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20 setembro 2025
Slides, Lição 1, Betel, Jetro, Conselhos Sábios Aliviam Fardos, 4Tr25, Pr Henrique, EBD NA TV

19 setembro 2025
Vídeo Lição 1, CPAD, O Homem, Corpo, Alma e espírito, 4° Trimestre de 2025, Li...

17 setembro 2025
Escrita Lição 1, CPAD, O Homem - corpo, alma e espírito, 4Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
Escrita Lição 1, CPAD, O Homem - corpo, alma e espírito, 4Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
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I – A TRICOTOMIA HUMANA
1. Doutrina e teologia.
3. Físico e espiritual.
II – A DISTINÇÃO ENTRE ALMA E ESPÍRITO (espírito humano)
1. A alma.
2. O espírito.
III – A INTERAÇÃO DAS TRÊS DIMENSÕES
1. Corpo, afetos e somatização.
2. Equilíbrio e saúde.
CONCLUSÃO
“E o mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO.” (1 Ts 5.23)
DEUS nos fez corpo, alma e espírito para glorificá-lo eternamente com todo o nosso ser.
Segunda - Sl 8.3-9 O homem é pouco menor que os anjos
Gênesis 1
26 - E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.
27 - E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou.
28 - E DEUS os abençoou e DEUS lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
Gênesis 2
7 - E formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
18 - E disse o Senhor DEUS: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.
21 - Então, o Senhor DEUS fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22 - E da costela que o Senhor DEUS tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 - E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO – REVISTAS ANTIGAS E LIVROS
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HOMEM – 70 % Água
¹¹ Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em DEUS, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu DEUS. Salmos 42:11
¹⁶ Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia. Salmos 139:16
¹⁵ Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi abatido dentro do corpo, e as visões da minha cabeça me perturbaram. Daniel 7:15
¹ Peso da palavra do Senhor sobre Israel: Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele. Zacarias 12:1
²⁸ E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo. Mateus 10:27,28
⁴⁶ Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, ⁴⁷ E o meu espírito se alegra em DEUS meu Salvador; Lucas 1:46,47
¹⁴ Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto.¹⁵ Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. 1 Cor 14:14,15
1Ts 5.23 E o próprio DEUS de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO.
Hb 4.12 Porque a palavra de DEUS é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
Lc 23.46 JESUS, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou. Creio que JESUS estava entregando de volta o espírito do homem JESUS, pois o corpo estaria na sepultura e a alma no Hades daqui a pouco.
Is 53. 9 E deram-lhe a sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte, embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houvesse engano na sua boca.10 Todavia, foi da vontade do Senhor esmagá-lo, fazendo-o enfermar; quando ele se puser como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias, e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.11 Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo justo justificará a muitos, e as iniquidades deles levará sobre si.12 Pelo que lhe darei o seu quinhão com os grandes, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma até a morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu.
· Fica evidente que na hora do sexo o casal se torna uma só pessoa conforme Paulo ensina em 1 Co 6.16 Ou não sabeis que o que se une à meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque, como foi dito, os dois serão uma só carne*****; porém em questão de alma e espírito o ser humano é totalmente independente um do outro, com personalidades diferentes e idéias diferentes. O casal deve procurar viver em ESPÍRITO, ou seja, de acordo com a vontade de DEUS para terem seus pensamentos e atos o mais em comum acordo possível, pois este é o plano de DEUS para o casal. A mulher pensa diferente do homem e o homem pensa diferente da mulher, mas com amor e compreensão os dois poderão viver uma vida harmoniosa e feliz, desde que DEUS seja o centro de seu viver.
· O homem é formado de espírito, alma e corpo, mas para que o homem pudesse ter o livre-arbítrio e decidir se queria DEUS ou o mundo (Diabo e seus prazeres carnais), o poder de decisão do homem foi colocado por DEUS na alma. Assim a alma decide se deixa o espírito se comunicar com é DEUS ou permanece no pecado que forma uma barreira entre DEUS e o espírito que está no homem. Quando o homem aceita a JESUS como seu Senhor e Salvador, então o espírito que está no homem é ligado a DEUS pelo ESPÍRITO SANTO e então esse homem passa a ter comunhão com DEUS via ESPÍRITO SANTO e JESUS que está à direita do pai intercedendo.
Is 59.2 mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso DEUS; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça.
· É evidente que na tricotomia quem guia o espírito e o corpo é a alma, portanto, o espírito é impelido ao erro pelo corpo e pela alma. O espírito peca quando segue o caminho da espiritualidade que ofende a DEUS, como a idolatria.
· Quando exércitos inimigos invadiam Jerusalém tinham como objetivos principais o seguinte:
***2- Derrubar e queimar o templo ou parte dele para que o DEUS de Israel não pudesse receber sacrifícios e punir os seus inimigos, além disso pegarem os utensílios de ouro ali contidos
***3- Entrar no SANTO dos Santos e pegar a arca que representava o próprio DEUS e era objeto considerado como o próprio DEUS de Israel.
*** Assim também Satanás tenta entrar pelo nosso muro (corpo), atingir nosso templo (alma) e roubar nossas arca (espírito). O maior desejo de satanás é ser DEUS ou pelo menos ser à imagem e semelhança de DEUS, assim ele tenta dominar o espírito humano.
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Capítulo 5 - Teologia Sistemática Pentecostal, CPAD (Antonio Gilberto, Claudionor de Andrade, Elienai Cabral, Elinaldo Renovato de Lima)
O Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra, pois puseste a tua glória sobre os céus!... Quando vejo dos teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites? Contudo, pouco menor o fizeste do que os anjos e de glória e de honra o coroaste.
As palavras acima foram pronunciadas pelo salmista Davi, extasiado com a grandeza da criação (SI 8.1,3-5). Da mesma forma, Jó, o patriarca, exclamou: “Que é o homem, para que tanto o estimes, e ponhas sobre ele o teu coração, e cada manhã o visites, e cada momento o proves?” (Jó 7.17,18).
Ainda que, no seu tempo, não dispusesse de modernos meios tecnológicos para contemplar as estrelas e o Universo, Davi se sentia deslumbrado ante a glória de DEUS, revelada através da sua criação. Ao ver os astros, incluindo o Sol, a Lua e as estrelas, ele, reconhecendo a pequenez do ser humano ante a majestosa visão dos horizontes do espaço sideral, fez a pergunta que muitos ainda hoje fazem: “Que é o homem mortal?”
Que é o homem? Que ser é esse? De onde ele veio? Para onde vai? Essas são algumas perguntas que inquietam aqueles que se debruçam sobre a realidade à sua volta. A essas perguntas e, principalmente, à primeira, há muitas respostas.
Os filósofos, em sua maioria absoluta, formada por materialistas, ateístas ou pretensos agnósticos, respondem que o homem é apenas um “animal que pensa” — ou fruto da evolução aleatória das espécies. Eles atribuem a existência do ser humano ao acaso, como se fosse descendente de um animal irracional. Este teria evoluído de um microrganismo celular que povoava as águas dos mares.
Pascal, a exemplo de Davi, mas com outra visão, indagou: “Que é o homem diante do infinito”? 1 E ampliou a sua indagação:
Afinal que é o homem dentro da natureza? Nada, em relação ao infinito; tudo; em relação ao nada; um ponto intermediário entre o tudo e o nada. Infinitamente incapaz de compreender os extremos, tanto o fim das coisas quanto o seu princípio permanecem ocultos num segredo impenetrável, e é igualmente impossível ver o nada de onde saiu e o infinito que o envolvera.
Platão (428 a.C.) afirmava que o homem é “um bípede sem penas”. Mas um outro filósofo, que gostava de criticá-lo, matou um galo, o depenou e saiu pelas ruas dizendo: “Eis o homem de Platão”. Francisco de Carvalho, em uma música, diz: “Que bicho é o homem, de onde ele veio para onde vai? De onde ele veio para onde vai? Onde é que entra, de onde é que sai?”
Muitos cientistas e filósofos têm a idéia de que o homem pertence ao reino animal, e isso tem levado inúmeras pessoas a se considerarem parte do mundo zoológico. Dizem os cientistas: “falando fisicamente, o homem é um animal especializado. Sua especialização se baseia em três direções principais: I. A postura ereta. 2. O polegar oposto. 3. O grande desenvolvimento da posição cerebral pré-frontal”.3
Descartes supervalorizava a consciência, admitindo que ela seria o âmago ou a essência do ser. Foi ele quem disse: “Penso. Logo, existo”. “Protágoras, de Abdera, dizia, segundo o testemunho de Platão, que ‘o homem é a medida de todas as coisas’. Em outras palavras: não existe verdade absoluta, mas tão-somente opiniões relativas ao homem...”4 Aqui vemos as raízes do humanismo, que, hoje, predomina na mentalidade pós-moderna. J. Huxley dizia que “o homem é um macaco um pouco melhorado, e às pressas”.
A ciência moderna é ainda mais presunçosa, arrogante e materialista acerca da origem e da natureza do homem. Com mais sofisticação do que os antigos filósofos, os cientistas de hoje são preconceituosos e fechados ao debate quanto à origem do homem, com total desrespeito à idéia de um ser criado à imagem e semelhança de DEUS.
Disse Horgan, numa visão reducionista sobre o que é o homem:
Não somos mais que um monte de neurônios. Mas, ao mesmo tempo, a neurociência até agora provou ser estranhamente insatisfatória. Explicar a mente em termos de neurônios não esclarece nem beneficia muito mais do que explicar a mente em termos de quarks e elétrons. Existem muitos reducionismos alternativos. Nada mais somos que um feixe de genes idiossincráticos. Nada mais somos que um conjunto de adaptações esculpido pela seleção natural. Nada mais somos do que um monte de apetrechos de computação dedicados a tarefas diferenciadas. Somos nada mais que um feixe de neuroses sexuais'
Essa é a visão do materialismo científico. Seus questionamentos e afirmações absurdas resumem as três perguntas filosóficas, que, ao longo dos séculos, incomodam e desafiam a compreensão do homem diante da grandeza do Universo: “Quem sou eu?”, “De onde vim?’'’ e “Para onde vou?” Eles buscam responder à pergunta sobre o ser humano, sua origem, seu ser e seu destino.
Neste capítulo, desejamos responder aos questionamentos acerca do homem, sua origem e seu destino, à luz da Palavra de DEUS, introduzindo, para efeito de reflexão, opiniões externas à Bíblia, a fim de reforçarmos o entendimento dos que crêem em DEUS e em sua bendita Palavra, que não tem uma ou algumas respostas. Ela tem a resposta!
A antropologia humana exalta a teoria da evolução das espécies, por meio do acaso e da chamada “seleção natural”. A Antropologia Bíblica fundamenta-se na Palavra de DEUS, que afirma categoricamente: “No princípio, criou DEUS os céus e a terra... E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1.1,26a). Esse é o ponto de partida, diante do qual o cristão, que crê na revelação divina, jamais tergiversará diante dos argumentos humanos, materialistas, contrários à fé em DEUS.
A ORIGEM DO HOMEM
O ser humano, criado à imagem, conforme a semelhança de DEUS, teve uma origem especial. Se analisarmos o primeiro capítulo do livro de Gênesis, o livro das origens, observamos que o Criador, ao fazer uso de sua divina inteligência e do seu poder absoluto, soberano, fez surgir o universo inteiro — ou seja, a partir do nada (Palavra de DEUS – Hebreus 11.3)
A criação do Universo e da Terra. Em tempos de um passado longínquo, alguém chegou a acreditar que a Terra era um imenso plano, nas costas de um elefante, que, por sua vez, firmava-se nas costas de uma tartaruga gigantesca...
Os egípcios criam que o planeta era apoiado sobre cinco colunas. Eram vislumbres das grandes perguntas: “Como tudo começou?” e “O que é o Universo?” Mas o Gênesis começa com a expressão: “No princípio, criou DEUS os céus e a terra” (Gn 11). Essa é a origem do Universo, incluindo o pequeníssimo planeta Terra.
Para que situemos o homem no plano divino da criação, vale a pena relembrar o que foi criado, em cada dia:
No dia primeiro, DEUS criou a luz cósmica, fez separação entre a luz e as trevas, e criou o dia, e a noite (Gn 1.1-5); Ele disse “Haja luz. E houve luz” (Gn 1.3); foi o sobrenatural fiat lux, que fez acender a primeira energia luminosa do Universo.
No segundo dia, DEUS fez “uma expansão no meio das águas” — provavelmente águas em estado gasoso, acima e abaixo da expansão — e criou os céus (Gn 1.6-8).
No terceiro dia, Ele ajuntou “as águas debaixo dos céus num lugar” e fez aparecer “a porção seca”, chamando-a de Terra; e ao “ajuntamento das águas”, chamou mares; naquele mesmo dia da criação, o Senhor ordenou que a terra produzisse “erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto que esteja nela sobre a terra” (Gn 1.9-13).
No quarto dia, o Senhor criou os luminares para “sinais e para tempos determinados”; dois grandes luminares, o Sol, para iluminar o dia, e a Lua, para alumiar a noite; e fez também as estrelas (Gn 1.14-19).
No quinto dia, DEUS determinou que as águas produzissem répteis, e que as aves voassem no céu; fez também as grandes baleias, a partir das águas (Gn 1.20-23);
No sexto dia, o Criador determinou que a terra produzisse “alma vivente conforme sua espécie; gado e répteis, e bestas-feras da terra conforme a sua espécie” (Gn 1.24,25).
Até aqui, resumimos, segundo a Bíblia, a origem do Cosmos, ou do Universo, incluindo o pequenino planeta Terra, cuja criação foi a partir do nada, o que corrobora o texto de Hebreus 11.3: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de DEUS, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente”.
De fato, quando olhamos para uma parede, pensamos que ela é perfeitamente sólida, impenetrável. No entanto, sob a lente de um poderoso microscópio eletrônico, poder-se-á constatar que ela está cheia de buracos, e mais: que as partículas não estão em repouso, estáticas, mas em pleno movimento — as moléculas, formadas de átomos, com seus elétrons e nêutrons, e partículas subatômicas, estão se movimentando como universos em dimensão micro.
Ao contrário do que dizem os cientistas materialistas, em sua presunção e vangloria, o mundo e o homem não surgiram por acaso, como lemos em Atos 17.24-26:
O DEUS que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens. Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas; e de um só fez toda a geração dos homens para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação.
Diz, ainda, a Palavra de DEUS, em Salmos 33.6-9:
Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito da sua boca. E ajunta as águas do mar como num montão; põe os abismos em tesouros. Tema toda a terra ao Senhor; temam-no todos os moradores do mundo.
Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu.
Continuando nossa observação acerca do relato da criação, verificaremos que a criação do homem foi diferenciada da de todos os outros seres e elementos da natureza. Ele não foi feito a partir do nada, mas a partir das substâncias já existentes, como frisamos a seguir, e de um modo distinto da criação dos outros seres e das coisas.
A criação do homem. Ainda no dia sexto da criação DEUS disse:
Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra. E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou. E DEUS os abençoou e DEUS lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra
(Gn 1.26-28).
Enquanto os outros seres foram criados sob o impacto do fiat (“faça-se”) de DEUS, o homem teve criação de modo bem diferente. DEUS — hb. Elohim, expressão plural de El— concretizou o seu projeto para criar um ser especial, de forma especial, nos atos da criação. Assim, Ele, em conjunto com os outros componentes de sua Unidade, que se consubstanciam na Trindade (Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO), de modo solene e majestático, disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (v.24).
A criação do homem foi o coroamento da criação de DEUS:
Assim, os céus, e a terra, e todo o seu exército foram acabados. E, havendo DEUS acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou DEUS o dia sétimo e c santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que DEUS criara e fizera
(Gn 2.1-3). '
DEUS, então, “descansou”, isto é, terminou a sua obra, a criação de todas as coisas.
Imagem e semelhança de DEUS
“Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gn 1.24b). O verbo “fazer”, na primeira pessoa do imperativo, no plural, denota que o Criador não estava sozinho, na criação do homem. A compreensão humana não alcança a grandeza daquele momento único e singular, totalmente distinto de todo processo criador dos demais seres.
Apesar disso, pode-se entender que, num ponto do planeta, no Oriente, no sítio do jardim do Eden ou do Paraíso, o DEUS Pai, o DEUS Filho e DEUS ESPÍRITO SANTO se reuniram solenemente para fazer surgir o novo ser que haveria de revolucionar toda a criação. Por um momento, de modo positivo; por muitos séculos, de modo negativo. Mas, de qualquer forma, ali estava a reunião solene da Trindade para criar o homem à imagem e semelhança de DEUS!
Em Gn 1.26-30, encontramos o homem feito à imagem de DEUS; l) um ser espiritual apto para a imortalidade, v.26b; 2) um ser moral que tem a semelhança de DEUS, v.27; 3) um ser intelectual com a capacidade da razão e de governo, vv.26c,28-30 6
Acima vemos a interpretação do que é ser imagem e semelhança de DEUS encontrada no Comentário Beacon, publicado no Brasil pela CPAD.
O homem foi feito para ser dominador da natureza. E não poderia ser de modo diferente. DEUS fez o ser humano à sua imagem, conforme a sua semelhança, para ser governante dessa “pequena parte do Universo”; para dominar sobre as criaturas viventes, criadas antes dele. O salmista Davi disse que DEUS fez o homem pouco menor que os anjos e lhe deu, no início, domínio sobre toda a criação (SI 8.5-8).
Esse era o plano original de DEUS para com o ser humano: ser representante de DEUS, com autoridade sobre toda a criação. Como veremos adiante, esse plano foi prejudicado pela Queda, transtornando todo o Universo.
O homem à imagem de DEUS. Diante da grandeza e da nobreza originais conferidas ao ser humano, o que viria a significar o homem à imagem de DEUS? As respostas a essa questão não são completas. Há quem diga que a imagem de DEUS no homem seria física. Ou que essa imagem seria a postura reta, ou vertical, do esqueleto humano.
Não se deve sequer ocupar espaço e tempo com esse argumento, pois DEUS, sendo espírito (Jo 4.23), não projetaria imagem física no homem. As questões sobre a imagem de DEUS no homem têm suscitado muitas discussões, desde que os teólogos começaram a se debruçar sobre o estudo acerca da criação e, em especial, do ser humano.
Os chamados pais da igreja entendiam que a imagem de DEUS no homem seria o conjunto de características morais e espirituais que o levam a ser santo. Mas houve quem entendesse que tais características também seriam corporais. Irineu e Tertuliano faziam distinção entre imagem e semelhança, considerando a primeira como os aspectos corporais, e a segunda como as características espirituais.
Orígenes e Clemente de Alexandria discordavam dessa afirmação; antes, diziam que a imagem se referia às características próprias do ser humano, enquanto a semelhança dizia respeito às qualidades provindas de DEUS — não inerentes ao ser humano. Já Pelágio via na imagem somente a capacidade de raciocínio que o homem desenvolvia, podendo valer-se do livre-arbítrio.
Já os escolásticos8 concordaram em muitos aspectos com os pais da igreja, mas ampliaram o conceito de imagem de DEUS, incluindo a idéia de intelecto, razão, liberdade; a semelhança seria o sentimento de justiça provinda do Criador. A imagem de DEUS seria algo concedido ao homem de modo natural, e a semelhança, uma espécie de dom sobrenatural, que controlaria a natureza inferior do homem.9
Os reformadores, em geral, não faziam distinção entre a imagem e a semelhança de DEUS no homem; eles entendiam que a justiça original faria parte da imago Deu na condição original do ser humano.
A imagem conforme a semelhança de DEUS. A discussão teológica sobre o significado da imagem de DEUS, ou a imago Dei, não tem um consenso efetivo. Há divergências entre os teólogos. De início, no Gênesis, DEUS disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (1.26); no versículo seguinte, lemos: “E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou.
Notemos que o texto bíblico de Gênesis 1.27 não repete a expressão “imagem, conforme a nossa semelhança”. Parece-nos razoável entender que o ponto central, ou a idéia-chave, do relato bíblico é o registro de que o homem (o ser humano) foi feito “à imagem de DEUS” (v.26). A passagem deixa claro que tanto o homem como a mulher foram criados à “imagem de DEUS”. Com essa expressão, entendemos que o Gênesis demonstra qual é a natureza original do homem — ele foi criado à imagem de DEUS.
A semelhança tem caráter explicativo, indicando a conformidade pela qual aquela imagem de DEUS foi impressa no ser criado. Ou expressa o modo ou o modelo daquela imagem. Não há necessidade, pois, de se estudar as duas palavras “imagem” e “semelhança”, separadamente, buscando significados complexos para cada uma delas.
Berkhof afirmou:
As palavras “imagem” e “semelhança” são empregadas como sinônimos e uma pela outra, e, portanto, não se referem a duas coisas diferentes.
Essa idéia corrobora o nosso entendimento, acentuando que, em Gênesis I.16, são empregadas as duas palavras, mas, no versículo 27, somente a primeira delas.10
Chafer também reforça esse entendimento, referindo-se às palavras “imagem” e “semelhança” da seguinte maneira:
Em Gênesis 1.26,2 7, ambas as palavras, “imagem” e “semelhança”, aparecem, mas a palavra “imagem” ocorre três vezes enquanto o termo “semelhança” ocorre apenas uma vez.11
Em Gênesis 5, vemos a palavra “semelhança” incluída na genealogia de Adão: “Este é o livro das gerações de Adão. No dia em que DEUS criou o homem, à semelhança de DEUS o fez” (v.I). Certamente, o termo “semelhança”, aqui, se refere à imagem de DEUS, que é semelhante ao Criador, conforme já explicitado.
O homem é distinto e superior aos animais. A diferença entre o homem e os animais é tão grande, em termos qualitativos, a ponto de não haver margem para especulações quanto à origem dos humanos e dos irracionais. O Projeto do Genoma Humano (PGH), iniciado em 1990, constatou, em 2003, que há no corpo humano em tomo de quarenta mil genes, concluindo o sequenciamento de três bilhões de bases que constituem o DNA da espécie humana, com 99,9% de precisão.
O que intriga os cientistas e os leva a sonhar com a descoberta do “elo perdido” entre o símio e o homem é o fato de o Projeto Genoma ter concluído que a diferença entre o DNA do homem e do chimpanzé é apenas de 5%. Ou seja, em termos meramente numéricos, o homem e o macaco têm semelhanças quase totais. Entretanto, em termos qualitativos, incluindo-se o raciocínio lógico, a capacidade da fala e habilidades gerais, o homem se distancia do macaco tanto quanto os corpos celestes que estão a anos-luz do nosso planeta.
Com apenas 5% de diferença entre o código genético do homem e o do macaco, como pode haver tão grande diferença de conhecimento e de habilidades? Será que se pode esperar que um macaco, um dia, vá compor uma frase, uma página ou escrever um livro? Não há dúvida de que não. A idéia central, na Bíblia, é de que o homem foi feito à imagem de DEUS. E jamais poderia ser visto como semelhante aos animais. Como vimos, a diferença qualitativa entre o homem e o animal ultrapassa qualquer visão materialista da natureza do ser humano.
Semelhança natural com DEUS. Langston afirma que o homem tem “semelhança natural” com DEUS:
O homem é uma pessoa como DEUS é uma Pessoa, e a semelhança entre um e outro acha-se no espírito, naquilo que o homem é na sua natureza pessoal. Assim sendo, a “.semelhança natural” entre DEUS o homem perdura sempre, porque o homem não poderá jamais deixar de ser uma pessoa como DEUS o é.
Não devemos confundir imagem natural com imagem física, pois DEUS é espírito e não tem partes físicas, a exemplo do homem.
Strong também afirma que o homem tem “Semelhança natural com DEUS, ou pessoalidade”. E acentua:
O homem foi criado um ser pessoal e é esta pessoalidade que o distingue do irracional. Pessoalidade é o duplo poder de conhecer a si mesmo relacionado com o mundo e com DEUS e determinar o eu com vista aos fins morais. Em virtude dessa pessoalidade o homem pôde, na criação, escolher qual dos objetos de seu conhecimento — o eu, o mundo, ou DEUS — deve ser a norma e o centro de seu desenvolvimento. Essa semelhança natural com DEUS ê inalienável e, constituindo uma capacidade para a Redenção, valoriza a vida até mesmo dos não regenerados (Gn 9.6; l Co 11.7; Tg 3.9).13
O homem, um ser pessoal, à semelhança de DEUS, tem inteligência, vontade e emoções. Tal condição lhe distingue dos animais. Enquanto estes apenas agem por instinto, conforme o que DEUS programou para eles, aquele tem autoconhecimento e autodeterminação. O homem imagina, projeta, cria, inventa e produz coisas. O animal apenas repete o que lhe instiga a natureza.
No hebraico e no grego, as palavras para identificar “a imagem” não contribuem muito para o entendimento do termo em análise. Por isso, as discussões teológicas e filosóficas continuam a deixar muitas lacunas quanto à sua interpretação. No grego do Novo Testamento, a palavra “imagem” é eikon e pode se referir a uma imagem de escultura. Tem o sentido de representação ou de manifestação. Mas também pode se referir a CRISTO, “o qual é imagem do DEUS invisível” (Cl
, ou “o eikon de DEUS”, que não é só uma representação, como o é uma estátua, ou um ídolo; é primeiramente a igualdade na essência de DEUS.
Assim, surge a questão: o homem, feito à imagem de DEUS, é apenas uma representação do Criador, ou tinha algo divino nele, ou participava da real essência de DEUS? A palavra hebraica para “imagem” é tselem; e, para “semelhança”, demut. Elas se referem a algo similar ou idêntico ao que representam, ou àquilo de que são à “imagem”.
Podemos dizer que o homem era, no seu estado original, no ato da criação, uma imagem ou representação de DEUS, tendo características de DEUS em sua pessoa, tais como pessoalidade, amor, justiça, santidade, retidão, perfeição moral; tudo isso à semelhança de DEUS. Mas o homem não poderia ser igual a DEUS. Só JESUS é “o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa” (Hb 1.3); “o qual é imagem do DEUS invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1.15).
Semelhança moral com DEUS. A interpretação do que vem a ser a “semelhança” de DEUS no homem tem muitas variantes. Há quem entenda que essa “semelhança” é apenas moral e espiritual. Outros entendem que é mais ampla, incluindo a essência da divindade do Criador. Na Bíblia de Estudo Pentecostal14, lemos que “Eles tinham semelhança moral com DEUS, pois não tinham pecado, eram santos, tinham sabedoria, um coração amoroso e o poder de decisão para fazer o que era certo (Ef 4.24). Viviam em comunhão pessoal com DEUS, que abrangia obediência moral e plena comunhão”.
Na Bíblia de Estudo Pentecostal também está escrito que “Adão e Eva tinham semelhança natural com DEUS. Foram criados como seres pessoais, tendo espírito, mente, emoções, autoconsciência e livre-arbítrio”.13 Na visão acima, a semelhança do homem com DEUS é moral, incluindo características especiais, concedidas por DEUS, tais como ausência de pecado, santidade, sabedoria, amor e poder para agir de modo certo. E, ao mesmo tempo, tinham semelhança natural, por terem sido criados como seres pessoais, dotados de características próprias da pessoalidade.
Langston disse:
O homem foi criado bom. Todas as suas tendências eram boas. Tosos os sentimentos do seu coração inclinavam-se para DEUS, e nisto consistia a sua semelhança moral com o Criador. As Escrituras ensinam mui claramente que o homem foi criado natural e moralmente semelhante a DEUS, e ensinam também que ele perdeu esta semelhança moral quando caiu pelo pecado.16
Este é um ponto importante: o homem, quando deu lugar ao Diabo e desobedeceu a DEUS, pecou; e, assim, perdeu aquela semelhança moral com o Criador. Ficaram, na verdade, os traços daquela semelhança, distorcida, prejudicada, no ser humano. Esses traços são os sensos de justiça e de ética, e da busca por um Ser supremo, no âmago de sua consciência.
I) Há uma lei interior dentro do ser humano. Na consciência do homem vemos que ele tem um referencial, um juízo de valor que aponta o que é certo e o que errado. Isso se chama faculdade moral, que aprova ou desaprova os atos praticados ou imaginados. Isso é um traço da semelhança moral com DEUS, que alertou ao homem para que não pecasse, desobedecendo e se apropriando do fruto da árvore interditada.
Paulo fala dessa faculdade moral que há dentro de cada um quando ensina que o homem tem uma lei interior que aprova ou desaprova os seus atos. Podemos chamá-la de lei da consciência.
Assim disse o apóstolo Paulo:
Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei, os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os Rm 2.14,15).
Os animais não têm essa lei interior, que serve de referencial moral, pois sua natureza não comporta essa faculdade.
2; Há um padrão moral universal para o homem. Como ser moral, em sua semelhança com DEUS, o homem, falível, não pode se guiar apenas por sua consciência, ou seu coração, numa linguagem metafórica. Disse o profeta Jeremias: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações” /Jr 17.9,10\
O coração, nesse caso, não corresponde ao músculo cardíaco, e sim à consciência, ou à mente humana. Por causa do pecado original, todo o ser do homem ficou imperfeito, e seu coração, sua mente (ou sua consciência), tornaram-se enganosos e perversos. Por isso, o homem precisa de um padrão sublime para servir de referencial para suas ações.
Esse padrão não é — nem poderia ser — outro, senão a Palavra de DEUS. Disse o salmista: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho” (Sm 119.105). JESUS também afirmou: “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.48; cf. Jo 17.23). Esse é, pois, o padrão para o ser humano, ainda que essa perfeição, requerida por CRISTO, não possa ser absoluta, e sim relativa, visto que a natureza, atingida pelo pecado, não pode alcançar o grau de perfeição nesta esfera da existência.
Só na eternidade, após a ressurreição dos salvos, ou ao Arrebatamento dos que permanecerem fiéis a DEUS, nesta vida, é que haverá o estado de perfeição plena, quando os santos chegarão à estatura de varão perfeito (cf. Ef 4.13).
O homem foi feito adulto — e perfeito.
Leite Filho, analisando o homem, ressalta:
Um fato relacionado à criação do homem que se faz notório e que passamos a considerar ê que o homem foi criado adulto. A cada passo das Escrituras percebe-se uma evidente maturidade dos seres que foram criados, assim também o homem.
Com isto queremos indicar que DEUS não criou nenhum óvulo ou embrião, e sim o homem já adulto.1
Certo ensinador afirmou que Adão foi feito criança e cresceu no meio do jardim entre os animais. E um aluno lhe perguntou: “Quem deu de mamar à criança?”, sentindo-se constrangido com a explicação sem fundamento bíblico do tal “mestre”.
Para ter a capacidade reprodutiva, o homem foi feito com todas as suas potencialidades físicas e emocionais. Adão e Eva foram apresentados um ao outro, como marido e mulher, formando um casal, visando a unir-se numa “só carne” (Gn 2.24), para gerarem filhos e perpetuarem a continuidade da raça humana.
Quanto à perfeição do homem criado, referimo-nos à sua imagem e semelhança com o Criador, o que lhe conferia, na condição original, uma verdadeira perfeição em relação a seus descendentes, após a Queda. Tal perfeição do ser criado põe por terra os pressupostos da teoria da evolução, de Charles Darwin.
O homem não evoluiu a partir de organismos inferiores e chegou ao estágio superior. Ao contrário, ele começou num estágio altamente superior, mas, por causa do pecado, perdeu a sua condição privilegiada de um ser especial. Em lugar de evoluir, o homem passou por um processo de involução, espiritual, emocional e fisicamente, depois da Queda.
Uma síntese das idéias. Em resumo, a imagem de DEUS, no homem, refere-se à imagem espiritual e moral, conforme a semelhança de DEUS; e também à imagem natural, pelo fato de o homem ser uma pessoa, à semelhança de DEUS, que também é Pessoa. Quanto ao corpo, foi feito por DEUS para abrigar a parte espiritual do homem, formada por espírito e alma (cf. I Ts 5.23; Hb 4.12).
