Escrita Lição 2, CPAD, Missões Transculturais, A Sua Origem Na Natureza De Deus, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 2, CPAD, Missões Transculturais, A Sua Origem Na Natureza De Deus, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 


TEXTO ÁUREO
“Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações.” (Gn 17.4)

 

VERDADE PRÁTICA
O amor de Deus é a verdadeira motivação do crente para realizar a obra missionária.

 

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hb 11.8 Chamado a ir para um lugar completamente desconhecido
Terça - Gl 3.8,16 O Senhor Jesus Cristo é o legítimo descendente de Abraão
Quarta - Gl 3.16; 4.4 A providência salvífica de Deus na história humana por meio de uma família

Quinta - Ef 1.7; Gl 3.13; 4.5 O plano redentor de Deus como atividade executada por meio de Jesus Cristo
Sexta - Gn 12.3 A natureza missionária de Deus na relação com a humanidade
Sábado - Mt 5.13-14 Igreja de Cristo - chamada para ser sal da terra e luz do mundo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 12.1-3; 17.1-8
Gênesis 12
1 - Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2 - E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção.
3 - E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Gênesis 17
1 - Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito.
2 - E porei o meu concerto entre mim e ti e te multiplicarei grandissimamente.
3 - Então, caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele, dizendo:
4 - Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações.
5 - E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai da multidão de nações te tenho posto.
6 - E te farei frutificar grandissimamente e de ti farei nações, e reis sairão de ti.
7 - E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus e à tua semente depois de ti.
8 - E te darei a ti e à tua semente depois de ti a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão, e ser-lhes-ei o seu Deus.
HINOS SUGERIDOS: 49, 459, 545 da Harpa Cristã


PALAVRA-CHAVE – Transcultural

 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

I – A NATUREZA MISSIONÁRIA DE DEUS
1. A natureza missionária de Deus no chamado de Abrão (Gn 12.1-3)

2. A missão como atividade de Deus no mundo

3. O nosso modelo missionário

II – AMOR DE DEUS: O PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA HISTÓRIA DA REDENÇÃO
1. O amor de Deus

2. A Redenção no Antigo Testamento

3. A Redenção no Novo Testamento

III – VISÃO BÍBLICA DO CARÁTER TRANSCULTURAL DA MISSÃO
1. Um Deus Missionário

2. A escolha de Israel e sua missão

3. A escolha da Igreja

 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

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Comentários de vários autores com alguma modificações do Ev. Luiz Henrique
Pontos difíceis e polêmicos discutidos durante a semana em nossos grupos de discussão no WhatsApp (minhas conclusões)
 
 
Missões Transculturais No Século XXI
Estudos retirados do CD da CPAD 3º Trimestre de 2000
 Evangelismo e Missões - 3º Trimestre de 2002 - CD CPAD
A Igreja Cumprindo Sua Tarefa
Comentários de Pr. Esequias Soares
 
 
INTRODUÇÃO
O terceiro milênio começa com 6 bilhões de habitantes e com 1.739 grupos étnicos no planeta. Os últimos dados estatísticos nos mostram que cerca de 33% dos moradores da terra ainda nunca ouviram falar de Jesus. O quadro é mais ou menos assim: 2 bilhões de pessoas seguem o Cristianismo, incluindo os cristãos nominais; 2 bilhões já ouviram falar de Jesus pelo menos uma vez e 2 bilhões nunca ouviram falar de Jesus. Que tipo de sociedade vamos encontrar no séc. XXI? Como alcançar essas etnias? É sobre isso que vamos estudar hoje.

I. PANORAMA MUNDIAL 
1. O fenômeno da globalização. A globalização é um fenômeno curioso que nos dá a impressão de uma padronização das culturas mundiais. Depois da queda do Muro de Berlim, marcando o fim da Guerra Fria em 1989, a globalização, ou mundialização, vem ganhando espaço, dinamizada principalmente pelos modernos sistemas de comunicação. À parte os efeitos colaterais, como o desemprego, não devemos negar que essa nova ordem mundial tem facilitado muito a vida do homem. Isso facilita também a evangelização e as missões, pois o evangelho é também uma mensagem globalizada; é universal, portanto para todos os povos (Mc 16.15; Ef 2.14-19; Cl 3.11). 
2. Perfil do mundo globalizado. Os aeroportos internacionais seguem um mesmo padrão, para que você se sinta em casa em qualquer país. O sistema de shopping centers também está padronizado em todo o mundo. Você não terá muita dificuldade em comprar roupa em qualquer parte do mundo, ainda que não fale sequer uma palavra em outra língua. Também não morre de fome, o sistema “fast food” (comida rápida) está em qualquer parte do mundo. Parece que o mundo vai diminuindo à medida que o tempo passa. Além desse mundo globalizado e secularista que não quer saber de Jesus, há um outro mundo que não tem acesso à globalização, que igualmente precisa de Jesus. 
3. Os pobres do terceiro milênio. O número deles chega a mais de 800 milhões; mais 10% da população da terra, segundo dados recentes da ONU. Ninguém pode negar que há mais recursos no mundo de hoje do que no mundo antigo. Isso deveria melhorar o mundo, mas a humanidade continua na miséria moral e espiritual. Tanto ricos como pobres estão clamando pelo pão do céu. Só Jesus pode dar sentido à vida; só Ele pode dar ao homem a alegria de viver. Os tempos e as coisas mudam, mas o sofrimento permanece atormentando os homens. 

II. OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
1. O avanço dos meios de comunicação. Atualmente o homem pode estar virtualmente presente em toda a parte do planeta; pode estar conectado em rede, tanto na Internet, como em sua própria residência através do sistema celular de telefonia. Pode acessar um terminal eletrônico para movimentar sua conta bancária de qualquer parte do mundo. Esses avanços têm revolucionado as indústrias e alterado profundamente a vida da sociedade. Isso já estava no cronograma divino “e a ciência se multiplicará” (Dn 12.4). Em função desses avanços, as igrejas têm reavaliado suas estratégias administrativas, os métodos de evangelização e de fazer missões. 
2. Os meios de comunicação no plano de Deus. A Bíblia diz que as duas testemunhas mortas em Jerusalém serão vistas ao mesmo tempo pelos moradores da terra, como se fosse uma transmissão de imagens num noticiário (Ap 11.8-10). Na segunda vinda de Jesus, todo o olho o verá, até mesmo os judeus (Ap 1.7). Ora, se nem mesmo o sol pode ser visto ao mesmo tempo no Brasil e no Japão, como Jesus pode ser visto em toda a terra ao mesmo tempo? Ainda que não existisse uma explicação, poderíamos estar descansados: o poder de Deus é infinito (Sl 147.4,5). O certo é que a Bíblia está falando dos meios de comunicação dos últimos tempos.
3. Os meios de comunicação a serviço de Deus. Deus permitiu e deu sabedoria aos homens a fim de que produzissem tais recursos para a expansão do seu Reino, assim como os recursos dos dias apostólicos foram usados por eles e para o bem-estar da humanidade, como indica a expressão paulina: “Fiz-me de tudo para com todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns” (v.22). Os recursos modernos são a maior ferramenta (em termos materiais, é claro) de que dispomos para a pregação 
do evangelho, pois permite que milhões de pessoas em todo o mundo ouçam ao mesmo tempo o evangelho: “a sua palavra corre velozmente” (Sl 147.15). 

