Escrita Lição 11, CPAD, Os Prejuízos Da Mentira Na Família, 2Tr23
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“Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos.” (Cl 3.9)
VERDADE PRÁTICA
A mentira pode até dar flores, mas não produz fruto para o bem.
LEITURA DIÁRIA
SEGUNDA – Lv 19.11 A mentira viola o mandamento de DEUS
TERÇA – Gl 5.17,24,25 A mentira é obra da carne e nada tem a ver com o ESPÍRITO SANTO
QUARTA – Jo 8.44 O Diabo é o pai da mentira
QUINTA – Sl 64.6 A mentira revela a malícia do coração
SEXTA – Tg 3.14 Não se pode mentir contra a verdade
SÁBADO – Nm 23.19; Tt 1.2; Hb 6.18 DEUS não pode mentir
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 5.1-11
1 – Mas um certo varão chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade
2 – e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos.
3 – Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade?
4 – Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS.
5 – E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.
6 – E, levantando-se os jovens, cobriram o morto e, transportando-o para fora, o sepultaram.
7 - E, passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido.
8 - E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? E ela disse: Sim, por tanto.
9 – Então, Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o ESPÍRITO do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti.
10 – E logo caiu aos seus pés e expirou. E, entrando os jovens, acharam-na morta e a sepultaram junto de seu marido.
11 – E houve um grande temor em toda igreja e em todos os que ouviram estas coisas.
Resumo da Lição 11, CPAD, Os Prejuízos Da Mentira Na Família, I – UMA CONVERSÃO DUVIDOSA 1. Por que uma conversão duvidosa? 2. A comunhão na igreja de Atos. 3. A inveja e a hipocrisia de Ananias e Safira. 4. Quando a mentira e o engano enchem os corações. II – O PROBLEMA DA MENTIRA DENTRO DA FAMÍLIA 1. A mentira produzida dentro da família. 2. Quem faz uso da mentira está dominado pelo poder da carne. III – PROTEGENDO A FAMÍLIA DA MENTIRA E DA HIPOCRISIA 1. Cuidado contra os defeitos morais no lar. 2. Precisamos agir contra a hipocrisia e a mentira. 3. Não deixe o Inimigo agir na família.
Hinos Sugeridos: 306, 322, 499 da Harpa Cristã
PALAVRA-CHAVE - Mentira MENTIRA (Strong Português) - שקר shaqar (hebraico) - agir ou tratar com falsidade, ser falso, trapacear, enganar MENTIRA (Strong Português) - כזב kazab (hebraico) - mentira, inverdade, falsidade, coisa enganosa שקר sheqer (hebraico) - mentira, engano, desapontamento, falsidade, fraude, erro, injúria no testemunho, jurar falsamente, língua falsa, em vão ψευδος pseudos (Grego) - mentira, falsidade consciente e intencional, num sentido amplo, tudo que não é o que parece ser, de preceitos perversos, ímpios, enganadores. ψευδολογος pseudologos (Grego) - que fala (ensina) falsamente, que fala mentiras Ananias e Safira (q.v.), marido e mulher, de Atos 5.1-11. Em um profundo contraste com a falta de egoísmo de outros membros da igreja, eles fingiram dar à igreja o valor total da venda de sua propriedade, mas na realidade estavam separando uma parte para si mesmos. Pedro repreendeu Ananias, que imediatamente caiu morto por um julgamento Divino. Algumas horas mais tarde, Safira foi igualmente julgada pelo mesmo esforço de enganar. É importante perceber que Pedro previa, mas não decretava esses julgamentos, que eram atos exclusivos de DEUS. A severidade do julgamento de DEUS é um aviso para todos, e não se repetiu em casos posteriores por causa da sua tolerância e do desejo que tem de que nos arrependamos.
COMENTÁRIOS DIVERSOS ))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) COMENTÁRIO BEP - CPAD 5.3 MENTISSES AO ESPÍRITO SANTO. A fim de obterem prestígio e reconhecimento, Ananias e Safira mentiram diante da igreja a respeito das suas contribuições. DEUS considerou um delito grave essas mentiras contra o ESPÍRITO SANTO. As mortes de Ananias e Safira ficaram como exemplos perpétuos da atitude de DEUS para com qualquer coração enganoso entre aqueles que professam ser cristãos. Note, também, que mentir ao ESPÍRITO SANTO é a mesma coisa que mentir a DEUS, logo, o ESPÍRITO SANTO também é DEUS (vv. 3,4; ver Ap 22.15 nota; ver o estudo A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO)
5.4 POR QUE FORMASTE ESTE DESÍGNIO...? A raiz do pecado de Ananias e de Safira era seu amor ao dinheiro e elogio dos outros. Isto os fez tentar o ESPÍRITO SANTO (v. 9). Quando o amor ao dinheiro e o aplauso dos homens tomam posse de uma pessoa, seu espírito fica vulnerável a todos os tipos de males satânicos (1 Tm 6.10). Ninguém pode estar cheio de amor ao dinheiro e, ao mesmo tempo, amar e servir a DEUS (Mt 6.24; Jo 5.41-44).
5.5 ANANIAS... CAIU E EXPIROU. DEUS feriu com severidade a Ananias e Safira (vv. 5,10), para que se manifestasse sua aversão a todo engano, mentira e deso-nes-tidade no reino de DEUS. Um dos pecados mais abomináveis na igreja é enganar o povo de DEUS no tocante ao nosso relacionamento com CRISTO, trabalho para Ele, e a dimensão do nosso ministério. Entregar-se a esse tipo de hipocrisia significa usar o sangue derramado de CRISTO para exaltar e glorificar o próprio eu diante dos outros. Esse pecado desconsidera o propósito dos sofrimentos e da morte de CRISTO (Ef 1.4; Hb 13.12), e revela ausência de temor do Senhor (vv. 5,11) e de respeito e honra ao ESPÍRITO SANTO (v. 3), e merece o justo juízo de DEUS.
5.11 HOUVE UM GRANDE TEMOR EM TODA A IGREJA O julgamento divino contra o pecado de Ananias e Safira levou a um aumento de humildade, reverência e temor do povo para com um DEUS santo. Sem o devido temor do DEUS santo e da sua ira contra o pecado, o povo de DEUS voltará, em pouco tempo, aos caminhos ímpios do mundo, cessará de experimentar o derramamento do ESPÍRITO e a presença milagrosa de DEUS e então lhe será cortado o fluxo da graça divina. Este é um elemento essencial da fé neotestamentária e do cristianismo bíblico hoje em dia. ))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) EBD 4° Trimestre 2019 – Lição 4 – Ananias e Safira e a mentira ao Espírito Santo
O Caso de Ananias e Safira - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Atos 5:1-11
O capítulo começa com um termo melancólico: mas (v. 1), o qual detém o prospecto agradável e feliz das coisas que vimos nos capítulos anteriores. Como se dá com cada pessoa, assim toda igreja, mesmo em seu melhor estado, tem o seu mas. 1. Os discípulos eram muito santos e sublimes, e parecia que todos eram sumamente bons, mas havia hipócritas entre eles, cujo coração não era reto diante de DEUS (Atos 8.21). Eram pessoas que, quando foram batizadas e assumiram a aparência de piedade, negaram a eficácia dela (2 Tm 3.5) e ficaram aquém. Mesmo nas melhores sociedades terrenas há uma mistura de maus e bons. O joio cresce junto com o trigo até a colheita. 2. Era digno de nota que os discípulos tivessem alcançado essa perfeição para a qual JESUS recomendou o jovem rico: eles venderam o que tinham e deram tudo aos pobres (Mt 19.20,21). Mas até isso serviu de véu e disfarce para a hipocrisia, pois se cria que a venda de posses e a doação do valor da venda fosse prova irrefutável de sinceridade. 3. Os sinais e maravilhas que os apóstolos operaram até aqui eram milagres de misericórdia, mas agora ocorre um milagre de juízo. Este é um exemplo de severidade que ocorre após exemplos de bondade, para que DEUS seja amado e temido.
