31 março 2011

LIÇÃO 1 - QUEM É O ESPÍRITO SANTO



LIÇÃO 1 - QUEM É O ESPÍRITO SANTO
Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2011 - CPAD - Jovens e Adultos
MOVIMENTO PENTECOSTAL - As doutrinas de nossa fé
Comentários da revista da CPAD: Pr. Elienai Cabral
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD:  Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva

QUESTIONÁRIO

 
 
 
TEXTO ÁUREO

"E eu rogarei ao Pai, ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre" (Jo 14.16).

 
 
VERDADE PRÁTICA
O ESPÍRITO SANTO é a Terceira Pessoa da Trindade Santíssima e, à semelhança do Pai e do Filho, é DEUS.
 
 
LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 1.2,26 - O ESPÍRITO SANTO na criação
Terça - Gn 41.38,39 - O ESPÍRITO SANTO na era patriarcal
Quarta - Jz 3.10; 6.34 - O ESPÍRITO SANTO no tempo dos juízes
Quinta - Jo 14.16,17 - O ESPÍRITO SANTO como a promessa do Pai à Igreja
Sexta - JI 2.28,29 - O ESPÍRITO SANTO e a promessa no AT de sua efusão
Sábado - At 2.1-4 - O ESPÍRITO SANTO no Pentecostes
 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 14.16, 17, 26; 6.13- 15

João 14

16 - E eu rogarei ao Pai, ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,

17 - o ESPÍRITO da verdade, que mundo não pode receber, porque não vê, nem conhece; mas vós conheceis, porque habita convosco estará em vós. 26 - Mas aquele Consolador, ESPÍRITO SANTO, que oPai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
14.16 O CONSOLADOR. JESUS chama o ESPÍRITO SANTO de "Consolador". Trata-se da tradução da palavra grega parakletos, que significa literalmente "alguém chamado para ficar ao lado de outro para o ajudar". É um termo rico de sentido, significando Consolador, Fortalecedor, Conselheiro, Socorro, Advogado, Aliado e Amigo. O termo grego para "outro" é, aqui, allon, significando "outro da mesma espécie", e não heteros, que significa outro, mas de espécie diferente. Noutras palavras, o ESPÍRITO SANTO dá prosseguimento ao que CRISTO fez quando na terra.
(1) JESUS promete enviar outro Consolador. O ESPÍRITO SANTO, pois, faria pelos discípulos, tudo quanto CRISTO tinha feito por eles, enquanto estava com eles. O ESPÍRITO estaria ao lado deles para os ajudar (cf. Mt 14. 30,31), prover a direção certa para suas vidas (v. 26), consolar nos momentos difíceis (v. 18), interceder por eles em oração (Rm 8.26,27; cf. 8.34) e permanecer com eles para sempre.
(2) A palavra parakletos é aplicada ao Senhor JESUS em 1 Jo 2.1. JESUS, portanto, é nosso Ajudador e Intercessor no céu (cf. Hb 7.25) enquanto que o ESPÍRITO SANTO é nosso Ajudador e Intercessor, habitando em nós, aqui na terra (Rm 8.9,26; 1 Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16; 2 Tm 1.14).
14.17 HABITA CONVOSCO E ESTARÁ EM VÓS. CRISTO declara que o ESPÍRITO SANTO habitava agora com os discípulos, e lhes promete que futuramente Ele estaria "em vós". A promessa do ESPÍRITO SANTO para habitar nos fiéis cumpriu-se depois da ressurreição de CRISTO, quando Ele assoprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o ESPÍRITO SANTO" (ver Jo 20.22). A seguir, CRISTO lhes ordenou a aguardarem uma outra experiência no ESPÍRITO SANTO, que lhes daria grande poder para testemunhar. "Mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO, não muito depois destes dias... recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós" (At 1.5,8; 2.4).

João 16

13 - Mas, quando vier aquele ESPÍRITO da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido vos anunciará o que há de vir.

14 - Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu vo-lo há de anunciar.

15 - Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso, vos disse que há de receber do que é meu vo-lo há de anunciar.
16.13 ELE VOS GUIARÁ EM TODA A VERDADE. A obra do ESPÍRITO SANTO quanto a convencer do pecado não concerne somente ao incrédulo (vv. 7,8), mas também ao crente e à igreja, ensinando, corrigindo e guiando na verdade (Mt 18.15; 1 Tm 5.20; Ap 3.19).
(1) O ESPÍRITO SANTO falará ao crente concernente ao pecado, a justiça de CRISTO e ao julgamento da maldade com vistas a:
(a) conformar o crente a CRISTO e aos seus padrões de justiça (cf. 2 Co 3.18);
(b) guiá-lo em toda verdade (v. 13); e
(c) glorificar a CRISTO (v. 14).
Deste modo, o ESPÍRITO SANTO opera no crente para reproduzir no seu viver a vida santa de CRISTO.
(2) Se o crente cheio do ESPÍRITO SANTO rejeita a sua direção e sua operação de convencer do pecado, e se o crente não mortifica as obras da carne mediante o ESPÍRITO SANTO, morrerá espiritualmente (Rm 8.13a). Somente os que recebem a verdade e são "guiados pelo ESPÍRITO de DEUS" são filhos de DEUS (Rm 8.14), e assim podem continuar na plenitude do ESPÍRITO SANTO (ver Ef 5.18). O pecado arruína a vida espiritual e igualmente a plenitude do ESPÍRITO SANTO no crente (Rm 6.23; 8.13; Gl 5.17; cf. Ef 5.18; 1 Ts 5.19).
16.14 HÁ DE RECEBER DO QUE É MEU. O ESPÍRITO toma o que é de CRISTO e o revela ao crente. Isto quer dizer que Ele lança mão da presença, amor, perdão, redenção, santificação, vida, poder, dons espirituais, cura e de tudo o mais que nos pertence pelo nosso relacionamento com CRISTO mediante a fé e torna reais estas bênçãos em nossa vida. Por meio do ESPÍRITO, JESUS volta a nós para nos revelar seu amor, graça e comunhão pessoal (cf. 14.16-23). O ESPÍRITO opera em nós para despertar e aprofundar nossa consciência da presença de JESUS em nossa vida e atrai nosso coração a Ele em fé, amor, obediência, comunhão, adoração e louvor.
 
 
PALAVRAS-CHAVE - ESPÍRITO SANTO: [Do heb. Ruah Kadosh; do gr. Hagios Peneumathos] Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. É um ser dotado de personalidade vontade própria.

 
INTERAÇÃO
Caro professor, inicie a primeira aula deste trimestre explicando aos alunos que vamos estudar a respeito dos fundamentos da fé pentecostal. Diga que o Movimento Pentecostal teve sua origem no Dia de Pentecostes, quando o ESPÍRITO SANTO foi derramado sobre a Igreja (At 2.2). Desde então a chama do ESPÍRITO SANTO tem se mantido acesa nos corações de muitos crentes ao longo dos anos. Ela chegou ao Brasil com os missionários Daniel Berg Gunnar Vingren. Não podemos deixar que esta chama se apague!

Fale também a respeito do comentarista, Pr. Elienai Cabral conferencista autor de várias obras publicadas pela CPAD, membro do Conselho Administrativo da CPAD, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e
também da Casa de Letras Emílio Conde. Que DEUS abençoe ricamente a sua vida a de seus alunos.

 
OBJETIVOS DA LIÇÃO - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer os principais pontos da doutrina bíblica do ESPÍRITO SANTO.
Explicar o que é a aseidade do SANTO ESPÍRITO.
Saber que o ESPÍRITO SANTO tem personalidade.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o esquema da página seguinte para introduzir o tópico I. Faça a exposição panorâmica da doutrina do ESPÍRITO SANTO, informando suas principais atribuições no tempo atual. Explique que o ESPÍRITO SANTO é um Ser pessoal que busca relacionar-se com o homem. No desenvolvimento deste relacionamento, o ESPÍRITO SANTO protagoniza o papel de condutor da Igreja. Sob Sua direção, a Igreja caminha na "estrada" da Graça de DEUS buscando ser a principal testemunha de JESUS CRISTO de Nazaré. Boa Aula!
 

JESUS E O ESPÍRITO SANTO
Lc 11.13: “Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o ESPÍRITO SANTO àqueles que lho pedirem?”

JESUS tinha um relacionamento especial com o ESPÍRITO SANTO, relacionamento este importante para nossa vida pessoal. Vejamos as lições práticas desse relacionamento.

AS PROFECIAS DO ANTIGO TESTAMENTO. Várias das profecias do AT sobre o futuro Messias afirmam claramente que Ele seria cheio do poder do ESPÍRITO SANTO (ver Is 11.2; 61.1-3).
Quando JESUS leu Is 61.1,2 na sinagoga de Nazaré, acrescentou: “Hoje, se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos” (4.18-21; ver Jo 3.34b).

O NASCIMENTO DE JESUS. Tanto Mateus quanto Lucas declaram de modo específico e inequívoco que JESUS veio a este mundo como resultado de um ato milagroso de DEUS. Foi concebido mediante o ESPÍRITO SANTO e nasceu de uma virgem, Maria (Mt 1.18,23; Lc 1.27). Devido à sua concepção milagrosa, JESUS era um “santo” (1.35), i.e., livre de toda mácula do pecado. Por isto, Ele era digno de carregar sobre si a culpa dos nossos pecados e expiá-los (ver Mt 1.23). Sem um Salvador perfeito e sem pecado, não poderíamos jamais obter a redenção.

O BATISMO DE JESUS. Quando JESUS foi batizado por João Batista, Ele, que posteriormente batizaria seus discípulos no ESPÍRITO, no Pentecoste e durante toda a era da igreja (ver Lc 3.16; At 1.4,5; 2.33,38,39), Ele mesmo pessoalmente foi ungido pelo ESPÍRITO (Mt 3.16,17; Lc 3.21,22). O ESPÍRITO veio sobre Ele em forma de uma pomba, dotando-o de grande poder para levar a efeito o seu ministério, inclusive a obra da redenção. Quando nosso Senhor foi para o deserto depois do seu batismo, estava “cheio do ESPÍRITO SANTO” (4.1). Todos os que experimentarem o sobrenatural renascimento espiritual pelo ESPÍRITO SANTO, devem, como JESUS, experimentar o batismo no ESPÍRITO SANTO, para lhes dar poder na sua vida e no seu trabalho (ver At 1.8).

A TENTAÇÃO DE JESUS POR SATANÁS. Imediatamente após o batismo, JESUS foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto, onde foi tentado pelo diabo durante quarenta dias (4.1,2). Foi pelo fato de estar cheio do ESPÍRITO SANTO (4.1) que JESUS conseguiu resistir firmemente a Satanás e vencer as tentações que lhe foram apresentadas. Da mesma maneira, a intenção de DEUS é que nunca enfrentemos as forças espirituais do mal e do pecado sem o poder do ESPÍRITO. Precisamos estar equipados com a sua plenitude e obedecer-lhe a fim de sermos vitoriosos contra Satanás. Um filho de DEUS propriamente dito deve estar cheio do ESPÍRITO e viver pelo seu poder.

O MINISTÉRIO DE JESUS. Quando JESUS fez referência ao cumprimento da profecia de Isaías acerca do poder do ESPÍRITO SANTO sobre Ele, usou também a mesma passagem para sintetizar o conteúdo do seu ministério, a saber: pregação, cura e libertação (Is 61.1,2; Lc 4.16-19). (1) O ESPÍRITO SANTO ungiu JESUS e o capacitou para a sua missão. JESUS era DEUS (Jo 1.1), mas Ele também era homem (1Tm 2.5). Como ser humano, Ele dependia da ajuda e do poder do ESPÍRITO SANTO para cumprir as suas responsabilidades diante de DEUS (cf. Mt 12.28; LC 4.1,14; Rm 8.11; Hb 9.14). (2) Somente como homem ungido pelo ESPÍRITO, JESUS podia viver, servir e proclamar o evangelho (At 10.38). Nisto, Ele é um exemplo perfeito para o cristão; cada crente deve receber a plenitude do ESPÍRITO SANTO (ver At 1.8; 2.4).

A PROMESSA DE JESUS QUANTO AO ESPÍRITO SANTO. João Batista profetizara que JESUS batizaria seus seguidores no ESPÍRITO SANTO (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16, ver Jo 1.33), profecia esta que o próprio JESUS reiterou (At 1.5; 11.16). Em 11.13, JESUS prometeu que daria o ESPÍRITO SANTO a todos quantos lhe pedissem. Todos estes versículos acima referem-se à plenitude do ESPÍRITO, que CRISTO promete conceder àqueles que já são filhos do Pai celestial — promessa esta que foi inicialmente cumprida no Pentecoste (ver At 2.4) e permanece para todos que são seus discípulos e que pedem o batismo no ESPÍRITO SANTO (ver At 1.5; 2.39).

A RESSURREIÇÃO DE JESUS. Mediante o poder do ESPÍRITO SANTO, JESUS ressuscitou dentre os mortos e, assim, foi vindicado como o verdadeiro Messias e Filho de DEUS. Em Rm 1.3,4 lemos que, segundo o ESPÍRITO de santificação (i.e., o ESPÍRITO SANTO), CRISTO JESUS foi declarado Filho de DEUS, com poder, e em Rm 8.11 que “o ESPÍRITO... ressuscitou dos mortos a JESUS”. Assim como JESUS dependia do ESPÍRITO SANTO para sua ressurreição dentre os mortos, assim também os crentes dependem do ESPÍRITO para a vida espiritual agora, e para a ressurreição corporal no porvir (Rm 8.10,11).

A ASCENSÃO DE JESUS AO CÉU. Depois da sua ressurreição, JESUS subiu ao céu e assentou-se à destra do Pai como seu co-regente (24.51; Mc 16.19; Ef 1.20-22; 4.8-10; 1Pe 3.21,22). Nessa posição exaltada, Ele, da parte do Pai, derramou o ESPÍRITO SANTO sobre o seu povo no Pentecoste (At 2.33; cf. Jo 16.7-14), proclamando, assim, o seu senhorio como rei, sacerdote e profeta. Esse derramamento do ESPÍRITO SANTO no Pentecoste e no decurso desta era presente dá testemunho da contínua presença e autoridade do Salvador exaltado.

A COMUNHÃO ÍNTIMA ENTRE JESUS E SEU POVO. Como uma das suas missões atuais, o ESPÍRITO SANTO toma aquilo que é de CRISTO e o revela aos crentes (Jo 16.14,15). Isto quer dizer que os benefícios redentores da salvação em CRISTO nos são mediados pelo ESPÍRITO SANTO (cf. Rm 8.14-16; Gl 4.6). O mais importante é que JESUS está bem perto de nós (Jo 14.18). O ESPÍRITO nos torna conscientes da presença pessoal de JESUS, do seu amor, da sua bênção, ajuda, perdão, cura e tudo quanto é nosso mediante a fé. Semelhantemente, o ESPÍRITO atrai nosso coração para buscar ao Senhor com amor, oração, devoção e adoração (ver Jo 4.23,24; 16.14).

A VOLTA DE JESUS PARA BUSCAR SEU POVO. JESUS prometeu voltar e levar para si o seu povo fiel, para estar com Ele para sempre (veja Jo 14.3; 1Ts 4.13-18). Esta é a bendita esperança de todos os crentes (Tt 2.13), o evento pelo qual oramos e ansiamos (2Tm 4.8). As Escrituras revelam que o ESPÍRITO SANTO impulsiona nosso coração a clamar a DEUS pela volta do nosso Senhor. É o ESPÍRITO quem testifica que nossa redenção permanece incompleta até a volta de CRISTO (cf. Rm 8.23). No final da Bíblia, temos estas últimas palavras que o ESPÍRITO SANTO inspirou “Ora, vem, Senhor JESUS” (Ap 22.20).
 
A REGENERAÇÃO
Jo 3.3: “JESUS respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de DEUS.”
Em 3.1-8, JESUS trata de uma das doutrinas fundamentais da fé cristã: a regeneração (Tt 3.5), ou o nascimento espiritual. Sem o novo nascimento, ninguém poderá ver o reino de DEUS, i.e., receber a vida eterna e a salvação mediante JESUS CRISTO. Apresentamos a seguir, importantes fatos a respeito do novo nascimento.
(1) A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa (Rm 12.2; Ef 4.23,24), efetuadas por DEUS e o ESPÍRITO SANTO (3.6; Tt 3.5). Por esta operação, a vida eterna da parte do próprio DEUS é outorgada ao crente (3.16; 2Pe 1.4; 1Jo 5.11), e este se torna um filho de DEUS (1.12; Rm 8.16,17; Gl 3.26) e uma nova criatura (2Co 5.17; Cl 3.10). Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2), mas é criado segundo DEUS “em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24).
(2) A regeneração é necessária porque, à parte de CRISTO, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a DEUS e de agradar-lhe (Sl 51.5; 58.3; Rm 8.7,8; 5.12; 1Co 2.14).
(3) A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para DEUS (Mt 3.2) e coloca a sua fé pessoal em JESUS CRISTO como seu Senhor e Salvador (ver 1.12).
(4) A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a JESUS CRISTO (2Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10). Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado (ver 8.36; Rm 6.14-23), e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a DEUS e de seguir a direção do ESPÍRITO (Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão (1Jo 2.29), ama aos demais crentes (1Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo ( 1Jo 2.15,16).
(5) Quem é nascido de DEUS não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua vida (ver 1Jo 3.9). Não é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e o esforço vitorioso de agradar a DEUS e de evitar o mal (1Jo 2.3-11, 15-17, 24-29; 3.6-24; 4.7,8, 20; 5.1), mediante uma comunhão profunda com CRISTO (ver 15.4) e a dependência do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.2-14).
(6) Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos caminhos pecaminosos do mundo, seja qual for a religião que professam, demonstram que ainda não nasceram de novo (1Jo 3.6,7).
(7) Assim como uma pessoa nasce do ESPÍRITO ao receber a vida de DEUS, também pode extinguir essa vida ao enveredar pelo mal e viver em iniqüidade. As Escrituras afirmam: “se viverdes segundo a carne, morrereis” (Rm 8.13). Ver também Gl 5.19-21, atentando para a expressão “como já antes vos disse” (v. 21).
(8) O novo nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre DEUS e o salvo é questão do espírito e não da carne (3.6). Logo, embora a ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de pai para filho, que DEUS quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na terra (ver Rm 8.13). Nosso relacionamento com DEUS é condicionado pela nossa fé em CRISTO durante nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros (Hb 5.9; 2Tm 2.12).

A REGENERAÇÃO DOS DISCÍPULOS
Jo 20.22 “E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o ESPÍRITO SANTO.”

A outorga do ESPÍRITO SANTO por JESUS aos seus discípulos no dia da ressurreição não foi o batismo no ESPÍRITO SANTO como ocorreu no dia de Pentecoste (At 1.5; 2.4). Era, realmente, a primeira vez que a presença regeneradora do ESPÍRITO SANTO e a nova vida do CRISTO ressurreto saturavam e permeavam os discípulos.
(1) Durante a última reunião de JESUS com seus discípulos, antes da sua paixão e crucificação, Ele lhes prometeu que receberiam o ESPÍRITO SANTO, como aquele que os regeneraria: “habita convosco, e estará em vós” (14.17). JESUS agora cumpre aquela promessa.
(2) Da frase, “assoprou sobre eles”, em 20.22, infere-se que se trata da sua regeneração. A palavra grega traduzida por “soprou” (emphusao) é o mesmo verbo usado na Septuaginta (a tradução grega do AT) em Gn 2.7, onde DEUS “soprou em seus narizes [de Adão] o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. É o mesmo verbo que se acha em Ez 37.9: “Assopra sobre estes mortos, para que vivam”. O uso que João faz deste verbo neste versículo indica que JESUS estava lhes outorgando o ESPÍRITO a fim de neles produzir nova vida e nova criação. Isto é, assim como DEUS soprou para dentro do homem físico o fôlego da vida, e o homem se tornou uma nova criatura (Gn 2.7), assim também, agora, JESUS soprou espiritualmente sobre os discípulos, e eles se tornaram novas criaturas. Mediante sua ressurreição, JESUS tornou-se em “espírito vivificante” (1Co 15.45).
(3) O imperativo “Recebei o ESPÍRITO SANTO” estabelece o fato que o ESPÍRITO, naquele momento histórico, entrou de maneira inédita nos discípulos, para neles habitar. A forma verbal de “receber” está no aoristo imperativo (gr. lebete, do verbo lambano), que denota um ato único de recebimento. Este “recebimento” da vida pelo ESPÍRITO SANTO antecede a outorga da autoridade de JESUS para eles (Jo 20.23), bem como do batismo no ESPÍRITO SANTO, pouco depois, no dia de Pentecoste (At 2.4).
(4) Antes dessa ocasião, os discípulos eram verdadeiros crentes em CRISTO, e seus seguidores, segundo os preceitos do antigo concerto. Porém, eles não eram plenamente regenerados no sentido da nova aliança. A partir de então os discípulos passaram a participar dos benefícios do novo concerto baseado na morte e ressurreição de JESUS (ver Mt 26.28; Lc 22.20; 1Co 11.25; Ef 2.15,16; Hb 9.15-17). Foi, também, ness  ocasião, e não no Pentecoste, que a igreja nasceu, i.e., uma nova ordem espiritual, assim como no princípio DEUS soprou sobre o homem até então inerte para de fato torná-lo criatura vivente na ordem material (Gn 2.7).
(5) Este trecho é essencial para a compreensão do ministério do ESPÍRITO SANTO entre o povo de DEUS: (a) os discípulos receberam o ESPÍRITO SANTO (i.e., o ESPÍRITO SANTO passou a habitar neles e os regenerou) antes do dia de Pentecoste; e (b) o derramamento do ESPÍRITO SANTO em At 2.4. Isto seguiu-se à primeira experiência. O batismo no ESPÍRITO no dia do Pentecoste foi, portanto, uma segunda e distinta obra do ESPÍRITO neles.
(6) Estas duas obras distintas do ESPÍRITO SANTO na vida dos discípulos de JESUS são normativas para todo cristão. Isto é, todos os autênticos crentes recebem o ESPÍRITO SANTO ao serem regenerados, e a seguir precisam experimentar o batismo no ESPÍRITO SANTO para receberem poder para serem suas testemunhas (At 1.5,8; 2.4; ver 2.39).
(7) Não há qualquer fundamento bíblico para se dizer que a outorga por JESUS do ESPÍRITO SANTO em 20.22 era tão somente uma profecia simbólica da vinda do ESPÍRITO SANTO no Pentecoste. O uso do aoristo imperativo para “receber” (ver supra) denota o recebimento naquele momento e naquele lugar.
 
