07 julho 2025

Escrita Lição 2, Betel, O Evangelho do Filho de Deus – A Revelação da Luz ao Mundo, 3Tr25, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 2, Betel, O Evangelho do Filho de DEUS, A Revelação da Luz ao Mundo, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 99991520454 Luiz Henrique de Almeida Silva

 EBD, Editora Betel | 3° Trimestre De 2025 | Tema, JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS, A verdade que Transforma Milagres, Ensinamentos e a Promessa da Vida eterna no Evangelho de João | Escola Bíblica Dominical

 


Vídeo https://youtu.be/6tc3Ms4pRWE?si=vs0VnmaMMvojc48V

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/07/escrita-licao-2-betel-o-evangelho-do.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/07/slides-licao-2-betel-o-evangelho-do.html

PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-2-betel-o-evangelho-do-filho-de-deus-3tr25-pptx/281444035


ESBOÇO DA LIÇÃO
1- O CONTEXTO HISTÓRICO
1.1. A autoria material do Evangelho 
1.2. A data e o local 
1.3. Os destinatários 
2- O CONTEXTO RELIGIOSO
2.1. O judaísmo e o cristianismo 
2.2. O helenismo e o cristianismo 
2.3. O gnosticismo e o cristianismo
3- O PROPÓSITO
3.1. Um Evangelho distinto dos demais 
3.2. A teologia joanina
3.3. João nos ensina a evangelizar 
 
TEXTO ÁUREO
“No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS”, João 1.1.
 
VERDADE APLICADA
O Evangelho de João revela que o Verbo Divino que se fez carne e habitou entre nós é o CRISTO Prometido, o Filho de DEUS, enviado para nos salvar.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Conhecer o contexto histórico e religioso do Evangelho de João.
Ressaltar as adversidades que os cristãos enfrentavam nos dias de João.
Compreender a diferença entre o Evangelho de João e os Evangelhos sinóticos.
Ressaltar as adversidades que os cristãos enfrentavam nos dias de João.
Compreender a diferença entre o Evangelho de João e os Evangelhos sinóticos.
 
TEXTOS DE REFERÊNCIA - João 1.2-10
2 Ele estava no princípio com DEUS.
3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
5 E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6 Houve um homem enviado de DEUS, cujo nome era João.
7 Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
8 Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz.
9 Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo.
10 Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
 
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda | Jo 1.14 O Verbo se fez carne e habitou entre nós.
Terça | Jo 1.12 João apresenta o Filho de DEUS como o Salvador.
Quarta | Jo 8.11 O Filho de DEUS ensinou sobre o perdão.
Quinta | Jo 3.16 Quem crer no Filho tem a vida eterna.
Sexta | Jo 1.2 O Filho de DEUS estava no princípio com o Pai.
Sábado | CI 1.17 O Filho de DEUS é antes de todas as coisas.
Terça | Jo 1.12 João apresenta o Filho de DEUS como o Salvador.
Quarta | Jo 8.11 O Filho de DEUS ensinou sobre o perdão.
Quinta | Jo 3.16 Quem crer no Filho tem a vida eterna.
Sexta | Jo 1.2 O Filho de DEUS estava no princípio com o Pai.
Sábado | CI 1.17 O Filho de DEUS é antes de todas as coisas.
HINOS SUGERIDOS: 88, 111, 139
 
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que mais pessoas reconheçam o Filho de DEUS como o único Salvador.
 
PONTO DE PARTIDA: JESUS CRISTO é o Filho de DEUS.
 
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SUBSÍDIOS EXTRAS DE REVISTAS ANTIGAS E LIVROS.
LEIA TUDO E ESTARÁ APTO A DAR UMA EXCELENTE AULA.
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Autor: João

Tema: JESUS, o Filho de DEUS

Data: 90-95 d.C.

 

Considerações Preliminares

O Evangelho segundo João é ímpar entre os quatro Evangelhos. Relata muitos fatos do ministério de JESUS na Judéia e em Jerusalém que não se acham nos Sinóticos, e revela mais a fundo o mistério da sua pessoa. O autor identifica-se indiretamente como o discípulo “a quem JESUS amava” (13.23; 19.26; 20.2; 21.7, 20). O testemunho dos primórdios do cristianismo, bem como a evidência interna deste Evangelho, evidenciam João, o filho de Zebedeu, como o autor. João foi um dos doze apóstolos originais de CRISTO, e também um dos três mais chegados a Ele (Pedro, Tiago e João).

Segundo testemunhos muito antigos, os presbíteros da igreja da Ásia Menor pediram ao venerável ancião e apóstolo João, residente em Éfeso, que escrevesse este “Evangelho espiritual” para contestar e refutar uma perigosa heresia concernente à natureza, pessoa e deidade de JESUS, propagada por um certo judeu de nome Cerinto. O Evangelho segundo João continua sendo para a igreja uma grandiosa exposição teológica da “Verdade”, como a temos personalizada em JESUS CRISTO.

 

Propósito

João deixa claro o propósito do seu Evangelho, em João 20.31, a saber: “para que creiais que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”. Alguns manuscritos gregos deste Evangelho apresentam, nesta passagem, formas verbais distintas para “crer”. Uns contêm o aoristo subjuntivo (“para que comecem a crer”); outros contêm o presente do subjuntivo (“para que continuem crendo”). No primeiro caso, João teria escrito para convencer os incrédulos a crer em JESUS CRISTO e serem salvos. No segundo caso, João teria escrito para consolidar os fundamentos da fé de modo que os crentes continuassem firmes, apesar dos falsos ensinos de então, e assim terem plena comunhão com o Pai e o Filho (cf. João 17.3). Estes dois propósitos são vistos no Evangelho segundo João. Contudo, o peso do Evangelho no seu todo favorece o segundo caso como sendo o propósito predominante.

