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17 março 2011
LIÇÃO 11- O PRIMEIRO CONCÍLIO DA IGREJA DE CRISTO
LIÇÃO 11- O PRIMEIRO CONCÍLIO DA IGREJA DE CRISTO
Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2011 - CPAD - Jovens e Adultos
ATOS DOS APÓSTOLOS - Até aos confins da terra
Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
TEXTO ÁUREO
"Pois pareceu bem ao ESPÍRITO SANTO e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais: que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue [...] e das relações sexuais ilícitas [...]" (At 15.28,29 - -ARA)
VERDADE PRÁTICA
O objetivo de um concílio eclesiástico, convocado sob orientação divina, é preservar a unidade da Igreja no ESPÍRITO SANTO e conservar a sã doutrina.
LEITURA DIÁRIA
Êx 4.29 - O primeiro concílio de Israel
Nm 11.16-30 - Um concílio de homens sábios e santos
Js 7.6 - Um concílio prostrado ante o Senhor
Ed 5.6 - Um concílio sob o olhar do Senhor
At 1.12-26 - A primeira reunião dos apóstolos
At 6.1,2 - A segunda reunião dos apóstolos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 15.6-12
6 - Congregaram-se, pois, os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto. 7 - E, havendo grande contenda, levantou-se Pedro e disse-Ihes: Varões irmãos, bem sabeis que já há muito tempo DEUS me elegeu dentre vós, para que os gentios ouvissem da minha boca a palavra do evangelho e cressem. 8 - E DEUS, que conhece os corações, Ihes deu testemunho, dando-Ihes o ESPÍRITO SANTO, assim como também a nós; 9 - e não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando o seu coração pela fé. 10 - Agora, pois, por que tentais a DEUS, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós podemos suportar? 11 - Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor JESUS CRISTO, como eles também. 12- Então, toda a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quão grandes sinais e prodígios DEUS havia feito por meio deles entre os gentios.
INTERAÇÃO
A igreja de Jerusalém corria o risco de se transformar num movimento religioso como outro qualquer da Judéia. Se não fosse a sábia decisão dos Apóstolos, dos líderes e da comunidade palestínica, a Igreja de CRISTO estaria fadada a um fortuito fracasso já em seus primórdios. Porém, o ESPÍRITO SANTO conduziu o Concílio de Jerusalém, abalizando-o por uma sábia decisão: "Pois pareceu bem ao ESPÍRITO SANTO e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais: que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde" (At 15.28,28 - ARA).
OBJETIVOS DA LIÇÃO - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber que o concílio de Jerusalém foi vital para a expansão do cristianismo.
Compreender que as decisões adotadas no concílio são para os dias atuais.
Conscientizar-se de que as reuniões eclesiásticas são de suma importância para a organização da igreja.
PALAVRA CHAVE
- Concílio - Reunião em que se trata de assuntos dogmáticos, doutrinários ou disciplinares.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, explique aos alunos a importância do Concílio de Jerusalém para a igreja local palestínica e, conseqüentemente, à Igreja de CRISTO nos dias atuais. Para introduzir o tópico li, reproduza, conforme suas condições, o esquema ABAIXO. Esclareça o fato de que, se a igreja
de Jerusalém não desse uma resposta autêntica aos judaizantes, o cristianismo se tornaria apenas uma facção judaica ou uma mera religião ascética, que não sairia da Judéia. Conclua que, na força do ESPÍRITO SANTO, a liberdade em CRISTO é garantida pelas Escrituras!
Revista CPAD - 3º Trimestre de 1996 - Atos - O padrão para a Igreja da Última Hora - Pr. Ezequias Soares - Lição 13 - O PRIMEIRO CONCÍLIO APOSTÓLICO - CPAD.
O PRIMEIRO CONCÍLIO APOSTÓLICO
"Estai, pois, firmes na liberdade com que CRISTO nos libertou e não tomeis a meter-vos debaixo do jugo da servidão (Jo 15.1).
Sob a direção do ESPÍRITO SANTO, a crise foi superada, e a liberdade do Evangelho foi preservada, como herança para, as gerações futuras.
I. Explique aos alunos que, além deste concílio apostólico em Jerusalém, a Igreja tem se reunido em diversas ocasiões, para solucionar os muitos problemas que surgem em sua trajetória terrena. No entanto, por ser conduzida pelo ESPÍRITO SANTO, sempre foi vitoriosa em suas decisões em prol da evangelização do mundo.
2. lnfonne-lhes que este concílio foi necessário, pois os cristãos judaizantes desejavam impor uma carga muito pesada aos gentios, a qual nem os seus próprios pais suportaram. Por isso, o ESPÍRITO SANTO atuou naquelas decisões, em prol dos novos conversos, e nós, hoje, somos também beneficiados por elas.
3. Diga-Ihes que o vocábulo concílio foi substituído, na atualidade, pelo termo convenção. O importante é que. estas reuniões, tanto ordinárias como extraordinárias, sejam assistidas pejo ESPÍRITO SANTO, para que a Igreja de CRISTO não sofra solução de continuidade, mas alcance os objetivos estabelecidos pelo IDE de JESUS.
O professor da Escola Bíblica Dominical precisa também conhecer a Pedagogia. Isto se fez necessário. pois, através desta ciência, ele assimilará a maneira eficiente de ensinar a Palavra de DEUS. No entanto, não é obrigado a cursar uma faculdade, para este fim. Basta ler os bons livros publicados sobre o assunto, como o Manual da Escola Bíblica Dominical, da CPAD.
INTRODUÇÃO
Ao retomar da primeira viagem, Paulo deparou com um problema sério no meio. dos judeus cristãos. Ele havia descoberto a fórmula da transculturação, ou seja, evangelizar os gentios sem os judaizar. Os radicais que permeavam a Igreja, os judaizantes, queriam que esses novos crentes seguissem o modus vivendi deles. Essa discussão deu origem ao Concílio de Jerusalém, o tema de nossa lição de hoje.
I. CAUSA DA DISCUSSÃO
1. Os perturbadores judaizantes. DEUS abriu a porta da fé aos gentios.. Isso era ponto pacífico (At 11.18; 14.27). Outro problema surgiu sobre a situação deles: deviam ser judaizados? Essa questão era séria e podia ameaçar as bases do Cristianismo. Alguns dentre os de Jerusalém foram a Antioquia, dizendo que os gentios deviam se tomar judeus para serem salvos.
Diziam que os gentios deviam viver o modus vivendi judaico, prescrito na lei (At 15.1,5). Isso era proveniente dos fariseus que se haviam convertido. Eles se apresentaram como vindos da parte de Tiago (GI 2.12), que jamais os autorizou, como ele mesmo declara (At 15.24). Saíram da igreja em Jerusalém, realmente, mas não foram autorizados a falar em nome dos apóstolos.
2. Liberdade cristã ameaçada. Em Antioquia da Síria, eles fizeram um estrago muito grande. Até Pedro e Barnabé se deixaram levar por essa "dissimulação", fazendo "vista grossa" (GI 2.11- 13). Paulo entendeu com clareza meridiana o que isso representava e com justiça ficou revoltado. Repreendeu publicamente um dos principais líderes da Igreja (GI2.14).
3. A epístola aos Gálatas. O texto de Atos 15.1-5 tem ligação com o testemunho de Paulo registrado em Gálatas 1.7 e 5.10. Esta carta foi escrita antes do Concílio de Jerusalém, se "às igrejas da Galácia" (GI 1.1), for uma referência às igrejas da Galácia do Sul, que Paulo e Barnabé fundaram na primeira viagem missionária: Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe.
II. OS DISCURSOS DO CONCÍLIO
1. Pedro. Havia grande discussão, quando Pedro se levantou, chamando a atenção dos ouvintes. Ele evocou a revelação que recebeu, antes de ir à casa de Cornélio. Lembrou ainda que DEUS o escolheu para falar aos gentios, uma alusão à experiência na residência do centurião (At 10).
A declaração de Pedro no versículo 11 revela que ele concordou com Paulo na discussão da Antioquia da Síria. São as mesmas palavras que o apóstolo dos gentios usou em Gálatas 2.16. .
2. Paulo e Barnabé. (v. 12). A experiência de Paulo e Barnabé, na primeira viagem, é um testemunho vivo, como DEUS tratou com os gentios de maneira extraordinária, sem o ritualismo judaico e sem os seus encargos. Isso era a prova de que essas práticas não serviam para a salvação. Esse testemunho esmagador de Paulo e Barnabé, somado ao discurso de Pedro, testificava contra os judaizantes.
III. PALAVRA DO PRESIDENTE
1. Valor das decisões convencionais. Tiago esperou que Pedro, Paulo e Barnabé.apresentassem o seu parecer sobre o assunto, para depois tomar a palavra.
A citação de Amós 9.11,12 é apenas uma das muitas passagens do Antigo Testamento que prevê a salvação dos gentios (Gn 22.18; SI 22.27; Is 9.2; 42.4; 45.22; 49.6; 60.3; 66.23; Dn 7.14, etc.). JESUS determinou que se pregasse a todas as nações (Mt 28.19; Lc 24.47; At 1.8). A expressão "povo para o seu nome" era usada com referência a Israel (2 Cr7.14). No entanto, Tiago reconhecia que a Igreja era um povo com essa dignidade, constituído de judeus e gentios convertidos ao Senhor.
2. Como conduzir uma reunião. O que os demais participantes do evento acabavam de ouvir de Pedro, Paulo e Barnabé era o cumprimento das promessas de DEUS e profecias do Antigo Testamento. Por isso, Tiago dirigiu-se, respeitosamente, aos presentes, chamando-os de "irmãos". Não tinha intenção de atacar nem os legalistas e muito menos os "liberais", mas o seu compromisso era com a Palavra de DEUS.
3. Um povo e não uma seita. Ele chamou Pedro pelo seu nome hebraico "Simão", Isso mostra que Tiago não o reconhecia como a pedra, como reivindica a Igreja Católica.
A citação parafraseada que Tiago faz nas palavras de Pedro se reveste de suma importância, porque descarta a possibilidade de o Cristianismo ser uma seita judaica: "DEUS visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome" (v. 14). Assim como Israel era uma nação, da mesma maneira seria a Igreja.
As três características de Israel, Pedro aplica também à Igreja: "Mas vós sois geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido" (l Pe 2.9). Esse mistério da vocação dos gentios é assunto que Paulo se aprofundou em Efésios, capítulo 3. No entanto.Tiago, nesse Concílio, já havia apresentado este tema.
IV. A DECISÃO DO CONCÍLIO
1. "Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos". Esse preceito diz respeito às restrições que se referem aos alimentos sacrificados aos ídolos. Essa matéria foi aprofundada posteriormente por Paulo (Rm 14.13-16; I Co 8. 7-15; 10.23-33).
2. Proibição do sangue. A proibição de se alimentar de sangue está prevista na lei de Moisés (Lv 3.17). No entanto, ele era usado como alimento ou bebida pelos gentios.
Interpretar tal passagem, como proibição para a transfusão de sangue, sustentada pelas testemunhas-de-jeová, é uma "camisa-de-força" e não resiste à exegese bíblica. Primeiro, porque o sangue dessa passagem é o dos animais, e não o humano. Pois elas seriam obrigadas a admitir que a "carne sufocada" seja uma referência à carne humana. Em segundo lugar, porque nenhum preceito bíblico é nocivo à vida. Essa crença das testemunhas-de-jeová é condenada por JESUS (Mt 12.3-7).
3. Abstenção da carne sufocada. Esse preceito está na lei de Moisés (Gn 9.5; 17.10-16; Dt 12.16, 23-25). Era muito comum entre os gentios, e ainda hoje, abater animais sem o derramamento de seu sangue.
4. Abstenção da prostituição. O padrão moral deles estava muito aquém do judaico-cristão..Era grande o risco de os gentios convertidos naufragarem nessas práticas licenciosas. Havia nos templos a chamada "prostituição sagrada".
5. Caráter dessas regras. A expressão "destas coisas fazeis bem se vos guardardes" (v. 29) parece mais uma recomendação. Tiago acrescenta ainda: "Porque Moisés, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue e, cada sábado, é lido nas sinagogas" (v. 21). Isso significa que os judeus têm o alto padrão de conduta e um modus vivendi exemplar, porque estudam sobre isso nas sinagogas todos os sábados.
Os gentios não aprenderam os bons costumes, porque nunca tiveram quem os ensinasse. Por essa razão, o modus vivendi deles era precário. Aplicar essa conduta judaica aos gentios era o mesmo que afirmar que a graça do Senhor não era suficiente. A lei de Moisés seria o complemento para a salvação. Isso reduziria o Cristianismo a uma mera seita do judaísmo e, além disso, confundiria com a identidade judaica. Nesse caso, era como se os cristãos de hoje usassem o talit (manto usado pelos judeus religiosos) e o kippar (solidéo que eles usam sobre a cabeça), alimentando-se apenas de khasher, como os judeus; além de outros ritos, como condição para a salvação.
6. Uma questão de consciência. Essas regras eram o mínimo que se pedia dos gentios, para não escandalizarem os judeus cristãos. Porém, mais por amor a eles. do que um meio de salvação.
Uns acham que se trata de injunções e não ordenanças obrigatórias, usando como base Romanos 14.13-16; 1 Coríntios 8.7-13 e 10.27-29. Os contrários dizem que o assunto tratado por Paulo nas citações acima, é outro.
CONCLUSÃO
Causa-nos estranheza, hoje, quando alguém levanta questões sobre usos e costumes, que, às vezes, sequer aparecem na Bíblia (exceto com interpretações subjetivas de certas passagens isoladas da Bíblia e fora do contexto), como condição para a salvação. Vivemos os bons costumes, porque somos salvos e não para sermos santificados. Tudo o que a consciência acusa, corrompe os bons costumes, viola a santidade e causa escândalo, é pecado.
1. A Assembléia de DEUS no Brasil é regida por um órgão máximo, chamado CGADB (Convenção Geral das Assembléias de DEUS no Brasil), que se reúne de dois em dois anos, em Assembléia Ordinária. para estabelecer a estratégia de crescimento da Igreja em nossa pátria e nos países onde estão nossos missionários.
2. Oremos pelos líderes da Igreja universal, para que sempre, dirigidos pelo ESPÍRITO SANTO, tomem as decisões necessárias para se alcançar o mundo muçulmano, cujo território, em sua boa parte, foi evangelizado pelo apóstolo Paulo, mas, por causa das disputas políticas, este terreno foi perdido para o Islamismo.
3. Quando JESUS voltar para arrebatar a Igreja, precisamos ter alcançado o mundo todo com a pregação do Evangelho. Portanto, compete a nós empenham-nos neste grande empreendimento, a fim de que, em pouco tempo, através dos recursos de que dispomos e da ajuda do ESPÍRITO SANTO, ganhemos milhões de almas para CRISTO.
Espada Cortante 2 - Orlando S. Boyer - CPAD - Rio de Janeiro - RJ
O PRIMEIRO CONCÍLIO DA IGREJA EM JERUSALÉM
A primeira perturbação na igreja foi causada pelo grande aumento do número de discípulos entre os judeus - Atos 6. Encontra-se, neste capítulo, relatório de outras dificuldades semelhantes, entre os discípulos gentílicos. Sob o ministério ardente de Paulo e Barnabé, converteram-se milhares de gentios. Satanás aproveitou o ensejo de dar um golpe na Igreja: ou dividir os discípulos em duas denominações, a Igreja Cristã Judaica e a Igreja Cristã Gentílica, ou fazer a Igreja inteira se tomar judaica. Se conseguisse dividir a Igreja, seria derrota quase completa para a obra. Ou se induzisse a Igreja a tomar-se judaica, o precioso Evangelho da graça seria anulado. O grande orientador da Igreja, porém, é o ESPÍRITO SANTO (v.28) e o cabeça é CRISTO, e no concílio de Jerusalém foi ganha a vibrante vitória que perdura até hoje. O mesmo ESPÍRITO está ainda nas igrejas que desejam a Sua vitória em todas as controvérsias.
Então alguns (v. 1): A contenda foi da parte de "alguns que tinham descido da Judéia", irmãos que tinham só a forma, e não o ESPÍRITO como Seu fruto, como Paulo e Barnabé O tinham, v.26. Vê-se o mesmo na igreja atual; são os crentes com uma forma de religião que se queixam dos seus irmãos que servem no poder do ESPÍRITO SANTO.
O argumento foi que DEUS reservava muitas bênçãos para Israel, que os gentios não podiam receber, sendo necessário que os discípulos gentios se tomassem judeus. Basearam o argumento sobre as Escrituras como Gn 17.9-14. Da mesma maneira, muitos hoje se levantam com argumentos bem feitos para dividir a Igreja contra a vontade do Senhor, e obrigar os membros a observarem o que DEUS não tem prescrito.
Enganamo-nos tanto como os judaizantes se ensinamos que somos salvos pela graça com mais a guarda dos mandamentos da lei. Assim a graça não fica mais graça. (Vede Rm 11.6).
Discussão e contenda contra ele (v.2): Note-se, porém, que não houve divergência entre os apóstolos. Observe-se, também, que o concílio não foi convocado, nem presidido por Pedro, e que ele não deu qualquer ordem. Não era, portanto, o primeiro papa. (Vede também, os comentários sobre capo 8.14).
Pergunta-se: Se a igreja de Antioquia era autônoma (independente das outras igrejas), porque foram a Jerusalém com a questão?
1) Paulo quis evitar divisão entre a parte judaica e a parte gentílica.
2) Os judaizantes eram membros da igreja em Jerusalém e era só lá que Paulo podia ganhar uma vitória completa.
3) Paulo queria que os apóstolos ficassem a seu lado na controvérsia.
E eles sendo acompanhados pela igreja (v.3): A igreja de Antioquia, movida de santo amor, levou os membros da comissão fora da cidade, para encaminhá-Ios na longa viagem a Jerusalém.