I
O pecado de Ananias e Safira, sua esposa. É bom vermos marido e mulher unidos no que é bom, mas juntos na prática do mal é ser como Adão e Eva, quando concordaram em comer o fruto proibido e foram um na desobediência. 1. O pecado de Ananias e Safira consistiu na ambição de serem considerados discípulos eminentes, do primeiro escalão, quando na verdade não eram verdadeiros discípulos. Queriam passar por uma das árvores mais frutíferas na videira de CRISTO, quando na realidade não tinham raiz. Eles venderam uma propriedade e depositaram o preço (como fez Barnabé) aos pés dos apóstolos (vv. 1,2) para que não ficassem para trás dos próprios dirigentes dos cristãos. Eles tinham em mira o aplauso e a aclamação para ficarem em posição mais digna possível de promoção na igreja, pois talvez pensassem que ela em breve se destacaria em pompa e grandeza secular. Veja que é possível os hipócritas negarem alguma coisa a eles mesmos para se servirem de outra. Eles se privam de vantagem secular em um caso, com vistas a obter crédito em outro. Ananias e Safira aceitariam a confissão do cristianismo para mostrar boa aparência na carne (Gl 6.12), e assim escarneceriam de DEUS e enganariam as pessoas, pois sabiam que não iriam até ao fim com a confissão cristã. É digno de nota e até determinado ponto correto que o jovem rico não fingiu seguir JESUS, mas retirou-se triste (Mt 19.22), pois sabia que, numa situação difícil, ele não se sustentaria até o fim. Ananias e Safira fingiram ir até o fim para receberem o crédito do discipulado, quando na verdade não iriam. Veja que a conseqüência é muitas vezes fatal quando a pessoa mantém a confissão cristã por um período maior do que admite o seu princípio interior. 2. O pecado de Ananias e Safira foi cobiçarem as riquezas do mundo e desconfiarem de DEUS e sua providência: Eles venderam uma propriedade (v. 1), e talvez, num repentino impulso de zelo, resolveram dedicar o valor total da venda para fins caridosos. Em seguida, fizeram um voto, ou pelo menos concordaram entre si em agir assim. Mas, quando receberam o dinheiro, o coração deles fraquejou e retiveram parte do preço (v. 2), porque amaram o dinheiro, pensaram que era muito para ser entregue de uma só vez às mãos dos apóstolos e o quiseram para si. Embora agora todas as coisas fossem comuns entre os membros da igreja, não o seriam por muito tempo, e o que fariam em tempos de necessidade se não deixassem nada reservado para si? Eles não podiam confiar na palavra de DEUS para que lhes provesse o sustento, mas julgaram que seriam mais espertos que os demais, guardando para tempos de privações. Pensaram que podiam servir a DEUS e a Mamom ao mesmo tempo (Mt 6.24): a DEUS, depositando parte do dinheiro aos pés dos apóstolos, e a Mamom, guardando a outra parte nos próprios bolsos. Agiram como se não houvesse plena suficiência em DEUS para lhes recompor a totalidade da fazenda, exceto se retivessem uma parte em suas próprias mãos mediante caução. O coração estava dividido, por isso foram culpados (Os 10.2). Eles coxearam entre dois pensamentos (1 Rs 18.21): se tivessem sido legítimas pessoas mundanas, não teriam vendido a propriedade; se tivessem sido legítimos cristãos, não teriam retido parte do preço. 3. O pecado de Ananias e Safira se caracterizou por acharem que enganariam os apóstolos, fazendo-os entender que entregaram o valor total da venda, quando na verdade era apenas uma parte. Eles chegaram com muita firmeza, grande demonstração de devoção e religiosidade, como os outros, e depositaram o dinheiro aos pés dos apóstolos (v. 2) como se fosse o total. Eles dissimularam com DEUS e seu ESPÍRITO, com CRISTO e sua igreja e ministros. Foi este o pecado deles.
II
O indiciamento de Ananias que comprovou a sua condenação e execução por este pecado. Quando ele levou o dinheiro, esperava ser elogiado e aprovado, como os outros o foram, mas Pedro o censurou. Sem investigar ou interrogar testemunhas relacionadas ao caso, o apóstolo o acusou categoricamente do crime. A seguir, agravou o crime, aumentando-lhe a culpa e mostrando-lhe o delito em suas verdadeiras cores (vv. 3,4). O ESPÍRITO de DEUS em Pedro revelou o fato sem qualquer informação (quando talvez ninguém mais no mundo o soubesse, exceto Ananias e sua mulher) e discerniu o princípio de infidelidade predominante do coração de Ananias, instaurando imediatamente processo contra ele. Se tivesse sido um pecado de fraqueza, pela surpresa de uma tentação, Pedro teria levado Ananias para o lado, mandado que fosse para casa buscar o restante do dinheiro e recomendado que se arrependesse da tolice de tentar ludibriá-los. Mas ele sabia que o coração de Ananias estava inteiramente disposto para praticar o mal (Ec 8.11), por isso não lhe deu chance para se arrepender. Pedro aqui mostrou:
1. A origem do pecado de Ananias: Encheu Satanás o teu coração (v. 3). O diabo não só lhe sugeriu o pecado e o colocou na cabeça, mas também o instigou firmemente que o fizesse. Tudo que for contrário ao bom ESPÍRITO procede do mau espírito, e tais corações são cheios por Satanás nos quais a mundanalidade reina e tem ascendência. Certos estudiosos afirmam que Ananias era um dos que tinham recebido o ESPÍRITO SANTO e foi cheio dos seus dons. Contudo, tendo provocado o ESPÍRITO, este se retirou dele. Agora Satanás encheu o seu coração, semelhantemente quando o ESPÍRITO do Senhor se retirou de Saul, e o assombrava um espírito mau, da parte do Senhor (1 Sm 16.14). Satanás é um espírito de mentira, como o foi na boca dos profetas de Acabe (2 Cr 18.21), assim foi na boca de Ananias, com isso dando a entender que ele encheu o seu coração.
2. O pecado de Ananias: Ele mentiu ao ESPÍRITO SANTO (v. 3). Era um pecado de natureza extremamente hedionda, do qual ele não poderia ter sido culpado caso Satanás não lhe tivesse enchido o coração.
