Lição 7, A Família que Sobreviveu ao Dilúvio 2 parte

Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
Depois que a arca estava pronta, o SENHOR (7.1) apareceu a Noé outra vez. Ele foi elogiado por sua obediência identificada pela palavra justo. O que Noé fez contou com a aprovação de DEUS.
A lista dos animais que entram na arca faz distinção entre animal limpo (2) e animais que não são limpos. Os animais limpos, em sentido ritualista, foram privile­giados para entrar sete e sete. Se o significado é sete pares ou três pares mais um indivíduo extra não está claro. Dos animais não limpos só um par de cada um foi permi­tido. Não é feita classificação entre aves (3) imundas e limpas, mas também tinham de entrar sete e sete. Noé teve sete dias (4) para carregar a arca antes do início do julga­mento. Este viria na forma de um dilúvio que destruiria o homem e os animais. Noé obedeceu prontamente à mensagem de DEUS em todos os detalhes.
c) O Dilúvio (7.6-24). Na época desta catástrofe, era Noé da idade de seiscentos anos (6). A descrição da entrada na arca é de um evento tranquilo e ordeiro, que se deu do modo como DEUS ordenou que fosse feito. De acordo com o tempo estabelecido, vieram as águas do dilúvio (10).
A segunda anotação cronológica menciona o mês e o dia quando irrompeu o dilúvio.
A fonte das águas era dupla: jorraram de baixo, do grande abismo (11), e se derrama­ram de cima, pelas janelas do céu. Esta brevidade de descrição ocasiona uma avalanche de conjecturas relativas ao significado destes termos.27 A Bíblia se contenta em apenas dizer que esta turbulência continuou por quarenta dias e quarenta noites (12). Antes do início do dilúvio, Noé e sua família, com os animais, já estavam na arca conforme a ordem divina. DEUS, então, fechou a porta de forma que a arca flutuou com segurança sobre as águas em formação que cresceram grandemente (18) até cobrirem todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu (19).
As águas subiram quinze côvados (20), distância de cerca de 6,75 metros, mas não informa se esta medida era do cume da montanha mais alta até à superfície das águas ou de algum outro ponto de partida.
As águas cumpriram seu propósito mortal, destruindo as criaturas que estão mais à vontade no seco (22) do que em cima ou dentro d’água. A destruição é acentuada duas vezes (21,23), pois o julgamento era assunto apavorante. Somente os que estavam na arca escaparam da fúria da tempestade, cujas conseqüências perduraram por um total de cento e cinquenta dias (24).29
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
 
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
7:1-5. A ordem de embarque.
O efeito da ampliação das instruções de 6:18, somente para repeti-las pela terceira vez em seu cumprimento (8,9), é salientar a cuidadosa provisão feita por DEUS e a segura aproximação da crise. As reiterações
são deliberadas e altamente eficazes.
1. Não se deve exagerar a aparente nota de boas-vindas no “ Vem” (AV, RV). A palavra é tão neutra como “ entra” (c/. RSV, AA), como no versículo 7. Mais significativa é a frase tu e toda a tua casa com a explicação:
porque reconheço que tens (não “ tendes” ) sido justo. Cf. coment.de 6:18).
4. Há urgência, não porém pressa, nos sete dias; tempo suficiente para a tarefa completa, mas não para protelações. Nas visões do fim (por exemplo, Dn 9:27) o símbolo dos sete dias ou anos finais, e de sua abreviação, talvez intente evocar este primeiro encerramento de um dia de graça.
7:6-24. O dilúvio esperado.
II. A data precisa, com sua falta de simbolismo óbvio, traz as marcas de um fato real bem lembrado. E isso é confirmado pelas cuidadosas anotações sobre a época, mais adiante na narrativa, as quais são características da contextura da Bíblia, unindo o local e o cósmico. Cf. o preciso cuidado na fixação de datas na era do Evangelho em Lc 3:1,2.
Da afirmação sobre grande abismo e sobre as comportas dos céus (ou “janelas” , AV), podemos inferir um enorme levantamento do leito do mar, e chuvas torrenciais. Mas as expressões evocam deliberadamente o capítulo 1: as águas sobre e sob o firmamento, por sinal, voltam a misturar-se, como que para inverter a própria obra da criação e trazer de volta a informe desolação de águas.
13. A despeito do primitivo exemplo de Lameque (4:19) e a decadência moral generalizada, Noé e seus filhos eram monógamos: a família totalizava oito pessoas(l Pe 3:20). Entre os piedosos, a primeira menção de poligamia é feita na história de Abraão.
16. E o Senhor fechou a porta após ele. A expressão mostra lindamente o toque paternal de DEUS no limiar mesmo do juízo. O mesmo cuidado aqui demonstrado encaminha a nossa salvação à sua conclusão.
19-24. Estes versículos não bastam para decidir a favor ou contra a idéia de um dilúvio localizado (ver a nota adicional sobre o dilúvio, seção a, pp 88 ss. Mesmo a expressão debaixo do céu (AV, “ de todo o céu” ), v. 19, é provável que seja linguagem baseada na aparência, conforme a analogia destes capítulos (Paulo usa hiperbolicamente um linguajar parecido em Cl 1:23). O que interessa à história é registrar o julgamento que o homem fez vir sobre todo o seu mundo, e não se es­ tender sobre geografia. O próprio fato de que uma só palavra hebraica normalmente serve para designar “ país” e “ terra” reflete um interesse prático, e não teórico.
20. Quinze cúbitos de profundidade (AV) refere-se às águas livres acima dos montes, não à profundidade total. Possivelmente, como sugerem muitos, pôde-se saber a medida pelo calado da arca depois de carregada (isto é, a metade de sua altura de trinta cúbitos ou côvados), que tinha ficado livre de todos os obstáculos. Talvez se deva acrescentar que alguns dos escritores que acham que o dilúvio foi global, fazem a conjetura de que no mundo antediluviano as principais cadeias de montanhas não se tinham erguido ainda (ver, por ex., Whitcomb e Morris, The 67).
 
