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17 julho 2025
Escrita Lição 3, Central Gospel, A Incerteza Dos Projetos, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Escrita Lição 3, Central Gospel, A Incerteza Dos Projetos, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 99 99152-0454 (tel) Luiz Henrique de Almeida
Silva
ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 3 / ANO
2- N° 6
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/07/escrita-licao-3-central-gospel.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/07/slides-licao-3-central-gospel-incerteza.html
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. LIDANDO COM AS INCERTEZAS DA VIDA
1.1. Presunções insanas
1.2. A fragilidade da glória humana
1.3. A negligência do bem
2. A SENTENÇA CONTRA OS RICOS OPRESSORES
2.1. As consequências da riqueza acumulada
2.2. A causa da condenação
2.3. O propósito da riqueza
3. O EXERCÍCIO DA PACIÊNCIA
3.1. O lavrador
3.2. Os profetas
3.3. Jó
4. ORAÇÃO E RESTAURAÇÃO
4.1. A oração em todas as circunstâncias
4.1.1. A oração e a unção com óleo
4.1.2. A perseverança na oração
4.2. O compromisso com os que se desviam da verdade
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Tiago 5.1-3,7-9,13-16
1 - Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai por vossas misérias, que
sobre vós hão de vir.
2 - As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da
traça.
3 - O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará
testemunho contra vós e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os
últimos dias.
7 - Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador
espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a
chuva temporã e serôdia.
8 - Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do
Senhor está próxima.
9 - Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais
condenados. Eis que o juiz está à porta.
13 - Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores.
14 - Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre
ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;
15 - e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver
cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
16 - Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para
que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.
TEXTO ÁUREO
Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É
um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece. Tiago 4.14
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Sl 39.4,5; Eclesiastes 12.1 A
vida é breve; siga a direção do Senhor
3ª feira - Ef 5.5; Colossenses 3.5 A
idolatria afasta do Reino de DEUS
4ª feira - Tg 5.7,8 Seja paciente,
o Senhor virá no tempo certo
5ª feira -Tg 5.9 Não se queixe; o Juiz já está às
portas
6ª feira - Tg 5.16 Confesse e ore
para ser curado e restaurado
Sábado - Tg 5.20 Salvar uma alma
cobre uma multidão de pecados
OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o
aluno deverá:
·
reconhecer que
a vida é transitória e que o futuro está nas mãos de DEUS;
·
compreender que
o Senhor não aceita qualquer tipo de discriminação;
·
entender que
o cristão deve ser paciente nas tribulações;
·
perceber que
a oração do justo é poderosa em seus efeitos.
Boa aula!
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SUBSÍDIOS PARA A LIÇÃO. REVISTAS ANTIGAS E LIVROS
LEIA TUDO E DARÁ UMA EXCELENTE AULA
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É necessário destacar os quatro os conselhos principais expostos na
presente seção da carta de Tiago (5.7-20): o valor da paciência; a proibição de
juramentos; a unção dos enfermos e a disposição de converter um irmão do erro.
Vale a pena também recordar que no início da epístola o tema da
tentação foi evocado por Tiago como um evento que gerava Paciência. Agora a
paciência é retomada no capítulo cinco. Aqui, um conselho de Tiago chama
atenção: “Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a
vinda do Senhor está próxima”. Num tempo marcado pela dor, em que o povo de DEUS
vive, este conselho do meio-irmão do Senhor continua atual e em plena vigência:
“fortalecei o vosso coração”. Mas para quê? Para não se enfraquecer com as
ilusões da vida, os escândalos divulgados, sabendo que o tempo que precede a
vinda de CRISTO é um tempo marcado pela falta de fé e pela falta de esperança
em DEUS. Por isso, o conselho para sermos pacientes!
Com paciência vamos peregrinando a nossa vida aqui no mundo, amando
a DEUS e ao próximo. Buscando viver a autenticidade da fé segundo o Evangelho
de CRISTO. Não abrindo mão da nova aliança estabelecida por DEUS a todos os
quantos creem no seu Filho.
• O mau uso dos bens materiais (5.1-6);
• Paciência e constância nas provações
até a volta de JESUS (5.7-11);
• Não ao juramento (5.12);
• A oração e unção em favor dos enfermos
(5.13-18);
• A restauração dos irmãos que se
desviaram (5.19,20).
Conselho: Opinião refletida quanto ao
que se deve fazer, parecer, advertência, aviso.
Tiago fala quanto à paciência, o juramento, a oração, alegria e
louvor, doença, unção com óleo e cura, confissão e perdão. Ele encerra tratando
da restauração de desviados à comunhão da Igreja. Tiago abre deu coração
pastoral e demonstra preocupação com as ovelhas (irmãos) que se desviaram da
verdade. Ao fazer isto, nos ensina como devemos agir diante de tal realidade.
Que seus conselhos práticos sirvam de edificação para a vida de todos nós.
1. LIDANDO COM AS INCERTEZAS DA VIDA
1.1. Presunções insanas
1.2. A fragilidade da glória humana
1.3. A negligência do bem
No versículo doze, após o exemplo do poder de DEUS em relação aos
seus servos, os profetas e Jó, Tiago admoesta-nos a que não caiamos no erro de
jurar pelo céu ou pela terra. Nossas palavras não são poderosas para garantir o
juramento. Não! Tudo depende de DEUS e da sua vontade. Tiago nos ensina que não
devemos fazer tais juramentos, pois a palavra do discípulo de JESUS deve se
resumir ao sim ou ao não (Mt 5.33-37). Isto deve ser suficiente!
A BREVIDADE DA VIDA E A NECESSIDADE DO RECONHECIMENTO DA SOBERANIA
DIVINA (Tg 4.13-15)
Planos meramente humanos (Tg 4.13). É
comum algumas vezes falarmos “daqui tantos anos vou fazer isso”, “em 2018 eu
farei aquilo”, etc. É verdade que precisamos planejar a vida. Entretanto, todo
planejamento deve ser feito com a sabedoria do alto. Isto é uma dádiva de DEUS.
Todavia, infelizmente nos acostumamos à mera rotina e tendemos a planejarmos o
futuro sem ao menos nos lembrarmos de que DEUS, o autor da vida, tem de ser
consultado, pois tudo o que temos é fruto da sua bondade e misericórdia.
A incerteza e a brevidade da vida (Tg 4.14). “A
vida é um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece”. Eis uma séria
advertência de Tiago para nós! O ser humano muitas vezes se esquece da sua real
condição. Fazemos os planos para amanhã ou depois, mas ninguém tem a certeza do
futuro que lhe espera. A nossa vida é breve, passa como a fumaça. Lembre-se de
que a nossa existência terrena é passageira e que, por isso, devemos viver a
vida segundo a vontade de DEUS, esperança nossa.
O modo bíblico de abordar o futuro (Tg 4.15). Após
compreendermos que a existência humana é finita e DEUS é o infinito Absoluto, o
versículo 15 nos ensina a ter um estilo de vida diferente. A consciência da
nossa limitação, bem como da transitoriedade e a brevidade da vida, deve
incidir sobre o nosso modo de viver ao mesmo tempo em que deve servir como ponto
de partida para confiarmos ao Senhor todos os nossos planos. Só com essa
consciência, buscaremos realizar a vontade de DEUS que é boa, perfeita e
agradável (Rm 12.2). Portanto, agiremos assim: “Se o Senhor quiser, e se
vivermos, faremos isto ou não”. Tal postura não é falta de fé, ao contrário, é
fé na Palavra de DEUS.
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2. A SENTENÇA CONTRA OS RICOS OPRESSORES
2.1. As consequências da riqueza acumulada
2.2. A causa da condenação
2.3. O propósito da riqueza
A RELAÇÃO ENTRE OS POBRES E OS RICOS
DA IGREJA (Tg 1.9-11)
1. Os pobres na Igreja do primeiro século. Do
ponto de vista social, a pobreza exclui o ser humano dos direitos básicos
necessários à sua subsistência. Não é difícil reconhecer que a Igreja do
primeiro século era constituída por duas classes sociais: a dos pobres e a dos
ricos, tendo evidentemente mais pobres em sua composição. Uma vez que não
podemos fazer acepção de pessoas (Rm 2.11; Cl 3.11), os pobres daquela época,
que foram gerados pela Palavra e inseridos no corpo de CRISTO — a Igreja —
tinham motivos de alegrar-se no Senhor, pois além do novo nascimento, eles eram
acolhidos pela igreja local (Gl 2.10).