Essa imagem de DEUS foi corrompida pelo pecado. Mas, quando o homem se volta para o Criador e aceita a salvação, através de JESUS CRISTO, torna-se “a imagem e glória de DEUS” (I Co 11.7). Nascido de novo, o salvo é revestido “do novo homem, que, segundo DEUS, é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24).
O homem, nascido de novo, em CRISTO, é “nova criatura” (2 Co 5.17) e se toma participante “da natureza divina” (2 Pe 1.4). Tal participação, no presente, é parcial, pois o homem está sujeito a fraquezas e ao pecado; mas, na glorificação, será restaurada a “semelhança” da “imagem de DEUS”, pois “agora somos filhos de DEUS, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (I Jo 3.2).
Um dia, o homem será restaurado em sua perfeição original. Disse Paulo: “até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO” (Ef 4.13). Na glorificação dos salvos, a expressão “à imagem e conforme a semelhança de DEUS” será plenamente entendida, pois o ser humano, totalmente restaurado, elevar-se-á a um nível superior.
Macho e fêmea os criou
Essa distinção entre o homem e a mulher é de fundamental importância. Daí ter sido mencionada no texto que narra a criação do ser humano. E também a base para a reprovação de DEUS ao homossexualismo, pois, se Ele quisesse que o homem ou a mulher mantivessem relações homossexuais, teria, decerto, feito
de modo simultâneo — um casal de homens e outro de mulheres.
Desde o princípio, DEUS os fez “macho e fêmea” (Gn 1.27b). Afinal, a ordem para crescer e multiplicar-se sobre a Terra jamais poderia ter sido dada a dois seres de igual sexo!
Hoje, nos tempos pós-modernos, o homossexualismo vem sendo tolerado, aceito e até exaltado pela sociedade sem DEUS. Isso é uma afronta escarnecedora ao Criador e seu plano para a procriação da espécie humana. Trata-se de um desrespeito ao relacionamento conjugal entre homem e mulher, que se complementam,
em sua estrutura física, anatômica e emocional, visando, tanto à procriação em si, quanto ao legítimo prazer no âmbito do matrimônio.
No livro de Gênesis está a base da condenação ao homossexualismo, o que é mais explicito em outros textos das Escrituras, como em Levítico 18.22; 20.13; Deuteronômio 23.17. O princípio de DEUS para união sexual entre homem e mulher, no âmbito do matrimônio, é o da heterossexualidade, fundada no amor e no afeto mútuos, visando à formação do lar, através do matrimônio (Hb. 13.4).
Abençoados para frutificar e encher a Terra. “E DEUS os abençoou e DEUS lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.27). O plano de DEUS para o homem incluiu sua frutificação e multiplicação da espécie por toda a Terra. Ele dotou o ser humano da capacidade reprodutiva, através da união sexual entre o homem e a mulher. E somente através dessa união, por meio do matrimônio, o homem cumpre o desígnio do Criador quanto à multiplicação dos seres humanos no planeta. Fora do casamento, pode haver nascimento de pessoas, mas também fora do plano divino.
Algumas seitas chegam a afirmar que, sem o pecado de Adão, seria impossível a multiplicação da espécie. Trata-se de uma exegese errônea, baseada em uma hermenêutica falsa, pois, mesmo antes da Queda, que só é registrada em Gênesis 3, já havia a ordem de DEUS para que o homem procriasse.
O homem foi feito para ser dominador da natureza. “E DEUS os abençoou e DEUS lhes disse:... enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gn 1.27,28).
No Comentário Beacon, publicado pela CPAD, lemos:
Uma das marcas da “imagem” de DEUS foi Ele ter dado ao homem o “status” e o poder para agir como governante. A aptidão para governar implica em capacidade intelectual adequada para argumentar; organizar; planejar e avaliar. A aptidão para governar implica em capacidade emocional adequada para desejar o mais alto bem-estar dos súditos, apreciar e honrar o que é bom, verdadeiro e bonito, repugnar e repudiar o que é cruel, falso e feio, ter profunda preocupação pelo bem-estar de toda a natureza e amar a DEUS que o criou. A aptidão para governar implica em capacidade volitiva adequada para escolher e fazer a toda hora o que é certo, obedecer ao mandamento de DEUS indiscutivelmente e sem demora, entregar alegremente todos os poderes a DEUS em adoração jovial e participar em uma comunhão saudável com a natureza e DEUS.IS
Sem dúvida, essa concepção ideal de governo, conferida ao homem, refere-se ao potencial que ele possuía, na condição original, antes da Queda. Na condição original, ele tinha totais condições para dominar a Terra e os seres irracionais. Certamente, tal poder lhe conferia autoridade para controlar o meio ambiente, sem destruí-lo, bem como para cuidar dos animais e se relacionar com eles sem medo ou pavor.
Hoje, como consequência da perda da autoridade original, as pessoas em geral têm medo de serpentes, de insetos, de feras e de outros seres.
A terra improdutiva. O homem necessitaria de um ambiente propício, agradável e frutífero para a sua sobrevivência na Terra. Em Gênesis 2, vemos o relato acerca da criação das condições ecológicas e dos ecossistemas apropriados para a existência da vida humana e animal. Ao que tudo indica, a sequência de eventos, constantes do capítulo I, deixou as condições em potencial para o aparecimento de todo o tipo de vegetação. Porém, ainda faltavam alguns elementos climáticos para que houvesse germinação, crescimento e frutificação vegetal.
Em Gênesis 2.5,6, está escrito: “Toda planta do campo ainda não estava na terra, e toda erva do campo ainda não brotava; porque ainda o Senhor DEUS não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra. Um vapor, porém, subia da terra e regava toda a face da terra”.
A FORMAÇÃO DO HOMEM
“E formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gn 2.7). Aqui não há, em relação ao homem, propriamente, uma sequência de fatos, mas uma explicação quanto à forma pela qual ele (Adão) foi criado e o método utilizado por DEUS para a sua constituição espiritual e física.
Em lugar de apenas dizer: “Faça-se”, “produza”, o Senhor disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gn 1.26). No capítulo 2, é demonstrada a maneira pela qual Ele formou o ser masculino. DEUS não fez um boneco de barro, ou de argila, como alguém, de modo infantil, acredita e até prega. Ele fez o homem “do pó da terra”, ou seja, das substâncias ou dos elementos químicos que existem no barro ou no pó da terra.
Do pó da terra. Os elementos químicos ou substâncias encontradas no corpo humano são todas encontradas no barro ou na argila. Dos 106 elementos químicos existentes na natureza e conhecidos pelos cientistas, 26 são encontrados no corpo humano.19 Assim, por um processo sobrenatural, DEUS extraiu do barro os elementos químicos que formam o corpo humano, os combinou de forma especial e formou o homem do pó da terra.
Jó, numa percepção de valor científico concedida por DEUS, assim se expressou: “Peço-te que te lembres de que, como barro, me formaste, e de que ao pó me farás tornar” (Jó 10.9). Ele sabia que o homem foi formado “como barro”, e não “de barro”.
DEUS disse ao homem, após a Queda: “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás” (Gn 3.19). O homem é “pó”, ou seja, formado de substâncias que estão no pó da terra; e ao pó reverterá, quando o elemento espiritual (espírito+alma) dele se afastar, no processo da morte física.
A verdadeira ciência, desprovida de preconceito e soberba, confirma o relato bíblico da formação do ser masculino a partir das substâncias que existem no pó da terra. Em 1985, uma pesquisadora da NASA e professora da Universidade de San José, na Califórnia, apresentou resultados de pesquisa científica, demonstrando que a vida humana começou em estratos de argila: o caulim, que contém todos os elementos químicos necessários ao surgimento da vida.
Como a cientista acima não se trata de uma pessoa confessamente cristã, ou defensora do criacionismo, ela chegou a afirmar que suas declarações não tinham caráter religioso. No entanto, concluiu que essa seria a melhor hipótese para a origem da vida humana.20
A revista Veja, de 10 de abril de 1985, registrou a referida pesquisa da NASA e acentuou:
Sua descoberta fustiga a teoria de que a vida surgiu do mar, hipótese mais aceita entre os cientistas e admitida até mesmo por Charles Darwín, pai da biologia moderna. (...) “Se tivesse que apostar numa resposta, ficaria com a teoria da argila”, escreveu Carl Sagan, americano, autor do best-seller “Cosmos”.
(...) “A argila pode ser comparada a uma fábrica de vida”, acrescentou em Clasgow, na Escócia, o bioquímico Graham Cairns-Smith. (...) Coyne e seus colegas foram mais longe.
Eles analisaram as propriedades microscópicas da argila e notaram que os cristais de que é feito o material exibem atributos essenciais à geração de estruturas vivas... cientistas que adotam uma e outra teoria admitem que a vida surgiu a partir do ajuntamento de “tijolos” químicos, substâncias conhecidas como aminoácidos. As divergências começam quando se trata de explicar como os “tijolos” se juntaram em formas cada vez mais complexas até chegar ao DNA, a molécula pesada e orgânica, esta sim capaz de se reproduzir e dar origem a um processo vital.21
E aí que a Bíblia tem a resposta à pergunta: Como os “tijolos” de aminoácidos poderiam se juntar ao acaso e criar formas complexas de vida? Diz a
Palavra de DEUS: “No princípio criou DEUS os céus e a terra... E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; (...) E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.1, 26, 27).
O fôlego da vida. Uma vez formado “do pó da terra”, o homem feito de substâncias materiais não tinha vida. Disse Tiago: “o corpo sem o espírito está morto” (Tg 2.26). Assim, DEUS “soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (v.27). Aqui vemos uma distinção fundamental entre o homem e o animal. Quanto a este, DEUS apenas disse: “Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis, e bestas-feras da terra conforme a sua espécie” (Gn 1.24).
Em relação ao homem, o Senhor disse “Façamos” e deu-lhe o sopro ou o fôlego da vida. Ele foi feito “alma vivente”, expressão que se aplica, tanto ao homem quanto aos animais, esclarecendo-se, no entanto, que aos animais DEUS concedeu vida, mas não o fôlego da vida, concedido exclusivamente ao ser humano. Chafer afirmou: “Aquele sopro de DEUS foi a outorga do espírito, que estava tão longe das outras formas de vida que estão no mundo da mesma forma em que DEUS está distante de sua criação”.22
O Jardim do Eden. Foi o primeiro habitat do homem.
A palavra “jardim” é a tradução da palavra hebraica “gan”, que designa lugar fechado. A Septuaginta traduz o hebraico por “paraíso”, “paradeison”, termo persa que significa um parque. Eden não é traduzido, mas transliterado para o nosso idioma. Basicamente, significa “prazer ou delícia”.2’
Os críticos da Bíblia vêem no relato do Gênesis apenas uma alegoria ou relato mítico. Porém, a Palavra de DEUS se impõe como verdade, como martelo divino, quebrando as bigornas da incredulidade. Diz o Livro Sagrado: “E plantou o Senhor DEUS um jardim no Eden, da banda do Oriente, e pôs ali o homem que tinha formado. E o Senhor DEUS fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida, e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal” (Gn 2.8,9).
Lima afirmou:
O primeiro lar foi feito por DEUS. Era maravilhoso. Nele, antes da Queda, havia amor; havia paz, união, saúde, alegria, harmonia, felicidade e comunhão com DEUS. O ambiente era agradável. Podemos imaginar o dia a dia do primeiro casal. O trabalho era suave, resumindo-se na colheita dos frutos e alimentos
outros, necessários à manutenção do metabolismo mínimo do corpo, pois não havia desgaste físico como se conhece hoje' 1
A FORMAÇÃO DA MULHER
Em Gênesis 2 encontramos a explicitação sobre a formação do homem e da mulher. Como vimos, “formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gn 2.7). Assim, o homem foi formado no sexto dia, a partir das substâncias existentes no pó da terra. Quanto à mulher, a sua formação se deu de modo diferente.
O Criador já concluíra, em sua sabedoria, que não seria bom para Adão viver na solidão, mesmo estando no Paraíso. Por isso, declarou: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gn 2.18). Diz a Palavra do Senhor: “Então, o Senhor DEUS fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. E da costela que o Senhor DEUS tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão” (Gn 2.21,22).
Vemos que a mulher foi formada a partir de uma das costelas do corpo do homem, extraída por DEUS. Ao contemplar a nova habitante do Eden, Adão exclamou, em êxtase: “Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada” (Gn 2.23). Poder-se-ia dizer que o Senhor fez a primeira “clonagem” da história do homem, pois, com as células adultas da costela do homem, ele fez um outro ser.
No entanto, foi mais que uma clonagem. Neste processo científico, o ser “copiado” tem idênticas características do doador das células a serem transplantadas para o tal processo. O que DEUS operou foi a criação de um novo ser, semelhante ao primeiro, mas distinto, em sua estrutura emocional e física!
Os céticos ironizam o relato da criação do homem, considerando-o uma fantasia, um mito ou uma história antiga sem conexão com a realidade. Porém, a Bíblia é a infalível Palavra de DEUS e não contém invencionices humanas. O que ela diz é a verdade. Disse JESUS: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17).
A vida no Eden. DEUS não pôs o homem no Jardim para ficar ocioso, para contemplar as belezas edênicas. O homem foi colocado ali para lavrar e guardar (Gn 2.15). É interessante notar que o trabalho, a atividade da mente e do corpo, desde o princípio, foi dignificado por DEUS. Havia trabalho, mas, em compensação, não havia doenças nem dor, tampouco morte. O pranto e a dor eram desconhecidos. A tristeza não existia. Tudo era belo, agradável e bom.
O casal, constituído nos primeiros habitantes humanos do planeta, se deliciava nas noites calmas e amenas do Paraíso. Não havia temor ou pavor da escuridão. O medo era desconhecido. O cenário noturno era tranquilizador. A brisa suave soprava no arvoredo, levando ao casal os odores perfumados das plantas silvestres. O firmamento, ao longe, pontilhado de estrelas brilhantes, nas noites, oferecia um espetáculo de rara beleza.
Nas noites de lua, diminuindo o brilho estelar, fazia-se extraordinariamente belo o ambiente paradisíaco. Sem dúvida, com maior intensidade, brilhava o astro noturno. As manhãs e tardes eram agradáveis. Uma temperatura média, adequada ao bem-estar dos habitantes edênicos, era sentida em todo o planeta. A luz solar empolgava-os. Em cada canto se percebia a beleza da criação nos seus mínimos detalhes. O homem sentia-se muito feliz. O ar era puro na mais alta expressão. Os animais, as aves, todos os seres da natureza, nenhum mal causavam ao homem; conviviam na mais perfeita harmonia.
O mais importante, no entanto, acontecia em todas as tardes: “... DEUS, que passeava no Jardim pela viração do dia...” (Gn 3.8a). O Criador, certamente, em todas as tardes, visitava o Éden, buscando passar bons momentos em agradável diálogo e conversa com o casal, e este sentia, assim, muita comunhão com aquEle. A presença do Criador enchia o primeiro lar de muita paz e de alegria indizível.23
A Queda da humanidade
Muitas pessoas têm idéias falsas sobre o trágico acontecimento que envolveu o homem, no Paraíso. Há quem afirme que jamais houve tal fato, querendo insinuar que a narrativa bíblica sobre a Queda não passa de uma lenda. Lamentavelmente, entre esses incrédulos estão incluídos muitos que se dizem religiosos.
A Bíblia, a Palavra de DEUS, a verdade (Jo 17.17), nos afirma que a harmonia do Paraíso foi transtornada quando o Diabo, um antigo querubim que se rebelou contra DEUS, foi lançado à Terra. Certamente, por vingança, resolveu atacar a obra- prima da mão de DEUS — o homem.
Sabemos que a causa eficiente para a Queda, no entanto, surgiu de uma atitude errônea do casal. A mulher, Eva, ao invés de honrar o acordo firmado com a voz de DEUS, resolveu, usando o seu livre-arbítrio, dar ouvidos à voz do Inimigo, pecando contra o Senhor.
Idéias erradas quanto à Queda. Há algumas concepções errôneas quanto à tragédia em apreço:
Há quem afirme que o pecado do primeiro casal foi ter praticado a união sexual. Podemos afirmar, pela Bíblia, que essa afirmação não tem fundamento nas Escrituras. Para tanto, basta observar que, em Gênesis 2, DEUS já planejara a existência do pai e da mãe, antes da Queda, o que só tem sentido quando se tem a idéia da geração de filhos (Gn 2.24).
O casal foi exortado por DEUS a se multiplicar e a encher a Terra (Gn 1.28). Essa multiplicação, evidentemente, só poderia concretizar-se através da união sexual, mostrando o Senhor que o homem e a mulher seriam unidos em “uma só carne” (Gn 2.24). Desse modo, vemos, sem maior necessidade de argumentação, que o ato sexual nada teve a ver com a Queda. Tal ato, pelo contrário, constitui-se numa das maiores expressões do amor de DEUS — quando realizado de acordo com a sua vontade: entre mando e mulher, unidos pelos laços do matrimônio.
Outra expressão errônea é: “A maçã proibida”. Isso apenas comprova a ignorância dos críticos gratuitos da Bíblia. Na Mesopotâmia, região onde se situava o Eden, entre os rios Tigre e Eufrates, sequer existem condições climatológicas para a produção de maçãs! A Bíblia nos informa o tipo de fruto produzido pala árvore da ciência do bem e do mal, que era, na realidade, uma árvore concreta, no meio de milhares que existiam no Jardim (Gn 3.3). Não temos dúvida de que esses elementos sejam reais — árvore e fruto —, mesmo que desconheçamos sua natureza e constituição.
A invencionice da “maçã proibida” é apenas uma dentre muitas demonstrações descabidas dos que querem diminuir o valor da Palavra de DEUS. São aqueles que, em sua arrogância, se consideram doutores, mas sequer dão-se ao trabalho de examinar aquilo que combatem. Apesar dessas agressões infundadas e graciosas contra o Livro Sagrado, cumpre-se o que foi dito pelo profeta Isaías: “Seca-se a erva, caem as flores, mas a Palavra de DEUS subsiste eternamente” (Is 40.8).
A verdade sobre a Queda. De acordo com a Bíblia, DEUS pôs o homem no Éden para lavrá-lo e guarda-lo (Gn 2.25). Essa não era a única finalidade, pois sabemos que a presença do homem na Terra tem o sentido de adoração e glorificação ao Criador. O Senhor ordenou ao homem que ele poderia comer de toda a árvore do Jardim, com exceção de uma, a árvore da ciência do bem e do mal, que era, na verdade, um meio de prova, posto por Ele para que Adão e Eva exercessem a sua liberdade de modo consciente.
Em sua bondade, DEUS deu o direito e a liberdade de o homem apropriar-se de todos os frutos do Jardim, exceto dos produzidos pela árvore proibida. Mas o homem desprezou a bênção de DEUS em cada árvore, em cada fruto, em cada folha — milhares de bênçãos —, e resolveu dar ouvidos à do Diabo. Este enganou a mulher, dando-lhe a entender que poderia desobedecer a DEUS sem sofrer as consequências do pecado.
Sabemos que Eva foi enganada por sua própria concupiscência (Tg 1.14b). Satanás fez do amargo, doce; e do doce, amargo (cf. Is 5.20). E a mulher compartilhou o pecado com seu marido, e ambos caíram, perdendo a imagem e a semelhança originais do Criador.
Antes da Queda, o homem possuía uma estrutura físico-espiritual excepcional. Tinha conhecimento profundo de DEUS; comunhão direta com o Criador; bênçãos da presença dEle no Jardim; paz, segurança e alegria, decorrentes do relacionamento direto, sem intermediários, com o Criador; conhecimento e bem-estar físico inigualáveis, sem doenças, distúrbios emocionais ou físicos; desconhecimento do medo; conhecimento interno e externo em relação à sua pessoa; conhecimento da realidade social e do trabalho, de modo útil e satisfatório (Gn 2.15).
As consequências da Queda. Após a Queda, houve um transtorno total na vida dos primeiros seres criados. Conheceram que estavam nus, dando a entender que, antes, não se constrangiam nessa condição; conheceram o medo; perderam a autoridade sobre a criação; conheceram a desarmonia; a mulher sofreu mudanças em sua parte física e emocional, passando a conhecer a dor de forma acentuada para procriar.
O homem, pois, conheceu a maldição da terra; o trabalho passou a ser penoso e fatigante; e o pior: perdeu a vida eterna, que lhe era assegurada, na condição original, e conheceu o aguilhão da morte: física (Gn 2.17; Ef 2.5) e espiritual, que significa separação de DEUS.
A PROMESSA DA REDENÇÃO
Atacando ao primeiro casal, o Inimigo atingiu todas as pessoas que haveriam de nascer. O pecado passou a todos os homens (Rm 5.12). Entretanto, DEUS, o Criador, no seu plano maravilhoso, não deixou escapar nada que fosse necessário ao cumprimento de seus propósitos com relação à humanidade. Ele previu a Redenção do homem, de maneira sublime, como podemos ver em sua Palavra.
DEUS já houvera elaborado o plano da Redenção. Esta não foi um arranjo às pressas, de última hora. O Senhor não trabalha assim. Tudo o que Ele faz é bem planejado, ordenado e perfeito.
A Redenção prevista. Num tempo muito anterior à Queda o resgate, ou a Redenção do homem, foi previsto em seu plano para a humanidade. Diz a Palavra de DEUS: “mas com o precioso sangue de CRISTO, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós” (I Pe 1.19,20).
Noutras palavras, na eternidade, um verdadeiro mistério, “oculto em DEUS, que tudo criou” (Ef 3.9). Previu DEUS, ainda, que a revelação desse mistério seria efetuada através da Igreja de CRISTO, “segundo o eterno propósito que fez em CRISTO JESUS, nosso Senhor” (Ef 3.10,11).
A Redenção prometida. No último diálogo, na última reunião, no último contato que DEUS teve diretamente com o homem, logo após a Queda, o Senhor prometeu que, da semente da mulher, levantaria alguém que haveria de ferir a cabeça do Diabo (Gn 3.15), propiciando a Redenção da humanidade.
DEUS não se atrasa. Não deixa para mais tarde. No próprio Éden, palco da desgraça da humanidade, Ele prometeu a Redenção do homem. Ali, diante do casal em pecado, DEUS providenciou túnicas de peles, com que o vestiu, cobrindo-lhe a nudez, a vergonha. Para que o homem pudesse estar diante do Senhor, um animal foi morto, e seu sangue derramado.
Aquele animal, um cordeiro, provavelmente, foi morto para que o pecado do homem fosse coberto. Era uma tipificação de CRISTO, que haveria de ser morto pelos pecados de todos os homens.
A Redenção realizada. A Bíblia diz: “mas, vindo a plenitude dos tempos, DEUS enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (G1 4.4). A redenção do homem não chegou atrasada, nem adiantada, mas “na plenitude dos tempos”, no tempo de DEUS, ou no kairós, quando JESUS veio ao mundo, nascido de mulher, de uma virgem da Galileia. DEUS enviou seu filho ao mundo para, aqui, onde a Queda ocorreu, fosse efetivada a Redenção do homem.
Passaram-se milênios, desde que o Criador prometera a Redenção da raça humana, através da “semente da mulher”. Parecia não haver mais esperança para o homem, quando, “na plenitude dos tempos”, DEUS desencadeou o seu plano maravilhoso da Redenção, previsto “antes da fundação do mundo”.
Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque DEUS enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo; mas para que o mundo fosse salvo por ele (Jo 3.16,1 7).
O momento culminante da redenção. Depois de pregar a salvação de DEUS, enviada por seu intermédio, JESUS entregou-se como “o Cordeiro de DEUS” (Jo 1.29), para derramar o seu sangue em propiciação pelos pecados do mundo inteiro. Era o momento culminante no plano da Redenção. Pregado na cruz, contrariando a expectativa de todos, principalmente a do Diabo, JESUS exclamou: “Está consumado” (Jo 19.30).
Tudo o que antes fora escrito, previsto, tipificado como “sombra dos bens futuros” (Hb IO.I) se cumpriu. Ali, naquela tarde sombria, no alto do Gólgota, o Sol se escureceu (Mt 27.45) e “o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras” (Mt 27.41). E, naquele momento de dimensão cósmica, e de consequências eternas para o Universo e para o homem, JESUS efetuou a “eterna redenção” (Hb 9.12).
A Redenção de CRISTO não foi apenas para o homem individualmente. Foi a Redenção da raça, da família. Ao tentar a mulher, o Adversário fez surgir a perdição da humanidade. Mas, através da mulher, numa ironia divina, o Senhor fez nascer o Salvador do mundo.
Na cruz, quando o Senhor JESUS deu o brado de vitória, a Redenção do homem foi consumada. Na ressurreição, vencendo a morte e todos os poderes do mal, o Senhor não deixou dúvidas quanto ao seu plano redentor e expiatório para todos aqueles que nEle crêem.
A CONSTITUIÇÃO DO SER HUMANO
Como vimos, o homem é diferente dos animais, pois, enquanto estes têm instinto e agem segundo essa condição, o homem tem autoconsciência e autodeterminação, por ter pessoalidade; e, como tal, possui o que o irracional não tem: intelecto, vontade e emoções. Quanto aos animais, DEUS disse: “produza a terra alma vivente”; quanto ao homem, DEUS disse: “Façamos o homem”.
O método usado por DEUS para criar o homem foi especial. Diz a Bíblia: “E formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gn 2.7).
No texto acima, vemos dois aspectos:
A formação da parte física do homem. A parte física do homem veio “do pó da terra”. Não com o barro, em estado bruto, ou um boneco de barro. Mas, com os elementos químicos que se encontram no barro, ou na argila, DEUS, de modo sobrenatural, formou cada parte do corpo humano, combinando-as de maneira jamais compreendida pela mente humana.
Hoje, a embriologia e o estudo da genética têm informações sobre a formação do ser humano no ventre da mãe, a partir da união dos gametas masculino e feminino. Mas jamais alcançou a formação do primeiro ser humano, que não foi gerado, e sim criado por DEUS. Como DEUS combinou os aminoácidos, as proteínas, os sais minerais e demais substâncias para compor o corpo humano é algo que transcende a qualquer especulação científica.
A formação da parte interior do ser humano. Isto é, a alma e o espírito. Diz a Palavra de DEUS: “e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. Como foi esse processo? Que fôlego foi esse? De que ele se constituiu, em sua plenitude? Dali surgiu a alma somente? Ou a alma e o espírito? São a mesma coisa, ou entes distintos? Como a alma se propaga?
Não é difícil entender como o corpo humano é gerado no ventre da mãe, sobretudo hoje, com os recursos da ultrassonografia moderna. Mas, como a alma é gerada? Como ela se multiplica? E o espírito, difere da alma, ou é sinônimo dela? Como a alma entra no embrião?
Neste tópico, apenas desejamos refletir sobre essas questões, em submissão ao que está revelado nas Escrituras. E vamos meditar sobre a constituição do homem, segundo algumas concepções e à luz da Palavra de DEUS. Há diversas correntes de pensamento quanto à constituição do homem. Algumas são indicadas a seguir.
Unitarianismo. Também chamado de monismo. E uma corrente doutrinária que ensina que o homem é um só todo, uma só parte, não havendo qualquer divisão em sua constituição; ou seja, não existe alma ou qualquer parte do ser humano que sobreviva à morte. Para os unitaristas ou monistas, o ser humano se constitui de uma unidade indivisível.
Eles não acreditam na existência da alma e do espírito, admitindo que essas expressões se referem apenas a uma unidade psicofísica do ser humano. As palavras “carne” nos Antigo (hb. hasar) e Novo Testamentos (gr. sarx), bem como “corpo” (gr. soma), referem-se ao “ser humano por inteiro, porque, nos tempos bíblicos, ele era considerado unificado”.26
Dicotomísmo. Essa doutrina ensina que só há dois elementos, ou partes constitutivas, do homem: a parte material e a imaterial. Baseiam-se no fato de os termos “alma” e “espírito”, às vezes, na Bíblia, serem sinônimos, ou intercambiáveis entre si. E sustenta sua opinião partindo de textos que lhes parecem indicar esse entendimento (cf. Jó 27.3).
Trícotomismo. Os chamados tricotomistas entendem que o homem é formado de três partes distintas: corpo, alma e espírito. Seu ensino honra as Escrituras e se harmoniza com elas, pois, de acordo com a Bíblia, o homem tem uma constituição tríplice, sendo formado de espírito, alma e corpo (I Ts 5.23). Reflitamos sobre cada uma dessas partes.
O ESPÍRITO DO HOMEM
Ao soprar no homem o “fôlego de vida”, DEUS o fez “alma vivente”, ou um ser que tem vida. Nesse sopro, o Criador infundiu, no interior do homem, sua parte espiritual. Por esse fôlego, ele adquiriu o princípio vital, que o anima.
O espírito é a parte imaterial do homem, que, juntamente com a alma, forma “o homem interior”. Disse Paulo: “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de DEUS” (Rm 7.22). O apóstolo ensinava sobre a luta entre a carne, ou a natureza carnal do homem, e o espírito, que provém de DEUS, e acentuava que o “homem interior” tinha prazer na lei de DEUS.
Em outro versículo, lemos: “Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia” (2 Co 4.16); neste texto, vemos o “homem exterior”, o corpo, e “o interior”, a parte imaterial do homem. Podemos dizer que esse “homem interior” é o conjunto espiritual, formado pela alma e pelo espírito (I Ts 5.23).
A ALMA DO HOMEM
A palavra “alma”, no Antigo Testamento, é nepesh. No Novo Testamento é psique, que tem o sentido de “alma” e de “vida”; está ligada ao termo psíquicos, que tem o sentido de “pertencente a esta vida”. E a base das experiências conscientes. A alma pode ter três áreas de significados: “(a) psycbe, no sentido da base impessoal da vida, a própria vida; (b) a parte interior do homem; (c) uma alma independente em contraste com o corpo”.2-
No sentido impessoal, a alma equivale à própria vida. No sentido de ser “parte interior do homem”, refere-se à sua personalidade, ou à pessoa (cf. 2 Co 1.23). O texto de Levítico 17.10-15 dá uma diversidade de sentidos à palavra “alma”:
“contra aquela alma que comer sangue eu porei a minha face e a extirparei do seu povo” (v. 10); aqui, “alma” significa a própria pessoa.
“Porque a alma da carne está no sangue...” (v.II); neste sentido, “alma” significa a vida do corpo, dos tecidos, que são alimentados pelo sangue.
“Nenhuma alma dentre vós comerá sangue...” (v. 12); novamente, refere- se à pessoa.
“a alma de toda a carne; o seu sangue é pela sua alma”; aí vemos referência à vida de toda a carne, e que o sangue seria derramado pela vida do transgressor.
Tanto nepesh (hb.) como psyche (gr.) indicam o princípio vital da vida humana, física ou animal. Quando DEUS disse que o homem fora feito “alma vivente” e, em relação aos animais, que a terra produzisse “alma vivente”, usou a mesma expressão — hb. nepesh hayya. No entanto, como vimos em item anterior, o homem é distinto do animal, por várias razões: autoconhecimento e autodeterminação,
por exemplo. Assim, a alma do homem é profundamente diferente da alma do animal.
No Novo Testamento, vemos várias referências sobre o significado de alma. JESUS disse: “Quem quiser salvar a sua vida [psycbe], perdê-la-á...” (Mac 8.35; cf. Mac 10.45; Mt 20.28). “Não estejais ansiosos quanto à vossa vida...” (Mt 6.25). Nesse sentido, “alma” se refere à vida.
Em sentido teológico, a alma é a sede das emoções e dos sentimentos. JESUS disse: “A minha alma está profundamente triste até a morte” (Mc 14.34). A alma se entristece. “E a parte sensível da vida do ego, a sede das emoções — do amor (Ct 1.7), do anseio (SI 36.62) e da alegria (SI 86.4)”.28
O texto que melhor distingue alma de espírito é I Tessalonicenses 5.23: “e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO”. Aqui temos a palavra “alma” significando a parte interior do ser, distinta do espírito, porém, intrinsecamente a ele ligada, formando o “homem interior” (Rm 7.22). Ver também Hebreus 4.12; Lc 1.46,47.
