Escrita Lição 7, Betel, Miquéias, Um Viver De Acordo Com Os Caminhos Do Senhor, 3Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 7, Betel, Miquéias – Um viver de acordo com os caminhos do Senhor

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EBD, Revista Editora Betel, 3° Trimestre De 2023 TEMA: PROFETAS MENORES DO ANTIGO TESTAMENTO – Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a Deus. Anunciando a esperança da salvação através do Messias. 

  

TEXTO ÁUREO

“Eu, porém, esperarei no Senhor; esperei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.” Miquéias 7.7

  

VERDADE APLICADA

Somos chamados a cumprir a missão de anunciar a Palavra de Deus no poder do Espírito Santo, com amor e fidelidade ao Senhor.

  

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Mostrar o cenário da mensagem de Miqueias
Destacar a ganância e a insensibilidade do povo
Apresentar lições do livro de Miquéias para os dias de hoje

  

TEXTOS DE REFERÊNCIA - MIQUÉIAS 1.1-3, 5

1 Palavra do Senhor, que veio a Miquéias, morastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, a qual ele viu sobre Samaria e Jerusalém.
2 Ouvi, todos os povos, presta atenção, ó terra, em tua plenitude; e seja o Senhor Jeová testemunha contra vós, o Senhor, desde o templo da sua santidade.
3 Porque eis que o Senhor sai do seu lugar, e descerá, e andará sobre as alturas da terra.
5 Tudo isto por causa da prevaricação de Jacó e dos pecados da casa de Israel. Qual é a transgressão de Jacó? Não é Samaria? E quais os altos de Judá? Não é Jerusalém?

  

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – SI 51.17 Deus não despreza um coração quebrantado.
TERÇA – Pv 17.5 Escarnecer do pobre é insultar o Criador.
QUARTA – Jo 1.8 A importância de testificar da luz, que é Cristo
QUINTA – 2Co 5.20 O ministério da reconciliação.
SEXTA – Ef 2.7-8 A salvação é pela graça.
SÁBADO – 1Pe 2.9 Geração eleita, sacerdócio real, nação santa.

 

HINOS SUGERIDOS: 141, 432, 440

  

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore a Deus por coragem para pregar contra o pecado e as injustiças que nos assolam.

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA MIQUÉIAS

1.1. Conhecendo um pouco mais o profetas 

1.2. A mensagem do profeta 

1.3. Os falsos profetas 

2- A GANÂNCIA E A INSENSIBILIDADE

2.1. A crise da integridade 

2.2. A verdadeira religião 

2.3. Juízo e esperança

3- MIQUÉIAS PARA HOJE

3.1. Esperança em meio à aflição 

3.2. Apelo à fidelidade e à justiça 

3.3. A esperança na misericórdia do Senhor 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

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Livro do Profeta Miquéias – BEP - CPAD

Autor: Miquéias

Tema: Juízo e Salvação Messiânica

Data: Cerca de 740—710 a.C.

 

מיכיה Miykayah (Strong dicionário)
Micaías ou Miquéias = “aquele que é semelhante a Deus”
O sexto na ordem dos profetas menores; sendo nativo de Moresete, ele profetizou durante os reinados de Jotão, Acaz, e Ezequias de Judá, e foi contemporâneo dos profetas Oséias, Amós e Isaías

 

Considerações Preliminares

O profeta Miquéias era originário da pequena cidade de Moresete-Gate (1.14) no sul de Judá, área agrícola a 40 km ao sudoeste de Jerusalém. À semelhança de Amós, era homem do campo, e provinha com certeza de família humilde. Se Isaías, seu contemporâneo em Jerusalém, assistia ao rei e observava o cenário internacional, Miquéias, um profeta do campo, condenava os governantes corruptos, os falsos profetas, os sacerdotes ímpios, os mercadores desonestos e os juízes venais, que havia em Judá. Pregava contra a injustiça, a opressão aos camponeses e aldeões, a cobiça, a avareza, a imoralidade e a idolatria. E advertiu sobre as severas consequências de o povo e os líderes persistirem em seus maus caminhos. Predisse a queda de Israel e de sua capital, Samaria (1.6,7), bem como a de Judá, e de sua capital, Jerusalém (Mq 1.9-16; 3.9-12).  O ministério de Miquéias foi exercido durante os reinados de três reis de Judá: Jotão (751—736 a.C.), Acaz (736—716 a.C.) e Ezequias (715—687 a.C.). Algumas de suas

profecias foram proferidas no tempo de Ezequias (cf. Jr 26.18), porém a maioria delas reflete a condição de Judá durante os reinados de Jotão e de Acaz, antes das reformas promovidas por Ezequias. Não há dúvida de que o seu ministério, juntamente com o de Isaías, ajudou a promover o avivamento e as reformas dirigidas pelo justo rei Ezequias.

 

Propósito

Miquéias escreveu a fim de advertir a sua nação a respeito da certeza do juízo divino, para especificar os pecados que provocavam a ira de Deus, e para resumir a palavra profética dirigida a Samaria e a Jerusalém (1.1). Predisse, com exatidão, a queda de Israel; profetizou que destruição semelhante seria sofrida por Judá e Jerusalém em consequência de seus pecados e flagrante rebeldia. Este livro, portanto, preserva a grave mensagem de Miquéias às últimas gerações de Judá antes de os babilônios invadirem a nação. Além disso, faz uma contribuição importante à revelação total do Messias vindouro.

 

Visão Panorâmica

O livro de Miquéias consiste numa mensagem de três partes:

(1) recrimina Israel (Samaria) e Judá (Jerusalém) pelos seus pecados específicos que incluem a idolatria, o orgulho, a opressão aos pobres, os subornos entre os líderes, a cobiça e a avareza, a imoralidade e a religião vazia e hipócrita;

(2) adverte que o castigo divino está para vir em decorrência de tais pecados; e

(3) promete que a verdadeira paz, retidão e justiça, prevalecerão quando o Messias estiver reinando. Igual atenção é dedicada aos três temas do livro.

Visto por outro prisma, os capítulos 1—3 registram a denúncia que o Senhor faz dos pecados de Israel e de Judá, e de seus respectivos líderes, e a iminente ruína destas nações e suas respectivas capitais. Os capítulos 4—5 oferecem esperança e consolo ao remanescente no tocante aos dias futuros, em que a Casa de Deus será estabelecida em paz e retidão, e a idolatria e a opressão serão expurgadas da terra. Os capítulos 6—7 descrevem a queixa de Deus contra seu povo, como se fora uma cena de tribunal. Deus apresenta a sua causa contra Israel. Em seguida, Israel confessa a sua culpa, e logo há uma oração e promessa em favor dos filhos de Abraão. Miquéias encerra o livro, com um jogo de palavras baseado no significado do seu próprio nome: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti?” (7.18). Resposta: Somente Ele é misericordioso, e pode dar o veredito final: “Perdoado” (7.18-20).

 

Características Especiais

Cinco aspectos básicos caracterizam o livro de Miquéias.

(1) Defende, à semelhança de Tiago, a causa dos camponeses humildes explorados pelos ricos arrogantes (cf. 6.6-8; cf Tg 1.27). Em seguida, Miquéias pronuncia sua exortação mais grave e memorável acerca das exigências divinas a Israel: “que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus” (6.8).

(2) Parte da linguagem de Miquéias é austera e direta; noutras ocasiões, é eloquentemente poética com o complexo uso de jogos de palavras (e.g., 1.10-15).

(3) Tal como o profeta Isaías (cf. Is 48.16; 59.21), Miquéias expressa nítida consciência de sua chamada e unção proféticas: “Mas, decerto, eu sou cheio da força do Espírito do SENHOR e cheio de juízo e de ânimo, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado” (3.8).

(4) O livro traz uma das mais grandiosas expressões da Bíblia sobre a misericórdia de Deus e a sua graça perdoadora (7.18-20). (5) O livro contém três importantes profecias citadas noutras partes da Bíblia: uma que salvou a vida de Jeremias (3.12; cf. Jr 26.18), outra que diz respeito ao local onde o Messias haveria de nascer (5.2; cf. Mt 2.5,6), e ainda uma outra usada pelo próprio Jesus (7.6; cf. Mt 10.35,36).

 

O Livro de Miquéias ante o NT

Assim como outros profetas do AT, Miquéias olhou para além do castigo de Deus a Israel e Judá, e contemplou o Messias vindouro e seu reino justo na terra. Setecentos anos antes da encarnação de Cristo, Miquéias profetizou que Ele haveria de nascer em Belém (5.2). Mateus 2.4-6 narra que os sacerdotes e escribas citaram este versículo como resposta à pergunta de Herodes concernente ao lugar onde o Messias nasceu. Miquéias revelou, também, que o reino messiânico seria de paz (5.5; cf. Ef 2.14-18), e que o Messias pastorearia o seu povo com justiça (5.4; cf. Jo 10.1-16; Hb 13.20). As referências freqüentes de Miquéias sobre a redenção futura, revelam que o propósito e desejo permanente de Deus para o seu povo é a salvação, e não a condenação. Tal verdade é desdobrada no NT (e.g., Jo 3.16).

 

 

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LIÇÃO 7, MIQUEIAS, A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA
LIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Os Doze Profetas Menores - Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de CRISTO.
Comentários da revista da CPAD: Pr. Esequias Soares
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
QUESTIONÁRIO
 
TEXTO ÁUREO 
"[...] Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros"  (1 Sm 15.22).
  
VERDADE PRÁTICA 
A mensagem de Miqueias leva-nos a pensar seriamente acerca do tipo de cristianismo que estamos vivendo.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Dt 10.12,13 A rejeição do sacrifício formal
Terça - Is 1.15-17 Ritos sem piedade nada valem
Quarta - Mt 12.7 A piedade é maior que sacrifícios
Quinta - Mt 21.28-31 Prática e teoria da obediência
Sexta - Mt 23.23 O dízimo não substitui a piedade
Sábado - Lc 18.10-14 A lição do fariseu e do publicano
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Miqueias 1.1-5; 6.6-8
Miqueias 1.1-5
1 Palavra do SENHOR que veio a Miquéias, morastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, a qual ele viu sobre Samaria e Jerusalém. 2 Ouvi, todos os povos, presta atenção, ó terra, em tua plenitude, e seja o Senhor JEOVÁ testemunha contra vós, o Senhor, desde o templo da sua santidade. 3 Porque eis que o SENHOR sai do seu lugar, e descerá, e andará sobre as alturas da terra. 4 E os montes debaixo dele se derreterão, e os vales se fenderão, como a cera diante do fogo, como as águas que se precipitam em um abismo. 5 Tudo isso por causa da prevaricação de Jacó e dos pecados da casa de Israel; qual é a transgressão de Jacó? Não é Samaria? E quais os altos de Judá? Não é Jerusalém?

Miqueias 6.6-8
6 Com que me apresentarei ao SENHOR e me inclinarei ante o DEUS altíssimo? virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano? 7 Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão? O fruto do meu ventre, pelo pecado da minha alma? 8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu DEUS?
 
Miquéias 4—5: o alvo de DEUS —uma nova Jerusalém como cidade-templo à qual todos se dirigirão para adorar.
SIGNIFICADO DO NOME - Quem é igual a Jeová?
PROFETIZOU PARA: Israel e Judá
MENSAGEM: Ira divina
 
Tanto os israelitas do norte (Israel) como do sul (Judá), cultuavam a DEUS e ofereciam sacrifícios a ELE, porém não tinham um coração sincero diante de DEUS e continuavam na prática de toda sorte de pecados enquanto ofereciam seus ritos a DEUS como forma de se cobrirem de seus pecados, tais como idolatria, corrupção, opressão dos pobres e viúvas e sacrifícios não ordenados por DEUS.
 
RITO - RITUAL -

O termo Rito tem vários sentidos. Rito é totalmente diferente que rituais. Rito e rituais têm significados diferentes. No sentido mais geral, um rito é uma sucessão de palavras, gestos e atos que, repetida, compõe uma cerimônia (religiosa ou civil, na maior parte das vezes). Apesar de seguir um padrão, o rito não é mecanizado, pois pode atualizar um mito e, assim, segue ensinamentos ancestrais e sagrados.

É um conjunto de atividades organizadas, no qual as pessoas se expressam por meio de gestos, símbolos, linguagem e comportamento, transmitindo um sentido coerente ao ritual. O caráter comunicativo do rito é de extrema importância, pois não é qualquer atividades padronizada que constitui um rito. Rito é aquilo que você faz todo dia, como escovar os dentes. Isso é um rito. Você não para e se pergunta porque está escovando os dentes, mas você sabe que aquilo é uma coisa que você sempre faz. A palavra "rito" pode também designar tipo de velocidade no ritual de processo jurídico.

O vocábulo "Rito" como um substantivo masculino, é derivado do latim - ritus. Designa o cerimonial próprio de um culto, determinado pela autoridade competente; seu significado clássico é: "Uma prática, um costume aprovado, ou conjunto de normas e práticas que se faz com regularidade"
 
A Bíblia condena todo culto que não foi ordenado por Deus. 
Eis alguns textos que compravam isto: Levítico 10.1-3; Deuteronômio 17.3; 4.2; 12.29-32; Josué 1.7; 23.6-8; Mateus 15.8-9, 13; Colossenses 2.20-23. Consideremos Levítico 10.1-3 e as duas passagens citadas do Novo Testamento. Levítico 10.1-3 afirma: Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e sobre este, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que lhes não ordenara. Então, saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR. E falou Moisés a Arão: Isto é o que o SENHOR disse: Mostrarei a minha santidade naqueles que se chegue a mim e serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arão se calou. (Lv 10.1-3).
 
O genuíno culto pentecostal
1 Coríntios 14.26-33,39,40
26 - Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. 27 - E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete. 28 - Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com DEUS. 29 - E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. 30 - Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. 31 - Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados. 32 - E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. 33 - Porque DEUS não é DEUS de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos. 39 - Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas. 40 - Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.
 
REFLEXÃO
"O culto cristão, por conseguinte, faz-nos lembrar daquela salvação que, sendo anunciada no Éden, foi plenamente consumada no Calvário." Claudionor de Andrade
 
Qual o resultado da verdadeira adoração a DEUS?
Qual deve ser o resultado de nosso culto a DEUS?
 
Elementos do verdadeiro culto bíblico:
1- Salmo (Leitura da Bíblia)
2- Doutrina (Explanação da Bíblia por ensino e por pregação - para que todos aprendam e todos sejam consolados)
3- Revelação (falem dois ou três profetas, e os outros julguem - todos podereis profetizar, uns depois dos outros - procurai, com zelo, profetizar )
4- Língua (se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete - não proibais falar línguas)
5- Interpretação (é a manifestação de um dom do ESPÍRITO SANTO - equivale à profecia).
 
PROFECIA:
Onde vemos no Antigo testamento a promessa do dom de profecia e quando foi iniciado no Novo testamento?
O Senhor DEUS, através do profeta Joel, prometeu derramar abundantemente do seu ESPÍRITO sobre os seus servos (Jl 2.28-32).
Tal promessa, que iniciou o seu cumprimento a partir do Dia de Pentecostes e inclui especificamente o dom de profecia (Jl 2.28-32; At 2.16-21).
 
Quem pode ter o Dom de Profecia, na Igreja?
Qualquer crente salvo pode ter o dom de profecia na nova dispensação (1 Co 14.24).
Independe de idade, sexo, status social e posição na igreja (At 2.17,18), tal como vemos nas quatro filhas de Filipe "que profetizavam" (At 21.9).
  
Exemplos de profecias:
JESUS: "Assim também vós agora, na verdade, tendes tristeza; mas eu vos tornarei a ver, e alegrar-se-á o vosso coração, e a vossa alegria ninguém vo-la tirará."(Jo 16:22).
Paulo: "disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não ficarem no navio, não podereis salvar-vos. Então os soldados cortaram os cabos do batel e o deixaram cair. Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais e permaneceis em jejum, não havendo provado coisa alguma. Rogo-vos, portanto, que comais alguma coisa, porque disso depende a vossa segurança; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós."(At 27:31-34).
 
Existem muitas diferenças entre adorar e louvar:
 
Devemos lembrar-nos de que DEUS é ESPÍRITO e aqueles que desejam adorá-lo devem fazê-lo em espírito e em verdade, ou seja, dispensando os estímulos externos; com um coração sincero e temente a DEUS (A adoração é a expressão máxima da oração). Jamais devemos confundir a adoração com o louvor, pois:
1. - Louva-se a DEUS pelo que ELE fez ou faz, mas adora-se a ELE pelo que ELE é;
2. - O louvor é um agradecimento a DEUS, a adoração é um engrandecimento de DEUS;
3. - No louvor precisa-se da participação de outras pessoas e às vezes de instrumentos musicais, a adoração é individual e nasce dentro de nós, em nosso espírito;
4.- O louvor chega aos átrios, a adoração chega ao santo dos santos (presença de DEUS);
5. - No louvor são usados o corpo e a alma; na adoração são usados o corpo (mortificado), a alma (lavada no sangue de JESUS) e o espírito (“recriado”);
6.- Para louvar a DEUS não é preciso comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois até os animais o louvam (Sl 148, 149, 150); para se adorar a DEUS é preciso uma estreita comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois é ELE que nos transporta ao trono.
7.- O louvor é um aceno e cumprimento, a adoração é um abraço e um beijo cheio de amor.
8.- Tomemos como exemplo um marido que dá um fogão de presente à sua esposa e manda entregar em sua casa. A esposa louva ao marido pelo seu ato de amor, mas quando o mesmo chega em casa ela o abraça e beija agradecida e cheia de amor (isso é adoração).
9.- Para louvar não é preciso nascer de novo, para adorar só com espírito “recriado” (ligado a DEUS pelo novo nascimento, através do ESPÍRITO SANTO).
10. - Observação: Por isso se vê tão poucos adoradores e tantos que louvam.
11.- Aos homens se aplaude (manifestação externa), a DEUS se adora (manifestação interna).
 
Definição etimológica da palavra culto
A palavra culto é originária do vocábulo latino "culto", e significa adoração ou homenagem que se presta ao Supremo Ser.
No grego, duas palavras para culto: "latreia", significando adoração; e: "proskyneo", reverenciar, prestar obediência, render homenagem.
 
Definição teológica de culto
É o momento da adoração que tributamos a DEUS.
Marca o encontro do Supremo Ser com os seus adoradores.
 
Objetivos do culto público cristão
Levar-nos a reconhecer a DEUS como o nosso Criador e Mantenedor de tudo quanto existe.
Instigar-nos a agradecer a DEUS como o nosso Salvador através de CRISTO.
Constranger-nos a nos humilhar diante de DEUS como aquEle que, sempre presto, nos perdoa as iniquidades.
Estimular-nos a nos alegrarmos diante de DEUS como aquEle que nos cura todas as enfermidades e que nos enche de benignidades.
 
Esboço e comentários da BEP - CPAD
I. Juízo contra Israel e Judá (1.1—3.12)
A. Introdução (1.1)
B. Predição da Destruição de Samaria (1.2-7)
C. Predição da Destruição de Judá (1.8-16)
D. Pecados Específicos do Povo de DEUS Que Requerem Castigo (2.1-11)
1. Cobiça e Orgulho (2.1-5)
2. Falsos Profetas (2.6-11)
E. Primeiro Vislumbre do Livramento Prometido (2.12,13)
F. Pecados Específicos dos Líderes do Povo de DEUS (3.1-12)
1. Injustiça e Opressão (3.1-4)
2. Falsa Profecia (3.5-7)
3. Miquéias, Um Profeta Verdadeiro (3.8)
4. Resumo dos Pecados dos Líderes (3.9-12)
II. Mensagem Profética de Esperança (4.1—5.15)
A. A Promessa do Reino Vindouro (4.1-5)
B. Derrota dos Inimigos de Israel (4.9-13)
C. O Rei Que Virá de Belém (5.1- 8)
D. A Natureza do Novo Reino (5.6-15)
III. O Litígio de DEUS contra Israel e Sua Misericórdia Final (6.1—7.20).
A. O pleito de DEUS contra Seu Povo (6.1-8)
B. A Culpa de Israel e o Castigo Divino (6.9-16)
C. O Lamento Doloroso do Profeta (7.1-6)
D. A Esperança Pessoal do Profeta (7.7)
E. Israel Será Reestabelecido (7.8-13)
F. As Bênçãos Finais de DEUS para Seu Povo (7.14-20)

Autor: Miquéias
Tema: Juízo e Salvação Messiânica
Data: Cerca de 740—710 a.C. 


 
Considerações Preliminares
O profeta Miquéias era originário da pequena cidade de Moresete-Gate (1.14) no sul de Judá, área agrícola a 40 km ao sudoeste de Jerusalém. À semelhança de Amós, era homem do campo, e provinha com certeza de família humilde. Se Isaías, seu contemporâneo em Jerusalém, assistia ao rei e observava o cenário internacional, Miquéias, um profeta do campo, condenava os governantes corruptos, os falsos profetas, os sacerdotes ímpios, os mercadores desonestos e os juízes venais, que havia em Judá. Pregava contra a injustiça, a opressão aos camponeses e aldeões, a cobiça, a avareza, a imoralidade e a idolatria. E advertiu sobre as severas consequências de o povo e os líderes persistirem em seus maus caminhos. Predisse a queda de Israel e de sua capital, Samaria (1.6,7), bem como a de Judá, e de sua capital, Jerusalém (1.9-16; 3.9-12).
O ministério de Miquéias foi exercido durante os reinados de três reis de Judá: Jotão (751—736 a.C.), Acaz (736—716 a.C.) e Ezequias (715—687 a.C.). Algumas de suas profecias foram proferidas no tempo de Ezequias (cf. Jr 26.18), porém a maioria delas reflete a condição de Judá durante os reinados de Jotão e de Acaz, antes das reformas promovidas por Ezequias. Não há dúvida de que o seu ministério, juntamente com o de Isaías, ajudou a promover o avivamento e as reformas dirigidas pelo justo rei Ezequias.

Propósito
Miquéias escreveu a fim de advertir a sua nação a respeito da certeza do juízo divino, para especificar os pecados que provocavam a ira de DEUS, e para resumir a palavra profética dirigida a Samaria e a Jerusalém (1.1). Predisse, com exatidão, a queda de Israel; profetizou que destruição semelhante seria sofrida por Judá e Jerusalém em consequência de seus pecados e flagrante rebeldia. Este livro, portanto, preserva a grave mensagem de Miquéias às últimas gerações de Judá antes de os babilônios invadirem a nação. Além disso, faz uma contribuição importante à revelação total do Messias vindouro.

Visão Panorâmica
O livro de Miquéias consiste numa mensagem de três partes: (1) recrimina Israel (Samaria) e Judá (Jerusalém) pelos seus pecados específicos que incluem a idolatria, o orgulho, a opressão aos pobres, os subornos entre os líderes, a cobiça e a avareza, a imoralidade e a religião vazia e hipócrita; (2) adverte que o castigo divino está para vir em decorrência de tais pecados; e (3) promete que a verdadeira paz, retidão e justiça, prevalecerão quando o Messias estiver reinando. Igual atenção é dedicada aos três temas do livro.
Visto por outro prisma, os capítulos 1—3 registram a denúncia que o Senhor faz dos pecados de Israel e de Judá, e de seus respectivos líderes, e a iminente ruína destas nações e suas respectivas capitais. Os capítulos 4—5 oferecem esperança e consolo ao remanescente no tocante aos dias futuros, em que a Casa de DEUS será estabelecida em paz e retidão, e a idolatria e a opressão serão expurgadas da terra. Os capítulos 6—7 descrevem a queixa de DEUS contra seu povo, como se fora uma cena de tribunal. DEUS apresenta a sua causa contra Israel. Em seguida, Israel confessa a sua culpa, e logo há uma oração e promessa em favor dos filhos de Abraão. Miquéias encerra o livro, com um jogo de palavras baseado no significado do seu próprio nome: “Quem, ó DEUS, é semelhante a ti?” (7.18). Resposta: Somente Ele é misericordioso, e pode dar o veredito final: “Perdoado” (7.18-20).

