Lição 7 – Os Dez Mandamentos do Senhor, 1pte


Lição 7 - Os Dez Mandamentos do Senhor
LIÇÕES BÍBLICAS - 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentário: Pr. Antônio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
Questionário
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
 

TEXTO ÁUREO
"Porque o fim da lei é CRISTO para justiça de todo aquele que crê" (Rm 10.4).
 

VERDADE PRÁTICA
A Lei expõe e condena os nossos pecados, porém, o Senhor JESUS CRISTO, pelo seu sangue expiador, nos perdoa e nos justifica mediante a fé.
 

LEITURA DIÁRIA
Segunda- Jo 1.16,17 A lei de Moisés e a graça de DEUS
Terça- Rm 1.16,17 O crente vive em CRISTO a partir da fé
Quarta- Gl 4.4,5 CRISTO veio alcançar os que estavam sob a Lei
Quinta- 1 Co 1.30,31 CRISTO - sabedoria, justiça, santificação e redenção
Sexta- Rm 10.8,17 A fé pela Palavra quando crida e obedecida
Sábado- Gl 2.16 A justificação nos vem pela fé em CRISTO
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 20.1-5,7-10,12-17
1 Então, falou DEUS todas estas palavras, dizendo: 2 Eu sou o SENHOR, teu DEUS, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. 3 Não terás outros deuses diante de mim. 4 Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. 5 Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu DEUS, sou DEUS zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem
7 Não tomarás o nome do SENHOR, teu DEUS, em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. 8 Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. 9 Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, 10 mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu DEUS; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas.
12 Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu DEUS, te dá. 13 Não matarás. 14 Não adulterarás. 15 Não furtarás. 16 Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. 17 Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

INTERAÇÃO
O Decálogo expressa o propósito de DEUS para o povo de Israel: uma nação que andasse em justiça, odiasse o pecado e amasse a santidade. Caso seguissem esse estilo de vida, os judeus resplandeceriam como luz às nações vizinhas. Mas Israel falhou nesta missão e voltou-se contra DEUS. Entretanto, a queda do povo judeu trouxe salvação aos gentios. Todavia, isso não deve orgulhar ou ensoberbecer a Igreja do Senhor, representante do Reino de DEUS no mundo; pelo contrário, a comunidade dos santos deve temer a DEUS e ouvir o conselho do apóstolo Paulo: "Porque, se DEUS não poupou os ramos naturais [Israel], teme que te não poupe a ti também [Igreja]" (Rm 11.21).

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer os propósitos dos Dez Mandamentos.
Compreender o conceito de cada mandamento.
Saber que os Dez Mandamentos referem-se a relação do homem com DEUS e o próximo.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, utilize o esquema abaixo para concluir a lição. Os objetivos desta atividade são: recapitular os mandamentos estudados e analisar as duas relações humanas implícitas no Decálogo.
Explique à classe o quanto é óbvio que a interpretação dos quatro primeiros mandamentos se distingue dos outros seis, pois os quatro primeiros tratam do relacionamento do homem com DEUS e os outros seis, do homem com o próximo. Conclua a aula afirmando que, além do aspecto espiritual, o Decálogo apresenta um caráter social da Lei cuja garantia da dignidade humana torna-se uma ordenança divina.

RESUMO DO DECÁLOGO
1º Mandamento - Não terás outros deuses diante de mim.
2º Mandamento - Não farás imagens de escultura.
3º Mandamento - Não tomarás o nome de DEUS em vão
4º Mandamento - Lembra-te do sábado, para o santificar
5º Mandamento - Honra o teu pai e a tua mãe.
6º Mandamento - Não matarás.
7º Mandamento - Não adulterarás.
8º Mandamento - Não furtarás
9º Mandamento - Não dirás falso testemunho.
10º Mandamento - Não cobiçarás
 
Resumo da Lição 7 - Os Dez Mandamentos do Senhor
I. OS PROPÓSITOS DA LEI
1. O Decálogo (Êx 20.3-17).
2. Objetivos do Concerto divino.
a) padrão de justiça. b) malignidade do pecado. c) santidade de DEUS.
II. OS DEZ MANDAMENTOS (ÊX 20.1-17)
1. O primeiro mandamento.
Outros deuses
2. O segundo mandamento.
Imagens
3. O terceiro mandamento.
Nome de DEUS
4. O quarto mandamento.
Sábado
III. A CONTINUAÇÃO DOS MANDAMENTOS DIVINOS
1. O quinto mandamento.
Honrar pai e mãe
2. O sexto mandamento.
Matar
3. O sétimo mandamento.
Adulterar
4. O oitavo mandamento.
Furtar
5. O nono mandamento.
Falso testemunho
6. O décimo mandamento.
Cobiça

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Teológico - "O Dez Mandamentos
Os Dez Mandamentos, aqui registrados (cf. Dt 5.6-21), foram escritos pelo próprio DEUS em duas tábuas de pedra e entregues a Moisés e ao povo de Israel (31.18; Dt 4.13; 10.4). A guarda dos mandamentos proveu um meio de Israel procurar viver em retidão diante de DEUS, agradecido pelo seu livramento do Egito; ao mesmo tempo, tal obediência era um requisito para os israelitas habitarem na Terra Prometida (Dt 41.14; 14 [...]).
(1) Os Dez Mandamentos são o resumo da lei moral de DEUS para Israel, e descrevem as obrigações para com DEUS e o próximo. CRISTO e os apóstolos afirmam que, como expressões autênticas da santa vontade de DEUS, eles permanecem obrigatórios para o crente do NT (Mt 22.37-39; Mc 12.28-34; Lc 10.27; Rm 13.9; Gl 5.14; Lv 19.18; Dt 6.5; 10.12; 30.6). Conforme esses trechos do NT, os Dez Mandamentos resumem-se no amor a DEUS e ao próximo; guardá-los não é apenas uma questão de práticas externas, mas também requer uma atitude do coração [...]. Logo, a lei demanda uma justiça espiritual interior que se expressa em retidão exterior e em santidade.
(2) Os preceitos civis e cerimoniais do AT, que regiam o culto e a vida social de Israel [...] já não são obrigatórios para o crente do NT. Eram tipos de sombras de coisas melhores vindouras, e cumpriram-se em JESUS CRISTO (Hb 10.1; Mt 7.12; 22.37-40; Rm 13.8; Gl 5.14; 6.2). Mesmo assim, contêm sabedoria e princípios espirituais a todas as gerações [...]" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.145).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Bíbliológico - "A Estrutura do Decálogo
É bastante óbvio que a intenção dos quatro primeiros mandamentos difere da intenção dos outros seis. Os quatro primeiros tratam do relacionamento com DEUS, enquanto os outros seis regulam relacionamentos interpessoais. Talvez seja significativo que o mandamento acerca dos pais seja o primeiro no âmbito interpessoal [...]. Ocorre uma guinada do Criador para o procriador; a vida de uma pessoa se deve a ambos.
Ao ser perguntado sobre o mais importante mandamento (como se eles pudessem ser organizados hierarquicamente), JESUS citou Deuteronômio 6.5: 'Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento' (Mt 22.37), o que reduziu o primeiro mandamento a uma única frase. Apesar de não lhe pedirem maiores esclarecimentos, JESUS prosseguiu falando: 'e o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo' (Mt 22.39). Isso condensa em uma única oração os últimos seis mandamentos. Observe que JESUS insiste que o amor pode ser determinado. Isso não seria uma profanação do amor? O amor não é algo a ser voluntariamente dado? Ao colocar o amor num contexto de exigência ou mesmo de imposição, JESUS dá a entender que o amor por DEUS e pelo próximo se baseia na vontade, não em emoções.
Logo após ser orientado por JESUS sobre o cumprimento do mandamento como requisito para a vida eterna, o rico perguntou: 'Quais?' JESUS não disse nada sobre os quatro primeiros mandamentos, mas apenas sobre o segundo grupo. Até mesmo a ordem que eles são citados é interessante: sexto, sétimo, oitavo, nono e quinto. A falta de amor entre irmãos impede a possibilidade do amor de DEUS e torna obscura qualquer expressão de amor por DEUS (uma das mensagens de 1 João)" (HAMILTON, Vitor P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.218-19).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
HAMILTON, Vitor P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
COHEN, Armando Chaves. Comentário Bíblico Êxodo. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.

SAIBA MAIS - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 57, p.39.
 
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
OS DEZ MANDAMENTOS, 20.1-17
DEUS falou com o povo do monte em chamas. O texto em Deuteronômio declara nitidamente que DEUS “no monte, do meio do fogo, da nuvem e da escuridade, com grande voz” (Dt 5.22) deu estes mandamentos para a assembleia. Não sabemos como DEUS falou em voz audível, mas Israel entendia que a voz que ouviam era de DEUS. Esta era “uma voz audível e terrível, a voz de Jeová, soando como trombeta pela multidão (19.16: 20.18)”. Este modo de descrever o evento não indica que DEUS tenha cordas vocais como o homem, mas assevera que DEUS criou um som audível que, de forma inteligível, enunciava suas palavras para o homem. Depois que ouviram aquela voz e viram a cena, preferiram que Moisés lhes falasse o que DEUS queria dizer-lhes.
E importante saber que era o SENHOR, teu DEUS, que estava falando. Estas palavras foram ditas por DEUS ao povo como normas orientadoras para toda a humanidade. Não basta afirmar que são pertinentes apenas para a época em que foram dadas. “DEUS queria que os israelitas entendessem claramente que fora Ele mesmo que lhes dera os mandamentos.”
Além disso, as pessoas ouviram todas estas palavras. No original hebraico, os Dez Mandamentos são chamados “dez palavras” (34.28; Dt 4.13; 10.4; daí o título Decálogo, lit., “dez palavras”). “As declarações do monte Sinai são nobres e inteiramente diferentes de qualquer coisa encontrada em todo o conjunto da literatura egípcia.” DEUS deu estas palavras não como meio de salvação, porque este povo já estava salvo do Egito, mas como norma de conduta. Levando em conta que a obediência era uma cláusula para a continuação do concerto (19.5), estas palavras se tornaram a base de perseverança na qualidade de povo de DEUS. Paulo deixou claro que a observância da lei não é meio de salvação pessoal, pois a justificação é pela fé em CRISTO (G1 2.16). A lei conduz a CRISTO, mas não salva (G1 3.24). “Se não é verdade que podemos cumprir a lei para ganhar o céu, é igualmente falso que podemos quebrá-la sem sermos punidos ou sentirmos remorso.” Deduzimos que esta lei moral foi dada como fundamento providencial para a fé do povo de DEUS. Quem o ama observa sua lei. Dividir a lei em lei moral, lei cerimonial e lei civil é, por um lado, útil, e, por outro, enganoso. Lógico que a lei moral do Decálogo é básica e expressa a responsabilidade de todos os homens. Mas as outras leis dadas a Israel também eram igualmente obrigatórias.
As leis de DEUS eram uma demonstração de sua justiça por meio de símbolos e forneciam uma disciplina pela qual os israelitas poderiam ser conformados à santidade de DEUS."
As leis sociais e cerimoniais mudam, mas as relações fundamentais entre DEUS e o homem, e entre os homens, conforme exaradas no Decálogo, são eternas.
A divisão dos Dez Mandamentos é entendida de modos variados. seguindo Agostinho, a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Luterana consideram os versículos 2 a 6 o primeiro mandamento e dividem o versículo 17, que trata da cobiça, em dois mandamentos.
O judaísmo hodierno reputa que o versículo 2 ordena a crença em DEUS e é a primeira palavra; e combina os versículos 3 a 6 na segunda. A divisão aceita nos primórdios da igreja torna o versículo 3 o primeiro mandamento e os versículos 4 a 6 o segundo. Esta posição foi “apoiada por unanimidade pela igreja primitiva, e é mantida hoje pela Igreja Ortodoxa Oriental e pela maioria das igrejas protestantes”.
Os primeiros quatro mandamentos compõem a primeira tábua do Decálogo e mostram a relação apropriada do homem com DEUS. Têm seu cumprimento no primeiro grande mandamento: “Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37). Os últimos seis mandamentos lidam com as relações humanas e cumprem-se no amor ao próximo como a si mesmo.
Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 187-189.
LEI E A GRAÇA
É da maior importância compreender o verdadeiro caráter e o objeto da lei moral, como nos é apresentada neste capítulo. Existe uma tendência no homem para confundir os princípios da lei com graça, de sorte que nem a lei nem a graça podem ser perfeitamente compreendidas. A lei mostra-nos o que o homem deveria ser; enquanto que a graça demonstra o que DEUS é. Como poderão, pois, ser unidas num mesmo sistema?- Como poderia o pecador ser salvo por meio de um sistema formado em parte pela lei e em parte pela graça? Impossível: ele tem de ser salvo por uma ou por outra.
Se eu considerar os dez mandamentos como a expressão do pensamento de DEUS, então, pergunto, não há nada mais no pensamento de DEUS senão "farás" isto e "não farás" aquilo? Não há graça, nem misericórdia nem bondade? DEUS não manifestará aquilo que é, nem revelará os segredos profundos desse amor que enche o Seu coração? Não existe nada mais no coração de DEUS senão exigências e proibições severas"? Se fosse assim, teríamos de dizer que "DEUS é lei" em vez de dizermos que" DEUS é amor". Porém, bendito seja o Seu nome, existe muito mais em Seu coração do que jamais poderão expressar os "dez mandamentos" pronunciados no monte fumegante. Se quero saber o que DEUS é, devo olhar para CRISTO; "porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" ( l2:9). "Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por JESUS CRISTO" (Jo 1:17). Certamente, na lei achava-se uma certa medida de verdade; continha a verdade quanto àquilo que o homem deveria ser. Como tudo que emana de DEUS, a lei era perfeita — perfeita para alcançar o fim a que era destinada. "Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia" (Hb 10.28).
"O homem que fizer estas coisas viverá por elas" (Lv 18:5; Rm 10:5). "Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las" (Dt 27:26; Gl 3:10). Nada disto era graça. Com efeito, o monte Sinai não era o lugar para se procurar tal coisa. Jeová revelou-Se ali em majestade terrível, no meio da obscuridade, trevas, tempestade, trovões e relâmpagos. Estas circunstâncias não são aquelas que acompanham uma dispensação de graça e misericórdia; mas eram próprias de uma dispensação de verdade e justiça: e a lei não era mais que isso.
Na lei DEUS declara o que o homem deveria ser, e pronuncia a maldição sobre ele se o não for. Ora quando o homem se examine à luz da lei descobre que é precisamente aquilo que a lei condena. Como poderá ele, portanto, obter a vida por meio da lei. A lei propõe a vida e a justiça como os fins a alcançar, guardando-a; mas mostra-nos, desde o primeiro momento, que nos encontramos num estado de morte e iniquidade. Precisamos desde o primeiro momento das mesmíssimas coisas que a lei propõe alcançar-nos no fim. Como vamos nós, portanto, obtê-las? Para cumprir aquilo que a lei requer é preciso que eu tenha vida; e para ser o que a lei exige devo possuir a justiça; e se eu não tiver vida e justiça sou "maldito". Porém, o fato é que eu não tenho uma nem a outra. Que devo então fazer?- Eis a questão. Que respondam aqueles que querem ser "doutores da lei" (1 Tm 1.7): que deem uma resposta própria para uma consciência reta, curvada sob o sentido duplo da espiritualidade e inflexibilidade da lei e a sua carnalidade desesperada.
C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé.
I - OS PROPÓSITOS DA LEI
1. O Decálogo (Êx 20.3- 17).
Os Propósitos da Lei
Antes de chegar nessa nova terra, os israelitas precisavam entender que deveriam ter regras específicas de convivência com DEUS, com seu próximo e consigo mesmos. Eles não seriam pessoas sem regras, que poderiam fazer o que quisessem sem prestar contas de suas atitudes. Por isso, eles deveriam ter uma lei que organizasse a vida. Essa lei foi dada por DEUS. Os Dez Mandamentos, como são conhecidos, foram dados ao povo de Israel pelo Senhor, a fim de que os israelitas pautassem sua existência pelo que DEUS queria.
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 67.
LEI É PERFEITA
A lei é divinamente perfeita. Na verdade, a própria perfeição da lei é a razão de amaldiçoar e matar aqueles que não são perfeitos e pretendem subsistir perante ela. "A lei é espiritual, mas eu sou carnal" (Rm 7:14). É inteiramente impossível fazer-se uma ideia justa da perfeição e espiritualidade da lei. Porém, esta lei perfeita estando em contato com a humanidade caída—esta lei espiritual entrando em contato com a mente carnal—só podia produzir a "ira" a "inimizade" (Rm 4:15; 8:7). Por quê?- É porque a lei não é perfeita?- Ao contrário, é porque ela o é e o homem é pecador. Se o homem fosse perfeito cumpriria a lei em toda a sua perfeição espiritual; e até mesmo no caso de crentes verdadeiros, embora tragam ainda consigo uma natureza corrompida, o apóstolo ensina-nos: "Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o espírito" (Rm 8:4): "...porque quem ama aos outros cumpriu a lei... O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor" (Rm 13:8 e 10). Se eu amar o próximo não furtarei aquilo que lhe pertence; pelo contrário, procurarei fazer-lhe todo o bem que puder. Tudo isto é claro e fácil de compreender por uma alma espiritual; mas não toca na questão da lei, quer seja como fundamento de vida do pecador ou de regra de vida para o crente.
C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé.
2. Objetivos do Concerto divino.
Os objetivos de DEUS com a Lei foram inicialmente:
Providenciar um padrão de justiça que pudesse ser alcançado. Princípios são ordenações gerais que têm por objetivo regular determinadas situações. Esses princípios são expostos em regras, ou seja, quando DEUS desejou proteger o fruto do trabalho dos israelitas, ordenou que não se furtasse. Os princípios desse mandamento são a proteção da propriedade e a valorização do trabalho, e eles são expostos na regra “não furtarás”. Portanto, os princípios estão no topo, e as regras, na base. Regras podem variar com o passar do tempo, com o local e o povo, mas os princípios não (Dt 4.8; Rm 7.12).
A lei de DEUS também mostra o pecado do homem. Ela não faz do homem um pecador, mas mostra o quanto ele é inclinado a desobedecer às regras e princípios que DEUS determinou. Paulo comenta isso em Romanos 5.20: “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse”, isto é, fosse devidamente conhecida. “Pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rm 3.20), ou seja, o conhecimento pleno dele. “Mas eu não conheci o pecado senão pela lei” (Rm 7.7). Ou seja, Paulo deixa claro que a lei traz o conhecimento de nossos pecados. Ela não os cria, mas os denuncia.
A lei mostra ainda a santidade de DEUS. DEUS é santo, e não pode tolerar o pecado. A lei mostra que o padrão de DEUS para uma vida justa deve ser buscado pelo homem. Com o passar do tempo, percebeu-se que essa busca pela justiça não poderia ser alcançada sem a ajuda de um Salvador, a quem DEUS enviou ao mundo, seu Filho JESUS CRISTO. Apenas por Ele podemos nos aproximar da santidade de DEUS e buscá-la para um viver santo neste mundo decaído.
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 68-69.