O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO
Jl 2.28,29 "E há de ser que, depois, derramarei o meu ESPÍRITO sobre toda a carne,e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e servas, naqueles dias, derramarei o meu ESPÍRITO."
O ESPÍRITO SANTO é a terceira pessoa do DEUS Eterno, Trino e Uno (ver Mc 1.11). Embora a plenitude do seu poder não tivesse sido revelada antes do ministério de JESUS e, posteriormente, no Pentecoste (ver At 2), há trechos do AT que se referem a Ele e à sua obra. Este estudo examina os ensinamentos do AT a respeito do ESPÍRITO SANTO.
TERMO EMPREGADO. A palavra hebraica para “ESPÍRITO” é ruah que, às vezes, é traduzida por “vento” e “sopro”. Sendo assim, as referências no AT ao sopro de DEUS e ao vento da parte de DEUS (e.g., Gn 2.7; Ez 37.9,10,14) também podem referir-se à obra do ESPÍRITO de DEUS.

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO. A Bíblia descreve várias atividades do ESPÍRITO SANTO no Antigo Testamento.
(1) O ESPÍRITO SANTO desempenhou um papel ativo na criação. O segundo versículo da Bíblia diz que “o ESPÍRITO de DEUS se movia sobre a face das águas” (Gn 1.2), preparando tudo para que a palavra criadora de DEUS desse forma ao mundo. Tanto o Verbo de DEUS (i.e., a segunda pessoa da Trindade) quanto o ESPÍRITO de DEUS, foram agentes na criação (ver Jó 26.13; Sl 33.6). O ESPÍRITO também é o autor da vida. Quando DEUS criou Adão, foi indubitavelmente o seu ESPÍRITO quem soprou no homem o fôlego da vida (Gn 2.7; cf. Jó 27.3). O ESPÍRITO SANTO continua a dar vida às criaturas de DEUS (Jó 33.4; Sl 104.30).
(2) O ESPÍRITO estava ativo na comunicação da mensagem de DEUS ao seu povo. Era o ESPÍRITO, por exemplo, quem instruía os israelitas no deserto (Ne 9.20). Quando os salmistas de Israel compunham seus cânticos, faziam-no mediante o ESPÍRITO do Senhor (2Sm 23.2; cf. At 1.16,20; Hb 3.7-11). Semelhantemente, os profetas eram inspirados pelo ESPÍRITO de DEUS a declarar sua palavra ao povo (Nm 11.29; 1Sm 10.5,6,10; 2Cr 20.14; 24.19,20; Ne 9.30; Is 61.1-3; Mq 3.8; Zc 7.12; cf. 2Pe 1.20,21). Ezequiel ensina que os falsos profetas “seguem o seu próprio espírito” ao invés de andarem segundo o ESPÍRITO de DEUS (Ez 13.2,3). Era possível, entretanto, o ESPÍRITO de DEUS vir sobre alguém que não tinha um relacionamento genuíno com DEUS para levá-lo a entregar uma mensagem verdadeira ao povo (ver Nm 24.2).
(3) A liderança do povo de DEUS no AT era fortalecida pelo ESPÍRITO do Senhor. Moisés, por exemplo, estava em tão estreita harmonia com o ESPÍRITO de DEUS que compartilhava dos próprios sentimentos de DEUS; sofria quando Ele sofria, e ficava irado contra o pecado quando Ele se irava (ver Êx 33.11; cf. Êx 32.19). Quando Moisés escolheu, em obediência à ordem do Senhor, setenta anciãos para ajudá-lo a liderar os israelitas, DEUS tomou do ESPÍRITO que estava sobre Moisés, e o colocou sobre eles (Nm 11.16,17; ver 11.12). Semelhantemente, quando Josué foi comissionado para que sucedesse Moisés como líder, DEUS indicou que “o ESPÍRITO” (i.e., o ESPÍRITO SANTO) estava nele (Nm 27.18). O mesmo ESPÍRITO veio sobre Gideão (Jz 6.34), Davi (1Sm 16.13) e Zorobabel (Zc 4.6). Noutras palavras, no AT a maior qualificação para a liderança era a presença do ESPÍRITO de DEUS.
(4) O ESPÍRITO de DEUS também vinha sobre indivíduos a fim de equipá-los para serviços especiais. Um exemplo notável, no AT, era José, a quem fora outorgado o ESPÍRITO para capacitá-lo a agir de modo eficaz na casa de Faraó (Gn 41.38-40). Note, também, Bezalel e Ooliabe, aos quais DEUS concedeu a plenitude do seu ESPÍRITO para que fizessem o trabalho artístico necessário à construção do Tabernáculo, e também para ensinarem aos outros (ver Êx 31.1-11; 35.30-35). A plenitude do ESPÍRITO SANTO, aqui, não é exatamente a mesma coisa que o batismo no ESPÍRITO SANTO no NT.
No AT, o ESPÍRITO SANTO vinha sobre uns poucos indivíduos selecionados para servirem a DEUS de modo especial, e os revestia de poder (ver Êx 31.3). O ESPÍRITO do Senhor veio sobre muitos dos juízes, tais como Otniel (Jz 3.9,10). Gideão (Jz 6.34), Jefté (Jz 11.29) e Sansão (Jz 14.5,6; 15.14-16). Estes exemplos revelam o princípio divino que ainda perdura: quando DEUS opta por usar grandemente uma pessoa, o seu ESPÍRITO vem sobre ela.
(5) Havia, ainda, uma consciência no AT de que o ESPÍRITO desejava guiar as pessoas no terreno da retidão. Davi dá testemunho disto em alguns dos seus salmos (Sl 51.10-13; 143.10). O povo de DEUS, que seguia o seu próprio caminho ao invés de ouvir a voz de DEUS, recusava-se a seguir o caminho do ESPÍRITO (ver Gn 16.2). Os que deixam de viver pelo ESPÍRITO de DEUS experimentam, inevitavelmente, alguma forma de castigo divino (ver Nm 14.29; Dt 1.26).
(6) Note que, nos tempos do AT, o ESPÍRITO SANTO vinha apenas sobre umas poucas pessoas, enchendo-as a fim de lhes dar poder para o serviço ou a profecia. Não houve nenhum derramamento geral do ESPÍRITO SANTO sobre Israel. O derramamento do ESPÍRITO SANTO de forma mais ampla (cf. 2.28,29; At 2.4,16-18) começou no grande dia de Pentecoste.

A PROMESSA DO PLENO PODER DO ESPÍRITO SANTO. O AT antegozava a era vindoura do ESPÍRITO, i.e., a era do NT.
(1) Em várias ocasiões, os profetas falaram a respeito do papel que o ESPÍRITO desempenharia na vida do Messias. Isaías, em especial, caracterizou o Rei vindouro, o Servo do Senhor, como uma pessoa sobre quem o ESPÍRITO de DEUS repousaria de modo especial (ver Is 11.1-4; 42.1; 61.1-3). Quando JESUS leu as palavras de Isaías 61, em Nazaré, cidade onde morava, terminou dizendo: “Hoje, se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos” (Lc 4.21).
(2) Outras profecias do AT anteviam o período do derramamento geral do ESPÍRITO SANTO sobre a totalidade do povo de DEUS. Entre esses textos, o de maior destaque é 2.28,29, citado por Pedro no dia de Pentecoste (At 2.17,18). Mas a mesma mensagem também se acha em Is 32.15-17; 44.3-5; 59.20,21; Ez 11.19,20; 36.26,27; 37.14; 39.29. DEUS prometeu que, quando a vida e o poder do seu ESPÍRITO viessem sobre o seu povo, os seus seriam capacitados a profetizar, ver visões, ter sonhos proféticos, viver uma vida em santidade e retidão, e a testemunhar com grande poder. Por conseguinte, os profetas do AT previram a era messiânica. E, a respeito dela, profetizaram que o derramamento e a plenitude do ESPÍRITO SANTO viriam sobre toda a humanidade. E foi o que aconteceu no domingo do Pentecoste (dez dias depois de JESUS ter subido ao céu), com uma subseqüente gigantesca colheita de almas (cf. 2.28,32;At 2.41; 4.4; 13,44,48,49).
 
A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO
At 5.3,4 “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS.”
É essencial que os crentes reconheçam a importância do ESPÍRITO SANTO no plano divino da redenção. Sem a presença do ESPÍRITO SANTO neste mundo, não haveria a criação, o universo, nem a raça humana (Gn 1.2; Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30). Sem o ESPÍRITO SANTO, não teríamos a Bíblia (2Pe 1.21), nem o NT (Jo 14.26, 1Co 2.10) e nenhum poder para proclamar o evangelho (1.8). Sem o ESPÍRITO SANTO, não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão neste mundo. Este estudo examina alguns dos ensinamentos básicos a respeito do ESPÍRITO SANTO.

A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO.
Através da Bíblia, o ESPÍRITO SANTO é revelado como Pessoa, com sua própria individualidade (2Co 3.17,18; Hb 9.14; 1Pe 1.2). Ele é uma Pessoa divina como o Pai e o Filho (5.3,4). O ESPÍRITO SANTO não é mera influência ou poder. Ele tem atributos pessoais, a saber: Ele pensa (Rm 8.27), sente (Rm 15.30), determina (1Co 12.11) e tem a faculdade de amar e de deleitar-se na comunhão. Foi enviado pelo Pai para levar os crentes à íntima presença e comunhão com JESUS (Jo 14.16-18,26). À luz destas verdades, devemos tratá-lo como pessoa, que é, e considerá-lo DEUS vivo e infinito em nosso coração, digno da nossa adoração, amor e dedicação (ver Mc 1.11).

 
O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
At 1.5 “Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO, não muito depois destes dias.”

Uma das doutrinas principais das Escrituras é o batismo no ESPÍRITO SANTO (ver 1.4). A respeito do batismo no ESPÍRITO SANTO, a Palavra de DEUS ensina o seguinte:
(1) O batismo no ESPÍRITO é para todos que professam sua fé em CRISTO; que nasceram de novo, e, assim, receberam o ESPÍRITO SANTO para neles habitar.
(2) Um dos alvos principais de CRISTO na sua missão terrena foi batizar seu povo no ESPÍRITO (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33). Ele ordenou aos discípulos não começarem a testemunhar até que fossem batizados no ESPÍRITO SANTO e revestidos do poder do alto (Lc 24.49; At 1.4,5,8).
(3) O batismo no ESPÍRITO SANTO é uma obra distinta e à parte da regeneração, também por Ele efetuada. Assim como a obra santificadora do ESPÍRITO é distinta e completiva em relação à obra regeneradora do mesmo ESPÍRITO, assim também o batismo no ESPÍRITO complementa a obra regeneradora e santificadora do ESPÍRITO. No mesmo dia em que JESUS ressuscitou, Ele assoprou sobre seus discípulos e disse: “Recebei o ESPÍRITO SANTO” (Jo 20.22), indicando que a regeneração e a nova vida estavam-lhes sendo concedidas. Depois, Ele lhes disse que também deviam ser “revestidos de poder” pelo ESPÍRITO SANTO (Lc 24.49; cf. At 1.5,8). Portanto, este batismo é uma experiência subseqüente à regeneração (ver 11.17; 19.6).
(4) Ser batizado no ESPÍRITO significa experimentar a plenitude do ESPÍRITO, (cf. 1.5; 2.4). Este batismo teria lugar somente a partir do dia de Pentecoste. Quanto aos que foram cheios do ESPÍRITO SANTO antes do dia de Pentecoste (e.g. Lc 1.15,67), Lucas não emprega a expressão “batizados no ESPÍRITO SANTO”. Este evento só ocorreria depois da ascensão de CRISTO (1.2-5; Lc 24.49-51, Jo 16.7-14).
(5) O livro de Atos descreve o falar noutras línguas como o sinal inicial do batismo no ESPÍRITO SANTO (2.4; 10.45,46; 19.6).
(6) O batismo no ESPÍRITO SANTO outorgará ao crente ousadia e poder celestial para este realizar grandes obras em nome de CRISTO e ter eficácia no seu testemunho e pregação (cf. 1.8; 2.14-41; 4.31; 6.8; Rm 15.18,19; 1Co 2.4). Esse poder não se trata de uma força impessoal, mas de uma manifestação do ESPÍRITO SANTO, na qual a presença, a glória e a operação de JESUS estão presentes com seu povo (Jo 14.16-18; 16.14; 1Co 12.7).
(7) Outros resultados do genuíno batismo no ESPÍRITO SANTO são: (a) mensagens proféticas e louvores (2.4, 17; 10.46;  1Co 14.2,15); (b) maior sensibilidade contra o pecado que entristece o ESPÍRITO SANTO, uma maior busca da retidão e uma percepção mais profunda do juízo divino contra a impiedade (ver Jo 16.8; At 1.8); (c) uma vida que glorifica a JESUS CRISTO (Jo 16.13,14; At 4.33); (d) visões da parte do ESPÍRITO (2.17); (e) manifestação dos vários dons do ESPÍRITO SANTO (1Co 12.4-10); (f) maior desejo de orar e interceder (2.41,42; 3.1; 4.23-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26); (g) maior amor à Palavra de DEUS e melhor compreensão dela (Jo 16.13; At 2.42) e (h) uma convicção cada vez maior de DEUS como nosso Pai (At 1.4; Rm 8.15; Gl 4.6).
(8) A Palavra de DEUS cita várias condições prévias para o batismo no ESPÍRITO SANTO. (a) Devemos aceitar pela fé a JESUS CRISTO como Senhor e Salvador e apartar-nos do pecado e do mundo (2.38-40; 8.12-17). Isto importa em submeter a DEUS a nossa vontade (“àqueles que lhe obedecem”, 5.32). Devemos abandonar tudo o que ofende a DEUS, para então podermos ser “vaso para honra, santificado e idôneo para o uso do Senhor” (2Tm 2.21). (b) É preciso querer o batismo. O crente deve ter grande fome e sede pelo batismo no ESPÍRITO SANTO (Jo 7.37-39; cf. Is 44.3; Mt 5.6; 6.33). (c) Muitos recebem o batismo como resposta à oração neste sentido (Lc 11.13; At 1.14; 2.1-4; 4.31; 8.15,17). (d) Devemos esperar convictos que DEUS nos batizará no ESPÍRITO SANTO (Mc 11.24; At 1.4,5).
(9) O batismo no ESPÍRITO SANTO permanece na vida do crente mediante a oração (4.31), o testemunho (4.31, 33), a adoração no ESPÍRITO (Ef 5.18,19) e uma vida santificada (ver Ef 5.18 notas). Por mais poderosa que seja a experiência inicial do batismo no ESPÍRITO SANTO sobre o crente, se ela não for expressa numa vida de oração, de testemunho e de santidade, logo se tornará numa glória desvanecente.
(10) O batismo no ESPÍRITO SANTO ocorre uma só vez na vida do crente e move-o à consagração à obra de DEUS, para, assim, testemunhar com poder e retidão. A Bíblia fala de renovações posteriores ao batismo inicial do ESPÍRITO SANTO (ver 4.31; cf. 2.4; 4.8, 31; 13.9; Ef 5.18). O batismo no ESPÍRITO, portanto, conduz o crente a um relacionamento com o ESPÍRITO, que deve ser renovado (4.31) e conservado (Ef 5.18).
 
O ESPÍRITO SANTO
É O ESPÍRITO SANTO QUEM NOS LEVA A JESUS, O ESPÍRITO SANTO ESTÁ ATRÁS DE NÓS O TEMPO TODO,DEPOIS QUE ACEITAMOS A JESUS COMO SENHOR E SALVADOR, O ESPÍRITO SANTO ESTÁ AO NOSSO LADO, EM NÓS, É NOSSO COMPANHEIRO E CONFIDENTE.
SENTE TRISTEZA, Ef 4.30 NOS ENSINA Jo 14.26
  O ESPÍRITO SANTO É DEUS (1Jo 5.6,7)  
PROVAS BÍBLICAS DA SUA DIVINDADE
ONIPOTÊNCIA,
(Lc.1:35).
ONISCIÊNCIA
Sl 139.2
 
ONIPRESENÇA
Jr 23..23,24;
Sl 139.7
 
COMPARTILHOU A OBRA DA CRIAÇÃO, Gn 1.2
 
ETERNIDADE,
Hb 9.14
 
NATUREZA
PROVAS BÍBLICAS
DA SUA PERSONALIDADE
REVELA,
2 Pe 1.21
ENSINA,
Jo 14.26
INTERCEDE,
Rm 8.26
ORDENA,
At 13.2
TESTIFICA DE CRISTO,
Jo 15.26; 1 Jo 5.6,7
FALA À
IGREJA,
Ap 2.7,11,17,29; 3.6,13,22
CONVIDA
`A SALVAÇÃO
Ap 22.17
 Muitas vezes as pessoas que são usadas por DEUS para ministrarem o batismo no ESPÍRITO SANTO, são mal-compreendidas. Veja bem: Seria muito difícil alguém ser batizado sem abrir a boca para falar, pois a evidencia do batismo é o falar em línguas espirituais, assim pede-se às pessoas para glorificarem a DEUS para que quando o ESPÍRITO SANTO vier sobre as mesmas, não os ache de boca fechada e isso venha a impedi-los de receber sua tão desejada bênção. O medo de falar em línguas de maneira diferente dos outros ou o medo da reação na hora do batismo têm impedido muitos de serem balizados; também a "doutrina do merecimento" impede a muitos que pensam que se recebe alguma coisa de DEUS pelo merecimento; mas o maior impedimento ainda é o pecado não arrependido e não confessado.   
 

 

NOMES DO ESPÍRITO SANTO
Pneumatologia: http://www.geocities.com/Athens/5898/Pneumatologia.htm 
 
I. A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO:
 
A) A Personalidade do ESPÍRITO SANTO: O ESPÍRITO SANTO é uma Pessoa, distinta do Pai e do Filho, e não uma mera influência ou operação divina, e portanto dotado de intelecto, emoção, autoconsciência e autodeterminação. 
1) Pronomes Pessoais Masculinos: Estes pronomes são aplicados ao ESPÍRITO SANTO (Jo.15:26;16:7,8,13,14), muito embora o vocábulo grego Pneuma seja substantivo neutro.
 
2) Substantivo Masculino: O termo masculino Paracleto é aplicado ao ESPÍRITO SANTO (Jo.14:16,17) como sendo outro (allon) Consolador igual a CRISTO.  
 
3) Características Pessoais:
a) Inteligência (I Co.2:10,11; Rm.8:27).
b) Vontade (I Co.12:11).
c) Amor (Rm.15:30).
d) Bondade (Ne.9:20).
e) Tristeza (Ef.4:30; Is.63:10).
 
4) Atos Pessoais:
a) Ele perscruta (I Co.2:10).
b) Ele fala (Ap.2:7; Gl.4:6; Jo.15:26).
c) Ele intercede (Rm.8:26).
d) Ele ensina (Jo.14:26).
e) Ele guia (Jo.16:12-14; Ne.9:20).
f) Ele chama (At.13:2;20:28).
 
B) A Divindade do ESPÍRITO SANTO: O ESPÍRITO SANTO é coeterno e consubstancial com o Pai e o Filho.
1) Nomes Divinos:
a) DEUS (At.5:3,4).
b) Senhor (II Co.3:18).
 
2) Atributos Divinos:
a) Eternidade (Hb.9:14).
b) Onipresença (Sl.139:7-10).
c) Onipotência (Lc.1:35).
d) Onisciência (I Co.2:10,11).
 
II. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO:
 
A) Em relação ao universo material: Ele participou da obra da criação (Sl.33:6; Jó 33:4;104:29,30).
 
B) Em relação aos homens não regenerados:
1) Luta (Gn.6:3).
2) Testifica (Jo.15:26; At.5:32).
3) Convence (Jo.16:8-11).
 
C) Em relação aos crentes:
1) Regenera (Jo.3:3-6;6:63; Tt.3:5; I Co.2:4;3:6).
2) Batiza (Jo.1:32-34; I Co.12:13; At.1:5).
3) Habita (I Co.3:16;6:15-19; Rm.8:9).
4) Sela (Ef.1:13,14;4:30).
5) Testifica (Rm.8:14,16).
6) Fortalece (Ef.3:16).
7) Enche (Ef.5:18-20).
8) Liberta (Rm.8:2).
9) Guia (Rm.8:14; At.8:27-29;13:2,4).
10) Ilumina (I Co.2:12,14).
11) Instrui (Jo.16:13,14).
12) Capacita (I Ts.1:5; At.1:8; I Co.2:1-5).
13) Produz Frutos (Gl.5:22,23; Fp.3:3; At.2:11).
14) Intercede (Rm.8:26; Jd.20).
 
D) Em relação a CRISTO:
1) Concebido pelo ESPÍRITO SANTO (Lc.1:35).
2) Ungido pelo ESPÍRITO SANTO (At.10:38; Is.11:2;61:1;
 Lc.4:14,18; Mt.12:17,18).
3) Guiado pelo ESPÍRITO SANTO (Mt.4:1).
4) Cheio do ESPÍRITO SANTO (Lc.4:1; Jo.3:34).
5) Ministério (Lc.4:14,18,19; Is.61:1).
6) Sacrifício (Hb.9:14).
7) Ressurreição (Rm.8:11; Rm.1:4).
8) Deu mandamentos pelo ESPÍRITO SANTO (At.1:1,2).
 
E) Em relação as Escrituras:
1) É o Seu Autor (II Pe.1:20,21; II Tm.3:16; II Pe.3:15,16; Jo.16:13).
2) É o Seu Intérprete (Ef.1:17; I Co.2:9-14; Jo.16:14-16 II Pe.1:20,21; I Jo.2:20,27).
 
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO 2.
- A revelação do ESPÍRITO SANTO no NT.
(a) O ESPÍRITO SANTO é o agente da salvação. Nisto Ele convence-nos do pecado (Jo 16.7,8), revela-nos a verdade a respeito de JESUS (Jo 14.16,26),
realiza o novo nascimento (Jo 3.3-6), e faz-nos membros do corpo de CRISTO (1Co 12.13). Na conversão, nós, crendo em CRISTO, recebemos o ESPÍRITO SANTO (Jo 3.3-6; 20.22) e nos tornamos co-participantes da natureza divina (2Pe 1.4). (b) O ESPÍRITO SANTO é o agente da nossa santificação. Na conversão, o ESPÍRITO passa a habitar no crente, que começa a viver sob sua influência santificadora (Rm 8.9; 1Co 6.19). Note algumas das coisas que o ESPÍRITO SANTO faz, ao habitar em nós. Ele nos santifica, i.e., purifica, dirige e leva-nos a uma vida santa, libertando-nos da escravidão ao pecado (Rm 8.2-4; Gl 5.16,17; 2Ts 2.13). Ele testifica que somos filhos de DEUS (Rm 8.16), ajuda-nos na adoração a DEUS (At 10.45,46; Rm 8.26,27) e na nossa vida de oração, e intercede por nós quando clamamos a DEUS (Rm 8.26,27). Ele produz em nós as qualidades do caráter de CRISTO, que O glorificam (Gl 5.22,23;  1Pe 1.2). Ele é o nosso mestre divino, que nos guia em toda a verdade (Jo 16.13; 14.26; 1Co 2.10-16) e também nos revela JESUS e nos guia em estreita comunhão e união com Ele (Jo 14.16-18; 16.14). Continuamente, Ele nos comunica o amor de DEUS (Rm 5.5) e nos alegra, consola e ajuda (Jo 14.16; 1Ts 1.6). (c) O ESPÍRITO SANTO é o agente divino para o serviço do Senhor, revestindo os crentes de poder para realizar a obra do Senhor e dar testemunho dEle. Esta obra do ESPÍRITO SANTO relaciona-se com o batismo ou com a plenitude do ESPÍRITO. Quando somos batizados no ESPÍRITO, recebemos poder para testemunhar de CRISTO e trabalhar de modo eficaz na igreja e diante do mundo (1.8). Recebemos a mesma unção divina que desceu sobre CRISTO (Jo 1.32,33) e sobre os discípulos (2.4; ver 1.5), e que nos capacita a proclamar a Palavra de DEUS (1.8; 4.31) e a operar milagres (2.43; 3.2-8; 5.15; 6.8; 10.38). O plano de DEUS é que todos os cristãos atuais recebam o batismo no ESPÍRITO SANTO (2.39). Para realizar o trabalho do Senhor, o ESPÍRITO SANTO outorga dons espirituais aos fiéis da igreja para edificação e fortalecimento do corpo de CRISTO (1Co 12—14). Estes dons são uma manifestação do ESPÍRITO através dos santos, visando ao bem de todos (1Co 12.7-11). (d) O ESPÍRITO SANTO é o agente divino que batiza ou implanta os crentes no corpo único de CRISTO, que é sua igreja (1Co 12.13) e que permanece nela (1Co 3.16), edificando-a (Ef 2.22), e nela inspirando a adoração a DEUS (Fp 3.3), dirigindo a sua missão (13.2,4), escolhendo seus obreiros (20.28) e concedendo-lhe dons (1Co 12.4-11), escolhendo seus pregadores (2.4; 1Co 2.4), resguardando o evangelho contra os erros (2Tm 1.14) e efetuando a sua retidão (Jo 16.8; 1Co 3.16; 1Pe 1.2).
- As diversas operações do ESPÍRITO são complementares entre si, e não contraditórias. Ao mesmo tempo, essas atividades do ESPÍRITO SANTO formam um todo, não havendo plena separação entre elas. Alguém não pode ter (a) a nova vida total em CRISTO, (b) um santo viver, (c) o poder para testemunhar do Senhor ou (d) a comunhão no seu corpo, sem exercitar estas quatro coisas. Por exemplo: uma pessoa não pode conservar o batismo no ESPÍRITO SANTO se não vive uma vida de retidão, produzida pelo mesmo ESPÍRITO, que também quer conduzir esta mesma pessoa no conhecimento das verdades bíblicas e sua obediência às mesmas.
 
 
O ESPÍRITO SANTO
At 5.3,4 “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS.”
 
É essencial que os crentes reconheçam a importância do ESPÍRITO SANTO no plano divino da redenção. Sem a presença do ESPÍRITO SANTO neste mundo, não haveria a criação, o universo, nem a raça humana (Gn 1.2Jó 26.1333.4Sl 104.30). Sem o ESPÍRITO SANTO, não teríamos a Bíblia (2Pe 1.21), nem o NT (Jo 14.26, 1Co 2.10) e nenhum poder para proclamar o evangelho (1.8). Sem o ESPÍRITO SANTO, não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão neste mundo. Este estudo examina alguns dos ensinamentos básicos a respeito do ESPÍRITO SANTO.

 
A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO.
Através da Bíblia, o ESPÍRITO SANTO é revelado como Pessoa, com sua própria individualidade (2Co 3.17,18Hb 9.141Pe 1.2). Ele é uma Pessoa divina como o Pai e o Filho (5.3,4). O ESPÍRITO SANTO não é mera influência ou poder. Ele tem atributos pessoais, a saber: Ele pensa (Rm 8.27), sente (Rm 15.30), determina (1Co 12.11) e tem a faculdade de amar e de deleitar-se na comunhão. Foi enviado pelo Pai para levar os crentes à íntima presença e comunhão com JESUS (Jo 14.16-18,26). À luz destas verdades, devemos tratá-lo como pessoa, que é, e considerá-lo DEUS vivo e infinito em nosso coração, digno da nossa adoração, amor e dedicação (verMc 1.11, nota sobre a Trindade).
 

http://www2.escoladominical.com.br/estudos.asp?cod=3 

A PESSOA E A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
Quem é o ESPÍRITO SANTO?

O ESPÍRITO SANTO é o agente da salvação.
O ESPÍRITO SANTO é o agente da santificação.
O ESPÍRITO SANTO reveste os crentes para o serviço do Senhor.
O ESPÍRITO implanta os crentes no corpo místico de CRISTO, que é sua Igreja.
Seu trabalho

Ele convence, faz nascer de novo e habita no crente (Jo 16.7-11; 3.3-6; 14.16,17).
Ele influencia, purifica e liberta (Rm 8.8-11; 2 Ts 2.13-17; Rm 8.1-4).
Ele capacita para o testemunho (At 1.8; Jo 1.32,33).
Ele edifica, inspira para adoração e envia (Ef 2.20-22; Fp 3.3; At 13.2-4).
Graça
"[...] O ESPÍRITO de DEUS nos guia para a revelação da verdade se nós assim o permitirmos. Se tivermos o desejo de dar frutos, então devemos deixar que nos guie porque Ele nos conduzirá até a verdade. Se deixarmos o ESPÍRITO ser o nosso consolador e guia, isso nos ajudará quando estivermos passando pelos momentos difíceis de nossas vidas" (Moody).

 
 
 
RESUMO DA LIÇÃO 1 - QUEM É O ESPÍRITO SANTO
I. A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO
1. A doutrina do ESPÍRITO SANTO.

2. O ESPÍRITO SANTO no Antigo e Novo Testamento.

3. O ESPÍRITO SANTO na atualidade.
II. A ASEIDADE DO ESPÍRITO SANTO
1. A aseidade e existência do ESPÍRITO SANTO.

2. Atributos incomunicáveis do ESPÍRITO SANTO.

a) Onipresença. b) Onisciência. c) Onipotência.

III. A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO
1. O ESPÍRITO SANTO tem personalidade.

2. O ESPÍRITO SANTO tem emoções.

3. O ESPÍRITO SANTO tem vontade.
 
SINOPSE DO TÓPICO (1)
A doutrina do ESPÍRITO SANTO está presente no Antigo e Novo Testamento.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Assim como o Pai e o Filho, o ESPÍRITO SANTO é autoexistente. Os seus atributos incomunicáveis confirmam sua aseidade.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
As ações do ESPÍRITO SANTO evidenciam que Ele é uma pessoa, a Terceira da Santíssima Trindade.
 
O PENTECOSTALISMO DA UNICIDADE
No Acampamento "de Reavivamento Mundial em Arroyo Seco, perto de Los Angeles, em 1913, surgiu uma séria controvérsia. Durante um culto de batismo, o evangelista canadense R. E. McAlister argumentou que os apóstolos não invocavam o Nome trino e uno - Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO - no batismo, mas batizavam no nome de JESUS  somente.
Durante a noite, John G. Schaeppe, um imigrante de Danzig, Alemanha, teve uma visão, e acordou saindo pelo acampamento, gritando que o nome de JESUS  precisava ser glorificado. A partir de então, Frank J. Ewart começou a ensinar que aqueles que tinham sido batizados segundo a fórmula trinitariana precisavam do novo batismo que invocava somente o nome de JESUS . Logo, outros começaram a espalhar a "nova questão". Juntamente com isso veio a aceitação de uma só Pessoa na Deidade, agindo em modos ou (cargos diferentes. O reavivamento em Arroyo Seco acendera a centelha dessa nova questão).
Em outubro de 1916, o Concílio Geral das Assembléias de DEUS foi convocado em St. Louis com o propósito de formar barricadas de defesa para proteger a ortodoxia trinitariana. Os representantes da Unicidade viram, se diante de uma maioria que lhes exigia que aceitassem a fórmula batismal trinitariana e a doutrina ortodoxa de CRISTO, ou deixassem a comunhão. Cerca de um quarto dos ministros realmente se retirou. Mas as Assembléias de DEUS estabeleceram,se na tradição doutrinária da "fé pregada pelos apóstolos, atestada pelos mártires, substanciada nos Credos, exposta pelos pais", ao lutar em favor da ortodoxia trinitariana.
 
Tipicamente, o Pentecostalismo da Unicidade declara: "Não cremos em três personalidades separadas na Deidade, mas cremos em três cargos preenchidos por uma só pessoa".
A doutrina da Unicidade (modalística) tem, portanto, o conceito de DEUS como um só Monarca transcendente, cuja unidade numérica é rompida por três manifestações contínuas feitas à humanidade como Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO. As três faces do único Monarca são realmente imitações divinas de JESUS , a expressão pessoal de DEUS mediante a sua encarnação. A idéia da personalidade exige, segundo os Pentecostais da Unicidade, corporalidade e, por essa razão, acusam os trinitarianos de adotar o triteísmo.
 
Pelo fato de CRISTO ser "corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2.9), os Pentecostais da Unicidade argumentam que Ele é essencialmente a plenitude da Deidade indiferenciada. Noutras palavras: acreditam que a tríplice realidade de DEUS é "três manifestações" do único ESPÍRITO habitando dentro da Pessoa de JESUS . Acreditam que JESUS  é a personalidade única de DEUS, cuja "essência é revelada como Pai no Filho e como ESPÍRITO através do Filho".75 Explicam, ainda, que a pantomima divina de JESUS  é "cristocêntrica, porque JESUS , como ser humano, é o Filho, e que como ESPÍRITO (na sua divindade) Ele revela, e realmente é o Pai, e envia, e realmente é o ESPÍRITO SANTO como o ESPÍRITO de CRISTO que habita no cristão".
Já argumentamos que o sabelianismo do século III é herético. Na sua negação das distinções eternas entre as três Pessoas na Deidade, o Pentecostalismo da Unicidade acabou caindo no mesmo erro teológico do Modalismo clássico. A diferença, conforme foi declarado antes, é que os Pentecostais da Unicidade concebem a "trimanifestação" de DEUS como simultânea em vez de sucessiva ' sendo esta última a crença do modalismo clássico. Argumentam que, tendo por base Colossenses 2.9, o conceito da personalidade de DEUS é reservado exclusivamente para a presença imanente e encarnada de JESUS . Por isso, os Pentecostais da Unicidade geral, mente argumentam que a Deidade está em JESUS , mas que JESUS  não está na Deidade.
Colossenses 2.9 afirma porém (conforme a Igreja formulou em Calcedônia em 451), que JESUS  é a "plenitude da revelação da natureza de DEUS" (theotêtos, divindade) me, diante a sua encarnação. A totalidade da essência de DEUS está incorporada em CRISTO (Ele é plena deidade), embora as três Pessoas não estejam simultaneamente encarnadas em JESUS .
 
Embora os Pentecostais da Unicidade confessem a divindade de JESUS  CRISTO, o que eles realmente querem dizer é que JESUS , como o Pai, é deidade, e como o Filho, é humanidade. Ao argumentarem que o termo "Filho" deve ser entendido como a natureza humana de JESUS , e que o termo "Pai" é a designação da natureza divina de CRISTO, imitam seus antecessores antitrinitários (há muito tempo falecidos) ao comprometerem as doutrinas da salvação.
É certo que JESUS  declarou: "Eu e o Pai somos um" Jo 10.30). Mas isso não significa que JESUS  e seu Pai sejam uma só Pessoa (conforme argumentam os Pentecostais da Uni cidade), pois o numeral grego neutro hen ("um") é empregado pelo apóstolo João em vez do masculino heis. Logo, a referência é à união essencial, e não à identidade absoluta.
 
Conforme já foi declarado, a distinção tipo sujeito, objeto entre o Pai e o Filho é revelada com grande clareza nas Escrituras, quando JESUS , na sua agonia, ora ao Pai (Lc 22.42). JESUS  também revela e defende a sua identidade ao apelar ao testemunho do Pai ( Jo 5.31,32). JESUS  declara de modo explícito: "Há outro [gr. allos] que testifica de mim" (v. 32). Aqui, o termo allos denota, mais uma vez, uma pessoa diferente daquela que está falando. Também em João 8.16,18, JESUS  diz: "E, se, na verdade, julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, mas eu e o Pai, que me enviou. E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai, que me enviou". Aqui, JESUS  cita o Antigo Testamento (Dt 17.6; 19.15) com o propósito de revelar, mais uma vez, a sua identidade messiânica (como sujeito), apelando ao testemunho do seu Pai (como objeto) a respeito do próprio JESUS . Insistir (como fazem os Pentecostais da Unicidade) que o Pai e o Filho são numericamente um só, serviria apenas para desacreditar o testemunho que JESUS  deu de si mesmo como Messias.
 
Além disso, os Pentecostais da Unicidade ensinam que, para a pessoa ser verdadeiramente salva, é preciso que seja batizada "em nome de JESUS " somente.81 Com isso, dão a entender que os trinitarianos não são cristãos verdadeiros. Nisso, os Pentecostais da Unicidade incorrem no erro de colocar as obras como meio de salvação, contrariando o que a Bíblia diz: a salvação pela graça, mediante a fé somente (Ef 2.8,9). No Novo Testamento, encontramos por volta de 60 referências que falam da salvação pela graça, somente medi, ante a fé, independentemente do batismo nas águas. Se o batismo foi um meio necessário à nossa salvação, por que o Novo Testamento não enfatiza fortemente tal doutrina? Pelo contrário: vemos Paulo dizendo: "CRISTO enviou,me não para batizar, mas para evangelizar não em sabedoria de palavras, para que a cruz de CRISTO não se faça vã" (1 Co 1.17).
Deve ser mencionado, ainda, que Atos dos Apóstolos não pretende preceituar uma fórmula batismal para ser utilizada pela Igreja, pois a frase "em nome de JESUS " não ocorre exatamente da mesma maneira duas vezes em Atos.
No sentido de reconciliar o mandamento de JESUS  no sentido de batizar "em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO" (Mt 28.19), com a declaração de Pedro: "cada um de vós seja batizado em nome de JESUS  CRISTO" (At 2.38), consideraremos três explicações possíveis.
 
1. Pedro desobedeceu ao mandamento claro do seu Senhor. Isso, obviamente, nem é uma explicação, e deve ser rejeitada por ser ridícula.
 
2. JESUS  estava falando em termos ocultos, que exigiriam algum tipo de perspicácia mística antes de ser possível compreender seu sentido. Noutras palavras, Ele realmente estava nos mandando batizar somente em nome de JESUS , embora alguns não percebam esse significado velado de nosso Senhor. Não há, porém, a mínima justificativa para tirar tal conclusão. É contrária ao gênero específico de literatura bíblica envolvida (didático, histórico) e também, pelo menos por implicação, à impecabilidade de nosso Senhor JESUS  CRISTO.
 
3. Uma explicação melhor é fundamentada na autoridade apostólica de Atos, no que diz respeito às credenciais ministeriais dos apóstolos. Quando a frase "em nome de JESUS  CRISTO" é invocada pelos apóstolos em Atos, significa "com a autoridade de JESUS  CRISTO" (cf. Mt 28.18). Por exemplo: em Atos 3.6 os apóstolos curam mediante a autoridade do nome de JESUS  CRISTO. Em Atos 4, os apóstolos são convocados para serem interrogados a respeito das obras poderosas que faziam: "Com que poder ou em nome de quem fizestes isto?" (v. 7). O apóstolo Pedro, cheio do ESPÍRITO SANTO, adiantou,se e proclamou corajosamente: "Em nome de JESUS  CRISTO, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem DEUS ressuscitou dos mortos, em nome desse é que este está são diante de vós" (v. 10). Em Atos 16.18, o apóstolo Paulo libertou, "em nome de JESUS  CRISTO", uma jovem da possessão demoníaca.
Os apóstolos estavam batizando, curando, libertando e pregando, mediante a autoridade de JESUS  CRISTO. Conforme escreveu Paulo: "E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor JESUS , dando por ele graças a DEUS Pai" (CI 3.17). Concluímos, portanto, que a declaração apostólica "em nome de JESUS  CRISTO" equivale a dizer: "pela autoridade de JESUS  CRISTO". Não existe, portanto, nenhum motivo para acreditar que os apóstolos fossem desobedientes ao imperativo do Senhor, que mandou batizar em nome do Pai, do Filho e do ESPÍRITO SANTO (Mt 28.19), ou que JESUS  estava usando linguagem oculta. Pelo contrário: no próprio livro de Atos, os apóstolos batizavam pela autoridade de JESUS  CRISTO, em nome do Pai, do Filho e do ESPÍRITO SANTO.
 
A doutrina da Trindade é o caráter distintivo da revelação que DEUS fez de si mesmo nas Sagradas Escrituras. Fiquemos, pois, firmes em nossa confissão de um só DEUS, "eternamente existente em si mesmo... como Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO".
 