2. Os ricos na Igreja Antiga. Por
vezes, os ricos são identificados na Bíblia como judeus proprietários de muitos
bens e que negligenciavam as obrigações que pesam sobre os que desfrutam de tal
condição (Lv 19.10; 23.22,35-55; Dt 15.1-18; Is 1.15-17; Mq 6.9-16; 1Tm
6.9,17-19). Por cuja razão, e pelas suas atitudes, eles eram frequentemente
repreendidos pelas Escrituras (Am 3.10; Pv 11.28; 1Tm 6.17-19; Lc 6.24;
18.24,25). Os ricos e abastados têm a tendência a desenvolverem a arrogância, a
autossuficiência e a postura de senhores poderosos, que pensam poder comprar as
pessoas a qualquer preço. As Escrituras são claras em afirmar que o Reino de DEUS
não pode ser comprado por dinheiro algum. É possível o irmão rico ser gerado
pela Palavra e tornar-se um filho de DEUS? Sim, claro (Lc 18.25-26). Porém, ele
pode encontrar maior dificuldade para desprender-se de suas riquezas (Mt
19.23-26, cf. v.11). É imprescindível que os mais abastados compreendam que
após entregarem-se a CRISTO, obedecerão ao mesmo Evangelho a que os irmãos
pobres submetem-se. Aqui, torna-se ainda mais clara a verdade bíblica: para DEUS
não há acepção de pessoas (Rm 2.11; Cl 3.11).
3. Perante DEUS, pobres e ricos são iguais. A
igreja local deve receber a todos no espírito do Evangelho, isto é, como
membros da família de DEUS, pois através da salvação em CRISTO,
independentemente da condição social, todos têm a DEUS como Pai (Rm 8.14), e a JESUS
como irmão (Lc 8.21). Somos coerdeiros, juntamente com CRISTO, de uma herança
eterna (1Pe 1.4), pertencentes à santa família de DEUS (Ef 2.19) e cidadãos de
um reino imutável (Hb 12.28). Na família de DEUS há lugar para todo ser humano
justificado por CRISTO. Portanto, o irmão pobre e o irmão rico não devem se
envergonhar de suas condições sociais. Se o Evangelho alcançou seus corações, o
rico saberá biblicamente o que fazer com a sua riqueza. E o pobre, de igual
forma, como viverá sua pobreza. O importante é que CRISTO em tudo seja
exaltado!
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3. O EXERCÍCIO DA PACIÊNCIA
3.1. O lavrador
3.2. Os profetas
3.3. Jó
3.1. O lavrador
Destaque a importância de reconhecer a transitoriedade da vida, a
prática da paciência diante das tribulações e a necessidade de viver em total
dependência de DEUS. Aborde a oração como uma ferramenta essencial para o
amadurecimento espiritual, encorajando-os a identificar como a fé genuína pode
transformar suas atitudes. Mantenha um tom acolhedor e incentive o engajamento
com questões reflexivas.
O VALOR DA PACIÊNCIA E A PROIBIÇÃO DO JURAMENTO (Tg 5.7-12)
O valor da paciência e da perseverança (vv.7,8). No
versículo sete Tiago evoca uma imagem agrícola para exemplificar o valor da
paciência e da perseverança. Tal imagem é comum aos destinatários de sua época.
O líder da Igreja em Jerusalém nos ensina que tanto a paciência quanto a
perseverança são valores que devem ser cultivados, não em alguns momentos, mas
durante a vida toda. A fim de vencermos as dificuldades, privações,
inquietações e sofrimentos da existência terrena, precisaremos da paciência e
da perseverança. Essas características também estão relacionadas à nossa
esperança na vinda do Senhor. Sejamos pacientes e perseverantes em aguardá-la,
pois ela, conforme nos diz as Escrituras, está próxima (Fp 4.5; Hb 10.25,37;
1Jo 2.18; Ap 22.10,12,20).
O valor da tolerância de uns para com os outros (v.9). Mais
uma vez a Palavra do Senhor reitera o cuidado com a língua, pois se não
soubermos usá-la acabaremos por cometer falsos julgamentos contra as pessoas.
No versículo nove, Tiago adverte-nos acerca do dia do juízo divino. O Juiz está
às portas! Ele sim julgará com retidão e, justamente por isso, não podemos nos
ocupar emitindo opiniões e comentários falsos contra quaisquer pessoas, quer
sejam estas parte da igreja, quer não.
3.3- Jó
Aflição, sofrimento e juramento (vv.10-12). O
ensino desses três versículos, primeiramente, alude à aflição e a paciência dos
profetas que falaram em nome do Senhor. De igual modo, posteriormente, trata da
paciência de Jó e o fim que o Senhor lhe concedeu após tamanha aflição e
sofrimento (Ez 14.14,20; Hb 11.23-38). Os crentes a quem Tiago escreveu
sentiam-se orgulhosos por ser comparados aos personagens do Antigo Testamento.
Ao experimentar as aflições, eles sabiam que assim como DEUS concedera graça a
Jó (Jó 42.10-17), da mesma forma daria a eles.
Jó. A paciência parece ser uma virtude em extinção no mundo
contemporâneo. Queremos as coisas a tempo e a hora. Não temos paciência para
esperar. Gostamos de comprar produtos de pronta-entrega e comer em restaurantes
fast food. Vivemos espremidos pelo clamor das coisas urgentes. Mas, nesse
contexto de impaciência na alma, no lar, na igreja, no trabalho, na sociedade,
Tiago nos traz para o centro da reflexão de que devemos viver pacientemente,
mesmo no meio do sofrimento até a volta de JESUS.
“A paciência de Jó (5.10,11)
Esses versos marcam a transição dos ensinamentos de Tiago sobre a
nossa responsabilidade por aqueles que estão fora da comunidade da Igreja, para
com os que estão dentro dela, à luz do julgamento de DEUS. Faz essa transição
através de dois exemplos que os crentes devem seguir; ‘os profetas que falaram
em nome do Senhor’ (v.10) e a fidelidade de Jó em suas adversidades (v.11). Nos
dois exemplos, o ponto que Tiago deseja enfatizar é que devemos considerar
aqueles que perseveram como abençoados. Por saberem que ‘o Senhor é muito
misericordioso e piedoso’, Jó e os profetas foram pacientes frente às aflições
que sofreram.
Os crentes precisam imitar o exemplo da perseverança de Jó sem se
‘desviarem da verdade’ (5.19) de que DEUS é a imutável fonte de ‘toda boa
dádiva e de todo dom perfeito’ (1.17). Precisam imitar o exemplo dos profetas
falando ‘em nome do Senhor’, isto é, usando de seu discurso para mostrar a
divina ‘misericórdia e piedade’ (v.11) para que possamos trazer de volta
aqueles que se desviaram da verdade por atos pecaminosos ou por terem acusados
a DEUS por suas dificuldades (1.13). Aqueles que assim fizerem serão abençoados
com a vida eterna e com o perdão de seus pecados (5.20)” (ARRINGTON, French L;
STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª
Edição. RJ: CPAD, 2004, p.1687).
4. ORAÇÃO E RESTAURAÇÃO
4.1. A oração em todas as circunstâncias
4.1.1. A oração e a unção com óleo
4.1.2. A perseverança na oração
4.2. O compromisso com os que se desviam da verdade
A oração e a unção com óleo
A UNÇÃO DE ENFERMOS E COMO DEUS OUVIU A ELIAS (Tg 5.13-18)
Oração e cânticos (Tg 5.13). Diante
das adversidades, ou nos períodos de bonança, a Bíblia nos recomenda a adorar a
DEUS. Se estivermos tristes e angustiados, devemos buscar o Senhor em oração;
se estivermos alegres, devemos cantar louvores a DEUS. Em ambas as situações, DEUS
deve ser adorado! Como é bom sermos acolhidos pelo Senhor. Se tivermos de
chorar, choremos na presença dEle; se tivermos de cantar, entoemos louvores
diante dEle. Dessa maneira, seremos maravilhosamente consolados pelo Criador.
A oração da fé (vv. 14,15). A
orientação de se chamar os presbíteros, ou anciãos da comunidade cristã, para
orar por um enfermo e ungi-lo com azeite, denota a ideia de respeito que os
crentes tinham com esses ministros. Os presbíteros serviam ao povo de DEUS com
alegria. Isso também indica que a atitude de ungir o enfermo com o óleo não
deve ser banalizada em nosso meio. Hoje, as pessoas ungem bens materiais,
bairros e até cidades. Isso é esoterismo! A base bíblica em o Novo Testamento
fala do acolhimento ao enfermo para que ele seja curado. É a “oração da fé”
que, além de curar o doente, faz com que ele sinta igualmente o perdão dos seus
pecados.
