07 fevereiro 2014

Lição 6- A peregrinação de Israel no deserto até o Sinai - 2pte

Lição 6-  A peregrinação de Israel no deserto até o Sinai - 2pte

2. Rumo ao Sinai (Êx 16.1).
Mais Provisão no Deserto
Após Elim, o povo seguiu ainda mais ao sul, pelo Deserto de Sim (Ex 16.1), situado aos pés do planalto do Sinai. Ou seja, esse deserto ficava entre Elim e o Sinai, e foi onde os israelitas vivenciaram pela primeira vez o milagre do maná e onde se maravilharam com o milagre das codornizes (Êx 16.1-21).
Como destacam as notas da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “o Deserto de Sim era um ambiente vasto e hostil, no qual só havia areia e pedra. Esse espaço estéril proveu o lugar perfeito para DEUS testar e formar o caráter do seu povo”, que era muito instável, inclinado ao erro, com mentalidade ainda do tempo de escravos do Egito e, não poucas vezes, se mostrando obstinados em seus erros.
Em Deuteronômio 9.4,5, DEUS diz ao povo:
Quando, pois, o Senhor, teu DEUS, os lançar fora [os cananeus], de diante de ti, não fales no teu coração, dizendo: Por causa da minha justiça é que o Senhor me trouxe a esta terra para a possuir, porque, pela impiedade destas nações, é que o Senhor as lança fora, de diante de ti. Não é por causa da tua justiça, nem pela retidão do teu coração que entras a possuir a sua terra, mas, pela impiedade destas nações [os cananeus], o Senhor, teu DEUS, as lança fora, de diante de ti; e pra confirmar a palavra que o Senhor, teu DEUS, jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó.
Ou seja, não é porque os israelitas eram justos que iriam entrar na terra de Canaã, mas porque os moradores dessa terra eram muito ímpios, e DEUS queria usar Israel para julgá-los. E era também porque Ele prometera aquela terra a Abraão, a Isaque e a Jacó visando ao seu plano salvífico para a humanidade por meio de CRISTO.
Enfim, o povo de Israel não era fácil, mas DEUS amava os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, e queria tratá-los, burilá-los, prová-los, aperfeiçoá-los por meio das provações no deserto para que pudessem ter forjado o caráter que DEUS desejava para ele como seu povo. Esse processo, por causa da dureza do coração do povo, acabou durando muito tempo: quarenta anos.
Foi DEUS quem os guiou ao deserto. Lembremo-nos de que o povo se dirigiu por esse caminho porque DEUS, desde a saída do povo do Egito, expressamente determinou que não seguissem “o caminho dos filisteus”, que ficava ao norte (Ex 13.17).
Isso significa que mesmo quando seguimos o caminho que DEUS estabelece para a nossa vida, enfrentamos provações, mas para o nosso próprio bem, porque “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a DEUS, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28); mas, por outro lado, também significa que DEUS estará conosco em todos os momentos difíceis, protegendo-nos e enviando-nos o maná diário, isto é, suprindo cotidianamente as nossas necessidades. Diz o texto bíblico que “comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada; comeram maná até que chegaram aos termos da terra de Canaã” (Êx 16.35).
Ou seja, enquanto houver deserto, não vai faltar maná! O maná só pára quando adentrarmos a Terra Prometida.
O maná era como pequenos flocos que amanheciam todas as manhãs caídos ao chão do arraial dos hebreus. Ele era “branco”, “como semente de coentro” e “o seu sabor era como bolos de mel” (Ex 16.31).
Chovia “pão dos céus” todos os dias para alimentar o povo (Ex 16.4). O maná representava CRISTO, que é o “pão vivo que desceu do céu” (Jo 6.51). Um detalhe interessante é que não adiantava fazer estoque de maná, porque, no dia seguinte, o maná estocado apodrecia (Ex 16.19,20). Era preciso todo dia sair ao arraial para pegar maná fresco. Isso nos fala da necessidade que temos de todos os dias nos abastecermos na presença de DEUS. Não basta buscar a DEUS um único dia para valer por uma semana. E preciso buscar a DEUS todos os dias da semana para podermos enfrentar as tentações e adversidades diárias que nos sobrevenham durante toda a semana.
Ainda mais ao sul, já em Refidim, os israelitas vivenciaram o milagre da água que saiu da rocha e batalharam contra os amalequitas (Ex 17.1-
16). Foi após essa batalha que o sogro de Moisés, Jetro, trouxe finalmente a sua filha, esposa de Moisés, com seus dois netos para o genro, e congratulou-se com ele pelo que o Senhor tinha feito, tirando o povo de Israel do Egito (Êx 18.1-12). Além disso, Jetro, sob a inspiração divina, deu conselhos importantes a Moisés (Êx 18.13-27).
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de FéMoisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 60-62.
Elim: Doze Fontes e Setenta Palmeiras
Todavia, o deserto tem os seus Elins bem como os seus Maras; as suas fontes e palmeiras, bem como as suas águas amargas. "Então, vieram a Elim, e havia ali doze fontes de água e setenta palmeiras; e ali se acamparam junto das águas (versículo 27).
O Senhor graciosa e ternamente prepara verdes lugares no deserto para o Seu povo; e embora sejam, quanto muito, oásis, refrescam, todavia, o espírito e animam o coração. A permanência temporária em Elim era evidentemente calculada para tranquilizar os corações do povo e fazer cessar as suas murmurações. A sombra agradável das suas palmeiras e as águas refrescantes das suas fontes vieram muito a propósito, depois da provação de Mara, e realçam à nossa vista as virtudes preciosas daquele ministério espiritual que DEUS provê para o Seu povo no mundo. Os números "doze" e "setenta" estão intimamente ligados com o ministério.
Mas Elim não era Canaã As fontes e as palmeiras eram apenas um antegozo desse país ditoso que estava situado para lá dos limites do deserto estéril, no qual os remidos acabavam de entrar. Davam refrigério, sem dúvida, mas era refrigério do deserto: era apenas momentâneo, destinado em graça, a animar os espíritos deprimidos e a dar-lhes vigor para a sua marcha para Canaã. Assim é, como sabemos, com o ministério na Igreja; é um suprimento gracioso para as nossas necessidades, destinado a refrescar, fortalecer e encorajar os nossos corações "até que todos cheguemos à medida da estatura completa de CRISTO" (Ef 4:13).
C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé.
Êx 16.1 Partiram de Elim. Ver sobre esse lugar em Êxo. 15.27.
A congregação dos filhos de Israel. Ver sobre essa expressão em Êxo. 12.3,6,19,47; 16.1,2,9,10,22; 17.1; 27.21; 28.43; 29.4,10,11,30,32,42,44 etc. A nação inteira, por meio de suas tribos, organizadas como se fossem uma congregação, está em vista. Era uma comunidade religiosa que se preparava para tornar-se uma nação teocrática.
Deserto de Sim. Ver no Dicionário o verbete sobre essa localidade. Dezenove desertos diferentes são mencionados no Antigo Testamento; e esse é um deles. Os estudiosos não concordam quanto à sua localização exata.
Aos quinze dias do segundo mês. O ano religioso começava no mês de abibe (mais tarde chamado nisã). Ver Êxo. 13.4; 23.15; 34.18. O segundo mês era chamado ijar, correspondente aos nossos meses de abril-maio, e falava sobre a beleza das flores da primavera. Israel saiu do Egito no décimo quinto dia do mês de nisã (abibe) e agora já era o décimo quinto dia do mês de ijar. Portanto, um mês tinha-se passado, desde que Israel saíra do Egito.
Êx 16.2 Toda a congregação dos filhos de Israel murmurou. Parece que Isso acontecia periodicamente, a ponto de tornar-se um dos temas secundários dos livros de Êxodo e Números. Ver as notas a respeito em Êxo. 14.11. Dou ali uma lista de referências à questão.
O Targum de Jonathan informa-nos que a massa que Israel tinha trazido do Egito agora se acabara, causando falta de suprimentos de boca. “É comum que, quando as coisas não andem tão bem quanto se deseja, as pessoas, na igreja ou no estado, murmurem contra seus governantes, eclesiásticos ou civis, lançando contra eles toda a culpa” (John Gill, in loc.).
Até este ponto, já vimos três casos de murmuração: 1. O de Pi-Hairote, quando o terrível exército egípcio ameaçava a existência do povo de Israel (Êxo. 14.11,12). 2. O de Mara, quando terminou o suprimento de água e as águas do lugar eram amargosas (Êxo. 15.24). 3. O do deserto de Sim, o texto presente, quando terminou o suprimento de alimentos. “Aqueles pobres hebreus eram tanto escravos quanto pecadores, e eram capazes dos atos mais maldosos e desgraçados” (Adam Clarke, in loc.). Êx 16.3 Morrido pela mão do Senhor. Devemos pensar aqui em morte natural, por motivo de idade avançada. Mas é possível que eles estivessem aludindo às pragas que devastaram o Egito, causando imensas perdas de vidas humanas. Neste caso, a queixa era deveras amarga. Eles preferiam ter morrido sob o castigo de Yahweh do que morrer de fome no deserto. A queixa era particularmente estúpida porque, havendo todos aqueles animais entre eles, eles poderiam tê-los sacrificado para servirem de alimento. Não havia perigo de morrerem de inanição, apesar do fato de que não havia mais farinha de trigo.
Panelas de carne. Embora escravos, no Egito tinham tido muita comida para consumir, para nada dizermos sobre os acepipes que eles poderiam preparar por si mesmos. “Os murmuradores vagabundos preferiam o alimento condimentado das panelas de carne do Egito à liberdade precária no deserto” (Oxford Annotated Bible, in loc.).
O trecho de Números 11.5 dá-nos alguma ideia da variedade de alimentos de que Israel tinha desfrutado no Egito, muita verdura e boa variedade de carnes, além de muitas frutas.
“A falta de pão fez o povo de Israel esquecer-se de sua terrível sorte no Egito, fazendo-os pensar apenas na comida que tinham, e assim porem em dúvida os motivos verdadeiros de seu líder" (John D. Hannah, in loc).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 372.
