22 abril 2016

Lição 4, Os Benefícios da Justificação, Ev Henrique, EBD NA TV

Lição 4, Os Benefícios da Justificação
2º trimestre de 2016 - Maravilhosa Graça - O Evangelho de JESUS CRISTO Revelado Na Carta Aos Romanos
Comentarista da CPAD: Pr. José GonçalvesComplementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida SilvaNÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃOhttp://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htmEstudo sobre nossos assunto de 2006 - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao4-salvacao-ajustificacaopelafeemcristo.htmAQUI VOCÊ VÊ PONTOS DIFÍCEIS DA LIÇÃO - POLÊMICOS

TEXTO ÁUREO“Mas DEUS prova o seu amor para conosco em que CRISTO morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Rm 5.8)


VERDADE PRÁTICAA justificação pela fé em CRISTO nos libertou de Adão, símbolo do velho homem, para nos colocar em CRISTO, onde fomos feitos uma nova criação.


LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Co 15.21 O pecado entrou no mundo mediante a QuedaTerça - 1 Co 15.22 Todos morreram em Adão e só podem ser vivificados em JESUSQuarta - Rm 5.13 O pecado só pode ser imputado havendo a lei Quinta - Rm 5.15 A suprema eficiência da redenção em JESUS CRISTOSexta - Rm 5.17 O pecado trouxe morte, mas CRISTO trouxe a graça divinaSábado - Rm 5.21 A graça e a justiça reinam por intermédio de CRISTO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Romanos 5.1-12
1 - Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com DEUS por nosso Senhor JESUS CRISTO;  2 - pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de DEUS. 3 - E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência;  4 - e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. 5 - E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de DEUS está derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO que nos foi dado. 6 - Porque CRISTO, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. 7 - Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. 8 - Mas DEUS prova o seu amor para conosco em que CRISTO morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. 9 - Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. 10 - Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com DEUS pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. 11 - E não somente isto, mas também nos gloriamos em DEUS por nosso Senhor JESUS CRISTO, pelo qual agora alcançamos a reconciliação. 12 - Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.

OBJETIVO GERALEsclarecer que a justificação pela fé em CRISTO nos libertou da lei do pecado e nos fez novas criaturas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar as bênçãos decorrentes da justificação;
Mostrar as bênçãos do amor trinitário;
Explicar as bênçãos decorrentes na nova criação

PONTO CENTRALA justificação pela fé nos concede muitos benefícios.

Resumo da Lição 4, Os Benefícios da JustificaçãoI - A BÊNÇÃO DA GRAÇA JUSTIFICADORA (Rm 5.1-5)1. A bênção da paz com DEUS. 2. A bênção de esperar em DEUS. 3. A bênção de sofrer por JESUS.II - AS BÊNÇÃOS DO AMOR TRINITÁRIO (Rm 5.5-11)1. O amor que o Pai outorga.2. O amor que o ESPÍRITO distribui.3. O amor que o Filho realiza.III - AS BÊNÇÃOS DA NOVA CRIAÇÃO (Rm 5.12-21)1. O homem em Adão.2. O homem em CRISTO.
SÍNTESE DO TÓPICO I - Com a justificação pela fé recebemos a bênção da paz com DEUS.SÍNTESE DO TÓPICO II - Com a justificação pela fé recebemos a bênção do amor trinitário.SÍNTESE DO TÓPICO III - Com a justificação pela fé recebemos a bênção do novo nascimento.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Inicie o tópico fazendo a seguinte indagação: "Quais são as bênçãos decorrentes da justificação?" Incentive a participação de todos e ouça os alunos com atenção. Em seguida copie no quadro o esquema abaixo. Utilize-o para mostrar aos alunos algumas das bênçãos decorrentes da justificação. Leia e discuta as referências bíblicas com os alunos.
 


OS BENEFÍCIOS DA JUSTIFICAÇÃO (5.1-21)
Adaptado de: CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de DEUS. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.50.

Paz com DEUS (5.1).
Acesso à graça, pela fé (5.2).
Esperança da glória de DEUS (5.2).
Alegria nas tribulações (5.3-5).
O amor divino derramado em nós (5.5b).
O amor de DEUS demonstrado a nós através
da morte de seu Filho (5.6-11).


SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

Reproduza o quadro da página seguinte. Leia com os alunos Romanos 5.15-21 e em seguida, utilizando o quadro faça um contraste entre Adão e CRISTO.
(CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de DEUS. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.67). 

ADÃO
CRISTO
1. Pela ofensa de um só, morreram muitos (v. 15).
1. Pelo dom da graça de um só homem, a graça foi abundante sobre muitos (v. 15).
2. Uma só ofensa e todos foram condenados (v. 16).
2. A graça de um só homem transcorre de muitas ofensas (v. 16).
3. Pela ofensa de um, reinou a morte sobre todos (v. 17).
3. Pela justiça de um só reinou a vida (v. 17).
4. Por uma só ofensa veio o juízo sobre todos (v. 18).
4. Por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos (v. 18).
5. Pela desobediência de um homem, todos se fizeram pecadores (v. 19).
5. Pela obediência de um homem, muitos se tornaram justos (v. 19).
6. Pela ofensa de um só, abundou o pecado (v. 20).
6. Pela justiça de um só, superabundou a graça (v. 20).
7. O pecado reinou pela morte (v. 21).
7. A graça reinou pela justiça (v. 21).

PARA REFLETIR - A respeito da Carta aos Romanos, responda:Qual era o significado da palavra paz no Antigo Testamento?O uso que Paulo faz da palavra paz é diferente daquele usado no mundo antigo. No geral, o termo significava ausência de guerra. Porém, Paulo se refere ao vocábulo paz conforme ele aparece no Antigo Testamento e cujo significado era a salvação dos piedosos, prosperidade e bem-estar.
Qual o primeiro benefício da justificação?A paz com DEUS.
Qual o significado da palavra esperança no contexto de romanos?No contexto de Romanos, esperança significa enfrentar o tempo presente, com todos os seus desafios, porque se tem certeza quanto ao futuro.
Quem é a origem, fonte do amor?DEUS é a origem e a fonte do amor.
Faça um contraste entre Adão e CRISTO.O primeiro Adão é alma vivente, o segundo Adão é ESPÍRITO vivificante; o primeiro Adão é da terra, o segundo Adão é do céu; o primeiro Adão é pecador, o segundo Adão é justo; o primeiro Adão é morte, o segundo Adão é vida.

CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 65, p38.


Comentários de vários autores com alguma modificações do EV. Luiz HenriquePontos difíceis e polêmicos
Colocar ovo de águia em ninho de galinha, não vai fazer a semente de águia mudar para galinha. A Águia vai voar e não andar no terreiro - ela nasceu para voar, a semente que está dentro dela é de águia e não de Galinha. Assim o ser humano tem dentro de si, ao nascer, a semente de Adão, a semente do pecado - Na primeira oportunidade que tiver vai pecar, é a semente maligna que está dentro dele. Todos pecaram (Rm 3.23). Todos nascem com a semente do pecado vinda de Adão. Só um nasceu sem a semente de Adão e nunca pecou - JESUS CRISTO (...achou-se ter concebido do ESPÍRITO SANTO. Mateus 1:18).

1 - Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com DEUS por nosso Senhor JESUS CRISTO;  2 - pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de DEUS. 3 - E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência;  4 - e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. 5 - E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de DEUS está derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO que nos foi dado. 6 - Porque CRISTO, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. 7 - Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. 8 - Mas DEUS prova o seu amor para conosco em que CRISTO morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. 9 - Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. 10 - Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com DEUS pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. 11 - E não somente isto, mas também nos gloriamos em DEUS por nosso Senhor JESUS CRISTO, pelo qual agora alcançamos a reconciliação. 12 - Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.

Introdução (Ev. Luiz Henrique)
Nesta lição temos uma relação direta com DEUS - paz com DEUS (milagre só possível pela justificação em CRISTO), tribulação (Satanás nos perseguindo), Paciência para esperar em DEUS a resposta e o triunfo, experiência na oração e na intimidade com DEUS e por fim a Esperança que é a confiança em DEUS e suas promessas futuras para os dias gloriosos que nos esperam, depois vem o fortalecimento do amor nosso para com DEUS em CRISTO JESUS.
O plano de redenção de DEUS PAI dizia que se houvesse um homem na Terra que nunca pecou e esse homem fosse capaz de tomar sobre ele todo o pecado da raça humana e concordasse em morrer em lugar desses todos na cruz, então DEUS perdoaria a todos (Lv 25). DEUS PAI não achou ninguém - Todos pecaram (Rm 3.23). DEUS PAI então viu que para salvar o homem só tinha um jeito, DEUS mesmo morrer no lugar do homem. Mas DEUS é espírito, não é homem, então DEUS envia seu filho (que é DEUS mesmo) para nascer na Terra como homem. JESUS teve que se despojar de toda glória, de todas suas prerrogativas de DEUS e se tornar em tudo semelhante ao homem (menos no pecado). Assim, quando fez 30 anos (idade de maioridade, de se tornar independente dos pais terrenos), decidiu tornar possível o plano de DEUS para salvação do homem. Primeiro preparou seus substitutos (a igreja), depois na última ceia tomou sobre si os pecados de toda raça humana e depois morreu nossa morte, na cruz, no calvário. Ao terceiro dia ressuscitou e agora está assentado à direita de DEUS PAI, onde intercede por nós. O ESPÍRITO SANTO convence agora os homens do pecado, da justiça e do juízo de DEUS quando pregamos o evangelho e assim os homens são perdoados, justificados.
Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram. Romanos 5:12
A semente da vida está no homem (espermatozoide), a mulher recebe a semente e a guarda e protege, esta será desenvolvida até formar uma criança. Como a semente está no homem DEUS já a conhece antes mesmo de entrar na mulher. Por isso Jeremas era conhecido antes de nascer.

Antes estávamos separados de DEUS, pois a barreira do pecado nos separava Dele, éramos inimigos da cruz de CRISTO, agora estamos em paz com DEUS, pois a barreira do pecado JESUS levou na cruz, agora Temos paz com DEUS. A maneira de entrar para a graça que já foi realizada na cruz é acreditando nela sem a ver, pois aconteceu a mais de 2010 anos atrás. É pela fé. Temos que ficar, permanecer nesta graça para alcançarmos suas superiores e eternas promessas. Nosso destino é a nova terra e novos céus, na Nova Jerusalém. Para nós as tribulações são meras pedras no caminho para que, ao passarmos por elas com a ajuda de DEUS, nos fortaleçamos mais ainda nossa fé. Precisamos passar por essas tribulações, pois elas nos fazem aprender a ter paciência, esperar com paciência a providência de DEUS. Esta Paciência nos conduzirá à experiência com DEUS e com os problemas para ajudarmos aos outros a passarem por elas também - Quando estamos passando por tribulações, pacientemente dobramos nossos joelhos diante de DEUS e oramos, essa oração é a construção de nossa vitória no reino espiritual. Sabendo esperar vamos alcançar a vitória e assim cresceremos na experiência com DEUS e na experiência de vida humana cristã. Depois de enfrentarmos com paciência e perseverança as tribulações e termos alcançado a experiência, agora desenvolvemos a esperança que é a certeza de vitória aqui na Terra e por fim a vida eterna com nossos DEUS e Pai de nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO.
O amor de DEUS está derramado em nosso coração assim como o ESPÍRITO SANTO foi derramado sobre os apóstolos no dia de Pentecostes (De sorte que, exaltado pela destra de DEUS, e tendo recebido do Pai a promessa do ESPÍRITO SANTO, derramou isto que vós agora vedes e ouvis. Atos 2:33). Somos agora templo do ESPÍRITO SANTO, portanto, DEUS mesmo habita em nós e ama a todos, inclusive aos pecadores. Devemos deixar fluir esse amor em benefício das pessoas para que conheçam a JESUS como Salvador e Senhor. também devemos praticar obras de amor, como visitar órfãos e viúvas, encarcerados, doentes, atribulados, etc..., também ajudar com doação de calçados e roupas aos necessecitados, etc... (Porque o amor de CRISTO nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. 2 Coríntios 5:14).
JESUS morreu por pecadores, pois nós ainda estávamos em nossos delitos e pecados quando a graça nos foi oferecida. JESUS morreu a mais de 2010 anos e naquele dia já vislumbrou nossa vida de pecado e aceitou morrer no lugar de pecadores, portanto a salvação não nos foi dada por merecimento, mas pela graça de DEUS para conosco. Uma pesssoa talvez ousasse morrer por outra que considera boa, mas, JESUS morreu por nós sabendo que pecamos, morreu por assasinos, ladrões, prostitutas, etc... (Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de DEUS. E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor JESUS, e pelo ESPÍRITO do nosso DEUS, 1 Coríntios 6:10,11).
O que fará DEUS por nós agora? Imagine, se DEUS fez tudo isso por nós sendo nós ainda pecadores, pense agora que somos salvos, somos filhos de DEUS! (A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção; Romanos 2:7).
Reconciliação só acontece com mediação. JESUS é o nosso mediador entre nós e DEUS (E a JESUS, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel. Hebreus 12:24 - Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas.-  Hebreus 8:6
Porque há um só DEUS, e um só Mediador entre DEUS e os homens, JESUS CRISTO homem. 1 Timóteo 2:5).
Por Adão entrou o pecado no mundo. O pecado trouxe consigo doenças, enfermidades, mortes (corpo, alma e espírito).
Por JESUS entrou a vida eterna no mundo. JESUS nos cura, nos liberta, nos salva, nos santifica no corpo, na alma e no espírto.
Ev. Luiz Henrique

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Obra expiatória de JESUS:
a. Expiação:
“DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46; citação do Salmo 22.1). Esta não é uma expressão qualquer — é resultado do sofrimento do Senhor por nós. Na cruz, a comunhão de JESUS com o Pai foi interrompida. Para cumprir a vontade de DEUS e conduzir muitos filhos à glória (Hb 2.10), ele aceitou perder a visão da face do Pai por amor a nós.
b. Argumento:
1) a alma que pecar esta morrerá (o salário do pecado é a morte);
2) CRISTO nunca pecou;
3) então por que ele morreu?
4) ele morreu voluntariamente em lugar de outro (nós).
c. Substituição: na cruz, os pecados da humanidade foram lançados sobre CRISTO. Quando os nossos pecados foram lançados sobre ele, o Pai não podia ter comunhão com o pecado. A própria Trindade foi ferida na obra da redenção.
Pecado: “Àquele que não conheceu pecado, ele [DEUS] o fez pecado por nós; para que nele [CRISTO] nós fôssemos feitos justiça de DEUS” (2 Co 5.21). JESUS levou sobre ELE nossos pecados, doenças e enfermidades (Is 53).
*.Justificação: “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados” (I Pe 2:24; 3.18).
* “Mas ELE foi ferido por causa das NOSSAS transgressões, e moído por causa das NOSSAS iniqüidades; o castigo que NOS traz a paz estava sobre ELE, e pelas SUAS pisaduras FOMOS sarados” (Is 53.5).
d. Imputação: imputar quer dizer lançar na conta de outro, creditar, atribuir (Fl 18); os nossos pecados foram lançados sobre ele; CRISTO foi vestido com os nossos pecados e sobre ele foi derramado o cálice da justiça de DEUS.
e. Cordeiro: CRISTO nunca se tornou pessoalmente pecaminoso — ele sempre foi e sempre será o Cordeiro santo de DEUS — mas, na cruz, os pecados dos homens foram punidos plena e satisfatoriamente perante DEUS; a culpa não era dele.
f. Provação: ele foi desafiado até o fim a não realizar a obra da cruz — “Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele” (Mt 27.42). Este insulto contém uma verdade tremenda: se JESUS tivesse salvado a si mesmo, ele não poderia nos salvar. 

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O Caráter de uma justificação (Sônia Lopes - Ananindeua - PA - Grupo do WhatsApp).
Inglaterra, um condenado à prisão pode por intermédio de seu advogado fazer uma petição ao rei pedindo perdão.
O rei poderá atender à solicitação ou não, dependendo da gravidade do crime praticado!
O pedido é bem especifico, "perdão" para o criminoso, julgado e condenado.
Se o preso for perdoado será colocado em liberdade, mas ficará conhecido pelo resto de seus dias como o "criminoso que foi perdoado". Esse é um bom gancho para quem é pregador!!
JESUS não procede de igual modo! Is.1.18;1Jo.1.7;Rm. 8.1,33,34;
Estados Unidos
Em algumas cidades dos estados unidos, assim também como em alguns paises da Ásia os familiares daqueles que estão nos corredores da morte, recorrem mediante um advogado ao regente da nação na esperança de que este conceda o perdão.
No ato dos preparativos para a execução do sentenciado, os olhares dos executores estão fixos num telefone vermelho, se tocar é alguém do outro lado anulando a execução, o que mudará a sorte do malfeitor!
DEUS é todo misericórdia e jamais usa método semelhante para com os indivíduos 1Cr.21.11-13)
A justificação Bíblica: segundo Rm.8.1
SIG, que o réu foi absolvido, que agora em lugar de receber a sentença condenatória pela culpa, o reu é declarado isento da culpa e da punição merecida!
Mediante a justificação por intermédio da pessoa de JESUS, DEUS passa a olhar a pessoa que confessou a seu filho como resultado do calvário! Então o vê como reto, restaurado ao primeiro estágio, santo e inocente! Tudo porque JESUS já recebeu em si mesmo o castigo que era pertencente ao homem Gl. 3.13. A justificação bíblica muda a situação espiritual do homem diante de DEUS! Porque JESUS é quem religa o homem espiritualmente com DEUS, restaurando-o à comunhão que foi quebrada no Eden! G.2.15-3.
A justificação bíblica não está relacionada às más ações do homem que já foi justificado!
O servo não está imune de suas responsabilidades como individuo perante a sociedade, se cometer um ato ilegal, o mesmo terá que assumir o ato e responder legalmente HB.13.3,4; 1Pe.4.15.
O homem justificado tem o dever, obrigação de buscar estar imerso na graça de DEUS para que possa externar o fruto dessa justificação MT.3.8.
As bênçãos que usufrui o homem justificado por DEUS:
É justificado e passa a ter paz com DEUS e usufruir dessa paz Rm. 5.1.
É declarado destituído da culpa de Adão Rm. 8.1,33,34.
É ressuscitado espiritualmente, essa ressurreição é para um novo recomeço Cl.2.12-14;3.1.
É Vivificado EF.2.1-3.
É Reconciliado com DEUS EF.2.16;2Co.5.19.
É Adotado como filho Jo.1.12;Rm.8.16.
Se torna participante da natureza divina, santidade e justiça 2Pe.1.4b.
Recebe a veste de um novo homem EF.4.22,24; 2Co.5.17;Ap.22.14.
O homem saí do estado de ignorância e cegueira espiritual Jo.8.32,36.
Passa a ser membro da familia divina EF.2.19.
Herdeiro de DEUS por JESUS CRISTO Rm.8.17.
Passa a ser Cidadão dos céus HB.13.14;Fp. 3.20.
Tem agora a mente renovada EF.4.23;Rm.12.2;Cl.3.2.
Seu nome é arrolado no rolo dos que hão de morar no céu de DEUS Lc.10.20.
É Chamado para ser um embaixador, representante legal do reino dos céus onde quer que esteja Mt.28.19,20; Mc.16.15,16.
Sônia Lopes - Ananindeua - PA (Grupo do WhatsApp)

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2º Trimestre de 1998 - Título: Romanos — O Evangelho da justiça de DEUS - Comentarista: Esequias Soares da Silva  
Lição 5: Privilégios dos justificados pela fé
 
A justificação pela fé é o começo de uma nova vida, trazendo paz, graça, glória e absolvição da ira futura. 
 
1. Explique a palavra “paz” do versículo 1.
2. Como “gloriar-se nas tribulações”?
3. A tribulação produz o quê?
4. E a paciência?
5. E a experiência?
6. E a esperança?
7. Quando pedimos paciência a DEUS o que poderá vir antes?
Pode-se fazer outras questões de acordo com o número de alunos.
 
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO 
Depois de demonstrar, com base no Antigo Testamento, a doutrina da justificação pela fé, Paulo, agora, começa a enumerar as bênçãos provenientes dessa doutrina. Em Romanos 4.25, o apóstolo declara que JESUS ressuscitou para a nossa justificação. Isso serve como ponto de partida para o capítulo 5, que é o estudo de hoje.
 I. FRUTOS DA JUSTIFICAÇÃO 
1. A segunda seção de Romanos. Os capítulos 5 a 8 de Romanos registram os privilégios dos que são justificados pela fé: paz com DEUS (Rm 5): união com CRISTO (Rm 6); libertação da lei (Rm 7) e vida abundante no ESPÍRITO (Rm 8).
2. “Temos” ou “tenhamos”? (v.1). A expressão “tenhamos paz com DEUS” não é apropriada nesse contexto. “Temos” é a tradução mais adequada, pois a “paz com DEUS” nos toma aceitos por CRISTO. E, dessa forma, não estamos mais sob a ameaça da ira de DEUS. A palavra hebraica para “paz” é shalom, e a grega, eirene, que significa “completo”.
3. “Paz com DEUS” (v.1). O homem no pecado é inimigo de DEUS (v.10); mas quando é justificado pela fé em JESUS CRISTO, é reconciliado com DEUS, e essa reconciliação traz-lhe paz. Esse é o efeito imediato da justificação.
4. “Entrada pela fé a esta graça” (v.2a). Graça é favor imerecido. Nós não merecíamos a salvação, mas por JESUS, agora, temos acesso a esta graça. É CRISTO quem introduz o pecador à presença de DEUS. “Estamos firmes” significa o efeito contínuo da justificação.
5. “E nos gloriamos na esperança da glória de DEUS” (v.2b). “Gloriamos” revela o regozijo e o gozo inefável do crente como antecipação das bênçãos futuras. “Glória de DEUS” é o mesmo que a manifestação de DEUS. Aqui, é uma expressão que significa o céu, lugar da habitação de DEUS e de sua manifestação. 
II. O SOFRIMENTO 
1. Gloriar-se nas tribulações (v.3a). O quadro glorioso registrado nos versículos 1 e 2 não significa uma vida totalmente isenta de tribulações. JESUS disse: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me” (Mc 8.34)
Essas tribulações não são apenas dores, enfermidades, depressões, tristezas nem aflições; são também as pressões deste mundo hostil que crucificou o nosso Senhor JESUS CRISTO (At 14.22). JESUS disse que no mundo teríamos aflição, mas que ficássemos seguros, pois Ele venceu o mundo (Jo 16.33).
2. Ser cristão não significa ser masoquista. Paulo não afirma nem dá a entender que ser cristão seja sentir prazer no sofrimento. Veja o que ele diz: “mas também nos gloriamos”. A Palavra é realista, mostrando que encontramos espinhos na jornada da vida cristã, e que, mesmo assim, o crente é feliz e glorifica a DEUS. Isso em virtude da glória que em nós será revelada (Rm 8.18), e que traz resultados positivos para a vida cristã, pois tudo concorre para o bem dos que amam a DEUS (Rm 8.28). Temos júbilos nas bênçãos e também nas tribulações.
3. “A tribulação produz a paciência” (v.3b). Aqui “paciência”, no grego, é hypomene, que vem de duas palavras gregashypo, “sob” e o verbo meno, “permanecer”.
O referido vocábulo significa: “paciência, perseverança, firmeza, fortaleza”. É a virtude de alguém sofrer com resignação. Se não existisse sofrimento não existiria paciência. Estejamos certos de que o bem proveniente da paciência é maior que os males das tribulações.
4. A paciência produz a experiência (v.4a). A paciência nas perseguições torna o cristão aprovado e vitorioso (2Ts 1.4,5). Isso serve para o nosso amadurecimento e para uma maior aproximação com DEUS.
5. A experiência produz a esperança (vv.4b,5). O caráter cristão é produzido em meio aos sofrimentos. É nessas circunstâncias que o ESPÍRITO SANTO mais trabalha a nossa vida, gerando em nós a confiança de que DEUS nos levará à glória do porvir. A esperança está entre as principais virtudes da fé cristã, ao lado do amor e da fé (1Co 13.13). 
III. A MORTE DE CRISTO PELOS PECADORES 
1. Quem pode garantir que essa esperança não falhe? A base da justificação são a morte e a ressurreição de JESUS CRISTO (Rm 3.24-26; 4.25). Tudo isso provém do amor de DEUS (v.8). Paulo demonstra nos vv.6-8 por que a esperança não falha. Ele apresenta duas provas: a evidência subjetiva e a evidência objetiva.
2. Prova subjetiva (v.5). O amor de DEUS derramado em nossos corações, e isso através do ESPÍRITO SANTO. Esta é a prova subjetiva. Interessante é que o apóstolo acrescentou: “que nos foi dado”. O ESPÍRITO SANTO nos foi dado quando recebemos a JESUS CRISTO como Salvador.
Nada no mundo pode roubar a convicção da vida eterna, pois o ESPÍRITO SANTO de DEUS “testifica com o nosso espírito que somos filhos de DEUS” (Rm 8.16). E algo que DEUS colocou em nós, e está dentro de nós. Esse amor de DEUS inunda todo o nosso ser de esperança e de júbilo. Essa prova, porém, não serve para os outros, mas só para quem tem essa comunhão com DEUS.
3. Prova objetiva (vv.6-8). O amor de DEUS está no fato de haver CRISTO morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. A morte de JESUS é um fato histórico. Por isso é uma prova objetiva.
Éramos inimigos de DEUS; ultrajávamos o seu santo nome com palavras e ações. Que interesse DEUS poderia ter por nós? Paulo diz: “pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer” (v.7). Ora, se DEUS se interessou por nós quando ainda éramos seus inimigos, quanto mais agora que estamos reconciliados com Ele. A morte de JESUS é a prova objetiva e externa do amor de DEUS por nós (Jo 3.16). 
IV. A RECONCILIAÇÃO DOS PECADORES 
1. “Muito mais” (vv.9,10). O argumento do apóstolo é indestrutível. No capítulo 5 de Romanos, ele usa quatro vezes a expressão “muito mais”. Duas com referência à segurança do crente, e outras duas (vv.15-17) acerca da abundância da graça. Nós, que estávamos em estado de miséria, e éramos rebeldes e inimigos de DEUS, fomos alvos de seu amor inaudito. Fomos justificados no tempo presente. Portanto, “muito mais” agora, que somos filhos de DEUS, estamos, por Ele, livres da condenação futura (1Ts 1.10).
2. Reconciliação (v.11). O referido substantivo só aparece quatro vezes no Novo Testamento grego, e vem do verbokatallasso, “reconciliar”. Quanto ao verbo reconciliar, encontrado nestas passagens: Rm 5.10; 1Co 7.11; 2Co 5.18-20, significa mudar de inimizade para amizade. Foi isso que aconteceu entre nós e DEUS! 
CONCLUSÃO
Agora, sabemos e sentimos que estamos reconciliados com DEUS por meio de nosso Senhor JESUS CRISTO. Por isso, desfrutamos desses benefícios e privilégios. Quem ainda não tem essa esperança nem está usufruindo das bênçãos mencionadas nessa lição, precisa urgentemente crer na graça de DEUS, aceitando a JESUS como o seu Salvador pessoal.
  
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES - Subsídio Teológico 
“A justificação é o anúncio extraordinário de que o pecador já está plenamente justificado. Aos olhos de DEUS, seus pecados já não existem mais, pois ‘quanto está longe o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões’ (Sl 103.12). Miqueias expressa lindamente esse benefício da graça: ‘Quem, ó DEUS, é semelhante a ti. que perdoas a iniquidade, e que te esqueces da rebelião do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade. Tomará a apiedar-se de nós; subjugará as nossas iniquidades, e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar’ (Mq 7.18.19).
Três bênçãos específicas fluem da justificação. A primeira é a redenção dos pecados, cuja pena é a morte — espiritual e física (Gn 2.16.17; Rm 5.12-14; 6.23). Essa penalidade foi removida pela morte de CRISTO, o qual suportou o castigo que nos estava reservado (Is 53.5,6; 1Pe 2.24). A justificação implica também a restauração do favor divino. Além de havermos incorrido na penalidade requerida pelas nossas transgressões, havíamos também perdido o favor divino, pois DEUS não tem comunhão com o pecado (Jo 3.36; Rm 1.18). No entanto, através da fé em CRISTO, fomos restaurados à comunhão com o Pai Celeste (Gl 3.26 e 1Jo 1.3). Finalmente, a justificação traz consigo a imputação da retidão. Assim como a pena pelo pecado fora ‘debitada em nossa conta’, a retidão de CRISTO, no ato da justificação, é creditada em nossa conta (Fp 3.9; Gn 15.6). Fomos envolvidos com a pureza de CRISTO. Ele tornou-se nossa veste nupcial (Mt 22.11,12)” (Doutrinas Bíblicas. CPAD).
Subsídio Doutrinário 
“Mais uma vez é mediante JESUS CRISTO que obtivemos igualmente acesso pela fé, a esta graça, na qual estamos firmes.
Esse segundo benefício da justificação nos introduz à presença de DEUS diante do trono da graça, para usufruir de todas as bênçãos a que temos direito como justificados em CRISTO. Somos colocados em uma nova posição, visto que já alcançamos a ‘paz com DEUS’. Temos agora uma nova posição em CRISTO e isto resulta na possibilidade de termos acesso à graça de DEUS.
Esse acesso a DEUS nos torna filhos de DEUS, e a posição de ‘filhos’ em adoção por JESUS CRISTO é o passaporte para entrarmos na presença do Pai Todo-Poderoso. Esse acesso significa comunhão mais perene e pessoal com DEUS. A palavra acesso no grego é ‘prosagoge’ que dá a ideia de ‘aproximação, introdução’. A palavra introdução dá ideia neste texto de apresentação. Por JESUS CRISTO somos apresentados a DEUS Pai, sem qualquer outro protocolo. A fé em JESUS é o meio de entrarmos na presença de DEUS. Não é um ‘acesso a DEUS’ semelhante a alguém que busca entrar ou ter acesso à presença de uma autoridade secular. Não se trata de um acesso mecânico, seco e formal. Para com DEUS, o acesso resulta de uma reconciliação feita anteriormente por JESUS CRISTO, e que agora, esse ‘acesso à graça’ é espontâneo, sem protocolo, sem impedimentos. É um acesso que significa intimidade com Ele” (Carta aos Romanos, CPAD). 
Subsídio Devocional 
O cristão não deve encarar o sofrimento da mesma maneira que um não crente. Com as tribulações o caráter cristão alcança aprofundamento e aprimoramento.
Justificado por DEUS, o cristão está num processo de transformação de acordo com a imagem de JESUS CRISTO. O agente dessa transformação é o ESPÍRITO SANTO. A tribulação dá a oportunidade para o ESPÍRITO SANTO operar no cristão essa obra. Imagine se a vida só nos reservasse o sucesso e a alegria, nosso progresso espiritual seria mínimo. Não queremos dizer que o cristão deve viver num conformismo que beira ao masoquismo. Mas que, o sofrimento, inerente à natureza humana, DEUS o usa para produzir magníficos resultados no cristão.
 
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  Tesouro de Conhecimento bíblico - EMÍLIO CONDE - CPAD
JUSTIÇA - Do hebraico “ sedaqah” e do grego “ dikaiosyne” , “ dikaos’ ", é a virtude que dá a cada um o que lhe é de direito. Considerando-se que tanto a justiça como as leis divinas são de ordem espiritual e são mais elevadas do que a lei e a justiça dos homens, e mais exigentes em sua aplicação e observância; considerando-se que não há alguém capaz de cumprir a lei e praticar a justiça, por si só, conclui-se que todos os homens são transgressores, estando sujeitos à condenação, a não ser que sejam perdoados, através da justiça divina, isto é, através do perdão de DEUS pelo sangue de JESUS CRISTO.
de ordem espiritual e são mais elevadas do que a lei e a justiça dos homens,
e mais exigentes em sua aplicação e observância; considerando-se que não há
alguém capaz de cumprir a lei e praticar a justiça, por si só, conclui-se
que todos os homens são transgressores, estando sujeitos à condenação, a não
ser que sejam perdoados, através da justiça divina, isto é, através do
perdão de DEUS pelo sangue de JESUS CRISTO.
As Escrituras apresentam como justos os homens que possuem certas qualificações . Vamos observar o que a Bíblia diz acerca de Simeão, quando JESUS foi apresentado no templo: “Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo” (Lc 2.25). Simeão e chamado de justo, isto e, digno de justiça, simplesmente porque viu o Messias e creu nas infalíveis promessas divinas de restauração do gênero humano.
A noção de justiça de DEUS em Paulo e encontrada em Romanos 1.17; 3.5,21,25; 10.3; 2 Coríntios 5.21 e tem um sentido
derivado. Para a maior parte dos exegetas, a justiça divina em Romanos e a justiça que vem de DEUS, que o homem recebe
de DEUS, meramente imputada, ou como fruto de santificação. Para outros, a justiça de DEUS em Paulo e a justiça que o próprio DEUS possui, isto e, um atributo divino que em certo sentido e comunicado aos homens.
A justiça de DEUS e o fundamento para a justiça humana e para a graça da filiação, como encontramos nas cartas de Joao: “Se sabeis que Ele e justo, reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça e nascido dele" (1 Jo 2.29). Tesouro de Conhecimento bíblico - EMÍLIO CONDE - CPAD

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As bênçãos que acompanham a justificação: paz, alegria, esperança (5:1-11). - Comentários de Editora Vida Nova e Mundo Cristão - Livro Romanos, Introdução e Comentários
Autor F.F.Bruce - Série Cultura Bíblica
Tendo exposto o meio usado por DEUS para justificar os pecadores, e tendo estabelecido isto com base no precedente veterotestamentário, Paulo agora enumera as bênçãos que se acumulam para aqueles cuja fé lhes foi imputada para justiça. A primeira delas é paz com DEUS. Homens e mulheres anteriormente em estado de rebelião contra Ele, agora estão reconciliados com Ele pela morte de CRISTO. Como Paulo diz noutra epístola, o propósito de DEUS era reconciliar "consigo mesmo todas as cousas" mas, preeminentemente, era reconciliar consigo aqueles que eram "estranhos e inimigos" dele "no entendimento" — ou "no coração" (Cl 1:20-22). E que de fato a morte de CRISTO realizou esta reconciliação é matéria de nítida experiência nas vidas de sucessivas gerações de crentes. A reconciliação é algo que DEUS já efetuou mediante a morte de CRISTO, e os homens são convidados a aceitá-la, a desfrutá-la, para estar em paz com DEUS.
Esta paz traz consigo livre acesso a DEUS. Os ex-rebeldes não são apenas perdoados no sentido de que sua merecida punição recebeu indulto, mas são colocados num lugar em que desfrutam de alto favor de DEUS — "esta graça na qual estamos firmes". É mediante CRISTO que eles entraram neste estado de graça, e é também por meio dele que se alegram "na esperança da glória de DEUS". Paz e alegria são bênçãos gêmeas do Evangelho. Nas palavras de um velho pregador escocês, "paz é alegria em repouso; alegria é paz a dançar".
Três objetos da alegria são mencionados neste parágrafo. O primeiro é nossa esperança da glória de DEUS. Acerca desta glória vindoura haverá mais coisas para considerar quando chegarmos ao capítulo 8. Mas a glória de DEUS é o fim para o qual Ele criou o homem, e é por meio da obra redentora de CRISTO que este fim será atingido. Enquanto Seu povo permanecer em corpos mortais, ela continuará sendo umaesperança. Mas é uma esperança segura, uma esperança em que há certeza de cumprimento, porque os que a nutrem já receberam a garantia da sua realização no dom do ESPÍRITO SANTO, que enche os seus corações do amor de DEUS.
O segundo objeto da alegria é inesperado: "também nos gloriamos nas próprias tribulaçôes" (versículo 3). Se isto nos parece estranho, lembremo-nos de que no Novo Testamento as aflições são vistas como a ex-periência normal do cristão. Os apóstolos exortavam os conversos "mostrando que, através de muitas tribulaçôes, nos importa entrar no reino de DEUS" (At 14:22). E quando a tribulação os acompanhava, como normalmente sucedia, não podiam queixar-se de que não foram prevenidos. Mas as aflições e tribulaçôes não eram somente consideradas como um traço inevitável da sorte do cristão. Eram vistas como uma característica do verdadeiro cristianismo: eram um sinal de que DEUS considerava os que as suportavam como dignos do Seu reino (ver 2 Ts 1:5). Além disso, produziam efeito moral salutar naqueles que as sofriam, pois os ajudavam a cultivar caráter paciente e constante, e quando essa paciência e essa constância estavam ligadas à fé cristã, a esperança cristã era ainda mais incentivada.
Acima de tudo, os crentes aprendiam a regozijar-se no próprio DEUS (versículo 11). A esperança da glória era uma jubilosa esperança, e os que a conheciam porque sofriam provações e perseguições podiam alegrar-se no meio dos seus problemas, e até mesmo por causa deles. Mas nenhuma alegria é comparável à alegria que se acha em DEUS mesmo — a alegria daqueles que fazem ecoar as palavras do salmista: "DEUS (...) é a minha grande alegria" (Sl 43:4).
E por que não alegrar-se em DEUS? Seu povo foi reconciliado com Ele pela morte de CRISTO, e experimenta diária libertação do mal mediante a vida do CRISTO ressurreto, enquanto que o fim para o qual olha confiante não é mais o derramamento da ira divina, mas o desvendar da glória divina. E dà primeira à última, atribui suas bênçãos ao amor de DEUS. Foi por causa desse amor que CRISTO entregou Sua vida pelos Seus enquanto estes eram fracos, pecadores e completamente destituídos de atrativos. O amor votado por homens e mulheres levá-los-á a morrerem por aqueles que são objetos naturais desse amor, não porém por aqueles que não são amados nem atraem o seu amor. Contudo, aí é que o amor de DEUS brilha com a maior refulgência: DEUS confirma Seu amor por nós no fato de que CRISTO morreu por nós quando estávamos ainda em estado de rebelião contra Ele. Tão completa é a união do Pai e do Filho, que o sacrifício de um pode ser apresentado como prova do amor do outro. Na verdade, no Novo Testamento inteiro a morte de CRISTO é a manifestação suprema do amor de DEUS: "Nisto consiste o amor", diz João, "não em que nós tenhamos amado a DEUS, mas em que ele nos amou, e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados" (1 Jo 4:10). Que perversão do caráter divino perpetram aqueles que às vezes falam como se CRISTO tivesse morrido pelos homens para fazer com que DEUS os amasse! Aqui e em toda parte se ensina que a morte de CRISTO produziu mudança na relação entre DEUS e o homem. Mas mudança nenhuma estava envolvida na realidade do amor de DEUS.
Então, alegria, paz e esperança — fruto do ESPÍRITO — marcam a vida daqueles que foram justificados pela fé em DEUS. Cancelou-se o réu culposo do passado, assegura-se a glória do futuro, e aqui e agora a presença e o poder do ESPÍRITO de DEUS asseguram ao cristão toda a graça de que necessita para suportar a provação, resistir ao mal, e a viver como convém a alguém que DEUS declarou justo.
1. Temos paz com DEUS.
(Assim AV, RVmg., RSV, AAmg.; ver NEBmg.). RV, RSVmg, e A A dizem: "tenhamos paz com DEUS". A questão é qual das duas formas devemos seguir — o indicativo echomen ("temos") ou o subjuntivoechõmen ("tenhamos"). Ambas estão bem documentadas, mas é mais forte a documentação em favor do subjuntivo (que aparece em primeira mão não somente nos códices alexandrinos Aleph e B, mas também no códice D e na Versão Latina) do que em favor do indicativo (para o qual o texto de Aleph e B foi corrigido por anotação posterior e que aparece no códice ocidental G). A variação da redação pode retroceder a um primitivo estágio da transmissão do texto, anterior à publicação do Corpus Paulinum (ver pp. 23s.). A substituição de uma forma pela outra seria facilitada pelo fato de que, com um acento tônico forte na primeira sílaba (como no grego moderno), a distinção entre a vogai longa e a breve na segunda sílaba tende a desaparecer, de modo que as duas formas teriam pronúncia quase idêntica. No curso do ditado, portanto, quem ditava podia pretender uma forma e o escriba escrever outra.13 Não pode haver dúvida de que "temos paz com DEUS" cabe melhor no argumento de Paulo (ver vesículo 11, RV: "recebemos agora a reconciliação"; AA: "acabamos agora de receber a reconciliação). Todavia, em vista da evidência textual, podemos aceitar o subjuntivo se o entendemos no sentido dado por NEB: "continuemos em paz com DEUS."14
2. Por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes.
RVmg., RSV e NEB omitem "pela fé", ausente de certo número de antigas autoridades orientais e ocidentais. Mesmo que não esteja explícita esta expressão, está implícita (ver 11:20, "mediante a fé estás fir-me"). Ver também Efésios 2:18: "por ele, ambos (tanto os crentes judeus como os crentes gentios) temos acesso ao Pai em um ESPÍRITO." "Acesso" denota o privilégio de aproximar-se ou ser introduzido à presença de alguém de alta posição, especialmente uma personagem real ou divina. Aqui CRISTO é visto como introduzindo os crentes em seu novo estado de graça e de aceitação diante de DEUS (ver Ef 3:12).
E nos gloriamos na esperança da glória de DEUS, glória da qual fomos destituídos pelo pecado (3:23). O verbo "gloriar-se" aqui e no versículo 3, em sua forma kauchõmetha, pode ser indicativo ("nos gloriamos") ou subjuntivo ("gloriemo-nos").
5. A esperança não confunde.
AV: "não envergonha". Ver Isaías 28:16, LXX (citado em 9:33, 10:11): "Todo aquele que nele crê não será envergonhado." Uma esperança que não se realiza deixa envergonhada a pessoa, mas a que se baseia na promessa de DEUS tem seu cumprimento garantido.
O amor de DEUS (i. e., o amor que DEUS nos tem) é. derramado em nossos corações pelo ESPÍRITO SANTO, que nos foi outorgado. Esta referência à obra do ESPÍRITO SANTO no crente antecipa o relato mais completo dado no capítulo 8. A presente obra do ESPÍRITO é o penhor daquela glória pela qual o crente espera.
6. A seu tempo.
Isto ê, no tempo da maior necessidade, quando nada senão Sua morte poderia ajudar.
CRISTO morreu pelos ímpios. Isto explica o paradoxo de 4:5, de que DEUS "justifica ao ímpio".
7, 8. Poderá ser que por um bom alguém se anime a morrer. Mas (...) enquanto éramos ainda pecadores, CRISTO morreu por nós (AV).
"Um bom homem" é literalmente "o bom homem" (RV, AA), onde o artigo definido indica um tipo particular de homem. Há pouca distinção entre "justo" e "bom" neste versículo. "Bom" traduz agathos, e não chrêstos("bondoso"). Alguns preferem entender "bom" como neutro aqui, como se se referisse a uma boa causa em vez de a um bom homem. O argumento geral de Paulo é bem claro: "mesmo por alguém que é justo ou bom, dificilmente você acharia alguém disposto a dar a vida — bem, pode ser que algumas pessoas chegassem ao ponto de fazer isso — mas o amor de DEUS se vê em CRISTO âarSua vida por aqueles que não eram nem justos nem bons, senão ímpios pecadores."
9. Sendo justificados pelo seu sangue.
Seu "sangue", como em 3:25, indica a entrega de Sua vida como sacrifício; "pelo seu sangue" aqui é sinônimo de "mediante a morte do seu Filho" no versículo 10. Seremos por ele salvos da ira. Ver 1 Tessalonicenses 1:10, onde JESUS é chamado "nosso Libertador da ira vindoura" (AA: "JESUS, que nos livra da ira vindoura"). Em ambas as passagens é provável que se tenha em vista a manifestação do juízo do fim dos tempos. Ver também 1 Tessalonicenses 5:9: "DEUS não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor JESUS CRISTO." Os que foram declarados justos por DEUS podem já alegrar-se por sua libertação da ira divina.
10. Nós, quando inimigos, fomos reconciliados com DEUS mediante a morte do seu Filho.
Ver Colossenses l:21s.: "E a vós outros também que outrora éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas, agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte." A hostilidade e a alienação que precisam ser removidas estão no homem, não em DEUS. É Ele que toma a iniciativa, com boa vontade, providenciando "a redenção que é em CRISTO JESUS".
Muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. Esta afirmação reaparece expandida em 6:18ss. "Sua vida" é a vida da Sua ressurreição.
11. Por intermédio de quem acabamos agora de receber a reconciliação. AV: "Por quem recebemos agora a reconciliação" — "atonement", expiação. Aqui "atonement" é usado em seu sentido etimológico de "at-one-ment", tornar "em um", i. e., unir, reconciliar. Tyndale parece ter sido o primeiro a empregar "atonement" neste sentido teológico. Mas esta palavra inglesa não tem mais este sentido. Portanto, traduza-se "reconciliação" (com RV, RSV e NEB), que é o equivalente próprio de katallage. Onde se menciona a reconciliação no Novo Testamento, DEUS ou CRISTO é sempre o Reconciliador, e o homem é o objeto (ou está entre os objetos) da reconciliação. DEUS "nos reconciliou consigo mesmo por meio de CRISTO", e os homens são solicitados a que se reconciliem "com DEUS" (2 Co 5:18, 20). A situação pode ser comparada com a de um rei a proclamar anistia para súditos rebeldes, instados a aceitarem seu perdão gratuito enquanto lhes é estendido. A aversão de DEUS pelo pecado não O torna inimigo dos pecadores nem O leva a procurar o seu mal. Seu desejo é "que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade" (lTm 2:4).

d. A velha a nova solidariedade (5:12-21).
A representação de CRISTO como o "último Adão", em contrapartida ao "primeiro Adão", é traço proeminente da cristologia de Paulo. Ela não lhe é peculiar dentre os escritores do Novo Testamento, e talvez não tenha sido produzida originariamente por ele, mas ele a desenvolve mais completamente do que qualquer outro, principalmente nesta seção de Romanos e em sua discussão da ressurreição em 1 Coríntios 15:22, 45-49.
A idéia do homem de DEUS como aquele que cumpre o propósito de DEUS é freqüente no Velho Testamento. Ê "o homem da tua mão direita, (...) o filho do homem que tornaste forte para ti", por cuja prosperidade e vitória se oferece oração no Salmo 80:17. Quando um homem falha na realização do propósito de DEUS (como, de um modo ou de outro, todos fazem), DEUS levanta outro para tomar-lhe o lugar — Josué para substituir Moisés, Davi para substituir Saul, Eliseu para substituir Elias. Mas quem poderia tomar o lugar de Adão? Somente alguém que fosse capaz de desfazer os efeitos do pecado de Adão e de se fazer o iniciador de uma nova humanidade. A Bíblia — como também, na verdade, a história do mundo — sabe de um único homem que possui as necessárias qualificações. CRISTO (na tradução que Carlyle fez do hino de Lutero) se destaca como "o Homem Exato por DEUS oferecido."
E aos que Ele colocou em reta relação com DEUS, a velha solidariedade do pecado e da morte, que tinham por sua associação com o primeiro Adão, abriu passo para uma nova solidariedade: a da justiça e da vida, pela associação com o "último Adão".
Paulo arremata seu argumento até aqui traçando um paralelo e uma antítese entre Adão e CRISTO. Para ele, Adão é uma "figura" — contrapartida ou tipo — de CRISTO. Como a morte entrou no mundo por meio da desobediência de Adão, assim a nova vida entra por meio da obediência de CRISTO. Como o pecado de Adão envolve em culpa sua descendência, assim a justiça de CRISTO é creditada em favor do Seu povo.
Para o apóstolo, Adão era sem dúvida um indivíduo histórico, o primeiro homem. Mas era mais: era o que seu nome significa em hebraico — "humanidade". A humanidade inteira é vista como tendo originalmente pecado em Adão. Na narrativa da queda, em Gênesis 3, "toda a história humana está comprimida". Seus incidentes são reeditados na vida da raça e, na verdade, em alguma extensão, na vida de cada membro da raça.
Paulo era inteiramente versado no conceito hebraico de personalidade corporificada e seu pensamento podia facilmente oscilar, por um lado, entre o primeiro Adão e a humanidade pecadora, e por outro lado, entre CRISTO, "o segundo homem", e a comunidade dos redimidos. E com muita propriedade o faz. Nossa solidariedade com os nossos semelhantes é uma realidade que tendemos a negligenciar na afirmação da nossa independência individual. "Nenhum homem é uma ilha, completa em si mesma; todo homem é um pedaço do continente, uma parte do todo. Se um bloco de terra é arrastado pelas águas, o território fica diminuído, seja a Europa, ou um promontório ou a fazenda dos teus amigos. A morte de cada ser humano me diminui, porque estou envolvido na humanidade. Portanto, nunca mande perguntar por quem os sinos dobram: dobram por ti." As palavras de John Donne, muitas vezes citadas, expressam uma verdade permanente. Porque vivemos em corpos separados, in-clinamo-nos a pensar que todos os outros aspectos da nossa personalidade são igualmente separados e encerrados em si, mas não é assim. Contudo, aqui se distinguem duas espécies diferentes de solidariedade. Uma nova criação veio à luz: a velha "solidariedade com Adão" no pecado e na morte rompeu-se para ser substituída pela nova "solidariedade em CRISTO" na graça e na vida. Todavia, o rompimento não se dá por um corte nítido e bem delineado. No presente, há um envoltório cobrindo ambas. "Assim como em Adão todos morrem" aplica-se, na esfera física, aos crentes, do mesmo modo como "assim em CRISTO todos viverão" se lhes aplica, enquajito durar esta vida mortal. Mas aqui e agora eles têm, de fato, a segurança de que, porquanto estão "em CRISTO", "viverão" verdadeiramente porque aqui e agora, mediante a fé nele, receberam de DEUS aquela justificação que traz a vida como seu séquito. "Diante de DEUS", dizia Thomas Goodwin que, no século dezessete, foi presidente do 'Magdalen College', em Oxford, "há dois homens — Adão e JESUS CRISTO — e todos os outros homens estão pendurados nos cinturões deles dois."
A obediência de CRISTO à qual o Seu povo deve sua justificação e sua esperança da vida eterna não deve ser tida como limitada à Sua morte. Sua morte é vista aqui como coroa e ponto culminante daquela "obediência ativa" que caracterizou Sua vida durante todo o seu transcurso. Foi uma vida perfeitamente justa que Ele entregou à morte para o bem do Seu povo. A vida justa, em si, não teria satisfeito à necessidade humana, se não tivesse levado sua obediência até o ponto de sofrer a morte "e morte de cruz". Mas nem Sua morte teria satisfeito à necessidade humana, se a vida que Ele ofereceu não fosse perfeita. A linguagem empregada por Paulo aqui é um eco das palavras do "Cântico do Servo": "o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos (lit., "fará justos a muitos"), porque as iniqüidades deles levará sobre si" (Is 53:11).
Assim, se à queda de Adão colocou toda a sua posteridade sob o domínio da morte, a obediência de CRISTO introduziu triunfalmente uma nova raça nos domínios da graça e da vida.
"Mas", dirá alguém, "em toda essa discussão acerca de Adão e CRISTO, você não se esqueceu de Moisés? Onde é que ele entra? Não é certo que a introdução da lei entre Adão e CRISTO significa que existem três eras, inauguradas respectivamente por Adão, Moisés e CRISTO, e não apenas duas, inauguradas respectivamente por Adão e CRISTO?"
"Não", diz Paulo. "A lei não tem significação permanente na história da redenção. Ela foi introduzida como medida temporária para um propósito prático. O pecado esteve presente no mundo desde a queda de Adão, mas o propósito da lei era trazer o pecado à plena luz do dia, para que o pecado pudesse ser reconhecido mais claramente por aquilo que realmente é. Mais que isso: a lei de fato tinha como efeito o aumento do volume do pecado abertamente praticado no mundo. Não é apenas que na presença de leis específicas o pecado toma a forma de transgressões específicas daquelas leis; a presença da lei pode estimular positivamente o pecado, como uma proibição pode tentar as pessoas a fazerem o que é proibido, ao passo que podia ser que nunca tivessem pensado em fazê-lo se a sua atenção não fosse chamada para a ordem de proibição." Paulo aqui demonstra segura compreensão da natureza humana. Há algo substancialmente real na história da velha senhora que se opunha à recitação dos Dez Mandamentos na igreja "porque põem idéias demais na cabeça da gente".
Mas a lei não introduziu nenhum novo princípio na situação. Ela simplesmente revelou mais completamente o princípio do pecado que já estava presente. O Evangelho, por outro lado, introduziu um princípio totalmente novo — o princípio da graça de DEUS. Por mais depressa que a operação da lei estimule o pecado e o faça crescer, mais depressa ainda a graça de DEUS cresce e tira a carga do pecado acumulada.1S
12. Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte.
Este "um só homem" é Adão. A referência é à narrativa da queda em Gênesis 3. Ver Sabedoria 2:23s.:
"DEUS criou o homem para a incorrupção,
e o fez à imagem da sua eternidade,
mas pela inveja do diabo a morte entrou no mundo
e os que pertencem ao partido dele a experimentam."
A mesma tecla é tocada pelo brado registrado em 2Esdras 7:118: "Ó Adão, que fizeste? Pois embora sejas tu quem pecou, a queda não foi só tua, mas também nossa, que somos teus descendentes." Caracteristi-camente, Ben Sirac tira uma lição moral misógina da narrativa: "O pecado começou com uma mulher, e por causa dela todos morremos" (Eclesiástico 25:24; ver p. 122). Entretanto, nenhum desses escritores vê coisa alguma da significação mais profunda da queda do homem agora desvendada por Paulo.
A morte passou a todos os homens porque todos pecaram. Traduza-se, com RSV: "e assim a morte se espalhou a todos os homens porque todos os homens pecaram" — pecaram, quer dizer, em Adão, e não sub-seqüentemente, imitando o pecado de Adão, que é o sentido das palavras de Romanos 3:23 (e confira o versículo 14, abaixo).16 A construção e o pensamento subjacente têm paralelo em 2 Coríntios 5:14 (RSV): "Um morreu por todos, logo todos morreram" — onde, contudo, está o efeito racial da morte de CRISTO, não do pecado de Adão, que Paulo tem em vista. Não é simplesmente porque Adão é o ancestral da humanidade que se diz que todos pecaram no pecado dele (doutra forma, poder-se-ia argumentar que, uma vez que Abraão creu em DEUS, todos os seus descendentes estão automaticamente envolvidos em sua fé17); é porque Adão é a humanidade. Embora a tradução da Vulgata de "porque" (grego eph'hõ) por "em quem" (latim in quo) possa ser uma tradução errônea, é interpretação certa.18 Paulo não conclui sua sentença com o termo "assim" para combinar com a expressão "assim como" do versículo 12. Sua referência à morte como propagada a todos os homens por causa do pecado, leva-o a introduzir o longo parêntese dos versículos 13-17, e quando termina, em vez de entrar com a frase principal esperada pelo leitor, repete a expressão "assim como" do versículo 12 com palavras diferentes no versículo 18, e põe em seguida à nova expressão "assim como" a expressão "assim também", para contrabalançar. Uma apódose em termos correlativos à expressão "assim como" do versículo 12 poderia ser verbalizada mais ou menos assim: "assim também por um só homem o meio de justiça de DEUS foi introduzido, e pela justiça a vida."
13. Até ao regime da lei havia pecado no mundo.
Uma vez que o pecado conseguiu entrada na família humana, seguiu-se a morte. A sentença passada contra Adão, "no dia em que dela co-meres, certamente morrerás" (Gn 2:17), foi executada em seus descen-dentes, embora — enquanto não foi dada a lei — não houvesse um mandamento positivo a ser transgredido, como havia para Adão.
Mas pecado não é levado em conta quando não há lei. (Ver 4:15) Apesar disso, o pecado penetrava tudo, e tinha efeito mortal, mesmo na ausência de qualquer mandamento positivo incluindo penalidade. O pecado se manifesta na forma de transgressões específicas quando há mandamentos específicos sujeitos a serem transgredidos. A tradição judaica tardia considerava os mandamentos dados a Noé em Gênesis 9:1-7 como leis obrigatórias para todos os gentios, mas não sabemos se Paulo era dessa opinião.
14. qualprefigurava aquele que havia de vir.
Isto é, Adão, o primeiro homem, é uma contrapartida ou "tipo" (tupos) de CRISTO, que Paulo alhures chama de "o último Adão" e "o segundo homem" (1 Co 15:45, 47). É notável que o único personagem do Velho Testamento a ser chamado explicitamente de "tipo" de CRISTO no Novo Testamento é Adão.19 E essa conexão é pertinente, ainda que a relação tipológica entre eles seja de contraste antes que de semelhança: no pensamento de Paulo, CRISTO substitui o primeiro homem como o arquétipo e representante de uma nova humanidade:
15. Se pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de DEUS (...) foi abundante sobre muitos.
Por "muitos" a RV acertadamente traduz "os muitos" em ambas as frases (ver versículo 19), "os muitos" sendo a grande massa da humanidade (como o duplo "todos" em 1 Co 15:22). Ver também 11:32 (pp. 180s.). Uma inferência natural destas palavras é "que a graça obtida por CRISTO pertence a maior número de pessoas do que a condenação contraída pelo primeiro homem". Esta colocação é de Calvino — a qual pode surpreender aqueles que imaginam que ele divisava os eleitos como constituindo uma pequena minoria. Calvino de fato sabia de alguns que viam os eleitos como minoria e que, por conseguinte, argumentavam que Paulo estava aqui "meramente debatendo um ponto", e achou que não havia como reprovar o argumento deles. Contudo, o raciocínio pessoal de Calvino foi "que, se a queda de Adão teve como efeito produzir a ruína de muitos, a graça de DEUS é muito mais eficaz no benefício feito a muitos, desde que CRISTO é, reconhecidamente, muito mais poderoso para salvar do que Adão o era para arruinar."
Na afirmação de que a graça de DEUS foi mais abundante para "os muitos" (RV), a expressão "os muitos" é provavelmente um eco deliberado de Isaías 53:11, onde o Servo do Senhor justifica "os muitos" (TM, LXX). Daí "os muitos" também se usa a modo de equilíbrio, na primeira parte do versículo, com referência àqueles que morreram em Adão. Compare-se também com a dupla ocorrência de "os muitos" no versículo 19 (RV), onde "por meio da obediência de um só muitos se tornarão justos" é ainda com maior clareza uma repetição de Isaías 53:11.20
16. O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou.(...)
O livre dom não está na mesma escala em que está o efeito do pecado de Adão. Pela ação de um pecador, passou-se sentença de condenação. Mas o livre dom, dado depois de muitas repetições do primeiro pecado, tem origem na inversão que DEUS faz do julgamento adverso e Sua concessão de um estado justo a muitos pecadores.
17. O dom da justiça, i. e., o dom da justificação, da justiça que DEUS confere aos crentes.
Reinarão em vida por meio de um só, a saber, JESUS CRISTO. Quando reina a morte, os homens são suas desamparadas vítimas; quando CRISTO reina, os homens partilham da vida da Sua ressurreição e da glória da Sua realeza (ver 8:17).
18. Por uma só ofensa (...) por um só ato de justiça.
(AV: "Pela ofensa de um (...) pelajustiçadeum.") RV faz tradução parecida com a de AA: "por um delito (...) porum ato de justiça." Isso é gramaticalmente permissível, como o é a tradução de AV, mas esta faz melhor paralelo com o versículo 19: "pela desobediência de um só homem (...) por meio da obediência de um só." A "justiça de um" é estritamente o "ato de justiça de um" (dikaiõma,21 com sentido diferente daquele que tem no versículo 16), como contrastado com o "ato de transgressão (ou ofensa) de um". O "ato de justiça" é o ato de coroamento da obediência de CRISTO durante toda a Sua vida (versículo 19), quando Ele entregou Sua vida.
Para a justificação que dá vida. Visto que Paulo empregou dikaiõma nesta sentença com o sentido de "ato de justiça", não o volta a empregar (como o fez no versículo 16) no sentido de "justificação", mas empregadikaiõsis, que já tinha usado neste sentido em 4:25. "Justificação da vida" (AV) é justificação que leva à vida (ver AA) exatamente como a condenação leva à morte.
19. Como pela desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores, assim também por meio da obediência de um só muitos se tor narão justos.
Em lugar de "muitos" leia-se "os muitos" (como se lê em RV e NEB); ver versículo 15. "Õ doce permuta, ó inescrutável criação, ó benefícios não procurados, que o pecado de muitos seja posto fora do alcance da vista e seja lançado sobre um Homem Justo, e a justiça de um justifique muitos pecadores!" {Epístola a Diogneto IX. 5). Sua obediência conseguiu mais do que Abraão jamais poderia ter conseguido; por Sua paixão e triunfo, conquistou o direito e o poder de fazer bater em retirada as forças cósmicas hostis — de "restabelecer a situação cósmica", como o coloca C. K. Barrett22 — e assegurar ao Seu povo participação em Sua vitória.
20. Sobreveio a lei (pareiserchomai, "juntou-se a", RV; "introduziu-se neste processo", NEB) para que avultasse a ofensa. Ver Gálatas 3:17: "Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões ("para tornar o delito em ofensa legal", NEB), até que viesse o descendente ("a semente", AV) a quem se fez a promessa." Neste sentido a lei é uma dispensação parentetica no transcurso dos procedimentos de DEUS para com a humanidade.
 Comentários de Editora Vida Nova e Mundo Cristão - Livro Romanos, Introdução e Comentários
Autor F.F.Bruce - Série Cultura Bíblica
 
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm

Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD
Manual Bíblico Entendendo a Bíblia, CPAD
Dicionário de Referências Bíblicas, CPAD
As Disciplinas da Vida Cristã; CPAD
Hermenêutica Fácil e descomplicada, CPAD
Revistas antigas - CPAD
Romanos - Serie Cultura Biblica - ROMANOS - INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO - F. F. Bruce. M.A., D.D. - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21486, São Paulo-SP 04602-970

13 abril 2016

Figuras da Lição 3, Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo, Ev Henrique, EBD NA TV








































Lição 3, Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo, 2Tr16, Ev Henrique, EBD NA TV

Lição 3, Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo2º trimestre de 2016 - Maravilhosa Graça - O Evangelho de JESUS CRISTO Revelado Na Carta Aos Romanos
Comentarista da CPAD: Pr. José GonçalvesComplementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida SilvaNÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃOhttp://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htmEstudo sobre nossos assunto de 2006 - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao4-salvacao-ajustificacaopelafeemcristo.htmAQUI VOCÊ VÊ PONTOS DIFÍCEIS DA LIÇÃO - POLÊMICOS  
TEXTO ÁUREO “E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus” (Rm 4.20). 
VERDADE PRÁTICA A justificação dos pecados diante de Deus ocorre somente pela fé.
 
LEITURA DIÁRIASegunda — Rm 4.2 Abraão foi justificado pela fé e não pelas obras da carne Terça — Rm 4.3 Abraão creu em Deus e por isso Ele o aceitou e justificou Quarta — Rm 4.6 Feliz é o homem a quem Deus imputa a sua justiça Quinta — Rm 4.7 Felizes são aqueles a quem o Senhor perdoa as iniquidades Sexta — Rm 4.9 A Palavra de Deus afirma que a fé foi imputada como justiça a Abraão Sábado — Rm 4.16 Salvação somente pela fé, mediante a graça divina LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Romanos 4.17-22. 17 — (como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí), perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos e chama as coisas que não são como se já fossem.18 — O qual, em esperança, creu contra a esperança que seria feito pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência.19 — E não enfraqueceu na fé, nem atentou para o seu próprio corpo já amortecido (pois era já de quase cem anos), nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara.20 — E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus;21 — e estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer.22 — Pelo que isso lhe foi também imputado como justiça. OBJETIVO GERAL Explicar que somos justificados diante de Deus somente pela fé e não pelas obras da carne. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos. I. Abalizar que a justificação manifestada em Jesus Cristo veio para salvar judeus e gentios;II. Mostrar que Paulo procurou responder, de forma bíblica, as contestações que seus interlocutores faziam quanto à justificação;III. Explicar como Paulo utilizou o exemplo de Abraão para tratar a respeito da justificação pela fé. INTERAGINDO COM O PROFESSOR Professor, a lição de hoje trata a respeito de uma das doutrinas mais importantes apresentadas por Paulo na Epístola de Romanos — a justificação pela fé. Ressalte, no decorrer de toda a lição, que ninguém pode ser justificado diante de Deus pela Lei ou pelas obras da carne. O caminho da justificação é somente pela fé na obra expiatória de Jesus Cristo. Paulo mostra que Cristo é o único caminho para que judeus e gentios sejam absolvidos da penalidade do pecado. O apóstolo, de maneira sábia, utiliza o exemplo do patriarca Abraão para desfazer a ideia errada que os judeus tinham de que a aceitação de Deus era obtida mediante as obras da Lei.Glória a Deus, pois na Nova Aliança, tudo que recebemos da parte do Senhor, inclusive a salvação, é decorrente única e exclusivamente da graça de Deus.
PONTO CENTRAL A justificação diante de Deus é somente pela fé. Resumo da Lição 3, Justificação, somente pela fé em Jesus CristoI. A JUSTIFICAÇÃO MANIFESTADA (Rm 3.21-26) 1. Um culpado que é inocentado. 2. Um prisioneiro que é libertado. 3. Um inocente que é culpado.  II. A JUSTIFICAÇÃO CONTESTADA (Rm 3.27-31)1. A justificação se opõe à salvação meritória. 2. A justificação se opõe ao orgulho nacionalista. 3. A justificação se opõe ao antinomismo.III. A JUSTIFICAÇÃO EXEMPLIFICADA (Rm 4.1-25)1. Abraão, circuncisão e justificação (Rm 4.1-8). 2. Abraão, promessa e justificação (Rm 4.9-17). 3. Abraão, ressurreição e justificação (Rm 4.18-25).  PARA REFLETIR A respeito da Carta aos Romanos, responda: Segundo a lição, por que os gentios estavam debaixo da ira de Deus?Os gentios estavam debaixo da ira de Deus, porque falharam em conhecê-lo. Na pessoa de quem Deus tornou conhecido o seu grande amor para com os pecadores?Na pessoa de Jesus Cristo. Existem méritos humanos quando a graça de Deus se manifesta?A doutrina da justificação pela fé diz que não há mérito humano quando a graça de Deus se manifesta. A justificação pela fé torna a lei desprezível?A resposta de Paulo é não! Porém, judeu nem tampouco gentio algum foi capaz de cumprir a Lei. Qual era a função da lei?A Lei tinha a função de servir de condutora até Cristo. SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo Para explicar a doutrina da Justificação pela Fé, o apóstolo Paulo usa dois tipos de linguagem na carta: a do judiciário e a do sistema de sacrifício levítico. Como o apóstolo pretende convencer o seu público leitor, os judeus, bem como os gentios, de que mais do que observar o sistema de Lei como requisito para a salvação, Deus havia manifestado a sua graça justificadora lá no tempo da Antiga Aliança por intermédio do pai da fé, Abraão, o apóstolo afirma com todas as letras: “Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé de Abraão, o qual é pai de todos nós. [...] Pelo que isso lhe foi também imputado como justiça” (Rm 4.16,22). Dessa forma, o apóstolo argumentava ao judeu de que, mesmo o gentio não tendo a Lei, a condição do gentio em relação a Deus em nada é inferior ao do judeu. Em Jesus, pela fé mediante a Graça de Deus, o gentio é filho de Abraão por intermédio da fé, que é pai tanto do judeu quanto do gentio achado por Deus (Rm 4.9-13).A linguagem judiciária da JustificaçãoSer justificado por Deus é ser inocentado por Ele mesmo da condição de culpado pelos atos. Ou seja, o indivíduo não tem quaisquer condições de se auto- declarar inocente ou de aliviar a sua consciência, pois sabe que nada poderá apagar a sua culpa. Por isso, Deus, em Cristo, na cruz do Calvário, nos reconciliou para sempre (2Co 5.19). De modo que o apóstolo Paulo ratifica esse milagre: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8).A linguagem sacrifical da JustificaçãoTrocar o culpado pelo inocente. O sangue de Jesus Cristo foi derramado no lugar do sangue da humanidade. Foi a substituição vicária de Cristo Jesus por nós. Éramos culpados, mas Cristo se tornou culpado por nós; éramos malditos, Cristo se tornou maldito por nós; éramos dignos de morte, Cristo morreu em nosso lugar e por nós (Rm 3.25).A linguagem judiciária e sacrifical da justificação nos mostra um Deus amoroso e misericordioso, que não faz acepção de pessoas e que deixa clara a real condição do ser humano, seja ele judeu ou gentio: somos todos carentes da graça e da misericórdia do Pai.Caro professor, esse trecho bíblico [3.1 — 4.25] é importante para o desenvolvimento do argumento do apóstolo em sua epístola. Estude-o com rigor.2º Trimestre de 1998

Comentários de vários autores com alguma modificações do EV. Luiz HenriquePontos difíceis e polêmicos
Justificação é ser olhado por DEUS via JESUS CRISTO e seu sacrifício. Se tirar JESUS aparece a ira e a condenação de DEUS."A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo." Romanos 10:9Assim que funciona. Se eu quero DEUS, ele já providenciou minha salvação, ELE então me fornece a fé para ser salvo. SIMPLES ASSIM.Arrependimento, Fé e Salvação, mas se retirar a graça de DEUS tudo isso não vale nada.Não podemos dizer que somos salvos pela fé - está errado - Efésios: 2. 8. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; 9. não vem das obras, para que ninguém se glorie. 10. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas.
Justificação"[Do heb. tsadik; do gr. diakaios; do lat. justificationem]. Ato de declarar justo. Processo judicial que se dá junto ao Tribunal de Deus, através do qual o pecador que aceita a Cristo é declarado justo (Rm 5.1). Ou seja: passa a ser visto por Deus como se jamais tivera pecado em toda a sua vida (Rm 5.1).A justificação é mais que um mero perdão. O criminoso perdoado, ou anistiado, continuará criminoso. Mas se Deus o justificar, torna-se ele justo (Rm 8.1). A justificação é obtida única e exclusivamente pela fé em Cristo Jesus."Para conhecer mais leia Dicionário Teológico, CPAD, p. 198. A justificação pela fé ( http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/a_justificacao.htm )1- Pedro em Antioquia:1.1- Surge a igreja em AntioquiaBarnabé foi a tarso em busca de Paulo, para ajudá-lo – a igreja cresceu muito – os apóstolos sabendo desse tão grande crescimento, principalmente entre os gentios, enviou Pedro.1.2- O escrúpulo judaicoLevítico 11 fala das leis dietéticas dos judeus – os judeus não entram na casa de gentios e não comem com gentios (Pedro já sabia que isso era antes da vinda de cristo, agora todos eram iguais perante DEUS – visão em casa de Simão em Jope)2- O pecado de hipocrisia:2.1- A festa ágape (correto agápe)Refeição entre os irmãos era feita ceia com alimentos normais havendo o partir do pão e o beber vinho (suco de uva) - Pedro participava normalmente quando chegou irmãos enviados da parte de Tiago (adeptos da salvação com a justificação pela lei), de Jerusalém; então Pedro foi se retirando do meio dos gentios, devagarinho e Barnabé imitou-o; Paulo se levantou admirado e repreendeu a Pedro no meio de todos.2.2- Provavelmente Pedro agiu assim por pressão dos judaizantes, querendo agradá-los, mas Paulo querendo que a verdade do evangelho da justificação pela fé fosse colocada em evidência repreendeu a Pedro na presença dos judaizantes para que os mesmos aprendessem a verdade e a considerá-lo como apóstolo. Pedro acatou a repreensão de Paulo e se retratou.3- O homem é justificado pela fé3.1 - O mistério é revelado e 3.2- A questão teológicaPaulo recebeu a revelação de DEUS pelo ESPÍRITO SANTO que tanto os judeus como os gentios são pecadores iguais perante DEUS que quer usar de misericórdia para com todos; dando a lei escrita aos judeus para mostra-lhes o pecado; e a lei da consciência aos gentios para mostrar-lhes o pecado; mas a todos que pela fé aceitam a JESUS como Salvador e Senhor são perdoados de seus pecados, sabendo nós que os costumes judaicos são bons, mas não salvam.4- Entrega total e não meramente uma fé intelectual4.1- O legalismo das seitas atuais:As seitas sempre acrescentam alguma coisa à fé para alguém ser salvo e tropeçam no legalismo da justificação pelas obras e não pela fé; perdendo assim o sentido do verdadeiro evangelho.4.2- A natureza da justificação pela féDepois de ser justificado pela fé o ser humano não pode continuar pecando, pois é uma nova criatura e as coisas velhas já passaram.4.3- Não é uma fé artificial e intelectualÉ um milagre de DEUS e é de uma simplicidade que espanta até os crentes.
Revista CPAD - 1998 - Título: Romanos — O Evangelho da justiça de Deus - Comentarista: Esequias Soares da Silva Lição 4: A experiência de Abraão, nosso pai na fé - Data: 26 de Abril de 1998 “E creu ele no Senhor, e foi-lhe imputado isto por justiça” (Gn 15.6). A justificação pela fé não é um mero perdão: é o processo pelo qual Deus declara o homem justo, como se este jamais tivesse cometido qualquer pecado. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Romanos 4.1-16.  1 — Que diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne?2 — Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus.3 — Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.4 — Ora, àquele que faz qualquer obra, não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida.5 — Mas, àquele que não pratica, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça.6 — Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as obras, dizendo:7 — Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos.8 — Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado.9 — Vem, pois, esta bem-aventurança sobre a circuncisão somente ou também sobre a incircuncisão? Porque dizemos que a fé foi imputada como justiça a Abraão.10 — Como lhe foi, pois, imputada? Estando na circuncisão ou na incircuncisão? Não na circuncisão, mas na incircuncisão.11 — E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé, quando estava na incircuncisão, para que fosse pai de todos os que creem (estando eles também na incircuncisão, a fim de que também a justiça lhes seja imputada),12 — e fosse pai da circuncisão, daqueles que não somente são da circuncisão, mas que também andam nas pisadas daquela fé de Abraão, nosso pai, que tivera na incircuncisão.13 — Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé.14 — Pois, se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é aniquilada.15 — Porque a lei opera a ira; porque onde não há lei também não há transgressão.16 — Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé de Abraão, o qual é pai de todos nós. ORIENTAÇÃO DIDÁTICA Para estudarmos esta lição de maneira interativa e dinâmica poderemos lançar mão da técnica de pequenos grupos de estudo, caso sua classe disponha de sala ou tenha espaço para movimentação de alunos.Divida a classe em vários grupos, propondo os seguintes temas para serem discutidos, em 5 minutos.1. O que é justificação?2. Por que Abraão é o nosso pai na fé?3. Qual o significado da circuncisão?4. Explique o versículo 4.Após o tempo dado para reflexão os grupos deverão apresentar, sucintamente, a sua conclusão.O professor poderá pedir a apresentação dos grupos no início da aula ou durante o desenvolvimento da lição, de acordo com a necessidade, fazendo a complementação do assunto, pessoalmente, ou usando a técnica de perguntas e respostas, buscando a participação de todos para a conclusão de cada tema. COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO O tema da Epístola aos Romanos: “O justo viverá da fé” (Rm 1.17) é demonstrado no capítulo 4 dessa epístola. Hoje, vamos estudar os elementos usados pelo apóstolo Paulo como sustentação dessa doutrina. I. A DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ 1. Definição. A justificação é um ato divino, de cunho jurídico, e implica em declarar justo o indivíduo. Diz Daniel B. Pecota, na obra Teologia Sistemática, Uma Perspectiva Pentecostal (CPAD): “O termo ‘justificação’ refere-se ao ato mediante o qual, com base na obra infinitamente justa e satisfatória de Cristo, na cruz, Deus declara os pecadores condenados livres de toda a culpa do pecado e de suas consequências eternas, declarando-os plenamente justos aos seus olhos”.Myer Pearlman definiu assim a justificação: “É um ato da livre graça de Deus pelo qual ele perdoa todos os nossos pecados e nos aceita como justos aos seus olhos somente por ser imputada a justiça de Cristo, que se recebe pela fé”.2. Justificação significa perdão dos pecados (vv.7,8). O sentido do verbo “justificar”, (que aparece 39 vezes no Novo Testamento, 27 das quais nos escritos paulinos), vai muito além de um mero conceito jurídico humano e diminuto, e de um estéril pronunciamento forense. Através da justificação, sublime doutrina fundamental, o pecador arrependido passa a ser visto por Deus como um justo.3. O que isso representa? Representa vida (Rm 5.17-19), perdão de pecados (vv.7,8), cujo resultado é a santificação. Romanos 4.25 diz que a ressurreição de Jesus originou a nossa justificação. Se Jesus não tivesse ressuscitado não haveria justificação, nem salvação. II. O PATRIARCA ABRAÃO 1. A fé de Abraão (v.1). Ele estava com 75 anos quando partiu de Harã. Deus prometera-lhe multiplicar a sua descendência, e dar-lhe a terra de suas peregrinações. Promessa esta ratificada quando Abraão era já velho, o qual não duvidou do poder de Deus nem de sua promessa. Abraão não levou em conta a sua idade nem a de Sara, cujo período de maternidade já havia passado. Além disso, ela era estéril.Essa fé em Deus foi-lhe imputada como justiça. Todo o capítulo 4 de Romanos gira em torno de Gênesis 15.6: “E creu ele no SENHOR, e foi-lhe imputado isto por justiça”. O apóstolo está mostrando que Abraão foi justificado diante de Deus pela fé e não pelas obras.2. Uma doutrina coerente (vv.2-5). Essa passagem citada por Paulo não foi uma escolha aleatória. As boas obras de Abraão eram frutos de sua fé em Deus. Vejamos o desdobramento dos versículos acima. Você já viu alguém agradecer a seu patrão por haver recebido seu salário? Claro que não! Por que? Porque o patrão cumpriu com o seu dever, retribuindo-lhe um serviço prestado: “Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida” (v.4). III. O REI DAVI 1. A bem-aventurança do perdão (vv.6,7). O apóstolo aproveitou a oportunidade para citar o Salmo 32, que corresponde ao mesmo contexto. O verbo “imputar” no Salmo 32 é o mesmo de Gn 15.6. “Imputar” é creditar ou lançar na conta de uma pessoa. Deus credita a justiça na conta do pecador. Isto é: Deus “conta” os homens como justos por causa do que creem e não por causa de suas obras. Assim, diante de Deus o cristão, embora pecador na condição humana seja posto na posição (imputado) de justo. O salmista diz que é bem-aventurado o homem que obtém o perdão de Deus. O perdão é gratuito, depende de o pecador buscar e crer na bondade de Deus.2. Pecados cobertos. Esta expressão dizia respeito às transgressões e pecados “cobertos” com o sangue expiador do sacrifício de animais no tempo do Antigo Testamento (Lv 4.1-5.13; 6.4-30; 8.14-17; 16.3-22). Mas, agora, o perdão dos pecados é alcançado pelos homens através da fé no sacrifício único e perfeito de Cristo pelos pecados (Hb 10.1-12). Essa fé é contada como justiça diante de Deus.Cabe aqui uma observação: Não confundir “pecados cobertos” com “pecados encobertos”. Esta última expressão diz respeito a pecados escondidos, que, na dispensação da graça, no caso dos fiéis, é necessário confessá-los para se obter vitória (Pv 28.13). IV. A CIRCUNCISÃO 1. Definição. Circuncisão é uma espécie de cirurgia de remoção do prepúcio. Essa prática, em Israel, foi instituída por Deus como sinal da aliança feita com Abraão (Gn 17.11), e depois com toda a nação israelita (Dt 10.16; 30.6).2. Novo Testamento. Os cristãos, tanto gentios como judeus, estão desobrigados dessa prática (At 15.3-21; Gl 2.3; 5.6). O apóstolo já havia advertido os gálatas: o cristão que observa tal prática, como condição para a salvação, ainda reconhece a sua dívida com a lei, e, por isso, está obrigado a cumpri-la na sua totalidade (Gl 5.1-4). Em outras palavras, ele volta ao seu estado original de pecador, carente de salvação.3. Significado da circuncisão de Abraão (vv.9,10). Se Abraão é o pai dos judeus, segundo a carne (v.1), isso significa que a justificação pela fé é só para os judeus? O apóstolo lembra que Abraão foi justificado pela fé quando ainda era incircunciso. Pois de Gênesis 15.6, (justificação de Abraão pela fé) a Gênesis 17.11, época em que ele foi circuncidado, há um período de 14 anos. Assim, Abraão é o pai de todos os que creem — tanto judeus como gentios. Daí, a Igreja Cristã ser reconhecida como o verdadeiro Israel. O fator raça já não tem qualquer importância na dispensação da graça.4. Abraão é nosso pai (vv.11,16). Esta doutrina era uma afronta para os judeus. Para nós que nascemos numa cultura diferente da que viveu Paulo, e por estarmos habituados aos conceitos cristãos, nada disso soa estranho. Naquela época, porém, afirmar que os verdadeiros filhos de Abraão eram os cristãos, independentemente de serem ou não judeus, caía como uma bomba no meio judaico. Nesse sentido, Paulo era visto como progressista e inovador.Os judeus daqueles dias achavam que Paulo estava destruindo os costumes de seus antepassados, e não se contentaram com isso. Eles também achavam que o apóstolo estava-lhes roubando Abraão como o patriarca da nação israelita. Até mesmo no seio da Igreja, Paulo enfrentava perseguição dos judeus e oposição dos judeus cristãos (2Co 11.24-26). A fúria dos judeus chegava a ponto de perseguirem a Paulo de cidade em cidade, até o prenderem (At 21.20-22,28).5. Selo da justiça da fé (v.11). O selo não é a essência de algo que foi selado, mas a sua confirmação ou aprovação oficial do que se acha escrito. Uma pessoa pode ser um exímio motorista, um ás no volante, mas precisa submeter-se a um exame a fim de receber a carteira, que é o certificado que atesta a sua habilitação: No caso de Abraão, a circuncisão atestava a sua justificação; isto é: ele já estava justificado quando foi circuncidado.O mesmo se pode dizer com respeito ao batismo. O cristão é batizado porque já é salvo, e não para ser salvo. O batismo serve como selo daquilo que já possuímos — a salvação pela fé em Jesus. Se acrescentarmos qualquer coisa à fé, como condição para se obter a salvação, voltaremos ao legalismo. Por isso pregamos que o batismo não é salvação. CONCLUSÃO Se o homem é salvo pelas obras, como ensinam o Judaísmo, o Catolicismo e as seitas, ele não tem de agradecer a Deus. O homem estaria recebendo o salário condizente aos seus feitos. A salvação, portanto, é um ato soberano da graça de Deus (Ef 2.8,9; Tt 2.11; 3.5), e não dos méritos humanos (Is 64.6). AUXÍLIOS SUPLEMENTARES Subsídio Teológico “Paulo já tinha dito que esta ‘justiça de Deus à parte da lei’ é credenciada pela lei e os profetas — pelo Velho Testamento.É preciso demonstrá-lo agora, e Paulo se dispõe a fazê-lo baseando-se principalmente na história de Abraão, com uma olhada de relance na experiência de Davi.De todos os justos de que fala o Velho Testamento, ninguém pôde sobrepujar Abraão — ‘Abraão, meu amigo’, como lhe chama Deus em Isaías 41.8. O testemunho de Deus em favor de Abraão está registrado em Gênesis 26.5: ‘Abraão obedeceu à minha palavra, e guardou os meus mandamentos, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis’. Então, que dizer de Abraão? Se são as obras praticadas pelo homem que o justificam diante de Deus, Abraão teria melhor possibilidade do que a maioria — e poderia candidatar-se a obter algum crédito por isso. Mas não é esse o meio divino. O meio divino está claramente indicado no registro de Gênesis 15.6 quando a promessa divina alcançou Abraão, a despeito da extrema impossibilidade do seu cumprimento por todas as considerações naturais, ‘ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça’. Paulo já tinha usado esta afirmação como base de um argumento ad hominem às igrejas da Galácia, quando se dispunham a abandonar o princípio da fé pelo das obras da lei. Agora ele a emprega como texto de uma exposição mais sistemática do princípio da fé.O fato de Deus aceitar a Abraão evidentemente não se baseava em suas obras, por boas que fossem. O argumento de Paulo não é apenas textual e verbal, dependendo de uma escolha de Gênesis 15.6 em preferência a outros textos daqueles de Gênesis que podiam ter apontado por outra direção. Pois as boas obras praticadas por Abraão, suas obediências aos mandamentos divinos eram fruto de sua incontestável fé em Deus. Se não tivesse crido primeiro nas promessas de Deus, nunca teria conduzido sua vida daí em diante à luz daquilo que sabia da vontade de Deus. Não. Quando Deus fez uma promessa a Abraão (cujo cumprimento, casualmente, enfeixava o Evangelho todo), ele simplesmente tomou Deus ao pé da letra, e agiu de acordo.Agora, note a diferença, prossegue Paulo. Quando alguém trabalha por alguma recompensa, essa recompensa lhe cabe. Quando simplesmente põe sua confiança em Deus, é por pura graça que sua fé lhe é imputada para justiça” (Romanos, Introdução e Comentário. F. F. Bruce). Subsídio Doutrinário “A expiação de Cristo sobre a cruz importou em satisfação, pois atendeu as reivindicações da lei e da justiça de Deus. Ela proveu-nos um ponto de apoio para que Deus nos olhasse como fôramos justos, e de fato agora o somos: ‘A justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem: porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, [a seu Filho como um sacrifício expiatório. No grego, hilasterion, ‘expiatório’, significa ‘cobriam o propiciatório’. Hb 9.5. Deus o fez] para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus’ (Rm 3.22-25). Ele não leva em conta o tempo da ignorância. Torna-se Ele, assim, justificador daqueles que têm fé em Jesus. Noutras palavras: os sacrifícios do Antigo Testamento demonstravam a profunda paciência de Deus, mas não lhe satisfaziam plenamente a justiça, pois a morte de um animal não pode substituir adequadamente o ser humano. Foi mister o sangue de Jesus para que fosse provido um sacrifício suficiente tanto para os santos do Antigo Testamento quanto para os que, agora, confiam em Jesus, mostrando que Deus é verdadeiramente justo” (Doutrinas Bíblicas. CPAD). Romanos - Serie Cultura Biblica - ROMANOS - INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO - F. F. Bruce. M.A., D.D. - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21486, São Paulo-SP 04602-970Um precedente do Velho Testamento (4:1-25).
Paulo já tinha dito que esta "justiça de Deus à parte da lei" é credenciada pela Lei e os Profetas — i. e., pelo Velho Testamento. É preciso demonstrá-lo agora, e Paulo se dispõe a fazê-lo baseando-se principalmente na história de Abraão, com uma olhada de relance na experiência de Davi.
De todos os justos de que fala o Velho Testamento, ninguém pôde sobrepujar Abraão — "Abraão, meu amigo", como lhe chama Deus em Isaías 41:8. O testemunho de Deus em favor de Abraão está registrado em Gênesis 26:5: "Abraão obedeceu à minha palavra, e guardou os meus mandamentos, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis". Então, que dizer de Abraão? Se são as obras praticadas pelo homem que o justificam diante de Deus, Abraão teria melhor possibilidade do que a maioria — e poderia candidatar-se a obter algum crédito por isso. Mas não é esse o meio divino. O meio divino está claramente indicado no registro de Gênesis 15:6: quando a promessa divina alcançou Abraão, a despeito da extrema impossibilidade do seu cumprimento por todas as considerações naturais, "ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça". Paulo já tinha usado esta afirmação como base de um argumento ad hominem às igrejas da Galácia, quando se dispunham a abandonar o princípio da fé pelo das obras da lei. Agora ele a emprega como texto de uma exposição mais sistemática do princípio da fé.
O fato de Deus aceitar a Abraão evidentemente não se baseava em suas obras, por boas que fossem. O argumento de Paulo não é apenas textual e verbal, dependendo de uma escolha de Gênesis 15:6 em preferência a outros textos daqueles capítulos de Gênesis que podiam ter apontado para outra direção. Pois as boas obras praticadas por Abraão, sua obediência aos mandamentos divinos, eram fruto de sua incontestável fé em Deus. Se não tivesse crido primeiro nas promessas de Deus, nunca teria conduzido sua vida daí em diante à luz daquilo que sabia da vontade de Deus. Não. Quando Deus fez uma promessa a Abraão (cujo cumprimento, casualmente, enfeixava o Evangelho todo), ele simplesmente tomou Deus ao pé da letra, e agiu de acordo.Agora, note a diferença, prossegue Paulo. Quando alguém trabalha por alguma recompensa, essa recompensa lhe cabe. Quando simplesmente põe sua confiança em Deus, é por pura graça que sua fé lhe é im-putada para justiça.Tampouco Abraão é um exemplo isolado do princípio da justificação pela fé. Outro caso do Velho Testamento está bem ao alcance, na experiência de Davi. Paulo agora cita as palavras iniciais do Salmo 32 em que o salmista, com jubiloso alívio pela certeza do perdão divino, exclama: "Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniqüidade."Claramente, se vê aqui outra pessoa, de cujo pecado não se poderia duvidar, que, todavia, recebeu o perdão gratuito de Deus e que é declarada "sem culpa" diante do tribunal do Céu. E se examinarmos o restante do salmo para descobrir a base em que foi absolvido esse homem, veremos que ele simplesmente reconheceu sua culpa e recorreu com fé à misericórdia de Deus.Retornando a Abraão, surge outra questão crucial. Que relação há — se é que há alguma — entre Abraão ser justificado pela fé e o rito da circuncisão? Para um judeu, este era um ponto de grande importância: a circuncisão era o sinal externo e visível da aliança de Deus com Abraão. Nenhum incircunciso podia pretender participar daquela aliança, de modo nenhum. Sustentava-se que a circuncisão dava aos judeus e aos gentios prosélitos'" direito a todos os privilégios da aliança, menos aos que, por voluntário repúdio aos mandamentos divinos, eram eliminados do povo da aliança. Portanto, pode-se imaginar um judeu replicando ao argumento de Paulo nesta passagem: "Admitindo-se que a fé que Abraão teve em Deus foi-lhe imputada para justiça, este princípio só se aplica a Abraão e aos seus descendentes circuncidados". Mas Paulo tem resposta pronta para isto. Qual era a condição de Abraão quando foi justificado pela fé? Era circunciso ou incircunciso? Só podia haver uma resposta: era incircunciso. A aliança da circuncisão não foi introduzida senão numa fase posterior da vida de Abraão (Gn 17:10ss.) — ao menos 14 anos mais tarde, segundo a cronologia de Gênesis." Quando afinal Abraão foi circuncidado, sua circuncisão foi apenas o selo externo daquele estado de justo que Deus lhe tinha conferido muito tempo antes, em virtude de sua fé. Fica mais que evidente que foi a fé, não a circuncisão, que Deus exigiu dele. Eis aí, pois, a esperança dos gentios: o caso de Abraão mostra que a questão de incircuncisão ou circuncisão é irrelevante para o estado do homem perante Deus.Por conseguinte, Abraão é o verdadeiro pai de todos os que, como ele, crêem em Deus e levam a sério Sua palavra. É o pai dos crentes incircuncisos, pois ele próprio era incircunciso quando sua fé lhe foi imputada para justiça. É também o pai dos crentes circuncisos, não tanto com base na circuncisão deles, quanto com base em sua fé.Se a circuncisão não tinha nada a ver com a justificação de Abraão por parte de Deus, com todas as bênçãos prometidas que a acompanharam, a lei tinha menos ainda a ver com isso. Pois, como Paulo indicara aos gálatas, a lei foi dada 430 anos depois da promessa feita por Deus a Abraão, e não podia invalidá-la, nem restringir seu escopo (Gl 3:17). Se, muito depois de ter sido feita, a promessa se tornasse condicionada à obediência a uma lei não mencionada nos seus termos originais, toda a base da promessa seria anulada. A promessa foi promessa de bênção, e se cumpre no Evangelho. A lei mosaica de fato profere uma bênção sobre os que a cumprem, mas ao mesmo tempo invoca maldição sobre aqueles que a quebram. E em vista do fracasso universal quanto a guardar a lei, a maldição é mais proeminente e mais relevante do que a bênção: a lei suscita a ira (versículo 15). Uma tendência pecaminosa na verdade pode estar presente na ausência de qualquer lei. Requer-se, porém, uma promulgação legal para cristalizar aquela tendência numa transgressão ou quebra positiva da lei. E para cada transgressão a lei fixa uma pena adequada. Isso é inerente ao princípio de retribuição inseparável da idéia de lei. A lei não necessita fixar prêmios para os que a guardam, mas necessariamente impõe penalidades para os que a quebrantam. Uma promessa graciosa como a que Deus fez a Abraão pertence a uma esfera totalmente diversa da esfera da leiNão. A justificação de Abraão e as bênçãos subordinadas fundavam-se em sua fé em Deus. Não foram ganhas por mérito ou esforço da parte dele (como seria se estivessem condicionadas à guarda da lei) mas, sim, dadas a ele pela graça de Deus. E o princípio sobre o qual Deus tratou assim de Abraão estende-se aos seus descendentes — não aos seus descendentes naturais como tais, pois estes se fizeram sujeitos às obrigações da lei, mas aos seus descendentes espirituais, que seguem o exemplo da fé própria de Abraão. Isto, diz Paulo, é o que Deus quis dizer quando lhe deu o nome de Abraão em lugar de Abrão, como se chamava antes, e disse: "por pai de numerosas nações te constituí". Estas abrangem todos — judeus e gentios igualmente — os que crêem em Deus. Abraão é o pai de todos os crentes.Considere-se, também, a qualidade da fé que Abraão teve. Era fé no Deus que dá vida aos mortos, que chama as coisas não existentes como se existissem de fato — e ao agir assim, dá-lhes existência real. Quando Deus disse a Abraão que seus descendentes seriam numerosos como as estrelas, ele ainda não tinha filhos. Não só isso, mas tinha ultrapassado a idade em que razoavelmente um homem pode esperar vir a ser pai, e Sara, sua mulher, estava ainda mais seguramente além da fase da maternidade. Abraão não fechou os olhos para estas circunstâncias desfavoráveis. Levou-as todas em cuidadosa consideração. Mas quando pôs contra elas a promessa de Deus, viu que a certeza da capacidade e da vontade de Deus de cumprir Sua promessa sobrepujava todas elas. Não tendo nada em que apoiar-se senão a pura e simples palavra de Deus, ele confiou nela, face a todas as indicações adversas que o pressionavam de todos os lados. Na verdade, sua fé foi fortalecida pela própria força do obstáculo que jaziam em seu caminho. E sua fé ganhou-lhe o favor de Deus.Agora, acrescenta Paulo, a afirmação de que a fé que Abraão teve lhe foi imputada para justiça não se aplica somente a Abraão. O princípio que encerra vale para todos os crentes em Deus, e especialmente para os crentes em Deus como revelado no Evangelho — o Deus que ressuscitou a Jesus dos mortos. Jesus fora entregue à morte por causa dos pecados do Seu povo; mas Deus O ressuscitou para que lhe proporcionasse sua justificação.1. Que, pois, diremos ter alcançado Abraão ...?A resposta, como Paulo continua a mostrar, é: "justificação mediante a fé, pela graça de Deus."
Abraão, nosso pai ("antepassado", RV, RSV) segundo a carne. Em vista do qualificativo (ver 1:3, 9:3, 5), "nosso" eqüivale a "de nós, judeus". Noutro sentido (4:lls., 16s.), Abraão é o pai de todos os crentes, quer judeus quer gentios de nascimento.3. Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça.Quanto a uma citação e adaptação anterior de Gênesis 15:6, ver Gálatas 3:6.5. Mas ao que (...) crê naquele que justifica ao ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça.Abraão não era ímpio; era um homem de notável piedade e justiça. Mas o princípio pelo qual Abraão foi justificado, sendo tal que exclui a idéia de acumular méritos por obras de piedade e justiça, é um princípio igualmente válido para os ímpios, que não têm obras dessa natureza em que confiar. Assim o coletor de impostos da parábola voltou para casa "justificado", e não o fariseu^ não porque seu mérito fosse maior (era incomparavelmente menor) mas porque, percebendo a futilidade da confiança em si mesmo, confiou-se inteiramente à graça de Deus (Lc 18:9ss.)- A descrição de Deus como Aquele "que justifica ao ímpio" é tão paradoxal como espantosa — para não dizer chocante. No Velho Testamento, a absolvição do culpado e a condenação do inocente são igual e repetidamente denunciadas como atos de juizes injustos. Na verdade, para a melhor orientação dos juizes na administração da justiça, o Deus de Israel se lhes oferece como exemplo. "Não justificarei o ímpio," diz Ele em Êxodo 23:7. Na versão da LXX, as palavras gregas usadas para comunicar o que Deus proíbe na lei são as mesmas que Paulo usa aqui para declarar o que Deus de fato faz no Evangelho. Não admira que tenha achado necessário sustentar acima que Deus, ao justificar pecadores, contudo preserva imaculado o Seu caráter. Uma vez justificados, na verdade os ímpios deixam de ser ímpios, mas não são justificados com base em qualquer forma de correção dos seus caminhos que se pudesse prever. Se deixamos de avaliar o problema de cunho moral envolvido na graça perdoadora de Deus, talvez seja porque "ainda não consideramos quão grave é o pecado". A solução do paradoxo é dada em 5:6.6. Também (...) Davi.O Salmo 32 é atribuído a Davi nos títulos do TM e da LXX. Há um elo formal que liga 32:1, 2, passagem citada nos versículos 7,8, e Gênesis 15:6, citado no versículo 3, no sentido de que o verbo "imputar" é comum a ambas as passagens. Na exegese rabínica, esse elo serviu para incentivar a interpretação de uma passagem pela outra, segundo o princípio chamado gezerah shawah ("categoria igual"). Paulo aqui emprega este princípio, mas o elo não é simplesmente formal: a não imputação de pecado, com que o salmista se regozija, importa em positiva imputação da justiça ou pronunciamento da absolvição, pois é impossível haver veredito de "sem provas" no tribunal de Deus.11. O sinal da circuncisão.Quer dizer, o sinal que consistia da circuncisão. A expressão "da circuncisão" representa no grego o "genitivo de definição". Em Gênesis 17:11 Deus diz a Abraão que a circuncisão é para marca ou "sinal de aliança entre mim e ti". A exegese de Paulo identifica esta aliança com a de Gênesis 15:18, na qual (pelo menos catorze anos antes de Abraão ter sido circuncidado) Deus mostrou a Abraão efetivamente como lhe imputou sua fé para justiça. Assim, a circuncisão é tratada como selo subseqüente e externo àquele estado de justo que Abraão já possuía como dom de Deus. Não produziu aquele estado de justo, nem lhe acrescentou nada.13. Que a Abraão (...) coube a promessa de ser herdeiro do mundo.Isto não é citação de alguma promessa a Abraão registrada, mas uma interpretação daquelas promessas que fazem referência a "todas as famílias da terra" (Gn 12:3) e a "todas as nações da terra" (Gn 18:18, 22:18). Ao se delimitar a herança de Abraão em termos geográficos, situa-se entre o Egito e o Eufrates (Gn 15:18; ver também 13:14s.), mas no sentido espiritual e permanente em que as promessas a ele feitas são interpretadas no Novo Testamento, sua herança não pode confinar-se a tais fronteiras terrenas (ver Hb 11:10, RV: "ele procurava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e construtor").
Ou a sua descendência. A promessa a Abraão em Gênesis 12:3, "em ti serão benditas todas as famílias da terra" repete-se em Gênesis 22:18 nesta forma: "nela" (em tua descendência) "serão benditas todas as nações da terra." Em Gálatas 3 Paulo junta as duas formas da promessa e mostra como a palavra "descendência" (ou "semente") na segunda forma, sendo um coletivo singular, pode referir-se primariamente a Cristo (versículo 16) e, por conseqüência, também ao povo de Cristo (versículo 29). O ponto de que trata aqui, qualquer que seja a forma da promessa que considerarmos, é no sentido de que sua validade não tem relação alguma com a lei (que veio séculos mais tarde, como consta em Gl 3:17), nem com a justiça que depende da guarda da lei.14. Se os da lei é que são os herdeiros, anula-se a fé.Porque a herança prometida a Abraão passaria a depender então de um novo princípio, dependente das obras e não da fé.
E cancela-se a promessa. Porque se o seu cumprimento depende da guarda da lei, o fato de os homens serem incapazes de guardar a lei assegurará que a promessa de fato jamais será cumprida.15. Porque a lei suscita a ira.Isto é, a lei inevitavelmente impõe penas pelo fracasso em guardá-la.
Mas onde não há lei, também não há transgressão. Aqui, como em 5:13 ("o pecado não é levado em conta quando não há lei"), Paulo parece estar enunciando uma conhecida máxima legal (como a máxima romana: nulla poena sine lege).16. Essa é a razão por que provém da fé, para que seja segundo a graça. Concisa afirmação do princípio de que aquilo que Deus dá por Sua livre graça, pode ser apropriado pelos homens somente mediante a fé. Ao contrário, o que é obtido pelas obras (não pela fé) é dado por questão de mérito (não de graça).17. Por pai de muitas nações te constituí.Em Gênesis 17:5, o hebraico diz literalmente: "Fiz de ti pai de uma multidão ('ab hamon) de nações", onde a primeira parte de hamon ("multidão") está ligada à última sílaba do novo nome, Abraão ('abhraham).Perante aquele no qual creu. Estas palavras estão logicamente ligadas à frase do versículo 16 que diz: "a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência" — i. e., "a fim de que a promessa seja válida para toda a posteridade espiritual de Abraão (quer judeus quer gentios por nascimento natural) diante de Deus, em quem Abraão pôs sua confiança".
O Deus que vivifica os mortos. Esta é a designação geral de Deus na devoção judaica, mas aqui é usada com especial referência ao "seu próprio corpo" (de Abraão) "amortecido (...) e à idade avançada de Sara" (versículo 19).
E chama à existência as cousas que não existem. (AV: "E chama aquelas coisas que não são como se fossem.") A referência aqui é às "muitas nações" que descenderam de Abraão. Não somente não existiam ainda, mas (visto que Abraão e Sara já tinham atingido avançada idade, sem filhos), nada parecia menos provável do que virem elas a existir algum dia. !
18. Assim será a tua descendência.Citação de Gênesis 15:5, onde Deus diz a Abraão (embora este ainda não tivesse filhos) que os seus descendentes serão inumeráveis como as estrelas.
19. Embora levasse em conta o seu próprio corpo amortecido.(AV: "Não levou em conta seu próprio corpo amortecido." A palavra "não" deve ser omitida como texto tardio e inferior.) A questão é que Abraão de fato levou em conta todos os fatores importantes, incluindo sua avançada idade e a alta dose de improbabilidade — por todos os critérios naturais de avaliação — de que viesse a ter um filho agora, quando seu corpo estava "amortecido" (assim o mesmo particípio,nenekrõmenos, é traduzido em Hb 11:12, com respeito a esta mesma situação). Todavia, havendo considerado estes fatores todos, concluiu que a certeza da promessa divina sobrepujava toda e qualquer improbabilidade natural.
25. O qual foi entregue por causa das nossas transgressões.Ê possível que isto seja uma citação de alguma primitiva confissão de fé. A linguagem parece basear-se em Isaías 53. O verbo "entregar-se" neste sentido (paradidõmi) ocorre duas vezes na versão que a LXX apresenta daquele capítulo: em Isaías 53:6 "o Senhor o entregou (o Servo Sofredor) por nossos pecados", e em Isaías 53:12 "por causa dos pecados deles, ele (o Servo) foi entregue". (Esta última sentença desvia-se consideravelmente do texto hebraico: "e pelos transgressores intercedeu".) Este emprego do verbo com relação a Jesus ser entregue à morte sugere que quando é empregado em 1 Coríntios 11:23, na narrativa que Paulo faz da instituição da eucaristia, o sentido não é bem como o dado por AV e AA: "na noite em que foi traído" (a saber, por Judas), mas, antes, "em que foi entregue" (a saber, por Deus).
Também se pode estabelecer uma analogia entre esta frase e o Targum de Jonatã sobre Isaías 53:5, em que achamos uma frase em aramaiço ('thmesar ba'awayathana) que, isoladamente, poderia ser traduzida "ele foi entregue por nossas iniqüidades". Contudo, no Targum não é o Messias-Servo que é o sujeito da sentença, e, sim, o templo: O Messias-Servo "edificará o santuário que foi profanado por nossas transgressões e entregue por nossas iniqüidades".
E ressuscitou por causa da nossa justificação. A preposição "por" (AV) em ambas as frases traduz dia ("por causa de", como diz AA). Cristo foi "entregue" para expiar os pecados do Seu povo e foi ressuscitado pelo poder divino para garantir a sua justificação. (Longe de nós interpretar as duas frases grosseiramente, sugerindo que a ressurreição de Cristo nada tem a ver com a expiação dos pecados do Seu povo e que Sua morte nada tem a ver com a sua justificação. Esta idéia é eliminada por 5:9.)Romanos - Serie Cultura Biblica - ROMANOS - INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO - F. F. Bruce. M.A., D.D. - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21486, São Paulo-SP 04602-970
JUSTIFICAÇÃO (Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea (1))Este é um termo (gr. dikaiosis) que se refere ao julgamento judicial. Não significa tornar reto ou santo, mas anunciar um veredicto favorável, declarar ser justo. Este significado é patente tanto no Antigo quanto no Novo Testamento (heb. tronco hiphil de sadaq, "declarar justo"; gr. dikaioo, "vindicar, inocentar, pronunciar e tratar como justo"). O ato de "justificar" é contrastado com o ato de "condenar" (cf. Dt 25.1; 1 Rs 8.32; Pv 17.15; Rm 8.33); e assim como condenar é o meio de tornar alguém ímpio, justificar é o meio de tornar alguém justo.
É esta força declarativa do termo que levanta a questão: como Deus pode justificar o ímpio? Na justificação que Deus faz dos pecadores, há um único ingrediente que não aparece em nenhum outro caso de justificação. Esta característica única é que Deus faz com que a nova relação declarada por Ele se torne realidade. Esta operação é expressamente declarada nas Escrituras, e é o ato pelo qual muitos são constituídos como justos (Rm 5.19), a concessão do dom gratuito da justiça (Rm 5.17), tornando-nos a justiça de Deus em Cristo (2 Co 5.21). E por esta ação que a sentença de condenação (q.v.) sob a qual repousamos como pecadores é mudada para uma ação de justificação; não há, portanto, nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus (Rm 8.1). Este ato constitutivo é corretamente mencionado como a imputação da justiça de Cristo a nós. Assim, fica patente que a sentença de condenação não tem nenhuma afinidade com o que é interiormente operado em nós, seja pela regeneração (q.v.) ou pela santificação (q.v.). A imputação é o crédito, em nossa conta, de uma justiça que não é a nossa própria, mas que é, na realidade, baseada na obediência de Cristo (Fp 3.9; Rm 5.17,19). Ela é, portanto, distinta do perdão dos pecados, embora o perdão esteja necessariamente incluído nela (At 13.38-39)

Como a natureza da justificação é, desse modo, mostrada como declarativa, constitutiva e imputativa, assim a base reside em nada mais além do que a obra realizada por Cristo, a fonte da graça gratuita de Deus. Somos justificados gratuitamente pela graça de Deus "pela redenção que está em Cristo Jesus" (Rm 3.24). Esta verdade passa à expressão focal na designação "a justiça de Deus" (Rm 1.17; 3.21,22; 10.3; 2 Co 5.21; Pp 3.9). A obra de Cristo foi a obediência (Rm 5.19; Fp 2.8; Hb 5.8,9). Deste modo, ela foi a justiça (Mt 3.15; Rm 5.17,18,21). Foi operada por Ele como o Deus-homem e é, portanto, uma justiça com uma propriedade divina, uma justiça de Deus contrastada não só com a injustiça humana, mas com toda a justiça humana. Somente esta justiça atende o desespero da nossa situação pecadora e fica à altura de todas as exigências da santidade de Deus. Ela não só garante a justificação de Deus, mas ao ser imputada em nossa conta, exige a nossa justificação. A graça reina "pela justiça para a vida eterna" (Rm 5.21). Como a justificação é concedida pela graça, ela é recebida pela fé (Rm 1.17; 5.1). A fé é coerente com todas as outras características. Isto é verdade não apenas pelo fato da fé ser um dom de Deus, mas porque o caráter distinto da fé consiste em receber a Cristo e permanecer nele para a salvação. E a qualidade generosa e autoconfiante da fé que a torna o instrumento adequado de tudo o mais que envolve a justificação. E pela fé que somos justificados e somente pela fé, embora nunca por uma fé que esteja sozinha. A justificação é a questão religiosa básica. Não vem agora a simples pergunta: Como o homem pode ser justo para com Deus? E ainda a pergunta mais forte: Como o homem, na condição de pecador, pode tornar-se justo para com Deus? A resposta é: Através da justificação pela graça, por meio da fé. Veja Fé; Perdão; Imputação; Justiça; Salvação.
Bibliografia. Veja comentários sobre Romanos. John A. Faulkner, "Justification", ISBE, III, 1782-1788. Leon Morris, The Apostolic Preaching ofthe Cross, Grand Rapids. Eerd-mans, 1956, pp. 224-274. James I. Packer, "Just, Justify, Justification", BDT, pp. 303-308; "Justification", NBD, pp. 683-686. Gottlob Schrenk, "Dikaios etc"., TDNT, II, 182-225.J.M.
Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea (1)


Referências Bibliográficas (outras estão acima)Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htmwww.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htmDicionário Vine antigo e novo testamentos - CPADManual Bíblico Entendendo a Bíblia, CPADDicionário de Referências Bíblicas, CPADAs Disciplinas da Vida Cristã; CPADHermenêutica Fácil e descomplicada, CPADRevistas antigas - CPADRomanos - Serie Cultura Biblica - ROMANOS - INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO - F. F. Bruce. M.A., D.D. - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21486, São Paulo-SP 04602-970