Assista, Deputado Federal Pastor Marco Feliciano desmoraliza a Presidente Dilma e o Partido dos Trabalhadores!
Pr. Henrique, EBD NA TV, DONS DE CURAR, Lições Bíblicas, COMENTO REVISTAS CPAD, BETEL E CENTRAL GOSPEL, Moro em Jordanésia, Cajamar, SP, morava em Imperatriz, MA, Pr. IEADI, estudos bíblicos, vídeos aula, gospel, ESPÍRITO SANTO, JESUS, DEUS PAI, slides, de Ervália, MG, Canal YouTube Henriquelhas, Igreja Evangélica Assembleia de Deus ministério Belém, área 58, Santana de Parnaíba, SP. @PrHenrique
11 setembro 2014
Bomba! Feliciano Desmoraliza Dilma e PT
Pr Henrique, EBD NA TV, Cajamar, SP, Revista Lições Bíblicas, CPAD, Assembleia de Deus Belém, Missões, Central Gospel, ADVEC, BETEL, Madureira, adultos, estudantes, professores, Imperatriz, MA, Ervália, MG, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS, Slides, Trimestres, Tema diversos, meu telefone, 99-99152-0454, Luiz Henrique de Almeida Silva, Canal YouTube, Henriquelhas, Rodovia Edgar Máximo Zambotto, 354, Residencial Vista Bella, Torre A, Apto 95, Jordanésia, Cajamar, SP. CEP: 07786-015
09 setembro 2014
Assembleia de Deus Nova Vida - Vila Velha - ES, Ev Henrique, EBD NA TV
Assembleia
de Deus Nova Vida - Vila Velha - ES, Domingo-manha-milagres, 7-9-14,
Libertação, Curas, Renovações, Batismos, Dons, Ev. Luiz Henrique - EBD NA TV
de Deus Nova Vida - Vila Velha - ES, Domingo-manha-milagres, 7-9-14,
Libertação, Curas, Renovações, Batismos, Dons, Ev. Luiz Henrique - EBD NA TV
Pr Henrique, EBD NA TV, Cajamar, SP, Revista Lições Bíblicas, CPAD, Assembleia de Deus Belém, Missões, Central Gospel, ADVEC, BETEL, Madureira, adultos, estudantes, professores, Imperatriz, MA, Ervália, MG, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS, Slides, Trimestres, Tema diversos, meu telefone, 99-99152-0454, Luiz Henrique de Almeida Silva, Canal YouTube, Henriquelhas, Rodovia Edgar Máximo Zambotto, 354, Residencial Vista Bella, Torre A, Apto 95, Jordanésia, Cajamar, SP. CEP: 07786-015
Lição 11- O Julgamento e a soberania pertencem a DEUS 1 parte
 Lição 
 11- O Julgamento e a soberania pertencem a DEUS
 LIÇÕES BÍBLICAS - 3º Trimestre de 2014 - CPAD 
 - Para jovens e adultos
 Tema: 
 
 FÉ E OBRAS - Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica
 Comentário: Pr. 
 Eliezer de Lira e Silva
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
  
 TEXTO ÁUREO
 "Há só um Legislador 
 e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a 
 outrem?" (Tg 4.12).
 
 
 VERDADE PRÁTICA
 Não podemos estar na 
 posição de juízes contra as pessoas, pois somente DEUS é o Justo Juiz.
 
 
 
 
 LEITURA DIÁRIA
 Segunda - Sl 62.11 O 
 poder pertence a DEUS
 Terça - Gn 17.1 DEUS é o 
 Todo-Poderoso
 Quarta - Pv 21.31 A 
 vitória vem do Senhor 
 Quinta - 1 Sm 2.7 A 
 soberania divina 
 Sexta - Cl 4.1 O 
 verdadeiro Senhor 
 Sábado - Mt 28.18 Todo 
 poder no céu e na terra
 
 LEITURA BÍBLICA EM 
 CLASSE - Tiago 4.11-17
 11 Irmãos, não faleis 
 mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal 
 da lei e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, 
 mas juiz. 12 Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, 
 porém, quem és, que julgas a outrem? 13 Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou 
 amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e  contrataremos, e 
 ganharemos. 14 Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é 
 a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece. 15 
 Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos 
 isto ou aquilo. 16 Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda 
 glória tal como esta é maligna. 17 Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o 
 não faz comete pecado.
 
 OBJETIVOS - Após esta 
 aula, o aluno deverá estar apto a:
 Analisar os perigos de 
 se colocar como juiz dos irmãos.  
 Conscientizar-se da 
 brevidade da vida.  
 Mostrar que a arrogância 
 e a autossuficiência são pecados.
  
 ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
 Professor, inicie o 
 primeiro tópico da lição fazendo a seguinte indagação: "Qual o perigo de se 
 julgar alguém ou falar mal?" Ouça os alunos com atenção. Explique que falar 
 mal de um irmão ou julgá-lo é tornar-se juiz. Quando condenamos uma pessoa, 
 estamos condenando o nosso próximo e aquEle que o criou, o próprio DEUS. 
 Somente o Todo-Poderoso tem poder para julgar e legislar em favor das suas 
 criaturas. Diga que o Mestre nos ensinou que antes de julgar o nosso próximo 
 devemos examinar a nós mesmos. Em seguida leia e discuta com os alunos o 
 texto de Mateus 7.1-3.
 
 Resumo da 
 Lição 
 11- O Julgamento e a soberania pertencem a DEUS
 I. O PERIGO DE 
 COLOCAR-SE COMO JUIZ (Tg 4.11,12)
 1. A ofensa gratuita.
 
 
 2. Falar mal dos 
 outros e ser juiz da lei (Tg 4.11).  
 3. O autêntico 
 Legislador e Juiz pode salvar e destruir (Tg 4.12).  
 II. A BREVIDADE DA 
 VIDA E A NECESSIDADE DO RECONHECIMENTO DA SOBERANIA DIVINA (Tg 4.13-15)
 
 
 1. Planos meramente 
 humanos (Tg 4.13).  
 2. A incerteza e a 
 brevidade da vida (Tg 4.14).  
 3. O modo bíblico de 
 abordar o futuro (Tg 4.15).  
 III. OS PECADOS DA 
 ARROGÂNCIA E DA  AUTOSSUFICIÊNCIA DO SER HUMANO (Tg 4.16,17)  
 1. Gloriar-se nas 
 presunções (Tg 4.16a).  
 2. A malignidade do 
 orgulho das presunções (Tg 4.16b).  
 3. Faça o bem (v.17).
 
 
 
 SINOPSE DO TÓPICO (1) 
 Falar mal de um irmão e julgá-lo é pecado, pois só existe um único Juiz e 
 Legislador entre os crentes, JESUS CRISTO.
 SINOPSE DO TÓPICO (2) A 
 vida do homem é frágil e breve, por isso, precisamos reconhecer que somos 
 dependentes do Criador.  
 SINOPSE DO TÓPICO (3) 
 Que jamais venhamos permitir que a presunção e o orgulho dominem os nossos 
 corações e que nos faça acreditar que podemos controlar nossa vida.  
 
 
 VOCABULÁRIO
 Destilar: Deixar sair, 
 insinuar, provocar.
 
 
 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
 RICHARDS, Lawrence O. 
 Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, 
 CPAD, 2007.
 ARRINGTON, French L; 
 STRONSTD (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento.
 Vol. 2. 4. ed. Rio de 
 Janeiro, CPAD, 2009.
  
 Revista 
 Ensinador Cristão CPAD, n°59, p.41.
 Diz um ditado popular: 
 "Antes de apontar um dedo para alguém, lembre que há quatro apontados para 
 você". Se esta simples recomendação fosse levada em consideração, muitos mal 
 entendidos seriam evitados. É impressionante como há pessoas que se julgam 
 acima do bem e do mal. Com isso não queremos dizer que não temos a 
 legitimidade de interpretar quando alguém está ou não agindo de maneira 
 dissimulada. Mas o que está em questão nesta seção bíblica de Tiago 
 (4.11-17) é o estilo de vida que a pessoa desenvolve sob a perspectiva de 
 ser superior a outra pessoa.
  
 Nos versículos 13-15, 
 Tiago lembra-nos da brevidade da vida e da soberania de DEUS sobre ela. Quem 
 é verdadeiramente o juiz perfeito, senão DEUS? Nós somos simples 
 assistentes, e muitas vezes, os próprios réus necessitados do perdão divino. 
 Quanta misericórdia DEUS teve por você, por mim e tantos outros seres 
 humanos! Torna-se uma tarefa impossível de relatar em alguma folha de papel 
 tamanha misericórdia e amor. Com a exceção da direção divina, a nossa vida é 
 incerta e breve. Hoje estamos vivos, mas amanhã podemos estar mortos. Por 
 isso, quem somos nós para posicionarmo-nos como juízes algozes de alguém?
 Caro professor, veja 
 quanta riqueza de temas práticos podemos trabalhar nesta aula com os nossos 
 alunos! É imprescindível que os estimulemos a pensarem estas questões 
 práticas de maneira inteligente e franca. O tema da lição desta semana é 
 vivenciado por eles a cada dia das suas vidas. Não podemos desperdiçar a 
 oportunidade de convencermos os nossos alunos à adequarem as suas 
 consciências à luz da Palavra. Não é normal que as pessoas vivam julgando as 
 outras, e nunca parem para fazer um exame da própria consciência. Este exame 
 pode ser feito de maneira bem prática. Basta, no final de um dia, ao chegar 
 em casa, perguntar-se sinceramente: Hoje magoei alguém com o meu 
 comportamento? Há dentro de mim algum sentimento que reflete a ambição, o 
 egoísmo e o prazer sórdido?
 Essas perguntas 
 ajudam-nos a conhecer nós mesmos. Se as fizermos à nossa consciência e 
 respondermo-las com sinceridade não ficará pedra sobre pedra. Então, nos 
 conheceremos melhor, desenvolveremos uma autocrítica mais eficaz e teremos 
 toda a independência para odiar o pecado que tento nos assombra. Revista 
 Ensinador Cristão CPAD, n°59, p.41.
 
 
 COMENTÁRIOS DE DIVERSOS ESCRITORES - INTRODUÇÃO
 Neste capítulo, 
 abordaremos duas questões principais: o perigo de se fazer julgamentos 
 indevidos contra pessoas e a capacidade de reconhecer os atos de DEUS em 
 nossos planos. Ambas as questões fazem parte do nosso dia a dia. Quem nunca 
 emitiu um juízo de valor sobre uma atitude ou sobre a vida de outra pessoa? 
 E quem nunca fez planos pessoais sem se lembrar de DEUS? É sobre isso que 
 discorreremos aqui.
 Alexandre Coelho e Silas 
 Daniel. Fé e Obras, Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica. 
 Editora CPAD. pag. 124.
 Tiago começa o capítulo 
 4 falando sobre uma guerra contra o próximo, contra nós mesmos e contra 
 DEUS. Ele disse que as guerras entre as pessoas são um desdobramento das 
 tensões que temos dentro de nós mesmos. Ele disse que nessa luta contra DEUS 
 enfrentamos a sedução do mundo (4.4), as paixões da carne (4.5,6) e as 
 ciladas do diabo (4.7). Tiago nos versículos 11 e 12 mostra o risco de 
 declararmos guerra contra os irmãos, usando a língua para falar mal uns dos 
 outros. Tiago corrige esse grave pecado mostrando algumas coisas:
 -Primeiro, como devemos 
 considerar uns aos outros: como irmãos e como o próximo (v. 11,12). 
 -Segundo, 
 somos irmãos, membros da mesma família, e JESUS é o nosso irmão mais velho. 
 Como próximo, devemos cuidar uns dos outros e não falar mal uns dos outros. 
 
 -Terceiro, como devemos considerar a lei: DEUS nos deu a lei para nos 
 orientar a amar uns aos outros (2.8). Se falamos mal, nós quebramos o 
 preceito da lei que devíamos obedecer. Se falamos mal, tornamo-nos juízes da 
 lei e não observadores dela. 
 -Quarto, como devemos considerar a DEUS: DEUS é 
 o legislador, o sustentador da vida e o juiz. Quando falamos mal do irmão 
 pecamos contra DEUS. 
 -Quinto, como devemos considerar a nós mesmos: quando 
 falamos mal do irmão, colocamo-nos numa posição de superioridade (4.12).
 Tiago, agora, nos 
 versículos 13-17, vai falar sobre o risco da presunção. A presunção vem de 
 um entendimento errado de nós mesmos e das nossas ambições. A presunção é 
 assegurar a nós mesmos que o tempo está do nosso lado e à nossa disposição. 
 Presunção é fazer os nossos planos como se estivéssemos no total controle do 
 futuro. Presunção é viver como se nossa vida não dependesse de DEUS.
 A presunção é um sério 
 pecado. Ela envolve tomar em nossas próprias mãos a decisão de planejar e 
 comandar a vida à parte de DEUS. A presunção olha para a vida como um 
 contínuo direito e não como uma misericórdia diária. A presunção atinge 
 várias áreas: toca a vida - hoje, amanhã, um ano. Toca as escolhas - “... 
 hoje ou amanhã iremos... passaremos um ano, negociaremos e ganharemos”. Toca 
 a habilidade - “ negociaremos e ganharemos”.
 Obviamente Tiago não 
 está combatendo a questão do planejamento, mas combatendo o planejamento sem 
 levar DEUS em conta. É claro que a vida é feita de nossas escolhas. 
 Precisamos ter alvos, planos, sonhos, mas não presunção.
 Como nós podemos nos 
 proteger da presunção?
 -Em primeiro lugar, tendo 
 consciência da nossa ignorância. “No entanto, não sabeis o que sucederá 
 amanhã” (4.14).
 -Em segundo lugar, tendo 
 consciência da nossa fragilidade. “Que é a vossa vida? Sois um vapor que 
 aparece por um pouco, e logo se desvanece” (4.14).
 -Em terceiro lugar, tendo 
 consciência da nossa total dependência de DEUS: “Em lugar disso, devíeis 
 dizer: se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo” (v. 15).
 Quais são os perigos da 
 presunção? A presunção envolve tomar em nossas próprias mãos o nosso destino 
 (4.16).
 Também envolve uma 
 declarada desobediência ao conhecido propósito de DEUS (4.17).
 Podemos afirmar que a 
 vida humana está em certo aspecto sob o controle humano. Precisamos tomar 
 decisões e somos um produto das decisões que fazemos na vida: quem queremos 
 ser, com quem andamos, com quem nos casamos, o que fazemos. Por outro lado, 
 a vida humana, não está em nosso controle. Nós não conhecemos o nosso futuro 
 nem sabemos o que é melhor para nós. Devemos procurar saber quais são os 
 sonhos de DEUS para a nossa vida. A verdade incontroversa é que a vida 
 humana está sob o controle divino.
 Se DEUS quiser iremos, 
 compraremos, ganharemos.
 Tiago passa em seguida a 
 considerar a sublime questão da vontade de DEUS (4.13-17). Warren Wiersbe 
 fala sobre as três atitudes que uma pessoa tem diante da vontade de DEUS: 
 ignorá-la, desobedecê-la ou obedecê-la.
 LOPES. Hernandes Dias. 
 TIAGO Transformando provas em triunfo. Editora Hagnos. pag. 91-93.
  
