04 dezembro 2014

Lição 10 - As Setenta Semanas, 2parte

II - DEUS REVELA O FUTURO DO SEU POVO (Dn 9.24-27)
1. As setenta semanas (v.24).
“setenta semanas estão determinadas...” (9.24). A profecia ganha um sentido especial, porque depois que Daniel descobriu que o profeta Jeremias, seu contemporâneo, havia profetizado que o exílio de Israel duraria setenta anos, ele entendeu que esse número tinha um significado especial (Jr 25.11-13; 19.10). Não se tratava de um tempo aleatório, mas, de fato, significava um tempo especial de anos que envolveria o seu povo Israel. O número setenta, então, ganha um sentido escatológico, para significar, na linguagem bíblica, cada dia da semana significando um ano, e assim, cada semana pode referir-se a um período de sete anos. Portanto, as setenta semanas compreendem, a 70 x 7 = 490 anos. A contagem dessas setenta semanas teria o seu início a partir do decreto de Artaxerxes (445 a.C.). No versículo 24 está escrito que estas semanas “estão determinadas” por DEUS.
A profecia divide as “setenta semanas” em três períodos distintos. O primeiro período de “sete semanas”, é equivalente a 49 anos, ou seja, sete períodos de sete anos. O segundo período seria de sessenta e duas semanas. Subtende-se que se trata de 62 x 7= 434 anos. Essas sessenta e duas semanas, somadas às sete primeiras semanas, chegariam ao tempo da restauração de Jerusalém até a vinda do Messias. O terceiro período implica em “uma semana”, ou seja, sete anos, quando haverá uma invasão do Anticristo e se iniciará um tempo de tribulação para Israel. E o período denominado como o da “grande tribulação”(9.27).
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 132-133.
 
Dn 9.24 “Setenta semanas...” Entre os hebreus, em lugar da palavra “semana” usava-se a palavra “shabua”. Em hebraico “shabua” significa, literalmente, um “sete”. Pode ter o sentido de um “sete” de dias como também um “sete” de anos. Precisamente nesta profecia tem o sentido profético de anos e não de dias. (Ver Nm 14.34 e Ez 4.6). Assim sendo, estas “setenta semanas” são setenta “grupos de sete anos”, ou seja, 490 anos. A grande profecia das setenta semanas, visava, não somente ao “povo” mas também à restauração da cidade que se encontrava em grande ruína. (Ver Ne 1.3). Seis acontecimentos marcantes deviam acontecer no decorrer das setenta semanas escatológicas:
1) Extinguir a transgressão, em grego é “anomia”, e significa “violação da lei, desordem, anarquia; declínio para a margem esquerda ou direita da linha da santidade”; tudo isso Israel tinha praticado em grau supremo e, segundo o anjo intérprete, esta “transgressão” na vida da nação israelita não podia ultrapassar a “septuagésima semana”.
2) Dar fim aos pecados. O termo “pecado”, no grego, é “hamartia”, significa “tortuosidade” no sentido próprio, e “errar o alvo” no sentido religioso. Segundo o anjo, o pecado tinha de ser "tirado” da vida da nação, antes da introdução do reino milenar de CRISTO. (Ver Rm 11.26).
3) Expiar a iniquidade. O termo “iniquidade” tem sentido lato, tanto no Antigo como no Novo Testamento, como por exemplo: “rãshã”, “ponêros”, “athesmos”, etc. Isso significa “desobediência, insubordinação”. Essa iniquidade na vida de Israel seria “expiada”, de acordo com o texto em foco, dentro dos limites das setenta semanas. Isso porém, não aconteceu por desobediência de Israel, de não aceitar JESUS como seu Messias. (Ver Jo 1.11).
4) Trazer a justiça eterna. A “justiça eterna” do presente texto é a “Justiça de CRISTO”, que ele ganhou na cruz. A promessa para Israel é que, antes do reino milenar CRISTO será introduzido no mundo com essa “justiça”, e a nação inteira desfrutará dela em plenitude.
5) Selar a visão e a profecia. A “profecia” do texto em foco, sem dúvida, é a das setenta semanas; ela precisava ser selada com seu cumprimento. Isso terá seu cumprimento em plenitude, quando DEUS “restaurar o reino a Israel”. (Ver At 1.6).
6) Ungir o Santo dos santos. Em algum sentido, todos os templos, isto é, o de Salomão; o de Esdras; o de Herodes, e o que será usado pelos judeus descrentes sob a aliança com o Anticristo (Dn 9.27; Mt 24.15; 2 Ts 2.4), e o templo escatológico de Ezequiel (Ez caps. 40 a 48), todos são tratados como uma só casa: a “casa de DEUS”. Assim, CRISTO purificou o “templo dos seus dias”, embora construído (ou reconstruído) por um usurpador idumeu (Herodes) para agradar aos judeus. A nova promessa, segundo o anjo, é de que este “santuário” onde ficava o “Santo dos santos”, será “ungido” por CRISTO antes que as setenta semanas expirem. Todas essas “seis coisas” terão seu cumprimento pleno com o retorno de CRISTO a este mundo com poder e grande glória, isto é, sete anos após o arrebatamento da igreja deste mundo. (Ver Ap 1.7).
Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 178-179.
 
"Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo..." (9.24). Circunstâncias e observações sobre a profecia das setenta semanas:
a. Findaram-se os 70 anos e não ocorria o repatriamento dos judeus. (Ler Daniel 9.2; Jeremias 25.11,12; 29.10.)
b. Por que 70 anos de cativeiro e nem mais nem menos? Tratava-se de disciplina de Israel por quebra deliberada dos preceitos divinos exarados em Levítico 25.3-5; 26.14, 33-35; 2 Crônicas 36.21. O cativeiro de Judá foi, em grande parte, fruto da desobediência dos judeus quanto às palavras do Senhor, acima exaradas. Vemos na passagem de Levítico que DEUS determinou a observância de um ano sabático, ou de descanso, quando a terra descansava. Isso devia ser observado cada 7 anos. Ora, durante os quase 500 anos que vão da monarquia de Israel ao seu cativeiro, eles não cumpriram o preceito do Senhor. Resultado: DEUS mesmo fez a terra repousar, mantendo seus maus "inquilinos" fora por 70 anos. Ora, 70 anos é o total de anos sabáticos ocorridos no espaço de 490 anos.
DEUS lida muito bem com pessoas e nações que quebram as suas leis, mesmo as civis, como esta que acabamos de mencionar.
c. As setenta semanas da profecia em foco (9.24-27) são semanas de anos; não de dias. Eis o porquê disso:
1) O original não diz "semana", e sim "setes" ("setenta setes"). Quando se trata de semana de dias, como em Daniel 10.2,3, é acrescentado, em hebraico, a palavra para dias: "yamin".
2) É bíblica a expressão "semana de anos". (Ler Levítico 25.8; Números 14.34; Ezequiel 4.7.) Aplicação prática de uma "semana de anos" (Gn 29.20,27).
3) Os seis ditosos eventos preditos, a respeito de Israel, em 9.24, ainda não se cumpriram.
4) Em 9.27, por ocasião da última das setenta semanas, a Bíblia diz: "E ele fará firme aliança com muitos por uma semana". É algo ridículo um pacto entre nações por uma semana de dias, quando somente o protocolo e as celebrações muitas vezes tomam mais de uma semana...
d) A autenticidade desta profecia (9.24-27) foi atestada por JESUS, em Mateus 24.15, onde ele também mostra que a última das setenta semanas é ainda futura, uma vez que o fato ali citado por JESUS ainda não ocorreu depois que Ele proferiu aquelas palavras.
5. A divisão das 70 semanas em três grupos. A leitura da passagem (w. 24-27) mostra que as semanas estão divididas em três grupos. Sendo semanas de anos, totalizam 490 anos. Os três grupos são: um de 7 semanas, um de 62, e um de uma.
Comparando-se Apocalipse 12.6 com 13.5 vê-se que o ano bíblico ou profético é de 360 dias, pois 1.260 dias dá 42 meses de 30 dias. Também em Gênesis 7.11 e 8.4 temos a expressão "cinco meses", e, em 7.24 e 8.3, do mesmo livro, vemos que esses cinco meses equivalem a 150 dias, ou seja, 5 meses de 30 dias, o que significa anos de 360 dias na Bíblia. O calendário religioso de Israel era lunar. A lua nova marcava o início dos meses, sendo essa uma ocasião festiva. Esse ano era de 354 dias, mas nos fatos gerais e nas profecias era arredondado para 360 dias. O calendário solar é posterior, e é relacionado com as estações do ano.
a. O 1º grupo de semanas - 7 semanas ou 49 anos (v. 25). Esse período começaria com a expedição do decreto de reconstrução de Jerusalém, o qual foi baixado em 445 a. C. por Artaxerxes Longímano, de acordo com as maiores autoridades no assunto. O capítulo 2 de Neemias descreve a ocasião desse decreto; Neemias foi comissionado pelo rei para dar cumprimento a esse ato. De acordo com a profecia em estudo, no fim dos 49 anos a cidade de Jerusalém estaria reconstruída (ano 397 a.C.)
Houve dois decretos ligados à reconstrução de Jerusalém, que muitos estudiosos da Bíblia confundem. Um em 457 a. C., de embelezamento do templo e restauração do culto, a cargo de Esdras (Ed cap 7). O outro foi o da reconstrução dos muros e, portanto, da cidade, a cargo de Neemias. É deste que estamos tratando - foi baixado o ato em 445 a. C. A partir daí, começaria a contagem das setenta semanas proféticas.
b. O 2º grupo de semanas - 62 semanas ou 434 anos (vv. 25,26). Nesse período surge o Messias e é morto. A cidade de Jerusalém é destruída e há guerras até o fim. Os 434 anos vão de 397 a. C. até os dias da morte de CRISTO. Logo depois ocorreu a destruição de Jerusalém pelos romanos, em 70 d. C. Conforme o versículo 26, após a morte de JESUS seguiu-se a destruição de Jerusalém. Assim, de acordo com a profecia (v. 26), o Messias morreria antes da destruição da cidade, o que de fato ocorreu.
Um retrospecto histórico do nosso calendário. O nosso calendário, isto é, o que está em uso entre nós, foi primeiramente organizado por Rômulo, tido como o primeiro rei de Roma. Tinha dez meses. Numa Pompílio - outro rei de Roma - acrescentou-lhe dois meses. Júlio César reformou-o posteriormente. Em 526 d. C. Dionísio elaborou novo calendário, mas enganou-se nos cálculos, resultando num erro de atraso de quase 5 anos. O ano 33 do atual calendário corresponde ao 29 do calendário correto, mas inexistente. (O limitado escopo deste livro não permite um tratamento minucioso deste ponto, mas o estudante que ignorar isso ver-se-á em complicações quando quiser situar a revelação divina no tempo, quando lidar com os tempos do Novo Testamento.)
c. O 3º grupo de semanas - o de uma semana, isto é, 7 anos (v.27). Esta semana é futura. Para ver isso é bastante comparar o versículo 27 com as palavras de JESUS em Mateus 24.15, que ainda não se cumpriram. Esta última semana não começará enquanto Israel estiver fora da sua terra, disperso, o que pode ser visto no versículo 26. No começo deste século, Israel iniciou a volta à Palestina e continua o retorno.
Há um intervalo de tempo entre 69º e a 70º semanas, indicado no versículo 26, pela expressão "e até o fim". Neste intervalo (que já vai para mais de 2.014 anos), enquanto Israel é rejeitado (ver Lucas 13.34,35), a Igreja é formada e arrebatada para o Céu. Realmente, à luz de Daniel 9.24, a profecia das Setenta Semanas nada tem com a Igreja, a não ser indiretamente, como já mostramos, no caso do intervalo: "e até o fim".
Após o arrebatamento da Igreja terá início então a 70º semana - os sete anos em que ocorrerá a Grande Tribulação, a qual é descrita em detalhes em Apocalipse, capítulos 6 a 18. É assombrosa a precisão da profecia bíblica!
6. Análise resumida das Setenta Semanas. Essas semanas tratam das provações e sofrimentos pelos quais Israel terá de passar antes que o seu Libertador apareça, para que, como diz o final do versículo 24 da profecia em estudo, os pecados de Israel tenham fim, e para trazer a justiça eterna. Estas "semanas" não se referem à Igreja, mas a Israel. "Sobre o teu povo [o povo de Daniel], e sobre a tua santa cidade" (a cidade de Jerusalém - v. 24).
a. "Setenta semanas estão determinadas". Terão seu fiel cumprimento, pois estão determinadas por DEUS.
b. As seis coisas preditas, que estão para acontecer durante as setenta semanas (ou 490 anos) a Israel: 1) "fazer cessar a transgressão": o tipo de transgressão do seu povo, que Daniel acabara de confessar em oração. 2) "dar fim aos pecados". O sentido original é de reter, deter, restringir. O mesmo vocábulo original é traduzido "tornar inativo" em Jó 37.7. 3) "expiar a iniquidade". A obra realizada por CRISTO no Calvário operará então em favor de Israel. 4) "trazer a justiça eterna". Isto terá lugar em Israel pela transformação interior, conforme o que está escrito em Jeremias 31.33,34. 5) "selar a visão e a profecia". Quando o povo andar em retidão, abandonando as suas transgressões, a visão e a profecia podem ser seladas. (Ver Jeremias 31.34.) 6) "ungir o Santo dos santos". Certamente isto tem a ver com a purificação do templo de Jerusalém que foi profanado pela "abominação desoladora" mencionada em Daniel 11.31 e à qual se referiu JESUS em Mateus 24.15.
c. Estas seis coisas, para terem lugar, necessário se faz que CRISTO venha e que Israel seja restaurado e convertido.
Antônio Gilberto. DANIEL & APOCALIPSE Como entender o plano de DEUS Para os últimos dias. Editora CPAD.
 
2. Os três príncipes são mencionados na profecia (vv.25,26).
O primeiro período contém “sete semanas” equivalentes a 49 anos literais, que começaram ainda no reino de Artaxerxes, no mês de Nisã (abril) de 445 a. C. O seu início deu-se a partir “da saída da ordem para restaurar e para edificar a Jerusalém” (9.25). Nesse período de 49 anos (sete semanas) foram reconstruídos os muros e a cidade de Jerusalém.
O segundo período contém “sessenta e duas semanas” equivalentes a 434 anos literais (9.25). Esse segundo período refere-se ao tempo do final da Antiga Aliança com Israel até a chegada do “Ungido”, o Messias profetizado, revelado, porém ultrajado e rejeitado pelo seu povo, foi morto e foi cortado (9.26).
O terceiro período contém apenas “uma semana” equivalente à “sete anos” quando o 3° príncipe”, identificado no Novo Testamento como “Anticristo”  "Fará uma aliança com muitos por uma semana” (9.27). Profeticamente, esta “última semana” complementa as “setenta semanas profetizadas”. Entretanto, uma vez cumpridos os dois períodos de sessenta e nove semanas, resta, tão somente, a última semana. Independente das interpretações discordantes, o pensamento pré-tribulacionista, entende que esse período de “uma semana” chegará ao seu cumprimento após um intervalo profético entre a 69a e 70a semanas. Esse intervalo profético é identificado na Bíblia como “o tempo dos gentios” quando a união entre judeus e gentios formaria um novo povo, a igreja (Ef 2.12-16). Estamos vivendo esse tempo da igreja (1 Pe 2.9). Outrossim, esse período de “uma semana” é, também, identificado pelas profecias bíblicas como um tempo de “grande tribulação”, especialmente, para o povo judeu. Nesse tempo virá “o assolador”(Anticristo), ou seja, “o homem do pecado”, “o filho da perdição”, o “anticristo” que virá sobre “a asa das abominações” (Dn 9.27).
A igreja de CRISTO não entrará nessa fase das abominações praticadas pelo “homem do pecado”, ainda que sintamos os sinais da sombra desse personagem, a igreja será, antes, arrebatada. Os que esperam entrar na primeira fase da Grande tribulação esquecem que só se justifica o arrebatamento da Igreja pelo fato de que ela não conhecerá o anticristo, nem experimentará a força do seu domínio no mundo (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.14-17).
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 134-135.
 
