Escrita Lição 9, Central Gospel, Ester, uma Líder Perspicaz, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO
1- UMA JUDIA NO PALÁCIO IMPERIAL
1-1- O grande líder não procura tirar proveito pessoal de sua
posição destacada
2- UM AGAGITA NA CASA DO REI
2-1- Um genocídio decretado
2-1-1- Assuero deixa-se conduzir pelo ódio de Hamã
3- DEUS USA UMA JUDIA PARA VENCER UM
AGAGITA NA CORTE PERSA
3-1- O grande líder discerne o tempo da ação
3-1-1- Ester deixa-se conduzir pelos apelos do seu povo
3-2- O grande líder discerne o tempo da estratégia
3-2-1- Deus trabalha nas circunstâncias
3-2-2- A humilhação de Hamã
3-3- O grande líder discerne o tempo dos embates
decisivos
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Ester 7.1-6
1 - Vindo, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha Ester,
2 - disse também o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do
vinho: Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu
requerimento? Até metade do reino se fará.
3 - Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se, ó rei, achei graça
aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição
e o meu povo como meu requerimento.
4 - Porque estamos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem
e lançarem a perder; se ainda por servos e por servas nos vendessem,
calar-me-ia, ainda que o opressor não recompensaria a perda do rei.
5 - Então, falou o rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse?
E onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim?
6 - E disse Ester: O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã.
Então, Hamã se perturbou perante o rei e a rainha.
TEXTO ÁUREO
Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra
parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu Pai perecereis; e quem sabe
se para tal tempo como este chegaste a este reino? Ester 4.14
COMENTÁRIOS BEP
– CPAD
Livro de Ester
Autor: Desconhecido
Tema: O Cuidado
Providencial de Deus
Data: 460 — 400
a.C.
Considerações
Preliminares
Depois da
derrota do império babilônico e sua conquista pelos persas em 539 a.C., a sede
do governo dos exilados judeus passou à Pérsia. A capital, Susã, é o palco da
história de Ester, durante o reinado do rei Assuero (seu nome hebraico) —
também chamado Xerxes I (seu nome grego) ou Khshayarshan (seu nome persa) — que
reinou em 486 — 465 a.C. O livro de Ester abarca os anos 483 — 473 a.C. do
reinado de Assuero (1.3; 3.7), sabendo-se que a maioria dos eventos ocorreu em
473 a.C. Ester tornou-se rainha da Pérsia em 478 a.C. (2.16). Cronologicamente,
o episódio de Ester na Pérsia ocorre entre os caps. 6 e 7 do livro de Esdras,
i.e., entre o primeiro retorno dos exilados judeus de Babilônia e da Pérsia,
para Jerusalém em 538 a.C., chefiados por Zorobabel (Esdras 1– 6), e o segundo
retorno chefiado por Esdras em 457 a.C. (Ed 7—10) (ver a introdução a Esdras).
Embora o livro de Ester venha depois de Neemias em nosso AT, seus eventos
realmente ocorreram trinta anos antes da volta de Neemias a Jerusalém (444
a.C.) para reconstruir seus muros (ver a introdução a Neemias). Enquanto os
livros pós-exílicos de Esdras e Neemias tratam de fatos do remanescente judaico
que retornara a Jerusalém, Ester registra um acontecimento de vital importância
ocorrido entre os judeus que se encontravam na Pérsia.
A importância
da rainha Ester vê-se, não somente no fato de ela salvar o seu povo da
destruição, mas também por conseguir para esse povo, segurança e respeito num
país estrangeiro (cf. 8.17; 10.3). Esse ato providencial tornou possível o
cargo de Neemias na corte do rei, por décadas seguidas, e sua escolha para
reconstruir os muros de Jerusalém. Se Ester e os judeus (inclusive Neemias)
tivessem perecido na Pérsia, o remanescente em crise em Jerusalém talvez nunca
tivesse reconstruído a sua cidade. O resultado da história judaica pós-exílica
certamente teria sido outro muito diferente.
Embora não se
conheça o autor do livro de Ester, as evidências internas do livro revelam que
ele conhecia pessoalmente os costumes persas, o palácio de Susã e pormenores da
pessoa do rei Assuero. Isso indica que o autor provavelmente morava na Pérsia
durante o período descrito no livro. Além disso, o apreço do autor pelos
judeus, bem como seu conhecimento dos costumes judaicos sugerem que ele era
judeu.
Propósito
O livro tem um
propósito duplo. (1) Foi escrito para demonstrar a proteção e livramento de
extermínio iminente do povo judeu, mediante a intervenção de Deus através da
rainha Ester. Embora o nome de Deus não seja mencionado especificamente, a
evidência é patente da sua providência no decurso de todo o livro. (2) Foi
escrito, também, para prover um registro e contexto histórico da festa judaica
de Purim (3.6,7; 9.26-28) e, assim, manter viva para gerações futuras, a
lembrança desse grande livramento do povo judeu na Pérsia (cf. a festa da
Páscoa e o grande livramento dos israelitas da escravidão no Egito).
Visão
Panorâmica
O livro de
Ester enseja um estudo do caráter de cinco personagens principais do referido
livro. (1) o rei persa, Assuero; (2) seu primeiro-ministro, Hamã; (3) Vasti, a
rainha que antecedeu Ester; (4) Ester, a formosa moça judia que se tornou
rainha; e (5) Mardoqueu, o íntegro primo de Ester que a adotou como filha e
cuidou dela na mocidade. Ester, naturalmente, é a heroína da história; Hamã é o
vilão; e Mardoqueu é o herói que, como alvo principal do desprezo de Hamã, é
vindicado e exaltado no fim. A figura principal nos eventos do livro é
Mardoqueu, pois ele influenciou a rainha Ester e lhe deu conselhos retos.
A providência
de Deus está presente em todas as partes do livro. É vista, primeiramente, na
escolha de uma virgem judia chamada Hadassa (hebraico) ou Ester (persa e
grego), para ser rainha da Pérsia, numa hora crítica da história dos judeus
(1—2; 4.4). A providência de Deus é novamente evidente quando Mardoqueu, primo
de Ester, que a criara como filha (2.7), foi informado de uma trama para
assassinar o rei, denunciou-a, salvou a vida do rei, e seu ato foi registrado
nas crônicas do rei (2.19-34). Isso, o rei descobriu providencialmente no
momento certo, durante uma noite de insônia (6.1-14).
O ódio que Hamã
alimentava por Mardoqueu estendeu-se a todos os judeus. Urdiu um horrendo
complô e, usando de fraudulência, persuadiu Assuero a promulgar um decreto para
exterminar todos os judeus no dia 13 do mês Adar (3.13). Mardoqueu persuadiu
Ester a interceder junto ao rei a favor dos judeus. Depois de um jejum levado a
efeito por todos os judeus de Susã, de três dias de duração, Ester arriscou a
sua vida ao aproximar-se do trono real sem ter sido convocada (cap. 4); obteve
o favor do rei (5.1-4) e denunciou o funesto complô de Hamã. A seguir, o rei
mandou enforcar Hamã na forca que este preparara para Mardoqueu (7.1-10). Um
segundo decreto do rei possibilitou aos judeus triunfarem sobre os seus
inimigos (8.1—9.16). Essa ocasião motivou uma grande celebração e deu origem à
festa anual de Purim (9.17-32). O livro termina com um relato da fama de
Mardoqueu (10.1-3).
Características
Especiais
Cinco
características assinalam o livro de Ester. (1) É um dos dois livros na Bíblia
que levam o nome de uma mulher, sendo Rute o outro. (2) O livro começa e
termina com uma festa, e menciona um total de dez festas ou banquetes no
decurso das quais se desenrola boa parte do drama do livro. (3) O livro de
Ester é o último dos cinco rolos da terceira parte da Bíblia hebraica, chamados
Hagiographa (“Escritos Sagrados”). Cada um desses rolos é lido publicamente em
uma das grandes festas judaicas. Este aqui é lido na festa de Purim, em 14-15
de Adar, que comemora o grande livramento do povo judeu na Pérsia, durante o
reinado de Ester. (4) Embora o livro mencione um jejum de três dias de duração,
não há qualquer referência explícita a Deus, à adoração, ou à oração (aspecto
este que tem levado alguns críticos a, insensatamente questionarem o valor
espiritual do livro). (5) Embora o nome de Deus não apareça através do livro de
Ester, sua providência é patente em toda parte do mesmo (e.g., Et 2.7,17,22; 4.14;
4.16—5.2; 6.1,3-10; 9.1). Nenhum outro livro da Bíblia ilustra tão
poderosamente a providência de Deus ao preservar o povo judeu a despeito do
ódio demoníaco dos seus inimigos.
O Livro de
Ester e o NT
Não há
referência ou alusão a este livro no NT. Todavia, o ódio de Hamã aos judeus e
seu complô visando o extermínio de todos os judeus do império persa (cap. 3;
7.4) é uma prefiguração no AT, do Anticristo do NT, que procurará destruir
todos os judeus e também os cristãos no final da história (ver o livro de
Apocalipse).
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SUBSÍDIOS REVISTAS ANTIGAS
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Lição 02: Ester, um Espelho para o Cristão de hoje | EBD BETEL | 1°
Trimestre De 2021
EBD | 1° Trimestre De 2021|Ester: A Soberania e o poder
de Deus na preservação do seu Povo| Betel Adultos | CPAD |Escola
Bíblica Dominical
TEXTO ÁUREO
“(…) e alcançava Ester graça aos olhos de todos quantos a viam.”
(Ester 2.15b)
VERDADE APLICADA
As atitudes da rainha Ester enfatizam a necessidade
de sermos pessoas honradas.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Entender qual é o papel do cristão no mundo.
Apresentar Ester como um exemplo de fidelidade.
Ressaltar que Ester era íntegra e temente a Deus.
TEXTOS DE REFERÊNCIA - ESTER 2
8. Sucedeu, pois, que, divulgando-se o mandado do rei e a sua lei e
ajuntando-se muitas moças na fortaleza de Susã, debaixo da mão de Hegai, também
levaram Ester à casa do rei, debaixo da mão de Hegai, guarda das mulheres.
16. Assim, foi levada Ester ao rei Assuero, à sua casa real, no
décimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado.
17. E o rei amou a Ester mais do que todas as mulheres, e ela
alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a
coroa real na sua cabeça, e a fez rainha em lugar de Vasti.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Mt 5.13-14 – Devemos ser sal da terra e luz do
mundo.
TERÇA / Rm 12.2 – Não devemos nos conformar com este mundo.
QUARTA / 2Co 4.1-6 – Devemos pregar a Cristo Jesus, o Senhor.
QUINTA / Fp 2.15 – Devemos ser irrepreensíveis e sinceros.
SEXTA / Tt 2.11-12 – Devemos renunciar à impiedade.
SÁBADO / 1Jo 2.15 – Não devemos amar o mundo.
HINOS SUGERIDOS: 111, 141, 225
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que Deus nos dê estratégias para estarmos no centro da sua
vontade.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução – O papel do cristão no mundo – Um exemplo de fidelidade
– Ester, mulher íntegra e temente a Deus – Conclusão
INTRODUÇÃO
O livro de Ester nos descreve de uma maneira afetuosa as
estratégias de Deus, o qual agiu de modo silencioso para proteger o povo hebreu
dos seus inimigos.
PONTO DE PARTIDA
Devemos ser íntegros e tementes a Deus.
O Papel do Cristão no Mundo
Ester viveu em um período em que prevalecia a imoralidade. Em
seu reino havia promiscuidade, libertinagem, traição, embriaguez excessiva e
todo tipo de idolatria. Você conhece algum lugar assim? É impossível não
perceber que o nosso mundo hoje está semelhante àquele em que Ester convivia.
Como uma serva fiel, ela não se deixou corromper com as coisas que
o mundo oferece! Ela sabia que pertencia ao povo que tinha aliança com Deus. E
você, sabe qual o seu papel no mundo?
1.1. Devemos confiar no amor de Deus. Deus disse através do
profeta Jeremias: “Com amor eterno te amei” [Jr 31.3]. Ele nos criou e se
importa conosco. Uma prova deste amor nota-se na vida de Ester, que tinha uma
íntima e saudável comunhão com o Senhor. Deus sabia que ela não abandonaria as
verdades transmitidas por seu primo Mardoqueu [Et 2.7].
Temos observado que nos dias atuais muitos cristãos estão
abandonando suas verdades. O apóstolo João deixou registrado que: “E o mundo
passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece
para sempre.” [1Jo 2.17]. Isso nos faz ter a certeza de que não devemos
abandonar ao Senhor e que a alegria verdadeira está em ter uma comunhão
contínua com Ele.
Subsídio do Professor: Quando vivemos um relacionamento íntimo
com Deus, não damos lugar à mentira. Cabe a cada crente estudar as Escrituras e
obedecer às verdades ali contidas. Os crentes atuais necessitam duma composição
de valores básicos que lhes proporcione segurança e uma direção na caminhada
rumo aos céus. Cada cristão precisa estar alicerçado em verdades consistentes
de normas que identifiquem o que é certo ou errado, bom ou mau.
Como presenciamos, no caso da rainha Ester, a educação transmitida
por seu primo não admitia o errado no lugar do certo. Os valores morais que a
Bíblia nos oferece devem ser adotados, para nos ajudar a levar uma vida estável
e feliz.
1.2. Um exemplo para os cristãos de hoje. A maneira como o livro de
Ester aborda sua conduta serve de espelho para cada cristão. Ela nos ensina a
confiar no Senhor acima de tudo. A Bíblia corrobora nos orientando a não amar o
mundo. É por causa disso que Jesus afirmou que Seu reino não era deste mundo
[Jo 18.36]. O crente tem que aprender a dizer “não” às tentações do mundo: “Não
ameis o mundo, nem o que no mundo há” [1Jo 2.15].
