Lição 2 - O Propósito dos Dons Espirituais, 3 parte
3. Despenseiros 
			dos dons.
		
			10. Vida na 
			comunidade cristã é vida de serviço aos outros. JESUS foi o Servo de 
			DEUS, Aquele que “não veio para ser servido, mas para servir” (Mc 
			10.45). Na Sua vida, tal como nos mostram os Evangelhos, Ele 
			demonstrou esse princípio, servindo ao Seu povo e aos Seus (como 
			ilustrado em Jo 13.1-17). Servi uns aos outros é, assim, um chamado 
			a sair de si mesmo e dos seus problemas, e se dedicar aos outros. É 
			 essa exteriorização que está o fundamento da ética cristã, como 
			vida de serviço aos outros “enquanto outros” (ou seja, não uma 
			extensão de mim próprio, ou “outros” a quem eu comando ou manipulo, 
			e coloco dentro do meu esquema). A palavra grega é diakonuntes, de 
			onde vem diaconia, serviço. Aqui, ela tem um significado abrangente, 
			incluindo todo tipo de serviço que se pode prestar a outros (em 
			palavra e ação).
		
			Essa diaconia é 
			possível porque todos receberam dons com os quais podem servir aos 
			outros. Charisma é o termo usualmente empregado no N.T. para se 
			referir aos chamados “dons espirituais”. São várias as definições e 
			especificações deles (cf. 1 Co 12; Rm 12; Ef 4); trata-se de 
			capacidades que DEUS concede a todos os cristãos (associadas à 
			habitação do ESPÍRITO SANTO neles, 1 Co 12.7) para o serviço dentro 
			do contexto da comunidade cristã. Podem se tratar de talentos 
			naturais que recebem um novo impulso e uma nova orientação pela ação 
			do ESPÍRITO, ou de capacitações originais, concedidas ao crente para 
			que com elas sirva aos outros.
		
			Esta questão dos 
			dons às vezes tem causado polêmicas entre os cristãos. Nunca devemos 
			perder de vista que são dados soberanamente pelo ESPÍRITO SANTO, e 
			que sua função é servir (nada mais que isso; usá-los para 
			autopromoção é absolutamente contrário à sua natureza, sendo uma 
			atitude exemplarmente repreendida em At 8.18-24).
		
			Importante é também 
			que cada um dos crentes recebeu um dom, o que, de saída, nivela a 
			todos, e toma todos igualmente importantes uns para os outros. Cada 
			um deve colocar o dom que tem a serviço de todos, porque, ao 
			receberem dons, os cristãos se tomam despenseiros da graça de DEUS. 
			A charis (graça) é a fonte dos charisma (dons, carismas). Quem os 
			recebe, recebe graça de DEUS, e os recebe por causa da graça de DEUS 
			que lhes concedeu o ESPÍRITO SANTO. Ter um dom espiritual, então, é 
			ter um “depósito de graça”, que deve extravasar (porque graça é para 
			ser doada). Despenseiros é oikonomoi, um termo técnico referente ao 
			mordomo, o administrador da casa (lembrando que “casa” é a oikos do 
			mundo da época, uma instituição social fundamental, a “comunidade 
			doméstica” que incluía família e trabalhadores, bem como os 
			hóspedes). O oikonomos era o encarregado de atender as necessidades 
			de todos, administrando os bens nessa direção. E uma bela figura 
			para o papel dos cristãos na igreja (e note-se que todos o são). 
			Todos na “casa de DEUS” têm necessidade de “graça”, e todos são 
			chamados a suprir essa necessidade mutuamente. E não devemos 
			espiritualizar em demasia a questão, pois essas necessidades muitas 
			vezes serão bem materiais e rotineiras. E o chamado ainda é para ser 
			bons despenseiros, estando implícito que se pode não ser um bom 
			administrador da graça de DEUS. Vem a propósito aqui a parábola do 
			bom e do mau oikonomos (mordomo), de Lc 12.42-48 (especialmente pelo 
			contexto escatológico).
		
			A graça de DEUS, por 
			fim, é multiforme. Visualmente, isso seria como um cristal que 
			reflete a luz em vários matizes e uma sempre nova e surpreendente 
			combinação de cores e tons. Esse conceito é importante e tem sido 
			desprezado na prática, muitas vezes, pelos cristãos. Está 
			subentendido que a questão dos dons é sempre dinâmica. Não podemos 
			deduzir uma lista fixa de dons a partir das passagens do N.T. que 
			falam sobre o assunto, e mantê-los a todo custo como os únicos dons 
			espirituais.
		
			DEUS dá os dons de 
			modo multiforme, de acordo com as características locais e as 
			necessidades do momento. Quando a situação muda, quando novos 
			quadros se apresentam, Ele dará os dons de forma apropriada à nova 
			realidade, sempre nos surpreendendo com o Seu agir. Multiforme 
			também significa, para um mundo dividido como o nosso em culturas e 
			características regionais bastante diferenciadas, que o ESPÍRITO 
			leva em conta essa diversificação e trabalha dentro dela. 
			Indispensável nas relações entre os cristãos (também a nível 
			internacional) é a eliminação de todo resquício de prepotência e 
			espírito de julgamento, e a disposição ao amor e ao serviço ao outro 
			como outro (respeitando-o e valorizando-o naquilo em que é diferente 
			de mim ou de nós).
		
			I Ped 4.11. Na 
			comunidade cristã, esta graça de DEUS (ou a ausência dela) revela-se 
			também na forma como a comunidade é organizada. Todos receberam 
			dons; portanto, todos participam de uma forma ou outra. Não há 
			maiores ou melhores entre os cristãos, todos receberam de DEUS o que 
			possuem, e isso nivela a todos de forma irrevogável. A distinção 
			entre os dons é funcional, e não de classe (a sociedade cristã é sem 
			classes, G1 3.28). 1 Pedro apresenta uma divisão muito simples entre 
			os dons.
		
			Basicamente há dois 
			tipos de dons, que correspondem às duas formas básicas em que o 
			evangelho de CRISTO é Se alguém fala inclui, assim, todos os tipos 
			de ministério a igreja que primam pela comunicação da graça de DEUS 
			em palavra (pregação missionária, pregação pastoral, ensino, etc.; 
			hoje teríamos de incluir a palavra escrita, a literatura). A estes a 
			exortação é que fale de acordo com os oráculos de DEUS. A expressão 
			grega é bem breve, e por isso está sujeita a várias leituras dá 
			então, o sentido literal “se alguém fala, como palavra de DEUS”. O 
			sentido é bem preservada na nossa versão ARA, Quem falar na 
			comunidade cristã, deve fazê-lo em acordo com o falar de DEUS. O 
			termo logia está se referindo, provavelmente, de forma bem ampla à 
			palavra de DEUS (nas Escrituras do A.T., na pregação de JESUS e dos 
			apóstolos, nas mensagens dos profetas nas congregações cristãs). A 
			Bíblia tem, na igreja cristã, justamente essa função de ser “cânon”, 
			regra e critério para o falar de todos os cristãos. DEUS falou, e o 
			nosso falar deve se guiar pelo dEle. Naturalmente, o nosso falar 
			terá suas formas próprias de expressão (um apego legalista à 
			“linguagem de Canaã”, a linguagem das traduções da Bíblia em 
			português, não seria muito bíblico). Dentro da nossa realidade e 
			situação concreta, o nosso falar será nosso, sem dúvida, mas a 
			partir da inspiração e do critério que representa o falar de DEUS 
			(por ele também deverá ser julgado o nosso falar). Isto se aplica à 
			pregação nas igrejas, aos estudos bíblicos comunitários e em grupos, 
			à pregação evangelística também ao labor teológico dos que a isso 
			são chamados dentro da igreja, pois teologia é pensar e expressar o 
			falar de DEUS para dentro de uma nova geração, dentro de um novo 
			contexto sócio-cultural e político, dentro de uma nova configuração 
			psico-cultural representada por cada uma das partes da multiforme 
			igreja de DEUS; sendo assim a pregação e a teologia tarefas que 
			perpetuamente se renovam, para poderem ser fiéis tanto ao falar de 
			DEUS como ao mundo em que este falar de DEUS deve ser anunciado e 
			vivido.
		
			Se alguém serve dá 
			aqui um sentido um pouco mais restrito de diakonein do que no 
			versículo anterior (onde ele resumia todo o ministério cristão). 
			Aqui, a palavra designa os dons considerados como propriamente “de 
			serviço”, e que já na época podiam ser os mais diversos (exemplos 
			teríamos em Rm 12.8, “o que contribui”, “o que preside”, “quem 
			exerce misericórdia”). Pode se incluir aqui tudo que a comunidade 
			necessitar para a sua organização, para o seu culto, todos aqueles 
			pequenos itens técnicos que tantas vezes são simplesmente 
			“pressupostos”, sem que se dê conta de que foram feitos por alguém 
			(talvez com mais amor do que os serviços que mais aparecem), e sem 
			que, talvez, sejam valorizados adequadamente. O versículo também não 
			exclui (e não vemos razões por que excluir) o serviço prestado para 
			fora da comunidade cristã, onde de muitas maneiras os cristãos podem 
			dar eloquente testemunho de sua fé, simplesmente servindo aos outros 
			(cf. 3.1, sobre o testemunho de mulheres aos maridos não-crentes). O 
			fator determinante nesse serviço parece ser a “necessidade” concreta 
			e imediata (cf. At 2.45, “à medida que alguém tinha necessidade”), 
			especialmente as necessidades materiais (que é o assunto de que se 
			fala no texto mencionado de Atos; várias vezes no N.T. diakonia 
			refere-se a uma coleta em dinheiro que se levantava na igreja para 
			as igrejas e os cristãos mais pobres cf. 2 Co 8.4,20; 9.1,12).
		