III. A TRANSCULTURAÇÃO
1. O Cristianismo e as culturas. O Cristianismo não tem o objetivo de padronizar o mundo e nem destruir as culturas; sua mensagem, porém é universal. No dia do triunfo de Cristo e da Igreja, cada povo ou etnia se apresentará louvando a Deus na sua própria língua (Ap 5.9). Por isso o apóstolo Paulo disse que, sendo livre, se fez servo de todos, judeu para os judeus, sem lei para os sem lei (vv.19-22) a fim de ganhá-los para Jesus. Não é necessário destruir a cultura dessas 7.319 etnias para levá-las à fé cristã, porque o Cristianismo é transcultural. 
2. O respeito pelas outras culturas. Os missionários devem respeitar as culturas de cada povo. Barnabé sabia que a tradição judaica era mais uma forma de manter a identidade nacional, e que isso em nada implicaria na salvação dos novos crentes; portanto, não seria necessário observar o ritual da lei de Moisés (At 15.19,20). Convém lembrar que a importação de inovações para as nossas igrejas pode desrespeitar a nossa herança espiritual. Muitas coisas não servem para a nossa cultura, pois já temos a nossa identidade cultural, como igualmente esta pode não servir para outras etnias pela mesma razão.

IV. MUITAS TERRAS PARA CONQUISTAR PARA JESUS
1. Estatística missionária. Estamos iniciando o século XXI com 2.500 missionários transculturais brasileiros, de todas as denominações, em mais de 70 países de todos os continentes, com 13% deles na Janela 10/40. É muito pouco. No mundo todo, segundo dados do livro Intercessão Mundial, há 76.120 missionários protestantes estrangeiros num total de 138.492, incluídos os missionários que atuam em seus próprios países. Eis a estatística desse mundo globalizado, com todos os recursos disponíveis. Isso mostra o tamanho do nosso desafio. Esse número pode crescer muito mais; basta cada líder seguir a ordem de Jesus (At 1.8), com o apoio espiritual e financeiro dos crentes. 
2. O exemplo do apóstolo Paulo. O apóstolo era um judeu rico e culto que sacrificou as tradições de seus antepassados, deixando tudo para a salvação do maior números possível de almas (Fp 3.5-8), pois considerava a salvação dos homens mais importante do que sua identificação cultural como judeu. Todos os meios lícitos são válidos para conquistar os pecadores para o reino de Deus. Paulo conhecia o mundo de sua geração e soube como conquistá-lo para Jesus. Aqui ele apresenta a receita; os princípios são os mesmos. 

CONCLUSÃO
O Reino de Deus cresce à medida que os pecadores vão se convertendo ao Senhor Jesus. A Igreja é a única agência do Reino de Deus escolhida pelo Senhor Jesus para levar a mensagem do evangelho a um mundo que perece por causa do pecado. Veja a grande importância da evangelização. Com isso você está dando continuidade ao trabalho que Jesus começou. Esse trabalho proporciona crescimento espiritual, aumenta a experiência com o Senhor Jesus, além das bênçãos prometidas aos que corresponderem ao chamado do Mestre (Jo 15.16). 
 
 
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O Manual de Missões
 
INTRODUÇÃO

Todos os cristãos reconhecem a origem divina das Escrituras. Não é possível separar missão da Bíblia. Nesta encontramos o tema de missões: JESUS, e “tudo o que diz respeito à vida e a piedade” (2 Pe 1.3). O estudo de hoje não é uma defesa à inspiração e à autoridade das Escrituras, porque todos os cristãos já reconhecem a origem divina da Bíblia, mas mostra que a obra missionária está presente em toda a Bíblia, desde o Gênesis ao Apocalipse. 

POR QUE A BÍBLIA É O MANUAL DE MISSÕES POR EXCELÊNCIA?

1. Porque ela evidencia os propósitos universais de Deus para a Redenção do homem. A Bíblia é a única obra literária do planeta que registra a nossa origem: o que somos, de onde viemos e para onde vamos. Deus quer que todos os seres humanos conheçam a verdade sobre Ele e de como Ele se revelou nas Santas Escrituras; e, também sobre a natureza humana. A vontade de Deus é que todos os homens se arrependam e venham ao conhecimento da verdade (1 Tm 2.4). Deus sempre se preocupou com o bem-estar do homem. Essa vontade só pode ser conhecida pela revelação e isso encontramos nos oráculos divinos, a Bíblia Sagrada. 
2. Porque ela nos apresenta o fundamento, o norte, e as estratégias missionárias. É na Bíblia que encontramos os registros das primeiras missões. Além disso mostra como plantar igrejas locais, as estratégias de evangelização, as possíveis atividades de um missionário no campo, o papel da igreja missionária e os problemas enfrentados no campo missionário. Essas coisas nos inspiram e orientam como fazer missões. 
O registro das viagens missionárias na Bíblia serve também para mostrar o modus operandi, ou seja: como fazer. Deus nos manda fazer missões e além disso ordenou fosse registrada em sua Palavra as viagens missionárias, principalmente as do apóstolo Paulo, para que todos possam visualizar uma viagem missionária e todas as possível atividades de um obreiro no campo missionário. A Bíblia é o manual por excelência de missões porque é a revelação de Deus à humanidade. Além de ser a única fonte inspirada de teologia e ética, ela nos ensina como fazer missões. 

A VISÃO MISSIONÁRIA PRENUNCIADA NO ANTIGO TESTAMENTO

1. Exemplificada no comissionamento dos Patriarcas. A obra missionária está no coração de Deus. O patriarca Abraão foi chamado por Deus para deixar sua terra e partir para uma terra distante e desconhecida (At 7.2-4). Quando Deus apareceu a Abraão, em Harã, prometeu: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Essa promessa foi confirmada depois a Isaque (Gn 26.4) também a Jacó (Gn 28.14). Isso significa que o próprio Deus pregou o evangelho primeiramente a Abraão prevendo sua extensão por toda a terra (Gl 3.8). Nisso podemos ver missões tanto no exemplo, no comissionamento de Abraão, como também de maneira direta: as famílias da terra sendo abençoadas no patriarca Abraão.
2. Cantada nos Salmos. Os salmos também vislumbravam a obra missionária em toda a terra: “Anunciai entre as nações a sua glória; entre os povos, as suas maravilhas” (Sl 93.3). O salmo 67 é essencialmente missionário. A chegada do evangelho entre os etíopes é cumprimento de uma profecia bíblica cantada nos Salmos (Sl 68.31). Assim, a conversão do eunuco da rainha Candace, da Etiópia (At 8.27, 39), eram as primícias do Pentecostes representadas nas 17 nações que começavam a se espalhar entre as nações: Etiópia, casa de Cornélio, Antioquia da Síria e finalmente “os confins da terra”. 
3. Conscientizada nos profetas. Estudamos na lição 3 a visão missionária nos discursos proféticos, sendo Jonas enviado para Nínive. Deus é apresentado nos profetas como Deus universal, de toda a terra, e não meramente um Deus tribal restrito aos filhos de Israel (Is 40.28). Encontramos tanto de maneira implícita como explícita a natureza missionária do Cristianismo em termos proféticos (Is 42.4; 49.6). Veja o cumprimento dessas profecias no Novo Testamento (Mt 12.21; At 13.47).