Horton assevera:
A alma sobrevive à morte porque é energizada pelo espírito, mas alma e espírito são inseparáveis porque o espírito está entretecido na própria textura da alma. São fundidos e caldeados numa só substância.29
Como vimos, a alma faz parte do “homem interior” do ser, unida ao espírito. Intrigantes questões têm sido formuladas sobre a origem da alma. A alma é introduzida no corpo; Ela é formada durante a concepção? A alma é preexistente? Há, basicamente, três teorias acerca da origem da alma, todas elas evocando fundamento bíblico.
Teoria da preexistência. E um dos fundamentos da doutrina espírita. Segundo essa idéia, as almas existem, em esferas diversas do mundo espiritual, e entram no corpo gerado, no processo chamado reencarnação. Para os defensores dessa doutrina, a alma peca, na vida presente, e, para se redimir, precisa purificar-se, voltando a se integrar num outro corpo humano, sucessivamente, durante inumeráveis existências.
Antes mesmo de ser uma doutrina, codificada por Alan Kardec, principal expoente do espiritismo, a teoria da preexistência da alma teve o apoio de filósofos, como Platão e Filo, e de teólogos cristãos, como Orígenes de Alexandria (185 a 254).
Essa teoria tem origem no maniqueísmo, doutrina pela qual se ensinava que o espírito era puro, ao lado da alma, que já preexistia. Quanto ao corpo, seria intrinsecamente mau, bem como a matéria à sua volta. Tal teoria não tem qualquer fundamento bíblico, pelas seguintes razões:
O homem foi feito alma vivente somente após o sopro de DEUS, no momento inicial da criação do primeiro ser humano, na face da Terra; antes de Adão, não há qualquer indicação, nas Escrituras, da existência de almas, guardadas numa espécie de “celeiro de almas”, num lugar, nos planetas, como entendem os espíritas.
Os maus atos e a depravação do homem são decorrem de uma causa primária: o pecado de Adão, que passou a todos os homens (Rm 5.12). A consequência, pois, é pessoal, individual e responsável; é de cada pessoa que peca, em sua existência atual, e não de pretensas existências anteriores ao seu nascimento;
DEUS fez o homem, incluindo sua parte imaterial (espírito+alma) “e viu DEUS que tudo que tinha feito era muito bom” (Gn 1,31).
Teoria criacionista.30 Trata-se de uma teoria segundo a qual DEUS “faz as almas diariamente”, conforme ensinava Aristóteles. Polano dizia que “DEUS sopra a alma nos meninos quarenta dias após a concepção, e nas meninas oitenta” (sic); Jerônimo e Pelágio também acatavam esse entendimento, bem como a Igreja Católica Romana e os teólogos reformados, a exemplo de Calvino. Segundo Strong, Lutero se inclinava para o traducionismo.
Para Strong, os criacionistas se baseiam nos seguintes textos bíblicos: “e o espírito volte a DEUS, que o deu” (Ec 12.7); “palavra do Senhor... e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zc 12.1); “... e as almas que eu fiz” (Is 57.16). Mas a Bíblia não dá respaldo a essa teoria.
Teoria participativa. Leite Filho afirmou:
Quando se afirma que a alma é criada é necessário fazer algumas distinções: a criação é uma produção do nada; a alma é produzida na matéria e não da matéria; a produção da alma necessita de uma realidade criada já existente; a ação divina não tem como objetivo uma alma separada e sim o homem completo.
De fato, o homem, desde a fecundação, não é “um aglomerado de células”, como dizem os cientistas ateus e materialistas. É um ser completo, composto de espírito, alma e corpo.
Toda nova pessoa humana é fruto da ação imediata de DEUS e da dos pais: DEUS e os pais produzem o sujeito inteiro, mas os pais podem produzi-lo somente enquanto é um ser material vivo, isto é , tem um corpo, e DEUS o produz imediatamente enquanto é um ser pessoa, isto é, tem uma alma.32
Myer Pearlman, explicando a origem das almas, após a criação do homem, corrobora com esse entendimento:
A origem da alma poie explicar-se pela cooperação do Criador com os pais.
No princípio uma nova vida, a divina criação e o uso criativo de meios agem em cooperação. O homem gera o homem em cooperação com “O Pai dos espíritos”. O poder de DEUS domina e penetra o mundo (At l 7.28; Hb 1.3) de maneira que todas as criaturas venham a ter existência segundo as leis que Ele ordenou. Portanto, os processos normais da reprodução humana põem em execução as leis de vida, fazendo com que a alma nasça no mundo. ”
Assim, podemos concluir que a alma humana se forma, segundo as leis da procriação, deixadas por DEUS, numa cooperação entre os pais biológicos, e “o pai dos espíritos”(Hb 12.9). Cada vez que um gameta masculino se funde com um feminino, no casamento, ou fora dele, pela lei do Criador, forma-se um conjunto espírito+alma dentro do homem. Diz a Bíblia: “Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zc 12.1). O modo como DEUS atua na formação da alma é um mistério ao qual devemos nos curvar, em nosso conhecimento limitado.
Na visão tricotômica do ser humano, o corpo tem papel importantíssimo. É através dele que a alma se comunica com o mundo exterior. É no rosto que aparecem as expressões de alegria, tristeza, ira, sono, calma, entusiasmo, rancor, mágoa e tantos outros sentimentos próprios da natureza humana. Diz a Bíblia: “o rosto corresponde ao rosto, assim o coração do homem ao homem” (Pv 27.19).
Graças à ciência, hoje podemos conhecer o corpo humano melhor do que qualquer pessoa do passado, inclusive as que tenham vivido no tempo em que a Bíblia foi escrita. Nos dias atuais, podemos conhecer melhor a grandeza, a perfeição (relativa) e o maravilhoso funcionamento do corpo humano, como obra- prima das mãos de DEUS, o Criador maravilhoso e absoluto de todas as coisas.
A dimensão material do corpo. Em Salmos 139.13-16, Davi exclamou, diante da formação e do desenvolvimento do corpo desde o ventre:
Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia.
Que maravilhosa declaração e quão diferente da teoria da evolução, que assevera: As origens da vida, do corpo, do homem e da inteligência ocorreram pelo “acaso” cego e sem propósito algum. Apresentaremos a seguir algumas informações sobre o corpo humano, a fim de que sintamos melhor a grandeza da obra criadora de DEUS, ao fazer o homem das substâncias que há no pó da terra e lhe dar a vida, tornando-o sua imagem e semelhança.
Organização do corpo humano. O esqueleto humano constitui o arcabouço que sustenta os músculos, “protege os órgãos internos e permite uma grande variedade de movimentos”.34 E formado por 206 ossos e corresponde a 1/5 do peso total. Há 216 tecidos no corpo humano.
O cérebro humano “corresponde a 2% do peso de um adulto médio, mas é responsável por 20% do consumo de oxigênio desse indivíduo... o cérebro tem um trilhão de células nervosas” e seus “sinais trafegam ao longo dos nervos até um máximo de 360 km/h: uma mensagem enviada da cabeça para o pé chega em I/50 de segundo... o cérebro de um homem pesa 1,4 kg; o cérebro de uma mulher pesa 1,25 kg”.33
Há no corpo humano glândulas, grupos de células que produzem hormônios ou substâncias que regulam o funcionamento do corpo. O ser humano produz duzentos hormônios diferentes. O seu sistema imunológico é tão especial, que um só linfócito produz um milhão de anticorpos por hora.
De acordo com a Enciclopédia Seleções, “uma pessoa tem 2,5 milhões de glândulas sudoríparas; (...) o nariz humano tem 50 milhões de células receptoras, o que permite identificar os odores variados”. Esses são apenas alguns aspectos da formação e estrutura do corpo humano. Somente uma criação especial, por um Ser supremo e inteligente, poderia conceber, estruturar e dar vida a um sistema tão especial quanto o corpo humano. Mais uma vez temos a expressão de Davi: “Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado” (SI 139.14a).
Maravilha da procriação. Cada mês, num dos ovários da mulher, um óvulo se desenvolve e cresce. Com um milésimo de milímetro de diâmetro, é lançado numa das trompas de falópio; daí, o óvulo caminha em direção ao útero. Encontrando-se com um espermatozoide, que o penetre, será fecundado. Numa relação sexual, o órgão masculino lança cerca de duzentos a trezentos milhões de espermatozoides. Um só penetra no óvulo!
O seu núcleo se funde como núcleo do óvulo, cada um com 23 cromossomos, formando o ovo ou zigoto, que passa a ter 46 cromossomos. Naquele momento, já estão devidamente programadas, pela molécula do DNA (ácido desoxirribonucleico), todas as características genéticas individuais do novo ser humano.
Dentro de poucas horas, o zigoto começa a se dividir em duas, quatro, oito, dezesseis, 32, 64 células, e assim por diante. Essa divisão celular começa a ocorrer,
ainda, na trompa, mesmo antes de chegar ao útero. Chegando ao útero, o embrião, na forma de blastocisto se implanta no útero. Começa a gravidez.
E a formação de um novo ser humano, e não apenas de “um amontoado de células”, como entendem os cientistas materialistas. Nos seus primeiros dias, as células que formam o embrião chamam-se células-tronco embrionárias. Conforme registra Lima’6, elas se formam, após a fusão dos gametas masculino e feminino (espermatozoide e óvulo), quando surge um aglomerado de células.
Após quatro dias, esse grupo de células começa a formar uma estrutura esférica, chamada blástula, apresentando duas partes, uma interna e outra externa. A parte externa formará a placenta, e a interna, o embrião. É na parte interna que estão as células capazes de gerar todas as células do organismo de um indivíduo.3' Dentro de cinco dias, o embrião forma a blástula ou blastocisto, com aproximadamente cem células. As células internas do blastócito são as que ensejam maior interesse dos pesquisadores, por poderem transforma-se em todos os tecidos do corpo humano, por serem ainda indiferenciadas.
Os cientistas materialistas já fazem uso das células-tronco embrionárias na pesquisa, visando a obter a cura de doenças degenerativas, como mal de Alzheimer, mal de Parkinson, diabetes, câncer e outros. No entanto, com base na Palavra de DEUS, entendemos que isso afronta a sacralidade da vida, pois o embrião é um novo ser humano, programado pela leis da biologia, para se desenvolver com sua individualidade. (Leia o nosso livro Células-tronco, uma Visão Ética e Cristã, editado pela CPAD). Destruir embriões ou praticar o aborto é um crime gravíssimo, que deveria ser considerado hediondo.38
Prosseguindo com a viagem do embrião, vemos que, com quatro semanas, o coração começa a bater, com apenas cinco milímetros de comprimento; com seis semanas, o embrião obtém toda a sua nutrição e oxigênio da placenta e do cordão umbilical; com oito semanas, agora denominado feto, mede 2,5 centímetros, e seus membros são identificáveis. Começa a se mexer, mas a mãe não sente.
Com doze semanas, os principais órgãos internos aparecem... com 22 semanas, todos os sistemas do corpo já estão estabelecidos. Se nascer prematuramente, o bebê pode sobreviver com auxílio médico; com 38 semanas, o bebê já está completamente formado, com sua cabeça encaixada (posicionada para baixo com a face voltada para a pélvis), pronto para nascer.39
Diante disso, só a Bíblia pode expressar a grandeza da criação do homem:
Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas
obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe... (Sl 139.13-16).
Desenvolvimento e morte do corpo. Todo ser vivo, incluindo o homem, nasce, cresce, desenvolve-se e morre. Essa é uma lei que só admite exceção para aqueles que, na segunda vinda de JESUS, estiverem vivos, no momento do arrebatamento da Igreja. Afora essa exceção, “aos homens está ordenado morrerem uma vez”
(Hb 10.27).
Em seu desenvolvimento, o homem passa pela infância, adolescência, juventude e idade adulta. Em cada uma dessas fases, seu desenvolvimento físico depende de alimentação, repouso, movimento, relacionamento humano e espiritual. A velhice é a fase do declínio das energias físicas e mentais. Depois, vem a morte.
Para os que têm a salvação em CRISTO JESUS, a velhice é uma fase de gratidão e esperança quanto ao porvir. Para os que não têm a certeza da vida eterna, a velhice é vista como o fim da vida, sem qualquer esperança de uma vida melhor.
A morte — que pode ser física ou espiritual — é um fato que assusta a maioria das pessoas. Talvez porque o homem não foi programado, originalmente, para morrer. Ela entrou no mundo como consequência do pecado, do rompimento com DEUS. Só a salvação em CRISTO pode reverter a inclinação para a morte espiritual, que é a separação eterna de DEUS.
Já existem pessoas que esperam reverter a realidade da morte física através da ciência. Em países ricos, como os Estados Unidos, algumas pessoas já contrataram os serviços de empresas que se propõem a preservar o corpo, congelando-o a 196 graus negativos, a fim de que, um dia, se a ciência descobrir uma solução para o envelhecimento, e para a morte, seus donos possam ser reanimados. E a chamada crio biologia — biologia do congelamento da vida.
A técnica utilizada chama-se hibernação. Nesse processo, o sangue do morto é retirado, substituído por um líquido anticongelante e colocado num cilindro de aço, num estado de suspensão crônica. Espera-se que, alguns séculos mais tarde, a ciência descubra como fazer a “ressurreição tecnológica”.40 Ê o homem mortal desejando a vida eterna por meios errados. Mas há cientistas sérios que afirmam ser perda de dinheiro congelar pessoas.
De fato, a lei da morte é inexorável. É consequência do pecado. DEUS disse, no Eden, ao primeiro casal: “E ordenou o Senhor DEUS ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.16,17).
A DIMENSÃO ESPIRITUAL DO CORPO
Corpo do pecado (Rm 6.6). Nesta passagem, Paulo afirmou que uma vez que somos novas criaturas, devemos saber “que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado”. A expressão: “corpo do pecado” refere-se ao “velho homem”, que, antes de ser transformado por DEUS, pela aceitação de CRISTO como Salvador, vivia usando o corpo como instrumento para o pecado.
Também disse o apóstolo Paulo, em Romanos 6.12-14:
Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a DEUS, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a DEUS, como instrumentos de justiça.
Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.
Homem exterior (2 Co 4.16). Disse Paulo: “Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia”. Aqui, o apóstolo, ensinando sobre a ressurreição (2 Co 4.14), acrescenta que não devemos desfalecer diante das lutas que passamos nesta vida, pois, mesmo que o “homem exterior” — o corpo — se corrompa, envelheça e venha até a morrer, contudo o “homem interior” (espírito+alma), renova-se continuamente.
Casa terrestre (2 Co 5.1). Certamente, o apóstolo Paulo se referiu à temporalidade do corpo, em sua constituição física, como invólucro do espírito. De acordo com a Palavra de DEUS, o destino do salvo é habitar nos céus, com JESUS, num corpo transformado, semelhante ao seu, quando ressuscitado (cf. Fp 3.21). O corpo celestial que nos será dado por DEUS será a “nossa habitação, que é do céu” (2 Co 5.2). No entanto, enquanto estivermos aqui, não poderemos ter essa condição.
O “homem interior” não pode apresentar-se diante dos olhos humanos. Assim, precisa dessa “casa terrestre”, que é o corpo humano, com seus órgãos, tecidos e seus sentidos físicos. E casa temporária, morada passageira, visto que somos, na Terra, “peregrinos e forasteiros” (2 Pe 2.11).
Corpo desta morte (Rm 7.24). Ensinando sobre a luta entre a carne (natureza pecaminosa) e o espírito, o apóstolo Paulo, de forma eloquente, disse:
Porque, segundo o homem interior; tenho prazer na lei de DEUS. Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo
da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?
Paulo se referia ao fato de o pecado utilizar-se dos membros do corpo para praticar a iniquidade e a desobediência contra DEUS, o que equivale a experimentar a morte espiritual (Ef 2.1).
Corpo abatido (Fp 3.21). Numa visão escatológica, Paulo estimula os filipenses a viver a fé com perseverança e alerta-os contra os “inimigos da cruz de CRISTO” (v. 10). E, numa palavra de conforto e esperança, lhes assegura:
Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador; o Senhor JESUS CRISTO, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.
O corpo abatido é o corpo em sua condição humana, sujeito às doenças, à fraqueza, ao envelhecimento e à morte. Mas a promessa para os salvos é a de que, se permanecermos fiéis, um dia DEUS nos ressuscitará, num corpo glorioso, semelhante ao de JESUS — Ele, ao ressuscitar, foi capaz de atravessar as paredes e vencer todas as forças da natureza. Assim será o corpo do salvo após a ressurreição ou o Arrebatamento da Igreja (I Co 15.42,43).
Templo do ESPÍRITO SANTO (I Co 6.19,20). Mais uma vez, mostrando aos crentes que JESUS ressuscitou e nos ressuscitará, o apóstolo Paulo alerta os cristãos para não darem lugar ao pecado, visto que os nossos membros, do corpo físico, são, na verdade, “membros de CRISTO”; e indaga, de modo incisivo:
Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO, que habita em vós, proveniente de DEUS, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a DEUS no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a DEUS. (I Co 6.19,20)
Essa é uma exortação de alto significado espiritual, pois demonstra que o corpo físico tem elevado valor espiritual para DEUS. Não é, como alguns pensam, que DEUS só se interessa pelo espírito e pela alma (homem interior). Na realidade, DEUS quer, pela salvação, alcançar o homem em sua tríplice constituição: espírito, alma e corpo. E isso é corroborado, como vimos, em I Tessalonicenses 5.23. Esta passagem não deixa dúvidas quanto ao valor espiritual do homem, incluindo o seu corpo, que também deve ser conservado irrepreensível para a segunda vinda.
O ESTADO INTERMEDIÁRIO
E o estado entre a morte física e a ressurreição, tanto dos salvos como dos ímpios. Sabemos que os salvos terão um destino diferente em relação aos ímpios. A Palavra de DEUS nos mostra que os ímpios, antes da ressurreição, irão para um lugar chamado Hades. O texto de Lucas 16 nos dá algumas pistas do além, na história do rico e de Lázaro. Ambos foram sepultados.
Neste mundo, o destino dos corpos dos mortos é o pó (Ec 12.7), mas, quanto ao destino do “homem interior”, no fim da vida, há diferença entre o ímpio e o justo. Os ímpios vão para o Hades, uma espécie de ambiente de espera, antes do julgamento. De lá os que morreram perdidos serão enviados ao Inferno (Sm 9.17).
O justo é levado ao Paraíso — seio de Abraão (v.22), como o infrator que, na cruz, se converteu e ouviu de CRISTO: “Hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.42,43). O salvo, após a morte, é consolado (v.25b): “agora, este é consolado”. Os mortos salvos estão “em CRISTO” (I Ts 4.16), “no Senhor” (Ap 14.13); são bem-aventurados (Ap I4.I3a) e descansam de “seus trabalhos” (Ap 14.13).
A RESSURREIÇÃO DO CORPO
Ressurreição, segundo o Dicionário Aurélio, é:
Ato ou efeito de ressurgir ou ressuscitar; ressurgência (...) Fig. Vida nova; renovação, restabelecimento. Quadro que representa a ressurreição de CRISTO. Na doutrina cristã, o surgir para uma nova e definitiva vida, distinta c, em certa medida, oposta à existência terrestre, e que, a partir da ressurreição de CRISTO, aguarda todos os fiéis cristãos.
A última definição acima tem relação com o que ensinam as Sagradas Escrituras.
Fm relação aos salvos. Após mostrar a vitória de CRISTO sobre o império da morte, Paulo afirmou, em I Coríntios 15.42-44:
Assim também a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção, ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual.
Será um corpo incorruptível (que não pode mais morrer), glorioso, cheio de vigor, de natureza espiritual. Nessa mesma linha de pensamento, o pastor Antonio Gilberto
autor de dois capítulos desta obra (Pneumatologia e Soteriologia) — afirma:
A palavra ressurreição implica em ressurreição do corpo que morreu e foi sepultado, ou de alguma outra forma ficou retido aqui na terra. Se o corpo ressurreto não fosse o mesmo, isto não seria ressurreição. Seria uma nova criação, e o termo na Bíblia seria um absurdo.41
Da mesma forma o pastor Elienai Cabral — autor do capítulo sobre Hamartiologia — assevera:
Não importa como os corpos foram sepultados, se em covas na terra, ou no fundo dos mares e rios, ou queimados. Na realidade; os mesmos corpos mortos serão ressuscitados. No caso dos mortos em CRISTO, seus corpos serão transformados (l Co 15.35-38), iguais (semelhantes) ao corpo ressurreto de CRISTO (Fp 3.21 — parêntese acrescentado pelo autor deste capítulo).42
Em relação aos ímpios. A Bíblia não dá muita ênfase à ressurreição corporal dos ímpios — a “segunda ressurreição”. Mas alguns versículos nos dão algumas informações interessantes a respeito desse tema:
A ressurreição dos ímpios ocorrerá após o Milênio. “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram” (Ap 20.5).
Os ímpios ceifarão a corrupção: “Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção” (Gl 6.8a).
Será uma ressurreição para opróbrio: “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (Dn 12.2).
Essa ressurreição se dará onde ocorreram as mortes: “E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia” (Ap 20.13).
Será uma ressurreição para o julgamento final. “E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu” (Ap 20.11). Todos os ímpios terão de comparecer ante o Trono Branco: “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono”. Na terra, já estão condenados (Jo 3.36) e serão lançados no Inferno: “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” (20.15; SI 9.17).
Teorias errôneas sobre a origem do homem
Os evolucionistas acreditam com toda a fé — à semelhança de um fervoroso fiel de uma religião fundamentalista — que a vida surgiu da matéria inanimada. E por acaso! No século passado, o professor A.I. Oparim publicou um trabalho científico, denominado A Origem da Vida, em que usou a metáfora da “sopa química” para explicar a origem da vida orgânica. Segundo ele, os compostos químicos simples, orgânicos, se juntaram, aleatoriamente, e constituíram compostos complexos. E o que chamam de fé científica.
Vejamos o que diz um estudo sobre o tema:
Eles imaginam que no decorrer de junções químicas aleatórias, moléculas simples se combinaram transformando-se em compostos orgânicos complexos, os quais eventualmente se integraram e se transformaram em organismos auto reprodutivos.
Este cenário vem sendo apresentado como a indiscutível verdade sobre a origem da vida em toda a aula de ciência ao redor do mundo — em escolas primárias, secundárias, faculdades e universidades. O rádio, televisão e as publicações de divulgação científica reforçam essas mensagens.43
Não há nada científico que comprove que houve essa “sopa química”, em que os elementos simples, como hidro carbonos e outros, se combinassem aleatoriamente e formassem elementos compostos, que dariam lugar ao aparecimento da vida orgânica. E pura fantasia científica.
Experiências em laboratório tentaram reproduzir o cenário inicial da vida, a partir da matéria inanimada, e tudo falhou. Mais uma vez a Bíblia tem a resposta: “No princípio criou DEUS os céus e a terra... E disse DEUS: façamos o homem à nossa imagem e semelhança”. Não há nada mais lógico do que aceitar o fato de que os elementos químicos compostos, que têm um arranjo extraordinário em organização celular, tenham sido fruto da ação de um Projetista Inteligente — DEUS, o autor da vida.
Teoria dos caracteres adquiridos. Em meados do século XIX, o cientista francês Jean Baptiste de Lamarck publicou um trabalho denominado Filosofia Zoológica, pelo qual defendeu a teoria dos caracteres adquiridos. Por meio de estudos, procurou demonstrar a mutabilidade das espécies; que os tais caracteres seriam resultado do esforço dos seres vivos por sua sobrevivência; e que as necessidades dos seus organismos é que faziam surgir os caracteres. Um exemplo marcante era o da girafa.
As girafas, a princípio — segundo essa teoria —, tinham pescoço curto. Mas, quando escasseou a vegetação mais baixa de que se alimentavam, elas tiveram que buscar alimentos nas árvores, com galhos mais altos. Assim, de tanto esticarem o pescoço, foram adquirindo um pescoço mais longo e transmitindo essa característica para seus descendentes.
A teoria foi aceita durante muito tempo, mas, no fim do século XIX, August Weismann, cientista alemão, fez experimentos com ratos, cortando seus rabos, antes de se acasalarem, durante cerca de 20 gerações sucessivas. Ele constatou que as últimas gerações de ratos de rabos cortados produziam filhos com rabos até mais compridos que seus pais! Assim, ficou constatado que os caracteres adquiridos não passavam de geração a geração, haja vista os fatores externos não poderem afetar os genes, influenciando as próximas gerações.
Portanto, a hereditariedade depende dos genes nas células reprodutivas e permanece inalterada em toda a vida do ser vivo. A teoria de Lamarck foi uma das mais influentes, visando a desacreditar a Palavra de DEUS quanto à origem das espécies.
Teoria da evolução.
A teoria da evolução foi apresentada ao mundo, com grande impacto, por meio dos estudos científicos de Charles Robert Darwin (1809-1882). Tendo estudado medicina, na Universidade de Edimburgo, dedicou-se com mais afinco aos estudos naturalistas. Em 1831, embarcou no navio H.M.S. Beagle, pelo qual fez uma viagem de estudos ao redor do mundo. Chegando ao arquipélago de Galápagos — a oeste do Equador —, aperfeiçoou as suas idéias acerca da evolução das espécies.
Em 1859, Darwin publicou A Origem das Espécies. Sua teoria, que não se sustenta em bases empíricas, é muito aceita, por vários motivos. Um deles é o preconceito arraigado na mente dos cientistas materialistas e de formadores de opinião contra a idéia da criação sobrenatural pelo poder de DEUS.
Certo articulista, de uma revista publicada no Brasil, afirmou: “Quatro em cada dez americanos rejeitam as teorias evolucionistas de Charles Darwin. Eles rejeitam a ciência em um assunto científico, preferindo aceitar a tese bíblica de que DEUS criou todos os seres vivos. Isso é treva”.440 Diabo realmente cegou os entendimentos dos incrédulos (2 Co 4.4).
A teoria da evolução e a seleção natural. De acordo com Darwin, as espécies semelhantes, bem como as diferentes espécies, competem entre si, na luta pela sobrevivência. Nessa competição, vão surgindo variações, de tal forma que os elementos mais fortes eliminam ou suplantam os mais fracos. Darwin chama essa suposta luta de seleção natural.
Uma vez que os indivíduos de uma mesma espécie variam entre si, os indivíduos com certas características que lhes trazem vantagens para conseguir alimento ou para escapar de predadores, por exemplo, terão maior probabilidade de sobrevivência.
Para Darwin, é a natureza que se encarrega dessa seleção dos membros das espécies mais aptos para enfrentar a luta pela vida. Ele se baseia na teoria de Herbert Spencer (século XIX), que qualificou esse processo como “a sobrevivência do mais apto”.
Os evolucionistas crêem que, desde que o primeiro organismo vivo, um- celular, apareceu na Terra, há cerca de 3,5 ou 4,5 bilhões de anos, esse é o processo que cria novas espécies. Darwin concluiu isso apenas por observações, visto que jamais se pode ter idéia de como a vida começou, com toda a sua complexidade, a não ser que se admita o projeto inteligente, teoria em voga nos Estados Unidos, que admite a existência de DEUS, o Projetista Inteligente
Inteligent Designer.
Vejamos o que a Palavra de DEUS afirma, em Gênesis 1.11,20,21,24,26,27:
E disse DEUS: Produza a terra erva verde; erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie... E disse DEUS: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus. E DEUS criou as grandes baleias; e todo réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda ave de asas conforme a sua espécie... E disse DEUS: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis, e bestas-feras da terra conforme a sua espécie. E assim foi... E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança... E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou.
Essa é a única e mais lógica explicação para a origem da vida. Deu-se a partir de um Ser pessoal, inteligente, o DEUS Todo-poderoso. Apegar-se à teoria da evolução é o mesmo que acreditar que um monte de alumínio, ferro, plástico, fios e tinta pudessem explodir, e, ao acaso, formar um avião Boeing 747. Ou que materiais de construção, como tijolo, barro, areia, ferro e outros, de repente, se agregassem e formassem uma casa. Na realidade, a única coisa que a teoria de Darwin poderia explicar seria a “teoria da extinção de espécies”, e nunca da evolução biológica.
As “novas” espécies. A Bíblia afirma que DEUS criou os seres vivos, cada um conforme a sua espécie (Gn I.I2, 21, 24, 25; 6.20); ou seja, cada espécie é única, ainda que possa sofrer variações, mas nunca uma espécie pode se transformar em outras. Contrariando a fixidez das espécies, como a Bíblia nos apresenta, Darwin afirma que os membros sobreviventes da competição pela vida transmitem as variações a seus descendentes, de modo lento, gradual, durante longos períodos.
Tal afirmação é contestada por cientistas abalizados, pois jamais ninguém pôde acompanhar o desenvolvimento das variações em períodos tão longos (milhões e milhões de anos). As observações de Darwin não chegaram a mais de trinta anos.
Entretanto, a idéia da transmissão de características ou variações tem sido aceita como se fosse ciência. Na verdade, não passa de especulação. A família dos gatos pode ter várias espécies de felinos. Mas serão sempre gatos. Os membros de uma família podem sofrer variações ou microevoluções. O que não ocorre, na verdade, é a chamada macroevolução, que é a defendida por Darwin, a qual pressupõe as mutações, que resultariam em novas espécies. E isso ocorreria através do processo da hereditariedade.
A família dos cães permanece formada por cães, sejam vivos, sejam fossilizados, mesmo havendo grande variedade, como cães domésticos, lobos, chacais, raposas etc. Em suas variações, há animais grandes, médios e pequenos. E permanecem assim, conforme o relato do Gênesis, “cada um conforme sua espécie”. Uma espécie de planta jamais se transforma em outra. Uma ameba permanece sempre ameba; uma mosca será sempre mosca.
Não há qualquer evidência empírica (experimental) que comprove a existência de formas transitórias entre as espécies, ou dos “elos perdidos”, “e menos ainda entre gêneros, famílias e categorias mais elevadas”.46 Todas as evidências confirmam a fixidez das espécies, conforme o relato do Gênesis. “E disse DEUS: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis, e bestas- feras da terra conforme a sua espécie. E assim foi” (Gn 1.24).
O acaso e o tempo — criadores da vida? A mais absurda afirmação, no bojo da teoria da evolução, é a de que a vida surgiu por acaso, antecedida do aparecimento da matéria inanimada, por geração espontânea (abiogênese). Acontece que nem Darwin, nem seus discípulos, jamais escreveram uma linha sequer sobre a origem da matéria, ou como ela veio a aparecer.
Acreditar que os complexos organismos dos animais, das plantas e do homem puderam surgir e evoluir por acaso é o mesmo que acreditar que as letras do alfabeto, jogadas ao acaso, podem produzir um dicionário! Nem mesmo uma pequena frase pode surgir por acaso. No entanto, os “crentes”, como verdadeiros adoradores de Darwin, acreditam que a vida na terra, com toda a sua complexidade, surgiu de um organismo unicelular e evoluiu até formar o homem! Na verdade, há mais fé num evolucionista do que no mais fanático crente pentecostal ou num fundamentalista islâmico.
Como surgiu a vida?
Há trinta anos, os químicos Stanley Múler e Harold Urey, da Universidade de Chicago; julgaram ter encontrado parte da resposta. Eles misturaram em um frasco lacrado amostras
de hidrogênio, gás metano, amônia e vapor dágua — componentes que, acreditavam, formavam a atmosfera primitiva do planeta. Através de um eletrodo, os químicos dispararam faíscas dentro do frasco, simulando a ação de relâmpagos. Depois de uma semana, obtiveram um líquido rico em aminoácidos. Não havia, contudo, sinais de DNA.
Os seguidores de Miller e Urey vêm tentando, sem sucesso, montar os “tijolos”.'1'
A Bíblia continua a desafiar os materialistas a encontrarem as respostas que ela já deu sobre a origem da vida: pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a
respiração e todas as coisas” (Ato 17.25). Porém, em sua presunção contra DEUS, querem até “fabricar” a vida, tentando imitar a atmosfera primitiva do planeta. Certamente, assim como Darwin, vão gastar muitos milhões de dinheiro em vão.