			A mesma divisão 
			simples do trabalho na comunidade cristã encontramos também em At 
			6.1-7, onde os serviços são divididos em “serviço da palavra” e 
			“serviço das mesas” (a distribuição de pão entre os pobres da 
			comunidade). E não há primazia de uns sobre outros; porquanto os que 
			se dedicam à palavra são fundamentais para a igreja, ela também não 
			subsistiria sem estes outros, que igualmente devem ser “cheios do 
			ESPÍRITO e de sabedoria” (At 6.3). Também as igrejas de hoje são 
			chamadas a observar este duplo ministério cristão, dando o devido 
			valor ao serviço da palavra, mas não permitindo que ele faça com que 
			o serviço do amor seja negligenciado. Pelo contrário, um ministério 
			da palavra que seja realmente “de acordo com os oráculos de DEUS” 
			vai saber privilegiar o serviço de amor como forma eloquente de 
			presença cristã no mundo, tal como foi a presença serviçal do Senhor 
			da igreja em meio aos pobres deste mundo. Principalmente em 
			realidades sofridas como as do Brasil e do Terceiro Mundo em geral, 
			a presença cristã dessa forma é fundamental.
		
			Quem serve, faça-o 
			na força que DEUS supre. O termo ischyos (força) na maioria das 
			vezes significa “força física”, evidenciando que os serviços são 
			trabalhos que se realizam em prol dos outros, coisas talvez bem 
			“mundanas” e do dia-a-dia, que os cristãos talvez não saibam 
			valorizar direito como dons concedidos pelo ESPÍRITO de DEUS. Aos 
			cansados neste serviço, fica a lembrança de que DEUS supre as forças 
			necessárias para ele. Por isso, ele deve ser feito de tal modo que 
			DEUS seja glorificado através dele (cf. 2.12, “observando as vossas 
			obras, glorifiquem a DEUS; Mt 5.16); ou seja, é importante a 
			humildade daquele que serve, de não atrair para si uma glória que é 
			de DEUS, doador da graça e das forças (de todas as dádivas que nos 
			dão e sustentam a vida no corpo). Em todas as cousas se refere ao 
			todo do ministério cristão: que tanto no serviço da palavra como no 
			serviço de amor seja DEUS glorificado. Como costumamos ver glória a 
			DEUS mais na pregação da palavra do que no serviço, não custa 
			insistir em que todos os pequenos trabalhos de amor do cristão em 
			prol dos outros glorificam a DEUS, sendo dignos de que a eles nos 
			dediquemos. Cl 3.17 oferece um bom comentário neste ponto. A glória 
			vai a DEUS por meio de JESUS CRISTO, sendo importante que atentemos 
			devidamente para essa mediação, tanto em termos do pensamento e das 
			intenções da pessoa que serve, como em termos de que haja algum tipo 
			de reconhecimento final de que JESUS CRISTO está presente no serviço 
			cristão (embora, quanto a isso, Mt 25.31-46). A quem 1 Pedro 4.11. 
			pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos pode se 
			referir tanto a DEUS como a JESUS CRISTO. Na verdade, nem parece 
			conveniente tomá-los separadamente. A glória e o domínio que 
			pertencem a DEUS foram concedidos a JESUS CRISTO na Sua ascensão 
			(3.22; Ap 11.15), sendo uma glória que Ele já tinha antes mesmo de 
			vir ao mundo (Jo 17.5).
		
			Arriên é tanto uma 
			expressão de reconhecimento (“realmente é assim”; cf. o “em verdade, 
			em verdade” de JESUS, Jo 3.5,11, etc.) como de desejo piedoso 
			(“assim seja”, não tanto de que “seja” na realidade de DEUS, onde já 
			é, mas de que seja reconhecido neste mundo como tal). 
		
		
			Ênio R. Mueller. 
			I Pedro. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 
			238-243.
		
			I Ped 4.10 Cada um, 
			conforme recebeu um dom da graça – servi uns aos outros com ele como 
			bons administradores da multiforme graça de DEUS. Visto que os dons 
			da graça (em grego: charisma) são dados pelo ESPÍRITO SANTO, eles 
			também são chamados de “dons do ESPÍRITO” (1Co 14.1). Este versículo 
			presta uma importante contribuição para a pergunta a respeito do que 
			são os carismas e como devem ser exercidos. O contexto demonstra que 
			ser hospitaleiro, falar a palavra de DEUS e exercer a diaconia são 
			serviços dos dons da graça. O NT, portanto, não restringe o termo 
			“dom da graça” aos dons particularmente notórios, p. ex., cura de 
			enfermos (1Co 12.9) ou línguas (1Co 12.10; 14.13). Quem pratica de 
			modo alegre e consciente a hospitalidade provavelmente obteve um 
			carisma para isso. Porém, todo aquele que recebeu um dom para a 
			edificação da igreja é um “carismático”. Pedro não escreve: “cada 
			um, quando recebeu um dom da graça”, mas como (ou: “na proporção em 
			que”) recebeu. Logo tem por certo que cada cristão participa da 
			multiforme graça de DEUS, que consequentemente também possui dons da 
			graça. Não é possível produzi-los a partir de si mesmo, mas somente 
			recebê-los. É verdade que podemos “buscá-los” (1Co 14.1), mas sempre 
			continuarão sendo dádiva de DEUS através do ESPÍRITO SANTO. Servi 
			uns aos outros com eles significa: os dons da graça foram dados para 
			o serviço mútuo. 
		
			Uwe Holmer. 
			Comentário Esperança
			Cartas aos I 
			Pedro. 
			Editora Evangélica Esperança.
		
			I Cor 4.1. Tendo 
			apresentado a sua polêmica contra o espírito faccioso, Paulo agora 
			passa a mostrar qual deve ser a atitude certa dos crentes para com 
			os verdadeiros ministros do evangelho, e, em particular, para com 
			ele mesmo, que era um apóstolo autêntico, que tinha apresentado 
			muitas evidências sobre a validade do seu apostolado. Em Corinto 
			havia detratores de Paulo que haviam convencido a alguns dos membros 
			daquela igreja que ele não era verdadeiro apóstolo. O nono capítulo 
			da presente epístola expõe a defesa de Paulo contra essa calúnia. No 
			capítulo que ora iniciamos a comentar, porém, esse apóstolo 
			mostra-nos que tais detratores, ao denegri-lo, tão somente deixavam 
			de mostrar o devido respeito pela dignidade de seu oficio, que lhe 
			fora conferido pelo Senhor. Isso era apenas um outro resultado 
			negativo do fato de se terem deixado encantar pelos líderes de 
			diversas facções, os quais exaltavam aos homens e se gloriavam no 
			homem. Os ministros autênticos da Palavra de DEUS não podem estar 
			sujeitos aos caprichos da comunidade religiosa, e contra esse abuso, 
			Paulo agora fazia objeção firme.
		
			A Fidelidade
		
			1. Essa deveria ser 
			uma das características essenciais de todos os crentes professos 
			(ver Efé. 1:1 e Apo. 17:14).
		
			2. A fidelidade se 
			exibe no serviço prestado (ver Mat. 24:45), e na pregação da Palavra 
			(ver II Cor. 2:17).
		
			3. Deveria ser tão 
			geral que incluísse todas as coisas (ver I Tim. 3:11). 
			
		
		
			4. Não pode haver 
			período de férias no campo da fidelidade (ver Apo. 2:10).
		
			5. Ela redunda em 
			uma espécie notável de bem-aventurança (ver Mat. 24:45,46).
		
			6. Consideremos o 
			exemplo de Paulo (ver Atos 20:20,27). «...ministros...» Paulo 
			substitui aqui o termo grego mais comum, «diakonos» pelo vocábulo 
			grego «uperetes». Originalmente, essa palavra indicava aqueles que 
			manuseavam a fileira de remos mais inferior de uma trirreme; em 
			seguida veio a significar qualquer pessoa que serve subordinada a 
			outra, um «servo», um «assistente», um «ajudante». Mediante o uso 
			dessa palavra, pois, o apóstolo dos gentios assume sua correta 
			posição como servo de JESUS CRISTO. Ele não exalta a si mesmo, como 
			se exigisse ser respeitado devido aos seus próprios méritos; não 
			obstante, não é coisa de pouca monta ser um homem um verdadeiro 
			ministro do grande Rei, o Senhor JESUS CRISTO. Tais ministros 
			requerem um respeito verdadeiro da parte daqueles para quem 
			ministram.
		