Em uma sociedade contaminada e nefária, é preciso que haja cristãos
que façam a diferença em todos os segmentos de nossa sociedade, ao ponto de
conquistarem alguns para o Evangelho de Cristo, por causa da sua vida exemplar.
Subsídio do Professor: Deus dá valor à Sua Palavra e sempre
cumpre Suas promessas. Como bons filhos de Deus, devemos honrar nossa palavra,
assim como Deus cumpre a Sua. A nossa vida diária tem que fazer a diferença
neste mundo. Devemos andar apropriadamente e de cabeça levantada por onde quer
que passemos, não devemos viver uma vida fingida nem simulada, mas explícita e
verdadeira.
Jesus nos ensinou a ser verdadeiro: “Seja, porém, o vosso falar:
Sim, sim; não, não, porque o que passa disto é de procedência maligna.” [Mt
5.37]. Devemos ser autênticos em nossas palavras, para que sejamos reconhecidos
como pessoas de confiança e contribua, assim, para que o Senhor seja
glorificado.
1.3. Uma fé inabalável. Através da Bíblia temos a
oportunidade de conhecer pessoas que fizeram toda a diferença neste mundo. Uma
destas pessoas foi Ester. Ela nos mostra que podemos até viver em uma terra
estranha, e ainda assim a nossa fé ser pautada no sobrenatural de Deus. Ela
pede que todos os judeus jejuem por ela por três dias [Et 4.16], tendo a plena
certeza da importância do jejum e da oração na vida do servo de Deus. Esta
atitude de Ester demonstra sua total dependência em Deus. Ester praticou o que
Jesus disse em Mateus 6.16-18.
Subsídio do Professor: Toda a Escritura é um manual
de fé e de coragem, que narra as histórias de muitos homens e mulheres, que,
agindo por meio da fé, praticaram a vontade do Senhor. Estes homens e mulheres
venceram obstáculos insonháveis. Dando-nos grandes exemplos de que, quando
atuamos por fé, experimentamos o momento tão sublime que Maria viveu quando o
anjo lhe disse: “Porque para Deus nada é impossível” [Lc 1.37].
Aprendemos que o Senhor é a fonte da fé. Ela vem dEle. Sem fé não é
possível agradar a Deus [Hb 11.6]. Jesus ficou admirado com a fé do centurião
romano: “Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta
fé” [Mt 8.10].
EU ENSINEI QUE:
É preciso que haja cristãos que façam a diferença em todos os
segmentos de nossa sociedade, ao ponto de conquistarem alguns para o Evangelho
de Cristo, por causa da sua vida exemplar.
2- Um Exemplo de Fidelidade
Em sua carta a Timóteo, Paulo escreveu: “…sê o exemplo dos fiéis,
na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” [1Tm 4.12].
Ester nos dá este exemplo em sua dependência total de Deus. Ester tinha tudo
para ser uma pessoa triste, desanimada, entretanto não é isso o que vemos.
Notamos que ela está firmada na palavra do salmista, que declarou: “Deus é o
nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.” [Sl 46.1]. O
exemplo de fidelidade é uma das características mais importantes do autêntico
discípulo de Jesus.
2.1. Faça a diferença onde você estiver. Embora vivendo em uma
terra estrangeira, Ester não se deixou levar pelas influências que o mundo pode
oferecer. Assim como Ester, os cristãos de hoje são peregrinos em uma terra
estrangeira [1Pe 2.11], pois o nosso reino não é deste mundo [Jo 18.36].
Vivemos no meio de uma sociedade insensível e agressiva ao nosso projeto de
vida.
Contudo, não devemos ficar na defensiva. Devemos pregar a Cristo a
tempo e fora de tempo [2Tm 4.2]. Ester possuía as características que Deus
espera de todos nós, sem exceção. O verdadeiro cristão tem que fazer a
diferença no meio em que estiver, seja na sua igreja, no seu trabalho, em sua
casa e em sua família. Precisamos ser dependentes de Deus, e Ele honrará as
nossas atitudes.
Subsídio do Professor: Nossas atitudes refletem de fato quem
nós somos. Que atitudes temos tomado para fazer as melhores escolhas? Estamos
dando prioridade ao que realmente importa? Nossas famílias estão em primeiro
lugar em nossas escolhas? Estamos fazendo a obra de Deus como de fato ela tem
quer ser feita?
Aprendemos com as palavras de Jesus que nossas atitudes mostram os
nossos frutos: “Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê
bom fruto. Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto…” [Lc 6.43-44].
Atitude na presença de Deus faz a diferença para desfrutarmos de “todas as
bênçãos espirituais” [Ef 1.3].
2.2. As estratégias de Deus para a nossa vida. Ao falar sobre
estratégias de uma vida vitoriosa, nos vem à mente dois personagens: Ester e José.
José entrou na presença do rei quando foi convocado, Ester entrou sem ser
convidada. Ester foi capaz, mesmo sendo indigna, por ser judia, de tornar-se
rainha da Pérsia [Et 1.1], e José tornou-se governador do todo o Egito [Gn
41.40]. Aprendemos com a história de ambos que, quando o Senhor quer abençoar,
Ele se utiliza de várias estratégias.
Quando Deus quer abençoar, o que importa de fato é a nossa comunhão
com Ele. Tenha a certeza de que Deus tem uma estratégia para que a tua vida
seja vitoriosa. Subsídio do Professor: Muitas vezes estamos rodeados de
problemas inesperados, que nos deixam paralisados, sem saber como reagir. É
nesta hora que o Senhor nos dá estratégia, para que possamos continuar vencendo
mesmo diante de adversidades e crises.
2.3. Deus tem um propósito na vida de cada crente. O livro de
Ester nos faz entender que o cristão faz parte do plano de Deus na terra.
Devemos viver por meio da fé, certos de que Deus tem um propósito para cada um
de nós. Na dinâmica de Deus, Sua tática é a de uma vida vitoriosa para todos os
seus servos [Jr 29.11].
Para que o Senhor venha cumprir Seus propósitos em nossa vida,
precisamos basear todas as nossas ações no que diz a Sua Palavra: “E sabemos
que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados por seu decreto.” [Rm 8.28].
Subsídio do Professor: Temos que abrir nossos corações para
que Deus realize os Seus propósitos em nossas vidas. Nenhuma resolução que
possamos fazer é tão urgente como a coragem de amar aquele que nos amou
primeiro, e permitir que o Seu propósito seja realizado em nossa vida. Embora o
homem tenha se contaminado, e se feito inútil para o desígnio de Deus, Deus não
desiste do Seu propósito. O propósito de Deus é inalterável [Hb 6.17]. Seus
propósitos devem direcionar nossa vida. O desígnio de Deus deve se tornar o
nosso propósito, o nosso alvo!
EU ENSINEI QUE:
A fidelidade é uma das características mais importantes do
discípulo de Jesus.
3- Ester, Mulher Íntegra e Temente a Deus
Ester é apontada na Bíblia como uma serva sincera. Mulher íntegra e
temente a Deus. Integridade é um termo abrangente que significa: “Qualidade de
íntegro, retidão, imparcialidade, pureza”. Todos os adjetivos qualificam Ester.
Ela quis mostrar ao rei o que era, e não o que possuía [Et 2.15]. Seu
verdadeiro tesouro não estava em sua aparência, e sim no fato da presença de
Deus estar em sua vida.
3.1. A bênção do Senhor estava sobre a vida de Ester. Por sua
fidelidade espiritual, o Senhor engrandeceu Ester diante das nações: “E o rei
amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele graça
e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça,
e a fez rainha em lugar de Vasti.” [Et 2.17].
Ela tinha a bênção de Deus sobre a sua vida [Pv 10.22]. Isso faz
parte da promessa de Deus que expõe: “…os sinceros herdarão o bem” [Pv 28.10].
Quando a bênção do Senhor está sobre a nossa vida, milagres acontecem.
Subsídio do Professor: Ester, por sua obediência, se tornou a
mulher mais rica do império persa. Mesmo diante de tantas riquezas, Ester não
esqueceu suas origens. Jesus conta a parábola de um homem muito rico,
entretanto insensato [Lc 12.13-21].
Segundo a parábola, este homem era possuidor de tantas riquezas,
contudo possuía um grande defeito: não zelava por seu bem mais precioso: sua
alma. Para ele, seus bens materiais alimentariam sua alma [Lc 12.19]. No
entanto, a análise divina veio sobre ele de maneira consistente: “Louco, esta
noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será? Assim é
aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus.” [Lc 12.20-21].
O Senhor chama de louco todos os que acrescentam patrimônios para
si mesmos, mas não se interessam em ser ricos no relacionamento com Deus. Os
cristãos que possuem uma fé genuína em Deus se favorecem das “riquezas da sua
benignidade, e paciência, e longanimidade” [Rm 2.4].
3.2. A vida eterna: tesouro incomparável. Nos dias de hoje,
existe um falso conceito de prosperidade. Mediante a isso, o homem vive
buscando acumular tesouros na terra. Jesus disse: “Não ajunteis tesouros na
terra” [Mt 6.19]. Os homens estão morrendo por tesouros perecíveis que a traça
e a ferrugem consomem.
Acumulam suas fortunas para, depois de sua morte, seus familiares
disputarem pelos bens deixados. Porém, os servos do Senhor procuram depositar
sua fé em Deus por meio de seu Filho, Jesus Cristo, sabendo que o seu tesouro
incomparável é a vida eterna.
Subsídio do Professor: Os bens terrenos fazem os corações
humanos se tornarem soberbos, proferem: “Eu obtive! É meu!”. O dinheiro se
torna um deus venerado e idolatrado por quem o amontoou. Não sabem eles que o
nosso maior tesouro é Cristo, a maior riqueza que Deus nos deu.
Quando Lhe entregamos nossa vida, Ele nos confere coragem e alento
para encararmos a vida com todas as pelejas. Ele nos torna mais que vencedores.
Ser filho de Deus é a prerrogativa mais ilustre da nossa salvação. Ser filho de
Deus é o alicerce da nossa fé e a esperança da glória futura.
3.3. Verdadeira paz só em Jesus. A oportunidade para se ter um
relacionamento saudável com Deus está disponível a todos os homens. Este
relacionamento talvez não resulte em prosperidade material aqui na terra,
todavia brotará uma paz profunda que nenhum dinheiro do mundo pode comprar.
Para se ter paz é preciso mais do que semear sementes financeiras
no seu Reino; é adotar um modo de vida e praticar uma devoção sincera e
contínua a Deus. Como disse o profeta Isaías, somente em Jesus podemos
encontrar a verdadeira paz, pois Ele é o Príncipe da Paz [Is 9.6].
Subsídio do Professor: Jesus disse: “Vinde a mim, todos os que
estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” [Mt 11.28]. O que Ele estava
querendo dizer é que somente nEle existe verdadeiramente a paz. Ao oferecer a
Sua vida na cruz do Calvário por cada um de nós, Jesus rompeu com o precipício
que existia entre Deus e o homem.
Ele resgatou a nossa vida aqui na terra, dando-nos a vida eterna no
céu após a nossa morte. Todavia, a vida eterna é somente para aqueles que
permitem Cristo fazer morada em seu coração. Quando consentimos que Cristo faça
parte da nossa vida e a conduza, todas as nossas inquietações, perturbações,
problemas e batalhas, são transferidos para Ele.
Àquele que for fiel, Ele promete que desfrutará de vida abundante
ainda nesta terra e no porvir. Esta é uma promessa real e admirável de um Deus
que nos ama com um amor irrestrito.
EU ENSINEI QUE:
Os servos do Senhor procuram depositar sua fé em Deus por meio de
seu Filho, Jesus Cristo, sabendo que o seu tesouro incomparável é a vida
eterna.
CONCLUSÃO
Aprendemos nesta lição que a nossa vitória está em um conjunto de
passos e de atitudes de comportamentos. O livro de Ester nos ensina que nossas
atitudes podem influenciar no processo para sermos bem-sucedidos, como José,
Ester e tantos outros. Servir a Deus corretamente é fundamental para cumprirmos
nossa missão como discípulos de Cristo.
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Lição 07: Ester 2 – Ester é Coroada Rainha | EBD – Pecc | 3°
Trimestre De 2021
EBD Pecc | 3° Trimestre De 2021 | Tema: Rute e
Ester – A fé e a Coragem Da Mulheres – Programa de Educação Cristã
Continuada | Escola Bíblica Dominical
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é
igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
Orientação Pedagógica
Em Ester 2 há 23 versos. Sugerimos começar a aula lendo,
com todos os presentes, Ester 2.1-23 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia
de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
É interessante observar que o livro de Ester mostra que, às vezes,
temos de esperar para ver o que Deus está fazendo. Em todo o livro, Ele não é
mencionado em parte alguma. Ainda que não possamos constatar de imediato a Sua
ação, não quer dizer que Ele esteja alheio aos acontecimentos. É o cenário
descortinado em Susã, no reinado de Assuero.
Por que Vasti jogou fora sua posição em um gesto impensado e
inútil? E por que Assuero fez sua exigência? Quem teve a ideia de substituir
Vasti por outra mulher, ao invés de resolver discretamente o conflito? Todos
esses acontecimentos parecem absolutamente ordinários, sem nenhum componente
miraculoso. Mas todos foram necessários para abrir caminho ao processo pelo
qual Ester seria elevada à posição de rainha, e assim, poderia livrar o seu
povo.
OBJETIVOS
• Informar sobre o cenário no qual viviam os judeus que
não regressaram para sua terra após o edito do rei.
• Mostrar a providência divina na escolha de Ester como
rainha.
• Entender a ação silenciosa de Deus para beneficiar o
Seu povo.
