Lição 10, Central Gospel, Pedro, um Líder Atípico, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar – PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- PEDRO, O
PRIMEIRO
1.1. O primeiro
a declarar a messianidade de JESUS
1.2. O primeiro
a definir JESUS como único
1.3. O primeiro
a ser informado sobre a ressurreição de JESUS
2- PEDRO, UM
LÍDER ÀS AVESSAS
2.1. O grande
líder não teme questionar
2.2. O grande
líder, em defesa da sua fé, não teme ser mal interpretado
2.3. O grande
líder erra; mas reconhece o seu erro e repara-o
2.3.1. O erro
2.3.2. O
reconhecimento do erro
2.3.3. A
reparação do erro
TEXTO BÍBLICO
BÁSICO - Lucas 22.54-62
54 - Então,
prendendo-o, o levaram e o meteram em casa do sumo sacerdote. E Pedro seguia-o
de longe.
55 - E,
havendo-se acendido fogo no meio do pátio, estando todos sentados, assentou-se
Pedro entre eles.
56 - E como
certa criada, vendo-o estar assentado ao fogo, pusesse os olhos nele, disse:
Este também estava com ele.
57 - Porém ele
negou-o, dizendo: Mulher, não o conheço.
58 - E, um
pouco depois, vendo-o outro, disse: Tu és também deles. Mas Pedro disse: Homem,
não sou.
59 - E, passada
quase uma hora, um outro afirmava, dizendo: Também este verdadeiramente estava
com ele, pois também é galileu.
60 - E Pedro
disse: Homem, não sei o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o
galo.
61 - E,
virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor,
como lhe tinha dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes.
62 - E, saindo
Pedro para fora, chorou amargamente.
João 21.17
17 - Disse-lhe
terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter
dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu
te amo. JESUS disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
TEXTO ÁUREO
Tendo por certo
isto mesmo: que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia
de JESUS CRISTO. Filipenses 1.6
)))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIOS
DIVERSOS
))))))))))))))))))))))))))))))))))
PEDRO
Um dos primeiros e mais proeminentes discípulos do Senhor JESUS.
Vários nomes lhe são dados: o hebraico Simeão (At 15.14) e o grego Simão, um
filho de Jacó cujos descendentes tornaram-se uma das tribos de Israel; Cefas (Jo
1.43) e Pedro, ambos significando “pedra”. Veja Simeão; Simão; Cefas.
Origem e Início de sua Vida
A cidade original de Pedro era Betsaida, uma aldeia de pescadores
na costa norte do mar da Galileia, não muito longe de Cafarnaum (Jo 1.44). Seu
pai, Jonas, era provavelmente um pescador (Jo 1.42), uma ocupação seguida por
Pedro e seu irmão André. De acordo com os padrões atuais, sua educação era
limitada, mas podia ler e escrever o aramaico. Falava um pouco de grego, um
idioma muito usado nas cidades de Decápolis, embora com um sotaque gutural
galileu (Mt 26.73). Pedro e André eram companheiros de Zebedeu e de seus filhos
Tiago e João (Lc 5.7,10) no negócio de pesca. Durante sua associação com o
Senhor JESUS, Pedro fez de Cafarnaum seu lar (Mc 1.21,29). O apóstolo Pedro era
casado (Mc 1.30), e mais tarde sua esposa o acompanhou em suas viagens
ministeriais (1 Co 9.5).
Pedro e seus companheiros discípulos eram seguidores de João
Batista — que foi o primeiro a dirigir a atenção deles ao Senhor JESUS. Quando
Pedro foi apresentado a JESUS por seu irmão André, o Senhor o chamou de Cefas
(em aramaico) ou Pedro (em grego), que quer dizer “pedra”, significando que ao
invés de ter o temperamento violento e inconstante de um Simeão/Simão (Gn
49.5-7), ele tomar-se-ia firme como uma rocha (Jo 1.42).
Pedro e os outros discípulos acompanharam o Senhor JESUS da cena do
ministério de João Batista até a volta a Cafarnaum (Jo 2.1, 2,12). Com toda a
probabilidade, eles retornaram à pescaria por um curto período, embora os
Evangelhos não o afirmem tão diretamente. Os Evangelhos Sinóticos indicam que
eles foram chamados nos seus barcos de pesca, para acompanhar o Senhor JESUS em
sua viagem pela Galileia, a fim de treiná-los como seus assistentes (Mc 1.16-20).
A narrativa de Lucas em particular, descreve a chamada como uma crise
espiritual para Pedro, que estava profundamente consciente do seu pecado e
incerto de sua habilidade de seguir ao Senhor. JESUS o encorajou, e a partir
daí Pedro dedicou-se totalmente a servir a CRISTO.
A partir do grande número de discípulos que seguiam JESUS, Ele
escolheu 12 para serem seus companheiros mais chegados. Nas 4 listas que foram
feitas (Mc 3.16-19; Lc 6.14- 16; Mt 10.2-4; At 1.13,14), o nome de Pedro sempre
aparece primeiro. Ele atuava como pregador do grupo, expressando seus problemas
e esperanças. Sua grande resposta, “Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo” (Mt
16.13-20), e o paralelo em João 6.67-69, cristalizaram a atitude dos discípulos
em relação ao Senhor JESUS, enquanto se encaminhavam para a estrada que os
levaria até à cruz.
Os motivos que levaram Pedro a seguir JESUS eram inicialmente tanto
pessoais quanto espirituais. Sabendo que JESUS era recomendado por uma figura
tão influente quanto João Batista, e vendo nele um Messias em potencial para a
nação, talvez Pedro, humanamente falando, possa ter sentido o desejo de elevar
seu próprio nível unindo-se a Ele. Pedro comentou com o Senhor JESUS que ele e
os outros haviam deixado suas casas e negócios para segui-lo (Me 10.28; Lc
18.281, e que esperavam ser devidamente recompensados pelo seu sacrifício. Até
na última ceia ainda discutiam sobre os lugares de honra no reino vindouro (Lc
22.24).
A educação de JESUS é ilustrada por vários episódios. A grande
crise da carreira de Pedro foi o desafio de JESUS, quando indagou seus
discípulos se eles o amavam. Quando Pedro respondeu: ״Tu
és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo”, JESUS o abençoou, assegurando- o de que a
revelação daquela verdade viera de DEUS para ele. JESUS informou a Pedro que
Ele lhe daria as chaves do reino dos céus, o direito de admitir os homens no
reino dos céus quando proclamasse a verdade (Mt 16.13-20). Pedro foi o primeiro
a pregar a nova mensagem aos judeus no dia de Pentecostes (At 2.14), e aos
gentios da família de Cornélio (10.34ss.). A promessa de JESUS continha um jogo
de palavras: “Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra
edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra
ela". CRISTO não edificou a Igreja sobre Pedro, mas sobre a solidez da
natureza regenerada que Ele cria em seus discípulos.
JESUS começou a ensinar a Pedro um novo modo de vida. Em resposta à
pergunta de Pedro com relação ao pagamento da taxa do Templo, JESUS assegurou-o
de que os verdadeiros israelitas deveriam ser livres de taxação, e então deu o
dinheiro suficiente para pagar por si e também por Pedro. Quando Pedro
perguntou a JESUS se deveria perdoar um inimigo mais de 7 vezes, JESUS
respondeu que deveria perdoar 70 vezes 7 (Mt 18.21,22)
- uma imposição que Pedro acharia difícil de obedecer. Pela surpresa de Pedro
com a figueira seca, percebe-se alguma incredulidade acerca do poder de JESUS,
que imediatamente o lembrou de que precisava de mais fé (Mc 11.20-22).
Pedro destacou-se especialmente nas últimas horas da vida de JESUS.
Ele e João estavam incumbidos da tarefa de organizar a última ceia em Jerusalém
(Lc 22.8), provavelmente JESUS os considerava os mais fiéis e estáveis dos
discípulos. Pedro recusou- se a deixar que JESUS lavasse seus pés, mas quando o
Senhor lhe disse que esta era uma condição necessária para sua comunhão, Pedro
revelou sua verdadeira condição pedindo até mesmo um banho. Ele não queria ser
separado de CRISTO (Jo 13.6-9). Quando JESUS anunciou a traição iminente, Pedro
perguntou a João a identidade do traidor, e talvez se ele soubesse naquela
hora, Judas não teria sobrevivido para completar sua barganha maligna com os
sacerdotes. Pedro foi um dos três escolhidos para vigiar com JESUS no
Getsêmani, mas dormiu de cansaço e tristeza (Mt 26.37-46; Mc 14.33- 42; Lc
22.45). Quando os guardas chegaram, Pedro tentou defender JESUS com armas, e
foi repreendido severamente (Jo 18.10,11). Desconcertado pela resposta incomum
de JESUS, e talvez magoado pela repreensão enquanto deveria esperar um
agradecimento por arriscar sua vida, Pedro fugiu do jardim com os outros
discípulos.
Após recuperarem alguma tranquilidade, Pedro e João entraram na
sala do sumo sacerdote depois de seguirem os guardas à distância (Jo 18.15).
Após serem admitidos no pátio, Pedro aquecia-se na fogueira quando um dos
servos perguntou se ele era um dos discípulos de JESUS. Alarmado pela
hostilidade latente à sua volta, ele negou veementemente por 3 vezes qualquer
ligação com JESUS (Mt 26.58,69-75; Mc 14.66- 72; Lc 22.54-62; Jo 18.15-18,25-27).
Ao ser instantaneamente convencido de seu fracasso pelo olhar de JESUS, ele
deixou a casa do sumo sacerdote e arrependeu-se amargamente. Ele deve ter
testemunhado a crucificação (1 Pe 2.21-24; 5.1),
embora os Evangelhos não mencionem sua presença no Calvário.
Quando Maria Madalena contou, na manhã da ressurreição, que o
túmulo estava vazio, Pedro e João correram para investigar e notaram que as roupas
do túmulo ainda estavam no lugar, embora o corpo estivesse ausente (Jo 20.1-10).
Mais tarde, no mesmo dia, JESUS apareceu para Pedro (1 Co 15.5; Lc 24.33,34).
Quando os discípulos retornaram para a Galileia, Pedro propôs a retomada do
negócio da pesca, e quando o Senhor apareceu de novo e repetiu o milagre da
pesca (Lc 5.5-8), Pedro foi o primeiro a saudá-lo (Jo 21.7). JESUS respondeu
com prazer, e o encarregou novamente da liderança da sua obra (Jo 21.15-19).
Pedro em Jerusalém
Depois da ascensão de JESUS, os discípulos estavam reunidos em um
aposento para orar, aguardando a promessa do dom do ESPÍRITO SANTO. Pedro sugeriu
que um deles fosse escolhido para ocupar o lugar de Judas, para que o
apostolado ficasse completo. No dia de Pentecostes, ele pregou a mensagem
inicial à multidão que se reuniu, e declarou que eles deveriam arrepender-se e
ser batizados no nome do Senhor JESUS. Cerca de 3 mil pessoas converteram-se, e
a Igreja começou (At 2.14-42).
Durante os primeiros anos da Igreja em Jerusalém, Pedro foi
reconhecido como seu líder. Ele realizou grandes milagres (At 3.1- 10; 5.12-16),
defendeu a causa perante o Sinédrio (4.5-12), e disciplinou ofensores como
Ananias e Safira (5.1-11). Embora tenha saído da cidade depois da perseguição
de Herodes em 44 d.C. (At 12.1-17), ele retomou a Jerusalém para participai do
conselho relacionado à liberdade dos gentios (15.6-11). Ele concordou com Paulo
contra os legalistas, onde os gentios não deveriam ser obrigados a obedecer à
lei cerimonial como uma condição de salvação além da fé em CRISTO.
O Ministério de Pedro Fora de Jerusalém
Quando houve a perseguição contra a igreja depois da controvérsia
sobre Estêvão, Pedro estendeu seu ministério a novos campos. Foi juntamente com
João até Samaria, e Filipe reuniu um grande número de novos convertidos,
instruindo-os sobre a obra do ESPÍRITO SANTO. Ele serviu nas cidades costeiras
de Lida e Jope, onde curou Enéias e ressuscitou Dorcas, que havia morrido (At
9.3243־), e pregou por toda a planície marítima de
Sarom. Em resposta à visão que recebera em sua estadia em Jope, iniciou a
evangelização dos gentios pregando na casa de Cornélio, um centurião romano
estabelecido em Cesaréia (At 10.1-45). Foi criticado pelo partido judeu, na Igreja,
por entrar na casa de um gentio. E foi obrigado a justificar sua conduta quando
retornou a Jerusalém (At 11.1-18).
O Final do Ministério de Pedro
O Concílio de Jerusalém marcou o ponto médio do século f (aprox.
48-50 d.C.). Se o episódio registrado em Gálatas 2.11-21 pertence a este
período do desenvolvimento da Igreja, podemos concluir que Pedro visitou
Antioquia antes do Concílio. Sua discordância com Paulo foi resolvida, pois
eles permaneceram juntos no Concílio, e mais tarde Pedro referiu-se a ele como
“nosso amado irmão” (2 Pe 3.15).
Entre 50 d.C. e o final do período do NT, pouco foi dito sobre
Pedro. Paulo faz alusão às suas viagens (1 Co 9.5); e o fato de um grupo na
Igreja de Corinto ter dito: “Eu sou de Cefas” (1 Co 1.12), aparentemente indica
que ele era conhecido pessoalmente ali. O destino de 1 Pedro 1.1 indica que ele
provavelmente pregou nas sinagogas da Dispersão no norte da Ásia Menor, e a
segunda epístola deixa uma pista de que ele previu uma morte súbita e talvez
violenta (2 Pe 1.12-15), de acordo com a previsão do Senhor JESUS (Jo 21.18-19).
Em 1 Pedro, ele refere-se a si mesmo como o presbítero responsável
por apascentar o rebanho de DEUS(1 Pe 5.1-2). Suas epístolas mostram que ele
foi ativo na pregação até a hora da sua morte, e que exerceu um amplo
ministério no mundo romano.
Se Pedro chegou a alcançar Roma ou não, é motivo de debate. Não há
qualquer evidência da declaração da igreja Romana de que ele fundou a Igreja
ali e a serviu por um quarto de século até seu martírio. Se ele tivesse vivido
em Roma entre os anos 55 e 65 d.C., poderíamos considerar inconcebível que
Paulo tenha escrito aos romanos sem mencioná-lo. A ausência de alguma alusão à
sua presença em Atos, se ele estivesse na cidade quando Paulo estava ali,
também seria inconcebível.
A tradição de que Pedro foi o primeiro bispo de Roma não é
sustentada por nenhum texto bíblico, e até mesmo seu martírio em Roma baseia-se
em um testemunho expresso muitos anos após sua morte. Irineu (aprox. 180 d.C.)
disse que Pedro e Paulo pregaram em Roma e colocaram os alicerces da Igreja
{Adv. Haereses III. 1.1). Tertuliano (200 d.C.) refere-se ao martírio de Pedro
e Paulo em Roma (De Praescriptione XXXVI), mas em uma linguagem que soa como se
ele estivesse citando mais a tradição do que citando uma evidência
documentária. Orígenes afirmou que Pedro finalmente visitou Roma e foi
crucificado de cabeça para baixo (Eusébio, História Ecclesiae III 1.2). Uma
análise cuidadosa destas tradições mostra que embora possa existir alguma razão
para se acreditar que Pedro esteve em Roma, ele não fundou a Igreja nem foi Seu
bispo durante um período considerável; nem se pode afirmar, sem gerar
controvérsias, onde ele foi sepultado. É possível que os patriarcas da Igreja
do tempo de Irineu em diante simplesmente tenham repetido a lenda central de
que ele morreu em Roma, fazendo alguns acréscimos, sem terem investigado as
evidências de forma independente.
A Personalidade de Pedro
Pedro foi claramente um tipo rural - vigoroso, forte, impulsivo,
direto, e extrovertido. Ele era normalmente falador e curioso, de certo modo
emotivo, sanguíneo, leal aos seus amigos e violento contra seus inimigos, e
totalmente autoconfiante. Possuía uma grande capacidade natural de liderança
por causa da sua natureza entusiasmada e calorosa. Sua disposição precipitada,
em particular, o levou a instabilidades e excentricidades, que por fim o
levavam a se desculpar ou a se arrepender. Sua pregação mostra que ele era mais
um encorajador do que alguém cujo pensamento estava voltado à lógica. Sua
natureza carinhosa, sua completa devoção a CRISTO, e seu corajoso ministério,
fizeram dele um líder de destaque nos primeiros anos de existência da Igreja. Dicionário Bíblico Wycliffe
Bibliografia. Oscar Cullmann, “Petros, Kephas”, TDNT, VI, 100-112.
E. Schuyler English, The Life and Letters of St. Peter, Nova York. Our Hope
Publications, 1942. F. J. Foakes-Jackson, Peter. Prince of Apostles, Nova York.
George H. Doran Co., 1927. W. H. Griffith Thomas, The Apostle Peter, Grand
Rapids. Eerdmans, 1946. M.C. T.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 6, O
Avivamento No Ministério De Pedro
TEXTO ÁUREO
“Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões
judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai
as minhas palavras.” (At 2.14)
VERDADE PRÁTICA
A vida de um crente pode ser comparada entre o antes e o depois de um
avivamento.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 26.41 Vigilância e oração, pois a carne é fraca
Terça - Mt 6.9-13 Modelo de oração ensinado por JESUS
Quarta - At 10.45,46 Línguas e magnificação a DEUS no ESPÍRITO
Quinta - At 19.1-6 Batismo no ESPÍRITO SANTO e imposição de mãos
Sexta - 1 Co 13.1 O falar em línguas e a prática do amor
Sábado - 1 Co 14.39 Não deve haver proibição para o falar em línguas
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.14-24
14 - Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes:
Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e
escutai as minhas palavras.
15 - Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a
terceira hora do dia.
16 - Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:
17 - E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS, que do meu ESPÍRITO derramarei
sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os
vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;
18 - e também do meu ESPÍRITO derramarei sobre os meus servos e minhas servas,
naqueles dias, e profetizarão;
19 - e farei aparecer prodígios em cima no céu e sinais em baixo na terra:
sangue, fogo e vapor de fumaça.
20 - O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes de chegar o
grande e glorioso Dia do Senhor;
21 - e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
22 - Varões israelitas, escutai estas palavras: A JESUS Nazareno, varão
aprovado por DEUS entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que DEUS por
ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis;
23 - a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de
DEUS, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos;
24 - ao qual DEUS ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível
que fosse retido por ela.
HINOS SUGERIDOS: 24, 249, 470 da Harpa Cristã
PALAVRA-CHAVE - Ministério
Resumo da Lição
6, O Avivamento No Ministério De Pedro
I – PEDRO ANTES DO PENTECOSTES
1. As duas atitudes de Pedro.
2. Pedro nega JESUS três vezes.
II – PEDRO APÓS O PENTECOSTES
1. Pedro batizado no ESPÍRITO SANTO.
2. Pedro e a cura do coxo.
3. Pedro avivado em outras ocasiões.
III – A IGREJA DE HOJE E O AVIVAMENTO DO PENTECOSTES
1. A Igreja atual e o Pentecostes.
2. Tempos de multiplicação da iniquidade.
3. A Igreja será arrebatada.
PEDRO πετρος
Petros
Pedro = “uma rocha ou uma pedra”
um dos doze discípulos de JESUS
Vejamos alguns
fatos importantes na vida de Pedro:
1- Pedro
encontro com JESUS: João 1.35-42
No seu
primeiro encontro com JESUS, Simão foi chamado de Cefas (aramaico) ou Pedro
(grego) que significa rocha.
2- Chamado ministerial
de Pedro: Lucas 5.1-11
Depois de uma
pescaria frustrada, JESUS operou o milagre da pesca maravilhosa e Pedro se
prostrou diante de CRISTO o reconhecendo como Senhor.
3- Pedro vacila
sobre o mar: Mateus 14.22.32
Quando JESUS
anda sobre as águas, Pedro primeiro demonstra fé ao pedir para andar também,
mas depois teve medo e duvidou.
4- Pedro
confessa que deseja continuar seguido a JESUS: João 6.66-69
Após o sermão
de JESUS, quando muitos o deixavam, Pedro declarou que queria seguir a CRISTO
como único caminho.
5- Pedro
confessa e nega em seguida: Mateus 16.13-23
JESUS pergunta
quem os discípulos pensam Dele e Pedro confessa que é o Filho de DEUS, mas
depois é usado pelo inimigo para intentar JESUS a não enfrentar a cruz.
6- Pedro se
alegra no momento da transfiguração: Marcos 9.2-10
Quando JESUS
foi transfigurado Pedro ficou tão feliz que nem queria ir embora e propôs fazer
tendas para ficar no monte.
7- Pedro
indeciso e arrogante no Lava pés: João 13.4-9
JESUS foi lavar
os pés dos discípulos e Pedro não queria deixar, mas JESUS lhe constrangeu a
isso.
8- Timidez de
Pedro na Santa Ceia: João 13.21-26
Quando JESUS
disse que haveria um traidor, Pedro teve vergonha de perguntar quem seria.
9- Pedro afirma
que morreria por CRISTO: João 13.36-38
Pedro prometeu
que nunca abandonaria JESUS e que até morreria junto com CRISTO.
10- Pedro é
avisado de que negaria JESUS: Marcos 14.29-31
JESUS avisou
Pedro que negaria sua fé e mesmo assim ele resistiu e não reconheceu sua
fraqueza.
11- Pedro dorme
no Getsêmani: Mateus 26.40
JESUS chama os
discípulos para orar, mas eles dormem.
12- Corta a
orelha do soldado Malco: João 18.7-11
No Getsêmani
Pedro tenta defender JESUS cortando a orelha de um soldado.
13- Pedro segue
JESUS, mas de longe: Marcos 14.54
Depois que JESUS
foi preso, Pedro foi seguindo JESUS de longe com medo de ser reconhecido.
14- Pedro nega
JESUS três vezes e fica triste: Marcos 14.66-72
Assim como foi
profetizado, negou a JESUS três vezes e o galo cantou.
15- Pedro
confessa triplamente a JESUS: João 21.15-17
JESUS lhe deu a
oportunidade de confessar três vezes que o ama.