Dn 9.25 As setenta semanas do capítulo em foco apresentam três divisões principais, e a última semana está dividida em dois períodos de três anos e meio cada um.
a) “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até o Messias, o Príncipe, sete semanas”. Aqui está o ponto de partida para a contagem das setenta semanas: a saída da ordem”. São encontradas duas ordens nesse tempo do cativeiro; a primeira foi promulgada por Ciro, rei dos persas, e a segunda por Artaxerxes Longímano. Examinando Esdras 1.2, 3, fica esclarecido que a primeira “ordem”, dada por Ciro, não foi para “restaurar e para edificar Jerusalém”, e sim, para edificar o templo. (Ver 2 Cr 36.23; Ed 1.2). É evidente que a “ordem” referida por Gabriel não é a de Ciro e sim, a de Artaxerxes, que a promulgou no dia 14 do mês de Nisã (abril) do ano 445 a. C., data da ordem para reedificação da cidade Santa (Ne cap. 2): durou “sete semanas” segundo o calendário profético. Mas a construção levou 49 anos pelo calendário humano. (A frase 49 anos aparece também em Lv 25.8 com sentido especial), b) “E sessenta e duas semanas: as ruas (praças) e as tranqueiras (circunvalações) se reedificarão, mas em tempos angustiosos”. O primeiro período que começou no ano 445 a. C., terminou em 396 a. C. A partir daí se iniciaria um novo período que cobriria um lapso de tempo de 434 anos, dando seqüência ao primeiro que foi de 49 anos. O segundo período que é o das “sessenta e duas semanas” está ligado ao primeiro que, juntos, somam 483 anos, tempo esse em que “as ruas e as tranqueiras” seriam reedificadas, "mas em tempos angustiosos”. Esses tempos sombrios, marcam as atrocidades sofridas por Israel debaixo do poder dos monarcas selêucidas, e do domínio romano. Dentro deste período de 69 semanas, (483 anos), um fato notável deveria acontecer: O nascimento do Messias, o Príncipe, e só depois da morte do Messias é que viria o terceiro período: uma semana, c) “E ele firmará um concerto com muitos por uma semana”. Essa terceira divisão seria dividida em duas seções de três anos e meio cada. Ela se refere ao tempo sombrio da Grande Tribulação. Observemos agora um cômputo geral das semanas: vejamos desde seu ponto de partida até sua chegada, no Novo Testamento. A primeira divisão é de 49 anos; a segunda de 434 anos; as duas somam 483 anos. O ponto de contagem dos 483 anos, foi marcado no ano 445 a. C. Se somarmos os 49 a. C. com os 33 da vida de CRISTO, temos apenas, 478 e não 483 anos. Mas é evidente que, 69 semanas não são 478 anos, mas 483. A predição dizia que o Messias, o Príncipe, seria morto no final das 69 semanas. (Ver v. 26), e realmente foi o que aconteceu. CRISTO morreu, como sabemos, na 69ª semana. (Ver Lc 24.44). O nosso calendário atual teve sua origem em Dionísio Exiguus, abade romano, tendo como ponto de partida a fundação de Roma em 754 a. C. Segundo os anais da história deste império, na hora da coroação de Rômulo, houve um eclipse lunar; os astrônomos calcularam que esse eclipse teria ocorrido no ano 750 a. C. Há, portanto, uma diferença de 4 anos não computados; isso é realmente o que lemos nas margens e rodapés de nossas Bíblias: 4 anos antes de CRISTO. Observemos: de 445 a. C. a 33 d. C. são 478 anos. De 1 a. C. a 1 d. C. é um ano. Este ano, junto aos 478, com mais 4 não computados, soma exatamente 483 anos; assim, as profecias são imortais e se combinam entre si em cada detalhe! A 69ª semana terminou no dia 10 de Nisã (abril) - segunda-feira, quando JESUS entrou em Jerusalém montado em um jumentinho e “chorou sobre ela”. (Ver Lc 19.41). Há apenas uma diferença de 4 dias, em virtude de 483 anos divididos por séculos, teriam 119 anos bissextos, pois os anos proféticos não marcam décadas, mas séculos. “A duração de um ano solar é de 365 dias e 1/4. Esta fórmula não se acha primariamente nos livros; está descrita nos céus, na mecânica celeste que rege os astros. O dia solar por exemplo, é o espaço em horas e minutos em que a Terra faz uma revolução completa em torno do seu eixo. A duração exata do dia solar é de 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e 9/10 de segundos. Os anos hebraicos são de 12 meses, e os meses são de 30 dias. Notemos que, tanto os acréscimos em dias como a diminuição em horas e minutos aqui são significativos; além disso, os anos contados em séculos absorvem os anos bissextos.
“Em 4 séculos temos um verdadeiro ano bissexto”. (Sir R. Anderson). Com o aumento de dias em anos, e com a diminuição de horas em dias no que diz respeito à mecânica celeste, e com a absorção dos anos bissextos pelos séculos, temos os 4 dias computados pela mecânica divina. (Ver Jr 1.12). DEUS vela sobre os dias, horas e meses e anos no cumprimento de suas predições (comp. Ap 9.15).
Dn 9.26 “E depois das sessenta e duas semanas será tirado o Messias”. "... do príncipe, que há de vir”. Dois príncipes são citados nos versículos 25 e 26; o primeiro está seu nome escrito com “p” maiúsculo, enquanto que o segundo, com “p” minúsculo. No versículo 25, o “Príncipe” escrito com “P” maiúsculo é chamado também, o Messias. No versículo 27, o “príncipe” escrito com “p” minúsculo é chamado “ele” que fará um concerto com muitos por uma semana. Aí surge grande dificuldade entre os comentadores, se “ele” aí se refere a CRISTO ou ao Anticristo. “Gramaticalmente falando, poderia referir-se a qualquer um, porém, a presunção favorece o último por estar mais perto do pronome”. O primeiro Príncipe (é CRISTO) aparecerá dentro das 69 semanas; o segundo, porém, só na última semana. Observe bem a frase “e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário”. O texto em foco, não diz que “o príncipe” destruiria a cidade, e sim, o “seu povo”. Essa profecia se refere ao “povo romano” que destruiu a cidade de Jerusalém no ano 70 d. C. Portanto, o “Príncipe” (O Anticristo), ainda virá, não para destruir a cidade e o santuário, mas para o profanar. (Ver 2 Ts 2.4).
Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 179-182.
 
Dn 9.25 a. "desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém". Aqui temos a indicação do tempo em que começaria a primeira semana. Essa ordem ou decreto, como já abordamos (Ne 2.1), foi entregue a Neemias para sua execução no ano 445 a. C.
b. "até o Messias, sete semanas e sessenta e duas semanas". Isso totaliza 69 semanas de anos, ou seja, 483 anos. É o tempo que vai da reconstrução de Jerusalém pelos repatriados até a morte e ascensão do Messias.
Dn 9.26 a. "sessenta e duas semanas". A isso acrescentem-se mais as 7 semanas do versículo 25, com o que perfaz 69 semanas até a morte e ascensão de JESUS.
b. "será morto o Ungido". (Ler Isaías 53.8 onde isso é mais bem explicado.)
c. "e já não estará". (Ler Mateus 23.39.)
d. "e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário". Jerusalém foi destruído no ano 70 d. C.
O povo que a destruiu foi o romano. Logo, de acordo com as palavras deste versículo, é de área do antigo Império Romano que deve proceder o futuro Anticristo. [Essa área incluía a Grécia, que era parte do dito império, bem como os demais territórios situados em todo o contorno do mar Mediterrâneo.]
e. "o seu fim". Isto é, o fim da cidade (Jerusalém) e seu santuário ( o templo). Isso fala de sua destruição no ano 70 d.C., à qual já nos referimos.
f. "será como num dilúvio". Isto é, será irresistível e esmagador, assim como foi quando Tito, o general, arrasou a cidade e o povo, com suas tropas.
g. "e até o fim haverá guerra". Esse tempo indefinido entre as semanas 69ª e 70ª não é contado como parte delas, como está bem claro mediante o exame dos versículos 26 e 27. Tal tempo não determinado: "até o fim", já vai para mais de 2.014 anos! É esse o tempo em que a Igreja está sendo constituída, edificada, e preparada para ser arrebatada da Terra para o Céu. Os eventos desse tempo não concernem a "teu povo e tua santa cidade" (isto é, de Daniel). Por que o tempo chamado "até o fim", situado entre a 69ª e a 70ª não é contado quanto a Israel? É pelo fato de Israel durante esse tempo estar fora de sua terra, o que ocorreu após o ano 70 d. C. até 1948. Mas o certo é que há ainda muitos milhões de judeus fora da Palestina.
Há na Bíblia outros exemplos de longos intervalos de tempo numa mesma passagem, como:
Isaías 61.1,2. O ano aceitável do Senhor, e o dia da vingança do nosso DEUS. Hão já decorridos mais de 2.014 anos entre esses eventos citados num mesmo versículo.
Isaías 9.6,7. Entre o nascimento do Menino e a época do "DEUS Forte" estão muitos séculos, como bem sabemos pela história.
Gênesis 1.1,2. Entre esses dois versículos devem ter ocorrido muitos milênios.
h. "Desolações são determinadas". Os tempos do fim serão caracterizados por guerras e suas misérias.
Antônio Gilberto. DANIEL & APOCALIPSE Como entender o plano de DEUS Para os últimos dias. Editora CPAD.
 
3. O intervalo que precede a septuagésima semana (v.27).
Dn 9.27 "... ele firmará um concerto com muitos por uma semana”. Tem sido afirmado por alguns que o hebraico “berith” (aliança), empregado aqui não pode ser uma “aliança” entre homens, mas tem de referir-se a uma aliança da parte de DEUS. Eles porém, se esquecem de que o mesmo termo hebraico é usado acerca da aliança entre Acabe e Benadabe. (Ver 1 Rs 20.34), da aliança entre Efraim e a Assíria. (Ver Os 12.1), e também da aliança entre Antíoco e Ptolomeu. (Ver Dn 11.22). Essa “aliança” ou “concerto” é o que o profeta Isaías chama de “concerto com a morte” (Is 28.15), e continua o profeta: “O vosso concerto com a morte se anulará; e a vossa aliança com o inferno não subsistirá”. (Ver v. 18). O objetivo do Anticristo neste concerto é exclusivamente tomar o lugar santo (o templo) e profaná-lo. (Ver 11.31). O Anticristo se assentará, como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer DEUS (2 Ts 2.4); será esse o momento em que “a abominação da desolação de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo” (Mt 24.15). Os judeus não aceitarão esse tipo de “abominação” na casa de DEUS, e, certamente, reclamarão ao Anticristo; ele, indignado, “romperá” o concerto com eles, deflagrando uma grande perseguição. (Ver Mt 24.15-22). Eis a razão, por que, no retorno de CRISTO à terra para exterminar o Anticristo e estabelecer o reino milenar, Ele purificará novamente o “santuário” e “ungirá o Santo dos santos”, conforme a profecia.
Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 184.
 
Dn 9.27 Cinco coisas terão lugar durante a última "semana ", os sete anos de ascendência do Anticristo:
a. Ele fará uma aliança de peso, com os judeus, por sete anos. Note as palavras da profecia "fará firme aliança".
b. A aliança ele (o Anticristo) a quebrará no meio da semana, isto é, decorridos três anos e meio.
c. A Grande Tribulação terá início sobre Israel. "Sobre a asa das abominações virá o assolador".
d. O Anticristo dominará "até que a destruição... se derrame sobre ele".
e. CRISTO aparecerá para destruir o Anticristo e suas hostes, livrando assim Israel da destruição total quando toda esperança de salvação estiver perdida, "até que a destruição que está determinada, se derrame sobre ele". Isso ocorrerá na batalha do Armagedom.
a. "Ele". Trata-se do Anticristo.
b. "fará firme aliança". Deve ser uma falsificação do divino concerto prometido por DEUS em Jeremias 31.31-33.
c. "com muitos". Uma referência ao povo de Israel, já reunido em sua terra.
d. "por uma semana". É a última das Setenta Semanas proféticas, que terá lugar na terra, após o arrebatamento da Igreja.
e. "na metade da semana". Isto é, após três anos e meio. (Ler aqui Daniel 7.24,25; Apocalipse 11.2,3; 12.6,14; 13.5). Nos últimos três anos e meio ocorre a Grande Tribulação propriamente dita, de que falou JESUS em Mateus capítulo 24. Disso também se ocupa o livro de Apocalipse, nos capítulos 11 a 18.
f. "fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares". Isso demonstra que o templo de Jerusalém estará então reconstruído. Disso falou JESUS em Mateus 24.15b ("está no lugar santo"). (Ver também 2 Tessalonicenses 2.3,4.)
g. "sobre a asa das abominações". Esta expressão é de mui difícil interpretação. O termo "abominação" é muito usado na Bíblia para significar ídolos. Comparando-se as passagens paralelas de Daniel 11.31; 12.11 e Mateus 24.15, vê-se que se trata de um ídolo que será colocado no Lugar SANTO do templo, que estará então reconstruído. Outras passagens que falam da reconstrução do templo são 2 Tessalonicenses 2.4 e Apocalipse 11.1-2.
h. "virá o assolador". Uma referência ao Anticristo.
i. "até que a destruição, que está determinada se derrame sobre ele". Essas palavras da profecia referem-se à derrota total e completa do Anticristo e seus exércitos confederados, ao descer JESUS em glória sobre o monte das Oliveiras, conforme Zacarias 14.1-5; Mateus 24.30; Atos 1.11; Apocalipse 19.11-16.
Sim, a última semana culminará com a vinda de JESUS em glória com todos os seus santos para socorrer Israel, destruir a Besta e seus exércitos, e julgar as nações.
Virá em seguida o Milênio, que será uma preparação do mundo por mil anos, sob o governo de CRISTO, seguindo-se o Juízo Final ou do Grande Trono Branco, e o perfeito Estado Eterno, conforme 1 Coríntios 15.24,25; Apocalipse 20.5,6.
É com o Milênio que terá início o cumprimento das seis bênçãos de DEUS sobre Israel, preditas no versículo 24 da profecia que estamos estudando.
Antônio Gilberto. DANIEL & APOCALIPSE Como entender o plano de DEUS Para os últimos dias. Editora CPAD.
 