A VISÃO MISSIONÁRIA CONFIRMADA NO NOVO TESTAMENTO

1. Os evangelhos – Jesus o maior exemplo. O Senhor Jesus está presente em cada livro da Bíblia, mas somente os quatro Evangelhos revelam sua vida e ministério e o reconhecem como o cumprimento das promessas de Deus. Estudamos na lição passada que Jesus é o enviado do Pai (Jo 3.16,17), sendo o maior exemplo para os missionários de todos os tempos. O objetivo da obra missionária é tornar o nome de Jesus conhecido em todas as nações da terra. De todos os 66 livros da Bíblia os evangelhos se destacam na revelação da pessoa de Jesus e de sua história: nascimento, vida, morte, ressurreição e ascensão ao céu.
2. As epístolas. Sabemos que a história da vida de Jesus está registrada nos quatro Evangelhos, mas a interpretação teológica está nas epístolas. Elas tratam dos mais variados assuntos fundamentais da fé cristã. No que tange à missiologia, servem também para estabelecer disciplinas e encorajar as igrejas às missões (Rm 10.13-15; Gl 2.9). O papel de Atos é decisivo em missões, por isso vamos estudá-lo à parte, na próxima lição. No Apocalipse encontramos o fim glorioso da jornada da Igreja (Ap 21.3,4). O Senhor Jesus é o centro das Escrituras e da mensagem dos missionários. Nenhum missionário pode fazer coisa alguma sem o Espírito Santo, sem o Senhor Jesus e sem a Bíblia. 

A VISÃO MISSIONÁRIA ULTIMADA NA GRANDE COMISSÃO

1. A Grande Comissão. Registrada nos quatro Evangelhos e repetida em Atos (Mt 28.18-20, Mc 16.15-20; Lc 24.46-49; Jo 20.20-2; At 1.8). Essas diferentes narrações se completam entre si apresentando um resumo dos elementos básicos para missões. No Evangelho de João, lemos que Jesus veio pela autoridade do Pai, e na sua própria autoridade enviou seus discípulos ao mundo, e esse poder abrange todo o universo “o céu e a terra”, que na ação do Espírito Santo Jesus deu aos seus discípulos o poder sobrenatural para que a obra de Deus seja realizada (Mc 16.17, 18; At 1.8). 
2. Uma ordem e não uma recomendação. Fazer missões é mandamento bíblico. Trata-se de uma ordem bíblica imperativa e não meramente um parecer ou uma recomendação. É algo que não depende mais de mandamento específico ou de receber uma visão especial da parte de Deus para iniciar a obra missionária. Essa ordem, como vimos, já está na Bíblia (1 Co 9.16). Essa mensagem de salvação é para ser pregada a “todo o mundo” (Mc 16.15), até aos confins da terra, mediante a atuação do Espírito Santo (At 1.8). Essa incumbência foi dada à Igreja. O que é necessário é buscar a direção do Espírito para saber como realizar tal tarefa.

Missões está em toda a Bíblia. Visto que o propósito fundamental da Palavra de Deus é a redenção humana e missões se insere nesse contexto, é correto afirmar que está presente desde o Gênesis ao Apocalipse. Essa presença pode ser direta ou indireta, nas ilustrações, figuras, profecias. O livro de Atos se sobressai em missões, registra os grandes trabalhos missionários. Missões, contudo, está em toda a Bíblia. O livro do Senhor é o manual de missões.

 

 

Neste trimestre temos mais um tema palpitante: missões. Por que evangelizar e fazer missões? O que significa evangelismo e missões para a Igreja neste novo milênio? Quais os recursos e estratégias para a execução dessa tão sublime tarefa? A resposta a essas e outras perguntas é o tema deste trimestre.

 

O plano de Deus. O evangelho não é algo surgido de improviso, pois Deus o havia prometido desde “antes dos tempos dos séculos” (Tt 1.2). A Bíblia diz que Deus o prometeu “pelos seus profetas nas Santas Escrituras” (Rm 1.2). O Messias foi sendo revelado de maneira sutil e progressiva. Cada profeta apresentou um perfil do Salvador, até que a revelação se consumou na sua vinda. Há inúmeras profecias messiânicas e alusões diretas e indiretas ao Messias, e destas, cerca de 20 passagens apontam Jesus como o filho e sucessor do rei Davi. Mateus inicia o seu evangelho associando o Messias aos dois maiores pilares do Antigo Testamento: Abraão e Davi (Mt 1.1). O apóstolo Paulo ressalta, aqui, a realeza do Filho do homem (v.4). 

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O EVANGELHO QUE SALVA

1. O caráter universal do evangelho. A Bíblia diz que todos os homens são pecadores e precisam reconciliar-se com Deus (Rm 3.23; 5.12). Não existe salvação sem Jesus (At 4.12). Ele mesmo disse: “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). No livro de Atos, encontramos o Espírito Santo impulsionando os cristãos no trabalho da pregação do evangelho. O alcance do evangelho, em tão pouco tempo, foi extraordinário. É o cumprimento da ordem de Jesus: “Até os confins da terra” (At 1.8).

2. A evangelização. O evangelho é a mensagem de que o mundo tanto carece. Já faz dois mil anos que os cristãos vêm pregando esta mensagem, e ela continua sendo, a cada dia, sempre nova e eficaz. A evangelização, o discipulado e a intercessão são as três principais colunas do crescimento da Igreja. Cada igreja deve elaborar um projeto, com metas bem definidas, para alcançar os pecadores. O apóstolo Paulo diz que o evangelho salva, mas é preciso permanecer nele (1 Co 15.1,2). Evangelizar é tarefa de todos os crentes. 
 
3. Influência do evangelho na legislação das nações. O evangelho de Cristo tem influenciado muitas nações. Haja vista a Inglaterra e os Estados Unidos. Herdeiros de grandes grandes avivamentos espirituais, ambos os países garantem, através de legislações inspiradas na Bíblia, o respeito aos direitos humanos, a preservação da qualidade de vida e a justa distribuição de renda. Infelizmente, o mesmo não acontece nos países que se fecharam às Boas Novas de Cristo. Oremos, pois, a fim de que o Brasil seja totalmente evangelizado, pois, feliz é a nação que se acha compromissada com o evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. 


O Senhor Jesus constituiu a Igreja como a única agência do Reino de Deus na terra encarregada de anunciar as boas novas de salvação. É necessário, pois, a mobilização de toda a Igreja para que essas metas sejam alcançadas. Cada crente dos dias apostólicos era um dedicado, fervoroso e próspero ganhador de almas (At 8.4). Jesus foi enviado ao mundo para salvar os pecadores (Mt 11.28-30), através da mensagem do evangelho (1 Tm 1.15). Deve ser a nossa a resolução do apóstolo Paulo: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16).