16- Pedro
recebe o ESPÍRITO SANTO e faz sua pregação no Pentecostes: Atos 2.14-19
No Pentecostes
Pedro se mostra um homem determinado e cheio do poder de DEUS.
17- Afirma ser
a Pedra que JESUS lhe disse que seria: I Pedro 2.4-10
Pedro declara
que somos as “pedras vivas” na Igreja de CRISTO.
Seja constante!
CONCLUSÃO
Me arrisco a
dizer que Pedro foi o discípulo que mais CONFESSOU a JESUS. Em muitas situações
fez declarações lindas de fé. E no momento da prisão de JESUS ele negou, mas os
outros discípulos fugiram de tal maneira que não se tem registro do que fizeram
ou falaram. Certamente eles também negaram. Mas Pedro teve a nobreza de contar
o que fez e confessar seu pecado testemunhando sua conversão.
https://www.esbocosermao.com/2011/01/estudo-altos-e-baixos-na-vida-do.html
Pedro -
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
Um dos
primeiros e mais proeminentes discípulos do Senhor JESUS. Vários nomes lhe são
dados: o hebraico Simeão (At 15.14) e o grego Simão, um filho de Jacó cujos
descendentes tornaram-se uma das tribos de Israel; Cefas (Jo 1.43) e Pedro,
ambos significando “pedra”. Veja Simeão; Simão; Cefas.
Origem e Início de sua Vida
A cidade original de Pedro era Betsaida, uma aldeia de pescadores na costa
norte do mar da Galileia, não muito longe de Cafarnaum (Jo 1.44). Seu pai,
Jonas, era provavelmente um pescador (Jo 1.42), uma ocupação seguida por Pedro
e seu irmão André. De acordo com os padrões atuais, sua educação era limitada,
mas podia ler e escrever o aramaico. Falava um pouco de grego, um idioma muito
usado nas cidades de Decápolis, embora com um sotaque gutural galileu (Mt
26.73). Pedro e André eram companheiros de Zebedeu e de seus filhos Tiago e
João (Lc 5.7,10) no negócio de pesca. Durante sua associação com o Senhor JESUS,
Pedro fez de Cafarnaum seu lar (Mc 1.21,29). O apóstolo Pedro era casado (Mc
1.30), e mais tarde sua esposa o acompanhou em suas viagens ministeriais (1 Co
9.5).
Pedro e seus companheiros discípulos eram seguidores de João Batista — que foi
o primeiro a dirigir a atenção deles ao Senhor JESUS. Quando Pedro foi apresentado
a JESUS por seu irmão André, o Senhor o chamou de Cefas (em aramaico) ou Pedro
(em grego), que quer dizer “pedra”, significando que ao invés de ter o
temperamento violento e inconstante de um Simeão/Simão (Gn 49.5-7), ele
tomar-se-ia firme como uma rocha (Jo 1.42).
Pedro e os outros discípulos acompanharam o Senhor JESUS da cena do ministério
de João Batista até a volta a Cafarnaum (Jo 2.1, 2,12). Com toda a
probabilidade, eles retornaram à pescaria por um curto período, embora os
Evangelhos não o afirmem tão diretamente. Os Evangelhos Sinóticos indicam que
eles foram chamados nos seus barcos de pesca, para acompanhar o Senhor JESUS em
sua viagem pela Galileia, a fim de treiná-los como seus assistentes (Mc
1.16-20). A narrativa de Lucas em particular, descreve a chamada como uma crise
espiritual para Pedro, que estava profundamente consciente do seu pecado e
incerto de sua habilidade de seguir ao Senhor. JESUS o encorajou, e a partir
daí Pedro dedicou-se totalmente a servir a CRISTO.
A partir do grande número de discípulos que seguiam JESUS, Ele escolheu 12 para
serem seus companheiros mais chegados. Nas 4 listas que foram feitas (Mc
3.16-19; Lc 6.14- 16; Mt 10.2-4; At 1.13,14), o nome de Pedro sempre aparece
primeiro. Ele atuava como pregador do grupo, expressando seus problemas e
esperanças. Sua grande resposta, “Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo” (Mt
16.13-20), e o paralelo em João 6.67-69, cristalizaram a atitude dos discípulos
em relação ao Senhor JESUS, enquanto se encaminhavam para a estrada que os
levaria até à cruz.
Os motivos que levaram Pedro a seguir JESUS eram inicialmente tanto pessoais
quanto espirituais. Sabendo que JESUS era recomendado por uma figura tão
influente quanto João Batista, e vendo nele um Messias em potencial para a nação,
talvez Pedro, humanamente falando, possa ter sentido o desejo de elevar seu
próprio nível unindo-se a Ele. Pedro comentou com o Senhor JESUS que ele e os
outros haviam deixado suas casas e negócios para segui-lo (Me 10.28; Lc 18.281,
e que esperavam ser devidamente recompensados pelo seu sacrifício. Até na
última ceia ainda discutiam sobre os lugares de honra no reino vindouro (Lc
22.24).
A educação de JESUS é ilustrada por vários episódios. A grande crise da
carreira de Pedro foi o desafio de JESUS, quando indagou seus discípulos se
eles o amavam. Quando Pedro respondeu: ״Tu és o CRISTO,
o Filho do DEUS vivo”, JESUS o abençoou, assegurando- o de que a revelação
daquela verdade viera de DEUS para ele. JESUS informou a Pedro que Ele lhe
daria as chaves do reino dos céus, o direito de admitir os homens no reino dos
céus quando proclamasse a verdade (Mt 16.13-20). Pedro foi o primeiro a pregar
a nova mensagem aos judeus no dia de Pentecostes (At 2.14), e aos gentios da
família de Cornélio (10.34ss.). A promessa de JESUS continha um jogo de
palavras: “Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei
a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". CRISTO
não edificou a Igreja sobre Pedro, mas sobre a solidez da natureza regenerada
que Ele cria em seus discípulos.
JESUS começou a ensinar a Pedro um novo modo de vida. Em resposta à pergunta de
Pedro com relação ao pagamento da taxa do Templo, JESUS assegurou-o de que os
verdadeiros israelitas deveriam ser livres de taxação, e então deu o dinheiro
suficiente para pagar por si e também por Pedro. Quando Pedro perguntou a JESUS
se deveria perdoar um inimigo mais de 7 vezes, JESUS respondeu que deveria
perdoar 70 vezes 7 (Mt 18.21,22) - uma imposição que Pedro acharia difícil de
obedecer. Pela surpresa de Pedro com a figueira seca, percebe-se alguma
incredulidade acerca do poder de JESUS, que imediatamente o lembrou de que
precisava de mais fé (Mc 11.20-22).
Pedro destacou-se especialmente nas últimas horas da vida de JESUS. Ele e João
estavam incumbidos da tarefa de organizar a última ceia em Jerusalém (Lc 22.8),
provavelmente JESUS os considerava os mais fiéis e estáveis dos discípulos.
Pedro recusou- se a deixar que JESUS lavasse seus pés, mas quando o Senhor lhe
disse que esta era uma condição necessária para sua comunhão, Pedro revelou sua
verdadeira condição pedindo até mesmo um banho. Ele não queria ser separado de CRISTO
(Jo 13.6-9). Quando JESUS anunciou a traição iminente, Pedro perguntou a João a
identidade do traidor, e talvez se ele soubesse naquela hora, Judas não teria
sobrevivido para completar sua barganha maligna com os sacerdotes. Pedro foi um
dos três escolhidos para vigiar com JESUS no Getsêmani, mas dormiu de cansaço e
tristeza (Mt 26.37-46; Mc 14.33- 42; Lc 22.45). Quando os guardas chegaram,
Pedro tentou defender JESUS com armas, e foi repreendido severamente (Jo
18.10,11). Desconcertado pela resposta incomum de JESUS, e talvez magoado pela
repreensão enquanto deveria esperar um agradecimento por arriscar sua vida,
Pedro fugiu do jardim com os outros discípulos.
Após recuperarem alguma tranquilidade, Pedro e João entraram na sala do sumo
sacerdote depois de seguirem os guardas à distância (Jo 18.15). Após serem
admitidos no pátio, Pedro aquecia-se na fogueira quando um dos servos perguntou
se ele era um dos discípulos de JESUS. Alarmado pela hostilidade latente à sua
volta, ele negou veementemente por 3 vezes qualquer ligação com JESUS (Mt
26.58,69-75; Mc 14.66- 72; Lc 22.54-62; Jo 18.15-18,25-27). Ao ser instantaneamente
convencido de seu fracasso pelo olhar de JESUS, ele deixou a casa do sumo
sacerdote e arrependeu-se amargamente. Ele deve ter testemunhado a crucificação
(1 Pe 2.21-24; 5.1), embora os Evangelhos não mencionem sua presença no
Calvário.
Quando Maria Madalena contou, na manhã da ressurreição, que o túmulo estava
vazio, Pedro e João correram para investigar e notaram que as roupas do túmulo
ainda estavam no lugar, embora o corpo estivesse ausente (Jo 20.1-10). Mais
tarde, no mesmo dia, JESUS apareceu para Pedro (1 Co 15.5; Lc 24.33,34). Quando
os discípulos retornaram para a Galileia, Pedro propôs a retomada do negócio da
pesca, e quando o Senhor apareceu de novo e repetiu o milagre da pesca (Lc
5.5-8), Pedro foi o primeiro a saudá-lo (Jo 21.7). JESUS respondeu com prazer,
e o encarregou novamente da liderança da sua obra (Jo 21.15-19).
Pedro em Jerusalém
Depois da ascensão de JESUS, os discípulos estavam reunidos em um aposento para
orar, aguardando a promessa do dom do ESPÍRITO SANTO. Pedro sugeriu que um
deles fosse escolhido para ocupar o lugar de Judas, para que o apostolado
ficasse completo. No dia de Pentecostes, ele pregou a mensagem inicial à
multidão que se reuniu, e declarou que eles deveriam arrepender-se e ser
batizados no nome do Senhor JESUS. Cerca de 3 mil pessoas converteram-se, e a
Igreja começou (At 2.14-42).
Durante os primeiros anos da Igreja em Jerusalém, Pedro foi reconhecido como
seu líder. Ele realizou grandes milagres (At 3.1- 10; 5.12-16), defendeu a
causa perante o Sinédrio (4.5-12), e disciplinou ofensores como Ananias e
Safira (5.1-11). Embora tenha saído da cidade depois da perseguição de Herodes
em 44 d.C. (At 12.1-17), ele retomou a Jerusalém para participai do conselho
relacionado à liberdade dos gentios (15.6-11). Ele concordou com Paulo contra
os legalistas, onde os gentios não deveriam ser obrigados a obedecer à lei
cerimonial como uma condição de salvação além da fé em CRISTO.
O Ministério de Pedro Fora de Jerusalém
Quando houve a perseguição contra a igreja depois da controvérsia sobre
Estêvão, Pedro estendeu seu ministério a novos campos. Foi juntamente com João
até Samaria, e Filipe reuniu um grande número de novos convertidos,
instruindo-os sobre a obra do ESPÍRITO SANTO. Ele serviu nas cidades costeiras
de Lida e Jope, onde curou Enéias e ressuscitou Dorcas, que havia morrido (At
9.3243־), e pregou por toda a planície marítima de
Sarom. Em resposta à visão que recebera em sua estadia em Jope, iniciou a
evangelização dos gentios pregando na casa de Cornélio, um centurião romano
estabelecido em Cesaréia (At 10.1-45). Foi criticado pelo partido judeu, na
Igreja, por entrar na casa de um gentio. E foi obrigado a justificar sua
conduta quando retornou a Jerusalém (At 11.1-18).
O Final do Ministério de Pedro
O Concílio de Jerusalém marcou o ponto médio do século f (aprox. 48-50 d.C.).
Se o episódio registrado em Gálatas 2.11-21 pertence a este período do
desenvolvimento da Igreja, podemos concluir que Pedro visitou Antioquia antes
do Concílio. Sua discordância com Paulo foi resolvida, pois eles permaneceram
juntos no Concílio, e mais tarde Pedro referiu-se a ele como “nosso amado
irmão” (2 Pe 3.15).
Entre 50 d.C. e o final do período do NT, pouco foi dito sobre Pedro. Paulo faz
alusão às suas viagens (1 Co 9.5); e o fato de um grupo na Igreja de Corinto
ter dito: “Eu sou de Cefas” (1 Co 1.12), aparentemente indica que ele era
conhecido pessoalmente ali. O destino de 1 Pedro 1.1 indica que ele
provavelmente pregou nas sinagogas da Dispersão no norte da Ásia Menor, e a segunda
epístola deixa uma pista de que ele previu uma morte súbita e talvez violenta
(2 Pe 1.12-15), de acordo com a previsão do Senhor JESUS (Jo 21.18-19).
Em 1 Pedro, ele refere-se a si mesmo como o presbítero responsável por
apascentar o rebanho de DEUS(1 Pe 5.1-2). Suas epístolas mostram que ele foi
ativo na pregação até a hora da sua morte, e que exerceu um amplo ministério no
mundo romano.
Se Pedro chegou a alcançar Roma ou não, é motivo de debate. Não há qualquer
evidência da declaração da igreja Romana de que ele fundou a Igreja ali e a
serviu por um quarto de século até seu martírio. Se ele tivesse vivido em Roma
entre os anos 55 e 65 d.C., poderíamos considerar inconcebível que Paulo tenha
escrito aos romanos sem mencioná-lo. A ausência de alguma alusão à sua presença
em Atos, se ele estivesse na cidade quando Paulo estava ali, também seria
inconcebível.
A tradição de que Pedro foi o primeiro bispo de Roma não é sustentada por
nenhum texto bíblico, e até mesmo seu martírio em Roma baseia-se em um testemunho
expresso muitos anos após sua morte. Irineu (aprox. 180 d.C.) disse que Pedro e
Paulo pregaram em Roma e colocaram os alicerces da Igreja {Adv. Haereses III.
1.1). Tertuliano (200 d.C.) refere-se ao martírio de Pedro e Paulo em Roma (De
Praescriptione XXXVI), mas em uma linguagem que soa como se ele estivesse
citando mais a tradição do que citando uma evidência documentária. Orígenes
afirmou que Pedro finalmente visitou Roma e foi crucificado de cabeça para
baixo (Eusébio, História Ecclesiae III 1.2). Uma análise cuidadosa destas
tradições mostra que embora possa existir alguma razão para se acreditar que
Pedro esteve em Roma, ele não fundou a Igreja nem foi seu bispo durante um
período considerável; nem se pode afirmar, sem gerar controvérsias, onde ele
foi sepultado. É possível que os patriarcas da Igreja do tempo de Irineu em
diante simplesmente tenham repetido a lenda central de que ele morreu em Roma,
fazendo alguns acréscimos, sem terem investigado as evidências de forma
independente.
A Personalidade de Pedro
Pedro foi claramente um tipo rural - vigoroso, forte, impulsivo, direto, e
extrovertido. Ele era normalmente falador e curioso, de certo modo emotivo, sanguíneo,
leal aos seus amigos e violento contra seus inimigos, e totalmente autoconfiante.
Possuía uma grande capacidade natural de liderança por causa da sua natureza
entusiasmada e calorosa. Sua disposição precipitada, em particular, o levou a
instabilidades e excentricidades, que por fim o levavam a se desculpar ou a se
arrepender. Sua pregação mostra que ele era mais um encorajador do que alguém
cujo pensamento estava voltado à lógica. Sua natureza carinhosa, sua completa
devoção a CRISTO, e seu corajoso ministério, fizeram dele um líder de destaque
nos primeiros anos de existência da Igreja.
Bibliografia.
Oscar Cullmann, “Petros, Kephas”, TDNT, VI, 100-112. E. Schuyler English, The
Life and Letters of St. Peter, Nova York. Our Hope Publications, 1942. F. J.
Foakes-Jackson, Peter. Prince of Apostles, Nova York. George H. Doran Co.,
1927. W. H. Griffith Thomas, The Apostle Peter, Grand Rapids. Eerdmans, 1946. M. C. T.
A Primeira
Epístola de Pedro
Autoria
A Primeira Epístola de Pedro não apenas traz o nome do apóstolo, mas também
reflete em certo nível seu temperamento e experiência. O autor intitula-se
“apóstolo de JESUS CRISTO” (1.1) e presbítero (5.1). Ele recorda a nova
esperança que lhe foi dada pela ressurreição (1.3) e sofrimentos de CRISTO
(1.11; 2.21-24; 3.18; 4.13); sua linguagem transmite a ordem do Senhor,
“Apascenta as minhas ovelhas” (5.2; Jo 21.16). Algumas das frases desta
epístola ecoam na Epístola de Policarpo aos Filipenses (aprox. 125 d.C.), na
Epístola de Barnabé (aprox. 135 d.C.), e nos escritos de Justino Mártir (aprox.
150 d.C.), A Segunda Epístola de Pedro pressupõe a existência de uma epístola
anterior (2 Pe 3.1) que bem pode ser esta. Desde a época de Irineu (aprox. 170
d.C,), a autenticidade de 1 Pedro parece ter sido bem aceita na Igreja.
Data
Em 1 Pedro, são mencionados Silvano (5.12) e Marcos (5.13), indicando que a
epístola foi provavelmente escrita depois que os dois destacaram-se na Igreja.
Se eles são os mesmos que estavam associados a Paulo, ela pertence ao período
em que Silvano (Silas) deixou Paulo, e antes de Marcos ter se juntado a eles
durante a primeira prisão em Roma (Cl 4.10; Fm 24); a menos que Marcos
estivesse junto com Pedro antes da segunda prisão de Paulo (2 Tm 4.11). A
epístola não poderia ter sido escrita antes da última parte da sexta década,
nem depois da metade da sétima década do primeiro século, quando Pedro foi
martirizado. Provavelmente uma data segura para 1 Pedro seja aprox. 63/64 d.C.
Local
A epístola foi enviada da Babilônia (5.13), mas os estudiosos ainda discutem se
esta era a Babilônia literal do rio Eufrates, onde havia claramente um grande
assentamento judeu, ou se a Babilônia era uma designação simbólica para Roma
(cf. Ap 17.5; 18.10). É mais provável que Pedro tenha encontrado Silvano e
Marcos em Roma do que na Mesopotâmia.
Destinatários
Pedro escreveu aos cristãos da fronteira do norte da Asia Menor, onde Paulo não
havia pregado. Embora tenha dirigido a epístola aos membros da Dispersão, que
eram judeus,
O apóstolo se refere ao passado em que tinham feito “a vontade dos gentios”
(4.3), como se estivesse indicando que eles, ou pelo menos alguns deles, fossem
gentios. Talvez ele estivesse se referindo aos prosélitos que, na companhia dos
judeus, se tornaram crentes.
Esboço
I. Ação de Graças pela Revelação do Amor de DEU sem CRISTO, 1.1-12
II. O Dever de Viver com Santidade, 1.13-2.10.
III. Ética Cristã na Família, 2.11-3.12
IV. Um Bom Testemunho, uma Defesa Contra as Calúnias, 3.13-4.11
V. Conselho para a Igreja, 4.12-19
VI. Conselho para os Presbíteros, 5.1-9
VII. Bênção e Saudação, 5.10-14
Propósito
A Primeira Epístola de Pedro foi escrita para encorajar a Igreja que foi
ameaçada pela perseguição (4.12-19). Assim, a ideia central da epístola é a
relação do sofrimento com a salvação. O sofrimento, disse Pedro, é inevitável;
mas não é anormal, porque este é o caminho que leva à perfeição (5.10).
Bibliografia.
Francis W. Beare, The First Epistle of Peter, 2* ed. rev., Nova York.
Macmillan, 1959. Charles Bigg, Commentary on the Epistles of St. Peter and St.
Juáe, ICC, Edinburgh. T. & T. Clark, 1901. George H. Cramer, First and
Second Peter, EBC, Chicago. Moody Press, 1967. Bo Reicke, The Epistles of
James, Peter, and Jude, Anchor Bible, Garden City. Doubleday, 1964. Edward G.
Selwyn, The First Epistle of St. Peter, 2“ ed., Londres. Macmillan, 1947. Alan
M. Stibbs, The First Epistle General of Peter, TNTC, Grand Rapids. Eerdmans. 1959.
M. C. T.
A Segunda
Epístola de Pedro
Esta carta teve
o objetivo de advertir seus leitores contra o perigo da apostasia, assim como
1Pedro foi uma preparação para o sofrimento. Como a primeira epístola, ela leva
o nome de Pedro e faz referência a uma carta anterior do mesmo autor, que pode
muito bem ser 1 Pedro (2 Pe 3.1).
Autoria
A evidência externa para a autoria de 2 Pedro é muito inferior à de 1 Pedro. Há
referências ocasionais na obra O Pastor de Hermas (de aprox. 140 d.C.) e na
obra O Ensino dos Dose Apóstolos (de aprox. 150 d.C.) que se parecem com ela,
mas não há uma referência direta a 2 Pedro na literatura sub apostólica até
Orígenes (de aprox. 220 d.C.), que advertiu que haveria alguma dúvida com
relação à autoria de 2 Pedro. Eusébio de Cesaréia, o grande historiador da
Igreja do século IV, classificou-a entre os disputados livros do cânon, e não
entre aqueles de origem apostólica não questionada.
A favor de sua breve aceitação, entretanto, está sua forma de inclusão em P72
(publicado pela primeira vez em 1959). Este manuscrito que contém 1 e 2 Pedro e
Judas, foi copiado pelos cristãos cópticos no Egito no final do século III. O
escriba adicionou uma borda decorativa em volta do título anexo a 2 Pedro, que
não foi usada nos outros dois livros. Marchant A. King concluiu que este
cuidado extra indica que 2 Pedro estava em uso e era muito respeitada no século
III (',Notes on the Bodmer Manus- cript” BS, CXXI [1964], 54-57).
A evidência interna para a autoria de Pedro é mais forte do que a evidência
externa. O escritor refere-se a si mesmo como “Simão Pedro, servo e apóstolo de
JESUS CRISTO” (1.1). Ele afirma ter testemunhado a transfiguração de CRISTO
(1.16,17), um evento em que Pedro estava presente (Mc 9.5-7), declara que o
Senhor previu sua morte (1.14; cf. Jo 21.18,19), e identifica-se como um dos
apóstolos do Senhor (3.2). Ao referir-se aos escritos de Paulo, ele o chama de
“nosso amado irmão”, um título de familiaridade que provavelmente seria usado
apenas por um companheiro contemporâneo (3.15).