PARA COMEÇARA AULA
Peça aos alunos que falem sobre o império persa e como havia
tolerância para com os cativos, que podiam continuar exercendo suas crenças e
até falando a língua materna. Interessante observar também que a recusa da
rainha Vasti em obedecer ao chamado do rei para se apresentar perante os seus
oficiais gerou uma crise inesperada. Ponderar que Deus age por trás dos
bastidores, em oculto e em silêncio, quando lhe apraz. Ele tinha conhecimento
das circunstâncias que envolveriam os judeus que moravam na Pérsia e estava
tecendo os meios para prover o livramento ao Seu povo.
LEITURA ADICIONAL
A sentença inicial desta seção tem causado problemas, porque tanto
o seu significado real quanto o seu significado para o autor são obscuros. As
dificuldades se centralizam:
I. Na palavra hebraica traduzida pela segunda vez, pois
aparentemente não havia sido realiza da tal reunião anteriormente, e há quase
tantas explicações quanto comentaristas. Pode ser que alguns dos primeiros
tradutores para o grego e o latim não tenham entendido o seu significado, pois
eles omitiram a oração inicial. Talvez a emenda, pequena no texto consonantal
hebraico de senit para sonot, deva ser considerada favoravelmente. Nesse caso o
significado seria “quando várias virgens estavam sendo reunidas”, isto é,
recapitulando o versículo 8. Mas isto tem que ser pesado à luz do significado
da segunda oração,
II. Em vista do fato de que Mordecai podia ser encontrado
regularmente assentado à porta do rei (2.21:32: 5.9:13; 6.10.12), por que o
autor enfatiza tanto este ponto? Será que dois temas referentes a Ester e
Mordecai foram independentemente colocados juntos de maneira incompleta? A
conclusão a que Gordis chega com a frase “sentado à porta do rei” é que ela
“não é uma etiqueta sem significado em qualquer uma de suas cinco ocorrências
neste livro”. Ele indica que, por todo o Oriente Próximo antigo “a porta” era o
lugar em que se dispensava a justiça e que, enquanto os litigantes ficavam de
pé, o rei ou seu oficial nomeado ficava “sentado” (ct. Pv 31.23).
A modificação da frase em 19b desta forma assume significado
concreto, e Gordis faz a sugestão plausível de que Ester, quando se tornou
rainha, fez com que Mordecai fosse nomeado magistrado ou juiz, “uma posição
subalterna na elaborada hierarquia dos oficiais persas”, e que ela o executara
sem delongas, “antes do desfile cerimonial final que concluía as festividades
de coroação”. Se este é um raciocínio correto, 2.19-20 não recapitula
simplesmente 2.8-10, mas acrescenta um incidente importante para o
desenvolvimento da trama, Mordecai agora está em uma posição que pode ouvir de
passagem o que está sendo dito pelos oficiais do palácio (21) e tem acesso às
câmaras reais (22), e, embora seja conhecida a sua identidade judaica, não há
razão para que se subentenda que Ester também é judia.
Livro: Ester: Introdução e comentário. (Baidwin, Joyce G. Serie
Cultura Cristã. SP Vida Nova, 2011, p. 62, 631).
Texto Áureo
“A moça que cair no agrado do rei, essa reine em lugar de Vasti.
Com isto concordou o rei, e as sim se fez”. (Et 2.4)
Leitura Bíblica Para Estudo
Ester 1.10-12; 2.1-4; 21-23
Verdade Prática
Nem sempre os propósitos de Deus são manifestos de imediato, o que
faz com que a nossa caminhada seja fundamentada na confiança e fé de que Ele
sabe como agir.
INTRODUÇÃO
I- A ESCOLHA DA NOVA RAINHA Et 2.1-16
1- Em busca de uma nova rainha Et 2.1-4
2- Ester e Mordecai Et 2.7
3- Ester entre as candidatas Et 2.8
II- A RAINHA ESTER Et 2.16-20
1- Casamentos de monarcas Et 2.16
2- A coração de Ester Et 2.17
3- A rainha Ester é celebrada Et 2.17
III- MORDECAI SALVA O REI Et 2.19-23
1- Assentado à porta do Rei Et 2.19
2- Conspiração frustrada Et 2.21
3- Morte dos conspiradores Et 2.23
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
Segunda – Ester 2.1-7
Terça – Ester 2.8-15
Quarta – Ester 2.16-18
Quinta – Ester 2.19-20
Sexta – Ester 2.21
Sábado – Ester 2.23-23
Hinos da Harpa 46-75
INTRODUÇÃO
Muitos judeus não voltaram para sua terra quando Ciro
decretou que o fizessem. Já bem estabelecidos na Pérsia, vamos encontrar Ester
e seu primo Mordecai, que são figuras importantes para o agir de Deus na
história desse povo. A ação providencial de Deus está, primeiro, em que Ester
alcançou graça aos olhos do rei e tornou-se a esposa principal de Assuero; e,
segundo, em Mordecai ter recebido um cargo que lhe possibilitava ficar à porta
do rei, onde os assuntos oficiais eram tratados, descobrindo assim a trama de
morte que dois serviçais armavam contra o rei.
I- A ESCOLHA DA NOVA RAINHA (Et 2.1-16)
1. Em busca de uma nova rainha (Et 2.1)
“Passadas estas coisas, e apaziguado já o furor do rei Assuero,
lembrou-se de Vasti, e do que ela fizera, e do que se tinha decretado contra
ela.”
Esse tempo indeterminado deve ser por cerca de dois a quatro anos,
que se passam entre o final do capítulo 1 e a escolha de Ester como rainha. Os
servos que atendiam o rei entenderam que era preciso agir em favor do rei e
recomendaram a implementação do plano de Memucã (Et 1.21). E houve então muito
entusiasmo na tarefa de encontrar e levar a Susã as moças mais atraentes do
reino. A ordem para encontrar uma substituta para Vasti foi expedida, mas isto
não se tratava de uma competição que alguém tivesse de se inscrever para participar.
“A moça que cair no agrado do rei, essa reine em lugar de Vasti. Com isto
concordou o rei, e assim se fez” (Et 2.4). Todas as jovens do reino
estavam no páreo pelo simples fato de viver em sua jurisdição. Nenhuma das
participantes voltaria para casa depois.
2. Ester e Mordecai (Et 2.7)
“Ele criara a Hadassa, que é Ester, filha de seu tio, a qual não
tinha pai nem mãe; e era jovem bela, de boa aparência e formosura. Tendo-lhe
morrido o paí e a mãe, Mordecai a tomara por filha.”
Saindo das dependências luxuosas do palácio, encontramos Mordecai e
Ester. Eles moravam em Susã; ele era “judeu, benjamita, filho de Jair, filho de
Simei, filho de Quis, que fora transportado de Jerusalém, com os exilados que
foram deportados com Jeconias, rei de Judá, a quem Nabucodonosor, rei de
Babilônia, havia transportado” (Et 2.5 6). Portanto, Mordecai não tinha
qualquer ligação com o rei ou com o reino medo-persa. Ele era apenas um judeu
exilado que cuidava de sua prima órfã, Hadassa (Et 2.7). O autor sagrado
enfatizou que Mordecai e Ester eram judeus puros e, assim, guardiães
apropriados de seu povo, em Susã. Ester era órfã, criada pelo primo Mordecai.
Estando Mordecai consciente da rara beleza física de sua prima, calculou
acertadamente que ela seria uma fortíssima candidata a substituir Vasti.
3. Ester entre as candidatas (Et 2.8)
“Em se divulgando, pois, o mandado do rei e a sua lei, ao serem
ajuntadas muitas moças na cidadela de Susã, sob as vistas de Hegai, levaram
também Ester à casa do rei, sob os cuida dos de Hegai, guarda das mulheres.”
O livro nos mostra que a moça era bela, corajosa, esperta e cheia
de recursos. Coisa alguma é dita sobre o que ela pensava a respeito do plano de
ser feita rainha em lugar de Vasti. Ester era apenas uma candidata entre muitas
outras; porém, foi-lhe conferida vantagem imediata, porque ela despertou a
atenção do chefe do harém, de nome Hegai, o eunuco (Et 2.9). Ele se apressou a
fornecer a Ester os cosméticos de que ela precisaria; e deu-lhe sete donzelas
para servi-la. Deus trabalhava por intermédio de Hegai, sendo este o primeiro
passo em que a providência divina esta va operando, uma vez que Ester foi posta
entre as candidatas.
II- A Rainha Ester (Et 2.16-21)
1. Casamentos de monarcas (Et 2.16) “Assim, foi levada Ester
ao rei Assuero, à casa real, no decimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo
ano do seu reinado.”
Os casamentos de príncipes costumam ser determinados por interesses
políticos e diplomático, visando à ampliação de seus domínios e ao
fortalecimento de suas alianças. A beleza era um fator importante, mas nem
sempre prevalecia o amor ou o agrado do monarca. Há quem sugira que Es ter
estava cometendo um grave pecado ao se submeter ao procedimento de escolha.
Isso se deve ao desconhecimento dos costumes antigos desses povos.
Nesta época, Ester não deveria ter mais do que 20 anos de idade, ou
poderia ser até mais jovem. Era uma oportunidade para ela conseguir tudo o que
quisesse. Em vez disso, ela permanece fiel ao que aprendeu e não sucumbe à
tentação ao seu redor; antes, porta-se com modéstia, coragem e fé em meio
àquela incomparável extravagância. Mesmo vivendo momentos de interrogações e
relutância, Ester não teve uma atitude negativa. Ela sentia o cuidado e a providência
de Deus na situação.
2. A coroação de Ester (Et 2.17)
“O rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou
perante ele favor e benevolência mais do que todas as virgens; o rei pôs-lhe na
cabeça a coroa real e a fez rainha em lugar de Vasti.”
Após todo um ano de preparativos, chegou a vez de cada jovem
comparecer diante do rei. Para essa visita, elas podiam usar todos os
ornamentos, joias ou roupas que quisessem. Mas Ester não se preocupou demais,
como aparentemente fizeram as outras, e veio a se destacar por meio apenas da
beleza natural. Nenhuma coisa pediu como adorno especial para apresentar-se ao
rei, mas apenas o que estava designado para ela. E mesmo assim, foi considerada
a mais agradável entre as candidatas (2.15). Quanto mais natural a beleza, mais
aprazível ela é.
É bom lembrar que Ester veio apresentar-se ao rei depois de muitas
outras moças. Embora to das fossem de boa aparência e habilidosas, o rei
percebeu que Ester se sobressaia a todas. Assim, o caminho para Ester estava
pavimentado pela soberana providência de Deus em lhe favorecer, inclusive com
predicados que a destacaram sobremaneira. O rei viu e “amou” Ester mais do que
todas as mulheres que ele vira até então. Ela obteve graça e favor aos olhos do
rei. Agora, sem esperar por mais nenhum outro procedimento, o rei logo decidiu
fazê-la rainha e pôr a coroa real na cabeça de Ester.
3. A Rainha Ester é Celebrada (Et 2.18)
“Então, o rei deu um grande banquete a todos os seus príncipes e
aos seus servos; era o banquete de Ester; concedeu alívio às províncias e fez
presentes segundo a generosidade real.”
As honras que o Rei concedeu a Ester foram além da escolha e da
colocação da coroa sobre sua cabeça, tornando-a a nova rainha. Ele também levou
todo o reino a celebrar solenemente a coroação com uma grande festa, na qual apresentou
Ester como a nova rainha. Somando a grandiosidade do momento e a alegria do
reino, praticou atos de bondade para com todos os cidadãos do reino, como dar
alivio fiscal às províncias, perdão de impostos, indultos a prisioneiros e
feriado nacional.
É notório que Ester, já elevada à posição de rainha, manteve
respeito e cuidado para com Mordecai, seu primo que a criara (v.20). E isso
demonstra seu espirito grato e sua humildade para continuar seguindo as
instruções de seu primo, padrasto, guardião e conselheiro.
Quem diria que uma criança judia, órfã de pai e mãe, trazida cativa
de Israel para a Pérsia, criada por seu primo, se tornaria rainha do império
mais poderoso da época. A segunda pessoa mais importante do país de seu
desterro. Foi através dela que Deus concedeu ao Seu povo uma grande libertação
dos desígnios malignos de seus inimigos. Tudo isso nos faz lembrar que o Senhor
é o Pai dos órfãos e os acolhe. A providência divina levanta o pobre para o
fazer assentar-se entre príncipes. Ele tem a caneta da história das nossas
vidas e nenhum de Seus planos podem ser frustrados.
III- MORDECAI SALVA O REI (Et 2.19-23)
1. Assentado à porta de relo rei Assuero” (Et 2.19)
“Quando pela segunda vez, se reuniram as virgens, Mordecai estava
assentado à porta do rei”.
É possível que Mordecai fosse uma espécie de oficial na corte
persa, pois se sentava no portão do rei. Talvez ele ocupasse alta posição no
sistema judicial do rei, visto que sentar-se no portão indicava deliberar
legalmente. Os oficiais esperavam à porta do palácio real e não entravam
enquanto não fossem convidados. Em sua posição especial de autoridade, Mordecai
descobriu um conluio para assassinar o rei (Et 2.21). Foi assim que o plano não
deu certo, e Mordecai obteve poder junto ao rei.
2. Conspiração frustrada (Et 2.21)
“Naqueles dias, estando Mordecai sentado à porta do rei, dois
eunucos do rei, dois guardas da parta Bigtã e Teres, sobremodo se indignaram e
tramaram atentar contra o rei Assuero”.