I - Quem É o ESPÍRITO SANTO
O ESPÍRITO SANTO é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Ele aparece pela primeira vez nas Escrituras em Gênesis 1.2, e daí em diante sua presença é proemi­nente em ambos os Testamentos. O vocábulo que dá sentido ao seu nome é o grego pneuma, vindo da raiz hebraica ruach. Ambos os termos, quando aplicados para dar significação divina e sem igual, denotam o infinito ESPÍRITO de DEUS.
A atuação deste supremo Ser é marcante nas Escritu­ras como o Substituto legal do Filho de DEUS, desde o Pentecoste até o arrebatamento da Igreja (Jo 16.7), e continuando depois com ela para sempre (Jo 14.16). Ele veio ao mundo como o "Agente da Comunicação Divi­na". Sua origem não se encontra nas tábuas genealógicas, pois, sendo Ele um dos membros da Divindade, é a ori­gem de si mesmo e a causa de sua própria substância.
 
II - Sua Preexistência
A natureza e os atributos do ESPÍRITO SANTO caracteri­zam-no como o "ESPÍRITO eterno", não conhecendo princípio de dias nem fim de existência (Hb 9.14). Ele aparece ao lado de DEUS, quando havia unicamente o DEUS trino e uno. O tempo, que marca extensão, é percebido através da relação entre "antes" e "depois". Uma vez que o ESPÍRITO SANTO tem a mesma natureza de DEUS, o tempo não se aplica a Ele já que existe pela própria necessidade de sua existência. Ele é um Ser vivo, dotado de perso­nalidade, não sendo meramente uma influência ou ema­nação de DEUS. Antes, é uma Pessoa claramente divina, que faz parte da Trindade.
Não um ser criado, como nós ou as demais criaturas que, por um ato de DEUS, passamos a existir num certo tempo e lugar.
1. No Antigo Testamento
O período do Antigo Testamento foi de preparação e espera a este Ser eterno, cuja ação plena concretizou-se no Novo. Mas antes, como sabemos, o Eterno ESPÍRITO de DEUS já operava.
Em suas várias manifestações e demonstrações de po­der, tanto no universo físico como no espiritual, sua presença é sentida e revelada (Gn 1.2; 6.3; Êx 8.19; Jo 33.4 etc.) Entretanto, eram apenas manifestações objeti­vas e tópicas, pois até então o ESPÍRITO SANTO não havia sido "derramado" e sim "manifestado" (cf. Jl 2.28; Jo 7.39). O ESPÍRITO SANTO se revelava de três maneiras, visto no contexto geral.
a. Como ESPÍRITO criador do cosmo. Por cujo poder o Universo e todos os seres foram criados.
b. Como ESPÍRITO dinâmico ou doador de poder. Revelado como o Agente de DEUS em relação aos homens; entretanto, não era outorgado como dádiva permanente. Em sentido tópico, tal sucedia até mesmo no caso dos profetas, embora seja seguro pensar que homens mais profundamente espirituais possuíam o dom do ESPÍRITO por tempo mais dilatado que o comum (cf. Sl 51.11- Ml 2.15).
c. Como ESPÍRITO regenerador. Pelo qual a natureza humana é transformada "de glória em glória na mesma imagem, como pelo ESPÍRITO do Senhor" (2 Co 3.18). Encontramos sua presença no Antigo Testamento, em várias manifestações de poder, num total de 88 vezes: 13 no Pentateuco; sete em Juízes; sete em 1 Samuel; cinco nos Salmos; 14 em Isaías; 12 em Ezequiel; e trinta ou­tras, por inferência.
Dos 39 livros do Antigo testamento, apenas 16 não fazem referência específica a Ele - mas em essência.
Algumas referências marcam sua presença nesse perí­odo, descrevendo-o como membro ativo da Divindade e participante de decisões somente a ela inerentes. Veja­mos algumas:
   Na criação do Universo: "E o ESPÍRITO de DEUS se movia sobre a face das águas" (Gn 1.2).
   Na criação do homem: "E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhan­ça..." (Gn 1.26).
   No juízo sobre o pecado: "Então disse o Senhor DEUS: Eis que o homem é como um de nós..." (Gn 3.22).
   No julgamento sobre o dilúvio: "Então disse o Se­nhor: Não contenderá o meu ESPÍRITO para sempre com o homem..." (Gn 6.3).
   Sobre a construção da torre de Babel: "Eia, desça­mos, e confundamos ali a sua língua..." (Gn 11.7).
O ESPÍRITO SANTO é também retratado, em relação aos ho­mens, como aquEle que ilumina (Jo 33.8), dá forças especiais (Jz 14.6,19), concede sabedoria (Êx 31.1-6; Dt 34.8), outorga revelações (Nm 11.25; 2 Sm 23.2), instrui sobre a vontade de DEUS (Is 11.2), administra graça (Zc 12.10) e, finalmente, enche as vidas com sua presença (Ef 5.18).
2. No Novo Testamento
O ESPÍRITO SANTO entra em cena logo nas primeiras páginas do Novo Testamento. O anjo Gabriel informa a Zacarias, um velho sacerdote da ordem de Abias, que seu futuro filho, João Batista, seria cheio do ESPÍRITO SANTO desde o ventre materno (Lc 1.15). O mesmo mensageiro celestial diz a Maria que o ESPÍRITO SANTO desceria sobre ela (Lc 1.35). Mais adiante encontramos o justo Simeão, e "o ESPÍRITO SANTO estava sobre ele" (Lc 2.25). Durante a vida terrena de nosso Senhor JESUS, a atuação do ESPÍRITO SANTO acompanhava seus passos, palavras e obras. Ou seja, JESUS era "cheio do ESPÍRITO SANTO" (Lc 4.1). E podia exclamar: "O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim" (Lc 4.18).
 
III - Sua Existência Pós-pentecostal
Vinte e cinco livros dos 27 que compõem o Novo Testamento descrevem o ESPÍRITO SANTO como um Ser real. Apenas dois, Filemom e 3 João, falam dEle apenas em essência.
Há duas citações sobre a existência do Pai e do Filho que não mencionam sua existência:
"E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único DEUS verdadeiro, e a JESUS CRISTO, a quem envias-te" (Jo 17.3).
"E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de DEUS e do Cordeiro..." (Ap22.1).
No entanto, a ausência do ESPÍRITO SANTO nestas duas citações não lhe nega a existência como Pessoa real! Pelo contrário, prova sua humildade e grandeza.
De acordo com a Lei mosaica, o testemunho de dois homens era verdadeiro para se firmar qualquer palavra ou sentença.
Dois grandes personagens, João Batista e JESUS Cris­to, afirmaram ter visto o ESPÍRITO SANTO em forma corpórea.
"E João testificou, dizendo: Eu vi o ESPÍRITO descer do céu como uma pomba, e repousar sobre ele. E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o ESPÍRITO, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o ESPÍRITO SANTO" (Jo 1.32,33).
"E, sendo JESUS batizado, saiu logo da água, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo como pomba e vindo sobre ele" (Mt 3.16).
 
IV - Sua Natureza
A terceira Pessoa da Trindade é ESPÍRITO por natureza! Ou seja, tal qual Ele é, tanto o seu Ser como o seu caráter, assim são também o Pai e o Filho: iguais em aspecto, poder e glória. O fato de o ESPÍRITO SANTO ser DEUS fica provado não somente por sua identificação com o Pai e o Filho, nas fórmulas do batismo e da bênção apostólica, mas também pelos atributos divinos que pos­sui. Em outros aspectos, o ESPÍRITO SANTO é co-participante dos atos de DEUS, especialmente pela sua maneira tríplice de agir, como por exemplo:
 
1.     Na bênção das tribos
"O Senhor DEUS te abençoe e te guarde: o Senhor [JESUS] faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti. O Senhor [ESPÍRITO SANTO] sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz" (Nm 6.24-26).
 
2.     Na bênção apostólica
"A graça do Senhor JESUS CRISTO, e o amor de DEUS, e a comunhão do ESPÍRITO SANTO seja com vós todos" (2 Co 13.13).
 
3.     No perdão
"Ó Senhor [DEUS], ouve; ó Senhor [JESUS], perdoa: Ó Senhor [ESPÍRITO SANTO], atende-nos e opera sem tardar" (Dn 9.19).
 
4.     No louvor
"E clamavam uns para com os outros, dizendo: SANTO [DEUS], SANTO [JESUS], SANTO [ESPÍRITO SANTO] é o Senhor dos Exércitos: toda a terra está cheia da sua glória" (Is 6.3).
 
5.     No batismo
"Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO..." (Mt 28.19).
 
6.     Nos dons
"Ora há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Se­nhor [JESUS] é o mesmo. E há diversidade de opera­ções, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos" (1 Co 12.4-6).
 
7.     Na unidade da fé
"Há um só... ESPÍRITO... um só Senhor [JESUS]... um só DEUS e Pai de todos..." (Ef 4.4,6).
 
8.     No testemunho
"Porque três são os que testificam no céu: o Pai, Palavra, e o ESPÍRITO SANTO; e estes três são um" (1 Jo 5.7).
 
Evidentemente, a presença do ESPÍRITO SANTO é vista por toda a extensão das Escrituras, sempre agindo de comum acordo com o Pai e o Filho.
De DEUS se declara: "Desde a antigüidade fundaste a terra: e os céus são obra das tuas mãos" (Sl 102.25).
De CRISTO se declara: "Porque nele foram criadas to­das as coisas, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por ele e para ele" (Cl 1.16).
Do ESPÍRITO SANTO se declara: "Pelo seu ESPÍRITO ornou os céus" (Jo 26.13). Os atos da criação - em separado, ainda que completos - da parte de cada Pessoa reúnem-se na afirmação do nome de DEUS [Eloim], e daí por diante.
Ele é, portanto, o ESPÍRITO eterno (Hb 9.14). É onipresente (Sl 139.7-10), onipotente (Lc 1.37) e onisci­ente (1 Co 2.10). A Ele se atribuem obras divinas: tomou parte na criação (Gn 1.2); produz novas criaturas para JESUS (Jo 3.5); ressuscitou a JESUS CRISTO dentre os mor­tos (Rm 1.4; 8.11).
O sentido que lhe dá a palavra grega - herdada do original hebraico - é sem igual. Pneuma, como termo psicológico, representa a sede da percepção, do sentido, da vontade, do estado da mente, ou pode ser equivalente ao egoda pessoa humana (Mc 2.8; Lc 1.47; Jo 11.33; 13.21 etc...). Porém, o termo pneuma, ou vocábulo grego correspondente, aparece 220 vezes no Novo Testamento. Nada menos de 91 dessas ocorrências, em essência espe­cial, com ou sem qualificativo quanto ao caráter ou a origem, indicam o ESPÍRITO SANTO.
São usados pronomes masculinos, como na indicação do Pai e do Filho, dominando, portanto, toda construção gramatical neste sentido. Isto é importante!
 
V - Seu Relacionamento
A atuação do ESPÍRITO SANTO pode ser vista tanto em relação ao universo físico como ao espiritual. Sua ação pode ser presenciada em ambos os Testamentos. Entretanto, com maior impacto, o ESPÍRITO foi prometido para uma dispensação futura, a tal ponto que, nos tempos do Messias, Ele seria "derramado sobre toda a carne".
 
1. Com o Universo
"E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o ESPÍRITO de DEUS se movia sobre a face das águas" (Gn 1.2).
Observe-se que a palavra "DEUS" está no plural, e o verbo, no singular (no hebraico, há três números: singular, dual e plural). Assim, a natureza de DEUS é revelada na primeiras palavras de Gênesis, como de igual modo o Filho e o ESPÍRITO SANTO: uma Trindade, porém um só DEUS.
O Filho aparece na "segunda" palavra da Bíblia - Ele é o princípio (Ap 3.14).
O Pai aparece na "quarta" palavra.
O ESPÍRITO SANTO aparece na "trigésima-terceira" palavra, e daí por diante sua presença contínua e suas mani­festações tópicas nas obras de DEUS são presenciadas em cada acontecimento. Dessa maneira, podemos aceitar que, na criação do Universo, o Pai a propôs e o Filho agiu pela energia do ESPÍRITO SANTO. Subentende-se, portanto, que o ESPÍRITO SANTO, como Divindade inseparável em toda a criação, manifesta sua presença em todos os elementos da natureza criada. Todas as forças da natureza são ape­nas evidências da presença e operação do ESPÍRITO de DEUS. Toda a criação, e todo ser criado, deve sua existên­cia e continuação às "mãos de DEUS": CRISTO ("Nele fo­ram criadas todas as coisas", Cl 1.16) e ao ESPÍRITO SANTO ("Ele criou e ornamentou a todas as coisas"; cf. Jo 26.13; 33.4; Sl 104.30).
 
2. Com CRISTO
O ESPÍRITO SANTO desceu sobre Maria, produzindo a concepção virginal do Filho de DEUS (Mt 1.20; Lc 1.23), e é visto como aquEle que "ungiu" JESUS de Nazaré, capacitando-o para sua missão evangelizadora (Lc 4.18,19) e seu ministério miraculoso. Pedro afirma que DEUS "ungiu a JESUS de Nazaré com o ESPÍRITO SANTO e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque DEUS era com ele" (At 10.38). Ele veio substituir o Filho na missão de conduzir os homens a DEUS, como sua Testemunha pode­rosa (Jo 15.26). É a força restauradora por meio da qual CRISTO opera (Rm 8.11). Finalmente, Ele é o "Amigo Fiel" de CRISTO, glorificando-o por ter realizado tão subli­me redenção em favor de quem não a merecia (Jo 16.14).
 
3. Com a Igreja
O ESPÍRITO SANTO é o único que pode regenerar a alma, mediante seu toque transformador. Sua presença entre os salvos deve ser contínua e perpétua, pois assim produz no crente fruto semelhante a natureza moral positiva de DEUS (Gl 5.22,23).
O objetivo principal do fruto do ESPÍRITO no crente, bem como de todas as suas operações na alma, é transformá-lo segundo a imagem de CRISTO, nos termos mais literais possíveis (2 Co 3.18). A promessa de JESUS a seus discípulos foi a presença constante do ESPÍRITO em suas vidas. Ele disse: "... para que [o ESPÍRITO SANTO] fique convosco para sempre... porque habita convosco, e estará em vós" (Jo 14.16,17).
 
a. Após a ressurreição de CRISTO. Depois de ressurreto, JESUS entrou numa casa para participar com seus discípu­los da primeira reunião de seu ministério celestial. As portas daquele santuário improvisado estavam "cerradas... onde os discípulos, com medo dos judeus, se ti­nham ajuntado".
Após tê-los saudado ("Paz seja convosco!"), o segun­do ato do Senhor foi "soprar" sobre eles, dizendo: "Recebei o ESPÍRITO SANTO" (Jo 20.19,22).
Todo salvo, segundo as Escrituras, tem o ESPÍRITO SANTO como selo da ressurreição de CRISTO. Porque "se alguém não tem o ESPÍRITO de CRISTO, esse tal não é dele" (Rm 8.9). E esta é a confirmação divina: "Se o ESPÍRITO daquele que dos mortos ressuscitou a JESUS habita em vós", então, sem nenhuma dúvida, "somos filhos de DEUS" (Rm 8.11,16).
Ora, o grande sucesso, tanto da igreja como do crente em particular, tem sido a presença gloriosa do ESPÍRITO SANTO.
Paulo revela aos crentes de Corinto: "Não sabeis vós que sois o templo de DEUS, e que o ESPÍRITO de DEUS habita em vós?" (1 Co 3.16).
 
b. A habitação do ESPÍRITO. Depois do processo de regeneração no pecador, o ESPÍRITO SANTO passa a habitar nele, e aí permanece como Agente divino da comunica­ção com o Pai e o Filho. A habitação do ESPÍRITO é uma fase posterior à obra da conversão, e possibilita o cresci­mento da nova vida iniciada naquele que foi chamado das trevas para viver na luz.
"Precisamos reconhecer sua presença permanente no templo de nossos corpos. Esse reconhecimento deve tor­nar-se sagrado e levar-nos, sem interrupção alguma, a uma vida imaculada, livre de pecado. É o segredo da experiência de seu poder, que permanentemente atua na­quele que é fiel e obediente a CRISTO".
A comunhão com o ESPÍRITO SANTO leva o crente a aspirar pela sua presença, no dizer de Paulo: "Não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do ESPÍRITO" (Ef 5.18).
 
c. A companhia do ESPÍRITO. R. M. Riggs observa que desde o seu advento, no dia de Pentecoste, em Jerusa­lém, e através de outras visitações nas congregações de Samaria (At 8), Cesaréia (At 10), Antioquia da Síria (At 13.2,4), Antioquia da Pisídia (At 13.14), Éfeso (At 19.1-7), Corinto (1 Co 12.13) e Galácia (Gl 3.2), o ESPÍRITO SANTO continua habitando pessoalmente nos crentes em JESUS - algo que CRISTO não poderia fazer quando andava visivelmente na terra em carne humana, isto é, de habitar o corpo dos outros, mas o ESPÍRITO SANTO o faz agora.
 
d. Dirigindo nossos passos. A partir do Pentecoste, o ESPÍRITO SANTO passou a dirigir os passos da Igreja. A nova dispensação, inaugurada pela glorificação de Cris­to, é chamada tanto de era do ESPÍRITO SANTO como era da Igreja.
O ESPÍRITO e a Igreja em tudo agem de comum acordo. A Igreja sem o ESPÍRITO seria um corpo sem vida; e o ESPÍRITO sem a Igreja, uma força sem meio de ação. Por esta razão o ESPÍRITO e a Igreja são inseparáveis e sempre dirigidos um para o outro.
Ambos são anunciados e prometidos por JESUS durante o seu ministério terreno (Mt 16.18; Jo 7.39). Depois da ressurrei­ção de nosso Senhor, os dois aparecem juntos no plano da salvação. Finalmente, o ESPÍRITO e a Igreja estão unidos na mesma espera: o advento de JESUS CRISTO (Ap 22.17).
 
e. No livro de Atos dos Apóstolos. O ESPÍRITO SANTO rouba a cena neste livro que é padrão para a Igreja, tanto no sentido evangelístico como no administrativo e soci­al. Assim como nos evangelhos a presença do Filho de DEUS revelando e exaltando o Pai é o fato principal, também a presença do ESPÍRITO SANTO, exaltando e revelando o Filho de DEUS, preenche o campo inteiro de nossa visão em Atos - até nossos dias.
Cumprem-se assim as palavras de JESUS aos discípu­los: "Ele [o ESPÍRITO SANTO] habita convosco, e estará em vós" (Jo 14.17).
 
4. Com o Mundo
Nosso Senhor sintetizou a missão do ESPÍRITO: "E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da jus­tiça, e do juízo" (Jo 16.8).
 
a. "Do pecado, porque não crêem em mim" (Jo 16.9). Existem várias interpretações sobre o poder de convenci­mento do ESPÍRITO SANTO, sendo que as opiniões seguem mais ou menos assim: "As palavras de JESUS no versículo 9 apontam principalmente o tremendo pecado da rejei­ção ao Messias, do qual é antes de todos acusada a incrédula comunidade judaica" (At 3.18-20; 7.7,45;15.22).
Está em foco o pecado de rejeição, porquanto a Luz veio ao mundo, mas os homens a rejeitaram. JESUS "veio para o que era seu [os judeus], e os seus não o recebe­ram" (Jo 1.11). Com a vinda gloriosa do ESPÍRITO SANTO, todos foram convencidos deste pecado "contra" CRISTO.
Uma segunda interpretação diz respeito à poderosa atuação do ESPÍRITO na conversão do homem. O ESPÍRITO SANTO opera diretamente no coração do homem, e este se convence de que é um pecador de fato a vagar sem rumo nesta vida. O ESPÍRITO, então, mostra-lhe a cruz de CRISTO (Ap 22.17).
 
b. "Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais" (Jo 16.10). Temos aqui um avanço em rela­ção a idéia anterior, pois o ESPÍRITO SANTO agora não somente revela aos homens de que consiste o pecado, convencendo-os dessa realidade, mas também de que consiste a justiça. Em outras palavras, o ESPÍRITO de DEUS convence os homens da justiça de CRISTO.
 
c. "E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado" (Jo 16.11). O senso moral correto exige que os homens sejam recompensados ou punidos. Essa prova moral baseia-se na justiça de DEUS, que exige recebam a virtude e o vício as sanções que lhes são devidas: recom­pensa ou punição.
Aqui no mundo, as sanções da virtude e do vício são evidentemente insuficientes: muitas vezes o vício triun­fa, enquanto a virtude é humilhada. A justiça deseja que cada um seja tratado segundo as suas obras, e isto não pode ser feito senão por meio de CRISTO. O ESPÍRITO San­to, portanto, convence o mundo deste juízo por CRISTO (At 17.30,31). Em síntese, o ESPÍRITO SANTO convence o mundo:
   Do pecado: contra o CRISTO - crucificado.
   Da justiça: de CRISTO - glorificado.
   Do juízo: por CRISTO - diante do Trono Branco.
Por três vezes JESUS referiu-se ao ESPÍRITO SANTO como o "ESPÍRITO de verdade" (Jo 14.17; 15.26; 16.13). Signifi­ca que o ESPÍRITO SANTO é o Agente que conduz os homens a CRISTO, que é a Verdade, convence os homens de que tudo o que CRISTO falou era verdade, bem como da reali­dade do Juízo Final, diante do Trono Branco, efetuado por CRISTO ao lado do Pai.
 