Êx 16.1. Aos quinze dias do segundo mês indica um intervalo de um mês desde sua partida do Egito, se a partida se deu no décimo quinto dia do primeiro mês (12:6,31).
O deserto de Sim. Pode haver uma ligação linguística entre Sim e Sinai, o monte sagrado. O contexto, todavia, deixa claro que não se trata do mesmo lugar. O deserto de Zim (a primeira consoante hebraica é diferente) não deve ser confundido, pois fica cerca de trezentos quilômetros ao norte.
Êx 16.3. Na terra do Egito. Já se haviam esquecido da escravidão do Egito, e agora idealizavam o pouco que de bom havia, como é tão comum acontecer. Escravos não costumam comer muita carne, mas aqui as panelas de carne são proeminentes em suas lembranças. Mais tarde irão recordar os alhos picantes e os doces melões do delta do Nilo (Nm 11:5). A presente reclamação parece ser dupla: não há comida suficiente e, em particular, não há carne. Como qualquer sociedade pastoril, os israelitas detestavam sacrificar seus próprios animais (cf Nm 11:22), que era a única alternativa a uma dieta de leite e queijo em sua jornada pelo deserto. Note como imediatamente o povo atribui a Moisés os motivos mais sórdidos: em sua opinião, ele os colocara deliberadamente naquela situação.
R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 125-126.
Outra murmuração de Israel (16.1-3). Israel deveria ter aceitado os “estatutos” de DEUS e crido em sua “ordenação” (15.25). O fato de não terem agido assim resultou em mais reclamações. Tinham deixado para trás um deserto (Sur) e entrado em outro (Sim) a caminho do monte Sinai e já fazia um mês que viajavam (1). Pelo visto, o suprimento de comida estava diminuindo e não havia evidência externa de novas provisões. DEUS permitiu que o problema surgisse como prova para a fé de Israel. Mas o povo murmurou contra Moisés e contra Arão (2), desejando ter morrido no Egito com os estômagos cheios em vez de morrer de fome no deserto (3). Parece que comiam bem no Egito, e agora as coisas estavam piores. Claro que o alimento é necessário para a vida física, mas DEUS não esquecera do povo. Ele teria suprido as necessidades de maneira mais satisfatória se Israel tivesse permanecido pacientemente firme na fé.
Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 175.
Êx 19.1 Foram necessários três meses para que Israel chegasse ao Sinai, depois de haver escapado da servidão no Egito. Na ocasião, um grande acontecimento esperava por eles, o pacto sinaltico. Ver no Dicionário o artigo com esse título. Comentei exaustivamente sobre essas questões na introdução a este capítulo.
No terceiro mês. Ou seja, no terceiro mês do calendário religioso, que tinha início na páscoa, no mês de abibe (nisã). Ver Êxo. 13.4. Entre os israelitas também havia um calendário civil. O terceiro mês do calendário religioso chamava-se sivã, correspondente ao nosso mês de maio.
O Targum de Jonathan diz que a chegada de Israel ao Sinai ocorreu quarenta e cinco dias depois da partida do Egito, presumivelmente cinco dias antes da lei ter sido dada, ou seja, no sexto dia do mês de sivã. No primeiro dia desse mês, eles chegaram ao Sinai, e ali acamparam-se. No dia seguinte, Moisés subiu ao monte em sua entrevista com Yahweh ou com Sua teofania. No terceiro dia, ele reuniu os anciãos do povo (vs. 7), e lhes declarou as palavras de DEUS. Três dias mais tarde, que foi o sexto dia do mês de sivã, foi dada a lei aos anciãos do povo, e, deles, para todos os israelitas. A exatidão desses cálculos, porém, dificilmente pode ser averiguada.
Êx19.2 O autor sacro oferece aqui uma pequena digressão a fim de lembrar-nos os movimentos de Israel após a partida de Refidim (Êxo. 17.1) para o Sinai. O Sinai foi um dos pontos de parada, onde Israel deveria permanecer por onze meses e seis dias.
A identidade do monte aparece como lugar bem conhecido, ou, pelo menos, identificado com alguma precisão, quando Moisés escreveu o relato. Mas para nós a localização exata está perdida para sempre. Foi ali, ou bem perto dali (em Horebe), que Moisés recebeu seu sinal e comissão originais (Êxo. 3.12). Fica entendido que Yahweh se manifestava ali de maneira especial, tal como os gregos pensavam que o Olimpo era a residência de deuses. Assim, Moisés subiu ao monte cheio de expectativa, em busca de uma entrevista com o Senhor. O autor liga a cena da sarça ardente (cap. 3) com a cena deste capítulo. Chegara o momento de outra grande revelação.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 383.
1. No terceiro mês. “Na terceira lua nova” é uma tradução possível e preferível à vaga expressão “no terceiro mês” (SBB), em vista da expressão “naquele dia” (“ no primeiro dia” — SBB), logo a seguir. Ver Hyatt em relação a uma possível conexão entre a doação da lei e a festa de Pentecostes.
2. Vieram ao deserto de Sinai. A palavra convencionalmente traduzida “deserto” não tem a conotação de uma região arenosa e árida; a palavra mais apropriada em português seria “sertão” , região de pastagens ainda não ocupada pelo homem. Este versículo deixa claro que a estepe do Sinai ficava diretamente defronte ao monte e a pouca distância de Refidim, com a “estepe de Sim” já bem distante (17:1).
CRISTO: O Pão Vivo que Desceu do Céu
Este é o nosso alimento nesta peregrinação—CRISTO apresentado pelo ministério do ESPÍRITO SANTO através das Escrituras; enquanto que, para nosso refrigério espiritual, o ESPÍRITO SANTO veio, como o fruto precioso da Rocha ferida — CRISTO, que foi ferido por nós. Tal é a nossa parte neste mundo.
Ora, é evidente que, a fim de podermos desfrutar uma parte como esta, os nossos corações devem estar separados de tudo neste presente século mau— de tudo aquilo que poderia despertar a nossa cobiça como aqueles que vivem na carne. Um coração mundano e carnal não encontra CRISTO nas Escrituras nem poderá apreciá-Lo, se o encontrar. O maná era tão puro e mimoso que não podia suportar contato com a terra. Por isso, descia sobre o orvalho (veja-se Nm 1:9) e tinha de ser recolhido antes de o sol se elevar. Cada um, portanto, devia levantar-se cedo e recolher a sua parte. O mesmo acontece com o povo de DEUS agora: o maná celestial tem de ser colhido todas as manhãs. O maná de ontem não serve para hoje nem o de hoje para amanhã. Devemo-nos alimentar de CRISTO cada dia que passa, com novas energias do ESPÍRITO, de contrário deixaremos de crescer. Ademais, devemos fazer de CRISTO o nosso primeiro objetivo. Devemos buscá-lo "cedo", antes de "outras coisas" terem tempo de se apoderar dos nossos pobres corações. E nisto que muitos de nós, enfim, falhamos! Damos um segundo lugar a CRISTO, e como consequência ficamos fracos e estéreis. O inimigo, sempre vigilante, aproveita-se da nossa indolência espiritual para nos roubar a bem-aventurança e as forças que recebemos nutrindo-nos de CRISTO. A nova vida no crente só pode ser alimentada e mantida por CRISTO. "Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim quem de mim se alimenta também viverá por mim" (Jo 6:57).
A graça do Senhor JESUS CRISTO, como Aquele que desceu do céu, para ser o alimento do Seu povo, é inefavelmente preciosa para a alma renovada; porém, a fim de poder apreciá-Lo desta forma, devemos compreender que estamos no deserto, separados para DEUS, no poder de uma redenção efetuada. Se ando com DEUS através do deserto, estarei satisfeito com o alimento que Ele me dá, e este é CRISTO, como Aquele que desceu do céu. "O trigo da terra" de Canaã, "do ano antecedente" (Js 5:11) tem o seu antítipo em CRISTO elevado às alturas e assentado na glória. Como tal, Ele é o próprio alimento daqueles que, pela fé, sabem que estão ressuscitados e assentados juntamente com Ele nos lugares celestiais. Porém, o maná, isto é, CRISTO como Aquele que desce do céu, é o sustento para o povo de DEUS, na sua vida e experiências do deserto. Como um povo estrangeiro no mundo, necessitamos de um CRISTO que também aqui viveu como estrangeiro; como povo assentado nos lugares celestiais, temos um CRISTO que também ali está assentado. Isto poderá explicar a diferença que existe entre o maná e o trigo da terra do ano antecedente. Não se trata da redenção, pois que esta já a temos no sangue da cruz, e ali somente; mas simplesmente da provisão que DEUS fez para o Seu povo em face das variadas condições em que este se encontra, quer seja lutando no deserto ou tomando posse em espírito da herança celestial.
C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé.
A Rocha Ferida
"E clamou Moisés ao SENHOR, dizendo: Que farei a este povo? Daqui a pouco me apedrejarão. Então, disse o SENHOR a Moisés: Passa diante do povo e toma contigo alguns dos anciãos de Israel; e toma na tua mão a tua vara, com que feriste o rio, e vai. Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirás a rocha, e dela sairão águas, e o povo beberá. E Moisés assim o fez, diante dos olhos dos anciãos de Israel" (versículos 4 a 6). Assim tudo é suprido pela graça mais perfeita. Cada murmuração ocasiona uma nova manifestação da graça. Aqui vemos como as águas refrescantes jorraram da rocha ferida—uma ilustração formosa do ESPÍRITO dado como fruto do sacrifício efetuado por CRISTO. No capítulo 16 temos uma figura de CRISTO descendo do céu para dar vida ao mundo. O capítulo 17 mostra-nos uma figura do ESPÍRITO SANTO "derramado" em virtude da obra consumada de CRISTO. "Porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era CRISTO" (1 Co 10:4). Mas quem poderia beber antes da pedra ser ferida? Israel poderia ter contemplado essa rocha e morrer de sede ao mesmo tempo que a contemplava, porque antes que fosse ferida pela vara de DEUS não podia dar refrigério. Isto é bem claro. O Senhor JESUS CRISTO era o centro e base de todos os desígnios de amor e misericórdia de DEUS. Por Seu intermédio deveria correr toda a bênção para o homem. As correntes da graça deviam emanar do "Cordeiro de DEUS"; porém era necessário que o Cordeiro fosse morto—que a obra da cruz fosse um fato consumado, antes que muitas destas coisas fossem realizadas. Foi quando a Rocha dos séculos foi ferida pela mão de Jeová, que as comportas do amor eterno foram abertas de par em par e os pecadores perdidos convidados pelo ESPÍRITO SANTO a beber abundantemente e livremente: "...O dom do ESPÍRITO SANTO" é o resultado da obra consumada pelo Filho de DEUS sobre a cruz. "A promessa do Pai..." (Lc 24:49) não podia ser cumprida antes que CRISTO se assentasse à destra da Majestade nos céus, depois de ha ver cumprido toda a justiça, respondido a todas as exigências da santidade, engrandecido a lei tornando-a justa, suportado a ira de DEUS contra o pecado, destruído o poder da morte, e tirado à sepultura a sua vitória. Havendo feito todas estas coisas, subiu ao alto, "levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens. Ora isto—ele subiu—que é, senão que também, antes, tinha descido às partes mais baixas da terral Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas" (Ef 4:8-10).