As mutações. A teoria da evolução teve uma ajuda considerável, em 1901. O botânico holandês Hugo de Vries observou que algumas plantas, com características incomuns, transmitiam essas características a suas descendentes. Vries concluiu que as grandes mutações, resultantes das variações ao longo dos tempos, explicariam a evolução.
Outros cientistas já entendiam que as mutações seriam repentinas. Tais idéias favoreceriam a evolução, no sentido de que das variações e mutações resultariam novas espécies. Mesmo assim, houve oposição de cientistas a essa teoria.
O cientista Rostand levantou objeções quanto ao papel das mutações:
As mutações que conhecemos e que são consideradas pela criação do mundo vivo, são, em geral, quer privações orgânicas, deficiências (perda de pigmento), perda dum apêndice, quer a duplicação de órgãos já existentes. Em qualquer caso, nunca produziram nada de realmente novo nem original na disposição orgânica, nada que se possa considerar como base para um novo órgão ou como preparação para uma nova função...
Não posso persuadir-me a pensar que o olho, o ouvido, o cérebro humano tenham sido formados deste modo... Não vejo nada que me dê o direito de conceber as profundas alterações estruturais, as fantásticas metamorfoses, que teríamos de imaginar na história evolucionista, quando pensamos na transição dos invertebrados para os vertebrados, dos peixes para os batráquios, .dos batráquios para os répteis, dos répteis para os mamíferos40
Mutação é “uma modificação estrutural real em um gene, de tal modo que algo novo é produzido, e não apenas uma readaptação de algo que já existisse ali. De certa forma, o encadeamento de um segmento da molécula de DNA é mudado, de forma que ‘informações’ diferentes são transmitidas através do código genético, na formação da estrutura descendente... O fenômeno da mutação, portanto, é um componente da maior importância do modelo evoluciomsta”.49
No entanto, segundo a própria teoria da evolução, as mutações ocorrem ao acaso, e não de forma dirigida. Isso não é ciência. O acaso — como provam a matemática e a estatística avançada — não produz nada de organizado, que funcione e se repita segundo as leis estabelecidas.
Epstein declarou: “DEUS não joga dados”. Vejamos o que disse um estudioso das mutações:
Porém, descobriu-se que as mutações são de natureza casual, no que tange à sua utilidade. De acordo com isto, a grande maioria das mutações, certamente bem mais de 99%, são prejudiciais de alguma forma, como é de se esperar em relação aos efeitos de ocorrências acidentais.50
A VERDADEIRA CIÊNCIA
Não há espaço, neste capítulo, para nos estendermos muito sobre as falácias do evolucionismo. No entanto, entendemos ser muito útil apresentar aos estudantes de teologia, professores de Escolas Dominicais, nas igrejas, ou mesmo ao leitor alguns argumentos verdadeiramente científicos que refutem a diabólica teoria darwinista.
A verdadeira ciência, desprovida de preconceito, soberba e academicismo, não comprova a — apenas — teoria da evolução.31 Cientistas modernos a têm rechaçado.
Um novo livro, Evolutionary Theoiy, organizado pelo ictiologista Donn Rosen, do Museu Americano de História Natural, acusa o naturalista inglês de ter sido leviano ao colocar de pé sua teoria da evolução. Rosen diz que Darwin — o primeiro a afirmar categoricamente que os organismos vivos partilham ancestrais comuns e se modificam ao longos dos tempos, formando novas espécies — errou ao não prever que novos tipos de seres vivos a evolução irá criar daqui para frente.
O ictiologista, estudioso dos peixes, chega a comparar o pensamento de Darwin ao dos criacionistas —grupo de religiosos que acreditam terem sido as plantas e os animais criados por DEUS há milhares de anos, exatamente como se apresentam agora. Como ele não diz como a evolução opera, suas mutações nem se refere a seus resultados futuros, é impossível tentar provar que a teoria está incorreta, lamenta Rosen.52
Não há o que lamentar. Darwin errou mesmo ao levantar uma teoria com base em observações jamais comprovadas empiricamente. Em outras palavras, a teoria da evolução é fundada em hipóteses, portanto no acaso e não na ciência dos fatos comprovados. Os defensores da evolução, alguns sequer defendem o criacionismo ou crêem em DEUS.
Matemática desmente evolucionismo. Carl Sagan, famoso astrônomo, conhecido no mundo inteiro, calculou que a possibilidade de o homem ter evoluído é de aproximadamente um em um milhão; ou seja, um número com dois bilhões de zeros à direita, que poderia ser escrito em cerca de vinte mil livros! Segundo a Lei de Borel, isso indica não haver probabilidade alguma.33
Ainda que a probabilidade fosse apenas de um em IO1 000, a probabilidade de o homem ter evoluído ao acaso contraria a Lei de Borel, que define a probabilidade máxima de um evento ocorre em um em IO50. Assim, a evolução ao acaso jamais poderia realizar-se conforme os dados científicos citados acima. Não se trata de ensino religioso, fundamentado na subjetividade da fé.
Os dados estatísticos — que são ciência, e não artigo de fé — demonstram que a possibilidade de a vida orgânica ter surgido de matéria inanimada, e evoluído, é tão improvável, que chega a ser denominada impossibilidade absoluta. Mas é sobre tal improbabilidade que se assenta a premissa da teoria da evolução.
Por conseguinte, o relato bíblico para a origem da vida tem um inabalável fundamento, pois inicia afirmando que, “No princípio”, nos dias da criação, DEUS fez surgir as plantas, os animais e criou o homem a partir das substâncias da argila e deu vida ao novo ser criado (Gn 1.1-31; 2.1-4).
A Física desmente a teoria da evolução. A primeira lei da termodinâmica desmente o evolucionismo, segundo o qual, as coisas estariam evoluindo, e novas espécies, sendo criadas, ao longo do tempo.
Morris 33 declarou:
O princípio básico da ciência física é o da conservação e deterioração da energia. A lei da conservação da energia afirma que; em qualquer transformação de energia, em um sistema fechado qualquer; o total da quantidade de energia permanece inalterado. Lei semelhante é a lei da conservação da massa, a qual estabelece que embora a matéria se altere quanto à forma, tamanho, estado etc., a massa toda não pode ser alterada. Em outras palavras, essas leis ensinam que nenhuma criatura ou destruição da matéria ou energia está sendo atualmente realizada em qualquer parte do universo físico.'1'
Nada está evoluindo biologicamente. Nenhuma matéria nova está sendo criada.
A segunda lei da termodinâmica também contraria a teoria da evolução. E a chamada lei da deterioração da energia. Conforme essa lei, “embora a quantidade total de energia permaneça inalterada, a quantidade de utilidade e disponibilidade, possuída pela energia, vai diminuindo sempre”.5'
Essa lei também é chamada de lei da entropia. Assim, ao contrário do darwinismo, que diz que os sistemas mais simples evoluíram e evoluem para sistemas mais complexos e aperfeiçoados, a lei da entropia afirma que os sistemas organizados tendem a se deteriorar, e não a evoluir.
Sem que haja uma força externa, jamais algo organizado evoluirá, ou mesmo poderá permanecer em seu estado original. Uma máquina, por mais perfeita que seja, se colocada em movimento, envelhecerá; sem uso, também sofrerá alterações negativas. O tempo, que é tão invocado pelos evolucionistas como fator essencial à evolução, é, na verdade, destrutivo, e não construtivo!
Assim, jamais a matéria inanimada poderia produzir um ser vivo. Só admitindo a existência de um Projetista Inteligente e Criador, que é DEUS, pode-se entender a origem de todas as coisas, animadas e inanimadas, principalmente, da vida, do homem e da inteligência. Ele, sim, fez todas as coisas do nada, e, no caso do ser humano, tomando a matéria inanimada, “do pó da terra”, ou das substâncias químicas existentes na argila, pelo seu poder fez o homem, com a sua extraordinária complexidade espiritual, mental, moral e biológica. E o fez composto de espírito, alma e corpo (I Ts 5.23).
Confirmando que a lei da entropia honra o que diz a Palavra de DEUS, em Salmos 102.25-27 lemos:
Desde a antiguidade fundaste a terra; e os céus são obra das tuas mãos. Eles perecerão, emas tu permanecerás; todos eles, como uma veste, envelhecerão; como roupa os mudarás, e ficarão mudados. Mas tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim.
As leis da termodinâmica confirmam a Bíblia, mostrando que mesmo os sistemas criados por DEUS envelheceram. Somente pelo poder soberano do Todo-Poderoso é que, um dia, o Universo, que envelhece, será substituído por um novo Céu e uma nova Terra: “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Ap 21.1).
Biologia molecular e genética desmentem teoria da evolução. Morris38 declarou:
... a moderna biologia molecular, com sua percepção penetrante acerca do notável código genético implantado no sistema do DNA, confirmou ulteriormente que as variações normais se operam apenas dentro do âmbito especificado pelo DNA para determinado tipo de organismo, deforma que nenhuma característica verdadeiramente nova pode aparecer, produzindo graus mais elevados de ordem
ou complexidade. A variação ê horizontal, e não vertical! Infelizmente, são variações normais desta sorte que comumente são apresentadas como evidências de evolução atual.
O exemplo clássico das mariposas da Inglaterra que “evoluíram” de um a coloração leve dominante para uma coloração escura dominante, enquanto os troncos das árvores ficavam mais escuros devido a poluentes, durante o avanço da revolução industrial é o melhor exemplo apresentado. Isso não foi evolução no verdadeiro sentido da palavra, de forma alguma, mas apenas variação. A seleção natural é uma força conservadora, operando para impedir que determinadas espécies se extingam, quando o ambiente se modifica... do começo ao fim, as mariposas continuam sendo “Biston betularia”.59
Paleontologia desmente evolucionismo. Como sabemos, a paleontologia é a ciência que estuda os fósseis dos animais e vegetais. Um fóssil é um “Vestígio ou resto petrificado ou endurecido de seres vivos que habitaram a Terra antes do holoceno e que se conservaram em depósitos sedimentares da crosta terrestre sem perder as características essenciais”.60
A existência dos fósseis é usada pelos seguidores de Darwin como prova eloquente da evolução. Segundo essa crença, as diversas camadas de estratos das rochas petrificadas foram se acumulando ao longo de milhões e milhões de anos, de tal forma que se formou a chamada coluna geológica, uma espécie de índice geocronológico. E, através desse índice, poder-se-ia medir a idade das rochas e, consequentemente, dos fósseis encontrados nas diversas camadas uniformemente sedimentadas.
“A única escala cronométrica aplicável à história geológica para a classificação estratificada das rochas, e para datar eventos geológicos, é fornecida pelos fósseis”
essa é uma afirmação considerada científica em apoio aos evolucionistas. 61
Eles procuram, em vão, os espécimes intermediários entre as formas de vida mais simples e as mais complexas. Buscam desesperadamente encontrar o “elo perdido”.
Felipe Saint afirmou:
Há muitos casos de animais e de insetos no registro fóssil que; a despeito da estimativa dos evolucionistas, de milhões de anos, são idênticos à mesma forma que encontramos hoje.
De acordo com Saint, pernilongos que ficaram presos numa pedra de âmbar — formada de resina solidificada de uma árvore e submetida à pressão e ao calor — fossilizaram-se. Lá estão, perfeitamente preservados, com todas as características dos pernilongos atuais, da mesma espécie. E após milhões e milhões de anos, na suposição dos evolucionistas.
Há o caso de um peixe, chamado celacantino, da família dos celacantídeos, que foi encontrado como fóssil, de maneira completa, incrustado numa rocha. Os evolucionistas comemoraram a descoberta como se fosse “prova” da teoria da evolução, visto que as suas nadadeiras estavam ligadas a um prolongamento semelhante a um braço. Seria isso o elo perdido que comprovaria a evolução entre os peixes e os répteis; os “prolongamentos” seriam a prova da transição entre os peixes; teriam eles evoluído, com variações que tinham “pernas” para poderem se mover, rastejando para fora da água.
Os evolucionistas festejavam a descoberta do peixe considerado extinto durante muitos anos... No entanto, para decepção dos discípulos de Darwin, um pescador também veio a apanhar, numa rede, uma espécie de celacantino.
... nas costas da África, cm 1938, o primeiro espécime vivo que alguém já tinha visto. Era exatamente semelhante à impressão fóssil à qual os cientistas haviam atribuído um milhão de anos! Em 1952, foi apanhado outro espécime vivo. Assim, em vez de ser uma importante prova de mudança evolutiva, esse peixe é uma prova admirável da declaração bíblica de que cada tipo de criatura é segundo a sua espécie 6’
De acordo com a Bíblia, houve uma grande catástrofe, provocada por um grande dilúvio, de âmbito universal (Gn 6—7), que inundou todo o planeta, destruindo a maioria dos seres vivos, das plantas e das substâncias existentes na Terra. É mais lógica a explicação dos criacionistas de que os fósseis reforçam a teoria do catastrofismo.
O catastrofismo ensina que, com o dilúvio, os seres vivos foram apanhados de surpresa pelos eventos provocados pela inundação universal. Prova disso são os peixes e outros animais fossilizados; eles foram petrificados inteiros, intactos. Alguns, até, com alimento não digerido em seu estômago. Isso desmente a teoria da evolução, que advoga o processo do uniformitarismo, segundo o qual as eras geológicas, registradas nas camadas de rochas, indicam uma evolução ao longo de milhões e milhões de anos.
Ora, como um peixe poderia esperar milhões de anos para se fossilizar? Sabemos que um peixe, se não for preservado em alguma substância conservadora, apodrecerá em questão de horas. Para ser mantido intacto, no estado fóssil, precisa ser alcançado por um processo rápido e instantâneo. Assim, os fósseis desmentem o evolucionismo.
“O elo perdido não existe”, afirmou o famoso paleontólogo Stephen Jay Gould, da Universidade de Harvard. “A evolução se processa aos saltos (suj. Uma espécie passa milhares ou milhões de anos imutável, e subitamente adquire uma característica nova”.64 Aqui vemos claramente a divergência entre o evolucionismo moderno, de Stephen Jay Gould, e o velho e carcomido darwinismo.
Darwin defendeu, em sua decantada teoria, que a evolução ocorre lenta e gradualmente, ao longo de milhões e milhões de anos. Gould afirma que a evolução se processa aos saltos. Agora, perguntamos: “Pode-se crer numa teoria desse tipo?”
Evolucionismo “teísta”
Existe uma falaciosa teoria que tenta amenizar a distância entre a teoria da evolução e a idéia da existência do DEUS Onipotente, Criador do Universo. E a teoria da evolução “teísta” ou pseudoteísta. Segundo suas explicações, pode ter havido a evolução gradual da vida e dos seres vivos, mas sob a supervisão do Criador. Com base nessa explicação, de igual modo contrária aos pressupostos bíblicos, DEUS teria criado a primeira célula ou o primeiro organismo unicelular.
Segundo os que admitem essa idéia, o primeiro organismo se desenvolveu, evoluiu e chegou a um ser semelhante ao macaco, o qual foi chamado de Adão. Naturalmente, essa explicação foge totalmente ao que a Bíblia nos ensina acerca da criação do homem.
Em Gênesis 1.27,28, está escrito:
E disse DEUS; Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra. E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou.
O abismo entre a explicação bíblica para a criação e a teoria da evolução é tão grande que não existe conciliação entre as idéias esposadas por elas. O jesuíta francês Teillard de Chardin procurou harmonizar a falsa evolução das espécies com a Bíblia. Ele tem grande credibilidade entre os católicos e explica que DEUS criou todas as coisas, mas através do processo da evolução. Afirma que o relato bíblico não passa de uma lenda, ou de uma fábula ou alegoria.
Tal teoria é “remendo de pano novo em veste velha” (Mt 9.16). Jamais dará certo, pois “semelhante remendo rompe a veste, e faz-se maior a rotura” (M6 9.16b). Na verdade, de acordo com a Bíblia, não está havendo evolução nenhuma. Pelo contrário, o ser humano está involuindo espiritual, moral e fisicamente. Se há evolução darwinista em andamento, porque a cliente, dos cemitérios aumenta cada dia?
Os dias da criação seriam eras geológicas ? Dentro ou ao lado dessa teoria evolucionista pseudoteísta surgiu a explicação para os dias da criação, como sendo dias-eras, segundo a qual os tais dias não teriam sido normais, e sim eras geológicas de milhões de anos.
Com essa assertiva, seria possível acomodar as explicações científicas ao Gênesis, ou este às explicações científicas para o período de formação da Terra. No entanto, quando lemos o livro de Gênesis e outros textos bíblicos, somos forçados a concluir que, de fato, os dias da criação foram dias normais, e não era de milhões e milhões de anos.
A base para a falácia em apreço tem sido 2 Pedro 3.8: “um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia”. Mas este texto tanto pode ser entendido como milhões de anos, como apenas poucos dias, se consideramos mil anos como um dia. Trata-se apenas de uma referência ao fato de DEUS não estar restrito ao tempo, como a humanidade está. Afinal, Ele é de eternidade a eternidade.
Se fosse cada dia uma era geológica de quinhentos mil anos, como se harmonizaria tal idéia com o DEUS Onipotente? Iria Ele esperar milhões de anos para criar o primeiro ser humano na Terra? Tal interpretação tem a finalidade apenas de tentar conciliar a teoria da evolução com a Bíblia. Como já vimos, é um “remendo de pano novo em vestido velho”.
A Bíblia diz que DEUS fez tudo em seis dias: “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou” (Êx 20.11). Vemos claramente que foram dias literais, e não dias-eras. Que DEUS nos abençoe, a fim de que, com humildade, aceitemos a explicação bíblica para a origem e desenvolvimento do mundo e do homem na face da Terra.
Conclusão
O estudo da Antropologia Bíblica é de grande valor para os que desejam conhecer as verdades emanadas da Palavra de DEUS, como regra de fé e de prática, e como
o Livro que apresenta as únicas explicações coerentes para a criação do universo, da vida, dos seres vivos, incluindo o homem, a inteligência e todas as coisas.
Como vimos, a teoria da evolução não passa de um arranjo teórico para explicar “cientificamente” a origem do homem e de todas as coisas, visando desacreditar a DEUS e afastar o homem do seu Criador. No entanto, a Palavra de
DEUS é “lâmpada” e “luz” para nos mostrar os caminhos pelos quais podemos encontrar DEUS e seu relacionamento com a Criação. Nela vemos, além disso, o DEUS verdadeiro, que ama o ser humano, a ponto de propiciar-lhe a restauração espiritual através da salvação em CRISTO JESUS, nosso Senhor.
Notas bibliográficas
O Homem perante a Natureza. Blaise Pascal, http://www.consciencia.org/mo- derna/pascaltextol.shtml; acesso em 24 de janeiro de 2006.
Ibid.
BRODRICK, A.H., apud COHEN, Armando C. Notas sobre o Gênesis, p.30.
VERGEZ, André & HIUSMAN, Denis. História dos Filósofos Ilustrada pelos Textos, p.26.
HORGAN, John, apud JOHNSON, Phillip E. Ciência, Intolerância e Fé, p.I35-6.
LIVINGSTON, George Herbert, et al. Comentário Bíblico Beacon, p.33.
Pais da igreja: os grandes teólogos e pensadores dos seis primeiros séculos da Era Cristã.
Escolásticos: pensadores da Idade Média, entre os séculos XI e XIV que valorizavam a filosofia de Aristóteles e procuravam explicar as verdades cristãs por meio da lógica.
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática, p.202.
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática, p.203.
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática, Vol. I e 2, p.574.
LANGSTON, A.B. Esboço de Teologia Sistemática, p. 134.
STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática, Vol. II, p.89
Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995, nota de rodapé ref. Gn 1.27.
Ibid., p.33.
LANGSTON A.B. Esboço de Teologia Sistemática, p.I35.
FILHO Tácido da Gama Leite. O Homem em Três Tempos, p.2I.
LIVINGSTON, George Herbert, et al. Comentário Bíblico Beacon, p.33.
“Elementos químicos: todas as formas de matéria são compostas de um número limitado de unidades básicas chamadas de elementos químicos, os quais não podem ser desdobrados em substâncias mais simples por meio de reações químicas comuns. Por hora, os cientistas reconhecem 109 elementos diferentes. Os elementos químicos são designados abreviadamente por letras chamadas de símbolos químicos: H (hidrogênio), C (carbono), O (oxigênio), N (nitrogênio),
Na (sódio), K (potássio), Fe (ferro) e Ca (cálcio). 26 destes elementos são encontrados no organismo humano”.
“Oxigênio, carbono, hidrogênio e nitrogênio constituem aproximadamente 96% da massa corpórea. Outros elementos, como cálcio, fósforo, potássio, enxofre, sódio, cloro, magnésio, iodo e ferro, constituem aproximadamente 3,9% da massa corpórea. Outros treze elementos químicos encontrados no corpo humano são chamados de elementos-traço, por serem encontrados em baixas concentrações, e constituem o 0,1% restante”.
http://www.corpohumano.hpg.ig.com.br/generalidades/quimica/quimi- ca_05.html, acesso em 27 de janeiro de 2006.
OLIVEIRA, Raimundo de. As Grandes Doutrinas da Bíblia, p.I55.
“Em Berço de Barro”. Revista Veja, 10 de abril de 1985.
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia sistemática, Vol. I e 2, p.553.
Ibid., p.36.
LIMA, Elinaldo Renovato de. A Família Cristã nos Dias Atuais, p.9.
23 Ibid., pp.9,I0.
26 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática, p.250.
COHEN, Lothar & BROWN, Colm. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, p.69.
Ibid., p.72.
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática, p.248.
Não se deve confundir com o criacionismo científico, que defende a idéia da criação do homem de modo sobrenatural.
Ibid., p.55.
FILHO, Tácito da Gama Leite. O Homem em Três Tempos, p.55.
PEARLMAN, Myer.. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, p. 106.
34. Enciclopédia Seleções. Rio de janeiro: Seleções do Readers Digest, 2004, p. 112.
33 Ibid., p.115.
36 LIMA, Elinaldo Renovato de. Células-tronco — uma Visão Ética e cristã, pp.I4,I5.
3' AMANAJAS, Denise. Perguntas e respostas sobre células-tronco, http://www.atlucas. hpg.ig.com.br, acesso em 21 de janeiro de 2005.
As células-tronco podem ser embrionárias ou adultas. As células- tronco adultas podem ser utilizadas na pesquisa científica, visando à cura de enfermidades, sem qualquer problema ético, pois não implica destruição de um novo ser. Encontram-se no cordão umbilical, na medula óssea e em outros órgãos.
Enciclopédia Seleções. Rio de Janeiro: Seleções do Readers Digest, 2004.
Hibernação — A vida em suspensão, http://orbita.starmedia.com/~inexp/ TempoHibernacao.htm, acesso em 04 de março de 2006.
GILBERTO, Antonio. O Calendário da Profecia, p.20.
CABRAL, Elienai. A Ressurreição dos Mortos, p.28.
A vida a partir da matéria: fato ou fantasia?, http://pt.krishna.com/main. php?id=82, acesso em 2 de março de 2006.
Choque de Culturas. Revista Veja, 8 de fevereiro de 2006, p.70.
LEAKEY, Ricard E. Comentário sobre Darwin, pp. 62-3.
MORIS, Henry M. O Enigma das Origens — a Resposta, p.ix.
4/ “Em Berço de Barro”. Revista Veja, 10 de abril de 1985, p.72.
ROSTAND, Jean. The Orion Book of Evolution, p.79. Apud em Veio o Homem a Existir por Evolução ou Criação?, pp.20-2I.
MORRIS, Henry M. O Enigma das Origens — a Resposta, p.54.
Pais da igreja: os grandes teólogos e pensadores dos seis primeiros séculos da Era Cristã.
Escolásticos: pensadores da Idade Média, entre os séculos XI e XIV que valorizavam a filosofia de Aristóteles e procuravam explicar as verdades cristãs por meio da lógica.
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática, p.202.
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática, p.203.
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática, Vol. I e 2, p.574.
LANGSTON, A.B. Esboço de Teologia Sistemática, p. 134.
STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática, Vol. II, p.89
Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995, nota de rodapé ref. Gn 1.27.
Ibid., p.33.
LANGSTON A.B. Esboço de Teologia Sistemática, p.I35.
FILHO Tácido da Gama Leite. O Homem em Três Tempos, p.2I.
LIVINGSTON, George Herbert, et al. Comentário Bíblico Beacon, p.33.
“Elementos químicos: todas as formas de matéria são compostas de um número limitado de unidades básicas chamadas de elementos químicos, os quais não podem ser desdobrados em substâncias mais simples por meio de reações químicas comuns. Por hora, os cientistas reconhecem 109 elementos diferentes. Os elementos químicos são designados abreviadamente por letras chamadas de símbolos químicos: H (hidrogênio), C (carbono), O (oxigênio), N (nitrogênio),
Na (sódio), K (potássio), Fe (ferro) e Ca (cálcio). 26 destes elementos são encontrados no organismo humano”.
“Oxigênio, carbono, hidrogênio e nitrogênio constituem aproximadamente 96% da massa corpórea. Outros elementos, como cálcio, fósforo, potássio, enxofre, sódio, cloro, magnésio, iodo e ferro, constituem aproximadamente 3,9% da massa corpórea. Outros treze elementos químicos encontrados no corpo humano são chamados de elementos-traço, por serem encontrados em baixas concentrações, e constituem o 0,1% restante”.
http://www.corpohumano.hpg.ig.com.br/generalidades/quimica/quimi- ca_05.html, acesso em 27 de janeiro de 2006.
OLIVEIRA, Raimundo de. As Grandes Doutrinas da Bíblia, p.I55.
“Em Berço de Barro”. Revista Veja, 10 de abril de 1985.
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia sistemática, Vol. I e 2, p.553.
Ibid., p.36.
LIMA, Elinaldo Renovato de. A Família Cristã nos Dias Atuais, p.9.
23 Ibid., pp.9,I0.
26 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática, p.250.
COHEN, Lothar & BROWN, Colm. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, p.69.
Ibid., p.72.
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática, p.248.
Não se deve confundir com o criacionismo científico, que defende a idéia da criação do homem de modo sobrenatural.
Ibid., p.55.
FILHO, Tácito da Gama Leite. O Homem em Três Tempos, p.55.
PEARLMAN, Myer.. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, p. 106.
34. Enciclopédia Seleções. Rio de janeiro: Seleções do Readers Digest, 2004, p. 112.
33 Ibid., p.115.
36 LIMA, Elinaldo Renovato de. Células-tronco — uma Visão Ética e cristã, pp.I4,I5.
3' AMANAJAS, Denise. Perguntas e respostas sobre células-tronco, http://www.atlucas. hpg.ig.com.br, acesso em 21 de janeiro de 2005.
As células-tronco podem ser embrionárias ou adultas. As células- tronco adultas podem ser utilizadas na pesquisa científica, visando à cura de enfermidades, sem qualquer problema ético, pois não implica destruição de um novo ser. Encontram-se no cordão umbilical, na medula óssea e em outros órgãos.
Enciclopédia Seleções. Rio de Janeiro: Seleções do Readers Digest, 2004.
Hibernação — A vida em suspensão, http://orbita.starmedia.com/~inexp/ TempoHibernacao.htm, acesso em 04 de março de 2006.
GILBERTO, Antonio. O Calendário da Profecia, p.20.
CABRAL, Elienai. A Ressurreição dos Mortos, p.28.
A vida a partir da matéria: fato ou fantasia?, http://pt.krishna.com/main. php?id=82, acesso em 2 de março de 2006.
Choque de Culturas. Revista Veja, 8 de fevereiro de 2006, p.70.
LEAKEY, Ricard E. Comentário sobre Darwin, pp. 62-3.
MORIS, Henry M. O Enigma das Origens — a Resposta, p.ix.
4/ “Em Berço de Barro”. Revista Veja, 10 de abril de 1985, p.72.
ROSTAND, Jean. The Orion Book of Evolution, p.79. Apud em Veio o Homem a Existir por Evolução ou Criação?, pp.20-2I.
MORRIS, Henry M. O Enigma das Origens — a Resposta, p.54.
MULLER, H. J. Radiation Damage to the Genetic Material. American Scientist, Vol. 38 (Janeiro de 1950), p.35. Apud Henry M MORRIS. O Enigma das Origens — a Resposta, p. 55.
Também é importante notar aqui que a evolução como um modelo científico é completamente omissa em relação a origem definitiva da vida sobre a terra; apesar do modelo evolucionário afirmar que toda a vida descende de alguma fonte comum (que pode ter sido um organismo original simples, ou diversos organismos diferentes que apareceram mais ou menos ao mesmo tempo), “o modelo por si próprio não tem nada a dizer sobre o processo através do qual este organismo original ou organismos apareceram na Terra” — a teoria do mecanismo evolucionário está somente preocupada com a questão de como a vida pode ser transformada em formas novas de vida.
Não existe nenhuma teoria evolucionária preocupada com o desenvolvimento original da vida a partir de substâncias químicas não vivas, uma vez que este tópico sai da estrutura do modelo evolucionário (aspas acrescentadas pelo autor). Ibid. Acesso em 02 de março de 2006.
“Em Berço de Barro”. Revista Veja, 10 abril de 1985, pp.7I,72.
53 ANKERBERG, John & WELDON, John. Criação e Evolução, p.32-3.
54 Ibid., p.33,34.
3:5 MORRIS, Henry M. é doutor em mecânica de fluidos e hidrologia.
56 MORRIS, Henry M. A Bíblia e a Ciência Moderna, pp. 13-14.
57 Ibid., p. 14. '
38 MORRIS, Henry M. O Enigma das Origens — a Resposta, p.5I.
Espécie da mariposa inglesa que foi decantada por Darwin como sendo a “prova” da evolução.
Dicionário Aurélio.
MORRIS, Henry M. O Enigma das Origens — a Resposta, p.95.
SAINT, Felip. Fósseis que Falam, pp.38-40.
SAINT, Felip. Fósseis que Falam, p.40.
“Em Berço de Barro”. Revista Veja, 10 de abril de 1985, p.7I,72.
Que é o homem? De onde ele veio? Para onde vai?
Segundo Platão, o homem é:
Um bípede sem pernas.
Um quadrúpede sem penas.
Um quadrúpede sem pernas.
Um bípede sem penas
Um bípede com penas.
Um quadrúpede com pernas.
A antropologia humana exalta a qual teoria?
Descreva o que foi formado em cada dia criação.
Qual é o seu entendimento acerca da criação do ser humano à imagem de DEUS e conforme a sua semelhança.
Em que consiste a semelhança do homem para com DEUS? Ela se dá em relação a quê?
O que significa a frase “macho e fêmea os criou”?
Há diferenças entre criar e formar? Por quê?
O que é criacionismo? E por que esta teoria é contrária ao evolucionismo?
Em que consiste a teoria segundo a qual DEUS foi, no início de todas as coisas, o Inteligent Designer (Projetista Inteligente)?
Como ocorreram as formações do homem e da mulher?
Como era a vida de Adão e Eva no Paraíso?
Descreva a Queda. Como ela ocorreu e por quê?
Qual foi o fruto proibido consumido por Adão e Eva?
Segundo a Palavra de DEUS, o ser humano é bicótomo ou tricótomo? Por quê?
O que é o corpo humano?
O que é a alma humana?
O que é o espírito humano, e em que ele difere da alma?
Defina o estado intermediário. O que é? O que acontece com a alma do salvo após a morte? Quanto à pessoa que morre na condenação, qual é e como é o seu estado intermediário?
Justifique, com versículos bíblicos e algumas explicações plausíveis à luz da ciência, por que a teoria da evolução é falaciosa e contrária à Palavra de DEUS.
Não existe nenhuma teoria evolucionária preocupada com o desenvolvimento original da vida a partir de substâncias químicas não vivas, uma vez que este tópico sai da estrutura do modelo evolucionário (aspas acrescentadas pelo autor). Ibid. Acesso em 02 de março de 2006.
