Lição 13 - O Tempo da Profecia De Daniel - 2 parte

Lição 13 - O Tempo da Profecia De Daniel - 2 parte
II - RESSURREIÇÃO E VIDA ETERNA (Dn 12.2-4).
1. Ressurreição.
No NT, o termo gr. anastasis refere-se à ressurreição do corpo morto à vida. Somente em Lucas 2.34 a palavra é traduzida de outra forma, e mesmo ali o termo ressurreição pode ser a tradução correta. Isto não tem de ser um ajuntamento de parte por parte ou a restituição do antigo corpo de carne, uma vez que o corpo da ressurreição é um corpo com qualidades completamente diferentes do antigo corpo, mas significa a constituição de um corpo como aquele que foi recebido pelo Senhor JESUS CRISTO (Fp 3.21), e apropriado para o estado eterno da alma.
O NT claramente ensina uma ordem ou série na ressurreição. Paulo revela em 1 Coríntios 15.20-24 que deve ser "cada um por sua ordem. CRISTO, as primícias; depois, os que são de CRISTO, na sua vinda. Depois, virá o fim". Isto concorda com o que o próprio Senhor JESUS CRISTO havia dito em João 5.28ss.: "Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação". Daniel, como já visto, indica duas ressurreições, e Apocalipse 20.4-6 fala de uma primeira ressurreição dos santos como distinta de uma segunda, a dos "outros mortos" ou a do "restante" dos mortos, os perdidos, e diz que a segunda está separada da primeira por mil anos. Em 1 Tessalonicenses 4.16,17 são apenas os mortos em CRISTO que são ressuscitados em sua vinda, e estes são imediatamente levados, arrebatados, ao céu (cf. a advertência de CRISTO para estarmos prontos para o arrebatamento em Mateus 24.40-44; Marcos 13.28,29; Lucas 21.29-31).
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1671-1672.
 
A Ressurreição no Antigo Testamento.
As declarações que têm sido extraídas do Pentateuco, apesar de darem a entender um «após-vida», são extremamente duvidosas como evidências da crença na ressurreição, dentro dos livros de Moisés. O trecho de Êxo. 3:6,16 é usado pelo Senhor JESUS, nas citações, a fim de provar o fato de que os antigos patriarcas continuavam vivendo, mas isso, por si mesmo, dificilmente poderia servir de prova da ressurreição no livro de Êxodo, ainda que possa mostrar que o judaísmo posterior veio a encarar tais passagens desse modo. Sabemos, de fato, que assim aconteceu. (Ver Mar. 12:18 e ss). O rabino Simai argumenta em prol da ressurreição com base em Êxo, 6:3,4 (a promessa de que a Terra Prometida seria dada aos patriarcas), mas isso provavelmente foi compreendido pelos próprios patriarcas como uma promessa referente aos seus descendentes. A exclamação de Jacó: «A tua salvação espero, ó Senhor! (Gên. 49:18), bem como O desejo expresso por Balaio: «Que eu morra a morte dos justos, e o meu fim seja como o dele» (Núm. 23:10), apesar de indicarem alguma crença no .«após-vida», dificilmente podem ser considerados como uma afirmação da ressurreição naquele período tão remoto.
Naturalmente, a famosa passagem da ressurreição, em Jó 19:23-27, é uma declaração expressa dessa crença; e o livro de Jó é o mais antigo volume da coletânea do V. T. Porém, essa doutrina não se tomou tradicional na fé judaica senão depois que já estava escrito o Pentateuco.
Pela época em que foi registrada a história dos reis (I e II Reis), essa doutrina já deveria estar bem estabelecida em Israel, porquanto os Salmos certamente contêm tal pensamento (ver Sal. 17:15), e a literatura daquele período registra várias ressurreições contemporâneas. (Ver I Reis 17:17,24; II Reis 4:18-37; 13:20-25). Nos livros proféticos, a passagem de Isa. 26:16-19 provavelmente é a passagem isolada mais importante de todo o A. T., acerca da ressurreição. A passagem de Eze. 37:1-14, apesar de provavelmente ter por - referência primária – a restauração da nação de Israel, igualmente ensina a doutrina da ressurreição, No trecho de Dan, 12:2 essa doutrina se faz perfeitamente clara.
A igreja cristã primitiva se utiliza dos trechos de Jer. 18:3-6 e Sal. 88:10 como textos de prova da doutrina da ressurreição. (Ver também Sal. 16:9, que mui provavelmente prediz especificamente a ressurreição de CRISTO). E o trecho de Osé. 6:2 é outra profecia acerca da ressurreição de CRISTO, ao passo que Os 13:14 fala sobre a ressurreição em geral.
A crença na ressurreição foi-se tornando cada vez mais comum após os exílios, sobretudo no período dos Macabeus. E, pelo tempo em que nasceu JESUS CRISTO, era uma crença praticamente universal na Palestina e no judaísmo em geral. Os fariseus eram os grandes defensores dessa doutrina, e a isso haviam acrescentado a crença na sobrevivência da alma, nos anjos, nos espíritos e na existência de um mundo sobrenatural. A grande exceção no judaísmo era a tradição dos saduceus. Os saduceus se ufanavam de sua "pureza doutrinária», rejeitando aquilo que reputavam meros mitos. Esses consideravam o Pentateuco como seu «cãnon» das Escrituras. Por essa mesma razão rejeitavam eles a ressurreição, a sobrevivência da alma, a existência dos espíritos, etc., porquanto essas doutrinas não são claramente ensinadas no Pentateuco, apesar de haver ali alguns indícios das mesmas. (Ver Josefo, Antiq, 18.1.4, onde vemos que os saduceus chegavam até a negar a imortalidade da alma, quanto mais a realidade da ressurreição).
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag. 675-676.
 
Dn 12.2- Esta é uma clara referência à ressurreição dos justos e dos ímpios, embora o destino eterno de cada grupo seja bem diferente. Até esta época, não era comum ensinar sobre a ressurreição, apesar de todos os israelitas crerem que um dia seriam incluídos na restauração do novo Reino. Esta referência à ressurreição física dos salvos e dos perdidos foi uma renúncia severa da crença comum (ver também Jó 19.25,26; Si 16.10; e Is 26.19 para outras referências sobre a ressurreição no AT).
BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 1112.
 
2. As duas ressurreições.
Dn 12.2 O presente versículo fala sobre ressurreição em sentido geral: dos justos e dos ímpios; mas é evidente que, pelo procedimento das regras teológicas dentro da hermenêutica sagrada, uma deve estar distante da outra cerca de mil (1.000) anos; a primeira terá lugar no arrebatamento da igreja (ou o final da grande tribulação - Observação de Ev. Luiz Henrique), sendo depois complementada por outros exemplares deste gênero (as duas testemunhas e os mártires da Grande Tribulação); enquanto a outra (a dos ímpios), só mil (1.000) anos depois (Jo 5.29; 1 Co 15.23), cada uma por sua ordem. As Escrituras Sagradas usam pelo menos três (3) termos técnicos sobre “ressurreição”, que são desenvolvidos em vários de seus elementos doutrinários:
Ressurreição de Mortos. No Antigo Testamento, são: 1) O filho da viúva de Serepta, de Sidom - Elias é a personagem em foco nesta ressurreição - (1 Rs 17.21, 22). 2) O filho da Sunamita - Eliseu é o personagem em foco nesta ressurreição - (2 Rs 4.34, 35). 3) O homem que foi lançado de improviso na sepultura de Eliseu - a unção de DEUS nos ossos de Eliseu foi o ponto marcante nesta ressurreição - (2 Rs 13.20, 21).  Para aqueles que crêem em DEUS, não há dificuldade em crer em ressurreição, uma vez suficientemente provada” (doutor Torrey). Se assim foi, o personagem nesta ressurreição foi a pessoa de DEUS. No Novo Testamento, são: 5) O filho da viúva de Naim - JESUS foi o personagem em foco nesta ressurreição - (Lc 7.11-17). 6) A filha de Jairo - JESUS foi o personagem em foco nesta ressurreição - (Lc 8.54, 55). 7) Lázaro de Betânia - JESUS foi a figura central nesta ressurreição - (Jo 11.43, 44). 8) Dorcas ou Tabita - Pedro foi o personagem em foco nesta ressurreição - (At 9.40, 41). 9) Um jovem de nome Êutico - o personagem nesta ressurreição foi o apóstolo Paulo - (At 20.9-12).
Ressurreição dentre os mortos. Esta compreende: 1) CRISTO (1 Co 15.20 e 23). 2) Os que ressuscitaram por ocasião da ressurreição de CRISTO (Mt 27.52, 53). Esses santos foram incluídos na palavra “primícias”, dita a respeito de CRISTO; “primícias” não pode ser “uma só” mas “um feixe” (Lv 23; 10.1; Sm 25.29), e, por essa razão devem seguir a ordem da ressurreição de CRISTO. O leitor deve observar bem a frase: “E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele [JESUS]”. Na ressurreição para a imortalidade, todos têm de seguir a ordem da ressurreição de CRISTO (At 26.23), visto que, na qualidade de “colheita”, CRISTO foi “o primeiro exemplar”. 3) Os que são de CRISTO, na sua vinda (1 Co 15.23, 42). 4) As duas testemunhas escatológicas (Ap 11.11, 12). 5) Os mártires da Grande Tribulação (Ap 20.4). Todos esses são exemplares da primeira ressurreição, que é para a imortalidade; ainda que cada “um por sua ordem”. Paulo chama este gênero de "... a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23).
Ressurreição dos mortos. Esta é geral e abrangente quanto ao tempo. O texto em foco, neste capítulo 12, fala dela como sendo uma ressurreição “para vergonha e desprezo eterno”. Ela alcança a todos os pecadores que morreram em seus delitos e pecados (Dn 12.2; Jo 5.28, 29; Ap 20.5). Em Is 26.14, temos a frase de difícil interpretação no que diz respeito à ressurreição: “Morrendo eles, não tornarão a viver; falecendo, não ressuscitarão”.
Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 229-230.
 
Muitos dos Que Dormem no Pó da Terra Ressuscitarão... (12:2)
Haverá uma ressurreição, que se considera paralela à que terá lugar na segunda volta do Senhor, mas esta será só e unicamente da Igreja. A ressurreição aqui prognosticada será dos convertidos durante a Grande Tribulação, que irão ajuntar-se à Igreja, mas não farão parte dela. O texto parece indicar uma ressurreição geral, de bons e maus. Possivelmente os mortos incrédulos durante a Tribulação também serão ressuscitados, pois a segunda ressurreição só terá lugar depois do Milênio, conforme Apocalipse 20:11-15. Estes incrédulos ressuscitados aparecerão com vergonha e nojo, pois poderiam ter-se convertido como tantos outros, e não o fizeram. Pelo visto, estamos, então, lidando com assuntos referentes à Segunda Vinda do Senhor, pelo que, portanto, este capítulo representa o fecho da grande revelação de JESUS CRISTO ao seu povo.
Mesquita. Antônio Neves de,. Livro de Daniel. Editora JUERP.
 
A RESSURREIÇÃO DO CORPO
1Co 15.35 “Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão?”
A ressurreição do corpo é uma doutrina fundamental das Escrituras. Refere-se ao ato de DEUS, de ressuscitar dentre os mortos o corpo do salvo e reuni-lo à sua alma e espírito, dos quais esse corpo esteve separado entre a morte e a ressurreição.
(1) A Bíblia revela pelo menos três razões por que a ressurreição do corpo é necessária. (a) O corpo é parte essencial da total personalidade do homem; o ser humano é incompleto sem o corpo. Por conseguinte, a redenção que CRISTO oferece abrange a pessoa total, inclusive o corpo (Rm 8.18-25). (b) O corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO (6.19); na ressurreição, ele voltará a ser templo do ESPÍRITO. (c) Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas, o derradeiro inimigo do homem (a morte do corpo) deve ser aniquilado pela ressurreição (15.26).
(2) Tanto as Escrituras do AT (cf. Hb 11.17-19 com Gn 22.1-4; Sl 16.10 com At 2.24ss; Jó 19.25-27; Is 26.19; Dn 12.2; Os 13.14), como as Escrituras do NT (Lc 14.13,14; 20.35,36; Jo 5.21,28,29; 6.39,40,44,54; Co 15.22,23; Fp 3.11; 1Ts 4.14-16; Ap 20.4-6,13) ensinam a ressurreição futura do corpo.
(3) Nossa ressurreição corporal está garantida pela ressurreição de CRISTO (ver Mt 28.6; At 17.31; 1Co 15.12,20-23).
(4) Em termos gerais, o corpo ressurreto do crente será semelhante ao corpo ressurreto de Nosso Senhor (Rm 8.29; 1 Co 15.20,42-44,49; Fp 3.20,21; 1 Jo 3.2). Mais especificamente, o corpo ressurreto será: (a) um corpo que terá continuidade e identidade com o corpo atual e que, portanto, será reconhecível (Lc 16.19-31); (b) um corpo transformado em corpo celestial, apropriado para o novo céu e a nova terra (15.42-44,47,48; Ap 21.1); (c) um corpo imperecível, não sujeito à deterioração e à morte (15.42); (d) um corpo glorificado, como o de CRISTO (15.43; Fp 3.20,21); (e) um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades, nem à fraqueza (15.43); (f) um corpo espiritual (i.e., não natural, mas sobrenatural), não limitado pelas leis da natureza (Lc 24.31; Jo 20.19; 1Co 15.44); (g) um corpo capaz de comer e beber (Lc 14.15; 22.16-18,30; 24.43; At 10.41).
(5) Quando os crentes receberem seu novo corpo se revestirão da imortalidade (15.53). As Escrituras indicam pelo menos três propósitos nisso: (a) para que os crentes venham a ser tudo quanto DEUS pretendeu para o ser humano, quando o criou (cf. 2.9); (b) para que os crentes venham a conhecer a DEUS de modo completo, conforme Ele quer que eles o conheçam (Jo 17.3); (c) a fim de que DEUS expresse o seu amor aos seus filhos, conforme Ele deseja (Jo 3.16; Ef 2.7; 1Jo 4.8-16).
(6) Os fiéis que estiverem vivos na volta de CRISTO, para buscar os seus, experimentarão a mesma transformação dos que morrerem em CRISTO antes do dia da ressurreição deles (15.51-54).
Receberão novos corpos, idênticos aos dos ressurretos nesse momento da volta de CRISTO. Nunca mais experimentarão a morte física.
(O ARREBATAMENTO DA IGREJA).
(1) Instantes antes do arrebatamento, ao descer CRISTO do céu para buscar a sua igreja, ocorrerá a ressurreição dos “que morreram em CRISTO” (4.16). Não se trata da mesma ressurreição referida em Ap 20.4, a qual somente ocorrerá depois de CRISTO voltar à terra, julgar os ímpios e prender Satanás (Ap 19.11—20.3). A ressurreição de Ap 20.4 tem a ver com os mártires da tribulação e possivelmente com os santos do AT (ver Ap 20.6).
(2) Ao mesmo tempo que ocorre a ressurreição dos mortos em CRISTO, os crentes vivos serão transformados; seus corpos se revestirão de imortalidade (1Co 15.51,53). Isso acontecerá num instante, “num abrir e fechar de olhos” (1Co 15.52).
(3) Tanto os crentes ressurretos como os que acabaram de ser transformados serão “arrebatados juntamente” (4.17) para encontrar-se com CRISTO nos ares, ou seja: na atmosfera entre a terra e o céu.
(7) JESUS fala de uma ressurreição da vida, para o crente, e de uma ressurreição de juízo, para o ímpio (Jo 5.28,29).
STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
 
Ap 20.12,13 - 12 E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.13 E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.
Observação minha - Ev. Luiz Henrique - Aqui estão tanto os que morreram sem seus nomes estarem escritos no livro da vida como aqueles que apoiaram Satanás em sua revolta final, no final do milênio. O juízo é para todos os que não aceitaram a CRISTO como salvador e senhor, em todas as épocas do ser humano sobre a Terra (uns por não serem justificados pela fé no futuro - De Adão a JESUS, outros pela sua falta de fé no presente - durante a estada de JESUS aqui na Terra, outros pela sua falta de fé no futuro - Da ressurreição de JESUS até sua volta no final da Grande Tribulação, outros por sua sua falta de fé durante o milênio). O julgamento aqui descrito é chamado o "Julgamento do Grande Trono Branco", abrangendo os perdidos de todas as épocas. - É para todos aqueles que seus nomes não estão escritos no livro da vida.
LAGO DE FOGO - BEP - CPAD - A Bíblia descreve um quadro terrível do destino dos perdidos.
(1) Fala de "tribulação e angústia" (Rm 2.9), "pranto e ranger de dentes" (Mt 22.13; 25.30), "eterna perdição" (2 Ts 1.9) e "fornalha de fogo" (Mt 13.42,50). Fala das "cadeias da escuridão" (2 Pe 2.4), do "tormento eterno" (Mt 25.46), de um "inferno" e de um "fogo que nunca se apaga" (Mc 9.43), de um "ardente lago de fogo e de enxofre" (19.20) e onde "a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso, nem de dia nem de noite" (14.11). Realmente, "horrenda coisa é cair nas mãos de Deus vivo" (Hb 10.31); "bom seria para esse homem se não houvera nascido" (Mt 26.24; ver também Mt 10.28). (2) Os crentes do NT tinham nítida consciência do destino de quem vive no pecado. Por essa razão eles pregavam com lágrimas (ver Mc 9.24; At 20.19) e defendiam a Palavra infalível de Deus e o evangelho da salvação contra todas as distorções e as falsas doutrinas (ver Fp 1.17; 2 Tm 1.14). (3) O sinistro fato do castigo eterno para os ímpios é a maior razão para levar o evangelho a todo o mundo, e fazer o máximo possível para persuadir as pessoas a arrependerem-se e a aceitarem a Cristo antes que seja tarde demais (ver Jo 3.16).
 