Nota Adicional sobre o Dilúvio
a. A extensão e a data aproximada do dilúvio.
Se não possuíssemos pistas materiais da história primitiva da terra e da primitiva distribuição da humanidade, teríamos de deixar aberta a questão sobre se as expressões presentes na narrativa do dilúvio, como “ a terra” , “ todas as altas montanhas sob todo o céu” , e “ toda carne”, e Gn 7:19,21, deveriam ser entendidas em seu sentido moderno ou antigo. Como é, sempre faltam, segundo a maioria dos especialistas, os vários dados geológicos que, segundo se pensa, favorecem um dilúvio literalmente universal. Resta pouca dúvida razoável (conquanto alguns ainda contestem isto) de que os acontecimentos de Gn 6-8 se deram numa área limitada, embora verdadeiramente vasta, cobrindo não o globo inteiro, mas o cenário da história humana dos capítulos anteriores. Algumas opiniões a delimitam à Mesopotâmia, outras divisam uma extensão maior. Certamente há lugar para mais investigações. Mas também parece, da distribuição e da fixação da data geralmente aceita dos vestígios humanos, que certos ramos da humanidade tinham-se estabelecido em regiões situadas muito além do horizonte específico do Velho Testamento desde a era paleolítica,5 e, a menos que esta população mundial se reduzisse às vizinhanças da Mesopotâmia antes do dilúvio, ou a menos que os dados paleontológicos necessitem drástica reinterpretação, parece seguir-se que a destruição da vida foi como a inundação da terra, completa em sentido relativo, e não absoluto. Por “ relativo” queremos dizer relacionada com a área de interesse direto do Velho Testamento. Para citar Bernard Ramm: “ O registro não afirma nem nega que o homem existiu além do vale mesopotâmico. Certamente Noé não foi pregador da justiça aos povos da África, da índia, da China e da América — lugares onde há evidência da existência do homem muitos milhares de anos antes do dilúvio. ... A ênfase de Gênesis está naquele grupo de culturas das quais eventualmente Abraão proveio” . Se é este o caso, a linguagem da narrativa é de fato a linguagem do dia a dia normalmente empregada na Escritura, descrevendo a matéria da posição de vantagem do próprio narrador e dentro da costumeira estrutura de referência dos seus leitores. Ver também comentário de 7:19-24. Seja esta a contribuição certa das evidências ou não, devemos ser cuidadosos, lendo o relato com isenção de ânimo em seus próprios termos, que descrevem uma condenação total imposta ao mundo ímpio, já colocada diante de nós em Gênesis — não um acontecimento de dimensões discutíveis num mundo que podemos tentar reconstruir. A cena total dos seres vivos foi apagada, e o Novo Testamento ensina-nos por meio disso o juízo maior que espera não só o nosso planeta inteiro, mas também o próprio universo (2 Pe 3:5-7). Quanto à data aproximada do dilúvio, a principal pista, fora as genealogias de Gn 5 e 11 (que estão abertas para mais de uma interpretação; cf. a nota adicional sobre o capítulo 5), é a afirmação de que as nações do capitulo 10 são provenientes dos filhos de Noé. Isto parece implicar numa data deveras muito primitiva, alguns milênios antes das inundações de cerca de 3000 a.C., que deixaram suas marcas físicas em diferentes épocas em Ur, Shuruppak, Kish e em outros lugares. Mas ser mais específico que isto seria pura adivinhação.
b. Narrativas extra-bíblicas do dilúvio.
Narrativas de uma grande inundação acham-se na maioria dos lugares do mundo, da Europa aos Mares do Sul, e das Américas ao Extremo Oriente. Somente na África elas são notavelmente raras. Pormenores dispersos nessas narrativas podem trazer-nos à mente, em graus variáveis, o dilúvio de Noé. Um dilúvio pode ser enviado pela ira divina, e um homem pode ser advertido dele. Na narrativa grega, o barco de Deucalião, como o de Noé, era um cofre ou caixão (mas não do mesmo tamanho enorme), e eventualmente pousou numa montanha. Alguns contos dos índios norte americanos falam de pares de animais levados a bordo de uma balsa, e de aves enviadas como meio de reconhecimento. É razoável pensar que algumas reminiscências do dilúvio de Noé foram levadas a partes distantes pelo círculo cada vez mais amplo dos seus descendentes. Contudo, é preciso lembrar que inundações não são catástrofes das mais raras, e que as experiências dos sobreviventes hão de ter muita coisa em comum. As semelhanças específicas entre a narrativa de Gênesis e a maior parte das outras são totalmente sobrepujadas pelas diferenças, e somente a lenda babilônica mostra algumas semelhanças maiores com a narrativa de Noé. Existem várias versões dessa tradição babilônica, em que o herói é variadamente descrito como Ziusudra, Utnapishtim e Atrahasis (nomes relacionados com os temas da vida e da sabedoria; o nome de Noé é derivado da raiz “ repouso” ). O dilúvio é decretado pelo concilio dos deuses. É um último recurso, segundo a versão de Atrahasis, para silenciar a turbulência do homem, de modo que o céu possa desfrutar um pouco de sono. Todavia, um deus dissidente avisa o herói, que é seu cultuador, para que construa um navio. Mas deve manter esse propósito em segredo, despistando os que lhe façam indagações com alguma história tranquilizadora. O navio babilônico é um cubo de sete conveses, cada lado medindo 120 côvados. É impermeabilizado com betume, recebe suprimentos em dinheiro e outras provisões, e nele embarcam a família do herói, animais e trabalhadores. Então a tempestade irrompe com tal violência, que os próprios deuses ficam aterrorizados com o que fizeram. Sete dias depois, o herói abre uma janela para eventualmente avistar terra à distância. O navio vem a pousar no monte Nisir, e depois de mais sete dias, três aves são soltas sucessivamente. As duas primeiras, uma pomba e uma andorinha, têm de voltar, mas a terceira, um corvo, encontrando as águas reduzidas, não volta mais. Depois o herói desembarca e faz sacrifício aos deuses, que já morriam de fome por falta de oferendas.