A semelhança de 2 Pedro 2 com a epístola de Judas é tão próxima, que o
relacionamento literal entre os dois dificilmente poderia ser acidental. Um
escritor deveria ter conhecimento do trabalho do outro. Embora a brevidade e a
concisão de Judas possam ser usadas como um argumento para sua prioridade, sua
referência aos "apóstolos de nosso Senhor JESUS CRISTO” (Jd 17) mostra que
ele estava seguindo a direção de um ou vários escritores apostólicos. Visto que
o autor de 2 Pedro afirma ser um apóstolo (2 Pe 1.1), é mais provável que Judas
tenha sido estimulado a compor sua epístola pela missiva de Pedro, e não que um
documento pseudônimo tenha sido copiado de Judas e publicado com o nome de
Pedro. O fato de 2 Pedro profetizar a apostasia (2.1), enquanto Judas anuncia
que a decadência já havia começado (Jd 4), pode indicar que 2 Pedro pertence a
um estágio anterior na história da igreja apostólica. Veja Judas, Epístola de.
O vocabulário e estilo de 2 Pedro diferem de 1Pedro, mas ao escrever a primeira
epístola, Pedro teve a ajuda de Silvano, que foi secretário de Paulo (1 Pe
5.12; 1 Ts 1.1), apesar de mais tarde em sua vida o apóstolo provavelmente não
ter tido nenhuma assistência. A segunda epístola é bem menos parecida com a de
Paulo em sua estrutura, e mais parecida, em sua expressão, com a franqueza rude
de Pedro.
Data e Lugar
Visto que 2 Pedro foi escrita quase no final da vida do apóstolo Pedro, ela foi
provavelmente composta entre 64 e 68 d.C. De acordo com a tradição, Pedro
morreu em Roma, e a epístola pode ter sido escrita ali.
Destinatários
Considerando que o autor se referia a uma carta anterior enviada ao mesmo grupo
(3.1), é mais provável que 2 Pedro fosse endereçada às igrejas das províncias da
Ásia Menor (1 Pe 1.1). No intervalo entre as duas cartas, as condições mudaram.
Pedro previu que o advento dos agitadores religiosos que perverteriam a vida
moral da Igreja constituiria uma ameaça maior do que a perseguição. Sua
imoralidade (2 Pe 2.2), avareza (2.3), concupiscências de imundícia (2.10),
palavras arrogantes de vaidade (2.18), e promessas de falsa liberdade (2.19)
colocariam em risco a própria existência da Igreja. Pedro esforçou-se para
advertir sobre o perigo de tais líderes enganadores.
Esboço
Saudações, 1.1,2
I. A Natureza do Verdadeiro Conhecimento. 1.3-21
1. Um dom de Deus, 1.3,4
2. Um crescimento em experiência, 1.5- 11
3. Os fundamentos deste conhecimento, 1.12-21
a. Experiência e testemunho de Pedro, 1.12-18
b. Palavra
profética, 1.19-21
II. O Risco de Abandonar o Verdadeiro Conhecimento, 2.1-22
1. A invasão de falsos mestres, 2.1-3a
2. O julgamento de DEUS sobre os falsos mestres, 2.36-10a
3. Os excessos dos falsos mestres, 2.106-17
4. O perigo dos falsos mestres, 2.18-22
III. A Esperança que Pertence ao Verdadeiro Conhecimento, 3.1-18a
1. A sustentação da promessa contra os escarnecedores, 3.1-7
2. A promessa como desafio para os crentes, 3.8-13
3. As exortações em vista da esperança futura, 3.14-18a Doxologia, 3.186
Conteúdo
A ideia central de 2 Pedro é o conhecimento. As palavras conhecer e
conhecimento aparecem 16 vezes nos 3 capítulos, 6 das quais se referem ao
conhecimento de CRISTO. Em contraste com o conhecimento vazio oferecido pelos
apóstatas libertarianos, Pedro enfatizou o conhecimento por experiência pessoal
que traria graça e paz (1.2), frutificação (1.8), liberdade (2.20), e
oportunidade para o crescimento (3.18).
A epístola pode ser dividida convenientemente por capítulos. O primeiro
capítulo trata da suficiência e confiabilidade da revelação de DEUS em CRISTO e
nas Escrituras, que fornecem o padrão para a conduta moral e esperança
escatológica. O segundo capítulo possuí um aviso contra os falsos profetas que
corromperão a Igreja pelos seus ensinos destrutivos. O terceiro capítulo repete
a promessa da vinda de CRISTO, assegurando aos leitores que o “Senhor não
retarda sua promessa... não querendo que alguns se percam, senão que todos
venham a arrepender-se” (3.9).
Toda força desta epístola pode ser resumida nas palavras de Pedro em 1,10,11.
Bibliografia.
E. M. B. Green, 2 Peter Re- considered, Londres. Tyndale, 1961. Donald Guthrie,
New Testament Introduction, Downers Grove, 111., Inter-Varsity Press, 1970, pp.
814-863. EI Robson, Studies in the Second Epistle ofSt. Peter, Cambridge. Univ.
Press, 1915. B. B. Warfield, “The authority and Canonicity of Second Peter”,
Southern Presbyterian Review, XXXIII (1882), 45-75. M. C. T.
Mt 14.37 VIGIAR
UMA HORA. Pedro e os demais apóstolos negligenciaram a única coisa que poderia
livrá-los do fracasso na hora da provação (v. 50): vigilância constante e
oração.
Nossa vida cristã fracassará com certeza se não orarmos (ver At 10.9).
Mt 14.71
IMPRECAR E A JURAR. Pedro afirmou com juramento aquilo que estava dizendo, e
invocou contra si mesmo a maldição divina, caso suas declarações fossem falsas.
Lc 9.29
TRANSFIGUROU-SE. Na sua transfiguração, JESUS foi transformado na presença de
três discípulos, que viram a sua glória celestial, conforme Ele realmente era:
DEUS em corpo humano. A experiência da transfiguração foi: (1) um alento para
JESUS ante a sua iminente morte de cruz (cf. Mt 16.21); (2) um comunicado aos
discípulos de que JESUS teria de sofrer na cruz (v.31); e (3) uma confirmação,
por DEUS, que JESUS era verdadeiramente seu Filho, todo suficiente para redimir
a raça humana (v.35). Ali estava Pedro.
Pedro
acompanhou tudo sobre a prisão e julgamento de JESUS
26.57 PRENDERAM
JESUS. Um estudo dos acontecimentos que vão da prisão de CRISTO à sua
crucificação é de grande proveito. A ordem dos eventos é a seguinte: (1) a
prisão (Mt 26.47-56, Mc 14.43-52; Lc 22.47-53; Jo 18.2-12); (2) o julgamento
religioso perante Anás (Jo 18.12-14, 19-24) e perante Caifás (Mt 26.57,59-68;
Mc 14.53, 55-65; Lc 22.54, 63-65; Jo 18.24); (3) a negação de Pedro (26.58,
69-75; Mc 14.54, 67-72; Lc 22.54-62; Jo 18.15-18, 25-27); (4) a condenação pelo
sinédrio (27.1; Mc 15.1; Lc 22.66-71); (5) o suicídio de Judas (27.3-10); (6) o
julgamento civil perante Pilatos (27.2, 11-14; Mc 15.2-5; Lc 23.1-5; Jo 18.28
38); (7) o julgamento perante Herodes (Lc 23.27-30), que o devolveu a Pilatos
(27.11-26; Mc 15.6-15; Lc 23.11-25; Jo 18.28 19.1, 4-16); (8) o escárnio no
palácio do governador (27.27-30; Mc 15.16-19; Jo 19.2,3), depois disso Ele foi
açoitado e a seguir conduzido para ser crucificado (27.31); (9) a caminhada até
o Gólgota (27.32-34; Mc 15.20-23; Lc 23.26-33; (10) a crucificação (27.35).
Lc 22.62
PEDRO... CHOROU AMARGAMENTE. Foi por fraqueza, e não por iniquidade, que Pedro
negou o Senhor, pois nunca cessara de amar seu Mestre e de crer nEle. Pedro
estava espiritualmente fraco e incapaz de resistir uma grande tentação, porque ele,
assim como os demais discípulos, ainda não tinha recebido o ESPÍRITO SANTO com
sua graça regeneradora no sentido pleno do Novo Concerto. Foi somente no dia da
ressurreição que receberam a presença do ESPÍRITO SANTO para habitar neles (ver
Mc 14.50).
PEDRO sem
entender
Jo 13.5 LAVAR
OS PÉS DOS DISCÍPULOS. O ato comovente de JESUS haver lavado os pés dos
discípulos teve lugar na última noite da sua vida terrena. Ele assim fez (1)
para demonstrar a seus discípulos quanto os amava; (2) para prefigurar o
sacrifício de si mesmo na cruz; e (3) para comunicar a seus discípulos a
verdade de que Ele os estava chamando para servirem uns aos outros em
humildade. A ânsia de grandeza tinha sempre inquietado os discípulos (Mt
18.1-8; 20.20-27; Mc 9.33-37; Lc 9.46-48). CRISTO queria que eles percebessem
que o desejo de ser o primeiro ? ser maior e receber mais honra que outros
crentes ? é contrário ao espírito do seu Senhor (ver Lc 22.24-30 nota; Jo
13.12-17, 1 Pe 5.5).
13.8 SE EU TE NÃO LAVAR. Estas palavras falam da purificação espiritual do
pecado mediante a cruz! Sem tal purificação ninguém pode pertencer a CRISTO (1
Jo 1.7)
Pedro voltando
a velha profissão - fuga
Jo 21.3 VOU
PESCAR. O plano dos discípulos de irem pescar não significa que estavam
abandonando sua dedicação a CRISTO e a sua vocação de pregar o evangelho.
Sabiam que JESUS ressuscitara da sepultura, mas não sabiam o que fazer naquele
momento específico. Ainda não tinham recebido a ordem de esperar em Jerusalém
até que o ESPÍRITO SANTO viesse sobre eles com grande poder (At 1.4,5). Pescar
era uma necessidade, pois esses homens ainda precisavam ganhar o sustento para eles
e as suas famílias.
21.6 LANÇAI A REDE À DIREITA DO BARCO. É essencial recebermos orientação do
Senhor em todo o nosso trabalho. Sem a presença de CRISTO e sem sua mão
orientadora, aquilo que fazemos torna-se um fracasso total e um esforço inútil.
21.7 CINGIU-SE COM A TÚNICA. Trata-se de uma roupa externa. A expressão
"estava nu", neste versículo, significa "em trajes
menores", i.e., uma espécie de tanga ou túnica leve, sem mangas.
21.15 AMAS-ME? A pergunta mais importante que Pedro já teve de responder foi se
ele tinha amor devotado ao seu Senhor. (1) Aqui, "amor" traduz duas
palavras diferentes em grego. A primeira, agapao, significa o amor inteligente
e com propósito; sobretudo, da mente e da vontade. A segunda, phileo, envolve a
afeição calorosa e natural das emoções e, portanto, um amor mais pessoal e
afetivo. Com o emprego dessas duas palavras, JESUS indica que o amor de Pedro
não deve ser somente da vontade, mas também do coração; amor este que brota
tanto da determinação, quanto do afeto pessoal. (2) A pergunta que JESUS
dirigiu a Pedro é a sua grande pergunta para todos os crentes. Todos nós
devemos ter amor e devoção pessoal e de coração a JESUS (João 14.15; 16.27; Mt
10.37; Lc 7.47; 1 Co 16.22; 2 Co 5.14; Gl 5.6; Ef 6.24; Tg 1.12; 1 Pe 1.8; Ap 2.4).
21.16 APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. A descrição que JESUS faz dos crentes, como
cordeiros (v. 15) e ovelhas (v. 16), subentende três coisas: (1) Precisamos de
cuidados pastorais contínuos. (2) Precisamos alimentar-nos constantemente da
Palavra. (3) Posto que as ovelhas tendem a desgarrar-se para o perigo,
precisamos de orientação, proteção e correção, repetidamente.
21.17 AMAS-ME?... APASCENTA AS MINHAS OVELHAS. JESUS considera o nosso amor por
Ele como a qualificação básica para o serviço cristão. Outras qualificações são
necessárias (1 Tm 3.1-13), mas o amor a CRISTO e ao próximo é indispensável
(cf. 1 Co 13.1-3).
21.18 ESTENDERÁS AS MÃOS. Estas palavras referem-se ao tipo de morte com que
Pedro glorificaria a DEUS. Segundo a tradição, Pedro foi crucificado em Roma,
no reinado de Nero, aproximadamente na mesma data do martírio de Paulo (cerca
de 67/68 d.C.), e que, mediante seu próprio pedido, foi crucificado de cabeça
para baixo, porque se considerava indigno de ser crucificado da mesma maneira
que seu Senhor.
Pedro e o
discurso para 3 mil almas
Atos 2.14-40 O
DISCURSO DE PEDRO NO DIA DE PENTECOSTE. O discurso de Pedro no dia de
Pentecoste, juntamente com sua mensagem em At 3.12-26, contém um padrão para a
proclamação do evangelho. (1) JESUS é o Senhor e CRISTO crucificado, ressurreto
e exaltado (vv. 22-36; At 3.13-15). (2) Estando agora à destra do Pai, JESUS
CRISTO recebeu autoridade para derramar o ESPÍRITO SANTO sobre todos os crentes
(vv. 16-18,32,33; 3.19). (3) Todos devem colocar sua fé em JESUS como Senhor,
arrepender-se dos seus pecados e ser batizados, demonstrando o perdão dos
pecados (vv. 36-38; 3.19). (4) Os crentes devem esperar o prometido dom do
ESPÍRITO SANTO, ou o batismo nEle, uma vez tendo crido e se arrependido (vv.
38,39). (5) Aqueles que atenderem com fé, devem separar-se do mundo e salvar-se
dessa geração perversa (v. 40; 3.26). (6) JESUS CRISTO voltará para restaurar
completamente o reino de DEUS (3.20,21).
2.16 DITO PELO PROFETA JOEL. O batismo no ESPÍRITO SANTO e as manifestações
espirituais acompanhantes são cumprimentos de Jl 2.28,29. Joel, no século VIII
a.C., profetizou um grande derramamento do ESPÍRITO SANTO sobre todo o povo de
DEUS (ver Jl 2.28,29 notas).
2.17 NOS ÚLTIMOS DIAS.(1) No AT os últimos dias eram tidos como o tempo em que
o Senhor agiria poderosamente, julgando o mal e concedendo salvação ao seu povo
(cf. Is 2.2-21; 3.18 -46; 10.20-23; Os 1.2; Jl 1.3; Am 8.9-11; 9.9-12). (2) O
NT revela que os últimos dias começaram com a primeira vinda de CRISTO e o derramamento
inicial do ESPÍRITO sobre o povo de DEUS, e que terminarão com a segunda vinda
do Senhor (Mc 1.15; Lc 4.18-21; Hb 1.1,2). Este período específico é
caracterizado como a era do juízo contra o mal, da autoridade sobre os
demônios, da salvação da raça humana e da presença aqui do reino de DEUS. (a)
Estes últimos dias serão assinalados pelo poder do ESPÍRITO SANTO (Mt 12.28).
(b) Os últimos dias abrangem a investida do poder de DEUS, através de CRISTO,
contra o domínio de Satanás e do pecado. Mesmo assim, a guerra apenas começou;
não chegou ao fim, pois o mal e a atividade satânica ainda estão fortemente
presentes (Ef 6.10-18). Por isso, somente a segunda vinda de JESUS aniquilará a
atividade do poder maligno e encerrará os últimos dias (cf. 1 Pe 1.3-5; Ap 19).
(c) Os últimos dias serão um período de testemunho profético, conclamando todos
a se arrependerem, crerem em CRISTO e experimentarem o derramamento do ESPÍRITO
SANTO (1.8; 2.4,38-40; Jl 2.28-32). Devemos proclamar a obra salvífica de
CRISTO, no poder do ESPÍRITO, mesmo enquanto antevemos o dia final da ira (Rm
2.5), i.e.: o grande e glorioso Dia do Senhor (2.20b). Devemos viver todos os
dias em vigilância, esperando o dia da redenção e a volta de CRISTO para buscar
o seu povo (Jo 14.3; 1 Ts 4.15-17). (d) Os últimos dias introduzem o reino de
DEUS com sua demonstração de pleno poder (ver Lc 11.20). Devemos ter a
plenitude desse poder no conflito contra as forças espirituais do mal (2 Co
10.3-5; Ef 6.11,12) e no sofrimento por causa da justiça (Mt 5.10-12; 1 Pe
1.6,7)
2.17 VOSSOS FILHOS E AS VOSSAS FILHAS PROFETIZARÃO. Aqui o falar noutras
línguas (vv. 4,11) está relacionado à profecia (vv. 17,18). Deste modo, falar
em línguas é uma forma de profetizar. O significado básico aqui, de profecia, é
o uso da nossa voz para o serviço e a glória de DEUS sob o impulso direto do
ESPÍRITO SANTO. No livro de Atos: (1) os 120 todos foram cheios do ESPÍRITO
SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes
concedia que falassem (2.4); (2) o ESPÍRITO SANTO desceu sobre Cornélio e sua
casa. Todos, entre eles Pedro, os ouviam falar em línguas e magnificar a DEUS
(At 10.44-47); e (3) os discípulos em Éfeso, quando veio sobre eles o ESPÍRITO
SANTO; e falavam línguas e profetizavam (At 19.6).
2.18 MEUS SERVOS E MINHAS SERVAS. Segundo a profecia de Joel, citada por Pedro,
o batismo no ESPÍRITO SANTO é para aqueles que já pertencem ao reino de DEUS,
i.e., servos de DEUS, ou crentes; tanto homens como mulheres salvos,
regenerados, pertencentes a DEUS.
2.18 NAQUELES DIAS. Pedro, citando Joel, diz que DEUS derramará seu ESPÍRITO
naqueles dias . O derramamento do ESPÍRITO SANTO e os sinais sobrenaturais que
o acompanham, não pode ser limitado unicamente ao dia de Pentecoste. O poder e
a bênção do ESPÍRITO SANTO são para todo cristão receber e experimentar, no
decurso de toda a era da igreja, que é a totalidade do período de tempo entre a
primeira e segunda vinda de CRISTO (Ap 19.20; ver At 2.39 nota).
2.33 PELA DESTRA DE DEUS. O derramamento do ESPÍRITO SANTO por JESUS comprova
que Ele é de fato o Messias exaltado e que agora está à destra de DEUS,
intercedendo pelos seus representantes na terra (Hb 7.25). (1) Desde o batismo
de JESUS até o dia de Pentecoste, o ESPÍRITO estava sobre o CRISTO (i.e., o Ungido
de DEUS; cf. Lc 3.21,22; 4.1,14,18,19). Estando JESUS agora à direita de DEUS,
vive para derramar o mesmo ESPÍRITO sobre aqueles que nEle crêem. (2) Ao
derramar o ESPÍRITO, a intenção de JESUS é que o Consolador transmita sua
presença aos crentes e lhes conceda poder para continuarem a fazer tudo aquilo
que Ele mesmo fazia enquanto estava na terra
2.38 ARREPENDEI-VOS, E CADA UM DE VÓS SEJA BATIZADO. O arrependimento, o perdão
dos pecados e o batismo são condições prévias para o recebimento do dom do
ESPÍRITO SANTO. Mesmo assim, o batismo em água antes do recebimento da promessa
do Pai (cf. At 1.4,8) não deve ser tido como condição prévia absoluta para a
plenitude do ESPÍRITO SANTO; assim como o batismo no ESPÍRITO não é uma consequência
automática do batismo em água. (1) Na situação em apreço, Pedro exigiu o
batismo em água antes do recebimento da promessa, porque na mente dos seus
ouvintes judaicos, o rito do batismo era pressuposto como parte de qualquer
decisão de conversão. O batismo em água, contudo, não precedeu o batismo no
ESPÍRITO nas ocasiões registradas em At 9.17,18 (o apóstolo Paulo) e 10.44-48
(os da casa de Cornélio). (2) Cada crente, depois de se arrepender dos seus
pecados e de aceitar JESUS CRISTO pela fé, deve receber (At 2.38; cf. Gl 3.14)
o batismo pessoal no ESPÍRITO. Vemos no livro de Atos o dom do ESPÍRITO SANTO
sendo conscientemente desejado, buscado e recebido (At 1.4,14; 4.31; 8.14-17;
19.2-6); a única exceção possível à regra, no NT, foi o caso de Cornélio (At
10.44-48). Daí, o batismo no ESPÍRITO não deve ser considerado um dom
automaticamente concedido ao crente em CRISTO.
2.39 A VÓS, A VOSSOS FILHOS E A TODOS. A promessa do batismo no ESPÍRITO SANTO
não foi apenas para aqueles presentes no dia de Pentecoste (v.4), mas também
para todos os que cressem em CRISTO durante toda esta era: a vós os ouvintes de
Pedro; a vossos filhos à geração seguinte; a todos os que estão longe à
terceira geração e às subsequentes. (1) O batismo no ESPÍRITO SANTO com o poder
que o acompanha, não foi uma ocorrência isolada, sem repetição, na história da
igreja. Não cessou com o Pentecoste (cf. v. 38; At 8.15; 9.17; 10.44-46; 19.6),
nem com o fim da era apostólica. (2) É o direito mediante o novo nascimento de
todo cristão buscar, esperar e experimentar o mesmo batismo no ESPÍRITO que foi
prometido e concedido aos cristãos do NT (1.4,8; Jl 2.28; Mt 3.11; Lc 24.49).
Pedro imitando
JESUS
Atos 3.6 EM
NOME DE JESUS...ANDA. A cura do mendigo coxo foi realizada pelo poder de CRISTO
operando através dos apóstolos. JESUS disse aos seus seguidores no tocante
àqueles que viriam a crer nEle: Em meu nome...imporão as mãos sobre os enfermos
e os curarão (Mc 16.17,18). A igreja continuou o ministério de cura que JESUS
exercera, em obediência à sua vontade. O milagre aqui foi realizado mediante a
fé em nome de JESUS CRISTO (v. 6) e o dom de curar, operando através de Pedro
(ver 1 Co 12.1,9). Pedro declarou que não tinha prata nem ouro, mas que daria
ao mendigo coxo algo muito mais valioso. As igrejas que desfrutam de prosperidade
material devem meditar nestas palavras de Pedro. Muitas igrejas dos nossos dias
já não podem dizer: Não tenho prata nem ouro, mas também não tem condição de
dizer: Em nome de JESUS CRISTO, o Nazareno , levanta-te e anda .