Este é o verdadeiro fundamento da paz e da bem-aventurança e glória da Igreja, para todo o sempre.
A Água da Rocha
Antes de a rocha ser ferida a corrente de bênção estava retida e o homem nada podia fazer. Que poder humano poderia fazer brotar água da pederneira? E do mesmo modo, podemos perguntar, que justiça humana poderia conseguir autorização para abrir as comportas do amor divino1?- Este é o verdadeiro modo de pôr à prova a competência do homem.
Não podia, por seus feitos, suas palavras ou sentimentos, prover um fundamento para a missão do ESPÍRITO SANTO.
Seja o que for ou faça o que puder, ele não pode fazer isto. Mas, graças a DEUS, tudo está consumado; CRISTO terminou a obra; a verdadeira Rocha foi ferida, e as águas refrescantes brotaram, de forma que as almas sedentas podem beber. "A água que eu lhe der", diz CRISTO, "se fará nele uma fonte de água que salte para ávida eterna" (Jo 4:14). E mais adiante, lemos: "E, no último dia, o grande dia da festa, JESUS pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do ESPÍRITO, que haviam de receber os que nele cressem; porque o ESPÍRITO SANTO ainda não fora dado, por ainda JESUS não ter sido glorificado" Qo 7:37 - 39).
Assim como temos no maná uma figura de CRISTO, de igual modo temos uma figura do ESPÍRITO SANTO na água brotando da rocha." Se tu conheceras o dom de DEUS (CRISTO)... tu lhe pedirias, e ele te daria água viva" — quer dizer, o ESPÍRITO. Tal é, portanto, o ensino ministrado à mente espiritual com a rocha ferida; todavia, o nome do lugar no qual esta figura foi apresentada é um memorial perpétuo da incredulidade do homem. "E chamou o nome daquele lugar Massa" (que quer dizer tentação) "e Meribá" (que quer dizer murmurar) "por causa da contenda dos filhos de Israel, e porque tentaram ao SENHOR, dizendo: Está o SENHOR no meio de nós, ou não?" (versículo 7). Levantar uma tal interrogação, depois de tantas e repetidas garantias evidentes da presença de Jeová, prova a incredulidade profundamente arraigada no coração humano. Era, de fato, tentar o Senhor.
Foi assim também que os judeus, tendo a presença de CRISTO com eles, pediram um sinal do céu, tentando-o.
fé nunca atua assim; crê na presença divina e goza dela, não por meio de um sinal, mas pelo conhecimento que tem do próprio DEUS. Conhece que DEUS está presente para gozar d'Ele. Que o Senhor nos conceda um espírito de verdadeira confiança n'Ele!
C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé.
II - ISRAEL NO MONTE SINAI
1. O monte Sinai (Êx 19.2).
Finalmente, após três meses da saída do povo do Egito, o acampamento israelita se moveu mais uma vez, chegando ao pé do monte Sinai (Êx 19.1,2), onde o povo ficaria por cerca de um ano.
O Sinai é um lugar especial, porque foi ali que DEUS se revelou a Moisés tremendamente, dando os Dez Mandamentos e todas as leis que haveriam de guiar o povo de Israel dali para frente.
A distância do Sinai para a terra de Canaã era aproximadamente de 500 quilômetros e poderia ter sido percorrida por um período curto de tempo, porém acabou durando 38 anos, justamente porque o povo se portou de forma rebelde, fazendo com que DEUS os tratasse com mão firme no deserto. A Bíblia diz que DEUS esperou que toda aquela geração rebelde passasse para, só então, Israel pudesse entrar na terra de Canaã (Dt 2.14).
E por falar em rebeldia, o episódio mais marcante e emblemático da transgressão israelita em sua peregrinação no deserto, e que seria lembrado no Novo Testamento (1 Co 10.7) como um dos maiores exemplos de apostasia da história, é o que envolve a criação do bezerro de ouro. E é sobre ele que falaremos a seguir.
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de FéMoisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 62-63.
A permanência no Sinai.
O Pecado de Israel.
Êx 32.1. Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós. Na raiz do pecado de Israel jaz a impaciência: eles já não podem mais esperar. Aonde foi Moisés? Eles precisam de deuses visíveis. O plural deuses é exigido pela pessoa do verbo: caso contrário “deuses” poderia ser legitimamente traduzido “DEUS” , encarando o plural como um “plural de majestade” . Qualquer que tenha sido o pensamento de Arão, os israelitas não estavam pensando em YHWH de maneira alguma. Não lhes ocorriam os níveis elevados de adoração sem imagens, nem sequer de monoteísmo. Tal como mais tarde Israel viria a desejar um rei humano em lugar do invisível rei divino (1 Sm 8:4-8), assim desejavam aqui um deus que tivesse rosto, como todo mundo. Seu último desejo era ser diferente em seu novo relacionamento com DEUS: no entanto, esse era o propósito de DEUS (19:5,6).
Este Moisés, o homem que nos tirou do Egito. A frase é deliberadamente empregada para mostrar a aspereza deste povo escravo. Eles ainda não consideravam sua libertação algo realizado por DEUS: era simplesmente algo que Moisés havia conseguido.
Êx 32.2. As argolas de ouro. Presumivelmente estas argolas faziam parte do despojo exigido dos egípcios (12:36). A História registra que, ao contrário de seus primos midianitas, os homens israelitas, no futuro, não usariam ornamentos de ouro (Jz 8:24). Gênesis 35:4, todavia, menciona que ao tempo de Jacó tais ornamentos eram usados pelas mulheres, e 11:2 menciona artigos de joalheria em relação tanto a homens quanto a mulheres.
Êxodo 33:4-6 sugere que a origem deste futuro tabu foi o pecado cometido no Sinai. Em dias passados, portanto, é bem provável que os homens israelitas usassem tais ornamentos livremente. Gideão também fez um ídolo (uma “estola sacerdotal” , Jz 8:24-27) com os brincos tomados aos inimigos de Israel.
Êx 32.4. Trabalhou o ouro com buril... bezerro fundido. O palavreado aqui certamente sugere que a imagem foi a princípio rudemente fundida em ouro, com os detalhes esculpidos a mão mais tarde. Por outro lado (cf. 37:1,2), poderia ter sido feita de madeira e depois revestida com ouro, como sugerido pelo verbo “queimar” no versículo 20. A primeira sugestão parece ser comprovada pela expressão “e o reduziu a pó” no mesmo versículo 20. “Queimar” significaria então “derreter em fogo aberto” (isto é, não um forno como o ourives). Uma simples alteração vocálica daria aqui o sentido de “fundir em um molde” ao invés de “trabalhou com buril” : esta sugestão é bem melhor que a feita por Noth, “o amarrou em um saco” (Hyatt).
Bezerro não é uma boa tradução do hebraico ‘egel. Trata-se de um jovem touro em sua primeira força: por exemplo, a palavra pode ser usada para descrever um animal de três anos (Gn 15:9). Compare o nome de Eglon (SBB usa “Eglom” ), rei de Moabe (Jz 3:12), que é claramente um título de honra (algo semelhante a “O Grande Touro” ). Tais sutilezas estavam além da percepção daqueles ex-escravos rebeldes, reagindo contra o culto sem imagens. É mais provável que se tratasse do touro em que Baal costumava se transformar, de acordo com o ciclo de lendas de Ras Shamra (Baal I. v. 18). A santidade do touro como símbolo de força e capacidade reprodutiva corre desde o culto a Baal em Canaã até o hinduísmo popular do sul da índia de hoje, onde quer que a religião seja vista como uma forma do culto da fertilidade comum aos criadores de animais. É provável que, mesmo durante sua permanência no Egito, os israelitas já tivessem sido corrompidos por um culto semelhante, com imagens e tudo mais; estariam agora apenas “voltando ao normal”, depois das severas exigências do Sinai.
Sabemos da arqueologia que Baal era conhecido e adorado na área do delta e ele certamente era adorado por alguns povos semitas que viviam naquela área.
Sem sombra de dúvida os dez mandamentos definiam o culto israelita como anicônico (20:4); a violência da reação de Moisés prova a historicidade deste relato v. 19), bem como o faz a evidência geral coletada por arqueólogos em ruínas israelitas do tempo dos juízes. Usar imagens como símbolo de DEUS é enganoso (20:23). Usar um touro como símbolo de DEUS é ainda pior: além do mais é blasfêmia chamar o “novo” deus de YHWH, como parece ter acontecido na ocasião. Além de tudo isso, o versículo 6 mostra todas as características do licencioso culto a Baal praticado em Canaã (cf. Nm 25:1-9). Parece impossível que, tão pouco tempo depois de receber tão elevada revelação, Israel pudesse cair a um nível tão baixo, mas a experiência cristã hoje em dia muitas vezes é bem semelhante.
São estes, ó Israel, os teus deuses. Como no versículo 1, o verbo no plural faz com que “deuses” (SBB) seja a única tradução gramaticalmente correta do texto hebraico. Possivelmente o plural seja usado derrisoriamente pelo autor para mostrar o politeísmo inevitável que surgiria com a introdução da idolatria (se havia um deus em forma de touro, por que não em outras formas também?). É difícil, todavia, perceber como um único ídolo poderia ser apresentado como “deuses” aos primeiros idólatras, por mais apta que fosse a descrição no caso das duas estátuas feitas por Jeroboão. Seja qual for o caso, a frase é uma espécie de declaração de fé, parodiando 20:2. Mesmo em seu pecado, entretanto, a religião de Israel era baseada na história e, portanto, completamente diferente do culto da fertilidade oferecido a Baal em Canaã. Israel ainda busca um deus que age, mesmo que seja um falso deus.