Oração e confissão (v.16-18). Esse
é um texto maravilhoso, mas infelizmente, desprezado por muitos. Ele rechaça a
“confissão entre os irmãos”. É um incentivo a koinonia, ou seja, à união e ao
amor fraternal entre os salvos. Como todos somos pecadores, em vez de
acusarmo-nos uns aos outros, devemos realizar confissões públicas para
ajudarmo-nos mutuamente. Uma vez confessada a nossa culpa e tendo orado uns
pelos outros, seremos sarados. Tiago lança ainda mão do conhecido profeta
Elias, para mostrar que até mesmo um homem como ele, que foi usado
poderosamente por DEUS, era igual a nós e sujeito às mesmas paixões. Todavia, o
profeta orou e DEUS ouviu o seu clamor. De fato, a oração de um justo pode
muito em seus efeitos.
O compromisso com os que se desviam da verdade
A IMPORTÂNCIA DA CONVERSÃO DE UM IRMÃO (Tg 5.19,20)
O cuidado de uns para com os outros (v.19). Nos
versículos finais da epístola, a conversão é ilustrada como literalmente
retornar à verdade original da qual alguém um dia se afastou. A mensagem é bem
clara: só podemos alcançar quem se desviou da verdade se formos em busca de tal
pessoa. Para ir precisamos exercer um cuidado especial e amoroso de uns para
com os outros (Fp 2.4).
A proximidade do ensino de Tiago com o de JESUS. É
importante ressaltarmos que o ensino da Epístola de Tiago encontra-se em plena
harmonia com o Evangelho de JESUS (Mc 12.30,31). Com muita clareza percebemos
que o fio condutor que perpassa toda a epístola é justamente o da Lei do Amor:
“Amarás o Senhor teu DEUS de todo o coração” e o “o teu próximo como a ti
mesmo”.
“Cobrindo uma Multidão de Pecados (5.19,20)
Tiago conclui sua carta encorajando-nos a fazer, por nossos
semelhantes, o mesmo que ele fez por meio de seus escritos ao povo de DEUS, ‘às
doze tribos que andam dispersas’ (1.1). Se observarmos uma pessoa ‘desviando-se
da verdade’, a vontade de DEUS é que façamos com que ela volte (v. 19), porque
‘o ESPÍRITO que em nós habita tem ciúmes’ (4.5, nota NVI), quando ‘segundo a
sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade’ (1.18). Dessa forma, nós
também nos tornamos ‘servos de DEUS e do Senhor JESUS CRISTO’ (1.1).
A ‘verdade’, da qual alguns se ‘desviavam’, representa a convicção
de Tiago de que DEUS é a fonte de ‘toda dádiva e de todo dom perfeito’ (1.17),
e de nada que seja mau ou pecaminoso. Para Tiago, esse ‘erro’ teológico (v. 20)
tem profundas consequências éticas. Aqueles que creem que DEUS é a fonte de
todas as coisas ruins em sua vida (1.13) duvidarão que DEUS esteja disposto e
desejoso de lhes conceder como dádiva generosa, a sabedoria de que necessitam
(1.5-8). Seus esforços frustrados de aprender essa sabedoria através das lutas
da vida, mostrarão que permanecem ‘inconstantes’, desejosos de agradar a DEUS,
mas ao mesmo tempo possuidores de uma ‘concupiscência’ que tenta a ‘pecar’
(1.14,15). Tais pessoas não podem ser trazidas de volta para DEUS através de
palavras de condenação (4.11,12), somente sendo novamente convencidas de sua
misericórdia serão capazes de confiar nEle e de ‘receber com mansidão a palavra
nela enxertada’” (1.21; cf. 4.7-10) (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger
(Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª
Edição. RJ, CPAD, 2004, p.1689).
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I. O VALOR DA PACIÊNCIA E A PROIBIÇÃO DO JURAMENTO (Tg 5.7-12)
1. O valor da paciência e da perseverança (vv.7,8). Tiago
começa sua carta com uma chamada à perseverança sob as provações (1.2-4). As
provas, e não as experiências místicas, são o caminho da santificação e do
aperfeiçoamento (1.4). Tiago se volta agora dos ricos para os pobres que
estavam sendo oprimidos e dá-lhes uma palavra de encorajamento. Eles devem ser
pacientes, sabendo que é a DEUS que estão servindo e que de DEUS é que vem a
recompensa. Os pobres são encorajados a confiar no provedor e não na provisão.
A paciência é uma virtude que poucos têm e muitos procuram. Vivemos
numa sociedade que defende a palavra instantâneo. Mas ser paciente, da maneira
como Tiago usa a palavra, é muito mais do que esperar passivamente que o tempo
passe. Paciência é a arte de suportar alguém cuja conduta é incompatível com a
de outros e por vezes opressiva. Uma pessoa paciente acalma uma briga, pois
controla sua ira e não busca vingança (comparar com Pv 15.18; 16.32).
O termo longânimo (N.T. — no inglês da época, long suffering)
não significa sofrer por um pouco, mas tolerar alguém por um longo tempo. Em
outras palavras, paciência é o contrário de ser irascível. DEUS demonstra
paciência ao ser “tardio em irar-se” quando o ser humano continua a pecar,
mesmo depois de muitas admoestações (Êx 34.6; Sl 86.15; Rm 2.4; 9.22; 1Pe 3.20;
2Pe 3.15). O ser humano deve refletir essa virtude divina em sua vida diária.
Tiago sabe que os leitores de sua epístola são incapazes de se
defender contra seus opressores. Portanto, ele sugere que exercitem a paciência
e deixem a questão nas mãos de DEUS, que está vindo para salvá-los. Mesmo que
eles pudessem se defender, não deveriam fazer justiça com as próprias mãos. DEUS
disse: “A mim me pertence a vingança, a retribuição” (Dt 32.35; Rm 12.12; Hb
10.30).
Nesse versículo, ele retrata a espera de um lavrador que aguarda
uma colheita abundante, mas deve esperar pacientemente pela chegada das “chuvas
de outono e de verão”. O lavrador sabe que tudo cresce de acordo com as
estações do ano. Sabe que são precisos muitos dias para que uma planta se
desenvolva da germinação até a colheita. Além disso, ele sabe que, sem a
quantidade certa de chuva no devido momento, seu trabalho é em vão.
Apesar de a quantidade de chuva em Israel variar, o lavrador sabe
que pode contar com as chuvas de outono, começando com algumas tempestades no
final de outubro. Então, ele pode plantar as sementes para que estas venham a
germinar e aguarda com ansiedade que chova o suficiente em abril e maio, quando
os grãos estão amadurecendo e a safra aumenta a cada chuva. Ele depende,
portanto, das chuvas de outono e primavera (Dt 11.14; Jr 5.24; Os 6.3; Jl
2.23). Ele é capaz de prever a vinda das chuvas, mas não pode ter certeza
quanto à colheita. Ele aguarda em ansiosa expectativa.
Tiago pede aos leitores que sejam pacientes e que se mantenham
firmes, “fortalecei os vossos corações”. Eles podem afirmar com segurança que o
Senhor vai voltar, mas não sabem quando será. Enquanto esperam, a dúvida e a
distração muitas vezes entram em sua vida. Por esse motivo, Tiago aconselha
seus leitores a manterem-se firmes no conhecimento de que, em seu devido tempo,
o Senhor cumprirá a promessa que fez aos crentes. Ele cai em repetição, mas a
lembrança da vinda iminente do Senhor é necessária para que os leitores não se
desanimem nas circunstâncias difíceis.
2. O valor da tolerância de uns para com os outros (v.9). À
primeira vista, este versículo não tem muita coisa em comum com seu contexto,
além de participar numa ênfase na iminência do julgamento. Entretanto, a queixa
contra os outros é claramente uma tentação que acompanha a pressão das
circunstâncias difíceis. Quão frequentemente nos achamos atirando as
frustrações de um dia difícil em cima de nossos amigos íntimos e membros da
família! Abster-se de tais tipos de reclamações e queixas pode ser visto como
um aspecto da própria paciência: ela é ligada ao “suportando-vos uns aos outros
em amor”, em Efésios 4.2, sendo contrastada com a retaliação, em 1
Tessalonicenses 5.14-15. A palavra stenazō, “queixar-se” ou “murmurar”, é
geralmente empregada de modo absoluto; apenas aqui no grego bíblico ela tem um
objeto (uns dos outros). Aqui, o significado pode ser que os crentes não devem
se queixar das dificuldades dos outros, ou que eles não devem acusar os outros,
por causa de suas dificuldades. Contudo, é perfeitamente possível que as duas
ideias estejam incluídas.
3. Aflição, sofrimento e juramento (vv.10-12). Os
profetas nos encorajam ao lembrar que DEUS cuida de nós quando sofremos por
amor a ele. Muitos profetas tiveram de suportar grandes tribulações e
sofrimentos, não apenas nas mãos de incrédulos, mas também de pessoas que se
diziam tementes a DEUS. Jeremias foi preso como traidor e até lançado em uma
cisterna vazia e deixado lá para morrer. DEUS o protegeu e alimentou durante
todo o terrível cerco a Jerusalém, mesmo que, por vezes, tudo indicasse que o
profeta seria morto. Tanto Ezequiel quanto Daniel enfrentaram sua parcela de
dificuldades, mas o Senhor os livrou. Mesmo os que não foram libertos e
morreram por causa de sua fé receberam a recompensa especial que DEUS reserva
para os que são fiéis a ele.