 A maledicência é 
 proibida (4.11-12)
 A proeminência da “lei” 
 e do “julgar”, nos versículos 11 e 12, 
 corresponde ao tema de 2.8-13. Assim como Levítico 19.18 (o “mandamento do 
 amor”) foi citado ali, da mesma forma Levítico 19.16, que proíbe a calúnia, 
 pode estar na mente de Tiago aqui; a mudança de “irmão” para “próximo”, no 
 verso 12, torna isto bastante plausível. Estas várias possibilidades sugerem 
 que os versículos 11 e 12 devem ser vistos basicamente como uma divisão 
 independente que retoma alguns dos temas prediletos de Tiago. Mas a 
 proeminência da tradição que liga o “falar mal” e os pecados da inveja, 
 contenda e orgulho, que foram o centro de 3.13-4.10, sugere que, de modo 
 geral, eles pertencem a esta discussão mais ampla. Talvez os versículos 11 e 
 12 devam ser vistos como uma breve “reprise” da discussão maior acerca dos 
 pecados da língua, que iniciou a divisão (3.1-12).
 Douglas J. Moo. Tiago. 
 Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 150-151.
  
 Observação minha - Ev. Luiz Henrique - Quando 
 assumimos o juízo sobre alguém estamos ocupando o lugar de DEUS e de sua lei 
 que vai julgar essa causa. A lei iria condenar o pecado cometido e DEUS 
 aplicaria sua graça para perdoar e salvar. Quando nos intrometemos estamos 
 atrapalhando o curso natural (por que não dizer: espiritual) do julgamento, 
 condenação e aplicação do amor de DEUS e sua maravilhosa graça. Só DEUS sabe 
 julgar correta e perfeitamente.
  
 
 I - O PERIGO DE 
 COLOCAR-SE COMO JUIZ (Tg 4.11,12)
 
 1. A ofensa gratuita.
 Mais uma vez, Tiago 
 aborda a questão da fala e o cuidado com aquilo que falamos. Sabemos que é 
 possível falar com as pessoas exortando-as, aconselhando-as e ensinando-as a 
 serem melhores e estarem mais próximas de DEUS. Mas também é possível falar 
 mal das pessoas e atrair para si um duro julgamento.
 Tiago trata do perigo de 
 nos colocarmos no lugar de DEUS para exercer juízo contra uma pessoa. Mas de 
 que forma pode um servo de DEUS aparentemente assumir a posição de juiz? 
 Quando abre a boca para falar mal de outras pessoas. O apóstolo não entra em 
 detalhes. Basta a ele apenas dizer que não devemos falar mal uns dos outros, 
 pois quem fala mal de seu irmão fala mal da lei, e por sua vez, quem fala da 
 lei não é mais observador, e sim juiz.
 Timothy B. Cargal 
 comenta:
 1) Ao condenar os 
 outros, estamos principalmente condenando a própria lei. Talvez Tiago 
 acreditasse que esse era o caso porque quando condenamos as pessoas estamos 
 condenando aqueles que foram “feitos à imagem de DEUS” (3.9), e assim, 
 implicitamente, estamos condenando o próprio DEUS (Cf. Rm 14.1-8, esp. w 4, 
 8).
 2) Aqueles que julgam 
 seus semelhantes estão se posicionando como juízes acima da lei, em vez de 
 submeterem-se a ela (“se tu julgas a lei não és observador da lei, mas 
 juiz”, Tg 4.11).  
 Ao condenar os outros, 
 estamos nós mesmos sendo julgados e condenados pelo próprio DEUS.
 Quem pode realmente 
 criar a lei e aplicá-la? Tiago deixa claro que apenas DEUS pode fazer essas 
 funções. Apenas Ele tem integridade suficiente para não ser movido por 
 paixões humanas. Podemos resumir o que Tiago fala da seguinte forma: Apenas 
 DEUS pode fazer e executar a lei, mas se eu falo mal do meu irmão estou me 
 colocando no lugar de DEUS (E DEUS não fala mal de seus atos, pois são 
 perfeitos!). Quem critica seu irmão e fala mal dele vai ter de acertar as 
 contas com DEUS, pois na prática está se colocando no lugar dEle. Dura é 
 essa palavra, mas igualmente verdadeira. Quão duro será o julgamento 
 daqueles que se colocam no lugar de DEUS!
 Tiago está dizendo que a 
 congregação não pode exercer um julgamento objetivo para agir de forma 
 disciplinar em alguns casos? Não, Tiago não está abordando esse fato. Ele, 
 como pastor principal em Jerusalém, sabia que a igreja tem o dever de agir 
 de forma sistemática e direta em alguns momentos. Ananias e Safira foram 
 julgados duramente por DEUS, por intermédio de Pedro, e Paulo ordenou a 
 exclusão do crente coríntio que tinha relações sexuais com a mulher do 
 próprio pai. Há situações em que a igreja precisa ser enfática na forma como 
 administra os erros de seus membros, sob pena de se igualar ao mundo.
 Claro que a disciplina 
 sempre deve ter os objetivos de corrigir e reabilitar. Não podemos lançar no 
 mundo uma pessoa que JESUS salvou, mas não podemos também compactuar com um 
 pecado cometido, como se nada de errado houvesse ocorrido. Portanto, antes 
 de exercer a disciplina no tocante a um pecado de um membro da congregação, 
 a igreja deve se certificar de que ensinou àquela pessoa sobre aquele 
 assunto, se ela entendeu, e posteriormente, se incorre no erro, deve passar 
 pelo processo de disciplina para ser corrigida e reabilitada na congregação.
 Aqui cabe uma 
 observação. É importante que o novo crente tenha a consciência de que a 
 igreja como instituição possui normas específicas de comportamento e 
 convivência para seus membros. Essas normas têm por objetivo fazer com que a 
 convivência entre os congregados possa ser mais amigável, em clima de 
 respeito e confraternização, e também para que a liturgia do culto possa ter 
 uma metodologia que favoreça o respeito pelo sagrado. Um culto em que cada 
 pessoa faz o que quer acaba se tornando uma bagunça, e como DEUS não é DEUS 
 de confusão, mas um DEUS ordeiro e que preza pelo culto racional, o nosso 
 culto deve seguir esse princípio. E as normas da igreja devem ser pautadas 
 na Palavra de DEUS e no bom senso, pois os costumes variam de povo para 
 povo, conforme a época e o lugar, mas a Palavra de DEUS é imutável.
 É evidente que não é 
 sobre esse tipo de julgamento que Tiago está falando, e sim sobre o ato de 
 uma pessoa da congregação emitir de forma gratuita e indevida uma opinião 
 sobre uma outra pessoa. E isso deve nos levar à reflexão: é correto falar 
 mal de outra pessoa? Ou invertendo os polos, como eu agiria se soubesse que 
 meu nome foi citado em uma conversa, sendo mal falado ou tendo minha imagem 
 denegrida de forma indevida e injusta? Da mesma forma que eu gostaria de ser 
 tratado, deve igualmente tratar. Se não desejo ver meu nome sendo citado de 
 forma negativa, devo conter meus lábios para não incorrer no mesmo erro.
 Alexandre Coelho e Silas 
 Daniel. Fé e Obras, Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica. 
 Editora CPAD. pag. 124-128.
  
 Pv 18.19 O irmão 
 ofendido resiste mais que uma fortaleza. O hebraico original, neste 
 versículo, é dificílimo de compreender, se não mesmo impossível; por isso 
 também vários significados têm sido sugeridos, dentre os quais destacamos 
 dois:
 1. Fala-se aqui (tal 
 como diz a King James Version) de um irmão ofendido. É mais difícil 
 “conquistá-lo de volta” para a amizade do que capturar uma cidade forte. As 
 pessoas sentem muito as ofensas e tornam-se duras de coração, não querendo 
 reconciliar-se.
 2. Ou então o irmão é 
 ajudado (Revised Standard Version), conjectura feita pela Septuaginta sobre 
 o que este versículo quer dizer. Temos de lembrar que essa versão da 
 Septuaginta foi traduzida por judeus eruditos de Alexandria, que deveriam 
 ser excelentes conhecedores do idioma hebraico. Se o significado, realmente, 
 for o do irmão ajudado, devemos compreender que essa ajuda fará desse homem 
 um aliado (e não um inimigo), e ele se tornará uma cidade forte. A versão 
 siríaca e a Vulgata Latina, bem como o Targum, concordam com essa tradução. 
 Adicione-se a isso a tradução da Imprensa Bíblica Brasileira. Mas a nossa 
 versão portuguesa — a Atualizada — fica com a primeira possibilidade.
 Sinônimo ou Antítese. Se 
 estiver correta a primeira significação, acima, então a segunda linha do 
 provérbio fortalece a ideia com uma adição sinônima. As divergências entre 
 irmãos (amigos) tornam-se como as barras que guardam um castelo e não podem 
 ser quebradas. Em outras palavras, a disputa nunca será solucionada, e a 
 alienação tornar-se-á permanente. Mas, se está correto o segundo sentido, 
 que se vê acima, então a segunda linha métrica forma uma antítese. Em 
 contraste com a boa união entre irmãos (amigos), haverá a contenda que 
 separa e aliena, e, como as barras de um castelo, não podem ser quebradas. 
 “A amargura das querelas entre ex-amigos é proverbial” (Ellicott, in loc.).
 A situação ideal é esta: 
 Irmãos unidos são mais fortes do que um castelo; eles resistem juntos com 
 maior vigor do que as barras de ferro de proteção de um castelo.
 CHAMPLIN, Russell 
 Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora 
 Hagnos. pag. 2630.
  
 Observe: 
 1. Deve-se 
 tomar grande cuidado para evitar contendas entre parentes, e os que têm 
 algum compromisso especial, uns com os outros, não somente porque estas 
 contendas são pouco naturais e totalmente inconvenientes, mas porque entre 
 estas pessoas as coisas são normalmente ditas e recebidas com muita 
 crueldade, e os ressentimentos vão longe demais. A sabedoria e a graça, na 
 verdade, devem fazer com que nos seja fácil perdoar nossos parentes e 
 amigos, se nos ofendem, porém a corrupção faz com que nos seja muito difícil 
 perdoá-los; devemos, portanto, tomar cuidado para não afrontar um irmão, ou 
 alguém que nos seja como um irmão - a ingratidão é uma grande provocação. 
 
 2. 
 Devem ser feitos grandes esforços para decidir as questões que geram 
 divergências entre os parentes, o mais rapidamente possível, porque é algo 
 de extrema dificuldade, e, consequentemente, é muito honroso que seja feito. 
 Esaú foi um irmão ofendido, e parecia mais difícil de conquistar do que uma 
 cidade forte, mas, por uma obra de DEUS em seu coração, em resposta à oração 
 de Jacó, ele foi conquistado.
 HENRY. Matthew. 
 Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Jó a Cantares de Salomão. Editora 
 CPAD. pag. 815.
  
 
 2. Falar mal dos outros 
 e ser juiz da lei (Tg 4.11).
 Tg 4.11 Com uma brusca 
 mudança de assunto, da descrição de uma atitude apropriada perante DEUS, 
 Tiago passa para às relações apropriadas entre os crentes. Nós amamos a DEUS 
 sendo humildes diante dele; nós amamos o nosso próximo recusando-nos a falar 
 mal uns dos outros. Falar mal é algo que pode ser feito de várias maneiras. 
 Nós podemos falar a verdade sobre uma pessoa e ainda assim sermos 
 desagradáveis, ou podemos espalhar mexericos que os outros não precisariam 
 ficar sabendo.
 Podemos estar 
 questionando a autoridade de alguém, ou anulando as suas boas obras por meio 
 de calúnias. Isto, obviamente, destrói a harmonia entre os crentes (veja 
 também Rm 1.29,30; 2 Co 12.20; 1 Pe 2.1). O tempo do verbo no texto grego 
 revela que Tiago está proibindo uma prática que já está em andamento. As 
 pessoas já tinham o hábito de criticar umas às outras.
 Este versículo inclui a 
 sexta e a sétima vez em que Tiago menciona a lei de DEUS nesta carta (veja 
 1.25; 2.8-10,12). Trata-se da lei real - a lei que liberta ou condena, a lei 
 que deve ser observada. Aqui a lei está sendo atacada. O problema específico 
 que está sendo confrontado infringe o nono mandamento: “Não dirás falso 
 testemunho contra o teu próximo” (Êx 20.16).
 Ele também infringe a 
 lei mais fundamental de CRISTO: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 
 22.39; veja também Lv 19.18).  
 JESUS designou este 
 mandamento como sendo o segundo maior mandamento (Mc 12.31). Se um crente 
 fala contra outro crente, ele fala mal da lei e julga a lei, porque não está 
 mostrando amor e não está tratando os outros como gostaria de ser tratado. A 
 sua desobediência mostra desrespeito pela lei, pois ele está julgando a sua 
 legitimidade. Ao fazer isto, ele está se colocando acima de DEUS. Quando 
 julgamos os outros desta maneira difamadora, estamos claramente deixando de 
 nos submeter a DEUS.
 Comentário do Novo 
 Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 687.
  