3.19 ARREPENDEI-VOS, POIS, E CONVERTEI-VOS. DEUS determinou que abençoará o seu
povo com o derramamento do ESPÍRITO SANTO sob as condições prévias de
arrependimento, i.e., de se desviarem do pecado e da geração perversa ao seu
redor, e se converterem: voltar-se para DEUS, ouvir tudo quanto CRISTO, o
Profeta, lhes diz (vv. 22,23), e sempre progredir na obediência sincera a
CRISTO (cf. At 2.38-41; 5.29-32).
3.19 TEMPOS DO REFRIGÉRIO. No decurso de toda a presente era, e até à volta de
CRISTO, DEUS enviará tempos do refrigério (i.e., o derramamento do ESPÍRITO
SANTO) a todos aqueles que se arrependerem e se converterem. Embora tempos
perigosos venham perto do fim desta era, acompanhada da apostasia da fé (2 Tm
3.1; 2 Ts 2.3), DEUS ainda promete enviar reavivamento e tempos de refrigério
aos fiéis. A presença de CRISTO, a bênção espiritual, milagres e derramamento
do ESPÍRITO SANTO virão sobre os remanescentes que fielmente o buscarem e
vencerem o mundo, a carne e o domínio de Satanás (cf. At 26.18).
3.21 TEMPOS DA RESTAURAÇÃO. Os tempos da restauração de tudo é uma referência
ao tempo da volta de CRISTO para debelar a iniquidade e estabelecer o reino de
DEUS na terra, livre de todo o pecado. No fim, todas as coisas cuja restauração
foi prometida no AT serão restauradas (cf. Zc 12; 13; 14; Lc 1.32,33). CRISTO
redimirá ou renovará, a totalidade da Natureza (Rm 8.18-23) e reinará
pessoalmente na terra (ver Ap 20; 21). Note que não serão os seres humanos da
terra, mas CRISTO, com os seus exércitos celestiais, que realizará o triunfo de
DEUS e do seu reino (Ap 19.11 21).
3.22 UM PROFETA. A predição de Moisés em Dt 18.17,18: Então o SENHOR me disse:
Bem falaram naquilo que disseram. Eis que lhes suscitarei um profeta do meio de
seus irmãos, como tu... , foi uma profecia a respeito de JESUS CRISTO. De que
maneira foi JESUS semelhante a Moisés? (1) Moisés foi ungido pelo ESPÍRITO (Nm
11.17); o ESPÍRITO do Senhor estava sobre JESUS na pregação do evangelho (Lc
4.18,19). (2) DEUS usou Moisés para introduzir a antiga aliança; JESUS
introduziu a nova aliança. (3) Moisés conduziu Israel, tirando-o do Egito para
o Sinai, e estabeleceu o pacto de seu relacionamento com DEUS; CRISTO redimiu
seu povo do pecado e da escravidão de Satanás, e estabeleceu um novo e vivo
pacto com DEUS, por meio do qual seu povo pudesse entrar na sua própria
presença. (4) Moisés, nas leis do AT, referiu-se ao sacrifício de cordeiros
para prover em figura a redenção; o próprio CRISTO tornou-se o Cordeiro de DEUS
para prover salvação a todos quantos o aceitarem. (5) Moisés conduziu o povo à
lei, mostrando-lhe a sua obrigação em cumprir seus estatutos para ter a bênção
divina; CRISTO chamava o povo a si mesmo e ao ESPÍRITO SANTO, como a maneira de
DEUS cumprir a sua vontade, e dos fiéis receberem a bênção divina e a vida
eterna.
3.26 DESVIASSE, A CADA UM, DAS VOSSAS MALDADES. Pedro volta a enfatizar que
crer em CRISTO e receber o ESPÍRITO SANTO depende de renunciarmos ao pecado e
separar-nos da iniquidade (ver At 2.38,40 notas; At 3.19 nota; At 8.21 nota).
Na mensagem apostólica original, toda bênção prometida requeria santidade.
Testemunho de
Pedro
4.8 PEDRO,
CHEIO DO ESPÍRITO SANTO. Pedro continua no enchimento do ESPÍRITO SANTO que lhe
traz repentina inspiração, sabedoria e ousadia para que proclamasse a verdade
de DEUS. É teologicamente relevante que a plenitude do ESPÍRITO não foi uma
experiência ocorrida uma única vez, mas, sim, constante. Este fato é um
cumprimento da promessa de JESUS em Lc 12.11,12; outras ocorrências de novo
enchimento do ESPÍRITO acham-se em At 7.55 e At 13.9.
4.12 EM NENHUM OUTRO HÁ SALVAÇÃO. Os discípulos tinham convicção de que a maior
necessidade de cada indivíduo era a salvação do pecado e da ira de DEUS, e
pregavam que esta necessidade não poderia ser satisfeita por nenhum outro,
senão JESUS CRISTO. Isto revela a natureza exclusiva do evangelho e coloca
sobre a igreja a pesada responsabilidade de pregar o evangelho a todas as
pessoas. Se houvesse outros meios de salvação, a igreja poderia ficar
despreocupada. Mas, segundo o próprio CRISTO (Jo 14.6), não há esperança para
ninguém, fora da salvação em CRISTO (cf. 10.43; 1 Tm 2.5,6). Este é o
fundamento do imperativo missionário.
4.20 NÃO PODEMOS DEIXAR DE FALAR. O ESPÍRITO SANTO criou nos apóstolos um
desejo irreprimível de proclamar o evangelho. Por todo o livro de Atos, o
ESPÍRITO impeliu os crentes a levar o evangelho aos outros (At 1.8; 2.14-41;
3.12-26; 8.25,35; 9.15; 10.44-48; 13.1-4).
4.29 CONCEDE AOS TEUS SERVOS ... OUSADIA. Os discípulos precisavam de renovação
em sua coragem para testemunhar e falar de CRISTO. Durante a vida cristã, nós
também precisamos nos aproximar de DEUS em oração a fim de vencer o medo de
passar vergonha, rejeição, críticas, ou perseguição. A graça de DEUS, através
da renovação do ESPÍRITO SANTO, ajudar-nos-á a falar com ousadia a respeito de
JESUS (cf. Mt 10.32).
4.30 CURAR... SINAIS E PRODÍGIOS. Pregação e milagres devem andar juntos (At
3.1-10; 4.8-22,29-33; 5.12-16; 6.7,8; 8.6ss.; At 15.12; 20.7ss). Milagres são
sinais acompanhantes mediante os quais CRISTO confirma a palavra de suas
testemunhas (At 14.3; cf. Mc 16.20 ). (1) Sinais geralmente se refere a atos
miraculosos realizados para demonstrar a existência do poder divino de advertir
ou encorajar a fé. (2) Prodígios se refere a eventos extraordinários que causam
pasmo ao espectador. Note neste versículo a igreja orando pela realização de
curas, sinais e maravilhas. A igreja dos nossos dias precisa interceder
ferventemente em oração para DEUS confirmar o evangelho com grande poder,
milagres e graça abundante (v. 33). Somente quando o evangelho é proclamado com
poder, como declara o NT, é que o mundo perdido pode ser ganho para CRISTO.
4.31 TODOS FORAM CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO. Várias verdades importantes
destacam-se aqui. (1) A expressão batizados com ESPÍRITO SANTO (ver At 1.5)
descreve a obra de consagração do ESPÍRITO SANTO capacitando inicialmente o
crente com poder divino para testemunhar. Os termos cheios , revestido e com
autoridade descrevem essa sua capacitação para trabalhar (At 2.4; 4.8,31; 9.17;
13.9,52). Conforme a necessidade, o enchimento do ESPÍRITO pode ser renovado.
(2) As expressões do meu ESPÍRITO derramarei (At 2.17,18; 10.45), veio sobre
eles o ESPÍRITO SANTO (At 19.6), retratam de modo diferente a ocasião em que os
crentes são cheios do ESPÍRITO SANTO (At 2.4; 4.31; 9.17). (3) Todos os
crentes, inclusive os apóstolos anteriormente cheios (At 2.4), foram novamente
cheios a fim de enfrentarem a oposição contínua dos judeus (v. 29). Novos
enchimentos com o ESPÍRITO SANTO fazem parte da vontade e provisão de DEUS para
todos os que receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO (cf. At 4.8 nota; At 13.52).
Devemos esperá-los e buscá-los. (4) Aqui, o ESPÍRITO visita uma congregação
inteira. Logo, para que seja cumprida a vontade de DEUS quanto a igreja, não
somente indivíduos devem ser cheios do ESPÍRITO (4.8; 9.17; 13.9), mas também
congregações inteiras (At 2.4; 4.31) devem experimentar visitações repetidas do
ESPÍRITO SANTO face às necessidades e desafios especiais. (5) A atuação de DEUS
sobre toda a congregação, com um novo enchimento do ESPÍRITO SANTO, resulta em
ousadia e poder no testemunho dos crentes, em amor uns pelos outros e no
recebimento de graça abundante sobre todos (vv. 31-33).
4.31 ANUNCIAVAM COM OUSADIA A PALAVRA DE DEUS O poder interior do ESPÍRITO e a
realidade da presença de DEUS que vêm da plenitude do ESPÍRITO libertam o
crente do medo doutras pessoas e aumenta grandemente a sua coragem e motivação
para falar de DEUS
4.33 COM GRANDE PODER. Era poder divino manifesto no mais alto grau que operava
nos apóstolos. O grego diz aqui mega dunamis. Grande poder é a característica
distintiva da pregação e do testemunho apostólicos (cf. At 1.8), por três
razões: (1) O testemunho apostólico baseava-se na Palavra de DEUS (v. 29) e na
convicção de que ela fora dada pela inspiração do ESPÍRITO SANTO (ver o estudo
A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS). (2) Os discípulos tinham certeza
de terem sido enviados e comissionados pelo próprio JESUS CRISTO, o Senhor
ressurreto (v. 33). (3) O grande poder do ESPÍRITO SANTO operando nos
discípulos (v. 31), efetuava grande convicção nos ouvintes do evangelho quanto
ao pecado de cada um, a justiça de CRISTO e o juízo divino (ver Jo 16.8 nota).
Hoje, o mesmo acontecerá em nossas igrejas se o ESPÍRITO operar poderosamente.
Pedro - Ananias
e Safira
5.3 MENTISSES
AO ESPÍRITO SANTO. A fim de obterem prestígio e reconhecimento, Ananias e
Safira mentiram diante da igreja a respeito das suas contribuições. DEUS
considerou um delito grave essas mentiras contra o ESPÍRITO SANTO. As mortes de
Ananias e Safira ficaram como exemplos perpétuos da atitude de DEUS para com
qualquer coração enganoso entre aqueles que professam ser cristãos. Note,
também, que mentir ao ESPÍRITO SANTO é a mesma coisa que mentir a DEUS, logo, o
ESPÍRITO SANTO também é DEUS (vv. 3,4; ver Ap 22.15)
5.4 POR QUE FORMASTE ESTE DESÍGNIO...? A raiz do pecado de Ananias e de Safira
era seu amor ao dinheiro e elogio dos outros. Isto os fez tentar o ESPÍRITO
SANTO (v. 9). Quando o amor ao dinheiro e o aplauso dos homens tomam posse de
uma pessoa, seu espírito fica vulnerável a todos os tipos de males satânicos (1
Tm 6.10). Ninguém pode estar cheio de amor ao dinheiro e, ao mesmo tempo, amar
e servir a DEUS (Mt 6.24; Jo 5.41-44).
5.5 ANANIAS... CAIU E EXPIROU. DEUS feriu com severidade a Ananias e Safira
(vv. 5,10), para que se manifestasse sua aversão a todo engano, mentira e desonestidade
no reino de DEUS. Um dos pecados mais abomináveis na igreja é enganar o povo de
DEUS no tocante ao nosso relacionamento com CRISTO, trabalho para Ele, e a
dimensão do nosso ministério. Entregar-se a esse tipo de hipocrisia significa
usar o sangue derramado de CRISTO para exaltar e glorificar o próprio eu diante
dos outros. Esse pecado desconsidera o propósito dos sofrimentos e da morte de
CRISTO (Ef 1.4; Hb 13.12), e revela ausência de temor do Senhor (vv. 5,11) e de
respeito e honra ao ESPÍRITO SANTO (v. 3), e merece o justo juízo de DEUS.
5.11 HOUVE UM GRANDE TEMOR EM TODA A IGREJA O julgamento divino contra o pecado
de Ananias e Safira levou a um aumento de humildade, reverência e temor do povo
para com um DEUS santo. Sem o devido temor do DEUS santo e da sua ira contra o
pecado, o povo de DEUS voltará, em pouco tempo, aos caminhos ímpios do mundo,
cessará de experimentar o derramamento do ESPÍRITO e a presença milagrosa de
DEUS e então lhe será cortado o fluxo da graça divina. Este é um elemento
essencial da fé neotestamentária e do cristianismo bíblico hoje em dia.
5.16 TODOS ERAM CURADOS. Os apóstolos fizeram aquilo que seu Senhor fazia:
libertavam os atormentados de espíritos imundos (ver Mc 1.34). Tratava-se de um
sinal supremo de que o reino de DEUS viera sobre o povo com grande poder. Não é
errado orar para que, mediante o ESPÍRITO SANTO, possamos praticar o bem e
curar os oprimidos pela enfermidade e por Satanás (4.30)
5.29 MAIS IMPORTA OBEDECER A DEUS DO QUE AOS HOMENS. A grande pergunta que
paira ante todo cristão não é: É conveniente, seguro, agradável popular entre
os homens? , mas: O que está certo diante de DEUS? (cf. Gl 1.10).
5.32 O ESPÍRITO SANTO... ÀQUELES QUE LHE OBEDECEM. Se não houver verdadeira
obediência a CRISTO (v. 32), nem busca sincera da justiça do seu reino (Mt
6.33; Rm 14.17), é falsa a afirmação de quem diz ter a plenitude do ESPÍRITO
SANTO. O Pentecoste sem o senhorio de CRISTO é impossível (cf. 2.38-42), porque
o ESPÍRITO SANTO é dado somente àqueles que vivem na obediência da fé (Rm 1.5).
Pedro em
Samaria no avivamento com Filipe
8.16 SOBRE
NENHUM DELES TINHA AINDA DESCIDO. O ESPÍRITO ainda não tinha descido sobre
nenhum deles, da mesma maneira que descera sobre os crentes no dia de
Pentecoste (2.4). Ainda não descera sobre eles de conformidade com a promessa
do Pai (1.4) e conforme CRISTO predissera: vós sereis batizados com o ESPÍRITO
SANTO (1.5; ver vv. 5-24 nota; v. 18).
8.17 RECEBERAM O ESPÍRITO SANTO. Mediante a imposição das mãos dos apóstolos,
os samaritanos recebem o ESPÍRITO SANTO de modo idêntico ao batismo do dia de
Pentecoste (At 1.8; 2.4). A experiência dos samaritanos em duas etapas, ou
seja: primeiramente crer e depois ser cheio do ESPÍRITO, demonstra que a
experiência em duas etapas dos crentes, do dia de Pentecoste não foi anômala.
As experiências tanto de Paulo em At 9.5-17, como a dos discípulos efésios em
At 19.1-6, foram iguais à dos samaritanos. Aceitaram CRISTO como Senhor e
depois foram cheios do ESPÍRITO. Não tem que haver um longo tempo de espera
entre a salvação e o batismo no ESPÍRITO, conforme demonstra o caso dos gentios
em Cesaréia (At 10).
8.18 SIMÃO, VENDO. A descida do ESPÍRITO sobre os samaritanos foi acompanhada
de manifestações externas visíveis notadas até por Simão, o mágico. É razoável
concluir que as manifestações visíveis eram semelhantes às dos primeiros
discípulos no dia de Pentecoste, i.e., falar noutras línguas (ver 2.4; 10.45,46
nota; 19.6). Assim, tanto os samaritanos como os apóstolos tiveram um sinal
confirmador da descida do ESPÍRITO SANTO sobre aqueles novos crentes
8.21 O TEU CORAÇÃO NÃO É RETO. O batismo no ESPÍRITO SANTO através do livro de
Atos ocorre somente entre os salvos por JESUS CRISTO. (1) Simão, que queria o
poder e o dom do ESPÍRITO SANTO, bem como autoridade para transmitir o dom (v.
19), foi rejeitado por DEUS por ser ímpio, em laço de -iniquidade (vv. 22,23),
não tendo um coração reto diante de DEUS (v. 21). O dom genuíno do ESPÍRITO
SANTO será derramado somente sobre quem o teme e faz o que é justo (At 10.35,
cf. 44-48; ver também At 5.32). (2) Antes e depois do dia do Pentecoste os
discípulos de CRISTO viviam para o Senhor ressurreto (At 1.2-14; 2.32) e oravam
continuamente (At 1.14; 6.4). Suas vidas eram separadas do pecado e do mundo
(At 2.38-40) e observavam o ensino dos apóstolos (At 2.42; 6.4). Novos
derramamentos do ESPÍRITO eram concedidos a crentes que tinham largado seus pecados
e seus maus caminhos, para viverem para JESUS CRISTO (cf. At 2.42;
3.1,19,22-26; 4.8,19-35; 5.29-32; 6.4; 8.14-21; 9.1-19; 10.34-47; 19.1-6;
24.16). Andar no ESPÍRITO e ser guiado por Ele são sempre condições para alguém
ser cheio do ESPÍRITO (ver Gl 5.16-25; cf. Ef 5.18). (3) Qualquer experiência
sobrenatural, tida como o batismo no ESPÍRITO SANTO, ocorrida em quem continua
nos caminhos pecaminosos da carne, não é de CRISTO (cf. 1 Jo 4.1-6). Pelo
contrário, é um falso batismo no ESPÍRITO, e que pode ser acompanhado de
poderes demoníacos (Mt 7.21-23; 2 Ts 2.7-10).
Pedro
ressuscita Dorcas
9.36 DORCAS...
CHEIA DE BOAS OBRAS. Assim como DEUS operava através de Pedro para curar (vv.
33-35) e para ressuscitar os mortos (v. 40), Ele também operava através de
Dorcas, para praticar atos de bondade e de amor. Os atos de amor para ajudar os
necessitados são tanto uma manifestação do ESPÍRITO SANTO, quanto o são os
milagres, os sinais e os prodígios. Paulo enfatizou essa verdade em 1 Co 13
(cf. 1 Pe 4.10,11).
Pedro vai a
Cesareia a casa de Cornélio
10.9 SUBIU
PEDRO AO TERRAÇO PARA ORAR. O ESPÍRITO SANTO, o autor das Escrituras, revela
através delas que os cristãos do NT eram dedicados a muita oração. Estavam
convictos de que o reino de DEUS não poderia manifestar-se em todo o seu poder
mediante uns poucos minutos de oração por dia (At 1.14; 2.42; 3.1; 6.4; Ef
6.18; Cl 4.2). (1) O judeu piedoso orava duas ou três vezes por dia (cf. Sl
55.17; Dn 6.10). Era prática dos seguidores de CRISTO, especialmente dos apóstolos
(At 6.4), orar com a mesma devoção. Pedro e João subiram ao templo para a hora
da oração (3.1), e Lucas e Paulo fizeram o mesmo (At 16.16). Pedro orava
regularmente ao meio-dia, ou seja, à hora sexta (10.9); DEUS recompensou
Cornélio pela sua fidelidade na observância das suas horas de oração
(10.30ss.). (2) As Escrituras exortam os crentes a continuarem perseverantes na
oração (Rm 12.12), a orarem sempre (Lc 18.1), a orarem sem cessar (1 Ts 5.17),
a orarem em todos os lugares (1 Tm 2.8), a orarem em todo o tempo com toda a
oração (Ef 6.18), a perseverarem na oração (Cl 4.2), e a orarem com eficácia
(Tg 5.16). Estas exortações indicam que não poderá haver nenhum poder celestial
em nossa batalha contra o pecado, Satanás e o mundo, nem vitória em nossa tentativa
de ganhar os perdidos, sem muita oração diariamente. (3) Não seria do agrado de
DEUS, tendo em vista a exortação do Senhor, que seus discípulos vigiem e orem
pelo menos uma hora (Mt 26.38-41); e à luz da urgência dos tempos do fim, nos
quais vivemos, se todo crente dedicasse pelo menos uma hora por dia à oração e
ao estudo da Palavra de DEUS, visando ao crescimento do seu reino na terra e
tudo quanto isso significa para nós (Mt 6.10,33)? (4) Uma hora de oração pode
incluir o seguinte: (a) louvor, (b) cantar ao Senhor, (c) ações de graças, (d)
esperar em DEUS, (e) ler a Palavra, (f) ficar atento ao ESPÍRITO SANTO, (g)
orar com as próprias palavras das Escrituras, (h) confissão das faltas, (i)
intercessão pelos outros, (j) petição pelas nossas próprias necessidades, e (l)
oração em línguas
10.19 DISSE-LHE O ESPÍRITO. O ESPÍRITO SANTO deseja a salvação de todas as
pessoas (Mt 28.19; 2 Pe 3.9). Pelo fato de os apóstolos terem recebido o
ESPÍRITO, eles, também, desejavam a salvação de todas as pessoas. Intelectualmente,
no entanto, não compreendiam que a salvação já não se restringia a Israel, mas
que agora abrangia todas as nações (vv. 34,35). Foi o ESPÍRITO SANTO que
alargou a visão da igreja. Em Atos, Ele é a força da obra missionária e o que
dirige a igreja para novas áreas de testemunho (At 8.29,39; 10.19; 11.11,12;
13.2,4; 16.6; 19.21). O derramamento do ESPÍRITO e a compulsão à missão sempre
andam de mãos dadas (cf. At 1.8). Mesmo hoje, muitos crentes anelam a salvação
do seu povo, sem, porém, compreenderem plenamente o propósito do ESPÍRITO SANTO
para as missões mundiais (ver Mt 28.19 nota; Lc 24.47 nota).
