Escrita Lição 1, Central Gospel, casamento, lugar em que tudo começa, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
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Sobre os comentaristas:
Albertina Malafaia (Pastora, pedagoga, psicóloga e escritora);
Claudio Duarte (Pastor, conferencista e autor do best-seller Sexualidade
sem Censura); Elizete Malafaia (Pastora, psicóloga, palestrante e escritora);
Estevam Fernandes (Pastor, psicólogo clínico, mestre em Teologia, doutor em
Sociologia, escritor e conferencista motivacional).
https://youtu.be/wkRxR1MxPiA?si=QZKhYXKLYlU126zm
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TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Gênesis 2.18-24
18 - E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só;
far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.
19 - Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todo animal do
campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria;
e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
20 - E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a
todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse
como diante dele.
21 - Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e
este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22 - E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma
mulher; e trouxe-a a Adão.
23 - E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da
minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
24 - Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á
à sua mulher, e serão ambos uma carne.
TEXTO ÁUREO
Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém
aos que se dão à prostituição e aos adúlteros DEUS os julgará. Hebreus 13.4
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. OS MALES DA SOLIDÃO E AS RESPOSTAS DO
ÉDEN
1.1. Adão e a convivência com os animais
1.2. A declaração divina a respeito da solidão
1.3. Eva, a resposta de Deus para Adão
2. A FORMAÇÃO DA FAMÍLIA MEDIANTE O
CASAMENTO
2.1. Definindo o termo casamento
2.2. Adão e Eva: O exemplo do primeiro casal
3. AS CARACTERÍSTICAS DO PRIMEIRO
CASAMENTO
3.1. O padrão da monogamia
3.2. O padrão da heterossexualidade
3.3. O padrão da indissolubilidade
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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Lição 5, O Casamento é
Para Sempre
Preciso muito da ajuda dos irmãos, mesmo que seja com 10,00. Quem puder ajudar,
envie por uma das contas abaixo, em nome de JESUS.
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Lição 5, O Casamento é
Para Sempre
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TEXTO ÁUREO
“Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que DEUS ajuntou
não separe o homem.” (Mt 19.6)
VERDADE PRÁTICA
A vontade de DEUS para o casamento é que ele seja vitalício. Na continuidade do
Sermão do Monte, JESUS condena o adultério.
LEITURA DIÁRIA
(Comentários da BEP - CPAD - com algumas modificações do Pr. Henrique)
Segunda - Hb 13.4 O casamento deve ser honrado
13.4 VENERADO SEJA... O
MATRIMÔNIO. DEUS tem elevados padrões para seu povo, quanto ao casamento e à
sexualidade. PADRÕES DE MORALIDADE SEXUAL (VEJA ESTUDO ABAIXO)
Hb 13.4 “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém
aos que se dão à prostituição e aos adúlteros DEUS os julgará”.
O crente, antes de mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro (cf. 2Co
11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2).
A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda mácula da
lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e pensamentos que
incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos
matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de
qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de DEUS. Isso
abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em
“concupiscência” (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros,
como para os casados. No tocante ao ensino bíblico sobre a moral sexual.
Terça - Ml 2.15,16 O Senhor os fez um só
2.16 ABORRECE O REPÚDIO.
DEUS odeia o divórcio. Quem pratica o divórcio, assemelha-se "aquele que
encobre a violência com a sua veste". O divórcio, aos olhos de DEUS,
iguala-se à injustiça mais brutal, à crueldade e ao assassinato (ver Mt 19.9)
Mt 19.9 A NÃO SER POR
CAUSA DE PROSTITUIÇÃO. A vontade de DEUS para o casamento é que ele seja
vitalício, i.e., que cada cônjuge seja único até que a morte os separe (vv.
5,6; Mc 10.7-9; Gn 2.24; Ct 2.7; Ml 2.14). Neste particular, JESUS cita uma
exceção, a saber, a prostituição (gr. porneia), (que a meu ver era a
descoberta por parte do marido de que sua esposa não era mais virgem quando se
casou com ele). Quando um homem tomar mulher, e, entrando a ela, a
aborrecer, e lhe imputar coisas escandalosas, e contra ela divulgar má fama,
dizendo: Tomei esta mulher e me cheguei a ela, porém não a achei virgem;
Deuteronômio 22:13,14
O divórcio, portanto,
deve ser permitido em caso de imoralidade sexual, quando o cônjuge ofendido se
recusar a perdoar.
(1) Quando JESUS censura o divórcio em Mt 19.8,9, não estava referindo-se à
separação por causa de adultério, mas ao divórcio como permitido no AT em casos
de incontinência pré-nupcial, constatada pelo marido após a cerimônia do
casamento (Dt 24.1 - Quando o marido descobria que sua noiva não era mais
virgem). A vontade de DEUS em tais casos era que os dois permanecessem juntos.
Todavia, Ele permitiu o divórcio, por incontinência pré-nupcial, por causa da
dureza de coração das pessoas (vv. 7,8).
(2) No caso de
infidelidade conjugal depois do casamento, o AT determinava a dissolução do
casamento com a execução das duas partes culpadas (Lv 20.10; Êx 20.14; Dt
22.22). Isto, evidentemente, deixaria o cônjuge inocente livre para casar-se de
novo (Rm 7.2; 1 Co 7.39).
(3) Sob a Nova Aliança,
os privilégios do crente não são menores. Vale também o caso de se descobrir
que o cônjuge não era mais virgem. O descrente pode desejar se apartar e o
crente deve permitir, mas, nesse caso, só poderá se casar com um crente depois
(1 Co 7.27,28).
Quarta - Ef 5.33 O amor e o respeito no casamento
Assim também vós, cada um
em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o
marido.
MARIDO... CABEÇA. DEUS
estabeleceu a família como a unidade básica da sociedade. Toda família necessita
de um dirigente. Por isso, DEUS atribuiu ao marido a responsabilidade de ser
cabeça da esposa e família (vv. 23-33; 6.4). Sua chefia deve ser exercida com
amor, mansidão e consideração pela esposa e família (vv. 25-30; 6.4). A
responsabilidade do marido, que DEUS lhe deu, de ser "cabeça da
mulher" (v. 23) inclui: (1) provisão para as necessidades espirituais e
domésticas da família (vv. 23,24; Gn 3.16-19; 1 Tm 5.8); (2) o amor, a
proteção, a segurança e o interesse pelo bem-estar dela, da mesma maneira que
CRISTO ama a Igreja (vv. 25-33); (3) honra, compreensão, apreço e consideração
pela esposa (Cl 3.19; 1 Pe 3.7); (4) lealdade e fidelidade totais na vivência
conjugal (v. 31; Mt 5.27,28).
Quinta - Mc 7.21-22; Pv 4.23 Guarde o seu coração
7.21 DO CORAÇÃO DOS
HOMENS. Neste trecho, "contamina" (v.20) significa estar separado da
vida, salvação e comunhão de CRISTO por causa dos pecados que provêm do
coração. Nas Escrituras, "coração" é a totalidade do intelecto, da
emoção, do desejo e da volição do ser humano. Significa Alma. O coração impuro
corrompe nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações (Pv 4.23; Mt 12.34;
15.19). O que necessitamos é um novo coração, transformado, feito segundo a
imagem de CRISTO (ver Lc 6.45).
Lc 6.45 SEU CORACÃO. Como
centro do ser humano, o coração determina sua conduta e deve ser mudado ou
convertido (ver Mt 7.20-23). Sem tal mudança interna, ninguém consegue fazer a
vontade de DEUS (cf. Jr 24.7; 31.33; 32.39; Ez 36.23,27; Mt 7.16-20; 12.33-35;
15.18,19; 21.43; Lc 1.17; Rm 6.17)
Sexta - Pv 6.32 O adúltero destrói a si mesmo.
6.32,33 O QUE ADULTERA...
O SEU OPRÓBRIO NUNCA SE APAGARÁ. O crente que cometer adultério, sofrerá
aflição e desonra; além disso, seu opróbrio nunca desaparecerá.
(1) O adultério é um
pecado grave e hediondo contra DEUS (2 Sm 12.9,10) e contra o cônjuge inocente
que foi enganado; a vergonha e a infâmia daquele pecado permanecem com a parte
culpada pela vida inteira. Embora a culpa do adultério possa ser perdoada
mediante o arrependimento, seu opróbrio permanecerá e suas cicatrizes nunca
serão totalmente removidas. Não é possível remediar completamente o dano feito
(ver 2 Sm 12.10; 13.13,22; 1 Rs 15.5; Ne 13.26; Mt 1.6). Atinge a família, a
empresa onde trabalham, a escola, os filhos, as finanças, a saúde mental, o
distanciamento de DEUS.
(2) Por causa das
consequências terríveis e a longo prazo que o adultério acarreta a todos que o
praticam, devemos fugir de toda tentação e evitar qualquer relacionamento que
possa levar a esse pecado. Devemos orar para que o Senhor nos livre dessa tentação
(Mt 6.13) e lembrar-nos com sensatez, ao sermos tentados, das palavras das
Escrituras: "Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia"
(1 Co 10.12).
Sábado - Gl 5.16-17 Não satisfaça o desejo da carne
5.17 O ESPÍRITO... CONTRA A CARNE. O conflito espiritual interiormente no
crente envolve a totalidade da sua pessoa. Este conflito resulta ou numa
completa submissão às más inclinações da "carne", o que significa
voltar ao domínio do pecado; ou numa plena submissão à vontade do ESPÍRITO SANTO,
continuando o crente sob o senhorio de CRISTO (v. 16; Rm 8.4-14). O campo de
batalha está no próprio cristão, e o conflito continuará por toda a vida
terrena, visto que o crente por fim reinará com CRISTO (Rm 7.7-25; 2 Tm 2.12;
Ap 12.11; ver Ef 6.11)
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 5.27-32
27 - Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. 28 - Eu
porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu
coração cometeu adultério com ela. 29 - Portanto, se o teu olho direito te
escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se
perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno. 30 -
E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti,
porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que todo o teu corpo
seja lançado no inferno. 31 - Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher,
que lhe dê carta de desquite. 32 - Eu, porém, vos digo que qualquer que
repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa
adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.
COMENTÁRIOS BEP - CPAD
5.28 ATENTAR NUMA MULHER PARA A COBIÇAR. Trata-se de cobiça carnal, ou
concupiscência (gr. epithumia). O que CRISTO condena aqui não é o pensamento
repentino que Satanás pode colocar na mente de uma pessoa, nem um desejo
impróprio que surge de repente. Trata-se, pelo contrário, de um pensamento ou
desejo errado, aprovado pela nossa vontade. É um desejo imoral que a pessoa
procurará realizar, caso surja a oportunidade. O desejo íntimo de prazer sexual
ilícito, imaginado e não resistido, é pecado. O diabo só assopra o que já está
no coração do homem para o incendiar.
(1) O cristão deve tomar
muito cuidado para não admirar cenas imorais como as de filmes e da literatura
pornográfica (cf. 2 Tm 2.22; Tt 2.12; Tg 1.14; 1 Pe 2.11; 2 Pe 3.3; 1 Jo
2.15,16; 1 Co 6.18; Gl 5.19, 21; Cl 3.5; Ef 5.5; Hb 13.4).
(2) Quanto a manter a
pureza sexual, a mulher, igualmente como o homem, tem responsabilidade. A
mulher cristã deve tomar cuidado para não se vestir de modo a atrair a atenção
para o seu corpo e deste modo originar tentação no homem e instigar a
concupiscência. Vestir-se com falta de modéstia e pudor é pecado (1 Tm 2.9; 1
Pe 3.2,3)
INFERNO. O "inferno",
o lugar onde o fogo nunca se apaga, é tão terrível que necessário é resistirmos
e rejeitarmos aqui a todas as influências do pecado, custe o que custar. O
pecado precisa ser mortificado (Cl 3.5); nunca devemos cessar de guerrear
contra ele no poder do ESPÍRITO (Rm 8.13; Ef 6.10).
HINOS SUGERIDOS: 150, 195, 201 da Harpa Cristã
PALAVRA-CHAVE - Casamento
Resumo Lição 5, O
Casamento é Para Sempre
I – A CONDENAÇÃO DO ADULTÉRIO
1. Definição de adultério.
2. A posição de JESUS
quanto ao adultério.
3. Os males do adultério.
II – O QUE REGE O CORAÇÃO
REGERÁ O CORPO
1. O que procede do coração.
2. O homem é o que pensa.
3. Sujeitando o corpo ao
ESPÍRITO SANTO.
III – A INDISSOLUBILIDADE
DO CASAMENTO
1. O casamento na perspectiva bíblica.
2. O que fazer para que o
casamento seja para sempre?
3. Casamento: uma união
indissolúvel.
COMENTÁRIOS - BEP - CPAD
(Com algumas modificações do Pr. Henrique)
Malaquias 2.13 Mas apesar disso,
vocês cobrem de lágrimas o altar, porque o Senhor não dá mais atenção às suas
ofertas e porque vocês não recebem mais as suas bênçãos. 14 Por que foi que
Deus nos abandonou? " Vocês perguntam chorando. Eu vou dizer. É porque o
Senhor viu a traição que vocês cometeram, abandonando suas esposas, que foram
fiéis por tanto tempo. Aquelas companheiras a quem prometeram o cuidado e
sustento. 15 Ninguém com um pouco de juízo faria isso. Mas, quem fez um
patriarca? Dirão vocês. Bem, ele procurava uma descendência prometida por Deus,
num propósito espiritual. Portanto, tenham cuidado com suas paixões e ninguém
seja infiel à sua esposa! 16 Pois o Senhor, o Deus de Israel, diz que odeia o
divórcio e os homens violentos. Então, tenham cuidado com seus sentimentos e
não se divorciem de suas mulheres!
Fiz concerto com os meus
olhos; como, pois, os fixaria numa virgem? Jó 31:1
Se o meu coração se
deixou seduzir por uma mulher, ou se eu andei rondando à porta do meu próximo,
então, moa minha mulher para outro, e outros se encurvem sobre ela. Porque isso
seria uma infâmia e delito, pertencente aos juízes. Jó 31:9-11
JÓ 31.1-34 FIZ CONCERTO
COM OS MEUS OLHOS. Nesta seção, Jó passou em revista sua sólida integridade
espiritual, sua fidelidade a Deus e sua bondade para com o próximo. (1) As
declarações de Jó a respeito da obra redentora de Deus nele abrangiam todos os
aspectos da vida. Falou da sua inocência quanto aos pecados do coração,
inclusive a sensualidade e pensamentos impuros (vv. 1-4), mentira e engano para
proveito pessoal (vv. 5-8), e a infidelidade conjugal (vv. 9-12). Falou do seu
modo justo de tratar os empregados (vv. 13-15) e seus cuidados dos pobres e
necessitados (vv. 16-23). Afirmou que estava livre da cobiça (vv. 24-25), da
idolatria (vv. 26-28), da vingança (vv. 29-32) e da hipocrisia (vv. 33,34). (2)
O caráter moral e a pureza de coração e da vida, aqui descritos, servem de um
magnífico exemplo para todo crente. A vida piedosa que Jó vivia antes do novo
concerto pode ser ricamente experimentada por todos aqueles que crêem em
Cristo, mediante o poder salvífico da sua morte e ressurreição (Rm 8.1-17; Gl
2.20).
31.1 FIZ CONCERTO COM OS MEUS OLHOS; COMO, POIS, OS FIXARIA NUMA VIRGEM? Jó
observava o padrão de santidade interior que Cristo expressou no sermão da
montanha (Mt 5.28). Jó tinha feito um concerto com seus olhos para evitar
desejos -sensuais estimulantes de quem olha fixamente com malícia para uma
jovem (cf. Gn 3.6; Nm 15.39). Ele sabia que a sensualidade desagradaria ao seu
Senhor e arruinaria a sua vida espiritual (vv. 2-4).
Quando um homem tomar uma
mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos,
por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua
mão, e a despedirá da sua casa. Deuteronômio 24:1
24.1 ESCRITO DE REPÚDIO. O
divórcio resulta do pecado humano (cf. Mt 19.8). As instruções que se acham nos
versículos 1-4 foram dadas por Deus para regular o divórcio no Israel antigo. O
perdão era o melhor caminho aprovado por DEUS. Observe o seguinte nesses
versículos:
(1) O termo "coisa
feia"ncertamente não se trata de adultério, pois a penalidade deste era a
morte, e não o divórcio (cf. 22.13-22; Lv 20.10). Muito provavelmente era
porque a mulher não era mais virgem ao se casar ou tinha algum defeito físico
grave.
(2) O "escrito de
repúdio" era um documento legal entregue à mulher, para a rescisão do
contrato do casamento, para protegê-la e liberá-la de todas as obrigações para
com o seu ex-marido.
(3) Depois de receber o
escrito de divórcio, a mulher estava livre para casar-se de novo. Nunca
poderia, porém, voltar ao seu primeiro marido, se o segundo casamento se
dissolvesse (vv. 2-4). Assim DEUS estava fazendo o homem pensar muitas vezes
antes de dar carta de divórcio ou repúdio a sua recém esposa. Não poderia mais
tê-la, nunca mais.
(4) A ocorrência do
divórcio é uma tragédia (cf. Ml 2.16; ver Gn 2.24). DEUS repudiou Israel por
causa da sua infidelidade e adultério espiritual (Is 50.1; Jr 3.1,6-8).
Observação do Pr.
Henrique.
Em minha opnião o termo
"FORNICAÇÃO" utilizado por JESUS indica:
1- Sexo praticado antes
do casamento. Portanto, se o marido descobrisse que seu cônjuge não era mais
virgem ao se casar com ele, poderia dar carta de divórcio se não a quisesse
apedrejada até a morte ou abandonada sem direito a casar-se novamente, tendo na
maioria das vezes, que se tornar prostituta para se sustentar doravante.
2- Adultério - Nesse caso
o marido poderia dar carta de divórcio, sendo que por causa da traição poderia
se casar de novo, ao contrário daquela que traiu, pois se contraísse novo
matrimônio tanto esta estaria em adultério, quanto o que se casasse com ela
estaria também em adultério. ERA DADA CARTA DE DIVÓRCIO PARA QUE A MULHER NÃO
FOSSE APEDREJADA ATÉ A MORTE, OU SE TORNASSE UMA PROSTITUTA POR NÃO PODER
CASAR-SE NOVAMENTE..
OBSERVAÇÃO - NÃO EXISTE
DIFERENÇA ENTRE LEI DE DEUS E LEI DE MOISÉS, AMBAS SÃO A MESMA COISA. MOISÉS
NÃO ESCREVEU UMA LEI PRÓPRIA - APENAS FLEXIBILIZOU A INTERPRETAÇÃO DA LEI
ALGUMAS VEZES DEVIDO A INSISTÊNCIA E PRESSÃO DE HOMENS DUROS DE CORAÇÃO. LEI DE
DEUS E LEI DE MOISÉS SÃO A MESMA COISA.
Lembrai-vos da Lei de
Moisés, meu servo, a qual lhe mandei em Horebe para todo o Israel, a qual são
os estatutos e juízos. Malaquias 4:4
Esforçai-vos, pois, muito
para guardardes e para fazerdes tudo quanto está escrito no livro da Lei de
Moisés, para que dela não vos aparteis, nem para a direita nem para a esquerda;
Josué 23:6
este Esdras subiu de
Babilônia; e era escriba hábil na Lei de Moisés, dada pelo Senhor , Deus de
Israel; e, segundo a mão do Senhor , seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe
deu tudo quanto lhe pedira. Esdras 7:6
Disse-lhes ele: Moisés,
por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas,
ao princípio, não foi assim. Mateus 19:8
PORÉM, NO CASO DE UM
HOMEM CASADO PRATICAR ADULTÉRIO COM OUTRA MULHER CASADA, AMBOS DEVERIAM MORRER.
Também o homem que
adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu
próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera. Levítico 20:1
Agora, pois, não se
apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste a
mulher de Urias, o heteu, para que te seja por mulher. 2 Samuel 12:10. (Davi
não morreu e nem Bateseba, porém o filho do adultério, sim, pois Urias já
estava morto.)
Todavia, porquanto com
este feito deste lugar sobremaneira a que os inimigos do Senhor blasfemem,
também o filho que te nasceu certamente morrerá. 2 Samuel 12:14
PADRÕES DE MORALIDADE
SEXUAL - BEP - CPAD
Hb 13.4 “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos
que se dão à prostituição e aos adúlteros DEUS os julgará”.
O crente, antes de mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro (cf. 2Co
11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2).
A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda mácula da
lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e pensamentos que
incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos
matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de
qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de DEUS. Isso
abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em
“concupiscência” (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros,
como para os casados. No tocante ao ensino bíblico sobre a moral sexual,
vejamos o seguinte:
A intimidade sexual é limitada ao matrimônio. Somente nesta condição ela é
aceita e abençoada por DEUS (ver Gn 2.24; Ct 2.7; 4.12). Mediante o
casamento, marido e mulher tornam-se uma só carne, segundo a vontade de DEUS.
Os prazeres físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento conjugal
fiel, são ordenados por DEUS e por Ele honrados.
O adultério, a fornicação, o homossexualismo, os desejos impuros e as
paixões degradantes são pecados graves aos olhos de DEUS por serem
transgressões da lei do amor (Êx 20.14) e profanação do relacionamento
conjugal. Tais pecados são severamente condenados nas Escrituras (ver
Pv 5.3) e colocam o culpado fora do reino de DEUS (Rm 1.24-32; 1Co 6.9,10; Gl
5.19-21).
A imoralidade e a impureza sexual não somente incluem o ato sexual ilícito,
mas também qualquer prática sexual com outra pessoa que não seja seu cônjuge. Há
quem ensine, em nossos dias, que qualquer intimidade sexual entre jovens e
adultos solteiros, tendo eles mútuo “compromisso”, é aceitável, uma vez que não
haja ato sexual completo. Tal ensino peca contra a santidade de DEUS e o padrão
bíblico da pureza. DEUS proíbe, explicitamente, “descobrir a nudez” ou “ver a
nudez” de qualquer pessoa a não ser entre marido e mulher legalmente casados
(Lv 18.6-30; 20.11, 17, 19-21; ver 18.6).
O crente deve ter autocontrole e abster-se de toda e qualquer prática sexual
antes do casamento. Justificar intimidade pré-marital em nome de
CRISTO, simplesmente com base num “compromisso” real ou imaginário, é transigir
abertamente com os padrões santos de DEUS. É igualar-se aos modos impuros do
mundo e querer deste modo justificar a imoralidade. Depois do casamento, a vida
íntima deve limitar-se ao cônjuge. A Bíblia cita a temperança como um aspecto
do fruto do ESPÍRITO, no crente, i.e., a conduta positiva e pura, contrastando
com tudo que representa prazer sexual imoral como libidinagem, fornicação,
adultério e impureza. Nossa dedicação à vontade de DEUS, pela fé, abre o
caminho para recebermos a bênção do domínio próprio: “temperança” (Gl 5.22-24).
Termos bíblicos descritivos da imoralidade e que revelam a extensão desse
mal.
(a) Fornicação (gr.
porneia). Descreve uma ampla variedade de práticas sexuais, pré ou
extramaritais. Tudo que significa intimidade e carícia fora do casamento é
claramente transgressão dos padrões morais de DEUS para seu povo (Lv 18.6-30;
20.11,12, 17, 19-21; 1Co 6.18; 1Ts 4.3).
(b) A lascívia (gr.
aselgeia) denota a ausência de princípios morais, principalmente o relaxamento
pelo domínio próprio que leva à conduta virtuosa (ver 1Tm 2.9). Isso inclui a
inclinação à tolerância quanto a paixões pecaminosas ou ao seu estímulo, e
deste modo a pessoa torna-se partícipe de uma conduta antibíblica (Gl 5.19; Ef
4.19; 1Pe 2.2,18).
(c) Enganar, i.e.,
aproveitar-se de uma pessoa, ou explorá-la (gr. pleonekteo, e.g., 1Ts 4.6),
significa privá-la da pureza moral que DEUS pretendeu para essa pessoa, para a
satisfação de desejos egoístas. Despertar noutra pessoa estímulos sexuais que
não possam ser correta e legitimamente satisfeitos, significa explorá-la ou aproveitar-se
dela (1Ts 4.6; Ef 4.19).
(d) A lascívia ou cobiça
carnal (gr. epithumia) é um desejo carnal imoral que a pessoa daria vazão se
tivesse oportunidade (Ef 4.22; 1Pe 4.3; 2Pe 2.18; ver Mt 5.28).
CASAMENTO - Dicionário
Bíblico Wycliffe (Com alterações do Pr. Henrique)
A Natureza do Casamento
1. O casamento faz parte da própria ordem da criação. DEUS revelou ao homem que
ele precisava de uma esposa (Gn 2.18) e que a esposa precisava de um marido (Gn
3.16). Desde o começo, Ele criou a mulher para o homem e o homem para a mulher
(Gn 1.26.27). Desde o início o homem entendeu que era vontade de DEUS que ele
tivesse uma esposa. “Osso dos meus ossos e carne da minha carne" (Gn 2.23)
e que deveria amá-la e cuidar dela como de si próprio. Paulo escreveu. “Assim
devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a
sua mulher ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria
carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja” (Ef
5.28,29).
2. O casamento é um sacramento de sociedade. No casamento, assim como na união
sexual em particular, o homem e a mulher sentem prazer e fazem dele a
demonstração exterior daquilo que é uma graça interior. Sacramentado por DEUS
(cf. 1 Tm 4.3) ele representa a mais elevada expressão de afeto mútuo e a mais
profunda comunhão humana, e por isso o próprio DEUS usou o casamento para
expressar a incalculável profundidade de seu amor por nós.
3. O casamento é um pacto solene celebrado entre um homem e uma mulher dentro
de uma perfeita liberdade, e através do qual prometem entre si o amor e a
fidelidade, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na prosperidade e
na adversidade enquanto viverem. De acordo com a visão de DEUS, ele somente
termina com a morte ou então por causa da prostituição antes do casamento.
(Eu,porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa
de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a
repudiada comete adultério. Mateus 5:32; ). Esse pacto deve ser celebrado
apenas entre duas pessoas que compartilhem o mesmo espírito e fé, pois “que
parte tem o fiel com o infiel? 2 Co 6.15).
4.O casamento é uma vocação, um convite de DEUS para a demonstração, a todo o
mundo, da mais elevada forma de amor mútuo (Gn 2.23,24; Ef 5.21ss.). Também é a
maneira correta de se gerar filhos (Gn 33.5; 48.4; Dt 28.4; Js 24.3,4; Sl
127.3), alimentá-los física e espiritualmente, e o ambiente mais propício para
lhes ensinar a Palavra de DEUS (Dt 6.7-20; 11.18-21; Pv 22.6) e treiná-los paia
serem bons cidadãos (Pv 13.24; 19,18; 22.15; 23.13; 29.15,17).
Os Propósitos do Casamento
1. A propagação da raça humana. E a forma Divina de desenvolver a espécie
chamada humanidade, No caso dos seres angelicais, DEUS criou cada um deles
individualmente, mas no caso da humanidade, Ele criou um homem e uma mulher e
toda a raça humana descendeu desse primeiro casal. DEUS só poderia ter redimido
separadamente cada anjo caído se CRISTO morresse individualmente por cada um
deles, mas Ele pôde redimir a raça humana de Adão com uma única morte de
CRISTO, pois Ele estaria representando a raça como um todo. E à luz desse fato
que entendemos o significado de 1 Coríntios 15.22. “Porque, assim como todos
morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em CRISTO”.
DEUS preferiu gerar filhos espirituais que irão amá-lo por causa de sua
soberana graça salvadora e trazer-lhes a vida através do relacionamento do
casamento. Os aspectos sacramentais e da propagação da espécie do casamento
ficam dessa forma reunidos e a geração dos filhos se torna um ato de santidade
para a verdadeira glória de DEUS.
2. É a maneira de DEUS de criar os filhos. Filhos precisam de um lar, e de pais
dentro deste lar. No lar eles recebem abrigo e alimento. Através da vida de
seus pais eles aprendem o que significa o verdadeiro amor porque são o objeto
do amor dos pais e porque vêem o amor recíproco que existe entre eles. Somente
através dos pais eles podem entender plenamente o profundo e duradouro amor
conjugal e, dessa forma, ficam preparados para esperar e procurar um amor igual
para si mesmos. É nesse ponto que a discórdia conjugal e os lares desfeitos
exercem o efeito mais devastador sobre os filhos. O filho que nunca observou a
demonstração de um verdadeiro amor em seu lar não está pronto para enfrentar
sozinho a vida. DEUS também teve a intenção de que a demonstração de um
verdadeiro amor entre pais e filhos fosse a base para o entendimento do amor
que Ele mesmo sentiu ao enviar o seu Filho para morrer pelos nossos pecados
(cf. Ef 5.25-32).
3. O casamento é a maneira de DEUS incutir nos filhos os princípios da justiça
e da autoridade responsável. Os pais devem tratar os filhos com paciência e
justiça (Ef 6.4; Cl 3.21) e lhes ensinar o que é justo e direito. Devem dar
exemplo de responsabilidade e autoridade na divinamente ordenada economia do
lar (cf. 1 Tm 3.4,5,12: Tt 1.6). O pai, como o cabeça da esposa e do lar,
embora consultando plenamente sua esposa de uma forma realmente democrática, é
o responsável por todas as decisões. Isso ensina a submissão à autoridade e um
verdadeiro senso de responsabilidade (Ef 5.21-24).
4. O casamento é o meio pedagógico de DEUS ensinar aos filhos sobre Si mesmo.
DEUS se intitula nosso Pai e demonstra que o seu amor é tão maravilhoso como o
amor de um bom pai (Sl 103.13; Jo 3.16), tão terno como o amor de uma boa mãe
(Is 49.15; 66.13; Mt 23,37), tão íntimo como aquele que existe entre o marido e
a esposa (Ef 5.25ss.). Desse modo, todo o relacionamento dentro do casamento e
da família transparece na demonstração e nos ensinos daquilo que DEUS é, da
natureza do seu amor.
O lugar do Sexo
Embora o sexo tenha como objetivo estabelecido por DEUS gerar filhos para
povoar a terra e assim indiretamente encher o céu com filhos renascidos em
DEUS, ele também preenche importantes necessidades pessoais e familiares. O
esposo necessita da esposa e a esposa necessita do marido, porque o homem é
feito de tal maneira que as tensões da vida são aliviadas através do amor
conjugal (1 Co 7.1 -5). Ao mesmo tempo, nesse íntimo ato de amor são liberadas
energias criativas tanto na vida do marido como da esposa.
Podemos observar melhor que DEUS fez o homem e a mulher para o verdadeiro
prazer e um mútuo companheirismo em Cantares de Salomão, onde as intimidades do
amor conjugal e do prazer estão descritas de uma forma maravilhosa e pura. No
relacionamento sexual todo o amor é expresso através de atos e palavras e é
consumado em comunhão e união. E uma expressão de amor que pode ser exercitada
com apenas uma pessoa por causa de sua natureza santa. Cada um mantém a
experiência de um profundo amor pelo outro e somente por essa pessoa. Nesse
sentido, ele é o exemplo típico de um relacionamento exclusivo que deve existir
individualmente entre cada cristão e seu Senhor, e no qual nenhuma outra pessoa
ou deus pode ter a permissão de participar (Êx 20.3; cf. Ef 5.25ss.).
Um casamento baseado em uma vida sexual plena e estável é feliz e equilibrado,
desde que esse aspecto da vida seja a expressão do mais profundo amor e não a
mera satisfação de desejos carnais. Ele é de grande importância para os filhos
(assim como para o marido e a esposa), porque veem não só um casamento estável,
como também seu encanto, pureza, beleza, e profunda satisfação. Os filhos, por
sua vez, podem aprender que o sexo é uma dádiva divina e pode ser
verdadeiramente belo e maravilhoso quando usado de acordo com as intenções de
DEUS. Os cuidados que DEUS coloca no ato sexual permitem aos filhos aprender
com pureza e se conservarem puros, mais tarde usando o sexo de acordo com os
propósitos Divinos, vendo que a plena liberdade e alegria no casamento
realimente veem quando se vive dentro do âmbito do sétimo mandamento (1 Ts
4.3-8; Hb 13.4).
Como DEUS Fala sobre o Casamento
Em primeiro lugar, DEUS usa o casamento como uma metáfora para expressar o
relacionamento de CRISTO com a igreja, comparando CRISTO com o noivo e a igreja
com a noiva (Ef 5.24-32; Ap 19.7-9). Tanto o crente individualmente como a
igreja em geral, sempre são considerados no sentido de ser a noiva em relação a
CRISTO (2 Co 11.2). A total submissão da virgem Maria à orientação e
capacitação do ESPÍRITO SANTO quando disse, “Cumpra-se em mim segundo a tua
palavra” (Lc 1.38), representa uma analogia com o relacionamento que deve
existir entre o ESPÍRITO SANTO e o cristão. O fruto do ESPÍRITO deve ser
introduzido e nascer na vida do crente (Gl 5.22,23) assim como CRISTO foi
formado pelo ESPÍRITO no ventre de Maria (Lc 1.42). No Salmo 45, CRISTO é visto
em toda a sua majestade e beleza juntamente com a sua Noiva Real, a igreja,
para representar a pureza que DEUS deseja de seus filhos. A Noiva é grandemente
desejada por causa de sua beleza (v. 11) tanto exterior como interior. Seus
trajes são delicados e belos até o mais ínfimo detalhe.
Monogamia
Embora a poligamia fosse praticada durante algum tempo no AT, ela só era
permitida como uma medida temporária. Ela negava o princípio do marido e a
esposa serem uma única carne (Gn 2.24; Mt 19.5), e levou a muitos problemas
conjugais. Tanto Abraão como Jacó sofreram muitas tristezas por causa disso (Gn
21.9ss.; 30.1-24), e Davi e Salomão se desviaram por causa de suas esposas
pagãs (2 Sm 5,13; 1 Rs 11.1-3), Somente através da monogamia é possível evitar
o ciúme dentro da família e ilustrar corretamente o relacionamento de CRISTO
com o crente (Ef 5.23ss.). Veja Concubina.
Casamento e Divórcio
O divórcio sempre representou um grave problema. O ensino de CRISTO é
encontrado em Mateus 5.31,32; 19.3-9; Marcos 10.2-12; Lucas 16.18. Ele revelou
que era somente por causa da dureza do coração dos homens que Moisés permitiu
uma lei de divórcio e que isso poderia verdadeiramente levar ao adultério (Mt
19.8,9). O casamento só deve ser anulado por motivo de fornicação (Mt 5,31,32;
19,9). Isso significa que um divórcio somente deveria ser permitido quando
houvesse uma relação sexual com outra pessoa que não fosse o cônjuge. Mesmo no
caso de pessoas comprometidas na etapa do noivado, este deve ser rompido caso
um dos dois cometa o ato de fornicação. CRISTO afirmou que o homem, assim como
a mulher, podia cometer adultério se forçasse um divórcio injusto. Isso
contrariava a opinião dos judeus que viam a mulher como a única culpada
possível.
Embora exista uma diferença de opiniões, a maioria das igrejas considera que o
divórcio pode ser permitido nos casos de abandono voluntário. Se assim for,
existem duas razões bíblicas: fornicação e adultério. Entretanto, as Escrituras
aceitam que uma lei maior pode ser aplicada aos divorciados, isto é, a lei do
perdão onde existe um verdadeiro arrependimento pelo pecado. Oséias perdoou e
recebeu de volta a sua esposa adúltera porque a amava, assim corno DEUS está
disposto a perdoar e receber de volta a sua adúltera nação de Israel (Os 2.1,2;
3.1ss.; 14.1-8). R. A. K.
Costumes e Cerimônias Matrimoniais
1. A escolha da noiva: Na Bíblia não existe qualquer restrição relativa à idade
mais apropriada para o casamento, mas parece certo que as jovens se casavam
muito cedo (Pv 2.17; 5.18), Em Isaías 62,5, o jovem, ao se casar, recebe o nome
de bahur, isto é, o melhor, um jovem robusto e decidido na flor de sua
capacidade física (cf. 1 Sm 9.2; Is 40.30; Am 8.13); a virgem recebe o nome de
bstula, uma jovem atraente e sexualmente pronta para o casamento (cf. Jl 1.8;
Jr 2.32). No Talmude, os rabinos estabeleceram 12 anos como idade mínima para
as meninas e 13 para os meninos.
2. Por causa da forte influência tribal e da unidade do clã na sociedade
patriarcal, os pais consideravam seu dever e prerrogativa assegurar esposas
para seus filhos (Gn 24,3; 38.6). Normalmente, a noiva em perspectiva, assim
como o noivo, simplesmente concordava com os arranjos feitos de acordo com os
interesses da família e da lealdade à tribo. Não é de admirar que muitas vezes
os pais procurassem o casamento entre primos em primeiro grau, como por
exemplo, no caso de Rebeca e Isaque. O casamento com mulheres estrangeiras era
desaconselhado (Gn 24.3; 26.34,35; 27.46; 28.8) e mais tarde foi totalmente
proibido (Ex 34.16; Dt 7.3; Ed 10.2,3,10,11) pelo perigo de uma volta à prática
da idolatria das demais nações. Casamentos mistos eram tolerados apenas no caso
dos exilados (por exemplo, José, Gn 41.45; Moisés, Ex 2.21) e dos reis apenas
por razões políticas.
Por outro lado, havia em Israel a oportunidade para casamentos baseados no
namoro. O jovem podia declarar a sua preferência (Gn 34.4; Jz 14.2). Por
exemplo, Mical se apaixonou por Davi (1 Sm 18.20), Na época do AT as mulheres
não eram mantidas como reclusas, como nos países muçulmanos, e podiam sair às
ruas com o rosto descoberto (cf. 1 Sm 1.13). Elas cuidavam das ovelhas (Gn
29.6; Êx 2.16), carregavam água (Gn 24.13; 1 Sm
9.11) , colhiam nos campos (Rt 2.3) e visitavam outros lares (Gn 34.1). Dessa
maneira, os jovens tinham a liberdade de procurar a futura noiva sozinhos.
2. O noivado: A escolha da noiva era seguida pelo noivado (q.v.), que era um
procedimento formal onde havia um compromisso maior do que no noivado de nossos
dias. Os homens que iam se casar com as filhas de Ló já eram considerados como
seus genros (Gn 19.14). Um homem que estava noivo era dispensado do serviço
militar para poder tomar (isto é, casar-se com) sua esposa e viver com ela em
sua casa durante um ano (Dt 20.7; 24.5). Qualquer imoralidade sexual com uma
jovem noiva era um crime tão grave quanto o adultério (Dt 22.22-27). Inscrições
encontradas no Oriente Próximo também indicam que o noivado era um costume
reconhecido, que tinha consequências legais muito definidas.
Geralmente, o noivado era realizado por um amigo ou representante legal da
parte do noivo (1 Sm 25.39ss,), E, no caso da noiva, por seus pais. Era
confirmado através de juramentos (Em 1Sm 18.2-16 lemos: “Serás hoje meu
genro”). Nessa ocasião era discutida a quantia do “dote” (em hebraico mohar.
Veja Dote) com os pais da jovem, e era pago imediatamente à família da moça se
a moeda corrente fosse o meio de compensação.
Tanto na antiga Mesopotâmia como em Israel o casamento era um simples contrato
civil, sem qualquer formalização através de uma cerimônia religiosa. Embora o
AT não faça uma menção especifica sobre a existência de um contrato de
casamento por escrito, tais contratos estavam estipulados no Código de
Hamurabi. Existem vários contratos de casamento entre os papiros encontrados na
colônia judaica de Elefantine, do século V a.C., e essa prática é mencionada no
Livro de Tobias (Tob 7.13). Os Talmudistas do Mishna chamam esse contrato de
ketuba e dão minuciosas instruções sobre como usar e guardar o mohar. O termo
“concerto” ou “aliança” ib'rit) em Provérbios 2.17 e Malaquias 2.14 podem estar
fazendo alusão a um contrato por escrito.
3. Cerimônia de casamento: A essência da cerimônia do casamento ou das
festividades era o ato de retirar a noiva da casa do pai e trazê-la para a casa
do noivo ou de seu pai. Dessa forma, havia uma verdade literal na expressão
hebraica “tomar” uma esposa (por exemplo, Gn 4.19; 12.19; 24.67; 38.2; Nm 12.1;
1 Sm 25.39-42; 1 Rs 3.1; 1 Cr 2.21). Vestindo um turbante imponente (Is 61.10)
ou uma coroa nupcial (Ct 3.11) como um ornamento, o noivo partia de sua casa
acompanhado por seus amigos (Jo 3.29) ou ajudantes (Mt 9.15) tocando tamborins
e também podendo ser acompanhado por uma banda (1 Mac 9.39), Como a procissão
nupcial geral- mente se realizava à noite (Ct 3.6-11), muitos portavam tochas
ou lanternas (Mt 25.1- 8). A alegria e a felicidade (Jr 7.34; 16.9; 25.10; Ap
18.22ss.) anunciavam sua aproximação à população local que ficava aguardando à
porta das casas que ficavam à beira do caminho até a casa da noiva e também
quando regressavam à casa do noivo (Mt 25.5,6).
A noiva aguardava lindamente vestida e adornada com joias (Sl 45.13ss.; Is
61.10; Ap 19.8), Para essa ocasião especial ela usava um véu (Gn 24.65; Ct
4.1,3; 6.7), que somente poderia retirar quanto estivesse sozinha com seu
esposo, no escuro, na câmara nupcial (cf. Gn 29.23-25).
O noivo conduzia todos os convidados ao casamento, agora com a presença da
esposa e seus acompanhantes (Sl 45.14b), até a casa de seu pai para a “ceia das
bodas” (Ap 19.9). Todos os amigos e vizinhos eram convidados à festa do
casamento (Gn 29.22; Mt 22.3-10; Lc 14.8; Jo 2.2) que era normalmente oferecida
pelo pai do noivo (Mt 22.2). Recusar o convite para uma dessas festas
representava uma grave ofensa (Mt 22.5; Lc 14.16-21). Geralmente, as
festividades duravam uma semana (Gn 29.27ss.; Jz 14.10-12,17), mas o casamento
era consumado na primeira noite ׳
Gn 29.23). O anfitrião presenteava os convidados com vestes apropriadas (Mt
22,11); jogos e outras formas de diversão acrescentavam mais alegria à
festividade (Jz 14.12-18). O último ato da cerimônia era conduzir a noiva à
câmara nupcial (em hebraico, heder, Jz 15.1; Ct 1.4; Jl 2.16). Nesse quarto
havia sido preparado um dossel (em hebraico huppa, Salmo 19.5, “tálamo”; Joel
2.16, um “aposento particular״
ou “recamara”) sobre o leito ou cama nupcial (Ct 1.16). Em seguida, o noivo
“entrava à noiva* (Gn 16.2; 30.3; 38.8) e o lençol manchado de sangue, dessa
noite de casamento, era guardado como uma prova da virgindade da noiva (Dt
22.13-21).
4. Estado civil: Em Israel, o estado civil do esposo era revelado pelo fato de
que em hebraico ele é chamado de, ba‘al, o mestre ou senhor de sua esposa (Êx
21.22; Dt 21.13; 22.22; 2 Sm 11.26; Pv 12.4; 31.11,23,28). Isso traz a
possibilidade de uma dupla interpretação para a profecia de Oséias 2.16, “E
acontecerá naquele dia, diz o Senhor, que me chamarás. Meu marido e não me
chamarás mais. Meu Baal”. O fato da esposa aceitar o papel de dependente do
marido pode ser visto quando Sara se dirige ao esposo Abraão como “meu senhor”
(’adoni, Gn 18.12; 1 Pe 3.6). Para o dever que o homem tinha de gerar um filho
com a viúva de seu falecido irmão, veja Casamento, Levirato. J.R.
ADULTÉRIO - Dicionário
Bíblico Wycliffe (Com alterações do Pr. Henrique)
Relação sexual entre uma
pessoa casada e outra que não é seu cônjuge. Geralmente o adultério era
perdoado nas culturas pagãs, particularmente quanto à parte do homem que,
embora fosse casado, não era acusado de adultério a não ser que coabitasse com
a esposa de outro homem ou com uma virgem que estivesse noiva.
O adultério é estritamente proibido tanto no AT (o sétimo mandamento, Êx 20.14;
Dt 5.18; punível sob a lei com morte por apedrejamento, Lv 20.10; Dt 22.22ss.)
quanto no NT (Rm 13.9; Gl 5.19; Tg 2.11). O Senhor JESUS estendeu a culpa pelo
adultério da mesma forma como fez para outros mandamentos, incluindo o
propósito ou o desejo de cometê-lo ao próprio ato em si (Mt 5.28).
Tecnicamente, o adultério se distingue da fornicação, que é a relação sexual
entre pessoas que não são casadas. Entretanto, a palavra grega porneia, uniformemente
traduzida como “fornicação”, inclui toda lascívia e irregularidade sexual (cf.
MM; e Vine, EDNTW). Por essa razão, muitas igrejas consideram que os textos em
Mateus 5.32 ; 19.9 permitem o divórcio e o novo casamento nos casos em que o
casamento anterior tenha sido dissolvido por causa de adultério. Outros se
recusam a reconhecer qualquer base válida para um novo casamento depois do
divórcio e, são da opinião de que tudo resulta em adultério aos olhos de DEUS.
Entretanto, não se pode chegar a essa conclusão por essa exceção estar ausente
dos paralelos nos Sinóticos, da analogia de Paulo em Romanos 7.2,3, ou de seu
tratamento da questão em 1 Crônicas 7.10-11. Ela pode ter sido tão
universalmente reconhecida que não precisaria de uma reafirmação toda vez que o
divórcio e um novo casamento fossem mencionados.
A atitude de JESUS em relação à mulher surpreendida em situação de adultério,
como foi registrado em João 8.1-11, tem sido questionada com o argumento de que
essa passagem está ausente do antigo e melhor manuscrito e, onde ela realmente
aparece, suas interpretações são extremamente variadas. Entretanto, “está fora
de qualquer dúvida que ela faz parte da tradição autêntica da igreja” (A. J.
MacLeod, “John”, NEC). O Senhor JESUS CRISTO não foi conivente com o pecado da
mulher, nem a condenou à morte por apedrejamento como seus acusadores haviam
sugerido. “A verdade, que estava nele, repreendeu a mentira dos escribas e
fariseus. A pureza que estava nele condenou a lascívia que estava nela” Mission
and Message of JESUS, p. 795) e Ele disse à mulher que partisse e que não
voltasse a pecar.
Na Bíblia Sagrada, o termo adultério (em hebraico na’aph e em grego moicheia) é
muitas vezes utilizado como uma metáfora para representar a idolatria ou
apostasia da nação e do povo comprometido com DEUS. Exemplos disso podem ser
encontrados em Jeremias 3.8,9; Ezequiel 23.26,43; Oséias 2.2-13; Mateus 12.39;
Tiago 4.4. Esse uso está baseado na analogia do relacionamento entre DEUS e o
seu povo, que é semelhante ao relacionamento entre o marido e a sua esposa, uma
característica comum tanto do AT (Jr 2.2; 3.14; 13.27; Os 8.9) como do NT (Jo
3.29; Ap 19.8,9; 21.2,9). O casamento, que envolve ao mesmo tempo um pacto
legal e um vínculo de amor, representa um símbolo muito adequado do
relacionamento entre CRISTO e a sua igreja (Ef 5.25-27).
A poligamia, como uma relação legalizada entre o homem e várias esposas e
concubinas a ele subordinadas, era permitida na época do AT, mas proibida no NT
(por exemplo, 1 Tm 3.2,12). Ela não envolvia o pecado do adultério.
Apesar das rigorosas proibições bíblicas, o adultério foi amplamente difundido
em diferentes épocas e tornou-se particularmente ofensivo como parte do culto
cananeu de adoração aos Baalins, que incluía a prostituição "sagrada”.
Indicações de uma lassidão moral são encontradas em referências como Jó 24.15;
31.9; Provérbios 2.16-19; 7.5- 22; Jeremias 23.10-14. O caso de Davi foi
especialmente notório e deu aos inimigos de DEUS ocasião para blasfemar (2 Sm
11.2-5; 12.14). Essa lassidão moral generalizada prevaleceu durante o NT e pode
ser claramente observada em Marcos 8.38; Lucas 18.11; 1 Coríntios 6.9; Gálatas
5.19; Hebreus 13.4 e em mais de 50 referências feitas no NT ao conceito de
fornicação (porneia, porneuo, porne, pornos). W. T. P.
FORNICAÇÃO - Dicionário
Bíblico Wycliffe (Com alterações do Pr. Henrique)
Termo usado para as
relações sexuais ilícitas em geral (Mt 5.32; 19.9; At 15.20,29; 21.25; Rm 1.29;
1 Co 5.1). Em um sentido técnico, ela deve ser distinguida do adultério ou da
promiscuidade social depois do casamento (gr. moicheia; Mt 15.19; Mc 7.21; Jo
8.3; Gl 5.19), e do estupro, que é um crime violento por não ter a concordância
da outra parte.
A fornicação e o adultério são usados figurativamente na Bíblia para expressar
a deslealdade de Israel a DEUS quando a idolatria está em foco (Jr 2.20-37; Ez
16; Os 1— 3), Os termos são muito adequados, porque a adoração idólatra do
culto à fertilidade praticada pelos cananeus, como também pelos gregos
(Corinto), frequentemente envolvia a fornicação com prostitutas “sagradas” ou
com “sacerdotisas”. Em Apocalipse 17, a idolatria da igreja apóstata final,
formada pela união de muitas religiões, é comparada com uma mulher adúltera por
causa do completo mundanismo da igreja e sua síntese com o paganismo através de
uma forma de panteísmo. R. A. K.
DIVÓRCIO - Dicionário
Bíblico Wycliffe (Com alterações do Pr. Henrique)
No AT.
Em Deuteronômio 24.1- 4,
Moisés permitia que o marido divorciasse de sua esposa, se encontrasse nela
‘erwat dabar, “alguma impureza” (lit., “um caso de nudez”). A natureza de tal
acusação era tão geral que isto levava a duas interpretações na época de CRISTO:
uma mais estrita ensinada pela escola de Samai, que a restringia à
infidelidade; e uma opinião mais ampla, ensinada pela escola de Hilel, que a
estendia até a inclusão de qualquer coisa que pudesse desagradar o marido. A
exigência que marido desse à esposa uma carta de divórcio, deu ao ato uma
posição legal e oficial, uma vez que era necessária a ajuda de no mínimo um
levita para executá-la de forma apropriada. A regra adicional que proibia o
marido de tomar sua esposa de volta depois que dela estivesse casada com outro,
mostrava a gravidade do ato (Dt 24.4).
Havia várias circunstâncias, entretanto, nas quais o divórcio era proibido.
Quando um homem, aberta e erroneamente, acusasse sua jovem noiva de
infidelidade pré-marital, ele deveria indenizar o pai da noiva e, então, “em
todos os seus dias” não a poderia “despedir” (Dt 22.19). Outrossim, se um homem
tivesse relações pré-maritais com uma jovem, ele deveria primeiramente pagar
uma indenização ao pai da moça e então se casar com ela. Por tê-la humilhado,
ele também jamais poderia se divorciar dela (Dt 22.28,29; Êx 22.16,17).
No caso de adultério com uma pessoa casada, ou entre uma pessoa casada e uma
solteira, a penalidade do AT era a morte (Lv 20.10; Dt 22.22). A mesma
penalidade se aplicava até mesmo para uma esposa que tivesse praticado a
fornicação antes do casamento (Dt 22.21; cf. v. 23). Dessa forma, a
possibilidade de divórcio foi substituída pela pena de morte em tais casos.
Resta ainda mais um exemplo de divórcio. Esdras e Neemias mandaram que os
israelitas expulsassem as esposas pagãs incrédulas (Ed 9 e 10; Ne 13.23ss.; cf.
Ml 2.10-16), uma vez que estas esposas os estavam desviando da verdadeira fé. O
mandamento de 2 Coríntios 6.14,17 para não se associarem com descrentes trata
do mesmo problema, mas em ambos os casos seria aplicado somente quando a esposa
ou o marido estrangeiro estivesse levando o crente à incredulidade ou ao
paganismo. (Veja a obra de William R.
Eichhorst, “Ezra’s Ethics on Intermarriage and Divorce”, Grace Journal, X
[1969], 16-28).
No NT.
Os fariseus abordaram a
CRISTO com relação às opiniões de Samai e Hilel: “E lícito ao homem repudiar
sua mulher por qualquer motivo?” (Mt 19.3ss). Sua resposta lança luz sobre
Deuteronômio 24.1-4. Moisés não “ordenou” que fosse dada uma carta de divórcio,
como eles afirmavam (v. 7). Ele simplesmente o permitiu por causa da dureza dos
seus corações (v. 8). Desde o princípio, isto é, a partir da primeira revelação
da natureza e do significado do casamento em Gênesis 2.23,24, o homem deveria ter
apenas uma esposa - “e serão ambos uma carne”, e permanecer com ela durante
toda a sua vida (Mt 19.6) - “e apegar-se-á à sua mulher” (Gn 2.24), A única
exceção para a permissão do divórcio, que CRISTO mencionou neste ponto, era a
fornicação (v. 9; Mt 5.32). Em 1 Coríntios 7.10, Paulo expressa o ensino
adicional de CRISTO com respeito ao casamento e ao divórcio quando escreve:
“Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor...” Paulo está dizendo que
está escrevendo o que CRISTO ensinou. A esposa não deve deixar seu marido por
ele ser um descrente, pois o marido descrente é santificado pela esposa (w,
10,14). Para expressar isto em termos teológicos, a aliança familiar feita por
um crente com DEUS em benefício de si mesmo e de seus filhos, alcança o casamento
e cuida dele. Se o cônjuge crente vai embora, ele não deve se casar novamente
(v. 11) a não ser que o descrente rompa o voto de casamento por adultério ou se
case novamente (cf. Mt 5.32; 19.9). No entanto, se o descrente se apartar de
seu cônjuge crente, então o crente parece ser considerado livre para se casar
novamente: “porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão” (1
Co 7.15). Alguns entendem que a homossexualidade também é uma razão para o
divórcio, uma vez que está listada como um pecado ainda maior que o adultério,
sendo algo “contrário à natureza” (Rm 1.26,27). Duas dificuldades têm surgido
quanto ao ensino do Senhor JESUS CRISTO sobre este tema nos Evangelhos.
1. Em Marcos 10.11,12 e Lucas 16.18, CRISTO não deixa espaço para o divórcio,
em quaisquer bases. Somente em Mateus (Mt 5.32; 19.9), Ele menciona que o
divórcio é permitido em caso de fornicação. Aqui temos que aplicar o principio
de que todos os detalhes devem ser reunidos e as várias passagens das
Escrituras devem ser comparadas entre si antes de chegarmos a uma conclusão
final. Uma síntese indutiva completa requer que tudo o que CRISTO ensinou sobre
o divórcio, como registrado tanto nos Evangelhos como em 1 Coríntios 7.10ss.,
seja reunido antes que uma decisão final seja tomada sobre os seus ensinos. A
isto deve ser acrescentado tudo o que se encontra sobre este assunto no NT, a
fim de se ter certeza da doutrina do divórcio do NT.
Como a posição de CRISTO quanto ao divórcio deve ser reconciliada com o AT?
Como Moisés pode ter sido instruído por DEUS a dar uma permissão tão
geral? DEUS NÃO DEU TAL INSTRUÇÃO E NEM MOISÉS MANDOU. PERMITIU POR
CAUSA DA DUREZA DE SEUS CORAÇOES. A condição da humanidade naquela
época precisa ser levada em conta. Estas instruções foram dadas a Moisés por
causa das atitudes desmoralizadas do homem desde a queda. As condições ideais
que existiam quando DEUS deu as ordenanças originais do casamento não existiam
mais. Foi dito a Moisés que promulgasse uma lei civil que regulasse o divórcio
ao invés de uma lei divina, como a que foi revelada mais tarde por CRISTO, a
qual eles não poderiam jamais manter em seu estado pecaminoso. Sendo este o
caso, esta lei civil pode ser um guia para o homem quando ele lida com pessoas
não salvas e para as leis civis ainda hoje, mas ela não pode ser estabelecida
como o padrão espiritual da igreja. No NT, CRISTO removeu o juízo de adultério
e fornicação do reino da lei civil, onde eram puníveis com a morte física, e o
colocou inteiramente sob o juízo da lei moral e do próprio DEUS. Visto que a
lei moral é um tribunal mais elevado que a civil, Ele a coloca sob um juízo
ainda mais severo.
2. CRISTO não mencionou o adultério como base para o divórcio, mas apenas a
fornicação. Este, portanto, não está incluído? Isto pode ser explicado primeiro
pelo fato de que a admissão de um pecado de menor importância como a fornicação
sugere a inclusão de um pecado maior como o adultério. Além disso, o adultério
já havia sido considerado, tanto na lei judaica quanto na romana, uma razão legítima
para o divórcio e, portanto, não precisava ser mencionado. Á isto deve ser
acrescentado o fato de que embora a fornicação e o adultério sejam mencionados
separadamente em muitos casos (Mt 15.19; 1Co 6.9; Gl 5.19), a fornicação é
frequentemente usada sozinha envolvendo ambos (At 15.20; 21.25; Rm 1.29; Ef
5.3). A opinião geralmente defendida, portanto, é que pelo uso do termo
fornicação, o nosso Senhor quis abranger as duas transgressões. Isto é também
confirmado pelo fato da conduta pecaminosa de Israel como a esposa de Jeová ser
às vezes chamada de adultério (Jr 3.8; Ez 23.45), e, às vezes, de fornicação
(Jr 3.2,3; Ez 23.43). Novamente, em 1 Coríntios 7.2 o termo fornicação é usado
para abranger estes dois pecados.
Resumindo o ensino do NT, encontramos que o divórcio é permitido onde houve
fornicação ou adultério, e no caso de deserção voluntária; mas não por causa de
algum capricho ou mesmo incompatibilidade. Neste caso, apenas a separação é
permitida (cf. 1 Co 7.10 ss.).
Algumas perguntas práticas surgem para a igreja. Como se deve considerar o
adultério e as relações pré-nupciais? Esta última é claramente um pecado, porém
no Antigo Testamento sua punição era menos severa. Em 1Coríntios 7.1ss., Paulo
estava provavelmente respondendo à seguinte pergunta: “Seria bom que o homem
tocasse em mulher?” quando respondeu em um tom imperativo: “mas... cada um
tenha sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido”, ou como o Dr.
J. O Buswell, Jr., o traduz, “Todo homem deve ter sua própria esposa” (Systematic
Theology, p. 386). O AT era muito severo com relação à fornicação - os jovens
que a houvessem cometido deveriam se casar; contudo era tolerante quando se
compara o caso do adultério, pois, neste, os transgressores deveriam ser
apedrejados até à morte. A igreja deve ter isto em mente ao agir.
O que a igreja deve fazer no caso de pessoas divorciadas que desejam se casar?
Apenas a parte inocente pode ser considerada aceitável para um casamento na
igreja. Alguns pensam que o mesmo é verdadeiro para os membros da igreja.
Outros solicitariam uma série de confissões e disciplina seguidas por uma
reconciliação. Muitas igrejas se recusam a dar ao divorciado a condição de
membro da igreja, embora, pelo fato da Santa Ceia ser servida abertamente, tal
pessoa não está privada da mesa do Senhor (em muitas denominações o divorciado
(a) não pode cear) . As igrejas em que a Santa Ceia é servida de uma forma
fechada, apenas aos seus membros, tendem a adotar a primeira opção, que é a da
disciplina e reconciliação; aquelas em que a Santa Ceia é servida abertamente,
tendem a adotar a segunda. R. A. K.
Pureza ( 5:
27-30 ) - Comentário Bíblico Wesleyana - (Com alterações do Pr. Henrique)
27 Ouvistes que foi dito: Não cometerás adultério: 28 mas eu
digo-vos que todo aquele que olhar para uma mulher para desejá-la já cometeu
adultério com ela em seu coração 29 Se o teu olho direito te faz
tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois é melhor para ti que um dos teus
membros se perca, e não todo o teu corpo lançado no inferno. 30 E
se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois é melhor
para ti que um dos teus membros se perca, e não todo o teu corpo ir para o
inferno.
O sétimo mandamento diz: Tu não cometerás adultério ( Ex
20:14. ; Dt 5:18. ). JESUS estendeu esse para cobrir o
olhar de cobiça. Não é o ato, mas "o desejo de", que constitui
pecado. Esta é a diferença básica entre a Lei do Antigo e do Novo
testamento. O primeiro exemplo lida principalmente com ações, o último com
atitudes; o primeiro com obras, este último com desejos; o primeiro
com meios, este último com motivos; o primeiro com a mão, o último com o
coração.
Às vezes, é dito que, porque os cristãos não estão debaixo da Lei, mas debaixo
da graça, que eles não estão, assim, sujeitos a essas exigências rígidas, como
foram os santos do Antigo Testamento. Mas a interpretação que JESUS dá
aqui indica claramente que suas exigências vão mais fundo e mais alto e mais
longe do que as da lei mosaica. Este desejo é prioridade para a escritura,
é a primeira que deve ser dada atenção antes.
O olho é a porta de entrada para a mente, e
a mão representa o instrumento para fazer o mal. O
inferno não é Hades, o lugar dos espíritos que partiram,
mas Geena, o lugar de tormento. JESUS declarou que era melhor perder o
olho direito ou mão do que estar perdido para sempre
no inferno. Ele estava falando em sentido figurado, é claro, quando
ele falou de arrancar um olho ou cortar uma mão. Uma aplicação importante
seria a de cortar uma estreita amizade que estava levando para o pecado, ou uma
amada vocação que estava provando ser uma fonte de tentação.
Harmonia ( 5: 31-32 )
31 Foi dito também, que qualquer que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de
divórcio: 32 mas eu digo-vos que todo aquele que repudia sua mulher,
a não ser por causa de infidelidade, a faz adúltera; e qualquer que casar com
ela quando ela foi repudiada comete adultério.
O divórcio é um dos problemas mais antigos e persistentes na sociedade
humana. A lei mosaica permitia o divórcio, mas exigido um certificado a
ser dado, colocando, assim, uma restrição à fácil divórcio ( Deut.
24:13 ). Mas JESUS foi categórico no proibir o divórcio, exceto no
caso de infidelidade (fornicação). Este último termo não é utilizado
em seu atual sentido técnico estreito, mas inclui o adultério, o que se quer
dizer aqui. A norma cristã é a do amor e harmonia no lar.
Continuação do Sermão da
Montanha - Mateus 5. 27-32 - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
- (Com alterações do Pr. Henrique)
Aqui temos uma explicação
do sétimo mandamento, que nos é dada pela mesma mão que fez a lei, e que,
portanto, era a mais adequada para ser a intérprete do mandamento: é o
mandamento contra a impureza, que adequadamente segue o anterior; que coloca
uma restrição às paixões pecaminosas. Isto com relação aos desejos pecaminosos,
que precisam sempre estar sob o controle tanto da razão quanto da consciência,
e que, se tolerados, são igualmente perniciosos.
I
O mandamento é apresentado aqui (v. 27): “Não cometerás adultério”, o que inclui
uma proibição de todos os outros atos de impureza, e o desejo deles; mas os
fariseus, em suas interpretações deste mandamento, tornaram a sua abrangência
limitada somente ao ato do adultério, sugerindo que se o pecado somente fosse
considerado no coração, e não passasse disso, DEUS não o ouviria, não o
consideraria (Sl 66.18), e, portanto, eles pensavam que isto era suficiente
para que pudessem dizer que não eram adúlteros (Lc 18.11).
II
Aqui está explicada a severidade, em três aspectos, que agora podem parecer
novos e estranhos àqueles que sempre foram governados pela tradição dos anciãos
e que assumiam o que eles ensinavam como sendo palavras de oráculo.
1. Aprendemos que existe o adultério no coração, os pensamentos e tendências
adúlteros, que nunca dão origem ao ato do adultério ou da fornicação; e talvez
a impureza que eles causam à alma, que aqui está tão claramente declarada, não
estivesse incluída no sétimo mandamento, mas tinha sentido e objetivo em muitas
das profanações cerimoniais sujeitas à lei, pelas quais eles deviam lavar as
roupas e a sua carne na água. Qualquer pessoa que olhasse para uma mulher (não
somente a esposa de outro homem, como alguns interpretam, mas qualquer mulher)
para cobiçá-la, teria cometido adultério com ela em seu coração (v. 28). Este
mandamento proíbe não apenas os atos de fornicação e adultério, mas: (1) Todos
os apetites impuros, toda a cobiça do objeto proibido. Este é o início do
pecado, a concepção da concupiscência (Tg 1.15); é um mal passo em direção ao
pecado. E onde se aprova e se lida com a cobiça, e o desejo devasso é tratado
pela língua como algo doce, ali está a comissão do pecado, até onde o coração
pode tê-la – não faltando nada – a não ser uma oportunidade conveniente para o
próprio pecado. Adultera mens est – A mente é corrupta, Ovídio. A cobiça é
frustrada ou influenciada pela consciência: influenciada, se ela não diz nada
sobre o pecado; frustrada, se ela não comanda o que diz. (2) Todas as
abordagens deste caso. Alimentar os olhos com a visão do fruto proibido; não
apenas procurando este fim, que eu possa cobiçar, mas olhando até que eu cobice
realmente, ou procurando gratificar a cobiça, onde nenhuma satisfação adicional
possa ser obtida. Os olhos são, ao mesmo tempo, a entrada e a saída de uma grande
quantidade de pecados deste tipo, como testemunham a mulher que tentou José (Gn
39.7), a mulher que se entregou a Sansão (Jz 16.1), e a amante de Davi (2 Sm
11.2). Há olhos cheios de adultério que não cessam de pecar (2 Pe 2.14). Que
necessidade temos nós, portanto, como o santo Jó, de fazer um concerto com os
nossos olhos, de fazer este acordo com eles, para que tenham o prazer de
contemplar a luz do sol e as obras de DEUS, com a condição de que nunca se
fixem ou residam sobre qualquer coisa que possa provocar imaginações ou desejos
impuros. E, sob esta penalidade, pelo que eles fizessem, precisariam sofrer com
lágrimas penitentes! (Jó 31.1). Para que temos a pálpebra sobre os olhos, a não
ser para restringir os olhares corruptos e para evitar as impressões que possam
nos contaminar? Aqui também se proíbe o uso de qualquer outro dos nossos
sentidos para provocar a cobiça. Se os olhares sedutores são frutos proibidos,
muito mais o são as palavras impuras e os galanteios devassos, o combustível e
o fole deste fogo infernal. Estes preceitos são limites sobre a lei da pureza
do coração (v. 8). E se olhar é cobiçar, aqueles que se vestem e se enfeitam, e
se exibem, com o desejo de serem vistos e desejados (como Jezabel, que pintou o
rosto, enfeitou a cabeça, e olhou pela janela) não são menos culpados. Os
homens pecam, mas os demônios tentam ao pecado.
2. Tais olhares e tais galanteios são tão perigosos e destrutivos para a alma,
que é melhor perder o olho e a mão que assim pecam do que abrir caminho ao
pecado e perecer eternamente nele. Isto nos é ensinado aqui (vv. 29,30). A
natureza corrupta logo objetaria contra a proibição do adultério no coração,
dizendo que ela é algo impossível de se controlar: “São palavras duras, quem
pode suportá-las? A carne e o sangue não podem evitar olhar com prazer para uma
mulher bonita, e é impossível se abster de cobiçar e flertar com algo assim”.
Desculpas como estas dificilmente serão vencidas pela razão, e, portanto, devem
ser atacadas com os terrores do Senhor; e é assim que são atacadas aqui.
(1) Aqui é descrita uma operação severa para a prevenção desses desejos
carnais. Se o teu olho direito te escandalizar, ou ofender outra pessoa, com
olhares devassos a coisas proibidas; se a tua mão direita te escandalizar, ou
ofender outra pessoa com flertes devassos; e se for realmente impossível, como
se diz, controlar o olho e a mão, e eles estiverem tão acostumados a estes
procedimentos pecaminosos, a ponto de não poder evitá-los; se não existir outra
maneira de restringi-los (o que, bendito seja DEUS, por meio da sua graça,
existe), é melhor para nós arrancar o olho e cortar a mão (ainda que sejam o
olho direito e a mão direita, os mais dignos de honra e os mais úteis) do que
tolerar que eles pequem para a ruína da alma. E se isto tiver que ser contido –
diante desta idéia, a natureza estremece – devemos nos determinar ainda mais a
controlar o corpo e a conter estas coisas. Viver uma vida de mortificação e de
autonegação; manter constante vigilância sobre os nossos próprios corações; suprimir
o surgimento de qualquer desejo e corrupção ali; evitar as oportunidades de
pecados, resistir aos seus estímulos e recusar a companhia daqueles que são uma
armadilha para nós, ainda que sejam muito agradáveis; ficar afastados do
caminho do mal e reduzir o uso das coisas lícitas, quando descobrirmos que são
tentações para nós; buscar a DEUS, buscar a sua graça; confiar diariamente na
sua graça, e desta maneira andar no ESPÍRITO, para não satisfazermos os desejos
da carne – isto será tão eficiente quanto cortar a mão direita ou arrancar o
olho direito; e talvez igualmente eficiente em oposição à carne e ao sangue;
esta é a destruição do velho homem.
(2) Um argumento estarrecedor é usado para reforçar esta prescrição (v. 29), e
é repetido nas mesmas palavras (v. 30), porque nos negamos a ouvir o que é reto
(Is 30.10). É melhor para nós que um dos nossos membros pereça, ainda que seja
um olho ou uma mão, que se poupado pode trazer o pior, do que todo o nosso
corpo ser lançado no inferno. Observe: [1] Não é inconveniente que um ministro
do Evangelho pregue sobre o inferno e a condenação. Não. Ele precisa fazê-lo,
pois o próprio CRISTO o fez; e nós seremos infiéis ao que nos foi confiado, se
não advertirmos sobre a ira futura. [2] Existem alguns pecados dos quais
precisamos ser salvos pelo medo, particularmente os desejos carnais, que são
animais tão selvagens que não podem ser detidos, a não ser pelo medo; não
podemos ser afastados de uma árvore proibida, a não ser por um querubim com uma
espada flamejante. [3] Quando somos tentados a pensar que é muito difícil negar
a nós mesmos e crucificar os desejos carnais, devemos considerar quão mais
difícil é estar para sempre no lago que arde com fogo e enxofre. Estas pessoas
não sabem o que é o inferno, ou não acreditam em sua existência, e preferem se
arriscar à ruína eterna nestas chamas a negarem a si mesmas o prazer de um
desejo bruto e vil. [4] No inferno haverá tormentos para o corpo. Todo o corpo
será lançado no inferno, e haverá tormentos para todas as suas partes, de modo
que se cuidarmos do nosso corpo, nós o possuiremos em santificação e honra, e
não na paixão da concupiscência. [5] Mesmo aquelas imposições que são mais
desagradáveis para a carne e o sangue são boas para nós; e o nosso Mestre não
exige nada de nós, exceto o que Ele sabe que é para o nosso bem.
3. Que os homens se divorciassem de suas esposas quando não gostassem delas, ou
por qualquer outro motivo que não fosse o adultério, por mais tolerado e
praticado que fosse este motivo entre os judeus, era uma violação do sétimo
mandamento, pois abria uma porta para o adultério (vv. 31, 32). Observe aqui:
(1) Como ficava o assunto agora, com relação ao divórcio. Foi dito (Ele aqui
não diz como antes: “Foi dito aos antigos”, porque este não era um preceito,
como eram aqueles. Embora os fariseus estivessem inclinados a compreendê-lo
assim, Mt 19.7, esta era somente uma permissão): “Qualquer que deixar sua
mulher, que lhe dê carta de desquite”. Em outras palavras, que o homem não
pense em fazê-lo somente em palavras, quando estiver aborrecido, mas que o faça
deliberadamente, por um instrumento legal por escrito, confirmado por
testemunhas; se ele dissolver a ligação matrimonial, que ele o faça
solenemente. Assim a lei tinha evitado divórcios intempestivos e apressados, e
talvez no início, quando a escrita não era tão comum entre os judeus, tivesse
tornado raros os divórcios. Mas com o passar do tempo, o divórcio acabou
ficando muito comum, e esta orientação de como fazê-lo, quando houvesse justa
causa para ele, se transformou em uma permissão para ele, com qualquer causa
(Mt 19.3).
(2) Como esta questão foi corrigida pelo nosso Salvador. Ele reduziu o ritual
do casamento à sua instituição primitiva: eles serão uma única carne, não
facilmente separável, e, portanto, o divórcio não deve ser permitido, exceto em
caso de adultério, que rompe o pacto de casamento. Aquele que repudia a sua
esposa com qualquer outra desculpa faz com que ela cometa adultério, e também o
faz aquele que se casa com a repudiada. Observe que aqueles que levam os outros
à tentação do pecado, ou os deixam na tentação, ou ainda os expõem a ela, se
tornam também culpados do pecado, que lhes será imputado. Esta é uma forma de
ter a sua parte com os adúlteros (Sl 50.18).
Acerca do adultério e do
divórcio (5.27-32) - Comentário - NVI (F. F. Bruce) - (Com alterações do
Pr. Henrique)
Cf. 19.9; Mc 10.11,12; Lc 16.18. Para o AT, a fornicação e o adultério não são
dois estágios do pecado, mas diferentes tipos de pecado. Aquela é
condenada expressamente só nas suas formas mais graves, embora sempre seja
considerada com desagrado. Já o adultério era um pecado fundamental contra
a família, e assim contra a sociedade, e implicava a pena de morte (Lv
20.10; Dt 22.22). O judeu piedoso considerava todo pecado sexual, na
prática ou em pensamento, com repugnância. Se JESUS está aqui concentrando
sua atenção na transgressão mais séria, de forma alguma ele está
desculpando a menos séria.
A opinião popular de que os rabinos eram frouxos e indulgentes acerca do
divórcio vem da ignorância a respeito dos seus métodos exegéticos. Os
discípulos de Shammai (século I d.C.) traduziam Dt 24.1 como está na ARA
(“coisa indecente”); os seus rivais, os discípulos de Hillel, entendiam o
termo como “qualquer coisa ofensiva”. Com base nisso, eles diziam que
queimar a comida do marido seria motivo suficiente para o divórcio, como
também se o marido encontrasse uma mulher mais bonita que a esposa
(Aqiba, que morreu em 135 d.C.). Mas isso era somente a exposição da lei
como eles a entendiam. Na verdade, eles censuravam abertamente o
divórcio, e não há evidência de que fosse algo comum.
O uso que JESUS faz de adultério (v. 28) sugere que o homem e a mulher eram
impedidos de se casar. Supostamente gyné (mulher) traz aqui, como com
frequência, o significado de “esposa” (assim Arndt). O pecado, mesmo em
pensamento, era tão sério que valeria a pena ficar aleijado para evitá-lo.
Isso parece responder por antecipação ao argumento moderno de que o
adultério e a fornicação são, sob certas circunstâncias, naturais e
necessários para se ter uma vida plena.
As palavras de JESUS acerca do divórcio têm causado tantas controvérsias que
devemos nos restringir à afirmação dos fatos, (a) JESUS estava se
dirigindo a pessoas cujo caráter é descrito em 5.3-10. Ele não
estava colocando os gentios não-regenerados sob restrições maiores do
que tinham sido colocados os judeus (Dt 24.1-4). (b) Visto que
os Evangelhos não circularam em um códice antes do século II, não podemos
dar à cláusula de exceção exceto por imoralidade sexual (porneia) um
significado tão grande que os que possuíam somente Marcos ou Lucas fossem
interpretar erroneamente as palavras de CRISTO, (c) o termo porneia nunca
é usado na LXX ou no NT acerca de simples adultério. A Igreja
Ortodoxa entendeu que aqui significa atos repetidos de adultério, que
fazem da esposa alguém nada melhor do que uma prostituta, (d) Com
base no fato de que implicava a pena de morte, pode-se argumentar que o
adultério automaticamente colocava um fim no casamento, mas isso não pode
ser deduzido desse texto, (e) Somente três significados da cláusula de
exceção, não mutuamente excludentes, parecem estar à altura de
consideração: (1) o da Igreja Ortodoxa, que deveria conhecer o significado
do grego; (2) que se indica pela situação que houve pecado
pré-marital não confessado, i.e., entrou-se no casamento com base
em falsos pretextos; (3) que seja indicado aqui o casamento em
condições proibidas, como em At 15.20,29 — a ideia de que os cristãos
gentios eram dados à promiscuidade sexual é insensata e repulsiva, v. 32
.faz que ela se tome adúltera'. Nas condições sociais da época,
era quase impossível uma mulher mais jovem viver uma vida
independente de solteira.
SINÓPSE I - O Senhor
JESUS condena claramente a prática do adultério.
SINÓPSE II - O que procede do coração e permeia o pensamento do homem
determinarão seu comportamento.
SINÓPSE III - Na perspectiva bíblica, o casamento é uma união indissolúvel.
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a respeito do caráter vitalício do casamento. Veremos
que a Bíblia condena o adultério e afirma a indissolubilidade do casamento. Num
contexto em que a instituição do casamento é tão atacada, apresentamos um
estudo que fortalecerá a instituição do casamento e apresentará seu caráter
divino, pois foi DEUS quem a instituiu.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Apresentar a condenação do adultério; II) Mostrar que
o que rege o coração regerá o corpo também; III) Afirmar a indissolubilidade do
casamento.
B) Motivação: Todo seguidor de JESUS tem em alta conta a instituição do
casamento. É uma instituição vinda de DEUS para o homem e a mulher. Por isso,
os valores da Bíblia que regem o casamento são opostos aos que são propagados
no mundo atual.
C) Sugestão de Método: O modelo tradicional de casamento está em sistemático
ataque secular. Por isso, antes de iniciar terceiro tópico, sugerimos a
seguinte indagação: Qual é a origem do casamento? Ouça as respostas dos alunos.
Estimule-os a participem, objetivando a obter as respostas. Após ouvi-las
atenciosamente, dê uma resposta unificada a partir da exposição do tópico,
mostrando com clareza os valores que regem o casamento cristão.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: O casamento não é constituído de pessoas rivais. Viver sob o
mesmo teto requer disposição de comunicar, amar e ajudar. O convívio no
casamento debaixo da perspectiva do amor cristão é o antídoto para o fracasso
no casamento. É desejo de DEUS que o casamento dure até que a morte separe o casal.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz
reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas. Na
edição 89, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final dos tópicos, você encontrará dois auxílios que
darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "JESUS e a dimensão
prática do divórcio", localizado ao final do primeiro tópico, é uma
análise de como nosso Senhor aborda um dos mandamentos que fundamenta a postura
ética do cristão diante do casamento; 2) O texto "Para restringir a falta
grave", localizado ao final do segundo tópico, traz a análise da rejeição
de DEUS ao divórcio, mostrando a natureza indissolúvel da instituição criada
por DEUS: o Casamento.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO TOP1
JESUS e a dimensão prática do divórcio
“No subsequente estado adúltero da mulher que se casa com novo companheiro, a
falta é colocada aos pés do primeiro homem que, de acordo com JESUS, obtém um divórcio
frívolo. Ele precipita um estado adúltero da mulher que se casa outra vez (que
então pode não ter tido voz ativa no segundo matrimônio, dado seu estado
social). Mais tarde, quando JESUS insistiu nesta visão estrita do divórcio, os
fariseus perguntaram: ‘Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e
repudiá-la?’ Ele respondeu que Moisés tolerou esta prática ‘por causa da dureza
do vosso coração’. JESUS manteve a posição anterior exarada pela lei natural
quando instruiu o povo que o Criador designou que o marido e a esposa fossem
uma só carne e nunca se separassem (Mt 19.4- 11). Na passagem em foco, JESUS
diz que o homem que se divorcia da esposa por qualquer razão, exceto por
infidelidade matrimonial, e se casa com outra mulher, comete adultério. A
vontade de DEUS é a permanência do matrimônio nesta terra. Assim Malaquias
escreve que DEUS diz que o casal é uma carne e que Ele ‘aborrece o repúdio [ou
odeia o divórcio]’, sobretudo por causa dos efeitos sobre os filhos (Ml
2.14-16). (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.46-47).
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO TOP3
Para restringir a falta grave
“JESUS aborda novamente um dos Dez Mandamentos e afirma sua maior autoridade
para interpretá-lo. Como alguns dos seus contemporâneos Ele vai às minúcias
para restringir esta falta grave. Alguns fariseus fechariam os olhos ou
andariam com a cabeça inclinada para não olhar uma mulher. Mas JESUS identifica
o coração como a principal parte ofendida do ser humano, pois o coração é a
sede da vontade, da imaginação e da intenção da pessoa, embora os olhos tenham
sua parte. JESUS não está condenando a atração sexual natural, mas a luxúria ou
desejo lúbrico (v. 28). A mensagem de JESUS é clara: Se a pessoa tratar da
intenção do coração, então os olhos cuidarão de si mesmos” (ARRINGTON, French
L; STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio
de Janeiro: CPAD, 2003, p.46).
VOCABULÁRIO
Cândida: que apresenta pureza e inocência.
Colimava: tinha em vista; visava a; objetivava, pretendia.
Hiperbólico: ênfase expressiva resultante do exagero da significação
linguística; exagerado.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Para JESUS, onde está a gênese do adultério? Para JESUS, a gênese do
adultério está no coração, começando com um olhar cobiçoso e pensamentos
impuros que levam à prática sexual ilícita.
2. No seu Sermão, JESUS evidencia a importância de homens e mulheres
absterem-se de quê? JESUS evidencia a importância de homens e mulheres
absterem-se de pensamentos impuros, tanto fora como dentro do casamento, pois é
dessa forma que se consegue manter a pureza em três níveis: sexual, moral e
social.
3. Como JESUS via o casamento? Para JESUS, o casamento é uma união
indissolúvel, e por isso deixou claro que, quanto ao divórcio, não era um
mandamento de Moisés, por causa do pecado (Mt 19.8), pelo padrão baixo e
desmoralizante em que muitos estavam vivendo.
4. De forma figurada, a idolatria também era chamada de quê? A idolatria era chamada,
figuradamente, de adultério (Jr 3.8; Ez 23.37).
5. De acordo com a lição, perante DEUS, como bem expressou CRISTO, uma intenção
errada é tão pecaminosa quanto um ato. O que fazer para não cair neste mal?
Devemos sempre buscar pensamentos puros e bons (Fp 4.8).
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Hebreus 13.4 – Comentário BEP – CPAD
PADRÕES DE MORALIDADE SEXUAL
Hb 13.4 “Venerado seja entre todos o
matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros
Deus os
julgará”.
O crente, antes de mais nada,
precisa ser moral e sexualmente puro (cf. 2Co 11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2).
A palavra “puro” (gr. hagnos ou
amiantos) significa livre de toda mácula da lascívia. O termo refere-se à
abstenção de todos os atos e pensamentos que incitam desejos incompatíveis com
a virgindade e a castidade ou com os votos matrimoniais da pessoa. Refere-se,
também, ao domínio próprio e a abstenção de qualquer atividade sexual que
contamina a pureza da pessoa diante de Deus. Isso abrange o controle do corpo
“em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em “concupiscência” (4.5). Este
ensino das Escrituras é tanto para os solteiros, como para os casados. No
tocante ao ensino bíblico sobre a moral sexual, vejamos o seguinte:
A intimidade sexual é limitada ao
matrimônio. Somente nesta condição ela é aceita e abençoada por Deus (ver Gn
2.24; Ct 2.7; 4.12). Mediante o casamento, marido e mulher tornam-se uma só
carne, segundo a vontade de Deus. Os prazeres físicos e emocionais normais, decorrentes
do relacionamento conjugal fiel, são ordenados por Deus e por Ele honrados.
O adultério, a fornicação, o
homossexualismo, os desejos impuros e as paixões degradantes são pecados graves
aos olhos de Deus por serem transgressões da lei do amor (Êx 20.14) e
profanação do relacionamento conjugal. Tais pecados são severamente condenados
nas Escrituras (ver Pv 5.3)
e colocam o culpado fora do reino de Deus (Rm 1.24-32; 1Co 6.9,10; Gl 5.19-21).
A imoralidade e a impureza sexual
não somente incluem o ato sexual ilícito, mas também qualquer prática sexual
com outra pessoa que não seja seu cônjuge. Há quem ensine, em nossos dias, que
qualquer intimidade sexual entre jovens e adultos solteiros, tendo eles mútuo
“compromisso”, é aceitável, uma vez que não haja ato sexual completo. Tal
ensino peca contra a santidade de Deus e o padrão bíblico da pureza. Deus
proíbe, explicitamente, “descobrir a nudez” ou “ver a nudez” de qualquer pessoa
a não ser entre marido e mulher legalmente casados (Lv 18.6-30; 20.11, 17,
19-21; ver 18.6).
O crente deve ter autocontrole e
abster-se de toda e qualquer prática sexual antes do casamento. Justificar
intimidade premarital em nome de Cristo, simplesmente com base num
“compromisso” real ou imaginário, é transigir abertamente com os padrões santos
de Deus. É igualar-se aos modos impuros do mundo e querer deste modo justificar
a imoralidade. Depois do casamento, a vida íntima deve limitar-se ao cônjuge. A
Bíblia cita a temperança como um aspecto do fruto do Espírito, no crente, i.e.,
a conduta positiva e pura, contrastando com tudo que representa prazer sexual
imoral como libidinagem, fornicação, adultério e impureza. Nossa dedicação à
vontade de Deus, pela fé, abre o caminho para recebermos a bênção do domínio
próprio: “temperança” (Gl 5.22-24).
Termos bíblicos descritivos da
imoralidade e que revelam a extensão desse mal.
(a) Fornicação (gr. porneia).
Descreve uma ampla variedade de práticas sexuais, pré ou extramaritais (sexo
ilícito dentro do casamento, não adultério). Tudo que significa intimidade e
carícia fora do casamento é claramente transgressão dos padrões morais de Deus
para seu povo (Lv 18.6-30; 20.11,12, 17, 19-21; 1Co 6.18; 1Ts 4.3).
(b) A lascívia (gr. aselgeia) denota
a ausência de princípios morais, principalmente o relaxamento pelo domínio
próprio que leva à conduta virtuosa (ver 1Tm 2.9). Isso inclui a inclinação à
tolerância quanto a paixões pecaminosas ou ao seu estímulo, e deste modo a
pessoa torna-se partícipe de uma conduta antibíblica (Gl 5.19; Ef 4.19; 1Pe
2.2,18).
(c) Enganar, i.e., aproveitar-se de uma pessoa, ou explorá-la (gr.
pleonekteo, e.g., 1Ts 4.6), significa privá-la da pureza moral que Deus
pretendeu para essa pessoa, para a satisfação de desejos egoístas. Despertar
noutra pessoa estímulos sexuais que não possam ser correta e legitimamente
satisfeitos, significa explorá-la ou aproveitar-se dela (1Ts 4.6; Ef 4.19). (d)
A lascívia ou cobiça carnal (gr. epithumia) é um desejo carnal imoral que a
pessoa daria vazão se tivesse oportunidade (Ef 4.22; 1Pe 4.3; 2Pe 2.18; ver Mt
5.28; 1 Coríntios 7:5-8).
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CASAMENTO εκγαμισκω ekgamisko
1) dar em casamento: uma filha
2) casar, ser dado em casamento
ανερ aner
1) com referência ao sexo
1a) homem
1b) marido
1c) noivo ou futuro marido
2) com referência a idade, para distinguir um homem de um garoto
3) qualquer homem
4) usado genericamente para um grupo tanto de homens como de mulheres
VENERADO - τιμιος timios que inclue o
comparativo τιμιωτερος timioteros e o superlativo τιμιωτατος timiotatos
1) de grande valor, precioso
2) mantido em honra, estimado, especialmente querido
4 Honrem o seu casamento e os seus respectivos votos; e sejam
puros; porque Deus sem falta castigará todos os que são imorais ou cometem
adultério.
A Natureza do Casamento
1. O casamento faz parte da própria ordem da criação. Deus revelou
ao homem que ele precisava de uma esposa (Gn 2.18) e que a esposa
precisava de um marido (Gn 3.16).
Desde o começo, Ele criou a mulher para o homem e o homem para a mulher (Gn 1.26.27). Desde o início o
homem entendeu qne era vontade de Deus que ele tivesse uma esposa. “Osso dos
meus ossos e carne da minha carne" (Gn 2.23) e que deveria amá-la e
cuidar dela como de si próprio. Paulo escreveu. “Assim devem os maridos amar a
sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si
mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e
sustenta, como também o Senhor à igreja” (Ef 5.28,29).
2. O casamento é um
sacramento de sociedade. No casamento, assim como na união sexual em
particular, o homem e a mulher sentem prazer e fazem dele a demonstração
exterior daquilo que é uma graça interior. Sacramentado por Deus (cf. 1 Tm 4.3) ele representa a mais
elevada expressão de afeto mútuo e a mais profunda comunhão humana, e por isso
o próprio Deus usou o casamento para expressar a incalculável profundidade de
seu amor por nós.
3. O casamento é um pacto solene celebrado entre um homem e uma
mulher dentro de uma perfeita liberdade, e através do qual prometem entre si o
amor e a fidelidade, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na
prosperidade e na adversidade enquanto viverem. De acordo com a visão de Deus,
ele somente termina com a morte ou então por causa de uma grave infidelidade ou
separação de um cônjuge descrente (Mt 5.32; 19.9; Rm 7.2,3; 1 Co 7.15). Esse pacto deve
ser celebrado apenas entre duas pessoas que compartilhem o mesmo espírito e fé,
pois “que parte tem o fiel com o infiel?״
(2Co 6.14,15).
4.O casamento é uma vocação, um convite de Deus para a
demonstração, a todo o mundo, da mais elevada forma de amor mútuo (Gn 2.23,24; Ef 5.21ss.). Também é a maneira
correta de se gerar filhos (Gn
33.5; 48.4; Dt 28.4; Js 24.3,4; Sl 127.3), alimentá-los
física e espiritualmente, e o ambiente mais propício para lhes ensinar a
Palavra de Deus (Dt 6.7-20;
11.18-21; Pv 22.6) e treiná-los paia
serem bons cidadãos (Pv 13.24;
19,18; 22.15; 23.13; 29.15,17).
Os Propósitos do Casamento
1. A propagação da raça humana. E a forma Divina de desenvolver a
espécie chamada humanidade, No caso dos seres angelicais, Deus criou cada um
deles individualmente, mas no caso da hnmanidade, Ele criou um homem e uma
mulher e toda a raça humana descendeu desse primeiro casal. Deus só poderia ter
redimido separadamente cada anjo caído se Cristo morresse individualmente por
cada um deles, mas Ele pôde redimir a raça humana de Adão com uma única morte
de Cristo, pois Ele qstaria representando a raça como um todo. E à luz desse
fato que entendemos o significado de 1 Coríntios 15.22.
“Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados
em Cristo”.
Deus preferiu gerar filhos espirituais que irão amá-lo por causa de
sua soberana graça salvadora e trazer-lhes a vida através do relacionamento do
casamento. Os aspectos sacramentais e da propagação da espécie do casamento
ficam dessa forma reunidos e a geração dos filhos se torna um ato de santidade
para a verdadeira glória de Deus.
2. É a maneira de Deus de criar os filhos. Filhos precisam de um
lar, e de pais dentro deste lar. No lar eles recebem abrigo e alimento. Através
da vida de seus pais eles aprendem o que significa o verdadeiro amor porque são
o objeto do amor dos pais e porque vêem o amor recíproco que existe entre eles.
Somente através dos pais eles podem entender plenamente o profundo e duradouro
amor conjugal e, dessa forma, ficam preparados para esperar e procurar um amor
igual para si mesmos. É nesse ponto que a discórdia conjugal e os lares
desfeitos exercem o efeito mais devastador sobre os filhos. O filho que nunca
observou a demonstração de um verdadeiro amor em seu lar não está pronto para
enfrentar sozinho a vida. Deus também teve a intenção de que a demonstração de
um verdadeiro amor entre pais e filhos fosse a base para o entendimento do amor
que Ele mesmo sentiu ao enviar o seu Filho para morrer pelos nossos pecados
(cf. Ef 5.25-32).
3. O casamento é a maneira de Deus incutir nos filhos os princípios
da justiça e da autoridade responsável. Os pais devem tratar os filhos com
paciência e justiça (Ef 6.4;
Cl 3.21) e lhes ensinar o
que é justo e direito. Devem dar exemplo de responsabilidade e autoridade na
divinamente ordenada economia do lar (cf. 1 Tm 3.4,5,12: Tt 1.6). O pai, como o cabeça
da esposa e do lar, embora consultando plenamente sua esposa de uma forma
realmente democrática, é o responsável por todas as decisões. Isso ensina a
submissão à autoridade e um verdadeiro senso de responsabilidade (Ef 5.21-24).
4. O casamento é o meio pedagógico de Deus ensinar aos fillios
sobre Si mesmo. Deus se intitula nosso Pai e demonstra que o seu amor é tão
maravilhoso como o amor de um bom pai (Sl 103.13; Jo 3.16), tão terno como o
amor de uma boa mãe (Is 49.15;
66.13; Mt 23,37), tão íntimo como
aquele que existe entre o marido e a esposa (Ef 5.25ss.). Desse modo, todo o
relacionamento dentro do casamento e da família transparece na demonstração e
nos ensinos daquilo que Deus é, da natureza do seu amor. Veja Família.
O lugar do Sexo
Embora o sexo tenha como objetivo estabelecido por Deus gerar
filhos para povoar a terra e assim indiretamente encher o céu com filhos
renascidos em Deus, ele também preenche importantes necessidades pessoais e
familiares. O esposo necessita da esposa e a esposa necessita do marido, porque
o homem é feito de tal maneira que as tensões da vida são aliviadas através do
amor conjugal (1 Co 7.1
-5). Ao mesmo tempo, nesse íntimo ato de amor são liberadas energias
criativas tanto na vida do marido como da esposa.
Podemos observar melhor que Deus fez o homem e a mulher para o
verdadeiro prazer e um mútuo companheirismo em Cantares de Salomão, onde as
intimidades do amor conjugal e do prazer estão descritas de uma forma
maravilhosa e pura. No relacionamento sexual todo o amor é expresso através de
atos e palavras e é consumado em comunhão e união. E uma expressão de amor que
pode ser exercitada com apenas uma pessoa por causa de sua natureza santa. Cada
um mantém a experiência de um profundo amor pelo outro e somente por essa
pessoa. Nesse sentido, ele é o exemplo típico de um relacionamento exclusivo
que deve existir individualmente entre cada cristão e seu Senhor, e no qual
nenhuma outra pessoa ou deus pode ter a permissão de participar (Êx 20.3; cf. Ef 5.25ss.).
Um casamento baseado em uma vida sexual plena e estável é feliz e
equilibrado, desde que esse aspecto da vida seja a expressão do mais profundo
amor e não a mera satisfação de desejos carnais. Ele é de grande importância
para os filhos (assim como para o marido e a esposa), porque vêem não só um
casamento estável, como também seu encanto, pureza, beleza, e profunda
satisfação. Os filhos, por sua vez, podem aprender que o sexo é uma dádiva
divina e pode ser verdadeiramente belo e maravilhoso quando usado de acordo com
as intenções de Deus. Os cuidados que Deus coloca no ato sexual permitem aos
filhos aprender com pureza e se conservarem puros, mais tarde usando o sexo de
acordo com os propósitos Divinos, vendo que a plena liberdade e alegria no
casamento realmente vêem quando se vive dentro do âmbito do sétimo mandamento (1 Ts 4.3-8; Hb 13.4).
Como Deus Fala sobre o Casamento
Em primeiro lugar, Deus usa o casamento como uma metáfora para
expressar o relacionamento de Cristo com a igreja, comparando Cristo com o
noivo e a igreja com a noiva (Ef 5.24-32; Ap 19.7-9). Tanto o
crente individualmente como a igreja em geral, sempre são considerados no
sentido de ser a noiva em relação a Cristo (2 Co 11.2). A total submissão
da virgem Maria à orientação e capacitação do Espírito Santo quando disse,
“Cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1.38), representa uma
analogia com o relacionamento que deve existir entre o Espírito Santo e o
cristão. O fruto do Espírito deve ser introduzido e nascer na vida do crente (Gl 5.22,23) assim como Cristo foi
formado pelo Espírito no ventre de Maria (Lc 1.42). No Salmo 45, Cristo é visto em
toda a sua majestade e beleza juntamente com a sua Noiva Real, a igreja, para
representar a pureza que Deus deseja de seus filhos. A Noiva é grandemente
desejada por causa de sua beleza (v. 11) tanto exterior como interior. Seus
trajes são delicados e belos até o mais ínfimo detalhe.
Monogamia
Embora a poligamia fosse praticada durante algum tempo no AT, ela
só era permitida como uma medida temporária. Ela negava o princípio do marido e
a esposa serem uma única carne (Gn
2.24; Mt 19.5), e levou
a muitos problemas conjugais. Tanto Abraão como Jacó sofreram muitas tristezas
por causa disso (Gn 21.9ss.; 30.1-24), e Davi e Salomão se
desviaram por causa de suas esposas pagãs (2 Sm 5,13; 1 Rs 11.1-3), Somente
através da monogamia é possível evitar o ciúme dentro da família e ilustrar
corretamente o relacionamento de Cristo com o crente (Ef 5.23ss.). Veja Concubina.
Casamento e Divórcio
O divórcio sempre representou um grave problema. O ensino de Cristo
é encontrado em Mateus 5.31,32; 19.3-9; Marcos 10.2-12; Lucas 16.18. Ele revelou que
era somente por causa da dureza do coração dos homens que Moisés permitiu uma
lei de divórcio e que isso podería verdadeiramente levar ao adultério (Mt 19.8,9). O casamento só deve ser
anulado por motivo de fornicação (Mt 5,31,32; 19,9). Isso significa que um
divórcio somente deveria ser permitido quando houvesse uma relação sexual com
outra pessoa que não fosse o cônjuge. Mesmo no caso de pessoas comprometidas na
etapa do noivado, este deve ser rompido caso um dos dois cometa o ato de
fornicação. Cristo afirmou que o homem, assim como a mulher, podia cometer
adultério se forçasse um divórcio injusto. Isso contrariava a opinião dos
judeus que viam a mulher como a única culpada possível.
Embora exista uma diferença de opiniões, a maioria das igrejas
considera que o divórcio pode ser permitido nos casos de abandono voluntário.
Se assim for, existem duas razões bíblicas: fornicação e adultério. Entretanto,
as Escrituras aceitam que uma lei maior pode ser aplicada aos divorciados, isto
é, a lei do perdão onde existe um verdadeiro arrependimento pelo pecado. Oséias
perdoou e recebeu de volta a sua esposa adúltera porque a amava, assim corno
Deus está disposto a perdoar e receber de volta a sua adúltera nação de Israel
(Os 2.1,2; 3.1ss.; 14.1-8). R. A. K.
Costumes e Cerimônias Matrimoniais
1. A escolha da noiva:
Na Bíblia não existe qualquer restrição relativa à idade mais
apropriada para o casamento, mas parece certo que as jovens se casavam muito
cedo (Pv 2.17; 5.18), Em Isaías 62,5, o jovem, ao se
casar, recebe o nome de bahur, isto é, o melhor, um jovem robusto e decidido na
flor de sua capacidade física (cf. 1
Sm 9.2; Is 40.30; Am 8.13); a virgem recebe o
nome de bstula, uma jovem atraente e sexualmente pronta para o casamento (cf. Jl 1.8; Jr 2.32). No Talmude, os
rabinos estabeleceram 12 anos como idade mínima para as meninas e 13 para os
meninos. Por causa da forte influência tribal e da unidade do clã na sociedade
patriarcal, os pais consideravam seu dever e prerrogativa assegurar esposas
para seus filhos (Gn 24,3; 38.6). Normalmente, a noiva em
perspectiva, assim como o noivo, simplesmente concordava com os arranjos feitos
de acordo com os interesses da família e da lealdade à tribo. Não é de admirar
que muitas vezes os pais procurassem o casamento entre primos em primeiro grau,
como por exemplo, no caso de Rebeca e Isaque. O casamento com mulheres
estrangeiras era desaconselhado (Gn
24.3; 26.34,35; 27.46; 28.8) e mais tarde foi totalmente
proibido (Ex 34.16; Dt 7.3; Ed 10.2,3,10,11) pelo perigo de uma volta
à prática da idolatria das demais nações. Casamentos mistos eram tolerados
apenas no caso dos exilados (por exemplo, José, Gn 41.45; Moisés, Ex 2.21) e dos reis apenas por
razões políticas.
Por outro lado, havia em Israel a oportunidade para casamentos
baseados no namoro. O jovem podia declarar a sua preferência (Gn 34.4; Jz 14.2). Por exemplo, Mical se
apaixonou por Davi (1 Sm 18.20),
Na época do AT as mulheres não eram mantidas como reclusas, como nos países
muçulmanos, e podiam sair às ruas com o rosto descoberto (cf. 1 Sm 1.13). Elas cuidavam das
ovelhas (Gn 29.6; Êx 2.16), carregavam água (Gn 24.13; 1 Sm 9.11), colhiam nos campos (Rt 2.3) e visitavam outros lares
(Gn 34.1). Dessa maneira, os
jovens tinham a liberdade de procurar a futura noiva sozinhos.
2. O noivado:
A escolha da noiva era seguida pelo noivado (q.v.), que era um
procedimento formal onde havia um compromisso maior do que no noivado de nossos
dias. Os homens que iam se casar com as filhas de Ló jã eram considerados como
seus genros (Gn 19.14). Um
homem que estava noivo era dispensado do serviço militar para poder tomar (isto
é, casar-se com) sua esposa e viver com ela em sua casa durante um ano (Dt 20.7; 24.5). Qualquer imoralidade
sexual com uma jovem noiva era um crime tão grave quanto o adultério (Dt 22.22-27).
Inscrições encontradas no Oriente Próximo também indicam que o noivado era um
costume reconhecido, que tinha consequências legais muito definidas.
Geralmente, o noivado era realizado por um amigo ou representante
legal da parte do noivo (1 Sm
25.39ss,), E, no caso da noiva, por seus pais. Era confirmado através de juramentos
(Em 1Sm 18.2-16
lemos: “Serás hoje meu genro”). Nessa ocasião era discutida a quantia do “dote”
(em hebraico mohar) com os pais da jovem, e era pago imediatamente à família da
moça se a moeda corrente fosse o meio de compensação.
Tanto na antiga Mesopotâmia como em Israel o casamento era um
simples contrato civil, sem qualquer formalização através de uma cerimônia
religiosa. Embora o AT não faça uma menção especifica sobre a existência de um
contrato de casamento por escrito, tais contratos estavam estipulados no Código
de Hamurabi. Existem vários contratos de casamento entre os papiros encontrados
na colônia judaica de Elefantine, do século V a.C., e essa prática é mencionada
no Livro de Tobias (Tob 7.13). Os Talmudistas do Mishna chamam esse contrato de
ketuba e dão minuciosas instruções sobre como usar e guardar o mohar. O termo
“concerto” ou “aliança” ib'rit) em Provérbios 2.17 e Malaquias 2.14 podem estar
fazendo alusão a um contrato por escrito.
3. Cerimônia de casamento:
A essência da cerimônia do casamento ou das festividades era o ato
de retirar a noiva da casa do pai e trazê-la para a casa do noivo ou de seu
pai. Dessa forma, havia uma verdade literal na expressão hebraica “tomar” uma
esposa (por exemplo, Gn 4.19;
12.19; 24.67; 38.2; Nm 12.1; 1 Sm 25.39-42; 1 Rs 3.1; 1 Cr 2.21). Vestindo um
turbante imponente (Is 61.10)
ou uma coroa nupcial (Ct 3.11)
como um ornamento, o noivo partia de sua casa acompanhado por seus amigos (Jo 3.29) ou ajudantes (Mt 9.15) tocando tamborins e
também podendo ser acompanhado por uma banda (1 Mac 9.39), Como a procissão
nupcial geral- mente se realizava à noite (Ct 3.6-11), muitos
portavam tochas ou lanternas (Mt 25.1- 8). A alegria
e a felicidade (Jr 7.34; 16.9; 25.10; Ap 18.22ss.) anunciavam sua
aproximação à população local que ficava aguardando à porta das casas que
ficavam à beira do caminho até a casa da noiva e também quando regressavam à
casa do noivo (Mt 25.5,6).
A noiva aguardava lindamente vestida e adornada com joias (Sl 45.13ss.; Is 61.10; Ap 19.8), Para essa ocasião
especial ela usava um véu (Gn
24.65; Ct 4.1,3; 6.7), que somente poderia
retirar quanto estivesse sozinha com seu esposo, no escuro, na câmara nupcial
(cf. Gn 29.23-25).
O noivo conduzia todos os convidados ao casamento, agora com a
presença da esposa e seus acompanhantes (Sl 45.14b), até a casa de seu
pai para a “ceia das bodas” (Ap
19.9). Todos os amigos e vizinhos eram convidados à festa do casamento (Gn 29.22; Mt 22.3-10; Lc 14.8; Jo 2.2) que era normalmente
oferecida pelo pai do noivo (Mt
22.2). Recusar o convite para uma dessas festas representava uma grave
ofensa (Mt 22.5; Lc 14.16-21).
Geralmente, as festividades duravam uma semana (Gn 29.27ss.; Jz 14.10-12,17), mas o casamento era
consumado na primeira noite ׳ Gn 29.23).
O anfitrião presenteava os convidados com vestes apropriadas (Mt 22,11); jogos e outras
formas de diversão acrescentavam mais alegria à festividade (Jz 14.12-18). O último
ato da cerimônia era conduzir a noiva à câmara nupcial (em hebraico, heder, Jz 15.1; Ct 1.4; Jl 2.16). Nesse quarto havia
sido preparado um dossel (em hebraico huppa, Salmo 19.5, “tálamo”; Joel 2.16, um “aposento
particular״ ou “recâmara”) sobre o leito ou cama
nupcial (Ct 1.16). Em
seguida, o noivo “entrava à noiva* (Gn 16.2; 30.3; 38.8) e o lençol manchado de
sangue, dessa noite de casamento, era guardado como uma prova da virgindade da
noiva (Dt 22.13-21).
4. Estado civil:
Em Israel, o estado civil do esposo era revelado pelo fato de que
em hebraico ele é chamado de, ba‘al, o mestre ou senhor de sua esposa (Ex 21.22; Dt 21.13; 22.22; 2 Sm 11.26; Pv 12.4; 31.11,23,28). Isso traz a
possibilidade de uma dupla interpretação para a profecia de Oséias 2.16, “E acontecerá
naquele dia, diz o Senhor, que me chamarás. Meu marido e não me chamarás mais.
Meu Baal”. O fato da esposa aceitar o papel de dependente do marido pode ser
visto quando Sara se dirige ao esposo Abraão como “meu senhor” (’adoni, Gn 18.12; 1 Pe 3.6). Para o dever que o
homem tinha de gerar um filho com a viúva de seu falecido irmão, veja
Casamento, Levirato. J.R. - Dicionário
Bíblico Wycliffe
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REVISTA CENTRAL GOSPEL 4TR23, NA ÍNTEGRA
Escrita Lição 1, Central Gospel, casamento, lugar em que tudo
começa, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
4º Trimestre de 2023 - Restaurando a visão familiar
Sobre os comentaristas:
Albertina Malafaia (Pastora, pedagoga, psicóloga e escritora);
Claudio Duarte (Pastor, conferencista e autor do best-seller Sexualidade
sem Censura); Elizete Malafaia (Pastora, psicóloga, palestrante e escritora);
Estevam Fernandes (Pastor, psicólogo clínico, mestre em Teologia, doutor em Sociologia,
escritor e conferencista motivacional).
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Gênesis 2.18-24
18 - E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só;
far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.
19 - Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todo animal do
campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria;
e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
20 - E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a
todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse
como diante dele.
21 - Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e
este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22 - E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma
mulher; e trouxe-a a Adão.
23 - E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da
minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
24 - Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á
à sua mulher, e serão ambos uma carne.
TEXTO ÁUREO
Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém
aos que se dão à prostituição e aos adúlteros DEUS os julgará. Hebreus 13.4
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – Salmo 68.4,6 A bênção da convivência familiar
3ª feira – Gênesis 24.62-67 Isaque, consolado pelo casamento
4ª feira – Gênesis 2.24,25 Deixar a casa do pai e constituir
família
5ª feira – 1 Timóteo 3.2-7 Marido de uma só mulher
6ª feira – Gênesis 2.21-23 Adão e Eva: uma só carne
Sábado – Mateus 19.3-6 O que Deus ajuntou não separe o homem
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de
- conhecer a origem e a formação da família de acordo com o livro
de Gênesis;
- compreender que Deus formou a família para ser fonte de bênçãos
às Suas criaturas;
- identificar as características fundamentais do casamento à luz
das Escrituras.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, antes de uma viagem, faz-se necessário planejar
o melhor caminho a ser seguido, levando-se em consideração alguns critérios
particulares: a pavimentação; os aclives e declives; a idade dos viajantes; o
tempo necessário para concluir-se a rota escolhida; enfim, existem números variáveis a avaliar. Porém, em
sintonia com os viajantes, o guia precisa escolher o melhor trajeto, a fim de
que a viagem seja proveitosa e agradável a todos. Uma nova caminhada será
proposta aos alunos neste novo ciclo de estudos. De acordo com o perfil da
turma, defina o melhor caminho (método) para que o percurso (trimestre) seja excelente
e maravilhoso! Que em cada estação (aula) o aluno possa desfrutar dos encantos
da paisagem (conteúdos) e alimentar- se no melhor ponto de parada
(aprendizado). Toda viagem promove transformação! Cláudio Duarte.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. OS MALES DA SOLIDÃO E AS RESPOSTAS DO
ÉDEN
1.1. Adão e a convivência com os animais
1.2. A declaração divina a respeito da solidão
1.3. Eva, a resposta de Deus para Adão
2. A FORMAÇÃO DA FAMÍLIA MEDIANTE O
CASAMENTO
2.1. Definindo o termo casamento
2.2. Adão e Eva: O exemplo do primeiro casal
3. AS CARACTERÍSTICAS DO PRIMEIRO
CASAMENTO
3.1. O padrão da monogamia
3.2. O padrão da heterossexualidade
3.3. O padrão da indissolubilidade
COMENTÁRIO - Palavra introdutória
Ao longo deste trimestre, estudaremos sobre a vida em família.
Veremos, no decorrer das lições, que em todo o período bíblico, a primeira
instituição divina foi destacada como sendo a manifestação da boa, perfeita e
agravável vontade de Deus. Também observaremos que sua preservação constitui-se
na preservação da civilização. Na chamada pós-modernidade — marcada pelo
hedonismo —, a célula mater da sociedade vem sofrendo terríveis e sistemáticos
ataques. Há inclusive teóricos que
afirmam a importância de se desconstruir os valores
judaico--cristãos, sobretudo no que tange à família tradicional. Nesta lição
introdutória, analisaremos a gênese do casamento de acordo com a narrativa do
primeiro livro bíblico e suas implicações nos dias atuais.
1. OS MALES DA
SOLIDÃO E AS RESPOSTAS DO ÉDEN
De acordo com
John Cacioppo, professor de Psicologia da Universidade de Chicago (EUA) e
renomado pesquisador, a solidão pode ser tão nociva para o indivíduo quanto o
fumo. E por que isto ocorre? Porque Deus fez o homem para viver em família; é
no relacionamento com o outro que o processo de individuação ocorre.
1.1. Adão e a
convivência com os animais
Os dois
primeiros capítulos de Gênesis estão relacionados à origem do Universo, dos
animais e do homem. Na Criação, encontramos cinco vezes a expressão: E viu Deus
que era bom (Gn 1.10-25). No entanto, ao fim do sexto dia, culminando com a
criação do homem, o escritor declarou: E eis que era muito bom (Gn 1.31; grifo
do comentarista). O autor destaca o homem como sendo a coroa da Criação. Tal
destaque justifica-se em função de dois elementos básicos (Gn 2.7):
- Formado a
partir do pó da terra (adamah) — o verbo formar vem do hebraico yasar,
indicando a construção de um vaso de barro pelas mãos do oleiro (Jr 18.4). Isto
revela que Deus não chamou o homem (adam) à existência, mas o fez com as
próprias mãos em um ato artístico de amor e beleza (Ef 2.10).
- Feito alma
vivente a partir do sopro divino — Adão foi feito à imagem e semelhança de
Deus, ou seja, ele foi dotado de personalidade (razão, vontade e sentimentos) e atributos morais, sendo capaz
de dominar e tomar decisões (Gn 2.26-30), atributos não conferidos aos animais.
Em síntese, nota-se que os animais foram feitos cada um conforme a sua espécie;
o homem, no entanto, foi criado conforme a espécie de Deus, isto é, com
participação da natureza divina.
Este fato tanto
revela a posição de honra dada ao homem quanto ressalta o abismo posto entre
Adão e os animais, pois ambos foram criados com naturezas distintas, isto é,
não haveria possibilidade de estabelecerem relacionamentos profundos, permeados
por diálogos interiores e vínculos íntimos. Adão, mesmo nomeando cada animal,
sentia-se só; fato que se expressa no registro sagrado: mas para o homem não se
achava adjutora que estivesse como diante dele (Gn 2.20).
1.2. A
declaração divina a respeito da solidão
Dentro do
contexto de solidão, após observar a condição de Adão, o Senhor anunciou: Não é
bom que o homem esteja só (Gn 2.18). Ora, se Deus disse que não é bom que o
homem esteja só, quem somos nós para discordar Dele? Nos dias atuais, as
ciências humanas — sobretudo a Psicologia — reforçam
a enunciação divina.
A declaração divina revela ao menos três realidades:
(1) a solidão é
ruim; (2) o homem não é autossuficiente; e (3) todos nós precisamos ser
complementados. Para nossa alegria, o nosso Deus não apenas fala; Ele age!
1.3. Eva, a
resposta de Deus para Adão
Para acabar com
a dolorosa solidão de Adão, Deus operou um milagre: Ele criou a mulher! Que
maravilha: Vou fazer para ele alguém que o ajude como se fosse a sua outra
metade (Gn 2.18 NTLH)!
Destacamos
algumas verdades desse contexto. Observe:
- Vou fazer —
note a importância do verbo fazer; o Criador fez a mulher; ela não foi fruto do
acaso ou do improviso; cada etapa de sua formação foi planejada. O Senhor fez
cair um sono pesado sobre Adão; tomou uma de suas costelas; e, dela, formou a
mulher. Deus planejou e executou, milagrosamente, a criação da mulher; isto
significa que ela é obra-prima do Pai e, como tal, deve ser valorizada.
- Para ele — a
expressão para ele (NVI) revela que o objetivo primário de Deus era resolver o
problema da solidão de Adão. O Senhor quis abençoar o homem, fazendo cessar a
sua angústia primordial. Nisto se explicita o fato de DEUS ter instituído a
família para proporcionar ao homem e à mulher o sentido de completude.
- Alguém que o
ajude — não alguém que o domine. Não podemos nos deixar influenciar pela
filosofia mundana que apregoa a emancipação feminina (movimento feminista),
que, em seu bojo, visa afastar a mulher dos propósitos do Senhor. Por outro
lado, o termo adjutora (ARC) não tem o sentido de escrava, mas de auxiliadora e
cooperadora nas conquistas. Os relacionamentos estarão fadados ao fracasso, quando
estabelecidos sob a égide da dominação.
- Como se fosse
a sua outra metade — esta expressão aponta para a capacidade criativa e
racional da mulher. Para auxiliar, é preciso, antes, ser dotada de competência
intelectiva. A versão ARA, diz: que lhe seja idônea. Uma pessoa idônea está
apta a desempenhar cargos e a realizar obras; significa dizer que a mulher, em
sua natureza constitutiva, assemelha-se ao homem no que se refere à capacidade
produtiva.
2. A FORMAÇÃO
DA FAMÍLIA MEDIANTE O
CASAMENTO
A união que
forma as famílias ao redor do planeta é tão importante para a civilização, que
os povos, ao longo da História, de acordo com suas próprias Culturas e crenças,
criaram seus cerimoniais e liturgias particulares, a fim de ressaltar a
importância desse vínculo e as implicações decorrentes desse rito de passagem.
Deus fez a mulher (Eva) para viver com o homem (Adão), dando origem, assim, à
primeira família da terra. A partir dessa união, identificamos o tecido
constitutivo e as características fundamentais de todos os lares formadas
segundo o padrão divino.
SUBSÍDIO DO
TÓPICO 2
A palavra
casamento deriva do termo casa, apontando para os seguintes conceitos: “terreno
com uma habitação instalada; instrumento de casar; pessoas que decidiram
unir-se para viverem na mesma casa”. O casamento, enquanto rito de passagem,
legitima
a união sexual
entre um homem e uma mulher,
consolidando,
assim, a instituição família.
2.1. Definindo
o termo casamento
A Sociologia
faz distinção entre casamento e família: enquanto casamento seria o ato, evento
ou processo que se atrela à cultura; família seria a instituição social.
Entende-se por
casamento, no entanto, a união estabelecida entre duas pessoas — com aval legal
(firmado em contrato), religioso e/ou social —, que demanda, acima de tudo, uma
relação de profunda intimidade entre um homem e uma mulher.
2.2. Adão e
Eva: O exemplo do primeiro casal
(...) Formou
uma mulher; e trouxe-a a Adão (Gn. 2.22).
O Senhor nos
traz a Sua provisão e supre as nossas necessidades!
Adão
maravilhou-se com a criação divina, fato que
se comprova em
suas declarações.
Vejamos o texto
de Gênesis 2.23,24:
- Esta é agora
osso dos meus ossos e carne da minha carne — a expressão não indica
hermafroditismo; ao contrário, expõe tanto uma identificação interna
(sentimentos/alma) quanto externa (anatomia favorável à união) entre o homem e
a mulher. Adão recebeu uma companheira da mesma espécie, podendo comunicar-se
com ela em todos os sentidos. A proposta é o desfrute de profunda comunhão.
- Esta será
chamada varoa, porquanto do varão foi tomada — há um trocadilho no hebraico: isha
(varoa) deriva de ish (varão). Logo, varoa significa “homem-ela”, ou “tomada do
homem”. De fato, ambos um só corpo. Na prática, quando um ofende o outro, na
verdade, ofende a si mesmo (Ef 5.28).
- Deixará o
varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher — após o casamento, o
casal deve assumir as responsabilidades da vida a dois, e buscar a Deus, a fim
de construírem uma história comum. Vale a máxima popular: Quem casa quer casa.
3. AS
CARACTERÍSTICAS DO PRIMEIRO
CASAMENTO
Em 2011, o
Supremo Tribunal Federal reconheceu, de maneira unânime, a união estável entre
casais do mesmo sexo como entidade familiar. Na prática, as regras que valem
para relações estáveis entre homens e mulheres serão aplicadas aos casais gays;
todavia, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, Artigo 226,
parágrafos 3º e 4º, declara: “A família, base da sociedade, tem especial
proteção do Estado (...). Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a
união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar (...).
Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer
dos pais e seus descendentes.”. Neste tempo, observamos que os canais
midiáticos e alguns segmentos da sociedade, de forma crescente, têm apresentado
variados tipos de uniões com o intuito de desconstruir e banalizar o sentido e
os valores fundamentais da família tradicional. Faz-se necessário, portanto,
sobretudo nos dias atuais, reafirmar os princípios bíblicos: existem diversos
tipos de uniões, mas, segundo a Palavra de Deus, uma família propriamente dita
possui algumas características essenciais.
SUBSÍDIO DO
TÓPICO 3
Lameque,
descendente de Caim, foi o primeiro bígamo citado na Bíblia; Davi e Salomão,
cada um a seu tempo, praticaram a poligamia; ressalte-se, no entanto, que os
envolvidos em todos esses casos sofreram as consequências de tal prática (Gn
4.19; 1 Cr 3.1-8; 1 Rs 11.1-3).
3.1. O padrão
da monogamia
Apenas uma
mulher foi criada e dada ao homem; esta realidade ressalta o fato de que a monogamia
[gr. mónos (único) + gamos (casamento)] é o padrão divino para o casamento.
Evidentemente, há, na história da civilização, outros tipos de uniões. Todavia,
a única que recebe a aprovação divina é a monogamia. Jesus, quando indagado
sobre o divórcio, usou Gênesis como referência normativa para a constituição
familiar (Mt 19.1-8). Portanto, qualquer relacionamento diferente deste — homem
e mulher — configura-se em um desvio comportamental, com consequências
negativas.
3.2. O padrão
da heterossexualidade
O primeiro
casamento deu-se entre pessoas de sexos diferentes (hetero + sexualidade), isto
é, entre um homem e uma mulher. Isto possibilitou a perpetuação da espécie
humana. O casamento heterossexual é tão perfeito que a própria anatomia humana,
à luz da Ciência, se complementa na união.
3.3. O padrão
da indissolubilidade
Jesus,
aprofundando as palavras de Adão, disse: deixará o homem pai e mãe e se unirá à
sua mulher (...) o que DEUS ajuntou não separe o homem (Mt 19.5-7). Isto nos
permite afirmar que o divórcio não reflete a perfeita vontade de DEUS para
homens e mulheres, unidos pelo casamento (trataremos deste assunto, com maior
profundidade, na Lição 10).
CONCLUSÃO
A família tem a
sua origem em Deus; foi Ele, o Senhor, quem definiu o padrão para o seu
estabelecimento, visando ao sucesso do casal e de seus descendentes.
O inimigo de
nossas almas luta incansavelmente para destruir essa instituição. Devemos,
portanto, como igreja de Cristo, coluna e firmeza da verdade, declarar: Eu e a
minha casa serviremos ao Senhor (Js 24.15).
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quais são as três principais características do casamento, de
acordo com o livro de Gênesis?
R.: Monogamia; heterossexualidade e Indissolubilidade.