Assim “ os deuses aspiraram o suave cheiro; os deuses se juntaram como um bando de moscas sobre o ofertante” . O céu aprendeu sua lição, e o principal instigador do projeto é censurado. Para consertar a situação, este confere divindade ao herói do dilúvio.
Por consenso comum, essa versão dos acontecimentos é completamente posta em vexame por Gênesis. Até os pontos incidentais, a arca em forma de dado e a seqüência de aves, perdem na comparação, enquanto que a teologia desliza de inépcia em inépcia. Mas as opiniões sobre a relação de uma narrativa com a outra diferem. Segundo a maioria, alguma versão das histórias babilônicas, decerto repetidamente copiadas durante séculos antes de Moisés, deve constituir a matéria-prima da qual Gênesis é o produto acabado. A montagem parece babilônica, e mesmo a palavra para “ betume” em 6:14, que se acha somente nesta passagem, é o equivalente hebraico do termo babilônico presente no épico de Gilgamés.
Mas outra idéia é a de que ambas as narrativas têm, em última instância, uma origem comum, que Gênesis reflete de modo fiel e a lenda babilônica de modo pervertido. O fato de que Gênesis conta uma história mais simples e mais coerente, favorece isto, se admitirmos que há um acontecimento verdadeiro por trás dessas tradições. Os argumentos apresentados contra esta idéia não são nada decisivos. O cenário mesopotâmico é o que a Bíblia afirma para esse período (c/.11:2,28), e a palavra para “ betume” (kõper, cf. babilônico kupru) é um de três sinônimos hebraicos, sendo que os outros dois aparecem só três vezes cada um no Velho Testamento — alicerce estatístico demasiado débil para que se construa algo sobre ele. Continua sendo plenamente autocoerente sustentar que uma família bastante ciosa das suas tradições para preservar a sua genealogia, de Sem a Moisés, tenha transmitido o seu próprio relato de tão memorável acontecimento.
c. Análise documentária da história do dilúvio.
Gn 6-8 é uma das peças de demonstração da crítica literária, um exemplar de livro-texto da arte de pesquisar e desembaraçar uma narrativa composta. Pretende-se que duas tradições, a yahwista ou jeovista (J) e a sacerdotal(P) se acham aqui, e são consideradas tão discrepantes que precisam ser tratadas separadamente nos comentários modernos.
Em geral se firmam os seguintes pontos:
Primeiro, na arca J tem grupos de sete animais e aves limpos, bem como pares de impuros; P não faz essa distinção. Segundo, J atribui o dilúvio a chuvas pesadas, mas P a águas do grande abismo e às janelas do céu. Terceiro, o dilúvio de J dura quarenta dias mais as três semanas em que as aves são enviadas, enquanto que o de P dura um ano e dezessete dias. Quarto, repetições e estratagemas estilísticos traem a presença das duas fontes.
A cada uma dessas sugestões alguma réplica é possível.
1. A questão dos grupos de sete e dos pares de animais poderia ser no fundo uma simples matéria de estilo, uma escolha entre um relato vívido e um tedioso; pois uma narrativa que está sempre acrescentando frases qualificativas logo se torna insuportável. O memorável “ de dois em dois” é a instrução orientadora a Noé concernente aos seus animais domésticos. Uma vez que isto ficara estabelecido em 6:19,20, e feita a exceção para os animais limpos em 7:2,3, mataria a história exibir as exceções nos versículos 9 e 15. (Casualmente, o “ de dois em dois” de 7:9 é um embaraço para a análise; ver item 4, adiante.) Portanto, o silêncio não prova nada, exceto o bom senso literário do autor.
2. Dificilmente se pode dizer que três expressões da múltipla arremetida do dilúvio sejam excessivas. Sem uma anterior admissão de documentos duplos, não há o que responder aqui. Veja-se adiante, no item 4, porém, algo mais sobre a questão do vocabulário e das duplicações.
3. Os quadros cronológicos rivais são preparados retirando-se dois períodos de quarenta dias do total (7:12; 8:6), reduzindo-os a um período, aduzindo três semanas (8:6-12) e antepondo esse total de sessenta e um dias (que poderíamos chamar de Cataclismo Mais Breve) a um ano e dezessete dias do relato completo, atribuindo-os respectivamente a J e P .12 Contudo, a cronologia, como está, contém apenas uma dificuldade, a relação dos quarenta dias de 7:12,17 com os 150 dias de 7:24.
Isto não é insolúvel, de modo nenhum. Talvez Heidel esteja certo em conceder que os primeiros quarenta dias foram seguidos de uma moderação das águas (particularmente) de cima, não porém uma completa cessação antes do 150º dia.13Mas parece mais provável que, como U.
Cassuto e E. Nielsen15 sugerem (independentemente, segundo parece), num verdadeiro estilo semítico, o capítulo 7 arremata o seu relato da primeira fase, a saber os quarenta dias e seus efeitos prolongados, dando o total da sua duração (150 dias); em seguida, o capítulo 8 descreve a segunda fase, a do livramento, partindo do seu início lógico na interrupção do aguaceiro dos quarenta dias (8:2), mas anotando o período intermediário que transcorreu antes que a arca pousasse na terra (8:3).
(Sobre este método de narrar, sobrepondo o final de um parágrafo anterior, ver 12:1-9.)
O seguinte quadro demonstra a autocoerência do relato. Com base em 8:3,4, parece que os meses são contados como tendo trinta dias cada.
E em 8:10 a expressão “ outros sete dias” provavelmente implica no intervalo de uma semana entre 8:7 e 8;
 