“Em Berço de Barro”. Revista Veja, 10 abril de 1985, pp.7I,72.
53 ANKERBERG, John & WELDON, John. Criação e Evolução, p.32-3.
54 Ibid., p.33,34.
3:5 MORRIS, Henry M. é doutor em mecânica de fluidos e hidrologia.
56 MORRIS, Henry M. A Bíblia e a Ciência Moderna, pp. 13-14.
57 Ibid., p. 14. '
38 MORRIS, Henry M. O Enigma das Origens — a Resposta, p.5I.
Espécie da mariposa inglesa que foi decantada por Darwin como sendo a “prova” da evolução.
Dicionário Aurélio.
MORRIS, Henry M. O Enigma das Origens — a Resposta, p.95.
SAINT, Felip. Fósseis que Falam, pp.38-40.
SAINT, Felip. Fósseis que Falam, p.40.
“Em Berço de Barro”. Revista Veja, 10 de abril de 1985, p.7I,72.
Que é o homem? De onde ele veio? Para onde vai?
Segundo Platão, o homem é:
Um bípede sem pernas.
Um quadrúpede sem penas.
Um quadrúpede sem pernas.
Um bípede sem penas
Um bípede com penas.
Um quadrúpede com pernas.
A antropologia humana exalta a qual teoria?
Descreva o que foi formado em cada dia criação.
Qual é o seu entendimento acerca da criação do ser humano à imagem de DEUS e conforme a sua semelhança.
Em que consiste a semelhança do homem para com DEUS? Ela se dá em relação a quê?
O que significa a frase “macho e fêmea os criou”?
Há diferenças entre criar e formar? Por quê?
O que é criacionismo? E por que esta teoria é contrária ao evolucionismo?
Em que consiste a teoria segundo a qual DEUS foi, no início de todas as coisas, o Inteligent Designer (Projetista Inteligente)?
Como ocorreram as formações do homem e da mulher?
Como era a vida de Adão e Eva no Paraíso?
Descreva a Queda. Como ela ocorreu e por quê?
Qual foi o fruto proibido consumido por Adão e Eva?
Segundo a Palavra de DEUS, o ser humano é bicótomo ou tricótomo? Por quê?
O que é o corpo humano?
O que é a alma humana?
O que é o espírito humano, e em que ele difere da alma?
Defina o estado intermediário. O que é? O que acontece com a alma do salvo após a morte? Quanto à pessoa que morre na condenação, qual é e como é o seu estado intermediário?
Justifique, com versículos bíblicos e algumas explicações plausíveis à luz da ciência, por que a teoria da evolução é falaciosa e contrária à Palavra de DEUS.
LIÇÃO ANTIGA PARA AJUDAR
3º Trimestre de 2019 - Tempos, Bens e Talentos - Sendo Mordomo Fiel e Prudente com as coisas Que DEUS nos tem dado - Comentarista CPAD - Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com
TEXTO ÁUREO
“E o mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO.” (1 Ts 5.23)
VERDADE PRÁTICA
Ao lado do corpo, a alma e o espírito devem estar preparados para a vinda do Senhor JESUS CRISTO.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Rm 5.12 O pecado atingiu a todos os homens
Terça – Ec 7.20 Não há homem que não peque
Quarta – 1 Jo 1.7 O sangue de CRISTO nos purifica de todo o pecado
Quinta – 1 Ts 5.23 A tricotomia do ser humano
Sexta – Hb 12.14 Sem santificação ninguém verá o Senhor
Sábado – Gl 5.25 O cristão deve andar no ESPÍRITO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gálatas 5.16-22,25
16 - Digo, porém: Andai em ESPÍRITO e não cumprireis a concupiscência da carne.
17 - Porque a carne cobiça contra o ESPÍRITO, e o ESPÍRITO, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis. 18 - Mas, se sois guiados pelo ESPÍRITO, não estais debaixo da lei. 19 - Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, 20 - idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, 21 - invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de DEUS. 22 - Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. 25 - Se vivemos no ESPÍRITO, andemos também no ESPÍRITO.
OBJETIVO GERAL - Conscientizar que, ao lado do corpo, a alma e o espírito devem ser preservados para a vinda do Senhor JESUS.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conceituar alma e espírito;
Relatar a mordomia da alma;
Apresentar a mordomia do espírito
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Vivemos numa sociedade materialista em que o corpo, em quase todas as esferas, é a prioridade. Muitos levam mais a sério malhar o corpo em detrimento de exercitar práticas que desenvolvam mais a saúde da mente e a vida espiritual. A mordomia da alma e do espírito implica desenvolver a esfera material do corpo. Podemos desenvolver a nossa mente com as coisas boas com que nos alimentamos (Fp 4.8,9), e também podemos tonificar o espírito com exercícios de piedade os quais as Escrituras nos ensinam (Mt 6.9-13,16-18). Portanto, nesta lição temos a oportunidade de falarmos acerca do bem-estar da alma e do espírito.
PONTO CENTRAL - A mordomia da alma e do espírito deve ser levado muito sério pelos crentes
INTRODUÇÃO
Para ser mordomo da alma e do espírito, o homem necessita, antes de tudo, da fé em DEUS, da entrega incondicional a CRISTO JESUS e da ação poderosa do ESPÍRITO SANTO na sua mente, pensamento e maneira de viver diante do Criador. Para isso é preciso ser “nova criatura” (1 Co 5.17)! Assim, além de conservar o corpo, precisamos conservar a alma e o espírito. É o que veremos nesta lição.
Resumo da Lição 3, A Mordomia da Alma e do espírito
I – CONCEITUANDO ALMA E ESPÍRITO (espírito humano)
1. O significado de alma.
2. A origem da alma.
2.1. Teoria da preexistência.
2.2. Criacionismo.
2.3. Teoria participativa.
3. Conceituação de espírito.
II. A MORDOMIA DA ALMA: “O HOMEM INTERIOR”
1. A tricotomia do homem.
2. A mordomia da alma.
2.1. A Necessidade da alma.
2.2. A santificação da alma.
2.3. A santificação dos pensamentos.
III – A MORDOMIA DO ESPÍRITO
1. Andando em ESPÍRITO.
2. Frutificando no ESPÍRITO.
DEPRESSÃO - Enfermidade Grave Da ALMA que pode levar o crente à morte do corpo, da alma e do espírito.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O homem é um ser tricotômico, isto é, constituído de corpo, alma e espírito; e a mordomia da alma envolve necessidades e santificação dos pensamentos
SÍNTESE DO TÓPICO III - A mordomia do espírito está amparada em duas esferas: andar no ESPÍRITO e frutificar no ESPÍRITO.
Comentários do Pr Henrique
O princípio da tricotomia segue o mesmo princípio da trindade ou triunidade de DEUS. (3x1)
DEUS PAI planeja, o FILHO JESUS executa e o ESPÍRITO SANTO dá poder e revela. (3x1) As três pessoas concordam em tudo.
Sendo o homem "espírito", é capaz de ter conhecimento de DEUS e comunhão com ele; sendo "alma", ele tem conhecimento de si próprio; sendo "corpo", tem, através dos sentidos, conhecimento do mundo. (3x1) As três partes nem sempre concordam entre si, podendo até haver guerra entre elas.
A alma do crente DEVE SER ALIMENTADA PELA PALAVRA DE DEUS.
O espírito do crente DEVE SER ALIMENTADO PELA ORAÇÃO. O corpo deve ser domado pelo jejum.
Alma - Intelecto, vontade, sentimento. É centro controlador do ser humano. Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá. Ezequiel 18:4 - O pecado é resultado de uma má orientação da alma.
Os 5 sentidos do corpo são movidos pela alma.
Com certeza existe diferença entre alma e espírito (até os nomes gregos são diferentes).
Mas eles se prostraram sobre os seus rostos, e disseram: Ó DEUS, DEUS dos espíritos de toda a carne, pecará um só homem, e indignar-te-ás tu contra toda esta congregação? Números 16:22
O Senhor, DEUS dos espíritos de toda a carne, ponha um homem sobre esta congregação, Números 27:16
Porque a palavra de DEUS é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma (ψυχη psuche) e do espírito (πνευμα pneuma), e das juntas e medulas (corpo), e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Hebreus 4:12
E o mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito (πνευμα pneuma), e alma (ψυχη psuche), e corpo (σωμα soma), sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO. 1 Tessalonicenses 5:23
E, clamando JESUS com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou. Lucas 23:46
Penso que DEUS nos conhece antes de sermos gerados fisicamente - DEUS cria primeiro o espírito e depois a alma e depois que aparece no reino material o corpo.
Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta. Jeremias 1:5
Veja também que a mãe de Sansão recebeu ordem de não comer alguma coisa imunda e não beber vinho antes de ter relação sexual com seu marido Manoá para gerarem Sansão que seria nazireu e não poderia ter contato com o vinho.
Porém disse-me: Eis que tu conceberás e terás um filho; agora pois, não bebas vinho, nem bebida forte, e não comas coisa imunda; porque o menino será nazireu de DEUS, desde o ventre até ao dia da sua morte. Juízes 13:7
Sendo o homem "espírito", é capaz de ter conhecimento de DEUS e comunhão com ele; sendo "alma", ele tem conhecimento de si próprio; sendo "corpo", tem, através dos sentidos, conhecimento do mundo.
OS ANIMAIS POSSUEM CORPO, ALMA E ESPÍRITO (espírito humano)?
Naturalmente Salomão falava da morte. Todos os seres humanos e os animais morrem e vão apodrecer, se corromper. O mesmo fôlego se refere a uma alma dada por DEUS. Mas fica evidente que a alma do homem é diferente da alma do animal. Somente o homem foi criado à imagem e semelhança de DEUS. O mesmo Salomão separa os homens assim: “e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a DEUS, que o deu” (Eclesiastes 12:7).
E disse DEUS: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis e feras da terra conforme a sua espécie; e assim foi. Gênesis 1:24
E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; homem e mulher os criou. Gênesis 1:27
Os animais possuem corpo e alma, mas não espírito. Nós somos à imagem e semelhança de DEUS exatamente porque somos espírito. Nisso nos parecemos com DEUS que é ESPÍRITO.
O corpo e a alma dos animais são diferentes de nós - Nossa alma possui inteligência, capacidade de tomar decisão (livre arbítrio). Os animais fazem o que foram ordenados por DEUS para fazerem, ou que foram ensinados por ser humano para fazer. Só a alma dos homens teem consciência do pecado.
Nem toda a carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a carne dos animais, e outra a dos peixes e outra a das aves. 1 Coríntios 15:39
Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. E foram para outra aldeia. Lucas 9:56
O que os animais possuem é o instinto. O instinto foi dado por DEUS
a eles quando os criou “segundo as suas espécies”. DEUS escreveu dentro deles
leis naturais que cada espécie iria seguir. É por isso que cada espécie de
animal age de uma forma, que algumas são selvagens enquanto outras se deixam
domesticar, e outras diversas ações características de cada espécie. O instinto
é o fôlego de vida do animal.
Dentro do instinto dos animais existe a capacidade, especialmente
em espécies de animais domésticos; a capacidade que permite que eles interajam
com o mundo a sua volta, especialmente com os seres humanos.
A existência dos animais só é terrena.
Quando a Terra for desfeita, toda a vida terrestre deixará de
existir. E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a
primeira terra passaram, e o mar já não existe.
E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de DEUS descia do céu,
adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do
céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de DEUS com os homens, pois com eles
habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo DEUS estará com eles, e será o seu
DEUS. E DEUS limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem
pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
Apocalipse 21:1-4 Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os
céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a
terra, e as obras que nela há, se queimarão. 2 Pedro 3:10
DESTINO FINAL do corpo, da alma e do espírito.
corpo, alma e espírito do salvo vão para o céu - primeiro paraíso -
depois Nova Jerusalém - logo após o arrebatamento.
corpo, alma e espírito do ímpio vão para o lago de fogo e enxofre -
primeiro inferno - depois lago de fogo e enxofre logo após o Juízo Final.
Como tricotomia que é, o ser humano será arrebatado para a Nova
Jerusalém completo em corpo glorificado, alma lavada e purificada no sangue de
JESUS e espírito ligado a DEUS pelo ESPÍRITO SANTO; ou será lançado no inferno
e depois lago de fogo e enxofre completo (corpo, alma e espírito). O homem é
uma tricotomia e no final de sua vida na terra os três (tricotomia) se unirão,
ou na Nova Jerusalém (salvos) ou no Lago de fogo e enxofre (ímpios). Corpo,
alma e espírito.
Explico pela Palavra de DEUS.
Muitos têm dúvida se o espírito vai para o inferno devido a um
versículo de Salomão em Eclesiastes - E o pó volte à terra, como o era, e o
espírito volte a DEUS, que o deu. Eclesiastes 12:7 ISSO CONFUNDE MESMO.
Salomão estava se referindo a si próprio como justificado perante
DEUS, portanto, seu espírito era de um salvo e voltaria para DEUS com sua
morte. Como não tinha conhecimento do destino do corpo (arrebatamento) pensava
que este iria para a sepultura e lá permaneceria para sempre.
Quanto ao destino do corpo e alma do descrente vejamos o que JESUS
falou:
Mt 5:29 Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o
e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros
do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
Mt 10:28 E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a
alma temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.
E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe
Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia
de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque
a língua, porque estou atormentado nesta chama. Lucas 16:23, 24
Em Apocalipse vamos ver algo sobre o espírito ser lançado no lago
de fogo e enxofre.
Ap 20:14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo: esta
é a segunda morte. (corpo e alma, como já vimos, aqui estão incluídos)
Ap 20:15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no
lago de fogo.
Ap 21:8 Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos
homicidas, e aos devassos, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os
mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a
segunda morte.
Agora veja com certeza que o espírito é lançado no lago de fogo e
enxofre, pois a besta e o falso profeta que viveram durante a grande tribulação
são lançados vivos no lago de fogo e enxofre. Vivos - corpo, alma e espírito.
Lembrando também que os demônios e Satanás são espíritos e vão ser lançados no
lago de fogo e enxofre.
Ap 19:20 E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante
dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e
adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo
e de enxofre.
E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no
lago de fogo. Apocalipse 20:15
E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a
besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o
sempre. Apocalipse 20:10
ALMA - SEDE DE DEUS - Salmos 42.1-5.
1 Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a
minha alma por ti, ó DEUS!
A alma deseja estar em comunhão com DEUS. DESEJAR é da alma.
2 A minha alma tem sede de DEUS, do DEUS vivo; quando entrarei e me
apresentarei ante a face de DEUS?
A alma sente falta de DEUS. Sentir é da alma.
3 As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, porquanto me
dizem constantemente: Onde está o teu DEUS?
A alma é sede dos sentimentos. daí brota o choro. A alma chora.
4 Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido
com a multidão; fui com eles à Casa de DEUS, com voz de alegria e louvor, com a
multidão que festejava.
Lembrar é da Alma. Louvar é da Alma. Se alegrar é da alma. Desejo
de cultuar é da Alma.
5 Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em
DEUS, pois ainda o louvarei na salvação da sua presença.
Se abater, se entristecer é da alma. A alma se perturba. A alma
espera, confia e louva. A salvação é sentida pela alma.
Cervo - mamífero ruminante da família dos cervídeos,
caracterizados por possuírem cornos ramificados, anualmente caducos.
Alma - do Lat. anima s. f., parte incorpórea,
imaterial do ser humano; princípio da vida; conjunto das faculdades
intelectuais e morais do homem, pessoa; a vida; a
existência; motor principal; agente; entusiasmo; paixão; animação; caráter; índole; consciência; sentimento; coração;
generosidade.
ALMA - ANTIGO TESTAMENTO - (Strong Português) - נפש
nephesh
1) alma, ser, vida, criatura, pessoa, apetite, mente, ser vivo,
desejo, emoção, paixão
1a) aquele que respira, a substância ou ser que respira, alma, o ser interior
do homem
1b) ser vivo
1c) ser vivo (com vida no sangue)
1d) o próprio homem, ser, pessoa ou indivíduo
1e) lugar dos apetites
1f) lugar das emoções e paixões
1g) atividade da mente
1g1) duvidoso
1h) atividade da vontade
1h1) ambíguo
1i) atividade do caráter
1i1) duvidoso
ALMA - NOVO TESTAMENTO - (Strong Português) - ψυχη psuche
1) respiração
1a) fôlego da vida
1a1) força vital que anima o corpo e é reconhecida pela respiração
1a1a) de animais 1a1b) de pessoas
1b) vida
1c) aquilo no qual há vida
1c1) ser vivo, alma vivente
2) alma
2a) o lugar dos sentimentos, desejos, afeições, aversões (nosso coração, alma
etc.)
2b) a alma (humana) na medida em que é constituída por DEUS; pelo uso correto
da ajuda oferecida por DEUS, pode alcançar seu o seu mais alto fim e eterna e segura
bem-aventurança. A alma considerada como um ser moral designado para vida
eterna
2c) a alma como uma essência que difere do corpo e não é dissolvida pela morte
(distinta de outras partes do corpo)
Alma = Centro da vontade, desejos, sentimentos. O ser humano possui uma alma,
mora em um corpo e é espiritual, quando crente. A alma quem comanda o ser
humano, ou para DEUS ou para Satanás. ("A alma que pecar esta
morrerá") Só DEUS pode criar a alma. Alma tem sede de DEUS porque veio de
DEUS. Só podemos amar se a alma permitir, só podemos amar a DEUS se alma
estiver em harmonia com o espírito.
Amar - do Lat. amare v. tr., ter amor a; gostar
muito de; desejar; escolher; apreciar; preferir; estar apaixonado.
Como seria possível ao homem viver sem Ti! Homem que é imagem de DEUS, que traz
dentro de si o sopro da Divindade, e que por isso mesmo sente falta de Seu
Criador, que é Seu Senhor, Rei e DEUS. O salmista expressa isso de forma muito
vívida para os orientais, quando diz: "Como o cervo brama pelas correntes
das águas, assim suspira minha alma por Ti, ó DEUS!"
Em sua caminhada pelo mundo, o homem, tem dito sempre novamente que
precisa de DEUS, ainda que não explicitamente, mas ele sempre o diz. Mesmo o
homem que continua afastado de DEUS por não o reconhecer em sua vida, ainda
esse diz
que precisa de DEUS. Poetas, cantores, atores, e homens em geral
expressam de formas diferentes a sua dependência do Criador e acabam
enquadrando-se na palavra do salmista, pois eles também, assim como o cervo (a
corça) procura ansiosamente um riacho para saciar sua sede, tal acontece com o
homem, que em suas andanças pelo deserto árido do mundo procura pela fonte das
águas, a única verdadeiramente capaz de saciar completamente e definitivamente
sua sede, por isso ele homem procura e deseja DEUS...
O desejo leva à procura, e na procura percorremos muitos caminhos até que O
encontremos de fato. Isto nos mostra a impossibilidade de o homem viver sem
aquele que o criou, a fonte original de sua vida. Por isso o homem busca, às
vezes com lágrimas à DEUS, onde quer que seja, pois tem em seu interior existe
uma necessidade tão grande de DEUS que se pergunta: "Onde estará
DEUS?" A procura pela resposta é incessante; castiga a alma, o corpo e o
espírito do homem, pois dessa resposta depende a sua vida. Andando por tantos
lugares chamados de "casa de DEUS" frustra-se, pois ainda não o
encontra, mesmo que percorra tantos lugares onde dizem estar DEUS. A
perturbação aumenta, os problemas se avolumam, mas de repente, DEUS se mostra
ao homem dizendo: "Aqui estou!" Finalmente a longa jornada em busca
do Criador termina, e como a corça sedenta pela água pura e cristalina que
sacie sua sede, o homem agora pode ter sua sede saciada por DEUS em um encontro
que transforma a vida do homem, tornando-o assim feliz e seguro, pois agora
encontrou Aquele que tanto procurava.
Não, não é possível viver sem Ti, Senhor DEUS! Minha sede por Ti é tão imensa
que quero penetrar profundamente nos abismos da pessoa do Criador para Te
descobrir! Sei que jamais chegarei a Te conhecer plenamente, mas também sei que
quanto mais perto de Ti estiver eu, mais saciada estará minh’alma da Tua
presença. E assim, como a corça que chegou às águas e teve sua sede saciada,
estarei eu ó DEUS da minha vida, quando estiver plenamente imerso em Ti!
Não permitas Tu que, agora que estou tão perto de Ti eu não desfrute da Tua
presença e do prazer de dizer-Te: "Tu és o meu Senhor e Rei da minha
vida", porque está escrito que nada poderá nos separar do amor de DEUS...
A MINHA ALMA TEM SEDE DE DEUS. Assim como a água é essencial à vida
física, assim também DEUS e a sua presença são essenciais à satisfação e à
normalidade da vida. O verdadeiro crente terá fome e sede de DEUS e da sua
graça, bênção e operação sobrenatural na sua vida.
(1) Sem sede de DEUS a pessoa morre espiritualmente. Não devemos,
pois, permitir que coisa alguma faça diminuir nosso anelo pelas coisas de DEUS.
Acautele-se dos cuidados deste mundo, da busca das coisas terrenas e dos
prazeres que tiram a fome e sede de DEUS, e o desejo de buscar a sua face em
oração (Mc 4.19).
(2) Devemos orar para que aumente o nosso anseio pela presença de
DEUS, que nosso desejo pela plena manifestação do ESPÍRITO SANTO cresça, e que
se aprofunde a nossa paixão pela plenitude do reino de CRISTO e sua justiça,
até clamarmos por Ele de dia e de noite, com sede sincera, assim como o cervo
brama pelas correntes das águas em tempos de seca (v. 1; ver Mt 5.6;
6.33).
Ó MEU DEUS... A MINHA ALMA ESTÁ ABATIDA. Aqueles que têm sede de
DEUS e anseiam por uma manifestação maior da sua presença podem vir a
experimentar certa demora. Mesmo assim, o crente fiel continuará tendo sede de
DEUS e buscando a sua presença. O Senhor tem prometido que abençoará os que têm
fome e sede de justiça, os quais não se contentam com menos do que a plenitude
da bênção divina (Mt 5.6). Em meio ao silêncio de DEUS, devemos persistir em
conhecê-lo e experimentar uma manifestação maior do ESPÍRITO SANTO (cf. Os
6.1-3; At 2.38,39; 4.11-13). Não devemos desanimar, mas, sim, pôr nossa
esperança em DEUS e confiar no seu imutável amor (vv. 8-11).
ESPÍRITO ANTIGO TESTAMENTO - (Strong português) - רוח
ruwach
1) vento, hálito, mente, espírito
1a) hálito
1b) vento
1b1) dos céus 1b2) pontos cardeais ("rosa-dos-ventos”), lado 1b3) fôlego
de ar 1b4) ar, gás 1b5) vão, coisa vazia
1c) espírito (quando se respira rapidamente em estado de animação ou agitação)
1c1) espírito, entusiasmo, vivacidade, vigor 1c2) coragem 1c3) temperamento,
raiva 1c4) impaciência, paciência 1c5) espírito, disposição (como, por exemplo,
de preocupação, amargura, descontentamento) 1c6) disposição (de vários tipos),
impulso irresponsável ou incontrolável 1c7) espírito profético
1d) espírito (dos seres vivos, a respiração do ser humano e dos animais)
1d1) como dom, preservado por DEUS, espírito de DEUS, que parte na morte, ser
desencarnado
1e) espírito (como sede da emoção)
1e1) desejo 1e2) pesar, preocupação
1f) espírito
1f1) como sede ou órgão dos atos mentais 1f2) raramente como sede da vontade
1f3) como sede especialmente do caráter moral
1g) ESPÍRITO de DEUS, a terceira pessoa do DEUS triúno, o ESPÍRITO SANTO, igual
e coeterno com o Pai e o Filho
1g1) que inspira o estado de profecia extático 1g2) que impele o profeta a
instruir ou admoestar 1g3) que concede energia para a guerra e poder executivo
e administrativo 1g4) que capacita os homens com vários dons 1g5) como energia
vital
1g6) manifestado na glória da sua habitação 1g7) jamais referido como força
despersonalizada.
ESPÍRITO - NOVO TESTAMENTO - (Strong Português) πνευμα pneuma
1) terceira pessoa da trindade, o SANTO ESPÍRITO, coigual, coeterno
com o Pai e o Filho
1a) algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e
caráter (o SANTO ESPÍRITO)
1b) algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o
ESPÍRITO da Verdade)
1c) nunca mencionado como um força despersonalizada
2) o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
2a) espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
2b) alma
3) um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos
todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e
ação
3a) espírito que dá vida
3b) alma humana que partiu do corpo
3c) um espírito superior ao homem, contudo inferior a DEUS, i.e., um anjo 3c1)
usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos
humanos 3c2) a natureza espiritual de CRISTO, superior ao maior dos anjos e
igual a DEUS, a natureza divina de CRISTO
4) a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
4a) a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
5) um movimento de ar (um sopro suave)
5a) do vento; daí, o vento em si mesmo
5b) respiração pelo nariz ou pela boca
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Comentários extras
A natureza do homem - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia
Sistemática - Myer Pearman - EDITORA VIDA
1. A tri-unidade humana.
Segundo Gên. 2:7, o homem se compõe de duas substâncias —
a substância material, chamada corpo, e a substância imaterial, chamada
alma. A alma é a vida do corpo e quando a alma se retira o corpo morre.
Mas, segundo 1 Tess. 5:23 e Heb. 4:12, o homem se compõe de
três substâncias — espírito, alma e corpo; alguns estudantes da bíblia
defendem essa opinião de três partes da constituição humana versus doutrina de
duas partes apenas, adotada por outros. Ambas as opiniões são corretas quando
bem compreendidas. O espírito e a alma representam os dois lados da substância
não-física do homem; ou, em outras palavras, o espírito e a
alma representam os dois lados da natureza espiritual. Embora distintos, o
espírito e a alma são inseparáveis, são entrosados um no outro. Por
estarem tão interligados, as palavras "espírito" e "alma"
muitas vezes se confundem (Ecl. 12:7; Apoc. 6:9); de maneira que em um
trecho a substância espiritual do homem se descreve como a alma (Mat.
10:28), e em outra passagem como espírito (Tia. 2:26). Embora muitas vezes os
termos sejam usados alternativamente, têm significados distintos. Por
exemplo: "A alma" é o homem como o vemos em relação a esta vida
atual. As pessoas falecidas descrevem-se como "almas" quando o
escritor se refere à sua vida anterior. (Apoc. 6:9, 10; 20:4.) "O
espírito" é a descrição comum daqueles que passaram para a outra vida.
(Atos 23:9; 7:59; Heb. 12:23; Luc. 23:46; 1 Ped. 3:19.) Quando alguém for
"arrebatado" temporariamente fora do corpo (2 Cor. 12:2) se descreve
como "estando no espírito".(Apoc. 4:2; 17:3.) Sendo o homem
"espírito", é capaz de ter conhecimento de DEUS e comunhão com
ele; sendo "alma", ele tem conhecimento de si próprio; sendo
"corpo", tem, através dos sentidos, conhecimento do mundo. —
Scofield.
2. O espírito humano.
Habitando a carne humana, existe o espírito dado por DEUS em
forma individual. (Num. 16:22; 27:16.) O espírito foi formado pelo Criador
na parte interna da natureza do homem, capaz de renovação e desenvolvimento.
(Sal. 51:10.) Esse espírito é o centro e a fonte da vida humana; a alma possui
e usa essa vida e lhe dá expressão por meio do corpo. No princípio DEUS
soprou o espírito de vida no corpo inanimado e o homem "foi feito
alma vivente". Assim a alma é um espírito encarnado, ou um espírito
humano que recebe expressão mediante o corpo. A combinação desses dois
elementos constitui o homem em "alma". A alma sobrevive à morte
porque o espírito a dota de energia; no entanto, a alma e o espírito são
inseparáveis porque o espírito está entrosado e confunde-se com a
substância da alma. O espírito é aquilo que faz o homem diferente de todas as
demais coisas criadas. é dotado de vida humana (e inteligência, Prov.
20:27; Jo 32:8) que se distingue da vida dos irracionais. Os irracionais
têm alma (Gên. 1:20, no original) mas não têm espírito. Em Ecl. 3:21 a
referência trata aparentemente do princípio de vida, tanto no homem como no
irracional. Salomão registrou uma pergunta que fez quando se afastou de DEUS.
Assim, dessemelhante dos homens, os irracionais não podem conhecer
as coisas de DEUS (1 Cor. 2:11; 14:2; Efés. 1:17;4:23) e não podem
ter relações pessoais e responsáveis com ele. (João 4:24.) O espírito do
homem, quando se torna morada do ESPÍRITO de DEUS (Rom. 8:16), é centro de
adoração (João 4:23,24); de oração, cântico, bênção (1 Cor. 14:15), e de
serviço (Rom. 1:9; Fil. 1:27). O espírito humano, representando a natureza
suprema do homem, rege a qualidade de seu caráter. Aquilo que domina o
espírito toma-se atributo de seu caráter. Por exemplo, se o homem permitir
que o orgulho o domine, ele tem um "espírito altivo". (Prov.
16:18.) Conforme as influências respectivas que o dominem, um homem pode ter um
espírito perverso (Isa. 19:14); um espírito rebelde (Sal. 106:33); um espírito
impaciente (Prov. 14:29); um espírito perturbado (Gên.41:18); um espírito
contrito e humilde (Isa. 57:15; Mat. 5:3). Pode estar sob um espírito de
servidão (Rom. 8:15), ou ser impelido pelo espírito de inveja (Num.5:14). Assim
é que o homem deve guardar o seu espírito (Mal. 2:15), dominar o seu
espírito (Prov. 16:32), pelo arrependimento tornar-se um novo espírito
(Ezeq. 18:31) e confiar em DEUS para transformar o seu espírito (Ezeq.
11:19). Quando as paixões vis exercerem o domínio e a pessoa manifestar
um espírito perverso, significa que a alma (a vida egocêntrica
ou vida natural) destronizou o espírito. O espírito lutou e perdeu.
O homem é vítima de seus sentimentos e apetites naturais; e
é "carnal". O espírito já não domina mais, e essa impotência
se descreve como um estado de morte. Dessa maneira há necessidade
de receber um espírito novo (Ezeq. 18:31; Sal. 51:10); e somente aquele
que originalmente soprou no corpo do homem o fôlego da vida poder soprar
na alma do homem uma nova vida espiritual — isto é, regenerá-lo. (João
3:8; 20:22; Gal. 3:10.) Quando assim sucede, o espírito do homem novamente
ocupa lugar de ascendência, e chega a ser homem "espiritual".
Entretanto, o espírito não pode viver de si mesmo, mas deve buscar a
renovação constante mediante o ESPÍRITO de DEUS.
3. A alma do homem.
(a) A natureza da alma. A alma é aquele princípio inteligente e
vivificante que anima o corpo humano, usando os sentidos físicos como seus
agentes na exploração das coisas materiais e os órgãos do corpo para se
expressar e comunicar-se com o mundo exterior.
Originalmente a alma veio a existir em resultado do sopro sobrenatural de
DEUS. Podemos descrevê-la como espiritual e vivente, porque opera por meio
do corpo. No entanto, não devemos crer que a alma seja parte de DEUS, pois a
alma peca. É mais correto dizer que é dom e obra de DEUS. (Zac. 12:1.)
Devem-se notar quatro distinções:
1. A alma distingue a vida humana e a vida dos irracionais das coisas
inanimadas e também da vida inconsciente como a vegetal. Tanto os homens
como os irracionais possuem almas (em Gên. 1:20, a palavra
"vida" é "alma" no original). Poderíamos dizer que
as plantas têm alma (no sentido de um princípio de vida), mas não
é uma alma consciente.
2. A alma do homem o distingue dos irracionais. Estes possuem alma, mas
é alma terrena que vive somente enquanto durar o corpo. (Ecl. 3:21.) A
alma do homem é de qualidade diferente sendo vivificada pelo espírito humano.