 

Visão Panorâmica

O quarto Evangelho apresenta evidências cuidadosamente selecionadas no sentido de JESUS ser o Messias de Israel e o Filho encarnado (não adotado) de DEUS. As evidências comprobatórias incluem: (1) sete sinais (João 2.1-11; 4.46-54; 5.2-18; 6.1-15; 6.16-21; 9.1-41; 11.1-46) e sete sermões (João 3.1-21; 4.4-42; 5.19-47; 6.22-59; 7.37-44; 8.12-30; 10.1-21), pelos quais JESUS revelou claramente sua verdadeira identidade; (2) sete declarações “Eu sou” (João 6.35; 8.12; 10.7; 10.11; 11.25; 14.6; 15.1) mediante as quais JESUS revelou figuradamente aquilo que Ele é como redentor da raça humana; e (3) a ressurreição corpórea de JESUS como o sinal supremo e a prova máxima de que Ele é o “CRISTO, o Filho de DEUS” (20.31).

João contém duas divisões principais. (1) Os caps. 1—12 tratam da encarnação e do ministério público de JESUS. Apesar dos sete sinais convincentes de JESUS, dos seus sete grandiosos sermões e das suas sete majestosas declarações “Eu sou”, os judeus o rejeitaram como seu Messias. (2) Uma vez rejeitado pelo Israel do antigo pacto, JESUS passou (13–21) a considerar seus discípulos como o núcleo do novo concerto (i.e., a igreja que Ele fundou). Estes capítulos incluem a última ceia de JESUS (13), seus últimos sermões (14–16) e sua oração final com seus discípulos (17). O novo concerto se iniciou e se estabeleceu pela sua morte (18,19) e ressurreição (20,21).

 

Características Especiais

Oito características ou ênfases principais destacam o Evangelho segundo João. (1) JESUS como “o Filho de DEUS”. Do prólogo do Evangelho, com sua sublime declaração: “vimos a sua glória” (1.14), até à sua conclusão na confissão de Tomé: “Senhor meu, e DEUS meu!” (20.28), JESUS é DEUS, o Filho encarnado. (2) A palavra “crer” ocorre 98 vezes, equivalente a receber a CRISTO (1.12). Ao mesmo tempo, esse “crer” requer do crente uma total dedicação a Ele, e não apenas uma atitude mental. (3) “Vida eterna” em João é um conceito-chave, referindo-se não tanto a uma existência sem fim, mas à nova qualidade de vida que provém da nossa união com CRISTO, a qual resulta tanto na libertação da escravidão do pecado e dos demônios, como em nosso crescimento contínuo no conhecimento de DEUS e na comunhão com Ele. (4) Encontro de pessoas com JESUS. Temos neste Evangelho 27 desses encontros individuais assinalados. (5) O ministério do ESPÍRITO SANTO, pelo qual Ele capacita o crente, comunicando-lhe continuamente a vida e o poder de JESUS após sua morte e ressurreição. (6) A “verdade”. JESUS é a verdade; o ESPÍRITO SANTO é o ESPÍRITO da verdade, e a Palavra de DEUS é a verdade. A verdade liberta (8.32); purifica (15.3). Ela é a antítese da natureza e atividade de Satanás (8.44-47, 51). (7) A importância do número sete neste Evangelho: sete sinais, sete sermões e sete declarações “Eu sou” dão testemunho de quem JESUS é (cf. a proeminência do número “sete” no livro de Apocalipse, do mesmo autor). (8) O emprego doutras palavras de destaque como: “luz”, “palavra”, “carne”, “amor”, “testemunho”, “conhecer”, “trevas” e “mundo”.

 BEP - CPAD

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A autoria material do Evangelho de João é tradicionalmente atribuída ao apóstolo João, filho de Zebedeu, também conhecido como "o discípulo amado". Essa tradição é sustentada por evidências da Igreja primitiva, incluindo escritos de figuras como Irineu e Policarpo, que atribuem o evangelho a João. No entanto, alguns estudiosos modernos questionam essa autoria, argumentando que o evangelho pode ter sido escrito por outra pessoa ou compilado a partir de fontes joaninas. 
Argumentos a favor da autoria de João, o Apóstolo:
 
  • Tradição da Igreja:
A tradição da Igreja, desde o século II, associa o evangelho ao apóstolo João. 
 
  • Referências ao "discípulo amado":
O evangelho se refere a um discípulo próximo a JESUS, que é tradicionalmente identificado como João. 
 
  • Testemunho ocular:
Alguns estudiosos argumentam que o evangelho contém detalhes e informações que sugerem um testemunho ocular dos eventos narrados. 
Argumentos contra a autoria de João, o Apóstolo:
 
  • Anonimato:
O evangelho não menciona explicitamente o nome do apóstolo João como autor. 
 
  • Diferenças em relação aos sinóticos:
O evangelho de João apresenta diferenças significativas em relação aos Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), o que leva alguns a questionar se o autor foi uma testemunha ocular. 
 
  • Complexidade teológica:
Alguns estudiosos sugerem que o evangelho reflete um desenvolvimento teológico que pode ter ocorrido mais tarde na história da Igreja. 
 
Conclusão:
A questão da autoria do Evangelho de João permanece em debate entre os estudiosos. A tradição da Igreja atribui o evangelho ao apóstolo João, os argumentos teológicos e históricos que levantam dúvidas sobre essa autoria não possui fundamentos sólidos para discordarem.
 
O Evangelho de João foi provavelmente escrito em Éfeso, na Ásia Menor (atual Turquia), entre os anos 90 e 100 d.C. Alguns estudiosos sugerem que ele foi escrito por João, o Apóstolo, enquanto outros apontam para um autor anônimo. 
Local:
  • Éfeso:
A tradição da igreja e a maioria dos estudiosos apontam para Éfeso como o local de escrita do Evangelho de João. 
 
  • Outras teorias:
Embora a tradição seja forte em relação a Éfeso, algumas teorias sugerem outros locais, como a Palestina ou outras regiões da Ásia Menor. 
Data:
 
  • Período:
Acredita-se que o Evangelho de João foi escrito entre os anos 90 e 100 d.C. 
 
  • Evidências:
Fragmentos de papiros datados de cerca de 135 d.C. sugerem que o texto já estava circulando nessa época, indicando que a escrita ocorreu antes disso. 
 