10.34 DEUS NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS. DEUS não tem nenhuma nação ou raça
predileta, nem favorece qualquer indivíduo por causa da sua nacionalidade,
linhagem ou posição na vida (cf. Tg 2.1). DEUS favorece e aceita aqueles,
dentre todas as nações, que abandonam o pecado, crêem em CRISTO, temem a DEUS e
vivem retamente (v. 35; cf. Rm 2.6-11). Todos aqueles que perseveram neste modo
de vida, permanecerão no amor e no favor de DEUS (Jo 15.10).
10.38 CURANDO A TODOS OS OPRIMIDOS DO DIABO. Ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E
OS DEMÔNIOS
10.44 CAIU O ESPÍRITO SANTO SOBRE TODOS. A família gentia de Cornélio ouve e
recebe a Palavra com fé salvadora (vv. 34-48; 11.14). (1) DEUS imediatamente
derrama sobre ela o ESPÍRITO SANTO (v. 44) como seu testemunho de que creram e
receberam a vida regeneradora de CRISTO (cf. 11.17; 15.8,9). (2) A vinda do
ESPÍRITO SANTO sobre a família de Cornélio teve o mesmo propósito que o dom do
ESPÍRITO SANTO para os discípulos no dia de Pentecoste (cf. 1.8; 2.4). Esse
derramamento do ESPÍRITO não é a obra de DEUS na regeneração do pecador, mas
sua vinda sobre eles para revesti-los de poder. Note as palavras de Pedro
posteriormente, ressaltando a semelhança entre essa experiência e a do dia de
Pentecoste (At 11.15,17). (3) Evidentemente, é possível uma pessoa ser batizada
no ESPÍRITO imediatamente depois de receber a salvação (ver v. 46 nota; cf. At
11.17).
10.45 O DOM DO ESPÍRITO SANTO. Para uma abordagem das dimensões principais da
atividade do ESPÍRITO SANTO na vida do crente.
10.46 OS OUVIAM FALAR EM LÍNGUAS. Pedro e os que o acompanhavam consideravam o
falar em línguas, mediante o ESPÍRITO, como o sinal convincente do batismo no
ESPÍRITO SANTO. Isto é, assim como DEUS confirmou o acontecimento do dia de
Pentecoste com o sinal das línguas (2.4), Ele faz os gentios no lar de Cornélio
falarem em línguas como sinal convincente para Pedro e os demais crentes
judeus.
Explicação de
Pedro aos Judeus sobre o batismo dos gentios.
11.15 CAIU
SOBRE ELES O ESPÍRITO SANTO, COMO TAMBÉM SOBRE NÓS AO PRINCÍPIO. O derramamento
do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecoste (At 2.4) foi um padrão para o
recebimento do ESPÍRITO, a partir de então. O batismo no ESPÍRITO seria
determinado pela transformação visível ocorrida no indivíduo pela infusão da
alegria por expressões vocais sobrenaturalmente inspiradas e pela ousadia no
testemunho (At 2.4; 4.31; 8.15-19; 10.45-47; 19.6). Por isso, quando Pedro
salientou diante dos apóstolos e irmãos em Jerusalém que os familiares de
Cornélio tinham falado em línguas, ao ser derramado sobre eles o ESPÍRITO SANTO
(cf. At 10.45-46), ficaram convictos de que DEUS estava concedendo aos gentios
a salvação em CRISTO (v. 18). Não se pode hoje dizer que alguém recebeu o
batismo no ESPÍRITO se as manifestações físicas, tais como o falar em línguas,
estão ausentes. Em nenhuma parte de Atos, o batismo no ESPÍRITO SANTO aparece
como uma experiência percebida somente pela fé (ver At 8.12,16; 19.6).
Pedro na prisão
e a intercessão da Igreja
12.5 A IGREJA.
Através do livro de Atos, bem como outros trechos do NT, tomamos conhecimento
das normas ou dos padrões estabelecidos para uma igreja neotestamentária. (1)
Antes de mais nada, a igreja é o agrupamento de pessoas em congregações locais
e unidas pelo ESPÍRITO SANTO, que diligentemente buscam um relacionamento
pessoal, fiel e leal com DEUS e com JESUS CRISTO (At 13.2; 16.5; 20.7; Rm
16.3,4; 1 Co 16.19; 2 Co 11.28; Hb 11.6 nota). (2) Mediante o poderoso
testemunho da igreja, os pecadores são salvos, nascidos de novo, batizados nas
águas e acrescentados à igreja; participam da Ceia do Senhor e esperam a volta
de CRISTO (At 2.41,42; 4.33; 5.14; 11.24; 1 Co 11.26). (3) O batismo no
ESPÍRITO SANTO será pregado e concedido aos novos crentes (ver At 2.39), e sua
presença e poder se manifestarão. (4) Os dons do ESPÍRITO SANTO estarão em
operação (Rm 12.6-8; 1 Co 12.4-11; Ef 4.11,12), inclusive prodígios, sinais e
curas (At 2.18,43; 4.30; 5.12; 6.8; 14.10; 19.11; 28.8; Mc 16.18). (5) Para
dirigir a igreja, DEUS lhe provê um ministério quíntuplo, o qual adestra os
santos para o trabalho do Senhor (Ef 4.11,12) (6) Os crentes expulsarão
demônios (At 5.16; 8.7; 16.18; 19.12; Mc 16.17). (7) Haverá lealdade absoluta
ao evangelho, i.e., aos ensinamentos originais de CRISTO e dos apóstolos (2.42;
ver Ef 2.20 nota). Os membros da igreja se dedicarão ao estudo da Palavra de
DEUS e à obediência a ela (6.4; 18.11; Rm 15.18; Cl 3.16; 2 Tm 2.15). (8) No
primeiro dia da semana (At 20.7; 1 Co 16.2), a congregação local se reunirá
para a adoração e a mútua edificação através da Palavra de DEUS escrita e das
manifestações do ESPÍRITO (1 Co 12.7-11; 14.26; 1 Tm 5.17). (9) A igreja
manterá a humildade,
reverência e santo temor diante da presença de um DEUS santo (5.11). Os membros
terão uma preocupação vital com a pureza da igreja, disciplinarão aqueles que
caírem no pecado, bem como os falsos mestres que são desleais à fé bíblica
(20.28; 1 Co 5.1-13; ver Mt 18.15). (10) Aqueles que perseverarem no caráter
piedoso e nos padrões da justiça ensinados pelos apóstolos, serão ordenados
ministros para a direção das igrejas locais e a manutenção da sua vida
espiritual (Mt 18.15 nota; 1 Co 5.1-5; 1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9). (11)
Semelhantemente, a igreja terá diáconos responsáveis para cuidarem dos negócios
temporais e materiais da igreja (ver 1 Tm 3.8 nota). (12) Haverá amor e
comunhão no ESPÍRITO evidente entre os membros (At 2.42,44-46; ver Jo 13.34),
não somente dentro da congregação local como também entre ela e outras
congregações que crêem na Bíblia (15.1-31; 2 Co 8.1-8). (13) A igreja será uma
igreja de oração e jejum (At 1.14; 6.4; 12.5; 13.2; Rm 12.12; Cl 4.2; Ef 6.18).
(14) Os crentes se separarão dos conceitos materialistas prevalecentes no
mundo, bem como de suas práticas (2.40; Rm 12.2; 2 Co 6.17; Gl 1.4; 1 Jo
2.15,16). (15) Haverá sofrimento e aflição por causa do mundo e dos seus
costumes (At 4.1-3; 5.40; 9.16; 14.22). (16) A igreja trabalhará ativamente
para enviar missionários a outros países (At 2.39; 13.2-4). Nenhuma igreja local
tem o direito de se chamar de igreja segundo as normas do NT, a não ser que
esteja se esforçando para manter estas 16 características práticas entre seus
membros (ver o estudo A IGREJA, para mais exame da doutrina bíblica da igreja)
12.5 CONTÍNUA ORAÇÃO. Os crentes do NT enfrentavam a perseguição em oração
fervorosa. A situação parecia impossível; Tiago fora morto. Herodes mantinha
Pedro na prisão vigiado por dezesseis soldados. Todavia, a igreja primitiva
tinha a convicção de que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos
(Tg 5.16), e oraram de um modo intenso e contínuo a respeito da situação de
Pedro. A oração deles não demorou a ser atendida (vv. 6-17). As igrejas do NT frequentemente
se dedicavam à oração coletiva prolongada (At 1.4; 2.42; 4.24-31; 12.5,12;
13.2). A intenção de DEUS é que seu povo se reúna para a oração definida e
perseverante; note as palavras de JESUS: A minha casa será chamada casa de
oração (Mt 21.13). As igrejas que declaram basear sua teologia, prática e
missão, no padrão divino revelado no livro de Atos e noutros escritos do NT,
devem exercer a oração fervorosa e coletiva como elemento vital da sua adoração
e não apenas um ou dois minutos por culto. Na igreja primitiva, o poder e
presença de DEUS e as reuniões de oração integravam-se. Nenhum volume de
pregação, ensino, cânticos, música, animação, movimento e entusiasmo
manifestará o poder e presença genuínos no ESPÍRITO SANTO, sem a oração
neotestamentária, mediante a qual os crentes perseveravam unanimemente em oração
e súplicas (1.14).
12.7 O ANJO. Os anjos são espíritos ministradores, enviados para servir a favor
daqueles que hão de herdar a salvação (Hb 1.14; ver At 1.13).
Pedro no
primeiro concílio em Jerusalém
15.8 DEUS, QUE
CONHECE OS CORAÇÕES. O conhecimento que DEUS tinha dos corações dos gentios
(i.e., de Cornélio e dos seus familiares) diz respeito à fé salvífica que Ele
viu neles. DEUS deu testemunho da autenticidade da fé que tinham: (a) ao
purificar seus corações mediante a obra interior da regeneração pelo ESPÍRITO
SANTO (v. 9), e (b) ao batizá-los no ESPÍRITO SANTO imediatamente, com o sinal
acompanhante de falar em línguas (At 10.44-46; 11.15-18).
15.11 PELA GRAÇA DO SENHOR JESUS CRISTO. A questão essencial da conferência de
Jerusalém era se a circuncisão e a obediência à lei de Moisés eram necessárias
à
salvação em CRISTO. Os representantes que se reuniram ali, chegaram à conclusão
de que os gentios eram salvos pela graça do Senhor JESUS, que lhes perdoara os
pecados e deles fizera novas criaturas (ver o estudo FÉ E GRAÇA). A graça é
concedida à pessoa que se arrepende do pecado e crê em CRISTO como Senhor e
Salvador (At 2.38,39). Essa receptividade à graça de DEUS capacita a pessoa a
receber o poder de tornar-se filho de DEUS (Jo 1.12)
15.14 PARA TOMAR DELES UM POVO. O plano de DEUS para a presente era é tirar
dentre todas as nações um povo para si, para o seu nome. Esse corpo de CRISTO,
constituído daqueles que largaram o presente sistema mundano, ora prepara-se na
qualidade de noiva de CRISTO (Ap 19.7,8).
15.16 O TABERNÁCULO DE DAVI. Tiago indica que a missão redentora de CRISTO
abrange tanto os judeus quanto os gentios. A tenda de Davi, que caiu (ver Am
9.11-15 nota), refere-se a um remanescente de Israel que sobrevive ao juízo
divino. (1) A profecia de Amós declara o seguinte: (a) DEUS julgará com
destruição a nação pecaminosa de Israel, porém não totalmente. (b) Ele
destruirá todos os pecadores da casa de Jacó (Am 9.8-10). (c) Depois da
destruição dos judeus ímpios, DEUS a edificará como nos dias da antiguidade
(cf. Am 9.11). (2) A salvação desse remanescente purificado dentre os judeus,
levará as nações a buscarem o Senhor (v. 17). Noutros textos, Paulo diz a mesma
coisa, referindo-se à bênção dos gentios como resultado do remanescente judaico
de reconciliar-se com DEUS (ver Rm 11.11-15, 25,26).
15.28 PARECEU BEM AO ESPÍRITO SANTO. A conferência de Jerusalém foi dirigida
pelo ESPÍRITO SANTO. JESUS prometera que o ESPÍRITO SANTO guiaria os fiéis em
toda a verdade (Jo 16.13). As decisões da igreja não devem ser tomadas pelo
homem apenas; este deve buscar a direção do ESPÍRITO, mediante oração e jejum e
a fidelidade à Palavra de DEUS até que a vontade divina seja claramente
discernida (cf. At 13.2-4). A igreja, para ser realmente a igreja de CRISTO,
deve ouvir o que o ESPÍRITO diz às igrejas locais (cf. Ap 2.7).
15.29 QUE VOS ABSTENHAIS. O ESPÍRITO SANTO (v. 28) estabeleceu certos limites
que possibilitam a convivência harmoniosa entre os cristãos judaicos e seus
irmãos gentios. Os gentios deviam se abster de certas práticas consideradas
ofensivas aos judeus (v. 29). Uma das maneiras de medir a maturidade do cristão
é ver a sua disposição de refrear-se das práticas que certos cristãos
consideram certas e outros consideram erradas (ver o ensino bíblico por Paulo,
em 1 Co 8.1-11).
15.39 CONTENDA. Às vezes, surgem divergências entre crentes que amam ao Senhor
e que também amam uns aos outros. Quando elas não podem ser solucionadas, é
melhor desistirem de convencer um ao outro e deixar que DEUS opere a sua
vontade na vida de todos os envolvidos. Diferenças de opiniões que levam à
separação, como no caso de Paulo e Barnabé, nunca devem ser acompanhadas de
amarguras e hostilidades. Tanto Paulo quanto Barnabé continuaram seus trabalhos
na causa de DEUS, com sua bênção e graça.
Pedro é
repreendido por Paulo
2.11
RESISTI-LHE NA CARA. Qualquer pastor ou outro obreiro que se torna culpado de
erro e hipocrisia (v. 13), deve ser confrontado e repreendido (cf. 1 Tm 5.19).
Isso, sem favoritismo; até mesmo uma pessoa de destaque como o apóstolo Pedro,
que foi grandemente usado por DEUS, necessitou de uma repreensão corretiva (vv.
11-17; cf. 1 Tm 5.20,21). As Escrituras indicam que Pedro reconheceu a sua
falta e aceitou a repreensão de Paulo, de modo humilde e arrependido.
Posteriormente, ele refere-se a Paulo como "nosso amado irmão Paulo"
(2 Pe 3.15).
2.12 TEMENDO OS... DA CIRCUNCISÃO. Os "da circuncisão" eram cristãos
judeus, principalmente da igreja de Jerusalém, que criam que o sinal da
circuncisão do AT era necessário a todos os crentes da Nova Aliança. Ensinavam,
ainda, que os crentes judaicos não deviam comer com crentes gentios não
circuncidados e que não observassem os costumes e as restrições sobre os
alimentos dos judeus. Pedro, embora soubesse que DEUS aceitava os crentes
gentios sem parcialidade (At 10.34,35), opôs-se a suas próprias convicções por
medo das críticas e da possível perda de autoridade na igreja judaico-cristã em
Jerusalém. Seu afastamento da comunhão com os crentes gentios, nas refeições,
favoreceu a doutrina errônea de que havia dois corpos de CRISTO, o judaico e o
gentio.
COMENTÁRIOS BEP
- CPAD
2.14-40 O
DISCURSO DE PEDRO NO DIA DE PENTECOSTE. O discurso de Pedro no dia de
Pentecoste, juntamente com sua mensagem em At 3.12-26, contém um padrão para a
proclamação do evangelho. (1) JESUS é o Senhor e CRISTO crucificado, ressurreto
e exaltado (vv. 22-36; At 3.13-15). (2) Estando agora à destra do Pai, JESUS
CRISTO recebeu autoridade para derramar o ESPÍRITO SANTO sobre todos os crentes
(vv. 16-18,32,33; 3.19). (3) Todos devem colocar sua fé em JESUS como Senhor,
arrepender-se dos seus pecados e ser batizados, demonstrando o perdão dos
pecados (vv. 36-38; 3.19). (4) Os crentes devem esperar o prometido dom do
ESPÍRITO SANTO, ou o batismo nEle, uma vez tendo crido e se arrependido (vv.
38,39). (5) Aqueles que atenderem com fé, devem separar-se do mundo e salvar-se
dessa geração perversa (v. 40; 3.26). (6) JESUS CRISTO voltará para restaurar
completamente o reino de DEUS (3.20,21).
2.16 DITO PELO PROFETA JOEL. O batismo no ESPÍRITO SANTO e as manifestações
espirituais acompanhantes são cumprimentos de Jl 2.28,29. Joel, no século VIII
a.C., profetizou um grande derramamento do ESPÍRITO SANTO sobre todo o povo de
DEUS (ver Jl 2.28,29).
2.17 NOS ÚLTIMOS DIAS.(1) No AT os últimos dias eram tidos como o tempo em que
o Senhor agiria poderosamente, julgando o mal e concedendo salvação ao seu povo
(cf. Is 2.2-21; 3.18 -46; 10.20-23; Os 1.2; Jl 1.3; Am 8.9-11; 9.9-12). (2) O
NT revela que os últimos dias começaram com a primeira vinda de CRISTO e o
derramamento inicial do ESPÍRITO sobre o povo de DEUS, e que terminarão com a
segunda vinda do Senhor (Mc 1.15; Lc 4.18-21; Hb 1.1,2). Este período
específico é caracterizado como a era do juízo contra o mal, da autoridade
sobre os demônios, da salvação da raça humana e da presença aqui do reino de
DEUS. (a) Estes últimos dias serão assinalados pelo poder do ESPÍRITO SANTO (Mt
12.28). (b) Os últimos dias abrangem a investida do poder de DEUS, através de
CRISTO, contra o domínio de Satanás e do pecado. Mesmo assim, a guerra apenas
começou; não chegou ao fim, pois o mal e a atividade satânica ainda estão
fortemente presentes (Ef 6.10-18). Por isso, somente a segunda vinda de JESUS
aniquilará a atividade do poder maligno e encerrará os últimos dias (cf. 1 Pe
1.3-5; Ap 19). (c) Os últimos dias serão um período de testemunho profético,
conclamando todos a se arrependerem, crerem em CRISTO e experimentarem o
derramamento do ESPÍRITO SANTO (1.8; 2.4,38-40; Jl 2.28-32). Devemos proclamar
a obra salvífica de CRISTO, no poder do ESPÍRITO, mesmo enquanto antevemos o
dia final da ira (Rm 2.5), i.e.: o grande e glorioso Dia do Senhor (2.20b).
Devemos viver todos os dias em vigilância, esperando o dia da redenção e a
volta de CRISTO para buscar o seu povo (Jo 14.3; 1 Ts 4.15-17). (d) Os últimos
dias introduzem o reino de DEUS com sua demonstração de pleno poder (ver Lc
11.20). Devemos ter a plenitude desse poder no conflito contra as forças
espirituais do mal (2 Co 10.3-5; Ef 6.11,12) e no sofrimento por causa da
justiça (Mt 5.10-12; 1 Pe 1.6,7).
2.17 VOSSOS FILHOS E AS VOSSAS FILHAS PROFETIZARÃO. Aqui o falar noutras
línguas (vv. 4,11) está relacionado à profecia (vv. 17,18). Deste modo, falar
em línguas é uma forma de profetizar. O significado básico aqui, de profecia, é
o uso da nossa voz para o serviço e a glória de DEUS sob o impulso direto do
ESPÍRITO SANTO. No livro de Atos: (1) os 120 todos foram cheios do ESPÍRITO
SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes
concedia que falassem (2.4); (2) o ESPÍRITO SANTO desceu sobre Cornélio e sua
casa. Todos, entre eles Pedro, os ouviam falar em línguas e magnificar a DEUS
(At 10.44-47); e (3) os discípulos em Éfeso, quando veio sobre eles o ESPÍRITO
SANTO; e falavam línguas e profetizavam (At 19.6).
2.18 MEUS SERVOS E MINHAS SERVAS. Segundo a profecia de Joel, citada por Pedro,
o batismo no ESPÍRITO SANTO é para aqueles que já pertencem ao reino de DEUS,
i.e., servos de DEUS, ou crentes; tanto homens como mulheres salvos,
regenerados, pertencentes a DEUS.
2.18 NAQUELES DIAS. Pedro, citando Joel, diz que DEUS derramará seu ESPÍRITO
naqueles dias . O derramamento do ESPÍRITO SANTO e os sinais sobrenaturais que
o acompanham, não pode ser limitado unicamente ao dia de Pentecoste. O poder e
a bênção do ESPÍRITO SANTO são para todo cristão receber e experimentar, no
decurso de toda a era da igreja, que é a totalidade do período de tempo entre a
primeira e segunda vinda de CRISTO (Ap 19.20; ver At 2.39).
A REGENERAÇÃO
DOS DISCÍPULOS
Jo 20.22 “E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o
ESPÍRITO SANTO. ”
A outorga do ESPÍRITO SANTO por JESUS aos seus discípulos no dia da
ressurreição não foi o batismo no ESPÍRITO SANTO como ocorreu no dia de
Pentecoste (At 1.5; 2.4). Era, realmente, a primeira vez que a presença
regeneradora do ESPÍRITO SANTO e a nova vida do CRISTO ressurreto saturavam e
permeavam os discípulos.
Durante a última reunião de JESUS com seus discípulos, antes da sua paixão e crucificação,
Ele lhes prometeu que receberiam o ESPÍRITO SANTO, como aquele que os
regeneraria: “habita convosco, e estará em vós” (14.17 veja nota). JESUS agora
cumpre aquela promessa.
Da frase, “assoprou sobre eles”, em 20.22, infere-se que se trata da sua
regeneração. A palavra grega traduzida por “soprou” (emphusao) é o mesmo verbo
usado na Septuaginta (a tradução grega do AT) em Gn 2.7, onde DEUS “soprou em
seus narizes [de Adão] o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. É o
mesmo verbo que se acha em Ez 37.9: “Assopra sobre estes mortos, para que
vivam”. O uso que João faz deste verbo neste versículo indica que JESUS estava
lhes outorgando o ESPÍRITO a fim de neles produzir nova vida e nova criação.
Isto é, assim como DEUS soprou para dentro do homem físico o fôlego da vida, e
o homem se tornou uma nova criatura (Gn 2.7), assim também, agora, JESUS soprou
espiritualmente sobre os discípulos, e eles se tornaram novas criaturas.
Mediante sua ressurreição, JESUS tornou-se em “espírito vivificante” (1Co
15.45).
O imperativo “Recebei o ESPÍRITO SANTO” estabelece o fato que o ESPÍRITO,
naquele momento histórico, entrou de maneira inédita nos discípulos, para neles
habitar. A forma verbal de “receber” está no aoristo imperativo (gr. lebete, do
verbo lambano), que denota um ato único de recebimento. Este “recebimento” da
vida pelo ESPÍRITO SANTO antecede a outorga da autoridade de JESUS para eles
(Jo 20.23), bem como do batismo no ESPÍRITO SANTO, pouco depois, no dia de
Pentecoste (At 2.4).
Antes dessa ocasião, os discípulos eram verdadeiros crentes em CRISTO, e seus
seguidores, segundo os preceitos do antigo concerto. Porém, eles não eram
plenamente regenerados no sentido da nova aliança. A partir de então os
discípulos passaram a participar dos benefícios do novo concerto baseado na
morte e ressurreição de JESUS (ver Mt 26.28; Lc 22.20; 1Co 11.25; Ef 2.15,16;
Hb 9.15-17). Foi, também, nessa ocasião, e não no Pentecoste, que a igreja
nasceu, i.e., uma nova ordem espiritual, assim como no princípio DEUS soprou
sobre o homem até então inerte para de fato torná-lo criatura vivente na ordem
material (Gn 2.7).
Este trecho é essencial para a compreensão do ministério do ESPÍRITO SANTO
entre o povo de DEUS: (a) os discípulos receberam o ESPÍRITO SANTO (i.e., o ESPÍRITO
SANTO passou a habitar neles e os regenerou) antes do dia de Pentecoste; e (b)
o derramamento do ESPÍRITO SANTO em At 2.4. Isto seguiu-se à primeira
experiência. O batismo no ESPÍRITO no dia do Pentecoste foi, portanto, uma
segunda e distinta obra do ESPÍRITO neles.
Estas duas obras distintas do ESPÍRITO SANTO na vida dos discípulos de JESUS
são normativas para todo cristão. Isto é, todos os autênticos crentes recebem o
ESPÍRITO SANTO ao serem regenerados, e a seguir precisam experimentar o batismo
no ESPÍRITO SANTO para receberem poder para serem suas testemunhas (At 1.5,8;
2.4; ver 2.39).
Não há qualquer fundamento bíblico para se dizer que a outorga por JESUS do
ESPÍRITO SANTO em 20.22 era tão somente uma profecia simbólica da vinda do
ESPÍRITO SANTO no Pentecoste. O uso do aoristo imperativo para “receber” (ver
supra) denota o recebimento naquele momento e naquele lugar.
16.18 AS PORTAS
DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO.
As portas do
inferno representam Satanás e a totalidade do mal no mundo, lutando para
destruir a igreja de JESUS CRISTO.
(1) Este texto não quer dizer que nenhum crente como pessoa e nenhuma igreja
local, confederação de igrejas ou denominação, jamais chegará a cair na
imoralidade, nos erros de doutrina ou na apostasia. O próprio JESUS predisse
que muitos decairão da fé e Ele adverte as igrejas que estão abandonando a fé
neotestamentária a voltar-se do pecado ou sofrer a pena da remoção do seu reino
(Mt 24.10,11; Ap 2.5,12-29; 3.1-6,14-16; ver 1 Tm 4.1 nota; ver o estudo A
APOSTASIA PESSOAL). A promessa do versículo 18 não se aplica àqueles que negam
a fé, nem às igrejas mornas. (2) O que CRISTO quer dizer é que, a despeito de
Satanás fazer o pior que pode, a despeito da apostasia que ocorre entre os
crentes, das igrejas que ficam mornas e dos falsos mestres que se infiltram no
reino de DEUS, a igreja não será destruída. DEUS, pela sua graça, sabedoria e
poder soberanos, sempre terá um remanescente de crentes e de igrejas que, no
decurso de toda a história da redenção, permanecerá fiel ao evangelho original
de CRISTO e dos apóstolos e que experimentará a comunhão com Ele, o senhorio de
CRISTO e o poder do ESPÍRITO SANTO. Como o povo genuíno de DEUS, esses crentes
demonstrarão o poder do ESPÍRITO SANTO contra Satanás, o pecado, a doença, o
mundo e as forças demoníacas. É essa igreja que Satanás com todas as suas
hostes não poderá destruir nem resistir
16.18 PEDRO, A PEDRA E A IGREJA
O significado
desta passagem é que CRISTO edificará a sua igreja sobre a verdade da confissão
feita por Pedro e os demais discípulos, i.e., que JESUS é o CRISTO, o Filho do
DEUS vivo (v. 16; At 3.13-26). JESUS emprega um trocadilho. Ele chama seu
discípulo de Pedro (gr. Petros, que significa uma pedra pequena). A seguir, Ele
diz: Sobre esta pedra (gr. petra, que significa uma grande rocha maciça ou
rochedo) edificarei a minha igreja , i.e., sobre a confissão feita por Pedro.
(1) É JESUS CRISTO que é a pedra, i.e., o único e grande alicerce da igreja (1
Co 3.11). Pedro declara que JESUS é a pedra viva... eleita e preciosa... a
pedra que os edificadores reprovaram (1 Pe 2.4, 6, 7; At 4.11). Pedro e os
demais discípulos são pedras vivas , como parte da estrutura da casa espiritual
(a igreja) que DEUS está edificando (1 Pe 2.5). (2) Em lugar nenhum as
Escrituras declaram que Pedro seria a autoridade suprema e infalível sobre
todos os demais discípulos (cf. At 15; Gl 2.11). Nem está dito, também, na
Bíblia que Pedro teria sucessores infalíveis, representantes de CRISTO e
cabeças da igreja. Tais idéias são injunções do homem e não a verdade das
Escrituras. No estudo A IGREJA, acha-se uma exposição da doutrina da igreja,
como aparece aqui e noutras partes da Bíblia
16.19 AS CHAVES DO REINO.
As chaves
representam a autoridade que DEUS delegou a Pedro e à igreja. Estas chaves são
usadas para: (1) repreender o pecado e levar a efeito a disciplina eclesiástica
(18.15-18); (2) orar de modo eficaz em prol da causa de DEUS na terra
(18.19,20); (3) dominar as forças demoníacas e libertar os cativos (ver o
estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS); (4) anunciar a culpa do pecado, o
padrão divino da justiça e o juízo vindouro (At 2.23; 5.3,9); e (5) proclamar a
salvação e o perdão dos pecados para todos quantos se arrependem e crêem em
CRISTO (Jo 20.23; At 2.37-40; 15.7-9)
LIÇÃO DA
REVISTA COMPLETA
Lição 6, O
Avivamento No Ministério De Pedro
TEXTO ÁUREO
“Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões
judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai
as minhas palavras.” (At 2.14)
VERDADE PRÁTICA
A vida de um crente pode ser comparada entre o antes e o depois de um
avivamento.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 26.41 Vigilância e oração, pois a carne é fraca
Terça - Mt 6.9-13 Modelo de oração ensinado por JESUS
Quarta - At 10.45,46 Línguas e magnificação a DEUS no ESPÍRITO
Quinta - At 19.1-6 Batismo no ESPÍRITO SANTO e imposição de mãos
Sexta - 1 Co 13.1 O falar em línguas e a prática do amor
Sábado - 1 Co 14.39 Não deve haver proibição para o falar em línguas
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.14-24
14 - Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes:
Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e
escutai as minhas palavras.
15 - Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a
terceira hora do dia.
16 - Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:
17 - E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS, que do meu ESPÍRITO derramarei
sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os
vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;
18 - e também do meu ESPÍRITO derramarei sobre os meus servos e minhas servas,
naqueles dias, e profetizarão;
19 - e farei aparecer prodígios em cima no céu e sinais em baixo na terra: sangue,
fogo e vapor de fumaça.
20 - O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes de chegar o
grande e glorioso Dia do Senhor;
21 - e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
22 - Varões israelitas, escutai estas palavras: A JESUS Nazareno, varão
aprovado por DEUS entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que DEUS por
ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis;
23 - a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de
DEUS, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos;
24 - ao qual DEUS ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível
que fosse retido por ela.
HINOS SUGERIDOS: 24, 249, 470 da Harpa Cristã
PALAVRA-CHAVE - Ministério
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos o protagonismo do apóstolo Pedro, um dos mais destacados
discípulos de JESUS CRISTO, em dois momentos de sua vida. Primeiro, antes de
ser batizado no ESPÍRITO SANTO, apresentava-se como um homem impulsivo,
voluntarioso e espiritualmente débil; segundo, depois do Pentecostes, foi
transformado em um homem cheio de unção e revestido do poder do Alto. Temos
preciosos ensinamentos para extrair dessa experiência na vida do apóstolo
Pedro. .
I – PEDRO ANTES DO PENTECOSTES
1. As duas atitudes de Pedro. Certo dia, JESUS perguntou aos discípulos a
respeito de como as pessoas o identificavam. As respostas foram diversas: uns
entendiam que JESUS era João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos
profetas. A partir dessas respostas, JESUS indagou-lhes a respeito da opinião
deles acerca de sua identidade. Tomando a palavra, Pedro respondeu prontamente:
“Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo. E JESUS, respondendo, disse-lhe:
Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou,
mas meu Pai, que está nos céus” (Mt 16.16,17). Certamente, Pedro se sentiu
gratificado, até mesmo, lisonjeado, com a resposta de JESUS a seu respeito
diante dos outros discípulos.
Imediatamente após esse episódio, Pedro recebe uma reprimenda de JESUS. Nosso
Senhor havia dito que Ele iria para Jerusalém e padeceria nas mãos dos
religiosos, mas ressuscitaria ao terceiro dia. Em seguida, o mesmo Pedro
retrucou: “Senhor tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso” (Mt
16.22). De pronto, JESUS o repreendeu: “Para trás de mim, Satanás, que me
serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de DEUS, mas só
as que são dos homens” (Mt 16.23). Como deve ter sido desconfortável para Pedro
ouvir uma pesada reprimenda após uma palavra de aprovação.
2. Pedro nega JESUS três vezes. Outro episódio revelador foi quando Pedro
afirmou que jamais negaria o Senhor e JESUS lhe diz que ele o negaria três
vezes (Mt 26.31-35). A primeira vez, negou-o diante de uma criada (26.69,70). A
segunda, diante de outra criada que dissera que o vira com JESUS (26.71,72). E,
pela terceira vez, Pedro negou CRISTO diante de várias pessoas, praguejando e
jurando (26.73,74). Depois desse momento, o galo cantou, e Pedro sentiu
profundo arrependimento (26.75). Nosso Senhor, todavia, não o desprezou. Pelo
contrário, quando ressuscitou, o anjo disse às mulheres que fossem dar a boa
nova a seus discípulos; e o nome de Pedro foi destacado (Mc 16.7). Devemos ter
o cuidado de não descartar pessoas por causa de alguma falha, pois DEUS pode
restaurar o espiritualmente fraco.
II – PEDRO APÓS O PENTECOSTES
1. Pedro batizado no ESPÍRITO SANTO. Após ser batizado no ESPÍRITO SANTO, Pedro
tornou-se outro homem. Devido ao espanto das pessoas diante daquele fenômeno
espiritual, o apóstolo dos judeus levantou a voz e, com eloquência, falou a
respeito da promessa de DEUS proferida pelo profeta Joel: “do meu ESPÍRITO
derramarei sobre toda a carne” (At 2.18).
"A pregação do apóstolo Pedro teve tão grande impacto sobre os ouvintes,
que muitos deles, compungidos no coração, indagavam-lhe, a respeito do que
deveriam fazer.”
A pregação do apóstolo Pedro teve tão grande impacto sobre os ouvintes, que
muitos deles, compungidos no coração, indagavam-lhe a respeito do que deveriam
fazer. Assim, Pedro concluiu sua calorosa pregação apelando para que se
arrependessem e fossem batizados em nome de JESUS CRISTO para receberem “o dom
do ESPÍRITO SANTO” (At 2.38). Resultado: quase três mil almas foram batizadas
(At 2.41).
2. Pedro e a cura do coxo. Juntamente com João, Pedro chegou à Porta Formosa do
Templo em Jerusalém. Eles viram um paralítico pedindo uma esmola. Em lugar de
dar-lhe o que pedia, cheio do ESPÍRITO SANTO, o apóstolo ordenou que o
paralítico se levantasse e andasse “em nome de JESUS CRISTO”. Imediatamente, o
homem foi curado, entrou no Templo, saltando e louvando a DEUS. Isso causou
grande espanto entre os que estavam ali (At 3.10,11). Logo depois, o apóstolo
Pedro aproveitou a ocasião do milagre para pregar a respeito da morte e da
ressurreição de CRISTO, enfatizando que o enfermo recebeu “perfeita saúde” no
nome de JESUS (At 3.16).
3. Pedro avivado em outras ocasiões. O avivamento do ESPÍRITO SANTO na vida de
Pedro foi notório em outras ocasiões. Quase cinco mil pessoas aceitaram a
CRISTO como Salvador com a mensagem dos apóstolos (At 4.1-4). Esse fato teve
repercussão junto ao Sinédrio, o tribunal religioso dos judeus. Os apóstolos
foram interrogados pelo Sumo Sacerdote sobre com que autoridade eles faziam
milagres, quando responderam com ousadia que era “em nome de JESUS CRISTO”, a
quem os judeus crucificaram injustamente (At 4.6-11). Após serem liberados da
prisão, Pedro e João reuniram-se com os demais discípulos e relataram o
ocorrido; até o lugar onde oraram, tremeu (At 4.29-31).
Em Lida, houve um grandioso avivamento. Quando Pedro ali chegou, orou por um
homem chamado Eneias que estava paralítico há oito anos. Eneias foi curado e,
por isso, houve muitas conversões ao Senhor (At 9.34-35); por sua oração,
Dorcas ressuscitou dentre os mortos em Jope (At 9.36-42).
III – A IGREJA DE HOJE E O AVIVAMENTO DO PENTECOSTES
1. A Igreja atual e o Pentecostes. O Senhor JESUS previu que, antes da sua
volta, haveria uma grande falta de fé; daí a reveladora pergunta: “[...]
Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?” (Lc
18.8). Num tempo como esse, a necessidade de um grande avivamento é imensa.
Segundo a Bíblia, só pode haver um tempo de avivamento nos dias presentes se os
crentes buscarem o derramamento do ESPÍRITO SANTO como no Dia de Pentecostes
(At 2.1).
2. Tempos de multiplicação da iniquidade. JESUS alertou aos seus discípulos
para as principais características dos fins dos tempos. Será uma época marcada
pela multiplicação da iniquidade e do esfriamento do amor. Entretanto, o Senhor
JESUS também previu um sinal altamente positivo a respeito da pregação do
Evangelho por todo o mundo (Mt 24.4-14). Nesse sentido, para pregar o Evangelho
nesses “tempos trabalhosos”, como o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo (2 Tm
3.1-5), a igreja deve estar avivada da mesma maneira que o apóstolo Pedro
estava quando desempenhou seu ministério em Atos.
3. A Igreja será arrebatada. A Parábola das dez virgens (Mt 25. 1-13), mais
especialmente, as cinco prudentes, traz a imagem de uma Igreja santa, consagrada
a DEUS, ungida pelo ESPÍRITO SANTO. É uma virgem preparada para o Noivo (Ef
5.26,27). É a Igreja que subirá na ocasião do Arrebatamento. Como o apóstolo
Pedro que anelava pela vinda do Senhor de maneira avivada, estejamos também
avivados e preparados para ouvir o toque da trombeta por ocasião do
Arrebatamento da Igreja.
CONCLUSÃO
O ministério do apóstolo Pedro mudou completamente após ser revestido do poder
de DEUS. Antes do Pentecostes, ele não tinha firmeza, era precipitado e
voluntarioso; mas depois, passou a existir um Pedro cheio da graça de DEUS, de
unção, de sabedoria e de poder para cumprir a missão confiada por JESUS aos
discípulos. Sem dúvida, o apóstolo Pedro é um modelo de vida e de ministério
avivado sob o poder do ESPÍRITO SANTO.
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Caro(a) professor(a), nesta lição veremos o avivamento espiritual na vida do
apóstolo Pedro após o Batismo no ESPÍRITO SANTO. Antes do Dia de Pentecostes,
os Evangelhos revelam características de um homem impulsivo, de caráter volúvel
e indisciplinado. Após reencontrar o Senhor ressuscitado e receber a missão de
apascentar as suas ovelhas, Pedro assume papel proeminente na liderança da
igreja primitiva. Mas para o exercício pleno de seu ministério, bem como de
todos os demais discípulos de CRISTO, faltava-lhe experimentar o revestimento
de poder do Alto. Esse poder transformador capacitou o apóstolo, não apenas a
operar milagres, como também a testemunhar a fé em JESUS por meio de uma
mudança de caráter. A partir da experiência do apóstolo Pedro, sua classe
aprenderá importantes lições no tocante às mudanças que o avivamento espiritual
provoca no caráter do crente.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Destacar as características do apóstolo Pedro antes
da experiência do Pentecostes; II) Compreender o impacto do Batismo no ESPÍRITO
SANTO no caráter do apóstolo Pedro; III) Ressaltar a importância do avivamento
espiritual para a igreja dos dias atuais mediante a experiência do Batismo no
ESPÍRITO SANTO.
B) Motivação: O apóstolo Pedro experimentou uma mudança significativa de
caráter porque permitiu que o Batismo no ESPÍRITO SANTO não se resumisse a uma
experiência espiritual do Dia de Pentecostes e, sim, que se tornasse um
avivamento contínuo em seu ministério. Para termos êxito no exercício de nosso
ministério cristão, semelhantemente, precisamos permitir que a ação do ESPÍRITO
SANTO esteja permanente em nossas vidas. Para tanto, é necessário que a
reflexão sobre os princípios bíblicos, adicionada a busca contínua pelo poder
do Alto, gere mudanças expressivas em nossa forma de pensar e agir. Nesta
ocasião, reflita com seus alunos a respeito da relação entre a experiência do
Batismo no ESPÍRITO e o testemunho cristão.
C) Sugestão de Método: Professor(a), realize um "estudo de caso" com
seus alunos. Descreva a experiência vivenciada pelos apóstolos no Dia de
Pentecostes (At 2.1-13), explique a natureza daquele evento e como ocorreu
entre os crentes daqueles dias. Em seguida, análise com seus alunos quais foram
as mudanças que o revestimento de poder do Alto trouxe para o relacionamento
entre os crentes da igreja primitiva. Ao final, relacione a importância desse
mesmo avivamento para a igreja dos dias atuais.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Após estudar o impacto do Batismo no ESPÍRITO SANTO na vida do
apóstolo Pedro, faça a seguinte pergunta: que mudanças o ESPÍRITO SANTO tem
provocado na sua conduta? Além de experimentar os dons espirituais e
ministeriais, você tem produzido o Fruto do ESPÍRITO? Ressalte a importância dessa
reflexão para a vida cristã, haja vista que o poder do Alto deve ser
compreendido como uma experiência que potencializa a nossa vida espiritual.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens,
artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição
92, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão
suporte na preparação de sua aula: 1) Para aprofundar o primeiro tópico, o
texto "Pedro em Jerusalém" apresenta a trajetória do apóstolo Pedro
após a ascensão de CRISTO até o momento em que ele assume o papel de liderança
proeminente na igreja primitiva; 2) Para aprofundar o segundo tópico, o texto
"O propósito do Pentecostes" destaca o propósito da experiência do
derramamento do ESPÍRITO no dia de Pentecostes. A nova vida em CRISTO se
expressa não somente por meio do poder e do dom do ESPÍRITO para o exercício do
ministério, mas envolve também o compromisso com os novos irmãos comprometidos
com CRISTO e uns com os outros.
SINÓPSE I - O
ESPÍRITO SANTO transformou o Pedro, até então espiritualmente fraco, em
apóstolo do Evangelho de CRISTO.
SINÓPSE II - O avivamento do ESPÍRITO SANTO na vida de Pedro foi notório em
muitas ocasiões.
SINÓPSE III - O avivamento espiritual é uma necessidade imediata da Igreja que
aguarda esperançosa pelo grande Dia do Arrebatamento.
Auxílio Teológico TOP1
Pedro em Jerusalém
“Depois da ascensão de JESUS, os discípulos estavam reunidos em um aposento
para orar, aguardando a promessa do dom do ESPÍRITO SANTO. Pedro sugeriu que um
deles fosse escolhido para ocupar o lugar de Judas, para que o apostolado fosse
completo. No dia de Pentecostes, ele pregou a mensagem inicial à multidão que
se reuniu, e declarou que eles deveriam arrepender-se e ser batizados no nome
do Senhor JESUS. Cerca de 3 mil pessoas converteram-se, e a Igreja começou (At
2.14-42).
Durante os primeiros anos da Igreja em Jerusalém, Pedro foi reconhecido como
seu líder. Ele realizou grandes milagres (At 3.1-10; 5.12-16), defendeu a causa
perante o Sinédrio (4.5-12), e disciplinou ofensores como Ananias e Safira
(5.1-11). Embora tenha saído da cidade depois da perseguição de Herodes em 44
d.C. (At 12.1-17), ele retornou a Jerusalém para participar do conselho
relacionado à liberdade dos gentios (15.6-11). Ele concordou com Paulo contra
os legalistas, onde os gentios não deveriam ser obrigados a obedecer à lei
cerimonial como uma condição de salvação além da fé em CRISTO” (Dicionário
Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1492).