Mordecai soube da trama para assassinar o rei. Essas conspirações
eram muito comuns no palácio. Alguns anos mais tarde o rei foi assassinado
nesse tipo de ardil na corte. Mas, neste momento, a revelação da trama, feita por
Mordecai, salvou a vida do rei pela segunda vez: “Naqueles dias, estando
Mordecai sentado à porta do rei dois eunucos de rei, dos guardas da porta,
Bigtã e Teres, sobremodo se indignaram, e tramaram atentar contra o rei
Assuero” (Et 2.21). Mordecai tinha sua posição no portão e era conhecido pelo
rei.
3. Morte dos conspiradores (Et 2.23)
“Investigou-se o caso e era fato ambos foram pendurados numa forca.
Isso foi escrito no Livro das Crônicas, perante o rei.”
Não se sabe que desagrado o rei havia cometido contra os dois
eunucos, servos ou Oficiais Bigtã e Teres. Eles eram guardas da porta, quer
dizer, membros da guarda pessoal do rei que guardavam seus ambientes
particulares. Assim, tinham fácil acesso ao rei, que seria um homem
praticamente morto, não fora a intervenção de Mordecai. Mordecai tornou-se um
salvador da vida do rei quando ouviu os dois homens sussurrando o plano
assassino, passou as tristes notícias para Ester, que contou ao rei
demonstrando sua nova posição de influência e de acesso ao soberana.
O caso foi investigado, constatado como verdadeiro, e o resultado
natural foi a execução dos culpados por enforcamento, um método favorito de
execução entre os persas. Por sua vez, foi assim que Mordecai, oficial da corte
persa de Susã, transformou-se em amigo e salvador da vida do rei, fato que foi
registrado no livro das crônicas dos Reis e que mais tarde serviu para que
Mordecai, fosse honrado pelo rei e prevalecesse sobre Hamã, salvando também, a
vida dos seus compatriotas judeus (Et 2.23; 6.1).
APLICAÇÃO PESSOAL
No império medo-persa, duas pessoas relativamente insignificantes,
Mordecai e Ester, sobem ao palco como parte de um grupo de segunda ou terceira
geração de exilados, com atuação decisiva para a salvação da vida do rei mostra
que Deus continuava tecendo os fios dessa história em favor do Seu povo.
Responda
1) Qual o grau de parentesco entre Ester e Mordecai? Primos
2) O que motivou o rei Assuero na escolha de Ester para ser sua
rainha? Sua beleza Natural
3) Que tipo de trama Mordecai descobriu contra o rei Assuero? O
plano para assassinar o rei
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
EBD – Pecc | Lição 09: Ester 5 e 6 – O Primeiro Banquete de Ester |
3° Trimestre De 2021
3° Trimestre De 2021 | Tema: Rute e Ester – A fé e a Coragem
Das Mulheres – Programa de Educação Cristã Continuada | Escola Bíblica
Dominical
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é
igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Ester 5 e 6 há 14 em cada capítulo. Sugerimos começar
a aula lendo, com todos os presentes, Ester 5.1-5 e 6.12-14 (5 a 7 min.). A
revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui
a leitura da Bíblia.
Enfatizar que Deus, durante a competição, fez com que Ester
ganhasse o favor do rei para enfrentar este momento difícil que viria para
todos os judeus. Interessante observar também que, quando o tempo de Ester
entrar em ação chega, Deus novamente a faz ganhar a graça do mesmo homem, e não
foi condena da à morte por ter entrado na corte sem ser convidada.
Nesta visita ao rei, Ester convidou-lhe, e a Hama, para um banque
te que ela havia preparado naquele dia. Um outro banquete foi arranja do para o
próximo dia 0 tempo de um banquete ao outro foi realmente muito crítico. E a
indignação de Hamã em relação a Mordecai era tanta que ele não esperaria até o
dia definido para a destruição dos judeus para vê-lo morto. Mas os planos de
Deus não podem ser frustrados.
OBJETIVOS
Identificar o agir providencial de Deus na vida de Ester.
Entender como a arrogância, o orgulho e a vaidade podem levar
a atos extremos.
Constatar a providência divina até na insônia do rei.
PARA COMEÇAR A AULA
Para começar sua aula, fale sobre a insônia do rei naquela noite e
como isso foi providencial para o reconhecimento do que Mordecai havia feito
pelo rei, uma vez que este não fora sequer lembrado. Mas foi isto que fez com
que o rei pedisse para que lhe trouxessem o livro das crônicas do reino. Mas,
naquela noite, entre as muitas ano tações, havia uma única que precisava ser
lida; e, finalmente, foi esta a anotação lida. Após o rei saber que Mordecai
não tinha sido ainda recompensado, ele decidiu honrá-lo no dia seguinte.
LEITURA ADICIONAL
O rei não consegue dormir. A noite se arrasta. Ele pede que o livro
dos feitos memoráveis seja lido e ouve como uma conspiração contra sua vida
havia sido evitada mediante um gesto oportuno de Mordecai, surpreendendo-se ao
descobrir que este não recebera qualquer recompensa. Resolve então que ele
deverá ser premiado sem demora. […] O rei pergunta quem está no pátio e lhe
respondem que é Hamã (pois este se apresentara bem cedo a fim de obter uma
audiência como rei, na qual esperava conseguir autorização para enforcar
Mordecai). O rei pergunta a Hamã: “Que se fará ao homem a quem o rei deseja
honrar?” Hamã, supondo presunçosa mente ser ele mesmo o candidato a novas
preferências, envaidecido e faz a seguinte proposta atraente: tragam-se as
vestes reais, de que o rei costuma usar, e o cavalo em que o rei costuma andar
montado, e tenha na cabeça a coroa real, entreguem-se as vestes e o cavalo às
mãos dos mais nobres príncipes do rei, e vistam delas aquele a quem o rei
deseja honrar: levem-no a cavalo pela praça da cidade, e diante dele apregoem:
Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar”.
A proposta de Hamã evidencia sua ilimitada presunção, sua sede
doentia de louvor dos homens o sua ideia mesquinha de grandeza. Seu coração
bate mais forte quando se imagina sendo levado dessa forma em meio à adulação
de seus semelhantes. Então, ele ouve o rei dizer: “Apressa-te, toma as vestes e
o cavalo, como disseste, e fazei assim para com o judeu Mordecai Quê? Fazer
isso ao judeu Mordecai? Será que os ouvidos de Hamã estão zombando dele? Não! É
verdade. O rei falou e deve ser obedecido! O brilho foge dos olhos de Hamã. Seu
orgulho se derrete. È como se uma mortalha sombria lhe envolvesse o coração.
Por alguns segundos que parecem séculos ele fica ali de pé, perplexo diante de
seu senhor real. A seguir, retira-se devagar, com passos pesados, a fim de
exaltar Mordecai justamente do modo que ele mesmo estupidamente propusera.
Livro: Examina as Escrituras: Juízes a Ester. (Baxter, J.
Sidow São Paulo: Vida Nova, 1993, p.279 280).
Texto Áureo
“Quando o rei viu a rainha Ester parada no pátio, alcançou ela
favor perante ele; estendeu o rei para Ester o cetro de ouro que tinha na mão;
Ester se chegou e tocou a ponta do cetro”. Et 5.2
Leitura Bíblica Para Estudo
Ester 5.1-5; 6.12-14
Verdade Prática
Enquanto esperamos, Deus não trabalha apenas em nosso coração, mas,
igualmente, no de outros, renovando as forças a todo o momento.
INTRODUÇÃO
I- ESTER ALCANÇA O FAVOR Et 5.1-8
1- Ester vai falar com o rei Et 5.3
2– O primeiro banquete Et 5.5
3– A petição de Ester Et 5.8
II- A VAIDADE DE HAMÃ Et 5.9-14
1- O bom-humor de Hama Et 5.9
2– A ira de Hamã contra Mordecai Et 5.9b
3- Hamã planeja vingança Et 5.14
III- HUMILHAÇÃO DE HAMĀ Et 6.1-14
1- Ajuda de Mordecai lembrada Et 6.2
2- Mordecai honrado Et 6.11
3- Mulher de Hamã prevê fracasso Et 6.13
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
Segunda – Ester 5.1-2
Terça – Ester 5.3-5
Quarta – Ester 5.6-14
Quinta – Ester 6.1-2
Sexta – Ester 6.3-11
Sábado – Ester 6.12-13
Hinos da Harpa 58-205
INTRODUÇÃO
Após jejuar três dias, Ester colocou suas melhores roupas para
comparecer perante o rei, pois conhecia sua natureza impulsiva. Deus a
acompanhou e o monarca estendeu para ela o cetro de ouro, prometendo dar-lhe o
que ela desejasse. Por que ela não pediu ao rei no primeiro momento, o que ela desejava
realmente? Talvez por querer confrontar Hamã com sua maldade de uma forma
estratégica e em um lugar no qual ele não tivesse escapatória. Talvez Ester
agisse de acordo com a melhor tradição do seu povo: confrontar Hamã face a
face, em vez de falar pelas costas. Dessa forma ela convidou a ambos para um
banquete
I- ESTER ALCANÇA O FAVOR (Et 5.1-8)
1. Ester vai falar com o rei (Et 5.3)
“Então, lhe disse o rei: Que é a que tens, rainha Ester, ou qual e
a tua petição? Até metade do reino se te dará.
Depois que Mordecai convenceu Ester a tentar intervir em favor dos
judeus, por meio de uma entre vista pessoal com o rei, Ester estava em uma
situação critica, pois não havia sido chamada à presença do rei nos últimos
trinta dias. Passados, portanto, os dias do jejum por ela solicitado, ela se
vestiu da maneira mais atraente possível, colocou-se no pátio interno do
palácio, em frente ao salão do rei; e se colocou no lugar onde o rei pudesse
vê-la e chamá-la. Sabendo que Ester devia ter tido um motivo in comum para
atrever-se a se aproximar dele, ela acaba alcançando graça aos seus olhos.
Novamente, a providência de Deus é demonstrada pela reação do rei a
Ester. “Quando o rei viu a rainha Ester parada no pátio, alcançou ela favor
perante ele estendeu o rei para Ester o cetro de ouro que tinha na mão; Ester
se chegou e tocou a ponta do cetro (Et 5.2). Para indicar sua aprovação, o rei
estendeu-lhe o cetro de ouro, e então lhe diz: “Que é que tens, rainha Ester,
ou qual è a tua petição? Até metade do reino se te dará” (Et 5.3). Diante da
explosão de generosidade do rei, Ester não se precipitou. Ela apenas convidou o
rei e Hama para um banquete que preparara especialmente para eles.
2. O primeiro banquete (Et 5.5)
“Então, disse o rei: Fazei apressar a Hamã, para que atendemos a
que Ester deseja. Vinda, pois, o rei e Hamã ao banquete que Ester havia
preparado.”
Observemos a prudência de Ester no trato com o rei. Ela não se
apresentou a ele intercedendo imediatamente pelo seu povo, porque sentiu que
aquele não era o momento nem o lugar adequado. Talvez ela tenha preferido um
lugar mais reservado para fazer o seu pedido. Mas, naquela oportunidade, ela
convidou o rei e Hama para irem a seu banquete naquele mesmo dia “Respondeu
Ester: Se bem te parecer, venha o rei e Hamã hoje ao banquete que eu preparei
ao rei Então, disse o rei: Fazei apressar a Hamã, para que atendamos ao que
Ester deseja. Vindo, pois, o rei e Hamã ao banquete que Ester havia preparado,
disse o rei a Ester, no banquete do vinho: Qual é a tua petição? E se te dará
Que desejas? Cumprir-se-á, ainda que seja metade do reino” (Et 5.4-6).
Assim, antes de pedir o que queria, Ester preparou um banquete para
o rei Assuero e para Hamã, cujo objetivo seria examinar o terreno e saber qual
era o estado de espírito do rei. Naquela noite, o rei novamente pediu-lhe que
dissesse o que desejava, mas Ester simplesmente convidou o rei e Hamã para
outro banquete. a ser realizado na noite seguinte. Era um lance arriscado
convidar Hamã para o banquete, como único conviva do casal real; contudo, isto
estava em plena concordância com a recente promoção desse homem, levada a
efeito pelo rei.
3. A petição de Ester (Et 5.8)
“Se achei favor perante o rei e se bem parecer ao rei conceder-me a
petição e cumprir o meu deseja venha o rei com Hamã ao banquete que lhes hei de
preparar amanhã, e, então, farei segundo o rei me concede.”
Os dias de jejum coletivo, acompanhado de oração, haviam
dado a Ester uma sabedoria do alto e uma confiança que não lhe era
característica. Ela chegara até a preparar a refeição, crendo que o resultado
da sua ousada iniciativa seria favorável. Oferecendo publicamente duas vezes
cumprir o que Ester desejasse, até mesmo metade do rei no, a resposta dela foi
cautelosa e mansa, atributos que ela sabia que o rei valorizava numa mulher:
“Se achei favor perante o rei e se bem parecer do rei[…]” (Et 5.8). Isto fez o
rei se sentir no total controle da situação. O rei não tinha como se esquivar
do convite da rainha pois o propósito do banquete era para revelar o pedido
dela. E, nesse arriscado jogo, Ester estava fazendo tudo o que estava ao seu
alcance para aumentar as chances de sucesso.
II. A VAIDADE DE HAMÃ (Et 5.9-14)
1. O bom-humor de Hamã (Et 5.9)
“Então, saiu Hamã naquele dia alegre e de bom ânimo quando
viu porém, Mordecai à porta do rei e que não se levantara, nem se movera diante
dele, então, se encheu de furor contra Mordecai.”
Hamã alcançou tanto prestígio aos olhos do rei, que veio a
tornar-se o primeiro ministro do reino. O rei chegou a ordenar que todos se
inclinassem perante ele. Portanto, era o homem de influência e confiança do
rei. Ao pedir ao rei que Hamã o acompanhasse no segundo banque te que
ofereceria, Ester queria assegurar-se do seu favor e, ao mesmo tempo, garantir
a presença de Hamã quando expusesse o plano perverso dele. Hamã teria então de
calar-se Não poderia negar a veracidade da acusação, nem ousaria contradizer a
rainha na presença do rei. E Hamã saiu alegre e disposto, sem saber o que lhe
esperava (Et 5.9a).