Êx 32.5. Edificou um altar. A esta altura ainda não existia um “altar do sacrifício” como haveria mais tarde. Arão provavelmente edificou um altar de terra ou de pedras não lavradas (20:24,25), mostrando que não se tratava de um incidente fortuito: era um culto organizado, com estátua, altar, sacerdote e festa religiosa.
Amanhã será festa a YHWH. Será que Arão entendeu a ocasião como o cumprimento da promessa feita por DEUS a Moisés, de que Israel observaria uma “festa” ou um “festival de peregrinos” no Sinai (3:12; 5:1)? Ou seria esta apenas uma referência geral? É interessante especular se a época no ano teria algum significado especial. No futuro os judeus iriam associar a doação da Lei à festa das semanas ou das primícias (“ Pentecostes” no Novo Testamento), de modo que talvez a festa promovida por Arão celebrasse, um tanto desordenadamente, alguma ocasião do calendário agrícola. Isto explicaria as danças e a imoralidade sexual a ela associadas. Alguns comentaristas elogiam Arão por ter feito uma tentativa heroica de “conter” este movimento reacionário dentro do Yahwismo, anexando esta festa a YHWH, a despeito de suas ligações ao culto de Baal. Êxodo, entretanto, jamais atribui a Arão motivos tão teologicamente profundos (vv. 22-24). Além de tudo, foi precisamente esta identificação de YHWH com Baal o maior pecado cometido aquele dia: até mesmo a completa apostasia e o culto aberto a Baal teriam sido menos mortais que este “sincretismo” .
Êx 32.6. Ofereceram holocausto e trouxeram ofertas pacíficas. As formas exteriores de culto litúrgico, quer de YHWH quer de Baal, eram indubitavelmente semelhantes, a julgar pelos textos de Ras Shamra. É por isso que os profetas do futuro teriam facilidade em denunciar o ritualismo israelita, quando este era desprovido de realidade espiritual (Is 1: 10-20) ou de obrigações morais.
Assentou-se para comer e beber, e levantou-se para divertir-se. Comer e beber parecem atividades inocentes, depois de oferecerem ofertas pacíficas, mas o verbo traduzido “divertir-se” sugere atividade sexual no original hebraico (ver Gn 26:8) e, portanto, a frase deve ser entendida como uma referência a uma orgia sexual. Estas, num contexto “baalizado” teriam sentido religioso, não imoral, para o adorador, mas não aos olhos de YHWH. No contexto do culto a YHWH, que nos dez mandamentos havia expressado Sua própria natureza em termos de obrigações morais, isso era intolerável! Somente a compreensão da santidade de YHWH pode explicar a violência da reação de Moisés, e o terrível castigo que veio a seguir sobre Israel.
R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 205-209.
A Idolatria de Israel (32.1-6)
O povo ficou inquieto quando o líder visível permaneceu no monte durante os quarenta dias (1; cf. 24.18). A insatisfação a esse respeito levou os israelitas a se juntarem em grupo para fazer um pedido especial a Arão, em cujas mãos foram deixados. O pedido não significava necessariamente que estes indivíduos estivessem rejeitando Jeová; queriam uma forma visível entre eles que representasse DEUS.
A reação de Arão ao pedido sugere esforço em evitar a calamidade. Ao pedir que arrancassem os pendentes de ouro e lhos trouxesse, talvez Arão contasse com a recusa deles. Não é fácil mulheres e crianças abrirem mão de seus ornamentos, e essa resistência teria protelado o pedido que fizeram.
Se Arão esperava oposição ao pedido, logo ficou desapontado, porque todo o povo arrancou os pendentes de ouro que estavam nas suas orelhas e lhos deu. O coração carnal não mede sacrifícios para satisfazer seus desejos pecaminosos.
Levando em conta que Arão começara concordando com este pedido perverso, não havia mais como parar. Tomou os presentes de ouro e formou um deus para o povo. Na situação em que poderia ter se mostrado líder capaz, Arão falhou miseravelmente. Quando Arão notou a que ponto as pessoas estavam indo, parece que tentou controlá-las erigindo um altar diante da imagem e proclamando uma festa ao SENHOR (5).
Talvez quisesse conservar alguma semelhança com a adoração de DEUS mantendo o nome Yahweh no festival. Este ato lembra os esforços de conservar uma forma de piedade sem ter seu poder (2 Tm 3.5) e o sincretismo que há em grande parte do cristianismo nominal.
Ver também o versículo 25 e 1 Coríntios 10.6,7.”so Identificamos “Os Passos para a Apostasia” em: 1) A impaciência com a providência de DEUS, la; 2) A transigência com as verdadeiras formas de adoração, 5; 3) A entrega a paixões carnais.
Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 224-225.
III - A IDOLATRIA DOS ISRAELITAS
1. O bezerro de ouro (Êx 32.2-6).
Quando Moisés chegou ao arraial e constatou pessoalmente o pecado do povo de Israel, sua ira se acendeu (Ex 32.19) a ponto de ele quebrar as Tábuas da Lei. Ora, enquanto DEUS estava dando os Dez Mandamentos para o povo de Israel no alto do monte Sinai, esse mesmo povo, ao pé do monte, estava, na prática, quebrando todos os mandamentos do Decálogo. Portanto, ao quebrar as Tábuas, Moisés estava materializando as consequências práticas do pecado do povo: estavam agindo como indignos do Concerto que DEUS estava fazendo com eles.
É impressionante ouvir o povo, depois de tudo que viram DEUS fazer pela instrumentalidade de seu servo Moisés, pressionar Arão dizendo: “Faze-nos deuses!” (Êx 32.1). O hábito da idolatria que haviam aprendido no Egito ainda era muito forte entre os israelitas, a ponto de alguns dias longe do seu líder Moisés serem o suficiente para que voltassem ao velho hábito. Como Pedro diria daqueles que abandonam CRISTO para voltarem aos velhos pecados, podemos dizer dos israelitas aqui: eles estavam agindo como cães que voltavam para o seu próprio vômito, como a porca lavada que volta para o lamaçal (2 Pe 2.20-22).
Há, por exemplo, o “bezerro de ouro” do evangelho da autoajuda, da teologia da prosperidade, do teísmo aberto, da teologia da libertação, do ecumenismo, do liberalismo, etc. Que DEUS nos livre dessas versões deturpadas dEle! Conheçamos e prossigamos em conhecer o DEUS da Bíblia (Os 6.3), pois somente assim poderemos ter um relacionamento saudável e realmente edificante com o Senhor.
Perceba que, como destacaremos mais à frente, no capítulo 9, enquanto o verdadeiro culto a DEUS instituído por Moisés evocava arrependimento, quebrantamento, humildade e conclamava à santidade, o culto apóstata levava o povo à licenciosidade (Êx 32.6,25).
DEUS propôs destruir todo o povo e estabelecer, a partir de Moisés, a continuidade da promessa dada a Abraão, Isaque e Jacó (Êx 32.10), mas o líder israelita intercedeu pelo povo para que DEUS não tomasse essa medida (Êx 32.11-14,30-35; 33-1-5,12- 17). Entretanto, o juízo de DEUS não deixou de ser exercido, uma vez que três mil rebeldes idólatras foram punidos imediatamente com a morte (Êx 32.28) e toda aquela geração acabou morrendo no deserto, entrando na Terra Prometida apenas os filhos dela e, da antiga geração, apenas Josué e Calebe, que se mantiveram fiéis a DEUS.
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de FéMoisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 63-65.
BEZERRO DE OURO
No hebraico. vitela fundida. Trata-se da imagem que Aarão fabricou. com as jóias que os judeus lhe entregaram para o fabrico de uma estátua. Ver Êxo, 32; Deu. 9:16; Nee. 9:18; Sal. 106:19; Atos 7:4-10 Além disso, dois bezerros de ouro foram levantados por Jeroboão I (I Reis 12:28-33; 11 Reis 10:29; 17:16; Osê. 5:6). Os dois incidentes não tiveram relação mútua, embora ambos dissessem respeito à adoração ao touro. que Israel havia observado entre os egípcios.
Os querubins (esfinges aladas), no templo de Jerusalém, não levavam à idolatria, antes de tudo, porque eram representações de poderes espirituais, e não terrenos; e, em segundo lugar, porque não tinham paralelo nas religiões pagãs dos países vizinhos, o que poderia ter corrompido os israelitas por motivo de associação. A idolatria, na moderna Igreja cristã, é algo inteiramente descabido e incompreensível, considerando o enfático ensino bíblico a respeito, bem como a verdadeira adoração.
Consideremos a declaração de Salmos 106:19-21: «Em Horebe fizeram um bezerro e adoraram o ídolo fundido. E assim trocaram a glória de DEUS pelo simulacro de um novilho que come erva. Esqueceram-se de DEUS, seu Salvador, que, no Egito, fizera cousas portentosas". (ALB GORO)
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag. 525-526.
O quadro mostra um contraste absoluto entre Moisés no monte, recebendo os Mandamentos e os pormenores do tabernáculo, para que Israel pudesse adorar a DEUS corretamente, e o fiasco em curso no sopé da montanha.
Uma leitura cuidadosa da narrativa deixa claro que Arão estava confuso, pois o v. 5 parece implicar que ele ainda pretendia sustentar o culto ao Senhor, ao chamar o povo para uma celebração ao Senhor e construir um altar ao Senhor em frente ao bezerro. Em outras palavras, na mente de Arão, o bezerro era apenas o lugar onde Yahweh habitava. Mas o povo não entendeu assim, pois gritava: “São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito” (vv. 4,8). Moisés queimou o bezerro até as cinzas e obrigou o povo a beber a água suja por esse pó (cp.Nm 5.17-27).
