Escrita, Lição 1, CPAD, AS PROMESSAS DE DEUS, 4Tr24, Com Extras Pr Henrique, EBD NA TV
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ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO DA
LIÇÃO
I – UM CONVITE DE DEUS
1. Um
convite, uma promessa
2. É
preciso buscar ao Senhor
3. É
preciso se arrepender
II – AS
PROMESSAS E SEUS FUNDAMENTOS
1. A
Promessa na Bíblia
2. DEUS é
infalível
3. DEUS
zela por sua Palavra
III - TIPOS
E PROPÓSITOS DAS PROMESSAS DE DEUS
1.
Promessas incondicionais
2.
Promessas condicionais
3. O
propósito das Promessas de DEUS
TEXTO ÁUREO
“E disse-me o Senhor:
Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la.” (Jr 1.12)
VERDADE
PRÁTICA
DEUS faz suas
promessas para que experimentemos um relacionamento mais próximo com Ele.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Jr 1.11,12 DEUS vela por sua Palavra para cumprir
Terça - Is 7.14 JESUS, a promessa do nosso Emanuel
Quarta - Gn 9.11-17 Uma promessa incondicional de DEUS no pacto com Noé
Quinta - Gn 12.1-3 A Promessa de DEUS a Abraão, o pai da fé
Sexta - Êx 19.5,6 Israel, o reino sacerdotal e a promessa condicional
de DEUS
Sábado - Gn 28.12-15 DEUS repete suas promessas a Jacó
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Isaias 55.6-13
6 - Buscai ao Senhor
enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.
7 - Deixe o ímpio o
seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao Senhor,
que se compadecerá dele; torne para o nosso DEUS, porque grandioso é em
perdoar.
8 - Porque os meus
pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus
caminhos, diz o Senhor.
9 - Porque, assim como
os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do
que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos
pensamentos.
10 - Porque, assim
como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra e
a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come,
11 - assim será a
palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o
que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.
12 - Porque, com
alegria, saireis e, em paz, sereis guiados; os montes e os outeiros exclamarão
de prazer perante a vossa face, e todas as árvores do campo baterão palmas.
13 - Em lugar do
espinheiro, crescerá a faia, e, em lugar da sarça, crescerá a murta; isso será
para o Senhor por nome, por sinal eterno, que nunca se apagará.
HINOS
SUGERIDOS: 107, 377, 459 da Harpa Cristã
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SUBSÍDIOS
EXTRAS DA LIÇÃO 1
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SUBSÍDIOS
EBD CPAD (REVISTA DIGITAL)
LIÇÃO 1 -
AS PROMESSAS DE DEUS
Caríssimo(a)
professor(a), a paz do Senhor Jesus. É com gratidão a Deus que estamos
iniciando mais um trimestre de estudos com a revista Lições Bíblicas Adultos,
editada pela CPAD. Nesta rica oportunidade, aprenderemos sobre as promessas que
Deus fez ao Seu povo. Há promessas divinas na Bíblia que já se cumpriram,
outras estão prestes a se cumprir. O cumprimento das promessas revela o caráter
fiel de Deus em zelar pela Sua Palavra.
Iniciando o trimestre,
a primeira lição traz um panorama geral sobre o assunto, com o título “As
Promessas de Deus”. Definir o que são “promessas” é uma excelente forma de
contextualizar seus alunos acerca do tema e mostrar-lhes que as promessas de
Deus são um convite muito especial para desfrutarmos de bênçãos espirituais
extraordinárias. Dentre os privilégios concedidos àqueles que recebem as
promessas divinas está o direito de compartilhar de um relacionamento mais
próximo com o próprio Deus. Em tempos difíceis, em que muitos têm buscado a
face de Deus por motivos superficiais e materiais, desfrutar da comunhão com o
Deus da bênção alegra não somente o nosso coração, mas também o do próprio
Deus. Nesse sentido, experimentar das promessas divinas requer de Seus servos o
compromisso em honrá-Lo acima de qualquer bênção.
O Comentário
Devocional da Bíblia discorre sobre a aliança que Deus firmou com Seu povo,
baseada em uma promessa: “Centenas de anos antes, Deus havia feito uma promessa
a Abraão, Isaque e Jacó de que Ele seria o seu Deus, e o Deus dos seus filhos.
Ele já havia confirmado essa promessa inicial a Abraão através de uma cerimônia
que estabelecia o correto (cf. Gn 15-8-16). Este antigo concerto ainda estava
em vigor, estendendo-se através dos séculos e proporcionando a cada geração de
israelitas um relacionamento especial com Deus. O Concerto da Lei, proposto no
Sinai, era a forma usada por Deus para mostrar aos israelitas como todas as
gerações poderiam experimentar as bênçãos do relacionamento com um Deus que já
havia se comprometido com eles” (CPAD, 2012, p. 126).
Professor(a), assim
como Deus tratou com Seu povo no passado, seus alunos aprenderão que as
promessas de Deus estão fundamentadas na aliança que Ele firmou conosco quando
aceitamos a fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Logo, acima de qualquer promessa
está o nosso relacionamento com Deus. A presença do Seu Santo Espírito é a
promessa mais preciosa para a vida do crente.
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As promessas de Deus para a sua vida
4º Trimestre de 2007 - Jovens e Adultos
Título: As promessas de Deus para a sua vida — “Não temais,
Deus vos tem dado um tesouro” (Gn 43.23)
Comentarista: Geremias do Couto
Lição 1: O caráter das promessas de Deus
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Isaías 55.6-13.
6 - Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o
enquanto está perto.
7 - Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus
pensamentos e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o
nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.
8 - Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos,
nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR.
9 - Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra,
assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus
pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.
10 - Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e
para lá não tornam, mas regam a terra e a fazem produzir, e brotar, e dar
semente ao semeador, e pão ao que come,
11 - assim será a palavra que sair da minha boca; ela não
voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para
que a enviei.
12 - Porque, com alegria, saireis e, em paz, sereis guiados;
os montes e os outeiros exclamarão de prazer perante a vossa face, e todas as
árvores do campo baterão palmas.
13 - Em lugar do espinheiro, crescerá a faia, e, em lugar da
sarça, crescerá a murta; isso será para o SENHOR por nome, por sinal eterno,
que nunca se apagará.
INTERAÇÃO
Trata-se de um estudo devocional, mas com implicações teológicas
relevantes à vida cristã. O comentarista é o Pr. Geremias do Couto, Jornalista,
Conferencista e autor do livro A Transparência da Vida Cristã, editado pela
CPAD.
Desejamos que as “grandíssimas e preciosas promessas” do Senhor,
como afirma 2 Pe 1.4, sejam abundantes na vida de seus alunos. Deus o abençoe!
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, você sabe como interpretar as promessas bíblicas? Será
que todas as promessas das Escrituras são válidas para todas as pessoas em
todos os tempos? As promessas são condicionais ou incondicionais? O que são as
promessas bíblicas?
As promessas bíblicas designam o amoroso compromisso estabelecido
por Deus com os seus servos. Elas estão dispostas nas Escrituras, mas é
necessário interpretá-las corretamente. Nem todo texto bíblico é uma promessa,
assim como algumas promessas são para Israel, outras para a Igreja, e algumas
para os crentes em geral. Abaixo, descrevemos 7 princípios para interpretar as
promessas divinas. Estude-os.
Sete princípios para interpretar as Promessas Bíblicas
1- Procure distinguir as promessas feitas a Israel daquelas feitas
à Igreja.
2- Respeite o princípio de que algumas promessas estão
condicionadas à obediência.
3- Não aplique para os dias de hoje, promessas escatológicas.
4- Observe o contexto histórico, cultural e gramatical das
promessas.
5- Embase as promessas em mais de duas referências bíblicas.
6- Busque exemplos bíblicos que confirmem as promessas gerais.
7- Não atribua a si, promessas específicas à pessoas específicas.
Palavra Chave
Promessa: Ato amoroso por meio do qual o Senhor estabelece um
compromisso fiel e santo com os seus servos (Cl 3.16).
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Este é um dos temas bíblicos mais preciosos à vida cristã, uma vez
que todos nós, em qualquer circunstância, somos dependentes das promessas de
Deus exaradas nas Escrituras. A partir da promessa da salvação, não há um
momento sequer de nossas vidas que não tenhamos as nossas convicções cristãs
fortalecidas por aquilo que Deus tem prometido em sua bendita Palavra.
I. O CARÁTER DAS PROMESSAS DE DEUS
1. As promessas de Deus são um ato da sua vontade. Nos
primeiros capítulos de Gênesis não aparecem apenas os juízos divinos por causa
da rebelião humana, mas há também o registro da primeira promessa (3.15), que
descortina a história da salvação, cujo desenvolvimento perpassa toda a Bíblia,
e que, quanto à sua consumação, teve o seu fiel cumprimento em Cristo no
Calvário. Como um ato soberano de sua vontade, Deus determinou, em Cristo,
prover a redenção da raça humana (Sl 14.2,3; 53.1-3; Rm 3.9-12,23; 5.12).
No texto da leitura bíblica em classe, o profeta Isaías refere-se
aos pensamentos de Deus, seus propósitos e seus caminhos como a fonte soberana
de onde se derivam todas as suas ações no seu relacionamento com o homem,
inclusive as suas promessas (vv.8,9). Parece uma verdade óbvia; porém, ela
implica reconhecer que o plano de Deus para a humanidade vai muito além de
nossas expectativas.
2. Classes de promessas de Deus. Certas promessas divinas são
incondicionais, tais como a vinda de Jesus (2 Pe 3.4; Jo 14.3); o triunfo da
Igreja sobre os poderes malignos (Mt 16.18); o julgamento dos pecadores
impenitentes (Sl 9.17; At 17.30,31) etc. Outras, porém, são condicionais em
relação ao ser humano. Isso é o que está explícito nos versículos 6 e 7 do
texto em estudo. Ali, algumas condições foram estabelecidas: a) buscar ao
Senhor, b) invocá-Lo, c) deixar o caminho ímpio, d) abandonar os pensamentos
egoístas e humanos, e) converter-se, e f) voltar-se exclusivamente para Deus.
Os que anseiam desfrutar das promessas divinas devem, portanto, levar em conta
a observância dessas condições, porque a parte do Eterno já foi feita.
3. As promessas de Deus independem das circunstâncias. A
realização das promessas de Deus não está sujeita às circunstâncias e nem
limitada pelas intervenções contrárias, seja do homem seja do próprio Diabo, no
intuito de impedir a ação de Deus (Is 43.13). Em muitas ocasiões Satanás tentou
obstar a promessa de salvação ao longo da história, mas em todas fracassou,
pois nada há que possa afastar Deus dos seus propósitos.
A correlação que Isaías faz entre os resultados dos pensamentos de
Deus e os efeitos da chuva e da neve sobre a terra (vv.10-13) é perfeita para
mostrar que não há caminho de volta naquilo que Deus decidiu realizar em seu
pacto com o homem.
SINOPSE DO TÓPICO (I) - As promessas divinas são um ato da bondade
de Deus. Embora algumas sejam condicionais, independem das circunstâncias.
II. PARA QUEM SÃO AS PROMESSAS DE DEUS
1. Promessas gerais. São para todos os que crêem e cumprem os
requisitos da fé. A promessa de salvação, por exemplo, não se limita a um povo
específico (Jo 1.11,12; 3.16; 1 Tm 2.3,4), nem se restringe a um grupo de
“iluminados”, como imaginam os adeptos de certos movimentos heréticos trajados
de evangélicos. Ao contrário, as Escrituras garantem que todos podem ser
graciosamente salvos desde que cumpram sua parte no pacto da salvação, que
implica crer segundo o Evangelho, arrepender-se e aceitar a provisão redentora
de Deus, em Cristo, o sacrifício no Calvário.
2. Promessas individuais. São as que tiveram cunho particular,
mesmo que seus resultados tenham ultrapassado o próprio indivíduo. Como o caso
de Noé, Abraão, Ana, Raabe e tantos outros relacionados na galeria de heróis da
fé (Hb 11.1-40). Os conceitos expressos em cada uma dessas promessas são
válidos para nós, hoje, pois Deus pode e quer tratar conosco segundo os mesmos
padrões. Ler 2 Co 1.20; Rm 15.8,9; Lc 24.45.
3. Promessas para Israel. Embora sejamos abençoados pelo fato
de a nação judaica ter desempenhado papel proeminente na história da salvação
(Jo 4.19-24), não é biblicamente correto tomar promessas específicas de Deus
para Israel, muitas das quais terão cumprimento futuro, e aplicá-las à Igreja.
Isso ocasiona sérios desvios doutrinários. Ler At 3.25; Gl 3.14-18; Hb 6.12-15;
7.6.
4. Promessas para a Igreja. Elas aparecem implícitas em muitas
passagens do Antigo Testamento e explícitas em o Novo. Elas dizem respeito ao
estabelecimento da Igreja, delineando sua trajetória peregrina até às moradas
eternas. Independente da nossa origem étnica, todos os que cremos no Senhor
Jesus e vivemos à luz do seu Evangelho, estamos sob as bênçãos dessas benditas
e gloriosas promessas (1 Co 12.13).
SINOPSE DO TÓPICO (II) - As promessas divinas podem ser
classificadas em: gerais, individuais, para a Igreja e a Israel.
III. O PROPÓSITO DAS PROMESSAS DE DEUS
1. Redimir seu povo. As promessas de Deus têm como primeiro
propósito redimir plenamente o seu povo. Quando Deus ordenou a Noé que
construísse a arca, visava exatamente a sua redenção; o mesmo aconteceu quando
Ele intimou Abraão a deixar a sua terra.
A promessa de livramento de Israel da escravidão egípcia também
teve esse significado. Semelhantemente, essa verdade vale para a vida da Igreja
(2 Co 1.20). Fomos redimidos do pecado e da escravidão que nos impunha o
príncipe deste mundo.
2. Conduzir seu povo. Outro conceito implícito nas promessas
de Deus é o de direção. Como podemos observar no versículo 12 da Leitura
Bíblica em Classe, o resultado da palavra que sai da boca de Deus gera paz para
prosseguirmos sempre em segurança, porque essa bendita palavra nos guia e nos
protege. Mediante essas promessas estamos sempre certos do que o Senhor espera
de nós; abrigados sob essa garantia não nos desviamos nem para a direita nem
para a esquerda. Sabemos o que queremos e aonde chegaremos. Ler Sl 22.4,5;
25.3; 62.5-8; Fp 1.20.
3. Abençoar seu povo. Finalmente, as promessas de Deus visam
abençoar seu povo, não com a expectativa errada da teologia da prosperidade,
que põe as riquezas como um fim e faz com que a vida cristã gire ao redor disso
como se fosse a conquista suprema da vida. Tudo quanto recebemos de Deus, seja
a faia em lugar do espinheiro, seja a murta em lugar da sarça (v.13), não é
para o nosso deleite carnal e sim para a sua excelsa e eterna glória. As
promessas apontam, assim, para Deus, o nosso Bem supremo, que nos garante uma
segura caminhada até nossa entrada nas mansões celestiais (2 Tm 4.18).
SINOPSE DO TÓPICO (III) - Os propósitos das promessas divinas são:
redimir, conduzir e abençoar o povo santo de Deus.
CONCLUSÃO
As promessas de Deus asseguram-nos que Ele sempre cuida de nós em
quaisquer circunstâncias. Ao mesmo tempo, precisamos compreender que essas
promessas acham-se vinculadas a um pacto, no qual há cláusulas a serem
observadas por nós. Deus faz a sua parte. Ele espera que façamos a nossa e que
entendamos suas promessas à luz de sua soberania.
VOCABULÁRIO
Exarar: Consignar ou registrar por escrito; lavrar.
Obstar: Causar embaraço ou impedimento; servir de obstáculo; fazer
oposição; opor-se.
Vincular: Ligar ou prender com vínculos.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BENTHO, E. C. Hermenêutica fácil e descomplicada. 4.ed.,
RJ: CPAD, 2003.
RHODES, R. Livro completo das promessas bíblicas. RJ: CPAD, 2006.
EXERCÍCIOS
1. O que são as promessas divinas?
R. As promessas de Deus são um ato da sua vontade.
2. Cite as promessas divinas incondicionais.
R. A vinda de Jesus (2 Pe 3.4); o triunfo da Igreja sobre os
poderes malignos (Mt 16.18); o julgamento dos pecadores impenitentes (Sl 9.17).
3. Classifique as promessas divinas conforme a lição.
R. Gerais, individuais, para a Igreja e a Israel.
4. Para quem são as promessas gerais?
R. São para todos os que crêem e cumprem os requisitos da fé.
5. Cite três propósitos das promessas de Deus.
R. Redimir, conduzir e abençoar o povo santo de Deus.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Hermenêutico
“Reconhecendo as Promessas de Deus
Para podermos depositar nossa fé nas promessas de Deus é
necessário, primeiramente, sabermos o que é e o que não é uma promessa de Deus
na Bíblia. Obviamente, se aplicarmos como promessa um versículo que, de fato,
não é nenhuma promessa, então nossa fé estará deslocada e ficaremos desiludidos
quando não virmos os resultados que esperamos. Entretanto, não ficaremos
desapontados com a Palavra de Deus se a interpretarmos corretamente (2Tm 2.15)
e aplicarmos apenas os versículos que se constituem em promessa para nós hoje.
[...] Vejamos algumas observações baseadas em muitos anos de estudo da Palavra
de Deus:
Promessas feitas a indivíduos específicos não foram formuladas com
a intenção de ser válidas para todos os crentes. Um exemplo disso é
Gênesis 12.2. Essa promessa foi feita apenas a Abraão, e não aos crentes em
geral. Portanto, os crentes de hoje não devem considerá-la como uma promessa
bíblica dirigida a eles [...]. Quando encontramos promessas na Bíblia, é bom
fazermos duas perguntas: A quem esta promessa está sendo feita? O contexto
indica que ela é uma promessa que eu posso aplicar pessoalmente, ou ela foi
feita apenas a um indivíduo em particular? [...]”.
(RHODES, R. Livro completo das promessas bíblicas. RJ:
CPAD, 2006, p.19,20.)
APLICAÇÃO PESSOAL
Na longa peregrinação da fé cristã, as promessas divinas
semelham-se ao oásis verdejante e de águas correntes que renova, refrigera e dá
alento ao crente cansado. Todo cristão que tem sua alma crestada pelo intenso
calor das vicissitudes, encontra, nas promessas divinas, sombra e refrigério
contra o estio intempestivo. É ali, à sombra do Altíssimo, que o viajante
renova as forças de seu ânimo abatido (Sl 91.1). É o refúgio secreto daqueles
que amam o Senhor e confiam incondicionalmente em suas santas, fiéis e
preciosas promessas (Sl 90.2). É a morada cercada pelos jardins da bondade e
engastada nas fontes da misericórdia; o lar dos incansáveis e triunfantes
peregrinos (Sl 23.6).
“Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração” (Sl
90.1).
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Lição 2: As promessas de Deus e a sua soberania
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2007
Título: As promessas de Deus para a sua vida
Comentarista: Geremias do Couto
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Filipenses 2.5-13.
5 - De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que
houve também em Cristo Jesus,
6 - que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser
igual a Deus.
7 - Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo,
fazendo-se semelhante aos homens;
8 - e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo
obediente até à morte e morte de cruz.
9 - Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um
nome que é sobre todo o nome,
10 - para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que
estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,
11 - e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para
glória de Deus Pai.
12 - De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes,
não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também
operai a vossa salvação com temor e tremor;
13 - porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o
efetuar, segundo a sua boa vontade.
INTERAÇÃO
Prezado professor, nesta lição nossos alunos estudarão a respeito
das promessas do Senhor e a sua soberania. A soberania do nosso Deus é a
prerrogativa pela qual Ele exerce autoridade e poder ilimitado sobre a criação,
a fim de realizar aquilo que lhe apraz (Is 14.27; 2 Cr 20.6). Há uma relação
indissociável entre a soberania do Senhor e as suas promessas. As promessas
divinas são atos amorosos por meio dos quais o Senhor, soberanamente,
estabelece um compromisso fiel e santo com os seus servos (Cl 3.16). Deus não é
demovido de suas promessas (Nm 23.19; Ez 12.28).
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Demonstrar a relação entre a promessa e a soberania do Senhor.
Descrever as características da soberania de Deus.
Explicar o intercâmbio entre a soberania divina e o livre-arbítrio.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, na língua original do Novo Testamento, duas principais
palavras são empregadas para descrever o termo “soberano” (ARA). Em Atos 4.24,
2 Pe 2.1 e Ap 6.10 usa-se o vocábulo “Déspota” (Dominador absoluto), enquanto
em 1 Tm 6.15 encontramos “Dynastes” (Líder soberano). No tempo do Novo
Testamento esses dois títulos eram usados juntamente com “Kyrios”, para se
referirem ao imperador e aos governadores de vastas regiões. Contudo, os santos
escritores do Novo Testamento, inspirados pelo Espírito Santo, serviram-se
dessas palavras para afirmar que o Senhor é o único Soberano (monos
dynastes - 1 Tm 6.15). Incremente a lição deste domingo com a tabela
abaixo.
Palavra Chave
Soberania: A prerrogativa pela qual Deus exerce autoridade e
poder ilimitado sobre a criação, a fim de realizar aquilo que Lhe apraz (Is
14.27).
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
As promessas de Deus são atos de sua suprema autoridade, para
cumprir seus soberanos propósitos. Elas não são receitas mágicas que o homem, a
seu bel-prazer, lança mão em situações particulares para exigir, decretar ou
determinar que as coisas aconteçam a seu modo. Ao contrário, elas estão
inseridas no amplo contexto dos propósitos de Deus para a vida humana. Isto
significa que devemos compreendê-las sob a perspectiva do cumprimento desses
propósitos em nossas vidas, e não para atender os desejos do nosso egoísmo. Daí
porque, nesta lição, vamos estudá-las à luz da soberania de Deus.
Deus Não Força Ninguém A Ser Salvo. Ele Vê O Coração Da Pessoa E O
Guia A Ser Salvo, Mas Não Interfere Em Seu Livre-Arbítrio.
Paulo Viu O Testemunho De Estêvão E Desejou Conhecer Aquele Que
Estêvão Disse Estar Assentado A Direita Do Pai. Jesus Então Toma A Iniciativa
De Se Fazer Conhecer A Paulo.
Nabucodonosor E Dario Reconheceram A Existência De Deus Mas Não
Foram Levados A Conversão, Pois Não A Desejaram.
I. ENTENDENDO A SOBERANIA DE DEUS
1. Deus é soberano em seus atributos. Os atributos de Deus são
imprescindíveis para o conhecimento de seu caráter. Quando os estudamos,
descobrimos que o Eterno é um ser Pessoal e Soberano, e que alguns de seus atributos
como onipotência, onipresença, onisciência, eternidade, imutabilidade e
perfeição são exclusivos e intransferíveis (Sl 139.1-24; Jr 23.23,24). Em
relação aos atributos morais, como o amor, a verdade e a justiça, aprendemos
que Ele amorosamente partilha conosco, sabendo-se que só nEle essas qualidades
(e todas as demais) subsistem em plenitude.
A excelsa soberania de Deus é uma marca exclusiva de sua Pessoa
como o Criador do Universo, que mantém todas as coisas sob o seu absoluto
querer e controle, conduzindo a história para que o propósito final da criação
do homem se cumpra na consumação dos séculos (Is 45.21; 46.10; Sl 33.11; 1 Co
15.28; Ap 22.3-5).