2. A ira de Hamã contra Mordecai (Et 5.9b)
“… Quando viu, porém, Mordecai à porta do rei e que não se
levantara, nem se movera diante dele, então, se encheu de furor contra
Mordecai”.
Hamã alimentava um ódio mor tal contra o judeu Mordecai e,
consequentemente, todos os judeus estavam incluídos nesse sentimento
fatídico. E quando, cheio de alegria e orgulho, pensando estar prestes a
receber alguma honraria adicional da parte do rei – pois fora o único convidado
para beber vinho com o rei e a rainha-, depara-se com Mordecai sentado na porta
do rei. Este nem ao menos se levantou quando ele passava e sequer se prostrou
diante dele, conforme exigiam os costumes orientais.
Então, a ira de Hamã se acendeu sobremaneira. O prazer de Hamã em
participar do banquete da rainha se transforma em ódio, então ele se
queixa diante da família e amigos da humilhação que sente diante da provocação
de Mordecai. A sua esposa e amigos alimentam esse ódio cruel, incentivando-o a
arquitetar um plano “maquiavélico” que o livraria de uma vez por to das da
presença nefasta do judeu.
3. Hama planeja vingança (Et 5.14)
“Então, lhe disse Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos:
Faça-se uma forca de cinquenta côvados de altura, e, pela manhã, dize ao rei
que nela enforquem Mordecai; então, entra alegre com o rei ao banquete. A
sugestão foi bem-aceita por Hama, que mandou levantar a forca”
Hamã era vaidoso, soberbo, arrogante e conteve sua ira ao passar
perto de Mordecai e ser alvo novamente da insubordinação daquele. Hamã, em sua
sandice, se gabava à esposa e aos amigos das riquezas que possuía, dos filhos
que tinha e de seu status no reino. Ter uma prole numerosa era considerado uma
grande bênção entre os antigos povos semitas. Na Pérsia, o homem que tivesse
mais filhos recebia presentes do rei em pessoa. Mas ele não estava satisfeito
com tudo o que possuía, enquanto Mordecai estivesse atravessado no seu caminho:
“Porém tudo isso não me satis faz, enquanto vir o judeu Mordecai assentado à
porta do rei” (Et 5.13).
Foi então que a mulher de Hamã, Zeres, expôs a sua grande e
horrível ideia de abater Mordecai, enforcando-o incontinente. No entanto, Deus
estava soberanamente operando por trás até de um ato tão odioso, como o de
levantar uma forma.
III- HUMILHAÇÃO DE HAMÃ (Et 6.1-14)
1. Ajuda de Mordecai lembrada (Et 6.2)
“Achou-se escrito que Mordecai é quem havia denunciado a Bigtã e a
Teres, as dois eunucos do rei, guardas da porta que tinham procura- do matar a
rei Assuero.”
E depois do primeiro banquete de Ester, já em seus aposentos,
o rei não consegue dormir. Ele pede então que o livro dos feitos memoráveis
seja lido e ouve a respeito de uma conspiração contra sua vida que havia sido
evitada mediante um gesto oportuno de Mordecai (Et 219-23), 0 rei surpreende-se
ao descobrir que o benfeitor não recebera qualquer recompensa. Resolve então
que este deveria ser premiado sem demora. Já estava quase amanhecendo. O rei
pergunta quem está no pátio e lhe respondem que é Hamã; este estava aguardando para
ver o rei e conseguir autorização para enforcar Mordecai.
2. Mordecai honrado (Et 6.11)
“Hamã tomou as vestes e o cavalo, vestiu a Mordecai, e o levou a
cavalo pela praça da cidade, e apregoou diante dele: Assim se faz ao homem a
quem o rei deseja honrar.”
O rei então pergunta a Hamã: “Que se fará ao homem a quem o rei
deseja honrar? (Et 6.6). Imediatamente, Hama dá a sua sugestão, De tão
arrogante, Hamã pensou que o rei estava querendo honrá-lo. Ele mesmo sugeriu as
honrarias que adoraria receber: um desfile real pela praça da cidade, para que
to dos vissem e ouvissem como o rei se agradava dele.
O rei aceitou, mas planejava dar esse galardão ao homem que Hamã
julgava ser seu inimigo, embora o rei não tivesse nenhuma ciência disso. O pior
de tudo foi Hama ter sido encarregado de exaltar e fazer cumprir publicamente
as honrarias ao homem para o qual fora requerer uma sentença de morte, para
quem se atrevera a preparar a forca Ainda foi obrigado a proclamar que o rei se
agradava dele. Era uma estonteante humilhação.
Ali estava o odiado Mordecai que não se prostrava diante de Hamã,
montando o cavalo real. com as vestes púrpuras, enquanto. Hama puxava o cavalo
a pé pela praça da cidade, apregoando diante dele: ‘Assim se faz ao homem a
quem o rei deseja honrar.
3. Mulher de Hamã prevê fracasso (Et 6.13)
“Cantou Hamã a Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos tudo
quanto lhe tinha sucedido. Então, os seus sábios e Zeres, sua mulher, lhe
disseram: Se Mordecai perante o qual já começaste o cair é da descendência dos
judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente, cairás diante dele.”
Foi terrível contar todo o ocorrido, a humilhação era demasiada
para suportar. Então, a esposa e os amigos de Hamã disseram-lhe que ele não
prevaleceria, devido à ascendência judaica de Mordecai (Et 6.13). Hamã ainda
está se recuperando da humilhação quando chegam os mensageiros do rei
chamando-o para o segundo banquete com Assuero e Ester (Et 6.14).
APLICAÇÃO PESSOAL
A providencia divina é manifesta em Assuero que, no meio
de sua insônia, decidiu ouvir a leitura das crônicas reais onde ficou
constatada a participação do judeu Mordecai na salvação da vida do
rei, sem que recompensa alguma lhe fosse dispensada até aquele momento.
RESPONDA
1) Quem a rainha Ester convidou para se assentar no banquete com o
rei Assuero? Hamã
2) Que tipo de vingança a mulher de Hamã tramo contra Mordecai?
Enforcamento
3) Qual foi a decisão do rei Assuero em favor de Mordecai? Honra-lo
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
LIÇÕES BÍBLICAS
CPAD ADULTOS - 4º Trimestre de 2016
Título: O Deus
de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises
- Comentarista: Elienai Cabral
Lição 11: O
socorro de Deus para livrar o seu povo - Data: 11 de Dezembro de 2016
TEXTO ÁUREO
“Os justos
clamam, e o SENHOR os ouve e os livra de todas as suas angústias” (Sl
34.17).
VERDADE PRÁTICA
Deus é fiel
no cumprimento de todas as suas alianças e promessas.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE - Ester 5.1-6.
1 — Sucedeu,
pois, que, ao terceiro dia, Ester se vestiu de suas vestes reais e se pôs no
pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava
assentado sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento.
2 — E sucedeu
que, vendo o rei a rainha Ester, que estava no pátio, ela alcançou graça aos
seus olhos; e o rei apontou para Ester com o cetro de ouro, que tinha na sua
mão, e Ester chegou e tocou a ponta do cetro.
3 — Então, o
rei lhe disse: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até
metade do reino se te dará.
4 — E disse
Ester: Se bem parecer ao rei, venha o rei e Hamã hoje ao banquete que tenho
preparado para o rei.
5 — Então,
disse o rei: Fazei apressar a Hamã, que cumpra o mandado de Ester. Vindo, pois,
o rei e Hamã ao banquete, que Ester tinha preparado,
6 — disse o
rei a Ester, no banquete do vinho: Qual é a tua petição? E se te dará. E qual é
o teu requerimento? E se fará, ainda até metade do reino.
OBJETIVO GERAL
Ressalvar que Deus
é fiel no cumprimento de todas as suas alianças e promessas.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I. Apontar a
providência de Deus na história;
II. Mostrar como
Ester foi colocada no palácio real;
III. Explicar a
crise sofrida pelo povo de Deus no livro de Ester.
INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Mediante o estudo
da vida da rainha Ester, podemos ver o quanto Deus é fiel em todas as suas
promessas. Ele guardou o seu povo, livrando-o da morte. O Senhor colocou Ester
no palácio, tornando-a rainha para que intercedesse por seu povo. Com isso,
aprendemos que nada em nossas vidas acontece por acaso. Todas as coisas
cooperam para o nosso bem (Rm 8.28).
O povo judeu corria
o risco de ser exterminado; se assim fosse, a promessa que Deus fez a Abraão
não poderia se cumprir. Mas, o Senhor é fiel. Se Deus tem promessas em sua
vida, creia que Ele cumprirá. Não deixe que os “Hamãs” da vida venham impedir
sua trajetória e amedrontá-lo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O nome de Deus não
aparece no livro de Ester, porém o Senhor está presente em todas as
circunstâncias, intervindo em favor do seu povo. Veremos que a história de
Ester, Mardoqueu e dos judeus foi delineada pela providência divina. Na lição
de hoje, veremos que Deus age em prol dos que o servem.
PONTO CENTRAL
Deus livra o seu
povo das crises.
I. A PROVIDÊNCIA DE
DEUS
1. A providência
divina na história de Ester. A palavra providência vem do latim providentia e
o prefixo “pro” significa “antes” ou “antecipadamente”. O sufixo videntia deriva
de videre que significa “ver”. Logo, ao tratarmos a respeito da
providência divina, dizemos que Ele faz e vê tudo antecipadamente. Deus estava
ciente de todos os incidentes ocorridos no Império Persa. O Senhor estaria
colocando uma jovem judia no palácio de Assuero para que mais tarde seu povo
fosse salvo da destruição. Tal verdade nos mostra que os pensamentos de Deus
são mais altos do que os nossos (Is 55.9). Deus está no controle de todas as
coisas. Nada em nossa vida acontece por acaso.
2. A festa do rei. Assuero
era vaidoso, e, querendo ostentar sua glória, poder e riqueza a todos os
súditos do império, decidiu fazer um grande banquete, que durou muitos dias,
onde os convidados podiam comer e beber à vontade. Cento e vinte e sete
províncias estavam representadas nesta festa. Assuero bebeu muito e, já
dominado pela embriaguez, decidiu exibir a beleza da rainha Vasti para os
convidados.
3. A destituição da
rainha. Vasti recusou ser exibida como objeto naquela festa profana. Não
podemos nos esquecer que todos, ali, estavam bêbados. Aquele não era o ambiente
para uma rainha. Então, ela contrariou a ordem do rei; defendeu a sua posição,
mas pagou caro por isso.
SÍNTESE DO TÓPICO
(I)
Podemos ver a
providência de Deus na história da rainha Ester.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
“Rebeldia de Vasti
(Et 1.10-22)
A recusa de Vasti em
obedecer as ordens de Xerxes foi vista como um precedente para as mulheres de
todo o império. Xerxes divorciou-se de Vasti e emitiu um decreto; as mulheres
deveriam obedecer a seus maridos. O decreto reflete um princípio profundamente
enraizado ainda hoje no Oriente Médio. O marido governa a casa. Somente ele tem
o direito de iniciar ou dar o divórcio. Os filhos do matrimônio pertencem ao
marido e, quando o divórcio acontece, ele os mantêm. O desafio de Vasti a
Xerxes foi assim uma ameaça à ordem social estabelecida” (RICHARDS, Lawrence
O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse
capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.324).
CONHEÇA MAIS
Hamã
“Hamã é chamado de
agagita. A tradição judaica identifica-o como um descendente do rei amalequita
cujo povo Saul deixou de destruir (cf. Êx 17.8-14; 1Sm 15.7-33). Mordecai era
da tribo de Saul (cf. 2.5). Assim comentaristas rabínicos veem esse conflito
como a luta histórica do povo judeu com os inimigos gentios, cujo ódio
irracional persiste por milhares de anos”.
Para conhecer mais
leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.325.
II. ESTER NO
PALÁCIO DE ASSUERO
1. A busca de uma
jovem para o lugar de Vasti. Passado algum tempo da destituição de Vasti,
alguns servos de Assuero sugeriram que ele buscasse moças virgens e formosas
para que uma delas substituísse Vasti. Comissários de todas as províncias
trouxeram candidatas ao palácio de Susã. As jovens ficaram aos cuidados do
eunuco Hegai, que era guarda das mulheres. Entre todas as moças levadas ao
palácio estava uma judia de nome Ester. Essa jovem logo ganhou a simpatia do
eunuco do rei (Et 2.9). Ester não estava somente participando de um concurso. O
Senhor estava direcionando seus passos, ali no palácio, para algo grande. Ela
fazia parte do desígnio de Deus para ajudar o seu povo. Mas talvez não
imaginasse isso. Deus tem um plano em sua vida. Ainda que você não consiga
compreendê-lo inteiramente, confie no Senhor!
2. Mardoqueu e
Ester. Ester não chegaria ao palácio sem a ajuda de Mardoqueu, seu primo.
Mardoqueu era um homem temente a Deus e estava entre os cativos judeus que
serviam aos interesses do rei em Susã. Mardoqueu era um homem de fé e de
profunda piedade espiritual; ele não havia perdido o sonho de libertação do seu
povo e sabia que isto não aconteceria sem uma interferência de Deus. Era um
homem que não recuava em seus propósitos ainda que isso lhe custasse a vida (Et
4.1,2). Mardoqueu deu uma excelente educação à Ester, cujos valores morais e
espirituais serviram para torná-la um instrumento de Deus na salvação dos
judeus.