É difícil encontrar um exemplo maior de sofrimento do que o de Jó.
As circunstâncias estavam contra ele, pois perdeu as riquezas e a saúde. Perdeu
os filhos queridos, e a própria esposa opôs-se a ele e sugeriu: “Amaldiçoa a DEUS
e morre” (Jó 2.9). Seus amigos também se colocaram contra ele, pois o acusaram
de ser um hipócrita que merecia o julgamento de DEUS. Tudo indicava que DEUS
também estava contra ele! Quando Jó clamou por respostas para suas perguntas,
só recebeu do céu o silêncio. No entanto, Jó perseverou. Satanás havia predito
que Jó ficaria impaciente com DEUS e abandonaria sua fé, mas não foi o que
aconteceu. É verdade que Jó questionou a vontade de DEUS, mas não abriu mão de
sua fé no Senhor. “Eis que me matará, já não tenho esperança; contudo,
defenderei o meu procedimento” (Jó 13.15). Jó estava tão certo das perfeições
de DEUS que persistiu em sua argumentação com ele, mesmo sem entender o que DEUS
fazia. Isso é perseverança.
Satanás deseja que fiquemos impacientes com DEUS, pois um cristão
impaciente é uma arma poderosa nas mãos do diabo. Como vimos em nosso estudo de
Tiago 1, a impaciência de Moisés impediu-o de entrar na Terra Prometida; a
impaciência de Abraão levou ao nascimento de Ismael, o inimigo do povo de
Israel, e a impaciência de Pedro quase o transformou em assassino. Quando
Satanás nos ataca, é fácil ficar impacientes, correr na frente de DEUS e, como
resultado, perder a bênção de DEUS.
A exortação em Tiago 5.12 parece deslocada; afinal, o que “fazer
juramentos” tem a ver com o problema do sofrimento? Quem já sofreu sabe a
resposta: quando passamos por dificuldades, é fácil dizer coisas impensadas e
tentar barganhar com DEUS. Voltemos a Jó para um exemplo. O patriarca diz: “E
disse: Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o
Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21,22).
Por certo, Jó amaldiçoou o dia de seu nascimento (Jó 3.1ss), mas em
momento algum amaldiçoou a DEUS nem fez algum juramento insensato. Também não
tentou barganhar com DEUS. Sem dúvida, Tiago está relembrando o ensinamento de JESUS
no sermão do monte (Mt 5.34-37). Os judeus tinham o costume de usar uma série
de juramentos para cor roborar suas afirmações. Tinham sempre, porém, o cuidado
de não colocar o nome de DEUS em seus juramentos, a fim de não blasfemar.
Assim, juravam pelo céu, pela Terra, por Jerusalém ou até pela própria cabeça!
Mas JESUS ensinou que é impossível evitar envolver DEUS nesses juramentos. O
céu é seu trono, a Terra é o estrado de seus pés e Jerusalém é a “cidade do
grande Rei”. Quanto à própria cabeça, de que adianta um juramento desses?
“Porque não podes tornar um cabelo branco ou preto” (Mt 5.36) — nem mesmo
conservar um cabelo na cabeça por vontade própria. Segundo um princípio
fundamental, o caráter do cristão requer poucas palavras. A pessoa que precisa
usar palavras demais (inclusive juramentos) para nos convencer tem algo de
errado com seu caráter e precisa escorar sua fraqueza com palavras. O
verdadeiro cristão que tem integridade só precisa dizer sim ou não para as
pessoas acreditarem nele. JESUS adverte que qualquer coisa a mais é proveniente
do maligno.
II. A UNÇÃO DE ENFERMOS E COMO DEUS OUVIU A ELIAS (Tg 5.13-18)
1. Oração e cânticos (Tg 5.13). Tiago
destaca três verdades fundamentais nesse versículo: Em primeiro lugar, nos
problemas não devemos murmurar, mas orar. O sofrimento aqui é provado por
circunstâncias adversas: saúde, finanças, família, relacionamentos, decepções.
Em vez de murmurar contra DEUS ou falar mal dos irmãos (5.9), devemos
apresentar essa causa a DEUS em oração, pedindo sabedoria para usar essa
situação para a glória de DEUS (1.5).
Em segundo lugar, DEUS muda as circunstâncias pela oração. A oração
remove o sofrimento. Mas também a oração nos dá poder para enfrentar os
problemas e usá-los para cumprir os propósitos de DEUS. Paulo orou para DEUS
mudar as circunstâncias da sua vida, mas DEUS lhe deu poder para suportar as
circunstâncias (2Co 12.7-10). JESUS clamou ao Pai, com abundantes lágrimas, no
Getsêmani, para passar dEle o cálice, mas o Pai lhe deu forças para suportar a
cruz e morrer pelos nossos pecados.
Em terceiro lugar, ao mesmo tempo temos pessoas chorando e outras
celebrando na igreja. Ao mesmo tempo há pessoas sofrendo e há pessoas alegres
(5.13). DEUS equilibra a nossa vida, dando-nos horas de sofrimento e horas de
regozijo. O cristão maduro, entretanto, canta mesmo no sofrimento (Jó 35.10).
Paulo e Silas cantaram na prisão (At 16.25). Josafá cantou no fragor da batalha
(2Cr 20.21). Muitas vezes trafegamos dos caminhos floridos da alegria para os
vales do choro num mesmo dia. Mas, mesmo que os nossos pés estejam no vale,
nosso coração pode estar no plano (Sl 84.5-7). Pelo poder de DEUS, podemos
transformar os vales secos em mananciais, o pranto, em alegres cantos de
vitória. Quando o diamante é lapidado é que ele reflete sua beleza mais
fulgurante. Quando a flor é esmagada é que ela exala o seu mais doce perfume. A
alegria mais poderosa é aquela que, muitas vezes, explode banhada pelas
lágrimas mais quentes.
Tiago indica que as pessoas não enfrentam dificuldades o tempo
todo: “Está alguém alegre? Cante louvores” (Tg 5.13). DEUS dá equilíbrio à vida
e permite tanto momentos de sofrimento como dias de cântico. O cristão maduro
sabe cantar em meio ao sofrimento. Qualquer um é capaz de cantar depois que os
problemas passaram. DEUS pode dar “canções de louvor durante a noite” (Jó
35.10). Foi o que fez com Paulo e Silas quando os dois sofriam na prisão em
Filipos. “Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a DEUS”
(At 16.25). A oração e os cânticos eram elementos importantes do culto na
Igreja primitiva e também devem ser importantes para nós. Os cânticos devem ser
uma expressão da vida espiritual interior. O louvor do cristão deve ser
inteligente (1Co 14.15), não apenas a articulação de palavras e de ideias que
não significam coisa alguma para ele. Deve vir do coração (Ef 5.19) e ser
motivado pelo ESPÍRITO SANTO (Ef 5.18). O cântico cristão deve ser baseado na
Palavra de DEUS (Cl 3.16), não apenas nas ideias de pessoas. O cântico que não
é bíblico também não é aceitável para DEUS.
2. A oração da fé (vv.14,15). Essas
instruções a respeito de orações pelos enfermos e da unção com óleo têm uma
importância particular para cristãos pentecostais e carismáticos. Não só os
“presbíteros” da igreja têm a responsabilidade de orar pelos demais membros
(v.14), mas todos os cristãos têm o dever de orar uns pelos outros, para que
sejam curados (v.16). Esse dever não pode ser delegado exclusivamente àqueles
que têm o dom espiritual de curar. O papel específico dos “presbíteros” como
sendo daqueles que “ungem com óleo”, sugere que Tiago acreditava que esse ato
tem uma importância religiosa especial. Embora o óleo fosse muito usado para
fins medicinais no mundo greco-romano (Ver Lc 10.32,33), referências à unção
com óleo presentes no Novo Testamento, ao lado de orações pelos enfermos
(somente nesta passagem e em Mc 6.13), não indicam que esse ato tivesse o
propósito de ser uma terapêutica medicinal. Provavelmente Tiago esteja dizendo
que ungir com óleo tenha um simbolismo religioso, não sendo meramente um ponto
de contato físico para a fé de alguém. Da mesma forma que os antigos sacerdotes
de Israel ungiam as pessoas e as coisas com óleo para separá-las para DEUS (por
exemplo, Êx 40.9-15; conforme o uso metafórico da unção em Lc 4.18,19; 2Co
1.21,22), a unção dos enfermos pode simbolizar que estão sendo separados para
receberem o cuidado especial de DEUS.