Características Especiais
Cinco aspectos básicos caracterizam o livro de Miquéias. (1) Defende, à semelhança de Tiago, a causa dos camponeses humildes explorados pelos ricos arrogantes (cf. 6.6-8; cf Tg 1.27). Em seguida, Miquéias pronuncia sua exortação mais grave e memorável acerca das exigências divinas a Israel: “que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu DEUS” (6.8). (2) Parte da linguagem de Miquéias é austera e direta; noutras ocasiões, é eloquentemente poética com o complexo uso de jogos de palavras (e.g., 1.10-15). (3) Tal como o profeta Isaías (cf. Is 48.16; 59.21), Miquéias expressa nítida consciência de sua chamada e unção proféticas: “Mas, decerto, eu sou cheio da força do ESPÍRITO do SENHOR e cheio de juízo e de ânimo, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado” (3.8). (4) O livro traz uma das mais grandiosas expressões da Bíblia sobre a misericórdia de DEUS e a sua graça perdoadora (7.18-20). (5) O livro contém três importantes profecias citadas noutras partes da Bíblia: uma que salvou a vida de Jeremias (3.12; cf. Jr 26.18), outra que diz respeito ao local onde o Messias haveria de nascer (5.2; cf. Mt 2.5,6), e ainda uma outra usada pelo próprio JESUS (7.6; cf. Mt 10.35,36).

O Livro de Miquéias ante o NT
Assim como outros profetas do AT, Miquéias olhou para além do castigo de DEUS a Israel e Judá, e contemplou o Messias vindouro e seu reino justo na terra. Setecentos anos antes da encarnação de CRISTO, Miquéias profetizou que Ele haveria de nascer em Belém (5.2). Mateus 2.4-6 narra que os sacerdotes e escribas citaram este versículo como resposta à pergunta de Herodes concernente ao lugar onde o Messias nasceu. Miquéias revelou, também, que o reino messiânico seria de paz (5.5; cf. Ef 2.14-18), e que o Messias pastorearia o seu povo com justiça (5.4; cf. Jo 10.1-16; Hb 13.20). As referências freqüentes de Miquéias sobre a redenção futura, revelam que o propósito e desejo permanente de DEUS para o seu povo é a salvação, e não a condenação. Tal verdade é desdobrada no NT (e.g., Jo 3.16).
 
CAPÍTULO 1
1.1 MIQUÉIAS. Miquéias, habitante do sul de Judá, profetizou entre 750 e 687 a.C. Era contemporâneo de Isaías (cf. Is 1.1) e Oséias (cf. Os 1.1; ver a introdução de Miquéias). Sua mensagem foi dirigida principalmente a Judá (o Reino do Sul), embora também houvesse tido revelações a respeito de Israel (o Reino do Norte). Apesar de o tema predominante de Miquéias ser o juízo, ele também discorreu sobre a restauração do povo de DEUS.
1.1 SAMARIA E JERUSALÉM. Samaria era a capital de Israel; e Jerusalém, a de Judá. Ambas as cidades representavam nações apóstatas condenadas por DEUS (vv. 5-7).
1.5 PREVARICAÇÃO... PECADOS. O povo seria castigado por causa dos seus pecados: idolatria (v. 7), imoralidade (v. 7), crime e injustiça (2.1,2). Os pecados que grassavam nas capitais eram os mesmos cometidos em todas as partes de Judá e Israel.
1.6 FAREI DE SAMARIA UM MONTÃO. Esta profecia tornou-se realidade em 722 a.C., quando os assírios destruíram completamente a cidade (ver 2 Rs 17.1-5). Deu-se o seu cumprimento, por conseguinte, pouco depois de Miquéias tê-la proferido.
1.8,9 POR ISSO, LAMENTAREI, E UIVAREI. Miquéias lamentou a queda de Samaria (Israel; cf. v. 6). Ficou profundamente infeliz por terem os israelitas rejeitado a DEUS, e agora, precisavam ser castigados. Também sentimos lástima e pesar quando nossos semelhantes persistem em pecar contra DEUS? Lamentemos por eles, pois estão a caminho de sua própria perdição.
1.9 CHEGOU ATÉ JUDÁ. Judá era igualmente culpada de transgressão e rebelião contra DEUS. Por isso, Miquéias convoca certas cidades em Judá (vv. 10-16) a lastimarem a destruição que estava prestes a se abater sobre elas. A profecia de Miquéias foi cumprida quando Senaqueribe tomou as cidades muradas de Judá (2 Rs 18.13). Segundo os registros assírios, foram tomadas quarenta e seis delas.
1.16 FAZE-TE CALVA. Tosquiar os cabelos era sinal de tristeza. Por isso, Miquéias conclama o povo de DEUS a se pôr de luto desde já. (1) O castigo seria severo. Os filhos dos hebreus seriam tirados destes e levados ao cativeiro. Miquéias exorta o povo a não se desviar do Senhor, pois as consequências seriam terríveis. (2) Os que se apartam de DEUS e de sua Palavra, para se unirem com o mundo e suas atividades pecaminosas, descobrirão que DEUS está contra eles, e que poderá trazer calamidade às suas vidas.
CAPÍTULO 2
2.1-5 AI DAQUELES QUE... INTENTAM A INIQÜIDADE. Miquéias proclama a calamidade contra certas pessoas que, por serem suficientemente poderosas, exploravam o próximo a fim de atingir seus intentos egoístas. (1) Eram latifundiários que compravam, ou roubavam, sítio após sítio. Não tinham a mínima hesitação em defraudar o próximo para obterem mais propriedades. Tendo dedicado seus corações à cobiça, não se importavam com o sofrimento infligido ao próximo. (2) DEUS tinha um plano para eles; ceifariam o que haviam semeado. DEUS enviaria a Assíria para lhes confiscar as terras e levá-los ao cativeiro. (3) Devemos tomar cuidado para não nos tornarmos cobiçosos, nem oprimir o próximo a fim de obter dinheiro ou possessões.
2.6 NÃO PROFETIZEIS. Os falsos profetas de Judá censuravam Miquéias por trazer uma mensagem de condenação e castigo (cf. Is 30.10). (1) Rejeitavam sua sombria e calamitosa profecia, e asseguravam que a vergonha e a desgraça não sobreviriam ao povo, pois DEUS era um DEUS de amor e perdão. (2) A mensagem otimista de tais profetas permitia ao povo continuar em seus caminhos pecaminosos. Por isto, desrespeitavam as justas exigências de DEUS. (3) Às vezes a igreja manifesta a mesma insistência ao proclamar uma mensagem de amor, misericórdia e perdão, mas que desconsidera os justos padrões da chamada divina de um viver irrepreensível e santo. A igreja que tolera o pecado, deve ouvir de novo a mensagem clara dos profetas do AT e dos apóstolos do NT (cf. 1 Co 5;6).
2.11 DO VINHO E DA BEBIDA FORTE. Miquéias declara ironicamente que, se os falsos profetas de Judá estivessem profetizando prosperidade e abastança de bebida inebriante para todos quantos a desejassem, o povo aceitaria de bom grado semelhante mensagem. Hoje, ainda há pastores que se recusam a advertir o povo de DEUS a respeito das consequências de se adotar os hábitos de beber da sociedade em derredor.
2.12,13 O RESTANTE DE ISRAEL. Miquéias acrescenta uma palavra de esperança ao proclamar que DEUS pouparia um remanescente de Israel e de Judá, que acabaria por regressar à terra prometida (ver Is 6.13; 10.20; 17.7). A terra, então, voltará a ficar movimentada com o vai-e-vem de seus habitantes.
CAPÍTULO 3
3.1-12 CHEFES DE JACÓ. Este trecho protesta contra a crueldade das classes governantes (vv. 1-4), as fraudes dos falsos profetas (vv. 5-7) e as perversões dos líderes, sacerdotes e profetas apóstatas de Judá (vv. 9-12). DEUS condena a todos como merecem.
3.2 ABORRECEIS O BEM E AMAIS O MAL. Os líderes da nação haviam abandonado os padrões religiosos do passado, e, em seu lugar, adotado seus próprios códigos. Deliberadamente, amavam a iniquidade e a injustiça em sua busca por ganhos materiais. DEUS, porém, nos chama a amar a justiça e a aborrecer o mal (ver Am 5.15; Rm 12.9; Hb 1.9).
3.3 COMEIS A CARNE DO MEU POVO. Esta expressão vívida descreve a opressão e a exploração sofrida pelo povo comum.
3.4 NÃO OS OUVIRÁ. Por causa do comportamento maligno e cruel dos líderes, DEUS se recusa a atender- lhes as orações. Consequentemente, teriam eles um triste fim: haveriam de ser abandonados por DEUS.
3.5-7 CONTRA OS PROFETAS. DEUS ansiava por trazer seu povo de volta aos caminhos da retidão e da verdade. Mas o interesse dos falsos profetas era bem outro. Levavam os israelitas a se sentirem à vontade com um modo de vida pecaminoso, pois lhes pregavam falsas esperanças. Ao invés de tomarem posição firme contra o pecado, chegavam mesmo a encorajar a iniquidade. Por se recusarem a levar o povo de volta aos caminhos de DEUS, os tais seriam abandonados pelo Senhor.
3.8 MAS, DECERTO, EU SOU CHEIO DA FORÇA DO ESPÍRITO DO SENHOR. Miquéias havia sido vocacionado para ser porta-voz de DEUS. (1) Falava sob o poder e inspiração do ESPÍRITO SANTO (cf. Jr 20.9; Ef 3.7), que o inspirava a condenar o pecado na Casa do Senhor. Sua missão era revelar o coração de DEUS, encorajar a prática do bem e desencorajar a injustiça. (2) Os pastores e profetas de hoje têm a mesma tarefa. Não devem curvar-se às pressões dos crentes falsos e mundanos, nem se conformarem com o mundo. Devem, pelo contrário, ser a voz de DEUS em favor da verdade, da piedade e da justiça.
CAPÍTULO 4
4.1 NOS ÚLTIMOS DIAS. Miquéias profetiza acerca do período em que DEUS reinará sobre o mundo todo. (1) Será um período de paz, felicidade e santidade. DEUS será honrado e adorado não somente por Israel, mas por todas as nações da terra. (2) "O monte da Casa do Senhor" (i.e., Jerusalém) será o centro do governo divino. O reino de DEUS será estabelecido quando CRISTO voltar para destruir todo o mal e firmar a justiça (ver Ap 20.4).
4.5 NÓS ANDAREMOS NO NOME DO SENHOR. Como devemos viver enquanto aguardamos a vinda do reino de DEUS em sua plenitude? Vivendo para DEUS, andando nos seus justos caminhos, e testemunhando a todas as nações (cf. 2 Pe 3.11,12).
4.9-13 PORQUE FARÁS TÃO GRANDE PRANTO? O profeta volta a falar sobre o fim da Jerusalém de seus dias. Diz que seus habitantes serão levados em cativeiro para Babilônia. A profecia foi proferida cem anos antes de os babilônios tornarem-se no formidável império mundial. Estes haveriam de destruir Jerusalém em 586 a.C. Miquéias também previu que, futuramente, Judá retornaria em liberdade à sua terra (v. 10)
CAPÍTULO 5
5.2 E TU, BELÉM. Miquéias profetiza que um governante surgiria de Belém para cumprir as promessas de DEUS ao seu povo. Este versículo refere-se a JESUS, o Messias (ver Mt 2.1,3-6), cuja origem é "desde os dias da eternidade" (cf. Jo 1.1; Cl 1.17; Ap 1.8). Não obstante, Ele nasceria como ser humano, para em tudo fazer-se semelhante a nós (v. 3; ver Jo 1.14; Fp 2.7-8).
5.3 PORTANTO, OS ENTREGARÁ. Israel seria abandonado por DEUS até ao nascimento do Messias. "A que está de parto" refere-se fisicamente à virgem Maria, a mãe de JESUS e, espiritualmente, ao remanescente piedoso. Toda a esperança de Israel e das demais nações acha-se no nascimento, vida, morte e ressurreição de JESUS. "O resto de seus irmãos" é uma referência às tribos do Norte, e demonstra que o Messias seria para as doze tribos de Israel.
5.4 ATÉ AOS FINS DA TERRA. À semelhança de Isaías (cf. Is 9.6,7; 61.1,2), Miquéias não faz distinção entre a primeira e a segunda vindas de CRISTO. Quando JESUS voltar para destruir todo o mal, Israel viverá em segurança, e o Senhor reinará sobre o mundo inteiro.
5.5 ESTE SERÁ A NOSSA PAZ. Somente JESUS, o Messias, trará paz perpétua a Israel. Não precisamos esperar sua segunda vinda, pois através de sua primeira vinda, Ele proporciona paz com DEUS, perdão do pecado e garantia de vida eterna aos que se arrependem, e o acolhem pela fé (ver Rm 5.1-11). Os verdadeiros crentes não serão condenados, pois crêem na sua morte expiatória (ver Jo 14.27; Ef 2.14).
5.5 A ASSÍRIA. A Assíria representa todos os inimigos de DEUS. Mas virá o dia em que o Messias livrará o seu povo dos que se opõem à adoração a DEUS.
5.10-14 DESTRUIREI OS TEUS CARROS. Quando o Messias voltar para julgar a iniquidade do mundo, limpará também a Israel de seu poder militar, (vv. 10,11) e do pecado, feitiçaria e idolatria (vv. 12-14). Todos os que não forem leais a DEUS e aos seus caminhos, hão de ser destruídos.
CAPÍTULO 6
6.1-5 OUVI, AGORA, O QUE DIZ O SENHOR. O Senhor tinha uma acusação contra o povo, por isto os conclama a ouvir-lhe a queixa, e a justificar suas ações iníquas, caso o pudessem. Que direito tinham de rejeitar a seu DEUS segundo o concerto, e desobedecer-lhe às leis? As acusações formais contra o povo são alistadas nos versículos 9-16.
6.3-5 QUE TE TENHO FEITO? DEUS pergunta ao seu povo se Ele os decepcionou de alguma maneira. (1) Seria sua culpa terem eles desobedecido à sua palavra? DEUS negligenciara os seus, deixando de amá-los? A resposta é óbvia. Israel não tinha desculpa. DEUS havia tratado o seu povo com bondade e paciência no decurso de sua história. (2) Hoje, DEUS poderia repetir as mesmas perguntas a todos quantos lhe viram as costas. Se nos tornarmos desleais a Ele e aos seus justos padrões, conformando-nos com o mundo, não será porque DEUS nos tem sido infiel. Pelo contrário: será devido aos nossos próprios desejos egoístas e à nossa ingratidão para com a sua graça e amor.
6.8 QUE É O QUE O SENHOR PEDE DE TI? Miquéias oferece uma tríplice definição do modelo divino concernente à nossa fidelidade a DEUS: (1) agir com justiça, sendo imparciais e honestos em nosso trato com o próximo (cf. Mt 7.12); (2) amar a misericórdia, demonstrando compaixão e misericórdia genuínas aos necessitados; (3) andar com o nosso DEUS, humilhando-nos diante dEle todos os dias, com piedoso temor e reverência à sua vontade (cf. Tg 4.6-10; 1 Pe 5.5,6). A adoração pública é apenas uma mínima parte de nossa dedicação total a CRISTO. O amor genuíno ao Senhor deve manifestar-se em solicitude incessante pelos necessitados.
6.9-16 A VOZ DO SENHOR CLAMA. O Senhor alista alguns dos pecados de Israel, e anuncia a condenação que a nação teria de sofrer.
CAPÍTULO 7
7.1-7 AI DE MIM! Miquéias lastima a corrupção da sociedade em que vive. A violência, a desonestidade e a imoralidade grassavam em Israel. Poucos eram os piedosos (v. 2). O amor à família havia quase que desaparecido (v. 6). Se realmente nos dedicarmos ao Senhor e aos seus caminhos, também lastimaremos a iniquidade que predomina nos dias de hoje. Intensificaremos a nossa intercessão, pedindo a intervenção do DEUS de nossa salvação (vv. 7-9).
7.7 EU, PORÉM, ESPERAREI NO SENHOR. Em meio a uma sociedade moralmente enferma, Miquéias coloca a sua fé em DEUS e em suas promessas. Ele sabia que DEUS o sustentaria, e que haveria de executar o castigo contra toda a iniquidade, fazendo a justiça triunfar (v. 9). (1) DEUS conclama os crentes em CRISTO a viverem "no meio duma geração corrompida e perversa", onde devem "resplandecer como astros no mundo" (Fp 2.15). (2) Ainda que o mal aumente e a sociedade se desintegre, ofereçamos a salvação gratuita de DEUS a todos quantos nos ouvirem. Oremos e antegozemos o dia em que Ele endireitará todas as coisas (cf. vv. 15-20).
7.8-13 LEVANTAR-ME-EI. O justo remanescente de Judá estava prestes a passar por dias sombrios em consequência dos pecados da nação . No entanto, Miquéias proclama em alto e bom som, em favor destes, palavras de fé e esperança. O profeta olha para além do triunfo temporário dos inimigos, e vê o dia glorioso de sua restauração. "Levantar-me-ei" é uma afirmação de fé comparável à de Jó (ver Jó 19.25-27 notas).
7.14-20 APASCENTA O TEU POVO. Estes versículos são uma oração de súplica, rogando a DEUS que cumpra as palavras dos versículos 8-13. O desejo de Miquéias era que DEUS voltasse a cuidar de Israel, assim como o pastor cuida de suas ovelhas.
 
INTERAÇÃO
Professor, para aguçar a curiosidade de seus alunos, questione-os sobre o significado da palavra "rito". Explique que rito é "o conjunto de cerimônias e prática litúrgicas que cumpre a função de simbolizar o fenômeno da fé". Enfatize que no tempo do profeta Miqueias o povo realizava muito bem todo o ritual levítico. Porém, o Senhor não se agradava de suas reuniões solenes e sacrifícios, pois os rituais se tornaram algo mecânico, sem vida, uma simples obrigação religiosa.  Cumpriam a liturgia, mas não amavam verdadeiramente a DEUS nem ao próximo. Que nunca venhamos a nos esquecer que DEUS não está preocupado com nossas cerimônias religiosas, mas o que Ele espera é que seu povo o "adore em espírito e em verdade", que o ame acima de todas as coisas e ao próximo, pois toda a lei se resume nessa verdade (Mc 12.29-31).
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar a estrutura da mensagem de Miqueias. 
Definir a obediência bíblica 
Conscientizar-se de que o ritual religioso não proporciona relacionamento íntimo com DEUS e nem salvação.  
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para introduzir a lição, reproduza de acordo com suas possibilidades, o quadro abaixo. É importante que os alunos tenham uma visão geral da estrutura do livro. Explique que a estrutura utilizada pelo profeta Miqueias é bem simples de entender, pois a sua divisão está baseada numa dupla sequência de ameaças e promessas.  Ao lermos Miqueias deparamo-nos com o juízo de DEUS; a mensagem de esperança; juízos e misericórdia do Eterno.
 
ESBOÇO DO LIVRO DE MIQUEIAS
Capítulos 1 — 3
Uma série de juízo contra Israel e Judá:
Uma série de juízo contra Israel e Judá:
Introdução (1.1).
Destruição de Samaria (1.2-7).
Destruição de Judá (1.8-16).
Pecados específicos do povo (2.1-11): cobiça e orgulho (2.1-5); falsos profetas (2.6-11).
Vislumbre de um livramento (2.12,13).
Capítulos 4 — 5
Mensagem de esperança:
Mensagem de esperança:
Promessa do reino vindouro (4.1-5).
A derrota dos inimigos de Israel (4.6-13).
O Rei virá de Belém (5.1-8).
O novo reino (5.9-15).
Capítulos 6 — 7
Juízo de DEUS contra Israel e sua misericórdia final:
DEUS contra o seu povo (6.1-8).
Culpa de Israel e o castigo divino (6.9-16).
O lamento do profeta (7.1-6).
A esperança do profeta (7.7).
Israel será restabelecido (7.8-13).
Bênçãos finais de DEUS para seu povo (7.14-20).
 
Outra localização provável de Moresete-Gate no mapa abaixo
 
 
RESUMO DA LIÇÃO 7, MIQUEIAS, A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA
I. O LIVRO DE MIQUEIAS 
1. Contexto histórico.
2. Estrutura e mensagem.
II. A OBEDIÊNCIA A DEUS 
1. O conceito bíblico de obediência.
2. A desobediência das nações.
3. A ira de DEUS sobre o pecado (1.3-5).
III. O RITUAL RELIGIOSO 
1. O rito levítico.
2. O diálogo de DEUS com o povo (6.6).
3. Sacrifício humano (6.7).
IV. O GRANDE MANDAMENTO 
1. A vontade de DEUS.
2. O sumário de toda a lei (6.8b).
 
SINÓPSE DO TÓPICO (1) - O livro de Miqueias tem como assunto principal a ira divina sobre os pecados de Samaria e Judá.
SINÓPSE DO TÓPICO (2) - A obediência deve ser precedida de compreensão e amoroso acatamento da mensagem divina. 
SINÓPSE DO TÓPICO (3)- O ritual religioso não substitui o relacionamento intenso com DEUS e, muito menos, proporciona salvação.   
SINÓPSE DO TÓPICO (4) - O grande mandamento é este: amar a DEUS acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. 
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Teológico
"Os profetas Isaías, Miqueias, Amós e Oseias foram contemporâneos, o ministério de cada um deles começou entre 760 e 735 a.C. Eles viveram no período do esplendor profético dos hebreus. Isaías era profeta da corte e conselheiro da casa real, ao passo que Miqueias era profeta do campo. Ambos eram do Reino do Sul, capital Jerusalém. Oseias e Amós exerceram seu ministério no reino do Norte, em Samaria.
O título de cada livro profético nem sempre quer dizer ser ele o seu redator ou mesmo o orador que pronunciou tais oráculos. A profecia escatológica sobre Sião, em Isaías 2.3, reaparece em Miqueias. Ambos foram contemporâneos e profetizaram em Judá, sendo que Isaías era profeta da corte, na capital, e seu companheiro do campo, mas é difícil saber a fonte literária original" (SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 116).
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Teológico
"[...] Miqueias previu uma segunda vinda de Davi (cf. Jr 30.9; Ez 34.23,24; 37.24,25). Ao que parece, este é o significado da famosa profecia registrada em Miqueias 5.2: 'E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade'. A associação do futuro rei com Belém e a referência às suas origens estarem nos tempos antigos dão a entender que a reaparição do próprio Davi está em vista. Claro que esta é uma predição messiânica. Outros profetas (por exemplo, Isaías em Is 9.6,7; 11.1,10) e a revelação bíblica subsequente deixam claro que estas referências a Davi se cumpriram no Messias que, como o Filho de Davi, reinará no espírito e poder do seu ilustre antepassado. 
Em Miqueias 5.2, a atenção é dada à insignificância relativa de Belém entre os clãs de Judá. Ironicamente, o rei escolhido do Senhor surgiria desta pequena cidade. Este padrão de DEUS elevar o pequeno e insignificante ocorre em outros textos do Antigo Testamento (Gn 25.23; 48.14; Jz 6.15; 1 Sm 9.21).
Este rei, que surge de tais origens humildes, protegerá o povo como um pastor (o mesmo foi dito acerca de Davi; 2 Sm 5.2; Sl 78.71,72). Reinando pelo poder do Senhor, a sua fama alcançará proporções universais (Mq 5.4). Ele e o vice regente evitarão que o mais poderoso dos inimigos de Israel (simbolizado aqui pela Assíria, o inimigo tradicional de Israel) invada a terra (Mq 5.5,6). 
Junto com a restauração do rei davídico, Miqueias também profetizou uma reversão na sorte de Jerusalém. Miqueias advertiu que esta cidade, escolhida por Davi como capital e local do templo do Senhor, seria sujeita ao sítio (Mq 5.1) e reduzida a entulhos (Mq 3.12). Ele personificou a cidade em sua humilhação como uma mulher em trabalho de parto, estorcendo-se em agonia para dar à luz (Mq 4.9,10). Da perspectiva do exílio, Jerusalém personificada reconhece a justiça do castigo de DEUS e prevê o dia da justificação e restauração (Mq 7.8-12). Utilizando a imagem de Miqueias 4.9,10, o profeta comparou a volta do povo exilado em Sião a dar à luz (Mq 5.3). No futuro, o Senhor livraria Jerusalém dos que a atacavam (Mq 4.11-13)" (ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, p.444).
 