O Cristianismo é a primeira religião proselitista e missionária da história, pois o evangelho não é uma mensagem alternativa, é única e exclusiva. Jesus afirmou que é uma questão de vida ou morte (Jo 17.3). No Antigo Testamento, missões era um projeto ainda não colocado em prática. O profeta Jonas, como missionário, era uma figura de Cristo. O Novo Testamento tornou explícito o que dantes estava implícito no Antigo. 

 

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MISSÕES NAS RELIGIÕES ANTIGAS

1. Os pagãos. As religiões do antigo Oriente Médio eram tribais. Não há registro de que um adepto de Astarote, divindade dos sidônios; ou de Milcom, dos amonitas (1 Rs 11.5), ou ainda de qualquer outra divindade, haja levado sua mensagem para os adeptos de outros deuses, pois tais religiões eram algo mais de caráter cultural do que espiritual. Os pagãos entendiam que a cada povo bastava o seu deus. 
2. O Judaísmo. Apesar de o Judaísmo não adorar a um Deus tribal, não é uma religião missionária, nem proselitista. Mas o Antigo Testamento, que os judeus acatam como a Palavra de Deus, assevera que toda a terra é do SENHOR (Êx 19.5; Sl 24.1). Por conseguinte, Deus tem o direito de reinar sobre todas as nações e de proclamar seus juízos e a sua salvação. Com exceção de Jonas, os profetas do Senhor sempre eram enviados ao seu próprio povo, e, em seus escritos, encontramos mensagens de advertências, ameaças e também de bênçãos para as nações vizinhas. 
3. Os prosélitos no Novo Testamento. Eram gentios convertidos à fé judaica (At 2.10; 6.5; 13.43). Parece que havia empenho das autoridades judaicas do primeiro século no proselitismo (Mt 23.15). O prosélito submetia-se a três coisas: fazer a circuncisão, oferecer um sacrifício e submeter-se ao batismo. No batismo, o local não podia conter menos que 300 litros de água e todo o corpo devia ser tocado pela água. A pessoa tinha de rapar o cabelo, cortar as unhas e por-se desnuda. Ainda na água, lia uma parte da Lei, e fazia a confissão de fé, diante de três testemunhas — uma espécie de padrinhos. Em seguida, recebia as palavras de consolo e de bênção. Quando saía das águas batismais, já era membro da família de Israel. Era o batismo deles. Hoje os rabinos fazem sérias objeções aos gentios que desejam se converter ao Judaísmo. Eles se empenham, acima de tudo, em 
trazer de volta para o Judaísmo seus próprios irmãos: os judeus não religiosos. 
4. Profecias cumpridas. Há no Antigo Testamento vislumbres missionários, de profecias que se cumpriram no Novo Testamento. A mensagem de Gn 12.3: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” era a promessa de Deus para salvar os gentios (Gl 3.8). Isso está ainda mais claro no profeta Isaías: “As ilhas aguardarão a sua doutrina” (42.4). Ou: “E, no seu nome, os gentios esperarão”, conforme a Septuaginta, citada em Mt 12.21. Isso também é visto em Os 1.10; 2.23, citado em Rm 9.25,26. O Cristianismo é a primeira religião missionária do mundo.

O CARÁTER UNIVERSAL DO CRISTIANISMO

1. Os gentios ontem e hoje. Os gentios, goiym em hebraico, são todas as nações que estão fora do povo de Israel. Até a vinda de Jesus, a humanidade estava dividida em dois povos: gentios e judeus, e o plano de Deus era a reunificação deles, derribando a parede de separação, o que Jesus realmente fez através de sua morte na cruz (Ef 2.13-18). Hoje deixa de ser gentio quem se converte ao Senhor Jesus (1 Co 12.2; Ef 2.11). Somos filhos de Abraão, no sentido espiritual (Rm 4.12-12; 9.8, 30-32; Gl 3.7). 
2. Jonas, uma figura de Cristo. Ambos foram enviados aos gentios, eram galileus e por três dias e três noites ficaram nas profundezas; Jonas, no ventre do grande peixe; Jesus no seio da terra (Mt 12.40). Tais semelhanças servem para mostrar que Jonas é a figura de Cristo no Antigo Testamento. Ali estava o prenúncio da salvação dos gentios. A redenção destes estava no plano de Deus antes da fundação mundo (Ap 13.8); não foi uma improvisação de última hora feita por Jesus. Os profetas falaram dessa salvação (1 Pe 1.10-12).


O Messias, objeto da expectativa dos profetas do Antigo Testamento, é o Cristo do Novo Testamento. O trabalho missionário, iniciado por Jonas, continuou com os apóstolos, cabendo-nos a tarefa de expandi-lo até aos confins da terra. Hoje somos frutos de missões e devemos fazer missões; há ainda milhões que estão perecendo sem o conhecimento do evangelho. 
 
 
O Senhor Jesus Cristo é divisor de águas de nossas vidas e da História Universal. Ele é o único cuja história afeta a vida humana. Ninguém pode ficar alheio à sua vida e obra. É o nosso modelo em tudo; a Bíblia diz que em tudo foi perfeito; é nEle que devemos nos inspirar. Ele é o missionário por excelência. 

 
O ENVIADO DO PAI

1. Missionário. O conceito de “missão” no contexto bíblico teológico é “enviar” e vem da palavra grega apostolos. Esse vocábulo é usado no Novo Testamento para designar os doze apóstolos: “e escolheu doze deles, a quem deu o nome de apóstolos” (Lc 6.13). É também usado para os enviados como embaixadores ou missionários da Igreja (2 Co 8.23; Fp 2.25). A Igreja Ortodoxa Grega desde o princípio usava o vocábulo apostolos para designar seus missionários. Já os nossos termos linguísticos “missão” e “missionário” vem do latim “mitto”, que quer dizer enviar, mandar.

2. O enviado de Deus. Jesus é chamado de apostolos no Novo Testamento grego: “Considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão” (Hb 3.1). Deus enviou o seu Filho ao mundo (v.17), o Filho enviou seus discípulos ao mundo (Jo 20.21), o Pai e o Filho enviaram o Espírito Santo para dar poder à Igreja em sua missão de buscar os perdidos da terra (Lc 24.49; At 1.8). A Bíblia diz que Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores (1Tm 1.15). Essa, portanto, foi a missão na terra do missionário por excelência. 
 
3. Jesus é singular. Basta uma lida nos Evangelhos para deixar qualquer um perplexo. A perfeição e a singularidade que encontramos na vida e ministério de Jesus são algo nunca visto na história. Não procurava status e associava-se com os pecadores: publicanos e prostitutas (Mt 11.19; 21.31,32); embora santo, perfeito e impecável, foi submetido aos nossos sofrimentos e provações. Rompeu barreiras geográficas, culturais, étnicas e religiosas (Mc 7.24-27; Jo 4.9). Eis o modelo de missionário: Jesus é de todos e para todos; é o único Salvador do mundo; é dever nosso levar o seu nome para as nações (Lc 24.47; At 1.8). 
 