Como "toda carne não é a mesma carne", assim sucede com a alma; existe
alma humana e existe alma dos irracionais. Evidentemente, os homens fazem
o que os irracionais não podem fazer, por muito inteligentes que sejam; a sua
inteligência é de instinto e não proveniente de razão. Tanto os homens
como os irracionais constroem casas. Mas o homem progrediu, vindo a
construir catedrais, escolas e arranha-céus, enquanto os
animais inferiores constroem suas casas hoje da mesma maneira como as
construíam quando DEUS os criou. Os irracionais podem guinchar (como o
macaco), cantar (como o pássaro), falar (como o papagaio); mas somente o
homem produz a arte, a literatura, a música e as invenções cientificas. O
instinto dos animais pode manifestar a sabedoria do seu Criador, mas
somente o homem pode conhecer e adorar a seu Criador. Para melhor ainda
ilustrar o lugar elevado que ocupa o homem na escala da vida, vamos observar os
quatro degraus da vida, que se elevam em dignidade um sobre o outro,
conforme a independência sobre a matéria. Primeiro, a vida vegetal, que necessita
de órgãos materiais para assimilar o alimento; segundo, a vida
sensível, que usa os órgãos para perceber as coisas materiais e ter
contato com elas; terceiro, a vida intelectual, que percebe o
significado das coisas pela lógica, e não meramente pelos sentidos;
quarto, a vida moral, que concerne à lei e à conduta. Os animais são
dotados de vida vegetativa e sensível; o homem é dotado de
vida vegetativa, sensível, intelectual e moral.
3. A alma distingue um homem de outro e dessa maneira forma a base da
individualidade. A palavra "alma" é, portanto, usada frequentemente
no sentido de "pessoa". Em Êx 1:5 "setenta almas" significa
"setenta pessoas". Em Rom.13:1 "cada alma"
significa "cada pessoa". Atualmente dizemos, " não havia
nem uma alma presente", referindo-nos às pessoas.
4. A alma distingue o homem não somente das ordens inferiores, mas
também das ordens superiores dos anjos, porque estes não têm corpos semelhantes
aos dos homens. O homem tomou-se um "ser vivente", quer dizer, a
alma enche um corpo terreno sujeito às condições terrenas. Os anjos se
descrevem como espíritos (Heb. 1:14), porque não estão sujeitos às condições ou
limitações materiais. Por essa mesma razão se descreve DEUS como
"ESPÍRITO". Mas os anjos são espíritos criados e finitos, enquanto
DEUS é o ESPÍRITO eterno e infinito.
(b) A origem da alma humana.
Sabemos que a primeira alma
veio a existir como resultado de DEUS ter soprado no homem o sopro de
vida. Mas como chegaram a existir as almas desde esse tempo? Os estudantes
da Bíblia se dividem em dois grupos de idéias diferentes:
(1) Um grupo afirma que
cada alma individual não vem proveniente dos pais, mas sim pela criação
Divina imediata. Citam as seguintes escrituras: Isa. 57:16; Ecl. 12:7; Heb.
12:9; Zac. 12:1
(2) Outros pensam que a alma é transmitida pelos pais. Apontam
o fato de que a transmissão da natureza pecaminosa de Adão à posteridade
milita contra a criação divina de cada alma; também o fato de que as
características dos pais se transmitem à sua descendência. Citam as seguintes
passagens: João 1:13; 3:6; Rom. 5:12; 1 Cor.15:22; Efés. 2:3; Heb. 7:10.
A origem da alma pode explicar-se pela cooperação tanto
do Criador como dos pais. No princípio duma nova vida, a Divina criação e
o uso criativo de meios agem em cooperação. O homem gera o homem em
cooperação com "o Pai dos espíritos". O poder de DEUS domina e
permeia o mundo (Atos 17:28; Heb. 1:3) de maneira que todas as criaturas
venham a ter existência segundo as leis que ele ordenou. Portanto, os
processos normais da reprodução humana põem em execução as leis da vida
fazendo com que a alma nasça no mundo.
A origem de todas as formas de vida está encoberta por um véu de mistérios
(Ecl. 11:5; Sal. 139:13-16; Jo 10:8-12), e esse fato deve servir de aviso
contra a especulação sobre as coisas que estão além dos limites das
declarações bíblicas.
(c) Alma e corpo.
A relação da alma com o corpo pode ser descrita e ilustrada da
seguinte maneira:
1. A alma é a depositária da vida; ela figura em tudo que pertence ao
sustento, ao risco, e à perda da vida. É por isso que em muitos casos
a palavra "alma" tem sido traduzida "vida". (Vide Gên. 9:5;
1 Reis 19:3; 2:23; Prov. 7:23; Êxo. 21:23,30; 30:12; Atos 15:26.) A vida é
o entrosamento do corpo com a alma. Quando a alma e o corpo se separam, o
corpo não existe mais; o que resta é apenas um grupo de partículas
materiais num estado de rápida decomposição.
2. A alma permeia e habita todas as partes do corpo e afeta mais ou menos
diretamente todos os seus membros. Este fato explica por que as Escrituras
atribuem sentimentos ao coração e aos rins (Sal. 73:21; Jo 16:13; Lam. 3:13;
Prov. 23:16; Sal. 16:7; Jer. 12:2; Jo. 38:36); às entranhas (File. 12; Jer.
4:19; Lam. 1:20; 2:11; Cânt. dos Cânt. 5:4; Isa. 16:11); e ao ventre (Hab.
3:16; Jo 20:23; 15:35; João 7:38). Esta mesma verdade, de que a alma permeia o
corpo, explica porque em muitas passagens se descreve a alma executando
atos corporais. (Prov. 13:4; Isa. 32:6; Num. 21:4; Jer. 16:16; Gên.44:30; Ezeq.
23:17, 22, 28.) "As partes internas" ou "entranhas" é
a expressão que geralmente descreve o entrosamento da alma com o corpo.
(Isa. 16:11; Sal. 51:6; Zac. 12:1; Isa. 26:9; 1 Reis 3:28.) Essas passagens
descrevem as partes internas como o centro dos sentimentos, de
experiência espiritual e de sabedoria. Mas notemos que não é o tecido material que
pensa e sente, e, sim a alma operando por meio dos tecidos. Corretamente
falando, não é o coração de carne, mas a alma, por meio do coração, que sente.
3. Por meio do corpo a alma recebe suas impressões do mundo exterior.
Essas impressões são percebidas por estes sentidos: vista, audição, paladar,
olfato e tato, e são transmitidas ao cérebro por via do sistema nervoso. Por
meio do cérebro a alma elabora essas impressões pelos processos do
intelecto, da razão, da memória e da imaginação. A alma atua sobre essas
impressões enviando ordens às várias partes do corpo por via do cérebro
e do sistema nervoso.
4. A alma estabelece contato com o mundo por meio do corpo, que é o
instrumento da alma. O sentir, o pensar, o exercer vontade e outros
atos, são todos eles atividades da alma ou do "eu". É
o "eu" que vê e não somente os olhos; é o "eu" que
pensa e não meramente o intelecto; é o "eu" que joga a bola e
não meramente o meu braço; é o "eu" que pede e não simplesmente
a língua ou os membros. Quando um membro é ferido, a alma não pode
funcionar bem por meio dele; em caso de lesão cerebral pode resultar a
demência. A alma então passa a ser como um músico com um
instrumento danificado ou quebrado.
(d) A alma e o pecado.
A alma vive a sua vida
natural através dos instintos, termo que vamos empregar por falta de outro
melhor. Esses instintos são forças motrizes da personalidade, com as quais o
Criador dotou o homem para fazê-lo apto a uma existência terrena (assim
como o dotou de faculdades espirituais para capacitá-lo a uma existência
celestial). Chamamo-los instintos porque são impulsos inatos, implantados
na criatura a fim de capacitá-la a fazer instintivamente o que é
necessário para originar e preservar a vida natural. Assim escreve o Dr.
Leander Keyser: "Se no início de sua vida o infante humano não
tivesse certos instintos, não poderia sobreviver, mesmo com o melhor
cuidado paterno e médico." Vamos considerar os cinco instintos mais
importantes. O primeiro é o instinto da autopreservação que nos avisa de
perigo e nos capacita a cuidar de nós mesmos. O segundo, é o
instinto de aquisição (conseguir), que nos conduz a adquirir as provisões
para o sustento próprio. O terceiro, é o instinto da busca de alimento, o
impulso que leva a satisfazer a fome natural. O quarto é o instinto da
reprodução que conduz à perpetuação da espécie. O quinto, é o instinto de
domínio que conduz a exercer certa iniciativa própria necessária para o
desempenho da vocação e das responsabilidades. O registro desses dotes (ou
instintos) do homem concedidos pelo Criador acha-se nos primeiros dois
capítulos de Gênesis. O instinto de autopreservação implica a proibição e o
aviso: "Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás
porque no dia em que dela comeres certamente morrerás." O instinto
de aquisição aparece no fato de ter Adão recebido da mão de DEUS
o lindo jardim do Éden. O instinto da busca de alimento
percebe-se nas palavras: "Eis que vos tenho dado todas as ervas que
dão sementes, as quais se acham sobre a face de toda a terra, e
todas as árvores em que há fruto que dê semente ser-vos-á
para alimento." Ao instinto de reprodução referem-se estas
declarações: "Homem e mulher os criou." "DEUS os abençoou e lhes
disse: frutificai, multiplicai-vos." Ao quinto instinto,
domínio, refere-se o mandamento: "Enchei a terra, e sujeitai-a;
dominai.
"DEUS ordenou que as criaturas inferiores fossem governadas primeiramente
pelos instintos, mas o homem foi elevado à dignidade de possuir o dom de
livre arbítrio e a razão, com os quais poderia disciplinar-se a si mesmo e
tornar-se árbitro do seu próprio destino. Como guia para o regulamento das
faculdades do homem, DEUS impôs uma lei. O entendimento do homem quanto a
essa lei produziu uma consciência, que significa literalmente "com
conhecimento". Quando o homem deu ouvidos à lei, teve a consciência
esclarecida; quando desobedeceu a DEUS, sofreu, pois a consciência o
acusava. No relato da tentação (Gên. 3) lemos como o homem cedeu à
concupiscência dos olhos, à cobiça da carne, e à vaidade da vida. (1
João 2:16), e usou os seus poderes de modo contrário à vontade
de DEUS. A alma consciente e voluntariamente, usou o corpo para
pecar contra DEUS. Essa combinação de alma pecaminosa e corpo
humano constituem o que se conhece como "o corpo do pecado"
(Rom. 6:6), ou "a carne" (Gál. 5:24). A inclinação e desejo da
alma para usar o corpo dessa maneira se descreve como a "mente
carnal" (Rom. 8:7).
Visto que o homem pecou com o corpo, será julgado segundo "o que fez
por meio do corpo" (2 Cor. 5:10). Isso envolve uma ressurreição. (João
5:28, 29.) Quando a "carne" é condenada, a referência não é ao corpo
material (o elemento material não pode pecar), mas ao corpo usado pela
alma pecadora.
É a alma que peca. Ainda que a língua do difamador
fosse cortada o difamador seria o mesmo. Amputam-se as mãos do larápio,
mas de coração ele ainda seria ladrão. Os impulsos pecaminosos da alma devem
ser extirpados; é essa a obra do ESPÍRITO SANTO. (Vide Col. 3:5; Rom.
8:13.) "A carne" pode ser definida como a soma total dos
instintos do homem, não como vieram das mãos do Criador, e, sim, como são
na realidade, pervertidos e feitos anormais pelo pecado. é a natureza
humana na sua condição decaída, enfraquecida e desorganizada pela herança
racial derivada de Adão e debilitada e pervertida por atos
voluntários pecaminosos. Ela representa a natureza humana não
regenerada cujas fraquezas frequentemente se escusam com estas palavras:
"Afinal de contas a natureza humana é assim mesmo." é a aberração
desses instintos e faculdades dados por DEUS que forma a base do pecado.
Por exemplo, o egoísmo, a irritabilidade, a inveja, e a ira são aberrações do
instinto da autopreservação. O roubo e a cobiça são perversões do instinto
de aquisição. "não furtarás" e " não cobiçarás" querem
dizer: "não perverterás o instinto de aquisição. A glutonaria é
a perversão do instinto de alimentação, portanto, é pecado.
A impureza é perversão do instinto de reprodução. A tirania,
a arrogância, a injustiça e a implicância representam abusos
do instinto de domínio. Assim vemos que o pecado, fundamentalmente,
é o abuso ou a aberração das forças com que DEUS nos dotou.
Notemos quais as consequências dessa perversão: (1) a
consciência culpada que diz ao homem que desonrou a seu Criador, e avisa-o
da pena terrível; (2) a perversão dos instintos reage sobre a
alma, debilitando a vontade, incitando e fortalecendo hábitos maus,
e criando deformações do caráter. Paulo fez um catálogo dos sintomas
desses "defeitos" da alma (uma palavra hebraica
traduzida "pecado" significa literalmente
"tortuosidade" em Gál. 5:19-21). "Ora as obras da carne são
manifestas, as quais são: a fornicação, a impureza, a lascívia, a
idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras,
as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as
orgias, e outras coisas semelhantes." Paulo considerou tais coisas
tão sérias que acrescenta as palavras, "os que tais coisas praticam,
não herdarão o reino de DEUS". Colocada sob o poder do pecado, a alma
toma-se "morta em delitos e pecados" (Efés. 2:1). Colocada entre o
corpo e o espírito, entre o mais elevado e o inferior, entre o terreno e o
espiritual, a alma fez uma escolha má. Mas da escolha não surgiu proveito, e,
sim, perda eterna (Mat. 16:26). Foi feita a má "barganha" de Esaú — a
troca da bênção espiritual por uma coisa terrena e perecível. (Heb.12:16.)
Ao morrer, a alma ter que passar para o outro mundo, "manchada pela
carne". (Jud. 23.) Felizmente existe um remédio — a cura dupla, tanto
para a culpa como para o poder do pecado, (1) Porque o pecado é uma ofensa
a DEUS, é exigida uma expiação para remover a culpa e purificar a
consciência. A provisão do Evangelho é o sangue de JESUS CRISTO. (2) Visto
que o pecado traz doença à alma e desordem no ser humano, requeresse
um poder curativo e corretivo. Esse poder é justamente aquele
provido pela operação interna do ESPÍRITO SANTO que endireita as
coisas tortas da nossa natureza e põe em movimento certo as forças
da nossa vida. Os resultados (os frutos) são "amor, gozo,
paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão,
temperança" (Gál. 5:22, 23). Em outras palavras, O ESPÍRITO SANTO faz-nos
justos, palavra que no hebraico significa "reto". O pecado é
tortuosidade da alma; a justiça é sua retidão.
(e) A alma e o coração. Tanto nas Escrituras, como na linguagem comum, a
palavra "coração" significa o centro mesmo duma coisa. (Deut. 4:11;
Mat. 12:40 Êxo. 15:8; Sal. 46:2; Ezeq. 27:4,25,26,27.) O
"coração" do homem é, portanto, o verdadeiro centro da sua
personalidade. É o centro da vida física. Nas palavras do Dr. Beck:
"O coração é a primeira coisa a viver, e seu primeiro movimento é
sinal seguro de vida; seu silêncio é sinal positivo de morte." é também
a fonte e o lugar onde se encontram as correntes da vida espiritual
e da alma. Podemos descrevê-lo como a parte mais profunda do
nosso ser, a "casa das máquinas", por assim dizer, da
personalidade, donde procedem os impulsos que determinam o caráter e a conduta
do homem.
1. O coração é centro da vida, do desejo, da vontade e do juízo. O amor,
o ódio, a determinação, a vontade e o gozo (Sal. 105:3) unem-se com o coração.
O coração sabe, compreende (1 Reis 3:9), delibera, calcula; está disposto,
é dirigido, presta atenção, e inclina-se para as coisas. Tudo o que
impressiona a alma se diz estar fixado, estabelecido, ou escrito no
coração. O coração é o depósito de tudo quanto se ouve ou se experimenta
(Lu. 2:51). O coração é a "fábrica", por assim dizer, em que se
formam pensamentos e propósitos, sejam bons ou maus. (Vide Sal.14:1; Mat. 9:4;
l Cor. 7:37; 1Reis 8:17.)
2. O coração é o centro da vida emocional. Ao coração atribuem-se todos
os graus de gozo, desde o prazer, (Isa. 65:14) até ao êxtase e exultação
(Atos 2:46); todos os graus de dor, desde o descontentamento (Prov. 25:20)
e a tristeza (Joao14:1) até ao "ai" lacerante e esmagador (Sal.
109:22; Atos 21:13); todos os graus de má vontade desde a provocação e
ira (Prov. 23:17) até à cólera incontrolável (Atos 7:54) e o
desejo vingativo ardente (Deut. 19:6); todos os graus de temor desde
o tremor reverente (Jer. 32:40) até ao pavor (Deut. 28:28). O coração
derrete-se e se retorce em angústia (Jos. 5:1); torna-se fraco pela
depressão (Lev. 26:36); murcha sob o peso da tristeza (Sal. 102:4); quebra-se e
fica esmagado pela adversidade (Sal. 147:3), é consumido por um ardor
sagrado (Jer.20:9).
3. O coração é o centro da vida moral. Concentrado no coração pode haver
o amor de DEUS (Sal. 73:26) ou o orgulho blasfemo (Ezeq. 28:2, 5). O
coração é a "oficina" de tudo quanto é bom ou mau nos
pensamentos, nas palavras ou nas ações. (Mat. 15:19.) É onde se reúnem todos os
impulsos bons ou as cobiças más; é a sede dum tesouro bom ou ruim. Do que
tiver em abundância ele fala e opera.(Mat. 12:34, 35.) É o lugar onde
originalmente foi escrita a lei de DEUS (Rom.2:15), e onde a mesma lei
é renovada pela operação do ESPÍRITO SANTO. (Heb.8:10.) É sede
da consciência (Heb. 10:22) e a ele atribuem-se todos os
testemunhos da consciência, (1 João 3:19-21.) Com o coração o homem crê
(Rom. 10:10) ou descrê (Heb. 3:12). É campo onde se semeia a
Palavra divina (Mat. 13:19).Segundo as suas decisões, está sob
a inspiração de DEUS (2 Cor. 8:16) ou de Satanás (João 13:2). É
a morada de CRISTO (Efés. 3:17) e do ESPÍRITO (2 Cor. 1:22); da paz
de DEUS (Col. 3:15), é o receptáculo do amor de DEUS (Rom. 5:5),
o lugar da aurora celestial (2 Cor. 4:6), a câmara da comunhão secreta
com DEUS (Efés.5:19). É uma grande profundidade misteriosa que somente
DEUS pode sondar. (Jer. 17:9.) Foi em vista das imensas possibilidades
implícitas no coração do homem que Salomão proferiu esta admoestação:
"Guarda com toda a diligência o teu coração, pois dele procedem as
fontes da vida" (Prov. 4:23).
(f) A alma e o sangue. "Porque a vida (literalmente
"alma") da carne está no sangue" (Lev. 17:11). As Escrituras
ensinam que, tanto no homem como no irracional, o sangue é a fonte e o depositário
da vida física. (Lev. 17:11; 3:17; Deut. 12:23; Lam. 2:12; Gên. 4:10; Heb.
12:24; Jo 24:12; Apoc. 6:9,10; Jer. 2:34; Prov. 28:17.) Vamos citar as palavras
de Harvey, médico inglês, descobridor da circulação do sangue: "é o
primeiro órgão a viver e o último a morrer; é a sede principal da alma.
Ele vive e nutre-se de si mesmo, e por nenhuma outra parte do corpo."
Em Atos 17:26 e João 1:13 o sangue se apresenta como a matéria original
de onde surge o organismo humano. Usando o coração como bomba, e o sangue
como meio da vida, a alma envia vitalidade e nutrição a todas as partes do
corpo. O lugar que a criatura ocupa na escala da vida determina o valor do
seu respectivo sangue. Primeiro vem o sangue dos animais; porém de valor
maior é o sangue do homem, porque o homem tem a imagem de DEUS. (Gên.
9:6). De estima especial é o sangue dos inocentes e dos mártires. (Gên.
4:10; Mat. 23:35.) O mais precioso de todos é o sangue de CRISTO (1
Pedro 1:19; Heb. 9:12), de valor infinito por estar unido com
a Divindade. Pelo plano benigno de DEUS, o sangue tomou-se o meio de
expiação, quando aspergido sobre o altar de DEUS. "Pelo que vo-lo tenho
dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o
sangue que fará expiação pela alma" (Lev. 17:11).
Conclusão - Tanto o coração quanto o sangue nas passagens acima
representam a alma na verdade.
Revistas antigas
Lição 6 Mordomia - A Mordomia Da Alma
Lições do 2º Trimestre, Jovens e Adultos de 1987 - Comentarista - Pr. Elienai
Cabral - CPAD
Leitura Bíblica em Classe:
GÊNESIS 2.7E formou o SENHOR DEUS o homem do pó da terra e soprou
em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
ALMA VIVENTE. A outorga da vida aos seres humanos é descrita como o
resultado de um ato -especial de DEUS, para distingui-la da criação de todos os
demais seres vivos. DEUS comunicou de modo específico a vida e o fôlego ao
primeiro homem, e assim evidenciou que a vida humana está num nível acima de
todas as outras formas de vida, e que pertence a uma categoria à parte, e há
uma relação ímpar entre a vida divina e a humana (1.26,27). DEUS é a fonte
suprema da vida humana.
DEUTERONÔMIO 6. 5 Amarás, pois, o SENHOR, teu DEUS, de todo o teu coração, e de
toda a tua alma, e de todo o teu poder.
AMARÁS... O SENHOR, TEU DEUS. DEUS anela comunhão com seu povo e
lhe dá esse único e indispensável mandamento, que vincula esse povo a Ele
mesmo. (1) Retribuindo o seu amor com amor, gratidão e lealdade (4.37), os
israelitas o conhecerão, e nEle se deleitarão pelas provisões do concerto. (2)
Deste mandamento, "o primeiro e grande mandamento", juntamente com o
segundo mandamento: amar ao próximo (cf. Lv 19.18), depende toda a lei e os
profetas (Mt 22.37-40). (3) A verdadeira obediência a DEUS e aos seus mandamentos
somente é possível quando brota da fé em DEUS e do seu amor (cf. 7.9; 10.12;
11.1,13,22; 13.3; 19.9; 30.6,16,20; ver Mt 22.39; Jo 14.15; 21.16; 1Jo 4.19).
SALMOS 16.10Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu
SANTO veja corrupção.
NÃO DEIXARÁS A MINHA ALMA NO INFERNO. Um relacionamento pessoal com
DEUS dará aos crentes a confiança numa vida futura com DEUS e a certeza de que
Ele não os abandonará quando morrerem (cf. 73.26). Os apóstolos Pedro e Paulo
aplicaram este versículo a CRISTO e à sua ressurreição (At 2.25-31; 13.34-37).
Sheol (o termo contido neste versículo) acha-se sessenta e cinco vezes no AT,
sendo traduzido variavelmente por sepultura , inferno e cova , segundo o
contexto e a respectiva versão. Quando o NT cita passagens alusivas ao Sheol,
geralmente emprega a palavra grega Hades como correspondente.
SALMOS 41. 4 Eu dizia: SENHOR, tem piedade de mim; sara a minha alma, porque
pequei contra ti.
SALMOS 42. 1Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a
minha alma por ti, ó DEUS!2A minha alma tem sede de DEUS, do DEUS vivo; quando
entrarei e me apresentarei ante a face de DEUS?3As minhas lágrimas servem-me de
mantimento de dia e de noite, porquanto me dizem constantemente: Onde está o
teu DEUS? 4Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu
havia ido com a multidão; fui com eles à Casa de DEUS, com voz de alegria e
louvor, com a multidão que festejava.5Por que estás abatida, ó minha alma, e
por que te perturbas em mim? Espera em DEUS, pois ainda o louvarei na salvação
da sua presença.6 Ó meu DEUS, dentro de mim a minha alma está abatida;
portanto, lembro-me de ti desde a terra do Jordão, e desde o Hermon, e desde o
pequeno monte.
A MINHA ALMA TEM SEDE DE DEUS. Assim como a água é essencial à vida
física, assim também DEUS e a sua presença são essenciais à satisfação e à
normalidade da vida. O verdadeiro crente terá fome e sede de DEUS e da sua
graça, bênção e operação sobrenatural na sua vida. (1) Sem sede de DEUS a
pessoa morre espiritualmente. Não devemos, pois, permitir que coisa alguma faça
diminuir nosso anelo pelas coisas de DEUS. Acautele-se dos cuidados deste
mundo, da busca das coisas terrenas e dos prazeres que tiram a fome e sede de
DEUS, e o desejo de buscar a sua face em oração (Mc 4.19). (2) Devemos orar
para que aumente o nosso anseio pela presença de DEUS, que nosso desejo pela
plena manifestação do ESPÍRITO SANTO cresça, e que se aprofunde a nossa paixão
pela plenitude do reino de CRISTO e sua justiça, até clamarmos por Ele de dia e
de noite, com sede sincera, assim como o cervo brama pelas correntes das águas
em tempos de seca (v. 1; ver Mt 5.6; 6.33).
42.6 Ó MEU DEUS... A MINHA ALMA ESTÁ ABATIDA. Aqueles que têm sede de DEUS e
anseiam por uma manifestação maior da sua presença podem vir a experimentar
certa demora. Mesmo assim, o crente fiel continuará tendo sede de DEUS e
buscando a sua presença. O Senhor tem prometido que abençoará os que têm fome e
sede de justiça, os quais não se contentam com menos do que a plenitude da
bênção divina (Mt 5.6). Em meio ao silêncio de DEUS, devemos persistir em
conhecê-lo e experimentar uma manifestação maior do ESPÍRITO SANTO (cf. Os
6.1-3; At 2.38,39; 4.11-13). Não devemos desanimar, mas, sim, pôr nossa
esperança em DEUS e confiar no seu imutável amor (vv. 8-11).
Comentários:
INTRODUÇÃO
A alma é a vida do ser humano e o intelecto, tudo que vemos, ouvimos, sentimos
ou aprendemos é armazenado no subquociente da alma; é por isso que a alma que
vai para o inferno sente dor e sofre lá.
I. OS SIGNIFICADOS DA ALMA HUMANA
·
O homem é formado de duas partes, uma material ou física e visível que é o
corpo, outra imaterial, ou invisível aos olhos humanos materiais, formada pela
alma e o espírito.
·
A alma detém o
controle do corpo e do espírito porque nela está a administração da mente que
comanda e manda ordens para todo o restante da tricotomia, ou seja a o
corpo e o espírito; também na alma está a vontade e os sentimentos, enfim o
livre-arbítrio que dita a escolha entre o bem e o mal, também está na alma o
controle do cérebro, do coração, dos rins, do pulmão, do fígado, enfim de todo
o funcionamento do corpo.
outros significados:
1. Alma com o sentido de respiração da vida. A alma quando sai do corpo humano
provoca sua morte física, a alma não é respiração mas só pode morar em um corpo
que respira, por isso às vezes é confundida com respiração. Veja que DEUS para
levar alguém só precisa retirar sua respiração.
Is 42.5 Assim diz DEUS, o Senhor, que criou os céus e os
desenrolou, e estendeu a terra e o que dela procede; que dá
a respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela.
At 17.25 nem tampouco é servido por mãos humanas, como se
necessitasse de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida,
a respiração e todas as coisas;
Jó 34. 14 Se ele retirasse para si o seu espírito,
e recolhesse para si o seu fôlego, 15 toda a carne juntamente
expiraria, e o homem voltaria para o pó.
2. Alma significando o sangue (Dt 12.23; Lv 17.14). A alma está
intimamente ligada ao sangue, pois se o homem ficar sem sangue ele morre
fisicamente e a alma sai do corpo; a alma não é o sangue mas precisa do sangue
para continuar morando no corpo, por isso às vezes é confundida com o sangue.
Lv 17.11 Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo
tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o
sangue que faz expiação, em virtude da vida.
3- Alma significando a pessoa física ou corpo. A alma é a
parte que pode decidir o futuro do homem, pode condená-lo ao inferno ou levá-lo
à salvação através do arrependimento e aceitação de JESUS CRISTO como Senhor e
Salvador.
At 3.19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam
apagados os vossos pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da
presença do Senhor,
At 2. 37 E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração,
e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? 38 Pedro
então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em
nome de JESUS CRISTO, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do
ESPÍRITO SANTO.
At 16.14 E certa mulher chamada Lídia, vendedora de púrpura, da
cidade de Tiatira, e que temia a DEUS, nos escutava e o Senhor lhe abriu o
coração para atender às coisas que Paulo dizia.
4- Alma significando o indivíduo. Todas as almas são de DEUS,
porém cada alma é diferente uma da outra e cada uma decide se quer DEUS ou o
mundo (Com Satanás).
Ez 18.4 Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do
pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá.
II. A ADMINISTRAÇÃO DA ALMA COMO VIDA FÍSICA
O corpo depende da alma para viver ativamente com ser humano, porém
o corpo pode viver sem a alma, como apenas um ser irracional como os animais,
com ajuda de máquinas como as que são utilizadas nas UTI's dos hospitais quando
alguém tem morte cerebral. A alma já deixou o corpo, mas através da máquina que
circula o sangue o corpo permanece com o coração batendo, mas é apenas uma vida
vegetativa como os animais. Sabemos, porém que a alma pode viver sem o corpo.
Lc 16. 22 Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o
seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado.23 No inferno,
ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão, e a Lázaro no
seu seio.24 E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me
Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque
estou atormentado nesta chama.25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que
em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males; agora,
porém, ele aqui é consolado, e tu atormentado.26 E além disso, entre nós e vós
está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para
vós não poderiam, nem os de lá passar para nós.
Mt 22. 32 Eu sou o DEUS de Abraão, o DEUS de Isaque, e o DEUS de
Jacó? Ora, ele não é DEUS de mortos, mas de vivos.
1. DEUS é o autor da vida, tanto física como espiritual (Gn 2.7; At
17.28). DEUS é o criador do ser humano integral, ou seja, é DEUS que deu a
vida ao primeiro homem e é DEUS quem mantém a vida humana existindo (Hb 1.3
b sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder). DEUS é o autor
da vida. A parte física do homem é mantida hereditariamente passando de pai
para filho, porém a parte imaterial do homem é dada por DEUS a cada ser humano
novo que é gerado aqui na terra, por isso os homens podem clonar corpos
físicos, mas não podem fabricar alma e nem espírito.
Ez 18.4 Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai,
assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá.
2. O homem é responsável pela preservação de sua vida física. Foi dado
por DEUS ao homem o poder de decidir que caminho quer seguir. Todo homem tem
medo da morte física, é o instinto de preservação da vida terrena colocado no
ser humano para que o mesmo não atentasse contra si mesmo e assim perdesse a
oportunidade de estar com DEUS.
Jr 21.Assim diz o Senhor: Eis que ponho diante de vós
o caminho da vida e o caminho da morte.
3. Os hábitos da vida devem ser disciplinados. A bíblia nos ensina tudo
sobre a manutenção de nosso corpo físico, principalmente a respeito da
alimentação, da higiene e do proceder sexualmente, para que a alma possa ter
condições de se dedicar a DEUS e à sua obra.
At 15.28 Porque pareceu bem ao ESPÍRITO SANTO e a nós não vos impor
maior encargo além destas coisas necessárias:29 Que vos abstenhais das
coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da
prostituição; e destas coisas fareis bem de vos guardar. Bem vos vá.
4. Prestaremos conta da nossa vida perante o Senhor. Fomos criados para as
boas obras, obras essas coordenadas pela alma, inspirada pelo espírito e
manifestada pelo corpo sob o domínio do espírito ligado ao ESPÍRITO SANTO.
Ef 2.10 Porque somos feitura sua, criados em CRISTO JESUS
para boas obras, as quais DEUS antes preparou para que andássemos nelas.
III. A ADMINISTRAÇÃO DA ALMA COMO PERSONALIDADE
A alma não é eterna (DEUS é eterno por que não tem princípio e nem
fim), porque tem princípio mas não tem fim. A alma continuará a existir após a
morte do corpo, seja no inferno ou no paraíso. A alma e o espírito foram
criados por DEUS à sua imagem, conforme a sua semelhança, ou seja, conhecendo
somente o lado bom, da luz, do amor, de toda boa dádiva e de paz. Após o pecado
o homem perdeu essa semelhança com DEUS, pois em DEUS não há nada de mal ou de
morte ou de destruição, o filho deve se parecer com DEUS, porém o homem depois
de pecar se parecia com Satanás e não com seu criador.; por isso o filho de
Adão não nasceu à imagem e semelhança de DEUS, mas à imagem, conforme a
semelhança de Adão.
Tg 1.17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto,
descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.
Gn 5.3 Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua
semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete.
IV. A ADMINISTRAÇÃO DAS FACULDADES DA ALMA
Faculdades da alma:
INTELECTO ou Inteligência
VONTADE ou Livre-Arbítrio
SENTIMENTO ou Reação aos fatores externos
A mordomia da personalidade
abrange três faculdades principais da alma humana, que são: O intelecto, a
vontade e o sentimento (afetividade e emoções).
1. A mordomia do intelecto.
a) Imaginação. b) Memória. c) Razão.
Parte da alma que é responsável pelo controle intelectual do ser
humano, possui imaginação para projetar o futuro, memória para armazenar
conhecimentos e possui razão para distinguir entre o certo e o errado.
2. A mordomia da vontade.
Parte da alma que sente impulso para realizar, sendo impelida pela
liberdade de escolha que DEUS concedeu ao homem.
3. A mordomia do sentimento.
Parte da alma que é afetiva, que reage aos fatores e acontecimentos
externos, extravasando reações adversas como tristeza ou alegria, amor ou ódio,
riso ou choro etc.
CONCLUSÃO
Nossa alma é um bem precioso que precisa ser preservada dos pecados
que comprometem e, por fim, destroem a possibilidade de vida eterna com
DEUS. Intelecto É a faculdade que possibilita ao homem perceber a
realidade através da compreensão e adaptação a novas situações mediante a
reestruturação dos dados apreendidos no mundo real. Vontade Faculdade
de representar mentalmente um ato que pode ou não ser praticado em obediência a
um impulso ou a motivos ditados pela razão. Sentimento Disposição afetiva
em relação a coisas de ordem moral ou intelectual.
RESUMO: CORPO, ALMA E ESPÍRITO (espírito
humano)
Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
1Ts 5.23 E o próprio DEUS de paz vos santifique completamente; e o
vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis
para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO.
Hb 4.12 Porque a palavra de DEUS é viva e eficaz, e mais cortante
do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e
espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e
intenções do coração.
Lc 23.46 JESUS, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos
entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou. Creio que JESUS estava
entregando de volta o espírito do homem JESUS, pois o corpo estaria na
sepultura e a alma no Hades daqui a pouco.
Is 53. 9 E deram-lhe a sepultura com os ímpios, e com o rico
na sua morte, embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houvesse engano na
sua boca.10 Todavia, foi da vontade do Senhor esmagá-lo, fazendo-o enfermar;
quando ele se puser como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade, prolongará
os seus dias, e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.11 Ele verá o
fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento
o meu servo justo justificará a muitos, e as iniquidades deles levará sobre
si.12 Pelo que lhe darei o seu quinhão com os grandes, e com os poderosos
repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma até a morte, e foi
contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e
pelos transgressores intercedeu.
·
Já falamos
sobre o que acreditam alguns que são a favor da tese da dicotomia, tese esta
que não aprovamos, falamos também sobre os que acreditam na tricotomia, mas que
na verdade na hora da morte querem juntar espírito e alma como se fossem um só,
indo os dois para o inferno; nesse caso também discordamos, pois acreditamos
que JESUS ao dizer "Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito (letra
minúscula) estava se referindo aos espírito dado por DEUS quando ELE nasceu
aqui na terra como homem, humano, depois sabemos que seu corpo foi sepultado e
sabemos também que sua alma foi colocada por expiação, ou seja, foi encontrada
no inferno que era nosso lugar; é só ver Is 53. Depois de estudarmos então a
Bíblia, certamente saberemos que somos espírito, possuímos uma alma e moramos
em um corpo; se morrermos crentes sabemos que nosso espírito vai para DEUS que
o deu, nossa alma para o paraíso (até o dia do arrebatamento) e nosso corpo irá
ao pó (até o arrebatamento).
·
Na minha
opinião os animais não possuem alma como a alma humana, com o
livre-arbítrio e o poder de criar, mas certamente possuem alma, mas não o
espírito, pois a Palavra de DEUS diz: "Sl 150.6 Tudo quanto tem fôlego
louve ao Senhor. Louvai ao Senhor!" também: Sl 148.10 feras e todo o gado;
répteis e aves voadoras; 11 reis da terra e todos os povos; príncipes e todos
os juízes da terra; 12 mancebos e donzelas; velhos e crianças!13 Louvem eles o
nome do Senhor, pois só o seu nome é excelso; a sua glória é acima da terra e
do céu. Assim os animais ao morrerem tudo se acaba para eles, pois quem
foi criado à imagem e semelhança de DEUS é o homem e não outra criatura
qualquer, também no futuro, na Nove Jerusalém não é visto nenhum animal.
·
Creio que
existe o primeiro juízo e é feito imediatamente após a morte, ou seja, a
separação para o inferno(descrente) ou para o paraíso(crente) já caracteriza um
juízo. O segundo juízo será para os descrentes que morreram e foram
lançados no inferno e será realizado no Juízo Final, perante o Trono Branco,
para serem lançados no Lago de Fogo e Enxofre junto com Satanás e seus
demônios(Ap 20.14,15). O crente está livre do segundo juízo, passando
apenas pelo tribunal de CRISTO, não para condenação, mas premiação ou
reconhecimento de suas obras para CRISTO.
Hb 9.27 E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez,
vindo depois o juízo,
·
Muitas pessoas têm
até pregado que a alma e o espírito são separados, mas na hora que falam da
morte querem juntá-los como se fossem um só. Não existe essa declaração na
bíblia de que alma e espírito formam a parte espiritual do homem, na verdade
formam a parte imaterial, não a espiritual, pois a parte espiritual do
homem é o espírito que clama por DEUS, briga com o corpo e está aqui no
homem para fazê-lo se lembrar de que existe DEUS. A alma tem o poder de
decisão de pecar ou não, o livre arbítrio, os sentimentos como dor, tristeza,
etc...,por isso é lançada no inferno quando está em pecado quando o corpo
morre, já o espírito que veio de DEUS e não é responsável pelo
pecado do homem, antes tentou ajudá-lo a não ir para o inferno, como
poderia ser lançado no inferno; certamente volta a DEUS que o deu.
Ec 12.7 e o pó volte para a terra como o era, e o
espírito volte a DEUS que o deu.
·
Fica evidente
que na hora do sexo o casal se torna uma só pessoa conforme Paulo ensina em 1
Co 6.16 Ou não sabeis que o que se une à meretriz, faz-se um corpo com
ela? Porque, como foi dito, os dois serão uma só carne*****; porém em
questão de alma e espírito o ser humano é totalmente independente um do outro,
com personalidades diferentes e idéias diferentes. O casal deve procurar
viverem em ESPÍRITO, ou seja, de acordo com a vontade de DEUS para terem seus
pensamentos e atos o mais em comum acordo possível, pois este é o plano de DEUS
para o casal. A mulher pensa diferente do homem e o homem pensa diferente da
mulher, mas com amor e compreensão os dois poderão viver uma vida harmoniosa e
feliz, desde que DEUS seja o centro de seu viver.
Gn 2.23 Então disse o homem: Esta é agora osso dos
meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do
varão foi tomada.24 Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á
à sua mulher, e serão uma só carne.
·
A palavra
espírito com letra minúscula na Bíblia significa espírito dado por DEUS ao
homem para que este tivesse consciência do erro, do pecado e soubesse que
existe um DEUS que pode salvá-lo (até os índios, no meio da floresta amazônica
sabem disso ) e ESPÍRITO com letra maiúscula é o ESPÍRITO SANTO.
Rm 1.20 Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder
e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo
percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis;
Rm 2.15 pois mostram a obra da lei escrita em seus corações,
testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos,
quer acusando-os, quer defendendo-os),
Revista Antiga
Lição 7 - Mordomia - A Mordomia do espírito
Lições do 2º Trimestre, Jovens e Adultos de 1987 - Comentarista -
Pr. Elienai Cabral - CPAD
Leitura Bíblica Em Classe:
1 CORÍNTIOS 2.14-16= Ora, o homem natural não compreende as coisas
do ESPÍRITO de DEUS, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque
elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e
ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que
possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de CRISTO.
DIVISÃO BÁSICA DA RAÇA HUMANA. As Escrituras dividem todos os seres humanos em
geral, em duas classes. (1)
PROVÉRBIOS 16.2= Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos, mas o SENHOR pesa os espíritos.
LIMPOS AOS SEUS OLHOS. Os crentes quase sempre não vêem seus próprios defeitos e a sua pobreza espiritual. Se formos honestos ao nos aproximarmos de DEUS em oração, Ele revelará a verdadeira condição do nosso coração, de modo que sejamos realmente limpos e obedeçamos melhor ao ESPÍRITO SANTO (Lc 16.15; 1 Co 4.4,5; Hb 4.12).
ZACARIAS 12.1= Peso da palavra do SENHOR sobre Israel. Fala o SENHOR, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele.
MARCOS 14.38 = Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é
fraca.
Objetivos: Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:
1- Mencionar alguns pecados contra a crença inata em DEUS. 2- Citar as referências que confirmam o ensino da tricotomia. 3- Identificar as duas faculdades do espírito humano.
INTRODUÇÃO
Comentários:
O espírito é o que existe de melhor e mais puro no homem, pois vem de DEUS como forma de lembrar ao homem de que ele foi criado por DEUS e que esse DEUS o ama e deseja ter comunhão com ele, assim como o criou também para sua morada o mundo e todas as coisas que nele existem. É somente através do espírito que o homem pode ter contato com DEUS, falar com ELE e ouvi-lo falar com ele. É preciso que a tricotomia humana seja bem administrada para que o homem possa ter comunhão com seu criador; por isso o apóstolo Paulo, inspirado por DEUS, escreveu aos Tessalonicenses, em sua primeira carta, no capítulo 5 e versículo 23 : " E o próprio DEUS de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO."
I. QUE É O ESPÍRITO HUMANO
Na Bíblia, a palavra espírito deve ser interpretada dentro do seu contexto para que seja entendido o seu real significado (Mt 27.50; Lc 8.55; 24.39; Jó 12.10; 32.8; 1 Co 14.15 e Is 26.9).
Dentro de nossas traduções bíblicas muitas vezes estaremos nos deparando com palavras que confundem os mais desavisados sobre a divisão imaterial do homem, ou seja entre alma e espírito. Se faz necessário um estudo minucioso para que se perceba nos contextos a diferenciação que a palavra de DEUS faz entre essas duas tão parecidas partes do ser humano e ao mesmo tempo tão diferentes.
1. A distinção do espírito humano.
O espírito é parte integrante somente do ser humano, o que lhe dá maior responsabilidade de adoração e comunhão com seu criador. Os homens naturais, ou seja os homens que não conhecem a DEUS (1Co 2.14) e também os outros seres que DEUS criou podem chegar no máximo até ao louvor a DEUS (Sl 150.6), mas nós os que somos salvos, nascidos de novo, gerados da incorruptível e santa semente, a palavra de DEUS e do ESPÍRITO SANTO, temos o privilégio pela graça de DEUS de adorá-lo em espírito e em verdade (Jo 4.24).
Devemos lembrar-nos de que DEUS é ESPÍRITO e aqueles que desejam adorá-lo devem fazê-lo em espírito e em verdade, ou seja, dispensando os estímulos externos; com um coração sincero e temente a DEUS (A adoração é a expressão máxima da oração). Jamais devemos confundir a adoração com o louvor, pois:
1. - Louva-se a DEUS pelo que ELE fez ou faz, mas adora-se a ELE pelo que ELE é;
II. DISTINÇÃO ENTRE ALMA E ESPÍRITO (espírito humano)
1. A composição tríplice do homem. “O mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo vosso espírito e alma e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda do nosso Senhor JESUS CRISTO” (1 Ts 5.23).
São parte imaterial, ou seja, invisível aos olhos humanos, moram dentro do corpo, o corpo nós vemos, a alma e o espírito só DEUS pode ver (Mt 23.27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos e de toda imundícia).
1Co 4.1 Que os homens nos considerem, pois, como ministros de CRISTO, e despenseiros dos mistérios de DEUS.. Nesta passagem vemos que existem muitos mistérios insondáveis na palavra de DEUS que ainda não foram revelados ao homem, mas que pouco a pouco vão sendo desvendados pelo ESPÍRITO SANTO que nos transmite esses conhecimentos sobrenaturalmente. Um desses mistérios é exatamente o que estudamos nesta lição, o espírito humano, muitas vezes confundido com a alma, mas diferente dela como vemos em passagens como 1Ts 5.23 e Hb 4.12.
AS FUNÇÕES DO ESPÍRITO (espírito humano)
O espírito dentro do corpo humano é a relação do homem com a vida espiritual, entendendo que o homem não é apenas corpo, matéria, mas também possui relação com o mundo espiritual.
Quando DEUS criou o homem ele o fez do pó da terra, e soprou sobre o corpo de barro, e este sopro produziu alma vivente, assim entendemos que a junção do corpo mais espírito ( sopro de DEUS ) produziu a alma vivente, assim o homem possui uma tri-unidade, Corpo, alma e espírito. Isaías 57:16.
O corpo humano como já escrevemos, foi feito por DEUS do pó da terra, porém o espírito, não foi feito, mas DEUS deu de si ao homem, o sopro de DEUS no homem, foi como um verdadeiro presente, DEUS permitiu ao homem Ter em si parte do criador, tanto é que quando o corpo morre, este sopro de vida, o espírito volta ao criador Eclesiastes 12:7, pois ao contrário do corpo e da alma, o espírito não se desfaz, e nem está sujeito a julgamento, ou condenação espiritual mas conhecido como inferno, devido ao espírito ser totalmente divino, ele não foi criado de DEUS, ele é parte de DEUS, e por isso na morte do corpo, o espírito volta ao criador que o deu, ou seja enquanto vive o corpo, parte de DEUS vive com ele.
Sendo o espírito a relação espiritual dentro do corpo humano, as funções do espírito dentro do homem é dar a ele a direção de DEUS para a vida do homem, é o espírito que mostra a vontade de DEUS na vida humana, na verdade o espírito do home, unido ao ESPÍRITO SANTO, busca orientar a alma para que tome decisões dentro da vontade de DEUS, um exemplo disso vemos em Salmos 43:5, onde o Salmista mostra o ESPÍRITO repreendendo a alma, e dando conselhos a mesma para permanecer fiel a DEUS , neste caso não podemos falar que é o corpo que fala a alma, pois o corpo é apenas lugar de morada da alma, mas sim o espírito.
O Evangelho de JESUS CRISTO tem dois mandamentos que em si resumem toda a lei dada a Moisés, isto porque toda a Lei foi feita buscando trazer ao homem o conhecimento de seus deveres emocionais perante o seu próximo, são estes os mandamentos de Nosso Salvador JESUS CRISTO descritos em São Mateus 22:37-39
· Amarás o Senhor Teu DEUS de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento
Porque JESUS deu um mandamento de amor ? o amor como muitos pensam não é um sentimento que entra em nossos corações ? porventura o homem pode Ter controle sobre seus sentimentos ? se o homem não pode controlar os sentimentos então este mandamento nunca poderá ser cumprido, mas se homem pode controlar, então ele pode escolher a pessoa para expressar seus sentimentos, inclusive a DEUS.
Observando este ponto de vista iremos ver alguns temas que cuidam dos sentimento do homem, tais como:
A mente humana, O Coração, A consciência, O Livre Arbítrio
***As Teorias da Origem do espírito
Emanacionismo
Ensina que o espírito vem ao homem no ato da fecundação, enviados por DEUS, ou seja, a alma e o espírito do homem já existem no céu, e à medida que nasce uma criança, DEUS escolhe um deles e os envia até o corpo da criança no útero da mãe.
Transmigracionismo (Espiritismo?)
Ensina que o espírito nasce com o ser vivo em escalas zoológicas inferiores e vai reencarnando em espécies superiores, passando pelo homem até atingir um grau de perfeição moral.
***Criacionismo (A mais aceita no meio evangélico)
Aqueles que crêem no Criacionismo defendem a tese de que a alma e espírito é produto da criação de DEUS, ou seja para cada criança que nasce DEUS cria um espírito e uma alma para a mesma, é como se DEUS soprasse sobre cada criança a nascer, criando a sua alma e espírito , isto baseado em Hebreus 12:9, Isaías 57:16 Eclesiastes 12:7, e se DEUS é o pai dos espíritos, somente ele pode criar uma nova alma.
Traducionismo (Evolucionismo?)
Esta linha de pensamentos ensina que o homem transmite aos filhos não só os traços de aparência física, como a cor da pele, tipo sanguíneo, altura, cor dos olhos, cabelo etc. Mas também o homem pode gerar a alma e espírito dentro do corpo humano, entendendo que primeiro DEUS criou o homem a sua imagem e semelhança, e ao soprar sobre o homem o espírito de vida, lhe deu capacidade para se multiplicar, tanto no corpo, como no espírito.
III. FACULDADES DO ESPÍRITO HUMANO
FÉ E CONSCIÊNCIA:
Invisíveis, mas essenciais ao relacionamento com DEUS. São indispensáveis àqueles que desejam um dia morar com DEUS.
1- FÉ:
Hb 11.1 Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.
Hb 11.6 Ora, sem fé é impossível agradar a DEUS; porque é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.
O QUE SIGNIFICA FÉ?
Podemos "ver" a fé em três níveis:
a) Fé intelectual: é a edificação da fé sobre informações recebidas conforme Rm 10.17: "Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de CRISTO."
b) Fé emocional: Na parábola do bom semeador (Mt 13.20-221), a semente que caiu nos lugares rochosos corresponde aos que parecem arrependidos, mas não se acham alicerçados na fé ocorre que "mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e sobrevindo a angústia e a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza"
c) Fé Volitiva: É a fé determinada pela vontade, é a que atinge o âmago da personalidade, a sede da vontade. Vai além da religiosidade, é a fé pela fé, envolvendo fidelidade, obediência e crer.
Podemos confiar plenamente em DEUS tendo a fé genuína como base, ou seja tendo a fé em DEUS. Ter fé em DEUS é uma ordem do Senhor JESUS CRISTO: "Respondeu-lhes JESUS: Tende fé em DEUS" (Mc 11.22).
Resumidamente podemos definir que fé é a certeza das coisas esperadas (Hb 11.1). É a convicção das coisas não vistas (Hb 11.1), sendo uma exigência de DEUS (Mc 11.22; I Jo 3.230).
A PRÁTICA DA FÉ
A fé é um dom de DEUS (Rm 12.3; Ef 2.8; 6.23; Fp 1.29), exclui a vanglória pessoal (Rm 3.27) e a sua operação é pelo amor (Gl 5.6; I Tm 1.5; Fl 5).
Na prática da vida como proteção a fé é compara a um escudo: "tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno" (Ef 6.16). Ou a uma couraça: "mas nós, porque somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação; (I Ts 5.8).
A fé produz: salvação (Mc 16.16; At 16.31; Rm 1.17); esperança (Rm 5.2); alegria (At 16.34; I Pe 1.8); paz (Rm 15.3); confiança (Is 28.16 com I Pe 2.6); ousadia na pregação (Sl 116.10 com II Co 4.13).
Otoniel Marcelino de Medeiros
2- CONSCIÊNCIA:
É o tribunal interno de cada pessoa, no crente ela é viva e reage a cada erro, provocando o desejo de arrependimento e conversão a DEUS ( 1Jo 1.9).
No ser humano em geral, ou seja, no homem natural é a acusação interna que causa o remorso como o de Judas ao trair JESUS, ou como o desespero do drogado ou do alcóolatra ao se dar por si. É o policial da alma humana.
IV. PECADOS CONTRA O ESPÍRITO HUMANO
1- O pecado afetou o espírito humano:
O pecado provocou a separação espiritual entre o homem e DEUS. Não é porque o espírito pecou, mas porque a alma ao pecar, separou o homem de DEUS e assim o espírito ficou sem comunicação com seu criador, pois o homem possui livre arbítrio que capacita a alma a decidir entre o bem e o mal, entre DEUS e o Diabo.
Is 59.2 mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso DEUS; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça.
Rm 7.14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.15 Pois o que faço, não o entendo; porque o que quero, isso não pratico; mas o que aborreço, isso faço.16 E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.17 Agora, porém, não sou mais eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está.19 Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico.20 Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.21 Acho então esta lei em mim, que, mesmo querendo eu fazer o bem, o mal está comigo.22 Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de DEUS;23 mas vejo nos meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu entendimento, e me levando cativo à lei do pecado, que está nos meus membros.24 Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?25 Graças a DEUS, por JESUS CRISTO nosso Senhor! De modo que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de DEUS, mas com a carne à lei do pecado.
2- O Aferidor do espírito:
É DEUS quem julgará nossos atos daqui da terra e não nós.
a) O Crente será julgado pelas suas obras no Tribunal de CRISTO:
1Co 4.3 Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós, ou por qualquer tribunal humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo.4 Porque, embora em nada me sinta culpado, nem por isso sou justificado; pois quem me julga é o Senhor.
2Co 5.10 Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de CRISTO, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal.
b) O Descrente perante o Trono Branco, no Juízo Final.
Ap 20.11 E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu; e não foi achado lugar para eles.12 E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.13 O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o além entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras.14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.15 E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo.
3- Pecados contra a crença inata em DEUS:
São pecados onde DEUS é substituído por outro deus, podendo ser o Diabo, um homem ou mulher como ídolo ou o próprio homem em seu 'eu".
a) Idolatria:
A NATUREZA REAL DA IDOLATRIA.
Não se pode compreender a atração que exercia a idolatria sobre o povo, a menos que compreendamos sua verdadeira natureza.
(1) A Bíblia deixa claro que o ídolo em si, nada é (Jr 2.11; 16.20). O ídolo é meramente um pedaço de madeira ou de pedra, esculpido por mãos humanas, que nenhum poder tem em si mesmo. Samuel chama os ídolos de “vaidades” (12.21), e Paulo declara expressamente: “sabemos que o ídolo nada é no mundo” (1Co 8.4; cf. 10.19,20). Por essa razão, os salmistas (e.g., Sl 115.4-8; 135.15-18) e os profetas (e.g. 1Rs 18.27; Is 44.9-20; 46.1-7; Jr 10.3-5) frequentemente zombavam dos ídolos.
(2) Por trás de toda idolatria, há demônios, que são seres sobrenaturais controlados pelo diabo. Tanto Moisés (ver Dt 32.17) quanto o salmista (Sl 106.36,37) associam os falsos deuses com demônios. Note, também, o que Paulo diz na sua primeira carta aos coríntios a respeito de comer carne sacrificada aos ídolos: “as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a DEUS” (1Co 10.20). Noutras palavras, o poder que age por detrás da idolatria é o dos demônios, os quais têm muito poder sobre o mundo e os que são deles. O cristão sabe com certeza que o poder de JESUS CRISTO é maior do que o dos demônios Satanás, como “o deus deste século” (2Co 4.4), exerce vasto poder nesta presente era iníqua (ver 1Jo 5.19; cf. Lc 13.16; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14). Ele tem poder para produzir falsos milagres, sinais e maravilhas de mentira (2Ts 2.9; Ap 13.2-8,13; 16.13-14; 19.20) e de proporcionar às pessoas benefícios físicos e materiais. Sem dúvida, esse poder contribui, às vezes, para a prosperidade dos ímpios (cf.
Sl 10.2-6; 37.16, 35; 49.6; 73.3-12).
(3) A correlação entre a idolatria e os demônios vê-se mais claramente quando percebemos a estreita vinculação entre as práticas religiosas pagãs e o espiritismo, a magia negra, a leitura da sorte, a feitiçaria, a bruxaria, a necromancia e coisas semelhantes (cf. 2Rs 21.3-6; Is 8.19; ver Dt 18.9-11; Ap 9.21). Segundo as Escrituras, todas essas práticas ocultistas envolvem submissão e culto aos demônios. Quando, por exemplo, Saul pediu à feiticeira de Endor que fizesse subir Samuel dentre os mortos, o que ela viu ali foi um espírito subindo da terra, representando Samuel (28.8-14), i.e., ela viu um demônio subindo do inferno.
(4) O NT declara que a cobiça é uma forma de idolatria (Cl 3.5). A conexão é óbvia: pois os demônios são capazes de proporcionar benefícios materiais. Uma pessoa insatisfeita com aquilo que tem e que sempre cobiça mais, não hesitará em obedecer aos princípios e vontade desses seres sobrenaturais que conseguem para tais pessoas aquilo que
desejam. Embora tais pessoas talvez não adorem ídolos de madeira e de pedra, entretanto adoram os demônios que estão por trás da cobiça e dos desejos maus; logo, tais pessoas são idólatras. Dessa maneira, a declaração de JESUS: “Não podeis servir a DEUS e a Mamom [as riquezas]” (Mt 6.24), é basicamente a mesma que a admoestação de
Paulo: “Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios” (1Co 10.21).
BEP da www.cpad.com.br
b) Orgulho:
O Orgulho: O orgulho é o elevado conceito que alguém faz de si próprio ou amor-próprio exagerado. Este é um sentimento que todo ser humano muitas vezes esconde no coração. Dentro do ambiente da música evangélica, por exemplo, é muito fácil encontrar cristãos envaidecidos pelo conhecimento de louvor, espiritualidade, experiência musical ou por qualquer outra qualidade que possuem. Por esta razão, o pecado do orgulho é perigosíssimo.
c) Egoísmo:
Está bem reconhecido que a maioria das misérias humanas tem a sua fonte no egoísmo dos homens. Então, desde que cada um pensa em si, antes de pensar nos outros, e quer a sua própria satisfação antes de tudo, cada um procura, naturalmente, se proporcionar essa satisfação, a qualquer preço, e sacrifica, sem escrúpulo, os interesses de outrem, desde as menores coisas até as maiores, na ordem moral como na ordem material; daí todos os antagonismos sociais, todas as lutas, todos os conflitos e todas as misérias, porque cada um quer despojar o seu vizinho.
O egoísmo tem a sua fonte no orgulho. A exaltação da personalidade leva o homem a se considerar como acima dos outros, crendo-se com direitos superiores, e se fere com tudo o que, segundo ele, seja um golpe sobre os seus direitos. A importância que, pelo orgulho, liga à sua pessoa, torna-o naturalmente egoísta.
O egoísmo e o orgulho têm a sua fonte num sentimento natural: o instinto de conservação. Todos os instintos têm sua razão de ser e sua utilidade, porque DEUS nada pode fazer de inútil. DEUS não criou o mal; foi o homem que o produziu pelo abuso que fez dos dons de DEUS, em virtude de seu livre arbítrio. Esse sentimento, encerrado em seus justos limites, portanto, é bom em si; é o exagero que o torna mal e pernicioso; ocorre o mesmo com todas as paixões que o homem, frequentemente, desvia de seu objetivo providencial. De nenhum modo DEUS criou o homem egoísta e orgulhoso; criou-o simples e ignorante; foi o homem que se fez egoísta e orgulhoso exagerando o instinto que DEUS lhe deu para a sua conservação.
http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/op/op-22.html
Conclusão:
Somente através do espírito podemos ter comunhão com DEUS, amá-lo e adorá-lo; conservemos portanto nosso corpo, alma e espírito irrepreensíveis para a vinda tão aguardada de nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO.
Lembrando que comunhão com o ESPÍRITO SANTO é ter tudo em comum com ELE, ou seja, mesmo desejos missionários e desejos de santificação e de adoração.
Gl 6.18 A graça de nosso Senhor JESUS CRISTO seja, irmãos, com o vosso espírito. Amém.
Fruto do ESPÍRITO
Conjunto de virtudes morais e espirituais amadurecidas pelo ESPÍRITO SANTO na vida do crente como resultado de uma permanente comunhão com CRISTO (Gl 5.22,23)
Dons do ESPÍRITO
Recursos extraordinários que o Senhor JESUS, mediante o ESPÍRITO, colocou à disposição da Igreja, visando a sua santificação e edificação.
Corpo, alma e espírito = MINHA OPINIÃO = RESUMO
Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
1Ts 5.23 E o próprio DEUS de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO.
Hb 4.12 Porque a palavra de DEUS é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
Lc 23.46 JESUS, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou. Creio que JESUS estava entregando de volta o espírito do homem JESUS, pois o corpo estaria na sepultura e a alma no Hades daqui a pouco.
Is 53. 9 E deram-lhe a sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte, embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houvesse engano na sua boca.10 Todavia, foi da vontade do Senhor esmagá-lo, fazendo-o enfermar; quando ele se puser como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias, e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.11 Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo justo justificará a muitos, e as iniquidades deles levará sobre si.12 Pelo que lhe darei o seu quinhão com os grandes, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma até a morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu.
· Já falamos sobre o que acreditam alguns que são a favor da tese da dicotomia, tese esta que não aprovamos, falamos também sobre os que acreditam na tricotomia, mas que na verdade na hora da morte querem juntar espírito e alma como se fossem um só, indo os dois para o inferno; nesse caso também discordamos, pois acreditamos que JESUS ao dizer "Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito (letra minúscula) estava se referindo aos espírito dado por DEUS quando ELE nasceu aqui na terra como homem, humano, depois sabemos que seu corpo foi sepultado e sabemos também que sua alma foi colocada por expiação, ou seja, foi encontrada no inferno que era nosso lugar; é só ver Is 53. Depois de estudarmos então a Bíblia, certamente saberemos que somos espírito, possuímos uma alma e moramos em um corpo; se morrermos crentes sabemos que nosso espírito vai para DEUS que o deu, nossa alma para o paraíso (até o dia do arrebatamento) e nosso corpo irá ao pó (até o arrebatamento).
· Muitas pessoas têm até pregado que a alma e o espírito são separados, mas na hora que falam da morte querem juntá-los como se fossem um só. Não existe essa declaração na bíblia de que alma e espírito formam a parte espiritual do homem, na verdade formam a parte imaterial, não a espiritual, pois a parte espiritual do homem é o espírito que clama por DEUS, briga com o corpo e está aqui no homem para fazê-lo se lembrar de que existe DEUS. A alma tem o poder de decisão de pecar ou não, o livre arbítrio, os sentimentos como dor, tristeza, etc...,por isso é lançada no inferno quando está em pecado quando o corpo morre, já o espírito que veio de DEUS e não é responsável pelo pecado do homem, antes tentou ajudá-lo a não ir para o inferno, como poderia ser lançado no inferno; certamente volta a DEUS que o deu.
· Fica evidente que na hora do sexo o casal se torna uma só pessoa conforme Paulo ensina em 1 Co 6.16 Ou não sabeis que o que se une à meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque, como foi dito, os dois serão uma só carne*****; porém em questão de alma e espírito o ser humano é totalmente independente um do outro, com personalidades diferentes e idéias diferentes. O casal deve procurar viverem em ESPÍRITO, ou seja, de acordo com a vontade de DEUS para terem seus pensamentos e atos o mais em comum acordo possível, pois este é o plano de DEUS para o casal. A mulher pensa diferente do homem e o homem pensa diferente da mulher, mas com amor e compreensão os dois poderão viver uma vida harmoniosa e feliz, desde que DEUS seja o centro de seu viver.
· A palavra espírito com letra minúscula na Bíblia significa espírito dado por DEUS ao homem para que este tivesse consciência do erro, do pecado e soubesse que existe um DEUS que pode salvá-lo (até os índios, no meio da floresta amazônica sabem disso ) e ESPÍRITO com letra maiúscula é o ESPÍRITO SANTO.