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
"O ESPÍRITO SANTO e Sua Pessoalidade
Tanto explícita como implicitamente, a Bíblia trata o ESPÍRITO SANTO como uma Pessoa distinta. "E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do ESPÍRITO; e é ele que segundo DEUS intercede pelos santos" (Rm 8.27). "O ESPÍRITO penetra todas as coisas" (1 Co 2.10). Desse modo, Ele age com inteligência e sabedoria (ver Efésios 1.17; Isaías 11.2). Ele tem emoções e pode ser entristecido ou ofendido (magoado, desgostado: Efésios 4.30; Isaías 63.10). Ele reparte dons "a cada um como quer" (1 Co 12.11). Ele guiou a Igreja Primitiva e dirigiu os principais movimentos missionários de forma nítida, específica e pessoal. (Ver Atos 13.2; 16.6). O apóstolo João até usa pronomes pessoais masculinos para indicar a pessoa do ESPÍRITO. (A palavra espírito em grego é sempre neutra, e exige, gramaticalmente, pronomes neutros).
Mais importante do que isso, a Bíblia deixa claro que homens e mulheres, os quais foram movidos pelo ESPÍRITO SANTO, conheciam-no de modo específico e pessoal.
[...] O ESPÍRITO SANTO fornecia calor, a dinâmica, e a alegria que caracterizavam todo o movimento do Evangelho no primeiro século. Cada parte da vida diária dos crentes, inclusive seu trabalho e sua adoração, era dedicada a CRISTO JESUS como Senhor e estava sob a orientação do ESPÍRITO SANTO" (HORTON, Stanley M. A Doutrina do ESPÍRITO SANTO. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp. 8,9).
 
Subsídio Teológico
"O ESPÍRITO SANTO e Sua Pessoalidade
Tanto explícita como implicitamente, a Bíblia trata o ESPÍRITO SANTO como uma Pessoa distinta. "E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do ESPÍRITO; e é ele que segundo DEUS intercede pelos santos" (Rm 8.27). "O ESPÍRITO penetra todas as coisas" (l Co 2.10). Desse modo, Ele age com inteligência e sabedoria (ver Efésios 1.17; Isaías 11.2). Ele tem emoções e pode ser entristecido ou ofendido (magoado, desgostado: Efésios 4.30; Isaías 63.10). Ele reparte dons "a cada um como quer" (1 Co 12.11). Ele guiou a Igreja Primitiva e dirigiu os principais movimentos missionários de forma nítida, específica e pessoal. (Ver Atos 13.2; 16.6). O apóstolo João até usa pronomes pessoais masculinos para indicar a pessoa do ESPÍRITO. (A palavra espírito em grego é sempre neutra, e exige, gramaticalmente, pronomes neutros).
Mais importante do que isso, a Bíblia deixa claro que homens e mulheres, os quais foram movidos pelo ESPÍRITO SANTO, conheciam-no de modo específico e pessoal.
[...] O ESPÍRITO SANTO fornecia calor, a dinâmica, e a alegria que caracterizavam todo o movimento do Evangelho no primeiro século. Cada parte da vida diária dos crentes, inclusive seu trabalho e sua adoração, era dedicada a CRISTO JESUS como Senhor e estava sob a orientação do ESPÍRITO SANTO" (HORTON, Stanley M.) A Doutrina do ESPÍRITO SANTO. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp. 8,9).
 
VOCABULÁRIO
Fidedigno: Digno de fé.
Intragável: Insuportável.
Atributo: Aquilo que é próprio de um ser.
Exercício Volitivo: Exercício da vontade.
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HORTON, Stanley M. A Doutrina do ESPÍRITO SANTO. 4. ed. Rio de janeiro: CPAD,1995.
HORTON, Stanley M. et alI. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10. ed. Rio de janeiro: CPAD, 2006.
BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. 4. ed. Rio de janeiro: CPAD, 2005.
 
Leia a Revista Ensinador Cristão CPAD, n. 46, p. 36.
Subsídio Teológico
"Verbalização Inspirada pelo ESPÍRITO SANTO Antes do Pentecostes
No Antigo Testamento, o ESPÍRITO SANTO se manifestou em uma variedade de formas. De fato, virtualmente tudo o que o Novo Testamento fala sobre sua obra e seu ministério já foi encontrado, de algum modo, no Antigo Testamento. Mas, no Antigo Testamento, a obra recorrente com mais características do ESPÍRITO é aquela de verbalização inspirada. Os livros proféticos, tanto os maiores quanto os menores, são vistos na dedução de que o ESPÍRITO inspirou os escritores: "Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de DEUS falaram inspirados pelo ESPÍRITO SANTO" (2 Pe 1.21). Além disso, houve muitas situações em que as pessoas profetizaram oralmente sob a ação do ESPÍRITO. Repetidamente, encontramos relatos de pessoas profetizando quando o ESPÍRITO do Senhor veio sobre elas (por exemplo, Nm 11.25,26; 24.2,3; 1 Sm 10.6,10; 19.20,21). A inspiração oral do ESPÍRITO para profetizar é o elo que conecta as verbalizações oraculares do Antigo Testamento com: (1) a predição de Joel de que um dia todo o povo de DEUS iria profetizar UI 2.28,29) e (2) o desejo intenso de Moisés - o próprio Moisés sendo um profeta - de que todo o povo de DEUS fosse profetizar (Nm 11.29).
À luz de tudo isso, vemos uma conexão clara entre as verbalizações inspiradas pelo ESPÍRITO no Antigo Testamento e experiências comparáveis às de pessoas no pré-pentecostes, incidentes neotestamentários registrados em Lucas 1 a 4. Isso traz à compreensão correta de que o conceito de profetizar é focalizado na fonte e não necessariamente inclui um elemento preditivo. Mas esses registros no Evangelho de Lucas antecipam os derramamentos maiores e mais inclusivos do ESPÍRITO registrados no livro de Atos. Será instrutivo ver como as experiências de crentes com o ESPÍRITO em Atos se relacionam com aquelas de seus predecessores. Essa volta ao Antigo Testamento e Lucas 1 a 4 para uma compreensão do cumprimento da profecia de Joel é indispensável, porque estabelece uma ligação clara entre as experiências dos crentes do Novo Testamento e aquelas dos tempos antigos" (PALMA, Anthony D. O Batismo no ESPÍRITO SANTO e com Fogo: Os Fundamentos Bíblicos a Atualidade da Doutrina Pentecostal. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp. 54,55).
 
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 1 - QUEM É O ESPÍRITO SANTO
RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 2º TRIMESTRE DE 2011
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas corretas e com "F" as falsas.
 
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"E eu rogarei ao ______________________, e ele vos dará outro _______________________, para que fique convosco para _________________________" (Jo 14.16).
 
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
O ESPÍRITO SANTO é a ______________________ Pessoa da ___________________________ Santíssima e, à semelhança do Pai e do Filho, é ______________________.
 
INTRODUÇÃO
3- Complete:
Quanto mais conhecermos o ESPÍRITO SANTO, com ____________________ de DEUS e __________________________, mais __________________________ nos tornaremos dEle, e melhor compreenderemos a obra realizada por Ele.
 
I. A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO
4- Qual é, e o que significa a doutrina do ESPÍRITO SANTO?
(    ) A pneumatologia é o estudo da movimentação do ESPÍRITO SANTO como um vento.
(    ) A pneumatologia é o estudo da pessoa, obra e ministério do ESPÍRITO SANTO.
(    ) O termo vem de pneuma (gr. "ar", "vento", "espírito"), cognato do verbo pnéo, "respirar", "soprar", "inspirar".
(    ) O Consolador é a Terceira Pessoa da Trindade.
(    ) Ele é uma pessoa em toda a sua plenitude, pois ensina, guia, consola e fala.
 
5- O que dizem alguns teólogos, frios na fé, modernistas e irreverentes, a respeito do ESPÍRITO SANTO?
(    ) Menosprezando o ESPÍRITO SANTO, afirmam que Ele é tão somente uma força, ou poder, que emana de DEUS. O ESPÍRITO SANTO chama-se a Si mesmo "Eu".
(    ) Temendo ao ESPÍRITO SANTO, afirmam que Ele tem todo o poder que emana de DEUS. O ESPÍRITO SANTO chama-se a Si mesmo "Eu".
(    ) Superestimando o ESPÍRITO SANTO, afirmam que Ele sabe todas as coisas, inclusive as de DEUS. O ESPÍRITO SANTO chama-se a Si mesmo "Eu".
 
6- Como é a presença do ESPÍRITO SANTO no Antigo Testamento?
(    ) O ESPÍRITO SANTO só não atuou nos reis de Israel.
(    ) O ESPÍRITO SANTO está presente em toda a Bíblia.
(    ) Na criação, no planejamento e na construção do universo.
(    ) Ele também atuou na formação do homem.
(    ) E agiu por intermédio dos juízes, reis, sacerdotes e profetas.
 
7- Como é a presença do ESPÍRITO SANTO no Novo Testamento?
(    ) O ESPÍRITO SANTO fez-se presente, ainda, no nascimento e na vida terrena de JESUS.
(    ) Ele inspirou, capacitou e guiou os autores do Novo Testamento a registrar, fidedignamente, os principais episódios do ministério de CRISTO.
(    ) Sua atuação em Atos dos Apóstolos é tão marcante, que o livro é conhecido também como os "Atos do ESPÍRITO SANTO".
(    ) O ESPÍRITO SANTO fez-se presente, ainda, no sacrifício de JESUS, na cruz.
 
8- Como é a presença do ESPÍRITO SANTO na atualidade?
(    ) No Dia de Pentecostes, o ESPÍRITO SANTO foi derramado sobre a Igreja (At 2.2), enchendo a todos aqueles crentes e batizando-os, tal como prometera o Senhor.
(    ) Após o Pentecostes, os discípulos passaram a pregar e a evangelizar vigorosa e eficazmente, alcançando Israel e as nações gentias sem impedimento algum.
(    ) Após o batismo com o ESPÍRITO SANTO, os discípulos passaram a pregar e a evangelizar vigorosa e eficazmente, alcançando somente Israel sem impedimento algum.
 
9- Complete:
Busquemos o poder do alto; mantenhamos __________________________ a chama pentecostal. O autêntico pentecostes leva o crente a ___________________________ com poder e dinamismo, a orar e a contribuir para a obra missionária. Precisamos do ESPÍRITO _____________________________ poderosamente em nosso meio; caso contrário, corremos o risco de ________________________________________ com o mundo (Rm 12.2; 1 Jo 2.15). Laodiceia tornou-se intragável, porque havia se tornado espiritualmente ________________________________ (Ap 3.1 5b). Busquemos, pois, o poder do alto, e lancemo-nos à conquista do mundo para CRISTO no _______________________ do ESPÍRITO SANTO (At 1.8).
 
II. A ASEIDADE DO ESPÍRITO SANTO
10- O que é Aseidade do ESPÍRITO SANTO?
(    ) A palavra aseidade advém do grego aseitatis e serve para designar o atributo divino, segundo o qual DEUS existe desde o princípio.
(    ) A palavra aseidade advém do hebraico aseitatis e serve para designar o atributo divino, segundo o qual DEUS é poderoso.
(    ) A palavra aseidade advém do latim aseitatis e serve para designar o atributo divino, segundo o qual DEUS existe por si próprio.
 
11- Como é a aseidade e existência do ESPÍRITO SANTO? Complete:
Assim como o Pai e o Filho, o ESPÍRITO SANTO é autoexistente. Ou seja: não depende de nada __________________________ de si para existir. Ele sempre existiu; é um ser _________________________________; "não teve princípio de dias, nem fim de existência" (Hb 7.3). De eternidade a eternidade, o ESPÍRITO SANTO é DEUS. O autor da Epístola aos ____________________________________ apresenta o Consolador como "o ESPÍRITO _________________________" (9.14). Ele tem existência própria. Mas isso não significa que esteja ________________________________ da Trindade. o Pai, o Filho e o próprio ESPÍRITO SANTO, embora distintos como pessoas, constituem a mesma essência _________________________________ e eterna da divindade.
 
12- Quais são os atributos incomunicáveis do ESPÍRITO SANTO?
(    ) O silêncio, a espiritualidade e o amor.
(    ) Onipresença, Onisciência e Onipotência.
(    ) O ESPÍRITO SANTO possui todos os atributos divinos.
(    ) Ele é imutável. Sua essência e caráter não podem ser alterados.
 
13- Complete:
a) O_______________________. Ele está presente em todos os lugares ao mesmo tempo. Não podemos fugir à sua presença (SI 139.7). Como é bom saber que podemos contar com a sua companhia em todo o tempo.
b) O_______________________. O ESPÍRITO SANTO tudo sabe e tudo conhece. Ele nos sonda e nos prova quanto às intenções de nosso coração (1Co 2.10). Ninguém pode mentir àquEle que sabe toda a verdade. Lembra-se de Ananias e Safira? Nada escapa ao conhecimento do ESPÍRITO SANTO. Sua compreensão é infinita. Ele tudo sabe, nada ignora (SI 139.2,11,13).
c) O_______________________. Ele é DEUS. Não há impossíveis para o ESPÍRITO SANTO. a homem é limitado, mas o Consolador tudo pode fazer. Ele sustenta todas as coisas (Hb 1.3).
 
14- Qual o maior milagre que o ESPÍRITO SANTO opera no homem?
(    ) A cura física.
(    ) A libertação.
(    ) O novo nascimento.
 
III. A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO
15- O que é personalidade, de acordo com o pastor Antonio Gilberto?
(    ) É o conjunto de boas qualidades que caracterizam uma pessoa.
(    ) É o conjunto de atributos de várias categorias que caracterizam uma pessoa.
(    ) É o conjunto de emoções de várias categorias que caracterizam uma pessoa.
 
16- As Escrituras mostram com clareza e simplicidade que o ESPÍRITO SANTO é uma pessoa. Quais ações evidenciam esta verdade?
(    ) Ele ensina.
(    ) Testifica.
(    ) Guia.
(    ) Chora e sorri.
(    ) Intercede por nós.
 
17- Quais as qualidades intelectivas do ESPÍRITO SANTO, segundo o seguinte versículo da Bíblia: "Mas DEUS no-Ias revelou pelo seu ESPÍRITO; porque o ESPÍRITO penetra todas as coisas, ainda as profundezas de DEUS" (l Co 2.10,11)?
(    ) De acordo com Ron Rhodes, a palavra grega para penetrar significa "investigar profundamente".
(    ) Emoção, desejo, tristeza e alegria.
(    ) No versículo 11, a Palavra de DEUS afirma que o ESPÍRITO SANTO "sabe" os pensamentos de DEUS.
 
18- O ESPÍRITO SANTO tem emoções? Explique usando o seguinte versículo da bíblia: "E não entristeçais o ESPÍRITO SANTO de DEUS, no qual estais selados para o Dia da redenção" (Ef 4.30).
(    ) Não, o ESPÍRITO julga e condena a desobediência consciente, crescente e contínua do homem para com DEUS.
(    ) Sim, o ESPÍRITO se entristece ante a desobediência consciente, crescente e contínua do homem para com DEUS.
(    ) A tristeza é algo que somente uma pessoa pode experimentar.
(    ) Quando pecamos, entristecemos o divino Consolador que em nós habita. Deixemos de lado, pois, tudo que possa entristecê-Io.
 
19- O ESPÍRITO SANTO tem vontade? Explique usando o seguinte versículo da bíblia: "Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer" (1 Co 12.11).
(    ) Evidente que não, porém reconhece a vontade do PAI.
(    ) O texto bíblico mostra a vontade e a soberania do ESPÍRITO SANTO.
(    ) Segundo Ron Rhodes, a palavra grega bouletai, traduzida por "querer", refere-se à decisão proveniente da vontade, após deliberação prévia, caracterizando o exercício volitivo de uma pessoa.
 
CONCLUSÃO
20- Complete:
Precisamos conhecer melhor o ESPÍRITO SANTO, pela nossa total e continua ____________________________ e _____________________________ com Ele para entendermos devidamente suas manifestações. Ele não é um mero _____________________________ ou uma energia celestial. É a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Ele é _____________________________. Como Igreja de CRISTO, mantenhamos a comunhão com o ESPÍRITO SANTO, o ESPÍRITO de santidade e de vida, a fim de preservar os ___________________________________ e os valores bíblicos que fundamentam a fé pentecostal.
 
 
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm   
 
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - BÍBLIA de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm  
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.  
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www.portalebd.org.br  (Pr. Caramurú)
BANCROFT, E. H. Teologia Elementar. São Paulo, IBR, 1975.
SILVA, S. P. da. Quem É Deus. Rio de Janeiro, CPAD, 1991.
CEGALLA, D. P. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1977.
RIGGS, R. M. O Espírito Santo. São Paulo, Vida. 1981.
DUEWELL, W. L. Deixe Deus Guiá-lo Diariamente. São Paulo, Candeia, 1993.
GEE, D. A Respeito do Dons Espirituais. São Paulo, Vida, 1977.
BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Edição contemporânea. São Paulo, Vida, 1994.
SILVA, S. P. da. Apocalipse Versículo por Versículo. Rio de Janeiro, CPAD, 1995.
McNAIR, S. E. A Bíblia Explicada. Rio de Janeiro, CPAD, 1994.
 CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado. Milenium, 1982.
SILVA, S. P. da. A Existência e a Pessoa do ESPÍRITO SANTO. Rio de Janeiro, CPAD

 

24 março 2011

LIÇÃO 13 - PAULO TESTIFICA DE CRISTO EM ROMA



LIÇÃO 13 - PAULO TESTIFICA DE CRISTO EM ROMA
Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2011 - CPAD - Jovens e Adultos
ATOS DOS APÓSTOLOS - Até aos confins da terra
Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva



TEXTO ÁUREO
"E, na noite seguinte, apresentando-se lhe o Senhor, disse: Paulo, tem ânimo! Porque, como de mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifiques também em Roma" (At 23.11).

VERDADE PRÁTICA
A principal e a mais urgente missão da igreja é a evangelização de todos os povos e nações.

LEITURA DIÁRIA
At 9.15- Chamado para evangelizar os poderosos .
At 24.1-27- Paulo testifica diante do governador Félix
At 25.1-17- Paulo perante Festo
At 25.18 - 26.32- Paulo testifica ao rei Agripa
At 28.11-31- Prisão domiciliar de Paulo em Roma
Rm 15.18-24- Paulo, apóstolo dos gentios

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 27.18-25
18 - Andando nós agitados por uma veemente tempestade, no dia seguinte, aliviaram o navio. 19 - E, ao terceiro dia, nós mesmos, com as próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio. 20 - E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos. 21 - Havendo já muito que se não comia, então, Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Fora, na verdade, razoável, ó varões, ter-me ouvido a mim e não partir de Creta, e assim evitariam este incômodo e esta perdição. 22 - Mas, agora, vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio. 23 - Porque, esta mesma noite, o anjo de DEUS, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, 24 - dizendo: Paulo, não temas! Importa que sejas apresentado a César, e eis I que DEUS te deu todos quantos navegam contigo. 25 -Portanto, ó varões, tende bom ânimo! Porque creio em I DEUS que há de acontecer as- 1 sim como a mim me foi dito.