Auxílio
Teológico TOP2
O propósito do Pentecostes
“No âmago do resultado da nova vida do ESPÍRITO não estão somente o poder e o
dom do ESPÍRITO para o ministério, mas o que nós poderíamos chamar (na
linguagem de Paulo) de ‘fruto’ do ESPÍRITO. Os crentes empoderados pelo
ESPÍRITO amavam-se tanto que valorizavam uns aos outros mais do que valorizavam
as suas propriedades. [...] Em Lucas-Atos, a verdadeira conversão envolve
arrependimento e compromisso com um novo Senhor. Tal compromisso com o novo
Senhor também envolve compromisso com os novos irmãos na nova comunidade
(11.30; 12.25). À medida que Atos avança, fica claro que essa nova comunidade
não pertencerá a uma só cultura, sua comunhão à mesa circunscrita por hábitos
alimentares sagrados (10.28; 16.34; 27.35,36). Algumas vezes, os cristãos em
Atos realmente se mostram relutantes em cruzar tais fronteiras (10.28; 11.3;
cf. Gl 2.11-14), exatamente como os fariseus fizeram por ocasião da comunhão de
JESUS à mesa com pecadores em arrependimento no primeiro livro de Lucas (e.g.,
Lc 5.30; 7.34; 15.2); mas DEUS não alivia até fazê-los cruzar essas fronteiras
humanas. DEUS empodera seu povo com o ESPÍRITO para cruzar as barreiras
culturais, para adorar a DEUS e para formar uma nova comunidade multicultural
de adoradores comprometidos com CRISTO e uns com os outros” (KEENER, Craig S.
Entre a História e a Igreja. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, pp. 252, 253).
Como o apóstolo Pedro que anelava pela vinda do Senhor de maneira avivada,
estejamos também avivados e preparados para ouvir o toque da trombeta por
ocasião do Arrebatamento.”
REVISANDO O
CONTEÚDO
1. Diante de quem Pedro negou JESUS três vezes? Diante das duas criadas e
perante várias pessoas.
2. Qual foi o impacto dos ouvintes com a pregação de Pedro? A pregação do
apóstolo Pedro teve tão grande impacto sobre os ouvintes, que muitos deles,
compungidos no coração, indagavam-lhe a respeito do que deveriam fazer.
3. Qual foi o tema da pregação de Pedro após o milagre do coxo? Logo depois, o
apóstolo Pedro aproveitou a ocasião do milagre para pregar a respeito da morte
e da ressurreição de CRISTO, enfatizando que o enfermo recebeu “perfeita saúde”
no nome de JESUS (At 3.16).
4. Como pode haver um tempo de avivamento nos dias presentes? Segundo a Bíblia,
só pode haver um tempo de avivamento nos dias presentes se os crentes buscarem
o derramamento do ESPÍRITO SANTO como no Dia de Pentecostes (At 2.1).
5. O que o Senhor JESUS previu que aconteceria antes de sua volta? O Senhor
JESUS previu um sinal altamente positivo que, antes da sua volta, o Evangelho
seria pregado em todo o mundo.
LEITURAS PARA APROFUNDAR
Pedro: O Primeiro Pregador Pentecostal; Fundamentos da Vida Cristã.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
A História do
Apóstolo Pedro (Daniel Conegero)
O apóstolo
Pedro foi o primeiro discípulo escolhido por JESUS. Pedro também é chamado
na Bíblia de Cefas, Simeão e Simão. Neste estudo bíblico conheceremos
mais sobre a história de Pedro, apóstolo do Senhor JESUS.
A História de
Pedro
O apóstolo
Pedro era natural de Betsaida, na época uma aldeia de pescadores não muito
distante de Cafarnaum e que ficava na região costeira do mar da Galileia (João
1:44). Pedro também tinha casa em Cafarnaum, na Galileia (Marcos 1:21s). Alguns
sugerem que sua residência realmente fosse em Cafarnaum, e Betsaida apenas sua
aldeia de origem.
O apóstolo
Pedro era irmão do apóstolo André, um pescador de profissão assim como
ele. É bem provável que seu pai, Jonas, também fosse um pescador (João
1:42). O apóstolo Pedro era casado, tendo sido sua sogra curada por JESUS
(Marcos 1:30). Além disso, é possível que sua esposa frequentemente o
acompanhasse em viagens ministeriais na Igreja Primitiva (1 Coríntios 9:5).
Pedro possuía
uma educação considerada limitada e falava o aramaico com forte sotaque da
região da Galileia (Mateus 26:73; Marcos 14:70); idioma que também
utilizava para ler e escrever. No entanto, Pedro também falava um pouco de
grego, muito provavelmente por conta de sua profissão que exigia constante
contato com gentios. O grego era muito utilizado na época, sobretudo nas
cidades de Decápolis.
Pedro, Cefas,
Simão e Simeão
Como já foi
dito, o apóstolo Pedro é chamado por outros nomes na narrativa
bíblica. Possivelmente seu nome original era o hebraico Simeão,
utilizado originalmente em alguns textos de Atos 15:14 e 2 Pedro 1:1; e talvez
ele tenha adotado o grego “Simão” com pronúncia semelhante.
Quando ele se
encontrou com JESUS, o Senhor o chamou de Cefas, do aramaico Kefa’,
que significa “rocha” ou “pedra”, que em sua forma grega é Petros, ou
seja, Pedro (João 1:42). O significado desse título se refere ao fato de que
Pedro se tornaria firme como uma rocha, ao invés de uma pessoa com temperamento
inconstante.
Assim, a
narrativa do Novo Testamento designa o apóstolo Pedro por essa variedade de
nomes. O apóstolo Paulo o chamava de Cefas (1 Coríntios 1:12; 15:5;
Gálatas 2:9); o apóstolo João geralmente o chamava de Simão Pedro; e
Marcos o chamou de Simão até o capítulo 3 de seu livro e depois passou a
designá-lo como Pedro.
A personalidade
do apóstolo Pedro
Considerando
todas as referências sobre o apóstolo Pedro disponíveis não apenas nos quatro
Evangelhos, mas em todo Novo Testamento, os estudiosos entendem que ele
foi um típico homem do campo, uma pessoa simples, direta e impulsiva.
Parece que ele
também possuía uma aptidão natural para exercer liderança, talvez por ser
caloroso, vigoroso e normalmente comunicativo. Em algumas ocasiões, sobretudo
no episódio que envolveu a traição de JESUS no Getsêmani, Pedro se mostrou
emotivo, sanguíneo e autoconfiante.
A escolha do
apóstolo Pedro como discípulo de JESUS
O Evangelho de
João relata um primeiro contato entre JESUS e Pedro, por intermédio de seu
irmão, o apóstolo André (João 1:41). Esse contato ocorreu antes do
início do ministério público do Senhor na Galileia. Depois disto, Pedro e
André continuaram com a pescaria durante um período, até que receberam um
convite consequente de JESUS enquanto estavam pescando no mar da Galileia
(Marcos 1:16s).
Mais tarde JESUS
escolheu doze homens entre aqueles que o seguiam para serem seus discípulos
mais próximos. Assim, o apóstolo Pedro foi um dos primeiros discípulos a
ser chamado, e era um dos três que sempre estavam mais próximos do Senhor
(Marcos 5:37; 9:2; 14:33). Nas listas que trazem a relação dos doze
discípulos de JESUS, o nome do apóstolo Pedro sempre aparece primeiro (Marcos
3:16-19; Lucas 6:14-16; Mateus 10:2-4; Atos 1:13,14).
O apóstolo
Pedro durante o ministério de JESUS
O apóstolo
Pedro teve uma participação muito ativa e significante durante o ministério de JESUS. Como
já foi dito, ele foi um dos primeiros discípulos a ser chamado, estava entre os
três mais próximos de JESUS, e em muitas ocasiões agiu como porta-voz dos Doze
(Mateus 15:15; 18:21; Marcos 1:36s; 8:29; 9:5; 10:28; 11:21; 14:29; Lucas
12:41).
Pedro foi o
discípulo que pediu para encontrar JESUS andando sobre as águas (Mateus
14:28). Foi ele também, juntamente com Tiago e João, que estiveram com JESUS no
episódio da transfiguração (Mateus 17:1-8).
O apóstolo
Pedro também foi o discípulo que, precipitadamente, tentou repreender JESUS
diante do anúncio de sua morte iminente no Calvário (Mateus 16:22).
Quando JESUS
perguntou aos seus discípulos quem eles achavam que Ele era, o apóstolo
Pedro foi o primeiro a responder confessando que Ele era o CRISTO, o Filho do DEUS
vivo (Mateus 16:16). O próprio JESUS atribuiu a resposta de Pedro como uma
revelação de DEUS que foi dada a ele.
Nessa mesma
ocasião JESUS pronunciou a famosa frase “tu és Pedro, e sobre esta pedra
edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra
ela” (Mateus 16:18). Essa frase é alvo de intensos debates, deste muito
tempo.
Pelo jogo de
palavras que envolve o significado do nome “Pedro”, surgiram muitas
interpretações. Duas delas são as mais antigas e conhecidas: alguns sugerem que
a “pedra” seria o próprio Pedro; enquanto outros defendem que a “pedra” seria
diretamente a verdade que foi declarada por Pedro, isto é, o CRISTO, o Filho do
DEUS vivo.
O apóstolo
Pedro ouviu diretamente de JESUS a ordem “apascenta minhas
ovelhas” (João 21:17). Numa determinada ocasião, Pedro questionou JESUS sobre
a situação dele e dos demais que haviam deixado tudo o que tinham para
segui-lo, e ouviu do Senhor a promessa das bênçãos do reino de DEUS(Marcos
10:28; Lucas 18:28).
O apóstolo
Pedro também aparece de forma bastante ativa durante a narrativa dos últimos
momentos do Senhor JESUS antes da crucificação. Juntamente com o apóstolo
João, Pedro recebeu a incumbência de organizar a última ceia em Jerusalém
(Lucas 12:8).
Inicialmente
ele também se recusou a deixar que JESUS lhe lavasse os pés, mas quando foi
advertido sobre a importância e a necessidade daquele ato do Senhor, ele pediu
até mesmo um banho (João 13).
O apóstolo
Pedro também foi o discípulo que, conforme JESUS havia dito, o negou três vezes
antes que o galo cantasse duas vezes na ocasião que envolve a prisão e
crucificação do Senhor. Na verdade essa sua negação contrasta diretamente com o
comportamento valente e violento que ele demonstrou ao cortar a orelha de
Malco, servo do sumo sacerdote, durante a prisão do Senhor. Diante do olhar de JESUS,
ao lembrar-se das palavras do Mestre, Pedro se arrependeu
profundamente (Mateus 26:34-75; Marcos 14:30-72; Lucas 22:34-62; João
18:27).
É possível que
o apóstolo Pedro tenha testemunhado a crucificação, apesar dos Evangelhos não o
mencionarem (cf. 1 Pedro 5:1). CRISTO ressurreto apareceu pessoalmente ao
apóstolo Pedro (Lucas 24:33,34; 1 Coríntios 15:5).
O ministério do
apóstolo Pedro na Igreja Primitiva
O apóstolo
Pedro foi o primeiro a pregar o Evangelho no dia de Pentecostes.
Cerca de 3 mil pessoas se converteram naquela ocasião (Atos 2:14). Até o
capítulo 13 do livro de Atos dos Apóstolos, Pedro aparece com bastante
destaque. Durante os primeiros anos ele foi o líder da igreja em Jerusalém, mas
vale lembrar que o apóstolo Tiago, por sua vez, foi quem liderou o Concílio de
Jerusalém onde importantes decisões foram tomadas concernentes à participação
dos gentios na Igreja (Atos 15:1-21).
Pedro foi quem
fez a exposição da necessidade da escolha de outro homem para o lugar deixado
por Judas e Matias foi o escolhido (Atos 1). Durante o
ministério do apóstolo Pedro ocorreram grandes milagres, sendo que até mesmo os
doentes eram colocados de uma forma com que, ao passar, sua sombra os cobrisse
(Atos 3:1-10; 5:12-16).
Foi o apóstolo
Pedro quem disse as conhecidas palavras: “Não tenho prata nem ouro; mas o
que tenho isso te dou. Em nome de JESUS CRISTO, o Nazareno, levanta-te e
anda” (Atos 3:6). Dentre esses milagres também se destaca a ressurreição
de Dorcas (Atos 9:36-41). Saiba mais sobre os milagres no período
apostólico da Igreja Primitiva.
O apóstolo
Pedro também foi quem disciplinou os perversos e mentirosos Ananias e Safira
(Atos 5:1-11). Por conta do pecado que praticaram, ambos foram mortos de forma
sobrenatural.
Na época da
forte perseguição em Jerusalém após a morte de Estêvão, o apóstolo
Pedro também estendeu sua atuação ministerial a outros lugares, como em Samaria
em decorrência da grande evangelização de Filipe ali, nas cidades
costeiras de Lídia, Jope e Sarona. É possível que nesse período Tiago então
tenha assumido a liderança em Jerusalém.
O apóstolo
Pedro também foi o responsável por anunciar as boas novas à família de
Cornélio em Cesaréia (Atos 10:1-45). Na Carta aos Gálatas, o apóstolo Paulo
informa que Pedro também esteve em Antioquia (Gálatas 2:11). Na verdade é nesse
relato que encontramos a referência sobre o conflito entre os apóstolos
Paulo e Pedro, quando Pedro agiu dissimuladamente se associando aos cristãos
gentios e depois se afastando deles ao temer a pressão do “grupo da
circuncisão” que aceitava os gentios na Igreja desde que estes se submetessem
ao cerimonial da Lei de Moisés.
O comportamento
do apóstolo Pedro acabou influenciando até mesmo Barnabé. Então Paulo o
repreendeu publicamente pelo comportamento, considerado por ele,
como hipocrisia. No entanto, essa situação foi completamente resolvida, e
o próprio apóstolo Pedro mais tarde se referiu a Paulo como “nosso amado
irmão” (2 Pedro 3:15).
Na Epístola aos
Coríntios, também somos informados da divisão que havia em tal igreja. Um dos
grupos divididos ali alegava seguir o apóstolo Pedro, enquanto outros
diziam ser de Paulo, Apolo e CRISTO. Isso indica que provavelmente em
algum momento ele esteve pessoalmente visitando aquela igreja.
A morte do
apóstolo Pedro e o final de seu ministério
Após 50 d.C.
não temos tantas informações detalhadas sobre o apóstolo Pedro.
Considerando suas duas epístolas, sabemos que ele permaneceu ativo na pregação
da Palavra de DEUS e no pastoreio do rebanho do Senhor até a hora de sua morte
(1 Pedro 5:1,2).
Existe um
grande debate se o apóstolo Pedro chegou a fixar residência em Roma ou
não. O que é certo é que a igreja em Roma não foi fundada por ele; até porque
seria muito improvável que Paulo escrevesse uma epístola àqueles irmãos sem
mencioná-lo.
Na verdade não
há qualquer base bíblica de que ele tenha sido o primeiro bispo de Roma; nem há
indícios de que ele tenha sido líder da igreja na cidade por um período
considerável. A tradição que afirma tal coisa é bastante questionável. Saiba
mais sobre a igreja em Roma no panorama da Carta aos Romanos.
Apesar disto, é
muito provável que ele tenha estado em Roma em algum momento próximo ao final
de sua vida, e que tenha escrito suas duas epístolas desta cidade. Em 1 Pedro
5:13 o apóstolo escreve dizendo estar na “Babilônia”. Essa informação tem sido
entendida pela maioria dos estudiosos como uma referência à cidade de Roma. A
presença de Marcos na ocasião também favorece essa interpretação.
Existe uma
tradição muito antiga e uniforme dentro do cristianismo de que o apóstolo
Pedro tenha sido martirizado em Roma por volta de 68 d.C., assim como foi
Paulo. Tertualiano (200 d.C.) defendeu tal informação, e Orígenes afirmou que
Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, uma informação também presente em
alguns livros apócrifos.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 9: Pedro,
um discípulo sincero e dinâmico - 3º Trimestre de 2007
Data: 02 de
Setembro de 2007
TEXTO ÁUREO
“Assim que, se
alguém está em CRISTO, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que
tudo se fez novo” (2 Co 5.17).
VERDADE PRÁTICA
O ESPÍRITO SANTO
transforma o caráter do crente que a Ele se entrega Incondicionalmente.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Rm
8.9-11 O ESPÍRITO SANTO renova a vida do crente
Terça – Rm
8.14-16 O ESPÍRITO SANTO orienta o crente em suas ações
Quarta – 1 Pe
1.22,23 A verdade alimenta o caráter
Quinta – Sl
101.6 O crente deve buscar a retidão
Sexta – 1 Pe
3.10-12 Retidão, princípio da comunhão com Deus
Sábado – Lc
19.8-10 JESUS, saúde para o caráter
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE - 1 Pedro 1.3,4,18,19,22,23; 2.1-3.
1 Pedro 1
3 – Bendito
seja o DEUS e Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO, que, segundo a sua grande
misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de JESUS
CRISTO dentre os mortos,
4 – para uma
herança incorruptível, incontaminável e que se não pode murchar, guardada nos
céus para vós
18 – sabendo
que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados
da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais,
19 – mas com o
precioso sangue de CRISTO, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.
22 –
Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para caridade fraternal, não
fingida, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro;
23 – sendo de
novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de
Deus, viva e que permanece para sempre.
1 Pedro 2
1 – Deixando,
pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as
murmurações,
2 – desejai
afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional não
falsificado, para que, por ele, vades crescendo,
3 – se é que já
provastes que o Senhor é benigno.
OBJETIVOS
Após esta aula,
o aluno deverá estar apto a:
Explicar a
mudança do nome de Simão para Pedro.
Descrever o chamado e restauração de Pedro.
Reconhecer que JESUS vocaciona os homens a despeito de suas falhas.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor,
nesta lição, estudaremos a biografia de um dos apóstolos mais dinâmicos do Novo
Testamento. Pedro é proeminente nos Evangelhos e nos doze primeiros capítulos
de Atos dos Apóstolos. Escreveu duas importantes epístolas e foi o primeiro a
pregar o evangelho aos gentios. Na classe, destaque o caráter e temperamento do
apóstolo Pedro. Discuta com os educandos a mudança significativa entre os nomes
Simão e Pedro, bem como as características do caráter e temperamento designados
por esses nomes. Ressalte a mudança efetuada pelo ESPÍRITO SANTO na vida de
Pedro.
Palavra-Chave -
Sincero: Virtude mediante a qual a pessoa, em palavras e atos, se conduz sem a
intenção de enganar.
COMENTÁRIO
introdução
Pedro é, sem
dúvida alguma, um dos principais personagens do Novo Testamento. Os Evangelhos
e o livro de Atos biografam-no com admirável riqueza de detalhes. Neles, o
apóstolo é apresentado como um homem impulsivo, porém, sincero e dinâmico.
I. PEDRO,
PESCADOR DE HOMENS (Lc 5.8-10)
1. Simão, o
pescador.
Simão Pedro e
seu irmão André eram pescadores e companheiros de outros dois irmãos, também
pescadores: João e Tiago, filhos de Zebedeu (v.10). Pedro era de Betsaida, uma
aldeia que ficava ao norte do mar da Galileia (Jo 1.44). Porém, estabelecera
sua residência em Cafarnaum, noroeste do lago. Com ele residia sua esposa,
sogra e André (Mc 1.21,29).
2. Pedro,
pescador de homens.
Após o encontro
com JESUS, Simão retornou imediatamente à pesca (Lc 4.38,39; 5.1-3 cf. Mt
4.18-22; Mc 1.16-20; Jo 1.42).
Certo dia,
Simão e seus companheiros passaram uma noite inteira pescando e nada apanharam.
Aquela longa e
malsucedida vigília fez com que retornassem à praia mais cedo (Lc 5.5). Ao
chegarem, depararam-se com JESUS que ensinava à multidão. O Mestre, vendo dois
barcos à beira do lago, entrou no que pertencia a Simão, e pediu-lhe que o
afastasse um pouco da praia. Sentou-se, e de lá continuou seus ensinamentos (Lc
5.3). Acabando de falar, ordenou a Simão que lançasse a rede em águas mais
profundas. O pescador da Galileia relutou em obedecer ao Filho de Deus, mas,
logo depois, decidiu confiar em suas palavras (Lc 5.5). A Bíblia afirma que,
naquele dia especial, “pescaram uma grande quantidade de peixes, e rompia-se
lhes a rede” (v.6). Simão ficou tão espantado com o milagre que imediatamente
prostrou-se aos pés de CRISTO confessando-lhe os pecados (Lc 5.8,9). Então, o
Mestre Divino asseverou-lhe: “Não temas; de agora em diante, serás pescador de
homens” (v.10).
3. JESUS muda o
nome de Simão.
Simão é uma
abreviatura de Simeão, um dos doze filhos de Jacó (Gn 29.33). Esse patriarca
não ficou conhecido exatamente pelo significado de seu nome, “formoso”, mas
pelo seu comportamento impulsivo (Gn 49.5-7). Foi em Betânia (Jo 1.42) que JESUS
mudou o nome de Simão para Pedro (grego) ou Cefas (aramaico). A partir daí,
houve uma profunda renovação de seu caráter e temperamento, como aconteceu com
Jacó (Gn 32.28). Simão, que antes era impulsivo e volúvel, tornara-se Pedro,
ponderado, constante e firme como pedra (Mt 16.18; Mc 3.16; Lc 6.14; Jo 1.42).
SINOPSE DO
TÓPICO (I)
Simão era
pescador, casado, discípulo de João, chamado por JESUS para ser pescador de
homens e teve seu nome mudado para Pedro.
II. O CARÁTER
DE PEDRO
1. JESUS
conhecia seus discípulos (Jo 2.25).
O Mestre
conhecia perfeitamente a personalidade, o temperamento e o caráter de cada um
dos discípulos.
JESUS sabia
exatamente o que estava fazendo quando escolheu Pedro, cujo caráter precisava
de aperfeiçoamento. Ao chamá-lo à sua seara, o Mestre enxergara além de suas
fraquezas, pois conhecia suas potencialidades (Mt 16.15-19). Pedro demonstrou
seu potencial convincentemente no Dia de Pentecostes, quando cheio do ESPÍRITO SANTO
(At 1.13,15; 2.4) pregou a Palavra, e quase três mil almas aceitaram a CRISTO
como Salvador (At 2.14-41).
2. Pedro nega a
JESUS (Mt 26.69-75).
Pedro fora à
casa de Caifás a fim de acompanhar o desdobramento da prisão de JESUS (Mt
26.58). Sentado ao pátio, foi prontamente reconhecido por uma criada. Pedro,
porém, negou a JESUS. Isso se repetiria por mais duas vezes (vv.71-74).
Arrependido, o apóstolo chorou amargamente (v.75; cf. Lc 22.61).
3. Procurado
por JESUS ressurreto.
JESUS amava
tanto Pedro que lhe deu o privilégio de vê-lo ressurreto (Lc 24.34; 1 Co 15.5).