			«...despenseiros...» 
			é tradução do vocábulo grego «oikonomos» (derivado de «oikos», casa, 
			e «nemo», distribuir, determinar), que indica alguém que tinha por 
			função controlar uma casa, determinando a cada qual, os seus deveres 
			específicos. Eram os despenseiros quem controlavam o dispêndio de 
			dinheiro, a compra dos suprimentos e a distribuição dos bens, dentro 
			da casa. Essa palavra também indicava alguém que geria os negócios 
			externos de uma casa; razão também pela qual era aplicada aos 
			oficiais administradores do governo, que manuseavam os fundos 
			públicos e conduziam os negócios em geral do império. Na sociedade 
			antiga, o «gerente» de uma casa, em relação ao seu senhor, era 
			apenas um escravo.
		
			Por essa razão é que 
			era frequente que escravos de alguma habilidade fossem selecionados 
			para essa tarefa. Perante os demais escravos, entretanto, tal homem 
			possuía elevada posição aos olhos dos quais ele era o 
			«superintendente» ou «chefe» de todas as operações. (Ver Luc.. 12:42 
			e Mat. 20:8). José, no Egito, seria um exemplo clássico disso.
		
			No terreno das 
			realidades espirituais, DEUS ou JESUS CRISTO é quem aparece como o 
			grande Senhor (ver I Cor. 3:23), e a casa cristã é a igreja (ver I 
			Tim. 3:15). Os «despenseiros» ou superintendentes estavam 
			encarregados da distribuição dos «mistérios de DEUS». Em termos 
			gerais, esses mistérios são as verdades bíblicas que os pregadores 
			deveriam ensinar. Sendo assim comissionados para ensinarem as 
			verdades divinas, exigiam o respeito de todos os membros da 
			comunidade cristã. Entre o Senhor e os despenseiros permanecia ainda 
			o Filho (ver I Cor. 15:25 e Heb. 3:6), e todos os «ajudantes» são 
			seus ministros e despenseiros. E esses despenseiros são 
			«distribuidores da graça divina», da mensagem da verdade.
		
			«...mistérios...» (I 
			Cor. 2:7 - Rom. 11:25 «mistérios do N.T.»). Paulo alude aqui aos 
			cultos misteriosos, ou, pelo menos, aos primórdios de tal atividade 
			na igreja cristã. Os mistérios do N.T. são 
			«segredos franqueados», coisas reveladas em CRISTO, por intermédio 
			do seu SANTO ESPÍRITO, e através da instrumentalidade dos servos de 
			CRISTO, principalmente dos apóstolos, cujas revelações constituem o 
			tema mesmo do novo pacto.
		
			A sabedoria humana, 
			que o apóstolo dos gentios vinha atacando coerentemente, desde, o 
			princípio desta epístola, conta com seus supostos mistérios 
			profundos.
		
			«...considerem...» 
			Essa palavra indica uma «estimativa razoável», extraída de 
			princípios aprovados de julgamento espiritual. (Comparar com os 
			trechos de Rom. 6:11 e 12:1).
		
			«Paulo tinha um 
			vivido senso da dignidade de sua posição como despenseiro de DEUS, a 
			qual lhe fora dada pelo Senhor (ver Col. 1:25 e Efé. 1:10). O 
			ministério da Palavra é muito mais do que uma profissão ou negócio. 
			É a própria chamada de DEUS para a gerência». (Robertson, in loc.)
		
			CHAMPLIN, Russell 
			Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo.
			Editora Candeias. Vol. 4. pag. 57.
		
			A Missão do Apóstolo 
			(4.1-5)
		
			A missão de Paulo e 
			de todos os que foram chamados para pregar o evangelho foi 
			construída sobre quatro elementos: serviço, mordomia, fidelidade e 
			sensibilidade aos juízos de DEUS. Embora todos estes elementos 
			estejam relacionados, há diferença entre eles.
		
			a) Serviço (4.1). 
			Paulo, Pedro e Apolo não deveriam ser considerados como líderes de 
			evangelhos diferentes. Ambos eram ministros de CRISTO. A palavra 
			ministros (hyperetas) significa “servos”. Originalmente o termo se 
			referia a remadores que ajudavam a impulsionar barcos através das 
			águas do mar. A palavra sugere a labuta e o trabalho contínuo 
			envolvido na obra do evangelho.
		
			b) Mordomia (4.1). 
			Paulo, Pedro e Apolo também eram despenseiros dos mistérios de DEUS. Um 
			despenseiro (oikonomos) era literalmente o “administrador de uma 
			casa”. Freqüentemente ele era um escravo respeitado e eficiente a 
			quem o negociante ou o dono da terra havia entregue a administração 
			da propriedade. Como tal, o despenseiro tinha autoridade sobre os 
			ajudantes ou empregados. Ele atribuía trabalho e distribuía 
			mantimentos. Ele era o superintendente sobre a operação de todo o 
			empreendimento. Contudo, ele estava sempre ciente de que era um 
			escravo, e estava sob a obrigação de iniciar e executar a vontade do 
			proprietário.
		
			O termo mistérios se 
			refere a todo o plano da salvação (cf. o comentário sobre 2.7). 
			Paulo, Pedro e Apolo não possuíam qualquer conhecimento secreto escondido 
			de todos, exceto de alguns escolhidos. Eles eram mestres e 
			pregadores da verdade revelada sobre a salvação em JESUS CRISTO e 
			através dele.
		
			Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 267.
		
			Ef 4.19. O estudo da 
			unidade de todos os cristãos “em um ESPÍRITO” receberá ênfase e será 
			desenvolvido no capítulo quatro, mas aqui o apóstolo volta-se 
			especificamente para os gentios a fim de prosseguir tratando da 
			mudança operada em sua situação, Antes eles estavam “separados da 
			comunidade de Israel” (v. 12). Em relação ao povo da aliança de 
			DEUS, eram estrangeiros e peregrinos (xenoi e paroikoi), isto é, 
			pessoas que ainda que vivessem no mesmo país, tenham contudo os mais 
			superficiais direitos de cidadania. Essa era sua situação anterior, 
			mas de agora em diante já não o é. No dizer do apóstolo, agora são 
			concidadãos dos santos. Ele deve ter pensado nos santos do Antigo 
			Testamento, ou nos membros da Igreja Cristã, aos quais a palavra se 
			aplica (veja comentário sobre 1:1); provavelmente pensou naqueles 
			que, em todos os sentidos, podiam ser chamados povo de DEUS, e assim 
			disse aos gentios que eles agora estavam incluídos entre os santos, 
			e em igualdade de condições.
		
			Cidadania do povo de 
			DEUS, eis um modo expressivo de estabelecer a verdadeira posição que 
			judeus e gentios igualmente partilhavam com DEUS e entre si. Mas 
			essa ilustração conduz a uma outra verdade mais profunda, qual seja 
			a intimidade maior que os cristãos têm com DEUS, e também uns com os 
			outros. Judeus e gentios, homens de quaisquer raças, cores ou 
			posições, estão juntos na família de DEUS, na mesma família. Gálatas 
			4:10 usa a mesma palavra oikeioi para falar da “família da fé”. 
			Embora tal palavra não seja perfeita para expressar completamente a 
			verdade de serem todos “filhos de DEUS, mediante a fé em CRISTO 
			JESUS” (G1 3:26; 1:5), ainda assim 
			o pensamento se refere mais a pessoas da casa, do que ao edifício em 
			si (Hb 3:2, 5; 1 Pe 4:17).
		
			Francis Foulkes. Efésios. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 72-73.
		
			
				ELABORADO: Pb 
				Alessandro Silva.
 
 
	
				
				
				Questionário 
				da Lição 2 - O 
				Propósito dos Dons Espirituais
			
				Responda 
				conforme a revista da CPAD do 2º Trimestre de 2014 - Para 
				jovens e adultos
			
				Tema: 
	
	Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a 
				DEUS e aos homens com poder extraordinário
			
				Complete os 
				espaços vazios e marque com "V "as respostas verdadeiras e com 
				"F "as falsas
			
				 
	
	TEXTO 
	ÁUREO
	
	1- 
	Complete:
	
	“Assim, também vós, como ________________________ dons espirituais, procurai 
	_____________________________ 
	neles, para a __________________________________ da igreja” (1 Co 14.12).
	 
	
	
	VERDADE PRÁTICA
	
	2- 
	Complete:
	Os 
	dons são _________________________________ concedidos por DEUS para _________________________________ 
	e ____________________________________ 
	a Igreja espiritualmente.
	 
	
	I - 
	OS DONS NÃO SÃO PARA ELITIZAR O CRENTE
	
	3- 
	Como era a igreja Coríntia?
	
	
	(    ) Corinto era uma cidade economicamente pobre.
	
	(    ) A Igreja em Corinto localizava-se numa cidade comercial e próxima do 
	mar. 
	
	(    ) Era uma das mais importantes do Império Romano. 
	
	(    ) Corinto era uma cidade economicamente rica.
	
	(    ) Corinto era marcada pelo culto idolátrico. 
	 
	
	4- 
	Quando Paulo visitou Corinto e sobre o que, principalmente, escreveu à 
	igreja ali, em sua primeira epístola?
	
	(    ) Durante a primeira viagem missionária de Paulo, a igreja recebeu a 
	visita do apóstolo.. 
	
	(    ) Durante a segunda viagem missionária de Paulo, a igreja recebeu a 
	visita do apóstolo.
	