VOCABULÁRIO 
Pitoresca: Divertido, recreativo.
Antropomórfica: Conceito que visualiza DEUS como possuindo forma humana.
Controvérsia: Disputa, polêmica.
Retórica: Pergunta que não exige resposta.
Libação: Líquido ou mistura de líquidos derramados sobre a oferta como parte do sacrifício.
  
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
  
SAIBA MAIS - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 52, p.39.
 
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 7, MIQUEIAS, A IMPORTÂNCIA DA OBEDIÊNCIA
Responda conforme a revista da CPAD do 2º Trimestre de 2012
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas
 
TEXTO ÁUREO 
1- Complete:
"[...] Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e __________________________________ como em que se ______________________________________ à palavra do SENHOR? Eis que o _____________________________________ é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros"  (1 Sm 15.22).
 
VERDADE PRÁTICA 
2- Complete:
A mensagem de ___________________________________ leva-nos a _________________________________ seriamente acerca do tipo de ___________________________________________ que estamos vivendo.
 
I. O LIVRO DE MIQUEIAS 
3- De onde era o profeta Miquéias e qual seu contexto histórico?
(    ) Miqueias era de Mefibosete-Baal, cidade localizada a 12 quilômetros a nordeste de Jerusalém.
(    ) Miqueias era de Moresete-Gate, cidade localizada a 32 quilômetros a sudeste de Jerusalém.
(    ) Miqueias, assim como os demais profetas de Judá, não cita reis do Reino do Norte na introdução de seus oráculos.
(    ) Seu ministério aconteceu no período dos reinados "de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá"
(    ) O profeta Jeremias afirma que a mensagem de Miqueias foi entregue no reinado de Ezequias
(    ) Considerando os últimos anos de Acaz e os primeiros de Ezequias, Miqueias deve ter profetizado entre 735 a.C. e 710 a.C.
 
4- Qual a estrutura e a mensagem de Miqueias?
(    ) Trata-se de uma coleção de breves oráculos agrupados em sete capítulos divididos em três partes principais
(    ) Cada uma das partes marca o imperativo: "Presta atenção", que é fraseologia similar à de Isaías e de Amós.
(    ) Cada uma das partes marca o imperativo: "Ouvi", que é fraseologia similar a de Isaías
(    ) O assunto do livro é a ira divina em relação aos pecados de Samaria e de Jerusalém.
(    ) Miqueias dirigiu seu discurso contra a idolatria, censurou com veemência a opressão aos pobres e denunciou o colapso da justiça nacional
(    ) Miqueias anunciou, de antemão, o local do nascimento do Messias, em Belém
(    ) O profeta chegou a ser citado pelo Senhor JESUS.
 
II. A OBEDIÊNCIA A DEUS 
5- Qual o conceito bíblico de obediência?
(    ) O verbo hebraico shemá: "ouvir, escutar, prestar atenção, obedecer", não significa apenas receber uma comunicação ou informação.
(    ) O referido verbo é empregado no Antigo Testamento para "conhecer" em 2 Samuel 15.22 e Jeremias 4.6.
(    ) Obedecer é acatar ordens de autoridade religiosa, civil ou familiar.
(    ) O referido verbo é empregado no Antigo Testamento para "obedecer" em 1 Samuel 15.22 e Jeremias 42.6.
(    ) É usado, também, em seis das nove vezes em que shemá aparece em Miqueias
(    ) A mesma ideia é vista nos ensinos de JESUS
(    ) Por conseguinte, a obediência deve ser precedida pela compreensão e pelo amoroso acatamento da mensagem divina
(    ) A obediência pode ser definida como a prova suprema da fé e do nosso amor a DEUS.
 
6- Complete segundo a desobediência das nações:
O Senhor não é uma divindade ________________________________, que habita em quatro paredes. Ele é o DEUS de toda a terra e o _______________________________ de todo o Universo. Justamente por isso, Ele apresenta-se como _____________________________ e testemunha não apenas contra seu povo, Israel e Judá (1.2,5), mas também contra todas as ____________________________________ da terra (1.2).
 
7- Como reage a ira de DEUS sobre o pecado (1.3-5).
(    ) O quadro da sua majestosa e terrível presença lembra a ação dos maremotos e das tempestades
(    ) O profeta descreve de forma pitoresca a reação divina contra o seu povo.
(    ) Numa linguagem antropomórfica, o Senhor desce de seu santo templo, o céu, para julgar Samaria, capital de Israel e, da mesma forma, Jerusalém, capital de Judá, cujo pecado influencia todo o país.
(    ) O quadro da sua majestosa e terrível presença lembra a ação dos terremotos e dos vulcões
 
III. O RITUAL RELIGIOSO 
8- O que é rito?
(    ) É um culto realizado sem o cultuado presente.
(    ) Basicamente, o rito é um conjunto de cerimônias e práticas litúrgicas que cumpre a função de simbolizar o fenômeno da fé.
(    ) O termo vem do latim ritus, que significa "cerimônia religiosa, uso, costume, hábito, forma, processo, modo".
(    ) O Antigo Testamento usa a palavra para os sacrifícios (Lv 9.16; Ed 6.9) e para as festividades religiosas (Ne 8.18), tais como a Páscoa e a Festa dos Tabernáculos.
(    ) A própria circuncisão é também um ritual.
 
9- O que é rito em se tratando do Cristianismo?
(    ) No cristianismo a liturgia é simples, contendo apenas tres rituais: a conversão, o batismo e a ceia do Senhor.
(    ) No cristianismo a liturgia é simples, contendo apenas dois rituais: o batismo e a ceia do Senhor.
(    ) Esses cerimonialismos, contudo, não substituem o relacionamento sincero com DEUS, nem proporcionam salvação.
 
10- Como foi o diálogo de DEUS com o povo (6.6)?
(    ) O Senhor, através do profeta, convida o seu povo para uma controvérsia.
(    ) O que DEUS fez de mal para Israel rejeitá-lo?
(    ) Em uma pergunta histórica, o próprio DEUS não sabe a resposta da nação.
(    ) Em seguida, o Eterno traz à memória da nação os seus benefícios desde o princípio, quando remiu a Israel do Egito e protegeu seu povo no deserto contra os inimigos.
(    ) Em uma pergunta retórica, o próprio DEUS antecipa a resposta da nação.
 
11- A lei estabelecia sacrifícios de animais como provisão pelo pecado (Lv 9.3) e o azeite para certas ofertas de libação (Lv 1.3,4; 2.1,15; 7.12). Qual era o problema de Judá?
(    ) O problema de Judá era a falta de rituais e sacrifícios contínuos, também a falta de um sacrifício oferecido a DEUS.
(    ) O problema de Judá não era a falta de cultos e sacrifícios, mas de uma pequena quantidade de cultos oferecidos a DEUS.
(    ) O problema de Judá não era a falta de rituais e sacrifícios, mas de uma verdadeira conversão a DEUS.
 
12- O sacrifício humano (6.7) era uma ordenança de DEUS?
(    ) Oferecer o primogênito pela transgressão e o fruto do ventre pelo pecado era sinal de completo desatino do povo.
(    ) Esse tipo de sacrifício só poderia ser feito oferecendo-se a DEUS tal vida.
(    ) A lei de Moisés condena tal prática sob pena de morte e em todo o Israel era repulsa nacional.
(    ) Esse tipo de sacrifício só foi praticado por aqueles que, em todo Israel e Judá, apostataram-se da fé.
(    ) Todos estavam dispostos a oferecer até mesmo o que DEUS nunca exigiu deles, menos o essencial: sincero arrependimento e mudança de vida 
 
IV. O GRANDE MANDAMENTO 
13- Complete segundo a vontade de DEUS:
O estilo de vida que agrada a DEUS foi comunicado ao povo desde __________________________________. Portanto, toda a nação tinha o __dever__ de conhecê-lo (Dt 10.12,13). Daí o porquê da indagação do profeta (6.8). Mas ninguém estava interessado nisso. O povo preferia tirar proveito da prática das injustiças _____________________________________, esperando que o mero ritual do sacrifício fosse suficiente para auto justiçar-se diante de DEUS. Estavam enganados, pois DEUS não se _____________________________________ em sacrifícios nem em rituais exteriores (Sl 51.17,18).
 
14- Qual o sumário de toda a lei (6.8b), considerados pela tradição judaica, desde o século 1 a.C., o resumo dos 613 preceitos depreendidos da lei de Moisés.?
(    ) Praticar a verdade, amar a ciência e andar humildemente com DEUS.
(    ) Praticar a justiça, amar a verdade e andar constantemente com DEUS.
(    ) Praticar a justiça, amar a beneficência e andar humildemente com DEUS.
 
15- Qual declaração da bíblia, mais precisamente no livro de Miqueias, que é vista por muitos como a maior declaração do Antigo Testamento?
(    ) Amar a DEUS sobre todas as coisas e andar humildemente com DEUS.
(    ) Praticar a justiça, amar a beneficência e andar humildemente com DEUS.
(    ) Amar a DEUS sobre todas as coisas e obedecer a DEUS.
 
16- Explique os preceitos: Praticar a justiça, amar a beneficência e andar humildemente com DEUS. Complete:
Os dois primeiros preceitos falam do compromisso _______________________________ com o nosso próximo; e o terceiro, de compromisso ______________________________ com DEUS. Isso vale para todos os seres humanos e é paralelo ao ensino de JESUS: amar a DEUS acima de todas as coisas e ao próximo como a ________________________________ mesmos (Mt 22.37-40). 
 
CONCLUSÃO 
17- Complete:
A lição para todos nós é esta: O que importa para DEUS não é o que _______________________________ na Igreja, mas a nossa __________________________________ com a família, o que fazemos no _____________________________ e como relacionamo-nos com a _________________________________________ Sem o verdadeiro arrependimento e um profundo compromisso com DEUS, todas as práticas religiosas não passam de ____________________________________ vazios e completamente desprovidos de ________________________________ espiritual.
 
 
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO NA LIÇÃO ABAIXO
 

Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2012 - CPAD

 Título: Os Doze Profetas Menores — Advertências e consolações para a santificação da Igreja de CRISTO - Comentarista: Esequias Soares

Lição 7: Miqueias — A importância da obediência

Data: 18 de Novembro de 2012

 

TEXTO ÁUREO

“[...] Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender melhor é do que o gordura de carneiros” (1 Sm 15.22).

 

VERDADE PRÁTICA

A mensagem de Miqueias leva-nos a pensar seriamente acerca do tipo de cristianismo que estamos vivendo.

 

HINOS SUGERIDOS - 285, 398, 422.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Dt 10.12,13 A rejeição do sacrifício formal

Terça - Is 1.15-17 Ritos sem piedade nada valem

Quarta - Mt 12.7 A piedade é maior que sacrifícios

Quinta - Mt 21.28-31 Prática e teoria da obediência

Sexta - Mt 23.23 O dízimo não substitui a piedade

Sábado - Lc 18.10-14A lição do fariseu e do publicano

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Miqueias 1.1-5; 6.6-8.

Miqueias 1

1 - Palavra do SENHOR que veio a Miqueias, morastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, a qual ele viu sobre Samaria e Jerusalém.

2 - Ouvi, todos os povos, presta atenção, ó terra, em tua plenitude, e seja o Senhor JEOVÁ testemunha contra vós, o Senhor, desde o templo da sua santidade.

3 - Porque eis que o SENHOR sai do seu lugar, e descerá, e andará sobre as alturas da terra.

4 - E os montes debaixo dele se derreterão, e os vales se fenderão, como a cera diante do fogo, como as águas que se precipitam em um abismo.

5 - Tudo isso por causa da prevaricação de Jacó e dos pecados da casa de Israel; qual é a transgressão de Jacó? Não é Samaria? E quais os altos de Judá? Não é Jerusalém?

Miqueias 6

6 - Com que me apresentarei ao SENHOR e me inclinarei ante o Deus Altíssimo? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano?

7 - Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão? O fruto do meu ventre, pelo pecado da minha alma?

8 - Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?

 

INTERAÇÃO

Professor, para aguçar a curiosidade de seus alunos, questione-os sobre o significado da palavra “rito”. Explique que rito é “o conjunto de cerimônias e prática litúrgicas que cumpre a função de simbolizar o fenômeno da fé”. Enfatize que no tempo do profeta Miqueias o povo realizava muito bem todo o ritual levítico. Porém, o Senhor não se agradava de suas reuniões solenes e sacrifícios, pois os rituais se tornaram algo mecânico, sem vida, uma simples obrigação religiosa. Cumpriam a liturgia, mas não amavam verdadeiramente a Deus nem ao próximo. Que nunca venhamos a nos esquecer que Deus não está preocupado com nossas cerimônias religiosas, mas o que Ele espera é que seu povo o “adore em espírito e em verdade”, que o ame acima de todas as coisas e ao próximo, pois toda a lei se resume nessa verdade (Mc 12.29-31).

 

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Explicar a estrutura da mensagem de Miqueias.

Definir a obediência bíblica.

Conscientizar se de que o ritual religioso não proporciona relacionamento íntimo com Deus e nem salvação.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Para introduzir a lição, reproduza de acordo com suas possibilidades, o quadro abaixo. É importante que os alunos tenham uma visão geral da estrutura do livro. Explique que a estrutura utilizada pelo profeta Miqueias é bem simples de entender, pois a sua divisão está baseada numa dupla sequência de ameaças e promessas. Ao lermos Miqueias deparamo-nos com o juízo de Deus; a mensagem de esperança; juízos e misericórdia do Eterno.

 

ESBOÇO DO LIVRO DE MIQUEIAS

Capítulos 1 — 3

Uma série de juízo contra Israel e Judá:

    •     Introdução (1.1).

    •     Destruição de Samaria (1.2-7).

    •     Destruição de Judá (1.8-16).

    •     Pecados específicos do povo (2.1-11): cobiça e orgulho (2.1-5); falsos profetas (2.6-11).

    •     Vislumbre de um livramento (2.12,13).

    •     Pecados dos líderes da nação (3.1-12).

 

Capítulos 4 — 5

Mensagem de esperança:

    •     Promessa do reino vindouro (4.1-5).

    •     A derrota dos inimigos de Israel (4.6-13).

    •     O Rei virá de Belém (5.1-8).

    •     O novo reino (5.9-15).

 

Capítulos 6 — 7

Juízo de Deus contra Israel e sua misericórdia final:

    •     Deus contra o seu povo (6.1-8).

    •     Culpa de Israel e o castigo divino (6.9-16).

    •     O lamento do profeta (7.1-6).

    •     A esperança do profeta (7.7).

    •     Israel será restabelecido (7.8-13).

    •     Bênçãos finais de Deus para seu povo (7.14-20).

 

Palavra-Chave - Obediência: O ato ou efeito de obedecer.

 

COMENTÁRIO

introdução

O problema do povo a quem Miqueias dirigiu a sua mensagem não era falta de liturgia, mas de uma correta motivação para se adorar ao Senhor. Embora cometesse toda a sorte de injustiças sociais, a geração contemporânea do profeta Miqueias oferecia sacrifícios a Deus, praticando todos os rituais levíticos, mas não sabia o verdadeiro significado do amor a Deus e ao próximo.

 

I. O LIVRO DE MIQUEIAS

1. Contexto histórico. Miqueias era de Moresete-Gate (1.1,14; Jr 26.18), cidade localizada a 32 quilômetros a sudeste de Jerusalém. Miqueias, assim como os demais profetas de Judá, não cita reis do Reino do Norte na introdução de seus oráculos. Seu ministério, porém, aconteceu no período dos reinados “de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá” (1.1). Essas datas estão entre 750 e 686 a.C, mas a soma desses anos deve ser reduzida significativamente por causa das corregências.

O profeta Jeremias afirma que a mensagem de Miqueias foi entregue no reinado de Ezequias (26.18). Considerando os últimos anos de Acaz e os primeiros de Ezequias, Miqueias deve ter profetizado entre 735 a.C. e 710 a.C.

2. Estrutura e mensagem. Trata-se de uma coleção de breves oráculos agrupados em sete capítulos divididos em três partes principais (1,2; 3-5; 6,7). Cada uma das partes marca o imperativo: “Ouvi” (1.2; 3.1; 6.1), que é fraseologia similar a de Isaías (4.1-5; Is 2.2-4).

O assunto do livro é a ira divina em relação aos pecados de Samaria e de Jerusalém. Miqueias dirigiu seu discurso contra a idolatria, censurou com veemência a opressão aos pobres e denunciou o colapso da justiça nacional (1.5; 2.1,2; 3.9-11). Além disso, anunciou, de antemão, o local do nascimento do Messias, em Belém (5.2 cp. Mt 2.1,4-6). O profeta chegou a ser citado pelo Senhor Jesus (7.6 cp. Mt 10.35,36).

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

O livro de Miqueias tem como assunto principal a ira divina sobre os pecados de Samaria e Judá.

 

II. A OBEDIÊNCIA A DEUS

1. O conceito bíblico de obediência. O verbo hebraico shemá: “ouvir, escutar, prestar atenção, obedecer”, não significa apenas receber uma comunicação ou informação. O seu real sentido é mais forte e imperioso: obedecer é acatar ordens de autoridade religiosa, civil ou familiar. O referido verbo é empregado no Antigo Testamento para “obedecer” em 1 Samuel 15.22 e Jeremias 42.6. É usado, também, em seis das nove vezes em que shemá aparece em Miqueias (1.2; 3.1,9; 6.1,2,9).

A mesma ideia é vista nos ensinos de Jesus (Mt 11.15; 13.43). Por conseguinte, a obediência deve ser precedida pela compreensão e pelo amoroso acatamento da mensagem divina (Mt 7.24,26). Nesse sentido, ela pode ser definida como a prova suprema da fé e do nosso amor a Deus.

2. A desobediência das nações. O Senhor não é uma divindade tribal, que habita em quatro paredes. Ele é o Deus de toda a terra e o Soberano de todo o Universo. Justamente por isso, Ele apresenta-se como juiz e testemunha não apenas contra seu povo, Israel e Judá (1.2,5), mas também contra todas as nações da terra (1.2).

3. A ira de Deus sobre o pecado (1.3-5). O profeta descreve de forma pitoresca a reação divina contra o seu povo. Numa linguagem antropomórfica, o Senhor desce de seu santo templo, o céu, para julgar Samaria, capital de Israel e, da mesma forma, Jerusalém, capital de Judá, cujo pecado influencia todo o país. O quadro da sua majestosa e terrível presença lembra a ação dos terremotos e dos vulcões (Jz 5.4; Sl 18.7-10; Is 64.1-3; Hc 3.6,7).

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

A obediência deve ser precedida de compreensão e amoroso acatamento da mensagem divina.

III. O RITUAL RELIGIOSO

1. O rito levítico. Basicamente, o rito é um conjunto de cerimônias e práticas litúrgicas que cumpre a função de simbolizar o fenômeno da fé. O termo vem do latim ritus, que significa “cerimônia religiosa, uso, costume, hábito, forma, processo, modo”. O Antigo Testamento usa a palavra para os sacrifícios (Lv 9.16; Ed 6.9) e para as festividades religiosas (Ne 8.18), tais como a Páscoa (Nm 9.14; 2 Cr 35.13) e a Festa dos Tabernáculos (Ed 3.4). A própria circuncisão é também um ritual (At 15.1). Contudo, em se tratando do Cristianismo, a liturgia é simples, contendo apenas dois rituais: o batismo e a ceia do Senhor (Mt 3.15; 26.26-30). Esses cerimonialismos, contudo, não substituem o relacionamento sincero com Deus, nem proporcionam salvação (1 Sm 15.22; Sl 40.6-8; 51.16,17; 1 Co 1.14-17; 11.28,29).

2. O diálogo de Deus com o povo (6.6). O Senhor, através do profeta, convida o seu povo para uma controvérsia. O que Deus fez de mal para Israel rejeitá-lo? (6.1-3). Em seguida, o Eterno traz à memória da nação os seus benefícios desde o princípio, quando remiu a Israel do Egito e protegeu seu povo no deserto contra os inimigos (6.4,5). Em uma pergunta retórica, o próprio Deus antecipa a resposta da nação. A lei estabelecia sacrifícios de animais como provisão pelo pecado (Lv 9.3) e o azeite para certas ofertas de libação (Lv 1.3,4; 2.1,15; 7.12). O problema de Judá não era a falta de rituais e sacrifícios, mas de uma verdadeira conversão a Deus.

3. Sacrifício humano (6.7). Oferecer o primogênito pela transgressão e o fruto do ventre pelo pecado era sinal de completo desatino do povo. A lei de Moisés condena tal prática sob pena de morte (Lv 18.21; 20.2-5) e em todo o Israel era repulsa nacional (2 Rs 3.27). Esse tipo de sacrifício só foi praticado por aqueles que, em todo Israel e Judá, apostataram-se da fé (2 Rs 16.3; 21.6; Jr 19.5; 32.35). Todos estavam dispostos a oferecer até mesmo o que Deus nunca exigiu deles, menos o essencial: sincero arrependimento e mudança de vida.

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

O ritual religioso não substitui o relacionamento intenso com Deus e, muito menos, proporciona salvação.

 

IV. O GRANDE MANDAMENTO

1. A vontade de Deus. O estilo de vida que agrada a Deus foi comunicado ao povo desde Moisés. Portanto, toda a nação tinha o dever de conhecê-lo (Dt 10.12,13). Daí o porquê da indagação do profeta (6.8). Mas ninguém estava interessado nisso. O povo preferia tirar proveito da prática das injustiças sociais, esperando que o mero ritual do sacrifício fosse suficiente para auto justiçar-se diante de Deus. Estavam enganados, pois Deus não se deleita em sacrifícios nem em rituais exteriores (Sl 51.17,18).

2. O sumário de toda a lei (6.8b). Os três preceitos — praticar a justiça, amar a beneficência e andar humildemente com Deus — são considerados pela tradição judaica, desde o século 1 a.C, o resumo dos 613 preceitos depreendidos da lei de Moisés. Essa é vista por muitos como a maior declaração do Antigo Testamento. Os dois primeiros preceitos falam do compromisso horizontal com o nosso próximo; e o terceiro, de compromisso vertical com Deus. Isso vale para todos os seres humanos e é paralelo ao ensino de Jesus: amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (Mt 22.37-40).

 

SINOPSE DO TÓPICO (IV)

O grande mandamento é este: amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

  

CONCLUSÃO

A lição para todos nós é esta: O que importa para Deus não é o que fazemos na Igreja, mas a nossa vivência com a família, o que fazemos no trabalho e como relacionamo-nos com a sociedade. Sem o verdadeiro arrependimento e um profundo compromisso com Deus, todas as práticas religiosas não passam de rituais vazios e completamente desprovidos de valor espiritual.

 

VOCABULÁRIO

Pitoresca: Divertido, recreativo.
Antropomórfica: Conceito que visualiza Deus como possuindo forma humana.
Controvérsia: Disputa, polêmica.
Retórica: Pergunta que não exige resposta.
Libação: Líquido ou mistura de líquidos derramados sobre a oferta como parte do sacrifício.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

ZUCK, R. B. (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.

 

EXERCÍCIOS

1. Qual o assunto do livro de Miqueias?

R. O assunto do livro é a ira divina em relação aos pecados de Samaria e de Jerusalém.

 

2. Qual a definição de obediência?

R. É acatar ordens de autoridade religiosa, civil ou familiar.

 . Qual o significado da palavra “rito” e quais são os dois rituais do cristianismo?

R. Cerimônia religiosa, uso, costume, hábito, forma, processo, modo. E os dois rituais do cristianismo são o batismo e a ceia do Senhor.

4. Desde quando o estilo de vida que agrada a Deus foi comunicado ao povo?

R. Desde Moisés.

5. Qual é a maior declaração do Antigo Testamento?

R. Os três preceitos — praticar a justiça, amar a beneficência e andar humildemente com Deus.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Teológico

“Os profetas Isaías, Miqueias, Amós e Oseias foram contemporâneos, o ministério de cada um deles começou entre 760 e 735 a.C. Eles viveram no período do esplendor profético dos hebreus. Isaías era profeta da corte e conselheiro da casa real, ao passo que Miqueias era profeta do campo. Ambos eram do Reino do Sul, capital Jerusalém. Oseias e Amós exerceram seu ministério no reino do Norte, em Samaria.

O título de cada livro profético nem sempre quer dizer ser ele o seu redator ou mesmo o orador que pronunciou tais oráculos. A profecia escatológica sobre Sião, em Isaías 2.3, reaparece em Miqueias. Ambos foram contemporâneos e profetizaram em Judá, sendo que Isaías era profeta da corte, na capital, e seu companheiro do campo, mas é difícil saber a fonte literária original” (SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010, p.116).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Teológico

“[...] Miqueias previu uma segunda vinda de Davi (cf. Jr 30.9; Ez 34.23,24; 37.24,25). Ao que parece, este é o significado da famosa profecia registrada em Miqueias 5.2: ‘E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade’. A associação do futuro rei com Belém e a referência às suas origens estarem nos tempos antigos dão a entender que a reaparição do próprio Davi está em vista. Claro que esta é uma predição messiânica. Outros profetas (por exemplo, Isaías em Is 9.6,7; 11.1,10) e a revelação bíblica subsequente deixam claro que estas referências a Davi se cumpriram no Messias que, como o Filho de Davi, reinará no espírito e poder do seu ilustre antepassado.

Em Miqueias 5.2, a atenção é dada à insignificância relativa de Belém entre os clãs de Judá. Ironicamente, o rei escolhido do Senhor surgiria desta pequena cidade. Este padrão de Deus elevar o pequeno e insignificante ocorre em outros textos do Antigo Testamento (Gn 25.23; 48.14; Jz 6.15; 1 Sm 9.21).

Este rei, que surge de tais origens humildes, protegerá o povo como um pastor (o mesmo foi dito acerca de Davi; 2 Sm 5.2; Sl 78.71,72). Reinando pelo poder do Senhor, a sua fama alcançará proporções universais (Mq 5.4). Ele e o vice regente evitarão que o mais poderoso dos inimigos de Israel (simbolizado aqui pela Assíria, o inimigo tradicional de Israel) invada a terra (Mq 5.5,6).

Junto com a restauração do rei davídico, Miqueias também profetizou uma reversão na sorte de Jerusalém. Miqueias advertiu que esta cidade, escolhida por Davi como capital e local do templo do Senhor, seria sujeita ao sítio (Mq 5.1) e reduzida a entulhos (Mq 3.12). Ele personificou a cidade em sua humilhação como uma mulher em trabalho de parto, estorcendo-se em agonia para dar à luz (Mq 4.9,10). Da perspectiva do exílio, Jerusalém personificada reconhece a justiça do castigo de Deus e prevê o dia da justificação e restauração (Mq 7.8-12). Utilizando a imagem de Miqueias 4.9,10, o profeta comparou a volta do povo exilado em Sião a dar à luz (Mq 5.3). No futuro, o Senhor livraria Jerusalém dos que a atacavam (Mq 4.11-13)” (ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009, p.444).

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Miqueias: A importância da obediência

Miqueias profetizou nos mesmos dias em que profetizaram Amós e Isaías. Isso nos deve fazer refletir que diversos profetas ministraram ao mesmo tempo em determinadas épocas. Portanto, em um mesmo período, Deus se utilizou de servos que ministraram ao mesmo tempo, para as duas nações, de forma que o testemunho de Deus sempre estivesse presente entre os hebreus.

Miqueias apresenta sua profecia a Judá e Israel, mostrando que Deus é o responsável por julgar a falta de temor do povo para com seu Deus. Ele denuncia os falsos profetas, os líderes desonestos e os sacerdotes ímpios que enganavam o povo e o conduziam ao pecado, ao invés de direcioná-los a uma vida mais próxima de Deus. Por mais que se pratique de forma correta os rituais que a Lei ordena, esses rituais não podem ser suficientes se o coração do povo mantinha seus pecados. Deus estava irado com Samaria e Jerusalém, pois o povo não o adorava de coração. Isso não significa que Deus abomina rituais. Ele mesmo prescreveu em Levítico a liturgia e as festas religiosas. O que deixou Deus irado foi o povo imaginar que seguindo corretamente os rituais, estariam isentos de uma vida de fé e das obrigações sociais da Lei quanto ao auxílio dos pobres. “Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão? O fruto do meu ventre, pelo pecado da minha alma? Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq 6.7,8). O profeta deixa claro o desejo de Deus para os israelitas, numa referência que serve também para a Igreja do Senhor: a prática da justiça, o amor à bondade e o andar de forma não soberba diante de nossos pares e do próprio Deus.

Miqueias nos mostra também a grandiosidade de um Deus que possui em suas mãos a capacidade de julgar seu povo, mas que também tem a grandiosa capacidade de perdoar: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e que te esqueces da rebelião do restante da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade” (Mq 7.18). Miqueias também anuncia que Belém há de ser o lugar em que o Messias haveria de nascer: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os cias da eternidade” (Mq 5.2).

 

 
 
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. 
William Macdonald - Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI - EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão - nº 52 - CPAD.
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Revista - LIÇÃO JUVENIS CPAD 2002= ESTUDO PANORÂMICO DOS PROFETAS MENORES
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.
CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
 

 

 

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Revista 3Tr23, na íntegra

 

Escrita Lição 7, Betel, Miquéias – Um viver de acordo com os caminhos do Senhor

 

 

EBD, Revista Editora Betel, 3° Trimestre De 2023 TEMA: PROFETAS MENORES DO ANTIGO TESTAMENTO – Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a Deus. Anunciando a esperança da salvação através do Messias. 

 

 

TEXTO ÁUREO

“Eu, porém, esperarei no Senhor; esperei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.” Miquéias 7.7

 

 

VERDADE APLICADA

Somos chamados a cumprir a missão de anunciar a Palavra de Deus no poder do Espírito Santo, com amor e fidelidade ao Senhor.

 

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Mostrar o cenário da mensagem de Miqueias
Destacar a ganância e a insensibilidade do povo
Apresentar lições do livro de Miquéias para os dias de hoje

 

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - MIQUÉIAS 1.1-3, 5

1 Palavra do Senhor, que veio a Miquéias, morastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, a qual ele viu sobre Samaria e Jerusalém.
2 Ouvi, todos os povos, presta atenção, ó terra, em tua plenitude; e seja o Senhor Jeová testemunha contra vós, o Senhor, desde o templo da sua santidade.
3 Porque eis que o Senhor sai do seu lugar, e descerá, e andará sobre as alturas da terra.
5 Tudo isto por causa da prevaricação de Jacó e dos pecados da casa de Israel. Qual é a transgressão de Jacó? Não é Samaria? E quais os altos de Judá? Não é Jerusalém?

 

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – SI 51.17 Deus não despreza um coração quebrantado.
TERÇA – Pv 17.5 Escarnecer do pobre é insultar o Criador.
QUARTA – Jo 1.8 A importância de testificar da luz, que é Cristo
QUINTA – 2Co 5.20 O ministério da reconciliação.
SEXTA – Ef 2.7-8 A salvação é pela graça.
SÁBADO – 1Pe 2.9 Geração eleita, sacerdócio real, nação santa.

 


HINOS SUGERIDOS: 141, 432, 440

 

 

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore a Deus por coragem para pregar contra o pecado e as injustiças que nos assolam.

 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA MIQUÉIAS

1.1. Conhecendo um pouco mais o profetas 

1.2. A mensagem do profeta 

1.3. Os falsos profetas 

2- A GANÂNCIA E A INSENSIBILIDADE

2.1. A crise da integridade 

2.2. A verdadeira religião 

2.3. Juízo e esperança

3- MIQUÉIAS PARA HOJE

3.1. Esperança em meio à aflição 

3.2. Apelo à fidelidade e à justiça 

3.3. A esperança na misericórdia do Senhor 

 

INTRODUÇÃO

A profecia de Miquéias é uma denúncia contra o pecado, os falsos profetas, as injustiças sociais e a corrupção, mas, também, contém palavras que revelam a misericórdia de Deus.

 

 

PONTO DE PARTIDA

Devemos praticar a justiça e a misericórdia.

 

 

1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA MIQUÉIAS

A opressão do povo assírio foi usada como instrumento de Deus para disciplinar o povo de Israel; desta forma, as palavras proféticas de Miquéias ecoaram antes, durante e um pouco após o ataque da Assíria. O primeiro versículo do livro de Miquéias situa o leitor sobre a periocidade de seu ministério que foi durante os reinados de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá [Mq 1.1].

 

 

1.1. Conhecendo um pouco mais o profetas 

Sabe-se pouco a respeito da vida pessoal do profeta. Seu nome era Miquéias [Mq 1.1.]; lugar onde morava – morastita – Moresete-Gate [Mq 1.1,14]; a época em que profetizou foi “nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá” [Mq 1.1]; e sua mensagem foi dirigida para Samaria e Jerusalém [Mq 1.1]. O nome Miquéias significa “Quem é como Jeová?”. Este nome era um nome muito comum à época e pode ter as variações de Mica e Micaías. Segundo os estudiosos do Antigo Testamento, o profeta Miquéias e o profeta Isaías foram contemporâneos e, possivelmente, isso explique a semelhança entre seus textos [Is 2.2-4; Mq 4.1-3].

 

 

SUBSÍDIO 1.1

R. N. Champlin: “O nome Miquéias vem de uma palavra hebraica que significa “Quem é como Yaweh?”. O nome do autor do livro de Miquéias aparece na Septuaginta como Michaías. A Vulgata Latina diz Michaeas. Ele foi o autor do livro que figura em sexto lugar na disposição dos profetas menores, segundo o nosso cânon do Antigo Testamento. No texto do cânon hebraico, aparece no “livro dos doze profetas”; e, na Septuaginta, aparece em terceiro lugar entre esses profetas. O seu livro é mencionado por Ben Siraque [Eclesiástico 48.10], de maneira tal que fica confirmada a sua aceitação, desde tempos antigos, como parte das Sagradas Escrituras do Antigo Testamento.”

 

 

1.2. A mensagem do profeta 

As palavras proféticas de Miquéias se dirigiram às cidades de Samaria, capital do reino do Norte, e Jerusalém, capital do reino do Sul. Suas palavras foram de denúncias contra os habitantes e contra seus governantes. A época em que o profeta viveu foi um período de corrupção e violência no reino de Judá [Mq 7.2-4], A mensagem do profeta Miquéias era uma dura advertência ao povo, pois havia rejeitado a Deus e Suas leis. O juízo de Deus era iminente sobre os infiéis, no entanto Miquéias trazia consolo e esperança para uma minoria que permaneceu fiel a Deus, para esses havia uma promessa de restauração.

 

 

SUBSÍDIO 1.2

Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel Dominical – 2° Trimestre de 2008, p. 34-35): “Miquéias, Amós, Isaías e Oséias são chamados profetas éticos, por causa da ênfase que deram à exigência de conduta reta por parte dos adoradores de Jeová. Esta é uma característica dos profetas dos séculos oitavo e sétimo antes de Cristo, e deve-se a três fatores principais:
a) a deterioração do comportamento religioso dos hebreus;
b) as especulações sobre o caráter de Deus;
c) a evolução do conceito de justiça divina.”

 

 

1.3. Os falsos profetas 

Em meio a tanta apostasia, corrupção e violência, o esperado era que surgissem também falsos profetas. Contra eles, Miquéias também dirigiu suas palavras proféticas com coragem e ousadia: “…e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao Senhor, dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá” [Mq 3.11]. A liderança em geral aceitava subornos: “Os seus chefes dão as sentenças por presentes, e os seus sacerdotes ensinam por interesse” [Mq 3.11]. Tanto o povo quanto seus líderes civis e religiosos caminhavam longe das leis e da justiça de Deus. Contra esse estado de coisas, o profeta, como um arauto, anunciou a salvação [Mq 4-5]. Ele falou da destruição, mas também anunciou a salvação.

 

 

SUBSÍDIO 1.3

Ev. Valdilon Ferreira Brandão (Revista Betel Dominical – 2° Trimestre/1994, p. 30) comentou sobre a infidelidade dos líderes para com Deus nos tempos de Miquéias: “A verdade e o juízo devem ser o compromisso de cada cidadão, principalmente daqueles que exercem a autoridade [ Jó 29.14-17], Infelizmente, há casos em que o pecado obscurece a visão de algumas pessoas, a ponto de inverter o padrão de vida espiritual [2Tm 4.10; 2.4-5]. Como nos dias de Miquéias, temos presenciado líderes que se distanciaram do propósito divino [ Ap 2.5].” Podemos conectar Miquéias 3 com 2 Pedro 2, pois o apóstolo diz que como “houve entre o povo falsos profetas…entre vós haverá também falsos doutores”.

 

 

EU ENSINEI QUE:

O remédio para uma sociedade adoecida moral, ética e espiritualmente é se voltar para Deus em sincero e verdadeiro arrependimento.

 

 

2- A GANÂNCIA E A INSENSIBILIDADE

A cobiça pelas propriedades alheias predominava entre aqueles mais abastados, os governantes e os líderes religiosos, uma vez que a riqueza era avaliada pela quantidade de terras que se possuía. Para que tal objetivo fosse alcançado, não se importavam em oprimir e defraudar seus compatriotas [Mq 2.1-2]

 

 

2.1. A crise da integridade 

Como já dito anteriormente, a crise ética, moral e espiritual permeava toda a sociedade daquela época. Mesmo sendo o povo escolhido de Deus, há muito Israel não escolhera mais o Senhor como Deus em suas vidas. Haviam adotado o estilo de vida dos povos pagãos, bem como a corrupção dos mais influentes contra os mais vulneráveis. Quando os camponeses encontravam dificuldade em produzir aquilo que lhes era exigido para custear o alto estilo de vida das pessoas mais abastadas e influentes, os proprietários de terras tomavam as suas propriedades e posses, e subornavam os juízes, influenciando as decisões da justiça.

 

 

SUBSÍDIO 2.1

Ev. Valdilon Ferreira Brandão (Revista Betel Dominical – 2° Trimestre/1994, p. 30): ““Ai daqueles que no seu leito maquinam iniquidades” [Mq 2.1]. No primeiro capítulo o pecado do povo eleito refere-se ao pecado de Samaria que se alastrou até Jerusalém [Mq 1.9]. A injustiça dos que detém o poder [Is 5.8, 14] permeia todo o capítulo dois. Os poderosos são acusados de explorarem os pobres, violentando seus lares e oprimindo os humildes [Mq 2.1, 4], “Têm poder em suas mãos” [Mq 2.1] Qual poder? Certamente o poder econômico, que compra os “outros poderes”, abrindo assim caminho para agirem soberbamente, satisfazendo sua insaciável vontade de possuir [Pv 14.34; 29.2].”

 

 

2.2. A verdadeira religião 

Diante de todo o quadro até agora visto, seria coisa muito difícil retomar a vida com Deus? Seria possível para aquele povo fazer um concerto com Deus? Miquéias clamou por um arrependimento sincero, ele anunciou o juízo iminente, que seria enviado pelo Senhor. Chamou o povo de Deus a agir com justiça, a amar a misericórdia e a andar humildemente com Deus. O próprio profeta deu a receita do que seria a verdadeira religião diante de Deus: “Agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão? O fruto do meu ventre, pelo pecado da minha alma? Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?” [Mq 6.7-8]. Há nas palavras de Miquéias o encorajamento necessário a todos que genuinamente desejam servir a Deus.

 

 

SUBSÍDIOS 2.2

Lições Bíblicas – 4° Trimestre de 2012, CPAD – Subsídios Ensinador Cristão: “Ele denuncia os falsos profetas, os líderes desonestos e os sacerdotes ímpios que enganavam o povo e o conduziam ao pecado, ao invés de direcioná-los a uma vida mais próxima de Deus. Por mais que se pratique de forma correta os rituais que a Lei ordena, esses rituais não podem ser suficientes se o coração do povo mantinha seus pecados. Deus estava irado com Samaria e Jerusalém, pois o povo não o adorava de coração. Isso não significa que Deus abomina rituais. Ele mesmo prescreveu em Levítico a liturgia e as festas religiosas. O que deixou Deus irado foi o povo imaginar que seguindo corretamente os rituais, estariam isentos de uma vida de fé e das obrigações sociais da Lei quanto ao auxílio dos pobres [Mq 6.7-8]. O profeta deixa claro o desejo de Deus para os israelitas, numa referência que serve também para a Igreja do Senhor: a prática da justiça, o amor à bondade e o andar de forma não soberba diante de nossos pares e do próprio Deus.”

 

 

2.3. Juízo e esperança

O profeta advertiu que os assírios dominariam o povo de Israel e isso seria tão devastador, que quem observasse não entenderia como um povo escolhido por Deus estava naquela situação ou diria que Deus retirou o Seu favor deles. Miquéias interpreta a invasão assíria como julgamento de Deus contra Jerusalém. Eles não somente perderiam tudo, como também seriam entregues nas mãos de um povo terrível e cruel. Contudo, Miquéias não anunciou somente o juízo de Deus, ele também profere palavras de esperança e salvação. Ele mostrou também um caminho de esperança, pois Deus é justo para salvar o inocente e o que se converte dos seus maus caminhos.

 

 

SUBSÍDIO 2.3

Ao longo do Antigo Testamento, em vários momentos do povo de Deus, vemos o Senhor enviando castigo por causa dos pecados de Israel. Porém, também é atestado que tais momentos não significavam que o Senhor rejeitara Israel para sempre. Ev. Valdilon Ferreira Brandão (Revista Betel Dominical – 2° Trimestre/1994, p. 31): “Antes mesmo de acontecerem os juízos sobre Samaria e Jerusalém, vemos Deus demonstrando o amor pelo seu povo ao anunciar sua restauração [Mq 4.6-7].”

 

 

EU ENSINEI QUE:

A nossa comunhão com Deus deve se revelar na maneira como tratamos outras pessoas.

 

 

3- MIQUÉIAS PARA HOJE

A profecia de Miquéias, apesar de ter sido direcionada ao povo de Jerusalém e Judá, aborda temas que nunca deixaram de existir em todas as sociedades em todos os tempos. Ele denunciou os pecados, a corrupção, as injustiças e os falsos profetas. Apesar de Miquéias ter anunciado o iminente juízo de Deus, também profetizou esperança e restauração mediante o arrependimento e a misericórdia de Deus.

 

 

3.1. Esperança em meio à aflição 

O profeta, em meio ao caos em que se encontrava, profere palavras de esperança em meio à aflição: “Eu, porém, esperarei no Senhor; esperei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.” [Mq 7.7]. Miquéias encontrou em Deus a solução para os males que o afligiam. O profeta confiou no juízo e na misericórdia de Deus e sabia que tudo estava sob Seu controle. Essa certeza traz a Miquéias a força necessária para continuar sua missão, ainda que não houvesse qualquer sinal de mudança daquele cenário, pois, por todos os lados havia pecado, deuses estranhos e injustiças.

 

 

SUBSÍDIO 3.1

Richard Julius Sturz (Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque e Sofonias – Introdução e comentário, Vida Nova, 2001, p. 276): “A despeito da impiedade generalizada (v. 2), a despeito da opressão política (v. 3), a despeito da desagregação da família (w. 5-6), ele (Miquéias) olhará para Iavé, o Deus da aliança (cf. Js 24.14-15). Deus está presente, e Miquéias confiará, por mais que ele pareça “ausente”. “Esperarei” indica que sua confiança está no Deus que salva. Miquéias observa o futuro para ver Deus intervir. Desde o capítulo 2, isso tem sido uma constante em sua profecia. O mesmo conceito aparece com frequência nos Salmos (cf. especialmente SI 38.15; 42.5; 130.5). Aqui, como em outras passagens, Miquéias depende totalmente de Deus para a salvação.”

 

 

3.2. Apelo à fidelidade e à justiça 

Deus quer que Seu povo viva à altura dos padrões morais e éticos que Ele traçou. Nos dias de Miquéias, muitos deixaram de viver à altura dos altos padrões divinos. Deus os havia livrado da escravidão egípcia e os estabelecera como nação. Convocou-os a ser uma sociedade exemplar que atraísse para Ele outras nações [Dt 4.5-6], No entanto, eles exploraram os pobres e se dedicaram com egoísmo à busca de suas próprias vantagens. Rebelaram-se contra a autoridade de Deus e rejeitaram os seus profetas.

 

 

SUBSÍDIO 3.2

Hernandes Dias Lopes (Miqueias: a justiça e a misericórdia de Deus): “A mensagem de Miquéias vem ao encontro da criminalidade nas ruas e, ao mesmo tempo, denuncia os poderosos sobre a injustiça que os povos de hoje passam e sofrem por não haver quem os defenda. Os homens poderosos continuam arrogantes como na época de Miquéias, mudaram apenas as épocas, mas a injustiça prossegue sendo praticada.”

 

 

3.3. A esperança na misericórdia do Senhor 

Miquéias apontou os pecados de Israel e Judá como sendo a idolatria [Mq 1.5-9], a exploração dos mais pobres [Mq 2.1-2-3.1-3] e a falsa religiosidade [Mq 3.5-7]. Eles sofreriam o julgamento de Deus e o cativeiro seria o seu destino [Mq 2.10; 6.9-16], Tanto o reino do norte quanto o reino do sul experimentaram o cativeiro. O reino do norte foi destruído, mas Judá, reino do sul, não foi exterminado. A nação não seria exterminada totalmente. Assim como o profeta denunciou o pecado, ele também anuncia a misericórdia de Deus àqueles que O buscam com o coração arrependido [Mq 7.18].

 

 

SUBSÍDIO 3.3

ZUCK, R. B. (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. CPAD, 2009, p. 444): “Junto com a restauração do rei davídico, Miquéias também profetizou uma reversão na sorte de Jerusalém. Miquéias advertiu que esta cidade, escolhida por Davi como capital e local do templo do Senhor, seria sujeita ao sítio [Mq 5.1] e reduzida a entulhos [Mq 3.12], Ele personificou a cidade em sua humilhação como uma mulher em trabalho de parto, estorcendo-se em agonia para dar à luz [M q4.9-10]. Da perspectiva do exílio, Jerusalém personificada reconhece a justiça do castigo de Deus e prevê o dia da justificação e restauração [Mq 7.8-12], Utilizando a imagem de Miquéias 4.9-10, o profeta comparou a volta do povo exilado em Sião a dar à luz [Mq 5.3]. No futuro, o Senhor livraria Jerusalém dos que a atacavam [Mq 4.11-13].”

 

 

EU ENSINE! QUE:

A misericórdia de Deus prevalece sobre a Sua ira quando o Seu povo se arrepende dos seus maus caminhos.

 

 

CONCLUSÃO

A mensagem de Miquéias ensina o segredo para aqueles que desejam permanecer firmes apesar das circunstâncias – o segredo é manter os olhos fixos em Deus e não nas circunstâncias.