(1) Certos eruditos traduzem a frase: para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO, pseusasthai se to pneuma to hagion, por: “para que desmentisses o ESPÍRITO SANTO”. Essa tradução pode ser analisada de duas maneiras: [1] Ananias desmentiu o ESPÍRITO SANTO que nele estava. Esta é a opinião do Dr. Lightfoot ao supor que Ananias não era um crente leigo, mas um ministro, um dos cento e vinte que receberam o dom do ESPÍRITO SANTO (pois ele é mencionado imediatamente depois de Barnabé). Todavia, ele ousa, por dissimulação, desmentir e envergonhar esse dom. Outra sugestão é que os que tinham vendido suas propriedades e depositado o dinheiro aos pés dos apóstolos, o fizeram por impulso especial do ESPÍRITO SANTO, o qual os capacitou a agir de modo tão grandioso e generoso. Ananias fingiu que foi movido pelo ESPÍRITO SANTO para fazer o que fez. Em seu ato vil, ele não estava sob a influência do bom ESPÍRITO, pois, caso estivesse, teria sido uma obra perfeita. [2] Ananias desmentiu o ESPÍRITO SANTO que estava nos apóstolos, a quem ele levou o dinheiro. Ele deturpou o ESPÍRITO pelo qual eles eram movidos, quer por suspeita de que eles não seriam fiéis na distribuição das ofertas confiadas a eles (pensamento infame, como se eles fossem falsos à responsabilidade assumida), ou por certeza de que eles não descobririam a fraude. Ele desmentiu o ESPÍRITO SANTO quando, pelo que fez, teria pensado que os que são dotados com os dons do ESPÍRITO SANTO podem ser facilmente enganados como outros. Foi o que pensou Geazi, a quem seu senhor o convenceu do erro por esta palavra: Porventura, não foi contigo o meu coração? (2 Rs 5.26). Foi a acusação feita contra a casa de Israel e Judá, pois quando, como Ananias, agiram traiçoeiramente, desmentiram o Senhor, dizendo: Não é ele (Jr 5.11,12). Ananias pensou que os apóstolos eram exatamente como ele, desmentindo dessa forma o ESPÍRITO SANTO que neles estava. Não imaginou que o ESPÍRITO SANTO os orientava a discernir os espíritos uma vez que todos tinham os dons do ESPÍRITO, enquanto outros cristãos os receberam separadamente (veja 1 Co 12.8-11). Os que fingem ter a inspiração do ESPÍRITO, enganando a igreja com suas próprias fantasias, seja de opinião ou de prática, que afirmam que são movidos pelos céus quando na verdade agem por orgulho, cobiça ou simulação de poder, desmentem o ESPÍRITO SANTO.
(2) Mas lemos a frase grega assim: Para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO (v. 3), cuja leitura é apoiada pelo versículo seguinte: Não mentiste aos homens, mas a DEUS (v. 4). [1] Ananias contou uma mentira, uma mentira deliberada, com o propósito de enganar. Ele disse para Pedro que tinha vendido uma propriedade (v. 1; casa ou terras) e este era o valor da venda. Talvez tivesse se expressado em palavras que possibilitassem um significado duplo, usado equivocações a respeito, na intenção de disfarçar o assunto um pouco e isentá-lo da culpa de uma mentira franca. Ou quem sabe não disse nada. Seja como for, o resultado é o mesmo. Ele fez como os demais que levaram o valor total do que venderam para dar a impressão de estar fazendo o mesmo e receber os elogios que os outros receberam, além de receber o mesmo privilégio e acesso ao fundo público. A ação era uma declaração implícita de que ele levou o valor total. Mas isso era mentira, porque ele guardara uma parte do que arrecadara. Veja que muitos são levados a mentir grosseiramente por orgulho dominante e presunção do aplauso dos homens, em especial nas obras de caridade para os pobres. Que não haja em nós lugar para o orgulho de um falso dom dado a nós ou dado por nós (Pv 25.14), e que nem nos orgulhemos de um verdadeiro dom, que foi o que nosso Salvador quis dizer com esta advertência sobre obras de caridade: Não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita (Mt 6.4). Os que se orgulham das obras que nunca praticaram ou que não cumprem com a promessa de praticar boas obras ou ainda que pensam que suas obras são melhores do que, de fato, são, permanecem na mentira de Ananias. E como devemos temer as conseqüências dessa mentira! [2] Ananias contou esta mentira ao ESPÍRITO SANTO (v. 3). O dinheiro não foi levado tanto aos apóstolos quanto foi ao ESPÍRITO SANTO que neles estava: Não mentiste aos homens (não somente aos homens, não principalmente aos homens, embora os apóstolos fossem meros homens), mas a DEUS (v. 4). Portanto, deduzimos que o ESPÍRITO SANTO é DEUS, pois quem mente ao ESPÍRITO SANTO mente a DEUS. “Dos que mentiram aos apóstolos, movidos e agindo pelo ESPÍRITO de DEUS, é dito que mentem a DEUS, porque os apóstolos agiram pelo poder e autoridade de DEUS. Daí, concluímos (como o Dr. Whitby bem observa) que o poder e a autoridade do ESPÍRITO são o poder e a autoridade de DEUS.” E, como ele argumenta mais adiante: “Ananias mentiu a DEUS, porque ele mentiu ao ESPÍRITO que estava nos apóstolos que os capacitou a discernir os segredos do coração e ações dos homens. Como propriedade exclusiva de DEUS, aquele que mente para ele tem de mentir a DEUS, porque mente àquele que tem a propriedade incomunicável de DEUS, e, por conseguinte, a essência divina”.
3. As agravações do pecado de Ananias: Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? (v. 4), que podem ser entendidas de duas maneiras: (1) “Tu não estavas sendo tentado a reteres parte do preço (v. 2). Antes que a propriedade fosse vendida era tua. Não estava hipotecada, onerada a impostos, nem presa por dívidas. Quando foi vendida, estava em teu poder dispor do dinheiro conforme quisesses, de forma que podias dar o total ou uma parte. Tu não tinhas dívidas a pagar, talvez nem filhos a sustentar; de forma que não havia nenhum induzimento em particular que te influenciasse a reteres parte do preço. Tu foste transgressor sem causa.” Ou: (2) “Tu não tinhas necessidade de vender tuas terras, nem de levar o dinheiro aos pés dos apóstolos. Tu podias ter guardado o dinheiro e as terras, se quisesses, e nunca haver fingido este teatro de perfeição.” Como regra de caridade, o apóstolo Paulo preconiza que as pessoas não sejam pressionadas e nem exigidas como por necessidade, porque DEUS ama ao que dá com alegria (2 Co 9.7). Filemom tinha de fazer o benefício não [...] como por força, mas voluntário (Fm 14). Como melhor é que não votes do que votes e não pagues (Ec 5.5), assim melhor teria sido que Ananias não tivesse vendido suas terras do que ter retido parte do preço; que não tivesse fingido fazer a boa obra do que tê-la feito pela metade. “Quando a propriedade foi vendida, [...] estava em teu poder (v. 4), mas quando foi votada, não estava mais em teu poder: tu abriste a boca ao Senhor, e não podias voltar atrás.” Quando entregamos nosso coração a DEUS, não se admite que o dividamos. Satanás, como a mãe cujo filho não era seu, aceitaria a metade; mas DEUS terá tudo ou nada.
4. Ananias é culpado de todas estas acusações com os agravantes supramencionados: Por que formaste este desígnio em teu coração? (v. 4). Veja que, embora Satanás lhe tivesse enchido o coração para mentir, o apóstolo declara que Ananias o designou no coração, o que mostra não podermos abrandar nossos pecados pondo a culpa no diabo. Ele tenta, mas não pode forçar. Cada um de nós é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência (Tg 1.14). É o pecador que concebe no próprio coração a coisa má que é dita ou feita. Portanto, se fores escarnecedor, tu só o suportarás (Pv 9.12). O encerramento da acusação é muito grave, mas igualmente justo: Não mentiste aos homens, mas a DEUS (v. 4). Veja como o profeta enfatiza a acusação feita contra Acaz: Pouco vos é afadigardes os homens, senão que ainda afadigareis também ao meu DEUS? (Is 7.13). E Moisés na acusação feita contra Israel: As vossas murmurações não são contra nós, mas sim contra o Senhor (Êx 16.8). O mesmo ocorre aqui: “Tu podias nos enganar, pois somos homens como tu, mas não erreis: DEUS não se deixa escarnecer (Gl 6.7)”. Se pensarmos que conseguimos trapacear DEUS, constataremos que no fim das contas teremos trapaceado fatalmente a nós mesmos.