2. Deus é soberano em sua vontade. A despeito de haver da
parte humana e do próprio Diabo tentativas de frustrar os planos de Deus, a
vontade do Altíssimo é soberana e predisposta para que as coisas aconteçam do
modo como Ele determinou. Nada é capaz de mudá-lo ou conduzi-lo ao fracasso,
pois o Senhor é Todo-Poderoso em tudo o que em sua presciência diz e estabelece
(Sl 33.11; Nm 23.19; Hb 13.8).
Cristo, ao tomar a forma humana, humilhou-se, abrindo mão de sua
glória para expiar nossas culpas (Fp 2.5-11). Ao restringir-se da glória divina
na sua encarnação, Cristo deu forma ao Cordeiro, previsto pela soberana vontade
de Deus (Ap 13.8), cumprindo-se assim a primeira promessa feita aos pais da
raça humana (Gn 3.15). Ler também 1 Pe 1.19,20; 2 Tm 1.9; Jo 1.14; 17.5.
3. Deus é soberano em sua ação. Filipenses 2.13 afirma que o
Senhor opera em nós o seu querer, isto é, a sua vontade. Esta é uma obra de sua
bendita graça sobre as nossas vidas. Ela nos alcança e faz com que,
voluntariamente, nos submetamos ao seu senhorio em todas as coisas. A palavra
“operar”, no original, traz a idéia de uma ação continuada, permanente,
produzida pela presença e ação do Espírito Santo em nós, que nos move e atrai
para o centro da soberana vontade de Deus.
O mesmo texto diz que Deus também opera em nós o efetuar, ou seja,
Ele é soberano em determinar que nossas ações reflitam o seu querer e resultem
em glória para o seu nome de modo que tudo quanto fazemos sempre seja sob essa
perspectiva (1 Co 10.31).
SINOPSE DO TÓPICO (I) - Deus é soberano em seus atributos, vontade
e ações. Toda ação do Senhor está em conformidade com sua soberania e em
harmonia com seus atributos e vontade.
II. A SOBERANIA DE DEUS E A RESPONSABILIDADE HUMANA
1. Deus em sua soberania dotou o homem de livre-arbítrio. A
soberania de Deus não exclui o livre-arbítrio do homem, dotado com a capacidade
de fazer escolhas morais segundo a própria razão. Deus não poderia criá-lo como
um ser autômato, para que, de modo fatalista, seguisse uma trajetória alienada
sem o poder de decisão. Essa liberdade de escolha aparece já nos primórdios de
Gênesis, na aurora da raça humana, quando o primeiro casal dá ouvidos à
serpente e comete por sua livre vontade a primeira transgressão contra Deus (Gn
3.1-13). Todavia, isso não significa que Deus ficou tolhido, limitado e escravo
do homem para levar avante o seu plano. Nunca, na história bíblica, a
desobediência humana, decorrente de escolhas erradas ou de atitudes contrárias,
impediu que o plano de Deus se concretizasse, como se vê, por exemplo, na
história da salvação (comp. Gn 38.6-26; 2 Sm 7.16-19,25; 11.1-27; Mt 2.1-6).
Deus, pelo seu infinito e soberano poder, à luz de sua presciência, é capaz de
prevalecer em todas essas situações, sem que um milímetro do seu propósito seja
alterado (Is 48.9-15; 1 Co 11.28-31).
2. O homem em seu livre-arbítrio coopera com a soberania de
Deus. O Senhor, em sua soberania, permite que o homem coopere na
realização de seus propósitos sobre a terra pela sua livre decisão de levar o
seu pensamento cativo aos pés de Cristo, mediante o poder da graça aplicado em
sua vida pelo Espírito Santo (2 Co 10.5). No texto da leitura bíblica em
classe, está escrito: “... operai a vossa salvação com tremor e temor” (v.12).
O verbo, aqui, denota a idéia de pôr em ação, exercitar, demonstrar a nossa salvação.
Em outras palavras, a partir do momento em que fomos salvos, por Cristo,
cabe-nos vivenciar perante todos a salvação e demonstrar os seus resultados na
nossa vida a fim de que, em tudo, estejam implícitos tanto o querer quanto o
efetuar de Deus em nós (v.13). É o que também se vê em Romanos 8.28: “E sabemos
que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados por seu decreto”.
SINOPSE DO TÓPICO (II) - Deus em sua sabedoria dotou o homem de
livre-arbítrio. Porém, é dever do crente submeter-se à soberania do Senhor.
III. AS PROMESSAS DE DEUS E A SUA SOBERANIA
1. As promessas de Deus são um ato de sua soberania. As
promessas de Deus registradas nas Escrituras funcionam, em qualquer situação,
particular ou geral, como um parâmetro para medir se aquilo que estamos
buscando é coerente com o que Deus de antemão prometeu em sua Palavra. O que
não couber neste princípio é fruto do egoísmo humano; é para o deleite
exclusivo da carne e não para a glória de Deus (Tg 4.1-3).
2. As promessas de Deus cumprem o propósito de sua
soberania. Quando Deus, por exemplo, disse a Israel: “Eu sou o Senhor que
te sara” (Êx 15.26), houve antes algumas condições a serem observadas. Ele teve
como propósito imediato manter o povo em perfeita saúde durante a vulnerável
travessia do deserto. De igual modo, a promessa de cura divina para os dias de
hoje não é um fim em si mesmo, mas cumpre o propósito de servir como sinal da
manifestação de Deus, produzir saúde para que o seu propósito se cumpra na vida
de cada um e trazer glória ao seu nome, para que todos confessem ainda hoje que
Jesus é o Senhor (vv.11,12; Mc 16.1 7,1 8; Jo 9.1-7).
SINOPSE DO TÓPICO (III) - As promessas de Deus aos homens são atos
da soberania divina. Elas cumprem os propósitos soberanos do Senhor.
CONCLUSÃO
As promessas de Deus, portanto, não são meios para a promoção do
homem, não encerram nenhum vislumbre de sensacionalismo, não são recursos para
serem tomados aqui e ali ao gosto da vontade humana, mas estão soberanamente
inseridas no contexto da história da salvação. Elas cumprem aquilo que Deus de
antemão já designou em favor de seu povo, como é o caso da promessa de
salvação, o nosso próximo assunto.
VOCABULÁRIO
Autômato: Pessoa que age como máquina, sem raciocínio e sem
vontade própria.
Bel-prazer: Vontade própria; arbítrio.
Vulnerável: O ponto pelo qual alguém pode ser atacado ou ferido.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HORTON, S. (ed.) Teologia Sistemática: uma perspectiva
pentecostal. RJ: CPAD, 1996.
LUCADO, M. Promessas inspiradoras de Deus. RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
1. Cite as três características da soberania divina.
R. Deus é soberano em seus atributos, vontade e ações.
2. O que descobrimos quando estudamos os atributos divinos?
R. Que o Eterno é um ser Pessoal e Soberano, e que alguns de
seus atributos são exclusivos e intransferíveis.
3. Comente a relação entre soberania divina e livre-arbítrio.
R. (Livre) A soberania de Deus não exclui o livre-arbítrio do
homem, dotado com a capacidade de fazer escolhas morais segundo a própria
razão.
4. Como funcionam as promessas de Deus nas Escrituras?
R. Funcionam como um parâmetro para medir se aquilo que
estamos buscando é coerente com o que Deus de antemão prometeu em sua Palavra.
5. Explique com suas palavras a relação entre as promessas de
Deus e o propósito de sua soberania.
R. (Livre) As promessas de Deus cumprem o propósito de sua
soberania.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
“Fidelidade e Soberania divinas.
O Senhor comprova a sua fidelidade e soberania ao cumprir as suas
promessas: ‘Saberás, pois que o SENHOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que
guarda o concerto e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e guardam os
seus mandamentos’ (Dt 7.9). Josué, já no fim de sua vida, declarou ao povo de
Israel que o SENHOR nunca lhe faltara, nem sequer numa única promessa (Js
23.14). O salmista confessou: ‘tu confirmarás a tua fidelidade até nos céus’
(Sl 89.2).
Deus se revela constante no seu desejo de ter comunhão conosco, de
guiar e proteger-nos. Se lhe estivermos submissos, nem mesmo o pecado e a
iniqüidade terão poder sobre nossas vidas: ‘As misericórdias do SENHOR são a
causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim. Novas
são cada manhã; grande é a tua fidelidade’ (Lm 3.22,23).
Pelo fato de Deus ser soberano e fiel, seria impossível pensar que
Ele pudesse abandonar os seus filhos, quando estes estiverem passando por
tentações ou provações (1 Co 10.13): ‘Deus não é homem, para que minta; nem
filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou
falaria e não o confirmaria?’ (Nm 23.19). Deus permanece estável quanto à sua
natureza, ao passo que se mostra flexível nas suas ações”.
(HORTON, S. (ed.) Teologia Sistemática: uma perspectiva
pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.135.)
APLICAÇÃO PESSOAL
O SENHOR com seu poder criou todas as coisas visíveis e invisíveis.
Ele trouxe à existência o Universo com todos os seu mistérios. O nosso Deus
criou os mais altos montes e o mais profundo abismo. Nada escapa à sua
soberania. Nada existe por si mesmo ou por acaso. Tudo procede de sua vontade.
Da poeira cósmica à pedra incrustada de lodo à beira do riacho, tudo Ele cuida.
Se o SENHOR cuida das aves dos céus e dos lírios nos vales, zela com muito mais
apreço pelos filhos que lhe são fiéis (Mt 6.26-34). Se o Senhor é diligente
para com a ínfima criação quanto mais com àqueles que são criados à sua imagem
e semelhança. Porque temes o amanhã? Porque estás preocupado com o futuro? Se
“Deus veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos
vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé?” (Mt 6.30).
Lição 3: A promessa da salvação - Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2007 - Título: As promessas
de Deus para a sua vida - Comentarista: Geremias do Couto
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 1.18-23.
18 - Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando
Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter
concebido do Espírito Santo.
19 - Então, José, seu marido, como era Justo e a não queria
infamar, intentou deixá-la secretamente.
20 - E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu
um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua
mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo.
21 - E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS,
porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
22 - Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito
da parte do Senhor pelo profeta, que diz:
23 - Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele
será chamado pelo nome de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é: Deus conosco).
INTERAÇÃO
Professor, a lição desta semana trata da mais importante de todas
as promessas divinas: A Promessa da Salvação. Essa bendita e gloriosa dádiva é
a fonte mediante a qual todas as bênçãos espirituais são comunicadas ao crente
(Ef 1.3). Antes de ministrar a lição, ore a Deus pela conversão e salvação de
seus alunos. Preocupe-se com a vida espiritual de cada um deles, até que todos
cheguem “à unidade da fé e à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13).
Que Deus o abençoe!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever a promessa divina da salvação.
Aceitar o plano divino da salvação em Cristo.
Conscientizar se da necessidade da salvação pessoal.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, existem muitas formas de se estudar a Bíblia. Podemos
compreender o texto através do método crítico, sintético, biográfico,
devocional, histórico, teológico, gramatical, entre outros. Nos métodos
teológico e gramatical, o uso de marcadores ou palavras-chaves auxiliam na
compreensão e sintetização dos assuntos pesquisados. Nesta lição, temos quatro
palavras-chaves: predição, manifestação, consumação e anunciação (observe
a Leitura Diária). A predição descreve a promessa no AT.
A manifestação a encarnação do Verbo. A consumação o
sacrifício vicário, e a anunciação, a missão integral da igreja. Use o
gráfico abaixo para ilustrar o progresso da promessa salvífica na Bíblia.
Palavra Chave
Salvação: Conjunto das ações salvíficas de Cristo para redimir
o homem de seus pecados.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
A promessa da salvação é, para os crentes, a mais preciosa de todas
as promessas das Escrituras. Ela é a maior prova da misericórdia de Deus e de
seu infinito amor para com o homem ao providenciar-lhe o meio eficaz para que
este fosse redimido dos seus pecados e obtivesse a certeza da vida eterna (Jo
5.24; 6.47; Ap 22.17). Essa é a sublime promessa que abre a porta para o
cumprimento de todas as demais promessas de Deus em nossa vida.
I. A NECESSIDADE DA PROMESSA
1. A razão da promessa. A queda, como registrada em Gênesis,
trouxe transtornos e males irreparáveis para a raça humana (Gn 3.17-19; Cl
3.21). Toda natureza passou a sofrer as consequências do pecado, que introduziu
a morte no mundo e destituiu o homem de sua perfeita comunhão com o Criador (Gn
3.16-19). Entenda-se morte, aqui, não apenas como a separação física dos entes
queridos, mas, sobretudo, a separação espiritual e eterna de Deus (Rm 5.12).
Esse é o efeito mais dramático da desobediência de nossos primeiros pais, já
que Deus não os criou para a morte, mas para a vida. É tanto que a luta pela
sobrevivência é algo inato em qualquer ser humano. Sua expulsão do Jardim do
Éden, todavia, é o símbolo perfeito dessa perda (Gn 3.22-24).
2. A origem da promessa. Deus, em seu infinito amor,
presciência e soberania, como Senhor da história, proveu o Cordeiro para remir
a humanidade perdida (Ap 13.8; 1 Pe 1.20). Seu primeiro ato após a entrada do
pecado no mundo foi imolar um animal, derramar seu sangue e com a pele
providenciar vestes para o primeiro casal (Gn 3.21). Sangue fala do meio para a
redenção e vestes dos resultados, isto é, o usufruto da salvação (cf. Is 61.10;
Jó 29.14; Ap 19.8; 3.18).
Com isso, estava inaugurada a era dos tipos, no Antigo Testamento
(Cl 2.17; Hb 8.1-3), que apontaram ao longo das Escrituras para o grande
momento da encarnação de Cristo, tal qual descrito por Mateus, na leitura
bíblica em classe: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo
1.29).
Deus é bom e justo (Sl 145.17). Ao mesmo tempo em que, no Éden
aplicou sua justiça aos culpados, também demonstrou seu amor, como se vêem
Gênesis 3.15-21. Por isso, o Cordeiro de Deus é exaltado na consumação dos
séculos (Ap 5.6-14).
3. O propósito da promessa. A promessa divina da salvação
compreende: a) a redenção do homem da escravidão do pecado b) a restauração da
sua comunhão com Deus; e (c) a segurança da vida eterna com o Senhor na glória
(Jo 5.24; 10.28,29; 6.37). Qualquer pecador pode ser salvo aqui e agora. Basta
apenas arrepender-se de seus pecados e crer na suficiência da graça manifestada
em Cristo Jesus (Rm 10.8-10).
E importante frisar esse ponto porque, infelizmente, há em alguns
segmentos evangélicos uma mentalidade herética de que é preciso o pecador
cumprir algum tipo de ritual para alcançar os benefícios da graça de Deus.
Alguns desses rituais são: listar todos os pecados conhecidos, confessá-los
nome por nome a algum preposto sacerdotal, “queimar” esses pecados em
fogueiras, quebrar as chamadas maldições hereditárias e passar por um processo
de catarse emocional, como se este, sim, fosse o grande segredo guardado a sete
chaves para a obtenção da salvação. Ora, a obra completa da salvação já foi
consumada na cruz! É perfeita e não precisa de nenhum adendo! (1 Pe 2.24; Cl
1.20; Is 53.4,5,12).
SINOPSE DO TÓPICO (I) - A origem da promessa salvífica é o próprio
Deus que, em função da Queda, propôs em Cristo um plano para redimir o homem da
escravidão do pecado.
II. O CAMINHO DA PROMESSA
1. A promessa através da Bíblia. A promessa da salvação
pontilha as Escrituras desde Gênesis, seja através dos tipos do Pentateuco,
seja através dos personagens típicos que apontavam para a salvação, ou através
dos conteúdos proféticos que apontavam para o dia em que Cristo nasceria de uma
virgem, concebido pelo poder do Espírito Santo (v.18; Mt 1.21-23).
Em determinados episódios bíblicos, como, por exemplo, o milagroso
livramento de Raabe da destruição das muralhas de Jericó (Js 2.1-24: 6.17-25),
a saga do casamento de Rute com Boaz (Rt 4.1-22), o ato destemido de Maria,
viajando nos dias finais da sua gravidez de Nazaré para Belém, em cumprimento
do vaticínio do profeta Miquéias (Mq 5.2), a promessa da salvação é reafirmada
na história humana como um ato soberano da parte de Deus em favor do homem. É
maravilhoso perceber isso em cada parte do Antigo Testamento. É reconfortante
para a nossa fé!
2. A promessa concretizada. Antes de descrever o cenário da
promessa da salvação com o nascimento de Cristo, Mateus faz questão de destacar
a sua genealogia, no capítulo primeiro do seu livro, para deixar claro que esse
acontecimento era o fiel cumprimento do que fora várias vezes reiterado nas
profecias do Antigo Testamento. Veja que o próprio Deus cuidou para que José
compreendesse a singularidade daquele evento de tal maneira que ele soube
portar-se com zelo em seu cuidado para com Maria e em seu amor paternal (v.20).
Cristo, portanto, veio cumprir, na plenitude dos tempos, a promessa
da salvação prefigurada no primeiro sacrifício realizado no Jardim do Éden e
anunciada no primeiro pacto entre Deus e o homem registrado na Bíblia (Gl
4.4,5). Vale ressaltar, inclusive, que essa promessa fica explícita na própria
anunciação, quando o anjo declara a José: “E ela dará à luz um filho, e lhe
porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (v.21).
Este é o sentido do vocábulo Jesus. Ele é a nossa salvação prometida!
SINOPSE DO TÓPICO (II) - No Antigo Testamento a promessa salvífica
é apenas uma expectativa, mas em o Novo é um fato concreto através da
encarnação, morte e ressurreição de Cristo Jesus.
III. O ALCANCE DA PROMESSA
1. O caráter peculiar da promessa. A divina promessa da
salvação não é um complexo conceito teológico que mais afasta o homem de Deus
do que dEle o aproxima. Essa promessa tem a ver com o recomeço do
relacionamento com Deus desfeito pelo pecado e o recebimento de todas as
bênçãos inerentes a ela nesta vida e no porvir.
A salvação implica, portanto, viver continuamente na presença de
Deus, experimentar a sua graça aqui e agora e permanecer desfrutando de
comunhão perfeita quando chegarmos ao céu. Desse modo, o contínuo e crescente
relacionamento com Deus é o ponto culminante da promessa da salvação.
Este relacionamento começa a partir do momento em que livremente
reconhecemos a promessa e aceitamos a Cristo como o meio de nossa reconciliação
com Deus (Os 6.3; Rm 5.8-11; 2 Co 5.18,19). É o instante em que somos
justificados (Rm 5.1; 16-19), regenerados (Tt 3.5) e nos tornamos santos
segundo Deus (1 Co 1.2; Fp 1.1) e, ao mesmo tempo, buscamos, segundo a Palavra,
a santificação diária pelo poder da graça de Deus (Rm 6.1-22; 2 Co 6.14-18;
7.1; 1 Tm 5.22). Fujamos, portanto, de todo e qualquer movimento que retira a
eficácia da maravilhosa promessa da salvação em Cristo para pô-la em ritos que
nada mais são do que fruto de corações vaidosos e arrogantes.
2. O caráter universal da promessa. A promessa da salvação foi
feita indistintamente a todos. Esta é a razão pela qual o evangelho precisa ser
pregado a todos os povos (Mt 28.16-20). A universalidade da promessa não
significa, todavia, que todos serão salvos ao acaso. A vontade de Deus é que
todos obtenham a salvação e cheguem ao conhecimento da Verdade (1 Tm 2.3,4).
O importante é que tudo já está pronto e preparado por Deus,
mediante a encarnação do Verbo Divino e seu perfeito sacrifício expiador, que
não exige de nós nada em troca a não ser a nossa convicta fé nEle, para a
salvação, e como resultado desse ato, vivermos em novidade de vida (2 Co 5.17;
Rm 6.4).
SINOPSE DO TÓPICO (III) - A salvação não é conceito para a mente,
mas um relacionamento íntimo com Deus através de Cristo. O convite à salvação é
universal, sendo Cristo o centro da mensagem.
CONCLUSÃO
A promessa da salvação é, portanto, a porta de entrada para uma
vida cristã frutífera consoante o propósito de Deus para o homem. Ela é parte
essencial daquilo que Ele planejou para a raça humana até o tempo da
restauração de todas as coisas (At 3.21). Ela também descortina ao crente a
gloriosa promessa do batismo no Espírito Santo, que será o tema da nossa
próxima lição.
VOCABULÁRIO
Catarse: Purgação, purificação, limpeza.
Imolar: Oferecer em sacrifício; sacrificar.
Usufruto: Ato ou efeito de usufruir; fruição; Aquilo que se usufrui.
Vaticinar: Profetizar, predizer; prenunciar, adivinhar.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ANDRADE, C. As verdades centrais da fé cristã. RJ: CPAD,
2006.
BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
1. Descreva algumas consequências da Queda.
R. A morte no mundo e a destituição do homem de sua perfeita
comunhão com o Criador.
2. Além de criar o homem, o que Deus lhe providenciou?
R. O Cordeiro para remir a humanidade perdida.
3. Descreva os elementos da Antiga Aliança que apontavam para
a salvação em Cristo.
R. Os tipos bíblicos e conteúdos proféticos que apontavam para
o dia em que Cristo nasceria.
4. O que Cristo veio cumprir na plenitude dos tempos?
R. A promessa da salvação prefigurada no primeiro sacrifício
realizado no Jardim do Éden e anunciada no primeiro pacto entre Deus e o homem
registrado na Bíblia.
5. O que implica a salvação?
R. Viver continuamente na presença de Deus, experimentar a sua
graça aqui e agora e permanecer desfrutando de comunhão perfeita quando
chegarmos ao céu.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
“As bênçãos que acompanham a salvação
Muitas coisas acontecem na vida do homem que recebe a Jesus como
seu Salvador. Vejamos:
1. Ele é salvo dos seus pecados (Mt 1.21; Lc 7.50), que
lhe são perdoados (Lc 7.48; Tg 5.20). A salvação também livra da culpa (Ef 1.7;
Cl 1.14) e do poder do pecado (Rm 7.17,20,23,25).
2. Ele é salvo do juízo (1 Tm 5.24; Rm 8.1), isto é,
recebeu uma nova posição em relação ao mundo (Fp 2.15)
3. Ele entra em comunhão com Deus (Ef 2.13,18; Lc
1.74,75). Recebe entrada na sua graça (Rm 5.2) e torna-se cidadão do céu (Ef
2.19).
4. Ele é salvo desta geração perversa (At 2.40). Recebeu
uma nova posição em relação ao mundo (Fp 2.15).
5. Ele é salvo do poder de Satanás (At 26.18; Cl 1.13-15;
Hb 2.14).
6. Por ser salvo, ele tem no coração um lugar para o Espírito
Santo agir em sua vida (Ef 1.13; 2.16-18).
7. A salvação lhe dá viva esperança (1 Pe 1.3) e direito
à glória eterna (2 Tm 2.10; 4.18), e, assim, é salvo da ira de Deus (1 Ts 1.10;
5.9; 2 Pe 2.9)”.
(BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed., RJ: CPAD,
2005, p. 163.)
APLICAÇÃO PESSOAL
A Queda não foi o fim, mas o início do plano salvífico de Deus. O
grande amor do Senhor foi inicialmente demonstrado quando o homem pecou. É
fácil amar àqueles que são justos e santos. O vulgar é apreciar os que praticam
a justiça; o raro é amar o transgressor. Ironicamente, Adão e Eva só
compreenderam o sacrossanto e imensurável amor do Eterno quando, pela primeira
vez, desobedeceram. O amor do Senhor superou o pecado deles. A bondade do
Altíssimo foi mais altissonante do que suas desculpas vazias. Adão e Eva foram
corrigidos como filhos amados, mas não ficaram sem a promessa salvífica (Hb
12.6-11). Deus os amou ao corrigi-los e ao prover meios pelos quais poderiam
desfrutar da comunhão com Ele.