Noutra ocasião, deixou-lhe uma mensagem para que se reunisse aos outros
discípulos na Galileia (Mc 16.5-7; Mt 28.10; Lc 24.12). Na terceira aparição, o
Mestre perguntou a Pedro por três vezes: “Simão, filho de Jonas, amas-me?” (Jo
21.15-17). Na última reunião com os discípulos, JESUS não se referiu mais a
Pedro. Apenas orientou-os a não se ausentarem de Jerusalém e esperarem a
promessa do Pai (At 1.4-9).
4. Pedro no
Pentecostes (At 2.14-36).
O primeiro
sermão de Pedro fora feito cinquenta dias após a ressurreição de CRISTO,
ocasião em que também foi batizado no ESPÍRITO SANTO (At 1.8), no Dia de
Pentecostes. Pedro, que outrora negara o Senhor JESUS diante de simples
serviçais, agora, confessa-o na presença de grandes autoridades.
5. Pedro após o
Pentecostes.
Dois elementos
marcaram o ministério de Pedro: graça para resistir à perseguição e zelo pela
integridade da Igreja.
a) Resistindo à
perseguição.
Certa vez, após
curarem um coxo em nome do Senhor (At 3.1-9), Pedro e João foram presos e
conduzidos ao Sinédrio para serem interrogados (At 3). Pedro não era mais
aquele discípulo de caráter inconstante e inseguro. Agora, regozijava-se por
ser considerado digno de sofrer pelo nome do Senhor (At 5.42).
b) Zelando pela
integridade.
A igreja
recém-formada seguia triunfante, entusiasmada e disposta ao sacrifício.
Todavia, nem tudo era perfeito. Ananias e Safira, por exemplo, venderam
voluntariamente sua propriedade a fim de que o dinheiro fosse doado aos
apóstolos para a realização de obras sociais. Porém, em vez de entregarem o
valor combinado, guardaram para si uma parte do dinheiro. Eles mentiram acerca
do valor do imóvel. Pedro, pelo ESPÍRITO SANTO, logo percebeu o que havia
acontecido. Era um caso explícito de desonestidade! O apóstolo repreendeu-os
severamente, e sobreveio-lhes imediata condenação divina (At 5.1-10).
SINOPSE DO
TÓPICO (II)
JESUS conhecia
perfeitamente cada um de seus discípulos. Porém, convocou Pedro, a despeito de
suas falhas, pois conhecia suas potencialidades, muito bem demonstradas após o
Pentecostes.
CONCLUSÃO
A exemplo de
Pedro, todos precisamos aperfeiçoar nosso caráter. O Senhor JESUS continua
trabalhando na vida daqueles que se entregam a Ele de todo o coração,
capacitando-os para toda a boa obra.
VOCABULÁRIO
Biografia:
Descrição ou história da vida de uma pessoa.
Temperamento: O conjunto dos traços de uma pessoa que lhe determinam as reações
emocionais, os estados de humor, o caráter.
Volúvel: Inconstante, mudável, instável; volátil.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
CABRAL, E. A
síndrome do canto do galo. RJ: CPAD, 2000.
KENDRICK, M. 365 lições de vida extraída de personagens da Bíblia. RJ: CPAD,
1999.
EXERCÍCIOS
1. Comente
sobre a vida de Simão, o pescador.
R. (Livre).
Simão era de Betsaida e pescador. Era casado e teve seu nome mudado para Pedro.
2. Descreva o
que você entendeu sobre a mudança do nome de Simão para Pedro.
R. (Livre). Foi
em Betânia (Jo 1.42) que JESUS mudou o nome de Simão para Pedro. Simão, antes
volúvel, tornou-se Pedro, firme como pedra.
3. Por que JESUS
convocou Pedro, embora conhecesse suas fraquezas?
R. Porque o
Mestre conhecia suas potencialidades.
4. O que
aconteceu a Pedro na terceira aparição de JESUS, após a ressurreição?
R. O Mestre
perguntou três vezes a Pedro se ele o amava. Com essas indagações, Pedro
refletiu sobre seu passado, presente e futuro.
5. Quais os
dois elementos que marcaram o ministério de Pedro?
R. A graça para
resistir à perseguição e o zelo pela integridade da Igreja.
Subsídio
Devocional
“Pastoreando
suas ovelhas (Jo 21.17)
Muita coisa tem
sido feita da pergunta que JESUS fez a Pedro três vezes: ‘Amas-me?’ Alguns
pastores e professores falam sobre como essa pergunta cria intencionalmente um
paralelo com as três negações de Pedro sobre CRISTO. Outros enfatizam as
diferentes palavras gregas traduzidas por amor nessa passagem. Quase
esquecida em todas essas discussões está a ênfase que JESUS colocou sobre
ministrar aos outros.
‘Pastoreia as
minha ovelhas’, JESUS disse cada vez que Pedro afirmou seu amor por Ele. ‘Se
você realmente me ama, cuidará daqueles que me pertencem’. Observe que em
nenhuma vez JESUS perguntou se Pedro amava as ovelhas. A motivação fundamental
para o ministério era e é o amor por JESUS CRISTO e uma disposição para agir.
Há outra mensagem aqui também. ‘Mesmo que você tenha fracassado’, JESUS parece
estar dizendo, ‘Eu ainda posso usá-lo na vida dos outros’.
E quanto à sua
vida? Você ama JESUS? Está provando seu amor por Ele servindo aos outros? Sua
motivação em ministrar é para demonstrar seu amor por CRISTO? Qualquer coisa
menor não vai ‘aguentar’.
Será que os
fracassos do passado estão perseguindo você e impedindo-o de buscar a CRISTO?
Olhe para a lição de Pedro e descubra que DEUS ainda deseja que você seja um
servo frutífero para Ele. Se amamos a JESUS, ministraremos aos outros”.
(KENDRICK,
M. 365 lições de vida extraída de personagens da Bíblia. RJ: CPAD,
1999, p.276.)
APLICAÇÃO
PESSOAL
Nosso
temperamento, embora inato, pode e deve ser controlado pelo ESPÍRITO SANTO. Uma
vez que o temperamento, a personalidade e o caráter fazem parte integral do ser
humano, o homem que deseja ser guiado por DEUS deve entregá-los completa e
totalmente ao ESPÍRITO do Senhor: “Porque todos os que são guiados pelo ESPÍRITO
de Deus, esses são filhos de Deus” (Rm 8.14). Ser guiado em tudo! No sentir,
pensar e agir! Quão maravilhoso é para o crente ter o seu temperamento
controlado pelo ESPÍRITO SANTO! “Se vivemos no ESPÍRITO, andemos também no ESPÍRITO”
(Gl 5.25).
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 10,
Central Gospel, Pedro, um Líder Atípico, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar
– PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- PEDRO, O
PRIMEIRO
1.1. O primeiro
a declarar a messianidade de JESUS
1.2. O primeiro
a definir JESUS como único
1.3. O primeiro
a ser informado sobre a ressurreição de JESUS
2- PEDRO, UM
LÍDER ÀS AVESSAS
2.1. O grande
líder não teme questionar
2.2. O grande
líder, em defesa da sua fé, não teme ser mal interpretado
2.3. O grande
líder erra; mas reconhece o seu erro e repara-o
2.3.1. O erro
2.3.2. O
reconhecimento do erro
2.3.3. A
reparação do erro
TEXTO BÍBLICO
BÁSICO - Lucas 22.54-62
54 - Então,
prendendo-o, o levaram e o meteram em casa do sumo sacerdote. E Pedro seguia-o
de longe.
55 - E,
havendo-se acendido fogo no meio do pátio, estando todos sentados, assentou-se
Pedro entre eles.
56 - E como
certa criada, vendo-o estar assentado ao fogo, pusesse os olhos nele, disse:
Este também estava com ele.
57 - Porém ele
negou-o, dizendo: Mulher, não o conheço.
58 - E, um
pouco depois, vendo-o outro, disse: Tu és também deles. Mas Pedro disse: Homem,
não sou.
59 - E, passada
quase uma hora, um outro afirmava, dizendo: Também este verdadeiramente estava
com ele, pois também é galileu.
60 - E Pedro
disse: Homem, não sei o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o
galo.
61 - E,
virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor,
como lhe tinha dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes.
62 - E, saindo
Pedro para fora, chorou amargamente.
João 21.17
17 - Disse-lhe
terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter
dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes
tudo; tu sabes
que eu te amo. JESUS disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
TEXTO ÁUREO
Tendo por certo
isto mesmo: que aquele que em
vós começou a
boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de JESUS CRISTO. Filipenses 1.6
SUBSÍDIOS PARA
O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira –
Mateus 10.2 Pedro, o primeiro do grupo
3ª feira –
Mateus 16.22 O homem que ousou questionar JESUS
4ª feira –
Mateus 19.27 O homem que ousou cobrar de JESUS
5ª feira –
Mateus 16.17 Uma revelação divina
6ª feira – João
6.68 Uma escolha acertada
Sábado – 1
Pedro 1.1 Pedro, apóstolo de JESUS CRISTO
OBJETIVOS
Ao término do
estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de entender que:
- o Senhor
jamais erra nas suas escolhas;
- as fraquezas
humanas são superadas quando a pessoa se coloca nas mãos de Deus;
- o Senhor
transforma nossos defeitos em virtudes.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, a liderança é algo surpreendente; nem
todos os líderes famosos da História procederam de berços nobres —
muitos, aliás, vieram de lares humildes, tiveram uma vida sacrificada, de
poucos privilégios. Alguns não chegaram, sequer, a frequentar escolas; no
entanto, prestaram ao mundo grande contribuição, por sua capacidade de
influenciar pessoas para o bem. Assim foi Pedro, apóstolo de JESUS, que, mais
tarde, tornou-se um dos primeiros líderes da Igreja de CRISTO. Nesta lição,
procure focar as características singulares da liderança de Pedro, que podem
ser aplicadas à vida de todos, indistintamente: o grande líder não teme
questionar; em defesa da sua fé, não teme ser mal interpretado; erra, mas
reconhece o seu erro e repara-o. Boa aula!
COMENTÁRIO
Palavra
introdutória
Nesta lição, analisaremos algumas peculiaridades da
vida de Pedro, focando suas limitações — seus atos impulsivos
(algumas vezes inoportunos), sua simplicidade e desconhecimento dos fatos — e
qualidades — como um simples pescador foi trabalhado pelo Mestre ao ponto de
tornar-se um
grande pregador, conselheiro, escritor e, sobretudo, um dos
primeiros líderes da Igreja. Pedro teve de superar muitos obstáculos para
transformar-se em uma das mais proeminentes personalidades na História do
cristianismo.
1- PEDRO, O
PRIMEIRO
Simão Pedro era filho de Jonas (Mc 1.16-20; Jo 1.42) e irmão de
André (Mt 4.18; Jo 6.8). Era casado e, ao que tudo indica, sua esposa o
acompanhava em suas viagens (Mt 8.14; 1 Co 9.5). Pedro recebeu o chamado para
seguir a CRISTO em um dia muito difícil, no exercício da sua profissão de
pescador. Depois de JESUS mandá-lo ao mar para pescar outra vez, Pedro voltou
com dois barcos cheios de peixes. Pedro e seus colegas, entusiasmados com o
feito de JESUS, levaram os barcos para terra, deixaram tudo e o seguiram (Lc
5.1-11). Este filho de Jonas tornou-se um grande destaque no colégio apostólico,
sendo mencionado em primeiro lugar na lista de apóstolos apresentada por
Mateus, Marcos e Lucas, nos evangelhos sinóticos. Pedro não se tornou líder
depois do Pentecostes; sua liderança já era reconhecida no grupo de apóstolos,
desde o início do seu chamado. No entanto, Pedro ainda precisava ser lapidado
por JESUS, até tornar-se o líder que o Senhor esperava que ele fosse. Há de se
destacar, no entanto, que suas atitudes, ainda que impulsivas — e às vezes
precipitadas —, demonstram a força que ele exercia no meio do grupo.
SUBSÍDIO 1
JESUS cercou-se de doze homens, aos quais iria
preparar para serem Seus apóstolos. Dos doze, havia
um grupo de três, que eram mais íntimos: Pedro, Tiago e João. No
grupo dos três, Pedro sempre é mencionado em primeiro lugar.
1-1- O primeiro
a declarar a messianidade de JESUS
JESUS tinha muito cuidado em ser reconhecido como Messias pelo povo
judeu, porque tal informação poderia prejudicar o Seu ministério e antecipar a
Sua morte, e Ele tinha uma agenda a cumprir — tanto é que, quando chegou a
hora, Ele mesmo reconheceu (Jo 17.1). No evangelho de Marcos, o segredo messiânico
é bem perceptível: a expressão “vá e não conte nada a ninguém”, depois que JESUS
realizava algum milagre, é repetida várias vezes (Mc 1.34,44; 5.43; 7.36;
8.26). Mas, com Seus mais próximos seguidores teria de ser diferente: eles
precisavam saber a quem estavam seguindo. Assim, quando JESUS estava reunido
com os discípulos em Cesareia de Filipe, interrogou-os sobre o que as pessoas
diziam Dele. E eles disseram: Uns, João Batista; outros, Elias, e outros,
Jeremias ou um dos profetas. JESUS, então, quis saber o que eles pensavam a Seu
respeito. Diz o texto bíblico que Simão Pedro respondeu: Tu és o CRISTO, o
Filho do DEUS vivo (Mt 16.13-16). Após a declaração de Pedro, o Senhor o
exaltou, dizendo: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e
sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus (Mt 16.17). A declaração
de Pedro revela a mais absoluta verdade acerca da pessoa de JESUS: Ele é o
Messias.
SUBSÍDIO 1-1
O termo CRISTO é a versão grega do vocábulo hebraico Messias, que
significa Ungido. Era pelo Ungido que os judeus aguardavam — como ainda hoje aguardam,
porque não acreditaram que JESUS fosse o Prometido de Israel.
1-2- O primeiro
a definir JESUS como único
No dia seguinte à multiplicação de pães e peixes, que alimentaram
uma multidão de cinco mil homens, fora mulheres e crianças (Mc 6.1-14), JESUS
sofreu uma grande decepção. Toda aquela gente voltou até Ele, na esperança de
reviver a experiência do dia anterior (Jo 6.26). Mas, em vez de repetir o
milagre, JESUS apresentou a Si mesmo como o pão vivo que desceu do céu; se
alguém comer desse pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne,
que eu darei pela vida do mundo (Jo 6.48-51). Muitos, dentre os judeus, tinham
grande dificuldade em compreender abstrações. Para estes, as manifestações
messiânicas deveriam ser concretas, visíveis e palpáveis. Por essa razão,
entender as minudências contidas em revelações espirituais era tarefa difícil
para boa parte dos ouvintes de JESUS. Quando, por exemplo, o Salvador disse a
Nicodemos que era preciso nascer da água e do ESPÍRITO, ele pensou que tivesse
de voltar ao ventre materno (Jo 3.4). Alguém, dentre a multidão, começou a
reclamar do discurso de JESUS, dizendo: Duro é este discurso; quem o pode ouvir
(Jo 6.60)? Cada um que ouvia tal declaração repetia a frase e, um a um,
retirava-se, até sobrarem apenas JESUS e os Doze (Jo 6.61-66). Vendo que teria
de começar tudo de novo, JESUS convidou os Doze a se retirarem também (Jo
6.67). Mas, ouviu-se uma resposta, que saiu do meio deles: Para quem iremos
nós? Só o Senhor tem as palavras que dão a vida eterna (Jo 6.68; Viva). Quem
disse isso foi Pedro!
1-3- O primeiro
a ser informado sobre a ressurreição de JESUS
Pedro foi o primeiro discípulo a ser chamado, e o primeiro listado
no grupo apostólico; ele também foi o primeiro a ter destaque no aviso sobre a
ressurreição do Senhor: Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai
adiante de vós para a Galileia; ali o vereis, como ele vos disse (Mc 16.7).
2- PEDRO, UM
LÍDER ÀS AVESSAS
O grupo de seguidores mais próximos de JESUS era
composto por doze homens. Como seria natural esperar, cada um deles
possuía um temperamento próprio, e todos apresentavam comportamentos distintos.
João era amoroso; André, prestativo; Filipe, cauteloso; e assim por diante.
JESUS levou em conta o perfil de cada um. A Bíblia não esconde as aparentes
limitações de Pedro.
2-1- O grande
líder não teme questionar
Observe a sequência de eventos a seguir: Pedro não temia
questionar, quando a resposta não lhe parecia tão óbvia assim:
- Quando JESUS disse que um dos discípulos haveria de traí-lo,
Pedro pediu a João, que estava reclinado sobre o Seu peito, para perguntar ao
Mestre, quem seria o traidor (Jo 13.21-24).
- Pedro questionou JESUS acerca do perdão (Mt 18.21).
- Pedro perguntou a JESUS o que ele e os demais discípulos
receberiam em troca de terem deixado tudo para o seguirem (Mt 19.27).
- Pedro pediu explicação acerca de uma parábola proposta por JESUS
(Mt 15.15).
2-2- O grande
líder, em defesa da sua fé, não teme ser mal interpretado
Observe a sequência de eventos a seguir.
- Pedro era um tanto imprevisível; quando menos se esperava, ele
tinha uma reação diferente daquela manifesta por seus pares.
- Quando JESUS anunciou que seria morto pelas mãos dos anciãos, dos
sacerdotes e dos escribas, Pedro reagiu veementemente (Mt 16.21-23).
- Após celebrar a última ceia com Seus discípulos, JESUS tomou uma
toalha e uma bacia e começou a lavar-lhes os pés. Pedro recusou-se a ter os pés
lavados pelo Messias (Mt 13.1-9).
- JESUS caminhava sobre as águas. Pedro pediu para ir ao Seu
encontro. JESUS o autorizou e ele foi, mas um vento forte o amedrontou e ele
começou a afundar. Achando que ia morrer, Pedro pediu socorro (Mt 14.27-30).
-Quando JESUS foi preso no jardim do Getsêmani, Pedro cortou a
orelha de Malco. JESUS colocou a orelha de Malco no lugar e repreendeu Pedro
(Jo 18.10; Lc 22.49-51).
- Moisés e Elias apareceram para JESUS no monte da
Transfiguração, em um ambiente de glória, a ponto de
o semblante de JESUS brilhar como sol (Mt 17.1-13). O
momento era solene e exigia a mais absoluta reverência, Pedro, no
entanto, não temeu dar a sua opinião sobre o que achava correto fazer naquele
momento: (...) se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para
Moisés e um para Elias (Mt 17.4).
2-3- O grande
líder erra; mas reconhece o seu erro e repara-o
Pedro reconheceu em uma de suas epístolas que Paulo recebera maior
instrução do que ele próprio (2 Pe 3.15,16); entretanto, Pedro foi preparado
pelo Senhor, pessoalmente, em toda sua singeleza.
2-3-1- O erro
À véspera de Sua morte, JESUS chamou Pedro para informá-lo que
Satanás pedira para cirandá-lo como trigo. Inconformado com o que ouvira, Pedro
rebateu dizendo: Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e à morte (Lc
22.33). O Senhor deu-lhe um sinal: Não cantará hoje o galo antes que três vezes
negues que me conheces (Lc 22.31-34). No pátio da casa do sumo sacerdote, onde JESUS
estava sendo julgado, Pedro negou três vezes que era discípulo de JESUS, até
que o galo cantou (Lc 22.54-60). Pedro estava ao alcance dos olhos de JESUS,
que olhou para ele, e isso bastou para que se lembrasse do que o Salvador lhe
dissera. Pedro saiu de lá e chorou amargamente (Lc 22.61,62).
2-3-2- O
reconhecimento do erro
Após ressuscitar, JESUS reencontrou-se com Seus discípulos à beira
do mar de Tiberíades, onde alguns deles estavam pescando sem sucesso. JESUS,
então, mandou que jogassem a rede do lado direito, e eles pescaram 153 grandes
peixes. Pedro reconheceu JESUS. Assim, antes que o barco voltasse, ele
apressou-se para encontrar-se com o Mestre. Certamente, Pedro estava
constrangido (Jo 21.1-14). JESUS perguntou a Pedro, por três vezes: Pedro, tu
me amas? E três vezes a resposta foi: Sim, Senhor (Jo 21.15-17). A didática de JESUS
com Pedro envolvia o número de vezes que ele o negara, para que ele pudesse
chegar ao entendimento de que somente quem ama é capaz de dar a sua vida por
alguém. A cada resposta de Pedro, JESUS pedia a ele que pastoreasse o Seu
rebanho: (...) Apascenta os meus cordeiros; (...) apascenta as minhas ovelhas;
(...) apascenta as minhas ovelhas (Jo 21.15-17).
2-3-3- A
reparação do erro
Era isso que o Senhor projetava para Pedro, um discípulo marcado
por idiossincrasias (comportamento diferente do usual das pessoas). No dia de
Pentecostes, onde quase 120 irmãos estavam assentados, aguardando o cumprimento
da promessa do Pai, o ESPÍRITO SANTO veio sobre todos os presentes,
que começaram a falar outras línguas (At 2.4). O discurso de Pedro
revela que ele já havia adquirido
conhecimento. Ele pregou com autoridade e grande poder; assim,
quase três mil almas se agregaram à Igreja que nascia naquele dia.
CONCLUSÃO
O designativo de pedra, enunciado no nome Pedro, servia para
indicar firmeza de caráter e de propósito. Como grande líder, depois de haver
recebido do Senhor JESUS a incumbência de apascentar o Seu rebanho, Pedro
exorta os pastores a apascentarem com muito cuidado o rebanho de Deus, para que
recebam a recompensa devida pelo sumo Pastor (1 Pe
5.1-4). É notório, na Bíblia, que Pedro é um dos primeiros líderes
da Igreja. Ele andou com JESUS de maneira muito próxima, sendo testemunha
ocular de Seus ensinos e realizações. A influência, o empenho e o grande amor
de Pedro para com o rebanho de DEUS são fatos inquestionáveis. Seu ministério
foi exercido na força do ESPÍRITO SANTO em demonstração de poder
e operação de milagres. Com Pedro aprendemos que, em Deus, todas as
nossas limitações podem ser superadas, porque mais importante que cair é entender
que CRISTO pode nos levantar (Mt 14.30,31).
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Qual foi a primeira igreja pastoreada por Pedro?
R.: Jerusalém.