22 agosto 2025

Escrita Lição 8, Central Gospel, Em Defesa Da Promessa, 3Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 8, CG, Em Defesa da Promessa, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 
ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 8 / ANO 2- N° 6
 

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/08/escrita-licao-8-central-gospel-em.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/08/slides-licao-8-central-gospel-em-defesa.html

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ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A ESPERANÇA CONTESTADA
1.1. A recordação das promessas
1.2. As manifestações de zombaria dos ímpios
1.2.1. Sarcasmo
1.2.2. Ignorância deliberada
1.3. O destino da Criação
2. A SOBERANIA DIVINA SOBRE O TEMPO
2.1. Compreendendo o tempo na perspectiva divina
2.1.1. O tempo de DEUS em ação
2.1.2. A paciência que conduz à salvação 
2.2. O Dia do Senhor 
2.2.1. O Juízo Final e a nova Criação 
3. O ALICERCE DA ESPERANÇA
3.1. A autoridade dos escritos apostólicos 
3.2. O crescimento espiritual 
 
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
2 Pedro 3.2-4,7,14-18
2- Para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante os vossos apóstolos,
3- sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências.
4- e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.
7- Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro e se guardam para o fogo, até o Dia do Juízo e da perdição dos homens ímpios.
14- Pelo que, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.
15- e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, 
16- falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. 
17- Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados e descaiais da vossa firmeza;
18- antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade.
Amém!
 
TEXTO ÁUREO
O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. 2 Pedro 3.9
 
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - 2 Pedro 3.3; 2 Timóteo 3.1.5 Nos últimos dias, surgirão escarnecedores
3ª feira - Isaías 64,4; Salmo 27.14 Espere no Senhor
4ª feira - Isaías 65.17; 2 Pedro 3.13 DEUS promete novos céus e nova terra
5ª feira - Romanos 15,4,5; 8,4 A Escritura dá esperança; viva no ESPÍRITO
6ª feira - Salmo 103.17 A misericórdia do Senhor é eterna
Sábado - 2 Pedro 3.15,16 Tende por salvação a longanimidade do Senhor
 
OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- reconhecer que a zombaria dos ímpios não invalida a promessa da segunda vinda de CRISTO;
- compreender que os juízos registrados na História demonstram a justiça divina sobre o mundo;
- perceber que o crescimento espiritual dos salvos os preserva do engano e fortalece sua esperança.
 
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
     Prezado professor, adote uma postura encorajadora, ajudando os alunos a compreenderem que a promessa da vinda de CRISTO permanece firme, independentemente da incredulidade e zombaria dos ímpios. Priorize um estudo dinâmico, enfatizando a necessidade de crescimento espiritual e vigilância.
       Divida a turma em pequenos grupos e entregue a cada um trechos de 2 Pedro 3 para análise. Peça que elaborem um breve resumo do texto e expliquem como ele reforça a esperança cristã. Depois, cada grupo apresentará suas conclusões, promovendo uma reflexão coletiva. 
    Ao longo da aula, valorize as perguntas dos alunos, esclarecendo dúvidas com paciência e incentivando a aplicação prática da mensagem bíblica no cotidiano. 
    Boa aula!
 
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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A defesa da promessa da vinda de JESUS CRISTO baseia-se na Bíblia, que descreve eventos futuros como arrebatamento, juízo de bodes e ovelhas, milênio, novos céus e terra, a redenção dos fiéis, e o juízo final, eventos que consolidam a esperança e a justiça no mundo. As promessas de CRISTO reforçam a esperança cristã, a derrota do mal e a ressurreição dos mortos. Os crentes devem estar preparados, não preocupados com o dia e a hora, que só DEUS sabe. 
O que a Bíblia diz sobre a Segunda Vinda de JESUS
·        Sinais e Profecias:
A Bíblia menciona sinais que indicam a proximidade da vinda de JESUS, como descrito no livro de Mateus 24 e Lucas 21. 
·        Promessa de Retorno:
JESUS prometeu voltar para levar os salvos ao Céu e julgar a todos (Jo 14.1-4). 
·        Novo Céu e Nova Terra:
A vinda de JESUS culminará na criação de novos céus e nova terra, onde habitará a justiça. 
·        Rejeição do Engano:
Não se deve acreditar em quem diz ter descoberto o dia ou a hora da volta de JESUS, pois o dia e a hora são segredos de DEUS, conforme Mateus 24. 
Como os cristãos devem responder a esta promessa
·        Viver em Retidão:
A expectativa da volta de CRISTO deve motivar os fiéis a viver de maneira santa e a agradar a DEUS, como descrito em 2 Pedro 3:14. 
·        Preparação Constante:
Não é preciso saber o momento exato, mas sim estar preparado, como um pai de família que se prepara para a chegada de um ladrão. 
·        Alegria e Não Temor:
A preparação para a vinda do Salvador deve ser feita com alegria, aceitando os ensinamentos do evangelho e buscando a orientação do ESPÍRITO SANTO. 
·        Foco na Justiça:
A promessa de um novo céu e uma nova terra deve ser um incentivo para se viver uma vida de justiça, como parte da sua busca por ser achado por CRISTO em paz. 
 
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A Esperança Cristã e a Soberania Divina
1.    A Esperança Contestada
·        A esperança cristã enfrenta desafios em um mundo de incertezas.
·        Fé em CRISTO como âncora diante das adversidades (Hebreus 6:19).
2.    A Soberania Divina Sobre o Tempo
·        DEUS é o Senhor do tempo, controlando o passado, presente e futuro (Eclesiastes 3:11). Para DEUS tudo é presente, Ele olha pela sua presciência e vê o início, o meio e o fim de tudo.
·        Sua vontade prevalece acima das limitações humanas.
3.    O Alicerce da Esperança
·        Fundada na promessa de salvação e vida eterna (Tito 2:13).
·        Sustentada pela Palavra de DEUS e pela obra redentora de JESUS.
4.    Arrebatamento da Igreja
·        A promessa do retorno de CRISTO para reunir Sua Igreja (1 Tessalonicenses 4:16-17).
·        Um evento de esperança e transformação para os fiéis.
Versículo-Chave:
"Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de DEUS, e os que morreram em CRISTO ressuscitarão primeiro. ¹⁷ Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. ¹⁸ Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras”.
 (1 Tessalonicenses 4:16-19)
 
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COMENTÁRIOS BEP - CPAD
3.4 ONDE ESTÁ A PROMESSA DA SUA VINDA? Nos últimos dias, i.e., no período entre a primeira e a segunda vinda de CRISTO, falsos mestres negarão que CRISTO voltará para destruir os ímpios e o mundo (cf. Ap 19.11-21).
 
3.7 GUARDAM PARA O FOGO. DEUS resolveu destruir os céus e a terra por fogo, porque o pecado os contaminou (vv. 7,10,12). Esse dia virá com tanta certeza, como veio o dilúvio no tempo de Noé. A intervenção de DEUS para purificar a terra por fogo significa que Ele não permitirá que o pecado fique impune para sempre.
¹³ Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça. 2 Pedro 3:13
 
3.8 UM DIA... COMO MIL ANOS. DEUS olha o tempo sob a perspectiva da eternidade (cf. Sl 90.4). Mil anos para DEUS é diferente de mil anos para os seres humanos. DEUS pode realizar num só dia o que julgamos que levaria mil anos; assim como Ele pode levar mil anos para realizar algo que gostaríamos de ver feito num só dia.
 