 
Livros
Idéias Missionários
no AT
Livros
Idéias Missionárias
no NT
Pentateuco 
Adão Gn 1.28;3.15
Noé Gn 9.1
Abraão Gn 26.2-4
Isaque Gn 26.2-4
Jacó Gn 28.12-14
Moisés Êx 19.5,6
Evangelhos 
Lc 9.1-6; 24.45-49
Mt 10.16-42; 
23.16-20
Históricos
 Naamã 2 Rs 5
Raabe Js 2; Hb 11.31
O livro de Ester
Atos
At 1.8; 5.28,42; 
8.4,11,20; 17.6
Poéticos 
Salmos 47; 50; 67; 
72; 89; 96; 98; 
104;117.
Epístolas 
Rm 15.9; Gl 1.15,16; 
3.8; Ef 3.4-6; Fp 
2.10,11; 
1 Tm 2.4; 3.16.
Proféticos 
Is 45.21,22; Jr 3.17; 
Hb 2.14; Ag 2.7; Zc 
9.10; Ml 1.11
Apocalipse 
Ap 5.9,10,13; 7.9; 
10.11; 11.15; 
20.11-15; 21.9-27.

 

 

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MISSÕES MUNDIAIS

1. O campo missionário é o mundo. Jesus disse: “o campo é o mundo” (Mt 13.38). Ele não disse que o campo é Jerusalém, nem a Judéia, nem Roma, nem minha cidade e a tua. Infelizmente há ainda os que pensam que o “campo” é a sua cidade e por isso mostram-se não somente apáticos às missões, mas também posicionam-se contra elas. Outros não são contra, mas não se esforçam, são acomodados. É dever de cada crente incentivar missões, orar pelos missionários e pelos que estão sendo enviados e contribuir financeiramente para o sustento dos missionários.
2. “Tanto em Jerusalém como em toda a Judéia” (v.8). Jesus não disse para primeiro pregar em Jerusalém, depois na Judéia, depois em Samaria e só então ser testemunha até “os confins da terra”, mas mandou pregar “tanto em Jerusalém como em toda Judéia, Samaria e até os confins da terra”. Isso fala de simultaneidade, do contrário o evangelho estaria ainda em Israel, confinado entre os judeus, pois Jesus mesmo disse: “porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do Homem” (Mt 10.23).

 

O POVO MAIS NECESSITADO DO EVANGELHO NO MUNDO

OS MUÇULMANOS

1. Sua origem. Os muçulmanos são os adeptos do Islamismo. O termo “islamismo” vem da palavra árabe islão, que significa “submissão”; uma referência a sua obediência à sua divindade Alá. É uma religião fundada por Maomé (570-634 d.C.) na Arábia Saudita. Hoje são cerca de 1 bilhão de seguidores; a maioria na Janela 10 por 40. Para cada seis seres humanos no planeta um é muçulmano, dois são cristãos (incluindo os cristãos nominais), um já ouviu falar de Jesus pelo menos uma vez, e dois nunca ouviram falar de Jesus. 
2. O grande desafio à Igreja. A evangelização dos muçulmanos é um dos maiores desafios da Igreja, isso porque nenhuma religião do mundo odeia tanto a cruz de Cristo como o Islamismo; e além disso, ensinam seus adeptos a opor-se ao Cristianismo. O islão não é apenas uma religião, mas também um sistema político, social, econômico, educativo e judicial. A sociedade muçulmana exige estrita fidelidade por parte dos seus cidadãos. A opinião do indivíduo conta pouco; o que a comunidade pensa é muito mais importante. O comportamento de um indivíduo é controlado de tal maneira pela sociedade que quase não resta espaço para uma ação independente. É por isso que o muçulmano não está habituado a tomar decisões pessoais, como aceitar o evangelho, crendo em Cristo como o seu Salvador.
3. Suas crenças. Negam a Trindade, a divindade de Jesus; afirmam que Jesus não é o Filho de Deus; negam sua morte na cruz; ressaltam que não é necessário alguém morrer pelos pecados de outrem e rejeitam a doutrina do pecado original. Apesar de serem monoteístas, professando sua crença em Alá como único Deus e em Maomé seu profeta, negam e atacam os fundamentos do Cristianismo. O conceito deles sobre cada doutrina do Cristianismo é distorcido e antibíblico. Eram poucos os cristãos na Arábia, nos dias de Maomé. Além disso, o Cristianismo daquela região, de maioria nestoriana, não era bíblico. Isso explica o fato de Maomé haver pensado que a Trindade se constituísse de Pai, Filho e Maria (Alcorão, Sura 4.171; 5.72.73), em vez de Pai, Filho e Espírito Santo (Mt 28.19; 2 Co 13.13).
4. O Alcorão. Nós temos a Bíblia e eles o Alcorão. Os muçulmanos nunca puderam provar ser o seu livro de origem divina. Suas declarações são meramente dogmáticas, baseadas na autoridade que seus adeptos lhe atribuem. O certo é que a Bíblia e o Alcorão se opõe um ao outro. O Alcorão nega a morte de Jesus; diz que Ele não foi crucificado (Sura 4.157); ao passo que toda a Bíblia fala de sua morte, tanto em termo de profecia (Gn 3.15; Is 53), como de figuras, ver o sacrifício de Isaque (Gn 22); ilustrações (Hb 9.9-11), e sua historicidade nos Evangelhos e o seu significado nas epístolas (1 Co 15.3). O fato é confirmado também pela história (Josefo e Tácito).  

 

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Cosmovisão em nossa lição é a maneira de olhar para os perdidos do mundo inteiro sem ouvirem a pregação do evangelho e as necessidades dos que já se converteram. Paulo tinha uma visão larga de todo o mundo, olhava de cima para baixo, como se olhasse com o olhar de DEUS. Enxergou ao mesmo tempo a necessidade de pregação do evangelho na Espanha, viu a base missionária que seria a igreja em Roma e enxergou a necessidade de ajuda financeira e social em Jerusalém ao mesmo tempo.
 
Nós ainda estamos engatinhando. Quase nada tem sido feito. 50% do mundo nunca ouviu o nome de JESUS. Cidades com mega igrejas como São Paulo, Rio, BH, etc... Não possuem nem meio missionário por congregação.
5% do dinheiro usado em missões é gasto em lugares onde o evangelho já é conhecido.
Paulo queria que a igreja romana o enviasse para Espanha como seu missionário.
Antes de empreender sua última viagem missionária Paulo foi a Jerusalém levando ajuda para os necessitados.
Infelizmente, onde é mais necessário enviar o evangelho, é onde menos se investe. Janela 10X40. Por isso existem tantos terroristas, falta de evangelização dos povos muçulmanos.
Não existe missão sem manifestações poderosas e sobrenaturais do ESPÍRITO SANTO. Na janela 10X40 só se ganha almas assim, com o legítimo evangelho, por isso a dificuldade de evangelizar esta área do planeta.
É preciso uma grande mobilização em torno de missões no Brasil. É preciso convencer os pastores presidentes que cada congregação tem o dever de manter e cuidar de pelo menos 1 missionário.
Os cursos de missões precisam encarar a realidade de que no campo missionário a maior necessidade é de poder do ESPÍRITO SANTO. Não se pode enviar ao campo missionário aqueles que não são batizados no ESPÍRITO SANTO e que ainda não possuem Dons do Mesmo. Treinar não é apenas educar e ensinar uma língua estrangeira.
Uma igreja que envia tem o dever de manter financeiramente e o dever de interceder diariamente por seus missionários.
O objetivo primário de missões é salvação e não filantropia. O objetivo primário de missões é liberdade espiritual e não política.
JESUS não pregou libertação do império romano, mas libertação do império das trevas.
Invista 90% no reino espiritual e 10% no reino material.
 
