Lição 10 - Não Furtarás 2 parte

Lição 10 - Não Furtarás 2 parte
II. LEGISLAÇÃO MOSAICA SOBRE O FURTO
1. A PENA POR FURTO DE BOIS E OVELHAS.
A legislação mosaica traz mais adiante o modus operandi, a instrução para que as autoridades de Israel possam julgar os casos pertinentes ao sétimo mandamento (Êx 22.1-15). O tema é de caráter jurídico a ser administrado pelo Estado.
O primeiro preceito desta seção dispõe sobre a pena aplicada ao ladrão (Êx 22.1-4). O v. 3b seria a seqüência lógica do v. 1, ficando assim: "Se alguém furtar boi ou ovelha e o degolar ou vender, por um boi pagará cinco bois; e pela ovelha, quatro ovelhas.... O ladrão fará restituição total; e se não tiver com que pagar, será vendido por seu furto".
A pena para quem violasse o oitavo mandamento não era a morte, exceto no caso de rapto de pessoas para serem vendidas como escravos. Se o animal estivesse ainda vivo, a restituição seria o dobro (Êx 22.4) ou 20% se o ladrão confessasse voluntariamente o furto (Lv 6.4, 5). Essa restituição não era uma simples multa pecuniária, mas o resgate pela vida do ladrão, porque a invasão da propriedade da vítima para roubar era um crime de violência que devia ser punido com a morte. Aqui está uma diferença significativa entre os demais códigos antigos, como o de Hamurabi e o Hitita. No entanto, se o ladrão capturado não tivesse como restituir o roubo, como mandava a lei, seria vendido como escravo (Êx 22.3b). É preciso lembrar que a lei do escravo para os hebreus era diferenciada em Israel. O escravo israelita nesse caso seguia o padrão mosaico (Êx 21.2).
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 115-116.
 
Êx 22.1 Se alguém furtar. Temos aqui um caso de furto complicado. Em outras palavras, um homem furtava não por ser pobre, mas com o propósito de comer ou vender o animal. Havia algo de especialmente desagradável quando um homem matava um animal que tivesse furtado, e, pior ainda, quando o vendia. Se um homem se tornasse culpado de tal coisa, teria que devolver ao dono cinco bois por um boi furtado, e quatro ovelhas por uma ovelha furtada. Cf. II Sm. 12.4. Nessa passagem a Septuaginta fala em sete animais devolvidos para cada animal furtado. O código de Hamurabi era ainda mais exigente. A taxa de restituição podia subir até trinta animais para cada animal furtado, e nunca era menor do que dez animais para cada animal furtado!
No extremo oeste norte-americano, os ladrões de cavalos eram executados, o que significa que ali a lei ainda era mais dura que o código de Hamurabi. Os cavalos eram o bem supremo. Outros animais eram menos valorizados.
A pesada compensação tinha por intuito deter o furto. Não é fácil impedir a ação de um ladrão astucioso, porquanto exprime corrupção interior em seus atos, e não apenas a esperança de ser menos pobre. Essa corrupção vai crescendo a tal ponto que o ladrão termina sendo também um homicida.
O boi tinha mais valor que a ovelha por ser um animal útil no trabalho pesado, e não somente por causa de sua carne e de seu couro. Os homens dependiam do boi nas lides do campo, de tal modo que sem esse animal indivíduos e até comunidades inteiras acabavam reduzidas a uma abjeta pobreza. Em conseqüência, o furto de um boi era vigorosamente combatido pela legislação mosaica.
Os antigos persas exigiam a restituição de quatro animais para cada animal furtado. Pesadas retaliações tinham por escopo defender o direito à propriedade. Na antiga nação de Israel, os animais domésticos representavam as principais propriedades das massas. Somente os abastados possuíam coisas como ouro, prata, casas ornamentadas, carruagens, etc...
Êx 22.4 Pagará o dobro. Achamos aqui a lei da restituição em dobro. A propriedade furtada não havia sido vendida. Continuava na casa do ladrão, pronta a ser devolvida. O caso era fácil e simples. Nesse caso, o ladrão restituía em dobro. Caso não tivesse como fazer essa dupla restituição, então era reduzido à posição de escravo, para pagar pelo que tinha furtado, e mais alguma coisa, para aprender a abandonar tal vida de desonestidade. Os antigos persas requeriam uma quádrupla restituição. O código de Hamurabi era muito severo, requerendo até o máximo de trinta vezes mais do que o furtado, e nunca menos de dez vezes mais! A lei de Sólon, entre os gregos, também requeria uma dupla restituição (A. Gell. 1.11. c.18). As restituições acima do valor furtado tinham por intuito impor uma pesada pena sobre a vida do ladrão, com propósitos refreadores e reformadores.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 401-402.
 
2. FURTO À NOITE COM O ARROMBAMENTO DA CASA.
A lei dispõe ainda sobre o ladrão arrombador, caso fosse morto dentro de casa pelo seu proprietário. Se o ato acontecesse durante a noite, o dono da casa que matou o ladrão não seria culpado de sangue, mas, se o caso ocorreu de dia, o dono seria culpado de sangue pela morte do ladrão (vv. 2, 3b).
Há certo paralelismo entre o sistema mosaico e o Código de Hamurabi, com diferenças e semelhanças além do aspecto espiritual que faz da lei de Moisés um código sui generis. O sequestro e o furto de qualquer objeto do templo dos deuses ou do palácio real eram crimes punidos com a pena capital, mas, se o objeto do furto fosse animal ou barco, a pena poderia ser pecuniária, equivalente a 30 vezes o valor do furto, e, se a vítima fosse um cidadão comum, a pena seria reduzida para dez vezes. Se o ladrão não tivesse com que pagar, seria morto. A legislação mesopotâmica aqui é mais dura quanto à pena pecuniária e mais dura se o ladrão não tivesse como pagar a multa.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 116-117.
 
Êxo 22.2 Supõe-se aqui, como é costume dos ladrões, que eles atacariam à noite. Ninguém podia saber quais seriam suas intenções. Talvez abrigassem idéias homicidas no coração, e não somente o furto, pelo que poderiam matar alguém para obter o que quisessem. Portanto, era permitido defender a própria residência de um ladrão que a invadisse durante a noite. Um israelita tinha o direito de matar um ladrão invasor apanhado no ato da invasão.
Não será culpado do sangue. Este versículo reconhece o direito de defesa do lar contra arrombadores e invasores. A palavra hebraica aqui traduzida por “arrombando” dá a noção do ato de escavar uma parede, sem importar se de uma casa ou de uma cidade. O ato, pois, era premeditado e potencialmente violento. Tal homem ficava sem o direito da proteção divina, por haver quebrado o código social. Não mais podia ser considerado um membro da sociedade. Antes, tornara-se um inimigo do bem público ou privado.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 402.
 