Davam grande alegria a todos os irmãos (v.3): Em vez de entristecer os discípulos, nos lugares onde passaram de viagem, falando da questão em Antioquia, animava-os, contando a conversão dos gentios.
Os crentes espirituais, não são desencaminhados por sentimentos sectários, sempre se alegram ao saber de conversões (Compare Fp 1.15-18).
Mas não consta que os irmãos em Jerusalém, também, se alegravam. Paulo, o maior dos apóstolos, fez esta viagem de mais de oitocentos quilômetros, ida e volta, e talvez a pé, para conferir com homens de menos instrução, compreensão e visão; com homens que pensavam que ele seguia um caminhos errado e que desejava perturbá-los o mais possível. Quantas vezes um pouco mais de humildade, um pouco mais de paciência, um pouco mais de esforço para compreender o ponto de vista do próximo, têm evitado divisão entre o povo de DEUS?
O DISCURSO DE PEDRO, 15.7-11.
O apóstolo Pedro não teve a primazia na reunião, nem presidiu a mesa.
15.7 "E, havendo grande contenda, levantou-se Pedro e disse- lhes: Varões irmãos, bem sabeis que já há muito tempo DEUS me elegeu dentre vós, para que os gentios ouvissem da minha boca a palavra do evangelho e cressem. 8 "E DEUS, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o ESPÍRITO SANTO, assim como também a nós; 9 "e não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando o seu coração pela fé. 10 ''Agora, pois, por que tentais a DEUS, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós podemos suportar"? 11 "Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor JESUS CRISTO, como eles também".
O discurso de Pedro não era de um teólogo, nem discutia qualquer doutrina. Apenas contou o que acontecera e fez a sua conclusão.
Grande contenda (v.7): Duas lições que o concílio de Jerusalém nos ensina:
1) É impossível evitar todos os argumentos. Algumas das doutrinas mais preciosas das Escrituras são compreendidas pela Igreja como resultado das discussões inevitáveis através dos séculos.
2) A melhor maneira para resolver as divergências de doutrina é por meio de reuniões onde os crentes dos dois lados, em um espírito de humildade, de amor e dirigidos pelo ESPÍRITO SANTO, apresentem e considerem, lado a lado, os dois pontos de vista.
O TESTEMUNHO DE PAULO E BARNABÉ, 15.12.
15.12 "Então, toda a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quão grandes sinais e prodígios DEUS havia feito por meio deles entre os gentios.
AS DECISÕES DO CONCÍLIO, 15.22-29
15.22 "Então, pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, eleger varões dentre eles e enviá-Ios com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, varões distintos entre os irmãos. 23 "E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos,e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, Síria e Cilícia, saúde.24 "Porquanto ouvimos que dalguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras e transtornaram a vossa alma (não lhes tendo nós dado mandamento),25 "pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns varões e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo,26 "homens que já expuseram a vida pelo nome de nosso Senhor JESUS CRISTO.27 "Enviamos, portanto,Judas e Silas, os quais de boca vos anunciarão também o mesmo. 28 "Na verdade, pareceu bem ao ESPÍRITO SANTO e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:29 "Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá.
Com toda a igreja (v.22): Os apóstolos e os anciãos, em vez de exercerem "domínio sobre a herança de DEUS" (1 Pe 5.3), votaram "com toda a igreja". Foi resolvido que aceitassem o parecer de Tiago. Sabemos contudo, pela epístola aos gálatas, que a decisão foi apenas da maioria da igreja. Aqueles membros que eram mais fariseus do que cristãos (v.5) queriam subverter a autoridade de Paulo e desviar os crentes para a lei de Moisés.
Escreveram o seguinte (v.23): O que foi escrito intitulava-se "carta" (v.30), ou "epístola" (Alm. Rev.) e "decretos" (cap. 16.4) ou, mais propriamente, "decisões" (Alm. Rev.).
Homens que já expuseram as suas vidas... (v.26): Os judaizantes (vv.1,2,5), que contendiam contra Paulo e Barnabé, não mostravam o mesmo grau de dedicação e de sinceridade; não podiam dizer acerca deles o mesmo que Paulo escreveu acerca de si mesmo, 2 Co 11.22-33.
Pareceu bem ao ESPÍRITO SANTO e a nós... (v.28): O grande mistério da harmonia e unanimidade do concílio de Jerusalém, foi o fato de deixarem o ESPÍRITO SANTO presidir as reuniões. Assim o grupo de homens e mulheres, compartilhando a vida de CRISTO e abandonando todas as idéias de interesse próprio, queria somente saber e fazer a vontade do Senhor.
15.30 "Tendo-se eles, então, se despedido, partiram para Antioquia e, ajuntando a multidão, entregaram a carta. 31 "E, quando a leram, alegraram-se pela exortação. 32 "Depois,Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras. 33 "E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz para os apóstolos, 34 "mas pareceu bem a Silas ficar ali. 35 "E Paulo e Barnabé ficaram em Antioquia, ensinando e pregando, com muitos outros, a palavra do Senhor.
OBS.: Quando O ESPÍRITO SANTO é ouvido, há alegria por parte dos salvos.
Atos - Introdução e Comentário - I. Howard Marshall - Série Cultura Bíblica - edições 1985,1988, 1991, 1999 e 2001 - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - SP
A assembléia em Jerusalém (15:1-35).
A narrativa de Lucas acerca do debate a respeito do relacionamento entre os gentios e a lei de Moisés forma a parte central de Atos, tanto estrutural quanto teologicamente. Uma vez que a missão cristã começa
a evangelizar os gentios que não tinham sido circuncidados antes, começou a surgir o problema das condições da sua filiação à igreja. Parece que a norma da igreja da Antioquia, juntamente com os seus missionários, era que não se exigia de tais gentios que observassem a lei judaica; embora este aspecto não seja explicado diretamente nos caps. 11-14, fica claro em 15:1-2 (cf. Gl 2:11-14). Esta norma, porém, era inaceitável para alguns cristãos judeus, por duas razões.
Em primeiro lugar, acharam difícil acreditar que os gentios pudessem ser salvos e tornar-se membros de povo de DEUS sem aceitar as obrigações da lei judaica. Pode-se simpatizar com o ponto de vista deles; afinal das contas, qual evidência havia de que a lei, que representava a vontade de DEUS para Seu povo da aliança, fora revogada? Foi este o argumento que foi levantado com insistência por alguns visitantes judeus â Antioquia, e levou a um debate forte no local, e a uma decisão pela igreja no sentido de enviar representantes a Jerusalém para discutirem o assunto ali. Em Jerusalém, o argumento foi reiterado por um grupo de cristãos judeus que ainda retinham suas atitudes dos tempos antes da sua conversão, quando eram fariseus.
Em segundo lugar, havia a questão de como os cristãos judeus, que continuavam a viver segundo a lei judaica, poderiam ter comunhão â mesa com os gentios que não observavam a lei e, portanto, eram ritualmente impuros; não somente isto, mas também qualquer alimento que estes oferecessem aos seus amigos judeus também seria impuro. Este problema ficaria especialmente grave quando a igreja se reunisse para "partir o pão". Esta questão não se menciona explicitamente no começo do capítulo, mas fica claro em Gálatas 2:11-14 que foi uma questão bem presente, e a decisão tomada em Jerusalém (15 :20) visava solucioná-la.
O relato de Lucas mostra que os problemas foram levantados somente por um grupo na Igreja, e não eram sentidos por todos. Os representantes de Antioquia descobriram que as notícias da conversão dos gentios foram bem-vindas, não somente nas igrejas que visitaram no caminho para Jerusalém como na própria Jerusalém. Quando chegou a hora do debate, os dois principais líderes da igreja colocaram-se ao lado dos homens de Antioquia. Pedro referiu-se â sua própria experiência, mediante a qual DEUS demonstrara Sua disposição para aceitar na Igreja gentios incircuncisos com base em sua fé somente, declarando-os ''limpos'' de coração. Seu discurso foi confirmado por Barnabé.e Paulo que também relataram que DEUS manifestamente mostrara Sua aprovação da missão aos gentios mediante sinais milagrosos. Depois, Tiago, que, segundo se esperava, talvez tomasse atitudes mais conservadoras, levantou-se para indicar que a entrada dos gentios na igreja estava de acordo com o plano de DEUS revelado em profecia, e que não havia razão para eles obedecerem â lei. Mesmo assim, era necessário algum tipo de meio-termo para não ofender as consciências dos cristãos que viviam como judeus ortodoxos, e propôs que se pedisse aos gentios que se abstivessem do alimento dedicado aos ídolos, da falta de castidade, e da carne que continha sangue. A assembléia concordou com esta proposta, e formulou uma carta para enviar â Antioquia, tornando claro que estas exigências mínimas deviam ser impostas sobre os gentios. Assim foi feito, e a igreja de Antioquia aceitou a decisão. O episódio, conforme Lucas o encara, foi um triunfo para a política da igreja em Antioquia, que não requeria a circuncisão dos gentios.
É provável que nenhuma seção de Atos tenha levantado tanta controvérsia como esta, nem levado a tantas reconstruções históricas diferentes da verdadeira situação.
(1) O conceito tradicional da passagem é que ela contém a narrativa de Lucas da reunião descrita por Paulo em Gálatas 2:1-10. As mesmas pessoas estavam presentes, o mesmo tópico foi debatido, e aceitou-se essencialmente o mesmo princípio (de que os gentios não precisavam ser circuncidados). Há, porém, diferenças importantes entre as narrativas, e alguns problemas sem resolução, se consideramos que os incidentes são idênticos. a. Gálatas 2:2 indica que a reunião em Jerusalém era particular, ao passo que Atos 15 :22 sugere uma reunião pública. Gálatas capo 2 ressalta o papel desempenhado pelo próprio Paulo na discussão, ao passo que em Atos, não faz qualquer intervenção importante; esta diferença, no entanto, facilmente pode dever-se às perspectivas variadas dos dois relatos. b. Mais importante, Gálatas capo 2 nada diz acerca das condições propriamente ditas impostas sobre os gentios, e pode até ser considerado como excludente da possibilidade de tal acontecimento. Na realidade, tem sido até argumentado que Paulo deve ter considerado a decisão em Atos capo 15 como meio-termo totalmente inaceitável e que, de fato, nada sabia acerca dela.1 61 Além disto, pode ser argumentado que a controvérsia em Gálatas 2:11-14, quando certos homens da parte de Tiago juntamente com Pedro e Barnabé se recusaram a comer com os gentios, é incompreensível depois dos eventos em Atos capo 15. d. Paulo sublinha que sua visita a Jerusalém em Gálatas 2:1-10 foi apenas a sua segunda visita após a sua conversão, ao passo que Atos capo 15 é uma descrição da sua terceira visita (a primeira se registra em Atos 9:26-29, que corresponde a GIl :18-20; a segunda se registra em Atos 11 :30; 12:25). e. É estranho que a carta de Jerusalém se dirige apenas ti Antioquia, à Síria e à Cilícia (15 :23), e que Paulo não a menciona em Gálatas. f. Finalmente, diz-se que a narrativa em Atos capo 15 contém improbabilidades históricas, e.g. no discurso de Tiago, cujo impacto depende de um argumento tirado da LXX e não do Antigo Testamento hebraico. O efeito destas ressalvas tem sido levar estudiosos modernos a sugerir várias soluções alternativas.
(2) O ponto de vista mais simples é equiparar a visita em Gálatas 2:1-10 com aquele em Atos 11:30. Soluciona-se, assim, o problema decisivo do número de visitas que Paulo fez a Jerusalém (d, supra); a visita a Jerusalém em Atos capo 15 não se menciona em Gálatas, mais provavelmente porque a Epístola foi escrita antes deste evento. Esclarece, outrossim, as diferenças entre Gálatas capo 2 e Atos capo 15 (a. e b.); descrevem eventos diferentes. Além disto, explica como o incidente em Gálatas 2:11-14 pôde acontecer (c); fica evidente que a decisão tomada em Gálatas 2:1-10 não foi definitiva ou geralmente aceita, e era possível alguma vacilação. Permanecem os problemas da atitude de Paulo para com o "meio-termo" em Atos capo 15 (b), da destinação da carta de Jerusalém (e), e dos problemas históricos no próprio texto de Atos capo 15 (j). (Ver abaixo).
(3) Aqueles que sentem o impacto destas dificuldades adotam algum tipo de solução que considera Atos capo 15 como trecho com falhas históricas ou cronologicamente fora do lugar. Falando de modo geral, sustentasse que Atos capo 15 pretende descrever o me&mo evento aludido em Gálatas 2:1-10. Lucas, porém, recompôs a história do que aconteceu de acordo com suas próprias idéias, parcialmente por falta de informações fidedignas, e parcialmente a fim de apresentar o seu próprio ponto de vista. Os discursos de Pedro e Tiago, bem como os demais discursos em Atos, seriam invenção dele, e a decisão da reunião é uma intrusão na história, pois Paulo nunca a teria aceito. O problema cronológico é solucionar por meio de argumentos que o relato em Atos capo 15 é uma segunda versão daquele em Atos 11 :30; 12:25, pois Lucas teria deixado de reconhecer que as duas narrativas que recebeu eram tradições variantes do mesmo evento, ou que a narrativa anterior é fictícia. Sustenta-se que as condições impostas sobre os gentios pertencem a uma ocasião posterior àquela que se descreve de modo mais fidedigno em Gálatas 2:1-10.
(4) Uma variação importante deste ponto de vista, apresentada num artigo impressionante, de autoria de D. R. Catchpole, sustenta que tanto Atos 15:1-9 quanto Gálatas 2:1-10 descrevem a visita de Atos 11 :30, na qual se chegou a um acordo quanto ao princípio da missão aos gentios antes da campanha missionária em Atos caps. 13-14. Neste caso, porém, a igreja de Jerusalém tomou a decisão registrada em Atos 15:20-29 sem a presença de Paulo, e a história em Gálatas 2:11-14 representa a tentativa de implementar em Antioquia a decisão, sendo que o resultado foi que Paulo rompeu seu relacionamento missionário com Barnabé (15:37-39).
Fica claro que o argumento principal para a adoção de qualquer uma destas últimas duas teorias, ao invés do ponto de vista (2), diz respeito à atitude de Paulo (b). Será que ele aceitaria as condições registradas em Atos 15:20? E, se as aceitava, porque não apelou a elas para solucionar o debate refletido em 1 Coríntios caps. 8-10? Um ponto fixo, que os defensores dos conceitos (3) e (4) não levaram em conta, é que o próprio Paulo estava disposto a viver como alguém "debaixo da lei" quando se associava com judeus ortodoxos (1 Co 9:19-20). Teria, porém, tomado o passo adicional de aceitar as mesmas condições para seus convertidos gentios? Certamente, opunha-se à falta de castidade (1 Co 6:9), e recomendou os coríntios a não comerem carne, que era sabidamente Oferecida a ídolos, na presença de
cristãos judeus (1 Co 10:25-28). É bem possível que Romanos 14:13-21 diga respeito à questão da carne que era inaceitável aos cristãos judeus porque continha sangue. Resumindo, parece que Paulo poderia ter aceito Atos 15:20, embora ele próprio preferisse argumentar a partir de princípios básicos, sem tomar, simplesmente, a regra COrtO diretriz eclesiástica.
Um fato importante é que regras semelhantes àquelas em Atos 15:20, especialmente na ordem dada no v. 29, também se acham em Levítico caps. 17-18, onde se aplicam tanto aos judeus quanto aos estrangeiros residentes. Havia, portanto, a autoridade do Antigo Testamento para aplicar tais regras aos gentios, e parece que os prosélitos gentios e os tementes a DEUS as aceitavam. Assim, a pergunta fica sendo: teria Paulo permitido que os cristãos judeus impusessem aquelas regras judaicas sobre os gentios cristãos? Paulo não acreditava que CRISTO trouxe o fim da lei? e não teria rejeitado quaisquer exigências que limitassem a liberdade dos seus convertidos e que perpetuassem a distinção entre judeus e gentios? Não devemos, porém, olvidar-nos de que Paulo acreditava que os seus ensinos estabeleciam e sustentavam a lei (Rm 3:31), embora a lei não fosse meio de salvação, e, além disto, acreditava que os cristãos "fortes" deviam dispor-se a limitar a sua liberdade por amor aos seus companheiros crentes. Além disto, a distinção entre judeus e gentios continuava a existir, assim como a diferença entre homem e mulher, ainda que ela fosse sem importância "em CRISTO". Uma vez solucionada a questão básica, a saber: não se exigia que os convertidos
gentios se circuncidassem e, portanto, guardassem a totalidade da lei como meio de salvação (Gl 5 :3), parece totalmente provável que Paulo pudesse concordar com certas medidas por amor à paz com os cristãos judeus, que não acarretassem qualquer sacrifício de princípios.
Se a questão da atitude de Paulo para com as condições em Atos 15 :20 pode ser esclarecida com sucesso desta maneira, fica livre o caminho para considerar as demais objeções ao ponto de vista (2). É estranho que uma carta da' assembléia fosse dirigida apenas à Antioquia, à Síria e à Cilícia, embora se diga também que Paulo a levou à Galácia (16:4). Este fato tem sido usado como argumento para datar os eventos em Atos capo 15 antes de Atos caps. 13-14. Se, porém, esta carta foi escrita antes de Gálatas, é de se estranhar que Paulo não a empregasse como evidência conclusiva no sentido de a igreja de Jerusalém não exigir dos convertidos a circuncisão. É mais provável, portanto, que a carta tenha sido enviada depois de Atos caps. 13-14 e da composição de Gálatas, e que foi dirigida às áreas que tinham sido especialmente perturbadas por visitantes de Jerusalém (15 :1).
Em segundo lugar, há o problema das alegadas dificuldades no relato da reunião dado por Lucas, especialmente no discurso atribuído a Tiago. Estas serão consideradas abaixo, na exposição.