 
A lição ensina sobre missionários e não pregadores ou conferencistas ou mestres, ou professores de EBD. Está falando de pregar onde não foi pregado ainda. Paulo viu a necessidade de pregar onde o evangelho nunca chegou. Essa era a cosmovisão de Paulo. A Espanha nesta época era um local não alcançado pelo evangelho. Hoje temos principalmente a janela 10x40.
 
E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim. Mateus 24:14
Jesus só poderá voltar quando todos estiverem ouvindo falar do evangelho?
Esta declaração está equivocada. JESUS pode voltar hoje e se você prestar atenção os apóstolos viviam como se JESUS fosse voltar em sua época. O evangelho do reino (milênio) será pregado em toda parte e depois virá o fim da terra. Não o evangelho da graça que pregamos.
Seu vizinho talvez morra sem ouvir o evangelho. Cabe a cada um de nós pregar a todos, nas não marcar a data da volta de JESUS.

Na época de Paulo o evangelho foi pregado em todos os continentes e não a todas as pessoas.
Nem todos ouvem a pregação e nem todos ouviram na época de Paulo.
Quando Paulo fala de evangelho pregado a toda criatura ele fala de pregado através da própria natureza, dos astros, enfim, da criação e consciência de cada um.
Quando Paulo escreveu aos Colossenses ele nem tinha ido ainda à Espanha que ele mesmo escreve dizendo que não tinham ouvido a pregação do evangelho.
 
EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL - Geziel Gomes - A BATALHA DAS MISSÕES
 
A índia tem 17 línguas oficiais e cerca de 400 castas distintas.
Devemos identificar os grupos específicos nos diferentes lugares e tentar alcança-los especificamente. Citemos alguns exemplos:
A colônia portuguesa de New England, USA.
A colônia japonesa de São Paulo.
Os residentes em favelas do Rio de Janeiro.
Os mineiros do Altiplano boliviano.
Os hispanos de Brooklin, New York, USA.
Os imigrantes cubanos na Florida, USA.
Os índios Bororo, em Mato Grosso.
Os operários turcos residentes na Alemanha.
Os universitários do Recife.
Não devemos saber simplesmente que o mundo está clamando. Convém-nos identificar o clamor, posto que “há muitas espécies de vozes no mundo e nenhuma delas sem significação”
“DEUS tem escolhido certos homens e mulheres para deixarem o lugar onde vivem e partirem a fim de alcançarem vilas, aldeias e cidades onde o testemunho do Evangelho não está presente”.
Se você, que lê estas páginas, sente algo em seu coração pela evangelização do mundo, não demore. Decida-se. Seja parte desse exército triunfante, que está indo a todos os lugares, conduzindo a bandeira do Evangelho, proclamando a mensagem da Cruz.
O Pastor Rafael Sambrotti disse, certa vez, que o evangelismo é o mais importante trabalho de todo individuo crente.
Recordemos, também, este pensamento do Dr. James Stewart: “Se a Igreja Apostólica tivesse continuado como começou, teria evangelizado o mundo inteiro durante os primeiros séculos. Se a geração seguinte tivesse seguido o exemplo da primeira, o mundo já teria sido evangelizado cinquenta vezes”.
Geziel Gomes - A BATALHA DAS MISSÕES

 

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REVISTA CPAD 4Tr 2023 NA ÍNTEGRA

 

Lição 2, CPAD, Missões Transculturais, A Sua Origem Na Natureza De Deus, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

 

TEXTO ÁUREO
“Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações.” (Gn 17.4)

 

VERDADE PRÁTICA
O amor de Deus é a verdadeira motivação do crente para realizar a obra missionária.

 

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hb 11.8 Chamado a ir para um lugar completamente desconhecido
Terça - Gl 3.8,16 O Senhor Jesus Cristo é o legítimo descendente de Abraão
Quarta - Gl 3.16; 4.4 A providência salvífica de Deus na história humana por meio de uma família

Quinta - Ef 1.7; Gl 3.13; 4.5 O plano redentor de Deus como atividade executada por meio de Jesus Cristo
Sexta - Gn 12.3 A natureza missionária de Deus na relação com a humanidade
Sábado - Mt 5.13-14 Igreja de Cristo - chamada para ser sal da terra e luz do mundo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 12.1-3; 17.1-8
Gênesis 12
1 - Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2 - E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção.
3 - E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Gênesis 17
1 - Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito.
2 - E porei o meu concerto entre mim e ti e te multiplicarei grandissimamente.
3 - Então, caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele, dizendo:
4 - Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações.
5 - E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai da multidão de nações te tenho posto.
6 - E te farei frutificar grandissimamente e de ti farei nações, e reis sairão de ti.
7 - E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus e à tua semente depois de ti.
8 - E te darei a ti e à tua semente depois de ti a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão, e ser-lhes-ei o seu Deus.
HINOS SUGERIDOS: 49, 459, 545 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos estudar o desafio missionário de apresentar o Evangelho a outras culturas. Para isso, vamos analisar como Deus se revela nas Escrituras a partir da escolha de uma família para alcançar todas as famílias da Terra. Perceberemos que todo esse movimento transcultural da missão cristã está fundamentando na natureza amorosa do Deus Pai. O que motiva(a) um missionário(a) a atravessar culturas para apresentar o Evangelho de Cristo é o amor de Deus por meio da entrega de seu único Filho, Jesus Cristo.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Explicar a natureza missionária de Deus; II) Enfatizar o amor de Deus como princípio fundamental da Redenção; III) Estabelecer a visão bíblica transcultural da Missão.
B) Motivação: A maneira como vemos Deus se revelar em sua Palavra nos permite afirmar que Deus se relaciona com o ser humano. Dessa forma, a Missão Transcultural é uma obra de relacionamento, num primeiro momento, com o desconhecido. Isso requer empatia, boa vontade e muito amor de Deus derramado no coração do missionário. Só é possível fazer missões transculturais tendo como fundamento o amor de Deus.
C) Sugestão de Método: Ao introduzir o segundo tópico, pergunte a classe como ela vê o amor como fundamento da Missão Transcultural. Deixe-a expor a opinião. Em seguida, de acordo com o tópico da lição, mostre que o amor de Deus é o fundamento da redenção da humanidade por meio de Cristo Jesus e é isso que constitui a base toda dinâmica das Missões Transculturais. Nesse sentido, o trabalho missionário é a vivência do amor divino como relação dinâmica, ativa e de sacrifício que pode reunir muitas outras forças para um propósito.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Nesta lição, todos somos convidados a refletir a respeito da natureza missionária de Deus por meio de seu amor. Por esse amor, todos fomos alcançados. É por esse amor que, também, somos exortados a alcançar pessoas que ainda não tiveram um encontro com Deus.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 95, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Deus Pai como Missionário", localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito da natureza missionária de Deus; 2) O texto "Deus Espírito Santo como Missionário", ao final do tópico três, amplia a reflexão de Deus como o modelo missionário da Igreja.