Dn 9.27
Os defensores do ponto de vista do segundo advento postulam um intervalo de tempo entre os vs. 26-27. compreendendo que o "príncipe" faria "firme aliança" com muitos. Além disso. eles interpretam que o "príncipe" será o anticristo o qual estabelecerá uma aliança com o povo judeu. reunido no território de Israel durante um período de "tribulação" (12.1; Mt 24.21; Ap 7.14) de sete anos, a septuagésima "semana").
cessar o sacrifício.
De conformidade com os defensores do ponto de vista do segundo advento. há aqui uma referência à proibição determinada pelo anticristo. do "sacrifício e a oferta de manjares" ! talvez representando a prática religiosa em geral pelo povo judeu reunido após três anos e meio IAp 11.2; 12.6, 14) do período da tribulação.
o assolador. De acordo com o ponto de vista do segundo advento. isso descreve uma catástrofe que atingirá a cidade de Jerusalém em conexão com as atividades do anticristo. Frases semelhantes a "asa das abominações" ocorrem em Dn 8.13; 11.31; 12.11 Inatas).
bem como em 1 Macabeus 1.54. Dn 8.13 e 1 Macabeus 1.54 são claras referências às atividades de Antíoco IV. JESUS refere-se a essa "abominação" em sua predição de eventos futuros IMt 24.15; Me 13.14).
Bíblia de Estudo de Genebra. Editoras Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 999.
 
 
III - OS PROPÓSITOS DA SEPTUAGÉSIMA SEMANA (Dn 9.27)
1. Revelar o “homem do pecado” (2 Ts 2.3).
O versículo 27 nos obriga a reconhecer que nem Antíoco Epifânio, nem Tito têm cumprido os terríveis presságios da declaração dessa escritura do v. 27. As ações realizadas neste versículo não correspondem ao personagem do versículo 26. Na realidade, a predição do versículo 27 remonta a uma época escatológica.
A escritura começa com o pronome “ele” (v. 27). Quem? Que personagem será esse? O personagem é identificado, também, como “o rei de cara feroz”;“o chifre pequeno” que surge do “animal terrível e espantoso”, representando o império romano. Do ressurgimento desse antigo império romano surgirá “o príncipe romano” (Dn 7.25). Esse personagem é, também, identificado na linguagem do Novo Testamento como “o anticristo” (1 Jo 2.18; 4.3) e como “a Besta que saiu do mar”(Ap 13.1). O personagem é apresentado numa linguagem figurada mas a sua existência será literal. Ele será um líder mundial que chamará a atenção das nações da terra pela inteligência que demonstrará na diplomacia e na astúcia política.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 135.
 
2 Ts 2.3 A chegada do dia do Senhor se dará “como o ladrão de noite” (1 Ts 5.2); mesmo assim, alguns eventos deverão precedê-lo. O dia final do Senhor não virá sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado. Esta “apostasia” ou rebelião será uma revolta enorme contra DEUS. Ela poderá começar entre aqueles que crêem em DEUS e se espalhar entre todas as pessoas que se recusam a aceitar CRISTO. Assim, ela incluirá os judeus que abandonaram a DEUS e alguns membros da igreja cuja fé é apenas simbólica. Embora a rebelião contra DEUS pareça bastante difundida hoje, à medida que a vinda de CRISTO se aproxima, esta apostasia e oposição ativa contra DEUS irá se intensificar. Durante a apostasia, um homem fora do comum virá a público. Ele terá considerável poder de Satanás e personificará o mal. Ao longo de toda a história, determinados indivíduos personificaram o mal e foram hostis a tudo o que CRISTO representa (veja 1 Jo 2.18; 4.3; 2 Jo 7). Estes “anticristos” viveram em todas as gerações, e outros como eles irão continuar a realizar o mal. Então, pouco antes da segunda vinda de CRISTO, “o homem do pecado”, um homem completamente maligno, surgirá. Ele será um instrumento de Satanás, equipado com o poder de Satanás (2.9). Este homem irá se opor à lei, tanto às leis morais de DEUS quanto às leis civis. Ele promoverá a imoralidade e a anarquia. Este homem “sem lei” e iníquo será o Anticristo. Ele estará no mundo e então alcançará poder e notoriedade. Este fato é demonstrado pela palavra “manifeste”. O livro do Apocalipse fala de uma “besta” que simboliza o Anticristo (Ap 13.5-8). A besta simboliza o Anticristo — não Satanás, mas alguém sob o poder e o controle de Satanás (veja também Ap 16.13 e 19.20, onde ele é o segundo membro da falsa trindade). O mal de Satanás irá culminar em um Anticristo final, um homem que irá concentrar todos os poderes do mal contra JESUS CRISTO e seus seguidores, trazendo destruição. Mas até mesmo este homem, com todo o poder que terá, estará, em última análise, condenado à destruição (veja Ap 20.10).
DEUS ainda reina e a sua vitória é certa. O iníquo será destruído, mas não antes que DEUS o use de acordo com os propósitos divinos. Durante este período de grande rebelião e apostasia, será demonstrada toda a extensáo da maldade, e a rebelião contra DEUS será exibida em todo o seu horror e feiura. Sempre, em meio a todo o sofrimento, em todos os tempos. DEUS está atraindo as pessoas a si, chamando-as ao arrependimento. Isto irá continuar durante estes últimos dias.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 465.
 
Uma revelação desse homem do pecado (v. 3): o anticristo surgirá dessa apostasia geral. O apóstolo mais tarde fala da revelação do iníquo (v. 8), mencionando a revelação que deveria ser feita da sua iniquidade, para a sua destruição. Parece que aqui ele fala da sua ascensão, que deveria ocorrer na apostasia geral que o apóstolo havia mencionado, e menciona que toda sorte de doutrinas falsas e corrupções se concentrariam nele. Grandes discussões ocorreram ao longo da história em relação a quem de fato é e o que se tenciona com esse homem do pecado e filho da perdição.
Observe: 1. Os nomes dessa pessoa, ou melhor, o estado e o poder aqui considerado. Ele é chamado de o homem do pecado, para indicar sua extraordinária iniquidade. Não somente ele é dedicado ao mal e o pratica, mas também promove, encoraja e comanda o pecado e a iniquidade em outros;
2. Ele é o filho da perdição, porque ele mesmo está dedicado à destruição certa e é o agente para destruir muitos outros, tanto o corpo quanto a alma.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 675-676.
 
A IGREJA DE Tessalônica cometeu dois sérios equívocos acerca da doutrina da segunda vinda de CRISTO. Ambos perigosos e de conseqüências danosas. Quais foram esses equívocos?
1. O equívoco de marcar datas quanto à segunda vinda de CRISTO (2.1,2).
Alguns crentes de Tessalônica estavam sendo enredados pelo engano, pensando que a vinda de CRISTO já havia acontecido. Eles fixaram uma data e na mente deles essa data já havia chegado.
Paulo já havia ensinado a igreja sobre a segunda vinda (I Ts 2.19) e a necessidade de estar preparado para ela (1Ts 5; 1-11), mas eles confundiram a vinda súbita com uma vinda imediata. O problema dos tessalonicenses não era a questão da demora da parousia, mas, sim, sua crença de que estava esmagadoramente iminente.
É bem provável que após a leitura da primeira carta de Paulo à igreja, alguns intérpretes fantasiosos tivessem chegado a essa equivocada interpretação e perturbado a igreja com suas conclusões. O verbo “perturbar” sugere ser agitado num vento tempestuoso, e é usado metaforicamente para ficar tão perturbado a ponto de perder sua compostura e bom senso normais. É ficar transtornado pela notícia. O erro doutrinário traz perturbação em vez de edificação e consolo. Sempre que alguém tenta administrar essa agenda que pertence à economia da soberania de DEUS cai em descrédito e colhe decepção. Somente DEUS conhece esse Dia.
2. O equívoco de não observar os sinais da segunda vinda de CRISTO (2.3).
Se por um lado não podemos marcar datas acerca do dia da segunda vinda de CRISTO, por outro, não podemos fechar os olhos aos seus sinais. O apóstolo pontua para a igreja que a segunda vinda de CRISTO não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja manifestado o homem da iniquidade.
Dois sinais precederão a segunda vinda de CRISTO: a. A apostasia (2.3). A palavra grega apostasia significa queda, caída, rebelião, revolta. Trata-se de uma apostasia final que ocorrerá imediatamente antes da parousia. Essa apostasia será uma intensificação e culminação de uma rebelião que já começou, pois o mistério da iniquidade já opera no mundo. O fato de que o Dia do Senhor será precedido pela apostasia também já fora claramente predito pelo Senhor no Seu sermão profético (Mt 24.10-13). O que é apostasia? Como podemos entendê-la? Concordo com a descrição de Howard Marshall: Apostasia é uma palavra utilizada no grego secular para uma revolta política ou militar e era usada na Septuaginta para a rebeldia contra DEUS (Js 22.22; 2Cr 22.19; 33.10; Jr 2.19). Em especial, referia-se ao desvio da Lei. Nos últimos dias a oposição dos homens a DEUS, bem como a imoralidade e a iniquidade crescerão grandemente (Mt 24.12; 2Tm 3.1-9). Estas coisas estão associadas com um aumento de guerras entre as nações (Mt 13.7,8) e com a atividade de falsos profetas e mestres (Mc 13.22; ITm 4.1-3; 2Tm 4,3,4).
William Hendriksen alerta para o fato de que a apostasia futura de modo algum ensina que os que são genuínos filhos de DEUS “cairão da graça”. Tal queda não existe (2.13,14). Significa, porém, que a fé dos pais - fé a qual os filhos aderem por algum tempo de uma maneira meramente formal será afinal e completamente abandonada por muitos dos filhos. O mesmo  escritor ainda diz: “O uso do termo apostasia aqui em 2Tessalonicenses 2.3, sem um adjetivo adjunto coloca em realce o fato de que, de modo geral, a Igreja visível abandonará a fé genuína”.
b. O aparecimento do homem da iniquidade (2.3). O movimento de apostasia chegará ao seu apogeu quando seu líder maior, o arquioponente de DEUS, o homem da iniquidade, for revelado. Esse homem da iniquidade, também chamado de “o filho da perdição” e “o iníquo” é uma designação paulina do anticristo. Assim como JESUS terá Sua revelação no apocalipse, também o anticristo terá sua manifestação. Isso enfatiza o caráter “sobre-humano” da pessoa mencionada, pois a coloca como contraparte da revelação do próprio Senhor JESUS CRISTO.
O texto que estamos considerando foca sua atenção na pessoa, na atividade e na derrota do anticristo. William Barclay entende que estamos diante de uma das passagens o anticristo, o inimigo consumado de DEUS e da Igreja mais difíceis de todo o Novo Testamento. Vamos, agora, examinar mais detidamente esse tema.
Sua identidade revelada (2.3)
A palavra anticristo significa um cristo substituto ou um cristo rival. O prefixo grego anti pode significar duas coisas: “contrário a” e “no lugar de”. Antonio Hoekema diz, portanto, que a palavra “anticristo” significa um cristo substituto ou um cristo rival. Assim, o anticristo é ao mesmo tempo um cristo rival e um adversário de CRISTO.
Satanás não apenas se opõe a CRISTO, mas também deseja ser adorado e obedecido no lugar de CRISTO. Satanás sempre desejou ser adorado e servido como DEUS (Is 14.14; Lc 4.5-8). Um dia produzirá sua obra-prima, o anticristo, que levará o mundo a adorá-lo e acreditar em suas mentiras. No livro de Daniel o anticristo é representado inicialmente não como uma pessoa, mas como quatro reinos (leão, urso, leopardo e outro animal terrível), numa descrição clara dos impérios da Babilônia, Medo-persa, Grego e Romano (Dn 7.1-6,17,18). Outro símbolo do anticristo no livro de Daniel é Antíoco Epifânio, que profanou o templo, quando o consagrou ao deus grego Zeus e mais tarde sacrificou porcos em seu altar (Dn 7.21,25). No ensino de JESUS, o anticristo é visto também como um destruidor como o imperador romano Tito, que no ano 70 d. C. destruiu a cidade de Jerusalém e o templo (Mt 24.15-20), bem como um personagem escatológico (Mt 24.21,22). A profecia bíblica vai se cumprindo historicamente e avança para a sua consumação final (Mt 24.15-28).
Nas cartas de João o termo anticristo é empregado em um sentido impessoal (I Jo 4.2,3). Ele se referiu também ao anticristo de forma pessoal. Mas João vê o anticristo como uma pessoa que já está presente, ou seja, como alguém que representa um grupo de pessoas. Assim, o anticristo é um termo utilizado para descobrir uma quantidade de gente que sustenta uma heresia fatal (I Jo 2.22; 2Jo 7). João fala ainda tanto do anticristo que virá quanto do anticristo que já está presente. Assim, João esperava um anticristo que viria no tempo do fim. Os anticristos são precursores do anticristo (I Jo 2.28). Para João, o anticristo sempre esteve presente nos seus precursores, mas ele se levantará no tempo do fim como expressão máxima da oposição a CRISTO e Sua Igreja.
Na teologia do apóstolo Paulo, o anticristo é visto como o homem do pecado (2.3). Ele surgirá da grande apostasia (2.3); será uma pessoa (2.3), será objeto de adoração (2.4), usará falsos milagres (2.9), só pode ser revelado depois que aquilo e aquele que o detém for removido (2.6,7) e será totalmente derrotado por CRISTO (2.8).
Seu caráter descrito (2.3,8)
Paulo não usa o termo anticristo nesta carta. Essa designação é utilizada no Novo Testamento apenas por João (IJo 2.18,22; 4.3; 2Jo 7). Mas esse é o nome pelo qual identificamos o último grande ditador mundial que Paulo chama de “homem da iniquidade”, “filho da perdição” (2.3), aquele que “[...] se opõe a DEUS” (2.4), aquele que se exalta acima de todos os demais (2.4), que se proclama DEUS (2.4), também chamado de “iníquo” (2.8). Vamos examinar três aspectos do caráter do anticristo:
1. Ele é o homem da iniquidade (2.3). Vale pontuar que o anticristo escatológico não é um sistema nem um grupo, mas um homem. Toda a descrição apresentada por Paulo é de caráter pessoal. O homem da iniquidade “se opõe”, “se exalta”, “se assenta no templo de DEUS”, “proclama a si mesmo como DEUS”, e será “morto”. À luz de 2Tessalonicenses 2.3,4,8 e 9 podemos afirmar com sólida convicção que Paulo está fazendo uma predição exata acerca de uma pessoa certa e específica que se manifestará e que receberá sua condenação quando CRISTO voltar.
William Hendriksen, destacado escritor reformado diz que o papa pode ser chamado “um anticristo”, um entre muitos dos precursores do anticristo final. Em tal pessoa o mistério da iniquidade já está em operação. Chamar, porém, o papa de o anticristo é algo que contraria toda a sã exegese. O anticristo é o homem sem lei que viverá e agirá na absoluta ilegalidade. Ele será um transgressor consumado da lei de DEUS e dos homens. Será um monstro absolutista. A palavra grega anomia, iniquidade, descreve a condição de quem vive de modo contrário à lei. Ele é a própria personificação da rebelião contra as ordenanças de DEUS. O homem da iniquidade realizará os sonhos de Satanás sobre a terra, liderando a mais ampla e mais profunda rebelião contra DEUS em toda a História.
William Hendriksen coloca esse fato com clareza; É importante observar, que assim como a apostasia não será meramente passiva, mas ativa (não meramente negação de DEUS, mas também uma rebelião contra DEUS e Seu CRISTO), assim também o homem da iniquidade será um transgressor ativo e agressivo. Ele não leva o título de “homem sem lei” por jamais ter ouvido a lei de DEUS, e, sim, porque publicamente a despreza!
2. Ele é o filho da perdição (2.3). Não apenas seu caráter é sumamente corrompido, mas seu destino é claramente definido. Ele procede do maligno e se destina inexoravelmente à perdição. Ele é um ser completamente perdido e designado para a perdição. Ele será lançado no lago de fogo (Ap 19.20; 20.10). A palavra grega “perdição”, traz a idéia de que o anticristo está destinado a ser destruído.
3. Ele é o iníquo (2.8). A palavra grega anomos, traduzida por “iníquo”, significa ilegal, iníquo, aquele que vive ao arrepio da lei. O anticristo será um homem corrompido em grau superlativo. Ele será inspirado pelo poder de Satanás e terá um caráter tão perverso quanto o daquele que o inspira. Podemos afirmar, acompanhado por uma nuvem de testemunhas, de que o conceito de Paulo sobre o anticristo procede da profecia de Daniel. Observemos os seguintes pontos: 1) O homem da iniquidade (2.3 - Dn 7.25; 8.25); 2) O filho da perdição (2.3 - Dn 8.26); 3) Aquele que se opõe (2.4 - Dn 7.25); 4) E que se exalta contra tudo [que é] chamado DEUS ou é adorado (2.4 - Dn 7.8,20,25; 8.4,10,11); 5) De modo que se assenta rio santuário de DEUS, proclamando a si mesmo como DEUS (2.4 - Dn 8.9-14).
LOPES. Hernandes Dias. 1 e 2 Tessalonicenses. Como se preparar para a segunda vinda de CRISTO. Editora Hagnos. pag. 175-181.
 