III
A morte e o sepultamento de Ananias (vv. 5,6).
1. Ananias morreu imediatamente: Ananias, ouvindo estas palavras (v. 5), emudecido, no mesmo sentido que ficou sem fala aquele que foi acusado de adentrar a festa de casamento sem a roupa nupcial (Mt 22.12). Nada teve a dizer em sua defesa. Mas isso não foi tudo. Ele foi atacado de mudez, na presença de uma testemunha, porque foi ferido de morte: Ele caiu e expirou. Ao que parece, Pedro não intentou nem esperava que a morte sobreviesse a Ananias após proferir aquelas palavras. Mas é provável que intentasse e esperasse que Safira, a esposa de Ananias, morresse, pois lhe falou especificamente de morte (v. 9). Certos estudiosos entendem que um anjo feriu Ananias, matando-lhe, como sucedeu com Herodes (Atos 12.23). Ou pode ser que a sua própria consciência o feriu com tamanho horror e estupefação ao sentir o peso da culpa que ele sucumbiu e morreu. E, talvez, quando permaneceu sob a convicção de ter mentido ao ESPÍRITO SANTO, a lembrança da imperdoabilidade da blasfêmia contra o ESPÍRITO SANTO (Mt 12.31) o golpeou como um punhal no coração. Veja o poder da palavra de DEUS que havia na boca dos apóstolos. Como para algumas pessoas era cheiro de vida para vida, assim para outras era cheiro de morte para morte (2 Co 2.16). Como há aqueles a quem o evangelho justifica, assim há aqueles a quem ele condena. Este castigo de Ananias pode parecer severo, mas estamos certos de que foi justo. (1) O castigo tinha o propósito de preservar a honra do ESPÍRITO SANTO, que fora recentemente derramado sobre os apóstolos para estabelecer o reino do evangelho. Ananias afrontou grandemente o ESPÍRITO SANTO, como se fosse possível enganá-lo. Havia a tendência direta de invalidar o testemunho dos apóstolos, pois se, pelo ESPÍRITO, eles não descobrissem esta fraude, como, por este mesmo ESPÍRITO, descobririam as coisas profundas de DEUS, as quais tinham de revelar aos filhos dos homens? Era necessário que o crédito dos dons e talentos dos apóstolos fosse defendido, ainda que a este custo. (2) O castigo tinha o propósito de intimidar outras pessoas igualmente presunçosas, agora que esta dispensação começava. Mais tarde, Simão, o Mágico, e Elimas, o Encantador, não foram castigados. Ananias foi feito de exemplo neste princípio de dispensação para mostrar que, como há provas irrefutáveis de que é consolador receber o ESPÍRITO, também há provas irrefutáveis de que é perigoso resistir ao ESPÍRITO e menosprezá-lo. A adoração ao bezerro de ouro e o ajuntamento de lenha no dia de sábado foram castigados com extremo rigor, pois fazia pouco tempo que os israelitas haviam recebido as leis do segundo e quarto mandamento. A oferta de fogo estranho feita por Nadabe e Abiú e o motim de Corá e seu grupo também foram castigados com extremo rigor, pois fazia pouco que fogo do céu havia caído e que a autoridade de Moisés e Arão havia sido estabelecida. A atitude de Pedro, o discípulo que negou o Mestre recentemente, mostra que sua ação não foi fundamentada no ressentimento de uma injustiça que lhe fora feita, pois ele, que errara, teria sido tolerante com aqueles que o ofendessem; ele, que se arrependera e fora perdoado, teria perdoado essa afronta e se empenhado em levar o ofensor ao arrependimento. Esse foi, portanto, um ato do ESPÍRITO de DEUS em Pedro: a indignidade foi feita ao ESPÍRITO e por Ele o castigo foi executado.
2. Ananias foi sepultado imediatamente, pois este era o costume entre os judeus: Os jovens (v. 6), provavelmente nomeados na igreja para a função de sepultar mortos, como havia entre os romanos os libitinarii e os polinctores, ou eram os jovens que estavam a serviço dos apóstolos, cobriram o corpo morto com mortalhas e, transportando-o para fora da cidade, o sepultaram decentemente, embora tivesse morrido em pecado e por golpe imediato da vingança divina.
IV
O ajuste de contas com Safira, mulher de Ananias, que talvez tenha sido a primeira na transgressão e tentado seu marido a comer este fruto proibido. Ela entrou (v. 7) no lugar onde os apóstolos estavam. Deduzimos que era o Alpendre de Salomão, pois ali os encontramos (v. 12), e consistia numa parte do templo onde JESUS costumava passear (Jo 10.23). Ela entrou [...] passando um espaço de quase três horas, esperando tomar parte nos agradecimentos da casa por sua entrada e consentindo na venda das terras, nas quais ela tinha direito ao dote ou a terça parte. Ela não sabia o que havia acontecido. É estranho que ninguém tivesse ido à sua casa para lhe contar da morte súbita do seu marido a fim de que ela se mantivesse afastada. Talvez alguém o tivesse feito, mas ela não estava em casa. Quando ela se apresentou diante dos apóstolos como benfeitora para o fundo da igreja, deparou-se com infração e não com bênção.
1. A culpa de Safira na participação do pecado de Ananias, seu marido, foi comprovada por uma pergunta que Pedro lhe fez: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? (v. 8), citando a soma que Ananias trouxera e depositara aos pés dos apóstolos. “Isto foi tudo que vós recebestes pela venda das terras? Não recebestes nada mais por isso?” “Não”, respondeu ela. “Não recebemos nada mais. Isto foi cada centavo que recebemos.” Ananias e sua esposa concordaram em contar a mesma história e, visto que o acordo foi feito em particular e por consentimento mútuo mantido em segredo, ninguém poderia contestá-los. Pensaram que conseguiriam sustentar a mentira e com isso ganhar crédito. É triste ver que as relações que deveriam incentivar as pessoas para o que é bom fortalecem para o que é mau.
2. Pedro profere a sentença de Safira: Ela participará do destino de Ananias, seu marido (v. 9).
(1) Pedro revela o pecado de Safira: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o ESPÍRITO do Senhor? (v. 9). Antes de proferir a sentença, ele faz com que ela conheça as abominações que cometeu e lhe mostra o mal do pecado cometido. Observe: [1] Ananias e Safira tentaram o ESPÍRITO do Senhor, como os israelitas tentaram DEUS no deserto, quando disseram: Está o Senhor no meio de nós, ou não? (Êx 17.7), depois de terem visto tantas provas miraculosas do poder divino; não só a sua presença, mas a sua presidência, quando disseram: Poderá DEUS, porventura, preparar-nos uma mesa no deserto? (Sl 78.19). O mesmo ocorre aqui: “O ESPÍRITO SANTO que está nos apóstolos pode descobrir esta fraude? Será que eles conseguirão discernir que esta é somente uma parte do preço, quando lhes falarmos que é o total?” Porventura, julgará [DEUS] por entre a escuridão? (Jó 22.13). Eles viram que os apóstolos tinham o dom de línguas. Mas será que tinham o dom de discernir os espíritos? Os que presumem que estão seguros e impunes ao pecado tentam o ESPÍRITO de DEUS. Eles tentam DEUS como se fosse exatamente um deles. [2] Ananias e Safira tomaram juntos essa decisão, transformando o laço do casamento (o qual pela instituição divina é um laço sagrado) em laço de iniqüidade. É difícil dizer qual é o pior entre cônjuges e outras relações – o desacordo no bem ou o acordo no mal. Pelo visto, a concordância em praticarem o mal juntos denota que foi mais uma forma de tentarem o ESPÍRITO. Era como se, quando eles combinaram guardar segredo da resolução tomada sobre este assunto, nem mesmo o ESPÍRITO do Senhor pudesse descobrir. Eles queriam esconder profundamente o seu propósito do Senhor (Is 29.15), mas acabam vendo que isso é impossível. “Como é que sois tão cegos? Que estupidez bizarra se apoderou de vós a ponto de arriscardes a fazer prova do que está acima de contestação? Como é que vós, cristãos batizados, não sabíeis disso? Como ousais correr risco tão grande?”
(2) Pedro profere o destino de Safira: Eis aí à porta os pés (talvez ele tivesse ouvido os passos se aproximando ou soubesse que os jovens não estavam longe) dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti (v. 9). Como Adão e Eva, que concordaram em comer o fruto proibido, foram expulsos juntos do paraíso, assim Ananias e Safira, que concordaram em tentar o ESPÍRITO do Senhor, foram afugentados juntos do mundo.
3. A própria sentença se executa a si mesma. Não houve necessidade de executor, pois um poder mortal apoiou a palavra de Pedro, como acontece às vezes com o poder curador. O DEUS, em cujo nome o apóstolo falou, mata e faz viver, e da sua boca (neste momento, Pedro era sua boca) sai o mal e o bem (Dt 32.29; Lm 3.38). E logo Safira caiu aos seus pés e expirou (v. 10). Com alguns pecadores DEUS trata imediatamente, ao passo que com outros Ele é paciente. Claro que há boas razões para essa diferença, mas Ele não nos deve explicações a respeito dos seus atos. Somente agora ela ficou sabendo que o seu marido havia morrido. A descoberta do seu pecado e a sentença de morte vieram sobre ela como um raio e a levaram embora como em um vendaval. Há muitos exemplos de morte súbita que não devem ser considerados castigo de algum pecado medonho, como sucedeu aqui. Não devemos pensar que todos os que morrem de repente sejam mais pecadores que os outros. Talvez seja um ato de generosidade o fato de terem uma passagem rápida. Não obstante, faz bem que todos sempre estejamos preparados. Mas aqui está claro que a morte foi causada por um ato de julgamento. Certos eruditos levantam a questão relativa ao estado eterno de Ananias e Safira e se inclinam a pensar que a destruição da carne ocorreu para que o espírito seja salvo no Dia do Senhor JESUS (1 Co 5.5). Eu me associaria à essa visão, caso tivessem recebido oportunidade para arrepender-se, como aconteceu com o coríntio incestuoso. Mas as coisas secretas não nos pertencem. Ela caiu aos [...] pés de Pedro, onde deveria ter depositado o preço total da venda, mas não o fez. A própria Safira fez seu depósito, como que a completar a parte faltante. Entrando os jovens que cuidavam dos serviços e funerários, acharam-na morta. Eles não cobriram o corpo morto como fizeram com Ananias (v. 6), mas a transportaram do jeito que estava e a sepultaram junto de seu marido. Provavelmente colocaram lápides nas sepulturas, sugerindo que eram monumentos conjuntos da ira divina contra os que mentem ao ESPÍRITO SANTO. Há quem pergunte se os apóstolos aceitaram o dinheiro que o casal trouxe. Estou inclinado a pensar que sim. Eles não tinham a superstição dos que diziam: Não é lícito metê-lo no cofre das ofertas (Mt 27.6), pois todas as coisas são puras para os puros (Tg 1.15). O que eles levaram não estava contaminado para aqueles a quem eles levaram; mas o que eles retiveram estava contaminado para os que o retiveram. Moisés e os sacerdotes usaram os incensários dos amotinados de Corá (Nm 16.36-40).
V
A impressão que este fato causou no povo. Enquanto a história transcorria, o povo tomava conhecimento dela: E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram (v. 5), que ouviram o que Pedro disse e viram o que se seguiu; ou sobre todos os que [...] ouviram a história, pois não há dúvida de que era o assunto da cidade inteira. E novamente: E houve um grande temor em toda a igreja e em todos os que ouviram estas coisas (v. 11). 1. Veio sobre os que tinham se unido à igreja um grande medo de DEUS e seus julgamentos e também uma reverência maior pela dispensação do ESPÍRITO na qual agora se encontravam. Não foi um desalento ou coibição à alegria santa que tinham, mas lhes ensinou a serem sérios na alegria e se alegrarem com tremor. Depois destes acontecimentos, todos os que depositaram o dinheiro aos pés dos apóstolos tinham medo de reter qualquer parte do preço. 2. Todos que ouviram a história ficaram atemorizados e estavam prontos a dizer: Quem poderia estar em pé perante o Senhor, este DEUS santo, e o seu ESPÍRITO que está nos apóstolos? (1 Sm 6.20). )))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) Poder para julgar: Ananias e Safira (5.1-11) - Comentário - NVI (FFBruce)
O momento histórico. Muitos cristãos, nominais ou sinceros, têm cometido o pecado de Ananias e não caíram mortos logo em seguida, mas lembremos o seguinte: (a) que ele e sua esposa pecaram contra a luz brilhante do testemunho quase perfeito da igreja primitiva; (b) que DEUS com frequência mostra a sua desaprovação abertamente quando o pecado mancha o início de um novo estágio do seu testemunho no mundo, para que todos que seguem possam, ao menos, saber o que está na mente dele com relação a esse assunto (v. Acã, Js 7; Nadabe e Abiú, Lv 10.1-7).
A natureza voluntária das ofertas. A declaração de Pedro em 5.4 mostra claramente que não era exercida nenhuma pressão sobre os crentes para induzi-los a vender as suas propriedades ou trazer o valor da venda para o fundo comum. Supostamente o casal poderia ter declarado que queria reter uma parte do valor, e a outra parte teria sido aceita.
A natureza do pecado. Não podemos determinar se Ananias e Safira eram cristãos carnais ou nominais, e isso não faz diferença para a avaliação da situação. Eles queriam aparecer diante da igreja com a mesma fé e generosidade que Barnabé demonstrara, e pessoas assim que buscam a glória humana caem debaixo da condenação severa do Senhor (Jo 5.44). Não somente isso, mas estavam preparados para manter em segredo as suas reservas financeiras e, ainda assim, conseguir a reputação pela qual ansiavam. Isso significou uma mentira encenada diante dos outros, que Safira, ao menos, estava preparada para suportar com uma inverdade proposital (5.8). Que ninguém se admire diante do fato de que em dias de plenitude do ESPÍRITO de santidade a desaprovação divina tenha sido manifestada por meio do juízo imediato. A mentira estava sendo cometida diante de DEUS (e do ESPÍRITO SANTO, que é DEUS), embora eles quisessem encenar o seu papel diante dos homens. O fato de terem concordado em tentar o ESPÍRITO do Senhor foi especialmente abominável, visto que esse pecado remonta à rebeldia de Israel no deserto — o pecado de “ver até onde o homem pode ir” com seus desejos e anseios em oposição a DEUS e diretamente na sua presença (Mt 4.7; Êx 17.2; Dt 6.16).
O juízo e seus efeitos (5.5,6,10,11). Do ponto de vista da comunidade cristã, a morte de Ananias e Safira foi um exemplo drástico de ICo 5.7 — um ato de disciplina para que a “massa fresca” da igreja primitiva pudesse continuar não levedada. Não se pode deduzir disso que doença e morte entre o povo de DEUS sempre estão diretamente relacionadas a algum pecado especial, mesmo que a disciplina por meio de sofrimentos talvez seja a experiência especial daqueles que trilham o caminho da santidade (Hb 12.4-11). Em casos excepcionais, há visitações desse tipo para a promoção da saúde da igreja local (ICo 11.30).
O Nome se mostrou poderoso não somente para o testemunho e cura, mas também para juízo, e o temor que caiu sobre a igreja e os outros foi totalmente saudável. ))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) Morte de Ananias e Safira. 5:1-16. Comentario Biblico Moody
Este incidente nos mostra que a igreja primitiva não estava livre de problemas fritemos. Lucas não procura atenuar a situação mas conta o acontecimento com cores negras.
1, 2. Safira no aramaico significa linda. Tal como Barnabé, ela e seu marido venderam uma propriedade. Ananias, com o conhecimento de sua mulher, planejou levar apenas parte do dinheiro aos apóstolos, fingindo que estava dando tudo.
3. Não somos informados de como Pedro reconheceu a fraude; foi provavelmente por iluminação divina. Pedro acusou Ananias não por enganá-lo mas por tentar enganar o ESPÍRITO SANTO. O ESPÍRITO SANTO é obviamente uma pessoa, e o versículo 4 mostra que o ESPÍRITO SANTO também é DEUS.
4. O programa de partilhar riquezas na igreja primitiva era puramente voluntário e não compulsório. Permanecendo de posse da terra, Ananias tinha o direito de fazer o que entendia; e mesmo depois de vendê-la, o dinheiro era seu para usá-lo como quisesse. O pecado de Ananias não foi o de guardar o dinheiro, mas o de pretender uma consagração completa a DEUS enquanto deliberadamente guardou parte do dinheiro. Foi o pecado de uma consagração desonesta, pois ele mentiu a DEUS.
5. Encarando a enormidade do seu pecado, Ananias sentiu-se completamente vencido e imediatamente caiu ao chão e expirou. Não somos informados da causa do seu mal. Certamente Pedro não invocou sua morte. Quer Ananias tenha ou não expirado devido a um choque emocional, sua morte foi um juízo de DEUS sobre sua consagração hipócrita.
6. Antigamente no Oriente o sepultamento era feito logo após a morte sem maiores delongas por causa da rápida decomposição dos corpos.
7. Safira devia estar longe da cena, caso contrário a morte de seu marido tê-la-ia alcançado mais cedo.
9. Pedro acusou-a de cumplicidade de estar brincando com DEUS. Tentar a DEUS (Êx. 17:2; Dt. 6:16), isto é, ver até onde se pode ir tomando liberdades com a bondade de DEUS, é um pecado perigoso. Essa foi uma das tentações que nosso Senhor enfrentou (Mt. 4:7).
10. Safira teve o mesmo destino de Ananias. Ela também caiu e expirou. Não temos motivos para crer que Ananias e Safira não fossem salvos. Sua morte física foi um juízo divino que não envolveu a salvação deles. O próprio fato de serem crentes determinou a enormidade do seu pecado. Estavam fingindo uma "submissão total" mas deliberadamente guardaram algo para si. Este é um pecado que só pode ser cometido por um cristão.
11. Este acontecimento despertou grande espanto e temor de DEUS na igreja e produziu influência purificadora. Aqui pela primeira vez em Atos aparece a palavra igreja (ekklésia). Significa, chamados e refere-se ao chamado feito aos cidadãos gregos para que saíssem de suas casas a fim de assistirem assembléias públicas com propósitos cívicos. A palavra foi usada no V.T. grego em relação a Israel na qualidade de povo de DEUS. Seu uso no N.T., portanto, indica que a Igreja é o novo povo de DEUS. A palavra nunca foi usada com referência a um edifício. Ela se refere tanto à igreja como um todo (5:11; 9:31; 20:28) como às congregações locais dos crentes (11:26; 13:1). )))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) A falsidade ou a mentira é outro atributo do egoísmo. Teologia Sistemática de Charles Finney
A falsidade pode ser objetiva ou subjetiva. A falsidade objetiva é a que se opõe à verdade. A falsidade subjetiva é um coração conformado com o erro e com a falsidade objetiva. A falsidade subjetiva é um estado mental ou um atributo do egoísmo. E a vontade numa atitude de resistência à verdade e apego ao erro e às mentiras. Isso é sempre e necessariamente um atributo do egoísmo.
O egoísmo consiste na escolha de um fim oposto a toda verdade e não pode senão passar à realização desse fim, em conformidade com o erro ou falsidade, em lugar da verdade. Se em algum momento ele lança mão da verdade objetiva, como faz com freqüência, é com falsa intenção. É com a intenção em guerra com a verdade, a natureza e as relações das coisas.
Se algum pecador, em algum momento e em alguma circunstância, diz a verdade, é por um motivo egoísta; é para obtenção de um fim falso. Ele possui uma mentira no coração e uma mentira na mão direita. Ele se firma na falsidade. Ele vive para isso, e se não falsifica a verdade de maneira constante e aberta, é porque a verdade objetiva é coerente com a falsidade subjetiva. Seu coração é falso, tão falso quanto possível. Seu coração abraçou a maior mentira do universo e vendeu-se a ela. Na prática, o egoísta proclamou que seu bem é o bem supremo; além disso, que não há outro bem, senão o dele; que não há outros direitos, senão os dele; que todos devem servi-lo e que todos os interesses devem contribuir para o dele. Ora, tudo isso, conforme eu disse, é a maior falsidade que já houve ou pode haver. Ainda assim, essa é a solene declaração prática de todo pecador. Sua escolha afirma que DEUS não tem direitos, que não se deve amar e obedecer a DEUS, que DEUS não tem o direito de governar o universo, mas que DEUS e todos os seres devem obedecer e servir ao pecador. É possível haver falsidade maior e mais desavergonhada que essa? E tal pessoa fingiria em relação à verdade? Também sim, com certeza. O próprio fingimento é só um exemplo e ilustração da verdade de que a falsidade é um elemento essencial de seu caráter.
Se todo pecador sobre a Terra não falsifica de maneira aberta, a todo momento, a verdade, não é pela veracidade de seu coração, mas por algum motivo puramente egoísta. É preciso que assim seja. Seu coração é totalmente falso. E impossível que, permanecendo pecador, tenha alguma consideração para com a verdade. Ele é um mentiroso no coração; esse é um atributo essencial e eterno de seu caráter. E verdade que seu intelecto condena a falsidade e justifica a verdade, e que, com freqüência, por meio do intelecto, existe em sua sensibilidade a presença ou a formação de uma profunda impressão em favor da verdade; mas se o coração não for mudado, ele se apega às mentiras e mantém, na prática, a proclamação da maior mentira do universo, a saber, que não se deve acreditar em DEUS, que CRISTO não merece confiança, que o interesse próprio é o bem supremo; e que todos os interesses devem ser considerados de menor valor que os próprios. )))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) REVISTA NA ÍNTEGRA Escrita Lição 11, CPAD, Os Prejuízos Da Mentira Na Família, 2Tr23 Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva TEXTO ÁUREO
“Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos.” (Cl 3.9)
VERDADE PRÁTICA
A mentira pode até dar flores, mas não produz fruto para o bem.