Conclui-se que o argumento em prol do ponto de vista (2), de que Atos capo 15 descreve uma reunião diferente daquela em Gálatas 2:1-10, não somente pode ser defendido, como também tira o melhor sentido das evidências, ainda que não esteja completamente livre de dificuldades. Lucas reconhece, corretamente, a importância fundamental da decisão tomada na reunião. Em princípio, foi rejeitada, de modo inequívoco, a necessidade dos cristãos gentios aceitarem a lei judaica, e foi reconhecido que a fé em JESUS era a única condição para o recebimento da salvação e a filiação ao povo de DEUS. Lucas diz isto tão claramente quanto Paulo. O princípio era de significância básica para o futuro da igreja primitiva, e permanece básico para todos os tempos; nenhuma exigência nacional, racial ou social pode ficar sendo condição prévia para a salvação e a filiação à igreja, lado a lado com a única e exclusiva exigência da fé em JESUS CRISTO, através de quem a graça de DEUS é trazida aos pecadores (15 :11).
1. A coexistência pacífica entre os cristãos judeus e gentios que, segundo parece, caracterizava a igreja em Antioquia, foi interrompida pela chegada dalguns cristãos da Judéia que argumentaram que a circuncisão era necessária para a salvação. Não estavam negando a possibilidade de os gentios serem salvos, mas insistiam em que fossem circuncidados.
Parece atraente vincular esta visita com aquela de "alguns da parte de Tiago" à Antioquia, descrita por Paulo em Gálatas 2:12. :e verdade que a questão em Gálatas capo 2 é ostensivamente a da possibilidade da comunhão à mesa com gentios incircuncisos, mas o argumento subseqüente de Paulo naquele capítulo demonstra que considera que a questão em pauta é a da salvação mediante a obediência à lei. Além disto, não há menção em Atos da visita de Pedro à Antioquia aludida em Gálatas 2:11. Outro problema é que Gálatas capo 2 diz que os visitantes à Antioquia vieram da parte de Tiago, e parece que Paulo os considerava como representantes do ponto de vista de Tiago. De outro lado, dá-se a entender em Atos capo 15 que os visitantes foram além da sua autorização (15:24), pois Tiago põe-se do lado de Paulo. Sugere-se" assim, que Tiago talvez tivesse passado por uma mudança de atitude na reunião em Jerusalém, e também que os visitantes à Antioquia, que tinham o mesmo ponto de vista que os cristãos fariseus em 15:5, alegaram o apoio de Tiago para um ponto de vista distintamente mais rigorista do que ele mesmo teria adotado.
2-3.Paulo e Barnabé se opuseram à nova exigência, pois a obra missionária deles foi mais especialmente afetada por ela. Se Barnabé havia vacilado neste assunto em Gálatas 2:13, agora voltou a apoiar o lado de Paulo. A matéria era por demais importante para ser resolvida localmente, mormente porque alegava-se que a igreja em Jerusalém exigia a circuncisão. Resolveu-se, portanto, enviar uma delegação a Jerusalém para encontrar-se com os apóstolos e presbíteros que agora eram considerados as personagens de liderança na igreja. Os viajantes aproveitaram-se da oportunidade para informar os vários grupos cristãos que encontravam no caminho para Jerusalém acerca do progresso do evangelho entre os gentios. O comentário de Lucas, de que estas notícias causaram grande alegria dá a entender que as respectivas igrejas provavelmente tinham a mesma atitude, para com a circuncisão, que Paulo adotava. Estas congregações consistiam, por certo, em cristãos judeus (11 :19), e indica-se que eram de mentalidade mais liberal do que alguns dos cristãos em Jerusalém.
4-5. A chegada dos visitantes em Jerusalém foi marcada por uma reunião da igreja na qual, mais uma vez, contou-se a história da conversão dos gentios. Ressaltava-se tudo o que DEUS fizera: a conversão dos gentios é atribuída à intervenção dEle, e a inferência é que aquilo que foi feito com Sua bênção foi feito de conformidade com a Sua vontade. Este argumento, no entanto, não foi aceito por certos cristãos que tinham sido fariseus nos dias antes da sua conversão, e declararam que os convertidos dentre os gentios deviam ser circuncidados e observar o resto da lei judaica. Nada há de surpreendente na conversão daqueles que tinham sido fariseus - o próprio Paulo tinha sido um deles - nem na continuação de certas atitudes antigas. :f: provável que subestimemos quão colossal era o passo para legalistas roxos entre os judeus adotarem um novo modo de pensar. Além disto, é possível que as pressões nacionalistas estivessem aumentando na Judéia, e que os cristãos tinham que andar com cuidado para evitar a acusação de serem desleais à sua tradição judaica.
6. A reunião dos apóstolos e presbíteros parece ser diferente daquela que se descreve nos vv. 4-5, embora, nos dois casos, estivesse presente a igreja inteira (v. 12).163 :f:, porém, possível que vv. 4-5 sejam um resumo inicial, que visavam tornar claro as questões envolvidas no debate.
7-11. O processo começou com um debate franqueado a todos, que Lucas não registrou, embora teria sido interessante termos uma declaração do ponto de vista dos legalistas e dos seus argumentos para apoiá10. No fim, porém, eram as opiniões de Pedro e Tiago que mais importavam. Os comentários de Pedro ressaltam uma só lição basicamente singela. Apelou à experiência. Referindo-se ao incidente da conversão de Cornélio alguns anos antes (Atos caps 10-11), declarou que DEUS o escolhera para fazer conhecido aos gentios o evangelho, a fim de que cressem. Além disto, DEUS mostrara Sua aceitação dos gentios, concedendo o ESPÍRITO SANTO a eles, assim como fizera com os crentes judeus. Pedro se referia a DEUS como sendo Aquele que conhece os corações de todos os homens, e tirou a conclusão de que, ao derramar assim o ESPÍRITO sobre os gentios, DEUS estava purificando do pecado os seus corações assim como já purificara os corações dos crentes judeus. Seguia-se, portanto, que o que importava à vista de DEUS era a purificação do coração, e que as observâncias legais externas, tais quais a circuncisão, eram matéria de indiferença. Além disto, procurar impor a lei sobre os gentios era tentar a DEUS, no sentido de questionar o Seu julgamento para ver se Ele estava levando-o a sério, e se os homens podiam tomar impunemente atitudes diferentes. O que os legalistas estavam procurando fazer era colocar sobre os gentios o jugo da lei, jugo este que os próprios judeus nunca conseguiram carregar com sucesso.
A lição aqui não é que a lei é um fardo opressivo, mas, sim, que os judeus eram incapazes de obter a salvação através dela; daí a sua irrelevância no que dizia respeito à salvação. 1 64 Pelo contrário, segundo disse Pedro, os judeus precisam crer a fim de serem salvos mediante a graça de DEUS (cf. GNB, "cremos e somos salvos pela graça do Senhor JESUS"), exatamente como os gentios; Pedro fala do tipo de fé em DEUS que leva à salvação (v. 11, cf. v. 7). Se tanto os judeus quanto os gentios são salvos desta maneira, é claro que a obediência à lei não se exige dos gentios. Podemos acrescentar que nem sequer dos judeus se exige a obediência à lei como meio da salvação (Gl 5 :6). Para alguns estudiosos esta dedução tem parecido por demais radical para ser crível nos lábios de um judeus cristão tal como Pedro: por que, pois, pergunta-se, os próprios cristãos judeus não abriram mão da circuncisão? Conforme Lucas, muitos cristãos judeus continuavam a guardar a lei. Os cristãos judeus não viam necessidade alguma de remover as evidências físicas da circuncisão (contrastar 1 Mac. 1 :15), e continuavam a guardar a lei de Moisés, embora as evidências dos Evangelhos sugerem que abandonavam, cada vez mais, os detalhes da observância legalística farisaica, e chegaram a reconhecer, também, que em certos aspectos a lei mosaica fora superada pela nova revelação da vontade de DEUS em JESUS. Nem todos os cristãos judeus, porém, chegaram a este reconhecimento, e para muitos, a força do hábito e do costume num ambiente severamente palestiniano judaico permaneceu muito forte. O que Pedro disputava, portanto, era a necessidade de obedecer à lei a fim de ser salvo; se os judeus a guardavam por outros motivos era outro assunto.
12. As observações de Pedro silenciaram a oposição; sem dúvida eram mais detalhadas do que se registra no breve relato dado aqui. O auditório estava pronto para escutar um relatório de Paulo e de Barnabé, no qual descreveram como sua obra entre os gentios tinha sido acompanhada por sinais milagrosos da parte de DEUS. A alusão diz respeito a incidentes do tipo referido em 14:3 (cf. Hb 2:4), que colocavam a obra missionária da igreja em Antioquia no mesmo nível com a conversão de Comélio, e que demonstravam que a bênção de DEUS pairava sobre ela. O poder comprobatório dos milagres era considerado fato indiscutível, embora a Igreja primitiva soubesse que tinha a responsabilidade de testar os sinais milagrosos a fim de averiguar se não eram falsificações inspiradas por Satanás (cf. 2 Co 11 :14; 1 Jo 4:1; e especialmente 2 Ts 2:9-10).
13-15. A voz decisiva na reunião, no entanto, não foi nem a de Pedro nem a dos delegados da Antioquia, mas, sim, a de Tiago, parcialmente por causa da posição que mais e mais vinha a ocupar como líder principal da igreja (12:17), e parcialmente porque era considerado o campeão do ponto de vista judaico conservador. Na literatura posterior, era considerado típico do CRISTO judeu que era fiel à lei, e deve ter havido algo na sua atitude anterior que levasse à observação de Paulo em Gálatas 2:12. Seus comentários aqui registrados, portanto, talvez representassem alguma mudança de ponto de vista da parte dele. Tiago baseou seu argumento no seu comentário de que o que Pedro dissera era um cumprimento das profecias. Refere-se a Pedro com seu nome judaico Simão (cf. 2 Pe 1 :1)
um detalhe apropriado para a situação local - e descreve o incidente com Comélio como "visitação" da parte de DEUS. Este termo se emprega para uma intervenção divina, seja na salvação ou no julgamento (para a primeira, ver Lc 1:68,78; 7:16).165 O propósito de DEUS era constituir dentre eles um povo para o seu nome. O paradoxo inerente entre" "gentios" (ou "nações") e "povo" é notável, pois este último termo freqüentemente era aplicado aos judeus como povo de DEUS em contraste com os gentios. Agora está sendo argumentado que o povo de DEUS inclui os gentios. Embora, no Antigo Testamento, Israel, e não os gentios, fosse o povo de DEUS (Êx 19:5; 23:22; Dt 7:6; 14:2; 26:18-19), agora estão incluídos os gentios.1 66 Além disto, o que ocorrera estava de acordo com as profecias. 1 67
Tiago cita um só texto, mas é possível que estivesse pensando em mais de uma passagem (e.g. Zc 2:11)168 ao referir-se aos profetas. De qualquer maneira, a referência é tirada do "livro dos "doze profetas", Lé, o rolo dos Profetas Menores (como em 7:42), de onde vem a citaçã' de Amós 9:11-12.
16-1~. Esta profecia diz que DEUS reedificará o tabernáculo caído de Davi, de tal modo que os demais homens (que não são judeus) pudessem buscar o Senhor, a saber, os gentios sobre os quais tem sido invocado o nome de DEUS. É provável que a reedificação do tabernáculo deva ser entendida como referência ao levantamento da igreja como .novo lugar do culto divino, que tomou o lugar do templo (cf. 6:13-14). A igreja, então, é o meio mediante o qual os gentios podem chegar a conhecer o Senhor; a referência ao nome de DEUS talvez diga respeito ao emprego dele em conexão com o batismo (Tg 2:7; noutros trechos o verbo se emprega, como em Atos 2:21, dos convertidos que invocam o nome de DEUS). A citação, no entanto, apresenta certas dificuldades. A redação foi influenciada por frases de Jeremias 12:15 (voltarei - mas urna só palavra não basta para mostrar que Jr capo 12 está sendo conscientemente citado), e de Isaías 45:21 (coisas conhecidas desde séculos). Além disto, segue a LXX mais do que o texto hebraico rnassorético, do qual difere consideravelmente em certos lugares; Amós 9:12 tem: "para que possuam o restante de Edom e todas as nações que são chamadas pelo meu nome". O texto hebraico, portanto, se refere à restauração do povo de Davi e à sua conquista de Edom e doutras nações pagãs. Criam-se, assim, dois problemas: (1), o texto não é entendido conforme o seu significado original, e (2) Tiago, um judeu palestiniano falando em Jerusalém, cita, conforme aqui se diz, um texto que comprova seu argumento somente na versão grega. Não se trata de uma indicação que a citação provém de Lucas, e não de Tiago, e que é um trecho de exegese algo artificial? Podem ser feitas as seguintes observações: (1) Partes do mesmo texto se citam nos Rolos do Mar Morto (CD 7:16; 4QFlor. 12-13) e se aplicam à situação de então da seita de Cunrã. (2) A versão da LXX baseia-se num texto hebraico hipotético que difere apenas levemente do TM, quanto à sua redação; logo, as diferenças podem dever-se a uma revisão do texto hebraico para torná-lo relevante para uma nova situação. (3) Não devemos excluir a possibilidade de que Tiago sabia grego e fazia uso dele (Neil, p. 173), ou de que estava empregando o texto hebraico pressuposto pela LXX. (4) Já foi dito que o próprio TM apoiaria o argumento de Tiago, se fosse entendido no sentido de a igreja obter possessão de todas as nações (cf. Bruce, Livro, pág. 310). Estes fatos demonstram que não é impossível o emprego da citação por Tiago, e que o processo de reinterpretar o texto de Amós era muito mais antigo do que a Igreja primitiva. Do outro lado, não há nenhuma dificuldade real em supor que o próprio Lucas tenha acrescentado a citação para ressaltar mais claramente como o progresso da igreja está de acordo com as profecias do Antigo Testamento.
19-20. A partir deste argumento, Tiago tirou a conclusão de que a igreja não deveria continuar a colocar um fardo sobre os gentios que se voltavam a DEUS. Como é, pois, que a conclusão se tira do argumento?
A lição parece ser que DEUS está fazendo algo novo em levantar a igreja; é um evento dos últimos dias, e, portanto, já não se aplicam as regras antigas da religião judaica: DEUS está fazendo das nações um povo Seu, e nada há no texto para sugerir que devem tomar-se judeus a fim de tornar-se o povo de DEUS. Logo, não há condições de "entrada" a serem impostas sobre eles. Mesmo assim, Tiago tem uma recomendação para fazer: os gentios devem abster-se de certas coisas que eram repugnantes ao judeus. Quatro coisas se mencionam no texto. Em primeiro lugar, há as contaminações dos ídolos. Refere-se à carne oferecida em sacrifício aos ídolos, e depois comida numa festa do templo ou vendida num açougue. Em segundo lugar, haviam as relações sexuais ilícitas entendidas como prostituição ou como quebra da lei judaica do casamento (que proibia o casamento entre parentes próximos, Lv 18:6-18). O terceiro elemento foi a carne de animais sufocados, um método de abate mediante o qual o sangue permanecia na carne, e o quarto item era o próprio sangue. Estes regulamentos alimentícios se assemelham àqueles em Levítico 17:8-13. Quanto aos problemas levantados por estas regras, ver a introdução.
21. A declaração formal de Tiago é de difícil entendimento. Talvez o significado seja que, já que há judeus noutros lugares que regularmente ouvem a lei de Moisés lida nas sinagogas, os cristãos gentios devem respeitar seus escrúpulos, para evitar que a igreja tenha má fama entre eles. Alternativamente, o argumento talvez signifique que se os gentios cristãos querem descobrir qualquer coisa a mais acerca da lei judaica, têm bastante oportunidade nas sinagogas locais, e não há necessidade da igreja em Jerusalém fazer qualquer coisa em prol deste assunto.
22-29. A proposta de Tiago recebeu a concordância da assembléia inteira. Vale a pena ressaltar o sentido disto: significa que os judeus extremistas perderam o argumento e concordaram em seguir uma política mais liberal. Parece que aceitaram a sua derrota sem amargura ou ressentimento. Resolveu-se nomear. delegados para acompanhar Paulo e Barnabé a Antioquia a fim de relatar as decisões da reunião. Judas, chamado Barsabás, n[o se conhece fora deste trecho (a n[o ser que fosse parente de José Barsabás, 1 :23), mas Silas (conhecido, noutros trechos, por seu nome latino, Silvano) ficou sendo uma figura de destaque na igreja (15:40; 1 Ts 1 :1; 2 Co 1 :19; 1 Pe 5 :12). Presumivelmente eram presbíteros da igreja de Jerusalém. Sua tarefa seria entregar e expor oralmente a mensagem escrita que levaram para Antioquia.
A carta que Lucas reproduz se encaixa no padrão normal das cartas do século I, que nos é familiar nas cartas de Paulo. Ao passo que Paulo emprega uma forma cristianizada de saudações de abertura e encerramento, aqui se retém a forma secular usual. A carta foi enviada em nome dos.apóstolos e presbíteros da igreja em Jerusalém. Escrevem com autoridade aos seus irmãos cristãos; a esta altura, a igreja em Jerusalém ainda sentia que possuía autoridade para mandar as demais igrejas fazer conforme suas instruções, sem dúvida por ser liderada por apóstolos. Os endereçados foram os cristãos em Antioquia, na Síria e na Cilícia. Antioquia era a capital da província romana da Síria (9:30). N[o se mencionam as áreas evangelizadas por Paulo e Barnabé (mas ver 16:4).
