Escrita Lição 6, CPAD, O Livro de Ester, 3Tr24, Com. Extras do Pr Henrique, EBD NA TV,

Escrita, Lição 6, CPAD, O Livro De Ester, 3Tr24, Com. Extra Pr Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO 6

I – A ORGANIZAÇÃO DO LIVRO

1. A categorização de Ester

2. Características literárias

3. Autoria e data

II – O CONTEXTO HISTÓRICO

1. O povo hebreu no exílio

2. O fim do exílio 

3. O pós-exílio

III – PROPÓSITO E MENSAGEM

1. A providência divina

2. Uma falsa estabilidade

3. A Festa de Purim

 

 

TEXTO ÁUREO

“Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe para tal tempo como este chegaste a este reino?” (Et 4.14)

 

 

VERDADE PRÁTICA

A perfeita vontade de DEUS é nos guiar por caminhos que levem ao cumprimento de seus eternos propósitos.

 

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 2 Tm 3.16,17 O Livro de Ester é a revelação divina escrita, completa e perfeita

Terça - Jr 25.11; 29.10-14 O contexto do Livro de Ester remonta ao Cativeiro Babilônico

Quarta - Ed 1.1-3 O contexto do Livro de Ester remonta ao decreto de Ciro

Quinta - 1 Tm 2.1-4 Instruções para os cristãos se relacionarem com governos terrenos

Sexta - Et 3.7-13 Tudo parecia bem até que surgiu uma ordem contra os judeus

Sábado - Et 9.20-28 A instituição da Festa de Purim, o livramento dos judeus

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ester 1.1-9

1 - E sucedeu, nos dias de Assuero (este  é  aquele Assuero que reinou, desde a Índia até à Etiópia,  sobre  cento e vinte e sete províncias); 

2 - naqueles dias, assentando-se o rei Assuero sobre o trono do seu reino, que  está  na fortaleza de Susã, 

3 - no terceiro ano de seu reinado, fez um convite a todos os seus príncipes e seus servos (o poder da Pérsia e Média e os maiores senhores das províncias  estavam  perante ele), 

4 - para mostrar as riquezas da glória do seu reino e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias,  a saber,  cento e oitenta dias. 

5 - E, acabados aqueles dias, fez o rei  um  convite a todo o povo que se achou na fortaleza de Susã, desde o maior até ao menor, por sete dias, no pátio do jardim do palácio real. 

6 - As tapeçarias eram  de pano branco, verde e azul celeste, pendentes de cordões de linho fino e púrpura, e argolas de prata, e colunas de mármore; os leitos eram de ouro e de prata, sobre um pavimento de pórfiro, e de mármore, e de alabastro, e de pedras preciosas. 

7 - E dava-se de beber em vasos de ouro, e os vasos eram diferentes uns dos outros; e havia muito vinho real, segundo o estado do rei. 

8 - E o beber  era,  por lei, feito sem que ninguém forçasse a  outro;  porque assim o tinha ordenado o rei expressamente a todos os grandes da sua casa que fizessem conforme a vontade de cada um. 

9 - Também a rainha Vasti fez um banquete para as mulheres da casa real do rei Assuero.

 

 

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HINOS SUGERIDOS:  77, 467, 526 da Harpa Cristã

 

 

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SUBSÍDIO EXTRA PARA A LIÇÃO 6

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O LIVRO DE ESTER – BEP - CPAD

Autor: Desconhecido

Tema: O Cuidado Providencial de DEUS

Data: 460 — 400 a.C.

 

 

Considerações Preliminares

Depois da derrota do império babilônico e sua conquista pelos persas em 539 a.C., a sede do governo dos exilados judeus passou à Pérsia. A capital, Susã, é o palco da história de Ester, durante o reinado do rei Assuero (seu nome hebraico) — também chamado Xerxes I (seu nome grego) ou Khshayarshan (seu nome persa) — que reinou em 486 — 465 a.C. O livro de Ester abarca os anos 483 — 473 a.C. do reinado de Assuero (1.3; 3.7), sabendo-se que a maioria dos eventos ocorreu em 473 a.C. Ester tornou-se rainha da Pérsia em 478 a.C. (2.16). Cronologicamente, o episódio de Ester na Pérsia ocorre entre os caps. 6 e 7 do livro de Esdras, i.e., entre o primeiro retorno dos exilados judeus de Babilônia e da Pérsia, para Jerusalém em 538 a.C., chefiados por Zorobabel (Esdras 1– 6), e o segundo retorno chefiado por Esdras em 457 a.C. (Ed 7—10) (ver a introdução a Esdras). Embora o livro de Ester venha depois de Neemias em nosso AT, seus eventos realmente ocorreram trinta anos antes da volta de Neemias a Jerusalém (444 a.C.) para reconstruir seus muros (ver a introdução a Neemias). Enquanto os livros pós-exílicos de Esdras e Neemias tratam de fatos do remanescente judaico que retornara a Jerusalém, Ester registra um acontecimento de vital importância ocorrido entre os judeus que se encontravam na Pérsia.

A importância da rainha Ester vê-se, não somente no fato de ela salvar o seu povo da destruição, mas também por conseguir para esse povo, segurança e respeito num país estrangeiro (cf. 8.17; 10.3). Esse ato providencial tornou possível o cargo de Neemias na corte do rei, por décadas seguidas, e sua escolha para reconstruir os muros de Jerusalém. Se Ester e os judeus (inclusive Neemias) tivessem perecido na Pérsia, o remanescente em crise em Jerusalém talvez nunca tivesse reconstruído a sua cidade. O resultado da história judaica pós-exílica certamente teria sido outro muito diferente.

Embora não se conheça o autor do livro de Ester, as evidências internas do livro revelam que ele conhecia pessoalmente os costumes persas, o palácio de Susã e pormenores da pessoa do rei Assuero. Isso indica que o autor provavelmente morava na Pérsia durante o período descrito no livro. Além disso, o apreço do autor pelos judeus, bem como seu conhecimento dos costumes judaicos sugerem que ele era judeu.

 

Propósito

 

O livro tem um propósito duplo. (1) Foi escrito para demonstrar a proteção e livramento de extermínio iminente do povo judeu, mediante a intervenção de DEUS através da rainha Ester. Embora o nome de DEUS não seja mencionado especificamente, a evidência é patente da sua providência no decurso de todo o livro. (2) Foi escrito, também, para prover um registro e contexto histórico da festa judaica de Purim (3.6,7; 9.26-28) e, assim, manter viva para gerações futuras, a lembrança desse grande livramento do povo judeu na Pérsia (cf. a festa da Páscoa e o grande livramento dos israelitas da escravidão no Egito).

 

Visão Panorâmica

 

O livro de Ester enseja um estudo do caráter de cinco personagens principais do referido livro. (1) o rei persa, Assuero; (2) seu primeiro ministro, Hamã; (3) Vasti, a rainha que antecedeu Ester; (4) Ester, a formosa moça judia que tornou-se rainha; e (5) Mardoqueu, o íntegro primo de Ester que a adotou como filha e cuidou dela na mocidade. Ester, naturalmente, é a heroína da história; Hamã é o vilão; e Mardoqueu é o herói que, como alvo principal do desprezo de Hamã, é vindicado e exaltado no fim. A figura principal nos eventos do livro é Mardoqueu, pois ele influenciou a rainha Ester e lhe deu conselhos retos.

A providência de DEUS está presente em todas as partes do livro. É vista, primeiramente, na escolha de uma virgem judia chamada Hadassa (hebraico) ou Ester (persa e grego), para ser rainha da Pérsia, numa hora crítica da história dos judeus (1—2; 4.4). A providência de DEUS é novamente evidente quando Mardoqueu, primo de Ester, que a criara como filha (2.7), foi informado de uma trama para assassinar o rei, denunciou-a, salvou a vida do rei, e seu ato foi registrado nas crônicas do rei (2.19-34). Isso, o rei descobriu providencialmente no momento certo, durante uma noite de insônia (6.1-14).

O ódio que Hamã alimentava por Mardoqueu estendeu-se a todos os judeus. Urdiu um horrendo complô e, usando de fraudulência, persuadiu Assuero a promulgar um decreto para exterminar todos os judeus no dia 13 do mês Adar (3.13). Mardoqueu persuadiu Ester a interceder junto ao rei a favor dos judeus. Depois de um jejum levado a efeito por todos os judeus de Susã, de três dias de duração, Ester arriscou a sua vida ao aproximar-se do trono real sem ter sido convocada (cap. 4); obteve o favor do rei (5.1-4) e denunciou o funesto complô de Hamã. A seguir, o rei mandou enforcar Hamã na forca que este preparara para Mardoqueu (7.1-10). Um segundo decreto do rei possibilitou aos judeus triunfarem sobre os seus inimigos (8.1—9.16). Essa ocasião motivou uma grande celebração e deu origem à festa anual de Purim (9.17-32). O livro termina com um relato da fama de Mardoqueu (10.1-3).

 

Características Especiais

 

Cinco características assinalam o livro de Ester. (1) É um dos dois livros na Bíblia que levam o nome de uma mulher, sendo Rute o outro. (2) O livro começa e termina com uma festa, e menciona um total de dez festas ou banquetes no decurso das quais se desenrola boa parte do drama do livro. (3) O livro de Ester é o último dos cinco rolos da terceira parte da Bíblia hebraica, chamados Hagiographa (“Escritos Sagrados”). Cada um desses rolos é lido publicamente em uma das grandes festas judaicas. Este aqui é lido na festa de Purim, em 14-15 de Adar, que comemora o grande livramento do povo judeu na Pérsia, durante o reinado de Ester. (4) Embora o livro mencione um jejum de três dias de duração, não há qualquer referência explícita a DEUS, à adoração, ou à oração (aspecto este que tem levado alguns críticos a, insensatamente questionarem o valor espiritual do livro). (5) Embora o nome de DEUS não apareça através do livro de Ester, sua providência é patente em toda parte do mesmo (e.g., Et 2.7,17,22; 4.14; 4.16—5.2; 6.1,3-10; 9.1). Nenhum outro livro da Bíblia ilustra tão poderosamente a providência de DEUS ao preservar o povo judeu a despeito do ódio demoníaco dos seus inimigos.

 

O Livro de Ester e o NT

 

Não há referência ou alusão a este livro no NT. Todavia, o ódio de Hamã aos judeus e seu complô visando o extermínio de todos os judeus do império persa (cap. 3; 7.4) é uma prefiguração no AT, do Anticristo do NT, que procurará destruir todos os judeus e também os cristãos no final da história (ver o livro de Apocalipse).

 

1.1 NOS DIAS DE ASSUERO. O Assuero deste livro é comumente conhecido pelo seu nome grego, Xerxes. Foi monarca da Pérsia de 486 a 465 a.C. Datas importantes relacionadas com o livro de Ester: (1) o cativeiro dos judeus, por Nabucodonosor, em 586 a.C. (2 Rs 25); (2) a volta dos judeus, do cativeiro, em 538 a.C., permitida por Ciro (Ed 1); (3) o reinado de Ester como rainha da Pérsia, a partir de 479 a.C. (2.16,17); (4) a viagem de Esdras, com autorização da corte, de Babilônia para Jerusalém, em 458 a.C. (Ed 7). Assim sendo, os eventos do livro de Ester ocorreram uns vinte e um anos antes de Esdras conduzir um segundo grupo de exilados a Jerusalém.

 

 

1.13 ENTENDIAM DOS TEMPOS. Às vezes, os sábios segundo o mundo, conhecem mais os tempos do que os líderes supostamente sábios, entre os crentes. Para um estudo sobre o conhecimento dos tempos, ver 1 Cr 12.32.

 

2.4 E A MOÇA... REINE EM LUGAR DE VASTI. O livro de Ester, embora não mencione explicitamente o nome de DEUS, demonstra a sua incessante providência em favor do povo judeu. Ele dirige, prevalece e usa o agir de homens e mulheres, para cumprir seus propósitos e preservar seu povo escolhido (ver o estudo A PROVIDÊNCIA DIVINA). O livro demonstra a previsão e providência de DEUS, das seguintes maneiras: (1) Por Vasti recusar vir à festa do rei (1.12), Ester, uma moça judia, foi escolhida para ser rainha (vv. 5-18); (2) Mardoqueu, também judeu, e parente próximo de Ester, descobriu uma conspiração para matar o rei (vv. 21-23); (3) o rei concedeu a Ester favor especial (5.2,8); (4) o rei descobriu que Mardoqueu lhe salvara a vida (6.1,2; cf. 2.21-23); (5) o rei decidiu honrar a Mardoqueu no momento exato em que Hamã entrou (6.4-11); (6) o rei ajudou Ester e o povo judeu, o qual estava a ponto de ser destruído (caps. 7;8); (7) Mardoqueu tornou-se muito influente junto ao rei (9.4; 10.2,3)

 

 

2.6 QUE FORA TRANSPORTADO... COM OS CATIVOS. Foi Quis (v. 5), o bisavô de Mardoqueu, e não o próprio Mardoqueu, que foi transportado de Jerusalém, como cativo, juntamente com o rei Jeconias em 597 a.C. (Jeconias é também chamado Joaquim, 2 Rs 24.6).

 

 

2.17 E A FEZ RAINHA. O rei persa nomeando Ester como rainha, ilustra como DEUS pode mudar o coração dos ímpios para que eles cumpram seus propósitos (cf. Pv 21.1; ver Ed 1.1). Ester tinha agora condições de ajudar seu próprio povo, o que se tornou necessário cinco anos mais tarde. DEUS usou as decisões espontâneas das pessoas envolvidas, para proteger o seu povo (4.14).

 

 

2.20 COMO MARDOQUEU LHE ORDENARA. Embora Ester tivesse sido escolhida e coroada rainha do grande império persa (2.17), não se orgulhou, nem se envaideceu por causa da sua posição social e do poder que acabara de receber. Não desprezava os conselhos do seu primo, de condição humilde, nem menosprezou sua tradição espiritual. Pelo contrário, manifestava um espírito de mansidão, humildade e submissão após tornar-se rainha, como sempre fizera antes.

 

3.2 MARDOQUEU NÃO SE INCLINAVA. Mardoqueu, por sua lealdade a DEUS, recusou-se a inclinar-se diante de Hamã (v. 4). Tudo indica que a homenagem prestada a Hamã pelos servos do rei e por outros, ou era imerecida, ou conflitava com atos religiosos que os judeus reservavam exclusivamente à adoração a DEUS. Daí, Mardoqueu não concordar em curvar-se ou prostrar-se diante de Hamã. Os três companheiros de Daniel evidenciaram a mesma convicção (Dn 3.1-12).

 

 

3.4 ERA JUDEU. Os que conheciam Mardoqueu queriam saber por que ele não se prostrava perante Hamã. Sua resposta era uma só: ele era judeu. (1) DEUS enviou os judeus ao cativeiro para purificá-los da idolatria. Já vimos nos livros de Esdras e de Neemias, que os judeus que voltaram a Jerusalém tinham aprendido a lição e queriam um culto livre da idolatria; o livro de Ester mostra que os judeus que não retornaram, também aprenderam a lição. Nessa época, ser judeu significava muito. Eles se recusavam curvar-se diante de qualquer ídolo ou ser humano. (2) Para nós, ser cristão, deve significar muito. Como Mardoqueu, devemos tomar posição firme e pública ao lado de CRISTO e dos santos padrões da sua Palavra, no meio das pressões da atual sociedade mundana.

 

 

3.6 HAMÃ, POIS, PROCUROU DESTRUIR TODOS OS JUDEUS. Hamã, primeiro ministro da Pérsia, é o primeiro elemento político na Bíblia que maquinou uma conspiração sinistra para o extermínio de todos os judeus da sua esfera política. Tal conspiração genocida contra a raça judaica tem seu paralelo na conspiração de Antíoco Epifânio, no século II a.C. (ver Dn 11.28), na conspiração de Hitler, na Europa do século XX e no Anticristo, no fim da presente era, o qual procurará destruir todos os judeus e cristãos de então (Ap 13.15-18).

 

 

3.7 SE LANÇOU PUR. "Pur" é um termo ligado a dados. Hamã usou dados para determinar o "dia da sorte" em que destruiria os judeus. Decorreu quase um ano entre o dia em que Hamã lançou a sorte e a execução do plano. Foi o tempo suficiente, na providência divina, para Mardoqueu e Ester neutralizarem a conspiração maligna de Hamã.

 

 

3.8 CUJAS LEIS SÃO DIFERENTES DAS LEIS DE TODOS OS POVOS. Um dos propósitos de DEUS, ao outorgar a lei a Israel, era torná-lo um povo diferente de todos os outros povos. Hamã observava algo diferente nos judeus, e os odiava por isso. No novo concerto, é a vontade de DEUS que seu povo seja separado e diferente do mundo, um povo santo, adquirido para Ele mesmo (1 Pe 2.9). Hoje, como então, o mundo odeia o povo de DEUS, pois os crentes são diferentes, santos e justos (cf. Jo 15.18-25).

 

4.14 SE DE TODO TE CALARES. Mardoqueu cria que o propósito de DEUS era usar Ester para livrar Israel, e que ela chegara a ser rainha para cumprir esse propósito. Mesmo assim, Mardoqueu sabia que Ester poderia falhar nesse propósito se ela não cumprisse o seu papel no plano divino do livramento. Se ela deixasse de socorrer os judeus, também pereceria (v. 14). Os propósitos soberanos de DEUS geralmente incluem a responsabilidade humana (cf. Mt 26.24; ver Êx 33.3; Fp 2.12).

 

 

4.14 PARA TAL TEMPO COMO ESTE CHEGASTE A ESTE REINO? Este trecho revela o significado deste livro: DEUS participa dos acontecimentos do mundo para salvar o seu povo do mal e cumprir seus propósitos redentores em seu favor. Todos os crentes devem lembrar-se que DEUS está no controle do que acontece ao nosso redor, para nos livrar desse presente mundo maligno e nos levar para estarmos com Ele para sempre (Rm 8.29-39; Gl 1.4; Jd v. 24).

 

 

4.16 E, PERECENDO, PEREÇO. Ester estava disposta a dar a sua vida num esforço para salvar o seu povo. Ela faria o que lhe competisse, e deixaria o resultado com DEUS. DEUS não abençoará aqueles que se calam para manter seu lugar ou posição, mas, aqueles que, por amor a DEUS e à sua Palavra, falam a verdade, mesmo com risco de sofrerem grandes danos (Jo 16.1-4). Mardoqueu e Ester estavam dispostos a morrer, se necessário fosse, na luta contra as forças do mal. Tornaram-se exemplos de obediência às suas convicções religiosas (ver Lc 1.17, sobre o caráter e as firmes convicções de João Batista).

 

5.13 TUDO ISSO NÃO ME SATISFAZ. Embora Hamã possuísse riqueza, glória, poder e posição social, era um homem insatisfeito e descontente. Mardoqueu, por outro lado, tinha força de caráter, convicções religiosas e confiança no seu DEUS. Hamã sabia, dentro de si, que Mardoqueu era o melhor deles dois, e por isso o odiava. Aos olhos de DEUS, a grandeza nunca consiste na riqueza, no poder ou na condição social, mas na fidelidade, na dedicação a Ele e na luta em prol dos seus justos propósitos na terra (ver Lc 22.24-30).

 

6.1 NAQUELA MESMA NOITE... MANDOU TRAZER O LIVRO. O cap. 6 mostra claramente os atos providentes de DEUS. Ele usou a insônia do rei Assuero para efetuar a elevação de Mardoqueu pelo seu próprio inimigo (vv. 2,3). Portanto, de dia e de noite, DEUS zela pelos que lhe são fiéis (ver 1 Sm 2.8; Sl 121; At 5.17-19; 18.9,10; Ap 3.8,9).

 

8.3 [ESTER]... LHE SUPLICOU QUE REVOGASSE A MALDADE. Hamã foi enforcado como resultado da justa intervenção de DEUS (7.10), porém o decreto do rei, no sentido de destruir os judeus, continuava em vigor. Nem sequer o próprio rei poderia anular o decreto oficial (v. 8). Mas, em resposta ao pedido de Ester, foi escrito um segundo decreto concedendo aos judeus o direito de resistência armada e de defesa, no dia decretado para a sua destruição (vv. 9-17). Em geral, DEUS não opera o livramento do seu povo, sem a fiel participação deste; porém, Ele está sempre com o seu povo para lhe prover livramento. Aqui, o livramento de Israel resultou da ação de DEUS, com a cooperação de crentes fiéis (ver Fp 2.12,13).

 

 

8.17 O TEMOR DOS JUDEUS TINHA CAÍDO SOBRE ELES. DEUS não somente capacitou os judeus a se defenderem, como também fez os habitantes das terras temerem os judeus (cf. 9.2; Ne 6.16). Noutras palavras, o povo de DEUS tornou-se mais respeitado devido à conspiração maligna de Hamã.

 

9.5 FERIRAM, POIS, OS JUDEUS A TODOS OS SEUS INIMIGOS. A destruição dos inimigos dos judeus no dia treze de Adar foi uma autodefesa determinada. O povo judeu foi envolvido numa situação em que teve de lutar para salvar suas vidas. Resistiram aos seus destruidores, mas demonstraram moderação, não tocando nos seus bens ("despojos", vv. 10,15,16).

 

 

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O LIVRO DE ESTER – Dicionário Bíblico Wycliffe

 

Na Bíblia heb. este livro vem por último em um grupo de cinco livros portando o título de Megilote, após Rute, Cantares de Salomão, Eclesiastes e Lamentações.

 

Considerações Textuais

São poucos os problemas textuais neste livro. Ester é geralmente aceito como uma unidade. Apenas as passagens 9.20-32 e 10.1-3 são questionadas. Eissfeldt considera 9.2 Os s. uma adição explicando uma mudança de data para Purim; porém o fato desta passagem não mudar a data nega o ponto de vista de Eissfeldt. A natureza sumária de 9.20-32 é responsável por quaisquer diferenças de estilo.

Alguns rejeitam 10.1-3 como um texto cronista e deslocado em um romance histórico. No entanto, sua presença mostra que o livro de Ester é mais do que um romance. Se 10.1- 3 fosse obviamente deslocado, nenhum redator o teria incluído desta forma. Assim, pode ser concluído que no Texto Masorétíco o livro de Ester está em boa condição textual, e que é uma obra de um único autor.

 

Data

Todas as evidências apontam para a metade do século V a.C. A passagem em Ester 10.2 indica que ele foi escrito após a compilação dos anais de Assuero (Xerxes, 486-465 a.C.). O autor tinha uma íntima familiaridade com o palácio de Susã; este palácio foi queimado em uma ocasião durante um período de 30 anos após a morte de Assuero (q.v.). Assim, uma data entre 465 e o final do reinado de seu sucessor, Artaxerxes I (464-424 a.C.), parece provável.

 

Autor

A descrição de Mardoqueu em 10.3 o impede de ser o autor. O escritor foi provavelmente um judeu desconhecido, com conhecimento pessoal de Susã, dos locais e edificações do palácio, e dos costumes persas (veja C. H, Gordon, The World of the Old Testament, Garden City. Doubleday, 1958, pp. 283ss., para a prática iraniana de kitman ou dissimulação em Et 2.10; 8.17). Ele tinha acesso aos escritos de Mardoqueu, anais de governo e decretos reais. Esdras ou Neemias têm sido sugeridos como os possíveis autores, e o estilo hebraico é bastante comparável ao de Esdras, Neemias e Crônicas.

 

Esboço

I.        A Escolha de uma Nova Rainha, Caps. 1-2

A.      Vasti é deposta, 1.1-22

B.      Ester é feita rainha, 2.1-18

C.      Mardoqueu frustra uma trama contra o rei, 2.19-23

II.       O Perigo do Povo Judeu, Caps. 3—7

A.      Hamã fica furioso com Mardoqueu, 3.1-5

B.      Hamã trama destruir os judeus, 3.6- 15

C.      Mardoqueu convence Ester a intervir, 4.1-17

D.      Ester convida o rei e Hamã para um banquete, 5.1-14

E.      O rei faz Hamã honrar Mardoqueu publicamente, 6.1-14

F.       Ester revela ao rei a trama de Hamã, 7.1-6

G.      Hamã é enforcado e Mardoqueu é promovido, 7.7-8,2

III.      A Defesa dos Judeus, Caps. 8-10

A.      Um novo edital é emitido permitindo aos judeus defenderem-se, 8.3-17

B.      Os judeus matam seus inimigos por toda a terra, 9.1-16

C.      A Festa do Purim é inaugurada, 9.17-32

D.      Mardoqueu é promovido e estimado por seu próprio povo, 10.1-3

 

Considerações Históricas

Embora Assuero seja comumente associado com Xerxes I (486-465 a.C.), na LXX o nome Assuero aparece como Artaxerxes. Portanto, no livro de Ester, o rei foi identificado pelos estudiosos como Artaxerxes II (404-359 a.C.). A identificação tradicional parece correta pelas seguintes razões.

Heródoto vii.8 relata que Xerxes convocou uma assembleia de príncipes no terceiro ano de seu reinado para discutir uma campanha grega. Ester 1.3 refere-se a uma reunião principesca naquele ano. Xerxes retornou a Susã vários anos depois das derrotas de 480 e 479 a.C. Heródoto ix.108 declara que ele dedicou-se a assuntos privados. O livro de Ester confirma isto. Ester chegou ao harém no sexto ano (478 a.C.) e tornou-se rainha (2.16) no sétimo (477 a.C.).

O livro de Ester descreve com precisão o território governado por Assuero (1.1,3; 10.1). Nenhum outro governante persa controlou o mesmo domínio.

O caráter de Assuero é corretamente retratado. Ele desfrutava da luxúria e da sensualidade da vida da corte, e às vezes agia com brutalidade e crueldade. Assim, o Assuero do AT é caracterizado de modo semelhante ao Xerxes de Heródoto. Xerxes é conhecido como alguém capa2 de tudo que foi atribuído a Assuero na Bíblia. Embora uma lei limitasse o governante persa a uma única esposa, as ruínas do palácio mostram que Dario e Xerxes tinham haréns.

O conhecimento exato do autor das seções da cidade e dos detalhes do palácio com seus acabamentos esplêndidos (1.2,5,6; 2.11,14; 3.15; 5.1; 6.4; 7.7,8) foi confirmado pelos arqueólogos franceses. Veja Susã.

Um comunicado com um ano de antecedência da permissão dada a Hamã por Xerxes para matar os judeus (Et 3.12-14) é historicamente compreensível. É necessário manter o valor depositado nos direitos entre os persas e nas preparações psicológicas e militares. Se for objetado que tanta notoriedade daria aos judeus a oportunidade de fugir, deve ser perguntado, para onde eles fugiriam? Não há evidências de nenhuma migração em massa de judeus durante o século V a.C. para contradizer Et 9.1,2. Eles permaneceram em suas cidades no império persa. Em anos recentes, a precisão histórica da história de Ester tem sido desafiada em várias avaliações: (1) A história secular não sabe nada sobre uma rainha chamada Vasti ou Ester no reinado de Xerxes, mas sim sobre sua esposa Amestris, a filha de um general persa, de acordo com Heródoto (vii.61). (2) Mardoqueu parece ser mencionado (Et 2.5,6) como tendo sido levado cativo para a Babilônia (597 a.C.) por Nabucodonosor. Isto faria com que ele tivesse pelo menos 122 anos de idade quando foi elevado ao poder no décimo segundo ano de Xerxes, enquanto sua jovem prima Ester deveria ter sido no mínimo 100 anos mais jovem. (3) O edital de Xerxes permitindo que os judeus matassem 75.000        de seus súditos em um dia (Et 9.161 parece improvável. Estes, juntamente com outros problemas de natureza mais subjetiva, formam os principais argumentos contra a precisão histórica.

Em resposta a estas questões pode ser observado que. (1) Heródoto omite muitas pessoas e eventos importantes em seu relato. Um exemplo notável disto é a omissão de Belsazar (Dn 5), que recentes descobertas arqueológicas verificaram. (2) A passagem em Ester 2.5,6 pode ser interpretada significando que foi o bisavô de Mardoqueu, Quis, que foi levado cativo por Nabucodonosor. Uma inscrição cuneiforme publicada por A. Ungnad em 1941 leva o nome de Marduk-ai- a (Mardoqueu), um oficial e conselheiro persa em Susã durante o reinado de Xerxes. Inscrições babilônicas posteriores também revelam a ocorrência frequente do nome Mardoqueu, indicando que era um nome comum deste período. Veja Mardoqueu. (3) A improbabilidade de 75.000 persas serem mortos em um dia não uma impossibilidade. A luz da conhecida desconsideração persa pela vida humana, especialmente quando um membro da família real estava envolvido, e a completa força armada dos judeus por toda a província (Et 8.13; 9.5), “não é de forma alguma incrível que os judeus pudessem ter enfrentado e vencido um número tão grande de inimigos” (SOTI, p. 405).

A matança vingativa de 75.000 pessoas tem sido condenada por alguns como imoral. Deve ser lembrado, no entanto, que as leis medo-persas não poderiam ser revogadas (cf. Dn 6.8,12,15,17 com Et 1.19; 8.8). Tudo o que Xerxes poderia fazer era tomar providências para que os judeus se defendessem legitimamente. Embora a cidade de Susã tenha se regozijado pela exaltação de Mardoqueu, sua ascensão não poderia diminuir toda o sentimento antissemita que havia por toda a terra (8.15-17). Em um império de 100 milhões de pessoas, não era excessivo que talvez três milhões de judeus matassem 75.000 inimigos. Oficiais do governo até ajudaram os judeus (9.3). Os judeus também, sem dúvida, sofreram algumas baixas, mas O costume geral do AT de mencionar apenas os mortos dos conquistados parece ter sido seguido (veja Keil, The Books of Ezra, Nehemiah and Esther, KD, pp. 307-310).

 

A Falta da Menção do Nome de DEUS

Apesar dos acrósticos, DEUS não é mencionado neste livro. Em uma atmosfera de ódio e oposição, não era sempre conveniente aos judeus mostrar sua religião publicamente. A população gentílica se ressentia da atitude judaica em relação aos ídolos, à religião, aos alimentos e aos casamentos mistos. Assim, sem alardear sua religião, o autor deste livro transmite uma ênfase espiritual.

Mardoqueu é mostrado compartilhando a tradição de Sadraque, Mesaque e Abede- Nego ao recusar-se a prestar homenagens a Hamã (Et 3.2ss.). Sua recusa só é compreensível com base em sua estrita adesão ao Decálogo. O jejum é uma indicação adicional da prática religiosa judaica (4.16; 9.31). Et 9.31 fala do clamor dos judeus por ajuda. Ajuda de quem? Mardoqueu expressa sua fé em DEUS dizendo a Ester que, se ela falhar, a ajuda virá de uma outra fonte.

A parte espiritual mais notável é a providência divina. Os judeus aprenderam sob uma aflição permitida por DEUS, aquilo que eles não aprenderiam sob Sua paciência. O autor tece o padrão da providência. Antes de Hamã discutir com Mardoqueu, a deposição de Vasti forneceu a ocasião para Ester, uma judia, ganhar uma posição que lhe permitiu salvar seu povo. Mardoqueu havia ficado em dívida com o rei. Xerxes teve uma noite de insônia no momento certo e leu a porção certa do livro dos registros do governo. Tudo se encaixa. Nenhum judeu poderia ter escrito isto sem a intenção de apresentar a providência de DEUS para poupar seu povo.

Bibliografia. R. K. Harrison, Introduction to tke Old Testament, Grand Rapids. Eerd- mans, 1969, pp. 1085-1102. A. Macdonald, “Esther”, NBC, pp. 380-386. L. B. Paton. “The Book of Estner”, ICC, 1916. John C. Whitcomb, “Esther”, WBC, pp. 447-457. J. Stafford Wright, “Esther, Book of’. NBD, pp. 392ss; “The Toricity of the Book of Esther”, NPOT, pp. 37-47.

R. B. D.

 

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ESTER - Através Da Bíblia Livro Por Livro - Myer Pearlman

Tema. O livro de Ester tem uma peculiaridade que o distingue de qualquer outro livro da Bíblia; a saber : nele o nome de DEUS não se menciona nem uma vez, nem tampouco há referências à lei ou à religião judaica. Ape­sar do nome de DEUS não se mencionar, há abundantes sinais de que Ele estava operando e cuidando de Seu po­vo. O livro registra o livramento por DEUS do Seu povo, de uma destruição que o ameaçava.

Assim, como DEUS salvou o Seu povo do poder de Fa­raó, Ele salvou Israel da mão do malvado Hamã. No pri­meiro caso o salvamento foi efetuado por uma manifes­tação de Seu poder e uma revelação de Si mesmo; mas no último caso, DEUS permaneceu invisível ao Seu povo e a Seus inimigos, efetuando a salvação por intermédio de instrumentos humanos e meios naturais. “É esta au­sência do nome de DEUS que constitui sua beleza prin­cipal e não deve considerar-se como uma mancha sobre o mesmo”. Matthew Henry disse : “Se o nome de DEUS não está aqui, está o Seu dedo”. Este livro é, como o cha­ma o Dr. Pierson, “O Romance da Providência”.

Por providência queremos dizer que em todos os as­suntos e acontecimentos da vida humana, individuais e nacionais, DEUS tem uma parte e uma porção. Mas essa influência é secreta e oculta. Assim, nesta admirável história, que ensina a realidade da divina providência, o nome de DEUS não aparece e só o olho de fé vê o fator Divino na história humana. Para o observador atento toda a história é uma sarça ardente, casa pela presença divina. A tradição judaica cita Deuteronômio 31:18 co­mo outra razão por que não se menciona o nome de DEUS. “Por causa de seu pecado, DEUS tinha escondido Seu ros­to a Israel. No entanto, embora tenha escondido Seu rosto, não se esquecia de Seu povo nem deixava de inte­ressar-Se por ele apesar de que o fazia sob um véu” — Lee. A mensagem do livro pode resumir-se da maneira seguinte: A Realidade da Providência Divina.

 

Autor. Desconhecido. Provavelmente Mardoqueu (vide 9:20). Alguns acreditam que foi Esdras.

Esfera de ação. Entre os capítulos 6 e 7 de Esdras, antes de este partir para Jerusalém.

 

CONTEÚDO.

Seguindo a sugestão de Robert Lee da Escola Bíbli­ca Mildmay, centralizamos o conteúdo do livro ao redor das três festas mencionadas alí.

 

A Festa de Assuero (1, 2).

A Festa de Ester (3-7).

A Festa de Purim (8-10).

 

 

I. A FESTA DE ASSUERO.

A desobediência de Vastí (cap. 1).

A coroação de Ester (2:1-20).

Mardoqueu salva a vida do rei (2:21-23).

 

“O fato de Vastí haver recusado obedecer uma or­dem que lhe impunha expor-se duma maneira indecen­te ante um grupo de bêbados desordenados, correspondia à modéstia de seu sexo e à sua dignidade de rainha, por­que segundo os costumes persas, a rainha, ainda mais que as esposas de outros homens, estava reclusa da vis­ta do público; e se o sangue do rei não estivesse esquen­tado pelo vinho, ou sua razão ofuscada pelo orgulho, ele teria percebido que a sua própria honra, tanto quanto a dela, foi mantida por sua digna conduta. Os sábios, aos quais o rei consultou, eram provavelmente os magos, sem cujo conselho, a respeito do tempo propício de rea­lizar alguma coisa, os reis persas nada faziam. As pes­soas nomeadas eram os “sete conselheiros” que forma­vam o ministério do Estado; Parece que a sabedoria glo­bal de todos foi reunida para consultar o rei quanto ao rumo que deveria tomar depois de uma ocorrência tão inaudita como foi a desobediência de Vastí ao chamado real. É quase impossível imaginar o assombro produzido por essa negativa num país onde a vontade do soberano era absoluta. Os grandes que se tinham congregado fi­caram petrificados de horror ante a atrevida afronta; um mal-estar pelas consequências que lhes pudessem vir a cada um deles em sua casa, apoderou-se de suas mentes e o ruído da orgia bacanal transformou-se numa consulta profunda e ansiosa sobre qual seria o castigo a ser infligido à rainha transgressora” — Jamieson, Fausset e Brown.

Note o que se diz no versículo 19 referente à lei dos medos e persas. Parece que os persas tinham atingido um grau tão elevado de sabedoria na redação de suas leis, que nunca podiam ser emendadas ou ab-rogadas; e nisto se baseia a sentença : “A lei dos medos e persas que não pode ab-rogar-se”. Evidentemente, Assuero ar­rependeu-se quanto ao tratamento para com Vastí (2:1), mas segundo esta mesma lei que tornou irrevogável a pa­lavra de um rei persa, ela não podia ser restaurada ao lugar de rainha.

O capítulo 2:3, 4 refere-se a um costume áspero do Oriente. Quando chegava a ordem da Côrte real para que uma jovem se apresentasse ante o rei, não importava quão mal dispostos estivessem seus pais, não se atre­viam a recusar.

Assim Ester foi obrigada a entrar na Côrte de Assu­ero. Deve levar-se em conta que no Oriente onde preva­lecia a poligamia, não era considerada uma desgraça, uma jovem pertencer ao “harém” de um governador. Cada uma delas era considerada esposa do rei.

Notem que Mardoqueu tinha dito a Ester que ocul­tasse a sua nacionalidade (2:10). Se Ester tivesse reve­lado a mesma, teria impedido o seu progresso à digni­dade de rainha, sendo que os judeus eram* geralmente desprezados. Nesta instrução de Mardoqueu a Ester, vemos uma indicação da direção divina, pois não foi por causa de ter sido rainha que ela pôde salvar seu povo ?

O capítulo 2:21 menciona outro elo na cadeia da providência divina. Mardoqueu protegeu a vida do rei contra os conspiradores e isto foi registrado nas crônicas do reino. Esse incidente teve um papel importante no livramento dos judeus, como veremos mais tarde.

 

A FESTA DE ESTER

A conspiração de Hamã (cap. 3).

A lamentação dos judeus (cap. 4).

A petição de Ester (cap. 5).

A elevação de Mardoqueu (cap. 6).

A morte de Hamã (cap. 7).

 

Os dados citados abaixo são extraídos do comentá­rio de Jamiesson, Fausset e Brown.

“A homenagem de prostar-se, não inteiramente es­tranha aos costumes do Oriente, não tinha sido pedida pelos vizires anteriores; mas Hamã queria que todos os oficiais subordinados da Côrte se prostassem ante ele com o rosto em terra. Mas a Mardoqueu parecia que tal ati­tude de profunda reverência fosse devida somente a DEUS. A nacionalidade de Hamã, que era um amalequita, membro de uma raça amaldiçoada e julgada, era sem dúvida mais um elemento que contribuiu à recusa. O fa­to de Mardoqueu ser judeu, e sua desobediência ser ba­seada em escrúpulos religiosos, aumentou ainda mais a gravidade da ofensa, visto que o exemplo de Mardoqueu seria imitado pelos seus patrícios. Se tivesse sido a ho­menagem uma simples prova de respeito civil, Mardoqueu não a teria recusado; mas os reis persas exigem uma es­pécie de adoração que até os gregos consideravam uma degradação, e que para Mardoqueu teria sido uma vio­lação do segundo mandamento”.

Hamã ficou tão irritado por ter Mardoqueu recu­sado adorá-lo, que resolveu destruir inteiramente a ra­ça judaica, e a fim de marcar um dia para a execução de seu propósito, lançou “pur”; isto é, lançou sortes.

“Ao recorrer a este método de fixar o dia mais pro­pício para executar o seu projeto atroz, Hamã fez o que os reis e nobres da Pérsia sempre fizeram, nunca to­mando parte em nenhuma empresa sem consultar os astrólogos e assim estar certo quanto à hora da sorte. Fazendo voto de vingança, mas desdenhando destruir uma só vítima, planejou a extirpação de toda a raça dos judeus, os quais, como ele bem sabia, eram inimigos acérrimos de seus patrícios. Representou-os habilmente, como um povo de hábitos, costumes e maneiras estra­nhas e inimigo do resto de seus súditos, procurando Hamã obter a sanção do rei para a matança intenciona­da. Um motivo apresentado para fazer prevalecer o seu plano evocava o amor do rei pelo dinheiro. Temendo que seu amo dissesse que a exterminação de uma grande parte de seus súditos rebaixaria grandemente as contri­buições públicas, Hamã prometeu a restituição da per- da”(3:9).

Embora, como dissemos em nossa introdução, não haja referências diretas à religião judaica, o fato de que Ester e Mardoqueu jejuaram, indica a oração a DEUS. Notem que enquanto o nome de DEUS não se menciona, o capítulo 4:14 ensina claramente a fé no cuidado e na proteção de DEUS. Parece que Mardoqueu tem plena cer­teza de que DEUS livrará Seu povo, e que na providência divina, Ester tinha chegado ao trono com o propósito de libertar seu povo.

As circunstâncias naturais aparentemente favore­ciam uma audiência de Ester perante o Rei (4:11). O que esperava Ester ? (4:16). Como se manifestou a influên­cia de DEUS em seu favor? (5:3). Rogou ela imediata­mente pela libertação de seu povo ? O que havia de su­ceder antes de fazer isto? (6:1, 10). Qual versículo da Escritura ilustra 7:11 (Prov. 26:27, Sal 9:15).

 

A FESTA DE PURIM.

O decreto do rei permitindo que os judeus se pro­tegessem a si mesmos (cap. 8).         .

A vingança dos judeus (cap 9:1-19).

A instituição da festa de Purim (cap. 9:20-32).

A grandeza de Mardoqueu (cap. 10:1-3).

 

Como as leis dos medos e persas eram irrevogáveis, (1:19; Dan. 6:8), o mandato do rei de destruir os judeus não se podia alterar. Mas para poder neutralizar esta ordem, o rei deu-lhes permissão de defender-se. Com o apoio do rei e governo, e de um primeiro ministro judeu, a vitória foi assegurada. Mas por trás destes meios na­turais, estava o DEUS invisível que protegia os Seus.

Quais foram os sentimentos dos judeus ao ouvirem o decreto do rei ? (8:16, 17). Qual o efeito que produziu nos pagãos ? (8:17). Quantos de seus inimigos os judeus mataram ? (9:16). Como celebraram os judeus a sua vi­tória ?

“Chamaram a estes dias Purim, nome derivado de “Pur” (9:26). Pur na língua persa significa sorte; e a festa de Purim, ou sortes, tem referência ao tempo que tinha marcado Hamã pela decisão da sorte (3:7). Como consequência da célebre libertação nacional obtida pela providência divina contra as maquinações infames de Hamã, Mardoqueu ordenou aos judeus que comemoras­sem o acontecimento com um aniversário festivo que duraria dois dias, de acordo com os dois dias de guerra de defesa que tiveram que sustentar. Havia uma peque­na diferença no tempo deste festival; os judeus nas pro­víncias, tendo-se defendido no dia 13, dedicaram o dia quatorze ao festival, ao passo que seus irmãos em Susã tendo prolongado a obra por dois dias, observaram a sua festa da ação de graças apenas no dia quinze. Mas isto foi corrigido pela autoridade que marcou o dia décimo- quarto e o décimo-quinto do mês de Adar. Chegou a ser um tempo de lembranças alegres para os judeus; e pe­las cartas de Mardoqueu, distribuídas por todas as par­tes do império persa, foi estabelecida essa data como uma festa anual, cuja celebração até hoje se guarda. Nestes dois dias de festa, os judeus modernos lêem o livro de Ester em suas sinagogas.

A cópia não deve ser impressa, mas escrita em per­gaminho em forma de rolo e os nomes dos dez filhos de Hamã estão escritos de uma maneira peculiar, sendo agrupados quais uns tantos cadáveres na forca. O leitor deve pronunciar todos os nomes de um só fôlego. Sempre que se pronuncia o nome de Hamã, faz-se um barulho nas sinagogas. Alguns batem o solo com os pés e os mo­ços com martelos dão marteladas fazendo barulho. Pre­param-se para o seu “carnaval” por um jejum de três dias, imitando o de Ester, que no entanto, geralmente é reduzido a um só dia”.

 

LIÇÕES DO LIVRO DE ESTER.

Embora que algumas vezes os bons sofrem e os maus prosperem, DEUS finalmente inverterá essa ordem. Hamã, um cruel tirano, planejou a destruição de Mardo­queu e de sua nação. Por fim Hamã foi desgraçado e Mar­doqueu elevado.

O cuidado de DEUS para com o Seu povo não é sempre um fato aparente, mas, não obstante isso, é efi­caz. O nome de DEUS não se menciona neste livro, mas as evidências de Seu cuidado e proteção são abundantes. Um escritor ilustra esta verdade por meio da figura de um “Diretor de cenas”, que, embora oculto detrás das cenas teatrais, tem uma parte importante na represen­tação da peça. “O grande Vingador parece ser indiferente as páginas da história apenas registram uma luta de morte nas trevas entre os sistemas antigos e a Pala­vra. A Verdade para sempre na forca; o Mal para sempre no trono — Sem dúvida esse cadafalso domina o futuro; contudo, de trás do opaco desconhecido está DEUS, no meio da sombra, velando pelos Seus”. — LOWELL.

DEUS vê de antemão e provê para cada emergên­cia; com Ele nada sucede ao acaso. DEUS previu desde o princípio a destruição que se intentava contra Seu povo, e providenciou para essa emergência. Uma pobre moça judia chega a ser rainha e desta maneira foi capacita­da para salvar seu povo. DEUS viu de antemão que Hamã procuraria destruir Mardoqueu; de acordo com isto, Ele agrupou os acontecimentos de maneira que a insônia do rei conduzisse a exaltação de Mardoqueu. DEUS previu que como os decretos dos medos e persas eram imutáveis, os judeus teriam que lutar para salvar sua vida; assim aconteceu que pôs temor no povo e permitiu que os ju­deus achassem graça ante a vista dos governadores.

A providência de DEUS faz uso dos mínimos deta­lhes. O incidente da insônia do Rei, sua ideia de que se lesse o livro das memórias, que o leitor fosse ler por acaso o relato do ato de Mardoqueu salvando a vida do rei, o fato de que o rei recebesse Ester ao apresentar-se sem ser chamada — todos estes acontecimentos, que em si parecem ser acidentais e insignificantes, foram usados por DEUS para libertar Seu povo.

 

 

 

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ESTER - PDF RUTE E ESTER - TODO TRIMESTRE - EBD – REVISTA PECC  - 3° Trimestre De 2021

 

Lição 06: O Banquete de Assuero e Vasti Destronada | EBD – Pecc | 3° Trimestre De 2021

REVISTA PECC

 

EBD Pecc | 3° Trimestre De 2021 | Tema: Rute e Ester – A fé e a Coragem Da Mulheres – Programa de Educação Cristã Continuada Escola Bíblica Dominical

 

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

 

Orientação Pedagógica

Em Ester 1 há 22 versos Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ester 1.1-5 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.

O livro de Ester é uma história singular e vívida acerca das lutas de um povo em minoria e sua crença, bem como a ação de DEUS nos interesses pessoais e nacionais, mesmo que em nenhum momento o Seu nome tenha sido mencionado nas páginas deste livro. Embora não haja menção explícita da providência de DEUS, ela está implícita e desempenha um papel proeminente, e pode mesmo dar a esse livro a sua razão de ser.

Muito embora tenha sido contestada por alguns, a sua inclusão no cânon bíblico, o livro evidencia claramente o cuidado providencial de DEUS na vida dos judeus exilados. A cultura Persa era dirigida pelo destino, mas o poder absoluto de DEUS agiu até na maneira terrivelmente perigosa em que os planos hoje, es de pelos Pesquisar na captura de tela judeus e lido por ocasião Purim, na providência de DEUS.

 

Objetivos

Entender o cuidado de DEUS na história dos judeus, mesmo que Seu nome não seja citado nas páginas do livro.

Conhecer sobre o título, autor, data e historicidade do livro. 

Perceber a importância da inclusão desse livro no cânon bíblico, sua autenticidade e valor religioso.

 

PARA COMEÇAR A AULA

Comece expondo que o livro de Ester tem sido um enigma para muitos por causa de suas particularidades. Não há menção ao nome de DEUS, nem referência à adoração ou à fé Nele. Em suma, não há nada “religioso” nele, pelo menos na superfície. No entanto, o fato de não podermos ver explicitamente DEUS trabalhando não quer dizer que Ele não esteja atuando. Enquanto comenta a lição, deixe claro que, em todo o livro de Ester, DEUS está extremamente ocupado como o Diretor invisível da História, organizando todas as coisas para o bem do Seu povo (Rm 8.28).

 

LEITURA ADICIONAL

Os eventos deste livro tiveram lugar, assim nos diz o escritor (1.1), no reinado do rei Assuero (486-465 a.C.) que é mais conhecido pelo seu nome grego, Xerxes. Ele foi filho e sucessor de Dario 1 Hystaspes, no começo de cujo reinado teve lugar a restauração do Templo de Jerusalém (Ag 21-9:Zc 7.1:89). Este foi completado em 516 a.C. O decreto de Ciro havia permitido a volta de cativos da Babilônia para Jerusalém em 539, bem no começo do período persa. Comparativamente poucos judeus haviam se aproveitado da oportunidade de retornar, quer nesta, quer em ocasiões posteriores, e sessenta anos mais tarde grande número de judeus permanecia na metade oriental do império persa, muitos deles em cidades imperiais da própria Pérsia.

Pouco se sabe a respeito deles, a não ser a evidência propiciada pelo livro de Ester, e a breve referência ao reinado de Assuero em Esdras 4.6, que propicia evidência independente da oposição aos interesses judaicos. Porém, a despeito da hostilidade, houve judeus que se elevaram a posições de influência, como havia acontecido com Daniel durante o século anterior na corte de Nabucodonosor (Dn 2.48). Havia algo totalmente adequado a respeito da elevação ao poder de pessoas que honravam o único DEUS verdadeiro, no contexto de uma cultura estrangeira, embora essas pessoas sofressem como consequência da sua lealdade a Ele.

No livro de Ester é introduzido um novo elemento ao tema do sofrimento. Os judeus foram atormentados porque se conservaram para si mesmos, observando as suas próprias leis e costumes (3.8). A partir disto tornou-se fácil acusá-los de desprezar as leis do estado persa, fosse ou não verdadeira essa acusação. Não há razão para se duvidar de que, naquela época como agora, tal atormentação era um fato experimental (cf. Lv 19.33-34).

 

Livro: Ester: Introdução e comentário (Baldwin, Joyce G. Série Cultura Cristã SP Vida Nova, 2011. p. 14,15). 

 

Texto Áureo

“Então, mostrou as riquezas da glória do seu reino e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias; por cento e oitenta dias.” (Et 1.4)

 

Leitura Bíblica para Estudo

Ester 1.1-22

 

Verdade Prática

O livro de Ester fala da providência de DEUS em relação ao Seu povo, mesmo que Seu nome não seja mencionado.

 

INTRODUÇÃO
I- O LIVRO DE ESTER Et.1.1-27
1– Título, autor e data Et 1.1
2– Ausência do nome DEUS Et 4.14
3– Importância do livro Et 9.26
II- BANQUETE DE ASSUERO Et 1.1-9
1- Exatidão histórica Et 1.1
2– A cidade de Susã Et 1.2
3– O esplendor persa Et 1.4
III- VASTI É DESTRONADA Et 1.10-22
1- O rei é desafiado Et 1.12
2– Crise institucional Et 1.18
3– Vasti é destronada Et 1.19


APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário

Segunda – Ester 1.1 

Terça – Ester 1.2

Quarta – Ester 1.3-4

Quinta – Ester 1.10-12

Sexta – Ester 1.13-18

Sábado – Ester 1.19-22

 

Hinos da Harpa – 124 – 4

 

INTRODUÇÃO

O estudo do livro de Ester é relevante dentro do contexto bíblico pelas características especiais que apresenta. Ele recebe o nome de sua heroína e é um dos dois livros na Bíblia que levam o nome de uma mulher, sendo Rute o outro. É também um dos dois que não contém a menção de DEUS, sendo o outro Cantares de Salomão. Ester é um claro exemplo, na Escritura, da doutrina da providência e nos ensina a ver o DEUS invisível revelado no fluir dos acontecimentos pessoais e mundiais.

 

I. O LIVRO DE ESTER (Et 1.1; 2.7)

1. Título, autor e data (Et 1.1). “Nos dias de Assuero, o Assuero que reinou, desde a Índia até à Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias.”

Ester significa estrela e era o seu nome persa. Hadassa (murta) era o seu nome judeu. Ester é a figura central, pois tudo gira ao redor de sua ascensão ao trono e sua influência como rainha. O livro de Ester é de autoria desconhecida. Autoridades judaicas, como o historiador Josefo, supõem que o próprio Mordecai (ou Mardoqueu) tenha sido o seu autor ou, pelo menos, tenha sido uma das principais fontes informativas.

É difícil também determinar a data em que o livro de Ester foi escrito. O cenário da história é o século V a.C. no reinado do rei persa Assuero: que em geral é identificado com Xerxes (486-465 a.C.). Os acontecimentos do relato sucederam pelo menos 50 anos depois do decreto de Ciro (583 a.C.; 2Cr 36.22) permitindo aos judeus regressarem à sua terra, e cerca de 25 anos antes de Esdras fazer sua jornada para Jerusalém 

 

2. Ausência do nome DEUS (Et 4.14) “Porque, se de todo te calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada a rainha?”

Enquanto o rei da Pérsia é mencionado 190 vezes nos seus 167 versículos, o nome de DEUS não ocorre uma única vez do começo ao fim. A única atividade religiosa mencionada no livro é o jejum. Muitos judeus consideraram essa ausência do nome de DEUS inaceitável, bem como o casamento de Ester com um gentio. No entanto, em vários aspectos, essa dúvida acerca do valor religioso do livro de Ester é superficial, pois, mesmo que DEUS não seja chamado pelo nome, o livro apresenta uma fé profunda na providência divina. A mão de DEUS na história está lá, mesmo que não se encontre a citação do Seu nome. Em Ester 4.14, quando Mordecai afirma que se Ester ficar calada “socorro e livramento surgirão de outra parte para os judeus”, está evidentemente se referindo a DEUS. Além disso, ele sugere que Ester se tornou rainha exatamente para uma ocasião como essa – o que claramente implica o cronograma da providência de DEUS.

 

3. Importância do livro (Et 9.26) “Por isso, àqueles dias chamam Purim, do nome Pur. Daí, por causa de todas as palavras daquela carta, e do que testemunharam, e do que Ilhes havia sucedido.”