Ainda hoje, o teu pecado não é maior do que o nosso Deus. As tuas
desculpas não calam a justiça e o incomensurável amor do Eterno. Ele o ama
incondicionalmente (Jo 3.16).
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 4: A promessa do batismo no Espírito Santo
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2007
Título: As promessas de Deus para a sua vida
Comentarista: Geremias do Couto
Lição 4: A promessa do batismo no Espírito Santo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - At
37 - Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e
perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos?
38 - E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja
batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do
Espírito Santo.
39 - Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos
e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.
40 - E com muitas outras palavras isto testificava e os
exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.
41 - De sorte que foram batizados os que de bom grado
receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.
42 - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão,
e no partir do pão, e nas orações.
43 - Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se
faziam pelos apóstolos.
INTERAÇÃO
Professor, a festa de Pentecostes era uma santa celebração em que o
adorador oferecia ao Senhor uma oferta voluntária proporcional às bênçãos
recebidas do Eterno (Dt 16.10). Mas, no contexto profético, é uma referência à
efusão do Espírito sobre toda a carne (Jl 2.28; At 2.1-13). Ministre esta lição
com graça e poder, confiando na unção de Deus sobre a tua vida (At 1.8). Deus o
abençoe!
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, selecione previamente dois alunos batizados no Espírito Santo. Peça para que cada um deles compartilhe com a classe sua experiência pessoal. Eles devem responder: Como, quando e onde aconteceu? Quanto tempo perseveraram até receber o batismo? Que mudanças observaram em suas vidas após o batismo? Que conselhos dariam para os que ainda não receberam essa promessa? O testemunho de cada aluno não deve passar de cinco minutos. Ministre a lição e, logo a seguir, ore por aqueles que desejam receber esta dádiva. Logo abaixo há um mapa que apresenta as regiões dos que presenciaram o cumprimento da promessa no Dia de Pentecostes. Reproduza-o conforme os recursos disponíveis.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Palavra Chave - Batismo no Espírito: Revestimento gracioso de poder e autoridade que Jesus concede aos seus filhos para realizarem à sua obra no mundo.
O batismo no Espírito Santo é outra bendita promessa que acompanha
aqueles que já são de Cristo. É uma promessa atual; para os nossos dias; não
ficou restrita ao passado. A promessa diz respeito a todos quantos já desfrutam
a salvação, mediante a conversão neles operada pelo Espírito Santo. É uma
dádiva do alto (v.38) que traz abundância de alegria, conforto e poder divino
para o crente testemunhar das grandes maravilhas de Deus em favor do homem.
Buscar a realização dessa promessa celestial é uma necessidade àqueles que,
embora salvos, ainda não a alcançaram.
I. A PROMESSA REVELADA
1. A promessa no Antigo Testamento. O apóstolo Pedro, no dia de Pentecostes, reportou-se ao profeta Joel para anunciar que a maravilhosa experiência era o cumprimento do que fora predito no Antigo Testamento (At 2.17-21; Jl 2.28-32). Isaías também fez menção ao mesmo derramamento e mostrou, mediante o emprego de algumas metáforas, o resultado que ele produziria (Is 32.15; 44.3).
Embora a obra do Espírito Santo seja perceptível nos tempos antigos
em várias atividades descritas nas Escrituras (Gn 1.2; Ne 9.20; 2 Sm 23.2), não
houve na história de Israel nenhum derramamento geral como o previsto pelos
profetas para os últimos dias. Como afirma Donald Stamps, na Bíblia de Estudo
Pentecostal, “o Espírito Santo vinha apenas sobre umas poucas pessoas
enchendo-as a fim de lhes dar poder para o serviço ou a profecia”.
Só agora, na presente era da Igreja, também conhecida como a
dispensação do Espírito Santo, cumpre-se por toda parte, segundo a promessa
bíblica, esse derramamento que os crentes do Antigo Testamento não puderam
experimentar com a mesma intensidade (At 1.8). Somos, de fato, privilegiados em
relação a eles (Hb 11.39,40), ao mesmo tempo em que pesa sobre nós a grande
responsabilidade de compreender e aceitar o significado da promessa para os
nossos dias.
2. A promessa em o Novo Testamento. Em o Novo Testamento, a
promessa do batismo no Espírito Santo foi reiterada na mensagem de João Batista
(Mt 3.11; Jo 1.33), e reafirmada pelo Senhor Jesus, quando prometeu enviar o
Consolador (Jo 14.25,26; Lc 24.49), e quando, após a ressurreição, orientou
seus discípulos a permanecerem em Jerusalém até que a promessa se realizasse.
3. A promessa no dia de Pentecostes. O advento da promessa
pentecostal ocorreu por ocasião de uma das três grandes festas judaicas, a do
Pentecostes (Lv 23.15-25), que ocorria cinqüenta dias após a Páscoa e na qual
as primícias da colheita eram apresentadas ao Senhor. Deus usou o evento da
festa sagrada de Pentecostes para deixar claro qual seria a missão da Igreja -
a grande colheita de almas - e que papel o Espírito Santo desempenharia ao
guiá-la pelos caminhos da história humana (At 2.1).
Assim, logo na primeira manifestação visível da Igreja, (Tt 2.14),
cada crente que perseverou fielmente no cenáculo, foi cheio do Espírito Santo,
começou a falar em outras línguas e a proclamar as Boas Novas em linguagem
sobrenatural, mas, compreensível aos que estavam em Jerusalém para a celebração
festiva (Dt 16.16; At 2.4-8). Ali cumpriu-se a promessa de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A promessa do derramamento do Espírito Santo foi anunciada no Antigo Testamento, ratificada nos Evangelhos e cumprida no Dia de Pentecostes.
II. O PROPÓSITO DA PROMESSA
1. Poder para vencer o mundo. O batismo no Espírito Santo cumpre alguns propósitos na vida do crente. Muitos o confundem como algo mágico, manipulado, um objeto sobrenatural para produzir fenômenos que glorifiquem o homem ou lhe traga algum tipo de vantagem, como pensava o mágico Simão, duramente repreendido pelos apóstolos Pedro e João (At 8.9-24). No entanto, Deus não dá dons aos homens para produzir espetáculos, para glorificação humana, mas com finalidades bem específicas na sua obra.
O batismo no Espírito Santo, com a evidência inicial do falar em
línguas (At 2.1-6; At 10.44-48; At 19.1-6), é um revestimento de poder
celestial que capacita o crente a testemunhar eficazmente de Jesus e também
vencer o mundo dentro de si mesmo e externamente (cf. Jo 14.17). Enquanto a
promessa da salvação lhe provê as vestes do perdão dos pecados e da própria
salvação (Is 61.10), a promessa do batismo no Espírito Santo lhe reveste de
autoridade para vencer os poderes tenebrosos “que combatem contra a alma” (1 Pe
2.11b).
2. Poder para vencer o Diabo. Aqui entra outro aspecto
fundamental da promessa do batismo no Espírito Santo. O apóstolo Paulo escreveu
aos Efésios afirmando que a nossa luta não é contra a carne e o sangue (Ef
6.10-18). Essa batalha se trava no mundo espiritual, onde as forças demoníacas
atuam para destruir a nossa fé. É uma guerra incessante na qual o interesse do
Inimigo é o futuro de nossas almas e onde ele emprega os seus agentes mais
poderosos para distanciá-las de Deus.
Assim, esse revestimento vindo do céu permite ao crente combater
contra as forças espirituais da maldade no poder do Senhor (Lc 9.1; 10.19; At
4.7-10), tal qual fizeram os apóstolos nas primeiras horas da Igreja, e não em
sua própria força (Zc 4.6). O crente cheio do Espírito Santo faz bom uso das
armas de Deus para resistir aos ataques malignos e triunfar contra todas as
ciladas do Diabo.
3. Poder para proclamar a fé. O propósito principal da
promessa do batismo no Espírito Santo é conceder ao crente poder para
testemunhar a sua fé em Cristo. O Senhor Jesus estabeleceu, em suas últimas
instruções aos discípulos, uma correlação direta entre o recebimento de poder e
o cumprimento da missão de proclamar o evangelho a todos os povos (At 1.8).
Essa conexão determina a finalidade do recebimento da promessa. É tanto que no
dia de Pentecostes quase três mil almas aceitaram a Cristo (v.41).
Está implícito aqui que a proclamação das boas novas encontraria
toda sorte de oposição, inclusive com o sacrifício da própria vida, como revela
o livro de Atos e a própria história da Igreja. Portanto, não seria uma tarefa
meramente intelectual, para ser realizada com argumentos humanos. Ela
demandaria um poder sobrenatural que só é obtido mediante o enchimento renovado
do Espírito Santo (At 4.8, 31; Ef 5.18).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O batismo no Espírito Santo concede ao crente ousadia para proclamar a fé cristã, e poder para vencer o mundo e o Diabo.
III. PARA QUEM É A PROMESSA
1. A promessa é para os que crêem. Quando pregava em Jerusalém, no dia em que se cumpriu a promessa do Pentecostes, o apóstolo Pedro esclareceu que ela (a promessa) não ficaria restrita aos tempos apostólicos, como ensinam os cessacionistas, que descrêem no batismo com o Espírito Santo para hoje. Observe que Pedro (v.39) refere-se aos de sua geração (“a vós”), às gerações seguintes (“a vossos filhos”), até onde chegasse o evangelho (“os que estão longe”) e àqueles que ao longo da história seriam chamados à salvação (“a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar”).
É, portanto, uma promessa que ultrapassa as fronteiras
denominacionais da igreja e alcança os confins da terra, como vem acontecendo
nos dias contemporâneos desde quando, na Rua Azuza, em 1906, o fogo santo
reacendeu-se e espalhou as suas brasas ao redor do mundo.
2. A promessa é para os que buscam. O segundo passo é ter a
consciência da necessidade da promessa do Pai e buscá-la de todo o coração (At
1.4). Muitos não a recebem porque não a valorizam ou porque não são despertados
e seus olhos abertos pela pregação bíblica expositiva (como a de Atos 2.14-39)
sobre a atualidade do batismo no Espírito Santo. Buscar é um princípio bíblico
do qual o crente não pode abrir mão, pois quem busca tem acesso aos tesouros da
graça para uma vida de vitória em Cristo Jesus, inclusive o batismo no Espírito
Santo (Lc 11.9-13).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A promessa do batismo no Espírito Santo, anunciada por Joel e confirmada no Dia de Pentecostes é para os que crêem e buscam.
CONCLUSÃO
Comprova-se, portanto, que a promessa do batismo no Espírito Santo
não cessou com a era apostólica. Suas evidências aparecem no decorrer da
história da Igreja, inclusive com registros fidedignos, chegando ao apogeu no
século XX, em que o Espírito Santo, tal qual o vento e o fogo, como registra a
Bíblia (At 2.2,3), varreu o mundo, renovou velhas estruturas e encheu os
crentes de poder do céu para testemunhar. Você pode, mesmo agora, enquanto
estuda esta lição bíblica, ser batizado no Espírito Santo.
VOCABULÁRIO
Fidedigno: Digno de fé; merecedor de crédito.
Manipular: Engendrar, forjar ou maquinar artificialmente.
Metáfora: Figura de linguagem mediante a qual o sentido de uma palavra se
transfere à outra. Linguagem figurada.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BRUNELLI, W. O que você pode fazer na plenitude do Espírito. RJ: CPAD, 1994.
CHOWN, G. O Espírito Santo na vida de Paulo. RJ: CPAD, 1987.
PALMA, A. D. O batismo no Espírito Santo e com fogo. RJ: CPAD, 2002.
EXERCÍCIOS
1. Descreva o anúncio e o cumprimento da promessa do batismo no Espírito Santo.
R. (Livre) A promessa do batismo no Espírito Santo foi
anunciada no Antigo Testamento e cumprida em o Novo (At 2.17-21; Jl 2.28-32).
2. Qual foi o último profeta a reiterar a promessa do batismo no Espírito Santo?
R. João Batista (Mt 3.11; Jo 1.33).
3. Cite três propósitos do batismo no Espírito Santo.
R. O batismo no Espírito Santo concede ao crente ousadia para
proclamar a fé cristã, e poder para vencer o mundo e o Diabo.
4. Qual o propósito principal do batismo no Espírito Santo?
R. Conceder ao crente poder para testemunhar a sua fé em
Cristo.
5. Porque alguns não recebem a promessa do batismo no Espírito Santo?
R. Porque não a valorizam ou não são despertados sobre a
atualidade do batismo no Espírito Santo.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico - “A promessa do Espírito no AT
O Antigo Testamento é um prelúdio indispensável à discussão sobre o
batismo no Espírito Santo. Os eventos acontecidos no dia de Pentencostes (At 2)
foram o clímax das promessas de Deus. Duas passagens são especialmente
importantes: Ez 36.25-27 e Jl 2.28,29.
A passagem de Ezequiel fala sobre a água pura sendo espalhada e a
purificação de todas as imundícias espirituais. Ela continua, dizendo que o
Senhor removerá os corações de pedra de seu povo e dar-lhe-á ‘um coração novo’
e ‘um coração de carne’, além de colocar dentro dele ‘um espírito novo’. A
concessão do Espírito Santo é o meio pelo qual essa mudança acontecerá: ‘porei
dentro de vós o meu espírito’. Como resultado, o Senhor diz: ‘e farei que
andeis nos meus estatutos, e guardareis os meus juízos, e os observeis’ (v.27).
A promessa é claramente relacionada ao conceito de regeneração do
Novo Testamento. Paulo fala sobre ‘a lavagem da regeneração e da renovação do
Espírito Santo’ (Tt 3.5), ecoando a declaração de Jesus sobre a necessidade de
‘nascer da água e do Espírito’ (Jo 3.5). A transformação que acontece no novo
nascimento resulta num estilo de vida transformado, tornando possível pela
concessão do Espírito Santo”.
(PALMA, A. D. O batismo no Espírito Santo e com fogo. RJ:
CPAD, 2002, p.14,15)
APLICAÇÃO PESSOAL
Logo depois que Jesus foi batizado nas águas, Ele orou e o céu se
abriu (Lc 3.21). O céu fechado ou cerrado desde o Antigo Testamento é sinônimo
de retenção e parcimônia (Dt 28.23; 1 Rs 8.35; 2 Cr 7.13). Mas o céu aberto
indica a concessão de bênçãos e manifestações espirituais (Jo 1.51). O céu se
abriu e o Espírito desceu sobre Jesus (Lc 3.22). O céu se abriu e o mártir
Estevão viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus" (At
7.55,56). O “céu se abriu” e, no cenáculo, todos foram batizados no Espírito
Santo (At 2). O “lugar” é movido através das orações dos santos! O céu é aberto
por meio das orações dos filhos de Deus. Ore! Interceda! Persevere em oração e
o céu se abrirá sobre a tua vida e ministério.
Lição 5: A
promessa da cura divina
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2007
Título: As promessas de Deus para a sua vida
Comentarista: Geremias do Couto
Lição 5: A promessa da cura divina
TEXTO ÁUREO
“Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido” (Is 53.4).
VERDADE PRÁTICA
A promessa da cura divina é parte inerente da pregação do Evangelho e cumpre o propósito de glorificar a Deus e abrir as portas para a salvação.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Isaías 53.2-5; Tiago 5.14-16.
Isaías 53
2 - Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de
uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele,
nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos.
3 - Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de
dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o
rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
4 - Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades
e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus
e oprimido.
5 - Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído
pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e,
pelas suas pisaduras, fomos sarados.
Tiago 5
14 - Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da
igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;
15 - e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o
levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
16 - Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns
pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus
efeitos.
INTERAÇÃO
Professor, a cura divina é uma promessa bíblica de valor perene. A cura das enfermidades físicas é uma bênção que acompanha a obra salvífica de nosso Senhor Jesus Cristo. Nesta lição, ensine a doutrina, mas não se esqueça de aplicá-la ao contexto da vida cristã diária. Também é necessário sermos responsáveis na ministração do assunto. Lembre-se de que Jesus curou a muitos, mas não a todos. Portanto, sejamos prudentes!
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, a enfermidade física é um fato incontestável. Porém, quando se trata de saber qual a origem das doenças, nem todos os crentes crêem na mesma causa. Contudo, a Escritura afirma que o motivo primevo foi a Queda. O pecado é a razão pela qual o mal natural impera sobra a humanidade. Todavia, nem toda enfermidade é conseqüência do pecado pessoal. Há, no entanto, debilidades físicas que são o efeito do pecado, outras procedem de causas espirituais e naturais, e algumas ocorrem de acordo com o propósito divino. Nesta lição apresente as diversas causas do pecado, segundo as Escrituras. Lembre aos alunos que a doença de Jó não era produto de seu pecado pessoal, mas da vontade de Deus. Use o gráfico abaixo lado para exemplificar essas verdades.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Palavra Chave - Cura divina: Restabelecimento da saúde física, emocional e espiritual através do poder do Espírito Santo.
A promessa bíblica da cura divina provém da inaudita graça de Deus
para com o pecador e tem sido uma das marcas identificadoras da pregação
Pentecostal ao redor do mundo. A cura divina não cessou após os dias
apostólicos. Ela permanece à disposição daqueles que crêem na Palavra de Deus,
cumprindo assim uma gloriosa finalidade como parte da pregação das boas-novas
de salvação.
I. A PROMESSA DA CURA DIVINA NA EXPIAÇÃO
1. O significado da expiação. Cabe, de início, ressaltar que o texto de Isaías, na Leitura Bíblica em Classe, trata da doutrina da expiação pelo sangue do sacrifício, ensino claramente explanado no livro de Levítico, principalmente nos capítulos 16 e 23, e que teve seu pleno cumprimento na morte vicária de Cristo (Is 53.4-20; Mt 8.17; 1 Pe 2.24). A expiação, em suma, consiste na anulação da dívida gerada pelo pecado e na remoção e resgate do pecador do juízo do pecado e do seu domínio (Rm 6.6-14). Na época da Lei, a morte do transgressor era a exigência para cancelamento da sua dívida. Os sacrifícios levíticos, embora temporários, (caps. 1 a 7), cumpriam na Antiga Aliança esse papel substitutivo. Tinham, portanto, caráter provisório até que viesse Cristo, o perfeito sacrifício em nosso lugar.
A razão disso é que essas ofertas sacrificais, instituídas na lei
de Moisés, apontavam para o bendito, perfeito e definitivo sacrifício de Cristo
no Calvário (Is 53.5,7). Assim, as ofertas da Antiga Aliança cessaram. Ele
expiou de uma vez por todas os nossos pecados e quitou para sempre a dívida que
nos era contrária (Cl 2.13-15; Hb 9.11,12; 1 Pe 2.24).
2. A abrangência da expiação. A expiação do pecado consumada
por Cristo abrange também a bênção da cura divina e dá ao crente o direito de
buscá-la como uma promessa assegurada pela obra efetuada na cruz. Todas as
vezes em que a cura divina se manifesta, a doença é removida pela expiação de
Cristo (v.4). Em Mateus 8.17, a Bíblia afirma que as curas efetuadas pelo
Senhor Jesus durante o seu ministério são uma confirmação da profecia de Isaías
53.4,5. A cura divina é resultado da obra expiatória de Cristo no Calvário. Tal
fato indica os plenos efeitos da redenção sobre o nosso espírito, alma e corpo
(3 Jo 2).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Conforme as promessas salvíficas do Antigo e Novo Testamentos, a
doutrina da expiação inclui a bênção da cura física, por meio do sacrifício de
Jesus.
II. A PROMESSA DA CURA DIVINA COMO SINAL PARA O HOMEM
1. Um sinal da manifestação divina. A promessa da cura divina é, por outro lado, um sinal da manifestação de Deus entre os homens. Foi dessa forma que os milagres marcaram o ministério terreno de Cristo, como sinais de sua messianidade (Jo 2.23; 4.46-54; 6.1,2). Onde quer que o Mestre chegasse, suas operações sobrenaturais convenciam as pessoas a crer nEle como o enviado de Deus (20.30,31) e introduziam, na atual dispensação, a presença do Reino de Deus entre os homens (Mt 4.23; 9.35).
Esses sinais tinham como finalidade autenticar que Jesus era o
Filho de Deus (Jo 3.2). É tanto que no episódio da cura do paralítico relatada
em Lucas 6.17-26, isso ficou sobejamente demonstrado, pois antes mesmo de
curá-lo o Senhor concedeu-lhe o perdão dos seus pecados, causando grande furor
nos fariseus por considerarem tal declaração uma blasfêmia. Assim, a cura do
enfermo diante do povo foi, da parte de Jesus, apenas um sinal de sua
autoridade divina para perdoar pecados (vv.20-24).
2. Um sinal que aponta para a salvação. Concernente ao
ministério da Igreja, a cura divina é um sinal que aponta para a salvação, ou
seja, sempre terá como objetivo levar as pessoas a crerem que mais importante
do que a cura em si mesma é a salvação da alma. Ela é uma etapa importante na
pregação do Evangelho, pois traz para o mundo físico - o corpo - a intervenção
milagrosa de Deus tal qual Ele faz no terreno subjetivo - a salvação da alma
(Mc 16.20; At 8.5-8). No entanto, ela não pode ter prioridade sobre a salvação,
nem se transformar na parte mais importante da mensagem da pregação, como se a
cura divina, isto é, a saúde, fosse o maior objetivo a ser alcançado pelo ser
humano da parte de Deus. Os sinais acompanham aqueles que crêem, é verdade,
como prova da manifestação do braço divino, do imenso amor compassivo de Deus.
O propósito de qualquer milagre deve ser, sempre, o de levar as pessoas à
salvação (At 14.3; Rm 15.17-20).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A promessa da cura divina é um sinal que manifesta o poder de Deus, e aponta para a completa salvação do homem: espírito, alma e corpo.
III. A PROMESSA DA CURA DIVINA E A SUA ATUALIDADE
1. A cura divina é para hoje. Não há em toda a extensão do Novo Testamento qualquer indício de que a promessa da cura divina tenha sido restrita à era apostólica. O livro de Atos, que narra os primeiros anos de existência da Igreja, está pontilhado de curas milagrosas, inclusive na última viagem de Paulo, em direção a Roma (At 28.7-9), e termina de uma forma incomum, sem qualquer encerramento do texto, o que pressupõe a continuidade do ministério de poder que a Igreja exerceu nos seus primeiros anos. Hoje o Senhor ainda quer curar os enfermos!
O próprio Jesus deixou claro que os seus discípulos através dos
tempos teriam a mesma autoridade para realizar as mesmas obras (Jo 14.12-14).
Por outro lado, o escritor da epístola aos Hebreus afirma que o Senhor não
mudou, mas permanece o mesmo para sempre (Hb 13.8). E o apóstolo Tiago, por sua
vez, traz aos crentes três orientações condicionadas à nossa comunhão com Deus:
a) “Está alguém entre vós aflito? Ore”; b) “Está alguém contente? Cante
louvores”, e c) “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja,
e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé
salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados,
ser-lhe-ão perdoados” (Tg 5.13-16).
2. A cura divina é para os que crêem (Mc 16.17,18). Jesus
deixou de realizar muitos milagres por causa da incredulidade do povo (Mt
13.58). Assim, muitos deixam de receber a cura ou qualquer outro milagre por
não exercitarem a sua fé no Senhor, quando, segundo a Bíblia, é por meio dela
que nos aproximamos de Deus na certeza de que Ele galardoa aqueles que o buscam
(Hb 11.6).
Mas ainda assim, mesmo o crente exercitando a fé, a promessa da
cura divina precisa sempre ser olhada sob a perspectiva de Deus, até porque
toda a cura está inserida no contexto da transitoriedade da vida humana aqui. O
rei Ezequias recebeu a provisão da cura para sua doença e teve a sua vida
prolongada por mais quinze anos, no entanto o seu dia de se encontrar com Deus
também chegou (2 Rs 20.1-7,21).