PALAVRA-CHAVE – Transcultural

 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

I – A NATUREZA MISSIONÁRIA DE DEUS
1. A natureza missionária de Deus no chamado de Abrão (Gn 12.1-3)

2. A missão como atividade de Deus no mundo

3. O nosso modelo missionário

II – AMOR DE DEUS: O PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA HISTÓRIA DA REDENÇÃO
1. O amor de Deus

2. A Redenção no Antigo Testamento

3. A Redenção no Novo Testamento

III – VISÃO BÍBLICA DO CARÁTER TRANSCULTURAL DA MISSÃO
1. Um Deus Missionário

2. A escolha de Israel e sua missão

3. A escolha da Igreja

 


INTRODUÇÃO
A palavra “transcultural” traz a ideia de um missionário que transpõe as barreiras da cultura de um povo, ou civilização, para apresentar o amor de Deus. Isso implica interação com todos os grupos étnicos da Terra, com os diferentes aspectos da vida das pessoas. Na lição desta semana, veremos que Deus escolheu uma família para, por meio dela, alcançar todas as famílias da Terra. Esse processo se deu por Abraão, sua família, a nação de Israel, a pessoa de Jesus e, finalmente, a Igreja. Assim, contemplaremos a natureza missionária de Deus, bem como o caráter do seu amor como a base de toda a prática missionária dos cristãos.


I – A NATUREZA MISSIONÁRIA DE DEUS
1. A natureza missionária de Deus no chamado de Abrão (Gn 12.1-3)

 A expressão “Sai-te da tua terra” revela uma ordem e um chamado de Deus para Abrão ir a um lugar que, a princípio, ele não conhecia (Hb 11.8). Junto com essa ordem, veio uma promessa: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Essa promessa diz respeito a uma bênção espiritual para o mundo por meio da descendência de Abraão. Nesse sentido, o apóstolo Paulo escreve que essa bênção refere-se ao Evangelho revelado em nosso Senhor Jesus Cristo, o descendente legítimo de Abraão (Gl 3.8,16). Assim, a partir de uma família, Deus providenciou a salvação para o mundo inteiro (Gl 3.16; 4.4). Por isso, podemos afirmar que a origem das Missões Transculturais está intrinsicamente relacionada com a natureza missionária de Deus.


2. A missão como atividade de Deus no mundo

Para conhecermos a missão como atividade de Deus no mundo é preciso voltar à revelação especial que o próprio Deus fez na sua Palavra. O capítulo 17 de Gênesis nos mostra o Deus soberano e excelso que se relaciona com um ser humano limitado (Gn 17.1). Ele tem tanto zelo pela sua promessa que trocou o nome de Abrão para Abraão a fim de reafirmar a sua aliança, que transcenderia ao cumprimento geográfico da promessa (Gn 12.1 cf. 17.5,8). Aqui, fica clara a Missão como a atividade de Deus no mundo. Ele mesmo, e não outro, é o maior protagonista das atividades missionárias. Deus age no mundo pela sua graça a fim de reconciliá-lo consigo mesmo (2 Co 5.19). Por isso, o nosso maior modelo missionário é o próprio Deus.


3. O nosso modelo missionário

O modelo missionário básico de que dispomos para a Igreja na atualidade não se fundamenta em figuras ilustres da história da Igreja, nem em projetos contemporâneos de pessoas com feitos notáveis. Certamente que os modelos de hoje e os do passado merecem nossa atenção a fim de ampliar nossa visão missionária, principalmente, na aplicação das missões transculturais. Contudo, nosso principal modelo de Missões revela-se no próprio Deus, cuja natureza missionária nos é demonstrada no Antigo Testamento (Gn 3.9; Is 55.4).

SINÓPSE I - Deus é o modelo missionário da Igreja que pode ser observado a partir da eleição de uma família para alcançar todas as famílias da terra.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

“Deus é amor.

[...] O fato de que Deus é amor é revelado apenas na Bíblia. O amor divino é a qualidade dinâmica e estimulante pela qual Deus deixa a si mesmo e pela qual Ele se relaciona em toda a sua suficiência e beneficência com sua criação. Seu amor o motiva eternamente a se comunicar e participar com o objeto de seu relacionamento.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a obra Teologia Bíblica de Missões, editada pela CPAD, p.73.



Auxílio Missiológico

“Deus Pai como Missionário

A colocação de nosso Senhor, no poço de Jacó, em Samaria, de que Deus é Espírito (Jo 4.24), é muito interessante. Pouco tempo depois, João acrescentou, através da revelação do Espírito Santo, que Deus também é luz e amor (1 Jo 1.5; 4.8,16). Não importa o que mais essas caracterizações misteriosas e profundas possam indicar, elas certamente implicam que Deus é um Deus amigo. Sua natureza interior não é antissocial. Enquanto que a Bíblia declara a ‘diversidade’ de Deus — sua santidade — ela ensina com igual ênfase que Deus é um Deus de relacionamentos. Ele é o Deus vivo, não o absoluto impessoal de Aristóteles ou o Deus isolado do judaísmo recente. Ele tão pouco é o Brahma neutro do hinduísmo ou o deus ausente do deísmo. Ele é o Deus e o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó, o Deus de Moisés, o Deus de Israel. Ele é nosso Pai. ‘Porque sou o Senhor, teu Deus, o Santo de Israel, teu Salvador... o Criador de Israel, vosso Rei’ (Is 43.3-15). Tais passagens podem ser grandemente multiplicadas tanto a partir do Antigo como do Novo Testamento” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, pp.70,71).



II – AMOR DE DEUS, O PRINCÍPIO

FUNDAMENTAL DA HISTÓRIA DA REDENÇÃO

1. O amor de Deus

A Bíblia mostra que Deus é amor (1 Jo 4.8,16). No Antigo Testamento vemos o seu amor no relacionamento com todos os homens (Dt 33.3). Também contemplamos esse amor na escolha de Deus por Israel (Dt 7.7; Os 11.1; Ml 1.2) e em seu relacionamento com esse povo num processo de renovação de alianças em que sua misericórdia e benignidade são reveladas (Dt 7.9; Is 54.5-10). No Novo Testamento, esse amor de Deus por todas as criaturas é afirmado e ampliado (Jo 3.16). O Altíssimo é revelado como amoroso, pois Ele mesmo é o amor (1 Jo 4.8,16) e este, por sua vez, é a sua própria essência. Portanto, o amor é a base de todo o plano de redenção revelado na Palavra de Deus.