O corpo principal da carta deixou claro que quaisquer pessoas que tivessem ido de Jerusalém para Antioquia, defendendo a circuncisão dos convertidos gentios, não eram de modo algum representantes oficiais da igreja. A igreja, portanto, resolvera dar o passo de enviar delegados que serviriam de representantes oficiais para pôr em dia o assunto. Antes de citar os nomes destes, porém, a carta os associa com os delegados de Antioquia, Barnabé e Paulo, e fala destes últimos nos termos mais elevados, como aqueles que "se dedicaram" (NEB) ao serviço de JESUS; a tradução de ARA que têm exposto a vida é talvez forte demais. A linguagem visa ressaltar o estreito sentimento fraternal que existia entre as igrejas. Mesmo assim, a carta continua com uma nota de firme autoridade. A decisão atingida pela igreja é considerada inspirada pelo ESPÍRITO, que, a cada passo em Atos, é o guia da igreja nas suas decisões e atos. Esta decisão, inspirada pelo ESPÍRITO, é colocada em termos do mínimo de exigências .a serem impostas sobre a igreja. Quer dizer que se ressalta que nada mais está sendo requerido senão os regulamentos que se seguem; não se exige nenhuma submissão generalizada à lei judaica, e muito menos ao rito da circuncisão. Além disto, reconhece-se que o que se pede é um encargo, ainda que seja essencial por amor à harmonia entre os judeus e os gentios. As exigências são aquelas que o leitor já sabe pelo v. 20, com uma leve mudança quanto à ordem. A mensagem termina com o que é essencialmente um pedido cortês para que seja aceita a proposta: faríeis bem pode ser entendido como "prosperareis". A saudação final é normal para uma carta em Grego. A carta inteira é cuidadosamente construída, de tal maneira que alguns críticos alegam que é uma composição literária pelo próprio Lucas;julgada por este padrão, a carta inegavelmente genuína de Paulo a Filemom, que também é uma obra prima de construção cuidadosa, já não poderia ser considerada uma carta genuína.
30-35. Depois de os delegados terem recebido as suas instruções da igreja, desceram logo para Antioquia onde se realizou uma reunião dos membros da igreja, e a carta foi entregue e a leram em voz alta diante da assembléia. Seu conteúdo foi considerado um conforto ou exortação, o tipo de mensagem cristã que visava fortalecer e encorajar uma congregação. Foi saudada com alegria, pois seu conteúdo revelou que a questão decisiva fora aceita: não se devia exigir que os gentios fossem circuncidados e obrigados a observar a lei de Moisés. Quanto as exigências impostas pela carta, foram aceitas, segundo parece, sem hesitação. Sem dúvida, Judas e Silas expuseram a situação mais detalhadamente, mas parece que seu ministério era de um escopo ainda maior. Foram reconhecidos como homens com dons proféticos, e os empregavam na pregação e no ensinamento na igreja (cf. I Co 14:3); o ministério deles foi semelhante ao de Barnabé quando visitou a igreja pela primeira vez (11 :23). Depois de decorrer um período apropriado, puderam voltar de Antioquia para Jerusalém, levando consigo a bênção da igreja: "Ide em paz".,
Um grupo ponderável de MSS omite v. 34. Representa uma tentativa por um escriba no sentido de vencer o que parece ser uma contradição entre a partida de Silas para Jerusalém em v. 33 e a sua presença em Antioquia cf. v. 40, o versículo, no entanto, contradiz tão abertamente o v. 33 que já registrou a partida de Silas, . que sem dúvida não é genuíno. Entrementes, continuou-se a obra da igreja em Antioquia. Paulo e Barnabé ensinavam a igreja e evangelizavam juntos pela última vez que consta nos registros. Havia, porém, um grupo composto doutros cristãos que se dedicavam à mesma obra, de tal modo que o caminho ficou aberto para os dois antigos missionários recomeçarem suas viagens, sabendo que estavam deixando a igreja em boas mãos.
RESUMO DA LIÇÃO 11- O PRIMEIRO CONCÍLIO DA IGREJA DE CRISTO
Sob as instâncias de Paulo e Barnabé, os apóstolos convocam o Concílio de Jerusalém, para tratar de uma questão que vinha perturbando os crentes gentios
As decisões desse concilio, realizado no ano 48, foram mais do que vitais à expansão do Cristianismo até aos confins da terra.
I- O QUE É UM CONCÍLIO?
1. Definição. conselho, assembléia.
2. Os concílios no Antigo Testamento.
3. Os concílios em o Novo Testamento.
II- A IMPORTÂNCIA DO CONCÍLIO DE JERUSALÉM
1. Convocação.
2. Presidência.
3. Debates.
4. O pronunciamento decisivo de Tiago.
III- A CARTA DE JERUSALÉM
1. Da salvação pela graça.
2. Da comida sacrificada aos ídolos.
3. Da ingestão de sangue e de carne sufocada.
4. Das relações sexuais Ilícitas.
CONCLUSÃO
Que o exemplo dos santos apóstolos mova a Igreja de CRISTO a livrar-se de toda briga local, a fim de mostrar a sua vocação universal e eterna.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Bibliográfico
"A decisão do ESPÍRITO SANTO Na verdade pareceu bem ao ESPÍRITO SANTO, e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas
coisas necessárias: que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação [relações sexuais ilícitas - ARA]; das quais coisas fazeis bem se vos guardares" (At 15.28,29). A expressão 'pareceu bem ao ESPÍRITO SANTO' significa: O ESPÍRITO SANTO, na sua atuação entre os gentios, já testemunhara que estes foram libertos do jugo da Lei mosaica (At 10.44-48). O ESPÍRITO SANTO, cuja orientação foi prometida aos apóstolos e outros líderes [e à Igreja], já testemunhara ao coração deles que os gentios deviam ser livres do fardo (Mt 18.20;Jo 16.13). [Ou seja] Os gentios foram isentos da obrigação de observar os costumes judaicos. [...] Estes convertidos já possuíam a vida e a liberdade espiritual. Por que enterrar esta vida com formulários mortos?"
(PEARLMAN, Myer. Atos. E a Igreja se Fez Missões. 1. ed. RJ: CPAD, 1995, pp.169-70).
Quem Era Tiago, o Menor? (Presidente do Concílio de Jerusalém).
TIAGO, O MENOR - A Igreja Católica tem sido insistente em ensinar que o autor da Epístola que leva o nome de "Tiago" é o Tiago filho de Alfeu e, segundo ela, esse Tiago era primo de Jesus. Não é verdade e os teólogos católicos sabem disto. Afirmam que era primo porque querem sustentar o falso dogma da eterna virgindade de Maria.
Foram 3 os Tiagos que apareceram no texto sagrado:
01) Tiago, filho de Zebedeu e irmão de João - Mt 4:21.
02) Tiago, filho de Alfeu, do qual não temos muita informação - Mt 10:3, At 1:13, mas que, provavelmente tenha sido irmão de Mateus,já que em Marcos 2.14 Mateus, que também era chamado de Levi, era filho de Alfeu; e
03) Tiago, irmão de Jesus, por parte de pai e mãe - Mt 13:55.
Jesus teve 04 irmãos e algumas irmãs. Dentre eles havia um chamado Tiago e que foi apelidado de "Tiago, o menor" - compare Mt 13:55, com Mt 27:56. Este era chamado de "o menor" por ser mais novo que o outro Tiago, o filho de Zebedeu e irmão de João. Este, sim, era primo de Jesus, uma vez que Salomé, sua mãe, era irmã de Maria, mãe de Jesus - Compare Jo 19:25, com Mc 15:40.
O que sabemos sobre o Tiago, irmão de Jesus:
TIAGO, IRMÃO DE JESUS - Existem várias referências bíblicas que afirmam que Jesus teve um irmão carnal chamado Tiago. Leia as seguintes: Mt 13:55; Mc 6:3; Gl 1:19.
Existem outros textos bíblicos que distinguem os irmãos de Jesus dos discípulos - Jo 2:12 ; Jo 7:5; At 1:14.
Eusébio de Cesaréia, que viveu entre 265 e 339 d. C. e que foi considerado o Pai da História da Igreja Primitiva, faz referência a ele como "Tiago, o Justo, irmão de Jesus, o chefe da igreja cristã primitiva em Jerusalém". Em Atos dos Apóstolos Tiago aparece como sendo um dos principais líderes da Igreja em Jerusalém - At 15:13. Paulo reconhece essa liderança de Tiago - Gl 2:9. Nesta época o Tiago, filho de Zebedeu já havia morrido.
Flávio Josefo em sua obra "Antiguidades Judaicas", narra que um certo Tiago tomou para si o encargo de dirigir a Igreja de Jerusalém após a partida de Pedro e que participou ativamente do primeiro Concílio da Igreja (confirmando Atos 15), que tratava da questão da circuncisão e da pregação do Evangelho para os gentios, evento este que teria ocorrido por volta de 54 d.C.. De fato, tal tradição é reconhecida e confirmada por Eusébio de Cesaréia, que narra ter sido este apóstolo o líder da comunidade cristã daquele local por cerca de dezoito anos .
No seu Livro Vigésimo, capítulo 8, Flávio Josefo fala do evento da morte de Tiago com as seguintes palavras: "Anano, grão-sacrificador (Sumo-sacerdote)... aproveitou o tempo da morte de Festo, e Albino ainda não tinha chegado, para reunir um conselho, diante do qual fez comparecer Tiago, irmão de Jesus, chamado Cristo..."
Temos, portanto, referências bíblicas e referências históricas que confirmam que Tiago era, irmão de sangue, de Jesus Cristo.
Bem, a Igreja Católica ensina que na tradução para o Português utilizaram a palavra "irmão" em substituição à palavra "primo". É outra mentira que temos como refutar tranquilamente.
No site www.cacp.org.br/catolicismo/ encontramos o seguinte comentário sobre este assunto: "Em Mt 12:47, na Bíblia católica, versão dos “Monges Maredsous”, o tradutor teceu o seguinte comentário sobre os “irmãos” de Jesus no rodapé da página: “Irmãos: na língua hebraica esta palavra pode significar também ‘parentes próximos’ ou ‘primos’, como neste caso. Exemplo: Abraão, tio de Ló, chama-o com a designação de irmão - Gn 11:27; Gn 13:8.”
Outro estudioso católico afirma: “Assim sendo, é possível que por detrás dos ‘irmãos’ e ‘irmãs’ de Jesus estejam seus ‘primos’ ou ‘parentes’.
Refutação bíblica: Não existe um só caso na Bíblia, e principalmente no Novo Testamento, em que a palavra grega adelphós (irmão) é traduzida por primo ou parente.
Como já falamos, e isso é interessante, o apóstolo Paulo sabia perfeitamente usar a palavra correta para primo (anepsiós) e parente (sungenes) em suas epístolas. Não havia motivo de confusão! “Saúda-vos Aristarco, meu companheiro de prisão, e Marcos, o sobrinho de Barnabé...” - Cl 4:10. - “Saudai a Herodião, meu parente” - Rm 16:11.
O escritor do site acima citado ainda nos lembra outro detalhe importante: "Outro fator que corrobora com a interpretação acima é o fato de Lucas ter usado a expressão grega Prototokos, que significa “Primogênito”, em relação ao nascimento de Cristo: “e teve a seu filho primogênito...” - Lc 2:7.
Se Lucas quisesse dizer que Jesus foi o único filho de Maria, teria usado, de modo inequívoco, a expressão monogenes (unigênito, em português) que significa “[filho] único gerado”, como acontece em Jo 3:16. Mas não, ele usou, de modo consciente, o termo certo: “primogênito”, indicando que Jesus foi apenas o “primeiro” filho de Maria, e não o “único”.
Se Jesus tivesse sido o único filho de Maria, os evangelistas mostrariam isso, de modo explícito, em seus escritos. Mas não é isso que constatamos no Novo Testamento".
Portanto, Tiago o autor da "Epístola de Tiago" é o irmão de Jesus. Ou seja, Maria não permaneceu virgem, como os católicos querem nos empurrar goela a baixo. Ela teve a Jesus e a mais 4 filhos. (Em Cristo, Ev. Sandoval Juliano).
Fontes consultadas:
www.cacp.org.br/catolicismo/
Livro "História dos Hebreus" - de Flávio Josefo
"Manual Bíblico" - de H. H. Halley
VOCABULÁRIO
Quizília - desavença, rixa, pendência.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão. CPAD, n 45, pag. 41.
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 11- O PRIMEIRO CONCÍLIO DA IGREJA DE CRISTO
RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 1º TRIMESTRE DE 2011
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas corretas e com "F" as falsas.
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Pois pareceu bem ao ESPÍRITO SANTO e a nós não vos ___________________________ maior encargo além destas coisas essenciais: que vos abstenhais das coisas __sacrificadas__ a ídolos, bem como do _______________________ [...] e das relações _________________________ ilícitas [...]" (At 15.28,29 - -ARA)
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
O objetivo de um ___________________ eclesiástico, convocado sob orientação _______________________, é preservar a ________________________ da Igreja no ESPÍRITO SANTO e conservar a sã doutrina.
INTRODUÇÃO
3- Por que e por quem foi convocado o primeiro concílio da igreja em Jerusalém?
( ) Sob as instâncias de Paulo e Barnabé, os apóstolos convocam o Concílio de Jerusalém.
( ) Foi marcado para que houvesse uma confraternização entre os apóstolos e foi convocado por Pedro.
( ) Para tratar de uma questão que vinha perturbando os crentes gentios: Deveriam estes também observar os costumes e ritos judaicos?
( ) Porque, "alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se vos não circuncidardes, conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos".
I- O QUE É UM CONCÍLIO?
4- Qual a definição de Concílio?
( ) Originária do vocábulo grego concilium, a palavra concílio significa reunião, santa convocação.
( ) Originária do vocábulo latino concilium, a palavra concílio significa conselho, assembléia.
( ) O concílio, por conseguinte, é uma reunião de representantes da Igreja, cujo objetivo é deliberar acerca da fé, doutrina, costumes e disciplina eclesiástica.
5- Quais os concílios no Antigo Testamento?
( ) O primeiro concílio da velha aliança deu-se quando Moisés congregou os anciãos de Israel para declarar-lhes o plano de DEUS para libertar os hebreus do Egito (Êx 4.29).
( ) A partir daí, muitos foram os concílios convocados quer pelos reis, quer pelos profetas, para tratar das urgências nacionais e das crises que surgiram ao longo da história de Israel no Antigo Testamento.
( ) O primeiro se deu entre Adão, Eva, a serpente e DEUS, com o objetivo de iniciarem a vida na Terra organizadamente.
6- Quais os concílios no Novo Testamento, mais especificamente, em Atos dos Apóstolos?
( ) Os apóstolos reuniram-se em três ocasiões distintas, para decidir sobre pendências na comunidade cristã.
( ) A primeira vez para eleger Matias em lugar de Judas Iscariotes e aguardar a chegada do Consolador;
( ) A segunda para instituir o diaconato;
( ) A terceira, para discutir as imposições que os judaizantes buscavam impor sobre os cristãos gentios (At 1.12-26; 6.1-15; 15.6-30).
II- A IMPORTÂNCIA DO CONCÍLIO DE JERUSALÉM
7- Qual a importância do Concílio de Jerusalém?
( ) Tem importância fundamental na consolidação de Jerusalém como capital do cristianismo e sede de todas as igrejas até aos dias de hoje.
( ) Foi tão importante e vital à Igreja de CRISTO que dela dependia o futuro do Cristianismo.
( ) Se os apóstolos houvessem cedido à pressão dos judaizantes, a religião do Nazareno extinguir-se-ia em mera seita judaica.
8- Os dirigentes da Igreja, instrumentalizados pelo ESPÍRITO SANTO, houveram-se com sabedoria e firmeza. Por que?
( ) Porque possibilitaram que o Reino de DEUS, transcendendo as fronteiras de Israel, se universalizasse até aos confins da terra.
( ) Porque o concílio trouxe a separação definitiva entre os cristãos judeus e os gentios convertidos ao cristianismo.
( ) Porque o Concílio de Jerusalém foi modelar desde a convocação até as suas derradeiras decisões.
9- Quem foi convocado para o primeiro concílio de Jerusalém?
( ) Igrejas de Antioquia, Jerusalém e Síria.
( ) Igrejas de Jerusalém, Síria e Cilícia.
( ) Igrejas de Antioquia, Síria e Cilícia.
10- Quem constituía a presidência do concílio de Jerusalém e o que fez?
( ) Tiago, irmão de JESUS e Pedro.
( ) Em todos aqueles acalorados debates, o apóstolo e o irmão de JESUS agiram com sabedoria e moderação.
( ) Tudo fizeram por preservar a unidade da Igreja no ESPÍRITO SANTO.
( ) João e Pedro.
11- Como foram os debates no primeiro concílio de Jerusalém? Complete:
As discussões são ____________________________. Extremados na defesa do _____________________________, exigiam os judaizantes: "É necessário circuncidá-Ios e determinar-Ihes que observem a lei de ___________________________" (At 15.5 - ARA).
Em seguida, Pedro levanta-se e põe-se a historiar como os gentios, por seu intermédio, vieram a ____________________________-se a CRISTO.
Para calar a boca aos adversários, indaga o apóstolo: "Agora, pois, por que tentais a DEUS, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais puderam __________________________, nem nós? Mas cremos que fomos salvos pela ___________________________ do Senhor JESUS, como também aqueles o foram" (At 15.10,11 - ARA). Depois da exposição de Pedro, os também ___________________________ Paulo e Barnabé tomam a palavra. Faz Lucas esta observação: "Então toda a multidão _________________________, passando a ouvir a Barnabé e a Paulo, que contavam quantos sinais e prodígios DEUS fizera por meio deles entre os _____________________" (At 15.12 - ARA).
12- Qual foi o pronunciamento decisivo de Tiago, no primeiro concílio de Jerusalém? Complete:
Apesar de sua reputação conservadora, sai Tiago, irmão do Senhor, em defesa dos santos gentios e da universalidade da Igreja de CRISTO: "Pelo que, julgo eu, não devemos ___________________________ aqueles que, dentre os ______________________, se convertem a DEUS, mas _______________________-Ihes que se abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações _______________________ ilícitas, da carne de animais sufocados e do sangue" (At 15.19,20 - ARA).
III- A CARTA DE JERUSALÉM
13- Encerrados os debates, decidem os apóstolos enviar uma encíclica às igrejas de Antioquia, Síria e Cilícia. Por intermédio de quem fazem isto?