Dois aspectos dos ensinamentos de Tiago em relação à oração pelos
enfermos, tornaram-se ciladas potenciais nas doutrinas pentecostais no que se
refere à cura divina.
1) Pelo fato de algumas relacionarem a cura ao perdão (“e a oração
da fé salvará o doente [a palavra grega sozo, também é traduzida em outro
local da carta como ‘salvar’] ... e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão
perdoados”, v.15). Tiago repete a crença tradicional que ligava a enfermidade
ao pecado (Jó 9.1,2), porém não tem a intenção de acrescentar qualquer
explicação para a origem da enfermidade. Nas três vezes anteriores em que
empregou a expressão sozo (1.21; 2.14; 4.12) essa palavra tinha
consistentemente o sentido da salvação de uma pessoa, com um olhar dirigido à
sua total redenção no final dos tempos (veja também em 5.20). Assim, Tiago
enfatiza que devemos nos preocupar tanto com o bem-estar físico, como com o
espiritual. É verdade que certos males e enfermidades são consequência de atos
pecaminosos, porém Tiago não ensina que todas as enfermidades resultam do
pecado (Ver Jó 9.3).
2) A segunda cilada está relacionada à confiante afirmação de Tiago
sobre a “[poderosa e eficaz] oração do justo” (v.16) e à ilustração desse ponto
de vista referente a Elias (vv.17,18). Se “Elias era homem sujeito às mesmas
paixões que nós”, então por que suas orações foram respondidas de forma tão
espetacular, enquanto nossas orações para alcançar a cura às vezes não têm
resposta? Alguns procuraram encontrar a culpa por tais orações não atendidas
contestando a “justiça” da pessoa doente ou daqueles que oram em seu benefício.
No entanto, essa assertiva de Tiago não é a respeito de procurar a culpa, mas
de sua confiança na bondade e misericórdia divina. Assim como DEUS respondeu as
orações de Elias, e preparou-o para realizar a missão profética, da mesma forma
responderá às orações dos crentes quando desempenharem sua missão em benefício
dos demais. A explicação que Tiago oferece sobre porque algumas orações para a
cura dos enfermos não resultam em sua recuperação física, vai até o ponto em
que os presbíteros devem “orar e ungir com azeite em nome do Senhor” (v.14). A
invocação do “nome do Senhor” não é só um apelo ao poder e autoridade da
vontade de DEUS, mas também um reconhecimento de que nossos desejos — mesmo
através da oração — elevem estar em conformidade com a vontade divina. Talvez
Tiago também estivesse desejando desafiar nosso entendimento, a respeito da
razão pela qual tantas orações pelos enfermos ficam “sem resposta”.
Lembremo-nos que ele escreveu que “a oração da fé salvará [sozo] o doente, e o
Senhor o levantará” (v.15). A vida física não é a única vida, ou mesmo a mais
importante que existe (veja 5.20). A bondade de DEUS, ao nos elevar à vida
espiritual e eterna, é uma resposta à “oração da fé” pela qual demonstramos
plena confiança na misericórdia divina para nos tornar completamente sãos, no
sentido mais amplo desta palavra.
3. Oração e confissão (v.16-18). Nesse
texto, observamos três verbos essenciais: confessar, orar e curar.
a. “Confessem”. Tiago diz: “Confessem os seus pecados uns aos
outros”. Com o advérbio pois ele liga essa oração ao versículo anterior, no
qual escreve sobre a enfermidade, o pecado e o perdão. Tiago usa o advérbio
para referir-se ao versículo anterior, a fim de oferecer uma base para a oração
seguinte e enfatizar a necessidade da confissão de pecados.
O pecado não confessado é um impedimento no caminho da oração para DEUS
e ao mesmo tempo um imenso obstáculo nos relacionamentos interpessoais. Isso
significa que você deve confessar o seu pecado não apenas a DEUS, mas também às
pessoas que foram prejudicadas pelos seus pecados. Peça o perdão dessas
pessoas!
“A confissão purifica a alma”. Esse ditado é antigo, mas não perdeu
sua validade. A confissão é a marca do arrependimento e de um pedido de perdão
por parte do pecador. Quando o pecador confessa seu pecado, pede e recebe o
perdão, ele experimenta a libertação do fardo da culpa.
A quem devemos confessar nossos pecados? O texto diz “uns aos
outros”. Tiago não menciona especificamente a igreja ou os presbíteros; ao
invés disso, fala de confissão a nível pessoal dentro de um círculo de crentes.
Ele não elimina a possibilidade de membros da igreja se confessarem para o
pastor e presbíteros (v.14). Alguns pecados envolvem todos os crentes da igreja
e, assim, devem ser confessados publicamente. Outros pecados são particulares e
só precisam ser tratados com as pessoas diretamente envolvidas. Discernimento e
restrição devem, portanto, guiar o pecador que deseja confessar seus pecados
pessoais. Curtis Vaughan faz um comentário revelador:
Enquanto os católicos romanos interpretaram a confissão num sentido
muito restrito, muitos de nós somos tentados a interpretá-lo amplamente demais.
A confissão de todos os nossos pecados a todos os irmãos não está
necessariamente incluída na declaração de Tiago. A confissão é o vômito da alma
e pode, quando realizada de modo muito geral ou indiscriminado, fazer mais mal
do que bem.
b. “Orem”. A beleza da comunhão cristã se expressa na prática
da oração mútua depois que os pecados foram confessados e perdoados. O ofensor
e o ofendido oram um pelo outro; juntos, encontram força espiritual e consolo
no Senhor. Em suas orações, mostram visível e audivelmente a reciprocidade. O
pecador perdoado ora pelo bem-estar espiritual de seus companheiros cristãos
que, por sua vez, confiam-no às misericórdias de DEUS.
c. “Para que possam ser curados”. Tiago declara o propósito de
se confessar o pecado e orar uns pelos outros ao dizer “para que possam ser
curados”. Ele é propositadamente vago nessa afirmação, ou seja, não menciona se
quer dizer com isso a cura física ou espiritual, realizada ou possível,
individual ou coletiva. Certo, porém, é que quando os crentes confessam seus
pecados uns aos outros e oram uns pelos outros, um processo de cura começa a
acontecer. Essa verdade pode ser aplicada a qualquer situação. A oração do
homem justo é poderosa e eficaz.
Quem é o justo? Temos a tendência de olhar para os gigantes
espirituais, para os heróis da fé e para os homens e mulheres de DEUS.
Acreditamos que essas são as pessoas que, pela oração, podem mover montanhas,
mas Tiago não menciona nomes, exceto o de Elias, e ainda assim com a ressalva
de que “era homem semelhante a nós” (v.17). Ele quer dizer que qualquer crente
cujos pecados foram perdoados e que ora pela fé é justo. Quando essa pessoa
ora, suas orações muito podem.
Se “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós”, então por
que suas orações foram respondidas de forma tão espetacular, enquanto nossas
orações para alcançar a cura às vezes não têm resposta? Alguns procuraram
encontrar a culpa por tais orações não atendidas contestando a “justiça” da
pessoa doente ou daqueles que oram em seu benefício. No entanto, essa assertiva
de Tiago não é a respeito de procurar a culpa, mas de sua confiança na bondade
e misericórdia divina. Assim como DEUS respondeu as orações de Elias, e
preparou-o para realizar a missão profética, da mesma forma responderá às
orações dos crentes quando desempenharem sua missão em benefício dos demais.
III. A IMPORTÂNCIA DA CONVERSÃO DE UM IRMÃO (Tg 5.19,20)
1. O cuidado de uns para com os outros (v.19). Há
sempre o perigo de uma pessoa se desviar de verdade. “Por isso convém
atentarmos mais diligentemente para as coisas que ouvimos, para que em tempo
algum nos desviemos delas” (Hb 2.1). O resultado desse desvio é pecado e
possivelmente a morte (5.20). O pecado na vida de um crente é pior do que na
vida de um não crente.
Devemos ajudar os membros que se desviam da verdade. Essa pessoa
precisa ser “convertida”, ou seja, voltar para o caminho da verdade (Lc 22.32).
Precisamos nos esforçar para salvar os perdidos. Mas também precisamos nos
esforçar para restaurar os salvos que se desviam. Judas 23 usa a expressão
“arrebatando-os do fogo”.
Tiago, nesse parágrafo, deu sua última instrução: oração pelos que
sofrem, pelos enfermos e cuidado e restauração para os que se desviam. Nosso
coração deve estar cheio de compaixão pelos que sofrem, pelos enfermos e pelos
que se desviam, para que nossas orações possam subir ao trono da graça em favor
deles.