3. Ester é
escolhida para o lugar de Vasti. Chegou a vez de Ester apresentar-se
diante do rei. Ela superou todas as moças que até então haviam sido
apresentadas, pois achou graça diante do rei. Com certeza era bela, mas foi o
Senhor que fez o coração do rei se inclinar para ela. Mardoqueu orientou Ester
para que ela não contasse a ninguém que era judia.
SÍNTESE DO TÓPICO
(II)
Deus colocou a
rainha Ester no palácio do rei Assuero com um propósito específico.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
A rainha
“O rei persa
nomeando Ester como rainha, ilustra como Deus pode mudar o coração dos ímpios
para que eles cumpram seus propósitos (cf. Pv 21.1). Ester tinha agora
condições de ajudar o seu próprio povo, o que se tornou necessário cinco anos
mais tarde. Deus usou as decisões espontâneas das pessoas envolvidas, para
proteger o seu povo (Et 4.4).
Embora Ester
tivesse sido escolhida e coroada rainha do grande império persa, não se
orgulhou, nem se envaideceu por causa da sua posição social e do poder que
acabara de receber. Não desprezava os conselhos de seu tio, de condição
humilde, nem menosprezou sua tradição espiritual. Pelo contrário, manifestava
um espírito de mansidão, humildade e submissão após tornar-se rainha, como
sempre fizera antes” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.758).
III. A CRISE CHEGA
PARA O POVO DE DEUS
1. A trama de Hamã. Hamã
era uma espécie de primeiro-ministro de Assuero. Ele era o segundo homem mais
importante do reino. Hamã era mau e enchia-se de ódio quando Mardoqueu não se
inclinava perante ele. Por isso, traçou um plano para destruir todos os judeus.
Ele persuadiu Assuero a fazer um decreto, ordenando a morte dos judeus. O rei
aderiu ao plano de Hamã. Então foi feito um decreto para que todos os judeus
fossem mortos e seus despojos saqueados (Et 3.13-15). A crise havia chegado
para os judeus, trazendo tristeza e lamento. Mardoqueu vestiu-se de saco e foi
para a porta do palácio de Assuero (Et 4.1-6).
2. Ester toma
conhecimento da trama contra seu povo. Mardoqueu informou Ester acerca do
decreto de morte do povo judeu. Ester disse que não poderia fazer nada, pois só
lhe era permitido entrar na presença do rei caso fosse convidada. Então,
Mardoqueu lembra-lhe de que ela foi colocada, pelo Senhor junto ao rei para
aquele momento. Ele deixou claro que se ela não quisesse ajudar, Deus
levantaria outra pessoa. A rainha não recusou ajudar seu povo. Ela pediu a
Mardoqueu que reunisse todos os judeus a fim de jejuar por ela. Nos momentos de
crise, não adianta lamentar e chorar. É preciso orar, jejuar e buscar a face do
Pai até que Ele envie o seu socorro.
3. A estratégia
sábia de Ester. Depois de orar, jejuar e buscar estratégias em Deus, Ester
colocou suas vestes reais e foi para o pátio interior da casa do rei. Ao vê-la,
o monarca apontou seu cetro e Ester tocou-o na ponta. O rei, deslumbrado pela
beleza da rainha, perguntou-lhe: “Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a
tua petição? Até a metade do reino se te dará” (Et 5.3). Ester convida o rei e
Hamã para um banquete. Ester, então, informou ao rei que havia um plano para
matá-la, bem como ao povo judeu e este plano havia sido tramado por Hamã. Isso
enfureceu o rei. Ester desmascarou Hamã diante de Assuero. Hamã foi morto na
forca que tinha preparado para Mardoqueu. O povo judeu foi salvo graças ao
livramento divino e à disposição de Ester. Você está disposto a ajudar o país a
sair da crise política e econômica em que se encontra? Então, ore e jejue em
favor do Brasil. Peça a ajuda de Deus em favor dos milhares de desempregados e
carentes que estão também em perigo, como o povo judeu.
SÍNTESE DO TÓPICO
(III)
A crise chegou até
os israelitas. Eles corriam sério risco de serem exterminados, mas o Senhor é
fiel e livrou o seu povo da morte.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
“Hamã foi enforcado
como resultado da justa intervenção de Deus, porém o decreto do rei, no sentido
de destruir os judeus, continuava em vigor. Nem sequer o próprio rei poderia
anular o decreto oficial. Mas, em resposta ao pedido de Ester, foi escrito um segundo
decreto concedendo aos judeus o direito de resistência armada e de defesa, no
dia decretado para sua destruição. Em geral, Deus não operou o livramento do
seu povo, sem a fiel participação deste; porém, Ele está sempre com o seu povo
para lhe prover livramento. Aqui, o livramento de Israel resultou da ação de
Deus, com a cooperação de crentes fiéis.
Deus não somente
capacitou os judeus a se defenderem, como também fez os habitantes das terras
temerem dos judeus (cf. Et 9.2). Noutras palavras, o povo de Deus tornou-se
mais respeitado devido à conspiração maligna de Hamã” (Bíblia de Estudo
Pentecostal. RJ: CPAD, pp.763,764).
CONCLUSÃO
Aprendemos, por
intermédio da história da rainha Ester, que Deus salva o seu povo quando nos
dispomos a orar, jejuar e agir. O Senhor colocou Ester no palácio com um
propósito definido. Ele também tem abençoado a sua vida com um objetivo:
abençoar os que sofrem e correm risco de morrer. Ester cumpriu a sua missão.
Então, deixe que os propósitos divinos cumpram-se em sua vida.
PARA REFLETIR
A respeito do
socorro de Deus para livrar seu povo, responda:
Segundo a lição,
qual o significado da palavra providência?
A palavra
providência vem do latim providentia e o prefixo “pro” significa
“antes” ou “antecipadamente”. O sufixo videntia deriva de videre que
significa “ver”. Logo, ao tratarmos a respeito da providência divina, dizemos
que Ele faz e vê tudo antecipadamente.
Por que Vasti se
recusou comparecer ao banquete do rei?
Vasti recusou ser
exibida como objeto naquela festa profana. Aquele não era o ambiente para uma
rainha.
Quem havia criado
Ester e a levado até a fortaleza de Susã?
Seu primo
Mardoqueu.
Qual a posição que
Hamã possuía no reino de Assuero?
Hamã era uma
espécie de primeiro-ministro de Assuero. Ele era o segundo homem mais
importante do reino.
Qual a atitude de
Ester ao saber da sentença de morte contra o seu povo?
Ela jejuou e orou
ao Senhor.
SUBSÍDIOS ENSINADOR
CRISTÃO
O Socorro de Deus
para livrar o seu povo
A história da
rainha Ester é uma das mais belas histórias do livramento de Deus para com a
nação de Israel. Uma exilada judia que viveu no período do reinado de Assuero,
o Xerxes, 486-465 a.C., na Pérsia. Seu nome, Ester, era gentílico, derivado do
persa stara, que significa “estrela”, e tinha a ver com o paganismo
babilônico (pois o nome Ishtar também deriva Ester, de uma deusa
babilônica). Entretanto, o nome de origem da jovem judia era o hebraico Hadassa,
que significa “murta”. Órfã desde muito cedo, Hadassa foi criada por seu primo
Mardoqueu (ela era filha do tio de Mardoqueu cf. Et 2.7). A jovem era bela de
aparência e formosa à vista. Por isso foi contada entre as virgens do rei e
levada a reinar no lugar de Vasti, a antiga rainha que perdera o trono.
Assim, Hadassa foi
escolhida por Assuero como a nova rainha do palácio de Susã. Era agora a rainha
Ester.
Embora num primeiro
momento a rainha temesse e se mostrasse apática, sendo preciso Mardoqueu lhe
chamar a atenção para a gravidade dos acontecimentos: “Não imagines, em teu
ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus.
Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte
virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para
tal tempo como este chegaste a este reino?” (Et 4.13-14); posteriormente, a
rainha se mostrou absolutamente decidida e focada em proteger e a interceder
pelo seu povo (4.15-17). A jovem rainha, ao longo do reinado, mostrara-se uma
mulher sábia, corajosa e leal ao seu povo. Ela ficou no centro de uma
conspiração covarde para aniquilar o seu próprio povo.
A rainha Ester
arriscou a própria vida entrando na presença do rei, revelando que era judia e
suplicando que o rei Assuero fizesse um novo decreto, cancelado o de Hamã e
dando o direito aos judeus de se defenderem no reino da Pérsia. Assim, Deus
livrou o seu povo de ser aniquilado numa época distante.
Tudo isso foi
pensado e colocado estrategicamente em pauta por intermédio de jejum, oração e
ação diante de Deus. No momento mais angustioso da história do povo judeu, a
nação se voltou ao Pai por meio de jejuns e muitas súplicas. Deus deu o
livramento ao seu povo!
Portanto, nos
momentos de crises e de muitas tribulações devemos nos inclinar aos pés do
Senhor com jejuns, orações e ação sob a orientação do Espírito Santo. Deus nos
dará o escape!
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 3º Trimestre de 2007
Título: A busca do caráter cristão - Comentarista: Eliezer
de Lira e Silva
Lição 4: Ester, uma rainha altruísta - Data: 29 de Julho
de 2007
TEXTO ÁUREO
“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de
rubins” (Pv 31.10).
VERDADE PRÁTICA
Os que confiam no Senhor são vitoriosos, mesmo diante de
circunstâncias desfavoráveis.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ester 3.12,13; 4.13-17.
Ester 3
12 - Então, chamaram os escrivães do rei no primeiro mês, no
dia treze do mesmo, e conforme tudo quanto Hamã mandou se escreveu aos
príncipes do rei, e aos governadores que havia sobre cada província, e aos
principais de cada povo; a cada província segundo a sua escritura e a cada povo
segundo a sua língua; em nome do rei Assuero se escreveu, e com o anel do rei
se selou.
13 - E as cartas se enviaram pela mão dos correios a todas as
províncias do rei, que destruíssem, matassem, e lançassem a perder a todos os
judeus desde o moço até ao velho, crianças e mulheres, em um mesmo dia, a treze
do duodécimo mês (que é mês de adar), e que saqueassem o seu despojo.
Ester 4
13 - Então, disse Mardoqueu que tornassem a dizer a Ester: Não
imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os
outros judeus.
14 - Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e
livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai
perecereis; e quem sabe para tal tempo como este chegaste a este reino?
15 - Então, disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu:
16 - Vai, e ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e
jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite,
e eu e as minhas moças também assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei,
ainda que não é segundo a lei; e, perecendo, pereço.
17 - Então, Mardoqueu foi e fez conforme tudo quanto Ester lhe
ordenou.
INTERAÇÃO
Prezado professor, nesta aula a palavra-chave é “altruísmo”. Você
sabe o que significa esse vocábulo? Esse termo foi criado pelo filósofo Augusto
Comte para descrever a propensão humana em atender o próximo em suas
necessidades. Essa virtude é oposta ao egoísmo, mas sinônima da filantropia. Ao
ministrar a lição, destaque o caráter altruísta de nossa personagem principal,
Ester.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever o contexto histórico do tempo de Ester.
Explicar o sentido moral de altruísmo.
Apreciar o altruísmo como virtude necessária ao cristão.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, esta lição apresenta quatro personagens principais:
Ester, Mordecai, Xerxes e Hamã. Você sabe a importância de cada uma dessas
pessoas na história narrada pelo livro de Ester? O tópico “A Pérsia no tempo de
Ester” descreve algumas particularidades sobre esses indivíduos. Ao terminar a
ministração do tópico I, apresente aos alunos a síntese abaixo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Altruísmo: Virtude mediante a qual a pessoa nega a si mesma e
dedica-se ao próximo, mesmo que isto lhe cause infortúnio.
O texto bíblico em apreço conta-nos a miraculosa história de Ester,
uma jovem simples, que em razão de sua conduta corajosa, equilibrada e altruísta,
salvou seu povo de um terrível massacre. Desta narrativa, extrairemos preciosas
lições acerca do caráter de Ester e da providência e fidelidade de Deus ao seu
povo.
I. A PÉRSIA NO TEMPO DE ESTER
1. Contexto histórico (597-465 a.C). Por volta de 597 a.C.
Judá fora invadido por Nabucodonosor, rei de Babilônia. Onze anos depois, por
ordem deste poderoso monarca, os babilônios destruíram Jerusalém e levaram os
judeus para o cativeiro (2 Cr 36.17-21). Porém, a despeito de sua grandeza, o
Império Babilônico não resistiu às pressões militares do colossal exército
Medo-persa, sendo derrotado em 539 a.C. A partir daí, os judeus tornaram-se
vassalos dos persas.
Em 485 a.C, Dario Histapes, rei da Pérsia, o que reinara na época
da conclusão do templo de Jerusalém (ver 2 Cr 36.22,23; Ed 5-6), morreu, sendo
sucedido por seu filho Assuero (Xerxes I). A miraculosa história da rainha
Ester inicia-se no terceiro ano do reinado deste extraordinário monarca.
2. Assuero, rei persa. Assuero foi o homem mais poderoso de seu
tempo. Governou o vasto Império Pérsico, desde a Índia até a Etiópia, que
compreende cento e vinte e sete províncias (Et 1.1). Do texto bíblico inferimos
que Assuero era egocêntrico e costumava alardear o esplendor de sua grandeza
(Et 1.3-4). Não admitia que suas ordens fossem questionadas (Et 1.12). Certa
vez, embriagado e enfurecido, agiu com tirania contra Vasti, sua esposa (Et
1.7-12). Passado aquele momento de insensatez, percebeu que não deveria ter
procedido daquele modo (Et 2.1). Decisões tomadas no calor das emoções trazem consequências
desastrosas. A história de Jefté é um grande exemplo (Jz 11.30-40).