Referências em Gênesis
 Acontecimentos
Datas (em termos da vida de Noé)
7:11
O dilúvio começa
17.11.600
7:12 (cf. 17)
Cataclismo até o 40º dia
 26.III.600
7:24 (cf. 8:3)
Inundação até o 150] dia
16.VII.600
8:4
A arca encalha
17.VII.600
8:5
Visíveis os picos dos montes
1.X.600
8:6,7
Enviado o corvo
10.XI.600
8:8
Enviada a pomba
17.XI.600
8:10,11
A pomba e a folha
24.XI.600
8:12
Vai-se a pomba
I.X II.600
8:13
Surge a terra seca
1.1.601
8:14
O desembarque
27.11.601
 
Não é demais dizer, com Heidel: “ Não existe aqui discrepância de nenhuma espécie. ”
 
4. O argumento fundado nas expressões típicas de J e P, e nas repetições, é enfraquecido por muitas anomalias. Tomando 7:7-9 como exemplo típico, a frase é a bem trabalhada “ entrou Noé na arca, ele com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos” (7:7), que é caracteristicamente P (cf. 6:18), oposta à expressão simples de J, “ Entra na arca, tu e toda a tua casa” . Mas todos estão de acordo em que deveria ser um versículo J. Terá sido alterado o original, ou serão as palavras “ uma pura inserção” (Skinner)? Contudo, nos dois versículos seguintes, os animais limpos e impuros de J (distinção que P não admitirá antes do Sinai), vêm acompanhados por uma corrente de expressões P, incluindo-se “ de dois em dois” , “ macho e fêmea” (como em oposição a “ um homem e sua mulher” de J — literalmente), e “ Elohim” . Com tão pouca coisa deixada a J, poder-se-ia perguntar por que, afinal, se lhe atribui a passagem. A razão é simplesmente que ela duplica 13-16, pertencente a P ;17 e as duplicações são ex hypothesi inadmissíveis numa só fonte, pois são um dos critérios pelos quais se reconhece uma narrativa como composta. O analista fica preso entre a mó de cima e a de baixo do vocabulário e da duplicação. Seu único escape é afirmar a interferência em alta proporção de um redator escrevendo com o estilo de P; todavia, isso é abandonar o visto pelo que não se vê. Sobre esta espécie de dilema, Nielsen observa que a hipótese documentária “ é a única sustentável, quando ela ocasionalmente entra em conflito com as suas próprias pressuposições” . Ele acrescenta, com justificável ironia: “ E tranquilizador e às vezes necessário ter um redator oculto na manga da gente” .18 Retornar desses trabalhosos exercícios\ à narrativa mesma, é, podemos sugerir, mudar do domínio do engenhosamente improvável para os ares saudáveis da simplicidade e da verdade.
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
 
Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP
A Construção da Arca Salvadora
DEUS vem a Noé e lhe ordena que construa uma arca de madeira de gofer. Não se sabe que madeira era esta, mas certamente não se refere a uma qualidade qualquer, mas a madeira incorruptível. Gofer   talvez signifique "madeira incorruptível" ante a ação da água, tal como o cedro ou cipreste,   conforme edição atualizada. Este enorme navio tinha 300 côvados de comprido por 50 de largo. Não   era um navio com toda a estética naval de nossos dias, mas obedecia ao mesmo princípio. Cada côvado   tinha cerca de 22 polegadas; portanto, a arca tinha 450 pés de comprimento, 75 de largo e 45 de   altura, em números redondos. Com os três andares, oferecia espaço suficiente para alojar todos os espécimes de animais da terra, bem como Noé e sua família. A Bíblia menciona três filhos de Noé ao tempo do Dilúvio, mas é provável, senão certo, que tinha   outros, porém talvez do tipo do resto da raça e que, portanto, não são mencionados ou então teriam   morrido. Durante os 100 anos, Noé ocupou-se da construção da Arca e da pregação do arrependimento.   A Bíblia nada diz de como DEUS proveu Noé do necessário às despesas de tão grande empreendimento.   É possível que fosse homem de meios e os gastasse na construção. Pelo menos os 100 anos ele deu a este trabalho. É admirável a fé que este homem tinha, entregando-se a uma obra tão grande, no meio de um povo que   o cercaria de contínuo da pecha de tresloucado. Sua fé e pregação nada conseguiram, porque apenas   ele e sua família, mencionada na ocasião do decreto fatal, tiveram o privilégio de salvar-se. DEUS promete fazer com Noé um concerto que serviria de base ao novo princípio. É a primeira vez que   a palavra "concerto" ocorre na Bíblia, embora houvesse outro concerto anterior entre Adão, Eva e   DEUS. Mas aquele concerto era tão diferente em si mesmo, que não oferecia os termos de concerto,   propriamente. Parece que a ocasião em que DEUS promete entrar em concerto com Noé foi posterior   àquela em que ordena a construção da arca e anuncia o Dilúvio. Houve, não há dúvida, diversas   manifestações divinas durante os 100 anos. Os filhos dos filhos de Noé aqui mencionados podem ser   os filhos que nasceram depois do Dilúvio ou a geração futura. O concerto foi feito com Noé e com   toda a humanidade depois dele. Houve diversos concertos feitos em ocasiões diferentes, mas todos   baseados no molde original - a promessa de um Salvador. Tudo mais é secundário depois deste plano.   A salvação e restauração da raça perdida em Adão é a chave da Bíblia. Meu concerto estabelecerei   contigo mostra que não fez um novo concerto, mas o restabelecimento do antigo, em novos moldes.   Nada mais alto podia premiar Noé, pela sua fé e obediência, do que ser usado para restabelecer o   concerto de DEUS com a criação.  
Noé Entra na Arca (Gênesis 7:1-8:12) A arca ficou pronta e DEUS ordenou a seu fiel servo entrar nela. Sete dias depois, DEUS fez   chover torrencialmente sobre a terra, e o desfecho terrível do juízo divino chegou. As Escrituras indicam que, além da chuva, houve ruptura dos abismos, e a água borbotava em   furiosos cachões. "As fontes do grande abismo" indicam isto ou que o mar quebrou as muralhas e   invadiu a terra. A primeira idéia parece ser mais natural com o texto bíblico. Muitas dúvidas se   têm levantado, na mente de muitos estudantes, sobre a historicidade do Dilúvio, e muito se tem   feito para dar-lhe apenas um caráter parabólico e, por outro lado, muito se tem trabalhado, para   prová-lo com dados científicos. É hoje uma questão liquidada. A Bíblia permanece impassível de   geração em geração, e cada dia que passa deixa mais uma prova de sua origem divina. Diversas dificuldades e objeções têm sido levantadas sobre o Dilúvio. A primeira é sobre a sua extensão. A segunda, sobre o tempo usado por DEUS para fazer submergir todos os seres viventes, se   foram 40 dias e 40 noites, como dizem os versos 12 e 17, ou 150 dias, como diz o verso 24. Uns têm   procurado descobrir discrepâncias e, outros, duplicidade de narrativas. Há outras diferenças de   menor monta, como a data etc., que deixamos de mencionar. Examinemos estas duas:   
1. Foi o Dilúvio universal, ou local? Questão de relativa importância sobre o fato do Dilúvio mesmo, mas ao mesmo tempo importante, porque a Bíblia diz que foi universal e a ciência tem   procurado mostrar que não. Afirmam alguns arqueólogos e geólogos que não há vestígios universais do   Dilúvio. Depende do modo como entendemos a palavra universal. Se a entendemos sob o ponto de vista   geográfico atual, não seria universal; se a entendemos sob o ponto de vista de Noé e Moisés, era   universal. Qual seria a extensão geográfica do mundo para os homens daquele tempo? Conheciam eles a América, as Ilhas do Oceano Pacífico, a Groenlândia etc.? Cremos que não. Qual era então o seu mundo? Saberiam matematicamente o tamanho de um meridiano terrestre? Diremos, não. O mundo nesse   tempo era apenas o que conheciam da terra. Dirá alguém: Se eles eram ignorantes assim, como podemos aceitar o que escreveram? Depende do que chamamos ignorância. O autor destas notas é ignorante em   muitas coisas, todavia, não gostaria de ser classificado com os ignorantes comuns. O autor   inspirado podia ser ignorante de coisas alheias à narrativa, e bastante mestre no que estava escrevendo. Portanto, a Bíblia, usando expressões como - "O Dilúvio esteve sobre a terra", e "as águas   prevaleceram sobre a terra" - dá ao Dilúvio um caráter universal tanto quanto o autor conhecia do   universo. Por outro lado, qual era a necessidade de um Dilúvio universal, no sentido próprio, se a   terra não estava ainda povoada? O fim do Dilúvio foi destruir a criação, logo, não havia necessidade de Dilúvio onde não havia vida animal. A dificuldade maior é o   modo por que as águas podiam obedecer às leis de gravidade em espaço relativamente pequeno e em   volume tão grande. Este milagre, porém, não é maior do que qualquer outro. Por outro lado, quem pode afirmar que o Dilúvio não cobriu de fato a terra? Se aqui ou ali não   aparecem vestígios dele, isto nada explica. Há lugares, hoje tomados pelo mar, que não deixam   vestígios de terem sido terra seca, como há lugares secos que já foram mar. Ademais, que provas   oferece a ciência para negar que as águas do Dilúvio não cobriram toda a terra? Somente porque não   há vestígios de vida marinha em certos lugares? Lembremo-nos de que o Dilúvio durou pouco mais de um ano (1 ano e 17 dias que Noé ficou dentro da arca), como veremos, tempo relativamente curto para deixar indeléveis vestígios por toda parte. Os cientistas enganam-se muitas vezes, e apressam-se a tirar conclusões prematuras, que futuras explorações deitam abaixo.Não há, pois, dificuldade em crer que o Dilúvio foi universal em termos da geografia de Moisés ou da nossa geografia, ainda que o autor se incline para a primeira.
2. Quanto à segunda dificuldade, notemos o seguinte: A elevação da terra acima do mar é insignificante, tornando a superfície como um todo plano. Os montes Himalaia e os Andes são apenas pequenas elevações na superfície da terra. Foi, pois, fácil a imersão. Por 40 dias e 40 noites choveu torrencialmente, mas as águas continuaram a subir ao fim deste tempo; logo, não foi somente a chuva que causou o Dilúvio, mas também a invasão ou erupção das águas do mar na terra. Em 150 dias as águas continuaram a crescer e 15 côvados acima do mais alto monte as águas subiram (7:20). No fim de 150 dias começaram a minguar. Examinemos, em detalhes, a Bíblia sob este ponto. Noé tinha 600 anos quando entrou na arca, e no dia 17 do segundo mês (ano 600, da vida de Noé) foram abertas as fontes do abismo (7:1). Portanto, 13 dias deste segundo mês e 30 dias de cada um dos 10 meses seguintes perfazem, até ao fim do ano, 313 dias. Mas somente no dia 27 do segundo mês, do ano seguinte, 601, ou seja, 57 dias depois de ter começado o novo ano da vida de Noé, ou no dia 370 desde o começo do Dilúvio, foi que a terra ficou seca. Durou, pois, o Dilúvio mais de um ano (1 ano e 17 dias que Noé ficou dentro da arca). Em 40 dias choveu torrencialmente e depois continuou a chover, mas não tão fortemente, e em 150 dias as águas continuaram a crescer, o que indica que além da chuva, houve inundação das águas do mar. Não há, pois, dificuldade alguma da narrativa. As águas, depois de se fecharem as fontes do abismo, tiveram mais ou menos o mesmo tendo para diminuir que tinham levado para crescer.
A destruição podia ser momentânea, mas DEUS escolheu este processo, e teve razão para isso. Depois de cessar o Dilúvio, Noé ficou na arca por algum tempo, até que as condições na terra permitissem sua saída. No dia 17 do sétimo mês do Dilúvio, a arca parou nos montes do Arará. O pico culminante destas montanhas tem 5.230 metros, o Arará grande; e o segundo em altura tem 5.025 metros acima do nível do mar. A palavra "descansaras" em 8:4, não significa que a arca ficou ali, e sim que com o decréscimo das águas tocou este monte e, continuando a boiar, resvalou e manteve-se ao sabor das águas, até que estas secaram. Não é possível que a arca tivesse ficado ali, pois que, neste caso, a descida seria impossível. Até hoje ainda não foi possível subir até ao pico deste monte, ainda que diversos ensaios tenham sido feitos, para se poder averiguar se Noé poderia descer, no caso de a Arca ter ficado ali. Os árabes têm tradições acerca da parada da arca neste monte e dizem que DEUS assim fez para que ninguém pudesse vê-la depois do Dilúvio. É, porém, uma tradição sem base, que a experiência não confirma, e não parece razoável que DEUS tivesse operado um milagre, para fazer descer Noé e seus companheiros de salvação. O fato de que o batel descansou neste monte é significativo, visto ser este o ponto central do velho continente, o berço da raça indo-germânica e não foi fácil contestar que este foi o berço da raça depois de Noé. Passaram-se ainda alguns dias, e Noé teve confirmação de que as águas diminuíam, e começavam a aparecer as culminâncias dos montes da Armênia.
Depois de 40 dias, soltou um corvo, mas este não voltou, ficando a saciar-se na carniça que boiava em cima das águas. Soltou uma pomba, mas esta nem podia ficar na cumeada dos montes nem em cima dos cadáveres, e voltou à arca. Depois de 7 dias, repetiu a experiência, e desta vez ela trouxe no bico um ramo de oliveira. Esta árvore pode ficar por longo tempo imersa na água e não morrer. Ainda depois de 7 dias, soltou de novo a pomba e esta não mais voltou, pelo que Noé entendeu que as águas tinham secado.
Não obstante ter Noé certeza de que as águas tinham secado, esperou pacientemente que DEUS lhe viesse abrir a porta. DEUS o tinha fechado ali e, só Ele o podia tirar.
 