	(    ) Por conhecer muito bem a comunidade cristã em Corinto foi que o 
	apóstolo dos gentios tratou, em sua Primeira Epístola dirigida àquela 
	igreja.
	
	(    ) Sobre a abundância da manifestação dos dons do ESPÍRITO, chegou a 
	afirmar que àquela igreja “nenhum dom” faltava.
	 
	
	5- 
	Apesar da igreja de Corinto possuir muitos dons, qual era seu principal 
	problema?
	
	(    
	) Era 
	materialmente rica.
	
	(    
	) Era carnal. 
	
	(    
	)  Além 
	de aquela igreja não usar corretamente os dons que recebera do Pai, tinha em 
	seu meio divisões, inveja, imoralidade sexual, etc.
	
	(    ) Paulo a chama de carnal e imatura.
	 
	
	6- As 
	manifestações espirituais na igreja local são propriamente indicadoras de 
	seriedade, espiritualidade e santidade? 
	
	(    ) Não. Como pode uma igreja evidentemente cristã ser ao mesmo tempo 
	carnal e imoral. 
	
	(    ) Sim. Uma igreja mesmo onde predominam a inveja, contenda e dissensões, 
	mesmo assim pode ser chamada de espiritual, e não de carnal.
	
	(    ) Não. Uma igreja onde predominam a inveja, contenda e dissensões, nem 
	de longe pode ser chamada de espiritual, e sim de carnal.
	 
	
	7- 
	Qual a finalidade dos dons do ESPÍRITO concedidos por DEUS à igreja de 
	Corinto?
	
	(    ) Tinham por finalidade prepará-la e santificá-la para o serviço do 
	evangelho: a proclamação da Palavra de DEUS naquela cidade. 
	
	(    ) Tinham por finalidade separá-la e enviá-la para o serviço do 
	evangelho na Etiópia. 
	
	(    ) Tinham por finalidade honrá-la e guiá-la para o serviço do 
	evangelho na proclamação da Palavra de DEUS em Jerusalém.
	 
	
	8- 
	Por que o Dom não é sinal de superioridade espiritual?
	
	
	(    ) Os dons do ESPÍRITO são concedidos pelo 
	esforço de cada um em buscá-los.
	
	(    ) Muitos creem erroneamente que os irmãos agraciados com dons da parte 
	de DEUS são, por isso, mais espirituais que os outros. 
	
	(    ) Os dons do ESPÍRITO são concedidos pela graça de DEUS. 
	
	(    ) Por ser resultado da graça divina, não recebemos tais dons por 
	méritos próprios, mas pela bondade e misericórdia de DEUS. 
	 
	
	9- 
	Complete:
	
	Que a mensagem de JESUS possa __________________________ em nossa 
	consciência e convencer-nos de uma vez por todas de que os dons não são 
	garantia de espiritualidade _____________________________: “Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, 
	não ___________________________________ nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos 
	demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas _______________________________________? 
	E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós 
	que praticais a ______________________________” (Mt 7.22,23).
	
	 
	
	Il - 
	EDIFICANDO A SI MESMO E AOS OUTROS
	
	10- 
	Como o falar em línguas edifica a si mesmo? 
	
	(    ) Paulo diz que quem “fala língua estranha edifica-se a si mesmo”.
	
	(    ) Paulo diz que quem “fala língua estranha santifica-se a si mesmo”. 
	
	
	(    ) O apóstolo estimulava os crentes da igreja de Corinto a cultivarem 
	sua devoção particular a DEUS através do falar em línguas concedidas pelo 
	ESPÍRITO, com o objetivo de edificarem a si mesmos. 
	 
	
	11- O 
	apóstolo dos gentios proibia o falar em línguas publicamente?
	
	(    ) Falar ou orar em línguas provenientes do ESPÍRITO é uma bênção 
	dispensável na Igreja de nossos dias.
	
	(    ) Não, mas ao fazê-lo de maneira devocional (falando baixinho) o crente 
	batizado com o ESPÍRITO SANTO edifica-se no seu relacionamento com DEUS.
	
	
	(    ) Falar ou orar em línguas provenientes do ESPÍRITO é uma bênção 
	espiritual maravilhosa.
	 
	
	12- 
	Como edificar os outros, na igreja?
	
	(    ) Os crentes de Corinto falavam em línguas e exerciam vários dons 
	espirituais, mas parece que eles não se preocupavam muito em ajudar as 
	pessoas. 
	
	(    ) Os crentes de Corinto falavam em línguas e exerciam vários dons 
	espirituais, e se preocupavam muito em ajudar as 
	pessoas, mas acabavam por bagunçar o culto.. 
	
	(    ) O apóstolo lembra que os dons só têm razão de existir quando o 
	portador preocupa-se com a edificação da vida do outro irmão em CRISTO.
	
	(    ) Em lugar de buscarmos prosperidade material, como se pudéssemos 
	barganhar com DEUS usando dinheiro em troca de bênçãos, busquemos os dons 
	espirituais. 
	
	(    ) Agindo assim edificaremos a nós mesmos e também aos outros.
	 
	
	13- 
	Como edificar até o não crente?
	
	
	(    ) Embora o apóstolo dos gentios estimulasse todos os crentes a falarem 
	em línguas, isto é, a edificarem a si mesmos, seu desejo era que também 
	esses mesmos crentes profetizassem a fim de que a igreja toda fosse 
	edificada. 
	
	(    ) “Embora o próprio Paulo profetizasse, enfatizava que 
	falasse em línguas, porque estas edificavam a Igreja inteira, enquanto 
	profetizassem 
	beneficiava principalmente o falante”. 
	
	(    ) “Embora o próprio Paulo falasse em línguas, enfatizava a 
	profecia, porque esta edificava a Igreja inteira, enquanto falarem línguas 
	beneficiava principalmente o falante”. 
	
	(    ) Todos quantos vierem a frequentar nossas reuniões devem ser 
	edificados, sejam crentes ou não. 
	
	(    ) Não podemos escandalizar aqueles que não comungam a mesma fé que nós.
	
	(    ) Como eles compreenderão a mensagem do evangelho se em uma reunião não 
	entenderem o que está sendo falado?.
	 
	
	IIl - 
	EDIFICAR TODO O CORPO DE CRISTO
	
	14- 
	Como usar os dons na igreja?
	
	(    ) Na Primeira Carta aos Coríntios, Paulo dedica dois capítulos (12 e 
	13) para falar a respeito do uso dos dons na igreja. 
	
	(    ) Na Primeira Carta aos Coríntios, Paulo dedica dois capítulos (12 e 
	14) para falar a respeito do uso dos dons na igreja. 
	
	(    ) O apóstolo mostra que quando os dons são utilizados com amor, todo o 
	Corpo de CRISTO é edificado. 
	
	(    ) “os membros do corpo, cada qual com sua própria função concedida pelo 
	ESPÍRITO, cooperam para o bem de todas”. 
	
	(    ) “O amor é essencial para os dons espirituais alcançarem seu 
	propósito”. 
	
	(    ) Se não houver amor, certamente não haverá edificação.
	
	(    ) Sem o amor de DEUS nos tornamos egoístas e acabamos por colocar 
	nossos interesses em primeiro lugar. 
	
	(    ) O propósito dos dons, que é edificar o Corpo de CRISTO, só pode ser 
	cumprido se tivermos o amor de DEUS em nossa vida.
	 
	
	15- 
	Quem são os sábios arquitetos do Corpo de CRISTO?
	
	
	(    ) Os pastores, sábios arquitetos, são os únicos a 
	manterem a ordem.
	
	(    ) DEUS levanta homens para edificarem espiritual, moral e 
	doutrinariamente a igreja local. 
	
	(    ) A Igreja é o “edifício de DEUS”.
	
	(    ) Os ministros, sábios arquitetos.
	
	(    ) O fundamento já está posto pelos apóstolos: JESUS CRISTO.
	
	(    ) Os ministros têm de tomar o cuidado com as pedras assentadas sobre 
	este alicerce, pois eles também tomam parte na edificação espiritual da 
	Igreja de CRISTO segundo a mesma graça concedida aos apóstolos. 
	
	(    ) Paulo faz uma solene advertência para a liderança hoje: “mas veja 
	cada um como edifica sobre ele. 
	
	(    ) Ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual 
	é JESUS CRISTO”.
	 
	
	16- 
	Quem são os despenseiros dos dons? 
	
	(    ) Os despenseiros da obra do Senhor devem se alimentar da 
	despensa da “família de DEUS”.
	
	(    ) O apóstolo Pedro exortou a igreja acerca da administração dos dons de 
	DEUS.
	
	(    ) O apóstolo Pedro usou a figura do despenseiro que, antigamente, era o 
	homem que administrava a despensa e tinha total confiança do patrão. 
	
	
	(    ) O despenseiro adquiria os mantimentos, zelava para que não 
	estragassem e os distribuíam para a alimentação da família. 
	
	(    ) Os despenseiros da obra do Senhor devem alimentar a “família de DEUS”.
	
	(    ) Os despenseiros precisam ter o cuidado no uso dos dons concedidos 
	pelo Senhor para prover a alimentação espiritual, objetivando a edificação 
	do Corpo de CRISTO.
	 