LEITURA DIÁRIA
SEGUNDA – Lv 19.11 A mentira viola o mandamento de DEUS
TERÇA – Gl 5.17,24,25 A mentira é obra da carne e nada tem a ver com o ESPÍRITO SANTO
QUARTA – Jo 8.44 O Diabo é o pai da mentira
QUINTA – Sl 64.6 A mentira revela a malícia do coração
SEXTA – Tg 3.14 Não se pode mentir contra a verdade
SÁBADO – Nm 23.19; Tt 1.2; Hb 6.18 DEUS não pode mentir
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 5.1-11
1 – Mas um certo varão chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade
2 – e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos.
3 – Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade?
4 – Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS.
5 – E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.
6 – E, levantando-se os jovens, cobriram o morto e, transportando-o para fora, o sepultaram.
7 - E, passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido.
8 - E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? E ela disse: Sim, por tanto.
9 – Então, Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o ESPÍRITO do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti.
10 – E logo caiu aos seus pés e expirou. E, entrando os jovens, acharam-na morta e a sepultaram junto de seu marido.
11 – E houve um grande temor em toda igreja e em todos os que ouviram estas coisas.
Hinos Sugeridos: 306, 322, 499 da Harpa Cristã
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A história de Ananias e Safira foi marcada negativamente pela mentira que o casal proferiu no início da Igreja. Ao longo da história da igreja pós-pentecostes, no livro de Atos dos Apóstolos, um sentimento amoroso de partilha a respeito dos pobres dominava na igreja cheia do ESPÍRITO SANTO. Para que os necessitados não tivessem carência, alguns dos novos convertidos, que tinham posses, negociavam suas propriedades e depositavam o dinheiro recebido junto aos pés dos apóstolos para a distribuição aos necessitados. Nesse contexto, o casal, Ananias e Safira, deixou-se dominar pela inveja e o desejo de chamar a atenção dos demais. Por isso, eles mentiram contra os apóstolos e a igreja. Nesta lição, estudaremos o perigo que a mentira traz para a família cristã. Além de tragédia espiritual, ela também traz uma tragédia familiar.
I – UMA CONVERSÃO DUVIDOSA
1. Por que uma conversão duvidosa? Porque as atitudes do casal não revelavam a transformação de vida alcançada pelo poder do Evangelho (Rm 1.16). Embora atraídos pela prática da igreja, simpáticos à causa do Evangelho, Ananias e Safira não corresponderam à obra de regeneração do ESPÍRITO SANTO, ou seja, eles não foram genuinamente transformados (Jo 3.3-7). É importante enfatizar que, no início do movimento do Pentecostes, Ananias e Safira uniram-se à igreja local, passando a fazer parte dela. Entretanto, a velha natureza se revelava na hipocrisia, na cobiça e na mentira do casal.
2. A comunhão na igreja de Atos. Em Atos dos Apóstolos, está claro que uma das caraterísticas dos primeiros dias da igreja, entre outras coisas, era a “comunhão” (At 2.42). Os convertidos a CRISTO daquele tempo, advindos do grande grupo dos quase três mil novos cristãos, tinham tudo em comum, pois o ESPÍRITO SANTO gerou no coração desses cristãos o amor generoso e voluntário. A marca dessa igreja era a ajuda mútua, pois seus membros vendiam suas propriedades e depositavam todo o valor arrecadado aos pés dos apóstolos. Esse dinheiro tinha o objetivo de ajudar os mais pobres de Jerusalém (At 4.34,35). Um exemplo desse “espírito” na primeira igreja foi um homem chamado Barnabé. Ele vendeu suas terras e entregou todo o dinheiro, de forma voluntária, para suprir a necessidade dos cristãos carentes (At 4.36,37).
3. A inveja e a hipocrisia de Ananias e Safira. Quando viram o desprendimento generoso de Barnabé, Ananias e Safira encheram seus corações de inveja. No lugar de agirem de maneira generosa, eles cultivaram um sentimento carnal, tramando um plano para impressionar os apóstolos e a igreja (At 5.1,2). O plano era o seguinte: vender uma propriedade e levar o dinheiro como oferta à igreja, mas reter uma parte desse valor para eles mesmos e entregar a outra como se fosse o valor completo. Ananias e Safira fingiriam dar todo o dinheiro à igreja. É muito triste quando a hipocrisia e o engano se instalam no coração do homem. Mais trágico ainda quando essa realidade acontece no seio da família cristã. Devemos estar vigilantes, o Diabo age para desfazer a unidade do ESPÍRITO na vida da família.
4. Quando a mentira e o engano enchem os corações. Cheio do ESPÍRITO, incisivo e com autoridade espiritual, o apóstolo Pedro disse a Ananias: “Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS” (At 5.3,4). O apóstolo Pedro também tratou com a esposa de Ananias, sem ela saber que o esposo havia caído morto na presença de todos: “Por que é que entre vós vos consertastes para tentar o ESPÍRITO do Senhor?” (At 5.9a). Portanto, vemos que a mentira e o engano dominaram o coração do casal para tentar ludibriar a igreja e, consequentemente, a liderança apostólica. Ao tentar enganar a liderança local da primeira igreja, na verdade, eles mentiram contra o ESPÍRITO SANTO (At 5.3), voltando-se diretamente contra DEUS (At 5.4).
SINÓPSE I - A igreja primitiva vivia uma verdadeira comunhão. Entretanto, Ananias e Safira dissimulava nessa comunhão com a mentira.
AUXÍLIO devocional
“À SUA DISPOSIÇÃO
[Ananias e Safira] Esse casal conspirou, e combinou que deveria vender suas propriedades, guardando uma parte do dinheiro, mas fingiu dar tudo, colocando o dinheiro aos pés dos apóstolos, como os outros cristãos tinham feito. A morte deles aconteceu imediatamente, não porque tivesse guardado o dinheiro, mas porque o seu ato foi uma mentira: um engano para manipular a comunidade cristã e encobrir os seus verdadeiros motivos. O mais fascinante é o fato de que, se tivessem guardado todo o dinheiro, e o tivessem investido em alguma atividade comercial [...], provavelmente teriam vivido ‘felizes para sempre’. Como disse Pedro, a propriedade não deles, em primeiro lugar? O dinheiro não estava à sua disposição? (v.5) Agora, antes que você fique com a impressão errada, este não é um devocional sobre o modo de vida americano, ou uma exortação para ‘investir em riquezas’. É simplesmente uma observação de que aquilo que você ou eu temos é nosso. O que nós possuímos, possuímos. Quando temos dinheiro, ele está à nossa disposição. Os capítulos 4 e 5 de Atos não suscitam a questão do comunismo cristão, de maneira alguma. Mas esses capítulos suscitam uma pergunta. A pergunta é: nós estamos ou não à disposição de DEUS?” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.725).
II – O PROBLEMA DA MENTIRA DENTRO DA FAMÍLIA
1. A mentira produzida dentro da família. Ananias e Safira imaginaram que poderiam tirar proveito do desconhecimento das pessoas da igreja sobre a artimanha de esconder a verdade sobre a venda da propriedade, mentindo com o objetivo de chamar a atenção para si mesmos (At 5.1). Isso fala a respeito de pessoas que se dizem cristãs, mas mantêm velhos hábitos da vida mundana. O ESPÍRITO SANTO se entristece quando, dentro da família, esposo, esposa, filhos e filhas, ou outros membros, fazem da mentira um estilo de vida. Por isso, o apóstolo Paulo exorta a não mentir uns aos outros (Cl 3.9).