Se um ladrão invadisse uma casa à noite, e fosse morto ao fazer isto, o seu sangue estaria sobre a sua própria cabeça e não seria exigido da mão daquele que o derramou, v. 2. Da mesma maneira como aquele que comete um ato ilícito leva sobre si a culpa do dano que causou aos outros, ele também é o responsável por aquilo que ocorre a si mesmo. A casa de um homem é o seu castelo, e a lei de DEUS, assim como a do homem, coloca uma guarda para ele. Aquele que a ataca o faz por sua própria conta e risco.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 301.
 
Êx 22.2. Não será culpado do sangue. Matar um ladrão que tenta perfurar uma parede de tijolos para entrar na casa (Ez 12:5) é homicídio justificável, se acontecer depois do escurecer. O arrombador pode ser um assassino armado, no entender do dono da casa. Sua morte pode até mesmo ser acidental, resultado de uma luta cega no meio da noite.
R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 165.
 
3. O LADRÃO DO DIA.
À luz do dia o dono da casa não tem desculpa se matar o arrombador, além do mais, ele é capaz de identificar o indivíduo. É típico da benevolente legislação israelita que até mesmo um ladrão tenha seus direitos. Este tipo de homicídio justificável (que não produz culpa de sangue) é usado como metáfora em Jr 4.
R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 165.
 
Êxo 22.3 Um ladrão que atacasse durante o dia não era tido como um homicida em potencial, pelo que não deveria ser morto. Nesse caso, se fosse ferido, quem o ferisse seria considerado culpado de sangue.
Quem o feriu será culpado do sangue. Só podemos entender essas palavras como indicação de que um ladrão não podia ser ferido se atacasse durante o dia, e que quem o matasse seria culpado de homicídio e teria de ser executado. Os intérpretes, contudo, tentam evitar essa implicação, havendo aqueles que chegam a fazer emendas no texto para evitar essa conclusão lógica. Realmente, essa distinção entre ladrões que atacam à noite e ladrões que atacam de dia parece forçada demais. Talvez os ladrões hebreus não fossem tão perigosos quanto os modernos. Ou, então, devemos pensar que os ladrões que atacam de dia seriam o que hoje chamamos de descuidistas, que furtam pequenos objetos ou pequenas importâncias em dinheiro.
Outros intérpretes pensam que a culpa do sangue deve ser atribuída ao ladrão. Assim, um ladrão que atacasse de dia seria culpado, pelo que deveria ser punido, embora não executado. Quem o surpreendesse, pois, não deveria executá-lo. Nesse caso, não é dito o que sucederia a quem matasse um ladrão que atacasse de dia. Mas extrair tal sentido do texto sagrado requer uma incrível manipulação do hebraico originai.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 402.
 
Mas, se o ladrão fosse morto à luz de dia, aquele que o matou deveria responder por isto (v. 3), a menos que isto tivesse acontecido na necessária defesa da sua própria vida. Observe que nós devemos prezar a vida, e até mesmo a vida dos homens maus. O magistrado é o responsável por prover a correção e a reparação, e não devemos nos vingar.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 301.
 
Se houvesse decorrido tempo, como dão a entender as palavras, se o sol houver saído sobre ele (3), então matar o ladrão não seria justificável e tal assassinato estaria sujeito à pena. É possível que o significado desta cláusula seja que não havia culpa matar o ladrão à noite, mas que constituía delito fazê-lo durante o dia. Em todo caso, se o ladrão vivesse, teria de fazer restituição total ou, se não pudesse pagar, seria vendido como escravo (3). Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Êxodo. Editora CPAD. pag. 197.
 
III. SOBRE OS DANOS MATERIAIS
1. ANIMAL SOLTO.
Êxo 22.5 Continuavam as leis acerca dos abusos contra a propriedade. Dar pasto aos animais custava dinheiro. Assim, talvez alguém achasse ser medida de esperteza fazer seus animais pastarem em terreno alheio. Mas isso também poderia ocorrer acidentalmente. Em ambos os casos estaria ocorrendo um pequeno furto. A restituição era cobrada da melhor parte da propriedade do ofensor, embora não se fale aqui em porcentagem. O código de Hamurabi (55 e 56) também condenava tais atos. Os ofensores tinham que pagar multas. Os intérpretes judeus também levavam em conta o dano que um anima! poderia fazer enquanto estivesse solto no terreno de um vizinho qualquer. O ofensor também devia pagar por esses danos. Portanto, era punida a invasão de terreno alheio. Desse modo, a legislação mosaica defendia tanto o direito à propriedade quanto a integridade da propriedade.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 402.
 
A respeito da invasão, v. 5. Aquele que voluntariamente colocasse seu gado no campo de seu vizinho deveria fazer restituição com o melhor do seu próprio campo. A nossa lei faz uma diferença muito maior entre este e outros ladrões, do que a lei de Moisés fazia. Os judeus, consequentemente, observavam, como regra geral, que a restituição deve ser sempre feita do melhor, e que nenhum homem deve manter nenhum gado que provavelmente invada as propriedades dos seus vizinhos, ou lhes cause algum dano. Nós devemos ser mais cuidadosos para não causar mal do que para não sofrer mal, porque sofrer danos é somente uma aflição, mas causar danos é um pecado, e o pecado é sempre pior que a aflição.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 301.
 
Êxo 22.5. Se alguém fizer pastar o seu animal num campo ou numa vinha. (N. T. — O original hebraico é: “ Se um homem permitir que um campo ou vinha seja destruído” ). O verbo que a SBB traduziu “ fizer pastar” é o mesmo usado no versículo 6 e traduzido “ acendeu o fogo” , mas o contexto parece emprestar ao verbo um sentido diferente. No entanto, é possível que o sentido “ queimar” esteja correto aqui. Este é um dos princípios sensatos da lei mosaica, de que a indenização deve ser paga com o que há de melhor. O caso aqui considerado é uma causa comum de atritos quando duas culturas se defrontam, a agrícola e a pastoril. Tal situação deve ter sido particularmente irritante durante os anos em que Israel mudava seus padrões de vida, de nômades do deserto para agricultores estabelecidos.
R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 165.
 
 
2. A QUEIMADA INVOLUNTÁRIA.
O segundo e o terceiro preceitos dizem respeito à negligência (Êx 22.5, 6). A pena aqui é diferenciada. No primeiro caso, o responsável pelo estrago na safra do campo e da vinha da vítima teria de retribuir os prejuízos com o melhor do seu próprio campo. No segundo caso, o culpado pelo incêndio teria de fazer a restituição com o pagamento total dos danos causados pela queima.
O sistema mosaico revela nesse oitavo mandamento o cuidado individual de evitar danos e prejuízos alheios. Esses princípios estão presentes em todas as civilizações antigas e permanecem ainda hoje em todas as nações. O contexto histórico social é outro, mas o princípio é o mesmo. Não há bois nem ovelhas nas cidades, mas há cães e gatos nas residências, e nem sempre seus donos se dão conta dos incômodos que causam aos vizinhos, ruídos e também dejetos em terrenos alheios, às vezes, nas próprias ruas. A intenção do ESPÍRITO SANTO aqui é nos ensinar a amar e respeitar ao próximo e a não lhes causar nenhum prejuízo. A lei fala sobre animais, porém no contexto atual muitas outras coisas podem ser adicionadas, por exemplo, acidentes de carros, problemas em construção de casa, barulhos etc. Aí está, mais uma vez, a grandeza e a importância da lei dada a Israel no concerto do Sinai, que serve como inspiração e instrução para todos os povos e em todas as épocas para o bem-estar de todas as pessoas.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 117.
 