A Saída da Arca (Gênesis 8:13-22)
A primeira coisa que Noé fez, ao sair da arca, foi erigir um altar e oferecer um sacrifício a DEUS pela sua salvação. É a primeira vez que a Bíblia fala em altares, mas não em sacrifícios. O sacrifício é tão velho como o pecado. O altar acompanha a prática do sacrifício. Foi por meio deste hábito, que Noé conseguiu manter-se justo, no meio de uma geração corrompida. A prática da religião é a única coisa que preserva o homem da corrupção. Jeová aceita este sacrifício e, como toque de sua apreciação pelo gesto de Noé, protesta que nunca mais destruiria a terra e para testemunho desta transação põe no firmamento o arco-íris.

(Gênesis 6-8)
Notas sobre as Diversas Tradições do Dilúvio

O maior argumento que se pode usar sobre a historicidade do Dilúvio é que faz parte de todas as tradições dos povos mais antigos. Os museus estão cheios de documentos, contendo a narrativa desta calamidade, que não é produto da imaginação israelita. Em 1852, George Smith descobriu, nas escavações de Babilônia, tijolinhos com inscrições cuneiformes, narrando o acontecimento, e, sem dúvida, antes que esta história fosse reduzida à escrita, corria oralmente de geração em geração. Todos os povos mais antigos têm tradições do Dilúvio, o que comprova sua universalidade. Os próprios eruditos em antiguidades aceitam este acontecimento como fato histórico. Diferem quanto ao modo como se daria, mas aceitam sua realidade.
Berósio (Bercicius) coligiu de antigos documentos uma narrativa muito similar à dos tijolinhos caldaicos, na qual a história é relatada por Kharisatra, salvo do Dilúvio, a Gis- dubar, um herói, que depois de ter sido atacado de lepra foi para uma terra distante. Há diversas cópias desta narrativa antiga e teria sido delas que Assurbanipal, o último monarca Assírio do sétimo século antes de CRISTO, mandou fazer a sua história do Dilúvio.
Kharisatra relata a sua história mais ou menos assim: "Eu te revelarei, ó Gis-dubar, a história da minha preservação, e te direi" - o oráculo dos deuses. A cidade de Surripak, como tu sabes, está no Eufrates. Era muito antiga, quando os deuses determinaram, em seu coração, fazer vir o Dilúvio, os grandes deuses, tantos como estes: seu pai Anu, o seu rei, o grande Bel, o portador do trono, Adar, seu príncipe En-nugi. Ea, o deus da sabedoria, sentou-se com eles e repetiu o decreto: "Homem de Surripak... (deve referir-se a Noé), constrói um navio e acaba-o (depressa). Os deuses destruirão a semente da vida, mas tu viverás, e faze entrar no navio a semente de todas as espécies. O navio tu construirás... côvados (não é dado o tamanho por estar quebrado o tijolinho,as medidas do comprimento e as medidas da largura e altura). Lança-o ao mar e cobre-o com um teto. Eu compreendi e disse a Ea: 'Meu Senhor, o (navio) que me mandaste construir, quando eu o construir, tanto os jovens como os velhos (se rirão de mim). Ea abriu a boca e falou: (Se eles se rirem de ti) tu lhes dirás: Aquele que me insultar perecerá, (porque a proteção dos deuses) está sobre mim. Eu (Ea) exercerei juízo sobre os que estão em cima e embaixo... (Quanto a ti) (não) feches a porta (até) o tempo em que eu te falar. Então entra pela porta do navio, trazes contigo grão, tua fazenda, provisões para tua família, teus servos e servas, teus filhos, o gado do campo, as bestas da terra, tantas quantas eu preservarei, eu as mandarei a ti e elas ficarão contigo atrás da porta (do navio). No quinto dia, os dois lados do navio estavam postos. Os lados e a coberta tinham catorze medidas. Coloquei o teto e cobri-o. Dividi os compartimentos, dividi as passagens em sete. Dividi o interior em sete quartos. Tapei todas as brechas, por onde a água entraria. Derramei três saris de betume por fora e três por dentro. Três saris de homens, porteiros, trouxeram os cestos das provisões."
A narrativa continua dando minuciosas informações sobre as provisões para o sustento da família de Surripak. Entre as provisões havia bois, carneiros, vinho, cerveja em quantidade, como água dos rios.
Samas (o deus do sol) fixou o tempo e anunciou nestes termos: "À noite eu farei chover destruição dos céus; entra no navio e fecha a porta. Mu-seri-ina-namari (personificação da chuva) levantou-se no horizonte do céu, como uma negra nuvem. Raman trovejou no meio dele - Nebo e o deus do vento saíram na frente - os carregadores do trono passaram sobre as montanhas e planícies. Nergal, o poderoso, destruiu os ímpios; Adar adiantou-se, destruindo tudo na sua frente. Os espíritos das cavernas soltaram o Dilúvio e em sua fúria destruíram toda a terra. O Dilúvio de Raman (o Hércules caldeu) subiu até aos céus e a noite tornou-se em treva densa. Destruíram toda a vida da face da terra." Todo o restante da narrativa, que é longa, obedece, em linhas gerais, tanto à duração do Dilúvio, como às suas conseqüências. Até as montanhas, onde a raça topou, são mencionadas. "O navioera tangido de um lado para o outro na terra de Nizir; a montanha de Nizir arrastou o navio e não permitiu que passasse além." A seguir, é mencionada a pomba. "Ao aproximar-se o sétimo dia, enviei uma pomba. A pomba ia e vinha e não encontrava onde pousar, e voltava ao barco. Eu enviei uma andorinha; ela ia e vinha e não encontrava onde pousar.
Eu enviei um corvo; o corvo foi e viu os corpos boiando sobre as águas; comeu e voou, ficou, e não retornou à arca". (Para maiores informações, veja-se Charlés Marston: A Bíblia Disse a Verdade, págs. 36-46).
Seria enfadonho repetir toda a narrativa caldaica, mas os trechos dados bastam para identificar as duas narrativas a caldaica e a mosaica. . Da Caldéia, passaram estas narrativas para o Egito e para o Ocidente, onde as encontramos entre os gregos e romanos, com ligeiras variantes. Do mesmo modo, vamos encontrar os povos americanos possuindo narrativas similares. Até entre os índios Cree, o Sr. John Richardson achou traços similares do Dilúvio. No Taiti, os nativos falam do deus Ruahatu destruindo o mundo pelo Dilúvio, e noutras terras se encontram histórias do altar erigido à divindade depois do Dilúvio. Os habitantes de Fiji contam que do Dilúvio só se salvaram oito pessoas. (Geikie, Hours with the Bible).
Sobre os fenômenos que dariam causa ao Dilúvio do ponto de vista astronômico e geológico, uma vasta literatura tem sido produzida. Em 1823, o Prof. Buckland publicou a sua Reliquiae Diluvianae, na qual tentou vindicar a autoridade das Escrituras, mostrando que a existência de vestígios de vida marinha onde atualmente não há sinal de rio ou mar só pode ser atribuída ao Dilúvio. O Dr. Burnet, na sua Theory of the Earth, publicada em 1680, supõe que o Dilúvio encontrou a superfície da terra perfeitamente plana, sem montanhas e vales, e que o interior da mesma estava cheio de água. A superfície aqueceu pelo calor do sol e rebentou, despejando todo o líquido interno. Daí vieram as montanhas e vales. John Ray, professor em Cambridge, adotou a teoria de que o Dilúvio resultou de um ligeiro sacudimento do centro da terra. O Dr. Alley, notável astrônomo, pensava que o Dilúvio tinha ocorrido em virtude de um choque entre um cometa e a terra. (Os estudantes que desejarem maiores informações poderão examinar os dois capítulos dados sobre o assunto por Cunninghan Geikie, em Hours with the Bíble).
Se não é possível mostrar cientificamente como o Dilúvio se verificou, e nem isso interessa à Bíblia, nem por isso a sua veracidade histórica pode ser contestada. Ele é tão real como a própria raça que levou consigo, para todas as extremidades da terra, o terrível fato.Quanto à sua antigüidade, pouco se pode dizer, e nem há elementos históricos que possam determiná-la. Um mistério profundo envolve grande número de acontecimentos ocorridos com a raça humana, que nem a Bíblia nem a pré-história decidem. Os estudos que se têm feito para determinar, por meio da fauna, até onde o Dilúvio chegou, ou por meio da flora, os vegetais sobreviventes à terrível catástrofe, pouco têm adiantado. O fato continua cada vez mais certo e a Bíblia sempre na vanguarda de todas as verdades que a picareta do geólogo ou a perspicácia dos botânicos e zoólogos podem precisar. (Langdon propõe 3.300 anos antes de CRISTO para a data do Dilúvio. M. André Parrot dá 3.000. Se aceitarmos que Abraão nasceu 1.072 anos depois do Dilúvio, então a data deste teria ocorrido em 3.200 a.C. A dinastia de Kish, remonta a 5.500 anos a.C. e a de Ur 4.100. O Dilúvio, pois, veio posteriormente a estas civilizações, de onde vieram também as tradições das tabuinhas de Kish e de Nínive).
À crítica moderna, oferecem, estas narrativas antigas, um vasto, campo comparativo, e diga-se, para seu crédito, que cada palavra tem sido comparada, e, a despeito das diferenças que as diversas narrativas oferecem, as similaridades são tantas, que não deixam a menor dúvida sobre o fato. Esta história está ligada à religião em qualquer dos povos onde se encontra, e outra coisa não era de esperar, visto que o saber religioso da vida das nações antigas e a maneira como a divindade, ou divindades, agiram na vinda do Dilúvio constituem a fundamental diferença entre a narração bíblica e as narrativas étnicas. Babilônia parece haver sido o local do drama, e com tal vivacidade é descrito nos tabletes de barro, que só resta ao crítico aceitar sua veracidade inquestionável.
Desta região, como centro do novo mundo, se espalhou a tradição do acontecimento, de modo que se encontra em todas as nações antigas, como Assíria, Pérsia, Escandinávia, Grécia, índia, México etc.
As diversidades das narrativas são, como ficou dito, devidas às concepções religiosas do povo: mitologistas, politeístas; e a hebraica, puramente monoteísta.