( ) Por intermédio de Paulo, Barnabé, Marcos e Silas.
( ) Por intermédio de Paulo, Barnabé, Judas e Silas.
( ) Por intermédio de Paulo, Barnabé, João e Silas.
14- Em resumo, o documento que Paulo, Barnabé, Judas e Silas, levam para os irmãos, trata de quais temas?
( ) Da salvação pela graça.
( ) Da comida sacrificada aos ídolos.
( ) Da ingestão de sangue e de carne sufocada.
( ) Da união dogmática entre judeus e gentios pelos mesmos costumes e crenças.
( ) Das relações sexuais Ilícitas.
CONCLUSÃO
16- Complete:
Que o exemplo dos santos apóstolos mova a Igreja de CRISTO a livrar-se de toda __________________________ local, a fim de mostrar a sua vocação _______________________ e eterna. O mesmo ESPÍRITO que dirigiu o Concílio de Jerusalém faz-se presente no meio de seu povo, inspirando os ministros do Evangelho a tomarem decisões de conformidade com a _______________________________ Sagrada. Interessante, o concílio convocado para combater o __________________________ judaizante tornou a Igreja de CRISTO mais _________________________ e pura.
RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 1º TRIMESTRE DE 2011
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Atos - Introdução e Comentário - I. Howard Marshall - Série Cultura Bíblica - edições 1985,1988, 1991, 1999 e 2001 - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - SP
Espada Cortante 2 - Orlando S. Boyer - CPAD - Rio de Janeiro - RJ
Revista CPAD - 3º Trimestre de 1996 - Atos - O padrão para a Igreja da Última Hora - Pr. Ezequias Soares - Lição 13 - O PRIMEIRO CONCÍLIO APOSTÓLICO - CPAD.
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao1-vc-aimportanciadadoutrinabiblicaparaafe.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao9-heresias-ocristianismojudaizante.htm
LIÇÃO 10- O EVANGELHO PROPAGA-SE ENTRE OS GENTIOS
LIÇÃO 10- O EVANGELHO PROPAGA-SE ENTRE OS GENTIOS
Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2011 - CPAD - Jovens e Adultos
ATOS DOS APÓSTOLOS - Até aos confins da terra
Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
TEXTO ÁUREO
"E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do ESPÍRITO SANTO se derramasse também sobre os gentios" (At 10.45).
VERDADE PRÁTICA
DEUS não faz acepção de pessoas, de nações ou de raças. É da vontade do Senhor que o Evangelho de JESUS CRISTO seu Filho, seja anunciado a todos os povos.
LEITURA DIÁRIA
At 13.1-3- Saulo e Barnabé são enviados aos gentios
At 10.34,35- DEUS não faz acepção de pessoas
At 11.15 O dom do ESPÍRITO sobre os gentios
At 15- O concílio de Jerusalém e os gentios
At 15.19,20,28,29 Recomendações aos crentes gentios
Gl 2.7,8- O evangelho da incircuncisão
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE- Atos 10.44-48; 11.15-18
Atos 10.44- E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o ESPÍRITO SANTO sobre todos os que ouviam a palavra. 45 - E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do ESPÍRITO SANTO se derramasse também sobre os gentios. 46- Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a DEUS. 47- Respondeu, então, Pedro: Pode alguém, porventura, recusar a água, para que não sejam batizados estes que também receberam, como nós, o ESPÍRITO SANTO? 48- E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então, rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias.
Atos 11.15- E, quando comecei a falar, caiu sobre eles o ESPÍRITO SANTO, como também sobre nós ao princípio.16 - E lembrei-me do dito do Senhor, quando disse: João certamente batizou com água, mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO. 17- Portanto, se DEUS Ihes deu o mesmo dom que a nós, quando cremos no Senhor JESUS CRISTO, quem era, então, eu, para que pudesse resistir a DEUS? 18 - E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a DEUS, dizendo: Na verdade, até aos gentios deu DEUS o arrependimento para a vida.
O Evangelho em Cesaréia:
Cesaréia: sede do governo romano na Palestina; centurião era comandante de 100 soldados; corte era um regimento de 600 a 1000 soldados; (50 km de Jope, aproximadamente);
Visão do gentio: Buscar Pedro para anunciar o evangelho;
Visão de Pedro: Animais puros (patas divididas e ruminar);
Conversão: Cornélio envergonha a muitos cristãos, porque, antes de se converter era melhor do que alguns crentes; o centurião romano ajoelhou-se diante de um simples judeu;
Crise na Igreja de Jerusalém: Pedro presta conta ao colégio de apóstolos; ele não ficou surpreso nem ofendido;
Bíblia de Estudos Pentecostal - CPAD
10.4 ORAÇÕES... PARA MEMÓRIA DIANTE DE DEUS. DEUS considera nossas orações um sacrifício que sobe até Ele, lembrando-lhe da nossa perseverança, ao invocá-lo com fé e devoção (ver Sl 141.2; Hb 13.15,16).
10.9 SUBIU PEDRO AO TERRAÇO PARA ORAR. O ESPÍRITO SANTO, o autor das Escrituras, revela através delas que os cristãos do NT eram dedicados a muita oração. Estavam convictos de que o reino de DEUS não poderia manifestar-se em todo o seu poder mediante uns poucos minutos de oração por dia (1.14; 2.42; 3.1; 6.4; Ef 6.18; Cl 4.2)(1) O judeu piedoso orava duas ou três vezes por dia (cf. Sl 55.17; Dn 6.10). Era prática dos seguidores de CRISTO, especialmente dos apóstolos (6.4), orar com a mesma devoção. Pedro e João subiram ao templo para a hora da oração (3.1), e Lucas e Paulo fizeram o mesmo (16.16). Pedro orava regularmente ao meio-dia, ou seja, à hora sexta (10.9); DEUS recompensou Cornélio pela sua fidelidade na observância das suas horas de oração (10.30ss.).
(2) As Escrituras exortam os crentes a continuarem perseverantes na oração (Rm 12.12), a orarem sempre (Lc 18.1), a orarem sem cessar (1 Ts 5.17), a orarem em todos os lugares (1 Tm 2.8), a orarem em todo o tempo com toda a oração (Ef 6.18), a perseverarem na oração (Cl 4.2), e a orarem com eficácia (Tg 5.16). Estas exortações indicam que não poderá haver nenhum poder celestial em nossa batalha contra o pecado, Satanás e o mundo, nem vitória em nossa tentativa de ganhar os perdidos, sem muita oração diariamente.
(3) Não seria do agrado de DEUS, tendo em vista a exortação do Senhor, que seus discípulos vigiem e orem pelo menos uma hora (Mt 26.38-41); e à luz da urgência dos tempos do fim, nos quais vivemos, se todo crente dedicasse pelo menos uma hora por dia à oração e ao estudo da Palavra de DEUS, visando ao crescimento do seu reino na terra e tudo quanto isso significa para nós (Mt 6.10,33)?
(4) Uma hora de oração pode incluir o seguinte: (a) louvor, (b) cantar ao Senhor, (c) ações de graças, (d) esperar em DEUS, (e) ler a Palavra, (f) ficar atento ao ESPÍRITO SANTO, (g) orar com as próprias palavras das Escrituras, (h) confissão das faltas, (i) intercessão pelos outros, (j) petição pelas nossas próprias necessidades, e (l) oração em línguas.
10.19 DISSE-LHE O ESPÍRITO. O ESPÍRITO SANTO deseja a salvação de todas as pessoas (Mt 28.19; 2 Pe 3.9). Pelo fato de os apóstolos terem recebido o ESPÍRITO, eles, também, desejavam a salvação de todas as pessoas. Intelectualmente, no entanto, não compreendiam que a salvação já não se restringia a Israel, mas que agora abrangia todas as nações (vv. 34,35). Foi o ESPÍRITO SANTO que alargou a visão da igreja. Em Atos, Ele é a força da obra missionária e o que dirige a igreja para novas áreas de testemunho (8.29,39; 10.19; 11.11,12; 13.2,4; 16.6; 19.21). O derramamento do ESPÍRITO e a compulsão à missão sempre andam de mãos dadas (cf. 1.8). Mesmo hoje, muitos crentes anelam a salvação do seu povo, sem, porém, compreenderem plenamente o propósito do ESPÍRITO SANTO para as missões mundiais (ver Mt 28.19; Lc 24.47).
10.34 DEUS NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS. DEUS não tem nenhuma nação ou raça predileta, nem favorece qualquer indivíduo por causa da sua nacionalidade, linhagem ou posição na vida (cf. Tg 2.1). DEUS favorece e aceita aqueles, dentre todas as nações, que abandonam o pecado, crêem em CRISTO, temem a DEUS e vivem retamente (v. 35; cf. Rm 2.6-11). Todos aqueles que perseveram neste modo de vida, permanecerão no amor e no favor de DEUS (Jo 15.10).
10.38 CURANDO A TODOS OS OPRIMIDOS DO DIABO. PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS é concedido a todos os crentes.
10.44 CAIU O ESPÍRITO SANTO SOBRE TODOS. A família gentia de Cornélio ouve e recebe a Palavra com fé salvadora (vv. 34-48; 11.14).
(1) DEUS imediatamente derrama sobre ela o ESPÍRITO SANTO (v. 44) como seu testemunho de que creram e receberam a vida regeneradora de CRISTO (cf. 11.17; 15.8,9). (2) A vinda do ESPÍRITO SANTO sobre a família de Cornélio teve o mesmo propósito que o dom do ESPÍRITO SANTO para os discípulos no dia de Pentecoste (cf. 1.8; 2.4). Esse derramamento do ESPÍRITO não é a obra de DEUS na regeneração do pecador, mas sua vinda sobre eles para revesti-los de poder. Note as palavras de Pedro posteriormente, ressaltando a semelhança entre essa experiência e a do dia de Pentecoste (11.15,17).
(3) Evidentemente, é possível uma pessoa ser batizada no ESPÍRITO imediatamente depois de receber a salvação (ver v. 46; cf. 11.17).
10.45 O DOM DO ESPÍRITO SANTO. (é para todos os crentes - 1 Co 12, aqui, dom de línguas ou simplesmente o batismo com o ESPÍRITO SANTO).
10.46 OS OUVIAM FALAR EM LÍNGUAS. Pedro e os que o acompanhavam consideravam o falar em línguas, mediante o ESPÍRITO, como o sinal convincente do batismo no ESPÍRITO SANTO. Isto é, assim como DEUS confirmou o acontecimento do dia de Pentecoste com o sinal das línguas (2.4), Ele faz os gentios no lar de Cornélio falarem em línguas como sinal convincente para Pedro e os demais crentes judeus.
11.15 CAIU SOBRE ELES O ESPÍRITO SANTO, COMO TAMBÉM SOBRE NÓS AO PRINCÍPIO.
O derramamento do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecoste (2.4) foi um padrão para o recebimento do ESPÍRITO, a partir de então. O batismo no ESPÍRITO seria determinado pela transformação visível ocorrida no indivíduo pela infusão da alegria por expressões vocais sobrenaturalmente inspiradas e pela ousadia no testemunho (2.4; 4.31; 8.15-19;
10.45-47; 19.6). Por isso, quando Pedro salientou diante dos apóstolos e irmãos em Jerusalém que os familiares de Cornélio tinham falado em línguas, ao ser derramado sobre eles o ESPÍRITO SANTO (cf. 10.45-46), ficaram convictos de que DEUS estava concedendo aos gentios a salvação em CRISTO (v. 18). Não se pode hoje dizer que alguém recebeu o batismo no ESPÍRITO se as manifestações físicas, tais como o falar em línguas, estão ausentes. Em nenhuma parte de Atos, o batismo no ESPÍRITO SANTO aparece como uma experiência percebida somente pela fé (ver 8.12,16).
11.17 A NÓS, QUANDO CREMOS.
Esta expressão é, no grego, um particípio aoristo, que normalmente descreve uma ação que ocorre antes daquela do verbo principal. Por isso, uma tradução mais exata seria: DEUS lhes deu o mesmo dom que a nós também, depois que cremos . Esta interpretação concorda com os fatos históricos, i.e., que os discípulos tinham crido em JESUS e tinham sido regenerados pelo ESPÍRITO, antes do dia de Pentecoste.
11.18 OUVINDO ESTAS COISAS.
O discurso de Pedro silenciou todas as objeções (vv. 4-18). DEUS tinha batizado os gentios no ESPÍRITO SANTO (10.45), e este ato foi acompanhado da evidência convincente do falar noutras línguas pelo ESPÍRITO (10.46). Era esse o único sinal necessário a ser aceito sem mais dúvidas.
PERSPECTIVA. Rm 9.6 “Não que a palavra de DEUS haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas”.
(1) Um exame da condição de Israel não se refere à vida ou morte eterna de indivíduos após a morte. Pelo contrário, Paulo trata do modo como DEUS lida com nações e povos do ponto de vista histórico, i.e., do seu direito de usar povos e nações conforme Ele quer. Por exemplo, sua escolha de Jacó em lugar de seu irmão Esaú (9.11) teve como propósito fundar e usar as nações de Israel e de Edom, oriundas dos dois. Nada tinha que ver com seu destino eterno, i.e., quanto a sua salvação ou condenação como indivíduos. Uma coisa é certa: DEUS tem o direito de chamar as pessoas e nações que Ele quiser, e determinar-lhes responsabilidades a cumprir.
(2) Paulo expressa sua constante solicitude e intensa tristeza pela nação judaica (9.1-3). O próprio fato que Paulo ora para que seus compatriotas sejam salvos, revela que ele não admitia o ensino teológico da predestinação, afirmando que todas as pessoas já nascem predestinadas, ou para o céu, ou para o inferno. Pelo contrário, o sincero desejo e oração de Paulo reflete a vontade de DEUS para o povo judaico (cf. 10.21; ver Lc 19.41, sobre JESUS chorando por causa de Israel ter rejeitado o caminho divino da salvação). No NT não se encontra o ensino de que determinadas pessoas foram predestinadas ao inferno antes de nascer.
(3) O mais relevante neste assunto é o tema da fé. O estado espiritual de perdido, da maioria dos israelitas, não fora determinado por um decreto arbitrário de DEUS, mas, resultado da sua própria recusa de se submeterem ao plano divino da salvação mediante a fé em CRISTO (9.33; 10.3; 11.20). Inúmeros gentios, porém, aceitaram o caminho de DEUS, que é o da fé, e alcançaram a justiça mediante a fé. Obedeceram a DEUS pela fé e se tornaram “filhos do DEUS vivo” (9.25,26). Esse fato ressalta a importância da obediência mediante a fé (1.5; 16.26) no tocante à chamada e eleição da parte de DEUS.
(4) A oportunidade de salvação está perante a nação de Israel, se ela largar sua incredulidade (11.23). Semelhantemente, os crentes gentios que agora são parte da igreja de DEUS são advertidos de que também correm o mesmo risco de serem cortados da salvação (11.13-22). Eles devem sempre perseverar na fé com temor. A advertência aos crentes gentios em 11.20-23, pelo fato da falha de Israel, é tão válida hoje quanto o foi no dia em que Paulo a escreveu.
(5) As Escrituras estão repletas de promessas de uma futura restauração de Israel ao aceitarem o Messias. Tal restauração terá lugar ao findar-se a Grande Tribulação, na iminência da volta pessoal de CRISTO (ver Is 11.10-12; 24.17-23; 49.22,23; Jr 31.31-34; Ez 37.12-14; Rm 11.26; Ap 12.6).
Revista CPAD - 3º Trimestre de 1996 - Atos - O padrão para a Igreja da Última Hora - Pr. Ezequias Soares - Lição 9 - O EVANGELHO CHEGA AOS GENTIOS - CPAD
"E em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém" (Lc 24.47).
O assassinato de Estêvão e a intensa perseguição contra a Igreja em Jerusalém foram o tiro que saiu pela culatra, pois isso resultou em expansão do Evangelho.
ÉPOCA DO EVENTO: 34 d.C. (Filipe); 41 d.C. (Cornélio)
LOCAL: Samaria, Gaza e Cesaréia Marítima
ATOS 8.4,5,26,27; 10.1,2,44-48
Aos 8.4- Mas os que andavam dispersos iam por toda parte, anunciando a palavra. 5 - E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a CRISTO.
26 - E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto. 27 -E levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros, e tinha ido a Jerusalém para adoração.
Atos 10.1- E havia em Cesaréia um varão por nome Cornélio, centurião da coorte chamada italiana. 2 - Piedoso e temente a DEUS, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava a DEUS.
Atos 10.44 - E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o ESPÍRITO SANTO sobre todos os que ouviam a palavra. 45 - E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do ESPÍRITO SANTO se derramasse também sobre os gentios. 46 - Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a DEUS. 47 - Respondeu, então, Pedro: Pode alguém, porventura, recusar a água, para que não sejam batizados estes que também receberam, como nós, o ESPÍRITO SANTO? 48 - E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então, rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias.
Conselhos didáticos:
1- Diga aos alunos que o propósito da salvação dos gentios já estava no coração de DEUS, mesmo antes da fundação do mundo. Por isso, os cristãos, que habitavam em Jerusalém, foram dispersos, por causa da perseguição, após a morte de Estêvão. Eles anunciavam o Evangelho por onde passavam e muitas pessoas aceitaram a JESUS como Salvador.
2- lnforme-lhes que o processo da salvação humana começou a partir da chamada de Abraão. Naquele momento, DEUS não pensava apenas no resgate da condenação eterna dos hebreus, descendentes do nosso pai na fé, mas em toda a humanidade. Por isso, separou o povo judeu, para, por seu intermédio, enviar o seu filho JESUS.
3- Esclareça-Ihes, então, que JESUS é o Salvador do mundo e não apenas dos judeus, como eles próprios pensavam, quando os cristãos de Jerusalém (eram todos judeus) chamaram o apóstolo Pedro, para explicar o motivo de ter entrado na casa de Cornélio, um general romano, e pregado o Evangelho, ocasião em que muitos gentios se converteram a CRISTO.