Deste modo, a cura divina, além de servir como sinal conducente à
salvação, cumpre sempre algum propósito divino em nossas vidas antes de irmos
ao encontro do Senhor. Isso nos deve levar a refletir, quando somos curados,
sobre a razão pela qual o Senhor interveio de maneira milagrosa em nosso
inteiro ser, que propósito teve em nos devolver outra vez a saúde e o que Ele
espera de nós como resposta ao milagre. Seja qual for a circunstância, a
promessa da cura divina tem por fim primeiro e último glorificar a Deus como o
soberano Senhor de toda a terra (Jo 9.1-3).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A promessa da cura divina é para os dias atuais e para todos os que crêem.
CONCLUSÃO
A grande segurança da fé em Cristo está na certeza de que, vivendo ou morrendo, o bem supremo de nossa vida é o Senhor de modo que tudo é lucro, no dizer apostólico, quando essa é a nossa perspectiva (Fp 1.21-27). Assim, desfrutemos da promessa da cura divina sempre sob a ótica do propósito de Deus para as nossas vidas e, com essa fé no coração, tenhamos sempre profunda paz interior, que será o nosso próximo tema.
VOCABULÁRIO
Inaudito: Que nunca se ouviu dizer; de que não há exemplo; extraordinário.
Inserir: Colocar; introduzir, intercalar; incluir.
Levítico: Pertencente ou relativo aos levitas.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RAIOL, R. Cura divina: promessa atual de Deus. RJ: CPAD, 1999.
EXERCÍCIOS
1. Em que consiste a doutrina da expiação?
R. Consiste na anulação da dívida gerada pelo pecado e na
remoção e resgate do pecador do juízo do pecado e do seu domínio (Rm 6.6-14).
2. O que abrange a obra expiatória de Cristo?
R. Abrange a bênção da cura divina.
3. Qual o propósito das curas no ministério de Jesus?
R. Marcar o ministério terreno de Cristo, como sinais de sua
messianidade (Jo 2.23; 4.46-54; 6.1,2).
4. Qual o principal propósito da cura divina no ministério da Igreja?
R. Levar as pessoas a crerem que mais importante do que a cura
em si mesma é a salvação da alma.
5. Quais as três orientações de Tiago condicionadas à comunhão com Deus?
R. Está alguém entre vós aflito? Ore"; b) "Está
alguém contente? Cante louvores", e c) "Está alguém entre vós doente?
Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome
do Senhor" (Tg 5.13-16).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
“Quatro razões para crermos que Deus continua curando hoje em dia
1. A cura divina encontra-se na Bíblia, e a Bíblia, por ser
inspirada pelo Espírito Santo, é válida para hoje. O Cristo revelado nas
Escrituras como nosso Médico é o mesmo Senhor a quem servimos hoje (Hb 13.8).
2. A segunda razão para crermos na cura divina é estar ela incluída
na obra expiadora de Cristo. A salvação inclui sanear todos os aspectos da
nossa vida, e tudo 'provém da expiação'. Mateus entende o texto do Servo
Sofredor (Mt 8.16,17; Is 53), incluindo o ministério de cura divina na
expiação.
3. A terceira razão acha-se na convergência dos ensinos bíblicos
sobre a salvação e a natureza da humanidade. Já que o ser humano não é uma
associação desconexa de corpo, alma e espírito, mas, de modo muito real, uma
unidade, a salvação se aplica a todos os aspectos da existência humana.
4. A última razão para assumirmos um compromisso com o ensino de
cura divina é a crença de que a salvação deve ser entendida, em última análise,
como a restauração do mundo caído. Deus é contra o sofrimento humano, pois não
é este resultado da sua vontade, mas uma conseqüência da Queda”.
(HORTON, S. (ed.) Teologia Sistemática: uma perspectiva
pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.501-2.)
APLICAÇÃO PESSOAL
Quão glorioso é pensar no plano divino da salvação! Deus cuidou de todos os detalhes! Estabeleceu um projeto perfeito e extraordinariamente amoroso. Na encarnação, o Filho de Deus assumiu a natureza humana em sua plenitude. O Cordeiro Vivo resgatou para Deus aquilo que Ele mesmo assumiu: o homem por completo! O sacrifício expiatório e vicário de Jesus trouxe saúde à vida espiritual do homem. Porém, a obra salvífica não circunscreve-se apenas ao espiritual, mas prolonga-se ao plano natural, corpóreo: o restabelecimento da saúde física (Mt 8.16,17). A cura divina é uma promessa adquirida mediante o sacrifício de Cristo. Não queres hoje mesmo dedicar a tua vida a Jesus Cristo para obter saúde espiritual e natural? Jesus o ama!
Lição 6: A
promessa da paz interior
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2007
Título: As promessas de Deus para a sua vida
Comentarista: Geremias do Couto
Lição 6: A promessa da paz interior
Data: 11 de Novembro de 2007
TEXTO ÁUREO
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27).
VERDADE PRÁTICA
A verdadeira paz não está em palácios ou nos mais diversos acordos humanos; ela é obtida em Cristo, o Príncipe da Paz.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 14.25-31; Colossenses 3.15.
João 14
25 - Tenho-vos dito isso, estando convosco.
26 - Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará
em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos
tenho dito.
27 - Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como
o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
28 - Ouvistes o que eu vos disse: vou e venho para vós. Se me
amásseis, certamente, exultaríeis por ter dito: vou para o Pai, porque o Pai é
maior do que eu.
29 - Eu vo-lo disse, agora, antes que aconteça, para que,
quando acontecer, vós acrediteis.
30 - Já não falarei muito convosco, porque se aproxima o
príncipe deste mundo e nada tem em mim.
31 - Mas é para que o mundo saiba que eu amo o Pai e que faço
como o Pai me mandou. Levantai-vos, vamo-nos daqui.
Colossenses 3
15 - E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um
corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos.
INTERAÇÃO
Professor, comente com os seus alunos que o conceito cristão de paz, do grego eirēnē e no hebraico shālôn, ultrapassa o significado secular do termo. A paz de acordo com Nm 6.26 e Ef 2.14 é obtida mediante a bênção divina. Em Números, o “rosto” de Deus é um hebraísmo que significa “seu favor” e “sua presença”. Por conseguinte, a paz procede do favor e da presença do Eterno entre o seu povo (Cl 3.15).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, divida a classe em equipes, não mais do que três pessoas por grupo. Distribua para cada equipe uma folha de papel com o título da lição escrito no centro. Instrua os alunos a fazerem um círculo em torno do tema. A partir do círculo central eles devem desenhar seis linhas e, em cada uma delas, escrever uma palavra ou frase relacionada ao tema. Dos seis vocábulos, eles deverão escolher um e fazer o mesmo, isto é, mais um círculo com mais seis termos à volta da palavra selecionada. Ao concluírem, os educandos terão uma lista de conceitos subordinados ao tema geral. Boa aula!
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Palavra Chave - Paz: Ausência de conflitos e perturbações na vida espiritual, moral e social, adquirida através da comunhão com o Espírito Santo.
A paz é um elemento sempre discutido como prioritário e urgente nos
principais fóruns do mundo. Todavia, o que mais se vê é a ausência da paz entre
as nações, entre famílias, e até mesmo entre as pessoas. Tudo isso é resultado
da falta da verdadeira paz interior, que só pode ser alcançada na verdadeira
fonte. Muitos vivem com o coração cheio de conflitos, perturbados por toda
sorte de ansiedade, por não terem ainda experimentado em sua dimensão mais
profunda essa paz que vem de Deus. Mas ainda hoje você pode alcançá-la, pois
trata-se de uma promessa divina.
I. A FONTE DA VERDADEIRA PAZ
1. O contexto da promessa da paz. Os dicionários definem paz como ausência de guerra, tranqüilidade pública ou mesmo como sossego da alma. O vocábulo paz vem do hebraico, shālôn, cujo sentido, vai além do conceito comum de paz acima abordado e abrange inteireza, harmonia, completude.
Os discípulos necessitavam de ouvir essa promessa de paz da boca do
próprio Jesus (v.27). Eles enfrentariam o momento mais dramático de suas vidas
na crucificação de seu Mestre. Isso abalaria todas as suas esperanças
messiânicas reunidas ao longo dos últimos três anos. Eles estavam perturbados e
atemorizados, como mostrou o Senhor em suas palavras confortadoras (Mt 26.31;
Jo 16.32; 18.15-27; Lc 24.17-21).
O intuito do Mestre era de que eles compreendessem a necessidade da
cruz como parte indispensável do plano de Deus (v.30; Lc 24.26,46; Sl 22.1-18).
2. A fonte da promessa da paz. A verdadeira paz não tem origem
em tratados entre os homens, nem na disposição humana de não envolver-se em
conflitos, até porque muitas pessoas aparentemente pacíficas experimentam
terríveis conflitos existenciais em seu íntimo. A fonte para os que desejam a
gloriosa paz é o próprio Senhor, o Príncipe da Paz (Is 9.6) que garante o
verdadeiro descanso ao ser humano (Mt 11.28) para que ele desfrute da paz
interior (Sl 46.2).
Foi essa paz que fez Eliseu percorrer de Gilgal até o Jordão,
acompanhando o profeta Elias, e de lá retornar pelo mesmo caminho para iniciar
o seu ministério profético, sem deixar-se confundir pelas palavras
contraditórias dos filhos dos profetas (2 Rs 2.1-18). Foi a mesma paz que levou
Paulo a enfrentar as mais cruéis perseguições, com açoites e outros flagelos,
sob a forte e tenaz oposição dos enganadores (1 Co 6.1-10; 2 Co 11.1-33), até
chegar ao fim de seus dias e declarar com a mesma serena paz a certeza do
recebimento da coroa da justiça (2 Tm 4.6-8). Você e eu podemos desfrutar a
mesma paz!
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A fonte da verdadeira paz é o próprio Senhor. Ele é o Príncipe da Paz (Is 9.6).
II. A NATUREZA DA VERDADEIRA PAZ
1. A essência da verdadeira paz. Ela não é sinônimo de irresponsabilidade nem desculpa para deixarmos de agir com firmeza e energia quando as circunstâncias o exigem, como Paulo perante Ananias (At 23.1-3).
Assim, a paz concedida por Cristo é uma virtude que afasta o
pânico, anula a ansiedade e traz ao coração perturbado a serenidade necessária
para tomarmos nossas decisões segundo o propósito de Deus para as nossas vidas.
Em todas as situações da vida, inclusive nas incertezas e adversidades, essa
paz divina é a nossa segurança para atravessarmos o vale, sabendo que o Senhor
sempre fará o melhor a nosso respeito (Sl 23.4; Jo 14.27; 16.33; 20.19,21,26).
2. O propósito da verdadeira paz. Mediante essa paz agimos com
integridade em nossas conquistas, reputando-as sempre como bênçãos de Deus, e
também por ela descansamos em meio ao sofrimento. Tendo paz com fé para
conhecermos melhor os desígnios de Deus. Se você é um cristão fiel em tudo e
temente a Deus, não importa a dor que esteja experimentando, pois, ao final,
qualquer que seja o desfecho, você há de entender o propósito de Deus em tudo
que passou (Jó 42.1-17). Portanto, deixe que a paz de Deus encha o seu coração.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A paz que Cristo oferece é uma virtude que afasta o pânico e refreia a ansiedade. Seu propósito é trazer inteireza ao coração do homem.
III. VIVENDO A VERDADEIRA PAZ
1. Vivendo a paz com Deus. A paz que Jesus oferece, por sua vez, é diferente da paz ilusória que dá o mundo, pois esta, ao oposto daquela, não se mantém em razão da dubiedade do coração humano (Pv 12.5; Os 10.2). Quantos acordos fracassam, quantas relações são desfeitas por estarem baseados apenas nas boas e frágeis intenções humanas, que não resistem ao primeiro sinal de fraqueza das partes. Em razão disso, precisamos ter sempre o Senhor como o nosso grande parceiro em todas as nossas decisões. Essa paz é, também, diferente porque cumpre o propósito mais sublime do Senhor para o ser humano: restaura a nossa paz com Deus (Rm 5.1).
O nosso relacionamento com Deus antes rompido pelo pecado é agora
restaurado, mediante a justificação por Ele outorgada (Rm 5.1; Fp 3.9; Gl
2.16). Sim, Jesus é a nossa paz (Ef 2.14-17).
2. Vivendo a paz uns com os outros. Quando estamos em Cristo,
a paz com Deus é restaurada, e daí passamos a ter harmonia uns com os outros na
dimensão do amor de Deus derramado em nossos corações (Rm 5.5). Essa paz supera
qualquer obstáculo, não se enfraquece quando não é correspondida e busca sempre
suprir as deficiências humanas nos relacionamentos (Mc 9.50; Rm 12.9-21; 1 Ts
5.12,13).
Deixemos que essa paz flua com mais intensidade de nossos corações,
e isso ocorrendo, cuidaremos mais do bem-estar do próximo. Os conflitos
externos serão ajustados a uma realidade mais harmoniosa; o ódio não terá
espaço em nossas vidas e a nossa boca jamais se abrirá para proferir
maledicências, porque Cristo, o Senhor da paz, habita ricamente em nosso
íntimo.
3. Vivendo a paz interior. Por último, a paz interior é o
resultado da promessa de Deus em nós. É válido pensar nesses termos porque
todos os nossos atos externos procedem do coração (Pv 4.23). Se o nosso coração
não está em paz com Deus, como explicitado nesta lição, de nada adianta buscar
a paz uns com os outros, porque jamais alcançaremos os nossos objetivos.
A paz interior, provinda de Deus (Cl 3.15), que excede a todo
entendimento, é o remédio contra toda a amargura, todo o ressentimento e
qualquer outra obra que o Inimigo tente impingir sobre nós na tentativa de nos
fazer desviar do propósito de Deus. Lembremo-nos de que essa paz que o Senhor
nos dá é a fonte de nossa alegria e o antídoto contra toda e qualquer ansiedade
(Fp 4.4-6).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A paz divina é tríplice: com Deus (Rm 5.1), de Deus (Cl 3.15), e
com os homens (Rm 12.18).
CONCLUSÃO
Concluo trazendo à memória um dos hinos clássicos da Harpa Cristã,
que diz em um de seus versos: "Desde que Cristo minha alma salvou, tenho
doce paz", para, então, reafirmar que essa paz traz descanso à nossa alma
e nos leva à verdadeira prosperidade, como veremos na próxima lição.
VOCABULÁRIO
Desígnio: Intento, intenção, plano, projeto, propósito.
Intuito: Objeto que se tem em vista; intento, plano.
Prioritário: Qualidade do que está em primeiro lugar, ou do que aparece
primeiro; primazia.
Tenaz: Pertinaz, aferrado, obstinado.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LUTZER, E. W. Deixando seu passado para trás. RJ: CPAD, 2005.
STANLEY, C. Paz: um maravilhoso presente de Deus para você. RJ: CPAD,
2004.
EXERCÍCIOS
1. Qual o sentido hebraico de paz?
R. Abrange inteireza, harmonia, completude.
2. Qual a fonte da verdadeira paz?
R. É o próprio Senhor, o Príncipe da Paz (Is 9.6).
3. Defina a paz oferecida por Cristo.
R. É uma virtude que afasta o pânico, anula a ansiedade e traz
ao coração perturbado a serenidade necessária para tomarmos nossas decisões,
segundo o propósito de Deus para as nossas vidas.
4. Qual o propósito da verdadeira paz?
R. Possibilitar que o crente aja com integridade nas
conquistas e descanse em meio ao sofrimento.
5. Quais as três dimensões da paz bíblica?
R. A paz com Deus, uns com os outros e interior.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Devocional - “Categorias de pensamentos que destroem a paz
1. Pensamentos pecaminosos. Estes pensamentos incluem desejos concupiscentes
de poder, dinheiro, prestígio ou sexo fora do casamento. A concupiscência e a
paz não podem morar no mesmo coração [...]
2. Pensamentos autolimitadores. Estão relacionados a profundos
sentimentos de rejeição, de falta de mérito, ou de falta de amor. Muitos destes
sentimentos se originam na infância. A pessoa autolimitadora é rancorosa,
frustrada e interiormente ansiosa [...]
3. Pensamentos errôneos. A maioria das pessoas tende a pensar
o pior a respeito dos outros, ao invés de pensar o melhor. Às vezes estamos
corretos na avaliação que fazemos das outras pessoas, mas em outras estamos
errados [...]
4. Pensamentos irreais. A qualquer momento as pessoas
estabelecem, para as suas vidas, metas que requerem grande esforço e produzem
intensa frustração, repetidos fracassos e a manipulação dos outros. Às vezes
estabelecemos metas que não estão no domínio dos talentos que nos foram dados
por Deus; metas que estão além dos planos e propósitos de Deus para as suas
vidas [...]”.
(STANLEY, C. Paz: um maravilhoso presente de Deus para
você. RJ: CPAD, 2004, p.98-110.)
APLICAÇÃO PESSOAL
As pessoas vivem freneticamente na sociedade hodierna: trânsito obstruído... trens atrasados... pane no sistema... computadores desconfigurados. Muitos aguardam ansiosamente o final de semana para obter um pouco de tranqüilidade. Na esperança de encontrar a paz, uns se retiram para o campo, outros trancam-se no conforto de suas casas. Porém, a paz que Cristo oferece não é aquela que se obtém no hálito fresco das montanhas e no gorjear matinal das aves. A paz de Cristo é perene. Ela subsiste mesmo quando o homem moderno está na selva de pedra. Essa paz não é calada pelo crepitar das vicissitudes. Ela não é apenas um sentimento, mas uma bendita e divina pessoa: Cristo é a nossa paz! (Ef 2.14).
Lição 7: A
promessa da verdadeira prosperidade
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2007
Título: As promessas de Deus para a sua vida
Comentarista: Geremias do Couto
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Salmos 73.1-3,5,16-20,26-28.
1 - Verdadeiramente, bom é Deus para com Israel, para com os limpos de coração.
2 - Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco
faltou para que escorregassem os meus passos.
3 - Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade
dos ímpios.
5 - Não se acham em trabalhos como outra gente, nem são
afligidos como outros homens.
16 - Quando pensava em compreender isto, fiquei sobremodo
perturbado;
17 - até que entrei no santuário de Deus; então, entendi eu o
fim deles.
18 - Certamente, tu os puseste em lugares escorregadios; tu os
lanças em destruição.
19 - Como caem na desolação, quase num momento! Ficam
totalmente consumidos de terrores.
20 - Como faz com um sonho o que acorda, assim, ó Senhor,
quando acordares, desprezarás a aparência deles.
26 - A minha carne e o meu coração desfalecem; mas Deus é a
fortaleza do meu coração e a minha porção para sempre.
27 - Pois eis que os que se alongam de ti perecerão; tu tens
destruído todos aqueles que, apostatando, se desviam de ti.
28 - Mas, para mim, bom é aproximar-me de Deus; pus a minha
confiança no SENHOR Deus, para anunciar todas as tuas obras.
INTERAÇÃO
Professor, no Antigo Testamento a palavra hebraica para
prosperidade é tsālēach. Esse termo é usado em relação ao sucesso que o Eterno
deu a José (Gn 39.2,3,33) e a Uzias (2 Cr 26.5). O vocábulo significa “ter
sucesso”, “dar bom resultado”, “experimentar abundância” e “fecundidade”. No
contexto bíblico, a verdadeira prosperidade material ou espiritual e resultado
da obediência, temor e reverência do homem a Deus.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, em sala de aula você é livre para expressar o seu pensamento de forma pessoal e bíblica. A fala é o instrumento que o prezado mestre usa para comunicar-se com os seus alunos. Porém, o discurso apresentado deve ser de acordo com as regras gramaticais. Não é apenas importante o que é dito, mas também como a verdade bíblica é ministrada. Há frases que são inteligíveis, apesar de contrariarem as normas da língua portuguesa. Outras, carentes de gramaticalidade, não fazem sentido. Portanto, um ensino cuja gramática esteja ausente ou precária é ininteligível. Ora, se em razão de o professor não se comunicar corretamente, o educando não aprende, o mestre precisa urgentemente se comunicar conforme as regras gramaticais. Estude a língua portuguesa, “última flor do Lácio, inculta e bela”.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Palavra Chave - Prosperidade: Estado daquele que é próspero, bem sucedido, feliz ou afortunado.
O título da presente lição deixa claro a existência da falsa prosperidade. O que se apregoa hoje em muitos púlpitos sobre as riquezas materiais nada tem a ver com os ensinamentos bíblicos acerca do tema. Não obstante haver riquezas legítimas e honestas (Pv 13.11b; Sl 112.1-3; Ec 5.19), há também as fraudulentas e desonestas (Pv 16.8b; Jr 17.11; Tg 5.1-3). Afinal, o que é a verdadeira prosperidade?
I. PORQUE OS ÍMPIOS PROSPERAM
1. A decepção de Asafe. O Salmo 73 retrata com fidelidade a
forma como muitos de nós nos portamos ao ver a prosperidade dos ímpios,
enquanto no meio cristão muitos têm de lutar de sol a sol para ganhar o pão de
cada dia (Mt 6.11). Ficamos decepcionados, melindrados, a ponto de quase
esfriarmos na fé (vv.2,16). Isso porque na maioria dos casos nossa expectativa
quanto à prosperidade não é fruto de um desejo legítimo, mas da cobiça daquilo
que os outros possuem (v.3; Gl 5.26; Tg 3.14-16).
Asafe sentiu na própria carne a inveja de ver a prosperidade dos
ímpios a ponto de os seus pés quase se resvalarem no abismo da incredulidade.
“Pouco faltou”, escreveu ele no v.2. Ele ficou perplexo ao considerar essa
prosperidade dos pecadores uma “injustiça” contra os filhos de Deus.
2. O questionamento de Asafe. Asafe produziu suas
justificativas, como sempre fazemos em nossos próprios arrazoados. Para o
salmista, tais indivíduos não tinham apertos em sua morte (Sl 73.4), não eram
afligidos pela necessidade do trabalho de cada dia ou por qualquer outra
circunstância. Viviam cercados de segurança, desfrutavam da abundância de seus
bens, mas não obstante serem pessoas violentas, presunçosas, em cujo coração
maquinavam sempre o mal (vv.4-16; Lc 12.15-21). Lembremo-nos a princípio que o
ímpio tem a riqueza como um fim em si mesmo e não como um meio, como deve ser
(1 Tm 6.17-19).
3. A descoberta de Asafe. Asafe não permaneceu na sua
angústia, nem na murmuração. É tanto que, antes de descrever seus sentimentos
negativos sobre a prosperidade dos ímpios, fez uma impactante declaração:
“Verdadeiramente, bom é Deus para com Israel, para com os limpos de coração”
(v.1). Em outras palavras, eleja obtivera a resposta para as suas dúvidas e o
que agora expunha eram as reflexões do seu passado, consoante à forma verbal
pretérita que aparece no (v.3): “eu tinha”.
Assim, quando Asafe entra no santuário de Deus, o soberano Rei da
Glória, os fatos se esclarecem (v.17). Ele percebe a transitoriedade da vida e
Deus lhe traz à memória que os ímpios vivem em lugares escorregadios, são,
eventualmente, tomados pelo pânico, não desfrutam a paz que aparentam e, ao
final, como um sonho, desaparecerão (vv.18-20). Ou seja, a prosperidade
material é fugaz, efêmera, e não assegura a quem quer que seja qualquer tipo de
vantagem na eternidade nem a posse da vida eterna (Mt 19.16-21). Tudo quanto se
acumula na terra, aqui ficará (Mt 6.19-21; Sl 39.6; 49.16,17).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O Salmo 73 retrata o incômodo que a prosperidade dos ímpios traz ao crente que possui uma visão distorcida do sucesso alheio. Somente uma compreensão correta da natureza e autoridade divinas é capaz de fazê-lo olhar na direção certa.
II. O SIGNIFICADO DA VERDADEIRA PROSPERIDADE
1. Deus é o nosso Supremo Bem. O salmista Asafe afirma que reversamente aos ímpios, ele está de contínuo com Deus por quem é permanentemente guiado, para, ao fim, ser por Ele recebido em glória (vv.23,24). Haverá maior riqueza do que esta? Afirma ele: “tu me seguraste pela mão direita”, e não pela mão esquerda, afirmando com esta figura de linguagem que Deus sempre nos conduz de maneira certa e pelos lugares certos (Sl 23.1-3).
O versículo 25 expressa a verdadeira prosperidade do homem: Deus
como o seu Supremo Bem, assim como o seu mais sublime desejo. É o mesmo anseio
de Davi (Sl 42.1,2) e de outros fiéis da história que se sentiram inquietos
pela necessidade da presença do Deus vivo! Que outro bem maior pode o homem ter
além de Deus?
2. Deus é a fonte da verdadeira prosperidade (v.26). Tudo
começa e termina em Deus, pois fomos criados para a sua glória! Tudo pode
faltar, a vida esvair-se, mas Deus é a nossa herança para sempre (vv.26-28).
Ele é a fonte da verdadeira prosperidade!
Assim, tudo o que temos precisa constituir-se em motivo para que o
nome de Deus seja exaltado (1 Co 10.31). Este é o verdadeiro foco. Deus acima
de todas as coisas. Podemos até desfrutar das riquezas materiais como fruto da
capacidade que Deus dá a todos para administração da sua vida, mas tudo se
restringirá às coisas terrenas (Dt 8.18).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O significado da verdadeira prosperidade é o próprio Senhor. Deus é o Supremo Bem que o crente deve anelar acima de todas as coisas.
III. COMO ALCANÇAR A VERDADEIRA PROSPERIDADE
1. O Novo Testamento e a verdadeira prosperidade. O Antigo Testamento contém muitas promessas relacionadas à prosperidade material de pessoas específicas e também do povo de Israel como nação (Gn 13.2; 39.2-5; Js 22.8; 1 Rs 2.3). Os conceitos que elas expressam permanecem válidos ainda hoje como verdades espirituais, mas isso não quer dizer que possuir riquezas materiais seja sinal de espiritualidade ou que estas sejam objeto de fé, como ensinam os arautos da falsa doutrina da prosperidade material.
Uma leitura honesta do Novo Testamento deixa claro que em nenhum
momento ele estimula o acúmulo de bens ou aponta a prosperidade material como
um fim permanente a ser buscado na vida do cristão. Ao contrário, as riquezas
são descritas como algo que pode servir de obstáculo à comunhão com Deus e até
mesmo levar à ruína espiritual (Mt 6.19-21; 10.23; 13.22; 1 Tm 6.9).
Os textos de Mateus 6.33 e Filipenses 4.13 são usados erradamente
como base para a maléfica doutrina da prosperidade, os quais não respaldam o
referido assunto. O primeiro, à luz de seu contexto, trata da provisão diária
de cada um que busca a Deus em primeiro lugar, tal qual o Senhor provê
diariamente o pão para as aves dos céus e as vestes para os lírios do campo. O
segundo, também à luz de seu contexto, alude ao fato de o crente estar bem com
Deus em qualquer circunstância, seja na fartura, seja na necessidade, desde que
tudo esteja posto sob a perspectiva de Deus.
2. Vivendo a verdadeira prosperidade. Assim, a verdadeira
prosperidade não é essa que vem sendo ultimamente apregoada como a grande
conquista do Evangelho. Mas se os bens materiais não são o cerne da mensagem
evangélica e nem a meta de vida do crente, pode ele possuir riquezas, sem que
isso signifique pecado? É possível prosperar materialmente, mediante o uso da
capacidade que Deus nos deu sob suas bênçãos, e desfrutar do bem desta terra?
A Bíblia fala de pessoas ricas no meio da igreja, mas adverte a que
não ponham nas riquezas a sua confiança, sejam ricas em boas obras, generosas e
prontas a repartir, tendo como sua verdadeira meta entesourar para a vida
eterna (1 Tm 6.17-19).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A prosperidade material além de não ser o alvo da fé cristã, não ratifica a espiritualidade do crente.
CONCLUSÃO
Alcançamos, portanto, a verdadeira felicidade quando Deus é o nosso Supremo Bem, “pois nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17.28).
VOCABULÁRIO
Aludir: Fazer alusão; referir-se; mencionar.
Expectativa: Esperança fundada em supostos direitos, probabilidades ou
promessas.
Resvalar: Fazer escorregar ou cair; fazer incidir; lançar.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
MAXWELL, J. Atitude vencedora: sua chave para o sucesso pessoal. RJ: CPAD, 2004.
EXERCÍCIOS
1. Descreva o sentimento de Asafe em relação à prosperidade dos ímpios.
R. (Livre) Inveja de ver a prosperidade dos ímpios a ponto de
os seus pés quase se resvalarem no abismo da incredulidade.
2. Qual a resposta que Asafe fornece a respeito da prosperidade dos ímpios?
R. (Livre) A prosperidade material é fugaz, efêmera, e não
assegura a quem quer que seja qualquer tipo de vantagem na eternidade nem a
posse da vida eterna (Mt 19.16-21).
3. Qual o significado da verdadeira prosperidade?
R. Ter a Deus como Supremo Bem, assim como o seu mais sublime
desejo.
4. Quem é a fonte da verdadeira prosperidade?
R. Deus.
5. De acordo com o contexto, qual o sentido de Filipenses 4.13?
R. Alude ao fato de o crente estar bem com Deus em qualquer
circunstância, seja na fartura, seja na necessidade, desde que tudo esteja
posto sob a perspectiva de Deus.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Bibliográfico - “Resumo da doutrina bíblica da prosperidade
O que a Palavra de Deus diz sobre prosperidade? Mesmo sendo um
assunto presente em toda a Bíblia, vamos apenas citar alguns exemplos para a
fundamentação do nosso argumento.
No Salmo 1, seriam bem-aventurados não apenas aqueles que não
fossem influenciados pelo ‘sindicato da maldade’ (v.1), mas também os que
tivessem o seu prazer na lei do Senhor e, por ela, moldassem à sua maneira de
pensar e de viver. O resultado seria uma vida frutífera, uma existência
profundamente significativa, uma alegria de viver contagiante e, sobretudo, a
promessa de que tudo quanto fizesse seria bem-sucedido (v.3). Tudo - no grego,
no hebraico, e também aqui no português - quer dizer exatamente TUDO! Inclui
negócios, projetos, relacionamentos, tudo, enfim. Isso é sucesso na acepção do
termo! Isso é inegavelmente prosperidade!
Quando Deus falou a Josué com o intuito de animá-lo para a árdua
tarefa de comandar o povo de Israel na conquista da terra de Canaã, Ele
recomendou que tivesse coragem de fazer o que estava escrito na Lei. Deus
também o animou a falar do livro da Lei e a meditar na sua Palavra de dia e de
noite, e o incentivou novamente a fazer tudo quanto estava escrito no livro da
Lei”.
(SOUZA, B. As chaves do sucesso financeiro: a prosperidade à
luz da Bíblia. RJ: CPAD, 2001, p.165,6.)
APLICAÇÃO PESSOAL
O homem verdadeiramente próspero é como a “árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará” (Sl 1.3).
O termo hebraico traduzido pela palavra "prosperar" é
tsālēach, isto é, “ter sucesso”, “dar bom resultado”, “experimentar abundância”
e “fecundidade”. A última frase do versículo pode ser traduzida como: “...tudo
quanto fizer terá sucesso... terá em abundância... terá bom resultado”.
A verdadeira prosperidade é uma conseqüência da obediência do homem
a Deus. O crente próspero, segundo o salmista, é alguém que não se compraz com
a companhia dos ímpios, mas tem satisfação em obedecer a Escritura. Portanto,
abandone o pecado e afaste-se do ímpio. Ame incondicionalmente as Sagradas
Escrituras. Obedeça os ditames da Palavra do Senhor, e terás cumprido os
primeiros passos à verdadeira prosperidade.
Lição 8: A
promessa de um lar feliz
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2007
Título: As promessas de Deus para a sua vida
Comentarista: Geremias do Couto
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Deuteronômio 11.18-21; Efésios 6.1-4.
Deuteronômio 11
18 - Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa
alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os
vossos olhos,
19 - e ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em
tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te;
20 - e escreve-as nos umbrais de tua casa e nas tuas portas,
21 - para que se multipliquem os vossos dias e os dias de
vossos filhos na terra que o SENHOR jurou a vossos pais dar-lhes, como os dias
dos céus sobre a terra.
Efésios 6
1 - Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor,
porque isto é justo.
2 - Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento
com promessa,
3 - para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra,
4 - E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas
criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.
INTERAÇÃO
Professor, nesta lição, nossos alunos estudarão as promessas divinas para o lar Você os conhece a ponto de ministrar a lição conforme as necessidades de cada um? Ore a favor dos seus alunos. Interceda nominalmente por eles. Em oração, apresente a Deus os familiares de seus educandos. Aliás, você os conhece? Sabe o nome dos irmãos e pais de seus alunos? Ministre esta lição cônscio de que Deus ouviu as suas intercessões a favor de sua classe. Deus o abençoe!
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, as lições são elaboradas para dois grupos etários: os jovens (18-24 anos) e os adultos (25 anos em diante). Estes dois grupos apresentam características mentais, sociais, emocionais e espirituais específicas, mas interdependentes. Por esta razão, resguardando as especificidades individuais, certos métodos aplicam-se satisfatoriamente a esses dois grupos enquanto outros não. Com jovens e adultos, em função do aprendizado se realizar principalmente por meio da maturidade cognitiva, você deve usar os métodos de raciocínio (indutivo e dedutivo). Porém, não se limite apenas a estes. Você pode explorar o estudo de casos e os métodos de exposição oral (aula expositiva, perguntas e respostas, debates). Procure conhecer os mais efetivos métodos, a fim de que seus alunos aprendam de modo didático e crítico.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Lar: Ambiente que enseja aconchego, descanso, paz, alegria e
segurança para a família.
O lar não é apenas um lugar em que a família habita. Mas um
ambiente de aconchego, descanso, paz, alegria e segurança, com a presença
providente e protetora de Deus. Muitos vivem sob o mesmo teto, mas,
infelizmente, as relações estão despedaçadas, a convivência já não é pacífica e
aquele espaço deixa de ser um lar para transformar-se numa praça de guerra. No
entanto, se estamos dispostos, toda a família, a cumprir o que ensina a Bíblia,
temos de Deus a promessa de um lar feliz.
I. O LAR FELIZ COMO PROMESSA DE DEUS
1. O lar constituído por Deus. Ao criar a primeira família, Deus constituiu, nos limites do Jardim do Éden, o seu espaço de habitação (Gn 2.7-15), o lar em que os primeiros cônjuges viveriam um para o outro, teriam filhos e juntos desfrutariam de tudo quanto Deus lhes preparara. Era um lugar de bênçãos que cumpriria as verdadeiras funções do lar, como descrito na introdução.
Esse foi e continua sendo o propósito de Deus para a família. Esses
desígnios foram frustrados por aquele primeiro casal ter dado ouvidos à voz
maliciosa e enganosa da serpente ao invés de obedecer a Deus. Expulsos do
Jardim do Éden, Adão e Eva enfrentaram consequências gravíssimas para todos, em
razão da incredulidade, da inveja, da porfia e do ódio serem também agora
características da raça humana (Gn 4.1-8).
2. O lar como promessa de Deus. Embora o pecado tenha trazido
essas desastrosas consequências sobre a família, a promessa de um lar feliz
continua sendo o propósito de Deus para o homem, enquanto na terra (Pv 3.33; Sl
128). Deus quer que os casais tenham vida harmoniosa, que amem um ao outro,
pois foram criados para o amor mútuo (Gn 2.24), e façam do seu lar um centro de
adoração ao Senhor em que os filhos cresçam num ambiente verdadeiramente
cristão.
Esse ideal é visto no modelo de casa que Deus ordenou às famílias
de Israel (Dt 22.8). Ela deveria dispor de um parapeito no terraço para evitar
a queda e consequentemente a morte de alguém. Era uma medida preventiva com o
propósito de resguardar a vida das pessoas que estivessem na casa. Esta rica
lição aponta para a função do lar em seu papel social, moral e espiritual. Isso
implica que a boa formação de qualquer pessoa, em todos os aspectos, começa em
lares bem estruturados na Palavra de Deus e que tenham "parapeitos"
bem construídos (Pv 24.3; Jr 22.13).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O primeiro lar foi constituído por Deus no Éden. Embora o pecado tenha afetado a harmonia familiar, a promessa divina para um lar feliz permanece firme.
II. COMO OBTER UM LAR FELIZ
1. Pelo apreço e obediência à Palavra de Deus. Esses "parapeitos" são construídos mediante o apego à Palavra. Ela deve estar firmemente plantada no coração e na alma dos componentes da família (v.18). A Bíblia deve ser ensinada no lar e nele prevalecer (vv.19,20).
As Escrituras entre o povo de Israel deveria estar atada à mão,
como testeira entre os olhos, sendo ensinada quando estivessem assentados em
casa, andando pelo caminho, ao levantarem e ao deitarem, além de estar escrita
nos umbrais das portas. Isso vai muito além do sentido literal e ritualístico
que hoje os judeus ortodoxos dão ao texto, como os fariseus da época de Jesus,
com os seus filactérios presos na testa e nos braços (Mt 23.5) e o mezuzah
(trechos da lei divina) fixado nos umbrais da casa. Isso não era simplesmente
um rito no judaísmo, mas um meio visível e prático de enfatizar que a Palavra
de Deus era a fonte da felicidade dos lares israelitas. Ainda hoje esse é o
desejo de Deus para as famílias cristãs em todo o mundo.
2. Pela prática dos princípios da Palavra de Deus. A promessa
de um lar feliz passa não só pelo ensino, mas, também, pela prática dos
princípios da Palavra de Deus no seio da família (Tg 1.22-26). A deterioração
que hoje atinge muitas famílias cristãs decorre basicamente da não observância
dessa prescrição. O mundo cada vez mais dominado pelo Maligno exerce tão forte
pressão contra os valores familiares, consoantes à Bíblia Sagrada, que só
famílias com raízes aprofundadas na Palavra e dependentes do Espírito, resistem
aos ventos da relativização e do rebaixamento moral que ocorre em toda parte e
em todos os sentidos, como sinal do fim dos tempos (1 Jo 4.3).
Quais são alguns desses princípios, para muitos já ultrapassados,
que a Bíblia ensina e que trazem felicidade ao lar? a) evitar o jugo desigual
(2 Co 6.14-16); b) manter a fidelidade mútua (Ml 2.14; Hb 13.4); c) manter o
respeito entre os cônjuges (1 Co 7.1-5); d) viver o mútuo companheirismo (Gn
2.18), desfrutar de afeto recíproco (Ec 9.9); e) proteger à família (Dt 22.8);
f) educar e tratar os filhos com respeito (Dt 11.19; Ef 6.4), e g) os filhos
devem obedecer aos pais, "no Senhor" (Ef 6.1,2; Dt 11.19; 5.16).
Praticar a Palavra de Deus e viver os seus princípios para a vida
em família é o caminho para termos um lar feliz.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Um lar feliz se obtém mediante o apego e prática dos princípios exarados na Palavra de Deus.
III. BÊNÇÃOS QUE ACOMPANHAM UM LAR FELIZ
1. A bênção da longevidade. A longevidade é uma das bênçãos que acompanham a promessa de um lar feliz. A Bíblia assegura isso como resultado da obediência aos pais, qualificada como o primeiro mandamento com promessa, tal qual aparece reiteradamente em Deuteronômio 4.9,10; 6.1-9; 11.18-21; 31.12,13; e Efésios 6.1-4. Muitas vidas acabam sendo ceifadas na flor da idade em virtude da desobediência ou de os pais não terem sido capazes de plantar no coração de seus filhos a semente da Palavra (Pv 20.7; 22.6; Gn 18.19). Lembremo-nos de que os filhos são o nosso melhor investimento.
2. A bênção da terceira idade realizada. Outra bendita bênção
que acompanha um lar feliz é a pessoa chegar realizada à avançada idade. Boas
escolhas na juventude repercutem por toda a vida, bem como as más escolhas (Ec
12.1-7). É o princípio da semeadura e da colheita (Gl 6.7-9). Uma velhice
frustrada é, geralmente, fruto de má semeadura na época áurea da vida. Por
outro lado, uma velhice feliz, com os filhos bem encaminhados e, sobretudo,
salvos e servindo a Deus, resulta de decisões maduras em tempo oportuno.
3. A bênção para as próximas gerações. A bênção de um lar
feliz acompanha até mesmo as gerações seguintes (Êx 20.6; Dt 7.9). A melhor
herança legada aos que virão depois de nós, até que Jesus venha, não são
primeiramente as riquezas materiais. Mas o exemplo de fidelidade a Deus, à
família, segundo os padrões bíblicos e a nossa invicta fé no Senhor Jesus. O
que mais a nossa igreja e a nossa vizinhança precisa é de famílias que
pratiquem o cristianismo bíblico e que demonstrem em sua comunidade o modelo de
lar que o Senhor almeja para todos.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
As prestimosas dádivas que acompanham um lar feliz são: a longevidade, a terceira idade realizada e as bênçãos futuras para os descendentes.
CONCLUSÃO
Como vimos, nesta lição, um lar feliz é possível, segundo a promessa da Palavra de Deus à família, mesmo em meio às turbulências da vida moderna. Podemos fazer do lugar em que habitamos, com a ajuda de Deus, um abrigo de paz contra as tempestades que nos cercam, onde pais e filhos possam dar-se as mãos numa vida de permanente celebração da glória de Deus e alcançarem, por fim, uma velhice feliz e vitoriosa, como veremos na próxima lição.
VOCABULÁRIO
Aconchego: Comodidade, conforto, agasalho.
Desígnio: Intento, intenção, plano, projeto, propósito.
Parapeito: Muro ou parede que se eleva à altura do peito ou pouco menos.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BENTHO, E. C. A família no Antigo Testamento: história e sociologia. RJ: CPAD, 2006.
CRUZ, E. Amor e disciplina para criar filhos felizes. RJ: CPAD, 2006.
EXERCÍCIOS
1. Descreva o que Deus constituiu no Jardim do Éden.
R. O lar em que os primeiros cônjuges viveriam um para o
outro, teriam filhos e juntos desfrutariam de tudo quanto Deus lhes preparara.
2. Apesar do pecado, qual a promessa de Deus para o homem?
R. A promessa de um lar feliz (Pv 3.33; Sl 128).
3. Como o crente pode obter um lar feliz?
R. Um lar feliz se obtém mediante o apego e prática dos
princípios exarados na Palavra de Deus.
4. Cite três princípios bíblicos que trazem felicidade ao lar.
R. a) evitar o jugo desigual (2 Co 6.14-16); b) manter a
fidelidade mútua (Ml 2.14; Hb 13.4); c) manter o respeito entre os cônjuges (1
Co 7.1-5).
5. Cite três bênçãos que acompanham um lar feliz.
R. A bênção da longevidade, da terceira idade realizada e a
bênção para as próximas gerações.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Devocional - “As promessas do Antigo Testamento
Foi a Noé que Deus convidou dizendo: ‘Entra na arca, tu e toda
a tua casa, porque reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta
geração’ (Gn 7.1). Como Noé aceitou esse convite e salvou a sua família, assim
também, quando aceitamos a Cristo, a ‘Arca’ da salvação, pela fé, aceitamos
juntamente a salvação da nossa família. Eu estou em Cristo hoje porque meus
pais creram nesta verdade e conduziram seus três filhos para dentro dessa
‘Arca’!
Em Levítico 16.6, lemos que o sumo sacerdote Arão, sempre que
oferecia o sacrifício de um novilho como oferta pelo pecado, fazia um
sacrifício por ele mesmo e por sua casa.
As promessas do Novo Testamento. A promessa de salvação para
todos os membros da família também no Novo Testamento está evidente. Na noite
em que o carcereiro da cidade grega de Filipos, após o terremoto, veio correndo
a Paulo e Silas e perguntou: ‘Senhores, que devo fazer para que seja salvo?’,
recebeu de Paulo esta resposta: ‘Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e
a tua casa’ (At 16.31).
O centurião Cornélio recebeu um recado dum anjo que lhe disse:
‘Manda chamar Simão, por sobrenome Pedro, o qual te dirá palavras mediante as
quais serás salvo, tu e a tua casa’ (At 11.14). E isso aconteceu com a
chegada daquele apóstolo”.
(OLSON, N. L. O lar ideal: este alvo está ao seu
alcance. 4.ed., RJ: CPAD, 1999, p.29,30.)
APLICAÇÃO PESSOAL
"E guardarás os seus estatutos e os seus mandamentos, que te ordeno hoje, para que bem te vá a ti e a teus filhos depois de ti e para que prolongues os dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá para todo o sempre" (Dt 4.39,40). Essa inaudita promessa é estendida a todos os que amam a Palavra de Deus. Os pais cristãos têm conforto nessa promessa. Os filhos de pais que servem ao Senhor têm garantias nessa dádiva. A geração que procede de um lar que teme a Deus está firmada na mesma bênção. Longevidade, conforto, segurança, prosperidade, saúde e paz traduzem os frutos do temor e obediência ao Senhor.
Faça, hoje mesmo, uma aliança com Deus! Obedeça aos mandamentos
divinos e "A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua
casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa. Eis que
assim será abençoado o homem que teme ao SENHOR" (Sl 128.2-4).
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Lição 9: A
promessa de uma velhice feliz e frutífera
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2007
Título: As promessas de Deus para a sua vida
Comentarista: Geremias do Couto
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Salmos 92.12-15; Isaías 40.28-31.
Salmos 92
12 - O justo florescerá como a palmeira; crescerá como o cedro
no Líbano.
13 - Os que estão plantados na Casa do SENHOR florescerão nos
átrios do nosso Deus.
14 - Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e
florescentes,
15 - para anunciarem que o SENHOR é reto; ele é a minha rocha,
e nele não há injustiça.
Isaías 40
28 - Não sabes, não ouvistes que o eterno Deus, o SENHOR, o
Criador dos confins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não há
esquadrinhação do seu entendimento.
29 - Dá vigor ao cansado e multiplica as forças ao que não tem
nenhum vigor.
30 - Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os jovens
certamente cairão.
31 - Mas os que esperam no SENHOR renovarão as suas forças e
subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se
fatigarão.
INTERAÇÃO
Professor, ao iniciar esta aula, comente com os alunos o significado bíblico do vocábulo “velhice”. Na cultura hebraica, o termo “velhice” é “zāqān” , cujo sentido literal é “barba”. O texto grego do Antigo Testamento traduziu “zāqān” por “presbyteros”, como aparece no Novo Testamento. Em função de os idosos usarem suas barbas crescidas é que a palavra passou a designar “velhice” ou “ancião”. Boa aula!
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, os métodos de ensino devem ser empregados de acordo com
a faixa etária da classe e maturidade cognitiva dos alunos. É necessário
manter-se informado a respeito das características gerais e individuais dos
educandos. Ao lecionar à classe da melhor idade, por exemplo, é necessário
empregar métodos que se adaptem às características cognitivas e psicomotoras
desse grupo. Portanto, ao empregar os recursos audiovisuais considere que a
percepção visual e auditiva dos idosos se processam mais lentamente. Em função
disto, é necessário usar gravuras grandes e de traços firmes, manter a imagem
exposta por um tempo mais longo e falar pausadamente. Na execução dos
exercícios, considere que uma pessoa idosa é mais vagarosa em atividades
psicomotoras. O professor cônscio dos limites e das potencialidades de seus
alunos logrará êxito na suprema tarefa de ensinar-lhes a Palavra de Deus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Velhice: Fase de maturidade e transformações psicológicas e
físicas que acompanham o processo da vida humana.
A velhice, também chamada terceira idade, ainda é vista com
bastante preconceito pela sociedade, como se fosse uma época somente de
desalento, inatividade e frustração. Infelizmente, muitas pessoas nessa faixa
etária sofrem abusos e desrespeito, enquanto outras de maneira equivocada
assumem que já nada podem oferecer. Em razão disso sentem-se inadequadas e
inferiorizadas socialmente. Mas a Bíblia, ao contrário do mundo, ensina que os
justos na “velhice ainda darão frutos; serão viçosos e florescentes” (Sl 92.14).
I. A TERCEIRA IDADE - TEMPO DE FRUTIFICAÇÃO
1. Tempo da maturidade. A primeira grande bênção do período da velhice é a maturidade, sobretudo quando se floresce plantado na Casa do Senhor (Sl 92.13,14). Duas figuras de linguagem dão a dimensão exata do que isso representa: a palmeira e o cedro. Em ambas vemos a lição de utilidade, perenidade, firmeza e robustez. São assim os que envelhecem seguindo os princípios ditados por Deus: têm raízes profundas, que suportam os ventos da tempestade, são longevos, robustos e de presença acolhedora.
É verdade que, como exceção à regra, alguns idosos não amadurecem,
por não saberem aplicar os princípios de vida tão claros nas Escrituras. Os
princípios de vida ensinados na Bíblia levam à maturidade, à prudência, à
sabedoria para o ser humano viver acertando e errar o mínimo. Como diz a
Bíblia, a maturidade com o seu modo de ser e de agir não cabe na infância, mas
na vida daqueles que já são experimentados nos embates da vida material e
espiritual (1 Co 13.11; Hb 5.13,14).
2. Tempo da colheita. A terceira idade é, também, um tempo de
colheita. Esse fato, decorrente de semeadura no passado, implica que a semente
plantada cumpra, pelo menos, três fases distintas: brotar, crescer e
frutificar. Esta última só ocorre quando a planta chega à fase adulta. A
terceira idade é a época em que os frutos são colhidos como resultado daquilo
que se plantou na infância, na juventude e nos primeiros ciclos da vida adulta
(Ec 12.1).
Temos, aqui, duas importantes lições: a) saber plantar, isto é,
fazer boas escolhas sob a direção de Deus nos verdes anos da juventude é
condição essencial para que se faça uma boa colheita no período da terceira
idade; e b) aquilo que colhemos na terceira idade, inclusive certas doenças, é
o resultado direto das escolhas que fizemos no tempo da semeadura (Gl 6.7-9). A
Bíblia é o livro de Deus que nos ensina como andar diante de Deus em santidade,
e diante dos homens em justiça e retidão.
3. Tempo de compartilhar. Mas não fica só por aí a
frutificação na terceira idade. Esta é também uma época de compartilhamento.
Não é bom reter somente para nós, em nossos celeiros, aquilo que Deus
amorosamente nos concedeu durante toda a nossa vida. A menção aos frutos, no
Pentateuco, sempre traz implícita essa idéia (Dt 26.1-11 cf. 16.11). O que Deus
pôs em nossas mãos, como fruto da nossa colheita, é para também abençoar
àqueles que nos cercam e, sobretudo, contribuir com a expansão do seu Reino na
Terra. Alguém que chegou à terceira idade após uma boa semeadura ainda tem
muito a contribuir nos átrios da casa de Deus e a compartilhar com os que o
cercam.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A terceira idade é um período de maturidade, colheita e compartilhamento da graça e bondade de Deus.
II. A TERCEIRA IDADE - TEMPO DE RENOVAÇÃO ESPIRITUAL
1. Renovação pela comunhão com Deus. Mas a terceira idade é, ainda, um tempo de renovação espiritual pela comunhão íntima com Deus. O texto de Isaías, na Leitura Bíblica em Classe, fala que até os jovens se cansam (v.30). Isso acontece por ser a juventude uma época de bastante ativismo, nem sempre com bons resultados. No entanto, aos que esperam firmemente no Senhor há uma promessa de renovação espiritual e de alçar vôos como os da águia, mesmo na terceira idade, sem cansaço, nem fadiga (v.31).
Conquanto nossa comunhão com Deus seja algo para ser buscado e
mantido em toda a dimensão do nosso tempo e circunstâncias, a Bíblia deixa
claro que devemos em todos os momentos aprofundar esse relacionamento, com a
provisão do Espírito Santo, fundamentados na fé em Cristo e na Palavra de Deus.
A velhice enseja essa oportunidade, pois nessa faixa etária as pessoas
geralmente dispõem de mais tempo diário para a oração e à leitura da Bíblia.
Vale lembrar, inclusive, que a nossa boa saúde espiritual contribui diretamente
para a saúde física.
2. Renovação pelo senso do serviço cristão. Outra área que
traz renovação espiritual no tempo da velhice é a do serviço cristão. Existem
muitas áreas de trabalho nas igrejas apropriadas para as pessoas da terceira
idade. É óbvio que elas não correrão como as pessoas mais jovens, não terão o
mesmo ativismo, mas poderão ter o conhecimento e experiência necessárias para
realizarem certas atividades que requerem a maturidade que só os idosos
possuem. O povo de Deus necessita da energia dos crentes mais jovens, mas não
pode jamais abrir mão da experiência dos santos mais idosos.
Lembremo-nos de que devemos cumprir todo o propósito dado por Deus
à nossa existência até que ele nos chame ao lar celestial (Ec 9.10; Is 46.4; At
20.24).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A comunhão com Deus e o senso do serviço cristão possibilitam a renovação espiritual na terceira idade.
III. A TERCEIRA IDADE - TEMPO DE CUIDAR DA HERANÇA
1. A herança do exemplo. A terceira idade, queiramos ou não, traz também a perspectiva sobre que tipo de herança espiritual e ética será deixada para as próximas gerações. Acima de qualquer bem material, uma de nossas grandes heranças será o exemplo de fé, serviço e testemunho legados aos que nos sucederem (Sl 71.5-9; Pv 13.22). Ainda hoje muitos personagens da história cristã são referenciais como modelo de vida temente a Deus, honesta, altruísta, patriótica, por serem compromissados com Deus e sua Palavra.
2. A herança da fé. Cuidar da herança da fé é também outra
grande responsabilidade da terceira idade. Que contribuição estaremos deixando
nessa área vital de nossas relações com Deus? Que perspectivas nossos filhos e
netos terão da fé ao olharem a nossa história? Eles nos verão como pessoas que
sempre souberam confiar em Deus e viverem inteiramente para Ele, ou como
incrédulos, sem nenhum legado espiritual, cristão e humano?
A fé é o maior patrimônio que podemos passar às gerações seguintes.
Veja que o apóstolo Paulo, ao final da carreira, fez menção dela como algo
zelosamente guardado no coração. Era a sua preciosa herança para os que viriam
depois (2 Tm 4.7).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A terceira idade é um tempo de cuidar da herança da fé e do exemplo.
CONCLUSÃO
Para concluir, Abraão e Sara cumpriram o propósito de Deus na sua
velhice (Gn 22.1,2), Moisés começou a liderar o povo de Israel com a idade de
80 anos (Dt 29.5; At 7.23,30,36) e Davi, o grande rei de Israel, morreu em boa
velhice, “tendo desfrutado vida longa, riqueza e glória” (1 Cr 29.27,28 - NVI).
De igual modo, você e eu, se nos submetermos e permanecermos nos princípios da
Palavra de Deus, podemos desfrutar de uma velhice feliz e igualmente viver em
segurança em mundo inseguro, como veremos na próxima lição.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BEVERE, J. Assim diz o Senhor? RJ: CPAD, 2006
COUTO, G. A transparência da vida cristã. RJ: CPAD, 2001.
PFEIFFER, C. F. (et al) Dicionário bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2006.
EXERCÍCIOS
1. Descreva três características da terceira idade.
R. A terceira idade é um período de maturidade, colheita e
compartilhamento da graça e bondade de Deus.
2. Qual a primeira grande bênção da velhice?
R. É a maturidade, sobretudo quando se floresce plantado na
Casa do Senhor (Sl 92.13,14).
3. Quais os elementos que possibilitam a renovação espiritual
na terceira idade?
R. A comunhão com Deus e o senso do serviço cristão.
4. Quais os elementos que distinguem o trabalho na terceira idade?
R. Conhecimento, experiência e maturidade.
5. Quais são as duas heranças que a terceira idade deve deixar para as próximas gerações?
R. A herança da fé e do exemplo.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico - “Ancião
Entre os israelitas havia dois tipos de anciãos: os ‘anciãos de
Israel’ que eram os chefes de famílias ou clãs nas várias tribos, e os
‘anciãos’ das cidades construídas e habitadas depois da Conquista.
O termo hebraico zāqem, não significa necessariamente um homem
velho, mas implica alguma pessoa com maturidade e experiência que tenha
assumido a liderança entre seus compatriotas e na sua cidade ou tribo (Nm
11.16). Embora os anciãos não fossem eleitos, durante a maior parte dos
períodos de Moisés até Esdras, e também na era intertestamentária, eles eram
reconhecidos como o grupo de mais elevada autoridade sobre o povo. Eles agiam
como representantes das nações (Jr 19.1; Jl 1.14; 2.16) e também administravam
muitos assuntos políticos e resolviam disputas entre as tribos (por exemplo,
Finéias e os dez chefes tribais ou anciãos, Js 22.13-33).
Os anciãos da cidade formavam uma espécie de conselho municipal
cujos deveres incluíam a função de juízes com a finalidade de mandar prender
assassinos (Dt 19.12), conduzir as investigações e inquéritos (Dt 21.2) e
resolver conflitos matrimoniais (Dt 22.15; 25.7). Os ‘anciãos de Israel’,
conhecidos primeiramente em Êxodo 3.16-18, foram reunidos por Moisés para
receber o anúncio de Deus sobre a libertação do Egito. O pacto foi ratificado
no Monte Sinai na presença de 70 dos anciãos de Israel (Êx 24.1,9,14; cf.19.7)”.
(PFEIFFER, C. F. (et al) Dicionário bíblico Wycliffe. RJ: CPAD,
2006, p. 100-1.)
APLICAÇÃO PESSOAL
“Então, morreu Jó, velho e farto de dias” (Jó 42.1). Muitos desejam esta longevidade, mas poucos a obtém. O patriarca Jó experimentou muitas agruras. Por diversas vezes questionou a dádiva da vida. Aquilo que muitos temem em pesadelos, Jó enfrentou em sua frágil vida. Terribilíssimos tormentos atordoaram a vida do insigne líder. Contudo, nada abalava a fé impoluta do patriarca. Ele permaneceu fiel. A Bíblia sintetiza a vida do patriarca com as memoráveis palavras: “morreu velho e farto de dias”. O sentido não se limita apenas à longevidade, mas também descreve a qualidade da vida que se viveu (ver Gn 25.8; Sl 92.14; 103.5). Se almejas uma vida longa e feliz você deve amar a Deus acima de todas as coisas. Sejamos fiéis ao Senhor Jesus Cristo e o Eterno abençoará nossas vidas com longevidade e felicidade.
Lição 10: A
promessa de segurança num mundo inseguro
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2007
Título: As promessas de Deus para a sua vida
Comentarista: Geremias do Couto
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Salmos 27.1-6.
1 - O SENHOR é a minha luz e a minha salvação, a quem temerei?
O SENHOR é a força da minha vida, de quem me recearei?
2 - Quando os malvados, meus adversários e meus inimigos,
investiram contra mim, para comerem as minhas carnes, tropeçaram e caíram.
3 - Ainda que um exército me cercasse, o meu coração não
temeria, ainda que a guerra se levantasse contra mim, nele confiaria.
4 - Uma coisa pedi ao SENHOR e a buscarei, que possa morar na
Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do
SENHOR e aprender no seu templo.
5 - Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão,
no oculto do seu tabernáculo me esconderá, por-me-á sobre uma rocha.
6 - Também a minha cabeça será exaltada sobre os meus inimigos
que estão ao redor de mim, pelo que oferecerei sacrifício de júbilo no seu
tabernáculo; cantarei, sim, cantarei louvores ao SENHOR.
INTERAÇÃO
Professor, no Antigo Testamento o conceito de segurança era expresso pela palavra hebraica “bātach”. Esse vocábulo quer dizer “confiar”, “sentir-se seguro”, “estar despreocupado” ou “descansar em Deus”. No Salmo 78.53 designa a segurança com que o Senhor conduziu o povo de Israel no deserto. O termo, portanto, descreve a segurança e proteção que o Senhor concede ao seu povo contra “todas as ciladas do inimigo” (1 Sm 12.11; 1 Rs 8.56; Ef 6.11). Boa aula!
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, cada aluno possui seu ritmo e estilo próprio de aprendizado. Alguns, que são mais analíticos, se comprazem na exposição minuciosa do texto bíblico ou da lição (aprendem quando observam e ouvem). Outros são mais dinâmicos, aprendem por meio de atividades que os desafiem a descobrir novos conceitos e possibilidades. Há os interativos, isto é, os que aprendem quando são estimulados diante de uma situação concreta (gostam de interagir com o grupo). Por fim, os pragmáticos são aqueles que aprendem quando executam uma atividade relacionada a uma teoria (relacionam a teoria à prática). Por conseguinte, o professor deve ser um facilitador do aprendizado do aluno.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Segurança: Estado, condição e sentimento de bem-estar, solidez
e paz resultantes da fé e confiança no Senhor Jesus Cristo.
Deus nos promete segurança em meio aos perigos e ao caos à nossa
volta, pois Ele é a nossa torre forte (Pv 18.10), o socorro bem presente na
hora da angústia (Sl 46.1).
I. A PERSPECTIVA DA VERDADEIRA SEGURANÇA EM DEUS
1. A perspectiva bíblica da segurança. O termo segurança, no sentido aqui apresentado, tem a ver com proteção, abrigo, ou estar guardado do perigo e dos riscos que cercam a nossa existência, bem como aquilo que nos pertence. É justo e legítimo, segundo a Bíblia, que os crentes clamem sempre pela proteção de Deus diante das circunstâncias hostis que enfrentam. Ler Sl 7.1,2; 25.17-20; 31.4; 18.1-3. O salmista teve a compreensão exata dessa perspectiva pela convicção de que o significado e a razão de sua existência estavam no próprio Deus, muito além da vida física, como o seu verdadeiro abrigo por toda a eternidade (Sl 16.1,2; 27.1).
2. A perspectiva da soberania de Deus. Precisamos também
compreender a promessa da nossa proteção, defesa e segurança sob a perspectiva
da soberania de Deus. Nem sempre o livramento acontece da forma como pedimos e
esperamos. Às vezes nos sentimos frustrados e até mesmo decepcionados, segundo
a nossa ótica, em razão de perdas dolorosas e significativas. Nosso estado de
espírito torna-se algo semelhante ao de Davi, que empregou fortes metáforas
para demonstrar como a sua alma estava às vezes dilacerada (Sl 6.2,3; 18.4,5;
22.12-14; 42.11; 43.5).
3. A perspectiva do propósito de Deus. Assim, a promessa de
segurança, do lado humano, precisa ser vista segundo o propósito de Deus para
conosco.
Muitas vezes não teremos explicações para fatos que fogem ao nosso
controle, nem respostas que nos esclareçam toda a dimensão das coisas que nos
acontecem, mas aquele que clama e busca ao Senhor por socorro sabe e também
está seguro de que Deus é soberano, segundo o seu propósito, naquilo que faz e
permite. Ele é o nosso pavilhão (Sl 27.5).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A perspectiva da verdadeira segurança em Deus é tríplice: segurança bíblica, soberana em Deus e conforme o propósito divino.
II. OS EFEITOS DA VERDADEIRA SEGURANÇA EM DEUS
1. Produz paz em nossos corações. Entre outros resultados, a promessa bíblica da verdadeira segurança em Deus produz paz em nossa alma. É confortante visitar enfermos, no leito da dor, que transmitem serenidade e paz por estarem abrigados debaixo das asas do Altíssimo (Sl 91.1).
A segurança, em seu aspecto meramente humano, tem essa
prerrogativa: ela pressupõe a ausência de conflitos, tensões e incertezas para
que as pessoas tenham tranqüilidade no seu dia-a-dia. A segurança em Deus vai
muito além disso: ela garante a salvação mediante a fé em Cristo e a certeza de
que, ao final de nossa existência terrena, temos, nos céus, uma pátria de onde
esperamos o nosso bem amado Salvador e onde estaremos para sempre livres das
incertezas desta vida (2 Co 5.1-8).
2. Fortalece as nossas convicções. A promessa divina de
segurança também fortalece as nossas convicções espirituais para suportarmos o
peso das tempestades que se abatem sobre a nossa caminhada.
Essas convicções arraigadas dão ao crente a certeza de uma direção
segura em seu viver diário, de tal maneira que nada pode afastá-lo do alvo (Sl
73.24; 1 Pe 1.4; 2 Tm 1.12).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os efeitos da verdadeira segurança em Deus são: paz em nossos corações e fortalecimento de nossas convicções.
III. COMO VIVER A VERDADEIRA SEGURANÇA EM DEUS
1. Viver na verdadeira dimensão da fé. Como viver, então a verdadeira segurança em Deus? A resposta, encontramo-la no episódio em que os três jovens de Israel na Babilônia enfrentaram a fúria de Nabucodonosor (Dn cap. 3). Na atitude daqueles três jovens fiéis e tementes a Deus está o retrato da verdadeira dimensão da fé que sustenta em bases sólidas a verdadeira segurança em Deus. Eles acreditavam firmemente, sem qualquer sombra de dúvida, que Deus os podia livrar da fornalha de fogo ardente, como hoje cremos, com a mesma firme expectativa, no poder de Deus para curar, libertar e proteger contra os perigos deste mundo.
Todavia ao mesmo tempo demonstraram que a sua fé não era imediatista
ou limitada ao fogo da fornalha, mas olhava um pouco mais adiante para a glória
que lhes aguardava na eternidade. Qualquer que fosse o desfecho, estavam
seguros de que Deus faria o melhor. Tinham não apenas fé para superar as
terríveis provações desta vida, mas também para crer que a soberania de Deus
estava acima de todas as coisas. É a fé que vê o invisível, o que está além da
fornalha (Hb 11.1,6-10,24-27).
2. Viver na verdadeira dimensão da Palavra. Por fim, a
verdadeira segurança em Deus consiste em vivê-la à luz do que ensina a Palavra
de Deus.
Assim, a verdadeira segurança consiste em crer e descansar nos
propósitos soberanos de Deus. Muitas vezes esses propósitos se manifestam na
forma de um livramento físico, da cura de uma enfermidade, mediante intervenção
sobrenatural e poderosa de Deus, trazendo glória ao seu nome. Em outros casos,
todavia, teremos de enfrentar a fornalha aquecida sete vezes mais, como
soberana vontade de Deus. Contudo, seja qual for a situação, nossa cabeça será
exaltada diante dos nossos inimigos e sempre exultaremos na presença de Deus, o
nosso verdadeiro abrigo (Sl 27.6).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A verdadeira segurança em Deus deve ser vivida na dimensão da fé e da Palavra.
CONCLUSÃO
Portanto, nossa boca deve encher-se de alegria e seguir o exemplo
da compositora sacra, Fanny Jane Crosby, que, mesmo sem jamais ter podido
enxergar, escreveu: “Que segurança, sou de Jesus/ Eu já desfruto, bênçãos da
luz”. Quem experimenta essa segurança, também aguarda com alegria a volta de
Cristo.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BRUNELLI, W. O que você pode fazer na plenitude do Espírito. RJ: CPAD, 1994.
WILKERSON, D. Como receber mais de Jesus. RJ: CPAD, 2001.
EXERCÍCIOS
1. Quais as três perspectivas da verdadeira segurança?
R. A bíblica, da soberania e do propósito de Deus.
2. O que significa a verdadeira segurança segundo a Bíblia?
R. Abraçar inteiramente o agir de Deus.
3. Quais os efeitos da verdadeira segurança em Deus?
R. Paz no coração e fortalecimento de nossas convicções.
4. Como o crente deve viver a verdadeira segurança em Deus?
R. Na dimensão da fé e da Palavra.
5. Segundo a Bíblia, em que consiste a verdadeira segurança?
R. Em crer e descansar nos propósitos soberanos de Deus.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Devocional - “Proteção contra nossos inimigos
‘Toda a arma forjada contra ti, não prosperará’ (Is 54.17). Este
verso pode ser assim traduzido: ‘Nenhum plano, nenhum instrumento de
destruição, nenhuma artilharia satânica pode empurrá-lo ou atropelá-lo; estes
serão atirados longe’.
Os planos de Satanás para nos derrubar não surtirão efeito. Temos a
promessa de que Deus impedirá qualquer ataque contra nós. Aquelas armas
enormes, apontadas em nossa direção, evaporarão na presença de Cristo.
Deus revela, através de Isaías: ‘... criei o assolador, para
destruir...’ (Is 54.16). O assolador está sob seu controle. E os que
zelosamente procuram a Deus, recebem dEle o privilégio de se tornarem ‘mais que
vencedores’ (Rm 8.37)”.
(WILKERSON, D. Como receber mais de Jesus. 8.ed., RJ:
CPAD, 2001, p.72-3.)
APLICAÇÃO PESSOAL
“Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam” (Sl 23.4). Deus é um refúgio seguro para aquele que nEle confia. A segurança do peregrino cristão é resultado da presença de Deus em sua caminhada. Nada é tão seguro quanto à proteção divina. Nada é mais certo do que o amparo celeste. Quem tem o Senhor Jesus como guia jamais atravessa o vale sozinho. Não falta ao transeunte solitário o consolo divino nos momentos de adversidades. Quando a noite escura invade o alvor da manhã, a luz divina aquece o coração e ilumina o caminho. Deus está contigo!
Lição 11: A
promessa da segunda vinda de Cristo
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2007
Título: As promessas de Deus para a sua vida
Comentarista: Geremias do Couto
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 14.1-3; Atos 1.9-11.
João 14
1 - Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também
em mim.
2 - Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim,
eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar.
3 - E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos
levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também.
Atos 1
9 - E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às
alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.
10 - E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia,
eis que Junto deles se puseram dois varões vestidos de branco,
11 - os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais
olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há
de vir assim como para o céu o vistes ir.
INTERAÇÃO
Professor, nesta lição os alunos mais uma vez estudarão a respeito da segunda vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Enfatize essa promessa, mas não se esqueça de fundamentá-la nos ensinos das Sagradas Escrituras. Ensine com fé, esperança e amor (1 Co 13.13) e, depois, colha os frutos de seu ministério: “Porque Deus não é injusto para esquecer da vossa obra e do trabalho da caridade que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis” (Hb 6.10).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, em Mateus 24.32-44 Jesus empregou alguns verbos que denotam a urgência de o crente estar atento para não ser surpreendido pela vinda repentina do Senhor. No original, os principais verbos deste trecho estão no imperativo categórico, ou seja, expressam uma ordem absoluta que deve ser obedecida irrestritamente. Esses verbos são: “aprendei” (v.32), “sabei” (v.33), “vigiai” (v.42), “considerai” (v.43), e “estai” (v.44). Reproduza a tabela demonstrativa dos termos e figuras bíblicas que exortam o crente à vigilância, segundo o modelo apresentado.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Segunda Vinda: Retorno glorioso e triunfante de Cristo que
ocorrerá em duas fases distintas: primeiro para a Igreja e depois para Israel.
A gloriosa promessa da segunda vinda de Cristo é a maior esperança
da Igreja. É “a bem-aventurada esperança” de que trata Tito 2.13. Esse tão
aguardado evento significará, para a Igreja, o ápice de sua peregrinação neste
mundo (Mt 16.18). Desde a sua inauguração, no dia de Pentecostes (At 2.1-4),
até o momento presente, os verdadeiros cristãos clamam todos os dias com santa
e bendita expectativa: “Ora, vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20).
I. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO - UMA PROMESSA CONSOLADORA
1. A ocasião da promessa. No relato que se encontra em João 14, o Senhor Jesus reafirma, aos seus discípulos, a promessa de sua segunda vinda. Jesus fez esta gloriosa promessa quando seu ministério terreno convergia para o momento mais doloroso e significativo de seu primeiro advento - sua morte na cruz.
Depois de três anos seguindo a Cristo por toda parte, sendo
testemunhas de seus milagres e aprendendo todos os dias a seus pés, era preciso
também que os discípulos compreendessem a dimensão da cruz. Não fazia sentido
ficarem com os corações turbados (v.1), afligidos, pelo que brevemente
aconteceria, como se ali fosse o fim de tudo. Era necessário que se cumprissem
as Escrituras (Sl 22.17,18; Is 53.1-5).
2. A razão da promessa. O propósito de Jesus, portanto, foi
mostrar naquele momento que a cruz era apenas uma parte do plano de Deus para a
redenção da raça humana. Tudo conforme o propósito divino até que Ele voltasse
uma segunda vez, agora não mais para sofrer, mas para levar à glória o povo que
Ele salvou (Ap 5.9,10).
3. O consolo da promessa (vv.2,3). Nesse contexto, o Senhor
alude às moradas do Pai e afirma: “virei outra vez”. A obra consumada no
Calvário seria o ponto de partida para a grande colheita de almas que se
verifica nestes últimos tempos. Assim, a promessa teve como propósito consolar
o coração dos discípulos com a certeza de que, um dia, estariam outra vez
reunidos com o maravilhoso e compassivo Salvador (Lc 17.24-36; 21.25-36).
Não se pode perder de vista o foco da promessa que o Senhor deixou
aos discípulos e a todo o seu povo. Temos de saber e crer firmemente,
fundamentado nas Escrituras, que o Senhor voltará pessoalmente para levar os
seus fiéis para estarem com Ele (v.3), como a sua promessa. Este é o cerne da
mensagem de sua segunda vinda com a qual devemos consolar-nos mutuamente, como
ensinou Paulo (1 Ts 4.18).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A segunda vinda de Cristo é uma santa e bendita promessa que traz esperança e consolo ao crente.
II. A SEGUNDA VIDA DE CRISTO E A BEM-AVENTURADA ESPERANÇA
1. A afirmação da esperança. O texto de Atos 1 descreve os últimos momentos do Senhor com os discípulos em Jerusalém. É quando lhes dá as últimas instruções e os prepara para a missão proclamadora do Evangelho (At 1.8). Enquanto Ele falava, elevou-se às alturas, perante os discípulos. Nesse momento, os anjos lhes reacendem a esperança para que jamais se esquecessem do que Jesus lhes dissera antes (v.11). Assim como outras promessas do Senhor foram já cumpridas, esta também há de se cumprir fielmente: Ele voltará para levar a sua Igreja para o céu (Ap 3.11). Essa mensagem não pode jamais ser abandonada pela Igreja.
2. A alegria da esperança. A promessa da segunda vinda de
Cristo é, portanto, uma mensagem de grande alegria; quem tem essa esperança não
pode ficar contristado ou atemorizado. Somente os que se acham despreparados é
que têm medo da vinda de Jesus; por isso, abandonam a vigilância, conforme
preconiza a parábola das Dez Virgens (Mt 25.1-13). Mas o anelo daqueles que
permanecem fiéis é a bem-aventurada esperança de sua vinda (Tt 2.13).
3. O aguardo da esperança. Há duas posições extremas quanto à
vinda de Cristo. A primeira tem a ver com aqueles que se descuidam,
negligenciam e não valorizam esse tão aguardado momento, achando que seja algo
para um tempo ainda muito distante e incerto. Vivem como as virgens loucas e
chegam, inclusive, a escarnecer da Palavra de Deus (2 Pe 3.1-12). Caso os tais
não se arrependam e se voltem para Jesus enquanto há tempo, não verão a chegada
do Noivo. A porta da graça se lhes fechará (Mt 25.10).
A outra posição relaciona-se com aqueles que, mediantes
especulações, tentam decifrar o dia da vinda de Jesus, contrariando o ensino da
Palavra de Deus. À luz do ensino de Cristo e dos apóstolos, desse dia e hora
somente Deus sabe (Mc 13.32,33; 2 Pe 3.10).
O verdadeiro crente, que conhece e vive a Palavra de Deus, aguarda
a promessa da vinda de Jesus como um evento plenamente real e certo, que pode
acontecer a qualquer momento.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A promessa da segunda vinda de Cristo deve ser aguardada por todos os salvos em Cristo com santa esperança.
III. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO - A VITÓRIA DA REDENÇÃO
1. O alcance da redenção. A promessa da segunda vinda de Cristo é, também, parte da sua obra redentora (1 Jo 1.7). Redimir é um termo que implica resgate, compra; seu uso era muito comum entre o povo de Israel, como nos mostra a história de Rute. Cristo nos redimiu do pecado, transportando-nos para a sua maravilhosa luz (1 Pe 2.9). Na sua segunda vinda, nosso corpo mortal será revestido de imortalidade; não mais poderá se corromper (leia 1 Co 15). E, assim, estaremos para sempre com o Senhor.
2. A vitória da redenção. No arrebatamento, desfrutaremos a
vitória completa da redenção; será o glorioso desfecho de havermos sido
resgatados pelo precioso sangue de Jesus, como viu João em sua visão na ilha de
Patmos (Ap 5.9,10).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O cumprimento da promessa da segunda vinda de Cristo será o maravilhoso evento que coroará a expectativa do crente fiel.
CONCLUSÃO
Resta-nos manter acesa a nossa esperança na promessa da segunda vinda de Cristo. Tenhamos sempre como âncora a promessa de Hebreus 10.37.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
JEREMIAH, D. Antes que a noite venha. RJ: CPAD, 2004.
LUCADO, M. Quando Cristo voltar. RJ: CPAD, 1999.
EXERCÍCIOS
1. O que Jesus reafirma aos seus discípulos em Jo 14?
R. A promessa de sua segunda vinda.
2. Qual o propósito de Cristo ao reafirmar aos discípulos a promessa da segunda vinda?
R. Consolar o coração dos discípulos com a certeza de que
estariam outra vez reunidos com o Salvador.
3. Quais as duas posições extremas quanto à segunda vinda de Cristo?
R. Os que acham que a vinda de Cristo é para um tempo distante
e incerto, e aqueles que tentam decifrar o dia da vinda de Jesus.
4. Como o verdadeiro crente aguarda a promessa da segunda vinda?
R. Aguarda a promessa da vinda de Jesus como um evento
plenamente real e certo, que pode acontecer a qualquer momento.
5. O que acontecerá com o nosso corpo mortal na segunda vinda de Cristo?
R. Será revestido de imortalidade; não mais poderá se
corromper.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Devocional - “Aguardando com Expectativa
A esperança do futuro não é permissão para viver irresponsavelmente
no presente. Aguardemos com expectativa o dia da vinda do Senhor.
Muitos de nós não têm problema em esperar, ou, eu deveria dizer que
esperar é o problema? Estamos aguardando, mas não cheios de expectativa.
Esquecemo-nos de perscrutar, investigando seu retorno.
Temos tanta paciência que nos acomodamos. Estamos satisfeitos.
Raramente atentamos para os sinais e mais raramente ainda vamos ao templo. Não
permitimos que o Espírito Santo altere nossa agenda, mude nossos planos e nos
conduza à adoração a fim de vermos Jesus.
O Senhor Jesus está falando aos que vivem esperando, mas não vigiam
o suficiente: ‘Quanto ao dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus nem o
Filho, senão somente o Pai. Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia
virá o seu Senhor. Assim, também vocês precisam estar preparados, porque o
Filho do Homem virá numa hora em que vocês menos esperam’ (Mt 24.36,42,44)”.
(LUCADO, M. Quando Cristo voltar. RJ: CPAD, 1999, p.
34,35.)
APLICAÇÃO PESSOAL
A promessa da segunda vinda de Jesus é uma santa e alvissareira mensagem. Por meio dessa bendita promessa, o crente encontra consolo e alívio em sua peregrinação neste mundo (1 Ts 4.18). O som ruidoso das intempéries espirituais e morais deste mundo tenebroso não é maior do que o alarido celeste que convocará os santos à glória (1 Ts 4.16). Neste glorioso dia, a incredulidade será vencida pela fé; o medo dará lugar à esperança e, a morte, será vencida pela vida eterna (1 Co 15.51-56). “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (1 Co 15.58).
Lição 12: A
promessa de nossa entrada no céu
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2007
Título: As promessas de Deus para a sua vida
Comentarista: Geremias do Couto
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Filipenses 3.13-21.
13 - Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado, mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim,
14 - prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de
Deus em Cristo Jesus.
15 - Pelo que todos quantos já somos perfeitos sintamos isto
mesmo; e, se sentis alguma coisa doutra maneira, também Deus vo-lo revelará.
16 - Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma
regra e sintamos o mesmo.
17 - Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado,
segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam.
18 - Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e
agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo.
19 - O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a
glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas.
20 - Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos
o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
21 - que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme
o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas
as coisas.
INTERAÇÃO
Professor, nesta lição ressalte a promessa de nossa entrada no céu e sua realidade. O céu é real. Enoque e Elias foram levados verdadeiramente para o céu (2 Rs 2.1,11; Hb 11.5). Paulo foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis (2 Co 12.2-4). Por fim, afirme que todos os redimidos em Cristo estarão eternamente no lar celeste revestidos de um corpo glorioso (1 Ts 4.16,17).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, o livro de Apocalipse afirma que o céu e a terra que hoje existem passarão, dando lugar a um “novo céu e uma nova terra” (Ap 21.1). Relacione o céu, a morada dos remidos, com a Santa Cidade, a Nova Jerusalém. A Bíblia afirma que a Nova Jerusalém “desce do céu” (Ap 21-22.5). Quanto ao local, a Nova Jerusalém procede do céu; quanto à origem, de Deus (Ap 21.2); quanto à identidade, é a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, o Tabernáculo de Deus, a Esposa do Cordeiro (Ap 21.2,9). Alguns dos materiais que descrevem a glória da cidade inexistem nesta terra (Ap 21.16,18,21). Os astros e os templos serão desnecessários nessa santa e bendita cidade (Ap 21.22,23). Use a tabela abaixo para descrever a “Vida Gloriosa na Ditosa Cidade”. Boa aula!
COMENTÁRIO - introdução
Palavra Chave
Céu: Nas línguas originais da Bíblia, o termo céu descreve
tanto o céu atmosférico como também a habitação de Deus, e a morada dos salvos
em Cristo. É um lugar real.
Os crentes que agora “dormem no Senhor” (1 Ts 4.15,16), aguardam o
glorioso momento do arrebatamento da Igreja em que ressuscitarão em glória,
precedendo os que estiverem vivos; e, assim, juntos, num abrir e fechar de
olhos, subiremos ao encontro do nosso amado Senhor (1 Ts 4.13-18). Essa
promessa é o mais ardente anelo do nosso coração; o alvo que nos leva a avançar
em direção ao lar celestial, deixando as coisas que para trás ficam (Fp
3.13,14).
I. COMO A BÍBLIA DEFINE O CÉU
1. O céu é o lugar da habitação de Deus. O céu não é uma alegoria bíblica. É um lugar real (Jo 14.1-3), assim como é a Terra onde habitamos. Ali, como ensinou Paulo, o mortal será revestido da imortalidade, e o corruptível, da incorruptibilidade (1 Co 15.42-55), tudo numa dimensão acima da compreensão humana. A Bíblia descreve o céu como um local tangível, com ruas de ouro e muros de pedras preciosas, repleto da glória de Deus (Ap 21.1-27). É preciso fazer a diferença entre as vezes em que o vocábulo “céu” aparece na Bíblia para reportar-se apenas à própria atmosfera ou ao espaço sideral (Jr 8.2; Mt 6.26; 8.20), daquelas passagens em que é mencionado como a habitação de Deus, o lugar onde está o seu santo trono (Lc 24.51; Jo 3.13; At 7.49; Ap 4.2). Em outras ocasiões o termo aparece no plural para reportar-se não só ao espaço sideral, mas ao céu de Deus (Mt 7.11; 10.33; 11.25; 24.35), acima de todos os céus (Ef 4.10), denominado pelo apóstolo Paulo como “terceiro céu” (2 Co 12.2). Este é o lugar que Jesus identificou como a “casa de meu Pai” (Jo 14.2).
2. O céu é o lugar da morada dos salvos. É nesse lugar chamado
céu que está à eterna morada dos salvos. Os crentes, enquanto viverem neste
mundo, desfrutam em escala ínfima das boas coisas que Deus preparou para o ser
humano. Todavia chegará o bendito dia em que o Amado de nossas almas nos
conduzirá à sala do banquete (Ct 2.4).
Aguardamos o dia em que o Rei nos chamará ao nosso verdadeiro país
(2 Co 5.1), onde o nosso corpo abatido, desgastado e alquebrado pelas
intempéries da vida, será transformado em um corpo glorioso (vv.20,21). Para o
crente fiel, o céu não é fuga da realidade presente, mas o ápice de tudo “que
Deus preparou para os que o amam” (1 Co 2.9).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A Bíblia afirma que o céu é real, tangível, a habitação de Deus e a
morada dos salvos.
II. COMO OBTER A ENTRADA NO CÉU
1. Mediante o sangue do Cordeiro. Como em todas as demais
promessas bíblicas, nossa entrada no céu está condicionada às exigências
estabelecidas por Deus. Ele mesmo supriu essas exigências mediante o sacrifício
do seu próprio Filho para que nos fosse de uma vez por todas garantido o acesso
às moradas eternas (1 Jo 1.7; Ef 2.13-19; Hb 9.14). O sangue do Cordeiro
garante, aos que crêem, a entrada triunfante no céu. Assegurando-nos seguir
pelo novo e vivo caminho que Ele abriu, mantendo firme a esperança no porvir
pela convicção de nossa fé (Hb 10.19-25; Ap 5.9,10).
2. Como noiva ataviada de Cristo. Nossa entrada no céu pode
ser representada pela figura da noiva adornada para as núpcias com o Cordeiro
(Ap 19.7-9). Este será o momento de maior júbilo em toda a história da
salvação, pois consumará o projeto de Deus, a Igreja, mediante a morte do
Cordeiro. Ele tem adornado sua Noiva, através do Espírito Santo para essa
grande festa de celebração. Para que tenhamos garantida a promessa de entrada
no céu, precisamos persistir em nossa caminhada, qual uma noiva em direção ao
altar, mantendo alvas as vestes espirituais, através do sangue do Cordeiro, e
em atitude de vigilância até a hora da chegada do Noivo (Ap 3.4-6; 16.15;
22.14). Precisamos ter em mente a mensagem de Apocalipse 22.17: “E o Espírito e
a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem
quiser tome de graça da água da vida”.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A entrada do crente no céu somente é possível mediante a
purificação dos pecados pelo sangue de Jesus e por meio da ministração do
Espírito Santo na vida do salvo.
III. O QUE FAREMOS NO CÉU
1. Seremos eternos adoradores. O céu não é um lugar monótono,
como muitos equivocadamente pensam. Não ficaremos ali num estado de letargia ou
contemplação, sem qualquer atividade. Não é esse tipo de céu que a Bíblia
descreve, ao contrário ali a atividade é intensa (cf. Gn 28.12; Is 6.1-3). Uma
coisa é certa: no céu, seremos eternos adoradores de Deus.
Os hinos entoados ao Senhor devem render graças ao Todo-Poderoso, e
não ao homem, como, infelizmente, vem acontecendo em alguns arraiais, que se
denominam cristãos.
2. Estaremos a serviço de Deus. O capítulo 21 do Apocalipse
mostra de forma explícita que o Senhor fará novas todas as coisas (v.5), e em
22.3 está revelado “que os seus servos o servirão”. O Senhor trará a sua
criação de volta ao estado original para o qual foi criada, e nós, os salvos,
estaremos a seu serviço nessa nova dimensão que ainda não conhecemos.
Este é o sentido de nossa entrada no céu. Este é o prêmio da
soberana vocação em Cristo Jesus. O céu é o destino daqueles que, aqui, foram
fiéis ao seu amado Senhor. Este é o maior desejo do nosso coração, pois “a
nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus
Cristo” (Fp 3.20). O céu é o lugar para o qual seremos levados pelo Senhor no
dia de sua vinda. Seja bendita a promessa de nossa entrada no céu!
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Todos os salvos em Cristo serão, no céu, eternos adoradores e servidores do único e bendito Senhor.
CONCLUSÃO
Só nos resta aguardar, com alegria e convicta esperança em nosso coração o dia em que estaremos para sempre com o Senhor nas moradas eternas. Enquanto aguardamos esse dia, aprendamos sobre como alcançar as promessas de Deus, tema da próxima lição.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
MENZIES, W.; HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas: os fundamentos da nossa fé. RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
1. Como a Bíblia define o céu?
R. Como habitação de Deus e a morada dos salvos.
2. Como a Bíblia descreve o céu?
R. Como um local tangível, com ruas de ouro e muros de pedras
preciosas, repleto da glória de Deus (Ap 21.1-27).
3. Como podemos obter a entrada no céu?
R. Mediante o sangue de Cristo e com os adornos preparados por
Cristo.
4. Como o Senhor tem adornado a Igreja?
R. Através do Espírito Santo.
5. O que os crentes triunfantes farão no céu?
R. Adorarão ao Senhor e estarão eternamente servindo-o.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico - “Os Novos Céus e a Nova Terra
O apóstolo Paulo relatou uma experiência, na qual foi arrebatado ao
‘terceiro céu’ (também identificado como o ‘paraíso’, 2 Co 12.2,4). Sua idéia
de três incluía: (1) O céu atmosférico que circunda o globo terrestre (Dn 7.13;
Os 2.18); (2) o céu estrelado (Gn 1.14-18); e (3) o terceiro céu, onde fica o
trono de Deus, o que é a atual moradia de todos os que morreram em Cristo (2 Co
5.8; Fp 1.23). Mas a Bíblia não revela onde fica o terceiro céu em relação à
criação natural de Deus.
1. O novo substitui o antigo. Tanto o Antigo quanto o Novo
Testamento falam de novos céus e de uma nova terra (Is 65.17; 66.22; Ap 21.1).
Estudiosos há que acreditam muito mais na renovação dos atuais céus e terra do
que numa nova criação. Isto porque a Bíblia fala das ‘colinas eternas’ (Gn
49.26; Hb 3.6), da terra que ‘ele fundou para sempre’ (Sl 78.69; 104.5;
125.1,2), e que ‘a terra permanece para sempre’ (Ec 1.4).
Entretanto, examinaremos o que Pedro escreveu: ‘Mas o Dia do Senhor
virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os
elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se
queimarão... aguardando e apressando-vos para a vinda do Dia de Deus, em que os
céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão’ (2 Pe
3.10,12)”.
(MENZIES, W.; HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas: os fundamentos
da nossa fé. 5.ed., RJ: CPAD, 2005, p.213.)
APLICAÇÃO PESSOAL
“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também” (Jo 14.1-3). Há muitas moradas no lugar que Jesus preparou para receber os seus santos filhos. As mansões celestes são reais, pois o proprietário assim o disse. Essa mensagem traz alento e consolo para o peregrino cristão. Você está caminhando em direção ao seu lar eterno, às mansões celestes, à morada do Altíssimo. Mesmo que o caminho seja íngreme, não desista!
Lição 13: Como
alcançar as promessas de Deus
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2007
Título: As promessas de Deus para a sua vida
Comentarista: Geremias do Couto
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Hebreus 3.7-18.
7 - Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz.
8 - não endureçais o vosso coração, como na provocação, no dia
da tentação no deserto,
9 - onde vossos pais me tentaram, me provaram e viram, por
quarenta anos, as minhas obras.
10 - Por isso, me indignei contra esta geração e disse: Estes
sempre erram em seu coração e não conheceram os meus caminhos.
11 - Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu
repouso.
12 - Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um
coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo.
13 - Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante
o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do
pecado.
14 - Porque nos tornamos participantes de Cristo, se
retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim.
15 - Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não
endureçais o vosso coração, como na provocação.
16 - Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não
todos os que saíram do Egito por meio de Moisés.
17 - Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi,
porventura, com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto?
18 - E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão
aos que foram desobedientes?
INTERAÇÃO
Professor, chegamos ao final de mais um trimestre. Faça, portanto, uma avaliação de seu desempenho durante esses três meses. Os objetivos específicos de cada lição foram alcançados? As ministrações das aulas foram desafiadoras, problematizadoras e bíblicas? É possível observar o crescimento espiritual, social e bíblico dos alunos? O que você precisa fazer para melhorar suas aulas no próximo trimestre? Essas são algumas questões que podem ajudá-lo em sua avaliação pessoal. Deus o abençoe!
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, o final de um trimestre é uma ótima oportunidade para o professor avaliar o crescimento dos educandos e a prática pedagógica do próprio docente. Ao avaliar o aluno, o professor deve considerar: (1) Os estilos de aprendizagem do educando; (2) as múltiplas inteligências; (3) os vários contextos histórico-sociais em que o aluno está inserido; (4) e a comunicação entre professor e aluno. Porém, antes de efetuar a avaliação de seus alunos você deve avaliar a si mesmo, sua prática pedagógica e, principalmente, sua relação com o educando. Lembre-se, avaliar é um ato amoroso pelo qual professor e aluno constroem o conhecimento.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Através das lições deste trimestre, aprendemos que Deus é eterno assim como suas promessas. Elas são infalíveis: “... nem uma só palavra caiu de todas as suas boas palavras que falou pelo ministério de Moisés, seu servo” (1 Rs 8.56). Que você compreenda o significado e a profundidade de cada uma das promessas do Altíssimo.
I. CONHECENDO O AUTOR DAS PROMESSAS
1. As promessas não são frutos da vontade humana. Os filhos de Israel, durante a travessia do deserto, endureceram o coração contra Deus, sofrendo duras consequências. Dos que deixaram o Egito, apenas Josué e Calebe entraram na Terra Prometida (Dt 1.35-38). Os 400 anos de escravidão no Egito, talvez tenha feito com que os israelitas perdessem a noção bíblica do Deus único e invisível, Criador do universo. No Sinai, ao perceberem a demora de Moisés no cume do monte, construíram um bezerro de ouro semelhante aos deuses egípcios para adorá-lo (Êx 32.1-6). Os israelitas apegaram-se tanto à idolatria pagã que pareciam não conhecer o verdadeiro Deus, não compreender a sua natureza e nem ter alcançado o significado de suas promessas. O primeiro passo para alcançar as promessas de Deus é conhecê-Lo, entender o seu caráter e compreender que Ele é o autor das promessas (At 13.32; Tt 1.1,2; Hb 10.23).
2. As promessas conduzem ao propósito de Deus. Quando
conhecemos verdadeiramente a Deus, descobrimos que suas promessas conduzem à
realização do seu propósito. Deus falou a Abraão que sua descendência ficaria
escrava por 400 anos em terra estranha, onde se encheria de bens, para só então
tomar posse da terra, Gn 15.13-16. Esse seria um tempo em que o povo de Israel
estaria sendo preparado para, no tempo de Deus, assumir-se como nação perante
os povos. Deus tinha propósitos em suas promessas para com a descendência de
Abraão e as cumpriu quando libertou Israel do Egito (Lv 11.45; 23.42-44; Dt
9.25,26).
Apossar-se das promessas de Deus significa ter a certeza de que
tudo quanto nos prometeu, em sua Palavra, há de realizar desde que permaneçamos
fiéis ao seu chamado (Tg 1.2; Fp 1.6).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
As promessas divinas conduzem o crente ao propósito de Deus.
II. COMPREENDENDO A NATUREZA DAS PROMESSAS
1. As promessas mostram a fidelidade de Deus. As promessas de Deus em nossa vida são testemunhos inegáveis da fidelidade de Deus. Israel, no deserto, foi um povo de dura cerviz, rebelde e obstinado em seus atos contra o Todo-Poderoso (Nm 3.4). Os desobedientes tombaram no meio do caminho; não entraram no repouso (v.7), mas Deus manteve-se fiel ao que prometera ao obediente Abraão (v.17) e Israel continuou a existir como nação.
A fidelidade é parte intrínseca da natureza das promessas de Deus.
Elas jamais falham. Tenhamos absoluta certeza de que o Senhor jamais se
esquecerá de nós e cumprirá tudo aquilo que prometeu.
2. As promessas trazem descanso ao crente. A posse das
promessas de Deus resultará em descanso para os que crêem. A entrada no repouso
eterno indica a posse da vida eterna, e sugere também o descanso ainda nesta
vida. A travessia de Israel pelo deserto teria sido mais curta se a
incredulidade não predominasse no meio do povo. Todos enfrentam desertos, uns
mais demorados, outros mais curtos, todavia nossa presença ali será menos ou
mais prolongada, na medida em que soubermos fixar os olhos firmemente nas promessas
de Deus e descansar nos braços daquEle que as prometeu (At 3.19; Hb 4.1-11).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
As promessas mostram a fidelidade de Deus.
III. RETENDO A CONFIANÇA NAS PROMESSAS
1. Afastando a dureza de coração. Precisamos reter a confiança no que Deus prometeu. A dureza de coração fez os israelitas rebeldes tombarem no deserto (vv.8-10). Dureza de coração significa coração obstinado, resistente, arrogante e soberbo, que não se dobra diante da verdade (Mc 3.5; Hb 3.13). A dureza de coração é a porta de entrada para outros pecados e a perda das promessas de Deus. Cumpre-nos pedir ao Espírito Santo que quebrante os nossos corações para que a nossa fé permaneça firme e possamos entrar no descanso de Deus (Sl 34.18; 51.17).
2. Não dando lugar à desobediência. A dureza de coração leva à
desobediência. O texto fala que os filhos de Israel provocaram a Deus (v.16).
Provocar significar insultar, irritar, desafiar ou impor-se com atitude
rebelde. A rebelião é como o pecado de feitiçaria, diz a Bíblia (1 Sm 15.23).
Cometer esse pecado é trilhar o caminho do Inimigo e acabar distante de Deus
(Jd v.11). O Senhor jurou que os desobedientes não entrariam no seu repouso
(v.18). Não podemos dar lugar à desobediência sob pena de não retermos a
confiança nas promessas de Deus.
3. Repreendendo a incredulidade. A incredulidade foi outro
obstáculo à entrada dos filhos rebeldes de Israel na Terra Prometida (v.19).
Não há como seguir adiante, se não cremos. Não é possível alcançar as promessas
de Deus, se a incredulidade predomina em nossa vida (Hb 11.1,6). Não poderemos
vislumbrar nenhum tesouro espiritual, se a fé não estiver ativa em nossos
corações. Devemos afastar toda incredulidade pelo poder do Espírito Santo, para
que experimentemos, aqui e agora, as ricas e preciosas promessas de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Para obter as preciosas e benditas promessas divinas, o crente fiel deve afastar a dureza de coração, a desobediência, a incredulidade, a falta de amor e a rebeldia de sua vida.
CONCLUSÃO
Deus é fiel e “vela pela sua palavra para que se cumpra” (Jr 1.12). Suas promessas são inúmeras e estão registradas nas Escrituras. A maior de todas é a da vida eterna e da volta de seu Filho nas nuvens para arrebatar a sua Igreja. Nada se compara ao fato de que um dia iremos passar a eternidade ao lado do Cordeiro de Deus. Sejamos pois firmes nas promessas do Altíssimo!
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
CABRAL, E. Mordomia cristã. RJ: CPAD, 2003.
EXERCÍCIOS
1. Qual o primeiro passo para alcançar as promessas de Deus?
R. Conhecê-Lo, entender o seu caráter e compreender que Ele é
o autor das promessas.
2. O que descobrimos quando conhecemos a Deus?
R. Descobrimos que suas promessas conduzem à realização do seu
propósito.
3. O que são as promessas de Deus em sua vida?
R. Testemunhos inegáveis da fidelidade de Deus.
4. Em que resulta a posse das promessas de Deus?
R. Em descanso para os que crêem.
5. Como o crente pode reter a confiança nas promessas?
R. Afastando a dureza do coração; não dando lugar à
desobediência; e repreendendo a incredulidade.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Doutrinário - “A garantia do crente em Cristo, de que ‘Deus é por nós’ (Rm 8.31), foi demonstrada na cruz. A partir da cruz de Cristo temos a garantia do favor de Deus e do seu desejo de que sejamos prósperos em todas as áreas de nossa vida pessoal, tanto no plano material quanto no plano espiritual. A Bíblia declara que, por Jesus, nos tornamos herdeiros de tudo. Paulo escreveu aos gálatas: ‘E, se sois de Cristo, então, sois descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa’ (Gl 3.29). O apóstolo Pedro escreveu em sua epístola que Deus nos tem dado preciosas promessas (2 Pe 1.4). Prosperidade e abundância, tanto espiritual quanto material, são frutos daquilo que faz parte do próprio Deus. Ele é próspero e abundante, por isso, Ele é o dono do mundo”.
(CABRAL, E. Mordomia cristã. RJ: CPAD, 2003, p.121-2.)
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REVISTA NA
ÍNTEGRA
Escrita,
Lição 1, CPAD, AS PROMESSAS DE DEUS, 4Tr24, Com Extras Pr Henrique, EBD NA TV
ESBOÇO DA
LIÇÃO
I – UM CONVITE DE DEUS
1. Um
convite, uma promessa
2. É
preciso buscar ao Senhor
3. É
preciso se arrepender
II – AS
PROMESSAS E SEUS FUNDAMENTOS
1. A
Promessa na Bíblia
2. DEUS é
infalível
3. DEUS
zela por sua Palavra
III - TIPOS
E PROPÓSITOS DAS PROMESSAS DE DEUS
1.
Promessas incondicionais
2.
Promessas condicionais
3. O
propósito das Promessas de DEUS
TEXTO ÁUREO
“E disse-me o Senhor:
Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la.” (Jr 1.12)
VERDADE
PRÁTICA
DEUS faz suas
promessas para que experimentemos um relacionamento mais próximo com Ele.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Jr 1.11,12 DEUS vela por sua Palavra para cumprir
Terça - Is 7.14 JESUS, a promessa do nosso Emanuel
Quarta - Gn 9.11-17 Uma promessa incondicional de DEUS no pacto com Noé
Quinta - Gn 12.1-3 A Promessa de DEUS a Abraão, o pai da fé
Sexta - Êx 19.5,6 Israel, o reino sacerdotal e a promessa condicional
de DEUS
Sábado - Gn 28.12-15 DEUS repete suas promessas a Jacó
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Isaias 55.6-13
6 - Buscai ao Senhor
enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.
7 - Deixe o ímpio o
seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao Senhor,
que se compadecerá dele; torne para o nosso DEUS, porque grandioso é em
perdoar.
8 - Porque os meus
pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus
caminhos, diz o Senhor.
9 - Porque, assim como
os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do
que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos
pensamentos.
10 - Porque, assim
como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra e
a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come,
11 - assim será a
palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o
que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.
12 - Porque, com
alegria, saireis e, em paz, sereis guiados; os montes e os outeiros exclamarão
de prazer perante a vossa face, e todas as árvores do campo baterão palmas.
13 - Em lugar do
espinheiro, crescerá a faia, e, em lugar da sarça, crescerá a murta; isso será
para o Senhor por nome, por sinal eterno, que nunca se apagará.
HINOS
SUGERIDOS: 107, 377, 459 da Harpa Cristã
PLANO DE
AULA
1. INTRODUÇÃO
Neste trimestre,
estudaremos a respeito das promessas de DEUS direcionadas ao seu povo ao longo
da história. Nesta primeira lição, definiremos o que são as promessas de DEUS e
como elas estão fundamentadas. Além disso, identificaremos os tipos e propósitos
das promessas. Para discorrer sobre o assunto, o comentarista deste trimestre é
o Pastor Elinaldo Renovato, Mestre em Administração pela UFRN e em Ciências da
Religião pela FAETEL. O pastor Elinaldo Renovato é autor de diversos livros,
entre eles, Ética Cristã, Aprendendo Diariamente com CRISTO, Os Perigos da
Pós-Modernidade e DEUS e a Bíblia, todos editados pela CPAD.
2. APRESENTAÇÃO DA
LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Definir a promessa divina como um convite especial da parte de DEUS ao seu
povo para desfrutar de uma grande bênção; II) Apresentar os fundamentos das
promessas divinas e a infalibilidade de DEUS no tocante ao cumprimento das promessas;
III) Elencar os tipos e propósitos das promessas divinas ao longo da Bíblia.
B) Motivação: As
promessas divinas cumprem os desígnios de DEUS para o seu povo. Experimentar
suas promessas requer o estreitamento do nosso relacionamento com Ele. É
importante ter em mente que é preciso nutrir um relacionamento sincero e leal
para com o DEUS que faz promessas. Nesse sentido, pense de que forma o crente
pode contribuir para o cumprimento das promessas divinas em sua vida.
C) Sugestão de Método:
O segundo tópico desta lição destaca a infalibilidade de DEUS no tocante ao
cumprimento de suas promessas. Na Bíblia, encontramos diversas promessas
divinas que se cumpriram. Outras, não se cumpriram por motivos específicos.
Reflita com seus alunos: há promessas de DEUS que não se cumprem na vida do
crente? Questione à classe o "porquê". Ao final, enfatize que as
promessas de DEUS revelam a vontade dEle para o seu povo. Todavia, essas
promessas precisam coadunar com a obediência do crente às orientações divinas.
Cite alguns exemplos: Abraão, no tocante ao nascimento de seu filho Isaque (Gn 21.1-5); Moisés, a respeito da entrada na Terra Prometida (Dt 3.21-29).
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Receber
promessas divinas para nossas vidas é saber que DEUS tem pensamentos de paz e
não de mal a nosso respeito. Vivenciá-las é desfrutar não apenas de bênçãos
especiais, mas, também, aproximar-se de DEUS de um modo especial, tendo em mente
que a nossa comunhão com Ele é mais importante até mesmo do que viver as suas
promessas.
4. SUBSÍDIO AO
PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz
reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 99, p. 36, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais:
Você encontrará auxílios para a preparação de sua aula: 1) O texto "COMO O
SENHOR TINHA DITO (Gn 12.1-9)", localizado depois do primeiro tópico, explica
que a nossa fé é acionada pelas promessas de DEUS; 2) O texto
"PROMESSA", localizado após o segundo tópico, denota o compromisso de DEUS em fazer acontecer
o que prometeu.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
As promessas divinas têm como objetivo atender aos
desígnios de DEUS. Para se concretizarem, elas dependem da fé plena nEle e em
sua Palavra. Por isso, ao longo deste trimestre, estudaremos a respeito das
Promessas de DEUS e seus desdobramentos em nossa vida cristã. E,
especificamente, nesta lição, desenvolveremos o assunto com o objetivo de
conhecer os conceitos básicos, tipos e propósitos das promessas de DEUS,
segundo a Sua Palavra.
PALAVRA-CHAVE - Promessas
I – UM CONVITE DE DEUS
1. Um convite, uma promessa
Isaías 55 é um convite de DEUS para Israel desfrutar
de um grande bênção divina. É uma promessa maravilhosa de redenção. O versículo
11 diz: “assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim
vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei”.
Aqui, o poder da Palavra de DEUS é destaque. Essa Palavra sempre agirá com um
propósito, quer para a redenção, quer para a condenação. Ela não pode retornar
vazia porque o Soberano é zeloso para cumpri-la. É nessa veracidade da Palavra
é que as promessas de DEUS estão firmadas. Contudo, é preciso dar alguns passos
para vivermos essas promessas.
2. É preciso buscar ao Senhor
No versículo 6 do capítulo 55 aparece o seguinte
imperativo: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está
perto”. Aqui, somos instados pela
Palavra de DEUS a buscar ao Senhor por meio da oração e de um relacionamento
sincero, a fim de alcançarmos uma resposta dEle. No Novo Testamento, nosso
Senhor ensinou que a quem pede será dado; quem busca encontrará; a quem bate, a
porta será aberta (Mt 7.7). O Senhor JESUS, então, confirma: “Porque aquele que
pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre” (Mt 7.8).
Busquemos a DEUS enquanto podemos fazer isso hoje!
3. É preciso se arrepender
Na busca sincera a DEUS, devemos nos converter ao
Senhor de todo o coração, pois Ele é poderoso em perdoar (Is 55.7). Quando o
arrependimento impulsionado pelo Senhor acontece, de fato, em nosso coração,
percebemos o quanto que os pensamentos do Senhor são maiores do que o nosso;
seus caminhos, mais altos que os nossos (Is 55.8,9). Assim, toda pessoa que tem
um encontro pessoal com o Senhor JESUS experimenta júbilo e florescimento
espiritual no lugar de aridez e sequidão (Is 55.10-13). Há gloriosas promessas
de DEUS para o povo que teve um encontro verdadeiro com Ele por meio de JESUS,
o Nosso Senhor.
SINÓPSE I - As promessas de DEUS estão firmadas na
veracidade da sua santa Palavra.
Auxílio Teológico
COMO O SENHOR TINHA DITO (Gn 12.1-9).
“Alguns comentaristas sugeriram que as promessas de
DEUS a Abrão eram promessas condicionais. Eles dizem que a condição era a
obediência à ordem de DEUS de deixar a cidade de Ur. Afinal, se Abrão não
tivesse partido, nenhuma das coisas que DEUS prometeu poderia ter se
concretizado. Essa opinião distorce tanto o texto bíblico quanto uma verdade
vital a respeito da vida espiritual. As promessas de DEUS não se ativam pela
nossa obediência. Pelo contrário, é a nossa obediência que se ativa pelas
promessas de DEUS. [...] O que acontece é que a fé estabelece um relacionamento
com DEUS, a fonte suprema de energia. A fé conserva este relacionamento. É uma
confiança ativa em DEUS e nas suas promessas que nos faz obedecer. Nós a vemos
claramente na vida de Abrão. Por crer nas promessas de DEUS, deixou Ur e a sua
riqueza para viver uma vida nômade em uma nova terra. A promessa de DEUS ativou
a obediência de Abrão. A sua obediência não ativou as promessas. [...] Foi a
promessa, e a fé na promessa, que libertou Abrão, não somente para obedecer a
DEUS, mas também para se tornar o tipo de pessoa que todos admiramos,
altruísta, leal, corajosa, humilde e sincera” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário
Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 22).
II – AS PROMESSAS E SEUS FUNDAMENTOS
1. A Promessa na Bíblia
A palavra “promessa” está presente ao longo de toda a
Bíblia. No AT, embora a palavra não esteja registrada claramente, pode ser
constatada pelo que o Senhor promete a Abraão, Isaque e Jacó (Gn 12.1-3;
26.1-5; 28.10-15). No Novo Testamento, é dominante a mensagem de que as
promessas do Antigo Testamento foram cumpridas na Nova Aliança (Lc 4.16; At
2.29-31). Ainda no Novo Testamento, o DEUS Todo-Poderoso realiza novas
promessas como extensão da obra salvífica de CRISTO em que os fiéis, que dormem
no Senhor, serão ressuscitados e os corpos dos que ficarem vivos serão
transformados por ocasião do Arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.13-18). Portanto,
podemos afirmar que a palavra “promessa” refere-se ao ato ou efeito de DEUS
comprometer-se com alguém em relação a alguma coisa.
2. DEUS é infalível
Como vimos na leitura bíblica em Classe, em Isaías
55, o DEUS Todo-Poderoso não falha em suas promessas. Essa afirmação está
fundamentada em seus próprios atributos incomunicáveis, isto é, servimos a um
DEUS Onipotente, Onisciente e Onipresente. Com atributos incomunicáveis nos
referimos aos atributos que ser humano algum pode ter, somente DEUS. Por
exemplo, o ser humano não tem todo o poder na terra, não conhece todas as
coisas, nem pode estar em vários lugares ao mesmo tempo. O DEUS Todo-Poderoso
tem essas capacidades como constituintes de sua própria natureza. Por isso, Ele
não falha e não muda. O profeta Isaías constata essa verdade dizendo: “Ainda
antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas
mãos; operando eu, quem impedirá?” (Is 43.13).
3. DEUS zela por sua Palavra
Como vimos em Isaías 55, a Palavra que sai de DEUS
tem um propósito determinado para cumprir (v.11). Aqui está embasada a
fidelidade de DEUS e, por isso, Ele garante o cumprimento das suas promessas
conforme estão expostas em sua poderosa Palavra. Há uma declaração solene do
profeta Jeremias a respeito de como DEUS cumpre a sua Palavra: “Ainda veio a
mim a palavra do Senhor, dizendo: Que é que vês, Jeremias? E eu disse: Vejo uma
vara de amendoeira. E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a
minha palavra para a cumprir” (Jr 1.11,12).
SINÓPSE II - A “promessa” refere-se ao ato ou efeito
de DEUS prometer algo a outrem ou a si mesmo.
Auxílio Teológico
PROMESSA - “Embora se refira ocasionalmente à palavra
do homem, o uso característico da palavra ‘promessa’ nas Escrituras
relaciona-se com o que DEUS declara que fará acontecer. Embora possamos inferir
que as promessas feitas entre o Pai e o Filho antes da criação, a primeira
grande promessa de DEUS aos homens está em Gênesis 3.15 e inaugura uma sucessão, que em uma crescente clareza
de detalhes desde seu anúncio, fala sobre a vinda do Messias-Salvador. Uma
grande variedade de promessas está mais ou menos ligada, de uma forma direta, a
essa grande promessa central, inclusive a nova aliança (Jr 31.31-34), o derramamento do ESPÍRITO (Jl 2.28ss.), a restauração de Israel (Dt 30.1-5) e, finalmente, o novo céu e a nova terra (Is 65.617; 66.22).
Paulo demonstra que a ‘promessa de DEUS’ tem a
qualidade de uma aliança, porque cada palavra de DEUS é segura e certa, livre
de legalismo e da dependência do esforço do homem (por exemplo, Rm 4.13-16; Gl 3.16-18; cf. Hb 11.40). O termo técnico epangelia, portanto, designa o
bondoso compromisso de DEUS, expresso especialmente a Abraão, de realizar de
forma completa sua obra de redenção através do Messias, em quem ‘todas quantas
promessas há de DEUS são nele sim; e por ele o Amém’ (2 Co 1.20)” (PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1611).
III - TIPOS E PROPÓSITOS DAS PROMESSAS DE DEUS
1. Promessas incondicionais
As promessas incondicionais são as que independem de
circunstâncias, de tempo ou de atitudes do destinatário. Por exemplo: a
Promessa do nascimento de JESUS proveniente de uma virgem (Is 9.6), o local do
nascimento de JESUS, em Belém da Judeia (Mq 5.2); que JESUS seria chamado
Emanuel, “DEUS conosco” (Is 7.14). Há também promessas proféticas que ainda não
se cumpriram, mas que, com absoluta certeza, aguardamos seu cumprimento, tais
como: a promessa da ressurreição dos salvos em CRISTO e a transformação dos vivos,
no Arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.13-17); e muitas outras profecias que
haverão de se cumprir, e são absolutamente incondicionais, pois DEUS é Fiel.
2. Promessas condicionais
Diferentemente das promessas incondicionais, as
condicionais dependem de circunstâncias, do tempo e da atitude humana para se
cumprir ou não. Ao longo da Bíblia, encontramos muitas promessas condicionais:
Promessas de saúde plena ao povo judeu condicionadas à obediência às ordenanças
divinas (Êx 15.26); variadas promessas condicionadas também à obediência do
povo (Dt 28.1); promessa de receber o perdão de DEUS condicionadas a perdoar o
próximo que nos ofendeu (Mt 6.14,15); promessas de permanecer no amor de DEUS
se guardar os mandamentos de CRISTO (Jo 14.23; 15.10).
3. O propósito das Promessas de DEUS
Ao longo da Bíblia, percebemos diferentes propósitos
para DEUS cumprir suas promessas. O primeiro deles é o de DEUS estabelecer uma
aliança com o ser humano (Gn 1.27-30; 2.16-17). O segundo, de reconsiderar o
destino da raça humana, dando-lhe mais uma oportunidade por meio de um justo,
Noé (Gn 9.11-17). Outro propósito seria mostrar a eleição de um povo como parte
de sua aliança com Abraão (Gn 12.1-3; Êx 19.5-6). Além desses, certamente um
dos grandes propósitos de DEUS fazer promessas, e realizá-las, tem a ver com
zelar pela sua Palavra e aprofundar o seu relacionamento conosco (Is
55.11,12.). Quando experimentamos o cumprimento das promessas de DEUS, temos a
certeza inabalável de que DEUS se relaciona conosco e, por isso, não estamos
sozinhos no mundo.
SINÓPSE III - Ao longo da Bíblia, DEUS revelou
diferentes propósitos para fazer cumprir as suas promessas.
CONCLUSÃO
DEUS é soberano e zela pela sua Palavra. Aprendemos
que promessa é um compromisso de DEUS a respeito de algo com alguém. Há
promessas condicionais e incondicionais. Vimos também que diferentes propósitos
podem estar por trás do cumprimento de suas promessas, mas um dos mais
relevantes é estreitar o nosso relacionamento com o DEUS Todo-Poderoso e saber
que Ele se relaciona conosco, seres humanos tão limitados. Que DEUS nos ensine
a confiar nEle e a aguardar o cumprimento de suas preciosas promessas!
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Por que a Palavra de DEUS não retorna para Ele
vazia?
A Palavra de DEUS não pode retornar vazia porque o
Soberano é zeloso para fazer cumpri-la.
2. Em relação às promessas, o que é dominante no Novo
Testamento?
No Novo Testamento, é dominante a mensagem de que as
promessas do Antigo Testamento foram cumpridas na Nova Aliança (Lc 4.16; At
2.29-31).
3. O que queremos afirmar quando mencionamos a
palavra “promessa”?
Podemos afirmar que a palavra “promessa” refere-se ao
ato ou efeito de DEUS comprometer-se com alguém.
4. O que são promessas incondicionais de DEUS?
As promessas incondicionais são as que independem de
circunstâncias, de tempo ou de atitudes do destinatário.
5. O que são promessas condicionais de DEUS?
Diferentemente das promessas incondicionais, as
condicionais dependem de circunstâncias, do tempo e da atitude humana para se
cumprir ou não.