Êxo 22.6 Se irromper fogo. Há pessoas que gostam de fogo. Crianças e adultos podem sentir-se fascinados pelas chamas. Há pessoas que fazem queimadas para limpar terrenos de escombros ou troncos caídos; mas existem aqueles que provocam incêndios por pura diversão doentia. Um homem que estivesse limpando um seu terreno mediante queimada, podia perder o controle das chamas, destruindo assim as plantações de um de seus vizinhos. Isso acontecia (e até hoje acontece) com tanta freqüência que a legislação mosaica precisou controlar tal abuso.
Uma negligência que causa prejuízo precisava ser punida. Assim, o ofensor de um incêndio desses teria que pagar pelo dano causado pelo fogo. Se um homem fizesse provisão para impedir a propagação das chamas, como levantar um muro com pelo menos 1,20 m de altura que separasse seu terreno do terreno contíguo, e mesmo assim o vento fizesse espalhar as chamas a esse outro terreno, então não era considerado culpado. Por igual modo, se as chamas saltassem por cima de uma estrada ou de um curso de água, não seria considerado culpado. Nesse caso, o incêndio era tido como um ato de DEUS (Bartenora em Misn. Gittin. c. 5 see. 1).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 402.
 
A respeito de danos causados pelo fogo, v. 6. Aquele que desejou queimar somente os espinhos pode tornar-se cúmplice da queima do trigo, e não será considerado inocente. Homens de espírito acalorado e ansioso devem tomar cuidado, para que, enquanto pretendem somente extirpar as ervas daninhas, não extirpem também o trigo. Se o fogo provocou dano, aquele que o acendeu deve responder por isto, ainda que não possa ser provado que ele desejasse o prejuízo. Os homens devem sofrer pelos seus descuidos, assim como pela sua maldade. Nós devemos tomar cuidado para não iniciar rixas. Pois, embora possam parecer pequenas, nós não sabemos quão grande pode resultar a questão, cuja culpa deveremos suportar se, como o louco, lançarmos faíscas, flechas e mortandades, e fingirmos que não desejávamos nenhum mal. Nós nos tornaremos muito cuidadosos a nosso respeito, se considerarmos que devemos responder, não somente pelo mal que causamos intencionalmente, mas também pelo mal que causamos pela inadvertência.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 301-302.
 
Se irromper fogo. O fogo na vegetação rasteira era temido em Israel, com sua vegetação mediterrânea e verões quentes e secos. Qualquer morador de áreas semi-desérticas sabe muito bem com que rapidez espinheiros pegam fogo, ou capim e palha queimam completamente. Os espinheiros eram provavelmente usados como sebes, para manter o gado afastado de plantações (como se faz com cactos hoje em dia) e queimavam com estouros e explosões assustadores, apropriadamente comparados à gargalhada do insensato (Ec 7:6). Na Palestina eles foram e ainda são usados pelos pobres como combustível.
R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 165.
 
3. O FURTO E O LADRÃO.
A lei apresenta ainda na presente seção alguns preceitos adicionais sobre o ladrão (Êx 22.7-9). Aqui a lei trata de alguém que tem objeto roubado sob a sua guarda. Se o ladrão for encontrado, ele retribuirá o dobro (v. 7). Mas, se o autor do roubo não for encontrado, o responsável pela custódia terá de provar que o objeto não foi de fato roubado, confirmando assim sua inocência (v. 8). Isso é para ser feito num julgamento, razão pela qual o assunto é levado perante os juízes (v. 9). A lei constituiu juízes para julgar os réus como também deliberar sobre os litígios.
O termo juízes , em hebraico aqui ’el-hã-’êlohim significa literalmente "diante de DEUS", embora o termo plural, 'èlohim, de forma isolada, signifique também "deuses". O termo aparece duas vezes na presente seção (vv. 8, 9). A tradução literal seria "perante DEUS" como aparece na Septuaginta e na Vulgata Latina. Este uso é padrão para o verdadeiro DEUS no Antigo Testamento e não deve ser traduzido como "deuses" por causa do artigo. O emprego de "juízes" aqui é legítimo e ninguém questiona essa tradução. As versões rabínicas empregam "perante a corte . A passagem paralela em Deuteronômio lança luz sobre o assunto, pois aparece liphnê hã-kohãnim we-ha-shshophetim,ul "diante dos sacerdotes e dos juízes" (Dt 19.17). O termo shophetim, plural de shophet, significa "juiz, árbitro, conselheiro jurídico; governante" (Dt 19.17). Os juízes representavam o DEUS de Israel nos julgamentos, pois a sentença judicial vinha investida de legitimidade divina.
A presente seção dispõe também sobre a apropriação indébita (Êx 22.10-13). O preceito aqui é a continuação do anterior, é que lá trata de "prata ou objetos" (v. 7), em hebraico é kesseph ’ô-kêlim. Kesseph se usa para "prata", mas ainda hoje significa também dinheiro" em Israel; kêlim, plural de keli, significa "objeto, artigo, utensílio, vaso", que as nossas versões traduzem também por "roupa, traje, veste" em Deuteronômio 22.5. Mas os versículos 10-13 tratam agora de animais sob a custódia de alguém. Se o animal fugir, morrer ou for dilacerado sem que haja testemunha disso, o responsável pela guarda fará um juramento perante DEUS de que não subtraiu os animais em questão e seu dono deve aceitar esse juramento. Isso significa que ele não tem direito à restituição. Se o animal for furtado, o que tinha a custódia fará restituição ao dono, e, se for dilacerado, não haverá restituição, mas o dono precisa ver essa dilaceração.
A seção se encerra com instruções sobre empréstimo, aluguel e arrendamento: "Se um homem pedir emprestado ao seu próximo, e aquilo que for emprestado vier a danificar-se ou morrer em ausência do dono, certamente fará ele restituição. Se o dono estiver presente, o outro não fará restituição; se a coisa for alugada, o preço do seu aluguel já respondeu por ela" (w. 14, 15). Se a coisa emprestada for danificada ou o animal arrendado for morto, estando o dono presente não haverá restituição, mas, se ele estiver ausente, o que tomou o objeto emprestado ou o que arrendou o animal terá de restituí-lo.
Diante do exposto, fica evidente que o oitavo mandamento é uma proibição que envolve toda a forma de apropriação indébita: o furto, o roubo, o tráfico de seres humanos e a recepção de qualquer coisa roubada, as transações fraudulentas e os pesos e as medidas falsos, a remoção de marcos de propriedade, a injustiça e a infidelidade em contratos entre os homens ou em questões de confiabilidade, patrão e empregado e vice-versa, a opressão, a extorsão, a usura e o suborno.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 117-119.
 