2. A Grande Tribulação (Mt 24.15,21).
O texto diz que “ele fará uma aliança com muitos por uma semana” (9.27). Será, na verdade, uma aliança que Ele fará com Israel. O texto diz: “com muitos”, indicando que ele não terá a unanimidade do apoio israelense, mas o suficiente para se impor com sua liderança política, que inicialmente alcançará sucesso e aceitação. Sua força política será notada e reconhecida no estabelecimento de um sistema político, alavancado e apoiado pelo velho mundo, a Europa, ou seja, o antigo império romano ressurgido. Os três primeiros anos e meio, a metade da semana, serão marcados pela quebra do pacto feito entre esse Líder e Israel, e se iniciará um grande período de sofrimento, perseguição e morte em Israel. Na interpretação pré-tribulacionista. A igreja já não estará na terra, porque antes, ela será arrebatada e estará com CRISTO na sua glória nos céus. Portanto, a igreja não entrará na Grande Tribulação. Ela não estará na terra, quando o Anticristo fizer o acordo com Israel (Dn 9.27). A Tribulação diz respeito ao mundo de então e a Israel especialmente.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 136.
 
Mt 24.15,16 JESUS advertiu contra a procura de sinais, mas como uma parte final da sua resposta à segunda pergunta dos discípulos (24.3) Ele lhes falou do evento definitivo que iria significar a destruição vindoura.
A abominação da desolação se refere à profanação do Templo pelos inimigos de DEUS. Mateus insiste para que os seus leitores entendam as palavras de JESUS à luz da profecia do profeta Daniel, no Antigo Testamento (veja Dn 9.27; 11.31; 12.11).
O primeiro cumprimento da profecia de Daniel aconteceu em 168 a. C., com Antíoco Epifânio, quando ele sacrificou a Zeus um porco no altar do Templo sagrado e fez do judaísmo uma religião ilegal, punível com a morte. Isto incitou a guerra dos macabeus.
O segundo cumprimento aconteceu quando se concretizou a predição de JESUS sobre a destruição do Templo (24.2). Dentro de poucos anos (70 d. C.), o exército romano iria destruir Jerusalém e profanar o Templo.
Com base em 24.21, o terceiro cumprimento ainda está por acontecer. As palavras de JESUS se referem ao final dos tempos e ao anticristo.
No final dos tempos, o anticristo irá cometer o sacrilégio final, colocando uma imagem de si mesmo no Templo e ordenando a todos que a adorem (2Ts 2.4; Ap 13.14,15).
Muitos dos seguidores de JESUS estariam vivos durante a época da destruição de Jerusalém e do Templo, em 70 d. C. JESUS advertiu os seus seguidores para que saíssem de Jerusalém e da Judéia e fugissem para os montes, cruzando o rio Jordão, quando vissem o Templo sendo profanado. Isto provaria ser para a sua proteção, pois quando o exército romano invadisse, a nação e a sua cidade principal seriam destruídas.
Mt 24.21 JESUS avisou sobre fugir rapidamente porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais. Grandes sofrimentos aguardavam o povo de DEUS nos anos que se seguiriam. O historiador judeu Josefo registrou que quando os romanos saquearam Jerusalém e devastaram a Judéia, cem mil judeus foram levados prisioneiros, e um milhão e cem mil pessoas morreram assassinadas ou de fome. As palavras de JESUS também indicam, em última análise, o período final de tribulações no fim dos tempos, porque nada como isto já terá sido visto, ou será visto novamente. Ainda assim, a grande tribulação é aliviada por uma grande promessa de esperança para os crentes verdadeiros.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 142.
 
A GRANDE TRIBULAÇÃO
Mt 24.21. “Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais.”
Começando com 24.15, JESUS trata de sinais especiais que ocorrerão durante a grande tribulação (as expressões “grande aflição”, de 24.21, e “grande tribulação”, de Ap 7.14, são idênticas no grego).
Tais sinais indicam que o fim dos tempos está muito próximo (24.15-29). São sinais conducentes à, e indicadores da volta de CRISTO à terra, depois da tribulação (24.30,31; cf. Ap 19.11–20.4).
O maior desses sinais é “a abominação da desolação” (24.15), um fato específico e visível, que adverte os fiéis vivos durante a grande tribulação de que a vinda de CRISTO à terra está prestes a ocorrer. Esse sinal-evento, visível, relaciona-se primeiramente com a profanação do templo judaico daqueles dias em Jerusalém, pelo Anticristo (ver Dn 9.27; 1Jo 2.18). O Anticristo, também chamado o homem do pecado, colocará uma imagem dele mesmo no templo de DEUS, declarando ser ele mesmo DEUS (2Ts 2.3,4; Ap 13.14,15).
Seguem-se fatos salientes a respeito desse evento crítico.
(1) A “abominação da desolação” marcará o início da etapa final da tribulação, que culmina com a volta de CRISTO à terra e o julgamento dos ímpios em Armagedom (24.21,29,30; ver Dn 9.27; Ap 19.11-21).
(2) Se os santos da tribulação atentarem para o fator tempo desse evento (“Quando, pois, virdes”, 24.15), poderão saber com bastante aproximação quando terminará a tribulação, época em que CRISTO voltará à terra (ver 24.33). O decurso de tempo entre esse evento e o fim dos tempos é mencionado quatro vezes nas Escrituras como sendo três anos e meio ou 1260 dias (ver Dn 9.25-27; Ap 11.1,2; 12.6; 13.5-7).
Por causa da grande expectativa da volta de CRISTO (24.33), os santos daqueles dias devem acautelar-se quanto a informes afirmando que CRISTO já voltou. Tais informes serão falsos (24.23-26). A “vinda do Filho do homem” depois da tribulação será visível e conhecida de todos os que viverem no mundo (24.27-30; Ap 1.7).
Outro sinal que ocorrerá, então, será o dos falsos profetas que, a serviço de Satanás, farão “grandes sinais e prodígios” (24.24).
(1) JESUS admoesta a todos os crentes a estarem especialmente alerta para discernir esses profetas, mestres e pregadores, que se declaram cristãos sendo falsos, porém apesar disso, operam milagres, curas, sinais e maravilhas e que demonstram ter grande sucesso nos seus ministérios. Ao mesmo tempo, torcerão e rejeitarão a verdade da Palavra de DEUS.
(2) Noutra parte, as Escrituras admoestam os crentes a sempre testarem o espírito que atua nos mestres, líderes e pregadores (ver 1Jo 4.1). DEUS permite o engano acompanhado de milagres, a fim de testar os crentes no tocante ao seu amor por Ele e sua lealdade às Sagradas Escrituras (Dt 13.3). Serão dias difíceis, pois JESUS declara em 24.24, que naqueles últimos tempos o engano religioso será tão generalizado que será difícil até mesmo para “os escolhidos” (i.e., os crentes dedicados) discernirem entre a verdade e o erro.
(3) Quem entre o povo de DEUS não amar a verdade será enganado. Não terá mais oportunidade de crer na verdade do evangelho, depois do surgimento do Anticristo (ver 2Ts 2.11).
Finalmente, a “grande tribulação” será um período específico de terrível sofrimento e tribulação para todos que viverem na terra. Observe:
(1) Será de âmbito mundial (ver Ap 3.10).
(2) Será o pior tempo de aflição e angústia que já ocorreu na história da humanidade (Dn 12.1; Mt 24.21).
(3) Será um tempo terrível de sofrimento para os judeus (Jr 30.5-7).
(4) O período será controlado pelo “homem do pecado” (i.e., o Anticristo; cf. Dn 9.27; Ap 13.12).
(5) Os fiéis da igreja de CRISTO recebem a promessa de livramento e “escape” dos tempos da tribulação (ver Lc 21.36; 1Ts 5.8-10; Ap 3.10).
(6) Durante o período da tribulação, muitos entre os judeus e gentios crerão em JESUS CRISTO e serão salvos (Dt 4.30,31; Os 5.15; Ap 7.9-17; 14.6,7).
(7) Será um tempo de grande sofrimento e de perseguição pavorosa para todos quantos permanecerem fiéis a DEUS (Ap 12.17; 13.15).
(8) Será um tempo de ira de DEUS e de juízo seu contra os ímpios (1Ts 5.1-11; Ap 6.16,17).
(9) A declaração de JESUS de que aqueles dias serão abreviados (24.22) não pressupõe a redução dos três anos e meio, ou 1260 dias preditos. Pelo contrário, parece indicar que o período é tão terrível que se não fosse de curta duração a totalidade da raça humana seria destruída.
(10) A grande tribulação terminará quando vier JESUS CRISTO em glória, com sua noiva (Ap 19.7,8,14), para efetuar o livramento dos fiéis remanescentes e o juízo e destruição dos ímpios (Ez 20.34-38; Mt 24.29-31; Lc 19.11-27; Ap 19.11-21).
(11) O trecho principal das Escrituras que descreve a totalidade da tribulação de sete anos de duração é encontrado em Ap 6–18.
STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
 
3. Revelar a vitória gloriosa do Messias.
JESUS CRISTO, o Messias prometido, se revelará de modo especial na sua vinda pessoal e visível sobre o Monte das Oliveiras (Zc 9.9,10). Ele virá e instalará um reino de paz e harmonia no mundo, desfazendo por completo o Anticristo, o falso profeta e ao próprio Diabo (Ap 19.19-21). Na Grande Tribulação, os juízos de DEUS serão manifestos sobre Israel, mas na vinda pessoal, Israel será restaurado e governará com CRISTO por mil anos (Ap 20.2,5).
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 136.
 
Ap 19.19 Esta besta é a mesma que tinha vindo do mar (capítulo 13; veja o comentário ali). Os reis da terra referem-se aos “dez chifres” que João tinha visto na besta (veja 13.1), e, muito provavelmente, o seu número simboüza todos os reis da terra que prometem lealdade ao Anticristo. Com o derramar da sexta taça da ira de DEUS, “espíritos de demônios, que fazem prodígios... vão ao encontro dos reis de todo o mundo para os congregar para a batalha, naquele grande Dia do DEUS Todo-poderoso... no lugar que em hebreu se chama Armagedom” (16.14-16). O capítulo 16 nos deu uma prévia daquilo que estava por vir e de como viria; o capítulo 19 descreve o evento propriamente dito. Aqui, o versículo 19 fala da congregação para a batalha do Armagedom.
A besta e os reis da terra e seus exércitos reuniram-se para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo (CRISTO) e ao seu exército (os redimidos). As linhas da batalha tinham sido traçadas, e o maior confronto da história mundial estava prestes a acontecer.
Ap 19.20 Os dois exércitos posicionaram-se um de frente para o outro - a besta e todos os reis da terra versus o Cavaleiro do cavalo branco e o seu povo redimido. De repente, a batalha tinha se acabado. Náo houve luta, pois, em um segundo, o fim tinha chegado. Não havia necessidade de uma batalha, porque a vitória tinha sido obtida séculos antes, quando o Cavaleiro do cavalo branco, CRISTO, tinha morrido em uma cruz.
Naquela ocasião, Satanás tinha sido derrotado; aqui, no Armagedom, ele é finalmente despido de todo o seu poder. A besta de Satanás (o Anticristo, descrito em 13.1-10) foi presa, juntamente com o seu falso profeta, que tinha enganado os que receberam o sinal da besta.
Isto está descrito em 13.11-18. A besta e o Falso profeta foram presos e lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre. Este é o destino final de todos os ímpios. Neste ponto, entretanto, somente estes dois seres iníquos receberam esta punição. Este lago é diferente do abismo mencionado em 9.1; ele é mencionado em 14.10,11 e 19.3. Há diversas declarações a respeito de poderes espirituais e pessoas sendo lançados no lago de fogo. Aqui, o Anticristo e o falso profeta foram lançados no lago ardente. A seguir, o seu líder, o próprio Satanás, será lançado naquele lago (20.10), e finalmente a morte e o inferno também serão lançados ali (20.14). Depois disto, aqueles cujos nomes não estão escritos no Livro da Vida serão atirados no lago de fogo (20.15).
Ap 19.21 Com os dois líderes presos (a besta e o falso profeta), o exército ficou abandonado para ser destruído. CRISTO, com a espada que saia da sua boca (19.15), mata todo o exército de reis e soldados rebeldes com um único ataque mortal. A sua espada do julgamento atinge e destrói tudo. As aves de rapina, que tinham sido chamadas anteriormente pelo anjo (19.17,18), se fartaram das carnes dos mortos. Como náo havia sobrado ninguém da batalha para sepultar estes mortos, eles foram abandonados para que as aves de rapina os devorassem.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 907-908.
 