As pessoas a serem julgadas (v. 12): “...os mortos, grandes e pequenos”; isto é, jovens e velhos, baixos e altos, pobres e ricos. Nenhum é tão insignificante que não tenha talentos pelos quais precisa prestar contas, e ninguém é tão grande para que possa fugir da jurisdição dessa corte; não somente os que serão encontrados vivos na vinda de CRISTO, mas todos os que morreram antes; os túmulos vão entregar os corpos dos homens, o inferno vai entregar a alma dos maus, o mar vai entregar os muitos que aparentemente estavam perdidos nele. Todos esses lugares são prisões de reis, e Ele vai fazer com que liberem os seus prisioneiros. A regra do juízo é estabelecida: “...e abriram-se os livros”. Que livros? O livro da onisciência de DEUS, que é maior do que nossa consciência, e sabe todas as coisas (há um livro de memórias com Ele tanto do bem quanto do mal); e o livro da consciência dos pecadores, que, embora antigamente secreto, agora será aberto. “E abriu-se outro livro” - o livro das Escrituras, o livro dos estatutos do céu, a regra da vida. Esse livro é aberto e contém a lei, a pedra fundamental pela qual o coração e a vida dos homens serão testados. Esse livro determina questões de direito; os outros livros determinam questões de prática.
Alguns entendem que o outro livro, chamado o livro da vida, é o livro dos conselhos eternos de DEUS; mas isso não parece pertencer à esfera do juízo. Na eleição eterna, DEUS não age de forma judicial, mas com absoluta liberdade e soberania.
A causa a ser julgada: as “...suas obras”, o que os homens fizeram, e se foi bom ou mau.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 1006.
 
3. “A ciência se multiplicará” (v.4).
Características dos últimos dias (12.4). A mensagem final do glorioso Mensageiro a Daniel foi: fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo (4). Que as palavras foram fechadas e o livro está selado fica evidente pela imensa confusão que tem caracterizado a interpretação desse livro nesses mais de dois milênios. Adam Clarke escreve: “A profecia não será entendida até que seja cumprida. Então, a profundidade da sabedoria e da providência de DEUS sobre essas questões será claramente percebida”.
Mas, fechar o livro não significa o fim das coisas. Haverá um tempo de intensa atividade na área de transporte, educação e comunicação. Então, esses acontecimentos do fim compelirão os sábios a procurar uma sabedoria mais profunda acerca da revelação deste livro.
Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 544.
 
12.10 OS SÁBIOS ENTENDERÃO. Foi dito aqui a Daniel que a plena compreensão da sua profecia só ocorrerá no tempo do fim. Nesse tempo, alguns serão purificados mediante provações; estes serão os sábios que entenderão (v. 10). Não haverá ímpio ou rebelde entre eles. Também haverá uma "abominação desoladora" (v. 11; cf. Mt 24.15), seguida de um período de 1.290 dias. Isso corresponde aos últimos três anos e meio da tribulação, acrescidos de quarenta e cinco dias. Há uma bem-aventurança para aqueles que perseverarem até o fim de 1.335 dias (v. 12). O significado desses dias não foi revelado a Daniel, mas essa visão nos mostra que haverá um espaço de tempo entre a batalha de Armagedom e o completo estabelecimento do reino milenar (Observação minha - Ev. Luiz Henrique - 45 dias).
 
III - A PROFECIA FOI SELADA (12.8 11)
1. A profecia está selada.
Guardá-lo com segurança, como um tesouro de grande valor, escrito para as gerações futuras, para as quais seria de grande utilidade. Porque muitos correriam de um lado para outro, e o conhecimento seria aumentado. Então esse tesouro escondido vai ser aberto e muitos o pesquisarão, e buscarão o seu conhecimento, como se estivessem buscando a prata. Eles correrão de um lado para outro, procurando cópias dele, o examinarão, e verificarão sua veracidade e autenticidade. Eles o lerão diversas vezes, meditarão nele, e o revisarão em suas mentes. Eles debaterão a seu respeito, e falarão dele entre si, e compararão as notas que fizeram a respeito dele, desejando, por qualquer meio, decifrar o seu significado. E assim o conhecimento será aumentado. Consultando essa profecia naquela ocasião, eles serão levados a buscar outras escrituras, que contribuirão muito para o seu avanço no conhecimento verdadeiro e útil. Porque então saberão se conseguiram prosseguir no conhecimento do Senhor (Os 6.3). Aqueles que quiserem ter seu conhecimento aumentado deverão se esforçar, não deverão ficar parados em ociosidade e desejos pobres, mas deverão correr de um lado para outro, fazendo uso de todos os meios de conhecimento, e aproveitando todas as oportunidades para terem os seus erros corrigidos, as suas dúvidas sanadas, e o seu conhecimento das coisas de DEUS desenvolvido, para saberem mais e melhor sobre aquilo que sabem. E, vemos aqui como há motivos para termos esperanças de que: 1. As coisas de DEUS que agora estão encobertas e obscuras vão se tomar claras, e fáceis de ser entendidas. A verdade é filha do tempo. As profecias da Escritura serão explicadas pelo seu próprio cumprimento. Por isso elas são dadas, e para essa explicação elas estão reservadas. Por isso elas nos são ditas com antecedência, para que, quando se cumprirem, possamos crer. 2. As coisas de DEUS que são desprezadas e negligenciadas, e descartadas como inúteis, sejam consideradas importantes. O povo descobrirá que elas são de grande proveito, e as pedirão. Assim, a revelação divina, embora tenha sido desprezada por algum tempo, será engrandecida e honrada, sobretudo no juízo do grande dia, quando os livros serão abertos, e aquele livro entre os demais.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 903.
 
Dn 12.4 Encerrar as palavras e selar o livro significa que este deveria ser mantido a salvo e preservado. Isto para que os crentes de todas as épocas pudessem rememorar a obra de DEUS na história e encontrar esperança. Daniel não entendia o significado exato das épocas e dos acontecimentos em sua visão, mas nós podemos observar o desenrolar dos fatos, pois estamos no fim dos tempos. O livro não será completamente entendido até o clímax da história terrena.
BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 1112.
 
Dn 12.4 Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro.
Foi o arcanjo Miguel (provavelmente; ver o vs. 1) quem ordenou que o livro fosse encerrado. Aconteceriam muitas coisas que não seriam reveladas a Daniel, e muitas das coisas reveladas seriam entendidas apenas parcialmente. No fim dos tempos, quando as coisas começarem a acontecer, o selo será retirado do livro, que só então será compreendido por completo. Tradicionalmente, a profecia é mais bem compreendida quando começam a acontecer os eventos preditos, os quais atuam como intérpretes do que havia sido predito. “O anjo ordenou ao vidente que ocultasse as profecias até que o tempo estivesse maduro para elas serem desvendadas... Essas profecias seriam colocadas à disposição dos fiéis, para que eles entendessem a significação dos eventos em meio aos quais estariam vivendo (cf. II Esd. 14.44 ss.; Enoque 1.2; Apo. 22.10)”.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3429.
 
Selado (hb. chatham) (Dn 12.9; Is 29.11 ;J r 32.10)
Essa palavra significa selar. Para autenticar um documento e certificá-lo de sua integridade, um rei ou oficial o lacrava com uma aplicação de argila ou cera e estampava essa aplicação com a impressão de seu selo. O documento então carregava a autoridade dessa pessoa e não podia ser aberto sem que o lacre fosse quebrado. Antigamente, cartas (1Re 21.8), escrituras (Jr 32.10), acordos (Ne 10.1) e decretos reais (Et 3.12) eram autenticados com selos. Os anúncios proféticos de Daniel eram selados também, só que simbolicamente (Dn 12.9), indicando sua autoridade e imutabilidade, até que fossem cumpridos. Em Apocalipse, um selo de julgamento é quebrado, indicando que o cumprimento do que está escrito se fez (Ap 5.1-10).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 1295.
 
2. O “tempo do Fim”.
Dn 12.9 "... fechadas e seladas...” No versículo quatro (4) deste capítulo, observamos que foi ordenado a Daniel fechar as palavras e selar este livro até o “tempo do fim”. O ser celestial afirma a Daniel que, ao chegar o assinalado “tempo do fim”, todas essas coisas sofreriam uma como reação em cadeia, e “todas estas coisas serão cumpridas”. Daniel viveu cerca de 600 anos antes de começar propriamente o chamado “tempo do fim”, mas a expressão ocorre cerca de 15 vezes só no seu livro. No Novo Testamento, essa expressão é aplicada para: 1) A época do Evangelho de CRISTO (Hb 1.2). 2) A época do ESPÍRITO SANTO em sua plenitude (At 2.17). 3) E também para os “últimos dias maus” (2 Tm 3.1). Eis a razão por que fora ordenado a Daniel selar o livro e a João não selar, pois num contexto geral, João já pertencia a uma geração da “última hora”, e não podia fazer o mesmo que fizera Daniel; assim, as Escrituras são proféticas e se combinam entre si em cada detalhe (Dn 12.4, 9; 1 Pe 1.11,12; Ap 22.10).
Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 235.
 
A pergunta: “Qual será o fim?”, foi feita por Daniel, e uma resposta lhe é dada. Observe: 1. Por que Daniel fez essa pergunta: porque, embora tenha ouvido o que foi dito ao anjo, ele não entendeu (v. 8). Daniel era um homem muito inteligente, e estava familiarizado com visões e profecias, mas mesmo assim aqui ele fica confuso. Ele não entendeu o significado do tempo, tempos, e a parte de um tempo, pelo menos não com tanta clareza e com tanta certeza quanto desejava. Observe que os melhores homens geralmente ficam incertos em suas indagações a respeito das coisas divinas, e ao se depararam com aquilo que não entendem. Mas quanto melhores forem, mais conscientes estarão das suas fraquezas e da sua ignorância, e mais prontos a reconhecê-las.
2. Qual foi a pergunta: “Senhor meu, qual será o fim dessas coisas?”. Ele dirige a sua pergunta não ao anjo que falava com ele, mas diretamente a CRISTO, pois a quem mais devemos dirigir as nossas perguntas? “Qual será o resultado final desses eventos? Qual é o objetivo deles? Em que eles acabarão?” Note que quando observamos os assuntos desse mundo, e da igreja de DEUS nele, só podemos pensar: “Qual será o fim dessas coisas?” Muitas vezes vemos as coisas se moverem como se fossem acabar na completa ruína do Reino de DEUS entre os homens. Quando observamos o domínio do vício e da impiedade, da decadência da religião, os sofrimentos dos justos, e os triunfos dos injustos sobre eles, podemos muito bem perguntar: “Senhor meu, qual será o fim dessas coisas?” Mas há algo que pode nos satisfazer de um modo geral, o fato de que no final tudo acabará bem. Grande é a verdade, e em longo prazo ela prevalecerá. Todo governo, principado e potestade contrários serão destruídos, e a santidade e o amor triunfarão, e serão honrados, eternamente. O fim, esse fim, chegará.
3. Que resposta é dada a essa pergunta. Além daquilo a que esse tempo se refere anteriormente (w. 11,12), aqui estão algumas instruções gerais dadas a Daniel, com as quais ele é dispensado de outra indagação.
(1) Ele deveria se contentar com as revelações que lhe haviam sido feitas, e não fazer mais perguntas: “Segue o teu caminho, Daniel”. Aquilo que te foi concedido até a previsão das coisas futuras é suficiente. Pare aqui. Volte a tratar novamente dos negócios do rei (cap. 8.27). Segue o teu caminho, e registra o que viste e ouviste, para benefício da posteridade, e não cobices ver e ouvir mais no momento. Note que essa comunhão íntima com DEUS não ocorre de uma forma contínua neste mundo. Nós às vezes somos tomados para ser testemunhas da glória de DEUS, e dizemos: Bom é estarmos aqui. Mas devemos descer do monte, pois ali não é a nossa habitação permanente nesta vida. Aqueles que sabem muito sabem apenas em parte, e ainda vêem que há muito sobre o que eles são mantidos no escuro. E é provável que isto permaneça assim até que o véu seja rasgado. Até aqui o conhecimento deles chegará, mas não irá além. Siga em frente, Daniel, e satisfeito com o que tens.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 905-906.
 
Alexander Maclaren sugere uma Mensagem para o Ano Novo com os seguintes pensamentos do versículo 13:1) A Jornada — Vai (“siga o seu caminho”, NVI). 2) O Lugar de Descanso do Peregrino — porque descansarás. 3) O Lar Final — estarás na tua sorte, no fim dos dias.
Daniel recebeu a clara confirmação da sua esperança em relação à imortalidade. Séculos, e até milênios, passariam antes do seu cumprimento integral. Mas no fim dos dias, quando a consumação chegar, Daniel estará lá reunido com as multidões dos remidos da terra e do céu. Então ele será, não um espectador de visões, mas um participante dos tremendos acontecimentos na introdução da plena glória do Reino de DEUS. No arrebatamento ele observará a glória, a sabedoria e a honra Daquele que desde o princípio determinou o cumprimento da história do Reino de DEUS. Ele participará do grande “Aleluia” dos redimidos. Então os “reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu CRISTO. E ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15).
Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 545.
 
3. Humildade e finitude.
Dn 12.8 “Eu, pois, ouvi, mas não entendi’. O presente versículo, confrontado com o versículo 7 (o anterior), e com o versículo 5 do cap. 10, nos dá entender que Daniel seria um dos personagens que estavam na banda do rio, vendo esta maravilhosa visão. Daniel contemplava a visão e ouviu as palavras, que iam sendo proferidas, mas nada entendia! O anjo também ficou sem entender aquela visão tão sublime. O apóstolo João entendeu muito bem o sentido da voz dos sete trovões, porém, a exemplo de Paulo, foi-lhe vedado escrever ou revelar a mensagem (2 Co 12.4 e Ap 10.4). Porém a Daniel, nem isso lhe foi concedido. Existem, no eterno propósito de DEUS, mistérios desconhecidos até mesmo pelos anjos. Mas Daniel sabia que “as coisas encobertas são para o Senhor nosso DEUS”, por isso, com toda a humildade, pediu a interpretação dessas coisas (Dt 29.29).
Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 234-235.
 
Nós nos deparamos com uma situação semelhante no Apocalipse: às vezes a menção de três dias e meio representa três anos e meio, às vezes representa quarenta e dois meses, e às vezes 1260 dias. Agora observe, em relação a essa determinação do tempo: [1] Ela foi confirmada por um juramento. O homem vestido de linho levantou ambas as mãos ao céu, e jurou por Aquele que vive eternamente que isso deveria ser assim. Assim o anjo poderoso que João viu é introduzido, com uma clara referência a essa visão, estando com o seu pé direito sobre o mar e o seu pé esquerdo sobre a terra, e com a sua mão levantada ao céu, jurando que não haverá mais demora (Ap 10.5,6). Esse Poderoso que Daniel viu estava de pé com ambos os pés sobre a água, e jurou com ambas as mãos levantadas. Observe que um juramento serve para confirmação. Devemos sempre falar a verdade diante de DEUS, porque Ele é o Juiz adequado a quem devemos apelar. Levantar a mão é um sinal muito adequado e significativo para ser usado em um juramento solene. DEUS permitirá que ele prevaleça até que tenha cumprido a destruição do poder do povo santo. DEUS permitirá que ele faça o seu pior, e chegue ao seu extremo, e então todas essas coisas estarão terminadas. Observe que o tempo de DEUS para socorrer e aliviar o seu povo é quando seus assuntos são trazidos à situação mais extrema. No monte do Senhor Isaque foi salvo exatamente quando estava pronto a ser sacrificado. Pois bem, o evento atendeu a predição. O ministério público de CRISTO durou três anos e meio, um período em que Ele suportou a oposição dos pecadores contra si, e viveu em pobreza e dificuldades. E então, quando o seu poder parecia ter sido destruído com a sua morte, e os seus inimigos triunfavam sobre Ele, chegou o momento em que Ele obteve a vitória mais gloriosa, e disse: Está consumado.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 904-905.
 
Agora Daniel começa a formular perguntas em concordância com o exemplo do anjo. Primeiramente ele ouviu um anjo inquirindo do outro [anjo]; em seguida reuniu coragem e quis receber informação, e pergunta qual seria o fim ou resultado. Diz ele: Eu ouvi, porém não entendi. Pelo verbo ‘ouvir’ ele testifica a ausência de ignorância, de indolência ou de menosprezo. Muitos divergem sem qualquer percepção de um tema, embora ele seja muito bem explicado, porquanto não atentam para ele. Aqui, porém, o profeta assevera que ouviu; significando que seria culpa de sua diligência se não entendia, porque estava desejoso de aprender e tinha exercitado todas suas faculdades, como anteriormente sugerimos, e contudo confessa não haver entendido. Daniel não pretende confessar total obtusidade, porém restringe sua ignorância ao tema de sua interrogação. Do que Daniel era ignorante? Do resultado final. Ele não podia atentar para o significado dessas predições, as quais lhe soavam extremamente obscuras, e isso demandava sua plena e total compreensão. É muito evidente que DEUS nunca enuncia sua palavra sem esperar fruto; como diz Isaias: “Não falei em segredo, nem em algum lugar escuro da terra; não disse à descendência de Jacó: Buscai-me em vão” [Is 45.19]. DEUS não queria deixar seu profeta nessa perplexidade de ouvir sem entender, porém estamos cientes dos graus distintos de proficiência na escola de DEUS. Além disso, a revelação suficiente era notoriamente conferida aos profetas para o cumprimento de seu ofício, e contudo nenhum deles nunca entendeu perfeitamente as predições que enunciavam. Também sabemos o que Pedro diz: “ Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam essas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo ESPÍRITO SANTO enviado do céu, vos pregaram o evangelho” [I Pe 1.12]. Essas coisas de forma alguma foram inúteis para sua própria época, mas quando nossa época é comparada com a deles, certamente a instrução e disciplina dos profetas nos são mais úteis e produzem frutos mais ricos e mais sazonados em nossa época do que na deles. Não nos deve surpreender, pois, que Daniel confesse não entender, se restringirmos as palavras a este caso único.
João Calvino. Série de Comentários de Calvino do Antigo Testamento. Editora edições Parakletos. pag. 454-455.
 
ELABORADO: Pb Alessandro Silva (http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/) com algumas modificações do Ev. Luiz Henrique.
 
Questionário da Lição 13 - O Tempo da Profecia De Daniel
Responda conforme a revista da CPAD do 4º Trimestre de 2014 - Para jovens e adultos
TEMA: A INTEGRIDADE MORAL E ESPIRITUAL - O LEGADO DO LIVRO DE DANIEL PARA A IGREJA HOJE.
Comentário: Pr. Elienai Cabral
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas.
 
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Ninguém, de maneira alguma, vos _________________________, porque não será assim sem que antes venha a _________________________ e se manifeste o homem do ___________________________, o filho da __________________________" (2 Ts 2.3).
 
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
O tempo do _________________________ é a ocasião em que DEUS fará com que o seu Reino __________________________ sobre todos os poderes do __________________________.
 
I. - O TEMPO DA PROFECIA (12.1)
3- A que se refere a expressão "naquele tempo" e como será esse período?
(    ) Se refere ao período da Grande Tribulação.
(    ) Se refere ao período do Milênio.
(    ) O Anticristo liderará o mundo política e belicamente.
(    ) Será um período de brutal e sangrenta perseguição contra os judeus e tantos quantos estiverem a favor de Israel (Dn 11.35,40).
(    ) Em suas terras, o povo judeu sofreu muitas invasões de inimigos. Porém, nem as piores incursões contra Israel, como as da Babilônia e os horrores do holocausto nos dias de Hitler (1939-1945), podem se comparar com o "tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo" (v.1).
(    ) A proporção deste conflito ultrapassará qualquer outro momento da história da civilização (Mt 24.21,22; cf. Jr 30.5-7).
 
4- Quem é e o que tem a ver o arcanjo Miguel com a libertação de Israel?
(    ) No livro de Daniel, o arcanjo Miguel, príncipe de DEUS, entrou em batalha contra as forças do mal a fim de que o anjo Gabriel levasse a mensagem ao profeta.
(    ) Miguel é o guardião do mundo contra as potestades satânicas, identificadas como "reis e príncipes das regiões celestes". Estes criavam obstáculos aos desígnios divinos.
(    ) Miguel é o guardião de Israel contra as potestades satânicas, identificadas como "reis e príncipes da Pérsia e da Grécia". Estes criavam obstáculos aos desígnios divinos.
(    ) No capítulo doze, para proteger o povo de DEUS, Miguel entrou mais uma vez em batalha contra as forças opositoras de Satanás.
(    ) Aqui, há uma relação escatológica com a passagem de Apocalipse 12.7-9, isto é, a batalha de Miguel com o Dragão e os seus anjos.
(    ) Segundo a visão do apóstolo João, no meio desta batalha havia uma mulher vestida com o sol, a lua sob os pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça (Ap 12.1). Esta visão não é a respeito da Igreja, mas de Israel, que receberá de DEUS uma intervenção através do arcanjo Miguel (Ap 12.7,8).
 
5- Como são os anjos no mundo hoje?
(    ) O mundo espiritual é real e muitas vezes não o percebemos.
(    ) Os anjos são ministros em favor de todos os seres humanos.
(    ) Os anjos são espíritos ministradores em favor não só da nação de Israel, mas especialmente da Igreja de CRISTO.
(    ) Eles não recebem adoração de homens e nem podem interferir na vida espiritual dos filhos de DEUS sem a expressa ordem do Pai.
(    ) Não sejamos meninos nem infantis neste assunto (Cl 2.18; Gl 1.8).
(    ) Os anjos de DEUS terão uma participação especial antes e após o arrebatamento da Igreja e nas circunstâncias que envolverão Israel e o resto do mundo na Grande Tribulação (1 Ts 4.13-17; Ap 12.1-9).
 
II. - RESSURREIÇÃO E VIDA ETERNA (Dn 12.2-4)
6- Vemos a doutrina das duas Ressurreições na bíblia (AT)?
(    ) Não. Apenas ideias a respeito.
(    ) Quando lemos o Antigo Testamento temos a impressão de não vermos a doutrina da ressurreição dos mortos com clareza, principalmente nos livros da Lei, o Pentateuco.
(    ) Entretanto, aqui, Daniel não nos deixa dúvidas quanto à veracidade desta gloriosa doutrina: "E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno" (v.2).
 
7- Como serão as duas ressurreições?
(    ) O texto de Daniel, versículo 1, nos informa um livro onde constam os nomes dos santos a ressuscitar para a vida eterna e dos ímpios para a vergonha e o desprezo eterno.
(    ) O versículo 2 não se refere a uma ressurreição geral, isto é, de todos os que já dormem.
(    ) O versículo 2 se refere a uma ressurreição geral, isto é, de todos os que já dormem.
(    ) O texto diz apenas "muitos dos que dormem". Esta expressão pode se referir aos "mártires da grande tribulação que ressuscitarão" (Ap 7.14,15).
(    ) O texto sugere também o advento das duas ressurreições conforme vemos no Apocalipse (20.12,13).
(    ) A primeira ressurreição refere-se aos justos e a segunda, após o Milênio, aos ímpios (Jo 5.29; Mt 25.46; cf. Dn 12.2; Jo 5.28,29; 1 Co 15.51,52).
 
8- O que quer dizer: "A ciência se multiplicará" (v.4)?  
(    ) Esta expressão é uma profecia sobre os avanços do conhecimento científico e da tecnologia dada por DEUS aos homens.
(    ) Muitos pensam que esta expressão é uma profecia sobre os avanços do conhecimento científico e da tecnologia.
(    ) Precisamos compreender a completude desse versículo. Estamos diante de um texto que menciona uma ordem expressa de DEUS para Daniel: guardar a revelação até o tempo do seu cabal cumprimento.
(    ) O Senhor ainda diz a Daniel que "muitos correrão de uma parte para outra", em busca da verdade. Entretanto, "a ciência se multiplicará".
(    ) O sentido da palavra "ciência", no texto de Daniel, tem a ver com o saber das coisas, "ser ou estar informado" ou "ter conhecimentos específicos sobre algo".
(    ) A multiplicação da ciência refere-se ao aumento do conhecimento sobre o conteúdo expresso da profecia de Daniel, não tendo relação alguma com o avanço da ciência formal.
(    ) Louvado seja DEUS pelos muitos estudiosos que vêm se debruçando sobre estas profecias. Compreendendo o seu contexto histórico e cultural, evitando falsos alardes e preservando a gloriosa esperança de que a profecia de Daniel um dia se cumprirá fielmente:
(    ) Veremos o advento da plenitude do Reino de DEUS no mundo!
 
III. - A PROFECIA FOI SELADA (12.8-11)
9- Como a profecia está selada?
(    ) Daniel recebeu a ordem de "fechar" e "selar" o livro da profecia sobre a história do mundo (v.4).
(    ) O ato de selar o livro, à época do profeta Daniel, dava a garantia da total vedação dessa profecia eternamente.
(    ) O ato de selar o livro, à época do profeta Daniel, dava a garantia da veracidade ao que havia sido lhe revelado.
(    ) Não tinha mais segredos e nada mais estava escondido que DEUS não houvesse trazido à luz. O selo do livro assegurava que a revelação era dada por DEUS.
(    ) A profecia quando dada pelo Senhor, como no livro de Daniel e de todos os santos profetas, não é uma palavra impenetrável, fechada ou restrita a poucas pessoas que se acham "capazes".
(    ) A palavra de DEUS é a revelação divina para todos os homens. Não foi somente para a nação de Israel, mas a todos quantos temerem a DEUS e porfiarem por compreender os desígnios do Senhor para o mundo.
 
10- "Qual será o fim dessas coisas?"
(    ) Foi a pergunta de Daniel. Note a resposta do homem vestido de linho ao profeta: "Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao tempo do fim" (v.9).
(    ) Foi a pergunta de Daniel. Note a resposta do homem vestido de linho ao profeta: "Vai, Daniel, porque estas palavras estão lacradas para serem abertas no fim" (v.9).
(    ) O profeta foi orientado pelo homem vestido de linho a prosseguir a sua peregrinação existencial porque a profecia já fora "fechada" e "selada". E Daniel tinha de viver a vida sem a informação requerida.
 
11- Como era a Humildade e sentido de finitude de Daniel e como devemos aplicá-la aos nossos dias?
(    ) Uma declaração de Daniel chama-nos atenção: "Eu, pois, ouvi, mas não entendi" (v.8).
(    ) Uma declaração de Daniel chama-nos atenção: "Eu, pois, ouvi, e entendi" (v.8).
(    ) Após o homem vestido de linho afirmar que depois "de tempos e metade de um tempo" e "quando tiverem acabado de destruir o poder do povo santo" virá o fim; Daniel o ouviu, mas não o compreendeu!
(    ) O profeta havia recebido a visão de DEUS, todavia, não a entenderia. Aqui, Daniel demonstrou a sua humildade e reconheceu a sua finitude!
(    ) Não devemos sentir-nos inferiores a outras pessoas quando não entendermos um assunto bíblico. O que não devemos é inventar teorias que contrariam as Escrituras. E para isso é preciso entender o que a Bíblia diz.
(    ) As palavras de Daniel são uma grande advertência para quem lida com as profecias e a interpretação da Bíblia em geral.
(    ) Atentemos para as palavras de JESUS quando foi indagado pelos discípulos a respeito da restauração do reino a Israel: "Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder" (At 1.7).
 
CONCLUSÃO
12- Complete:
Neste trimestre estudamos o livro de Daniel. Vimos como a _________________________ de DEUS age na história. Aprendemos sobre a importância de mantermos um __________________________ íntegro na presença de DEUS e diante dos homens. Vivendo à luz da esperança do _________________________ da Igreja,é urgente vigiar, orar e dedicarmos ao estudo da Palavra de DEUS. JESUS CRISTO _________________________! Esta era a esperança dos apóstolos e da Igreja Primitiva. E igualmente era a esperança de muitos cristãos até o século IV. Mas por muitos anos, parte da Igreja se __________________________ a respeito desta esperança. Contudo, com o advento da _________________________ Protestante, a esperança quanto à vinda de JESUS foi renovada na Igreja. Com o Movimento __________________________ Clássico deu-se a explosão dessa mensagem. Em nosso país, qual o pentecostal que não conhece a célebre frase: "JESUS CRISTO _________________________, cura, batiza com o ESPÍRITO SANTO e breve voltará"? _________________________! Ora vem Senhor JESUS!
 
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm 
 
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br
www.escoladominical.net
www.gospelbook.net
www.portalebd.org.br/
http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/ Pb Alessandro Silva