A importância do livro de Ester se dá por ter um claro exemplo da doutrina da providência divina. Também por registrar a origem e observância da Festa de Purim, além das importantes informações sobre os costumes, geografia e corte persa. Ester é um dos cinco livros dos Megillôt (rolos), associados às festas dos hebreus. Na celebração anual do Purim, o livro de Ester é lido inteiramente em um rolo especial de pergaminho, chamado de Megillôt Ester.

 

II. BANQUETE DE ASSUERO (Et 1.1-9)

1. Exatidão histórica (Et 1.1) “Nos dias de Assuero, o Assuero que reinou, desde a Índia até à Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias.”

Assuero, em grego Xerxes, ou Artaxerxes, é o rei persa mencionado em Esdras 4.6, que reinou de 486 se a 465 a.C. Foi um grande construtor, ele que completou e melhorou os grandes palácios que seu pai, Dario, havia iniciado, e consolidou o império da Índia à Etiópia. Ele reinou sobre 127 províncias de mar a mar.

Embora a historicidade do livro de Ester tenha sido contestada, provas incontestáveis são encontradas, como: descrições de da corte persa e dos costumes daquele período, conjunto de datas precisas e usos de nomes persas correntes na época, assim como a caracterização de Xerxes são absolutamente corretos. A confirmação imparcial da subida de Mordecai ao poder vem de uma  placa cuneiforme encontrada em Borsippa, que identifica Marduque (Mordecai) como um oficial na corte real de Susā no princípio do reinado de Xerxes.

O livro é um testemunho histórico confiável que demonstra um conhecimento preciso e detalhado da vida, da lei e dos costumes persas, As informações arqueológicas sobre a arquitetura do palácio e sobre o reinado de Xerxes estão em harmonia com as descrições do livro.

 

2. A cidade de Susă (Et 1.2) “Naqueles dias, assentando-se o rei Assuero no trono do seu reino, que está na cidadela de Susă.”

Susã era uma das três capitais mantidas pela Pérsia. As outras eram Babilônia, na Mesopotâmia, e Persépolis, na parte sudeste da Pérsia. Susã era considerada residência real de verão e estava localizada no planalto de Elão, a cerca de 400 quilômetros da Babilônia. Depois da derrota do império babilônico e sua conquista pelos persas, em 539 a.C., a sede do governo dos exilados judeus passou da Babilônia à Pérsia. A capital, Susã, é o palco da história de Ester.

 

3. O esplendor persa (Et 1.4) “Então, mostrou as riquezas da glória do seu reino e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias, por cento e oitenta dias.”

Mais do que isso, Assuero sabia como dar uma festa, um evento de seis meses, para seus líderes militares, seus príncipes e nobres, todos os poderosos do reino. O ambiente era ornado com pilares de mármore e cortinas de linho branco e violeta, sofás de ouro e prata – até mesmo pavimentos de mosaico feitos de materiais caros. Até o chão no qual os convidados caminhavam e os assentos nos quais eles se sentavam eram feitos de materiais que outros anfitriões teriam mantido trancadas em segurança como tesouros preciosos. Não havia duas taças de vinho idênticas e o vinho fluía livremente, graças à generosidade do rei.

 

III. VASTI É DESTRONADA 

1. O rei é desafiado (Et 1.12) “Porém a rainha Vasti recusou vir por intermédio dos eunucos, segundo a palavra do rei: pelo que o rei muito se enfureceu e se inflamou de ira.”

O grande rei, que governava sobre todo o mundo conhecido e gozava de recursos ilimitados, não obstante, era vulnerável. O rei Assuero vinha bebendo por sete dias seguidos e, como era de se esperar, estava “alto”. Ele tinha bebido demais para estar completamente sóbrio. Com um toque característico de exagero, ele enviou nada menos do que sete dos seus eunucos reais para intimar sua rainha, Vasti. Ela deveria comparecer usando sua coroa real para que os nobres e demais pessoas pudessem admirar sua beleza (Et 1.10-11).

A ordem para que sua esposa aparecesse vestida com suas finas roupas reais para o deleite de uma multidão de homens alterados pelo vinho parecia ofensiva. “Porém a rainha Vasti recusou vir por intermédio dos eunucos, segundo a palavra do rei; pelo que o rei muito se enfureceu e se infamou de ira” (Et 1.12). A lei dos persas e dos medos, que não podia ser revogada, podia, porém, ser recusada. A recusa de Vasti era um desprezo flagrante ao rei, que ficou furioso.

 

2. Crise institucional (Et 1.18) “Hoje mesmo, as princesas da Pérsia e da Média, ao ouvirem o que fez a rainha, dirão o mesmo a todos os príncipes do rei; e haverá daí muito desprezo e indignação.’

O desafio de Vasti a Assuero foi assim uma ameaça à ordem social estabelecida. Desencadeou uma crise institucional, e Assuero recorreu aos conselheiros credenciados do reino. O parecer oficial era que a crise conjugal provocada por Vasti prejudicaria a todos, e que sua atitude contaminaria todas as mulheres da Pérsia e da Média, ao ponto de elas virem a se revoltar contra seus cônjuges. A solução proposta foi um edito emergencial irrevogável para garantir que Vasti não fizesse aquilo que ela já havia decidido não fazer, ou seja, entrar na presença do rei. A sugestão “dê o reino a outra que seja melhor do que ela” abre caminho para Ester ocupar o lugar de Vasti no trono.

 

3. Vasti é destronada (Et 1.19) “Se bem parecer ao rei, promulgue de sua parte um edito real, e que se inscreva nas leis dos persas e dos medos e não se revogue, que Vasti não entre jamais na presença do rei Assuero; e o rei de o reino dela a outra que seja melhor do que ela.“

A rainha Vasti, de acordo com o costume persa, estava dando uma festa separada para as mulheres: “Também a rainha Vasti deu um banquete às mulheres 10 na casa real do rei Assuero” (Et 1.9). Ela recusou-se a atender as exigências de Assuero. Nenhuma razão foi apresentada para a recusa de Vasti, mas muitas foram sugeridas. O historiador Josefo afirma que pessoas estranhas não podiam ver a beleza de mulheres persas e outros sugerem que, por modéstia, Vasti não se comparece diante de um grupo de homens que tinham bebido mais do que era apropriado. Mas a gravidade da situação aponta para outro caminho.

A recusa de Vasti em obedecer à ordem de Assuero foi vista como um precedente para as mulheres de todo o império. Os conselheiros do rei viram na atitude desrespeitosa de Vasti para com seu monarca, que também era seu marido, uma possível influência negativa sobre a maneira como outras mulheres do reino responderiam a seus maridos, provocando desordem e discórdia nos lares de toda a terra. O rei agiu de acordo com o conselho de seus oficiais. Assuero destronou Vasti e emitiu um decreto sobre sua substituição.

O decreto reflete um princípio profundamente enraizado ainda hoje no Oriente Médio. O marido governa a casa, e somente ele tem o direito de iniciar ou dar o divórcio. Os filhos do matrimônio pertencem ao marido e, quando o divórcio acontece, ele os mantém. Assim, Vasti perdeu sua posição de poder e prestígio como rainha e foi despojada do seu título.

 

APLICAÇÃO PESSOAL

O livro de Ester mostra de forma incontestável o cuidado providencial de DEUS em relação ao povo escolhido, pois, de acordo com a história de Ester, DEUS protege e preserva o Seu povo.

 

RESPONDA

1) Qual era a festa comemorada entre os judeus todos os anos, de acordo com o livro de Ester? Purim

2) Qual o nome da cidade que virou palco da história de Ester? Susã

3) Qual o nome da rainha que desafiou o rei Assuero? Vasti

 

 

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Lição 07: Ester 2 – Ester é Coroada Rainha | EBD – Pecc | 3° Trimestre De 2021

REVISTA PECC

 

EBD Pecc | 3° Trimestre De 2021 | Tema: Rute e Ester – A fé e a Coragem Da Mulheres – Programa de Educação Cristã Continuada |  Escola Bíblica Dominical

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

Orientação Pedagógica

Em Ester 2 há 23 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ester 2.1-23 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.

É interessante observar que o livro de Ester mostra que, às vezes, temos de esperar para ver o que DEUS está fazendo. Em todo o livro, Ele não é mencionado em parte alguma. Ainda que não possamos constatar de imediato a Sua ação, não quer dizer que Ele esteja alheio aos acontecimentos. É o cenário descortinado em Susã, no reinado de Assuero.

Por que Vasti jogou fora sua posição em um gesto impensado e inútil? E por que Assuero fez sua exigência? Quem teve a ideia de substituir Vasti por outra mulher, ao invés de resolver discretamente o conflito? Todos esses acontecimentos parecem absolutamente ordinários, sem nenhum componente miraculoso. Mas todos foram necessários para abrir caminho ao processo pelo qual Ester seria elevada à posição de rainha, e assim, poderia livrar o seu povo.

OBJETIVOS

• Informar sobre o cenário no qual viviam os judeus que não regressaram para sua terra após o edito do rei.

• Mostrar a providência divina na escolha de Ester como rainha.

• Entender a ação silenciosa de DEUS para beneficiar o Seu povo.

PARA COMEÇARA AULA

Peça aos alunos que falem sobre o império persa e como havia tolerância para com os cativos, que podiam continuar exercendo suas crenças e até falando a língua materna. Interessante observar também que a recusa da rainha Vasti em obedecer ao chamado do rei para se apresentar perante os seus oficiais gerou uma crise inesperada. Ponderar que DEUS age por trás dos bastidores, em oculto e em silêncio, quando lhe apraz. Ele tinha conhecimento das circunstâncias que envolveriam os judeus que moravam na Pérsia e estava tecendo os meios para prover o livramento ao Seu povo.

 

LEITURA ADICIONAL

A sentença inicial desta seção tem causado problemas, porque tanto o seu significado real quanto o seu significado para o autor são obscuros. As dificuldades se centralizam:

I. Na palavra hebraica traduzida pela segunda vez, pois aparentemente não havia sido realiza da tal reunião anteriormente, e há quase tantas explicações quanto comentaristas. Pode ser que alguns dos primeiros tradutores para o grego e o latim não tenham entendido o seu significado, pois eles omitiram a oração inicial. Talvez a emenda, pequena no texto consonantal hebraico de senit para sonot, deva ser considerada favoravelmente. Nesse caso o significado seria “quando várias virgens estavam sendo reunidas”, isto é, recapitulando o versículo 8. Mas isto tem que ser pesado à luz do significado da segunda oração,

II. Em vista do fato de que Mordecai podia ser encontrado regularmente assentado à porta do rei (2.21:32: 5.9:13; 6.10.12), por que o autor enfatiza tanto este ponto? Será que dois temas referentes a Ester e Mordecai foram independentemente colocados juntos de maneira incompleta? A conclusão a que Gordis chega com a frase “sentado à porta do rei” é que ela “não é uma etiqueta sem significado em qualquer uma de suas cinco ocorrências neste livro”. Ele indica que, por todo o Oriente Próximo antigo “a porta” era o lugar em que se dispensava a justiça e que, enquanto os litigantes ficavam de pé, o rei ou seu oficial nomeado ficava “sentado” (ct. Pv 31.23).

A modificação da frase em 19b desta forma assume significado concreto, e Gordis faz a sugestão plausível de que Ester, quando se tornou rainha, fez com que Mordecai fosse nomeado magistrado ou juiz, “uma posição subalterna na elaborada hierarquia dos oficiais persas”, e que ela o executara sem delongas, “antes do desfile cerimonial final que concluía as festividades de coroação”. Se este é um raciocinio correto, 2.19-20 não recapitula simplesmente 2.8-10, mas acrescenta um incidente importante para o desenvolvimento da trama, Mordecai agora está em uma posição que pode ouvir de passagem o que está sendo dito pelos oficiais do palácio (21) e tem acesso às câmaras reais (22), e, embora seja conhecida a sua identidade judaica, não há razão para que se subentenda que Ester também é judia.

Livro: Ester: Introdução e comentário. (Baidwin, Joyce G. Serie Cultura Cristã. SP Vida Nova, 2011, p. 62, 631

Texto Áureo

“A moça que cair no agrado do rei, essa reine em lugar de Vasti. Com isto concordou o rei, e as sim se fez”. (Et 2.4)

Leitura Bíblica Para Estudo

Ester 1.10-12; 2.1-4; 21-23

Verdade Prática

Nem sempre os propósitos de DEUS são manifestos de imediato, o que faz com que a nossa caminhada seja fundamentada na confiança e fé de que Ele sabe como agir.

INTRODUÇÃO
I- A ESCOLHA DA NOVA RAINHA Et 2.1-16
1- Em busca de uma nova rainha Et 2.1-4
2- Ester e Mordecai Et 2.7
3- Ester entre as candidatas Et 2.8
II- A RAINHA ESTER Et 2.16-20
1- Casamentos de monarcas Et 2.16
2- A coração de Ester Et 2.17
3- A rainha Ester é celebrada Et 2.17
III- MORDECAI SALVA O REI Et 2.19-23
1- Assentado à porta do Rei Et 2.19
2- Conspiração frustrada Et 2.21
3- Morte dos conspiradores Et 2.23
APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário

Segunda – Ester 2.1-7

Terça – Ester 2.8-15

Quarta – Ester 2.16-18

Quinta – Ester 2.19-20

Sexta – Ester 2.21

Sábado – Ester 2.23-23

Hinos da Harpa 46-75

INTRODUÇÃO

Muitos judeus não voltaram para sua terra quando Ciro decretou que o fizessem. Já bem estabelecidos na Pérsia, vamos encontrar Ester e seu primo Mordecai, que são figuras importantes para o agir de DEUS na história desse povo. A ação providencial de DEUS está, primeiro, em que Ester alcançou graça aos olhos do rei e tornou-se a esposa principal de Assuero; e, segundo, em Mordecai ter recebido um cargo que lhe possibilitava ficar à porta do rei, onde os assuntos oficiais eram tratados, descobrindo assim a trama de morte que dois serviçais armavam contra o rei.

I- A ESCOLHA DA NOVA RAINHA (Et 2.1-16)

1. Em busca de uma nova rainha (Et 2.1) “Passadas estas coisas, e apaziguado já o furor do rei Assuero, lembrou-se de Vasti, e do que ela fizera, e do que se tinha decretado contra ela.”

Esse tempo indeterminado deve ser por cerca de dois a quatro anos, que se passam entre o final do capítulo 1 e a escolha de Ester como rainha. Os servos que atendiam o rei entenderam que era preciso agir em favor do rei e recomendaram a implementação do plano de Memucã (Et 1.21). E houve então muito entusiasmo na tarefa de encontrar e levar a Susã as moças mais atraentes do reino. A ordem para encontrar uma substituta para Vasti foi expedida, mas isto não se tratava de uma competição que alguém tivesse de se inscrever para participar. “A moça que cair no agrado do rei, essa reine em lugar de Vasti. Com isto concordou o rei, e assim se fez” (Et 2.4). Todas as jovens do reino estavam no páreo pelo simples fato de viver em sua jurisdição. Nenhuma das participantes voltaria para casa depois.

2. Ester e Mordecai (Et 2.7) “Ele criara a Hadassa, que é Ester, filha de seu tio, a qual não tinha pai nem mãe; e era jovem bela, de boa aparência e formosura. Tendo-lhe morrido o pai e a mãe, Mordecai a tomara por filha.”

Saindo das dependências luxuosas do palácio, encontramos Mordecai e Ester. Eles moravam em Susã; ele era “judeu, benjamita, filho de Jair, filho de Simei, filho de Quis, que fora transportado de Jerusalém, com os exilados que foram deportados com Jeconias, rei de Judá, a quem Nabucodonosor, rei de Babilônia, havia transportado” (Et 2.5 6). Portanto, Mordecai não tinha qualquer ligação com o rei ou com o reino medo-persa. Ele era apenas um judeu exilado que cuidava de sua prima órfã, Hadassa (Et 2.7). O autor sagrado enfatizou que Mordecai e Ester eram judeus puros e, assim, guardiães apropriados de seu povo, em Susã. Ester era órfã, criada pelo primo Mordecai. Estando Mordecai consciente da rara beleza física de sua prima, calculou acertadamente que ela seria uma fortíssima candidata a substituir Vasti.

3. Ester entre as candidatas (Et 2.8) “Em se divulgando, pois, o mandado do rei e a sua lei, ao serem ajuntadas muitas moças na cidadela de Susã, sob as vistas de Hegai, levaram também Ester à casa do rei, sob os cuida dos de Hegai, guarda das mulheres.”

O livro nos mostra que a moça era bela, corajosa, esperta e cheia de recursos. Coisa alguma é dita sobre o que ela pensava a respeito do plano de ser feita rainha em lugar de Vasti. Ester era apenas uma candidata entre muitas outras; porém, foi-lhe conferida vantagem imediata, porque ela despertou a atenção do chefe do harém, de nome Hegai, o eunuco (Et 2.9). Ele se apressou a fornecer a Ester os cosméticos de que ela precisaria; e deu-lhe sete donzelas para servi-la. DEUS trabalhava por intermédio de Hegai, sendo este o primeiro passo em que a providência divina esta vã operando, uma vez que Ester foi posta entre as candidatas.

II- A Rainha Ester (Et 2.16-21)

1. Casamentos de monarcas (Et 2.16) “Assim, foi levada Ester ao rei Assuero, à casa real, no decimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado.”

Os casamentos de príncipes costumam ser determinados por interesses políticos e diplomático, visando à ampliação de seus domínios e ao fortalecimento de suas alianças. A beleza era um fator importante, mas nem sempre prevalecia o amor ou o agrado do monarca. Há quem sugira que Es ter estava cometendo um grave pecado ao se submeter ao procedimento de escolha. Isso se deve ao desconhecimento dos costumes antigos desses povos.

Nesta época, Ester não deveria ter mais do que 20 anos de idade, ou poderia ser até mais jovem. Era uma oportunidade para ela conseguir tudo o que quisesse. Em vez disso, ela permanece fiel ao que aprendeu e não sucumbe à tentação ao seu redor; antes, porta-se com modéstia, coragem e fé em meio àquela incomparável extravagância. Mesmo vivendo momentos de interrogações e relutância, Ester não teve uma atitude negativa. Ela sentia o cuidado e a providência de DEUS na situação.

2. A coroação de Ester (Et 2.17) “O rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele favor e benevolência mais do que todas as virgens; o rei pôs-lhe na cabeça a coroa real e a fez rainha em lugar de Vasti.”

Após todo um ano de preparativos, chegou a vez de cada jovem comparecer diante do rei. Para essa visita, elas podiam usar todos os ornamentos, joias ou roupas que quisessem. Mas Ester não se preocupou demais, como aparentemente fizeram as outras, e veio a se destacar por meio apenas da beleza natural. Nenhuma coisa pediu como adorno especial para apresentar-se ao rei, mas apenas o que estava designado para ela. E mesmo assim, foi considerada a mais agradável entre as candidatas (2.15). Quanto mais natural a beleza, mais aprazível ela é.

É bom lembrar que Ester veio apresentar-se ao rei depois de muitas outras moças. Embora to das fossem de boa aparência e habilidosas, o rei percebeu que Ester se sobressaia a todas. Assim, o caminho para Ester estava pavimentado pela soberana providência de DEUS em lhe favorecer, inclusive com predicados que a destacaram sobremaneira. O rei viu e “amou” Ester mais do que todas as mulheres que ele vira até então. Ela obteve graça e favor aos olhos do rei. Agora, sem esperar por mais nenhum outro procedimento, o rei logo decidiu fazê-la rainha e pôr a coroa real na cabeça de Ester.

3. A Rainha Ester é Celebrada (Et 2.18) “Então, o rei deu um grande banquete a todos os seus príncipes e aos seus servos; era o banquete de Ester; concedeu alívio às províncias e fez presentes segundo a generosidade real.”

As honras que o Rei concedeu a Ester foram além da escolha e da colocação da coroa sobre sua cabeça, tornando-a a nova rainha. Ele também levou todo o reino a celebrar solenemente a coroação com uma grande festa, na qual apresentou Ester como a nova rainha. Somando a grandiosidade do momento e a alegria do reino, praticou atos de bondade para com todos os cidadãos do reino, como dar alívio fiscal às províncias, perdão de impostos, indultos a prisioneiros e feriado nacional.

É notório que Ester, já elevada à posição de rainha, manteve respeito e cuidado para com Mordecai, seu primo que a criara (v.20). E isso demonstra seu espírito grato e sua humildade para continuar seguindo as instruções de seu primo, padrasto, guardião e conselheiro.

Quem diria que uma criança judia, órfã de pai e mãe, trazida cativa de Israel para a Pérsia, criada por seu primo, se tornaria rainha do império mais poderoso da época. A segunda pessoa mais importante do país de seu desterro. Foi através dela que DEUS concedeu ao Seu povo uma grande libertação dos desígnios malignos de seus inimigos. Tudo isso nos faz lembrar que o Senhor é o Pai dos órfãos e os acolhe. A providência divina levanta o pobre para o fazer assentar-se entre príncipes. Ele tem a caneta da história das nossas vidas e nenhum de Seus planos podem ser frustrados

III- MORDECAI SALVA O REI (Et 2.19-23)

1. Assentado à porta de relo rei Assuero” (Et 2.19) “Quando pela segunda vez, se reuniram as virgens, Mordecai estava assentado à porta do rei”.

É possível que Mordecai fosse uma espécie de oficial na corte persa, pois se sentava no portão do rei. Talvez ele ocupasse alta posição no sistema judicial do rei, visto que sentar-se no portão indicava deliberar legalmente. Os oficiais esperavam à porta do palácio real e não entravam enquanto não fossem convidados. Em sua posição especial de autoridade, Mordecai descobriu um conluio para assassinar o rei (Et 2.21). Foi assim que o plano não deu certo, e Mordecai obteve poder junto ao rei.

2. Conspiração frustrada (Et 2.21) “Naqueles dias, estando Mordecai sentado à porta do rei, dois eunucos do rei, dois guardas da parta Bigtã e Teres, sobremodo se indignaram e tramaram atentar contra o rei Assuero”.

Mordecai soube da trama para assassinar o rei. Essas conspirações eram muito comuns no palácio. Alguns anos mais tarde o rei foi assassinado nesse tipo de ardil na corte. Mas, neste momento, a revelação da trama, feita por Mordecai, salvou a vida do rei pela segunda vez: “Naqueles dias, estando Mordecai sentado à porta do rei dois eunucos de rei, dos guardas da porta, Bigtã e Teres, sobremodo se indignaram, e tramaram atentar contra o rei Assuero” (Et 2.21). Mordecai tinha sua posição no portão e era conhecido pelo rei.

3. Morte dos conspiradores (Et 2.23) “Investigou-se o caso e era fato ambos foram pendurados numa forca. Isso foi escrito no Livro das Crônicas, perante o rei.”

Não se sabe que desagrado o rei havia cometido contra os dois eunucos, servos ou oficiais Bigtã e Teres. Eles eram guardas da porta, quer dizer, membros da guarda pessoal do rei que guardavam seus ambientes particulares. Assim, tinham fácil acesso ao rei, que seria um homem praticamente morto, não fora a intervenção de Mordecai. Mordecai tornou-se um salvador da vida do rei quando ouviu os dois homens sussurrando o plano assassino, passou as tristes notícias para Ester, que contou ao rei demonstrando sua nova posição de influência e de acesso ao soberana.

O caso foi investigado, constatado como verdadeiro, e o resultado natural foi a execução dos culpados por enforcamento, um método favorito de execução entre os persas. Por sua vez, foi assim que Mordecai, oficial da corte persa de Susã, transformou-se em amigo e salvador da vida do rei, fato que foi registrado no livro das crônicas dos Reis e que mais tarde serviu para que Mordecai, fosse honrado pelo rei e prevalecesse sobre Hamã, salvando também, a vida dos seus compatriotas judeus (Et 2.23; 6.1).

APLICAÇÃO PESSOAL

No império medo-persa, duas pessoas relativamente insignificantes, Mordecai e Ester, sobem ao palco como parte de um grupo de segunda ou terceira geração de exilados, com atuação decisiva para a salvação da vida do rei mostra que DEUS continuava tecendo os fios dessa história em favor do Seu povo.

Responda

1) Qual o grau de parentesco entre Ester e Mordecai? Primos

2) O que motivou o rei Assuero na escolha de Ester para ser sua rainha? Sua beleza Natural

3) Que tipo de trama Mordecai descobriu contra o rei Assuero? O plano para assassinar o rei

 

 

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Lição 11: Ester 8 – Um Novo Decreto Livra os Judeus | EBD – Pecc | 3° Trimestre De 2021

REVISTA PECC

 

EBD Pecc | 3° Trimestre De 2021 | Tema: Rute e Ester – A fé e a Coragem Da Mulheres – Programa de Educação Cristã Continuada  Escola Bíblica Dominical

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Ester 8 há 17 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ester 8.1-17 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.

Neste capítulo, o autor trata da maneira como o rei Assuero mudou o quadro que antes estava destinado aos judeus. Podemos dizer que houve uma reviravolta nos planos estabelecidos no edito que fora divulgado em Susã e no império como um todo. Em primeiro lugar, o rei constitui a Mordecai por superintendente da casa de Hamã, cujos bens agora pertenciam à rainha, Ester. Sensível a mais uma petição da rainha, o rei propõe um segundo decreto irrevogável, no qual deter mina que os judeus se congreguem em um exército e se defendam. O poder do DEUS de Israel fica implícito nesse triunfo de Mordecai sobre Hamã, na reversão do edito de Hamã e na reação do povo da terra. O ódio de Hamã resultou na sua própria morte e na conversão de inúmeros persas.

OBJETIVOS

• Compreender a dinâmica que autorizou os judeus a resistirem ante o decreto que não podia ser revogado.

• Esclarecer que o pedido da rainha Ester mudou a condição de seu povo.

• Mostrar a popularidade e triunfo dos judeus sobre os seus inimigos.

PARA COMEÇAR A AULA

Fale sobre os benefícios que DEUS tem concedido ao Seu povo, mormente ao povo de Israel quando se encontrava naquela situação vexatória, no império persa. Em que pese o nome do DEUS de Israel não ser mencionado, Seu cuidado se fazia sentir em todas as situações vivenciadas. Sem saber que sua rainha era judia, o rei atendeu -lhe a intercessão em favor do seu povo e da sua própria vida, buscando solução para o mal que já estava determinado. Que tipo de pedido podemos levar ao Senhor hoje para que beneficie nossa vida, nossa pátria, nossa comunidade?

LEITURA ADICIONAL

Ester pode ser considerada um tipo da Igreja. Ela é em seus ancestrais judeus. Era filha de judeus, mas seus pais haviam morrido. Mesmo assim. a igreja, se considerada historicamente, surgiu de ancestrais judeus. O próprio Salvador era judeu. As Escrituras que prepararam o caminho para a igreja cristã eram judaicas. A primeira comunidade cristã era judaica. Todavia, ao surgir o judaísmo, a igreja carregava consigo o sinal de que seu antecedente judaico já estava morto. A lei foi abolida em CRISTO. A ordem mosaica já passara. Do mesmo modo como os pais de Ester haviam morrido, também não mais existia o antecedente judaico do qual a igreja procedia. Ester é um tipo da igreja em sua beleza feminina. DEUS lhe dera uma beleza que superava a de todas as outras. Assim também DEUS deu à Igreja de CRISTO uma beleza insuperável – a beleza do próprio CRISTO. Nos tornamos a “justiça de DEUS em CRISTO. Somos “aceitos no amado Seremos ainda apresentados como a “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem cousa semelhante” (Ef 5.27). […]

Ester tipifica a igreja em sua exaltação, Ela se casa com um homem cujo título era “rei dos reis”. Embora Assuero, em seu caráter pessoal, estivesse longe de tipificar a CRISTO, mesmo assim, por ser um “rei dos reis”, pode muito bem representar para nós o noivo real, o qual, de fato, é “o Rei dos reis e Senhor dos senhores. [-] Ester tipifica a igreja em sua intercessão. Ela compareceu diante do rei “no terceiro dia”, simbolizando a ressurreição e a intercessão no poder da ressurreição. Era contra a “lei” o fato de Ester se apresentar assim ao rei: daquele modo, a lei a excluía. No entanto, foi aceita com base na graça apenas, pois o rei a viu nos trajes reais que lhe dera (5.1). Nós também somos excluídos pela lei, mas somos plenamente aceitos com base em generosa graça, quando aparecemos nos trajes reais que CRISTO nos deu.

Os judeus foram livrados mediante a intercessão de Ester. Não será através da intercessão dos sacerdotes piedosos da igreja que o livramento chegará para os judeus em sua tribulação final? As taças de ouro cheias de incenso” não são chamadas de “orações dos santos7 (Ap 5.8).

Livro: Examinai as Escrituras: Juízes a Ester. (Bader, J. Sidlow São Paulo: Edições Vida Nova, 1993, p.200). 

Texto Áureo

“Escrevei, pois, aos judeus, como bem vos parecer, em nome do rei, e selai-o com o anel do rei; por que os decretos feitos em nome do rei e que com o seu anel se selam não se podem revogar.” Et 8.8

Leitura Bíblica Para Estudo

Ester 8.1-17

Verdade Prática

Quando DEUS derruba o perverso e revela amor contínuo pelos Seus, devemos nos regozijar.

INTRODUÇÃO
I- ELEVAÇÃO DE MORDECAI Et 8.1-2
1- Confiscados os bens de Hamã Et 8.1
2– Mordecai como primeiro-ministro Et 8.2
3– O significado do anel Et 8.2
II- O NOVO DECRETO Et 8.3-14
1– Outra petição de Ester Et 8.3
2– Ester intercede pelo seu povo Et 8.5
3– Um novo decreto é escrito Et 8.8
III- POPULARIDADE DOS JUDEUS Et 8.15-17
1– Mordecai e honrado Et 8.15
2– Regozijo e alegria dos judeus Et 8.16
3– Triunfo sobre os inimigos Et 8.17
APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário

Segunda – Ester 8.1-2
Terça – Ester 8.1-2
Quarta – Ester 8.3-4
Quinta – Ester 8.5-7
Sexta – Ester 8.8-14
Sábado – Ester 8.15-17

Hinos da Harpa 212-88

INTRODUÇÃO

Uma vez a justiça tendo sido feita em relação aos planos malignos de Hamã, o rei Assuero toma as rédeas da situação: confisca os bens de Hamã e passa-os para a rainha Ester, designando Mordecai para ser o superintendente e o nomeia também primeiro-ministro. Ester alcança mais um favor do rei, que sugere um novo decreto, que agora os autoriza a se defender. Mordecai foi honrado, os judeus se alegraram e se regozijaram com o novo rumo dos acontecimentos, triunfando sobre os seus inimigos. Isso demonstra que o cuidado providencial de DEUS os acompanhava.

I- ELEVAÇÃO DE MORDECAI (Et 8.1-2)

1. Confiscados os bens de Hama (Et 8.1) “Naquele mesmo dia, deu o rei Assuero à rainha Ester a casa de Hama, inimigo dos judeus; e Morde cai veio perante o rei porque Ester lhe fez saber que era seu parente.”

Os historiadores Heródoto e Josefo afirmam que a propriedade de um traidor passava para o rei. No mesmo dia da execução de Hamă, o rei deu à rainha a casa de Hamă. Isto refere-se à casa de Hamã com todos os bens que ele possuía. Isso está de acordo com a lei persa, segundo a qual o espólio dos traidores ficava sob custódia da coroa. Assuero entregou a propriedade confiscada a Ester, como reparação pela ofensa cometida contra ela e como sinal de boa vontade. Posteriormente, a esposa de Hamã e seus filhos também foram mortos. Ester ficou com todo o pessoal de Hamã, seus escravos e servos, e também seus suboficiais.

2. Mordecai como primeiro-ministro (Et 8.2) “Tirou o rei o seu anel, que tinha tomado de Hamã, e o deu a Mordecai. E Ester pôs a Mordecai por superintendente da casa de Hamă”.

Além de ter sua vida poupada da tentativa de assassinato, Mordecai foi promovido como sucessor de Hama na corte. Mordecai obteve o cargo de primeiro-ministro que fora de Hamă. A tentativa de matar Mordecai serviu apenas para exaltá-lo. Foi investido pelo rei de plena autoridade, o que fica patente por ter recebido o anel real. E essa de inversão tem por objetivo advertir os inimigos do povo de DEUS e encorajar aqueles a quem DEUS prometeu proteção. Foi a apresentação de Mordecai ao rei, como parente próximo de Ester e como quem salvou a vida do rei ao descobrir o plano secreto para matá-lo, que proporcionou a ocasião da sua investidura como primeiro-ministro do rei, no lugar do traidor Hamã. Ester, de sua par te, precisava de um administrador de propriedades, papel para o qual indicou Mordecai.

3. O significado do anel (8.2) “Tirou o rei o anel que tinha tomado de Hamă, e a deu a Mordecai.”

Mordecai tornou-se alguém dentro daquele grupo seleto, que podia ir ver o rei a qualquer tempo, sem esperar por permissão Tornou-se a primeiro-ministro. ocupando o lugar de Hama. Ele recebeu o anel de selar do rei, que era usado para deixar sua marca sobre a argila, e assim, apor a assinatura do rei sobre qualquer decreto ou questão. Era o poder de decretar em nome do rei, logicamente por sua direção. Mordecai tornou-se administrador de muita riqueza, incluindo a casa de Hama, da qual ele era agora o supervisor.

Ester dotou a seu pai de criação e primo o prestígio que cabia a um primeiro-ministro. Agora, Mordecai possuía tudo aquilo que antes pertencia ao inimigo dos judeus: suas riquezas, seu título e sua autoridade.

II- O NOVO DECRETO (Et 8.3-14)

1. Outra petição de Ester (Et 8.3) “Falou mais Ester perante o rei e se lhe lançou aos pés com lagrimas. Lhe implorou que revogasse a maldade de Hamã o agagita, e a trama que havia empreendido contra as judeus.”

Apesar da grande vitória obtida por Ester e Mordecai, o problema do decreto de Hamã ainda
precisava ser resolvido. Como fora emitido no nome do rei e com seu selo, ele não podia ser revogado. Portanto, Ester, embora uma grande e poderosa mulher em seus próprios direitos. prostrou-se diante do rei, com muito choro e lágrimas. A intenção da rainha era levar o rei a exercer misericórdia E o rei olhou para aquela triste cena Ester prostrada no chão, chorando e lamentando-se. O que ele poderia fazer? Então, estendeu o cetro de ouro em sua direção, dando a entender que sua presença ali era aceita, e que ele estava pronto para ouvir outro pedido dela.

2. Ester intercede pelo seu povo (Et 8.5) “E lhe disse: Se bem parecer ao rei, se eu achei favor perante ele se esta coisa é reta diante do rei e se nisto lhe agrado, escreva-se que se revoguem os decretos concebidos por Hamã, filho de Hamedata, o agagita, os quais ele escreveu para aniquilar os judeus que há em todas as províncias de rei.”

Assim que o rei estendeu o cetro de ouro para Ester, ela se levantou pôs-se em pé diante dele e lhe disse “Se bem parecer ao rei se eu achei favor perante ele se esta coisa é reta diante do rei e se nisto lhe agrado, escreva-se que se revoguem os decretos concebidos por Hamã, filho de Hamedata, o agagita, os quais ele escreveu para aniquilar os judeus que há em todas as províncias do rei.

Pois como poderei ver o mal que sobrevirá ao meu povo? E como poderei ver a destruição da minha parentela?” (Et 8.5-6) Portanto, com a devida deferência, Ester fará seu pedido. Aproveita-se da boa posição que estava desfrutando aos olhos do rei. Pedir que uma lei dos medo-persas fosse revogada era pedir o impassível, de forma que Ester evitou o vocábulo “lei”, e dá ênfase à obra de Hamã. Embora, estritamente falando, as cartas houvessem sido impedidas em nome do rei ele não tinha conhecimento da conspirata.

3. Um novo decreto é escrito (Et 8.8) “Escrevei pois, aos judeus, como bem vos parecer, em nome do rei, selai-o como anel do rei, porque as decretos feitos em nome do rei e que com o seu anel se selam não se podem revogar.”

No império medo-persa, uma escritura real não podia ser altera da, mas uma segunda escritura poderia amenizar as consequências. Sendo assim, o rei instruiu Mordecai e Ester a escrever um segundo edito. Este teria o mesmo peso do anterior, mas poderia reverter os seus resultados. Embora fosse impossível o rei recuar de qualquer palavra que havia sido expedida em seu nome, uma compensação podia ser conseguida por um edito posterior, semelhantemente autenticado. Ele tinha suas formas e melos de fazer valer a sua vontade.

O primeiro decreto determinava o total aniquilamento dos judeus; e o segundo visava o bem-estar deles. Ambos tinham o selo. do rei, sua expressa autoridade, autenticada pelo seu anel. O edito foi emitido em nome do rei e sob sua autorização, Foi também selado o decreto com o anel real, que tinha o peso legal de uma assinatura. Ninguém poderia reverter o decreto que o rei havia determinado, porque ele era soberano. O primeiro decreto não fora anula do, simplesmente porque nenhum decreto real podia sê-lo. Podia ser tornado obsoleto por um novo decreto, equivalente à anulação, mas não a anulação estrita e expressa Mordecai assumiu a responsabilidade de redigir o edito que os secretários do rei precisavam copiar e traduzir nas muitas línguas do império.

Desta vez, o hebraico foi acrescentado nas cópias enviadas para os judeus em todas as províncias. O novo decreto foi baixado em sivã, o terceiro mês (ref. junho-julho), no ano de 474 1 a.C. pouco mais de dois meses após o primeiro decreto. “Os correios, montados em ginetes que se usavam no serviço do rei, saíram incontinenti, impelidos pela ordem do rei; e o edito foi publicado na cidadela de Susã.” (Et 8.14).

III- POPULARIDADE DOS JUDEUS (Et 8.15-17)

1. Mordecai é honrado (Et 8.15) “Então, Mordecai saiu da presença do rei com veste real azul-celeste e brancos, como também com grande coroa de ouro e manto de linho fino e púrpura; e a cidade de Susã exultou e se alegrou.”

Quando do edito de Hamã houve consternação geral e tristeza. Mas, agora, com Mordecai investido de autoridade e vestido a caráter, ao sair para despachar o decreto real, houve alegria em todo o povo (Et 8.15). A cidade de Susã, e não apenas os judeus que ali vi- viam, deram as boas-vindas a Mordecai como primeiro-ministro.

Longe de ficarem ressentidos pela indicação de um membro de uma minoria estrangeira, o povo aclamou e regozijou-se, apoiando plenamente aquela nomeação. As roupas características com as cores reais e a grande coroa de ouro o distinguiam como o segundo em autoridade no reino, passando a ocupar o lugar de honra outrora ocupado por Hamã. A diferença era brutal, pois operou com mais honra e obteve maior sucesso, ganhando popularidade ao mesmo tempo junto a judeus e gentios, pois sua abençoada atuação produzira alegria no lugar de desalento. ]

2. Regozijo e alegria dos judeus (Et 8.16) “Para os judeus houve felicidade, alegria, regozijo e honra.”

O contraste entre a recepção do novo decreto e o primeiro, do novo decreto e o primeiro, de Hamã, ficou particularmente marcado entre os judeus. As notícias sobre o reposicionamento do edito real espalharam-se como fogo. Homens contendiam pelas cópias do decreto. Todo judeu queria ler as boas-novas para certificar-se de que aquilo era verdade. Agora, aos humildes judeus, eram conferidas honrarias. Em lugar de jejum, choro e lamentos (Et 4.3), houve felicidade, alegria, regozijo e honra.

Os gentios comuns temeram, pois a poder de matar tinha sido posto nas mãos dos judeus. Em toda parte, os judeus celebravam com grandes festividades. “Para os judeus houve felicidade, alegria, regozijo e honra” (Et 8.16).

3. Triunfo sobre os inimigos (Et 8.17) “Também em toda província e em toda cidade aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia entre os judeus alegria e regozijo. banquetes e festas e muitos dos povos da terra, se fizeram judeus porque o temor dos judeus tinha caldo sobre eles.”

As províncias se regozijaram quando o edito chegou a elas. A decretação de um feriado implica em que os empregadores gentios receberam as notícias com simpática compreensão, e se manifestaram dispostos a permitir que os judeus tivessem tempo para celebrar: O fato de um judeu estar dirigindo os negócios da capital pode ter alguma relação com o respeito dos judeus que sobreveio ao império. Mordecai havia provado a sua habilidade para mudar o que, pelo menos em teoria, não podia ser muda- do; e o povo ficou impressionado tanto quanto apreensivo concernente ao futuro. Sentindo, com razão, que no futuro seria vantajoso ser judeu, muitos se fizeram judeus. Naturalmente, isso significa que eles tiveram de ser circuncidados. A fé judaica foi abraçada por muitos.

APLICAÇÃO PESSOAL

As surpresas para a rainha Ester, Mordecai e o povo judeu foram alvissareiras. Eles estavam na iminência de uma total destruição; agora podiam se preparar para defenderem a sua vida. Quando DEUS derruba o perverso e revela amor contínuo pelos Seus, devemos nos regozijar.

RESPONDA

1) Qual foi a primeira medida tomada pelo Rei Assuero após a morte de Hamã? Tirou o anel de Hamã e deu a Mordecai.

2) Diferente de primeiro decreto que determinava a aniquilação dos judeus, qual o teor do segundo ? O bem-estar dos judeus.

3) Que posição recebeu Mordecai dentro do falácia do rei Assuero? Primeiro-ministro

 

 

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Lição 12: Ester 9 – Os Judeus Triunfam sobre os Inimigos | EBD – Pecc | 3° Trimestre De 2021

REVISTA PECC

 

EBD Pecc | 3° Trimestre De 2021 | Tema: Rute e Ester – A fé e a Coragem Da Mulheres – Programa de Educação Cristã Continuada, Escola Bíblica Dominical

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Ester 9 há 32 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ester 9.1-19 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.

Enfim, chegou o dia em que os judeus seriam exterminados por determinação do decreto de Hamă, tendo sido aquele dia escolhido através do lançamento de sortes. No entanto, depois que a rainha Ester intercedeu junto ao rei, alcançou favor e graça do soberano, que até então sequer tinha conhecimento de que o cumprimento do decreto afetaria a sua própria casa O rei desconhecia que sua rainha fazia parte do grupo condenado à morte.

E DEUS agiu “nos bastidores”, fazendo com que tudo acontecesse no momento oportuno. O rei ficou tão impressionado com a traição de Hama que mandou executá-lo sumariamente. Porém, a situação dos judeus não estava resolvida ainda, até que o próprio rei sugeriu, em resposta à intercessão de Ester, que um novo decreto fosse baixado dando aos judeus o direito de se defender. Eles poderiam matar quem pretendiam mata-los.

OBJETIVOS

Esclarecer que os judeus agiram em legítima defesa, destruindo os seus inimigos.
Compreender que Ester agiu visando a preservação do seu povo
Entender a importância do livra mento comemorado pelos judeus.

PARA COMEÇAR A AULA

Fale sobre a situação das pessoas condenadas à morte que recebem indulto no último momento. Impossível imaginar a reação desses condenados que são libertos no instante em que perderam toda a esperança de salvação da circunstância na qual estão envolvidos. Mas a providência de DEUS é infalível e Ele tem os recursos para cada situação, em cada época. Os judeus estavam perplexos com o que lhes reservara o decreto do rei, mas a mão invisível do Todo-Poderoso teceu os fios de forma que a tristeza e luto se transformas sem em alegria e comemoração.

LEITURA ADICIONAL

O livro de Ester é, como temos visto, construído ao redor de uma grande reviravolta de destinos. Se Ester é uma tragédia ou uma comédia de pende da perspectiva de cada um. Para Hama e seus aliados é uma grande tragédia, já que todos os seus esquemas para triunfar sobre os odiados judeus dão em nada. Para Ester, Mordecai e a comunidade do povo de DEUS, contudo, é uma comédia em todos os aspectos, com a transformação do desastre iminente numa situação na qual cada pessoa pode viver feliz para sempre e rir dos antigos temores.

O tema da reviravolta se torna explicito já no primeiro versículo de Ester 9: “No dia treze do duodécimo mês, que é o mês de Adar, quando chegou a palavra do rei e a sua ordem para se executar, no dia em que os inimigos dos judeus contavam assenhorear-se deles, sucedeu o contrário, pois os judeus é que se assenhorearam dos que os odiavam” (Et 9.1). Finalmente, chegou o dia decisivo para a comunidade judaica no império persa no décimo terceiro dia de Adar. Os editos conflitantes de Hamã e de Mordecai, contra e a favor do povo de DEUS, entraram em vigor, levantando a questão sobre qual edito sairia vitorioso.

O escritor não mantém o suspense por muito tempo. Pelo contrário, ele nos diz desde o início como o dia terminou: a situação foi invertida Aqueles que tinham esperança de dominar e destruir os judeus foram eles mesmos destruídos. O suspense foi deliberadamente eliminado para que o escritor pudesse enfatizar o ponto principal do capítulo: ocorreu uma reviravolta no destino do povo de DEUS. O fim da história mostra aqueles que estavam impotentes, os judeus, tendo o total controle, dominando seus inimigos no mesmo dia em que esses haviam alimentado a esperança de dominá-los.

Livro de Estudos Bíblicos expositivos em Ester e Rute. (Duguid, lain M. São Paulo Editora Cultura Crista. 2016, p.115,118). 

Texto Áureo

“Reuniram-se os judeus que se achavam em Susã também no dia catorze do mês de Adar, e mataram, em Susā, a trezentos homens; porém no despojo não tocaram.” Et 9.15

Leitura Bíblica Para Estudo

Ester 9.1-19

Verdade Prática

DEUS estava com Seu povo livrando-o e protegendo-o, mesmo quando os poderes terrenos estavam operando para matá-los e destruí-los.

INTRODUÇÃO
1- INIMIGOS MORTOS Et 9.1-10
1- Legitima defesa Et 9.1
2– Popularidade de Mordecai Et 9.4
3– Luta pela vida e não por riqueza Et 9.10
II- MORTES EM SUSÃ Et 9.11-15
1- O rei recebe o relatório Et.9.12
2– Mortos os filhos de Hama Et 9.13
3– Ester renova sua petição Et 9.13
III- CELEBRAÇÃO DO LIVRAMENTO Et 9.16-21
1- O sossego após a luta Et 9.16
2– Dois dias de celebração Et 9.17
3– Celebração até hoje Et 9.21
APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário

Segunda – Ester 9.1-3
Terça – Ester 9.4-9
Quarta – Ester 9.10
Quinta – Ester 9.11-15
Sexta – Ester 9.16-20
Sábado – Ester 9.21

Hinos da Harpa 305-225

INTRODUÇÃO

Finalmente chegou o grande dia da vingança, no décimo terceiro dia do décimo segundo mês de 473 a.C. O segundo decreto havia neutralizado os efeitos do primeiro, publicado por influência de Hamă, que assinalara aquele mesmo dia para o genocídio e para o saque da comunidade judaica. Portanto, estava em operação a providência de DEUS, sendo esse o tema central do livro de Ester.

I- INIMIGOS MORTOS (Et 9.1-10)

1. Legítima defesa (Et 9.1) “No dia treze do duodécimo mês, que é o mês de Adar, quando chegou a palavra do rei e a sua ordem para se executar, no dia em que os inimigos dos judeus contavam assenhorear-se deles, sucedeu o contrário, pois os judeus é que se assenhorearam dos que os odiavam”

Os judeus agiram em legitima defesa contra os que tentaram se aproveitar do primeiro edito promulgado por Hamã, mas não confiscaram as propriedades de seus adversários. Uma das chaves da história é que as “coisas podem virar ao contrário”. O que os inimigos queriam fazer contra os judeus, foi feito contra eles mesmos. A alegria que deveria vir a seus inimigos foi dada aos judeus. DEUS jamais é mencionado no livro, mas Sua providência está em vista. E, em vez de precisar suportar a mortandade sem qualquer meio de defesa, a nova legislação permitia que os judeus lutassem contra os que os atacassem e os matassem. O fato de ter acontecido esta surpreendente mudança nas circunstâncias inspirava temor.

2. Popularidade de Mordecai (Et 9.4) “Porque Mordecai era grande na casa do rei, e a sua fama crescia por todas as províncias; pois ele se ia tornando mais e mais poderoso.”

Além do medo dos judeus, havia também o temor de Mordecai entre os líderes, que fez com que estes ajudassem o povo judeu. Podem ter feito isso para se proteger politicamente, em vista do poder e da popularidade que Mordecai possuía. É interessante observar que quase tão misteriosa quanto o temor dos judeus, foi a popularidade do novo primeiro-ministro. Por que será que ele fora guindado tão rapidamente na uma posição tão poderosa na política se mundial? E por que será que o povo estava preparado para confiar nele como líder? Uma influência sobrenatural parece estar nas entrelinhas, aumentando as tendências naturais de adoração dos heróis e reforçando o interesse próprio. Mordecai lidou com toda a situação com sabedoria.

3. Luta pela vida e não por riqueza (Et 9.10) “Feriram, pois, os judeus a todos os seus inimigos, a golpes de espada, com matança e destruição; e fizeram dos seus inimigos o que bem quiseram”.

Embora os bens dos inimigos resultantes do saque tivessem sido concedidos aos judeus, o autor evidentemente quer ressaltar que eles estavam lutando pela sobrevivência, e não por lucros materiais. Os judeus não eram os agressores, mas estavam se defendendo dos seus inimigos. Portanto, os judeus não estavam atrás de dinheiro. Eles não saquearam as casas e propriedades daqueles a quem mataram, nem mesmo dos dez filhos de Hamã.

Segundo o Targum (paráfrase do Antigo Testamento), os judeus usaram espadas, lanças e cacetes, bem como quaisquer outras armas que pudessem ter em mãos. Os homens encobriam os olhos para não ver os golpes que terminavam com eles. Mulheres lamentavam-se e choravam. Na verdade, era uma vingança cruel. Mas os judeus estavam defendendo o direito à vida e, nesta luta, como eram minoria, não havia alternativa de não fazer aos outros o que estes desejaram fazer com eles.

II- MORTES EM SUSÃ (Et 9.11-15)

1. O rei recebe o relatório (Et 9.12) “Na cidadela de Susã, mataram e destruíram os judeus a quinhentos homens e os dez filhos de Hama; nas mais províncias do rei, que terão eles feito? Qual é, pois, a tua petição? E se te dará. Ou que é que desejas ainda? E se cumprirá”

Um auxiliar levou ao conhecimento do rei o número total dos que foram mortos. É evidente que ele requereu esse ato, com o propósito de apresentar os “resultados” a Ester, cujo favor procurava e cujos desejos ele queria satisfazer: O rei recebeu o relato da matança. Por quaisquer padrões, perder quinhentos homens em um dia era apavorante, e há uma horrível inferência no cálculo feito pelo rei do número total de pessoas mortas no resto das províncias, pois se fizeram isso em Susã, imaginem como deve ter sido no resto das províncias!

2. Mortos os filhos de Hamã (Et 9.13) “Então, disse Ester: Se bem parecer ao rei, conceda-se aos judeus que se acham em Susã que também façam, amanhã, segundo o edito de hoje e dependurem em forca os cadáveres dos dez filhos de Hamã.”

Além da matança das quinhentas pessoas mencionadas, os dez filhos de Hamã foram mortos, e o autor sacro registra os nomes deles todos, a fim de que possamos perceber quão grande triunfo ocorreu: “como também a Parsandata, a Dalfom, a Aspata, a Porata, a Adalia, a Aridata, a Farmasta, a Arisai, a Aridai e a Vaizatá, que eram os dez filhos de Hamă, filho de Hamedata, o inimigo dos judeus; porém no despojo não tocaram” (Et 9.7-10). Foram mortos com golpes de espada. O Targum relata que Hamã tinha mais de 200 filhos e, considerando que todos os poderosos da época tinham amplos haréns, isso provavelmente está certo. No entanto, parece viável que os dez filhos seletos de Hamã eram todos filhos de sua esposa Zeres (Et 5.10.14). Fora ela quem encorajara os preparativos para a morte de Mordecai.

3. Ester renova sua petição (Et 9.13) “Então, disse Ester: Se bem parecer ao rei, conceda-se aos judeus que se acham em Susã que também façam, amanhã, segundo o edito de hoje e dependurem em forca os cadáveres dos dez filhos de Hamã.”

A rainha foi presenteada com outra “carta branca” e não demonstrou nenhum sinal de enfraquecimento em sua busca de adversários locais. Até então as baixas haviam ocorrido na acrópole, na cidadela de Susã, em oposição à cidade, onde devia se encontrar a maioria da população. O pedido de Ester é que outro dia fosse dado em que toda resistência ali fosse anulada, e que os corpos dos dez filhos de Hamă fossem expostos publicamente em forças, como meio de intimidação, como havia acontecido com os corpos de Saul e seus filhos (1Sm 31.8-12).

O pedido para que os filhos de Hama fossem pendurados em “forca” correspondia a pedir para que os corpos fossem mostrados em público, relembrando que assim Hama havia planejado matar Mor decai. Além do que, a exposição pública do inimigo morto era uma prática comum no antigo Oriente Próximo.

O rei promulgou o decreto. Podemos inferir que permaneciam na cidade tropas encarregadas de executar o edito original. Só organizando os seus homens e armando-os, a resistência poderia ser eficaz. E no dia catorze do mês de Adar a última ação defensiva foi levada a efeito, e foi assegurada a libertação judaica do edito de Hamã. “Reuniram-se os judeus que se achavam em Susã também no dia catorze do mês de Adar, e mataram, em Susã, a trezentos homens; porém no despojo não tocaram” (Et 9.15). Assim, Susã foi expurgada de todos os inimigos dos judeus.

III- CELEBRAÇÃO DO LIVRAMENTO (Et 9.16-21)

1. O sossego após a luta (Et 9.16) “Também os demais judeus que se achavam nas províncias do rei se reuniram, e se dispuseram para de fender a vida, e tiveram sossego dos seus inimigos; e mataram a setenta e cinco mil dos que os odiavam; porém no despojo não tocaram.”

O livro de Ester não tem a pretensão de ser um tratado ético, em vez disso, ele sublinha a perseguição experimentada pelos judeus em meio a nações pagas e nos lembra que DEUS permanece comprometido em preservar seu povo. Lutando por suas vidas, os judeus tiveram sossego dos seus inimigos matando um total de 75.800 oponentes que certamente os teriam eliminado. Mais uma vez, qualquer tentativa de obter vantagens materiais com base nesse incidente foi frustrada.

Apesar das críticas, os judeus mostraram-se moralmente corretos. O decreto original de Hamă de terminava extermínio de homens, mulheres e crianças e permitia a pilhagem. As forças defensivas dos judeus mataram somente homens e não efetuaram a pilhagem. Aqueles mortos eram inimigos conhecidos.

2. Dois dias de celebração (Et 9.17) “Sucedeu isto no dia treze do mês de Adar, no dia catorze, descansaram e o fizeram dia de banquetes e de alegria.”

É bem possível que o decreto de Hamã tivesse incendiado a hostilidade contra os judeus. Muitos dos inimigos dos judeus provavelmente tiveram a esperança de destrui-los e saqueá-los, mas foram completamente derrotados. Estes versículos fazem um resumo dos dias de livramento dos judeus. Em Susã, eles tiveram dois dias de lutas e depois descansaram e comemoraram no décimo quinto dia do mês de Adar (correspondente ao nosso período de fevereiro a março). Os judeus do restante das províncias persas lutaram por um dia e jejuaram no décimo quarto dia do mês. “Os judeus, porém, que se achavam em Susã se ajuntaram nos dias treze e catorze do mesmo; e descansaram no dia quinze e o fizeram dia de banquetes e de alegria” (Et 9.18).

A liberação motivou regozijo, daí a instituição de um feriado no décimo quarto dia do mês de Adar celebrado com banquetes, um dos temas constantes do livro, Não há via festividades durante os últimos cinco meses do calendário hebraico (outubro a março). No meio do último mês do ano seria bem-vinda uma razão para se regozijar, depois do inverno. O jejum e a lamentação eram reservados para outros dias.

3. Celebração até hoje (Et 9.21) “ordenando-lhes que comemorassem o dia catorze do mês de Adar e o dia quinze do mesmo todos os anos.”

Aqui o relato da instituição da festa em questão indica a diferença da sua comemoração entre a data da festa em Susã e a observada nos outros lugares. A razão para a diferença foi atribuída pelo pedido ulterior de Ester ao rei (Et 9.13). Consequentemente, Susã precisava observar o décimo quinto dia de Adar como feria do, enquanto em todos os outros lugares se observava o décimo. quarto. Da mesma forma que em festividades comunitárias, havia. uma troca de presentes, porções dos banquetes. Um compartilha mento generoso expressava alegria e, ao mesmo tempo, a aumentava, em assegurar que ninguém ficava dela excluída por causa de pobreza.

A narrativa subentende a solidariedade das comunidades judaicas; embora estivessem es palhadas por todo o império, elas conservaram a sua identidade e se regozijaram juntas em sua experiência comum de libertação. Desta forma, uma conspiração que pretendia destrui-las resultou em uma festa que ajudou a uni-las e a mantê-las como um único povo. Além disso, deu origem a uma das maiores festas judaicas: o dia do Purim, celebrado obrigatória e efusivamente todos os anos. até aos dias de hoje.

APLICAÇÃO PESSOAL

DEUS estava com seu povo livrando-o e protegendo-o, mesmo quando poderes terrenos estavam operando para os matar e destruir.

RESPONDA

1) Qual o motivo real de luta dos judeus contra os seus inimigos? A sua sobrevivência

2) Qual o resultado de número de mortos pela mão dos judeus? Setenta e cinco mil e oitocentos mortos

3) Por quantos dias os judeus comemoraram a vitória sobre seus inimigos? Foram dois dias de Comemoração

  

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 Lição 13: Ester 9 e 10 – A Festa do Purim e a Grandeza de Mordecai | EBD – Pecc | 3° Trimestre De 2021
ESCOLABIBLICADOMINICAL.ORG REVISTA PECC
 
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Ester 9 e 10 há 32 e 3 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes Ester 9.20-32 e 10.1-3 (5a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da bíblia.
Neste trimestre, a vida e atuação das heroínas Rute e Ester foram estudadas e pudemos extrair preciosas lições. Elas exerceram um papel relevante na nação de Israel e são as únicas mulheres que nomeiam livros da Bíblia. Uma gentia que se agrega ao povo da promessa e uma exilada que coloca sua vida em risco para evitar a extinção de sua raça, vítima de um ardil que a condenara à destruição.
A alegria, a restauração e a comemoração pelo livramento foram tema de mais uma celebração acrescentada ao calendário judaico, a Festa de Purim. Até hoje, a celebração faz o povo judeu relembrar que DEUS é maior do que as leis da casualidade e que Ele pode intervir decisivamente na História, mesmo que permaneça oculto de todos, menos daqueles que podem enxergar com os olhos da fé.
OBJETIVOS
Aprender sobre a origem e propósito da Festa do Purim.
Mostrar como os judeus exila dos finalmente puderam celebrar a vitória providenciada por DEUS.
Explicitar a maneira como DEUS age na vida dos que se dedicam a fazer conhecido e notório o Seu nome.
PARA COMEÇAR A AULA
Para iniciar a aula você pode fazer uma retrospectiva rápida da história de Ester e de como a ação. de DEUS foi eficaz, pois Ele tem um compromisso com a nação de Israel, de onde procederia o Redentor. Por tanto, nenhuma arma preparada pelo maligno seria suficiente para frustrar os planos de DEUS em relação ao propósito divino de trazer o Redentor. E finalizar agradecendo a DEUS pela maneira como conduziu os eventos na história desse povo, que esteve à beira da destruição total pelo orgulho e soberba de um homem ímpio e mau.
LEITURA ADICIONAL
Visto à luz do cenário de festas do Antigo Testamento, os aspectos horizontais da Festa de Purim são impressionantes. Ela foi estabelecida como uma ordenança pelos editos de Ester e Mordecai, não por DEUS (Et 9.20-22,29-32).
Na Festa de Purim, os judeus, tanto de longe quanto de perto, deve riam reunir-se para festejar, regozijar-se, dar presentes uns aos outros e fazer doações aos pobres. Essa celebração deveria se repetir para sempre, como as leis dos persas e dos medos, que não podiam ser revogadas. Do que as pessoas deveriam se lembrar era da trama de Hamã e da intervenção do rei para livrá-las (Et 9.23-28).
Em nenhuma parte dessas instruções encontramos qualquer menção clara do povo de DEUS se reunindo para louvar a DEUS pelo seu livramento e lembrar aos seus filhos dessa demonstração da fidelidade de DEUS, algo que era central numa festa como a Páscoa. Parece que é como se para eles fosse possível obedecer ao edito de Mordecai e Ester sem pensar em DEUS pelo menos uma vez durante todo o dia. […] a essência do Purim, conforme está registrado na Bíblia estava precisamente correta. Tratava-se de um memorial do tempo em que os judeus tiveram descanso de todos os seus inimigos, quando a tristeza deles foi transformada em alegria e o lamento deles em celebração. […] Como seria possível alguém se lembrar da transformação das trevas em luz e da obtenção de descanso dos inimigos sem pensar em DEUS? Como alguém poderia celebrar o Purim sem ver o que DEUS havia feito?
Os desvalidos que são erguidos do pó e os necessita dos que são tirados do monturo para se assentar junto aos príncipes não deveriam precisar ser incitados a louvar o Senhor (SI 113.5-9). A Festa de Purim, quando corretamente compreendida, é mais do que apenas um lembrete para o povo de DEUS da habilidade passada Dele para intervir decisivamente, mesmo permanecendo escondido de todos, menos dos olhos da fé.
Livro: Estudos Bíblicos expositivos em Ester e Rute. (Duguid, lain M. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2016, p. 120,121,124) 
Texto Áureo
“Por isso, aqueles dias chamam Purim, do nome Pur. Daí, por causa de todas as palavras daquela carta, e do que testemunharam e do que lhes havia sucedido,” Et 9.26.
Verdade Prática
É justo celebrar com entusiasmo os livramentos proporcionados por DEUS, por meio de Sua providência constante.
INTRODUÇÃO
1- ORIGEM DA FESTA DO PURIM Et 9.20-28
1- Origem da Festa do Purim Et 9.21
2– A festa como instituição oficial. Et 9.23
3– O significado do nome Purim Et 9.26
II- FESTA DO PURIM ATÉ HOJE Et 9.29-32
1- Ester ratifica a celebração Et 9.29
2– Divulgação da festa de Purim Et 9.30
3– Detalhes da Festa do Purim Et 9.32
III- A GRANDEZA DE MORDECAI Et 10.1-3
1- Tributo sobre a terra Et 10.1
2– Arquivos reais Et 10.2
3– A ascensão de Mordecai Et 10.3
APLICAÇÃO PESSOAL
Devocional Diário
Segunda – Ester 9.20-25
Terça – Ester 9.26-28
Quarta – Ester 9.29
Quinta – Ester 9.30-32
Sexta – Ester 10.1-2
Sábado – Ester 10.3
Hinos da Harpa 216-525
INTRODUÇÃO
Nesta última lição, estudaremos sobre a instituição da festa de Purim, autorização para que esta celebração fizesse parte dos festivais judaicos; a vida do povo judeu restaurada e a promoção e engrandecimento de Mordecai.
I- ORIGEM DA FESTA DO PURIM (Et 9.20-28)
1. Origem da Festa do Purim (Et 9.21) “Ordenando-lhes que comemorassem o dia catorze do mês de Adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos”
Uma vez que a própria continuidade do povo escolhido estivera em jogo, o seu milagroso resgate não podia deixar de ser comemorado. Mordecai escreveu e enviou cartas falando sobre os acontecimentos que concerniam a todo o povo judeu, incorporando os aspectos importantes em escritos que apresentavam as diretrizes para o futuro. O sistema postal real tornava as comunicações relativamente fáceis e abrangentes, alcançando todos os judeus- os de per to e os de longas distâncias de até 3.000 quilômetros. Assim, a carta de Mordecai estabeleceu a festa de Purim, que não fora estabelecida pela lei mosaica, mas ordenada por Mordecai (Et 9.20-28).
2. A festa como instituição oficial (Et 9.23) “Assim, os judeus aceitaram como costume o que, naquele tempo, haviam feito pela primeira vez, segundo Mordecai lhes prescrevera”
Era preciso estabelecer a data da festa, e Mordecai decretou que tanto o dia catorze quanto o dia quinze de Adar deviam ser observados anualmente. Seria isto para lembrar às futuras gerações a maravilhosa libertação da extinção: a tristeza se transformara em alegria, e a lamentação, em celebração.
Os judeus temiam inovações que talvez fossem tidas como contradições com a lei de Moisés. Mas a autoridade de Mordecai era suficiente para fazer a festa de Purim entrar no calendário judaico das festas nacionais. Há uma forte ênfase para que judeus em todos os lugares comemorem esses dias. A comunidade judaica em geral sempre celebrou com entusiasmo essa festa, pois, os inimigos dos judeus tinham sido destruídos pelo poder de DEUS, por meio de Sua providência constante. Os homens eram convocados a relembrar esses fatos. Os judeus cumpriram as ordens recebidas, e assim têm feito através dos séculos. A festa foi e continua sendo celebrada anualmente.
3. O significado do nome Purim (Et 9.26) “Por isso àqueles dias chamam Purim, do nome Pur. Daí, por causa de todas as palavras daquela carta, e do que testemunharam, e do que lhe havia sucedido.”
A festa chamou-se Purim. para relembrar que Hama usou a prática de Pur, isto é, lançar sorte, para determinar o dia da destruição dos judeus. A palavra pur é originária da Babilônia e significa sorte ou destino. Lançar a sorte, algo semelhante a lançar dados, era uma forma comum de fazer uma escolha aleatória (Ne 11.1) ou de discernir a vontade divina (Jn 1.7).
Acreditando que seus deuses controlavam o resultado do pur, Hama lançou a sorte para deter minar o dia certo para destruir os judeus (Et 3.7). Lançando a sorte, Hamã, sem querer, escolheu o dia do livramento dos judeus, até hoje celebrado como o festival de Purim (Et 9.28). Mordecai estabeleceu a festa com dois dias de duração, para comemorar o livramento de DEUS em favor do Seu povo, salvando-o da conspiração maligna de Hamă para exterminar os judeus.
II- FESTA DO PURIM ATÉ HOJE (Et 9.29-32)
1. Ester ratifica a celebração (Et 9.29) “Então, a rainha Ester, filha de Abiail, e o judeu Mordecai escreveram, com toda a autoridade, segunda vez, para confirmar a carta de Purim.”
Mesmo sendo respeitado no império, Mordecai ainda teve o respaldo da rainha, que também escreveu uma carta para estimular a observância da festa. Ester escreveu na tentativa de persuadir, e não de ordenar ou coagir o seu povo, a celebrar o Purim. Ela acrescentou sua autoridade e autenticou a festa, adicionando. algo à sua natureza obrigatória. Ela escreveu com toda autoridade, pois, como rainha, contava com o apoio e autoridade do rei, que também encorajou a celebração.
A rainha Ester institucionalizou a comemoração do Purim sob a lei persa. A expressão “e se escreveu no livro” indica que a decisão de Ester determinando a observância de Purim por todo o império foi colocado nos arquivos reais. “Por isso, àqueles dias chamam Purim, do nome Pur. Daí, por causa de todas as palavras daquela carta, e do que testemunharam, e do que lhes havia sucedido, determinaram os judeus e tomaram sobre si, sobre a sua descendência e sobre todos os que se chegassem a eles que não se deixaria de comemorar estes dois dias segundo o que se escrevera deles e segundo o seu tempo marcado, todos os anos” (Et 9.26,27).
2. Divulgação da festa de Purim (Et 9.30) “Expediram cartas a todos os judeus, às cento e vinte províncias do reino de Assuero, com palavras amigáveis e sinceras”
A festa de Purim promoveu a paz de DEUS e Sua verdade entre o povo judeu. E, pelo fato de a festa poder causar efeitos tão benéficos, Ester e Mordecai se dedicaram a si mesmos e aos seus descendentes não só na observância como também na divulgação da festa utilizando de todos os meios possíveis, de modo que todos a conhecessem e também a celebrassem. A apresentação da rainha Ester nos versículos 29-32 propicia assentimento real à atividade legislativa de Mordecai, em consequência de que essa legislação presumivelmente foi acrescentada a todo o resto das leis dos medos e persas, que não podiam ser contraditadas.
3. Detalhes da Festa do Purim (Et 9.32) “E o mandado de Ester estabeleceu estas particularidades de Purim; e se escreveu no livro.”
Como a Páscoa, a festa de Purim celebra o livramento divino. Salvos do governo do faraó e da escravidão no Egito e livres da destruição planejada por Hamã, os judeus comemoraram uma libertação que só DEUS poderia ter orquestrado. Toda a história do feriado do Purim está no livro de Ester.
O primeiro dia da festa. O livro inteiro de Ester é lido em voz alta, e a cada vez que o nome de Hama é mencionado, as crianças do grupo respondem ao nome de Hamã com chocalhos e guizos, os presentes batem com os pés no chão a fim de abafar o som do nome de Hamã e dizem: “Que o seu nome seja apagado”.
No segundo dia da festa, a alegria e a comemoração se manifestam. Comida, música, peças de teatro e brincadeiras, canções especiais e recitais acrescentam à disposição festiva. As pessoas se presenteiam e fazem questão de dar presentes e alimento aos pobres, por ter sido esse um desejo especial de Mordecai (Et 9.22).
III- A GRANDEZA DE MORDECAI (Et 10.1-3)
1. Tributo sobre a terra (Et 10.1) “Depois disto, o rei Assuero impôs tributo sobre a terra e sobre as terras do mar”.
É inquestionável o poder do rei Assuero, e o seu império precisava de um hábil administrador. É tanto que o rei impôs tributo sobre as terras. Tributo aqui pode referir-se tanto a impostos como a trabalhos que o rei impôs sobre todo o seu território.
Sobre a terra e sobre as terras do mar dá a entender que o rei era possuidor de todo esse território, sendo o litoral o do Mediterrâneo oriental de maneira genérica, com suas muitas ilhas. E o homem certo para o trabalho era Mordecai, assim como o foi José no Egito (Gn 41.41-46). Ele foi promovido à posição de primeiro-ministro e muitos detalhes do governo The foram delegados. Ele foi um grande patriota judeu, também foi capaz de ministrar habilidosamente uma potência estrangeira. Mordecai foi um homem qualificado o bastante para preencher ambas as posições e funções.
2. Arquivos reais (Et 10.2) “Quanto aos mais atos do seu poder e do seu valor e ao relatório completo da grandeza de Morde- cai, a quem o rei exaltou, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis da Média e da Pérsia?”.
O período histórico de Mordecai e Ester foi devidamente resguardado na história mundial, conforme o livro nos diz. A orientação de DEUS estava por trás da elevação de Mordecai, no império medo-persa, por parte de Assuero. A referência citada é uma espécie de registro diário dos acontecimentos da corte. O livro da história dos reis da Média e da Pérsia certamente oferecem maiores detalhes sobre a vida do rei Assuero, da rainha Ester e do seu primeiro-ministro Mordecai, cujos feitos foram registrados em crônicas oficiais do império.
3. A ascensão de Mordecai (Et 10.3) “Pois o judeu Mordecai foi o segundo depois do rei Assuero, e grande para com os judeus, e estimado pela multidão de seus ir mãos, tendo procurado o bem-estar do seu povo e trabalhado pela prosperidade de todo o povo da sua raça”
O livro de Ester termina com grandes elogios a Mordecai, cujos feitos foram registrados nas crônicas oficiais do império persa. Mordecai foi o segundo na hierarquia. Ele não desfrutava somente do favor especial do rei, mas era respeitado também por seu povo e honrado por sua administração bem-sucedida. Obteve a aceitação dos grandes do império e era popular com as massas.
Sempre buscou o bem-estar de seu povo, bem como da população do império em geral. E, acima de tudo, falava de paz ao remanescente perseguido dos judeus, trazendo-lhes a luz de um novo dia. Mordecai entrou para a gale- ria de heróis da história israelita como mais um exemplo de vitória concedida por DEUS ao seu povo disperso entre as nações. Quanta falta faz nas autoridades de hoje os predicados e elogios dedica- dos a Mordecai neste último verso do livro de Ester: “Pois o judeu Mordecai foi o segundo depois do rei Assuero, e grande para com os judeus, e estimado pela multidão de seus irmãos, tendo procurado o bem-estar do seu povo e trabalhado pela prosperidade de todo o povo da sua raça” (Et 10.3).
APLICAÇÃO PESSOAL
Podemos ver a atuação providencial e maravilhosa de DEUS em todas as páginas do livro de Ester. Sendo assim, é justo celebrar com entusiasmo os livramentos proporcionados por DEUS, por meio de Sua providência constante.
RESPONDA
1) Qual o propósito da Festa de Purim? Lembrar as futuras gerações a libertação do seu povo.
2) Quem institucionalizou a Festa do Purim? A rainha Ester
3) A que grau de elevação Mordecai passou a exercer diante do povo? Era o segundo depois do rei Assuero.
 
 
 
 
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Escrita, Lição 6, CPAD, O Livro De Ester, 3Tr24, Com. Extra Pr Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO 6
I – A ORGANIZAÇÃO DO LIVRO
1. A categorização de Ester
2. Características literárias
3. Autoria e data
II – O CONTEXTO HISTÓRICO
1. O povo hebreu no exílio
2. O fim do exílio 
3. O pós-exílio
III – PROPÓSITO E MENSAGEM
1. A providência divina
2. Uma falsa estabilidade
3. A Festa de Purim
 
 
TEXTO ÁUREO
“Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe para tal tempo como este chegaste a este reino?” (Et 4.14)
 
 
VERDADE PRÁTICA
A perfeita vontade de DEUS é nos guiar por caminhos que levem ao cumprimento de seus eternos propósitos.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Tm 3.16,17 O Livro de Ester é a revelação divina escrita, completa e perfeita
Terça - Jr 25.11; 29.10-14 O contexto do Livro de Ester remonta ao Cativeiro Babilônico
Quarta - Ed 1.1-3 O contexto do Livro de Ester remonta ao decreto de Ciro
Quinta - 1 Tm 2.1-4 Instruções para os cristãos se relacionarem com governos terrenos
Sexta - Et 3.7-13 Tudo parecia bem até que surgiu uma ordem contra os judeus
Sábado - Et 9.20-28 A instituição da Festa de Purim, o livramento dos judeus
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ester 1.1-9
1 - E sucedeu, nos dias de Assuero (este  é  aquele Assuero que reinou, desde a Índia até à Etiópia,  sobre  cento e vinte e sete províncias); 
2 - naqueles dias, assentando-se o rei Assuero sobre o trono do seu reino, que  está  na fortaleza de Susã, 
3 - no terceiro ano de seu reinado, fez um convite a todos os seus príncipes e seus servos (o poder da Pérsia e Média e os maiores senhores das províncias  estavam  perante ele), 
4 - para mostrar as riquezas da glória do seu reino e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias,  a saber,  cento e oitenta dias. 
5 - E, acabados aqueles dias, fez o rei  um  convite a todo o povo que se achou na fortaleza de Susã, desde o maior até ao menor, por sete dias, no pátio do jardim do palácio real. 
6 - As tapeçarias eram  de pano branco, verde e azul celeste, pendentes de cordões de linho fino e púrpura, e argolas de prata, e colunas de mármore; os leitos eram de ouro e de prata, sobre um pavimento de pórfiro, e de mármore, e de alabastro, e de pedras preciosas. 
7 - E dava-se de beber em vasos de ouro, e os vasos eram diferentes uns dos outros; e havia muito vinho real, segundo o estado do rei. 
8 - E o beber  era,  por lei, feito sem que ninguém forçasse a  outro;  porque assim o tinha ordenado o rei expressamente a todos os grandes da sua casa que fizessem conforme a vontade de cada um. 
9 - Também a rainha Vasti fez um banquete para as mulheres da casa real do rei Assuero.
 
 
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HINOS SUGERIDOS:  77, 467, 526 da Harpa Cristã
 
 
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A partir desta lição, estudaremos o Livro de Ester. Veremos como o livro está organizado, a categoria a que pertence, características literárias, autoria e data. Procuraremos também situar o contexto histórico em que o livro foi produzido. Veremos que o exílio de Israel é uma informação essencial para remontar o contexto histórico do Livro de Ester. Finalmente, perceberemos que a providência divina apresentada no livro é um assunto que formula o propósito de Ester. Trata-se de uma providência divina não mencionada, porém, constatada ao longo do livro sagrado.  
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Apresentar a organização do Livro de Ester; II) Explorar o contexto histórico do Livro de Ester; III) Expor o propósito e a mensagem do Livro de Ester.  
B) Motivação: DEUS sempre esteve no controle da história. O Livro de Ester apresenta o fato de que, a despeito de experimentarmos períodos de ameaças e sofrimento, ele provê o livramento na história. A dor e o sofrimento, por mais difícil de explicar que seja, não anulam a ação da providência divina.  
C) Sugestão de Método: A partir desta lição, estudaremos o Livro de Ester. Nesse sentido, sugerimos que, ao introduzi-la, você apresente o esboço do livro: I) DEUS levanta uma nova rainha na hora certa (1.1-2.18); II) DEUS usa o primo da rainha para denunciar um trama (2.19-4.17); III) DEUS usa a corajosa rainha para resgatar o seu povo (5.1-9.32); IV) DEUS promove Mardoqueu por sua fidelidade (10.1-3). Para ter acesso ao esboço mais detalhado, você pode consultar a Bíblia de Estudo Pentecostal edição global na página 832. Esse esboço dará a classe a oportunidade de ver o panorama de todo o Livro de Ester, o que pedagogicamente indispensável para o processo de ensino-aprendizagem de um livro bíblico.  
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: O Livro de Ester nos lembra da ação providencial de DEUS. Ele nos revela que há um DEUS que por meio de sua divina providência dirige a história. Nada que aconteça neste mundo anula a divina providência. 
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Nome e Panorama Geral", localizado depois do primeiro tópico, apresenta os marcos cronológicos da história de Ester; 2) O texto "A Instituição da Festa de Purim", ao final do terceiro tópico, explica os detalhes dessa importante celebração.
 
 
PALAVRA-CHAVE - ESTER
 
 
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Concluímos o estudo de Rute. Nesta lição iniciamos o estudo do livro de Ester. Rute é cheio de referências expressas ao nome de DEUS. Ester, por sua vez, tem como característica singular, e sempre destacada, a completa ausência do nome de DEUS. Nem por isso o agir divino deixa de estar patente no livro. Ester não contém alusões diretas ao DEUS da providência, mas nos apresenta uma história cujo roteiro é, por inteiro, uma manifestação da providência de DEUS.
 
 
I – A ORGANIZAÇÃO DO LIVRO
1. A categorização de Ester
Da mesma forma que Rute, Ester pertence aos Escritos, os onze livros que compõem a terceira seção da Bíblia Hebraica. E nesta seção – também ao lado de Rute –, integra os Megillot, os cinco livros curtos lidos anualmente nas festas judaicas. As categorizações de Rute e Ester também são semelhantes na Bíblia Cristã, na qual figuram entre os livros históricos. Por sua reconhecida canonicidade, Ester compõe o conjunto da revelação divina escrita, completa e perfeita (2 Tm 3.16,17).
 
 
2. Características literárias
O Livro de Ester tem 10 capítulos. Dentre suas características literárias destaca-se sua objetiva historicidade, vista na expressa referência ao rei persa Assuero (Et 1.1) e em vários outros detalhes factuais, além de seu caráter de fonte primária para a Festa de Purim, anualmente celebrada pelos judeus (Et 9.20-32). O estilo narrativo é menos dialógico que o de Rute. O texto é mais do narrador que dos personagens.
 
 
3. Autoria e data
O autor de Ester é desconhecido. Muitos estudiosos consideram que o livro foi escrito por um judeu que viveu na Pérsia, pelo fato de o autor demonstrar amplo conhecimento da cidade de Susã e de sua estrutura, e de importantes documentos do Império Persa. Considerando essa possível autoria e algumas evidências internas, acredita-se que o livro seja datado ainda do século V a.C. (por volta de 460 a.C.), logo após a morte de Assuero, ocorrida em 465 a.C. Outro fator levado em conta para essa datação é de ordem linguística: o autor empregou algumas palavras persas em meio ao hebraico, mas não fez uso algum de expressões originárias do grego, o que revela um estilo anterior à ascensão da Grécia sobre a Pérsia, que se deu com Alexandre, o grande, em 330 a.C.
 
 
SINÓPSE I - O Livro de Ester tem 10 capítulos e está classificado na categoria de livros históricos da Bíblia Cristã.
 
 
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“NOME E PANORAMA GERAL
O livro de Ester leva o nome de sua personagem principal, uma judia chamada Hadassa (‘murta’), mas que foi renomeada Ester (‘uma estrela’). Um nome provavelmente escolhido como um reconhecimento de sua beleza, após tornar-se rainha. A história pertence cronologicamente ao período entre o retorno de Zorobabel e Esdras, ou seja, entre o sexto e o sétimo capítulo de Esdras. Os estudiosos chegaram à conclusão de que o rei Assuero a que se refere, é identificado como Xerxes. Assuero ou Akhashverosh equivale no hebraico ao persa Khshayarsha, e é denominado Xerxes em grego.
O escritor foi meticuloso ao datar seus acontecimentos. O banquete de casamento em que Ester tomou posse como rainha, ocorreu no sétimo ano do reinado de Assuero (479 a.C.), quatro anos depois da celebração que resultou no divórcio de Vasti. “Acreditava-se que entre estes acontecimentos, Assuero (Xerxes) tenha feito sua malsucedida expedição à Grécia. Assim, ele retornou da sua derrota vergonhosa em Salamina (480 a.C.) e encontrou consolo nos braços de Ester”. Os acontecimentos indicados no livro variam do terceiro ao décimo segundo ano do reinado de Xerxes, ou de 483 a 474 a.C.” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. II. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 543).
 
 
II – O CONTEXTO HISTÓRICO
1. O povo hebreu no exílio
Para uma melhor compreensão do contexto histórico do Livro de Ester é importante mencionar o final do período da monarquia do povo hebreu. Em 722 a.C. houve a queda do Reino do Norte sob os assírios (2 Rs 17.6). Pouco mais de 100 anos depois, Judá, o Reino do Sul, foi levado para o Cativeiro Babilônico em três levas: 605, 597 e 586 a.C. Conforme Jeremias havia profetizado, o exílio na Babilônia duraria 70 anos (Jr 25.11; 29.10-14). Foi um período em que DEUS tratou com Judá, principalmente para extirpar a idolatria que havia contaminado a nação (Ez 36.16-25). DEUS abomina todo o pensamento, sentimento e comportamento idolátricos (Rm 1.18-25). Por isso, nada em nossa vida pode ocupar o lugar que pertence a Ele (1 Jo 2.15-17).
 
“A soberania de DEUS não encontra limites. Ele age em qualquer época ou lugar para cumprir seus propósitos.”
 
2. O fim do exílio 
Ao mesmo tempo em que julgava Judá por sua idolatria, o DEUS Eterno, Juiz de toda a terra, exercia seu justo juízo sobre a Babilônia, por sua iniquidade (Jr 25.12). Antes, já havia julgado a Assíria, como profetizado por Naum: DEUS não tem o culpado por inocente (Na 1.2,3). Em 539 a.C. Ciro venceu os babilônios e anexou seu território ao Império Persa. Logo no primeiro ano de reinado, “despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia” e o fez decretar o retorno do povo judeu para Jerusalém (Ed 1.1-3). Daniel havia se humilhado diante de DEUS, jejuando e orando fervorosamente para a restauração de Jerusalém, confessando os pecados da nação de Israel (Dn 9.1-19). O ensino bíblico a respeito de nosso relacionamento com as estruturas de poder terreno é sempre confiar na soberania divina, buscando, com humildade, a intervenção de DEUS em nosso favor (2 Cr 7.14). Agindo assim, poderemos ter “uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade”, e contribuir para o cumprimento do maior propósito de DEUS, que é a salvação de todos os homens, inclusive dos que não governam segundo os valores divinos (1 Tm 2.1-4).
 
 
3. O pós-exílio
Ester registra fatos ocorridos na capital do Império Persa, Susã, entre o primeiro e o segundo retorno dos judeus para Jerusalém. Estima-se que mais de 1 milhão de judeus viviam na região da Babilônia. Mesmo com o decreto de Ciro, que permitia a volta para Jerusalém, a maioria absoluta dos judeus decidiu pelo que lhes parecia mais cômodo: permanecer nas cidades que ocupavam na Babilônia. Somente cerca de 50 mil voltaram para Jerusalém no primeiro grupo, liderados por Zorobabel (Ed 1.5; 2.64,65), no segundo ano do reinado de Ciro (538 a.C.). Esse período da história é narrado do capítulo 1 ao capítulo 6 do livro de Esdras. Entre o capítulo 6 e o capítulo 7 há um intervalo de aproximadamente 60 anos. É na segunda metade desse período que se passam os fatos do livro de Ester (483-473 a.C.).
 
 
SINÓPSE II - Os fatos registrados no Livro de Ester se passam na capital do Império Persa, Susã, entre o primeiro e o segundo retorno dos judeus para Jerusalém.
 
 
III – PROPÓSITO E MENSAGEM
1. A providência divina
O principal propósito do livro de Ester é registrar o cuidado providencial de DEUS com o seu povo, a despeito de suas escolhas fora de seu propósito. Ao decidirem permanecer na Babilônia, sob os domínios do Império Persa, os judeus olharam para a estabilidade que imaginavam ter conquistado, não apenas no aspecto econômico, mas também cultural, social e religioso. Os persas tinham fama de benevolência com os povos que dominavam, principalmente quanto à liberdade religiosa. O retorno a Jerusalém exigia renúncia e disposição para uma viagem penosa e para a dura reconstrução de uma cidade totalmente destruída. Para muitos, pareceu melhor ficar na Babilônia: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Pv 14.12).
 
 
2. Uma falsa estabilidade
Ester nos transmite como mensagem o perigo de confiar nas falsas estabilidades que as estruturas do mundo nos oferecem, e costumam parecer mais vantajosas. Estava tudo indo muito bem em Susã, até surgir a ordem de extermínio total dos judeus (Et 3.7-13). A falsa segurança foi embora. O povo de Judá dependia novamente da intervenção divina para sua sobrevivência. Ester nos mostra DEUS agindo mais uma vez, movendo as estruturas humanas; agora, no grande e poderoso Império Persa. Seja qual for a circunstância, é melhor confiar no Senhor do que no homem (Sl 118.8,9).
 
 
3. A Festa de Purim
O livro de Ester tem como propósito, também, registrar a instituição da Festa de Purim, ordenada por Mardoqueu depois do grande livramento que os judeus receberam (Et 9.20-28). Purim é o plural da palavra pur (“lançar sorte”). Conforme Ester 3.7, Hamã lançou sorte para fixar o dia da morte dos judeus. A festa comemora a frustração desse nefasto plano diante da providencial ação divina para a libertação de seu povo. A soberania de DEUS não encontra limites. Ele age em qualquer época ou lugar para cumprir seus propósitos.
 
 
SINÓPSE III - O propósito do livro é registrar a providência de DEUS com seu povo; sua mensagem é a respeito do perigo de se confiar nas falsas estabilidades
 
 
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“A INSTITUIÇÃO DA FESTA DE PURIM
Um dia de banquetes e alegria inaugurou a celebração de Purim (9.17,26). ‘Dia de banquetes e de alegria’ é uma hendíadis, uma figura de linguagem que expressa uma ideia por meio de duas palavras independentes — cada uma delas amplificando a outra de modo que no final a ideia é maior que as duas palavras isoladas —, em vez de uma palavra com um modificador (cp. 9.17-19,24,28). O livro tem muitos aspectos poéticos, incluindo aliteração, paralelismo, hipérbole, ironia e também construções quiasmáticas. O nome da festa (Purim ou Festa das Sortes), uma das duas festas não estabelecidas no Pentateuco (cp. Êx 34.18-27; Lv 23.1-44; 25.1-17), mas consideradas pelos judeus tão obrigatórias quanto as celebrações, salienta a importância do lançar sortes como um indício do cuidado providencial do povo de DEUS e do controle de seus inimigos (Et 9.24-26). Foram designados dois dias para as celebrações: os judeus em Susã tiveram dois dias para matar seus inimigos (v. 18) e descansaram no dia 15 de Adar (final de fevereiro ou início de março) e, por conseguinte, a celebração deles foi designada para esse dia. Os judeus nas províncias remotas tiveram apenas o dia 13 de Adar para responder a seus inimigos, e eles celebraram no dia 14 de Adar (9.19). O dia 13 de Adar também é celebrado por alguns judeus como a Festa de Ester, por causa da menção de comemorar as práticas do jejum e do seu clamor (v. 31)” (Patterson, D. K, KELLEY, R. H. Comentário Bíblico da Mulher – Antigo Testamento. Vol. I. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp. 897-98).
 
 
CONCLUSÃO
O Livro de Ester nos lembra de que vivemos neste mundo, mas não devemos confiar em suas estruturas. Todos os reinos deste mundo passarão (Dn 2.37-45). Por isso, a Palavra de DEUS diz que “a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor JESUS CRISTO” (Fp 3.20).
 
 
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Qual a característica mais destacada do Livro de Ester?
Ester, por sua vez, tem como característica singular, e sempre destacada, a completa ausência do nome de DEUS.
2. Quais as evidências da historicidade do Livro de Ester?
Muitos estudiosos consideram que o livro foi escrito por um judeu que viveu na Pérsia, pelo fato de o autor demonstrar amplo conhecimento da cidade de Susã e de sua estrutura, e de importantes documentos do Império Persa.
3. Qual o contexto histórico de Ester em relação ao período pós-exílico?
Ester registra fatos ocorridos na capital do Império Persa, Susã, entre o primeiro e o segundo retorno dos judeus para Jerusalém.
4. Qual o principal propósito do livro de Ester?
O principal propósito do livro de Ester é registrar o cuidado providencial de DEUS com o seu povo, a despeito de suas escolhas fora de seu propósito.
5. Que mensagem principal podemos extrair de Ester?
Ester nos transmite como mensagem o perigo de confiar nas falsas estabilidades que as estruturas do mundo nos oferecem, e costumam parecer mais vantajosas.
 
VOCABULÁRIO
Canonicidade: característica ou qualidade do que é canônico; legitimidade, veracidade, sacralidade.