3.9 NÃO QUERENDO QUE ALGUNS SE PERCAM. A demora na volta de CRISTO tem a ver com a pregação do evangelho do reino ao mundo inteiro (Mt 24.14). DEUS quer que todos ouçam o evangelho, pois não deseja que ninguém pereça eternamente (1 Tm 2.4; ver Ez 33.11; Jo 3.10). Isso não significa que todos serão salvos, porque se alguém rejeitar a graça e a salvação divinas, tal pessoa permanecerá perdida.
 
3.10 O DIA DO SENHOR. Esta expressão refere-se aos eventos que começam com a volta de CRISTO para arrebatar a sua igreja ao seu encontro nos ares e culmina com a destruição dos céus e terra atuais e com a criação dos novos céus e da nova terra (Ap 21,22; ver Jl 1.14; Sf 1.7; 1 Ts 5.2). O início do dia do Senhor ocorrerá num tempo ainda ignorado e será assinalado por rapidez inesperada (Ver Mt 24.42-44)
 
O ARREBATAMENTO DA IGREJA
1Ts 4.16,17 “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de DEUS; e os que morreram em CRISTO ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. ”
O termo “arrebatamento” deriva da palavra raptus em latim, que significa “arrebatado rapidamente e com força”. O termo latino raptus equivale a harpazo em grego, traduzido por “arrebatado” em 4.17. Esse evento, descrito aqui e em 1Co 15, refere-se à ocasião em que a igreja do Senhor será arrebatada da terra para encontrar-se com Ele nos ares. O arrebatamento abrange apenas os salvos em CRISTO.
(1)           Instantes antes do arrebatamento, ao descer CRISTO do céu para buscar a sua igreja, ocorrerá a ressurreição dos “que morreram em CRISTO” (4.16). Não se trata da mesma ressurreição referida em Ap 20.4, a qual somente ocorrerá depois de CRISTO voltar à terra, julgar os ímpios e prender Satanás (Ap 19.11—20.3). A ressurreição de Ap 20.4 tem a ver com os mártires da tribulação e possivelmente com os santos do AT (ver Ap 20.6).
(2)           Ao mesmo tempo que ocorre a ressurreição dos mortos em CRISTO, os crentes vivos serão transformados; seus corpos se revestirão de imortalidade (1Co 15.51,53). Isso acontecerá num instante, “num abrir e fechar de olhos” (1Co 15.52).
(3)           Tanto os crentes ressurretos como os que acabaram de ser transformados serão “arrebatados juntamente” (4.17) para encontrar-se com CRISTO nos ares, ou seja: na atmosfera entre a terra e o céu.
(4)           Estarão literalmente unidos com CRISTO (4.16,17), levados à casa do Pai, no céu (ver Jo 14.2,3 notas), e reunidos aos queridos que tinham morrido (4.13-18).
(5)           Estarão livres de todas as aflições (2Co 5.2,4; Fp 3.21), de toda perseguição e opressão (ver Ap 3.10), de todo domínio do pecado e da morte (1Co 15.51-56); o arrebatamento os livra da “ira futura” (ver 1.10; 5.9), ou seja: da grande tribulação.
(6)           A esperança de que nosso Salvador logo voltará para nos tirar do mundo, a fim de estarmos “sempre com o Senhor” (4.17), é a bem-aventurada esperança de todos os redimidos (Tt 2.13). É fonte principal de consolo para os crentes que sofrem (4.17,18; 5.10).
(7)           Paulo emprega o pronome “nós” em 4.17 por saber que a volta do Senhor poderia acontecer naquele período, e comunica aos tessalonicenses essa mesma esperança. A Bíblia insiste que anelemos e esperemos contínua e confiadamente a volta do nosso Senhor (cf. Rm 13.11; 1Co 15.51,52; Ap 22.12,20).
(8)           Quem está na igreja mas não abandona o pecado e o mal, sendo assim infiel a CRISTO, será deixado aqui, no arrebatamento (ver Mt 25.1; Lc 12.45). Os tais ficarão neste mundo e farão parte da igreja apóstata (ver Ap 17.1), sujeitos à ira de DEUS.
(9)           Depois do arrebatamento, virá o Dia do Senhor, um tempo de sofrimento e ira sobre os ímpios (5.2-10; ver 5.2). Seguir-se-á a segunda fase da vinda de CRISTO, quando, então, Ele virá para julgar os ímpios e reinar sobre a terra (ver Mt 24.42,44 ).
 
3.11 SANTIDADE E PIEDADE. Sabendo que DEUS dentro em breve destruirá o mundo e julgará os ímpios, não devemos nos apegar ao sistema deste mundo, nem às suas coisas.
Nossos valores, alvos e propósitos na vida devem centrar-se em DEUS e na esperança de novos céus e terra (v. 13).
 
A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE
2Co 6.17,18 “Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso”.
O conceito de separação do mal é fundamental para o relacionamento entre DEUS e o seu povo. Segundo a Bíblia, a separação abrange duas dimensões, sendo uma negativa e outra positiva: (a) a separação moral e espiritual do pecado e de tudo quanto é contrário a JESUS CRISTO, à justiça e à Palavra de DEUS; (b) acercar-se de DEUS em estreita e íntima comunhão, mediante a dedicação, a adoração e o serviço a Ele.
(1)            No AT, a separação era uma exigência contínua de DEUS para o seu povo (Lv 11.44; Dt 7.3; Ed 9.2). O povo de DEUS deve ser santo, diferente e separado de todos os outros povos, a fim de pertencer exclusivamente a DEUS. Uma principal razão por que DEUS castigou o seu povo com o desterro na Assíria e Babilônia foi seu obstinado apego à idolatria e ao modo pecaminoso de vida dos povos vizinhos (ver 2Rs 17.7,8; 24.3; 2Cr 36.14; Jr 2.5, 13; Ez 23.2; Os 7.8).
(2)            No NT, DEUS ordenou a separação entre o crente e (a) o sistema mundial corrupto e a transigência ímpia (Jo 17.15,16; 2Tm 3.1-5; Tg 1.27; 4.4); (b) aqueles que na igreja pecam e não se arrependem de seus pecados (Mt 18.15-17; 1Co 5.9-11; 2Ts 3.6-15); e (c) os mestres, igrejas ou seitas falsas que aceitam erros teológicos e negam as verdades bíblicas (ver Mt 7.15; Rm 16.17; Gl 1.9; Tt 3.9-11; 2Pe 2.17-22; 1Jo 4.1; 2Jo 10,11; Jd vv.12,13).
7.1)         Nossa atitude nessa separação do mal, deve ser de (a) ódio ao pecado, à impiedade e à conduta de vida corrupta do mundo (Rm 12.9; Hb 1.9; 1Jo 2.15), (b) oposição à falsa doutrina (Gl 1.9), (c) amor genuíno para com aqueles de quem devemos nos separar (Jo 3.16; 1Co 5.5; Gl 6.1; cf. Rm 9.1 3; 2Co 2.1-8; 11.28,29; Jd v. 22) e (d) temor de DEUS ao nos aperfeiçoarmos na santificação 2Co 7.1). Nosso propósito na separação do mal, é que nós, como o povo de DEUS, (a) perseveremos na salvação (1Tm 4.16; Ap 2.14-17), na fé (1Tm 1.19; 6.10, 20,21) e na santidade (Jo 17.14-21; 2Co 7.1). (b) vivamos inteiramente para DEUS como nosso Senhor e Pai (Mt 22.37; 2Co 6.16-18) e (c) convençamos o mundo incrédulo da verdade e das bênçãos do evangelho (Jo 17.21; Fp 2.15).
(3)            Quando corretamente nos separarmos do mal, o próprio DEUS nos recompensará, acercando-se de nós com sua proteção, sua bênção e seu cuidado paternal. Ele promete ser tudo o que um bom Pai deve ser. Ele será nosso Conselheiro e Guia; Ele nos amará e de nós cuidará como seus próprios filhos (6.16-18).
(4)            O crente que deixa de separar-se da prática do mal, do erro, da impureza, o resultado inevitável será a perda da sua comunhão com DEUS (6.16), da sua aceitação pelo Pai (6.17), e de seus direitos de filho (6.18; cf. Rm 8.15,16).
 