2. A proximidade do ensino de Tiago com o de JESUS. “Aquele
que fizer converter do erro do seu caminho um pecador”. Qualquer membro da
congregação sabe que deve cuidar das necessidades espirituais de um outro
membro. Se alguém da igreja se desvia da verdade e cai nas armadilhas de
Satanás, os outros membros devem estar preparados para resgatar o desviado. Se
não advertirmos a pessoa ou falarmos sobre o assunto, nós mesmos somos
culpados, pois DEUS nos responsabiliza por isso (Ez 3.17-19). Somos guardadores
de nosso irmão. Com sabedoria e tato, portanto, devemos mostrar ao irmão o erro
de sua conduta e gentilmente restaurá-lo.
“O salvará da morte”. Fora da igreja há inúmeras pessoas presas no
pecado e incapazes de deixar seus caminhos errados. Elas também devem ouvir a
mensagem de salvação do evangelho. No início do século 20, em 1912, para ser
mais preciso, A. T. Robertson escreveu estas palavras impressionantes que não
perderam seu significado:
As condições desesperadoras em que vivem as vítimas são suficientes
para desanimar qualquer assistente social que trabalhe nas favelas ou em alguns
bairros residenciais de nossa cidade. As drogas aprisionaram alguns com
grilhões de aço; a bebida queima no sangue de outros; cigarros acabaram com a
força de vontade de outros e a imoralidade lançou outros ainda no abismo. Eles
chegam, trôpegos, às casas de assistência — cidades de refúgio de nossas
cidades. Felizes são aqueles que sabem como salvar almas como essas, que já
tiveram dias melhores e que desceram ao mais profundo vale de pecado e
tristeza.
“Da morte”. Quando estendemos a mão para resgatar aquele que está
perecendo no pecado, procuramos salvar sua alma. Vemos o pecador correndo
perigo de morrer eternamente e ser excluído da vida eterna. Devemos nos
lembrar, porém, de que DEUS nos usa como instrumentos para restaurar o
relacionamento espiritual entre DEUS e homem. A salvação, portanto, é e
continua sendo obra de DEUS. Somos apenas companheiros que trabalham para DEUS
(1Co 3.9).
“E cobrirá uma multidão de pecados”. Essa última declaração nesse
versículo não deve ser entendida literalmente, pois o ser humano é incapaz de
cobrir pecados. As Escrituras nos ensinam que não é o ser humano, mas DEUS, que
tem a autoridade de perdoar. A expressão cobrir se refere implicitamente ao ato
de DEUS de perdoar o pecado (ver, como exemplo, Sl 32.1; 85.2).
Uma frase de Provérbios revela um paralelo: “O amor cobre todas as
transgressões” (10.12; comparar também com 1Pe 4.8). O que Tiago está
procurando transmitir com essa alusão a Provérbios? Por que ele diz que o
crente “cobrirá multidão de pecados”? Nas palavras de Calvino, “Tiago ensina
aqui algo mais elevado, isto é, que os pecados são apagados diante de DEUS;
assim também Salomão declarou que este é um dos frutos do amor — ele cobre os
pecados; mas não há melhor ou mais excelente maneira de cobri-los do que quando
são completamente eliminados na presença de DEUS”.
Quando DEUS perdoa o pecado, aceita o pecador como se este nunca
tivesse cometido transgressão alguma. Ele afasta o pecado tanto quanto o
Oriente dista do Ocidente (Sl 103.12) e cobre o pecador com um manto imaculado
de retidão. É claro que DEUS perdoa o pecador por causa do sacrifício de JESUS CRISTO.
Nesse último versículo de sua epístola, Tiago não se refere ao trabalho
meritório de JESUS, mas à graça de DEUS ao perdoar os pecadores. Sua intenção é
mostrar que os cristãos perdoados devem trabalhar juntos para o bem-estar mútuo
da igreja.
CONCLUSÃO
Depois que ficamos diante do espelho desta Carta inspirada pelo ESPÍRITO
de DEUS, não podemos sair e esquecer as lições profundas e pertinentes que
Tiago nos ensina. Importa-nos lembrar que o povo de DEUS é peregrino neste
mundo. É um povo em constante dispersão. Aqui não é nossa pátria, aqui não é o
nosso lar. Neste mundo vamos ter aflições, mas devemos enfrentá-las com
alegria, sabendo que embora variadas, elas são passageiras e nos instruem. Elas
visam, em última instância, ao nosso bem, visto que o mesmo DEUS que governa os
céus e a terra também dirige o nosso destino.
Neste mundo, enfrentamos tentações internas e externas. Precisamos
conhecer a DEUS para, então, conhecermos a nós mesmos e o mundo que nos cerca.
A força para a vitória nas tentações não vem de dentro, mas do alto; não vem de
nós mesmos, mas de DEUS. O segredo do sucesso não é a celebrada propaganda da
auto-ajuda, mas a verdade insofismável da ajuda do alto. A primeira é
humanista, a segunda procede de DEUS.
Aprendemos no estudo desta preciosa carta de Tiago que existe uma
religião verdadeira e outra falsa. A religião verdadeira, plantada no solo da
verdade, frutifica abundantemente, e seus frutos são amor e santidade. Onde a
intolerância prevalece, o amor inexiste. Onde o amor governa nossas ações, aí
está uma marca indiscutível de que somos discípulos de CRISTO. Se não
refrearmos nossa língua nem nos guardarmos do mal, se não visitarmos os órfãos
e as viúvas e não socorrermos os aflitos, nossa religiosidade não passará de
uma propaganda enganosa. A religião verdadeira é mais do que dogmas, é vida!
Tiago descortina diante dos nossos olhos o grande tema da fé
verdadeira e da fé falsa. A questão não é a fé, mas o objeto da fé. Muitos têm
fé, mas ainda perecem, pois têm fé em ídolos, em si mesmos, nos seus méritos e
obras, ou até têm fé na fé. Tiago falou da fé racional, da fé dos demônios e da
fé morta. Uma fé apenas racional não pode nos salvar. Uma fé racional e emotiva
não é melhor do que a fé dos demônios. Eles, os demônios, creem e tremem, ou
seja, têm uma fé racional e emocional, mas estão perdidos para sempre. A fé que
professa uma coisa e faz outra é morta, e por isso, inócua. A fé verdadeira crê
na verdade, vive na verdade e proclama a verdade.
A carta de Tiago é um texto profundamente prático. E considerado
com justiça, conforme já dissemos, o livro de Provérbios do Novo Testamento e o
texto mais próximo do Sermão do Monte. Tiago tange a questão da língua de forma
séria e criativa. Ele fala que a língua pode dar vida ou matar. A língua pode
ser uma fonte de bênção ou um canal de morte. A língua é fogo, veneno e uma
fonte que jorra águas amargas. Ela pode devastar e destruir como o fogo; pode
matar como o veneno e pode tornar a vida amarga como fel. A língua, embora seja
um órgão tão pequeno do corpo, governa-o ou destrói-o. A língua é como um leme
ou freio. Pode dirigir-nos pelas águas plácidas ou empurrar-nos para os
rochedos; pode levar-nos pelo caminho seguro, ou empurrar-nos para o abismo. Tiago
descreve que o homem, como administrador e mordomo da Criação, domesticam os
animais do campo, as aves do céu e os peixes do mar, mas não consegue domar a
sua própria língua. É capaz de dominar cidades e reinos, mas não consegue
dominar a si mesmo.
Tiago também fala sobre o grande abismo que existe entre a
sabedoria terrena e a sabedoria celestial. A sabedoria terrena pode ser
ilustrada pelo utilitarismo: “O importante é levar vantagem”. Vivemos em uma
cultura de exploração, de egolatria, de ganância desenfreada. Os homens
perversos e maus mentem, exploram, usurpam, corrompem, roubam e matam para
acumular vantagens e tesouros. Usam o conhecimento, influência e poder apenas
para prevalecer sobre os demais e não para ajudá-los. Buscam os próprios interesses
e não o interesse dos outros. Vivem olhando para o próprio umbigo, embriagados
pela soberba, aplaudindo a si mesmos, enquanto naufragam no mar de vaidades. E
diferente a sabedoria celestial. Ela é altruísta e cheia de amor. Ela busca a
glória de DEUS e o bem do próximo, mais do que o enaltecimento de si mesmo.
Tiago faz uma radiografia da sociedade atual, quando trata das
guerras que travamos contra o próximo, contra nós mesmos e contra DEUS. O ser
humano é um ser em constante conflito. O pecado atingiu a essência do seu ser.
Agora, o homem perdeu sua comunhão com DEUS, com o próximo, consigo mesmo e com
a natureza. A história da humanidade tem sido a história das guerras. A terra
está cambaleante, afogada no sangue. As nações poderosas, muitas vezes, esmagam
as mais fracas e pilham-nas para assentarem-se como as donas do mundo. A
globalização é um fenômeno draconiano que esmaga as nações pobres e fortalece
os braços dos poderosos.