 Tg 4.11 «...não faleis 
 mal uns dos outros...» No grego é usado o termo «katalaleo», que quer dizer 
 «falar mal de», «degradar», «difamar». Esse termo é frequentemente aplicado 
 ao ato de dizer palavras duras contra os ausentes, os quais, por isso mesmo, 
 não podem defender-se. No entanto, não temos de entender aqui, 
 necessariamente, tal elemento. Notemos o imperativo presente. É como se 
 Tiago tivesse dito: «Não tenhais por hábito, conforme vindes fazendo, de 
 difamar a outros. A maior parte dessa difamação 
 provavelmente está vinculada a supostas «criticas pias», daqueles que não 
 praticavam a «Torah» (a lei), conforme podia esta ser entendida no seio do 
 cristianismo. Isso proíbe a maledicência e os boatos, que se originam do 
 ódio e do despeito. Trata-se de um uso impróprio da fala, dando a entender 
 que quem assim faz busca suplantar a lei, que é o verdadeiro agente 
 condenador nas mãos de DEUS. (Ver Ef. 5:4; ver também Sl. 101:5; II 
 Co.12:20; I Pe. 2:1; Rom. 1:30. Quanto à primitiva literatura cristã, ver 
 Clemente, Rm 30:1,3; 35:5; II Clemente, Rm 4:3; 
 Hermas, Sim. vi.5:5; viii.7:2; ix.26:7; Mand. <7,2; Barnabé 20; Testamento 
 dos Doze Patriarcas, Gade, 3:3 e 5:4).
 «O que está em foco aqui 
 é a indulgência daqueles que falam sem gentileza. Nada indica que qualquer 
 outra coisa está em foco, do que a crítica dura, comum na vida diária da 
 antiguidade e de nossos dias. Não há aqui um ensino diretamente dirigido 
 contra os mestres, que se mordiam entre si. Quanto a tal ponto de vista, com 
 o de Pfleiderer, por exemplo, que pensava ver aqui uma polêmica contra a 
 atitude de Márciom, que julgava a lei judaica inferior, não há qualquer 
 confirmação, como também se dá no caso da ideia (esposada por 
 Schneckenburger), de que há aqui a repreensão contra aqueles que atacavam o 
 caráter de Paulo por suas costas». (Ropes, in loc.).
 «...fala mal da lei...» 
 De que maneira? 
 1. Ignorando seus mandamentos contra o tratamento maldoso 
 contra outros, em que fica ferida a lei do amor. Quem age assim, viola a 
 régia lei do amor (ver Tg 2:8 e o contexto, vinculado a Lev. 19:18, bem 
 como aquele versículo que ordena o amor ao próximo). Ele declara que a lei é 
 «sem valor e sem aplicação», no seu próprio caso, desobedecendo-a e 
 desconsiderando-a cruelmente. 
 2. Também fica implícito que a lei não é juiz 
 suficiente, porque presumia tornar-se juiz, em lugar da lei. Desse modo, tal 
 indivíduo degradava à lei, como um instrumento nas mãos de DEUS, que 
 realmente critica e julga.
 «...julga a lei...» Tal 
 indivíduo julga a lei ao «avaliá-la». Ele lhe dava pouco valor, reputando-a 
 inútil, como as suas ações. É como se ele dissesse: «A lei não serve de 
 juiz, pelo que tenho de ocupar suas funções». Assim sendo, dá à lei uma 
 avaliação muito inferior. E também julgava a lei errônea, ao repreender 
 aqueles que faziam mal ao próximo, como se ele fosse o real juiz das ações 
 morais corretas. Ainda que tal pessoa não o declarasse, suas ações assim dão 
 a entender. E talvez não agisse conscientemente, mas suas ações equivaliam à 
 rejeição consciente da lei como autêntico juiz dos homens. O autor sagrado, 
 naturalmente, pensava na lei segundo os moldes cristãos, conforme ele faz 
 por toda esta epístola, o que é perfeitamente óbvio na secção de Tg 2:14 e 
 ss. Ao julgar a lei de DEUS como algo sem valor, tal indivíduo tomava o 
 lugar de DEUS como juiz. Mas somente DEUS é um juiz infalível (ver o décimo 
 segundo versículo e o trecho de I Cor. 4:3-5); mas esse indivíduo presume 
 negar essa proposição por meio de suas ações. Nesse processo, chega bem 
 perto da blasfêmia, e certamente se torna um elemento prejudicial na 
 comunidade religiosa.
 «...se julgas a lei, não 
 és observador da lei...» Todos os homens são chamados para serem observantes 
 da lei. Porém, quando um homem se exalta tanto que imagina poder julgar à 
 lei, considerando-a inútil, dificilmente haveria de praticá-la. Sua própria 
 atitude altiva o torna transgressor da lei; sua presumida auto-exaltação o 
 torna um transgressor; ele degrada seu irmão, e isso o torna transgressor, 
 porquanto ignora a principal característica da lei, o «amor». Tornou-se um 
 homem eivado de preconceitos.
 «...mas juiz...», isto 
 é, juiz acima da lei, como quem substituiu a lei. Já que DEUS se utiliza da 
 lei em seus juízos morais sobre as ações humanas, esse indivíduo, na 
 realidade, pensa em suplantar a DEUS. Sua atitude preconcebida, portanto, 
 perdeu inteiramente o controle. Esse homem pensa que é a fonte do direito e 
 da bondade, estando qualificado, por conseguinte, a julgar aos outros. Fez 
 de si mesmo um DEUS falso. É um juiz hostil à lei e ao DEUS da mesma, sendo 
 o pior tipo de depravado. E também é «juiz» por que «condena à lei», já que 
 a considera «sem valor», tomando seu lugar. Porém, as outras ideias parecem 
 mais centrais, já que esse pensamento já havia sido expresso neste 
 versículo. O versículo seguinte mostra-nos o absurdo de qualquer homem que 
 se presume um juiz. Só existe um ser que está qualificado a tal trabalho, o 
 qual possui inteligência e poder divinos. Outrossim, o verdadeiro juiz 
 também é o «legislador». Em contraste com isso, esse homem nega a lei que 
 foi dada, tornando-a inútil, ao viver de modo contrário a seus mandamentos, 
 procurando impor suas ideias a outros.
 CHAMPLIN, Russell 
 Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora 
 Candeias. Vol. 6. pag. 68.
  
 O ser humano que se 
 tornou culpado e que acaba de ser erguido do chão pelo Senhor com sua 
 clemência e presenteado com seu perdão e todo o seu amor, não pode em 
 absoluto se arvorar imediatamente em juiz sobre outros (cf. Mt 18.23-34). 
 Por isso Tiago, no contexto da palavra “Humilhai-vos perante o Senhor, e ele 
 vos exaltará”, aborda mais um ponto na vida da igreja, o julgamento sobre 
 outros.
 1 – As más línguas (v. 
 11)
 Tg 4.11 “Irmãos, não 
 faleis mal uns dos outros”: muito concreta é a tradução de Lutero: “Não 
 faleis pelas costas”, ou seja: não faleis “por trás” uns dos outros. Alguém 
 acaba de passar, e nem sequer se distanciou, duas pessoas já começam a 
 comentar… Quando falamos sobre outros em tom de condenação, corremos o 
 perigo de rapidamente perder a atitude do v. 10: “Humilhai-vos perante o 
 Senhor.” Quem julga eleva-se sobre os demais e se arroga o direito de 
 sentenciá-los, bem como de assumir uma posição especial diante de DEUS. 
 Assim tornamos a abrir as portas ao espírito falso.
 “Não faleis mal uns dos 
 outros”: nesse aspecto a legislação estatal não concede uma proteção legal 
 sólida. A propriedade da pessoa é muito mais firmemente protegida pelas leis 
 penais que seu bom nome. Quando alguém penetra na casa pela janela da sala e 
 furta um objeto de um armário chaveado ele é perseguido como arrombador. No 
 entanto, quem dissemina um boato maldoso de maneira intencional e com as 
 necessárias cautelas, ou seja, quem rouba o bom nome de outra pessoa e assim 
 o prejudica de forma muito mais grave, não é perseguido pela promotoria (a 
 possível queixa pessoal constitui uma proteção legal frágil e, em certas 
 circunstâncias, também dispendiosa). Consequentemente, a difamação possui 
 grande importância no mundo: dessa maneira é possível neutralizar o rival no 
 local de trabalho, prejudicar o concorrente comercial e liquidar o 
 adversário político.
 “Não faleis mal uns dos 
 outros, irmãos”: Tiago dirige-se a cristãos. Talvez eles pensem que já 
 progrediram muito na obediência da fé, na santificação de sua vida. Não 
 obstante, esse desvio ainda se conserva neles. Temos de admitir que também 
 entre nós ainda persistem deficiências. – Podemos nos perguntar por que, 
 afinal, um ser humano, inclusive um cristão, gosta tanto de dizer e ouvir 
 maldades sobre outros: o outro se torna o pano de fundo escuro diante do 
 qual nós nos destacamos de modo bem mais vantajoso. Tranquilizamo-nos em 
 relação a nossos próprios erros. E quando o outro é um rival, isso nos 
 proporciona uma posição melhor na corrida. Tudo isso, porém, procede do 
 espírito falso. Ele praticamente se trai através dessa atitude.
 2 – A profissão 
 usurpada.
 “Quem fala mal do irmão 
 ou julga seu irmão…”: Ou seja, em certas situações nos sentamos na cátedra 
 do juiz, e nosso irmão deve se assentar no banco dos réus. Contudo, estamos 
 no lugar errado. Igualmente perseguimos um objetivo errado. A palavra para 
 “julgar” no grego, krinein, também significa “separar” e “segregar”. No 
 entanto, ainda não é hora para isso. O próprio DEUS ainda não o faz. Paulo 
 afirma: “Não julgueis antes do tempo” (1Co 4.5). Agora não é hora de separar 
 (Mt 13.28-30,47-50), mas de arrebanhar, de evangelizar. Do mesmo modo é 
 tempo de cuidado pastoral, por meio do qual a pessoa é liberta com paciência 
 do mal que – se perseverar nele – o separaria eternamente de DEUS (Gl 6.1). 
 Nosso Senhor cuida pessoalmente dessa obra. Temos o privilégio de sermos 
 colaboradores de DEUS (1Co 3.9). O crente espera com DEUS em favor do 
 próximo.
 3 – Quem julga critica a 
 DEUS e seu mandamento.
 Quem se propõe a julgar 
 agora critica a DEUS pelo fato de que ele – conforme acabamos de ver – ainda 
 tem paciência. – “E julga também a lei”: os mandamentos de DEUS não 
 representam para a igreja de JESUS CRISTO o dever que lhe cabe cumprir antes 
 de poder realmente se aproximar de DEUS (cf. o exposto acerca de Tg 2.14). E 
 tampouco são o meio para excluir dois terços dos membros de nossas igrejas e 
 congregações. JESUS afirma: “Deixai-os crescer juntos até a colheita” (Mt 
 13.30). Pelo contrário, o mandamento de DEUS é para nós a vontade santa e 
 salutar de DEUS, misericordiosamente revelada, a boa e benfazeja ordem 
 doméstica dos filhos que estavam perdidos e já retornaram ao lar do Pai. No 
 entanto, quando tentamos usar de outro modo os mandamentos de DEUS, nós 
 criticamos a eles, e também àquele que os outorgou, bem como aquilo para o 
 que os está concedendo agora. – Igualmente se exerce “crítica” (a palavra 
 também se origina do grego krinein – “julgar”, “separar”) quando se faz 
 diferença entre os mandamentos de DEUS: pretendemos nos empenhar 
 vigorosamente em favor de um (porque parece se dirigir contra outros), ao 
 passo que de forma alguma observamos o outro, o Oitavo Mandamento, que fala 
 contra nós.
 Tiago nos obriga a levar 
 o raciocínio até o fim: logo “não és observador da lei, mas juiz”. O 
 praticante situa-se sob o mandamento, em obediência, sob o próprio DEUS. Ele 
 é o humilde, para o qual vale a promessa do v. 10. “Quem se humilha será 
 exaltado” (Lc 14.11). Quem, porém, posa de juiz da lei de DEUS, criticando-a 
 (indireta ou diretamente) e colocando arbitrariamente suas ênfases, eleva-se acima dos 
 mandamentos e daquele que os concedeu. Para esse vale a palavra: “DEUS 
 resiste aos soberbos” (v. 6). “Quem se exalta será humilhado” (Lc 14.11). 
 Hoje muitas vezes se exige a crítica, também na igreja. Em certa medida isso 
 tem razão de ser. Mas de forma alguma poderá evoluir para crítica à palavra 
 de DEUS e à sua natureza compromissiva. A palavra de DEUS critica a nós, e 
 não nós, a ela. Do contrário permitimos que o espírito de baixo se instale, 
 sendo arrastados, à moda do anticristo, para a queda e o orgulho do inimigo.
 Fritz Grunzweig. 
 Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica Esperança.
  
 
 3. O autêntico 
 Legislador e Juiz pode salvar e destruir (Tg 4.12).
 Tg 4.12 Há só um 
 Legislador (a origem da lei) e um Juiz (que faz a lei vigorar). Nós, que 
 somos responsáveis diante da lei de DEUS, não podemos nos colocar no lugar 
 de DEUS.
 DEUS recompensa aqueles 
 que obedecem à lei e destrói aqueles que a desobedecem (veja Dt 32.39; 1 Sm 
 2.6; Sl 68.20; 75.6,7; Mt 10.28).
 Tiago também remove 
 qualquer direito que pudéssemos reivindicar de criticar o nosso próximo. Por 
 trás do espírito de crítica, está uma atitude que usurpa a autoridade de 
 DEUS e que está repleta de orgulho. Não deve haver críticas ásperas e 
 severas no corpo de CRISTO. O princípio, neste versículo, não proíbe a ação 
 adequada de uma igreja contra um membro que está agindo em flagrante 
 desobediência a DEUS (1 Co 5.6). Na verdade, Tiago está preocupado com as 
 palavras críticas que condenam ou julgam as ações dos outros e a sua posição 
 perante DEUS. Ele está confrontando as pessoas que poderiam ser tentadas a 
 se colocar como cães de guarda, vigiando os outros crentes.
 Podemos pensar que 
 simplesmente criticar um membro da igreja ou espalhar um mexerico pouco 
 interessante não seja algo tão grave - especialmente em comparação com 
 outros pecados. Mas a Bíblia vê isto como um pecado de suma gravidade, 
 porque infringe a lei do amor e tenta usurpar a autoridade de DEUS. Como 
 vimos no capítulo 3, a língua é um instrumento de pecado mortal. Não ousemos 
 minimizar o perigo que ela representa.
 Comentário do Novo 
 Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 687.
  
 Tg 4.12 «...salvar e 
 fazer perecer...» O trabalho próprio de um Juiz é algo inteiramente fora da 
 capacidade do homem, pois aborda a solenidade suprema. Envolve a doação da 
 vida ou seu contrário, quando é imposta a morte espiritual.  
 É óbvio que somente o 
 Ser supremo está qualificado para essa gigantesca tarefa. Mediante tal 
 argumento, o autor sagrado toma o seu caso invencível contra aqueles que 
 queriam ser juízes, ou seja, contra a atitude de censura ao próximo, 
 especialmente quando alguém presume dizer quem é digno ou não do nome de 
 «discípulo de CRISTO».
 «...tu, porém, quem 
 és... ?»Essa é uma observação ferina. Quem és tu, na realidade, que presumes 
 possuir tal responsabilidade? Apenas te tornas ridículo! Devemos 
 sujeitar-nos totalmente a DEUS, porquanto ele é nosso único Juiz, sem haver 
 outro.  
 DEUS, o Juiz, é capaz de 
 salvar ou de condenar, e evidentemente essa era uma maneira comum, na 
 terminologia judaica, de se referirem os judeus ao Ser Supremo. O N.T. com 
 frequência atribui a JESUS CRISTO o papel de Juiz, por delegação de DEUS 
 Pai. (Ver Atos 17:31). O autor sagrado mui provavelmente sabia disso, não se 
 tendo incomodado, porém, de descer a detalhes da questão. Mas certamente ele 
 indica aqui que DEUS Pai é quem é o Juiz.
 O problema de não 
 julgar: O texto não é contra a ideia de fazermos juízos morais, de tentar 
 ajudar a outros a corrigirem os seus caminhos tortuosos. É óbvio que se um 
 crente não pudesse fazer aquilatações dessa natureza, dizendo, «Irmão, você 
 está errado nisto ou naquilo», então a instrução cristã se tornaria vaga e 
 inoperante. Nada existe no texto à nossa frente que tire a severidade da 
 instrução ou da reprimenda morais. Contudo, quando vemos um irmão em uma 
 falta flagrante, devemos procurar «restaurá-lo» com amor e paciência (ver 
 Gál. 6:1). Aquele que age assim, de acordo com o mesmo versículo, compreende 
 o tempo todo, que ele mesmo poderia cair no mesmo erro, não sendo tão 
 superior e elevado que esteja acima da mesma forma de tentação. O que o 
 texto condena, pois, é a atitude de censurar, que degrada a outrem, ao mesmo 
 tempo que exalta a si mesmo, ou que profere críticas negativas, que não 
 edificam, mas apenas degradam. Ao mesmo tempo, tais pessoas geralmente 
 exaltam a si mesmas, desfazendo da realidade do discipulado cristão de 
 outrem. Toda a censura ou crítica negativa, pois, é atitude condenada. 
 Algumas vezes, infelizmente, há uma linha divisória muito estreita entre a 
 critica positiva e a crítica negativa, até onde podemos ver as coisas. DEUS 
 é quem conhece a diferença. A critica positiva se dá quando um crente, no 
 espírito de amor, busca ajudar a um outro por aquilo que diz, e aprende a 
 dizê-lo com gentileza, sem motivo ulterior de auto-exaltação. A crítica 
 negativa se verifica quando o indivíduo não se importa realmente em ajudar a 
 outro, mas antes, se aproveita da ocasião para fazer o outro parecer errado, 
 e ele mesmo, bom, em contraste. Essa forma de crítica ocorre quando o 
 indivíduo age a fim de prejudicar ou humilhar. Se procuramos prejudicar e 
 humilhar a outros, embora criticando o que está de acordo com os fatos, 
 eventualmente seremos prejudicados e humilhados, pelas línguas venenosas de 
 outros. E assim é verdade aquele declaração: Não basta que o teu 
 conselho seja verdadeiro; A verdade crua prejudica 
 mais que a falsidade aberta. (Alexander 
 Pope, Essay on Criticism).
 (Ver também Tg. 3:2 e 6).
 CHAMPLIN, Russell 
 Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora 
 Candeias. Vol. 6. pag. 69.
  
 Tg 4:12 Tiago sublinha 
 sua tese ao afirmar ousadamente: Há um só legislador e juiz. Ensinou-nos 
 JESUS que só DEUS tem autoridade para julgar (Jo 5:22-23,30), e todo judeu 
 sabia que foi DEUS quem outorgou a lei. Acrescenta Tiago: aquele que pode 
 salvar e destruir, isto é, “porque nem do oriente, nem do ocidente, nem do 
 deserto vem a exaltação. Mas DEUS é o juiz; a um abate, e a outro exalta” 
 (Sl 75:6-7). Portanto, as duas características seguem juntas. DEUS 
 outorgou a lei; DEUS faz cumprir sua lei. Sendo soberano único, tem 
 autoridade sobre a vida e a morte.
 Tu, porém, quem és, que 
 julgas ao próximo? Se foi DEUS quem outorgou a lei, e se só DEUS é juiz, 
 como ousa alguém estabelecer-se como juiz, mediante sua língua ferina? O 
 criticismo usurpa a autoridade de DEUS, como diz Paulo: “Quem és tu que 
 julgas o servo alheio? Para seu próprio Senhor ele está em pé ou cai. Mas 
 estará firme, pois poderoso é DEUS para o firmar” (Rm 14:4). Portanto, 
 por detrás do espírito crítico está o orgulho. O crítico orgulhoso, em vez 
 de humildemente olhar para sua própria necessidade da graça, usurpa o papel 
 que só cabe a DEUS e instala-se como juiz das outras pessoas, como se seu 
 julgamento fora idêntico ao julgamento vindo de DEUS, e tivesse grande 
 valor.  
 Peter H. Davids. 
 Comentário Bíblico Contemporâneo. Editora Vida. pag. 136-137.
  
 
 II - A BREVIDADE DA VIDA 
 E A NECESSIDADE DO RECONHECIMENTO DA SOBERANIA DIVINA (Tg 4.13-15)
 
 1. Planos meramente 
 humanos (Tg 4.13).
 A Carta de Tiago 
 apresenta outro assunto muito corrente em nossos dias: o fazer planos para o 
 futuro. Qual é a concepção de Tiago? Ele entende que podemos fazer planos, 
 desde que dependamos de DEUS para realizá-los.
 O apóstolo compara a 
 vida humana a um vapor ou fumaça, que se desvanece em pouco tempo. Por causa 
 da brevidade da nossa vida, não somos impedidos de planejar o futuro, mas 
 sim excluir DEUS dos nossos planos.
 Apresentando nossos 
 planos a DEUS
 Tiago escreve: “...Se o 
 Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo”. Para alguns 
 pregadores modernos, essas palavras de Tiago deveriam ser retiradas do 
 texto. Não são poucos os púlpitos de nossas igrejas em que mensagens 
 empolgantes orientam os crentes a colocarem DEUS contra a parede, 
 “obrigando” o Eterno a realizar sonhos e desejos de riquezas e poder. Esse 
 tipo de atitude deturpa o verdadeiro evangelho. Disse certa vez Isael de 
 Araújo, autor da célebre obra Dicionário do Movimento Pentecostal: “DEUS não 
 vai julgar o que o evangelho faz conosco, mas vai julgar o que fazemos com o 
 evangelho”. DEUS não é um escravo à disposição de satisfazer nossos desejos. 
 Ele é o Senhor, e nós, seus servos. Não podemos tentar constranger DEUS a 
 realizar nossos desejos e ignorar a vontade divina para nossas vidas.
 Tiago chama a atenção de 
 seus leitores sobre a realidade do fato de que não podemos controlar a nossa 
 própria vida. Pelo texto, Tiago parece descrever algumas atividades 
 relacionadas à vida de membros da congregação. São atividades aparentemente 
 não relacionadas à vida eclesiástica: viajar para determinada localidade, lá 
 residir por um ano, fazer contratos, estabelecer negócios e ganhar dinheiro.
 DEUS preza pelo 
 trabalho? Sim. Ele espera que com seu fruto possamos angariar recursos para 
 nossa subsistência e daqueles que dependem de nós. Se ganhamos a vida de 
 forma honesta, não temos nada a temer.
 DEUS condena 
 planejamentos? Claro que não. Se olharmos para os dias da Criação, veremos 
 que DEUS planejou primeiro o ambiente em que o homem seria colocado, e 
 depois de esse ambiente ser criado, DEUS criou o homem. Ele proveu a terra 
 de todos os recursos para a vida humana, e depois estabeleceu a humanidade. 
 Ele não fez o caminho inverso. Por isso, tudo em nossa vida precisa de um 
 direcionamento, um planejamento: onde quero chegar, por qual caminho vou 
 chegar, quanto tempo levarei para chegar e quais recursos precisarei ter 
 para essa finalidade.
 Tiago, de forma direta, 
 nos desafia a incluir DEUS em nossos planos, e de forma indireta nos ensina 
 que isso implica a busca pela vontade de DEUS em nossas vidas. Se temos de 
 fazer planos, devemos fazê-los de acordo com os projetos de DEUS para nós.
 A Bíblia não é um livro 
 de curiosidades que diz com quem uma pessoa solteira vai se casar, se vai 
 chover hoje ou amanhã, ou ainda, o tipo de profissão que devo seguir ou 
 quantos filhos devo ter. Há muitas situações em que DEUS nos permite usar 
 nosso bom senso, analisar aquilo de que dispomos e seguir uma carreira de 
 acordo com nossos talentos pessoais, e isso não é pecado. Mas não é certo 
 deixar de apresentar a DEUS nossos planos. Na prática, isso não significa 
 que DEUS não saiba o que queremos, pois Ele sabe o que vamos pedir antes 
 mesmo de orarmos. Porém, nossos planos devem estar sujeitos a DEUS, até 
 mesmo quando Ele nos diz um necessário “não”.
 Lembre-se também de que 
 a minha obediência a DEUS hoje pode garantir a orientação divina no futuro. 
 Pensemos no caso do rei Saul. Ele foi escolhido por DEUS, ungido, e até 
 profetizou, mas com o passar do tempo se tornou um homem rebelde a DEUS e à 
 sua orientação, e DEUS deixou de falar com ele. No final de sua vida, Saul 
 foi procurar uma feiticeira para se consultar, porque DEUS não mais falava 
 com ele. Há uma lógica nesse fato? Sim. Se eu confio na orientação de DEUS e 
 a obedeço hoje, DEUS certamente continuará a me orientar, pois sabe que eu 
 não apenas ouço sua voz, mas a obedeço também. De nada adianta buscar a 
 orientação divina se eu não tenho a menor intenção de obedecê-la.
 Outro caso foi o do rei 
 Josafá, diante de uma batalha, em 2 Crônicas 18. Acabe, o rei ímpio de 
 Israel, procurou Josafá para que ambos se aliassem em uma batalha, e Josafá 
 foi consultar ao Senhor. DEUS o respondeu por intermédio do profeta Micaías, 
 mas Josafá ignorou a Palavra do Senhor. Por ter ouvido a Palavra de DEUS e tê-la ignorado 
 no tocante à aliança com Acabe, Josafá foi duramente repreendido pelo 
 Senhor. Na prática, podemos escolher ouvir a Palavra de DEUS e obedecê-la ou 
 ignorá-la, mas os resultados sempre seguem as pessoas nos dois casos, Acabe 
 se tornou um rei rebelde e perdeu o reino, além de ter se tornado uma figura 
 mal vista nas Escrituras. Josafá foi repreendido pelo Senhor, coisa que não 
 ocorreria se tivesse obedecido a DEUS.
 Podemos evitar muitos 
 problemas em nossas vidas quando decidimos buscar ao Senhor e obedecer-lhe a 
 voz. DEUS não é contra fazermos planos, mas orienta-nos a que os 
 apresentemos a Ele. Provérbios 16 nos mostra a melhor forma de lidar com 
 nossos planos pessoais para o futuro: “Do homem são as preparações do 
 coração, mas do SENHOR, a resposta da boca.
 Todos os caminhos do 
 homem são limpos aos seus olhos, mas o SENHOR pesa os espíritos. Confia ao 
 SENHOR as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos” (Pv 16.1-3). 
 Esses versos nos ensinam basicamente 3 verdades: a) o homem pode preparar 
 seus planos, mas DEUS é que dá a última palavra; b) nossos projetos podem 
 estar certos aos nossos olhos, mas ao mesmo tempo serem reprovados por DEUS; 
 c) quando confiamos ao Senhor nossos planos, dependendo realmente da 
 aprovação dEle, podemos ter a certeza de que se esses planos forem aprovados 
 por Ele, eles serão realizados.
 DEUS não deseja estar 
 distante de nossos projetos pessoais. Ele quer participar de cada esfera de 
 nossa vida, mas quer que confiemos nEle mesmo que precisemos abrir mão de 
 nossos planos em prol dos dEle. Façamos projetos e invistamos neles dentro 
 de nossas possibilidades, mas nunca nos esqueçamos de que nossa vida é muito 
 breve, que não temos controle sobre ela, e que DEUS tem sempre planos 
 melhores do que os nossos: “Porque eu bem sei os pensamentos que penso de 
 vós, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que 
 esperais” (Jr 29.11).
 E fácil render nossos 
 planos ao Senhor? Claro que não, principalmente quando não confiamos 
 plenamente nEle ou quando achamos que Ele vai frustrar os nossos planos. Mas 
 à medida que andamos com Ele, vamos crescendo na comunhão e confiança 
 naquilo que Ele quer para nós. Quando andamos com DEUS e temos uma confiança 
 contínua no que Ele está fazendo ou vai fazer, não teremos dificuldades para 
 confiar nossa vida terrena àquEle que já tem um grande projeto eterno para 
 todos nós.
 Alexandre Coelho e Silas 
 Daniel. Fé e Obras, Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica. 
 Editora CPAD. pag. 128-132.
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
  
 TEXTO ÁUREO
 "Há só um Legislador 
 e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a 
 outrem?" (Tg 4.12).
 