 
A SANTIFICAÇÃO
 
1Pe 1.2 “Eleitos segundo a presciência de DEUS Pai, em santificação do ESPÍRITO, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: graça epaz vos sejam multiplicadas”.
Santificação (gr. hagiasmos) significa “tornar santo”, “consagrar”, “separar do mundo” e “apartar-se do pecado”, a fim de termos ampla comunhão com DEUS e servi-lo com alegria.
(1)            Além do termo “santificar” (cf. 1Ts 5.23), o padrão bíblico da santificação é expresso em termos tais como “Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37), “irrepreensíveis em santidade” (1Ts 3.13), “aperfeiçoando a santificação” (2Co 7.1), “a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida”
(1Tm 1.5), “sinceros e sem escândalo algum” (Fp 1.10), “libertados do pecado” (Rm 6.18), “mortos para o pecado” (Rm 6.2), “para servirem à justiça para santificação” (Rm 6.19), “guardamos os seus mandamentos” (1Jo 3.22) e “vence o mundo” (1Jo 5.4). Tais termos descrevem a operação do ESPÍRITO SANTO mediante a salvação em CRISTO, pela qual Ele nos liberta da escravidão e do poder do pecado (Rm 6.1-14), nos separa das práticas pecaminosas deste mundo atual, renova a nossa natureza segundo a imagem de CRISTO, produz em nós o fruto do ESPÍRITO e nos capacita a viver uma vida santa e vitoriosa de dedicação a DEUS (Jo 17.15-19,23; Rm 6.5, 13, 16, 19; 12.1; Gl 5.16, 22,23; ver 2Co 5.17).
6.18)      Esses termos não subentendem uma perfeição absoluta, mas a retidão moral de um caráter imaculado, demonstrada na pureza do crente diante de DEUS, na obediência à sua lei e na inculpabilidade desse crente diante do mundo (Fp 2.14,15; Cl 1.22; 1Ts 2.10; cf. Lc 1.6). O cristão, pela graça que DEUS lhe deu, morreu com CRISTO e foi liberto do poder e domínio do pecado (Rm ; por isso, não precisa nem deve pecar, e sim obter a necessária vitória no seu Salvador, JESUS CRISTO. Mediante o ESPÍRITO SANTO, temos a capacidade para não pecar (1Jo 3.6), embora nunca cheguemos à condição de estarmos livres da tentação e da possibilidade do pecado.
(2)            A santificação no AT foi a vontade manifesta de DEUS para os israelitas; eles tinham o dever de levar uma vida santificada, separada da maneira de viver dos povos à sua volta (ver Êx 19.6; Lv 11.44; 19.2; 2Cr 29.5). De igual modo a santificação é um requisito para todo crente em CRISTO. As Escrituras declaram que sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
(3)            Os filhos de DEUS são santificados mediante a fé (At 26.18), pela união com CRISTO na sua morte e ressurreição (Jo 15.4-10; Rm 6.1-11; 1 Co 130), pelo sangue de CRISTO (1Jo 1.7-9), pela Palavra (Jo 17.17) e pelo poder regenerador e santificador do ESPÍRITO SANTO no seu coração (Jr 31.31-34; Rm 8.13; 1Co 6.11; 1Pe 1.2; 2Ts 2.13).
(4)            A santificação é uma obra de DEUS, com a cooperação do seu povo (Fp 2.12,13; 2Co 7.1). Para cumprir a vontade de DEUS quanto à santificação, o crente deve participar da obra santificadora do ESPÍRITO SANTO, ao cessar de praticar o mal (Is 1.16), ao se purificar “de toda imundícia da carne e do espírito” (2Co 7.1; cf. Rm 6.12; Gl 5.16-25) e ao se guardar da corrupção do mundo (Tg 1.27; cf. Rm 6.13,19; 8.13; Ef 4.31; 5.18; Tg 4.8).
4.2)         A verdadeira santificação requer que o crente mantenha profunda comunhão com CRISTO (ver Jo 15.4), mantenha comunhão com os crentes (Ef 4.15,16), dedique-se à oração (Mt 6.5-13; Cl , obedeça à Palavra de DEUS (Jo 17.17), tenha consciência da presença e dos cuidados de DEUS (Mt 6.25-34), ame a justiça e odeie a iniquidade (Hb 1.9), mortifique o pecado (Rm 6), submeta-se à disciplina de DEUS (Hb 12.5-11), continue em obediência e seja cheio do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.14;
Ef 5.18).
22.37-  Segundo o NT, a santificação não é descrita como um processo lento, de abandonar o pecado pouco a pouco. Pelo contrário, é apresentada como um ato definitivo mediante o qual, o crente, pela graça, é liberto da escravidão de Satanás e rompe totalmente com o pecado a fim de viver para DEUS (Rm 6.18; 2Co 5.17; Ef 2.4,6; Cl 3.1-3). Ao mesmo tempo, no entanto, a santificação é descrita como um processo vitalício mediante o qual continuamos a mortificar os desejos pecaminosos da carne (Rm 8.1-17), somos progressivamente transformados pelo ESPÍRITO à semelhança de CRISTO (2Co 3.18) crescemos na graça (2Pe 3.18), e devotamos maior amor a DEUS e ao próximo (Mt 22. 37-39; 1Jo 4.10-12, 17-21).
(5)            A santificação pode significar uma outra experiência específica e decisiva, à parte da salvação inicial. O crente pode receber de DEUS uma clara revelação da sua santidade, bem como a convicção de que DEUS o está chamando para separar-se ainda mais do pecado e do mundo e a andar ainda mais perto dEle (2Co 6.16-18). Com essa certeza, o crente se apresenta a DEUS como sacrifício vivo e santo e recebe da parte do ESPÍRITO SANTO graça, pureza, poder e vitória para viver uma vida santa e agradável a DEUS (Rm 12.1,2; 6.19-22).
 
 
3.12 APRESSANDO-VOS PARA A VINDA DO DIA DE DEUS. A igreja pode contribuir para encurtar o tempo que precede a volta de CRISTO, mediante (1) maior dedicação ao evangelismo e à obra missionária mundial (v. 9; Mt 24.14), e (2) ao desejo intenso da sua vinda, expresso na oração: "Certamente, cedo vem" (Ap 22.20; cf. Mt 6.10).
 
 
3.13 AGUARDAMOS NOVOS CÉUS. Ver Hb 11.10.
PORQUE ESPERAVA A CIDADE. Abraão sabia que a terra que lhe fora prometida, aqui no mundo, não era o fim da sua jornada. Pelo contrário, o fim era bem além, na cidade celestial, que DEUS preparara para seus servos fiéis. Abraão serve de exemplo a todo o povo de DEUS; devemos reconhecer que estamos apenas de passagem neste mundo, caminhando para nosso verdadeiro lar no céu. Não devemos pensar em segurança plena neste mundo, nem ficar fascinados por ele (vv. 14,16; 13.14). Devemos nos considerar estrangeiros e exilados na terra. Esta não é a nossa pátria, mas território estrangeiro; o fim da nossa peregrinação será uma pátria melhor (v.16), a "Jerusalém celestial" (12.22) e a "cidade permanente" (13.14).
 
 
3.16 SUAS EPÍSTOLAS... OUTRAS ESCRITURAS. Pedro se refere às epístolas de Paulo, como do mesmo nível que as demais Escrituras, i.e., o Antigo Testamento. Quando falamos hoje em "Escrituras", referimo-nos ao conteúdo do Antigo e do Novo Testamento, à mensagem original de DEUS para a humanidade e ao testemunho do seu empenho em salvar o pecador por JESUS CRISTO.
 
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Santificação do espírito, alma e corpo. 
O processo de santificação atinge o homem na sua totalidade [1 Ts 5.23]. A santificação deve ser completa. Alguns tentam passar u m a santidade só do corpo que fica aparente no exterior, sim, o corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO, o tabernáculo onde Ele habita [1 Co 3.16-17; 6.19], mas também é a residência da alma e a morada do espírito. Não adianta conservar a visibilidade do corpo, quando a alma e o espírito não refletem o que está por fora. A alma é a sede das vontades, dos sentimentos, das emoções e dos pensamentos, portanto deverá ser pura [Fp 4.7-8; Hb 4.12]. O espírito, sede da consciência e da razão, nos capacita a termos comunhão com DEUS, portanto deverá ser puro [ Jo 4.23]. Como DEUS é ESPÍRITO [Jo 4.24], a verdadeira adoração é em espírito e o que adora em espírito a verdade tem que prevalecer. Quando seguimos os passos da santificação, “ o mesmo ESPÍRITO testifica com o nosso espírito que somos filhos de DEUS” [Rm 8.16].
 
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal sobre 1 Tessalonicenses 5.23: “Os termos espírito, alma e corpo referem-se mais ao ser de um a pessoa, com o um todo, do que às suas partes distintas. Esta expressão é o modo de Paulo dizer que DEUS deve estar envolvido em cada aspecto da nossa vida, é errado pensar que podemos separar a nossa vida espiritual do restante da nossa vida, obedecendo a DEUS apenas sob certo sentido ou vivendo para Ele somente um dia por semana. CRISTO deve controlar todo o nosso ser, não apenas nossa parte religiosa.
 
JESUS quer uma igreja santa e irrepreensível. 
Sem defeito, sem mancha, sem mácula, mas gloriosa, honrada, magnífica, com beleza espiritual, santa e irrepreensível [Ef 5.26-27]. Fomos chamados para ser sal da terra e luz do mundo, ser diferente, ser exemplo [Mt 5.13-16]. Precisamos clarear o mundo com as nossas obras. Quando a luz chega, as trevas não resistem. Precisamos salgar e temperar aquilo que é insosso ou insípido, conservar o caráter e mostrar ao mundo que é possível não se contaminar. As nossas boas obras diante dos homens deverão glorificar o Pai que está nos céus. O Senhor JESUS virá buscar uma Igreja lavada e redimida no Seu sangue. A Igreja do Senhor JESUS precisa ser respeitada porque Ele próprio a criou, é o Seu Corpo, Ele é o que a defende. Ele disse que as portas do inferno não prevalecerão contra ela [Mt 16.18]. Cuidado para não manchar a Noiva do Cordeiro de DEUS.
 
O apóstolo Paulo, inspirado pelo ESPÍRITO SANTO, usa expressões bem significativas para expressar os feitos de Nosso Senhor JESUS CRISTO em favor da Igreja. Primeiro, ele escreve que a obra redentora de CRISTO foi movida por amor. Porque Ele amou, se entregou – e se entregou até à morte de cruz [Ef 5.25J. O sacrifício de JESUS foi feito “para a santificar, purificando-a” [Ef 5.26]. O escritor aos Hebreus também enfatizou o aspecto da santificação no sacrifício de JESUS [Hb 10.29; 13.12]. Agora notemos o propósito expresso em Efésios 5.27 – que a igreja seja santa e irrepreensível. Conectando estas referências bíblicas citadas e Tito 3.5, é possível identificarmos a poderosa e completa ação de DEUS visando a santificação do Seu povo.
 
“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.” [1 Jo 2.15-16]. Muitas coisas regulamentadas pelo Estado não se caracterizam com o delito, nem afrontam a sociedade, mas não convêm e nem edificam, então o crente em JESUS não pode fazer ou participar. O apóstolo Paulo recomenda a seu filho na fé, Timóteo: “Mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” [1Tm 4.12].
 
 
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LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – ADULTOS - 4º Trimestre de 2024
Título: As Promessas de DEUS — Confie e viva as bênçãos do Senhor porque fiel é O que prometeu - Comentarista: Elinaldo Renovato - Data: 29 de dezembro de 2024
Lição 13: As promessas de DEUS são infalíveis
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Salmos 102.25-27; 2 Pedro 3.8-13.
Salmo 102
25 — Desde a antiguidade fundaste a terra; e os céus são obra das tuas mãos.
26 — Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles, como uma veste, envelhecerão; como roupa os mudarás, e ficarão mudados.
27 — Mas tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim.
 
2 Pedro 3
8 — Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia.
9 — O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.
10 — Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão.
11 — Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade,
12 — aguardando e apressando-vos para a vinda do Dia de DEUS, em que os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?
13 — Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.
 
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
A Bíblia revela atributos exclusivos de DEUS: sua onipotência, onipresença, onisciência, e, o que enfatizaremos nesta lição, sua imutabilidade. Por isso, Ele não falha em suas santas promessas, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. A infalibilidade de DEUS em suas promessas é um tema de grande valor que fortalece a nossa vida espiritual e aprofunda o nosso relacionamento com Ele.
  
Palavra-Chave: INFALIBILIDADE
 
I. DEUS É INFALÍVEL
1. A infalibilidade de DEUS. O Salmo 102 revela a autoridade de DEUS, exemplificada pelo seu governo sobre a Criação (v.25). Contudo, o salmista faz o contraste entre DEUS e sua Criação; o que há na Criação um dia passará, envelhecerá e mudará, mas o Criador não muda, Ele permanece para sempre (v.26). A imutabilidade de DEUS revela que Ele é infalível (v.27). Por isso que, na Bíblia, não há uma só referência que mostre que DEUS falhou em seus planos, palavras e promessas. Ele é absoluto, infalível e imutável.
2. Uma promessa infalível. Em 2 Pedro 3, vemos que o apóstolo Pedro tem o propósito de responder à igreja a respeito da suposta demora do retorno do Senhor JESUS. Ele explica que o tempo de DEUS é diferente do nosso, pois Ele é o Criador e nós somos as criaturas (v.8). O motivo de o Senhor ainda não retornar para nos buscar nada tem a ver com alguma falha em sua promessa, mas por sua longanimidade e bondade, pois não deseja que o ser humano se perca (v.9). Ele é paciente. Mas haverá um momento em que o Senhor voltará, surpreenderá a muitos e transformará todas as coisas (vv.10-13). A promessa de sua vinda é infalível.
3. A Palavra infalível de DEUS. Ao longo da Bíblia, vemos que DEUS cumpre suas promessas, conforme lemos em Reis: “Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao seu povo de Israel, segundo tudo o que disse; nem uma só palavra caiu de todas as suas boas palavras que falou pelo ministério de Moisés, seu servo” (1Rs 8.56). Esse texto confirma a infalibilidade de DEUS em cumprir suas preciosas promessas. Ele não esquece nenhuma delas, porque é zeloso para cumprir o que prometeu (Jr 1.12). Portanto, a Bíblia, a Palavra de DEUS, é a fonte de promessas infalíveis para as nossas vidas.
  
AUXÍLIO DEVOCIONAL - DEUS É FIEL!
 “Talvez você esteja enfrentando águas profundas e duras provações em sua vida. Se este for o caso, caro amigo leitor, busque a DEUS e confie em suas promessas. Uma tranquilidade e paz sobrenaturais estão ao seu alcance em qualquer situação. Elas são suas, é só apropriar-se delas. Entregue-se a DEUS e às suas promessas — e confie verdadeiramente nEle — e essa paz será sua. Ele lhe dará forças. DEUS é fiel!
Nunca se esqueça de que nosso DEUS cumpre suas promessas. Números 23.19 afirma: ‘DEUS não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?’. Antes de morrer, Josué, já em idade avançada, declarou: ‘E eis aqui eu vou, hoje, pelo caminho de toda a terra; e vós bem sabeis, com todo o vosso coração e com toda a vossa alma que nem uma só palavra caiu de todas as boas palavras que falou de vós o Senhor, vosso DEUS; todas vos sobrevieram, nem delas caiu uma só palavra’ (Js 23.14; veja também 21.45). Tempos depois, Salomão proclamou: ‘Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao seu povo de Israel, segundo tudo o que disse; nem uma só palavra caiu de todas as suas boas palavras que falou pelo ministério de Moisés, seu servo’ (1Rs 8.56). Verdadeiramente, DEUS é fiel.” (RHODES, Ron. O Livro Completo das Promessas Bíblicas. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.13).
  
II. DEUS NÃO MENTE NEM SE ARREPENDE
1. DEUS não mente nem se arrepende. Em Números lemos que DEUS “não mente” nem “se arrepende” (Nm 23.19). Ao longo do capítulo 23, há um contexto que reforça a verdade de que o Altíssimo não mente nem se arrepende. Por ocasião da tentativa de Balaque em fazer com que Balaão amaldiçoasse o povo de Israel, lemos que, ao introduzir a mensagem da Palavra de DEUS que não agradaria a Balaque, o profeta Balaão enfatizou que Ele não mente nem se arrepende para, em seguida, arrematar: “Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar” (Nm 23.20). Assim, Balaão não podia fazer o que DEUS não havia decretado.
2. DEUS se arrependeu? Em Gênesis 6 lemos que Noé construiu uma arca para a salvação dele, de sua família e dos animais por causa da destruição que viria devido à grande corrupção e violência da sociedade de sua época (Gn 6.3,14; 1Pe 3.20). Entretanto, esse mesmo texto diz que DEUS havia “se arrependido” de ter feito o ser humano, pois “pesou-lhe o coração” ao contemplar o caminho de corrupção e violência que a humanidade decidiu trilhar. Assim, poderíamos nos perguntar: Afinal de contas, DEUS se arrepende?
3. Uma aparente contradição. Em Números lemos que DEUS não “se arrepende” (Nm 23.19), em Gênesis, que Ele “se arrependeu” (Gn 6.6). Contudo, em Gênesis 6, o “arrependimento” nada tem a ver com algo que Ele tenha feito de errado, ou alterado um plano original, mas sim com o que a humanidade fez com o plano e o propósito que o Senhor havia delineado para ela desde sempre. Juntamente com a expressão “arrependimento”, a expressão “pesou-lhe em seu coração” traz a conotação humana aplicada a DEUS para reforçar a ideia do quanto Ele se entristeceu com a escolha que o ser humano fez. Na Teologia, damos o nome a esse fenômeno presente nas Escrituras de “antropopatismo”, ou seja, a forma que o autor sagrado usa para atribuir características humanas a DEUS, no sentido de que a mensagem fosse mais bem compreendida pelo leitor do texto sagrado. Em Gênesis 6, a falha não estava em DEUS, mas no ser humano; o “arrependimento” de DEUS não era em relação ao seu plano criador, mas ao ato rebelde do ser humano.
 
AUXÍLIO TEOLÓGICO - A BASE DA ESPERANÇA DO CRENTE
 “DEUS nunca falha; nunca hesita; nunca muda. Por sua própria natureza, Ele é fiel e leal às suas promessas e alianças. Mesmo assim, esse atributo de fidelidade de DEUS não exclui a possibilidade de Ele alterar seus planos ou intenções sob determinadas circunstâncias. Por exemplo, DEUS realmente muda, às vezes, seus planos no tocante ao juízo, em resposta às orações intercessórias do seu povo fiel (ver Êx 32.11,14) ou como resultado do arrependimento de um povo iníquo (Jn 3.1-10; 4.2).
O alicerce da esperança do crente procede da natureza de DEUS, de JESUS CRISTO e da Palavra de DEUS. As Escrituras revelam como DEUS sempre foi fiel, no passado, ao seu povo. O Salmo 22, por exemplo, revela a luta de Davi numa situação pessoal crítica, que ameaça a sua vida. Todavia, ao meditar nos feitos de DEUS no passado ele confia que DEUS o livrará: ‘Em Ti confiaram nossos pais; confiaram e tu os livrastes’ (v.4). O poder maravilhoso que o DEUS Criador já manifestou em favor do seu povo está exemplificado no êxodo, na conquista de Canaã, nos milagres de JESUS e dos apóstolos, e em casos semelhantes, os quais edificam a nossa confiança no Senhor como nosso Ajudador” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.269,841).
 
III. AS INFALÍVEIS PROMESSAS DE DEUS
1. Um plano glorioso. A queda do ser humano não pegou DEUS de surpresa. Pelo contrário, havia um plano delineado por Ele desde o início, conforme lemos em Apocalipse: “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8). Um plano glorioso que, segundo o conselho da sua vontade (Ef 1.11,12), já havia sido planejado por meio de JESUS, o nosso Salvador (Jo 1.1-4). Assim, o mistério da salvação foi revelado como promessa infalível de DEUS (Gn 3.15; Jo 3.16).
2. A eternidade. Juntamente com o seu plano de salvação, DEUS promete a vida eterna (1Jo 2.24,25). Isso mostra que não fomos criados para a queda, para a rebelião contra DEUS e, consequente, a finitude. Fomos criados para, eternamente, andar e viver na presença de DEUS. Dessa forma, o Senhor JESUS é o garantidor da eternidade que um dia experimentaremos por ocasião de sua vinda e transformação do nosso corpo corruptível em um incorruptível, celestial (1Co 15.54).
3. Esperança forjada na promessa infalível de DEUS. Ao longo dos séculos, o ser humano busca uma maior expectativa de vida. Ele a tem buscado no suporte dos avanços da Medicina, dos novos recursos científicos e tecnológicos à disposição da humanidade. Mas o envelhecimento e a morte são realidades vivenciadas pelo homem, inexoravelmente. Contudo, os que têm a sua esperança forjada na promessa infalível de DEUS sabem que nada nesse mundo pode enfraquecer a alegria da salvação que desfrutamos em CRISTO JESUS. Compreendemos que a vida é um dom de DEUS (Rm 6.23) e que, por isso, de maneira grata e alegre, tomamos a caminhada com DEUS até chegar o dia em que o conheceremos como Ele nos conhece (1Co 13.12).
 
CONCLUSÃO
 
Concluímos mais um trimestre estudando a respeito das promessas infalíveis de DEUS. Aqui, temos a oportunidade de renovar a nossa esperança no Senhor, sabendo que podemos fazer a nossa caminhada com CRISTO de maneira confiante e segura, pois o nosso DEUS é fiel para cumprir as suas infalíveis promessas. Confiemos em DEUS e na força do seu poder!
 
REVISANDO O CONTEÚDO
 
1. O que o Salmo 102 revela?
O Salmo 102 revela a autoridade de DEUS, exemplificada pelo seu governo sobre a Criação (v.25).
 
2. O que lemos no Livro de Números, segundo a lição?
Em Números lemos que DEUS “não mente” nem “se arrepende” (Nm 23.19).
 
3. O que tem a ver o “arrependimento” em Gênesis 6?
Em Gênesis 6, o “arrependimento” nada tem a ver com algo que DEUS tenha feito de errado, ou alterado um plano original, mas sim com o que a humanidade fez com o plano e o propósito que o Senhor havia delineado para ela desde sempre.
 
4. De acordo com a lição, como o mistério da salvação foi revelado?
O mistério da salvação foi revelado como promessa infalível de DEUS (Gn 3.15; Jo 3.16).
 
5. O que os que têm a sua esperança forjada na promessa infalível de DEUS sabem?
Os que têm a sua esperança forjada na promessa infalível de DEUS sabem que nada nesse mundo pode enfraquecer a alegria da salvação que desfrutamos em CRISTO JESUS.
 
 
AS PROMESSAS DE DEUS SÃO INFALÍVEIS
 
Estamos encerrando mais um trimestre de estudos com a revista Lições Bíblicas Adultos, editada pela CPAD. Nesta ocasião, veremos que as promessas de DEUS são infalíveis. As Escrituras Sagradas afirmam que o Senhor não envia a Sua Palavra sem finalidade e, portanto, ela não volta vazia (Is 55.1). Antes, a palavra do Senhor cumpre o desígnio para o qual foi enviada. Nesse sentido, a fidelidade de DEUS está vinculada aos atributos exclusivos de Seu caráter, a saber: a onipotência, a onipresença, a onisciência e, por fim, a imutabilidade. É a fidelidade de DEUS que nos garante a confiança que temos em Suas promessas.
Confiar que DEUS é fiel para cumprir o que prometeu nos aproxima dEle e nos faz conhecê-lO de modo mais profundo. Afinal de contas, é por meio de Suas qualidades que DEUS revela o Seu caráter generoso àqueles que se aproximam dEle. Ainda sobre a fidelidade de DEUS, na obra Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal (CPAD), Stanley Horton discorre que “[...] DEUS permanece estável quanto à sua natureza, ao passo que se mostra flexível nas suas ações. Quando DEUS faz uma aliança com alguém, a sua promessa é um selo e garantia suficiente de sua imutável natureza e propósitos: ‘Pelo que, querendo DEUS mostrar abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa, se interpôs com juramento’ (Hb 6.17). DEUS jamais muda seus propósitos, pois se o fizesse, certamente estaria contradizendo o seu próprio caráter. Paulo faz um contraste entre a natureza humana e a divina, quando escreve sobre a glória que se segue após o sofrimento de CRISTO: ‘Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo’ (2Tm 2.13). A fidelidade de DEUS é absoluta por causa daquilo que Ele é: fiel e verdadeiro (Dt 32.4; Sl 89.8; 1Ts 5.23; Hb 10.23; 1Jo 1.9)” (2021, p.135).
Com base na fidelidade de DEUS, podemos ter a certeza de que não ficaremos desamparados. A esperança do cristão não ficará malograda (Pv 23.18). Por essa razão, o relacionamento do crente para com DEUS deve se intensificar à medida que alcança a maturidade cristã. E importante ter em mente que a base dessa relação não são as Suas promessas, embora sejam de fundamental importância para o exercício da fé. A base da confiança é a satisfação por estar na presença do Verdadeiro DEUS, em quem não há sombra de variação (Tg 1.17). Não se esqueça, JESUS CRISTO é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb 13.8). Portanto, cremos que as promessas de DEUS são infalíveis porque sabemos que Ele é infalível. Que DEUS nos ajude a nutrir esta confiança a cada dia!
 
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LIÇÃO 8, CG, EM DEFESA DA PROMESSA, NA ÍNTEGRA - REVISTA 2025
 
Escrita Lição 8, CG, Em Defesa da Promessa, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
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ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 8 / ANO 2- N° 6
 
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A ESPERANÇA CONTESTADA
1.1. A recordação das promessas
1.2. As manifestações de zombaria dos ímpios
1.2.1. Sarcasmo
1.2.2. Ignorância deliberada
1.3. O destino da Criação
2. A SOBERANIA DIVINA SOBRE O TEMPO
2.1. Compreendendo o tempo na perspectiva divina
2.1.1. O tempo de DEUS em ação
2.1.2. A paciência que conduz à salvação 
2.2. O Dia do Senhor 
2.2.1. O Juízo Final e a nova Criação 
3. O ALICERCE DA ESPERANÇA
3.1. A autoridade dos escritos apostólicos 
3.2. O crescimento espiritual 
 
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 2 Pedro 3.2-4,7,14-18
2- Para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante os vossos apóstolos, 3- sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências. 4- e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. 7- Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro e se guardam para o fogo, até o Dia do Juízo e da perdição dos homens ímpios. 14- Pelo que, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz. 15- e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, 16- falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. 17- Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados e descaiais da vossa firmeza; 18- antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém!
 
TEXTO ÁUREO
O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. 2 Pedro 3.9
 
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - 2 Pedro 3.3; 2 Timóteo 3.1.5 Nos últimos dias, surgirão escarnecedores
3ª feira - Isaías 64,4; Salmo 27.14 Espere no Senhor
4ª feira - Isaías 65.17; 2 Pedro 3.13 DEUS promete novos céus e nova terra
5ª feira - Romanos 15,4,5; 8,4 A Escritura dá esperança; viva no ESPÍRITO
6ª feira - Salmo 103.17 A misericórdia do Senhor é eterna
Sábado - 2 Pedro 3.15,16 Tende por salvação a longanimidade do Senhor
 
OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- reconhecer que a zombaria dos ímpios não invalida a promessa da segunda vinda de CRISTO;
- compreender que os juízos registrados na História demonstram a justiça divina sobre o mundo;
- perceber que o crescimento espiritual dos salvos os preserva do engano e fortalece sua esperança.
 
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
     Prezado professor, adote uma postura encorajadora, ajudando os alunos a compreenderem que a promessa da vinda de CRISTO permanece firme, independentemente da incredulidade e zombaria dos ímpios. Priorize um estudo dinâmico, enfatizando a necessidade de crescimento espiritual e vigilância.
       Divida a turma em pequenos grupos e entregue a cada um trechos de 2 Pedro 3 para análise. Peça que elaborem um breve resumo do texto e expliquem como ele reforça a esperança cristã. Depois, cada grupo apresentará suas conclusões, promovendo uma reflexão coletiva. 
    Ao longo da aula, valorize as perguntas dos alunos, esclarecendo dúvidas com paciência e incentivando a aplicação prática da mensagem bíblica no cotidiano. 
    Boa aula!
 
COMENTÁRIO - Palavra introdutória
No terceiro e último capítulo de sua segunda epístola, Pedro expressa grande preocupação em exortar os crentes à perseverança na fé, independentemente das adversidades. O apóstolo os incentiva a não temerem a oposição dos ímpios e a estarem dispostos a sofrer por CRISTO, cientes de que a fidelidade ao Senhor trará recompensas eternas (1 Pe 3.3,4,10-13; cf. Mt 5.11,12). 
    Neste capítulo, Pedro enfatiza a realidade dos eventos escatológicos e conclui sua mensagem exortando os salvos ao crescimento espiritual (2 Pe 3.17,18). O proposito central da carta é fortalecer a esperança na promessa futura. Além disso, a ameaça representada pelos falsos mestres não se limitava aquele período, mas persistiria após a partida dos apóstolos, exigindo vigilância e firmeza na verdade (2 Pe 3.3; cf. At 20.29,30).
 
1. A ESPERANÇA CONTESTADA
Pedro, após advertir sobre os falsos mestres, volta-se para os desafios que Os crentes enfrentariam nos últimos dias devido à sua fé na vinda do Senhor. A aparente demora no cumprimento dessa promessa serviria de pretexto para os incrédulos questionarem e ridicularizarem a esperança escatológica (2 Pe 3.3,4).
 
1.1. A recordação das promessas
Antes de apresentar argumentos racionais, Pedro convida os crentes a recorrerem à memória: (...) procuro despertar com lembranças a vossa mente esclarecida (2 Pe 3.1 ARA). A expressão “mente esclarecida” (gr. eilikrinê dianoian) refere-se a uma mentalidade livre de enganos, sem influências corruptoras. O apóstolo exorta os leitores a se lembrarem das palavras dos santos profetas (2 Pe 1.19-21) e do mandamento do Senhor, transmitido por Seus mensageiros, que enfatiza o chamado a uma vida moralmente elevada, fundamentada na verdade e na santidade (2 Pe 3.2; cf, 2.21).
 
1.2. As manifestações de zombaria dos ímpios
As Escrituras Preveem um profundo declínio moral e espiritual nos últimos tempos. Pedro resume essa condição com dois termos: escarnecedores, que reflete a irreverência e o desdém dos Ímpios; e concupiscência, que indica a substituição dos princípios morais pelos desejos desordenados (2 Pe 3.3; cf.2 Tm 3.1.5). Essa zombaria se manifesta de duas formas principais: por meio do sarcasmo e da ignorância deliberada.
 
1.2.1. Sarcasmo
Entre os muitos alvos de zombaria por parte dos ímpios, a volta de CRISTO é um dos principais. No tempo de Pedro, os incrédulos ridicularizavam a iminência do Dia do Senhor, alegando que, apesar dos séculos transcorridos, nada havia mudado desde a Criação. Eles negavam qualquer intervenção divina na História e desafiavam a promessa da segunda vinda, questionando: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação (2 Pe 3.4).
    Embora os avanços da humanidade, como a Reforma Protestante e o desenvolvimento científico, tenham transformado o mundo, o argumento falacioso persiste sob novas formas. A incredulidade continua a ridicularizar a esperança cristã, usando diferentes pretextos para negar a realidade do cumprimento das promessas do Altíssimo.
 
1.2.2. Ignorância deliberada
A ignorância pode ser natural, decorrente da falta de conhecimento, ou voluntária, quando alguém se recusa a reconhecer a verdade. O segundo caso se assemelha à atitude de um cego que, mesmo diante da luz, se recusa a enxergar.
    Pedro expõe a incoerência dos escarnecedores, que ignoram fatos fundamentais da história bíblica. O mundo foi formado a partir da água, pela palavra de DEUS, o que desmonta a ideia de que nada mudou desde a Criação (2 Pe 3.5). Além disso, o Dilúvio nos dias de Noé trouxe juízo sobre a humanidade transformando radicalmente a Terra e exigindo um novo começo (2 Pe 3.6; cf. Gn 7.21-23).
 
1.3. O destino da Criação
A ideia popular de fim do mundo encontra respaldo bíblico, com a devida compreensão do contexto profético. Pedro afirma que os céus e a terra atuais estão reservados para o fogo, como parte do juízo que será derramado sobre os ímpios (2 Pe 3.7,10).
    Indo além do arrebatamento, o apóstolo contempla o desfecho escatológico quando a destruição dará lugar a novos céus e novas terras, onde habitarão a justiça e a paz (2 Pe 3.13; cf Is 65.17).
    DEUS anunciou o fim desde o princípio, e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam (Is 46.9,10). Como no passado a Terra foi julgada pelas águas do Dilúvio, no futuro será purificada pelo fogo, reafirmando a justiça divina (Jd 15).
 
2. A SOBERANIA DIVINA SOBRE O TEMPO
DEUS não opera segundo a urgência humana. Seu tempo segue propósitos eternos, e Suas promessas se cumprem no momento determinado por Ele (2 Pe 3.8,9; cf. Is 46.10) A aparente demora não significa inércia, mas reflete Sua paciência e desejo de salvação para a humanidade.
 
2.1. Compreendendo o tempo na perspectiva divina
Enquanto os ímpios rejeitam deliberadamente os eventos passados (2 Pe 3.5), os crentes devem manter viva a consciência dos acontecimentos futuros, compreendendo o tempo de DEUS (2 Pe 3.8). A impaciência dos descrentes alimenta a incredulidade, enquanto a perseverança dos salvos fortalece a esperança no cumprimento de Suas promessas (Rm 5.4,5; 8.24), DEUS não está sujeito às limitações humanas, e Sua fidelidade se manifesta na perfeita hora estabelecida por Ele.
 
2.1.1. O tempo de DEUS em ação
DEUS opera segundo Sua soberana vontade, e Seu tempo nem sempre corresponde à expectativa dos homens. Ele criou o mundo em seis dias (Gn 1.31; Êx 20.11), fez Abraão esperar 25 anos pelo cumprimento da promessa (Gn 12.4; 21.5; Hb 6.15) e preparou José durante treze anos antes de torná-lo governador do Egito (Gn 37.2; 41.46; Sl 105.17-19). O povo de Israel permaneceu 430 anos na escravidão antes de ser libertado (Êx 12.40,41; Gl 3.17) e peregrinou 40 anos no deserto antes de entrar na Terra Prometida (Nm 14.33,34; Dt 8.2; Js 5.6).
    A compreensão humana sobre q tempo é limitada, tornando difícil assimilar a verdade de que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia (2 Pe 3.8). Essa afirmação evidencia a soberania divina sobre a Criação. A Escritura o descreve como Pai da Eternidade (Is 9.6), indicando que Ele não apenas governa essa grandeza imaterial, mas também a estabelece dentro da eternidade. DEUS, no momento oportuno, inseriu-se na História por intermédio de Seu Filho (Gl 4.4), demonstrando que Suas promessas não são tardias, mas cumprem-se segundo Seu propósito perfeito (2 Pe 3.9).
 
OBSERVAÇÃO 1
   
    O tempo da espera humana está alinhado ao agir divino (Is 64.4). Pedro evidencia essa distinção: enquanto os ímpios se impacientam por falta de esperança, os salvos são chamados a confiança perseverante (2 Pe 3.9; cf. SI 27.14; Rm 12.12). À verdadeira esperança não se baseia na pressa, mas na certeza de que DEUS cumpre Suas promessas no momento oportuno (Rm 15.13).
 
2.1.2. A paciência que conduz à salvação 
A paciência divina permite o crescimento da Igreja, pois diariamente pessoas são resgatadas das trevas para O Reino do Filho do seu amor (Cl 1.13). A longanimidade do Senhor proporciona ao ser humano a oportunidade para arrependimento e amadurecimento espiritual, garantindo que muitos conheçam o plano redentor. Se apressasse Seu juízo, reduziria a chance de restauração; no entanto, em Sua compaixão, concede aos homens tempo para que se voltem a Ele. Sua misericórdia transcende o Cronos, estendendo se de geração em 1 geração (Sl 103. 17). 
    A morte do Cordeiro santo foi um ato de justiça divina, abrangente e acessível a toda a humanidade (Rm 5.6). Se a salvação estivesse restrita a poucos, Pedro não teria afirmado que DEUS deseja que todos venham a arrepender-se (2 Pe 3.9; cf. Rm 3.25,26). Em suma: enquanto os crentes aguardam a vinda do Senhor, CRISTO espera que mais vidas sejam alcançadas pela graça (At 2.47). Ele deseja que todos sejam salvos (1 Tm 2.3,4), embora nem todos venham a render-se ao arrependimento. 
 
OBSERVAÇÃO 2
O tempo de DEUS não se mede pelo relógio humano. Enquanto Cronos representa a passagem cronológica e limitada, Kairós expressa o agir divino no momento certo. A aparente demora do Senhor não significa atraso, mas paciência, concedendo aos homens oportunidade de arrependimento.
 
2.2. O Dia do Senhor 
A expressão “virá como ladrão” descreve a imprevisibilidade do Dia do Senhor. Usada, primeiro, por Paulo (1 Ts 2.2,4), a analogia foi retomada por Pedro para enfatizar seu caráter repentino (2 Pe 3.10). A metáfora transmite quatro aspectos. O ladrão não anuncia sua chegada (Mt 24.44); surge inesperadamente (1 Co 15.52); causa desordem aos que não estão preparados; e leva aquilo que há de mais valioso, representando o arrebatamento da Igreja (Mt 24.40-42). 
 
2.2.1. O Juízo Final e a nova Criação 
O Dia do Senhor aponta para o Juízo Final. Com o arrebatamento, inicia-se uma sucessão de eventos que culminará na purificação da Terra pelo fogo e na manifestação dos novos céus e nova terra (Ap 21.1). Pedro compreende a cronologia escatológica segundo a perspectiva celestial, reunindo todos os juízos em uma visão unificada. Sua ênfase, no entanto, não está no julgamento em si, mas na consumação do plano redentor e na esperança reservada aos salvos (2 Pe 3.12,13).
 
3. O ALICERCE DA ESPERANÇA
Diante da iminência dos eventos escatológicos, o crente deve refletir sobre a conduta que lhe é exigida (2 Pe 3.11-18). A certeza do cumprimento das promessas divinas não apenas fortalece a esperança, mas também demanda uma vida pautada pela vigilância. 
 
3.1. A autoridade dos escritos apostólicos 
                       
    Para reforçar a credibilidade de sua doutrina escatológica, Pedro fundamenta seus ensinamentos nos escritos de Paulo. O apóstolo reconhece tanto a sabedoria quanto a profundidade com que seu irmão em CRISTO trata dos mesmos temas: (...) Como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, falando disto, como em todas as suas epístolas (...) (2 Pe 3.15,16). 
    Em termos acadêmicos, essa citação confere autenticidade ao seu tratado, funcionando como uma referência autoritativa. Contudo, Pedro adverte que muitos distorcem os ensinamentos paulinos, conduzindo-se à própria destruição.
 
3.2. O crescimento espiritual 
                     
    O crescimento na graça e no conhecimento de CRISTO possibilita o amadurecimento da fé, tornando o crente resistente ao engano e firme na esperança da vinda do Senhor (2 Pe 3.17,18). Essa progressão não apenas protege a Igreja contra falsos ensinos, mas também assegura a perseverança até o fim, conduzindo à glorificação de CRISTO, tanto no presente quanto na eternidade. 
 
CONCLUSÃO
    
    A segunda epístola de Pedro segue uma estrutura coesa, abordando quatro pilares da vida cristã: crescimento espiritual (cap. 1); vigilância contra falsos ensinos (cap. 2); correção de ideias equivocadas sobre a vinda do Senhor (cap. 3); e fortalecimento da esperança dos salvos (cap. 3). Esses princípios orientam a Igreja a perseverar em santidade, guardando-se do engano e firmando-se na certeza do cumprimento das promessas eternas. 
 
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Por que DEUS manifesta Sua longanimidade? 
R.: Para conceder a todos os seres humanos a chance de Salvação e crescimento espiritual.
 
Fonte: Revista Central Gospel

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