Êxo 22.7,8 Guarda de objetos de valor. Talvez um homem estivesse em viagem. Deixara algum dinheiro em casa e temia ladrões que poderiam tirar proveito de sua ausência. Como medida de segurança, entregara o dinheiro a um vizinho. Para sua consternação, o dinheiro foi roubado. Ou, então, o vizinho, cedendo à tentação, apossara-se do dinheiro e lançara a culpa sobre supostos ladrões. O homem que perdera o dinheiro poderia tentar descobrir a verdade, fazendo seu vizinho ser interrogado pelos juízes. Presumimos que se esse vizinho fosse culpado, então teria de fazer restituição em dobro. Mas se tal vizinho não fosse culpado de qualquer ato errado, não teria que fazer restituição do dinheiro roubado (vs. 11). E ao homem que perdera o dinheiro só restaria falar sobre sua má sorte, esperando que o futuro lhe fosse mais sorridente.
Também havia o problema das falsas reivindicações. Um homem poderia dizer que entregara certa importância a um vizinho, sem que isso fosse verdade. Casos assim teriam que ser julgados. Os juízes decidiriam, e juramentos seriam exigidos de ambas as partes (vs. 11). Supostamente, Yahweh haveria de castigar àquele que tivesse jurado falsamente, pelo que um homem com qualquer sensibilidade espiritual, seria cauteloso quanto a questões assim. Há alguma evidência de que tais casos também podiam ser resolvidos por meio de oráculos. O oráculo diria quem estava dizendo a verdade. Todavia, o próprio texto silencia totalmente sobre essa possibilidade. Na Babilônia, a questão era regulamentada de forma mais completa. Aquele que ficasse encarregado da guarda de bens alheios munia-se de testemunhas e de uma espécie de contrato de inventário, garantindo assim a sua honestidade (código de Hamurabi 122). Ver I Reis 8.31,32 quanto a juramentos geralmente feitos nessas ocasiões.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 402.
 
Relacionadas com o que se deixa em confiança, w. 7-13. Se um homem entregar bens, digamos, a um transportador, para que os transporte, ou a um dono de armazém, para conservá-los, ou entrega seu gado a um fazendeiro, para que o alimente, e depois de valiosa consideração uma confiança especial repousar na pessoa com quem os bens estão, caso estes bens sejam roubados ou perdidos, morram ou sejam danificados, se parecer que não houve nenhuma falta da pessoa à qual foram confiados, o proprietário deverá arcar com o prejuízo. Caso contrário, aquele que foi completamente relapso a esta confiança deverá ser obrigado a fazer uma compensação. A pessoa a quem os bens foram confiados deve declarar a sua inocência mediante um juramento diante dos juízes, se o caso for tal que não se possa produzir nenhuma prova, e os juízes deverão decidir a questão, conforme lhes parecer. Isto nos ensina: 1. Que devemos tomar muito cuidado com tudo o que nos é confiado, cuidando como se fosse nosso, embora seja de outra pessoa. É injusto e vil, e é uma vergonha perante todo o mundo, trair a confiança de alguém. 2. Que existe uma decadência tão geral de confiança e justiça sobre a terra, que cria oportunidades para suspeitar da honestidade dos homens sempre que é do seu interesse ser desonesto. 3. Que um julgamento para confirmação é o fim da contenda, Hebreus 6.16. É chamado julgamento do Senhor (v. 11) porque a Ele é feito o apelo, não somente como uma testemunha da verdade, mas como um vingador do mal e da falsidade. Aqueles que tinham feito mal ao seu vizinho, fazendo-lhe algo injusto, ainda assim, podia-se esperar, não tinham pervertido as suas consciências a ponto de profanarem um juramento ao Senhor, e pedir que o DEUS da verdade fosse testemunha de uma mentira. O perjúrio é um pecado que assusta a consciência natural, tanto quanto qualquer outro pecado. A prática de juramentos (inclusive em religiões) é muito antiga, e é uma indicação clara da crença universal em um único DEUS, em uma providência divina, e em um julgamento que há de vir.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 302.
 
Isso é chamado de penhora na lei de bailments, é um depósito de bens pelo devedor ao seu credor, a ser mantida até que a dívida seja paga. Quaisquer bens foram deixados nas mãos de outra pessoa, essa pessoa, de acordo com a lei mosaica, tornou-se responsável por eles, se eles forem roubados, e o ladrão for encontrado, ele deverá pagar o dobro, se ele não pode ser encontrado, o fiel depositário deve fazer juramento perante os magistrados, que não sabe nada deles, assim poderá ser considerada uma quitação total. Entre os romanos, se os bens que um homem havia confiado ao seu vizinho foram perdidos o depositário era obrigado a pagar o valor integral.
ADAM CLARKE. Comentário Bíblico de Adam Clarke.
 
IV. O TRABALHO
1. UMA BÊNÇÃO.
A Bíblia mostra o trabalho como bênção de DEUS e não como maldição (Sl 128.1,2). Todos devem trabalhar e isso é honroso. O apóstolo Paulo disse que, "se alguém não quiser trabalhar, não coma também" (2 Ts 3.10). Não existe trabalho baixo e alto, desde que seja honesto. Até os ricos trabalham. Certamente produzir e enriquecer é trabalhar. Talento, habilidade, esforço são elementos do trabalho. Os bens e propriedades adquiridos por meio de trabalho honesto ou por herança são opostos ao furto e roubo.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 113.
 