A Derrota do Anticristo e de seus Exércitos (Ap 19.19-21)
"E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre. E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes."
As aves de rapina são chamadas (Ap 19.17) numa antecipação do desfecho da batalha. Elas estarão prontas e esperando o Anticristo entrar no grande vale ao sul de Nazaré. Este lugar já foi designado em Apocalipse 16.16 como Armagedom, o monte ou a colina de Megido que, em hebraico, significa "o lugar de rebeliões unidas". Há os que o definem como "a cidade ou monte de matança". O profeta Joel (3.12) designou o lugar como "o vale de Josafá", ou seja: "o vale onde Jeová julga".
Megido não é o vale referido em Zacarias 14.4,5, onde JESUS aparecerá quando de sua volta em toda sua glória. Seus pés pisarão o monte das Oliveiras, que será rachado em duas partes, uma metade se movendo em direção ao norte, e a outra em direção ao sul, deixando um grande vale entre o Leste e o Oeste. Depois, aparentemente, irá Ele locomover-se em direção a Megido. (Megido é também o nome do vale de Taanaque (Jz 5.19), que é a Planície de Esdrelom. Foi neste lugar que Débora e Baraque derrotaram os cananeus. Foi aqui que Josias foi morto por Faraó Neco, rei do Egito (2 Rs 23.29). Não foram poucas as batalhas travadas no vale do Megido).
João vê ainda o Anticristo acompanhado pelo seu falso profeta e os "reis e outros governadores da terra", cujos exércitos haviam sobrevivido à Grande Tribulação. Por haverem se submetido ao Anticristo (Ap 17.13), estes reis finalmente são chamados, e ajuntam-se aos espíritos demoníacos. Os exércitos de todas as nações unem-se sob a bandeira do Anticristo para desafiar a CRISTO que estará acompanhado por todos seus verdadeiros seguidores.
As agências demoníacas fazem, nesta hora, exatamente o que DEUS quer; preparam-se para a guerra (Jr 25.32,33; Sf 3.8; Zc 14.2,3; Ap 16.12,16). A guerra termina com a derrota do Anticristo e de seus exércitos, mas o julgamento divino afetará todo o resto do mundo (Jr 25.29-33).
Muitos falsos mestres ensinam que o bem gradualmente triunfará sobre o mal; que uma melhor educação trará a paz e a prosperidade ao um mundo. Até mesmo alguns crentes apegam-se a certas promessas bíblicas que falam de amor e esperança, achando que o mundo mudará antes da volta de CRISTO. Sem dúvida, haverá bom solo para receber a palavra de DEUS. Haverá arrependimento e mudança de vidas até o tempo da volta de JESUS (At 3.19). Mas é totalmente oposta ao ensino bíblico a suposição de que todos os seres humanos serão eventualmente salvos. Pelo contrário: quase todo o mundo, nesta hora, seguirá o Anticristo, e há de tomar a marca da besta. Consequentemente, quando JESUS voltar para reinar, será necessário, antes de mais nada, julgar os que aqui tiverem ficado.
Embora o capítulo 19 de Apocalipse não descreva esta grande batalha, a aparência de CRISTO sobre o cavalo branco há de confundir os exércitos do Anticristo (Ap 6.15-17). A batalha é de pouca duração. O Anticristo e o Falso Profeta serão imediatamente presos.
O Falso Profeta é o último de uma longa fila de falsos cristos e profetas que vêm operando enganos e mentiras (Mt 24.24). Seus milagres haviam enganado os que levavam a marca da Besta. Com os seus feitos, conseguia enganar a muitos (2 Ts 2.9,10; Ap 13.13-15), mas nada disto o ajuda a escapar. Juntamente com o Anticristo, é lançado vivo no "lago de fogo que arde com enxofre". Embora o lago de fogo tenha sido preparado para Satanás e seus anjos, esses seus dois agentes nele perecerão.
Satanás não é lançado imediatamente no lago de fogo (Ap 20.10). Somente o será depois do Milênio. Quando isto acontecer, lá encontrará o Anticristo e o Falso Profeta. Os demais ímpios serão afiançados após o juízo do grande trono branco (Ap 20.15). O lago de fogo é o destino final dos ímpios.
No Novo Testamento, há três palavras traduzidas como "inferno" - hades, tártaro e geena. Hades é usado para referir-se ao estado intermediário, onde os ímpios vão quando morrem (Mt 11.23; 16.18; Lc 10.15; 16.23; At 2.27,31; Ap 1.18; 6.8; 20.13,14). As vezes, é usado para traduzir a palavra hebraica "sheol" do Antigo Testamento. "Tártaro" é praticamente sinônimo de "hades", porque também é um estado intermediário entre a vida e o juízo, do qual não há retorno ou possibilidade de mudança (2 Pe 2.4). "Geena", entretanto, é o estado final, "inferno", ou "fogo de inferno" (Mt 5.22,29,30; 10.28; 18.9; 23.15,33; Mc 9.43,45,47; Lc 12.5; Tg 3.6) e refere-se ao "lago de fogo".
"Geena" foi o nome aramaico para o vale de Hinon, onde eram oferecidas crianças em holocausto a Moloque. No Novo Testamento, "geena" tinha se tornado o lugar da queima de lixo. JESUS usou-a por causa do seu fogo intenso e contínuo, como um tipo do julgamento divino, e fez deste nome um sinônimo para o fogo do castigo eterno.
Para os outros seguidores do Anticristo, também não há escape. O remanescente dos reis da terra e seus exércitos são mortos. JESUS usará a "espada de sua boca", isto é: falará a palavra de DEUS e a "espada do juízo divino" matará a todos. Estes são os povos que rejeitaram o Evangelho pregado a "toda nação, tribo, língua e povo" pelo primeiro dos três anjos do capítulo 14 durante a Grande Tribulação. Todos os mortos no Armagedom já haviam tido a oportunidade de ouvir o Evangelho. Mas por haverem rejeitado a CRISTO, foi-lhes permitido cair em completo engano para que creiam na mentira, e para que sejam julgados todos os que não creram na verdade (2 Ts 2.11,12). Pelo seu modo de viver, já haviam esgotado qualquer possibilidade de herdar o Reino de DEUS (1 Co 6.9-11; G1 5.21).
Mais uma vez, João chama a atenção às aves de rapina que agora estão fartas com as carnes dos mortos. Finalmente, não se encontra mais ninguém sobre a terra para impedir o estabelecimento do reino milenial de CRISTO.
HORTON. Stanley. M. Serie Comentário Bíblico Apocalipse As coisas que Brevemente devem acontecer. Editora CPAD.
 
ELABORADO: Pb Alessandro Silva (http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/) com algumas modificações do Ev. Luiz Henrique.
 
Questionário da Lição 10 - As Setenta Semanas
Responda conforme a revista da CPAD do 4º Trimestre de 2014 - Para jovens e adultos
TEMA: A INTEGRIDADE MORAL E ESPIRITUAL - O LEGADO DO LIVRO DE DANIEL PARA A IGREJA HOJE.
Comentário: Pr. Elienai Cabral
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas.
 
TEXTO ÁUREO 
1- Complete:
"_______________________ semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua ______________________ cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e ______________________ a visão e a profecia, e ______________________ o SANTO dos santos" (Dn 9.24).
 
VERDADE PRÁTICA 
2- Complete:
DEUS ______________________ os seus mistérios a quem reconhece a sua ______________________ e submete-se a sua vontade em amor e _______________________.
 
COMENTÁRIO-INTRODUÇÃO
3- Diferentemente dos capítulos anteriores, o nono capítulo de Daniel descreve qual futuro?
(    ) O futuro de Israel.
(    ) O futuro do mundo.
(    ) O futuro dos gentios.
 
I. DANIEL INTERCEDE A DEUS PELO SEU POVO (Dn 9.3-19).
4- Qual o tempo da profecia de Jeremias e em que tempo se cumpriria?
(    ) Daniel, agora um ancião, ainda exercia suas atividades políticas sob o domínio de Artaxerxes.
(    ) Daniel, agora um ancião, ainda exercia suas atividades políticas sob o domínio de Dario.
(    ) O profeta esquadrinhou a mensagem do livro de Jeremias e descobriu que a profecia de Jeremias determinava um tempo de setenta anos de cativeiro para os judeus.
(    ) Logo este tempo marcado pelo sofrimento chegaria ao fim.
(    ) Ao compreender a mensagem, o profeta Daniel orou a DEUS, pedindo-lhe o cumprimento da promessa ao seu povo e que, por fim, Ele restaurasse o reino a Israel.
 
5- Como foi a oração de confissão de Daniel pelos pecados de seu povo e seus (vv. 3-11, 20)?
(    ) A oração de Daniel visava mostrar a DEUS a culpa de Israel.
(    ) A oração de Daniel demonstrou uma atitude confessional e de reconhecimento da culpa.
(    ) Ele não apenas informou a culpabilidade do seu povo, mas a sua própria também: "pecamos, e cometemos iniquidade, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos"
(    ) A despeito da sua integridade, Daniel não foi presunçoso diante da justiça de DEUS, pois ele colocou-se debaixo da mesma culpa do povo e suplicou o perdão a DEUS.
 
6- Como Daniel reconheceu a justiça de DEUS em sua oração (vv.7,16)?
(    ) O juízo de DEUS é como os acertos de contas humanos. A justiça divina é paralela à justiça humana.
(    ) A princípio, como um ser humano imerso no sofrimento, Daniel não compreendeu a manifestação da justiça de DEUS contra o seu povo, mas ao mesmo tempo ele estava convicto acerca da perfeição da justiça divina.
(    ) Não podemos confundir o juízo de DEUS com os acertos de contas humanos. A justiça divina não é justiça humana.
 
II. DEUS REVELA O FUTURO DO SEU POVO (Dn 9.24-27).
7- O que pode significar o cálculo de setenta semanas (v.24)?
(    ) Cada dia da semana pode significar um dia profético; cada semana, um período de setenta anos.
(    ) Daniel confirmara que Jeremias profetizou os setenta anos do exílio de Israel.
(    ) Na Bíblia, o número setenta ganhou um sentido profético.
(    ) Cada dia da semana pode significar um ano; cada semana, um período de sete anos.
(    ) As setenta semanas compreendem o período de 490 anos, setenta multiplicado por sete.
 
8- O que quer dizer a expressão "setenta semanas"? Complete:
a) Explicação. O versículo 24 afirma que DEUS determinou as ______________________ semanas. O bloco que forma os versículos 24-27 é profeticamente dividido em três grupos: 1) ______________________ semanas (49 anos); 2) ______________________ e duas semanas (434 anos); 3) ______________________ (7 anos). Estes somam as setenta semanas:
b) O primeiro grupo (1). O início desta profecia deu-se com o decreto da _______________________ de Jerusalém (v.25). Os principais estudiosos do assunto concordam que se trata do decreto de Artaxerxes Longímano, baixado em 445 a. C. (cf. Ne 2).
c) O segundo grupo (2). É o período do ______________________ do Messias, JESUS de Nazaré (vv.25,26). Neste tempo o Senhor foi morto e mais tarde Jerusalém foi novamente destruída através da liderança do general do exército romano, _______________________, em 70 d. C.
d) O terceiro (3). Esta semana ainda não ______________________ (v.27). Compare o versículo 27 de Daniel com Mateus 24.15 e veja como se trata de uma ________________________ que ainda não se cumpriu. Esta última semana refere-se, então, ao período que implicará o ______________________ do Anticristo e o início do tempo de ________________________ para Israel.
 
9- Quais os três príncipes mencionados na profecia de Daniel (vv.25,26)?
(    ) O primeiro príncipe é o Messias.
(    ) O segundo apareceu posteriormente e destruiu a cidade de Jerusalém e o santuário em 70 d. C., trata-se de Antíoco Epifâneo.
(    ) O segundo apareceu posteriormente e destruiu a cidade de Jerusalém e o santuário em 70 d. C., trata-se do general Tito.
(    ) E o terceiro príncipe surgirá no futuro, na última semana profetizada por Daniel. Este príncipe não é o Messias "tirado", mas certamente um personagem mais poderoso que Antíoco Epifânio e o general Tito. Trata-se, portanto, do Anticristo.
 
10- Qual o intervalo que precede a septuagésima semana (v.27)?
(    ) O estudo das Escrituras demonstra um longo intervalo de tempo que precede a septuagésima semana.
(    ) A Bíblia identifica este intervalo profético como "o tempo dos gentios".
(    ) A Bíblia identifica este intervalo profético como "o tempo do fim".
(    ) A comunhão espiritual entre judeus e gentios, mediante a salvação em CRISTO, formou um novo povo para DEUS: a Igreja.
(    ) Atualmente, estamos no tempo da graça de DEUS e temos de anunciar o ano aceitável do Senhor para o mundo inteiro.
(    ) Após o tempo gentílico virá a última semana que, identificada pelas profecias bíblicas, significa um tempo de Grande Tribulação.
(    ) É neste tempo que o "assolador", isto é, o "anticristo" ou "o homem do pecado" ou "o homem da perdição", virá sobre a asa das abominações.
(    ) Os sinais que precedem a revelação dessa figura abominável estão ocorrendo por toda parte.
(    ) A Igreja de CRISTO não mais estará neste mundo, pois a noiva do Senhor será arrebatada antes do tempo da tribulação.
 
III. OS PROPÓSITOS DA SEPTUAGÉSIMA SEMANA (Dn 9.27).
11- Quais os propósitos da septuagésima semana?
(    ) Revelar o "homem do pecado", trazer as duas testemunhas de DEUS na Grande Tribulação e revelar a vitória gloriosa do Messias.
(    ) Revelar o "homem do pecado", trazer os 144 mil pregadores de DEUS na Grande Tribulação e revelar a vitória gloriosa do Messias.
(    ) Revelar o "homem do pecado", trazer os juízos de DEUS na Grande Tribulação e revelar a vitória gloriosa do Messias.
 
12- Como se dará a revelação do "homem do pecado" (2 Ts 2.3)? Quem será esse personagem do livro de Daniel?
(    ) De acordo com as profecias, nem Antíoco Epifânio nem o general Tito foram objetos das predições do versículo 27 de Daniel.
(    ) A passagem bíblica começa com o pronome "ele", também identificado como "o rei feroz"; "o chifre grande"; "o animal terrível e espantoso".
(    ) A passagem bíblica começa com o pronome "ele", também identificado como "o rei de cara feroz"; "o chifre pequeno"; "o animal terrível e espantoso".
(    ) Em o Novo Testamento, ele é identificado como "o anticristo" e "a besta que saiu do mar".
(    ) Apesar de apresentada numa linguagem simbólica, a personagem é literal.
(    ) Trata-se de um líder mundial poderoso que chamará a atenção das nações pela sua diplomacia, astúcia e inteligência política.
 
13- Como será a Grande Tribulação (Mt 24.15,21)?
(    ) Durante esse período, a Igreja será arrebatada e estará para sempre com CRISTO na glória.
(    ) O Anticristo "fará uma aliança com muitos por uma semana. Note a expressão "com muitos"!
(    ) Esta quer dizer que o Anticristo fará uma aliança com Israel, mas de início esta aliança não será unânime entre os judeus.
(    ) O Anticristo terá influência suficiente para impor a sua liderança política e, por fim, alcançar o sucesso e sua completa aceitação entre os judeus.
(    ) A força política do Anticristo será reconhecida nos três primeiros anos e meio, isto é, na primeira metade da última semana, quando a marca desse tempo será um período de falsa paz e harmonia.
(    ) Surgirá um tempo de sofrimento e tamanha aflição em todo o mundo.
(    ) Perseguição, humilhação e morte serão a tônica desse tempo, a segunda fase da Grande Tribulação.
(    ) Antes de tudo isso ocorrer, a Igreja será arrebatada e estará para sempre com CRISTO na glória.
 
14- Como e quando será revelada a vitória gloriosa do Messias?
(    ) JESUS CRISTO, o Messias prometido, será revelado quando da sua segunda vinda visível sobre o Monte das Oliveiras.
(    ) JESUS CRISTO, o Messias prometido, será revelado quando da sua terceira vinda visível sobre o Monte das Oliveiras.
(    ) O Rei aniquilará por completo o poderio do Anticristo, do falso profeta e do próprio Diabo (Ap 19.19-21) e estabelecerá um reino de paz e harmonia no mundo todo.
(    ) Esta é uma mensagem de esperança para o nosso coração. Não tenhamos medo, creiamos tão somente! Breve JESUS voltará! Alegremo-nos nesta esperança!
 
CONCLUSÃO
15- Complete:
Vivemos um tempo de incredulidade. Muitos se dizem teólogos, mas negam e desprestigiam as ______________________ bíblicas. Eles preferem as alegorias ao invés de se debruçarem sobre as Escrituras e estudá-las com _______________________, graça e _______________________. Entretanto, a Igreja não pode rejeitar as verdades futuras de nosso Senhor. Portanto, corramos e prossigamos em conhecê-lo mais, sabendo que um dia tudo será _______________________ aos nossos olhos.
 
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm 
 
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br
www.escoladominical.net
www.gospelbook.net
www.portalebd.org.br/
http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/ - Pb Alessandro Silva
 

26 novembro 2014

Lição 9 - O Prenúncio do Tempo do Fim 1 parte

Lição 9 - O Prenúncio do Tempo do Fim 1 parte

Lições Bíblicas - 4º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: A Integridade Moral e Espiritual - O Legado Do Livro De Daniel Para A Igreja Hoje.
Comentários: Pr. Elienai Cabral
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
Questionário
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
 
 
TEXTO ÁUREO 
"E disse: Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; porque ela se exercerá no determinado tempo do fim" (Dn 8.19).
 
 
VERDADE PRÁTICA 
O tempo do fim não é o fim do mundo, mas o tempo de tratamento de DEUS com o povo de Israel, prenunciando a vinda de CRISTO.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Tt 2.13 O aparecimento do grande DEUS
Terça - Dn 7.13 CRISTO vindo em glória nas nuvens
Quarta - Mc 13.26 CRISTO vindo com grande poder
Quinta - Mt 25.31,32 JESUS vindo em glória para julgar as nações
Sexta - At 1.10,11 Os anjos afirmam que JESUS voltará
Sábado - Mt 16.27 JESUS vindo para julgar a cada um 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Daniel 8.1,3-11
Daniel 8.1 No ano terceiro do reinado do rei Belsazar, apareceu-me uma visão, a mim, Daniel, depois daquela que me apareceu no princípio.
Daniel 8.3-11 - 3 E levantei os meus olhos e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, o qual tinha duas pontas; e as duas pontas eram altas, mas uma era mais alta do que a outra; e a mais alta subiu por último. 4 Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o meio-dia; e nenhuns animais podiam estar diante dele, nem havia quem pudesse livrar-se da sua mão; e ele fazia conforme a sua vontade e se engrandecia. 5 E, estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; e aquele bode tinha uma ponta notável entre os olhos; 6 dirigiu-se ao carneiro que tinha as duas pontas, ao qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com todo o ímpeto da sua força. 7 E o vi chegar perto do carneiro, irritar-se contra ele; e feriu o carneiro e lhe quebrou as duas pontas, pois não havia força no carneiro para parar diante dele; e o lançou por terra e o pisou aos pés; não houve quem pudesse livrar o carneiro da sua mão. 8 E o bode se engrandeceu em grande maneira; mas, estando na sua maior força, aquela grande ponta foi quebrada; e subiram no seu lugar quatro também notáveis, para os quatro ventos do céu.
 
INTERAÇÃO 
"O tempo do fim." Há pessoas que têm arrepios quando ouvem tal expressão. Mas esta nada tem com o fim do mundo. Todavia, parece que o tema escatológico do fim do mundo mexe com os sentimentos das pessoas. Não por acaso, a indústria cinematográfica americana tem investido bilhões de dólares acerca destes temários. No meio evangélico não é diferente, pois não poucos autores e cineastas têm assustado pessoas fazendo com que as profecias pareçam um filme de Hollywood. Quando ensinamos o oitavo capítulo do livro de Daniel, a nossa perspectiva de ensino não pode ser a do terror, mas a da esperança. Apresentando aos nossos alunos o triunfo do Reino de DEUS mediante o contexto profético apresentado no capítulo em estudo.
 
OBJETIVOS - Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer os símbolos proféticos do carneiro e do bode.
Identificar a visão do chifre pequeno.
Compreender o período do tempo do fim
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, após lecionar o primeiro tópico da lição, sugerimos que reproduza o esquema abaixo. A ideia é reforçar o aprendizado dos alunos. De acordo com o esquema elaborado e objetivando a assimilação das informações pelos alunos, é salutar ao professor acrescentar ao esquema proposto figuras do bode, do carneiro e dos impérios medo-persa e grego - as imagens podem ser identificadas na internet ou adquiridas nas lojas da CPAD. A exposição oral do assunto conjugado ao esquema e as figuras dos animais farão com que os alunos tenham sucesso no processo ensino-aprendizagem. Boa aula!
 
O CARNEIRO
OS CHIFRES DO CARNEIRO
O BODE
E O GRANDE CHIFRE
O  significado do  carneiro é  o  advento  do  império medo-persa
Eram dois os chifres do carneiro: o maior e o menor. O maior referia-se a Ciro, o persa; o menor, Dario da Média
A figura do bode representava o império grego. E o chifre, o imperador Alexandre.
 
Resumo da Lição 9 - O Prenúncio do Tempo do Fim
I - A VISÃO  DO CARNEIRO E DO BODE  (Dn 8.3-5)
1. A visão do carneiro (Dn 8.3,4,20).
2. Os chifres do carneiro.
3. A visão do bode (Dn 8.5-8).
II - O CHIFRE PEQUENO (Dn 8.9) 
1. A visão da ponta pequena. 
2. A ultrajante atividade desse rei contra Israel (Dn 8.10,11).
3. A purificação do santuário (Dn  8.14).  
III - ANTÍOCO EPIFÂNIO, O PROTÓTIPO DO ANTICRISTO
1. Antíoco Epifânio.
2. A visão do anjo Gabriel (Dn 8.16).
3. O tempo do fim  (Dn 8.17). 
 
SINOPSE DO TÓPICO (1) A visão do bode e do carneiro refere-se respectivamente aos impérios medo-persa e grego 
SINOPSE DO TÓPICO (2) O chifre pequeno de Daniel 8.9 refere-se à Antíoco Epifânio, um opressor cruel e terrível contra Israel.
SINOPSE DO TÓPICO (3) Por perseguir os judeus em Jerusalém e na Judeia, por cometer tantas atrocidades contra o povo de DEUS, Antíoco Epifânio é considerado por muitos estudiosos um tipo do Anticristo
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Histórico
"MEDOS, MÉDIA
Em Isaías 13.17,18 e Jeremias 51.11,28, foi predito o papel que os medos iriam desempenhar na queda da Babilônia, embora nessa época os persas estivessem dominando. Daniel também atribui aos medos um papel importante na queda da cidade da Babilônia (Dn 5.30,31).
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Histórico
"PÉRSIA
Os reis assírios foram os primeiros a mencionar a Pérsia em seus relatos. Salmanaser III recebeu tributo dos reis da Parsua em 836 a.C., Tiglate Pilaser III invadiu a Parsua em 737, e Senaqueribe lutou contra eles em Halulina em 681. Aquêmenes (Hakhmanish da Pérsia) foi o ancestral epônimo que fundou a dinastia persa. Teispes, filho de Aquêmenes, dois netos, Ariyaramnes e Ciro I, e um bisneto, Cambises, governaram a terra natal, mas foram subordinados aos seus primos mais poderosos do norte, os medos. A pátria deste povo de língua indo-europeia era chamada de Parsa, mas eles a chamavam de Airyana, do sânscrito arya, 'nobre', e a partir daí o atual Irã. O país situava-se a leste de Elão a partir do golfo Pérsico até o Grande Deserto de Sal. Este povo passou pelo planalto do Irã e ocupou esta região no início do primeiro milênio a. C.
Depois da queda de Nínive, em 612 a.C., os medos controlaram todo o norte da Mesopotâmia. O casamento de Cambises com a filha do rei medo Astíages, resultou no nascimento de Ciro II. Este líder uniu as tribos persas e juntou forças com Nabu-na'id (Nabonido) da Babilônia, em uma revolta contra os medos. Em pouco tempo, o controle da Média caiu nas mãos de Ciro o Grande, em 547 a. C. ele venceu Creso, o rei de Lídia que governava a Anatólia ocidental.
Ciro não fez uma mudança radical quando tomou os reinos dos caldeus, mas instituiu reformas. Colocou o templo da Babilônia sob sua própria administração, mas teve uma atitude iluminada em relação às religiões que eram diferentes da sua. Os judeus exilados não foram os únicos a receber liberdade religiosa e voltar para a sua terra natal (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.1515-16).
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 
PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
SILVA, Severino Pedro. Daniel Versículo por  Versículo: As visões para estes últimos dias. 13.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
STAMPS, Donald C (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
 
 
Revista Ensinador Cristão - CPAD nº58. p.40.
O oitavo capítulo de Daniel retrata os impérios Medo-Persa e Grego respectivamente. O carneiro de dois chifres representa o império Medo-Persa. O Bode é figura do império Grego e o grande chifre do bode refere-se a Alexandre Magno, o mais célebre conquistador do Mundo Antigo.
Alexandre humilhou o império Medo-Persa sem compaixão e piedade. Representado pelo grande chifre do bode que foi quebrado, o imperador grego morreu prematuramente. A visão de Daniel apresenta mais quatro chifres que cresceram no seu lugar. Eles representavam os quatro generais que dividiram o império Grego em quatro regiões, após a morte de Alexandre, isto é, Macedônia, Ásia Menor, Síria-Babilônia e Egito. Entretanto, desses quatro chifres cresceu um pequeno chifre que foi visto na figura de Antíoco Epífanes, o rei da Dinastia Selêucida que governou a Síria entre 174 e 164 a. C.
Antíoco Epífanes atacou as quatro regiões e suas respectivas potências militares. A história confirma também o assassinato do sumo-sacerdote judeu Onias em 170 d. C. e a profanação do templo de Jerusalém. Daniel teve uma visão extensa e assustadora ao ponto de lhe tirar a força física para fazer as coisas mais básicas da vida. Mas era uma visão que devia ser guardada em segredo.
Muitos estudiosos concordam que o capítulo oito de Daniel traz um testemunho de uma profecia histórica que se cumpriu parcialmente. A história teria testemunhado os acontecimentos que os santos profetas, sem os conhecerem de antemão, profetizaram em nome do Senhor. É bem verdade que o nosso DEUS zela pela sua Palavra.
A Bíblia diz que o espírito do anticristo opera no mundo. De acordo com a crueldade, a ignomínia e a covardia de Antíoco Epifânio muitos estudiosos o relacionam como um tipo do Anticristo de que fala o Novo Testamento. Mas enquadrá-lo como Anticristo ainda passa por especulação. Todavia, o que deve alegrar o crente são as vidas que abrem os olhos espirituais e percebem por si mesma o benefício de crermos na graça preciosa e suficiente de DEUS, o nosso bendito e eterno Pai.
Aproveite a aula de hoje para mostrar aos alunos como o nosso DEUS relaciona-se com o Seu povo escolhido. Somos a igreja de DEUS, um povo escolhido e chamado por Ele para anunciar as boas novas da vida eterna. Não permita que o seu aluno deixe a aula sem este esclarecimento: o de que o Senhor, através do Seu Filho JESUS, e na força do ESPÍRITO SANTO, tem cuidado de nós.
Revista Ensinador Cristão. Editora CPAD. pag. 40.
 
 
COMENTÁRIO DE VÁRIOS COMENTARISTAS E LIVROS
INTRODUÇÃO
Se fizermos uma digressão ao conteúdo dos capítulos 2 ao 7, Daniel apresenta a história e profecia relacionadas diretamente com as nações gentílicas. Nos capítulos 3 e 6 a história ganha um sentido especial porque fala da vitória do remanescente judeu contra as influências pagãs. O capítulo 4 é um testemunho que o Rei Nabucodonosor faz acerca da sua experiência que o levou a tornar-se insano e agir como um animal do campo, fruto do juízo da parte de DEUS, que por fim o restaurou da sua insanidade mental. No capítulo 5, temos a queda do Império Babilônico, por ocasião da festa de Belsazar. Nesta festa, com a profanação dos vãos sagrados do templo de Jerusalém, DEUS intervém na festa e sua mão escreve na parede do salão de festas a sentença de juízo contra o Império Babilônico. No capítulo 6, a história de Daniel na cova dos leões é inserida na história que o profeta quis contar, mas que o fato havia acontecido 60 anos depois, no primeiro ano do reinado do rei Dario, o medo, aproximadamente no ano 539 a. C. Daniel teve o propósito de enfatizar a fidelidade em meio a desobediência civil ante leis e decretos que tinham como objetivo se opor ao DEUS de Daniel.
Ao chegar ao capítulo 7, Daniel dava início à segunda parte do livro. A partir de então, as visões foram específicas a Daniel, tratando do futuro do seu povo (Israel) e das nações do mundo representadas pelas figuras dos quatro animais com características diferentes que lembram as figuras mitológicas do mundo pagão. Neste capítulo temos a segunda visão de Daniel. No capítulo 7 aparecem os quatro animais representativos dos impérios que governaram o mundo de então, mas que prefiguravam o juízo e o estabelecimento do reino de DEUS na terra num tempo especial. Neste capítulo, DEUS revela a Daniel o futuro desses impérios por meio de sonhos.
Chegamos ao capítulo 8, quando DEUS revela o destino desses impérios por meio de uma visão que tem um caráter particular. Neste capítulo, DEUS mostra a Daniel a queda dos dois últimos Impérios, o Medo-persa e o Grego, representados pelas figuras de outros animais: um bode e um carneiro. Os mesmos impérios tratados no capítulo 7 e representados pelo Urso (7.5) e pelo Leopardo (7.6) ganham um sentido especial e particular no capítulo 8. Os dois outros animais, com características especiais eram um carneiro (8.3,4) e um bode (8.5-9). Ambos eram animais poderosos, mas foram destruídos, porque ninguém prevalece contra o Cetro de DEUS. Chama atenção a partir do capítulo 8 a mudança de idioma utilizado por Daniel. Nos capítulos 2 ao 7, o idioma do texto foi o aramaico dos gentios, no qual DEUS trata diretamente com as nações gentílicas. Nos capítulos 8 ao 12, o idioma foi o hebraico, porque a visão dizia respeito, essencialmente, ao povo judeu, sob o domínio desses impérios mundiais. Porém, no capítulo 8, DEUS revela a Daniel as características dos dois Impérios, o Medo-persa e o Grego, representados por dois animais, “o carneiro e o bode”. Os elementos históricos da profecia tiveram seu cumprimento no passado; porém, algumas características desses dois impérios personificam o futuro de Israel e o que acontecerá no “tempo do fim”(Dn 8.19).
ASPECTOS GERAIS DAS VISÕES DE DEUS A DANIEL
Nos tempos antigos a linguagem figurada era utilizada, especialmente, pelos povos pagãos. A cultura da época ilustrava valores e aspectos humanos através de componentes da natureza, do mundo animal. Neste capítulo, o escopo é menos abrangente, mas não menos importante, porque a visão tem apenas dois animais que surgem poderosos e ultrajantes pelo poder de violência e destruição que promovem. Nesta visão, DEUS mostra a Daniel esses dois animais que representavam força, energia, autoridade, poder e perspicácia na invasão das nações e no domínio sobre os reis vencidos.
A visão dada a Daniel (8.1)
O texto literalmente diz: “apareceu-me, a mim, Daniel”. Daniel estava, de fato, distinguindo as visões dadas a Nabucodonosor nas quais ele foi apenas o intérprete das visões pessoais que DEUS lhe deu. O caráter das visões concedidas a Daniel era moral e espiritual, enquanto que, as visões dadas a um rei pagão tinha um caráter material e político. Sonhos e visões são vias pelas quais DEUS revela a sua vontade, mas não são únicas maneiras de DEUS falar.
A data da visão (8.1)
Não há uma data certa, mas aproximada, quando os estudiosos entendem que o ano primeiro seja 541 a. C., e o ano terceiro teria que ser 539 a. C., que foi o ano da tomada da Babilônia pelos medos e persas. O texto indica que Daniel estava em Susã, capital da província de Elão.
O local da visão (8.2)
O texto declara que Daniel se viu junto ao rio Ulai: “vi, pois, na visão, que eu estava junto ao rio Ulai”. Alguns comentaristas seguem a ideia de LeonWood que entende que Daniel não esteve fisicamente em Susã, mas que foi transportado em espírito junto ao rio Ulai para ter essa visão. Não há necessidade de discutir se esteve realmente em Susã ou não. O que importa é que DEUS estava dando a Daniel uma visão que retratava ascensão e queda dos dois impérios que aparecem na visão como o carneiro e como o bode. Posteriormente, esse rio mudou seu curso e se dividiu em dois outros rios, identificados como os rios Karon e Kerkah.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 115-117.
 
As visões e profecias desse capitulo concentram- se única e inteiramente nos eventos que estavam para ocorrer dentro em breve nas monarquias da Pérsia e da Grécia, e parecem não conter qualquer referência a qualquer outra coisa. Nada é dito aqui sobre a monarquia dos caldeus, apesar desta ser exatamente a sua época. E, por essa razão, esse capítulo não está escrito em caldeu, como os seis capítulos anteriores, para beneficio dos caldeus, mas no idioma hebreu, e da mesma forma estão os demais capítulos até o final do livro, em benefício dos judeus, para que pudessem saber que adversidades estavam diante deles e qual seria a conclusão, e assim pudessem se precaver de antemão. Nesse capítulo, temos: I. A própria visão do carneiro, e do bode, e a pequena ponta que lutaria e prevaleceria contra o povo de DEUS, por um determinado tempo limitado (w. 1-14). II. A interpretação dessa visão por um anjo, mostrando que o carneiro representava o império persa, o bode, o grego, e a pequena ponta, um rei da monarquia grega, que se lançaria contra os judeus e a religião, e que era Antíoco Epifânio (w. 15-27). A congregação judaica, desde os seus primórdios, fora por todo tempo, em maior ou menor grau, abençoada com profetas, homens divinamente inspirados para lhes explicar a intenção de DEUS em suas providências, e dar-lhes alguma perspectiva do que estava para acontecer com eles. Mas, logo após a época de Esdras, a divina inspiração foi interrompida, e não houve mais nenhum profeta até que chegasse o tempo do Evangelho. Por isso os acontecimentos daquela época foram aqui profetizados por Daniel, e deixados em registro, para que DEUS não ficasse sem testemunho, e eles não ficassem sem um direcionamento.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 873.
 
O capítulo 8, assim sendo, elabora certos assuntos que figuram no capítulo anterior. A Babilônia não está mais em foco, e até os medos-persas foram mencionados para introduzir o monstro macedônio, Alexandre. Mas a ênfase real recai sobre o pequeno chifre, Antíoco Epifânio. “O propósito deste capítulo é, por um lado, tornar claras algum as questões que haviam sido tratadas de maneira um tanto crítica no capítulo 7; e, por outro, renovar a certeza de que o fim estava próximo. O cálice da iniquidade de Antíoco estava quase cheio. Esse é o episódio final na grande tribulação que precederá o fim. DEUS interviria e o homem do pecado seria destruído. Neste capítulo voltamos ao idioma hebreu, deixando de lado o aramaico” (Arthur Jeffery, in loc).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3410.
 
I - A VISÃO DO CARNEIRO E DO BODE (Dn 8.3-5)
1. A visão do carneiro (Dn 8.3,4,20).
DEUS, em sua infinita sabedoria, utiliza elementos da cultura que prevalecia nos dias de Daniel, mesmo que ele não precisasse de figuras mitológicas para entender as verdades divinas. DEUS utiliza as figuras mitológicas do mundo animal para dar a Daniel uma visão ampla sobre dois impérios que viriam e que fariam parte da estratégia divina para revelar a Israel a soberania de DEUS sobre todas as nações.
A visão do Carneiro (Dn 8. 20)
Na visão, Daniel estava diante do rio Ulai e, de repente, surge na visão um carneiro doméstico, mas que era audacioso e estava “diante do rio”. O carneiro era forte e tinha dois chifres, um maior que o outro. Esse carneiro simbolizava o Império Medo-persa que era o símbolo da aliança imperial dos medos e dos persas - Dario, o medo e Ciro, o grande (persa) - (Dn 8.20).
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 118.
 
O carneiro medo-persa (8.3-4). Na primeira visão de Daniel no capítulo 7, os animais que simbolizavam o poder mundial eram animais selvagens. Agora a disposição da visão muda e dois desses mesmos poderes mundiais aparecem como animais domesticados — um carneiro e um bode. Será que é possível que o ESPÍRITO de DEUS esteja retratando aqui mais uma importante fase da vida humana e da história, ou seja, o aspecto cultural? Enquanto o capítulo 7 ressalta o poder político das nações, o capítulo 8 destaca as influências culturais. Se concordarmos com essa hipótese, é possível imaginar que esses dois aspectos, provenientes de dois reinos diferentes, convirjam em dado momento em uma manifestação culminante do mal, ou seja, no surgimento do Anticristo.
Qualquer que seja o significado da mudança da natureza dos animais, o carneiro e o bode logo estavam furiosamente em guerra. O carneiro aparece primeiro, dando marradas para o ocidente, e para o norte, e para o meio-dia (“para o sul”, NVI; v.4). Keil sugere que a direção das marradas parece indicar que os avanços para o oriente não eram tão estrategicamente importantes comparados com os feitos em outras direções. Tanto Ciro quanto Dario lideraram campanhas bem-sucedidas para o Oriente, em direção à índia, mas é o seu impacto ocidental que mais seriamente afetou a história.
O animal de duas pontas (dois chifres), com a segunda crescendo mais que a primeira, claramente sugere a história medo-persa. Ciaxerxes, da Média, era um líder poderoso que se aliou ao caldeu Nabopolassar e seu filho, Nabucodonosor, para derrubar o império assírio em 612 a. C. Ao lado da Babilônia, a Média era um poder dominante dos seus dias. Mas a bravura do talentoso Ciro logo se tornou evidente, e ele rapidamente ascendeu até o topo da aliança medo-persa.
A palavra animais (chayywoth) significa criaturas viventes em geral e podem ser tanto selvagens quanto domesticados. “Nenhuma criatura vivente podia ficar diante dele, e não havia quem pudesse livrar-se do seu poder; e ele fazia o que bem desejava e tornou- se grande” (4, lit.). E se engrandecia (higddil) não significa aqui “tornar-se arrogante” mas, sim, “fazer grandes coisas”. Isso se repete no versículo 8; cf. SI 126.2-3: “Grandes coisas fez o Senhor por nós”.
Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 529.
 
A identificação específica dos dois animais forma a própria compreensão do autor com relação à seqüência dos eventos futuros. JESUS, nosso Senhor, usou também em vários de seus ensinos doutrinários, métodos semelhantes. Exemplificando, temos a parábola do Bom Semeador, em Mt 13.4-9, 18-23 e ss. No texto em foco, o anjo mostrou a Daniel, em cada interpretação, que todos aqueles reinos mundiais estavam em fase de transição, e recomendou que ficasse firme e prosseguisse até o fim. (Comparar Dn 12.13).
Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag.
 
2. Os chifres do carneiro.
Os dois chifres “o qual tinha duas pontas; e as duas pontas eram altas, mas uma era mais alta do que a outra“ (8.3). Na versão ARC, a expressão fala de duas pontas que são traduzidas em outras versões como dois chifres. Portanto, os dois chifres do carneiro são os dois reis da Média e da Pérsia. Segundo os historiadores, no caso dos persas, os seus reis sempre levavam como emblema uma cabeça de carneiro em ouro sobre a cabeça deles, principalmente quando passavam em revista os seus exércitos. De acordo com a história, a princípio, os medos haviam prevalecido na guerra contra a Babilônia e teve Dario como o primeiro governante daquela união entre a Média e a Pérsia. Porém, logo os persas prevaleceram em força e Ciro tornou-se o rei do império. O carneiro, com seus dois chifres, representado pela união da Média e da Pérsia, identificado como o Império Medo-persa venceu e derrotou o Império Babilônico quando Belsazar estava no poder. No mesmo dia em que Belsazar zombou dos vasos sagrados da Casa de DEUS trazidos do Templo de Jerusalém. Nota-se que há uma repetição do predito na visão do capítulo 7 sobre o segundo e o terceiro impérios, porém, DEUS, com uma maneira especial de aclarar a mente de Daniel mostrou a ele o que estaria fazendo no futuro desses impérios e com o próprio povo de Israel. Os dois chifres do carneiro são destacados, tendo um dos chifres maior que o outro. O chifre maior (“o mais alto”) representava Ciro, o persa (8.3) e o chifre menor representava Dario, da Média.
Marradas do Carneiro, “vi que o carneiro dava marradas para o ocidente e para o norte, e para o meio dia” (8.4) — São três direções audaciosas do carneiro dando marradas, isto é, dando coices com violência para se sobrepor. Interpretando o termo “marrada”, no contexto dessa visão, Daniel percebe que o carneiro com seus dois chifres, representado pelo Império Medo-persa, quando batalhou contra Nabonido, pai de Belsazar, da Babilônia, foi um animal violento e dominador. Suas marradas foram fortes e capazes de suplantar a força militar da Babilônia. As três direções das marradas do carneiro abrangia todos aqueles países adjacentes que envolviam a Babilônia, Lídia e o Egito, Palestina e outros mais das cercanias do Oriente Médio. Estas três regiões lembram e se comparam literalmente à figura das “três costelas” na boca do urso que Daniel viu em sua visão no capítulo 7.5. As duas visões tratam das mesmas conquistas dos medos e persas. No capítulo 7, os medos-persas são representados pelo urso e no capítulo 8.4, eles são representados pelo carneiro. O que DEUS queria mostrar a Daniel diferia apenas quanto aos aspectos político do mundo de então e os aspectos moral e espiritual que envolveria esse Império.
(8.4) A força do Carneiro — “e nenhuns animais podiam estar diante dele, nem havia quem pudesse livrar-se da sua mão”.
Na cultura persa, a figura do carneiro era muito popular. Esse animal é sempre referido ao macho das ovelhas. Simboliza força e bravura na defesa da sua família. Seus chifres são símbolos do poder de domínio e autoridade do carneiro para defender seu rebanho. O símbolo mais importante dos medos-persas era a cabeça de ouro de um carneiro que fazia parte da coroa real, do peitoral de bronze dos guerreiros nas grandes batalhas. Na cronologia histórica, Ciro sucedeu a Dario. Eventos importantes aconteceram no período desses dois reis até que o carneiro é vencido e, surge na visão de Daniel a figura de um bode que ataca o carneiro e o vence (8.5-7).
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 119-120.
 
1. Ele viu um carneiro com duas pontas (v. 3). Essa era a segunda monarquia, da qual os reinos da Média e da Pérsia eram as duas pontas. As pontas eram muito altas. Mas a que veio por último era a mais alta, e tomou a dianteira da mais antiga. Assim, o último será o primeiro, e o primeiro, o último. O reino da Pérsia, que se levantou por último, em Ciro, tornou-se mais eminente que o dos medos, governado por Dario, o medo..
2. Ele viu o carneiro atacando todos à sua volta com as suas pontas (v. 4), para o ocidente (em direção à Babilônia, Síria, Grécia e Ásia Menor), para o norte (em direção aos lídios, armênios e citianos), e para o sul (em direção à Arábia, Etiópia e Egito), pois todas essas nações foram, em uma época ou outra, atacadas pelo império persa na tentativa de aumentar os seus domínios. E, por fim, ele se tornou tão poderoso que nenhum animal podia estar diante dele. Esse carneiro, embora pertencente a uma espécie animal que muitas vezes servia de presa, tornou-se temível até mesmo para os próprios animais predadores, de modo que não havia nenhum que ficasse diante dele, nenhum que dele escapasse, nenhum que pudesse livrar-se da sua mão. Todos deveriam se submeter a ele. Os reis da Pérsia agiam conforme a sua vontade, alcançavam sucesso em todas as investidas no exterior, possuíam um poder incontrolável em seu país, e tornaram-se notáveis. Ele se considerava notável porque fazia o que queria. Mas fazer o bem é o que torna os homens verdadeiramente notáveis.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 874.
 
3. A visão do bode (Dn 8.5-8).
“eis que um bode vinha do ocidente sobre a terra, mas sem tocar no chão” (8.5). A figura do bode, na mitologia do mundo de então significava poder, força e ousadia. Velocidade e mobilidade são características desse animal que lembram a cabra montês que salta em montanhas de pedra com firmeza e sem resvalar. O bode é um animal que vive em regiões rochosas e inóspitas. O texto diz que “o bode” tinha uma velocidade que nem “tocava o chão”. Está se referindo a Alexandre, filho de Felipe da Macedônia, que surgiu com força incrível e com grande mobilidade para conquistar o mundo, a partir da conquista do Império Medo-persa que não se conteve diante dele. Quando surgiu o bode no espaço que o carneiro dominava, lançou-se contra o carneiro com muita força e domínio, ferindo-o e quebrando, de imediato, os dois chifres. O poder de Dario e Ciro caiu e foi usurpado pelo poder simbólico do bode que representava o Império Grego.
“vinha do ocidente sobre toda a terra” (8.5). Esse bode vinha do Ocidente com tanta velocidade e força que os seus pés não tocavam o chão. Na realidade, o ocidente é chamado “o poente” da Média e da Pérsia. Em 334 a.C., Alexandre, cruzou um famoso estreito entre os mares Negro e Egeu e com a força militar que tinha foi avançando até o Oriente e derrotou os exércitos dos medos e persas. Por uns dois ou três anos seguintes, Alexandre, definitivamente conquistou o Império Medo-persa por volta de 331 a. C.
“aquele bode tinha uma ponta notável entre os olhos” (8.5). Ele tinha um chifre no meio de sua testa. Era o Império Grego através de Alexandre, o Grande, que, com seus exércitos, suplantavam tudo e agiam com muita rapidez. O carneiro foi totalmente humilhado. Seus dois chifres foram quebrados e o carneiro foi pisoteado sem compaixão pelo bode. Foi uma profecia de completa sujeição e derrota do Império Medo-persa pelos gregos. Daniel vê em sua visão que “o bode” vinha do Ocidente com muita força e rapidez e representava o novo Império, o Grego.
Quem era a “ponta notável”? (8.5)
Daniel vê em sua visão que o bode tinha “uma ponta notável”, isto é, o bode tinha “um chifre no meio dos olhos” que chamava a atenção e, histórica e profeticamente estava se referindo ao líder mundial que ficou conhecido como, Alexandre, o Grande. Sob seu comando, representado pelo bode, quando deparou-se com o carneiro, quebrou os dois chifres do carneiro (Média e Pérsia). Na visão de Daniel, o bode demonstrou ter uma força superior ao do carneiro. Esse bode era, não só constituído de força e violência, mas tinha uma mobilidade ímpar. Esse “chifre notável” tornou-se, portanto, o grande conquistador por um espaço curto de tempo. Alexandre fora educado aos pés do grande sábio grego Aristóteles. Ele nasceu na Macedônia em 356 a. C. Era de uma inteligência avançada para o seu tempo. Quando tornou-se o grande comandante das milícias gregas, a começar pela Macedônia, Alexandre demonstrava perspicácia e tenacidade ante os seus liderados. Ele era capaz de convencer seus liderados, generais e soldados, a superarem suas forças para conquistarem terras e mais terras.
(8.6,7) A violência do bode unicórnio. Era um animal unicórnio por causa do “chifre notável” que tinha sobre a fronte. O texto diz que esse bode investiu com todas as forças sobre o carneiro e quebrou, de imediato, os dois chifres do carneiro. Ciro e Dario foram quebrados, e a união da Média e da Pérsia foi suprimida pela força desse bode, ou seja, o Império Grego que sucedeu ao medo-persa.
O chifre notável é quebrado repentinamente - “mas, estando na sua maior força, aquela grande ponta foi quebrada” (8.8) - Quando Alexandre gozava do maior prestígio que um grande rei podia experimentar, no auge de sua glória militar e política, o jovem conquistador perdeu a vida de modo misterioso no ano 323 a. C. A profecia que DEUS deu a Daniel uns 200 anos antes se cumpriu cabalmente na vida de Alexandre, o Grande.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 120-121.
 
Dn 8.5: “um bode...” O profeta Daniel, em sua grande visão, deixa um pouco de lado o carneiro (Império medo-persa) e entra em cena com o Império Greco-Macedônio. No capítulo dois (2) deste livro, o Império Greco-Macedônio é representado pela composição de cobre, que forma “o ventre e coxas” da colossal imagem vista por Nabucodonosor em sua visão noturna. Enquanto que, no capítulo quatro (4), versículo quatorze, ele pode ser visto nas “folhas” da grande árvore, vista também em um sonho. No capítulo 7.6, ele é representado pelo “Leopardo” ali descrito. Agora, porém, no texto em foco, o reino Greco-Macedônio é representado pelo “bode voador”. Em sentido profundo da exegese, o bode representava o poderoso exército comandado por Alexandre, enquanto que a “ponta notável entre os olhos” representava o próprio Alexandre (v. 21). Daniel observa que aquele “bode” vinha do “Ocidente” em direção ao Oriente; isso indicava que o bode vinha da Grécia (Ocidente) em direção a Babilônia (Oriente). O exército de Alexandre era considerado um “exército-relâmpago”, e por essa razão, o profeta de DEUS registra que ele não “tocava no chão”. Daniel, como em outras oportunidades, ficou sem entender a visão, mas o anjo Gabriel, passou a explicar-lhe todos aqueles pormenores: “...o bode peludo é o rei da Grécia; e a ponta grande que tinha entre os olhos é o rei primeiro”. E evidente que o rei primeiro do texto em foco é Alexandre Magno. O “bode peludo”, além de poderoso, “tinha uma ponta notável entre os olhos”. O leitor deve observar bem a frase: “entre seus olhos”. - Mas por que entre seus olhos? - A história diz que Alexandre, quando jovem, educou-se aos pés de Aristóteles, como Paulo aos pés de Gamaliel (At 22.3). Aristóteles foi discípulo de Platão. Juntos, esses dois filósofos eram chamados de “os dois olhos da Grécia”.
Dn 8.6: Os amantes da história antiga reafirmam a descrição de Daniel no presente texto, sobre a corrida de Alexandre Magno “com todo o ímpeto da sua força” contra os medos e persas. “Conta-se que ele, quando frequentava uma escola na Grécia (era macedônio), costumava dizer que um dia se vingaria com todo o ímpeto das agressões dos persas, que, sendo senhores do mundo, ainda desejavam dominar a Grécia. A célebre batalha do Passo de Dardanelos e a batalha naval de Salamina falam bem alto do tipo de guerra que os persas, de tão longe, iam fazer à Grécia. Tão logo Alexandre pôde convencer os gregos de que era tempo de se desforrarem dos persas, reuniu tudo que tinha, e com uma coragem indômita, que lhe era peculiar, atirou-se pelo Oriente, nada estorvando a sua incrível coragem”. Alexandre não perdia tempo. Dali em diante nada lhe resistiria. Por isso Daniel o vê como um bode que vinha voando.
Dn 8.7: O presente versículo foi escrito antes de seu cumprimento (talvez 200 anos antes). Alexandre combateu, de fato, o Império Medo-persa, mais ou menos em 331 a. C. E esta profecia foi escrita por Daniel, mais ou menos em 539 a. C. E uma predição notável o choque de dois Impérios mundiais. Em nossos dias, poderíamos imaginar um choque de duas grandes potências mundiais como os Estados Unidos da América do Norte e a União Soviética. Isso significaria, uma catástrofe mundial que envolveria todo o mundo. As duas pontas quebradas, vistas por Daniel no grande impacto dos dois animais, significam o fim do império medo-persa, fundado por Dario e Ciro. Esta dinastia só deixou de existir com a implantação do novo sistema mundial dos gregos, que helenizaram o mundo daqueles dias.
Dn 8.8: “Aquela grande ponta foi quebrada”. O simbolismo aqui apresentado é perfeitamente verdadeiro em seu cumprimento. Alexandre foi um exímio guerreiro, e, ao terminar todas suas grandes conquistas, entregou-se aos vícios mais hediondos daquela época; isto lhe ocasionou morte prematura. Morreu aos trinta e três (33) anos de idade, O chifre ilustre foi quebrado, como disse a profecia acima.
“E subiram no seu lugar quatro também notáveis”. As quatro pontas notáveis do texto em foco, compreendem também, as quatro “cabeças” que o “Leopardo”  tinha (Dn 7.6). Na simbologia profética aplicada nas notas expositivas do cap. 7.6, elas compreendem os quatro generais que se “levantaram” depois da morte de Alexandre, que são: 1) Ptolomeu. 2) Seleuco. 3) Antípater e 4) Filétero. Esses generais, após a morte de Alexandre Magno, fundaram quatro realezas para os quatro ventos do céu: Egito (Ptolomeu), Síria (Seleuco), Macedônia (Antípater), e Ásia Menor (Filétero). Eles foram, de fato, governantes “notáveis”, mas não atingiram a glória de Alexandre.
Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 151-154.
 
Ele viu esse carneiro ser vencido por um bode. Ele estava ponderando sobre o carneiro (maravilhando-se de que um animal tão frágil pudesse ter se tornado tão superior) e pensando qual seria o resultado. E, eis que surgiu um bode (v. 5). Este era Alexandre, o Grande. Ele, de fato, conquistou o mundo, e depois sentou e chorou porque não havia outro mundo para ser conquistado. Unus Pellaeo juveni non sufficit orbis -Um mundo era muito pequeno para o jovem de Pella. Esse bode (uma criatura famosa pela delicadeza ao caminhar, Provérbios 30.31) vinha com incrível rapidez, de forma que não tocava o chão, tamanha a velocidade com que se movia. Ele tinha poder, e conhecia a sua própria força. Ele se via como alguém que estava em condições de lutar contra todos os seus vizinhos. Alexandre prosseguia com suas conquistas com tal rapidez e com tamanha fúria, que nenhum dos reinos que atacou tinha coragem para oferecer resistência, ou dar um fim ao avanço de seus exércitos vitoriosos. Em seis anos ele se tornou o senhor da maior parte do mundo então conhecido. Com justiça poderia ser chamado de uma ponta notável, pois o seu nome ainda permanece vivo na história como o nome de um dos mais celebrados comandantes de guerra que o mundo já conheceu. As vitórias e realizações de Alexandre ainda são o passatempo dos estudiosos. Esse bode dirigiu-se ao carneiro que tinha duas pontas (v. 6). Alexandre, com seu exército vitorioso, formado por não mais do que 30.000 soldados a pé e 5.000 cavalos, atacou o reino da Pérsia. Ele foi ao seu encontro, para surpreendê-lo com a fúria do seu poder, antes que pudesse ficar sabendo de seus movimentos.
Ele se aproximou do carneiro. Alexandre com seu exército veio contra Dario Codomano, então imperador da Pérsia, movendo-se com irritação contra ele (v. 7). Foi com extrema violência que Alexandre deu prosseguimento à sua guerra contra Dario, que, embora levasse um grande número ao campo de batalha, ainda assim, por falta de habilidade, não era páreo para ele, de forma que Alexandre foi muito duro com ele, quando afinal contra ele travou combate, e o feriu, e lançou-o por terra e o pisou com os pés, expressões essas que, pensam alguns, referem-se às três famosas vitórias que Alexandre alcançou contra Dario, em Granico, Isso e Arbela, através das quais esse rei foi, enfim, totalmente aniquilado, havendo perdido, na última batalha, 600.000 homens, de forma que Alexandre tornou-se o senhor absoluto do império persa e quebrou as suas duas pontas, os reinos da Média e da Pérsia. O carneiro que destruíra todos diante de si (v. 4) é agora destruído. Dario não tinha poder para estar diante de Alexandre, nem possuía quaisquer amigos ou aliados que pudessem ajudar a livrá-lo de sua mão.
Alexandre tinha cerca de vinte anos de idade quando iniciou as suas guerras. Quando tinha cerca de vinte e seis, venceu Dario e tornou-se senhor de todo o império persa. Porém, quando estava com cerca de trinta e dois ou trinta e três anos de idade, sendo ainda forte, e estando em sua plenitude, ele morreu. Ele não foi morto na guerra, em um leito de honra, mas morreu de excesso de bebida alcoólica, ou, como alguns suspeitam, envenenado. Ele não deixou nenhum filho vivo para apreciar aquilo pelo que trabalhara incansavelmente, mas deixou um monumento duradouro à vaidade da pompa e do poder do mundo, e da sua incapacidade de fazer um homem feliz.
Ele viu esse reino dividido em quatro partes, e que no lugar daquela grande ponta subiram quatro notáveis, quatro dos comandantes de Alexandre. Essas quatro pontas notáveis apontavam em direção aos quatro ventos do céu, como as quatro cabeças do leopardo (cap. 7.6), os reinos da Síria e Egito, Ásia e Grécia - a Síria estendendo-se para leste, a Grécia para oeste, a Ásia Menor para o norte e o Egito para o sul.
 
O bode é uma descrição profética acerca de um dos maiores líderes políticos da história, Alexandre Magno.
Daniel elenca quatro fatos a seu respeito.
Em primeiro lugar, fala da rapidez de suas conquistas (Dn 8.5, 21). Esse bode representa o império grego (v. 21). As conquistas de Alexandre foram extensas e rápidas. Osvaldo Litz afirma que em apenas treze anos Alexandre conquistou todo o mundo conhecido de sua época.
O império medo-persa foi desmantelado, dando lugar ao império grego. Em 334 a.C., Alexandre cruzou o estreito de Dardanelos e derrotou os sátrapas. Pouco tempo depois, venceu Dario III na batalha de Issos (333 a.C.). Em 331, venceu o grosso das forças medo-persas na famosa batalha de Gaugamela.
Em segundo lugar, Daniel fala do poder desse líder (Dn 8.5). Alexandre é descrito como o chifre notável. Foi um líder forte, ousado e guerreiro. Era um homem irresistível, um líder carismático, com punho de aço.
Em terceiro lugar, Daniel fala dos triunfos de Alexandre sobre o império medo-persa (Dn 8.6,7). O poderio e a força de Alexandre são descritos na maneira como enfrentou o carneiro: 1) fere-o; 2) quebra seus dois chifres; 3) derruba-o na terra; e 4) pisoteia-o.
Em último lugar, Daniel fala do engrandecimento e queda de Alexandre e seu reino (Dn 8.8). “O engrandecimento de um império é ao mesmo tempo prelúdio de sua queda e decadência. Quanto mais se aproxima do auge de seu poder, tanto mais perto está também de seu fim”. A Grécia não foi uma exceção (v. 8). O versículo 8 profetiza a morte inesperada de Alexandre Magno na Babilônia, em 323 a. C., exatamente quando ele queria reconstruir a cidade da Babilônia, contra a palavra profética de que a cidade jamais seria reconstruída. Com sua morte, o império grego foi dividido em quatro partes entre quatro reis: a Cassandro couberam a Macedônia e a Grécia, no ocidente. Lisímaco governou a Trácia e a Bitínia, no norte. Ptolomeu governou a Palestina, a Arábia e o Egito, no sul. Selêuco governou a Síria e a Babilônia, no oriente.
Após a morte de Alexandre e a divisão de seu reino entre esses quatro generais (v. 8,22), o grande império grego desintegrou-se e enfraqueceu-se. A profecia acerca de Alexandre cumpriu-se literalmente, duzentos anos depois da profecia dada a Daniel.
LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 103-105.