16 agosto 2025

Escrita Lição 7, Central Gospel, Crescimento na Fé e Perseverança, 3Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 7, Central Gospel, Crescimento na Fé e Perseverança, 3Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
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ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 7 / ANO 2- N° 6
 

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/08/escrita-licao-7-central-gospel.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/08/slides-licao-7-central-gospel.html


ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A SAUDAÇÃO QUE REVELA PROPÓSITOS
1.1. Graça e paz: a felicitação que une culturas
1.1.1. Os efeitos da graça multiplicada
2. A PERSEVERANÇA NO CHAMADO E A CENTRALIDADE DA PALAVRA
2.1.1. Em memória das verdades eternas
2.2. A primazia das Escrituras
3. FALSOS PROFETAS E FALSOS MESTRES
3.1. O perigo velado
3.2. A condenação dos falsos mestres
3.3. As características dos falsos mestres
 
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 2 Pedro 1.1,12,19,20; 2 Pedro 2.1-3,20
2 Pedro 1.1,12,19,20 - 1- Simão Pedro, servo e apóstolo de JESUS CRISTO, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso DEUS e Salvador JESUS CRISTO.
12- Pelo que não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais e estejais confirmados na presente verdade.
19- E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração, 20- sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.
2 Pedro 2.1-3,20 - 1- E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. 2- E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade; 3- e, por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.
20- Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador JESUS CRISTO, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro.
 
TEXTO ÁUREO
Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por sua glória e virtude. 2 Pedro 1.3
 
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - João 17.3 A vida eterna está em conhecer a DEUS e a CRISTO
3ª feira - 1 Crônicas 29.14; 2 Pedro 1.3,4 Tudo vem de DEUS, que nos doa Suas promessas
4ª feira - 2 Pedro 1.14; Atos 20.7,29 Prepare-se, pois tempos difíceis virão
5ª feira - 2 Pedro 1.21; 2 Timóteo 3.16 A Escritura é inspirada pelo ESPÍRITO SANTO
6ª feira - 2 Pedro 2.1; Mateus 24.4,5 Cuidado com falsos mestres e enganos
Sábado - 2 Pedro 2.9; Salmo 34.17-21 DEUS livra os justos e julga os ímpios
 
OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- compreender que o conhecimento de CRISTO proporciona segurança e conduz a uma vida plenamente consagrada a DEUS;
- reconhecer que a exposição fiel das Escrituras e o zelo pela sã doutrina protegem os crentes da influência dos falsos mestres;
- perceber que a alma do justo se entristece e se aflige diante das heresias, das práticas imorais e da ganância daqueles que deturpam a verdade.
 
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
     Prezado professor, adote uma postura pastoral e vigilante ao longo da lição, levando os alunos à compreensão de que o verdadeiro conhecimento de CRISTO oferece segurança e fortalece a caminhada cristã. Além disso, reforce a importância de zelar pela sã doutrina como proteção contra falsos mestres e ensinos enganosos. Nesse contexto, estimule uma reflexão sobre a necessidade de discernimento espiritual e, por fim, incentive o compromisso com a verdade bíblica, destacando a graça e a paz que advêm do conhecimento de DEUS.
    Boa aula!
 
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO - REVISTAS ANTIGAS E LIVROS
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INTRODUÇÃO
Crescimento na fé e perseverança são elementos essenciais na vida cristã, frequentemente abordados na Bíblia e em estudos teológicos. A perseverança, entendida como manter-se firme na fé apesar das dificuldades, é vista como uma característica fundamental daqueles que acreditam em JESUS CRISTO, de acordo com a Canção Nova. O crescimento na fé, por sua vez, envolve um desenvolvimento espiritual contínuo e um fortalecimento da crença em DEUS, segundo o site Esperando em CRISTO com Fé. 
Crescimento na Fé:
·        Oração:
A oração é considerada o principal caminho para aumentar a fé, sendo um encontro com DEUS, Sua palavra e Seu ESPÍRITO, conforme o Portal A12. 
·        Estudo da Palavra:
A leitura e o estudo da Bíblia são fundamentais para o crescimento na fé, pois revelam os ensinamentos e a vontade de DEUS, conforme a Canção Nova. 
·        Comunhão:
A participação em comunidades de fé, grupos de oração e outras atividades que envolvem a comunhão com outros cristãos também contribui para o crescimento espiritual. 
Perseverança na Fé:
·        Resiliência diante de provações:
A perseverança se manifesta na capacidade de permanecer firme na fé, mesmo diante de dificuldades e adversidades. 
·        Exemplo da igreja de Tessalônica:
O apóstolo Paulo, em suas cartas, destaca a importância da perseverança na fé e no amor, encorajando os cristãos a crescerem como comunidade. 
·        Recompensa da perseverança:
A Bíblia ensina que a perseverança leva à recompensa divina e ao fortalecimento do caráter cristão. 
A relação entre fé e perseverança:
·        A fé verdadeira, que salva, gera perseverança, permitindo que os crentes permaneçam firmes em sua crença em JESUS, mesmo diante de desafios. 
·        A perseverança é uma demonstração da transformação que CRISTO opera na vida daqueles que creem, conforme o site Está na Bíblia. 
·        A perseverança é um processo contínuo que requer esforço e dedicação, mas que é recompensado com o crescimento espiritual e a aproximação de DEUS. 
 
1. A SAUDAÇÃO QUE REVELA PROPÓSITOS
Graça e paz: a felicitação que une culturas
A Segunda Epístola de Pedro nos exorta a permanecer firmemente estabelecidos no conhecimento de DEUS que vem por meio de nosso relacionamento com Ele. 
Graça é JESUS e sua obra salvífica.
Paz é paz com DEUS através do sacrifício de JESUS que rompeu com a inimizade e separação que havia antes.
 
2. A PERSEVERANÇA NO CHAMADO E A CENTRALIDADE DA PALAVRA
Em memória das verdades eternas
A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS – BEP - CPAD
2Tm 3.16,17 “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de DEUS seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.”
O termo “Escritura”, conforme se encontra em 2Tm 3.16, refere-se principalmente aos escritos do AT (3.15). Há evidências, porém, de que escritos do NT já eram considerados Escritura divinamente inspirada por volta do período em que Paulo escreveu 2Tm (1Tm 5.18, cita Lc 10.7; 2Pe 3.15,16). Para nós, hoje, a Escritura refere-se aos escritos divinamente inspirados tanto do AT quanto do NT, i.e., a Bíblia. São (os escritos) a mensagem original de DEUS para a humanidade, e o único testemunho infalível da graça salvífica de DEUS para todas as pessoas.
(1)            Paulo afirma que toda a Escritura é inspirada por DEUS. A palavra “inspirada” (gr. theopneustos) provém de duas palavras gregas: Theos, que significa “DEUS”, e pneuo, que significa “respirar”. Sendo assim, “inspirado” significa “respirado por DEUS”. Toda a Escritura, portanto, é respirada por DEUS; é a própria vida e Palavra de DEUS. A Bíblia, nas palavras dos seus manuscritos originais, não contém erro; sendo absolutamente verdadeira, fidedigna e infalível. Esta verdade permanece inabalável, não somente quando a Bíblia trata da salvação, dos valores éticos e da moral, como também está isenta de erro em tudo aquilo que ela trata, inclusive a história e o cosmos (cf. 2Pe 1.20,21; note também a atitude do salmista para com as Escrituras no Sl 119).
(2)            Os escritores do AT estavam conscientes de que o que disseram ao povo e o que escreveram é a Palavra de DEUS (ver Dt 18.18; 2Sm 23.2). Repetidamente os profetas iniciavam suas mensagens com a expressão: “Assim diz o Senhor”.
(3)            JESUS também ensinou que a Escritura é a inspirada Palavra de DEUS até em seus mínimos detalhes (Mt 5.18). Afirmou, também, que tudo quanto Ele disse foi recebido da parte do Pai e é verdadeiro (Jo 5.19, 30,31; 7.16; 8.26). Ele falou da revelação divina ainda futura (i.e., a verdade revelada do restante do NT), da parte do ESPÍRITO SANTO através dos apóstolos (Jo 16.13; cf. 14.16,17; 15.26,27).
(4)            Negar a inspiração plenária das Sagradas Escrituras, portanto, é desprezar o testemunho fundamental de JESUS CRISTO (Mt 5.18; 15.3-6; Lc 16.17; 24.25-27, 44,45; Jo 10.35), do ESPÍRITO SANTO (Jo 15.26; 16.13; 1Co 2.12-13; 1Tm 4.1) e dos apóstolos (3.16; 2Pe 1.20,21). Além disso, limitar ou descartar a sua inerrância é depreciar sua autoridade divina.
(5)            Na sua ação de inspirar os escritores pelo seu ESPÍRITO, DEUS, sem violar a personalidade deles, agiu neles de tal maneira que escreveram sem erro (3.16; 2Pe 1.20,21; ver 1Co 2.12,13).
(6)            A inspirada Palavra de DEUS é a expressão da sabedoria e do caráter de DEUS e pode, portanto, transmitir sabedoria e vida espiritual através da fé em CRISTO (Mt 4.4; Jo 6.63; 2Tm 3.15; 1Pe 2.2).
(7)            As Sagradas Escrituras são o testemunho infalível e verdadeiro de DEUS, na sua atividade salvífica a favor da humanidade, em CRISTO JESUS. Por isso, as Escrituras são incomparáveis, eternamente completas e incomparavelmente obrigatórias. Nenhuma palavra de homens ou declarações de instituições religiosas igualam-se à autoridade delas.
(8)            Qualquer doutrina, comentário, interpretação, explicação e tradição deve ser julgado e validado pelas palavras e mensagem das Sagradas Escrituras (ver Dt 13.3).
(9)            As Sagradas Escrituras como a Palavra de DEUS devem ser recebidas, cridas e obedecidas como a autoridade suprema em todas as coisas pertencentes à vida e à piedade (Mt 5.17-19; Jo 14.21; 15.10; 2Tm 3.15,16; ver Êx 20.3). Na igreja, a Bíblia deve ser a autoridade final em todas as questões de ensino, de repreensão, de correção, de doutrina e de instrução na justiça (2Tm 3.16,17). Ninguém pode submeter-se ao senhorio de CRISTO sem estar submisso a DEUS e à sua Palavra como a autoridade máxima (Jo 8.31,32, 37).
(10)         Só podemos entender devidamente a Bíblia se estivermos em harmonia com o ESPÍRITO SANTO. É Ele quem abre as nossas mentes para compreendermos o seu sentido, e quem dá testemunho em nosso interior da sua autoridade (ver 1Co 2.12).
(11)         Devemos nos firmar na inspirada Palavra de DEUS para vencer o poder do pecado, de Satanás e do mundo em nossas vidas (Mt 4.4; Ef 6.12,17; Tg 1.21).
(12)         Todos na igreja devem amar, estimar e proteger as Escrituras como um tesouro, tendo-as como a única verdade de DEUS para um mundo perdido e moribundo. Devemos manter puras as suas doutrinas, observando fielmente os seus ensinos, proclamando a sua mensagem salvífica, confiando-as a homens fiéis, e defendendo-as contra todos que procuram destruir ou distorcer suas verdades eternas (ver Fp 1.16; 2Tm 1.13,14; 2.2; Jd 3). Ninguém tem autoridade de acrescentar ou subtrair qualquer coisa da Escritura (ver Dt 4.2; Ap 22.19).
(13)         Um fato final a ser observado aqui. A Bíblia é infalível na sua inspiração somente no texto original dos livros que lhe são inerentes. Logo, sempre que acharmos nas Escrituras alguma coisa que parece errada, ao invés de pressupor que o escritor daquele texto bíblico cometeu um engano, devemos ter em mente três possibilidades no tocante a um tal suposto problema: (a) as cópias existentes do manuscrito bíblico original podem conter inexatidão; (b) as traduções atualmente existentes do texto bíblico grego ou hebraico podem conter falhas; ou (c) a nossa própria compreensão do texto bíblico pode ser incompleta ou incorreta.
 
A primazia das Escrituras
A Bíblia, são consideradas tendo primazia sobre outras escrituras e livros em muitas tradições religiosas, especialmente no cristianismo. A Bíblia é vista como a revelação final e autorizada de DEUS, e suas doutrinas e ensinamentos são o padrão pelo qual outras ideias e escritos são avaliados. 
Elaboração:
·        Autoridade Final:
A Bíblia é considerada a autoridade final em questões de fé e prática. Isso significa que, em caso de conflito entre a Bíblia e outras fontes de conhecimento, a Bíblia é considerada como tendo a palavra final. 
·        Inspirada por DEUS:
A crença na inspiração divina da Bíblia é central para muitas tradições religiosas, especialmente no cristianismo. Acredita-se que DEUS inspirou os autores bíblicos a escreverem o que foi registrado, tornando a Bíblia uma fonte confiável e autorizada da revelação de DEUS. 
·        Padrão para Avaliação:
A Bíblia serve como um padrão pelo qual outras doutrinas, práticas e ensinamentos são avaliados. Se algo contradiz os ensinamentos bíblicos, é considerado falso ou inválido. 
·        Rejeição de Outras Fontes:
Algumas tradições religiosas rejeitam ou minimizam a importância de outras escrituras ou livros religiosos que não estejam em harmonia com a Bíblia. 
Exemplo:
No contexto do cristianismo, a declaração "Toda Escritura é inspirada por DEUS e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça" (2 Timóteo 3:16) demonstra a crença na autoridade e importância da Bíblia. 
Observação:
É importante notar que nem todas as tradições religiosas têm a mesma visão sobre a primazia da Bíblia. Algumas podem reconhecer outras escrituras como igualmente autorizadas ou complementares à Bíblia. 
 
A PALAVRA DE DEUS – BEP - CPAD
Is 55.10,11 “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.”
A NATUREZA DA PALAVRA DE DEUS. A expressão “a palavra de DEUS” (também “a palavra do Senhor”, ou simplesmente “a palavra”) possui várias aplicações na Bíblia. (1) Obviamente, refere-se, em primeiro lugar, a tudo quanto DEUS tem falado diretamente. Quando DEUS falou a Adão e Eva (e.g., Gn 2.16.17; Gn 3.9-19). o que Ele lhes disse era, de fato, a palavra de DEUS. De modo semelhante. Ele se dirigiu a Abraão (e.g.. Gn 12.1-3). a Isaque (e.g.. Gn 26.1-5). a Jacó (e.g.. Gn 28.13-15) e a Moisés (e.g.. Êx 3-4). DEUS também falou à totalidade da nação de Israel. no monte Sinai. ao proclamar-lhe os dez mandamentos (ver Êx 20.1-19). As palavras que os israelitas ouviram eram palavras de DEUS. (2) Além da fala direta. DEUS ainda falou através dos profetas. Quando eles se dirigiam ao povo de DEUS. assim introduziam as suas declarações: “Assim diz o Senhor”. ou “Veio a mim a palavra do Senhor”. Quando. portanto. os israelitas ouviam as palavras do profeta. ouviam. na verdade. a palavra de DEUS. (3) A mesma coisa pode ser dita a respeito do que os apóstolos falaram no NT. Embora não introduzissem suas palavras com a expressão “assim diz o Senhor”. o que falavam e proclamavam era. verdadeiramente. a palavra de DEUS. O sermão de Paulo ao povo de Antioquia da Pisídia (At 13.14-41). por exemplo. criou tamanha comoção que. “no sábado seguinte. ajuntou-se quase toda a cidade a ouvir a palavra de DEUS” (At 13.44). O próprio Paulo assegurou aos tessalonicenses que. “havendo recebido de nós a palavra da pregação de DEUS. a recebestes. não como palavra de homens. mas (segundo é. na verdade) como palavra de DEUS” (1Ts 2.13; cf. At 8.25). (4) Além disso. tudo quanto JESUS falava era palavra de DEUS. pois Ele. antes de tudo. é DEUS (Jo 1.1.18; 10.30; 1Jo 5.20). Lucas. escritor do terceiro evangelho. declara explicitamente que. quando as pessoas ouviam a JESUS. ouviam na verdade a palavra de DEUS (Lc 5.1). Note como. em contraste com os profetas do AT. JESUS introduzia seus ditos: Eu “vos digo...” (e.g.. Mt 5.18.20.22.23.32.39; 11.22.24; Mc 9.1; 10.15; Lc 10.12; 12.4; Jo 5.19; 6.26; 8.34). Noutras palavras. Ele tinha dentro de si mesmo a autoridade divina para falar a palavra de DEUS. É tão importante ouvir as palavras de JESUS. pois “quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação” (Jo 5.24). JESUS, na realidade, está tão estreitamente identificado com a palavra de DEUS que é chamado “o Verbo” [“a Palavra”] (Jo 1.1.14; 1Jo 1.1; Ap 19.13 16; ver Jo 1.1). (5) A palavra de DEUS é o registro do que os profetas. apóstolos e JESUS falaram. i.e.. a própria Bíblia. No NT. quer um escritor usasse a expressão “Moisés disse”. “Davi disse”, “o ESPÍRITO SANTO diz”. ou “DEUS diz”. nenhuma diferença fazia (ver At 3.22; Rm 10.5.19; Hb 3.7; 4.7); pois o que estava escrito na Bíblia era. sem dúvida alguma. a palavra de DEUS. (6) Mesmo não estando no mesmo nível das Escrituras. a proclamação feita pelos autênticos pregadores ou profetas. na igreja de hoje. pode ser chamada a palavra de DEUS. (a) Pedro indicou que. a palavra que seus leitores recebiam mediante a pregação. era palavra de DEUS (1Pe 1.25). e Paulo mandou Timóteo “pregar a Palavra” (2Tm 4.2). A pregação. porém. não pode existir independentemente da Palavra de DEUS.
Na realidade. o teste para se determinar se a palavra de DEUS está sendo proclamada num sermão. ou mensagem. é se ela corresponde exatamente à Palavra de DEUS escrita). (b) O que se diz de uma pessoa que recebe uma profecia. ou revelação. no âmbito do culto de adoração (1Co 14.26-32)? Ela está recebendo. ou não. a palavra de DEUS? A resposta é um “sim”. Paulo assevera que semelhantes mensagens estão sujeitas à avaliação por outros profetas. Todavia. há a possibilidade de tais profecias não serem palavra de DEUS (ver 1Co 14.29). É somente em sentido secundário que os profetas. hoje. falam sob a inspiração do ESPÍRITO SANTO; sua revelação jamais deve ser elevada à categoria da inerrância (ver 1Co 14.31).
O PODER DA PALAVRA DE DEUS. A palavra de DEUS permanece firme nos céus (Sl 119.89; Is 40.8; 1Pe 1.24.25). Não é. porém. estática; é dinâmica e poderosa (cf. Hb 4.12). pois realiza grandes coisas (55.11). (1) A palavra de DEUS é criadora. Segundo a narrativa da
criação. as coisas vieram a existir à medida que DEUS falava a sua palavra (e.g.. Gn 1.3.4.6.7.9). Tal fato é resumido pelo salmista: “Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus” (Sl 33.6. 9); e pelo escritor aos Hebreus: “Pela fé. entendemos que os mundos. pela palavra de DEUS. foram criados”
(Hb 11.3; cf. 2Pe 3.5). De conformidade com João. a Palavra que DEUS usou para criar todas as coisas foi JESUS CRISTO (Jo 1.1-3). (2) A palavra de DEUS sustenta a criação. Nas palavras do escritor aos Hebreus. DEUS sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb 1.3; ver também Sl 147.15-18). Assim como a palavra criadora. essa palavra relaciona-se com JESUS CRISTO segundo Paulo insiste: “todas as coisas subsistem por ele [JESUS]” (Cl 1.17). (3) A palavra de DEUS tem o poder de outorgar vida nova. Pedro testifica que nascemos de novo “pela palavra de DEUS. viva e que permanece para sempre” (1Pe 1.23; cf. 2 Tm 3.15; Tg 1.18). É por essa razão que o próprio JESUS é chamado o Verbo da vida (1Jo 1.1). (4) A palavra de DEUS também libera graça. poder e revelação. por meio dos quais os crentes crescem na fé e na sua dedicação a JESUS CRISTO. Isaías emprega um expressivo quadro verbal: assim como a água proveniente do céu faz as coisas crescerem. assim a palavra que sai da boca de DEUS nos leva a crescer espiritualmente (55.10.11). Pedro ecoa o mesmo pensamento ao escrever que. ao bebermos do leite puro da palavra de DEUS. crescemos em nossa salvação (1Pe 2.2). (5) A palavra de DEUS é a arma que o Senhor nos proveu para lutarmos contra Satanás (Ef 6.17; cf.Ap 19.13-15). JESUS derrotou Satanás. pois fazia uso da Palavra de DEUS: “Está escrito” (i.e.. “consta como a Palavra infalível de DEUS”; cf. Lc 4.1-11; ver Mt 4.1-11). (6) Finalmente. a palavra de DEUS tem o poder de nos julgar. Os profetas do AT e os apóstolos do NT frequentemente pronunciavam palavras de juízo recebidas do Senhor. O próprio JESUS assegurou que a sua palavra condenará os
que o rejeitarem (Jo 12.48). E o autor aos Hebreus escreve que a poderosa palavra de DEUS julga “os pensamentos e intenções do coração” (ver Hb 4.12). Noutras palavras: os que optam por desconsiderar a palavra de DEUS. acabarão por experimentá-la como palavra de condenação.
NOSSA ATITUDE ANTE A PALAVRA DE DEUS. A Bíblia descreve. em linguagem clara e inconfundível. como devemos proceder quanto a palavra de DEUS em suas diferentes expressões. Devemos ansiar por ouvi-la (1.10; Jr 7.1.2; At 17.11) e procurar compreendê-la (Mt 13.23). Devemos louvar. no Senhor. a palavra de DEUS (Sl 56.4.10). amá-la (Sl 119.47.113). e dela fazer a nossa alegria e deleite (Sl 119.16.47). Devemos aceitar o que a palavra de DEUS diz (Mc 4.20; At 2.41; 1Ts 2.13). ocultá-la nas profundezas de nosso coração (Sl 119.11). confiar nela (Sl 119.42). e colocar a nossa esperança em suas promessas (Sl 119.74.81.114; 130.5). Acima de tudo. devemos obedecer ao que ela ordena (Sl 119.17.67; Tg 1.22-24) e viver de acordo com seus ditames (Sl. DEUS conclama os que ministram a palavra (cf. 1Tm 5.17) a manejá-la corretamente (2Tm 2.15 e a pregá-la fielmente (2Tm 4.2). Todos os crentes são convocados a proclamarem a palavra de DEUS por onde quer que forem (At 8.4).
 
 
3. FALSOS PROFETAS E FALSOS MESTRES
 
FALSOS MESTRES (BEP – CPAD)
Mc 13.22: “Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os
Escolhidos
 
DESCRIÇÃO. O crente da atualidade precisa estar informado de que pode haver, nas igrejas, diversos obreiros corrompidos e distanciados da verdade, como os mestres da lei de DEUS, nos dias de JESUS (Mt 24.11,24). JESUS adverte, aqui, que nem toda pessoa que professa a CRISTO é um crente verdadeiro e que, hoje, nem todo escritor evangélico, missionário, pastor, evangelista, professor, diácono e outros obreiros são aquilo que dizem ser.
(1)            Esses obreiros “exteriormente pareceis justos aos homens” (Mt 23.28). Aparecem “vestidos como ovelhas” (Mt 7.15). Podem até ter uma mensagem firmemente baseada na Palavra de DEUS e expor altos padrões de retidão. Podem parecer sinceramente empenhados na obra de DEUS e no seu reino, demonstrar grande interesse pela salvação dos perdidos e professar amor a todas as pessoas. Parecerão ser grandes ministros de DEUS, líderes espirituais de renome, ungidos pelo ESPÍRITO SANTO. Poderão realizar milagres, ter grande sucesso e multidões de seguidores (ver Mt 7.21-23; 24.11,24; 2Co 11.13-15).
Todavia, esses homens são semelhantes aos falsos profetas dos tempos antigos (ver Dt 13.3; 1Rs 18.40; Ne 6.12; Jr 14.14; Os 4.15), e aos fariseus do NT. Longe das multidões, na sua vida em particular, os fariseus entregavam-se à “rapina e de iniquidade” (Mt 23.25), “cheios de ossos de mortos e de toda imundícia” (Mt 23.27), “cheios de hipocrisia e de iniquidade” (Mt 23.28). Sua vida na intimidade é marcada por cobiça carnal, imoralidade, adultério, ganância e satisfação dos seus desejos egoístas. (2Co 11.15). De duas maneiras, esses impostores conseguem uma posição de influência na igreja. (a) Alguns falsos mestres e pregadores iniciam seu ministério com sinceridade, veracidade, pureza e genuína fé em CRISTO. Mais tarde, por causa do seu orgulho e desejos imorais, sua dedicação pessoal e amor a CRISTO desaparecem lentamente. Em decorrência disso, apartam-se do reino de DEUS (1Co 6.9,10; Gl 5.19-21; Ef 5.5,6) e se tornam instrumentos de Satanás, disfarçados em ministros da justiça (ver 2Co 11.15). (b) Outros falsos mestres e pregadores nunca foram crentes verdadeiros. A serviço de Satanás, eles estão na igreja desde o início de suas atividades (Mt 13.24-28,36-43). Satanás tira partido da sua habilidade e influência e promove o seu sucesso. A estratégia do inimigo é colocá-los em posições de influência para minarem a autêntica obra de CRISTO. Se forem descobertos ou desmascarados, Satanás sabe que grandes danos ao evangelho advirão disso e que o nome de CRISTO será menosprezado publicamente.
 
A PROVA. Quatorze vezes nos Evangelhos, JESUS advertiu os discípulos a se precaverem dos líderes enganadores (Mt 7.15; 16.6,11; 24.4,24; Mc 4.24; 8.15; 12.38-40; 13.5; Lc 12.1; 17.23;20.46; 21.8). Noutros lugares, o crente é exortado a pôr à prova mestres, pregadores e dirigentes da igreja (1Ts 5.21; 1 Jo 4.1). Seguem-se os passos para testar falsos mestres ou falsos profetas:
(1)            Discernir o caráter da pessoa. Ela tem uma vida de oração perseverante e manifesta uma devoção sincera e pura a DEUS? Manifesta o fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22,23), ama os pecadores (Jo 3.16), detesta o mal e ama a justiça (Hb 1.9) e fala contra o pecado (Mt 23; Lc 3.18-20)?
(2)            Discernir os motivos da pessoa. O líder cristão verdadeiro procurará fazer quatro coisas: (a) honrar a CRISTO (2Co 8.23; Fp 1.20); (b) conduzir a igreja à santificação (At 26.18; 1Co 6.18; 2Co 6.16-18); (c) salvar os perdidos (1Co 9.19-22); e (d) proclamar e defender o evangelho de CRISTO e dos seus apóstolos (ver Fp 1.16; Jd 3).
(3)            Observar os frutos da vida e da mensagem da pessoa. Os frutos dos falsos pregadores comumente consistem em seguidores que não obedecem a toda a Palavra de DEUS (ver Mt 7.16).
(4)            Discernir até que ponto a pessoa se baseia nas Escrituras. Este é um ponto fundamental. Ela crê e ensina que os escritos originais do AT e do NT são plenamente inspirados por DEUS, e que devemos observar todos os seus ensinos (ver 2Jo 9-11). Caso contrário, podemos estar certos de que tal pessoa e sua mensagem não provêm de DEUS.
(5)            Finalmente, verifique a integridade da pessoa quanto ao dinheiro do Senhor. Ela recusa grandes somas para si mesma, administra todos os assuntos financeiros com integridade e responsabilidade, e procura realizar a obra de DEUS conforme os padrões do NT para obreiros cristãos? (1Tm 3.3; _ 6.9,10).
Apesar de tudo que o crente fiel venha a fazer para avaliar a vida e o trabalho de tais pessoas, não deixará de haver falsos mestres nas igrejas, os quais, com a ajuda de Satanás, ocultam-se até que DEUS os desmascare e revele aquilo que realmente são.
 
 
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BEP – CPAD - COMENTÁRIOS
 
2 Pedro 1.3 TUDO O QUE DIZ RESPEITO À VIDA E PIEDADE. O amor de nosso Pai celestial, a salvação mediante JESUS CRISTO, sua intercessão por nós no céu, a habitação interior do ESPÍRITO SANTO e o seu batismo, a comunhão dos santos e a inspirada Palavra de DEUS são suficientes para satisfazer a necessidade do crente em "tudo o que diz respeito à vida e piedade" (Mt 11.28-30; Hb 4.16; 7.25; 9.14). (1) Não é necessário acrescentar qualquer sabedoria, técnica ou teoria humana, para completar a suficiência da Palavra de DEUS, que revela a nossa salvação perfeita em CRISTO. As palavras de JESUS, a fé apostólica do NT e a graça de DEUS foram suficientes para satisfazer as necessidades dos perdidos, nos antigos tempos da igreja, e são igualmente suficientes hoje. Absolutamente nada, poderá oferecer mais altura, profundidade, força e ajuda do que aquilo que o próprio JESUS proclamou e providenciou, e que os apóstolos testemunharam na revelação bíblica. Somente JESUS CRISTO é "o caminho, e a verdade, e a vida" (Jo 14.6). (2) Se o evangelho que temos hoje parece deficiente é porque não é o mesmo evangelho que CRISTO e os apóstolos pregaram.
 
 
1.4 PARTICIPANTES DA NATUREZA DIVINA. Nossa participação na natureza divina é mais uma descrição do novo nascimento, mediante o qual recebemos vida divina. Participamos da natureza de DEUS, para nos conformarmos com Ele e com a sua santidade (cf. 1 Co 6.19; Ef 4.24)
 
1.5 ACRESCENTAI À VOSSA FÉ. Pedro alista as virtudes que o cristão deve desenvolver, a fim de ser espiritualmente vitorioso e frutífero diante de DEUS (v. 8). A expressão "pondo nisto mesmo toda a diligência" demonstra que os crentes devem estar ativamente empenhados no seu crescimento espiritual (cf. Fp 2.12,13). Quem se torna cristão deve imediatamente envidar todos os esforços possíveis para acrescentar à sua fé as sete qualidades citadas nos versículos 5-9. Note que essas características espirituais não se desenvolvem automaticamente sem nosso esforço diligente de cultivá-las.
 
 
1.10 FAZER... MAIS FIRME A VOSSA VOCAÇÃO E ELEIÇÃO. Nossa fé e salvação não são coisas automáticas em nós mesmos. Continuaremos fiéis até o fim, somente se com diligência nos esforçarmos mediante a graça de DEUS, para acrescentar à nossa fé as qualidades espirituais alistadas nos versículos 5-9.
 
 
1.11 AMPLAMENTE CONCEDIDA A ENTRADA NO REINO ETERNO. Alguns crentes, por causa da sua negligência, com muita dificuldade entrarão no reino (1 Co 3.15); ao passo que outros, que são constantes na santificação receberão muitas boas-vindas e honrarias (Mt 25.21; At 7.55,56; 2 Tm 4.7,8,18).
 
 
1.19 MUI FIRME A PALAVRA DOS PROFETAS. Pedro contrasta as idéias humanistas com a Palavra de DEUS (v. 16). Ele atesta a origem divina das Escrituras e afirma que toda a profecia teve sua origem em DEUS, e não no ser humano (cf. v. 16). Assim, temos a certeza de que a mensagem de DEUS é infalível (não é passível de conter erros ou enganos) e inerrante (livre de erros, falsificação ou logro). A infalibilidade e a inerrância da Bíblia são inseparáveis, porque a inerrância é o resultado da infalibilidade da própria Palavra de DEUS. As Escrituras, na sua totalidade, são verdadeiras e fidedignas em todos os seus ensinos (2 Sm 23.2; Jr 1.7-9; 1 Co 14.37)
 
1.20 NENHUMA PROFECIA DA ESCRITURA. O significado é que nenhuma profecia das Escrituras veio das idéias, ou raciocínio do seu escritor, mas, sim, do ESPÍRITO SANTO.
 
1.21 OS HOMENS... DE DEUS FALARAM INSPIRADOS PELO ESPÍRITO SANTO. Pedro afirma a divina origem e autoridade das profecias da. Todos os crentes devem, de modo semelhante, manter um conceito firme e final da inspiração e autoridade das Sagradas Escrituras. Há várias razões para isso: (1) É a única maneira de ser fiel ao que JESUS CRISTO, os apóstolos e a própria Bíblia ensinam a respeito das Escrituras (ver Sl 119; Jo 5.47). (2) Sem uma convicção inabalável nas Sagradas Escrituras, a igreja fica sem alicerce autêntico e seguro para sua fé, sem certeza da salvação, sem valor moral absoluto, sem mensagem garantida para pregar, sem nenhuma certeza do batismo no ESPÍRITO SANTO e da operação de milagres e nenhuma esperança da volta iminente de JESUS CRISTO. (3) Sem uma convicção inabalável nas Sagradas Escrituras, os cristãos fiéis à Bíblia não têm nenhuma verdade absoluta e objetiva, baseada na autoridade do próprio DEUS, com a qual possam julgar e rejeitar os valores movediços deste mundo, as filosofias humanas e as práticas ímpias da cultura mundana (Sl 19.160). (4) Sem uma convicção inabalável nas Sagradas Escrituras, o cristão não tem condições de suportar as terríveis dificuldades dos últimos dias (ver 1 Ts 2.1-12; 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1). (5) Sem uma convicção inabalável nas Sagradas Escrituras, ficam enfraquecidas a plena autoridade e as doutrinas da Bíblia; em consequência disso, ela será substituída pela experiência religiosa subjetiva humana, ou pelo raciocínio independente e crítico, também humano (2.1-3)
 
2 Pedro 2.1 ENTRE VÓS HAVERÁ TAMBÉM FALSOS MESTRES O ESPÍRITO SANTO adverte repetidas vezes nas Escrituras que surgirão muitos falsos mestres dentro das igrejas. As advertências a respeito de mestres e líderes introduzindo heresias no meio do povo de DEUS foram feitas antes por JESUS (ver Mt 24.11; 24.24,25), e o ESPÍRITO SANTO continuou advertindo através de Paulo (ver 2 Ts 2.7; 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1-5), de Pedro (vv. 1-22), de João (1 Jo 2.18; 4.1; 2 Jo 7,11), de Judas (Jd 3,4,12,18) e das cartas de CRISTO às sete igrejas (ver Ap 2.2,6).
 
2.1 NEGARÃO O SENHOR QUE OS RESGATOU. De conformidade com Pedro, os falsos mestres dentro da igreja que estavam "negando (gr. arneomai = repudiar ou renunciar) o Senhor que os resgatou" tinham abandonado o caminho certo e se desviado (v. 15), tornando-se "fontes sem água" (v. 17). Antes, eles tinham se livrado da maldade do mundo, mediante JESUS CRISTO, mas agora voltaram a emaranhar-se no pecado (v. 20).
 
2.2 SERÁ BLASFEMADO O CAMINHO DA VERDADE. Muitos crentes professos seguirão esses falsos pregadores, com suas "dissoluções" (i.e., imoralidades sexuais). Por causa da vida pecaminosa desses líderes e seus seguidores, DEUS e seu evangelho serão infamados (ver 2 Tm 4.3,4).
 
2.3 POR AVAREZA... PALAVRAS FINGIDAS. Os falsos mestres comercializarão o evangelho, sendo peritos na avareza e em conseguir dinheiro dos crentes, a fim de promover ainda mais seus ministérios e seus modos luxuosos de vida. (1) Os crentes devem estar a par de que um dos métodos principais dos falsos ministros é usar "palavras fingidas", ou seja, contar histórias impressionantes, mas inverídicas, ou publicar estatísticas exageradas a fim de motivar o povo de DEUS a contribuir com dinheiro. Glorificam a si mesmos e promovem seu próprio ministério com esses relatos inventados (cf. 2 Co 2.17). Deste modo, o crente sincero, mas desinformado, torna-se um objeto de exploração. (2) Pelo fato de esses obreiros profanarem a verdade de DEUS e fraudarem o seu povo com sua cobiça e engano estão destinados à perdição e à destruição.
 
2.4 ANJOS... HAVENDO-OS LANÇADO NO INFERNO. Provavelmente, trata-se dos anjos que se rebelaram juntamente com Satanás, contra DEUS (Ez 28.15), e tornaram-se os espíritos maus referidos no NT. As Escrituras não explicam por que uns espíritos malignos estão em cadeias, enquanto outros estão livres para agir com Satanás na terra (cf. Jd 6).
 
2.8 AFLIGIA... A SUA ALMA JUSTA. Uma característica principal do homem de DEUS é que ele ama a justiça e detesta a iniquidade (ver Hb 1.9). Sua alma se angustia e se aflige (vv. 7,8) pelo pecado, imoralidade e impiedade reinantes no mundo (ver Ez 9.4; Jo 2.13-17; At 17.16).
 
2.9 LIVRAR... OS PIEDOSOS. O modo de Ló reagir ante a iniquidade e imoralidade ao seu redor (v. 8) tornou-se uma prova que determinou, tanto o seu próprio livramento, quanto seu destino na eternidade. (1) DEUS livrou Ló porque este rejeitava o mal e sentia repugnância na sua alma, diante "da vida dissoluta dos homens abomináveis" (v. 7). (2) Quando CRISTO voltar para levar seu povo (ver Jo 14.3) e manifestar a sua ira sobre os ímpios (3.10-12), Ele levará para si mesmo a sua igreja visível que, por causa da sua fé nEle e do seu amor por Ele, é, aqui, como Ló, afligida pela conduta carnal, pela vida imoral e pelos demais pecados clamorosos da sociedade ao seu redor. (3) DEUS sabe como libertar seus servos fiéis do meio ambiente imoral e corrupto, em cada geração (cf. Mt 6.13; 2 Tm 4.18; Ap 3.10)
 
2.10 DESPREZAM AS DOMINAÇÕES... AS AUTORIDADES. Pedro fala das pessoas ímpias e imorais que, como os homossexuais de Sodoma (v. 8; cf. Gn 19.4-11), desprezam todos os tipos de autoridades que refreiam o mal, inclusive CRISTO e sua Palavra.
 
2.15 CAMINHO DE BALAÃO. Trata-se do amor às honrarias pessoais e aos ganhos materiais, às expensas do povo de DEUS (cf. Nm 31.16; Ap 2.14; ver Nm 25.2estrudo). Pedro enfatiza que a imoralidade sexual, o amor às honrarias e a cobiça por dinheiro, caracterizam esses falsos mestres e pregadores.
 
2.16 FALANDO COM VOZ HUMANA. Pedro claramente crê nos milagres relatados no AT. Hoje, críticos auto eleitos dentro da igreja zombam com arrogância dos milagres registrados na Palavra de DEUS e consideram sem cultura e ingênuo quem neles acredita. O verdadeiro filho de DEUS, no entanto, crê em DEUS e aceita todos os milagres da Bíblia. Crê, também, que DEUS realiza milagres hoje em resposta às orações e à fé dos seus (ver Jo 6.2).
 
2.19 PROMETENDO-LHES LIBERDADE. O espírito de anarquia, prometendo liberação das restrições justas, predominará com altivez na sociedade e na igreja, nos últimos dias, antes da vinda de CRISTO (ver 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1). Os padrões morais imutáveis de DEUS serão considerados antiquados e tidos como simples restrições legalistas à liberdade pessoal, à autodeterminação e à felicidade dos seres humanos. À medida que os homens e mulheres se auto elegem como autoridades máximas neste campo, tornam-se escravos da corrupção moral (v. 19b; ver Rm 1.24,27).
 
2.20 ESCAPADO... FOREM OUTRA VEZ ENVOLVIDOS. Os versículos 20-22 claramente mostram que alguns dos falsos mestres foram anteriormente redimidos do poder do pecado, e depois perderam a salvação (cf. vv. 1,15).
 
 
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LIÇÃO 7 NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA 3TR/2025
 
Escrita Lição 7, Central Gospel, Crescimento na Fé e Perseverança, 3Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 
ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 7 / ANO 2- N° 6
 
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A SAUDAÇÃO QUE REVELA PROPÓSITOS
1.1. Graça e paz: a felicitação que une culturas
1.1.1. Os efeitos da graça multiplicada
2. A PERSEVERANÇA NO CHAMADO E A CENTRALIDADE DA PALAVRA
2.1.1. Em memória das verdades eternas
2.2. A primazia das Escrituras
3. FALSOS PROFETAS E FALSOS MESTRES
3.1. O perigo velado
3.2. A condenação dos falsos mestres
3.3. As características dos falsos mestres
 
 
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 2 Pedro 1.1,12,19,20; 2 Pedro 2.1-3,20
2 Pedro 1.1,12,19,20 - 1- Simão Pedro, servo e apóstolo de JESUS CRISTO, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso DEUS e Salvador JESUS CRISTO.
12- Pelo que não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais e estejais confirmados na presente verdade.
19- E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração, 20- sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.
2 Pedro 2.1-3,20 - 1- E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. 2- E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade; 3- e, por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.
20- Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador JESUS CRISTO, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro.
 
TEXTO ÁUREO
Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por sua glória e virtude.
2 Pedro 1.3
 
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - João 17.3 A vida eterna está em conhecer a DEUS e a CRISTO
3ª feira - 1 Crônicas 29.14; 2 Pedro 1.3,4 Tudo vem de DEUS, que nos doa Suas promessas
4ª feira - 2 Pedro 1.14; Atos 20.7,29 Prepare-se, pois tempos difíceis virão
5ª feira - 2 Pedro 1.21; 2 Timóteo 3.16 A Escritura é inspirada pelo ESPÍRITO SANTO
6ª feira - 2 Pedro 2.1; Mateus 24.4,5 Cuidado com falsos mestres e enganos
Sábado - 2 Pedro 2.9; Salmo 34.17-21 DEUS livra os justos e julga os ímpios
 
OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- compreender que o conhecimento de CRISTO proporciona segurança e conduz a uma vida plenamente consagrada a DEUS;
- reconhecer que a exposição fiel das Escrituras e o zelo pela sã doutrina protegem os crentes da influência dos falsos mestres;
- perceber que a alma do justo se entristece e se aflige diante das heresias, das práticas imorais e da ganância daqueles que deturpam a verdade.
 
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
     Prezado professor, adote uma postura pastoral e vigilante ao longo da lição, levando os alunos à compreensão de que o verdadeiro conhecimento de CRISTO oferece segurança e fortalece a caminhada cristã. Além disso, reforce a importância de zelar pela sã doutrina como proteção contra falsos mestres e ensinos enganosos. Nesse contexto, estimule uma reflexão sobre a necessidade de discernimento espiritual e, por fim, incentive o compromisso com a verdade bíblica, destacando a graça e a paz que advêm do conhecimento de DEUS.
    Boa aula!
 
COMENTÁRIO - Palavra introdutória
     Em sua primeira carta, Pedro exorta os cristãos a perseverarem diante dos sofrimentos iminentes, causados principalmente pela perseguição promovida pelo imperador Nero (1 Pe 4.12-16). Já na segunda carta, a preocupação central do apóstolo é o crescimento espiritual e a maturidade na fé. Pedro destaca que esses aspectos são essenciais para capacitar os crentes a discernir entre o verdadeiro e o falso, protegendo-se das heresias e influências malignas que surgem dentro da própria comunidade cristã (2 Pe 2.1-3).
    Enquanto a primeira carta alerta sobre os perigos externos, a segunda adverte quanto aos riscos internos.
 
1. A SAUDAÇÃO QUE REVELA PROPÓSITOS
 
    As saudações apostólicas das cartas neotestamentárias seguem um padrão comum, refletindo o costume da época. Pedro, originalmente chamado Simão, filho de Jonas, recebeu de JESUS o nome Cefas, que significa "Pedro", ou "pedra" (Jo 1.42). Nesta carta, ele se apresenta com seus nomes e títulos completos: Simão Pedro, servo e apóstolo de JESUS CRISTO (2 Pe 1.1).
    Nesse prólogo, Pedro ressalta que a fé preciosa, concedida por DEUS, não é privilégio exclusivo de um grupo seleto, mas está disponível a todos os crentes, sem distinção (2 Pe 1.1). Esse ponto introdutório revela o propósito central da carta e prepara o leitor para a mensagem que será desenvolvida.
 
OBSERVAÇÃO 1
 
Em 2 Pedro 1.1, o termo grego doulos, traduzido por "servo", designa um escravo devotado, sempre disposto a servir. Já apostolos - também do grego - significa "enviado", aquele que age como representante fie de quem o comissionou. Ao apresentar-se primeiro como servo e, depois, como apóstolo, Pedro reafirma que o serviço a DEUS é o fundamento para o exercício da missão apostólica.
 
1.1. Graça e paz: a felicitação que une culturas
 
    A expressão "graça e paz" faz parte das saudações comuns nas cartas apostólicas, refletindo a fusão das culturas grega e hebraica. Graça (gr. charis) representa a saudação típica grega, enquanto paz (hb. shalom) é tradicional no contexto hebraico (2 Pe 1.2).
    Pedro demonstra seu profundo interesse em que os crentes conheçam o Pai e o Filho. Esse conhecimento, descrito por JESUS como essencial para a vida eterna (Jo 17.3), produz frutos já no presente, evidenciados pela multiplicação da graça e da paz na vida do cristão (2 Pe 1.2).
 
1.1.1. Os efeitos da graça multiplicada
    Pedro apresenta uma visão clara dos efeitos da graça multiplicada (2 Pe 1.3,4):
vida (gr. zoén = "vida de DEUS") - a vida do salvo é integralmente consagrada a Ele, integrando as dimensões material e espiritual em uma única bênção (cf. 1 Cr 29.14b);
piedade (gr. eusebeian = "vida com DEUS") - abrange dois aspectos: o terreno, no relacionamento com o próximo, e o espiritual, na comunhão com o Criador;
grandíssimas e preciosas promessas - Pedro exalta a grandeza das promessas eternas, destacando que, por meio delas, os crentes se tornam participantes da natureza divina (2 Pe 1.4);
natureza divina - pelo novo nascimento, o cristão se liberta da corrupção provocada pela concupiscência e desfruta da natureza celestial. A vida espiritual reflete a essência de DEUS, que é ESPÍRITO (cf. Jo 4.24).
 
2. A PERSEVERANÇA NO CHAMADO E A CENTRALIDADE DA PALAVRA
 
    Na sequência, Pedro exorta os crentes a perseverarem na fé, confirmando sua vocação por meio de uma vida santa e frutífera, alicerçada na Palavra. Ele também enfatiza a necessidade de preservar as verdades eternas e confiar nas Escrituras como fundamento seguro da Revelação (2 Pe 1.5-21).
 
2.1. Convocação ao compromisso
 
    Pedro exorta os cristãos a reconhecerem a elevada posição que ocupam diante de DEUS como resultado de Sua maravilhosa graça. Ele atribui grande importância ao conhecimento e ensina que, ao acrescentarem à fé, qualidades como excelência moral, domínio próprio e piedade, por exemplo, os salvos evitarão uma vida estagnada e improdutiva no serviço ao Senhor (2 Pe 1.5-7).
    A ausência desse conhecimento leva à cegueira espiritual e à perda de discernimento, fazendo com que o indivíduo se esqueça do maior benefício da graça: o perdão dos pecados (2 Pe 1.9).
    A salvação coloca os crentes em um estado de graça, assegurando-lhes a esperança da vida eterna. Pedro reforça, ainda, a necessidade de fazer cada vez mais firme nossa vocação e eleição, ressaltando que esse chamado deve ser confirmado por aqueles que, pela fé, perseveram no propósito para o qual foram convocados (2 Pe 1.10,11).
 
2.1.1. Em memória das verdades eternas
 
    Consciente de sua partida iminente, revelada pelo Senhor, Pedro faz recomendações importantes aos seus leitores (2 Pe 1.12-14). Saber que estava prestes a partir para a eternidade não o perturbava; sua preocupação era que os crentes permanecessem firmes na fé após sua ausência.
    O apóstolo preferia ser lembrado não por quem ele era, mas pelas palavras que ensinava (2 Pe 1.15). Sua mensagem era fundamentada na Escritura e em experiências vividas ao lado de JESUS, jamais baseada em fábulas artificialmente compostas (2 Pe 1.16).
    Entre essas experiências, a Transfiguração foi a mais marcante. Embora tenha perdido parte do evento por ter adormecido (Lc 9.32), a visão da glória de CRISTO e a voz do céu deixaram marcas indeléveis em sua memória (2 Pe 1.17,18).
 
2.2. A primazia das Escrituras
 
    Pedro apresenta as Escrituras como a maior garantia da verdade em sua pregação, superando qualquer experiência sobrenatural. Ele reafirma a autoridade das palavras dos profetas, comparando-as a uma luz que brilha em meio à escuridão até a plena revelação de CRISTO, a Palavra viva (2 Pe 1.19).
    A interpretação do texto sagrado deve ser honesta e objetiva, jamais baseada em opiniões pessoais ou interpretações subjetivas (2 Pe 1.20; cf. 3.16). O rigor hermenêutico exige a análise cuidadosa do contexto geral e o sentido original do texto, sempre sob a iluminação do ESPÍRITO SANTO.
    Pedro também destaca que as Escrituras têm origem divina, não sendo produto humano. Elas foram transmitidas por homens santos inspirados pelo ESPÍRITO SANTO (2 Pe 1.21; cf. 2 Tm 3.16), contrariando a visão dos teólogos liberais que negam essa inspiração.
 
OBSERVAÇÃO 2
 
    Assim como há profetas genuínos, também surgem impostores, cuja existência se opõe à verdade. JESUS já havia advertido sobre a vinda de falsos profetas (Mt 24.11) e pretensos cristos, que conduziriam muitos ao erro (Mt 24.4,5). Em sua epístola, Pedro alerta sobre mestres ardilosos que simulam o ofício profético para enganar (2 Pe 2.1).
 
3. FALSOS PROFETAS E FALSOS MESTRES
 
    Pedro inicia o segundo capítulo alertando sobre o surgimento de falsos mestres, que introduzem heresias para enganar o povo. Ele denuncia sua ousadia e afirma, com rigor, que esses enganadores enfrentarão a condenação pelos seus atos (2 Pe 2.1-3).
 
3.1. O perigo velado
 
    Pedro estabelece um paralelo entre os falsos profetas do passado e os falsos mestres que surgiriam na Igreja (2 Pe 2.1; cf. Dt 13.1-5). Esses líderes introduzem heresias de forma dissimulada, negando o senhorio de CRISTO e promovendo ensinos destrutivos. O apóstolo Paulo advertiu Timóteo sobre esse tipo de engano (2 Tm 4.3).
    O discurso do enganador, muitas vezes, soa mais persuasivo que o do verdadeiro mestre, levando muitos a disseminar as mesmas heresias (cf. 1 Tm 4.1). O pecado é tão grave que Pedro o eleva ao nível da blasfêmia (2 Pe 2.2). Esses falsos líderes não têm interesse na edificação do Corpo de CRISTO, mas apenas no ganho pessoal. São gananciosos, transformando a piedade em fonte de lucro (cf. 1 Tm 6.5).
 
3.2. A condenação dos falsos mestres
 
    Pedro afirma que a condenação dos falsos mestres é inevitável e já está decretada (2 Pe 2.3b). Em paralelo ao texto de Judas, ele compara o juízo reservado a esses líderes ao castigo histórico aplicado em três exemplos das Escrituras: os anjos rebeldes, os antediluvianos e as cidades de Sodoma e Gomorra:
anjos rebeldes - Pedro faz referência aos anjos que seguiram o Querubim ungido em sua rebelião (cf. Ap 12.4). Uma parte deles foi aprisionada no tártaro, recebendo uma severa punição divina (2 Pe 2.4; Jd 6);
antediluvianos - DEUS não poupou a geração de Noé, que rejeitou sua mensagem, e enviou o juízo sobre ela (2 Pe 2.5; cf. Gn 6.5-7);
Sodoma e Gomorra - ambas as cidades foram destruídas por DEUS e reduzidas a cinzas como exemplo do juízo futuro sobre os ímpios (2 Pe 2.6; Jd 7). Contudo, o justo Ló foi preservado. Sua alma foi profundamente afligida pela corrupção ao seu redor, mas o Senhor o livrou, demonstrando a distinção entre o destino dos piedosos e dos ímpios (2 Pe 2.7-9). Pedro reforça que, assim como DEUS livra os justos, Ele também reserva a punição para os que praticam o mal (cf. Sl 34.17-21).
 
3.3. As características dos falsos mestres
    Como mencionado no tópico anterior, Pedro adverte que os falsos mestres não escaparão do juízo divino, mas sofrerão severa condenação (2 Pe 2.3). Adiante, descreve suas atitudes e comportamentos, evidenciando sua oposição à verdade.
Eles são:
- insubmissos à autoridade - são descritos como ousados e arrogantes, mais atrevidos que os próprios anjos decaídos (2 Pe 2.10b; Jd 9);
blasfemos - pronunciam palavras ultrajantes contra DEUS e desprezam autoridades humanas e celestiais, mostrando-se obstinados e sem temor (2 Pe 2.10c,11);
dissolutos - comparados a animais irracionais, vivem apenas para satisfazer os prazeres da carne, entregando-se à vaidade e toda sorte de imoralidade (2 Pe 2.12-14);
- interesseiros - assim como Balaão, que foi pago para amaldiçoar Israel (Nm 22.5-7), buscam lucro pessoal em vez de servir a DEUS (2 Pe 2.15);
- vazios de conteúdo - são fontes sem água e nuvens levadas pela força do vento, impressionando apenas os incautos, mas sem oferecer nada de valor real (2 Pe 2.17);
antinomistas - rejeitam regras e ensinam que satisfazer os desejos da carne não compromete a fé, promovendo uma falsa liberdade que conduz à condenação (2 Pe 2.18,19);
desviados da verdade - não são intrusos, mas pessoas que um dia conheceram CRISTO, escaparam das corrupções do mundo, mas abandonaram o caminho reto para seguir o erro, como Balaão, que amou o prêmio da injustiça (2 Pe 2.15,20).
    Essas atitudes revelam não apenas a corrupção moral desses mestres, mas também a gravidade de seu afastamento da fé, garantindo-lhes a condenação eterna. Pedro afirma que a responsabilidade daqueles que conhecem a verdade e se desviam é maior do que a dos que jamais ouviram o evangelho (2 Pe 2.20-22; cf. Hb 6.4-6).
 
CONCLUSÃO
    A pior forma de mentira é a que se aproxima da verdade. Enquanto os erros flagrantes são facilmente detectados, as heresias sutis criam raízes profundas e difíceis de extirpar, causando grande dano à fé e à comunidade cristã. Heresia, ganância e imoralidade são características marcantes dos falsos mestres. Diante disso, é dever dos crentes crescer no conhecimento de DEUS e de Sua Palavra, a fim de discernir entre o verdadeiro e o falso (2 Pe 3.17,18).
 
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. De acordo com o que foi exposto nesta lição, o que promove a multiplicação da graça e da paz na vida do crente?
R.: O conhecimento de DEUS.
 
Fonte: Revista Central Gospel
 

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