3. O ímpio Hamã. Assuero havia engrandecido a Hamã
sobremaneira, elevando-o à segunda pessoa mais influente do reino (Et 3.1).
Hamã era ganancioso, ardiloso, traiçoeiro; um mau exemplo para a própria
família (Et 5.11-14). Odiava Mardoqueu e desejava sua morte (Et 5.9). Não
queria apenas matá-lo, mas exterminar todo o seu povo (Et 3.5,6). Quando o
coração humano não tem Cristo é um solo fértil para o surgimento, abrigo e
crescimento do ódio. O cristão deve estar atento aos primeiros sinais dessa
praga que mina as forças espirituais (Ef 4.26). O autêntico Cristianismo está
baseado no amor (Jo 13.34,35). Qualquer atitude que fira este princípio deve ser
rejeitada (1 Jo 4.8).
4. Mardoqueu, um homem humilde e temente a Deus. Primo da
rainha Ester e fiel servidor do palácio (Et 2.5-7,21), Mardoqueu era um exemplo
de autêntica humildade, confiança e obediência a Deus (Et 5.13,14). A despeito
de ter sido promovido é exaltado pelo próprio rei, nenhum direito reivindicou;
sequer exigira as glórias que lhe eram devidas, mas retornou ao trabalho
cotidiano (Et 6.11,12), deixando tudo nas mãos do Senhor. Mais tarde, esse
extraordinário homem foi honrado e reconhecido como protetor do povo judeu (Et
10).
Enaltecida pela Palavra de Deus (Mt 5.3; Sl 138.6), a humildade é
uma virtude imprescindível a todo crente.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Algum tempo depois da queda do império babilônico pelo exército
Medo-persa, o grande rei Assuero estendeu muitíssimo o seu reino. Esse monarca,
por ser egocêntrico, destituiu sua rainha do trono. É nesse cenário que surge a
história de Ester - uma rainha altruísta.
II. ASPECTOS DO CARÁTER DE ESTER
1. Obediência. A Bíblia engrandece a obediência dos filhos aos
pais (Ef 6.1-3; Mt 15.4). Sendo órfã (Et 2.15), Ester em tudo obedecia a
Mardoqueu, seu pai adotivo. Certa ocasião, quando este lhe ordenou que não
declarasse a que povo pertencia, a jovem não titubeou, obedeceu-o prontamente
(Et 2.10,20). Mesmo casada, Ester permaneceu fiel às promessas que fizera a
Mardoqueu, honrando-o em tudo (Êx 20.12). Mais tarde, ao receber o pedido de
Mardoqueu para livrar seu povo do extermínio, Ester mais uma vez atendeu-o,
mesmo consciente dos sérios riscos que correria (Et 4.8,16).
A independência e as novas funções exercidas pelos filhos na
sociedade moderna não os impedem de respeitar seus pais, nem tiram destes a
responsabilidade de admoestá-los (Et 2.11). Deus abençoa os filhos que seguem
rigorosamente os sábios conselhos dos pais (Gn 7.7,13; 8.18).
2. Humildade. Ester estivera algum tempo sob os cuidados de
Hegai, guarda das mulheres (Et 2.8). Segundo a narrativa bíblica, ela poderia
pedir-lhe o que quisesse, entretanto, contentava-se com o que lhe oferecia (Et
2.15). Quantos, no lugar de Ester, não se esqueceriam do Senhor, usufruindo das
iguarias e dos recursos que estivessem à sua disposição.
O conselho de Pedro em sua primeira carta, capítulo três,
versículos de três a cinco, aplica-se perfeitamente à vida de Ester (Et 2.17).
3. Disposição. É maravilhoso quando nos colocamos inteiramente
nas mãos de Deus para realizarmos sua obra. Mas, infelizmente, nem todos estão dispostos
a pagar o preço (Mt 19.16-22). Ester colocou sua vida em risco a fim de livrar
seu povo do iminente extermínio (Et 4.16). Há muitos que não dedicam sequer
parte do seu tempo ao serviço do Reino de Deus. Todavia, Deus continua
convocando servos fiéis, dispostos a serem poderosamente usados em suas mãos.
4. Sensatez e Paciência. Ester era cautelosa (Et 2.10,20; cf.
Am 5.13) e paciente (Et 5.2,3,4-8; 7.1-6). Esperava o tempo de Deus com toda
resignação (Et 7.5-10). A sensatez e a paciência têm salvado muitas vidas ao
longo da história. São virtudes indispensáveis a todos os filhos de Deus (Sl
40.1; Rm 5.3,4; Pv 14.33). Foi exatamente em razão dessas qualidades que Ester
fez sucumbir os malévolos projetos de Hamã (Et 7-8). Cumpriu-se em Ester o
sábio provérbio: "O rei tem seu contentamento no servo prudente, mas,
sobre o que procede indignamente, cairá o seu furor" (Pv 14.35).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os principais aspectos do caráter de Ester eram: obediência,
humildade, disposição, sensatez e paciência.
III. COMO LIDAR COM SITUAÇÕES ADVERSAS
1. Orando (Cl 4.2; 1 Ts 5.17). Assim como a oração muda a
história de um povo (Jn 3.10; Et 9), pode alterar o destino de uma pessoa (Is
38.5). A oração faz parte do nosso relacionamento com Deus. Através dela Ele se
faz conhecido e nos revela seus eternos propósitos (Os 6.3; Jr 33.3). O
verdadeiro cristão deve crer no poder de Deus para que, por meio de sua
intercessão, as coisas aconteçam (Mt 21.22). “A oração feita por um justo pode
muito em seus efeitos” (Tg 5.16-18).
2. Confiando em Deus. Jesus nos advertiu da urgente
necessidade de vivermos em constante oração e comunhão com Deus (1 Co 1.9; 2 Co
13.13; Fp 2.1). A tendência do ser humano é desesperar-se diante das
circunstâncias adversas. Isso pode acontecer com qualquer um de nós. Mas a
vitória só será concedida àqueles que confiarem integralmente no Senhor (Sl
118.8,9).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O cristão pode vencer as adversidades da vida cotidiana por meio da
oração e da fé em Deus.
CONCLUSÃO
Devemos em nossa vida cotidiana orar e confiar totalmente no
Senhor. Somente assim desenvolveremos em nosso caráter a sensatez, a paciência
e a fé necessárias a uma vida vitoriosa na presença de Deus e dos homens. E,
como Ester, triunfaremos a despeito das adversidades. Confiemos sempre no
Senhor!
VOCABULÁRIO
Alardear: Ostentar; vangloriar-se; gabar.
Egocêntrico: Aquele que refere tudo ao próprio eu.
Insolúvel: Que não se pode resolver.
Sensato: Que tem bom senso; prudente.
Tirania: Governo opressor e cruel; opressão.
Vassalo: Subordinado, submisso.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COUTO, G. A transparência da vida cristã. RJ: CPAD, 2001.
MULDER, C. (et al) Comentário bíblico Beacon. RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
1. Quando tem início a história de Ester?
R. No terceiro ano do reinado de Assuero (485-465 a.C).
2. Descreva alguns aspectos do caráter de Assuero.
R. Egocêntrico e costumava alardear o esplendor de sua
grandeza (Et 1.3-4).
3. Quem era Mardoqueu?
R. Primo da rainha Ester e fiel servidor do palácio, era um
exemplo de autêntica humildade, confiança e obediência a Deus.
4. Descreva as características do caráter de Ester.
R. Obediência; humildade; disposição; sensatez e paciência.
5. Como resolver problemas aparentemente insolúveis?
R. Por meio da oração e da confiança em Deus.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Apologético
“Mensagem espiritual do livro de Ester
O livro de Ester ensina muitas verdades espirituais para os
cristãos atuais. Vejamos:
1. Os judeus, apesar de desobedientes ao Senhor e desviarem-se
dEle no exílio, estão nos pensamentos de Deus e são objetos da sua misericórdia
e preocupação. Assim, o Senhor ama o pecador e fez com que o Seu Filho amado
morresse por ele.
2. A providência de Deus está sempre sobre o seu povo, para
salvá-lo das tramas malignas de seus inimigos.
3. Deus às vezes se oculta ao cumprir os seus propósitos no
mundo. Em Isaías 45.15 lemos: ‘Verdadeiramente, tu és o Deus que te ocultas, o
Deus de Israel, o Salvador’.
4. O poder da oração é ensinado claramente. É evidente que o
jejum solicitado em 4.16 é um motivo para esta prática na atualidade. A
resposta à oração deve ser vista no sucesso da rainha em convencer o rei a
ajudar os judeus no seu sofrimento.
5. A responsabilidade que temos em cumprir a missão delegada
por Deus é ensinada em 4.14: ‘E quem sabe se para tal tempo como este chegaste
a este reino?’ Também indica o risco que temos de correr ao cumprirmos nossa
missão: ‘e, perecendo, pereço’ (v.6)”.
(MULDER, C. (et al) Comentário bíblico Beacon. RJ: CPAD,
2005, Vol.2, p.545.)
APLICAÇÃO PESSOAL
Deus está presente mesmo quando não o vemos. Ele age mesmo quando
não vislumbramos os seus atos. Alguns imaginam que o Senhor não se importa com
os perigos que eles costumam atravessar. Mas, como de fato passaram pelo vale
da sombra da morte? Como saíram incólume do deserto? Como suas vestes não se
desgastaram e o calor não desidratou o espírito abatido? Por quanto tempo,
filho de Deus, estarás errante a murmurar que estás sozinho na batalha? Olhe
para trás e veja que as pegadas que contemplas não são tuas, mas do Senhor! Que
a brisa que soprava acalentando as tuas feridas era o alento divino enquanto
Ele te carregava em teus braços. O crepúsculo e a aurora que lhe enchiam de
esperança a cada manhã e tarde não era nada menos do que os olhos de El Roi, o
Senhor que tudo vê. Como achaste mel em solo rochoso? E água em pleno deserto?
Você não está sozinho!
ESTER 2:1-18 - Como Ester pôde
participar de um concurso de beleza entre os pagãos?
PROBLEMA: É evidente que Ester foi
escolhida por Deus como seu instrumento para libertar Israel do mal no tempo
determinado (Et 4:14). Entretanto, sendo uma judia devota, como pôde ela
participar de um espetáculo público pagão e depois entrar no harém do rei
Assuero?
SOLUÇÃO: Primeiro, não está claro se
Ester tinha liberdade de se recusar a participar, pois ela foi colocada como
parte do conjunto das moças "de boa aparência e formosura"
apresentado ao rei. De acordo com Ester 2:8, "levaram também Ester à casa
do rei". Isso nos dá a entender que ela não tinha alternativa alguma em
relação a essa questão, mas foi escolhida para servir o rei.
Segundo, nada se diz no texto quanto
aos participantes daquele espetáculo público terem tido de praticar qualquer
coisa explicitamente imoral para estarem no concurso. Pelo que sabemos do
caráter de Ester, podemos estar certos de que ela teria se recusado a qualquer
coisa contrária à lei de Deus.
Finalmente, uma vez que Ester foi a
escolhida pelo rei, ela foi compelida a participar da corte dele. Foi a
providência de Deus que levou Ester àquele lugar precisamente no momento certo.
Na hora certa ela se dispôs a arriscar sua vida pelo povo do seu Deus.
ESTER 4:16 - Ester não teria
desobedecido ao governo humano, o que é contrário à vontade de Deus?
PROBLEMA: Romanos 13:1 nos informa
de que "não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que
existem foram por ele instituídas". E Pedro acrescenta: "Sujeitai-vos
a toda instituição humana por causa do Senhor" (1 Pe 2:13; cf. Tt 3:1).
Mas Ester 4:16 diz que o que ela fez era "contra a lei" (4:16). Dessa
forma, Ester não teria violado leis da Pérsia ordenadas por Deus, ao apresentar-se
diante do rei?
SOLUÇÃO: Às vezes é necessário
desobedecer ao governo humano, isto é, quando ele nos compele a pecar. Por
exemplo, se o governo diz que não podemos orar a Deus (Dn 6), ou que devemos
adorar um ídolo (Dn 3), ou que temos de matar bebês inocentes (veja os
comentários de Êx 1:15-21), então temos de desobedecer.
No caso de Ester, entretanto, não
havia lei alguma que a compelisse a pecar. Mas nem assim ela desobedeceu à lei
do país, já que esta permitia que uma pessoa, não tendo sido chamada, se
apresentasse perante o rei por seu próprio risco (Et 4:11). Sabendo o que a lei
dispunha, e aceitando o risco de sua vida, Ester foi até o rei para salvar a
vida do seu povo. Neste caso não houve necessidade de desobedecer à lei, nem
houve nada que a tivesse constrangido a matar alguém ou cometer qualquer outro
tipo de pecado.
Manual de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia. Norman Geisler, Thomas Howe
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Escrita Lição 9, Central Gospel, Ester, uma Líder Perspicaz, 2Tr23,
Pr Henrique, EBD NA TV
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- UMA JUDIA NO PALÁCIO IMPERIAL
1-1- O grande líder não procura tirar proveito pessoal de sua
posição destacada
2- UM AGAGITA NA CASA DO REI
2-1- Um genocídio decretado
2-1-1- Assuero deixa-se conduzir pelo ódio de Hamã
3- DEUS USA UMA JUDIA PARA VENCER UM
AGAGITA NA CORTE PERSA
3-1- O grande líder discerne o tempo da ação
3-1-1- Ester deixa-se conduzir pelos apelos do seu povo
3-2- O grande líder discerne o tempo da estratégia
3-2-1- Deus trabalha nas circunstâncias
3-2-2- A humilhação de Hamã
3-3- O grande líder discerne o tempo dos embates
decisivos
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Ester 7.1-6
1 - Vindo, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha Ester,
2 - disse também o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do
vinho: Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu
requerimento? Até metade do reino se fará.