BEP - CPAD
27.24 PAULO, NÃO TEMAS. Enquanto DEUS tiver um lugar e um propósito na vida de alguém aqui na terra, e tal pessoa buscar a DEUS e seguir a direção do ESPÍRITO SANTO (cf. 23.11; 24.16), o Senhor o protegerá da morte. Todos os fiéis de DEUS têm o direito de orar: Ó Senhor, sou teu, sirvo a ti; sê tu meu protetor (cf. Sl 16.1,2).
27.25 TENDE BOM ÂNIMO. Paulo é um prisioneiro no navio sem deixar de ser um homem livre em CRISTO e viver na presença de DEUS, liberto do medo; ao passo que os demais que estão com ele no navio achavam-se aprisionados pelo terror por causa dos perigos que os cercam em alto-mar. Nesta vida, somente o crente sincero e fiel, que experimenta a presença de DEUS, pode enfrentar os perigos da vida com coragem e certeza em CRISTO.
27.31 SE ESTES NÃO FICAREM NO NAVIO. Esta declaração de Paulo parece colidir com os vv. 22,24. Se DEUS prometera a Paulo que pouparia as vidas de todos aqueles que navegavam com o apóstolo (v. 24), e Paulo lhes cita essa promessa incondicional dizendo: não se perderá a vida de nenhum de vós (v. 22), como a deserção dos marinheiros poderia provocar a morte dos passageiros? A resposta jaz na verdade bíblica de que as promessas de DEUS ao seu povo são normalmente sujeitas à condição da obediência à sua vontade (ver Gn 1.26-31; 6.5-7; Êx 3.7,8; Nm 14.28-34; 2 Sm 7.12-16; 1 Rs 11.11-13; 12.16).
Capítulo 28
28.5 NÃO PADECEU NENHUM MAL. A experiência de Paulo aqui ilustra maravilhosamente a promessa de JESUS em Mc 16.18.
28.16 CHEGAMOS A ROMA. Paulo tinha o desejo de pregar o evangelho em Roma (Rm 15.22-29), e era da vontade de DEUS que ele assim o fizesse (23.11). Quando, porém, chegou ali, estava algemado e ainda assim depois dos reveses, tempestades, naufrágio e muitas outras provações. Embora Paulo fosse fiel, DEUS não lhe proveu um caminho fácil e livre de problemas. Nós, da mesma forma, podemos estar na vontade de DEUS, ser inteiramente fiéis a Ele, e mesmo assim sermos dirigidos por Ele através de caminhos desagradáveis, com aflições. No meio de tudo isso, sabemos, porém, que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a DEUS (Rm 8.28).
28.30 PAULO FICOU DOIS ANOS INTEIROS. A história da igreja primitiva, escrita por Lucas, termina aqui. Paulo permaneceu em prisão domiciliar por dois anos. Tinha licença de receber visitas, às quais pregava o evangelho. O que aconteceu a Paulo depois, segundo geralmente se crê, é o que se segue. Durante esses dois anos, Paulo escreveu as Epístolas aos Efésios, Filipenses, Colossenses, e a Filemom. Em 63 d.C., aproximadamente, Paulo foi absolvido e solto. Durante uns poucos anos continuou seus trabalhos missionários, e talvez tenha ido até à Espanha, conforme planejara (Rm 15.28). Durante esse período, escreveu 1 Timóteo e Tito. Foi preso de novo cerca de 67 d.C., e levado de volta a Roma. 2 Timóteo foi escrita durante esse segundo encarceramento em Roma. A prisão de Paulo só terminou ao ser ele decapitado, sofrendo o martírio sob o imperador romano Nero.
28.31 PREGANDO O REINO DE DEUS O livro de Atos termina de modo repentino, sem nenhuma conclusão formal quanto ao que DEUS realizou através do ESPÍRITO SANTO e dos apóstolos no NT. A intenção de DEUS é que os atos do ESPÍRITO SANTO e a pregação do evangelho continuem na vida do povo de CRISTO até o fim dos tempos (2.17-21; Mt 28.18-20). Lucas, sob a inspiração do ESPÍRITO SANTO, revelou o padrão daquilo que a igreja deve ser e fazer. Ele registrou exemplos da fidelidade dos crentes, do triunfo do evangelho em meio a oposição do inimigo e do poder do ESPÍRITO SANTO operante na igreja e entre os homens. Esse é o padrão de DEUS para as igrejas atuais e futuras, e devemos fielmente guardá-lo, proclamá-lo e vivê-lo (2 Tm 1.14). Todas as igrejas devem avaliar-se segundo o que o ESPÍRITO disse e fez entre os crentes dos primeiros tempos. Se o poder, a justiça, a alegria e a fé das nossas igrejas atuais não são idênticas às que lemos nas igrejas em Atos, devemos pedir a DEUS, mais uma vez, uma renovação da nossa fé no CRISTO ressurreto, e um novo derramamento do seu ESPÍRITO SANTO.


Comentários do livro Espada Cortante 2 - Orlando S. Boyer - CPAD - Rio de Janeiro - RJ
PAULO TERIA SIDO SOLTO, SE NÃO TIVESSE APELADO PARA CÉSAR, 26.30-32.
Este homem nada fez digno de morte ou de prisões (v.31): Nero, depois disto, decretou a morte de todos que se convertessem ao cristianismo. Mas no tempo de Paulo ser julgado em Cesaréia, não havia tal lei. Paulo, contudo, o mais ativo, o mais zeloso dos cristãos, e que nada fizera digno de prisões, foi guardado preso e enviado a Roma. O seguinte é de Dean Vaughan's Church of the First Days: "O rei Agripa, como Félix e Festo, como seus antepassados da história sagrada, então desaparece de cena. Nada resultou, cremos, desta entrevista da luz com as trevas, do pecado com o Evangelho. Agripa permanecia na sua fé vã nas Escrituras; permanecia, também, na lascívia de seu coração, de seu ídolo imoral, de sua vida terrestre. Aproximaram-se tempos de provações: nas guerras judaicas ficava ele ao lado dos romanos; depois se retirou, passando trinta anos desprezado. No ano 100 AD. no terceiro ano do imperador Trajano, morreu em Roma. Era o último dos príncipes de uma raça manchada de sangue, a dos Herodes."
PAULO, O NÁUFRAGO
Esta é a mais interessante e completa narração de naufrágio, dos tempos antigos, que existe. A viagem de Paulo a Roma foi, contudo, muito mais que uma extraordinária aventura. DEUS dera ao apóstolo a certeza de ele proclamar a Mensagem em Roma, o maior centro do mundo de então. Essa certeza servia como grande farol nas horas do mais negro desespero para seus companheiros descrentes.
Grande é o contraste, de um lado, da fraqueza, do desalento, do horror dos homens quando batem sobre eles as tempestades de grandes aflições, e, do outro lado, os filhos de DEUS que vencem todos esses terrores andando fortes, cheios de gozo, na luz que brilha do próprio Criador.
NO INÍCIO, O MAR ESTÁ CALMO, A VIAGEM FASCINANTE, 27.1-8.
Não muito depois do discurso perante Agripa e os outros grandes personagens, Paulo, o prisioneiro de JESUS CRISTO, partiu em demanda de Roma, v.1. Por fim, começava a resposta às suas ardentes orações de ficar livre "dos rebeldes na Judéia", recrear sua alma com "todos em Roma, amados em DEUS;" Rm 15.30-32; 1.7.
PAULO PREVINE-OS DE UM GRANDE TEMPORAL, 27.9-11.
O jejum já tinha passado... (v.9): O navio atrasara grandemente por falta de vento, e passara o tempo do movimento marítimo. "O jejum" refere-se ao jejum dos judeus no dia de expiação (Lv 23.26-28), observado, geralmente, em nosso mês de outubro. Depois deste mês era mais seguro invernar em um bom porto para evitar as grandes tempestades no mar Mediterrâneo.
AÇOITADOS PELA TEMPESTADE, _PERDEM TODA ESPERANÇA, 27.12-20.
E, soprando o vento sul brandamente (v.13): É o vento brando que nos engana, que nos induz a folgar, esquecidos do Criador, até levantar repentina procela para nos destruir. Lembremo-nos de nosso DEUS, como Paulo fez, quando "o vento sul sopra brandamente", e não ficaremos aflitos quando o "euro-aquilão" de tribulação desce inesperadamente sobre nós.
Um pé de vento, chamado euro-aquilão (v. 14) : Isto é, uma "nordestia", um temporal violentíssimo do nordeste. Esse tufão de vento bateu inopinadamente no navio quando lhes faltavam apenas algumas horas para alcançar o desejado porto, Fenice.
Cingindo o navio (v.17): Com grande dificuldade passaram cabos em redor do casco do navio para que resistisse melhor à tremenda força das ondas.
Temendo darem à costa na Sirte (v.17): A costa africana, entre Cartago e Cirene, lugar muito temido pelos marinheiros por causa das areias movediças e das correntes que embaraçavam a navegação.
Nem sol nem estrelas (v.20): O vento uivava. As ondas davam com ímpeto. O céu permanecia negro. Não viam sol nem estrelas. Mas Paulo fitava o céu limpo; seu mar continuava calmo. (Vede vv. 23,24. Lede o SI 107.25-30.)
PAULO ASSEGURA-OS QUE NENHUMA VIDA SE PERDERÁ ENTRE ELES, 27.21-26.
E, havendo já muito que não se comia (v.21): Havia muito pouca comida. Foi impossível cozinhar. Os homens passavam dias a fio, desalentados, molhados, enfadados, famintos, - "havendo já muito" não sabiam quantos dias. (Vede v. 27).
DEUS, de quem eu sou (v.23): Paulo reconhecia que pertencia a DEUS. Não somos de nós mesmos, fomos comprados por preço, 1Co 6.19,20.
O anjo de DEUS... esteve comigo (v.23): Paulo, o prisioneiro, certamente não tinha beliche ao lado do comandante do navio, mas dormia com outros prisioneiros em lugar imundo no porão. Mas aí o anjo do Senhor esteve ao seu lado. A miséria e a pobreza não nos separam de DEUS.Jacó, dormindo sem cama, e tendo por travesseiro uma pedra, teve visão de anjos. O Senhor não somente apareceu a Paulo em Jerusalém, mas também, quando estava longe sobre o mar (SI 65.5), nas extremidades do mar, SI 139.9. As grandes ondas lançavam o navio violentamente de um lado ao outro, contudo o anjo embarcou e esteve ao lado de Paulo. (Compare Dn 3.25). Não há procela que embarace as comunicações com o céu. "DEUS é o nosso refugio e fortaleza bem presente na angústia... ainda que a terra se mude... ainda que as águas rujam...", SI 46.1-3.
LANÇAM QUATRO ÂNCORAS E ORAM PARA QUE ROMPA O DIA, 27.27-36.
A narrativa descreve a cena vividamente. A tremenda força do vento e das ondas levava o navio para a praia de uma ilha já bem perto. Na escuridão dessa terrível noite, ouvia-se o ribombar das imensas ondas que batiam nas pedras. Lançaram quatro âncoras. Dariam para segurar o navio? O navio imóvel, suportaria a violência do mar? Não é de admirar que todos aguardassem desesperadamente o raiar do dia.
Deu graças a DEUS na presença de todos (v.35): Paulo não deixou de agradecer a DEUS pela refeição, apesar de estar na presença de quase 300 soldados, marinheiros, prisioneiros e outros companheiros de viagem. (Vede 1 Tm 4.4,5.)

O NAVIO PERECE, MAS TODOS SE SALVAM EM TERRA, 27.37-44.
Aliviaram o navio, lançando o trigo ao mar (v.38): Não era fácil retirar as sacas de trigo do porão do navio, grandemente agitado pelas ondas, para lançá-Ias ao mar. Mas isso fizeram, para que o navio, aliviado de sua carga e solto das âncoras, chegasse mais perto da praia antes de a quilha ferir a terra.
Que matassem os presos (v.42): Não havia poder nem nos céus, nem na terra, nem cilada de Satanás que matasse a Paulo, porque DEUS tinha já determinado que fosse a Roma.
E assim aconteceu que todos chegaram à terra a salvo (v.44): E o apóstolo Paulo havia sofrido naufrágio três vezes antes disto! (Vede 2Co 11.25. A Segundo, epístola aos Coríntios foi escrita, talvez, de Filipos, depois dos eventos narrados em Atos 19.)
Não há razão para dizer que o fato de Paulo sofrer tão pavoroso naufrágio, prova que não fazia toda a vontade do Senhor. DEUS não nos promete uma vida isenta de sofrimentos. É quando andamos mais perto de CRISTO que sofremos as maiores tormentas. É bom notar o grande contraste entre a experiência de Paulo e a de Jonas:Jonas fugia de DEUS; Paulo seguia a direção de DEUS.Jonas mostrou-se omisso, dormindo na tempestade; Paulo se esforçava, animado e socorrendo os passageiros. Levantou-se o temporal para destruir o navio por causa de Jonas; se tivessem seguido o conselho de Paulo, não se teria perdido o navio.Jonas foi obrigado a testificar de DEUS; Paulo o fez repetidamente de livre vontade. Os passageiros salvaram-se, lançando Jonas ao mar; os tripulantes e presos foram salvos por causa da presença de Paulo. Grande é o contraste entre aqueles que sofrem grandes tribulações ao lado de JESUS e aqueles que passam grandes provações porque andam longe dEle.

EM MALTA, PAULO É MORDIDO POR UMA VÍBORA, 28.1-6.
Numerosos e variados são os lugares e as circunstâncias em que se encontra o incansável apóstolo Paulo. Nesta ocasião escapara de um "euro-aquilão", molhado e com frio, na praia de uma ilha desconhecida. Pelos indígenas chega a saber que é a ilha de Malta, cerca de 1.800 quilômetros de onde embarcara em Cesaréia. Mas mesmo assim esse apóstolo, durante o tempo que tinha de permanecer na ilha, faz uma gloriosa obra.
Malta (v.l): Uma ilha no mar Mediterrâneo, com comprimento de 30 quilômetros e largura de 18. Dista cerca de 30 quilômetros da Sicília e 240 da Itália.
E os bárbaros... (v.2): Isto é, eram incultos e não falavam grego.
Havendo Paulo ajuntado... (v.3): Havia um bom número de soldados, marinheiros e prisioneiros presentes, que podiam ajuntar gravetos para o fogo, e que, sem dúvida, eram mais novos que "Paulo, o velho", Fm 9. A maneira de ser verdadeiramente grande é ser servo realmente de todos.
Víbora (v.3): Os que se esforçam para servir ao próximo, devem esperar que do calor saia uma "cobra" dormente, de censura, de perseguição, de calúnia, para morder a mão que trabalha. Convém-nos, como Paulo, sacudir a medonha criatura ao fogo e não nos indignar.
Este homem é suicida (v. 4):Julgaram que Paulo fosse criminoso e logo depois um deus. Em Listra julgaram que fosse um deus, para logo o apedrejarem como um malfeitor, cap. 14.8-19. A multidão que é movida a ovacionar o pregador vitorioso, muda em um só dia para acreditar na venenosa cobra chamada calúnia.

A CURA DO PAI DE PÚBLIO, 28.7-10.
Públio, o qual nos recebeu e hospedou... (v.7): Públio, o homem principal da ilha, hospedava um "anjo" sem o saber, Hb 13.2. Paulo, o prisioneiro, não deixava de ser Paulo, o apóstolo. É impossível dar um copo d'água a um discípulo de CRISTO sem receber a recompensa. Corno era grande a remuneração de Públio, a cura de seu pai gravemente enfermo!
Os quais... nos proveram das coisas necessárias (v. 10) : Assim DEUS supriu as necessidades de cada um daquele grupo, incitando o amor do povo para com eles, pelo serviço de Paulo. Não era apenas durante o sinistro do navio que a presença desse homem de DEUS, entre eles, era corno o sal que os preservou da morte.

DE MALTA A ROMA, 28.11-15.
Num navio de Alexandria... (v.11): Dois navios de Alexandria chegaram a Malta. (Vede cap. 27.6.) Um naufragou, o outro invernou nessa ilha, em segurança.
Castor e Pólux (v.U): Na mitologia grega, Castor e Pólux eram julgados filhos gêmeos de Júpiter. Os dois eram inseparáveis, seus nomes eram usados para simbolizar a amizade. Aparecem no céu, formando a constelação dos gêmeos. Os marinheiros consideravam esses dois corno seus protetores. As suas figuras eram, talvez, pintadas ou esculpidas na proa do navio.
Os irmãos... nos saíram ao encontro (v.15): Paulo via um grupo de pessoas aproximando-se dele. Quem seriam? Eram irmãos, irmãos em CRISTO, que com toda a pureza da fé e do amor, saíram da imundícia da grande cidade, para receber o grande apóstolo. Três anos antes disso Paulo escrevera a maravilhosa epístola (Rm 1.7) a esses crentes. Então o autor dessa epístola aproximava-se da cidade e eles sentem-se constrangidos a sair, cerca de 60 quilômetros, para receber esse homem algemado, corno se fosse um dos mais célebres heróis.

E Paulo, vendo-os, deu graças a DEUS (v. 15) : Levantou seu coração e a sua voz em ações de graças Àquele que respondera as suas súplicas, Rrn 15.30-32.
E tomou ânimo (v.15): Mesmo os mais experimentados e mais desenvolvidos crentes precisam da inspiração e edificação que recebem da convivência entre seus irmãos. Não nos convém deixar a nossa congregação, como é costume de alguns...
Paulo, sem dúvida, já conhecia pessoalmente alguns dos irmãos, desse grupo que saiu da cidade para recebê-Io, Rm 16.5-16.
PAULO TRABALHA ENTRE OS JUDEUS EM ROMA, 28.16-24.
Quantos grandes homens entraram em Roma coroados e triunfantes que eram uma verdadeira praga para a sua geração? Mas Paulo, que era uma das maiores bênçãos para a sua geração, entrou desprezado, como um pobre cativo! Não nos enganemos, o mundo nunca pode conhecer os filhos de DEUS, porque não conhece a DEUS.
Quando Paulo chegou a Roma, esta era uma cidade de dois milhões de habitantes, dos quais mais ou menos a metade eram escravos desprezados. Nero era o imperador. Apesar de ele não ter mais de vinte e cinco anos de idade, as suas mãos haviam sido manchadas com o sangue da sua própria mãe, Agripina, e, talvez, com o da sua esposa Otávia.
Paulo chegara a Roma "na plenitude da bênção de CRISTO", mesmo como afirmara que queria fazer, Rm 15.29. Temos o alvo de visitar os irmãos, somente quando estamos cheios do ESPÍRITO, para comunciar-lhes bênçãos de DEUS? Rm 1.11.
Paulo nunca se referiu a si mesmo como o prisioneiro de César, mas sempre de CRISTO, Ef 3.1; Fp 1.12-14. Era "embaixador em cadeias", Ef 6.20. Em Roma era embaixador de DEUS:
1) aos judeus (vv. 17-29); 2) aos soldados e a casa de César (Fp 1.12-14; 4.22); 3) aos gentios em Roma (At 28.28-31); 4) aos cristãos em Roma, Rm 1.9-15.
Como o soldado (v. 16) : É provável que o soldado a quem foi acorrentado fosse um de uma escolta de quatro. (Compare capo 12.4). Os soldados se revezavam, mas Paulo continuava acorrentado dia e noite. (Vede v. 20).
7rês dias depois (v.17): Isto quer dizer, conforme o costume dos judeus de contar, que Paulo passou só um dia descansando da viagem. O negócio do Rei era urgente; Paulo, como de costume, remia o tempo, 1 Sm 21.8 e CI 4.5.
Convocou os principais judeus (v.17): Era seu costume, logo ao chegar a uma cidade, ir à sinagoga. Esta vez não foi ter com eles; estava preso. Diz-se que havia sete sinagogas e cerca de 60 mil judeus em Roma.
Acusar a minha nação (v.19): Os judeus eram desprezados em Roma. Pouco antes disto, todos foram expulsos da cidade, capo 18.2. Paulo, porém, não era "politiqueiro", querendo incitar uma perseguição contra eles para ganhar favor dos gentios, perante os quais tinha de comparecer. (Compare Rm 10.1.)
Nós não recebemos... (v.21): Somente podemos pensar que os judeus continuassem sua perseguição contra Paulo, levando o caso a Roma. Mas é provável que Paulo apelou para César com esta mesma certeza de os judeus desistirem de seu intento, antes de comparecer ele em Roma, onde não podiam ganhar auditórios. (Vede capo 18.2). Isso foi o caminho que Davi escolheu, quando fugiu à terra dos filisteus para escapar da mão de Saul. O rei lá não tinha coragem de ir buscá-lo. "E, sendo Saul avisado que Davi tinha fugido para Gate, não cuidou mais em o buscar:' 1 Sm 27.1,4.
Desde a manhã até a noite (v.23): Pregava o dia inteiro. Os homens nunca cansam de falar do que têm no coração; o comerciante não cansa de falar em comprar e vender, o jogador de falar nos jogos, o literato de falar na literatura, o músico de falar na música, o crente, salvo, de falar na salvação em CRISTO JESUS.

PAULO VOLTA AOS GENTIOS EM ROMA, 28.25-29.
E, como ficaram entre si discordes, se despediram, dizendo a Paulo esta palavra... (vv. 26,27): Esta citação de Is 6.9,10, aparece três vezes no Novo Testamento; cada vez em tempo de grande crise para o povo:
1) em Mt 13, quando recusaram JESUS; 2) em Jo 12, na véspera da crucificação; 3) em At 28, quando a rejeição dos judeus foi completada.
O livro de Atos dos apóstolos não tem fecho nem remate. Isso, porém, não quer dizer que o ESPÍRITO SANTO não alcançou Seu alvo em escrever o livro. Apesar de os judeus rejeitarem o unigênito Filho de DEUS, cravando-O na cruz, o Pai no Seu infinito amor ainda conquistava Seu povo escolhido. O livro de Atos mostra como o Evangelho foi pregado em cada lugar, mas primeiramente a este povo da promessa. A rejeição deles desta Mensagem, em Roma, foi a rejeição final e DEUS logo depois, no ano 70, deixou os inimigos destruírem a "cidade santa" e findaram com todos os seus sacrifícios.