Rm 2.15 pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os)
· O homem é formado de espírito, alma e corpo, mas para que o homem pudesse ter o livre-arbítrio e decidir se queria DEUS ou o mundo (Diabo e seus prazeres carnais), o poder de decisão do homem foi colocado por DEUS na alma. Assim a alma decide se deixa o espírito se comunicar com seu dono que é DEUS ou permanece no pecado que forma uma barreira entre DEUS e o espírito que está no homem. Quando o homem aceita a JESUS como seu Senhor e Salvador, então o espírito que está no homem é ligado a DEUS pelo ESPÍRITO SANTO e então esse homem passa a ter comunhão com DEUS via ESPÍRITO SANTO e JESUS que está à direita do pai intercedendo.
At 2.38 Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO.
Jo 9.31 sabemos que DEUS não ouve a pecadores; mas, se alguém for temente a DEUS, e fizer a sua vontade, a esse ele ouve.
Is 59.2 mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso DEUS; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça.
Rm 8.27 E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção do ESPÍRITO: que ele, segundo a vontade de DEUS, intercede pelos santos.
Rm 8.34 Quem os condenará? CRISTO JESUS é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de DEUS, e também intercede por nós;
DEPRESSÃO - Enfermidade Grave Da ALMA que pode levar o crente à morte do corpo, da alma e do espírito.
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 3º Trimestre de 2008 - Título: As doenças do nosso século - As curas que a Bíblia oferece
Comentarista: Wagner dos Santos Gaby - Lição 4: Depressão, a doença da alma - Data: 27 de Julho de 2008
TEXTO ÁUREO
"Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em DEUS, pois ainda o louvarei na salvação da sua presença" (Sl 42.5).
VERDADE PRÁTICA
DEUS não criou o ser humano para viver desanimado ou deprimido, mas para uma vida saudável e feliz.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Reis 19.1-8.
1 - E Acabe fez saberá Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como totalmente matara todos os profetas à espada.
2 - Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses e outro tanto, se decerto amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles.
3 - O que vendo ele, se levantou, e, para escapar com vida, se foi, e veio a Berseba, que é de Judá, e deixou ali o seu moço.
4 - E ele se foi ao deserto caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais.
5 - E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro; e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come.
6 - E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se.
7 - E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque mui comprido te será o caminho.
8 - Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de DEUS.
INTERAÇÃO
Prezado professor, as lições deste trimestre não têm apenas a finalidade de informar e esclarecer, mas, qual bálsamo, objetivam trazer alívio e conforto aos possíveis “ferimentos” de alguns de seus alunos. Portanto, ore por eles para que sejam tratados e edificados pela Palavra de DEUS. Seja um instrumento de bênçãos e ânimo para toda sua classe. DEUS o abençoe!
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever as causas da depressão.
Entender as reações naturais diante da depressão.
Compreender as formas de enfrentar a depressão.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA - Professor, nossa lição trata de uma das doenças mais perniciosas de nossos dias, a depressão. Tendo como base a vida do profeta Elias, o comentarista discorre a respeito do assunto. Leia atentamente toda a história do profeta e grife os textos que assinalam suas grandes realizações espirituais, mas também suas fraquezas tal qual encontramos em Tg 5.17,18. Apresente aos alunos uma tabela com as seguintes características dos crentes esgotados: apatia, ira, ressentimento, vulnerabilidade às doenças, desilusão, antipatia, mau humor, agressividade, isolamento, intolerância e aversão aos outros. Algumas delas também estiveram presentes no profeta. Incremente o gráfico conforme suas anotações a respeito do porta-voz divino, Elias.
Palavra-Chave - Depressão: Distúrbio caracterizado por debilidade física, desânimo, sensação de cansaço e ansiedade.
INTRODUÇÃO
A despeito de alguns pensarem que o crente jamais se deprime, a própria Bíblia menciona diversos casos de servos de DEUS que passaram por severas crises dessa doença, que se mostra cada vez mais ativa nesses últimos tempos. Como enfrentá-la? Quais são suas causas? É sobre esse importante assunto que iremos estudar nesta lição.
I. AS CAUSAS DA DEPRESSÃO
Observemos alguns elementos que podem levar-nos à depressão.
1. Oposição. Quando Elias chegou a Jezreel e soube que Jezabel intentava matá-lo (1 Rs 19.1,2), tomou atitudes que revelaram seu estado depressivo. Sempre que realizamos ou estamos prestes a realizar algo importante para DEUS, enfrentamos o ataque do Inimigo. Essas investidas inesperadas ou oposição sistemática visam enfraquecer nossa confiança na proteção divina, levando-nos a desistir de lutar e assim impedir o progresso da obra de DEUS (Jo 16.33; 1 Pe 5.8).
2. Frustração. O sentimento de incapacidade ou fracasso, diante da realização de um trabalho aparentemente inútil, pode levar-nos à depressão. A idéia que se tem é que a vida não faz o menor sentido. Elias perdera o ânimo e o interesse de viver: "toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais" (1 Rs 19.4). Humanamente falando, não somos diferentes do profeta; compartilhamos a mesma natureza (Tg 5.17).
3. Medo. O pavor incontido do que nos possam fazer os adversários, e a possibilidade de sermos perseguidos, ridicularizados, caluniados, ou até mortos podem levar-nos à depressão. Foi o que aconteceu com o profeta Elias (1 Rs 19.1,2,10).
4. Angústia. Quando enfrentamos um problema de difícil solução e não vislumbramos uma saída, tendemos à tristeza e a angústia. E justamente nesse momento que a crise depressiva se instala (Jó 3.11; 6.11; 17.1; Sl 13.1-3; 56; 57.6,7).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A oposição, a frustração, o medo e a angústia são alguns sentimentos que podem levar o indivíduo à depressão.
II. REAÇÕES NATURAIS DIANTE DA DEPRESSÃO
1. Fugir. Moisés, incompreendido pelos filhos de Israel e procurado por Faraó, fugiu para Midiã (Êx 2.15). Fugir é a primeira reação quando nos sentimos incapazes diante do inimigo (1 Rs 19.3). Davi tomou a mesma atitude. Durante prolongada crise, fugiu para Aquis, rei de Gate, fazendo-se de louco. Ler 1 Sm 21.10-15; 27.1-7; 29.1-11; Sl 34; 56. Muitos, por não confiarem plenamente em DEUS, usam o sono, o isolamento, o entretenimento, e tantas outras coisas para fugir da realidade. Caso o leitor esteja enfrentando um problema difícil, a ponto de desejar esconder-se em uma cisterna (1 Sm 13.6), saiba que o Senhor tem um escape para você (Sl 91; Hb 13.5).
2. Esconder-se. Elias realizou grandes feitos perante o Senhor: extirpou a idolatria de Israel (1 Rs 18.19-40) e fez chover sobre a terra, após um longo período de seca (1 Rs 18.41,42; 17.1; Lc 4.25; Tg 5.17,18). Todavia, isso não impediu que o profeta ficasse apavorado diante das desprezíveis ameaças de Jezabel (1 Rs 19.4,9).
3. Desistir. Muitos, quando deprimidos, ficam alienados, ou fechados dentro de si mesmos, como num casulo. O abandono da comunhão com os irmãos pode ser um sintoma de depressão: "... deixou ali o seu moço" (1 Rs 19.3). Elias não devia ter dispensado seu auxiliar, nem deveria ter ido para o deserto (1 Rs 19.3.4). A solidão agrava a depressão. Um bom confidente e santo irmão e amigo é uma boa linha de defesa, pelo fato de ter alguém para dialogar e orar juntos. A depressão priva a pessoa do relacionamento com os irmãos e amigos. Ela reprime o desejo de viver (1 Rs 19.4).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Fugir, esconder-se e desistir são algumas reações naturais diante da depressão.
III. ENFRENTANDO A DEPRESSÃO
1. Confiando firmemente no Senhor. DEUS é soberano, nada ocorre sem a sua permissão (Dn 4.34-37). O crente que confia na soberania de DEUS, mesmo nos momentos difíceis, como os vividos por Elias, não se deprime, mas descansa naquEle que tudo pode (Mt 19.26). O Senhor jamais nos abandona. Ele não havia abandonado seu profeta, nem seu povo fiel.
2. Orando e jejuando. O crente fiel pode deparar-se no seu dia a dia com situações que somente são resolvidas através da oração (Mt 9.15; Jr 29.12,13; Et 4.16). O jejum e a oração são armas espirituais poderosas para trazer cura e alívio aos corações abatidos.
3. Evitando a autocomiseração. De acordo com a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, quando formos tentados a pensar que somos os únicos fiéis que restam para realizar algo, não devemos nos lamentar. A autocomiseração diluirá o bem que porventura fizermos. Elias considerava-se a única pessoa que ainda era autêntica para com DEUS. Solitário e desanimado esqueceu-se de que outros permaneceram fiéis em meio à impiedade de sua nação (1 Rs 19.18).
4. Entregando a vida e o futuro a DEUS. O deprimido deve, sem demora e pela fé, levar a CRISTO o fardo opressor de sua angústia, convicto de que Ele o livrará e de tudo cuidará (Sl 42; Is 53.4,5; Mt 11.28,29). Ter convicção de que DEUS nos ama e que Ele se importa conosco, fortalece e consolida a nossa fé, principalmente quando circunstâncias desagradáveis nos ameaçam e, por fim, nos atingem.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Além de evitar a autocomiseração e entregar a vida ao Senhor, o cristão deve confiar em DEUS, orar e jejuar a fim de enfrentar e vencer a depressão.
IV. SAINDO DA DEPRESSÃO
Após ouvir, atentamente, as queixas de Elias, DEUS o encorajou. Da mesma forma o Senhor quer restaurar seu ânimo trazendo alívio para sua alma abatida.
1. Restauração física. Através de um anjo, DEUS proveu alimento e água para o profeta. Em seguida, o Senhor lhe proporcionou um sono reparador (1 Rs 19.4-6). O bem-estar físico e psíquico de Elias era fundamental (Sl 103.14).
2. Mudança de ambiente. DEUS tirou Elias do deserto conduzindo-o a Horebe, cerca de 300 km de Berseba (1 Rs 19.7,8). Elias precisava de tempo e de um novo ambiente, para considerar sua vida sob um novo ponto de vista. Um ambiente estressante e uma rotina rígida e interrupta afeta a saúde física e mental da pessoa. É imprescindível ao deprimido mudar de ambiente, modificar sua rotina, reduzir seu trabalho e desfrutar de um período de férias para passar mais tempo com sua família (Ec 2.21-26; 3.1-8; Mc 6.30,31).
3. Bem-estar espiritual. O vento, o terremoto e o fogo no monte Horebe eram uma demonstração da suficiência e do poder de DEUS; a voz mansa e suave, por sua vez, falava do grande amor do Pai (1 Rs 19.11,12). Talvez uma caverna (v. 9) não seja o local mais adequado para DEUS revelar-se a alguém, todavia, nas situações mais adversas da nossa vida, o Senhor pode vir ao nosso encontro para nos tirar da depressão. O profeta saiu daquele lugar com uma nova visão acerca do seu DEUS (1 Rs 19.13-18; Sl 23.4,5).
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
A restauração física, a mudança de ambiente, a modificação da rotina, a redução das horas de trabalho e um período de férias são algumas atitudes que combatem a depressão.
CONCLUSÃO
"Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos..." (Tg 5.17 - ARA), inclusive, à depressão. O DEUS de Elias também é o nosso DEUS. Assim como deu vitória ao profeta, nos concederá também!
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Devocional
"Lidando com o Estresse
1. Use seus recursos espirituais. Pergunte-se: 'Estou orando e estudando a Palavra? Minha vida devocional está indo bem?' Sua vida espiritual e disciplinas são seus recursos espirituais.
2. Anote num papel as situações estressantes de sua vida. Não deixe nada de fora. Podem ser conflitos pessoais, obrigações e outros assuntos que o estejam afligindo. Ore por cada item da lista e lance suas ansiedades sobre JESUS.
3. Reexamine suas prioridades. As prioridades em nossas vidas devem ser
(1) nosso relacionamento com DEUS, (2) nosso relacionamento com a esposa e filhos e (3) nosso ministério.
4. Faça mudanças. Quando examinamos todas as nossas responsabilidades e exigências de tempo, frequentemente vemos a necessidade de fazer algumas mudanças. Algumas responsabilidades podem ser delegadas a outras pessoas competentes. Outras podem ser adiadas ou mesmo canceladas. Se você está dominado pela abundância de ocupações de sua agenda, análise que compromissos podem ser mudados. Foi o que Jetro comentou a seu genro Moisés: Totalmente desfalecerás, assim tu como este povo que está contigo; porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer' (Êx 18.18)".
(GOODALL, W. I. Dominando o estresse e evitando o esgotamento. In CARLSON, R. (et al) O pastor pentecostal. RJ: CPAD, 1999, pp. 173-4.)
APLICAÇÃO PESSOAL
Após muitas e incansáveis realizações espirituais, Elias cansou-se. Nem mesmo a lembrança dos milagres passados trazia refrigério àquele profeta de DEUS. A autocomiseração, a solidão, o esgotamento físico e mental, a incerteza da eficácia de suas realizações e o desanimo o dominavam lentamente (1 Rs 19.4-14). Esqueceu-se dos grandes milagres operados pelo próprio DEUS em sua vida. Estava, o profeta, frustrado, abatido e deprimido. Mas como julgar o sucesso ministerial? Acaso Elias não era bem-sucedido? O teólogo Silas Daniel afirma que o sucesso ministerial se caracteriza 'pelo fiel cumprimento da chamada divina e não necessariamente pela quantidade do que foi conquistado. Não deve ser medido apenas pelas bênçãos recebidas hoje, mas pelas que virão e pelo cumprimento fiel das nossas responsabilidades. Passa pela qualidade do nosso serviço a DEUS e não necessariamente pela quantidade do nosso serviço’. (Como vencer a frustração espiritual, pp. 126-8.) Não desanimes! 'DEUS não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho da caridade que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis' (Hb 6.10).
SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 3 - CPAD - 3º TRIMESTRE DE 2019
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Vivemos numa sociedade materialista em que o corpo, em quase todas as esferas, é a prioridade. Muitos levam mais a sério malhar o corpo em detrimento de exercitar práticas que desenvolvam mais a saúde da mente e a vida espiritual. A mordomia da alma e do espírito implica desenvolver a esfera material do corpo. Podemos desenvolver a nossa mente com as coisas boas com que nos alimentamos (Fp 4.8,9), e também podemos tonificar o espírito com exercícios de piedade os quais as Escrituras nos ensinam (Mt 6.9-13,16-18). Portanto, nesta lição temos a oportunidade de falarmos acerca do bem-estar da alma e do espírito.
PONTO CENTRAL - A mordomia da alma e do espírito deve ser levado muito sério pelos crentes
SUBSÍDIO DIDÁTICO - PEDAGÓGICO
Para a exposição deste primeiro tópico, sugerimos a leitura das páginas 242-260 da obra “Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal”, editada pela CPAD. O assunto em estudo é altamente teológico, por isso, consultar uma boa Teologia Sistemática será de ajuda inestimável a fim de apresentar com maior segurança um assunto complexo. Tenha atenção com o termo “tricotomia” (ponto a ser desenvolvido no tópico 2). Neste primeiro tópico você deve deixar claro o significado do termo “alma”, as teorias acerca de sua origem e a conceituação do termo “espírito”. Boa aula!
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
“Textos bíblicos que parecem apoiar o tricotomismo incluem 1 Tessalonicenses 5.23, onde Paulo pronuncia a bênção: ‘E todo o vosso espírito, e alma, e corpo seja plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO’. Em 1 Coríntios 2.14 – 3.4, Paulo refere-se aos seres humanos como sarkikos (literalmente: ‘carnal’ 3.1,3), psuchikos (literalmente: ‘segundo a alma’, 2.14) e pneumatikos (literalmente: ‘espiritual’, 2.15). Esses dois textos parecem demonstrar de forma ostensiva três componentes elementares. Vários outros textos parecem distinguir alma e espírito (1 Co 15.44; Hb 4.12)” (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.248).
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“Primeiro as coisas mais importantes
A intimidade da sala de estar que Maria teve com JESUS nunca resultará da agitação da cozinha de Marta. Agitação, por si só, causa distração. Vemos em Lucas 10.38 uma mulher com a virtude da hospitalidade. Marta abriu sua casa para JESUS, mas isso não significa que ela automaticamente tenha aberto seu coração. Em sua ânsia de servir a JESUS, ela quase perdeu a oportunidade de conhecê-lo.
Lucas nos diz que ‘Marta, porém, andava distraída em muitos serviços’. Em sua mente, ela se preocupava em fazer o melhor. Tinha que fazer o máximo por JESUS.
Podemos ser pegas pela mesma cilada de desempenho, sentido que devemos provar nosso amor a DEUS através de grandes feitos. Então, nos apressamos em deixar a intimidade da sala de estar para nos ocupar por Ele na cozinha – realizando grandes ministérios e projetos maravilhosos, no esforço de divulgar as Boas Novas. Fazemos todo o nosso trabalho em seu nome. Nós o chamamos ‘Senhor, Senhor’. Mas, no fim, será que Ele nos reconhecerá? Nós o conheceremos?
O reino de DEUS, como você vê, é um paradoxo. Enquanto o mundo aplaude as grandes façanhas. DEUS deseja comunhão. O mundo clama ‘Faça mais! Seja tudo o que puder!’, mas nosso Pai sussurra: ‘Aquietai-vos e sabei que eu sou DEUS’. Ele não procura tanto por trabalhadores como procura por filhos e filhas – um povo no qual possa fluir” (WEAVER, Joanna A. Como ter o coração de Maria no mundo de Marta: Fortalecendo a comunhão com DEUS em uma vida atarefada. Rio de Janeiro: CPAD, pp.9,10).
PARA REFLETIR - A respeito de “A Mordomia da Alma e do espírito”, responda:
Do ponto de vista teológico, que é a alma? Do ponto de vista teológico, a alma é a sede das emoções e dos sentimentos.
O que diferencia um crente espiritual do carnal? O ESPÍRITO SANTO (Gl 5.16-18,22-25). Os carnais vivem de acordo com a natureza carnal que não foi submetida nem transformada por CRISTO (Gl 5.19-21).
Cite as três teorias acerca da origem da alma. Teoria da preexistência, Teoria criacionista e Teoria participativa.
Como o homem e a mulher geram um novo ser? Homem e mulher geram um novo ser com a cooperação divina (At 17.28; Hb 1.3).
O que o crente deve procurar na mordomia do espírito? Na mordomia do espírito, o crente deve procurar andar em ESPÍRITO, ou seja, na direção e submissão do ESPÍRITO SANTO.
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 79, p. 37.
SUGESTÃO DE LEITURA
Reflexões sobre a Alma e o Tempo, Eclesiastes versículo por versículo e Tendo um espírito como o de Maria.
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
I – A TRICOTOMIA HUMANA
1. Doutrina e teologia.
3. Físico e espiritual.
II – A DISTINÇÃO ENTRE ALMA E ESPÍRITO (espírito humano)
1. A alma.
2. O espírito.
III – A INTERAÇÃO DAS TRÊS DIMENSÕES
1. Corpo, afetos e somatização.
2. Equilíbrio e saúde.
CONCLUSÃO
“E o mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO.” (1 Ts 5.23)
DEUS nos fez corpo, alma e espírito para glorificá-lo eternamente com todo o nosso ser.
Segunda - Sl 8.3-9 O homem é pouco menor que os anjos
Gênesis 1. 26 - E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra. 27 - E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou. 28 - E DEUS os abençoou e DEUS lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
21 - Então, o Senhor DEUS fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. 22 - E da costela que o Senhor DEUS tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão. 23 - E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
1. INTRODUÇÃO
Neste trimestre, estudaremos a respeito do corpo, da alma e do espírito; ou seja, temos o propósito de aprofundar a compreensão bíblica da natureza humana e sua relação com DEUS na vida prática. Para introduzir o tema, iniciaremos com a lição que abordará o ser humano criado por DEUS de forma tricotômica: corpo, alma e espírito. Aqui, estudaremos a distinção e a interação entre essas três dimensões, destacando que fomos formados para glorificar a DEUS integralmente. Enfatizaremos a relevância de uma vida equilibrada e santa em todas as áreas do ser. Para nos auxiliar neste trimestre, contaremos com o pastor Silas Queiroz - jornalista, bacharel em Teologia e Direito, especialista em Direito Público e Processual Civil, e Procurador-Geral do município de Ji-Paraná, RO. Atua como pastor nas congregações de Ji-Paraná, cidade na qual reside.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Levar os alunos a entenderem que o ser humano é formado por corpo, alma e espírito; II) Ensinar a diferença entre alma e espírito com base nos termos originais, mostrando que ambos compõem a parte imaterial do homem; III) Conscientizar sobre a importância da harmonia entre corpo, alma e espírito, destacando como que os desequilíbrios em algumas dessas áreas podem afetar as demais.
B) Motivação: Você já tentou consertar algo sem saber exatamente como aquilo foi feito? Como foi a experiência? Muitas vezes tentamos lidar com questões emocionais, espirituais ou físicas sem entender como DEUS nos criou. Nesta lição, vamos descobrir como fomos formados - corpo, alma e espírito - e como essa compreensão nos ajuda a viver de forma equilibrada e segundo a vontade de DEUS.
C) Sugestão de Método: Como método introdutório, você pode iniciar a aula perguntando aos alunos: "O que define o ser humano como único entre as criaturas?" Em seguida, pode apresentar as três dimensões do homem - corpo, alma e espírito - e pedir que eles relacionem algumas funções ou características humanas a cada uma delas. Após isso, leia 1 Tessalonicenses 5.23 e destaque a visão bíblica da tricotomia. Essa abordagem ajudará a introduzir o tema do trimestre e mostrar que fomos criados para glorificar a DEUS integralmente.
A) Aplicação: Devemos buscar uma vida equilibrada, cuidando do corpo, da alma e do espírito, pois fomos criados por DEUS para glorificá-lo com todo o nosso ser. A verdadeira saúde espiritual envolve comunhão com DEUS, santidade e maturidade emocional.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 103, p.36, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "O que significa ser humano?", localizado depois do primeiro tópico, aponta para a reflexão a respeito da tríplice natureza do ser humano de acordo com a revelação bíblica; 2) O texto "A alma e o espírito", ao final do segundo tópico, aprofunda a distinção entre alma e espírito.
DEUS criou o homem de forma especial, com um propósito especial (Gn 1.27,28), como um ato de coroamento de sua criação. E fez isso de maneira sublime e distinta em relação a todos os demais seres viventes. Muito além da expressão “produza a terra”, a partir da qual foram criados os animais (Gn 1.24), o homem é resultado de uma ação divina, pessoal e plural (Gn 1.26). Sua formação é constituída de uma modelagem sobrenatural — “do pó da terra” — e pelo sopro de DEUS em seus narizes (Gn 2.7). Neste trimestre, estudaremos essa solene, maravilhosa e exclusiva criação, bem como a importância de uma vida equilibrada e saudável no espírito, na alma e no corpo, sob a perspectiva cristã. Abordaremos a Queda e a Redenção, firmados na esperança de nosso completo, iminente e eterno retorno ao Criador (1 Ts 4.15-17).
1. Doutrina e teologia.
A teologia utiliza o termo “tricotomia” para tratar da tríplice constituição do ser humano: o corpo, a alma e o espírito. Essas três substâncias, ou componentes do homem, são descritas tanto no Antigo quanto no Novo Testamento (Dt 4.9; Sl 42.11; 139.16; Dn 7.15; Zc 12.1; Mt 10.28; Lc 1.46,47; 1 Co 14.14,15). O próprio JESUS CRISTO, o Filho de DEUS encarnado — plenamente homem e plenamente DEUS — possuía essa constituição (Lc 24.39; Jo 12.27; Lc 23.46). A primeira divisão — as partes material e imaterial — é explicitamente apresentada no ato de formação do homem: “E formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida, e o homem foi feito alma vivente” (Gn 2.7).
Os anjos são seres espirituais, porém sem corpo material (Sl 33.6; Hb 1.13,14). Os animais não possuem a parte imaterial que há no homem (alma e espírito). A “alma” do animal (sua vida) se restringe ao corpo e se esvai com ele (Lv 17.12-14). Já o termo hebraico para “vida”, em Gênesis 2.7, alusivo ao homem, é chayim (no plural), permitindo a expressão literal “fôlego das vidas”. Isso pode significar que, em um único substantivo, o texto sagrado esteja aludindo implicitamente à vida do espírito humano, da alma humana e do corpo humano.
DEUS, que é trino, criou o homem como um ser tríplice, isto é, composto de corpo, alma e espírito. O DEUS Trino, isto é, DEUS Pai, DEUS Filho e DEUS ESPÍRITO SANTO, imprimiu sua semelhança na formação do homem. Também JESUS, quando se fez homem, recebeu um corpo (cf. Hb 10.5), uma alma (cf. Mt 26.38) e um espírito (cf. Lc 23.46). A Bíblia fala muito dessas três partes do homem (cf. 1 Ts 5.23).” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a obra Teologia Sistemática, de Eurico Bergstén, editada pela CPAD.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO - “O QUE SIGNIFICA SER HUMANO?
A Bíblia afirma claramente que a raça humana, por decisão especial de DEUS, foi criada à imagem e semelhança de DEUS (Gn 1.26-27). Isto significa que Adão e Eva não eram produtos de evolução (Gn 1.27; Mt 19.4; Mc 10.6; veja o artigo A CRIAÇÃO, p. 7). O fato de terem sido criados à semelhança de DEUS significa que eles eram capazes de responder a DEUS e ter um relacionamento pessoal com Ele.
[...] Observe pelo menos três aspectos diferentes da imagem de DEUS na humanidade (veja Gn 1.26): Adão e Eva possuíam uma semelhança moral com DEUS, pelo fato de que foram originalmente criados justos e santos. Ou seja, eles estavam em um relacionamento correto com DEUS, dedicados completamente a bons propósitos e separados do mal (cf. Ef 4.24), com o coração capaz de amar e desejar fazer o que é certo. Eles possuíam uma semelhança com DEUS em sua inteligência, porque foram criados com espírito, mente, emoções e o poder de escolha (Gn 2.19-20; 3.6-7). De certa forma, a constituição física das pessoas também estava na imagem de DEUS, de uma maneira que não acontecia com os animais. DEUS deu aos seres humanos a forma em que Ele apareceria visivelmente no Antigo Testamento (Gn 18.1-2), e a forma que o seu Filho assumiria quando viesse à terra (Lc 1.35; Fp 2.7) para dar a vida em pagamento pelo nosso pecado” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1106).
1. A alma.
Do hebraico nephesh e do grego psyché, “alma” é uma das muitas palavras polissêmicas da Bíblia — possui vários significados. Aparece 755 vezes somente no Antigo Testamento. Seu primeiro sentido é “ser vivo”, como em Gênesis 1.20: “alma vivente”. Nesta acepção, a palavra “alma” é usada também para os animais (Gn 1.24) e significa simplesmente “vida”. A distinção entre a alma do homem e a do animal é evidenciada no processo criativo: procedente do sopro de DEUS (Gn 2.7), a alma do homem constitui uma substância espiritual, incorpórea, invisível e imortal (Dn 12.2; Mt 25.46; Lc 16.22-25; Ap 20.4). É dotada de razão, sentimento e vontade — atributos dados por DEUS ao homem para o exercício de sua missão (Gn 1.28), especialmente sua vocação relacional com o Criador e com os semelhantes (Gn 2.15-24; 3.8). Isso, aliás, decorre do fato de o homem ser um ser pessoal, criado à imagem de DEUS (Gn 1.26).
Do hebraico ruah e do grego pneuma, o espírito do homem provém de DEUS e constitui sua principal dimensão. É por meio dele que mantemos nossa comunhão com o Criador, o Pai dos espíritos, e o adoramos (Hb 12.9; Jo 4.23,24). Junto com a alma, e inseparável dela, compõe a parte imaterial do ser humano. É o “homem interior” que, na linguagem do apóstolo Paulo, aparece algumas vezes em contraste direto com o corpo, o homem exterior (Rm 7.22-25; 2 Co 4.16-18; Ef 3.16-19). Como ensina o pastor Antônio Gilberto, em sua Bíblia com Comentários, “à luz das Escrituras, o espírito é a fonte da vida recebida de DEUS. O espírito usa e transmite essa vida à alma, que, por sua vez, a expressa por meio do corpo, utilizando seus sentidos físicos para explorar o mundo exterior e dele receber as necessárias impressões”. São três elementos que formam um único ser ou pessoa.
“A alma (heb. nephesh; gr. psychē), frequentemente traduzida como ‘vida’, pode ser brevemente definida como a parte não material do ser humano, que resulta da união de corpo e espírito. Ela inclui a mente, as emoções e o livre-arbítrio. Juntamente com o espírito humano, a alma continuará a viver quando a pessoa morrer fisicamente. (Nesse sentido, há certa superposição na Bíblia no uso das palavras ‘alma’ e ‘espírito’.) A alma está tão intimamente conectada à personalidade interior que o termo é usado, às vezes, como sinônimo de ‘pessoa’ (p.ex., Lv 4.2; 7.20; Js 20.3). O corpo (heb. basar; gr. sōma) pode ser brevemente definido como o elemento físico e material de um indivíduo que retorna ao pó quando este morre (às vezes, chamado de ‘carne’). O espírito (heb. ruach; gr. pneuma) pode ser brevemente definido como o componente de vida não material do ser humano – a essência verdadeira da pessoa, dada por DEUS – incluindo as nossas capacidades espirituais e a nossa consciência. É o aspecto pelo qual temos contato mais direto com o ESPÍRITO de DEUS” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.1106-07).
1. Corpo, afetos e somatização.
O corpo (gr. soma) é a parte material do ser humano, por meio da qual comumente manifestamos os atributos da alma e do espírito. Empregando o vocábulo “coração” (heb. leb; gr. kardia) — uma das principais palavras que o Antigo e o Novo Testamentos usam como sinônimo de alma —, Salomão bem identificou essa interação ao afirmar: “O coração alegre aformoseia o rosto” (Pv 15.13); “O coração com saúde é a vida da carne” (Pv 14.30); “O coração alegre serve de bom remédio, mas o espírito abatido virá a secar os ossos” (Pv 17.22). Identificados como doenças psicossomáticas a partir do século XX, muitos problemas físicos decorrem de crises da alma (e também do espírito, inclusive pecados, cf. Sl 31.9,10; 32.1-5). E como se multiplicam em nossos dias!
Uma correta compreensão espiritual acerca do homem, de sua constituição e propósito é fundamental para uma vida cristã equilibrada (1 Co 2.14,15). Mesmo as almas mais piedosas não encontram verdadeira paz e alegria senão em DEUS, o seu Criador (Sl 42.1; Jo 14.27), pois “a alegria do Senhor é a [nossa] força” (Ne 8.10).
1. Como é conhecida a Doutrina do Homem no campo da Teologia Sistemática?
No campo da Teologia Sistemática, ela é conhecida como Antropologia Bíblica.
2. A que perguntas milenares a Doutrina do Homem responde?
Responde às intrigantes e milenares perguntas: Quem é o homem? De onde veio? Para onde vai?
3. Qual o significado de tricotomia?
A teologia utiliza o termo “tricotomia” para tratar da tríplice constituição do ser humano: o corpo, a alma e o espírito.
4. Qual a distinção entre a alma dos animais e a alma do homem?
A distinção entre a alma do homem e a do animal é evidenciada no processo criativo: procedente do sopro de DEUS (Gn 2.7), a alma do homem constitui uma substância espiritual, incorpórea, invisível e imortal (Dn 12.2; Mt 25.46; Lc 16.22-25; Ap 20.4).
5. Como conceituar “espírito”?
Do hebraico ruah e do grego pneuma, o espírito do homem provém de DEUS e constitui sua principal dimensão. É por meio dele que mantemos nossa comunhão com o Criador, o Pai dos espíritos, e o adoramos.