	
	
	CONCLUSÃO
	
	17- Complete:
	
	
	A igreja de JESUS CRISTO tem uma missão a cumprir: ___________________________________ o evangelho 
	em um mundo ___________________________ às verdades de CRISTO e descrente de DEUS. Diante 
	desta tão sublime tarefa, a igreja necessita do _________________________________ divino. Os dons 
	espirituais são um “__arsenal__” à disposição do corpo de CRISTO para o 
	cumprimento eficaz de sua missão na terra. Como já foi dito, o propósito dos 
	dons é ________________________________ toda a igreja, todo Corpo de CRISTO para ser abençoado, 
	exortado e consolado. Por isso, nunca devemos usar os santos dons de DEUS em 
	benefício _________________________________, como se fosse algo exclusivo de certas pessoas. 
	Somos chamados a servir a Igreja do Senhor, e não a utilizar os _____________________________ de 
	DEUS para nós mesmos.
				 
			
				RESPOSTAS DO
QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm 
			
				 
			
				AJUDA
			
				CPAD
- http://www.cpad.com.br/ -
Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
			
			
			
			Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
			CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo 
			por Versículo. (CPAD)
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Êxodo. pag. 2.
Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, João Rea - 
CPAD.
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD.
Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 
267.
Eberhard Hahn. Comentário Esperança Efésios. Editora Evangélica 
Esperança.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos 
homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 30-31.
Ênio R. Mueller. I Pedro. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. 
pag. 238-243.
Francis Foulkes. Efésios. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. 
pag. 72-73.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE 
Edição completa. Editora CPAD. pag. 585.
HORTON, Stanley M. A Doutrina do ESPÍRITO SANTO no Antigo e Novo Testamento. 
12. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
James, por Hendrickson Publishers - Edição Contemporânea, da Editora Vida, 
Traduzido pelo Rev. Oswaldo Ramos.
KRETZMANN. Paul E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento Editora 
Concordia Publishing House. 
Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 141.
O NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA – Edições Vida Nova – J. D. Douglas
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
SOUZA, Estevam Ângelo de. Nos Domínios do ESPÍRITO. 2.ed. Rio de Janeiro: 
CPAD, 1987. 
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
Uwe Holmer. Comentário Esperança Cartas aos I Pedro. Editora Evangélica 
Esperança.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
			
				
				http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/ 
				
			
			
				
				http://www.gospelbook.net
			
				
				www.ebdweb.com.br
			
				
				http://www.escoladominical.net
			
				
				http://www.portalebd.org.br/
			
 
				
 
 
 
			Lição 2- 2 parte
Ouvem os sons de sua 
			voz, mas não têm qualquer idéia sobre o significado de sua elocução, 
			visto que no espírito fala ministérios, os segredos de DEUS 
			continuam encobertos, ocultos aos ouvintes, e provavelmente também a 
			quem fala. Doutro lado, aquele que profetiza, a pessoa que tem o dom 
			da profecia, de fato fala às pessoas. Sua fala, sendo por eles 
			entendida, serve como meio de comunicação; Comunica-lhes ideias, 
			edificação e exortação e consolo. A fala daquele que profetiza serve 
			para fazer os cristãos crescer em conhecimento, promovendo assim o 
			progresso da igreja. Ela os admoesta, os estimula para se aplicarem 
			mais sinceramente ao seu dever cristão. Dá-lhes força e consolo 
			espiritual quando estão em perigo de serem dominados pelo medo. 
			Esse, pois, é o propósito principal do culto público, que a Palavra 
			de DEUS seja pregada e aplicada, que as pessoas possam entender o 
			que é dito e sejam edificadas, admoestadas e confortadas. Este 
			objetivo não é alcançado no caso daquele que fala em língua. Na 
			melhor das hipóteses ele edifica a si mesmo, enquanto que aquele que 
			profetiza edifica a assembleia da igreja. 
			Paulo, fazendo esta 
			afirmação, não quer se entendido erradamente como se subestimasse o 
			valor do dom de línguas: Não obstante desejar que todos vós 
			falásseis em línguas, desejo muito antes que profetizásseis. Desta 
			forma ele não faz quaisquer medíocres concessões aos coríntios, mas 
			está bem consciente do fato que o dom de línguas poderia ter uma 
			profunda impressão sobre um ímpio que chegasse à reunião deles e que 
			poderia abrir caminho para sua conversão. Mas sabe, devido ao uso 
			efetivo e prático, que o dom da profecia deve ser preferido. Além 
			disso, aquele que profetiza é maior do que aquele que fala em 
			línguas. Ocupa uma posição de maior utilidade e por isso também de 
			maior dignidade, a não ser que, aquele que fala em línguas tem 
			também, ao mesmo tempo, o dom e a capacidade de interpretar suas 
			extáticas elocuções, de forma que todas as pessoas possam entendê-lo 
			e a congregação receba, desta forma, edificação. Se Paulo tivesse sido só um orador em línguas, e incapaz 
			para interpretar os mistérios que o ESPÍRITO SANTO exprimia através 
			de sua boca, então o seu trabalho evidentemente não teria tido 
			qualquer valor, a não ser que ele, de fato, se pudesse fazer 
			entender por meio duma fala inteligível, em revelação e profecia, 
			pelo ensino dos grandes mistérios que compreendeu, trazendo juntos 
			tanto o conhecimento como a doutrina. Este apelo ao 
			senso comum dos coríntios não podia deixar de convencê-los da 
			verdade do argumento de Paulo, visto que sabiam que ele sempre 
			buscou o bem-estar espiritual deles, e não sua própria satisfação e 
			edificação espiritual.
			KRETZMANN.
			Paul E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento. Editora Concordia 
			Publishing House. 
		
			2. Edificando os 
			outros.
			
		
			Através de dons dessa ordem a igreja é 
			verdadeiramente edificada, mediante uma atuação verdadeira de DEUS. 
			Se fizessem o que era devido se distinguiriam deveras; mas, se, em 
			seu orgulho, abusassem do dom de línguas, embora pensassem nisso 
			residiria a sua glória, não passariam de crentes carnais e 
			insensíveis para com as necessidades da comunidade cristã. Eles se 
			tinham degradado. Para reverter isso, precisavam buscar exceder-se 
			na edificação da igreja local.
			«...a força desta 
			passagem é aquela dada acima —cumpria-lhes buscarem os dons 
			espirituais visando ao benefício alheio, e para se 
			beneficiarem pessoalmente deveriam orar em línguas baixinho. Assim serviriam a seus irmãos na fé, no 
			que deveriam abundar mais e mais (ver I Cor. 8:7 e I Tes. 4:1)». (Shore, 
			in loc.).
			Edificação 
		
			1. Esse é o objetivo 
			mesmo do ofício ministerial (ver Efé. 4:11,12).
			2. Com esse 
			propósito é que os dons espirituais nos foram concedidos (ver I Cor. 
			14:3-5,12).
			3. A perfeição e a 
			união com CRISTO são seus alvos (ver Efé. 4:16).
			4. A autonegação é 
			necessária para seu pleno desenvolvimento (ver I Cor. 10:23,33).
			5. Espera-se que os 
			crentes se edifiquem mutuamente (ver Rom. 14:19). 6. Todas as ações 
			efetuadas no seio da igreja precisam ter esse alvo em mira (ver Efé. 
			4:29).
			CHAMPLIN, Russell 
			Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo.
			Editora Candeias. Vol. 4. pag. 219.
			I Cor 14.12. “procurai com zelo” (AV: “ 
			desejai” e “cobiçai ardentemente”, respectivamente). Paulo não censura o 
			desejo deles, mas o toma como base para concitá-los a procurarem 
			progredir, para a edificação da igreja. Precisamente mediante esta 
			passagem, ele retorna a este pensamento. A coisa de valor para o 
			cristão é que possa edificar outros. Embora seja seu direito desejar 
			progredir no exercício de dons espirituais, deve procurar os dons 
			úteis para a edificação. 
			Leon Monis. I 
			Corintos Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 
			
		
			No versículo 12, 
			Paulo volta incansavelmente ao seu ponto de maior ênfase: Assim, 
			também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, 
			para a edificação da igreja. O primeiro objetivo do cristão deve ser 
			a edificação da igreja e o fortalecimento dos seus membros. Se o 
			crente quiser promover o bem-estar da igreja, ele analisará os seus 
			dons de acordo com este critério.
			Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 351.
 
			Observação minha 
			- Ev. Luiz Henrique - A melhor maneira do crente se tornar forte 
			espiritualmente é orar em línguas, principalmente para expulsão de 
			demônios. A solução para o crente é orar em casa em línguas na 
			altura que lhe for necessária, mas quando estiver na igreja, deve 
			orar baixinho para não atrapalhar os que estão ouvindo a pregação ou 
			alguma manifestação do ESPÍRITO SANTO traga em profecias, pois esta 
			profecia é na língua inelegível a todos e trará edificão a todos, 
			enquanto o falar em línguas só trará crescimento ao que fala, pois 
			estará se edificando somente a si próprio. P
			É bom separarmos 
			"Falar em línguas" de "Dom de Línguas". 
			"Falar em 
			línguas" - Significa falar na língua de seu batismo no ESPÍRITO 
			SANTO - o crente pode falar nessa língua a vida toda - essa é uma 
			linguagem de oração - para edificação própria.
			"Dom de Línguas" 
			- o crente pode falar em vários tipos de línguas quando recebe esse 
			dom - Línguas para se falar com o estrangeiro como em Atos 2, Língua 
			para ser interpretada, Língua para oração intercessória como em 
			Romanos 8.
			aulo aconselha 
			que o crente que possui dom de línguas (fala em diversas línguas) 
			ore para que possa interpretá-las, assim poderá falar em voz alta na 
			igreja e trará a interpretação a todos e todos serão edificados.
			
 
			3. Edificando até 
			o não crente.
			
		
			Paulo teve coragem 
			de dizer que era um “sábio arquiteto”, na edificação da igreja. Nem 
			todo obreiro pode dizer isso, nos dias presentes. Os terrenos em que 
			a igreja está sendo edificada são tão instáveis, que desafiam a 
			capacidade de todos os engenheiros ou arquitetos. Os ventos fortes 
			de falsas doutrinas e movimentos heréticos, disfarçados de genuínos 
			movimentos cristãos conspiram contra a estabilidade e a unidade da 
			Igreja de CRISTO. Os edificadores de hoje têm tantos ou maiores 
			desafios do que os do tempo de Paulo, mesmo que tenham mais recursos 
			humanos e técnicos que o apóstolo dos gentios.
			Mas a missão dos 
			obreiros do Senhor é cuidar da evangelização, buscando as almas que 
			se integram à igreja, e o cuidado delas, através do discipulado 
			autêntico, que se fundamenta na sã doutrina, esposada por JESUS 
			CRISTO, e interpretada e aplicada pelos seus apóstolos e discípulos, 
			ao longo da História. Os cristãos devem ser edificados para serem 
			templos do ESPÍRITO SANTO (1 Co 6.19,20). E os dons são 
			indispensáveis nessa edificação espiritual.
			Elinaldo Renovato.
			Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos 
			homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 30-31.
			I Cor 14.9. Os crentes 
			devem ser capazes de transmitir benefícios espirituais a seus 
			ouvintes. Porém, se algum idioma não for compreendido pelos seus 
			ouvintes, perde-se o desígnio inteiro da comunicação de ideias, e a 
			voz humana se torna muito menos significativa do que o instrumento 
			musical visto não haver transmitido pensamento ou sentimento nenhum.
			«...como se 
			falásseis ao ar...» Isso seria um ditado antigo, equivalente ao 
			nosso moderno «falar a uma porta». Está em foco um falar inútil para 
			os ouvinte, útil só para o falante, ao 
			qual ninguém dá qualquer atenção, visto não transmitir qualquer 
			entendimento. 
		
			Aquele que falava 
			«ao ar» não tinha nenhum ouvinte ao alcance de sua voz;
			portanto, não 
			podia transmitir ele qualquer mensagem. Assim também sucede ao dom 
			de línguas, sem o dom da interpretação de línguas.
			«...língua...» Essa 
			palavra, que aparece aqui no singular, se refere à linguagem ou ao 
			membro literal e físico da língua, que há no interior da boca; mas o 
			contexto deixa claro que essa «língua» é o «falar em línguas», ou 
			seja, mediante aquele dom do ESPÍRITO que recebe esse nome. A 
			«língua» é o instrumento da comunicação verbal, tal como a trombeta, 
			a harpa, a flauta, etc., são instrumentos de comunicação musical.
			«Essa frase denota a 
			inutilidade de um discurso ininteligível. Tal discurso morre na 
			própria atmosfera, jamais atingindo a mente de um ouvinte».
			(Kling, in loc.).
			Tem utilidade particular, para o próprio crente que as 
			fala; mas não tem uma utilidade coletiva, altruísta. Portanto, as 
			línguas, caso não acompanhadas do dom paralelo da interpretação de 
			línguas, devem ser praticadas em particular, e não publicamente.
			I Cor 14.23. Os 
			versículos vigésimo terceiro a vigésimo quinto fornecem-nos a sexta
			razão pela 
			qual Paulo dizia que as «línguas» devem ser consideradas um
			dom 
			espiritual inferior à profecia. Os «indoutos» e os «incrédulos», que
			estivessem 
			presentes ao culto público, se ouvissem línguas sem a sua
			interpretação, tenderiam por sentir-se ofendidos, e poderiam até 
			pensar que 
			os que assim 
			falassem estariam mentalmente desequilibrados. No entanto,
			a profecia 
			serve de força poderosa, tanto na conversão dos incrédulos como na 
			edificação dos crentes.
			«...toda a igreja se 
			reunir...» Paulo se referia ao culto público, à ordem eclesiástica, 
			ao referir-se ao valor comparativo dos dons espirituais, cujo grande 
			alvo é a edificação da comunidade; não aludia ao uso particular 
			desses dons espirituais.
			Os lares eram os lugares ordinários 
			de reunião dos crentes, talvez por conveniência ou talvez por razões 
			econômicas; pois os crentes primitivos tradicionalmente provinham 
			das classes menos abastadas. (Ver I Cor. 1:26-28).
			Nem todas as 
			assembleias locais, quando se reuniam especificamente com o 
			propósito de adorar, permitiam que «estranhos» (incrédulos) 
			estivessem presentes. Mas isso dependia muito dos costumes locais. 
			Os amigos (ou parentes) dos crentes, quase sem dúvida, eram 
			admitidos em quase todas essas reuniões. Tais pessoas, entretanto, 
			poderiam pensar que o exercício descontrolado do dom de línguas, em 
			que um crente após outro exercia esse dom, visto que nada se 
			entendia do que diziam, seria apenas um sinal de descontrole 
			emocional, ou mesmo de insanidade mental. 
		
			«...indoutos...» (cap 
			16). Concluiu-se ali que esses «indoutos» seriam crentes, embora 
			destituídos de «dons espirituais», ou, pelo menos, não possuidores 
			do dom de línguas; e esses não simpatizariam com o exagero no 
			exercício da «glossolalia», talvez até mesmo por motivo de inveja. 
			Dificilmente poderíamos pensar que os mesmos seriam incrédulos 
			(ainda que o vocábulo grego aqui empregado possa significar 
			exatamente isso), porquanto dificilmente os tais diriam «Amém», ao 
			que os crentes dissessem em suas reuniões (conforme Paulo declarou 
			que tais pessoas naturalmente diriam, se porventura compreendessem o 
			que ali fosse dito); e aqui, além disso, esses «indoutos» são 
			contrastados com os «incrédulos». E o vocábulo grego usado para os 
			tais indica exatamente isso; por conseguinte, não pode restar dúvida 
			alguma quanto ao sentido dessa expressão. Ambos esses grupos, os «indoutos» 
			e os «incrédulos», poderiam suspeitar de que aqueles que falavam em 
			línguas eram indivíduos psicóticos, em maior ou menor grau, ou, pelo 
			menos, que fossem pessoas mentalmente desequilibradas.
			Pode-se comparar 
			isso com as atitudes dos incrédulos, na narrativa de Atos 2:13, os 
			quais pensavam que os crentes que falavam em línguas estivessem 
			bêbedos. As passagens de Atos 12:15 e 26:24 são outros exemplos, 
			existentes nas páginas do N.T., acerca dessas atitudes dos 
			incrédulos para com os cristãos, o que se vem manifestando desde os 
			longínquos tempos apostólicos até aos nossos próprios dias.
			«...e todos se 
			puserem a falar em outras línguas...» Isso indica o abuso a que 
			haviam sujeitado as línguas. Mui provavelmente também falavam 
			todos ao mesmo tempo, tal como os seus profetas, que não esperavam 
			uns pelos outros. Assim sendo, mostravam-se descorteses e 
			extremamente fanáticos no uso que faziam de seus dons espirituais. 
			(Ver os versículos vigésimo nono em diante).
			As observações 
			contrárias de Paulo, por todo este capítulo, visam as línguas 
			desacompanhadas de interpretação. Portanto, ele não contradiz, no 
			presente versículo, a ideia de que as línguas são um sinal para os 
			incrédulos.
			Imaturidade 
			Espiritual
			1. A imaturidade 
			espiritual se evidencia no egoísmo (ver Rom. 15:1), pois o amor é a 
			verdadeira medida de nossa maturidade. Estás servindo a ti mesmo 
			mais diligentemente do que ao próximo? Nesse caso, és um crente 
			espiritualmente imaturo. A tua maturidade pode ser aquilatada pelo 
			quanto serves aos outros.
			2. Os crentes de 
			Corinto demonstravam sua imaturidade ao transformarem a igreja em um 
			teatro, onde os dons espirituais entraram em competição uns com os 
			outros. Isso era destrutivo para a unidade e a paz, e, por 
			conseguinte, para o desenvolvimento espiritual.
			3. Os crentes 
			coríntios, em surpreendente ausência de santificação, demonstravam a 
			sua imaturidade quando, o tempo todo, se vangloriavam de seu grande 
			avanço.
			CHAMPLIN, Russell 
			Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo.
			Editora Candeias. Vol. 4. pag. 218; 224-225.
			Falar em línguas 
			pode não ajudar os incrédulos (14.23-25). Agora Paulo apresenta um 
			caso hipotético para os coríntios. O que acontecerá se toda a igreja 
			se congregar num lugar, e todos falarem línguas estranhas (23). Como 
			esse dom era desejável, conforme indicavam os coríntios, toda a 
			igreja tinha o direito, e até a obrigação, de buscá-lo. Mas o que 
			aconteceria se os incrédulos viessem a essa igreja, onde todos 
			estivessem falando em línguas de forma desordenada? Não dirão, 
			porventura, que estais loucos? Paulo não estava preocupado com as 
			pesquisas de popularidade eclesiástica. Nem estava ajustando a 
			mensagem do evangelho para conformá-la ao molde da opinião pública. 
			O apóstolo entendia que a tarefa da igreja era atrair os incrédulos 
			e conquistá-los para CRISTO. Ele estava alarmado com o fato de que, 
			ao invés de ajudar a converter os pecadores, o ato de falar em 
			línguas de forma desordenada poderia despertar somente o escárnio e 
			o desprezo dos descrentes.
			Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 352.
			O efeito do dom 
			da profecia é totalmente diferente: Mas se todos profetizam, e entra 
			alguma pessoa descrente ou ignorante, esta por todos será 
			persuadida, por todos julgada. O dom da profecia incluía ser examinado pelas palavras de saber 
			onisciente, sendo reveladas as coisas secretas, ou os pecados 
			ocultos, de seu coração. E o resultado, evidentemente, podia ser que 
			uma pessoa assim iria prostrar-se sobre seu rosto e adorar a DEUS, 
			admitindo publicamente que DEUS estava em meio á congregação cristã. 
			Nada é mais poderoso do que a viva Palavra de DEUS, pela qual Ele 
			examina os corações e as mentes, Hb. 4. 12, e discerne os 
			pensamentos e as intenções do coração. Desta forma o dom da profecia 
			resultaria não só no ganho de almas para CRISTO, mas também no dar 
			glória ao Senhor.
			KRETZMANN.
			Paul E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento.
			Editora 
			Concordia Publishing House. 
		
 
			IIl - EDIFICAR 
			TODO O CORPO DE CRISTO
			1. Os dons na 
			igreja.
			
		
			«...de quem...» 
			Paulo emprega aqui uma metáfora fisiológica, tal como o faz em Col. 
			2:19. Na epístola aos Colossenses a metáfora por ele empregada 
			salienta o fato que a criação inteira depende de CRISTO como cabeça, 
			unificador, restaurador e governador de tudo. Aqui, embora idêntica 
			linguagem seja usada, a porção enfatizada é CRISTO, como cabeça da 
			igreja, a qual é o seu corpo. 6 do Cabeça que o corpo recebe suas 
			energias e poderes vitais, como também a sua coesão. Entretanto, no 
			corpo há também aquela coesão mútua e aquela participação nas 
			energias vitais de uma união perfeita, a despeito do que essa 
			participação vital de energias mútuas depende do Cabeça, já que ele 
			é a origem da mesma e o seu unificador. Por conseguinte, há uma 
			certa «interdependência»' no corpo, nenhum membro fica isolado, e 
			nenhum membro possui a vida espiritual vital que se encontra no 
			próprio corpo. E também há uma dependência mútua do corpo inteiro ao 
			Cabeça, para que receba essa mesma energia de vida divina.
			«...bem ajustado e 
			consolidado...» Um corpo se caracteriza pela maravilhosa cooperação 
			de muitos elementos, que são perfeitamente unidos um ao outro. É a 
			essa admirável unidade de muitas porções que Paulo se refere, 
			fazendo disso uma ilustração de como tal condição deveria prevalecer 
			na igreja. São usados verbos no particípio presente a fim de 
			salientar como essa unidade, tão intricada e perfeita em sua 
			natureza e atuação, deve existir na forma de uma operação contínua. 
			As ideias de «harmonia», de «adaptação», de< «solidariedade» e de 
			«unidade na diversidade», são assim expressas. (Comparar com Col. 
			2:2,19).
			Nomes, seitas e 
			partidos caem:
			Tu, ó CRISTO, és 
			tudo em todos!
			Esses dois verbos 
			têm sido variegadamente compreendidos, a saber: 
		
			«...toda junta...» 
			Quanto a estas palavras também têm havido diferenças de opinião, ou 
			seja:
			As juntas realmente não suprem e nem propagam a 
			vitalidade do corpo. É 
			bem possível que ele tivesse feito alusão às «juntas». Existe uma vida, 
			uma energia vital, que vem primeiramente do Cabeça, e que então se 
			difunde por todo o corpo. Por essa razão, o corpo ê vivificado pela 
			vida divina; pois a participação na mesma vida, que vem da mesma 
			fonte originária, é motivo de uma união perfeita. Cada porção, pois, 
			tanto é beneficiada como serve de canal mediante o qual a vida é 
			passada para outras porções.
			• «... segundo 
			a justa cooperação de cada parte...» De acordo com a tradução inglesa
 RSV (aqui vertida para o português), isso quer dizer «...quando cada 
			porção está operando apropriadamente...» Neste caso, 
			«apropriadamente» é tradução do original grego «en metro», 
			literalmente, «por medida»; e é bem provável que isso aluda às 
			palavras «...segundo a proporção do dom de CRISTO...», do sétimo 
			versículo deste capítulo. Por conseguinte, cada «...parte...» (ou 
			membro) tem um dom, ou seja, serve de entidade que dispersa a vida 
			de CRISTO no corpo, como agente de desenvolvimento espiritual. 
			Portanto, cada crente, «de acordo com sua medida e capacidade» no 
			corpo, torna-se um «contato» mediante o que a vitalidade do ESPÍRITO 
			de DEUS é dispersa por todo o corpo.
			«...edificação de si 
			mesmo em amor...» (Efé. 4:12). Cumpre-nos observar que todo esse 
			processo de crescimento e nutrição, que produz a maturidade 
			espiritual, se alicerça sobre o «amor», pois Paulo reiterava a ideia 
			que mencionara no versículo anterior. («importância do amor 
			cristão»). Isso concorda com o que se lê em I Cor. 12-14. Os dons 
			espirituais devem ser buscados, pois são necessários; mas só são 
			úteis esses dons quando são administrados em «amor» (ver o décimo 
			terceiro capítulo da primeira epístola aos Coríntios), pois essa 
			virtude ê maior que todos os dons espirituais. Assim é que um dom 
			espiritual administrado na igreja sem o concurso do amor, não será 
			de grande utilidade na igreja. Boas obras, feitas sem o condimento 
			do amor, não valem coisa alguma aos olhos de DEUS. O amor é o 
			elemento onde funcionam a unidade verdadeira e o benefício mútuo no 
			corpo de CRISTO. Sem amor, essa realização é simplesmente 
			impossível. «...O amor edifica...» (I Cor. 8:1). O amor «...é o 
			vínculo da perfeição...» (Col. 3:14). Isso mostra-nos a suprema 
			importância do amor, porque é mediante o amor que CRISTO «habita em 
			nossos corações»; e é nesse amor que chegamos a conhecer a pessoa de 
			CRISTO, mediante a iluminação do ESPÍRITO SANTO. (Ver Efé. 3:17-19). 
			O próprio vocábulo «amor» fala sobre «mutualidade», fala sobre 
			«harmonia», «participação», «cuidado pelo próximo», sendo contrário 
			às ideias do «egoísmo», da «cobiça», da «facção» e do «ódio».
			Ao mencionar a 
			harmonia e a participação na vida mútua que o amor cristão propicia, 
			Paulo chega ao final da presente secção, reiterando a ideia de 
			unidade, que inspirou esta passagem, a começar por Efé. 4:1, como é 
			necessário nos suportarmos uns aos outros em amor, tendo em vista a 
			preservação da unidade do ESPÍRITO no vínculo da paz. (Ver Efé. 
			4:3).
			CHAMPLIN, Russell 
			Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo.
			Editora Candeias. Vol. 4. pag. 605.
			Ef 4.16. É somente de CRISTO, como Cabeça, que o 
			corpo recebe toda sua capacidade para crescer e para desenvolver sua 
			atividade, recebendo assim uma direção única para funcionar como 
			entidade coordenada. Colossenses 2:19 é um texto paralelo bem 
			próximo deste versículo, e ambos deveriam ser estudados em conjunto. A palavra traduzida junta (haphê) 
			- O uso da palavra tanto no contexto quanto no âmbito restrito da 
			medicina justifica a sua tradução por “junta”, e assim, afirma que é 
			pelo auxilio de toda junta, com que o corpo é equipado, é que o 
			crescimento e funcionamento verdadeiros se tornam possíveis. Em 
			outras palavras, o corpo depende para seu crescimento e atividade: 
			da direção do Senhor, de Sua provisão para tudo o que necessita 
			(compare versículos 11, 12), e também do bom relacionamento entre os 
			membros.
			E agora estamos de 
			volta com uma palavra que se tornou familiar nesta epístola (1,19 e 
			3:7), pois o apóstolo deixa de considerar os membros e a conexão 
			entre eles para tratar da justa cooperação de todo o corpo. A 
			“energização” de DEUS no corpo todo torna possível este 
			funcionamento de cada parte, em sua medida e de acordo com sua 
			necessidade. Então menciona-se mais uma vez o propósito do 
			crescimento, e está claro que cada membro não procura o seu próprio 
			crescimento, mas o do corpo como um todo: não sua própria 
			edificação, mas a edificação do todo. Basicamente, a edificação não 
			é o aumento numérico da Igreja, mas o crescimento espiritual. E este 
			crescimento é acima de tudo em amor. Esta pequena frase aparece 
			novamente (1:4; 3:17; 4:2; 5:2), pois o amor determina que cada 
			membro procurará a edificação de todos. Então, sem dúvida, se houver 
			a comunhão da convivência em amor e a demonstração da verdade em 
			amor, o aumento numérico virá como consequência natural.
			Francis Foulkes. Efésios Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 
			103-104.
			Ef 4.16 - 
			Este versículo 
			sintetiza de fato todo o trecho precedente: partindo da unidade de 
			DEUS e de seu agir no corpo de CRISTO, o olhar se estende para a 
			multiplicidade dos dons distribuídos aos crentes. Na sequência, 
			Paulo destaca as tarefas específicas dos apóstolos, profetas, 
			evangelistas, pastores e mestres no preparo dos santos, para que a 
			igreja de CRISTO possa alcançar a idade adulta e resistir a 
			doutrinas ardilosas e enganosas. Por fim o apóstolo enfoca novamente 
			a cooperação de todos na edificação do corpo. A característica 
			marcante de toda a incumbência é que a edificação acontece “no amor” 
			(v. 13). Isso sucede quando o conhecimento do amor de CRISTO (Ef 
			3.19) cresce mais e mais e por isso também se fala a verdade em amor 
			(Ef 4.15).
			Eberhard Hahn. Comentário Esperança Efésios. Editora Evangélica Esperança.
 
			2. Os sábios 
			arquitetos do Corpo de CRISTO. 
		
			I Cor 13.9. Nosso 
			conhecimento é parcial, até mesmo com a ajuda dos mais elevados dons 
			da sabedoria e do conhecimento. Essa admissão é declaração, feitas 
			pelo apóstolo, deveria ensinar-nos a sermos cautelosos quando 
			cercamos a DEUS com os nossos dogmas, como se, já sabendo tudo 
			quanto tem importância, não precisássemos mais de fazer qualquer 
			pesquisa honesta pela verdade. A tendência da religião «ortodoxa» é 
			olvidar-se desse grande fato, apodando de heterodoxa qualquer 
			opinião que não se adapte facilmente dentro dos limites dos dogmas 
			já aceitos. 
		
			Da covardia que teme 
			novas verdades,
			Da preguiça que 
			aceita meias-verdades,
			Da arrogância que 
			conhece toda a verdade,
			Oh, Senhor, 
			livra-nos. (Arthur Ford).
			Os intelectuais de 
			Corinto faziam uma ideia exagerada da grandiosidade de 
			seu conhecimento. Foi mister que Paulo lhes lembrasse que, quando 
			muito, o que sabiam era parcial; e ele nem ao menos aborda aqui o 
			problema dos «erros» incorporados no sistema deles.  Para nós o conhecimento se acha em estado de 
			constante expansão, nunca chegando a um ponto final. Todos os campos 
			do conhecimento, das ciências à teologia, estão sempre franqueados à 
			modificação e revisão, à medida que nossos conceitos são expandidos 
			e aprofundados. 
		
			O conhecimento e a 
			profecia, pois, conforme os conhecemos e podemos conhecer, serão 
			sempre indiretos, parciais e fragmentários; e disso participam os 
			tipos exatos de descrição que a moderna epistemologia atribui a todo 
			o conhecimento, incluindo o conhecimento científico. 
			
		
			«Conhecimento e 
			pregação são ambos incompletos; portanto, quando esta dispensação 
			terminar, e a dispensação completa for inaugurada, então esses dons 
			imperfeitos cessarão. Os dons espirituais são apenas os implementos 
			da lavoura divina; as graças são as próprias sementes. 
			O argumento usado 
			por Paulo é que aquilo que é «parcial» e «imperfeito», em face 
			dessas mesmas características, não pode ser permanente. O amor, por 
			outro lado, sendo perfeito, é permanente. Um conhecimento mais 
			elevado, um conhecimento perfeito, é possível; mas isso somente 
			quando da inauguração do estado eterno.
			E isso é um poderoso 
			argumento em favor da possibilidade da continuação dos dons 
			miraculosos (e não miraculosos), continuação essa que prosseguirá 
			até à «parousia» ou segunda vinda de JESUS CRISTO. Isso vai de 
			encontro aos argumentos distorcidos de alguns, que pretendem 
			eliminar os dons miraculosos, como se os mesmos houvessem 
			desaparecido quase imediatamente depois da era apostólica, os quais 
			supõem encontrar base bíblica para essa opinião no fato que o oitavo 
			versículo deste capít. diz que esses dons eventualmente «cessarão». 
			Ê verdade que os dons espirituais cessarão; mas o tempo é 
			definidamente determinado no presente versículo, isto é, no fim da 
			presente era da graça, quando da segunda vinda de CRISTO. Porém, 
			enquanto não vier o que é perfeito, teremos necessidade dos dons 
			espirituais «imperfeitos» visto que eles são muito, muito superiores 
			a qualquer coisa meramente humana.
			Paulo está 
			antecipando a perfeição que a segunda vinda de CRISTO trará. Os dons existem. 
			Haverá uma grande 
			transição de uma dispensação para outra, da era presente para o 
			estado eterno, em razão do segundo advento de CRISTO. Essa transição 
			é pintada pelo apóstolo Paulo mediante aquilo que tem lugar entre a 
			meninice e a idade adulta. A «meninice», neste caso, representa a 
			era inteira da imperfeição, a nossa era presente. Não importa quão 
			grandemente os dons sejam desenvolvidos, não importa quão elevada se 
			torne a nossa sabedoria e o nosso conhecimento, e não importa quão 
			eloquentes se tornem a profecia e as línguas—em comparação com o que 
			haverá eventualmente, tudo quanto obtivermos agora é apenas 
			brinquedo de crianças, sentimentos infantis, pensamentos infantis, 
			coisas próprias de meninos. Isso serve de poderosa ilustração 
			instrutiva, sobre a estatura de nosso presente conhecimento. 
			
			Esta vida, portanto, 
			consiste em uma «infância espiritual», e a era vindoura, ou melhor, 
			a eternidade, será a «idade adulta espiritual». Isso é muito 
			encorajador, pelo progresso dos séculos, o que, para nós, indica um 
			progresso de natureza espiritual, o abandono de todas as 
			imperfeições, o aprendizado da perfeição.
			«Quantos pontos de 
			vista estreitos, quantas noções indistintas das coisas, têm as 
			crianças, em comparação com os adultos! E quão naturalmente os 
			homens, quando a razão se lhes amadurece, desprezam e dispensam os 
			seus pensamentos infantis, pondo-os de lado, rejeitando-os, 
			considerando-os como nada! Assim é que pensaremos sobre nossos dons 
			mais valiosos e aquisições neste mundo, quando chegarmos ao céu». 
			(Matthew Henry, in loc.).
			1) O amor torna os 
			dons da vida aproveitáveis, 1-3; 
		
			2) O amor transforma 
			os relacionamentos da vida em algo maravilhoso, 4-7; 
		
			3) O amor faz com 
			que as contribuições da vida se tornem eternas, 8-13 (da obra Sermon 
			Outlines on Favorite Bible Chapters).
			Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 347-348.
			Visto que a asserção 
			que os dons de conhecimento e de profecia cessarão podia parecer 
			estranho, Paulo explica sua afirmação: Pois em parte conhecemos, e 
			em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o 
			imperfeito será abolido. Nosso conhecimento é imperfeito neste 
			mundo, inadequado para um entendimento completo de DEUS, de Sua 
			essência, de Sua vontade. Entendemos somente partes pequenas da 
			verdade eterna e celeste, mesmo tendo nós uma razão cristã 
			iluminada. Não temos uma visão compreensiva do total, da ligação dos 
			pensamentos e conselhos divinos. A plenitude da magnitude e 
			majestade de DEUS ainda nos é desconhecida.
			Fé, esperança e amor 
			permanecem na eternidade, porque o que o cristão crê, espera e ama 
			permanece para sempre, visto que DEUS é eterno, com quem estamos 
			unidos na fé, na esperança e no amor. Esta conclusão é praticamente 
			exigida pela afirmação que todas as coisas imperfeitas serão 
			abolidas. Pois o apóstolo não diz destes três que são imperfeitos, 
			ou seja, que cremos em parte, que esperamos em parte, que amamos em 
			parte. A fé, mesmo a fé fraca, ainda que conhece a DEUS só em parte, 
			aceita, porém, como fé salvadora, o DEUS inteiro, o CRISTO inteiro, 
			a redenção inteira em CRISTO, e o pleno perdão dos pecados. Também a 
			esperança, mesmo vendo e conhecendo somente alguns raios da glória 
			vindoura, tem, ainda assim, o futuro total como seu alvo. E o amor 
			se concentra sobre o inteiro DEUS trino de nossa salvação, e não 
			sobre algum restinho miserável.
			Resumo: O apóstolo 
			louva o alto valor do amor, dá uma descrição de seus aspectos 
			essenciais, e descreve sua duração eterna.
			KRETZMANN.
			Paul E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento.
			Editora 
			Concordia Publishing House.