PAULO PRISIONEIRO DURANTE DOIS ANOS.
30 "E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara e recebia todos quantos vinham vê-Io, 31 "pregando o Reino de DEUS e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor JESUS CRISTO, sem impedimento algum.
Dois anos inteiros (v.30): Tais demoras da justiça eram comuns. Neste caso parece que a demora foi causada:
1) pela perda dos papéis oficiais no naufrágio, 2) pelo não aparecimento dos acusadores. 3) pela dificuldade de ajuntar as testemunhas.
Na sua própria, habitação que alugara (v.30): Mas continuava acorrentado a um soldado. O único meio de guardar Paulo em um só lugar, foi aprisioná-Io e, quando lá acorrentado, de seu "púlpito' alcançou as extremidades da terra e os limites do tempo. Lede Fp 1.12-14; 4.22; Fm 10 etc. Foi durante esses dois anos que escreveu as preciosas epístolas aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses e a Filemom.
Pede-se guardar o corpo de João na ilha de Patmos, mas não seu espírito. Enquanto alguns ficam vencidos pelas circunstâncias, outros deixam de meditar nos dissabores desta vida e habitam as alturas onde não há sombra e realizam grande colheita de almas.
Sem impedimento algum (v.31): Compare 2 Tm 2.9. Como podia Paulo pregar sem impedimento algum, quando estava em cadeias e o monstro Nero no trono. Descobre-se, nessas três últimas palavras penetrantes do livro de Atos, o segredo da força que transforma o íntimo dos homens. Satanás não pode de forma alguma abafar o nosso testemunho se guardamos o nosso contacto com o poder que vem dos céus.
Os últimos anos de Paulo.
Conforme a tradição ele foi libertado depois de passar dois anos preso. Continuou a evangelizar, talvez, até a Espanha, foi novamente preso, provavelmente depois do incêndio de Roma, no ano 64, e foi degolado no ano 67 ou 68. Esta tradição tem confirmação, só em parte, com as referências de 2 Tm e Tt, escritas durante o seu segundo encarceramento. (Lede 1Tm 1.15-18; compare 1.13; Fp 1.24,25.) Na primeira prisão, escreveu as cartas aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses e a Filemom. Na segunda escreveu as epístolas pastorais a Timóteo e a Tito. Quanto a Igreja de DEUS deve ao encarceramento de Paulo, só no lar eterno saberemos!
É evidente que o ESPÍRITO SANTO não findou a história gloriosa de Atos; o livro de ação é sem epílogo, não tem fecho, porque até hoje os servos de DEUS, cheio do ESPÍRITO SANTO, estão acrescentando outros capítulos preciosos e ainda não escritos. Aqui, na conclusão destes estudos, devemos resolver voltar e estudar o livro em ordem com ainda mais dedicação e oração, pois "PARA NÓS É A PROMESSA:'.
"E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS, que do meu ESPÍRITO derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e também do meu ESPÍRITO derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão; e farei aparecer prodígios em cima, no céu; e sinais em baixo na terra, sangue, fogo e vapor de fumo. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor; e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo."

PALAVRA CHAVE - TESTEMUNHA - [Do gr. martyr; do lat. testimonia]. O que atesta a veracidade de um fato.



Comentários do livro - Atos - Introdução e Comentário - I. Howard Marshall - Série Cultura Bíblica - edições 1985,1988, 1991, 1999 e 2001 - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - SP
Poderiam se utilizar de cordas que atravessam o navio dentro do porão, para fortalecê-Io; ou de cordas amarradas longitudinalmente da proa até à popa, e esticadas para evitar que o navio quebrasse às suas costas (H. J. Cadbury, BC, V. págs. 345-354). Conforme os conhecimentos que atualmente temos das condições de então, não é possível fazer uma decisão firme entre estas possibilidades. Tudo quanto sabemos por certo é que "cintas" faziam parte do equipamento dos navios de guerra gregos, que eram cordas ou cabos, usualmente em número de quatro ou seis, e (pelo menos num caso) cada uma com comprimento suficiente para se estender ao derredor do navio inteiro, longitudinalmente.
Os marinheiros tinham medo de que, mesmo assim, o navio fosse levado à Sirte. Trata-se de uma área de areias movediças e bancos de areia perto do litoral da Letônia, que era lendária por causa do perigo que constituía para a navegação, como o "triângulo das Bermudas" hoje. Ainda ficava numa distância de 611 km, aproximadamente, mas os marinheiros não queriam correr riscos. A terceira ação deles foi arriar os aparelhos. Aqui, também, não é certo o sentido. Talvez signifique abaixar ou amarrar a vela principal, ou talvez fixar a sua posição, ou arriar a corda que apoiara a vela de capa, ou lançar ao mar os aparelhos sobressalentes a bordo (mas "arriar" dificilmente pode significar "lançar ao mar"), ou, mais provavelmente, talvez, abaixar algum tipo de âncora flutuante que frearia a velocidade do navio, levando-o ao léu para o norte, para assim evitar a área do perigo.

18-19. Estas medidas, no entanto, foram inadequadas. O navio estava enfrentando mares bravios, e provavelmente estava subindo água a bordo, de modo que começaram a aliviar o peso, lançando ao mar a carga (cf. Jn 1 :5). No terceiro dia o processo de aliviar o navio foi continuado, lançando ao mar a armação; deve referir-se à armação de reserva, e talvez a pesada vela mestra com seus aparelhos. MSS menos antigos dizem nós mesmos, com as próprias mãos, lançamos. . . que faz mais sentido do que textos mais antigos que aplicam "as próprias mãos" aos marinheiros que não teriam outro meio senão este de trabalhar. Ou será que a expressão quer lembrar que não tinham equipamentos para içar pesos, conforme teriam nos portos?
20. O ponto culminante na descrição da tempestade é que os marinheiros não tinham idéia alguma da sua posição, com relação à terra, ou rochas ou bancos de areia. O mau tempo impedia qualquer observação do solou das estrelas mediante os quais talvez pudessem ter feito algum cálculo do seu posicionamento. Humanamente falando, não parecia ter possibilidade alguma de sobrevivência, e o desânimo se apoderou das pessoas no navio.
21-22. A esta altura, Paulo intervém na história pela segunda vez. A sua intervenção é introduzida pelo comentário sobre o fato que ninguém estava comendo, embora este aspecto não é retomado a não ser no v. 33. No presente contexto, ilustra ainda mais a aflição desesperada das pessoas no navio. É possível que houvesse pouca comida disponível depois da tempestade, e que as pessoas se sentissem demasiadamente enjoadas ou desanimadas para comer. Todo este sofrimento e risco poderia ser evitado se o navio tivesse permanecido em Bons Portos, e Paulo comentou que sua advertência não fora devidamente atendida; sua profecia de danos e perdas se cumprira, embora, por enquanto, só afetasse (e no fim somente afetaria) o navio, e não as pessoas a bordo que incluíra na sua profecia. É esta qualificação da sua profecia anterior que Paulo agora ressalta num esforço para animar as pessoas. Crê que ninguém perderá a vida, mas haverá perda do navio.
23-24. Paulo menciona o fundamento desta sua certeza, ao narrar uma visão que tivera na noite anterior, durante a qual lhe aparecera um anjo de DEUS. A mensagem angelical foi uma confirmação da revelação anterior em 23:11 de que Paulo chegaria a Roma; era o plano de DEUS que Paulo ali testificasse (23:11) na presença de César. Seguia-se, portanto, que ele pessoalmente podia ter confiança de que sobreviveria a tempestade em alto mar, mas também foi informado que DEUS lhe concedera como favor que todos que navegavam com ele também seriam poupados. A linguagem dá a entender que Paulo tinha orado em prol dos seus companheiros de viagem, e que DEUS atendera a sua oração. Há um paralelo com a história de Abraão, que intercedeu com DEUS em prol do povo de Sodoma, e pleiteou que a totalidade da cidade fosse poupada por amor ao número mínimo de justos "que ali habitava (Gn 18:23-33).
25-26. Destarte, Paulo podia encorajar os seus ouvintes a ter bom ânimo e, em efeito, compartilhar da confiança que ele tinha naquilo que DEUS lhe prometera, e que seria cumprido. A profecia de Paulo ia além de uma esperança geral quanto à segurança, para uma declaração de que todos seriam lançados à terra numa ilha; se o navio haveria de perder-se (v. 22), então somente um evento semelhante poderia salvar a vida das pessoas a bordo.
Este discurso de Paulo é submetido â suspeita dos críticos. Mesmo assim, encaixa-se muito bem com as experiências de Paulo de visões da parte de DEUS (2 Co 12:1, 9); é inteiramente natural que Paulo tivesse compartilhado a sua certeza com seus companheiros de viagem, e a história é transmitida por uma testemunha ocular; não precisamos duvidar de que Paulo disse alguma coisa assim. Haenchen (pág. 709) é cético quanto a Paulo conseguir pronunciar um discurso em condições de uma tempestade a bordo de um navio, mas o seu conceito de Paulo agindo como orador público é inapropriado para as circunstâncias.
27. Agora vem o cumprimento da profecia de Paulo. Passara-se uma quinzena (presume-se que o tempo foi contado assim a partir da saída de Bons Portos). Os cálculos revelam que este período coincide com o tempo que o navio levaria para percorrer a distância em termos reais (cerca de 475 milhas náuticas ou 885 km), se estava indo â deriva conforme o modo aqui descrito. Além disto, deve-se levar em conta alguma mudança na direção do vento, que é natural. Hoje em dia, o Mar Adriático significa o golfo entre a Itália e a península das Bálcãs, mas o termo se empregava antigamente para incluir a área entre a Cic11ia e a Creta também. A ilha de Malta se acha na extremidade ocidental desta área, imediatamente ao sul da Sicília. Os marinheiros reconheciam que a terra se aproximava, possivelmente pelo estrondo dos vagalhões.2 5 6
28. Começaram, portanto, a fazer sondagens para determinar a profundidade de água que havia embaixo do navio. Embora as cifras dadas concordem com aquelas que foram estabelecidas no local provável do naufrágio, Conzelman (pág. 144) prefere, mesmo assim, acreditar que são uma invenção literária, por ser improvável que Lucas estivesse perto do homem que lançava o prumo; trata-se de ceticismo desvairado.
29. A pouca profundidade da água, sem dúvida em conjunto com o estrondo dos vagalhões, exigia medidas de segurança, e, assim, os marinheiros lançaram quatro âncoras. Estas não tinham muito peso em comparação com os padrões modernos - daí o número delas - e foram lança das da popa a fim de evitar que a proa do navio se virasse, e para preparar o navio para correr de frente para a praia depois de haver luz e um lugar e oportunidade apropriados. Agora, nada mais poderia ser feito senão ansiar e orar pela chegada da luz do dia.
30. O incidente que agora se segue é explicado de várias maneiras. Segundo Lucas, os marinheiros (ou talvez apenas alguns deles) procuravam lançar â água o bote do navio (v. 16), a fim de escaparem do navio; fingiam que, na realidade, iam lançar âncoras da proa - ação esta que nestas circunstâncias somente poderia ser levada a efeito ao remar levando as âncoras por uma pequena distância da proa para lançá-Ias dali. Muitos comentaristas argumentam, no entanto, que uma tentativa para escapar seria puro suicídio nas condições tempestuosas em plena escuridão perto de um litoral desconhecido, e que o único modo de ação seguro seria permanecer a bordo até à luz da manhã. Os leitores de Robinson Crusoé devem lembrar-se de uma situação muito semelhante em que o navio encalhou de madrugada, e a tripulação saiu com o bote, e todos pereceram menos o próprio Crusoé, que mais tarde pôde voltar ao navio e comentou: "Vi de modo evidente que, se tivéssemos permanecido a bordo, estaríamos todos salvos - ou seja, teríamos chegado com segurança à praia". A história escrita por Defoe indica que os homens podem fazer coisas estultas, embora permaneça a possibilidade que os passageiros entendessem erroneamente a intenção dos marinheiros.
31. Seja qual tenha sido a intenção dos marinheiros, Paulo indicou ao centurião o perigo que haveria de os passageiros ficarem completamente desamparados sem os marinheiros. Haenchen (págs. 706, 710) comenta que, neste caso, Paulo seria responsável pela perda do navio, pois, sem o bote, não restava outra possibilidade senão tentar (em vão) encalhar o navio na praia; ao mesmo tempo, no entanto, aceita a idéia de o versículo ser uma interpolação fictícia da parte de Lucas para transformar Paulo em salvador dos passageiros. Do outro lado, porém, pode-se comentar que foi o infortúnio que levou o navio a encalhar num banco de areia ao invés de chegar à praia, e que é possível que os soldados tenham agido precipitadamente ao cortar os cabos do bote (v. 32), ao invés de meramente montar guarda sobre ele. Lucas certamente atribui a Paulo a iniciativa para a ação, a qual considera útil; é certo que não seria surpreendente se os soldados e os passageiros tenham agido em pânico, entendendo erroneamente as intenções dos marinheiros, mormente porque o tema de a tripulação abandonar os passageiros para perecer é atestado nos romances antigos.
33. Agora surge mais um episódio que ressalta a atuação de Paulo. Quando o dia começou a raiar, enquanto o navio ficava estável com as âncoras, Paulo começou a animar as pessoas a bordo a comerem. É retratado ao falar a todas as pessoas no navio de modo geral, lembrando-as que não comeram nada desde o começo da tempestade desastrosa quatorze dias antes (cf. v. 21). Embora não haja qualquer indicação de que tenham observado jejum para induzir quaisquer deuses que adorassem a terem misericórdia deles é possível que este tema esteja presente, e que Paulo, com efeito oficial era o princeps perigrinorum, o comandante do quartel onde se baseavam os frumentarii (27:1) em Roma. Parece possível, no entanto, que esta unidade não tenha existido antes dos tempos de Trajano no século 11 d.C. Uma segunda possibilidade é que a referência dizia respeito ao praefectus praetorii, o prefeito ou comandante dos guardas pretorianos, a quem eram entregues os prisioneiros das províncias, segundo a carta escrita por Trajano a Plínio. Esta teoria é desenvolvida por Sherwin-White (págs. 108-111), que sugere que o respectivo oficial seria o princeps castrorum, um subordinado do prefeito. É, portanto, possível que o texto ocidental reflita o procedimento que teria sido adotado. Quanto à questão dos processos jurídicos, ver v. 30.

Paulo e os judeus em Roma (28:17-31).
o relato de Lucas acerca das atividades de Paulo em Roma silencia no que diz respeito a dois aspectos que acharíamos mais interessantes: o resultado do seu apelo a César, e seu relacionamento com a igreja cristã que já existia em Roma. Todo o interesse se centraliza nos contatos entre Paulo e os judeus não-cristãos. Convoca os representantes deles a se encontrarem com ele, e explica em termos resumidos como fora trazido a Roma como resultado de acusações que os judeus fizeram contra ele na Judéia; surge, assim, a oportunidade para ele explicar a natureza da mensagem cristã a estas visitas; suas palavras, no entanto, são recebidas de diversas maneiras. Quando estes judeus de Roma não conseguem chegar a um acordo entre si a respeito, Paulo se pronunciou claramente, condenando a cegueira e a obstinação deles em recusarem o evangelho, e, diante disto, declarou-se livre para levar aos gentios a mensagem da salvação. No decurso dos dois anos .remanescentes, portanto, mencionados por Lucas, Paulo pregava e ministrava aos gentios. Destarte, o quadro final que é mostrado ao leitor retrata o apelo final que Paulo fez aos judeus, e a sua aceitação de uma chamada aos gentios. A impressão que se transmite é que Paulo sentia, no decurso do seu ministério inteiro, o dever de ir primeiramente aos judeus, e que era somente quando estes recusavam a mensagem que ele ia aos gentios. Tudo isto harmoniza-se perfeitamente com a expressão, cheia de emoção, dos sentimentos de Paulo acerca da sua chamada em Romanos caps. 9-11. Além disto, leva ao clímax o livro inteiro, sendo que o programa missionário registrado em Atos 1:8 agora é levado a um ponto decisivo: o evangelho chegou à capital do Império Romano, e é proclamado aos gentios, sem impedimento; a igreja está à beira de expansão adicional, com a esperança de Paulo chegar à Espanha (Rm 15:24, 28) sempre presente nos planos, indicando a direção para maiores avanços. A igreja, portanto, recebe suas ordens de marcha: Roma é uma etapa no itinerário, e não o alvo final. Em princípio, está livre para deixar de preocupar-se com os judeus, pelo menos por enquanto (Lc 21 :24), e passar a dedicar-se aos gentios.

Lucas apresenta este quadro em termos da missão de Paulo. Os judeus em Roma recebem a oportunidade de corresponderem ao modo de Paulo entender o evangelho, muito embora já tivessem, decerto, alguma familiaridade com a mensagem dos cristãos que estavam em Roma já desde uma data bem antiga (At 2:10). Isto quer dizer que Lucas nada diz acerca da presença e atividade da igreja em Roma a não ser nos vv. 15-16 e, destarte, os leitores de Atos podem receber uma impressão inexata. É o mesmo tipo de relato concentrado que achamos no capítulo final do Evangelho, onde todas as aparições do JESUS ressurreto se apresentam como se fossem confirmadas a Jerusalém e seus arrabaldes, e como se tivessem ocorrido no Domingo da Páscoa, muito embora tivessem havido aparições noutros lugares, e o próprio Lucas mais tarde torne claro que continuaram no decurso de um período de quarenta dias.

17. A primeira ação de Paulo, uma vez estabelecido na sua nova moradia, é conclamar os principais dos judeus em Roma. Nossas informações acerca da comunidade judaica em Roma são insuficientes para sabermos precisamente quais são os oficiais aqui em mira. Paulo os convida a vir até ele, pois, segundo parece, não está livre para ir visitar a eles; sua situação é de .prisão domiciliar. Dá-lhes as razões que o levaram a Roma. Declara que nada fizera contra o povo judaico, nem atacara seus costumes (cf. 25:8). Mesmo assim, os judeus o entregaram aos romanos. A linguagem se assemelha àquela que Lucas aplica a JESUS no Evangelho (Lc 18:32), e é possível que Lucas queira que seus leitores vejam um paralelo entre o destino de JESUS e o de Paulo. Tem sido alegado, outrossim, que Lucas contradiz sua história anterior, na qual os romanos arrebataram Paulo das mãos dos judeus. Lucas, porém, se ocupa com os essenciais da história, e não com os pormenores, e o relato aqui é uma representação correta de como os judeus passaram a processar Paulo diante de Félix e Festo, tendo em mira uma sentença romana para Paulo, por delitos que realmente seriam judaicos, por mais que os judeus tentassem alegar que Paulo era, na realidade, um perigo para Roma.

18. O inquérito que os romanos instauraram contra Paulo não substanciou as acusações dos judeus contra ele. Nada fizera que merecesse a morte,. e, portanto, deveria ter sido inocentado e solto. Paulo disse que os romanos quiseram soltá-lo. Parece um pouco estranho. Na realidade, os governadores nenhuma tentativa fizeram para colocar Paulo em liberdade, e foi porque Festa queria julgá-Ia em Jerusalém que Paulo sentiu-se obrigado a apelar a César. Foi Agripa que afirmou que Paulo poderia ser posto em liberdade se não tivesse apelado a César, e supõe-se que Festa concordou com ele naquela altura dos acontecimentos. A declaração de Paulo, portanto, é uma simplificação da narrativa anterior, e reflete o que se nos diz acerca dos desejos dos governadores, não fosse a pressão dos judeus.

19. A razão porque Paulo se sentiu compelido a apelar para César foi, segundo ele, a oposição dos judeus ao desejo dos romanos de libertar a Paulo. Parece que se trata de uma alusão às acusações dos judeus, registradas em 25:2, 7, que levaram Festa a perguntar se Paulo estaria disposto a ser julgado em Jerusalém. Se for assim, devemos provavelmente entender que 25 :4-5 significa que se os judeus não tinham libelo formal contra Paulo, Festa o teria posto em liberdade; tal conceito é razoável, pois Festa deve ter considerado que os dois anos de detenção que Paulo já sofrera bastariam como castigo adequado se tivesse havido qualquer delito contra as leis especificamente judaicas. Assim, haveria harmonia entre os relatos registrados em Atos. Paulo deixa claro que não está atacando a nação judaica por causa do modo dos líderes agirem; este é um discurso de conciliação, e Paulo está concedendo que os judeus agiram dentro dos seus direitos se pensaram que ele havia feito alguma coisa errada.

20. Fora, portanto, para informar os judeus de Roma de modo exato acerca da situação que Paulo os convidara em conjunto. Isto porque a questão em pauta no seu julgamento, conforme insistira no decurso dos processos, era a natureza verdadeira da esperança de Israel, na vinda do Messias e na ressurreição. Estava, portanto, preso por ser um judeu leal; segundo o modo de Paulo encarar a situação, estava em cadeias romanas por esta razão. Este fato era, decerto, algo que exigia a atenção dos judeus, pois a religião deles era legalmente permitida pelos romanos.