3 - Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se, ó rei, achei graça
aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição
e o meu povo como meu requerimento.
4 - Porque estamos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem
e lançarem a perder; se ainda por servos e por servas nos vendessem,
calar-me-ia, ainda que o opressor não recompensaria a perda do rei.
5 - Então, falou o rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse?
E onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim?
6 - E disse Ester: O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã.
Então, Hamã se perturbou perante o rei e a rainha.
TEXTO ÁUREO
Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra
parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu Pai perecereis; e quem sabe
se para tal tempo como este chegaste a este reino? Ester 4.14
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – Ester 2.10 A sabedoria do silêncio
3ª feira – Salmo 75.7 Deus, a um exalta e a outro abate
4ª feira – Salmo 37.7 Deus trata com os inimigos do Seu povo
5ª feira – Hebreus 6.10 Deus não se esquece
6ª feira – Salmo 23.5 O Senhor honra os que sãos Seus
Sábado – Mateus 5.6 A fartura de justiça
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de entender
que:
- a rainha Ester estava no lugar certo, na hora certa;
- a liberdade para pedir aquilo que se deseja deve ser guardada para
a hora certa;
- a liderança sábia de Ester garantiu a salvação de uma nação inteira.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, encontraremos diferentes modelos de liderança no
texto bíblico; por essa razão, não se deve comparar, por exemplo, a liderança
de Moisés à de Gideão, ou a de Neemias à de Ester. Algumas são permanentes;
outras, ocasionais, pontuais. Entretanto, cada uma delas revela sua eficácia em
atender a um propósito divino e, de cada uma, podem-se extrair grandes lições. Nesta
lição, procure focar as características singulares da liderança de Ester, que
podem ser aplicadas à vida de todos, indistintamente: o grande líder não
procura tirar proveito pessoal de sua posição destacada; discerne o tempo da
ação;
discerne o tempo da estratégia; e discerne o tempo dos embates decisivos.
Boa aula!
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Depois de setenta anos de cativeiro babilônico, os Medos e os
Persas venceram a Babilônia e Ascenderam ao poder. Entre os anos 483—473 a.C.,
Assuero foi alçado ao posto de imperador da Pérsia, exercendo o comando sobre
127 províncias.
Certa vez, o rei Assuero ofereceu uma festa, com duração de 180
dias, aos representantes das suas províncias: príncipes e governadores. Ao
mesmo tempo, Vasti, sua mulher, oferecia um banquete para as mulheres da casa
real (Et 1.9). No sétimo dia de festejo, o rei mandou chamar Vasti, com a coroa
real, para mostrar sua beleza aos seus convidados; ela, porém, recusou o
chamado de Assuero. A atitude de Vasti deixou o monarca furioso (Et 1.10-12). Assuero
tinha um grupo de sete conselheiros, chamados
“príncipes”, os quais viam o seu rosto constantemente e se
assentavam com ele (Et 1.14). Um deles, Memucã, considerando grave o ato de
Vasti, aconselhou Assuero a escrever uma carta, na qual constasse que a rainha
nunca mais poderia comparecer à presença do rei; que o seu reinado
deveria ser dado a outra mulher (Et 1.19-22).
Seguindo o conselho dos que o serviam, Assuero mandou procurar,
entre todas as suas províncias, moças virgens, de grande beleza, para ser
rainha da Pérsia, no lugar de Vasti. Dentre elas, achou Ester, uma linda jovem
judia.
1- UMA JUDIA NO PALÁCIO IMPERIAL
Os judeus eram considerados um povo inferior pelos persas; afinal,
haviam sido escravizados pelo Império Babilônico. Ademais, havia gente no
palácio que os via com maus olhos, como era o caso de Hamã, filho de Hamedata,
o imediato do rei Assuero (Et 3.1). O rei não sabia que Ester era judia, órfã
de pai e mãe, criada por seu primo Mardoqueu, que a tratava como se fosse sua filha
(Et 2.10).
1-1- O grande líder não procura tirar proveito pessoal de sua
posição destacada
Ávido por obter
informações sobre Ester, Mardoqueu
passeava todos
os dias pelo pátio da casa das mulheres — também chamado de harém, parte do
palácio destinado às servas do rei (Et 2.11). As mulheres cumpriam uma agenda
com o monarca: cada vez que uma delas era convocada para comparecer perante o
rei, ela tinha o direito de fazer-lhe algum pedido. Quando chegou a vez de
Ester, ela nada pediu ao soberano, que se agradou mais dela do que das demais
(Et 2.17). Assentado à porta do palácio, onde ficava normalmente, Mardoqueu
ouviu a conversa de dois eunucos, Bigtã e Teres, os quais tramavam a morte do
rei. Mardoqueu enviou um recado a Ester, que levou o fato ao conhecimento de
Assuero, em nome de Mardoqueu; assim, ambos os traidores foram enforcados (Et
2.21-23).
2- UM AGAGITA NA CASA DO REI
O rei promoveu
Hamã, um agagita — descendente de
Agague;
portanto, de ascendência amalequita, povo inimigo dos israelitas —, a principal
homem do seu trono (Et 3.1). Hamã aprendera com seu pai, Hamedata, a odiar os
judeus. Hierarquicamente, ele estava abaixo apenas de Assuero. Por ordem do
rei, quando Hamã passasse pelas pessoas, todas deveriam inclinar-se perante ele
(Et 3.2).
2-1- Um genocídio decretado
Mardoqueu nunca
se inclinava perante Hamã. Por ser judeu, ele afirmou que jamais faria tal
coisa (Et 3.2-4). Assim, para vingar-se de Mardoqueu, Hamã decidiu exterminar
todos os judeus que estavam espalhados pelas províncias do rei Assuero (Et
3.5,6). Valendo-se do seu franco acesso ao monarca, Hamã disse a Assuero que
havia um povo rebelde, com costumes e leis diferentes, que não cumpria as
ordens reais e que, portanto, deveria ser exterminado. Se o rei consentisse
naquele grande genocídio, ele mesmo daria dez mil talentos de prata para os cofres
do rei (Et 3.8,9). O plano era matar os judeus e confiscar todos os seus bens.
SUBSÍDIO 2-1
Embora a
palavra “Deus” não apareça uma vez sequer no livro de Ester, esse escrito não esconde
que todo ato de humilhação, jejum e oração eram oferecidos ao
Senhor. Em meio
à grande preocupação que atingia a
todos, sua
única esperança estava em Deus.
2-1-1- Assuero deixa-se conduzir pelo ódio de Hamã
O rei apreciou
a ideia; assim, em acordo com Hamã, a data para a morte coletiva dos judeus que
habitavam
todo o Império
Medo-persa foi marcada. Em seguida, expediu-se um documento a todos os príncipes
e
governadores,
anunciando o dia da execução coletiva (Et 3.10-15). Ao saber da notícia, todos
os judeus
entraram em
estado de luto. Mardoqueu saiu pelo meio da cidade de Susã, vestido com saco de
cinza,
com grande e
amargo clamor (Et 4.1-3).
3- DEUS USA UMA JUDIA PARA VENCER UM
AGAGITA NA CORTE PERSA
Ester
mantinha-se alheia aos acontecimentos externos
ao palácio; até
que as moças e os eunucos que cuidavam dela informaram-na sobre o que estava
ocorrendo, dando-lhe ciência de que Mardoqueu estava à porta, vestido de
cilício (Et 4.4). Preocupada com Mardoqueu, Ester mandou boas roupas para ele
vestir-se, mas ele recusou-se a recebê-las (Et 4.4); antes, preferiu apenas
manter Ester informada sobre o genocídio que havia sido decretado pelo rei ao
seu povo.
3-1- O grande líder discerne o tempo da ação
Hataque, eunuco
do rei, foi a Mardoqueu, a pedido da rainha, para obter mais informações sobre
o Extermínio dos judeus. Mardoqueu explicou tudo em detalhes, inclusive que Hamã
oferecera ao rei, Tesouros confiscados dos judeus. Mardoqueu enviou, ainda, uma
cópia da publicação com a decisão real, aproveitando o ensejo para pedir a
Ester que suplicasse ao rei em favor dos judeus (Et 4.5-8). Ester
constrangeu-se muitíssimo com o pedido de Mardoqueu, pois ela corria risco de
morte, caso comparecesse à presença de Assuero sem ser solicitada — a menos que
o rei estendesse a ponta do seu cetro para ela.
3-1-1- Ester deixa-se conduzir pelos apelos do seu povo
Mardoqueu
insistiu no seu apelo, mandando informar a
Ester que nem
mesmo ela escaparia da morte, uma vez que o decreto real abrangia “todos” os
judeus — certamente o rei a mataria, ao saber que ela era judia (Et 4.14). Ester
atreveu-se a entrar no pátio interior da casa, defronte ao aposento do rei, sob
o risco de ser morta, mas entendia que era sua única oportunidade de agir.
Então, preparou-se para aquele momento; contudo, o rei precisava agradar-se dela
(Et 4.15-17).
Ao vê-la,
Assuero apontou-lhe o cetro que tinha em mãos; e Ester tocou em sua ponta (Et
5.1,2). Em
seguida, disse
a ela: Qual é a tua petição? E se te dará. E qual é o teu requerimento? E se
fará, ainda até
metade do reino
(Et 5.6).
3-2- O grande líder discerne o tempo da estratégia
Sabiamente,
Ester disse que ofereceria um banquete ao rei no dia seguinte; por isso,
gostaria de contar com a presença de Hamã. O rei consentiu e informou Hamã (Et
5.4-8). Orgulhoso por tamanha honra, Hamã correu para casa a informar sua
esposa e amigos que recebera um convite da rainha para banquetear com o rei, e
ele (Hamã) os levaria consigo (Et 5.9-12). Havia apenas uma coisa com a qual
ainda estava profundamente incomodado: a irreverência de Mardoqueu, que não se
prostrava perante ele (Et 5.9,13). Seguindo a sugestão de sua mulher, Hamã
preparou uma forca para Mardoqueu (Et 5.14).
3-2-1- Deus trabalha nas circunstâncias
Naquela mesma
noite, o rei Assuero perdeu o sono e lembrou-se da conspiração tramada contra
ele por Bigtã e Teres, os quais havia mandado matar (Et 2.21-23). Assim, pediu
o livro de crônicas para reler aquele episódio e perguntou aos que o serviam: Que
honra e galardão se deu por isso a Mardoqueu? E a resposta foi: Nenhuma (Et
6.1-3). Assuero reconheceu que tinha uma dívida moral com Mardoqueu; afinal,
ele poderia ter sido morto pelos conspiradores, se não fosse pela fidelidade de
Mardoqueu.
3-2-2- A humilhação de Hamã
Hamã entrou à
presença de Assuero para comunicar que havia preparado uma forca para
Mardoqueu, mas, antes que dissesse qualquer coisa, o rei lhe perguntou: Que se
fará ao homem de cuja honra o rei se agrada (Et 6.4-6a)? Pensando que o rei
falava dele, Hamã sugeriu que tal homem trajasse vestes reais e montasse no
cavalo do rei, com a coroa real sobre a sua cabeça, e que um dos príncipes de quem
o rei mais se agradasse, puxasse o cavalo pela mão gritando: Assim se fará ao
homem de cuja honra o rei se agrada (Et 6.6b-9)! Para surpresa de Hamã, o rei
disse que Mardoqueu era o tal homem, e ordenou a Hamã que se apressasse em
cumprir tudo, exatamente, quanto sugerira (Et 6.10).
3-3- O grande líder discerne o tempo dos embates
decisivos
Angustiado com
a ordem do rei, Hamã chegou à casa correndo, com a cabeça coberta, informando à
sua mulher e a todos os seus amigos o que ocorrera. Então, os seus sábios e
Zeres disseram a Hamã: Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da
semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente cairás
perante ele (Et 6.12,13).
Sem saber,
Zeres estava profetizando para Hamã, seu marido. Na hora do banquete, o rei
lembrou-se da promessa feita a Ester e disse-lhe: Qual é a tua petição, rainha
Ester? E se te dará. E qual é o teu requerimento? Até metade do reino se fará (Et
7.2). Até então, Ester não havia pedido nada para si mesma. Ela havia guardado
esse crédito, e soube usá-lo na hora certa. Diante da pergunta, a rainha
revelou ser judia e falou da maldade feita por “alguém” contra o seu povo e do
perigo que o cercava naquela hora. Assuero, então, lhe perguntou: Quem é esse? E
onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim? (Et 4.3-5). Ester, por
fim, disse: O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã. Então, diz o texto
bíblico: Hamã se perturbou perante o rei e a rainha (Et 7.6). Por ordem do rei,
Hamã foi enforcado na corda que preparou para assassinar Mardoqueu (Et 7.10);
Assuero revogou o decreto de matança aos judeus (Et 8); e Mardoqueu foi promovido
a segundo homem depois do rei Assuero (Et 10.3).
CONCLUSÃO
Nada se sabe
sobre a vida pregressa de Ester, a não ser que era judia, de grande beleza e
que fora criada por seu primo Mardoqueu, por ser órfã de pai e mãe.
Deus usou Ester
para liderar uma situação difícil e salvar toda uma nação. Sua sensibilidade
para discernir os tempos mudou a história de um reino.
O texto bíblico
dá-nos ciência de que Assuero expediu um novo decreto, invertendo o anterior,
assegurando aos judeus que se assenhorassem de todos os seus inimigos e
aborrecedores (Et 9.1). Esse decreto estendeu-se da Índia até a Etiópia,
compreendendo as 127 províncias da Pérsia. Os judeus foram livres e, até hoje,
comemoram o Purim, sua festa de libertação, com dois dias de comemoração (Et 9.20-23).
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Como se chama a festa que os judeus comemoram até hoje pela sua
libertação?
R.: Purim.