ORIENTAÇÃO AO PROFESSOR
A espiritualidade é outra necessidade premente do professor da Escola Dominical. Como ele poderá ensinar a Palavra de DEUS, se não for espiritual? Por isso, precisa freqüentar às consagrações aos domingos, para reabastecer-se do poder do alto e, cheio do ESPÍRITO SANTO, ministrar bem o ensino bíblico.
COMENTÁRIO
A pregação do Evangelho é uma necessidade imperiosa e não uma alternativa. Isso por si só, justifica a necessidade de se levar essa mensagem a todos os povos. A lição de hoje mostra como o mensagem da salvação chegou aos samaritanos, africanos e aos demais gentios, na casa de Cornélio.
I. SAMARIA
1. Origem dos samaritanos. Quando Salmaneser, imperador da Assíria, sitiou Samaria, a capital de Israel, em 722 a.C., levou cativas as dez tribos do Norte (2 Rs 17.3).
Os assírios faziam permutas, deportando seus subjugados para terras estrangeiras. Levaram as dez tribos do Norte para outras regiões e trouxeram estrangeiros para povoarem a terra de Israel. Eles adotaram essa política como estratégia para desarticular os povos vencidos e, assim, neutralizar o sentimento nacionalista e eliminar a hipótese da insurreição contra a metrópole (2 Rs 17.24-31).
Os poucos filhos de Israel que ficaram na terra se misturaram com esses estrangeiros, de modo que seus filhos se tomaram mestiços (mistura de israelita e gentio). Eram os samaritanos. Essa mistura era também religiosa, pois rejeitaram as Escrituras Sagradas, aceitando apenas o Pentateuco.
As duas tribos do Sul, que também foram levadas cativas para a Babilônia, por Nabucodonosor, ao retomarem a Judá (Ed 4.1-4), não consideraram os samaritanos como seus irmãos. Por isso, recusaram sua ajuda na reconstrução do Templo, em Jerusalém. O relacionamento deles, que já não era bom, ficou pior, e tornaram-se inimigos ferrenhos.
2. "Os judeus não se comunicam com os samaritanos" (Jo 4.9). Judeus e samaritanos sempre foram extremamente hostis, pois estes últimos tinham uma forma de culto muito diferente da dos primeiros. A Bíblia Samaritana, até hoje, consiste apenas do Pentateuco.
II. FILIPE EM SAMARIA
1. Perseguição e expansão da Igreja. Com o assassinato de Estêvão, a Igreja em Jerusalém experimentou uma perseguição nunca vista (At 8.1-3). Isso foi o ponto de partida, para que o Evangelho saísse de dentro das portas de Jerusalém e alcançasse as nações dos gentios.
2. Evangelização dos samaritanos. Filipe, como Estêvão, sobressaiu-se na pregação do Evangelho. Ele era impulsionado pelo ESPÍRITO SANTO, pois, do contrário, não ousaria enfrentar as hostilidades dos samaritanos. O texto diz que o povo prestava atenção ao que ele dizia.
Agora encontramos samaritanos e gentios no contexto da evangelização: "Samaria e até os confins da terra" (At 1.8). Filipe, em Atos 8, começa o grande projeto missionário, levando avante a ordem imperativa do Mestre (Mt 28.19,20, Mc 16.16,17). Começou com os samaritanos, povo mestiço (mistura de israelita e gentio), e depois foi enviado pelo ESPÍRITO SANTO para o região de Gaza, pois o eunuco, ministro da rainha Candace, estava sedento da Palavra de DEUS.
3. Pedro e João. A chegada de Filipe a Samaria mostra que na Igreja de JESUS não há preconceito. É verdade que Filipe, pelo que se infere do nome, era judeu helenista, e como tal não era tão extremista como os da Palestina, chamados hebreus.
Isso somente não justifica a sua ida a Samaria, pois Pedro e João eram hebreus, nascidos na Palestina.
No entanto, foram até lá, para apoiarem o trabalho de Filipe. A chegada desses apóstolos àquela localidade fortaleceu o trabalho evangelístico e também os samaritanos foram batizados no ESPÍRITO SANTO (8.1417).
III- FILIPE E O EUNUCO
O encontro de Filipe com o eunuco da rainha Candace, da Etiópia, era também o prenúncio da evangelização mundial. .
1. Eunuco na Bíblia. Os eunucos eram homens de confiança, nas cortes orientais, como Potifar, no Egito (Gn 39.1); Daniel e seus companheiros, na Babilônia (Dn 1.3,4); Neemias, na Pérsia (Ne 1.11).
O vocábulo "eunuco" teve sua origem na Assíria e significa primariamente "oficial da corte", mas no hebraico apresenta um sentido secundário de "castrado" (Is 56.3), o qual estava excluído da assembléia do Senhor (Dt 23.1). . .
2. Lendo o profeta Isaías. O verbo ler, em hebraico, qará, é o mesmo para "clamar, gritar".
Os antigos tinham e hábito de ler em voz alta. Isso significa que o eunuco assim procedia e, de longe, Filipe podia ouvir a sua leitura. Ele lia o texto de Isaías 53.7,8, mas não sabia que o texto referia-se ao Messias.
À pergunta do evangelista se ele entendia o que lia, o eunuco foi sincero, respondendo que não. Mas estava interessado em saber, e pediu-lhe explicação. Filipe falou-lhe de JESUS. Ele se converteu, foi batizado nas águas, e agora levaria a mensagem do Evangelho para a sua terra.
3. A rainha da Etiópia. O eunuco era um oficial da corte, na Etiópia (At 8.27), ministro das finanças da rainha "Candace", que não era o nome dela, mas um título, como "Faraó", no Egito; "César", em Roma, etc.
4. Etiópia. Etiópia é um país africano, localizado entre Assuam, no sul do Egito, até as proximidades de Cartum, capital do Sudão. Até hoje, a igreja naquela nação acredita que esse encontro de Filipe com o eunuco foi o cumprimento do Salmo 68.31.
IV. PEDRO NA CASA DE CORNÉLIO
1. Gentios. Os gentios, goiym, em hebraico, são todos os povos, exceto os judeus.
Até a vinda de JESUS, a humanidade estava dividida em gentios: egípcios, assírios, caldeus, gregos, romanos e bárbaros; e judeus: os descendentes de Israel. JESUS derrubou esta parede de separação (Ef 2.13-18), formando um novo povo, a Igreja.
Hoje, a humanidade está dividida em três grupos: judeu, gentio e Igreja (I Co 10.32).
A salvação dos gentios estava no plano estabelecido por DEUS. Portanto, não foi uma improvisação de última hora feita por JESUS e seus apóstolos. A mensagem de Gênesis 12.3: "Em ti serão benditas todas as famílias da terra" era a promessa de DEUS para salvar os povos (Gl 3.8). Isso está ainda mais claro no livro de Isaías: "As ilhas aguardarão a sua doutrina" (42.4). Ou: "E, no seu nome, os gentios esperarão", conforme a Septuaginta, citada em Mateus 12.21. Isso também é visto em Oséias 1.10; 2.23, citado por Paulo em Romanos 9.25,26.
2. Simão, o curtidor. Lucas mostra que Pedro ficou hospedado muitos dias na casa de seu xará "Simão, o curtidor" (At 9.43). Esta profissão era considerada impura pelos judeus, e até dava a permissão à mulher de pedir o divórcio ao marido, uma vez que ela não tinha esse direito na legislação judaica, exceto em casos extremos como esse. Isso mostra que Pedro já tinha uma visão muito além sobre essa questão.
3. A purificação. DEUS se revelou a Cornélio, mandando-o que chamasse a Pedro. Apesar dessa visão preliminar, este apóstolo ainda precisava ouvir mais do Senhor, pois a barreira transcultural era muito forte, para ser quebrada momentaneamente.
Por isso, a visão do lençol com toda a sorte de animais mostrava a Pedro que a mensagem do Evangelho devia ser levada aos gentios. Os judeus são escrupulosos ao extremo no kashrut (leis dietéticas judaicas observadas até hoje com relação aos alimentos considerados puros e impuros).
4. Pedro na casa de Cornélio. Pedro partiu com eles para Cesaréia, pois Cornélio já estava com seus familiares e amigos à sua espera, ávido pela Palavra de DEUS. O apóstolo anunciou a JESUS e todos os presentes receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO, enquanto a mensagem era pregada. O mesmo que aconteceu no dia de Pentecoste e em Samaria, agora estava se sucedendo na casa de um gentio, confirmando, dessa forma, a manifestação divina, bem como a sua aprovação da visita do ex-pescador a casa do centurião.
Esta passagem mostra como DEUS trata o ser humano, independemente de sua raça, posição social e nacionalidade. O Senhor busca os fiéis. O objetivo desse relato é mostrar que sempre esteve no plano divino salvar todos os homens (I Tm 2.4).
5. O batismo no ESPÍRITO SANTO. Se não fosse a descida do ESPÍRITO SANTO, na casa de Cornélio, certamente Pedro estaria em dificuldades, para se justificar diante de seus companheiros, os demais apóstolos, sua visita a um gentio, sendo seu hóspede e sentando à mesa com ele, o que não era permitido aos judeus.
Pedro contou toda a história de como o Senhor conduziu todo esse trabalho, mas parece que os apóstolos não estavam convencidos. Quando ele falou que todos os presentes na casa de Cornélio receberam o ESPÍRITO SANTO, como eles no dia de Pentecoste, não tiveram mais dúvidas de que o Evangelho era também para os gentios (At 11.15-18).
CONCLUSÃO
JESUS disse que "o campo é o mundo" (Mt 13.38); "Ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6). O apóstolo Paulo declara que a raça humana está condenada (Rm 3.23). Diante disso, concluímos que a evangelização não é urna alternativa, mas urna questão de vida ou morte.
O campo não é a minha cidade e nem a sua, nem o meu Estado e muito menos o seu, e nem o nosso Brasil, mas o mundo!.
ENSINAMENTOS PRÁTICOS
1. DEUS não faz acepção de pessoas. Por isso, ama todo o ser humano, sem se importar com a sua procedência racial: amarela, branca ou escura. O importante é que cada um reconheça a sua condição de pecador, aceite a JESUS como Salvador. e reserve, por este intermédio, a sua salvação eterna.
2. Cornélio foi o primeiro gentio a se converter a CRISTO. Enquanto Pedro, que visitou a casa deste general, por ordem divina, pregava-lhe o Evangelho, o ESPÍRITO SANTO foi derramado profusamente sobre todos os que se encontravam naquela residência. Então o apóstolo entendeu que a salvação era para todos e não só para os judeus
3. Desde aquele momento em que Cornélio, seus familiares, criados e amigos se converteram a CRISTO, o Evangelho é pregado maciçamente a todos os povos. E o resultado está patente aos nossos olhos. Milhões de gentios têm aceitado a JESUS como Salvador de suas almas, como prova de que a salvação era para eles também.
Atos - Introdução e Comentário - I. Howard Marshall - Série Cultura Bíblica - edições 1985,1988, 1991, 1999 e 2001 - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - SP
Atos 10.44. A referência de Pedro , no v. 43. a todo quanto nEle crê não precisa referir-se a mais do que "Todo quanto em Israel nEle crê", mas, tendo em vista os vv. 34-35, o significado deve provavelmente ser mais lato. De qualquer forma, antes de ele ter oportunidade para dizer qualquer coisa a mais, o ESPÍRITO SANTO sobreveio àqueles que ouviram a mensagem. Visto que, noutros trechos, o dom do ESPÍRITO veio a pessoas que se arrependem e crêem (cf. 11 :17-18), a implicação é dupla: em primeiro lugar, que os gentios presentes corresponderam à mensagem mediante a fé; e, em segundo lugar, que DEUS os aceitou e selou a sua fé com o dom do ESPÍRITO. Uma vez que os gentios receberam uma oportunidade para ouvir a mensagem, corresponderam, e DEUS os recebeu. Este versículo marca o fim do particularismo religioso.
4546a. Agora, os companheiros de Pedro desempenham seu papel na história. Não se sabe se Pedro ficou surpreso com aquilo que aconteceu, mas certamente os companheiros ficaram. Uma coisa foi pregar aos gentios; outra bem diferente foi ver o sermão interrompido por sinais claros da sua conversão e do seu recebimento do dom de DEUS. Não poderia haver erro a respeito daquilo que acontecera. Assim como os primeiros crentes judeus receberam o ESPÍRITO e louvaram a DEUS em outras línguas no dia do Pentecoste, assim também agora estes gentios receberam dádiva idêntica da parte de DEUS. Não se pode dizer com certeza se o dom de línguas era o acompanhamento inevitável da vinda do ESPÍRITO; o fato de que se menciona tão infreqüente mente e de que Paulo pensa nele como dom especial não outorgado a todos os membros da igreja indicam que não era um sinal invariável da conversão. O recebimento da dádiva nesta ocasião ressaltava a conversão dos gentios de modo contrário a qualquer dúvida. (É verdade que há a possibilidade de simular o dom de línguas; mas não é tão fácil falsificar o genuíno louvor a DEUS. O contexto inteiro contraria qualquer possibilidade de engano). Os gentios, libertados da sua inferioridade religiosa, não sentiriam um calor estranho no seu coração, a ponto de expressarem as suas emoções de modo fora do comum?
46b48. Se DEUS já dera as boas-vindas aos gentios, só faltava a igreja fazer o mesmo. O batismo viera a ser o sinal externo de recebimento entre o povo de DEUS. Era o sinal da purificação do pecado, e, assim, do perdão (2:38), mas, ao mesmo tempo, era visto como acompanhamento externo e sinal de ser interiormente batizado no ESPÍRITO SANTO; este último não substituía o batismo na água. Visto que os gentios já tinham sido batizados no ESPÍRITO SANTO, seguia-se que eram elegíveis para serem batizados na água. Assim, Pedro postulou sua pergunta aos cristãos judeus que o acompanharam, como representantes da igreja. É possível que o emprego do verbo recusar (também empregado em 8:36 com referência ao eunuco etíope) reflita uma frase estereotipada empregada no batismo. Não se levantou objeção alguma, e, assim, Pedro mandou que os convertidos fossem batizados. Embora Bruce (Atos, pág. 228) pense que há referência a uma ordem aos convertidos ("Sejais batizados"'; cf. 2:38; 22:16), é talvez mais provável que a ordem fosse dirigi da aos demais cristãos presentes no sentido de realizarem o rito. Podemos comparar como Paulo, também, usualmente não realizava batismos pessoalmente, embora fosse o fundador-evangelista da igreja em Corinto (I Co I :14-17); não era necessário que o batismo fosse levado a efeito por um apóstolo. Além disto, pode-se notar que a narrativa não dá a entender que Cornélio ou seus amigos fossem circuncidados; na realidade, positivamente exclui tal coisa (cf. 11 :3). Finalmente, a nova comunhão na igreja entre os judeus e os gentios foi firmada através da permanência de Pedro com Cornélio durante alguns dias. Ao mesmo tempo, esse intervalo permitiu que notícias do ocorrido chegassem a Jerusalém antes de o próprio Pedro voltar para lá.
11 :1. A história da conversão de Cornélio seria incompleta do ponto de vista de Lucas sem o acréscimo da quarta cena, na qual se descrevem os efeitos do incidente sobre a igreja. Lucas se ocupa com os apóstolos como líderes da igreja, e com os irmãos como seus membros comuns (1:15), e fala da" igreja na Judéia (8:1; 9:31), que consistia do grupo em Jerusalém juntamente com os cristãos espalhados nas circunvizinhanças. A reação destes cristãos judaicos à resposta que os gentios deram ao evangelho seria da máxima importância para o futuro.
2-3. Foi, portanto, o "partido da circuncisão" que questionou Pedro acerca daquilo que acontecera, tão logo voltou a Jerusalém. Literalmente, a frase grega é os que eram da circuncisão, Lê, "os judeus de nascença" (NEB). Não há sugestão de que havia um "partido" distinto na igreja nesta etapa, especialmente antes de a questão da circuncisão ter surgido ao ponto de levar as pessoas a tomar partido quanto a ela. Mesmo assim, séculos de praxe judaica os levaram a criticar aquilo que, segundo os relatos, Pedro fizera, especialmente no tocante ao seu comer junto com os gentios. Embora os gentios houvessem sido convertidos, ainda existia o problema. Se os cristãos judaicos se sentiam obrigados pelas leis judaicas acerca do alimento, não poderia haver contato com cristãos gentios (nem contato com gentios não-cristãos) a não ser que os gentios fossem circuncidados e passassem eles mesmos a observar as leis judaicas acerca dos alimentos. Que este problema não era fruto da imaginação de Lucas vê-se pelo modo de o problema ainda estar vivo na ocasião do incidente relatado em Gálatas 2:11-14 (quando até mesmo Pedro voltou-se contra a sua praxe anterior). Por detrás do forte sentimento dos cristãos judaicos talvez tenha havido o medo de que, se cessassem de seguir a praxe do judaísmo, seriam atacados pelos seus compatriotas judeus, assim como aconteceu com Estêvão e seus companheiros. A situação, portanto, é perfeitamente plausível, e não há razão para compartilhar do ceticismo de Dibelius (págs. 109-121) que contesta que o problema de comer juntamente com os gentios desempenhasse qualquer papel na história original.
4-17. A reação de Pedro diante da pergunta foi contar a história inteira por ordem (para esta frase final, cf. Lc 1 :3), crendo que, depois de ela ser devidamente ouvida (ao invés dos relatórios fragmentários e possivelmente confusos que já haviam sido recebidos) forçosamente os interlocutores perceberiam que DEUS levara Pedro a esta ação. Assim, a narrativa é repetida, com poucas diferenças significantes da narrativa anterior, a não ser que é abreviada, e contada na primeira pessoa do ponto de vista de Pedro.
O relato naturalmente começa com a experiência do próprio Pedro, mais do que com aquela de Cornélio, e descreve como entrou em êxtase enquanto orava, e viu a visão do lençol que foi sendo baixado do céu, cheio de vários seres viventes (o relato aqui inclui "feras", Lê, animais selvagens, juntamente com os demais mencionados anteriormente). A narrativa da conversação entre a voz celestial e Pedro é repetida sem variação significante. Imediatamente após o sonho, três homens chegaram para convidar Pedro a ir para Cesaréia, e Pedro ouviu uma mensagem do ESPÍRITO que o mandou acompanhá-Ios sem hesitar, ou "sem fazer distinção (ver 10:17-20), i.é, sem tratá-Ios diferentemente dos judeus. Juntamente com seus seis amigos,. portanto, foi para a casa daquele homem; o homem, naturalmente, é Cornélio, e seu nome não é mencionado, pois tanto os ouvintes de Pedro (que já sabiam algo acerca da história) quanto os leitores de Lucas saberiam a quem se referia. Devemos, portanto, discordar da declaração de Hilenchen (pág. 355) de que a narrativa não faria sentido aos ouvintes de Pedro. Da mesma forma, não há motivos para ver quaisquer "auto-contradições de vulto" entre os dois relatos. Haenchen vê semelhante contradição no fato de que, no v. 11, os seis cristãos judaicos de Jope já estão na casa de Simão, o curtidor na chegada dos mensageiros de Cornélio; o detalhe é, de qualquer forma, absurdamente trivial, mas nada no capítulo 10 comprova que os homens não estavam na casa naquela ocasião. No v. 13 Cornélio relata brevemente como vira o anjo, modo de narração que, mais uma vez, visa os leitores de Lucas, e não precisa significar que Pedro falou de modo ininteligível aos seus ouvintes. É somente aqui, porém, que ficamos sabendo que a mensagem angelical prometeu a Cornélio que ouviria uma mensagem que explica como ele poderia ser salvo, juntamente com os da sua casa (v. 1;4). Este pormenor explica as declarações de Cornélio em 10:22, 33. O anjo emprega a linguagem dos pregadores cristãos primitivos quando fala em ser salvo, mas esta fraseologia já era conhecida no Antigo Testamento, e não causaria dificuldade alguma a judeus ou prosélitos. Outra dificuldade tem sido vista na declaração de Pedro de que o ESPÍRITO SANTO caiu sobre os ouvintes quando comecei a falar, ao passo que no capítulo 10 já tinha pregado por algum tempo antes de qualquer coisa acontecer. Esta dificuldade, também, é só na aparência. A razão de ser da declaração de Pedro é que não tinha terminado o que queria dizer, e a força do verbo "começar" não pode ser levada muito longe no grego hebraizado.
O comentário de Pedro ressalta que a experiência dos convertidos gentios fora a mesma que a daqueles que receberam originalmente o ESPÍRITO no principio, i.é, no dia de Pentecoste. É significativo que ele compara a experiência dos gentios com aquela do grupo no cenáculo, e não com aquela dos primeiros convertidos do judaísmo: nada há que possa sugerir uma posição de "cidadão de segunda classe" para os gentios. Além disto, Pedro vê na experiência dos gentios um cumprimento do dito de JESUS em 1:5, quando relembrou Seus discípulos de que, embora João batizara com água, eles seriam batizados com o ESPÍRITO SANTO. Duas coisas se deduziram desta lembrança. A primeira foi que quando os gentios receberam o ESPÍRITO, foram batizados no ESPÍRITO (quanto ao significado deste termo, ver 1 :5), sendo que a experiência é idêntica àquela do Pentecoste, que foi o primeiro cumprimento da profecia de JESUS. Em segundo lugar, se os gentios já foram batiza dos no ESPÍRITO, então, muito mais, eram elegíveis para serem batiza dos com água. Esta dedução talvez não pareça imediatamente óbvia, sendo que a declaração no v. 16 (cf. 1 :5) parece fazer um contraste entre o batismo com água e o batismo no ESPÍRITO; mas é provável que a expressão queira dizer: "João batizava (meramente) com água, mas vós sereis batizados (não somente com água mas também) com o ESPÍRITO SANTO".122 A igreja, que batizava com água, era, portanto, compelida a batizar os gentios que creram; doutra forma, serviria como empecilho para a vontade de DEUS ser cumprida. Emerge, incidentalmente, desta declaração que Pedro toma por certo que o ESPÍRITO é dado aqueles que crêem no Senhor JESUS CRISTO; o batismo com água é dado como resposta à confissão da fé e, embora o derramamento do ESPÍRITO fosse a evidência de que estava presente a fé, é provável que o batismo dos gentios incluísse a sua confissão de fé.
18. O argumento de Pedro comprovou-se convincente. Não somente foi silenciada a crítica que se iniciara, como também os ouvintes expressavam louvor a DEUS por que concedera aos gentios, e não somente aos judeus, a oportunidade de se arrependerem dos seus pecados e, assim, de obterem a vida eterna (5 :20; 13:46, 48). Esta oportunidade foi forneci da na pregação do evangelho.
O argumento de Pedro implicitamente asseverava que os gentios eram membros de pleno direito da igreja e, portanto, que a circuncisão e a guarda da lei eram desnecessárias para a salvação. Incluía, outrossim, a implicação mais lata de que a distinção judaica entre comidas e pessoas puras e impuras era obsoleta. Esta idéia, porém, seria como um abalo do mundo para os judeus, e não seria aceita sem muita perscrutação do coração e controvérsia. Lucas não aborda imediatamente este tema, e não sabemos até que ponto foram imediatamente percebidas as plenas implicações da ação de Pedro. Conforme demonstrará a seção seguinte de Atos, a iniciativa na missão aos gentios passou para a Antioquia, e não fica claro até que ponto a igreja em Jerusalém estava disposta a seguir nos passos de Pedro. Não devemos entender v. 18 no sentido de subentender que a igreja em Jerusalém imediatamente entrou zelosamente numa missão aos gentios; na realidade, parece nunca ter feito assim e, como resultado, perdeu sua importância no decorrer do tempo.
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O ESPÍRITO SANTO na conversão - a casa de Cornélio
O apóstolo Pedro, ao pregar o Evangelho à casa de Cornélio, fez um grande e revolucionário passo na obra de DEUS. Havia gentios na Igreja antes disso, mas entraram pela porta do judaísmo. Isso é, eram gentios convertidos ao judaísmo antes de aceitarem a CRISTO. DEUS, para conservar Seu povo santo, mandou que Seus filhos se guardassem separados das nações. Mas nunca desejava que Israel se mostrasse orgulhoso, odiando os povos de outras nações. Quando o Senhor chamou a Abraão, o primeiro hebreu, chamou-o para que fosse uma bênção a todas as nações, Gn 12.1-3. Isso se vê claramente, tanto na história de Rute, como na de Jonas. E CRISTO ordenara que Seus discípulos pregassem o Evangelho a "todas as nações" (Mt 28.19), "a toda a criatura" (Mc 16.15), "até aos confins da terra" (Atos 1.8). Mas foi um profundo "mistério", uma grande surpresa, mesmo aos próprios apóstolos, "que os gentios são co-herdeiros, e do mesmo corpo, e participantes da promessa em CRISTO pelo Evangelho", Ef 3.3,6.
Cesaréia (v.l): Era a capital romana da Palestina, onde residia o governador com o grosso das tropas italianas.
Centurião (v. 1 ): Comandante de cem homens, na milícia romana. Cornélio em caráter, era muito parecido a um outro centurião, mencionado em Lc 7.4,5. Observem-se as cinco virtudes gloriosas da vida de Cornélio:
1) Piedoso (v.2): "Cheio de religião" (Versão Figueiredo), porém somente um prosélito do judaísmo, no qual não achou o que sua alma anelava. Ou, é provável, que Cornélio estava a ponto de se submeter às formalidades necessárias para ser aceito como prosélito ao judaísmo. Assim procurava de DEUS direção e sabedoria para alcançar verdadeira certeza e paz na alma.
2) Temente a DEUS com toda a sua casa (v.2): Cornélio tinha a coragem de servir a DEUS em um ambiente muito difícil. Era sincero e fervoroso até o ponto de todos os membros de sua família, e mesmo seus servos e amigos, seguiram no mesmo caminho. (Vede vv.7 e 24).
3) Fazia muitas esmolas (v.2): Não era tão religioso que se esquecia do próximo, nem como muitos que se enganam, confiando em boas obras para salvar-se. Não fazia esmolas movido por uma superstição de que assim seria feliz, mas porque temia a DEUS.
4) De contínuo orava a DEUS (v.2): O que pedia em oração? (Vede Atos 11.14).
Deve ser que desejava a certeza de salvação. Queria o que a sinagoga não podia dar.
Há grande número de exemplos nas Escrituras dos três juntos: (a) grande peso ou anelo de espírito, (b) oração e (c) visão.(Vede um exemplo desses três juntos em Dn 9.1-22).
5) Tem bom testemunho de toda a nação dos judeus (v.22): Apesar da inimizade entre os judeus e os romanos, estes dominando e oprimindo aquele, Cornélio tinha o favor dos judeus. Ele não era apenas um grande homem, era também, um bom homem. Os dois característicos raramente vão juntos. Mas os dois juntos aumentam mutuamente a glória um do outro; a bondade dá uma glória à grandeza, a grandezas aumenta a esfera do serviço da bondade.
É surpreendente notar o caráter do eunuco, de Saulo de Tarso e de Cornélio. Apesar de serem piedosos e fervorosos na sua religião, careciam da salvação que se encontra somente em CRISTO. A igreja nunca deve aceitar, como membros, os que não renasceram, apesar de viverem irrepreensivelmente, "Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de DEUS",João 3.3. (Compare Atos 11.14 e 10.36-43) .
Viu claramente em visão (v.3): A visão de Cornélio não era um sonho (compare 1 Reis 3.5-15), nem um êxtase (v.10), mas o que viu com os próprios olhos, quando bem acordado. Reconheceu pelo aspecto do visitante que não era um ser humano, mas um mensageiro enviado do céu.
DEUS revela as coisas mais gloriosas aos que perseveram em oração. Aos humildes que buscam o Senhor de coração, Ele abre os tesouros da Sua graça.
As tuas orações e as tuas esmolas... (v.4): Os que oram sinceramente, dão esmolas. "Dai antes esmolas do que tiverdes e eis que tudo vos será limpo", Lc 11.41. (Vede 1s 58.6,7).
Têm subido para memória, diante de DEUS (v.4): Cornélio orava e dava esmolas, não como os fariseus, para ser visto dos homens, e o anjo lhe informou que essas orações e esmolas tinham subido para memória, diante de DEUS. (Compare Ap 5.8; 8.3,4).
Manda chamar a Simão... Pedro (v.5): O anjo diante de Cornélio não lhe informou o que devia fazer. Foi necessário mandar chamar um homem, pois a obra de anunciar o Evangelho foi dada, não aos anjos, mas aos redimidos.
Havia outros pregadores perto (cap. 8.40), mas Cornélio devia mandar buscar a Pedro porque foi a esse que DEUS entregara as chaves e designara que fosse ele que abrisse a porta aos gentios, como o fizera aos judeus no Pentecostes. (Compare Mt 16.19 e Atos 2.14).
CORNÉLIO MANDA CHAMAR PEDRO, 10.7,8.
10.7 "E, retirando-se o anjo que lhe falava, chamou dois dos seus criados e a um piedoso soldado dos que estavam ao seu serviço.
8 "E, havendo-lhes contado tudo, os enviou a Jope.
Grande foi a prova; este centurião devia mandar chamar um judeu desconhecido, talvez sem instrução, mas por certo um homem sem distinção nem recursos, porque se achava hospedado em casa de um curtidor! Cornélio, porém, não vacilou; apesar de já ir muito tarde o dia (v.3), enviou imediatamente os três mensageiros, sem fazer questão. É imprescindível agir sem vacilar em tudo que pertença a nossa alma.
Subiu Pedro (l() terraço para orar (v.9): Pedro não apenas proclamava a Palavra, instando, houvesse ou deixasse de haver oportunidade, esforçava-se, também, em oração. Subiu ao eirado, onde, talvez, escondido atrás do parapeito da casa, podia orar a sós. Foi "enquanto lhe preparavam" algo para comer, v.10. Os que conhecem a delícia de ficar na presença de DEUS em oração, nunca se sentem aborrecidos por falta de um passatempo terrestre. Pedro orava "à hora sexta" (v.9), isto é, ao meio dia, indicando que seguia o exemplo de Davi, que clamava a DEUS "de tarde, e de manhã e ao meio dia", SI 55.17. Se é demais passar o tempo sem comer ao meio dia, quanto mais sem renovar a nossa alma ao meio dia. Enquanto se preparava o almoço, Pedro orava. Queria saber, talvez, onde devia ir anunciar CRISTO.
Cornélio e Pedro estavam separados um do outro em posição social, ofício, em nacionalidade e por distância. Ambos, porém, oravam e o resultado das suas orações foi um avivamento espiritual que demoliu todas as barreiras entre os judeus e os gentios. Por meio de orações penitentes e sinceras desaparecem as divisões que perturbam a humanidade. Quanto mais perto de DEUS, tanto mais perto chegamos uns dos outros.
Sobreveio-lhe um arrebatamento de sentidos (v. 10) : Compare o êxtase de Pedro, nesta ocasião, ao arrebatamento de Paulo (2 Co 12.2,3), ao profundo sono, no horror de grandes trevas, que caiu sobre Abraão (Gn 15.12), ao êxtase de Paulo quando orava no templo (Atos 22.17), e à experiência de João quando se achava no ESPÍRITO, Ap 4.2.
Um vaso, como se fosse um grande lençol (v. 11 ): Era símbolo do mundo.
De quatro pontas (v. lI): DEUS quer ajuntar o Seu povo dos quatro cantos da terra. Todos animais (v.12): Todos os povos do mundo, os cultos e os incultos, os bons e os maus...
Não faças tu comum ao que DEUS purificou (v.15): Aquele que fez a lei podia anulá-Ia, quando e como quisesse. O que Pedro aprendeu da visão: 1) Que chegara a época para os gentios entrarem na Igreja, vv.17-20. 2) Que começara uma nova dispensação na qual DEUS não reconhece diferença entre os judeus e gentios, v.28. 3) Que era o vontade de DEUS que os crentes judaicos entrassem nas casas dos gentios para ter comunhão com eles e comer, v.27; capo 11.2,3,4. Que a lei do Velho Testamento, acerca dos alimentos, foi abolida, mesmo como todas as outras leis que levantassem barreira entre os judeus e gentios. Ef 2.13-16; Atos 15.1,10,11,20,28,29.
Quando deixamos de julgar qualquer homem impuro ou imundo (v.28), então reconhecemos que CRISTO morreu por todos os homens, e assim fica completamente transformada a nossa concepção dos povos mais desprezados (por exemplo, os selvagens) e a nossa relação para com eles.
Por três vezes (v.16): Como o sonho de Faraó foi duplicado, assim a visão do grande lençol cheio de toda espécie de animais foi triplicada a Pedro, "porque esta coisa é determinada de DEUS", Gn 41.32.
PEDRO RECEBE OS MENSAGEIROS DE CORNÉLIO, 10.17-22.
Pensando Pedro naquela visão (v.18): Os que anelam saber a vontade de DEUS têm de meditar no que Ele diz. Se quisermos compreender as Escrituras, devemos meditar nelas de dia e de noite.
Levanta-te... (v.20): Os que anelam saber a vontade de DEUS não devem continuar para sempre com os olhos fitos nas Escrituras, nem para sempre orando. DEUS nos diz, como disse à beira do mar Vermelho: "Por que clamas a mim? dize aos filhos de Israel que marchem", Êx 14.15.
Foram com ele alguns irmãos de Jope (v.23): O grupo que viajou de Jope à casa de Cornélio, em Cesaréia, consistia de dez homens: os três enviados de Jope (v.7), os seis que Pedro levou consigo (cap. 11.12), e o próprio apóstolo Pedro. Vê-se nisso o cuidado, a admiração e a perplexidade de Pedro no maravilhoso passo de levar a Mensagem aos gentios.
Tendo já convidado os seus parentes (v.24): Convém-nos seguir o exemplo de Cornélio. Pedro ao chegar a Cesaréia, encontrou um bom auditório de almas sedentas e famintas para ouvirem a Mensagem de Salvação pela primeira vez.
Não é lícito a um varão judeu a juntar-se ou chegar-se a um estrangeiro (v.28): Lembremo-nos sempre de que isso não foi a lei de DEUS mas o decreto dos que dominavam o povo de DEUS. Estes não proibiam que conversassem com os gentios, nem de negociar com eles nas praças, mas somente que não comessem com eles, nem entrassem nas casas deles.
Este vibrante sermão é resumido para nós em pouco mais de duzentas palavras. O tema, como no primeiro discurso de Pedro (cap. 2.14-41) é a salvação pe. O sermão inclui o batismo de João, a obra de JESUS de Nazaré, libertando os oprimidos do diabo, a Sua morte na cruz, Sua ressurreição com incontestáveis provas, Sua vinda novamente como juiz dos vivos e dos mortos, Sua oferta de salvação a todos os que crêem. Ao discurso não falta coisa alguma; tudo está completo e ardendo com o amor de CRISTO.
DEUS ungiu a JESUS de Nazaré com o ESPÍRITO SANTO (v.38): Compare Mt 3.16. 1) Ungiu refere-se ao costume divino, do Velho Testamento, de ungir líderes chamados por DEUS, com óleo, como símbolo de autoridade necessária para o seu ministério. O óleo é símbolo de fertilidade, utilidade, vida perenal e de formosura. Igualmente o crente ungido com o ESPÍRITO tem tudo isso. 2) DEUS ungiu a JESUS... com virtude (v.38): Não somente falava do poder, também o manifestava. De vez em quando um pregador dá lugar para o ESPÍRITO SANTO fazer o que os outros só falam de deixá-Lo fazer, e há logo um verdadeiro avivamento. 3) Foi ungido para servir: Andou fazendo bem (v.38): Era o servo de Jeová, Is 42.1; 52.13; 53.11; compare Lc 22.27. Quando pediram ao general Booth, do Exército da Salvação, uma saudação para o mundo inteiro, respondeu com uma só palavra: "Outros", isto é, o próximo. 4) Foi ungido para destruir as obras de Satanás: Curando a todos... (v.38): Nota-se o
contraste entre CRISTO e Satanás: O diabo anda em redor... como leão rugindo, buscando a quem possa devorar, 1 Pe 5.8. JESUS durante os três anos e meio do Seu ministério andou por toda a parte desfazendo as obras de Satanás, Lc 13.16; Hb 2.14,15; l João 3.8; Lc 4.18.
Dizendo Pedro ainda estas palavras (v.44): O ESPÍRITO SANTO desceu sobre todos antes de o pregador conseguir fazer o apelo. Todo o que nEle crê, recebe remissão de pecados; os ouvintes sentiam grande fome e creram com todo o coração, alma e força, Rm 10.17. O resultado foi que o coração foi purificado pela fé (Atos 15.8,9) e foram batizados no ESPÍRITO SANTO.
Porque os ouviam.falar línguas, e magnificar a DEUS (v.46): A lei exigia só "duas ou três testemunhas" (2 Co 13.1), mas Pedro, para entrar em casa de gentio para pregar, levou consigo seis! (Vede capo 11.12). Note-se bem o que foi que tirou toda a dúvida destes judeus endurecidos: "Porque ouviam falar outras línguas e magnificar a DEUS." A palavra "porque" nesta passagem mostra que na Igreja Primitiva, o falar em línguas era prova do batismo no ESPÍRITO.
Pode alguém porventura recusar.. (v.48): Vê-se nisto a importância do batismo nas águas. Até pessoas já batizadas no ESPÍRITO SANTO deviam obedecer à ordenança do batismo nas águas.
INTERAÇÃO
DEUS seja louvado pela sua iniciativa em prover, quer da perspectiva passada, presente ou futura, graciosamente a salvação. DEUS tem de ser louvado, porque nEle surge uma nova comunidade que essencialmente derruba a antiga barreira racial existente entre judeus e gentios. Esse acontecimento ocorre no contexto cuja vontade soberana de DEUS é exercida. Busquemos em DEUS, no exemplo de seu Filho JESUS CRISTO e na força do ESPÍRITO SANTO, uma vida autenticamente cristã onde não haja barreira para os relacionamentos com os irmãos em CRISTO, que são "a Igreja de DEUS". Uma excelente e abençoada aula!
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer a origem dos gentios no Antigo Testamento.
Aplicar a missão e a salvação entre os gentios nos Evangelhos e nos Atos dos apóstolos.
Conscientizar-se que judeus e gentios formam a Igreja mediante a cruz..
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, sugerimos que você utilize o quadro abaixo ao introduzir o terceiro tópico. Procure abordar a divisão da humanidade entre judeus e gentios antes do evento vicário de JESUS. Destaque que após o acontecimento do sacrifício de CRISTO JESUS, a barreira entre judeus e gentios, foi demolida. Conclua explicando que a constituição natural da Igreja prevê a reunião de judeus e gentios. Boa aula!
OS JUDEUS E OS GENTIOS ANTES E DEPOIS DA CRUZ DE CRISTO
ANTES DEPOIS
A Humanidade, para os judeus, dividia-se em duas raças: os judeus, e todo o resto da humanidade, os gentios;
Os gentios estavam separados de todos os privilégios concedidos aos judeus por DEUS (Ef. 2.11-13);
A antiga religião judaica representava uma grande barreira aos gentios. A Humanidade passa ser dividida em três povos: Judeus, Gentios e Igreja (Judeus e Gentios - 1 Co 10.32);
Em CRISTO,judeus e gentios estão "perto", não há parede;
A antiga religião judaica não representa mais barreira aos gentios.
RESUMO DA LIÇÃO 10- O EVANGELHO PROPAGA-SE ENTRE OS GENTIOS
INTRODUÇÃO
DEUS não faz acepção de pessoas (At 10.34).
I. OS GENTIOS NO ANTIGO TESTAMENTO
A DEUS não restou outra alternativa senão destruir a primeira civilização através de um dilúvio universal (Gn 6 - 9).
1. Um novo começo com Noé.
2. A exclusividade dos descendentes de Abraão (Gn 15.5.6).
II. OS GENTIOS EM O NOVO TESTAMENTO
1. Nos Evangelhos.
2. Nos Atos dos Apóstolos.
3. Missão e Salvação entre os Gentios.
III- JUDEUS E GENTIOS UNIDOS POR DEUS MEDIANTE A CRUZ
1. A Igreja de DEUS.
2. Expansão da igreja entre os gentios.
CONCLUSÃO
A evangelização dos povos é o maior desafio da igreja moderna. A responsabilidade é nossa.
SINOPSE DO TÓPICO (1) A partir da eleição de Abraão, e sua descendência, as demais nações passaram a chamar-se gôyim-gentios.
SINOPSE DO TÓPICO (2) O Novo Testamento, através dos Evangelhos e dos Atos dos Apostellos, realça o amor de DEUS, não somente por Israel, mas por todos os povos
SINOPSE DO TÓPICO (3) Mediante a cruz, judeus e gentios foram feitos um, dando assim origem à Igreja.
VOCABULÁRIO
Cataclismo: Grande Inundação; dilúvio.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão CPAD, no 45, p. 41.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliográfico "Israel e a Igreja
Nos capítulos iniciais de Atos dos Apóstolos, a recepção judaica à mensagem do evangelho foi poderosa e inquietou os líderes judaicos. Mas, depois, iniciou-se a reação e a perseguição judaicas para que a Igreja se dispersasse. Em alguns locais, a mensagem foi tirada da sinagoga e oferecida diretamente aos gentios que responderam de forma favorável (At 13.46; 18.6; 28.28). Esse padrão híbrido de recepção judaica, perseguição e busca dos gentios foi comum, em especial, no ministério de Paulo. Os após tolos iniciaram na sinagoga, pois criam que a mensagem de CRISTO era também para os de Israel. As igrejas locais desenvolveram-se por necessidade de sobreviver em face da rejeição. Essas realidades fizeram com que Lucas, em Atos dos Apóstolos, falasse de forma reiterada sobre os mensageiros da Igreja 'se voltarem para os gentios' e 'advertirem Israel'. Esses temas, com freqüência, aparecem lado a lado e dominam o último terço do livro de Atos dos Apóstolos. Eles mostram que a Igreja não era Israel e que essa distinção tornou-se uma realidade do ponto de vista histórico" (ZUCK, Roy B. et aI. Teologia do Novo Testamento. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp.160-61).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
"A inclusão dos Gentios na Única e Nova Humanidade em CRISTO (Ef 2.13-18)
Paulo continua a descrever como a obra da redenção torna as pessoas um só povo em CRISTO. O verso 1 3 começa com duas frases importantes: r 'Mas, agora' que aparece em contraste com 'antes' (v. I I) e 'naquele tempo' (v.12); e 'em CRISTO JESUS', que aparece em contraste com 'sem CRISTO' (v. 1 2). Essas duas expressões enfatizam como a situação dos gentios seria drasticamente modificada, de estarem 'Ionge para chegarem 'perto'. Essa nova aproximação de DEUS é tanto 'em CRISTO JESUS' como 'pelo sangue de CRISTO'. Essa última se refere ao evento histórico da morte de JESUS na cruz; e a primeira está relacionada à conversão dos Infiéis e sua presente união com CRISTO. Os cinco versos seguintes explicam o que foi alcançado pela morte redentora de CRISTO na cruz.
Os versos 14-18 revelam o âmago da mensagem de reconciliação de Paulo, e como DEUS deu início ao seu eterno plano de reconciliação cósmica (embora não universal) (1.1 O). A palavra principal nessa passagem é paz, e ela aparece quatro vezes (w.14, 15, e duas vezes no verso 17).
O verso 14 começa com uma declaração enfática: 'Porque ele [CRISTO] é a nossa paz'. CRISTO, e somente CRISTO, nos deu a solução para esse problema que infesta a raça humana, isto é, a separação de DEUS e de outras pessoas. Ele é a Reconciliação do povo com DEUS e a Reconciliação das pessoas, umas com as outras. Assim, o evangelho torna.se uma mensagem de reconciliação (2 Co 5.17-21). Por causa de seu sangue redentor (2.14), nesse ponto de Efésios Paulo anuncia, em dois sentidos, o próprio CRISTO JESUS como sendo a 'nossa paz':
1) Como pecadores, Ele nos reconcilia com DEUS pela cruz (v. 16) e
2) Reconcilia grupos mutuamente hostis entre si (tais como judeus e gentios) e de ambos os povos faz um' (v. 14b; também w.15, 16, 17 e 18).
A reconciliação é o tema central desta passagem. Nada, a não ser o evangelho, poderá nos oferecer, genuinamente, a paz com DEUS (Rm 5.1), 'e nada, a não ser o evangelho, poderá remover as barreiras que dividem a humanidade em grupos hostis em sua própria época' (Bruce, 1961, 54). A paz entre judeus e gentios exigia a destruição da 'parede de separação que estava no meio' (v. 14c). Nenhuma distinção por cor, conflito étnico, separação por classes ou divisão política era mais absoluta que a barreira entre judeus e gentios no primeiro século d.C. Bruce acrescenta: 'O maior triunfo do evangelho na era apostólica foi que ele venceu essa antiga e longa desavença e permitiu que judeus e gentios se tornassem verdadeiramente um único povo em CRISTO'" (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.1219-20).
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 10- O EVANGELHO PROPAGA-SE ENTRE OS GENTIOS
RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 1º TRIMESTRE DE 2011
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas corretas e com "F" as falsas.
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"E os fiéis que eram da _______________________, todos quantos tinham vindo com ______________________, maravilharam-se de que o dom do ESPÍRITO SANTO se derramasse também sobre os __________________________" (At 10.45).
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
DEUS não faz ________________________ de pessoas, de nações ou de raças. É da vontade do Senhor que o _______________________ de JESUS CRISTO seu Filho, seja ______________________________ a todos os povos.
INTRODUÇÃO
3- Qual a mensagem proclamada pelos apóstolos de Nosso Senhor aos gentios?
( ) Ele ama a todos indistintamente e deseja a salvação de toda a humanidade, através de JESUS CRISTO.
( ) Criador de tudo quanto existe, a todos preserva pela sua bondade e justiça.
( ) DEUS não faz acepção de pessoas.
( ) A principal mensagem pregada pelos apóstolos, aos gentios, era a guarda da lei e dos dias santos.
( ) No Filho, todos somos amados pelo Pai, sem quaisquer distinções.
I. OS GENTIOS NO ANTIGO TESTAMENTO
4- Por que DEUS destruiu a primeira civilização através de um dilúvio universal (Gn 6 - 9)?
( ) Toda a humanidade descende de um único casal a quem DEUS formara segundo a sua imagem e semelhança.
( ) Embora criado santo, justo e bom para a glória do Senhor, o homem desobedeceu-lhe as ordens e veio a conhecer experimentalmente o pecado.
( ) DEUS queria perdoar todos os homens, então salvou-os pelas águas do dilúvio.
( ) Com a sua apostasia, fez com que a maldade tomasse conta do mundo.
5- Através de quem vieram a formarem-se as nações com as suas respectivas geografias (Gn 10 - 11)?
( ) Apenas Noé e a sua família salvaram-se daquele cataclismo.
( ) Por intermédio dos filhos do piedoso e santo patriarca: Jafé, Crow e Sem.
( ) Por intermédio dos filhos do piedoso e santo patriarca: Jafé, Cam e Sem.
6- Infelizmente, a humanidade porfiou em desobedecer a DEUS (Gn 11 .1-9). Qual a providência de DEUS para essa nova situação?
( ) Em meio a essa desolação espiritual e moral, DEUS santifica um descendente de Sem, Abraão, para que dele uma nova nação fosse formada.
( ) Em Abraão, fomos todos abençoados.
( ) DEUS chama também os descendentes de Jafé para com eles estabelecer uma aliança perpétua de salvação.
7- Qual a exclusividade dos descendentes de Abraão (Gn 15.5.6)?
( ) Ao chamar Abraão, o Senhor dá início à história de Israel.
( ) A aliança é somente deles e para eles, portanto eles são detentores de todas as melhores promessas.
( ) Seu propósito à nação judaica era torná-la uma propriedade peculiar, um reino sacerdotal e um povo santo.
( ) Ele constituiu nação judaica para que esta lhe fosse uma possessão distinta e particular, a fim de que, por seu intermédio, alcançasse os gentios.
( ) A partir de então, todas as demais etnias passaram a ser conhecidas como gõyim-gentios.
II. OS GENTIOS EM O NOVO TESTAMENTO
8- O Novo Testamento faz questão de realçar o amor de DEUS não somente por Israel, mas por todos os povos. Qual o texto mais famoso e decorado por todos, que comprova isso? Qual deveria ser a responsabilidade de Israel na salvação dos demais povos?
( ) 1 Tm 2.5 deixa isso bem claro.
( ) João 3.16 deixa isso bem claro.
( ) Não resta dúvida: a salvação vem dos judeus, mas não se restringe aos judeus, mas através dos judeus deve alcançar a todos os não-judeus.
9- Nos evangelhos há várias referências aos gentios (Mt 6.7,32; Mc 10.33; Lc 12.30; 18.32). Como são essas referências? Complete:
Descritos às vezes com certa reserva (Mt 20.19; Mc 10.33), são eles vistos como a grande ___________________ a ser alcançada pelos apóstolos que, no cumprimento da Grande Comissão, deixariam Jerusalém e a Judéia para evangelizar e ensinar todas as ____________________ (Mt 28.18-20). Aliás, Isaías já destacava a missão do CRISTO entre os gentios (Is 42.1-4). Durante o seu ministério terreno, o Senhor JESUS ______________________ alguns destes como a mulher ________________________ (Mt 15.21-28) e o __________________________ (Lc 7.1-10).
10- Onde é relatada a salvação dos gentios, nos Atos dos Apóstolos? Complete:
Embora Atos 1.8 estabeleça a obrigatoriedade da missão entre os gentios, somente no capítulo 9, e versículo 15, após a conversão de ________________________, é que se declara aberta e enfaticamente a evangelização das nações (ver At 13.44-47). A resistência inicial dos apóstolos em discipulá-Ios (At 10.9-16) é vencida quando ________________________, sua família e demais assistentes, recebem o batismo com o ESPÍRITO SANTO (At 1 0.44-48). O fato trouxe perplexidade no colégio _______________________ (At 11.1-3,18), mas após a apologia de _________________________ (At 11.4-1 7 ver 15.7-11), a Igreja glorificou a DEUS pelo fato de os gentios serem também objeto do amor de DEUS (At 10.45).
11- A Missão e Salvação entre os Gentios foi iniciada por quem e por quem foi continuada? Complete:
Se ___________________________, com o evangelho da circuncisão, é proeminente nos capítulos de 1 a 12 de Atos, nos capítulos de 13 a 28, destaca-se ________________________ com o evangelho da incircuncisão (GI 1.7). O primeiro diz respeito aos judeus, o segundo,gentios (At 13.44-47). Trata-se, porém, de um só evangelho - o evangelho de Nosso Senhor JESUS CRISTO. ________________________ estava consciente de que fora chamado por DEUS para anunciar o evangelho aos gentios (At 9.15), sem os entraves da lei (At 15.19,28,29; Rm 4.9-16). Em suas viagens missionárias, não foram poucos os gentios que se converteram ao Senhor (At 11 .1 ,1 8) e de bom grado ouviram a exposição da graça divina (At 13.42).
III- JUDEUS E GENTIOS UNIDOS POR DEUS MEDIANTE A CRUZ
12- Ao defender a difusão do Evangelho entre as nações, afirmou Pedro: "[...] DEUS visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome" (At 15.14). Quem é esse povo?
( ) Esse povo é formado por judeus convertidos ao judaísmo e ao cristianismo posteriormente.
( ) Esse povo é a Igreja formada por judeus e gentios em CRISTO.
( ) De ambos, fez Ele um só povo, derribando a parede de separação que estava no meio, e, pela cruz, reconciliou ambos com DEUS em um corpo.
( ) Dessa maneira, o ESPÍRITO SANTO revela a Paulo que os gentios não são mais estrangeiros (gôyim) e nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos, da família de DEUS, co-herdeiros e participantes da promessa em CRISTO pelo evangelho.
13- Como foi a expansão da igreja entre os gentios?
Através de suas _______________________ missionárias, ___________________________ propagou o evangelho entre os povos e culturas conhecidos naqueles dias (Rm 15.19,20). Em várias regiões, estabeleceu ele _______________________ constituídas notadamente por _________________________ (Rm 16.4).
CONCLUSÃO
14- Complete:
A evangelização dos povos é o maior desafio da __________________________ moderna. A responsabilidade é nossa. O Senhor confiou-nos a Grande __________________________ para que, sem remissões, alcancemos os confins da terra. Ele deseja que todos os ___________________________ sejam salvos.
15- Você sabia que muitos povos ainda não ouviram falar de JESUS? Como responderá você a esse grande desafio? Se o Senhor o chama à Obra Missionária, como você deve responder prontamente?
( ) Estou contribuindo financeiramente.
( ) Estou orando pelos missionários.
( ) "Eis-me aqui, Senhor. Envia-me a mim".
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - BÍBLIA de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
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Atos - Introdução e Comentário - I. Howard Marshall - Série Cultura Bíblica - edições 1985,1988, 1991, 1999 e 2001 - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - SP
Espada Cortante 2 - Orlando S. Boyer - CPAD - Rio de Janeiro - RJ
Revista CPAD - 3º Trimestre de 1996 - Atos - O padrão para a Igreja da Última Hora - Pr. Ezequias Soares - Lição 9 - O EVANGELHO CHEGA AOS GENTIOS - CPAD
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