Em Busca da Arca
A busca da arca de Noé tem sido não apenas um motivo de interesse internacional, mas uma curiosidade natural. Encontrar o navio que salvou Noé e a nossa raça seria satisfazer a um desejo e também uma confirmação histórica do acontecimento.
A Bíblia diz o seguinte a respeito do lugar em que a arca teria parado: "No dia dezessete, do sétimo mês, a arca repousou sobre as montanhas de Arará". (Gên. 8:4). O verbo hebraico traduzido por repousar não é muito claro em sua tradução. Alguns traduzem por "flutuar", porquanto as águas ainda estavam minguando, e só depois de quarenta dias é que Noé abriu a arca (Gên. 8: 6). Por outro lado, as montanhas de Arará constituem um sistema muito extenso, de modo a tornar praticamente impossível determinar em que ponto teria parado o barco. Poderia até ter parado num vale do mesmo sistema ou num pico qualquer. O certo é que nem o texto sagrado diz nem ninguém jamais foi capaz de determinar o ponto em que teria ficado a arca.
Isto, entretanto, não tem diminuído o interesse nesta busca, que se arrasta por séculos. A narrativa conhecida como Epopéia de Gilgamesh, já referida, diz o seguinte: "No monte Nisir parou o barco. O monte Nisir reteve o barco, que não o deixou mais balançar". (Charles Marston, A Bíblia Disse a Verdade, pag. 46). Berósio, escritor caldeu do segundo século antes de CRISTO, diz que a nau de Noé encalhou nos montes Cordianos da Armênia, e o nome Cordianos evoca o nome de Curdistão, com o seu monte Nisir, e a Armênia, o monte Arará. Um outro escritor, conhecido como Nicolau de Damasco, diz: "Há acima de Minias, na Armênia, uma grande montanha chamada Baris, onde, segundo se conta, muita gente se refugiou durante o Dilúvio e foi salva". Diz-se ainda que certo homem, vagando num barco, foi parar no cume desta montanha e que os restos do barco foram conservados por
longo tempo... Os muçulmanos também têm as suas crenças a respeito da arca, e acham que ela parou no monte Djudi, já bem próximo da Mesopotâmia. Não são estas as únicas referências encontradas nos escritos antigos com respeito à arca de Noé. Muito naturalmente, assim como tantos se ocuparam com o acontecimento, teriam de se ocupar igualmente com os detalhes do mesmo. Pela variedade de narrativas, incluindo-se a de Gênesis, o que fica certo é que ninguém sabe o lugar exato onde a arca parou. Isso, entretanto, não tem diminuído o fervor histórico, na busca do precioso barco.
Qualquer que tenha sido o local, parece-nos que seria difícil encontrar-se, depois de tantos milênios, qualquer coisa que se parecesse com a arca. Acredita-se que, tendo a arca parado numa montanha alta, o gelo a teria conservado. Por outro lado, qualquer investigação na montanha, com metros de gelo a quebrar e ventos a enfrentar, se tornaria infrutífera. Podemos ainda acrescentar que DEUS não haveria de desejar satisfazer à curiosidade do homem, deixando a barca em ponto de ser encontrada. Muitos outros fatos históricos ficaram para sempre ocultos da curiosidade humana. O local onde Moisés foi sepultado; o local exato e seguro onde JESUS foi crucificado, e o sepulcro onde foi sepultado, são lugares de buscas e dúvidas. Se pudéssemos saber onde está a arca, muita gente venderia até a camisa, para fazer uma viagem, de modo a satisfazer à sua curiosidade. O que DEUS quer é que se conheçam os seus juízos, as verdades fundamentais da sua ação. Quanto à curiosidade, esta fica para os homens.
Todavia, isto não basta. O barco é que se busca. Conta-se, com pouca plausibilidade, que um monge, há mais de um século, conseguiu escalar a montanha de Arará, de 5.200 metros de altura, e trouxe de lá um pedaço de madeira, como sendo da arca. Muita coisa parecida tem se dito com respeito à cruz de CRISTO. Quantos pedaços de madeira do "santo lenho" andam por aí? Quem pode dar crédito a isso? Os árabes mesmo têm criado muitas dificuldades às tentativas de busca na montanha. Dizem que o lugar é de acesso proibido, que raios e coriscos caem continuamente ali, como uma proibição de se chegar até lá. Tradições, até mui cabalísticas, dão outros informes de alguém que teria chegado até perto e adormecido, não tendo podido continuar nem voltar sem a interferência de DEUS. Entre tantos busilis, crendices e dificuldades naturais, o anseio pela descoberta continua. Em 1829, um viajante francês de nome Parrot chegou perto do cume de Arará, mas nada conseguiu, porque havia alguns metros de neve cobrindo a montanha. Em 1850 uma brigada topográfica, apetrechada de tudo que se
poderia considerar necessário para uma escalada eficiente, conseguiu, apesar da proibição, chegar até perto do cume, mas voltou sem nada trazer. Em 1876, Lord Bryce foi até perto do cume, e voltou de lá trazendo um pedaço de madeira, afirmando que era da arca. O Czar da Rússia, em resposta a uma comunicação do aviador Roskovitsky, de que tinha avistado nos flancos da montanha certa conformidade como um barco, mandou uma comissão de sábios para verificar o local, mas nenhuma prova conseguiu. Mais recentemente, franceses, americanos e ingleses, munidos de tudo, inclusive de dinheiro, tentaram escalar a montanha de Arará, mas não o conseguiram.
Pelo visto, tendo-se em consideração a incerteza do local exato e preciso, as dificuldades de ascensão, as condições meteorológicas do lugar, as dificuldades que os árabes opõem a qualquer busca, por considerarem sagrada a montanha, tudo isto somado dá-nos a segurança de que a arca jamais será encontrada. Seria isso necessário à confirmação do fato histórico do Dilúvio? Certo que não. O fato está confirmado, não apenas pelo Gênesis, mas por todas as lendas e folclores das nações antigas. É um fato bem confirmado. Para corroborar estas informações, vem agora a Arqueologia dizer-nos que na Mesopotâmia foi encontrada uma camada uniforme de areia, depois de uma camada de detritos e restos da última civilização caldaica e, por baixo desta, outra camada de uma civilização anterior, e bastante desenvolvida. Que camada seria esta? Que rio ou mar teria interferido entre a primeira civilização e a última? Os sábios não têm dúvida. Essa camada representa a areia deixada pelo Dilúvio, que não inundou apenas toda a área, mas teria, naturalmente, produzido urra erosão tremenda no local, arrastando e arrasando elevações. Quando as águas diminuíram, ficou, então, no fundo, essa camada. Por cima dela foi construída a civilização sumeriana e acadiana, como nos relata Gênesis no capítulo 1.
Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP
 
Gênesis - Comentário Adam Clarke
Capítulo 7
DEUS informa a Noé que dentro de sete dias, ele deve enviar uma chuva sobre a terra, que deve continuar por quarenta dias e noites, e portanto, ordena-lhe para levar sua família, com os diferentes animais puros e impuros, e entrar na arca, 1-4. Este comando é pontualmente obedecido, 5-9. No décimo sétimo dia do segundo mês, no ano 600 da vida de Noé, as águas, a partir das janelas abertas do céu, e as fontes abertas do grande abismo, foram espalhados para fora e em cima da terra, 10-12. Os quadrúpedes de diferentes espécies, aves, répteis vinham para junto de Noé, e o Senhor fechou-os na arca, 13-16. O aumento das águas faz a arca flutuar, 17. Toda a terra está coberta com água de quinze côvados acima das mais altas montanhas , 18-20. Todos os animais terrestres morrem, 21-23. E prevaleceram as águas 150 dias, 24.

Versículo 2. De todos os animais limpos. Assim, encontramos a distinção entre animais puros e impuros que já existia muito antes da lei mosaica. Esta distinção parece ter sido originalmente concebida para marcar os animais que estavam próprios para o sacrifício e alimentação do ser humano, desde aqueles que não foram para esses fins designados. Ver Lev.11.

Versículo 4. Ainda sete dias
DEUS falou estas palavras provavelmente no sétimo dia ou sábado, e os dias da semana que se seguiram foram empregados em entrar na arca, no embarque da multidão de animais e aves, cuja recepção já havia sido feita.
Quarenta dias depois, tornou-se - Este período de chuvas torrenciais era adequado para uma atitude de humilhação perante DEUS. Moisés jejuou quarenta dias, Deuteronômio 9:9,11; o mesmo fez Elias,1 Reis 19:8; o mesmo fez nosso Senhor JESUS, Mateus 4:2 . Quarenta dias de foram dados para os Ninivitas para que se arrependessem, Jonas 3:4, e três vezes 40 anos (120) foram dadas para a vida humana dai para diante, Gênesis 6:3.

Versículo 11 . No ano 600,
Isto deve ter sido no início do ano 600 de sua vida, pois ele permaneceu um ano e 17 dias na, arca Gênesis 8:13 , e viveu 350 anos depois do dilúvio, e morreu com 950 anos de idade, Gênesis 9:29 , é evidente que, quando o dilúvio começou, ele tinha acabado de entrar em seu ano de 600.