Por diversas vezes a Igreja enfrentou o problema da idolatria versus a iconoclastia. O judaísmo pós-bíblico procurou resolver o problema mediante severa restrição da expressão artística. A controvérsia iconoclasta, levantada no ramo bizantino da Igreja, e os puritanos, despiram suas igrejas de todo ornamento. Parece que a própria Bíblia não é indulgente com nenhum desses extremos, mas considera idolatria como aquela que vem do coração pecador do homem, quando ele por vontade própria escolhe glorificar a criatura mais do que o criador (Rm 1.21-23). O salmista expressa isso suscintamente no salmo 106.19-21: “Em Horebe fizeram um bezerro, e adoraram o ídolo fundido. E assim trocaram a glória de DEUS pelo simulacro de um novilho que come erva. Esqueceram-se de DEUS, seu Salvador, que, no Egito, fizera coisas portentosas”.
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag. 775-776.
Êx 32.6 Tanto os holocaustos quanto as ofertas pacíficas eram formas pré-mosaicas, e ambas essas formas foram incorporadas à adoração no tabernáculo. Ver Gên. 4.3,4; Êxo. 18.12; 20.24. Tendo providenciado quanto ao aspecto religioso, eles passaram para o aspecto secular, cantando, dançando e, provavelmente, ocupando-se em toda forma de prática sensual, formicação e prostituição cultuai. Os Targuns referem-se à imoralidade dos israelitas, nessa oportunidade. Portanto, além do primeiro mandamento, também foi violado o sétimo. Paulo comentou sobre o evento, em I Cor. 10.7. O contexto sugere que houve práticas imorais. Portanto, um rito religioso transmutou-se em uma orgia, e Arão, que havia perdido legalmente os seus privilégios sacerdotais, mediante tal sincretismo, agora postava-se impotente, observando todo aquele deboche.
As festividades religiosas eram acompanhadas pelo regozijo (Deu. 12.7,18; 14.26; 16.11,14), O que, sem dúvida, incluía danças. Naquela ocasião, porém, foi um verdadeiro carnaval. Ninguém estava ali para adorar, mas para participar de um bacanal. Cf. este versículo com Núm. 25.1-9; I Reis 14.24; Amós 2.7. A atmosfera mundana de muitos cultos religiosos hoje em dia, com sua música própria para dançar, não diferindo praticamente em nada da música executada nos salões de bailes, é uma versão moderna da corrupção que houve naquela festa em honra ao bezerro de ouro.. No meio dos seus inimigos. Talvez estejam em foco as populações que viviam nas proximidades do Sinai, como os amalequitas, que chegaram a vir fazer parte das festividades. Isso significa que o povo de DEUS misturou-se com os idólatras locais, formando uma só massa humana com eles.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 446-447.
O grande pecado (32:1-6). Moisés chamou aquilo que fizeram de "grande pecado" (vv. 21, 30, 31), e sua avaliação foi precisa. Foi um grande pecado por causa daqueles que o cometeram: a nação de Israel, o povo escolhido de DEUS, seu tesouro peculiar.
A disposição concupiscente de Israel para adorar ídolos nasceu no Egito e ainda estava presente no coração do povo (Js 24:14; Ez 20:4-9; 23:3, 8). Arão alimentou esse apetite dos israelitas ao dar-lhes o que queriam. Hoje em dia, fala-se muito sobre "ir ao encontro das necessidades das pessoas", mas vemos aqui um exemplo de uma nação que não sabia quais eram, de fato, suas necessidades. Achavam que precisavam de um ídolo, mas o que realmente careciam era de fé em seu grande DEUS, que se havia revelado a eles de modo tão poderoso.
Israel trocou a glória do DEUS vivo pela imagem de um animal (SI 106:19-23), o que significa que agiu exatamente como as nações pagãs a seu redor (Rm 12:22-27).
Muita gente consegue madrugar para pecar, mas não para orar.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 322-323.
A oferta de manjares (w. 1-7). Os judeus não comiam muita carne, pois era caro demais abater seus animais. A lei declarada nessa passagem proibia o povo de matar seus animais para alimento em qualquer local dentro ou fora do acampamento. Qualquer animal a ser usado como alimento devia ser levado para o altar e apresentado como oferta pacífica ao Senhor.
Essa lei cumpria vários propósitos. Em primeiro lugar, evitava que o povo oferecesse sacrifícios a ídolos secretamente nos campos. Se fossem descobertos e interrogados, podiam dizer que estavam apenas preparando o animal para um banquete. No entanto, se esse fosse o caso, deveriam ter levado o animal para o altar do tabernáculo. O sangue do animal deveria ser oferecido somente ao Senhor e somente em seu altar. Em segundo lugar, por essa lei, o Senhor dignificava refeições comuns, fazendo delas uma experiência sagrada. O animal abatido não era apenas um pedaço de carne, era um sacrifício apresentado ao Senhor. De acordo com o versículo 4, o abate de um animal em qualquer lugar que não fosse o altar era o mesmo que assassinar o animal, e DEUS quer que tratemos sua criação com o maior respeito.
Quando à mesa agradecemos a DEUS o alimento, não estamos apenas reconhecendo sua bondade, mas também santificamos a refeição e fazemos de sua ingestão uma experiência espiritual.
Em terceiro lugar, ao levar o animal para o altar, o ofertante providenciava para que o Senhor (Lv 3:1-17) e o sacerdote (Lv 7:11-18) recebessem a parte que lhes era devida. Sem dúvida, o ofertante não ficava com tanta carne para si e sua família, mas o princípio por trás de Mateus 6:33 o compensaria de outras formas. A refeição em comunhão na casa de DEUS glorificaria ao Senhor e satisfaria as necessidades do ofertante e daqueles que comessem com ele.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 365-366.
2. Cuidado com a idolatria.
O Pecado da Idolatria
Curiosamente, o primeiro mandamento de DEUS no Sinai, a primeira ordenança do Decálogo, foi: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3). DEUS conhecia o coração do povo e sabia o quanto era propenso à idolatria, depois de anos vivendo no idólatra Egito.
As Sagradas Escrituras nos advertem, em 1 João 5.21, contra o pecado da idolatria: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém!”. E o apóstolo Paulo adverte o mesmo à igreja em Corinto, citando como exemplo negativo justamente o pecado do povo de Israel no deserto (1 Co 10.14,18-21).
A idolatria é um dos pecados mais terríveis listados na Bíblia, porque consiste em dar glória e veneração a algo ou alguém que não seja o próprio DEUS, o único que é digno de toda honra, toda glória, todo louvor e toda adoração. Entretanto, apesar de tão claro, este é um dos pecados mais praticados e mais ignorados em nossos dias no meio evangélico. E triste dizer, mas está se tornando cada vez mais comum evangélicos que desenvolvem verdadeiros comportamentos idolátricos em relação a pessoas e coisas que, obviamente, não devem receber a nossa adoração.
Idolatria não é só se prostrar diante de um ídolo de pedra, barro ou metal. Coisas ou pessoas também podem se tornar ídolos em nossa vida, quando começam a ganhar em nosso coração um lugar que não deveriam ter.
Uma coisa é gostar, admirar e respeitar; outra bastante diferente é “endeusar”, idolatrar. Logo, segue o alerta: cuidado para que o mero gostar e admirar não dê lugar à adoração por pessoas e coisas. Não só a idolatria a pessoas tem feito muitos males na vida de muitos crentes. A idolatria a coisas também.
Qual foi a última vez que você gastou tempo com DEUS em oração? Qual foi a última vez que abriu a Bíblia para estudá-la ou para lê-la devocionalmente para a sua edificação espiritual? Qual foi a última vez que você evangelizou alguém? Qual foi a última vez que dedicou tempo para ajudar as pessoas? Será que a maior parte do seu dia é dedicada a coisas que realmente valem a pena ou só a futilidades?
O apóstolo Paulo afirma em Colossenses 3.5: “Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, ao apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria”. Paulo se refere ao “apetite desordenado”, ou “afeição desordenada”, e chama a “avareza” claramente de “idolatria”. Avareza é apego às coisas materiais. Quando valorizamos mais os bens materiais do que o espiritual, estamos de cabeça para baixo espiritualmente. Estamos longe de DEUS.
O profeta Samuel falou também sobre outro tipo de idolatria sutil no meio dos crentes. Disse ele, conforme registrado em 1 Samuel 15.23: “Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, Ele também te rejeitou a ti...
Ora, o que significa a palavra “porfiar”? Ela quer dizer, segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, “discutir com calor”, “insistir”, “teimar”, “competir” e “disputar”. Ou seja, insubordinação, disputa entre irmãos, espírito de competição dentro da igreja, teimosia, arrogância, contenda, tudo isso, afirma Samuel é pecado de idolatria. Você já parou para pensar nisso?
Paulo afirma que uma das características do Anticristo, e que é própria do espírito do Anticristo, é se levantar “contra tudo o que se chama DEUS ou se adora” e querer “se [assentar] como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer DEUS” (2 Ts 2.4). Não se engane: há muita gente que começa bem, mas acaba, infelizmente, perdendo a visão espiritual e, por isso, tem o seu coração cheio de altares. É gente que afirma que serve a um único DEUS, mas possui um coração idólatra, repleto de “deuses”, quando também não adora a si mesmo.
O cristão não deve ser dominado ou escravizado por nada. Apenas DEUS deve ser o Senhor soberano de sua vida.
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de FéMoisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 65-66.
A idolatria consiste na adoração a algum falso deus, ou a prestação de honras divinas ao mesmo. Esse deus falso pode ser representado por algum objeto ou imagem. Esse termo usualmente inclui a ideia da dendrolatria, da litolatria, da necrolatria, da pirolatria e da zoolatria... O estado mental dos idólatras é radicalmente incompatível com a fé monoteísta. A idolatria é má porque seus devotos, em vez de depositarem sua confiança em DEUS, depositam-na em algum objeto, de onde não pode provir o bem desejado; e, em vez de se submeterem a DEUS, em algum sentido submetem-se às perversões de valor representadas por aquela imagem».