Gênesis - Jardim do Éden - Para o cultivar e o guardar. Na ocasião, o homem recebeu um trabalho para fazer. Não foi deixado no ócio. A tarefa do homem era cultivar e tomar conta do jardim que DEUS havia preparado. Isso posto, o seu trabalho era feito para DEUS, um serviço divino. Cada indivíduo tem seu próprio jardim para cultivar e proteger, o que, sem dúvida, é uma das lições espirituais sugeridas neste texto. Idealmente, cada ser humano tem uma missão ímpar a cumprir. Sua vida deveria ser vivida de tal maneira que ele descobrisse essa missão e então a cumprisse.
Cada Indivíduo é um Jardineiro. Toda pessoa tem algo de importante para amar e para cuidar. Há um nobre serviço a ser realizado. Seu plantio medra como as flores e as árvores. Ali está tudo, e pode ser visto. Podem ser coisas dotadas de beleza para que ela mesma e outras pessoas possam contemplar. Esse plantio produz fruto. É útil para ela mesma e para outras pessoas. Cada indivíduo tem a responsabilidade de cultivar a tarefa que DEUS lhe deu. JESUS apreciava os lírios do vale (Mat. 6.28). O próprio reino cresce como uma semente de mostarda (Mat. 13.31), O homem diligente deve ser como um semeador que, cheio de entusiasmo, sai para cumprir a sua tarefa (Mat. 13.3). DEUS andava e conversava com o homem no jardim do Éden. Ele está sempre perto para ajudar e inspirar ao homem honesto que quer cumprir bem a sua tarefa. Cada missão tem uma provisão divina para que seja devidamente levada a efeito. DEUS preparou o jardim; em seguida, preparou o homem; e também garantiu a sua fertilidade.
Aben Ezra referiu-se à necessidade de proteger o jardim do Éden das feras (e de Satanás - obs. Ev. Henrique). Elementos estranhos que impedem a tarefa devem ser evitados ativamente. Nenhuma missão deixará de ter sua cruz para ser suportada; mas algumas vezes as pessoas vivem descuidadamente, permitindo que elementos prejudiciais venham atrapalhar.
“Mesmo estando no estado de inocência, não podemos conceber que o homem poderia sentir-se feliz, se ficasse inativo. DEUS lhe deu um trabalho para fazer, e sua atividade contribui para a sua felicidade” (Adam Clarke, in ioc.). CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 27.
 
Mesmo em um estado de inocência, não podemos conceber que seja possível que o homem poderia ter sido feliz, se inativo. DEUS lhe deu trabalho a fazer, e seu emprego contribuiu para a sua felicidade, pois a estrutura de seu corpo, bem como de sua mente, claramente prova que ele nunca foi destinado a uma vida meramente contemplativa.
ADAM CLARKE. Comentário Bíblico de Adam Clarke.
 
Adão, o trabalhador. Ao recapitular o terceiro dia (Gn 1:9-13), Moisés relatou como DEUS criou a vegetação e proveu uma "névoa" para regar as plantas. É interessante que DEUS precisava de alguém para cultivar a terra e para ajudar a produzir o alimento necessário. Os seres humanos são despenseiros das bênçãos da criação de DEUS e devem usar as dádivas do Senhor conforme ele ordena. DEUS e o homem trabalham juntos, pois DEUS colocou o homem no Éden para fazer seu trabalho ao cultivar a terra e cuidar do jardim (v. 15).
Certo homem aposentado, cansou-se de ver um terreno baldio quando saía para fazer sua caminhada diária e pediu permissão ao proprietário para plantar um jardim naquela área. Levou dias para tirar de lá todo o entulho acumulado e mais tempo ainda para preparar o solo, mas o homem trabalhou com afinco. No ano seguinte, o terreno chamava a atenção de todos os que ali passavam por seu jardim cheio de vida e beleza.
— DEUS certamente lhe deu um terreno muito bonito — disse um visitante enquanto admirava as flores e o trabalho de paisagismo.
— Sem dúvida — respondeu o atarefado jardineiro que cuidava das flores — mas você deveria ter visto este terreno quando era só de DEUS!
Essa resposta foi sábia e de forma alguma irreverente. O mesmo DEUS que ordena o fim - um belo jardim - também ordena os meios para alcançá-lo - alguém para realizar o trabalho. Afinal, "a fé sem obras é morta" (Tg 2:26), e não há orações nem estudos bíblicos capazes de substituir o trabalho de um jardineiro lavrando o solo, semeando, regando as plantas e arrancando as ervas daninhas. "Porque de DEUS somos cooperadores" (1 Co 3:9).
O trabalho não é uma maldição, mas sim uma oportunidade de usar nossas aptidões e de cooperar com DEUS, sendo despenseiros fiéis de sua criação. Depois que o homem pecou, o trabalho transformou-se em labuta (Gn 3:17-19), mas essa não era a intenção original de DEUS. Todos nós temos aptidões e oportunidades e devemos descobrir o que o Senhor deseja que façamos com nossa vida neste mundo, para o bem de outros e para a glória de DEUS. Algum dia, queremos ser capazes de estar diante de DEUS e de dizer como JESUS: "Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer" (Jo 17:4).
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 23-24.
 
2. OS BENS.
As informações bíblicas mais antigas de que dispomos sobre o regime de propriedade retrocedem ao período patriarcal. Abraão comprou de um heteu chamado Efrom parte de uma propriedade que se localizava no fim de seu campo, para o sepultamento de Sara (Gn 23.17-20). No Egito, durante o período das vacas magras, José comprou para o Faraó todas as terras do Egito, exceto aquelas que pertenciam aos sacerdotes egípcios. Assim, os antigos proprietários arrendaram essas terras e passaram a pagar ao rei do Egito 20% de sua produção (Gn 47.20-26). Textos antigos de autores profanos confirmam essa reforma administrativa de José no Egito. Heródoto diz que o Faraó Sisóstris "repartiu o país entre todos os egípcios, concedendo a cada um uma parte quadrada e, conforme esta partilha, estabeleceu a eles o pagamento de um tributo anual" (História II. 109). Os sacerdotes eram isentos desse tributo. Relato similar aparece em Diodoro Sículo, historiador da Sicília, contemporâneo de Júlio César e Augusto, em sua Biblioteca Histórica, afirma que toda a terra do Egito pertencia aos sacerdotes, ao rei e aos guerreiros (1.73); e, segundo o estoico Estrabão, historiador e geógrafo grego (64 a. C.-19 d. C.), autor da obra Geografia, os camponeses e mercadores arrendaram as terras do Egito de modo que elas não lhes pertenciam (Livro 17). São documentos extrabíblicos confirmando o relato da Bíblia. Na Mesopotâmia, as propriedades eram familiares e individuais, e o rei só podia dispor delas se as comprasse.
No sistema mosaico, toda a terra pertencia a Javé (Êx 19.5; Dt 10.14). DEUS autorizou a partilha da terra dos cananeus entre as famílias israelitas, o que aconteceu durante as conquistas de Josué. A partir do capítulo 13 de Josué, há o registro da divisão da terra entre as tribos de Israel. Cada propriedade estava limitada por marcos cuja remoção a lei proibia severamente (Dt 19.14; 27.17), e essa ordem se estende ao longo do Antigo Testamento (Jó 24.2; Pv 22.28; 23.20; Os 5.10). A lei garantia o direito de posse da propriedade, que era patrimônio familiar, e o rei não tinha o direito de se apossar dela, exceto pela compra se o proprietário quisesse vendê-la. O episódio do rei Acabe é um exemplo clássico do direito sagrado de propriedade, como se vê em 1 Reis 21.
DEUS não criou o homem para a ociosidade. Adão recebeu tarefas para serem feitas mesmo antes da Queda do Éden: "E tomou o SENHOR DEUS o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar" (Gn 2.15).
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 112-113.
 
«...sendo rico, se fez pobre por amor de vós...» Isso não quer dizer que o Senhor era «potencialmente» rico neste mundo, mas que rejeitou essas riquezas. E nem essas riquezas representam aqui a presença e a atividade do ESPÍRITO SANTO no mundo. Antes, há aqui uma clara referência à preexistência de CRISTO, que é ensinada igualmente em João 1:1. (Sobre a «preexistência de CRISTO» ver também Fil. 2:5 e ss. e I Cor. 8:6 e Col. 1:15-17). As riquezas que CRISTO deixou são as celestiais, que Este possuía por direito de divindade e de criação; mas agora as suas riquezas, desde que completou sua missão terrena com sucesso e retornou aos lugares celestiais, se devem justamente ao êxito de sua tarefa neste mundo. O Senhor abriu as portas da oportunidade para as riquezas espirituais para todos os homens que nele confiem. (Quanto a isso ver os trechos de Heb. 1:9 e Fil. 2:8,9). A passagem de Rom. 8:17 mostra-nos que compartilhamos dessa herança.
CRISTO «...se fez pobre...» quando na encarnação, ao assumir a posição de homem, posição essa de ínfima pobreza, quando confrontada com a divindade. Mas talvez haja aqui, por semelhante modo, uma alusão à sua pobreza terrena, no sentido que veio viver com uma família pobre, que jamais teve abundância de bens materiais. Contudo, a «condição humana» que CRISTO assumiu é o pensamento central encerrado no conceito de «pobreza», encontrado neste versículo. Portanto, pode-se afirmar que CRISTO «se esvaziou a si mesmo» (ver Fil. 2:7). (Quanto à importância da «humanidade de CRISTO», tão freqüentemente negligenciada pela moderna igreja evangélica, Fil. 2:7. Ver também a passagem joanina central sobre esse tema, João 11:33-35 e 12:27).
«A essência disso (da pobreza assumida) é que CRISTO deixou de lado seu poder, sua dignidade, seu prestígio e seus privilégios, tudo o que os homens associam à divindade; e então tomou a forma de servo, passando a compartilhar do labor ordinário dos homens, tendo experimentado todos os males comuns à humanidade, sem qualquer exceção, todas as injustiças que há neste mundo. Ele se tornou pobre, quanto ao dinheiro, pobre quanto à posição social, pobre quanto ao poder, pobre quanto à reputação, pobre quanto a todas as coisas que as pessoas chamam de riquezas. Isso ele fez a fim de unir-se aos homens e conquistá-los com seu amor e bondade, tirando-os do poder do mal para a comunhão com DEUS». (James Reid, in loc.).
«...pela sua pobreza vos tornásseis ricos...» Essas palavras falam das riquezas celestiais de CRISTO, que compartilharemos com ele, na qualidade de seus co-herdeiros. E então teremos e seremos tudo quanto ele tem e é. Na verdade, os tesouros maiores do destino dos remidos não é que chegaremos a possuir os lugares celestiais—embora isso faça parte integrante das riquezas que aguardamos—e sim, que teremos a riqueza do ser de CRISTO. Ao sermos transformados segundo a imagem de CRISTO, compartilharemos de sua própria natureza, da natureza divina, tal como ele agora compartilha da nossa, na qualidade de DEUS-homem. (Ver II Ped. 1:4). E isso devemos aceitar no sentido mais literal possível. (ver Rom. 8:29. Quanto à «glorificação», mediante a qual somos enriquecidos, ver Rom. 8:29,30. Quanto à «herança dos santos», ver Rom. 8:17).
A contemplação meditativa sobre a magnitude daquilo que CRISTO tem realizado em nosso favor, bem como sobre as vastíssimas riquezas celestiais que são nossas, por toda a eternidade, deveria impulsionar-nos à generosidade quanto às coisas temporais. E esse foi o propósito de Paulo ao mencionar essas realidades. Os argumentos paulinos em prol da generosidade, ainda que contivesse apenas esta razão, seriam irretorquíveis, tanto para nós como para os antigos crentes coríntios. Uma grande e «divina necessidade» nos é imposta, que nos força a sermos gratos e a ajudarmos abundantemente aos nossos semelhantes em necessidade, especialmente àqueles que pertencem à família da fé. Seguir o exemplo de CRISTO, nesse particular, é algo imperioso.
O empobrecimento de CRISTO enriqueceu a criação inteira. E a nossa generosidade pode adicionar um pouquinho a isso, na forma de benefícios aos que padecem necessidade, tanto das coisas materiais como das realidades espirituais.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 376.
 
A ansiedade constante sobre os negócios mundanos enche a mente e o coração de nebulosos pressentimentos. Quando essa pessoa é pobre, engana-se a si mesma pensando que, se pelo menos fosse rica, seria feliz. Se é rica, engana-se a si mesma imaginando que se fosse ainda mais rica estaria satisfeita, como se as riquezas materiais pudessem garantir o contentamento em quaisquer circunstâncias.
O homem em questão não pode ser ricamente abençoado nem pode ser uma bênção. A palavra, ao afetá-lo, não pode ser frutífera. Não há nada de errado com o semeador. Também não há nada de errado com a semente. Com o homem, não obstante, está tudo errado. Ele deve pedir ao Senhor que o livre das preocupações dominantes e dos sonhos mundanos e enganosos, para que a mensagem do reino comece a ter livre curso no coração e vida. Então a mente, resgatada das ansiedades que torturam e das ilusórias fantasias, será capaz de refletir significativamente sobre preciosas passagens como estas: Provérbios 30.7-9; Isaías 26.3; Mateus 6.19-23, 24; Lucas 12.6. 7, 13-34: 1 Timóteo 6.6-10; Hebreus 13.5, 6.
HENDRIKSENWilliam. Comentário do Novo Testamento. Mateus II. Editora Cultura Cristã. pag. 84.
 
3. O NOVO TESTAMENTO.
Romanos 2:21 «...Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas ?...» Não se pode duvidar que o furto era um defeito de caráter extremamente comum entre os judeus. Mas mui provavelmente Paulo, à semelhança do Senhor JESUS, se referia aqui a formas mais pervertidas e às vezes disfarçadas de furto, conforme vemos nos pontos discriminados abaixo:
1. Por exemplo, impunham pesadas cargas aos outros, como impostos e a necessidade de contribuírem com altas somas para o templo, além daquilo que era legítimo, a fim de que enriquecessem. (Ver Mat. 23:2,4).
2. Faziam da própria casa de DEUS, o templo de Jerusalém, um covil de salteadores, estabelecendo mesas de cambistas no templo, onde vendiam os sacrifícios necessários por preços exorbitantes. (Ver Mat. 21:13 e João 2:16).
3. Toda a moeda corrente no templo tinha de ser judaica, e por isso havia o grande negócio explorado pelos cambistas, que trocavam o dinheiro estrangeiro pelo dinheiro nacional. O câmbio era exageradamente alto, e assim o povo judaico era sistematicamente roubado de seu dinheiro, e isso para atenderem a uma finalidade religiosa.
4. Os líderes do judaísmo também furtavam as casas das viúvas, convencendo-as a doarem suas propriedades e heranças para o serviço de DEUS, ou formando processos contra elas, a fim de se apossarem dessas propriedades. Ou ainda pressionando-as ilegalmente, fazendo acusações inverídicas. (Ver Mat. 23:14). Todas essas coisas eram tantas outras formas de furto, e o partido dos saduceus não se envergonhava por lançar mãos desses artifícios; e com essas medidas conseguiam dominar e controlar o culto do templo.
5. Também furtavam espiritualmente aos outros, ensinando interpretações falsas da lei, e defraudando o povo de sua legítima herança espiritual. Porém, o mais provável é que esse crime não esteja em vista no presente versículo, apesar de que assim realmente agiam aqueles homens.
6. Cobravam juros exorbitantes por empréstimos feitos a compatriotas judeus, sem importar-lhes que a lei proibia a cobrança de juros, em qualquer forma, da parte de um judeu contra outro. (Ver Deu. 23:19). Essa, pois, era uma outra forma como se manifestava a desonestidade daqueles mestres judeus.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 3. pag. 600.
 
Ele agrava suas provocações (w. 21-24) por duas coisas:
1. Que eles pecaram contra seu próprio conhecimento e confissão, fizeram aquilo que eles mesmos ensinavam os outros a não fazer: “...tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo Ensinar é um pouco desta caridade que começa em casa, ainda que não deva terminar ali. Era a hipocrisia dos fariseus que eles não praticavam o que ensinavam (Mt 23.3), mas destruíam em suas vidas o que construíam com sua pregação; porque, quem acreditará naqueles que não acreditam em si mesmos? Os exemplos valem mais que as regras. Os que mais impedem o sucesso da palavra são aqueles cuja má vida contradiz sua boa doutrina, que no púlpito pregam tão bem que é uma pena que eles sempre saem, e fora do púlpito vivem tão mal que é uma pena que eles sempre entrem. Ele especifica três pecados em particular que ocorrem muito entre os judeus: (1) Furto. Essa acusação é feita a alguns que declaravam os estatutos de DEUS (SI 50.16,18): “Quando vês o ladrão, consentes com ele”. Os fariseus são acusados de devorar as casas das viúvas (Mt 23.14), e esse é o pior dos roubos.
Foi nos últimos dias da igreja do Antigo Testamento que eles foram acusados de roubar a DEUS “...nos dízimos e nas ofertas” (Ml 3.8,9), convertendo para seu próprio uso, e para o serviço de seus desejos, o que era, de maneira especial, separado para DEUS. E isso é quase equivalente à idolatria, embora esse sacrilégio fosse mascarado com o repúdio aos ídolos. Serão severamente responsabilizados outro dia aqueles que, enquanto condenam o pecado em outrem, fazem o mesmo, ou pior, eles mesmos.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.Editora CPAD. pag. 320.
 
Rm 2.21-23 — Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Há certo grau de ironia nessa pergunta de Paulo. Os judeus estavam preparados para ensinar aos gentios os mandamentos da Lei, mas eles próprios quebravam tais mandamentos. Observe: Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? (o oitavo mandamento). Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? (o sétimo mandamento) . Tu, que abominas os ídolos, cometes sacrilégio? (o segundo mandamento). Os judeus estavam prontos para pregar a moralidade, mas não estavam prontos para praticar a mensagem que eles próprios pregavam. Eles estavam roubando uns aos outros, ou talvez mantinham em si grande cobiça; eles cometiam adultérios; eles profanavam a casa de DEUS, transformando-a em local de comércio. Sendo assim, Paulo fez a provocadora pergunta: Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, cometes sacrilégio? A transgressão da Lei traz desonra a DEUS. Os judeus reivindicam ter o conhecimento da Lei, embora não a pratiquem. Eles se esquecem de que a Lei habita onde ela é silenciosamente praticada.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 366-367.
 
ELABORADO: Pb Alessandro Silva (http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/) com algumas modificações do Ev. Luiz Henrique.
 
Questionário da Lição  9 - Não Adulterarás
Lições Bíblicas - 1º Trimestre de 2015 - CPAD - Para adultos
Tema: OS DEZ MANDAMENTOS - Valores Imutáveis Para Uma Sociedade Em Constante Mudança
Comentários: Pr. Esequias Soares
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas Verdadeiras e com "F" as Falsas
 
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Aquele que ___________________________ não furte mais; antes, _____________________________, fazendo com as mãos o que é ____________________________, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade."
 
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
O ______________________________ mandamento diz respeito à ____________________________ da propriedade e abrange grande número de modalidades de ____________________________ sobre os quais o cristão precisa vigiar para não cair nas ciladas do Diabo.

I. O OITAVO MANDAMENTO
3- Qual a abrangência do oitavo mandamento, não furtarás?
(    ) Diz respeito a qualquer negócio com vantagem lícita, mas que deixe o outro entristecido.
(    ) Numa leitura superficial, parece tratar-se apenas da proibição de simples furto ou mesmo da aquisição ilegítima de propriedades ou possessões de outras pessoas ou grupos, mas o mandamento vai muito além disso.
(    ) Diz respeito a qualquer negócio com vantagem ilícita e que deixe o outro no prejuízo.
(    ) Estende-se ainda à provisão de emprego para que todos possam ganhar seu sustento de maneira digna e honrada, e isso envolve justiça social. Este é o grande desafio dos governantes no mundo inteiro.

4- Qual o objetivo do oitavo mandamento, não furtarás?
(    ) O propósito principal do mandamento "não furtarás" é a punição do próximo.
(    ) O propósito do mandamento "não furtarás" é a proteção e o respeito pelos bens alheios e pelo próximo.
(    ) Vinculado a este mandamento está o trabalho como recurso para que cada um possa obter o sustento de sua família de maneira digna.
(    ) A desonestidade em todas as suas modalidades é um câncer na sociedade, um mal que precisa ser erradicado.

5- Qual era o contexto social da época em que foi promulgado o oitavo mandamento, não furtarás?
(    ) Segundo a tradição rabínica, o sentido primário deste mandamento era a proibição de rapto de pessoas para serem vendidas como escravos.
(    ) Esse não era o tipo de crime comum naquela época; o rapto de José do Egito é uma exceção daquele contexto social.
(    ) O mesmo verbo hebraico ganav, "furtar", é usado para tráfico de pessoas.
(    ) Esse tipo de crime era comum naquela época; o rapto de José do Egito é uma amostra daquele contexto social.
(    ) O Novo Testamento menciona essa prática perversa.
(    ) A interpretação rabínica é aceitável e tem apoio da maioria dos expositores do Antigo Testamento, mas o oitavo mandamento não se restringe a isso.

II. LEGISLAÇÃO MOSAICA SOBRE O FURTO
6- Qual era a pena por furto de bois e ovelhas?
(    ) A pena para quem furtasse animais em Israel era a restituição de cinco para cada boi e de quatro para cada ovelha na Bíblia Hebraica).
(    ) A pena para quem furtasse animais em Israel era a restituição de dois para cada boi e de três para cada ovelha na Bíblia Hebraica.
(    ) Era uma pena mais leve que a do Código de Hamurabi, cuja restituição era de trinta vezes para cada animal. Mas, se o animal estivesse vivo, a punição era restituir o dobro.
(    ) A pena era atenuada ainda mais se o ladrão confessasse voluntariamente o furto: restituía o roubado e pagava só vinte por cento a mais.

7- O que acontecia quando havia furto à noite, com o arrombamento da casa e morte do ladrão? Complete:
Segundo a lei, se o dono da casa se deparar com o ladrão dentro de casa à ____________________________ e o matar, ele "__não__ será culpado de sangue" . Não se trata, pois, de um assassinato ____________________________ ; além disso, a _____________________________ nem sempre permite identificar o ladrão, e o tal arrombador também pode estar _____________________________. O dono da casa pode ainda alegar ____________________________ defesa.

8- O que acontecia quando havia furto de dia, com o arrombamento da casa e morte do ladrão?
(    ) A lei nunca protege a vida do ladrão.
(    ) A lei protege a vida do ladrão.
(    ) Se ele for apanhado em flagrante durante o dia, o dono da casa "será culpado de sangue" se o matar .
 
9- O que acontecia quando havia furto, com a prisão do ladrão e que ele havia consumido o roubo (exemplo, comer um animal)?
(    ) Nesse caso, a pena aplicada ao ladrão é a restituição: "O ladrão fará restituição total; e se não tiver com que pagar, será vendido por seu furto".
(    ) Era exigido que o ladrão ficasse como escravo o restante de sua vida para não prejudicar a sociedade.
(    ) Dentro do regime mosaico, espera-se com isso que ele aprenda a lição.

III. SOBRE OS DANOS MATERIAIS
10- Quais as normas quanto ao animal solto que entra na possessão alheia?
(    ) Aqui a lei fala sobre responsabilidade de cada um pelo bem-estar da sociedade.
(    ) O animal deveria ser morto e vendido para pagar o prejuízo.
(    ) Quem possui animais deve ter o cuidado para não perturbar o vizinho.
(    ) O texto se refere à destruição no campo, na lavoura ou nas demais plantações.
(    ) O dono do animal é condenado pela lei a indenizar o proprietário prejudicado com o melhor de seu campo, visto que o estrago no campo, ou na vinha do outro, não foi voluntário, ele apenas largou o animal deixando-o solto.

11- Quais as normas quanto à queimada involuntária?
(    ) A lei responsabiliza o culpado pela destruição da propriedade, ou lavoura de outrem por descuido que tenha levado o fogo a queimá-la.
(    ) O responsável pelo estrago teria que dar suas terras para o prejudicado e ainda pagar o prejuízo..
(    ) O responsável pelo estrago tem de reparar os prejuízos indenizando o proprietário prejudicado.
(    ) Havia na Palestina cerca de setenta espécies de espinhos que serviam de muros divisórios de propriedades e rodeavam plantações de trigo. Isso gerava também conflitos na demarcação de terras.

12- Quais as normas quanto ao furto e o ladrão, quando se deixava guardado alguma coisa de valor com o vizinho?
(    ) O termo usado para "prata", em hebraico, é Zahav, "dinheiro" e "objetos", e Zahavim, "artigos, utensílios, vasos", traduzido também por "traje, roupa, veste".
(    ) O termo usado para "prata", em hebraico, é kessef, "dinheiro" e "objetos", e kelim, "artigos, utensílios, vasos", traduzido também por "traje, roupa, veste".
(    ) Se alguma dessas coisas estiver sob a proteção de alguém e for roubada, o ladrão retribuirá em dobro caso seja descoberto.
(    ) Se o autor do furto não for encontrado, o responsável pela custódia terá de provar sua inocência diante dos juízes.

IV. O TRABALHO
13- Por que o trabalho é uma bênção? Por que às vezes pode não ser? Como o patrão e o empregado devem se comportar?
(    ) Somente no Jardim do Éden, DEUS pôs o homem sem precisar trabalhar, antes da queda.
(    ) No Jardim do Éden, DEUS pôs o homem para trabalhar, mesmo antes da queda.
(    ) A Bíblia está cheia de ensinamentos sobre o trabalho.
(    ) O trabalho realiza o ser o humano.
(    ) O que pode, às vezes, fazer disso um tédio são os baixos salários, as péssimas condições de trabalho e a opressão dos maus patrões, mas o trabalho em si é gratificante.
(    ) O patrão deve ter o cuidado para não atrasar o pagamento de seus empregados e estes devem ser honestos naquilo que fazem e dizem.

14- Como devem ser encarados os bens, segundo a Bíblia, para que seja evitado o furto?
(    ) DEUS deu ao homem sabedoria para enriquecer e este deve usar de todos os meios para atingir esta meta.
(    ) JESUS renunciou à riqueza e, pelo que parece, esperava o mesmo dos discípulos.
(    ) JESUS mandou que o moço rico desse seus bens aos pobres, mas não exigiu isso de Zaqueu, que se prontificou livremente em doar metade de seus bens aos pobres.
(    ) Não é requerido voto de pobreza para ser cristão, mas a riqueza pode ser um tropeço na vida cristã.
(    ) A fé cristã não condena os bens materiais, desde que adquiridos com honestidade.
(    ) É o amor ao dinheiro, e não o dinheiro em si, a raiz de toda a espécie de males.

15- Como é visto o oitavo mandamento e o trabalho, no Novo Testamento?
(    ) O oitavo mandamento é reafirmado diversas vezes no NT, mas adaptado à graça, pois as sanções previstas no sistema mosaico não aparecem na Nova Aliança.
(    ) O oitavo mandamento é reafirmado diversas vezes no NT, mas adaptado à graça, pois as sanções previstas no sistema mosaico são muito amenos diante das exigidas na Nova Aliança.
(    ) O Senhor JESUS disse: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também".
(    ) O apóstolo Paulo encoraja o trabalho não somente para o sustento da família, mas também para que cada um contribua para suprir a necessidade do próximo.

CONCLUSÃO
16- Complete:
O cristão deve ter bom ______________________________ e exalar o bom perfume de ____________________________ onde viver e por onde passar, e dessa maneira DEUS será ____________________________ .
 
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm 
 
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br
www.escoladominical.net
www.gospelbook.net
www.portalebd.org.br/
http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/ - Pb Alessandro Silva

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm