Escrita Lição 8, Betel, Família, uma Obra em permanente construção, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
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EBD Revista
Editora Betel, 1° Trimestre De 2024, Tema: FAMILIA, UM PROJETO
DE DEUS – Moldando lares estruturados, saudáveis e estabelecendo um legado
de valores segundo a Bíblia Sagrada, Escola Bíblica Dominical
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- A FAMÍLIA É UMA
OBRA EM PROCESSO
1.1. O que foi
construído junto é mais sólido e de difícil desconstrução
1.2. No começo do
casamento não sabemos de quase nada
1.3. Não existe
casamento perfeito, porque somos imperfeitos
1.3. Não existe
casamento perfeito, porque somos imperfeitos
2- O CASAMENTO NÃO
PODE SER EXPERIMENTAL
2.1. O casamento
não pode ser descartável
2.2. O casamento
não pode ser volúvel
2.3. O casamento
não pode ser por conveniência.
3- O CASAMENTO É UM
APRENDIZADO CONSTANTE
3.1. A cultura
machista é prejudicial ao casamento
3.2. A cultura
feminista é prejudicial ao casamento
3.3. Aprenda a
aceitar o seu cônjuge e a amar a si mesmo
TEXTO ÁUREO
“Portanto, o que
Deus ajuntou, não o separe o homem.” Marcos 10.9
VERDADE APLICADA
A família é uma
construção permanente, que não se acha pronta, mas constrói-se com compreensão,
amor e carinho.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Mostrar que
a família é uma obra em processo
- Explicar que o casamento não pode ser experimental.
- Orientar que o casamento é um aprendizado constante.
TEXTOS DE
REFERÊNCIA - SALMO 128.1-6
1 Bem-aventurado
aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos.
2 Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.
3 A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus
filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.
4 Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor.
5 O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os
dias da tua vida.
6 E verás os filhos de seus filhos e a paz sobre Israel.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Sl
127 A segurança vem somente de Deus.
TERÇA – Mc 10.5-9 O que Deus ajuntou não separe o homem.
QUARTA – 1Co 13.1-7 Sem amor a vida não teria valor algum
QUINTA – 1Tm 3.11 As mulheres sejam respeitadas e fiéis.
SEXTA – Hb 13.4 Digno de honra entre todos seja o matrimônio.
SÁBADO – 1 Pe 3.7 O marido deve ser sábio no convívio com sua mulher.
HINOS SUGERIDOS: 4, 52, 107
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que as
famílias permaneçam fundamentadas na Rocha, que é CRISTO
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIOS EXTRAS
PARA A LIÇÃO
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 5, O Casamento é Para Sempre
Preciso muito da ajuda
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Escrita
https://ebdnatv.blogspot.com/2022/04/escrita-licao-5-o-casamento-e-para_25.html
Slides
https://ebdnatv.blogspot.com/2022/04/slides-licao-5-o-casamento-e-para.html
TEXTO ÁUREO
“Assim não são mais dois,
mas uma só carne. Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o homem.” (Mt 19.6)
VERDADE PRÁTICA
A vontade de DEUS para o casamento é que ele seja vitalício. Na continuidade do
Sermão do Monte, JESUS condena o adultério.
LEITURA DIÁRIA (Comentários da
BEP - CPAD - com algumas modificações do Pr. Henrique)
Segunda - Hb 13.4 O casamento deve ser honrado
13.4 VENERADO SEJA... O
MATRIMÔNIO. DEUS tem elevados padrões para seu povo, quanto ao casamento e à
sexualidade. PADRÕES DE MORALIDADE SEXUAL (VEJA ESTUDO ABAIXO)
Hb 13.4 “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém
aos que se dão à prostituição e aos adúlteros DEUS os julgará”.
O crente, antes de mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro (cf. 2Co
11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2).
A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda mácula da
lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e pensamentos que
incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos
matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de
qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de DEUS. Isso
abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em
“concupiscência” (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros,
como para os casados. No tocante ao ensino bíblico sobre a moral sexual.
Terça - Ml 2.15,16 O Senhor os fez um só
2.16 ABORRECE O REPÚDIO. DEUS
odeia o divórcio. Quem pratica o divórcio, assemelha-se "aquele que
encobre a violência com a sua veste". O divórcio, aos olhos de DEUS,
iguala-se à injustiça mais brutal, à crueldade e ao assassinato (ver Mt 19.9)
Mt 19.9 A NÃO SER POR CAUSA DE
PROSTITUIÇÃO. A vontade de DEUS para o casamento é que ele seja vitalício,
i.e., que cada cônjuge seja único até que a morte os separe (vv. 5,6; Mc
10.7-9; Gn 2.24; Ct 2.7; Ml 2.14). Neste particular, JESUS cita uma exceção, a
saber, a prostituição (gr. porneia), (era a descoberta por parte do marido
de que sua esposa não era mais virgem quando se casou com ele). Quando
um homem tomar mulher, e, entrando a ela, a aborrecer, e lhe imputar coisas
escandalosas, e contra ela divulgar má fama, dizendo: Tomei esta mulher e me
cheguei a ela, porém não a achei virgem; Deuteronômio 22:13,14
O divórcio, portanto, deve ser
permitido SOMENTE EM CASO DE PROSTITUIÇÃO DA MULHER ANTES DO CASAMENTO e o
marido se recusar a perdoar.
(1) Quando JESUS censura o divórcio em Mt 19.8,9, estava referindo-se à
separação por causa de prostituição da mulher antes do casamento, como
permitido no AT em casos de prostituição pré-nupcial, constatada pelo marido
após a cerimônia do casamento (Dt 24.1 - Quando o marido descobria que sua
noiva não era mais virgem). A vontade de DEUS em tais casos era que os dois
permanecessem juntos. Todavia, Ele permitiu o divórcio, por causa da prostituição
da mulher pré-nupcial, por causa da dureza de coração das pessoas que não
queriam perdoar(vv. 7,8).
JESUS foi categórico no
proibir o divórcio, exceto no caso de SEXO ANTES DO CASAMENTO POR PARTE DA
MULHER, COMO REGISTRADO NA LEI (prostituição, conforme Deuteronômio 22.13-21; 24.1-4).
(2) No caso de infidelidade
conjugal depois do casamento, o AT determinava a dissolução do casamento com a
execução das duas partes culpadas (Lv 20.10; Êx 20.14; Dt 22.22). Isto,
evidentemente, deixaria o cônjuge inocente livre para casar-se de novo (Rm 7.2;
1 Co 7.39).
(3) Sob a Nova Aliança, os
privilégios do crente não são menores. Vale também o caso de se descobrir que o
cônjuge não era mais virgem. O descrente pode desejar se apartar e o crente
deve permitir, mas, nesse caso, só poderá se casar com um crente depois (1 Co
7.27,28).
Quarta - Ef 5.33 O amor e o respeito no casamento
Assim também vós, cada um em
particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o
marido.
MARIDO... CABEÇA. DEUS
estabeleceu a família como a unidade básica da sociedade. Toda família
necessita de um dirigente. Por isso, DEUS atribuiu ao marido a responsabilidade
de ser cabeça da esposa e família (vv. 23-33; 6.4). Sua chefia deve ser
exercida com amor, mansidão e consideração pela esposa e família (vv. 25-30;
6.4). A responsabilidade do marido, que DEUS lhe deu, de ser "cabeça da
mulher" (v. 23) inclui: (1) provisão para as necessidades espirituais e
domésticas da família (vv. 23,24; Gn 3.16-19; 1 Tm 5.8); (2) o amor, a
proteção, a segurança e o interesse pelo bem-estar dela, da mesma maneira que
CRISTO ama a Igreja (vv. 25-33); (3) honra, compreensão, apreço e consideração
pela esposa (Cl 3.19; 1 Pe 3.7); (4) lealdade e fidelidade totais na vivência
conjugal (v. 31; Mt 5.27,28).
Quinta - Mc 7.21-22; Pv 4.23 Guarde o seu coração
7.21 DO CORAÇÃO DOS HOMENS.
Neste trecho, "contamina" (v.20) significa estar separado da vida,
salvação e comunhão de CRISTO por causa dos pecados que provêm do coração. Nas
Escrituras, "coração" é a totalidade do intelecto, da emoção, do
desejo e da volição do ser humano. Significa Alma. O coração impuro corrompe
nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações (Pv 4.23; Mt 12.34; 15.19). O
que necessitamos é um novo coração, transformado, feito segundo a imagem de
CRISTO (ver Lc 6.45).
Lc 6.45 SEU CORACÃO. Como
centro do ser humano, o coração determina sua conduta e deve ser mudado ou
convertido (ver Mt 7.20-23). Sem tal mudança interna, ninguém consegue fazer a
vontade de DEUS (cf. Jr 24.7; 31.33; 32.39; Ez 36.23,27; Mt 7.16-20; 12.33-35;
15.18,19; 21.43; Lc 1.17; Rm 6.17)
Sexta - Pv 6.32 O adúltero destrói a si mesmo.
6.32,33 O QUE ADULTERA... O
SEU OPRÓBRIO NUNCA SE APAGARÁ. O crente que cometer adultério, sofrerá aflição
e desonra; além disso, seu opróbrio nunca desaparecerá.
(1) O adultério é um pecado
grave e hediondo contra DEUS (2 Sm 12.9,10) e contra o cônjuge inocente que foi
enganado; a vergonha e a infâmia daquele pecado permanecem com a parte culpada
pela vida inteira. Embora a culpa do adultério possa ser perdoada mediante o
arrependimento, seu opróbrio permanecerá e suas cicatrizes nunca serão
totalmente removidas. Não é possível remediar completamente o dano feito (ver 2
Sm 12.10; 13.13,22; 1 Rs 15.5; Ne 13.26; Mt 1.6). Atinge a família, a empresa
onde trabalham, a escola, os filhos, as finanças, a saúde mental, o
distanciamento de DEUS.
(2) Por causa das
consequências terríveis e a longo prazo que o adultério acarreta a todos que o
praticam, devemos fugir de toda tentação e evitar qualquer relacionamento que
possa levar a esse pecado. Devemos orar para que o Senhor nos livre dessa tentação
(Mt 6.13) e lembrar-nos com sensatez, ao sermos tentados, das palavras das
Escrituras: "Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia"
(1 Co 10.12).
Sábado - Gl 5.16-17 Não satisfaça o desejo da carne
5.17 O ESPÍRITO... CONTRA A CARNE. O conflito espiritual interiormente no
crente envolve a totalidade da sua pessoa. Este conflito resulta ou numa
completa submissão às más inclinações da "carne", o que significa
voltar ao domínio do pecado; ou numa plena submissão à vontade do ESPÍRITO
SANTO, continuando o crente sob o senhorio de CRISTO (v. 16; Rm 8.4-14). O
campo de batalha está no próprio cristão, e o conflito continuará por toda a
vida terrena, visto que o crente por fim reinará com CRISTO (Rm 7.7-25; 2 Tm
2.12; Ap 12.11; ver Ef 6.11)
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 5.27-32
27 - Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. 28 - Eu
porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu
coração cometeu adultério com ela. 29 - Portanto, se o teu olho direito te
escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se
perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno. 30 -
E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti,
porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que todo o teu corpo
seja lançado no inferno. 31 - Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher,
que lhe dê carta de desquite. 32 - Eu, porém, vos digo que qualquer que
repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa
adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.
JESUS foi categórico no
proibir o divórcio, exceto no caso de SEXO ANTES DO CASAMENTO POR PARTE DA
MULHER, COMO REGISTRADO NA LEI (prostituição, conforme Deuteronômio 22.13-21; 24.1-4).
COMENTÁRIOS BEP - CPAD
5.28 ATENTAR NUMA MULHER PARA A COBIÇAR. Trata-se de cobiça carnal, ou
concupiscência (gr. epithumia). O que CRISTO condena aqui não é o pensamento
repentino que Satanás pode colocar na mente de uma pessoa, nem um desejo
impróprio que surge de repente. Trata-se, pelo contrário, de um pensamento ou
desejo errado, aprovado pela nossa vontade. É um desejo imoral que a pessoa
procurará realizar, caso surja a oportunidade. O desejo íntimo de prazer sexual
ilícito, imaginado e não resistido, é pecado. O diabo só assopra o que já está
no coração do homem para o incendiar.
(1) O cristão deve tomar muito
cuidado para não admirar cenas imorais como as de filmes e da literatura
pornográfica (cf. 2 Tm 2.22; Tt 2.12; Tg 1.14; 1 Pe 2.11; 2 Pe 3.3; 1 Jo
2.15,16; 1 Co 6.18; Gl 5.19, 21; Cl 3.5; Ef 5.5; Hb 13.4).
(2) Quanto a manter a pureza
sexual, a mulher, igualmente como o homem, tem responsabilidade. A mulher
cristã deve tomar cuidado para não se vestir de modo a atrair a atenção para o
seu corpo e deste modo originar tentação no homem e instigar a concupiscência.
Vestir-se com falta de modéstia e pudor é pecado (1 Tm 2.9; 1 Pe 3.2,3)
INFERNO. O
"inferno", o lugar onde o fogo nunca se apaga, é tão terrível que
necessário é resistirmos e rejeitarmos aqui a todas as influências do pecado,
custe o que custar. O pecado precisa ser mortificado (Cl 3.5); nunca devemos
cessar de guerrear contra ele no poder do ESPÍRITO (Rm 8.13; Ef 6.10).
HINOS SUGERIDOS: 150, 195, 201 da Harpa Cristã
PALAVRA-CHAVE - Casamento
Resumo Lição 5, O Casamento
é Para Sempre
I – A CONDENAÇÃO DO ADULTÉRIO
1. Definição de adultério.
2. A posição de JESUS quanto
ao adultério.
3. Os males do adultério.
II – O QUE REGE O CORAÇÃO
REGERÁ O CORPO
1. O que procede do coração.
2. O homem é o que pensa.
3. Sujeitando o corpo ao
ESPÍRITO SANTO.
III – A INDISSOLUBILIDADE DO
CASAMENTO
1. O casamento na perspectiva bíblica.
2. O que fazer para que o
casamento seja para sempre?
3. Casamento: uma união
indissolúvel.
COMENTÁRIOS - BEP - CPAD (Com algumas
modificações do Pr. Henrique)
Malaquias 2.13 Mas apesar disso, vocês
cobrem de lágrimas o altar, porque o Senhor não dá mais atenção às suas ofertas
e porque vocês não recebem mais as suas bênçãos. 14 Por que foi que Deus nos
abandonou? " Vocês perguntam chorando. Eu vou dizer. É porque o Senhor viu
a traição que vocês cometeram, abandonando suas esposas, que foram fiéis por
tanto tempo. Aquelas companheiras a quem prometeram o cuidado e sustento. 15
Ninguém com um pouco de juízo faria isso. Mas, quem fez um patriarca? Dirão
vocês. Bem, ele procurava uma descendência prometida por Deus, num propósito
espiritual. Portanto, tenham cuidado com suas paixões e ninguém seja infiel à
sua esposa! 16 Pois o Senhor, o Deus de Israel, diz que odeia o divórcio e os
homens violentos. Então, tenham cuidado com seus sentimentos e não se divorciem
de suas mulheres!
Fiz concerto com os meus
olhos; como, pois, os fixaria numa virgem? Jó 31:1
Se o meu coração se deixou
seduzir por uma mulher, ou se eu andei rondando à porta do meu próximo, então,
moa minha mulher para outro, e outros se encurvem sobre ela. Porque isso seria
uma infâmia e delito, pertencente aos juízes. Jó 31:9-11
JÓ 31.1-34 FIZ CONCERTO COM OS
MEUS OLHOS. Nesta seção, Jó passou em revista sua sólida integridade
espiritual, sua fidelidade a Deus e sua bondade para com o próximo. (1) As
declarações de Jó a respeito da obra redentora de Deus nele abrangiam todos os aspectos
da vida. Falou da sua inocência quanto aos pecados do coração, inclusive a
sensualidade e pensamentos impuros (vv. 1-4), mentira e engano para proveito
pessoal (vv. 5-8), e a infidelidade conjugal (vv. 9-12). Falou do seu modo
justo de tratar os empregados (vv. 13-15) e seus cuidados dos pobres e
necessitados (vv. 16-23). Afirmou que estava livre da cobiça (vv. 24-25), da
idolatria (vv. 26-28), da vingança (vv. 29-32) e da hipocrisia (vv. 33,34). (2)
O caráter moral e a pureza de coração e da vida, aqui descritos, servem de um
magnífico exemplo para todo crente. A vida piedosa que Jó vivia antes do novo
concerto pode ser ricamente experimentada por todos aqueles que crêem em
Cristo, mediante o poder salvífico da sua morte e ressurreição (Rm 8.1-17; Gl
2.20).
31.1 FIZ CONCERTO COM OS MEUS OLHOS; COMO, POIS, OS FIXARIA NUMA VIRGEM? Jó
observava o padrão de santidade interior que Cristo expressou no sermão da
montanha (Mt 5.28). Jó tinha feito um concerto com seus olhos para evitar
desejos -sensuais estimulantes de quem olha fixamente com malícia para uma
jovem (cf. Gn 3.6; Nm 15.39). Ele sabia que a sensualidade desagradaria ao seu
Senhor e arruinaria a sua vida espiritual (vv. 2-4).
Quando um homem tomar uma
mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos,
por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua
mão, e a despedirá da sua casa. Deuteronômio 24:1
24.1 ESCRITO DE REPÚDIO. O
divórcio resulta do pecado humano (cf. Mt 19.8). As instruções que se acham nos
versículos 1-4 foram dadas por Deus para regular o divórcio no Israel antigo. O
perdão era o melhor caminho aprovado por DEUS. Observe o seguinte nesses
versículos:
(1) O termo "coisa
feia" certamente não se trata de adultério, pois a penalidade deste era a
morte, e não o divórcio (cf. 22.13-22; Lv 20.10). Muito provavelmente era
porque a mulher não era mais virgem ao se casar - JESUS foi categórico no
proibir o divórcio, exceto no caso de SEXO ANTES DO CASAMENTO POR PARTE DA
MULHER, COMO REGISTRADO NA LEI (prostituição, conforme Deuteronômio 22.13-21; 24.1-4).
(2) O "escrito de
repúdio" era um documento legal entregue à mulher, para a rescisão do
contrato do casamento, para protegê-la e liberá-la de todas as obrigações para
com o seu ex-marido.
(3) Depois de receber o
escrito de divórcio, a mulher estava livre para casar-se de novo. Nunca
poderia, porém, voltar ao seu primeiro marido, se o segundo casamento se
dissolvesse (vv. 2-4). Assim DEUS estava fazendo o homem pensar muitas vezes
antes de dar carta de divórcio ou repúdio a sua recém esposa. Não poderia mais
tê-la, nunca mais.
(4) A ocorrência do divórcio é
uma tragédia (cf. Ml 2.16; ver Gn 2.24). DEUS repudiou Israel por causa da sua
infidelidade e adultério espiritual (Is 50.1; Jr 3.1,6-8).
Observação do Pr. Henrique.
Em minha opnião o termo
"FORNICAÇÃO" utilizado por JESUS indica:
Sexo praticado antes do
casamento. Portanto, se o marido descobrisse que seu cônjuge não era mais
virgem ao se casar com ele, poderia dar carta de divórcio se não a quisesse
apedrejada até a morte ou abandonada sem direito a casar-se novamente, tendo na
maioria das vezes, que se tornar prostituta para se sustentar doravante.
JESUS foi categórico no
proibir o divórcio, exceto no caso de SEXO ANTES DO CASAMENTO POR PARTE DA
MULHER, COMO REGISTRADO NA LEI (prostituição, conforme Deuteronômio 22.13-21; 24.1-4).
OBSERVAÇÃO - NÃO EXISTE
DIFERENÇA ENTRE LEI DE DEUS E LEI DE MOISÉS, AMBAS SÃO A MESMA COISA. MOISÉS
NÃO ESCREVEU UMA LEI PRÓPRIA - APENAS FLEXIBILIZOU A INTERPRETAÇÃO DA LEI
ALGUMAS VEZES DEVIDO A INSISTÊNCIA E PRESSÃO DE HOMENS DUROS DE CORAÇÃO. LEI DE
DEUS E LEI DE MOISÉS SÃO A MESMA COISA.
Lembrai-vos da Lei de Moisés,
meu servo, a qual lhe mandei em Horebe para todo o Israel, a qual são os
estatutos e juízos. Malaquias 4:4
Esforçai-vos, pois, muito para
guardardes e para fazerdes tudo quanto está escrito no livro da Lei de Moisés,
para que dela não vos aparteis, nem para a direita nem para a esquerda; Josué
23:6
este Esdras subiu de
Babilônia; e era escriba hábil na Lei de Moisés, dada pelo Senhor , Deus de
Israel; e, segundo a mão do Senhor , seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe
deu tudo quanto lhe pedira. Esdras 7:6
Disse-lhes ele: Moisés, por
causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao
princípio, não foi assim. Mateus 19:8
PORÉM, NO CASO DE UM HOMEM
CASADO PRATICAR ADULTÉRIO COM OUTRA MULHER CASADA, AMBOS DEVERIAM MORRER.
Também o homem que adulterar
com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo,
certamente morrerá o adúltero e a adúltera. Levítico 20:1
Agora, pois, não se apartará a
espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste a mulher de
Urias, o heteu, para que te seja por mulher. 2 Samuel 12:10. (Davi não morreu e
nem Bateseba, porém o filho do adultério, sim, pois Urias já estava morto.)
Todavia, porquanto com este
feito deste lugar sobremaneira a que os inimigos do Senhor blasfemem, também o
filho que te nasceu certamente morrerá. 2 Samuel 12:14
PADRÕES DE MORALIDADE
SEXUAL - BEP - CPAD
Hb 13.4 “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém
aos que se dão à prostituição e aos adúlteros DEUS os julgará”.
O crente, antes de mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro (cf. 2Co
11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2).
A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda mácula da
lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e pensamentos que
incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos
matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de
qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de DEUS. Isso
abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em
“concupiscência” (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros,
como para os casados. No tocante ao ensino bíblico sobre a moral sexual,
vejamos o seguinte:
A intimidade sexual é limitada ao matrimônio. Somente nesta condição ela é
aceita e abençoada por DEUS (ver Gn 2.24; Ct 2.7; 4.12). Mediante o
casamento, marido e mulher tornam-se uma só carne, segundo a vontade de DEUS.
Os prazeres físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento
conjugal fiel, são ordenados por DEUS e por Ele honrados.
O adultério, a fornicação, o homossexualismo, os desejos impuros e as
paixões degradantes são pecados graves aos olhos de DEUS por serem
transgressões da lei do amor (Êx 20.14) e profanação do relacionamento
conjugal. Tais pecados são severamente condenados nas Escrituras (ver
Pv 5.3) e colocam o culpado fora do reino de DEUS (Rm 1.24-32; 1Co 6.9,10; Gl
5.19-21).
A imoralidade e a impureza sexual não somente incluem o ato sexual ilícito,
mas também qualquer prática sexual com outra pessoa que não seja seu cônjuge. Há
quem ensine, em nossos dias, que qualquer intimidade sexual entre jovens e
adultos solteiros, tendo eles mútuo “compromisso”, é aceitável, uma vez que não
haja ato sexual completo. Tal ensino peca contra a santidade de DEUS e o padrão
bíblico da pureza. DEUS proíbe, explicitamente, “descobrir a nudez” ou “ver a
nudez” de qualquer pessoa a não ser entre marido e mulher legalmente casados
(Lv 18.6-30; 20.11, 17, 19-21; ver 18.6).
O crente deve ter autocontrole e abster-se de toda e qualquer prática sexual
antes do casamento. Justificar intimidade pré-marital em nome de
CRISTO, simplesmente com base num “compromisso” real ou imaginário, é transigir
abertamente com os padrões santos de DEUS. É igualar-se aos modos impuros do
mundo e querer deste modo justificar a imoralidade. Depois do casamento, a vida
íntima deve limitar-se ao cônjuge. A Bíblia cita a temperança como um aspecto
do fruto do ESPÍRITO, no crente, i.e., a conduta positiva e pura, contrastando
com tudo que representa prazer sexual imoral como libidinagem, fornicação,
adultério e impureza. Nossa dedicação à vontade de DEUS, pela fé, abre o
caminho para recebermos a bênção do domínio próprio: “temperança” (Gl 5.22-24).
Termos bíblicos descritivos da imoralidade e que revelam a extensão desse
mal.
(a) Fornicação (gr. porneia).
Descreve uma ampla variedade de práticas sexuais, pré ou extramaritais (nesse
caso quem prostitui é solteiro e teve relação sexual com alguém casado). Tudo
que significa intimidade e carícia fora do casamento é claramente transgressão
dos padrões morais de DEUS para seu povo (Lv 18.6-30; 20.11,12, 17, 19-21; 1Co
6.18; 1Ts 4.3).
(b) A lascívia (gr. aselgeia)
denota a ausência de princípios morais, principalmente o relaxamento pelo
domínio próprio que leva à conduta virtuosa (ver 1Tm 2.9). Isso inclui a
inclinação à tolerância quanto a paixões pecaminosas ou ao seu estímulo, e deste
modo a pessoa torna-se partícipe de uma conduta antibíblica, como sexo anal,
pornografia e masturbação (Gl 5.19; Ef 4.19; 1Pe 2.2,18).
(c) Enganar, i.e.,
aproveitar-se de uma pessoa, ou explorá-la (gr. pleonekteo, e.g., 1Ts 4.6),
significa privá-la da pureza moral que DEUS pretendeu para essa pessoa, para a
satisfação de desejos egoístas. Despertar noutra pessoa estímulos sexuais que
não possam ser correta e legitimamente satisfeitos, significa explorá-la ou
aproveitar-se dela (1Ts 4.6; Ef 4.19).
(d) A lascívia ou cobiça
carnal (gr. epithumia) é um desejo carnal imoral que a pessoa daria vazão se
tivesse oportunidade (Ef 4.22; 1Pe 4.3; 2Pe 2.18; ver Mt 5.28).
CASAMENTO - Dicionário Bíblico
Wycliffe (Com alterações do Pr. Henrique)
A Natureza do Casamento
1. O casamento faz parte da própria ordem da criação. DEUS revelou ao homem que
ele precisava de uma esposa (Gn 2.18) e que a esposa precisava de um marido (Gn
3.16). Desde o começo, Ele criou a mulher para o homem e o homem para a mulher
(Gn 1.26.27). Desde o início o homem entendeu que era vontade de DEUS que ele
tivesse uma esposa. “Osso dos meus ossos e carne da minha carne" (Gn 2.23)
e que deveria amá-la e cuidar dela como de si próprio. Paulo escreveu. “Assim
devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a
sua mulher ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria
carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja” (Ef
5.28,29).
2. O casamento é um sacramento de sociedade. No casamento, assim como na união
sexual em particular, o homem e a mulher sentem prazer e fazem dele a
demonstração exterior daquilo que é uma graça interior. Sacramentado por DEUS
(cf. 1 Tm 4.3) ele representa a mais elevada expressão de afeto mútuo e a mais
profunda comunhão humana, e por isso o próprio DEUS usou o casamento para
expressar a incalculável profundidade de seu amor por nós.
3. O casamento é um pacto solene celebrado entre um homem e uma mulher dentro
de uma perfeita liberdade, e através do qual prometem entre si o amor e a
fidelidade, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na prosperidade e
na adversidade enquanto viverem. De acordo com a visão de DEUS, ele somente
termina com a morte ou então por causa da prostituição antes do casamento. (Eu,
porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de
prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a
repudiada comete adultério. Mateus 5:32; ). Esse pacto deve ser celebrado
apenas entre duas pessoas que compartilhem o mesmo espírito e fé, pois “que
parte tem o fiel com o infiel? 2 Co 6.15).
4.O casamento é uma vocação, um convite de DEUS para a demonstração, a todo o
mundo, da mais elevada forma de amor mútuo (Gn 2.23,24; Ef 5.21ss.). Também é a
maneira correta de se gerar filhos (Gn 33.5; 48.4; Dt 28.4; Js 24.3,4; Sl
127.3), alimentá-los física e espiritualmente, e o ambiente mais propício para
lhes ensinar a Palavra de DEUS (Dt 6.7-20; 11.18-21; Pv 22.6) e treiná-los paia
serem bons cidadãos (Pv 13.24; 19,18; 22.15; 23.13; 29.15,17).
Os Propósitos do Casamento
1. A propagação da raça humana. E a forma Divina de desenvolver a espécie
chamada humanidade, No caso dos seres angelicais, DEUS criou cada um deles
individualmente, mas no caso da humanidade, Ele criou um homem e uma mulher e
toda a raça humana descendeu desse primeiro casal. DEUS só poderia ter redimido
separadamente cada anjo caído se CRISTO morresse individualmente por cada um
deles, mas Ele pôde redimir a raça humana de Adão com uma única morte de
CRISTO, pois Ele estaria representando a raça como um todo. E à luz desse fato
que entendemos o significado de 1 Coríntios 15.22. “Porque, assim como todos
morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em CRISTO”.
DEUS preferiu gerar filhos espirituais que irão amá-lo por causa de sua
soberana graça salvadora e trazer-lhes a vida através do relacionamento do
casamento. Os aspectos sacramentais e da propagação da espécie do casamento
ficam dessa forma reunidos e a geração dos filhos se torna um ato de santidade
para a verdadeira glória de DEUS.
2. É a maneira de DEUS de criar os filhos. Filhos precisam de um lar, e de pais
dentro deste lar. No lar eles recebem abrigo e alimento. Através da vida de
seus pais eles aprendem o que significa o verdadeiro amor porque são o objeto
do amor dos pais e porque vêem o amor recíproco que existe entre eles. Somente
através dos pais eles podem entender plenamente o profundo e duradouro amor
conjugal e, dessa forma, ficam preparados para esperar e procurar um amor igual
para si mesmos. É nesse ponto que a discórdia conjugal e os lares desfeitos
exercem o efeito mais devastador sobre os filhos. O filho que nunca observou a
demonstração de um verdadeiro amor em seu lar não está pronto para enfrentar
sozinho a vida. DEUS também teve a intenção de que a demonstração de um verdadeiro
amor entre pais e filhos fosse a base para o entendimento do amor que Ele mesmo
sentiu ao enviar o seu Filho para morrer pelos nossos pecados (cf. Ef 5.25-32).
3. O casamento é a maneira de DEUS incutir nos filhos os princípios da justiça
e da autoridade responsável. Os pais devem tratar os filhos com paciência e
justiça (Ef 6.4; Cl 3.21) e lhes ensinar o que é justo e direito. Devem dar
exemplo de responsabilidade e autoridade na divinamente ordenada economia do
lar (cf. 1 Tm 3.4,5,12: Tt 1.6). O pai, como o cabeça da esposa e do lar,
embora consultando plenamente sua esposa de uma forma realmente democrática, é
o responsável por todas as decisões. Isso ensina a submissão à autoridade e um
verdadeiro senso de responsabilidade (Ef 5.21-24).
4. O casamento é o meio pedagógico de DEUS ensinar aos filhos sobre Si mesmo.
DEUS se intitula nosso Pai e demonstra que o seu amor é tão maravilhoso como o
amor de um bom pai (Sl 103.13; Jo 3.16), tão terno como o amor de uma boa mãe
(Is 49.15; 66.13; Mt 23,37), tão íntimo como aquele que existe entre o marido e
a esposa (Ef 5.25ss.). Desse modo, todo o relacionamento dentro do casamento e
da família transparece na demonstração e nos ensinos daquilo que DEUS é, da
natureza do seu amor.
O lugar do Sexo
Embora o sexo tenha como objetivo estabelecido por DEUS gerar filhos para
povoar a terra e assim indiretamente encher o céu com filhos renascidos em
DEUS, ele também preenche importantes necessidades pessoais e familiares. O
esposo necessita da esposa e a esposa necessita do marido, porque o homem é
feito de tal maneira que as tensões da vida são aliviadas através do amor
conjugal (1 Co 7.1 -5). Ao mesmo tempo, nesse íntimo ato de amor são liberadas
energias criativas tanto na vida do marido como da esposa.
Podemos observar melhor que DEUS fez o homem e a mulher para o verdadeiro
prazer e um mútuo companheirismo em Cantares de Salomão, onde as intimidades do
amor conjugal e do prazer estão descritas de uma forma maravilhosa e pura. No
relacionamento sexual todo o amor é expresso através de atos e palavras e é
consumado em comunhão e união. E uma expressão de amor que pode ser exercitada
com apenas uma pessoa por causa de sua natureza santa. Cada um mantém a
experiência de um profundo amor pelo outro e somente por essa pessoa. Nesse
sentido, ele é o exemplo típico de um relacionamento exclusivo que deve existir
individualmente entre cada cristão e seu Senhor, e no qual nenhuma outra pessoa
ou deus pode ter a permissão de participar (Êx 20.3; cf. Ef 5.25ss.).
Um casamento baseado em uma vida sexual plena e estável é feliz e equilibrado,
desde que esse aspecto da vida seja a expressão do mais profundo amor e não a
mera satisfação de desejos carnais. Ele é de grande importância para os filhos
(assim como para o marido e a esposa), porque veem não só um casamento estável,
como também seu encanto, pureza, beleza, e profunda satisfação. Os filhos, por
sua vez, podem aprender que o sexo é uma dádiva divina e pode ser
verdadeiramente belo e maravilhoso quando usado de acordo com as intenções de
DEUS. Os cuidados que DEUS coloca no ato sexual permitem aos filhos aprender
com pureza e se conservarem puros, mais tarde usando o sexo de acordo com os
propósitos Divinos, vendo que a plena liberdade e alegria no casamento realimente
veem quando se vive dentro do âmbito do sétimo mandamento (1 Ts 4.3-8; Hb
13.4).
Como DEUS Fala sobre o Casamento
Em primeiro lugar, DEUS usa o casamento como uma metáfora para expressar o
relacionamento de CRISTO com a igreja, comparando CRISTO com o noivo e a igreja
com a noiva (Ef 5.24-32; Ap 19.7-9). Tanto o crente individualmente como a
igreja em geral, sempre são considerados no sentido de ser a noiva em relação a
CRISTO (2 Co 11.2). A total submissão da virgem Maria à orientação e
capacitação do ESPÍRITO SANTO quando disse, “Cumpra-se em mim segundo a tua
palavra” (Lc 1.38), representa uma analogia com o relacionamento que deve
existir entre o ESPÍRITO SANTO e o cristão. O fruto do ESPÍRITO deve ser
introduzido e nascer na vida do crente (Gl 5.22,23) assim como CRISTO foi
formado pelo ESPÍRITO no ventre de Maria (Lc 1.42). No Salmo 45, CRISTO é visto
em toda a sua majestade e beleza juntamente com a sua Noiva Real, a igreja,
para representar a pureza que DEUS deseja de seus filhos. A Noiva é grandemente
desejada por causa de sua beleza (v. 11) tanto exterior como interior. Seus
trajes são delicados e belos até o mais ínfimo detalhe.
Monogamia
Embora a poligamia fosse praticada durante algum tempo no AT, ela só era
permitida como uma medida temporária. Ela negava o princípio do marido e a
esposa serem uma única carne (Gn 2.24; Mt 19.5), e levou a muitos problemas
conjugais. Tanto Abraão como Jacó sofreram muitas tristezas por causa disso (Gn
21.9ss.; 30.1-24), e Davi e Salomão se desviaram por causa de suas esposas
pagãs (2 Sm 5,13; 1 Rs 11.1-3), Somente através da monogamia é possível evitar
o ciúme dentro da família e ilustrar corretamente o relacionamento de CRISTO
com o crente (Ef 5.23ss.). Veja Concubina.
Casamento e Divórcio
O divórcio sempre representou um grave problema. O ensino de CRISTO é
encontrado em Mateus 5.31,32; 19.3-9; Marcos 10.2-12; Lucas 16.18. Ele revelou
que era somente por causa da dureza do coração dos homens que Moisés permitiu
uma lei de divórcio e que isso poderia verdadeiramente levar ao adultério (Mt
19.8,9). O casamento só deve ser anulado por motivo de prostituição, ou seja,
sexo antes do casamento (Mt 5,31,32; 19,9). Isso significa que um divórcio
somente deveria ser permitido quando houvesse uma relação sexual com outra
pessoa que não fosse o cônjuge antes do casamento. Mesmo no caso de pessoas
comprometidas na etapa do noivado, este deve ser rompido caso um dos dois
cometa o ato de prostituição. CRISTO afirmou que o homem, assim como a mulher,
podia cometer adultério se forçasse um divórcio injusto. JESUS foi categórico
no proibir o divórcio, exceto no caso de SEXO ANTES DO CASAMENTO POR PARTE
DA MULHER, COMO REGISTRADO NA LEI (prostituição, conforme Deuteronômio 22.13-21;
24.1-4).
Embora exista uma diferença de
opiniões, a maioria das igrejas considera que o divórcio pode ser permitido nos
casos de abandono voluntário. Se assim for, existem duas razões bíblicas: prostituição
e abandono. Entretanto, as Escrituras aceitam que uma lei maior pode ser
aplicada aos divorciados, isto é, a lei do perdão onde existe um verdadeiro
arrependimento pelo pecado. Oséias perdoou e recebeu de volta a sua esposa
adúltera porque a amava, assim corno DEUS está disposto a perdoar e receber de
volta a sua adúltera nação de Israel (Os 2.1,2; 3.1ss.; 14.1-8). R. A. K.
JESUS foi categórico no
proibir o divórcio, exceto no caso de SEXO ANTES DO CASAMENTO POR PARTE DA
MULHER, COMO REGISTRADO NA LEI (prostituição, conforme Deuteronômio 22.13-21; 24.1-4). SÓ
EXISTE ESTA POSSIBILIDADE PARA O DIVÓRCIO SER ACEITO (MESMO ASSIM DE MAL GRADO
POR DEUS, POIS ELE ODEIA O DIVÓRCIO)
Costumes e Cerimônias Matrimoniais
1. A escolha da noiva: Na Bíblia não existe qualquer restrição relativa à idade
mais apropriada para o casamento, mas parece certo que as jovens se casavam
muito cedo (Pv 2.17; 5.18), Em Isaías 62,5, o jovem, ao se casar, recebe o nome
de bahur, isto é, o melhor, um jovem robusto e decidido na flor de sua
capacidade física (cf. 1 Sm 9.2; Is 40.30; Am 8.13); a virgem recebe o nome de
bstula, uma jovem atraente e sexualmente pronta para o casamento (cf. Jl 1.8;
Jr 2.32). No Talmude, os rabinos estabeleceram 12 anos como idade mínima para
as meninas e 13 para os meninos.
2. Por causa da forte influência tribal e da unidade do clã na sociedade
patriarcal, os pais consideravam seu dever e prerrogativa assegurar esposas
para seus filhos (Gn 24,3; 38.6). Normalmente, a noiva em perspectiva, assim
como o noivo, simplesmente concordava com os arranjos feitos de acordo com os
interesses da família e da lealdade à tribo. Não é de admirar que muitas vezes
os pais procurassem o casamento entre primos em primeiro grau, como por
exemplo, no caso de Rebeca e Isaque. O casamento com mulheres estrangeiras era
desaconselhado (Gn 24.3; 26.34,35; 27.46; 28.8) e mais tarde foi totalmente
proibido (Ex 34.16; Dt 7.3; Ed 10.2,3,10,11) pelo perigo de uma volta à prática
da idolatria das demais nações. Casamentos mistos eram tolerados apenas no caso
dos exilados (por exemplo, José, Gn 41.45; Moisés, Ex 2.21) e dos reis apenas
por razões políticas.
Por outro lado, havia em Israel a oportunidade para casamentos baseados no
namoro. O jovem podia declarar a sua preferência (Gn 34.4; Jz 14.2). Por
exemplo, Mical se apaixonou por Davi (1 Sm 18.20), Na época do AT as mulheres
não eram mantidas como reclusas, como nos países muçulmanos, e podiam sair às
ruas com o rosto descoberto (cf. 1 Sm 1.13). Elas cuidavam das ovelhas (Gn
29.6; Êx 2.16), carregavam água (Gn 24.13; 1 Sm
9.11) , colhiam nos campos (Rt 2.3) e visitavam outros lares (Gn 34.1). Dessa
maneira, os jovens tinham a liberdade de procurar a futura noiva sozinhos.
2. O noivado: A escolha da noiva era seguida pelo noivado (q.v.), que era um
procedimento formal onde havia um compromisso maior do que no noivado de nossos
dias. Os homens que iam se casar com as filhas de Ló já eram considerados como
seus genros (Gn 19.14). Um homem que estava noivo era dispensado do serviço
militar para poder tomar (isto é, casar-se com) sua esposa e viver com ela em
sua casa durante um ano (Dt 20.7; 24.5). Qualquer imoralidade sexual com uma
jovem noiva era um crime tão grave quanto o adultério (Dt 22.22-27). Inscrições
encontradas no Oriente Próximo também indicam que o noivado era um costume
reconhecido, que tinha consequências legais muito definidas.
Geralmente, o noivado era realizado por um amigo ou representante legal da
parte do noivo (1 Sm 25.39ss,), E, no caso da noiva, por seus pais. Era
confirmado através de juramentos (Em 1Sm 18.2-16 lemos: “Serás hoje meu
genro”). Nessa ocasião era discutida a quantia do “dote” (em hebraico mohar.
Veja Dote) com os pais da jovem, e era pago imediatamente à família da moça se
a moeda corrente fosse o meio de compensação.
Tanto na antiga Mesopotâmia como em Israel o casamento era um simples contrato
civil, sem qualquer formalização através de uma cerimônia religiosa. Embora o
AT não faça uma menção especifica sobre a existência de um contrato de
casamento por escrito, tais contratos estavam estipulados no Código de
Hamurabi. Existem vários contratos de casamento entre os papiros encontrados na
colônia judaica de Elefantine, do século V a.C., e essa prática é mencionada no
Livro de Tobias (Tob 7.13). Os Talmudistas do Mishna chamam esse contrato de
ketuba e dão minuciosas instruções sobre como usar e guardar o mohar. O termo
“concerto” ou “aliança” ib'rit) em Provérbios 2.17 e Malaquias 2.14 podem estar
fazendo alusão a um contrato por escrito.
3. Cerimônia de casamento: A essência da cerimônia do casamento ou das
festividades era o ato de retirar a noiva da casa do pai e trazê-la para a casa
do noivo ou de seu pai. Dessa forma, havia uma verdade literal na expressão hebraica
“tomar” uma esposa (por exemplo, Gn 4.19; 12.19; 24.67; 38.2; Nm 12.1; 1 Sm
25.39-42; 1 Rs 3.1; 1 Cr 2.21). Vestindo um turbante imponente (Is 61.10) ou
uma coroa nupcial (Ct 3.11) como um ornamento, o noivo partia de sua casa
acompanhado por seus amigos (Jo 3.29) ou ajudantes (Mt 9.15) tocando tamborins
e também podendo ser acompanhado por uma banda (1 Mac 9.39), Como a procissão
nupcial geral- mente se realizava à noite (Ct 3.6-11), muitos portavam tochas
ou lanternas (Mt 25.1- 8). A alegria e a felicidade (Jr 7.34; 16.9; 25.10; Ap
18.22ss.) anunciavam sua aproximação à população local que ficava aguardando à
porta das casas que ficavam à beira do caminho até a casa da noiva e também
quando regressavam à casa do noivo (Mt 25.5,6).
A noiva aguardava lindamente vestida e adornada com jóias (Sl 45.13ss.; Is
61.10; Ap 19.8), Para essa ocasião especial ela usava um véu (Gn 24.65; Ct
4.1,3; 6.7), que somente poderia retirar quanto estivesse sozinha com seu
esposo, no escuro, na câmara nupcial (cf. Gn 29.23-25).
O noivo conduzia todos os convidados ao casamento, agora com a presença da
esposa e seus acompanhantes (Sl 45.14b), até a casa de seu pai para a “ceia das
bodas” (Ap 19.9). Todos os amigos e vizinhos eram convidados à festa do
casamento (Gn 29.22; Mt 22.3-10; Lc 14.8; Jo 2.2) que era normalmente oferecida
pelo pai do noivo (Mt 22.2). Recusar o convite para uma dessas festas
representava uma grave ofensa (Mt 22.5; Lc 14.16-21). Geralmente, as
festividades duravam uma semana (Gn 29.27ss.; Jz 14.10-12,17), mas o casamento
era consumado na primeira noite ׳
Gn 29.23). O anfitrião presenteava os convidados com vestes apropriadas (Mt
22,11); jogos e outras formas de diversão acrescentavam mais alegria à
festividade (Jz 14.12-18). O último ato da cerimônia era conduzir a noiva à
câmara nupcial (em hebraico, heder, Jz 15.1; Ct 1.4; Jl 2.16). Nesse quarto
havia sido preparado um dossel (em hebraico huppa, Salmo 19.5, “tálamo”; Joel
2.16, um “aposento particular״
ou “recamara”) sobre o leito ou cama nupcial (Ct 1.16). Em seguida, o noivo
“entrava à noiva* (Gn 16.2; 30.3; 38.8) e o lençol manchado de sangue, dessa
noite de casamento, era guardado como uma prova da virgindade da noiva (Dt
22.13-21).
4. Estado civil: Em Israel, o estado civil do esposo era revelado pelo fato de
que em hebraico ele é chamado de, ba‘al, o mestre ou senhor de sua esposa (Ex
21.22; Dt 21.13; 22.22; 2 Sm 11.26; Pv 12.4; 31.11,23,28). Isso traz a
possibilidade de uma dupla interpretação para a profecia de Oséias 2.16, “E
acontecerá naquele dia, diz o Senhor, que me chamarás. Meu marido e não me
chamarás mais. Meu Baal”. O fato da esposa aceitar o papel de dependente do
marido pode ser visto quando Sara se dirige ao esposo Abraão como “meu senhor”
(’adoni, Gn 18.12; 1 Pe 3.6). Para o dever que o homem tinha de gerar um filho
com a viúva de seu falecido irmão, veja Casamento, Levirato. J.R.
ADULTÉRIO - Dicionário Bíblico
Wycliffe (Com alterações do Pr. Henrique)
Relação sexual entre uma
pessoa casada e outra que não é seu cônjuge. Geralmente o adultério era
perdoado nas culturas pagãs, particularmente quanto à parte do homem que,
embora fosse casado, não era acusado de adultério a não ser que coabitasse com
a esposa de outro homem ou com uma virgem que estivesse noiva.
O adultério é estritamente proibido tanto no AT (o sétimo mandamento, Êx 20.14;
Dt 5.18; punível sob a lei com morte por apedrejamento, Lv 20.10; Dt 22.22ss.)
quanto no NT (Rm 13.9; Gl 5.19; Tg 2.11). O Senhor JESUS estendeu a culpa pelo
adultério da mesma forma como fez para outros mandamentos, incluindo o
propósito ou o desejo de cometê-lo ao próprio ato em si (Mt 5.28).
Tecnicamente, o adultério se distingue da fornicação, que é a relação sexual entre
pessoas que não são casadas. Entretanto, a palavra grega porneia, uniformemente
traduzida como “fornicação”, inclui toda lascívia e irregularidade sexual (cf.
MM; e Vine, EDNTW). Por essa razão, muitas igrejas consideram que os textos em
Mateus 5.32 ; 19.9 permitem o divórcio e o novo casamento nos casos em que o
casamento anterior tenha sido dissolvido por causa de adultério. Outros se
recusam a reconhecer qualquer base válida para um novo casamento depois do
divórcio e, são da opinião de que tudo resulta em adultério aos olhos de DEUS.
JESUS foi categórico no
proibir o divórcio, exceto no caso de SEXO ANTES DO CASAMENTO POR PARTE DA
MULHER, COMO REGISTRADO NA LEI (prostituição, conforme Deuteronômio 22.13-21; 24.1-4).
Ela pode
ter sido tão universalmente reconhecida que não precisaria de uma reafirmação
toda vez que o divórcio e um novo casamento fossem mencionados.
A atitude de JESUS em relação à mulher surpreendida em situação de adultério,
como foi registrado em João 8.1-11, tem sido questionada com o argumento de que
essa passagem está ausente do antigo e melhor manuscrito e, onde ela realmente
aparece, suas interpretações são extremamente variadas. Entretanto, “está fora
de qualquer dúvida que ela faz parte da tradição autêntica da igreja” (A. J.
MacLeod, “John”, NEC). O Senhor JESUS CRISTO não foi conivente com o pecado da
mulher, nem a condenou à morte por apedrejamento como seus acusadores haviam
sugerido. “A verdade, que estava nele, repreendeu a mentira dos escribas e
fariseus. A pureza que estava nele condenou a lascívia que estava nela” Mission
and Message of JESUS, p. 795) e Ele disse à mulher que partisse e que não
voltasse a pecar.
Na Bíblia Sagrada, o termo adultério (em hebraico na’aph e em grego moicheia) é
muitas vezes utilizado como uma metáfora para representar a idolatria ou
apostasia da nação e do povo comprometido com DEUS. Exemplos disso podem ser
encontrados em Jeremias 3.8,9; Ezequiel 23.26,43; Oséias 2.2-13; Mateus 12.39;
Tiago 4.4. Esse uso está baseado na analogia do relacionamento entre DEUS e o
seu povo, que é semelhante ao relacionamento entre o marido e a sua esposa, uma
característica comum tanto do AT (Jr 2.2; 3.14; 13.27; Os 8.9) como do NT (Jo
3.29; Ap 19.8,9; 21.2,9). O casamento, que envolve ao mesmo tempo um pacto
legal e um vínculo de amor, representa um símbolo muito adequado do
relacionamento entre CRISTO e a sua igreja (Ef 5.25-27).
A poligamia, como uma relação legalizada entre o homem e várias esposas e
concubinas a ele subordinadas, não era permitida na época do AT (Dt 17:17Tão
pouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração se não desvie: nem
prata nem ouro multiplicará muito para si.), e também proibida no NT (por
exemplo, 1 Tm 3.2,12).
Apesar das rigorosas
proibições bíblicas, o adultério foi amplamente difundido em diferentes épocas
e tornou-se particularmente ofensivo como parte do culto cananeu de adoração
aos Baalins, que incluía a prostituição "sagrada”. Indicações de uma lassidão
moral são encontradas em referências como Jó 24.15; 31.9; Provérbios 2.16-19;
7.5- 22; Jeremias 23.10-14. O caso de Davi foi especialmente notório e deu aos
inimigos de DEUS ocasião para blasfemar (2 Sm 11.2-5; 12.14). Essa lassidão
moral generalizada prevaleceu durante o NT e pode ser claramente observada em
Marcos 8.38; Lucas 18.11; 1 Coríntios 6.9; Gálatas 5.19; Hebreus 13.4 e em mais
de 50 referências feitas no NT ao conceito de fornicação (porneia, porneuo,
porne, pornôs, sendo referência ao sexo antes do casamento ou por parte do
solteiro(a) com alguém casado, sendo ai prostituição e adultério (moicheia) ao
mesmo tempo). W. T. P.
FORNICAÇÃO - Dicionário
Bíblico Wycliffe (Com alterações do Pr. Henrique)
Termo usado para as relações
sexuais ilícitas em geral (Mt 5.32; 19.9; At 15.20,29; 21.25; Rm 1.29; 1 Co
5.1). Em um sentido técnico, ela deve ser distinguida do adultério ou da
promiscuidade social depois do casamento (gr. moicheia; Mt 15.19; Mc 7.21; Jo
8.3; Gl 5.19), e do estupro, que é um crime violento por não ter a concordância
da outra parte.
A fornicação e o adultério são usados figurativamente na Bíblia para expressar
a deslealdade de Israel a DEUS quando a idolatria está em foco (Jr 2.20-37; Ez
16; Os 1— 3), Os termos são muito adequados, porque a adoração idólatra do
culto à fertilidade praticada pelos cananeus, como também pelos gregos
(Corinto), frequentemente envolvia a fornicação com prostitutas “sagradas” ou
com “sacerdotisas”. Em Apocalipse 17, a idolatria da igreja apóstata final,
formada pela união de muitas religiões, é comparada com uma mulher adúltera por
causa do completo mundanismo da igreja e sua síntese com o paganismo através de
uma forma de panteísmo. R. A. K.
DIVÓRCIO - Dicionário Bíblico
Wycliffe (Com alterações do Pr. Henrique)
No AT.
Em Deuteronômio 24.1- 4,
Moisés permitia que o marido divorciasse de sua esposa, se encontrasse nela
‘erwat dabar, “alguma impureza” (lit., “um caso de nudez”). A natureza de tal
acusação era tão geral que isto levava a duas interpretações na época de CRISTO:
uma mais estrita ensinada pela escola de Samai, que a restringia à
infidelidade; e uma opinião mais ampla, ensinada pela escola de Hilel, que a
estendia até a inclusão de qualquer coisa que pudesse desagradar o marido. A
exigência que marido desse à esposa uma carta de divórcio, deu ao ato uma
posição legal e oficial, uma vez que era necessária a ajuda de no mínimo um
levita para executá-la de forma apropriada. A regra adicional que proibia o
marido de tomar sua esposa de volta depois que dela estivesse casada com outro,
mostrava a gravidade do ato (Dt 24.4).
Havia várias circunstâncias, entretanto, nas quais o divórcio era proibido.
Quando um homem, aberta e erroneamente, acusasse sua jovem noiva de
infidelidade pré-marital, ele deveria indenizar o pai da noiva e, então, “em
todos os seus dias” não a poderia “despedir” (Dt 22.19). Outrossim, se um homem
tivesse relações pré-maritais com uma jovem, ele deveria primeiramente pagar
uma indenização ao pai da moça e então se casar com ela. Por tê-la humilhado,
ele também jamais poderia se divorciar dela (Dt 22.28,29; Êx 22.16,17).
No caso de adultério com uma pessoa casada, ou entre uma pessoa casada e uma
solteira, a penalidade do AT era a morte (Lv 20.10; Dt 22.22). A mesma
penalidade se aplicava até mesmo para uma esposa que tivesse praticado a
fornicação antes do casamento (Dt 22.21; cf. v. 23). Dessa forma, a
possibilidade de divórcio foi substituída pela pena de morte em tais casos.
Resta ainda mais um exemplo de divórcio. Esdras e Neemias mandaram que os
israelitas expulsassem as esposas pagãs incrédulas (Ed 9 e 10; Ne 13.23ss.; cf.
Ml 2.10-16), uma vez que estas esposas os estavam desviando da verdadeira fé. O
mandamento de 2 Coríntios 6.14,17 para não se associarem com descrentes trata
do mesmo problema, mas em ambos os casos seria aplicado somente quando a esposa
ou o marido estrangeiro estivesse levando o crente à incredulidade ou ao
paganismo. (Veja a obra de William R. Eichhorst, “Ezra’s
Ethics on Intermarriage and Divorce”, Grace Journal, X [1969], 16-28).
No NT.
Os fariseus abordaram a CRISTO
com relação às opiniões de Samai e Hilel: “E lícito ao homem repudiar sua
mulher por qualquer motivo?” (Mt 19.3ss). Sua resposta lança luz sobre
Deuteronômio 24.1-4. Moisés não “ordenou” que fosse dada uma carta de divórcio,
como eles afirmavam (v. 7). Ele simplesmente o permitiu por causa da dureza dos
seus corações (v. 8). Desde o princípio, isto é, a partir da primeira revelação
da natureza e do significado do casamento em Gênesis 2.23,24, o homem deveria
ter apenas uma esposa - “e serão ambos uma carne”, e permanecer com ela durante
toda a sua vida (Mt 19.6) - “e apegar-se-á à sua mulher” (Gn 2.24), A única
exceção para a permissão do divórcio, que CRISTO mencionou neste ponto, era a
fornicação (v. 9; Mt 5.32). Em 1 Coríntios 7.10, Paulo expressa o ensino
adicional de CRISTO com respeito ao casamento e ao divórcio quando escreve:
“Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor...” Paulo está dizendo que
está escrevendo o que CRISTO ensinou. A esposa não deve deixar seu marido por
ele ser um descrente, pois o marido descrente é santificado pela esposa (w,
10,14). Para expressar isto em termos teológicos, a aliança familiar feita por
um crente com DEUS em benefício de si mesmo e de seus filhos, alcança o
casamento e cuida dele. Se o cônjuge crente vai embora, ele não deve se casar
novamente (v. 11). se o descrente se apartar de seu cônjuge crente, então o
crente parece ser considerado livre, MAS NÃO para se casar novamente: “porque
neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão” (1 Co 7.15). Alguns
entendem que a homossexualidade também é uma razão para o divórcio, uma vez que
está listada como um pecado ainda maior que o adultério, sendo algo “contrário
à natureza” (Rm 1.26,27). Duas dificuldades têm surgido quanto ao ensino do
Senhor JESUS CRISTO sobre este tema nos Evangelhos.
1. Em Marcos 10.11,12 e Lucas 16.18, CRISTO não deixa espaço para o divórcio,
em quaisquer bases. Somente em Mateus (Mt 5.32; 19.9), Ele menciona que o
divórcio é permitido em caso de PROSTITUIÇÃO. Aqui temos que aplicar o princípio
de que todos os detalhes devem ser reunidos e as várias passagens das
Escrituras devem ser comparadas entre si antes de chegarmos a uma conclusão
final. Uma síntese indutiva completa requer que tudo o que CRISTO ensinou sobre
o divórcio, como registrado tanto nos Evangelhos como em 1 Coríntios 7.10ss.,
seja reunido antes que uma decisão final seja tomada sobre os seus ensinos. A
isto deve ser acrescentado tudo o que se encontra sobre este assunto no NT, a
fim de se ter certeza da doutrina do divórcio do NT.
JESUS foi categórico no
proibir o divórcio, exceto no caso de SEXO ANTES DO CASAMENTO POR PARTE DA
MULHER, COMO REGISTRADO NA LEI (prostituição, conforme Deuteronômio 22.13-21; 24.1-4).
Como a posição de CRISTO quanto ao divórcio deve ser reconciliada com o AT?
Como Moisés pode ter sido instruído por DEUS a dar uma permissão tão
geral? DEUS NÃO DEU TAL INSTRUÇÃO E NEM MOISÉS MANDOU. PERMITIU POR
CAUSA DA DUREZA DE SEUS CORAÇOES. A condição da humanidade naquela
época precisa ser levada em conta. Estas instruções foram dadas a Moisés por
causa das atitudes desmoralizadas do homem desde a queda. As condições ideais
que existiam quando DEUS deu as ordenanças originais do casamento não existiam
mais. No NT, CRISTO removeu o juízo de adultério e fornicação do reino da lei
civil, onde eram puníveis com a morte física, e o colocou inteiramente sob o
juízo da lei moral e do próprio DEUS. Visto que a lei moral é um tribunal mais
elevado que a civil, Ele a coloca sob um juízo ainda mais severo. JESUS
foi categórico no proibir o divórcio, exceto no caso de SEXO ANTES DO
CASAMENTO POR PARTE DA MULHER, COMO REGISTRADO NA LEI (prostituição, conforme
Deuteronômio 22.13-21; 24.1-4).
2. CRISTO não mencionou o adultério como base para o divórcio, mas apenas a PROSTITUIÇÃO.
Este, portanto, não está incluído? Isto pode ser explicado primeiro pelo fato
de que a admissão de um pecado de menor importância como a PROSTITUIÇÃO sugere
a inclusão de um pecado maior como o adultério.
Algumas perguntas práticas
surgem para a igreja. Como se deve considerar o adultério e as relações
pré-nupciais? Esta última é claramente um pecado, porém no Antigo Testamento
sua punição era MAIS severa, POIS CONDENAVA À MORTE. Em 1Coríntios 7.1ss.,
Paulo estava provavelmente respondendo à seguinte pergunta: “Seria bom que o
homem tocasse em mulher?” quando respondeu em um tom imperativo: “mas... cada
um tenha sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido”, ou como o
Dr. J. O Buswell, Jr., o traduz, “Todo homem deve ter sua própria esposa”
(Systematic Theology, p. 386).
Muitas igrejas se recusam a
dar ao divorciado a condição de membro da igreja, tal pessoa está privada da
mesa do Senhor (em muitas denominações o divorciado (a) não pode cear). R. A.
K.
Pureza ( 5: 27-30 )
- Comentário Bíblico Wesleyana - (Com alterações do Pr. Henrique)
27 Ouvistes que foi dito: Não cometerás adultério: 28 mas eu
digo-vos que todo aquele que olhar para uma mulher para desejá-la já cometeu
adultério com ela em seu coração 29 Se o teu olho direito te faz
tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois é melhor para ti que um dos teus
membros se perca, e não todo o teu corpo lançado no
inferno. 30 E se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e
lança-a de ti; pois é melhor para ti que um dos teus membros se perca, e não
todo o teu corpo ir para o inferno.
O sétimo mandamento diz: Tu não cometerás adultério ( Ex
20:14. ; Dt 5:18. ). JESUS estendeu esse para cobrir o
olhar de cobiça. Não é o ato, mas "o desejo de", que constitui
pecado. Esta é a diferença básica entre a Lei do Antigo e do Novo
testamento. O primeiro exemplo lida principalmente com ações, o último com
atitudes; o primeiro com obras, este último com desejos; o primeiro
com meios, este último com motivos; o primeiro com a mão, o último com o
coração.
Às vezes, é dito que, porque os cristãos não estão debaixo da Lei, mas debaixo
da graça, que eles não estão, assim, sujeitos a essas exigências rígidas, como
foram os santos do Antigo Testamento. Mas a interpretação que JESUS dá
aqui indica claramente que suas exigências vão mais fundo e mais alto e mais
longe do que as da lei mosaica. Este desejo é prioridade para a escritura,
é a primeira que deve ser dada atenção antes.
O olho é a porta de entrada para a mente, e
a mão representa o instrumento para fazer o mal. O
inferno não é Hades, o lugar dos espíritos que partiram,
mas Geena, o lugar de tormento. JESUS declarou que era melhor perder
o olho direito ou mão do que estar perdido para sempre
no inferno. Ele estava falando em sentido figurado, é claro, quando
ele falou de arrancar um olho ou cortar uma mão. Uma aplicação importante
seria a de cortar uma estreita amizade que estava levando para o pecado, ou uma
amada vocação que estava provando ser uma fonte de tentação.
Harmonia ( 5: 31-32 ) COMO ALTERAÇÕES DO Pr Henrique
31 Foi dito também, que qualquer que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de
divórcio: 32 mas eu digo-vos que todo aquele que repudia sua mulher,
a não ser por causa de PROSTITUIÇÃO, a faz adúltera; e qualquer que casar com
ela quando ela foi repudiada comete adultério.
O divórcio é um dos problemas mais antigos e persistentes na sociedade
humana. A lei mosaica permitia o divórcio, mas exigido um certificado a
ser dado, colocando, assim, uma restrição à fácil divórcio ( Deuteronômio 22.13-21;
24.1-4). Mas JESUS foi categórico no proibir o divórcio, exceto no
caso de SEXO ANTES DO CASAMENTO POR PARTE DA MULHER, COMO REGISTRADO NA
LEI (prostituição, conforme Deuteronômio 22.13-21; 24.1-4 – ESTE É O ENSINO DA
LEI, OU DE MOISÉS).
Continuação do Sermão da
Montanha - Mateus 5. 27-32 - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
- (Com alterações do Pr. Henrique)
Aqui temos uma explicação do
sétimo mandamento, que nos é dada pela mesma mão que fez a lei, e que,
portanto, era a mais adequada para ser a intérprete do mandamento: é o
mandamento contra a impureza, que adequadamente segue o anterior; que coloca
uma restrição às paixões pecaminosas. Isto com relação aos desejos pecaminosos,
que precisam sempre estar sob o controle tanto da razão quanto da consciência,
e que, se tolerados, são igualmente perniciosos.
I
O mandamento é apresentado aqui (v. 27): “Não cometerás adultério”, o que
inclui uma proibição de todos os outros atos de impureza, e o desejo deles; mas
os fariseus, em suas interpretações deste mandamento, tornaram a sua
abrangência limitada somente ao ato do adultério, sugerindo que se o pecado
somente fosse considerado no coração, e não passasse disso, DEUS não o ouviria,
não o consideraria (Sl 66.18), e, portanto, eles pensavam que isto era
suficiente para que pudessem dizer que não eram adúlteros (Lc 18.11).
II
Aqui está explicada a severidade, em três aspectos, que agora podem parecer
novos e estranhos àqueles que sempre foram governados pela tradição dos anciãos
e que assumiam o que eles ensinavam como sendo palavras de oráculo.
1. Aprendemos que existe o adultério no coração, os pensamentos e tendências
adúlteros, que nunca dão origem ao ato do adultério ou da fornicação OU DA
PROSTITUIÇÃO; e talvez a impureza que eles causam à alma, que aqui está tão
claramente declarada, não estivesse incluída no sétimo mandamento, mas tinha
sentido e objetivo em muitas das profanações cerimoniais sujeitas à lei, pelas
quais eles deviam lavar as roupas e a sua carne na água. Qualquer pessoa que
olhasse para uma mulher (não somente a esposa de outro homem, como alguns
interpretam, mas qualquer mulher) para cobiçá-la, teria cometido adultério com
ela em seu coração (v. 28). Este mandamento proíbe não apenas os atos de
fornicação e adultério, mas: (1) Todos os apetites impuros, toda a cobiça do
objeto proibido. Este é o início do pecado, a concepção da concupiscência (Tg
1.15); é um mal passo em direção ao pecado. E onde se aprova e se lida com a
cobiça, e o desejo devasso é tratado pela língua como algo doce, ali está a
comissão do pecado, até onde o coração pode tê-la – não faltando nada – a não
ser uma oportunidade conveniente para o próprio pecado. Adultera mens est – A
mente é corrupta, Ovídio. A cobiça é frustrada ou influenciada pela
consciência: influenciada, se ela não diz nada sobre o pecado; frustrada, se
ela não comanda o que diz. (2) Todas as abordagens deste caso. Alimentar os
olhos com a visão do fruto proibido; não apenas procurando este fim, que eu
possa cobiçar, mas olhando até que eu cobice realmente, ou procurando
gratificar a cobiça, onde nenhuma satisfação adicional possa ser obtida. Os
olhos são, ao mesmo tempo, a entrada e a saída de uma grande quantidade de
pecados deste tipo, como testemunham a mulher que tentou José (Gn 39.7), a
mulher que se entregou a Sansão (Jz 16.1), e a amante de Davi (2 Sm 11.2). Há
olhos cheios de adultério que não cessam de pecar (2 Pe 2.14). Que necessidade
temos nós, portanto, como o santo Jó, de fazer um concerto com os nossos olhos,
de fazer este acordo com eles, para que tenham o prazer de contemplar a luz do
sol e as obras de DEUS, com a condição de que nunca se fixem ou residam sobre
qualquer coisa que possa provocar imaginações ou desejos impuros. E, sob esta
penalidade, pelo que eles fizessem, precisariam sofrer com lágrimas penitentes!
(Jó 31.1). Para que temos a pálpebra sobre os olhos, a não ser para restringir
os olhares corruptos e para evitar as impressões que possam nos contaminar?
Aqui também se proíbe o uso de qualquer outro dos nossos sentidos para provocar
a cobiça. Se os olhares sedutores são frutos proibidos, muito mais o são as
palavras impuras e os galanteios devassos, o combustível e o fole deste fogo
infernal. Estes preceitos são limites sobre a lei da pureza do coração (v. 8).
E se olhar é cobiçar, aqueles que se vestem e se enfeitam, e se exibem, com o
desejo de serem vistos e desejados (como Jezabel, que pintou o rosto, enfeitou
a cabeça, e olhou pela janela) não são menos culpados. Os homens pecam, mas os
demônios tentam ao pecado.
2. Tais olhares e tais galanteios são tão perigosos e destrutivos para a alma,
que é melhor perder o olho e a mão que assim pecam do que abrir caminho ao
pecado e perecer eternamente nele. Isto nos é ensinado aqui (vv. 29,30). A
natureza corrupta logo objetaria contra a proibição do adultério no coração,
dizendo que ela é algo impossível de se controlar: “São palavras duras, quem
pode suportá-las? A carne e o sangue não podem evitar olhar com prazer para uma
mulher bonita, e é impossível se abster de cobiçar e flertar com algo assim”.
Desculpas como estas dificilmente serão vencidas pela razão, e, portanto, devem
ser atacadas com os terrores do Senhor; e é assim que são atacadas aqui.
(1) Aqui é descrita uma operação severa para a prevenção desses desejos
carnais. Se o teu olho direito te escandalizar, ou ofender outra pessoa, com
olhares devassos a coisas proibidas; se a tua mão direita te escandalizar, ou
ofender outra pessoa com flertes devassos; e se for realmente impossível, como
se diz, controlar o olho e a mão, e eles estiverem tão acostumados a estes
procedimentos pecaminosos, a ponto de não poder evitá-los; se não existir outra
maneira de restringi-los (o que, bendito seja DEUS, por meio da sua graça, existe),
é melhor para nós arrancar o olho e cortar a mão (ainda que sejam o olho
direito e a mão direita, os mais dignos de honra e os mais úteis) do que
tolerar que eles pequem para a ruína da alma. E se isto tiver que ser contido –
diante desta idéia, a natureza estremece – devemos nos determinar ainda mais a
controlar o corpo e a conter estas coisas. Viver uma vida de mortificação e de
autonegação; manter constante vigilância sobre os nossos próprios corações;
suprimir o surgimento de qualquer desejo e corrupção ali; evitar as
oportunidades de pecados, resistir aos seus estímulos e recusar a companhia
daqueles que são uma armadilha para nós, ainda que sejam muito agradáveis;
ficar afastados do caminho do mal e reduzir o uso das coisas lícitas, quando
descobrirmos que são tentações para nós; buscar a DEUS, buscar a sua graça;
confiar diariamente na sua graça, e desta maneira andar no ESPÍRITO, para não
satisfazermos os desejos da carne – isto será tão eficiente quanto cortar a mão
direita ou arrancar o olho direito; e talvez igualmente eficiente em oposição à
carne e ao sangue; esta é a destruição do velho homem.
(2) Um argumento estarrecedor é usado para reforçar esta prescrição (v. 29), e
é repetido nas mesmas palavras (v. 30), porque nos negamos a ouvir o que é reto
(Is 30.10). É melhor para nós que um dos nossos membros pereça, ainda que seja
um olho ou uma mão, que se poupado pode trazer o pior, do que todo o nosso
corpo ser lançado no inferno. Observe: [1] Não é inconveniente que um ministro
do Evangelho pregue sobre o inferno e a condenação. Não. Ele precisa fazê-lo,
pois o próprio CRISTO o fez; e nós seremos infiéis ao que nos foi confiado, se
não advertirmos sobre a ira futura. [2] Existem alguns pecados dos quais
precisamos ser salvos pelo medo, particularmente os desejos carnais, que são
animais tão selvagens que não podem ser detidos, a não ser pelo medo; não
podemos ser afastados de uma árvore proibida, a não ser por um querubim com uma
espada flamejante. [3] Quando somos tentados a pensar que é muito difícil negar
a nós mesmos e crucificar os desejos carnais, devemos considerar quão mais
difícil é estar para sempre no lago que arde com fogo e enxofre. Estas pessoas
não sabem o que é o inferno, ou não acreditam em sua existência, e preferem se
arriscar à ruína eterna nestas chamas a negarem a si mesmas o prazer de um
desejo bruto e vil. [4] No inferno haverá tormentos para o corpo. Todo o corpo
será lançado no inferno, e haverá tormentos para todas as suas partes, de modo
que se cuidarmos do nosso corpo, nós o possuiremos em santificação e honra, e
não na paixão da concupiscência. [5] Mesmo aquelas imposições que são mais
desagradáveis para a carne e o sangue são boas para nós; e o nosso Mestre não
exige nada de nós, exceto o que Ele sabe que é para o nosso bem.
3. Que os homens se divorciassem de suas esposas quando não gostassem delas, ou
por qualquer outro motivo que não fosse A PROSTITUIÇÃO ANTES DO CASAMENTO, por
mais tolerado e praticado que fosse este motivo entre os judeus, era uma
violação do sétimo mandamento, pois abria uma porta para o adultério (vv. 31,
32). Observe aqui:
(1) Como ficava o assunto agora, com relação ao divórcio. Foi dito (Ele aqui
não diz como antes: “Foi dito aos antigos”, porque este não era um preceito,
como eram aqueles. Embora os fariseus estivessem inclinados a compreendê-lo
assim, Mt 19.7, esta era somente uma permissão): “Qualquer que deixar sua
mulher, que lhe dê carta de desquite” (ou repúdio, ou divórcio). Em outras
palavras, que o homem não pense em fazê-lo somente em palavras, quando estiver
aborrecido, mas que o faça deliberadamente, por um instrumento legal por
escrito, confirmado por testemunhas; E SOMENTE NO CASO DE A MULHER TER SE
PROSTITUIDO ANTES DO CASAMENTO, se ele dissolver a ligação matrimonial, que ele
o faça solenemente. Assim a lei tinha evitado divórcios intempestivos e
apressados, e talvez no início, quando a escrita não era tão comum entre os
judeus, tivesse tornado raros os divórcios. Mas com o passar do tempo, o
divórcio acabou ficando muito comum, e esta orientação de como fazê-lo, quando
houvesse justa causa para ele, se transformou em uma permissão para ele, com
qualquer causa (Mt 19.3).
(2) Como esta questão foi corrigida pelo nosso Salvador. Ele reduziu o ritual
do casamento à sua instituição primitiva: eles serão uma única carne, não
facilmente separável, e, portanto, o divórcio não deve ser permitido, exceto em
caso de PROSTITUIÇÃO DA MULHER ANTES DO CASAMENTO, que rompe o pacto de
casamento. Aquele que repudia a sua esposa com qualquer outra desculpa faz com
que ela cometa adultério, e também o faz aquele que se casa com a repudiadaE
ESTE MARIDO TAMBÉM ESTARÁ EM ADULTÉRIO SE CASAR DE NOVO. Observe que aqueles
que levam os outros à tentação do pecado, ou os deixam na tentação, ou ainda os
expõem a ela, se tornam também culpados do pecado, que lhes será imputado. Esta
é uma forma de ter a sua parte com os adúlteros (Sl 50.18).
Acerca do adultério e do
divórcio (5.27-32) - Comentário - NVI (F. F. Bruce) - (Com alterações do
Pr. Henrique)
Cf. 19.9; Mc 10.11,12; Lc 16.18. Para o AT, a fornicação ou prostituição e o
adultério não são dois estágios do pecado, mas diferentes tipos
de pecado. Aquela é condenada expressamente só nas suas formas mais
graves, embora sempre seja considerada com desagrado. Já o adultério era um
pecado fundamental contra a família, contra DEUS que foi testemunha deste
casamento e assim contra a sociedade, e implicava a pena de morte (Lv 20.10; Dt
22.22). O judeu piedoso considerava todo pecado sexual, na prática ou
em pensamento, com repugnância. Se JESUS está aqui concentrando sua
atenção na transgressão mais séria, de forma alguma ele está desculpando a
menos séria.
A opinião popular de que os rabinos eram frouxos e indulgentes acerca do
divórcio vem da ignorância a respeito dos seus métodos exegéticos. Os
discípulos de Shammai (século I d.C.) traduziam Dt 24.1 como está na ARA
(“coisa indecente”); os seus rivais, os discípulos de Hillel, entendiam o
termo como “qualquer coisa ofensiva”. Com base nisso, eles diziam que
queimar a comida do marido seria motivo suficiente para o divórcio, como
também se o marido encontrasse uma mulher mais bonita que a esposa
(Aqiba, que morreu em 135 d.C.). Mas isso era somente a exposição da lei
como eles a entendiam. Na verdade, eles censuravam abertamente o
divórcio, e não há evidência de que fosse algo comum.
O uso que JESUS faz de adultério (v. 28) sugere que o homem e a mulher eram
impedidos de se casar. Supostamente gyné (mulher) traz aqui, como com
frequência, o significado de “esposa” (assim Arndt). O pecado, mesmo em
pensamento, era tão sério que valeria a pena ficar aleijado para evitá-lo.
Isso parece responder por antecipação ao argumento moderno de que o
adultério e a fornicação ou prostituição são, sob certas circunstâncias,
naturais e necessários para se ter uma vida plena.
As palavras de JESUS acerca do divórcio têm causado tantas controvérsias que
devemos nos restringir à afirmação dos fatos, (a) JESUS estava se
dirigindo a pessoas cujo caráter é descrito em 5.3-10. Ele não
estava colocando os gentios não-regenerados sob restrições maiores do
que tinham sido colocados os judeus (Dt 24.1-4). (b) Visto que
os Evangelhos não circularam em um códice antes do século II, não
podemos dar à cláusula de exceção exceto por prostituição (porneia) um
significado tão grande que os que possuíam somente Marcos ou Lucas fossem
interpretar erroneamente as palavras de CRISTO, (c) o termo porneia é
usado na LXX ou no NT acerca de ato sexual antes do casamento. Se a mulher
antes de se casar se prostituísse morreria apedrejada. Era como alguém nada
melhor do que uma prostituta, (d) Com base no fato de que tanto prostituição, quanto o adultério implicava
a pena de morte, pode-se argumentar que o adultério automaticamente colocava um
fim no casamento.
SINÓPSE I - O Senhor JESUS
condena claramente a prática do adultério.
SINÓPSE II - O que procede do coração e permeia o pensamento do homem
determinarão seu comportamento.
SINÓPSE III - Na perspectiva bíblica, o casamento é uma união indissolúvel.
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a respeito do caráter vitalício do casamento. Veremos
que a Bíblia condena o adultério e afirma a indissolubilidade do casamento. Num
contexto em que a instituição do casamento é tão atacada, apresentamos um
estudo que fortalecerá a instituição do casamento e apresentará seu caráter
divino, pois foi DEUS quem a instituiu.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Apresentar a condenação do adultério; II) Mostrar que
o que rege o coração regerá o corpo também; III) Afirmar a indissolubilidade do
casamento.
B) Motivação: Todo seguidor de JESUS tem em alta conta a instituição do
casamento. É uma instituição vinda de DEUS para o homem e a mulher. Por isso,
os valores da Bíblia que regem o casamento são opostos aos que são propagados
no mundo atual.
C) Sugestão de Método: O modelo tradicional de casamento está em sistemático
ataque secular. Por isso, antes de iniciar terceiro tópico, sugerimos a
seguinte indagação: Qual é a origem do casamento? Ouça as respostas dos alunos.
Estimule-os a participem, objetivando a obter as respostas. Após ouvi-las
atenciosamente, dê uma resposta unificada a partir da exposição do tópico,
mostrando com clareza os valores que regem o casamento cristão.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: O casamento não é constituído de pessoas rivais. Viver sob o
mesmo teto requer disposição de comunicar, amar e ajudar. O convívio no
casamento debaixo da perspectiva do amor cristão é o antídoto para o fracasso
no casamento. É desejo de DEUS que o casamento dure até que a morte separe o
casal.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz
reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas. Na
edição 89, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final dos tópicos, você encontrará dois auxílios que
darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "JESUS e a dimensão
prática do divórcio", localizado ao final do primeiro tópico, é uma
análise de como nosso Senhor aborda um dos mandamentos que fundamenta a postura
ética do cristão diante do casamento; 2) O texto "Para restringir a falta
grave", localizado ao final do segundo tópico, traz a análise da rejeição
de DEUS ao divórcio, mostrando a natureza indissolúvel da instituição criada
por DEUS: o Casamento.
JESUS foi categórico no
proibir o divórcio, exceto no caso de SEXO ANTES DO CASAMENTO POR PARTE DA
MULHER, COMO REGISTRADO NA LEI (prostituição, conforme Deuteronômio 22.13-21; 24.1-4).
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO TOP3
Para restringir a falta grave
“JESUS aborda novamente um dos Dez Mandamentos e afirma sua maior autoridade
para interpretá-lo. Como alguns dos seus contemporâneos Ele vai às minúcias
para restringir esta falta grave. Alguns fariseus fechariam os olhos ou
andariam com a cabeça inclinada para não olhar uma mulher. Mas JESUS identifica
o coração como a principal parte ofendida do ser humano, pois o coração é a
sede da vontade, da imaginação e da intenção da pessoa, embora os olhos tenham
sua parte. JESUS não está condenando a atração sexual natural, mas a luxúria ou
desejo lúbrico (v. 28). A mensagem de JESUS é clara: Se a pessoa tratar da
intenção do coração, então os olhos cuidarão de si mesmos” (ARRINGTON, French
L; STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio
de Janeiro: CPAD, 2003, p.46).
)))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA BETEL 1Tr24
NA ÍNTEGRA
Lição 8, Betel, Família, uma Obra em
permanente construção, 1Tr24
EBD Revista
Editora Betel, 1° Trimestre De 2024, Tema: FAMILIA, UM PROJETO
DE DEUS – Moldando lares estruturados, saudáveis e estabelecendo um legado
de valores segundo a Bíblia Sagrada, Escola Bíblica Dominical
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- A FAMÍLIA É UMA
OBRA EM PROCESSO
1.1. O que foi
construído junto é mais sólido e de difícil desconstrução
1.2. No começo do
casamento não sabemos de quase nada
1.3. Não existe
casamento perfeito, porque somos imperfeitos
1.3. Não existe
casamento perfeito, porque somos imperfeitos
2- O CASAMENTO NÃO
PODE SER EXPERIMENTAL
2.1. O casamento
não pode ser descartável
2.2. O casamento
não pode ser volúvel
2.3. O casamento
não pode ser por conveniência.
3- O CASAMENTO É UM
APRENDIZADO CONSTANTE
3.1. A cultura
machista é prejudicial ao casamento
3.2. A cultura
feminista é prejudicial ao casamento
3.3. Aprenda a
aceitar o seu cônjuge e a amar a si mesmo
TEXTO ÁUREO
“Portanto, o que
Deus ajuntou, não o separe o homem.” Marcos 10.9
VERDADE APLICADA
A família é uma
construção permanente, que não se acha pronta, mas constrói-se com compreensão,
amor e carinho.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Mostrar que
a família é uma obra em processo
- Explicar que o casamento não pode ser experimental.
- Orientar que o casamento é um aprendizado constante.
TEXTOS DE
REFERÊNCIA - SALMO 128.1-6
1 Bem-aventurado
aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos.
2 Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.
3 A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus
filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.
4 Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor.
5 O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os
dias da tua vida.
6 E verás os filhos de seus filhos e a paz sobre Israel.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Sl
127 A segurança vem somente de Deus.
TERÇA – Mc 10.5-9 O que Deus ajuntou não separe o homem.
QUARTA – 1Co 13.1-7 Sem amor a vida não teria valor algum
QUINTA – 1Tm 3.11 As mulheres sejam respeitadas e fiéis.
SEXTA – Hb 13.4 Digno de honra entre todos seja o matrimônio.
SÁBADO – 1 Pe 3.7 O marido deve ser sábio no convívio com sua mulher.
HINOS SUGERIDOS: 4, 52, 107
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que as
famílias permaneçam fundamentadas na Rocha, que é CRISTO
INTRODUÇÃO
Uma família não se
faz de um dia para o outro. A construção de um bom relacionamento familiar leva
tempo e precisa de uma semeadura diária. Todos nós somos eternos aprendizes em
matéria de família.
1- A FAMÍLIA É UMA OBRA EM PROCESSO
Definição de processo: conjunto de medidas tomadas
para atingir um objetivo. Ação continuada; realização contínua; algo em
andamento, em desenvolvimento, em construção. Casamento não vem pronto, se
constrói [Gn 2.24; Sl 127.3-5; 128]. Casamento não é sorte, loteria, mas uma
construção diária. Marido não vem pronto, você faz. Você tem o marido que você
faz. Esposa não vem pronta, você faz. Você tem a esposa que você faz. O seu
cônjuge vai ser o espelho do que você é; como você se relaciona ou trata.
1.1. O que foi construído junto é mais sólido e de
difícil desconstrução
Tem cônjuge que constrói junto e tem cônjuge que
busca o conforto de algo pronto. Casamento não se vende na loja da esquina, nem
no shopping. Casamento é um processo que dura a vida toda [Mc 10.9; Rm 7.2-3;
1Co 7.39]. Ao nos casarmos não esgotamos e não chegamos no fim do processo,
depois virão os filhos, depois eles se casam e juntam-se a nós os genros e
noras, pessoas vindas de outros ambientes e culturas, outras criações e
precisamos aprender a conviver. Depois chegam os filhos dos filhos, os nossos
netos, e alguns alcançarão os bisnetos, e uma nova experiência. Cada fase é um
ciclo e vamos nos adaptando a cada etapa. Quando chega a velhice, ainda temos
que aprender a lidar com ela dentro do casamento e da família. Tudo é um
aprendizado e uma nova fase que estamos passando e construindo.
A responsabilidade é de cada
um de nós em construir nossos lares e preservá-lo. Como projeto de Deus. Não é
uma tarefa fácil, mas ninguém nunca disse que seria. Precisamos ter cuidado com
as pequenas pedras ao longo da vida, porque as grandes são visíveis. Precisamos
aprender a examinar tudo, retendo o que é bom para a nossa família [ 1 Ts 5.21
].
1.2. No começo do casamento não sabemos de quase
nada
Todos estão aprendendo e procurando se firmar, você
é aluno e professor ao mesmo tempo. A família é uma grande construção, que
acaba com o fim da vida, por isso, todos estamos em obras, precisamos aprender
e nos esforçar e fazer valer a pena estar casado. Se o seu casamento não é o
que você gostaria que fosse, verifique se ele está edificado no fundamento
certo, se não estiver, reconstrua seu relacionamento sobre os ensinos do Senhor
Jesus [Mt 7.24-27]. Ninguém nasce sabendo nem vira craque de uma hora para
outra. E com o tempo adquirimos maturidade [1 Co 13.11]. É como se fosse uma
construção de cimento e tijolos, quando a gente acha que concluiu, precisamos
aumentar os compartimentos, trocar alguma parede de lugar ou estar sempre em
reforma.
Por que não tem craque no
casamento? Porque não é uma atividade apenas pessoal, mas uma atividade em
conjunto, em equipe, mútua [Ec 4.9-12]. Nenhum craque, mesmo em um time de
futebol, é suficiente para evitar uma derrota do seu time. No início fomos
pegos no laço, fomos aprendendo e ganhando experiência e para termos uma
família perto da perfeição não desistiremos de caminhar juntos, nem de
restaurar as partes que danificam com o tempo.
1.3. Não existe casamento perfeito, porque somos
imperfeitos
Estamos prosseguindo para alcançar a perfeição [Ef
4.13; Fp 3.12]. Não existe casamento perfeito, mas existe casamento cem por
cento possível de convivência. Quando falamos em casamento, lembramos da
personalidade dos cônjuges, do temperamento, da volubilidade, da
mutabilidade. Estamos o tempo todo estudando o nosso cônjuge. Para tudo que
vale a pena na vida precisa de esforço. Para tudo na vida tem um preço, quem
não quer pagar, desista! O casamento não é diferente, é um esforço contínuo
para conviver. Casamento perfeito é uma utopia. Mas um casamento de sucesso é
quando você pode dizer um ao outro tudo ou qualquer coisa, sem segredos,
mentiras ou reservas. Quem fez o projeto foi Deus [Gn 2.18], então o projetista
orienta a construção de acordo com as normas traçadas. Quando se segue o
projeto, não tem como a casa ser mal construída.
Mesmo que sofra um estrago
pelos ventos da vida, quem fabricou sabe consertar. O problema é que não
consultamos o projetista e não seguimos o desenho das plantas e as
especificações. Toda casa sem alicerce ou edificada na areia não tem como ela
subsistir por muito tempo. Qualquer vendaval ou tempestade forte ela não
suportará [Lc 6.47-49]. O grande problema é que se gasta tempo, suor e dinheiro
com alicerce que ninguém vê. Ninguém chega na sua casa e pede para ver o
alicerce. Mas quer olhar a fachada e a boniteza da casa. Muitas pessoas
edificam o seu casamento na mentira, na grosseria, na irresponsabilidade, na
infidelidade. Infelizmente, não tem como dar certo.
EU ENSINEI QUE:
A família é uma obra em permanente construção.
2- O CASAMENTO NÃO PODE SER
EXPERIMENTAL
Precisamos nos conscientizar de que o casamento é
definitivo, até que a morte os separe. Não é até que surja um problema, uma
dificuldade, um descontentamento, uma crise. Se todas as crises acabassem em
separação, em divórcio, não teria mais ninguém casado. Muitos pensam e falam: “Vou me casar, se
não der certo, separo”: Marcos 10.9 diz: “O que Deus ajuntou não
separe o homem “.
2.1. O casamento não pode ser descartável
Precisamos perseverar e fazer a vontade de Deus
para alcançarmos a promessa [Hb 10.36]. Quem dá o sim precisa ir até o fim, não
pode ser descartável, que significa: pode ser jogado fora a hora que quiser,
que usa uma vez ou poucas vezes e depois descarta, jogar na lata de lixo.
Descartável é aquilo que não se destina a conservar nem a consertar. Precisamos
ser capazes de nos reerguer diante de uma falha, de um erro ou consertar o que
não saiu a contento. Já pensou começar tudo de novo? Não jogue fora aquilo que
você tem construído com muito sacrifício. Com 10, 20, 30, 40, 50 anos de
casado, olhar para trás e saber o que realizou, mas perdeu tudo pela insensatez
do descarte. Precisamos dar o nosso melhor e se possível fazer diferente e ser
a diferença em nosso relacionamento.
Todo dia você precisa lutar
pelo “sim” ; pela escolha que fez, pelo rumo que planejou, pelo caminho que
traçou, tendo certeza de que Aquele que começou a boa obra vai completá-la [Fp
1.6]. O “sim” passa pelo livre-arbítrio, pelo poder de escolha e pela decisão
espontânea. Muitas barreiras e desafios surgem diariamente a fim de nos
desestabilizar e desestruturar. Precisamos de ajuda e ser fortes bastante para
não nos abatermos por qualquer coisa.
2.2. O casamento não pode ser volúvel
Qualidade
daquilo que é inconstante, que muda de lado facilmente, instável, variável; uma
hora quer, outra hora não quer mais. Devemos ter em mente que a inconstância é
um inibidor para recebermos alguma coisa do Senhor [Tg 1.7-8]. Todos os dias
devemos optar e decidir se vamos esperar acontecer ou se vamos decidir o nosso
caminho e não deixar que a vida nos leve para onde ela quiser. Precisamos
encarar os problemas de cada dia. Não adianta deixá-los acumular.
A perseverança é a marca dos que permanecem casados. Seja
persistente.
O otimismo, a fé e a esperança
são os nossos sustentáculos, que jamais podemos perder. A sabedoria e a
insensatez no casamento nos ensinam isso [Pv 14.1]. Uma edifica a sua Casa, a
outra com as próprias mãos a derruba. Não podemos destruir um castelo por causa
de uma goteira ou uma telha quebrada:
a) porque se gastou tempo para construir,
b) porque se pagou preço de renúncias e até de lágrimas. Vale a pena consertar
o telhado do nosso castelo, do que derrubá-lo por qualquer coisa [ 1 Co 7.10-11
] .
2.3. O casamento não pode ser por
conveniência.
Nenhum dos cônjuges pode defraudar um ao outro
senão por consentimento mútuo [1Co 7.5]. Conveniente é aquilo que atende ao
gosto só de um dos lados, o prazer só de um dos lados. Quando um dos cônjuges
começa a viver de forma conveniente, o casamento está fadado ao fracasso, pois
conveniente é quando convém à pessoa, que é favorável ou interessante, que dá
lucro, o que satisfaz e na hora que atende às suas expectativas. Só serve se
lhe trouxer bem-estar, pessoa que vive egoisticamente. Uma vez satisfeito o seu
desejo ou a sua vontade, o resto ele não está nem aí. O corpo de um pertence ao
outro [ 1Co 7.4]. Mas, se não for bom para os dois lados, esqueça, delete.
No casamento nenhum dos cônjuges pode ser individualista [ 1 Co
11.11-12].
Como seres humanos, sempre
achamos que o que não temos é melhor do que o que temos e sempre lutamos para
ter aquilo que nos agrada. Mas uma coisa deve ser entendida, que o seu cônjuge
ou o seu casamento pode ter alguma coisa de errado que não tem no outro, mas,
em compensação, no outro casamento podem ter coisas erradas que no seu não tem.
Não copie, nem cobice outro casamento. Os cônjuges não podem assediar nem deixar
serem assediados por ninguém [Êx 20.17].
EU ENSINEI QUE:
O casamento não pode ser em caráter experimental,
definitivo, até que a morte separe.
3- O CASAMENTO É UM APRENDIZADO CONSTANTE
O aprendizado é um processo contínuo de aprender,
de adquirir conhecimento, competências, habilidades e mudar comportamentos. É
preciso estar fundamentado em Cristo [Mt 7.24-27]. Aprender aquilo que pode
solidificar o casamento e a família, pontos que podem convergir os cônjuges
para uma história diferente no relacionamento entre eles e com a família que
lhes cercam. Não devemos ser ouvintes, mas praticantes [Tg 1.25-27]. Aprenda a
cortar as arestas e a lapidar as pedras preciosas: casamento e família. Evite a
cultura machista ou feminista, onde nenhum se dobra.
3.1. A cultura machista é prejudicial ao casamento
Machismo é o exagerado senso de orgulho
masculino, virilidade agressiva, comportamento expresso por opiniões ou
atitudes de um indivíduo que discrimina ou recusa a igualdade de direitos e
deveres com as mulheres. O machismo pensa que sempre está numa posição superior
ao que é feminino, ou seja, o machismo é a ideia errônea de que os homens são
sempre “superiores” às mulheres. A mulher perde o seu direito de livre
expressão, perde a sua personalidade, sendo forçada pela sociedade machista a
servir e assistir as vontades do homem, custe o que custar. O homem foi dado em
Lugar de cabeça [Ef 5.23], cabeça é liderança, liderança não um déspota,
líder discute o assunto em pauta, o líder procura chegar a um acordo antes de
bater o martelo. Devemos conviver com entendimento, para que nossas orações não
sejam interrompidas [1Pe 3.7].
Andarão dois juntos, se não
estiverem em acordo? [Am 3.3]. A concordância exige renúncia, abrir mão, exige
recuo. Na dúvida, não ultrapasse. Às vezes, uma preferência pessoal é deixada
de lado para não estragar a harmonia do casamento. Renúncia é um segredo, mas
muitos acham muito caro e não querem pagar. Quem nunca recua ou renuncia para
chegar a um acordo mostra que é um péssimo negociador e egoísta. Tomar as
decisões sozinho, como se não houvesse companheira, é algo arbitrário e não é a
autoridade delegada dada por Cristo.
3.2. A cultura feminista é prejudicial ao
casamento
Feminismo é uma doutrina que preconiza o
aprimoramento e a ampliação do papel e dos direitos das mulheres na sociedade.
Pede o fim da sociedade patriarcal; reivindica a igualdade política, jurídica e
social entre homens e mulheres. Essa corrente de pensamento diz que a sua
atuação não é sexista, isto é, não busca impor algum tipo de superioridade
feminina, mas a igualdade entre os sexos. O feminismo não quer emancipar
somente no mercado de trabalho; a principal crítica feita a essa corrente é de
valorizar excessivamente a condição econômica, cultural e colocar a mulher na
dominação do homem. O feminismo procura apontar que os indivíduos são iguais ou
possuem os mesmos valores dentro de uma sociedade. A mulher foi dada como
submissa ao seu marido [Ef 5.22; Cl 3.18]. A missão está com o homem, a mulher
na qualidade de submissa ajuda o seu marido em tudo e o auxilia na execução das
suas responsabilidades e projetos. Mesmo com o desenvolvimento intelectual e
profissional das mulheres, não podemos esquecer que perante a Bíblia Sagrada,
no casamento, cada um tem o seu papel.
Para o homem não se achava
adjutora que lhe correspondesse, como se estivesse diante dele [Gn 2.20] .
Corresponder é ser equivalente, condizente, estar em conformidade, olho no
olho, conversar e ter o mesmo linguajar, ter acasalamento satisfatório, ter
ajuda mútua. Da costela de Adão, Deus formou a mulher e a trouxe ao homem [Gn
2.21-22]. Deus não tirou da cabeça para que a mulher não dominasse o homem, não
tirou dos pés para que a mulher não fosse pisada pelo homem. A mulher sábia
edifica o seu lar, faz dele um paraíso, mas a tola quer medir forças e o
destrói [Pv 14.1].
3.3. Aprenda a aceitar o seu cônjuge e a amar a si
mesmo
Compreender os limites da pessoa amada: limites
físicos, intelectuais, laborais, sexuais, de paciência. Aceitar as
preferências, os hábitos, as tradições regionais, de família e de igreja.
Aceitar as escolhas diferentes sem criticar ou reprovar, no lugar da crítica
precisa de habilidade para aconselhar sem ferir a pessoa amada. O elogio se
esquece, a crítica se leva para o túmulo. Existem formas inteligentes de
discordar de uma coisa não sendo deselegante. Quem ama o seu cônjuge ama a si
mesmo [Ef 5.28]. Aprender a se cuidar: se o meu cônjuge me ama, ele nunca vai
ser atraído por outra pessoa, isso é utopia. O seu cônjuge está vendo gente
interessante todo dia, gente bonita, gente bem vestida, gente cheirosa, gente
que preenche os vazios que você deixa. Mesmo dentro de casa, os cônjuges
precisam estar asseados, arrumados e cheirosos. Não descuide da sua aparência.
Para aceitar os limites da
pessoa amada e continuar sendo atraída por ela, é preciso se posicionar com
amor. O amor é o oxigênio que mantém o casamento vivo e a família unida. O amor
não é uma coisa bruta ou grosseira que é feita de qualquer jeito. Amor exige
carinho, atenção, presença, proteção e reconhecimento. Amor não é presente
físico, mas da alma. O amor sobrevive com os cuidados diários e aceitação do
outro. Amar uma pessoa com o seu jeito de amar pode não corresponder ao que o
cônjuge espera de você. O que para você é o máximo, para o seu cônjuge pode ser
trivial. Estude um ao outro da melhor maneira possível e faça um ao outro feliz
[Ef 5.29].
EU ENSINEI QUE:
O casamento é um processo contínuo de aprendizado.
CONCLUSÃO
Ninguém se casa sozinho, ninguém consegue uma vida
matrimonial se não for construída a dois, precisamos abrir mão dos nossos
caprichos em benefício da família. Mais cedo ou mais tarde os ventos virão, o
segredo está na base, no alicerce, no fundamento.