Segundo mês
O primeiro mês foi Tisri, que corresponde a segunda metade de Setembro, e o primeiro semestre de Outubro, e a segundo mês foi Mareheshvan, que corresponde a segunda parte de outubro e primeira parte de novembro. Após a libertação do Egito, no início do ano foi alterada de Marcheshvan para Nisan, que corresponde a uma parte de cada um dos nossos mêses de março e abril. Dr. Lightfoot muito provavelmente conjectura que Matusalém estava vivo no primeiro mês deste ano. é quando o espírito de profecia predisse das coisas do porvir. E viveu Lameque cento e oitenta e dois anos, e gerou um filho, A quem chamou Noé, dizendo: Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o Senhor amaldiçoou Gênesis 5:28,29 E, assim, Adão e Matusalém tinham vivido o tempo todo entre a criação e o dilúvio , e viveram por 240 anos juntos.

Foram abertas as fontes do grande abismo e as janelas dos céus se abriram.
Parece que uma imensa quantidade de águas ocuparam o centro da Terra antediluviana, e como estes irromperam, por ordem de DEUS, ocupando assim o vazio ocasionado pelas águas que subiram. Este é provavelmente o que se entende por quebrar-se as fontes do grande abismo. Estas águas, com os mares na superfície da Terra, podem ser consideradas suficientes para afogar o mundo inteiro, como as águas agora em sua superfície são quase três quartos do todo o planeta, como tem sido verificado com precisão pelo Dr. Long.

Pela abertura das janelas do céu, entende-se a precipitação de todos os vapores aquosos que foram suspensos em toda a atmosfera, que, como Moisés expressa, Gênesis 1:7, as águas que estavam sobre a expansão foram novamente unidas às águas que estavam abaixo do firmamento e que foram separadas no segundo dia da criação.. A água é formada de dois átomos de hidrogênio (H2) e um átomo de oxigênio (O), formando assim, a molécula H2O. Mas não se pode esquecer que há dois tipos de água, a Salgada e a Doce. A salgada ocupa 99% no total destas, sendo que a doce ocupa só 1% do espaço aquático no planeta Terra, sendo também que, apenas 0,23% deste total (estimativa). O maior problema nisso tudo é que a maioria dos seres vivos necessita de água doce para sua sobrevivência. A faísca elétrica, o que é o mesmo que um raio, passando por esses átomos, os decompõe e converte-os em água. Por isso vemos a chuva que segue imediatamente o clarão do relâmpago e repique de um trovão. DEUS, pois, por meio de relâmpagos, poderia ter convertido toda a atmosfera em água, com a finalidade de afogar o mundo, se não tivesse havido uma suficiência de vapores aquosos suspensos na atmosfera, no segundo dia da criação. E se o fluido elétrico foram usados nesta ocasião para a produção de água, o brilho incessante de um relâmpago, e os estrondos contínuos de trovões, devem ter acrescentado horrores indescritíveis para a cena.
A palavra mabbul, traduzida por inundação, que é derivada do bal ou Balal, significa misturar, confundir. Alguns naturalistas têm controvertido este sentimento, porque, em alguns casos, a estrutura interna da Terra não parece justificar a opinião de que as várias partes do assunto se tinha estabelecido de acordo com seus pesos específicos, mas essas anomalias podem ser facilmente contabilizadas, devido às grandes mudanças que têm ocorrido em diferentes partes da terra desde o dilúvio, como erupções vulcânicas e terremotos.
Filósofos são da opinião "que, pela quebra das fontes do grande abismo, devemos entender uma erupção de águas de Oceano Austral ". Mr. Kirwan supõe "que este é bastante evidente a partir de animais como o elefante e o rinoceronte, sendo encontrado em grandes massas na Sibéria, misturados com diferentes substâncias marinhas e que nenhum animal ou outras substâncias pertencentes às regiões do norte foram já encontrados nas partes do sul. Se esses animais morreram de morte natural em seu clima adequado, seus corpos não foram encontrados em massas tais. Mas que eles foram levados mais longe do que o norte da Sibéria, é evidente, não havendo vestígios de quaisquer animais, além daqueles de baleias encontradas em nas montanhas da Groenlândia. Que esta grande corrida de águas foi a partir do sul ou sudeste é mais evidente, ele acha que, a partir dos lados sul e sudeste de quase todas as grandes montanhas, sendo muito mais acentuada do que dos lados do norte ou noroeste" Sobre um assunto como este os homens podem diferir inocentemente. Muitos pensam que o primeiro parecer melhor se harmoniza com o texto hebraico e com os fenômenos da natureza, porque montanhas nem sempre apresentam a aparência acima.

Versículo 12. houve chuva sobre a terra
Dr. Lightfoot supõe que a chuva começou no dia 18 do segundo mês, ou Marcheshvan, e que cessou no dia 28 do terceiro mês, Quisleu.

O versículo 15. E eles entraram, era fisicamente impossível para Noé ter recebido um número tão grande de animais mansos e ferozes, nem poderiam ter sido mantido em suas enfermarias por meros meios naturais. Como, então, eles foram trazidos de várias distâncias para a arca e preservados lá? Apenas pelo poder de DEUS. O primeiro milagre foi trazer todos a Adão para que ele pudesse dar-lhes os seus nomes, agora traz a Noé para que ele pudesse preservar suas vidas.

Versículo 16. O Senhor fechou por dentro
Isto parece implicar que DEUS o colocou sob sua proteção especial, e como ele fechou a família de Noé e os animais e aves por dentro, então ele fechou os outros fora. DEUS esperou 100 anos sobre aquela geração, pois eles não se arrependeram, pois eles encheram a medida de suas iniquidades, e depois veio grande ira sobre eles até ao fim.

Versículo 20. Quinze côvados acima
40 dias de chuva, tinham levantado as águas quinze côvados acima das mais altas montanhas, depois que 40 dias ele parece ter continuado a esta altura por 150 dias mais. "Então," diz o Dr. Lightfoot, "estas duas somas são distintos a ser contada, e não os dias 40 incluídos no 150, de modo que, quando os 150 dias terminaram, havia seis meses e 10 dias do início da inundação."

Capítulo 8
No final de 150 dias as águas começam a baixar, 1-3. A arca repousa no Monte Ararate, 4. Sobre o primeiro do décimo mês, os topos das colinas aparecem, 5. Abriu a janela e foi o corvo enviado, 6,7. Enviou a pomba, e retorna, 8,9. A pomba enviada uma segunda vez, e retorna com uma folha de oliveira (azeitona) 10,11. A pomba enviada pela terceira vez, e não retorna mais, 12. No vigésimo dia do segundo mês a terra está completamente seca, 13,14. Vem então a ordem de DEUS a Noé, sua família e todas as criaturas para sairem da arca, 15-19. Noé constrói um altar e oferece sacrifícios ao Senhor, 20. Eles são aceitos, e DEUS promete que a terra não deve ser amaldiçoado, assim, mais, não obstante a iniquidade do homem, 21,22.
Gênesis - Comentário Adam Clarke
 
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD
GÊNESIS - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
Gênesis - Comentário Adam Clarke
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
Revista CPAD - Lições Bíblicas 1942 - 1º trimestre de 1942 - A Mensagem do Livro de Gênesis - LIÇÃO 2 - 11/01/1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - Adalberto Arraes 
Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP