LIÇÃO 2 - ESPERANÇA EM MEIO À ADVERSIDADE
LIÇÕES BÍBLICAS - 3º Trimestre de 2013 - CPAD -
Para jovens e adultos
Tema: Filipenses - A Humildade de CRISTO como
exemplos para a Igreja.
Comentário: Pr. Elienai Cabral
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de
Almeida Silva
QUESTIONÁRIO
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE
TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
Veja também
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao13-ada-1tr11-paulotestificadecristoemroma.htm
TEXTO ÁUREO
"Porque para mim o viver é CRISTO, e o morrer é ganho"
(Fp 1.21).
VERDADE PRÁTICA
Nenhuma adversidade poderá reter a graça e o poder do Evangelho
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 16.23-25O louvor supera os açoites
Terça - 1 Pe 1.3-9Guardados pela fé
Quarta - Gl 5.16-21Guiados pelo ESPÍRITO no conflito
Quinta - Gl 5.22-26O fruto do ESPÍRITO garante vitória
Sexta - Fp 1.12-14A alegria na defesa do Evangelho
Sábado - Fp 1.15-21A motivação correta do anúncio
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE -
Filipenses 1.12-21
12 E quero, irmãos, que
saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do
evangelho. 13 De maneira que as minhas prisões em CRISTO foram manifestas
por toda a guarda pretoriana e por todos os demais lugares; 14 e muitos dos
irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra
mais confiadamente, sem temor. 15 Verdade é que também alguns pregam a
CRISTO por inveja e porfia, mas outros de boa mente; 16 uns por amor,
sabendo que fui posto para defesa do evangelho; 17 mas outros, na verdade,
anunciam a CRISTO por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição
às minhas prisões. 18 Mas que importa? Contanto que CRISTO seja anunciado de
toda a maneira, ou com fingimento, ou em verdade, nisto me regozijo e me
regozijarei ainda. 19 Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa
oração e pelo socorro do ESPÍRITO de JESUS CRISTO, 20 segundo a minha
intensa expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com
toda a confiança, CRISTO será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu
corpo, seja pela vida, seja pela morte. 21 Porque para mim o viver é CRISTO,
e o morrer é ganho.
1.16 PARA DEFESA DO EVANGELHO. DEUS deu a Paulo a tarefa importante de
defender o conteúdo do evangelho, conforme o temos nas Escrituras.
Semelhantemente, todos os crentes são conclamados a defender a verdade
bíblica e a resistir àqueles que distorcem a fé (v. 27; ver Gl 1.9; Jd
3). As palavras de Paulo parecem estranhas aos pastores dos nossos dias, que
não vêem a necessidade de "batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos"
(Jd 3)
1.19 ESPÍRITO DE JESUS CRISTO. O ESPÍRITO SANTO que habita no crente é
chamado o "ESPÍRITO de JESUS CRISTO" (Cf. At 16.7; Rm 8.9; Gl 4.6), porque é
CRISTO quem outorga o ESPÍRITO ao crente, na sua conversão e é Ele quem
subseqüentemente batiza o crente com o ESPÍRITO SANTO (ver At 1.8). Esse
ESPÍRITO é o mesmo que ungiu a JESUS, a fim de trazer redenção ao mundo (ver
Lc 4.18).
1.21 MORRER É GANHO. O verdadeiro crente, vivendo no centro da vontade de
DEUS, não precisa ter medo da morte. Ele sabe que DEUS tem um propósito para
o seu viver, e que a morte, quando ela vier, é simplesmente o fim da sua
missão terrestre e o início de uma vida mais gloriosa com CRISTO (vv. 20-25;
ver Rm 8.28).
Atos 28.30 -
PAULO FICOU DOIS ANOS INTEIROS. A história da igreja primitiva, escrita por
Lucas, termina aqui. Paulo permaneceu em prisão domiciliar por dois anos.
Tinha licença de receber visitas, às quais pregava o evangelho. O que
aconteceu a Paulo depois, segundo geralmente se crê, é o que se segue.
Durante esses dois anos, Paulo escreveu as Epístolas aos Efésios,
Filipenses, Colossenses, e a Filemon. Em 63 d.C., aproximadamente, Paulo foi
absolvido e solto. Durante uns poucos anos continuou seus trabalhos
missionários, e talvez tenha ido até à Espanha, conforme planejara (Rm
15.28). Durante esse período, escreveu 1 Timóteo e Tito. Foi preso de novo
cerca de 67 d.C., e levado de volta a Roma. 2 Timóteo foi escrita durante
esse segundo encarceramento em Roma. A prisão de Paulo só terminou ao ser
ele decapitado, sofrendo o martírio sob o imperador romano Nero.
RESUMO RÁPIDO:
I. ADVERSIDADE: UMA
CONTRIBUIÇÃO PARA A PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO
1. Paulo na prisão.
Paulo estava preso em Roma, aguardando julgamento. Se pudesse escolher
morreria para estar com CRISTO, mas sabia que deveria ficar e esperar ser
solto para continuara a pregar o evangelho.
2. Uma porta se abre
através da adversidade.
DEUS usou o
sofrimento do apóstolo para que o Evangelho fosse anunciado de Roma para o
mundo. Além de pregar aos soldados, recebia visitas. A igreja de Roma
começou a pregar com coragem e escrevia cartas que seriam de grande
importância no futuro.
II. O TESTEMUNHO DE PAULO NA ADVERSIDADE
(1.12,13)
1. O poder do Evangelho. Nenhum
poder humano conterá a força do Evangelho, pois este é o poder de DEUS para
salvação de todo aquele que crê. O evangelho cresce mesmo na cadeia, nas
catacumbas, nas cavernas subterrâneas, etc... É DEUS quem comanda tudo.
2. A preocupação dos
Filipenses com Paulo.
Achavam que a sua prisão prejudicaria a causa cristã e que ele estaria
frustrado por não pregar o evangelho e ainda atrapalhar a pregação do mesmo.
3. Paulo rejeita a
auto-piedade. Para
ele, o sofrimento no exercício do santo ministério era circunstancial e
estava sob os cuidados de DEUS. Paulo sabia que aquele sofrimento era
passageiro e no final dele, ou ele poderia sair e pregar o evangelho
livremente ou morreria e estaria com CRISTO para sempre (bem mais feliz).
III. MOTIVAÇÕES PARA A PREGAÇÃO DO EVANGELHO
(1.14-18)
1. A motivação positiva.
Ousam falar a palavra mais confiadamente. A pregação do evangelho em Roma
estava quase parada pelo medo dos cristãos de serem mortos, mas com a prisão
de Paulo e seu progresso na salvação das almas que o visitavam, a maioria
deles tomou ânimo de pregarem também.
2. A motivação negativa.
Pela
teimosia, agiam por motivos errados. Usavam o exemplo da prisão de Paulo
para se auto-declararem melhores cristãos do que ele. Pregavam livremente
sem estarem por detrás das grades (cristão preso por cinco anos para eles
era sinal de pecado).
IV. O DILEMA DE PAULO (1.19-22ss.)
1. Viver para CRISTO.
Porque para mim o viver é CRISTO, e o morrer é ganho. Se fosse absolvido
iria continuar sofrendo pelo evangelho em obediência a CRISTO; se fosse
condenado lucraria mais, pessoalmente, pois, estaria para sempre com seu
mestre, imediatamente.
2. Paulo supera o dilema.
"Estar com CRISTO" e "viver na carne". Nos
versículos 25 e 26, ele entende que, se fosse posto em liberdade, poderia
rever os irmãos de Filipos, e viver o amor fraterno pela providência do
ESPÍRITO SANTO. Ele escolhe então o pior para ele - Ficar vivo aqui na Terra
para continuara a pregar o evangelho. Assim JESUS fez - escolheu a CRUZ.
Comentários do livro - Atos - Introdução e
Comentário - I. Howard Marshall - Série Cultura Bíblica - edições 1985,1988,
1991, 1999 e 2001 - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - SP
Paulo e os judeus em Roma (28:17-31).
O relato de Lucas acerca das atividades de Paulo em Roma silencia no que diz
respeito a dois aspectos que acharíamos mais interessantes: o resultado do
seu apelo a César, e seu relacionamento com a igreja cristã que já existia
em Roma. Todo o interesse se centraliza nos contatos entre Paulo e os judeus
não-cristãos. Convoca os representantes deles a se encontrarem com ele, e
explica em termos resumidos como fora trazido a Roma como resultado de
acusações que os judeus fizeram contra ele na Judéia; surge, assim, a
oportunidade para ele explicar a natureza da mensagem cristã a estas
visitas; suas palavras, no entanto, são recebidas de diversas maneiras.
Quando estes judeus de Roma não conseguem chegar a um acordo entre si a
respeito, Paulo se pronunciou claramente, condenando a cegueira e a
obstinação deles em recusarem o evangelho, e, diante disto, declarou-se
livre para levar aos gentios a mensagem da salvação. No decurso dos dois
anos, mencionados por Lucas, Paulo pregava e
ministrava aos gentios. Destarte, o quadro final que é mostrado ao leitor
retrata o apelo final que Paulo fez aos judeus, e a sua aceitação de uma
chamada aos gentios. A impressão que se transmite é que Paulo sentia, no
decurso do seu ministério inteiro, o dever de ir primeiramente aos judeus, e
que era somente quando estes recusavam a mensagem que ele ia aos gentios.
Tudo isto harmoniza-se perfeitamente com a expressão, cheia de emoção, dos
sentimentos de Paulo acerca da sua chamada em Romanos caps. 9-11. Além
disto, leva ao clímax o livro inteiro, sendo que o programa missionário
registrado em Atos 1:8 agora é levado a um ponto decisivo: o evangelho
chegou à capital do Império Romano, e é proclamado aos gentios, sem
impedimento; a igreja está à beira de expansão adicional, com a esperança de
Paulo chegar à Espanha (Rm 15:24, 28) sempre presente nos planos, indicando
a direção para maiores avanços. A igreja, portanto, recebe suas ordens de
marcha: Roma é uma etapa no itinerário, e não o alvo final. Em princípio,
está livre para deixar de preocupar-se com os judeus, pelo menos por
enquanto (Lc 21 :24), e passar a dedicar-se aos gentios.
Lucas apresenta este quadro em termos da missão de Paulo. Os judeus em Roma
recebem a oportunidade de corresponderem ao modo de Paulo entender o
evangelho, muito embora já tivessem, decerto, alguma familiaridade com a
mensagem dos cristãos que estavam em Roma já desde uma data bem antiga (At
2:10). Isto quer dizer que Lucas nada diz acerca da presença e atividade da
igreja em Roma a não ser nos vv. 15-16 e, destarte, os leitores de Atos
podem receber uma impressão inexata. É o mesmo tipo de relato concentrado
que achamos no capítulo final do Evangelho, onde todas as aparições do JESUS
ressurreto se apresentam como se fossem confirmadas a Jerusalém e seus
arrabaldes, e como se tivessem ocorrido no Domingo da Páscoa, muito embora
tivessem havido aparições noutros lugares, e o próprio Lucas mais tarde
torne claro que continuaram no decurso de um período de quarenta dias.
17. A primeira ação de Paulo, uma vez estabelecido na sua nova moradia, é
conclamar os principais dos judeus em Roma. Nossas informações acerca da
comunidade judaica em Roma são insuficientes para sabermos precisamente
quais são os oficiais aqui em mira. Paulo os convida a vir até ele, pois,
segundo parece, não está livre para ir visitar a eles; sua situação é de
prisão domiciliar. Dá-lhes as razões que o levaram a Roma. Declara que nada
fizera contra o povo judaico, nem atacara seus costumes (cf. 25:8). Mesmo
assim, os judeus o entregaram aos romanos. A linguagem se assemelha àquela
que Lucas aplica a JESUS no Evangelho (Lc 18:32), e é possível que Lucas
queira que seus leitores vejam um paralelo entre o destino de JESUS e o de
Paulo. Tem sido alegado, outrossim, que Lucas contradiz sua história
anterior, na qual os romanos arrebataram Paulo das mãos dos judeus. Lucas,
porém, se ocupa com os essenciais da história, e não com os pormenores, e o
relato aqui é uma representação correta de como os judeus passaram a
processar Paulo diante de Félix e Festo, tendo em mira uma sentença romana
para Paulo, por delitos que realmente seriam judaicos, por mais que os
judeus tentassem alegar que Paulo era, na realidade, um perigo para Roma.
18. O inquérito que os romanos instauraram contra Paulo não substanciou as
acusações dos judeus contra ele. Nada fizera que merecesse a morte, e,
portanto, deveria ter sido inocentado e solto. Paulo disse que os romanos
quiseram soltá-lo. Parece um pouco estranho. Na realidade, os governadores
nenhuma tentativa fizeram para colocar Paulo em liberdade, e foi porque
Festa queria julgá-Ia em Jerusalém que Paulo sentiu-se obrigado a apelar a
César. Foi o rei Agripa que afirmou que Paulo poderia ser posto em liberdade se
não tivesse apelado a César, e supõe-se que Festo concordou com ele naquela
altura dos acontecimentos. A declaração de Paulo, portanto, é uma
simplificação da narrativa anterior, e reflete o que se nos diz acerca dos
desejos dos governadores, não fosse a pressão dos judeus.
19. A razão porque Paulo se sentiu compelido a apelar
para César foi,
segundo ele, a oposição dos judeus ao desejo dos romanos de o
libertarem. Parece que se trata de uma alusão às acusações dos judeus,
registradas em 25:2, 7, que levaram Festo a perguntar se Paulo estaria
disposto a ser julgado em Jerusalém. Se for assim, devemos
provavelmente
entender que 25 :4-5 significa que se os judeus não tinham libelo
formal
contra Paulo, Festo o teria posto em liberdade; tal conceito é
razoável,
pois Festo deve ter considerado que os dois anos de detenção que Paulo
já
sofrera bastariam como castigo adequado se tivesse havido qualquer
delito
contra as leis especificamente judaicas. Assim, haveria harmonia entre
os
relatos registrados em Atos. Paulo deixa claro que não está atacando a
nação
judaica por causa do modo dos líderes agirem; este é um discurso de
conciliação, e Paulo está concedendo que os judeus agiram dentro dos
seus
direitos se pensaram que ele havia feito alguma coisa errada.
20. Fora, portanto, para informar os judeus de Roma de modo exata
acerca da situação que Paulo os convidara em conjunto. Isto porque a questão
em pauta no seu julgamento, conforme insistira no decurso dos processos, era
a natureza verdadeira da esperança de Israel, na vinda do Messias e na
ressurreição. Estava, portanto, preso por ser um judeu leal; segundo o modo
de Paulo encarar a situação, estava em cadeias romanas por esta razão.
21. Os judeus de Roma professavam completa ignorância acerca de Paulo e do
caso dele. Não receberam quaisquer instruções de Jerusalém que pudesse
dirigi-Ias numa representação da causa jurídica dos judeus contra Paulo,
diante do fórum; além disto, nenhum mensageiro judaico, vindo de Jerusalém,
trouxe qualquer relatório contrário a Paulo. Nisto nada há de estranhável.
É
improvável que os líderes judaicos tivessem dado andamento ao processo
depois de ele ter sido transferido a Roma, porque teriam pouca ou nenhuma
possibilidade de sucesso. Nenhuma comunicação oficial acerca de Paulo deve
ter chegado aos judeus em Roma, portanto. É muito possível que os judeus em
Roma preferissem manter ignorância do caso; decerto, não se esqueceram que
disputas anteriores acerca do Messias levaram à sua expulsão temporária da
cidade (18:2).
22. Mesmo assim, estavam interessados em saber o que Paulo diria em prol da
sua própria causa. Sabiam alguma coisa acerca da seita (24:24) cristã, pois
havia uma igreja ativa em Roma, e sabiam que ela era freqüentemente
criticada. Supõe-se, também, que já ouviram falar de Paulo e da sua
reputação como missionário de destaque, e tinham curiosidade suficiente para
prestarem atenção àquilo que diria acerca de si e acerca das razões por que
estava em má situação diante das autoridades em Jerusalém.
23. Foi marcado um dia apropriado para a reunião, e um grupo
grande veio visitar Paulo.
O tema de Paulo não era a sua própria situação mas, sim, o evangelho. Fez
uma exposição dele ao proclamar o reino de DEUS e ao persuadi-los a respeito
de JESUS, baseando os seus argumentos nas declarações de Moisés e os
profetas. O assunto, portanto, combinava os temas da pregação de JESUS e da
mensagem apostólica acerca dEle, que formavam uma unidade: o domínio de DEUS
era o domínio do agente de DEUS, o Messias, e eram os judeus que cumpriam
este papel. Numa discussão com judeus, as Escrituras do Antigo Testamento
forneciam a evidência principal, e o debate dependia da interpretação delas,
e de se os fatos a respeito de JESUS poderiam ser encarados como sendo o
cumprimento das profecias. Esta descrição da mensagem de Paulo corresponde a
resumos gerais anteriores dos seus argumentos nas sinagogas (17:2-3; 18:5),
e obviamente reflete a sua praxe normal.
24-25. O resultado foi o tipo de resposta mista que Paulo recebera em
ocasiões anteriores. Alguns ficaram persuadidos pelo que ele dizia, mas nada
se diz para sugerir que foram convertidos a uma aceitação pessoal da
mensagem. Outros ficaram francamente sem convicção alguma. Assim desfez-se a
reunião, com os judeus argumentando entre si. Foram embora, e não há,
tampouco, sugestão alguma de que quaisquer deles ficaram suficientemente
interessados para voltarem numa ocasião posterior. Antes da partida deles,
no entanto, Paulo pronunciou uma palavra final. Declarou que o ESPÍRITO
SANTO falara a verdade acerca deles nas palavras que Isaias originalmente
dirigira aos antepassados deles; era um caso de "tal pai, tal filho". A
citação era uma daquelas que mais familiarmente se empregava na igreja
primitiva. Fora empregada por JESUS (Lc 8:10; cf. Mt 13:1315; Mc 4:12); e é
citada por João (Jo 12:39-40), e o próprio Paulo a empregara na sua Epístola
aos Romanos (Rm 11 :8). Aqui, como em Mateus 13: 14-15, temos o texto
inteiro da citação de Isaías 6:9-10, segundo a LXX. É possível que Lucas
tenha deliberadamente abreviado o dito de JESUS que incorporou em Lucas
8:10, a fim de preservar o pleno efeito para o presente contexto.
26-27. Diz-se ao povo de DEUS que, por muito que venha a ouvir e ver, nunca
entenderá nem perceberá o que DEUS lhe diz. Este é um julgamento divino
sobre ele porque ele mesmo tornou seu coração impérvio à Palavra de DEUS;
deixou com que se tornasse surdo e cego por causa de ter medo de ouvir e ver
a perturbadora Palavra de DEUS e, assim, de receber livramento da parte de
DEUS. A Palavra de DEUS traz consigo o diagnóstico do pecado, que é doloroso
de se escutar e aceitar, mas, ao mesmo tempo, fere a fim de curar. Uma vez
que a pessoa deliberadamente recusa a Palavra, chega a um ponto em que é
despojada da capacidade para recebê-Ia. Esta é uma advertência severa às
pessoas que não levam a sério o evangelho.
28. Tendo em vista estes fatos, os judeus devem tomar nota solene do fato de
que a mensagem da salvação agora está sendo enviada aos gentios, e que estes
corresponderão mais favoravelmente à oferta. Duvida-se que esta é uma
rejeição definitiva dos judeus. As cartas de Paulo certamente indicam que
esperava no tempo certo uma mudança de coração da parte deles (Rm 11
:25-32). É bem possível que Lucas, também, entendesse assim a situação.
26.2
Seja como for, a missão cristã dedica aos gentios toda a sua atenção, por
enquanto. Paulo já não se sente obrigado a ir "primeiramente aos judeus", e
é bem possível que Lucas aqui o apresente como um exemplo a ser seguido pela
igreja em geral.
30. Durante dois anos, Paulo continuou a morar na sua própria habitação. A
frase "às suas próprias expensas" (ARA e ARC: "que alugara") dá a entender
que tinha alguma fonte de renda; os prisioneiros podiam, em certas
circunstâncias, exercer as suas próprias profissões. A tradução alternativa,
na sua própria casa, que alugara, talvez .expresse com exatidão a situação resultante. O importante é que
Paulo não estava numa prisão comum, mas, sim, continuava no modo de vida
descrito em v. 16. Embora não tivesse liberdade de movimentos, nem por isso
deixava de atuar como missionário cristão, pois as pessoas podiam vir
visitá-lo; Paulo podia escrever acerca do "evangelho pelo qual estou
sofrendo até algemas, como malfeitor; contudo, a palavra de DEUS não está
algemada" (2 Tm 2:9).
O que aconteceu no fim dos dois anos?
A implicação é que alguma coisa alterou-se a esta altura.
Paulo foi julgado e inocentado, ou o governo romano abriu mão
do processo contra ele.
Paulo passou a desfrutar um período de liberdade antes de voltar a ser
preso e, finalmente, executado. É esta a impressão que se obtém das
Epístolas Pastorais. Existem muitas discussões sobre o tema, pois o único
evento sobre o qual há unanimidade é que Paulo foi executado pelos romanos.
Seja qual for a verdade, o destino de Paulo é secundário, comparado com
o progresso do evangelho. A descrição final mostra Paulo pregando aos
gentios a mesma mensagem que pregara no decurso da história em Atos, e isto
com intrepidez e sem impedimento. A implicação é que as acusações contra
Paulo eram falsas e que o próprio DEUS estava apoiando a sua proclamação.
Nada que os homens são capazes de fazer é suficiente para impedir o
progresso e vitória final do evangelho.
A AMBIÇÃO DE PAULO PELO
EVANGELHO - Filipenses 1:12-26 - John Macarthur - Comentário Filipenses
Aqui o dominante interesse de Paulo em ver CRISTO proclamado. Ele
alimenta esta ambição não simplesmente como um indivíduo particular, mas
como um apóstolo, cujas atuais circunstâncias de confinamento estão ligadas
ao destino do evangelho, cuja mensagem ele foi encarregado de proclamar. Por
esta razão, ele devota grande parte de seus escritos à insistência em que o
evangelho não está em perigo, por causa de sua prisão, e também à explicação
sobre por que ele sofre — como que refutando a insinuação de que ele não é
um verdadeiro apóstolo, visto que está sofrendo. Ele passa por cima de
muitas questões sobre suas circunstâncias pessoais, que nos interessariam
ver esclarecidas. O principal assunto (para Paulo) não está em dúvida:
CRISTO está sendo proclamado, e Sua mensagem será pregada, seja qual for o
destino de Paulo, como prisioneiro.
12. A linguagem do versículo dá a entender que Paulo desejava assegurar aos
filipenses que tudo estava bem com ele. Talvez tivessem manifestado alguma
preocupação quanto a ele, através da visita de Epafrodito (2:25). Seu
interesse se focaliza em entregar uma declaração de defesa pessoal de seu
apostolado, e em relatar o progresso do evangelho. O termo grego traduzido
por progresso (gr. prokopé) significa, mais especificamente, “avanço a
despeito de obstruções e perigos que bloqueiam o caminho do viandante”.
13. Paulo vai mais longe, mostrando como a obra missionária progrediu, a
despeito da terrível oposição externa. Sua prisão tomou-se conhecida de
todos ao seu redor, e todos reconhecem que ele é um prisioneiro por causa de
sua entrega à causa de CRISTO, isto é, ele não é um malfeitor civil, nem
preso político. Tampouco é seu trabalho apostólico posto em dúvida somente
porque ele é um apóstolo sofredor. Bem ao contrário.
...De toda a guarda pretoriana e de todos os demais — eis a esfera em que o
testemunho de Paulo é eficiente. A segunda parte da frase refere-se,
claramente, a pessoas, e assim fixa o significado de praitõrion (palavra
emprestada do latim, praetorium, ao grego). Refere-se, pois, não à
residência imperial, ou à do governador, mas, à guarda do imperador, ou à
corte pretoriana estacionada na metrópole.
14. Como segunda conseqüência das notícias de sua prisão, outras pessoas
dentro da comunidade cristã estão recebendo novo estímulo para o trabalho de
evangelização. O texto grego da frase a maioria dos irmãos indica um
contraste com o grupo de pessoas mencionadas no versículo anterior. Os
crentes descobriram uma nova fonte de energia (tomando-se estimulados no
Senhor) e são encorajados, pelo exemplo de Paulo, a falar mais ousadamente,
em testemunho da palavra de DEUS, isto é, a mensagem apostólica.
Outra interpretação do texto abre-nos uma visão diferente. Esta leva-nos a
tomar a frase de Paulo, no grego (hoi pleiones), e fazê-la significar “a
maioria” (mas, não todos) em referência aos pregadores cristãos no lugar do
cativeiro de Paulo. Isto significaria que nem todos ficaram positivamente
estimulados pela presença de Paulo, o apóstolo aprisionado, o que daria
lugar a uma divisão, mencionada nos versículos 15-17. Seja qual for o caso,
são pregadores cristãos (irmãos); este título suporta a primeira
interpretação, segundo a qual a presença de Paulo, e seu comportamento na
prisão exerceram efeito salutar sobre a comunidade cristã em geral, ao seu
redor.
15-17. Eis uma seção importante da carta, que suscita diversidade de
interpretações. Parece haver alguma tensão com o versículo anterior, 14.
Ali, Paulo escrevera aprovando entusiasticamente os pregadores que se
fortaleceram pelo testemunho do apóstolo, na prisão, e que se lançaram,
então, em ativa obra missionária. Agora, ele precisa comentar, tristemente,
que nem todos estão motivados pelas melhores intenções. Alguns efetivamente
proclamam a CRISTO por inveja e porfia, movidos por motivos de discórdia,
insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias.
Paulo não condena a substância de sua pregação. A triste observação do
apóstolo refere-se aos motivos por que pregam a CRISTO.
Parece que se objetiva um grupo de pregadores cristãos que desdenham de
Paulo, porque ele é um apóstolo em cadeias; eles se inspiram em pensamentos
de inveja e animosidade contra Paulo, porque parece que ele colocou em
dúvida a mensagem cristã, por sua fraqueza, como prisioneiro, e prejudicou
seu progresso no mundo. A porfia deles, contudo, não é dirigida contra o
apóstolo, pessoalmente; ao invés disso, eles apresentam uma estratégia
missionária, rival, que excede em poder, comprova sua reivindicação mediante
um triunfalismo sobre toda e qualquer oposição, e gloria-se no sucesso. Com
efeito, eles vêem a si mesmos como “homens de DEUS”, semelhantes aos
professores e pregadores itinerantes, religiosos, os quais eram figuras
familiares no mundo antigo greco-romano. O mérito desta interpretação é que
ela ilumina outras referências à situação de Paulo na cidade de sua
detenção.
A réplica de Paulo é multifacetada. Ele é grato pela lealdade daqueles que
vêem o verdadeiro significado de sua prisão. Ele ainda está ativo,
testemunhando, e é sua fidelidade ao evangelho apostólico que lhe trouxe
aqueles sofrimentos (v. 16). Ele está incumbido por DEUS (o gr. keimai é um
termo teológico, que enfatiza que seu trabalho é determinado por comissão
divina (cf. Lc 2:34; 1 Ts 3:3; possivelmente 1 Jo 5:19) e não está aqui
devido a qualquer ação temerária (alegação que poderia bem ter circulado),
nem porque ele esteja isento de sofrimento, como os “verdadeiros apóstolos”
poderiam alegar.
18. Assim, ele resume sua
reação à situação criada por um segmento hostil da igreja ao redor. Todavia,
que importa? Sua única preocupação é a pregação de CRISTO; este fato enche-o
de alegria, tanto pelo presente como pelo futuro.
19. sim, sempre me regozijarei. Renova-se aquela expectativa de alegria
futura. Paulo retorna, agora, ao assunto de seu destino, como prisioneiro,
ou pelo menos ao seu desejo de ser uma testemunha, em seu confinamento. Seu
regozijo está baseado, não em algum cálculo humano, mas, em sua confiança na
ajuda de DEUS. Nesta esfera, pode ele contar com dois tipos de assistência:
uma delas é humano (vossa súplica), enquanto a outra vem diretamente de DEUS
(pela provisão do ESPÍRITO de JESUS CRISTO). Paulo exprime com tocante
minúcia ambos os tipos de assistência que ele, com alegria, pode avocar. A
súplica dos filipenses (gr. deèsis) é resposta à sua súplica a favor deles
(v. 4). A provisão (ARC, socorro) do ESPÍRITO SANTO sugere um revestimento,
e fortalecimento de sua vida, de tal forma que sua coragem não lhe falhará;
e nem será, seu testemunho, prejudicado (v. 20), seja qual for o resultado
do processo contra ele. A ajuda do ESPÍRITO é nada menos que o poder de
CRISTO disponível para Seu povo (E. Schweitzer, TDNT vi, p. 417).
Mediante esta ajuda combinada, Paulo espera obter sua libertação, (gr.
sõtèria). A palavra é equivalente à sua expectativa no tribunal. Ele espera
que sua confiança em DEUS seja honrada, e seu testemunho da fidelidade
divina será confirmado pela virada dos eventos. Mas, isto não é a mesma
coisa que a esperança de libertação da prisão, porque no versículo seguinte
ele entrevê a possibilidade da morte.
Paulo tem confiança em que, quer seja ele absolvido ou não, sua posição em
CRISTO será sustentada; Jó expressou confiança semelhante, de que sua
confiança seria validada por DEUS (13:18).
A presença de Paulo no tribunal, durante o processo, perante seus juízes
(veja-se o v. 7), será, também, uma ocasião para sustentação do evangelho.
Nessa ocasião, será ele sustentado pelo ESPÍRITO que JESUS prometera aos
discípulos, quando levados perante seus acusadores (Mc 13:11; Lc 12:11,12).
20. segundo a minha ardente expectativa e esperança. Paulo ainda mantém seu
olho no futuro, no tempo da prova que há de vir. Uma perspectiva que
encheria a maioria das pessoas com pressentimentos e alarmes, é, de fato,
ardentemente aguardada por Paulo. A palavra apoka- radokia (ardente
expectativa) é bastante pitoresca, denotando um estado de antecipação viva
do futuro, o esticar do pescoço para captar um vislumbre daquilo que jaz à
frente, “a esperança intensa, concentrada, que ignora outros interesses
(apo), e força-se para a frente, como que esticando a cabeça (kara, dokein)”
. É, assim, uma atitude positiva para com aquilo que o futuro possa trazer,
um significado comprovado no uso secular do verbo grego.
A perspectiva alegre de Paulo é governada por várias considerações. Ele
confia em que sua coragem não sucumbirá ao temor; ao contrário, ele deseja
que sua prova seja enfrentada com nova coragem (gr. parrhèsia, literalmente:
“ousadia ao falar em público”). Acima de tudo, ele almeja que seja CRISTO
engrandecido. O contraste: em nada ... envergonhado... o Senhor glorificado
(gr. megalynthèsetai) é comum no Saltério do VT, e no rolo Hinário de
Qumran, por ex.: IQH 4.23s.:
Eles não me estimam [para que Tu possas] manifestar Teu poder (isto é,
fazer-Te grande) através de mim.
Tu Te tens revelado a mim, em Teu poder, como perfeita Luz, e não tens
coberto minha face com vergonha. Cf. Vermes, p. 162).
A honra
de CRISTO será alcançada, continua Paulo, numa sublime indiferença para com
aquilo que a nós parece, hoje, assuntos de suma importância, quer pela vida,
quer pela morte. Tanto um como outro destino têm que ver com sua existência
física; contudo, é muito provável que Paulo diz no meu corpo, incluindo sua
vida total, como ser humano responsável, e servo de DEUS (cf. Rm 12:1,
quanto ao sentido inclusivo de sõma, denotando “o homem todo, e não apenas
uma parte. .. [e também] a esfera em que o homem serve”:
21-24. Agora, numa série de declarações contrastantes, que poderiam ser
dispostas em paralelismos, Paulo apresenta as alternativas que se lhe
deparam. O esquema está cuidadosamente delineado sob a forma de manchetes,
mas a sintaxe que tornaria o texto inteiramente inteligível, como se fora
uma peça redatorial unificada, está partida. Entretanto, o esboço daquilo
que estava na mente de Paulo é bem claro, como se vê:
a. Vida: para mim é CRISTO (v. 21a)
b. Morte: é lucro (v. 21 b)
c. Vida: se o viver.. . (v. 22)
d. Morte: estou... tendo o desejo de partir e estar com CRISTO (v. 23)
e. Vida: minha responsabilidade pastoral exige minha contínua presença (v.
24)
Cada uma destas declarações encaixa-se numa corrente progressiva de
pensamento, à medida que a mente de Paulo vai levantando as possibilidades.
Em certo sentido, ele está sopesando apenas assuntos teóricos, porque sua
vida ainda está sob risco, e sob a misericórdia de seus captores.
Entretanto, como cristãos, e como apóstolo, ele sabe que sua vida gravita na
esfera do controle soberano e providencial, de DEUS, onde nenhuma força
maligna pode tocá-lo, senão mediante permissão divina. A verdadeira questão
resume-se em decidir que tipo de “libertação” (v. 19) é melhor esperar. Se
as orações dos filipenses, em prol de sua sobrevivência, forem atendidas,
pode Paulo esperar um prolongamento de sua obra missionária (fruto para o
meu trabalho), e uma possível volta a Filipos, para reassumir seus vínculos
pastorais com a igreja ali (v. 26). Se, entretanto, o veredicto lhe é
desfavorável, significará sentença de morte, o fim de sua vida aqui. Mas,
este pensamento não causa horror a Paulo, visto que muitos “fins” desejáveis
seriam atingidos mediante este evento: seu martírio será lucro, porque
CRISTO será honrado, neste ato, e Sua mensagem proclamada (v. 21), e seu
anseio pessoal será atendido quando ele entrar em comunhão mais profunda com
seu Senhor, além do véu (v. 23).
A escolha deriva de um dilema genuíno, como a pressão de forças opostas. Ele
está “fechado dos dois lados” (tradução de Lightfoot para o v. 23). O verbo
synechomai sugere a idéia de controle total, submissão a forças que, neste
caso, são tão bem equilibradas, em sua competição, que Paulo está sob
pressão igual de ambos os lados e não pode libertar-se. Se a questão fosse
deixada à sua inclinação natural, a opção seria clara: ele escolheria a
morte (partir) como um mártir (o aoristo infinito to apothanein tem em vista
tal destino) e assim, estar com CRISTO.
Partir (gr. analysaí) não deve ser interpretado como um anseio por
imortalidade, a qual os gregos procuravam atingir mediante o derramamento do
corpo físico, permitindo, assim, que o espírito escapasse de sua prisão. A
metáfora do verbo poderia ter sido emprestada da terminologia militar
(retirar-se do campo), como no exemplo do exército de Antíoco, na retirada
da Pérsia (II Mac. 9:1 usa o verbo), ou da linguagem náutica: libertar o
barco de suas amarras, para que saia velejando. Contudo, o pano de fundo
geral, mais imediato, não é o debate filosófico, grego, a respeito da
imortalidade da alma, que procura libertar-se do corpo, à hora da morte,
(cf. a versão judaica em Tob. 3:6), mas a esperança de uma união mais íntima
com CRISTO, para o que não existe paralelo adequado na antigüidade (segundo
Gnilka). Estar com CRISTO expressa sua esperança de “pessoalmente ‘estar com
CRISTO’ . . . consistindo na comunhão pessoal entre CRISTO e o apóstolo” . O
paralelo mais próximo está em 2 Co 5:1-10.
Na experiência humana, aquela união com CRISTO, pela fé, inicia-se com a
obediência ao Seu chamado, expressa na fé e exemplificada na confissão
batismal. No ensino de Paulo é tão íntimo o elo que liga o crente ao Seu
Senhor (por ex.: 1 Co 6:17), que a morte não pode rompê-lo. Ao contrário, a
morte o introduz numa comunhão ainda mais profunda, de tal maneira que Paulo
pode dizer, na verdade, numa comparação de muita força, que esta união
além-morte, é incomparavelmente melhor, um fim almejado com devoção. O
advérbio triplo em grego (literalmente: “antes muito melhor”) significa “sem
comparação, o melhor”, isto é, um superlativo super-enfático.
Contudo, Paulo é guiado por desejos não-pessoais. Seu pensamento
“centralizado na cruz” relaciona-se não tanto à imortalidade pessoal, ou ao
interesse pelo além, mas ao interesse pelo trabalho de CRISTO, e à
fidelidade à Sua palavra (Collange). O altruísmo pastoral de Paulo rebrilha
quando ele volta à situação de seu “cuidado por todas as igrejas” (ou
“preocupação com todas as igrejas” 2 Co 11:28 ARA). É mais necessário, por
vossa causa (pensamento que inclui os filipenses, mas não se limita a eles)
que sua vida seja poupada, para poder continuar.
25-26. E, convencido disto, estou certo de que ficarei, e permanecerei com
todos vós. Estes versículos contêm uma nota que sugeriu, a alguns
comentaristas, que Paulo está expressando nova confiança, com respeito a seu
futuro. Versículos anteriores, neste capítulo (20,23) estão pesados com a
perspectiva de martírio iminente, parecendo que a morte estava ali na
esquina. “Paulo. . . bem no íntimo de seu coração, antecipava nenhum outro
destino senão a morte” (J. H. Michael). A questão é, pois, se sua
perspectiva mudou, no versículo 25, de modo que ele contempla, agora, a
probabilidade da sobrevivência, após o processo, e o retorno a Filipos
(v.26).
O que é mais certo é que a volta de Paulo a Filipos, e sua retomada do
pastorado, enquanto fosse possível, ajudaria os filipenses. Talvez Paulo tem
esperança de sobreviver até a parousia de CRISTO.
Pelo menos, asseguraria sua assistência no caminho de seu progresso (a mesma
palavra de 1:12) e gozo da fé. A última frase é um toque humano que ilustra
a força do laço que unia o apóstolo e a comunidade. Sua presença com eles
aumentaria o gozo deles, visto que a vida comum deles era uma fonte de
alegria e satisfação para o apóstolo (1:4;4:1). Então, eles teriam imensas
razões para exultação, pelo fato de suas orações por seu livramento terem
sido atendidas (v. 19), e o testemunho de Paulo ter sido mantido (v. 20).
OBJETIVOS -
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber que as adversidades podem contribuir para a expansão do Evangelho.
Explicar as motivações de Paulo para a pregação do Evangelho.
Compreender que o significado da vida consiste em vivermos para o Evangelho
RESUMO DA LIÇÃO 2 - ESPERANÇA EM MEIO À ADVERSIDADE
I. ADVERSIDADE: UMA
CONTRIBUIÇÃO PARA A PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO
1. Paulo na prisão.
2. Uma porta se abre
através da adversidade.
II. O TESTEMUNHO DE PAULO NA ADVERSIDADE
(1.12,13)
1. O poder do Evangelho.
2. A preocupação dos
Filipenses com Paulo.
3. Paulo rejeita a
auto-piedade.
III. MOTIVAÇÕES PARA A PREGAÇÃO DO EVANGELHO
(1.14-18)
1. A motivação positiva.
2. A motivação negativa.
IV. O DILEMA DE PAULO (1.19-22ss.)
1. Viver para CRISTO.
2. Paulo supera o dilema.
"Estar com CRISTO" e "viver na carne".
SINOPSE DO TÓPICO (1)
A prisão de Paulo foi uma porta aberta para a proclamação do Evangelho.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
O testemunho de Paulo na adversidade pode ser observado pela sua rejeição a
auto-piedade e a sua fé no poder do Evangelho.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Foi o Criador quem planejou o matrimônio, uma união indissolúvel e
permanente (Gn 2.24).
SINOPSE DO TÓPICO (4)
O dilema de Paulo era, imediatamente, "estar com CRISTO" ou "viver na carne"
para edificar os filipenses.
VOCABULÁRIO
Locupletarem: Enriquecerem; encherem em demasia; fartarem.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
PEARLMAN, Myer. Epístolas Paulinas: Semeando as Doutrinas Cristãs. 1.ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 1998.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2008.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 55, p.37.
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO
2 - ESPERANÇA EM MEIO À ADVERSIDADE
Responda conforme a
revista da CPAD do 3º Trimestre de 2013 - FILIPENSES
Complete os espaços
vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Porque
para mim o ____________________________ é
______________________________________, e o
_____________________________________ é ganho"
(Fp 1.21).
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
Nenhuma
_________________________________ poderá ___________________________ a
graça e o __________________________________ do Evangelho
I. ADVERSIDADE: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO
3- Qual era a situação de Paulo na prisão?
( ) Ele
sabia que seria executado em breve espaço de tempo.
( ) Paulo estava preso em Roma, aguardando julgamento.
( ) Ele
sabia que tanto poderia ser absolvido como executado.
( ) Todavia, não se achava
ansioso.
( ) O que mais desejava era, com toda ousadia, anunciar a
CRISTO até
mesmo no tribunal.
4- Paulo não era um preso qualquer; quem o guardava?
( ) Sua segurança estava sob
os cuidados da guarda pretoriana.
( ) Constituída de 10 mil soldados,
esta guarda encarregava-se de proteger os representantes do Império Romano
em qualquer lugar do mundo.
( ) Constituída de 20 mil soldados,
esta guarda encarregava-se de proteger somente o Imperador romano
em qualquer lugar do mundo.
( ) Sua principal tarefa era a proteção do
imperador.
5- Quais as principais portas que se abriram através da prisão de Paulo (adversidade)?
( ) Uma das principais
contribuições da prisão de Paulo foi a livre comunicação do Evangelho na
capital do mundo antigo.
( ) Uma das principais
contribuições da prisão de Paulo foi a livre comunicação do Evangelho em
todo o mundo antigo, menos em Roma.
( ) Os cristãos estavam espalhados por toda a cidade de
Roma e adjacências.
( ) Definitivamente a prisão de Paulo não reteve a força do
Evangelho e o promoveu universalmente.
( ) DEUS usou o sofrimento do apóstolo
para que o Evangelho fosse anunciado de Roma para o mundo.
II. O TESTEMUNHO DE PAULO NA ADVERSIDADE (1.12,13)
6- Como é demonstrado o poder do Evangelho?
( ) O principal propósito de Paulo era ver as Boas Novas
prosperando entre os judeus..
( ) De modo objetivo, Paulo diz aos filipenses que
nenhuma cadeia será capaz de impor limites ao Evangelho de CRISTO.
( ) Esse
sentimento superava todas as expectativas do apóstolo concernentes ao
crescimento do Reino de DEUS.
( ) O seu propósito era ver as Boas Novas
prosperando entre os gentios.
( ) Portanto, nenhum poder humano conterá a força
do Evangelho, pois este é o poder de DEUS para salvação de todo aquele que
crê.
7- Qual era a preocupação dos Filipenses com Paulo e qual a resposta de
Paulo aos Filipenses a esse respeito?
( ) Está implícita a preocupação dos
filipenses com o bem-estar de Paulo.
( ) Para o apóstolo, seu encarceramento atrapalhou ainda
mais o progresso da mensagem evangélica na Itália.
( ) Eles o amavam e sabiam do seu ardor em
proclamar o Evangelho.
( ) Achavam que a sua prisão prejudicaria a
causa cristã.
( ) O versículo 12 traz exatamente essa conotação: "E quero,
irmãos, que saibais as coisas que me aconteceram contribuíram para maior
proveito do evangelho".
( ) Para o apóstolo, seu encarceramento contribuiu ainda
mais para o progresso da mensagem evangélica.
8- Por que Paulo rejeita a auto-piedade em seu sofrimento?
( ) Paulo
manifestava auto-piedade; embora não precisasse disso para conquistar a compaixão das
pessoas.
( ) Paulo era um missionário consciente da sua
missão.
( ) Para ele, o sofrimento no exercício do santo ministério era
circunstancial e estava sob os cuidados de DEUS.
( ) Por isso, não
manifestava auto-piedade; não precisava disso para conquistar a compaixão das
pessoas.
( ) Para o apóstolo, a soberania de DEUS faz do sofrimento algo
passageiro, pois os infortúnios servem para enchermos de esperança,
conduzindo-nos numa bem-aventurada expectativa de "que todas as coisas
contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a DEUS, daqueles que são
chamados por seu decreto".
III. MOTIVAÇÕES PARA A PREGAÇÃO DO EVANGELHO (1.14-18)
9-
Duas motivações predominavam nas igrejas da Ásia Menor onde o apóstolo Paulo
atuava. Quais são elas? Complete:
1. A motivação ___________________________. "E muitos dos irmãos no Senhor, tomando __________________________________
com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem
________________________"
(v.14). Estava claro para os cristãos romanos, bem como para a guarda
pretoriana, que o processo judicial contra Paulo era _____________________________, porque ele não
havia
cometido crime algum. Além de saberem da inocência do apóstolo, os
pretorianos recebiam ___________________________________ deste a mensagem do
Evangelho (v.13). O resultado não poderia ser outro.
Os cristãos ____________________________ foram estimulados a
anunciar o Evangelho com total destemor e coragem.
2. A motivação ___________________________________. A prisão de Paulo motivou os cristãos a proclamar o
Evangelho de "boa __________________________" e "por amor". Mas havia
aqueles que usavam a ___________________ do apóstolo para garantir vantagens
pessoais. Dominados pela _____________________________ e pela
teimosia, agiam por motivos errados. Mas pelo ESPÍRITO, o apóstolo entendeu
que o mais importante era ____________________________ CRISTO ao mundo "de toda a maneira". Isto
não significa que Paulo aprovava quem procedia dessa forma, porque um dia
todo mau _______________________ terá de dar __________________ de seus atos ao Senhor (Mt 7.21-23).
IV. O DILEMA DE PAULO (1.19-22ss.)
10- O que significa para Paulo a frase: "Nisto me regozijo e me regozijarei ainda" (v.18)?
( ) Estas palavras refletem a alegria de Paulo mesmo
diante do péssimo resultado da pregação do Evangelho no
mundo.
( ) Estas palavras refletem a alegria de Paulo sobre o avanço do Evangelho no
mundo.
( ) Viver, para o apóstolo, só se justifica se a razão for
o ministério cristão: "Porque para mim o viver é CRISTO, e o morrer é ganho.
Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei, então, o que
deva escolher".
( )
A morte para ele era um evento natural, mas glorioso. Significava estar
imediatamente com CRISTO.
( ) O Mestre era tudo para Paulo, o princípio, a
essência e o fim da sua vida.
( ) Nele, o apóstolo vivia e se movia para a
glória de DEUS.
( ) Por isso, podia dizer: "E vivo, não mais eu; mas
CRISTO vive
em mim".
11- Qual era o dilema de Paulo e qual seu significado?
( ) "Morrer com CRISTO" e "viver no corpo".
( ) "Estar com CRISTO" e "viver na carne".
( ) Ele desejava estar na plenitude com o Senhor.
( ) Todavia, o amor dele pelos gentios era igualmente intenso.
( ) "Ficar na carne", aqui, refere-se à vida física. Isto é: viver para disseminar o
Evangelho pelo mundo.
( ) Mais do que escolha pessoal, estar vivo justifica-se
apenas para proclamar o Evangelho e fortalecer a Igreja.
( ) Este era o
pensamento paulino.
( ) Nos versículos 25 e 26, ele entende que, se fosse posto
em liberdade, poderia rever os irmãos de Filipos, e viver o amor fraterno
pela providência do ESPÍRITO SANTO.
CONCLUSÃO
12- Complete:
Paulo resolveu o seu ____________________________________ em relação à igreja, declarando que o seu desejo
de estar com CRISTO foi __________________________________ pela amorosa
obrigação de ____________________________ aos irmãos
(vv.24-26). Ele nos ensina que devemos estar prontos a trabalhar na causa do
Senhor, mesmo que isso signifique _______________________________ oposição dos falsos crentes e
até ____________________________________ materiais. O que deve nos importar é o progresso do Evangelho
e o ____________________________________ da Igreja de CRISTO (vv.25,26).
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ -
Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos
Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE
LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
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Filipenses - A
Humildade de CRISTO Como Exemplo Para a Igreja - Elienai Cabral -
Livro tema do trimestre
Filipenses - Introdução e
comentário - Ralph P. Martin
- Série Cultura Bíblica - Editora Vida
Filipenses_Hendriksen (1)
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Filipenses
Novo Comentário Bíblico Contemporâneo - Filipenses - F. F.
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http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao13-ada-1tr11-paulotestificadecristoemroma.htm
LIÇÃO 1 - PAULO E A IGREJA EM FILIPOS
LIÇÕES BÍBLICAS - 3º Trimestre de 2013 - CPAD -
Para jovens e adultos
Tema: Filipenses - A Humildade de CRISTO como
exemplos para a Igreja.
Comentário: Pr. Elienai Cabral
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de
Almeida Silva
QUESTIONÁRIO
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE
TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
TEXTO ÁUREO
"E peço isto: que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em todo o
conhecimento" (Fp 1.9).
VERDADE PRÁTICA
Paulo tinha uma grande afeição pelos irmãos de Filipos; por isso suas
orações e ações de graças por essa igreja eram constantes.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Fp 1.3-6 A oração que inspira compromisso
Terça - Fp 1.7 A justiça provém do amor
Quarta - Fp 1.12-15 Tribulações por amor ao Evangelho
Quinta - Jo 15.4,5,8,16 O amor revela-se em obras
Sexta - Rm 12.9-21 O amor valida as boas obras
Sábado - Fp 4.14-19 O amor gera contentamento
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Filipenses 1.1-11
1 Paulo e Timóteo, servos de JESUS CRISTO, a
todos os santos em CRISTO JESUS que estão em Filipos, com os bispos e
diáconos: 2 graça a vós e paz, da parte de DEUS, nosso Pai, e da do Senhor
JESUS CRISTO. 3 Dou graças ao meu DEUS todas as vezes que me lembro de vós,
4 fazendo, sempre com alegria, oração por vós em todas as minhas súplicas, 5
pela vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora. 6 Tendo
por certo isto mesmo: que aquele que em vós começou a boa obra a
aperfeiçoará até ao Dia de JESUS CRISTO. 7 Como tenho por justo sentir isto
de vós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vós fostes
participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como na minha defesa
e confirmação do evangelho. 8 Porque DEUS me é testemunha das saudades que
de todos vós tenho, em entranhável afeição de JESUS CRISTO. 9 E peço isto:
que a vossa caridade aumente mais e mais em ciência e em todo o
conhecimento. 10 Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais
sinceros e sem escândalo algum até ao Dia de CRISTO, 11 cheios de frutos de
justiça, que são por JESUS CRISTO, para glória e louvor de DEUS.
Filipenses - Introdução e comentário
- Ralph P. Martin, Ph. D. - Série Cultura Bíblica - Vida Nova - <www.vidanova.com.br>
SAUDAÇÃO DE PAULO 1:1,2
1:1 As primeiras linhas da carta indicam os nomes dos remetentes e
recipientes, de acordo com as antigas convenções sobre a prática epistolar.
Contudo, há uma riqueza de descrição envolvendo os nomes dos homens de DEUS,
na fé cristã, que é singular, nesta carta.
Há um enunciado formal, enriquecido com
significado teológico, pela simples inclusão dos nomes dos homens de DEUS.
Timóteo é incluído em face de sua associação com Paulo em seu cativeiro;
2:19-24 deixa bem claro, também, que Timóteo tinha uma ligação especial com
os filipenses, e era o emissário de confiança, de Paulo, que brevemente
seria enviado a Filipos. O nome dele é mencionado na saudação como abertura
para a menção posterior dos planos de Paulo, no capítulo 2.
Paulo e Timóteo são chamados pelo título de servos de CRISTO JESUS, para
ficar marcado seu senso de responsabilidade, sob a direção de DEUS.
Este título denota a autoridade que DEUS lhes
deu para falarem e agirem em Seu nome, como Seus genuínos representantes.
“Ser um servo, na linguagem religiosa do judaísmo, significava ser alguém
escolhido por DEUS” (Lohmeyer, sobre 2:7).
“ servo de CRISTO JESUS”, que é um sinal de seu
senso de autoridade apostólica (cf. 2 Co 10:8), o qual permeia toda a carta.
A comunidade cristã que veio a existir em
seguida ao “evangelismo inicial” de Paulo, em Filipos (At 16:12ss.), é
descrita como todos os santos em CRISTO JESUS que vivem em Filipos.
O plural é intencional, visto que este adjetivo,
aplicado aos crentes em CRISTO, é encontrado em referência a um grupo,
somente, na literatura do Novo Testamento.
Os crentes são santos em CRISTO JESUS, isto é, mediante sua união com Ele,
que os reivindicou como Seu povo, e que se tornou a base de sua nova vida.
Paulo destaca, para menção especial, os bispos (RSV na margem,
“supervisores”) e diáconos. Eles são líderes da congregação filipense.
Deveríamos ver na carta o prenúncio do surgimento de posições eclesiásticas,
para as quais seriam nomeados homens seletos.
2. A invocação de graça. . . e paz junta, numa única frase, as duas palavras
do grego e do hebraico, usadas em oração, que viriam desempenhar papel
central na liturgia. No lugar da saudação costumeira (gr. chairein), Paulo
vai ao equivalente grego da palavra, do VT, para misericórdia de DEUS (heb.
hesedh) e acopla-a ao rico desejo hebraico para paz (heb.sãlôm). Isto
resulta em “salvação para o homem integral, tanto do corpo como da alma”, e
não apenas “prosperidade espiritual” (W. Foerster, TDNT ii, pp. 414s.). O
dom de DEUS da “integralidade” vem de Sua graça, tomada conhecida em JESUS
CRISTO, o Senhor, cujo nome aparece com freqüência nesta seção introdutória,
dando ênfase saliente à carta pastoral de Paulo.
ORAÇÃO DE
PAULO PELA IGREJA 1:3-11
3. As orações de Paulo são dignas de serem estudadas em diversos níveis.
Paulo relaciona suas orações ao
seu interesse pastoral pelas igrejas, e seu desejo de ver seus leitores
atingir a maturidade em CRISTO.
Quanto à estrutura geral da carta, que inclui, após a saudação (1:1,2), os
elementos de
(1) agradecimento (1:3-11),
(2) o corpo da carta, que incorpora
uma abertura formal (1:12-18), argumentação teológica, tanto teórica
(por
ex.: 1:23; 6-26) como prática (por ex.: l:27ss.), conduzindo à promessa
de uma parousia apostólica (2:24) e a seção de “viagens” (2:19-30),
(3) paraenesis (ou exortação) nos capítulos 3,4 e (4)
elementos de fecho, como saudações, doxologia e bênção.
Estudos recentes têm demonstrado que suas orações conformam-se com um padrão
estabelecido pela “forma litúrgica de orações da comunidade cristã”
Algumas características importantes desta estrutura são as ações de
graças iniciais (de acordo com o modelo judeu hôdãvôt, título tirado da
frase “eu te agradeço”, que é costumeiro nas orações judaicas, sendo
evidente especialmente no rolo IQH de Qumran), e um tributo doxológico no
final do período de Paulo. O versículo 11 tem a forma: “para a glória e
louvor de DEUS”.
Um fator adicional deve ser mencionado, visto exercer considerável
influência na tarefa da exegese, especialmente no versículo 3. O agradecimento introduz “o tema vital da carta”, ou
aquilo que ele chama de “situação epistolar” (pp. 71,78).
“dou graças a meu DEUS por toda a recordação que tendes de mim”. A ocasião
em que Paulo sentiu-se cheio de gratidão foi quando a generosidade da igreja
filipense lembrou-se dele (sustentou-o) de maneira prática, com dádivas
repetidas (4:15-17). Paulo expressa sua gratidão a DEUS pelo sustento dos
filipenses, e isto, em seguida, é descrito como participação deles no
evangelho, desde que primeiro se encontraram com Paulo, até a presente data.
4. fazendo sempre . . . súplicas por todos vós, em todas as minhas orações.
Os filipenses lembraram-se de Paulo em suas necessidades. Em gratidão por
este ativo interesse, bem recentemente demonstrado na chegada de Epafrodito,
como mensageiro dele (4:18), Paulo louva a DEUS e, reciprocamente,
assegura-lhes que está orando por eles. Mais ainda, ele ora com alegria. A
alegria irrestrita de Paulo em meio aos sofrimentos é um dos temas de sua
carta.
5. Ele fornece, agora, a segunda razão de sua gratidão. Ele dá graças pela
vossa cooperação no evangelho. Esta frase introduz um dos termos de Paulo,
koinõnia, cooperação. “cooperação”, neste versículo, é
“compartilhamento da fé”. koinõnia, refere-se à participação num assunto,
isenta de experiência subjetiva, uma “realidade objetiva”.
De modo alternativo, podemos, também, presumir que é difícil evitar-se a
verificação de algum elemento subjetivo no elogio de Paulo à kainõnia
filipense, não apenas no começo, mas, até o presente. Parece que isto
concorda plenamente com o sentimento de 4:15. Eles haviam repetidamente
mostrado interesse pelo evangelho, através de sua contínua ajuda a Paulo; é,
pois, sua “generosidade” que está em vista.
Os paralelos são encontrados em Romanos 15:26 e 2 Coríntios 9:13, e a
aplicação específica de sua atitude generosa é vista na expressão prática
deles, naquilo que enviaram a Paulo, repetidamente, a fim de ajudar a obra
do evangelho, isto é, a missão apostólica. Em 2 Coríntios 8:7 fala-se do
sacrifício dos macedônios em suas dádivas, salientando-se, sobremaneira, sua
constância e fidelidade, para com Paulo e seu trabalho.
6. desde o primeiro dia lembra a fundação da igreja de Atos 16. Paulo é
lembrado de que a origem da igreja, embora proveniente de sua pregação e
trabalhos pastorais, deve ser traçada diretamente a DEUS, que começou boa
obra no meio deles. Paulo está suprindo uma cobertura teológica, para sua
confiança em que a igreja filipense será preservada até o final dos tempos,
até ao dia de CRISTO JESUS. Ele é levado a esta consideração ao refletir
sobre como a igreja começou no primeiro dia.
7. Aliás, é justo que eu assim pense de todos vós. E adequado para Paulo que
ele expresse esta convicção, como um assunto já estabelecido, em sua mente
(o verbo pensar gr. phrotein) é uma palavra chave nesta epístola; significa
uma combinação de atividades intelectuais e afetivas, que toca tanto a mente
como o coração, e conduz a uma ação positiva).
Porque vos trago no coração. O relacionamento de Paulo com seus leitores é
caloroso e terno. Ele prende a todos num abraço apertado, cheio de afeição
(veja-se o v. 8).
Todos sois participantes da graça comigo. O fator mais importante, numa
situação total que o inspira com confiança, a respeito do futuro da igreja,
é que ele sabe que tanto ele próprio, como a igreja, são co-participantes de
uma realidade comum, a graça de DEUS.
Torna-se claro que tanto o apóstolo como a igreja são co-participantes de
sofrimento e conflito; o inusitado é a percepção agora expressa, por Paulo,
de que eles estão juntos, associados na graça divina. Mediante isto, a
igreja é sustentada e encorajada a resistir. Graça aqui, tem o significado
de força de DEUS tornada disponível para Seu povo, em sua fraqueza e
necessidade (veja-se 2 Co 12:9).
As algemas de Paulo não foram uma punição que ele trouxera sobre si próprio.
Ele era um prisioneiro em razão de sua vocação como apóstolo de CRISTO.
Paulo foi chamado, de maneira positiva, para “confirmar” a pregação,
mediante sua declaração ousada e franca. A esperança firme de Paulo é que
tanto ele quanto seus leitores estão seguros, sob a guarda de DEUS, podendo
utilizar Seus recursos, mesmo estando ele em algemas, e prestes a
testemunhar, durante o processo a que responde.
8. Pois minha testemunha é DEUS, da saudade que tenho de todos vós, na tema
misericórdia de CRISTO JESUS. À medida que lemos este versículo, abre-se uma
janela no profundo relacionamento de Paulo com seus convertidos. Ele
abandona, de forma espantosa, o costume rabínico de evitar o uso do nome de
DEUS numa assertiva tão solene, e invoca DEUS para ser testemunha de que ele
nutre um profundo desejo de reunir-se a seus amigos em Filipos. O verbo
grego epipothein, traduzido aqui por ter saudade, é freqüentemente usado por
Paulo para denotar seu desejo de ver seus amigos crentes (Rm 1:11; 1 Ts 3:6;
2 Tm 1:4) . Este intenso anseio por estar reunido à igreja, em comunhão, e
que evidentemente significava tanto para o apóstolo (veja-se 4:1, onde há um
sentimento semelhante), é descrito, agora, como nada menos do que o amor de
CRISTO expressando-se através de Paulo. Ele confessa, aqui, que sua
união com CRISTO não é um evento privativo, mas estende-se de modo a abraçar
os crentes, também.
9. Entretanto, o anseio de Paulo por ver os filipenses deve, pelo menos no
presente, ficar não-atendido. Ele espera que, mui brevemente, seja ele
satisfeito (2:24). O confinamento numa prisão impede-o de realizar seu
anseio de imediato. Assim, Paulo, mesmo à distância, cumpre um ministério
pastoral de oração.
As orações de Paulo encorajam seus leitores a agir segundo o pedido contido
nas orações. Amor neste contexto é, aparentemente, o amor mútuo entre os crentes (cf. 1
Ts 3:12; cf. 4:9). Contudo, é dom de DEUS, e sinal de Sua graça na era
messiânica, que veio substituir a religião da Torah (cf. Collange). A
oração de Paulo é para que os filipenses possam expressar seu amor em seus
relacionamentos mútuos, à medida que vão reconhecendo aquilo que precisa ser
feito, numa determinada situação e, em seguida, aplicar o conhecimento.
Talvez seu olho já estivesse focalizando uma comunidade onde havia tendência
para o egoísmo, desunião, e acusação mútua (2:2; 2:14; 4:lss.).
Uma das características tristes desta igreja era a
confusão nos assuntos morais, que os tornava presa fácil dos mestres
sectários, que são condenados no capítulo 3.
10. Dois resultados seguem-se pelo cultivo destas virtudes. Um deles é que
os filipenses possam aprovar as coisas excelentes, e em seguida, ao nível do
caráter cristão, que possam ser sinceros e inculpáveis, preparando-se para o
dia escatológico da prova (Rm 2:16).
O verbo aprovar (gr. dokimazein) significa “pôr sob teste” (1 Ts 5:21) e
depois “aceitar quando testado”, ou “aprovar”. Como termo comercial, era
usado para denotar o teste de moedas. As que eram “aprovadas”, eram dinheiro
genuíno, não-falsificado. A idéia de “teste” era, evidentemente, algo muito
familiar, e favorito, para Paulo (veja-se Rm 12:2; 1 Co 3:13; 11:28; 2 Co
8:22; 13:5; G1 6:4; 1 Ts 2:4).
A idéia é que os leitores de Paulo possam ter a
habilidade de discernir, e depois praticar, em suas vidas coletivas, como
crentes, os assuntos realmente importantes do viver comunitário. Para o cristão, a Torah
foi substituída pelo amor (v. 9), como critério importantíssimo para o
julgamento moral.
A chamada aos filipenses é para serem sinceros e inculpáveis,
simultaneamente. Talvez estes adjetivos devam ser tomados de modo
complementar, o primeiro sugerindo um elemento positivo, de autenticidade, e
o segundo, assegurando-lhes, negativamente, que não deveria haver falta em
seu caráter.
Inculpáveis pode carregar um sentido transitivo: “que não causa ofensa” para
outra pessoa (cf. 1 Co 10:32; At 24:16).
11. fruto de justiça é uma frase que pode ser entendida de duas maneiras
diferentes, dependendo da força do genitivo. Primeiramente, significa:
“fruto que consiste em estar relacionado retamente com DEUS”. Justiça é
considerada como pertencendo “à estrutura da metáfora forense, comum, de
Paulo — é a condição de absolvição que DEUS graciosamente concede através de
CRISTO” (Houlden; cf. Collange). A maior parte dos comentaristas prefere
outro ponto de vista, segundo o qual se deve ver na frase um sentido ético.
Paulo está orando para que seus leitores vivam vidas que produzam uma
colheita de qualidades morais, num viver correto, sendo isto o “fruto do
ESPÍRITO” (G1 5:22), o qual é possível mediante a união com JESUS CRISTO
(veja-se J. A. Ziesler, The Meaning of Righteousness in Paul, Cambridge,
1972, pp. 151, 203) .
A oração de Paulo encerra-se com uma nota que caracteriza as orações tanto
dos judeus como dos primitivos cristãos. Para a glória e louvor de DEUS não
faz parte da oração apostólica mas, é empréstimo litúrgico, adicionado
para concluir o período de ação de graças.
Paulo e suas prisões:
Em Filipos esteve em prisão, junto com Silas (Atos
16:19). Também em Éfeso foi prisioneiro (Filipenses 1,23-26). De fato foi
daquela prisão que escreveu aos filipenses e a Filemon. A sua vida é colocada
definitivamente em perigo em Jerusalém, quando se arisca a ser linchado. É
primeiro preso ali e depois transferido primeiro para Cesareia Marítima e
finalmente para Roma, onde vive um tipo de “prisão domiciliar” , depois tem
prisão mais severa e é finalmente
condenado à morte, provavelmente depois do incêndio de Roma(Imperador Nero).
CARTA DO APÓSTOLO PAULO AOS FILIPENSES (BEP
-CPAD)
Esboço
Introdução (1.1-11)
A. Saudações (1.1,2)
B. Ação de Graças e Oração pelos Filipenses (1.3-11)
I. As Circunstâncias em que Paulo se Encontrava (1.12-26)
A. O Avanço do Evangelho por Causa da Prisão de Paulo (1.12-14)
B. A Proclamação de CRISTO de Todas as Maneiras (1.15-18)
C. A Disposição de Paulo para Viver ou Morrer (1.19-26)
II. Assuntos de Interesse da Igreja (1.27—4.9)
A. Exortação de Paulo aos Filipenses (1.27—2.18)
1. À Perseverança (1.27-30)
2. À Unidade (2.1-2)
3. À Humildade e Prontidão em Servir (2.3-11)
4. À Obediência e à Conduta Irrepreensível (2.12-18)
B. Os Mensageiros de Paulo à Igreja (2.19-30)
1. Timóteo (2.19-24)
2. Epafrodito (2.25-30)
C. Advertência de Paulo a Respeito de Falsos Ensinos (3.1-21)
1. A Falsa Circuncisão Face à Verdadeira (3.1-16)
2. A Mentalidade Terrena Face à Espiritual (3.17-21)
D. Conselhos Finais de Paulo (4.1-9)
1. Firmeza e Harmonia (4.1-3)
2. Alegria e Eqüidade (4.4,5)
3. Liberdade da Ansiedade (4.6,7)
4. Controle da Mente e da Vontade (4.8-9)
Conclusão (4.10-23)
A. Reconhecimento e Gratidão por Ofertas Recebidas (4.10-20)
B. Saudações Finais e Bênção (4.21-23)
Autor: Paulo
Tema: Alegria de Viver por CRISTO
Data: Cerca de 62/63 d.C.
Considerações Preliminares
A cidade de Filipos, na Macedônia oriental, a 16 km do Mar Egeu, foi assim
chamada em homenagem a Filipe II da Macedônia, pai de Alexandre Magno. Nos dias
de Paulo, era uma cidade romana privilegiada, tendo uma guarnição militar.
A igreja de Filipos foi fundada por Paulo e sua equipe de cooperadores (Silas,
Timóteo, Lucas) na sua segunda viagem missionária, em obediência a uma visão que
DEUS lhe dera em Trôade (At 16.9-40). Um forte elo de amizade desenvolveu-se
entre o apóstolo e a igreja em Filipos. Várias vezes a igreja enviou ajuda
financeira a Paulo (2 Co 11.9; Fp 4.15,16) e contribuiu generosamente para a
coleta que o apóstolo providenciou para os crentes pobres de Jerusalém (cf. 2 Co
8-9). Parece que Paulo visitou a igreja duas vezes na sua terceira viagem
missionária (At 20.1,3,6).
Propósito
Da prisão (1.7,13,14), certamente em Roma (At 28.16-31), Paulo escreveu esta
carta aos crentes Filipenses para agradecer-lhes pela sua oferta generosa, cujo
portador foi Epafrodito (4.14-19) e para informá-los do seu estado pessoal. Além
disso, escreveu para transmitir à congregação a certeza do triunfo do propósito
de DEUS na sua prisão (1.12-30), para assegurar à igreja que o mensageiro por
ela enviado (Epafrodito) cumprira fielmente a sua tarefa e que não estava
voltando antes do devido tempo (2.25-30), e para levar os membros da igreja a se
esforçarem para conhecer melhor o Senhor, conservando a unidade, a humildade, a
comunhão e a paz.
Visão Panorâmica
Diferente de muitas das cartas de Paulo, Filipenses não foi escrita
primeiramente devido a problemas ou conflitos na igreja. Sua tônica básica é de
cordial afeição e apreço pela congregação. Da saudação inicial (1.1) à bênção
final (4.23), a carta focaliza CRISTO JESUS como o propósito da vida e a
esperança da vida eterna por parte do crente. Nesta epístola, Paulo trata de
três problemas menores em Filipos: (1) O desânimo dos crentes ali, por causa da
prisão prolongada de Paulo (1.12-26); (2) pequenas sementes de discórdia entre
duas mulheres da igreja (4.2; cf. 2.2-4); e (3) a ameaça de deslealdade sempre
presente entre as igrejas, por causa dos mestres judaizantes e dos crentes de
mentalidade terrena (cap. 3). Em meio a esses três problemas em potencial, temos
os ensinos mais ricos de Paulo sobre (1) alegria em meio a todas as
circunstâncias da vida (e.g., 1.4,12; 2.17,18; 4.4,11-13), (2) a humildade e
serviço cristãos (2.1-16), e (3) o valor incomensurável de conhecer a CRISTO
(cap. 3).
Características Especiais
Cinco assuntos principais caracterizam esta epístola. (1) Ela é muito pessoal e
afetuosa, refletindo assim o estreito relacionamento entre Paulo e os crentes
Filipenses. (2) É altamente cristocêntrica, revelando a estreita comunhão entre
Paulo e CRISTO (e.g., 1.21; 3.7-14). (3) Contém uma das declarações
cristológicas mais profundas da Bíblia (2.5-11). (4) É preeminentemente a
“Epístola da Alegria” no NT. (5) Apresenta um modelo de vida cristã dinâmica e
resignada, inclusive o viver humilde e como servo (2.1-8); prosseguir com
firmeza para o alvo (3.13,14); regozijar-se sempre no Senhor (4.4); libertar-se
da ansiedade (4.6), contentar-se em todas as circunstâncias (4.11) e fazer todas
as coisas mediante a potente graça de CRISTO (4.13).
capítulo 1
1.4 ALEGRIA. A alegria é parte integrante da nossa
salvação em CRISTO. É paz e prazer interiores em DEUS Pai, Filho e ESPÍRITO
SANTO, e na bênção que flui de nosso relacionamento com Eles (cf. 2 Co 13.14).
Os ensinos bíblicos a respeito da alegria incluem: (1) A alegria está associada
à salvação que DEUS concede em CRISTO (1 Pe 1.3-6; cf. Sl 5.11; 9.2; Is 35.10) e
com a Palavra de DEUS (Jr 15.16; cf. Sl 119.14). (2) A alegria flui de DEUS como
um dos aspectos do fruto do ESPÍRITO (Sl 16.11; Rm 15.13; Gl 5.22). Logo, ela
não nos vem automaticamente. Nós a experimentamos somente à medida que
permanecemos em CRISTO (Jo 15.1-11). Nossa alegria se torna maior quando o
ESPÍRITO SANTO nos transmite um profundo senso da presença e do contato com DEUS
em nossa vida (cf. Jo 14.15-21; ver 16.14). JESUS ensinou que a plenitude da
alegria está intimamente ligada à nossa permanência na sua Palavra, à obediência
aos seus mandamentos (Jo 15.7,10,11) e à separação do mundo (Jo 17.13-17). (3) A
alegria, como deleite na presença de DEUS e nas bênçãos da redenção, não pode
ser destruída pela dor, pelo sofrimento, pela fraqueza nem por circunstâncias
difíceis (Mt 5.12; At 16.23-25; 2 Co 12.9). O REINO DE DEUS É PAZ, JUSTIÇA E
ALEGRIA NO ESPÍRITO.
1.6 TENDO POR CERTO ISTO. A confiança de Paulo nos Filipenses, baseia-se não
somente na boa obra que DEUS efetuou neles, como também no zelo e na abnegação
deles em prol da fé (vv. 5,7; 4.15-18). A fidelidade de DEUS é uma bênção perene
para o crente fiel, mas ela é ineficaz para com aqueles que resistem à sua graça
(ver 2.13; 2 Tm 2.13).
1.9 A VOSSA CARIDADE AUMENTE... EM CIÊNCIA. A caridade, se procede de CRISTO,
deve basear-se na revelação e no conhecimento bíblicos. (1) No NT, "ciência"
(gr. epignosis) significa conhecimento espiritual no coração (no espírito) e não simplesmente
no intelecto. Trata-se da revelação de DEUS, conhecida experimentalmente,
incluindo a comunhão pessoal com Ele e não um simples conhecimento intelectual
de fatos a respeito dEle (vv. 10,11; Ef 3.16-19). (2) Logo, conhecer a Palavra de
DEUS (cf. Rm 7.1), ou conhecer a
vontade de DEUS (At 22.14; Rm 2.18), subentende um conhecimento que se expressa
na comunhão, na obediência, na vida e no andar com DEUS (Jo 17.3; 1 Jo 4.8).
Conhecer a verdade teológica deve ter como objetivo o amor a DEUS e o livramento
do pecado (Rm 6.6). "Em todo o conhecimento" significa o crente discernir o que
é bom e o que é mau.
1.10 SINCEROS E SEM ESCÂNDALO ALGUM. "Sincero" significa "sem nenhuma mistura do
mal"; "sem escândalo algum" significa "inculpável" diante de
DEUS e dos homens. Tal santidade deve ser o alvo supremo de todo crente, tendo
em vista a iminente volta de CRISTO. Somente com um amor abundante, derramado em
nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO (Rm 5.5; cf. Tt 3.5,6) e com fidelidade total à Palavra de
DEUS,
é que seremos "sinceros e sem escândalo algum até ao Dia de CRISTO".
1.16 PARA DEFESA DO EVANGELHO. DEUS deu a Paulo a tarefa importante de defender
o conteúdo do evangelho, conforme o temos nas Escrituras. Semelhantemente, todos
os crentes são conclamados a defender a verdade bíblica e a resistir àqueles que
distorcem a fé (v. 27; ver Gl 1.9; Jd 3 ). As palavras de Paulo parecem
estranhas aos pastores dos nossos dias, que não vêem a necessidade de "batalhar
pela fé que uma vez foi dada aos santos" (Jd 3)
1.19 ESPÍRITO DE JESUS CRISTO. O ESPÍRITO SANTO que habita no crente é chamado o
"ESPÍRITO de JESUS CRISTO" (Cf. At 16.7; Rm 8.9; Gl 4.6), porque é
CRISTO quem
outorga o ESPÍRITO ao crente, na sua conversão e é Ele quem subseqüentemente
batiza o crente com o ESPÍRITO SANTO
(ver At 1.8). Esse ESPÍRITO é o mesmo que ungiu a JESUS, a fim de trazer
redenção ao mundo (ver Lc 4.18)
1.21 MORRER É GANHO. O verdadeiro crente, vivendo no centro da vontade de DEUS,
não precisa ter medo da morte. Ele sabe que DEUS tem um propósito para o seu
viver, e que a morte, quando ela vier, é simplesmente o fim da sua missão
terrestre e o início de uma vida mais gloriosa com CRISTO (vv. 20-25; ver Rm
8.28)
1.27 NUM MESMO ESPÍRITO. A verdadeira essência da unidade do ESPÍRITO consiste
em viver de modo digno (cf. Ef 4.1-3), permanecendo firme num só espírito e
propósito (cf. Ef 4.3), combatendo lado a lado como guerreiros pela propagação e
defesa do evangelho, segundo a revelação apostólica (v. 17; cf. Ef 4.13-15) e
defendendo juntamente a verdade do evangelho contra aqueles que são "inimigos da
cruz de CRISTO" (3.18). Observemos que "espírito", aqui, tem o sentido de
disposição mental, ânimo, zelo, propósito, dedicação, diligência e não o
espírito humano em si.
capítulo 2
2.3 POR HUMILDADE. Devido ao egocentrismo inato do
homem caído, o mundo não tem em alta estima a humildade e a modéstia. A Bíblia,
no entanto, com seu conceito teocêntrico do homem e da salvação, atribui máxima
importância à humildade. (1) A humildade bíblica subentende a consciência das
nossas fraquezas e a decisão de atribuir de imediato todo crédito DEUS e ao
próximo, por aquilo que realizamos (Jo 3.27; 5.19; 14.10; Tg 4.6). (2) Devemos
ser humildes porque somos simples criaturas (Gn 18.27); somos pecaminosos à
parte de CRISTO (Lc 18.9-14) e não podemos jactar-nos de nada (Rm 7.18; Gl 6.3),
a não ser no Senhor (2 Co 10.17). Logo, dependemos de DEUS para nosso valor e
para nossa frutificação, e não podemos realizar nada de valor permanente sem a
ajuda de DEUS e do próximo (Sl 8.4,5; Jo 15.1-16). (3) A presença de DEUS
acompanha aqueles que andam em humildade (Is 57.15; Mq 6.8). Maior graça é dada
aos humildes, mas DEUS resiste aos soberbos (Tg 4.6; 1 Pe 5.5). Os mais zelosos
filhos de DEUS servem "ao Senhor com toda a humildade" (At 20.19). (4) Como
crentes, devemos viver em humildade uns para com os outros, considerando-os
superiores a nós mesmos (cf. Rm 12.3). (5) O oposto da humildade é a soberba, um
senso exagerado da importância e da auto-estima da pessoa que confia no seu
próprio mérito, superioridade e realizações. A tendência inevitável da natureza
humana e do mundo é sempre à soberba, e não à humildade (1 Jo 2.16; cf. Is
14.13,14; Ez 28.17; 1 Tm 6.17).
2.5 HAJA EM VÓS O MESMO SENTIMENTO. Paulo enfatiza como o Senhor JESUS deixou a
glória incomparável do céu e humilhou-se como um servo, sendo obediente até à
morte para o benefício dos outros (vv. 5-8). A humildade integral de CRISTO deve
existir nos seus seguidores, os quais foram chamados para viver com sacrifício e
renúncia, cuidando dos outros e fazendo-lhes o bem.
2.6 SENDO EM FORMA DE DEUS. JESUS sempre foi DEUS pela sua própria natureza e
igual ao Pai antes, durante e depois da sua permanência na terra (ver Jo 1.1;
8.58; 17.24; Cl 1.15,17; ver Mc 1.11; Jo 20.28). CRISTO, no entanto,
não se apegou aos seus direitos divinos, mas abriu mão dos seus privilégios e
glória no céu, a fim de que nós, na terra, fôssemos salvos.
2.7 ANIQUILOU-SE A SI MESMO. O texto grego do qual foi traduzida esta frase, diz
literalmente, que ele "se esvaziou", i.e., deixou de lado sua glória celestial
(Jo 17.4), posição (Jo 5.30; Hb 5.8), riquezas (2 Co 8.9), direitos (Lc 22.27;
Mt 20.28) e o uso de prerrogativas divinas (Jo 5.19; 8.28; 14.10). Esse
"esvaziar-se" importava não somente em restrição voluntária dos seus atributos e
privilégios divinos, mas também na aceitação do sofrimento, da incompreensão,
dos maus tratos, do ódio e, finalmente, da morte de maldição na cruz (vv. 7,8).
2.7 A FORMA DE SERVO... SEMELHANTE AOS HOMENS. Para trechos na Bíblia que tratam
de CRISTO assumindo a forma de servo, ver Mc 13.32; Lc 2.40-52; Rm 8.3; 2 Co
8.9; Hb 2.7,14. Embora permanecesse em tudo divino, CRISTO tomou sobre si uma
natureza humana com suas tentações, humilhações e fraquezas, porém sem pecado
(vv. 7,8; Hb 4.15).
2.12 OPERAI A VOSSA SALVAÇÃO. Como crentes salvos pela graça, devemos
concretizar a nossa salvação até o fim. Se deixarmos de fazê-lo, nós a
perderemos. (1) Não desenvolvemos a nossa salvação por meros esforços humanos,
mas por meio da graça de DEUS e do poder do ESPÍRITO SANTO que nos foram
outorgados. (2) A fim de desenvolvermos a nossa salvação, devemos resistir ao
pecado e atender os desejos do ESPÍRITO SANTO em
nosso íntimo. Isso envolve um esforço contínuo e ininterrupto, de usar todos os
meios determinados por DEUS para derrotarmos o mal e manifestarmos a vida de
CRISTO. Sendo assim, concretizar a nossa salvação é concentrar-nos na
importância da santificação (ver Gl 5.17). (3) Operamos a nossa salvação,
chegando cada vez mais perto de CRISTO (ver Hb 7.25) e recebendo seu poder
para querer e efetuar a boa vontade de DEUS (ver v. 13). Deste modo, somos
"cooperadores de DEUS" (1 Co 3.9) para a nossa completa salvação no céu.
(4) Desenvolver a nossa salvação é tão vital que deve ser feito "com temor e
tremor".
2.12 TEMOR E TREMOR. Na salvação efetuada por CRISTO, Paulo vê lugar para "temor
e tremor" da nossa parte. Todo filho de DEUS deve possuir um santo temor que o
faça tremer diante da Palavra de DEUS (Is 66.2) e o leve a desviar-se de todo
mal (Pv 3.7; 8.13). O temor (gr. phobos) do Senhor não é de conformidade com a
definição freqüentemente usada, a mera "confiança reverente", mas inclui o santo
temor do poder de DEUS, da sua santidade e da sua justa retribuição, e um pavor
de pecar contra Ele e das conseqüências desse pecado (cf. Êx 3.6; Sl 119.120; Lc
12.4,5). Não é um temor destrutivo, mas um temor que controla e que redime e que
aproxima o crente de DEUS, de suas bênçãos, da pureza moral, da vida e da
salvação (cf. Sl 5.7; 85.9; Pv 14.27; 16.6).
2.13 DEUS É O QUE OPERA EM VÓS. A graça de DEUS opera nos seus filhos, para
produzir neles tanto o desejo quanto o poder para cumprir a sua vontade. Mesmo
assim, a obra de DEUS dentro de nós não é de compulsão, nem de graça
irresistível. A obra da graça dentro de nós (1.6; 1 Ts 5.24; 2 Tm 4.18; Tt
3.5-7) sempre depende da nossa fidelidade e cooperação (vv. 12,14-16)
2.15 GERAÇÃO CORROMPIDA E PERVERSA. JESUS e os apóstolos enfatizaram que o mundo
em que vivemos é uma "geração incrédula e perversa" (Mt 17.17; cf. 12.39; At
2.40). O povo deste mundo tem mentalidade errada, valores distorcidos, critérios
imorais de vida e rejeitam as normas e padrões da Palavra de DEUS. Os filhos de
DEUS devem separar-se do mundo e ser inculpáveis, puros de coração e
irrepreensíveis, a fim de proclamarem ao mundo perdido a gloriosa redenção em
CRISTO (Cf. 1 Jo 2.15).
2.17 E, AINDA QUE SEJA OFERECIDO... SOBRE O SACRIFÍCIO. O amor e a solicitude de
Paulo pelos Filipenses era tão grande, que ele estava disposto a dar a sua vida
por eles, como se fosse uma oferenda a DEUS. (1) Paulo não lastimaria; antes se
regozijaria como a vítima do sacrifício, se assim os Filipenses passassem a ter
mais fé em CRISTO e mais amor a Ele (cf. 2 Tm 4.6).
(2) Já que Paulo tinha tamanho amor sacrifical pelos seus filhos espirituais na
fé, que sacrifícios e sofrimentos devemos estar dispostos a enfrentar em prol da
fé dos nossos próprios filhos? Para que nossos filhos tenham uma vida
inteiramente dedicada ao Senhor, se necessário for, devemos dar até a nossa vida
como oferta ao Senhor que cita quinze passos que os pais devem observar para
levar seus filhos a uma vida de piedade em CRISTO)
2.19 TIMÓTEO. Timóteo era um bom exemplo do que um ministro e missionário de
DEUS deve ser. Era um estudante zeloso e obediente à Palavra de DEUS (2 Tm
3.15); um servo perseverante e digno de CRISTO (1 Ts 3.2); um homem de boa
reputação (At 16.2), amado e fiel (1 Co 4.17), com solicitude genuína pelo
próximo (v. 20), fidedigno (2 Tm 4.9,21) e dedicado a Paulo e ao evangelho (v.
22; Rm 16.21).
2.21 PORQUE TODOS BUSCAM O QUE É SEU. Há pastores que pregam, ensinam,
pastoreiam ou escrevem, não com solicitude genuína pela propagação do evangelho,
mas visando aos seus próprios interesses, honra, glória e prestígio. Ao invés de
procurarem agradar ao Senhor JESUS, procuram agradar aos homens e conquistar o
favor deles (1.15; 2.20,21; 2 Tm 4.10,16). Tais pastores não são verdadeiros
servos do Senhor.
capítulo 3
3.2 CÃES... MAUS OBREIROS... CIRCUNCISÃO. A maior
provação de Paulo era a tristeza que sentia e experimentava por causa dos que
distorciam o evangelho de CRISTO. Seu amor a CRISTO, à igreja e à verdade
redentora, era tão forte que o levou a opor-se energicamente àqueles que
pervertiam a doutrina pura, e a descrevê-los como "cães" e "maus obreiros" (ver
1.17; Gl 1.9; cf. Mt 23). O termo grego "circuncisão", como é empregado por
Paulo aqui, significa "mutiladores do corpo" e refere-se ao rito da circuncisão
segundo o ensino dos falsos mestres judaizantes, afirmando que o sinal da
circuncisão conforme o AT era necessário à salvação. Paulo declara que a
verdadeira circuncisão é uma obra do ESPÍRITO no coração da pessoa, pela qual o
pecado e o mal são cortados (v. 3; Rm 2.25-29; Cl 2.11).
3.8-11 PARA QUE POSSA GANHAR A CRISTO. Estes versículos revelam o coração do
apóstolo e a essência do cristianismo. O maior anseio na vida de Paulo era
conhecer a CRISTO e experimentar de modo mais íntimo sua comunhão e presença.
Nessa busca vemos os seguintes aspectos: (1) Conhecer a CRISTO pessoalmente, bem
como a seus caminhos, sua natureza e caráter, segundo a revelação da Palavra de
DEUS. O verdadeiro conhecimento de CRISTO envolve ouvirmos a sua palavra,
seguirmos o seu ESPÍRITO, atendermos a seus impulsos com fé, verdade e
obediência, e identificar-nos com seus interesses e propósitos. (2) Ser achado
em CRISTO (v. 9), i.e., ser unido e ter comunhão com Ele produz a justiça que
somente é experimentada como dom de DEUS (1.10,11; 1 Co 1.30). (3) Conhecer o
poder da sua ressurreição (v. 10), i.e., experimentar a renovação da vida
espiritual, o livramento do poder do pecado (Rm 5.10; 6.4; Ef 2.5,6) e o poder
do ESPÍRITO SANTO para levar a efeito um testemunho eficaz, a cura, os milagres
e, finalmente, a nossa própria ressurreição dentre os mortos (v. 11; Ef
1.18-20). (4) Compartilhar das aflições de CRISTO mediante a abnegação, a
crucificação da carne e o sofrimento por amor a CRISTO e à sua causa (cf. 1.29;
At 9.16; Rm 6.5,6; 1 Co 15.31; 2 Co 4.10; Gl 2.20; Cl 1.24; 4.13)
3.9 A JUSTIÇA QUE VEM DE DEUS. A justiça do crente consiste, em primeiro lugar,
em ser perdoado do pecado, justificado e aceito por DEUS, mediante a fé (ver Rm
4.5). (1) Nossa justiça, no entanto, é mais do que isso. A Palavra de DEUS
declara que nossa justiça é CRISTO, o próprio Senhor JESUS, habitando em nosso
coração (cf. 1.20,21; Rm 8.10; 1 Co 1.30; Gl 2.20; Ef 3.17; Cl 3.4); no AT o
Messias é referido como o "Renovo justo" e "O SENHOR Justiça nossa" (ver Jr
23.5,6). Noutras palavras, a justiça que possuímos não é de nós mesmos, mas
de JESUS, em quem colocamos a nossa fé (1 Co 1.30; Gl 2.20). Mediante
a presença dEle em nós, tornamo-nos nEle "justiça de DEUS" (ver 2 Co 5.21).
(2) O fundamento da nossa salvação e nossa única esperança de justificação é a
morte sacrificial de CRISTO e seu sangue derramado no Calvário (Rm 3.24; 4.25;
5.9; 8.3,4; 1 Co 15.3; Gl 1.4; 2.20; Ef 1.7; Hb 9.14; 1 Pe 1.18,19; 1 Jo 4.10) e
sua vida ressurreta dentro do nosso coração (ver Rm 4.22; Rm 4.25; 5.9,10;
8.10,11; Gl 2.20; Cl 3.1-3; ver Rm 4.22).
3.13 UMA COISA FAÇO. Paulo se acha qual um atleta numa corrida (cf. Hb
12.1), esforçando-se e correndo o máximo, totalmente concentrado no que
faz, a
fim de não ficar aquém do alvo que CRISTO estabeleceu para a sua vida.
Esse alvo
era a perfeita união entre Paulo e CRISTO (vv. 8-10), sua salvação final
e sua
ressurreição dentre os mortos (v. 11). (1) Era essa a motivação da vida
de
Paulo. Recebera um vislumbre da glória do céu (2 Co 12.4) e resolvera
que sua
vida inteira, pela graça de DEUS, estaria voltada para a resolução de
avançar
com toda determinação e finalmente chegar ao céu e ver CRISTO face a
face (cf. 2
Tm 4.8; Ap 2.10; 22.4). (2) Semelhante determinação é necessária a todos
nós. No
decurso da nossa vida, há todos os tipos de distrações e tentações, tais
como os
cuidados deste mundo, as riquezas e os desejos ímpios, que ameaçam
sufocar nossa
dedicação ao Senhor (cf. Mc 4.19; Lc 8.14). Necessário é esquecer-se das
"coisas
que atrás ficam", i.e., o mundo iníquo e nossa velha vida de pecado (cf.
Gn
19.17,26; Lc 17.32), e avançar para as coisas que estão adiante, a
salvação
completa e final em CRISTO.
3.18 INIMIGOS DA CRUZ DE CRISTO. Esses inimigos eram, segundo a melhor
interpretação, crentes professos que estavam corrompendo o evangelho com suas
vidas imorais e falsos ensinos. Uma das razões da grandeza de Paulo era que ele
possuía convicções firmes, cujo coração ficava muito intranqüilo quando o
evangelho era distorcido ou quando as pessoas a quem ele ministrava corriam
perigo de deixar a fé (ver 3.2; Gl 1.9)
3.20 NOSSA CIDADE ESTÁ NOS CÉUS. O termo "cidade" aqui (gr. politeuma) significa
"cidadania" ou "pátria". Paulo ressalta que os cristãos já não são cidadãos
deste mundo: tornaram-se estranhos e peregrinos na terra (Rm 8.22-24; Gl 4.26;
Hb 11.13; 12.22,23; 13.14; 1 Pe 1.17; 2.11).
(1) No que diz respeito ao nosso comportamento, valores e orientação na vida, o
céu é agora a nossa cidade. Nascemos de novo (Jo 3.3); nossos nomes estão
registrados nos livros do céu (4.3); nossa vida está orientada por padrões
celestiais, e nossos direitos e herança estão reservados no céu. (2) É para o
céu que nossas orações sobem (2 Cr 6.21; 30.27) e para onde nossa esperança está
voltada. Muitos dos nossos amigos e familiares já estão lá, e nós também
estaremos ali dentro em breve. JESUS também está ali, preparando-nos um lugar.
Ele prometeu voltar e nos levar para junto dEle (ver Jo 14.2,3 notas; cf. Jo
3.3; 14.1-4; Rm 8.17; Ef 2.6; Cl 3.1-3; Hb 6.19,20; 12.22-24; 1 Pe 1.4,5; Ap
7.9-17). Por essas razões, desejamos profundamente uma cidade melhor, ou seja: a
cidade celestial. Por isso, DEUS não se envergonha de ser chamado nosso DEUS, e
Ele já nos preparou uma cidade eterna (Hb 11.16)
capítulo 4
4.4 REGOZIJAI-VOS... NO SENHOR. O crente deve regozijar-se e fortalecer-se,
meditando na graça do Senhor, sua presença e promessas (ver 1.4).
4.5 PERTO ESTÁ O SENHOR. Devemos crer que o Senhor poderá voltar a qualquer
momento. A perspectiva do NT é de que a volta de JESUS é iminente (ver Lc
12.35-40); logo, devemos estar prontos, trabalhando e vigiando em todo
tempo (Mt 24.36; 25.1-13; Rm 13.12-14).
4.6 NÃO ESTEJAIS INQUIETOS POR COISA ALGUMA. O melhor remédio para a preocupação
é a oração, e isto pelas seguintes razões: (1) Mediante a oração, renovamos
nossa confiança na fidelidade do Senhor, ao lançarmos nossas ansiedades e
problemas sobre aquEle que tem cuidado de nós (Mt 6.25-34; 1 Pe 5.7). (2) A paz
de DEUS vem guardar nossos corações e mentes, como resultado da nossa comunhão
com CRISTO JESUS (vv. 6,7; Is 26.3; Cl 3.15). (3) DEUS nos fortalece, para
fazermos todas as coisas que Ele quer que façamos (v. 13; 3.20; Ef 3.16). (4)
Recebemos misericórdia, graça e ajuda em tempos de necessidade (Hb 4.16). (5)
Temos certeza de que todas as coisas que DEUS permite que nos aconteçam
concorrerão para o nosso bem (ver v. 11; Rm 8.28).
4.7 A PAZ DE DEUS GUARDARÁ OS VOSSOS CORAÇÕES. Quando invocamos a DEUS, com um
coração posto em CRISTO e na sua Palavra (Jo 15.7), a paz de DEUS transborda em
nossa alma aflita. (1) Essa paz consiste em uma tranqüilidade interior, que o
ESPÍRITO SANTO nos transmite (Rm 8.15,16). Envolve uma firme convicção de que
JESUS está perto, e que o amor de DEUS estará ativo em nossa vida continuamente.
(Rm 8.28,32; cf. Is 26.3). (2) Quando colocamos diante de DEUS, em oração, as
nossas inquietações, essa paz ficará como guarda à porta de nosso coração e de
nossa mente, para impedir que os cuidados e angústias perturbem-nos a vida e a
esperança em CRISTO (v. 6; Is 26.3,4,12; 37.1-7; Rm 8.35-39; 1 Pe 5.7). (3) Se o
medo e a ansiedade retornarem, novamente a oração, a súplica e a ação de graças
nos trarão a paz de DEUS que guarda os nossos corações. Voltaremos a sentir
segurança, e nos regozijaremos no Senhor (v. 4)
4.8 TUDO O QUE É PURO. O crente deve fixar sua mente nas coisas verdadeiras,
puras, justas, santas, etc. Que essa é uma condição prévia para experimentarmos
a paz de DEUS e o livramento da ansiedade, fica claro no versículo 9. Se assim
fizermos, "o DEUS de paz será convosco". O resultado de fixar nossas mentes nas
coisas do mundo será a perda da alegria, da presença íntima e da paz de DEUS e,
nossos corações sem proteção.
4.11 APRENDI A CONTENTAR-ME. O segredo do contentamento, da satisfação, é
reconhecermos que DEUS nos concede, em cada circunstância, tudo quanto
necessitamos para uma vida vitoriosa em CRISTO (1 Co 15.57; 2 Co 2.14; 1 Jo
5.4). Nossa capacidade de viver vitoriosamente acima das situações instáveis da
vida provém do poder de CRISTO que flui em nós e através de nós (v. 13; ver 1 Tm
6.8). Isso não ocorre de modo natural; precisamos aprender na dependência de
CRISTO.
4.13 POSSO TODAS AS COISAS NAQUELE... O poder e a graça de CRISTO permanecem no
crente para capacitá-lo a fazer tudo quanto Ele o mandou fazer.
4.16 MANDASTES O NECESSÁRIO. A igreja Filipense era uma igreja missionária, que
supria as necessidades de Paulo durante suas viagens (1.4,5; 4.15-17). Sustentar
os missionários no seu trabalho em prol do evangelho, é obra dignificante e
aceita por DEUS, "como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível" a
Ele (v. 18). Por isso, aquilo que damos para o sustento do missionário fiel, é
considerado oferta apresentada a DEUS. Tudo que é feito a um dos irmãos, por
pequeno que seja, é feito como ao próprio Senhor (Mt 25.40).
4.19 SUPRIRÁ TODAS AS VOSSAS NECESSIDADES. Paulo enfatiza o cuidado amoroso de
DEUS Pai pelos seus filhos. Ele suprirá todas as nossas necessidades (materiais
e espirituais), à medida que as apresentarmos diante dEle. O suprimento das
nossas necessidades vem "por CRISTO JESUS". Somente em união com CRISTO e na
comunhão com Ele é que podemos experimentar o provimento da parte de DEUS. Entre
as muitas promessas das Escrituras que confere esperança e encorajamento ao povo
de DEUS, no tocante ao seu cuidado, provisão e socorro, temos: Gn 28.15; 50.20;
Êx 33.14; Dt 2.7; 32.7-14; 33.27; Js 1.9; 1 Sm 7.12; 1 Rs 17.6,16; 2 Cr 20.17;
Sl 18.35; 23; 121; Is 25.4; 32.2; 40.11; 41.10; 43.1,2; 46.3,4; Jl 2.21-27; Ml
3.10; Mt 6.25-34; 14.20; 23.37; Lc 6.38; 12.7; 22.35; Jo 10.27,28; 17.11; Rm
8.28,31-39; 2 Tm 1.12; 4.18; 1 Pe 5.7.
RESUMO
DAS LIÇÕES DO 3º TRIMESTRE DE 2013
LIÇÃO 1 - PAULO E A IGREJA
EM FILIPOS
I. INTRODUÇÃO À EPÍSTOLA
1. A cidade de Filipos.
2. O Evangelho chega à Filipos.
3. Data e local da autoria.
II. AUTORIA E DESTINATÁRIOS
1. Paulo e Timóteo.
2. Os destinatários da carta: "todos os santos".
3. Alguns destinatários distintos: "bispos e diáconos".
III. AÇÃO DE GRAÇAS E PETIÇÃO PELA IGREJA DE FILIPOS (1.3-11)
1. As razões pela ação de graças.
2. Uma oração de gratidão (vv.3-8).
3. Uma oração de petição (vv.9-11).
a) Que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento
(v.9).
b) Para que aproveis as coisas excelentes para que sejais sinceros e sem
escândalo algum até ao Dia de CRISTO (v.10).
c) Cheios de frutos de justiça (v.11).
LIÇÃO 2 - ESPERANÇA EM MEIO À ADVERSIDADE
I. ADVERSIDADE: UMA
CONTRIBUIÇÃO PARA A PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO
1. Paulo na prisão.
2. Uma porta se abre
através da adversidade.
II. O TESTEMUNHO DE PAULO NA ADVERSIDADE
(1.12,13)
1. O poder do Evangelho.
2. A preocupação dos
Filipenses com Paulo.
3. Paulo rejeita a
auto-piedade.
III. MOTIVAÇÕES PARA A PREGAÇÃO DO EVANGELHO
(1.14-18)
1. A motivação positiva.
2. A motivação negativa.
IV. O DILEMA DE PAULO (1.19-22ss.)
1. Viver para CRISTO.
2. Paulo supera o dilema.
"Estar com CRISTO" e "viver na carne".
LIÇÃO 3 - O COMPORTAMENTO
DOS SALVOS EM CRISTO
I. O COMPORTAMENTO DOS CIDADÃOS DO CÉU (1.27)
1. O crente deve "portar-se dignamente".
2. Para que os outros vejam.
3. A autonomia da vida espiritual.
II. O COMPORTAMENTO ANTE A OPOSIÇÃO (1.28-30)
1. O ataque dos falsos obreiros.
2. O objetivo dos falsos obreiros.
3. Padecendo por CRISTO.
III. PROMOVENDO A UNIDADE DA IGREJA (2.1-4)
1. O desejo de Paulo pela unidade.
a) Consolação de amor, comunhão no ESPÍRITO e entranháveis afetos e compaixões.
b) Mesmo amor, mesmo ânimo e sentindo uma mesma coisa.
2. O foco no outro como em si mesmo.
3. Não ao individualismo.
LIÇÃO 4 - JESUS, O MODELO
IDEAL DE HUMILDADE
I. O FILHO DIVINO: O ESTADO ETERNO DA PRÉ-ENCARNAÇÃO (2.5,6)
1. Ele deu o maior exemplo de humildade.
2. Ele era igual a DEUS
3. Mas "não teve por usurpação ser igual a DEUS" (v.6).
II. - O FILHO DO HOMEM: O ESTADO TEMPORAL DE CRISTO (2.7,8)
1. "Aniquilou-se a si mesmo" (2.7).
2. Ele "humilhou-se a si mesmo" (2.8).
3. Ele foi "obediente até a morte e morte de cruz" (2.8).
III. A EXALTAÇAO DE CRISTO (2.9-11)
1. "DEUS o exaltou soberanamente" (2.9).
2. Dobre-se todo joelho.
3. "Toda língua confesse" (v.11).
LIÇÃO 5 – AS VIRTUDES DOS SALVOS EM CRISTO
I. A DINÂMICA DA SALVAÇÃO (2.12,13)
1. O caráter dinâmico da salvação.
2. DEUS é a fonte da vida.
3. A bondade divina.
II. OPERANDO A SALVAÇÃO COM TEMOR E TREMOR (2.12-16)
1. "Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas".
a) Murmurações.
b) Contendas.
2. "Sejais irrepreensíveis e sinceros".
3. "Retendo a palavra da vida".
III. A SALVAÇÃO OPERA O CONTENTAMENTO E A ALEGRIA (2.17,18)
1. O contentamento da salvação operada.
2. A alegria do povo de DEUS.
LIÇÃO 6 - A
FIDELIDADE DOS OBREIROS DO SENHOR
I. - A PREOCUPAÇÃO DE PAULO COM A IGREJA
1. Paulo, um líder comprometido com o pastorado.
2. Paulo, o mentor de novos obreiros.
3. Paulo, um líder que amava a igreja.
II. O ENVIO DE TIMÓTEO À FILIPOS (2.19-24)
1. Paulo dá testemunho por Timóteo.
2. O modelo paulino de liderança. Timóteo, Epafrodito e Tito
3. As qualidades de Timóteo (2.20-22).
III. - EPAFRODITO, UM OBREIRO DEDICADO (2.25-30)
1. Epafrodito, um mensageiro de confiança.
2. Epafrodito, um verdadeiro missionário.
3. Paulo envia Epafrodito.
LIÇÃO 7 - A ATUALIDADE DOS CONSELHOS PAULINOS
I. A ALEGRIA DO SENHOR
1. Regozijo espiritual.
2. Exortação ao regozijo.
3. Alegria em meio às preocupações e aflição.
II. A TRÍPLICE ADVERTÊNCIA CONTRA OS INIMIGOS (3.2-4)
1. "Guardai-vos dos cães".
2. "Guardai-vos dos maus obreiros".
3. "Guardai-vos da circuncisão".
III. A VERDADEIRA CIRCUNCISÃO CRISTÃ (3.3)
1. A circuncisão no Antigo Testamento.
2. A verdadeira circuncisão não deixa marcas físicas.
3. A verdadeira circuncisão não confia na carne (3.3-7).
LIÇÃO 8 – A SUPREMA ASPIRAÇÃO DO CRENTE
I. A ASPIRAÇÃO PAULINA
1. "Prossigo para o alvo".
2. O sentimento de incompletude de Paulo.
3. O engano da presunção espiritual.
II. A MATURIDADE ESPIRITUAL DOS FILIPENSES (3.15,16)
1. Somos perfeitos (3.15)?
2. O cristão deve andar conforme a maturidade alcançada (3.16).
3. Exemplo a ser imitado (3.17).
III. A ASPIRAÇÃO CRISTÃ HOJE
1. A atualidade do desejo paulino.
2. O cristão deve almejar a maturidade espiritual.
3. Rejeitando a fantasia da falsa vida cristã.
LIÇÃO 9 -
CONFRONTANDO OS INIMIGOS DA CRUZ DE CRISTO
I. EXORTAÇÃO À FIRMEZA EM CRISTO (3.17)
1. Imitando o exemplo de Paulo (v.17a).
2. O exemplo de outros obreiros fiéis (v.17b).
3. Tendo outro estilo de vida.
II. OS INIMIGOS DA CRUZ DE CRISTO (3.18,19)
1. Os inimigos da cruz (v.18).
2. "O deus deles é o ventre" (3.19).
3. "A glória deles" (3.19).
III. - O FUTURO GLORIOSO DOS QUE AMAM A CRUZ DE CRISTO (3.20,21)
1. "Mas a nossa cidade está nos céus"
2. "Que transformará o nosso corpo abatido" (Fp 3.21).
3. Vivendo em esperança.
LIÇÃO 10 - A ALEGRIA DO SALVO EM CRISTO
I. EXORTAÇÃO À ALEGRIA E FIRMEZA DA FÉ (4.1-3)
1. A alegria de Paulo.
2. A alegria nas relações fraternas.
3. A alegria de ter os nomes escritos no Livro da Vida.
II. A ALEGRIA DIVINA SUSTENTA A VIDA CRISTÃ (4.4,5)
1. Alegria permanente no Senhor.
2. Uma alegria cuja fonte é CRISTO.
3. Uma alegria que produz moderação.
III. A SINGULARIDADE DA PAZ DE DEUS (4.6,7)
1. A alegria desfaz a ansiedade e produz a paz.
2. Uma paz que excede todo o entendimento.
3. Uma paz que guarda o coração e os sentimentos do crente.
LIÇÃO 11 - UMA VIDA CRISTÃ
EQUILIBRADA
I. A EXCELÊNCIA DA MENTE CRISTÃ
1. Nossos pensamentos.
2. Pensando nas coisas eternas.
3. Agindo sabiamente.
II. O QUE DEVE OCUPAR A MENTE DO CRISTÃO (4.8)
1. "Tudo o que é verdadeiro e honesto".
2. "Tudo o que é justo".
3. "Tudo o que é puro e amável".
4. "Tudo o que é de boa fama".
III. A CONDUTA DE PAULO COMO MODELO (4.9)
1. Paulo, uma vida a ser imitada.
2. Paulo, exemplo de ministro.
3. O DEUS de paz.
LIÇÃO 12 - A RECIPROCIDADE
DO AMOR CRISTÃO
I. AS OFERTAS DOS FILIPENSES COMO PROVIDÊNCIA DIVINA
1. Paulo agradece aos Filipenses.
2. Reciprocidade entre o apóstolo e a igreja.
3. A igreja deve cuidar dos seus obreiros.
II. O CONTENTAMENTO EM CRISTO EM QUALQUER SITUAÇÃO
1. O contentamento de Paulo.
2. "Sei estar abatido" (v.12).
3. O contentamento desfaz os extremismos.
III. A PRINCIPAL FONTE DO CONTENTAMENTO (4.13)
1. CRISTO é quem fortalece.
2. CRISTO é a razão do contentamento.
3. O cumprimento da missão como fonte de contentamento.
LIÇÃO 13 - O SACRIFÍCIO
QUE AGRADA A DEUS
I. A PARTICIPAÇÃO DA IGREJA NAS TRIBULAÇÕES DE PAULO (4.14)
1. Os filipenses tomam parte nas aflições do apóstolo.
2. O exemplo da igreja após o Pentecostes.
3. O padrão de amor para a Igreja.
II. REMINISCÊNCIA: O ATO DE DAR E RECEBER (4.15-17)
1. Paulo relembra o apoio dos filipenses.
2. O necessário para viver.
3. "Não procuro dádivas".
III. A OBLAÇÃO DE AMOR E SAUDAÇÕES FINAIS (4.18-23)
1. A oblação no Antigo Testamento.
2. A oblação e a generosidade dos filipenses.
3. Doxologia.
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Introduzir a Epístola aos Filipenses destacando a cidade, a data e o local
da autoria.
Explicar o propósito, a autoria e os destinatários da epístola.
Compreender os atos de oração e ação de graças do apóstolo Paulo.
RESUMO DA
LIÇÃO 1 - PAULO E A IGREJA EM FILIPOS
I. INTRODUÇÃO À EPÍSTOLA
1. A cidade de Filipos.
2. O Evangelho chega à Filipos.
3. Data e local da autoria.
II. AUTORIA E DESTINATÁRIOS
1. Paulo e Timóteo.
2. Os destinatários da carta: "todos os santos".
3. Alguns destinatários distintos: "bispos e diáconos".
III. AÇÃO DE GRAÇAS E PETIÇÃO PELA IGREJA DE FILIPOS (1.3-11)
1. As razões pela ação de graças.
2. Uma oração de gratidão (vv.3-8).
3. Uma oração de petição (vv.9-11).
a) Que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento
(v.9).
b) Para que aproveis as coisas excelentes para que sejais sinceros e sem
escândalo algum até ao Dia de CRISTO (v.10).
c) Cheios de frutos de justiça (v.11).
SINOPSE DO TÓPICO (1) Após chegar numa cidade gentílica, o apóstolo Paulo
dirigia-se a uma sinagoga judaica para evangelizar.
SINOPSE DO TÓPICO (2) Apesar de Timóteo aparecer como o co-autor da carta, a
autoria da epístola é do apóstolo Paulo.
SINOPSE DO TÓPICO (3) A atitude de ação de graças e petição pela igreja de
Filipos é o tema que predomina na introdução da epístola.
VOCABULÁRIO
Colônia: Grupo de migrantes que se estabelecem em terra estranha. Ou lugar
onde se estabelece quaisquer migrantes.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico
Pentecostal: Novo Testamento. 4.ed. Vol. 2, Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
STAMPS, Donald C (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo
Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
SAIBA MAIS - Revista Ensinador Cristão CPAD - nº 55, p.36.
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO
1 - PAULO E A IGREJA EM FILIPOS
Responda conforme a
revista da CPAD do 3º Trimestre de 2013 - FILIPENSES
Complete os espaços
vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"E peço isto: que o vosso ________________________ aumente mais e mais em
_________________________________ e em todo o
_____________________________________" (Fp 1.9).
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
Paulo tinha uma grande
_____________________________________ pelos irmãos de Filipos; por isso suas
________________________________ e ações de _______________________________ por essa igreja eram constantes.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
3-
Neste trimestre, estudaremos a Epístola de Paulo aos Filipenses. O que é esta carta?
( ) É uma declaração de amor e gratidão do apóstolo pelo amoroso zelo dos
Filipenses para com os obreiros do Senhor.
( )
A epístola está classificada no grupo das cartas
da prisão - Filipenses, Filemon, Colossenses e Efésios.
I. INTRODUÇÃO À EPÍSTOLA
4- Onde situa-se a cidade de Filipos e por quem foi fundada? Quais as
principais cidades dessa região?
( )
Localizada no Norte da Macedônia e da Inglaterra, foi fundada por
Filipe I.
( )
Localizada no Norte da Grécia, foi fundada por
Filipe II.
( )
Outras cidades como Anfípolis, Apolônia,
Tessalônica e Bereia também faziam parte daquela região.
( )
Filipos, porém, era uma
colônia romana e um importante centro mercantil, pois estava
situada no cruzamento das rotas comerciais entre a Europa e a Ásia.
5- Como, e através de quem, o Evangelho chegou a Filipos?
( )
Por volta do ano 50 d.C., o apóstolo Pedro,
acompanhado por João, empreendeu uma viagem missionária a esta região,
depois, dois anos mais tarde Paulo ali esteve e confirmou essa igreja..
( )
Por volta do ano 52 d.C., o apóstolo Paulo,
acompanhado por Silas e Timóteo, empreendeu uma segunda viagem missionária..
( )
Ao entrar numa cidade estrangeira, a estratégia usada
por Paulo para anunciar o Evangelho era sempre a mesma: dirigir-se em
primeiro lugar a uma sinagoga.
( )
Ali, o apóstolo esperava encontrar judeus
dispostos a ouvi-lo. Mas, na sinagoga de Filipos, havia uma comunidade não
muito inclinada a escutá-lo.
( )
Por isso, Paulo concentrou-se num lugar público
e informal para falar a homens e mulheres desejosos por discutir assuntos
religiosos.
( )
Lá, o apóstolo encontrou Lídia, de Tiatira, uma
comerciante que negociava púrpura.
( )
Ela se converteu a CRISTO e levou o primeiro grupo de
cristãos de Filipos a congregar-se em sua casa.
( )
No lar da irmã Lídia, a
igreja começou a florescer.
6- Qual a data e local da autoria
da epístola aos Filipenses e em que circunstâncias isso ocorreu?
( )
Apesar das dificuldades para se referendar a
data e o local da Epístola aos Filipenses, os especialistas em Novo
Testamento dizem que a carta foi redigida entre os anos 60 e 63 d.C..
( )
Provavelmente em Éfeso ou Corinto.
( )
Provavelmente em Roma.
( )
Na ocasião, o apóstolo Paulo estava encarcerado numa
prisão, e recebeu a visita de um membro da igreja em Filipos, chamado
Epafrodito.
( )
Epafrodito chegara a ficar gravemente adoentado, "mas DEUS se apiedou
dele" que, agora recuperado, acabou por levar a mensagem do apóstolo aos
Filipenses.
II. AUTORIA E DESTINATÁRIOS
7- De quem é a autoria da
carta aos Filipenses?
( )
O nome de Timóteo aparece juntamente com o de Paulo na
introdução da epístola aos Filipenses.
( )
O nome de Paulo aparece juntamente com o de
Timóteo na
introdução da epístola aos Filipenses,
parece que Paulo ajudou a Timóteo na redação desta carta.
( )
Apesar de Timóteo ser
apresentado como co-autor da carta, a autoria principal pertence ao apóstolo
Paulo.
( )
Este certamente tratou com Timóteo, seu discípulo, os assuntos
expostos na carta.
( )
O apóstolo Paulo também não desfrutava de boa saúde, e
este fato fazia com que dependesse constantemente da ajuda de um auxiliar na
composição de seus escritos.
8- Quais os destinatários da carta aos Filipenses?
( )
Paulo chama os cristãos de
Filipos de "crentes" (v. 1).
( )
Paulo chama os cristãos de
Filipos de "santos" (v. 1).
( )
Salvos são aqueles que foram salvos e separados,
por DEUS, para viver uma nova vida em CRISTO.
( )
Salvos - Este era o tratamento comum
dado por Paulo às igrejas.
( )
Quando o apóstolo dos gentios
usa a expressão "em CRISTO JESUS", ele quer ilustrar a relação íntima dos
crentes com o CRISTO de DEUS - semelhante ao recurso usado por JESUS quando
da ilustração da "videira e os ramos".
9- Quais eram os destinatários distintos
da carta aos Filipenses?
( )
A distinção entre
"bispos e diáconos" expressa a preocupação paulina quanto à liderança
espiritual da igreja.
( )
O modelo de liderança adotado pelas igrejas do
primeiro século funcionava assim: os "bispos" eram responsáveis pelas
necessidades espirituais da igreja local e os "diáconos" pelo serviço à
igreja sob a supervisão dos bispos.
( )
O modelo de liderança adotado pelas igrejas do
primeiro século funcionava assim: os "bispos" eram responsáveis pelas
necessidades materiais da igreja local e os "diáconos" pelo serviço
espiritual à
igreja sob a supervisão dos bispos.
III. AÇÃO DE GRAÇAS E PETIÇÃO PELA IGREJA DE FILIPOS (1.3-11)
10- Por que Paulo fazia ação de graças pela Igreja de Filipos?
( )
"Dou graças ao meu DEUS todas as vezes que
me lembro de vós" (v.3).
( )
A razão de o apóstolo Paulo lembrar-se dos
Filipenses nas suas orações, e alegrar-se por isto, foi a compaixão deles
para com o apóstolo quando da sua prisão, defesa e confirmação do Evangelho.
( )
A razão de o apóstolo Paulo lembrar-se dos
Filipenses nas suas orações, e alegrar-se por isto, foi a compaixão deles
para com o apóstolo quando da sua prisão em Éfeso e em Corinto.
( )
Esta lembrança fortalecia Paulo na sua solidão, pois, apesar de estar
longe fisicamente dos Filipenses, aproximava-se deles pela oração, onde não
há fronteiras.
11- Cite uma oração de gratidão (vv.3-8) de Paulo à Igreja Filipense:
Complete:
Paulo lembra a experiência
____________________________
sofrida juntamente com Silas em Filipos (v.7). Eles foram arrastados à
presença das autoridades, açoitados em público, condenados sumariamente e
jogados no ________________________________, tendo os pés atados ao tronco
(At 16.19,23,24). Essa dura experiência fez o apóstolo recordar o grande
____________________________ de DEUS concedido a ele, a Silas e ao
carcereiro (At 16.27-33). Os Filipenses participaram das
____________________________ do apóstolo e proveram-no, inclusive, de
recursos _____________________________ (4.15-18), ao passo que os coríntios
fecharam-lhe as _______________________________ (1 Co 9.8-12). Por isso,
quando lemos a Epístola aos Filipenses percebemos o amor, a amizade e a
grande _____________________________ que Paulo nutria
para com aquela igreja (v.8).
12- Após agradecer a DEUS pelos Filipenses,
o apóstolo passa a rogar a DEUS por eles: Complete:
a) Que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento
(v.9). O desejo do apóstolo é que o amor cresça e se desenvolva de modo mais
_______________________________, levando cada crente em Filipos a ter um maior __________________________________ de
CRISTO.
b) Para que aproveis as coisas ___________________________________ para que
sejais sinceros e sem _______________________ algum até ao Dia de CRISTO (v.10). Paulo intercedia pelos
Filipenses, pedindo ao Senhor que lhes concedesse a capacidade de ________________________________
entre o certo e o errado. Esta capacidade fará do crente uma pessoa sincera
e sem _______________________________ até a volta do Senhor.
c) Cheios de frutos de ___________________________________ (v.11). O apóstolo desejava que os crentes
Filipenses não fossem _____________________________________, mas cheios do fruto da justiça para a glória
de DEUS. A justiça que vem de DEUS manifesta-se com perfeição no __________________________________ e
nas obras do crente.
CONCLUSÃO
13- Complete:
As ____________________________________
ministeriais na vida do apóstolo Paulo eram
____________________________________ na
demonstração de amor das igrejas plantadas por ele. Ao longo deste
trimestre, veremos o quanto a igreja de Filipos foi ___________________________________ por aquele
que não media esforços nem limites para _________________________________ o Evangelho: o apóstolo
Paulo.
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GARNER, Paul. Quem é quem na
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CHAMPLIN, R.N. O Novo e o
Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo.
STAMPS, Donald C. Bíblia de
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