Lição 6- A peregrinação de Israel no deserto até o Sinai - 3pte

Lição 6-  A peregrinação de Israel no deserto até o Sinai - 3pte

Algumas vezes a idolatria resulta da degeneração de uma fé anteriormente superior. Vemos isso no Novo Testamento, em vários lugares, no tocante a Israel, a certas alturas de sua história.
A tendência de atribuir uma residência material a alguma divindade, ou, geralmente, de prestar culto ao espírito, em termos tangíveis é algo tão comum que quase se torna um sinal universal da cultura humana.
A idolatria está presente na grande maioria das religiões do mundo. Os mandamentos contra a adoração a outros deuses e contra o fabrico de imagens são injunções especificas contra a idolatria» (AM).
O panteão mesopotâmico compunha-se de mais de mil e quinhentos deuses. Os mais conhecidos dentre eles eram Samás, Marduque, Sin e Istar, a qual era a deusa do amor carnal. Nabu era o patrono da ciência e da erudição. Nergal era o deus da guerra e da caça. Quase todas as atividades e aspirações dos homens têm sido representadas por alguma prática idólatra.
Havia todos os tipos de abusos sexuais, corno a prostituição sagrada, associados aos cultos de fertilidade, nos quais Baal e Astarte eram adorados, sem falarmos em cultos onde havia orgias de bebidas alcoólicas. Também havia o sacrifício de infantes na fogueira. A radicalidade dessa forma de idolatria foi a razão por detrás do mandamento da eliminação de toda forma de idolatria, com a destruição das imagens, colunas e estátuas, e com a destruição dos lugares altos, onde esses ritos eram efetuados. (Ver Deu. 7:1-5; 12:2,3).
É possível haver uma imagem, sem que essa seja adorada, como no caso dos querubins que havia no templo de Jerusalém. Sem dúvida, esses querubins não eram adorados, formando uma exceção acerca da proibição de imagens. Urna imagem também pode ser um amuleto que é concebido como dotado de alguma forma de poder de proteger, de ajudar ou de permitir alguma realização. As divindades da natureza, com frequência, eram adoradas sem o uso de quaisquer objetos materiais; mas, quando os homens começaram a pensar nos deuses como espíritos, e esses habitando nos mais variados objetos, então todo tipo de objeto e representação material passou a ser adorado. Assim, o sol, a lua e as estrelas eram concebidos corno lugares de habitação de divindades, como se fossem as próprias divindades, razão pela qual eram adorados diretamente. Algumas vezes, as imagens só são adoradas mediante alguma forma de cerimônia, que, supostamente, lhes transmitiria vida, ou seja, fazem delas manifestações localizadas de alguma divindade.
O esforço por retratar os imaginários poderes de alguns deuses têm criado imagens fantasticamente grotescas. As religiões da Babilônia e do Egito levavam a sério a idéia de que um deus ou espírito divino podia residir em algum objeto material. O hinduísmo e o budismo têm feito intenso uso de ídolos para ajudar o povo comum a adorar. Os elementos mais intelectuais dessas religiões asseveram que as imagens de escultura são meras representações das divindades; mas, ao nível popular, essa delicada distinção inexiste, conforme se vê na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa Oriental.
Ensino a Bíblico. Sobre a Idolatria
O segundo mandamento da lei de DEUS proíbe qualquer forma de idolatria. Ver Êxo, 20:3-5. A idolatria dos hebreus, quando ocorria, não só incluía a adoração a deuses falsos, mediante imagens ou sem elas; mas também a adoração a Yahweh, embora através de símbolos visíveis (Osé. 8:5,6; 10:5). No Novo Testamento, qualquer coisa muito desejada, que suplante a comunhão com DEUS ou a impeça, é considerada idolatria (I Cor. 10:14; Gãl. 5:20; Col. 3:5). A teologia moral cristã insiste em que qualquer desejo desordenado, que veia o objeto de tal desejo como a fonte última do bem e a base do bem-estar do individuo, é idolatria»
Formas de Idolatria na Bíblia. A adoração a imagens (lsa. 44: 17), o oferecimento de sacrifícios a imagens (Sal. 106:38; Atos 7:41), a adoração a deuses falsos (Deu. 30:17; Sal. 81:9), o serviço prestado a outros deuses (Deu. 7:4), o temor a outros deuses (II Reis 17:35), a adoração ao verdadeiro DEUS, mas por meio de alguma imagem (Êxo. 32:46 e Sal. 10:6,18,20), a adoração a demônios (Mat. 4:8,10; I Cor. 10:20), o manter ídolos no próprio coração (Eze. 14:3.4), a adoração aos espíritos dos mortos (Sal. 106:28). a cobiça (Efé. 5:5; Col. 3:5), a sensualidade (Fil. 3:19), a redução da glória de DEUS em uma mera imagem (Rom. 1:23), a adoração aos corpos celestes (Deu. 4:19).
Castigos Prometidos aos Idólatras, A morte judicial (Deu. 17:2-5), o banimento (Jer. 8:3; Osé. 8:5-8), a exclusão do céu (I Cor. 6:9,10; Efé. 5:5; Apo, 22:15), o julgamento da eternidade (Apo. 14:9-11; 21:8).«Não houve nenhum período da história dos hebreus em que esse povo estivesse isento da atração exercida pelos ídolos. 
No Novo Testamento, JESUS estendeu os pecados até os seus íntimos motivos (MaL 5:21 ss). Assim, no caso da idolatria, qualquer coisa que ocupe excessivamente o nosso tempo, às expensas da espiritualidade, é uma manifestação de idolatria (Efé. 5:5; Col. 3:5; Fil. 3:19, onde a glutonaria é especificamente mencionada).
A Idolatra na Igreja
Os intelectuais cristãos, tal corno seus colegas budistas, dizem que as imagens de escultura são apenas memórias de qualidades dignas de emulação, de santos ou heróis espirituais, o que, presumivelmente, - ajudaria os religiosos sinceros a copiarem tais virtudes.
Entretanto, o povo comum não é sofisticado o bastante para separar a imagem da adoração à divindade ou santo. E nem significa grande coisa a autêntica distinção entre adoração e veneração. O resultado disso é que a idolatria tornou-se muito comum na Igreja cristã, tanto no Oriente quanto no Ocidente. E, apesar dos grupos protestantes e evangélicos terem removido as formas mais crassas de idolatria, de seu culto, ainda assim há muitas formas sutis de idolatria que ali são cultivadas. Quem não se mostra ocasionalmente cobiçoso? Quem não tem desejos desordenados? Quantos escapam da idolatria sob a forma de glutonaria ou sensualidade? Além disso, há variedades religiosas de idolatria, como a bibliolatria (vide). Uma forma comum de idolatria consiste em idolatrar o credo denominacional, o que, geralmente, se faz com uma atitude arrogante. O coração humano, fora da Igreja ou dentro dela, no Oriente ou no Ocidente, pende para a idolatria, e uma parte do crescimento espiritual consiste na eliminação gradual de todas as formas de idolatria, até as mais sutis.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 3. Editora Hagnos. pag. 206-209
IDOLATRIA
Definição
Esta é uma transliteração da palavra gr. eidololatria, cujo significado entendemos ser "a adoração a ídolos; a adoração a imagens como divinas e sagradas". Veja Imagens de Escultura. Esse vocábulo gr. é uma composição de dois termos: O primeiro é eido (cf. o latim video), significando "ver" e "saber"; assim ele traz em si o conceito básico de "saber por ver". Com base nesse termo foi formada a palavra eidolon, "imagem", que veio a significar especificamente uma imagem de um deus como um objeto de adoração, ou um símbolo material do sobrenatural como tal objeto. O segundo termo é latreia, significando "culto" ou, mais especificamente, "culto ou adoração aos deuses". Idolatria, então, é prestar honras divinas a qualquer produto de fabricação humana, ou atribuir poderes divinos a operações puramente naturais.
A Idolatria dos Vizinhos de Israel
Práticas pagãs entraram em Israel principalmente por intermédio dos egípcios, dos cananeus e das nações assírio-babilônicas.
A História da Idolatria Entre os Israelitas
Abraão viveu em um mundo de idolatria. Sua viagem para oeste tinha a finalidade de abandonar a idólatra Ur dos caldeus e procurar um novo lar no qual poderia adorar ao único DEUS verdadeiro.
Os anos no Egito resultaram na fascinação de Israel pelos ídolos egípcios (cf. Js 24.14; Ez 20.7,8), e assim Moisés considerou imperativo desafiar os deuses do Egito (Nm 33.4). Durante a ausência de Moisés do acampamento ao pé do monte Sinai, os israelitas clamaramjaor alguma representação visível de Jeová (Êx 32.1). Somente uma mente completamente acostumada ao profundo respeito prestado aos touros sagrados do Egito poderia inventar uma representação tão estranha de Jeová (Êx 32.4; veja JerusB). As pessoas que não estivessem familiarizadas com essa prática egípcia não poderiam ter respondido tão prontamente como fizeram esses israelitas^. A festa que Arão proclamou para Jeová (Êx 32.5), que resultou no povo cantando e dançando nu diante do ídolo (32.6,18,19,25), era como a festa de Ápis; isto levou o povo à indecência - de uma forma pública ou privada (a palavra "divertir-se" ou "folgar", saheq, em 32.6 implica em gestos ou atos sexuais; cf. "acariciava", Génesis 26.8). Portanto, a grande ira do Senhor e de Moisés é compreensível (32.4,8). Arão chamou ao bezerro de Senhor (32.5), mas representá-lo desse modo era idolatria (SI 106.19,20).
A Avaliação do Novo Testamento
Os primeiros cristãos inevitavelmente entraram em contato com a idolatria gentílica (At 17.16). Assim, eles frequentemente tinham que encarar questões relacionadas aos alimentos e à carne oferecida aos ídolos durante as festividades (At 15.20; 1 Pe 4.3; Ap 2.14,20), especialmente em Corinto (1 Co 8; 10). Idólatra é o nome dado àquele que adora deuses pagãos e ídolos pessoais no NT (1
Co 5.10,11; 6.9; 10.7; Ap 21.8; 22.15). A idolatria é especificamente equiparada à cobiça, que faz do dinheiro um deus, e torna o homem infiel em sua mordomia (Mt 6.24; Lc 16.13; Cl 3.5; Ef 5.5). As advertências contra a concupiscência maligna certamente não se referem apenas à idolatria no ambiente dos primeiros cristãos, mas também à nossa era, que é obcecada por sexo (Gl 5.19,20; Fp 3.19; cf. Rm 16.18). A fonte da idolatria é basicamente um coração impuro e uma vontade impura (Rm 1.21). Paulo concorda com Isaías quando diz que o homem degenerou-se no paganismo ao invés de se desenvolver e abandoná-lo (cf. Rm 1; Is 44). Portanto, ele ordena que os cristãos fujam da idolatria (1 Co 10.14). João faz a mesma advertência (1 Jo 5.21).
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 944-948.
I João 5. 21. Guardai-vos dos ídolos, surge naturalmente da condição e caráter do verdadeiro cristão, que João esteve expondo. O Filho de DEUS o guardará (18), mas isto não o isenta da responsabilidade de guardar-se. Quanto a estas duas formas de guarda, a dele e a nossa, ver Jd 21,24. De fato, o verbo aqui é phulassein. Significa propriamente “vigiar”, “proteger” (assim na RV), e David Smith demonstra que ele é empregado com referência a proteger “um rebanho (Lc 2:8), um depósito ou encargo (1 Tm 6:20; 2 Tm 1:12,14), um prisioneiro (At 12:4)”.
João está dizendo: A alusão deve ser às “errôneas imagens mentais modeladas pelos falsos mestres” (Brooke), que, por seu falso conceito do Filho, e portanto do Pai, constituíam monstruosa idolatria.
John R. W. Stott. I II III João Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 168-169.
Aviso de João de concluir, Filhinhos, guardai-vos dos ídolos, reflete a importância crucial de adorar o verdadeiro DEUS exclusivamente. O perigo da idolatria era especialmente grave em Éfeso (onde João provavelmente escreveu esta epístola), centro do culto da deusa Ártemis (Diana). Algumas décadas antes, o ministério do apóstolo Paulo teria iniciado um motim por seus adoradores zelosos (Atos 19:23-41). Mas o perigo não estava confinado a Éfeso, como a advertência de Paulo aos Coríntios: "Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios, você não pode participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios" (1 Cor. 10:21), indica. Embora poucos em nossa cultura contemporânea adoram ídolos físicos, a idolatria é generalizada, no entanto. Qualquer coisa que as pessoas elevem acima de DEUS é um ídolo do coração. Cada "coisa sublime que se levante contra o conhecimento de DEUS" (2 Coríntios. 10:5) deve ser destruída, e só CRISTO exaltado.
Em um mundo escuro cheio de incertezas, os cristãos têm a certeza gloriosa com base em revelação divina "a palavra profética fez mais certeza ... uma lâmpada que brilha em lugar escuro" (2 Pedro 1:19). Enquanto o mundo tropeça cegamente na escuridão (Jr 13:16), a Palavra de DEUS é para os santos "lâmpada para os pés [sua] e luz para o [seu] caminho" (Sl 119:105), porque "o mandamento é uma lâmpada e do ensino é luz "(Provérbios 6:23).
JOHN MACARTHUR, JR. Novo Testamento Comentário I II II João Comentário Expositivo.