2. A Redenção no Antigo Testamento

Redenção significa livrar o escravo de sua escravidão com base no pagamento de um preço por um redentor. Esse é o conceito básico para a visão bíblica da salvação. No Antigo Testamento, a redenção está associada à vida familiar, social e nacional de Israel nos seguintes aspectos: a) resgate para libertação de um escravo (Lv 25.48-55); b) recuperação de um campo (Lv 25.23-34; c) resgate de um macho primogênito (Êx 13.12-16); d) resgate de alguém que seria condenado à morte (Êx 21.28-36). Além disso, a Bíblia mostra também Deus agindo de forma redentora em favor do homem: a) quando Jacó invoca: “o Anjo que me livrou de todo o mal” (Gn 48.15,16); b) quando Deus declara a intenção de livrar Israel da servidão do Egito, dizendo: “Vos resgatarei com braço estendido” (Êx 6.6).


3. A Redenção no Novo Testamento

No Novo Testamento, a redenção é estritamente uma atividade divina que é realizada por meio de Jesus Cristo (Ef 1.7; Gl 3.13; 4.5). Nesse caso, a remissão do pecador é assegurada com base no preço do resgate pago a Deus Pai por Jesus Cristo em sua morte na cruz (Tt 2.14; Hb 9.12; 1 Pe 1.18,19) cuja obra redentora é declarada no Novo Testamento (Hb 9.25-28). No entanto, a experiência de redenção só estará completa e consumada na segunda vinda de Cristo, por ocasião da glorificação final do crente (Lc 21.28; Rm 8.23; Ef 1.14). Portanto, o plano de redenção do pecador é o glorioso anúncio da obra missionária que está fundamentada no amor de Deus.

SINÓPSE II - O amor de Deus é o princípio fundamental da história da redenção e, por isso, é o fundamento das Missões Transculturais.

III – VISÃO BÍBLICA DO CARÁTER

TRANSCULTURAL DA MISSÃO

1. Um Deus Missionário

O Antigo Testamento revela um Deus missionário. No livro de Gênesis, Deus trata não somente com uma nação específica, mas com toda a humanidade: a) A queda do homem (Gn 3.15); b) O dilúvio (Gn 6.13); c) A eleição de um povo para abençoar a todos os demais, após a Torre de Babel (Gn 12.3). Nesses textos, a falha do homem está caracterizada, bem como o juízo de Deus e a sua promessa. Assim, o Deus missionário estabeleceu uma estratégia de abençoar a todos os povos por meio de Abraão: “E abençoarei os que te abençoarem [...] e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3).


2. A escolha de Israel e sua missão

Por meio de Abraão e sua fé, Deus escolheu Israel para ser um povo especial ao longo da história; para que participasse de modo especial do seu plano de redimir toda a humanidade. Ao estabelecer um relacionamento vertical e correto com Deus, Israel seria o exemplo para as demais nações. Era desejo do Altíssimo que Israel se distinguisse dos outros povos como sua joia preciosa. Ele queria que a santidade de Israel, como exemplo vivo do poder e de sua graça, atraísse o restante das nações. Entretanto, Israel fracassou nesse propósito. A promessa estabelecida em Gênesis 17.8 foi invalidada pela apostasia e infidelidade da nação (Is 24.5; Jr 31.32). Por isso, Israel foi levado para o exílio na Assíria (2 Rs 17), enquanto Judá, posteriormente, foi levada para o cativeiro em Babilônia (2 Rs 25; 2 Cr 36).


3. A escolha da Igreja

O Senhor Deus sempre desejou que os gentios fossem levados à luz. A salvação por meio de Cristo é o cumprimento divino da promessa dada a Abraão de abençoar todas as famílias da Terra. Embora Israel tenha fracassado em seu ministério intercultural, Deus transferiu esse ministério missionário aos filhos do Novo Testamento – a Igreja de Deus. Essa Igreja herdou uma incumbência divina, sendo chamada a participar com Deus na evangelização do mundo. Por isso, fomos chamados para ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-14).



SINÓPSE III - A missão transcultural da Igreja está fundamentada no caráter missionário de Deus.

Auxílio Missiológico - “Deus Espírito Santo como Missionário
O Espírito Santo é a presença de Deus no mundo. Ele é um membro da Trindade que vai aonde lhe é destinado. Ao compartilhar com o Pai e o Filho os aspectos qualitativos de personalidade, divindade e infinitude, Ele, também, é ‘luz e amor’. Ainda assim, raramente a doutrina do Espírito Santo é relacionada a missões mundiais, embora esse pareça ser o principal ímpeto da operação do Espírito de acordo com as Escrituras. O grande livro de Harry Boer, Pentecost and Missions (Pentecostes e missões), portanto, não é apenas bem-vindo, mas muito necessário. Ele harmoniza um tanto a questão, embora o livro seja totalmente desconsiderado pelos teólogos de hoje. As duas principais emanações redentoras de Deus são a encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo e Pentecostes, a vinda do Espírito Santo. Há, porém, um ministério pré-pentecostes e um ministério pós pentecostes do Espírito Santo. O ministério pré-pentecostes é totalmente exposto no Antigo Testamento e nos Evangelhos, enquanto que o ministério pós-pentecostes relaciona-se em particular a missões mundiais. Podemos falar disso como o ministério geral ou universal do Espírito Santo, tendo em mente que o Espírito Santo é a presença de Deus e é onipresente. Como tal, Ele está em operação no universo humano” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, pp.92,93).



CONCLUSÃO
Vimos a natureza missionária de Deus desde o início da Bíblia. A partir de uma família, Deus planejou a salvação para a toda a humanidade. Isso revela que o plano redentor de Deus está fundamentado no seu excelso e glorioso amor pelo mundo todo (Jo 3.16). É esse amor que estimula a Igreja de Cristo levar a sério a obra missionária até que o Senhor Jesus volte. Deus não desistiu do pecador. Por isso, Ele conta conosco, pois é a sua vontade “que todos os homens se salvem” (1 Tm 2.4).



REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que o apóstolo Paulo escreve a respeito da bênção de Abraão?
O apóstolo Paulo escreve que essa bênção refere-se ao Evangelho revelado em nosso Senhor Jesus Cristo, o descendente legítimo de Abraão (Gl 3.8,16).
2. Segundo a lição, por que Deus é o nosso maior modelo missionário?
Ele mesmo, e não outro, é o maior protagonista das atividades missionárias. Deus age no mundo pela sua graça a fim de reconciliá-lo consigo mesmo (2 Co 5.19). Por isso, o nosso maior o modelo missionário é o próprio Deus.
3. O que significa redenção?
Redenção significa livrar o escravo de sua escravidão com base no pagamento de um preço por um redentor.
4. Quando que a experiência de redenção do crente estará completa e consumada?
A experiência de redenção só estará completa e consumada na segunda vinda de Cristo, por ocasião da glorificação final do crente (Lc 21.28; Rm 8.23; Ef 1.14).
5. Para quem Deus transferiu o ministério missionário?
Deus transferiu esse ministério missionário aos filhos do Novo Testamento – a Igreja de Deus.

LEITURAS PARA APROFUNDAR
Missões do Sertão aos Balcãs; Missões na era do Espírito Santo