Tiago, ainda, desmascara a arrogância daqueles que pensam que podem
traçar planos e projetos para o futuro sem a dependência de DEUS. Somos seres
limitados em tempo, ação e poder. Sem a ajuda de DEUS, não podemos dar um passo
sequer. Se ele cortar nossa respiração, pereceremos inapelavelmente. Nada
podemos fazer sem JESUS. Por conseguinte, não deve haver espaço para a soberba
no coração do homem. Sábio é aquele que reconhece a DEUS e anda nos Seus
caminhos humildemente e busca a Sua vontade para tomar as pequenas e grandes
decisões no presente e no futuro.
A carta de Tiago denuncia com grande firmeza a ganância insaciável
dos ricos. Ele enfrenta os poderosos, que de forma fraudulenta retiveram o
salário dos jornaleiros para acumular suas riquezas. Ele ataca com argumentos
irresistíveis aqueles que buscam segurança no dinheiro. Tiago revela que o
dinheiro é mais do que uma moeda, ele é um ídolo, um deus, ele é Mamom. O
dinheiro tem muitos escravos. E não são poucos os que vendem a consciência e a
própria alma para chegar ao topo da pirâmide social, e quando alcançam o zénite
desse zigurate econômico, descobrem que lá em cima não existe nem segurança nem
felicidade. Ao contrário, aqueles que acumularam riquezas de maneira ilícita
enfrentarão inexoravelmente o justo juízo de DEUS. O dinheiro retido com fraude
dos trabalhadores ergue-se ao céu com voz altissonante e a mão pesada de DEUS
desce velozmente para fazer justiça.
De forma criativa, Tiago trata da questão da paciência no
sofrimento. Ele ilustra essa paciência com a lida do agricultor, com a saga dos
profetas e com o drama vivido por
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 3, Central Gospel, A Incerteza Dos Projetos NA ÍNTEGRA COMO
NA REVISTA
Escrita Lição 3, Central Gospel, A Incerteza Dos Projetos, 3Tr25,
Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 99 99152-0454 (tel) Luiz Henrique de Almeida
Silva
ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 3 / ANO
2- N° 6
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. LIDANDO COM AS INCERTEZAS DA VIDA
1.1. Presunções insanas
1.2. A fragilidade da glória humana
1.3. A negligência do bem
2. A SENTENÇA CONTRA OS RICOS OPRESSORES
2.1. As consequências da riqueza acumulada
2.2. A causa da condenação
2.3. O propósito da riqueza
3. O EXERCÍCIO DA PACIÊNCIA
3.1. O lavrador
3.2. Os profetas
3.3. Jó
4. ORAÇÃO E RESTAURAÇÃO
4.1. A oração em todas as circunstâncias
4.1.1. A oração e a unção com óleo
4.1.2. A perseverança na oração
4.2. O compromisso com os que se desviam da verdade
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Tiago 5.1-3,7-9,13-16
1 - Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai por vossas misérias, que
sobre vós hão de vir.
2 - As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da
traça.
3 - O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará
testemunho contra vós e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os
últimos dias.
7 - Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador
espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a
chuva temporã e serôdia.
8 - Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do
Senhor está próxima.
9 - Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais
condenados. Eis que o juiz está à porta.
13 - Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores.
14 - Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre
ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;
15 - e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver
cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
16 - Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para
que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.
TEXTO ÁUREO
Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É
um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece. Tiago 4.14
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Sl 39.4,5; Eclesiastes 12.1 A
vida é breve; siga a direção do Senhor
3ª feira - Ef 5.5; Colossenses 3.5 A
idolatria afasta do Reino de DEUS
4ª feira - Tg 5.7,8 Seja paciente,
o Senhor virá no tempo certo
5ª feira -Tg 5.9 Não se queixe; o Juiz já está às
portas
6ª feira - Tg 5.16 Confesse e ore
para ser curado e restaurado
Sábado - Tg 5.20 Salvar uma alma
cobre uma multidão de pecados
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico,
o aluno deverá:
·
reconhecer que
a vida é transitória e que o futuro está nas mãos de DEUS;
·
compreender que
o Senhor não aceita qualquer tipo de discriminação;
·
entender que
o cristão deve ser paciente nas tribulações;
·
perceber que
a oração do justo é poderosa em seus efeitos.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, ao longo da lição, adote uma
postura que estimule o envolvimento dos alunos com os temas abordados. Valorize
o diálogo, permitindo que os estudantes conectem os princípios da epístola de
Tiago com situações da vida diária.
Destaque a importância de reconhecer a
transitoriedade da vida, a prática da paciência diante das tribulações e a
necessidade de viver em total dependência de DEUS. Aborde a oração como uma
ferramenta essencial para o amadurecimento espiritual, encorajando-os a
identificar como a fé genuína pode transformar suas atitudes. Mantenha um tom
acolhedor e incentive o engajamento com questões reflexivas. Boa
aula!
COMENTÁRIO - Palavra
introdutória
Por sua natureza proverbial, Tiago transita abruptamente entre diferentes
temas, sem seguir uma sequência linear. Seu discurso assemelha-se a um registro
de assuntos essenciais, apresentado à medida que avança na exposição. Assim,
após exortar seus leitores contra a incerteza do futuro (Tg 4.11,12), ele
repentinamente aborda a do leitor atenção redobrada para absorver cada
ensinamento e aplicá-lo de forma sábia.
1. LIDANDO
COM AS INCERTEZAS DA VIDA
A
incerteza do futuro é uma realidade que acompanha a humanidade. Tiago ensina
que o ser humano pode planejar, mas não deve ignorar a soberania divina.
1.1. Presunções
insanas
Planejar é um traço natural do ser humano, por meio do qual revelam-se
aspirações e expectativas. No entanto, nem todos os projetos se concretizam.
Paulo e seus companheiros queriam proclamar o evangelho na Frígia e na
Galácia, mas foram impedidos pelo ESPÍRITO SANTO de pregar na Ásia. Tentaram ir
à Bitínia, mas o ESPÍRITO de JESUS não permitiu. Em Trôade, o apóstolo dos
gentios teve uma visão de um homem macedônio pedindo ajuda, e então, guiados
por DEUS, partiram para a Macedônia (At 16.6-10).
Tiago adverte que o problema não está em fazer planos, mas na presunção
de definir o futuro sem levar em conta a soberania divina, lembrando que tudo
depende da vontade do Senhor (Tg 4.13-15).
1.2. A
fragilidade da glória humana
Aquele que traça seus planos sem considerar a vontade de DEUS age com
presunção (Tg 4.16). Tal atitude é comum entre os ricos que confiam em seu
próprio poder, ignorando que o futuro lhes é desconhecido. A vida é comparada a
uma neblina ou vapor (Tg 4.14), imagem que ressalta sua brevidade e
fragilidade. Embora incerto para o homem, o futuro está sob o controle soberano
do Altíssimo.
1.3. A
negligência do bem
Nenhum outro texto do Novo Testamento expõe tão claramente o pecado da
omissão quanto este: Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete
pecado (Tg 4.17). Tiago mantém o foco nos ricos e em sua presunção. Enquanto
elaboram planos visando exclusivamente ao lucro (Tg 4.13), negligenciam a
responsabilidade de socorrer os necessitados (Tg 4.17). Seu alto nível de
espiritualidade tornava difícil a convivência com aqueles que viviam apegados
às riquezas. Diante da indiferença que presenciava, sua indignação era
evidente.
Se já o
incomodava em sua época, como enxergaria a igreja atual?
SUBSÍDIO1
Os que vivem
escravizados pelo dinheiro servem a Mamom, demonstrando que a avareza governa
seus corações. A contribuição e o acolhimento, por outro lado, evidenciam a
quem se serve de fato (Ec 5.10; Mt 6.24). A ganância e a cobiça são
incompatíveis com uma vida cristã madura (Ef 5.5; Cl 3.5). Por isso, esses
opressores enfrentarão o juízo divino, e nenhum lamento alterará sua condenação
(Tg 5.1).
2. A
SENTENÇA CONTRA OS RICOS OPRESSORES
Tiago profere uma denúncia profética contra os ricos inescrupulosos,
revelando que a condenação final aguarda os que se deixaram dominar pelas
riquezas. O chamado ao choro e lamento não indica arrependimento, mas
reflete o desespero diante do juízo iminente. A sentença já foi decretada
e será executada pelo justo Juiz (Tg 5.1,9).
2.1. As
consequências da riqueza acumulada
A acumulação excessiva de riquezas evidência, em última instância, a
transitoriedade dos bens materiais.
Tiago descreve
esse processo afirmando que os bens acumulados apodreceram, as vestes luxuosas
se corroeram e até o ouro e a prata se oxidaram (Tg 5.2,3). No tribunal
divino, essa corrosão servirá de testemunho contra seus proprietários diante do
supremo Juiz (Tg 5.1,4).
Esse cenário denunciado por Tiago não difere da realidade atual, marcada
pela desigualdade e pela concentração de riqueza nas mãos de poucos, em
flagrante deslealdade fraternal (cf. Is 5.8). Um problema semelhante ocorreu
nos dias de Neemias, quando os pobres eram explorados pelos mais ricos (Ne 5).
2.2. A causa da
condenação
A ruína anunciada por Tiago resulta da aquisição ilícita de riquezas. A
Escritura adverte que tanto quem oprime o pobre para enriquecer quanto quem
favorece os ricos empobrecerá (Pv 22.16).
Tiago denuncia duas formas principais de injustiça:
·
a exploração
dos trabalhadores — o não pagamento justo pelo serviço prestado é uma prática
comum entre os que acumulam fortunas sem ética; contudo, essa injustiça não
ficará impune diante de DEUS (Tg 5.4);
·
a corrupção nos
tribunais — subornos e julgamentos tendenciosos oprimem ainda mais os pobres,
pervertendo a justiça (Tg 5.6; 2.6; cf. Am 2.6).
2.3. O
propósito da riqueza
A prosperidade financeira deve ser vista com bons olhos, desde que os
recursos sejam adquiridos e utilizados de maneira honesta e justa. DEUS deseja
que as riquezas sejam empregadas para o bem comum, e não de forma egoísta.
O autor da
epístola não condena a posse de bens em si, mas adverte contra a avareza e o
acúmulo motivado por interesses espúrios e desonestos (Tg 5.1-3). JESUS
alertou sobre os perigos da ganância, lembrando que a vida não se resume à
acumulação de bens (Lc 12.15; cf. Sl 62.10; 1 Tm 6.7). O verdadeiro tesouro
deve ser armazenado no céu, onde é incorruptível e eterno (Mt 6.19,20).
SUBSÍDIO2
Os
que se entregam a uma vida de luxo e prazer à custa da injustiça ignoram que o
Senhor dos Exércitos ouve o clamor dos oprimidos (Tg 5.4). Profetas antigos já
condenavam tais práticas, alertando para o juízo divino (Am 5.11,12).
3. O
EXERCÍCIO DA PACIÊNCIA
A partir do versículo 7 (cap. 5), Tiago encerra sua denúncia contra os
ricos e dirige palavras de encorajamento aos oprimidos. Ele exorta os cristãos
a perseverarem pacientemente até a manifestação gloriosa do Senhor em Sua
vinda.
O retorno iminente de CRISTO era uma convicção presente na igreja
primitiva (1 Ts 5.1,2). Por isso, Paulo exorta os crentes em Roma a se
alegrarem na esperança (Rm 12.12), e o irmão do Senhor reforça a
importância da paciência diante das adversidades, utilizando três figuras:
3.1. O lavrador
Assim como o lavrador aguarda o fruto da terra, os crentes devem esperar
a vinda triunfante de CRISTO, que se aproxima (Tg 5.8).
O lavrador ara o solo, semeia e espera a chuva temporã (primeira) para
a germinação. Depois, aguarda a chuva serôdia (última) que antecede a
colheita. A paciência é essencial em cada etapa desse processo, assim como na
jornada entre a ascensão de CRISTO e Sua volta gloriosa.
Nesse período, é necessário fortalecer o coração, perseverar nas
tribulações e praticar o bem (Gl 6.9). Além disso, deve-se evitar murmurações
contra os irmãos, pois o Juiz está à porta (Tg 5.9).
3.2. Os
profetas
Os profetas são exemplos de paciência e fidelidade em meio à adversidade
(Mt 5.11,12; Ne 9.32,34). Na história bíblica, obediência e sofrimento
frequentemente caminham juntos, pois todos os que desejam viver piedosamente
enfrentarão perseguições (2 Tm 3.12). Tiago declara bem-aventurados aqueles que
demonstram fé ao suportar aflições (Tg 5.11).
3.3. Jó
Jó é citado uma única vez no Novo Testamento, quando Tiago exorta os
crentes a perseverarem nas provações, confiando na justiça e na recompensa
divinas (Tg 5.11).
Embora tivesse o testemunho favorável de DEUS (Jó 1.1), Jó enfrentou
grandes provações para fortalecer sua fé (Jó 42.5). Ao mesmo tempo, foi
alvo da investida de Satanás, que queria provar que ninguém ama o Criador acima
de seus bens, família e vida. No entanto, ele permaneceu fiel, refutando
essa acusação e sendo grandemente honrado pelo Senhor (Jó 42.10). Sua
história demonstra que o sofrimento não é apenas punitivo, mas pode revelar
propósitos elevados do DEUS misericordioso.
4. ORAÇÃO
E RESTAURAÇÃO
JESUS é o maior exemplo de vida de oração (Hb 5.7). Embora não tivesse
necessidade, dedicava-se intensamente a esse hábito (Mc 1.35; Lc 6.12). Tiago
menciona a oração por sete vezes (Tg 5.13-18), destacando sua centralidade na
vida cristã. Além de disciplina, é necessário o auxílio do ESPÍRITO para
orar conforme a vontade do Senhor (cf. Jd 20; Rm 8.26).
4.1. A oração
em todas as circunstâncias
Tiago destaca
três experiências distintas na vida cristã: aflição, alegria e enfermidade.
Para cada uma, há uma resposta apropriada: o aflito deve orar, o alegre deve
louvar e o enfermo deve buscar a oração e a unção com óleo, em nome do Senhor
(Tg 5.13,14).
4.1.1. A oração
e a unção com óleo
A cura da enfermidade não reside no óleo, mas no ato combinado de oração
e unção. No Antigo Testamento, o óleo simbolizava a consagração e a
capacitação divina, representando a presença e a ação do ESPÍRITO de DEUS (Êx
30.30; 1 Sm 16.13; Is 6.1). No Novo Testamento, a unção também é associada ao ESPÍRITO
SANTO (1 Jo 2.20,27), indicando que Sua participação está implícita nesse ato.
Quando o Senhor JESUS enviou os Doze em missão, eles ungiram os enfermos
com óleo e oraram por sua cura (Mc 6.13). Tiago reforça essa orientação,
destacando a importância da intercessão acompanhada da unção, como expressão de
fé na ação divina (Tg 5.14,15).
4.1.2. A
perseverança na oração
Tiago cita Elias como exemplo de um homem justo, cuja oração teve grande
efeito (Tg 5.17). Apesar de suas fragilidades, a intercessão do profeta
impediu que as chuvas caíssem sobre Israel por três anos e meio (cf. 1 Rs 17.1;
Lc 4.25). Após esse período, ele orou novamente, e o céu deu chuva, e a terra
produziu o seu fruto (Tg 5.18; cf. 1 Rs 18.41,45).
No entanto, nem
sempre a resposta do Senhor corresponde ao nosso pedido. JESUS orou para ser
poupado do sofrimento; em vez disso, recebeu forças para cumprir Sua missão (Mt
26.44; Hb 2.9). Paulo rogou pela remoção do espinho na carne, mas ouviu que a
graça divina era suficiente (2 Co 12.7,9).
A perseverança na oração não garante que o desfecho será conforme o
desejo humano, mas assegura que DEUS concede o que é necessário. Mesmo um “não”
divino cumpre propósitos maiores e produz benefícios eternos (Tg 4.3).
4.2. O
compromisso com os que se desviam da verdade
Tiago emprega repetidamente o termo “irmãos”, enfatizando o vínculo de
solidariedade e compromisso entre os crentes. O contexto sugere que alguns
haviam se desviado da fé, tornando essencial a ação da Igreja em sua
restauração.
O afastamento da verdade exige uma resposta diligente, não negligência.
Trazer um pecador de volta à comunhão é uma missão de grande valor espiritual
(Tg 5.19). Promover o retorno dos que se apartam da congregação não apenas
fortalece a Igreja, mas reflete a graça redentora, que deseja restaurar aqueles
que se perderam no caminho.
CONCLUSÃO
A epístola de Tiago enfatiza a necessidade de crescimento espiritual na
caminhada cristã. Seu tom enfático reflete a preocupação em ver os crentes
vivendo uma fé autêntica, sem concessões ao mundo. Ele exorta à busca pela
sabedoria do alto para relações saudáveis (Tg 3.17) e alerta contra o apego às
riquezas, incentivando uma esperança vigilante na vinda do Senhor (Tg 5.8). Ao
concluir, faz um apelo à restauração dos que se desviaram da verdade,
reafirmando a importância de conduzi-los de volta à estrada da fé (Tg 5.19,20).
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. O que simboliza a unção com óleo?
R.: Simboliza a participação do ESPÍRITO SANTO no ato.
Fonte: Revista Central Gospel