3. A idolatria no coração.
CORAÇÃO
I. Uso Geral
Coração. Nas páginas da Bíblia, tanto no Antigo como no Novo Testamentos, é o vocábulo mais completo para indicar todas as faculdades humanas, como os sentimentos (ver Rom. 9:2), a vontade (ver I Cor. 4:5) e o intelecto (ver Rom. 10:6). e assim apontado o homem interior, o homem essencial, aquela porção da personalidade humana que possui os meios naturais através dos quais todo o homem deveria elevar seu conhecimento de DEUS a níveis mais altos, em gratidão. Todavia, é justamente o coração que se toma obscurecido. O «coração» pode ser o lar do ESPÍRITO SANTO (ver Rom, 5:5), ou a maldade pode dominar ali (ver Rom, 1:24). A passagem de Mar. 7:21 e ss , alista os vicios que podem proceder do homem interior, ali também chamado de coração».
II. A Prevenção de
Rom. 1:21 descreve de forma abreviada como as faculdades naturais do homem, que lhe permitem vir a conhecer a DEUS e a ter comunhão natural com ele, foram pervertidas, através de uma degeneração progressiva, mediante a rejeição proposital do conhecimento de DEUS e da distorção da verdade, tudo o que faz parte do misterioso e primeiro deslocamento do homem para fora da harmonia original que ele desfrutava com DEUS.
O homem só tem razão quando pensa corretamente, e só pensa corretamente se está em harmonia com o Criador.
Antes se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, Rom, 1:21. A palavra nulos, neste caso, significa «inúteis» «vãos", «vazios». «A compreensão humana foi reduzida a trabalhar em um 'vácuo'. De certo modo se tomou fútil. (Godet em Rom, 1:21).
Ou, conforme diz Vincent. «Suas ideias perderam o valor intrínseco, correspondente à verdade».
O vocábulo vaidade, nos contextos judaicos (o que também deve ser verdade nos escritos de Paulo), diz respeito as práticas e tendências idólatras dos homens, os quais loucamente, em lugar do DEUS vivo, colocam alguma outra coisa, usualmente uma imagem de escultura, feita por seus próprios dedos, ainda que isso também possa ser expresso na forma da adoração aos corpos celestes, em lugar de adoração ao próprio criador dos corpos celestes,
Raciocínios. - Alguns intérpretes preferem a tradução alternativa - imaginações - o que se referia à intranquilidade da mente depravada, que começa por inventar ideias, por especular, por raciocinar, mas tudo com resultados negativos, pervertendo tão somente qualquer luz à verdade que porventura já possua.
- a «verdade humana» que os homens substituem pela «verdade de DEUS». A verdade dos homens leva os homens à perversão moral, conforme se vê tão patentemente no nosso mundo atual. Os males, portanto, exercem um efeito cumulativo, e isso concorda com a experiência humana.
Tudo isso esclarece por quais razões e como os homens são inescusáveis. Os próprios homens fizeram descer o dilúvio sobre eles, e isso deu inicio a um espírito de ingratidão.
«A injustiça deles consiste nisso – imediatamente afogaram, por sua própria depravação, a semente do correto conhecimento, antes que esta pudesse amadurecer•. (Calvino).
III. A Variedade de uso da Palavra
1. Como paralelo de «inteligência» (ver Rom. 1:21: II Cor. 3:15; 4:6 e Efé. 1:18).
2. Como equivalente a - escolhe moral (ver I Cor. 7:37 e n Cor. 9:7).
3. Como algo que dá impulso e caráter às ações (ver Rom. 6:17; Efé. 6:6: I Cor. 3:3; I Tim. 1:5 e 11 Tiro. 2:22). A obra da lei está escrita no coração do homem (ver Rom. 2:15). A igreja em Corinto foi inscrita como epístola de CRISTO, em corações de carne (ver II Cor. 2:23).
4. Especificamente, o coração é a sede do Espirito divino (ver Gál. 4:6; Rom. 5:5; 11 Cor. 1:22). Essa é a esfera das diversas operações, orientações, consolos e confirmações do ESPÍRITO SANTO (ver Fil. 4:7;: Cal. 3:15: I Tes. 3:13; 11Tes. 2:17 e 3:5). O coração igualmente a sede da fé e o órgão do louvor espiritual'. (ver Rom. 10:9;'Efé. 5:19; Col. 3:16).
5. O coração equivale ao homem interior (ver Efé. 3:16,17).
Assim, pois, podemos falar sobre o homem essencial, o homem real, que é a alma humana, em contraste com o mero homem físico, o homem animal.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag. 899.
Ez 14.3 Filho do homem. O profeta é assim chamado por Yahweh, cada vez que uma mensagem é dada. Ver este título em Eze. 2.1.
Estes homens levantaram os seus ídolos dentro em seu coração. Os líderes que consultaram o profeta não tinham coração puro. De fato, retinham uma idolatria doentia no espírito, mesmo que não adorassem ídolos crassos em lugares públicos. Não se tinham voltado para o culto de Yahweh. Não obedeceram à lei de Moisés, o guia de Israel (Deu. 6.4 ss.). Não eram distintos das nações pagãs (Deu. 4.4-8). Ainda amavam seus ídolos, as bolas de esterco, expressão usada 39 vezes neste livro. O amor aos ídolos foi um impedimento para aqueles ímpios, que continuaram pecando aberta e vergonhosamente. Eles viviam uma farsa, pois os terrores da Babilônia não os curaram. Cf. Eze. 7.19-20 e Amós 4.4-5. Ver também Jer. 2.25. Como a esposa de Ló, eles também desejaram os velhos caminhos pecaminosos. Não receberam nenhuma comunicação divina. Yahweh não podia recebê-los ou abençoá-los. Aqueles homens eram doentes, espiritualmente falando; eram rebeldes, idólatras, apóstatas e reprovados.
Ez 14.4 Assim diz o Senhor DEUS: Qualquer... que levantar os seus ídolos dentro em seu coração. Adonai-Yahweh (o Soberano Eterno) deu respostas duras àqueles atores. Eles eram idólatras de coração: sem coragem de estabelecer cultos públicos de idolatria, mantinham altares idólatras em seu íntimo. O Soberano, no exercício de Sua providência negativa, castigaria sem misericórdia esses tais. A espada os tinha seguido até o cativeiro (Jer. 9.16). Ver também Eze. 12.14.
Eu, o Senhor... lhe responderei segundo a multidão dos seus ídolos. Adonai- Yahweh daria a eles uma resposta severa que eles não gostariam de ouvir. Era a palavra da aniquilação. O Targum fala aqui da palavra de misericórdia, mas esta interpretação não faz sentido no presente contexto. Os idólatras tolos sofreriam por causa de sua tolice. As palavras de terror se tomariam experiências de terror.
Ez 14. 7 Qualquer homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros que moram em Israel, que se alienar... Este versículo é uma duplicata do vs. 4, onde há uma exposição. Aqui, todavia, aprendemos que os adeptos do judaísmo incluíram “estrangeiros”. Esta palavra se refere aos prosélitos do judaísmo, que eram das nações pagãs. Qualquer homem, nativo ou estrangeiro (convertido), que se apresentasse como seguidor de Yahweh, mas praticasse a idolatria, seria rejeitado por Ele. Um julgamento angustiante cairia sobre os nativos e estrangeiros. Todos eram hipócritas, ímpios e depravados. Adonai-Yahweh, o Soberano Eterno, acabaria com todos. Ver Lev. 17.8-9, que fala dos prosélitos do judaísmo. A condição de conversão era a obediência à lei de Moisés. Nem mesmo os judeus nativos cumpriram essa condição, no tempo de Ezequiel.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3231-3232.
Estas palavras foram dirigidas a um grupo específico de anciãos que se assentaram diante de Ezequiel (cf. 8:1; 20:1). Tinham chegado, presumivelmente, na esperança de ouvir algum oráculo acerca da duração do seu exílio, ou acerca da situação da pátria, em Jerusalém. O oráculo foi dado, mas não foi aquilo que esperavam.
3. Note a expressão de desprezo: estes homens. A acusação contra eles é que se deixaram afetar pelo seu meio-ambiente babilônio e com os atrativos da sua religião idólatra. Nada mudara extremamente na sua lealdade ao Senhor, mas tomaram ídolos dentro em seu coração e, ao assim fazerem, colocaram diante de si mesmo a pedra de tropeço que os levaria a cair na iniqüidade. A frase: tropeço para a iniqüidade, é peculiar a Ezequiel (7:19; 14:3, 4, 7; 18:30; 44:12) e geralmente se refere aos ídolos, os quais o profeta reconhecia como sendo supremamente “a ocasião para pecado” ao seu povo. O Senhor exige uma lealdade exclusiva, interna quanto externamente, da parte do Seu povo, e aqueles que O consultam ou oram a Ele, enquanto acalentam outros deuses no seu coração, não serão ouvidos (cf. SI 66:18).
4. Em lugar de uma resposta, DEUS dá ao profeta um oráculo de julgamento que coloca em termos gerais (Qualquer homem da casa de Israel que...) aquilo que acontecerá quando o homem de lealdade dividida inquirir de um profeta verdadeiro. Nenhum oráculo será dado, mas eu, o SENHOR... lhe responderei, com ações e não com palavras. As palavras têm um som sinistro, e o v. 8 narra mais acerca do seu significado, mas o alvo final é expressado de modo positivo nos w. 5 e 11. O Senhor pretende captar os corações do Seu povo alienado, de modo que este possa tornar-se Seu povo na realidade.
John B. Taylor. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag.  115.
Êx 20.3 Primeiro Mandamento:
Não terás outros deuses. Temos aqui a regra do monoteismo (ver a respeito no Dicionário). Neste ponto, o monoteismo substitui todas as outras possíveis noções de DEUS. Todavia, não basta acreditar na existência de um DEUS. Esse DEUS único precisa ser reconhecido e obedecido como a autoridade moral de todos os atos humanos. Também só há um DEUS no atinente à questão da adoração e do serviço espirituais. O DEUS único merece toda honra. Isso labora contra o panteísmo e todo o seu caos. Este último adiciona muitas informações àquilo que comentamos aqui. Ver também Êxo. 23.13.
A nação de Israel estava cercada por povos que eram leais a um número impressionante de divindades. As pragas do Egito tinham mostrado que só Yahweh é DEUS (ver Êxo. 5.2 e 6.7). Há uma profunda verdade na ideia que um homem só pode adorar a um DEUS. JESUS abordou essa questão em Mateus 6.24. Os homens adoram aquelas coisas que lhes parecem importantes, incluindo o dinheiro. Há deuses externos e internos. Mas todos eles são deuses falsos.
Os vss. 4-6 descrevem e ampliam o primeiro mandamento. Os católicos-romanos e os luteranos (e também muitos intérpretes judeus) pensam que esses versículos formam, conjuntamente, o primeiro mandamento. Mas a maioria dos outros grupos protestantes e evangélicos fazem desses versículos um mandamento distinto.
Yahweh é um DEUS zeloso que não tolera rivais (vs. 5; 34.14). Naturalmente, temos nisso uma linguagem antropomórfica. Ver no Dicionário o artigo Antropomorfismo. Divindades rivais seriam algo contrário ao caráter único de DEUS. E um deus que não é único não é o verdadeiro DEUS. Ver os vss. 22,23. A desobediência ao primeiro mandamento foi a principal razão dos cativeiros (ver a esse respeito no Dicionário) que, finalmente, Israel sofreu.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 388.
Reconhecendo o único e verdadeiro DEUS (w. 1-3). A expressão "o Senhor, teu DEUS" é repetida cinco vezes nessa passagem (vv. 2,5,7,10,12), a fim de lembrar o povo da autoridade por trás desses mandamentos.
Moisés não está relatando "dez opiniões" que ouviu de um conselheiro amigável, mas sim dez mandamentos proferidos pelo DEUS Todo-Poderoso. Os hebreus viviam num mundo de nações cegas e supersticiosas, que adoravam a muitos deuses, algo que Israel presenciou durante séculos no Egito. Israel devia ser testemunha do verdadeiro DEUS vivo (S I 115) e convidar os povos vizinhos a confiar nele. A expressão "diante de mim" pode significar "em oposição a mim". Para os israelitas, adorar a outro DEUS seria o mesmo que declarar guerra a Jeová e atrair sobre si a ira de DEUS. A cada manhã, o judeu fiel declara: "Ouve, Israel, o Senhor, nosso DEUS, é o único Senhor " (Dt 6:4).
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 289.
O Primeiro Mandamento: Não Ter Outros Deuses (20.3)
O versículo 2 é a introdução do primeiro mandamento. DEUS identifica quem tirou os filhos de Israel da servidão egípcia: O SENHOR. Visto que ele os libertara e provara que era supremo, eles tinham de torná-lo seu DEUS. Não havia lugar para competidores.
Todos os outros deuses eram falsos.
Diante de mim (3) significa “lado a lado comigo ou além de mim”. DEUS não esperava que Israel o abandonasse; Ele sabia que o perigo estava na tendência de prestar submissão igual a outros deuses. Este mandamento destaca o monoteísmo do judaísmo e do cristianismo.
“O primeiro mandamento proíbe todo tipo de idolatria mental e todo afeto imoderado a coisas terrenas e que podem ser percebidas com os sentidos.”21 Não existe verdadeira felicidade sem DEUS, porque Ele é a Fonte de toda a alegria. Quem busca alegria em outros lugares quebra o primeiro mandamento e acaba na penúria e em meio a acontecimentos trágicos.
Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 189.
 
 
Questionário da Lição 6 - A Peregrinação de Israel No Deserto Até O Sinai
Responda conforme a revista da CPAD do 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Complete os espaços vazios e marque com"V"as respostas verdadeiras e com"F"as falsas
 
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
“Ora, tudo isso lhes sobreveio como ________________________, e estão escritas para ______________________________ nosso, para quem já são chegados os _______________________ dos séculos” (1 Co 10.11).
 
VERDADE PRATICA
2- Complete:
Os ____________________________________ e pecados de Israel servem-nos de ___________________________ para que não venhamos a cometer os mesmos ___________________________.
 
INTRODUÇÃO
3- Por que estudar as lições do Antigo Testamento, sendo nós cristãos da Nova Aliança?
(    ) Porque o Antigo Testamento é mais importante do que o Novo Testamento.
(    ) Os fatos do Antigo Testamento são como figuras, nos alertando para que não venhamos a cometer os mesmos erros que o povo de DEUS cometeu no passado.
(    ) Jamais siga os caminhos da desobediência, rebeldia e idolatria trilhados por Israel no deserto.
(    ) DEUS guiou e sustentou seu povo que foi infiel, murmurador e idólatra. O Senhor permaneceu fiel e cuidando dos israelitas.
 
I - ISRAEL PEREGRINA PELO DESERTO
4- Como foi a chegada de Israel a Mara (Êx 15.23)?
(    ) Eles andaram dois dias pelo deserto e encontraram muitas águas em Mara para beberem e saciarem a sede.
(    ) O povo de DEUS estava finalmente livre dos egípcios e começava sua caminhada pelo deserto a caminho de Canaã.
(    ) Depois da travessia do Mar Vermelho os israelitas foram conduzidos por Moisés até o deserto de Sur.
(    ) Eles andaram três dias pelo deserto e as águas que encontraram em Mara eram impróprias para beber.
(    ) Descontente, o povo começou a murmurar contra Moisés.
(    ) Na verdade eles não estavam reclamando de Moisés, mas de DEUS.
(    ) Muitos podem pensar que estão reclamando do seu líder, mas na verdade estão reclamando contra aquEle que delegou autoridade ao líder: DEUS.
(    ) A murmuração é uma característica negativa daqueles que não confiam no Senhor. Moisés confiava na providência do Pai.
(    ) Então ele orou e DEUS lhe mostrou um lenho. Moisés jogou o lenho nas águas e elas se tornaram boas para o consumo.
(    ) Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “assim como DEUS curou as águas amargas de Mara, assim Ele curaria Israel satisfazendo-lhes as necessidades físicas e, mais importante que tudo, curando o povo de sua natureza corrompida”.
 
5- Como era Israel, a caminho da Terra Prometida?
(    ) Israel era uma massa de gente briguenta e sem fé que precisava ser lapidada pelo Senhor para que se transformasse em uma nação santa.
(    ) A lapidação veio com as maldições impostas sobre eles no monte Horebe.
(    ) A lapidação veio com as provações rumo ao monte Sinai.
 
6- Rumo ao Sinai (Êx 16.1), como foi a estada de Israel em Elim?
(    ) Depois de Mara os israelitas foram para Elim e em seguida para o deserto de Sim, que ficava entre Elim e Sinai.
(    ) Esse é um lugar inóspito, repleto de areia e pedra, porém um local perfeito para DEUS tratar do seu povo.
(    ) Diante das dificuldades o povo volta a murmurar e quer mais uma vez retornar ao Egito.
(    ) Mas DEUS é bom e misericordioso.
(    ) Depois de Mara os israelitas foram para o deserto de Sim e em seguida para Elim, que ficava entre Sur e Sinai.
(    ) Ele mais uma vez supriu as necessidades do seu povo.
(    ) Talvez você esteja sendo também provado pelo Senhor.
(    ) Este é um momento difícil, mas em vez de murmurar adore ao Senhor.
(    ) Você, assim como Israel, verá o sobrenatural de DEUS em sua vida.
 
7- Rumo ao Sinai (Êx 16.1), no deserto de Sim, o que fêz DEUS, quanto ao sustento de seu povo?
(    ) DEUS envia o maná ao seu povo.
(    ) O maná vinha de uma planta que com o vento forte do deserto se soltava sobre o arraial do israelitas.
(    ) O maná não foi um fenômeno natural, como alguns cogitam.
(    ) Foi uma provisão especial de DEUS.
(    ) Esta provisão apontava para JESUS, o Pão Vivo que desceu do céu.
(    ) DEUS sustentou seu povo através do deserto não somente com pão, mas também com carne e água.
 
8- Rumo ao Sinai (Êx 16.1), em Refidim, o que fêz DEUS quanto à questão da água, para seu povo?
(    ) DEUS fez água cair do céu e encher todos os poços do deserto.
(    ) DEUS fez água jorrar da rocha.
(    ) Ele é o nosso provedor.
(    ) Tudo que temos vem do Senhor, por isso devemos ser gratos a Ele pela provisão.
(    ) Depois de partir de Refidim, o povo, sob a orientação de DEUS, caminhou até o monte Sinai, onde os israelitas receberam a lei do Senhor.
 
II - ISRAEL NO MONTE SINAI
9- Como é o monte Sinai (Êx 19.2) e qual sua importância para o povo de DEUS?
(    ) A distância do Sinai a Canaã é de quase 600 quilômetros, e seria percorrida em um curto prazo pelos israelitas, mas infelizmente levou 40 anos.
(    ) Este é um lugar especial para todo o povo de DEUS.
(    ) Ali DEUS revelou- se de modo especial a Moisés e a Israel e lhe entregou os Dez Mandamentos.
(    ) Ali os israelitas tiveram a revelação da glória e da santidade do Todo-Poderoso.
(    ) Tiveram também a revelação da sua natureza, da sua lei, da expiação do pecado, da vontade divina e do seu culto.
(    ) Todo o livro de Levítico, que trata do ministério e do culto ao Senhor, teve o seu desenrolar no acampamento do Sinai, ao pé do monte.
(    ) A distância do Sinai a Canaã é de quase 500 quilômetros, e seria percorrida em um curto prazo pelos israelitas, mas infelizmente levou 38 anos.
(    ) A demora decorreu como parte do julgamento divino dos pecados de incredulidade, murmuração, rebelião e desvio dos israelitas.
 
10- O que se deu com a permanência de Israel no Sinai?
(    ) No Sinai, Israel permaneceu, conforme as determinações do Senhor a Moisés, cerca de onze meses.
(    ) No Sinai, Israel permaneceu, conforme as determinações do Senhor a Moisés, cerca de seis meses.
(    ) Durante sua permanência ali, Israel caiu no abominável pecado da idolatria do bezerro de ouro.
(    ) Com a idolatria veio a obscenidade, a imoralidade e a prostituição.
(    ) Este horrível pecado de Israel é mencionado várias vezes através da Bíblia, sempre de modo infamante como em 1 Coríntios 10.7: “Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber e levantou-se para folgar.'
(    ) Apesar de Israel ter falhado, o eterno propósito salvífico de DEUS não falhou.
 
III - A IDOLATRIA DOS ISRAELITAS
11- Como foi o episódio do bezerro de ouro (Êx 32.2-6), adorado como deus no deserto?
(    ) Moisés e Josué subiram ao monte Sinai para se encontrar com o Senhor e receber dEle as tábuas da Lei.
(    ) Ali eles ficaram por quarenta dias, e o povo sem saber notícias, começaram a orar a DEUS e como não obtveram resposta, fizeram um bezerro de ouro e o adoraram como deus.
(    ) Ali eles ficaram muitos dias, e o povo, com pressa em saber notícias, começou mais uma vez a reclamar e a especular a causa da demora de Moisés e Josué.
(    ) Não levou muito tempo para que uma grande confusão fosse formada.
(    ) O povo, liderado por Arão, pecou deliberadamente contra o Senhor construindo um bezerro de ouro para ser adorado.
(    ) Diversas passagens bíblicas relacionam o ídolo aos demônios, e o culto idólatra ao culto diabólico.
(    ) Os ídolos sempre foram laços para o povo de Israel, a quem DEUS elegeu como seu povo peculiar aqui na terra.
 
12- O que é idolatria e qual cuidado devemos ter quanto a ela?
(    ) A Palavra de DEUS em 1 João 5.21 nos adverte: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém!”.
(    ) A Palavra de DEUS em 2 João 2.21 nos adverte: “Filhinhos, guardai-vos da idolatria. Amém!”.
(    ) O crente deve estar vigilante contra a idolatria.
(    ) Muitos pensam que idolatria é somente adorar a imagens de escultura.
(    ) Todavia, um ídolo é tudo aquilo que ocupa o lugar de DEUS na vida humana.
(    ) Alguma coisa tem ocupado o lugar do Senhor em seu coração? Peça a ajuda do Pai e livre-se imediatamente de toda idolatria.
(    ) O apóstolo Paulo adverte a igreja de Corinto para não se envolver com a idolatria, como o povo de Israel no deserto.
 
13- Como evitar a idolatria no coração?
(    ) O profeta Isaias adverte-nos sobre isso em 54.2-4,7 do seu livro.
(    ) O profeta Ezequiel adverte-nos sobre isso em 14.2-4,7 do seu livro.
(    ) O primeiro mandamento do Eterno em Êxodo 20.3, ordena: “Não terás outros deuses diante de mim”.
(    ) Israel, antes de ser liberto e resgatado da escravidão do Egito, pecou contra o senhor, adorando a falsos deuses.
(    ) DEUS conhece o coração do homem e sabe da sua propensão à idolatria.
(    ) Precisamos vigiar, pois somente DEUS deve ser único dominador e rei em nosso coração.
 
CONCLUSÃO
14- Complete:
O Salmo 106 relata os ___________________________ de Israel a caminho de Canaã, e a sublime história da infinita ________________________________ de DEUS para com eles. DEUS é fiel! Israel pecou e cometeu muitos erros, porém os ______________________________ do Senhor em relação a Israel e a toda _________________________________ não foram frustrados. Como crentes devemos repudiar toda forma de _____________________________________, entronizando a DEUS como único Senhor em nossos corações e mentes.
 
 
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm 
 
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
GARNER, Paulo . Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. (CPAD)
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
O NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA – Edições Vida Nova – J. D. Douglas
Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, João Rea - CPAD.
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD.
Teologia do Antigo Testamento - Walter C. Kaiser Jr. - Vida Nova
James, por Hendrickson Publishers - Edição Contemporânea, da Editora Vida, Traduzido pelo Rev. Oswaldo Ramos.
ÊXODO Introdução e Comentário - Por R. Alan Cole, Ph. D. Menzies College, da Universidade Macquarie - Sociedade Religiosa Vida Nova - Associação Religiosa Editora Mundo Cristão
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