  • Influências:
Alguns estudiosos também consideram o contexto histórico, como a perseguição aos cristãos sob o imperador Domiciano, para datar o Evangelho. 
Importante: É fundamental ressaltar que a data e o local exatos da escrita do Evangelho de João são objeto de debate entre os estudiosos, e não há consenso absoluto sobre esses pontos. 
 
O Evangelho de João foi escrito para um público amplo, incluindo tanto judeus familiarizados com as profecias do Antigo Testamento sobre o Messias, quanto leitores gentios que poderiam não ter um conhecimento profundo das tradições judaicas. O autor busca fortalecer a fé dos cristãos existentes e também alcançar aqueles que ainda não conhecem JESUS CRISTO. O evangelho também parece ter como objetivo apresentar JESUS como o Messias e Filho de DEUS, destacando sua divindade e seu papel na salvação. 
Público-alvo:
 
  • Crentes judeus:
O evangelho utiliza o Antigo Testamento para demonstrar que JESUS é o cumprimento das profecias messiânicas, o que seria atraente para um público judeu. 
 
  • Leitores gentios:
O evangelho também se dirige a pessoas de diferentes origens culturais e religiosas, explicando a mensagem de JESUS de uma maneira que possa ser compreendida por aqueles que não estão familiarizados com a tradição judaica. 
 
  • Comunidades cristãs existentes:
O evangelho também serve para fortalecer a fé dos crentes e fornecer uma compreensão mais profunda da pessoa e obra de JESUS CRISTO. 
 
  • Pessoas não cristãs:
O evangelho busca apresentar JESUS como o Messias e Filho de DEUS, com o objetivo de atrair novos seguidores. 
Elementos do Evangelho que refletem o público-alvo:
 
  • Uso do Antigo Testamento:
A referência constante ao Antigo Testamento e às profecias messiânicas é um elemento chave para atingir o público judeu. 
 
  • Linguagem acessível:
A linguagem utilizada no evangelho é relativamente simples e direta, o que facilita a compreensão por pessoas com diferentes níveis de conhecimento. 
 
  • Ênfase na divindade de JESUS:
A apresentação de JESUS como o Filho de DEUS e a descrição de seus milagres e ensinamentos divinos são elementos que buscam fortalecer a fé dos crentes e atrair novos seguidores. 
 
  • Foco na vida eterna:
O evangelho destaca a importância da fé em JESUS para a salvação e a vida eterna, o que é um tema central para todos os cristãos. 
 
O Judaísmo é uma religião monoteísta milenar, considerada a mais antiga das três grandes religiões abraâmicas. É uma religião, filosofia e modo de vida para o povo judeu, com suas raízes no Mediterrâneo Oriental. A prática judaica envolve crenças, rituais, textos sagrados como a Torá e o Talmude, e uma forte tradição comunitária.
 
Principais Características:
 
  • Monoteísmo: Os judeus acreditam em um único DEUS, chamado Javé (ou Iahweh). 
  • Torá: O livro sagrado central, contendo os cinco primeiros livros da Bíblia hebraica, que narra a história do povo judeu e a aliança com DEUS. 
  • Talmude: Uma coleção de textos rabínicos que interpretam e explicam a Torá. 
  • Sinagoga: O local de culto e estudo judaico. 
  • Ritos e Tradições: Práticas como a circuncisão (Brit Milá), Bar/Bat Mitzvá (rito de passagem à maioridade), casamento e luto. 
  • Festas: Páscoa, Tabernáculos, Purim etc
  • Símbolos: A Estrela de Davi (Magen David), a Menorá (candelabro de sete braços) e a Mezuzá são símbolos importantes. 
  • Correntes: Existem diferentes vertentes do judaísmo, como o Ortodoxo, o Reformista e o Conservador, com diferentes abordagens em relação à prática e interpretação da lei judaica. 
 
Origens e História:
O Judaísmo surgiu na região do Levante (Oriente Médio) há cerca de 4.000 anos. Os hebreus, descendentes de Abraão, considerados os ancestrais do povo judeu, estabeleceram-se na região de Canaã e desenvolveram suas crenças e práticas religiosas. A história do Judaísmo é marcada por períodos de prosperidade e exílio, culminando na formação do Estado de Israel em 1948 (volta da existência do estado de Israel). 
 
Judaísmo e Outras Religiões:
O Judaísmo é uma das três religiões abraâmicas, juntamente com o Cristianismo e o Islamismo, compartilhando a crença em Abraão como figura importante. No entanto, o Judaísmo não reconhece JESUS CRISTO como o Messias, assim como os muçulmanos. Somente os cristãos o reconhecem como Senhor e Salvador. 
  
Helenismo refere-se ao período da história grega que se seguiu à morte de Alexandre, o Grande, e se estendeu até a conquista romana do Egito, marcado pela expansão da cultura grega e sua fusão com outras culturas do mundo antigo. É um período de transição entre a Grécia Clássica e a ascensão do Império Romano. 
Características principais do período helenístico:
 
  • Expansão da cultura grega:
Alexandre, o Grande, através de suas conquistas, espalhou a cultura grega por vastas áreas do mundo antigo, incluindo o Oriente Médio, Egito e Ásia Central. 
 
  • Fusão cultural:
A cultura grega interagiu e se fundiu com as culturas locais dessas regiões, resultando em uma nova cultura híbrida, o Helenismo. 
 
  • Desenvolvimento de cidades:
Alexandria, no Egito, tornou-se um importante centro cultural e intelectual, onde ocorreram avanços em diversas áreas do conhecimento. 
 
  • Novas escolas filosóficas:
Surgiram escolas filosóficas como o Estoicismo, Epicurismo e Ceticismo, que se preocupavam com questões práticas da vida e a busca pela felicidade. Isso tudo à parte de DEUS e seus ensinos bíblicos.
 
  • Influência duradoura:
Apesar do domínio romano, a cultura helenística continuou a influenciar a arte, a literatura, a filosofia e a ciência no mundo romano e além. 
O termo "helenismo" também pode se referir à:
 
  • Religião helênica:
Uma forma de paganismo moderno que busca reviver a antiga religião grega politeísta. 
 
  • Estilo de vida helênico:
Um termo mais amplo que engloba a cultura grega antiga, incluindo seus valores, costumes e práticas. 
Em resumo, o Helenismo representa um período de transformação e intercâmbio cultural entre a Grécia e outras civilizações, deixando um legado duradouro na história e cultura ocidental. 
 
O helenismo e o cristianismo são sistemas de pensamento distintos, e embora tenham coexistido e interagido, especialmente no período inicial do cristianismo, eles também apresentaram tensões e conflitos. O helenismo, com suas raízes na cultura grega antiga, influenciou a filosofia, a arte e a religião do mundo mediterrâneo, enquanto o cristianismo, com suas raízes no judaísmo, ofereceu uma nova perspectiva religiosa e moral. 
 
Pontos de conflito:
 
  • Politeísmo vs. Monoteísmo:
O helenismo era caracterizado pelo politeísmo, com a adoração de múltiplos deuses e deusas, enquanto o cristianismo abraçava o monoteísmo, a crença em um único DEUS. 
  • Concepções de mundo:
A filosofia helenística, como o estoicismo e o epicurismo, oferecia visões de mundo alternativas ao cristianismo, com foco na busca pela felicidade e na aceitação do destino, enquanto o cristianismo enfatizava a fé, a graça e a esperança na vida após a morte. 
 
  • Práticas religiosas:
O cristianismo rejeitava muitas práticas religiosas helenísticas, como a adoração de ídolos e a participação em rituais pagãos, considerando-as incompatíveis com sua fé. 
 
  • Concepção de amor:
O conceito de amor (agape) no cristianismo, que envolve sacrifício e altruísmo, difere do amor (eros) na filosofia grega, que está mais ligado ao desejo e à busca pela beleza. 
 
  • Moralidade:
O cristianismo enfatizava a importância da moralidade baseada nos ensinamentos de JESUS, enquanto o helenismo tinha diferentes códigos de ética, como o estoicismo, que valorizava a virtude e a razão. 
 
Influência mútua:
Apesar das diferenças e conflitos, o helenismo também influenciou o cristianismo, especialmente no período inicial. A filosofia grega, com suas reflexões sobre a alma, a verdade e a ética, contribuiu para o desenvolvimento do pensamento teológico cristão. A língua grega se tornou o idioma comum do cristianismo, facilitando a disseminação da nova fé. 
 
Conclusão:
Em resumo, o helenismo e o cristianismo não eram sistemas de pensamento totalmente compatíveis. Houve conflitos e tensões entre eles, especialmente em relação à religião, à visão de mundo e aos valores morais. No entanto, houve também influência mútua, com o helenismo moldando o pensamento cristão e o cristianismo buscando se adaptar e se integrar à cultura helenística. 
 
 
O gnosticismo é um conjunto de movimentos religiosos e filosóficos que floresceram entre os séculos I e III d.C., caracterizado pela busca do conhecimento (gnosis) como caminho para a salvação. Os gnósticos acreditavam possuir um conhecimento secreto e especial, que os diferenciava da maioria dos fiéis, e viam o mundo material como imperfeito e ilusório, enquanto o espírito era considerado divino. O calvinismo tem muito dessa filosofia em seus ensinos atuais (super valorização do intelectual em detrimento do espiritual).
 
Principais características do gnosticismo:
 
  • Dualismo:
A crença em dois princípios opostos, o bem e o mal, o espírito e a matéria, com o mundo material sendo visto como criação de um demiurgo inferior e imperfeito, enquanto o espírito é visto como parte de uma realidade superior e divina. 
 
  • Gnosis:
O conhecimento secreto e revelado que leva à salvação. Os gnósticos acreditavam que, através da gnosis, era possível libertar a centelha divina aprisionada no corpo e retornar à sua origem celestial. 
 
  • Cristologia:
A visão gnóstica de JESUS CRISTO varia, mas geralmente o considera um emissário de uma entidade divina superior, vindo para trazer a gnose e a salvação. 
 
  • Salvação:
A salvação não é alcançada pela fé ou pela obediência a dogmas, mas pela aquisição da gnosis e pela libertação do espírito do mundo material. 
 
Diferenças em relação ao cristianismo:
 
  • Enquanto o cristianismo tradicional enfatiza a fé e a graça divina como caminho para a salvação, o gnosticismo prioriza o conhecimento espiritual e a libertação do espírito. 
  • O gnosticismo muitas vezes rejeita a ideia de um DEUS criador bom e perfeito, associando a criação do mundo material a um ser inferior, enquanto o cristianismo tradicional celebra a criação divina como boa e perfeita. 
  • A cristologia gnóstica difere da cristologia tradicional, com JESUS sendo visto mais como um mestre espiritual que revela o caminho da salvação do que como o salvador que morre na cruz pelos pecados da humanidade. 
  •  
Influência do gnosticismo:
O gnosticismo exerceu influência sobre diversas correntes filosóficas e religiosas ao longo da história, e ainda desperta interesse e debate nos estudos religiosos e filosóficos atuais. A busca por conhecimento espiritual e a crítica à materialidade ainda são temas relevantes na sociedade contemporânea. 
Em resumo, o gnosticismo é um movimento complexo e multifacetado que propõe uma visão alternativa do mundo e do ser humano, enfatizando a busca pelo conhecimento como caminho para a libertação espiritual e a conexão com uma realidade superior. 
 
O Evangelho de João é considerado distinto dos outros três evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas), que são chamados de sinóticos. João apresenta uma perspectiva teológica e contemplativa, com foco na divindade de JESUS e em seus longos discursos, enquanto os sinóticos têm um caráter mais biográfico e histórico. 
Diferenças:
 
  • Material Único:
O Evangelho de João contém muito material que não se encontra nos outros três, como os diálogos com Nicodemos e a mulher samaritana, e eventos como a transformação da água em vinho e a ressurreição de Lázaro. 
 
  • Ênfase Teológica:
João foca na divindade de JESUS, apresentando-o como o Filho de DEUS e a Palavra que se fez carne, enquanto os sinóticos enfatizam mais sua humanidade e seu papel como Messias. 
 
  • Estilo Literário:
O estilo de João é mais poético e simbólico, com discursos mais longos e profundos, enquanto os sinóticos apresentam JESUS mais em parábolas e ações rápidas. 
 
  • Cronologia:
Existem diferenças na cronologia dos eventos, com João apresentando um período de ministério mais longo e alguns eventos em ordem diferente. 
Semelhanças:
 
  • JESUS como Messias:
Apesar das diferenças, todos os quatro evangelhos concordam que JESUS é o Messias prometido, o Filho de DEUS.
 
  • Mensagem de Salvação:
Todos os evangelhos pregam a mensagem de salvação através de JESUS CRISTO e do seu sacrifício na cruz. 
Conclusão:
Apesar das diferenças, o Evangelho de João é uma peça fundamental para a compreensão da fé cristã, complementando a visão dos sinóticos e oferecendo uma perspectiva mais profunda sobre a pessoa e a obra de JESUS CRISTO. 
 
A teologia joanina refere-se ao estudo teológico presente no Evangelho de João, nas três cartas de João e no Apocalipse, obras tradicionalmente atribuídas ao apóstolo João ou à comunidade que ele liderava. Essa teologia se destaca por sua ênfase em temas como a divindade de JESUS, a natureza do ESPÍRITO SANTO e a vida eterna através da fé em CRISTO. 
Principais características da teologia joanina:
 
  • Cristologia:
O Evangelho de João apresenta JESUS como o Verbo (Logos) eterno de DEUS, mediador da criação e da redenção. Destaca a divindade de CRISTO, com frases como "Eu sou" e a afirmação de que JESUS é o Filho de DEUS. 
 
  • ESPÍRITO SANTO:
O ESPÍRITO SANTO, também chamado de Paráclito (Conselheiro ou Advogado), desempenha um papel central, sendo aquele que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo e que guia os crentes à verdade. 
 
  • Salvação:
A salvação é vista como um dom de DEUS, recebido pela fé em JESUS CRISTO, com ênfase na vida eterna que se manifesta através do amor e da obediência a DEUS. 
 
  • Amor:
O amor é um tema central na teologia joanina, tanto o amor de DEUS pelos seres humanos quanto o amor que os cristãos devem ter uns pelos outros e por DEUS. 
 
  • Comunidade Joanina:
A teologia joanina também reflete as crenças e práticas de uma comunidade cristã específica, conhecida como comunidade joanina, que tinha uma compreensão particular da mensagem de JESUS e da sua importância. 
Obras e Autoria:
A teologia joanina é encontrada no Evangelho de João, nas três cartas de João (1 João, 2 João e 3 João) e no Apocalipse. Tradicionalmente atribuídas a João, o apóstolo ou João, o Evangelista, aquele a quem JESUS amava.
Relevância:
A teologia joanina tem sido fundamental para a compreensão do cristianismo ao longo da história, influenciando a teologia sistemática, a espiritualidade e a prática cristã. O seu rico simbolismo e a sua profunda reflexão sobre temas centrais da fé cristã continuam a desafiar e inspirar os estudiosos e os crentes. 
 
O Evangelho de João contém elementos importantes que podem nos ensinar sobre a evangelização, especialmente sobre a importância de testemunhar sobre JESUS e o amor de DEUS. Embora não seja um manual de evangelismo, a narrativa do evangelista João oferece exemplos e ensinamentos valiosos sobre como se aproximar das pessoas, compartilhar a fé e convidar outros a conhecerem JESUS. 
Pontos chave do Evangelho de João que nos ensinam sobre evangelização:
 
  • O amor de DEUS como base:
João enfatiza o amor de DEUS como a motivação para a evangelização. O sacrifício de JESUS na cruz é a maior demonstração desse amor, e o convite para crer em JESUS é um convite para experimentar esse amor e receber a salvação. 
 
  • Testemunho pessoal:
O evangelho mostra que a evangelização não é apenas uma pregação teórica, mas também um testemunho pessoal da experiência com JESUS. João compartilha sua própria experiência com JESUS e convida outros a fazerem o mesmo. 
 
  • Aproximação com as pessoas:
JESUS se aproxima das pessoas de forma natural e genuína, buscando um relacionamento com elas antes de compartilhar o evangelho. O diálogo com a mulher samaritana em João 4 é um exemplo disso, onde JESUS se aproxima dela com uma necessidade básica e, a partir daí, compartilha a verdade sobre si mesmo. 
 
  • A importância do ESPÍRITO SANTO:
O Evangelho de João destaca o papel do ESPÍRITO SANTO como aquele que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8). A evangelização é uma obra do ESPÍRITO SANTO, que capacita os crentes a testemunharem e convencerem outros da verdade de CRISTO. 
 
  • Chamado à obediência e discipulado:
A evangelização não se limita a um ato pontual, mas envolve o discipulado, ou seja, ensinar as pessoas a obedecerem aos mandamentos de JESUS. O chamado de JESUS para fazer discípulos de todas as nações, batizando-os e ensinando-os a obedecer a seus mandamentos, é um convite para um processo contínuo de crescimento na fé. 
Em resumo, o Evangelho de João nos ensina que a evangelização é um processo que se inicia com o amor de DEUS, se desenvolve por meio do testemunho pessoal, da aproximação com as pessoas, da ação do ESPÍRITO SANTO e culmina no discipulado, onde aqueles que creem são chamados a crescer na fé e a obedecer aos mandamentos de JESUS. 
 
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JOÃO

UMA EXPOSIÇÃO COM OBSERVAÇÕES PRÁTICAS

 

Não é importante investigar quando e onde este Evangelho foi escrito. Nós temos certeza de que ele foi dado por DEUS, através de sua inspiração, a João, irmão de Tiago, um dos doze apóstolos, distinguido pelo caráter honorável de um discípulo a quem JESUS amou, um dos três primeiros no apreço do Filho de Davi, escolhido para ser a testemunha dos seus períodos de isolamento, particularmente da sua transfiguração e da sua agonia. Os antigos nos dizem que João viveu mais do que todos os doze apóstolos, e foi o único, entre eles, que teve uma morte natural. Todos os demais foram martirizados. E alguns deles dizem que João escreveu este Evangelho em Éfeso, a pedido dos ministros das diversas igrejas da Ásia, em oposição à heresia em Corinto e aos ebionitas, que julgavam que nosso Senhor era um mero homem. Parece mais provável que ele o tenha escrito antes do seu exílio na ilha de Patmos, pois ali ele escreveu seu livro do Apocalipse, cujo encerramento parece destinado a ser o encerramento do cânon das Escrituras. E, se isto for verdade, seu Evangelho não teria sido escrito depois. Portanto, eu não posso dar crédito àqueles últimos patriarcas que dizem que ele o teria escrito no seu exílio, ou depois de ter retornado dele, muitos anos depois da destruição de Jerusalém, quando ele tinha noventa anos de idade, como afirmou um deles, ou quando tinha cem anos, como disse outro. No entanto, fica claro que ele foi o último dos quatro evangelistas a escrever, e, comparando seu Evangelho com os demais, podemos observar: 1. Que ele relata o que os outros evangelistas tinham omitido. Ele está na retaguarda, e seu Evangelho é como a última guarnição do exército, reúne tudo o que os outros tinham deixado de lado. Assim como houve uma coletânea posterior dos sábios provérbios de Salomão (Pv 25.1), e ainda assim não reuniu tudo o que ele tinha dito, 1 Reis 4.32. 2. Que ele nos transmite mais sobre o mistério daquilo de que os demais evangelistas nos dão somente a história. Era necessário que, primeiro, os eventos fossem estabelecidos, o que foi feito em suas declarações daquelas coisas que JESUS começou tanto a fazer como a ensinar, Lucas 1.1; Atos 1.1. Mas, tendo isto sido feito pela boca de duas ou três testemunhas, João prossegue até a perfeição (Hb 6.1), não lançando de novo o fundamento, mas edificando sobre ele, conduzindo-nos mais para dentro do véu. Alguns dos antigos observam que os outros evangelistas escreveram mais sobre ta somatika – os aspectos corpóreos de CRISTO, mas João escreve sobre ta pneumatika – os aspectos espirituais do Evangelho, sua vida e alma. Por isto, alguns chamaram este Evangelho de a chave dos evangelistas. É aqui que uma porta se abre no céu, e a primeira voz que ouvimos é: “Sobe aqui”, sobe mais. Alguns dos antigos, que supuseram que os quatro animais da visão de João representavam os quatro evangelistas, julgaram que o próprio João seria a águia que voava, pois ele paira muito alto, e com muita clareza contempla as coisas divinas e celestiais.

Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

 

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Lição 2, Betel,  O Evangelho do Filho de DEUS NA ÍNTEGRA, COMO NA REVISTA
 
Escrita Lição 2, Betel,  O Evangelho do Filho de DEUS, A Revelação da Luz ao Mundo, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 99991520454 Luiz Henrique de Almeida Silva
 
EBD, Editora Betel | 3° Trimestre De 2025 | Tema, JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS, A verdade que Transforma Milagres, Ensinamentos e a Promessa da Vida eterna no Evangelho de João | Escola Bíblica Dominical
 
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- O CONTEXTO HISTÓRICO
1.1. A autoria material do Evangelho 
1.2. A data e o local 
1.3. Os destinatários 
2- O CONTEXTO RELIGIOSO
2.1. O judaísmo e o cristianismo 
2.2. O helenismo e o cristianismo 
2.3. O gnosticismo e o cristianismo
3- O PROPÓSITO
3.1. Um Evangelho distinto dos demais 
3.2. A teologia joanina
3.3. João nos ensina a evangelizar 
 
TEXTO ÁUREO
“No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS”, João 1.1.
 
VERDADE APLICADA
O Evangelho de João revela que o Verbo Divino que se fez carne e habitou entre nós é o CRISTO Prometido, o Filho de DEUS, enviado para nos salvar.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Conhecer o contexto histórico e religioso do Evangelho de João.
Ressaltar as adversidades que os cristãos enfrentavam nos dias de João.
Compreender a diferença entre o Evangelho de João e os Evangelhos sinóticos.
Ressaltar as adversidades que os cristãos enfrentavam nos dias de João.
Compreender a diferença entre o Evangelho de João e os Evangelhos sinóticos.
 
TEXTOS DE REFERÊNCIA - João 1.2-10
2 Ele estava no princípio com DEUS.
3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
5 E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6 Houve um homem enviado de DEUS, cujo nome era João.
7 Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
8 Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz.
9 Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo.
10 Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
 
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda | Jo 1.14 O Verbo se fez carne e habitou entre nós.
Terça | Jo 1.12 João apresenta o Filho de DEUS como o Salvador.
Quarta | Jo 8.11 O Filho de DEUS ensinou sobre o perdão.
Quinta | Jo 3.16 Quem crer no Filho tem a vida eterna.
Sexta | Jo 1.2 O Filho de DEUS estava no princípio com o Pai.
Sábado | CI 1.17 O Filho de DEUS é antes de todas as coisas.
Terça | Jo 1.12 João apresenta o Filho de DEUS como o Salvador.
Quarta | Jo 8.11 O Filho de DEUS ensinou sobre o perdão.
Quinta | Jo 3.16 Quem crer no Filho tem a vida eterna.
Sexta | Jo 1.2 O Filho de DEUS estava no princípio com o Pai.
Sábado | CI 1.17 O Filho de DEUS é antes de todas as coisas.
HINOS SUGERIDOS: 88, 111, 139
 
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que mais pessoas reconheçam o Filho de DEUS como o único Salvador.
 
PONTO DE PARTIDA: JESUS CRISTO é o Filho de DEUS.
 
INTRODUÇÃO  
O Evangelho de João se destaca dos demais por se aprofundar em temas teológicos, pois enfatiza a divindade de CRISTO nos registros dos milagres e ensinos mais do que os outros Evangelhos. Veremos um pouco dos contextos histórico e religioso do tempo em que o Evangelho de João foi escrito, além do propósito que o apóstolo expressou (Jo 20.31).
 
1- O CONTEXTO HISTÓRICO  
O Evangelho de João foi provavelmente escrito entre os anos 90 e 100 d.C., em um contexto histórico marcado pela crescente separação entre os cristãos e os judeus. O Apóstolo João teria escrito para fortalecer a fé dos cristãos diante das dificuldades e dos muitos debates com as autoridades das sinagogas.
 
1.1. A autoria material do Evangelho   
Os pais da Igreja, como Eusébio, Clemente de Alexandria, Irineu de Lyon, Teófilo de Antioquia e Policarpo concordam sobre a autoria do Evangelho de João ser do próprio João, que se refere a si mesmo como “o discípulo amado” ou “o discípulo a quem JESUS amava” (Jo 13.23; 19.26, 20.2; 21.7,20). João finaliza seu Evangelho como aquele que “testifica” estas coisas e as escreveu Jo (21.24). Portanto, é razoável supor que o Apóstolo João seja o autor do livro que leva o seu nome.
 
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (2021, p.480): “Alguém poderia antever que uma pessoa com a personalidade de João destruir-se-ia. Tal pessoa certamente morreria em briga ou choque com o governo de Roma. No mínimo, seria expulso da igreja por ser ambicioso e sedento de poder. Mas esse não era o caso. João transformou-se em alguém poderoso, mas gentil; franco, mas amável; corajoso, porém humilde. Não existe nenhum acontecimento que possa explicar a transformação de João, deve ter sido consequência da companhia de JESUS, de ser aceito, amado e reconhecido pelo Senhor, e também de ter sido cheio do ESPÍRITO SANTO. João estava tão dominado por JESUS que sequer mencionou seu nome no Evangelho de sua autoria. Ao invés disso, descreveu sua pessoa como “aquele a quem JESUS amava” (Jo 13.23; 19.26; 20.2; 21.20,24)”.
 
1.2. A data e o local   
O quarto Evangelho não contém citações exatas a respeito do local onde foi escrito nem quando isso aconteceu. Entretanto, de acordo com a tradição, estima-se que o livro tenha sido escrito na cidade de Éfeso, atual Turquia, entre os anos 90 e 100 d.C., ou seja, depois da destruição de Jerusalém, em 70 d.C., e antes do exílio de João na Ilha de Patmos. Observa Hernandes Dias Lopes que: “É consenso entre os estudiosos conservadores, estribados nas evidências históricas, que João escreveu esse Evangelho da cidade de Éfeso, capital da Ásia Menor, onde morou por longos anos, pastoreou a maior igreja gentílica da época, liderou as igrejas da região e morreu já em avançada velhice, nos dias do imperador Trajano” (2015, p.15).
 
Para César Roza de Melo (2021): “Calcula-se que o Evangelho de João tenha sido escrito no fim do primeiro século da era cristã, por volta do ano 90 d.C., quando morava na cidade de Éfeso. Neste momento, além das perseguições, existiam muitas heresias sendo disseminadas, mormente sobre a vida de CRISTO. João deixa claro sua intenção na parte final de seu Evangelho, ao dizer que os milagres e relatos de JESUS tinham a intenção de relembrar aos cristãos da fé. O estilo literário de João é de fácil entendimento, visto ter sido escrito num ambiente gentílico, pois seus relatos das festas e dos costumes de cunho judaico são explicados de maneira minuciosa”.
 
1.3. Os destinatários   
O Evangelho de João foi endereçado tanto aos judeus quanto aos gentios. Embora eles vivessem em um ambiente cercado pelo gnosticismo judaico, o desejo de João era apresentar JESUS como o CRISTO, o Filho de DEUS (Jo 3.16-18). Assim, quem cresse teria a vida em Seu nome (Jo 20.30,31).
 
Comentário MacArthur (2019, p.1301): “João escreveu para convencer seus leitores acerca da verdadeira identidade de JESUS. De acordo com os propósitos evangelísticos e apologéticos de João, a mensagem geral do Evangelho é encontrada em 20.31: JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS”. Portanto, o livro foca na Pessoa e na Obra de CRISTO. Os versos 30 e 31 recebem ênfase constante ao longo do Evangelho de João para reforçar a salvação que Ele oferece. Resumindo, o Evangelho de João se concentra: (1) em JESUS como a Palavra, o Messias e o Filho de DEUS; (2) nAquele que traz o dom da salvação à humanidade; (3) no que tanto aceita quanto rejeita a oferta.
 
EU ENSINEI QUE:
É razoável supor que o Apóstolo João seja o autor do livro que leva o seu nome.
 
2- O CONTEXTO RELIGIOSO  
O Evangelho Joanino está entre registros do final do primeiro século, os do cristianismo, num tempo de crescente oposição aos cristãos, apostasia e disputas sobre a natureza de JESUS CRISTO (Jo 15.20). Naqueles dias, os cristãos sofriam afrontas e perseguição por parte dos judeus, do helenismo e do gnosticismo.
 
2.1. O judaísmo e o cristianismo  
O movimento judaizante fez uso de muitos meios para tentar atingir o cristianismo com suas perspicazes manifestações. Os Evangelhos nos mostram as constantes críticas da liderança religiosa judaica contra o discurso de JESUS e alguns comportamentos dos que O seguiam ou foram beneficiados por Suas ações (Jo 5.10; 8.7). Ao dizer: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”, Jo 14.6, JESUS recusou o ensinamento judaico de que nenhum homem pode ser intermediário entre o Criador e os seres humanos. Os judaizantes condicionavam a salvação à observância da Lei Mosaica (At 15.1-5). Para eles, manter-se fiel à identidade judaica era mais importante que professar a fé em JESUS CRISTO.
 
F.F.Bruce (2012, pp.1112,1113): “Durante o tempo do ministério de CRISTO, o povo judeu estava chegando no limite. (…) Há amplas evidências de que a maioria da terra e do comércio estava nas mãos de uma parcela relativamente pequena da população, que normalmente usava a sua posição com pouca humanidade (Tg 2.6; 5.1-6). Os judeus tiveram que escolher entre a jovem igreja com sua mensagem de um Messias crucificado e ressuscitado e os fariseus com o seu culto da Lei”.
 
2.2. O helenismo e o cristianismo    
Posteriormente à morte do Filho de DEUS, surgiram diferentes ideias sobre Sua real missão, o que gerou divisões entre alguns grupos que entendiam a mensagem do Evangelho de modo distinto. O helenismo foi considerado uma religião pagã, que se opunha ao cristianismo. Esse grupo possuía uma inquietação filosófica quanto ao sentido da vida e à felicidade do indivíduo em um mundo incerto. As Escrituras nos alertam contra todas essas filosofias: “Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo CRISTO”, Cl 2.8.
 
Dicionário Bíblico Wycliffe (2009, p.882): “Tem sido discutido que os ‘gregos’ eram um grupo religioso no judaísmo, contrários ao Templo e seus cultos sacrificiais, e que era assim chamado por seus adversários. O termo ‘gregos’ aparece apenas na primeira metade de Atos, refletindo a tradição palestina”.
 
2.3. O gnosticismo e o cristianismo     
A Igreja Primitiva teve que lidar com uma doutrina danosa à fé cristã: o gnosticismo. Além da contínua oposição da religião judaica, a Igreja, ainda nos tempos apostólicos, já enfrentava algumas heresias, em especial o gnosticismo, que afirmava que a matéria era má e o espírito bom. Segundo essa crença, o Filho de DEUS, por ser bom, não poderia residir em um corpo físico mau. Isso levou João a combater os gnósticos com ímpeto (1Jo 2.23; 4.2,3,15).
 
César Roza de Melo (2021): “Neste momento, além das perseguições, existiam muitas heresias sendo disseminadas, mormente sobre a vida de CRISTO. João deixa bem claro sua intenção na parte final de seu Evangelho, ao dizer que os milagres e relatos de JESUS tinham a intenção de relembrar aos cristãos os fundamentos cristocêntricos da fé”.
 
EU ENSINEI QUE:
A Igreja Primitiva teve que lidar com uma doutrina danosa à fé cristã: o gnosticismo.
 
3- O PROPÓSITO   
O Apóstolo João declarou claramente o propósito do seu Evangelho: “Estes, porém, foram escritos para que creiais que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”, Jo 20.31.
 
3.1. Um Evangelho distinto dos demais     
O Evangelho de João nos é apresentado após os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, conhecidos como Evangelhos Sinóticos. Eles são assim chamados por partilhar uma composição história semelhante e conter relatos em comum. João seguiu um caminho diferente dos outros evangelistas, pois seu relato visa despertar e nutrir a fé do povo, apresentando JESUS como o Filho de DEUS que se fez carne (Jo 1.1,14).
 
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (2021, p.483): “Ele descreveu muitos incidentes da vida de CRISTO que não estão registrados nos outros Evangelhos. Esses Eventos incluem: a declaração de João Batista de que JESUS é o Messias, a transformação da água em vinho, a visita feita por Nicodemos a JESUS durante a noite, a conversa de JESUS com a mulher samaritana junto ao poço, a cura do filho do oficial romano, a cura do homem aleijado junto à fonte, JESUS sendo ridicularizado por seus irmãos, a cura do homem cego de nascença, a ressurreição de Lázaro, JESUS ensinando sobre o ESPÍRITO SANTO e sobre a vinha e os ramos, JESUS aparecendo a Tomé e o restabelecimento de Pedro depois da ressurreição”.
 
3.2. A teologia joanina    
Logo no início de seu Evangelho, João identifica JESUS como “o Verbo” e afirma que “o Verbo era DEUS” (Jo 1.1), revelando a divindade e a verdadeira identidade de JESUS. As mensagens principais do Evangelho de João são: JESUS CRISTO, o Filho de DEUS; fé; o outro Consolador; morte; ressurreição e vida eterna. Ao ler o relato de João, notamos que a relação entre a fé e a vida eterna estão contidas na teologia Joanina. No que se refere à teologia, João se diz testemunha dos milagres registrados em seu Evangelho e testifica que JESUS é o Filho de DEUS (Jo 20.31).
 
Bíblia de Estudo Wiersbe (2016, p.1639): “Testemunho é um tema central no Evangelho de João. A palavra ‘testemunhar’ e suas variações são usadas mais de trinta vezes, além de seu sinônimo ‘testificar’. Conforme se aproxima do fim de seu livro, João, novamente, afirma a credibilidade de seu testemunho. O livro termina com Pedro e João seguindo juntos, mostrando que João mesmo testemunhou os eventos que registrou para nós, conforme guiado pelo ESPÍRITO SANTO”.
 
3.3. João nos ensina a evangelizar    
João 3.16 talvez seja o texto mais conhecido e usado na evangelização. Neste evangelho, podemos aprender muito sobre o modelo de JESUS para o evangelismo pessoal, como: a quebra do preconceito social (Jo 4.16-18), o valor do perdão (Jo 8.11) e o seu profundo amor pelos perdidos (Jo 1.11).
 
Bispo Primaz Manoel Ferreira (2016): “A profunda visão e compaixão de JESUS do estado espiritual dos filhos de Israel em Seus dias, fez com que Ele convocasse a Seus discípulos. Dentre tantos discípulos, chamou a si doze, para que estivessem com Ele e pudessem receber treinamento. Este é um grande princípio multiplicador utilizado por JESUS, pois, ao formar seis duplas e espalhá-las pelas cidades e povoados com a mesma mensagem que pregava, dava mais oportunidade às pessoas de ouvi-la”.
 
EU ENSINEI QUE:
O Apóstolo João declara a JESUS como o Filho de DEUS (Jo 1.1,2), revelando a divindade e a verdadeira identidade de JESUS.
 
CONCLUSÃO  
O Evangelho de João revela que JESUS CRISTO é a maior revelação de DEUS (Jo 10.30; 14.9) e que o nosso relacionamento com DEUS passa, necessariamente, por nosso relacionamento com JESUS CRISTO (Jo 8.19, 42; 14.6). Louvemos ao Senhor pela preciosidade da mensagem deste Evangelho ter chegado até nós e podermos desfrutar da vida em CRISTO JESUS.