;
Ap 18.20; 21.14). Os apóstolos são as primeiras dádivas de CRISTO para a sua
igreja (Ef 4.11) e os ministros estabelecidos por DEUS na igreja (1 Co
12.28,29).
Dicionário Bíblico Wycliffe E algumas adaptações, mudanças e alguns acréscimo
meus - Pr. Henrique.
2- O colégio apostólico. (prefiro usar primeiro colégio apostólico)
Entende-se por “Colégio apostólico” o grupo dos 12 primeiros discípulos de
JESUS, que foram convidados por Ele para dar início ao seu ministério terreno.
Primeiramente, Ele os fez discípulos ou seguidores. JESUS foi o Apóstolo Líder
do Grupo dos Doze. Ele foi enviado pelo Pai (Jo 20.21). Foram três anos
aproximadamente, em que eles aprenderam as verdades de DEUS com o maior Mestre
da História. Após o seu discipulado, aos pés de CRISTO, e o recebimento do
batismo com o ESPÍRITO SANTO (Lc 24.49; At 1.8), aqueles 12 foram enviados para
proclamar o evangelho, ou as Boas-Novas de salvação (Lc 6.13). Eles
constituíram a base ministerial para o crescimento, o desenvolvimento e a
expansão do Reino de DEUS e da Igreja de CRISTO, por todo o mundo. Eles
aprenderam com JESUS, usando o poder de DEUS para confirmar tanto seus
ministérios apostológicos quanto a Palavra de DEUS. E eles, tendo partido,
pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a
palavra com os sinais que se seguiram. Amém! Marcos 16:20. Os sinais do meu
apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência, por sinais,
prodígios e maravilhas.
2 Coríntios 12:12
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 72-73. E algumas
adaptações, mudanças e alguns acréscimo meus - Pr. Henrique.
A escolha que JESUS fez dos doze discípulos que gradualmente se reuniram ao seu
redor é uma importante referência na história do evangelho.
Tal ato divide o ministério do nosso Senhor em duas partes provavelmente muito
semelhantes quanto à duração, mas diferentes quanto à extensão e a importância
do trabalho realizado em cada uma. No período inicial JESUS trabalhou sozinho;
suas obras milagrosas estavam confinadas a uma área limitada, e seu ensino era,
em sua maior parte, de caráter elementar. Mas na ocasião em que os doze foram
escolhidos, a obra do reino "assumiu dimensões que requeriam organização e
divisão de trabalho. O ensino de JESUS estava começando a ser de natureza mais
profunda e elaborada, e suas atividades beneficentes estavam crescendo muito.
E provável que a escolha de um número limitado de discípulos para ser seus
companheiros íntimos e constantes tenha se tornado uma necessidade para CRISTO,
em consequência de seu próprio sucesso ao fazer discípulos. Seus seguidores
eram tão numerosos a ponto de serem um impedimento aos seus movimentos,
especialmente nas longas jornadas que marcam a parte posterior de seu
ministério. Era impossível que todos os que criam pudessem então continuar a
segui-lo de modo literal, para onde quer que Ele fosse: o grande número de
pessoas agora poderia ser apenas de seguidores ocasionais. Mas era seu desejo
que alguns homens escolhidos estivessem consigo em todos os momentos e em todos
os lugares — seus companheiros de viagem em todas as suas jornadas, testemunhando
toda a sua obra e ministrando às suas necessidades diárias. E assim, nas
palavras singulares de Marcos: “E subiu ao monte e chamou para si os que ele
quis; e vieram a ele. E nomeou doze para que estivessem com ele...”.
Estes doze, contudo, como sabemos, deveriam ser mais que meros companheiros de
viagem ou servos comuns do Senhor JESUS CRISTO. Eles deveriam ser, então,
aprendizes da doutrina cristã, e ocasionais cooperadores das obras do reino, e
mais tarde agentes treinados, escolhidos por CRISTO para propagar a fé depois
que Ele deixasse a terra. A partir do momento em que foram escolhidos, de fato,
os doze iniciaram um aprendizado regular para o grande ofício do apostolado, no
curso do qual deveriam aprender, na privacidade de um relacionamento íntimo diário
com seu Mestre, como deveriam ser, agir, crer, e ensinar como suas testemunhas
e seus embaixadores no mundo. Doravante o treinamento desses homens deveria ser
uma parte constante e proeminente da obra pessoal de CRISTO. Ele os orientava à
noite a respeito do que deveriam falar de dia, e falava aos seus ouvidos o que
nos anos posteriores anunciariam publicamente.
A ocasião em que ocorreu essa eleição (embora não se conheça tal data com
precisão) é fixa em relação a certos eventos-chave da história do evangelho.
João se refere aos doze como uma companhia organizada na ocasião em que o
Senhor realizou o milagre de alimentar mais de cinco mil pessoas, e do discurso
sobre o Pão da vida na sinagoga de Cafarnaum, proferido pouco tempo após aquele
milagre. Desse fato aprendemos que os doze foram escolhidos pelo menos um ano
antes da crucificação; pois o milagre da multiplicação dos alimentos ocorreu,
de acordo com o quarto evangelista, logo após a festa da Páscoa. A partir das
palavras ditas por JESUS aos homens que havia escolhido, transmitindo a sua
pergunta em relação à fidelidade devida a ele depois da multidão tê-lo
abandonado: “Não vos escolhi a vós os doze? E um de vós é um diabo”, concluímos
que a escolha não era tão recente. Os doze haviam estado juntos durante tempo
suficiente para dar ao falso discípulo a oportunidade de mostrar o seu
verdadeiro caráter.
Voltando agora aos evangelistas sinópticos, encontramo-los tentando estabelecer
a posição da eleição em referência a dois outros eventos ainda mais
importantes. Mateus fala pela primeira vez dos doze como um corpo distinto em
relação à sua missão na Galileia. Ele não diz, contudo, que foram escolhidos
imediatamente antes e com referência direta a tal missão. Antes, fala como se a
fraternidade apostólica já existisse anteriormente, sendo estas as suas
palavras: “E, chamando os seus doze discípulos...”
Lucas, por outro lado, faz um relato formal da eleição, como um prefácio de seu
relatório do Sermão da Montanha, dando a impressão de que um evento ocorreu
logo após o outro. Finalmente, a narrativa de Marcos confirma o ponto de vista
sugerido por essas observações de Mateus e Lucas, isto é, os doze foram
chamados pouco antes da realização do Sermão da Montanha, e um tempo
considerável antes de terem sido enviados em missão para pregar e curar. Está
escrito: “E subiu ao monte e chamou para si os que ele quis” — a subida
obviamente se refere à ocasião em que JESUS subiu antes de pregar seu grande
discurso, subiu a orar antes de escolher. Marcos continua: “E nomeou doze para
que estivessem com ele e os mandasse a pregar e para que tivessem o poder de
curar as enfermidades e expulsar os demônios”. Aqui há uma alusão feita a uma
intenção da parte de CRISTO de enviar seus discípulos em uma missão, mas a
intenção não é representada e imediatamente executada. Nem pode ser dito que a
execução imediata esteja implícita, embora não tenha sido expressa; o
evangelista faz um relato da missão como consta em vários capítulos seguintes
em seu Evangelho, iniciando com estas palavras: “Chamou a si os doze, e começou
a enviá-los de dois a dois...”. Era o treinamento na evangelização Veja que
curas, expulsão de demônios e milagres estavam incluídos (Curai os enfermos,
limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça
recebestes, de graça dai. Mateus 10:8).
Não podemos determinar com exatidão em que período do ministério de nosso
Senhor o sermão em si deve ser precisamente alocado. Nossa opinião, contudo, é
que o Sermão da Montanha foi proferido próximo ao primeiro ministério
prolongado de CRISTO na Galileia, durante o tempo passado entre as duas visitas
a Jerusalém em ocasiões de festas mencionadas no segundo e no quinto capítulo
do Evangelho de João.
O número da companhia apostólica é significativo e, sem dúvida, uma questão de
escolha, assim como a composição daquele grupo seleto. Um número maior de
homens elegíveis poderia ser facilmente encontrado no círculo de discípulos
que, mais tarde, não se tornou menor que setenta auxiliares na obra
evangelística; e um número menor pode ter servido a todos os propósitos
presentes ou futuros do apostolado. O número doze foi recomendado por óbvias
razões simbólicas.
Do número do grupo apostólico passamos para as pessoas que o compõem.
Sete dos doze — os primeiros sete na lista de Marcos e Lucas, presumindo que
Bartolomeu seja Natanael — são pessoas já conhecidas por nós. Dois dos cinco
restantes — o primeiro e o último — conheceremos bem à medida que avançarmos na
história. Tomé, chamado Dídimo ou o Gêmeo, aparece como um homem de coração
terno, mas de temperamento melancólico, pronto para morrer por seu Senhor, mas
lento para crer em sua ressurreição. Judas Iscariotes é conhecido em todo o
mundo como o Traidor. Ele aparece pela primeira vez nessa lista de apóstolos com
o título infame marcado em sua testa: “Judas Iscariotes, aquele que o traiu”. A
presença de um homem capaz de trair entre os discípulos eleitos é um mistério
no qual não devemos tentar penetrar. Meramente fazemos aqui uma observação
histórica sobre Judas — ele parece ter sido o único não galileu entre os doze.
Seu sobrenome veio aparentemente de seu lugar de origem, Queriote; e no livro
de Josué podemos constatar que existia uma cidade com tal nome na fronteira do
sul da tribo de Judá.
Os três nomes que restam são extremamente obscuros. Tiago, filho de Alfeu. O
próximo na lista de Mateus e Marcos é apontado por muitos como sendo o irmão
deste Tiago. Lebeu e Tadeu dos dois primeiros Evangelhos, encontrarmos na lista
de Lucas o nome Judas “... de Tiago”. A elipse nesta designação foi preenchida
pela palavra irmão, e presume-se que o Tiago aludido seja Tiago, filho de
Alfeu. Independentemente de quão tentador esses resultados possam ser, não
podemos considerá-los como apurados, e devemos nos satisfazer com a ideia de
que em meio aos doze havia um segundo Tiago, além do irmão de João e filho de
Zebedeu, e também um segundo Judas, que novamente aparece como um interlocutor
na conversa de despedida entre JESUS e seus discípulos na noite anterior à
crucificação, cuidadosamente distinguido do traidor, pelo evangelista, através
da anotação parentética: “não o Iscariotes”. Este Judas, que é o próprio Lebeu
ou Tadeu, foi chamado de discípulo de três nomes.
O discípulo a quem reservamos o último lugar, como aquele que fica no topo de
todas as listas, é Simão. Este segundo Simão é desconhecido, enquanto o
primeiro é notório, porque não é mencionado na história do evangelho, exceto
nas listas dos apóstolos; e assim, pouco se sabe a respeito dele, o apelido
anexado ao seu nome leva a uma informação curiosa e interessante. Ele é chamado
de kananita (não de cananita), o que é uma designação política e não
geográfica, como consta no termo grego que Lucas usou para substituir o termo
hebraico, chamando o discípulo do qual falamos de Simão, o zelote. Este
apelido, zelote, relaciona Simão indiscutivelmente ao famoso partido que surgiu
da rebelião sob a coordenação de Judas nos dias da taxação, aproximadamente
vinte anos antes do início do ministério de CRISTO, quando a Judéia e Samaria
ficaram sob o comando direto do governo de Roma, e o censo populacional foi
feito com a intenção de se impor uma tributação subsequente.
Que fenômeno singular foi a presença desse ex-zelote entre os discípulos de
JESUS! Dois homens não poderiam diferir mais em relação ao seu espírito, metas,
e pretensões do que Judas (o líder dos zelotes) e JESUS de Nazaré. Um era um
político descontente; o outro, completamente vencedor, daria a César o que era
de César. O primeiro desejava a restauração do reino de Israel, adotando como
lema: “Nós não temos um Senhor ou Mestre, exceto DEUS”; o segundo desejava a
fundação do reino que não era nacional, e sim universal; não deste mundo, e sim
“puramente espiritual”. Os métodos empregados pelos dois eram tão diferentes
quanto os seus objetivos e fins. Um havia recorrido às armas carnais de guerra,
a espada e o punhal; o outro confiava apenas na força bondosa e amável, porém
onipotente, da verdade.
Não sabemos o que levou Simão a deixar Judas (o líder dos zelotes) para seguir
JESUS; mas ele fez uma troca feliz para si, pois anos depois o partido que ele
abandonou atraiu a ruína para si e seu país devido a seu patriotismo fanático,
inconsequente e inútil. Embora a insurreição de Judas fosse subjugada, o fogo
do descontentamento ainda queimava no peito dos seus adeptos; e com o tempo,
eclodiu na fogueira de uma nova rebelião, que fez surgir uma luta mortal contra
o poder gigantesco de Roma, e terminou na destruição da capital do judaísmo, e
na dispersão do povo judeu.
A escolha desse discípulo para ser um apóstolo fornece uma outra ilustração do
desprezo de CRISTO pela sabedoria humana. Não era seguro transformar um
ex-zelote em um apóstolo, porque ele poderia ser o meio de transformar JESUS e
os seus seguidores em objetos de suspeitas políticas. Mas o Autor da nossa fé
estava disposto a correr este risco. Ele desejava ganhar tanto discípulos das
classes perigosas como das classes desprezadas, e queria que também estivessem
representados entre os doze.
É uma surpresa agradável pensar que Simão, o zelote, e Mateus, o publicano,
homens de posições opostas, estivessem juntos e em comunhão naquele pequeno
grupo de doze pessoas. Na pessoa desses dois discípulos os extremos se tocam —
o ex-coletor de impostos e aquele que odiava os impostos: o judeu que não era
patriota, que havia se degradado ao se tornar um servo do governante
estrangeiro, e o judeu patriota, que se irritava com o domínio estrangeiro, e
suspirava pela emancipação.
Esta união dos opostos não era acidental, mas havia sido designada por JESUS
como uma profecia daquilo que aconteceria no futuro. Ele desejava que os doze
fossem a igreja em miniatura ou como o seu embrião; e assim, Ele os escolheu
para que a distinção entre publicanos e zelotes não existisse, e então na
igreja do futuro não deveria haver nem gregos nem judeus, circuncisão ou
incircuncisão, escravos ou livres, mas somente CRISTO — Ele é tudo em todos e
todos estão nele. Estes eram os nomes dos doze conforme consta nas listas dos
evangelistas. Quanto à ordem são apresentados, examinando-se cautelosamente as
listas, podemos observar que elas contêm três grupos de quatro pessoas, e em
cada um deles os mesmos nomes são sempre encontrados, embora a ordem não seja a
mesma. O primeiro grupo inclui aqueles que são mais conhecidos, o segundo
inclui aqueles que são pouco menos conhecidos, e o terceiro inclui aqueles que
são os menos conhecidos de todos, exceto no caso do traidor, que ficou muito
bem conhecido. Pedro, a figura mais proeminente entre os doze, está no topo de
todas as listas, e Judas Iscariotes no rodapé, cuidadosamente designado,
conforme já foi observado, como o traidor.
E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a
quem também deu o nome de apóstolos: Simão, ao qual também chamou Pedro, e
André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago,
filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas
Iscariotes, que foi o traidor. Lucas 6:13-16
Estes foram os homens que JESUS escolheu para o acompanharem enquanto estivesse
nesta terra, e para dar continuidade à sua obra depois de sua partida. Estes
são os homens que a igreja celebra como “a companhia gloriosa dos apóstolos”. O
louvor é merecido; mas a glória dos doze não era deste mundo. Sob um ponto de
vista mundano, alguns podem considerá-los, de fato, uma companhia
insignificante — um grupo de pobres e iletrados galileus provincianos,
totalmente desprezados, privados das características sociais mais elevadas, com
mínimas chances de serem escolhidos por alguém que valorizasse as considerações
da prudência.
Por que JESUS escolheu tais homens? Teria Ele sido levado por sentimentos de
antagonismo por aqueles que possuíam vantagens sociais, ou uma predileção por
homens de sua própria classe? Não; sua escolha foi feita com base na verdadeira
sabedoria. Se Ele escolheu principalmente os galileus, não foi por preconceito
provincial contra aqueles do sul; se, como algumas pessoas pensam, Ele escolheu
dois ou mesmo quatro de seu próprio parentesco, não foi por nepotismo; se Ele
escolheu homens rudes, ignorantes, humildes, não foi movido pela inveja do
conhecimento, da cultura, ou da boa origem. Se qualquer mestre, homem rico, ou
governante estivesse disposto a se entregar sem reservas ao serviço do reino, nenhuma
objeção teria sido feita a ele em virtude de suas habilidades, posses ou
títulos. O caso de Saulo de Tarso, o pupilo de Gamaliel, prova a verdade dessa
afirmação. Nem mesmo o próprio Gamaliel poderia ter impedido que Paulo se
tornasse um discípulo do Nazareno. Mas sim! Nem ele nem nenhuma de suas ordens
chegariam tão longe. Por esta razão o desprezado Senhor não teve nenhuma
oportunidade de mostrar sua disposição de aceitá-los como discípulos e
escolhê-los como apóstolos.
A verdade é que JESUS quis se contentar com pescadores, publicanos, e antigos
zelotes como apóstolos. Eles eram o melhor que se poderia obter. Aqueles que se
consideravam melhores, eram também muito orgulhosos para se tornarem
discípulos, e por isso se excluíram do que o mundo considera agora como a honra
de serem os príncipes escolhidos do reino. A aristocracia civil e religiosa se
gabava de sua descrença. Os cidadãos de Jerusalém se sentiram, por um momento,
interessados no jovem entusiasta que havia purificado o templo com um chicote
de correias curtas; mas a fé deles era superficial e sua atitude era defensiva,
e por isso JESUS não se entregou a eles, porque sabia o que havia no interior
de cada um deles. Alguns poucos eram simpatizantes sinceros, mas não estavam
decididos quanto ao seu ingresso na eleição para o apostolado. Nicodemos mal
era capaz de dizer uma tímida palavra apologética a favor de CRISTO, e José de
Arimatéia foi um discípulo “secretamente”, por medo dos judeus. Estes
dificilmente seriam os homens certos para ser enviados como missionários da
cruz — homens tão presos aos laços sociais e conexões partidárias, e tão
escravizados pelo medo dos homens. Os apóstolos do cristianismo devem ser
feitos de material rígido.
E assim JESUS preferiu optar pelos homens da Galileia: rústicos, porém simples,
sinceros e motivados. E Ele ficou bastante satisfeito com sua escolha, e
devotadamente agradeceu a seu Pai por ter-lhe concedido homens como esses.
JESUS não desprezaria a erudição, a posição, a riqueza, o requinte,
voluntariamente deixados em razão de seu serviço; mas preferia homens devotos
que não tivessem nenhuma dessas vantagens a homens não devotos que tivessem
todas elas. E com uma forte razão; isso importava muito pouco, exceto aos olhos
do preconceito contemporâneo, para o qual a posição social ou mesmo a história
prévia dos doze teria algum significado. O importante é que eram
espiritualmente qualificados para o trabalho que foram chamados a fazer. Ou
seja, o que importa não é o exterior do homem, mas o seu interior.
A. B. BRUCE. O Treinamento dos Doze. Editora CPAD. pag. 44-54. (Com algumas
adaptações, mudanças e alguns acréscimo meus - Pr. Henrique)
E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de
Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. Lucas 24:49
“Até que do alto sejais revestidos de poder”. Depois que o poder desceu, os
apóstolos não se tornaram menos racionais, porém mais racionais; não loucos,
mas sóbrios; não meros entusiastas inflamados e vazios, mas entusiastas
equilibrados, claros e dignos expositores da verdade divina, tal como o relato
de Lucas sobre o seu ministério. Em resumo, estavam prestes a ser diferentes
daquilo que foram no passado, e mais parecidos com o seu Mestre: e não mais
ignorantes, infantis, fracos, carnais, mas iniciados nos mistérios do Reino, e
habitualmente sob a direção do ESPÍRITO de graça e santidade. CURAS, SINAIS,
PRODÍGIOS E MARAVILHAS PASSARAM A FAZER PARTE DE SUAS VIDAS. ELES ENTENDERAM A
IMPORTÂNCIA DESSES SINAIS, CURAS, PRODÍGIOS E MARAVILHAS, E PEDIRAM A DEUS QUE
ISTO ESTIVESSE SEMPRE COM ELES.
E, ouvindo eles isto, unânimes levantaram a voz a DEUS e disseram: Senhor, tu
és o que fizeste o céu, e a terra, e o mar, e tudo o que neles há; que disseste
pela boca de Davi, teu servo: Por que bramaram as gentes, e os povos pensaram
coisas vãs? Levantaram-se os reis da terra, e os príncipes se ajuntaram à uma
contra o Senhor e contra o seu Ungido. Porque, verdadeiramente, contra o teu
santo Filho JESUS, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio
Pilatos, com os gentios e os povos de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão
e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer. Agora,
pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que falem
com toda a ousadia a tua palavra, enquanto estendes a mão para curar, e para
que se façam sinais e prodígios pelo nome do teu santo Filho JESUS. E, tendo
eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do
ESPÍRITO SANTO e anunciavam com ousadia a palavra de DEUS. Atos 4:24-31
Tal poder prometido era evidentemente indispensável para que fossem
bem-sucedidos. Os títulos oficiais não seriam o mais importante, e sob certos
aspectos poderiam ser vãos — apóstolos, evangelistas, pastores, professores,
governantes; as vestes clericais seriam vãs se a alma dos onze não fosse
vestida com esta peça de roupa do poder divino. Vãos, então, e igualmente vãos
agora. O mundo PRECISA ser evangelizado por homens investidos de autoridade e
poder, que têm experimentado o batismo no ESPÍRITO SANTO, que são capacitados
com dons do ESPÍRITO SANTO, e que estão visivelmente imbuídos do poder divino
da sabedoria, amor e zelo. O poder prometido era indispensável, e também era,
em sua natureza, algo a ser simplesmente esperado. Os discípulos foram
instruídos a esperar até que viesse. Não deveriam tentar fazer nada sem ele,
nem tentar alcançá-lo. Não poderiam sair de Jerusalém enquanto não recebessem.
E foram sábios o suficiente para seguir as instruções. Entenderam completamente
que o poder era necessário, e que não poderia ser alcançado, mas que deveria
vir sobre eles. Nem todos são igualmente sábios. Muitos virtualmente assumem
que o poder do qual CRISTO falou pode ser dispensado, e que, de fato, não é uma
realidade, mas uma quimera. Outros, mais devotados, acreditam no poder, mas não
na impotência do homem de investir-se dele por si mesmo. Estes tentam ganhar o
poder por meio de seu próprio trabalho, ou assumem para si e para outros uma
situação de frenesi e entusiasmo. O fracasso, mais cedo ou mais tarde, convence
essas pessoas de seus erros, mostrando que os resultados espirituais são
produzidos por algo mais do que eloquência, intelecto, dinheiro e organização;
mostra, também, que o verdadeiro poder espiritual não pode ser produzido, como
faíscas elétricas, por fricção ou estímulo, mas deve, soberana e graciosamente,
vir do alto.
A. B. BRUCE. O Treinamento dos Doze. Editora CPAD. pag. 573-574. (Com algumas
adaptações, mudanças e alguns acréscimo meus - Pr. Henrique)
E, naqueles dias, levantando-se Pedro no meio dos discípulos (ora a multidão
junta era de quase cento e vinte pessoas), disse: Varões irmãos, convinha que
se cumprisse a Escritura que o ESPÍRITO SANTO predisse pela boca de Davi,
acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a JESUS; porque foi
contado conosco e alcançou sorte neste ministério. Ora, este adquiriu um campo
com o galardão da iniquidade e, precipitando-se, rebentou pelo meio, e todas as
suas entranhas se derramaram. E foi notório a todos os que habitam em
Jerusalém, de maneira que na sua própria língua esse campo se chama Aceldama,
isto é, Campo de Sangue. Porque no Livro dos Salmos está escrito: Fique deserta
a sua habitação, e não haja quem nela habite; e: Tome outro o seu bispado. É
necessário, pois, que, dos varões que conviveram conosco todo o tempo em que o
Senhor JESUS entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até ao
dia em que dentre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha
da sua ressurreição. E apresentaram dois: José, chamado Barsabás, que tinha por
sobrenome o Justo, e Matias. E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor do
coração de todos, mostra qual destes dois tens escolhido, para que tome parte
neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou, para ir para o seu
próprio lugar. E, lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias. E, por voto
comum, foi contado com os onze apóstolos. Atos 1:15-26
Sobre Judas Iscariotes
Ao invés de um destino sem-par, com CRISTO, em glória exaltada, Judas
Iscariotes desceu ao seu lugar exclusivo de punição. A expressão «...seu
próprio lugar...» tem deixado perplexos a muitos intérpretes, razão pela qual
muitos sentidos diversos têm sido vinculados à mesma.
Cada indivíduo merece a sua própria recompensa ou retribuição, e esse galardão
ou castigo é distintivo para cada pessoa. Assim sendo, foi dito acerca de Judas
Iscariotes que ele foi para aquele lugar de castigo distintivamente seu, o «seu
próprio lugar». Ou seja, o inferno, lugar de tormento até o dia do juízo final,
quando será lançado no lago de fogo e enxofre (acréscimo meu - Pr. Henrique).
Sobre Matias
Atos 1.26. O método de «lançar sortes» consistia em colocar pedras ou
tabuinhas, com nomes escritos, em um vaso, o qual era sacudido até que um deles
caísse. Aquele cujo nome estivesse nessa pedra ou tabuinha, era considerado
como a pessoa escolhida por DEUS, porquanto pensava-se que de algum modo o
Senhor DEUS é quem causara aquela ação particular (nos lembremos de que ainda
não eram batizados no ESPÍRITO SANTO - poderiam ter perguntado diretamente a
JESUS ou ao ESPÍRITO SANTO).
(E.H. Plumptre, in loc.).
«...recair sobre Matias...» Sem importar qual método de lançamento de sortes
foi usado, o resultado é que Matias foi considerado apóstolo por escolha
divina, porquanto se aceitou o fato de que DEUS havia dirigido o salto da sorte
para fora do vaso ou urna. Desse modo Matias tomou lugar, junto com os outros
onze apóstolos, no ofício apostólico.
Com base nessa circunstância, ficamos sabendo da grande fé dos apóstolos na
providência divina, e que eles não criam que as coisas acontecessem por acaso.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 3. pag. 38; 40-41.
Atos 21/22 Pedro constata inicialmente as exigências imprescindíveis a um
“apóstolo”. Um “apóstolo” é acima de tudo uma “testemunha da ressurreição de
JESUS”. A ressurreição de JESUS é – obviamente mediante ligação indissolúvel
com sua cruz – o evento decisivo que realmente faz do evangelho um evangelho.
Sem o acontecimento do dia da Páscoa, o “cristianismo” jamais teria surgido no
mundo. Não teria significado extremo para nós e para o mundo todo o fato de que
o ser humano JESUS de Nazaré viveu, ensinou, curou, amou e sofreu, se esse
JESUS não tivesse sido despertado por DEUS e transformado em nosso “Senhor e
CRISTO” (cf. At 2.32-36; 3.13-15; 4.10-12; 13.38s; 17.30s). JESUS foi
“designado Filho de DEUS com poder, segundo o espírito de santidade pela
ressurreição dos mortos” (Rm 1.4). Essa ressurreição dentre os mortos, contudo,
constitui ao mesmo tempo o “impossível”, o humanamente inconcebível e por isso
escandaloso, irritante e ridículo (At 17.32). Por isso o testemunho originário
do apostolado, fundador da igreja, somente pode ser prestado nesse mundo
alienado de DEUS por aquela pessoa que presenciou pessoalmente o fato inaudito
da ressurreição de JESUS e que experimentou sua verdade. Essa ressurreição,
porém, não é um evento isolado em si. JESUS, e unicamente JESUS, é aquele que
ressuscitou dentre os mortos, subiu ao PAI e está à direita de DEUS
intercedendo por nós! (Rm 8.34). E precisamente JESUS é, como o Ressuscitado,
de fato o Salvador glorioso de que os pecadores precisam. Por isso a testemunha
de sua ressurreição igualmente precisa ter conhecido bem a JESUS pessoalmente.
Matias, então, é “apóstolo” não como pessoa isolada e solitária, mas – já
falávamos disso – unicamente como membro do grupo de apóstolos. Por isso
precisa ter estado em contado desde o início com esse grupo a que deverá
pertencer integralmente. Ele deve exercer o ministério “conosco”.
Atos 25 Expõem diante de DEUS a necessidade resposta a suas orações. É o que
podemos fazer na oração. Judas se demitiu da “vaga neste ministério e envio”,
para ir “para seu próprio lugar”, i.é, para a perdição. O lugar vazio precisa
ser preenchido e assumido por outro.
Atos 26 O Senhor deve decidir agora através do sorteio. O texto não deixa
inequivocamente claro se eles “lançam sortes por eles” (assim traduz A.
Schlatter) ou se fazem que os dois tirem a sorte. Seja como for, o sorteio
indicou Matias como aquele que foi eleito pelo Senhor, e “foi acrescentado aos
onze apóstolos” [NVI].
Portanto, tão vivos e múltiplos eram os acontecimentos no começo da igreja!
Pedro age a partir de si com sua própria autoridade. Na igreja existem homens
que a lideram. Mas então ele convoca a própria igreja para agir, depois que lhe
mostrou sobre o que deve dirigir sua atenção. E em oração a igreja entrega a
última decisão na mão do Senhor, recorrendo uma vez, aqui no começo, ao método
do sorteio. Não se implanta nenhum princípio, nem “episcopal”, nem
“democrático”, nem tampouco se estabelece um direito de gozar constantemente da
maravilhosa direção através do Senhor. De forma livre fez-se justiça a tudo,
conforme a respectiva situação demandava.
Será que a igreja podia esperar durante anos por algo incerto? Para isso ela
teria necessidade de uma instrução clara do Senhor.
Sobretudo, porém, Paulo nunca se considerou entre os “Doze”, aos quais diferencia
expressamente de si em 1 Co 15.5 (e que foi visto por Cefas e depois pelos
doze. 1 Coríntios 15:5) como sendo um grupo especial. Em sua característica
numérica, os Doze se dirigiam a Israel. Quem desejasse pertencer a eles de fato
precisava ter vivenciado, como Pedro está demandando aqui, a história especial
de DEUS no âmbito de Israel desde o movimento de arrependimento desencadeado
por João até o último desfecho na ascensão de JESUS. Nesse sentido, Paulo não
podia ser um apóstolo. Em vista disso, Paulo se considerou pessoalmente uma
exceção muito peculiar, num novo ministérios apostólico, o da Igreja: 1 Co
15.8-10. Ele tinha consciência de ser um “apóstolo das nações”, embora, nessa
tarefa, fosse plena e integralmente um “apóstolo” – Paulo lutou com todas as
forças pelo reconhecimento de seu envio e autoridade apostólicos – mas não como
um dos “Doze”, que juntos exerciam seu ministério em Jerusalém, sobretudo em
prol de Israel.
Werner de Boor. Comentário Esperança Atos. Editora Evangélica Esperança. (Com
algumas adaptações, mudanças e alguns acréscimo meus - Pr. Henrique)
O escolhido para assumir o lugar de Judas deve ser alguém que tenha estado
associado com JESUS, desde o seu batismo por João até a sua ascensão. A
principal função do apóstolo é ser testemunha da ressurreição.
Matias (“presente de Jeová”) assumiu o seu lugar com os onze apóstolos. Depois
do Pentecostes, não se lê mais que os discípulos tenham lançado sortes. O
ESPÍRITO SANTO, que passou a habitar em cada um, guiava-os.
Ralph Earle. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 213.
Lc 24. 49. O JESUS ressurreto tem o poder para enviar o ESPÍRITO. A promessa de
meu Pai é uma designação incomum do ESPÍRITO SANTO, e ressalta o lugar da
promessa divina na Sua vinda. Os discípulos não devem tentar a tarefa da
evangelização com seus próprios parcos recursos, mas, sim, devem aguardar a
vinda do ESPÍRITO sobre eles. O equipamento que Ele forneceria é descrito de
forma pitoresca em termos de os discípulos serem revestidos de poder do alto. A
nota de poder é significante, e do alto lembrava a eles (e nos lembra também)
qual é a fonte de todo o verdadeiro poder para a evangelização - DEUS.
I. Howard Marshall. Atos. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 322.
3. A singularidade dos doze.
A característica fundamental do apóstolo é ser alguém que tem uma missão a
cumprir, enviado por quem tem autoridade espiritual para fazê-lo. Em seu
discipulado, os doze apóstolos foram preparados para o cumprimento da missão
mais importante que um mortal poderia receber. Serem embaixadores do Reino de
DEUS. Não poderiam ser pessoas desprovidas de qualificações especiais. Eram
homens comuns, humanamente detentores de virtudes e defeitos, mas tiveram um
treinamento aos pés do Mestre dos mestres. E demonstraram possuir algumas
qualidades especiais.
A) Foram chamados por JESUS
Em seu ministério, JESUS teve muitos discípulos (Mt 8.21; 9.57-62). Mas, para
cumprir a grande missão, JESUS selecionou apenas 12, e lhes deu credenciais e
poder para se tornarem apóstolos. “E, chamando a si os seus doze discípulos...”
(Mt 10.1a). Lucas anotou a eleição dos 12 dentre muitos outros. Após passar uma
noite inteira em oração a DEUS, “chamou a si os seus discípulos, e escolheu
doze deles a quem deu nome de apóstolos” (Lc 6.12 — grifo nosso).
B) Receberam autoridade espiritual
JESUS “deu-lhes autoridade sobre os espíritos imundos, para expulsarem, e para
curarem toda sorte de doenças e enfermidades” (Mt 10.1; Mc 3.15). Inicialmente,
essa autoridade foi concedida aos doze. E, na Grande Comissão, além de mandar
que seus discípulos pregassem o evangelho por todo o mundo, a toda a criatura,
disse que os sinais e maravilhas haveriam de seguir a todos os que nEle
cressem. Não apenas aos doze, mas “aos que crerem”, ou seja, a todos os seus
discípulos (Mc 16.17, 18). É importante destacar que os doze receberam esse
poder por impartição, ou seja, JESUS lhes designou e capacitou tirando Dele o
poder e transferindo a eles. No início e progresso da Igreja vieram os
Dons do ESPÍRITO SANTO para os capacitar para a tarefa de evangelização e
confirmação tanto deles mesmos como discípulos de JESUS quanto confirmação da
Palavra que pregavam (Mc 16.15-20; Atos).
E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o
Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém! Marcos
16:20
D) Tinham delegação de CRISTO
Os 12 apóstolos não foram apenas “enviados”, mas tiveram um mandato especial.
JESUS lhes disse; “Disse-lhes, pois, JESUS outra vez: Paz seja convosco; assim
como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. E, havendo dito isto, assoprou
sobre eles e disse-lhes: Recebei o ESPÍRITO SANTO.
A autoridade delegada aos apóstolos foi tão grande, que eles tinham poder para
perdoar pecados ou retê-los. JESUS os enviou, do mesmo modo como Ele fora
enviado pelo Pai (Jo 20.21-23).
Podemos imaginar o que os doze sentiram, ao ouvir aquelas palavras! Serem
enviados por CRISTO, e como CRISTO o fora por seu Pai! Os que entenderam bem a
missão deve ter sentido o grande peso de sua responsabilidade. Os que haviam
sido pescadores, antes, podiam guardar as redes e suspender a pescaria. Mas,
uma vez feitos “pescadores de homens” (Mt 4.19; Mc 1.17), não poderiam
suspender a missão. Os que outrora tinham outras atividades não tinham como
voltar atrás. O mundo nunca mais foi o mesmo depois de CRISTO, e depois que
seus apóstolos começaram a cumprir a Grande Comissão (Mc 16.15).
Receberam poder para pregar e testemunhar
Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e
ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até
aos confins da terra. Atos 1:8
Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil. Porque a
um, pelo ESPÍRITO, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo
ESPÍRITO, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo ESPÍRITO, a fé; e a
outro, pelo mesmo ESPÍRITO, os dons de curar; e a outro, a operação de
maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos;
e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. 1
Coríntios 12:7-10
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 73-74.
Eles foram convocados pessoalmente pelo Senhor.
Quem foram aqueles que CRISTO ordenou para ser seus apóstolos ou embaixadores;
eram seus discípulos (v. 1). Ele os tinha chamado, havia algum tempo, para que
fossem discípulos, seus seguidores imediatos e ajudantes constantes, e naquela ocasião
Ele lhes disse que eles deveriam ser pescadores de homens, promessa que Ele
agora cumpria. CRISTO normalmente concede honras e graças em estágios; a luz de
ambas, como a luz da manhã, brilha cada vez mais. Durante todo o tempo, CRISTO
manteve esses doze:
A. Em uma situação de experiência. Embora conheça o ser humano, e soubesse
desde o início o que havia neles (Jo 6.70), ainda assim Ele usou este método
para dar um exemplo à sua igreja. Observe que sendo o ministério uma grande
responsabilidade, era conveniente que os homens fossem testados durante algum
tempo, antes que ele lhes fosse confiado. “E também estes sejam primeiro
provados” (1 Tm 3,10). Portanto, “a ninguém imponhas precipitadamente as mãos”
(1 Tm 5.22), mas deixai que esta pessoa seja, primeiramente, observada como um
candidato em experiência, porque os pecados de alguns homens vão adiante, e
outros os seguem.
B. Em uma condição de preparação. Todo o tempo JESUS esteve preparando-os para
esta grande obra. Observe que aqueles que CRISTO designa e chama para qualquer
serviço, Ele primeiramente, de certa maneira, os prepara e qualifica, para
tanto. Ele os preparou:
(1) Levando-os para estar com Ele. Observe que o melhor preparativo para a obra
do ministério é o conhecimento e a comunhão com JESUS CRISTO. Aqueles que o
servem devem estar com Ele (Jo 12.26). Paulo teve CRISTO revelado, não somente
para ele, mas nele, antes que fosse pregá-lo entre os gentios (GI 1.16). Pelos
atos vivos de fé e pela prática frequente de orações e meditações, esta
comunhão com CRISTO deve ser mantida e preservada, e essa é uma qualificação
essencial para a obra do ministério.
(2) Ensinando-os. Eles estavam com Ele como alunos, e Ele os ensinava em
particular, além do benefício que eles obtinham com a sua pregação pública. Ele
lhes abriu as Escrituras e ampliou sua compreensão para entenderem as
Escrituras. Foi-lhes permitido conhecer os mistérios do Reino dos céus e para
eles estes mistérios foram esclarecidos. Aqueles que são designados para serem
professores devem, antes, serem aprendizes; eles devem receber, antes que
possam dar; eles devem ser capazes de ensinar outros (2 Tm 2.2). As verdades do
Evangelho devem ser entregues a eles, antes que sejam encarregados de ser
ministros do Evangelho. Dar a autoridade de ensinar a homens que não têm
capacidade para isto não é nada mais que uma zombaria a DEUS e à igreja; é
mandar mensagens pelas mãos de um tolo (Pv 26.6). CRISTO ensinou os seus
discípulos antes de enviá-los (cap. 5.2), e depois, quando ampliou a missão deles,
deu-lhes instruções mais amplas (At 1.3).
Qual foi a comissão que Ele lhes deu?
A. Ele os chamou para que viessem até Ele (v. 1).
Ele os tinha chamado antes, para que o seguissem; agora Ele os chama para que
venham até Ele, admitindo-os a uma familiaridade maior, e não mais os
conservando a uma certa distância, de onde eles tinham observado até então.
Aqueles que se humilharem, serão exaltados. Dizia-se que os sacerdotes, sob a
lei, aproximavam-se de DEUS mais que as outras pessoas; a mesma coisa pode ser
dita sobre os ministros do Evangelho; eles são chamados a se aproximarem de
CRISTO, o que, assim como é uma honra, também deve lhes provocar um certo
respeito e temor. Lembremo-nos de que CRISTO será santificado naqueles que se
aproximam dele. Percebe-se que quando os discípulos iam receber instruções,
eles se aproximavam de JESUS por sua própria vontade (cap, 5.1). Mas agora que
eles seriam ordenados, Ele os chamou.
Convém aos discípulos de CRISTO que se predisponham mais a aprender do que a
ensinar. No sentido da nossa própria ignorância, devemos procurar oportunidades
de sermos ensinados, e da mesma maneira nós devemos esperar por um chamado, um
chamado claro, antes de assumir a responsabilidade de ensinar aos outros; pois
nenhum homem deve apropriar-se dessa honra,
B. Ele lhes deu poder, exousian, autoridade no seu nome, para convocar os
homens à obediência, e para a confirmação daquela autoridade que também coloca
os demônios sob sujeição. Toda a autoridade legítima deriva de JESUS CRISTO.
Todo o poder é dado a Ele, sem limites, e os poderes subordinados são ordenados
por Ele.
Ele coloca sobre os seus ministros um pouco da sua honra, assim como Moisés
colocou um pouco da sua honra sobre Josué. Note que é uma prova inegável da
plenitude do poder que CRISTO usava como Mediador o fato de que Ele pudesse
distribuir o seu poder àqueles a quem Ele usava, e os capacitasse a realizar,
em seu nome, os mesmos milagres que Ele realizava. Ele lhes deu poder sobre os
espíritos imundos, e sobre todos os tipos de enfermidades.
Observe que o desígnio do Evangelho é vencer o mal e curar o mundo. Estes
pregadores foram enviados, destituídos de todas as vantagens externas que os
pudessem recomendar. Eles não tinham riqueza, nem aprendizado, nem títulos
honoríficos, e eram muito poucos; portanto, era essencial que eles tivessem
algum poder extraordinário que os colocasse acima dos escribas.
(1 ) Ele lhes deu poder contra os espíritos imundos, para expulsá-los. Observe
que o poder entregue aos ministros de CRISTO está diretamente apontado contra o
diabo e o seu reino. O diabo, sendo um espírito imundo, trabalha tanto em erros
doutrinários (Ap 16.13) como em concupiscências (2 Pe 2.10); e, nos dois casos,
os ministros têm uma acusação contra ele. CRISTO lhes deu o poder de expulsá-lo
dos corpos das pessoas; mas isto deveria significar a destruição do reino
espiritual do diabo, como também de todas as suas obras; para este propósito, o
Filho de DEUS se manifestou.
(2) Ele lhes deu poder para curar todos os tipos de enfermidades. Ele os
autorizou a realizar milagres para a confirmação da sua doutrina, para provar
que ela era de DEUS; e eles deviam realizar milagres úteis para exemplificá-la,
para provar que ela não apenas era confiável, mas digna de toda a aceitação;
que o desígnio do Evangelho é curar e salvar. Os milagres de Moisés eram,
muitos deles, para a destruição. Os milagres que CRISTO realizou, e designou
aos seus apóstolos que realizassem, eram todos para a edificação, e
evidenciavam que Ele era não apenas o grande Professor e Governante, mas também
o grande Redentor do mundo. Observe que a ênfase é colocada sobre a extensão do
seu poder, sobre toda enfermidade, e todo mal, sem a exceção nem mesmo daqueles
que são reconhecidamente incuráveis, e com a censura dos médicos. Na graça do
Evangelho, existe uma pomada para cada ferida, um remédio para cada doença. Não
existe doença espiritual tão maligna, tão inveterada, mas existe suficiência de
poder em CRISTO para a sua cura. Que ninguém, portanto, diga que não existe
esperança, ou que a brecha é tão grande quanto o mar a ponto de não poder ser
curada.
Pedro é nomeado em primeiro lugar, porque ele foi o primeiro a ser chamado ou
porque ele era o mais entusiasmado deles, e em todas as ocasiões ele se fazia a
voz dos demais, e além disso ele seria o apóstolo da circuncisão.
Mas isso não lhe deu nenhum poder sobre os demais apóstolos, nem existe a menor
marca de que qualquer supremacia lhe tenha sido dada, ou mesmo reivindicada por
ele, neste grupo sagrado. Os Dons são impulsionados pela fé que cada um tem em
JESUS e sua autoridade, e no ESPÍRITO SANTO..
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 118-120. (Com algumas adaptações, mudanças e
alguns acréscimo meus - Pr. Henrique)
Marcos (3.13-19) e Lucas (6.12-16) declaram que JESUS os escolheu ou nomeou
depois de uma noite de oração e desceu com eles a certo lugar plano do monte
para entregar o Sermão do Monte (Lc 6.17).
A. T. ROBERTSON. Comentário Mateus & Marcos. À Luz do Novo Testamento
Grego. Editora CPAD. pag. 115-116.
A aliança antiga estava alicerçada sobre as doze tribos de Israel. A nova
aliança deveria ser construída sobre os doze apóstolos. – Do mesmo modo como o
sumo sacerdote trazia sobre o peito de sua vestimenta litúrgica os nomes das
doze tribos, assim JESUS, o novo e verdadeiro sumo sacerdote, carrega no
coração os nomes dos doze apóstolos. – O Apocalipse de João fala das doze
portas da nova Jerusalém, sobre as quais estão inscritos os nomes das doze tribos.
Entre cada par de portas encontra-se uma imponente pedra retangular como
fundamento do muro da cidade, e sobre cada uma dessas pedras está escrito com
letras luminosas o nome de cada um dos apóstolos (Ap. 21.12ss). Desse modo está
assegurada a unidade da Antiga e da Nova Aliança. Na vocação dos doze, essa
unidade ficou documentada (ao convocar os doze, JESUS estabelece sua
reivindicação sobre todo o povo de Israel!).
No contexto judaico, a máxima demonstração de poder é realizar milagres. É com
isso, pois, que inicia a incumbência do Senhor JESUS aos apóstolos.
Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Mateus. Editora Evangélica
Esperança.
Homem nenhum havia sido tão privilegiado como estes, e ainda assim um deles
tinha um demônio, e demonstrou ser um traidor (v. 16). Apesar disso, quando o
escolheu, CRISTO não se enganou a respeito dele. Todos tiveram oportunidade de
serem instrumentos de DEUS.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 563.
Lc 6.13. JESUS passou a noite nas montanhas, vigiando em oração. Mais de uma
vez Lucas salientou essa necessidade íntima que o Redentor tinha de orar, que
com frequência impelia JESUS a lugares ermos (Lc 4.42; 5.16). Contudo os termos
aqui utilizados contêm uma ênfase muito especial. A palavra “vigiar por toda a
noite” ocorre unicamente aqui.
A escolha dessa expressão incomum, bem como a forma verbal analítica
(imperfeito e particípio), destacam a persistência determinada e incessante
dessa vigília noturna. A expressão proseuché tou theou, literalmente “oração de
DEUS”, é também única no Novo Testamento. Essa formulação não designa nenhum
pedido peculiar, mas um estado da mais profunda devoção na presença santa e
direta de DEUS, uma invocação que transita para a mais íntima comunhão com
DEUS. Durante essa noite JESUS apresentou a DEUS sua obra no estágio decisivo
em que ingressara naquele momento, aconselhando-se com ele. Durante essa longa
luta de oração, por toda a noite, JESUS provavelmente havia apresentado todos
os seus discípulos individualmente a seu Pai, para que o Pai designasse aqueles
que o Filho deveria tornar emissários da salvação. O que será que os
discípulos, que haviam se ajuntado em grande número em torno de JESUS, sentiram
quando JESUS, como um general, chamou um por um do meio deles, até que ficasse
completo o número dos doze?
“Simão”, começou ele. Com quanta expectativa cada novo nome era aguardado! Com
que estremecimento cada um ouvia, então, o chamado do próprio nome. Dentre o
grupo de discípulos “ele escolheu os doze”, “aos quais também chamou de
apóstolos”. Isso é significativo. Os demais discípulos tiveram de tolerar que
esses doze obtivessem uma posição especial do Senhor. O Redentor os havia
escolhido em virtude de ordem divina. DEUS é soberano.
Os discípulos não têm outra opção a não ser obedecer a esse Senhor
extraordinário. “Chamou-os a si”. Mas, se desejou aqueles que o Pai lhe
concedeu, de agora em diante sabemos a quem recorrer quando desejamos chegar ao
Pai. Porque ele os “ordenou” para duas finalidades.
1) Primeiramente, devem estar junto dele. Devem perseverar com ele em suas
tentações até chegarem ao Getsêmani; afinal, devem tornar-se testemunhas dele
até os confins do mundo (At 1.8). Precisavam conhecer suas “horas silenciosas”,
conviver com ele no dia a dia, observar seu trabalho, obter uma visão dos
mistérios de sua sabedoria de educador, e até mesmo familiarizar-se com os
objetivos de sua ação. Deveriam aprender a Olhar, vigiai e orai, porque não
sabiam quando chegaria o tempo. (Marcos 13:33).
2) O segundo aspecto é que eles partilharão de sua autoridade. Dessa maneira
ele providência, de certo modo, pernas e pés, línguas e lábios que levem
adiante sua obra.
Mateus relata a convocação e o credenciamento dos apóstolos em uma ocasião (Mt
10.1ss), e Lucas o faz em dois trechos, mais precisamente como segue: de acordo
com Lucas, o primeiro passo de JESUS foi nomeá-los, provavelmente para que
passassem a ser seus alunos de modo especial. Isso aconteceu aqui em Lc
6.12-16. A capacitação é relatada em Lc 9.1-6, onde JESUS lhes confere a
autoridade para servir como apóstolos. O relato mais preciso indica que esse
deve ter sido o processo. Mateus reúne em uma só ocasião as duas ações de
JESUS. Isso tem a ver com sua característica de enfatizar tão-somente o aspecto
doutrinário e fundamental.
Dessa forma o Redentor obteve, portanto, um grupo de auxiliares para sua obra.
Ele, o maravilhoso canal da poderosa benignidade de DEUS, fora multiplicado por
doze. Mas de antemão os doze não obtiveram nem poder nem incumbência para a
ação espiritual propriamente dita.
Essas passagens não devem levar à conclusão de que a tarefa dos apóstolos
consistia tão somente em ser testemunhas de JESUS. O próprio nome expressa
mais, cf. 2Co 5.20: “Somos mensageiros de CRISTO… e rogamos que vos
reconcilieis com DEUS.”
Com a escolha dos doze estava organizada a obra de JESUS. Passou do estágio de
fenômeno local e isolado para o estágio de instituição que abrange e cuja
intenção arrebata povos e épocas. A obra do Senhor obteve um solo histórico
firme e uma perspectiva clara para o futuro, com todas as suas esperanças e
todos os seus perigos. JESUS lhes ensinou a pregar o evangelho do reino de DEUS
com sinais, prodígios e maravilhas acontecendo para confirmarem a autoridade de
DEUS sobre Ele e confirmar as palavras de DEUS.
Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Lucas. Editora Evangélica
Esperança. (Com algumas adaptações, mudanças e alguns acréscimo meus - Pr.
Henrique)
Lc 6.13.
Um discípulo era um aprendiz, um estudante. No século I, o estudante não
estudava simplesmente uma matéria; estudava com um mestre. Há um elemento de
ligação pessoal no “discípulo” que falta no “estudante.” Deste grupo maior de
aderentes, JESUS escolheu doze. JESUS nunca estabeleceu uma organização. Estes
doze homens representam a totalidade da Sua máquina administrativa. Alguns
deles eram claramente homens de destaque, mas, de modo geral, parecem ter sido
nada mais do que medianos. A maioria deles deixou pouquíssimas marcas na
história da igreja. JESUS preferia operar, naqueles tempos como também agora,
através de pessoas perfeitamente comuns.
A estes doze JESUS deu o nome de apóstolos. O termo é derivado do verbo
“enviar" e significa “uma pessoa enviada ” “um mensageiro.” Lucas emprega
a palavra seis vezes (com mais vinte e oito em Atos), ao passo que cada um dos
demais Evangelistas a emprega uma só vez (é possível que Marcos a tenha duas
vezes, dependendo da solução de um problema textual).
Nos Evangelhos, o grupo usualmente é referido simplesmente como “os doze.”
Marcos explica que JESUS os escolheu “para estarem com ele e para os enviar a
pregar, e a exercer a autoridade de expelir demônios” (Mc 3:14-15). Esta
expressão ressalta a noção de missão e a centralidade da pregação na sua
função.
Leon L. Morris. Lucas. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag.
118-119.
Os Apóstolos receberam autoridade do Senhor.
A maneira de DEUS confirmar o ministro, sua chamada e confirmar sua Palavra é:
“E estes sinais seguirão aos que crerem”.
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios;
falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa
mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os
curarão. Marcos 16:16-18
Primeiro - crer.
Segundo - ser batizado (águas e com o ESPÍRITO SANTO).
Terceiro - expulsarão demônios.
Quarto - falarão Novas Línguas (sinal de que foi batizado no ESPÍRITO SANTO).
Quinto - pegarão nas serpentes e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes
fará dano algum.
Sexto - imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão
Em Marcos 16.15-20, os cristãos primitivos (e nós) expulsamos muitos demônios
em nome de JESUS (3.15; 6.7,13; At 8.7,16,18; 19.12). Tanto eles falaram em
línguas (como nós) (At 2.4; 10.46; 19.6; 1 Co 12.10,28; 14.2-40). Paulo foi
picado por uma víbora sem sofrer o dano de seu veneno letal (At 28.3-6). Eles
impuseram as mãos sobre os enfermos para curá-los (como nós) (At 28.8). Não
vemos no Novo Testamento nenhuma alusão a ingestão de veneno, MAS COMO NENHUM
DELES MORREU ENVENENADO, CREMOS QUE ESTE SINAL ESTAVA PRESENTE EM SUAS VIDAS.
Estes sinais foram dados como credenciais dos apóstolos e dos seguidores de
JESUS (Hb 2.1-4; Rm 15.19; 2Co 12.12).
Cremos que DEUS pode e tem dado seus dons e sinais onde e quando quer, a quem
quer, livre e soberanamente, segundo o seu beneplácito, para o louvor da sua
própria glória, para a salvação dos eleitos e a edificação dos santos.
A grande ênfase de Marcos é que quando a Igreja proclama a mensagem de DEUS, o
próprio DEUS confirma essa mensagem com a manifestação do seu poder (Mc 16.20;
1 Co 2.4; 1Ts 1.5), transformando vidas, atraindo as pessoas irresistivelmente
pelo seu poder sobrenatural. A Igreja é chamada para ser um sinal do CRISTO
vivo e ressurreto no mundo. William Barclay conclui o seu comentário de Marcos
afirmando que a vida cristã é a vida vivida na presença e no poder daquele que
foi crucificado e ressuscitou. JESUS vive no cristão e através deste continua a
ensinar, pregar e curar a todos pelo poder do memo ESPÍRITO SANTO que morava em
JESUS e agora mora em nós.
II - O APÓSTOLO PAULO
1. Saulo e sua conversão.
Chamado por DEUS
“Paulo (chamado apóstolo de JESUS CRISTO, pela vontade de DEUS), e o irmão
Sóstenes (1 Co 1.1; 2 Co 1.1; Gl 1.1). O chamado de Paulo foi bem diferente. A
caminho de Damasco, com ordens dos sacerdotes para prender os cristãos, foi
interrompido por JESUS, de maneira sobrenatural e impactante.
No chão, Paulo teve o chamado de DEUS de forma tão dramática, que caiu, ouvindo
a potente voz do Senhor, que o abatera em seu orgulho e presunção, quando
julgava estar fazendo a vontade de DEUS no zelo do judaísmo (At 9.4; 22.7; At
9.10-19). DEUS tem seus caminhos e suas maneiras de agir, às vezes muito
estranhas (cf. Is 28.21). Diante de um chamado tão singular e diferente dos
demais apóstolos, Paulo tinha razão em dizer que era chamado pela vontade de
DEUS e não dos homens. Seu nome em hebraico era Saulo (hb. Sha'ul, o que foi
pedido) - Seu nome em grego era Paulo (gr. Paulus, baixo, pequeno, humilde),
foi convocado pelo ESPÍRITO SANTO para ser enviado para a missão evangelística
(At 13.8).
Lembrando também que Paulo ouviu de Estêvão um maravilhoso testemunho de fé em
DEUS e comunhão íntima com JESUS.
Mas ele, estando cheio do ESPÍRITO SANTO e fixando os olhos no céu, viu a
glória de DEUS e JESUS, que estava à direita de DEUS, e disse: Eis que vejo os
céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de DEUS. Mas eles
gritaram com grande voz, taparam os ouvidos e arremeteram unânimes contra ele.
E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas
vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. E apedrejaram a Estêvão, que em
invocação dizia: Senhor JESUS, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos,
clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito
isto, adormeceu. Atos 7:55-60
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 75. (Com algumas
adaptações, mudanças e alguns acréscimo meus - Pr. Henrique)
Da Terra das Tendas Negras
Paulo dava sua aprovação à medida que cada testemunha apanhava uma pedra,
erguia-a acima da cabeça e a atirava para ferir e aleijar o homem lá embaixo.
Então Paulo ouviu a voz de Estêvão. Em dor, mas com clareza, ele falava como se
a alguém invisível, mas próximo: "Senhor JESUS, recebe o meu
espírito".
Tentando dominar a dor, ele se ajoelhou em oração. Paulo não podia deixar de
ouvir as palavras que saíam com volume espantoso de alguém a morrer:
"Senhor, não lhes imputes este pecado."
A próxima pedra tombou-o ao chão. O mártir perdera a consciência. A multidão
continuou a apedrejá-lo.
Paulo nasceu numa cidade situada entre as montanhas e o mar. É provável que o
ano tenha sido 1 d.C, mas os detalhes originais do local do seu nascimento são
escassos. A indicá-lo, temos a reivindicação do próprio apóstolo: "Eu sou
judeu de Tarso, cidade não insignificante da Cilicia... Da linhagem de Israel,
da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus".
Tarso era a principal cidade da fértil planície da Cilicia, no extremo Sudoeste
da Ásia Menor.
Antíoco IV, por volta de 170 a.C, introduziu na cidade uma colônia de judeus.
Estes, além de direitos e privilégios. É provável que os ancestrais de Paulo
estivessem entre esses judeus que, por sua vez, devem ter saído da obscura
cidade de Giscala, na Galileia.
É possível que o pai de Paulo tenha sido um mestre na arte de fabricar tendas.
O pano era tecido dos longos pelos de bodes pretos que pastavam, como ainda
hoje o fazem, nas encostas do Tauro.
Da mãe de Paulo nada se sabe. Ele tinha pelo menos uma irmã (E o filho da irmã
de Paulo, tendo ouvido acerca desta cilada, foi, e entrou na fortaleza, e o
anunciou a Paulo. Atos 23:16). A família detinha a cobiçada posição de
cidadania romana, pois a cidade se tornou colônia romana..
O terceiro nome, chamado cognomen, era Paulus. Por ocasião do ritual da
circuncisão, no oitavo dia de vida, ele também havia recebido um nome judaico:
"Saulo". Este foi escolhido ou por causa do seu significado,
"pedido", ou em honra do benjamita mais famoso de toda a história, o
rei Saul.
Saulo era o nome usado em casa, ressaltando que a herança judaica lhe era a
coisa mais importante nos seus primeiros anos. Paulo, desde a infância,
aprendeu grego, a língua franca de então, latim, a língua dos dominadores
romanos e em casa a família falava o aramaico, a língua da Judeia, derivada do
hebraico.
A escola anexa à sinagoga de Tarso não ensinava nada mais que o texto hebraico
da sagrada lei. Paulo aprendeu a escrever os caracteres hebraicos em papiro e,
desta forma, pouco a pouco formou seus próprios rolos das Escrituras. Aos treze
anos de idade, Paulo já havia dominado a história judaica, a poesia dos salmos
e a majestosa literatura dos profetas. Ele estava preparado para a escola
superior.
É provável que no ano em que Augusto morreu, 14 d.C, Paulo, ainda adolescente,
tenha sido enviado, por mar, à Palestina, e tenha subido os montes na direção
de Jerusalém.
Durante os seguintes seis anos ele se sentou aos pés de Gamaliel, neto do
mestre supremo dos judeus Hillel que, alguns anos antes, falecera com mais de
cem anos de idade. Sob o frágil e gentil Gamaliel, em contraste com os líderes
da escola rival de Shamai, Paulo aprendeu a dissecar um texto até revelar
dezenas de possíveis significados. Aprendeu também a fazer uma exposição, pois
o rabi, além de advogado de acusação ou de defesa dos que quebravam a lei
sagrada, era também pregador. Paulo excedeu a seus contemporâneos. Sua mente
poderosa poderia levá-lo a ocupar um lugar no Sinédrio, no Corredor das Pedras
Polidas, e torná-lo um "governador dos judeus". Por ser o estado
judaico uma teocracia em que as mesmas pessoas exerciam funções religiosas e
civis, os setenta e um membros do Sinédrio eram igualmente juízes, senadores e
mestres espirituais. O tribunal tomava decisões supremas em todos os assuntos
religiosos e dentro da pequena liberdade de se governarem a si mesmos permitida
pelo romanos. Alguns dos membros do tribunal procediam do sacerdócio
hereditário. Outros eram advogados e rabis.
Tivesse Paulo permanecido aí durante o ministério de JESUS de Nazaré,
certamente teria argumentado com ele, à semelhança dos outros fariseus. Nos
anos posteriores ele se referiu com frequência à morte de JESUS por
crucificação, mas jamais confessou-se sua testemunha ocular.
Uma de suas cartas sugere que ele tinha forte inclinação missionária. Onde quer
que os judeus adoravam, os simpatizantes gentios eram admitidos como
"tementes a DEUS". Fariseus como Paulo instavam a que os tementes a
DEUS se fizessem prosélitos, judeus completos: deviam submeter-se ao simples
mas doloroso ritual da circuncisão, e então honrar as exigências cerimoniais e
pessoais da lei em todo o seu rigor. O fardo podia ser pesado, mas a recompensa
era grande, pois ganhariam o favor de DEUS.
Logo depois de seu trigésimo aniversário Paulo voltou a Jerusalém.
Em Jerusalém, podiam desincumbir-se das obrigações mais complicadas e mais
dignas da lei, e demonstrar zelo onde este seria notado. Paulo também podia
combater o movimento lançado por JESUS de Nazaré. Tarso deve ter recebido ecos
dos ensinos e das reivindicações do novo profeta e dos estranhos relatos de
milagres, e até mesmo da notícia de que ele havia ressurgido dentre os mortos.
Segundo se acredita, Paulo era baixo; seu porte, porém, era tal que ele
sobressaía em qualquer multidão. Possuía rosto um tanto oval e sobrancelhas
cerradas. Por causa da boa vida que levava, talvez fosse gordo. Ele devia usar
barbas, já que os judeus desprezavam o costume romano de se barbear. E sua
barba preta juntamente com seu vestuário de bainha azul, mais o talismã preso a
um turbante, mostravam seu orgulho de ser fariseu. Ao andar pelos pátios do
Templo ele revelava a arrogância inevitável de um homem cujos ancestrais e
ações o tornaram importante. Ele praticava fielmente o interminável ciclo de
purificações rituais de pratos e xícaras e de sua própria pessoa. Ele guardava
os jejuns semanais — entre o nascer e o pôr do sol — e repetia as orações
diárias na progressão e número exatos. Ele sabia o que lhe era devido:
saudações respeitosas, grande precedência, lugar proeminente na sinagoga.
Paulo teria apoiado o fariseu que, vendo JESUS permitir que uma prostituta lhe
lavasse os pés com as lágrimas e os ungisse com bálsamo, achava ser isto prova
de que o homem não podia ser profeta. O quadro imortal que JESUS pintou do
fariseu e do publicano (coletor de impostos) orando no Templo, ter-se-ia
ajustado a Paulo. Como aquele fariseu, Paulo estava seguro de merecer o favor
de DEUS.
Nos dois anos seguintes à execução de JESUS, a cidade santa se enchera daqueles
que acreditavam que JESUS ressurgira dentre os mortos.
Não foi por acaso que as testemunhas lançaram suas vestes "aos pés de um
jovem chamado Saulo". Conheciam a responsabilidade dele. Ele, porém, não
atirou uma única pedra. Ele observava e aprovava — e ouviu Estêvão clamar:
"Senhor JESUS, recebe o meu espírito!" "Senhor, não lhes imputes
este pecado." E a ágil mente de Paulo viu e repudiou a essência dessa
oração. "Senhor, não lhes imputes este pecado", significava, no
ensino de Estêvão: "Senhor, tomaste sobre ti mesmo o pecado deles. Que
eles creiam em ti, que te conheçam e que te amem."
Durante o restante do verão em que Estêvão foi morto (provavelmente 31 d.C.) e
por todo o inverno seguinte as autoridades judaicas, tendo Paulo como principal
agente, deram início a uma repressão sistemática.
Ele atacou como um animal, rasgando sua presa. Não era a triste eficiência de
um oficial obedecendo a ordens desagradáveis. Seu coração, bem como sua mente,
estavam engajados com a precisão de um inquisidor que desmascara a traição. Seu
ímpeto chegou ao ponto de reduzir uma comunidade vigorosa de âmbito urbano à
impotência e pôr seus líderes em fuga ou em esconderijos. Ele foi de casa em
casa. Então realizou interrogatórios nas sinagogas durante as reuniões. Todo
suspeito, homem ou mulher, tinha de se pôr de pé na presença dos anciãos enquanto
Paulo, como representante do sumo sacerdote, lhes ordenava que amaldiçoassem a
JESUS. Se se recusassem, seriam formalmente acusados, mas tinham o direito
antigo de usar em sua defesa a fórmula: "Tenho algo a argumentar em favor
de minha absolvição."
Assim, Paulo ouviu as histórias e as crenças de muitos daqueles que chamavam a
JESUS de "Senhor". Muitos haviam estado com JESUS em Jerusalém ou
tinham ido à Galileia a fim de encontrá-lo, e estes repetiam as suas palavras.
Repetidamente, as mesmas frases, as mesmas parábolas eram apresentadas ao
tribunal da sinagoga. Paulo não se surpreendia com a exatidão dessas histórias,
uma vez que todos os rabis insistiam em que seus discípulos aprendessem os seus
ditos com perfeição, até mesmo reproduzindo a tonalidade de sua voz. E os
ditos, quer Paulo desejasse quer não, foram imediatamente armazenados na
biblioteca em expansão de seu arguto cérebro.
Alguns dos nazarenos defendiam sua devoção relatando a influência de JESUS
sobre seus corpos, como o cego de nascença a quem o Senhor curara, que teria
respondido a Paulo de modo tão insolente quanto respondera aos indignados
fariseus depois do milagre. Alguns tinham visto JESUS cambalear na direção do
Gólgota e tinham-no observado morrer. Muitos insistiam tê-lo visto vivo depois
de morto, não como fantasma, mas real — a despeito da surra que lhe havia
arrancado a pele e desnudado as costas, e o choque, a exaustão e a exposição à
crucificação romana com seu término inevitável por sufocação, se a morte não
chegasse primeiro. A maioria dos acusados, contudo, não reivindicava ser
testemunhas oculares, mas convertidos daqueles que o eram, particularmente de
Simão chamado Pedro ou "Pedra".
Vez após vez, um discípulo tímido e sem grande influência, de educação medíocre
e sem graças sociais, era atirado na presença do tribunal. Depois de algumas
frases o homem se transformava: começava a falar claramente, com firme
convicção. Era quase como se alguém lhe estivesse dizendo o que falar.
Atirou-os nos calabouços. Um ou dois talvez tenham sido apedrejados. Paulo
parece sugerir tal coisa ("Quando eram mortos, eu dava o meu voto contra
eles"), mas os romanos limitavam estritamente os direitos judaicos à pena
capital. A maioria era punida por meio de espancamento público, as "quarenta
chicotadas menos uma" que não eram nada agradáveis para os de estômago
fraco.
Ele permanecia impassível enquanto homens e mulheres saíam cambaleando com as
costas inchadas e ensanguentadas.
Para o final do inverno chegaram notícias de que os seguidores de JESUS fugidos
de Jerusalém não se deixaram intimidar, mas propagavam as suas doutrinas aonde
quer que fossem — em Samaria, com êxito impressionante, e no Norte, na direção
de Damasco. Paulo foi furioso à presença do sumo sacerdote. "Respirando
ainda ameaças e morte" como descreve o seu primeiro biógrafo, ele pediu
cartas para as sinagogas, autorizando-o a prender homens e mulheres que
seguissem o "caminho" e trazê-los amarrados para Jerusalém. Como
primeiro objetivo, ele sugeriu Damasco. Embora a disciplina do Sinédrio se
estendesse aos judeus de todos os lugares, os romanos não gostavam de
perturbações. Mas Damasco, embora cidade romana, possuía duas grandes
comunidades que contavam com certa medida de autogoverno: os árabes leais ao
rei Nabateu que vivia em sua capital de rocha em Petra, e os judeus. É provável
que Paulo pretendesse perseguir e castigar os cristãos da Fenícia e depois os
de Antioquia, a grande capital romana da Síria. Ele tinha toda uma vida pela
frente.
Ele partiu na primavera, assim que as viagens tiveram início, à primeira luz da
manhã, sob a forte luminosidade dos montes da Judeia. Deve ter ido de jumento.
Teriam passado perto do local em que Estêvão fora assassinado. Se tomaram a
estrada que atravessava Samaria, passaram por montes pedregosos acarpetados de
variegadas flores primaveris, e no segundo dia tiveram um breve vislumbre das
neves distantes do monte Hermom que domina a estrada para Damasco. No quarto ou
no quinto dia chegaram ao mar da Galileia. Paulo teria encontrado aqui mais pessoas
do que em Jerusalém as quais juravam ter visto a JESUS vivo de novo, com
cicatrizes nas mãos e nos pés.
Paulo atravessou o Jordão usando a ponte romana e subiu as escarpas desnudas.
Agora ele tinha conhecimento do que JESUS havia feito e dito, até mesmo da
tonalidade da sua voz, da sua aparência e caráter, este homem que era quase da
mesma idade de Paulo.
Paulo jamais sugere que à medida que a sua pequena caravana avistou o monte
Hermom ele tenha pesado os fatores a favor e contra JESUS. Este fora um impostor
blasfemo e estava morto.
A Estrada de Damasco
O último dia da viagem deixava para trás o Hermom, cujos cumes, ainda sob a
neve, erguiam-se acima dos montes marrons recobertos de flores brancas. Mas a
montanha já não parecia particularmente alta porque eles estavam perto demais
para ver o pico, e o planalto de Damasco encontra-se a uma altitude de mais de
600 metros.
Estavam encorajados a prosseguir adiante até ao fim da jornada, em vez de
pararem, como em outras ocasiões, antes do meio-dia. O meio-dia primaveril não
causaria insolação. Paulo e seu grupo continuaram a caminhar. Um homem, na
retaguarda, conduzia os burros ligados por uma corda. A estrada estava vazia.
O céu estava claro e azul. A memória de Paulo enfatiza que não havia nem
tempestade nem vento forte, como sugerem os que buscam uma explicação natural
para o acontecimento. Ele não estava perto de um colapso nervoso nem prestes a
sofrer um ataque epiléptico; ele nem mesmo tinha pressa.
"Quase ao meio-dia, repentinamente grande luz do céu brilhou ao redor de
mim... uma luz mais brilhante do que o sol, brilhando ao meu redor e ao redor
de meus companheiros de viagem."
Todos eles caíram por terra, apavorados com o fenômeno.
Não se tratava de apenas um relâmpago, mas de luz terrível e inexplicável.
Parece que Paulo permaneceu prostrado, enquanto seus companheiros se levantaram
cambaleando. Para ele somente, a intensidade da luz aumentou.
Paulo ouviu uma voz, ao mesmo tempo calma e autoritária, dizer-lhe em aramaico:
"Saulo, Saulo, por que me persegues?"
Ele levantou os olhos. No centro da luz que o impedia de ver ao derredor, ele
encarou um homem de mais ou menos a sua idade. Paulo não podia acreditar no que
ouvia e via. Todas as suas convicções, intelecto, treinamento, reputação e
autoestima exigiam que JESUS não estivesse vivo novamente. Assim, procurando
ganhar tempo, ele replicou: "Quem és, Senhor?" A expressão de
tratamento podia não significar nada mais que "Excelência".
Provavelmente se lembrou que Estêvão teve a visão desse mesmo que agora falava
com ele.
"Eu sou JESUS, a quem tu persegues; mas, levanta-te, e entra na cidade,
onde te dirão o que te convém fazer."
Então ele soube. Em um segundo, que mais pareceu uma eternidade, Paulo viu as
feridas nas mãos e nos pés de JESUS, viu-lhe o rosto e compreendeu que estava
vendo ao Senhor, vivo, como Estêvão e outros haviam dito, e que JESUS amava não
apenas aos que Paulo perseguia, mas também ao próprio Paulo: "Dura coisa é
recalcitrares contra os aguilhões." Nem uma palavra de reprovação.
Paulo jamais admitira a si mesmo sentir as pontadas de um aguilhão ao
enfurecer-se contra Estêvão e seus discípulos. Mas agora, instantaneamente, se
conscientizava de que estivera lutando contra JESUS. E lutando contra si mesmo,
contra sua consciência, sua falta de poder, contra as trevas e o caos de sua
alma. DEUS pairou sobre este caos e o levou ao momento de nova criação. Só
faltava o consentimento de Paulo.
Paulo se quebrou.
Ele tremia e não estava em condições de pesar os prós e os contras para a
mudança de ideias. Sabia apenas ter ouvido uma voz e visto o Senhor, e que nada
mais importava a não ser descobrir a sua vontade e obedecer a ela.
"Que farei, Senhor?"
Aqui ele usa o mesmo tratamento de antes, mas toda a obediência e adoração, e
todo o amor no céu e na terra entraram nessa única palavra "Senhor".
Naquele momento ele se sentia totalmente perdoado, totalmente amado. Em suas
próprias palavras: "Porque DEUS que disse: Das trevas resplandecerá luz —
ele mesmo resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da
glória de DEUS na face de CRISTO."
"Levanta-te", ouviu ele, "e entra na cidade, onde te dirão o que
te convém fazer." Ele havia confiado. Agora tinha de obedecer — a uma
primeira ordem humilhante, quase trivial.
Ao se pôr de pé, estava cego. Estendeu a mão aos companheiros, agora ainda mais
espantados ouvindo Paulo responder ao inaudível, os quais o conduziram. Os
animais de carga e de montaria alcançaram a pequena caravana que se dirigia a
Damasco em maravilhado silêncio.
Paulo entrou cegamente no desconhecido. Mas ele não se encontrava em trevas, e
sim em luz. "Não podia ver por causa do brilho dessa luz." Embora o
azul do céu, a poeira vermelha da estrada e o verde do oásis desaparecessem,
pouca falta faziam. A luz lhe infundia os olhos cegos e a mente. Andando, em
obediência a esse primeiro mandamento de seu novo Mestre, Paulo fez a primeira
grande descoberta: JESUS permanecia a seu lado, não na forma de um corpo
crucificado e ressurreto, mas como alguém invisível, contudo presente.
Passaram pelo mau cheiro do caravançarai, calmo no início da tarde, e entraram
na cidade pela Rua Direita, espaçosa e cheia de colunas, que dividia a cidade
ao meio. Esta rua também estava relativamente calma, pois as lojas e estandes
ainda estavam fechados para a sesta do meio-dia, e as janelas das casas, por
causa do sol, permaneciam cerradas. Chegaram à casa de um damasceno chamado
Judas, provavelmente um rico mercador judeu, hospedeiro digno de um
representante do Sinédrio. Os anciãos da sinagoga deviam estar à espera de
Paulo, pois até os nazarenos sabiam que ele estava a caminho a fim de
persegui-los. Ambos os grupos o perderam de vista. A escolta o entregou e
desapareceu. Ele não pediu nada a Judas, a não ser o quarto de hóspede —
recusando até mesmo a comida — e estar a sós.
O tempo perdeu o significado. Ele ouviu a trombeta vespertina, o cantar dos
galos na manhã seguinte e o ruído de carroças no calçamento. Ouviu os gritos
dos comerciantes anunciando seus produtos, percebeu o murmúrio distante de
barganhadores, e o relinchar ocasional de um burro. Então, a calma do meio-dia.
Paulo passou o tempo deitado, totalmente desperto, a não ser por uma ou duas
horas de sono, ou ajoelhado ao lado da cama. Ele não queria companhia humana,
mas desejava estar a sós com o Senhor JESUS, como agora o chamava. Logo ele se
esqueceu da fome e da sede. Sua personalidade toda estava em mudança. Ao
permitir que a luz de CRISTO iluminasse os recessos de sua alma, ele estava
sendo virado do avesso.
"Saulo, Saulo, por que me persegues?" Agora ele podia responder a
essa pergunta com as palavras do Salmo de Davi: "Tem misericórdia de mim,
ó DEUS, segundo a tua benignidade: segundo a multidão das tuas misericórdias,
apaga as minhas transgressões... Contra ti, contra ti somente pequei."
Paulo se sentia imundo e nojento. Vi a mim mesmo e fiquei horrorizado." O
assassínio sempre é absoluto à consciência despertada do assassino. Nem foi
somente assassínio e crueldade. Ele havia blasfemado, insultado e perseguido ao
Senhor, cuja resposta fora procurá-lo e mostrar-lhe o amor que ultrapassava
tudo o que Paulo antes conhecia. Quanto mais ele, em cegueira, se banhava nesse
amor, à medida que as horas passavam velozes, tanto mais ele se quebrava ante a
enormidade de seus feitos.
Ele supunha que estivesse servindo a DEUS, que estivesse caindo na graça
divina. Ele havia disposto seus padrões de bondade, tinha-se comparado com os
outros e visto que era bom. Mas agora, em contraste com JESUS cujo ESPÍRITO lhe
invadia, ele sabia que sua pureza não passava de contrafação do
inexpressivamente Puro, suas boas ações nada mais eram que uma paródia da
Bondade. Ele havia sido mental e espiritualmente hostil a DEUS, embora o
tivesse honrado com os lábios. Ele se ocupara do mal, embora praticasse seus
ritos religiosos. Ele se isolara totalmente, arrastando-se para tão longe
quanto pudesse da luz cegante que era DEUS.
Contudo, JESUS o havia apanhado. Paulo, desse dia em diante, citaria esse fato
entre as provas indiscutíveis da ressurreição, não importando o quanto os
homens pudessem zombar dele ou chamá-lo de mentiroso. DEUS, de maneira
incrível, havia levantado do sepulcro o corpo morto de JESUS de modo que ele
estava vivo e aparecera a Paulo, não com o propósito de o humilhar ou destruir,
ou vingar o sangue dos perseguidos, mas para salvar o perseguidor e
sobrepujá-lo com amor e perdão. Paulo sabia, do fundo do coração, que JESUS era
o Messias, o CRISTO, o Salvador do mundo. Esta não era uma conclusão tirada da
lógica fria, embora essa um dia haveria de chegar. Ia além do intelecto. Ele
sabia porque conhecia a JESUS.
E, conhecendo a JESUS, ele compreendia o que tinha acontecido na cruz.
Paulo, em seu orgulho e conhecimento, tinha rejeitado a JESUS porque homem
algum poderia ser pendurado no madeiro a menos que tivesse sido amaldiçoado.
Agora, à medida que enfrentava o seu pecado, ele via, com uma intuição
irresistível, que JESUS deveras sofrera uma maldição sobre a cruz, mas não a
dele; era a maldição de Paulo e de todos os homens. Cada hora passada em
cegueira na casa de Judas, cada dia do restante de sua vida, revelaria um pouco
mais da largura, do comprimento, da altura e da profundidade das boas novas,
mas o coração estava seguro delas, agora e para sempre: o amor de CRISTO,
"o Filho de DEUS que me amou e a si mesmo se deu por mim". Paulo
podia, instantaneamente, ser tratado como alguém que jamais pecou, ser recebido
com amor e confiança. Quanto mais ele olhava com olhos cegos para o brilho da
luz, tanto mais distinto se apresentava o fato revelado naquele instante na
estrada de Damasco: o perdão era uma dádiva, inteira e perfeita, porque era o
próprio CRISTO. Não podia ser merecido. Mérito humano algum podia superar o
pecado humano; mas, ao possuir a CRISTO, Paulo tinha tudo.
Na casa de Judas, ele podia ter gritado o que escreveria no futuro:
"Enviou DEUS aos nossos corações o ESPÍRITO de seu Filho". "O
mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se
manifestou. . . CRISTO em vós". "Para mim, o viver é CRISTO!"
Ele já sentia o impulso de orar. Não apenas as orações formais da gloriosa
liturgia judaica, mas a conversação de um filho com seu Pai. Ao falar com
JESUS, ele falava com o Pai, ao adorar o Pai, ele conversava com o Filho. Ele
contou ao Senhor tudo o que lhe ia no coração. Ele intercedeu com urgência por
aqueles que havia perseguido, especialmente pelos que forçara a blasfemar;
pelos nazarenos de Damasco que o aguardavam com temor; por seus amigos judeus e
por seus superiores.
Com a oração, veio a fome das palavras de JESUS. Como uma ovelha recém-nascida
que, mesmo antes de conseguir pôr-se de pé procura instintivamente o peito da
mãe, Paulo tinha fome do conhecimento de tudo o que JESUS havia dito e feito.
Até à sua conversão ele havia sido indiferente às palavras de CRISTO. Desde o
instante em que disse: "Que farei, Senhor?" ele aceitou a sua
autoridade, e agora era de importância transcendental saber o que JESUS tinha
ordenado, prometido, prevenido e predito; conhecer a atitude do Mestre para com
aqueles que o odiavam e para com os que o amavam, saber tudo o que ele ensinou
a respeito do Pai e de si mesmo, seus veredictos em todos os assuntos do
comportamento e destino humanos.
Paulo possuía ainda outro anseio: espalhar esta grande descoberta. Contudo, ele
tinha de esperar. O mandamento do Mestre fora: "Entra na cidade, onde te
dirão o que te convém fazer." Esperando, ele ouviu a trombeta vespertina,
o cantar dos galos e o ruído de carroças e novamente a trombeta vespertina.
Finalmente, na calma da terceira aurora, enquanto orava, recebeu a revelação do
que viria a seguir.
No quarto de uma pequena casa da rua chamada Direita um judeu de meia-idade
estava deitado entre dormindo e acordado.
Ananias, honrado membro da comunidade judaica de Damasco e também seguidor de
JESUS CRISTO, não se surpreendeu nem hesitou ao ouviu uma voz chamar o seu
nome: "Ananias!" "Eis-me aqui, Senhor." "Dispõe-te, e
vai à rua que se chama Direita e, na casa de Judas, procura por Saulo,
apelidado de Tarso; pois ele está orando, e viu entrar um homem, chamado Ananias,
e impor-lhe as mãos, para que recuperasse a vista."
Ananias ficou espantado. Seu Senhor devia ter-se enganado. É provável que
Ananias tenha assistido a pequenas reuniões dos nazarenos que, com a notícia de
que Saulo, o Perseguidor, se aproximava, oraram pedindo que o Senhor os
livrasse, aparentemente, sem esperar que sua oração fosse atendida.
"Senhor", respondeu Ananias, "de muitos tenho ouvido a respeito
desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e para aqui
trouxe autorização dos principais sacerdotes para prender a todos os que
invocam o teu nome."
Disse a voz: "Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido".
O Senhor, a seguir, confirmou e ampliou o seu mandamento.
Com isso, Ananias levantou-se e foi.
Caminhando apressado pela viela e desviando-se dos carregadores de água que
voltavam do rio, no momento em que o sol despontava nos penhascos do norte, ele
quase gritava: "Aleluia!" Então o braço do Senhor não se encolhera.
Ele o havia estendido para curar, e o lobo se deitaria com o cordeiro como na
antiga profecia. E ele, o obscuro Ananias, de quem jamais se ouviu falar nem
antes nem depois, fora escolhido para batizar a Saulo, o primeiro exemplo de um
padrão histórico, segundo o qual os grandes embaixadores de CRISTO, por mais
preparados que sejam de outros modos, são levados à sua vocação por intermédio
de insignificantes agentes.
Ananias, levado imediatamente à presença de Paulo, permaneceu em pé ao lado da
cama.
Ele via um rosto que passara de profundo sofrimento à paz. A pele se enrugava
onde a boa vida de fariseu tinha sido esgotada pelo jejum; podiam-se ainda
perceber as rugas feitas pela crueldade; a barba era irregular e os olhos
fixos. Contudo, era um rosto descontraído, como se Paulo tivesse visto o pior e
já não o temesse, tivesse olhado o melhor e soubesse que estava sendo
reconstruído em seu molde.
Ananias pôs as mãos na cabeça de Paulo.
"Saulo, irmão", começou ele (e engoliu em seco ao chamar o assassino
dos seus amigos de "irmão", mas a alegria tragou a hesitação),
"o Senhor me enviou, a saber, o próprio JESUS que te apareceu no caminho
por onde vinhas, para que recuperes a vista e fiques cheio do ESPÍRITO
SANTO."
Naquele instante umas como que escamas caíram dos olhos de Paulo. Ele viu
Ananias. E o viu claramente. Paulo recuperou a vista instantânea e
completamente.
Ananias desincumbiu-se do restante das suas ordens: "O DEUS de nossos pais
de antemão te escolheu para conheceres a sua vontade, ver o Justo e ouvir uma
voz da sua própria boca, porque terás de ser sua testemunha diante de todos os
homens, das coisas que tens visto e ouvido." Paulo ouviria mais, disse
ele, diretamente do Senhor JESUS, que lhe daria um vislumbre da dureza e da dor
à medida que se aventurassem juntos, não só aos filhos de Israel, grandes e
pequenos, escravos e reis — mas também a "todos os homens", a quem o
fariseu Saulo desprezara e rejeitara.
A seguir, Ananias proferiu mais palavras, entregues como se da parte do próprio
JESUS: "Envio-te para lhes abrir os olhos e convertê-los das trevas para a
luz, e da potestade de Satanás para DEUS, a fim de que recebam eles remissão de
pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim."
O alcance e a implicação dessa comissão deixou Paulo sem fala.
Disse mais Ananias: "Por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e
lava os teus pecados, invocando o nome dele."
Ananias ajudou-o a deixar a cama. Os seguidores do Caminho, como João Batista,
batizavam por imersão num rio ou numa corrente de águas. Paulo estava fraco
depois de seu prolongado jejum, mas com sua vontade férrea, pode ter insistido
em caminhar, apoiado em Ananias, os oitenta metros até o rio Abana, fora do
muro norte da cidade.
Paulo, embora advertido de que viriam tempestades, nessa ocasião podia tornar
suas as palavras do Salmo 19: "Os céus proclamam a glória de DEUS... o
sol... se regozija como herói, a percorrer o seu caminho."
Paulo sentia bem-estar, descontração de toda a tensão, agudeza de percepção e
paz mental. Andando pela rua Direita, que, como todas as ruas orientais era uma
miscelânea de cores, barulhos e movimentos, ou entrando no bazar de especiarias
ou na rua dos trabalhadores em metal, ele estava apaixonado com a humanidade
toda. Damasco, por ser uma cidade de fronteira, atraía tipos variados: árabes,
judeus, partos com seus chapéus cônicos, e soldados romanos. Paulo sabia ter
sido enviado a todos — e a seu próprio povo, os judeus, porque até mesmo eles,
com exceção dos que tinham visto a JESUS, possuíam somente um vislumbre da
aparência de DEUS.
Naquela noite, em companhia de Ananias, Paulo ficou conhecendo o pequeno grupo
de nazarenos. Se alguns fugitivos de Jerusalém estavam entre eles — o que é
possível — foi um momento de grande emoção quando os que haviam sido
chicoteados sob as ordens de Paulo lhe deram o beijo da paz e, como prova de
sua união uns com os outros e com JESUS, partilharam com ele o pão e o vinho,
símbolos do corpo e do sangue do Senhor, como o próprio Senhor ensinara na
noite em que foi traído.
Um incidente ainda mais extraordinário ocorreu no sábado seguinte na sinagoga
mais importante de Damasco. Os anciãos e a congregação não faziam ideia da
conversão de Paulo. Ele não a revelara nem mesmo a Judas. Os nazarenos,
contudo, que sabiam que as coisas correriam de modo diferente, estavam orando
enquanto acompanhava Paulo, ainda vestido como fariseu e trajando uma veste de
barras azuis, tendo no turbante um talismã de couro, até à plataforma e lhe
entregava o rolo da Lei.
Ele leu a passagem designada e devolveu o rolo. No instante de pausa, antes de
começar a falar, ele se maravilhou da estratégia divina mediante a qual, nos
séculos passados, levantaram-se sinagogas em incontáveis cidades gentias —
prontas para o dia em que, sob a sua liderança, se transformariam nos baluartes
de uma grande cruzada para JESUS CRISTO! Como ele tinha visto a verdade,
certamente que eles também a veriam. Ele e eles haviam sido separados para
espalhar as boas novas de JESUS CRISTO entre os gentios. E começariam em
Damasco.
Então ele proclamou: "JESUS é o Filho de DEUS." Paulo atacou com a
mesma veemência e paixão que caracterizaram sua perseguição. As palavras
tropeçavam umas nas outras enquanto ele contava como o Senhor lhe aparecera,
que o Senhor estava vivo e que os amava. E a reação não foi nada parecida com a
que ele esperava. Os adoradores ficaram espantados e horrorizados. Longe de se
convencerem, ficaram com raiva. Esse vira-casaca, recebido como representante
do sumo sacerdote, se declarava representante de JESUS.
Paulo se surpreendeu. Nos dias que se seguiram ele se sentiu como Moisés que
"pensou que seus patrícios compreenderiam que DEUS lhes estava oferecendo
libertação por seu intermédio, mas não compreenderam." Ainda mais, sua
impaciência com os nazarenos aumentou. Ele se reunia com eles todas as noites,
mas poucos tinham recordações de JESUS. Possuíam vários dos seus ditos, os
quais haviam sido repetidos por aqueles que o tinham conhecido, mas isso não
satisfazia a Paulo. Ele tinha fome de evidência de primeira mão. Contudo, não
podia voltar a Jerusalém. Ainda que os apóstolos, que haviam conhecido a JESUS
melhor do que ninguém, confiassem nele imediatamente, Paulo não devia
arriscar-se a cair nas garras de um sumo sacerdote enfurecido, que se
encarregaria de fazê-lo desaparecer mediante o estrangulamento, apedrejamento
ou prisão perpétua.
De noite, na casa de Judas ou talvez agora na casa de Ananias, ele se revirava
na cama, frustrado. E a glória dos dias de cegueira estava a desvanecer.
Finalmente, ele disse ao Senhor que deixaria tudo nas suas mãos. A paz voltou.
Nenhuma voz ou luz revelou o próximo passo, somente a convicção crescente de
que devia sair sozinho, não levando nada a não ser os rolos das Escrituras. Não
era dos apóstolos que Paulo necessitava, mas de JESUS somente; não de uma
cidade, mas do deserto.
O passo seguinte foi fácil. Damasco era o ponto final de uma das grandes rotas
de especiarias que vinham do país da mirra e do incenso, ao sul da Arábia, e da
Ponta da África. As caravanas de camelos voltavam trazendo moedas e mercadorias
do mundo romano. O filho de um importante comerciante não teve dificuldade
alguma em conseguir passagem.
JOHN POLLOCK. O Apóstolo. Editora Vida. (Observação, Com acréscimos e
modificações minhas - Pr. Henrique)
2. Um homem preparado para servir.
Paulo foi buscar mais conhecimento íntimo com JESUS no mesmo monte onde DEUS
falara com Moisés. Foi para a Arábia e lá recebeu revelações como o que
aconteceu na Santa Ceia do Senhor JESUS com seus discípulos, antes de morrer na
cruz. (Obs. Pr. Henrique).
nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas
parti para a Arábia e voltei outra vez a Damasco. Gálatas 1:17
Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor JESUS, na
noite em que foi traído, tomou o pão; 1 Coríntios 11:23
Paulo foi escolhido e capacitado pelo ESPÍRITO SANTO para fazer a obra de
apóstolo aos gentios.
Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber:
Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado
com Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse
o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho
chamado. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.
E assim estes, enviados pelo ESPÍRITO SANTO, desceram a Selêucia e dali
navegaram para Chipre. Atos 13:1-4
Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência,
por sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12
Pr. Henrique
Paulo teve experiências com DEUS
Um verdadeiro apóstolo é homem que deve ter comunhão e experiência com DEUS.
Paulo, não obstante não ter convivido com JESUS como os demais apóstolos, teve
experiências espirituais que os outros não tiveram. E essas experiências
fortaleceram sua vida espiritual e solidificaram o seu relacionamento com
CRISTO. Ele diz que teve “visões e revelações do Senhor” (1 Co 12.1); com
bastante modéstia, falando na terceira pessoa, diz que “foi arrebatado ao
terceiro céu”... “e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar”
(1 Co 12.2,4). Que palavras foram essas, só DEUS e Paulo sabem.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 75.
O prazer com que ele olha para a vida que tinha vivido (v. 7): Combati o bom
combate, acabei a carreira etc. Ele não temia a morte, porque tinha o
testemunho da sua consciência de que pela graça de DEUS ele tinha, em alguma
medida, correspondido às expectativas do propósito da vida. Como cristão, como
ministro, ele tinha combatido o bom combate. Ele tinha realizado o serviço,
passado pelas dificuldades da sua batalha e tinha sido um instrumento ao levar
avante as gloriosas vitórias do Redentor exaltado sobre os poderes das trevas.
Sua vida foi uma carreira, e ele a tinha concluído. Como sua batalha tinha sido
cumprida, assim sua corrida tinha acabado. “Guardei a fé. Guardei as doutrinas
do evangelho e nunca neguei nenhuma delas”. Note que, em primeiro lugar, a vida
de um cristão, mas especialmente de um ministro, é um combate e uma corrida, às
vezes comparada a um ou ao outro nas Escrituras. Em segundo lugar, esse é um
bom combate, uma boa milícia. A causa é boa, e a vitória é certa, se
continuarmos fiéis e corajosos. Em terceiro lugar, devemos combater esse bom
combate, devemos concluí-lo e terminar nossa carreira. Não devemos parar até
que sejamos mais do que vencedores por aquele que nos amou (Rm 8.37). Em quarto
lugar, é um grande consolo para um santo moribundo quando ele pode olhar para trás
e dizer como nosso apóstolo: “Combati etc. Guardei a fé, a doutrina da fé e a
graça da fé”.
Se pudermos falar da mesma maneira, ao nos aproximar do final dos nossos dias,
sentiremos um consolo inexprimível.
Portanto, precisamos continuar nos esforçando, contando com a graça de DEUS,
para que possamos terminar nossa carreira com alegria (At 20.24).
[3] O prazer com que ele olha para a vida futura (v. 8): Desde agora, a coroa
da justiça me está guardada etc. Ele havia sofrido perda por CRISTO, mas estava
certo de que ganharia a CRISTO (Fp 3.8). Que isso possa servir de ânimo para
Timóteo para suportar as dificuldades como um bom soldado de JESUS CRISTO, que
há uma coroa da vida para ele, a glória e a alegria que abundantemente
compensarão todas as dificuldades e privações do combate presente. Observe: Ela
é chamada de coroa da justiça, porque será a recompensa dos nossos serviços,
que o Senhor não esquecerá, porque não é injusto para esquecer, e porque a
nossa santidade e justiça serão aperfeiçoadas e serão a nossa coroa. DEUS a
dará como justo juiz. Essa coroa da justiça não era somente para Paulo, como se
pertencesse somente aos apóstolos, aos ministros famosos e aos mártires, mas
para todos os que amarem a sua vinda. Observe: A natureza de todos os santos é
amar a vinda de JESUS CRISTO: eles amaram a sua primeira vinda, quando Ele
apareceu para tirar o pecado pelo sacrifício de si mesmo (Hb 9.26). Eles têm
prazer em refletir a respeito dela. Eles aguardam ansiosos pela segunda vinda
de CRISTO naquele grande Dia. Eles a amam e a aguardam com ansiedade. Em
relação àqueles que amam a vinda de JESUS CRISTO, Ele virá para a alegria
deles.
Existe uma coroa de justiça reservada para eles, que na segunda vinda de JESUS
CRISTO será dada a eles (Hb 9.28).
Amém! Ora, vem, Senhor JESUS! (veja Ap 22.20).
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE
Edição completa. Editora CPAD. pag. 719-720. (Observação, Com acréscimos e
modificações minhas - Pr. Henrique)
Paulo exorta Timóteo a não se esquecer da parte sobrenatural de seu ministério,
sem a qual não alcançaria êxito.
Por este motivo, te lembro que despertes o dom de DEUS, que existe em ti pela
imposição das minhas mãos. 2 Timóteo 1:6
Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a
imposição das mãos do presbitério. 1 Timóteo 4:14
I Tm 4.7 Combati o bom combate. Aquilo para o que Timóteo foi convocado (1Tm
6.12) foi cumprido pessoalmente pelo apóstolo e suportado até o vitorioso fim.
Ele “proclamou o evangelho de DEUS mediante grande luta”. Agora acabou a luta,
esgotou-se a luta da vida, o bom combate chegou a bom fim. Ele lutou contra
poderes sombrios da maldade, contra Satanás, contra vícios judaicos, cristãos e
gentílicos, hipocrisia, violência, conflitos e imoralidades em Corinto,
fanáticos e desleixados em Tessalônica, gnósticos helenistas judeus em Éfeso e
Colossos, e não por último – no poder do ESPÍRITO SANTO – o velho ser humano
dentro de si mesmo, tribulações externas e temores internos. Acima de tudo e em
tudo, porém, lutou em prol do evangelho, a grande luta de sua vida, seu bom
combate.
Completei a corrida. A imagem do atleta competidor que alcançou a meta e por
quem espera a coroa da vitória. Nada pôde deter sua trajetória, por nada ele
foi interrompido significativamente. Agora tampouco poderes mundanos destruirão
sua vida de forma autocrática, ele é “prisioneiro do Senhor”. O que ele
anunciou aos anciãos de Éfeso na despedida se cumpriu agora: “Todavia, não me
importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se
tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor
JESUS me confiou, de testemunhar o evangelho da graça de DEUS.”
Guardei a fé. Será que se deve traduzir aqui com a frase que se tornou
linguajar corrente “Guardei a fidelidade”? Sem dúvida tem-se em vista “a
fidelidade até a morte”; é intencional a ligação com 2Tm 2.11-13; também a
fidelidade do administrador, do qual se demanda prestação de contas no juízo; a
aprovação do colaborador e sua paciência até o fim no trabalho penoso, quando
os frutos estão maduros. Tudo está englobado, mas antes de tudo e em tudo vale
uma só coisa: “Aqui se trata da perseverança dos santos, os que guardam
fielmente os mandamentos de DEUS e a fé em JESUS.” “Guardei a fé”, isso é o
alfa e o ômega, origem e alvo daquele que por ocasião do primeiro
aprisionamento confessou: CRISTO é minha vida e morrer para mim é lucro. Poder
crer até o fim, ser sustentado na fé em JESUS, receber constantemente essa fé
renovada e aprofundada: essa é a graça máxima, dádiva imerecida, exaltação da
fidelidade de DEUS.
O soldado, o corredor, o administrador (agricultor) – todas as três metáforas
que Paulo lançou a Timóteo para encorajá-lo, todas direcionadas para o fim dos
tempos, cumpriram-se em Paulo. Essas declarações não são marcadas pelo
enaltecimento próprio, mas pela gratidão e adoração àquele que o tornou forte
na luta, que o conduziu à perfeição, que o presenteou com a fé e o preservou.
Hans Bürki. Comentário Esperança Cartas aos I Timóteo.. Editora Evangélica
Esperança. (Observação, Com acréscimos e modificações minhas - Pr. Henrique)
3. “O menor dos apóstolos”.
Paulo era um homem de grande cultura
Desmistificando a crença ou “doutrina” de que DEUS só usa pessoas de pouca
instrução, o exemplo de Paulo é bem marcante. Era homem de alto conhecimento
bíblico e teológico, discípulo de Gamaliel, um dos mestres do judaísmo (At
22.3).
Paulo era um intelectual poliglota. Falava hebraico, por ser judeu e fariseu
(At 22.2); por ser cidadão romano (At 22.25), falava latim; suas epístolas
foram escritas em grego, o que dá a entender que, sendo um homem culto de sua
época, falava a língua helênica; e, como judeu zeloso, certamente, falava o
aramaico, que era língua usual, nos meios intelectuais de sua época. Em sua
soberania, e segundo seus propósitos divinos, JESUS resolveu contrariar a
lógica humana, e chamar um perseguidor do evangelho para ser salvo e fazer dele
um apóstolo dos mais destacados entre os que quis escolher.
Enquanto alguns de seus primeiros discípulos, do grupo dos Doze, eram humildes
pescadores, cobrador de imposto, político e outros de menor grau de instrução,
Paulo era um homem intelectual, que haveria de levar o evangelho aos gentios,
ou gentes de todas as nações, fora de Israel, inclusive aos “reis” ou
governantes de povos estrangeiros. Além dessa característica marcante, em seu
ministério, Paulo foi o grande teólogo e intérprete dos evangelhos de CRISTO.
Dos 27 livros do Novo Testamento, 13 foram escritos por ele. E ainda resta
dúvida se a epístola aos hebreus também foi de sua autoria.
Não foi por acaso que Paulo foi o primeiro apóstolo a levar o evangelho de
CRISTO à Europa. Ele foi o grande evangelizador do Império Romano (Rm
15.24,28). Em suas viagens missionárias, levou o evangelho de CRISTO a cidades
de Israel, passou pela Turquia, pela Ásia Menor; pregou na Macedônia, na Acaia,
na Grécia, centro cultural da Europa, à época; e, em sua última viagem
missionária, reviu discípulos nas igrejas que fundara, e terminou em Roma, para
onde foi levado preso, e pregou na capital do Império mundial da época.
Concluiu sua extraordinária missão, declarando solenemente: “Combati o bom
combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2 Tm 4.7).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 75-76. (Observação, Com
acréscimos e modificações minhas - Pr. Henrique)
Paulo quis salientar diversas coisas através desse símbolo: Seu aparecimento
súbito e aparentemente fora de tempo entre as fileiras apostólicas; sua
«imaturidade» por ocasião de seu aparecimento; sua «inferioridade» natural
diante dos outros apóstolos, exceto a graça de DEUS; e, no entanto, quão grande
é a graça de DEUS que tal pessoa veio a tomar-se, por assim dizer, o principal
dentre todos os apóstolos. E foi assim que Paulo completou a lista de
testemunhas da ressurreição de CRISTO, aludindo a si mesmo. JESUS foi visto
após sua morte, e estava vivo. E isso constitui um fato histórico digno de
confiança. Conforme disse Sir William Barrett: «O que quer que os mais humildes
homens afirmem, com base em sua própria experiência, isso é digno de ser
ouvido; porém, aquilo que até mesmo os homens mais habilidosos negam, em sua
ignorância, jamais merece um momento sequer de atenção».
Paulo se considerava bem pouca coisa. As palavras «...o menor dos apóstolos...»
nada têm a ver com sua estatura física, ou seu poder espiritual ou suas
realizações; porquanto, nessas coisas, ele foi realmente o maior de todos. Por
igual modo, isso não se pode referir à sua dedicação, ao seu propósito e à sua
espiritualidade genuína, pois, uma vez mais, nessas coisas, ele foi o maior de
todos os apóstolos. Mas temos aqui a estimativa humilde em que Paulo tinha a si
mesmo, no que concerne ao seu «valor pessoal», que ele poderia ter a fim de
merecer tão elevado ofício. Em si mesmo, dificilmente ele era digno de ser ao
menos um crente comum e possuir a vida eterna, em JESUS CRISTO, porquanto
perseguira miseravelmente à igreja de DEUS. A dor de consciência se mostra
clara aqui. Ele aprisionara pra serem assassinadas a mulheres e crianças
inocentes, entre suas outras vítimas. Não admira, pois, que ele visse a si
mesmo como o menor dos apóstolos e que se não fora a graça divina, nem ao menos
era digno de ser chamado «apóstolo». (Comparar essa autodepreciação de Paulo
com os trechos de Efé. 3:8 e I Tim. 1:15. Quanto às suas perseguições
anteriores contra os cristãos, ver as passagens de Atos 8:3; Gál. 1:13 e Fil.
3:6).
Paulo havia dito que era ele qual um «aborto» entre os apóstolos; e essa era
outra razão para ter-se em tão pouca conta. Ele empregou aqui o termo grego
«ikanos», que é traduzido aqui por «digno». Mas essa não é a mesma palavra
grega «aksios», a palavra grega ordinariamente traduzida por «digno». Antes, o
termo aqui usado significa «competente», «adequado» (comparar com II Cor.
2:16). Ele não via qualquer mérito em si mesmo, como explicação de por que DEUS
lhe outorgara tão estupenda graça. Contudo, a graça não lhe fora dada em vão,
conforme sucede quando o livre arbítrio de um homem teimoso interfere com os
planos divinos. Pelo contrário, a vontade de Paulo correspondia aos impulsos
divinos; e isso era tudo que o Senhor requeria da parte dele. Seu «aborto»
violento, para fora do judaísmo, fora uma necessidade; porque ele fora um
destruidor; e, através desse processo, normalmente jamais teria vindo aos pés
de CRISTO, e muito menos poderia ter assumido a posição de sua mais importante
testemunha.
Todavia, a grande mancha de culpa de sua vida jamais foi olvidada pelo apóstolo
Paulo (ver Gál. 1:3; I Tim. 1:12-14 e Atos 26:9). Por igual modo, não foi
eliminado o princípio da colheita segundo a semeadura; porquanto existe uma lei
que dita que tudo quanto um homem semear, isso também terá de colher. É o mesmo
caso de Davi, o qual, mesmo depois de haver-se arrependido de seus pecados e de
ter sido perdoado, teve de sofrer as consequências. Paulo ainda teria de pagar
pelos erros cometidos. Ele, o grande perseguidor, tornou-se o grande
perseguido. Aquele que havia encarcerado a outros, agora era frequentemente
encarcerado. Aquele que havia assassinado a outros, finalmente foi morto. Essa
é uma grande lei, que não admite qualquer exceção, até mesmo quando o perdão
entra em operação. (Ver Gál. 6:7,8). «Houve ocasiões em que esse fato terrível
(o de ter perseguido a igreja) confrontava a Paulo como um pesadelo. E quem não
compreende essa forma de contribuição?» (Robertson, in loc.).
«Embora DEUS o tivesse perdoado, o próprio Paulo dificilmente se perdoaria por
seu pecado passado». (Faucett, in loc.). O trecho de Efé. 3:8 apresenta Paulo a
dizer algo ainda mais depreciativo a seu respeito. Lá ele aparece como «...o
menor de todos os santos...».
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 239-241. (Observação, Com acréscimos
e modificações minhas - Pr. Henrique)
I Cor 9.2 Ademais, não falta o ― selo à sua incumbência apostólica: ―Porque o
selo de meu apostolado sois vós no Senhor. Como os coríntios podem duvidar da
autenticidade de sua incumbência? Nesse caso também deveriam colocar em dúvida
a autenticidade de sua condição cristã e sua existência como igreja de JESUS.
“Se não sou apóstolo para outros, certamente o sou (pelo menos) para vós”
[tradução do autor]. Essa é a sucinta e contundente ―defesa de seu apostolado
contra os que se posicionam como juízes contra ele em Corinto.
Werner de Boor. Comentário Esperança Cartas aos I Corinto. Editora Evangélica
Esperança.
I Cor 9.2 Paulo enfatiza a prova de seu apostolado, dada no primeiro versículo
deste capítulo, onde diz que os próprios crentes de Corinto eram uma prova de
seu ministério. Quanto a outros, que tão-somente tinham ouvido falar sobre
Paulo, mas nunca tinham contemplado o seu poderoso ministério em primeira mão,
era possível que se desculpassem por não reconhecer nele o grande homem de
DEUS, de fé e poder como ele era. Mas os crentes de Corinto não podiam
apresentar essa mesma desculpa. Acima de outros, tinham de reconhecer como
CRISTO operava por intermédio dele. Paulo estivera entre aqueles coríntios por
nada menos de dezoito meses, isto é, por mais tempo do que estivera entre
qualquer outro grupo de pessoas, excetuando Éfeso.
«...selo...» Essa era a marca da autenticação, nas culturas antiga e moderna. O
«selo» ou «caminho» da autoridade, impresso sobre um documento, é necessário
para dar-lhe legalidade. Ora, os labores tão bem-sucedidos de Paulo serviam-lhe
de selo, de autenticação. Entre esses labores havia o estabelecimento do
evangelho na cidade de Corinto. Paulo não poderia ter conseguido tal coisa, a
menos que tivesse sido preparado para tanto pelo ESPÍRITO de DEUS. Através do
dons espirituais, que resultavam em poderosos sinais e grandes maravilhas, além
de uma pregação eloquente e convincente, homens e mulheres ficavam convictos do
poder de CRISTO, atuante nesse apóstolo. Nisso consistia o selo autenticador de
Paulo.
Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência,
por sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12 (Observação, Com
acréscimos e modificações minhas - Pr. Henrique)
Principais selos do ministério de Paulo - Sinais e Almas para CRISTO - são
comprovações, são autenticações de seu ministério dado por JESUS CRISTO.
Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência,
por sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12
Se eu não sou apóstolo para os outros, ao menos o sou para vós; porque vós sois
o selo do meu apostolado no Senhor. 1 Coríntios 9:2
«...mediante os sinais e portentos que ele operara entre eles, como diz
Crisóstomo, alicerçado em II Cor. 12:11-13...a conversão era a grande prova».
(Alford, in loc.).
De que maneiras eram utilizados esses selos?
1. Servia de sinal de autenticidade e autoridade, como o selo que José recebeu,
na qualidade de representante de Faraó.
2. Servia para testificar e confirmar a autenticidade de documentos. (Ver Jer.
32:11-14; Nee. 9:38 e Dan. 9:24).
3. Servia para impedir a leitura de um documento ou livro. Simbolicamente,
pois, esse tipo de selo representa algo oculto ou ainda não revelado.
Neste texto, o selo de que Paulo fala servia essencialmente como «autenticação»
de seu ministério, como uma «testemunha», como uma confirmação do mesmo.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 131. (Observação, Com acréscimos e
modificações minhas - Pr. Henrique)
III - APOSTOLICIDADE ATUAL (Ef 4.11)
1. Ainda há apóstolos?
Aplicamos este termo ao que já vimos no item 1.1, ao “Colégio Apostólico”, ou
aos Doze discípulos que foram selecionados por JESUS, e enviados como apóstolos
para dar início à Grande Comissão (Mc 16.15). Apóstolos como eles, não existem
mais. Eles eram apóstolos no sentido estrito da palavra, e nas circunstâncias
em que foram chamados e enviados por JESUS, como homem na Terra. Fizeram parte
do primeiro colégio apostólico. Como esses não existem mais, porém, o
ministério apostólico da Igreja está em pleno exercício (Ef 4.11).
1) Estiveram com CRISTO, durante todo o seu ministério terreno.
Os Doze (incluindo aqui Judas, o traidor) aprenderam aos pés de JESUS, o Mestre
dos mestres, no mais perfeito curso de evangelização e discipulado que alguém
poderia realizar. Próximo à sua morte, JESUS lhes disse: “E vós sois os que
tendes permanecido comigo nas minhas tentações” (Lc 22.28). Ter visto a CRISTO,
como home, vivo, é condição sinequanom para exercer tal ministério. Porém, ver
a CRISTO ressurreto não é condição exclusiva, pois Paulo também o viu (1 Co
9.1,2). Mas o terem aceito seu chamado diretamente de sua parte desde o batismo
de João Batista; de terem caminhado durante cerca de três anos e meio, ao seu
lado, ouvindo sua palavra, e vendo seus milagres; de terem comido e dormido ao
seu lado, muitas vezes sem ter “onde reclinar a cabeça” (Mt 8.20); só os Doze
compartilharam momentos tão expressivos da humanidade, bem como da divindade de
CRISTO (podemos incluir aqui outros dois discípulos, mas estes não foram
escolhidos por JESUS como homem - José e Matias).
2) Eles estiveram com JESUS, após a sua ressurreição
Outros discípulos também estiveram com JESUS, como Maria Madalena, por exemplo.
Mas os que compartilharam da companhia do Senhor, de modo privado e especial,
foram os 11, visto que Judas traiu o Mestre e foi para o seu destino trágico
(Observação minha - Pr. Henrique - Então agora eram 13 nesta ocasião já que os
apóstolos disseram que José e Matias tinham acompanhado o mesmo que eles do
ministério de JESUS, porém não foram escolhidos quando os doze foram).
“Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as
portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou
JESUS, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco! E, dizendo isso,
mostrou-lhes as mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o
Senhor. Disse-lhes, pois, JESUS outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai
me enviou, também eu vos envio a vós” (Jo 20.19-21). Enviar significa -
apostolar, tornar apóstolo.
3) Receberam a Grande Comissão
O mandato para evangelizar o mundo é destinado a todos os crentes em JESUS, a
toda a Igreja do Senhor. Mas os Doze receberam a ordem missionária, diretamente
da boca de JESUS (Mc 16.15). JESUS não disse aos Doze que eles fizessem
apóstolos, mas sim, discípulos em todas as nações (Mt 28.18-20).
4) Os Doze terão seus nomes nos fundamentos da Nova Jerusalém (Aqui Matias sim.
Não Judas e nem Paulo)
Esse importante detalhe, registrado no Apocalipse, certamente, constitui
argumento mais que suficiente para se entender, que o apostolado especial dos
Doze, que constituíam o primeiro Colégio Apostólico, não é repetido em nenhuma
fase da História da Igreja. João viu esse singular privilégio, concedido
unicamente aos que seguiram JESUS, durante o seu ministério terreno (Ap
21.12-14), mas também viu nascer o segundo apostolado, tendo como integrantes
Tiago, irmão de JESUS que assumiu preeminência entre os apóstolos do primeiro
colegiado, Andrônico, Júnias, Paulo e Barnabé; estes sendo apóstolos da igreja
(At 15.Ef 4.11).
Para confirmar definitivamante que havia apóstolos depois dos doze primeiros,
Tiago, irmão de JESUS era líder entre eles todos, em Jeruslám e não tinha sido
escolhido por JESUS entre os doze primeiros apóstolos. O Tiago, irmão de João,
já havia sido morto por Herodes (e matou à espada Tiago, irmão de João. Atos
12:2 ).
E, havendo-se eles calado, tomou Tiago a palavra, dizendo: Varões irmãos,
ouvi-me. Atos 15:13
E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor. Gálatas
1:19
Note que mesmo João estando vivo na época de Paulo, muitos foram chamados de
apóstolos, claro que apóstolos como ministério e não como os doze primeiros.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 77-78. (Observação, Com
acréscimos e modificações minhas - Pr. Henrique)
ERA APOSTÓLICA, A época que tem início a partir do Pentecostes (aprox. 30 d.C.)
até a morte do apóstolo João (aprox. 100 d.C.) é aquela em que os apóstolos
estavam exercendo a sua influência entre as igrejas. Esta era prontamente se
divide nos períodos pré-paulino (aprox. 30-40 d.C), paulino (aprox. 40-67 d.C.)
e pós-paulino (aprox. 67-100 d.C). Durante o primeiro período, o cristianismo
esteve grandemente confinado a Jerusalém e ao povo judeu. Não houve nenhuma
tentativa de fazer um rompimento definitivo com o judaísmo até então. A vida da
igreja foi marcada pela simplicidade, pureza e poder. No período paulino
ocorreu uma transição de uma igreja judaica para gentio-judaica com uma
expansão correspondente ao tamanho do império. Vários problemas começaram a
tomar forma, tais como a perversão judaística na Galácia, irregularidades em
Corinto e a heresia em Colossos. A principal figura do período pós-paulino foi
o apóstolo João, cuja morte trouxe o final da Era Apostólica primeira, dada por
CRISTO (dos doze primeiros apóstolos escolhidos por JESUS). Nesta época, o
cristianismo havia sido firmemente plantado em todas as terras de Jerusalém a
Roma (Observação minha - Pr. Henrique - agora com os apóstolos do ministério
referidos por Paulo em Ef 4.11).
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 161.
(Observação, Com acréscimos e modificações minhas - Pr. Henrique)
Note que mesmo João estando vivo na época de Paulo, muitos foram chamados de
apóstolos, claro que apóstolos como ministério e não como os doze primeiros.
Mt 19.28 — Os apóstolos jamais se esqueceram da promessa de JESUS sobre o lugar
que ocupariam no Seu Reino; isso era algo que ainda estava muito vivo na mente
deles em Atos 1.15-26.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico
Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 58-59.
2. Apóstolos fora dos doze.
Matias foi escolhido pelos onze e não foi reprovado por Paulo e muito menos por
JESUS. O método de escolha foi totalmente correto, pois ainda não haviam sido
batizados no ESPÍRITO SANTO e provaram ter total confiança e fé em DEUS para
Ele escolhesse qual pedra sairia se referindo ao apóstolo escolhido por Ele.
Tiago, irmão de JESUS e escritor de um dos livros do Novo Testamento, foi
colocado como apóstolo entre os primeiros apóstolos e assumiu posição de
eminência entre eles (At 15.13).
Andrônico e Júnias (Saudai a Andrônico e a Júnia, meus parentes e meus
companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram
antes de mim em CRISTO. Romanos 16:7)
Paulo e Barnabé (Ouvindo, porém, isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as
suas vestes e saltaram para o meio da multidão, clamando Atos 14:14)
Esses são nomes de apóstolos que assumiram o ministério de apóstolos depois dos
doze primeiros.
Sei que muitos foram ensinados por mestres do passado e achavam que Paulo é que
tinha que ser escolhido no lugar de Matias, mas isso não é verdade. O próprio
Paulo fala de doze apóstolos colocando Matias entre eles.
e que foi visto por Cefas e depois pelos doze. 1 Coríntios 15:5 - Judas já
havia morrido e Matias já havia sido incluído entre os apóstolos.
Já ressaltamos o envio dos “setenta” discípulos, que, sendo enviados, de dois
em dois, cumpriram o papel de apóstolos. Mas, além deles, o Novo Testamento
também cita outros exemplos de apóstolos, como Paulo, que se considerou a si
mesmo “o menor dos apóstolos” por ter perseguido “a igreja de DEUS” (1 Co.15.9;
Rm 1.1; 2 Co 1.1); ele viu a JESUS CRISTO (1 Co 9.1). Tiago, irmão de JESUS
(Barnabé também foi reconhecido como apóstolo (At 14.14). Havia “outros
apóstolos”, a que Paulo se referia em sua carta aos romanos (Rm 16.7) e em
outras epístolas (G1 1.19; 1 Ts 2.6,7).
A) A liderança dos apóstolos
Segundo o comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal, os apóstolos “Eram homens
de reconhecida e destacada liderança espiritual, ungidos com poder para
defrontar-se com os poderes das trevas e confirmar o Evangelho com milagres.
Cuidavam do estabelecimento de igrejas, segundo a verdade e pureza
apostólicas”. Eles tinham a mensagem “original” de CRISTO.
- A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de
sabedoria humana, mas em demonstração do ESPÍRITO e de poder, 1 Coríntios 2:4
- Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a
paciência, por sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12
- E digo isto para que ninguém vos engane com palavras persuasivas. Porque,
ainda que esteja ausente quanto ao corpo, contudo, em espírito, estou convosco,
regozijando-me e vendo a vossa ordem e a firmeza da vossa fé em CRISTO. Como,
pois, recebestes o Senhor JESUS CRISTO, assim também andai nele, arraigados e
edificados nele e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, crescendo em
ação de graças. Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de
filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os
rudimentos do mundo e não segundo CRISTO; porque nele habita corporalmente toda
a plenitude da divindade. Colossenses 2:4-9
B) A itinerância dos apóstolos
Diz, ainda, a Bíblia de Estudo Pentecostal que os apóstolos “Eram servos
itinerantes que arriscavam suas vidas em favor do nome de nosso Senhor JESUS
CRISTO e da propagação do evangelho (At 11.21-26; 13.50; 14.19-22; 15;25,26).
Um verdadeiro apóstolo de CRISTO deve ser, antes de tudo, um servo ou um
servidor e não alguém em grau de superioridade ou supremacia entre os outros.
deve viver em santidade e humildade, repartindo com os outros m4 ministérios
suas responsabilidades eclesiásticas e ministeriais. Se há salário, deve ser
repartido igualmente entre os cindo ministérios arrolados em Efésios 4.11 -
Apóstolos - Profetas - Evangelistas - Pastores - Mestres.
C) A ordem de fazer discípulos
A expressão “ensinai todas as nações”, no texto bíblico original (Mt 28.19),
escrito em grego, tem o sentido de fazer discípulos. A tradução mais aproximada
seria “ide, fazei discípulos em todas as nações”. “O propósito da Grande
Comissão é fazer discípulos que observarão os mandamentos de CRISTO e serão
pregadores e ministros do evangelho daí para frente também. Este é o único
imperativo direto no texto original deste versículo”. De modo mais didático e
direto, lemos, na Bíblia de Estudo Palavras-Chave sobre o versículo de Mt
28.19: “3.100 (mathêteuo), intransitivo, tornar-se um aluno, transitivo, ser
discípulo, i.e., inscrever-se como estudante: ser discípulo, instruir,
ensinar. O termo correlato, mathetês (3101), “discípulo. Ser discípulo de
alguém (Mt 27.57); treinar como discípulo, ensinar, instruir; por exemplo, a
Grande Comissão (Mt 28.19). Também Mateus 13.52; Atos 14.21”.5.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 78-80. (Observação, Com
acréscimos e modificações minhas - Pr. Henrique)
3. O ministério apostólico atual.
Os missionários, se tivessem autoridade apostólica concedidos pela Igreja e
dons do ESPÍRITO SANTO presentes em seu ministério, se fosse enviado só para
locais sem crentes e se fossem sustentados pelo mesmo salário dos pastores,
poderiam ser considerados hoje como apóstolos.
Como demonstrado, o ministério dos Doze, ou do primeiro colégio apostólico
(incluído aí Matias), não se repete. Nenhum dos Setenta, nem qualquer dos
apóstolos da Igreja Primitiva; ou dos tempos antigos, modernos, atuais, ou
futuros, jamais terá seu nome nos fundamentos da Nova Jerusalém. Aqueles Doze
foram únicos. Não há sucessão apostólica, como entende a Igreja Católica.
Referindo-se aos apóstolos de JESUS do primeiro colegiado, no sentido especial,
a Bíblia de Estudo Pentecostal diz: “O ministério de apóstolo nesse sentido
restrito é exclusivo, e dele não há repetição. Os apóstolos originais do Novo
Testamento escolhidos por JESUS, em forma humana, não têm sucessores”.
Atualmente, o que podemos ver como ministério de caráter apostólico, é o
trabalho dos apóstolos de CRISTO como Tiago, irmão do Senhor, Andrônico,
Júnias, Paulo e Barnabé o foram e que hoje fazem o mesmo tipo de trabalho
abrindo e coordenando o trabalho de novas Igrejas. Onde deixamos espaço sem
evangelizar se torna campo missionário a ser ocupado por um apóstolo e os
missionários a eles inseridos.
Paulo ensina que JESUS, depois de subir ao alto e levar “cativo o cativeiro”,
“deu dons aos homens”. Observando o texto bíblico, de Efésios 4.11, lemos: “E
ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos
santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de CRISTO” (Ef
4.11,12). Esses “homens-dons”, concedidos por DEUS e seus ofícios ou
ministérios, têm por finalidade alcançar a “unidade do ESPÍRITO” (Ef 4.3),
visando “o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério” e a
“edificação do corpo de CRISTO”.
O ministério de apóstolo deve ser desenvolvido, na atualidade, ao lado dos
demais ministérios, indispensáveis à unidade e à edificação do corpo de CRISTO,
em pé de igualdade e importância.
Homens como John Wesley, Gunnar Vingren, Daniel Berg, e tantos outros, em
tempos mais recentes, podem ser considerados verdadeiros apóstolos de JESUS.
São homens que expuseram suas vidas para levar a mensagem do evangelho aos mais
longínquos lugares do mundo.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 80-81. (Observação, Com
acréscimos e modificações minhas - Pr. Henrique)
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 7, O Ministério de Profeta
Revista Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 2° Trimestre 2021
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos Homens com Poder
Extraordinário
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva -
99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Cajamar - SP
Preciso de sua ajuda para continuar esse trabalho -
Caixa Econômica e Lotéricas - agência - 3151, 1288, conta 000859093213-1 Luiz
Henrique de Almeida Silva
Bradesco – Agência 2365-5 Conta Corrente 7074-2 Luiz Henrique de Almeida Silva
Banco do Brasil – Agência 4322-2 Conta Poupança 27333-3 Edna Maria Cruz Silva
https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX18OmJJ1H8e7UzWzZsHCu6Pk
(Vídeos desta Lição em 2014 - 6 partes)
LIÇÕES BÍBLICAS - 2º Trimestre de 2014/2021 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário
Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX18OmJJ1H8e7UzWzZsHCu6Pk (6
partes)
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Coríntios 12.27-29; Efésios 4.11-13.
1 Coríntios 12.27 - Ora, vós sois o corpo de CRISTO e seus membros em
particular. 28 - E a uns pôs DEUS na igreja, primeiramente, apóstolos, em
segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons
de curar, socorros, governos, variedades de línguas. 29 - Porventura, são todos
apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de
milagres?
Efésios 4.11 - E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e
outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, 12 - querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra g do ministério, para edificação do
corpo de CRISTO, 13 - até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento
do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO.
Resumo da Lição 7 - O ministério de Profeta
I- O PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO
1. Conceito.
2. O ofício.
3. O profetismo.
II- O PROFETA EM O NOVO TESTAMENTO
1. A importância do termo “profeta” em o Novo Testamento.
2. O ofício do profeta neotestamentário.
3. O objetivo do dom ministerial de profeta.
III – DISCERNINDO O VERDADEIRO PROFETA DO FALSO
1. Simplicidade x arrogância.
2. Pelos frutos os conhecereis.
3. Ainda sobre o falso profeta.
Comentários de 2014 e 2021
Nesta lição vamos estudar sobre o segundo Dom Ministerial de CRISTO - Pessoa
dada a Igreja por JESUS - Dom ministerial de Profeta (Efésios 4.11).
São Vários os profetas mencionados como Profetas da Igreja como veremos no
desenrolar da Lição.
O dom ministerial de Profeta é atual e atuante na Igreja de hoje. Mesmo que
algumas denominações teimem em não o reconhecer eclesiasticamente, o profeta
está na igreja e deve ser reconhecido para que o corpo de CRISTO cresça em
graça, em conhecimento e poder.
Importância do ministério de Profeta
Quem recebe um profeta na qualidade de profeta receberá galardão de profeta; e
quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá galardão de justo. Mateus
10:41
Se fôssemos seguir à risca a Bíblia, os ministérios de Apóstolo e Profeta seriam
os maiores ministérios da Igreja atual.
o qual, noutros séculos, não foi manifestado aos filhos dos homens, como,
agora, tem sido revelado pelo ESPÍRITO aos seus santos apóstolos e profetas,
Efésios 3:5 - Apóstolos e Profetas da Igreja - Novo testamento.
edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que JESUS CRISTO
é a principal pedra da esquina; Efésios 2:20 - Apóstolos e Profetas da Igreja -
Novo testamento.
O maior erro ao falarmos sobre Profeta é a confusão que se faz entre Profeta -
Ministério (tanto no AT como no NT) com Dom de Profecia (geralmente é chamado
de profeta quem profetiza - quem tem dom de profecia). Profeta é ministério.
Ter dom de profecia não faz de alguém um profeta, ministério.
A mensagem dada por um profeta tem a ver com a revelação do futuro (dom de
revelação - Palavra de Sabedoria) ou revelação do passado ou do presente (dom
de revelação - Palavra de conhecimento ou da ciência).
Muitos profetas também foram e são usados em Dom da fé (ressuscitar mortos),
Curas (dons de curar) e Milagres ou Maravilhas.
Dom de profecia é para edificação, exortação e consolação. Confirma o que já
está no coração da pessoa. Não prevê nada.
Devido a imaturidade e a ignorância de nossos líderes quanto aos dons, a
maioria dos "profetas" que vemos hoje são enganadores e inventam
mensagens que DEUS não falou e nem mandou. Falta discernimento sobrenatural do
ESPÍRITO SANTO e conhecimento dos Dons do ESPÍRITO SANTO na prática.
Qual ensino ou pregação Ágabo fez? Elias e Eliseu pregavam ou ensinavam alguma
coisa? Não. Profeta não é mestre para ficar ensinando e nem é evangelista para
ficar pregando. Ele tem uma mensagem futurística ou de revelação do pecado e o
juízo sobre este pecado. Mensagem simples e direta que não está escrita na bíblia.
É conversa de DEUS direta para uma pessoa, ou grupo de pessoas ou para a igreja
ou para um país, etc...Dom Ministerial de CRISTO - Pessoa dada a Igreja por
JESUS - Dom ministerial de Profeta (Efésios 4.11). São Vários os profetas
mencionados como Profetas da Igreja. Atos 11:27 Agabo - Atos 15:32-34 - Judas e
Silas - Atos 21:10-11 Agabo -1 Coríntios 12:28 profetas - Tito 1.12 - profeta -
Efésios 3:5 - Apóstolos e Profetas da Igreja - Novo testamento.
"edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que JESUS
CRISTO é a principal pedra da esquina; Efésios 2:20" - Apóstolos e
Profetas da Igreja - Novo testamento.
Profeta não fala o que está escrito na Bíblia.
Ele recebe uma mensagem sobrenatural, instantânea, para falar a alguém, ou a um
grupo de pessoas, ou à igreja, ou a nação.
Parece estar havendo muita confusão sobre este dom por ser raro esse ministério
entre os crentes assembleianos.
Hc 2:2 Então, o SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão e torna-a bem
legível sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo passa.
Só a partir do profeta proclamar o que DEUSlhe revelava é que se tornava
bíblia.
O profeta não tirava da Bíblia o que ia falar.
Quem lê na Bíblia alguma coisa não é profeta e nem está profetizando.
A mensagem dada ao profeta é sobrenatural e espontânea. Ele não sabe o que vai
falar até o momento que lhe é dado o que falar.
Profetas que profetizaram nascimento, vida e morte de JESUS aqui na Terra
duraram até João. Hoje temos vários profetas na Igreja (Ef 4.11 - Exemplo
clássico - Profeta Ágabo)
profeta, por nome Ágabo - Atos 21:10-11. - Judas e Silas, que também eram
profetas - Atos 15:32-34
"E a uns pôs DEUS na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar
profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar,
socorros, governos, variedades de línguas". 1 Coríntios 12:28.
"Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos,
bestas ruins, ventres preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro. Portanto,
repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé". Tito 1:12-13.
Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber:
Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado
com Herodes, o tetrarca, e Saulo. Atos 13:1
João Batista, o último profeta? Existiam profetas na época do início da igreja?
Existem profetas hoje?
João Batista foi o último profeta do Antigo Testamento - profetas do AT
profetizaram sobre primeira vinda de JESUS e quase nada sobre depois disso, com
raríssimas exceções. Alguns muito usados em milagres, alguns sem milagres, mas
com grandes profecias messiânicas, alguns sem milagres e sem profecias
messiânicas, mas com mensagens de juízo. Os verdadeiros eram temidos e pouco
desejados em meio à sociedade em geral, principalmente entre os ricos e
políticos. Eram pessoas de grande fé e santidade. Suas vidas eram inteiramente
comprometidas com DEUS e sua palavra inspirada. A bíblia nos diz que nossa fé
deve estar em conformidade com os ensinos dos apóstolos e dos profetas.
No Novo Testamento, como ocorre com os apóstolos, temos o ministério de
Profeta. Efésios 2.20; 4.11 fala sobre isso e em muitas outras partes do NT,
como por exemplo: Atos 11:27 - profetas; Atos 15:32 - Judas e Silas; Atos 21:10
- Ágabo; 1 Co 12.28, 29; Tito 1.12 - profeta que revela pecado; Apocalipse
18.20 profetas e apóstolos.
O ministério profeta deveria ser reconhecido na Igreja, mas com o passar do
tempo, e devido à multiplicação do pecado, principalmente por parte da
liderança da igreja, esse ministério teve a mesma sorte daquele que havia no
AT, passaram a ser pessoas "non gratas" nas igrejas. Revelar pecado e
juízo sobre esse pecado é uma das maiores tarefas de um legítimo profeta de
DEUS, por isso sua pouca popularidade na igreja atual.
O que o profeta falaria hoje na igreja? O profeta revelaria o pecado oculto da
maioria dos crentes de hoje. O profeta é excluído de nossos púlpitos devido ao
temor dos líderes de que seus pecados sejam revelados e eles sejam
desmascarados ante suas inocentes ovelhas que são tosquiadas a cada dia para
enriquecimento dessas lideranças materialistas.
O pecado tem que ser combatido a qualquer custo e a mensagem do profeta deve
ser ouvida na igreja para que o temor se apodere dos crentes e eles se
arrependam de seus pecados e sejam sarados.
Lembremo-nos de que todos aqueles que escreveram nossos livros que estão
contidos na bíblia e falam sobre alguma coisa no futuro, principalmente a
escatologia, todos eles formam profetas de DEUS. Não existiria o livro de
Apocalipse se não existisse profeta no Novo Testamento. Os ministérios podem
ser mudados ao longo do tempo. Por exemplo, João que começou como apóstolo,
terminou como profeta, escrevendo Apocalipse. Paulo que começou como Apóstolo,
passou pelo ministério de profeta, evangelista, pastor e mestre.
O ministério é dado por CRISTO de acordo com a necessidade do momento. Paulo
preso pode e é usado por JESUS como um legítimo profeta de DEUS, combatendo o
pecado nas igrejas e falando sobre coisas futuras.
Todo profeta tem como confirmação de se ministério os dons do ESPÍRITO SANTO
presentes em seu ministério.
Dom de Profecia X Ministério Profeta
Dom de Profecia é para edificação, exortação e consolação, não prediz nada,
pode vir de 3 fontes, DEUS, homem e o Diabo; deve ser julgada.
Profeta é ministério
Profeta é usado em dons de revelação - fala a respeito do futuro (Palavra de
Sabedoria - dentro da Onisciência de DEUS - DEUS sabe o futuro); também revela
coisas ocultas tanto no passado quanto no presente (Dom da Palavra da ciência
ou Conhecimento - dentro da Onipresença de DEUS - DEUS está presente em toda
parte). profeta é usado em dons de poder (ressuscitar mortos - Fé; Curar
doentes e enfermos - Dons de Curar; Modificação na natureza - milagres) -
Alguns profetas escrevem a respeito de coisas futuras, como Apocalipse, por
exemplo - são revelações das coisas futuras dadas ao profeta. Quem tem
ministério de profeta não quer dizer que um dia não possa ter outros
ministérios, pis Pedro e Paulo foram, além de apóstolos, profetas também..
Observação sobre sustento do profeta:
O Didaquê, obra da igreja primitiva que pode ser dada como de produção ao redor
do ano 90 de nossa era (parece anteceder, inclusive, ao evangelho de João), e
que é considerado como um manual de doutrina da igreja primitiva, diz o
seguinte, sobre o trabalho de mestres itinerantes na vida das comunidades
cristãs da época: “Todo apóstolo (profeta e pregador também) que venha a vós
seja recebido como o Senhor, porém não permanecerá mais que um dia, e se houver
necessidade, ainda o outro dia; mas se permanecer três dias, é um falso
profeta. E tendo saído o apóstolo nada tomará para si, a não ser pão, até o
próximo alojamento. Mas se pede dinheiro é um falso profeta” (11.4-7). Não
estou declarando o Didaquê como inspirado, como os escritos do Novo Testamento,
mas reconhecendo-o como documento histórico e como manual de doutrina da
Igreja. A conexão que ele faz entre apóstolo, profeta e pregador itinerante é
interessante, bem como o método para descobrir se é falso o apóstolo ou profeta
ou pregador itinerante: se busca levar vantagem no exercício de sua função. Por
que existem altos cachês? Porque existem pastores que pagam. São falsos
pastores pagando falsos profetas? Será que esses falsos profetas só profetizam
coisas boas para esses pastores para receberem seus altos cachês?
<http://www.ensinameaviver.com.br/admin/pdf/O_PROFETISMO_EM_ISRAEL_-_Isaltino_Gomes_Coelho_Filho.pdf
>
A importância do ministério do profeta neotestamentário.
Atos 11:27 - profeta Ágabo
E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo ESPÍRITO, que
haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio
César.
Veja a importância de um profeta aqui - este profeta previu uma grande seca em
todo mundo - DEUS lhe revelou algo que haveria de acontecer no futuro.
Deveríamos desejar que esse ministério fosse ativo na igreja - DEUS poderia nos
dizer muita coisa grandiosa, mesmo antes de que elas acontecessem. Alguns
historiadores dizem que pouco antes que o general Tito destruísse Jerusalém,
DEUS enviou uma mensagem, através de um profeta, a igreja que estava em
Jerusalém, avisando da tragédia que se avizinhava. Quem deu crédito ao que
dizia o profeta de DEUS, fugiu da cidade e escapou com vida.
O dom Palavra de Sabedoria é muito percebido agindo no profeta, por isso mesmo,
muitos escreveram a respeito de coisas que aconteceram muito depois de suas
épocas e que ainda vão acontecer depois de nossa época, tanto os profetas do AT
quanto os do NT. Um legítimo profeta recebe mensagens futurísticas de DEUS que
sabe tudo sobre o futuro, dentro de Sua Onisciência, e revela a seus profetas.
"Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu
segredo aos seus servos, os profetas". Amós 3:7
Atos 15:32-34
"Depois Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram
os irmãos com muitas palavras. E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os
deixaram voltar em paz para os apóstolos; Mas pareceu bem a Silas ficar
ali". Atos 15:32-34
Judas e Silas eram respeitados profetas da Igreja e foram encarregados de
passarem nas igrejas abertas por Paulo para corrigirem erros doutrinários
exigidos pelos falsos apóstolos e profetas que por ali passaram. Judas e Silas
transmitiram aos irmãos a resoluções do primeiro concílio da igreja.
Veja a importância de verdadeiros profetas de DEUS que adquirem respeito e
confiança da igreja. Os apóstolos confiavam a eles uma de suas mais importantes
resoluções da igreja.
Atos 21:10-11
"E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por
nome Ágabo; E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus
próprios pés e mãos, disse: Isto diz o ESPÍRITO SANTO: Assim ligarão os judeus
em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios".
Atos 21:10-11.
Veja aqui, mais uma vez, a importância de um profeta que fala a respeito do
futuro. Paulo, agora, já sabia o que lhe aconteceria no futuro. Poderia fazer a
escolha entre obedecer integralmente à ordem de JESUS para ele ou de servir a
DEUS parcialmente. Temos a escolha de conhecer a vontade perfeita de DEUS para
nós ou de conhecer sua vontade permissiva. Só recebem tudo de DEUS aqueles que
são capazes de entregar-se totalmente a DEUS. São capazes de dar suas vidas
pelo evangelho. "Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter
revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas". Amós 3:7.
1 Coríntios 12:28
"E a uns pôs DEUS na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar
profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar,
socorros, governos, variedades de línguas". 1 Coríntios 12:28.
Isto é Bíblia, é Palavra de DEUS, deve ser praticado na Igreja.
Veja a importância do ministério de profeta. Aqui Paulo o coloca em segundo
lugar de importância para a edificação e progresso da igreja.
Tito 1.12 - profeta que revela pecado
"Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos,
bestas ruins, ventres preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro. Portanto,
repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé". Tito 1:12-13.
Veja aqui Paulo dando testemunho da veracidade de uma palavra de um profeta a
respeito dos cretenses. Um profeta sabia a verdade sobre a igreja, pois
enxergava da maneira que DEUS enxergava e a revelava ao apóstolo.
Apocalipse 18.20 profetas e apóstolos.
Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já DEUS
julgou a vossa causa quanto a ela. Apocalipse 18:20
Um dia DEUS dará a paga aos perseguidores dos profetas de DEUS. Quase não se vê
um profeta na igreja de hoje. São perseguidos. Não têm oportunidade para
transmitirem as mensagens diretas de DEUS a seu povo, em nossos púlpitos. São
considerados como escória. São desprezados. São tidos como loucos. Ainda bem
que um dia DEUS os recompensará.
Como identificar se a mensagem é vinda de um ministério Profeta ou de alguém
usado em dom de profecia?
Quando se fala a respeito de coisas futuras ou coisas passadas ou ocultas
quando se revela pecados ocultos e notícia de juízo é Ministério de profeta. O
profeta revela às vezes um problema ou uma doença, ou um juízo e já traz a
solução com um milagre, uma transformação.
A profecia não traz o milagre junto. A profecia é mais um aconselhamento, para
edificação, consolação e exortação. Não tem elemento preditivo e nem palavra de
juízo contra o pecado. A profecia é para indicar a presença de DEUS na vida do
crente ou descrente. É em sua maioria, uma resposta de DEUS a uma oração do
crente.
Não confunda profecia com Profeta, por favor. profecias devem ser julgadas.
Profeta - homem de DEUS que traz uma mensagem de DEUS, revelando pecados ou
coisas ocultas e futurísticas. Na hora que o profeta fala já se sabe se é de
DEUS ou não. Se a mensagem for a respeito do futuro só se saberá se é de DEUS
se acontecer o cumprimento. Não se pode julgar o que ainda não aconteceu.
Porque existe uma rejeição intensa para com o profeta ministerial nos dias de
hoje?
Não só hoje, mas o profeta sempre foi temido, excluído, colocado à margem dos
poderosos. O profeta tem a revelação do pecado, principalmente o pecado da
liderança. profeta revela roubo de dinheiro na secretaria, desvio de dinheiro
das obras sociais e de missões, revela superfaturamentos nas notas fiscais,
revela adultérios, revela homossexualidade, lesbianismo, prostituição, etc...
Imagine quem quer um profeta em sua igreja!!! O rei da igreja, ou o ditador da
igreja morre de medo de um profeta e não dá oportunidade para ele pregar de
jeito nenhum.
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 58, p.39
O ministério de profeta ainda é válido para os nossos dias? Esta pergunta é
polêmica em alguns lugares. Há pessoas que dão por encerrado esse ministério.
Se fosse verdade, algumas perguntas seriam inevitáveis: Quando encerrou? Quem o
encerrou? E como ficam as experiências do exercício do ministério de profeta
relatadas pelo Novo Testamento e ao longo da História da Igreja?
Os exemplos são diversos. Em o Novo Testamento Ágabo e outros profetas exerciam
o ministério em Antioquia (At 11.27-30; 21.10-12).
Outros exemplos são profusos na história da Igreja. Podemos começar por um
documento cristão antigo datado do segundo século: "Didaquê: A Instrução
dos Doze Apóstolos". Apesar de se chamar "A instrução dos Doze",
o documento não foi escrito pelos doze apóstolos de CRISTO, mas formulado pelas
lideranças da igreja do segundo século objetivando orientar os fiéis sobre
vários assuntos da vida cristã. No capítulo 11, sobre "A Vida em
Comunidade", os versículos 7-12 do documento falam do pleno exercício do
ministério de profeta conforme registrado em Efésios 4.11.
À semelhança do Antigo Testamento, o ministério dos profetas neotestamentários,
e na história da Igreja, sempre foi exercido nas raias da marginalização. Indo
no caminho contrário ao que foi institucionalizado como certo, quando na verdade
estava corrompido e longe dos desígnios de DEUS. Foi assim no Antigo
Testamento; assim ocorreu em o Novo Testamento; e vem acontecendo ao longo da
rica história eclesiástica. Por que teria de ser diferente na
contemporaneidade? (com algumas alterações do Pr. Henrique).
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
O maior erro ao falarmos sobre Profeta é a confusão que se faz entre Profeta -
Ministério (tanto no AT como no NT) com Dom de Profecia (geralmente é chamado
de profeta quem profetiza - quem tem dom de profecia).
Profeta é ministério.
Ter dom de profecia não faz de alguém um profeta, ministério.
A mensagem dada por um profeta tem a ver com a revelação do futuro (dom de
revelação - Palavra de Sabedoria) ou revelação do passado ou do presente (dom
de revelação - Palavra de conhecimento ou da ciência).
Muitos profetas também foram e são usados em Dom da fé (ressuscitar mortos),
Curas (dons de curar) e Milagres ou Maravilhas.
Dom de profecia é para edificação, exortação e consolação. Confirma o que já
está no coração da pessoa. Resposta a uma oração. Não prevê nada.
Devido a imaturidade e a ignorância de nossos líderes quanto aos dons, a
maioria dos "profetas" que vemos hoje são enganadores e inventam
mensagens que DEUS não falou e nem mandou. Falta discernimento e conhecimento
dos Dons do ESPÍRITO SANTO.
Neste capítulo, discorremos sobre o dom ministerial de profeta, na igreja
cristã. É um assunto que envolve dificuldades de interpretação, tendo em vista
alguns aspectos que parecem não estar bem claros, no texto neotestamentário.
Quando se estuda a missão dos profetas, no Antigo Testamento, normalmente, não
há grandes questionamentos. Mas, no âmbito do Novo Testamento, persistem
algumas indagações. Há dúvidas acerca da correlação entre o dom de “profeta” e
o dom espiritual de “profecia”. O profeta, na igreja atual é um dom ou é um
ofício? E um cargo ministerial, como alguém utiliza, acima dos demais? Já
existem igrejas em que seu titular já foi pastor, bispo, apóstolo e,
atualmente, é chamado de “o profeta”!
A Igreja Primitiva é o modelo ideal a ser seguido pelas igrejas cristãs ao
longo da História. Mesmo considerando algumas especificidades ministeriais,
face ao contexto histórico e cultural de sua época, o que foi ensinado por
JESUS e por seus apóstolos, ao longo do desenvolvimento das igrejas locais, tem
valor essencial para quaisquer igrejas, em todos os tempos e lugares, no mundo
em que vivemos. Desse modo, constatamos que tanto o dom de profecia como o
ofício ou o dom ministerial de profeta eram naturalmente reconhecidos pelos
cristãos primitivos.
Em momentos cruciais, quando as adversidades ameaçavam a comunidade cristã,
homens de DEUS eram levantados para transmitir a mensagem de orientação,
necessária para sua estabilidade. Os profetas do Novo Testamento não eram
pessoas procuradas por irmãos ou grupos de irmãos, com a finalidade de buscarem
orientações pessoais. Eles eram usados, em momentos especiais, quando havia uma
necessidade de uma palavra especial da parte de DEUS. E o faziam de modo
espontâneo, sem qualquer ideia de premeditação ou direcionamento da parte do
profeta, como ocorre, infelizmente, em alguns lugares, nos dias presentes.
Também não tinham o ofício de profeta, idêntico ao dos profetas do Antigo
Testamento.
O profeta do Antigo Testamento era um homem que, além de transmitir a mensagem
de DEUS, tinha outras atribuições de ordem nacional. Na unção dos reis, eram os
profetas que tinham a incumbência de derramar o azeite santo da unção sobre a
cabeça dos governantes (1 Sm 16.1; 1 Rs 19.16).
No Novo Testamento, o profeta tem função essencialmente voltada para o âmbito
da igreja local. Mas, de modo geral, o profeta da igreja cristã atende à
necessidade de edificação, exortação e consolação dos crentes (1 Co 14.3). Uma
pessoa pode ter o dom espiritual de profecia sem ter o dom ministerial de
profeta. Não se pode dizer que a igreja do século XXI não precisa mais de
profetas. Considerando que, antes da Vinda de JESUS, está prevista terrível
manifestação da apostasia (2 Ts 2.3), é indispensável que a igreja local tenha
a presença da manifestação do ESPÍRITO SANTO, tanto através do dom de profecia,
como a palavra dos profetas de DEUS.
O profeta de hoje não tem a missão de ungir reis ou profetas em seu lugar, mas
tem a grave responsabilidade de transmitir a mensagem de DEUS, nos momentos
necessários, no tempo certo, para pessoas ou para a comunidade cristã. Essas
mensagens são de grande valia, para denunciar as ameaças ou existência de
pecados que comprometem a integridade espiritual do Corpo de CRISTO.
Quem tem um dom de DEUS deve ter consciência de que é apenas um servo e não um
senhor dos outros.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 82-83. (com algumas
alterações do Pr. Henrique).
JESUS FALOU SOBRE A PERSEGUIÇÃO AOS APÓSTOLOS E PROFETAS - Lc 11:49 Por isso
diz também a sabedoria de DEUS: Profetas e apóstolos lhes mandarei; e eles
matarão uns, e perseguirão outros;
AS POSIÇÕES PRIMORDIAIS DA IGREJA SÃO APÓSTOLOS, PROFETAS E MESTRES. 1Co 12:28
E a uns pôs DEUSna igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas,
em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros,
governos, variedades de línguas.
BATISMO NO ESPÍRITO SANTO É PARA TODOS, DONS DO ESPÍRITO SANTO SÃO PARA POUCOS
E MINISTÉRIOS SÃO PARA POUQUÍSSIMOS. 1Co 12:29 Porventura são todos apóstolos?
São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres?
A IGREJA É EDIFICADA SOBRE O FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS E PROFETAS - JESUS CRISTO
- Ef 2:20 Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que
JESUS CRISTO é a principal pedra da esquina;
REVELAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS FORAM DADAS AOS APÓSTOLOS E PROFETAS - Ef 3:5 O qual
noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido
revelado pelo ESPÍRITO aos seus santos apóstolos e profetas;
APÓSTOLOS E PROFETAS SÃO MINISTÉRIOS DE CRISTO - Ef 4:11 E ele mesmo deu uns
para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros
para pastores e doutores,
AS PALAVRAS DITAS PELOS APÓSTOLOS E PROFETAS DEVEM SER GUARDADAS - 2Pe 3:2 Para
que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos
profetas, e do mandamento do SENHOR e Salvador, mediante os vossos apóstolos.
APÓSTOLOS E PROFETAS TÊM UMA CAUSA EM COMUM - Ap 18:20 Alegra-te sobre
ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já DEUSjulgou a vossa
causa quanto a ela.
I- O PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO
1. Conceito.
2. O ofício.
3. O profetismo.
I- O PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO
1. Conceito.
No Antigo Testamento, o ofício do profeta era de âmbito nacional. Quando
DEUS levantava um profeta, conferia-lhe a missão de falar em seu Nome para toda
a nação e até para povos estranhos. Este poderia receber consultas para falar
com DEUS e dar a resposta de DEUS.
Esta palavra é derivada do termo grego prophetes, “aquele que fala sobre aquilo
que está porvir [ou adiante]”, um proclamador ou intérprete da revelação divina
(Arndt, p. 730). Ela geralmente refere-se àquele que age como porta-voz. Às
vezes, também é sinônimo de “vidente” ou “pessoa inspirada”, e traz a conotação
de um prenunciador ou revelador de eventos futuros. O uso prático determina o
sentido em que a palavra deve ser entendida.
PRESTE ATENÇÃO A ISTO - “profeta é aquele que fala sobre aquilo que está no
porvir [ou adiante, ou no futuro]” - O DOM QUE MAIS AGE NO PROFETA É O DOM DE
PALAVRA DE SABEDORIA, OU SEJA, REVELAÇÃO DO FUTURO.
Também o profeta é muito usado em Palavra de Conhecimento (revelação do passado
ou de alguma coisa desconhecida onde está, no presente.
No Novo Testamento temos exemplo bem prático no profeta Ágabo.
Terminologia.
No AT hebraico são encontradas diversas palavras cujo significado preciso deve
ser determinado mais pelo uso do que pela etimologia. Entre elas, aquela que
ocorre mais frequentemente é nabi‘. Várias tentativas foram feitas pelos
estudiosos para descobrir o significado etimológico dessa palavra (cf. My
Servants the Prophets, pp. 56-57), porém os resultados não foram satisfatórios.
Entretanto, sua utilização comum mostra a força que possui. Dessa forma, em
Deuteronômio 18.18, DEUS afirma que o profeta (nabi") declarará tudo que
Ele lhe ordenar. Novamente, em Êxodo 7.1, essa palavra tem o mesmo significado.
Outras passagens são Êxodo 4.15,16; Jeremias 1.17a; 15.19 etc. Em todas elas, e
na verdade através de todo o AT, a palavra nabi’ aparece como aquele que
declara uma mensagem em nome de um superior.
A religião divinamente revelada do AT é considerada como sendo de natureza
bastante prática. Em muitas culturas pagãs, por outro lado, o que é proeminente
é a maneira pela qual o vidente recebeu a mensagem. Parece que não é a
proclamação propriamente dita, mas o obscuro cenário de mistério que recebe a
maior ênfase. Nesse ponto, o AT mostra um contraste muito grande com o mundo
pagão. Não há dúvida de que a mensagem profética não é de origem humana, mas
divina (2 Pe 1.20,21), e por essa razão o profeta do AT era diferente do
adivinhador pagão ou vaticinador da Antiguidade. Enquanto o adivinhador poderia
ter recebido sua “mensagem” ou presságios através de métodos de invenção
humana, as palavras do profeta originam-se de audições, sonhos e visões
enviadas por DEUS. Miquéias afirmava que estava cheio de poder - do ESPÍRITO do
Senhor - para tornar conhecidos à nação de Israel os pecados que haviam
praticado (Mq 3.8).
Duas outras palavras, ro’eh e hozeh, ambas particípios, dizem respeito àquele
que vê, e são praticamente usadas como sinônimos. Em ambas, a força recai sobre
o método de receber a revelação, isto é, de ver. Ro’ek e hozeh eram homens que
recebiam a mensagem que DEUS lhes havia enviado. É difícil dizer se essa visão
acontecia através dos olhos físicos, ou de uma visão, ou se a palavra poderia
estar referindo-se a uma visão metafórica como um discernimento sobrenatural. É
possível que o vidente fosse simplesmente um homem que com seu “olho
interior" enxergava a verdade que DEUS lhe enviava. Ao mesmo tempo, está
claro a partir de uma comparação entre as principais passagens nas quais essa
palavra ocorre (por exemplo, 1 Sm 9.9; Is 30.9,10) que ro’eh e hozeh eram
porta-vozes de DEUS. Sua função era a mesma do nabi’. Resumindo, podemos dizer
que o profeta do AT, por qualquer nome que porventura lhe fosse designado, era
aquele em cuja boca DEUS havia colocado suas Palavras, e que transmitia essas
preciosas Palavras ao povo. Também DEUS fala diretamente com o profeta algumas
vezes. (Então, falou DEUS a Noé, dizendo: Gênesis 8:15; Então, caiu Abrão sobre
o seu rosto, e falou DEUS com ele, dizendo: Gênesis 17:3; Falou mais DEUS a
Moisés e disse: Eu sou o Senhor. Êxodo 6:2).
Adão foi o primeiro profeta
Abraão era profeta - Por que podemos dizer que Abraão era profeta?
Porque DEUS disse.
Agora devolva a mulher ao marido dela. Ele é profeta, e orará em seu favor,
para que você não morra. Mas se não a devolver, esteja certo de que você e
todos os seus morrerão". Gênesis 20:7
O profeta e Moisés.
Para um melhor entendimento da origem divina da instituição profética, a
passagem chave está em Deuteronômio 18.9-22. Em contrapartida à contínua
atividade dos adivinhadores e vaticinadores cananeus, DEUS prometeu enviar a
Israel seus profetas. Portanto, Israel não seria compelida a lançar mão de
meios humanos para obter informações sobre a vida e a morte. Antes, a nação
deveria dar ouvidos aos profetas que iriam declarar as verdadeiras Palavras de
DEUS. Dessa forma, assim como Moisés, ele seria um mediador entre DEUS e a
nação. Da mesma forma como o sacerdote representava o povo perante DEUS, também
o profeta representava DEUS perante o povo. Entretanto, nenhum dos profetas foi
uma cópia exata de Moisés. Somente com a vinda de CRISTO eles realmente
conheceram aquele grande Profeta que fora verdadeiramente representado por
Moisés, aquele que conhecia a DEUS Pai face a face (Dt 34.10; cf. Nm 12.8).
DEUS falava com Moisés. Ele falava claramente, frente a frente, e não através
de frases enigmáticas ou obscuras. Por outro lado, *DEUS também falava aos
outros profetas por meio de sonhos e visões, e as Escrituras sugerem que Ele
também pode ter falado através de enigmas (Nm 12.1-6).
Portanto, os profetas eram homens a quem DEUS criou para declarar a sua vontade
à nação. Eles estavam de acordo com a época à qual pertenciam, e indicavam a
vinda daquele que iria personificar, no sentido mais pleno e mais completo, os
ideais da instituição profética (JESUS). Por isso os profetas do AT duraram até
João Batista. Daí para frente os profetas da Igreja seriam iniciados em seu
ministério, agora para JESUS falar através deles à Igreja, principalmente.
Escolas de profetas.
Durante o período de Samuel foram feitas referências a grupos de profetas.
Sabemos pouco sobre esses grupos, embora eles tenham sido objeto de muita
especulação. Entretanto, parece que ajudaram Samuel a ministrar às necessidades
espirituais da nação.
A obra da teocracia revelou-se demasiadamente grande para Moisés, e por esta
razão foram escolhidos 70 anciãos para ajudá-lo nessa árdua tarefa. No período
de Samuel, essa obra revelou-se novamente muito grande para um único indivíduo.
Esse período foi particularmente crucial, pois a época dos juizes estava
chegando ao fim e a monarquia estava apenas começando. Havia a necessidade da
presença do ESPÍRITO, não apenas em Samuel, mas também naqueles de menor
estatura.
Não sabemos praticamente nada sobre a organização desses grupos. Eles foram
descritos como um “grupo” ou “rancho” (hebet); eles dedicavam-se a profetizar e
a louvar a DEUS ao som de músicas (1 Sm 10.5,10). E provável que o grupo tenha
sido organizado por Samuel, porém as Escrituras não afirmam esse fato
explicitamente.
Depois da divisão da monarquia, aparece novamente um corpo de profetas, dessa
vez chamado de “filhos dos profetas” (q.v.). Eles eram encontrados somente no
Reino do Norte, em conexão com o ministério de Elias e Eliseu. Nessa época,
além de ter sido dividida, a nação enfrentava um perigo adicional pela
influência do culto ao deus Baal dos fenícios. Dessa forma, os profetas
colocaram-se em uma associação mais íntima com Elias e Eliseu do que no caso do
grupo de profetas em relação a Samuel. Por essa razão, eles foram chamados de
“filhos”, isto é, filhos espirituais de mestres proféticos. Eles podem ter se
casado (cf. 2 Rs 4.1) e tido um lugar comum para morar (cf. 2 Rs 6.1,2). E Amós
era filho de um profeta (Am 7.14). DEUS continuou comunicando aos seus profetas
o que pretendia fazer e eles transmitiam ao povo. "Certamente o Senhor
DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os
profetas". Amós 3:7
O profeta e a teocracia.
O sacerdote era o representante formal e oficial da religião, enquanto podemos
entender que o profeta havia sido chamado para um tipo mais espiritual de
religião. A ênfase ao sacerdote e ao profeta não era necessariamente
antagônica. Do ponto de vista bíblico-teológico, podemos dizer que o profeta
era um guardião da teocracia. De acordo com o costume da época, ele realmente
tinha acesso à presença dos reis. Quando os reis teocráticos precisavam de
algum encorajamento ou censura, o profeta estava sempre presente para oferecer
a sua ajuda (por exemplo, 2 Sm 12; Is 7.3ss.; Is 37.5-7; 21.35). Era seu dever
mostrar o curso de ação que DEUS desejava que a nação adotasse, portanto, os
profetas não eram simples figuras políticas, mas pronunciavam-se sobre questões
políticas porque elas poderiam influir no futuro curso da teocracia.
Profeta Natã e Davi - Por que, pois, desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o
mal diante de seus olhos? A Urias, o heteu, feriste à espada, e a sua mulher
tomaste por tua mulher; e a ele mataste com a espada dos filhos de Amom.
Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me
desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para que te seja por mulher.
Assim diz o Senhor: Eis que suscitarei da tua mesma casa o mal sobre ti, e
tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual
se deitará com tuas mulheres perante este sol.
Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel
e perante o sol. 2 Samuel 12:9-12
Todo profeta está sujeito a errar e falar o que DEUS não mandou falar,
principalmente por dedução ou por crer que poderá falar o que DEUS quer falar.
O Profeta Natã falhou ao não consultar a DEUS e querer agradar ao rei Davi -
Sucedeu, pois, que, morando Davi já em sua casa, disse Davi ao profeta Natã:
Eis que moro em casa de cedros, mas a arca do concerto do Senhor está debaixo
de cortinas. Então, Natã disse a Davi: Tudo quanto tens no teu coração faze,
porque DEUS é contigo. Mas sucedeu, na mesma noite, que a palavra do Senhor
veio a Natã, dizendo: Vai e dize a Davi, meu servo: Assim diz o Senhor: Tu me
não edificarás uma casa para morar, 1 Crônicas 17:1-4
Pedro errou ao querer ter pena de JESUS, não sabendo o plano de salvação na
morte de cruz de JESUS, acabou sendo usado por Satanás. Ele, porém,
voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de
escândalo; porque não compreendes as coisas que são de DEUS, mas só as que são
dos homens. Mateus 16:23
Profetas falsos e verdadeiros.
Era de se esperar que a verdadeira profecia sofresse a oposição dos imitadores
(Dt 13.1-5). Alguns homens falavam em nome de outros deuses, mas alguns falavam
falsamente em nome de Iavé. Um exemplo notável desses últimos foi Hananias, que
falsamente profetizou a respeito do exílio (Jr 28).
Para distinguir o verdadeiro profeta do falso, que declarava falar em nome de
DEUS, havia o teste do cumprimento da profecia: seu cumprimento versus seu
não-cumprimento (Dt 18.20-22; cf. Jr 28). No caso daqueles profetas que
prenunciavam eventos em um futuro tão distante que não poderiam ser avaliados
pelo teste do cumprimento, eles eram julgados pela sua doutrina, além de
quaisquer eventos que pudessem ocorrer durante sua vida (cf. Jr 25.12; Dn
9.3-7).
Às vezes, os falsos profetas eram apenas homens enganados (Lm 2.14; Ez 13.2-7),
mas, em sua maioria, eram homens embriagados cuja principal preocupação era o
dinheiro e os ganhos que poderiam auferir (por exemplo, Is 28,7; Mq 3.5-11).
O profeta e o Messias.
O movimento profético como um todo deve ser entendido como uma preparação para
a vinda do Messias. Se o pecado de Adão e Eva não tivesse acontecido, não
haveria necessidade de um Messias ou dos profetas. De acordo com os profetas, o
Messias era aquele que iria realizar um papel triplo. Ele seria sacerdote,
profeta, e rei. Existem certos elementos essenciais no quadro messiânico que
são apresentados pelos profetas.
1. A vinda do Messias é sobrenatural. O Messias não é apenas uma figura humana
cujo aparecimento na cena da história foi acidental. Ele é, verdadeiramente,
uma figura humana, porém sua vinda é a chegada do próprio DEUS (por exemplo,
“Emanuel", Is 7.14; Mq5.2; Zc 6.12).
2. O próprio Messias é uma pessoa divina. Passagens como Isaías 9.6,7 mostram
que Ele é realmente DEUS.
3. A vinda do Messias é escatológica. Ela prenuncia o fim dos tempos (Ml 3.14;
Ag 2.6-9).
4. O Messias é um Rei que irá governar em perfeita virtude e justiça (Jr 23.5;
Is 11.1-5; Zc 6.13).
5. O Messias é um profeta que declara a Palavra de DEUS com claridade e
plenitude até então incomparáveis (Dt 18.9-22).
6. A obra messiânica é sotérica (Is 53.5,6,10- 12; Zc 12.10; 13.1). A essência
da tarefa do Messias é salvar seu povo dos pecados que praticaram. O Messias é
o Salvador.
Se alguém comparar o conteúdo desse quadro do Messias com o da consciência
messiânica de nosso Senhor, ficará admirado pela impressionante semelhança. Os
elementos aqui mencionados são essenciais à figura completa do Messias contida
no AT. Se eliminarmos qualquer um deles, o quadro será prejudicado.
Desnecessário dizer que nem todos esses elementos podem ser encontrados em cada
uma das profecias messiânicas; antes, em uma determinada profecia alguns deles
podem ter recebido maior ênfase do que outros. Por exemplo, em Isaías 53 o
elemento sotérico é o mais importante, enquanto o elemento real está mais ou
menos obscuro. Somente quando se analisa o aspecto geral do quadro apresentado
no AT é que poderemos ver esses seis elementos como as seis partes necessárias
e essenciais à construção aa plenitude do quadro messiânico.
De acordo com a natureza do caso, deve ficar bem claro que o AT não apresenta
esses elementos seguindo uma ordem sistemática. Ao contrário, na revelação
relativa ao Messias existe uma notável progressão de desdobramentos, Embora a
própria palavra “Messias” apareça de forma pouco constante, o quadro da
salvação conquistada pelo Senhor através de um agente humano aparece
frequentemente. E a profecia onde ocorre algum dos elementos essenciais
mencionados acima, é evidentemente e genuinamente messiânica.
A primeira profecia messiânica foi pronunciada pelo próprio DEUS e dirigida à
serpente. Ela falava sobre a Semente da mulher que iria ferir a cabeça da
serpente (Gn 3.15). DEUS menciona nesse verso um ser humano descendente de Eva
que desferiria um golpe mortal contra a serpente.
Assim como esse golpe representa o clímax da inimizade entre a mulher e a
serpente, uma inimizade que também se estende às suas respectivas sementes
trará um golpe que derrotará o inimigo da humanidade e libertará o homem de seu
poder. Nesse ponto, o elemento sotérico é repercutido com mais clareza. O
segundo Adão viria para restaurar os filhos de Adão.
À medida que o tempo passava.
DEUS revelava aos seus servos e profetas mais e mais informações a respeito do
Messias. No âmago da revelação, sempre residia a maravilhosa obra da salvação
que o Messias iria realizar. O ápice da profecia messiânica foi alcançado em
Isaías 53, que ensina claramente que a morte substitutiva do Messias iria trazer
a salvação à humanidade. Na qualidade de “O Servo do Senhor”, o Messias
consumou sua maravilhosa obra.
Avaliação. A fim de avaliar adequadamente o movimento profético do AT, existem
três considerações fundamentais que devem ser levadas em conta.
A- A convicção psicológica, por parte dos profetas, de que DEUS havia falado
com eles. Ao proclamar suas mensagens, os profetas estavam convencidos de que
Iavé, o DEUS de Israel, que acreditavam ser o DEUS do céu e da terra, havia
falado com eles. Eles não apresentavam a mensagem em seu nome, ou em nome de um
corpo de profetas, mas no nome do Senhor. Além disso, estavam convencidos de
que as próprias palavras que declaravam haviam sido proferidas por DEUS ou eram
originárias dele. Está claro que não se consideravam como homens que inventavam
ou ampliavam uma mensagem que DEUS lhes havia dado, mas como mensageiros das
palavras do próprio DEUS.
B. A continuidade do movimente profético. Durante um período de mais de 1.000
anos o ministério da Profeta manteve-se praticamente contínuo em Israel. Embora
vivendo com uma diferença de centenas de anos, os profetas sempre afirmavam que
DEUS havia falado com eles. Todos reconheciam o mesmo DEUS, Iavé, e acreditavam
que Ele havia sido o autor das mensagens que eles, por sua vez, transmitiam.
Esse é um fenômeno sem paralelos na história mundial.
C. O conteúdo das mensagens proféticas. Embora se encontrassem bastante
dispersos na história de Israel, os profetas não transmitiam mensagens
heterogêneas, desencontradas ou conflitantes. Unir seus ministérios na
proclamação da futura vinda do Messias era um propósito teológico destes servos
de DEUS. Esses profetas eram homens do povo escolhidos por DEUS, falavam sobre
uma futura redenção. Embora muitas vezes suas mensagens estivessem relacionadas
a assuntos locais, no âmago de seu ministério estava presente uma mensagem que
apontava para o futuro. Também tinham mensagens de juízo tanto diretamente para
reis e líderes judaicos, como para sacerdotes, como para o povo em geral e a nação.
Portanto, em um sentido bastante real, os profetas realmente transmitiam
palavras que expressavam eventos ainda por vir ou revelações de situações
passadas ou atuais. Eles falavam sobre Aquele que viria para salvar seu povo
dos pecados.
Se dependessem de seu próprio conhecimento, os profetas não poderiam ter
previsto o futuro e nem descoberto coisas ocultas; mas DEUS lhes revelou seus
propósitos, e assim eles falavam muitas vezes da futura salvação, também de
curas, milagres, entre outras coisas (Isaías 53.4, 5; 1Pe 1.10-12).
O profeta é um dom que DEUS nos concede, não com a finalidade de prevermos o
futuro, mas de nos manter em CRISTO (Ap 19.10). Acima de tudo, as mensagens de
Profetas nos fixam os olhos sobre Aquele que assumiu as funções salvadoras de
sacerdote, profeta, e rei -JESUS CRISTO.
Os profetas na Igreja. Os profetas continuaram a desempenhar um papel
importante na Igreja do NT. Paulo escreve que a Igreja, a casa de DEUS, foi
edificada “sobre os fundamentos dos apóstolos e dos profetas” (Ef 2.20), e que
o mistério da igual posição dos gentios no Corpo de CRISTO foi “revelado pelo
ESPÍRITO aos seus santos apóstolos e profetas” (Ef 3.5). Havia homens
conhecidos como “profetas” especialmente escolhidos para o constante e regular
ministério de profeta (Ef 4.11). Depois dos próprios apóstolos, eles eram os
ministros que ocupavam a mais elevada posição na Igreja primitiva (1 Co 12.28).
Tais profetas permaneceram em evidência ao longo do livro de Atos. Seu
ministério era geralmente o de prever (prenunciar). Observe como Ágabo, em duas
ocasiões diferentes, previu acontecimentos futuros para que os cristãos se
preparassem para uma emergência que se aproximava (At 11.27-30; 21.10-14). Eles
forneciam direção espiritual à Igreja de Antioquia porque, evidentemente,
através de um deles o ESPÍRITO SANTO dava ordens relativas ao futuro trabalho
evangelístico de Barnabé e Saulo (At 13.1-4).
Em uma reunião da Igreja, um profeta poderia receber uma revelação que seria
compartilhada com os crentes reunidos (1 Co 14.30). Tudo era movido e dirigido
pelo ESPÍRITO SANTO que falava em nome de JESUS, através do profeta.
Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, João Rea -
CPAD. (com algumas alterações do Pr. Henrique).
Palavra de DEUS (14.36-38).
Não parece que os profetas do NT estivessem longe ou mesmo separados das fontes
doutrinárias dos apóstolos, que tratavam da recém-manifestada verdade
doutrinária da Igreja.
2. O ofício.
A. A IMPORTÂNCIA DOS PROFETAS
O Antigo Testamento foi marcado pela atividade e testemunho dos profetas.
Quando JESUS se despedia dos seus discípulos, lhes disse: “São estas as
palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o
que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos” (Lc
24.44). Os escritos dos profetas faziam parte da tríplice divisão da Bíblia
hebraica.
No Novo Testamento também profetas foram iminentes ministros de CRISTO (E 4.11;
At 11.27-30, 13.1; 15.32; Tt 1.12).
Assim como no Antigo Testamento os profetas eram porta vozes de DEUS para
revelações e para predições, assim também no Novo Testamento existem Profetas,
homens escolhidos por JESUS que nos trazem Mensagens diretamente de DEUS,
revelações sobrenaturais e espontâneas de DEUS tanto quanto ao passado, quando
do presente e também do futuro.
O profeta revela pecados ocultos para que haja santidade na Igreja (Tt 1.12). O
profeta revela o futuro para que haja fé e esperança (Apocalipse).
OITO CARACTERÍSTICAS DO PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO.
Que tipo de pessoa era o profeta do AT?
(1) Era alguém que tinha estreito relacionamento com DEUS, e que se tornava
confidente do Senhor (Am 3.7). O profeta via o mundo e o povo do concerto sob a
perspectiva divina, e não segundo o ponto de vista humano.
(2) O profeta, por estar próximo de DEUS, achava-se em harmonia com DEUS, e em
simpatia com aquilo que Ele sofria por causa dos pecados do povo. Compreendia,
melhor que qualquer outra pessoa, o propósito, vontade e desejos de DEUS.
Experimentava as mesmas reações de DEUS. Noutras palavras, o profeta não
somente ouvia a voz de DEUS, como também sentia o Seu coração (Jr 6.11;
15.16,17; 20.9).
(3) À semelhança de DEUS, o profeta amava profundamente o povo. .
(4) O profeta buscava o sumo bem do povo, i.e., total confiança em DEUS e
lealdade a Ele.
(5) O profeta tinha profunda sensibilidade diante do pecado e do mal (Jr
2.12,13, 19; 25.3-7; Am 8.4-7; Mq 3.8). .
(6) O profeta desafiava constantemente a santidade superficial e oca do povo,
procurando desesperadamente encorajar a obediência sincera às palavras que DEUS
revelara na Lei. .
(7) O profeta tinha uma visão do futuro, revelada em condenação e destruição
(e.g., 63.1-6; Jr 11.22,23; 13.15-21; Ez 14.12-21; Am 5.16-20,27, bem como em
restauração e renovação (e.g., 61–62; 65.17–66.24; Jr 33; Ez 37). .
(8) Finalmente, o profeta era, via de regra, um homem solitário e triste (Jr
14.17,18; 20.14-18; Am 7.10-13; Jn 3–4), perseguido pelos falsos profetas que
prediziam paz, prosperidade e segurança para o povo que se achava em pecado
diante de DEUS (Jr 15.15; 20.1-6; 26.8-11; Am 5.10; cf. Mt 23.29-36; At
7.51-53). Ao mesmo tempo, o profeta verdadeiro era reconhecido como homem de
DEUS, não havendo, pois, como ignorar o seu caráter e a sua mensagem.
A MENSAGEM DOS PROFETAS DO ANTIGO TESTAMENTO.
A mensagem dos profetas enfatiza três temas principais:
(1) A natureza de DEUS. (2) O pecado e o arrependimento. .(3) Predição e
esperança messiânica. .
STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento.
Rio de Janeiro: CPAD, 1995. (com algumas alterações do Pr. Henrique).
3. O profetismo.
ASPECTOS GERAIS
O profetismo em Israel foi o fenômeno que marcou esta nação de forma peculiar,
chegando a formar escola de profetismo, culminando na vasta literatura
profética que hoje faz parte da Bíblia.
a- Etimologia
A palavra portuguesa Profeta geralmente é entendida como a pessoa que sabe
prever o futuro. Esta, porém, não é a única compreensão etimológica da palavra,
na sua origem. A sua raiz se encontra no grego profh,thj que pode ser traduzida
por: Aquele que fala diante. Não é o preditor, mas o que fala pelo outro,
alguém que fala diante dos outros, que comunica revelação divina.
Traduz o Hebraico abn nabi, cuja raiz acádica tem o sentido de: chamar, falar
em voz alta, orador, anunciador. A mesma raiz, em árabe tem o sentido de
delirar, borbulhar, caráter frenético de expressão. A partir destas idéias,
Albright define o profeta como um chamado por DEUS para falar por ele.
b- A Profecia no Antigo Oriente
Era comum, no Antigo Oriente, a existência de homens que exercem a magia e a
adivinhação (Nm 22,5s; Dt 2,2; 4,3-4). São pessoas consultadas pelas
autoridades antes de grandes empreendimentos. Geralmente diante de guerras, os
profetas devem dizer com proceder.
c- A Profecia em Israel
Em Israel, inicialmente, os profetas têm papel semelhante aos do Antigo Oriente
(1Rs 22,1-29). Nos tempos dos juízes surgem os filhos dos profetas (1Sm
10,5ss), cuja função é semelhante à dos profetas do Antigo Oriente (1Sm
19,20-24). Estes se parecem como grupos de dança e canto no culto. Ainda
recebem títulos como: vidente (1Sm 9,9), visionário (Am 7,12), homem de DEUS
(1Sm 9,7)[6].
Em Israel se formou uma tradição profética devido aos discípulos dos profetas
(2Rs 2; Nm 11,17). Assim, o que inicialmente era apenas um movimento
espontâneo, tornou-se uma experiência que foi marcante na história de Israel.
O surgimento dos profetas está relacionado com a instituição da monarquia e do
sacerdócio. O profeta forma, ao lado do rei e do sacerdote, um dos três eixos
da sociedade (1Rs 1). Eles dão orientações aos reis (Natan, Elias, Eliseu,
etc.). Porém, a profecia não é uma instituição como a realeza e o sacerdócio
(Dt 18,14-19). O profeta sempre será o portador de um Dom de DEUS. É neste sentido
que o profetismo, em Israel, adquire um sentido diferente do mesmo fenômeno em
outros povos., ainda que em Israel também havia profetas de outras divindades,
de outros países, estes se restringiam à magia, adivinhação e oráculos. Não é
este o caso dos legítimos profetas de Israel. “O conteúdo ético e religioso da
profecia israelita não tem paralelo no mundo antigo”.
Ao que parece, na origem do profetismo de Israel, havia líderes profetas que
acolhiam discípulos. Estes alunos eram chamados de Filhos de Profetas, ou seja,
eram discípulos de um profeta e se identificavam com sua causa. Samuel é um
líder profeta (1Sm 3,1ss). Ele tem papel nas escolhas dos reis, na unção dos
mesmos e até na sua deposição (1Sam 7 –15). Além desta função política, Samuel
tem também funções de um operador de milagres. Ele é vidente (1Sm
9,9-11.18-19). Ele encontra animais perdidos. “Samuel é mais diretamente o
antepassado do profetismo sucessivo do que o são os Filhos de Profetas”. Elias
é um continuador do professorado de Samuel e depois dele, seu sucessor, Elizeu,
deu sequência a esse ministério.
<http://www.estef.edu.br/pessoais/arquivos/ESTEF_PESSOAL_12_08_2005_21_34_48_ProfSab.htm>
d- Características Do Movimento Profético
O Profetismo no Antigo Israel: Forma extática.
Nabi – aquele que foi chamado. Também conhecido como Rozeh o vidente.
Possuía vida nômade. As Escolas de profetas marcaram a primeira época da
profecia em Israel. Is 8:16;30:8; Jr 36.
Profetas profissionais do culto: Fundiram o Nabi com o rozeh.
Pregavam a Benção e a Salvação.
Seu tema principal é "a eleição do povo conduz os indivíduos a DEUS, ainda
que pela punição".
Outro tema importante é a exaltação de Israel: "Os inimigos sempre serão
aniquilados e Israel será salvo. Jr 14:13".
Profetas da Corte: Falam o que o rei quer ouvir I Reis 22:8-18; I Sm 10:1, 24;
16:12-13.
Conselheiros do rei 1Sm 22:5; 2Sm 24:11-19; 1Rs 11:29-31.
Quando a política se desviou dos planos de DEUS, a profecia mudou seu discurso
e passou a criticar o rei. Inimigos, I Rs 21:20; 18:17.
Perseguidos I Rs 18:13; 19:10; Jr 18:18; 26:11.
Divisão: Profetas reais, ou da corte e profetas por vocação e chamado,
independentes. Jr 28:1-17. 14:13-16; 23:9-40; 28:9; Ez 33:30-33; Jr 17:15;
12:1.
Profetas individuais ou anônimos - Amós, Oséias, Isaias, Miquéias, Sofonias,
Jeremias e Ezequiel. Vocacionados e não profissionais.
Vêm o homem numa condição de abandono de DEUS, recusando entregar-se a Ele,
revoltado.
Esperam a punição. (O dia do Senhor)
Apontam a possibilidade de perdão e de uma nova salvação. "Ruína ou
salvação".
O Tema é a conversão.
A salvação, para esses profetas trata-se de uma transformação radical, interior
e exterior.
Profetismo Escatológico: Reinterpretam os profetas individuais.
Inicia-se com o Isaias, seguido de Daniel, Joel, e a apocalíptica judaica.
Estágios Proféticos: DEUS se apossa interiormente da pessoa.
O ESPÍRITO ou a palavra de DEUS vem sobre o profeta. Is 6:8 audição.
O profeta não perde a consciência. O Profeta procede à interpretação e
explanação de acordo com a fé em que vive. Acréscimo de imagens, ilustrações
poética, que marcam o estilo do profeta.
Abraão, Moisés, Débora, Aarão, todos foram chamados de profetas. Gn 20:7;
Ex 7:1; Dt 34:10; Jz 4:4.
Jeremias e Isaias não são chamados de profetas.
Amós rejeita ser chamado de profeta Am 7:14.
Em Ageu e Zacarias, após o exílio, vemos que o ofício profético foi reconhecido
socialmente Ag1:1, Zc1:1, e já passaram a ser chamados como "Antigos
Profetas" Zc 1:4.
Como o povo via os profetas? Como doidos, ou tolos 2Rs 9:11; Os 9:7. Será que
alguém queria ser profeta? E hoje, as pessoas anseiam por ser profetas?
Os profetas foram pessoas que se levantaram em momentos de crise social. Surgem
em grupos I Sm 19:20; I Rs 2:3,
Chamam-se filhos de profetas I Rs 20:35,
Líderes que presidiam suas reuniões I Sm 19:20;
Viviam em comunidades 2 Rs 4:38-41;
Alguns eram casados 2 Rs 4:1;
Sustento por esmolas e doações 2 Rs 4:8,42;
Vestimentas, mantos de pele e cinturão de couro 2 Rs 1:8; Zc 13:4; sinais e
cicatrizes na testa I Rs 20:41;
Cantavam, soltavam gritos e lamentações I Sm 10:6-9; Mq 1:8; chegavam até a
cair por terra, prostrados ou desmaiados I Sm 19:24; Dn 8:18,27. Entravam em
transe I Sm 19:24.
<http://www.slideshare.net/gotchalk/profetismo>
II- O PROFETA EM O NOVO TESTAMENTO
1. A importância do termo “profeta” em o Novo Testamento.
2. O ofício do profeta neotestamentário.
3. O objetivo do dom ministerial de profeta.
II- O PROFETA EM O NOVO TESTAMENTO
1. A importância do termo “profeta” em o Novo Testamento.
Em o Novo Testamento, se destaca um livro inteiramente profético — O
Apocalipse. Nenhum personagem neotestamentário, além de João, o Evangelista,
escreveu outro livro totalmente profético, com esse caráter. Mas, ao longo dos
livros do Novo Testamento encontramos referências a profetas, que tiveram papel
relevante. Vamos refletir um pouco sobre eles.
Temos várias citações proféticas em outros livros e principalmente nos
evangelhos. Pedro, Paulo e Judas escreveram sobre o futuro escatológico
UM DOM MINISTERIAL
Em sua carta aos coríntios, o apóstolo Paulo fala da importância do corpo de
CRISTO, enfatizando que os crentes são “seus membros em particular” (1 Co
12.27). E o faz, depois de demonstrar a necessidade da unidade do corpo de
CRISTO, fazendo uma analogia com o corpo humano, mostrando que nenhum membro do
corpo pode dispensar a função do outro. “Mas, agora, DEUS colocou os membros no
corpo, cada um deles como quis. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o
corpo? Agora, pois, há muitos membros, mas um corpo” (1 Co 12.18-20). Daí,
porque nenhum dom ministerial é maior que o outro. A ordem dos dons, no texto,
é questão de prioridade.
Com essa visão, da unidade do corpo de CRISTO, que é a Igreja, o apóstolo
apresenta uma lista de dupla referência. Primeiro, fala de homens a quem Ele
põe na igreja, ao que tudo indica, numa ordem de prioridade. São “homens-dons”,
por assim dizer. Nessa lista, os “profetas” aparecem em segundo lugar. Sem
dúvida, não é por acaso, mas segundo o entendimento do ESPÍRITO SANTO. Os
profetas eram os homens usados por DEUS para transmitir mensagens divinas para
a comunidade dos que eram ganhos para CRISTO. Os doutores eram os que cuidavam
do ensino ou do discipulado, estudando, interpretando e ensinando os
fundamentos da fé cristã com profundidade. Eram mensagens sobrenaturais.
Na segunda parte do texto, vemos Paulo apresentar uma lista de ministérios,
indispensáveis à unidade, a edificação, ao fortalecimento e à própria
administração da igreja local: “depois, milagres, depois, dons de curar,
socorros, governos, variedades de línguas” (1 Co 12.28 b), e faz indagações que
enfatizam o valor do uso dos dons de modo integrado e não fragmentado (1 Co
12.29-31). Se um dom fosse maior que o outro, não promoveria a unidade
indispensável do corpo de CRISTO.
Escrevendo aos efésios, Paulo é mais didático ou explícito, em relação aos dons
ministeriais. “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e
outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo
de CRISTO, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho
de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO ” (Ef
4.11-13 — grifos nossos). Observe que, à semelhança do texto de 1 Coríntios
12.28, os profetas vêm em segundo lugar.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 86-87. (com algumas
alterações do Pr. Henrique).
No Novo Testamento, a palavra comumente usada é prophétes, que aparece por
cento e quarenta e nove vezes, que exemplificamos com Mat. 1:22; 2:5,16; Mar.
8:28; Luc. 1:70,76; 7:16; Joio 1:21,23; 3:18,21; Rom. 1:2; 11:3; I Cor.
12:28,29; 14:29,32,37; Efé. 2:20; Tia. 5:10; I Ped. 1:10; 11 Ped. 2:16; 3:2;
Apo. 10:7; 11:10. O substantivo prophetela, «profecia », é usado por dezenove
vezes no Novo Testamento: Mat. 13:14; Rom. 12:6; I Cor. 12:10; 13:2,8; 14:6,22;
I Tes. 5:20; I Tim. 1:18; 4:14; 11 Ped. 1:20,21; Apo. 1:3; 11:6; 19:10;
22:7.10,18,19. Essas palavras derivam-se do grego pro, «antes.., «em favor
de.., e phemi; «falar.., ou seja, «alguém que fala por outrem.., e, por
extensão, «intérprete.., especialmente da vontade de DEUS. Tais palavras
gregas, naturalmente, estão por detrás do termo português «profeta... Os
profetas eram tidos como representantes de DEUS. Eles serviam de elo vital na
questão das revelações, bem como veículos do conhecimento espiritual. As
revelações por eles recebidas, por ordem do Senhor em alguns casos tomaram-se
concretas nos livros que escreveram. Esses livros, por sua vez, foram
canonizados, com a passagem do tempo, sendo então aceitos como Escrituras
Sagradas.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 5.
Editora Hagnos. pag. 424. (com algumas alterações do Pr. Henrique).
Estes versículos expõem quatro aspectos da metáfora. Primeiro, os apóstolos e
profetas são as pedras da fundação do templo (20a). Recebem esta designação,
porque sua função é proclamar a Palavra do Senhor. Wesley observa que “a
palavra do Senhor, declarada pelos apóstolos e profetas, sustenta a fé de todos
os crentes”. Certos estudiosos veem uma contradição no pensamento de Paulo ao
usar esta metáfora aqui e em 1 Coríntios 3.11. Lá, CRISTO é o fundamento. O
problema se resolve quando nos damos conta de que ele emprega a metáfora em
sentidos diferentes. Na passagem coríntia, o pensamento gira em torno de si
mesmo e de outros como construtores. Na relação aqui está claro que CRISTO é o
fundamento sobre o qual eles constroem. Paulo está enfatizando as pedras usadas
na construção. Nesta relação, CRISTO é a pedra da esquina. Todos os outros são
pedras de menor significação. Mas, mesmo sendo de menor importância, os
apóstolos e outros ministros na igreja são pedras de fundação no edifício de
DEUS.
Nos versículos 4 a 22, temos o assunto: “A Igreja, a Morada de DEUS”. A unidade
da Igreja Invisível é o tema de fundo. 1) A fundação da Igreja, 20; 2) A
construção da Igreja: inclusiva, 11-19; exclusiva, 4-11; de projeto simétrico —
bem ajustado; cresce até à conclusão — cresce para templo santo no Senhor, 21;
3) “Em CRISTO”, a Igreja é a morada de DEUS no ESPÍRITO, 22 (G. B. Williamson).
Willard H. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 143-144.
(com algumas alterações do Pr. Henrique).
2. O ofício do profeta neotestamentário.
Atos 11:27 - profeta Ágabo
E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo ESPÍRITO, que
haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio
César.
Atos 11:28
"E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo ESPÍRITO,
que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de
Cláudio César". Atos 11:28.
Veja a importância de um profeta aqui - este profeta previu uma grande seca em
todo mundo - DEUS lhe revelou algo que haveria de acontecer no futuro.
Deveríamos desejar que esse ministério fosse ativo na igreja - DEUS poderia nos
dizer muita coisa grandiosa, mesmo antes de que elas acontecessem. Alguns
historiadores dizem que pouco antes que o general Tito destruísse Jerusalém,
DEUS enviou uma mensagem, através de um profeta, a igreja que estava em
Jerusalém, avisando da tragédia que se avizinhava. Quem deu crédito ao que
dizia o profeta de DEUS, fugiu da cidade e escapou com vida.
O dom Palavra de Sabedoria é muito percebido agindo no profeta, por isso mesmo,
muitos escreveram a respeito de coisas que aconteceram muito depois de suas
épocas e que ainda vão acontecer depois de nossa época, tanto os profetas do AT
quanto os do NT . Um legítimo profeta recebe mensagens futurísticas de DEUS que
sabe tudo sobre o futuro, dentro de Sua Onisciência, e revela a seus profetas.
"Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu
segredo aos seus servos, os profetas". Amós 3:7
Atos 15:32 - Judas e Silas;
Depois Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os
irmãos com muitas palavras.
E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz para os
apóstolos;
Mas pareceu bem a Silas ficar ali.
Atos 15:32-34
"Depois Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram
os irmãos com muitas palavras. E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os
deixaram voltar em paz para os apóstolos;
Mas pareceu bem a Silas ficar ali". Atos 15:32-34
Judas e Silas eram respeitados profetas da Igreja e foram encarregados de
passarem nas igrejas abertas por Paulo para corrigirem erros doutrinários
exigidos pelos falsos apóstolos e profetas que por ali passaram. Judas e Silas
transmitiram aos irmãos a resoluções do primeiro concílio da igreja.
Veja a importância de verdadeiros profetas de DEUS que adquirem respeito e
confiança da igreja. Os apóstolos confiavam a eles uma de suas mais importantes
resoluções da igreja.
Atos 21:10 - profeta Ágabo novamente;
E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por nome
Ágabo;
E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés
e mãos, disse: Isto diz o ESPÍRITO SANTO: Assim ligarão os judeus em Jerusalém
o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios.
Atos 21:10-11
"E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por
nome Ágabo; E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus
próprios pés e mãos, disse: Isto diz o ESPÍRITO SANTO: Assim ligarão os judeus
em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos
gentios". Atos 21:10-11.
Veja aqui, mais uma vez, a importância de um profeta que fala a respeito do
futuro. Paulo, agora, já sabia o que lhe aconteceria no futuro. Poderia fazer a
escolha entre obedecer integralmente à ordem de JESUS para ele ou de servir a
DEUS parcialmente. Temos a escolha de conhecer a vontade perfeita de DEUS para
nós ou de conhecer sua vontade permissiva. Só recebem tudo de DEUS aqueles que
são capazes de entregar-se totalmente a DEUS. São capazes de dar suas vidas
pelo evangelho. "Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter
revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas". Amós 3:7.
1 Co 12.28, 29;
E a uns pôs DEUS na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas,
em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros,
governos, variedades de línguas.
1 Coríntios 12:28
"E a uns pôs DEUS na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar
profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar,
socorros, governos, variedades de línguas". 1 Coríntios 12:28.
Veja a importância do ministério de profeta. Aqui Paulo o coloca em segundo
lugar de importância para a edificação e progresso da igreja.
Tito 1.12 - profeta que revela pecado;
"Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos,
bestas ruins, ventres preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro. Portanto,
repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé". Tito 1:12-13.
Veja aqui Paulo dando testemunho da veracidade de uma palavra de um profeta a
respeito dos cretenses. Um profeta sabia a verdade sobre a igreja, pois
enxergava da maneira que DEUS enxergava e a revelava ao apóstolo.
Apocalipse 18.20 profetas e apóstolos.
Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já DEUS
julgou a vossa causa quanto a ela.
Apocalipse 18:20
Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já DEUS
julgou a vossa causa quanto a ela. Apocalipse 18:20
Um dia DEUS dará a paga aos perseguidores dos profetas de DEUS, sejam eles
falsos crentes ou descrentes. Quase não se vê um profeta na igreja de hoje. São
perseguidos. Não têm oportunidade para pregar em nossos púlpitos. São
considerados como escória. São desprezados. São tidos como loucos. Ainda bem
que um dia DEUS os recompensará.
3. O objetivo do dom ministerial de profeta.
O DOM DE PROFETA NÃO É PARA TODOS
Examinando o contexto do capítulo 12 de 1 Coríntios, podemos verificar e
concluir que os dons ministeriais não são para todos os crentes, na igreja
local. Diz o texto: “E a uns pôs DEUS na igreja, primeiramente, apóstolos, em
segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons
de curar, socorros, governos, variedades de línguas” (1 Co 12.18). Note-se que
o texto diz que “a uns pôs DEUS na igreja”. Isso mostra que DEUS não pôs todos,
mas “uns”.
Na lista de Paulo aos efésios, vemos escrito: “E ele mesmo deu uns para
apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para
pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do
ministério, para edificação do corpo de CRISTO” (Ef 4.11,12). Quando o escritor
diz “uns” e “outros” fica bem claro que tais dons não estão à disposição de
todos os crentes. Diz a Bíblia de Estudo Pentecostal: “Como dom de ministério,
a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como
ministros profetas’ (grifo nosso).
1) O aperfeiçoamento dos santos. A finalidade dos dons ministeriais é “o
aperfeiçoamento dos santos” (1 Pe 1.15), ou seja, dos crentes fiéis,
santificados e comprometidos com o Reino de DEUS, “para a obra do ministério”.
Há o que chamamos ministério ordenado, regular, integrado pelos auxiliares dos
ministérios, são eles: presbíteros, diáconos ou cooperadores, ordenados,
consagrados ou separados para atender às necessidades da comunidade cristã. E
há diversos, que não são realizados pelos ministros ou obreiros. Na música, no
louvor, no ensino, nos serviços gerais, na segurança, na operação de
equipamentos e outros, que, quando executados por pessoas que são chamadas por
DEUS, e assumem tais atividades, conscientes de que estão prestando um serviço
à igreja.
Observação minha - Pr. Henrique - São verdadeiras bênçãos para a igreja todos
os cooperadores. Nenhum desses exerce, no entanto, um ministério dado por
CRISTO à igreja (Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Mestres), mas
todos cooperam para o engrandecimento do reino de DEUS.
2) Para a “obra do ministério”. O ministério tem como obra principal ganhar
almas para CRISTO e coordenar o trabalho da igreja na terra, cuidando para que
nenhuma alma se perca, mas que todos cheguem ao pleno conhecimento de CRISTO e
por fim sejam salvos e alcancem um lugar ao lado de CRISTO na Glória eterna.
3) A edificação do Corpo de CRISTO. Os dons ministeriais também atendem à
necessidade da “edificação do Corpo de CRISTO”, que é a Igreja (invisível), que
se torna visível, no conjunto de salvos, na igreja local. Os crentes salvos são
considerados “edifício de DEUS” (1 Co 3.9). A metáfora é bem adequada. Os
salvos são considerados “pedras vivas”, na construção desse edifício
espiritual. Diz o apóstolo Pedro: “vós também, como pedras vivas, sois
edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios
espirituais, agradáveis a DEUS, por JESUS CRISTO” (1 Pe 2.5). Nessa edificação,
o papel dos que têm o dom ministerial de profeta é de grande valia. Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com
poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 87-88.
PROFETAS. Os profetas eram homens que falavam sob o impulso direto do ESPÍRITO
SANTO, e cuja motivação e interesse principais eram a vida espiritual e pureza
da igreja. Sob o novo concerto, foram levantados pelo ESPÍRITO SANTO e
revestidos pelo seu poder para trazerem uma mensagem da parte de DEUS ao seu
povo (At 2.17; 4.8; 21.4).
(1) O ministério profético do AT ajuda-nos a compreender o do NT. A missão
principal dos profetas do AT era transmitir a mensagem divina através do
ESPÍRITO, para encorajar o povo de DEUS a permanecer fiel, conforme os
preceitos da antiga aliança. Às vezes eles também prediziam o futuro conforme o
ESPÍRITO lhes revelava CRISTO e os apóstolos são um exemplo do ideal do AT (At
3.22,23; 13.1,2).
(2) A função do profeta na igreja incluía o seguinte: (a) Proclamava e
interpretava, cheio do ESPÍRITO SANTO, a Palavra de DEUS, por chamada divina.
Sua mensagem visava admoestar, exortar, animar, consolar e edificar (At
2.14-36; 3.12-26; 1Co 12.10; 14.3). (b) Devia exercer o dom de profecia
(c) Às vezes, ele era vidente (cf. 1Cr 29.29), predizendo o futuro (At 11.28;
21.10,11). (d) Era dever do profeta do NT, assim como para o do AT, desmascarar
o pecado, proclamar a justiça, advertir do juízo vindouro e combater o
mundanismo e frieza espiritual entre o povo de DEUS (Lc 1.14-17). Por causa da
sua mensagem de justiça, o profeta pode esperar ser rejeitado por muitos nas
igrejas, em tempos de mornidão e apostasia.
(3) O caráter, a solicitude espiritual, o desejo e a capacidade do profeta
incluem: (a) zelo pela pureza da igreja (Jo 17.15-17; 1Co 6.9-11; Gl 5.22-25);
(b) profunda sensibilidade diante do mal e a capacidade de identificar e
detestar a iniquidade (Rm 12.9; Hb 1.9); (c) profunda compreensão do perigo dos
falsos ensinos (Mt 7.15; 24.11,24; Gl 1.9; 2Co 11.12-15); (d) dependência
contínua da Palavra de DEUS para validar sua mensagem (Lc 4.17-19; 1Co 15.3,4;
2Tm 3.16; 1Pe 4.11); (e) interesse pelo sucesso espiritual do reino de DEUS e
identificação com os sentimentos de DEUS (cf. Mt 21.11-13; 23.37; Lc 13.34; Jo
2.14-17; At 20.27-31).
(4) A mensagem do profeta atual não deve ser considerada infalível. Ela está
sujeita ao julgamento da igreja, doutros profetas e da Palavra de DEUS. A
congregação tem o dever de discernir e julgar o conteúdo da mensagem profética,
se ela é de DEUS (1Co 14.29-33; 1Jo 4.1).
(5) Os profetas continuam sendo imprescindíveis ao propósito de DEUS para a
igreja. A igreja que rejeitar os profetas de DEUS caminhará para a decadência,
desviando-se para o mundanismo e o liberalismo quanto aos ensinos da Bíblia
(1Co 14.3; cf. Mt 23.31-38; Lc 11.49; At 7.51,52). Se ao profeta não for
permitido trazer a mensagem de repreensão e de advertência denunciando o pecado
e a injustiça (Jo 16.8-11), então a igreja já não será o lugar onde se possa
ouvir a voz do ESPÍRITO. A política eclesiástica e a direção humana tomarão o
lugar do ESPÍRITO (2Tm 3.1-9; 4.3-5; 2Pe 2.1-3,12-22). Por outro lado, a igreja
com os seus dirigentes, tendo a mensagem dos profetas de DEUS, será
impulsionada à renovação espiritual. O pecado será abandonado, a presença e a
santidade do ESPÍRITO serão evidentes entre os fiéis (1Co 14.3; 1Ts 5.19-21; Ap
3.20-22).
STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento.
Rio de Janeiro: CPAD, 1995. (com algumas alterações do Pr. Henrique).
Profecia
A profecia é uma manifestação do ESPÍRITO de DEUS e não da mente
do homem, e é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso: 1 Co 12.7.
Embora o dom da profecia nada tenha a ver com os poderes normais
do raciocínio humano, pois é algo muito superior, isso não impede que qualquer
crente possa exercitá-la: “Porque todos podereis profetizar, um após outro,
para todos aprenderem e serem consolados”, 1 Co 14.31.
Ainda que nalguns casos o dom da profecia possa ser exercido
simultaneamente com a pregação da Palavra, é evidente que esse dom é dotado de
um elemento sobrenatural, não devendo, portanto, ser confundido com a simples
habilidade de pregar o Evangelho.
Dada a importância desse dom em face dos demais dons espirituais, e dentro do
contexto da doutrina pentecostal, necessário se faz uma análise cuidadosa, no
sentido de conceituá-lo no seio da Igreja hoje.
O apóstolo Paulo adverte os crentes a procurar “com zelo os dons
espirituais, mas principalmente o de profetizar” (1 Co 14.1); isto por razões
que ele mesmo enumera:
a. Porque “o que profetiza fala aos homens para edificação,
exortação e consolação... O que profetiza edifica a igreja”, 1 Co 14.3,4.
“Edificação”, “exortação” e “consolação” são os três elementos
básicos da profecia, são a razão de ser e de existir desse dom. É evidente que
isto contraria a crença tão popular entre nós, de que o principal elemento da
profecia é o preditivo (predição do futuro). Certamente, que tanto o Antigo
quanto o Novo Testamento contêm numerosas profecias preditivas, muitas
das quais já se cumpriram, e outras estão se cumprindo, e outras ainda se hão
de cumprir, No entanto, no conteúdo geral das Escrituras, o elemento preditivo
da profecia é relativamente o menor.
b. Porque ‘‘se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel
entrar, de todos é convencido, de todos é julgado. Os segredos do seu coração
ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a DEUS,
publicando que DEUS está verdadeiramente entre vós”, l Co 14.24,25.
Há algo mais que precisamos ter em mente quanto ao dom de
profecia e o seu uso na Igreja hodiernamente:
a) O dom de profecia nunca deve exercer propósitos diretivos ou
de governo sobre a Igreja. No Antigo Testamento, Israel era governado por reis
e o culto era dirigido pelos sacerdotes, mas nunca por alguém que se tivesse
distinguido por um ministério cem por cento profético. Os profetas eram apenas
colaboradores na condução do povo. O mesmo aconteceu com a Igreja do Novo
Testamento: o seu governo sempre esteve sob a responsabilidade dos presbíteros
ou bispos, ou pastores, mas nunca sob a responsabilidade de profetas.
Escreveu o missionário Eurico Bergstén, que “quando alguém, por
meio de profecia, penetra na direção da igreja, mostra que é dominado por
influências estranhas. Abre-se, então, uma porta para a perturbação... Quando
alguém se faz ‘oráculo de profeta’, para responder a perguntas e orientar os
crentes, está usando indevidamente o dom de profecia... O dom de profecia não
atinge, nesta dispensação, a faixa de consulta, pois tem uma outra finalidade:
a edificação da Igreja”.
b) Devido a possíveis abusos quanto ao uso do dom da profecia,
este dom está sujeito a análise e a consequente julgamento. Recomenda o
apóstolo Paulo: “...falem dois ou três profetas, e os outros julguem”, 1 Co
14.29.
Paulo arremata suas advertências quanto ao dom de profecia,
dizendo: “Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas
que vos escrevo são mandamentos do Senhor”, 1 Co 14.37.
O dom de profecia não deve ser desprezado (1 Tm 4.14), mas despertado (2
Tm 2.16), a fim de que a Igreja seja enriquecida: 1 Co 1.57.
Raimundo F. de Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD. (com
algumas alterações do Pr. Henrique).
O apóstolo então nos relata quais foram os dons de CRISTO na sua ascensão: “E
ele mesmo deu uns para apóstolos...” (v. 11). Na verdade, Ele enviou alguns
desses antes da sua ascensão (Mt 10.1-5), mas um foi acrescentado depois (At
1.26). E todos eles foram mais solenemente empossados e publicamente
confirmados, em seu ofício, pelo seu derramar visível do ESPÍRITO SANTO de uma
forma extraordinária. Observe: O grande dom que CRISTO deu à igreja na sua
ascensão foi o ministério da paz e da reconciliação. O dom do ministério é o
fruto da ascensão de CRISTO. E ministros têm seus vários dons, que são todos
dados pelo Senhor JESUS. Os ministros que CRISTO deu à sua igreja eram de dois
tipos - os extraordinários, investidos de um ofício superior na igreja: tais
eram apóstolos, profetas e evangelistas. Os apóstolos eram os dirigentes.
CRISTO os investiu com dons extraordinários, poder para operar milagres e uma
infalibilidade para anunciar sua verdade. Tendo eles sido testemunhas dos seus
milagres e doutrina, Ele os enviou a espalhar o evangelho e a implantar e
governar igrejas. Os profetas expunham os escritos do Antigo Testamento e
prediziam as coisas do futuro. Os evangelistas eram pessoas ordenadas (2 Tm
1.6) que os apóstolos levavam como companheiros de viagem (Gl 2.1), e os
enviavam para estabelecer igrejas que eles, os apóstolos, tinham implantado (At
19.22). Os evangelistas não estavam presos a nenhum lugar específico; por isso,
deveriam continuar o seu trabalho até que fossem chamados de volta (2 Tm 4.9).
Também existem os ministros ordinários, empregados em uma esfera mais restrita
tais como pastores e mestres. Alguns entendem que esses dois nomes significam
um ofício só, envolvendo as tarefas de governar e ensinar. Outros entendem que
eles representam dois ofícios distintos, ambos regulares e de uso permanente na
igreja. Os pastores são colocados como dirigentes principais de igrejas
particulares, com o intento de guiar, instruir e alimentar os membros de acordo
com as instruções de CRISTO. Eles são frequentemente chamados de bispos e
anciãos. Os mestres eram aqueles que também pregavam o evangelho e instruíam o
povo por meio da exortação. Vemos aqui que é prerrogativa de CRISTO designar
oficiais e ofícios em sua igreja.
A igreja é rica pelo fato de ter tido uma diversidade tão grande de oficiais e
continuar tendo uma diversidade tão grande de dons! Como CRISTO é amável com
sua igreja! Quão grande é o seu cuidado por ela e pela sua edificação! Quando
Ele subiu, enviou o dom do ESPÍRITO SANTO; e os dons do ESPÍRITO SANTO são
vários: alguns receberam mais, outros, menos; mas todos os dons são para o bem
do corpo, o que nos leva ao terceiro argumento:
3. A grande finalidade e desígnio de CRISTO em relação aos dons. Os dons de
CRISTO eram para o bem da sua igreja e para promover seu Reino e interesse
entre os homens. Tudo isso tinha um fim comum e era um bom motivo para que
todos os cristãos quisessem viver em amor fraternal e não invejar os dons dos
outros. Todos os dons são para “...o aperfeiçoamento dos santos” (v. 12); isto
é (de acordo com o original), conduzir a um estado espiritual ordenado aqueles
que tinham sido desordenados e separados pelo pecado, e então fortalecer,
confirmar e promovê-los nisso, para que cada um, em seu devido lugar e função,
possa contribuir para o bem do todo. “...para a obra do ministério” (ou para a
obra da dispensação), isto é, para que pudessem repartir as doutrinas do
evangelho e cumprir as diversas partes da sua função ministerial, “...para
edificação do corpo de CRISTO”, isto é, a edificação da sua igreja, que é o
corpo místico de CRISTO, pelo aumento da graça deles e um acréscimo de novos
membros. Todos são designados para preparar-nos para o céu: “...até que todos
cheguemos...” (v. 13). Os dons e ministérios (alguns deles) que foram
mencionados devem continuar na igreja até que os santos sejam aperfeiçoados, o
que não acontecerá “...até que todos cheguemos à unidade da fé (até que todos
os verdadeiros crentes se unam, por meio da mesma preciosa fé) e ao
conhecimento do Filho de DEUS”, o que não quer dizer um conhecimento meramente
especulativo, ou o reconhecimento de CRISTO como o Filho de DEUS e o grande
Mediador, mas como deveria ser observado, com apropriação e afeto, com a devida
honra, confiança e obediência; “...a varão perfeito”, para o crescimento
completo dos dons e graças, livre das fragilidades imaturas às quais estamos
sujeitos no presente mundo; “...à medida da estatura completa de CRISTO”,
tornando-nos cristãos maduros em todas as graças providas pela plenitude de
CRISTO. Ou, de acordo com a medida dessa estatura que é completar a plenitude
de CRISTO e seu corpo místico. Nunca chegaremos a ser o varão perfeito, até que
cheguemos ao mundo perfeito. Há uma plenitude em CRISTO, e uma plenitude a ser
obtida dele; uma certa estatura dessa plenitude e uma medida dessa estatura são
determinadas no conselho de DEUS para cada crente, e nunca chegaremos a essa
medida até chegarmos ao céu. Os filhos de DEUS, enquanto estiverem neste mundo,
estão crescendo. O Dr. Ligthfoot entende que o apóstolo está falando aqui dos
judeus e gentios ligados na unidade da fé e do conhecimento do Filho de DEUS,
constituindo, dessa forma, um homem perfeito, e a medida da estatura completa
de CRISTO. O apóstolo também mostra, nos versículos seguintes, qual era o
desígnio de DEUS em suas instituições sagradas e quais efeitos deveriam ter sobre
nós. (1) “...para que não sejamos mais meninos...” (v. 14); isto é, para que
não mais sejamos meninos em conhecimento, fracos na fé e inconstantes em nossos
julgamentos, facilmente cedendo a cada tentação, prontamente concordando com o
capricho de cada um. Crianças podem ser facilmente iludidas. Devemos cuidar
para não sermos inconstantes (ou “agitados de um lado para outro”, versão RA),
como navios sem lastro, levados, como nuvens no céu, em relação a doutrinas que
não têm verdade nem solidez em si, mas que, mesmo assim se espalham por todo
lado, e são, portanto, comparados ao vento, “...pelo engano dos homens”: essa é
uma metáfora tirada de jogadores trapaceiros e traz a ideia da sutileza
enganosa dos sedutores; “...que, com astúcia”, pelo que dispõem sua habilidade
em encontrar maneiras de seduzir; pois segue-se: enganam fraudulosamente, como
em uma emboscada, para iludir os fracos e afastá-los da verdade. Observe:
Somente homens muito perversos e impiedosos buscam seduzir e enganar os outros
por meio de doutrinas falsas e erros. O apóstolo os descreve aqui como homens
perversos, que usam manhas e astúcia diabólica para alcançar seus objetivos. O
melhor método que podemos usar para nos proteger e nos fortalecer contra essas
pessoas é estudar os oráculos sagrados e orar pela iluminação e graça do
ESPÍRITO de CRISTO, para que possamos conhecer a verdade em JESUS, e ser
firmados nela. (2) Para que sigamos “...a verdade em caridade” (v. 15), ou
falemos a verdade em amor, ou sejamos sinceros em amor com os nossos irmãos em
CRISTO. Enquanto nos devotamos à doutrina de CRISTO, que é a verdade, devemos
viver em amor uns com os outros. O amor é uma coisa excelente, mas devemos ser
cuidadosos para preservar a verdade junto com ele. A verdade é uma coisa
excelente; no entanto, é necessário que a falemos com espírito de amor e não em
contenda. Esses dois aspectos devem andar juntos: verdade e paz. (3) Para
crescermos “...em tudo naquele que é a cabeça, CRISTO”. Crescer em tudo em
CRISTO quer dizer estar mais arraigado nele. Em todas as coisas - no
conhecimento, no amor, na fé e em todos os aspectos do novo homem. Devemos
crescer rumo à maturidade, que é o oposto de continuar sendo meninos. Aqueles
que crescem em CRISTO são cristãos saudáveis. Quanto mais crescermos no conhecimento
de CRISTO, na fé nele, no amor a Ele e na dependência dele, tanto mais
prosperaremos em graça. Ele é a cabeça, e nós devemos crescer de tal forma que
estejamos em condições de honrar essa cabeça.
O crescimento cristão sempre será para a glória de CRISTO. (4) Devemos auxiliar
uns aos outros, como membros do mesmo corpo (v. 16). Aqui o apóstolo faz uma
comparação entre o corpo natural e o corpo místico de CRISTO, esse corpo do
qual CRISTO é a cabeça. Paulo observa que do mesmo modo que há comunhão e
comunicação mútua dos membros do corpo entre si, para o seu crescimento e
melhoramento, assim deve haver amor e unidade mútua, junto com o fruto
apropriado, entre os cristãos, para que ocorra o melhoramento e crescimento
espiritual na graça, “...do qual, diz ele (isto é, de CRISTO, seu cabeça, que
transmite influência e alimento para cada membro específico), todo o corpo, bem
ajustado e ligado (estando unidos firme e ordenadamente, cada um em seu devido
lugar), pelo auxílio de todas as juntas (pelo auxílio que cada uma das partes,
assim unidas, dá ao todo, ou pelo ESPÍRITO, fé, amor, sacramentos etc., que,
semelhantemente às veias e artérias no corpo, servem para unir os cristãos a
CRISTO, seu cabeça, e uns aos outros como membros desse corpo), segundo a justa
operação de cada parte (isto é, dizem alguns, de acordo com o poder que o
ESPÍRITO SANTO exerce para tornar os meios designados por DEUS eficazes para
esse grande fim, em relação à medida que CRISTO julga ser suficiente e
apropriada para cada membro, de acordo com seu respectivo lugar e ministério no
corpo; ou, como outros pensam, segundo o poder de CRISTO, que, como cabeça,
influencia e aviva cada membro; ou, de acordo com o trabalho eficaz de cada
membro em comunicar aos outros o que recebeu; assim o alimento é levado a todos
na devida proporção e segundo o estado e exigência de cada parte) faz o aumento
do corpo”, em conformidade com a necessidade do corpo. Observe: Cada cristão
recebe seus dons e graças de CRISTO para o benefício de todo o corpo.
“...para sua edificação em amor”. Podemos entender isso de duas maneiras: uma
maneira é que todos os membros da igreja podem alcançar uma medida de amor
maior para com CRISTO e uns para com os outros; a outra maneira é que eles são
movidos a agir na forma mencionada do amor a CRISTO e uns aos outros. Observe:
O amor mútuo entre os cristãos é um grande aliado do crescimento espiritual; ao
passo que “...um reino dividido contra si mesmo não pode subsistir” (veja Mc
3.24).
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE
Edição completa. Editora CPAD. pag. 592-593. (com algumas alterações do Pr.
Henrique).
A Classificação dos Dons Ministeriais (4.11)
Tudo indica que Paulo, quando escreveu estas palavras, tinha em mente a lista
dos ministérios relacionados em 1 Coríntios 12.28. A passagem coríntia
compreende uma lista mais longa de dons espirituais (charismata). Mas nesta
passagem, Paulo está interessado em apresentar os ofícios necessários para a
expansão e sustento da igreja. CRISTO deu à igreja os apóstolos: os ministros
supremos, os doze que haviam visto o Senhor ressurreto e recebido suas tarefas
diretamente dele. Os profetas têm posição proximal à dos apóstolos, e o seu dom
especial era o de ministério inspirado. Foulkes afirma que a função primária
dos profetas era similar à dos profetas do Antigo Testamento: “anunciar” a
palavra de DEUS. Porém, ocasionalmente prediziam acontecimentos futuros, como
em Atos 11.28 e 21.9,ll.30 Os evangelistas eram pregadores itinerantes, que iam
de lugar em lugar para ganhar os incrédulos (cf. 2 Tm 4.5), de modo muito
semelhante como se faz hoje.
Certos intérpretes sugerem que as primeiras três categorias se aplicam à igreja
universal, ao passo que as outras duas se ajustam especificamente à igreja local.
Pastores são pastores de um rebanho de comunicantes; a palavra grega (poimen)
empregada aqui significa, literalmente, “pastor de ovelhas”. A tarefa dos
pastores é alimentar o rebanho e protegê-lo dos perigos espirituais. Doutores
pode ser uma outra função do pastor. Bruce afirma que estes dois termos
“denotam a mesma e uma única classe de homens”.31 Contudo, pode ser que os
doutores representem uma classe de responsabilidade um tanto quanto menor que
os pastores, mas que, mesmo assim, detêm lugar especial na igreja. Os cinco
ministérios são concedidos pelo ESPÍRITO e dados por CRISTO à sua igreja.
O Propósito dos Dons (4.12-16)
Falando principalmente da vida interior da comunidade cristã, Paulo descreve o
propósito para o qual CRISTO deu à igreja estes ministérios. Pelo menos quatro
dimensões do propósito divino são distinguíveis.
a) Estes ministérios são dados para edificar ou construir o corpo de CRISTO
(12). As três frases neste versículo, cada uma separada por uma vírgula (RC),
dão a impressão de que o apóstolo expressa um propósito triplo. No idioma
original, a ênfase está na última frase: “Ele fez isso para preparar o povo de
DEUS para o serviço cristão, a fim de construir o corpo de CRISTO” (NTLH). O
objetivo destes servos especiais é ocasionar um aperfeiçoamento (katartismos,
lit., “adaptação” ou “equipamento”) para a obra do ministério (diakonias). A
expectativa é que haverá um trabalho ativo e frutífero para o Senhor, com o
resultado de que a igreja será edificada. À medida que as almas são ganhas, a
vida da comunidade se aprofunda e se fortalece pelo serviço unificador da
igreja.
b) Estes dons ministeriais são dados para promover maturidade. O versículo 13
rememora o anterior e oferece explicação adicional da “edificação” da igreja.
Uma vez mais, Paulo usa três frases, cada uma iniciada com a preposição grega
eis: 1) à unidade da fé; 2) a varão perfeito; 3) à medida da estatura completa
de CRISTO. Estas não são ideias paralelas. A primeira fala do meio da
maturidade, a segunda fala da realidade da maturidade e a terceira fala da
medida da maturidade. Uma tradução melhor do versículo seria esta: “Assim,
todos finalmente atingiremos a unidade inerente em nossa fé e em nosso
conhecimento do Filho de DEUS, e chegaremos à maturidade, medida por nada menos
que a estatura completa de CRISTO” (NEB).
A unidade da fé e do conhecimento do Filho de DEUS constitui o meio do
amadurecimento (cf. RA). A unidade é um dom do ESPÍRITO (cf. 3), mas requer-se
fé e conhecimento para recebê-la. Neste texto, a fé é a resposta que damos ao
Filho de DEUS e a nossa confiança nele — DEUS manifestado na carne que morreu
no Calvário em nosso benefício. Aqui, conhecimento (epignosis) é semelhante à
fé no ponto em que significa “compreensão, familiaridade, discernimento”. Não
devemos equipará-lo a conhecimento intelectual, mas a relações pessoais. A
unidade se origina dessa intimidade com o Filho proporcionada pela graça. Paulo
não está falando da experiência inicial com CRISTO. O apóstolo se preocupa com
o crescimento e aumento em entendimento e compreensão dos propósitos e vontade
de DEUS conforme estão revelados em associação com CRISTO. Os membros da igreja
podem e devem ter tal crescimento em maior medida enquanto o servem.
A varão perfeito refere-se ao nível de maturidade coletiva e individual na
igreja, no qual o poder de DEUS se manifesta inteiramente em santidade e
justiça. Tal estado será atingido em seu significado máximo futuramente, quando
possuirmos a graça de CRISTO na perfeição da ressurreição (cf. Fp 3.7-16).
A medida da estatura completa de CRISTO é o padrão de medida que determina a
maturidade cristã. Hodge escreve: “A igreja se torna adulta, homem perfeito,
quando alcança a perfeição de CRISTO”. A chave para interpretar o versículo é a
expressão estatura completa de CRISTO. Qual é esta estatura? Salmond diz que é
“a soma das qualidades que fazem o que ele é”. Quando a igreja está à altura da
maturidade plena do seu Senhor, ela é perfeita. E à medida que cresce em
direção a essa maturidade, ela fica mais próxima de sua meta em CRISTO.
Precisamos também destacar que não há crescimento na igreja separadamente de
nosso crescimento individual como crente. É cada um de nós individualmente que
tem de se dirigir com empenho à estatura completa de CRISTO.
c) Estes ministérios são dados para garantir a estabilidade na igreja diante de
doutrinas divergentes e do engano de homens (14). Esta é consequência natural
da maturidade, como Paulo indica por sua frase introdutória: Para que não
sejamos mais meninos. Uma das evidências claras de imaturidade é a incapacidade
de resistir, de forma inteligente e espiritual, as declarações das falsas
doutrinas. As palavras de Paulo são pitorescas. O termo inconstantes só ocorre
aqui no Novo Testamento e é derivado de kludon (“vagalhão” ou “onda”). Por
conseguinte, o verbo significa literalmente “ser lançado pelas ondas”. Cristãos
imaturos são como barcos açoitados pela tempestade. Levados em roda vem da
palavra grega periphero, que tem a ideia de oscilar violentamente. Boas
traduções dos dois termos são: “levados de um lado para outro pelas ondas” e
“jogados para cá e para lá por toda nova rajada de ensino” (cf. BJ, NVI).
Atarefa dos ministros é pôr mão forte no leme da igreja, mantê-la firme e
fornecer o lastro doutrinário mediante um ministério fiel de pregação e ensino.
Aqueles que introduzem falsos ensinos, nos quais os crentes instáveis caem
vítimas, enganam a si mesmos e também enganam fraudulosamente os outros. Esta
fase é mais bem traduzida por “fazem uso de todo tipo de dispositivo inconstante
para induzir ao erro” (Weymouth). Eles usam de engano (lit., “jogo de dados”).
Metaforicamente, veio a significar “artimanha” (BJ, RA). Moule declara
corretamente o aviso de Paulo: “Há pessoas próximas de vós que não só vos
desviam, mas o fazem de propósito, pondo armadilhas premeditadas e organizando
métodos bem-elaborados, com o objetivo de afastá-los de CRISTO a quem eles não
amam”. A única proteção adequada contra a sutileza da heresia é uma fé
crescente e um conhecimento progressivo da verdade. Os ministros têm de
proporcionar a oportunidade de tal maturação para assim garantir a estabilidade
na igreja.
d) Estes ministérios são dados para possibilitar o crescimento em CRISTO.
Seguindo a verdade (15) é derivado do verbo grego aletheuo, geralmente
traduzido por “falar a verdade” (cf. CH, NTLH). Mas há mais no pensamento de
Paulo do que proferir sons articulados. Ele pensa em termos de viver e agir.
Dale comenta: “A verdade tem de ser a vida de todos os cristãos. A revelação de
DEUS em CRISTO tem de influenciar e inspirar todas as atividades dos cristãos.
A verdade tinha de se encarnar nos efésios, tinha de se corporificar neles.
[...] Não era apenas para falar, mas para vivenciá-la”.38 E esta vida era para
ser vivida em caridade (“em amor”, ACF, AEC, BAB, BJ, CH, NVI, RA), quer dizer,
com os motivos e inclinações que o amor evoca. As pessoas confessam e vivem
asperamente certa porção de verdade, mas a comunidade cristã sempre tem de se
expressar em amor. O resultado será o movimento progressivo em direção à
perfeição de CRISTO, a cabeça da igreja. Repare que esta ideia é essencialmente
idêntica ao pensamento do versículo 13. Além disso, esta ação positiva é a
melhor defesa contra os efeitos do erro descritos no versículo 14.
No versículo 16, o apóstolo retorna à analogia do corpo e se serve disso para
enfatizar a unidade que CRISTO, a cabeça, traz para a igreja. Ele visualiza a
estrutura maravilhosa e intricada do corpo humano com suas partes unidas de
modo bem ajustado e ligado (“bem unido e consolidado”, NEB).39 Na analogia,
juntas referem-se aos ligamentos pelos quais as partes do corpo se unem. Quando
o corpo está funcionando segundo ajusta operação de cada parte, quer dizer,
quando cada parte é ativada de acordo com o seu propósito, a harmonia prevalece
e o crescimento é certo. CRISTO é, obviamente, o centro e a origem de toda a
vida espiritual. Ele dá “coesão e poder vital para o crescimento”.40 Este
crescimento resulta na edificação ou “construção” (BAB) da igreja em amor (cf.
1.4; 3.17; 4.2; 5.2). A estrutura tem a ver principalmente com o
desenvolvimento espiritual interno, mas quando a igreja é interiormente forte
ela aumenta numericamente.
Em suma, Paulo vê a unidade da igreja em termos orgânicos e não
organizacionais. A verdadeira unidade é interior e resultado de um organismo
saudável. O ESPÍRITO cria essa unidade; não é obra de homens, por mais
inteligentes ou apessoados que sejam. Quando esta unidade prevalece,
compartilhada por cada membro e motivada pela fidelidade de ministros
talentosos, a igreja cresce em simetria e beleza, para espanto do mundo não
crente.
Nos versículos 4 a 16, o pensamento da medida da estatura completa de CRISTO
sugere o tema “O Alvo Último do Cristão”. 1) O meio para esse fim. Ensinar e
pregar a Palavra de DEUS, 11,12; 2) O compêndio do ideal, 4-7,15. A fé
incorporada e o corpo incorporado, 16; 3) A proximidade da meta num caráter
estável, 14. CRISTO no trono do coração. A igreja unida (G. B. Williamson).
Willard H. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag.
160-163. (com algumas alterações do Pr. Henrique).
III – DISCERNINDO O VERDADEIRO PROFETA DO FALSO
1. Simplicidade x arrogância.
2. Pelos frutos os conhecereis.
3. Ainda sobre o falso profeta.
III – DISCERNINDO O VERDADEIRO PROFETA DO FALSO
O Profeta, quase sempre, é perseguido pelos crentes, principalmente a liderança
da Igreja, que não quer ver as coisas ocultas serem reveladas. Vários profetas
morreram pelas mãos de seus próprios irmãos, seu povo.
CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO PROFETA
DEUS vale-se de homens ou mulheres, para usá-los em mensagens proféticas. No
Antigo ou em o Novo Testamento, através de profetas ministros a mensagem de
DEUS é transmitida para sua igreja, com fins proveitosos.
1) Ele só diz o que ouve da parte de DEUS. O verdadeiro profeta fala a verdade
de DEUS, na mensagem que transmite. O profeta verdadeiro não transmite mensagem
de sua mente, para agradar ou desagradar, propositadamente. Ele fala a Palavra
de DEUS “com verdade”.
O profeta Ágabo previu seca para todo o mundo e previu que Paulo ia ser
amarrado, preso e entregue aos gentios. As mensagens desse profeta foram
verdadeiras e se cumpriram cabalmente. (Atos 11.27; 21.10).
2) Há evidências da confirmação de DEUS. O verdadeiro profeta é confirmado por
DEUS. Sua mensagem é autenticada pelo ESPÍRITO SANTO, e merece credibilidade.
E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo ESPÍRITO, que
haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio
César.
Atos 11:28
E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo ESPÍRITO, que
haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio
César. Atos 11:28
E aconteceu que, três dias depois, Paulo convocou os principais dos judeus, e,
juntos eles, lhes disse: Homens irmãos, não havendo eu feito nada contra o
povo, ou contra os ritos paternos, vim contudo preso desde Jerusalém, entregue
nas mãos dos romanos; Atos 28:17.
3) Tem revelação e discernimento de DEUS.
E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao
espírito: Em nome de JESUS CRISTO, te mando que saias dela. E na mesma hora
saiu. Atos 16:18.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 89-90. (com algumas
alterações do Pr. Henrique).
1. Simplicidade x arrogância.
O maior erro ao falarmos sobre Profeta é a confusão que se faz entre Profeta -
Ministério (tamo no AT como no NT) com Dom de Profecia (geralmente é chamado de
profeta quem profetiza - quem tem dom de profecia).
Profeta é ministério.
Ter dom de profecia não faz de alguém um profeta, ministério.
A mensagem dada por um profeta tem a ver com a revelação do futuro (dom de
revelação - Palavra de Sabedoria) ou revelação do passado ou do presente (dom
de revelação - Palavra de conhecimento ou da ciência).
Muitos profetas também foram e são usados em Dom da fé (ressuscitar mortos),
Curas (dons de curar) e Milagres ou Maravilhas.
Dom de profecia é para edificação, exortação e consolação. Confirma o que já
está no coração da pessoa. Não prevê nada.
Devido a imaturidade e a ignorância de nossos líderes quanto aos dons, a
maioria dos "profetas" que vemos hoje são enganadores e inventam
mensagens que DEUS não falou e nem mandou. Falta discernimento e conhecimento
dos Dons do ESPÍRITO SANTO.
O Profeta não precisa gritar, fazer teatro para trazer uma mensagem de DEUS
para alguém, ou para um grupo de pessoas, ou mesmo para um país.
O Profeta tem autoridade de DEUS para falar em seu Nome. Não teme represálias.
Não teme autoridades humanas. Não depende financeiramente de falsos crentes.
O Profeta tem vida honesta e irrepreensível, vive em jejum e oração e estudo da
Palavra de DEUS.
A mensagem verdadeira do Profeta de DEUS não tem a ver com edificação,
exortação e consolação como no Dom de Profecia, mas, muitas vezes, é uma
mensagem condenando o pecado e mostrando o juízo sobre este. Não espere de um
profeta uma festa ou um show, mas, em suas ministrações, muito choro,
arrependimento e clamor.
Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te.
Apocalipse 3:19
2. Pelos frutos os conhecereis.
CARACTERÍSTICA DO FALSO PROFETA
1) Ele não tem mensagem de DEUS.
2) Ele desvia o povo dos caminhos do Senhor.
3) O falso profeta é soberbo.
4) Os falsos profetas são como “lobos devoradores.
5) Os falsos profetas vivem na iniquidade.
JESUS ENSINA SOBRE OS FRUTOS NA VIDA DAS PESSOAS
Mt 7.15 O Antigo Testamento menciona frequentemente os falsos profetas (veja 2
Rs 3.13; Is 44.25; Jr 23.16; Ez 13.2,3; Mq 3.5; Zc 13.2). Os falsos profetas
afirmavam receber mensagens de DEUS, mas só profetizavam o que o rei e as
pessoas queriam ouvir. Os falsos mestres também são tão comuns atualmente,
quanto o foram naquela época. JESUS disse que devemos ter cuidado com aqueles
cujas palavras podem parecer religiosas, mas que estão motivados pelo dinheiro,
pela fama ou pelo poder. São aqueles que profetizam só coisas boas. Nunca
revelam os pecados e o juízo de DEUS sobre esses pecados.
Mt 7.20 Mencionando 7.16, isto é, o método para discernir os falsos profetas,
JESUS explicou que a maneira de identificar uma árvore ou uma pessoa é o tipo
de fruto que ela produz. Os bons mestres exibem consistentemente um bom
comportamento e um elevado caráter moral quando procuram praticar as verdades
das Escrituras. São ganhadores de almas. oram e JESUS Salva, Cura, Batiza no
ESPÍRITO SANTO, Liberta.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 53-54. (com
algumas alterações. Pr. Henrique).
3. Ainda sobre o falso profeta.
O CASTIGO DOS FALSOS PROFETAS
Era assim, no Antigo Testamento: “E aquele profeta ou sonhador de sonhos
morrerá, pois falou rebeldia contra o Senhor, vosso DEUS, que vos tirou da
terra do Egito e vos resgatou da casa da servidão, para vos apartar do caminho
que vos ordenou o Senhor, vosso DEUS, para andardes nele; assim, tirarás o mal
do meio de ti (Dt 13.5)”. A responsabilidade e o prestígio de um profeta, no
Antigo Testamento, era muito grande. O povo o respeitava como sendo um
verdadeiro arauto, que falava em nome de DEUS. Sua palavra profética era
considerada Palavra de DEUS. No Novo Testamento, não é diferente. Daí, porque o
castigo era severo contra os falsos profetas.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 92-93. (com algumas
alterações. Pr. Henrique)
CONCLUSÃO
DEUS QUER USAR PROFETAS NA IGREJA - Seja um voluntário para que JESUS CRISTO o
use assim. O pecado deve ser combatido e para isso deve ser revelado. Tenha
coragem. Tenha ânimo. Se esforce. Seja instrumento de DEUS, Canal de DEUS em
sua obra de salvação.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 8, O Ministério de Evangelista
Revista Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 2° Trimestre 2014/2021
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos Homens com Poder
Extraordinário
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva -
99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Cajamar - SP- Tel Esposa -
19-98448-2187
https://youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1-baadTSIySFKmkNz4J5_qd
(vídeos desta lição em 2014)
(Lição escrita em 2014)
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/05/slides-licao-8-o-ministerio-de.html
(Slides)
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/05/escrita-licao-8-o-ministerio-de_16.html
(Escrita)
Vídeo desta Lição em 2021 - https://www.youtube.com/watch?v=6YrxjRisPVI
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 8.26-35; Efésios 4.11
Atos 8
26 - E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda
do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto. 27 - E
levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace,
rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e
tinha ido a Jerusalém para adoração, 28 - regressava e, assentado no seu carro,
lia o profeta Isaías. 29 - E disse o ESPÍRITO a Filipe: Chega-te e ajunta-te a
esse carro. 30 - E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse:
Entendes tu o que lês? 31 - E ele disse: Como poderei entender, se alguém me
não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse. 32 - E o
lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro;
e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua
boca. 33 - Na sua humilhação, foi tirado o seu julgamento; e quem contará a sua
geração? Porque a sua vida é tirada da terra. 34 - E, respondendo o eunuco a
Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo ou de algum
outro? 35 - Então, Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe
anunciou a JESUS.
Efésios 4
11 - E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores.
Resumo da Lição 8, O Ministério de Evangelista - 2014/2021
I - JESUS ENVIA OS SETENTA (Lc 10.1-20)
1. São poucos os que anunciam.
2. Enviados para o meio de lobos.
3. Os sinais e as maravilhas confirmam a Palavra.
II - A GRANDE COMISSÃO (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20)
1. O alcance da Grande Comissão.
2. O mundo está dividido em dois grupos.
3. A Grande Comissão hoje.
Ill - O DOM MINISTERIAL DE EVANGELISTA
1. O conceito de evangelista.
2. O papel do evangelista.
3. A finalidade do ministério do evangelista.
Meus Comentários - Pr. Henrique
Evangelistas - exemplos atuais.
https://youtu.be/ZufVLeFxLwQ Andres Bisonni – Cruzadas de
salvação e milagres
https://www.youtube.com/watch?v=MVd97AP_m6A Isso sim é evangelismo
de massas. Um autêntico evangelista. Várias curas e milagres também ocorreram
ali. (Daniel Kolenda and Reinhard Bonnke)
https://www.youtube.com/watch?v=ixFfrFFLMI4 - CRUZADA, 3 MIL ALMAS
PARA CRISTO, Pr Clebison Bandeira - Imperatriz, MA. Isso sim é evangelismo de
massas. Um autêntico evangelista. Várias curas e milagres também ocorreram ali.
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos sobre o importantíssimo ministério de Evangelista.
lembrando que não há ministério legítimo sem a escolha e chamada de JESUS e a
capacitação do ESPÍRITO SANTO, com seus dons.
A realidade missionária no Brasil, atualmente, é raquítica e chega a ser
ridícula. Uma igreja no interior do estado mais pobre do Brasil tem mais
missionários do que a sede da Assembleia de DEUS no Brasil, na maior cidade do
país. essa mesma igreja tem mais missionários do que igrejas de cidades como
Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Recife, Natal, Fortaleza, Belém,
Salvador, Teresina, Palmas, João Pessoa, Goiânia, Porto Alegre, Curitiba,
Florianópolis, Brasília, São Luis, Manaus, Porto Velho, Campo Grande, Cuiabá,
etc... é uma vergonha para quem deu uma ordem expressa para sua igreja: "E
disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura".
Marcos 16:15
"Mas recebereis a virtude (poder) do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre
vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda Judéia e Samaria
e até aos confins da terra."
É inacreditável que ainda existam pastores que acreditem que só devem enviar
missionários para outras cidades, estados e países depois de evangelizarem seu
próprio bairro ou cidade. A bíblia diz "TANTO em Jerusalém" e diz
"COMO", quer dizer ao mesmo tempo evangelizamos nossa área como as
outras áreas do mundo inteiro.
"E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se naquele dia uma grande
perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos
pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos". Atos 8:1
Às vezes DEUS permite uma perseguição à igreja para ela obedeça a seu IDE (Ide
Depressa Evangelizar). DEUS não manda a perseguição, ELE permite por causa de
nossa desobediência.
Será que a pandemia veio para parar a Igreja para que ela medite sobre sua
situação atual na evangelização do mundo?
"E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade
de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder". (Lucas 24:49).
Outras vezes vemos igrejas que vão sem obedecer à Palavra de DEUS que diz para
ficar em Jerusalém até receber poder para ir. Primeiro deve-se buscar poder,
batismo no ESPÍRITO SANTO, depois deve-se ir e receber capacitação para exercer
a função com Dons do ESPÍRITO SANTO.
"E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a
saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora
criado com Herodes o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e jejuando,
disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os
tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os
despediram". (Atos 13:1-3).
A igreja deve ter profetas e doutores que servem à igreja, esses profetas e
doutores devem jejuar e orar buscando orientação de DEUS. Certamente o ESPÍRITO
SANTO orientará a igreja sobre quem deve ser enviado para evangelizar. Existem
muitos Paulos e Barnabés que estão esperando para serem enviados pelo mundo. Dê
uma olhadinha a seu redor e você encontrará gente apaixonada por almas.
"Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente
e pelas casas", Atos 20:20
Se construíssemos pequenos templos para 200 pessoas, numa distância de 300
metros um do outro, no máximo, em nossa cidade, evangelizaríamos muito mais e
melhor do que gastar verdadeiras fortunas construindo mega-templos para serem
usados três vezes por semana. Se fossem pequenos templos e com poucas pessoas
nossos pastores visitariam essas pessoas e os aconselharia e poderiam
evangelizar essa área muito melhor. Haveria mais união, menos diferenças e mais
amor. Todos teriam um mesmo objetivo, ganhar almas.
Mesmo que construam grandes templos, se tiverem muitos missionários, mas pelo
menos usem o dinheiro de maneira honesta para construírem de acordo com suas
necessidades. Como pode uma cidade do interior do estado mais pobre do Brasil,
com cerca de 250 mil habitantes, construir uma igreja para 10 mil pessoas,
enquanto a sede da maior cidade do Brasil, com mais de 10 milhões de
habitantes, constrói uma sede para apenas 10 mil pessoas? Alguma coisa
está errada. "Cadê o dinheiro que estava aqui"?
O padrão de Atos dos Apóstolos nos ensina como fazer missões - Primeiro
Milagres, depois ajuntamento de pessoas, depois pregação do Evangelho, depois
muitas conversões, depois batismo nas águas, depois batismo no ESPÍRITO SANTO,
depois treinamento desses novos crentes para dirigirem uma nova igreja e serem
missionários tanto em sua cidade como em todo o mundo, cheios do ESPÍRITO SANTO
e capacitados com dons do mesmo.
Sobre ter mais de um ministério em um mesmo ministro
Podemos, cada um de nós, ter todos os dons do ESPÍRITO SANTO (9), Paulo (em meu
entendimento) assim os teve. Busquemos cada dia mais poder para evangelizar.
Apoiemos aqueles que desejam ganhar almas. Invistamos o dinheiro na
evangelização.
Filipe, o evangelista autêntico
“Entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra.
Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a CRISTO. As
multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo e vendo os
sinais que ele operava. Pois os espíritos imundos de muitos possessos
saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados. E
houve grande alegria naquela cidade.” Atos 8:4-8
FILIPE LHES ANUNCIAVA A CRISTO.
Eis aqui o padrão de Atos dos Apóstolos - Por que as multidões se convertiam?
Porque ouviam e viam os sinais que Filipe fazia por intermédio do ESPÍRITO
SANTO.
Que sinais podemos Ouvir de um legítimo evangelista, vindos do ESPÍRITO SANTO?
Línguas, Dom de línguas, interpretação de línguas, profecias, Dom Palavra de
Sabedoria, Dom Palavra de Conhecimento.
Que sinais podemos Ver, vindos de um legítimo evangelista, usado pelo ESPÍRITO
SANTO? Dom da Fé, Dom de Discernimento de espíritos, Dom de Milagres, Dons de
Curar.
Novamente o padrão de Atos está em usos - Milagres, ajuntamento de pessoas,
pregação do evangelho, multidões de convertidos.
Filipe tinha uma família de bom testemunho
Filipe, um dos sete diáconos que foram escolhidos pelo povo, conforme ordem dos
Apóstolos, para se dedicarem na solução da falta de alimento às viúvas
helenistas (veja em At 6,1-6). Filipe, porém, não ficou apenas neste serviço,
mas torna-se pregador do Evangelho em Samaria. Depois o vemos como evangelista
em Cesareia. Filipe morava com sua família em Cesaréia. As suas quatro filhas,
conforme vemos em At 21,9 também eram profetizas, isto é, tinham o dom de
profecia. Que bênção de família para um evangelista bem-sucedido.
E no dia seguinte, partindo dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegamos a
Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete,
ficamos com ele.
E tinha este quatro filhas virgens, que profetizavam.
Atos 21:8-9
E no dia seguinte, partindo dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegamos a
Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete,
ficamos com ele. E tinha este quatro filhas virgens, que profetizavam. Atos
21:8-9.
Evangelista não é título, é ministério, é pessoa dada por CRISTO à Igreja
Se você tem o título de evangelista, mas não ganhou nem uma alma este mês, você
pode ser tudo, menos evangelista. OK?
Evangelista é apaixonado por almas. Evangelista amanhece e anoitece pensando em
ganhar almas, aliás não só pensa, ganha mesmo.
Acontecia ali, em Samaria, um grave problema - Havia milagres, conversões,
alegria, mas não havia batismo no ESPÍRITO SANTO.
As boas notícias de Samaria chegaram à Jerusalém, e logo os apóstolos enviaram
Pedro e João (o melhor que tinham), com a finalidade de orarem pelos irmãos
para que recebessem o batismo no ESPÍRITO SANTO. Quando Pedro e João oraram por
eles receberam, então, o batismo no ESPÍRITO SANTO.
Os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o ESPÍRITO SANTO
(Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram batizados em
nome do Senhor JESUS). Então lhes impuseram as mãos, e receberam o ESPÍRITO
SANTO. Atos 8:15-17
A organização da igreja hoje é feita de maneira humana
Existem muitos evangelistas que não são nem diáconos em suas congregações.
Falta a visão da liderança sobre o dom de cada um. DEUS chamou, escolheu,
preparou, capacitou, mas os homens não enxergaram, ou porque são cegos ou
porque não querem enxergar com medo de perderem suas posições talvez. Fazer o
que? O legítimo obreiro, ministro chamado por DEUS, não pede cargo, não inveja
cargo, não busca reconhecimento ou elogio humano. Na bíblia, os grandes homens
que DEUS chamou e escolheu, não queriam suas funções. Achavam que não mereciam
e que não conseguiriam fazer o que DEUS queria que eles realizassem. Preferiam
que DEUS chamasse outros. Durante o tempo que dirigi igreja não encontrei
nenhum bom obreiro que pedisse cargo, mas os péssimos obreiros sempre estavam
pedindo, outros exigindo, outros bajulando para serem reconhecidos. Os bons só
assumem quando são chamados pessoalmente e com insistência.
Nossa organização ministerial não é satisfatória e nem reconhece as peças
principais da igreja. devido a isso estamos passando pela pior fase da igreja
até hoje. Milhares de crentes nominais apenas. As escolas bíblicas dominicais
nunca estiveram tão vazias. os cultos de doutrina nunca estiveram tão vazios.
Você se lembra, se é que já viu, de algum aleijado levantar e sair andando
durante um culto em sua igreja? um cego de nascença vendo, um surdo de nascença
vendo? Dom ministerial só para quem já é batizado no ESPÍRITO SANTO e tem pelo
menos um dom do ESPÍRITO SANTO, a meu ver. Não temos ministro legítimo na
bíblia que não tivesse essas coisas funcionando em seus ministérios.
As credenciais de um verdadeiro ministro chamado e escolhido por CRISTO
As credenciais de um verdadeiro ministro são os sinais e maravilhas que DEUS
opera através do mesmo. Não importa o título, importa o que DEUS pensa a
respeito do obreiro. DEUS confirma sua escolha com sinais, prodígio e
maravilhas. --- Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós com
toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12 --- E
Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
Atos 6:8 -- E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se
faziam pelos apóstolos. Atos 2:43 --- Testificando também DEUS com eles, por
sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do ESPÍRITO SANTO, distribuídos
por sua vontade? Hebreus 2:4 --- Pelo poder dos sinais e prodígios, e pela
virtude do ESPÍRITO de DEUS; de maneira que desde Jerusalém, e arredores, até
ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de JESUS CRISTO. Romanos 15:19, etc...
A UNIÃO DO ENSINO, DA PREGAÇÃO E DOS MILAGRES, ISSO TORNA O EVANGELHO EFICAZ.
O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os
pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos
cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o
ano aceitável do Senhor. Isaías 61.1; Lucas 4:18,19
Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos. Lucas
14:13
E percorria JESUS toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o
evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
Mateus 4:23
E percorria JESUS todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e
pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias
entre o povo. Mateus 9:35
de tal sorte que a multidão se maravilhou vendo os mudos a falar, os aleijados
sãos, os coxos a andar, e os cegos a ver; e glorificava o DEUSde Israel. Mateus
15:31
E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e tornozelos se
firmaram. E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo,
andando, e saltando, e louvando a DEUS. Atos 3:7,8 ... - Muitos, porém, dos que
ouviram a palavra creram, e chegou o número desses homens a quase cinco mil.
Atos 4:4 E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia,
porque ouviam e viam os sinais que ele fazia,
pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta
voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. Atos 8:6,7
E estava assentado em Listra certo varão leso dos pés, coxo desde o seu
nascimento, o qual nunca tinha andado. Este ouviu falar Paulo, que, fixando
nele os olhos e vendo que tinha fé para ser curado, disse em voz alta:
Levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e andou. Atos 14:8-10 ... -
confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que
por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de DEUS. Atos 14:22
Exemplo de um legítimo evangelista
Bem diferente de um crente que normalmente evangeliza - todos podem e devem
evangelizar e alguns até recebem título de Evangelista, mas poucos têm o Dom
Ministerial de Evangelista - Evangelista Reinhard Bonnke foi mais conhecido por
suas grandes campanhas evangelísticas no Continente Africano. Filho de um
pastor, Reinhard aceitou a JESUS quando tinha nove anos de idade, e recebeu seu
chamado para os campos missionários da África antes de se tornar um
adolescente. Depois de atender um Seminário no País de Gales e pastorear na
Alemanha por sete anos, ele começou seu trabalho missionário na África. Ele
começou fazendo cultos em uma tenda que acomodava 800 pessoas. À medida que o
número de pessoas começou a crescer, tendas maiores foram adquiridas.
Finalmente em 1984 ele encomendou a construção da maior estrutura móvel do
mundo – uma tenda capaz de comportar 34.000 pessoas sentadas. E ainda, pouco
tempo depois o número de pessoas que atendiam aos cultos excederam a capacidade
desta tenda, chegando a milhões de pessoas participando de um mesmo culto.
Reinhard Bonnke fundou o ministério internacional "CRISTO para todas as
Nações", com escritórios localizados na África, Alemanha, Reino Unido,
Canadá, Singapura e nos Estados Unidos. Desde o início do novo milênio, através
da realização de eventos em grande escala na África e outras partes do mundo, e
também com o alvo de vermos 100 milhões de vidas relatarem sua decisão por
JESUS CRISTO nesta década, 42 milhões de pessoas já responderam ao chamado do
Evangelho. Além disso, ele é conhecido por realizar as “Conferências do Fogo”
em muitos países ao redor do mundo. Estas conferências treinam e encorajam os
líderes da igreja para o evangelismo. Elas causaram um grande impacto e
inspiraram muitas pessoas já alcançarem uma dimensão maior em termos de
evangelismo e ministério. Seu ministério é confirmado com muitos milagres e
maravilhas. Cegos vêm, surdos ouvem, aleijados andam, etc... Glória a DEUS.
Alguém que se desvia perde os dons que tinha antes?
Dons são dados pela graça e misericórdia de DEUS, tanto os do ESPÍRITO SANTO,
quanto os de CRISTO (Ef 4.11).
Imediatamente após o legítimo arrependimento e confissão e reconciliação o
crente está como estava antes de pecar. Fala em línguas e os dons voltam a
fluir. DEUS não se lembra mais de seus pecados. Nós é que lembramos e não
perdoamos. Alguém matou ou roubou, não pagou a conta que devia, etc.... teve
legítimo arrependimento e confissão de pecados, aceitou a JESUS como único
Senhor e Salvador, está perdoado, seus pecados não existem mais para DEUS, mas
ele vai para a cadeia pelos seus crimes cometidos. Existem consequências, mas
não influenciam na salvação. Quanto à nossa atitude temos que aprender perdoar
de coração, segundo o amor de DEUS em nós. Os dons voltam a funcionar
imediatamente após a reconciliação.
Pastores são evangelistas?
Dificilmente um pastor será um evangelista. Os pastores, em sua maioria, têm
tentado convencer as pessoas de que têm algum dom ministerial por terem um
título de pastor, assim como alguns evangelistas e professores. Na verdade dom
ministerial não é dado por homens e sim por DEUS. Não é por merecimento e sim
pela graça de DEUS. E uma escolha soberana de DEUS. Profetas e evangelistas da
atualidade continuam como os antigos, como Elias, Elizeu, Ágabo, Silas, Paulo,
Barnabé, Apolo e outros mencionados em Atos dos Apóstolos, bem como os que hoje
andam escassos em nossos púlpitos. É raro, mas ainda se vê algum de vez em
quando - Trabalho com um evangelista que realmente tem o ministério de
evangelista, o evangelista Clebinson Bandeira, de Imperatriz-MA. Em sua última
cruzada geral, em Imperatriz, ganhou mais de mil almas para CRISTO (veja
https://youtu.be/ixFfrFFLMI4 ). Provavelmente 3 mil almas aceitaram a JESUS
neste dia. Em média ganha mais de mil almas por mês. É um apaixonado por almas.
Em Camboriú, no congresso de Missões, que aconteceu de 26/04/2014 a 05/05/2014,
ganhou mais 140 almas para CRISTO
(http://www.portaldoceu.com.br/dvd-do-gmuh-2014---pastor-clebison-bandeira/).
DEUS cura muitas pessoas durante suas cruzadas e concede muitos milagres
financeiros também.
Na maioria das vezes a igreja coloca um evangelista para ser pastor de uma
igreja para poder sustentar esse obreiro e isso finda em acabar com o
ministério do evangelista. Pode-se ganhar um pastor, mas também pode ocorrer de
não se ter mais nem um evangelista e nem um pastor. Pastor é para cuidar de
ovelhas. Evangelista é para pregar o evangelho a multidões.
Quanto a esses artistas de palco, com título de evangelistas, mandam o povo
profetizar e eles mesmos dizem que estão profetizando prosperidade e outras
coisas desejadas pelo povo, são apenas ignorantes da Palavra de DEUS e
mercenários que assolam nossas igrejas em busca da lã das néscias ovelhas. Quem
as defenderá? Evangelista não está buscando fama e nem dinheiro, mas almas.
Recebe a mensagem diretamente de DEUS e a transmite acompanhadas de milagres e
maravilhas, pois DEUS confirma sua Palavra assim.
Quanto aos dons que agem no evangelista são principalmente os dons de poder,
fé, milagres e curas, também acompanhados de Palavra de Sabedoria (revelação do
futuro), Palavra de Conhecimento ou da Ciência (Revelação do passado e
presente). Alguém pode ser usado em algum desses dons esporadicamente, mas o
evangelista sempre é usado assim. O evangelista é apaixonado por almas. Pena
que não podemos dar muitos exemplos de evangelistas legítimos na Assembleia de
DEUS de hoje, pois nossa denominação foi quase toda corrompida pela liderança
política e financeira que existe hoje comandando a igreja. Oremos irmãos, DEUS
tenha misericórdia de nós. Precisamos investir nas grandes cruzadas
evangelísticas com legítimos evangelistas.
Lucas 10.7 - O evangelista e suas exigências (salário-comida-hotel)
E ficai na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, pois digno é o
obreiro de seu salário. Não andeis de casa em casa. Lucas 10:7 - Isso indica ao
evangelista que ele não deve ficar escolhendo onde vai dormir, onde vai comer,
não deve exigir salário. Eu faço palestras e prego em todo o Brasil. Não cobro
nada. Não como - faço jejum. Gosto de ficar na casa de algum irmão ou do
pastor, não gosto de hotéis, pois só dão despesa para a igreja. Nós não vamos
fazer turismo, vamos levar a mensagem de DEUS e compartilhar nossos dons com os
irmãos e ganharmos almas..
A CGADB deveria estipular um teto para os "cachês" dos pregadores
(evangelistas?) e cantores (artistas?). Já passou da hora de dar um basta nesse
comércio de celebridades em nossas igrejas.
A cidade de Samaria era dominada por um vigarista que os iludia com artes
mágicas, mas, pelo poder de DEUS que agia através de Filipe, até o mágico Simão
se converteu. Parece que sua conversão não foi legítima, pois já queria comprar
o poder de batismo no ESPÍRITO SANTO com dinheiro, mas diante da maldição
imposta por Pedro e João, deve ter se convertido realmente.
O verdadeiro evangelista tem intimidade com DEUS
E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o lado do
sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta. Atos 8:26
E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o lado do
sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta.
Atos 8:26
O evangelista Filipe não só testificava publicamente, mas também fazia
evangelismo pessoal. Foi enviado por DEUS para pregar ao primeiro-ministro da
rainha da Etiópia (o título honorífico dela era Candace, assim como existem
outros em diversos países, tais como barão, duque, visconde, conde; presidente,
imperador, césar, Candace, Heika, Denka, Hidenka, Kakka, Daitoryoi (Títulos
reais e oficiais no Japão); Czar (Rússia), Dogde (Espanha), etc....
O legítimo evangelista conhece as escrituras e sua mensagem é JESUS CRISTO:
E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que
lês?
Atos 8:30
E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que
lês? Atos 8:30 - Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura,
lhe anunciou a JESUS. Atos 8:35
O Assunto da pregação do evangelista é JESUS e este crucificado e ressuscitado.
Porque nada me propus saber entre vós, senão a JESUS CRISTO e este crucificado.
1 Coríntios 2:2
O verdadeiro evangelista é direcionado para a cidade ou lugar que DEUS manda:
E, quando saíram da água, o ESPÍRITO do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu
mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho.
E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as
cidades, até que chegou a Cesaréia.
Atos 8:39-40
Então, foi conduzido JESUS pelo ESPÍRITO ao deserto, para ser tentado
pelo diabo. Mateus 4:1
E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do
Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto. Atos 8:26
E, quando saíram da água, o ESPÍRITO do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu
mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho. E Filipe se achou em Azoto
e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou a
Cesaréia. Atos 8:39-40
E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo
ESPÍRITO SANTO de anunciar a palavra na Ásia. Atos 16:6
O legítimo evangelista ama, isso é o amor de DEUS derramado em seu coração.
Esse amor arde, queima, sufoca, não nos deixa parar e nem desanimar. Nossa
comida é essa.
AMOR PELAS ALMAS
<http://ministeriofogonoaltar.blogspot.com.br/2012/12/amor-pelas-almas.html>
... Fiz-me tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns (1
Co 9.22).
Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas,
ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado. 2 Coríntios 12:15
Consideremos:
1. O amor no coração de DEUS
“Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
2. O amor no coração de JESUS
“E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e
errantes como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9.36).Vejamos:
- amor ao leproso (Mc 1.41); - amor aos cegos (Mt 20.34); - amor à viúva de
Naim (Lc 7.13); - amor a Jerusalém (Mt 23.37); - amor às multidões (Mt 14.14;
15.32).
3- O amor no coração dos apóstolos
“E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor
JESUS, e em todos eles havia abundante graça” (At 4.33).Vejamos:
- o amor de Paulo (At 20.23; 21.13; Rm 9.1-3; 10.1; 1 Co9.16-23); - o amor de
Pedro e João (At 3.1-8; 4.1,2,8,18-21).
4. O amor no coração dos diáconos
“E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a CRISTO” (At 8.5);
“E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor JESUS, recebe o meu
espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes
imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu” (At 7.59,60).
5. O amor no coração da Igreja
“Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra” (At
8.4);
“E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão
caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a
palavra senão somente aos judeus ”(At 11.19).
6. O amor no coração de alguns servos de DEUS na história -
Oração de evangelista é mais ou menos assim:
“Agora, deixem-me consumir por DEUS” — Henrique Martyn.
“Dá-me a Escócia ou morrerei” —John Knox.
“Se não queres dar-me almas, retira a minha”—Whitefield.
“Pai, dá-me estas almas ou eu morro” — Hyde.
TER PROFUNDO AMOR A JESUS
Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém
pelo nome do Senhor JESUS” (At 21.13);
“... regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome
de JESUS” (At 5.41);
“Assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à
fé...” (2 Co 5.11);
“Porque o amor de CRISTO nos constrange...” (2 Co 5.14).
O que está acontecendo com a Europa
Na Europa acontece certos fenômenos que o PT quer implantar aqui no Brasil.
Controle de natalidade - Abortos e Camisinhas - Todos sabem do programa do PT
sobre isso. Na Europa, tanto investiram nisso que agora a maioria da população
é velha e estão aposentados, sendo que não possuem força jovem para produzir e
pagar as aposentadorias dos mais velhos. como os muçulmanos têm pelo menos 4
filhos em cada família e podem ter 4 esposas cada homem, imaginem como têm
crescido.
Escalada do Islamismo - O PT vem estimulando construção de mesquitas por todo o
Brasil. na Europa eles já são maioria em setores importantes da economia e de
segurança.
Combate ao evangelho pentecostal - No Brasil os pentecostais são perseguidos
claramente pelo PT e os tradicionais, as igrejas ditas cessacionistas, as
históricas, apoiam o PT por debaixo do pano para receberem apoio financeiro.
Quem apoia aborto consegue vantagens - Até a Universal anda comprando horários
de todos os canais para acabar com o horário de TV e Rádio das igrejas que são
pentecostais ou neopentecostais, tudo apoiado pela esquerda. Na Europa as
igrejas que eram antes as enviadoras de missionários pelo mundo passaram a um
esfriamento pentecostal e se tornaram cessacionistas e hoje já nem existem mais
ou estão sucumbidas pelo satanismo desenfreado que invadiu tais países.
O apoio a casamentos de gays e lésbicas liberados aqui no Brasil com o apoio
maciço do PT quer destruir a família tradicional para obrigar a continuação do
nascimento de filhos. A falsa adoção de crianças por parte de casais
homossexuais tem como objetivo recrutar crianças para ser parte de sua causa.
Na Europa aconteceu a falta de filhos e falta de mão de obra para trabalhar
exatamente devido à liberação de tudo isso. A falta de moralidade, a falta de
caráter, a falta de temor de DEUS está levando a Europa ao caos político,
financeiro, moral e religioso. A única conclusão a que chegamos é a de que a verdadeira
igreja da Europa faliu. Vamos ter que evangelizar os evangelizadores.
MAIS COMENTÁRIOS DIVERSOS COM ALGUMA CORREÇÕES QUE FIZEMOS.
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 58, p.39.
EXISTEM EVANGELISTAS E "EVANGELISTAS"
O Dom Ministerial do Evangelista foi repartido por JESUS para que o arauto de
DEUS, através da mensagem centralizada na cruz de CRISTO, ganhasse pessoas para
o reino divino. Uma das maiores características de um evangelista é a sua
paixão por pregar às pessoas para que se convertam a JESUS. Não importa o
número, se dezenas, centenas ou milhares. O que importa é pregar JESUS, o
crucificado. Esta é a mensagem do bom evangelista.
Temos de deixar bem claro a missão de um evangelista: pregar o Evangelho.
Anunciar o ministério da reconciliação de DEUS com o mundo, porque foi para
isso que o Senhor enviou seu Filho: "DEUS estava em CRISTO reconciliando
consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da
reconciliação" (2Co 5.19). Esta é a boa nova que o autêntico evangelista
tem de proclamar.
O Senhor nosso DEUS separa uns para Evangelistas e os dá à sua Igreja. Isso não
invalida o privilégio de anunciar o Evangelho para o ser humano para todo
aquele que se chama por discípulo de JESUS de Nazaré.
A Igreja separa também evangelistas, porém é uma escolha humana e eclesiástica.
por incrível que pareça tem evangelista que não sequer uma alma por mês, e, não
se espantem, nem uma alma por ano.
COMENTÁRIOS DIVERSOS - INTRODUÇÃO (todos com algumas modificações e adaptações
ao legítimo evangelho de JESUS CRISTO, elaboradas por mim, Pr. Henrique)
A Bíblia fala muito pouco sobre esse dom. Se consultamos uma concordância
bíblica, só encontramos três referências a esse termo (At 21.8; Ef 4.11; 2 Tm
4.5). À luz da boa hermenêutica ou interpretação dos textos bíblicos, podemos
constatar que há homens, dentre os que se colocam à disposição da obra do
Senhor, que têm uma vocação prioritária para a pregação do evangelho, para a
proclamação das Boas-Novas de salvação, ou do kerigma, também muito usados em
dons do ESPÍRITO SANTO. Por isso, o evangelista consta da lista dos
“dons-ministeriais”, que são “dons de DEUS”, concedidos por CRISTO aos homens,
após sua retumbante vitória sobre a morte (cf. Ef 4.8-11). Ninguém é superior a
ninguém, no Reino de DEUS (Rm 12.5). Todos os dons ministeriais se completam e
possuem grau de importância iguais na Igreja (Ef 4.11), São pessoas dadas por
CRISTO à Igreja.
Nas últimas décadas, os evangelistas têm sido muito solicitados para
participarem de eventos, nas igrejas evangélicas. Alguns são excelentes
pregadores, que transmitem mensagens na unção de DEUS, demonstrando verdades
bíblicas com profundidade, atraindo os pecadores para CRISTO. Normalmente, os
evangelistas têm ministério itinerante. Vão buscar as almas, para que elas
sejam acolhidas nas igrejas locais, aos cuidados dos pastores, auxiliados pelos
discipuladores. A evangelização intensa só pode ter êxito se houver um
discipulado intensivo junto aos que se convertem por meio das pregações dos evangelistas.
Evangelizar sem discipular é semear sem cuidar das almas que se convertem.
Os evangelistas são aqueles que dizem aos pecadores: “Venham para CRISTO”, e os
pastores, que cuidam do rebanho, são os que dizem: “Sejam transformados pelo
poder de DEUS, e se integrem ao Corpo de CRISTO, que é a Igreja”. Os
ministérios se complementam. São importantes os Apóstolos, profetas,
evangelistas, pastores e doutores. Nessa complementaridade de ministérios,
podemos ver a palavra do profeta Isaías: “Um ao outro ajudou e ao seu
companheiro disse: Esforça-te!” (Is 41.6).
Assim, vamos estudar o papel e a missão do evangelista, com base nos textos
bíblicos que nos permitem avaliar esse importante dom ministerial, tão
necessário à igreja como os demais que constam das listas de ministérios
necessários ao bom funcionamento do Corpo de CRISTO, que é a Igreja, da qual
Ele é a Cabeça.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 94-95.
I - JESUS ENVIA OS SETENTA (Lc 10.1-20)
E, depois disso, designou o Senhor ainda outros setenta e mandou-os adiante da
sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares onde ele havia de ir. E
dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai,
pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara. Ide; eis que vos
mando como cordeiros ao meio de lobos. E não leveis bolsa, nem alforje, nem
sandálias; e a ninguém saudeis pelo caminho. E, em qualquer casa onde
entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa. E, se ali houver algum filho de
paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, voltará para vós. E ficai na
mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, pois digno é o obreiro de
seu salário. Não andeis de casa em casa. E, em qualquer cidade em que entrardes
e vos receberem, comei do que vos puserem diante. E curai os enfermos que nela
houver e dizei-lhes: É chegado a vós o Reino de DEUS. Lucas 10:1-9
Os setenta podem ser vistos como apóstolos ou como evangelistas. Apóstolos
porque foram enviados por JESUS e evangelistas porque foram transmitir as boas
novas de salvação e os sinais os seguiram. Falavam de JESUS e eram usados em
curas, libertações, milagres e até no dom da fé (ressuscitar mortos), como o
caso dos apóstolos.
e, indo, pregai, dizendo: É chegado o Reino dos céus. Curai os enfermos, limpai
os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes,
de graça dai. Mateus 10:7,8
1. São poucos os que anunciam.
Após a eleição dos Doze, que constituíam o “Colégio Apostólico”, tempos depois,
JESUS resolveu escolher outros discípulos, em número de setenta, para enviá-los
como evangelistas a “a todas as cidades onde ele havia de ir” e os organizou em
equipes de evangelizadores, “de dois em dois” (Lc 10.1, 2). O texto de Lucas,
referente ao envio dos “outros setenta” é o mais substancial em informações
quanto ao seu desempenho apostólico. Algumas das mais importantes afirmações de
JESUS sobre seus enviados constam desse texto, ainda que não são considerados
participantes do “colégio apostólico”. Para distingui-los dos 12, nesta
análise, melhor chamá-los de evangelistas.
OS OBREIROS SÃO POUCOS
Ao enviar os setenta, JESUS asseverou que “Grande é, em verdade a seara, mas os
obreiros são poucos” (Lc 10.2a). Diante dessa realidade, JESUS exorta a que
devemos rogar ao Senhor da seara, para “que envie obreiros para a sua seara”
(Lc 10.2b).Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a
DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 95-96.
OS SETENTA EVANGELISTAS - PREGAR E CURAR - Ide; eis que vos mando como
cordeiros ao meio de lobos. E não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias; e a
ninguém saudeis pelo caminho. E, em qualquer casa onde entrardes, dizei
primeiro: Paz seja nesta casa. E, se ali houver algum filho de paz, repousará
sobre ele a vossa paz; e, se não, voltará para vós. E ficai na mesma casa,
comendo e bebendo do que eles tiverem, pois digno é o obreiro de seu salário.
Não andeis de casa em casa. E, em qualquer cidade em que entrardes e vos
receberem, comei do que vos puserem diante. E curai os enfermos que nela houver
e dizei-lhes: É chegado a vós o Reino de DEUS. Lucas 10:3-9
Designou o Senhor ainda outros setenta
(1) Lucas não quer dizer que CRISTO tinha enviado setenta anteriormente, mas
que os setenta eram adicionais aos doze que haviam sido enviados.
O simples fato de que JESUS tinha estes muitos discípulos dignos de confiança é
significativo. Muitas vezes nos esquecemos de que Ele tinha muitos seguidores leais.
Mandou-os... de dois em dois. Para ajuda mútua e encorajamento. A todas as
cidades e lugares onde ele havia de ir. Estes deveriam preparar a visita dele a
essas cidades. Neste momento, os doze apóstolos estavam com Ele; os setenta
foram adiante da sua face. E possível que cada uma dessas duplas de discípulos
fosse a apenas uma cidade e ficasse por lá, pregando, ensinando e preparando,
em outros aspectos, a visita de JESUS. Isto totalizaria trinta e cinco cidades
e aldeias visitadas por JESUS em seu ministério na Peréia, e Ele dificilmente
visitaria muitas mais em um período de seis ou sete meses, a menos que suas
visitas fossem muito breves.
Do versículo 2 até o 16, JESUS dá instruções e admoestações aos setenta. Muitas
destas são instruções iguais ou semelhantes às instruções dadas em várias
ocasiões aos doze apóstolos. É mais razoável que JESUS tenha dado as mesmas
admoestações por duas vezes, se as exigências das situações fossem as mesmas.
Qualquer líder da igreja admoestando grupos de obreiros inevitavelmente
repetiria vários pontos, pois todos eles precisariam basicamente das mesmas
instruções.
Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos
(2) A metáfora da seara parece ter sido uma das favoritas de JESUS. A seara das
almas humanas sempre foi grande e os obreiros sempre foram, tragicamente,
poucos. É a fatal falta de interesse do homem pelos seus companheiros que
mantém este número tão pequeno.
Rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara. Levar a
seara ao celeiro é nossa responsabilidade. E conseguir os obreiros necessários
é, em parte, nossa responsabilidade. Devemos enxergar as necessidades e rogar
que o Senhor envie obreiros adicionais.
Charles L. Childers. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 6. pag.
409-410.
Estes setenta, embora não o servissem de forma tão próxima e tão constantemente
quanto os doze, eram, no entanto, os ouvintes constantes de sua doutrina, as
testemunhas dos seus milagres, e criam nele. Estes setenta são aqueles de quem
Pedro fala como “os varões que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor
JESUS entrou e saiu dentre nós,” e faziam parte dos cento e vinte ali
mencionados, Atos 1.15,21. Podemos supor que muitos destes que foram os
companheiros dos apóstolos, de quem lemos em Atos e nas Epístolas, faziam parte
destes setenta discípulos.
Havia trabalho para tantos ministros, e ouvintes para tantos pregadores; assim
o grão da semente de mostarda começou a crescer, e o sabor do fermento a se
espalhar pela refeição, para a fermentação do todo.
Devemos supor, embora não esteja registrado, que CRISTO logo em seguida foi a
todos estes lugares em que agora os enviou, embora Ele pudesse ficar apenas por
pouco tempo em um lugar. Duas coisas eles foram ordenados a fazer, o mesmo que
CRISTO fez onde quer que tenha ido:
(1) Eles deviam curar os enfermos (v. 9), curá-los em nome de JESUS, o que
faria com que as pessoas desejassem ver este JESUS, e estivessem prontas a
receber aquele cujo Nome era tão poderoso.
(2) Eles deviam anunciar a chegada do Reino de DEUS, a sua chegada até eles:
“Dizei-lhes: É chegado a vós o Reino de DEUS, e agora sereis admitidos nele, se
apenas olhardes ao vosso redor. Agora é o dia da vossa visitação, sabei e
entendei”. E bom estarmos conscientes das nossas vantagens e oportunidades,
para que possamos aproveitá-las. Quando o Reino de DEUS chega até nós, devemos
prosseguir, indo de encontro a ele.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 596-597.
10.1 Muito mais que doze pessoas vinham seguindo a JESUS. De acordo com 1
Coríntios 15.6, JESUS tinha pelo menos quinhentos seguidores na época em que
concluiu seu ministério. Aqui JESUS designa um grupo de setenta para preparar
algumas cidades para sua visita posterior. Um grupo de 120 destes seguidores
foi a Jerusalém para dar início à igreja ali (At 1.15). Em número de setenta
também foram os ajudantes do ministério de Moisés (Nm 11.25).
No serviço cristão, não há desemprego. DEUS tem trabalho suficiente para todos.
Nenhum crente deve ficar sentado e olhar os outros trabalhando, porque a seara
é grande.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 392.
2. Enviados para o meio de lobos.
o tempo de JESUS, os evangelizadores, ou evangelistas, enfrentariam situações
comparáveis a cordeiros no meio de lobos (Lc 10.3). Certamente, os setenta
puderam sentir de perto o cumprimento da advertência do Senhor. Devem ter sido
rejeitados, aborrecidos e perseguidos, até com ameaça de morte. Nos dias atuais,
os que são enviados por CRISTO, para levarem a mensagem do evangelho a certas
regiões do mundo, vivem em constante risco de morrer. Desde o século passado, e
no presente, de cada três pessoas que morrem por causa de sua fé, uma é cristã.
Mais cristãos foram mortos nas últimas décadas, do que em toda a história de
Igreja de CRISTO. Daí, porque a maior parte dos missionários está radicada onde
já existem muitos obreiros. Poucos são os que se destinam a lugares inóspitos e
ameaçadores. É compreensível, até certo ponto, mas JESUS mandou pregar o
evangelho a toda criatura. Apóstolos, profetas e evangelistas legítimos não
temem o Diabo e seus representantes, vão aonde ninguém tem coragem de ir. Paulo
não se deixou intimidar por inimigos do evangelho. O legítimo evangelho é
pregado com sinais, prodígios e maravilhas, talvez por isso mesmo a esmagadora
maioria de enviados não têm coragem de ir aonde ainda o evangelho não penetrou
e onde a perseguição ao evangelho é terrivelmente praticada, como na Coréia do
Sul, por exemplo.
E a tendência da perseguição aos servos de JESUS é de acentuar-se cada vez
mais. Na maioria dos países do Ocidente, o Diabo tem levantado a perseguição
institucional, através de governos, dos legislativos e do Judiciário, mediante
a elaboração e aprovação de leis que dificultam e ameaçam a liberdade para a
pregação do evangelho. São “as portas do inferno”, através das “leis injustas”
(Is 10.1). Elas não prevalecerão, como profetizou JESUS, mas perturbarão e
causarão grandes problemas à missão da Igreja. Mas será por um tempo. Quando
JESUS intervier, na sua Vinda, os “lobos” serão aniquilados, mas a Igreja (nós)
já terá sido arrebatada, graça de DEUS.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 96-97.
Eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos.
Que paradoxo: Cordeiros saindo para salvar ovelhas de lobos! Aqui está a
simplicidade unida ao desamparo: nenhuma arma carnal como defesa (nossas armas
são poderosas em DEUS - Nome de JESUS, Sangue de JESUS, Palavra de DEUS, Amor,
Dons espirituais). Mas DEUS tem uma maneira de criar a força a partir da
fraqueza, e de usar até a morte como uma arma da vitória e da vida. Aqui vemos
a supremacia de CRISTO. Ele é o maior Vencedor do mundo, e ainda assim as suas
forças não foram utilizadas no que se refere à defesa carnal ou terrena. Os
cristãos têm sido assassinados aos milhares, mas o avanço triunfal continua. A
esta altura temos que parar e meditar e ganhar uma nova luz e inspiração para a
tarefa e a batalha dos dias atuais. Não estamos desprotegidos, pois CRISTO está
conosco. Uma vez que a própria morte não nos vence, podemos começar a entender
que somos imbatíveis. Mas, se começarmos a nos equipar com armas carnais,
estaremos caminhando em direção à derrota.
Charles L. Childers. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 410.
Cabe notar que os discípulos não são enviados “aos lobos”, mas “para o meio de
lobos”. Isso ilustra o aspecto indizivelmente penoso do envio dos mensageiros
de JESUS. Essa palavra anuncia aos mensageiros a perseguição de sua pessoa e a
rejeição de sua mensagem. Isso é muito mais que “não acolher” ou “não ouvir” a
pregação.
O envio das ovelhas para o meio de lobos era proverbial em Israel. Se a
penetração dos lobos em um rebanho de ovelhas já representa um grande perigo,
quanto mais perigoso será enviar e remeter, contrariando todo o bom senso,
ovelhas isoladas para dentro de uma alcateia de lobos! As indefesas ovelhas
devem viver, atuar e permanecer entre lobos, e até mesmo superá-los. Isto é
inimaginável e inconcebível! Contudo, DEUS assim o determinou! Que não
esqueçamos isso especialmente quando os lobos se tornarem cada vez mais
numerosos e temíveis nos tempos finais! Foi o Senhor que o disse!
A segurança para um envio tão perigoso, o equipamento para uma incumbência tão
avessa à sensatez na luta entre ovelhas e lobos não está em levar qualquer tipo
de armamento, mas nas palavras: “Eu vos envio”. E isso basta.
Assim como, pois, os setenta discípulos não devem estar munidos de armas de
defesa diante dos perigos no meio de lobos, assim eles também não devem
equipar-se com a bagagem usual de viagem. A instrução de que nem sequer levem
consigo algo além da roupa necessária para a caminhada, tem o objetivo de que
fiquem única e exclusivamente atentos ao cumprimento de seu envio.
Interpreta-se de diferentes maneiras o adendo de não saudar ninguém no trajeto
ou a caminho. Essa instrução de comportamento tem um protótipo no AT (2Rs
4.29). De acordo com uma das interpretações, a palavra de não saudar representa
uma ordem referente à urgência. A saudação oriental é muito demorada. Em um
encontro desses, todos os votos costumeiros de bênção, abraços, beijos, pedidos
de informação e discursos podem causar uma parada que consome tempo, e que é
indesejável para quem tem pressa. Esta proibição de forma alguma veta a simples
e singela saudação: “Paz seja contigo!”
Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Lucas. Editora Evangélica
Esperança.
3. Os sinais e as maravilhas confirmam a Palavra.
Os setenta evangelistas foram autorizados a curar os enfermos que encontrassem
nas cidades por onde haveriam de passar (Lc 10.9). A operação de milagres fazia
parte integrante da missão. Evangelização com milagres, sinais e prodígios era
a característica da atividade ministerial. Receberam “poder sobre os espíritos
imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal”
(Mt 10.1). Da mesma forma, os setenta evangelistas também estavam investidos da
mesma autoridade espiritual. Ao retornarem da missão, deram um relatório
positivo e vibrante do que lhes acontecera, quando saíram, em cumprimento ao
mandado de JESUS, de dois em dois (Lc 10.17).
O MAIOR PRIVILÉGIO DOS EVANGELISTAS
E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os
demônios se nos sujeitam. E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu.
Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do
Inimigo, e nada vos fará dano algum. Mas não vos alegreis porque se vos
sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos
céus. Lucas 10:17-20
Na palavra aos setenta, JESUS os surpreendeu com uma declaração, ante a alegria
e a comemoração pelos milagres que viram ser realizados por seu intermédio.
Curas, libertação de endemoninhados e outros milagres. JESUS lhes fez saber que
maior privilégio do que operar milagres era ter o seus próprios nomes “escritos
nos céus” (Lc 10.20).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 97.
Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do
Inimigo, e nada vos fará dano algum (19).
Esta escritura tem, de fato, uma implicação literal, mas o contexto parece
exigir que o principal significado seja espiritual. Note como JESUS faz uma
analogia entre serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo. Tanto os
versículos anteriores como os posteriores se referem às forças satânicas. A
gramática desses versículos implica, também, que essas serpentes e escorpiões
estão incluídos nas forças do inimigo. O simbolismo é comum para as forças
satânicas ou demônios e até para o próprio Satanás. O significado principal é
que os cristãos têm poder para pisar triunfantemente sobre os exércitos de
Satanás, através do poder do ESPÍRITO SANTO e da graça de JESUS CRISTO.
Charles L. Childers. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 411.
Observação Importante
Notemos que nos é dado todo poder sobre os poderes satânicos de Satanás e que
nada nos causará dano algum. As palavras todo e nada são importantíssimas aqui.
Voltaram os setenta com alegria (v. 17); não reclamando da fadiga de suas
jornadas, nem da oposição e do desencorajamento com que eles se depararam, mas
alegres com o seu sucesso, especialmente por terem expulsado muitos espíritos
imundos: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam. Embora apenas
a cura dos enfermos seja mencionada em seu comissionamento (v. 19), não há
dúvida de que a expulsão de demônios estava incluída, e nisto eles tiveram um
sucesso maravilhoso.
A. Eles dão a CRISTO a glória por todo este resultado positivo: É através do
Teu Nome. Note que todas as nossas vitórias sobre Satanás são obtidas pelo
poder que vem de JESUS CRISTO. Ele deve ter todo o louvor; se a obra for feita
em seu Nome, a honra será devida ao seu Nome.
B. Eles se alegram com o conforto que há nisto; eles falam deste assunto com um
ar de exultação: Até os demônios, aqueles inimigos poderosos, se nos sujeitam.
Note que os santos não têm maior alegria ou satisfação em quaisquer de seus
triunfos do que quando triunfam sobre Satanás. Se os demônios se nos sujeitam,
quem pode nos resistir?
Que aceitação eles acharam no Senhor, e como Ele recebeu este relato.
(1) Ele confirmou o que eles disseram, por concordar com a sua própria
observação (v. 18): “O meu coração e os meus olhos acompanharam vocês; eu notei
o sucesso que tiveram, e vi Satanás, como um raio, cair do céu”.
Note que Satanás e o seu reino caem diante da pregação do Evangelho. “Entendam
como é”, disse CRISTO, “enquanto vocês ganham terreno, o diabo perde terreno.”
Ele cai como um raio do céu, tão repentinamente, tão irrecuperavelmente, tão
visivelmente, que todos podem percebê-lo, e dizer, “Veja como o reino de
Satanás cambaleia, veja como ele tropeça.”
(2) Ele repetiu, ratificou, e aumentou o comissionamento deles: Eis que vos dou
poder para pisar serpentes, v. 19. Note que para aquele que possui, e usa bem o
que possui, mais lhe será dado. Eles haviam empregado o poder de JESUS
vigorosamente contra Satanás, e agora CRISTO lhes confia um poder maior. (1) Um
poder ofensivo, poder para pisar serpentes e escorpiões, demônios e espíritos
malignos, a antiga serpente: “Esmagareis a cabeça da serpente em meu Nome”, de
acordo com a primeira promessa, Gênesis 3.15. Vinde, calcai os vossos pés nos
pescoços destes inimigos; pisareis estes leões e serpentes onde quer que vos
encontreis com eles; vós os calcareis debaixo dos vossos pés, Salmos 91.13.
Pisareis todos os poderes do inimigo; e o Reino do Messias será estabelecido em
todos os lugares sobre as ruínas do reino de Satanás. Assim como os demônios se
vos sujeitam agora, eles ainda vos serão sujeitos. (2) Um poder defensivo:
“Nada vos fará dano algum; nem serpentes, nem escorpiões, se fordes castigados
com eles ou lançados em prisões e calabouços entre eles; não sereis feridos
pelas criaturas mais venenosas,” como aconteceu com Paulo (At 28.5), como é
prometido em Marcos 16.18. “Se os homens perversos forem como as serpentes para
vós, e habitardes entre estes escorpiões (como Ez 2.6), podereis desprezar a
fúria deles, e pisar neles; isto não precisará vos perturbar, pois eles não têm
nenhum poder contra vós, além do que eles receberam do alto; eles podem fazer
barulho, mas não podem ferir”.
(3) Ele os instruiu a canalizarem a sua alegria para o motivo certo (v. 20):
Note que o poder de serem feitos filhos de DEUS deve ser mais valorizado do que
qualquer outra coisa. Aqueles cujos nomes estão escritos nos céus jamais
perecerão; eles são as ovelhas de CRISTO, a quem é dada a vida eterna.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 599-600.
JESUS lhes disse que não se preocupassem com o que estivessem comendo, mas que
fizessem o que tinham vindo fazer - curar os enfermos (o que era um sinal de
que o reino era chegado) e proclamar às pessoas que era chegado o reino de DEUS
(veja também 10.11; 21.31).
Lc 10.10,11 JESUS também deu instruções caso seus discípulos entrassem em uma
cidade e não fossem recebidos. JESUS repetiu a instrução de sacudir o pó
daquela cidade dos seus pés como um anúncio público da sua condenação (9.5).
Eles tinham visto resultados tremendos ao ministrar em nome de JESUS e com a
sua autoridade.
O seu ministério não deveria se tornar uma experiência de poder que levasse ao
orgulho, mas uma experiência de serviço cujas únicas motivações fossem o amor a
DEUS, e o desejo de que mais pessoas se unissem a eles no reino.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 394-395.
As vitórias conquistadas até então sobre Satanás e a promessa do Senhor de que
farão façanhas ainda maiores são inúteis se não tiverem como fundamento a
salvação pessoal. Incomparavelmente mais preciosa do que possuir todas as
dádivas da graça é a própria graça de DEUS, transmitida a todos os verdadeiros
discípulos do Senhor pelo fato de que seus “nomes estão inscritos no livro da
vida”. Muitas vezes salienta-se na Escritura a importante ideia da inscrição
nos céus ou no livro da vida (cf. Êx 32.32; Sl 69.28; 87.6; 139.16; Is 4.3; Dn
12.1; Fp 4.3; Ap 3.5,12; 13.8; 20.12,15; 21.27; Hb 12.23).
E Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Lucas. Editora Evangélica
Esperança.
II - A GRANDE COMISSÃO (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20)
JESUS não nos mandou ir sozinhos, além de nos capacitar para ir, ELE vai
conosco, através do ESPÍRITO SANTO que habita em nós e possui todo o poder
necessário para realizarmos Sua obra.
E, chegando-se JESUS, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na
terra. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e
do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; ensinando-as a guardar todas as coisas que
eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à
consumação dos séculos. Amém! Mateus 28:18-20
E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes
sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas
línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes
fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão. Ora, o
Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita
de DEUS. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com
eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!
Marcos 16:15-20
E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o CRISTO padecesse
e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos; e, em seu nome, se pregasse o
arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por
Jerusalém. Lucas 24:46,47
Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e
ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até
aos confins da terra. Atos 1:8
1. O alcance da Grande Comissão.
Nas suas palavras finais aos seus “onze” discípulos, após a ressurreição,
JESUS lhes deu a mais importante missão que poderia ser confiada a homens. A
ordem de irem “por todo o mundo” e pregarem “o evangelho a toda a criatura” (Mc
16.15). Aquele mandato seria extensivo a todos os demais discípulos, que o
seguiam, e a todos os que haveriam de segui-lo ao longo dos tempos, e até à sua
vinda no arrebatamento da Igreja. Foi o que se convencionou chamar de “A Grande
Comissão”. Eles foram comissionados para continuarem a obra que o Mestre
iniciou, em seu ministério terreno.
Tem alcance mundial. Os seguidores de JESUS deveriam ir “por todo o mundo” para
levar as Boas-Novas de salvação. Antes de qualquer outra incumbência, eles
teriam que realizar o papel de apóstolos, evangelistas, evangelizadores ou
missionários, para buscarem as almas perdidas para CRISTO. A missão de
propagar o evangelho de CRISTO teria que ser local, regional, nacional e
transcultural, “por todo o mundo”.
Destina-se a todos os povos. Enquanto os judeus entendiam que a salvação seria
exclusiva para eles, que esperavam o Messias, JESUS ultrapassou aquela visão
limitada, e deu ordem a seus seguidores para que levasse a mensagem do
evangelho “a toda criatura”. A Igreja de JESUS é “inclusiva” para os que o
aceitam e abandonam o pecado. E é “exclusiva” para quem quer ficar ao lado de
CRISTO (Mt 12.30).
Os sinais aos que crerem. JESUS lhes mostrou que a eles e aos que haviam de
crer no evangelho, seriam concedidos recursos espirituais jamais entregues a
outras pessoas, para que pudessem alcançar a missão que lhes era confiada
naquele momento especial. Ante os olhares ansiosos e tensos, JESUS lhes
asseverou: “E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão
demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma
coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos
e os curarão” (Mc 16.17, 18). A multiplicação desses sinais são os Dons do
ESPÍRITO SANTO que capacitam os crentes para a evangelização mundial,
principalmente capacita os ministérios dados por CRISTO. Eles já tinham visto
muitos sinais, operados por CRISTO. Eles próprios tiveram experiências com
sinais, prodígios e maravilhas quando foram enviados por CRISTO (os doze e os
setenta). Mas, na sua despedida, JESUS lhes assegurou que aqueles sinais não
seriam apenas para eles e sim para todos os “que crerem”.
Nos primórdios da Igreja, no período apostólico, todos esses sinais foram
realizados, porém um não foi registrado na Bíblia - o de “beberem alguma coisa
mortífera” (ou veneno) sem sofrer qualquer dano.
O revestimento de Poder. A Grande Comissão exigiria um revestimento de poder
sobrenatural para sua eficácia. Antes de subir aos céus, JESUS disse aos seus
discípulos: “ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais
revestidos de poder. (Lc 24.49 — grifo nosso).
O revestimento de poder a que JESUS se referia era a descida do batismo com o
ESPÍRITO SANTO. Os discípulos já eram salvos. Já tinham recebido o ESPÍRITO
SANTO, no sopro de JESUS sobre eles (Jo 20.22). Mas, para evangelizar,
cumprindo a Grande Comissão, teria necessidade de um revestimento de poder
sobrenatural, que lhes daria graças, poder e unção para saírem pelo mundo
afora, enfrentando os mais difíceis obstáculos, e as mais cruéis perseguições
humana, de reis, imperadores e até de muitos que se dizem cristãos.
Observação minha - Pr. Henrique
A perseguição também era a porta de entrada para que eles fossem capacitados
com os dons espirituais, tão necessários em sua obra de pregação do evangelho.
Os discípulos estavam preparados para a Missão, pois aprenderam aos pés de
JESUS, ao longo de uma convivência de cerca de três anos.
A virtude do ESPÍRITO SANTO era o que estava faltando aos apóstolos e
evangelistas. Eles já eram salvos, mas teriam que aguardar “a virtude do
ESPÍRITO SANTO”, para serem testemunhas corajosas, enviadas ao meio de “lobos
devoradores” (Mt 7.15). E o revestimento veio sobre os discípulos, no Dia de
Pentecostes, quando receberam o batismo com o ESPÍRITO SANTO (At 2.1-13) e
depois os dons do mesmo..
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 98-100.
Observação minha - Pr. Henrique
Basta ver a diferença entre o Pedro antes do batismo no ESPÍRITO SANTO e o
Pedro depois do batismo no ESPÍRITO SANTO.
o batismo no ESPÍRITO SANTO traz encorajamento, alegria, fé para pregar
destemidamente o evangelho do JESUS vivo e ressurreto.
DEUS deu a JESUS todo o poder sobre o céu e a terra (Mt 28.18). Com base neste
poder, JESUS disse aos seus discípulos ide e fazei discípulos (versão RA),
pregando, batizando e ensinando. “Fazer discípulos” significa educar novos
crentes sobre como seguir a JESUS, submeter-se à soberania de JESUS e assumir a
sua missão de serviço misericordioso. Batizar é importante porque une o crente
a JESUS CRISTO em sua morte para o pecado, e em sua ressurreição para uma nova
vida (Rm 6.3, 4). O batismo simboliza a submissão a CRISTO, a disposição para
viver segundo a vontade de DEUS, e a identificação com o povo da aliança de
DEUS. Batizar em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO é um gesto que
afirma a realidade da Trindade, o conceito que veio diretamente do próprio
Senhor JESUS. Ele não disse para batizar “nos nomes”, mas “em nome” do Pai, e
do Filho, e do ESPÍRITO SANTO.
Embora em missões anteriores JESUS tivesse enviado os discípulos somente aos
judeus (10.5,6), a sua missão a partir de então seria a todas as nações. Isto é
chamado de Grande Comissão. Os discípulos tinham sido bem treinados, e tinham
visto o Senhor ressuscitado. Eles estavam preparados para ensinar as pessoas de
todo o mundo a guardar todas as coisas que JESUS tinha mandado. Isto também
mostrava aos discípulos que haveria um período entre a ressurreição de JESUS e
a sua segunda vinda. Durante este período, os seguidores de JESUS tinham uma
missão a cumprir - evangelizar, curar, batizar e ensinar as pessoas a respeito
de JESUS para que elas, por sua vez, pudessem fazer a mesma coisa.
As boas novas do Evangelho deveriam ser transmitidas a todas as nações. Com
este mesmo poder e autoridade, JESUS ainda nos ordena que contemos a outros
sobre as boas-novas, e os façamos discípulos do reino. Nós devemos ir – seja à
porta ao lado ou a outro país - e fazer discípulos. Esta não é uma opção, mas
um mandamento a todos os que chamam JESUS de “Senhor”. Quando obedecermos,
sentiremos conforto sabendo que JESUS está conosco todos os dias. Isto irá
acontecer por meio da presença do ESPÍRITO SANTO na vida dos crentes. O
ESPÍRITO SANTO será a presença de JESUS que nunca os deixará (Jo 14.26; At
1.4,5). JESUS continua a estar conosco hoje, por meio do seu ESPÍRITO. Da mesma
maneira como este Evangelho se iniciou, ele termina - Emanuel, “DEUS conosco”
(1.23). O mesmo ESPÍRITO SANTO que estava em JESUS, é o mesmo que está em nós
(Atos 10.38). Assim podemos fazer as mesmas e ainda maiores obras que JESUS
(João 14.12).
As profecias do Antigo Testamento e as genealogias do livro de Mateus
apresentam as credenciais de JESUS que o qualificam para ser o Rei do reino de
DEUS na terra e no céu - não um líder militar ou político, como os discípulos
originalmente tinham esperado, mas o Rei espiritual que pode derrotar todo o
mal e governar no coração de cada pessoa. Se nos recusarmos a servir fielmente
ao Rei, seremos súditos desleais. Precisamos fazer de JESUS o Rei da nossa
vida, e adorá-lo como nosso Salvador, Rei e Senhor.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 171.
A ordem com autoridade universal: Ide!
A essa ordem poderosa, Ide!, acrescenta-se a tríplice ordem de serviço ou ordem
de missão de JESUS:
• Façam que todos os povos sejam discípulos!;
• Batizem-nos!;
• Ensinem-nos!
A tríplice ordem missionária é emoldurada pela palavra da onipresença: Eis que
estou convosco todos os dias até a consumação do tempo.
A essência da comunidade de JESUS é que o JESUS Ressuscitado continua vivo e
atuante. É a comunhão oculta dos cristãos com o CRISTO, dos chamados com o que
chama, dos enviados com o que envia.
Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Mateus. Editora Evangélica
Esperança.
TODAS AS NAÇÕES
JESUS enviou Seus servos para fazer discípulos em todas as nações (ethne,
povos; M t 28 .19).
Ele estava demonstrando ser muito mais do que o Rei dos judeus; Ele é o CRISTO
mundial, o Salvador do mundo inteiro.
Na verdade, JESUS vinha mostrando-lhes isso desde o início de Seu ministério.
Mateus deixou registrada Sua obra entre os gentios (Mt 8.10; 15.24) e citou
Isaías 42.1-4 para afirmar que JESUS anunciaria aos gentios [as nações] o juízo
e que, no seu nome, os gentios esperarão (M t 12 .14-21). Todavia, os
discípulos levaram muito tempo para acreditar nisso. Será que seu Senhor
poderia estar mesmo interessado em “todas as nações”? Eles mesmos não estavam.
Seria fácil aceitar a ideia de JESUS se importar com todo o mundo. Mas não
seria mais fácil ainda seguir um CRISTO que se adequasse apenas à cultura
deles?
Tiveram um grande choque cultural quando o ESPÍRITO SANTO trouxe um novo grupo
à comunhão, inclusive discípulos helenistas, samaritanos e, enfim, gentios de
todos os tipos (A t 6.1-7; 8 .4 -2 5 ; 10.1— 11.18; 15.1-21).
Um dos maiores desafios que os cristãos enfrentarão nos próximos anos é o mesmo
que os discípulos enfrentaram no início de seu movimento: não somente crer em
JESUS, mas também reconhecer que Ele de fato veio para todas as nações. DEUS
nos mandou fazer discípulos em todo o mundo porque isso faz parte de Seu grande
propósito de, a longo prazo, tornar Seu nome conhecido em todas as nações (M l
1.11).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico
Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 87.
I Cor 9.16. Ninguém merece crédito por fazer a sua obrigação. Paulo diz:
"Pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o
evangelho!" (16) Sem dúvida, ele está se referindo à missão especial que
havia recebido no caminho de Damasco (At 9.6). Ele havia sido um “vaso
escolhido” para levar o nome de CRISTO diante dos gentios, e dos reis, e dos
filhos de Israel (At 9.15) e havia sido separado pelo ESPÍRITO SANTO para esse
trabalho especial (13.2). Portanto, seria impossível fazer outra coisa, a não
ser pregar o evangelho, sem se rebelar diretamente contra DEUS (Rm 1.14;
G11.15).
Pregar era a própria vida de Paulo, e ele “não podia parar de fazê-lo, da mesma
forma como não podia parar de respirar”. A palavra imposta significa
“fortemente impulsionado”. Assim, pregar era uma “função que a ele foi proposto
executar”. (Paulo aceitou o desafio por vontade própria - Observação
minha - Pr. Henrique).
Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 314-315.
“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta
essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! É meu encargo, meu
negócio; é o trabalho para o qual eu fui constituído apóstolo (cap. 1.17). Este
é um dever expressamente colocado sobre mim. Não é em grau algum um assunto de
liberdade. É me imposta essa obrigação. Eu seria falso e infiel à minha crença,
eu violaria uma ordem clara e expressa, e ai de mim se não anunciar o
evangelho!”
Aqueles que são separados para o ofício do ministério têm o encargo de pregar o
evangelho. Ai deles se não o fizerem. Disso nada é esperado. Quando ele
renuncia ao seu direito por causa do evangelho e das almas dos homens, embora
ele não faça mais que a obrigação, ainda assim nega-se a si mesmo, renuncia a
seu privilégio e direito; ele faz mais do que seu encargo e ofício em geral (e
todas as vezes) o obriga a fazer. Ai dele se não pregar o evangelho. Note que é
uma alta realização na religião renunciar a nossos próprios direitos para o bem
de outros; isto dará direito a uma recompensa peculiar da parte de DEUS. Eu, de
muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que,
amando-vos cada vez mais, seja menos amado.2 Coríntios 12:15
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE
Edição completa. Editora CPAD. pag. 465.
2. O mundo está dividido em dois grupos.
O mundo seria dividido entre dois grupos. Os crentes e os incrédulos. Os salvos
e os perdidos. “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será
condenado” (Mc 16.16). Em sua visão divina, JESUS não vê nacionalidade,
condição social, a cor da pele, raça, sexo, condição financeira ou econômica
(G1 3.28). Ele só vê dois tipos de pessoas. Os salvos pela fé e os perdidos por
causa da descrença nEle e em seu evangelho. Os homens não têm alternativa. Ou
creem para serem salvos ou permanecem na incredulidade para serem perdidos. Os
discípulos entenderam que a Grande Comissão é questão de vida ou de morte. A
escolha é de cada um. A responsabilidade é individual. Mas a missão de pregar o
evangelho é coletiva. E da Igreja. Os evangelistas têm um papel de vanguarda.
Mas a ninguém é dado o direito de escusar-se de ser testemunha de JESUS.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 98-99.
Mc 16.16. E for batizado. A omissão de batizado com não-crer mostra que JESUS
não torna o batismo essencial para a salvação. A condenação apoia-se na
não-crença e não na falta de batismo. Portanto, a salvação apoia-se na crença.
O batismo é meramente a figura da nova vida, e não o meio de obtê-la.
Observação do Pr Henrique - Interessante que pelo contexto imediatamente
subsequente o batismo aí se refere a batismo no ESPÍRITO SANTO, pois é
mencionado o falar em línguas.
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes
sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas
línguas; Marcos 16:16,17).
A. T. ROBERTSON. Comentário Mateus & Marcos. À Luz do Novo Testamento
Grego. Editora CPAD. pag. 545.
Gl 3.28. Tendo descrito a unidade que o crente tem com CRISTO, Paulo se afasta
momentaneamente para considerar as implicações desta unidade. Não só o crente e
seu Senhor foram unidos, mas todos os crentes foram unidos como um em CRISTO.
Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea;
porque todos vós sois um em CRISTO JESUS (28). O ESPÍRITO SANTO erradica
distinções sexuais, raciais e sociais. Isto mantém cristalinamente claro o fato
de que o significado pretendido por DEUS é espiritual. A existência destas
distinções terrenas continuará, mas desaparecem como obstáculos à comunhão no
corpo de CRISTO, e é sobre isso que o ESPÍRITO SANTO está falando. Esta é a
visão inspirada de Paulo da unidade existente em CRISTO, porque DEUS não faz
acepção de pessoas. Na sociedade judaica, os judeus, os livres e os homens eram
superiores; ao passo que os gentios, os escravos e as mulheres eram inferiores.
Estas discriminações também se aplicavam à relação do indivíduo com DEUS. Paulo
argumenta que, à vista de DEUS, todos são um e iguais quando eles se chegam a
DEUS com base na fé em CRISTO.
Lógico que esta verdade não significa, nestes dias de crescente esclarecimento
na área social e racial, que o crente pode se retirar à sua cidadela de unidade
espiritual e ignorar suas responsabilidades como membro da sociedade. Temos
aqui uma verdade dedutível: As pessoas, que são de valor igual aos olhos de
DEUS, não devem ser discriminadas por que professam ser seguidoras de CRISTO.
R. E. Howard. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 52-53.
Gl 3. 28. Essa dificuldade é removida quando o apóstolo diz: “...todos quantos
fostes batizados em CRISTO já vos revestistes de CRISTO”. Por essa razão,
parece que com o evangelho o batismo ocupa o lugar da circuncisão, e que
aqueles que pelo batismo são consagrados a CRISTO, e sinceramente creem nele,
devem receber todos os privilégios da condição cristã como os judeus receberam
por meio da circuncisão (Fp 3.3), e, portanto, não havia motivo para a
continuação desse ritual judaico. Quando somos batizados em CRISTO, somos
batizados na sua morte, para que como Ele morreu e ressuscitou, nós também
morramos para o pecado e caminhemos em novidade de vida (Rm 6.3,4). Seremos
grandemente beneficiados se lembrarmos disso com maior frequência.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE
Edição completa. Editora CPAD. pag. 557.
Gl 3.28 — O contexto desse versículo é a justificação pela fé em CRISTO JESUS,
o fato de JESUS ter redimido todos aqueles que creem nele, seja judeu ou gentio
(Gl 3.26—4-27). Distinções raciais, sociais e sexuais que tão facilmente causam
divisões não impedem uma pessoa de chegar a CRISTO para receber sua
misericórdia. Todas as pessoas podem se tornar herdeiros de DEUS e receber suas
promessas eternas (Gl 4-5-7).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico
Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 489-490.
Tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado. Pela lógica incessante
e pelo discernimento psicológico penetrante, Paulo acaba de provar que os
judeus estão na mesma situação pecadora que os gentios; ambos estão igualmente
sob o pecado. Estar debaixo do pecado significa não somente estar sob a culpa
mas também sob o poder do pecado. “Estes dois significados, o pecado como uma
transgressão e o pecado como um poder, são exigidos pelo contexto”. Mas muito
mais importante do que qualquer análise deste tipo que eu possa ter feito,
prossegue Paulo, é o fato de que este é o veredicto das Escrituras - como está
escrito: Não há um justo, nem um sequer (Rm 3.10). O pecado é tão universal que
não admite sequer uma única exceção.
William M. Greathouse. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag.
62-63.
3. A Grande Comissão hoje.
pós a descida do espírito SANTO, aqueles discípulos que estavam amedrontados, após
a morte de JESUS, tornaram-se intrépidos evangelistas e saíram levando o
evangelho aonde puderam chegar, mesmo por causa da perseguição religiosa. O
apóstolo Pedro, que negara JESUS três vezes, antes de ser revestido pelo
ESPÍRITO SANTO, em sua primeira pregação, com altivez e coragem, viu quase três
mil almas aceitarem a CRISTO como Salvador, como registrado em Atos 2.41. Suas
palavras foram simples e objetivas: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada
um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para perdão dos pecados, e
recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a
vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos DEUS, nosso
Senhor, chamar” (At 2.38-41).
A Grande Comissão continua até à volta de JESUS. É “tarefa inacabada”. Segundo
estatísticas de organizações evangélicas, o mundo tem 33% de cristãos,
incluindo católicos evangélicos, espíritas, Testemunhas de Jeová, e outros. Os
evangélicos só alcançam 11 % do total da população mundial e mesmo assim,
alguns são só nominais. Há muito o que se fazer ainda, antes da vinda de JESUS.
Há muito trabalho para as igrejas, em busca das almas perdidas. Nesse contexto,
o papel dos apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores é de grande
valia e necessidade. Que DEUS desperte mais obreiros genuínos para fazer a sua
obra evangelizadora no mundo. Que os verdadeiros evangelistas se disponham a
ganhar almas para CRISTO.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 100-101.
A GRANDE COMISSÃO
(1) Um novo movimento religioso havia sido inaugurado, que só esperava ser
mundialmente propagado. Era preciso contar com a colaboração de obreiros para
esse mister. Esses obreiros precisavam ser devidamente instruídos e
comissionados. A obra missionária de JESUS precisava ter prosseguimento, pelo
esforço dos apóstolos e de seus discípulos. A Grande Comissão, pois, foi a
ordem, a autoridade e a grande inspiração para esse imenso empreendimento.
(2) Versões Bíblicas
«E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem
crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer, será condenado». Além
dessa comissão, temos uma adição concernente aos sinais que acompanhariam aos
que creem e pregam o evangelho. Eles expulsariam demônios, falariam novas
línguas, não seriam prejudicados com picadas de serpentes ou com a ingestão de
algum veneno, e curariam os enfermos.
Quanto à Grande Comissão a versão de Mateus é a mais comumente citada. JESUS,
aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na
terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome
do Pai e do Filho e do ESPÍRITO SANTO; ensinando-os a guardar todas as causas que
vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias, até à consumação do
século» (Mat. 28:18-20).
A versão Lucana da Grande Comissão aparece em Lc. 24:46-49, vinculada à
aparição de JESUS aos seus discípulos, imediatamente antes de sua ascensão. Entre
a ressurreição e a ascensão houve um período de quarenta dias, durante o qual
JESUS apareceu por diversas vezes a seus discípulos, para instruí-los acerca do
reino de DEUS. No terceiro evangelho, a Grande Comissão diz como segue: «...e
lhes disse: Assim está escrito que o CRISTO havia de padecer, e ressuscitar
dentre os mortos no terceiro dia, e que em seu nome se pregasse arrependimento
para remissão de pecados, a todas as nações, começando de Jerusalém. Vós sois
testemunhas destas coisas. Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai;
permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder». No
evangelho de Mateus, pois, aprendemos que a autoridade divina foi investida nos
apóstolos mediante o dom do ESPÍRITO. Em Marcos, essa autoridade é ilustrada
mediante os feitos miraculosos que os discípulos seriam capazes de realizar.
Novamente, devemos supor que todas as narrativas sumariam o conteúdo geral de
diversas declarações de JESUS, provavelmente feitas em diversas ocasiões, e não
em uma única oportunidade.
No evangelho de João. No quarto evangelho a Grande Comissão é bastante
diferente, não se tendo apoiado sobre as mesmas fontes informativas que os
evangelhos sinópticos, Ver João 20:21-23: «...Assim como o Pai me enviou, eu
também vos envio. E, havendo dito isto, soprou sobre eles, e disse: Recebei o
ESPÍRITO SANTO. Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhe perdoados; se lhos
retiverdes, são retidos». Tal como no caso do evangelho de Lucas, encontramos
menção ao ESPÍRITO SANTO, que dá poder e autoridade. Tal como no caso desse
evangelho, temos também a questão do perdão dos pecados, com ênfase sobre o
poder apostólico de perdoar ou de reter os pecados, mediante o ministério
deles.
No livro de Atos. Nesse livro há menção ao intervalo de quarenta dias entre a
ressurreição e a ascensão de JESUS (Atos 1:3). Ali a Grande Comissão é
vinculada de perto com a promessa do ESPÍRITO SANTO (Atos 1:8). A própria
Grande Comissão está contida nestas palavras: «... mas recebereis poder, ao
descer sobre vós o ESPÍRITO SANTO, e sereis minhas testemunhas tanto em
Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra» (Atos
1:8). A menção a Jerusalém, Judéia, Samaria, e, finalmente, os confins da
terra, é peculiar ao livro de Atos. E a ascensão é registrada como se tivesse
ocorrido imediatamente após JESUS haver dado instruções e anunciado a Grande
Comissão.
a. Esse variegado testemunho acerca da Grande Comissão assegura-nos a sua
autenticidade.
b, Mas essa mesma variedade também nos revela que as várias formas em que
aparece a Grande Comissão devem corresponder a porções ou sumários de uma série
de ensinos de JESUS, após a sua ressurreição.
c. A porção final de tais instruções aparentemente foi dada imediatamente antes
da ascensão, e isso deve ter adicionado vigor ao que JESUS dizia, pois, afinal
de contas. a Grande Comissão representa as palavras finais de CRISTO, selando
suas instruções.
d. A Grande Comissão teve por propósito encorajar a continuação de sua missão,
e também ampliá-la, até tomar-se absolutamente universal. O provincialismo
relativo de judaísmo foi assim deixado para trás, e o cristianismo haveria de
ser uma fé realmente universal, no sentido de estar dispersa pelo mundo
inteiro.
e. Não há como cumprir a Grande Comissão sem o concurso do poder, da autoridade
e do batismo com o ESPÍRITO SANTO e dons do ESPÍRITO SANTO em operação.
f. A Grande Comissão convoca os homens de todos os lugares para arrependerem-se
e confiarem no evangelho. Ela tem um intuito evangelizador, e a salvação das
almas encontra-se no foco das atenções.
g. Uma grande responsabilidade é posta sobre os homens, porquanto a eles cumpre
executar a Grande Comissão.
Destarte, o Senhor é sempre o Senhor, é sempre o poder principal no
evangelismo. Ele compartilha dessa tarefa com os crentes, mas nunca se ausenta
dessa atividade.
Portanto, o resultado será absolutamente universal, conforme Efésios 1:10 nos
assegura. Os homens, em sua falsa espiritualidade e em seu orgulho, pensam que
a evangelização depende inteiramente deles. Mas o Salvador sempre, e em toda
parte será o Salvador. Se isso não fosse verdade, então o propósito da Grande
Comissão teria falhado desde há muitos séculos. (ANO FRO GLO)
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1.
Editora Hagnos. pag. 814-815.
Ill - O DOM MINISTERIAL DE EVANGELISTA
1. O conceito de evangelista.
É um dom de DEUS. É um homem dado à igreja. Onde houver igreja, aí há
ministérios dados por CRISTO, mesmo que não tenham títulos eclesiásticos. É
concedido por JESUS através da capacitação espiritual e ministerial para a
propagação do evangelho a todas as pessoas que estiverem ao alcance da mensagem
do obreiro que tem a chamada para cuidar da evangelização, como prioridade em
sua missão. O evangelista recebe de DEUS mensagens inspiradas e cheias de unção
para tocarem os corações dos pecadores, pois o ESPÍRITO SANTO os sonda. O
evangelista é por excelência o pregador das Boas-Novas de salvação. O salmista
viu o trabalho dos evangelistas, em mensagem profética: “O Senhor deu a
palavra; grande era o exército dos que anunciavam as boas-novas” (Sl 68.11).
Nos dias presentes, há muitos evangelistas, espalhados pelo Brasil e pelo mundo
afora, difundindo a pregação do evangelho de salvação em CRISTO JESUS. Seus corações
ardem de amor pelas almas perdidas, e recebem mensagens sobrenaturais de DEUS,
com oração, jejum e estudo da Palavra, para que, na hora do sermão, sejam
instrumentos nas mãos de DEUS para alcançar a mente e o coração dos que
precisam de CRISTO.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 101.
Observação minha - Pr. Henrique - É uma pessoa dada à igreja, chamada e
escolhida por JESUS, sendo capacitada pelo ESPÍRITO SANTO com dons, para
exercer o ministério de evangelista, conforme Efésios 4.11, ou seja, ganhador
de almas. É um apaixonado por almas.
EVANGELISTA - Aquele que é chamado por CRISTO para pregar o Evangelho em toda
parte e a todos os povos. Palavra derivada do verbo evangelizo. Evangelizar
significa trazer boas novas a alguém, especificamente anunciar informações a
respeito da salvação cristã (1 Co 15.1-4).
A palavra é encontrada três vezes no Novo Testamento. Os evangelistas estão
relacionados junto com os apóstolos, profetas, pastores e doutores, como
aqueles que são chamados por CRISTO para compartilhar a construção da igreja
(Ef 4.11ss). Filipe foi chamado de "o evangelista" (At 21.8). Embora
antes fosse um dos sete diáconos escolhidos para aliviar os apóstolos da tarefa
de distribuir alimentos (At 6.5), ele foi especialmente notado por sua
atividade evangelizadora. De Jerusalém, ele foi até Samaria e pregou com grande
sucesso, porque todos viam e ouviam os sinais que fazia (E, descendo Filipe à
cidade de Samaria, lhes pregava a CRISTO. E as multidões unanimemente prestavam
atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia, pois
que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e
muitos paralíticos e coxos eram curados. E havia grande alegria naquela cidade.
Atos 8:5-8). Dali foi enviado para evangelizar um oficial da corte etíope, que
estava viajando para casa depois de visitar Jerusalém (At 8.26ss). Foi
transportado sobrenaturalmente para Azoto. Então pregou o Evangelho desde Azoto
até Cesaréia, onde veio a ter casa e quatro filhas que profetizavam (At 8.40;
21.8).
Timóteo, o jovem ministro, foi exortado a realizar o trabalho de um evangelista
(2 Tm 4.5). Timóteo foi exortado por Paulo a despertar o Dom que recebeu (1 Tm
4.14; 2 Tm 1.6). Está claro que, embora os apóstolos e outros compartilhassem o
trabalho de evangelização, havia homens que DEUS chamava especialmente para
essa tarefa.
N. B. B. - PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag.
725-726.
EVANGELISTAS
Além de apóstolos os discípulos eram evangelistas, também profetas e ainda eram
usados em outros dons ministeriais, assim como Dons do ESPÌRITO SANTO. Mas,
além desses, havia outros, especialmente talentosos, dotados do dom da fé, da
exortação e de outras manifestações espirituais apropriadas para seu ofício, os
quais eram presenteados à igreja para multiplicá-la em número. O grupo dos
evangelistas, era aquele que efetuava a missão evangelizadora da igreja entre
os judeus ou os gentios. Geralmente os evangelistas não estavam limitados a
qualquer comunidade cristã local, mas foram de lugar em lugar conduzindo os
homens à fé e à conversão a CRISTO.
Apenas a epístola aos Efésios menciona especificamente os ministérios todos
como iguais em autoridade e importância na obra de DEUS. Os evangelistas são os
pioneiros no trabalho propagandístico da Igreja cristã. Os evangelistas lançam
uma trilha que, em seguida, transforma-se em auto--estrada. Ministros especiais
do evangelho, eram chamados «evangelistas" no Novo Testamento, como os
casos de Filipe (Atos 21:8) e Timóteo (2 Tim. 4:5).
Os evangelistas são obreiros concedidos por CRISTO à Igreja como um «dom»
divino à mesma, a fim de expandir as suas fronteiras e aumentar o número de
seus membros (Efésios 4:11).
Os Documentos Sagrados e os Evangelistas. Além dos evangelhos, a mensagem do
evangelho cristão é exposta também no livro de Atos, nas epístolas e até mesmo
no livro de Apocalipse.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2.
Editora Hagnos. pag. 606.
2. O papel do evangelista.
HOMENS DADOS À IGREJA, CAPACITADOS SOBRENATURALMNETE PARA PREGAR O EVANGELHO A
TODOS E EM TODA PARTE
Filipe era um dos sete diáconos, escolhidos para cuidarem da assistência social
aos primeiros crentes, na igreja nascente, nos primórdios do cristianismo (At
6.1-3). Tinha qualidades espirituais que o credenciavam a ser mais que um
diácono, encarregado de ações sociais em favor dos pobres. A igreja viu nele um
diácono. DEUS o viu como evangelista. Era homem que tinha intimidade com DEUS.
Depois do sucesso evangelístico em Samaria, o ESPÍRITO SANTO lhe mandou para
uma estrada deserta, entre Jerusalém e Gaza. Obedecendo à voz de DEUS, Filipe
descobriu que um alto funcionário do reino da Etiópia viajava em seu carro
(carruagem), e foi compelido a aproximar-se do viajante. Ao ouvir o texto que o
homem lia, Filipe percebeu que DEUS lhe dera grande mensagem para transmitir ao
sedento viajante. (At 8.27-29).
O papel do evangelista é entendido de maneira bastante restrita nas igrejas. No
entanto, quando Paulo escreve sua segunda carta ao jovem obreiro Timóteo,
mostra que além de ser um arauto da pregação do evangelho, tem o dever, também,
de ampliar sua visão e ministério, despertando o Dom do ESPÍRITO SANTO que
estava sobre ele.
Há exemplos de pregadores, que, no meio de uma pregação, são usados por DEUS
para entregar uma mensagem de exortação ou revelação, às vezes severa. Quando
isso acontece, os efeitos sobre o auditório e sobre a liderança são de
aprovação e quebrantamento e para os que precisam de Repreenção, uma atitude,
muitas vezes, de repulsa e enfrentamento. Muitos evangelistas pensam nesta
hora: "Ainda que seja a última vez que venha aqui, que nunca mais seja
convidado, vou dar a mensagem...”. O papel do evangelista envolve a
demonstração do poder de DEUS na mensagem. O evangelista Filipe foi a Samaria e
fez um trabalho digno de ter seu registro no Novo Testamento (At 8.5-8).
E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a CRISTO. E as multidões
unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os
sinais que ele fazia, pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os
tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. E
havia grande alegria naquela cidade. Atos 8:5-8
O RESULTADO DO TRABALHO DO EVANGELISTA
A mensagem do evangelista foi tão impactante, que o homem se converteu e
desejou ser um seguidor de CRISTO. Após a bem-sucedida evangelização, ao lado
do alto dignitário etíope, Filipe deve ter-lhe falado sobre a necessidade do
batismo em águas. Sem perda de tempo, o novo convertido a JESUS quis logo ser
batizado em águas. Diz o texto (At 8.36, 37). Ali, na estrada deserta, entre
Jerusalém e Gaza, três coisas importantes ocorreram, na vida do evangelista
Filipe.
Ele pregou o evangelho, na unção do ESPÍRITO SANTO; o atento ouvinte aceitou a
CRISTO como Salvador; o discipulado foi tão eficaz, que o novo decidido quis
logo batizar-se em águas; e Filipe mostrou qual é a condição para um novo
crente ser batizado: “E lícito, se crês de todo o coração ’. “E mandou parar o
carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou” (At
8.38). O novo convertido foi batizado no mesmo dia em que ouviu a mensagem
evangelística.
"E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda
do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto. E
levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace,
rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e
tinha ido a Jerusalém para adoração, regressava e, assentado no seu carro, lia
o profeta Isaías. E disse o ESPÍRITO a Filipe: Chega-te e ajunta-te a
esse carro. E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse:
Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não
ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse. E o lugar da
Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como
está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua boca. Na
sua humilhação, foi tirado o seu julgamento; e quem contará a sua geração?
Porque a sua vida é tirada da terra. E, respondendo o eunuco a Filipe, disse:
Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo ou de algum outro? Então,
Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a JESUS. E,
indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui
água; que impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de
todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que JESUS CRISTO é o Filho de DEUS.
E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e
o batizou. E, quando saíram da água, o ESPÍRITO do Senhor arrebatou a
Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho. E
Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as
cidades, até que chegou a Cesaréia". Atos 8:26-40
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 102-103.
O Ofício de Evangelista - Brian Schwertley
Muitas denominações ainda têm um oficial chamado evangelista. O evangelista
moderno gasta a maior parte do tempo fazendo a obra de evangelismo. Contudo,
mesmo o título de “evangelista” estando ainda em uso hoje, se deve fazer
distinção entre o ofício de evangelista do Novo Testamento (Ef 4.11 - Pessoa
escolhida por CRISTO) e seu conceito moderno (apenas eclesiástico, muitos nem
evangelizam).
Os evangelistas do Novo Testamento receberam poderes sobrenaturais do ESPÍRITO
para operar sinais e milagres (e.g., Estevão – At. 6:8; Filipe – At. 8:13;
Barnabé – At. 14:3). Os dons miraculosos foram e são necessários para
autenticar a mensagem do evangelho (cf. Ex. 4:5; 1 Re. 17:4; Mc 16.20; Jo 17:4;
At 2.22; 2 Co 12:12; etc.).
Os evangelistas do Novo Testamento frequentemente se envolviam em obras
especiais. Quando os apóstolos tinham um trabalho de evangelismo especial para
fazer eles escolhiam um evangelista para a tarefa. Eles eram em certo sentido
enviados especiais apostólicos; isto é, eram homens investidos com poderes
especiais para um propósito específico. Eles desempenharam tarefas
ministeriais.
“Espero, porém, no Senhor JESUS, mandar-vos Timóteo, o mais breve possível, a
fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa situação.”
(Fp. 2:19). Paulo ordenou Tito para “constituir presbíteros em cada cidade”
(Tt. 1:5; cf. At. 15:22; 2 Tm. 4:9; Tt. 3:12).
Sempre que Paulo lista os oficiais da igreja ele sempre coloca o evangelista
antes do pastor. Esta posição é logicamente determinada pelas habilidades do
evangelista para operar sinais e milagres e suas funções como representantes
apostólicos para inspecionar as igrejas, designar presbíteros e assim por
diante.
A ordem de importância ministerial está aqui: "a uns pôs DEUSna igreja,
primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores,
depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de
línguas". 1 Coríntios 12:28 - veja que em primeiro está o apóstolo, depois
o profeta, depois o mestre, etc...
Extraído de Spiritual Gifts, Part 3 –
Evangelist. Copyright © 2004 Brian Schwertley, Haslett, MI. Tradução:
Márcio Santana Sobrinho.
3. A finalidade do ministério do evangelista.
Todos os crentes, que formam a igreja, estando unidos em CRISTO pela fé,
e entre si pela caridade cristã, “...crescem para templo santo...”, tornando-se
uma sociedade sagrada, na qual há muita comunhão entre DEUS e seu povo, como no
templo. Na igreja eles o adoram e servem, e Ele se manifesta no meio deles.
Eles oferecem sacrifícios espirituais a DEUS, e Ele reparte suas bênçãos e
favores a eles. Assim, o edifício espiritual, pela sua natureza, é um templo,
um templo santo; porque a igreja é o lugar que DEUS escolheu para colocar o seu
nome, e ela se tornou um templo, pois todos têm em si o ESPÍRITO SANTO morando
individualmente pela graça e força obtida dele - no Senhor. A igreja universal
sendo edificada sobre CRISTO como a pedra fundamental, e unida em CRISTO como a
principal pedra da esquina, vem finalmente a ser glorificada nele como a pedra
mais elevada: A Igreja é formada por muitos membros e cada um tem a sua função.
Sem os ministérios a igreja não saberia como desenvolver a evangelização,
discipulado, ensino, organização social, etc...
“...no qual também vós juntamente sois edificados...” (v. 22). Observe: Não
somente a igreja universal é chamada de templo de DEUS, mas as igrejas locais
também o são. Cada crente verdadeiro é um templo vivo, um edifício “...para
morada de DEUS no ESPÍRITO”. DEUS habita em todos os crentes que se tornaram o
templo de DEUS por meio da operação do ESPÍRITO SANTO, e essa moradia agora é
uma garantia da moradia deles junto com Ele na eternidade.
O edifício material, físico, instituição, onde a Igreja se congrega para adorar
a DEUS é chamado de Igreja, embora a Igreja mesmo sejam os crentes salvos que
ali congregam.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE
Edição completa. Editora CPAD. pag. 585.
“Templo SANTO no Senhor” (20-22)
O uso da palavra “família” (oikeioi), no versículo 19, conduziu a esta
caracterização da igreja. Oikeioi é derivado da palavra que significa “casa” no
sentido de residência, moradia, habitação. Robinson comenta: “Eles não são
meros membros da casa, mas fazem parte da casa de DEUS”. A igreja é um santo
templo em construção, e é uma habitação de DEUS no ESPÍRITO (22).
Os apóstolos e profetas são as pedras da fundação do templo (20a). Recebem esta
designação, porque sua função é abrir novas igrejas e proclamar a Palavra do
Senhor a estes que ali congregam. Wesley observa que “a palavra do Senhor,
declarada pelos apóstolos e profetas, sustenta a fé de todos os crentes”. Nesta
relação, CRISTO é a pedra da esquina. Todos os outros são pedras de menor
significação. Mas, mesmo sendo de menor importância, os apóstolos e outros
ministros na igreja são pedras de fundação no edifício de DEUS.
Era a pedra colocada na fundação em um canto, não só para firmar tudo, mas para
estabelecer o alinhamento para os muros. Esta opinião está de acordo com 1
Pedro 2.7 e apoia a ideia de que CRISTO é aquele de quem a construção depende.
Os crentes em CRISTO são as pedras vivas, que bem ajustadas, crescem para templo
santo. Paulo está interessado em mostrar que a igreja ainda está no processo de
construção. Por isso, emprega a metáfora do crescimento. Mackay comenta: “E
permanente o acréscimo de outras pedras vivas ao edifício inacabado. As pedras
que já estão e as que ainda serão postas na estrutura sagrada devem ‘crescer
para templo santo no Senhor’”. Este crescimento ocorre e fica bonito somente
quando seus novos membros, “pela qualidade do seu discipulado em manter-se
estritamente fiel ao Senhor, contribuem para a unidade, força e perfeição da
igreja”.
O templo no qual os gentios são edificados é a habitação de DEUS. Paulo
escreveu aos crentes coríntios: “Não sabeis vós que sois o templo de DEUS e que
o ESPÍRITO de DEUS habita em vós?” (1 Co 3.16). No novo concerto, DEUS não só
chama um povo, mas mora neles e com eles. Como afirma Mackay: “A Igreja Cristã,
quando é verdadeiramente a Igreja, é a Casa da Presença”.
Willard H. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag.
143-144.
“No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor” (Ef
2.19-23). O que quer que possa nos dividir, CRISTO nos une. Quaisquer que sejam
os medos ou as desconfianças que gerem hostilidade, CRISTO traz a paz. E
devemos permitir que Ele faça isso. Pois o “templo santo no Senhor” que JESUS
está edificando hoje só surge quando o seu povo está “bem ajustado”.
Não permita que algum partidário lhe dívida. Não deixe que um pregador
estridente de divergências doutrinárias lhe isole de irmãos e irmãs cuja fé é
uma com a sua, só porque as crenças deles são diferentes das suas. E não deixe
que a raça, ou a idade, ou a posição social, ou a educação, ou a riqueza ou a
pobreza, lhe dividam. Tente alcançar os outros, e de mãos dadas sejam
edificados “para morada de DEUS no ESPÍRITO”.
Lawrence O. Richards. Comentário Devocional da Bíblia. Editora CPAD. pag. 856.
Filipe em Samaria (8.4-8)
Aqueles que tinham sido dispersos pela perseguição (cf. 1) iam por toda parte
(4). Uma tradução mais precisa é “passavam de um lugar para outro” (ASV). No
livro de Atos, é usado para descrever uma atividade missionária da igreja.
Aonde quer que fossem, estavam anunciando a palavra. O verbo euangelizo é um
outro termo favorito de Lucas. Com o significado de “anunciando novidades
jubilosas”, é uma palavra que se encaixa perfeitamente para descrever a
pregação do Evangelho, por estes missionários do século I.
Dos sete homens escolhidos para cuidar dos assuntos materiais da igreja
(6.1-6), dois representaram papéis importantes. Estêvão tornou-se o primeiro
mártir (E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais
entre o povo. Atos 6:8). Filipe foi o primeiro a ser chamado de “evangelista”
(21.8). Este capítulo conta o início dos seus esforços para evangelizar.
Ele desceu a Samaria. Embora Samaria esteja ao norte da Judéia, na mente dos
judeus, as pessoas sempre “subiam” a Jerusalém e “desciam” dali para qualquer
outro lugar.
Descendo Filipe à cidade de Samaria. No Antigo Testamento, Samaria é o nome da
capital do Reino no Norte de Israel, embora às vezes a palavra se refira à
nação. Mas, no Novo Testamento, o termo normalmente se refere ao distrito
localizado entre a Judéia, ao sul, e a Galileia, ao norte.
Filipe pregava. Esta palavra é kerysso, “anunciar” ou “proclamar como um
arauto”. Os samaritanos, juntamente com os judeus, estavam procurando o Messias
que viria (Jo 4.25).
Os ouvintes de Filipe prestavam atenção ao que ele anunciava. Eles ouviam as
palavras que ele dizia porque viam e ouviam os sinais (trad. literal) que ele
realizava. A realização de milagres representou um papel importante no
ministério de JESUS e no início da evangelização dos judeus e samaritanos.
Expulsavam espíritos imundos (demônios) e curavam os enfermos e aflitos.
Paralíticos e coxos eram sarados.
O resultado desta manifestação de poder divino foi grande alegria e salvação
naquela cidade. Quando DEUS nos abençoa, segue-se sempre um período de regozijo
e conversão.
Filipe Testemunhando ao Eunuco Etíope, 8.26-40
Filipe era um evangelista versátil, cheio do ESPÍRITO e guiado pelo ESPÍRITO.
Ele podia pregar para grandes multidões em um “avivamento que alcançasse uma
cidade inteira”. Mas ele também podia realizar um evangelismo pessoal com um
único indivíduo em uma estrada deserta. A lição essencial a ser aprendida é
que, quando o ESPÍRITO SANTO nos impele a levar a salvação a alguém, Ele nos dá
o poder necessário para cumprirmos a missão. Onde DEUS guia, DEUS provê. Outra
lição é que, aos olhos do Senhor, nenhuma tarefa orientada pelo ESPÍRITO é pequena.
Somente a onisciência divina pode antever os resultados dos poucos momentos de
um testemunho dado a uma pessoa cujo coração o ESPÍRITO SANTO preparou para
acolher este testemunho.
A Etiópia foi grandemente abençoada por DEUS com evangelização através deste
Eunuco, segundo alguns acreditam (sem confirmação histórica).
Alguns estudiosos afirmam que novas evidências sugerem que a Etiópia foi o
primeiro país a adotar o Cristianismo como religião de estado.[61][62] De
acordo com registros escritos na língua Ge'ez, A região hoje conhecida como
Etiópia convertida ao judaísmo durante o tempo da rainha bíblica de Sabá e
Salomão. De acordo com o historiador ocidental do século IV, Rufino de
Aquileia, alguns acreditam que foi Frumêncio quem levou o Cristianismo à
Etiópia (cidade de Axum) e serviu como seu primeiro bispo, provavelmente logo
após em 325 -
https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiros_centros_do_Cristianismo#Eti%C3%B3pia
(acesso em 20-05-21 - 10:16).
O Westminster Dictionary ofthe Bible afirma que a profecia de Salmos 68.31 — “A
Etiópia cedo estenderá para DEUS as suas mãos” — “foi cumprida com a conversão
do eunuco etíope (At 8.26-40) e a introdução do Evangelho na Abissínia”.
1. Um Peregrino Buscando a DEUS (8.26-31)
No meio das atividades de Filipe na cidade samaritana, com muitos convertidos
para cuidar, o anjo — lit., “um anjo” — do Senhor chamou-o para uma nova
tarefa. (cf. 29, 39). A ordem era: Levanta-te — tempo aoristo de ação imediata
— e vai — tempo imperfeito de ação contínua, “ir” — para a banda do sul (26).
Filipe devia ir ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que estava
deserto. Gaza estava a cerca de 96 quilômetros a sudoeste de Jerusalém. Era a
cidade mais ao sul da Palestina, quase na fronteira do Egito. Nos tempos do
Antigo Testamento, era uma das cinco cidades dos filisteus. Talvez fossem 56
quilômetros de Samaria a Jerusalém e cerca de 96 quilômetros a mais para Gaza.
Filipe levantou-se e foi (27). Os dois verbos estão no tempo aoristo e sugerem
obediência imediata, Como ele foi imediatamente, encontrou um homem. Se tivesse
demorado por qualquer razão, Filipe teria perdido seu encontro divino com o
eunuco.
Seguindo orientações divinas, Filipe viu um etíope, que tinha ido a Jerusalém
para adoração, ou “em peregrinação”, e estava agora voltando. Etiópia era o
nome de um reino no Nilo, entre a atual Assuã e Khartoum. A maioria dos
estudiosos atuais reconhece que a referência aqui não é à Abissínia, hoje
conhecida comumente como Etiópia. Entretanto, o Westminster Dictionary ofthe Bible
afirma que a profecia de Salmos 68.31 — “A Etiópia cedo estenderá para DEUS as
suas mãos” — “foi cumprida com a conversão do eunuco etíope (At 8.26-40) e a
introdução do Evangelho na Abissínia”.
O viajante que Filipe encontrou era um eunuco, mordomo-mor (ou alto official)
de Candace, rainha dos etíopes. Mordomo-mor é dynastes, que significa
“príncipe”. Candace era um título, como Faraó. Lake e Cadbury observam: “O
título era dado à rainha-mãe, chefe real do governo”. O eunuco era
superintendente de todos os seus tesouros, portanto, um homem de alto cargo e
grande responsabilidade.
Como um homem digno de sua posição, o eunuco tinha um dos melhores meios de
transporte da época. Assentado no seu carro [uma carruagem], lia o profeta
Isaías (28). Pergaminhos escritos à mão eram raros e dispendiosos, mas ele era
um homem rico e podia tê-los. De acordo com os costumes da época, ele lia em
voz alta, pois Filipe o ouviu (30). Os rabinos determinavam que a Lei devia ser
lida em voz alta por quem estivesse viajando.
Em obediência à voz interior do ESPÍRITO (29), Filipe correu (30) para
emparelhar- se ao carro. Ouvindo o eunuco ler o pergaminho de Isaías, ele
perguntou: Entendes tu o que lês? — uma questão pertinente em qualquer época.
Entendes significa literalmente: “Você conhece?”
A resposta do eunuco etíope foi quase patética: Como poderei entender, se
alguém me não ensinar? (31) Ensinar é o mesmo verbo usado por JESUS em João
16.13 como “guiar” — “Quando vier aquele ESPÍRITO da verdade, ele vos guiará em
toda a verdade”. Filipe, cheio do ESPÍRITO, era capaz de dar orientações sobre
as Escrituras.
Ávido por aprender o verdadeiro significado da passagem profética, o eunuco
rogou que Filipe subisse à carruagem. O verbo rogou (parakaleo) é muito forte,
significando “exigiu” ou “suplicou”.
2. Uma Profecia Incomum (8.32-33)
A expressão O lugar da Escritura (32) pode ser traduzida como “a passagem da
Escritura”. Literalmente significa “uma porção circunscrita, uma seção”.
A citação em 32-33 foi copiada quase literalmente da Septuaginta de Isaías
53.7-8, e é uma parte de uma das “Canções do Servo” de Isaías, encontrada em um
importante capítulo messiânico do Antigo Testamento. A profecia, Assim não
abriu a sua boca, foi cumprida quando JESUS “nada respondeu”, quando foi
falsamente acusado perante Pilatos (Mt 27.12). A frase difícil, foi tirado o
seu julgamento, provavelmente significa: “lhe negaram justiça” (RSV). Gloag
assim a interpreta: “O seu julgamento — o julgamento que lhe era devido — os
seus direitos de justiça — lhe foram negados por seus inimigos”.
Porque a sua vida é tirada da terra.
3. Um Pregador Cheio do ESPÍRITO (8.34-40)
A questão que preocupava o eunuco etíope era: de quem diz isto o profeta? De si
mesmo ou de algum outro? (34). O eunuco pareceu sentir que ela deveria ser
aplicada a um indivíduo. Mas a quem?
Filipe estava à altura das exigências da situação. Abrindo a boca e começando
nesta Escritura, lhe anunciou a JESUS (35). Esta era a resposta. O Servo
sofredor do Senhor, de quem Isaías falara, não era nenhum outro senão JESUS, o
Messias escolhido por DEUS.
Sem dúvida, a carruagem já havia percorrido uma grande distância enquanto
Filipe comentava a passagem de Isaías e revelava JESUS. Finalmente, chegaram ao
pé de alguma água (36), e o eunuco solicitou o batismo. Talvez Filipe tivesse
repetido as palavras de Pedro no dia de Pentecostes: “Arrependei-vos, e cada um
de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para perdão dos pecados...”
(2.38).
O eunuco mandou parar o carro (38), enquanto ele e Filipe desceram para um lago
ou riacho. A água corrente era considerada preferível para o batismo cristão na
Igreja Primitiva (Didache 7.1).
Quando os dois homens saíram da água, o ESPÍRITO do Senhor arrebatou a Filipe
(39). Ele desapareceu. O eunuco... jubiloso, continuou o seu caminho, como
todos fazem quando encontram CRISTO como Salvador. Filipe se achou — i.e.,
apareceu — em Azoto (40). Esta é a Asdode do Antigo Testamento, uma das cinco
cidades dos filisteus. Estava situada cerca de 32 quilômetros ao norte de Gaza,
a mais ou menos metade do caminho entre aquela cidade e Jope
1). Em seu caminho para o norte, pela costa, Filipe anunciava o evangelho em
todas as cidades — lit„ “ia evangelizando todas as cidades”. Estas incluiriam
Lida e Jope, onde os crentes são mencionados logo depois disso (9.32-42).
Filipe evangelizou as cidades litorâneas no extremo norte, como Cesaréia, onde
o encontramos na próxima vez em que aparece no livro de Atos (21.8). Esta
cidade foi construída por Herodes o Grande, e passou a chamar-se Cesaréia
Sebaste em honra ao Imperador Augusto de Roma. Concluída em aproximadamente 13
a.C., foi a sede do governo romano na Judéia nos dias de JESUS.
Este capítulo pode ser usado para enfatizar a importância dos “Dois Tipos de
Evangelização”: evangelização em massa (4-25) e evangelização pessoal (26-40).
Sob a primeira, se destacam:
1. O método é pregar (5);
2. A mensagem é CRISTO (5);
3. O motivo é que as pessoas sejam salvas e santificadas (12-17).
Sob a evangelização pessoal, chamamos a atenção para:
1. A importância da obediência imediata (27);
2. A oportunidade oferecida (27-29);
3. O lugar da Escritura profética (30-32);
4. A interpretação da passagem, (34-35);
5. A aplicação à necessidade pessoal (36-39).
Ralph Earle. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag. 265-266;
270-273.
Ajuda de Pb Alessandro Silva. Comentários extras e acréscimos de Pr.
Henrique
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 9 - O Ministério de Pastor
LIÇÕES BÍBLICAS - 2º Trimestre de 2014/2021 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário - Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Henrique - 99-99152-0454. -
henriquelhas@hotmail.com - Cajamar - SP
http://www.youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX1-sQE2rdEXmX2BT_HLsdoHt
Vídeo deste assunto em 2014
Resumo da Lição 9 - O Ministério de Pastor
I - JESUS, O SUMO PASTOR
1. JESUS é o pastor supremo.
2. O pastor conhece as suas ovelhas.
3. O pastor dá a vida pelas ovelhas.
II - AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO PASTOR
1. Um caráter íntegro.
2. Exemplo para os fiéis e os infiéis.
3. Exemplo para a família.
III - O MINISTÉRIO PASTORAL
1. A missão do pastor.
2. Uma missão polivalente.
3. O cuidado contra os falsos pastores.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 10.11,14; Tito 1.7-11; 1 Pedro 5.2-4
João 10. 11 - Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
14 - Eu sou o bom Pastor; e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou
conhecido.
Tito 1. 7 - Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da
casa de DEUS, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem
cobiçoso de torpe ganância; 8 - mas dado à hospitalidade, amigo do bem,
moderado, justo, santo, temperante, 9 - retendo firme a fiei palavra, que é
conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã
doutrina como para convencer os contradizentes. 10 - Porque há muitos
desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão,
11 - aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras,
ensinando o que não convém, por torpe ganância.
1 Pedro 5.2 - apascentai o rebanho de DEUS que está entre vós, tendo cuidado
dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo
pronto; 3 - nem como tendo domínio sobre a herança de DEUS, mas servindo de
exemplo ao rebanho. 4 - E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a
incorruptível coroa de glória.
INTERAÇÃO
Atualmente, muitos são os modelos de liderança pastoral sugeridos sob os
aspectos empresarial e meramente psicológico. Entretanto, o modelo de liderança
para um pastor cristão deve estar centralizado sob o de JESUS de Nazaré. A vida
do nosso Mestre é o melhor exemplo para um ministério integral: acolhedor,
admoestador e servidor. Um modelo pastoral centrado na concepção empresarial
pode até trazer resultados visíveis, mas para DEUS será um verdadeiro fracasso.
Seguir a liderança de JESUS de Nazaré pode parecer um grande fracasso, mas em
relação a DEUS é grande vitória. Qual você escolhe?
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Meus Comentários e de outros, com acréscimos e correções do Pr. Henrique
INTRODUÇÃO 1
Antes de tudo se deve esclarecer que:
- Um pastor que trabalha secularmente para sobreviver não é um pastor.
- Pastor, ministério, pessoa dada por JESUS CRISTO à Igreja. Aquele que não tem
pelo menos um dom do ESPÍRITO SANTO em prática, não é pastor da lição que
estamos estudando, é apenas um pastor eclesiástico, chamado por homens, sem
comprovação de DEUS de seu ministério.
Pastor que não visita as ovelhas, não ora pelos doentes e enfermos, não
discipula, não aconselha, não reconhece os outros 4 ministérios, além do seu,
não é pastor do ministério dado por JESUS CRISTO.
Vamos estudar hoje do ministério mais difícil de ser exercido, mas muito
desejado pela maioria dos obreiros, pelo seu lado mais compensativo - o
financeiro. Sendo assim, aqueles que miram o lado material até são capazes de
lutar por esse ministério. O exercício ministerial do pastor se torna difícil
devido à falta de sabedoria por parte de muitos pastores que não delegam
funções aos ministros e auxiliares que DEUS coloca à sua disposição. Como o
pastor coloca sobre seus próprios ombros muitas das funções que não deveria
colocar e acaba sobrecarregado e muitas vezes não consegue exercer seu
ministério a contento.
Existe ministério Pastor como em Efésios 4.11 e existe serviço Pastoral como
acontece na maioria das igrejas (ministério apenas eclesiástico, dado por
homens). Um administrador de igreja não é um legítimo pastor. Existe pastor
dado por CRISTO a igreja e existe pastor escolhido por homens e não por DEUS
que governa a igreja. Existe ministério pastor com sinais prodígios e
maravilhas e existe pastor que apenas é batizado no ESPÍRITO SANTO (quando é).
João 10 - JESUS, o pastor que dá a vida pelas ovelhas.
Jo 10.1- Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no
curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador.
JESUS aqui cita a porta de entrada para o homem na terra, ou seja, o nascimento
físico (nascer de mulher), o curral é o mundo (a terra), subiu por outra parte
é quem foi lançado do céu, caiu aqui na terra, no inferno e subiu para a
superfície (Pv 15.24, inferno é em baixo) para tentar o homem para conseguir
lhe a condição de imagem e semelhança de DEUS (Is 14.14), que sempre foi o seu
maior desejo.
JESUS diz-nos aqui que quem entra pela porta correta (nascimento virginal de
CRISTO) é o pastor das ovelhas, a esse o porteiro (ESPÍRITO SANTO), abre a
porta de entrada (concebido do ESPÍRITO SANTO, Mt 1.20) e JESUS (o pastor das
ovelhas) nos chama através da pregação do evangelho, para fora desse mundo de
condenação e nos dá o pão da vida levando-nos depois para ele (Jo 14.3; 17.16).
Estamos No mundo, mas não somos do mundo – Jo 17.14.
No restante do capítulo, JESUS faz como de outras vezes, já que não entendiam
quando lhes falava de coisas terrenas, passou a falar-lhes de coisas
espirituais, celestes, que entendiam menos ainda e nem se interessavam em
entender. Daí para frente JESUS declara-se a própria porta de entrada para a
salvação e o próprio pastor das ovelhas. Após entrar no mundo Ele próprio
torna-se a porta de entrada para o reino de DEUS. Após entrar no reino de DEUS
temos um só pastor - JESUS.
Um problema bem atual com os pastores pentecostais, que dirigem igrejas, é a
administração financeira da mesma e seu envolvimento em questões físicas ao
invés de espirituais. Se envolvem tanto com isso que não lhes sobra tempo para
se dedicarem ao mais importante, a visita, o estudo da bíblia e a oração (At
2.42; 6.4; Rm 12.2; Ef 6.18; Cl 4.2). Mas nós perseveraremos na oração e no
ministério da palavra. Atos 6:4.
Os pastores pentecostais da atualidade têm-se ocupado tanto com tarefas que não
lhe cabem que seu desempenho ministerial tem se tornado um caos. A maioria, e
isso deve atingir 90%, não ora duas horas por dia. A maioria (por volta de 60%)
não dedica mais de 2 horas de leitura e estudo da bíblia por dia. A maioria
esmagadora (talvez 95%) não dirigem mais do que 4 cultos por semana, enquanto
criticam os neopentecostais que dirigem normalmente 3 cultos por dia, ou seja,
21 cultos por semana e oram pelo menos 2 horas por dia e estudam a bíblia
diariamente, não são gritadores, mas ensinadores.
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 58, p.40.
Qual o modelo ministerial de pastorado que o Senhor JESUS espera encontrar nos
seus discípulos? Que molde de liderança se acha no agir de JESUS de Nazaré? É
possível implantar esse ideal hoje? Qual seria o impacto para a igreja e a
sociedade? Boa aula!
INTRODUÇÃO 2
De todos os dons ministeriais, certamente o dom de pastor é o mais difícil de
ser exercitado. Ao mesmo tempo, é o mais desejado por aqueles que almejam
exercer o ministério, na Igreja do Senhor JESUS. Em todos os tempos, a função
pastoral foi complexa e alvo das forças contrárias ao rebanho espiritual,
constituído dos salvos por CRISTO. Sem dúvida alguma, nos dias presentes, em
pleno século XXI, ser pastor não é missão fácil, não obstante os recursos
existentes, em termos humanos, técnicos e financeiros.
Os primeiros pastores, no Novo Testamento, em geral, pagaram com a vida pelo
fato de representarem a Igreja de JESUS. As forças infernais, usando os
sistemas religiosos, políticos, econômicos e sociais, investiram pesadamente
contra os que foram levantados como líderes, nos primórdios da Igreja.
Tiago, Pedro foi preso com o mesmo destino, para ser morto, num
espetáculo macabro, que agradaria aos inimigos do evangelho de CRISTO. Mas foi
poderosamente liberto do cárcere, por intervenção direta de DEUS, que enviou
seu anjo para salvá-lo da morte programada e continuar sua missão (At 12.11),
esses eram apóstolos.
Eles eram apóstolos, profetas, evangelistas pastores, e mestres da Igreja, em
seus primeiros dias, após a Ascensão de JESUS. Pedro e João, que eram
apóstolos, foram presos por terem sido instrumentos de DEUS para a cura de um
coxo de nascença, posto à porta do templo. E foram libertos para proclamarem o
evangelho de JESUS (At 3.1-6; 4.1-21). De modo geral, segundo a tradição e a
história da Igreja, somente João Evangelista teve morte natural, alcançando
extrema velhice, após passar por sofrimentos atrozes. Os demais apóstolos de JESUS
tiveram morte trágica, nas mãos dos sanguinários inimigos da fé. Nos primeiros
séculos, a perseguição aos servos de DEUS foi cruel. “As perseguições só
cessaram, quando Constantino (272-337 d.C.), imperador de Roma, tornou-se
cristão. Seguiu-se uma era de crescimento numérico do Cristianismo, embora, nem
sempre, acompanhado de autenticidade e genuíno testemunho cristão. A mistura
entre a Igreja e o Estado trouxe enormes prejuízos à ortodoxia
neotestamentária”.
Os regimes ditatoriais do nazismo, do fascismo e do comunismo, sempre
procuraram destruir o cristianismo nas igrejas cristãs, cientes de que, mortos
os líderes, os fiéis sempre se dispersariam e abandonariam sua fé. Mas
cometeram grave engano. Quanto mais os cristãos foram mortos, mais seu sangue
serviu para regar a sementeira do evangelho. JESUS disse que “as portas do
inferno” não prevaleceriam contra a sua Igreja (Mt 16.18). Líderes cristãos
foram presos, torturados e mortos. Mas a Igreja de JESUS segue sua marcha
triunfal, em direção ao seu destino, que é chegar aos céus, na vinda de JESUS,
e reinar com Ele sobre as tribos de Israel (Mt 19.28) e sobre as nações (Ap
20.6).
Nos dias atuais, ser pastor, com ministério legítimo dado por JESUS CRISTO, não
é absolutamente tarefa fácil, para quem deseja exercer o ministério com
fidelidade e sacrifício. As oposições externas e internas, muitas vezes,
perturbam as atividades do pastor. Dessa forma, o dom ministerial de pastor
precisa muito da graça e da unção de DEUS para que seus detentores não
fracassem espiritual, emocional ou fisicamente. Necessitam muito das orações,
da compreensão, do apoio e do amor dos crentes em JESUS.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 105-106.
At 20.28 “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO
vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de DEUS, que ele resgatou
com seu próprio sangue.”
Nenhuma igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme
14.23, a congregação local, cheia do ESPÍRITO, buscando a direção de DEUS em
oração e jejum, elegiam certos irmãos para o cargo de presbítero ou bispo de
acordo com as qualificações espirituais estabelecidas pelo ESPÍRITO SANTO em
1Tm 3.1-7; Tt 1.5-9. Na realidade é o ESPÍRITO que constitui o dirigente de
igreja. O discurso de Paulo diante dos presbíteros de Éfeso (20.17-35) é um
trecho básico quanto a princípios bíblicos sobre o exercício do ministério de
pastor de uma igreja local. É JESUS quem escolhe e coloca seus ministérios na
Igreja. A liderança só confirma a escolha de JESUS. Basta à liderança formada
por apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres observarem e
perceberão claramente quem JESUS escolheu para exercer o pastorado, por
exemplo.
Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO vos
constituiu bispos, para apascentardes a igreja de DEUS, que ele resgatou com
seu próprio sangue. Atos 20:28 - Escolha de pastores.
E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a
Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Atos 13:2 - Escolha de
apóstolos Paulo e Barnabé (At 14.14).
I - JESUS, O SUMO PASTOR
1. JESUS é o pastor supremo.
JESUS É O PASTOR SUPREMO
O Pastor dos pastores. O escritor aos Hebreus denomina JESUS CRISTO de “o
grande Pastor das ovelhas” (Hb 13.20). Só ele merece a qualificação de
“grande”. No seu nascimento, marcado pela humildade e despojamento de sua
glória, JESUS foi chamado de “grande”, na mensagem do anjo a Maria (Lc 1.32).
Nenhum pastor, nas igrejas locais, deve aceitar o título de “grande”, pois só
JESUS o merece. Ele é grande em todos os aspectos que se possam considerar em
relação à sua pessoa. Podemos refletir sobre o porque Ele é chamado “grande”.
Primeiramente, porque Ele é DEUS! Todos os fundadores de religiões pereceram e
seus restos mortais jazem sob a tumba fria. Em seus túmulos consta a inscrição
“aqui jaz” fulano ou sicrano. No túmulo de JESUS, há uma inscrição diferente e
gloriosa: “Ele não está aqui porque ressuscitou” (Mt 28.6; Mc 16.6). Se JESUS
houvesse sido um homem comum, mortal, jazeria no túmulo como Buda, Maomé, Alan
Kardec e outros fundadores de religiões ou de seitas. Mas JESUS é DEUS. Como
tal, venceu todos os poderes cósmicos, espirituais, humanos e físicos. E, por
fim, vitorioso, venceu a morte!
ELE É A PORTA DAS OVELHAS
Em segundo lugar, JESUS é o grande pastor das ovelhas, porque ele é “a porta
das ovelhas” (Jo 10.7). Em termos espirituais, as ovelhas ou os salvos em
CRISTO só podem chegar ao céu, na presença de DEUS, através de CRISTO, de seus
ensinos, de seu exemplo marcante, que deixou para todos os pastores e crentes
de todas as idades. Ele disse que era “o Bom Pastor”, que dá a vida por suas
ovelhas e as conhece pelo nome (Jo 10.11,14).
Para entrar no seu redil, o pecador tem que arrepender-se, crer em sua Palavra,
e segui-lo (Jo 10.9), aceitando-o como único salvador e senhor. Não pode
entrar, saltando os muros. O Adversário, Satanás que entrou no mundo porque foi
expulso do céu e não porque foi enviado, como JESUS. Satanás é “ladrão e
salteador”, porque não entra pela porta das ovelhas (não nasceu na Terra como
homem). JESUS e somente Ele, dá acesso ao homem à presença de DEUS. JESUS é ao
mesmo tempo, “a porta”, “o caminho e a verdade e a vida”. E declarou: “Ninguém
vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 107.
Ele ressuscitou para nossa justificação; e esse poder divino pelo qual Ele foi
ressuscitado é capaz de fazer tudo de que temos necessidade.
Os títulos dados a CRISTO – nosso Senhor JESUS, nosso Soberano, nosso Salvador,
e o grande pastor das ovelhas, prometido em Isaías 40.11, declarado por Ele
mesmo que o era (Jo 10.14,15). Os ministros são co-pastores, CRISTO é o grande
pastor. Isso denota o seu grande interesse pelo seu povo. Eles são o rebanho do
seu pastoreio, e o seu cuidado e preocupação são por eles.
A forma e o método em que DEUS se reconcilia, e CRISTO ressuscita dos mortos:
“...pelo sangue do concerto eterno”. O sangue de CRISTO satisfez a justiça
divina, e assim gerou a libertação de CRISTO da prisão da morte, como tendo
pagado a nossa dívida, de acordo com um concerto ou acordo eterno entre o Pai e
o Filho; e esse sangue é a sanção ou o selo de um concerto eterno entre DEUS e
o seu povo.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE
Edição completa. Editora CPAD. pag. 821.
No Antigo Testamento, o título de pastor era conferido tanto aos guardiães de
ovelhas como aos dirigentes do povo de Israel. No Novo Testamento, porém, este
título é transferido para nosso Senhor JESUS CRISTO, de uma maneira nova e sem
igual.
• O bom Pastor: “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas”
(Jo 10.11);
• O grande Pastor: “Ora, o DEUS de paz, que pelo sangue do concerto eterno
tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor JESUS CRISTO, grande Pastor das
ovelhas” (Hb 13.20);
• Pastor e Bispo: “Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas, agora, tendes
voltado ao Pastor e Bispo da vossa alma” (I Pe 2.25);
• O Sumo Pastor: “E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível
coroa de glória” (I Pe 5.4).
Estes títulos conferidos ao Senhor JESUS o distinguiam totalmente daqueles que
apenas arrogavam-nos para si, mas que na verdade não o eram. JESUS pronunciou
este discurso sobre ovelhas e pastor logo após ter visto uma “pobre ovelha” (o
cego que tinha sido curado por JESUS próximo ao tanque de Siloé) sendo expulsa
do redil judaico por aqueles que, aos olhos do povo, eram de fato os pastores
(Jo 9.34). CRISTO, então, mostra-nos aqui sua ternura e benevolência. A missão
de nosso Senhor, quando esteve aqui entre nós, foi servir à vontade divina e à
necessidade humana; por isso se apresentou como sendo o bom Pastor, dizendo
ainda: “Eu... conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido” (Jo
10.14).
Severino Pedro Da Silva. Epistola aos Hebreus coisas novas e grandes que DEUS
preparou para você. Editora CPAD. pag. 283-284.
2. O pastor conhece as suas ovelhas.
Ele disse: “Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das
minhas sou conhecido” (Jo 10.14). JESUS cuida de seus servos, como um bom
pastor cuida de suas ovelhas. Ele não vê apenas o “rebanho”, ou a Igreja, que é
predestinada, coletivamente, para a salvação (Jo 1.5,11). Ele vê cada um dos
seus servos, sabe o nome de cada um, ainda que sejam milhões e milhões, em todo
o mundo, ao longo da História. Ele sabe o que cada um pensa ou diz (SI
139.1-4).
As ovelhas de JESUS o conhecem. No relacionamento espiritual entre os crentes e
o Senhor JESUS, através da comunhão constante, o servo de DEUS não se engana
com a voz do seu Pastor.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 109.
Os ímpios que nunca se converteram a JESUS, não receberam o ESPÍRITO SANTO, não
foram batizados com o ESPÍRITO SANTO, não receberam Dons do ESPÍRITO SANTO.
Aqueles que são usados por demônios e não pelo ESPÍRITO SANTO, esses JESUS
nunca os conheceu (E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci;
apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. Mateus 7:23).
Jo 10.14,15 Da mesma forma que o pastor chama as suas ovelhas, e elas seguem
somente a ele, assim JESUS conhece o seu povo. Os seus seguidores, por sua vez,
o conhecem como seu Messias, e eles o amam e confiam nele. Tal conhecimento e
confiança entre JESUS e seus seguidores é comparado ao relacionamento entre
JESUS e o Pai: “Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai”. E
JESUS repetiu este ponto - que Ele é o Bom Pastor, e que Ele dá a sua vida
pelas ovelhas.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 550.
Primeiramente, só existe uma entrada verdadeira para o curral. Aquele que não
entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e
salteador (só se entra na terra elo nascimento físico, através de uma mulher,
assim JESUS entrou - satanás não entrou assim)
(1). O motivo e o método de abordagem do rebanho marcam as diferenças entre o
ladrão e o pastor. Satanás, o pecado e os seus agentes querem enganar e
destruir, ao passo que o Bom Pastor (14) dá a sua vida pelas ovelhas (15).
Em segundo lugar, existe o Bom Pastor (11), que entra no aprisco pela porta —
Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas
(2). A palavra pastor é anarthrous em grego, e consequentemente “fixa a atenção
no caráter, como algo distinto da pessoa”. “O pastor não é um exemplo na
parábola, ele é o exemplo; e é sobre a descrição do seu comportamento que se
apoia a narrativa, para que a atenção dos leitores possa se concentrar ali. Não
somente as ovelhas são as suas próprias ovelhas; não apenas ele tem toda a
autoridade para aproximar-se delas; não apenas ele chama as suas ovelhas pelo
nome; não apenas elas ouvem a sua voz, mas ele as traz para fora e, quando faz
sair todas as suas ovelhas, vai diante delas, e elas o seguem”. Chama para fora
do reino de Satanás, as ovelhas entram para o reino de DEUS. Saem do reino das
trevas e entram no reino da luz.
(3) Ele é o Criador da nova sociedade de crentes, i.e., daqueles que creem
nele. A este o porteiro (ESPÍRITO SANTO) abre (JESUS foi concebido pelo
ESPÍRITO SANTO no útero virgem de Maria), e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama
pelo nome às suas ovelhas e as traz para fora. E, quando tira para fora as suas
ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz
(3-4). A menção do porteiro ou guarda do portão é importante, se refere ao
ESPÍRITO SANTO. Existe um relacionamento entre o Pastor e as ovelhas que se
baseia na natureza do Pastor — a sua voz, o seu conhecimento das ovelhas, a sua
liderança, a sua orientação. Estas palavras devem ter significado muito para o
homem que tinha sido curado da sua cegueira, e que fora excomungado da sua
sinagoga (9.34) e expulso da sua família. Agora, ele era um membro da nova
sociedade, um seguidor do Bom Pastor. A palavra usada para tirar para fora é a
mesma traduzida como “expulsar” em 9.34. Assim, realmente, ser expulso, sob o
ponto de vista de DEUS, é ser chamado para fora. Assim é a ekklesia (lit., “os
chamados para fora”), a Igreja, a nova sociedade.
(4) Aqueles que pertencem a esta nova sociedade, a Igreja, são submissos a uma
única voz, ...porque conhecem a sua voz. Mas, de modo nenhum, seguirão o
estranho (Satanás); antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos
estranhos (4-5). Existe uma gloriosa exclusividade em ser um membro do rebanho
de CRISTO — existe somente uma voz, um caminho, uma vontade que realmente
importa. Em uma época de uma vida excessivamente complexa, o caminho garantido
para a paz de espírito, para o enfoque nos propósitos corretos, e o
comprometimento significativo é encontrado quando reconhecemos somente a sua
voz. Esta “audição seletiva” é uma proteção não somente contra a heterodoxia,
mas também contra a desintegração da personalidade (cf. 14-15). Thomas R. Kelly
chama isto de “orientação habitual de todo o ser para aquele que é o Foco -
JESUS”.
Joseph H. Mayfield. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag. 96.
“Eu sou o Bom Pastor” (Jo 10.1-16). O “bom pastor” é uma designação singular,
pois enfatiza que a disposição do pastor de morrer pelas suas ovelhas.
Um “mercenário” — e aqui JESUS se refere a SATANÁS e aos líderes religiosos de
Israel — Condena as ovelhas junto ao seu próprio destino e cuida das ovelhas
apenas enquanto é lucrativo ou seguro. O bom pastor, que valoriza cada uma das
suas ovelhas, dará a vida por elas. Na verdade, é nisto, no dar a vida, que a
bondade do pastor é estabelecida.
Parece tolo pensar em um homem disposto a morrer por meros animais, por maior
que seja sua afeição por eles. Há uma distância muito maior entre DEUS e seres
humanos do que entre seres humanos e ovelhas! A maravilhosa bondade de DEUS é
plenamente demonstrada nesta maravilha: JESUS nos amou o suficiente para dar
sua vida por nós.
Se alguma vez você se sentir como uma ovelha perdida, só e amedrontado em um
mundo sóbrio e hostil, lembre-se do Bom Pastor. Você pode saber que Ele o ama
porque Ele deu sua vida por você. Aquele que o amou tanto nunca irá
abandoná-lo. Em JESUS você nunca, nunca está só. (Esforçai-vos, e animai-vos;
não temais, nem vos espanteis diante deles, porque o Senhor, vosso DEUS, é o
que vai convosco; não vos deixará nem vos desamparará. Deuteronômio 31:6)
Lawrence O. Richards. Comentário Devocional da Bíblia. Editora CPAD. pag.
686.-687.
O primeiro aspecto que o distingue como o verdadeiro pastor de almas é este,
que ele dá sua vida, sua própria alma, como remissão, como aquele único
sacrifício completo, pela culpa de todos os pecadores, que mereceram a eterna
condenação. Ele se tornou o seu substituto; ele tomou sobre si as transgressões
deles e morreu em lugar deles. Foi assim que os culpados, os pecadores, foram
redimidos de pecado e destruição. JESUS, neste sentido, incidentalmente é um
exemplo para todos quantos carregam o nome pastor como seus assistentes na
grande obra. Ele também, tendo em vista este objetivo, se coloca em proposital
contraste aos mercenários, os mestres falsos, os fariseus. Tais mercenários,
cuja preocupação é o dinheiro e o desejo de gozar seu sossego em Sião, mas não
têm interesse nas almas das pessoas confiadas ao seu cuidado. São tão só
mercenários e só trabalham enquanto está assegurado seu viver e bem-estar. Ao
primeiro sinal do lobo, diante da primeira indicação de real perigo, de
provável perseguição, sofrimento, e, até, de martírio, fogem em precipitada
corrida. O resultado é a dispersão e o assassinato das ovelhas pelos inimigos.
Mas o mercenário não se preocupa; ele não tem qualquer preocupação, qualquer
angústia, nenhum interesse, nas ovelhas.
Mercenários são aqueles que pregam em favor de seu próprio benefício, que são
cobiçosos, e não se querem satisfazer com o que DEUS diariamente lhes concede
como esmola. Aqueles que querem mais são mercenários que não se preocupam com o
rebanho; enquanto isto um pastor piedoso por esta causa desistirá de tudo, até
mesmo de seu corpo e sua vida) O segundo aspecto que distingue JESUS como o bom
pastor, em contraste aos demais, é o fato do relacionamento e conhecimento
íntimo entre ele e suas ovelhas. Assim como JESUS conhece aqueles que são seus,
tanto de corpo, como de alma e espírito, assim os cristãos conhecem a JESUS;
seu coração, sua mente e sua vontade estão centrados em JESUS, repousam em
JESUS. A expressão representa corretamente a íntima e cordial relação e
comunhão de amor que há entre CRISTO e seus verdadeiros discípulos. Esta
intimidade e comunhão é tão estreita e envolvente como o é a que existe entre o
Pai e o Filho. Seus corações e mentes estão abertas um ao outro; há uma mútua
troca de pensamentos e ideias, que sempre são orientadas por maravilhoso amor.
Assim sucede também entre CRISTO e seus fiéis. É devido ao conhecimento que
CRISTO tem do Pai e de sua vontade, que JESUS declara que entregará sua vida
pelas ovelhas. O resgate é pago pelos pecados do mundo inteiro, mas só os que
se convertem arrependidos têm o proveito da graça do Salvador, só eles obtêm a
graça do Pai. CRISTO ainda tem outras ovelhas, que não são deste aprisco; ele
conseguirá também dentre os membros de outras nações fora da judaica, quem nele
crê. Pois o Pai lhe deu todos do mundo inteiro; eles são seus por desígnio e
dom do Pai, basta que tenham fé em JESUS como único salvador e senhor. Aqui
CRISTO declara que sua voz, por meio da palavra do evangelho, sairia aos povos
de outra descendência e língua do que os judeus. É a obrigação da vontade
divina que repousa sobre ele que o impulsiona para ganhar também a estes para o
evangelho. E eles iriam ouvir, iriam obedecer a sua voz no evangelho, e o
resultado final seria um rebanho, composto de todos aqueles que aceitaram a
salvação pelo sangue de CRISTO, o único Pastor, o Filho do próprio DEUS. A
“santa Igreja Cristã, a comunhão dos santos,” tem sido congregada no mundo
desde a primeira proclamação do evangelho, e todos os verdadeiros cristãos em
CRISTO formam a grande igreja invisível.
KRETZMANN. Paul E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento Editora
Concordia Publishing House.
Jo 10.3-5 Quando o pastor chegava, ele chamava as suas próprias ovelhas pelo
nome. Pelo fato de as ovelhas reconhecerem a voz de seu pastor, elas vêm e o
seguem, e saem para pastar.
O aprisco das ovelhas do judaísmo continha algumas pessoas do povo de DEUS que
tinham esperado pela vinda de seu Pastor-Messias (veja Isaías 40.1-11). Quando
o Pastor veio, judeus crentes reconheceram a sua voz e o seguiram. Dizem que os
pastores no oriente podiam dar nome a cada ovelha e que cada ovelha respondia
ao pastor que chamava pelo seu nome. Os crentes verdadeiros, como ovelhas
pertencentes ao verdadeiro Pastor, jamais seguiriam um estranho que fingisse
ser o seu pastor (5.43).
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 549.
À noite, geralmente quatro ou cinco rebanhos de ovelhas eram reunidos em uma
área ou curral protegido. De manhã, quando um pastor chamava, suas ovelhas
respondiam à sua voz e se separavam do rebanho! Era a resposta à voz do pastor
que identificava suas ovelhas das centenas de outras, que poderiam parecer
iguais a elas para o observador descuidado.
Hoje também aqueles que ouvem o evangelho e reconhecem nele a voz de DEUS
chamando-os respondem. E a nossa resposta a JESUS que nos identifica como suas
ovelhas.
Lawrence O. Richards. Comentário Devocional da Bíblia. Editora CPAD. pag. 686.
3. O pastor dá a vida pelas ovelhas.
Na vida pastoril, nos campos, os pastores cuidam das ovelhas para obterem delas
o sustento para suas vidas. Eles não morrem pelas ovelhas. Mas JESUS, o Sumo
Pastor, deu a sua vida pelos que nEle creem (Jo 10.1, 15). Na sua morte,
aparentemente, o seu rebanho estaria destinado a ficar sem pastor. Mas,
contrariando a lógica humana, Ele ressuscitou ao terceiro dia, vitorioso sobre
a morte, sobre o inferno, sobre o Diabo e sobre todos os poderes do universo.
Ele proclamou aos discípulos a sua onipotência: “É-me dado todo o poder no céu
e na terra” (Mt 28.18).
O PASTOR QUE CUIDA DAS OVELHAS
O salmista Davi escreveu certamente o mais belo texto sobre a figura de DEUS
como nosso Pastor, o “Jeová Raá”, que, ao mesmo tempo, é o “Jeová-Jirê, o
Senhor que provê todas as coisas necessárias a seu povo. Ele se referia ao DEUS
Pai. E falava da ovelha que confia no seu Pastor. Porém todas as características
do pastor do Salmo 23 aplicam-se a JESUS CRISTO, “o bom Pastor” (Jo 10.11,14).
1) Não nos deixa faltar nada. No seu cuidado, JESUS não nos deixa faltar nada
que seja essencial ou indispensável à nossa vida. O crente fiel sabe
contentar-se com o que DEUS lhe concede por sua infinita bondade (Fp 4.11-13).
O que lhe falta, o Senhor lhe dá graciosamente, por sua bondade e por seu amor.
2) Os “verdes pastos” (SI 23. 2), São a figura do alimento espiritual que JESUS
propicia à sua Igreja, através da ministração sadia da sua palavra. Os pastores
verdadeiros alimentam a Igreja com a sã doutrina. As “águas tranquilas” falam
da paz interior, que o Senhor concede aos que nele confiam. E a paz que Ele
deixou para seus servos (Sl 23.2b; Jo 14.27); é a paz “que excede todo o
entendimento” (Fp 4.7).
3) O refrigério da alma. Lembra o conforto que a presença de DEUS nos concede,
através do ESPÍRITO SANTO, nosso “Consolador” (Sl 23.3; Jo 14.16, 17). Nas
horas mais difíceis, quando não há solução humana, o Bom Pastor nos conforta
com sua graça e seu poder.
4) As “veredas da justiça”. São o caminhar reto e lei do crente salvo em JESUS
(Sl 23.3b; Rm 5.19; 1 Pe 3.12), Quando o crente anda, seguindo o pastor Fiel,
não comete injustiças.
5) A segurança da ovelha. Mesmo passando pelo “vale da sombra da morte” (Sl
23.4), a presença do pastor dá segurança: “porque tu estás comigo” (Sl 23.4b).
JESUS assegurou que estaria com seus servos, ainda que sejam “dois ou três” (Mt
18.20).
6) A mesa perante os inimigos. A mesa preparada para JESUS, a ovelha muda
perante seus tosquiadores (Is 53), perante os inimigos e a unção com óleo (Sl
23.5), nos remetem à unção do ESPÍRITO SANTO na vida do crente fiel (1 Jo 2.20,
27; Ef 5.18), concedendo-nos vitória sobre os inimigos que se levantam contra a
nossa fé.
7) Bondade e misericórdia todos os dias. O Pastor do Salmo 23 concede “bondade
e misericórdia” para que o crente fiel habite na casa do Senhor “todos os dias”
da sua vida (Sl 23.6). CRISTO nos faz ser “templo do ESPÍRITO SANTO” (1 Co
6.19,20). Por todos esses paralelos de CRISTO em relação a nós e o descrito no
Salmo 23, podemos concluir que JESUS é o nosso Pastor por excelência.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 108-109.
Jo 10.11 JESUS é o Pastor zeloso e dedicado - o bom pastor. Como descrito nos
versículos que se seguem, há quatro características que separam este Bom Pastor
dos pastores falsos ou maus:
1. Ele se aproxima diretamente - Ele entra pela porta, assim como nós, nasceu
de uma mulher aqui na Terra. Em tudo semelhante a nós, menos no pecado. (Mas
aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens; Filipenses 2:7).
2. Ele tem a autoridade de DEUS - o porteiro (ESPÍRITO SANTO) permite que Ele
entre. (Ora, o nascimento de JESUS CRISTO foi assim: Estando Maria, sua mãe,
desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do ESPÍRITO
SANTO. Mateus 1:18
3. Ele atende as necessidades reais – as ovelhas reconhecem a sua voz e o
seguem.
4. Ele tem amor sacrificial - Ele está disposto a dar a sua vida pelas suas
ovelhas.
Repetindo isto quatro vezes, JESUS assinalou que o traço mais importante do bom
pastor é que Ele dá a sua vida pelas ovelhas (10.11; veja também 15,17,18).
De acordo com a ilustração neste capítulo, a vida de um pastor poderia às vezes
ser perigosa. Animais selvagens eram comuns nos campos da Judéia. Um bom pastor
podia certamente arriscar a sua vida para salvar as suas ovelhas.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 550.
Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; e também a elas preciso
conduzir. Elas ouvirão a minha voz. Então será um rebanho, um pastor. As outras
ovelhas não estão no pátio cercado, neste aprisco, protegidas como Israel atrás
da cerca da lei. Estão sem CRISTO, excluídas da cidadania em Israel e estranhas
aos testamentos da promessa, e por isso sem esperança e sem DEUS no mundo (Ef
2.12). Contudo JESUS sabe o que ele fará de acordo com o maravilhoso plano e
desejo do Pai. A promessa de DEUS a Abraão em Gn 12.3 tinha de ser cumprida.
Por essa razão JESUS precisa conduzir também essas muitas outras ovelhas de
todas as gerações e línguas e povos, que ele comprará com seu sangue para DEUS
(Ap 5.9). E acontecerá o milagre que nenhuma pessoa podia esperar: Elas ouvirão
a minha voz. Pessoas que por sua natureza, história e cultura não têm
absolutamente nada a ver com esse homem de Israel, são atingidas pela palavra
de JESUS e encontram em JESUS sua vida, seu maior tesouro. Se isso não
estivesse diante de nós na história do evangelho como uma realidade, ninguém o
consideraria possível. Mas a palavra de JESUS é verdade: Ouvirão a minha voz.
Então não haverá vários rebanhos diferentes, mas haverá um rebanho, um pastor.
JESUS antevê aquela igreja de judeus e gentios que foi concedida pela primeira
vez na casa de Cornélio, que existia nas comunidades de Paulo e das quais
tratou o decisivo concílio dos apóstolos (At 15). Um rebanho, um pastor, isso
se confirmou naquelas palavras de Paulo que testemunham a unidade em CRISTO
acima de todas as diferenças (1Co 12.12s; Gl 3.28; Cl 3.11). A palavra de JESUS
a respeito de um rebanho não é mero ideal. Foi gloriosamente cumprida. Em todos
os continentes, países, raças e vozes foi ouvida a voz de JESUS e pessoas se
agregaram à igreja de JESUS. Segundo sua essência, essa igreja somente pode ser
sempre a única igreja, assim como existe apenas um pastor que a conquista com a
sua vida.
Werner de Boor.. Comentário Esperança Evangelho de João. Editora Evangélica
Esperança.
I Ped 5. 2-4. A responsabilidade pastoral desses presbíteros é descrita assim:
apascentai o rebanho de DEUS. A palavra “pastorear” explica melhor o
significado do original do que apascentai.
O dever do pastor é triplo: providenciar pasto, caminhos para o pasto e
proteção nos caminhos para o pasto.
Portanto, o dever do pastor vai além da pregação. O rebanho é a Igreja. Ela
pertence a DEUS como sua possessão comprada. Em certa época seus membros eram
como ovelhas desgarradas, mas elas voltaram ao “Pastor e Bispo” da sua alma
(cf. 2.25). O pastor deve instruir e guiar o rebanho em obediência e sujeição à
completa vontade de DEUS. O cuidado a ser exercido envolve três
particularidades expressas de forma negativa e positiva.
1) Quanto ao espírito desse serviço, ele não é por força, mas voluntariamente.
A liderança da igreja era tão perigosa naqueles dias que poderia custar a vida
do líder. Mesmo assim, ele não deveria fazer essa obra relutantemente como se
fosse um fardo ou considerá-lo como um dever profissional obrigatório. Em vez
disso, esse era um ministério para o qual DEUS o havia apontado e chamado e,
por isso, deveria ser feito com obediência e alegria.
2) A motivação dessa supervisão não deveria ser por torpe ganância, mas de
ânimo pronto — não como um mercenário que espera ganhar dinheiro. Os
presbíteros tinham o direito de esperar sustento material daqueles a quem
ministravam; mas sua motivação não deveria provir de um “amor ao ganho
constitucional”, que “é uma desqualificação para o ministério cristão”.
Considere seu efeito em Judas Iscariotes!
3) Quanto à forma de supervisão, ela não deve ser como tendo domínio sobre a
herança de DEUS, mas servindo de exemplo ao rebanho. Os líderes nunca devem ser
tirânicos ou se esquecer dos direitos das pessoas que lhes foram confiadas.
Eles não devem dominar como o arrogante Diótrefes (3 Jo 9-11), mas liderar pelo
poder de uma vida santa. O pastor nunca deve esquecer que ele não é o Sumo
Pastor (4).
A compensação terrena do líder pode ser insignificante, mas quando aparecer o
Sumo Pastor (cf. 4.13), ele terá a sua recompensa incorruptível (cf. 1.4,5), a
coroa de glória, “a felicidade do céu, o elemento principal de a vida de DEUS
ser derramada na alma por meio de CRISTO”; “uma participação perpétua na sua
glória e honra” (Bíblia Viva).
Roy S. Nicholson. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 10. pag.
242-243.
I Ped 5.2-4.
I As pessoas a quem são dadas essas orientações – aos presbíteros, pastores e
líderes espirituais da igreja, presbíteros e anciãos por ofício, e não por
idade, ministros daquelas igrejas às quais escreve esta epístola, escolhidos
por JESUS e capacitados pelo ESPÍRITO SANTO.
II A pessoa que faz essa exortação - o apóstolo Pedro: “...admoesto eu”. E,
para reforçar essa exortação, ele lhes diz que é presbítero com eles, e assim
não impõe nada a eles que ele não esteja disposto a fazer também. Os apóstolos
disseram que se dedicariam a doutrina e oração (Ele é também “...testemunha das
aflições de CRISTO”, tendo estado com Ele no jardim, acompanhado ao palácio do
sumo sacerdote, e muito provavelmente tendo sido testemunha do seu sofrimento
na cruz, à distância, entre a multidão (At 3.15). Ele acrescenta que é também
“...participante da glória” que em certa medida foi revelada na transfiguração
(Mt 17.1-3), e vai ser completamente desfrutada na segunda vinda de JESUS
CRISTO. Aprenda:
1. Aqueles cujo ofício é ensinar a outros devem cumprir atentamente seu próprio
dever, assim como ensinam ao povo o dever deste.
2. Como eram diferentes o espírito e o comportamento de Pedro dos seus
pretensos sucessores! Ele não ordena e manda, mas exorta. Ele não reivindica
soberania sobre todos os pastores e igrejas, nem se intitula príncipe dos
apóstolos, vigário de CRISTO ou cabeça da igreja, mas se apresenta como
presbítero. Todos os apóstolos eram presbíteros, ou anciãos, embora nem todo
presbítero fosse apóstolo.
3. Foi uma honra peculiar de Pedro e de alguns mais serem testemunhas dos
sofrimentos de CRISTO; mas é privilégio de todos os verdadeiros cristãos serem
participantes da glória que há de ser revelada.
III A descrição do dever do pastor, e a maneira em que esse dever precisa ser
cumprido. O dever do pastor é tríplice:
1. “...apascentai o rebanho...”, por meio da pregação honesta da palavra de
DEUS ao rebanho, e ao conduzi-lo de acordo com as orientações e a disciplina
que são prescritas pela palavra de DEUS, que estão ambas incluídas nessa
expressão: Apascentai o rebanho.
2. Os pastores do rebanho precisam ter a supervisão dele, o seu cuidado. Os
presbíteros são exortados a fazer o seu trabalho de bispos (que é o significado
da palavra), por meio do cuidado pessoal e da vigilância sobre todos que no
rebanho estão comprometidos ao seu cuidado.
3. Eles precisam ser “...exemplo do rebanho”, e praticar a santidade, a
autonegação, a mortificação e todos os deveres cristãos, que eles pregam e
recomendam ao seu povo. Esses deveres precisam ser realizados “...não por
força”, não porque você tem de fazê-los, não por compulsão de um poder civil,
ou pela coação do medo ou da vergonha, mas de uma mente voluntária que tem
prazer na obra. Não “...por torpe ganância”, ou por algum lucro ou proveito
relacionados ao lugar em que você reside, ou de uma prerrogativa relativa ao
ofício, “...mas de ânimo pronto”, considerando o rebanho mais do que a lã,
sincera e alegremente se empenhando para servir à igreja de DEUS. “...nem como
tendo domínio sobre a herança de DEUS”, agindo como tirano sobre o rebanho por
compulsão ou força coerciva, ou impondo invenções humanas ou não-bíblicas a ele
em vez dos deveres necessários (Mt 20.25,26; 2 Co 1.24).
IV Em contraste com os lucros imundos que muitos se propõem como o seu
principal motivo em assumir e cumprir o ofício pastoral, o apóstolo coloca
diante deles a coroa da glória preparada pelo grande pastor, JESUS CRISTO, para
todos os seus ministros fiéis. Aprenda:
1. JESUS CRISTO é o “...Sumo Pastor” de todo o rebanho e herança de DEUS. Ele
os comprou, e os governa; e os defende e salva para sempre. Ele é também o
pastor principal sobre todos os pastores subalternos; eles derivam a sua
autoridade dele, agem em nome dele e prestam contas a Ele.
2. Esse Sumo Pastor vai aparecer para julgar todos os ministros e co-pastores,
para chamá-los à prestação de contas, para ver se cumpriram fielmente seus
deveres tanto publicamente quanto em particular, de acordo com as orientações
acima.
3. Aqueles que comprovarem ter cumprido o seu dever terão o que é infinitamente
melhor do que o ganho temporal; receberão do Sumo Pastor um elevado grau de
glória eterna, “...a incorruptível coroa de glória”.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE
Edição completa. Editora CPAD. pag. 882-883.
I Ped 5.2 A incumbência aos anciãos é: Apascentai o rebanho de DEUS entre vós!
O fato de ela ser rebanho de DEUS é que torna o serviço nela tão cheio de
responsabilidade. Importa também aqui o que Paulo diz em 1Co 3.17 com uma
figura diferente: “Se alguém destruir o santuário de DEUS, DEUS o destruirá.”
Assim como no AT, também no NT DEUS confiou o serviço de pastor a pessoas,
“supervisores” (At 20.28), pastores (Ef 4.11) e anciãos (ou “os mais velhos”).
Pelo fato de Pedro não diferenciar claramente entre “anciãos” e “mais velhos”,
nenhum dos mais velhos pode transferir a responsabilidade pelo rebanho aos
“anciãos”. Cada um deles possui perante DEUS uma responsabilidade pela igreja.
A tarefa dos pastores consiste em apascentar. O foco está nas necessidades do
rebanho. Apascentar é regido pela pergunta: de que a igreja precisa para um bom
desenvolvimento e para ser protegida de perigos? Um verdadeiro pastor pode se
esquecer de seus próprios interesses por causa das carências do rebanho e de
cada uma das ovelhas que lhe foram confiadas, e o mesmo vale para um ancião no
tocante à igreja que lhe foi confiada.
O serviço do pastor é ameaçado particularmente por três perigos:
(1) pela falta de disposição, (2) por ganância e (3) pela avidez de poder.
(1) pela falta de disposição - Com as palavras não coagidos, mas voluntariamente.
Pedro refere-se à falta de disposição para cooperar. Há uma forma de
cumprimento do dever que não traz alegria para ninguém. Indisposição e
contrariedade transferem-se para aqueles que cumprem o “dever”, marcando a
obra. Obviamente a rigor ninguém pode ser coagido a prestar um serviço na
igreja. Contudo, quando alguém pertence ao grupo dos presbíteros ou quando até
mesmo chega a ser ancião, ele tem a tarefa, e espera-se que preste o serviço. É
dessa “coação” que se fala. “Não coagido” significa, então, realizar o serviço
não porque isto é esperado, mas de livre e espontânea vontade. Voluntariamente,
ou “disposto”, “por livre iniciativa” refere-se à iniciativa pessoal, ser
cativado e impelido pela seriedade e magnitude do serviço. Quando a vontade de
DEUS determina a vontade dos “mais velhos”, eles agem de forma espontânea, mais
precisamente conforme DEUS. Isso pode significar: “segundo a maneira de DEUS”
ou “segundo a vontade de DEUS”. Visa-se expressar que qualquer serviço de
pastor depende de DEUS.
(2) não em sórdida ganância, mas de boa vontade. É verdade que JESUS dissera:
“porque digno é o trabalhador do seu salário.” (Lc 10.7). Será que os anciãos
recebiam pagamento já nos tempos do NT? Seja como for, é grande o perigo de
buscar nesse serviço primeiramente a vantagem pessoal. Isso contamina o coração
e o serviço. Os anciãos, como bons pastores, devem estar realmente empenhados
pelo rebanho, tendo em vista o bem das ovelhas, e não mirando a lã delas. O
significado básico do termo grego prothymos (= disposto), expressa: inclinado,
com simpatia, com dedicação, com zelo, com gosto. O bem e as angústias dos
outros ocupam, portanto, o foco, e o motivo é a determinação de servi-los.
(3) I Ped 5.3 Segue uma última exortação aos anciãos ou pastores. Tampouco como
aqueles que se fazem senhores sobre o que lhes foi distribuído, mas como
aqueles que se tornam (ou: são) exemplos do rebanho. O termo grego para o que
lhes foi distribuído na realidade significa “sorteio”. Em seguida passa a
significar: o que foi sorteado, a herança, o quinhão sorteado. No presente
contexto refere-se com certeza à igreja, respectivamente à área de tarefas
confiada a cada um dos anciãos. Duas coisas repercutem nessa palavra: que se
trata de algo grandioso e que eles não o buscaram por si, mas que lhes foi
atribuído. Não como aqueles que se fazem senhores sobre o que lhes foi
distribuído significa textualmente: “olhar de cima para baixo”, depois
“oprimir”, “subjugar”. Os anciãos ou pastores devem conduzir a igreja, e nessa
função também exercer a disciplina eclesial. Nessa posição de liderança reside
o perigo do abuso, devido à pulsão humana pelo poder. Existe um abuso da
liderança, um senso equivocado quanto ao cargo. Ao senhorear sobre os demais,
os servidores da igreja se portam como senhores, privam DEUS da honra e posição
de domínio que lhe cabem e impõem inferioridade aos membros da igreja. Nisso
sua liberdade e cooperação responsável se perdem, bem como a alegria em servir
e o senso comunitário. É assim que anciãos ou pastores, por “olhar de cima para
baixo”, praticamente conseguem “gerir os negócios para baixo”. A isso Pedro
contrapõe à maneira correta de apascentar: como aqueles que se tornam exemplo
para o rebanho. Também Paulo emprega o termo exemplo ou “molde” (em grego
typos) e exorta no mesmo sentido os responsáveis pelas igrejas (1Tm 4.12; Tt
2.7; cf. também 1Ts 1.4; 2Ts 3.9). Em Fp 3.17 ele conclama: “Imitai-me todos
juntos, irmãos, e fixai o vosso olhar naqueles que se conduzem segundo o
exemplo que tendes em nós” [TEB]. A igreja não precisa de índoles dominadoras,
mas de exemplos. Quem se transforma em senhor gosta de exigir da igreja
serviços que ele mesmo não está disposto a executar. Quem, no entanto, é
exemplo, antecipa-se no servir. Todos os “mais velhos ou pastores” estão
submetidos à tarefa de se tornar exemplos do rebanho. Para o serviço de ancião
ou pastores não são necessários em primeiro lugar o dom da pregação nem
capacidades humanas de destaque, mas, pelo contrário, uma atitude de vida que é
marcada por JESUS e pelos apóstolos, ou seja, pela Sagrada Escritura.
I Ped 5.4 E quando o Supremo Pastor tiver sido manifesto recebereis a
imarcescível coroa da glória. Os anciãos, ou pastores, precisam saber que acima
das igrejas está um Supremo Pastor, e que receberam a propriedade dele somente
para cuidar. Ele avaliará e recompensará o serviço deles (1Co 3.8,14; Ap
11.18). No serviço que prestam, portanto, os anciãos, ou pastores, são
responsáveis perante ele, e independentes do julgamento das pessoas. A sentença
sobre seu ministério pastoral será proferida naquele dia em que tiver sido
manifesto o Supremo Pastor, que agora ainda está oculto, mas já presente com
todo o poder. Ele, pois, observa o serviço dos presbíteros, ou pastores, ou
anciãos. Considerando, porém, que todos os acontecimentos na igreja e no mundo
originados em DEUS têm por alvo a manifestação do Messias, é necessário que
também os presbíteros, ou pastores, ou anciãos, direcionem seu serviço para
esse evento. Isso reforça seu senso de responsabilidade e sua confiança, porque
vale para eles a promessa: recebereis a imarcescível coroa da glória. Naquele
tempo, após as competições cada vencedor recebia uma grinalda. Logo a grinalda
é sinal do triunfo. É assim que um dia o Supremo Pastor recompensará todos que
apascentaram bem seu rebanho com a grinalda da glória, que, ao contrário de
todas as coroas terrenas, é incorruptível, não consistindo em material terreno,
mas de glória (cf. também 2Tm 4.8; Ap 2.10; 3.11). A glória, porém, é a
essência da proximidade de DEUS e consequentemente de todo bem, toda luz e toda
beleza. Paulo escreve em Cl 3.4: “Quando CRISTO, que é a nossa vida, se
manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória. Quando
CRISTO, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis
manifestados com ele, em glória.” Essa promessa vale de forma singular para
aqueles que apascentaram fielmente o rebanho de DEUS.
Uwe Holmer. Comentário Esperança Cartas aos I Pedro. Editora Evangélica
Esperança.
II - AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO PASTOR
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos
santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de CRISTO, Efésios
4:11,12
Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra
deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher,
vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho,
não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso,
não avarento; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em
sujeição, com toda a modéstia (porque, se alguém não sabe governar a sua
própria casa, terá cuidado da igreja de DEUS?); não neófito, para que,
ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. Convém, também, que tenha
bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta e no laço do
diabo. 1 Timóteo 3:1-7
Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que
ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te
mandei: aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos
fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes. Porque
convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de DEUS, não
soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe
ganância; mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo,
temperante, retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que
seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os
contradizentes. Tito 1:5-9
Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com
eles, e testemunha das aflições de CRISTO, e participante da glória que se há
de revelar: apascentai o rebanho de DEUS que está entre vós, tendo cuidado
dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo
pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de DEUS, mas servindo de exemplo
ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa
de glória. 1 Pedro 5:1-4
E a uns pôs DEUS na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar,
profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar,
socorros, governos, variedades de línguas. 1 Coríntios 12:28
1. Um caráter íntegro.
Neste tópico, enfatizamos as características do verdadeiro pastor, no
sentido humano, daquele que tem o chamado de DEUS para ser um guia de parte do
rebanho do Sumo Pastor. E o que tem o dom ministerial de pastor. Não é qualquer
pessoa que tem condições de receber esse dom, ainda que seja o mais procurado
pelos aspirantes ao ministério eclesiástico. Paulo ensina que é JESUS quem dá pastores
às igrejas (1 Co 12; Ef 4.1): “Os pastores ministeriais escolhidos por JESUS
CRISTO deveriam ser aqueles que dirigem a congregação local e cuidam das suas
necessidades espirituais, porém não é bem assim. A grande maioria dos
"pastores, ou anciãos, ou presbíteros, ou bispos" que dirigem alguma
congregação, ou seja lá o nome que é dado a cada um, não são ministros
escolhidos por JESUS CRISTO, mas foram escolhidos por lideranças da igreja, ou
seja, seus ministérios são humanos, escolhidos por homens. E já que são
chamados “presbíteros” (At 20.17; Tt 1.5) e “bispos” ou supervisores (l Tm 3.1;
Tt 1.7).
O pastor de uma igreja deve espelhar-se nas características do “Sumo Pastor” (1
Pe 5.4). E deve possuir qualificações que o credenciem para tão importante missão.
O pastor verdadeiro é dado por JESUS à igreja. Ele não dá a igreja ao pastor
(Ef 4.11); a igreja, mesmo no sentido local, não pertence ao pastor. O pastor
deve ser um servo da igreja local, e não seu mandatário ou proprietário. A
seguir, algumas dessas qualificações, conforme 1 Timóteo 3.1-7 e Tito 1.7,
relativas ao bispo, que é sinônimo de pastor, quanto ao seu testemunho perante
a Igreja e o mundo:
1) Irrepreensibilidade moral. Refere-se a uma vida de integridade, de que não
tenha de que se envergonhar ou causar escândalo.
2) Vida conjugal ajustada (“marido de uma mulher”). Note-se que é prioridade o
cuidado com a vida conjugal; no Novo Testamento, não é prevista a tolerância
com a bigamia ou a poligamia; a regra é a monogamia, como plano original de
DEUS para o matrimônio; e o pastor como esposo deve ser exemplo para os demais
esposos, na igreja, amando sua esposa e cuidando dela (Ef 5.25).Casado uma vez
significa que só se casou uma vez mesmo.
3) Vigilante. O pastor é o guarda do rebanho. Deve estar atento ao que se passa
ao seu redor; vigiando, primeiro, a sua vida pessoal e ministerial (1 Tm 4.16).
Depois, vigiando o rebanho para alertar e livrar dos “lobos devoradores”; Ser
vigilante significa ser “atento, cauteloso, cuidadoso, precavido” quanto aos
perigos que o rodeiam. Para assumir a função de liderança, na igreja local, o
obreiro deve ser muito cuidadoso quanto à sua vida espiritual, moral, social,
familiar e em todos os aspectos. Isso porque o Diabo “anda rugindo como leão,
buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.7). O presbítero, bispo ou pastor deve
obedecer ao que JESUS disse: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação;
na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). Ele
precisa ser “exemplo dos fiéis” (1 Tm 4.12; 1 Pe 5.3).
4) Sóbrio (simples, moderado). Sobriedade significa que não se deixa guiar por
doutrinas várias, mas somente pela Bíblia, é equilibrado. O pastor ou bispo
deve zelar pela simplicidade, no ministério; o luxo, a ostentação material, a
exibição de riqueza não convêm a um homem de DEUS; JESUS disse: “sede símplices
como as pombas” (Mt 10.16).
5) Honesto. Tem o significado de ser “honrado, digno, correto, íntegro;
decoroso, decente, puro, virtuoso”. Todas essas qualificações podem resumir-se
numa expressão: ser “santo em toda a maneira de viver” (1 Pe 1.15). O homem de
DEUS não é perfeito em si mesmo, por mais que se esforce para ser santo. Mas,
cuidando de sua vida pessoal, ministerial e como cidadão, pode ser muito
bem-visto pelos crentes como uma pessoa honesta. O seu falar deve ser “sim,
sim; não, não” (Mt 5.37). Honestidade é sinônimo de integridade. O pastor ou
bispo deve ser uma pessoa assim, fiel, sincera, verdadeira. Deve ser alguém que
vive o que prega ou ensina (Tg 2.12). Não se vende, paga suas contas em dia.
6) Hospitaleiro. Esta palavra vem de hospital, na sua origem. Não havia casas
de saúde como hoje. Uma hospedaria era um hospital, um lugar onde os viandantes
podiam pousar, e também os enfermos, uma hospedaria ou estalagem (Lc 10.
34,45). Mas o pastor não tem obrigação de transformar sua casa em hospedaria.
No sentido do texto, hospitaleiro é sinônimo de acolhedor, que sabe tratar bem
as pessoas, sem fazer acepção de ninguém; (acepção é pecado - Dt 16.19; Ml 2.9;
1 Tm 2.11;Tg 2.9). Que recebe em sua casa servos de DEUS, seus colegas de
ministério.
7) Apto a ensinar. Como o pastor é o que alimenta ou apascenta o rebanho, o
pastor deve saber fazer uso da Palavra de DEUS, ministrando mensagens, estudos
e reflexões que edifiquem o rebanho sob seus cuidados. Se não tiver essa
aptidão, pode estar no lugar errado (2 Tm 2.15).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 110-112.
2. Exemplo para os fiéis e os infiéis.
8) Não dado ao vinho”. Nos tempos de Paulo, o vinho era já uma bebida alcoólica
que podia causar dependência química ou psicológica. Seria uma tristeza um
pastor ficar embriagado pelo uso constante do vinho. A bebida alcoólica tira o
juízo, torce a justiça. Se fosse escrito hoje, o texto talvez dissesse: “não
dado à cerveja, à champanhe, ao licor ou a outra bebida alcoólica ou a algum
alucinógeno, ou droga sintética”. O pastor ou bispo deve dar exemplo de
abstinência desse tipo de substância para o seu bem, de sua família e do
rebanho sob seus cuidados.
9) Ordeiro (“não espancador”). Por que Paulo fez referência a esse tipo de
comportamento? Muitos obreiros espancam seus filhos e até sua esposa, por
incrível que pareça. Sem dúvida, Paulo observou que algum obreiro tinha o
costume de “espancar” as pessoas a seu redor, algum ditador. Sempre houve
pastores grosseiros, prepotentes, alguns que cometeram “assédio moral” contra
pessoas a seu redor. Isso é reprovável sob todos os aspectos. O pastor deve ser
ordeiro, humilde, de bom trato para com todos, não cobiçoso nem ganancioso.
Ordeiro quer dizer que mantém a ordem, na casa de DEUS.
10) Moderado, É sinônimo de suave, brando, comedido, prudente, contido. É
qualidade sem a qual o pastor pode sofrer sérios revezes em sua vida, no
relacionamento com outras pessoas, em seus hábitos, costumes etc. Ele não pode
ser um desequilibrado mental, sem controle de suas emoções. Para ser moderado,
precisa ter o fruto da temperança e da longanimidade (cf. G1 5.22).
11) Não contencioso. O pastor ou bispo não deve viver em contenda, nem com a
família, nem com os crentes, nem com os de fora (aqui incluída a internet e
seus grupos sociais de interação). Contenda é o mesmo que porfia, dissensão,
peleja, que são “obras da carne” (G1 5.2,1). Diz um ditado: a melhor maneira de
ganhar uma contenda é evitá-la. Com oração e vigilância é possível viver em
paz.
12) Não avarento. Quer dizer que o pastor ou bispo não deve ser sovino,
mesquinho, e não deve ter amor ao dinheiro (avareza), que é “a raiz de toda
espécie de males” (1 Tm 6,10). O pastor não deve viver em função de dinheiro ou
de bens materiais. Sua missão é elevadíssima, e deve focar-se no amor às almas
ganhas para CRISTO, que ficarão aos seus cuidados ministeriais. O dinheiro da
Igreja, em sua primazia, deve ser usado para evangelização.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 112-113.
QUALIFICAÇÕES DO PASTOR
Qualificações de um pastor: três categorias:
a. O serviço de ministração ao culto divino, pondo em ordem a adoração da
congregação, administrando as ordenanças, pregando e ensinando a Palavra de
DEUS.
b. Ele deve ser habilidoso nos cuidados pastorais, cuidando de alimentar
espiritualmente o rebanho, mostrando-se vigilante, deixando-se envolver em boas
obras e ações de misericórdia e compaixão.
c. Ele deve brandir a autoridade espiritual da Igreja, sendo um dirigente que
merece respeito e que impõe ordem e disciplina. Um pastor deve ter como um de
seus alvos o aperfeiçoamento dos santos (Ef 4:12). mostrando-se espiritualmente
alerta (Heb, 13:17; 11 Tim. 4:5) sendo capaz de exortar, advertir, consolar e
orientar com autoridade (I Tes. 2:22; I Cor. 4: 14,15). Deve demonstrar
profunda comunhão com o PAI, JESUS e o ESPÍRITO SANTO, tanto quanto ao ensino e
pregação, quanto em ser usado em dons do ESPÍRITO SANTO em seu ministério.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 5.
Editora Hagnos. pag. 105-106.
Algumas qualificações do Bispo (3.2)
É apropriado que o ministro seja julgado por um padrão mais rígido que os
membros leigos da igreja. Os leigos podem ser perdoados por defeitos e falhas
que seriam totalmente fatais a um ministro. Há certas coisas que um DEUS
misericordioso perdoa em um homem, mas que a igreja não perdoa no ministério
deste. A irrepreensibilidade do candidato é requisito no qual devemos ser
insistentes hoje em dia, como o foi Paulo no século I.
O líder da igreja deve ser exemplar especialmente em assuntos relativos a sexo.
Este é o destaque da segunda estipulação do apóstolo: Marido de uma mulher.
Trata-se de precaução contra a poligamia, que gerava um problema sério para a
igreja cujos membros eram ganhos para CRISTO vindos de um paganismo que
tolerava abertamente casamentos plurais. Em todo quesito que a igreja com seus
altos padrões éticos relativos a casamento confrontar o paganismo de nossos
dias, em regiões incivilizadas ou não, a insistência cristã na pureza deve ser
enunciada de forma clara e seguida com todo o rigor. Daí podemos inferir que a
prática do sexo deve ser segundo os padrões bíblicos de santificação. Sexo anal
não deve ser tolerado em um casamento cristão, que muitas vezes leva a
separação de casais. Muitos casais teem se separado devido também a
espancamento da esposa por parte do marido que é pastor. Isso acontece em casa
de obreiros, muitas vezes.
Mas temos de perguntar: A intenção de Paulo era desaprovar o segundo casamento?
Alguns dos manuscritos antigos requerem a tradução “casado apenas uma vez”
(conforme nota de rodapé na NEB). “Sobre este assunto, como em muitos outros”,
comenta Kelly, “a atitude que vigorava na antiguidade difere notadamente da que
prevalece em grande parte dos círculos de hoje. Existem evidências abundantes
provenientes da literatura e inscrições funerárias, tanto gentias quanto
judaicas, que permanecer solteiro depois da morte do cônjuge ou depois do
divórcio era considerado meritório, ao passo que casar-se outra vez era visto
como sinal de satisfação excessiva dos próprios desejos”. É óbvio que em alguns
segmentos da igreja primitiva esta era a opinião prevalente, chegando à
inspiração de um ministério celibatário, como o de Paulo, Barnabé, Tito,
Timóteo, como parece evidente na leitura bíblica (Digo, porém, aos solteiros e
às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu. 1 Coríntios 7:8).
Igualmente essencial e até mais importante é a sétima qualidade que Paulo
menciona: Apto para ensinar. Pelo visto, nem todos os pastores eram empregados
no ministério de ensino. E o que mostra 5.17: “Os presbíteros que governam bem
sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham
na palavra e na doutrina”. Mas a aptidão para ensinar era rendimento certo para
o ministro cristão. Sempre haverá indivíduos que possuem maior capacidade nesta
ou naquela área que outros, mas certa habilidade para ensinar é de extrema
necessidade ao ministério completo e frutífero.
Não cobiçoso de torpe ganância. Esta é advertência contra o amor do dinheiro
que o apóstolo, mais adiante nesta mesma epístola (6.10), declara ser “a raiz
de toda espécie de males”. Tal proibição tinha relevância imediata, pois fazia
parte da responsabilidade do pastor cuidar dos bens e capitais da igreja. Esta
seria fonte constante de tentação para o avarento. Somente aquele que desse
toda prova de não ter espírito de cobiça pode ser separado com segurança para a
obra do ministério.
Claro que é perfeitamente possível que ministros e leigos sejam enganados pelo
que nosso Senhor chamou de “a sedução das riquezas” (Mt 13.22). A sutileza
desta sedução é que a pessoa não precisa possuir riquezas para ser enganada por
elas. Desejá-las ardentemente, permitir-se adotar atitudes calculistas na
esperança de obter riquezas, ficar indevidamente interessado por salários e
lucros deste mundo não podem deixar de empobrecer e, no final das contas,
destruir o valor do próprio ministério. Tudo isso está implícito no aviso
paulino do desejo controlador por dinheiro.
J. Glenn Gould. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 469-471.
I Tm 3.2 O presidente, ou pastor, ou bispo, pois, deve ser irrepreensível.
Irrepreensível não significa simplesmente gozar de boa fama, mas ter um
testemunho justificadamente bom. A crítica e as acusações não devem encontrar
pontos vulneráveis para seu ataque. Aparentemente a palavra designa o
comportamento abrangente, fundamental para tudo o que segue. JESUS frisa a
importância do bom testemunho, como também ocorre em geral no NT. Nessa questão
é decisivo que o bom testemunho seja reconhecido e fornecido pelos que não
fazem parte da igreja. “Vossa conduta seja decorosa aos olhos dos estranhos.”
Essa exortação da carta mais antiga de Paulo coincide integralmente com a
exigência de ser irrepreensível, o que não pode ser questionado nem mesmo por
observadores críticos e hostis. Um modo de vida desses só é viável a partir do
“mistério da fé, preservado em uma consciência pura”. Essa é a origem e a
renovação de toda a autêntica irrepreensibilidade. Representa o oposto tanto do
comportamento antissocial como da exagerada adaptação pacata a todos e a tudo.
Marido de uma só mulher. Presidentes e diáconos devem ser casados uma única
vez; isso aponta em 3 direções:
1) Acerca da profetiza Ana lemos que era virgem até se casar. Quando o marido
morreu após 7 anos de casamento, ela passou a viver sozinha até idade avançada
(84 anos), servindo a DEUS. De acordo com a palavra profética permaneceu fiel
ao “noivo de sua mocidade”.
2) Conforme as palavras do Senhor a monogamia é o alvo original, estabelecido
por DEUS, do relacionamento entre homem e mulher. Se os próprios gentios chamam
atenção para isso e os cristãos aspiram ao amor e à fidelidade no matrimônio,
quanto mais isso deveria valer, então, para aqueles que se “apresentam em todas
as coisas” (logo também no casamento) como “exemplo de boas obras”.
3) A interpretação aqui fornecida possui relevância justamente com vistas à
prática do divórcio, que naquela época se alastrava com força, e do correlato
recasamento de pessoas divorciadas, seja entre gregos, seja entre judeus.
A expressão única pode ser mantida em forma tão genérica pelo fato de que deve
caracterizar de forma abrangente a atitude básica fundamental da castidade em
todas as situações. O casto não reprimiu sua sexualidade, mas a tornou íntegra,
porque castidade é alegrar-se com a sexualidade respeitando os limites do
respeito.
Quem está embriagado e alimenta sonhos devotos a respeito de si mesmo e do
mundo não consegue orar de fato, porque orar é justamente o contrário de fugir
da chamada “realidade” para um mundo onírico. Vale o contrário: quem ora acorda
para a verdadeira situação, e quem está alerta ora de olhos abertos. É disso
que resultam as boas obras.
Apto para ensinar (didaktikos): em todo o NT o termo ocorre somente aqui e em
1Tm 3.2. O seu sentido é descrito exaustivamente em Tt 1.9: o presidente, ou
pastor, ou bispo deve “apegar-se à palavra confiável e conforme a doutrina,
para que seja capaz de, pelo reto ensino, exortar bem como convencer os que o
contradizem”. Deve estar aberto para questões doutrinárias, capaz de formar sua
própria opinião e instruir a outros. Precisa discernir entre o que é importante
e o que leva a descaminhos, entre doutrina verdadeira e falsa, saudável e
doentia e ser capaz de ensinar e transmitir corretamente o que é apropriado em
cada caso.
Conforme 2Tm 2.2 Timóteo deve transmitir o evangelho a “pessoas fiéis”, não
especificamente apenas presidentes, ou pastores, ou bispos, que serão capazes
de novamente ensinar a outras. O ensino ministrado por mestres específicos
somente tem sentido sob a premissa de que todos são capazes de se instruir e
exortar mutuamente. No entanto, só se pode esperar isso deles quando e porque
eles próprios são “ensinados por DEUS”. Ademais, 1Tm 5.17 deixa explícito que a
presidência não era exercida por uma pessoa sozinha, era um ministério com 5
ministros (Ef 4.11), e que nem todos que presidiam ou eram presbíteros que
também ensinavam.
Os presidentes, ou pastores, ou bispos tinham de ser exemplos no ensinar, não
para aliviar outros desta tarefa, mas capacitando-os para isso. Na escola o
professor de matemática deve instruir os alunos para que saibam solucionar
pessoalmente tarefas de matemática. Não deve resolver a tarefa por eles, e nem
todos os alunos devem tornar-se matemáticos ou professores de matemática.
I Tm 3.3. Não dado ao vinho, não espancador, porém amável, não briguento, não
avarento.
Em Corinto as ágapes e as santas ceias da igreja haviam degenerado em
comilanças. Em seu meio havia pessoas que se intitulavam irmãos, mas cujo DEUS
na verdade era seu próprio estômago. O estômago era o poder máximo que os
determinava. Comer e beber, bem como digressões sexuais, significavam tudo para
eles. Quem ainda era escravo de tais vícios mesmo como cristão dificilmente
podia conduzir aqueles que haviam se convertido do mundo gentílico para novos
hábitos de vida. O simples fato de que era preciso dar essas instruções a
presidentes, ou pastores, ou bispos e diáconos permite reconhecer que à época
da redação da carta a igreja não passava pela vida inerte, em um
“aburguesamento” distante e impassível: “impuros, idólatras, adúlteros, garotos
de programa, sodomitas, ladrões, avarentos, bêbados, maldizentes, assaltantes”
era o contexto de onde vinha uma parcela da igreja, não apenas em Corinto, e
com tais concidadãos seus membros conviviam no cotidiano. Como aprenderiam que
uma vida assim era indefensável na igreja, por ser antissocial e inconciliável
com o reino de DEUS? Verdadeira transformação não podia ser trazida por ordens
e condenações genéricas, mas somente por modelos de vida nova vivenciados. Por
essa razão o presidente, ou pastor, ou bispo não deve ser beberrão nem galo de
briga com discurso autoritário, mas instrutor amável de uma vida verdadeira.
Também nessa palavra não se deve ignorar a conotação escatológica. Como o
Senhor está próximo, os cristãos devem expressar sua amabilidade a todas as
pessoas, também diante dos que os difamam e perseguem.
Não briguento: trata-se aqui de briga por palavras, ter palavra de comando, ser
irredutível no debate., diferente de “não espancador”, que briga chegado às
vias de fato, muitas vezes embriagado.
Não avarento: Quando JESUS disse que não se pode servir a DEUS e ao dinheiro,
os fariseus zombaram dele porque eram gananciosos. JESUS espera do bom administrador
que lide fielmente com o dinheiro injusto. De acordo com Tt 1.7 o presidente,
ou pastor, ou bispo, que é um administrador (ecônomo) de DEUS, não deve
ambicionar a torpe ganância.
Hans Bürki. Comentário Esperança Cartas aos I Timóteo.. Editora Evangélica
Esperança.
Se porventura o homem é quem se divorciou da mulher, contra a vontade dela, é
extremamente duvidoso que, na igreja primitiva, fosse permitido a tal homem
ocupar posição de liderança na igreja, mesmo que viesse a contrair novas núpcias.
Fica igualmente proibida a digamia, isto é, segundo matrimônio, após o
falecimento da primeira esposa. Parece que isso está incluso nessa proibição,
que envolve aqueles que devem ou não ocupar ofícios eclesiásticos. I Tim.
5:9,11 quase torna necessário que interpretemos, nestas palavras, que o
ESPÍRITO SANTO, através de Paulo era contra qualquer forma de segundo
matrimônio para um oficial eclesiástico. E é provável que assim pensasse o
ESPÍRITO SANTO, através de Paulo, porque tal oficial deveria defender o
ideal simbólico do casamento, um homem e uma mulher, conforme é exemplificado
no tipo de CRISTO e sua igreja. (Ver Efé. 5:32). Além disso, a julgar pelas
expressões do quinto capítulo desta epístola, aludidas acima, parece que o
ESPÍRITO SANTO, através de Paulo, julga que a viuvez perpétua é mais
nobre e mais favorável à inquirição espiritual, bem como ao trabalho
eclesiástico, do que o estado de um homem casado pela segunda vez.
Essa interpretação sobre esta expressão, como declaração contrária a um segundo
matrimônio, já era forte nos escritos dos pais da igreja que viveram nos
séculos II, III e IV d.C. (Ver Tertuliano, ad Uxor, 1.7; Clemente de
Alexandria, Strom. iii. 12; Orígenes, Hom. xvii sobre Lucas). Tal ideia foi
incorporada em dogmas eclesiásticos posteriores. (Ver Apost. Ch. ordem 1;
Apost. Canons, xvii e Constituições Apostólicas ii.2). Os montanistas
transformaram em artigo de fé essa regra contra um segundo casamento, após a
morte da primeira esposa.
Atenágoras, apologista cristão que viveu em Atenas, no segundo século de nossa
era, chamava de «adultério agravado» ao segundo casamento.
Em qualquer decisão, a tradição eclesiástica não pode ser ignorada, pois a
história eclesiástica poderá oferecer um roteiro seguro.
Um homem solteiro, de grande piedade, não deveria ser barrado de ocupar
qualquer ofício eclesiástico. Paulo não era casado. Cumpre-nos observar, por
semelhante modo, que às viúvas é ordenado que não se casem novamente (ver I
Tim. 5:14), sendo provável que aos «viúvos» também se aconselhasse tal medida.
Não seria razoável, segundo parece, permitir viúvos recasados ocuparem ofícios
eclesiásticos. (Efé. 5:32).
A Didache (escrito em cerca de 100 D.C.) atribui a responsabilidade maior do
ensino aos profetas e mestres (XIII e XV), ficando essa responsabilidade ao
encargo dos pastores somente na ausência daqueles. O importante é que haja
indivíduos espiritualmente chamados para esse ministério, os quais não devem
poupar seu tempo e seus talentos no cumprimento de sua vocação.
Um mestre cristão deve ser guardião e depositário do conhecimento bíblico,
aprimorando-se cada vez mais em sua compreensão sobre as realidades
espirituais, aprofundando sempre mais o seu conhecimento nas Escrituras. A
igreja evangélica de hoje em dia necessita de «mestres», havendo um número
extremamente reduzido deles. O trecho de I Tim 5.17 mostra-nos que nem todos os
pastores governantes tinham a função de ensinar, e que aqueles que governavam e
ensinavam deveriam ser alvo de especial consideração, dignos de duplo salário.
O ministério carismático, composto de apóstolos, profetas, evangelistas,
pastores e mestres (ver Efé. 4:11), não tinha por intuito cessar e ser
substituído pelo ministério de ensino. Antes, o ministério de «mestre» é
recebido por unção divina, não resultando apenas do cultivo intelectual.
Todavia, o mestre usa «revelações» como base de seu ensino, podendo essas
revelações ser aquelas contidas nos documentos bíblicos ou através de
discernimento intuitivo ou transmissão mística de conhecimentos, embora sempre
de acordo com a revelação bíblica, que é básica, fundamental. Já o profeta fala
por inspiração espiritual direta, dada no momento da elocução da profecia. Mas
é o ESPÍRITO SANTO quem impulsiona a ambos. Não ensinar equivale a perecer; e é
por isso que, em muitos lugares de hoje em dia, a igreja cristã sucumbe, por
falta de alimento espiritual. O ensino é parte integral da Grande Comissão (ver
Mat. 28:19,20), devendo ser tratado com muito mais dedicação e urgência do que
vem ocorrendo entre nós, equiparando-se em intensidade e importância ao
evangelismo.
As Constituições Apostólicas (oito volumes de instruções, dos fins do século IV
d.C.), um manual de disciplina eclesiástica, que supostamente seriam instruções
dos apóstolos a Clemente de Roma, contêm um interessante paralelo: «A um
supervisor, ancião ou diácono que bata nos crentes, quando pecam, ou nos
incrédulos, quando fazem algum erro, desejando aterrorizá-los desse modo,
ordenamos que seja deposto; pois em parte alguma o Senhor nos ensinou a fazer
tais coisas. Pelo contrário, quando foi ferido, não revidou; quando foi
vilipendiado, não vilipendiou; quando sofreu, não ameaçou» (νώ'.47,28).
«...não avarento...» No grego é «aphilarguros», usado somente aqui e em Heb.
13:5. Significa «amante de dinheiro». «Philarguros», sem o privativo, mas com
sentido praticamente idêntico, se encontra em Luc. 16:14 e II Tim. 3:2. O termo
normal para «avarento» é «pleonektes», em outras passagens do N.T. (Ver Rom).
Um bom «supervisor» não se encontra em seu ofício por causa do dinheiro. Pode
esperar receber uma recompensa financeira razoável, por trabalhar no evangelho,
mas não deve esperar enriquecer nesse mister, não devendo mesmo trabalhar
visando esse alvo. A sua dedicação a CRISTO deveria ser tão grande que ficasse
excluída qualquer possibilidade dessas. Entretanto, em nossos dias, muitos
evangelistas, pastores e «grandes pregadores» se têm, literalmente,
enriquecido. Muitos deles têm aconselhado a viúvas que lhes deixem suas ricas
possessões em herança, além de usarem de outros meios duvidosos para se
enriquecerem. Um ancião ou pastor deveria ser generoso com as suas possessões,
dando sempre de si mesmo e de seus bens, procurando fazer avançar o seu
trabalho. Seu dinheiro deveria ser investido em seu trabalho.
«Livre da cobiça egoísta, que tão frequentemente gera ira e contenda (comparar
com I Tim. 6:10 e Heb. 13:5). Sabemos quão frequentemente nosso Senhor advertiu
a seus discípulos a que se precavessem da cobiça (ver Luc. 16:14, etc.)».
(Oosterzee, in loc.). A principal direção do dinheiro da Igreja deve ser
investido na evangelização.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 307-310.
Homem de Maturidade (3.6,7)
O versículo 6 oferece perspicácia muito interessante sobre a situação em Éfeso:
Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo
(6). Esta é advertência contra a promoção muito rápida à liderança de
“recém-convertidos” ou pessoas “recentemente batizadas”. Embora a igreja Efésia
já tivesse muitos anos de existência e, provavelmente, não devesse ter carência
de líderes maduros, havia indícios de que candidatos imaturos ao ministério
estavam sendo postos em serviço. Paulo acreditava em maturidade e preparação de
candidatos para este cargo santo, e por uma boa e suficiente razão. Existia o
perigo de que, para alguém inadequadamente preparado, a tentação ao orgulho
espiritual se tornasse grande demais para ser resistida. Isso é tragédia na
certa, tragédia descrita pelo apóstolo nos seguintes termos: Cair na condenação
do diabo. C. K. Barrett destaca que “o julgamento não é tramado pelo diabo, mas
feito por DEUS em rígido acordo com a verdade”. A tradução de Phillips expressa
o que o apóstolo quis dizer: “Para que não se torne orgulhoso e participe da
queda do diabo” (CH).
Resta ainda uma especificação final para aquele que deseja servir na posição de
bispo ou líder: Convém, também, que tenha bom testemunho dos que estão de fora,
para que não caia em afronta e no laço (“armadilha”, NTLH) do diabo (7). O
ministro cristão tem de inspirar o respeito e a confiança da comunidade fora da
igreja, caso deseje ganhar as pessoas dessa comunidade para a igreja. E fácil
dizer: “Não me importo com o que as pessoas pensem de mim”; e contanto que essa
atitude seja devidamente planejada e corretamente compreendida, justifica-se.
Mas ninguém deve ser indiferente à sua reputação na comunidade em que vive. Ele
deve desejar veementemente que as pessoas o considerem inteiramente acima de repreensão.
Ver a questão de outro modo, diz Paulo, é expor-se à mesma armadilha que
aguarda o indivíduo cujo espírito está arruinado pelo orgulho espiritual.
J. Glenn Gould. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 471-472.
Não Neófito - Alguns eruditos supõem que o sentido destas palavras é que se o
candidato ao pastorado tinha defeitos e vícios, em sua vida anterior, quando a
igreja fez dele um pastor tão repentinamente, sem provas suficientes de sua
conversão e experiência cristã, então que tal homem tornar-se-á objeto imediato
de críticas, por parte dos «de fora», que o conhecem e que agora começam a
denegri-lo. Essa interpretação é possível, mas parece melhor pensarmos aqui em
um «fracasso futuro», como possibilidade seriamente antecipada, se porventura
alguém for levantado como líder na igreja precipitadamente, quando ainda é
noviço na fé, pois o orgulho daí decorrente gradualmente irá destruindo a ele
mesmo e ao seu ministério.
«Os desviados, de maneira geral, caem perante aqueles pecados que estavam
acostumados a praticar, antes de sua conversão. Hábitos inveterados são
reavivados naquele que não continua a negar-se a si próprio e a vigiar em
oração». (Adam Clarke, in loc.). .
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 311.
3. Exemplo para a família.
Que governe bem a sua casa. Esta é uma qualificação de grande importância, pois
as pessoas ouvem as mensagens dos pastores, mas olham para ele e como se
relaciona com a família, notadamente com os filhos. Ele é o cabeça (líder) da
esposa e do lar (Ef 5.22). Ao lado da esposa, que também governa a casa (1 Tm
5.14), deve criar seus filhos “com sujeição” (1 Tm 3.4). Porque, diz Paulo: “se
alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de DEUS? (1
Tm 3.5). Culto doméstico, submissão dos filhos aos pais e da esposa para com
seu marido, Assuidade de toda família nos cultos e eventos da Igreja,
santificação encontrada em toda a família, esses são sinais de uma família de
um pastor, ou bispo, ou presbítero.
De bom testemunho perante os descrentes (“bom testemunho dos que estão de
fora”). O pastor deve ser um proclamador do evangelho transformador de CRISTO.
Seu testemunho deve ser uma pregação viva de que JESUS converte e transforma o
pecador. Esse testemunho deve ser demonstrado, primeiramente, em sua vida
pessoal; depois, em sua casa, na igreja e, por fim, perante todas as pessoas
que o conhecerem.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 113.
«...governe bem...» No grego é «proistemi», que significa «ser o cabeça»,
«conduzir», «gerir», sendo palavra usada para indicar qualquer forma de
governo, ainda que, secundariamente, tenha o significado de «ter interesse
por», «cuidar de», «ajudar a». Um «supervisor» ou pastor é o governante da
igreja local; mas, antes de tudo, deve ser o chefe de sua casa. Seu lar é a sua
primeira responsabilidade, e somente se ele se mostra apto ali é que deve ser
considerado capaz de governar a casa de DEUS.
«...criando os filhos sob disciplina...» Literalmente, «...mantendo em
sujeição...», uma frase única em todo o N.T. A tradução inglesa RSV diz aqui
(agora vertido para o português): «...mantendo submissos os seus filhos...» Mas
um pastor deve obter esse resultado com razão, com paciência e com gentileza,
embora também com demonstração de autoridade e força, que seus filhos aprendam
a respeitar. Ora, isso nem sempre é fácil de conseguir, porquanto as crianças
também são indivíduos, podendo ser dotados de fortíssima vontade própria.
Todavia, um pai obterá bons resultados se suas ordens forem justas e úteis; e
assim seus filhos aprenderão que o pai de família age assim para benefício
deles, e não meramente a fim de demonstrar a sua autoridade. «A obediência e o
respeito pela autoridade são coisas importantes. As energias dinâmicas das
crianças, ao invés de serem abafadas, precisam ser dirigidas para fins dignos.
A difícil arte da educação cristã consiste em rodearmos os jovens com
influências que os capacitem a combinar os seguintes pontos:
a. A obediência a DEUS com a gloriosa liberdade dos filhos de DEUS;
b. a conformidade à mente de CRISTO com a liberdade de exprimir os dons
distintivos que DEUS conferiu a cada um de seus filhos;
c. o conhecimento dos fatos cristãos e da história da igreja com a
receptividade a maior luz, que DEUS faça irromper de sua santa Palavra, para
cada nova geração;
d. a reverência à revelação divina no passo com a coragem que DEUS fala a cada
pessoa que tem ouvidos para ouvir e lhe queira ser obediente;
e. a gratidão pelo que DEUS tem feito no passado com a fé que DEUS tem em
reserva maiores coisas ainda para o seu povo, que serão realizadas no futuro;
f. o respeito pelas experiências dadas às gerações anteriores com o propósito
de buscar, em primeiro lugar, o reino de DEUS e a sua justiça.
A educação cristã deve transmitir o conhecimento obtido pela experiência, ao
mesmo tempo que deve liberar os poderes criativos daqueles que são chamados a
avançar para um novo conhecimento e para maiores realizações». (Noyes, in
loc.). Este versículo não ensina que um homem «sem filhos» não pode ser um
«supervisor» cristão , conforme alguns eruditos têm sugerido. Essa
interpretação perverte o que aqui é dito, sendo algo inteiramente fora de
consideração.
«...com todo respeito ...» No grego é «semnotetos», que quer dizer
«reverência», «respeito», «dignidade», «seriedade». Alguns estudiosos pensam
que essas palavras aludem aos filhos, os quais, estando debaixo da autoridade
de seus progenitores, deveriam mostrar «reverência e respeito»; o mais
provável, entretanto, é que o pai da família continue aqui em foco. O pastor
que também é pai deve governar seus filhos com «dignidade» e «seriedade».
Precisa reconhecer a seriedade de sua missão. Aos seus filhos, todo o pai deve
três coisas: exemplo, exemplo, exemplo. Se um pai der a seus filhos o exemplo
certo, será fácil para aqueles se tornarem homens de DEUS. O pai é quem deve
mostrar aos filhos o caminho. Notemos que o termo grego «...todo...» é
empregado aqui. As ações de um pai pastor, para com os seus filhos, devem ser
caracterizadas por uma seriedade «completa» e «perfeita». Não deve ser uma
atitude lassa e desinteressada. Pois, se mostrar tal atitude, poderá afastar de
si os seus próprios filhos, tornando-os presa fácil de más influências. Em
«tudo» um pastor deve manter dignidade espiritual diante de seus filhos.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 310.
Assim como o relacionamento conjugal reflete a relação entre CRISTO e a igreja,
assim a associação familiar em uma grande casa é réplica e a célula originária
da família de DEUS, do qual toda a paternidade no céu e na terra recebe o nome.
Pela fé em CRISTO os gentios tornaram-se “membros da família de DEUS”.
Como um pai governa os filhos e a todos na própria casa, assim o presidente, ou
bispo, ou pastor, deve conduzir a igreja de DEUS, executando seu ministério com
entusiasmo, i.é, bem. Ao contrário do mundo grego, os cristãos não mandavam
educar os filhos por meio de escravos pedagogos, mas assumiam pessoalmente essa
tarefa. Na obediência autêntica (que é o contrário de coação, porque obediência
autêntica é voluntária) e na decorrente autonomia disciplinada dos filhos
adolescentes seria possível reconhecer a dignidade do pai amável. Isso também
pode ser dito de outro modo: somente quem possui autoridade real pode favorecer
dignamente a obediência. Quem está amarrado e inseguro, lançará mão de meios
violentos, conduzindo assim os filhos à rebeldia, não à subordinação
espontânea. “Com toda a dignidade” salienta a autoridade interior, que se situa
acima da contraposição de educação autoritária – antiautoritária.
Cuidar da igreja de DEUS. O presidente da igreja domiciliar não deve governar
sobre ela de forma arbitrária ou ditatorial, mas pensar em seu bem-estar
físico, comunitário e espiritual. A igreja não pertence a ele, mas a DEUS.
“Nisso sê diligente”, enfatiza Paulo mais tarde.
Família e igreja poderão crescer de forma saudável quando se encontram na mais
estreita interação. Igrejas perdem seu caráter familiar quando famílias cristãs
já não formam as verdadeiras células da igreja. Quando as famílias, mesmo as
famílias nucleares de nosso tempo, não forem mais centros espirituais e locais
de treinamento do amor experimentado de DEUS, as igrejas se tornarão desertas,
apesar de todo o ativismo. Por isso cuidar das igrejas significa providenciar
em primeiro e principal lugar famílias saudáveis na fé. O cuidado pastoral
matrimonial certamente ainda é a área mais negligenciada do aconselhamento.
Quando o foco cair sobre a igreja como família de DEUS, seu caráter de exemplo
no matrimônio e na família se reveste de fundamental importância. Novamente não
se deve entender isso como uma fachada de devoção hipócrita. Exemplo não é
encenar o que não existe. Nem mesmo a pergunta temerosa sobre o que os outros
dirão deve determinar ou tolher a vida familiar dos servidores da igreja. A
família do pastor, ou bispo, ou presbítero, é o exemplo para todas as famílias
da Igreja.
Hans Bürki. Comentário Esperança Cartas aos I Timóteo.. Editora Evangélica
Esperança.
I Tm 3.4. Um teste adicional, e crucial, é acrescentado: o superintendente deve
ser um homem que governe bem a sua casa, criando os filhos sob disciplina, com
todo respeito. É tomado por certo que normalmente, quando possível, será um
homem casado, e como tal deve vigiar para que a vida do seu lar seja ideal. A
ideia é ecoada na liturgia de ordenação no Livro Comum de Orações (anglicano),
onde se pergunta aos candidatos para o ministério: “Sereis diligentes para
formular e formar a vós mesmos, e às vossas famílias, de acordo com a doutrina
de CRISTO, e fazer de vós mesmos e delas, até ao máximo das vossas
possibilidades, exemplos e padrões sadios para o rebanho de CRISTO?” Alguns têm
entendido as últimas três palavras do versículo como aplicando-se aos filhos
(cf. Moffatt: .. conserve seus filhos submissos e perfeitamente respeitosos”),
mas o substantivo respeito, ou “dignidade” (Gr. semnotès) parece mais
apropriado à atitude do pai. A lição é que deve manter disciplina rigorosa, mas
sem lutas nem apelos à violência.
John N. D. Kelly. I Timóteo. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag.
79-80.
III - O MINISTÉRIO PASTORAL
PASTORES. Eclesiasticamente falando, os pastores escolhidos pelo
ministério (por homens), são aqueles que dirigem a congregação local e cuidam
das suas necessidades espirituais. Também são chamados “presbíteros” (At 20.17;
Tt 1.5) e “bispos” ou supervisores (1Tm 3.1; Tt 1.7).
A tarefa do pastor é cuidar da sã doutrina, refutar a heresia (Tt 1.9-11),
ensinar a Palavra de DEUS e exercer a direção da igreja local (1Ts 5.12; 1Tm
3.1-5), ser um exemplo da pureza e da sã doutrina (Tt 2.7,8), e esforçar-se no
sentido de que todos os crentes permaneçam na graça divina (Hb 12.15; 13.17;
1Pe 5.2). Sua tarefa é assim descrita em At 20.28-31: salvaguardar a verdade
apostólica e o rebanho de DEUS contra as falsas doutrinas e os falsos mestres
que surgem dentro da igreja. Pastores são ministros que cuidam do rebanho,
tendo como modelo JESUS, o Bom Pastor (Jo 10.11-16; 1Pe 2.25; 5.2-4).
Segundo o NT, uma igreja local era dirigida por um grupo de pastores (At 20.28;
Fp 1.1). Os pastores eram escolhidos, não por política, mas segundo a sabedoria
do ESPÍRITO concedida à igreja enquanto eram examinadas as qualificações
espirituais do candidato.
O pastor é essencial ao propósito de DEUS para sua igreja. A igreja que deixar
de selecionar pastores piedosos e fiéis não será pastoreada segundo a mente do
ESPÍRITO (ver 1Tm 3.1-7). Será uma igreja vulnerável às forças destrutivas de
Satanás e do mundo (ver At 20.28-31). Haverá distorção da Palavra de DEUS, e os
padrões do evangelho serão abandonados (2Tm 1.13,14). Membros da igreja e seus
familiares não serão doutrinados conforme o propósito de DEUS (1Tm
16; 6.20,21). Muitos se desviarão da verdade e se voltarão às fábulas (2Tm
4.4). Se, por outro lado, os pastores forem piedosos, os crentes serão nutridos
com as palavras da fé e da sã doutrina, e também disciplinados segundo o
propósito da piedade (1Tm 4.6,7).
1. A missão do pastor.
Várias versões traduzem a palavra hebraica ro‘eh (“protetor”) como “pastor”,
por exemplo em Jeremias 2.8; 3.15; 10.21; 12.10; 17.16; 22.22; 23.1,2. Essa
palavra hebraica também foi traduzida em outras passagens de Jeremias como
pastor (Jr 23.4; 25.34,35,36; 31.10; 33.12; 43.12; 49.19; 50.6, 44; 51.23), e
em outras passagens do AT de Gênesis até Zacarias. Na versão KJV em inglês, as
palavras traduzidas como “pastores” foram geralmente traduzidas como “regentes”
nas versões modernas. As versões ASV e RSV em inglês não utilizam o termo
“pastor” em todo o AT. O termo na versão KJV designa os líderes do governo e os
governadores do povo de DEUS.
A palavra grega poimen foi uniformemente traduzida como “pastor” em Efésios
4.11 para designar o ministro na Igreja. Em outras passagens do NT, essa
palavra também foi traduzida como “pastor de ovelhas” (q.v.; Mt 9.36; 25.32;
26.31; Mc 6.34; 24.27; Lc 2.8,15, 18,20; Jo 10.2,11,12,14,16; Hb 13.20; 1 Pe
2.25). G. W. K.
O termo original significa literalmente “pastor”. Esta palavra foi, várias
vezes, usada pelo Senhor JESUS CRISTO no NT (Hb 13.20; 1 Pe 2.25) e, apenas uma
vez, como pastor dos cristãos (Ef 4.11). Nessa passagem, ela aparece como um
dom espiritual a ser praticado, e não como uma função a ser ocupada. Na
verdade, qualquer cristão que orienta, protege e geralmente trabalha como
protetor em relação aos outros crentes, está desempenhando o dom espiritual de
um pastor. Entretanto, essa palavra veio a designar alguém que formalmente
alimenta o rebanho, administra as ordenanças, lidera a adoração e guarda a
verdade (Hb 13.17; 1 Pe 5.2). As Epístolas Pastorais fornecem as diretrizes dos
deveres daqueles que ocupam, oficialmente, as posições de liderança como
pastores entre o rebanho de DEUS (2 Tm 4.1-5). Ao dirigir-se aos anciãos da
Igreja em Éfeso (Act 20.17), Paulo os chamou de supervisores ou bispos (v. 28)
e ordenou que apascentassem (ou “alimentassem”) o rebanho (v. 28). C. C. R.
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1469.
O SIGNIFICADO DE PASTOR
A palavra pastor também vem do latim, pastor, com o significado de “aquele que
guarda as ovelhas”, “o que cuida das ovelhas”. Na língua original do Novo
Testamento, pastor (gr. poimen), de acordo com Vine, é “... aquele que cuida de
rebanhos (não meramente aquele que os alimenta), é usado metaforicamente acerca
dos ‘pastores’ cristãos (Ef 4.11)”.
Em termos ministeriais, o pastor é aquele que tem esse dom ministerial, e é
encarregado de cuidar da vida espiritual dos que aceitam a CRISTO e ficam sob
seus cuidados, numa igreja ou congregação local. Pastor é um termo de cuidado,
de zelo, de ternura, para com as ovelhas de JESUS.
EXISTEM PASTORES ECLESIÁSTICOS, ESCOLHIDOS POR LIDERANÇAS DA IGREJA, POR
HOMENS, E EXISTEM PASTORES ESCOLHIDOS, CHAMADOS POR JESUS E DADOS A IGREJA. SÃO
CAPACITADOS PELO ESPÍRITO SANTO COM DONS SOBRENATURAIS.
A MISSÃO DO PASTOR
A principal missão do pastor é cuidar das ovelhas de CRISTO, que lhe são
confiadas. A ele cabe apascentar (gr. poimanô) as ovelhas, dando-lhes o
alimento espiritual, através do ensino fundamentado (doutrina) da Palavra de
DEUS. No Salmo 23, Davi mostra o cuidado do pastor. Ele leva as ovelhas a
deitar-se “em verdes pastos”. O pastor fiel leva as ovelhas de JESUS a
alimentar-se do “pasto verde”, que nutre a alma e o espírito, fortalecendo-as,
para que cresçam na graça e conhecimento do Senhor JESUS CRISTO (2 Pe 3.18).
Sua missão é múltipla ou polivalente. Um pastor de verdade tem que agir como
ensinador, conselheiro, pregador, evangelizador, missionário, profeta, juiz de
causas complexas, fazer as vezes de psicólogo, conciliador, administrador
eclesiástico dos bens espirituais e de recursos humanos sob seus cuidados, na
igreja local; é administrador de bens materiais ou patrimoniais; gestor de
finanças e recursos monetários, da igreja local, além de outras tarefas como
pai, esposo, e dono de casa, como pastor de sua família.
POR ISSO MESMO A MAIORIA NÃO SÃO PASTORES DO MINISTÉRIO DADO POR JEUS CRISTO À
IGREJA. ESTÃO OCUPADOS COM COISAS DESTE MUNDO AO INVÉS DE ESTAREM SÓ OCUPADOS
COM COISAS ESPIRITUAIS.
Os apóstolos já no início da Igreja, perceberam que deveriam cuidar da doutrina
e da oração, sendo isso mais importante do que todo o demais. Os demais crentes
aprenderam com eles e praticaram o mesmo.
E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e
nas orações. Atos 2:42
Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. Atos 6:4
Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. Tito 2:1
A atividade pastoral genuína é tão importante, que o profeta Isaías, falando ao
povo de Israel, acerca do livramento que lhe seria dado, usa a figura do
pastor, aplicando-a ao próprio DEUS (Is 40.11). O verdadeiro pastor cuida bem
das ovelhas: recolhe os cordeirinhos (os mais fracos, mais novos) entre os
braços; leva-os no regaço; aos novos convertidos, os “amamenta”, como a “bebês
espirituais” e os guia mansamente.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 113-114.
A mensagem principal de João 10:2 é ensinar que o verdadeiro pastor, que é
JESUS CRISTO, tem a autoridade própria e a comissão divina para ministrar às
ovelhas, que são os verdadeiros filhos de DEUS de cujo direito não participam
os falsos pastores.
a. O Dom Pastoral
O ofício do pastor é um dom de DEUS à Igreja. Sem dúvida terá o dom de
governos, sendo esse um dom específico dos pastores. O pastor deve buscar dons
do ESPÍRITO SANTO para equipar seu ministério, principalmente o Dom de
Discernimento de espíritos. Além disso, deve ser capaz de ensinar (ver I Tim.
3:2b). Um pastor deve ser possuidor de apreciável dose de compaixão e simpatia,
sendo capaz de misturar-se bem com as pessoas, gostando da companhia dos seus
semelhantes. Um monge, em seu mosteiro, que gosta da solidão, meditando, lendo
seus livros sagrados, sem importar quantas outras virtudes possa ter, jamais seria
um bom pastor.
Um mestre, mergulhado até o pescoço nos seus livros que manuseia ideias e gosta
de estudar e aprender: pode ser um professor espetacular de Escola Dominical,
mas provavelmente não está bem adaptado às tarefas próprias de um pastor.
O bom pastor dá sua vida pelas ovelhas.
b. Definição
Um pastor que não tem o dom ministerial dado por JESUS CRISTO, mas sendo
ocupante de um ofício eclesiástico respeitável, ainda assim, de acordo com
certos grupos cristãos, ocupa posição inferior à de um bispo ou supervisor em
muitas denominações evangélicas. Uma igreja pode ter mais de um pastor,
dependendo das muitas necessidades da mesma. Assim um deles ocupar-se-á do
trabalho pastoral interno, um outro cuidará dos jovens, um outro poderá cuidar
de aconselhamento de casais, um outro da doutrina e ainda um outro ficará
encarregado do evangelismo, por exemplo. Isso ocorre devido à complexidade do
ofício pastoral, sem falarmos no fato de que, às vezes, o rebanho toma-se por
demais numeroso para que um único homem faça a contento o seu trabalho. O que
um pastor deve aceitar e fazer é que JESUS colocou na Igreja 5 ministérios
distintos e juntos poderão produzir imensamente mais do que separados.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 5.
Editora Hagnos. pag. 105.
Eis que o Senhor Jeová virá como o forte, e o seu braço dominará; eis que o seu
galardão vem com ele, e o seu salário, diante da sua face.
Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os braços, recolherá os cordeirinhos
e os levará no seu regaço; as que amamentam, ele as guiará mansamente. Isaías
40:10,11
O quadro final de DEUS é de um Pastor Divino.
Como pastor, apascentará o seu rebanho é conhecido por todos os cristãos
através do famoso Messias de Handel.
Isaías viu DEUS nos dois aspectos da sua infinita soberania exercendo seu poder
para subjugar seus inimigos e mostrando sua bondade compassiva para todos os
membros do seu rebanho. O versículo 10 mostra-o forte; o versículo 11 mostra-o
meigo e gentil. Brandura é simplesmente a força que se tornou meiga. Os
cordeirinhos recém-nascidos e as ovelhas que estão amamentando precisam de um
cuidado especial. Uma ovelha-mãe com um úbere pesado, cheio de leite, não
deveria ser sobrecarregada, e alguns cordeirinhos recém-nascidos ainda estão
fracos demais para longas caminhadas. Neste caso, eles devem ser carregados
pelo pastor. Essa profecia nos lembra de uma outra que descreve a compaixão de
CRISTO: “A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega” (42.3; cf.
Mt 12.20). Assim, esse prólogo conclui a segunda parte das profecias como
começou, com uma nota de conforto. Isaías vê que DEUS não abandonou esse mundo
ao caos; Ele governa e continua pastoreando a todos.
Ross E. Price. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 126.
Is 40.11. Com a piedade e a ternura de um pastor (v. 11). DEUS é o “Pastor de
Israel” (SI 80.1); CRISTO é o “bom Pastor” (Jo 10.11). O mesmo que governa com
a mão forte de um príncipe guiará e apascentará com a gentil mão de um pastor.
(1) Ele cuida de todo o seu rebanho, o pequeno rebanho: “Como pastor,
apascentará o seu rebanho”. A sua palavra é alimento para o seu rebanho. Suas
ordenanças são pastos onde eles devem se alimentar; os seus ministros são seus
pastores auxiliares, nomeados para cuidar do rebanho.
(2) Ele tem um cuidado particular com aqueles que mais necessitam dos seus
cuidados, as ovelhas que são fracas, e não podem cuidar de si mesmas, e estão
desacostumadas às dificuldades, e aquelas que estão prenhas, e por isso estão
pesadas, e, se algum mal for feito a elas, correm risco de dar cria
prematuramente. Ele cuida particularmente para que a descendência não se perca.
O bom Pastor tem um cuidado terno com as crianças que são entusiasmadas e
esperançosas, com os jovens convertidos, que estão iniciando o caminho para o
céu, com os crentes fracos, e com aqueles que têm um espírito pesaroso. Essas
são as ovelhas do seu rebanho que terão certeza de que não lhes faltará nada
que a sua situação exija. [1] “... entre os braços” do seu poder, “...
recolherá os cordeirinhos”. Ele os recolherá, quando vagarem, os recolherá
quando caírem, os recolherá quando estiverem dispersos, e os recolherá junto a
si, por fim. E tudo isso com seus braços, dos quais ninguém será capaz de
arrebatá-los (Jo 10.28). [2] Ele “... os levará no seu regaço”, no regaço do
seu amor, e ali os guardará. Quando estiverem cansados, ou fracos, quando
estiverem doentes e enfraquecidos, quando se encontrarem em caminhos errados,
Ele os levará, Ele os carregará, e Ele tomará as devidas precauções para que
não sejam deixados para trás. [3] Ele “... as guiará mansamente”. Com a sua
palavra, Ele não exige mais serviços, e pela sua providência Ele não inflige
mais problemas do que aqueles para os quais Ele os capacitará; pois Ele
considera a estrutura deles.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias.
Editora CPAD. pag. 177.
2. Uma missão polivalente.
O PASTOR — UM CONTRADITADO
Muitos obreiros, principalmente os mais jovens, aspiram ao pastorado. Não é
errado ter essa aspiração. Paulo escreveu ao jovem obreiro Timóteo: “Esta é uma
palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (1 Tm 3.1).
Mas os candidatos ao episcopado (pastorado) devem ter consciência de que um
pastor é alvo de grandes contradições e oposições, a despeito de sua honrosa
missão. A lista de contradições sobre o que as pessoas pensam do pastor, é
ampla e variada. Alguém já escreveu diversas listas sobre isso. A seguir,
resumimos uma delas:
Se o pastor é ativo, é ambicioso; se é calmo, é preguiçoso; se o pastor é
exigente, é intolerante; se não exige, é displicente; se fica com os jovens, é
imaturo; se fica com os adultos, é antiquado; se procura atualizar-se, é
mundano; se não se atualiza, é de mente fechada, retrógrado, ultrapassado; se
prega muito, é prolixo, cansativo; se prega pouco, é que não tem mensagem; se
veste-se bem, é vaidoso; se veste-se mal, é relaxado; se o pastor sorri, é
irreverente; se não sorri, é cara dura. O que o pastor fizer, alguém pensa que
faria melhor. Pode parecer algo hilário ou grotesco, mas reflete um pouco a
visão que muitas pessoas têm do pastor de uma igreja local . Aliás, alguém já
escreveu, dizendo que “pastor é uma espécie em extinção”.
Mas tais contradições não devem ser motivo para desânimo ou desinteresse pelo
ministério pastoral. O Sumo Pastor, JESUS CRISTO, foi alvo de piores
referências a seu respeito, mesmo demonstrando que era um ser especial, humano
e divino, que só fazia o bem. Seus opositores o acusaram de ser “comilão e
bebedor” (Mt 11.19); de ter demônio (Jo 8. 52); de ser endemoninhado e expulsar
demônio pelo príncipe dos demônios (Mc 3-22); e de tramar contra o governo da
época, justificando sua condenação (Lc 23.2; Jo 19.12). Mas JESUS não desistiu.
Foi até ao fim, entregando sua vida em lugar dos pecadores. E cumpriu a sua
missão (Jo 19.30).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 114-115.
Disse o Senhor aos discípulos: “Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de
lobos” (Mt 10.16). Na realidade os pastores de ovelhas são prevenidos que serão
cercados por animais perigosos. As ovelhas são atacadas por lobos. Essa é uma
advertência acerca das dificuldades que se deve esperar em um mundo tão hostil.
O próprio Senhor JESUS foi enviado “para evangelizar aos pobres; enviou-me para
proclamar libertação aos cativos e restauração da vida aos cegos, para pôr em
liberdade os oprimidos e apregoar o ano aceitável do Senhor” (Lc 4.18,19). E
ainda: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21).
Quão maravilhosa é esta tarefa. Que alta e santa chamada é a do pastor. Ele os
estabeleceu como luzes no mundo, e os chamou para serem o sal da terra. O
Senhor ensinou ainda: “aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço,
e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai” (Jo 14.12).
Esta promessa está muito além da experiência da maioria dos obreiros do
Evangelho. CRISTO disse justamente o que tinha a intenção de assegurar. Que
DEUS conceda fé aos pastores, para assumir a posição de autoridade e poder que
Ele deixou como herança nesta áurea promessa.
A grande comissão inicia com uma pequena palavra - “Ide” (Mc 16.15; Mt 28.19).
É o oposto de assentai-vos e fixá-los, mas significa a renúncia das coisas que
para trás ficam numa ação definida para entrar em contato com os que se acham
nas estradas, nas cidades, no interior, na nação e fora dela.
A ordem de JESUS atinge até aos confins da terra, partindo de Jerusalém. Trata-se
de um Evangelho de ação, e todo crente espiritual deve esforçar-se. E neste
espírito compete também ao pastor testificar das verdades que temos visto e
ouvido.
A melhor tradução de “ensinai”, em Mateus 28.19 é “fazei discípulos”. Não basta
meramente anunciarmos o Evangelho, desincumbindo-nos desta responsabilidade, e
ficando limpos do sangue de todos os homens. Não nos compete ir apenas passando
e proclamando-o às pessoas.
Mas, somos instruídos a ter como objetivo específico à conquista de almas preciosas
para CRISTO. Não teremos cumprido o dever enquanto não orarmos e lutarmos
pacientemente, até que os homens vejam o caminho e andem nele.
Quando Barnabé e Paulo chegaram e, entraram na sinagoga dos judeus e “falaram
de tal modo” que um grande número de pessoas veio a crer no Evangelho (At
14.1). Isso é falar com poder. Não apenas testificaram do Evangelho, mas o
fizeram de tal modo a ganhar novos discípulos. E assim sucedeu por onde
passaram, embora enfrentando dificuldade.
IBADEP - Instituto Bíblico da Assembleia de DEUS. Ética Cristã / Teologia do
Obreiro. pag.119-120.
QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR (BEP - CPAD)
1Tm 3.1,2 “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente
obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma
mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.”
Se algum homem deseja ser “bispo” (gr. episkopos, i.e., aquele que tem sobre si
a responsabilidade pastoral, o pastor), deseja um encargo nobre e importante
(3.1). É necessário, porém, que essa aspiração seja confirmada pela Palavra de
DEUS (3.1-10; 4.12) e pela igreja (3.10), porque DEUS estabeleceu para a igreja
certos requisitos específicos. Quem se disser chamado por DEUS para o trabalho
pastoral deve ser aprovado pela igreja segundo os padrões bíblicos de 3.1-13;
4.12; Tt 1.5-9. Isso significa que a igreja não deve aceitar pessoa alguma para
a obra ministerial tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua
espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem visão ou chamada. A igreja
da atualidade não tem o direito de reduzir esses preceitos que DEUS estabeleceu
mediante o ESPÍRITO SANTO. Eles estão plenamente em vigor e devem ser
observados por amor ao nome de DEUS, ao seu reino e da honra e credibilidade da
elevada posição de ministro.
Os padrões bíblicos do pastor, como vemos aqui, são principalmente morais e
espirituais.
O caráter íntegro de quem aspira ser pastor de uma igreja é mais importante do
que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou
graus acadêmicos. O enfoque das qualificações ministeriais concentra-se no
comportamento daquele que persevera na sabedoria divina, nas decisões acertadas
e na santidade devida. Os que aspiram ao pastorado sejam primeiro provados
quanto à sua trajetória espiritual (cf. 3.10). Partindo daí, o ESPÍRITO SANTO
estabelece o elevado padrão para o candidato, i.e., que ele precisa ser um
crente que se tenha mantido firme e fiel a JESUS CRISTO e aos seus princípios
de retidão, e que por isso pode servir como exemplo de fidelidade, veracidade,
honestidade e pureza. Noutras palavras, seu caráter deve demonstrar o ensino de
CRISTO em Mt 25.21 de que ser “fiel sobre o pouco” conduz à posição de governar
“sobre o muito”.
O líder cristão deve ser, inicialmente, “exemplo dos fiéis” (4.12; cf. 1Pe
5.3). Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas
perante a congregação como dignas de imitação.
Os dirigentes devem manifestar o mais digno exemplo de perseverança na piedade,
fidelidade, pureza em face à tentação, lealdade e amor a CRISTO e ao evangelho
(4.12,15).
O povo de DEUS deve aprender a ética cristã e a verdadeira piedade, não somente
pela Palavra de DEUS, mas também pelo exemplo dos pastores que vivem conforme
os padrões bíblicos. O pastor deve ser alguém cuja fidelidade a CRISTO pode ser
tomada como padrão ou exemplo (cf. 1Co 11.1; Fp 3.17; 1Ts 1.6; 2Ts 3.7,9; 2Tm
1.13).
O ESPÍRITO SANTO acentua grandemente a liderança do crente no lar, no casamento
e na família (32,4,5; Tt 1.6). Isto é: o obreiro deve ser um exemplo para a
família de DEUS, especialmente na sua fidelidade à esposa e aos filhos. Se aqui
ele falhar, como “terá cuidado da igreja de DEUS?” (3.5). Ele deve ser “marido
de uma [só] mulher” (3.2). Esta expressão denota que o candidato ao ministério
pastoral deve ser um crente que foi sempre fiel à sua esposa. A tradução
literal do grego em 3.2 (mias gunaikos, um genitivo atributivo) é “homem de uma
única mulher”, i.e., um marido sempre fiel à sua esposa.
Consequentemente, quem na igreja comete graves pecados morais, desqualifica-se
para o exercício pastoral e para qualquer posição de liderança na igreja local
(cf. 3.8-12). Tais pessoas podem ser plenamente perdoadas pela graça de DEUS,
mas perderam a condição de servir como exemplo de perseverança inabalável na
fé, no amor e na pureza (4.11-16; Tt 1.9). Já no AT, DEUS expressamente
requereu que os dirigentes do seu povo fossem homens de elevados padrões morais
e espirituais. Se falhassem, seriam substituídos (ver Gn 49.4; Lv 10.2;
21.7,17; Nm 20.12; 1Sm 2.23; Jr 23.14; 29.23).
A Palavra de DEUS declara a respeito do crente que venha a adulterar que “o seu
opróbrio nunca se apagará” (Pv 6.32,33). Isto é, sua vergonha não desaparecerá.
Isso não significa que nem DEUS nem a igreja perdoará tal pessoa. DEUS
realmente perdoa qualquer pecado enumerado em 3.1-13, se houver tristeza
segundo DEUS e arrependimento por parte da pessoa que cometeu tal pecado. O que
o ESPÍRITO SANTO está declarando, porém, é que há certos pecados que são tão
graves que a vergonha e a ignomínia (i.e., o opróbrio) daquele pecado
permanecerão com o indivíduo mesmo depois do perdão (cf. 2Sm 12.9-14).
Mas o que dizer do rei Davi? Sua continuação como rei de Israel, a despeito do
seu pecado de adultério e de homicídio (2Sm 11.1-21; 12.9-15) é vista por
alguns como uma justificativa bíblica para a pessoa continuar à frente da
igreja de DEUS, mesmo tendo violado os padrões já mencionados. Essa comparação,
no entanto, é falha por vários motivos. O cargo de rei de Israel do AT, e o
cargo de ministro espiritual da igreja de JESUS CRISTO, segundo o NT, são duas
coisas inteiramente diferentes. DEUS não somente permitiu a Davi, mas, também a
muitos outros reis que foram extremamente ímpios e perversos, permanecerem como
reis da nação de Israel. A liderança espiritual da igreja do NT, sendo esta
comprada com o sangue de JESUS CRISTO, requer padrões espirituais muito mais
altos.
Segundo a revelação divina no NT e os padrões do ministério ali exigidos, Davi
não teria as qualificações para o cargo de pastor de uma igreja do NT. Ele teve
diversas esposas, praticou infidelidade conjugal, falhou grandemente no governo
do seu próprio lar, tornou-se homicida e derramou muito sangue (1Cr 22.8;
28.3). Observe-se também que por ter Davi, devido ao seu pecado, dado lugar a
que os inimigos de DEUS blasfemassem, ele sofreu castigo divino pelo resto da
sua vida e não pode construir o templo para DEUS (2Sm 12.9-14).
3. O cuidado contra os falsos pastores.
Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO
SANTO vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de DEUS, que ele
resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto: que, depois da minha
partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho. E
que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para
atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, durante
três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar, com lágrimas, a cada um de
vós. Atos 20:28-31
OS PASTORES E SEUS DEVERES (BEP - CPAD)
At 20.28 “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO
vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de DEUS, que ele resgatou
com seu próprio sangue.”
Nenhuma igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme
14.23, a congregação local, cheia do ESPÍRITO, buscando a direção de DEUS em
oração e jejum, elegiam certos irmãos para o cargo de presbítero ou bispo de
acordo com as qualificações espirituais estabelecidas pelo ESPÍRITO SANTO em
1Tm 3.1-7; Tt 1.5-9. Na realidade é o ESPÍRITO que constitui o dirigente de
igreja. O discurso de Paulo diante dos presbíteros de Éfeso (Atos 20.17-35) é
um trecho básico quanto a princípios bíblicos sobre o exercício do ministério de
pastor de uma igreja local.
Paulo em Éfeso foi instrumento do poder de DEUS.
E DEUS, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias, de sorte que até
os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades
fugiam deles, e os espíritos malignos saíam. Atos 19:11,12
Paulo ensinava tanto nas ruas, como de casa em casa, o evangelho legítimo.
Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse
tempo me portei no meio de vós, servindo ao Senhor com toda a humildade e com
muitas lágrimas e tentações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram;
como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar e ensinar publicamente e pelas
casas, testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a DEUSe a fé
em nosso Senhor JESUS CRISTO. Atos 20:18-21
O ESPÍRITO SANTO constituiu os pastores.
Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO vos
constituiu bispos, para apascentardes a igreja de DEUS, que ele resgatou com
seu próprio sangue. Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão
no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho. E que, dentre vós
mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos
após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, durante três anos, não cessei,
noite e dia, de admoestar, com lágrimas, a cada um de vós. Atos 20:28-31
PROPAGANDO A FÉ.
(1) Um dos deveres principais do dirigente é alimentar as ovelhas mediante o
ensino da Palavra de DEUS. Ele deve ter sempre em mente que o rebanho que lhe
foi entregue é a congregação de DEUS, que Ele comprou para si com o sangue
precioso do seu Filho amado (cf. 20.28; 1Co 6.20; 1Pe 1.18,19; Ap 5.9).
(2) Em 20.19-27, Paulo descreve de que maneira serviu à igreja de Éfeso; tornou
patente toda a vontade de DEUS, advertindo e ensinando fielmente os cristãos
efésios (20.27) e sendo canal de DEUS para realização de grades sinais,
prodígios e maravilhas (Atos 19.11,12). Daí, ele poder exclamar: “estou limpo
do sangue de todos” (20.26). Os pastores de nossos dias também devem instruir
suas igrejas em todo o desígnio de DEUS. Que “pregues a palavra, instes a tempo
e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e
doutrina” (2Tm 4.2) e nunca ministrar para agradar os ouvintes, dizendo apenas
aquilo que estes desejam ouvir (2Tm 4.3).
(3) A fé dos pastores deve ser vista por suas ovelhas e confirmada por sinais,
prodígios e maravilhas (Atos 19:11,12). Paulo exortou Timóteo, que serviu à
igreja de Éfeso, a despertar o dom que havia nele (2 Tm 1.6).
GUARDANDO A FÉ.
Além de alimentar o rebanho de DEUS, o verdadeiro pastor deve diligentemente
resguardá-lo de seus inimigos. Paulo sabe que no futuro Satanás levantará
falsos mestres dentro da própria igreja, e, também, falsários vindos de fora,
infiltrar-se-ão e atingirão o rebanho com doutrinas antibíblicas, conceitos
mundanos e idéias pagãs e humanistas. Os ensinos e a influência destes dois
tipos de elementos arruinarão a fé bíblica do povo de DEUS. Paulo os chama de
“lobos cruéis”, indicando que são fortes, difíceis de subjugar, insaciáveis e
perigosos (ver 20.29; cf. Mt 10.16). Tais indivíduos desviarão as pessoas dos
ensinos de CRISTO e os atrairão a si mesmos e ao seu evangelho distorcido. O
apelo veemente de Paulo (20.28-31) impõe uma solene obrigação sobre todos os
obreiros da igreja, no sentido de defendê-la e opor-se aos que distorcem a
revelação original e fundamental da fé, segundo o NT.
A igreja verdadeira consiste somente daqueles que, pela graça de DEUS e pela
comunhão do ESPÍRITO SANTO, são fiéis ao Senhor JESUS CRISTO e à Palavra de
DEUS. Por isso, é de grande importância na preservação da pureza da igreja de
DEUS que os seus pastores mantenham a disciplina corretiva com amor (Ef 4.15),
e reprovem com firmeza (2Tm 4.1-4; Tt 1.9-11) quem na igreja fale coisas
perversas contrárias à Palavra de DEUS e ao testemunho apostólico (20.30).
Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos
da obra devem lembrar-se de que o Senhor JESUS os tem como responsáveis pelo
sangue de todos os que estão sob seus cuidados (20.26,27; cf. Ez 3.20,21). Se o
dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de DEUS para a
igreja (20.27), principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho (20.28), não
estará “limpo do sangue de todos” (20.26, cf. Ez 34.1-10). DEUS o terá por
culpado do sangue dos que se perderem, por ter ele deixado de proteger o
rebanho contra os falsificadores da Palavra (ver também 2Tm 1.14; Ap 2.2).
É altamente importante que os responsáveis pela direção da igreja mantenham a
ordem quanto a assuntos teológicos doutrinários e morais na mesma. A pureza da
doutrina bíblica e de vida cristã deve ser zelosamente mantida nas faculdades
evangélicas, institutos bíblicos, seminários, editoras e demais segmentos
administrativos da igreja (2Tm 1.13,14). O calvinismo que hora permeia os
cursos teológicos devem ser barrados a qualquer custo (são anti-pentecostais,
são cessacionistas, crêem que uma vez salvo, salvo para sempre, crêem que a
salvação é só para os escolhidos pré-determinadamente, crêem que a graça é
irrestível etc.)
A questão principal aqui é nossa atitude para com as Escrituras divinamente
inspiradas, que Paulo chama a “palavra da sua graça” (20.32). Falsos mestres,
pastores e líderes tentarão enfraquecer a autoridade da Bíblia através de seus
ensinos corrompidos e princípios antibíblicos. Ao rejeitarem a autoridade
absoluta da Palavra de DEUS, negam que a Bíblia é verdadeira e fidedigna em
tudo que ela ensina (20.28-31; ver Gl 1.6; 1Tm 4.1; 2Tm 3.8). A bem da igreja
de DEUS, tais pessoas devem ser excluídas da comunhão (2Jo 9-11; ver Gl 1.9).
A igreja que perde o zelo ardente do ESPÍRITO SANTO pela sua pureza (20.18-35),
que se recusa a tomar posição firme em prol da verdade e que se omite em
disciplinar os que minam a autoridade da Palavra de DEUS, logo deixará de
existir como igreja neotestamentária.
As igrejas atuais não devem, pois, desprezar as qualificações justas exigidas
por DEUS para seus pastores e demais obreiros, conforme está escrito na
revelação divina. É dever de toda igreja orar por seus pastores, assisti-los e
sustentá-los na sua missão de servirem como “exemplo dos fiéis, na palavra, no
trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” (4.12).
Ajuda de Pb Alessandro Silva, com comentários, acréscimos e alterações do Pr.
Henrique
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 10, O ministério de Mestre ou Doutor
Lições Bíblicas - 2º Trimestre de 2014/2021 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário - Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Henrique
99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Cajamar - SP
https://youtube.com/playlist?list=PL9TsOz8buX18n22PQ9kHGcCkvGLW-VPUA vídeos de
2014 desta mesma Lição
Escrita
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/05/escrita-licao-10-o-ministerio-de-mestre.html
Slides
https://ebdnatv.blogspot.com/2021/05/slides-licao-10-o-ministerio-de-mestre.html
Vídeo completo, Lição 10
https://www.youtube.com/watch?v=2qgcsYmzvOI
https://www.slideshare.net/henriqueebdnatv/slideshare-lio-10-o-ministrio-de-mestre-ou-doutor-2tr21-pr-henrique-ebd-na-tv
Resumo da Lição 10 - O Ministério de Mestre ou Doutor
I - JESUS, O MESTRE POR EXCELÊNCIA
1. O Mestre da Galileia.
2. O Mestre divino.
3. O Mestre da humildade.
II - O ENSINO DAS ESCRITURAS NA IGREJA DO PRIMEIRO SÉCULO
1. Uma ordem de JESUS.
2. A doutrina dos apóstolos.
3. Ensinamento persistente.
Ill - A IMPORTÂNCIA DO DOM MINISTERIAL DE MESTRE
1. Uma necessidade urgente da igreja.
2. A responsabilidade de um discipulado contínuo.
3. Requisitos necessários ao Mestre .
a) Um salvo em CRISTO. b) O hábito de ler.
c) Preparo intelectual. d) Um coração em chamas.
Vídeo https://www.youtube.com/watch?v=2qgcsYmzvOI
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 7.28,29; Atos 13.1; Romanos 12.6,7; Tiago
3.1.
Mateus 7.28 - E aconteceu que, concluindo JESUS este discurso, a multidão se
admirou da sua doutrina, 29 - porquanto os ensinava com autoridade e não como
os escribas.
Atos 13.1 - Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores,
a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora
criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.
Romanos 12.6 - De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é
dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; 7 - se é ministério, seja
em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
Tiago 3.1 - Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que
receberemos mais duro juízo.
Meus comentários - Pr. Luiz Henrique - Livros diversos Com acréscimos e
comentários extras do Pr Henrique.
“E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens
fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” 2 Tm 2:2
INTRODUÇÃO 1
Nessa lição estamos falando de ministério Mestre ou doutor, ministério esse que
é acompanhado por sinais, prodígios e maravilhas, como era normal na vida dos
primeiros mestres. Vemos na reunião em Antioquia que os mestres, ou doutores,
eram homens de adoração, jejum, oração e ouviam diretamente a voz do ESPÍRITO
SANTO. Eram Profetas e mestres de um ministério sobrenatural (Ef 4.11).
"E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a
saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora
criado com Herodes o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e jejuando,
disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os
tenho chamado". Atos 13:1,2.
Paulo foi um Mestre por excelência, se autodenominava "doutor dos
gentios" - "Para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor
dos gentios". 2 Timóteo 1:11.
Quase nenhum pastor é Mestre - quantos você conhece que através dele, de
seu ministério pessoal, acontecem milagres, curas, batismos no ESPÍRITO SANTO,
libertações, etc...?
O pastor recebe comunicação dos irmãos sobre coisas que estão a perturbar o
rebanho e sobre problemas com cada um, então procura na Bíblia uma mensagem
para corrigir esses erros, às vezes doutrinários ou de ordem moral, etc... Isso
não faz do pastor um mestre. O Mestre recebe uma mensagem de DEUS para
dar à igreja que tocará nos corações e confrontará seus pecados, fortalecerá os
que estão lutando contra o pecado, exortará os duvidosos e consolará os
tristes. O ensino pastoral é humano, o ensino do Mestre é sobrenatural, é
espiritual. A mensagem vem do ESPÌRITO SANTO que sondou os Corações se mentes
dos ali presentes. É inacreditável de repente pensarmos que todo pastor é um
Mestre e que todo professor de EBD também o é. Na maioria das vezes se
encontra um Mestre só entre toda uma igreja de 10.000 pessoas, por
exemplo. É raro esse ministério, não estamos falando de gente que estuda muito,
que tem muitos livros e que tem facilidade de decorar o que lê, que tem
diplomas de teologia, estamos falando de um ministério poderoso e eficaz de
CRISTO. Procuremos não diminuir os ministérios, por favor. Assim como é difícil
encontrar um legítimo apóstolo, um legítimo profeta, um legítimo evangelista,
um legítimo pastor, assim é também difícil encontrar um legítimo Mestre ou
doutor. Estamos, nesta lição, falando de coisas superiores, sobrenaturais,
espirituais, excelentes.
Estou mostrando que o pastor não é mestre porque ensina - o pastor recebe
comunicação dos irmãos sobre coisas que estão a perturbar o rebanho e sobre
problemas com cada um, então procura na Bíblia uma mensagem, para corrigir
esses erros, às vezes doutrinários ou de ordem moral ,etc... Isso não faz dele
um mestre. O mestre recebe mensagem diretamente do ESPÍRITO SANTO, é
sobrenatural. O ESPÍRITO SANTO sonda os corações se dá a mensagem na mesma hora
ao mestre. sobre o que cada um precisa ouvir.
διδασκαλος didaskalos professor, doutor ou Mestre .
* no NT, alguém que ensina.
Em nossa lição é um ministério dado por CRISTO a igreja, é uma pessoa escolhida
por JESUS e capacitada pelo ESPÍRITO SANTO com dons, pessoa dada a Igreja.
Está é a definição do ofício de doutor ou Mestre em nossa lição.
Não tem a ver com professor de EBD ou pastor que ensina no culto de doutrina ou
de ensino.
Não sei onde alguns irmãos acharam esse dom de ensino. Existe Dom ministerial
de Mestre ou Doutor.
O Mestre ou Doutor é uma pessoa dada, por CRISTO, à igreja, para ensinar
a igreja ou qualquer que lhe pergunte a respeito de DEUS ou que deseja aprender
a Bíblia, seu ensino é sobrenatural e é confirmado por sinais, prodígios e
maravilhas.. É uma pessoa capacitada pelo ESPÍRITO SANTO com dons espirituais e
alguém que busca e recebe revelações de DEUS para aquilo que ensina. Acontecem
salvações, curas e milagres quando um Mestre ensina. Exemplo disso são
JESUS, Paulo, Pedro, Estêvão e Filipe etc. ---- Todos podem ensinar, mas nunca
serem Mestres ou Doutores, mas, todo Mestre ou Doutor é excelente ensinador.
Todos podem e devem estudar para ensinarem, porém o Mestre ou Doutor recebe
ensino direto de DEUS, além do que aprendeu estudando.
"Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor JESUS,
na noite em que foi traído, tomou o pão"; 1 Coríntios 11:23.
A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de
sabedoria humana, mas em demonstração do ESPÍRITO e de poder, 1 Coríntios 2:4
As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o
ESPÍRITO SANTO ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. 1
Coríntios 2:13
Um legítimo Mestre é aquele que tira de seu aió, ou alforje, ou embornal,
ou cofo, ou sacola, ou pasta, ou mochila, etc... (bolsa onde se coloca as
sementes para plantar, de acordo com cada região do Brasil), daí o Mestre
retira, coisas velhas e coisas novas, ou seja, coisas já reveladas e coisas que
ele buscou de DEUS e são novas revelações da Palavra de DEUS, e as ensina a
seus alunos (palavra que sai da boca de DEUS). - "E ele disse-lhes: Por
isso, todo o escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai
de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas". Mateus 13:52.
O Mestre aplica tanto o serviço espiritual de buscar a revelação da
Palavra, em oração, quanto aplica o serviço material que envolve estudar a
finco a bíblia sobre o que vai ensinar e também se aplica ao jejum para se
manter em comunhão íntima com o ESPÍRITO SANTO, também ministra dons do
ESPÍRITO SANTO aos ouvintes - Sem entrega total da vida não existe ministério
de Mestre - sem sacrifício não existe presença de DEUS.
Nicodemos disse: Rabi, bem sabemos que és Mestre vindo de DEUS,
porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS não for com ele
(2). Os milagres que JESUS realizara (2.23) indicavam o caminho para Nicodemos
e para aqueles que este representava (observe a forma plural sabemos). Por
causa desses milagres, eles descobriram que JESUS era um professor especial
enviado por DEUS.
A maior tragédia do ensino em nossos dias é não ver na vida prática dos
ensinadores o que eles mesmos ensinam, é não ver e ouvir a confirmação de seu
ensinos através do poder de DEUS em operação pela manifestação dos dons
espirituais na vida ministerial de tais "mestres".
NOVO NASCIMENTO
Acontece quando há o arrependimento de pecado e o pecador arrependido confessa
a JESUS CRISTO como único e suficiente Salvado e Senhor, é invisível a presença
do ESPÍRITO SANTO na pessoa, mas a partir desse momento Ele está morando nesse
novo filho de DEUS, nascido de novo. Este antes era do reino das trevas, agora
é do reino da luz, era do reino de Satanás, agora pertence ao reino de DEUS,
era filho da ira, agora filho de DEUS. JESUS disse que é como o vento que
ninguém vê, mas sabe que está balançando a árvore, assim o que é nascido de
novo apresenta mudança de vida, mas ninguém vê o ESPÍRITO SANTO na pessoa,
embora O Mesmo esteja morando lá. SINAL INTERNO E INVISÍVEL
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 58, p.41.
Vivemos num tempo de avanço tecnológico e de multiplicação das informações em
distintas áreas do conhecimento. Basta um computador conectado à internet e,
pronto: um mundo outrora desconhecido agora se abre para você. Possivelmente, o
seu aluno conhece o assunto a ser lecionado nesta semana. Certamente ele
pesquisou muita coisa em livros e na internet. E pode ter acumulado até mais
informação que o conteúdo preparado para a sua aula. Este é o nosso mundo
globalizado!
Nesta lição, o nosso desafio é explicar como se pode relacionar o dom
ministerial de Mestre com as urgências existenciais dos dias
contemporâneos. Não por acaso, ela abre o tema analisando o ministério do
ensino em JESUS de Nazaré. O Mestre da Galileia era antenado com as
circunstâncias sociais, políticas e espirituais do seu tempo. Com propriedade,
JESUS ensinou sobre a política, as prevenções contra o materialismo e
confrontou os discípulos a respeito do verdadeiro sentido da vida humana.
Levando sempre uma proposta de vida segundo a perspectiva do Reino de DEUS. É a
urgência da tarefa de todo educador cristão: levar os alunos a pensarem as
demandas da existência à luz do Evangelho e segundo os aspectos positivos e
negativos do Reino de DEUS (Mt 5-7). O ensino do Mestre trás revelações
sobrenaturais que o aluno jamais encontrará nos livros e na internet.
Preeminência do ministério do Mestre
Podemos afirmar historicamente que, logo após a morte dos santos apóstolos, as
testemunhas da ressurreição do Senhor, os mestres ministeriais eram líderes
chaves na comunidade antiga, assim como os apóstolos ministeriais, profetas
ministeriais, os evangelistas ministeriais e os pastores ministeriais. Ao ponto
de a Bíblia registrar a exortação apostólica: "Os presbíteros (ministros,
anciãos, líderes) que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada
honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina" (1Tm
5.17). Os presbíteros que se dedicavam ao exame da Palavra de DEUS eram
estimados por duplicada honra porque eles se afadigavam dia e noite para compreender
os mistérios divinos (Rm 12.7). A mensagem do Reino tinha de fazer sentido na
vida dos cristãos de outrora.
Caro professor, o Pai concedeu o dom ministerial do Mestre para a sua
Igreja atingir a estatura de CRISTO em sua plenitude. Portanto, estude,
persista em ler e reflita acerca da fé; não se esqueça de que os nossos alunos
devem enfrentar as questões da vida sob o prisma da mensagem do Reino de DEUS.
E você professor, é um instrumento essencial nesse processo de formação cristã.
Busque o ministério de Mestre ou doutor em oração e jejum. Busque ser
usado por DEUS em Dons do ESPÍRITO SANTO para que seu ensino seja confirmado
por DEUS sobrenaturalmente. Acréscimo do Pr Henrique.
INTRODUÇÃO 2
Entre os dons ministeriais, concedidos por DEUS para edificação e
“aperfeiçoamento dos santos”, nas igrejas locais, está o de “doutor” ou “Mestre
”. Não é um dom muito reconhecido em geral, nas comunidades cristãs, por falta
de entendimento acerca do seu valor, ou até por preconceito contra esses
termos. As pessoas não têm qualquer receio de tratar um obreiro como “pastor”,
“evangelista”, “bispo” ou até “apóstolo”, nos dias presentes. Mas não é comum
um obreiro, que tem o dom de Mestre ser chamado de “Mestre ” ou “doutor”.
Isso se deve à visão que se tem do que é ser dotado de capacidade para o
exercício desse dom ministerial, tão importante quanto os demais dons de DEUS.
Ou pelo “ar de superioridade” que alguns vêm naqueles usados no exercício desse
dom. Percebe-se que, em muitos casos, os pastores, por falta de humildade
perseguem os mestres ou doutores, não percebendo que aquele que deu o dom foi
DEUS. O verdadeiro Mestre ou doutor não se porta com diletantismo ou
soberba, pelo fato de ser intelectualmente mais galardoado do que outros. Os
mestres devem ser sustentados pela igreja que muitas vezes não lhe provê nem o
sustento básico, como escrito acima - Os presbíteros que se dedicavam ao exame
da Palavra de DEUS eram estimados por duplicada honra porque eles se afadigavam
dia e noite para compreender os mistérios divinos (Rm 12.7). 1 Timóteo 5:18 - O
trabalhador é digno do seu salário.
Não se deve generalizar em caso algum o comportamento dos maus obreiros. Há os
mestres ou doutores que, a despeito de seu elevado grau de conhecimento
bíblico, teológico e secular, são humildes e sinceros, colocando-se como servos
a serviço das igrejas.
Os bons mestres ou ensinadores são muito úteis às igrejas locais. Na maioria
das vezes os pastores, assoberbados com as atividades administrativas,
construindo templos, cuidando do patrimônio, em viagens pastorais, e tantas
atividades, próprias dos que realmente trabalham em prol da obra do Senhor, não
têm tempo de preparar estudos e mensagens substanciais, para alimentar a igreja
local. E recorrem aos mestres ou ensinadores, para que lhes ajudem nessa imensa
tarefa de edificar o rebanho. Somente aí se dá o devido valor ao Mestre .
Raríssimas são as oportunidades dadas aos mestres nas igreja, hoje em dia.
A atividade primordial do Mestre , doutor ou ensinador é cuidar do ensino recebido
sobrenaturalmente. É tão importante que a Bíblia requer que haja dedicação ao
exercício desse dom. “...se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja
dedicação ao ensino" (Rm 12.7 — grifo nosso). Imagine quantas horas de
oração, estudo da Bíblia e de jejum o verdadeiro Mestre se entrega
diariamente para poder exercer seu ministério. Talvez seja uma das grandes
falhas em muitos ministérios, a falta de dedicação ao ministério de ensino. Há
pessoas que querem ensinar sem o mínimo preparo para essa atividade. Nos tempos
pós-modernos, mais do que nunca, existe a necessidade de bons ensinadores. Há
questionamentos e problemas que não havia há alguns anos. E muitos pastores não
estão preparados para dar respostas adequadas ao rebanho.
O avanço das ciências, das tecnologias, as questões da bioética, as mudanças
rápidas no comportamento social provocam questões que exigem, não só o
conhecimento bíblico e teológico, mas também secular. Além de tudo, a
dependência do ESPÍRITO SANTO que sonda os corações revela as necessidades de
cada um.
O Mestre , doutor ou ensinador precisa ter o cuidado de não se considerar
superior ao pastor ou dirigente de uma congregação, pelo fato de ter mais
conhecimento que a média dos obreiros. Humildade, modéstia, sabedoria e
equilíbrio são qualidades indispensáveis aos que são dotados por DEUS de mais
capacidade para se dedicarem ao ensino. Mais cuidado ainda deve ter o Mestre ,
pois deles será requerido mais, como diz Tiago: “Meus irmãos, muitos de vós não
sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1). Aquele que
recebe o nome de Mestre , sem o ser, está em perigo constante, pois representa
o papel daquele que realmente foi recolhido por DEUS, não sabendo ele que será
cobrado por ensinar o que não prática e nem crê.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 118-119. Com acréscimos do
Pr Henrique.
ENSINO
A importância do ensino Cristão
1. Ensinemos por meio de palavras, pela força do exemplo. O ensino faz parte da
Grande Comissão (ver Mt. 28:20).
2. Os dons espirituais existem para servir de auxílio no ministério do ensino,
e o alvo de tudo é a maturidade espiritual, o crescimento e o aperfeiçoamento
dos santos (ver Ef. 4:11 e ss).
3. Os verdadeiros mestres são dádivas divinas à igreja, para seu benefício (ver
Ef. 4:11). E a revelação da palavra é dada especialmente aos mestres, a fim de
que sejam eficazes em seu ministério (ver I Cor. 12:8).
4. O ensino tem um efeito edificador. Portanto, é importante, se a igreja tiver
de ser edificada. O ensino é vital para esse propósito (Ef 4.12).
5. As Escrituras Sagradas nos foram transmitidas nessa forma escrita a fim de
que o ministério do ensino fosse facilitado e se tomasse mais eficaz. São a
base de qualquer ministério (At 2.42).
6. Acima de tudo o mais, CRISTO foi o Mestre Supremo. Se seguirmos o exemplo
que nos deixou, sem dúvida haveremos de ensinar. Ensinava, pregava e curava (Mt
4.23).
7. Se apenas houver evangelização e faltar o ensino cristão, a igreja terá de
contentar-se com uma igreja infantil, carnal, com disputas e cisões. Um povo
faminto espiritualmente, será um povo infeliz. Daí a importância do
Mestre (Mt. 28:20).
8. A ausência de ensino cristão arma o palco para a apostasia. (ver Hb. 6:1 e
ss).
9. Chega um tempo, na vida de cada crente, que se espera que ele se tome um
Mestre , e não um aprendiz (ver Hb. 5:12).
10. Observemos a importância emprestada por Paulo à necessidade de haver homens
bons que sejam mestres de outras pessoas na fé cristã, para que esta possa
passar de uma geração à outra (ver 2 Tm, 2:2).
Aquele que tem o privilégio de ser bem ensinado terá o privilégio de ser
instrumento na obra de DEUS.
Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo
de quem o tens aprendido. E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas
letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em CRISTO
JESUS. Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para
redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de DEUS
seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra. 2 Timóteo 3:14-17
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2.
Editora Hagnos. pag. 390. Com acréscimos do Pr Henrique.
Os versículos 7-8 acrescentam: Se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que
exorta, use esse dom em exortar. Colocada ao lado de ensinar, a palavra exortar
sugere pregação. Sobre o significado de exortação (dom de exortar). No entanto,
Barrett nos lembra que precisamos evitar fazer uma distinção muito precisa
entre ensinar e exortar. “Cada um destes termos significa uma comunicação da
verdade do evangelho ao ouvinte, efetivada de diversas maneiras: em uma delas,
é explicada - em outra, é aplicada. Contudo, esta comunicação nunca deve ser
explicada sem ser aplicada, nem aplicada sem ser explicada”.
William M. Greathouse. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag.
164. Com acréscimos do Pr Henrique.
É um belo dom, que o use e ocupe-se dele. “...se é ensinar, haja dedicação ao
ensino”; assim alguns o complementam, ho didaskon, en te didaskalia.
Que ele seja regular, constante e diligente no ensino; que permaneça naquilo
que é a sua própria função, e esteja nela como em seu ambiente natural (veja 1
Tm 4.15,16, onde isso é explicado por duas palavras: em toutois isthi e epimene
autois, estar nessas coisas e continuar nelas). É função do Mestre
aplicar as verdades e as regras do evangelho mais próximas à situação e à
condição das pessoas e inculcar nelas aquilo que for mais prático. Se requer
uma cabeça esclarecida e um coração aquecido. Gera edificação dividir o
trabalho adequadamente e, qualquer que seja a tarefa de que nos encarregamos,
vamos nos dedicar a ela. Cuidar do nosso trabalho é entregar o melhor de nosso
tempo e pensamentos a ele, aproveitar todas as oportunidades para ele e não
apenas refletir em como fazê-lo, mas fazê-lo bem.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE
Edição completa. Editora CPAD. pag. 389. Com acréscimos do Pr Henrique.
Nas páginas do N.T., o vocábulo «...ministério...» geralmente aparece vinculado
a alguma forma de ministração física, como no caso do serviço prestado por
Marta (ver Luc. 10:40), embora também possa indicar alguma forma de serviço
espiritual, como o serviço prestado pelos anjos aos herdeiros da salvação,
conforme lemos em Heb. 1:14. No trecho de 2 Cor. 3:7, essa mesma palavra é
usada para falar sobre o ministério geral de Moisés. Pode significar o serviço
geral, físico ou espiritual, relativo às coisas temporais ou às realidades
eternas.(Ver I Cor. 12:5; Efé. 4:13 e II Tim. 4:11).
Vê-se, portanto, que a palavra «ministério» se aplica tanto ao serviço físico
como ao serviço espiritual, dos menores serviços aos mais elevados que podem
ser realizados na igreja. (Ver Atos 6:1,4).
«...dediquemo-nos ao ministério...» Essa «dedicação» não aparece no original
grego, embora seja corretamente suprida na tradução. Literalmente, o trecho
original diz: «...o que ensina, esmere-se no fazê-lo...» (Atos 20:20). Uma vez
mais, o original grego diz tão-somente, «...aquele que ensina, no seu
ensino...», deixando subentendida a ideia de «dedicação» ou «diligência».
Aquele cujo ofício consiste em ensinar, deveria esforçar-se por aprimorar os
seus conhecimentos, por melhorar a eficácia dos seus métodos de ensino,
aumentando o seu interesse pessoal por aqueles que são os seus alunos. Um dos
mais graves escândalos das modernas igrejas evangélicas é que a grande maioria
dos seus mestres em nada melhora com a passagem dos anos, incluindo-se nisso
tanto o conhecimento como os métodos empregados, como também não demonstram
crescente interesse pessoal pelo bem-estar de seus alunos. Pois, não é verdade
que muitos pastores e outros ministros, depois de terminarem algum curso
bíblico, em um instituto bíblico ou em um seminário qualquer, nunca mais
envidam esforço para melhorarem, mas de ano após ano não apresentam qualquer
mudança para melhor, dizendo sempre as mesmas coisas e da mesma maneira?
Ponderamo-nos admirar, portanto que, neste nosso mundo moderno, onde o
conhecimento geral aumenta de forma assustadora, tantos se sintam enfadados das
igrejas, até que finalmente se desviam de todo? Não é suficiente proferir
dogmas contínuos, sem variação e sem imaginação. Ninguém pode tolerar esse tipo
de ministério para sempre. Esse tipo de ministério não corresponde aos
problemas de nossa complexa sociedade contemporânea. No entanto, que o ensino
bíblico é importante se toma imediatamente evidente através do fato que a
Grande Comissão nos ordena não somente evangelizar, mas igualmente ensinar, e
ensinar «todas as coisas» que ele nos ordenou.
Ensinar mediante o «exemplo» também é importante, embora se trate de um aspecto
olvidado por tantos mestres cristãos. (Atos 12:25). Existe distinção entre
«profetas» e «mestres», em Atos 13:1 e Ef. 4:11). A distinção é que os mestres,
em sua inspiração imediata, lhes é permitido revelar alguma coisa nova, uma
revelação da Palavra de DUS, por exemplo, de que ainda não se tinha
conhecimento. que empresta autoridade àquilo que dizem.
Deveria tornar-se evidente, com base neste texto da epístola aos Romanos, que o
ensino é um dom e ministério. E os crentes possuidores desse ministério
deveriam procurar aprimorar-se na aplicação de sua chamada. O Mestre
cristão deve também buscar pela inspiração do ESPÍRITO SANTO, para que o Senhor
o guie em suas pesquisas e em seus pensamentos. O Mestre expõe aos seus
ouvintes muitos tesouros, alguns antigos e outros novos, mas todos proveitosos
e expressos de maneira tão convincente que podem transformar as vidas dos
homens, porquanto as suas palavras podem ser usadas pelo ESPÍRITO de DEUS
visando exatamente a essa função.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 3. pag. 814. Com acréscimos do Pr Henrique.
I - JESUS, O MESTRE POR EXCELÊNCIA
1. O Mestre da Galileia.
a- O SIGNIFICADO DE MESTRE
A palavra Mestre, nas escrituras, tem o sentido de designar “uma pessoa que é
superior às outras, em poder, autoridade, conhecimento ou em algum outro
aspecto”. No hebraico, a palavra 'adon que dizer “soberano” ou “senhor”. A
palavra “rab” designa um “professor comum”. Com relação a JESUS, foi usada a
palavra “rabi” (cf. Jo 4.31), indicando que ele era um Mestre superior.
As pessoas chamavam de “meu Mestre ”, “meu Senhor”, a quem tinha esse título.
JESUS recebeu esse tratamento diversas vezes (Jo 1.38,49; 3.2,26). Quando JESUS
ressuscitou, Maria usou a palavra “Raboni?, quando o reconheceu. “Disse-lhe
JESUS: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni (que quer dizer Mestre)!” (Jo
20.16). Em seus ensinos, “O Senhor JESUS proibiu o uso deste termo entre os
discípulos por causa do orgulho e da exaltação pessoal com que era utilizado
entre os fariseus (Mt 23. 7,8).
b- O MESTRE DA GALILEIA
JESUS era o Mestre perfeito. Além de apóstolo, profeta, evangelista e
pastor, exercia com excelência a missão de ensinar. Evangelizava e
discipulava de maneira eficaz. Era o Mestre perfeito; o Doutor incomparável (Mt
4.23-25).
Seus ensinos, seus sermões ou discursos e suas aulas eram eloquentes e
profundamente convincentes aos que o ouviam. Ele não ensinava teorias abstratas
ou acadêmicas que impressionassem pela retórica. Seu ensino era bem recebido
pelas multidões, porque Ele vivia o que ensinava e ensinava o que vivia.
O Mestre dos mestres fazia diferença em seus ensinos perante as multidões. O
povo estava descrente das mensagens dos escribas e fariseus, que proferiam
discursos eloquentes e legalistas, mas vazios de autenticidade e poder. Não foi
por acaso, que as multidões que seguiam JESUS aumentavam a cada dia. A
diferença dos ensinos de JESUS e os dos fariseus, era que JESUS falava com
autoridade (Mt 7.28,29). Ministrava os dons do ESPÍRITO SANTO curando e
libertando (Mt 4.23; 9.35)) e Ele era incomparável, como Rabi da Galileia (Jo
3.2).
O Mestre dos Mestres deixou-nos grandes exemplos de sua pedagogia.
1) Conhecia a matéria que ensinava (Lc 24.27);
2) Conhecia seus alunos (Mt 13; Lc 15.8-10; Jo 21);
3) Reconhecia o que havia de bom em seus alunos (Jo 1.47);
4) Ensinava as verdades bíblicas de modo simples e claro (Lc 5.17- 26; Jo
14.6);
5) Variava o método de ensino conforme a ocasião e o tipo de ouvintes
(Parábolas, perguntas, discursos, preleção, leitura, demonstração etc.).
6) Curava e libertava as pessoas com poder tremendo (Mt 4.23; 9.35).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 120-121. Com acréscimos do
Pr Henrique.
MESTRE
O significado literal de várias palavras gregas varia de "instrutor"
ou didaskalos, como em Mateus 10.24, até "déspota" ou despotes, como
em 1 Pedro 2.18. Outra palavra grega traduzida como "Mestre ",
epistates, significa "alguém nomeado sobre" outros, como em Lucas
5.5. Ainda outra palavra grega é, na verdade, hebraica - "rabbi" que
significa "meu Mestre " ("superior" ou
"professor"), como em João 4.31. Uma quinta palavra grega para
"Mestre " é kurios que geralmente foi traduzida como
"senhor" ao longo de todo o NT e significa "supremo" (em
autoridade). No sentido mais elevado, o título se aplica apenas ao Senhor
JESUS. Ainda existem outras palavras gregas e hebraicas com diferentes aspectos
de significado que foram traduzidas como "Mestre ". Duas palavras
gregas para "Mestre " ocorrem em Mateus 23.8-10, "Vós, porém,
não queirais ser chamados Rabi [rhabbi, "meu Mestre ", ou
"professor"], porque um só é o vosso Mestre [kathegetes,
"líder" ou "professor"], a saber, o CRISTO, e todos vós
sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai porque um só é o vosso Pai,
o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres [kathegetes,
"líderes"], porque um só é vosso Mestre, que é o CRISTO".
Sendo assim, na autoridade e plenitude do ESPÍRITO SANTO só JESUS foi o
Mestre por excelência, perfeito em seus ensinos. Depois veio a Igreja e
entre seus 5 ministérios, o de Mestre (Ef 4.11).
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1261-1262.
Com acréscimos do Pr Henrique.
RABI
Esta palavra é uma transliteração da palavra hebraica usada como um termo de
respeito e honra. A palavra significa literalmente "meu grande",
"meu Mestre ". Embora o termo tenha sido originalmente usado como uma
marca de respeito, depois do século I d.C. ele tornou-se um título para mestres
religiosos e líderes, perdendo em grande parte o seu significado original. Este
título continuou em uso durante a era Cristã, e é usado atualmente para
designar os ministros ordenados entre os judeus. Embora as escolas recentes
entre os judeus tenham tentado usar a graduação de títulos variando de
"rab", um professor comum, até "rabi", e então
"raboni", no tempo do Senhor JESUS não houve nenhuma consistência em
uma forma de uso semelhante. No NT, o termo rabi foi aplicado ao Senhor JESUS
em várias ocasiões, porém mais provavelmente no sentido de honra do que em um
significado técnico (Jo 1.38,49; 3.2,26; 6.25). A palavra raboni, usada por
Maria ao se dirigir ao Senhor ressuscitado (Jo 20.16) é a forma aramaica da
mesma palavra. Certa vez o Senhor JESUS proibiu o uso deste termo entre os
discípulos por causa do orgulho e da exaltação pessoal com que era utilizado
entre os fariseus (Mt 23.7,8).
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag.
1242-1243. Com acréscimos do Pr Henrique.
CRISTO passou por toda a Galileia, ensinando nas sinagogas e pregando o
Evangelho do reino e curando toda sorte de doentes e enfermos (Mt 4.23; 9.35).
Entenda;
a- O que CRISTO falava sobre o Evangelho do reino.
O Reino dos céus, isto é, o reino de graça e glória, é enfaticamente o reino, o
reino que estava chegando; o reino que iria sobreviver, que superaria todos os
reinos da terra, o reino de poder. O Evangelho compreende os estatutos deste
reino, contendo o juramento de coroação do Rei, pelo qual Ele se obriga
graciosamente a perdoar, proteger, curar e salvar os súditos daquele reino e a
procurar a sua honra. Este é o Evangelho do reino; dele, o próprio CRISTO foi o
pregador, para que a nossa fé no reino possa ser confirmada.
b- Onde Ele ensinava.
Nas sinagogas. Não apenas ali, mas ali principalmente, porque estes eram os
lugares onde a multidão se reunia, onde a sabedoria erguia a sua voz (Pv 1.21);
porque eram os lugares onde o povo se reunia para a adoração religiosa e ali,
esperava-se perdão de pecados e cura física, a mente do povo estaria preparada
para receber o Evangelho; e ali as Escrituras do Antigo Testamento eram lidas,
e a sua exposição poderia facilmente introduzir o Evangelho do reino.
c- O empenho que Ele tinha em ensinar.
Ele passou por toda a Galileia, ensinando nas sinagogas e pregando o Evangelho
do reino e curando toda sorte de doentes e enfermos. Ele podia ter publicado
uma proclamação, convocando todas as pessoas para que viessem até Ele; mas para
mostrar a sua humildade, e a condescendência da sua graça, e a necessidade de
que todos fossem abençoados, Ele vai até eles; pois Ele espera ser gracioso e
vir para buscar e salvar. Josefo disse que havia aproximadamente duzentas
cidades e vilas na Galileia, e CRISTO visitou todas elas, ou a sua maioria. Ele
viajava fazendo o bem. Nunca houve um Mestre itinerante assim, tão
infatigável, como era CRISTO. Ele ia de cidade em cidade, para comunicar aos
pobres pecadores que se reconciliassem com DEUS, Ele ensinava, pregava e curava
a todos. Este é um exemplo para os ministros mestres, para que se dediquem a
fazer o bem, e, para que Sejam insistentes e constantes, a tempo e fora de
tempo, em ensinar a palavra e curar a todos os doentes e enfermos, em nome de JESUS.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 39-40. Com acréscimos do Pr Henrique.
CRISTO passou por toda a Galileia, ensinando nas sinagogas e pregando o
Evangelho do reino e curando toda sorte de doentes e enfermos (Mt 4.23; 9.35).
Com estas palavras Mateus repete o que já afirmou em 4.23-25 sobre a atividade
abrangente do Senhor. O v. 35 caracteriza, numa coincidência quase literal com
4.23, a atuação com quatro verbos. São eles: percorrer a região, ensinar,
evangelizar, curar.
Estas quatro atividades revelam-nos o CRISTO que fala e que trabalha, ou seja,
a atuação de JESUS com palavra e atos, com cuidado pela alma e cuidado pelo
corpo.
Primeiro: JESUS percorria a região. Ele procurava as pessoas lá onde estavam em
casa, em seus hábitos. Ele realiza “visitas domiciliares”, como diríamos hoje.
Samuel Keller afirmou certa vez: “A chave para as almas das pessoas está
pendurada em sua casa. Por isso é necessário ir até elas, procurá-las em sua
vida cotidiana, em suas aflições, em suas doenças, em sua solidão.”
Segundo: Ensinando. Ensinar refere-se à instrução dada ao povo (exposição da
palavra de DEUS!), e também à controvérsia com os fariseus e escribas.
O objetivo é que o povo seja ensinado a partir da autoridade, e não dos
“estatutos humanos”. A palavra, novamente a palavra, a palavra poderosa do
ESPÍRITO. De que outra maneira o Bom Pastor alcançaria seu rebanho, se não
fazendo ressoar a sua voz?
Terceiro: Ao lado do ensino acontece, como segunda característica, o “anúncio”,
a “proclamação de alegria” do reino.
Quarto: Ensino e proclamação são acompanhados da ação simultânea. Pois o reino
de DEUS está “em vigor”. Quando o Senhor diz a sua palavra, caem as amarras do
pecado, os castelos do Mamon, as fortalezas da doença, sim os laços da morte.
JESUS nos proíbe deixar de lado a grande miséria física, social e econômica das
multidões, como se não tivéssemos nada a ver com ela, como se fosse possível
ouvir e aceitar o evangelho do reino de modo desligado dela. JESUS nos proíbe
considerar essa miséria como algo sancionado por DEUS. Pelo contrário, ela faz
parte da realidade sem DEUS em que JESUS nos ordenou que penetrássemos,
dando-nos as magníficas palavras do “sal” e da “luz”, com sinais, prodígios e maravilhas.
Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Mateus. Editora Evangélica
Esperança. Com acréscimos do Pr Henrique.
Mt 7.28,29 Nos dois últimos versículos, tomamos conhecimento da impressão
criada pelo discurso de CRISTO nos seus ouvintes.
1. Eles ficaram admirados com a sua doutrina.
2. Apesar de ensinar com autoridade, Ele não era como os escribas. CRISTO
pronunciava o seu discurso da mesma maneira que um juiz pronúncia uma sentença.
Ele realmente fazia seus discursos com um tom de autoridade. Suas lições eram
leis, e a sua palavra era uma palavra, de comando. CRISTO, sobre a montanha,
mostrava mais autoridade que os escribas na cadeira de Moisés. Dessa forma,
quando CRISTO ensina às almas através do seu ESPÍRITO, Ele ensina com
autoridade e poder miraculoso (Mt 4.23; 9.35).
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 90. Com acréscimos do Pr Henrique
Mt 7. 28-29. O impacto do sermão do Monte foi profundamente marcante e
duradouro. “As multidões estavam totalmente fora de si.” Estavam como que
atordoadas, paralisadas! Pavor e admiração, profundo abalo interior e simples
incapacidade de captar tomaram conta de seu coração. Jamais tinham ouvido algo
assim.
Nenhum discurso que tenha saído de lábios humanos era mais arrasador e
impactante do que esse. Ele era, no mais verdadeiro sentido da palavra, a
“inversão de todos os valores”. Ele foi e continua sendo o mais abrangente e
mais radical paradoxo, i.é, diretamente oposto a tudo o que houve até então,
que já fora dito sobre a face da terra. Mateus 5 - O pobre de espírito é
bem-aventurado. O que chora é bem-aventurado. O que têm fome e sede de justiça
é bem-aventurado, O que sofre perseguição por causa da justiça é
bem-aventurado. O injuriado, e perseguido é bem-aventurado
Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Mateus. Editora Evangélica
Esperança.
2. O Mestre divino.
O ensino do Mestre JESUS não teve nem tem paralelo em qualquer instrução,
discurso ou filosofia dos homens. São ensinamentos para serem vividos, e não
apenas pregados. Não eram como os ensinos dos fariseus ou dos doutores de sua
época (Mt 7.29). Tempos depois, seu discípulo e apóstolo, Paulo, que não
conviveu com Ele, que afirmou: “A minha palavra e a minha pregação não
consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do
ESPÍRITO e de poder” (1 Co 2.4). Uma das maiores causas do descrédito no
evangelho pregado por muitas igrejas e muitos pregadores é a falta de
autenticidade na vida deles. Falta a confirmação da Palavra pelos sinais,
prodígios e maravilhas. JESUS demonstrou, com sua palavra e com seus feitos que
era o Mestre Divino. Ele pregava o evangelho vivo e poderoso, que não consistia
apenas em belos sermões, mas em vidas transformadas física e espiritualmente.
JESUS foi aprovado por DEUS com maravilhas, prodígios e sinais - Varões
israelitas, escutai estas palavras: A JESUS Nazareno, varão aprovado por DEUS
entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que DEUS por ele fez no meio de
vós, como vós mesmos bem sabeis; Atos 2:22
O apostolado de Paulo foi aprovado por DEUS também com maravilhas, prodígios e
sinais - Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a
paciência, por sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 121. Com acréscimos do Pr
Henrique.
João 3.1,2 Nicodemos era um líder religioso judeu e um fariseu, isto é,
pertencia à seita mais rigorosa daqueles tempos.
O que motivou Nicodemos a procurar JESUS? Provavelmente, ele estava
impressionado com os sinais que JESUS fazia (bem sabemos que és mestre vindo de
DEUS, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS não for com
ele. João 3:2b) e também curioso por causa de seus ensinos, e preferiu formar
sua opinião a respeito de JESUS depois de uma conversa inicial. Talvez
preferisse evitar ser visto na sua companhia, em plena luz do dia, por temer a
censura de seus companheiros fariseus (que não criam que JESUS era o Messias).
Mas pode não ter sido o medo que o levou a JESUS depois de escurecer, e também
é possível que tenha escolhido um momento em que pudesse conversar sozinho e
longamente com o popular Mestre que estava sempre cercado de pessoas. Queria
mais intimidade, se interessava por DEUS (por isso mesmo se converteu - João
19:39).
Respeitosamente, Nicodemos se dirigiu a JESUS como o Mestre que havia sido
enviado por DEUS. Embora isso fosse verdade, esse título revela seu limitado
conhecimento sobre JESUS, afinal Ele era muito mais que um simples rabino. Mas
pelo menos Nicodemos identificou os sinais miraculosos de JESUS como a
revelação do poder de DEUS.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 500.
Com acréscimos do Pr Henrique.
Uma Vida Nova Para um Homem Morto — Nicodemos (3.1-21)
A salvação é para “todos” (16), mas também é verdade que todos os homens
precisam do nascimento que vem do céu (cf. Rm 3.23).
O cuidado com que se descreve a situação de Nicodemos na vida religiosa judaica
não é uma coincidência. Ele era um homem entre os fariseus, um príncipe dos
judeus. Se algum homem, na ordem antiga, conheceu o significado de DEUS e dos
seus planos e propósitos para o homem, esse foi Nicodemos — ele era
profundamente entranhado na tradição monoteísta, além dos ensinos da lei, da
história de Israel e das proclamações dos profetas. Mas em algum lugar, de
alguma maneira, ele se perdera no caminho, e de alguma maneira exemplificava o
que havia acontecido com o judaísmo. Assim, uma vez mais, João estabelece um
vívido contraste entre a antiga aliança, com todos os seus mal-entendidos, as
suas inadequações e suas falhas, e a nova aliança, que assegura a abundância da
vida, que tem o DEUS vivo e verdadeiro como a sua Fonte.
Este foi ter de noite com JESUS (2). “Por que ele veio, afinal?” A resposta
pode explicar por que ele veio de noite. Devido à profunda necessidade da sua
alma, ele veio até o Senhor saindo da escuridão na qual ele e os seus
companheiros estavam imersos. Compare isto com o ato de Judas. Quando ele
deixou JESUS para ir fazer o acordo com os judeus, ele saiu “e era já noite”
(13.30). O contraste vívido entre a luz e as trevas aparece regularmente ao
longo de todo o Evangelho (cf. 1.5, 9; 3.19; 8.12; 9.4-5; 12.35).
Nicodemos disse: Rabi, bem sabemos que és Mestre vindo de DEUS, porque
ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se DEUS não for com ele (2). Os
milagres que JESUS realizara (2.23) indicavam o caminho para Nicodemos e para
aqueles que este representava (observe a forma plural sabemos). Por causa
desses milagres, eles pensavam que JESUS era um professor especial enviado por
DEUS. Rabi... és... vindo de DEUS. Mas isto não significava que JESUS estava
sendo reconhecido como o Messias. Embora mais tarde Nicodemus tenha se
convertido (João 19:39).
Joseph H. Mayfield. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag. 48.
Com acréscimos do Pr Henrique.
A expectativa do Messias vindouro estava viva em Israel e ganhara nova
intensidade sob a pressão da dominação estrangeira romana. Já por ocasião do
surgimento de João Batista a pergunta era: Será que ele pretende ser o Messias
(cf. Jo 1.19ss)? Ocorre que em sua pessoa e seus atos JESUS é ainda mais
poderoso e envolvente que João Batista. João Batista naõ realizou nenhum
milagre, por isso mesmo não poderia ser confundido com o Messias (veja profecia
sobre o Messias - Isaías 61:1 Cf com Lucas 4:18 - O ESPÍRITO do Senhor é
sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os
quebrantados do coração). Por isso muitos creram em seu nome (Jo 2.23). Por
essa razão vai até JESUS um dos homens dirigentes de Jerusalém, chamado
Nicodemos, que pertencia ao grupo dos fariseus e tinha assento e voz no
Sinédrio.
O tratamento que Nicodemos dirige a JESUS é honroso. Ele, o reconhecido
teólogo, o Mestre em Israel (v. 10), chama o homem sem estudo da Galileia
de Rabi. Vieste de DEUS, sim; porém és apenas um grande Mestre , nada mais que
isso. Ou queres ser mais? Queres concordar com aqueles que agora estão a dizer
em Jerusalém: JESUS CRISTO, JESUS o Messias? Nicodemos dirige essa indagação
oculta a JESUS. É sobre essa pergunta que ele pretende falar com o próprio
JESUS. Acaba por encontrar o verdadeiro Messias (João 19:39).
Werner de Boor. Comentário Esperança Evangelho de João. Editora Evangélica
Esperança. Com acréscimos do Pr Henrique.
Nicodemos pode ter tido uma compreensão deficiente, mas pelo menos não estava
cegado por preconceitos, como aqueles líderes religiosos cuja reação às
palavras e obras de JESUS foi atribuí-las à atividade demoníaca (veja Jo
8.48,52, Mc 3.22ss.). Mesmo que ele não tenha compreendido o significado dos
sinais, percebeu que eles somente poderiam ter sido operados pelo poder de
DEUS. Por esta razão, apesar de JESUS não pertencer às escolas de ensino sacro
reconhecidas, este Mestre-líder em Israel saudou-o como um igual com o título
Rabi - um sinal de respeito que valia mais partindo de Nicodemos que dos dois
discípulos jovens de João 1.38. As conclusões de Nicodemos eram válidas, até
onde tinha ido, mas não chegaram ao ponto que importava. JESUS viu o estado de
sua alma, por trás das palavras de saudação proferidas por ele e respondeu-lhe
numa linguagem que, por mais desconcertante e incompreensível que tenha
parecido a Nicodemos, fora calculada com cuidado para falar à sua condição e
levá-lo à salvação (João 19:39)..
F. F. BRUCE. João. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 78-79. Com
acréscimos do Pr Henrique.
3. O Mestre da humildade.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de
coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Mateus 11:29
A Auto humilhação de JESUS (Jo 13.4-20)
Pelo fato de a declaração de abertura do capítulo 13 ser longa e detalhada, o
leitor deve considerar que o início da cena da ceia ocorre na primeira oração
do versículo 2: E, acabada a ceia (o texto grego diz “durante a ceia”), e então
continua com a primeira oração no versículo 4: levantou-se da ceia. Ao fazê-lo,
o Senhor tirou as vestes (4, cf. 10.17; Fp 2.5-8); i.e., a túnica externa.
Então, tomando uma toalha, cingiu-se, o que “marca a ação de um escravo”. Assim
preparado, Ele pôs água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a
enxuga-los com a toalha com que estava cingido (5). João não declara por que
algum dos discípulos não executou esta tarefa servil, mas evidentemente havia
ocorrido alguma “busca de posição” entre os doze (Lc 22.24). Além disso, JESUS
era o único naquela sala que poderia executar até mesmo o simbolismo da
purificação — pois só Ele estava limpo no sentido teológico e moral da palavra
(cf. 17.19; Hb 13.12). Ele veio para dar ao homem a possibilidade de tornar-se
puro, moralmente limpo, santo.
Naquela sala só tinha um totalmente limpo - JESUS - Só ELE poderia lavar os pés
de todos.
Quando JESUS foi lavar os pés de Pedro, este lhe disse: Senhor, tu lavas-me os
pés a mim? (6) A resposta de JESUS, não o sabes tu, agora, não só afirmava a
ignorância de Pedro em relação às coisas espirituais (e.g., a vinda do
ESPÍRITO), como também incluía uma promessa: tu o saberás depois (7). O que eu
faço era a humilhação do Senhor, simbolizada no ato de lavar-lhes os pés; na
verdade, porém, Ele estava proporcionando toda a obra redentora de DEUS para o
homem. Hoskyns comenta que a reação de Pedro não é um contraste entre o orgulho
de Pedro e a humildade de JESUS, mas, antes, “entre o conhecimento de JESUS, o
qual é a base da ação, e a ignorância de Pedro, que ainda não percebe que a
humilhação do Messias é a causa efetiva da salvação cristã” (cf. 2.22; 7.39;
12.16; 14.25-26; 15.26; 16.13; 20.9). Mas o entendimento do futuro estava longe
demais para Pedro. Ele só via a incongruência imediata da situação — JESUS
lavando os seus pés. Impulsivamente, ele declarou: “Nunca em nenhum momento
lavarás os meus pés — para sempre” (tradução literal). Pedro esperava colocar
um ponto final em tudo aquilo. Mas JESUS conhecia o caminho para o coração de
Pedro — a ameaça de ser excluído da presença de JESUS, a quem Pedro amava. Se
eu te não lavar, não tens parte comigo (8; cf. Hb 12.14). “Não há lugar na
sociedade dos cristãos para aqueles que não forem purificados pelo próprio
Senhor JESUS”. Se a comunhão só poderia ser adquirida pela purificação (cf. 1
Jo 1.7), então Pedro queria tudo o que pudesse ter — pés, mãos e cabeça (9).
JESUS fez uma aplicação geral da ideia sobre a qual conversava com Pedro:
“Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés. Ele está todo
limpo”. “Vós estais limpos, mas não todos” (10). Hoskyns comenta que, no ato da
lavagem dos pés, JESUS “simbolicamente declara a completa purificação deles
através da humilhação da morte do Messias. O cristão fiel é purificado pelo
sangue de JESUS” (1 Jo 1.7; cf. Rm 6.1-3; 1 Co 10.16). Tudo isto era uma
prefiguração simbólica da obra do ESPÍRITO que se tornaria possível através da
sua vinda (14.15-17,25-26; 15.26; 16.7-15).
Mas, e quanto a Judas? Ele estava limpo? JESUS sabia, e soube (6.70-71), quem o
haveria de trair; por isso, disse: Nem todos estais limpos (11). Bernard diz:
“No que diz respeito à limpeza do corpo, não há dúvida de que ele estava nas
mesmas condições dos outros, mas não no sentido espiritual”.
Tendo lavado os pés dos discípulos e vestido a sua túnica, JESUS, estando à
mesa, outra vez perguntou aos discípulos: Entendeis o que vos tenho feito? (12)
Macgregor comenta: “Quando ‘veste a sua túnica’, JESUS assume a sua vida
novamente (10.17ss.) no poder do ESPÍRITO, e assim esclarece todas as coisas”
(7). Sem esperar por uma resposta, JESUS explicou que isto tinha sido um
exemplo (15), ou modelo, “que estimula ou deve estimular alguém a imitá-lo”. Da
mesma forma que Ele, seu Mestre (literalmente, “Ensinador”) e Senhor, lhes
tinha feito, assim deveriam fazer uns aos outros (13-14; cf. 34). Hoskyns diz:
“Seu ato de lavar os pés dos discípulos expressa a própria essência da
autoridade cristã”. Não parece haver qualquer evidência de que JESUS quisesse
que a lavagem dos pés fosse instituída como um sacramento. Mas fica claro que
Ele estava ensinando, pelo exemplo básico e axiomático, embora paradoxal, que a
única maneira de ser “o maior” (Lc 22.24) ou de ser bem-aventurado (17) é tomar
a estrada do serviço amoroso (13.34) e do sacrifício (10.15), baseado no
conhecimento da vontade de DEUS para nós. A palavra traduzida como
bem-aventurado é makarioi (Mt 5.3-12).
Joseph H. Mayfield. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag.
116-117. Com acréscimos do Pr Henrique.
João 13. 4/5 Nesse episódio torna-se palpável o que Paulo quer dizer em Fp
2.6ss: Ele, que subsistindo em forma de DEUS, esvaziou-se a si mesmo, assumindo
a forma de servo. Com o pano de linho se cingiu do avental de escravo para
servir, exercendo um serviço típico de escravo.
Werner de Boor. Comentário Esperança Evangelho de João. Editora Evangélica
Esperança.
Jo 13.3-5. Lucas acrescenta um elemento interessante, descrevendo como a
disputa deles sobre este assunto provocou em JESUS algumas palavras sobre os
verdadeiros padrões de grandeza e um apelo para que olhassem para seu próprio
exemplo: “ ...no meio de vós, eu sou como quem serve" (Lc 22.24-27).
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag.
240-241.
Jo 13. 12/14
“Vós deveis também lavar os pés uns aos outros” (Jo 13.12-17). Lucas 22.24 nos
diz que, enquanto os discípulos entravam na sala em que ocorreria a Última
Ceia, eles discutiam quem seria o maior no Reino do céu.
Esse pano de fundo encontrado em Lucas nos ajuda a perceber a importância da
pergunta de JESUS: “Entendeis o que vos tenho feito?” Se JESUS, seu Senhor e
Mestre, podia curvar-se para servir, os discípulos não deviam competir por
grandeza, mas, antes, concentrar-se em servir. “Eu vos dei o exemplo, para que,
como eu vos fiz, façais vós também”.
A preocupação de CRISTO não é com o ato, mas com a postura que ele demonstra. A
humildade e o servir são elementos necessários à condição de discípulo cristão.
Se somos seguidores de JESUS, certamente devemos seguir o seu exemplo.
Lawrence O. Richards. Comentário Devocional da Bíblia. Editora CPAD. pag.
693-694. Com acréscimos do Pr Henrique.
No meu ver, JESUS estava lavando a parte dos discípulos que tinha contato com o
mundo, com a Terra. Esta parte estava suja.
O ensino de JESUS é que nós no mundo nos sujamos no dia a dia pelo contato com
as coisas do mundo. Conversas, TV, Internet, etc...
Temos que sermos limpos todos os dias através do perdão de JESUS.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda injustiça. 1 João 1:9.
II - O ENSINO DAS ESCRITURAS NA IGREJA DO PRIMEIRO SÉCULO
1. Uma ordem de JESUS.
E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Marcos
16:15
Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do
Filho, e do ESPÍRITO SANTO; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos
tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos
séculos. Amém! Mateus 28:19,20
Mateus 28.19 IDE... ENSINAI... BATIZANDO. Estas palavras constituem a Grande
Comissão de CRISTO a todos os seus seguidores, em todas as gerações. Declaram o
alvo, a responsabilidade e a outorga da tarefa missionária da igreja.
(1) A igreja deve ir a todo o mundo e pregar o evangelho a todos, de
conformidade com a revelação no NT, da parte de CRISTO e dos apóstolos (ver Ef
2.20). Esta tarefa inclui a responsabilidade primordial de enviar missionários
a todas as nações (At 13.1-4).
(2) O evangelho pregado centraliza-se no arrependimento e na remissão (perdão)
dos pecados (Lc 24.47), na promessa do recebimento de o dom do ESPÍRITO SANTO
(At 2.38), e na exortação de separar-nos desta geração perversa (At 2.40), ao
mesmo tempo em que esperamos a volta de JESUS, do céu (At 3.19,20; 1 Ts 1.10).
(3) O propósito da Grande Comissão é fazer discípulos que observarão os
mandamentos de CRISTO. Este é o único imperativo direto no texto original deste
versículo. A intenção de CRISTO não é que o evangelismo e o testemunho
missionário resultem apenas em decisões de conversão. As energias espirituais
não devem ser concentradas meramente em aumentar o número de membros da igreja,
mas, sim, em fazer discípulos que se separam do mundo, que observam os
mandamentos de CRISTO e que o seguem de todo o coração, mente e vontade (cf. Jo
8.31).
(4) Note-se, ainda, que CRISTO nos ordena a concentrar nossos esforços para
alcançar os perdidos e não em cristianizar a sociedade ou assumir o controle do
mundo. Aqueles que crêem em CRISTO devem abandonar o presente sistema mundano
maligno e separar-se da sua imoralidade (Rm 13.12; 2 Co 6.14), e ao mesmo tempo
expor a sua malignidade (Ef 5.11).
(5) Os que crêem em CRISTO e no evangelho devem ser batizados em água. Este ato
representa o compromisso que assumiram, de renúncia à imoralidade, ao mundo e à
sua própria natureza pecaminosa e de se consagrar sem reservas a CRISTO e aos
propósitos do seu reino (ver At 22.16).
(6) CRISTO estará com seus seguidores obedientes, através da presença e do
poder do ESPÍRITO SANTO (cf. v. 20; 1.23; 18.20). Devem ir a todas as nações e
testemunhar somente depois que do alto sejam revestidos de poder (Lc 24.49; ver
At 1.8)
28.20 ESTOU CONVOSCO. Esta promessa é a garantia de CRISTO para os que estão
empenhados em ganhar os perdidos e ensinar-lhes a obedecer aos seus padrões de
retidão.
JESUS ressurgiu, está vivo, e pessoalmente tem cuidado de cada filho seu. Ele
está contigo na pessoa do ESPÍRITO SANTO (Jo 14.16,26), e através da sua
Palavra (Jo 14.23). Não importa a tua condição - fraco, pobre, humilde, sem
importância , Ele cuida de ti e vê com solicitude cada detalhe das lutas e
provações da vida e concede a graça suficiente (2 Co 12.9), bem como a sua
presença para te dar vitória até o fim (28;20, At 18.10). Esta é a resposta do
crente, ante cada temor, dúvida, problema, angústia e desânimo.
BEP - CPAD - Com acréscimos do Pr Henrique.
e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas
as nações, começando por Jerusalém. Lucas 24:47
24.47 ARREPENDIMENTO E A REMISSÃO DE PECADOS. Os discípulos somente deviam
pregar o perdão dos pecados juntamente com o arrependimento do pecador. O
pregador que anuncia a salvação como uma simples crença ou religião fácil, ou
uma formal aceitação da salvação gratuita, sem nenhum compromisso voluntário do
pecador de obedecer a CRISTO e à sua Palavra, está pregando um falso evangelho.
O verdadeiro arrependimento inclui o abandono do pecado, i.e., um elemento
fundamental e imutável do verdadeiro evangelho neotestamentário (ver Mt 3.2).
24.47 EM TODAS AS NACÕES. O próprio CRISTO institui a obra missionária cristã
como uma tarefa santa e obrigatória da igreja. Missões é um tema prioritário,
tanto no Antigo como no Novo Testamento (Gn 22.18; 1 Rs 8.41-43; Sl 72.8-11; Is
2.3, 45.22-25; Mt 28.19; At 1.8; 28.28; Ef 2.14-18).
Mas recebereis o poder do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos
confins da terra. Atos 1:8
1.8 RECEBEREIS A VIRTUDE. O termo original para virtude ou poder é dunamis, que
significa poder real; poder em ação. Esse é o versículo-chave do livro de Atos.
O propósito principal do batismo no ESPÍRITO SANTO é o recebimento de poder
divino para testemunhar de CRISTO, para ganhar os perdidos para Ele, e
ensinar-lhes a observar tudo quanto CRISTO ordenou. Sua finalidade é que CRISTO
seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de DEUS (cf. Mt
28.18-20; Lc 24.49; Jo 5.23; 15.26,27).
(1) Poder (gr. dunamis) significa mais do que força ou capacidade; designa
aqui, principalmente, o poder divino em operação, em ação. O batismo no
ESPÍRITO SANTO trará o poder pessoal do ESPÍRITO SANTO à vida do crente.
(2) Está relacionado o batismo no ESPÍRITO SANTO, a salvação e a regeneração da
pessoa, junto com o poder celestial no interior do crente para este testemunhar
com grande eficácia.
(3) A obra principal do ESPÍRITO SANTO no testemunho e na proclamação do
evangelho diz respeito à obra salvífica de CRISTO, à sua ressurreição e à
promessa do batismo no ESPÍRITO (cf. 2.14-42). O ESPÍRITO dá testemunho e isso
representa papel importante em nossa vida pessoal.
1.8 SER-ME-EIS TESTEMUNHAS. O batismo no ESPÍRITO SANTO não somente outorga
poder para pregar JESUS como Senhor e Salvador, como também aumenta a eficácia
desse testemunho, fortalecido e aprofundado pelo nosso relacionamento com o
Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO por termos sido cheios do ESPÍRITO (cf. Jo
14.26; 15.26,27).
(1) O ESPÍRITO SANTO revela e torna mais real para nós a presença pessoal de
JESUS (Jo 14.16-18). Uma comunhão íntima com o próprio JESUS CRISTO resultará
num desejo cada vez maior da nossa parte de amar, honrar e agradar nosso
Salvador. (2) O ESPÍRITO SANTO dá testemunho da justiça (Jo 16.8,10) e da
verdade (Jo 16.13), as quais glorificam a CRISTO (Jo 16.14), não somente com palavras,
mas também no modo de viver e no agir. Daí, quem tem o testemunho do ESPÍRITO
SANTO a respeito da obra redentora de JESUS CRISTO, manifestará com certeza, à
semelhança de CRISTO, o amor, a verdade e a justiça em sua vida (cf. 1 Co 13).
(3) O batismo no ESPÍRITO SANTO outorga poder para o crente testemunhar de
CRISTO e produz nos perdidos a convicção do pecado, da justiça e do juízo (ver
Jo 16.8). Os efeitos desta convicção se tornarão evidentes naqueles que
proclamam com sinceridade a mensagem da Palavra e naqueles que a recebem
(2.39,40).
(4) O batismo no ESPÍRITO SANTO destina-se àqueles cujos corações pertencem a
DEUS por terem abandonado seus maus caminhos (2.38; 3.26), e é mantido mediante
a mesma dedicação sincera a CRISTO (ver 5.32).
(5) O batismo no ESPÍRITO SANTO é um batismo no ESPÍRITO que é santo (cf.
ESPÍRITO de santificação , Rm 1.4). Assim, se o ESPÍRITO SANTO realmente
estiver operando em nós plenamente, viveremos em maior conformidade com a
santidade de CRISTO. À luz destas verdades bíblicas, portanto, quem for
batizado no ESPÍRITO SANTO, terá um desejo intenso de agradar a CRISTO em tudo
o que puder. Noutras palavras: a plenitude do ESPÍRITO complementa (i.e.,
completa) a obra salvífica e santificadora do ESPÍRITO SANTO em nossa vida.
Aqueles que afirmam ter a plenitude do ESPÍRITO, mas vivem uma vida contrária
ao ESPÍRITO de santidade, estão enganados e mentindo. Aqueles que manifestam
dons espirituais, milagres, sinais espetaculares, ou oratória inspiradora,
devem ter uma vida de verdadeira fé, amor e retidão. Com acréscimos do Pr
Henrique.
Isso nos leva a uma consideração dos termos da Grande Comissão. Qual foi a
comissão que o Senhor JESUS deu a Igreja? Não pode haver dúvida de que a
maioria de suas versões (pois parece que ele repetiu a comissão de várias
formas e em várias ocasiões) dá ênfase ao evangelismo. “Ide por todo o mundo e
pregai o evangelho a toda criatura” é o mandamento familiar da “longa
conclusão” do Evangelho de Marcos (Mc 16.15). “Ide […] fazei discípulos de todas
as nações, batizando-os […], ensinando-os” é a forma que Mateus escolheu (Mt
28.19-20), enquanto Lucas registra, no final de seu evangelho, as palavras de
CRISTO de que “em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados
a todas as nações” e no início de Atos, de que seu povo receberia poder para se
tornar testemunha até os confins da terra (Lc 24.47; At 1.8). A ênfase
cumulativa parece clara. Ela é colocada na pregação, testemunho e discipulado,
e devemos mesmo deduzir disso que a
missão da igreja, de acordo com as especificações do Senhor ressurreto, seja
prioritariamente uma missão de pregação, conversão e ensino. Evidente que a
Igreja tem outras tarefas como a educação, adoração, trabalho social etc.
Embora em missões anteriores JESUS tivesse enviado os discípulos somente aos
judeus (10.5,6), a sua missão a partir de então seria a todas as nações. Isto é
chamado de Grande Comissão. Os discípulos tinham sido bem treinados, e tinham
visto o Senhor ressuscitado. Eles estavam preparados para ensinar as pessoas de
todo o mundo a guardar todas as coisas que JESUS tinha mandado (Mt 28.20). Isto
também mostrava aos discípulos que haveria um período entre a ressurreição de
JESUS e arrebatamento. Durante este período, os seguidores de JESUS tinham uma
missão a cumprir - evangelizar, batizar e ensinar as pessoas a respeito de
JESUS para que elas, por sua vez, pudessem fazer a mesma coisa.
As boas novas do Evangelho deveriam ser transmitidas a todas as nações. Com
este mesmo poder e autoridade, JESUS ainda nos ordena que contemos a outros
sobre as boas-novas, e os façamos discípulos do reino. Nós devemos ir – seja à
porta ao lado ou a outro país - e fazer discípulos. Esta não é uma opção, mas
um mandamento a todos os que chamam JESUS de “Senhor”. Quando obedecermos,
sentiremos conforto sabendo que JESUS está conosco todos os dias. Isto irá
acontecer por meio da presença do ESPÍRITO SANTO na vida dos crentes. O
ESPÍRITO SANTO será a presença de JESUS que nunca nos deixará (Jo 14.26; At
1.4,5). JESUS continua a estar conosco hoje, por meio do seu ESPÍRITO SANTO.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 171.
Com acréscimos do Pr Henrique.
Mt 28:18 Toda a autoridade. Em seu estado ressuscitado, JESUS exerce autoridade
absoluta em todo o céu e a terra, o que demonstra sua divindade. Sua autoridade
foi dada pelo Pai, o que indica que ele continua sujeito ao Pai (1 Coríntios.
15:28).
Mt 28:19 O imperativo (fazer discípulos , isto é, chamar as pessoas a
comprometer-se a JESUS como Mestre e Senhor) explica o foco central da Grande
Comissão, enquanto os particípios gregos (traduzido como batizando , e
"ensinar" [v.20 ]) descrevem os aspectos do processo. todas as nações
. O ministério de JESUS em Israel era para ser o ponto de partida do que viria
a ser uma proclamação do evangelho a todos os povos da terra, incluindo não só
os judeus, mas também os gentios. O nome (singular, não plural) do Pai, do
Filho e do ESPÍRITO SANTO é uma indicação precoce da divindade trinitária e uma
proclamação aberta da divindade de JESUS.
Mt 28:20 O ensino é um meio pelo qual os discípulos de JESUS são continuamente
transformados, a fim de tornar-se mais semelhante a CRISTO (cf. 10:24-25;. Rom
8:29;. 2 Coríntios 3:18). observar. Obedeça. estou convosco todos os dias .
JESUS conclui a comissão, e Mateus seu Evangelho, com o elemento crucial do
discipulado: a presença do Mestre, que é "DEUS conosco" (Mt 1:23).
BIBLIA DE ESTUDO ESV ENGLISH STANDARD
VERSION. Published by Crossway Bibles. Com acréscimos
do Pr Henrique.
2. A doutrina dos apóstolos.
12.5 A IGREJA. Através do livro de Atos, bem como outros trechos do NT, tomamos
conhecimento das normas ou dos padrões estabelecidos para uma igreja
neotestamentária.
(1) Antes de mais nada, a igreja é o agrupamento de pessoas em congregações
locais e unidas pelo ESPÍRITO SANTO, que diligentemente buscam um
relacionamento pessoal, fiel e leal com DEUS e com JESUS CRISTO (At 13.2; 16.5;
20.7; Rm 16.3,4; 1 Co 16.19; 2 Co 11.28; Hb 11.6).
(2) Mediante o poderoso testemunho da igreja, os pecadores são salvos, nascidos
de novo, batizados nas águas e acrescentados à igreja; participam da Ceia do
Senhor e esperam a volta de CRISTO (At 2.41,42; 4.33; 5.14; 11.24; 1 Co 11.26).
(3) O batismo no ESPÍRITO SANTO será pregado e concedido aos novos crentes (ver
At 2.39), e sua presença e poder se manifestarão.
(4) Os dons do ESPÍRITO SANTO estarão em operação (Rm 12.6-8; 1 Co 12.4-11; Ef
4.11,12), inclusive prodígios, sinais e curas (At 2.18,43; 4.30; 5.12; 6.8;
14.10; 19.11; 28.8; Mc 16.18).
(5) Para dirigir a igreja, DEUS lhe provê um ministério quíntuplo, o qual
adestra os santos para o trabalho do Senhor (Ef 4.11,12).
(6) Os crentes expulsarão demônios (At 5.16; 8.7; 16.18; 19.12; Mc 16.17).
(7) Haverá lealdade absoluta ao evangelho, i.e., aos ensinamentos originais de
CRISTO e dos apóstolos (2.42; ver Ef 2.20). Os membros da igreja se dedicarão
ao estudo da Palavra de DEUS e à obediência a ela (6.4; 18.11; Rm 15.18; Cl
3.16; 2 Tm 2.15).
(8) No primeiro dia da semana (At 20.7; 1 Co 16.2), a congregação local se
reunirá para a adoração e a mútua edificação através da Palavra de DEUS escrita
e das manifestações do ESPÍRITO (1 Co 12.7-11; 14.26; 1 Tm 5.17).
(9) A igreja manterá a humildade, reverência e santo temor diante da presença
de um DEUS santo (5.11). Os membros terão uma preocupação vital com a pureza da
igreja, disciplinarão aqueles que caírem no pecado, bem como os falsos mestres,
falsos apóstolos, falsos evangelistas e falsos pastores que são desleais à fé
bíblica (20.28; 1 Co 5.1-13; 2 Co 11.13; Mt 18.15; 24.1; Mc 13.22; 2 Pe 2.1).
(10) Aqueles que perseverarem no caráter piedoso e nos padrões da justiça
ensinados pelos apóstolos, serão ordenados ministros para a direção das igrejas
locais e a manutenção da sua vida espiritual (Mt 18.15; 1 Co 5.1-5; 1 Tm 3.1-7;
Tt 1.5-9). (11) Semelhantemente, a igreja terá diáconos responsáveis para
cuidarem dos negócios temporais e materiais da igreja (ver 1 Tm 3.8).
(12) Haverá amor e comunhão no ESPÍRITO evidente entre os membros (At 2.42,44-46;
ver Jo 13.34), não somente dentro da congregação local como também entre ela e
outras congregações que crêem na Bíblia (15.1-31; 2 Co 8.1-8).
(13) A igreja será uma igreja de oração e jejum (At 1.14; 6.4; 12.5; 13.2; Rm
12.12; Cl 4.2; Ef 6.18).
(14) Os crentes se separarão dos conceitos materialistas prevalecentes no
mundo, bem como de suas práticas (2.40; Rm 12.2; 2 Co 6.17; Gl 1.4; 1 Jo
2.15,16).
(15) Haverá sofrimento e aflição por causa do mundo e dos seus costumes (At
4.1-3; 5.40; 9.16; 14.22).
(16) A igreja trabalhará ativamente para enviar missionários a outros países
(At 2.39; 13.2-4). Nenhuma igreja local tem o direito de se chamar de igreja
segundo as normas do NT, a não ser que esteja se esforçando para manter estas
16 características práticas entre seus membros.
12.5 CONTÍNUA ORAÇÃO. Os crentes do NT perseveravam em oração fervorosa. A
situação parecia impossível; Tiago fora morto. Herodes mantinha Pedro na prisão
vigiado por dezesseis soldados. Todavia, a igreja primitiva tinha a convicção
de que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16), e
oraram de um modo intenso e contínuo a respeito da situação de Pedro, na casa
de Maria, mãe de Marcos. A oração deles não demorou a ser atendida (vv. 6-17).
As igrejas do NT frequentemente se dedicavam à oração coletiva prolongada (At
1.4; 2.42; 4.24-31; 12.5,12; 13.2). A intenção de DEUS é que seu povo se reúna
para a oração definida e perseverante; note as palavras de JESUS: A minha casa
será chamada casa de oração (Mt 21.13). As igrejas que declaram basear sua
teologia, prática e missão, no padrão divino revelado no livro de Atos e
noutros escritos do NT, devem exercer a oração fervorosa e coletiva como
elemento vital da sua adoração e não apenas um ou dois minutos por culto. Na
igreja primitiva, o poder e presença de DEUS e as reuniões de oração
integravam-se. Nenhum volume de pregação, ensino, cânticos, música, animação,
movimento e entusiasmo manifestará o poder e presença genuínos no ESPÍRITO
SANTO, sem a oração neotestamentária, mediante a qual os crentes perseveravam
unanimemente em oração e súplicas (1.14). BEP - CPAD
O ensino do evangelho de CRISTO aos novos convertidos era tão sério e profundo,
que os primeiros crentes eram batizados em águas imediatamente após se
converterem (De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua
palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas. Atos 2:41;
Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do
Filho, e do ESPÍRITO SANTO; Mateus 28:19),
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e
nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam
pelos apóstolos” (At 2.42, 43 — grifo nosso).
A “doutrina dos apóstolos” era o conjunto de ensinos, ministrados por eles aos
novos crentes, de forma eficaz, produzindo mudanças e transformações na vida
dos que se convertiam, com sinais prodígios e maravilhas. Essa doutrina
apostólica ainda está em vigor em nossos dias. Os mestres ou doutores, com humildade
e amor, devem fundamentar seus estudos nos ensinos preciosos do evangelho de
CRISTO, imitando em tudo a JESUS, ou seja, ensinando, pregando e curando.
E percorria JESUS toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o
evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
Mateus 4:23
E percorria JESUS todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e
pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias
entre o povo. Mateus 9:35
e enviou-os a pregar o Reino de DEUS e a curar os enfermos. Lucas 9:2
E aconteceu que, em um daqueles dias, estava ensinando, e estavam ali
assentados fariseus e doutores da lei que tinham vindo de todas as aldeias da
Galileia, e da Judeia, e de Jerusalém. E a virtude do Senhor estava com ele
para curar. Lucas 5:17
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 125. Com acréscimos do Pr
Henrique.
Atos 2.42 Este primeiro relato da igreja que acabava de nascer descreve a
adoração na igreja primitiva, na primeira década da igreja. Os três mil novos
crentes se agregaram aos outros crentes. Isto é, se reuniram com outros como
eles, pessoas de pensamento e fé semelhantes. Perseveravam implica que estavam
regularmente, continuamente, persistindo nas atividades que vinham a seguir.
Estas atividades formam um mapa prático não somente para a igreja de um dia de
idade, mas para qualquer igreja, de qualquer idade.
A doutrina dos apóstolos era essencial para o conteúdo daquilo que deveria ser
estudado. Os apóstolos, as testemunhas oculares de tudo o que JESUS tinha
feito, seriam aqueles a quem o ESPÍRITO SANTO lembraria as verdades
fundamentais segundo as quais a igreja seria conduzida pelos séculos futuros
(Jo 14.17,25,26; 16.13). Desde o início, a igreja primitiva se dedicou a ouvir,
estudar e aprender o que os apóstolos tinham para ensinar.
A comunhão (do grego, koinonia) significa associação e relacionamentos íntimos.
Isto era mais do que simplesmente ficarem juntos, certamente mais do que
simplesmente uma reunião religiosa. Isto envolvia compartilhar bens, fazer
refeições juntos, e orar juntos.
O partir do pão se refere aos cultos de comunhão que eram realizados como
lembrança de JESUS e instituídos de acordo com a Última Ceia, que JESUS tinha
tido com os seus discípulos antes da sua morte (Mt 26.26-29). É provável que
este culto incluísse regularmente uma refeição em comum (At 2.46; 20.7; 1 Co
10.16; 11.23-25; Jd 1.12).
A oração está ligada ao partir do pão, para explicar a palavra “comunhão”.
Estas eram pelo menos duas das atividades que faziam parte das suas reuniões
regulares. A oração sempre foi uma marca das reuniões dos crentes.
Atos 2.43 A palavra temor é a palavra grega phobos, literalmente traduzida como
“medo”. Este temor era parcialmente causado pelas muitas maravilhas e sinais
que os apóstolos faziam. As “maravilhas” (teratá) eram os milagres fabulosos
que evocavam assombro naqueles que os viam. Os “sinais” miraculosos (semeia)
conferiam autenticidade à mensagem e ao mensageiro, direcionando os
observadores a uma fonte divina do milagre ou a uma verdade divina. Aqui, estes
sinais e maravilhas conferiam autenticidade à mensagem dos apóstolos,
identificando-a como uma verdade divina.
E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o
Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém! Marcos
16:20
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 633.
(1) Os cristãos da igreja primitiva estavam todos os dias no templo (v. 46).
Adorar a DEUS tem de ser nossa atividade diária, e, sempre que houver
oportunidade, quanto mais vezes fizermos publicamente, melhor.
(2) Os cristãos da igreja primitiva eram unânimes (v. 46). Não havia discórdia
ou discussão entre eles, somente amor santo. Com prazer e entusiasmo, eles se
reuniam nos cultos públicos. Mantinham reuniões exclusivamente suas e eram
unânimes em suas orações.
c- Os primeiros cristãos juntavam-se na ordenança da Ceia do Senhor. Eles
perseveravam no partir do pão (v. 42), celebrando o memorial da morte do
Mestre, como pessoas que não se envergonhavam de relacionar-se e depender de
JESUS CRISTO e este crucificado (2 Co 2.2). Eles repartiam o pão em casa, kat
oikon - de casa em casa. Não julgavam adequado celebrar a Ceia do Senhor no
templo, visto que isso era peculiar aos cristãos. Eles iam de uma a uma destas
pequenas casas domésticas, casas que continham igrejas, e lá celebravam a Ceia
do Senhor com as pessoas que normalmente se reuniam ali para adorar a DEUS.
d- Os primeiros cristãos perseveravam [...] nas orações (v. 42). Depois que o
ESPÍRITO foi derramado, como também antes enquanto o esperavam, eles
permaneceram perseverantes em oração. O partir do pão se coloca entre a obra e
a oração, pois se liga a ambas, e é uma forma de assistência apara ambas.
5. Os primeiros cristãos abundavam em ação de graças; sempre estavam louvando a
DEUS (v. 47). O louvor deve ser parte de toda oração e não algo a ser escondido
num canto.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE
Edição completa. Editora CPAD. pag. 24.
Atos 2. 43 “Cada alma, porém, enchia-se de temor.” Consideramos isso estranho?
O “temor de DEUS” obviamente se tornou algo desconhecido para nós, porque DEUS
ficou distante e impreciso, uma mera ideia de nossas cabeças. Acerca dos
primeiros cristãos, porém, Bengel escreve com razão ao comentar este trecho:
“Habebant enim DEUM praesentum” – “A saber, tinham a DEUS presente”. Para
pessoas salvas, portanto, o temor não era aquele medo do castigo, sobre o qual
João escreve que é lançado fora pelo amor perfeito (1 Jo 4.18). Pelo contrário,
era o respeito sagrado daqueles que agora de fato “habitavam” na presença de
DEUS pelo ESPÍRITO SANTO e por isso “com o fogo devorador e com as chamas
eternas”, de que falou Isaías 33.14. É o “temor” que Pedro deseja aos fiéis
como característica permanente de toda a sua conduta (1Pe 1.17).
Essa proximidade de DEUS se tornou palpável nos “prodígios e sinais, que aconteciam
por intermédio dos apóstolos”. DEUS é por natureza um DEUS dos milagres, um
DEUS que intervém nas realidades da vida, ajudando, libertando e restaurando.
Em vista disso, o “temor” sobreveio também àqueles que ainda não pertenciam à
igreja. Olhavam com apreensão para esses cristãos, entre os quais DEUS se
mostrava tão poderoso. Tinham uma sensação de que DEUS ainda era algo diferente
daquele personagem da tradição antiga, em quem haviam “crido” e que haviam
venerado em formas do passado sem um abalo especial do coração. É uma marca de
autenticidade daqueles “prodígios e sinais” o fato de não desencadearem
entusiasmo e fanatismo, mas “temor”.
Werner de Boor. Comentário Esperança Atos. Editora Evangélica Esperança.
3. Ensinamento persistente.
Atos 13.2 SERVINDO... E JEJUANDO. O cristão cheio do ESPÍRITO é muito sensível
ao que o ESPÍRITO SANTO comunica durante a oração e o jejum (ver Mt 6.16).
Aqui, a comunicação da parte do ESPÍRITO SANTO provavelmente foi uma palavra
profética (cf. v. 1).
Atos 20.19 COM MUITAS LÁGRIMAS. Paulo, em muitas ocasiões, menciona que servia
ao Senhor com lágrimas (v. 31; 2 Co 2.4; Fp 3.18). Nesse discurso diante dos
anciãos de Éfeso (vv. 17-38), Paulo refere-se à admoestação que, com lágrimas,
lhes dirigiu durante três anos (v. 31). As lágrimas não resultaram de fraqueza;
pelo contrário, Paulo via a condição perdida da raça humana, a maldade do
pecado, a distorção do evangelho e o perigo de rejeitar o Senhor, como coisas
tão graves, que sua pregação era frequentemente acompanhada de lágrimas (cf. Mc
9.24; Lc 19.41).
20.20 NADA... DEIXEI DE VOS ANUNCIAR. Paulo pregava tudo que era útil ou
necessário à salvação de seus ouvintes. O ministro do evangelho deve ser fiel
ao anunciar toda a verdade de DEUS à sua congregação. Não deve procurar agradar
aos desejos dos ouvintes, nem satisfazer o gosto deles, nem promover sua
própria popularidade. Mesmo se tiver que falar palavras de repreensão e de
reprovação, ensinar contrariamente à preconceitos naturais, ou pregar padrões
bíblicos opostos aos desejos da natureza carnal; o pregador fiel entregará a
verdade plena por amor ao rebanho (e.g., Gl 1.6-10; 2 Tm 4.1-5), afinal
"Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e
arrepende-te" Apocalipse 3:19 - BEP - CPAD
Os primeiros mestres ou ensinadores foram os integrantes do Colégio Apostólico.
Como pioneiros na propagação do evangelho, foram perseguidos, presos e alguns
mortos. Mas cumpriram a ordem de JESUS de pregar e ensinar a sua Palavra. Diz o
texto bíblico: “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar
e de anunciar a JESUS CRISTO” (At 5.42). Não perdiam tempo. Não havia templos
cristãos. A igreja começou nas casas. O ensino era ministrado a pequenos grupos
nos lares. O apóstolo Paulo, falando aos anciãos de Éfeso, mostrou o caráter do
seu ensino como verdadeiro Mestre cristão: “servindo ao Senhor com toda a
humildade e com muitas lágrimas e tentações que, pelas ciladas dos judeus, me
sobrevieram; como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar e ensinar publicamente
e pelas casas, testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a
DEUS e a fé em nosso Senhor JESUS CRISTO” (At 20.19-21 — grifo nosso).
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 125-126.
Os apóstolos prosseguiram na obra com diligência infatigável: Eles foram
castigados por pregarem no nome de JESUS (v. 40) e receberam a ordem de não
pregarem mais nesse nome. Contudo, eles não cessavam de ensinar e de anunciar
(v. 42). Não deixaram de aproveitar toda oportunidade, nem diminuíram nada em
seu zelo ou fervor.
Observe: (1) Quando os apóstolos pregavam: Todos os dias (v. 42). Não só em fim
de semana, mas diariamente, tão regularmente quanto chegava o dia, sem falhar
um dia sequer; como fez o Mestre (Mt 26.55, Lc 19.47). Eles não temiam ser
mortos ou enfadar os ouvintes. (2) Onde os apóstolos pregavam: publicamente no
templo e particularmente nas casas (v. 42). Em reuniões heterogéneas, nas quais
todos acorriam, e nas reuniões seletas de cristãos para ordenanças especiais.
Eles não pensavam que um tipo de reunião os dispensaria de outro, pois a
palavra deve ser pregada a tempo e fora de tempo (2 Tm 4.2). Eles visitavam as
famílias dos irmãos que estavam sob perseguição e lhes davam instruções
particulares segundo requeria cada caso, até para crianças e escravos. (3) Qual
era o tema que os apóstolos pregavam: Eles anunciavam a JESUS CRISTO (v. 42).
Eles não pregavam a si mesmos, mas a CRISTO JESUS (2 Co 4.5), como amigos fiéis
do noivo, tornando sua tarefa promover o interesse dele. Esta era a pregação
que mais ofendia os sacerdotes, que queriam que eles pregassem qualquer coisa,
menos JESUS CRISTO. Mas eles não mudariam o tema para agradá-los. Os ministros
do evangelho devem ser constantes em anunciar senão a JESUS CRISTO e este
crucificado (1 Co 2.2), anunciar a JESUS CRISTO e este glorificado. Nada mais
que JESUS CRISTO e o que for conversível a este tema.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE
Edição completa. Editora CPAD. pag. 58-59.
Atos 20. 20-21. A pregação de Paulo era autêntica (w. 20,21). Ele foi a Éfeso
para pregar o evangelho de CRISTO, fora-lhes fiel e àquele que o comissionou.
(1) O apóstolo era um pregador claro. Ele entregava as mensagens de modo
bastante compreensivo. Essa interpretação se baseia em duas palavras: Nunca
deixei de vos anunciar e ensinar (v. 20). Ele não divertiu os efésios com
especulações sutis, nem os levou para depois abandoná-los nas nuvens de altas
teorias e sublimes expressões. Ele lhes anunciou as verdades claras do
evangelho, verdades da maior influência e importância, e lhes ensinou como se
ensina a crianças. “Eu vou anunciei o caminho certo para a felicidade, e vos
ensinei a andar nele.” (2) O apóstolo era um ensinador poderoso, ideia
implícita no fato de testemunhar aos efésios (v. 21, testificando). Ele ensinou
como se estivesse sob juramento, como se estivesse inteiramente certo da
verdade que defendia. Seu único desejo era que a mensagem os convencesse, os
influenciasse e os orientasse. Ele anunciou o evangelho, não como um vendedor
de jornais que proclama as manchetes na rua (pouco lhe importando se o que
proclama é verdadeiro ou falso), mas como testemunha conscienciosa que apresenta
provas no tribunal, com a maior seriedade e solicitude. Paulo ensinou o
evangelho como uma testemunha a favor deles, caso o recebessem, e como uma
testemunha contra eles, caso o rejeitassem. (3) O apóstolo era um pregador útil
(v. 20). Em todas as suas pregações, objetivava fazer o bem àqueles para quem
pregava. Ele proclamava tudo que fosse útil aos efésios, que tendesse a
torná-los sábios e bons, mais sábios e melhores, que documentasse seus
julgamentos e corrigisse seus corações e vidas. Ele pregava ta sympheronta, as
coisas que traziam consigo a luz, o calor e o poder divino para suas almas. Nós
fazemos tudo isto, ó amados, para vossa edificação (2 Co 12.19). Paulo não
tencionava ensinar o que fosse agradável, mas o que fosse útil. E, quando agradava,
o alvo era ser útil. A Bíblia diz que DEUS ensina ao seu povo o que é útil (Is
48.17).
Os que ensinam ao povo o que é útil estão ensinando no lugar de DEUS. (4) O
apóstolo era um ensinador esmerado, muito diligente e infatigável em seu
trabalho: Ele ensinava publicamente e pelas casas (v. 20). Em suas visitas
particulares e enquanto vão de casa em casa, os ministros devem discorrer sobre
os mesmos assuntos que ensinam publicamente. Devem repeti-los, reprisá-los,
explicá-los e, caso necessário, perguntar: Entendestes todas estas coisas? (Mt
13.51). E, sobretudo, devem ajudar as pessoas a aplicar a verdade a si mesmas e
à sua própria situação. (5) O apóstolo era um ensinador fiel: Ele não só
pregava o que era útil, mas tudo que julgasse que fosse útil para os efésios.
(1 Co 1.23). (6) O apóstolo era um ensinador universal: Ele testemunhou tanto
aos judeus como aos gregos (v. 21). Os ministros têm de pregar o evangelho com
imparcialidade porque são ministros de CRISTO para a igreja universal que é o
corpo de CRISTO. (7) O apóstolo era um ensinador verdadeiramente cristão: Ele
não ensinava noções filosóficas ou questões de discussão duvidosa, nem pregava
política ou se intrometia em assuntos do estado ou do governo civil. Ele
pregava a fé e o arrependimento - os dois grandes temas do evangelho suas
características e exigências. Esses eram temas nos quais insistia em todas as
ocasiões. [1] O arrependimento para com DEUS (v. 21, versão RA; ou a conversão
a DEUS, RC). [2] A fé em nosso Senhor JESUS CRISTO (v. 21).
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE
Edição completa. Editora CPAD. pag. 222-223.
Atos 20. 20. O ministério pastoral de Paulo se realizava publicamente em
reuniões (tais quais aquelas que se realizavam na escola de Tirano) e também de
casa em casa (2:46; cf. Rm 16:5; Cl 4:15; Fm 2). Paulo dá considerável ênfase
ao fato de que, no decurso de tudo, não deixará de ensinar qualquer coisa que
fosse proveitosa para seus ouvintes (cf. v. 27), embora nem sempre fosse bem aceita
(G1 4:16, cf. 2 Co 4:2).
Atos 20. 21. proclamava aos judeus a necessidade da fé, e aos gregos, a
necessidade do arrependimento, respectivamente.
I. Howard Marshall. Atos. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag.
308-309.
Atos 13. A Incumbência (13.1-3).
Literalmente, o versículo 1 diz: “Na igreja que estava em Antioquia havia
alguns profetas e doutores” (ASV; cf. NEB).
A cidade de Antioquia na Síria era a terceira maior cidade do Império Romano
(depois de Roma e Alexandria). Dali saiu a grande missão voltada aos gentios.
Antioquia tornou-se a base principal da evangelização do mundo gentílico. Foi
feita uma referência a alguns profetas e doutores da igreja de Antioquia. A
palavra grega prophetes (de prophemi, “falar”, com o sentido de declarar)
significa “aquele que age como intérprete ou comunicador da vontade divina”, e
da mesma maneira ela foi usada pelos profetas do Antigo Testamento (e.g.,
3.22-23; 7.37; 8.28). Os profetas e os doutores, ou mestres, passaram a
constituir os dois principais grupos de obreiros da igreja dignos de receber
apoio, como mostra claramente o Didache (c. 13) do segundo século.
Na língua grega, a partícula te é colocada antes da palavra Barnabé e com
Manaém. Este fato levou Ramsay a sugerir que a relação de cinco nomes deveria
ser dividida em duas partes, com os três primeiros sendo designados como
profetas e os dois últimos como doutores. Mas como profetas e doutores são
tratados como classes distintas tanto no Novo Testamento como no Didache (ver
acima), a interpretação de Ramsay merece alguma consideração.
Ralph Earle. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 7. pag. 298-300.
Atos 13.1- Até este ponto, parece que Barnabé e Paulo tinham sido os principais
professores na igreja de Antioquia (11.26). Esta lista mostra pelo menos outros
três, considerados como profetas e doutores. Saulo era um rabino judeu,
altamente instruído, e cidadão romano. O seu nome conclui a lista deste grupo
tão variado. As diferenças sociais, geográficas e raciais destes indivíduos mostram
que o ESPÍRITO de DEUS tinha estado trabalhando rapidamente e sobre uma ampla
região geográfica. O Evangelho não tinha apenas chegado a estas regiões, mas
também o ESPÍRITO de DEUS usava a Antioquia cosmopolita para reunir uma equipe
diversificada para a próxima “fase” da expansão do reino.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 1. pag. 680.
Ill - A IMPORTÂNCIA DO DOM MINISTERIAL DE MESTRE
1. Uma necessidade urgente da igreja.
O legítimo mestre ministro tem revelações da Palavra de DEUS que nenhum outro
ministro terá. É revelado ao mestre ministro exatamente o que cada um precisa
ouvir para que seja edificado, exortado ou consolado. O ESPÍRITO SANTO sonda as
pessoas e comunica ao mestre ministro a mensagem a ser dada. O mestre ministro
possui intima comunhão com o ESPÍRITO SANTO.
A Igreja necessita de mestres ministros urgentemente para que a obra de DEUS
seja realizada a contento. Nenhuma igreja pode sobreviver sem mestre ministro
de CRISTO.
Ensinar No Novo Testamento
Terminologia. Alguma forma da palavra "ensinar" é usada em várias
versões para traduzir cinco termos gregos, quatro dos quais são precisamente
traduzidos pela versão RSV em inglês.
1. O grego matheteuo, "ser" ou "fazer um discípulo" (Mt
28.19; At 14.21).
2. O grego paideuo, "educar" ou "treinar" (At 22.3; Tt
2.12).
3. O grego katecheo, "instruir" (1 Co 14.19; Gl 6.6 duas vezes).
4. O grego kataggello, "proclamar" (At 16.21; RSV
"advogar").
5. O grego sophronizo, "encorajar", "aconselhar" (Tt 2.4).
A versão RSV em inglês traz o termo "ensino" em Lucas 10.39 como a
tradução do termo logos.
A ideia transmitida pela palavra "ensinar", por seus cognatos e
compostos reside inteiramente sobre alguma forma do verbo didasko.
διδασκαλος didaskalos professor, doutor ou Mestre .
* no NT, alguém que ensina.
Em nossa lição é um ministério dado por CRISTO a igreja, é uma pessoa escolhida
por JESUS e capacitada pelo ESPÍRITO SANTO com dons, pessoa dada a Igreja.
Está é a definição do ofício de doutor ou Mestre em nossa lição.
Não tem a ver com professor de EBD ou pastor que ensina no culto de doutrina ou
de ensino.
O ESPÍRITO SANTO como Mestre .
Paulo afirmou que sua pregação não consistia em palavras ensinadas pela
sabedoria humana, mas ensinadas pelo ESPÍRITO SANTO (1 Co 2.13).
O Senhor JESUS encorajou seus discípulos a não se preocuparem com o que
deveriam dizer nas ocasiões de perigo e perseguição, porque naquela mesma hora
o ESPÍRITO SANTO lhes ensinaria o que deveriam dizer (Lc 12.12).
Disse o nosso Senhor JESUS que O ESPÍRITO SANTO viria como um Paracleto e
ensinaria todas as coisas aos seus discípulos (Jo 14.26).
A unção do ESPÍRITO é o tutor perpétuo do crente (1 Jo 2.27).
E a unção que vós recebestes dele fica em vós, e não tendes necessidade de que
alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é
verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis. 1
João 2:27
O Senhor JESUS como Mestre .
Paulo, mesmo exercendo seu ministério após a morte e ressurreição de JESUS,
recebeu ensino de JESUS em seu ministério e ensinou a todos o que recebeu de
seu ensino - Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor
JESUS, na noite em que foi traído, tomou o pão; 1 Coríntios 11:23.
Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é
segundo os homens, porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela
revelação de JESUS CRISTO. Gálatas 1:11,12
O ministério de JESUS por toda a Palestina é descrito como sendo essencialmente
de ensino e pregação e cura (Mt 4.23; 9.35), seja para as multidões casuais ou
para os seus próprios discípulos; quer nas sinagogas, nos lugares públicos, ou
na audiência dos líderes religiosos (Lc 5.17). O efeito sobre suas reuniões era
impressionante e reforçava a convicção de que Ele ensinava não como os
escribas, mas como alguém que possuía autoridade (Mt 7.28ss.; 13.54; Mc 1.22;
6.2; cf. Lc 4.32). O Senhor JESUS afirmou que as palavras que Ele falava lhe
haviam sido ensinadas por DEUS Pai (Jo 8.28), e que seu ensino vinha do Pai (Jo
7.16ss.). Seu ensino foi caracterizado pelo uso frequente de parábolas (Mc
4.2).
Nicodemos reconheceu que JESUS era um Mestre vindo de DEUS, e que isto
fora atestado por obras poderosas (Jo 3.2). Os principais dos sacerdotes e
escribas o interrogaram quanto à fonte de sua autoridade de ensino (Mt 21.23;
cf. Jo 18.19). Até mesmo os seus adversários admitiram francamente que o Senhor
ensinava o caminho de DEUS imparcialmente, independente do temor ou do favor do
homem (Mc 12.14; Lc 20.21; Mt 22.16; cf. Jo 18.19). Certamente, todos estavam
admirados com seu ensino (Mt 7.28; 13.54; 22.33; Mc 1.22; 11.18) e perguntaram
se era um novo ensino (Mc 1.27). Em seu circuito inicial na Galileia, CRISTO
foi glorificado por todos devido ao seu ensino (Lc 4.15). Nos últimos dias de
seu ministério, Ele estava diariamente no templo ensinando (Lc 19.47; 20.1; cf.
Mc 14.49; Jo 18.20). Seu ministério foi caracterizado pela atividade que os
judeus - entendendo mal algumas de suas declarações - questionavam, por
exemplo, não sabendo se Ele estava ensinando sobre a Diáspora e os gentios (Jo
7.35).
A reputação do Senhor JESUS CRISTO como Mestre rapidamente lhe trouxe o
respeitoso título de rabi (q.v.), ou raboní ("meu senhor", um
extraordinário título para um Mestre distinto) por parte de seus
discípulos (Mc 9.5; 11.21; Jo 1.49), daqueles que o ouviam (Mc 12.14; Jo 3.2),
e até mesmo de seus inimigos (Lc 10.25; 11.45; 19.39; 20.28). Este título
aramaico às vezes é deixado sem uma tradução, às vezes é interpretado, porém é
mais frequentemente traduzido pela palavra grega didaskalos ("Mestre
" ou "professor"), que embora não seja uma tradução literal é
verdadeira no sentido do contexto original. O Senhor JESUS aceitou este título
como indicativo do verdadeiro relacionamento existente entre si mesmo, como
Mestre , e os seus seguidores, como discípulos (Jo 13.13; Lc 6.40; Mt
10.24ss.). O tema central no ensino do Senhor JESUS era o reino de DEUS (Mt
5.2; 9.35). Lucas descreveu o relato de seu Evangelho como pertencendo a tudo o
que JESUS começou tanto a fazer como a ensinar (At 1.1). Dentre as muitas
lições que o Senhor JESUS ensinou aos seus discípulos, os evangelistas
escolheram várias para as suas menções particulares; por exemplo, o Sermão do
Monte (q.v.); o pedido de seus discípulos para que lhes ensinasse a orar (Lc
11.1): sua rejeição, morte e ressurreição em Jerusalém (Mc 8.31; 9.31); e sua
segunda vinda (Mt 24-25; Mc 13; Lc 17.20-27; 21).
Os apóstolos como mestres.
Durante seu ministério, o Senhor JESUS enviou os seus discípulos para ensinar,
pregar, libertar e curar (Mc 6.1-13; 30). Mais tarde, o Senhor mandou que
fizessem discípulos de todas as nações, e ensinando-os a observar tudo o que
Ele havia ordenado (Mt 28.20). Depois do Pentecostes, que ocorreu após a
ascensão, os apóstolos ensinaram ao povo que o Senhor JESUS ressuscitou dos
mortos (At 4.2). O concílio judeu mandou que Pedro e João desistissem de
ensinar no nome de JESUS (At 4.18), uma ordem que eles não atenderam, e foram
presos no templo enquanto continuavam a ensinar (At 5.21, 24ss.). Apesar de uma
outra severa advertência das autoridades, os apóstolos continuaram a ensinar,
pregar a JESUS CRISTO (At 5.42) e curar os doentes se enfermos, até que toda
Jerusalém estivesse repleta de seu ensino (At 5.28). Barnabé e Paulo ensinaram
durante um ano inteiro na igreja que estava em Antioquia (At 11.26; cf. 15.35).
O procônsul Sérgio Paulo ficou admirado com o ensino de Paulo sobre o Senhor
JESUS, após Paulo ordenar que Elimas ficasse cego para não atrapalhar a obra de
DEUS (At 13.11,12). Quando os atenienses ouviram Paulo, eles o levaram ao
Areópago para que pudesse lhes expor seu novo ensino (At 17.19). Paulo passou
dezoito meses em Corinto ensinando a Palavra de DEUS (At 18.11), e mais tarde
lembrou aos presbíteros efésios que ele lhes havia ensinado publicamente e de
casa em casa durante sua estada em Éfeso, onde ocorreram milagres incríveis (At
19.5-12; 20.20). Apolo, embora conhecendo apenas o batismo de João, ensinou
diligentemente em Éfeso as coisas do Senhor (At 18.25). Os discípulos judeus
acusaram Paulo diante de Tiago e dos presbíteros em Jerusalém, de ter ensinado
os gentios a abandonar as leis de Moisés, a deixar a prática da circuncisão, e
a abandonar os costumes judeus (At 21.21). Esta mesma acusação foi lançada
pelos próprios judeus quando descobriram Paulo no templo e exclamaram contra
ele como alguém que havia ensinado os homens em toda parte contra os judeus, a
lei, e o templo (At 21.28). Pela palavra falada e escrita, os apóstolos ensinaram
a mensagem do cristianismo aos seus contemporâneos.
Mestres na igreja.
Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor JESUS, na
noite em que foi traído, tomou o pão; 1 Coríntios 11:23
E Paulo e Barnabé ficaram em Antioquia, ensinando e pregando, com muitos
outros, a palavra do Senhor. Atos 15:35
Paulo refere-se repetidamente à sua designação como Mestre dos gentios na
fé e na verdade (1 Tm 2.7; 2 Tm 1.11) e de sua doutrina (2 Tm 3.10; 1 Co 4.17).
Ele negou que o Evangelho que ele pregava tivesse sido ensinado por um homem;
antes, ele declarou que o recebeu pela revelação de JESUS CRISTO (Gl 1.12).
Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é
segundo os homens, porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela
revelação de JESUS CRISTO. Gálatas 1:11,12
O ensino de Paulo foi dirigido a todos os homens em toda a sabedoria para que
todo homem pudesse tornar-se maduro em CRISTO (Cl 1.28; cf. Hb 6.1,2). Entre os
dons e a capacitação do CRISTO que subiu aos céus a fim de equipar e treinar os
membros de seu Corpo, estavam a capacitação para se tornarem doutores (ou
mestres; Efésios 4.11). Uma vez que os apóstolos, profetas e evangelistas
tinham a princípio uma grande mobilidade, é provável que muitos dos mestres na
igreja primitiva tenham tido um ministério de viagens, visitando os crentes em
uma certa cidade por um período mais curto ou mais longo. É provável que a
maioria ou todos os cinco homens citados em Atos 13.1 não estivessem residindo
permanentemente em Antioquia. O papel do Mestre na igreja era designado e
desempenhado através da indicação Divina e da capacitação do ESPÍRITO (1 Co
12.28). A integridade e a fidelidade para com a tarefa do ensino são
enfaticamente ordenadas (Rm 12.7; 1 Tm 4.11,13,16), tanto em sua preparação
como em seu conteúdo (Tt 2.1,7; 2 Tm 4.2). Aqueles que ensinam devem ser
considerados dignos de duplicada honra (1 Tm 5.17), e merecem o apoio daqueles
que são ensinados (Gl 6.6). O aspirante a Mestre é solenemente advertido
de que esta atividade, em última instância, o envolverá em um julgamento mais
rigoroso (Tg 3.1). Mas embora existam aqueles que são especialmente
selecionados para ensinar na igreja, cada crente deve envolver-se neste
ministério (Cl 3.16; 1 Co 14.6,26; Hb 5.12). Este deve ser para o benefício de
todos, e não deve ser complacente com desordem na adoração da igreja (1 Co
14.6,19,26). O servo do Senhor deve ser apto para ensinar e evitar contendas (2
Tm 2.24). Embora as mulheres sejam proibidas de ensinar os homens na igreja (1
Tm 2.12), Paulo ordena que as mulheres idosas ensinem o que é bom enquanto
educam as mulheres mais jovens (Tt 2.3).
O ensino na igreja.
Há uma referência no NT a uma tradição cristã apostólica denominada
diferentemente de sã doutrina (Tt 2.7) ou de palavra fiel (Tt 1.9), que havia
sido entregue à igreja (Rm 6.17; 16.17; Ef 4.21; Cl 2.7; 2 Ts 2.15; 2 Tm 2.2;
Tt 1.9). Os primeiros discípulos em Jerusalém dedicaram-se ao ensino dos
apóstolos (At 2.42). Parte desta tradição era o AT, que é proveitoso, diz
Paulo, para o ensino (Rm 15.4; 2 Tm 3.16; cf. 1 Tm 1.8-10). O ensino cristão, e
somente ele (1 Tm 1.3), deve ser confiado aos homens que crêem e praticam o que
ensinam, que por sua vez serão capazes de ensinar aos outros também (2 Tm 2.2;
cf. 1 Tm 4.11). O presbítero, portanto, deve ser apto para ensinar (1 Tm 3.2),
e deve permanecer firme na palavra fiel que lhe foi ensinada, para que possa
dar instrução na sã doutrina e oferecer uma apologia eficaz para a fé (Tt 1.9).
A obediência ao padrão da doutrina é creditada com o poder moral para libertar
o crente da escravidão do pecado (Rm 6.17). A doutrina está de acordo com a
piedade (1 Tm 6.3) e fornece o alimento espiritual necessário ao crente (1 Tm
4.6). Aquele que ensina deve crer naquilo que ensina e praticar aquilo que
ensina.
Outros usos.
O menino JESUS foi encontrado por sua família sentado entre os doutores da lei
no templo co apenas 12 anos de idade (Lc 2.46), Nicodemos foi chamado, por
nosso Senhor, de Mestre de Israel (Jo 3.10 etc...). João Batista ensinou
a seus discípulos como orar (Lc 11.1). O Senhor JESUS adverte que aquele que
infringe o menor mandamento e assim o ensina aos homens, será o menor no reino;
e, ao contrário, aquele que observa e ensina corretamente aos homens será grande
no reino (Mt 5.19). JESUS censurou os escribas e os fariseus por adorarem a
DEUS de forma vã, ensinando como doutrinas os preceitos dos homens (Mt 15.9; Mc
7.7; cf. Is 29.13).
Falso ensino.
Entre os cristãos na Judeia havia aqueles que ensinavam a necessidade da
circuncisão para a salvação, uma doutrina mais tarde repudiada pelo Concílio de
Jerusalém (At 15.1). Paulo faz menção dos preceitos e ensinos humanos que
prescrevem regulamentos rituais aos quais os cristãos não devem submeter-se (Cl
2.20-22). Ele adverte Timóteo que nos anos futuros alguns iriam afastar-se da
fé dando ouvidos a doutrinas de demônios (1 Tm 4.1), enquanto outros reuniriam
em torno de si mestres que se adequassem aos seus próprios desejos (2 Tm 4.3).
Em outras passagens está previsto que os falsos mestres trarão heresias
destrutivas à igreja (2 Pe 2.1). Paulo rogou a Timóteo que ensinasse as sãs
palavras de JESUS, e que rejeitasse aqueles que ensinam de outra maneira (1 Tm
6.2ss.). O apóstolo ensinou que havia aqueles que deveriam ser silenciados
visto que estavam perturbando famílias inteiras ensinando basicamente o que não
tinham o direito de ensinar (Tt 1.11), e também adverte Timóteo contra os
judaizantes que desejavam, em vão, se tornar mestres da lei (1 Tm 1.7). O mesmo
apóstolo exortou os efésios à integração espiritual e à participação vital de
todos dentro da igreja, para que eles não fossem agitados de um lado para outro
e levados ao redor por todo vento de doutrina (Ef 4.14). O autor da epístola
aos Hebreus adverte seus leitores a não se deixarem envolver por doutrinas
várias e estranhas (Hb 13.9), enquanto João ordena aos seus leitores que não se
associem a alguém que não permaneça na doutrina de CRISTO (2 Jo 9,10). A igreja
em Pérgamo é criticada por ter alguns que aderiram ao ensino de Balaão e à
doutrina dos nicolaítas (Ap 2.14), enquanto a igreja em Tiatira é censurada por
tolerar o ensino de Jezabel (Ap 2.20,24).
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 647-650.
Com acréscimos do Pr Henrique.
2 Pedro 2.1 O final do capítulo 1 leva ao tema da sua carta. Pedro tinha
explicado que DEUS tinha operado por meio de seres humanos para transmitir as
suas palavras às pessoas (1.21).
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag.
749-750.
Os verdadeiros mestres são de suma importância para a Igreja devido a
existência dos falsos mestres. Sempre tem havido falsos mestres entre o povo de
DEUS, e sempre os haverá.!
O cristianismo é, realmente, uma religião de liberdade; mas também exige
amoroso serviço totalmente dedicado a JESUS, o Redentor. Paulo, Judas, Tiago e
outras personalidades de destaque no Novo Testamento deleitavam-se em chamar-se
“escravos” ..Os falsos mestres não eram assim.
Michael Green. II Pedro. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag.
89-91.
2. A responsabilidade de um discipulado contínuo.
O DISCIPULADO PERMANENTE
O ensino da Palavra de DEUS, na igreja local, é indispensável e de fundamental
importância. Depois da evangelização, vem o discipulado dos novos convertidos.
Mas o discipulado não deve ser visto como apenas algumas lições da Escola
Bíblica Dominical. O discipulado cristão é para toda a vida. Ninguém deixa de
ser discípulo pela idade ou “por tempo de serviço”. O pastor ou bispo ou qualquer
obreiro, devem ter sempre a capacidade para ensinar. Diz Paulo: “Convém que o
bispo seja.... apto a ensinar ’ (1 Tm 3.2 — grifo nosso). Porém, sabe ensinar
não implica em ser mestre ministro de CRISTO. Por isso DEUS resolveu designar
algumas pessoas com a missão de dedicar-se exclusivamente ao ensino (cf. Rm
12.7). “E a uns pôs DEUS na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar,
profetas, em terceiro, doutores (ou mestres)...” (1 Co 12.28).
A missão dos mestres ou doutores, nas igrejas, é de grande valor. Os
pregadores, os evangelistas ou os missionários pregam a Palavra de DEUS,
atraindo as almas para CRISTO. Os novos convertidos são como “crianças”
espirituais, que precisam receber o alimento espiritual de acordo com o seu
tempo de conversão; os crentes mais antigos, supostamente, devem ter mais
maturidade; mas todos precisam do ensino fundamentado, que expresse a sã
doutrina. Sem o ensino, os crentes ficam sem o conhecimento indispensável ao
seu crescimento na graça e no conhecimento de Nosso Senhor JESUS CRISTO (cf. 2
Pe 3.18).
O PAPEL DOS MESTRES
A necessidade do ensino da Palavra de DEUS requer pessoas preparadas para
ministrá-la com sabedoria, graça e unção da parte de DEUS. Diante disso, vem o
papel dos mestres e doutores. São pessoas que se dedicam ao ensino (cf. Rm
12.7). Eles não se consideram superiores aos demais obreiros, pelo fato de
terem recebido o dom de ensinar. Mas, pela dedicação constante ao estudo e à
pesquisa bíblica, reúnem informações e subsídios, extraídos das Escrituras,
para compartilhar com toda a igreja e ainda têm a inspiração contínua do
ESPÍRITO SANTO em seu ministério. Revelações sobrenaturais estão presentes nos
ensinos nestes doutores ou mestres.
Dificilmente um pastor terá o ministério de Mestre junto a seu ministério,
embora precise saber ensinar. O ensino pastoral tem a ver com o saber dos
problemas da igreja e procurar estudar a Palavra de DEUS sobre tais assuntos e
aplicá-las em seu ensino para corrigi-los. Os pastores em seu ministério são
todos apascentadores, que zelam, cuidam, vigiam e protegem o rebanho de CRISTO
aos seus cuidados. Porém, os mestres são usados sobrenaturalmente para
penetrarem no íntimo de seus ouvintes pelo ESPÌRITO SANTO e lhes revelar a
solução espiritual para seus problemas.
Os mestres, doutores ou ensinadores, que recebem o dom de ensinar, podem (e
devem) cooperar com a liderança da igreja na ministração de estudos valiosos e
profundos para a edificação dos crentes. Diz o pastor Elienai Cabral: “Igrejas
sem Mestre são igrejas fracas espiritualmente. Por isso, deve-se
reconhecer a importância e a necessidade do ministério do ensino. É através do
ensino inspirado pelo ESPÍRITO SANTO, que a igreja se justifica contra as
falsas doutrinas e que se fortifica contra os ataques espirituais de Satanás”.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 121-123. Com acréscimos do
Pr Henrique.
O QUE É DISCIPULADO?
JESUS estudou a Palavra de DEUS, aos doze anos já ensinava a mestres (Lucas
2.46). Treinou homens para implantarem o Reino de DEUS. Seus discípulos
estiveram com ele dia e noite por quase três anos e meio. Escutavam seus
sermões e memorizavam seus ensinamentos, embora ainda obscuros. Viram-no viver
a vida que ele ensinava. Viram e ouviram sinais, prodígios e maravilhas que
realizava. Então, após sua ascensão, confiaram as palavras de CRISTO a outros e
encorajaram-nos a adotar o seu estilo de vida e a obedecer ao seu ensino.
Discípulo é o aluno que aprende as palavras, os atos e o estilo de vida de seu
Mestre com a finalidade de ensinar outros.
O discipulado cristão é um relacionamento de Mestre e aluno baseado no modelo
de CRISTO e seus discípulos, no qual o Mestre reproduz tão bem no aluno a
plenitude da vida que tem em CRISTO que o aluno é capaz de treinar outros para
que ensinem outros.
Um estudo cuidadoso do ensino e da vida de CRISTO revela que o discipulado
possui dois componentes essenciais: a morte de si mesmo e a multiplicação. São
essas as ideias básicas de todo o ministério de JESUS. Ele morreu para que
pudesse reproduzir nova vida. E ele requer que cada um de seus discípulos siga
o seu exemplo.
MORRER PARA SI MESMO
O chamado de CRISTO para o discipulado é um chamado para a morte de si mesmo,
uma entrega absoluta a DEUS. JESUS disse: “Se alguém quiser acompanhar-me,
negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser
salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa, este
a salvará” (Lc 9.23,24).
Da perspectiva do mundo, a franqueza de CRISTO em chamar as pessoas para
segui-lo parece exagerada. JESUS ensina que para compartilhar de sua glória,
primeiro a pessoa tem de compartilhar de sua morte.
JESUS é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis. E o Senhor do Universo ordena
que toda pessoa o siga. Seu chamado a Pedro e André (Mt 4.18,19) e a Tiago e
João (Mt 4.21) foi uma ordem. “Siga-me”. Sempre tem sido uma ordem, nunca um
convite (Jo 1.43).
JESUS nunca implorou que alguém o seguisse. Ele era embaraçosamente direto. Ele
confrontou a mulher no poço, com o seu adultério; Nicodemos, com seu orgulho
intelectual; os fariseus, com sua justiça própria. Ninguém pode interpretar
“Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo” (Mt 4.17) como uma súplica.
JESUS ordenou a cada pessoa que renunciasse a seus interesses, abandonasse os
pecados e obedecesse completamente a ele.
Quando o jovem rico se recusou a vender tudo o que possuía para segui-lo (Mt
19.21), JESUS não foi correndo atrás dele tentando conseguir um acordo. Ele
nunca minimizou seu padrão. JESUS declarava apenas: “Quem me serve precisa
seguir-me [...]” (Jo 12.26).
JESUS esperava obediência imediata. Ele não aceitava desculpas (Lc 9.62).
Quando um homem quis primeiro sepultar o pai antes de seguir CRISTO, ele
replicou: “[...] Siga-me, e deixe que os mortos sepultem os seus próprios
mortos” (Mt 8.22). Homem algum recebeu algum elogio por ter obedecido à ordem
de CRISTO de segui-lo e tornar-se seu discípulo; era o que se esperava de
todos. JESUS disse: “Assim também vocês, quando tiverem feito tudo o que lhes
for ordenado, devem dizer: 'Somos servos inúteis; apenas cumprimos o nosso
dever’ ” (Lc 17.10).
Assim, quando é que você se torna um cristão, um discípulo de CRISTO? Quando
vai à frente em resposta a um apelo? Quando se ajoelha diante do altar? Quando
chora sinceramente? Nem sempre. Os primeiros seguidores de CRISTO tornaram-se
discípulos quando lhe obedeceram, quando ‘eles, deixando imediatamente seu pai
e o barco, o seguiram” (Mt 4.22)
A obediência à ordem de CRISTO “Siga-me” resulta na morte de si mesmo. O
cristianismo sem essa morte é apenas uma filosofia abstrata. É um cristianismo
sem CRISTO.
Talvez o erro fundamental cometido por muitos cristãos seja fazer distinção
entre receber a salvação e tornar-se discípulo. Colocam as duas coisas em
níveis diferentes de maturidade cristã, presumindo que é aceitável ser salvo
sem assumir compromisso com as exigências mais radicais de JESUS, como “tomar a
sua cruz” e segui-lo (Mt 10.38).
Essa ideia baseia-se na crença errada de que a salvação é principalmente para o
benefício do homem a fim de torná-lo feliz e evitar a condenação eterna.
Embora a salvação venha ao encontro da mais profunda necessidade do homem, essa
ideia humanista de fazer uma coisa em favor do bem-estar da pessoa ignora
completamente a razão fundamental pela qual CRISTO morreu na cruz. DEUS concede
a salvação aos homens principalmente para trazer glória a ele por meio de um
povo que tem o caráter de seu Filho (Ef 1.12). A glória de DEUS é mais importante
do que o bem-estar do homem (Is 43.7).
Ninguém que compreenda o propósito da salvação ousaria especular que uma pessoa
pudesse ser salva sem aceitar o senhorio de CRISTO. CRISTO não pode ser o
Senhor da minha vida se eu for o senhor dela. Para que CRISTO esteja no
controle, tenho de morrer. Não posso me tornar discípulo sem morrer para mim
mesmo e sem me identificar com CRISTO, que morreu pelos meus pecados (Mc 8.34).
O discípulo segue o seu Mestre até mesmo à cruz.
Por muito tempo, lutei para entender as implicações práticas de “morrer para si
mesmo”. Como essa determinada autor renúncia se manifestaria em minha vida? Ao
meditar em Gálatas 2.20, finalmente compreendi: “Fui crucificado com CRISTO.
Assim, já não sou eu quem vive, mas CRISTO vive em mim [...]”.
Suponhamos que no dia 1 ° de janeiro eu estivesse sobrevoando o Kansas quando o
avião explodiu. Meu corpo caiu no chão, e morri com o impacto. Depois de algum
tempo, um fazendeiro encontrou meu corpo. Não havia pulsação, nenhuma batida do
coração nem fôlego. Meu corpo estava frio. Era óbvio que eu estava morto. O
fazendeiro fez uma cova. Mas, ao colocar meu corpo na terra, o dia já estava
escuro demais para cobri-lo. Decidindo que terminaria o trabalho na manhã
seguinte, ele voltou para casa.
Então CRISTO veio e me disse: “Keith, você está morto. Sua vida sobre a Terra
acabou, mas eu soprarei um fôlego de nova vida em você se prometer fazer
qualquer coisa que eu pedir e ir a qualquer lugar que eu mandar”.
Minha reação imediata foi: “De maneira nenhuma. Isso não é razoável. É
escravidão”. Mas, então, reconhecendo que não estava em posição de negociar,
sincera e rapidamente concordei.
Instantaneamente, os pulmões, o coração e os demais órgãos vitais voltaram a
funcionar. Voltei à vida. Nasci de novo. Daquele momento em diante, não
importava o que CRISTO pedisse de mim ou onde me mandasse, eu estava mais que
disposto a obedecer-lhe. Nenhuma tarefa seria por demais difícil, nenhum
horário cansativo demais, nenhum lugar perigoso demais. Nada era sem motivo.
Por quê? Porque eu não tinha direito sobre minha vida; estava vivendo com tempo
emprestado, o tempo de CRISTO. Keith morrera no dia 1° de janeiro em um
milharal do Kansas. Então eu podia dizer como Paulo: “Estou crucificado [morri]
com CRISTO; já não sou eu [Keith] quem vive, mas CRISTO [quem] vive em mim”.
É isso que significa morrer para si mesmo e nascer de novo. A ordem de CRISTO
“Siga-me” é uma determinação para participar de sua morte a fim de experimentar
uma nova vida. Você se torna morto para si mesmo totalmente consagrado a ele.
Um grande paradoxo da vida está em que existe imensa liberdade nessa morte. O
morto já não se preocupa com seus direitos, com sua independência ou com as
opiniões dos outros a seu respeito. Ao unir-se espiritualmente ao CRISTO
crucificado, riquezas, segurança e status — as coisas que o mundo tanto almeja
— perdem o valor. “Os que pertencem a CRISTO JESUS crucificaram a carne, com as
suas paixões e os seus desejos” (G1 5.24). A pessoa que toma a cruz, que está
crucificada com CRISTO, não fica ansiosa pelo amanhã porque o seu futuro está
nas mãos de outro.
Por outro lado, o morto para si mesmo é liberto a fim de fazer todas as coisas
para a glória de DEUS (Rm 8.10). Ele coloca tudo o que tem e tudo o que é à
disposição permanente de DEUS. Sua submissão ao senhorio de CRISTO capacita-o a
agradar a DEUS em cada decisão que toma, em cada palavra que diz e em cada
pensamento que tem. O discípulo vê toda a sua vida e todo o seu ministério como
adoração (1 Co 10.31). Morrer para si mesmo liberta-o para ter prazer em seu
amor a DEUS.
A morte do eu é pré-requisito essencial para tornar-se discípulo. Qualquer
pessoa que nao tenha experimentado a morte de si mesmo não pode se qualificar
como elo legítimo no processo de discipulado porque é incapaz de reproduzir o
que JESUS ensinou: “[...] se o grão de trigo não cair na terra e não morrer,
continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto” (Jo 12.24). Sem
multiplicação, não existe discipulado.
COMO SABER SE VOCÊ É DISCÍPULO?
Muitas pessoas dizem ter experimentado a morte de si mesmo e estar vivendo
totalmente consagradas a CRISTO. Mas JESUS disse: “Nem todo aquele que me diz:
‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a
vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7.21).
Como saber se você é um discípulo de CRISTO? Como saber se você já morreu para
si mesmo e está apto a reproduzir? A evidência inegável ao discernir se alguém
é uma versão espiritual de imitação de ouro ou o artigo genuíno é a presença de
um caráter semelhante ao de CRISTO. Se o caráter de CRISTO estiver faltando,
você ainda não morreu para si mesmo e não está preparado para reproduzir.
Talvez a maior dificuldade que você tenha de enfrentar seja crer de fato que
seu caráter é mais importante do que sua capacidade ou suas habilidades. Tal
ideia é tão incomum ao mundo que, mesmo depois de entregar-se à morte de si
mesmo, você a achará estranha.
Sempre soube em minha mente que só o ESPÍRITO de DEUS movia as pessoas ao
arrependimento e à confissão e que fui chamado apenas para testemunhar, e não
para convertê-las. Contudo, agia como se a qualidade da minha vida cristã e a
salvação dos outros dependessem da minha capacidade e criatividade na
evangelização.
Finalmente, a Bíblia alertou-me para a verdade. Primeiramente, e acima de tudo,
DEUS queria que eu tivesse o caráter de CRISTO —fosse cristão. Só então ele
operaria por meio de mim para a sua glória.
Que revelação paralisante! Eu havia confundido ativismo e a resposta do homem
com retidão; havia substituído a adoração por atividades. De repente, minha
segurança nas boas obras foi destruída.
A verdade era dolorosamente clara. É necessário ser médico antes de tratar dos
doentes. É necessário ser advogado antes de advogar. Do mesmo modo, eu teria de
ser como CRISTO antes de realizar sua obra.
O caráter cristão consiste na união de qualidades mentais e éticas que o
capacitem “para que vocês vivam de maneira digna de DEUS, que os chamou para o
seu Reino e glória’ (1Ts 2.12); exibe o fruto do ESPÍRITO: amor, alegria, paz,
paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (G1
5.22,23).
Um exame cuidadoso do ministério de CRISTO revela que, entre as virtudes que
caracterizavam sua vida, quatro qualidades destacavam-no de todas as demais
pessoas como o Filho unigênito de DEUS: obediência, submissão, amor e oração.
Quando descobri isso pela primeira vez, fiquei aturdido. Será que o DEUS
encarnado escolheu edificar sua Igreja sobre o fundamento dessas quatro
qualidades? Pareciam características de uma pessoa fraca — de alguém que
depende totalmente de outra para ter direção, motivação e confiança.
No entanto, era exatamente isso. Essas qualidades descreviam perfeitamente a
relação de CRISTO com o Pai. A força de CRISTO vinha de sua dependência do
Todo-poderoso. E, se eu quisesse ser usado por DEUS, minha relação com ele
teria de ser moldado conforme a do meu Senhor. O caráter cristão é construído
por meio de minha disposição (exercício de minha vontade) em sujeitar cada
aspecto de minha vida à imagem de CRISTO.
Alguns cristãos têm procurado entrar no nosso ministério de discipulado com a
condição de que seus talentos sejam utilizados. Mas tal perspectiva é uma
negação da morte de si mesmo e demonstra que seus valores estão distorcidos. A
principal ocupação do discípulo deve ser que seu caráter seja construído e
multiplicado. Todos nós procuramos fazer discípulos, mas sabemos que isso é
impossível sem que sejamos primeiramente discípulos. Precisamos conhecer a DEUS
antes de torná-lo conhecido.
O discípulo emprega qualquer dom ou talento que construa o Reino ou edifique o
corpo. Ele confiantemente deixa de exercer habilidades que possam nutrir seu
orgulho ou impedir sua maturidade cristã. O enfoque do homem morto para si
mesmo é DEUS. Ele procura ser como CRISTO.
Se algum homem tivesse motivo para encontrar segurança em sua reputação,
capacidades ou credenciais este seria o apóstolo Paulo. Mas ele reconhecia que
isso tudo era lixo em comparação a ser como CRISTO (Fp 3.8). A capacidade da
pessoa nada vale sem um caráter reto. É claro que mortal algum pode atingir
tais qualidades por seus próprios esforços. Mas DEUS predestinou os discípulos,
a serem “conformes à imagem de seu Filho” (Rm 8.29).
Se você não tiver um alvo para sua vida, é provável que fique à deriva. Se o
seu alvo for o nada, provavelmente o atingirá. É por isso que você tem de ter
uma compreensão perfeita da pessoa que CRISTO quer que você seja.
Obediência, submissão, amor e oração são os objetivos pelos quais você e cada
discípulo que fizer deverão lutar. Servem de instrumento para medir o seu
crescimento e o progresso daqueles a quem discipula. São tão importantes que os
examinaremos individualmente nos capítulos seguintes.
Keith Phillips. A Formação de um Discípulo. Editora Vida. Com acréscimos do Pr
Henrique.
3. Requisitos necessários ao Mestre.
Um bom ensinador, Mestre ou doutor é pessoa que, usada por DEUS, na
unção do ESPÍRITO SANTO, pode muito contribuir para a edificação espiritual e
moral dos crentes. O Eclesiastes resume o valor dos que ensinam com a sabedoria
de DEUS: “As palavras dos sábios são como aguilhões e como pregos bem fixados
pelos mestres das congregações, que nos foram dadas pelo único Pastor” (Ec
12.11). Para ser um bom Mestre , na igreja, são necessários alguns requisitos.
1) Apresentar-se a DEUS. “Procura apresentar-te a DEUS aprovado... que maneja
bem a palavra da verdade” (2 Tm 2.15a). Um bom Mestre deve ser um obreiro
aprovado por DEUS, e não apenas nas faculdades de teologia ou seculares. O que
ensina deve ser aprovado:
a) No testemunho pessoal (1 Tm 4.16; 2 Tm 4.5);
b) Na vida familiar (SI 128.1);
c) Na vida social (Mt 5.16);
d) Na igreja (Ec 5.1,2).
e) Através de sinais, prodígios e maravilhas (Os sinais do meu apostolado foram
manifestados entre vós, com toda a paciência, por sinais, prodígios e
maravilhas.
2 Coríntios 12:12 - E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes,
cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se
seguiram. Amém! Marcos 16:20)
2) “Que não tem de que se envergonhar... ” (2 Tm 2.15b). Quem é Mestre
precisa ser exemplo dos fiéis (1 Tm 4.12). Deve ter uma vida íntegra, para não
ser alvo de acusações por parte dos que o ouvem ou dos de fora da igreja. Se um
ensinador dá escândalo compromete seu nome, sua imagem e seus ensinos.
3) “Que maneja bem a palavra da verdade...” (2 Tm 2.15c). Esse requisito é
muito importante, porque o Mestre ou doutor é o homem que faz uso da
Palavra de DEUS para ministrar o ensino à igreja. Seu manual de ensino é a
Bíblia Sagrada. Ele deve conhecer bem a Palavra para poder preparar estudos,
mensagens e reflexões a serem compartilhadas, verbalmente ou por escrito, para
a edificação da igreja. Devem ser “aptos para ensinar” (1 Tm 3.2; 2 Tm 2.24).
Para ter esse manejo, é preciso que o Mestre ou doutor tenha certos
cuidados:
a) Seja um leitor persistente e estudioso da Bíblia (1 Tm 4.13).
b) Seja dedicado ao ensino (Rm 12.7b). Essa dedicação exige esforço e
disciplina para o desenvolvimento de um ministério frutífero;
c) Seja um leitor de bons livros de estudo bíblico (2 Tm 4.13). Os bons livros
não substituem a Bíblia, mas, quando são escritos por homens de DEUS, são
excelentes auxílios ao preparo de estudos e mensagens;
d) Procure conhecer versões variadas da Bíblia, principalmente as de estudo
bíblico, examinando seus comentários, para evitar inserções heréticas, em suas
notas;
e) Utilize dicionários, concordâncias e enciclopédias bíblicas.
f) Seja um leitor de revistas, jornais, e periódicos (evangélicos e seculares),
que tenham subsídios para fortalecer o ensino.
g) Tenha preparo teológico. Um curso teológico de boa qualidade não faz um
excelente Mestre no ensino da Palavra de DEUS. Esse é feito por DEUS. Contudo,
o curso dá uma visão ampla do estudo sistemático da Palavra de DEUS, a partir
da Teologia Sistemática e suas divisões; da Hermenêutica, da Homilética, da
História da Igreja, da Geografia Bíblica, Ética Pastoral, Didática, Psicologia,
etc... A Bíblia diz: “Examinai tudo. Pretende o bem...” (1 Ts 5. 21). Um
Mestre deve ter conhecimentos acima da média de seus alunos.
Tiago adverte que muitos não queiram ser mestres (doutores ou professores),
visto que “receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1). Diante disso, é importante
que os mestres sejam pessoas cuidadosas no exercício de sua missão, pautando-se
pelos princípios éticos e morais da Palavra de DEUS, para que possam contribuir
para o crescimento espiritual dos crentes, nas igrejas, auxiliando os pastores
ou líderes a melhor conduzirem o rebanho do Senhor JESUS.
4) Deve ser homem de adoração, oração e Jejum. Sem uma íntima comunhão com o
ESPÍRITO SANTO não haverá revelação durante a explanação do mestre a respeito
da Palavra de DEUS. O mestre deve ouvir nitidamente a voz do ESPÍRITO SANTO.
Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber:
Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado
com Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse
o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho
chamado. Atos 13:1,2
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 123-124. Com acréscimos do
Pr Henrique.
I Tm 4.13 « ...aplica-te...» No grego é «prosecho», que significa «dar atenção
a», «seguir», «voltar a mente para». Isso se refere à diligência e à dedicação
necessárias por parte de todo o Mestre , sobretudo em suas funções públicas,
que passam a ser enumeradas.
Embora o sentido primário dessas palavras indique a leitura pública das
Escrituras, e como os ensinadores deveriam mostrar-se fiéis nessa função
eclesiástica, espera-se, mui naturalmente, que todos os líderes cristãos sejam
homens que dediquem muito tempo ao estudo e à leitura dos documentos sagrados.
«...à exortação...» No grego é «paraklesis», que significa «encorajamento»,
«exortação», «consolo». O ESPÍRITO SANTO é o «Consolador», o «Ajudador», o
«divino paracleto», palavra teológica essa baseada no termo grego que ora
comentamos.
Esse verbo significa «chamar para o lado de, com o intuito de ajudar»,
«convocar»; e isso tanto para exortar como para consolar. No presente
versículo, porém, devemos entender «exortar», porquanto a palavra é usada em
conexão com a ideia da leitura das Escrituras em público, indicando, portanto,
o ensino que compunha parte do culto de adoração dos cristãos. Mas em
particular, um «supervisor» também deveria agir como consolador; e também
poderia ensinar mensagens consoladoras, a seu público. Mas parece que a ideia
de exortação é que se destaca aqui, pelas razões dadas acima. Tais exortações
podem estar baseadas ou não na leitura feita, pois normalmente eram feitas
mediante «alguma espécie de explicação sobre o que era lido, ou, pelo menos,
incluía algo dessa atividade.
«...no ensino...» No grego é «didaskalia», que significa «instrução», «ensino».
Não é suficiente ler e exortar. Exortação e ensino também são unidos em
Rom. 12:7,8 e I Tim. 6:2.
A principal função do Mestre , no tocante ao culto de adoração, é aqui
salientada. O ensino não é bastante por si mesmo. Também deve haver o ensino, e
as passagens de Rom. 12:7 e Tito 2:1-14 mostram-nos que o ensino deve incluir
tanto a instrução doutrinária como a instrução moral.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 326. Com acréscimos do Pr Henrique.
I Tm 4.13.
Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. Não desprezes o dom que há
em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério.
Medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja
manifesto a todos. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas
coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te
ouvem. 1 Timóteo 4:13-16
ler - exortar - ensinar - dom - meditar- ocupar - cuidado - doutrina -
perseverar - salvar.
Na leitura: trata-se da leitura em voz alta das Escrituras disponíveis perante
a congregação reunida - A bíblia deve ser ouvida para gerar fé - De sorte que a
fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de DEUS. Romanos 10:17. Os textos de 2
Co 3.14; Lc 4.16; At 13.15 se referem à leitura do AT praticada na sinagoga, um
direito de cada homem que soubesse ler. Conforme 1Tm 5.18 (citações do AT e do
NT), 1Ts 5.27; Cl 4.16; Ap 1.3 a leitura pode ser tanto do AT como dos escritos
do NT já existentes. Aqui a ênfase certamente incide sobre a leitura de
escritos apostólicos, o que no entanto não exclui a conhecida prática de
proclamar textos do AT. “Conjuro-vos, pelo Senhor, que esta epístola seja lida
a todos os irmãos. E, uma vez lida esta epístola perante vós, providenciai por
que seja também lida na igreja dos laodicenses; e a dos de Laodiceia, lede-a
igualmente perante vós.” As pastorais não permitem notar uma diferença em
relação a essa leitura de suas missivas motivadas por autoridade apostólica (QI
21, 25e).
Na exortação: No culto da sinagoga a palavra livremente lida era interpretada.
“Depois da leitura da lei e dos profetas, os chefes da sinagoga (judaica)
mandaram dizer-lhes: Irmãos, se tendes alguma palavra de exortação para o povo,
dizei-a!” Após essa solicitação Paulo se levanta e evangeliza. Isso não é a
mesma coisa que ensinar. Também em Rm 12.7s ele diferencia nitidamente entre
exortar e ensinar como dois dons distintos da graça. O próprio DEUS é o DEUS de
toda a consolação, CRISTO o Parákletos, que envia outro Parákletos, o ESPÍRITO
SANTO. Deparamo-nos aqui com uma palavra-chave da revelação do NT que liga da
maneira mais estreita possível as pastorais com todas as demais cartas de Paulo
e com os escritos de João. O Messias é o consolo de Israel, que será revelado
no fim dos tempos e pelo qual esperam os mansos da terra. Os ricos, que tentam
usar sua riqueza para se tranquilizar em seu vazio humano, “já têm sua consolação”.
Nesse contexto também deve ser entendida a “consolação das Escrituras”, porque
elas apontam para o DEUS da esperança. Da Escritura e de sua leitura provêm o
verdadeiro consolo e a verdadeira admoestação.
Exortar significa tratar, com base nas Escrituras, e com autoridade profética,
por meio do ESPÍRITO SANTO, de cada indivíduo e de cada igreja em sua carência,
aflição e perigo atuais, dirigindo-se de forma amável e séria à consciência e
ao coração dos ouvintes. A “paráclese” sempre possui o duplo sentido de exortar
e encorajar, de anunciar e desafiar, de consolar e fortalecer. Exortar visa a
situação atual, motivo pelo qual é aplicação pessoal, ou, se quisermos,
subjetiva, i.é, direcionada ao sujeito, da Escritura Sagrada.
Na doutrina: atividade de ensino, instrução, educação. Ensinar é algo diferente
e é mais que retirar um versículo da Bíblia, relacionando com ele considerações
edificantes. Estão em jogo a totalidade da fé cristã e a história da salvação:
“a forma da doutrina”. Quem ensina, expõe os desígnios de DEUS e evidencia as
dádivas e os deveres deles decorrentes; interpela o entendimento e convida para
o cumprimento em obediência. Quem exorta, nutre e fortalece o coração dos
ouvintes com a palavra de DEUS. Coloca-os junto com seu fracasso diante daquele
que perdoa e restaura. Interpela sua consciência, para que acordem da
indiferença.
Timóteo deve nutrir-se pessoalmente com a palavra da fé e seguir a doutrina,
então terá condições de exortar e ensinar a igreja a partir da Escritura. A
vivência na Escritura e a leitura a partir de seus textos constitui o
fundamento para as duas atividades principais do servo da palavra: exortar e
ensinar, dirigir-se ao indivíduo, falar-lhe a partir de DEUS e colocá-lo no
contexto geral dos desígnios de DEUS com a igreja e o mundo, o subjetivo e o
objetivo, as pequenas coisas do cotidiano e a grande dimensão universal e
supramundana das idéias e intenções de DEUS. Ambas precisam ser mantidas em
equilíbrio e tensão recíproca. Quando se enfatiza demais a doutrina e falta a
exortação, surge um conhecimento cerebral, dissociado da vida e atividade
cotidianas. Quando a exortação se torna preponderante, o ser humano se perde na
subjetividade, na autocontemplação e em última análise na santificação própria,
na mesquinhez, e a devoção adquire aparência mofada e estreita. Falta a relação
com a magnitude e a totalidade dos desígnios de DEUS. Por essa razão ambas as
coisas são necessárias, da maneira como o ESPÍRITO explicita para cada
respectiva situação.
Paulo exorta Timóteo a despertar o dom do ESPÍRITO SANTO que nele residia para
que tenha confirmação de seu ministério perante os outros líderes e confirmação
da mensagem que transmitia ao povo. Um Mestre jamais será respeitado como tal
sem a confirmação sobrenatural de seu ministério.
Hans Bürki. Comentário Esperança Cartas aos I Timóteo.. Editora Evangélica
Esperança. Com acréscimos do Pr Henrique.
II Tm 4.13. Ainda mais que a capa, Paulo queria seus livros e pergaminhos. A
prisão de Paulo poderia ter ocorrido tão inesperadamente, que ele não pôde
voltar para casa para apanhar seus pertences pessoais. Os livros incluiriam
partes do Antigo Testamento. Os pergaminhos eram muito provavelmente
pergaminhos ou papiros escritos à mão, frequentemente usados no século I para a
tomada de notas (como em cadernos), confecção de memorandos, ou primeiros
rascunhos de obras literárias. Talvez estes pergaminhos fossem rascunhos de
algumas das epístolas de Paulo. Praticamente tudo o que era escrito também
tinha um grande valor. Paulo era um estudioso e teria reunido, para o seu uso,
uma biblioteca pequena, mas eficiente. Quando Paulo pediu os livros e os
pergaminhos, ele estava pedindo sua biblioteca, alguns documentos mais
apreciados. provavelmente também entre esses estavam cópias de orações da
Palavra de DEUS.
Isso mostra que Paulo dava muito valor ao estudo da Palavra de DEUS aos seus
escritos sobre a mesma.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag.
542-543. Com acréscimos do Pr Henrique.
«...especialmente os pergaminhos...» Eram livros ou documentos feitos de peles
preparadas de bezerro, de antílope, de cabra ou de ovelha. O material mais caro
era feito de bezerro ainda não-nascido, devido à sua fina textura. Eram
caríssimos, e poucas pessoas possuíam livros feitos desse material. Eram
reunidos, formando rolos, ou então eram deixados como páginas soltas. O termo
pergamina (equivalente a «membrana»), e que se refere a esse material, se
derivou do nome da cidade de Pérgamo, na Mísia, onde era manufaturado em grande
quantidade, e de onde foi introduzido na Grécia. Posto que esse era o material
mais valioso, e visto que Paulo parecia mais ansioso por receber esses
documentos do que os «livros», alguns eruditos têm pensado que esses eram os
livros que continham as Escrituras do A.T., pelo menos certas de suas porções,
porquanto não havia como transportar o A.T. inteiro escrito sobre esse
material, que ficaria por demais volumoso. Mas outros eruditos supõem, além
disso, que havia ali cópias primitivas das declarações e da história da vida de
JESUS, bem como algumas das cartas e escritos do próprio Paulo. A única coisa
que parece certa é que eram documentos escritos, e não apenas material de
escrita em branco.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 406.
Ajuda de Pb Alessandro Silva com algumas modificações e comentários do Pr. Luiz
Henrique.
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LIÇÃO 12 3TR23 NA ÍNTEGRA
Escrita Lição 12, Central Gospel, Os Ministérios Da Igreja, 3Tr23, Pr
Henrique, EBD NA TV
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Efésios 4.7-12
7 - Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de CRISTO.
8 - Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos
homens.
9 - Ora, isto — ele subiu — que é, senão que também, antes, tinha descido às
partes mais baixas da terra?
10 - Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para
cumprir todas as coisas.
11 - E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e mestres,
12 - querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para
edificação do corpo de CRISTO.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A DIVERSIDADE DE MINISTÉRIOS
1.1. A função dos dons ministeriais
1.2. A etimologia da palavra
1.2.1. O exemplo de CRISTO
2. AS CATEGORIAS DOS DONS MINISTERIAIS
2.1. Apóstolos
2.1.1. Critérios para a escolha de apóstolos
2.1.2. O exercício apostólico no Novo Testamento
2.2. Profetas
2.2.1. O ministério profético na atualidade
2.3. Evangelistas
2.3.1. O ministério da evangelização na atualidade
2.4. Pastores
2.4.1. Bispos e presbíteros, um destaque importante
2.5. Mestres
2.5.1. Qualidades indispensáveis aos mestres
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
O Novo Testamento deixa claro que a obra ministerial precisa ser feita por
todos os cristãos, afastando, assim, a ideia de restringir tal tarefa ao grupo
de oficiais da igreja. O papel dos ministérios dados à igreja é conscientizar e
envolver todos os cristãos neste divino trabalho (Ef 4.11-13). Os dons ministeriais
existem com a finalidade de equipar os membros da igreja para o desempenho
pessoal de sua função, visando ao bem do Corpo de CRISTO.
1. A DIVERSIDADE DE MINISTÉRIOS
Para um bom entendimento a respeito dos dons da igreja, é necessário responder
a algumas questões importantes, como: Que grupo de pessoas eles contemplam?
Quem pode utilizá-los? Como podem ser exercidos?
1.1. A função dos dons ministeriais
As duas primeiras perguntas — Que grupo de pessoas eles contemplam? Quem pode
utilizá-los? — caminham lado a lado. A Bíblia faz referência tanto àqueles
ordenados a uma função ministerial (apóstolos, profetas, evangelistas, pastores
e mestres), como aos demais cristãos, os santos. A função dos primeiros é
equipar e instruir os últimos para fazer a obra da igreja.
1.2. A etimologia da palavra
O vocábulo ministério provém do latim (ministerium) e designa “ofício, cargo ou
função”. A principal característica do ministério cristão é o serviço.
Ministério também é um vocábulo oriundo do termo grego diakoniai, que deriva de
diakonia e significa “serviço”, revelando que há diferentes maneiras de servir,
como, por exemplo, o dom de socorros, que envolve a capacitação para ajudar,
socorrer ou assistir o próximo (1 Co 12.28).
1.2.1. O exemplo de CRISTO
O Senhor JESUS é a maior referência de serviço, uma vez que Ele veio ao mundo
não para ser servido, mas para servir (Mt 20.28). Da mesma forma, o apóstolo
Paulo é muito claro em apresentar a vida e o ministério de CRISTO como
referência maior de entrega e serviço (Fp 2.7,8).
2. AS CATEGORIAS DOS DONS MINISTERIAIS
Os dons ministeriais estão classificados dentro de algumas categorias, como se
observa, claramente, no texto de Efésios 4.11.
2.1. Apóstolos
O primeiro ministério destacado na lista de Efésios 4.11 é o de apóstolo (ver
também 1 Co 12.28-30). A palavra apóstolo ocorre mais de 80 vezes no Novo
Testamento; em geral, significa “enviado com uma missão específica”. Nesses
textos, a palavra grega apostello refere- -se àquelas testemunhas que foram, especificamente,
comissionadas por JESUS para estabelecer a igreja. O título é usado para CRISTO
(Hb 3.1); para os Doze (Mt 10.2); para Paulo (Rm 1.1; 2 Co 1.1; Gl 1.1); e
outros (At 14.4,14; Rm 16.7; Gl 1.19; 2.8,9; 1 Ts 2.6,7). JESUS CRISTO é a
fonte, a origem e o padrão do perfeito apostolado.
2.1.1. Critérios para a escolha de apóstolos
De acordo com Atos 1.21-26, após a ascensão de CRISTO aos céus, o candidato ao
apostolado devia preencher os seguintes requisitos:
- ser uma pessoa que andou com CRISTO pessoalmente desde o seu batismo até a
sua ascensão;
- ser alguém que foi testemunha ocular da ressurreição do Senhor JESUS;
- ser alguém que tivesse testemunhado a ascensão de CRISTO ao céu; ser alguém
escolhido pela designação de DEUS. A única exceção é o apóstolo Paulo de Tarso,
que recebeu sua comissão diretamente de CRISTO na estrada para Damasco (At
9.3-6; Rm 1.1; 1 Co 1.1,15; 9.1; 15.8-11).
2.1.2. O exercício apostólico no Novo Testamento
No Novo Testamento, o apóstolo é um mensageiro nomeado e enviado como
missionário, ou como alguém que deve cumprir alguma responsabilidade especial
(At 14.4,14; Rm 16.7; 2 Co 8.23; Fp 2.25). Dentre as qualificações observadas
no colégio apostólico, destacam-se:
- eram homens de reconhecida e destacada liderança espiritual, ungidos com
poder para defrontarem-se com os poderes das trevas e confirmar o evangelho com
milagres;
- eram homens que cuidavam do estabelecimento de igrejas segundo a verdade e
pureza apostólicas;
- eram servos itinerantes, que arriscavam suas vidas em favor do nome do Senhor
JESUS CRISTO e da propagação do evangelho (At 11.21-26; 13.50; 14.19-22;
15.25,26);
- eram homens de fé e de oração, cheios do ESPÍRITO SANTO (At 11.23- 25;
13.2-5,46-52; 14.1-7,21-23).
2.2. Profetas
O segundo ministério destacado na lista de Efésios 4.11 é o de profetas. Os
profetas eram homens e mulheres que pregavam ao povo. Eles exerciam seus
ministérios sob a unção do ESPÍRITO . Suas mensagens eram direcionadas tanto no
sentido preditivo, quanto no da proclamação da verdade bíblica.
2.2.1. O ministério profético na atualidade
Na atualidade, o profeta é um arauto de DEUS, que proclama as mensagens do
Senhor à igreja. A mensagem profética, nos dias de hoje, não deve ser
considerada infalível, tanto no sentido preditivo quanto no sentido da
proclamação. Ela deve ser julgada pela igreja, por outros profetas e pela
Palavra de DEUS. A igreja local é conclamada a discernir e julgar o conteúdo da
mensagem profética, para confirmar se ela realmente está de acordo com o
contexto geral das Escrituras Sagradas (1 Co 14.29-33), ou se está falseada (1
Jo 4.1).
2.3. Evangelistas
O terceiro ministério destacado na lista de Efésios 4.11 é o de evangelista. A
palavra evangelista significa “mensageiro de boas novas”, sendo o nome de uma
ordem de homens da Igreja primitiva, distinta dos apóstolos, profetas, pastores
e mestres. Conforme pode ser claramente entendido, os evangelistas exerciam a
função especial de anunciar as boas novas do evangelho. Eles exerciam um
ministério baseado na itinerância e pregavam tanto na igreja local como fora
dela. Por serem dotados de uma compreensão especial do sentido do evangelho, o
foco de suas mensagens era direcionado para o arrependimento, conversão e
salvação das pessoas. Eles viajavam de lugar em lugar pregando a mensagem de
CRISTO a todos, manifestando sinais e realizando milagres, conforme se lê em
Marcos 16.15-20.
2.3.1. O ministério da evangelização na atualidade
Embora Filipe tenha sido o único personagem da Bíblia chamado de evangelista
(At 21.8), este ministério sempre esteve em evidência na história da igreja
cristã — em 2 Timóteo 4.5, Paulo exorta Timóteo a fazer o trabalho de um
evangelista. A existência de tal dom ministerial não significa que aqueles que
não o receberam estão eximidos da obrigação de falar de JESUS aos outros. Pelo
contrário, essa é uma tarefa comum a todos, evidenciada na Grande Comissão (Mc
16.15).
2.4. Pastores
O quarto ministério destacado na lista de Efésios 4.11 é o de pastor. No Novo
Testamento, a palavra pastor, como designação de um ofício ministerial, é
encontrada uma única vez (Ef 4.11), tendo origem no vocábulo grego poimén, que
significa “apascentador, guarda, sustentador, aquele que conduz o rebanho ao
pasto (pastor de ovelhas)”. O vocábulo pastor é uma referência a alguém que
exerce supervisão pastoral sobre outros. Esse termo remonta ao modelo de JESUS,
que descreveu a si mesmo como o bom Pastor (Jo 10.11a) e é reconhecido como o
grande Pastor (Hb 13.20) e o Supremo Pastor das ovelhas (1 Pe 5.4). Após Sua
ascensão ao céu, Ele delegou a função de pastorear as ovelhas do Seu rebanho
aos Seus ministros. O ministério pastoral não é para quem quer, mas para quem
DEUSchama (Rm 9.16). Nenhum ministro é pastor por si mesmo ou por vontade do
rebanho. Ele o é pela graça, sob a vocação e ordem do supremo Pastor do
rebanho: CRISTO.
2.4.1. Bispos e presbíteros, um destaque importante
Na primeira lição desta revista, o tema “função pastoral” recebeu tratamento
especial. A título de complementariedade, a função exercida pelo pastor na
atualidade precisa ser estudada à luz de dois vocábulos, que, no conceito
popular, parecem sugerir ofícios ministeriais diferentes do ministério que é
exercido pelo pastor. São eles: bispo e presbítero. Bispo, no grego, é
episkopos e significa “curador, superintendente, administrador”. Conforme é
usado na Bíblia, o termo designa um “guardador de almas”, ou “aquele que cuida
do bem-estar espiritual do seu rebanho”. Presbítero equivale à palavra bispo,
derivando do vocábulo grego presbíteros, que significa apenas “homem idoso,
ancião” (At 11.30; Mt 15.2; Mc 7.3; Hb 11.2). Entre os gregos e os hebreus, os
homens de idade avançada mereciam maior honra e respeito, pois lhes era
imputada maior sabedoria. Assim, só a eles era conferido o direito de exercer
funções de grande responsabilidade, como juízes e conselheiros do povo (Tt
1.5-9). Várias referências do Novo Testamento mostram claramente que os
presbíteros não se distinguiam dos bispos ou pastores, como oficiais ou
ministros das igrejas. Parece claro que os termos presbíteros, bispos e
pastores são usados de forma intercambiável no Novo Testamento. Esses oficiais
eram responsáveis pelas questões internas atinentes à igreja local.
2.5. Mestres
Pastores e mestres provavelmente constituíam dois lados de um mesmo ministério,
significando que o pastor deveria ser um mestre na exposição e defesa da fé
cristã, e os mestres deveriam estar aptos a também cuidar do rebanho de DEUS.
Esta é a última categoria de ministros, enunciada pelo apóstolo Paulo em sua
lista (Ef 4.11). No original grego, a palavra mestre é didaskalos, e é
utilizada para designar “alguém com o dom especial de expor, esclarecer e
proclamar as Escrituras, visando sempre à edificação do Corpo de CRISTO” (Ef
4.12). Os mestres cuidam da qualidade de vida da igreja, por meio do ensino e
do discipulado. Aqueles que querem ser mestres devem atentar para a advertência
bíblica de Tiago 3.1: Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres,
sabendo que receberemos mais duro juízo.
2.5.1. Qualidades indispensáveis aos mestres
Em Esdras 7.10, evidenciam-se três qualidades indispensáveis àqueles a quem
DEUSchama e comissiona como mestres do Seu povo. É preciso:
- dispor o coração para buscar a Lei do Senhor — Esdras não poupou esforços e
dedicação para conhecer a Palavra de DEUS(Rm 12.7);
- cumprir a Lei do Senhor — a vida exemplar de Esdras era a maior referência
para os seus ensinos;
- ensinar a Lei do Senhor — Esdras ensinou a Lei; sobre todos, hoje, pesa a
responsabilidade de cumprir o mandato de CRISTO de ir e ensinar as nações (Mt
28.19,20).
CONCLUSÃO
Paulo deixa evidente que DEUSvocacionou pessoas, considerando cinco
perspectivas de atuação ministerial: E ele mesmo concedeu uns para apóstolos,
outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres
(Ef 4.11 ARA). Ainda por meio do apóstolo das gentes, fica claro que os dons da
igreja, concedidos por DEUSpor meio do ESPÍRITO SANTO, visam ao
desenvolvimento das pessoas justificadas em CRISTO, para que estas tenham uma
atuação efetiva nos cuidados com a igreja que Ele mesmo comprou com Seu sangue
(At 20.28; Ef 4.11,12).
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Por que ninguém está isento de pregar o evangelho?
R.: Porque esta tarefa foi dada por CRISTO a todos, indistintamente (Mc 16.15).
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA NA ÍNTEGRA CPAD 4TR24
Escrita, Lição 3, CPAD, As Promessas De DEUS Para A Igreja,
Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO 3
I – A
NATUREZA DA PROMESSA DE DEUS PARA A IGREJA
1. A
promessa de sinais sobrenaturais.
2. A
promessa de revestimento de poder.
3.
Promessas espirituais para uma instituição espiritual.
II – AS
PROMESSAS DE DEUS PARA A IGREJA
1. Promessa
de vida eterna.
2. Promessa
de Poder.
3. A
promessa da glorificação do nosso corpo.
III –
CONDIÇÕES PARA VIVER AS PROMESSAS DE DEUS
1. É
preciso crer.
2. É
preciso ser fiel.
3. É
preciso obedecer a DEUS.
TEXTO ÁUREO
“Pois também eu te
digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas
do inferno não prevalecerão contra ela.”
(Mt 16.18)
As promessas de DEUS
para a Igreja são gloriosas: promessas de vida eterna, de poder e glorificação
final do nosso corpo.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - 2 Co 11.2 A
Igreja é a Noiva de CRISTO, o seu Noivo
Terça - 1 Pe 5.1-4 A
Igreja é o rebanho de DEUS
Quarta - 1 Co 6.19
Como Igreja, somos templo do ESPÍRITO SANTO
Quinta - Mc 16.15 A
missão da Igreja é a evangelização do mundo
Sexta - Ef 2.19 Como
Igreja, pertencemos à família de DEUS
Sábado - Cl 1.24 A
Igreja é o Corpo de CRISTO
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 28.18-20; Marcos 16.15-18; Atos 1.6-8
Mateus 28
18 - E, chegando-se
JESUS, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
19 - Portanto, ide,
ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO
SANTO;
20 - ensinando-as a
guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco
todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!
Marcos 16
15 - E disse-lhes: Ide
por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 - Quem crer e for
batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17 - E estes sinais
seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas
línguas;
18 - pegarão nas
serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e
imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
Atos 1
6 - Aqueles, pois, que
se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo
o reino a Israel?
7 - E disse-lhes: Não
vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu
próprio poder.
8 - Mas recebereis a
virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e serme-eis testemunhas
tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.
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HINOS SUGERIDOS: : 11, 63, 530 da Harpa Cristã
PLANO DE
AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, nos
aprofundaremos nas promessas de CRISTO específicas para a sua Igreja. Nós,
pentecostais, cremos na contemporaneidade de cada uma delas. Precisamos,
portanto, viver de maneira digna do Evangelho, tanto para transmiti-lo - sendo
exemplo e testemunha da ação transformadora de CRISTO -, quanto para usufruir
de suas dádivas, confirmando a nossa pregação pelo poder do ESPÍRITO SANTO.
Sabemos que, com o passar dos anos, ao longo da caminhada cristã, muitos tendem
a deixar o fervor da busca espiritual esvanecer. Conclame, desafie e motive sua
classe a retornar à intensidade com que buscavam ao Senhor e se dedicavam ao
evangelismo, como quando no auge de seu primeiro amor e primeiras obras (Ap 2.2-5).
2. APRESENTAÇÃO DA
LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apresentar as promessas de DEUS para a Igreja de CRISTO; II) Pontuar o
efeito das promessas divinas para a execução da Grande Comissão, missão da
Igreja no mundo; III) Conscientizar acerca das condições para vivenciar tais
promessas.
B) Motivação: Não
podemos nos esquecer do preço pago por CRISTO para instituir sua Igreja na
Terra. Tampouco de nossa missão enquanto seus embaixadores nela. Precisamos,
constantemente, honrar tão grande salvação, nos apoderando das promessas
divinas em prol da eficácia de nossa Grande Comissão. Assim, os salvos em CRISTO
executarão tão grande missão.
C) Sugestão de Método:
O crescimento da Igreja Evangélica tem sido pauta de estudos sociológicos
devido ao seu expressivo aumento no número de fiéis, sobretudo, no meio
pentecostal. Segundo o último Censo realizado no País, em 2022, há
aproximadamente 109,5 mil igrejas evangélicas (de muitas denominações), ante
cerca de 20 mil que havia em 2015. Apenas em 2019, foram abertas pelo menos
6.356 igrejas evangélicas, o que representa uma média de 17 por dia, com o
predomínio das pentecostais. Sugerimos que você apresente esses dados, propondo
a reflexão: o exponencial crescimento numérico tem reverberado a autenticidade
do Evangelho de CRISTO como observamos no crescimento da Igreja de Atos?
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Por meio
do sacrifício expiatório de CRISTO, fomos feitos sua Igreja, seu Corpo e sua
Noiva. Não podemos nos esquecer de suas promessas, assim como da obediência e
santidade requeridas para usufruirmos plenamente delas, levando o Evangelho com
poder e autoridade do ESPÍRITO SANTO, até a volta do nosso Senhor para as Bodas
do Cordeiro.
4. SUBSÍDIO AO
PROFESSOR
A) Revista Ensinador
Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos,
entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 99, p.37,
você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais:
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de
sua aula: 1) O texto "A AÇÃO DA IGREJA NO MUNDO", localizado depois
do primeiro tópico, ressalta os privilégios e responsabilidades que temos
enquanto Igreja neste mundo; 2) O texto "AS PROMESSAS BÍBLICAS", ao
final do terceiro tópico explica os dois tipos de promessas divinas existentes
nas Escrituras: as condicionais e as incondicionais".
PALAVRA-CHAVE
– Igreja
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
A Igreja de CRISTO é portadora de promessas gloriosas
de DEUS. Ela foi idealizada pelo Pai, edificada por CRISTO e guiada pelo ESPÍRITO
SANTO. É a comunidade dos salvos em CRISTO JESUS para adorá-lo, servi-lo e ser
a agência propagadora do Evangelho de JESUS. Por isso, nesta lição, estudaremos
a respeito da natureza das promessas divinas feitas à Igreja, as promessas
propriamente ditas e as condições para viver essas promessas de DEUS para
ela.
I – A NATUREZA DA PROMESSA DE DEUS PARA A IGREJA
1. A promessa de sinais sobrenaturais
O Evangelho de Mateus 28.18-20 revela o
estabelecimento da Grande Comissão de CRISTO para seus discípulos. Nesta
comissão, três palavras resumem a tarefa: Ide, Ensine e Batize (v.19). Em
Marcos 16 temos uma promessa de que sinais sobrenaturais ocorreriam para
confirmar a obra da Grande Comissão (v.17). Dessa forma, como Igreja de CRISTO,
ao proclamar a mensagem de arrependimento e salvação, devemos esperar que
milagres em nome de JESUS aconteçam como realidade de que o Reino de DEUS está
agindo no mundo (Lc 9.2). Portanto, estamos diante de uma promessa de
confirmação da obra de evangelização.
2. A promessa de revestimento de poder
Com base na promessa de CRISTO para seus discípulos,
em Atos 1, nosso Senhor faz uma promessa de capacitação espiritual para a
proclamação do Evangelho de CRISTO: “Recebereis a virtude do ESPÍRITO” (v.8). É
a promessa do batismo no ESPÍRITO SANTO para capacitar o crente na transmissão
das Boas-Novas de Salvação. Além de poder para proclamar, a capacitação do ESPÍRITO
também nos forja como “testemunhas de CRISTO” em nossa família, bairro, cidades
e nações (v.8). Portanto, estamos diante de uma promessa de capacitação
espiritual para a evangelização.
3. Promessas espirituais para uma instituição
espiritual
Ao longo das Escrituras, percebemos que a Igreja foi
forjada espiritualmente em CRISTO. Por isso a natureza das promessas para a
Igreja é primariamente espiritual. Notemos como JESUS se refere à Igreja em
Mateus: “Edificarei a minha igreja” (Mt 16.18). A palavra grega para igreja
aqui é ekklesia, é um termo que remonta uma reunião de pessoas chamadas do
mundo para participarem ativamente do Reino de DEUS. Isso é possível pela obra
poderosa de nosso Senhor na Cruz. Por isso, a Igreja é denominada no Novo Testamento
como Corpo de CRISTO (Cl 1.24), o Templo de DEUS (1 Co 3.16), a Noiva de CRISTO
(Ef 5.25-27). Assim, uma instituição espiritual tem promessas espirituais para
serem confirmadas em seu ministério no mundo (Mc 16.18-20; At 1.6-8).
SINÓPSE I
As promessas de CRISTO
para sua Igreja atuam no âmbito espiritual e material.
Auxílio
Bibliológico
A AÇÃO DA IGREJA NO
MUNDO
“(1) Os seguidores de CRISTO
têm o privilégio e a responsabilidade de buscar constantemente os propósitos e
o modo de vida que agrada a DEUS em tudo o que fazem, para que a sua presença e
o seu poder sejam evidentes às pessoas que estiverem à sua volta. Isto requer
fome e sede espiritual profundas pela presença e pelo poder de DEUS, tanto em
suas próprias vidas como na comunidade cristã (veja Mt 5.10; 6.33).
(2) Em Mt 11.12 JESUS
transmite informações adicionais sobre a natureza e o caráter daqueles que se
tornam parte do seu reino. Ali, Ele indica que “pela força” as pessoas se
apoderam do reino dos céus. Isto se refere às pessoas que estão corajosamente
comprometidas a romper com os costumes do mundo, que são pecaminosos e desafiam
a DEUS, e que buscam intensamente um conhecimento mais profundo de CRISTO, da
sua Palavra e dos seus perfeitos propósitos. Não importa o custo ou a
dificuldade, essas pessoas buscam intensamente o reino, com todo o seu poder.
Tudo isto quer dizer que vivenciar o reino dos céus e todos os seus benefícios
exige um esforço sincero e persistente para crescer na fé e para resistir às
más influências de Satanás, do pecado e de uma sociedade corrupta.
(3) Os benefícios
supremos do reino de DEUS não se destinam aos que têm pouca fome espiritual –
aos que raramente oram, que negligenciam a Palavra de DEUS, ou que fazem
concessões aos comportamentos ímpios e aos modos de vida do mundo” (Bíblia de
Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1639).
II – AS PROMESSAS DE DEUS PARA A IGREJA
1. Promessa de vida eterna
O estabelecimento da Grande Comissão do nosso Senhor,
como vimos em Mateus 28 e em Marcos 16, constatamos que a primeira e grande
promessa da Igreja é a de vida eterna, a salvação em CRISTO JESUS. Essa
promessa é para todo “aquele que nele crê”. Ora, “aquele que nele crê” é salvo
pelo Senhor e, consequentemente, torna-se membro do Corpo de CRISTO, a Igreja
do DEUS vivo, desde o primeiro dia de seu arrependimento e fé (Jo 3.16; Jo
5.24).
2. Promessa de Poder
Uma vez salvo em CRISTO, e membro de seu Corpo, de
acordo com o que lemos em Atos 1, temos uma gloriosa promessa de poder do alto
para sermos instrumentos vivos em que os sinais e os milagres de DEUS possam
confirmar a Palavra que Ele nos entregou. Essa promessa foi feita em Atos dos
Apóstolos (At 1.5,8), foi experimentada naquele tempo (At 10.44-46; 19.6) e, ao
longo da história da Igreja, tem sido confirmada novamente na vida de milhares
de servos de DEUS que experimentam o Batismo no ESPÍRITO todos os dias e
recebem dons espirituais preciosos para fazer a obra de DEUS com fé e ousadia.
O mesmo Senhor que batizou em Atos dos Apóstolos ainda batiza hoje!
3. A promessa da glorificação do nosso corpo
No mesmo corpo do texto bíblico em que se encontra a
promessa do revestimento de poder, em Atos 1, também se encontra a promessa da
Vinda do Senhor: “Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse JESUS,
que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o
vistes ir” (At 1.11). A Palavra de DEUS nos mostra que quando o nosso Senhor
arrebatar a sua Igreja, “seremos semelhantes a ele; porque assim como é o
veremos” (1 Jo 3.2). Quando nosso corpo for glorificado, o “veremos face a
face” e o conheceremos como também Ele nos conhece (1 Co 13.12). Que promessa
gloriosa!
SINÓPSE II
Em CRISTO, cada crente
recebe a promessa de vida eterna, de revestimento de poder pelo batismo no ESPÍRITO
SANTO e de um corpo glorificado na volta do nosso Senhor.
III – CONDIÇÕES PARA VIVER AS PROMESSAS DE DEUS
1. É preciso crer
As Escrituras mostram que perseverar na fé em DEUS é
condição indispensável para viver o tempo do cumprimento de suas promessas (At
2.1). A Bíblia mostra que Abraão recebeu uma promessa de que seria pai de uma
grande nação. Ele creu em DEUS, perseverou na fé “e isso lhe foi imputado como
justiça” (Rm 4.3; cf.Gn 21.5). Nestes últimos dias, precisamos reanimar a nossa
fé nas promessas de DEUS. É tempo de confiar no Senhor e se fortalecer na força
do seu poder (Ef 6.10)!
2. É preciso ser fiel
Uma vez que cremos no Senhor, devemos nos apresentar
a Ele de maneira fiel. Os discípulos de CRISTO, conforme nos mostra o Livro de
Atos, permaneceram fiéis diante do que ouviram diretamente do Senhor (At 1.8;
2.1). Não importa o tempo que passe, nos apresentaremos a DEUS em fidelidade
como fez Jó que mesmo sem saber que era alvo da malignidade do Diabo que
tirou-lhe os bens, os filhos e a saúde, manteve-se fiel (Jó 1.21); como Daniel,
lançado na cova dos leões, ainda assim permaneceu fiel ao Senhor (Dn 6.9-10).
Tomemos as palavras de JESUS: “Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida”
(Ap 2.10).
3. É preciso obedecer a DEUS
Obedecer é a condição para que DEUS cumpra suas
promessas na vida de alguém ou de um povo, bem como de sua Igreja. A ordem era
clara para os discípulos: “ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do
alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). Há tanto valor para DEUS na
obediência que a Bíblia diz que é melhor obedecer que oferecer sacrifícios (1
Sm 15.22). Assim, é tempo de estar na presença de DEUS em santa obediência (At
3.19)!
SINÓPSE III
Segundo as Sagradas
Escrituras, é necessário à Igreja fé, fidelidade e obediência para viver em
plenitude as promessas divinas.
Auxílio
Hermenêutico
AS PROMESSAS BÍBLICAS
- “Algumas promessas bíblicas são incondicionais, enquanto outras são
condicionais. Uma promessa condicional é uma promessa com um “se” embutido.
Este tipo de promessa necessita que certas obrigações ou condições sejam
satisfeitas para que DEUS a cumpra. Se o povo de DEUS deixa de satisfazer as
condições, DEUS não está obrigado, de forma alguma, a cumprir a promessa. Um
exemplo disso é Tiago 1.25: ‘Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita
da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da
obra, este tal será bem-aventurado no seu feito’. A bênção prometida nesse
versículo depende da obediência à Palavra de DEUS. Outro exemplo é João 15.7:
‘Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo
o que quiserdes, e vos será feito’. Essa promessa garante o atendimento das
orações somente para aqueles que permanecem em CRISTO e em quem as palavras de CRISTO
permanecem. Se a condição for satisfeita, a promessa é cumprida.
Uma promessa
incondicional não depende de tais requisitos para seu cumprimento. Não há
nenhum “se” embutido. O que foi prometido é concedido soberanamente ao
beneficiário da aliança, independentemente de qualquer merecimento (ou falta de
merecimento) por parte deste. [...] O fato de sermos filhos e herdeiros na
família de DEUS não depende do cumprimento de certas obrigações. Ao contrário,
é algo que vale para todos os cristãos” (RHODES, Ron. Reconhecendo as Promessas
de DEUS. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 24-25).
CONCLUSÃO
As promessas de DEUS para a Igreja do Nosso Senhor e
Salvador JESUS CRISTO são de grande valor espiritual. Como Igreja, estamos
integrados como membros desse corpo espiritual. Por meio de CRISTO, as
promessas do Senhor são grandiosas para todos os que fazem parte da Igreja.
Nele, viveremos as promessas da vida eterna, de poder e de glorificação final
do nosso corpo. Os planos de DEUS para a sua Igreja são infalíveis.
REVISANDO O
CONTEÚDO
1. O que o Evangelho
de Mateus 28.18-20 revela?
Revela o
estabelecimento da Grande Comissão de CRISTO para seus discípulos. Nesta
comissão, três palavras resumem a tarefa: Ide, Ensine e Batize (v.19).
2. O que temos em
Marcos 16?
Em Marcos 16 temos uma
promessa de que sinais sobrenaturais ocorreriam para confirmar a obra da Grande
Comissão (v.17).
3. Qual é a promessa
que o Senhor JESUS faz em Atos 1?
A promessa de
capacitação espiritual para a proclamação do Evangelho de CRISTO: “Recebereis a
virtude do ESPÍRITO” (v.8). É a promessa do batismo no ESPÍRITO SANTO.
4. Além da promessa de
revestimento de poder em Atos 1, qual é a outra promessa que vemos nesse mesmo
texto?
A promessa da Vinda do
Senhor.
5. Qual o valor da
obediência a DEUS?
Há tanto valor para DEUS
na obediência que a Bíblia diz que é melhor obedecer do que oferecer
sacrifícios (1 Sm 15.22).