2. Quem faz uso da mentira está dominado pelo poder da carne. Em Gálatas, o apóstolo Paulo escreve que a carne cobiça contra o ESPÍRITO, e este se opõe à carne para que não façamos o que ela quer, ou seja, se espera dos cristãos que crucifiquem a sua carne com suas respectivas paixões, isto é, vícios da alma; assim, devemos viver dominados pelo ESPÍRITO (Gl 5.17,24,25). Toda e qualquer mentira, por mais ingênua que possa parecer, tem sua fonte no Diabo, que é o seu pai (Jo 8.44,45). Se ela domina o crente, significa que este não está mais no ESPÍRITO, mas na carne (cf. Rm 8.1; 13.14).
SINÓPSE II - O uso da mentira revela a escravidão da carne. Conjugada com a hipocrisia, a mentira traz consequências sérias para toda a família.
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
O PECADO DE ANANIAS E SAFIRA
“O pecado que Ananias e Safira cometeram não foi o da mesquinhez, por guardarem parte do dinheiro; eles tinham a opção de vender ou não a terra; e, caso decidissem vendê-la, poderiam dar quanto quisessem. O pecado deles foi mentir diante de DEUS e do seu povo, dizendo que deram a quantia total, quando, na verdade, guardaram parte para si; eles mentiram, a fim de parecerem mais generosos do que realmente eram. Tal pecado foi severamente julgado, porque a desonestidade, a cobiça e a avareza são destrutivas para a Igreja, pois impede que o ESPÍRITO SANTO trabalhe eficazmente. Toda mentira é ruim, mas quando mentimos para tentar enganar a DEUS e a seu povo sobre o nosso relacionamento com Ele, destruímos nosso testemunho a favor de CRISTO” (Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2020, p.1486).
III – PROTEGENDO A FAMÍLIA DA MENTIRA E DA HIPOCRISIA
1. Cuidado contra os defeitos morais no lar. Quando se permitem certos defeitos morais como a prática da mentira, do fingimento e da hipocrisia dentro de um lar, essa família está fadada ao fracasso. Semelhantemente ao que aconteceu com Ananias e Safira, no Antigo Testamento, lemos a história de uma família israelita, cujo chefe era Acã. Dominado pela cobiça e pela hipocrisia, ele furtou certos objetos da cidade de Jericó, considerados amaldiçoados e que, por isso, Israel não deveria tomar como despojo. Esse pecado de desobediência trouxe maldição para todo o povo. A ira do Senhor se acendeu contra Acã e toda a sua família (Js 7.1).
2. Precisamos agir contra a hipocrisia e a mentira. Ninguém está livre de se achar dominado pelas mesmas hipocrisias e mentiras que se acharam no casal Ananias e Safira. Por isso, a Bíblia nos ensina que não podemos trocar a verdade de DEUS pela mentira, como fazem as pessoas dominadas pelo pecado (Rm 1.25). Aos servos de DEUS cabe fazer um autoexame diante dEle contra a hipocrisia (Mt 7.3,5). Sim, a consequência direta da mentira é a hipocrisia. Esses dois vícios são obras carnais que podem dilacerar uma família.
3. Não deixe o Inimigo agir na família. O versículo 3 diz: “Ananias, por que encheu Satanás o teu coração? [...]”. É indiscutível que Satanás age ativamente na Terra e, especialmente, contra as famílias da Igreja de CRISTO. Ele trabalha contra essa importante instituição, investindo contra os seus membros. Infelizmente, como Ananias, há muitos que permitem a Satanás encher seus corações para desestabilizar a família. Por isso, cabe-nos estar em oração e vigilância (Mt 26.41). Então, podemos fazer o que a Bíblia diz: “Sujeitai-vos, pois, a DEUS; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).
SINÓPSE III
É preciso estabelecer uma camada de proteção na família cristã contra os instrumentos da mentira e da hipocrisia.
CONCLUSÃO
Como aconteceu com Ananias e Safira, que foram punidos pelo Senhor com morte instantânea, membros da família, que praticam a mentira, podem experimentar consequências gravíssimas por causa dessa prática. A Bíblia diz que a Igreja é a coluna e a firmeza da verdade (1 Tm 3.15). Portanto, ainda que, num primeiro momento possa parecer difícil, o caminho da verdade sempre é o melhor.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Segundo a lição, por que se pode dizer que a conversão de Ananias e Safira foi duvidosa?
Porque as atitudes do casal não revelavam a transformação de vida alcançada pelo poder do Evangelho (Rm 1.16).
2. Qual era o plano do casal?
Vender uma propriedade e levar o dinheiro como oferta à igreja, mas reter uma parte desse valor para eles mesmos e entregar a outra como se fosse o valor completo. Ananias e Safira fingiriam dar todo o dinheiro à igreja.
3. O que a mentira de Ananias e Safira, com o objetivo de chamar a atenção para si mesmos, pode ilustrar?
Isso fala a respeito de pessoas que se dizem cristãs, mas mantêm velhos hábitos da vida mundana.
4. Que história no Antigo Testamento pode ser comparada à de Ananias e Safira?
Semelhantemente ao que aconteceu com Ananias e Safira, no Antigo Testamento, lemos a história de uma família israelita, cujo chefe era Acã.
5. O que cabe à família cristã?
Cabe estar em oração e vigilância (Mt 26.41).
LEITURAS PARA APROFUNDAR
Qualidade Total de Vida; Os Dez Mandamentos para o dia de hoje
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A lição desta semana traz uma reflexão muito pertinente. Mesmo depois de receber o derramamento do ESPÍRITO SANTO, a igreja primitiva foi atacada por Satanás por meio de um instrumento que é capaz de levar destruição para as relações humanas: a mentira. O capítulo 5 de Atos apresenta o casal Ananias e Safira que, no lugar de entregar uma oferta voluntária e desprendida, dissimulou e manipulou uma oferta diante de uma causa tão nobre. A história bíblica de Ananias e Safira é um alerta quanto ao malefício da mentira em nossa família.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Investigar a natureza da “conversão” de Ananias e Safira; II) Refletir a respeito do problema da mentira na família; III) Expor o conselho bíblico de como proteger a família da mentira e da hipocrisia.
B) Motivação: Há um pensamento bem interessante e que faz todo o sentido para esta lição: “Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos o tempo todo”. Esse pensamento revela a fraqueza da mentira, pois ela não dura o tempo todo. Sempre há um vestígio que, em algum momento, será confrontado pela verdade.
C) Sugestão de Método: Para introduzir a lição desta semana reproduza o pensamento acima e solicite que a classe dê sua opinião a respeito. Ouça com atenção! Em seguida, exponha o conteúdo do primeiro tópico, mostrando como o pensamento apresentado no início da aula é um exemplo concreto da história bíblica revelada nas Escrituras.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: É preciso estabelecer a cultura da verdade dentro de uma família cristã. Onde há verdade, há confiança e segurança. DEUS se agrada disso. Essa cultura da verdade na família deve começar pelos pais. Ela passa também pelo confronto das famosas “mentirinhas” das crianças. Não por acaso, em nosso país, há o conhecido dia da mentira, 1º de Abril, onde culturalmente se é permitido “mentir”. Precisamos confrontar esse tipo de cultura em nossa família e em nossas demais relações com a verdade da Palavra de DEUS.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 93, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “À Sua Disposição”, localizado ao final do primeiro tópico, aprofunda o episódio bíblico da mentira de Ananias e Safira, levantando a questão da disponibilidade voluntária a DEUS. 2) O texto “O Pecado de Ananias e Safira”, localizado ao final do segundo tópico, expande o tema da mentira em relação a DEUS e o seu povo.