21. Os judeus de Roma professavam completa ignorância acerca de Paulo e do caso dele. Não receberam quaisquer instruções de Jerusalém que pudesse dirigi-Ias numa representação da causa jurídica dos judeus contra Paulo, diante do fórum; além disto, nenhum mensageiro judaico, vindo de Jerusalém, trouxe qualquer relatório contrário a Paulo. Nisto nada há de estranhável. Bruce (Livro, pág. 535) tem razão, sem dúvida alguma, ao argumentar que é improvável que os líderes judaicos tivessem dado andamento ao processo depois de ele ter sido transferido a Roma, porque teriam pouca ou nenhuma possibilidade de sucesso. Nenhuma comunicação oficial acerca de Paulo deve ter chegado aos judeus em Roma, portanto. É muito possível que os judeus em Roma preferissem manter ignorância do caso; decerto, não se esqueceram que disputas anteriores acerca do Messias levaram à sua expulsão temporária da cidade (18:2).

22. Mesmo assim, estavam interessados em saber o que Paulo diria em prol da sua própria causa. Sabiam alguma coisa acerca da seita (24:24) cristã, pois havia uma igreja ativa em Roma, e sabiam que ela era freqüentemente criticada. Supõe-se, também, que já ouviram falar de Paulo e da sua reputação como missionário de destaque, e tinham curiosidade suficiente para prestarem atenção àquilo que diria acerca de si e acerca das razões por que estava em má situação diante das autoridades em Jerusalém.

23. Foi marcado um dia apropriado para a reunião, e um grupo grande veio visitar Paulo. A frase na sua própria residência talvez signifique, realmente, "para receber a sua hospitalidade"; os judeus eram os seus hóspedes, visto ser ele incapaz de seguir seu antigo padrão de freqüentar a sinagoga; contudo, a frase não significa que lhes ofereceu uma refeição ou algo semelhante. As perguntas acerca da possibilidade de Paulo ter uma sala suficientemente grande para todos eles não vêm ao caso.

O tema de Paulo não era a sua própria situação mas, sim, o evangelho. Fez uma exposição dele ao proclamar o reino de DEUS e ao persuadi-los a respeito de JESUS, baseando os seus argumentos nas declarações de Moisés e os profetas. O assunto, portanto, combinava os temas da pregação de JESUS e da mensagem apostólica acerca dEle, que formavam uma unidade: o domínio de DEUS era o domínio do agente de DEUS, o Messias, e eram os judeus que cumpriam este papel. Numa discussão com judeus, as Escrituras do Antigo Testamento forneciam a evidência principal, e o debate dependia da interpretação delas, e de se os fatos a respeito de JESUS poderiam ser encarados como sendo o cumprimento das profecias. Esta descrição da mensagem de Paulo corresponde a resumos gerais anteriores dos seus argumentos nas sinagogas (17:2-3; 18:5), e obviamente reflete a sua praxe normal.

24-25. O resultado foi o tipo de resposta mista que Paulo recebera em ocasiões anteriores. Alguns ficaram persuadidos pelo que ele dizia, mas nada se diz para sugerir que foram convertidos a uma aceitação pessoal da mensagem. Outros ficaram francamente sem convicção alguma. Assim desfez-se a reunião, com os judeus argumentando entre si. Foram embora, e não há, tampouco, sugestão alguma de que quaisquer deles ficaram suficientemente interessados para voltarem numa ocasião posterior. Antes da partida deles, no entanto, Paulo pronunciou uma palavra final. Declarou que o ESPÍRITO SANTO falara a verdade acerca deles nas palavras que !saias originalmente dirigira aos antepassados deles; era um caso de "tal pai, tal filho". A citação era uma daquelas que mais familiarmente se empregava na igreja primitiva. Fora empregada por JESUS (Lc 8:10; cf. Mt 13:1315; Mc 4:12); e é citada por João (Jo 12:39-40), e o próprio Paulo a empregara na sua Epístola aos Romanos (Rm 11 :8). Aqui, como em Mateus 13: 14-15, temos o texto inteiro da citação de Isaías 6:9-10, segundo a LXX. ~ possível que Lucas tenha deliberadamente abreviado o dito de JESUS que incorporou em Lucas 8:10, a fim de preservar o pleno efeito para o presente contexto.

26-27. Diz-se ao povo de DEUS que, por muito que venha a ouvir e ver, nunca entenderá nem perceberá o que DEUS lhe diz. Este é um julgamento divino sobre ele porque ele mesmo tornou seu coração impérvio à Palavra de DEUS; deixou com que se tornasse surdo e cego por causa de ter medo de ouvir e ver a perturbadora Palavra de DEUS e, assim, de receber livramento da parte de DEUS. A Palavra de DEUS traz consigo o diagnóstico do pecado, que é doloroso de se escutar e aceitar, mas, ao mesmo tempo, fere a fim de curar. Uma vez que a pessoa deliberadamente recusa a Palavra, chega a um ponto em que é despojada da capacidade para recebê-Ia. Esta é uma advertência severa às pessoas que não levam a sério o evangelho.

28. Tendo em vista estes fatos, os judeus devem tomar nota solene do fato de que a mensagem da salvação agora está sendo enviada aos gentios, e que estes corresponderão mais favoravelmente à oferta. Duvida-se que esta é uma rejeição definitiva dos judeus. As cartas de Paulo certamente indicam que esperava no tempo certo uma mudança de coração da parte deles (Rm 11 :25-32). É bem possível que Lucas, também, entendesse assim a situação.262 Seja como for, a missão cristã dedica aos gentios toda a sua atenção, por enquanto. Paulo já não se sente obrigado a ir "primeiramente aos judeus", e é bem possível que Lucas aqui o apresente como um exemplo a ser seguido pela igreja em geral.

30. Durante dois anos, Paulo continuou a morar na sua própria habitação. A frase "às suas próprias expensas" (ARA e ARC: "que alugara") dá a entender que tinha alguma fonte de renda; os prisioneiros podiam, em certas circunstâncias, exercer as suas próprias profissões. A tradução alternativa, na sua própria casa, que alugara, talvez .expresse com exatidão a situação resultante. O importante é que Paulo não estava numa prisão comum, mas, sim, continuava no modo de vida descrito em v. 16. Embora não tivesse liberdade de movimentos, nem por isso deixava de atuar como missionário cristão, pois as pessoas podiam vir visitá-lo; Paulo podia escrever acerca do "evangelho pelo qual estou sofrendo até algemas, como malfeitor; contudo, a palavra de DEUS não está algemada" (2 Tm 2:9).

O que aconteceu no fim dos dois anos? A implicação é que alguma coisa alterou-se a esta altura (Haenchen, pág. 724). As várias possibilidades são:
(1) Foi a esta altura que Lucas escreveu o Livro de Atos, e não sabia o que haveria de acontecer depois. É possível que esperasse escrever um terceiro volume, retomando a história a esta altura. A dificuldade com este ponto de vista é que exige uma data muito recuada (mas não impossível) para Atos. O Livro dá a muitos leitores a impressão de ter sido escrito a partir de uma perspectiva posterior.
(2) Os judeus deixaram de comparecer para promover a sua ação jurídica contra Paulo (v. 21). O que não sabemos é se Paulo seria automaticamente solto nesta situação. Sherwin-White (págs. 112-119) refutou de modo eficaz o conceito de que os requerentes deviam comparecer dentro de um prazo específico, senão, o processo caducaria e seria arquivado. Mas não parece que refutou a possibilidade que, se os acusadores nunca comparecessem, finalmente haveria o perdão por decurso de prazo. Uma objeção mais séria é que 23:11 e 27:24 claramente dão a entender que Paulo compareceria diante de César.
(3) Paulo foi julgado e inocentado, ou o governo romano abriu mão do processo contra ele (Sherwin-White, págs. 118-119 mostra a realidade desta última possibilidade).
Nos dois casos (2) e (3), o problema se vincula com a questão mais lata de se Paulo passou a desfrutar um período de liberdade antes de voltar a ser preso e, finalmente, executado. É esta a impressão que se obtém das Epístolas Pastorais, pois há um consenso de opinião no sentido de que, sendo genuínas as Epístolas, as atividades ali subentendidas não se encaixam na carreira de Paulo em qualquer ponto anterior. Há muito debate sobre a questão, no entanto; alguns argumentam que as Epístolas não são autênticas e, portanto, têm dúbio valor histórico, ao passo que outros alegam que podem ser harmonizadas com a carreira de Paulo antes do fim de Atos. O único evento sobre o qual há unanimidade é que Paulo foi executado pelos romanos.
(4) A possibilidade final é que Paulo foi julgado e executado a esta altura, mas que Lucas não quis registrar o seu martírio; já dera indicações indiretas em suficiência no decurso da narrativa (20:23-25, 38; 21 :13; 23:11; 27:24), e preferia deixar seus leitores como quadro de Paulo pregando livremente o evangelho em Roma, diante dos gentios. Se, porém, Lucas sabia acerca do martírio de Paulo, ou do massacre dos cristãos em Roma levado a efeito por Nero, é extremamente difícil entender como poderia ter pintado um retrato tão geralmente favorável das autoridades romanas e da atitude delas para com Paulo (23:29). Deve-se reconhecer, no entanto, que o retrato de Lucas descreve as autoridades romanas das provindas, e é possível que seja subentendido um contraste o governo romano central.
O quadro fica ambíguo. De um lado, é difícil perceber como Paulo poderia ter sido condenado à morte conforme a evidência registrada em Atos; do outro lado, parece haver consciência no Livro de Atos de que Paulo haveria de comparecer diante de César e morrer como mártir.
31. Seja qual for a verdade, o destino de Paulo é secundário, comparado com o progresso do evangelho. A descrição final mostra Paulo pregando aos gentios a mesma mensagem que pregara no decurso da história em Atos, e isto com intrepidez e sem impedimento. A implicação é que as acusações contra Paulo eram falsas e que o próprio DEUS estava apoiando a sua proclamação. Nada que os homens são capazes de fazer é suficiente para impedir o progresso e vitória final do evangelho.

INTERAÇÃO
Professor, com a graça de DEUS chegamos ao final de mais um trimestre. Durante os encontros dominicais, você e seus alunos, com certeza foram edificados, exortados e consolados mediante o estudo do livro de Atos. A Igreja de CRISTO segue vitoriosa, e você faz parte dessa Igreja, por isso não deixe de dar continuidade a evangelização dos povos. Creia que a principal e mais urgente missão da Igreja é a evangelização dos povos e nações.

Na lição de hoje estudaremos a respeito da viagem de Paulo a Roma. Veremos que essa não foi uma viagem fácil. Paulo enfrentou grande perigo, todavia o Senhor o guardou e o levou em segurança até o seu destino final. Em Roma, Paulo ficou em prisão domiciliar e teve a oportunidade de se reunir com os líderes da comunidade judaica, testemunhando de CRISTO e dando continuidade à obra do Senhor.

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Narrar os principais acontecimentos da viagem de Paulo a Roma.
Compreender que Paulo, com ousadia, proclamou o Evangelho de CRISTO em Roma.
Conscientizar-se de que a principal e mais urgente missão da Igreja é a evangelização de todos os povos e nações.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para a lição de hoje sugerimos que você reproduza o quadro abaixo. Utilize-o ao concluir o primeiro tópico. Junto com os alunos reflita sobre o que aconteceu com Paulo durante essa viagem. Enfatize o fato de que Júlio, o oficial do exército romano, demonstrou ter consideração e respeito por Paulo (27.3), tendo, inclusive, ajudado o missionário durante o naufrágio (27.43).


RESUMO DA LIÇÃO 13 - PAULO TESTIFICA DE CRISTO EM ROMA
I- VIAGEM DE PAULO A ROMA (AT 27.1 - 28.10)
1. De Cesareia a Roma (27.1-44).
2. Paulo na ilha de Malta (At 28.1-10).
3. Paulo chega a Roma (Mt 28.11-1 5).
II- O EVANGELHO É PROCLAMADO NA CAPITAL DO IMPÉRIO (AT 28.16-31)
1. Prisão domiciliar (28.16).
2. Apologia entre os judeus (28.1 7-22).
3. Progresso do evangelho em Roma (28.23-31).
SINOPSE DO TÓPICO (1 )
Paulo sofreu um naufrágio em sua viagem a capital do império romano, porém, DEUS guardou a vida do seu servo, livrando-o da morte.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Paulo foi conduzido pelas autoridades até Roma. Ali, em prisão domiciliar, ele pregou o evangelho de nosso Senhor JESUS CRISTO.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Bibliográfico
Paulo em meio a tempestade "A experiência de Paulo na tempestade, dentro da vontade de DEUS, contrasta com a de Jonas, que estava em desobediência. Comparando as duas, notamos: Paulo viajava para cumprir sua sagrada vocação.Jonas fugia da chamada que recebeu. Este se escondeu e dormiu durante a tempestade. Aquele dirigia as operações e encorajava os passageiros.
A presença de Jonas no navio era a causa da tempestade. O navio em I que Paulo viajava seria preservado de todo dano se os tripulantes respeitassem seu aviso (At 27.9,10). I
Jonas foi forçado a dar testemunho acerca de DEUS (Jn 1.8,9). Paulo, com boa vontade e coragem, falou acerca da sua visão e do seu DEUS. A presença de Jonas no navio ameaça a vida dos gentios. A presença de Paulo era boa vontade e coragem, falou acerca da sua visão e do seu DEUS. A presença de Jonas no navio ameaça a vida dos gentios. A presença de Paulo era uma garantia para a vida dos seus companheiros de viagem. O navio I em que Jonas viajava recebeu alívio quando ele foi jogado no mar. A conversão de Paulo salvou a tripulação do navio no qual era prisioneiro. Há muita diferença em atravessar uma tempestade dentro e fora da vontade de DEUS! Paulo, andando segundo o querer de DEUS, em comunhão com Ele tornou-se bênção para todos quantos atravessavam o perigo com ele. Conforme Paulo anunciou, todos escaparam ilesos para a terra.
Ficaram na ilha durante o inverno, um período de três meses. Mais uma vez foi manifestada a presença de DEUS através de Paulo" (PEARLMAN, Myer. Atos. 1. ed. RJ: CPAD, 1995, pp. 248-49).

QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 13 - PAULO TESTIFICA DE CRISTO EM ROMA
RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 1º TRIMESTRE DE 2011
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas corretas e com "F" as falsas.

TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"E, na noite seguinte, apresentando-se-lhe o ___________________________, disse: Paulo, tem ânimo! Porque, como de mim testificaste em __________________________, assim importa que testifiques também em _____________________________ (At 23.11)".

VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
A __________________________ e a mais urgente ________________________ da igreja é a ________________________________ de todos os povos e nações.

INTRODUÇÃO
3- Complete:
O apóstolo Paulo não era ______________________________ de César ou de Roma; era-o de ________________________________ (Ef 3.1; Fm 9). Os fatos que o conduziram a Roma não eram incidentais, mas propositais, pois foram __________________________ por DEUS (At 23.11). Se era urgente fosse o evangelho anunciado em _______________________________, a capital religiosa dos judeus, era premente que a palavra da salvação alcançasse ____________________________, a capital política do Império.

4- De que maneira chega o evangelho à capital do Império Romano?
( ) O mensageiro na verdade achava-se livre e feliz.
( ) O mensageiro na verdade achava-se preso.
( ) Mas a mensagem da cruz tinha livre curso em Roma.
( ) Ninguém era capaz de deter a mensagem da cruz.
( ) A Palavra de DEUS avançava sem impedimento algum.

I- VIAGEM DE PAULO A ROMA (AT 27.1 - 28.10)
5- Complete:
Constrangido a apelar para _____________________________, o apóstolo Paulo é conduzido agora pelas autoridades romanas à capital do império. O que parecia um simples traslado de ______________________________, haveria de ser registrado pela história como o início da maior expansão do __________________________ que, conquistando toda a Europa Ocidental, não tardaria a chegar aos pontos mais ignorados do planeta.

6- Como foi a viagem de Paulo, começando em Cesareia, rumo a Roma (27.1-44)? Complete:
Em sua viagem, o apóstolo conta com a assistência de ___________________________ e de um crente macedônio chamado ________________________ (ver 19.29; 20.4; CI 4.10; Fm 24). Além disso, o centurião que lhe cuida da segurança, trata-o com deferência e humanidade. Permite-lhe inclusive que visite a igreja em ________________________. Quando DEUS nos envia, até os inimigos fazem-se amigos e os amigos tornam-se irmãos. Açoitada pela voragem do mar, segue a nau lenta e dificultosamente até _____________________________, na Lícia. Desta cidade, zarpam em direção da Itália em um navio procedente de ____________________________. Embora prisioneiro, o apóstolo mantém o controle da situação. Mostra uma ______________________ moral e espiritual que viria a surpreender a todos naquela nau. Haja vista a advertência que faz ao centurião quanto aos perigos que os aguardavam em seu _________________________ a Roma. O militar, que de início prefere ouvir o piloto a Paulo, ver-se-á mais adiante obrigado a reconhecer a oportunidade de seu _________________________.

7- Como foi a estada de Paulo na ilha de Malta (At 28.1-10)? Complete:
Forçados a desembarcar em Malta, localizada ao sul da ______________________, todos são tratados com singular bondade pelos naturais da terra. Ali, opera o Senhor, por intermédio de Paulo, ___________________________ e maravilhas. Aquele que se mostrara imune à _________________________ que se achava oculta nos gravetos, cura o pai de _______________________, magistrado local, e recupera a saúde a muitos ilhéus. Dessa maneira, semeia Paulo uma igreja que não tardaria a __________________________.

8- Como foi a chegada de Paulo a Roma (Mt 28.11-1 5)? Complete:
Decorridos ______________________ meses, o navio que conduziria Paulo a Roma, zarpa generosamente suprido pelos malteses. Desembarcam em Siracusa, chegam a Régio e aportam em Putéoli. Aqui, instados pelos irmãos, o apóstolo juntamente com seus companheiros hospedam-se por ______________________ dias. Já em Roma, encontra-se com alguns irmãos na praça de Ápio. O Senhor jamais _______________________ os seus mensageiros, mesmo distantes da pátria querida, faz-nos Ele nos sentirmos em casa.

II- O EVANGELHO É PROCLAMADO NA CAPITAL DO IMPÉRIO (AT 28.16-31)
9- Como foi a Prisão domiciliar de Paulo (28.16)?
( ) Apesar de recair sobre Paulo uma acusação de crime capital, era-lhe permitido morar por sua própria conta até que fosse julgado e condenado por Nero.
( ) Como não recaía sobre Paulo nenhuma acusação de crime capital, era-lhe permitido morar por sua própria conta.
( ) Apesar de vigiado por um soldado, tinha liberdade de ler, escrever, receber visitas e, naturalmente, evangelizar.
( ) Terá aquele militar se convertido a CRISTO? Não tenho dúvidas. Mesmo sem liberdade, o Senhor deixa-nos livres para realizar a sua obra.

10- Como Paulo apresenta sua apologia do evangelho, entre os judeus de Roma (28.1 7-22)?
( ) De sua prisão domiciliar, Paulo convoca os líderes da comunidade judaica para expor-Ihes os eventos que o trouxeram sob algemas a Roma.
( ) Como apóstolo dos gentios, aproveita ele para anunciar que JESUS era, de fato, o Messias de Israel.
( ) Todos os ouvintes de Paulo deixam-se persuadir, alguns preferem continuar até a morar ali com ele.
( ) Alguns deixam-se persuadir, outros preferem continuar na incredulidade.
( ) Entre os gentios, contudo, o evangelho põe-se a expandir até mesmo na elite romana.

11- Qual era a situação de Roma nessa época e como foi o progresso do evangelho em Roma (28.23-31). Complete:
Roma era o centro político, econômico e cultural do ____________________. Apesar de sua grandeza e não obstante a sua importância, a cidade fizera-se notória pela lassidão ______________________ e pela degenerescência de seus costumes. Em seus termos, eram realizados os ______________________ mais extravagantes e as mais exóticas religiões eram praticadas. Existiam ___________________ encontradiços em cada praça e logradouro entre as gentes de toda parte que se misturavam pelas ruas de Roma. Berço de notáveis oradores, políticos, generais e juristas, era a cidade marcada pela ____________________, ignorância e por uma soberba tola e animalesca. Haja vista as deferências cultuais que recebiam imperadores como ____________________ e Calígula. Todavia, ali estava um ____________________ que haveria de sobrepor-se sobre a todos os mais afamados símbolos e potentados romanos: o Evangelho de CRISTO JESUS. Haveria este de avançar com muito mais determinação do que as mais aguerridas ___________________ romanas. Avançaria sim e conquistaria _________________ sem impedimento algum.

CONCLUSÃO
12- Complete:
Se Lucas deixa em aberto os Atos dos Apóstolos, por que iríamos nós fechar as ______________________ que o ESPÍRITO SANTO nos abre todos os dias? Sim, portas à evangelização nacional e portas às __________________ transculturais. Aproveitemos, pois, o ______________________ das Assembléias de DEUS no Brasil, para dar continuidade à evangelização dos povos. Atos 1.8 é uma _______________________ que não pode ser esquecida. Se nos dispusermos a ir, todos os impedimentos ser-nos-ão tirados.

RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm

AJUDA
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Atos - Introdução e Comentário - I. Howard Marshall - Série Cultura Bíblica - edições 1985,1988, 1991, 1999 e 2001 - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - SP
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17 março 2011

LI��O 12 - AS VIAGENS MISSION�RIAS DE PAULO