 
 VERDADE PRÁTICA
 Não podemos estar na 
 posição de juízes contra as pessoas, pois somente DEUS é o Justo Juiz.
 
 
 
 
 LEITURA DIÁRIA
 Segunda - Sl 62.11 O 
 poder pertence a DEUS
 Terça - Gn 17.1 DEUS é o 
 Todo-Poderoso
 Quarta - Pv 21.31 A 
 vitória vem do Senhor 
 Quinta - 1 Sm 2.7 A 
 soberania divina 
 Sexta - Cl 4.1 O 
 verdadeiro Senhor 
 Sábado - Mt 28.18 Todo 
 poder no céu e na terra
 
 LEITURA BÍBLICA EM 
 CLASSE - Tiago 4.11-17
 11 Irmãos, não faleis 
 mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal 
 da lei e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, 
 mas juiz. 12 Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, 
 porém, quem és, que julgas a outrem? 13 Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou 
 amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e  contrataremos, e 
 ganharemos. 14 Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é 
 a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece. 15 
 Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos 
 isto ou aquilo. 16 Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda 
 glória tal como esta é maligna. 17 Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o 
 não faz comete pecado.
 
 OBJETIVOS - Após esta 
 aula, o aluno deverá estar apto a:
 Analisar os perigos de 
 se colocar como juiz dos irmãos.  
 Conscientizar-se da 
 brevidade da vida.  
 Mostrar que a arrogância 
 e a autossuficiência são pecados.
  
 ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
 Professor, inicie o 
 primeiro tópico da lição fazendo a seguinte indagação: "Qual o perigo de se 
 julgar alguém ou falar mal?" Ouça os alunos com atenção. Explique que falar 
 mal de um irmão ou julgá-lo é tornar-se juiz. Quando condenamos uma pessoa, 
 estamos condenando o nosso próximo e aquEle que o criou, o próprio DEUS. 
 Somente o Todo-Poderoso tem poder para julgar e legislar em favor das suas 
 criaturas. Diga que o Mestre nos ensinou que antes de julgar o nosso próximo 
 devemos examinar a nós mesmos. Em seguida leia e discuta com os alunos o 
 texto de Mateus 7.1-3.
 
 Resumo da 
 Lição 
 11- O Julgamento e a soberania pertencem a DEUS
 I. O PERIGO DE 
 COLOCAR-SE COMO JUIZ (Tg 4.11,12)
 1. A ofensa gratuita.
 
 
 2. Falar mal dos 
 outros e ser juiz da lei (Tg 4.11).  
 3. O autêntico 
 Legislador e Juiz pode salvar e destruir (Tg 4.12).  
 II. A BREVIDADE DA 
 VIDA E A NECESSIDADE DO RECONHECIMENTO DA SOBERANIA DIVINA (Tg 4.13-15)
 
 
 1. Planos meramente 
 humanos (Tg 4.13).  
 2. A incerteza e a 
 brevidade da vida (Tg 4.14).  
 3. O modo bíblico de 
 abordar o futuro (Tg 4.15).  
 III. OS PECADOS DA 
 ARROGÂNCIA E DA  AUTOSSUFICIÊNCIA DO SER HUMANO (Tg 4.16,17)  
 1. Gloriar-se nas 
 presunções (Tg 4.16a).  
 2. A malignidade do 
 orgulho das presunções (Tg 4.16b).  
 3. Faça o bem (v.17).
 
 
 
 SINOPSE DO TÓPICO (1) 
 Falar mal de um irmão e julgá-lo é pecado, pois só existe um único Juiz e 
 Legislador entre os crentes, JESUS CRISTO.
 SINOPSE DO TÓPICO (2) A 
 vida do homem é frágil e breve, por isso, precisamos reconhecer que somos 
 dependentes do Criador.  
 SINOPSE DO TÓPICO (3) 
 Que jamais venhamos permitir que a presunção e o orgulho dominem os nossos 
 corações e que nos faça acreditar que podemos controlar nossa vida.  
 
 
 VOCABULÁRIO
 Destilar: Deixar sair, 
 insinuar, provocar.
 
 
 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
 RICHARDS, Lawrence O. 
 Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro, 
 CPAD, 2007.
 ARRINGTON, French L; 
 STRONSTD (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento.
 Vol. 2. 4. ed. Rio de 
 Janeiro, CPAD, 2009.
  
 Revista 
 Ensinador Cristão CPAD, n°59, p.41.
 Diz um ditado popular: 
 "Antes de apontar um dedo para alguém, lembre que há quatro apontados para 
 você". Se esta simples recomendação fosse levada em consideração, muitos mal 
 entendidos seriam evitados. É impressionante como há pessoas que se julgam 
 acima do bem e do mal. Com isso não queremos dizer que não temos a 
 legitimidade de interpretar quando alguém está ou não agindo de maneira 
 dissimulada. Mas o que está em questão nesta seção bíblica de Tiago 
 (4.11-17) é o estilo de vida que a pessoa desenvolve sob a perspectiva de 
 ser superior a outra pessoa.
  
 Nos versículos 13-15, 
 Tiago lembra-nos da brevidade da vida e da soberania de DEUS sobre ela. Quem 
 é verdadeiramente o juiz perfeito, senão DEUS? Nós somos simples 
 assistentes, e muitas vezes, os próprios réus necessitados do perdão divino. 
 Quanta misericórdia DEUS teve por você, por mim e tantos outros seres 
 humanos! Torna-se uma tarefa impossível de relatar em alguma folha de papel 
 tamanha misericórdia e amor. Com a exceção da direção divina, a nossa vida é 
 incerta e breve. Hoje estamos vivos, mas amanhã podemos estar mortos. Por 
 isso, quem somos nós para posicionarmo-nos como juízes algozes de alguém?
 Caro professor, veja 
 quanta riqueza de temas práticos podemos trabalhar nesta aula com os nossos 
 alunos! É imprescindível que os estimulemos a pensarem estas questões 
 práticas de maneira inteligente e franca. O tema da lição desta semana é 
 vivenciado por eles a cada dia das suas vidas. Não podemos desperdiçar a 
 oportunidade de convencermos os nossos alunos à adequarem as suas 
 consciências à luz da Palavra. Não é normal que as pessoas vivam julgando as 
 outras, e nunca parem para fazer um exame da própria consciência. Este exame 
 pode ser feito de maneira bem prática. Basta, no final de um dia, ao chegar 
 em casa, perguntar-se sinceramente: Hoje magoei alguém com o meu 
 comportamento? Há dentro de mim algum sentimento que reflete a ambição, o 
 egoísmo e o prazer sórdido?
 Essas perguntas 
 ajudam-nos a conhecer nós mesmos. Se as fizermos à nossa consciência e 
 respondermo-las com sinceridade não ficará pedra sobre pedra. Então, nos 
 conheceremos melhor, desenvolveremos uma autocrítica mais eficaz e teremos 
 toda a independência para odiar o pecado que tento nos assombra. Revista 
 Ensinador Cristão CPAD, n°59, p.41.
 
 
 COMENTÁRIOS DE DIVERSOS ESCRITORES - INTRODUÇÃO
 Neste capítulo, 
 abordaremos duas questões principais: o perigo de se fazer julgamentos 
 indevidos contra pessoas e a capacidade de reconhecer os atos de DEUS em 
 nossos planos. Ambas as questões fazem parte do nosso dia a dia. Quem nunca 
 emitiu um juízo de valor sobre uma atitude ou sobre a vida de outra pessoa? 
 E quem nunca fez planos pessoais sem se lembrar de DEUS? É sobre isso que 
 discorreremos aqui.
 Alexandre Coelho e Silas 
 Daniel. Fé e Obras, Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica. 
 Editora CPAD. pag. 124.
 Tiago começa o capítulo 
 4 falando sobre uma guerra contra o próximo, contra nós mesmos e contra 
 DEUS. Ele disse que as guerras entre as pessoas são um desdobramento das 
 tensões que temos dentro de nós mesmos. Ele disse que nessa luta contra DEUS 
 enfrentamos a sedução do mundo (4.4), as paixões da carne (4.5,6) e as 
 ciladas do diabo (4.7). Tiago nos versículos 11 e 12 mostra o risco de 
 declararmos guerra contra os irmãos, usando a língua para falar mal uns dos 
 outros. Tiago corrige esse grave pecado mostrando algumas coisas:
 -Primeiro, como devemos 
 considerar uns aos outros: como irmãos e como o próximo (v. 11,12). 
 -Segundo, 
 somos irmãos, membros da mesma família, e JESUS é o nosso irmão mais velho. 
 Como próximo, devemos cuidar uns dos outros e não falar mal uns dos outros. 
 
 -Terceiro, como devemos considerar a lei: DEUS nos deu a lei para nos 
 orientar a amar uns aos outros (2.8). Se falamos mal, nós quebramos o 
 preceito da lei que devíamos obedecer. Se falamos mal, tornamo-nos juízes da 
 lei e não observadores dela. 
 -Quarto, como devemos considerar a DEUS: DEUS é 
 o legislador, o sustentador da vida e o juiz. Quando falamos mal do irmão 
 pecamos contra DEUS. 
 -Quinto, como devemos considerar a nós mesmos: quando 
 falamos mal do irmão, colocamo-nos numa posição de superioridade (4.12).
 Tiago, agora, nos 
 versículos 13-17, vai falar sobre o risco da presunção. A presunção vem de 
 um entendimento errado de nós mesmos e das nossas ambições. A presunção é 
 assegurar a nós mesmos que o tempo está do nosso lado e à nossa disposição. 
 Presunção é fazer os nossos planos como se estivéssemos no total controle do 
 futuro. Presunção é viver como se nossa vida não dependesse de DEUS.
 A presunção é um sério 
 pecado. Ela envolve tomar em nossas próprias mãos a decisão de planejar e 
 comandar a vida à parte de DEUS. A presunção olha para a vida como um 
 contínuo direito e não como uma misericórdia diária. A presunção atinge 
 várias áreas: toca a vida - hoje, amanhã, um ano. Toca as escolhas - “... 
 hoje ou amanhã iremos... passaremos um ano, negociaremos e ganharemos”. Toca 
 a habilidade - “ negociaremos e ganharemos”.
 Obviamente Tiago não 
 está combatendo a questão do planejamento, mas combatendo o planejamento sem 
 levar DEUS em conta. É claro que a vida é feita de nossas escolhas. 
 Precisamos ter alvos, planos, sonhos, mas não presunção.
 Como nós podemos nos 
 proteger da presunção?
 -Em primeiro lugar, tendo 
 consciência da nossa ignorância. “No entanto, não sabeis o que sucederá 
 amanhã” (4.14).
 -Em segundo lugar, tendo 
 consciência da nossa fragilidade. “Que é a vossa vida? Sois um vapor que 
 aparece por um pouco, e logo se desvanece” (4.14).
 -Em terceiro lugar, tendo 
 consciência da nossa total dependência de DEUS: “Em lugar disso, devíeis 
 dizer: se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo” (v. 15).
 Quais são os perigos da 
 presunção? A presunção envolve tomar em nossas próprias mãos o nosso destino 
 (4.16).
 Também envolve uma 
 declarada desobediência ao conhecido propósito de DEUS (4.17).
 Podemos afirmar que a 
 vida humana está em certo aspecto sob o controle humano. Precisamos tomar 
 decisões e somos um produto das decisões que fazemos na vida: quem queremos 
 ser, com quem andamos, com quem nos casamos, o que fazemos. Por outro lado, 
 a vida humana, não está em nosso controle. Nós não conhecemos o nosso futuro 
 nem sabemos o que é melhor para nós. Devemos procurar saber quais são os 
 sonhos de DEUS para a nossa vida. A verdade incontroversa é que a vida 
 humana está sob o controle divino.
 Se DEUS quiser iremos, 
 compraremos, ganharemos.
 Tiago passa em seguida a 
 considerar a sublime questão da vontade de DEUS (4.13-17). Warren Wiersbe 
 fala sobre as três atitudes que uma pessoa tem diante da vontade de DEUS: 
 ignorá-la, desobedecê-la ou obedecê-la.
 LOPES. Hernandes Dias. 
 TIAGO Transformando provas em triunfo. Editora Hagnos. pag. 91-93.
  
 A maledicência é 
 proibida (4.11-12)
 A proeminência da “lei” 
 e do “julgar”, nos versículos 11 e 12, 
 corresponde ao tema de 2.8-13. Assim como Levítico 19.18 (o “mandamento do 
 amor”) foi citado ali, da mesma forma Levítico 19.16, que proíbe a calúnia, 
 pode estar na mente de Tiago aqui; a mudança de “irmão” para “próximo”, no 
 verso 12, torna isto bastante plausível. Estas várias possibilidades sugerem 
 que os versículos 11 e 12 devem ser vistos basicamente como uma divisão 
 independente que retoma alguns dos temas prediletos de Tiago. Mas a 
 proeminência da tradição que liga o “falar mal” e os pecados da inveja, 
 contenda e orgulho, que foram o centro de 3.13-4.10, sugere que, de modo 
 geral, eles pertencem a esta discussão mais ampla. Talvez os versículos 11 e 
 12 devam ser vistos como uma breve “reprise” da discussão maior acerca dos 
 pecados da língua, que iniciou a divisão (3.1-12).
 Douglas J. Moo. Tiago. 
 Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 150-151.
  
 Observação minha - Ev. Luiz Henrique - Quando 
 assumimos o juízo sobre alguém estamos ocupando o lugar de DEUS e de sua lei 
 que vai julgar essa causa. A lei iria condenar o pecado cometido e DEUS 
 aplicaria sua graça para perdoar e salvar. Quando nos intrometemos estamos 
 atrapalhando o curso natural (por que não dizer: espiritual) do julgamento, 
 condenação e aplicação do amor de DEUS e sua maravilhosa graça. Só DEUS sabe 
 julgar correta e perfeitamente.
  
 
 I - O PERIGO DE 
 COLOCAR-SE COMO JUIZ (Tg 4.11,12)
 
 1. A ofensa gratuita.
 Mais uma vez, Tiago 
 aborda a questão da fala e o cuidado com aquilo que falamos. Sabemos que é 
 possível falar com as pessoas exortando-as, aconselhando-as e ensinando-as a 
 serem melhores e estarem mais próximas de DEUS. Mas também é possível falar 
 mal das pessoas e atrair para si um duro julgamento.
 Tiago trata do perigo de 
 nos colocarmos no lugar de DEUS para exercer juízo contra uma pessoa. Mas de 
 que forma pode um servo de DEUS aparentemente assumir a posição de juiz? 
 Quando abre a boca para falar mal de outras pessoas. O apóstolo não entra em 
 detalhes. Basta a ele apenas dizer que não devemos falar mal uns dos outros, 
 pois quem fala mal de seu irmão fala mal da lei, e por sua vez, quem fala da 
 lei não é mais observador, e sim juiz.
 Timothy B. Cargal 
 comenta:
 1) Ao condenar os 
 outros, estamos principalmente condenando a própria lei. Talvez Tiago 
 acreditasse que esse era o caso porque quando condenamos as pessoas estamos 
 condenando aqueles que foram “feitos à imagem de DEUS” (3.9), e assim, 
 implicitamente, estamos condenando o próprio DEUS (Cf. Rm 14.1-8, esp. w 4, 
 8).
 2) Aqueles que julgam 
 seus semelhantes estão se posicionando como juízes acima da lei, em vez de 
 submeterem-se a ela (“se tu julgas a lei não és observador da lei, mas 
 juiz”, Tg 4.11).  
 Ao condenar os outros, 
 estamos nós mesmos sendo julgados e condenados pelo próprio DEUS.
 Quem pode realmente 
 criar a lei e aplicá-la? Tiago deixa claro que apenas DEUS pode fazer essas 
 funções. Apenas Ele tem integridade suficiente para não ser movido por 
 paixões humanas. Podemos resumir o que Tiago fala da seguinte forma: Apenas 
 DEUS pode fazer e executar a lei, mas se eu falo mal do meu irmão estou me 
 colocando no lugar de DEUS (E DEUS não fala mal de seus atos, pois são 
 perfeitos!). Quem critica seu irmão e fala mal dele vai ter de acertar as 
 contas com DEUS, pois na prática está se colocando no lugar dEle. Dura é 
 essa palavra, mas igualmente verdadeira. Quão duro será o julgamento 
 daqueles que se colocam no lugar de DEUS!
 Tiago está dizendo que a 
 congregação não pode exercer um julgamento objetivo para agir de forma 
 disciplinar em alguns casos? Não, Tiago não está abordando esse fato. Ele, 
 como pastor principal em Jerusalém, sabia que a igreja tem o dever de agir 
 de forma sistemática e direta em alguns momentos. Ananias e Safira foram 
 julgados duramente por DEUS, por intermédio de Pedro, e Paulo ordenou a 
 exclusão do crente coríntio que tinha relações sexuais com a mulher do 
 próprio pai. Há situações em que a igreja precisa ser enfática na forma como 
 administra os erros de seus membros, sob pena de se igualar ao mundo.
 Claro que a disciplina 
 sempre deve ter os objetivos de corrigir e reabilitar. Não podemos lançar no 
 mundo uma pessoa que JESUS salvou, mas não podemos também compactuar com um 
 pecado cometido, como se nada de errado houvesse ocorrido. Portanto, antes 
 de exercer a disciplina no tocante a um pecado de um membro da congregação, 
 a igreja deve se certificar de que ensinou àquela pessoa sobre aquele 
 assunto, se ela entendeu, e posteriormente, se incorre no erro, deve passar 
 pelo processo de disciplina para ser corrigida e reabilitada na congregação.
 Aqui cabe uma 
 observação. É importante que o novo crente tenha a consciência de que a 
 igreja como instituição possui normas específicas de comportamento e 
 convivência para seus membros. Essas normas têm por objetivo fazer com que a 
 convivência entre os congregados possa ser mais amigável, em clima de 
 respeito e confraternização, e também para que a liturgia do culto possa ter 
 uma metodologia que favoreça o respeito pelo sagrado. Um culto em que cada 
 pessoa faz o que quer acaba se tornando uma bagunça, e como DEUS não é DEUS 
 de confusão, mas um DEUS ordeiro e que preza pelo culto racional, o nosso 
 culto deve seguir esse princípio. E as normas da igreja devem ser pautadas 
 na Palavra de DEUS e no bom senso, pois os costumes variam de povo para 
 povo, conforme a época e o lugar, mas a Palavra de DEUS é imutável.
 É evidente que não é 
 sobre esse tipo de julgamento que Tiago está falando, e sim sobre o ato de 
 uma pessoa da congregação emitir de forma gratuita e indevida uma opinião 
 sobre uma outra pessoa. E isso deve nos levar à reflexão: é correto falar 
 mal de outra pessoa? Ou invertendo os polos, como eu agiria se soubesse que 
 meu nome foi citado em uma conversa, sendo mal falado ou tendo minha imagem 
 denegrida de forma indevida e injusta? Da mesma forma que eu gostaria de ser 
 tratado, deve igualmente tratar. Se não desejo ver meu nome sendo citado de 
 forma negativa, devo conter meus lábios para não incorrer no mesmo erro.
 Alexandre Coelho e Silas 
 Daniel. Fé e Obras, Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica. 
 Editora CPAD. pag. 124-128.
  
 Pv 18.19 O irmão 
 ofendido resiste mais que uma fortaleza. O hebraico original, neste 
 versículo, é dificílimo de compreender, se não mesmo impossível; por isso 
 também vários significados têm sido sugeridos, dentre os quais destacamos 
 dois:
 1. Fala-se aqui (tal 
 como diz a King James Version) de um irmão ofendido. É mais difícil 
 “conquistá-lo de volta” para a amizade do que capturar uma cidade forte. As 
 pessoas sentem muito as ofensas e tornam-se duras de coração, não querendo 
 reconciliar-se.
 2. Ou então o irmão é 
 ajudado (Revised Standard Version), conjectura feita pela Septuaginta sobre 
 o que este versículo quer dizer. Temos de lembrar que essa versão da 
 Septuaginta foi traduzida por judeus eruditos de Alexandria, que deveriam 
 ser excelentes conhecedores do idioma hebraico. Se o significado, realmente, 
 for o do irmão ajudado, devemos compreender que essa ajuda fará desse homem 
 um aliado (e não um inimigo), e ele se tornará uma cidade forte. A versão 
 siríaca e a Vulgata Latina, bem como o Targum, concordam com essa tradução. 
 Adicione-se a isso a tradução da Imprensa Bíblica Brasileira. Mas a nossa 
 versão portuguesa — a Atualizada — fica com a primeira possibilidade.
 Sinônimo ou Antítese. Se 
 estiver correta a primeira significação, acima, então a segunda linha do 
 provérbio fortalece a ideia com uma adição sinônima. As divergências entre 
 irmãos (amigos) tornam-se como as barras que guardam um castelo e não podem 
 ser quebradas. Em outras palavras, a disputa nunca será solucionada, e a 
 alienação tornar-se-á permanente. Mas, se está correto o segundo sentido, 
 que se vê acima, então a segunda linha métrica forma uma antítese. Em 
 contraste com a boa união entre irmãos (amigos), haverá a contenda que 
 separa e aliena, e, como as barras de um castelo, não podem ser quebradas. 
 “A amargura das querelas entre ex-amigos é proverbial” (Ellicott, in loc.).
 A situação ideal é esta: 
 Irmãos unidos são mais fortes do que um castelo; eles resistem juntos com 
 maior vigor do que as barras de ferro de proteção de um castelo.
 CHAMPLIN, Russell 
 Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora 
 Hagnos. pag. 2630.
  
 Observe: 
 1. Deve-se 
 tomar grande cuidado para evitar contendas entre parentes, e os que têm 
 algum compromisso especial, uns com os outros, não somente porque estas 
 contendas são pouco naturais e totalmente inconvenientes, mas porque entre 
 estas pessoas as coisas são normalmente ditas e recebidas com muita 
 crueldade, e os ressentimentos vão longe demais. A sabedoria e a graça, na 
 verdade, devem fazer com que nos seja fácil perdoar nossos parentes e 
 amigos, se nos ofendem, porém a corrupção faz com que nos seja muito difícil 
 perdoá-los; devemos, portanto, tomar cuidado para não afrontar um irmão, ou 
 alguém que nos seja como um irmão - a ingratidão é uma grande provocação. 
 
 2. 
 Devem ser feitos grandes esforços para decidir as questões que geram 
 divergências entre os parentes, o mais rapidamente possível, porque é algo 
 de extrema dificuldade, e, consequentemente, é muito honroso que seja feito. 
 Esaú foi um irmão ofendido, e parecia mais difícil de conquistar do que uma 
 cidade forte, mas, por uma obra de DEUS em seu coração, em resposta à oração 
 de Jacó, ele foi conquistado.
 HENRY. Matthew. 
 Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Jó a Cantares de Salomão. Editora 
 CPAD. pag. 815.
  
 
 2. Falar mal dos outros 
 e ser juiz da lei (Tg 4.11).
 Tg 4.11 Com uma brusca 
 mudança de assunto, da descrição de uma atitude apropriada perante DEUS, 
 Tiago passa para às relações apropriadas entre os crentes. Nós amamos a DEUS 
 sendo humildes diante dele; nós amamos o nosso próximo recusando-nos a falar 
 mal uns dos outros. Falar mal é algo que pode ser feito de várias maneiras. 
 Nós podemos falar a verdade sobre uma pessoa e ainda assim sermos 
 desagradáveis, ou podemos espalhar mexericos que os outros não precisariam 
 ficar sabendo.
 Podemos estar 
 questionando a autoridade de alguém, ou anulando as suas boas obras por meio 
 de calúnias. Isto, obviamente, destrói a harmonia entre os crentes (veja 
 também Rm 1.29,30; 2 Co 12.20; 1 Pe 2.1). O tempo do verbo no texto grego 
 revela que Tiago está proibindo uma prática que já está em andamento. As 
 pessoas já tinham o hábito de criticar umas às outras.
 Este versículo inclui a 
 sexta e a sétima vez em que Tiago menciona a lei de DEUS nesta carta (veja 
 1.25; 2.8-10,12). Trata-se da lei real - a lei que liberta ou condena, a lei 
 que deve ser observada. Aqui a lei está sendo atacada. O problema específico 
 que está sendo confrontado infringe o nono mandamento: “Não dirás falso 
 testemunho contra o teu próximo” (Êx 20.16).
 Ele também infringe a 
 lei mais fundamental de CRISTO: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 
 22.39; veja também Lv 19.18).  
 JESUS designou este 
 mandamento como sendo o segundo maior mandamento (Mc 12.31). Se um crente 
 fala contra outro crente, ele fala mal da lei e julga a lei, porque não está 
 mostrando amor e não está tratando os outros como gostaria de ser tratado. A 
 sua desobediência mostra desrespeito pela lei, pois ele está julgando a sua 
 legitimidade. Ao fazer isto, ele está se colocando acima de DEUS. Quando 
 julgamos os outros desta maneira difamadora, estamos claramente deixando de 
 nos submeter a DEUS.
 Comentário do Novo 
 Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 687.
  
 Tg 4.11 «...não faleis 
 mal uns dos outros...» No grego é usado o termo «katalaleo», que quer dizer 
 «falar mal de», «degradar», «difamar». Esse termo é frequentemente aplicado 
 ao ato de dizer palavras duras contra os ausentes, os quais, por isso mesmo, 
 não podem defender-se. No entanto, não temos de entender aqui, 
 necessariamente, tal elemento. Notemos o imperativo presente. É como se 
 Tiago tivesse dito: «Não tenhais por hábito, conforme vindes fazendo, de 
 difamar a outros. A maior parte dessa difamação 
 provavelmente está vinculada a supostas «criticas pias», daqueles que não 
 praticavam a «Torah» (a lei), conforme podia esta ser entendida no seio do 
 cristianismo. Isso proíbe a maledicência e os boatos, que se originam do 
 ódio e do despeito. Trata-se de um uso impróprio da fala, dando a entender 
 que quem assim faz busca suplantar a lei, que é o verdadeiro agente 
 condenador nas mãos de DEUS. (Ver Ef. 5:4; ver também Sl. 101:5; II 
 Co.12:20; I Pe. 2:1; Rom. 1:30. Quanto à primitiva literatura cristã, ver 
 Clemente, Rm 30:1,3; 35:5; II Clemente, Rm 4:3; 
 Hermas, Sim. vi.5:5; viii.7:2; ix.26:7; Mand. <7,2; Barnabé 20; Testamento 
 dos Doze Patriarcas, Gade, 3:3 e 5:4).
 «O que está em foco aqui 
 é a indulgência daqueles que falam sem gentileza. Nada indica que qualquer 
 outra coisa está em foco, do que a crítica dura, comum na vida diária da 
 antiguidade e de nossos dias. Não há aqui um ensino diretamente dirigido 
 contra os mestres, que se mordiam entre si. Quanto a tal ponto de vista, com 
 o de Pfleiderer, por exemplo, que pensava ver aqui uma polêmica contra a 
 atitude de Márciom, que julgava a lei judaica inferior, não há qualquer 
 confirmação, como também se dá no caso da ideia (esposada por 
 Schneckenburger), de que há aqui a repreensão contra aqueles que atacavam o 
 caráter de Paulo por suas costas». (Ropes, in loc.).
 «...fala mal da lei...» 
 De que maneira? 
 1. Ignorando seus mandamentos contra o tratamento maldoso 
 contra outros, em que fica ferida a lei do amor. Quem age assim, viola a 
 régia lei do amor (ver Tg 2:8 e o contexto, vinculado a Lev. 19:18, bem 
 como aquele versículo que ordena o amor ao próximo). Ele declara que a lei é 
 «sem valor e sem aplicação», no seu próprio caso, desobedecendo-a e 
 desconsiderando-a cruelmente. 
 2. Também fica implícito que a lei não é juiz 
 suficiente, porque presumia tornar-se juiz, em lugar da lei. Desse modo, tal 
 indivíduo degradava à lei, como um instrumento nas mãos de DEUS, que 
 realmente critica e julga.
 «...julga a lei...» Tal 
 indivíduo julga a lei ao «avaliá-la». Ele lhe dava pouco valor, reputando-a 
 inútil, como as suas ações. É como se ele dissesse: «A lei não serve de 
 juiz, pelo que tenho de ocupar suas funções». Assim sendo, dá à lei uma 
 avaliação muito inferior. E também julgava a lei errônea, ao repreender 
 aqueles que faziam mal ao próximo, como se ele fosse o real juiz das ações 
 morais corretas. Ainda que tal pessoa não o declarasse, suas ações assim dão 
 a entender. E talvez não agisse conscientemente, mas suas ações equivaliam à 
 rejeição consciente da lei como autêntico juiz dos homens. O autor sagrado, 
 naturalmente, pensava na lei segundo os moldes cristãos, conforme ele faz 
 por toda esta epístola, o que é perfeitamente óbvio na secção de Tg 2:14 e 
 ss. Ao julgar a lei de DEUS como algo sem valor, tal indivíduo tomava o 
 lugar de DEUS como juiz. Mas somente DEUS é um juiz infalível (ver o décimo 
 segundo versículo e o trecho de I Cor. 4:3-5); mas esse indivíduo presume 
 negar essa proposição por meio de suas ações. Nesse processo, chega bem 
 perto da blasfêmia, e certamente se torna um elemento prejudicial na 
 comunidade religiosa.
 «...se julgas a lei, não 
 és observador da lei...» Todos os homens são chamados para serem observantes 
 da lei. Porém, quando um homem se exalta tanto que imagina poder julgar à 
 lei, considerando-a inútil, dificilmente haveria de praticá-la. Sua própria 
 atitude altiva o torna transgressor da lei; sua presumida auto-exaltação o 
 torna um transgressor; ele degrada seu irmão, e isso o torna transgressor, 
 porquanto ignora a principal característica da lei, o «amor». Tornou-se um 
 homem eivado de preconceitos.
 «...mas juiz...», isto 
 é, juiz acima da lei, como quem substituiu a lei. Já que DEUS se utiliza da 
 lei em seus juízos morais sobre as ações humanas, esse indivíduo, na 
 realidade, pensa em suplantar a DEUS. Sua atitude preconcebida, portanto, 
 perdeu inteiramente o controle. Esse homem pensa que é a fonte do direito e 
 da bondade, estando qualificado, por conseguinte, a julgar aos outros. Fez 
 de si mesmo um DEUS falso. É um juiz hostil à lei e ao DEUS da mesma, sendo 
 o pior tipo de depravado. E também é «juiz» por que «condena à lei», já que 
 a considera «sem valor», tomando seu lugar. Porém, as outras ideias parecem 
 mais centrais, já que esse pensamento já havia sido expresso neste 
 versículo. O versículo seguinte mostra-nos o absurdo de qualquer homem que 
 se presume um juiz. Só existe um ser que está qualificado a tal trabalho, o 
 qual possui inteligência e poder divinos. Outrossim, o verdadeiro juiz 
 também é o «legislador». Em contraste com isso, esse homem nega a lei que 
 foi dada, tornando-a inútil, ao viver de modo contrário a seus mandamentos, 
 procurando impor suas ideias a outros.
 CHAMPLIN, Russell 
 Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora 
 Candeias. Vol. 6. pag. 68.
  
 O ser humano que se 
 tornou culpado e que acaba de ser erguido do chão pelo Senhor com sua 
 clemência e presenteado com seu perdão e todo o seu amor, não pode em 
 absoluto se arvorar imediatamente em juiz sobre outros (cf. Mt 18.23-34). 
 Por isso Tiago, no contexto da palavra “Humilhai-vos perante o Senhor, e ele 
 vos exaltará”, aborda mais um ponto na vida da igreja, o julgamento sobre 
 outros.
 1 – As más línguas (v. 
 11)
 Tg 4.11 “Irmãos, não 
 faleis mal uns dos outros”: muito concreta é a tradução de Lutero: “Não 
 faleis pelas costas”, ou seja: não faleis “por trás” uns dos outros. Alguém 
 acaba de passar, e nem sequer se distanciou, duas pessoas já começam a 
 comentar… Quando falamos sobre outros em tom de condenação, corremos o 
 perigo de rapidamente perder a atitude do v. 10: “Humilhai-vos perante o 
 Senhor.” Quem julga eleva-se sobre os demais e se arroga o direito de 
 sentenciá-los, bem como de assumir uma posição especial diante de DEUS. 
 Assim tornamos a abrir as portas ao espírito falso.
 “Não faleis mal uns dos 
 outros”: nesse aspecto a legislação estatal não concede uma proteção legal 
 sólida. A propriedade da pessoa é muito mais firmemente protegida pelas leis 
 penais que seu bom nome. Quando alguém penetra na casa pela janela da sala e 
 furta um objeto de um armário chaveado ele é perseguido como arrombador. No 
 entanto, quem dissemina um boato maldoso de maneira intencional e com as 
 necessárias cautelas, ou seja, quem rouba o bom nome de outra pessoa e assim 
 o prejudica de forma muito mais grave, não é perseguido pela promotoria (a 
 possível queixa pessoal constitui uma proteção legal frágil e, em certas 
 circunstâncias, também dispendiosa). Consequentemente, a difamação possui 
 grande importância no mundo: dessa maneira é possível neutralizar o rival no 
 local de trabalho, prejudicar o concorrente comercial e liquidar o 
 adversário político.
 “Não faleis mal uns dos 
 outros, irmãos”: Tiago dirige-se a cristãos. Talvez eles pensem que já 
 progrediram muito na obediência da fé, na santificação de sua vida. Não 
 obstante, esse desvio ainda se conserva neles. Temos de admitir que também 
 entre nós ainda persistem deficiências. – Podemos nos perguntar por que, 
 afinal, um ser humano, inclusive um cristão, gosta tanto de dizer e ouvir 
 maldades sobre outros: o outro se torna o pano de fundo escuro diante do 
 qual nós nos destacamos de modo bem mais vantajoso. Tranquilizamo-nos em 
 relação a nossos próprios erros. E quando o outro é um rival, isso nos 
 proporciona uma posição melhor na corrida. Tudo isso, porém, procede do 
 espírito falso. Ele praticamente se trai através dessa atitude.
 2 – A profissão 
 usurpada.
 “Quem fala mal do irmão 
 ou julga seu irmão…”: Ou seja, em certas situações nos sentamos na cátedra 
 do juiz, e nosso irmão deve se assentar no banco dos réus. Contudo, estamos 
 no lugar errado. Igualmente perseguimos um objetivo errado. A palavra para 
 “julgar” no grego, krinein, também significa “separar” e “segregar”. No 
 entanto, ainda não é hora para isso. O próprio DEUS ainda não o faz. Paulo 
 afirma: “Não julgueis antes do tempo” (1Co 4.5). Agora não é hora de separar 
 (Mt 13.28-30,47-50), mas de arrebanhar, de evangelizar. Do mesmo modo é 
 tempo de cuidado pastoral, por meio do qual a pessoa é liberta com paciência 
 do mal que – se perseverar nele – o separaria eternamente de DEUS (Gl 6.1). 
 Nosso Senhor cuida pessoalmente dessa obra. Temos o privilégio de sermos 
 colaboradores de DEUS (1Co 3.9). O crente espera com DEUS em favor do 
 próximo.
 3 – Quem julga critica a 
 DEUS e seu mandamento.
 Quem se propõe a julgar 
 agora critica a DEUS pelo fato de que ele – conforme acabamos de ver – ainda 
 tem paciência. – “E julga também a lei”: os mandamentos de DEUS não 
 representam para a igreja de JESUS CRISTO o dever que lhe cabe cumprir antes 
 de poder realmente se aproximar de DEUS (cf. o exposto acerca de Tg 2.14). E 
 tampouco são o meio para excluir dois terços dos membros de nossas igrejas e 
 congregações. JESUS afirma: “Deixai-os crescer juntos até a colheita” (Mt 
 13.30). Pelo contrário, o mandamento de DEUS é para nós a vontade santa e 
 salutar de DEUS, misericordiosamente revelada, a boa e benfazeja ordem 
 doméstica dos filhos que estavam perdidos e já retornaram ao lar do Pai. No 
 entanto, quando tentamos usar de outro modo os mandamentos de DEUS, nós 
 criticamos a eles, e também àquele que os outorgou, bem como aquilo para o 
 que os está concedendo agora. – Igualmente se exerce “crítica” (a palavra 
 também se origina do grego krinein – “julgar”, “separar”) quando se faz 
 diferença entre os mandamentos de DEUS: pretendemos nos empenhar 
 vigorosamente em favor de um (porque parece se dirigir contra outros), ao 
 passo que de forma alguma observamos o outro, o Oitavo Mandamento, que fala 
 contra nós.
 Tiago nos obriga a levar 
 o raciocínio até o fim: logo “não és observador da lei, mas juiz”. O 
 praticante situa-se sob o mandamento, em obediência, sob o próprio DEUS. Ele 
 é o humilde, para o qual vale a promessa do v. 10. “Quem se humilha será 
 exaltado” (Lc 14.11). Quem, porém, posa de juiz da lei de DEUS, criticando-a 
 (indireta ou diretamente) e colocando arbitrariamente suas ênfases, eleva-se acima dos 
 mandamentos e daquele que os concedeu. Para esse vale a palavra: “DEUS 
 resiste aos soberbos” (v. 6). “Quem se exalta será humilhado” (Lc 14.11). 
 Hoje muitas vezes se exige a crítica, também na igreja. Em certa medida isso 
 tem razão de ser. Mas de forma alguma poderá evoluir para crítica à palavra 
 de DEUS e à sua natureza compromissiva. A palavra de DEUS critica a nós, e 
 não nós, a ela. Do contrário permitimos que o espírito de baixo se instale, 
 sendo arrastados, à moda do anticristo, para a queda e o orgulho do inimigo.
 Fritz Grunzweig. 
 Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica Esperança.
  
 
 3. O autêntico 
 Legislador e Juiz pode salvar e destruir (Tg 4.12).
 Tg 4.12 Há só um 
 Legislador (a origem da lei) e um Juiz (que faz a lei vigorar). Nós, que 
 somos responsáveis diante da lei de DEUS, não podemos nos colocar no lugar 
 de DEUS.
 DEUS recompensa aqueles 
 que obedecem à lei e destrói aqueles que a desobedecem (veja Dt 32.39; 1 Sm 
 2.6; Sl 68.20; 75.6,7; Mt 10.28).
 Tiago também remove 
 qualquer direito que pudéssemos reivindicar de criticar o nosso próximo. Por 
 trás do espírito de crítica, está uma atitude que usurpa a autoridade de 
 DEUS e que está repleta de orgulho. Não deve haver críticas ásperas e 
 severas no corpo de CRISTO. O princípio, neste versículo, não proíbe a ação 
 adequada de uma igreja contra um membro que está agindo em flagrante 
 desobediência a DEUS (1 Co 5.6). Na verdade, Tiago está preocupado com as 
 palavras críticas que condenam ou julgam as ações dos outros e a sua posição 
 perante DEUS. Ele está confrontando as pessoas que poderiam ser tentadas a 
 se colocar como cães de guarda, vigiando os outros crentes.
 Podemos pensar que 
 simplesmente criticar um membro da igreja ou espalhar um mexerico pouco 
 interessante não seja algo tão grave - especialmente em comparação com 
 outros pecados. Mas a Bíblia vê isto como um pecado de suma gravidade, 
 porque infringe a lei do amor e tenta usurpar a autoridade de DEUS. Como 
 vimos no capítulo 3, a língua é um instrumento de pecado mortal. Não ousemos 
 minimizar o perigo que ela representa.
 Comentário do Novo 
 Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 687.
  
 Tg 4.12 «...salvar e 
 fazer perecer...» O trabalho próprio de um Juiz é algo inteiramente fora da 
 capacidade do homem, pois aborda a solenidade suprema. Envolve a doação da 
 vida ou seu contrário, quando é imposta a morte espiritual.  
 É óbvio que somente o 
 Ser supremo está qualificado para essa gigantesca tarefa. Mediante tal 
 argumento, o autor sagrado toma o seu caso invencível contra aqueles que 
 queriam ser juízes, ou seja, contra a atitude de censura ao próximo, 
 especialmente quando alguém presume dizer quem é digno ou não do nome de 
 «discípulo de CRISTO».
 «...tu, porém, quem 
 és... ?»Essa é uma observação ferina. Quem és tu, na realidade, que presumes 
 possuir tal responsabilidade? Apenas te tornas ridículo! Devemos 
 sujeitar-nos totalmente a DEUS, porquanto ele é nosso único Juiz, sem haver 
 outro.  
 DEUS, o Juiz, é capaz de 
 salvar ou de condenar, e evidentemente essa era uma maneira comum, na 
 terminologia judaica, de se referirem os judeus ao Ser Supremo. O N.T. com 
 frequência atribui a JESUS CRISTO o papel de Juiz, por delegação de DEUS 
 Pai. (Ver Atos 17:31). O autor sagrado mui provavelmente sabia disso, não se 
 tendo incomodado, porém, de descer a detalhes da questão. Mas certamente ele 
 indica aqui que DEUS Pai é quem é o Juiz.
 O problema de não 
 julgar: O texto não é contra a ideia de fazermos juízos morais, de tentar 
 ajudar a outros a corrigirem os seus caminhos tortuosos. É óbvio que se um 
 crente não pudesse fazer aquilatações dessa natureza, dizendo, «Irmão, você 
 está errado nisto ou naquilo», então a instrução cristã se tornaria vaga e 
 inoperante. Nada existe no texto à nossa frente que tire a severidade da 
 instrução ou da reprimenda morais. Contudo, quando vemos um irmão em uma 
 falta flagrante, devemos procurar «restaurá-lo» com amor e paciência (ver 
 Gál. 6:1). Aquele que age assim, de acordo com o mesmo versículo, compreende 
 o tempo todo, que ele mesmo poderia cair no mesmo erro, não sendo tão 
 superior e elevado que esteja acima da mesma forma de tentação. O que o 
 texto condena, pois, é a atitude de censurar, que degrada a outrem, ao mesmo 
 tempo que exalta a si mesmo, ou que profere críticas negativas, que não 
 edificam, mas apenas degradam. Ao mesmo tempo, tais pessoas geralmente 
 exaltam a si mesmas, desfazendo da realidade do discipulado cristão de 
 outrem. Toda a censura ou crítica negativa, pois, é atitude condenada. 
 Algumas vezes, infelizmente, há uma linha divisória muito estreita entre a 
 critica positiva e a crítica negativa, até onde podemos ver as coisas. DEUS 
 é quem conhece a diferença. A critica positiva se dá quando um crente, no 
 espírito de amor, busca ajudar a um outro por aquilo que diz, e aprende a 
 dizê-lo com gentileza, sem motivo ulterior de auto-exaltação. A crítica 
 negativa se verifica quando o indivíduo não se importa realmente em ajudar a 
 outro, mas antes, se aproveita da ocasião para fazer o outro parecer errado, 
 e ele mesmo, bom, em contraste. Essa forma de crítica ocorre quando o 
 indivíduo age a fim de prejudicar ou humilhar. Se procuramos prejudicar e 
 humilhar a outros, embora criticando o que está de acordo com os fatos, 
 eventualmente seremos prejudicados e humilhados, pelas línguas venenosas de 
 outros. E assim é verdade aquele declaração: Não basta que o teu 
 conselho seja verdadeiro; A verdade crua prejudica 
 mais que a falsidade aberta. (Alexander 
 Pope, Essay on Criticism).
 (Ver também Tg. 3:2 e 6).
 CHAMPLIN, Russell 
 Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora 
 Candeias. Vol. 6. pag. 69.
  
 Tg 4:12 Tiago sublinha 
 sua tese ao afirmar ousadamente: Há um só legislador e juiz. Ensinou-nos 
 JESUS que só DEUS tem autoridade para julgar (Jo 5:22-23,30), e todo judeu 
 sabia que foi DEUS quem outorgou a lei. Acrescenta Tiago: aquele que pode 
 salvar e destruir, isto é, “porque nem do oriente, nem do ocidente, nem do 
 deserto vem a exaltação. Mas DEUS é o juiz; a um abate, e a outro exalta” 
 (Sl 75:6-7). Portanto, as duas características seguem juntas. DEUS 
 outorgou a lei; DEUS faz cumprir sua lei. Sendo soberano único, tem 
 autoridade sobre a vida e a morte.
 Tu, porém, quem és, que 
 julgas ao próximo? Se foi DEUS quem outorgou a lei, e se só DEUS é juiz, 
 como ousa alguém estabelecer-se como juiz, mediante sua língua ferina? O 
 criticismo usurpa a autoridade de DEUS, como diz Paulo: “Quem és tu que 
 julgas o servo alheio? Para seu próprio Senhor ele está em pé ou cai. Mas 
 estará firme, pois poderoso é DEUS para o firmar” (Rm 14:4). Portanto, 
 por detrás do espírito crítico está o orgulho. O crítico orgulhoso, em vez 
 de humildemente olhar para sua própria necessidade da graça, usurpa o papel 
 que só cabe a DEUS e instala-se como juiz das outras pessoas, como se seu 
 julgamento fora idêntico ao julgamento vindo de DEUS, e tivesse grande 
 valor.  
 Peter H. Davids. 
 Comentário Bíblico Contemporâneo. Editora Vida. pag. 136-137.
  
 
 II - A BREVIDADE DA VIDA 
 E A NECESSIDADE DO RECONHECIMENTO DA SOBERANIA DIVINA (Tg 4.13-15)
 
 1. Planos meramente 
 humanos (Tg 4.13).
 A Carta de Tiago 
 apresenta outro assunto muito corrente em nossos dias: o fazer planos para o 
 futuro. Qual é a concepção de Tiago? Ele entende que podemos fazer planos, 
 desde que dependamos de DEUS para realizá-los.
 O apóstolo compara a 
 vida humana a um vapor ou fumaça, que se desvanece em pouco tempo. Por causa 
 da brevidade da nossa vida, não somos impedidos de planejar o futuro, mas 
 sim excluir DEUS dos nossos planos.
 Apresentando nossos 
 planos a DEUS
 Tiago escreve: “...Se o 
 Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo”. Para alguns 
 pregadores modernos, essas palavras de Tiago deveriam ser retiradas do 
 texto. Não são poucos os púlpitos de nossas igrejas em que mensagens 
 empolgantes orientam os crentes a colocarem DEUS contra a parede, 
 “obrigando” o Eterno a realizar sonhos e desejos de riquezas e poder. Esse 
 tipo de atitude deturpa o verdadeiro evangelho. Disse certa vez Isael de 
 Araújo, autor da célebre obra Dicionário do Movimento Pentecostal: “DEUS não 
 vai julgar o que o evangelho faz conosco, mas vai julgar o que fazemos com o 
 evangelho”. DEUS não é um escravo à disposição de satisfazer nossos desejos. 
 Ele é o Senhor, e nós, seus servos. Não podemos tentar constranger DEUS a 
 realizar nossos desejos e ignorar a vontade divina para nossas vidas.
 Tiago chama a atenção de 
 seus leitores sobre a realidade do fato de que não podemos controlar a nossa 
 própria vida. Pelo texto, Tiago parece descrever algumas atividades 
 relacionadas à vida de membros da congregação. São atividades aparentemente 
 não relacionadas à vida eclesiástica: viajar para determinada localidade, lá 
 residir por um ano, fazer contratos, estabelecer negócios e ganhar dinheiro.
 DEUS preza pelo 
 trabalho? Sim. Ele espera que com seu fruto possamos angariar recursos para 
 nossa subsistência e daqueles que dependem de nós. Se ganhamos a vida de 
 forma honesta, não temos nada a temer.
 DEUS condena 
 planejamentos? Claro que não. Se olharmos para os dias da Criação, veremos 
 que DEUS planejou primeiro o ambiente em que o homem seria colocado, e 
 depois de esse ambiente ser criado, DEUS criou o homem. Ele proveu a terra 
 de todos os recursos para a vida humana, e depois estabeleceu a humanidade. 
 Ele não fez o caminho inverso. Por isso, tudo em nossa vida precisa de um 
 direcionamento, um planejamento: onde quero chegar, por qual caminho vou 
 chegar, quanto tempo levarei para chegar e quais recursos precisarei ter 
 para essa finalidade.
 Tiago, de forma direta, 
 nos desafia a incluir DEUS em nossos planos, e de forma indireta nos ensina 
 que isso implica a busca pela vontade de DEUS em nossas vidas. Se temos de 
 fazer planos, devemos fazê-los de acordo com os projetos de DEUS para nós.
 A Bíblia não é um livro 
 de curiosidades que diz com quem uma pessoa solteira vai se casar, se vai 
 chover hoje ou amanhã, ou ainda, o tipo de profissão que devo seguir ou 
 quantos filhos devo ter. Há muitas situações em que DEUS nos permite usar 
 nosso bom senso, analisar aquilo de que dispomos e seguir uma carreira de 
 acordo com nossos talentos pessoais, e isso não é pecado. Mas não é certo 
 deixar de apresentar a DEUS nossos planos. Na prática, isso não significa 
 que DEUS não saiba o que queremos, pois Ele sabe o que vamos pedir antes 
 mesmo de orarmos. Porém, nossos planos devem estar sujeitos a DEUS, até 
 mesmo quando Ele nos diz um necessário “não”.
 Lembre-se também de que 
 a minha obediência a DEUS hoje pode garantir a orientação divina no futuro. 
 Pensemos no caso do rei Saul. Ele foi escolhido por DEUS, ungido, e até 
 profetizou, mas com o passar do tempo se tornou um homem rebelde a DEUS e à 
 sua orientação, e DEUS deixou de falar com ele. No final de sua vida, Saul 
 foi procurar uma feiticeira para se consultar, porque DEUS não mais falava 
 com ele. Há uma lógica nesse fato? Sim. Se eu confio na orientação de DEUS e 
 a obedeço hoje, DEUS certamente continuará a me orientar, pois sabe que eu 
 não apenas ouço sua voz, mas a obedeço também. De nada adianta buscar a 
 orientação divina se eu não tenho a menor intenção de obedecê-la.
 Outro caso foi o do rei 
 Josafá, diante de uma batalha, em 2 Crônicas 18. Acabe, o rei ímpio de 
 Israel, procurou Josafá para que ambos se aliassem em uma batalha, e Josafá 
 foi consultar ao Senhor. DEUS o respondeu por intermédio do profeta Micaías, 
 mas Josafá ignorou a Palavra do Senhor. Por ter ouvido a Palavra de DEUS e tê-la ignorado 
 no tocante à aliança com Acabe, Josafá foi duramente repreendido pelo 
 Senhor. Na prática, podemos escolher ouvir a Palavra de DEUS e obedecê-la ou 
 ignorá-la, mas os resultados sempre seguem as pessoas nos dois casos, Acabe 
 se tornou um rei rebelde e perdeu o reino, além de ter se tornado uma figura 
 mal vista nas Escrituras. Josafá foi repreendido pelo Senhor, coisa que não 
 ocorreria se tivesse obedecido a DEUS.
 Podemos evitar muitos 
 problemas em nossas vidas quando decidimos buscar ao Senhor e obedecer-lhe a 
 voz. DEUS não é contra fazermos planos, mas orienta-nos a que os 
 apresentemos a Ele. Provérbios 16 nos mostra a melhor forma de lidar com 
 nossos planos pessoais para o futuro: “Do homem são as preparações do 
 coração, mas do SENHOR, a resposta da boca.
 Todos os caminhos do 
 homem são limpos aos seus olhos, mas o SENHOR pesa os espíritos. Confia ao 
 SENHOR as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos” (Pv 16.1-3). 
 Esses versos nos ensinam basicamente 3 verdades: a) o homem pode preparar 
 seus planos, mas DEUS é que dá a última palavra; b) nossos projetos podem 
 estar certos aos nossos olhos, mas ao mesmo tempo serem reprovados por DEUS; 
 c) quando confiamos ao Senhor nossos planos, dependendo realmente da 
 aprovação dEle, podemos ter a certeza de que se esses planos forem aprovados 
 por Ele, eles serão realizados.
 DEUS não deseja estar 
 distante de nossos projetos pessoais. Ele quer participar de cada esfera de 
 nossa vida, mas quer que confiemos nEle mesmo que precisemos abrir mão de 
 nossos planos em prol dos dEle. Façamos projetos e invistamos neles dentro 
 de nossas possibilidades, mas nunca nos esqueçamos de que nossa vida é muito 
 breve, que não temos controle sobre ela, e que DEUS tem sempre planos 
 melhores do que os nossos: “Porque eu bem sei os pensamentos que penso de 
 vós, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que 
 esperais” (Jr 29.11).
 E fácil render nossos 
 planos ao Senhor? Claro que não, principalmente quando não confiamos 
 plenamente nEle ou quando achamos que Ele vai frustrar os nossos planos. Mas 
 à medida que andamos com Ele, vamos crescendo na comunhão e confiança 
 naquilo que Ele quer para nós. Quando andamos com DEUS e temos uma confiança 
 contínua no que Ele está fazendo ou vai fazer, não teremos dificuldades para 
 confiar nossa vida terrena àquEle que já tem um grande projeto eterno para 
 todos nós.
 Alexandre Coelho e Silas 
 Daniel. Fé e Obras, Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica. 
 Editora CPAD. pag. 128-132.
Pr Henrique, EBD NA TV, Cajamar, SP, Revista Lições Bíblicas, CPAD, Assembleia de Deus Belém, Missões, Central Gospel, ADVEC, BETEL, Madureira, adultos, estudantes, professores, Imperatriz, MA, Ervália, MG, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS, Slides, Trimestres, Tema diversos, meu telefone, 99-99152-0454, Luiz Henrique de Almeida Silva, Canal YouTube, Henriquelhas, Rodovia Edgar Máximo Zambotto, 354, Residencial Vista Bella, Torre A, Apto 95, Jordanésia, Cajamar, SP. CEP: 07786-015
Assinar:
Comentários (Atom)