Escrita Lição 10, CPAD, Quando os Pais Sepultam seus Filhos, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

 Lição 10, Quando Os Pais Sepultam Seus Filhos

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Video https://youtu.be/-7gZviqkyh8

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Resumo da Lição 10, Quando Os Pais Sepultam Seus Filhos
I – A FAMÍLIA DE JÓ
1. Quem era Jó?
2. A esposa de Jó.
3. Os filhos de Jó.
II – LIDANDO COM A MORTE DENTRO DA FAMÍLIA
1. Jó e sua esposa foram surpreendidos pela morte dos filhos.
2. Razões para a tristeza do luto de Jó e de sua mulher.
3. Fidelidade ao Senhor em meio à dor.
III – OS CRISTÃOS E O LUTO
1. Não culpe a Deus.
2. Vivendo o luto.
3. Mantenha a esperança. 

TEXTO ÁUREO
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos [...].” (2 Co 4.8,9)

  

VERDADE PRÁTICA
Não devemos ser indiferentes à morte inesperada, mas também não podemos nos desesperar como quem não tem esperança.

  

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jó 1.13,16-19
13 – E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito,
16 – Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para te trazer a nova.
17 – Estando ainda este falando, veio outro e disse: Ordenando os caldeus três bandos, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e só eu escapei, par te trazer a nova.
18 – Ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tua filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,
19 – eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova.

  

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SUBSÍDIOS REVISTAS ANTIGAS

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Lição 4, O Drama de Jó
 Revistas Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 4° trimestre 2020
Tema: A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: Lições do Sofrimento e da Restauração de Jó Comentarista: José Gonçalves.
Comentarista: José Gonçalves.
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel Esposa - 19-98448-2187
 
 
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Lição 4, O Drama de Jó

TEXTO ÁUREO
“E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR.”  (Jó 2.21)

VERDADE PRÁTICA
A despeito das grandes provações que se abatem em nossa vida, à luz do exemplo de Jó, devemos permanecer fiel ao Senhor.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jó 1.13-15 A tragédia se abateu sobre Jó - Primeiro anúncio
Terça - Jó 1.16 A tragédia se abateu sobre Jó - Segundo anúncio
Quarta - Jó 1.17 A tragédia se abateu sobre Jó - Terceiro anúncio
Quinta - Jó 1.18,19 A tragédia sobre a família de Jó - Quarto anúncio
Sexta - Jó 1.20-22 Primeira reação de Jó diante da tragédia
Sábado - Jó 2.6-8 Satanás e a saúde de Jó

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jó 1.13-22; 2.6-8
Jó 1
13 - E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito, 14 - que veio um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pasciam junto a eles; 15 - e eis que deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e eu somente escapei, para te trazer a nova. 16 - Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de DEUS caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para te trazer a nova. 17- Estando ainda este falando, veio outro e disse: Ordenando os caldeus três bandos, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e só eu escapei, para te trazer a nova. 18- Estando ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito, 19 - eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova. 20 - Então, Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou, 21 - e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR. 22- Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a DEUS falta alguma.
Jó 2
6 - E disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está na tua mão; poupa, porém, a sua vida. 7 - Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. 8 E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza. 8 - E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza.


OBJETIVO GERAL - Mostrar que Jó manteve sua fidelidade a DEUS.
 
 
Resumo da Lição 4, O Drama de Jó
I – TRAGÉDIA DE NATUREZA ECONÔMICA
1. O sucesso na esfera comercial.
2. O sucesso na esfera do campo.
3. O ataque do Diabo na esfera comercial.
4. O ataque do Diabo na esfera do campo.
II – TRAGÉDIA DE NATUREZA FAMILIAR
1. Filhos.
2. Esposa.
3. O fato.
III – TRAGÉDIA DE NATUREZA FÍSICA E PSICOLÓGICA
1.O Diabo toca na saúde de Jó.
2. Saúde física.
3. Saúde mental.
 
 
Resumo rápido do Pr Henrique
 
INTRODUÇÃO
Se do livro de Jó fosse criada uma peça teatral ou um filme, sem dúvida, seria uma tragédia.
Drama, que em grego significa “ação”, é um gênero literário surgido na Grécia Antiga como, originalmente, uma forma de louvação religiosa ao deus Dionísio (Baco). Compõem o gênero dramático os textos em prosa ou em verso feitos para serem encenados no palco.
 
 
Características do gênero dramático
Texto em forma de diálogos;
Dividido em atos e cenas;
Presença das rubricas — descrições do espaço e/ou da situação antes de cada ato;
Sequência da ação dramática geralmente constituída de exposição, conflito, complicação, clímax, desfecho.
Elementos do texto dramático
Protagonista: personagem central da ação dramática (em nosso caso - Lição 4, Jó).
Antagonista: personagem que se opõe ao protagonista (em nosso caso - Lição 4, Satanás).
Coro: conjunto de atores que comentam a ação ao longo da peça (em nosso caso - Lição 4, Escritor do Livro, Mulher de Jó e os empregados de Jó).
Catarse: do grego, significa “purificação”, purgação experimentada pelo público de uma tragédia, o qual poderia apaziguar suas angústias internas por meio das emoções representadas nas cenas (em nosso caso - Lição 4, Nós).
Na Grécia Antiga, dois tipos de textos dramáticos eram produzidos: a tragédia e a comédia. Segundo Aristóteles, filósofo grego nascido em 384 a.C., a tragédia caracteriza-se por ser “a imitação de uma ação de caráter elevado que suscita o terror e a piedade e tem por efeito a purificação das emoções”; a comédia, por sua vez, seria “a imitação de homens inferiores”.
 
Características da tragédia
Tom sério, solene;
O protagonista enfrenta grandes dificuldades;
Linguagem mais formal;
Estrutura composta por ação inicial feliz, mas que tem um desfecho fatal;
Presença de personagens nobres: reis, príncipes, que sofrem o destino imposto pelos deuses do Olimpo.
 
Fonte - https://brasilescola.uol.com.br/literatura/genero-dramatico.htm
 
Como podemos ver, o Livro de Jó se encaixa perfeitamente neste contexto.
 
 
Do maior homem de saúde, rico, próspero, respeitado e admirado do Oriente de então, Jó passou a pobre moribundo, pobre, humilhado e na visão de seus amigos, “um pecador revoltado e arrogante”.
As calamidades se abateram sobre ele, seus funcionários, animais e filhos. Num dia só foi derrotado e depois ainda lhe sobreveio uma doença maligna. Seus filhos, seu bem mais precioso, por quem madrugava e oferecia sacrifícios, morreram todos num dia só. Sua pela se enegreceu, chagas malignas se apoderaram de seu corpo. Cenas do ataque de Satanás! Estudemos as calamidades advindas de Satanás sobre Jó e sua reação.
 
 
I – TRAGÉDIA DE NATUREZA ECONÔMICA
1. O sucesso na esfera comercial.
Jó era “maior de todos os do Oriente” (Jó 1.3). Tudo na vida de Jó era grande. Sua integridade, sinceridade, retidão, riqueza, prosperidade, admiração de todos, família. Jó possuía sete mil ovelhas, e três mil camelos, e quinhentas juntas de bois, e quinhentas jumentas e muitos servos a serviço dele (Jó 1:3). Podemos supor que o comércio e a atividade do campo eram suas principais atividades, já que possuía muitas juntas de bois, geralmente usadas para arar a Terra. A produção de leite e lã deveria ser imensa. Seus animais de carga e número elevado de funcionários indicavam muito serviço executado em sua imensa fazenda.
 

2. O sucesso na esfera do campo.
Com certeza Jó não era um nômade como tantos outros nesta época (Abraão, Isaque e Jacó, por exemplo). Por causa do elevado número de juntas de bois podemos deduzir que havia uma grande plantação. O elevado número de jumentas demonstrava haver muitas cargas a serem transportadas e muito leite a ser vendido, resultado de muitas colheitas. O elevado número de Camelos indicava grande número de longas viagens atravessando desertos, certamente para escoar sua produção para outros lugares longínquos. Seu elevado número de ovelhas indicava grande produção de leite e seus derivados, bem como muita lã para confecção de tecidos. Seus muitos bois também indicavam venda de carne e do couro para outros locais. Estudiosos destacam o fato de que a palavra hebraica ‘abuddah, encontrada somente em Jó e em Gênesis 26.14, é uma referência direta à lavoura e ao cultivo da terra. Jó parece ter sido um empresário de grande sucesso em sua época.
 

3. O ataque do Diabo na esfera comercial.
Se a produção rural era a principal e mais rentável atividade de Jó, Satanás o atacou por ai, roubando seus animais e matando o pessoal a serviço dele, desestabilizando-o financeiramente. Jó quebrou literalmente. Sem animais de carga, o transporte estava prejudicado. Os primeiros a serem atingidos foram os bois que lavravam, e as jumentas que transportavam sementes provavelmente. Faltaria carne. Também os funcionários deste setor da fazenda foram mortos.
E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito, que veio um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pasciam junto a eles; e eis que deram sobre eles os Sabeus, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e eu somente escapei, para te trazer a nova. Jó 1:13-15. Quem Eram Os Sabeus?
Descendentes de Sebá, neto de Cam e bisneto de Noé. Território ao Norte da Etiópia. Eram pessoas de elevada estatura. Povo mais especializado e ousado em roubar gado na época de Jó. Os Sabeus ainda não tinham atacado os rebanhos de Jó porque DEUS protegia seus rebanhos, agora porém a proteção de DEUS havia sido retirada como forma de teste à fidelidade de Jó. DEUS provaria a Satanás e ao mundo inteiro, até a nossa geração que um crente fiel não se deixa abater por nada, principalmente por questões financeiras. 
A plantação cessou e a futura colheita não aconteceria. A vida comercial de Jó estava falida.
 Quantos crentes estão participando de greves, arruaças, quebra-quebras, invasão de terras, brigas com vizinhos e coisas desse tipo? A falta de fé e de temor de DEUS leva-nos a esquecer das palavras de JESUS: Mt 5.40 e ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; e Mt 5.44 Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem.
Os filmes de hoje estão a destilar a violência e principalmente a falta de perdão, sempre a história dos filmes se resume em alguém que matou alguém da família de alguém que agora vai matar essa pessoa e levar a forra o que o mesmo fez com a sua.
 

4. O ataque do Diabo na esfera do campo.
Após parar a plantação que seria a produção futura, Satanás ataca as ovelhas que produziam leite e lã. Faltaria roupas de frio para o inverno, principalmente, e leite. O Diabo atingiu em cheio toda a fonte de sua riqueza. Era preciso muito equilíbrio para não se desesperar diante de um quadro tão sombrio.
Satanás envia fogo para queimar as ovelhas e destruir a lã. Mais funcionários são mortos.
Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de DEUS caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para te trazer a nova. Jó 1:16.
Satanás ataca os camelos que eram usados no transporte pelo deserto, a longas distâncias. Mais funcionários são mortos.
Estando ainda este falando, veio outro e disse: Ordenando os caldeus três bandos, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e só eu escapei, para te trazer a nova. Jó 1:17
 Os Atos de DEUS para conosco, mesmo que muitas vezes não entendamos, são de profundo Amor, pois no futuro estaremos mais perto D' Ele. O prejuízo foi imenso, além da perca do rebanho, os empregados morreram e tudo virou cinzas. A desolação tomou o lugar das verdes pastagens e o horror caiu sobre o que restou para dar a notícia.
O mais incrível é que depois da devastação e da prova de Jó se findar, esperava-se (como é natural) que aquela terra não mais produzisse vegetação e nem sobrevivência para famílias, como é o caso de Sodoma e Gomorra, mas ao invés disso, parece que DEUS recuperou o solo para dar a Jó uma fortuna em dobro, com muitos animais vivendo e comendo ali. Tudo é fácil para DEUS, ELE é o autor da vida!
Sabemos que não é somente por uma ação direta de Satanás que existem falências. Por causa de uma tragédia familiar, um mal gerenciamento, uma sociedade desproporcional nos negócios (Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? 2 Coríntios 6:14), uma crise de mercado, etc.... A pandemia, por exemplo, trouxe uma quebradeira geral - restaurantes, cinemas, etc...Todavia, no caso de Jó, foi uma ação maligna e em muitos casos hoje também o é.
Sabemos que não é somente por uma ação direta de Satanás que existem falências. Por causa de uma tragédia familiar, um mal gerenciamento, uma sociedade desproporcional nos negócios (Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? 2 Coríntios 6:14), uma crise de mercado, etc.... A pandemia, por exemplo, trouxe uma quebradeira geral - restaurantes, cinemas, etc...Todavia, no caso de Jó, foi uma ação maligna e em muitos casos hoje também o é.
 
 

II – TRAGÉDIA DE NATUREZA FAMILIAR
1. Filhos.
Agora Satanás atinge os filhos de Jó - Ele perdeu em um só dia seus dez filhos de forma calamitosa – sete filhos e três filhas.
Será que Satanás podia matar os filhos de Jó?
Os filhos de Jó eram filhos de belial como os filhos de Eli (Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não conheciam o Senhor; 1 Samuel 2:12), de Samuel (Porém seus filhos não andaram pelos caminhos dele; antes, se inclinaram à avareza, e tomaram presentes, e perverteram o juízo.1 Samuel 8:3) e de Davi (Amnon, estuprou sua irmã Tamar 2 Samuel 13:1-14, Absalão, mata seu irmão Amnon. 2 Samuel 13: 23-32, Absalão persegue Davi, com o intuito de tomar seu reinado. 2 Samuel 15, Absalão, teve relaxão sexual com as mulheres do pai em praça pública. (2 Samuel 16:22) , como de tantos outros servos de DEUS.
 
E iam seus filhos e faziam banquetes em casa de cada um no seu dia; e enviavam e convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de DEUS no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente. Jó 1:4,5
 
E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito, que veio um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pasciam junto a eles;
e eis que deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e eu somente escapei, para te trazer a nova. Jó 1:13-15
 
O texto sagrado diz: “Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito, eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram” (vv.18,19).
 
 
Os filhos de Jó eram beberrões e glutões. Isso é mostrado nos textos acima que dizem: "comendo e bebendo vinho"
Seus banquetes eram cotidianos (já deveriam ser alcóolatras) - "em casa de cada um no seu dia"
Além de viverem de festa em festa, convidavam suas irmãs -  "enviavam e convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles"
Seus pais nunca estavam nessas festas. Veja que toda tragédia aconteceu no dia em que festejavam e as notícias foram levadas a Jó e sua esposa que não estavam na festa.
Os filhos de Jó eram malandros, não trabalhavam - Veja que toda tragédia aconteceu no dia em que festejavam e os trabalhadores estavam no campo trabalhando.
 
Depois de cada festa Jó tinha que santificar seus filhos - santificar quem já estava santo?
Jó oferecia sacrifícios por seus filhos - Indica que seus filhos haviam pecado.
Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de DEUS no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente. Jó 1:4,5
 
Um filho só já faz com que alguns percam a sobriedade, muitos até quebram financeiramente e alguns até chegam a se suicidar por isso. Imagine perder dez filhos de uma vez só, num dia só! Somente Jó mesmo para aguentar firme e permanecer fiel a DEUS.
A exemplo de Jó, o crente deve se refugiar em DEUS. É preciso que a família abra a Bíblia em casa e leia junto com seus membros e busque o Senhor em estudo e muita oração.
 
Pode ser que um tufão, enviado por Satanás, tenha caído sobre a casa dos filhos de Jó.
Não estamos afirmando, mas pelas características do fenômeno que atingiu Jó e sua fazenda, podemos concluir que poderia ser um Tufão enviado por Satanás. Sobre poder de satanás sobre a natureza, tendo DEUS permitido veja 
Ap 13.13 E operava grandes sinais, de maneira que fazia até descer fogo do céu à terra, à vista dos homens;
Temos caso de tufão que matou mais de 800 pessoas e devastou toda uma região. 
Tufão: é o nome que se dá aos ciclones formados no sul da Ásia e na parte ocidental do Oceano Índico, entre julho e outubro. É o mesmo que furacão, só que na região equatorial do Oceano Pacífico. Os tufões surgem no mar da China e atingem o leste asiático. O termo tufão é o nome regional no noroeste do Pacífico para um ciclone tropical grave (ou maduro), [3] ao passo que o furacão é o termo regional no nordeste do Pacífico e no norte do Atlântico. [4] Em outros lugares, isso é chamado de ciclone tropical, ciclone tropical grave ou tempestade ciclônica severa
Para ver mais sobre tufão, entre em https://pt.wikipedia.org/wiki/Tuf%C3%A3o
 
A Bíblia diz que Jó se apartava do mal. Por que será que Jó e sua esposa não andavam nas festas dos filhos? O natural seria que Jó e sua esposa fossem convidados para essas festas e que lá estivessem e que fossem os mais honrados nessas festas, não é? ***Ef 6.1 Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. 2 Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa),3 para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.*** Parece que nesses versículos encontramos a resposta para o fim dos filhos de Jó.
 

2. Esposa.
 
A Esposa de Jó.
 
A frase “Amaldiçoa a DEUS e morre” (Jó 2.9), atribuída à esposa de Jó, é uma das mais chocantes do livro.
Realmente a mulher de Jó dá conselhos a Jó para que amaldiçoasse a DEUS e morresse. Será que algum de nós não pensasse que o DEUS de Jó não fosse realmente o DEUS certo? A mulher de Jó conhecia seu marido intimamente e sabia de sua integridade. Como ouvir de seu marido que tudo aquilo vinha de DEUS e não se desesperar, e não aceitar este DEUS?
e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor. Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a DEUS falta alguma. Jó 1:21,22
 
Quanto a dizer para Jó morrer, o próprio Jó disse que seria melhor morrer do que permanecer naquela situação.
Quem dera que se cumprisse o meu desejo, e que DEUS me desse o que espero! E que DEUS quisesse quebrantar-me, e soltasse a sua mão, e acabasse comigo! Jó 6:8,9

A mulher de Jó se desesperou como qualquer outra mulher se desesperaria, ficaria meio louca. Sendo as mulheres mais emotivas que os homens, ainda acho que ela até que não se desesperou tanto assim para que a condenemos.
Esta mulher não deixou seus marido quando ficou pobre, como muitas fazem.
Esta mulher não deixou seu marido quando perdeu todos seus funcionários, como muitas fazem.
Esta mulher não deixou seu marido quando perdeu todos seus filhos, como muitas fazem.
esta mulher não deixou seu marido quando ficou a beira da morte com uma doença mal cheirosa e repugnante, como muitas fazem.
 
A reação de Jó foi pensar que ela havia ficado meio louca devido às calamidades e a perca dos filhos. Não a condenou e nem a deixou.
Então, sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a DEUS e morre. Mas ele lhe disse: Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de DEUS e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios. Jó 2:9,10
 

3. O fato.
Um vento forte soprou sobre os filhos de Jó, matando-os. Os pais não são responsáveis pela fé dos filhos, mas devem educá-los lendo a Bíblia para eles e sendo exemplo para os mesmos. Deve conduzi-los a uma igreja, congregando juntamente com os mesmos. Os pais têm o dever de orar por seus filhos. Os pais devem ser exemplos de fé, leitura da bíblia e oração, para seus filhos.
Ainda hoje, “fortes ventos” continuam a “soprar” em famílias inteiras. O resultado desses “ventos” é a degradação familiar, divórcios, drogas etc.
A exemplo de Jó, o crente deve se refugiar em DEUS. É preciso que a família abra a Bíblia em casa e busque o Senhor em estudo e devoção.
 

III – TRAGÉDIA DE NATUREZA FÍSICA E PSICOLÓGICA
 
Jó 2.6 - E disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está na tua mão; poupa, porém, a sua vida. 7 - Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. 8 E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza. 8 - E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza.
 
 
1. O Diabo toca na saúde de Jó.
 
Depois que o Diabo viu o seu plano fracassar, pois o patriarca não sucumbiu à tentação, mesmo diante da dizimação de seus bens e familiares, o Adversário agora tem a permissão divina para tocar na saúde de Jó. Essa nova prova é um drama muito distinto na literatura do Antigo Testamento. Ela dará a tônica ao restante do livro.

 O texto sagrado diz que o Diabo “feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça.” (Jó 2.6,7). Tratava-se de uma doença extremamente maligna, capaz de provocar um grande sofrimento em Jó, a ponto de este sentar-se nas cinzas e pegar um caco de barro para com ele raspar as feridas. Essa era uma prática que o homem antigo adotava quando se via acometido de uma grande desgraça. Ele ia para o monte de cinzas (hb. mazbala), um local considerado imundo, onde os inválidos e dementes costumavam ficar. Ali ele esperava a morte entre cães, insetos e aves de rapina. Trágico!
 
 
2. Saúde física.
 
A Doença De Jó
a. Alguém poderia sugerir que a doença de Jó possa ter sido uma forma muito severa de lepra, também conhecida como elefantíase-dos-gregos. Esta é conhecida algumas vezes como lepra negra, porque a pele fica enegrecida.
b. Qualquer que fosse a doença, parece claro que Jó sofreu com ela durante algum tempo e que foi muito séria e penosa. Alguns dos seus sintomas e efeitos podem ser deduzidos das passagens seguintes: 2:7-8, 12; 3:24-25; 7:4-5, 13-15; 19:17, 20; 30:17-18, 30.
c. Seus amigos quase não o reconheceram e o tratavam agora como pecador e merecedor dos castigos divinos e até sua mulher acreditava nisso e despresivelmente o tratou quando lhe disse para abandonar a DEUS e morrer
 
 
3. Saúde mental.
 
A prova agora não era o amor pelos filhos e a perca de bens materiais, mas a provação vinha na carne, no próprio corpo. Como será que reagiríamos se perdêssemos tudo o que possuímos de uma hora para outra?  
Culparíamos DEUS ou Satanás? Permaneceríamos crentes? Continuaríamos trabalhadores do evangelho e pelo evangelho, ou daríamos um tempo, ficando em casa com nossos problemas, sem procurar a solução em DEUS ? E se ficássemos doentes de repente? Qual seria nossa reação? Abandonaríamos a DEUS ou confiaríamos que por fim JESUS se levantaria em nosso auxílio e nos curaria? A prova de Jó era agora psicológica, aceitar o conselho da esposa e morrer sem DEUS, ou arriscar tudo por um DEUS que ainda não tinha visto e nem conhecia de perto e além de tudo permitia que ele passasse por tanta provação sem vir em seu socorro? Jó passou por isso tudo e saiu ileso em sua fé e no seu testemunho perante DEUS, Satanás e os Homens. 
 
 
Não há dúvida que, além do sofrimento físico, Jó também experimentou o sofrimento psicológico. Embora não haja nada no texto que nos permita dizer que ele entrou em depressão, não há como negar que Jó passou por uma grande tensão psicológica. Há vários textos no corpo do livro que permite fazer essa dedução, mas já no início da sua fala é possível perceber esse fato (Jó 3.1-14). Ainda que mantivesse sua fidelidade a DEUS, o patriarca amaldiçoou o dia de seu nascimento, não vendo mais razão para que fosse celebrado. Só debaixo de forte pressão psicológica é que pessoas chegam a tal ponto.
 
CONCLUSÃO
As Tragédias na Vida de Jó de Natureza Econômica vieram sem que ele esperasse. De repente, num dia só. Jó era um homem grande em todos os sentidos, riqueza, sabedoria, prosperidade, família, na esfera comercial e na esfera do campo. Os ataques de Satanás na esfera comercial se deram pelo roubo de seus animais (juntas de bois) e morte de parte  de seus funcionários, depois o ataque do Diabo veio na esfera do campo, com a queima das ovelhas e mais mortes de funcionários, depois no roubo de seus camelos e jumentas.
As Tragédias na Vida de Jó de Natureza familiar vieram também no mesmo dia. Primeiro sobre seus Filhos que foram todos dez mortos. Deppois veio sobre a esposa que ficou meio louca e deu conselhos a seu marido para amaldiçoar a DEUS e morrer. Fato é que Jó ficou arrasdado, mas não perdeu sua fé e integridade.
As Tragédias na Vida de Jó de Natureza física e psicológica vieram primeiro com uma doença que trazia chagas malignas em todo seu corpo e depois com a luta diária para tentar entender o que se passava, sem nunca blasfemar contra DEUS.
Jó passou pelos testes de tentação e provação. Tenhamos fé em DEUS e alegremos-nos na esperança, sejamos pacientes na tribulação, perseveremos na oração, JESUS está vindo nos buscar.
 
 
 
Lição antiga
Lição 3 - As Calamidades de Jó - 19/01/2003
 
Texto Áureo:
2 Co 4.8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; 9 perseguidos, mas não desamparados; abatidos, imas não destruídos;10 trazendo sempre por toda parte a mortificação do Senhor JESUS no nosso corpo, para que a vida de JESUS se manifeste também em nossos corpos.
ATRIBULADOS, MAS NÃO ANGUSTIADOS. Se experimentamos a presença de CRISTO e o seu poder em nossa vida, absolutamente nenhuma aflição, perturbação, enfermidade ou tragédia provocará nossa derrota espiritual. Quando as circunstâncias exteriores se tornam insuportáveis e nossos recursos humanos se esgotam, os recursos divinos nos são dados, para aumentar e desenvolver nossa fé, esperança e força. DEUS não abandonará seus filhos fiéis, em nenhuma circunstância (Rm 8.35-39; Hb 13.5).
         O cristão deve sempre estar disposto a passar o que preciso for para que o evangelho de nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO prevaleça sobre as trevas desse mundo mal. 
2 Co 5.14 "Porque o amor de CRISTO nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram."
 
Verdade Prática:
Quando as provações chegarem, não se desespere. DEUS está no controle de tudo...até do mais estranho e intenso sofrimento.
At 14.22 confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de DEUS.
POR MUITAS TRIBULAÇÕES. Aqueles que se dedicam a CRISTO como Senhor, e que um dia entrarão no reino do céu, hão de sofrer muitas tribulações ao longo do seu caminho. Por viverem em meio a um mundo hostil, têm que se engajar na guerra espiritual contra o pecado e o poder de Satanás (Ef 6.12; cf. Rm 8.17; 2 Ts 1.4-7; 2 Tm 2.12). Por outro lado, a vida verdadeiramente cristã é uma contínua batalha contra os poderes do mal. 
(1) Os que são fiéis a CRISTO, à sua Palavra e aos caminhos de justiça, terão problemas e aflições neste mundo (Jo 
16.33). Somente o crente morno ou de meio termo viverá em paz com este mundo (cf. Ap 3.14-17). 
(2) O presente mundo ímpio, bem como os falsos crentes, continuarão como adversários do evangelho de CRISTO até quando o Senhor derrubar o sistema maligno deste mundo, na sua vinda (Ap 19.20). Entrementes, a esperança do crente está reservada nos céus (Cl 1.5) e está já prestes para se revelar no último tempo (1 Pe 1.5). Sua esperança não consiste nesta vida, nem neste mundo, mas no aparecimento do seu Salvador para levá-lo para si (Jo 14.1-3; 1 Jo 3.2,3)
 
Leitura Diária:
 
Segunda - 1 Rs 17.10-12 - A aflição da viúva
Então, ele se levantou e se foi a Sarepta; e, chegando à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou e lhe disse: Traze-me, peço-te, numa vasilha um pouco de água que beba.
 
Terça - 2 Rs 4.8-37 - A Aflição de uma Mãe
8 Sucedeu também um dia que, indo Eliseu a Suném, havia ali uma mulher rica, a qual o reteve a comer pão; e sucedeu que todas as vezes que passava, ali se dirigia a comer pão.9 E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de DEUS.10 Façamos-lhe, pois, um pequeno quarto junto ao muro e ali lhe ponhamos uma cama, e uma mesa, 
e uma cadeira, e um candeeiro; e há de ser que, vindo ele a nós, para ali se retirará.11 E sucedeu um dia que veio ali, e retirou-se àquele quarto, e se deitou ali.12 Então, disse ao seu moço Geazi: Chama esta sunamita. E chamando-a ele, ela se pôs diante dele.
13 Porque lhe dissera: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com todo o desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei ou ao chefe do exército? E dissera ela: Eu habito no meio do meu povo.14 Então, disse ele: Que se há de fazer, pois, por ela? E Geazi disse: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho.15 Pelo que disse ele: Chama-a. E, chamando-a ele, ela se pôs à porta.16 E ele disse: A este tempo determinado, segundo o tempo da vida, abraçarás um filho. E disse ela: Não, meu senhor, homem de DEUS, não mintas à tua serva.17 E concebeu a mulher e deu à luz um filho, no tal tempo determinado, segundo o tempo da vida que Eliseu lhe dissera.18 E, crescendo o filho, sucedeu que, um dia, saiu para seu pai, que estava com os segadores.
19 E disse a seu pai: Ai! A minha cabeça! Ai! A minha cabeça! Então, disse a um moço: Leva-o a sua mãe.20 E ele o tomou e o levou a sua mãe; e esteve sobre os seus joelhos até ao meio-dia e morreu.21 E subiu ela e o deitou sobre a cama do homem de DEUS; e fechou sobre ele a porta e saiu.22 E chamou a seu marido e disse: Manda-me já um dos moços e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de DEUS e volte.23 E disse ele: Por que vais a ele hoje? Não é lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem.24 Então, albardou a jumenta e disse ao seu moço: Guia, e anda, e não te detenhas no caminhar, senão quando eu to disser.25 Partiu ela, pois, e veio ao homem de DEUS, ao monte Carmelo; e sucedeu que, vendo-a o homem de DEUS de longe, disse a Geazi, seu moço: Eis aí a sunamita.26 Agora, pois, corre-lhe ao encontro e dize-lhe: Vai bem contigo? Vai bem com teu marido? Vai bem com teu filho? E ela disse: Vai bem. 27 Chegando ela, pois, ao homem de DEUS, ao monte, pegou nos seus pés; mas chegou Geazi para a retirar; disse porém o homem de DEUS: Deixa-a, porque a sua alma nela está triste de amargura, e o SENHOR mo encobriu e não mo manifestou.
28 E disse ela: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes?29 E ele disse a Geazi: Cinge os teus lombos, e toma o meu bordão na tua mão, e vai; se encontrares alguém, não o saúdes; e, se alguém te saudar, não lhe respondas; e põe o meu bordão sobre o rosto do menino.30 Porém disse a mãe do menino: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que não te hei de deixar. 
Então, ele se levantou e a seguiu.31 E Geazi passou adiante deles e pôs o bordão sobre o rosto do menino; porém não havia nele 
voz nem sentido; e voltou a encontrar-se com ele e lhe trouxe aviso, dizendo: Não despertou o menino.32 E, chegando Eliseu àquela casa, eis que o menino jazia morto sobre a sua cama.33 Então, entrou ele, e fechou a porta sobre eles ambos, e orou ao SENHOR.34 E subiu, e deitou-se sobre o menino, e, pondo a sua boca sobre a boca dele, e os seus olhos sobre os olhos dele, e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu.35 Depois, voltou, e passeou naquela casa de uma parte para a outra, e tornou a subir, e se estendeu sobre pele; então, o menino espirrou sete vezes e o menino abriu os olhos.
36 Então, chamou a Geazi e disse: Chama essa sunamita. E chamou-a, e veio a ele. E disse ele: Toma o teu filho.
37 E veio ela, e se prostrou a seus pés, e se inclinou à terra; e tomou o seu filho e saiu.
INDO... A SUNÉM, HAVIA ALI UMA MULHER RICA... A narrativa dessa sunamita rica contém três episódios-chaves.: (1) DEUS abençoou essa mulher fiel, dando-lhe um filho (vv. 8-17). 
(2) DEUS a submeteu a uma prova severa quando permitiu que esse filho lhe fosse tirado (vv. 18-21). 
(3) DEUS restaurou a vida do filho, quando ela se manteve firme na promessa que DEUS lhe fizera (vv. 22-37). Muitas vezes, DEUS permite que seus fiéis enfrentem provações e aflições inexplicáveis (cf. Hb 11.17-40; Jó 1-2), mas posteriormente derrama sobre eles o amor, a graça e a compaixão, à medida que se mantêm firmes nEle, pela fé (Sl 25.10; Rm 8.28; Hb 11.6).
4.21 HOMEM DE DEUS. Eliseu era conhecido pelo povo de todas as camadas como "o homem de DEUS" (e.g., 4.9,16,22,25,27,40; 5.8; 6.6,9,10; 7.18; 8.4,8,11). O mais alto tributo que se pode prestar a um pastor é ser ele conhecido como um "homem de DEUS". Seguem-se cinco características desse "homem de DEUS". 
(1) Mantinha comunhão íntima e constante com DEUS. Conhecia a DEUS e era conhecido por Ele. 
(2) Era um homem santo, totalmente separado da lassidão religiosa e moral dos seus dias e dedicado ao Senhor DEUS de Israel. 
(3) Sentia, como DEUS, os pecados do povo do concerto e se opunha à maré de idolatria e de apostasia em Israel. 
(4) O ESPÍRITO do Senhor estava sobre ele e o capacitava a falar com autoridade espiritual, como representante de DEUS e a proclamar com fidelidade a palavra do Senhor.
(5) Como profeta de grande estatura espiritual e de muitos dons, seu ministério foi confirmado por DEUS com milagres e poderosos sinais.
 
Quarta - 2 Rs 4.42-44 - A Aflição de um servente
42 E um homem veio de Baal-Salisa, e trouxe ao homem de DEUS pães das primícias, vinte pães de cevada e espigas verdes na sua palha, e disse: Dá ao povo, para que coma.43 Porém seu servo disse: Como hei de eu pôr isso diante de cem homens? E disse ele: Dá-o ao povo, para que coma; porque assim diz o SENHOR: Comer-se-á, e sobejará.44 Então, lhos pôs diante, e comeram, e deixaram sobejos, conforme a palavra do SENHOR.
4.42 TROUXE AO HOMEM DE DEUS... PRIMÍCIAS. Certamente, o homem de Baal-Salisa não quis dar sua oferta aos sacerdotes e levitas corruptos (1 Rs 12.28-31). Pelo contrário, sendo um homem piedoso, trouxe sua oferta aos verdadeiros profetas do Senhor; aos que eram fiéis à sua palavra e aos preceitos do concerto.
Quinta - 2 Rs 20.1-11 - A Aflição de um Rei
1 Naqueles dias, adoeceu Ezequias de morte; e o profeta Isaías, filho de Amós, veio a ele e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Ordena a tua casa, porque morrerás e não viverás.2 Então, virou o rosto para a parede e orou ao SENHOR, dizendo: 3 Ah! SENHOR! bSê servido de te lembrar de que andei diante de ti em verdade e com o coração  perfeito e fiz o que era reto aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo.4 Sucedeu, pois, que, não havendo Isaías ainda saído do meio do pátio, veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo:5 Volta e dize a Ezequias, chefe do meu povo: Assim diz o SENHOR, DEUS de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que eu te sararei; ao terceiro dia subirás à Casa do SENHOR.6 E acrescentarei aos teus dias quinze anos e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; de ampararei esta cidade por amor de mim e por amor de Davi, meu servo.7 Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de figos. E a tomaram e a puseram sobre a chaga; e ele sarou.8 E Ezequias disse a Isaías: Qual é o sinal de que o SENHOR me sarará e de que, ao terceiro dia, subirei à Casa do SENHOR?9 E disse Isaías: Isto te será sinal, da parte do SENHOR, de que o SENHOR cumprirá a palavra que disse: Adiantar-se-á a sombra dez graus ou voltará dez graus atrás?10 Então, disse Ezequias: É fácil que a sombra decline dez graus; não aconteça isso, mas volte a sombra dez graus.11 Então, o profeta Isaías clamou ao SENHOR; he fez voltar a sombra dez graus, pelos graus que já tinha declinado no relógio de sol de Acaz.
38.1 MORRERÁS. Por intermédio de Isaías, DEUS predisse que Ezequias morreria como uma inevitável conseqüência física da sua enfermidade. Boa parte das profecias, no entanto, é condicional (e.g., ver Jr 18.7-10). Nos atos de DEUS não há engano (Hb 6.18), mas Ele pode mudar seus planos como resultado da nossa maneira de acatar a sua mensagem,. A mensagem de DEUS a Ezequias era uma declaração direta e inequívoca que expressava uma possibilidade. Mas, porque Ezequias correspondeu com oração sincera e com confiança na capacidade de DEUS, para curar sua doença física, Ele atendeu por misericórdia a sua oração e acrescentou quinze anos à sua vida.
38.5 OUVI A TUA ORAÇÃO. A declaração de DEUS no sentido de Ezequias preparar-se para a morte, e a oração que este fez a DEUS, (v. 2) oferece sugestões importantes em nosso relacionamento com Ele. 
(1) Nem todas as coisas que DEUS declara a respeito do futuro são terminantemente irrevogáveis (cf. Jn 3.1-10). Quando o crente é atingido por alguma tragédia, pode ter a certeza plena de que DEUS se importa com o que lhe acontece. Ele é compassivo e sensível ao que nos acontece. 
(2) As orações do crente têm um efeito sobre DEUS, sobre seus propósitos, e na realização do seu plano soberano. O que acontece, pois, na nossa vida ou na vida da igreja é determinado tanto pelo plano de DEUS como pelas nossas orações. Devemos sempre manter a convicção bíblica de que a oração, realmente, muda as coisas (vv. 4-7; cf. 1 Rs 21.29; Ez 33.13-16; Tg 5.14,15).
38.8 ASSIM, RECUOU O SOL DEZ GRAUS. Não se sabe exatamente como a sombra recuou dez graus no relógio de sol; o que está claro é que assim aconteceu, mediante a palavra poderosa de DEUS como um sinal profético a Ezequias, de que DEUS ouvira a sua oração e visto as suas lágrimas, e de que Ele o curaria.
 
Sexta - 2 Rs 1-6 - A Aflição de um Ajudante
1 E, depois da morte de Acabe, Moabe se revoltou contra Israel. 2 E caiu Acazias pelas grades de um quarto alto, que tinha em Samaria, e adoeceu; e enviou mensageiros e disse-lhes: Ide e perguntai a Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararei desta doença.3 Mas o anjo do SENHOR disse a Elias, o tisbita: Levanta-te, sobe para te encontrares com os mensageiros do rei de Samaria e dize-lhes: Porventura, não há DEUS em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom?4 E, por isso, assim diz o SENHOR: Da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás. Então, Elias partiu.5 E os mensageiros voltaram para o rei, e ele lhes disse: Que há, que voltastes?6 E eles lhe disseram: Um homem nos saiu ao encontro e nos disse: Ide, voltai para o rei que vos 
mandou e dizei-lhe: Assim diz o SENHOR: Porventura, não há DEUS em Israel, para que mandes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? Portanto, da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás.
 
Sábado: 2 Rs 5.1-13 - A Aflição de um Ajudante militar
1 E Naamã, chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor e de muito respeito; porque por ele o SENHOR dera livramento aos siros; e era este varão homem valoroso, porém leproso.2 E saíram tropas da Síria e da terra de Israel levaram presa uma menina, que ficou ao serviço da mulher de Naamã.3 E disse esta à sua senhora: Tomara que o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra.4 Então, entrou Naamã e o notificou a seu senhor, dizendo: Assim e assim falou a menina que é da terra de Israel.5 Então, disse o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. E foi e tomou na sua mão dez talentos de prata, e seis mil siclos de ouro, e dez mudas de vestes.6 E levou a carta ao rei de Israel, dizendo: Logo, em chegando a ti esta carta, saibas que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o restaures da sua lepra.
7 E sucedeu que, lendo o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes e disse: Sou eu DEUS, para matar e para vivificar, para que este envie a mim, para eu restaurar a um homem da sua lepra? Pelo que deveras notai, peço-vos, e vede que busca ocasião contra mim.
8 Sucedeu, porém, que, ouvindo Eliseu, homem de DEUS, que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel.9 Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e com o seu carro e parou à porta da casa de Eliseu.10 Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, 
e a tua carne te tornará, e ficarás purificado.11 Porém Naamã muito se indignou e se foi, dizendo: Eis que eu dizia comigo: Certamente ele sairá, por-se-á em pé, e invocará o nome do SENHOR, seu DEUS, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso.12 Não são, porventura, Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles e ficar purificado? E voltou-se e se foi com indignação.13 Então, chegaram-se a ele os seus servos, e lhe falaram, e disseram: Meu pai, se o profeta te dissera alguma grande coisa, porventura, não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te e 
ficarás purificado.
5.1 NAAMÃ. A história de Naamã demonstra a providência de DEUS (vv. 1-14), seu poder e sua graça redentores (vv. 15-19) e seu juízo contra o pecado (vv. 20-27). A narrativa destaca a verdade de que a graça e a salvação divinas não se limitavam a Israel, mas que Ele queria compadecer-se dos não-israelitas e levá-los a conhecer o único DEUS verdadeiro (ver Lc 4.18,19; 25-27).
5.10 LAVA-TE... NO JORDÃO. Eliseu mandou Naamã lavar-se nas águas turvas do rio Jordão como uma simples demonstração de humildade e de obediência. Além disso, ao fazer assim, Naamã acharia impossível atribuir a sua cura aos seres humanos ou a meios naturais. Tanto os israelitas, quanto os sírios sabiam que o Jordão não poderia curar lepra. Naamã precisava saber que a cura provinha milagrosamente da graça e do poder de DEUS, mediante a palavra do seu profeta.
5.13 LAVA-TE E FICARÁS PURIFICADO. Este trecho, juntamente com muitos outros do AT, aponta profeticamente para JESUS CRISTO, o prometido Messias de DEUS.
 
OBJETIVOS:
 
1- Descrever, segundo a lição, os tipos de calamidades que se abateram sobre Jó.
Calamidades sociais, Sobrenaturais, Meteorológicas, Física e Psicológica
 
2- Definir em que consistiu a Calamidade psicológica de Jó.
Apesar de sua esposa lhe sugerir que abandonasse a DEUS e desistisse da vida, permaneceu fiel a DEUS e íntegro, optando por esperar em seu redentor que por fim se levantou para auxiliá-lo e livrá-lo da morte, dando-lhe a recompensa de uma família melhor e um conhecimento de DEUS privilegiado.
 
Leitura Bíblica em Classe: Jó 1.13-22
13 E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito,14 que veio um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pasciam junto a eles;15 e eis que deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e eu somente escapei, para te trazer a nova.16 Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de DEUS caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para te trazer a nova.
17 Estando ainda este falando, veio outro e disse: Ordenando os caldeus três bandos, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e só eu escapei, para te trazer a nova.18 Estando ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,19 eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova.20 Então, Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou,21 e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu me o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR.22 Em tudo nisto Jó não pecou, nem atribuiu a DEUS falta alguma.
1.1 JÓ. Tudo indica que Jó viveu na época dos patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó, aproximadamente em 2100-1800 a.C.). A maioria dos eruditos crê que a terra de Uz ficava a sudeste da Palestina e do mar Morto, ou ao norte da Arábia (ver a introdução ao livro de Jó). Outros crêem que a terra de Uz ficava ao nordeste do mar da Galiléia, na direção de Damasco.
1.1 SINCERO, RETO E TEMENTE A DEUS; E DESVIAVA-SE DO MAL. 
(1) O temor de DEUS e o desviar-se do mal são o fundamento da vida irrepreensível e da retidão de Jó (cf. Pv 1.7). "Sincero" refere-se à integridade moral de Jó e à sua sincera dedicação a DEUS; "reto" denota retidão nas palavras, nos pensamentos e atos. 
(2) Esta declaração da retidão de Jó é reafirmada pelo próprio DEUS no versículo 8 e em 2.3 onde, claramente, se vê que DEUS, pela sua graça, pode redimir os seres humanos caídos, e torná-los genuinamente bons, retos e vitoriosos sobre o pecado. Esta declaração envergonha e expõe os erros do ensino evangélico modernista, o qual afirma que: (a) nenhum crente em CRISTO, mesmo com toda assistência do ESPÍRITO SANTO, pode ter a mínima esperança de ser irrepreensível e reto nesta vida; e 
(b) os crentes podem estar certos de que pecarão todos os dias, por palavras, pensamentos e obras, sem nenhuma esperança de vencer a carne nesta vida.
1.5 MEUS FILHOS. Como pai piedoso, Jó tinha muito zelo pelo bem-estar espiritual de seus filhos. Vivia atento à conduta e modo de vida deles, orando a DEUS para que os protegesse do mal e que experimentassem da parte de DEUS a salvação e suas bênçãos. Jó exemplifica o pai de coração voltado para os filhos, dedicando-lhes tempo e atenção necessários para mantê-los afastados do pecado (ver Lc 1.17)
1.6,7 SATANÁS. Antes da morte e da ressurreição de CRISTO, Satanás tinha acesso vez por outra à presença de DEUS, quando então questionava a sinceridade e retidão dos fiéis (ver 1.6-12; 2.1-6; 38.7; Ap 12.10). Por outro lado, a Bíblia não declara em nenhum lugar que Satanás tem acesso direto a DEUS na nova aliança (ver Mt 4.10), embora ele continue acusando os crentes. O crente pode eliminar essas acusações por meio do sangue de CRISTO, de uma boa consciência e da Palavra de DEUS (cf. Mt 4.3-11; Tg 4.7; Ap 12.11). Nossa confiança é reforçada pelo fato de termos como nosso Advogado perante o Pai o Senhor JESUS CRISTO (1 Jo 2.1), que está à sua destra, intercedendo por nós (Hb 7.25).
1.8 OBSERVASTE TU A MEU SERVO JÓ? A essa altura, o livro apresenta o conflito entre DEUS e o seu grande adversário, Satanás. DEUS aqui repta Satanás a observar em Jó o triunfo da graça e salvação divinas. Na vida deste seu servo fiel, DEUS demonstrou que seu plano de redimir a raça humana, do pecado e do mal, é exeqüível.
1.9 PORVENTURA, TEME JÓ A DEUS DEBALDE? Satanás reagiu ante a declaração de DEUS, de ser Jó um homem piedoso, e passou a acusar tanto a Jó quanto a DEUS. (1) Satanás questionou os motivos de Jó e, portanto, a veracidade da sua retidão, afirmando que o amor que Jó tinha a DEUS era realmente egoísta e que ele adorava a DEUS somente porque tirava proveito disso. Satanás deixou claro que o amor que Jó tinha a DEUS não era sincero. (2) Satanás insinuou, ainda, que DEUS era ingênuo, que se deixara enganar, e que obtivera a devoção de Jó 
mediante a concessão de bênçãos e suborno (vv. 10,11). Satanás concluiu que DEUS tinha falhado no seu propósito de reconciliar a raça humana consigo mesmo. Se DEUS deixasse de proteger Jó, e de lhe conceder riquezas, saúde e felicidade, ele (Jó) blasfemaria dEle na sua face! (v. 11).
1.10 CERCASTE. Posto que Satanás vem para roubar, matar e destruir (cf. Jo 10.10), DEUS coloca uma cerca de proteção em volta dos seus, para abrigá-los dos ataques de Satanás. Essa "cerca" é qual "muro de fogo" espiritual, de proteção para os fiéis de DEUS, de modo que Satanás não possa atingi-los. "E eu, diz o SENHOR, serei para ela [Jerusalém] um muro de fogo em redor" (Zc 2.5). (2) Todos os crentes que fielmente procuram amar a DEUS e seguir a direção do ESPÍRITO SANTO têm o direito de pedir e de esperar que DEUS mantenha esse muro de proteção ao seu redor e de suas respectivas famílias.
1.11 TOCA-LHE EM TUDO QUANTO TEM, E VERÁS SE NÃO BLASFEMA DE TI NA TUA 
FACE! Nos versículos 6-12 estão propostas as perguntas principais do livro. É possível o povo de DEUS amá-lo e servi-lo por causa daquilo que Ele é, e não apenas por causa das suas dádivas? O justo pode manter sua fé em DEUS e seu amor por Ele em meio a tragédias incompreensíveis e sofrimentos imerecidos?
1.12 SOMENTE CONTRA ELE NÃO ESTENDAS A TUA MÃO. DEUS permitiu a Satanás destruir os bens e os filhos de Jó; porém, Ele fixou um limite até onde Satanás podia ir e não lhe concedeu o poder de morte sobre Jó. Satanás lançou tempestades e pessoas violentas contra Jó (vv. 13-19).
1.16 FOGO DE DEUS. O "fogo de DEUS" é provavelmente uma expressão referente ao relâmpago (ver Nm 11.1; 1 Rs 18.38).
1.20 E SE LANÇOU EM TERRA, E ADOROU. Jó reagiu às fatalidades que lhe aconteceram, com intensa aflição; mas também, com humildade, submeteu-se a DEUS e continuou a adorá-lo em meio à mais severa adversidade (v. 21; 2.10). 
(1) Posteriormente, Jó reagiu à calamidade ininterrupta, revelando dúvida, ira e sentimento de isolamento de DEUS (7.11). Mesmo nesse período de trevas e de fé vacilante, Jó não se voltou contra DEUS, todavia expressou francamente diante dEle suas queixas e sentimentos.
(2) O livro de Jó demonstra como o crente fiel deve enfrentar os contratempos da vida. Embora possamos enfrentar sofrimentos severos e aflições inexplicáveis, devemos orar, pedindo graça para aceitar o que DEUS permitir que soframos, pedindo-lhe também a revelação e compreensão do seu significado. DEUS cuidará dos nossos confusos sentimentos e lamentos, se os levarmos a Ele - não com rebeldia, mas com sincera confiança nEle como um DEUS amoroso. 
(3) O livro revela que DEUS aceitou bem as indagações de Jó (38-41) e que, no final, declarou que Jó falara "o que era reto" (42.7).
 
 
INTRODUÇÃO:
É impressionante a fidelidade e a paciência de Jó. Mesmo passando por provas impossíveis de vencê-las ele se apóia em DEUS e crê que existe um Redentor(JESUS CRISTO) e que Este o livrará da angústia e lhe dará vitória.
A provação de Jó (1:13-22; 2:7-8)
1. Perda dos bens materiais.
2. Perda dos membros da família.
3. Perda da saúde.
 
I- CALAMIDADES SOCAIS
 
1- Quem Eram Os Sabeus?
Descendentes de Sebá, neto de Cam e bisneto de Noé. Território ao Norte da Etiópia. Eram pessoas de elevada estatura. Povo mais especializado e ousado em roubar gado na época de Jó.
 
2- Os Sabeus Atacam
Os sabeus ainda não tinham atacado os rebanhos de Jó porque DEUS protegia seus rebanhos, agora porém a proteção de DEUS havia sido retirada como forma de teste à fidelidade de Jó. DEUS provaria a Satanás e ao mundo inteiro, até a nossa geração que um crente fiel não se deixa abater por nada, principalmente por questões financeiras. 
 
3- Como Reagiríamos Nós?
 Quantos crentes estão participando de greves, arruaças, quebra-quebras, invasão de terras, brigas com vizinhos e coisas desse tipo? A falta de fé e de temor de DEUS leva-nos a esquecer das palavras de JESUS: Mt 5.40 e ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; e Mt 5.44 Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem.
Os filmes de hoje estão a destilar a violência e principalmente a falta de perdão, sempre a história dos filmes se resume em alguém que matou alguém da família de alguém que agora vai matar essa pessoa e levar a forra o que o mesmo fez com a sua.
 
 
II- CALAMIDADES SOBRENATURAIS
 Bolas Fogo e ondas de calor de repente invadem a fazenda de Jó, o caos se instala e tudo é devastado.
 Assim como em Sodoma e gomorra, parecia que não sobraria ninguém nem para contar a história, mas um dos empregados escapou para dar a má notícia. 
 
1- O Fenômeno
SODOMA E GOMORRA: Os arqueólogos descobriram que os povoados que ficavam nas montanhas em torno da área foram abruptamente abandonados no século 21 a.C. e permaneceram desocupados por muitos séculos. E mais: até hoje, a água das fontes que cercam o mar Morto são contaminadas por radioatividade, que segundo o I. M. Blake, em "A Cura de Josué e o Milagre de Eliseu", artigo publicado em The Palestine Exploration Quarterly, "é forte o bastante para provocar a esterilidade e outras enfermidades em homens e animais que a ingeriram por muitos anos seguidos".
[...] ... mas a cicatriz que essa destruição deixou na Terra PODE SER VISTA ATÉ HOJE ! É uma vasta cicatriz, tão imensa que só pode ser vista por inteiro do céu. Por isso sua existência só foi revelada no mundo recentemente, quando os satélites começaram a fotografar a Terra do espaço. Essa é uma marca para a qual nenhum cientista encontra explicação.
[...] O preto não é uma cor natural da península do Sinai, porque ali predominam a brancura do calcário e os tons avermelhados do arenito, que podem chegar ao marrom escuro mas jamais ao preto, pois este só é encontrado na natureza quando existe o basalto, que não ocorre naquela área.
No entanto, ali, na parte norte-noroeste da enigmática cicatriz, o solo é preto. Essa cor é provocada por milhares de pedacinhos de rocha enegrecida que espalham pela área como se tivessem sido atiradas por uma mão gigantesca.
Extraído do livro "As Guerras de Deuses e Homens" de Zecharia Sitchin.
 
2- O Prejuízo
Os Atos de DEUS para conosco, mesmo que muitas vezes não entendamos, são de profundo Amor, pois no futuro estaremos mais perto D' Ele. O prejuízo foi imenso, além da perca do rebanho, os empregados morreram e tudo virou cinzas. A desolação tomou o lugar das verdes pastagens e o horror caiu sobre o que restou para dar a notícia.
O mais  incrível é que depois da devastação e da prova de Jó se findar, esperava-se (como é natural) que aquela terra não mais produzisse vegetação e nem sobrevivência para famílias, como é o caso de Sodoma e Gomorra, mas ao invés disso, parece que DEUS recuperou o solo para dar a Jó uma fortuna em dobro, com muitos animais vivendo e comendo ali. Tudo é fácil para DEUS,ELE é o autor da vida!
 
 
III- CALAMIDADES METEOROLÓGICAS
 
1- O Tufão Que Matou Os Filhos De Jó
 Temos caso de tufão que matou mais de 800 pessoas e devastou toda uma região. 
Tufão: é o nome que se dá aos ciclones formados no sul da Ásia e na parte ocidental do Oceano Índico, entre julho e outubro. É o mesmo que furacão, só que na região equatorial do Oceano Pacífico. Os tufões surgem no mar da China e atingem o leste asiático.
Para ver mais sobre tufão entre em http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/2001-tufoes.shtml
  
 
Não estamos afirmando, mas pelas características do fenômeno que atingiu Jó e sua fazenda, podemos concluir que poderia ser um Tufão enviado por Satanás. Sobre poder de satanás sobre a natureza, tendo DEUS permitido veja 
Ap 13.13 E operava grandes sinais, de maneira que fazia até descer fogo do céu à terra, à vista dos homens;
 
A Bíblia diz que Jó se apartava do mal. Por que será que Jó e sua esposa não andavam nas festas dos filhos? O natural seria que Jó e sua esposa fossem convidados para essas festas e que lá estivessem e que fossem os mais honrados nessas festas, não é? ***Ef 6.1 Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. 2 Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa),3 para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.*** Parece que nesses versículos encontramos a resposta para o fim dos filhos de Jó.
 
2- DEUS e a Meteorologia
DEUS está no controle de tudo, mas aqui trata-se de uma provação de Jó, que DEUS permitiu a Satanás usar de seus poderes para que, no fim o nome de DEUS fosse exaltado e o homem fosse considerado justo pela fé no redentor que viria para dar livramento ao seu servo fiel. ("Eu sei que meu redentor vive, e que por fim se levantará")
 
 
IV- CALAMIDADE FÍSICA E PSICOLÓGICA
A prova agora não era o amor pelos filhos e a perca de bens materiais, mas a provação vinha na carne, no próprio corpo. Como será que reagiríamos se perdêssemos tudo o que possuímos de uma hora para outra?  
Culparíamos DEUS ou Satanás? Permaneceríamos crentes? Continuaríamos trabalhadores do evangelho e pelo evangelho, ou daríamos um tempo, ficando em casa com nossos problemas, sem procurar a solução em DEUS ? E se ficássemos doentes de repente? Qual seria nossa reação? Abandonaríamos a DEUS ou confiaríamos que por fim JESUS se levantaria em nosso auxílio e nos curaria? A prova de Jó era agora psicológica, aceitar o conselho da esposa e morrer sem DEUS, ou arriscar tudo por um DEUS que ainda não tinha visto e nem conhecia de perto e além de tudo permitia que ele passasse por tanta provação sem vir em seu socorro? Jó passou por isso tudo e saiu ileso em sua fé e no seu testemunho perante DEUS, Satanás e os Homens. 
 
1- A Doença De Jó
 Jó apresentava Sintomas de Elefantíase Lepra
 
 http://www.ajkj.med.br/lresumo.htm - Elefantíase                      
Lepra- http://www.bergen.kommune.no/byarkivet/Docs/nom1.htm 
 
 
a. Alguém poderia sugerir que a doença de Jó possa ter sido uma forma muito severa de lepra, também conhecida como elefantíase-dos-gregos. Esta é conhecida algumas vezes como lepra negra, porque a pele fica enegrecida.
b. Qualquer que fosse a doença, parece claro que Jó sofreu com ela durante algum tempo e que foi muito séria e penosa. Alguns dos seus sintomas e efeitos podem ser deduzidos das passagens seguintes: 2:7-8, 12; 3:24-25; 7:4-5, 13-15; 19:17, 20; 30:17-18, 30.
c. Seus amigos quase não o reconheceram e o tratavam agora como pecador e merecedor dos castigos divinos e até sua mulher acreditava nisso e despresivelmente o tratou quando disse-lhe para abandonar a DEUS e morrer.
 
 
CONCLUSÃO
Fé, temor, fidelidade e justiça, tudo estava testado e aprovado. Agora DEUS podia olhar para Satanás e dizer:
EU TENHO UM HOMEM NA TERRA QUE ME AMA E É FIEL, NÃO PORQUE EU LHE DEI ALGUMA COISA PARA QUE ME AMASSE, NÃO É POR INTERESSE, MAS POR AMOR, ESSE HOMEM É JÓ (UM ANTÍTIPO DE CRISTO).
 
 
 
Revista antiga da CPAD original
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - JOVENS E ADULTOS - 1º Trimestre de 2003
Título: O sofrimento dos justos e o seu propósito - Comentarista: Claudionor de Andrade  
Lição 6: O lugar do Diabo na provação de Jó - Data: 09 de Fevereiro de 2003
 
TEXTO ÁUREO
 “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o Diabo” (Hb 2.14).
 
VERDADE PRÁTICA
 Não podemos viver como se a nossa vida estivesse nas mãos do Diabo. Somente DEUS tem o absoluto comando de todas as coisas.
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jó 6.1-10.
 1 — Então, Jó respondeu e disse:2 — Oh! Se a minha mágoa retamente se pesasse, e a minha miséria juntamente se pusesse numa balança!3 — Porque, na verdade, mais pesada seria do que a areia dos mares; por isso é que as minhas palavras têm sido inconsideradas.4 — Porque as flechas do Todo-Poderoso estão em mim, e o seu ardente veneno, o bebe o meu espírito; os terrores de DEUS se armam contra mim.5 — Porventura, zurrará o jumento montês junto à relva? Ou berrará o boi junto ao seu pasto?6 — Ou comer-se-á sem sal o que é insípido? Ou haverá gosto na clara do ovo?7 — A minha alma recusa tocar em vossas palavras, pois são como a minha comida fastienta.8 — Quem dera que se cumprisse o meu desejo, e que DEUS me desse o que espero!9 — E que DEUS quisesse quebrantar-me, e soltasse a sua mão, e acabasse comigo!10 — Isto ainda seria a minha consolação e me refrigeraria no meu tormento, não me poupando ele; porque não repulsei as palavras do SANTO.
 
INTRODUÇÃO
 Ao contrário dos dramas produzidos pelos antigos gregos e romanos, o antagonista, no relato histórico e real de Jó, nem merece tal epíteto; é o personagem que menos significância possui. Tanto é que o patriarca, em todos os seus discursos, não se refere ao Diabo uma única vez. No entanto, o adversário existe, e a sua missão é matar, roubar e destruir (Jo 10.10). E não devemos menosprezar-lhe os ardis; combatamo-lo com a autoridade que temos na Palavra de DEUS.
Conquanto não ignorasse a existência de Satanás, sabia Jó perfeitamente que o maligno nada intentará contra os fiéis sem a expressa permissão do Todo-Poderoso. Por conseguinte, não temos de ficar ansiosos nem amedrontados: nossas vidas acham-se escondidas em CRISTO (Cl 3.3). Ainda que o mesmo inferno se levante contra nós, mal algum nos haverá de acometer sem que DEUS o permita. Aleluia!
 I. O DIABO INTROMETE-SE NAS REGIÕES CELESTES
 Jó é um dos livros da Bíblia que mais nos mostra como age o Diabo nas regiões celestes. Embora expulso de lá (Ez 28.16), apresenta-se ele, de quando em quando, diante do Senhor, a fim de acusar os santos. É o que inferimos de Apocalipse 12.10 e das porções de Jó que vimos estudando. A Palavra de DEUS declara, mas não esclarece, o mistério da permissão divina quanto ao acesso de Satanás às regiões celestiais. Certamente isso reflete o contido em Deuteronômio 29.29.
1. Satanás calunia Jó diante de DEUS. Em duas ocasiões distintas, imiscui-se o Diabo no céu para desafiar a DEUS quanto à fidelidade, à retidão e à postura de Jó (1.6; 2.1). Certamente o inimigo já vinha caluniando-o há bastante tempo por haver concluído fosse-lhe a integridade uma mera transação comercial. Ora, se o patriarca recebia tanto de DEUS, por que não lhe ser fiel? Então, recebe o adversário permissão do Senhor para destruir tudo quanto Jó possuía. E, assim, passa a arruinar o varão de Uz; num único dia, arruina-o completamente.
Como não conseguisse induzir Jó à apostasia, conclui o adversário que, cancerando-o do alto da cabeça à sola dos pés, iria o patriarca, indubitavelmente, blasfemar do santo nome de DEUS (Jó 2.4,5). Uma vez mais demonstra o Diabo pouco entender da atuação da natureza divina na vida de um homem que, sem reservas, entregara-se ao Senhor. Mesmo reduzido ao desprezo humano, Jó adora a DEUS (Jó 2.10).
2. Jó envergonha o adversário. Acredito que, desde o dilúvio, não havia o tentador ainda se deparado com alguém tão íntegro e reto quanto Jó. Seria possível um outro Abel? Um novo Enoque? Ou um sósia de Noé? Como o demônio estava enganado! Estava ali um homem com o amor e o desprendimento de Abel, com a resolução de Enoque e com a inteireza de Noé. Era o patriarca um dos varões mais piedosos de todos os tempos (Ez 14.20). Além disso, contava ele com o testemunho do próprio DEUS (Jó 2.3).
 II. JÓ TIRA SATANÁS DE CENA
 De uma feita, alguns literatos reunidos na universidade inglesa de Oxford, puseram-se a debater acerca do Livro de Jó. Entre outras coisas, disseram que somente um gênio semelhante ao de William Shakespeare poderia ter produzido uma obra semelhante àquela. Todavia, duas coisas intrigavam-nos. Ao contrário das peças de Shakespeare, tem o Livro de Jó um final surpreendentemente feliz. Além disso, como explicar o fato de o antagonista da história desaparecer logo no terceiro capítulo?
Outro dramaturgo trabalharia o antagonista até o epílogo. No entanto, o autor sagrado mostra que, mesmo com o Diabo fora de cena, a história não perde o ritmo nem o clímax. Ao contrário: ganha intensidade e beleza.
Após o capítulo dois, só temos uma inferência ao Diabo: “Então, um espírito passou por diante de mim; fez-me arrepiar os cabelos da minha carne; parou ele, mas não conheci a sua feição” (Jó 4.15,16). Esta observação, todavia, não é de Jó; pertence a Elifaz que, vindo para consolar o patriarca, fora influenciado pelo maligno para atribulá-lo.
Nenhuma referência faz Jó ao adversário. No auge da dor, atribui todo o seu sofrimento ao Todo-Poderoso:
“Porque as flechas do Todo-Poderoso estão em mim, e o seu ardente veneno, o bebe o meu espírito; os terrores de DEUS se armam contra mim. E que DEUS quisesse quebrantar-me, e soltasse a sua mão, e acabasse comigo! Isto ainda seria a minha consolação e me refrigeraria no meu tormento, não me poupando ele; porque não repulsei as palavras do SANTO” (Jó 6.4,9,10).
Jó estava ciente de que o Todo-Poderoso se achava no comando de quanto existe no Universo. E se o adversário investe-se contra os santos e, momentaneamente, prevalece, é porque o Senhor lho permite. Então, por que se ocupar com o inimigo se DEUS a tudo controla, inclusive o Diabo.
 III. A ATITUDE DE JÓ NÃO ERA DUALISTA
 Muitos são os crentes que, inconscientemente, professam o dualismo. Segundo esta doutrina, há no Universo duas forças opostas que se encontram em permanente conflito: o bem e o mal. Esta luta só haverá de chegar ao fim, quando o primeiro triunfar sobre todos os resquícios do segundo. Se nos afinarmos por esta teologia, estaremos acreditando que o Diabo é tão poderoso quanto DEUS. E se o Senhor ainda não o destruiu é porque não teve condições de fazê-lo.
1. DEUS é único. Em primeiro lugar, só há um Todo-Poderoso em todo o Universo: DEUS. Sendo Ele Único e Verdadeiro, criou tudo quanto existe, inclusive o ungido querubim que, por desviar-se da verdade, transformou-se no Diabo (Ez cap. 28). Quisesse DEUS, poderia havê-lo destruído no exato momento em que ele desafiou-o nos céus. O Senhor, porém, sendo a própria justiça, possui um tempo determinado para tratar com cada uma de suas criaturas morais. Que o Inimigo será lançado no lago de fogo, não há dúvida; todavia, haverá de sê-lo no momento apropriado até que todo o processo da justiça divina seja devidamente concluído (Mt 25.41; Ap 12.12; 20.10).
2. A luta contra o Diabo. O dualismo é carente de fundamentos porque, na verdade, quem tem de lutar contra Satanás não é DEUS, e, sim, os crentes (Tg 4.7). Nesta luta, entretanto, não estamos sós. O Senhor JESUS enviou o Consolador, a fim de confortar-nos em todo o transe (1Jo 4.4). E as armas espirituais que Ele nos colocou à disposição? (Ef 6.10-19).
3. A falácia do dualismo. Temos de nos haver com muito cuidado para não cairmos nas sutis ciladas do dualismo. Existe apenas um só DEUS subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO. Houvesse mais de um DEUS: o Bem e o Mal, como muitos o creem, ambos deixariam de ser DEUS, porque ambos mutuamente se excluiriam. Foi por isso que Jó ignorou o Diabo; este, apesar de ser chamado de o deus deste século, nunca foi DEUS nem jamais o será: não passa de uma criatura orgulhosa e soberba que, presumindo-se deus, levantou-se contra o Único e Verdadeiro DEUS. Mas, em breve, será ele lançado no lago de fogo. Quanto a nós, estaremos para sempre com o Senhor! Aleluia!
Satanás é chamado de “deus deste mundo” em 2Co 4.4; não do Universo; e “mundo”, nesta referência ( aion ), trata-se de uma era moral e dos seus padrões de procedimentos pecaminoso e ímpio.
 CONCLUSÃO 
Muitos são os crentes que, embora acreditem no DEUS Único e Verdadeiro, na prática são dualistas. Acham eles que DEUS se acha envolvido numa guerra cósmica e ininterrupta contra o adversário, e que, quando tiver condições, acabará por destruí-lo. Ora, quem tem de lutar contra o adversário somos nós, e o fazemos em nome de Nosso Senhor JESUS CRISTO (Hb 2.14). Ler Efésios 6.10-12, destacando o verso 10.
E o que dizer daqueles que temem os trabalhos de macumba? Supõem possuir o Diabo suficiente poder para arruinar a herança de CRISTO. Nenhuma dessas coisas tem valor algum contra o povo de DEUS: “Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel” (Nm 23.23). Assim como Balaão não conseguiu amaldiçoar a Israel, nenhum poder das trevas prevalecerá contra os que se escondem em CRISTO.
 
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
 Subsídio Teológico
 “No prólogo do livro de Jó, questiona o Senhor no tocante à fidelidade de seu servo. E o Senhor dá-lhe licença para infligir os mais indescritíveis sofrimentos ao patriarca, ainda que dentro de certos limites. E este livro revela como Jó busca a DEUS no meio das provações, e termina quando o Senhor lhe aparece de modo dramático (Jó 38). Por meio de uma série de perguntas, o Senhor leva Jó a aceitar o mistério da soberania divina sobre o mundo bem como sobre o mundo bem como sobre todos os assuntos da vida, por mais complexos que se mostrem. Só que, desta vez, o adversário não aparece. A verdade é que este não tem nenhum papel a desempenhar no Livro de Jó depois dos primeiros capítulos. Se Jó lutava, não era contra Satanás, mas com DEUS.
Mesmo assim, Satanás e as forças das trevas não funcionam como mansos animais de estimação nas cortes celestiais, nem meramente como ferramentas do Senhor para provar a humanidade. Tanto em Gênesis quanto no prólogo de Jó, o adversário levanta genuína oposição contra a vontade de DEUS à humanidade. O Livro de Daniel até retrata a batalha entre ‘o príncipe do reino da Pérsia’ e um mensageiro angelical enviado para ministrar ao profeta (Dn 10.13). Embora Daniel não tivesse nenhum papel a desempenhar na batalha, as forças sinistras, por trás do reino persa, levantam séria oposição contra a mensagem que DEUS lhe enviava. DEUS é soberano, mas essa soberania não elimina a oposição que Satanás move contra a sua vontade” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. CPAD, pp.203,204).
 
Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Stanley M. Horton (ed.), CPAD.
Fé Sob Fogo: Encontrando Força Para Enfrentar as Investidas de Satanás. S. J. Lawson, CPAD.
 
QUESTIONÁRIO
 1. O que fazia Satanás nas regiões celestes de acordo com o livro de Jó?
R. Acusava e desafiava a DEUS quanto à retidão e à fidelidade de Jó.
 2. Por que Jó não menciona uma única vez o adversário?
R. Porque Jó estava ciente de que tudo o que existe no Universo estava sob o comando de DEUS; atribuía o seu sofrimento ao Todo-Poderoso.
 3. O que é Dualismo?
R. Doutrina segundo a qual há no Universo duas forças opostas, em permanente conflito, o bem e o mal. Esta luta só terminará quando o bem triunfar sobre o mal.
 4. Por que o Dualismo é uma falsa doutrina?
R. Porque existe um só DEUS, que subsiste em três pessoas: o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO; as ações do adversário jamais podem ser comparadas ao poderio do Senhor.
 5. Quem deve lutar contra o Diabo? DEUS ou nós?
R. Nós, os crentes.
 
 
Texto Áureo
1- Complete:
"Em tudo somos atribulados, mas não ___________________________; perplexos, mas não ______________________; perseguidos, mas não __________________; abatidos, mas não _______________________ .2 Co 4.8-9
Verdade Prática:
2- Quem está no controle até do mais estranho e intenso sofrimento?
(     ) Eu     (     ) Meu Pastor     (     ) Os Crentes     (     ) DEUS
Tópico I - Calamidades Sociais
3- Qual foi a primeira calamidade que se abateu sobre Jó?
(     ) Conturbação social     (     ) Conturbação Material     (     ) Conturbação Espiritual
4- Qual o povo mais especializado e ousado em roubar gado na época de Jó?
(    ) Caldeus     (     ) Jebuseus     (     ) Sabeus     (     ) Hebreus     (     ) Heteus
5- Quem eram os sabeus? Coloque "V" de Verdadeiro ou "F'" de Falso:
(     ) Descendentes de Sebá, neto de Cam e bisneto de Noé.  (     ) Eram Judeus  (     ) Território ao sul da Etiópia.  (     ) Eram pessoas de elevada estatura  (     ) Pessoas de pequena estatura  (     ) Território ao Norte da Etiópia
6- Por que os sabeus ainda não tinham atacado os rebanhos de Jó?
(     ) Porque Jó tinha enormes cães     (     ) Porque Tinham medo de Jó  (     ) Porque DEUS protegia seus rebanhos
7- Como são os Atos de DEUS para conosco, mesmo que muitas vezes não entendamos?
(     ) De profundo Terror     (     ) De profundo Juízo      (     ) De profundo Amor
Tópico II - Calamidades Sobrenaturais
8- Do ponto de vista das pessoas que não conhecem a DEUS, de onde vêem as tragédias?
(     ) De Satanás     (     ) De DEUS      (      ) Dos Homens      (      ) Da Natureza mesmo
9- A que se assemelhava o fenômeno que ocorreu na Fazenda de Jó?
(     ) Ao Dilúvio     (     ) Ao Arrebatamento     (     ) Ao fogo que destruiu Sodoma e Gomorra
10- Além dos animais, o que mais Jó perdeu na invasão e destruição de suas posses?
(     ) Os Carros      (     ) Os Empregados     (      ) Os amigos
Tópico III - Calamidades Meteorológicas
11- Onde estavam os filhos de Jó na hora que se abateram as calamidades  sobre a Fazenda?
(     ) Cuidando dos animais     (      ) Cuidando dos Prédios     (     ) Numa Festa na casa do irmão mais velho.
12- O que aconteceu à casa em que estavam todos os filhos de Jó reunidos para festejarem?
(     ) Ficou toda iluminada     (     ) Foi totalmente destruída pelo vento    (     ) Caiu porque era velha
13- Porque somos crentes, quer dizer que as calamidades não nos atingirá jamais?
(     ) Sim     (      ) Não      (      ) Talvez      (      ) Não sei responder
Tópico IV - Calamidade Física e Psicológica
14- Mesmo sofrendo tantas calamidades, qual foi a reação de Jó?
(     ) Fugiu     (     ) Se desesperou     (      ) Reteve sua integridade     (     ) pôs-se a chorar
15- Na visão de Satanás qual seria a reação de Jó, se lhe tocasse na carne, ou seja, no corpo?
(     ) Negaria sua fé e blasfemaria de DEUS     (     ) Ficaria firme na sua fé      (     ) Fortaleceria sua fé
16- Qual seria a doença de Jó, sugerida por alguém?
(     ) O cólera       (     ) AIDS     (     ) Elefantíase     (     ) Doença de Chagas     (    ) Lepra
17- Como é descrita a doença de Jó, pela Bíblia? 
(     ) Câncer     (     ) Lepra      (      ) Chaga Maligna     (     ) Artrite
18- Qual instrumento Jó se utilizava para se coçar?
(    ) Uma Faca     (     ) Um pedaço de pau     (     ) Um caco de telha     (     ) Uma pedra
19- Por que os amigos de Jó não o reconheceram de imediato?
(      ) Seu corpo estava coberto de crosta e estava inchado  (     ) Tinha feito a Barba  (     ) Tinha cortado o cabelo  (     ) Estava a muito  tempo sem banhar-se
20- A doença de Jó era pior de que qual doença?
(     ) O cólera     (     ) AIDS    (     ) Doença de Chagas    (    ) Lepra     (     ) Câncer       (     ) Artrite
21- Qual a sugestão da esposa de Jó para aliviar-lhe a dor?
(     ) Lavar-se      (     ) Tomar analgésicos     (     ) Mergulhar sete vezes no Jordão     (     ) Matar-se
22- Complete:    --- Por causa de sua fé e paciência Jó pode:
Manter-se _______________________; não negou sua_________________, nem optou pelo _________________mais fácil: o _____________________.
23- A prova que DEUS nos submete às vezes resulta em que para nossa vida espiritual?
(     ) Desvio     (     ) Tristeza    (     ) Crescimento Espiritual e percepção do amor de DEUS.
 
 
Respostas do questionário você encontra estudando na lição
 
 
SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 4 - 4º TRIMESTRE DE 2010
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Revelar de que forma as tragédias que se abateram sobre Jó atingiram seus bens;
Explicar de que forma Jó teve sua família destroçada pelos ventos;
Demonstrar de que forma Jó teve sua saúde física e mental abalada.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Nesta lição veremos a calamidade que se abateu sobre a vida de Jó. A partir desse drama temos a oportunidade de refletir a respeito do sofrimento e o modelo de comportamento que o cristão deve ter para a própria vida diante das adversidades. A realidade de Jó, muitas vezes, pode tornar-se um espelho na vida de muitos cristãos. O que nos deve levar a reagir conforme o que o Senhor JESUS ensinou aos seus discípulos. Em nenhum momento nosso Senhor negou que teríamos sofrimento na vida. Nesse aspecto, a grande diferença entre quem tem confiança em CRISTO está na forma que se passa pelo caminho do sofrimento. Assim, Jó é um grande exemplo de fé e paciência para os cristãos.

PONTO CENTRAL - O sofrimento se abate sobre o justo.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - A tragédia de natureza econômica atingiu Jó tanto na esfera comercial quanto na esfera do campo.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
Como introdução a esta lição, sugerimos que você faça um breve resumo para a classe a respeito dos aspectos gerais do sofrimento de Jó, como o físico, social, emocional e espiritual. Para isso considere este pequeno fragmento textual: “O sofrimento de Jó era multifacetado. Era físico, social, emocional e espiritual. Estava em dor e tormento (13.25; 16.6; 30.17) e tinha grandes dificuldades (’amal, ‘tristeza’, ‘desgraça’, 3.10; palavra também usada em 4.8; 5.6,7; 11.16; 15.35). No âmbito físico, teve insônia (7.4), perdera peso (16.8), ficou com os olhos vermelhos e olheiras profundas (v.16), emagreceu (17.7; 19.20), tinha calafrios (21.6), dores nos ossos (30.17), a pele enegrecera e descascara (vv.28,30), tinha febre (v.30) e furúnculos que coçavam (2.7). Socialmente, as pessoas o rejeitavam. Zombavam e escarneciam (12.4; 16.10; 17.2,6), e até as crianças debochavam dele (30.1,9-11). Por isso, não tinha alegria (9.25; 30.31). Na sua angústia e amargura (7.11; 10.1), sentia que estava na escuridão (19.8; 30.26) e em desespero (6.14,20). Todos os amigos e parentes o abandonaram (19.17-29). Diante de DEUS, Jó estava espiritualmente sem esperança (14.13; 19.10). DEUS estava parado e aparentemente desinteressado em Jó (19.7; 30.20), embora o sofredor clamasse por ajuda (30.24,28)” (ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.300).

SÍNTESE DO TÓPICO II - Jó perdeu dez filhos em um só dia e sua esposa instou-lhe a abandonar a fé em DEUS.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP2
“Seus bens mais queridos e mais valiosos era os seus dez filhos; e, para concluir a tragédia, uma notícia lhe foi trazida ao mesmo tempo de que eles estavam mortos e enterrados em meio às ruínas da casa na qual festejavam, junto com todos os criados que os serviam, exceto um que veio rapidamente com essa notícia (vv.18,19). Esta foi a maior das perdas de Jó, e que o atingiu mais de perto; e por isso o Diabo a reservou para o final, para que se outras contrariedades falhassem, esta pudesse fazê-lo amaldiçoar a DEUS. Nossos filhos são partes de nós mesmos; é muito difícil separar-nos deles, e isso fere um bom homem de maneira mais profunda possível. Mas separar-se de todos eles de uma vez, e o fato de estarem todos mortos, sim, aqueles que haviam sido por tantos anos a sua preocupação e a sua esperança, era algo que o atingia realmente no âmago do seu ser” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.10).
SÍNTESE DO TÓPICO III - Além de perder bens e familiares, a tragédia atingiu a saúde física e mental de Jó.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP3
“[...] Foi o patriarca constrangido a suportar as dores mais terríveis e os piores desconfortos a que um ser humano jamais fora submetido. Entretanto, reteve a sua integridade. Muitos são os servos de DEUS que estão a sofrer as mais terríveis enfermidades. Uns, à semelhança de Ezequias, enfrentam um tumor maligno que, pouco a pouco, vão lhes consumindo as forças e o que lhes resta das humanas feições. Outros, como o Lázaro da história narrada pelo Senhor JESUS, jazem cobertos de uma chaga que os tornam repulsivos, embora espiritualmente sejam os mais puros dos homens. Outros, ainda, tal como o jovem pastor Timóteo, veem-se às voltas com uma doença no estômago que os fustiga com fortes ânsias” (ANDRADE, Claudionor de. Jó: O Problema do Sofrimento do Justo e o seu Propósito. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.85).
 
 
VOCABULÁRIO
Eufemismo: Palavra, locução ou acepção mais agradável, de que se lança mão para suavizar ou minimizar o peso literal de outra palavra.

PARA REFLETIR - A respeito de “O Drama de Jó”, responda:
Como eram medidas a riqueza e prosperidade de Jó? Eram medidas pela grande quantidade de animais e servos a serviço de Jó.
Qual era o principal negócio de Jó? A atividade do campo era, sem dúvida, o principal negócio de Jó.
Jó perdeu quantos filhos em um só dia? Dez filhos.
Após tocar nos bens e na família de Jó, em qual área o Diabo tem permissão para tocar? O Adversário tem a permissão divina para tocar na saúde de Jó.
Segundo a lição, qual sofrimento Jó experimentou além do físico? Não há dúvida, que além do sofrimento físico, Jó também experimentou o sofrimento psicológico.


SUGESTÃO DE LEITURA


O Poder do Sofrimento
Onde está DEUS? É o que perguntam os que passam por grandes provações. O autor descobriu uma impressionante resposta.

A Mulher e a Saúde Emocional
Aprenda a manter casa, família, trabalho, vida espiritual, igreja, saúde e beleza em equilíbrio debaixo da vontade de DEUS

Porque coisas ruins acontecem se DEUS é bom
Como aceitar que existe um DEUS amoroso se ele permite tragédias pessoais e calamidades do mundo?

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Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 83, p. 38. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
 

 

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LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS - 4º Trimestre de 2020

Título: A fragilidade humana e a soberania divina — O sofrimento e a restauração de Jó - Comentarista: José Gonçalves

Lição 4: O drama de Jó - Data: 25 de Outubro de 2020

 

 

TEXTO ÁUREO

“E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR” (Jó 1.21).

 

VERDADE PRÁTICA

A despeito das grandes provações que se abatem em nossa vida, à luz do exemplo de Jó, devemos permanecer fiéis ao Senhor.

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jó 1.13-22; 2.6-8.

Jó 1

13 — E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito,

14 — que veio um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pasciam junto a eles;

15 — e eis que deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e eu somente escapei, para te trazer a nova.

16 — Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para te trazer a nova.

17 — Estando ainda este falando, veio outro e disse: Ordenando os caldeus três bandos, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e só eu escapei, para te trazer a nova.

18 — Estando ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,

19 — eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova.

20 — Então, Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou,

21 — e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR.

22 — Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.

Jó 2

6 — E disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está na tua mão; poupa, porém, a sua vida.

7 — Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto do cabeça.

8 — E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza.

 

HINOS SUGERIDOS

153, 342 e 440 da Harpa Cristã.

 

OBJETIVO GERAL

Mostrar que Jó manteve sua fidelidade a Deus.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

I. Revelar de que forma as tragédias que se abateram sobre Jó atingiram seus bens;

II. Explicar de que forma Jó teve sua família destroçada pelos ventos;

III. Demonstrar de que forma Jó teve sua saúde física e mental abalada.

 

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Nesta lição veremos a calamidade que se abateu sobre a vida de Jó. A partir desse drama temos a oportunidade de refletir a respeito do sofrimento e o modelo de comportamento que o cristão deve ter para a própria vida diante das adversidades. A realidade de Jó, muitas vezes, pode tornar-se um espelho na vida de muitos cristãos. O que nos deve levar a reagir conforme o que o Senhor Jesus ensinou aos seus discípulos. Em nenhum momento nosso Senhor negou que teríamos sofrimento na vida. Nesse aspecto, a grande diferença entre quem tem confiança em Cristo está na forma que se passa pelo caminho do sofrimento. Assim, Jó é um grande exemplo de fé e paciência para os cristãos.

 

 

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A provação de Jó fez com que sua vida se tornasse um verdadeiro drama. Nem mesmo os mais aclamados cineastas seriam capazes de dramatizar algo semelhante. Da condição de homem mais rico e admirado do Oriente, ele tornou-se, não apenas um pobre moribundo, mas, na visão de seus amigos, “um pecador revoltado e arrogante”.

De uma vida abastada, piedosa e fraternalmente estruturada, Jó mergulhou em um mar de calamidades. De repente tudo se desmoronou. Os rebanhos foram roubados e dizimados; os empregados foram assassinados e, outros, mortos em desastres aparentemente naturais; os filhos, seu bem mais precioso, morreram. Cenas difíceis de esquecer! Refletir sobre como Jó reagiu a tudo isso é o objetivo dessa lição.

 

PONTO CENTRAL

O sofrimento se abate sobre o justo.

 

I. TRAGÉDIA DE NATUREZA ECONÔMICA

1. O sucesso na esfera comercial. 

O autor sagrado já havia sublinhado que Jó era “maior de todos os do Oriente” (Jó 1.3). O respeito, a admiração, a riqueza e a prosperidade do homem de Uz contribuíram para a construção dessa imagem. O autor já havia destacado a riqueza e a prosperidade de Jó, medidas pela grande quantidade de animais e servos a serviço dele. O comércio e a atividade do campo eram suas principais atividades. Devido à sua grande riqueza, não são poucos os autores que igualam Jó a grandes industriais e empresários contemporâneos. Enquanto as ovelhas proporcionavam lã para a produção têxtil, por outro lado os camelos e jumentas estavam a serviço do transporte de cargas. Dessa forma, Jó se destacava no Oriente como um homem de negócios.

2. O sucesso na esfera do campo. 

A atividade do campo era, sem dúvida, o principal negócio de Jó. O fato de que ele tinha tantas juntas de bois a seu serviço demonstra que ele era um agricultor que possuía uma grande extensão de terras, e não um nômade como alguns autores supõem. Estudiosos destacam o fato de que a palavra hebraica ’abuddah , encontrada somente em Jó e em Gênesis 26.14, é uma referência direta à lavoura e ao cultivo da terra. Os bois, e da mesma forma as ovelhas, ofereciam a proteína animal. As ovelhas, juntamente com as jumentas, alimentavam a produção de laticínios. Isso fazia de Jó um verdadeiro empreendedor no sentido moderno do termo.

3. O ataque do Diabo na esfera comercial. 

Satanás atingiu o centro das atividades comerciais do patriarca. O Adversário procurou retirar aquilo que, graças ao trabalho duro, Jó havia conquistado. Assim, destruiu os animais e o pessoal a serviço dele, desestabilizando-o financeiramente. Seu negócio foi à bancarrota. Sem animais de carga, o transporte estava prejudicado.

4. O ataque do Diabo na esfera do campo. 

Da mesma forma que atingiu os negócios de Jó na esfera comercial, Satanás o atingiu também na esfera do campo. Destruindo a sua fonte de produção de proteínas e laticínios, o Diabo atingiu em cheio toda a fonte de sua riqueza. Era preciso muito equilíbrio para não se desesperar diante de um quadro tão sombrio.

Aqui é necessário fazer uma ponderação. Evidentemente que nem sempre o empreendimento de alguém quebra por investidura de uma ação maligna direta; muitas vezes é apenas um mau gerenciamento ou até mesmo consequência de uma crise de mercado. Todavia, no caso de Jó, foi uma ação maligna e em muitos casos hoje também o é.

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

A tragédia de natureza econômica atingiu Jó tanto na esfera comercial quanto na esfera do campo.

 

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO—PEDAGÓGICO

 Como introdução a esta lição, sugerimos que você faça um breve resumo para a classe a respeito dos aspectos gerais do sofrimento de Jó, como físico, social, emocional e espiritual. Para isso, considere este pequeno fragmento textual: “O sofrimento de Jó era multifacetado. Era físico, social, emocional e espiritual. Estava em dor e tormento (13.25; 16.6; 30.17) e tinha grandes dificuldades ( ’amal , ‘tristeza’, ‘desgraça’, 3.10; palavra também usada em 4.8; 5.6,7; 11.16; 15.35). No âmbito físico, teve insônia (7.4), perdera peso (16.8), ficou com os olhos vermelhos e olheiras profundas (v.16), emagreceu (17.7; 19.20), tinha calafrios (21.6), dores nos ossos (30.17), a pele enegrecera e descascara (vv.28,30), tinha febre (v.30) e furúnculos que coçavam (2.7). Socialmente, as pessoas o rejeitaram. Zombavam e escarneciam (12.4; 16.10; 17.2,6), e até as crianças debochavam dele (30.1,9-11). Por isso, não tinha alegria (9.25; 30.31). Na sua angústia e amargura (7.11; 10.1), sentia que estava na escuridão (19.8; 30.26) e em desespero (6.14,20). Todos os amigos e parentes o abandonaram (19.17-29). Diante de Deus, Jó estava espiritualmente sem esperança (14.13; 19.10). Deus estava parado e aparentemente desinteressado em Jó (19.7; 30.20), embora o sofredor clamasse por ajuda (30.24,28)” (ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.300).

 

 

II. TRAGÉDIA DE NATUREZA FAMILIAR

1. Filhos. 

A tragédia que se abateu sobre Jó foi de fato catastrófica. Ele perdeu em um só dia seus dez filhos de forma calamitosa — sete filhos e três filhas. O texto sagrado diz: “Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito, eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram” (vv.18,19). Não haveria nada mais trágico do que esse acontecimento. Perder um filho é calamitoso, mas perder todos de forma inexplicável é nefasto.

2. Esposa. 

A frase “Amaldiçoa a Deus e morre” (Jó 2.9), atribuída à esposa de Jó, é uma das mais chocantes do livro. Talvez por isso seja objeto de várias explicações. Muitos autores tentam suavizá-la quando a interpretam como sendo uma ironia feita pela esposa de Jó. Nesse caso ela, de fato, estaria dizendo: “Você continua aí com essa sua fé enquanto tudo desmorona à sua volta. Por que tudo isso? Deixe de lutar por isso e aceite a morte”.

Outros procuram atribuir um sentido ao texto o qual ele não tem. Para estes, a esposa de Jó não estava mandando amaldiçoar a Deus, mas orientando Jó a louvá-lo e morrer em paz. No entanto, as evidências do texto depõem contra esse entendimento. A reação de Jó, ao dizer que sua esposa falava como qualquer louca, confirma esse fato.

3. O fato. 

Um vento forte soprou sobre a família de Jó, devastando-a. Ainda hoje, “fortes ventos” continuam a “soprar” em famílias inteiras. O resultado desses “ventos” é a degradação familiar, divórcios, drogas etc. A exemplo de Jó, o crente deve se refugiar em Deus. É preciso que a família abra a Bíblia em casa e busque o Senhor em estudo e devoção.

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II)

Jó perdeu dez filhos em um só dia e sua esposa instou-lhe a abandonar a fé em Deus.

 

 

SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO

  “Seus bens mais queridos e mais valiosos era os seus dez filhos; e, para concluir a tragédia, uma notícia lhe foi trazida ao mesmo tempo de que eles estavam mortos e enterrados em meio às ruínas da casa na qual festejavam, junto com os criados que os serviam, exceto um que veio rapidamente com essa notícia (vv.18,19). Esta foi a maior das perdas de Jó, e que o atingiu mais de perto: e por isso o Diabo a reservou para o final, para que se outras contrariedades falhassem, esta pudesse fazê-lo amaldiçoar a Deus. Nossos filhos são partes de nós mesmos; é muito difícil separar-nos deles, e isso fere um bom homem de maneira mais profunda possível. Mas separar-se de todos eles de uma vez, e o fato de estarem todos mortos, sim, aqueles que haviam sido por tantos anos a sua preocupação e a sua esperança, era algo que o atingia realmente no âmago do seu ser” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.10).

 

                                                                  

III. TRAGÉDIA DE NATUREZA FÍSICA E PSICOLÓGICA

1. O Diabo toca na saúde de Jó. 

Depois que o Diabo viu o seu plano fracassar, pois o patriarca não sucumbiu à tentação, mesmo diante da dizimação de seus bens e familiares, o Adversário agora tem a permissão divina para tocar na saúde de Jó. Essa nova prova é um drama muito distinto na literatura do Antigo Testamento. Ela dará a tônica ao restante do livro.

2. Saúde física. 

O texto sagrado diz que o Diabo “feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça.” (Jó 2.6,7). Tratava-se de uma doença extremamente maligna, capaz de provocar um grande sofrimento em Jó, a ponto de este sentar-se nas cinzas e pegar um caco de barro para com ele raspar as feridas. Essa era uma prática que o homem antigo adotava quando se via acometido de uma grande desgraça. Ele ia para o monte de cinzas (hb. mazbala ), um local considerado imundo, onde os inválidos e dementes costumavam ficar. Ali ele esperava a morte entre cães, insetos e aves de rapina. Trágico!

3. Saúde mental. 

Não há dúvida que, além do sofrimento físico, Jó também experimentou o sofrimento psicológico. Embora não haja nada no texto que nos permita dizer que ele entrou em depressão, não há como negar que Jó passou por uma grande tensão psicológica. Há vários textos no corpo do livro que permite fazer essa dedução, mas já no início da sua fala é possível perceber esse fato (Jó 3.1-14). Ainda que mantivesse sua fidelidade a Deus, o patriarca amaldiçoou o dia de seu nascimento, não vendo mais razão para que fosse celebrado. Só debaixo de forte pressão psicológica é que pessoas chegam a tal ponto.

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

Além de perder bens e familiares, a tragédia atingiu a saúde física e mental de Jó.

 

 

SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO

 “[…] Foi o patriarca constrangido a suportar as dores mais terríveis e os piores desconfortos a que um ser humano jamais fora submetido. Entretanto, reteve a sua integridade. Muitos são os servos de Deus que estão a sofrer as mais terríveis enfermidades. Uns, à semelhança de Ezequias, enfrentam um tumor maligno que, pouco a pouco, vão lhes consumindo as forças e o que lhes resta das humanas feições. Outros, como Lázaro da história narrada pelo Senhor Jesus, jazem cobertos de uma chaga que os tornam repulsivos, embora espiritualmente sejam os mais puros dos homens. Outros, ainda, tal como o jovem Timóteo, veem-se às voltas com uma doença no estômago que os fustiga com forte ânsias” (ANDRADE, Claudionor de. Jó: O problema do sofrimento do justo e o seu propósito. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.85).

 

 

CONCLUSÃO

 Nesta lição vimos o drama de Jó, que foi provado de uma forma dura no seu trabalho, família e saúde. Somente um homem com uma fé inabalável mantém sua lucidez diante de tantas catástrofes. Somente o Senhor pode manter o fiel de pé diante de calamidades dessa natureza. O Diabo chegou ao ponto máximo de pressão contra Jó, mas não conseguiu executar o seu intento. O patriarca permaneceu de pé diante da provação.

 

VOCABULÁRIO

 Eufemismo: Palavra, locução ou acepção mais agradável, de que se lança mão para suavizar ou minimizar o peso literal de outra palavra.

 

PARA REFLETIR

 A respeito de “O Drama de Jó”, responda:

Como eram medidas a riqueza e prosperidade de Jó?

Eram medidas pela grande quantidade de animais e servos a serviço de Jó.

 Qual era o principal negócio de Jó?

A atividade do campo era, sem dúvida, o principal negócio de Jó.

 Jó perdeu quantos filhos em um só dia?

Dez filhos.

 Após tocar nos bens e na família de Jó, em qual área o Diabo tem permissão para tocar?

O Adversário tem a permissão divina para tocar na saúde de Jó.

 Segundo a lição, qual sofrimento Jó experimentou além do físico?

Não há dúvida, que além do sofrimento físico, Jó também experimentou o sofrimento psicológico.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 O DRAMA DE JÓ

 Não há nada semelhante ao que foi descrito no Livro de Jó. Trata-se de uma calamidade de proporções inimagináveis sobre o indivíduo. De um homem rico e admirável, Jó tornou-se pobre; de uma família sólida, a uma família dizimada; de homem saudável, a um homem gravemente enfermo. Toda a vida de Jó foi mergulhada num mar de calamidades sem precedentes.

 

Resumo da lição

Objetivo geral desta lição é mostrar o drama de Jó e, ao mesmo tempo, sua fidelidade a Deus. Três são os objetivos específicos na lição a fim de atingir o objetivo geral.

O primeiro, revelar de que forma as tragédias que se abateram sobre Jó atingiram seus bens. Para isso, o primeiro tópico descreverá o sucesso de Jó na esfera comercial, mostrando o quanto ele era bem-sucedido nessa esfera. Também mostrará o sucesso do patriarca na esfera do campo, o número de animais e produção agrícola. Em seguida, há a descrição da ação de Satanás na destruição de todas as riquezas de Jó. O sofrimento acabara de bater às portas do homem de Uz.

O segundo objetivo específico, explicar de que forma Jó teve sua família destroçada pelos ventos. Para isso, o segundo tópico descreve a perda dos seus dez filhos. Um fato catastrófico. Depois, o fato de a sua esposa, devastada pelos acontecimentos, pedir que Jó desistisse da vida. O desespero e aflição predominavam no interior daquela mulher.

O terceiro objetivo específico, demonstrar de que forma Jó teve sua saúde física e mental abalada pelos fatos que lhe sucederam. Razão pela qual o último tópico mostra o toque do Diabo na saúde de Jó. O patriarca de Uz teve tanto sua saúde física quanto mental atingida. O que fica claro que, diante do sofrimento, o ser humano inteiro é atingido. Portanto, sim, o livro nos mostra que o sofrimento se abate sobre o justo.

 

Aplicação

Ao final desta lição, podemos fazer uma reflexão com a classe quanto à exposição de todo cristão ao sofrimento. É importante mostrar aos alunos que os cristãos não vivem numa espécie de “bolha”, em que nada desagradável acontece com eles. Infelizmente, devido a população de teologias triunfalistas, muitos pensam que o cristão não pode ter doenças no corpo, na alma ou prejuízos financeiros. Nesse sentido, a Palavra de Deus esclarece quanto a realidade do cristão no mundo.

 

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LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS - 4º Trimestre de 2020

Título: A fragilidade humana e a soberania divina — O sofrimento e a restauração de Jó - Comentarista: José Gonçalves

Lição 5: O lamento de Jó - Data: 01 de Novembro de 2020

 

 

TEXTO ÁUREO

“Porque antes do meu pão vem o meu suspiro; e os meus gemidos se derramam como água” (Jó 3.24).

 

VERDADE PRÁTICA

O sofrimento pode nos levar a situação de extrema angústia, mas não devemos perder a esperança no agir de Deus.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Jó 3.1-4 Jó lamenta pelo dia de seu nascimento

Terça — Jó 3.5-7 Jó prefere que o dia de seu nascimento seja marcado pelas “densas trevas”

Quarta — Jó 3.8-10 Que a luz não resplandecesse e ele não olhasse para o sofrimento

Quinta — Jó 3.11-15 Jó lamenta por não ter morrido no dia do seu nascimento

Sexta — Jó 3.16-22 Jó deseja ser como um “aborto oculto” e não ver a luz

Sábado — Jó 3.23-26 O que Jó temia, lhe sobreveio, o que ele receava lhe aconteceu

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jó 3.1-26.

1 — Depois disto, abriu Jó a boca e amaldiçoou o seu dia.

2 — E Jó, falando, disse:

3 — Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se disse: Foi concebido um homem!

4 — Converta-se aquele dia em trevas; e Deus, lá de cima, não tenha cuidado dele, nem resplandeça sobre ele a luz!

5 — Contaminem-no as trevas e a sombra da morte; habitem sobre ele nuvens; negros vapores do dia o espantem!

6 — A escuridão tome aquela noite, e não se goze entre os dias do ano, e não entre no número dos meses!

7 — Ah! Que solitária seja aquela noite e suave música não entre nela!

8 — Amaldiçoem-na aqueles que amaldiçoam o dia, que estão prontos para fazer correr o seu pranto.

9 — Escureçam-se as estrelas do seu crepúsculo; que espere a luz, e não venha; e não veja as pestanas dos olhos da alva!

10 — Porquanto não fechou as portas do ventre, nem escondeu dos meus olhos a canseira.

11 — Por que não morri eu desde a madre e, em saindo do ventre, não expirei?

12 — Por que me receberam os joelhos? E por que os peitos, para que mamasse?

13 — Porque já agora jazeria e repousaria; dormiria, e, então, haveria repouso para mim,

14 — com os reis e conselheiros da terra que para si edificavam casas nos lugares assolados,

15 — ou com os príncipes que tinham ouro, que enchiam as suas casas de prata;

16 — ou, como aborto oculto, não existiria; como os crianças que nunca viram o luz.

17 — Ali, os maus cessam de perturbar; e, ali, repousam os cansados.

18 — Ali, os presos juntamente repousam e não ouvem a voz do exator.

19 — Ali, está o pequeno e o grande, e o servo fica livre de seu senhor.

20 — Por que se dá luz ao miserável, e vida aos amargurados de ânimo,

21 — que esperam o morte, e ela não vem; e cavam em procura dela mais do que de tesouros ocultos;

22 — que de alegria saltam, e exultam, achando a sepultura?

23 — Por que se dá luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus o encobriu?

24 — Porque antes do meu pão vem o meu suspiro; e os meus gemidos se derramam como água.

25 — Porque o que eu temia me veio, e o que receava me aconteceu.

26 — Nunca estive descansado, nem sosseguei, nem repousei, mas veio sobre mim a perturbação.

 

HINOS SUGERIDOS

256, 271 e 578 da Harpa Cristã.

 

OBJETIVO GERAL

Explicar que Jó era humano e como tal tinha todo o direito de extravasar seus sentimentos, não sendo recriminado por Deus por isso.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

I. Esclarecer que a angústia de Jó fez com que ele desejasse a morte como um escape;

II. Aclarar o desejo de Jó em ser como um abortivo;

III. Pontuar que Jó representa os que, em situação desesperadora, não veem nenhuma luz no fim do túnel.

 

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

A lição desta semana esclarece que Jó desejou intensamente a morte. Ao desejá-la, o patriarca tem como objetivo dar fim ao ciclo de sofrimento que Satanás lhe impôs. Constataremos nesta lição que, apesar de ele desejar morrer, não buscou o suicídio. Nesse aspecto, a vida de Jó nos passa uma mensagem muito importante, mostrando-nos que, mesmo diante do mais terrível sofrimento, o patriarca não ousou entrar numa “jurisdição” que pertence somente a Deus. Ele, indiretamente, nos transmite a importante mensagem de que o único que pode decidir acerca do início e do fim da vida é o Deus Altíssimo.

 

 

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Na lição anterior vimos de perto o drama vivido por Jó. Uma série de calamidades se abateu sobre ele de forma catastrófica. Do estado de riqueza e prosperidade, Jó passou a viver na adversidade; seus amigos foram para consolá-lo, mas ficaram sem palavras ao contemplarem seu debilitado estado de saúde. Entretanto, depois de sete dias, ele rompeu o silêncio com um lamento que veio do fundo da alma. Nesse lamento Jó mirou o dia de seu nascimento e, através de três perguntas, desabafou tudo o que sentia naquele momento: Por que nasci? Por que não nasci morto? Por que ainda continuo vivendo?

Nesta lição veremos a reação humana diante do sofrimento. Perceberemos que não há qualquer indício de que Satanás tivesse alcançado êxito diante de Jó. Na perspectiva do patriarca, se Deus era a causa de sua vida, deveria também ser a causa de sua morte, pois se dEle vinha o bem, também deveria vir o mal.

 

 

PONTO CENTRAL

O lamento de Jó revela toda sua dor como ser humano.

 

I. PRIMEIRO LAMENTO DE JÓ: POR QUE NASCI? (3.1-10)

1. “Por que nasci?”. 

A dor de Jó era profunda e somente a poesia podia expressar toda a carga emocional vivida por ele. Nesse poema, os dez primeiros versículos do capítulo três são a respeito do primeiro questionamento de Jó: Por que nasci? Esse questionamento sai do íntimo de Jó, assim como ocorre com a alma do salmista (130.1). Da mesma forma, o profeta Jeremias expôs os sentimentos diante de seus conflitos (Jr 20.14-18). Nesse sentido, o patriarca não está sozinho em lamentar diante da dor.

2. Que em lugar da memória viesse o esquecimento. 

Neste momento de dor, Jó não amaldiçoou a Deus, como Satanás previra; em vez disso, amaldiçoou o dia de seu nascimento. No lugar de ser ocasião de grande celebração pelo dia do nascimento de criança, Jó amaldiçoou esse dia por ocasião do grande sofrimento e decepção. Para o homem de Uz, esse dia teria de ser apagado da memória. Não é assim que muitas vezes nos sentimos? Um dia em que tudo foi mal e temos desejo de nunca mais lembrá-lo.

3. Que em vez da ordem viesse o caos. 

Mencionamos o desejo de Jó para que o dia de seu nascimento não tivesse entrado no calendário e, que dessa forma, tanto esse dia como essa noite jamais tivessem existido. No lugar da luz que raiou por ocasião do nascimento dele, e que revelou todo seu sofrimento, o patriarca desejou que as trevas dominassem (vv.4-7). E por quê? Porque em vez da paz veio a dor; em vez da ordem, o caos. Desse raciocínio, Jó menciona a imagem do Leviatã. Este famoso e assombroso animal marinho simbolizava o caos. O homem de Uz recorre a essa imagem para ilustrar o momento tenebroso que estava vivendo. A lógica é simples: Se Deus não tivesse feito aquele dia, ele não teria sido concebido e, portanto, não passaria por tudo isso. Nesse sentido, o Novo Testamento revela como nosso Senhor é misericordioso e nos trata com amor e ternura nos momentos de tribulação e angústia, pois aos pés da cruz é o melhor lugar para derramar a nossa alma (cf. Jo 11.32,33).

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

O primeiro lamento de Jó revela seu desejo de esquecer o dia em que nasceu.

 

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO—PEDAGÓGICO

Para introduzir esta lição apresente os três pontos que formam seu eixo estrutural, ou seja, os três lamentos de Jó: (1) Por que nasci? (2) Por que não nasci morto? (3) Por que continuo vivo?

Mostre à classe que essas três perguntas representam toda a angústia que se abateu sobre a alma de Jó por meio dos eventos que marcaram sua tragédia familiar, econômica e pessoal. Tais perguntas podem sinalizar o grau de estresse do patriarca, bem como do ser humano, diante de um grande caos. Os lamentos de Jó são a expressão da dor humana diante do sofrimento.

 

 

II. SEGUNDO LAMENTO DE JÓ: POR QUE NÃO NASCI MORTO? (3.11-19)

1. Descansando em paz. 

Os intérpretes observam que o discurso de Jó a partir do versículo onze muda de amaldiçoar para reclamar. A partir desse versículo, Jó passa reclamar por não ter nascido morto. Para ele nascer morto teria sido melhor do que existir naquelas condições (vv.11-13). Era a melhor maneira de não passar por toda aquela tribulação. Essas palavras de Jó revelam uma coisa: Ele queria descanso de todo o seu sofrimento.

O que Jó pedia era uma possibilidade real, pois muitos fetos nascem mortos (v.16). Para ele a morte era uma forma de descansar em paz (vv.13-15).

2. Livre de tributações. 

O dilema de Jó aumenta à medida que o seu sofrimento ganha intensidade. Ele continua com seu argumento da “não-existência” (vv.16-19). Ele está convencido de que se não tivesse se tornado um “ser”, nada disso estaria acontecendo. Ele desejava ter sido como um “natimorto”, um feto que nunca viu a luz (v.16). A palavra hebraica nephel , usada no versículo 16 como “natimorto”, possui o sentido de “um aborto espontâneo” e é traduzido dessa forma em Eclesiastes 6.3 e Salmo 58.8. Aqui em nenhum momento Jó faz uma apologia ao aborto, mas usa-o no sentido metafórico de “descanso do sofrimento”. No lugar de ter sido abortado, ele nasceu e foi lançado no mundo da tribulação. O raciocino é claro: Para os que morreram cessaram as angústias e tribulações da vida presente.

3. Uma realidade para o cristão. 

O Novo Testamento nos ensina que enquanto estivermos neste mundo estaremos sujeitos à dor, ao luto, ao sofrimento (Fp 4.11,12). Mas, ao mesmo tempo, temos uma promessa consoladora de Jesus (Jo 16.33, cf. Fp 4.13).

 

 

 SÍNTESE DO TÓPICO (II)

O segundo lamento de Jó revela o desejo de ter sido abortado.

 

 

SUBSÍDIO BÍBLICO—PEDAGÓGICO

 “Por não haver a possibilidade de voltar atrás no tempo e cancelar os acontecimentos que levaram ao seu nascimento, Jó volta-se para a fase seguinte do seu lamento: Por que não morri eu desde a madre? (11). Muitos bebês nascem mortos; por que ele não teve a sorte de um deles? Os joelhos da parteira e os peitos (12) da sua mãe deveriam ter falhado em preservar a criança recém-nascida. Se a morte tivesse sido o seu destino logo no início, então suas maiores esperanças teriam sido alcançadas havia muito tempo - então, haveria repouso para mim (13). Entre os versículos 14 e 19 há observações acerca do fato de que todos os homens são iguais diante da morte. Os reis (14), os ricos (15), os maus (17) cessam de perturbar, e, ali, repousam os cansados. Moffat interpreta o pensamento dos lugares assolados (14) como ‘reis […] que constroem pirâmides para si mesmos’. Os presos não são mais incomodados por aqueles que os oprimiam (18) e mesmo os escravos estão livres de seu senhor (19). Em seu desespero, Jó pode apenas esperar pelo alívio que a morte poderia lhe trazer” (CHAPMAN, Milo L.; PURKISER, W. T.; WOLF, Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.34).

 

 

III. TERCEIRO LAMENTO DE JÓ: POR QUE CONTINUO VIVO? (3.20-26)

1. Vale a pena viver? 

Nessa terceira seção do capítulo três Jó faz uma quarta pergunta (3.20): “Por que se dá luz ao miserável, e vida aos amargurados de ânimo?”. As outras perguntas estão em 3.11; 3.12; 3.13. A palavra hebraica amel , traduzida aqui como “miserável”, é usada no sentido de alguém cuja vida é atribulada pela miséria e que, por isso, torna-se incapaz de exercer suas funções. Em outras palavras, para Jó a vida havia se tornado intolerável.

2. Sem o favor de Deus? 

Jó novamente volta a indagar: “Por que se dá luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus o encobriu?” (Jó 3.23). A pergunta busca o significado do sentido de todo aquele processo. Ela busca compreender o porquê de Deus permitir o sofrimento. Aqui há um paralelo com Provérbios 4.18, onde é dito que “o caminho do justo é como a luz da aurora que brilha mais e mais até ser dia perfeito”. Na literatura sapiencial, a palavra hebraica traduzida como “caminho” é dereke se refere ao caminho da sabedoria de Deus, que conduz a vida. Para o patriarca esse fato havia se tornado um paradoxo, pois ele não sabia por que Deus escolheu para ele o caminho do sofrimento.

3. Um caminho de sabedoria e maturidade. 

Muitas vezes sentimo-nos iguais a Jó, desorientados, passando por uma via dolorosa do sofrimento. E, como ele, não imaginamos nem compreendemos que Deus está agindo. É preciso, porém, olhar para o alto onde Cristo vive (Cl 3.1-4). Nele, podemos manter o equilíbrio e a confiança durante a tormenta e, assim, trilhar um caminho de sabedoria e maturidade no sofrimento.

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

O terceiro lamento de Jó revela a desistência da vida por causa do sofrimento.

 

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Jó veio à luz; ele foi trazido à vida (20); Jó estava perdido e Deus o encobriu (23). Tudo isso ocorre contra sua vontade ou, pelo menos, sem que ele tenha alguma oportunidade de escolha. Em sua miséria ele espera a morte. A morte seria como tesouros ocultos a serem procurados ou algo de que ele poderia se alegrar sobremaneira (21-22). Mas mesmo isso é negado a Jó; Moffat interpreta a primeira parte do versículo 23: ‘Por que Deus dá à luz a um homem que está no fim de suas forças?’. A miséria de Jó se tornou tão desmedida que seus gemidos (expressão de agonia) se derramam como água (24) em uma corrente vasta e ininterrupta. A sua vida tornou-se tão difícil que tudo que ele precisa fazer é temer por mais agonia, e isso, de fato, acontece (25). O sofrimento de Jó não tinha fim. Ele não teve qualquer oportunidade para experimentar descanso, sossego e repouso. Veio sobre mim a perturbação (26) pode ser traduzido apropriadamente como: ‘A perturbação vem continuamente’” (CHAPMAN, Milo L; PURKISER, W. T.; WOLF, Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.34).

 

 

CONCLUSÃO

Nesta lição vimos o dilema de Jó. Desconhecendo a razão das adversidades que se abateram sobre ele, o patriarca não negou a Deus nem o amaldiçoou. Todavia, ele expôs toda a sua humanidade, de forma que o leitor que apenas o contempla sem, contudo, participar de seu drama, tem dificuldade de entender seu lamento, principalmente, quando ele se dirige a Deus. É o lamento de um corpo ferido e de uma alma, que mesmo amando a Deus, se derrama angustiada.

 

PARA REFLETIR

A respeito de “O Lamento de Jó”, responda:

Os dez primeiros versículos do capítulo três dizem a respeito de quê?

Os dez primeiros versículos do capítulo três são a respeito do primeiro questionamento de Jó: Por que nasci?

O que Jó amaldiçoou? E por quê?

No lugar de ser ocasião de grande celebração pelo dia do nascimento de criança, Jó amaldiçoou esse dia por ocasião do grande sofrimento e decepção.

Qual foi a observação dos intérpretes sobre o discurso de Jó a partir do versículo onze?

Os intérpretes observam que o discurso de Jó a partir do versículo onze muda de amaldiçoar para reclamar.

Em que sentido a palavra “miserável” é usada?

É usada no sentido de alguém cuja vida é atribulada pela miséria e que, por isso, torna-se incapaz de exercer suas funções.

Qual é o significado da palavra “caminho”?

Refere-se ao caminho da sabedoria de Deus que conduz a vida.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

O LAMENTO DE JÓ

É falta de fé lamentar diante de uma calamidade? Perder a alegria da vida diante de uma tragédia? Será que conseguimos manter a aparência de piedade, como se fôssemos intocáveis diante de uma catástrofe, em todos os momentos? Estamos diante de uma lição em que um homem — temente a Deus, santo, piedoso, íntegro, um justo — perdeu o desejo pela vida. Há, porém, uma grande diferença entre pedir para morrer e desejar o suicídio. Jó não desejou o suicídio, mas que Deus, o autor da vida, colocasse um fim naquele sofrimento. Isso é uma distinção importante que pode e deve ser feita em sua classe.

 

Resumo da lição

O nosso objetivo geral é explicar aos alunos que Jó era humano e como tal tinha todo o direito de extravasar seus sentimentos, não sendo recriminado por Deus por isso. Para alcançar o objetivo geral temos de alcançar três objetivos específicos de acordo com cada tópico.

O primeiro objetivo específico da lição é esclarecer que a angústia de Jó fez com que ele desejasse a morte como um escape. Por isso o primeiro tópico trabalha o capítulo 3.1-10, destacando a pergunta: “Porque nasci?”. Essa pergunta representa o desejo de Jó em esquecer o dia de seu nascimento, pois se não tivesse existido esse dia, consequentemente, todo esse sofrimento não aconteceria. Com essa pergunta Jó expressa a dor humana.

O segundo objetivo específico da lição a ser alcançado é aclarar o desejo de Jó em ser como um abortivo. Para realçar esse ponto o segundo tópico põe em foco o capítulo 3.11-19 com a seguinte pergunta: “Porque não nasci morto?”. Para o patriarca nascer morto, como um aborto, seria muito melhor do que viver naquelas circunstâncias. Essa pergunta representa o desejo de descanso diante da dor humana, o desejo de se ver livre de tal tribulação.

O terceiro objetivo a ser alcançado é pontuar que Jó representa os que, em situação desesperadora, não veem nenhuma luz no fim do túnel. Para isso, o terceiro tópico apresenta o capítulo 3.20-26 com a seguinte pergunta: “Por que continuo vivo?”. Essa pergunta mostra que não vale a pena viver sem o favor de Deus.

As três perguntas desenvolvidas nos três tópicos desta lição constituem nos três lamentos de Jó.

 

Aplicação

Externalizar a dor humana não significa ausência de fé. Nosso Senhor externalizou a própria dor diante da dor de outras pessoas. Ele mesmo chorou (Jo 11.35).

 

 

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REVISTA NA ÍNTEGRA

 

Lição 10, Quando Os Pais Sepultam Seus Filhos

 

 

 

TEXTO ÁUREO
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos [...].” (2 Co 4.8,9)

 

 

VERDADE PRÁTICA
Não devemos ser indiferentes à morte inesperada, mas também não podemos nos desesperar como quem não tem esperança.

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jó 1.13,16-19
13 – E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito,
16 – Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para te trazer a nova.
17 – Estando ainda este falando, veio outro e disse: Ordenando os caldeus três bandos, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e só eu escapei, par te trazer a nova.
18 – Ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tua filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,
19 – eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova.




INTRODUÇÃO
O patriarca Jó era um homem próspero, tinha uma família feliz e desfrutava de razoável segurança. Sua esposa era mulher dedicada à sua casa e tudo parecia dentro da normalidade, até que a tragédia familiar se abateu sobre a sua casa. Nesta lição, estudaremos a respeito da morte dos filhos de Jó e como a família do patriarca passou por essa tragédia. Veremos que a experiência de os pais sepultarem os filhos talvez seja o experiência mais dolorosa da vida humana e, ao mesmo tempo, como podemos encontrar na Bíblia, a Palavra de Deus, consolo diante desse quadro.

 


I – A FAMÍLIA DE JÓ
1- Quem era Jó?

 O patriarca Jó nasceu no Norte da Arábia, na terra de Uz. As pesquisas dizem que ele viveu numa época anterior a de Moisés, antes mesmo de Abraão, entre os séculos 25 e 28 a.C. Naquele tempo, a longevidade humana era maior que a atual, o que explica a sobrevida de 140 anos do patriarca (Jó 42.16).

Mais especificamente, ele nasceu depois do dilúvio (Jó 22.16) e tornou-se um homem rico e próspero (Jó 1.3; 42.12). Seu caráter santo foi testemunhado pelo próprio Deus: homem sincero, reto, justo, temente a Deus e, por isso, “se desviava do mal” (Jó 1.8).

 


2- A esposa de Jó

Tudo o que se sabe a respeito da esposa de Jó é o que está registrado no capítulo 2 do livro. Ela ganhou a fama de uma mulher insana e ambiciosa por causa da perda de todos os bens materiais e dos filhos que foram mortos por uma tragédia. Ainda, Jó foi vítima de feridas purulentas, das quais ela teve repugnância. Todavia, fazia o seu papel de esposa, não abandonando o patriarca. Indiscutivelmente, a esposa de Jó foi perdendo a paciência diante da provação do seu esposo. Seu desespero afetou sua fé, a ponto de levá-la a declarar para o seu marido: amaldiçoa a Deus e morre (Jó 2.9). Ela teve 10 filhos com Jó, e como não se deixou influenciar pela proposta desesperada de sua esposa, o patriarca suportou tudo até que Deus virasse a sua sorte e transformasse o mal em bênção.

 


3- Os filhos de Jó

 Jó estava atento ao modo de viver de seus filhos. Estes tinham uma rotina social de banquetes, muita comida e bebida. A Bíblia mostra que o pai apresentava sacrifícios a Deus por seus filhos, e orava por eles todos os dias, ou seja, havia zelo e cuidado do patriarca para o bem-estar espiritual de seus filhos (Jó 1.4,5).

 


II – LIDANDO COM A MORTE DENTRO DA FAMÍLIA
1- Jó e sua esposa foram surpreendidos pela morte dos filhos

Os versículos 18 e 19 relatam o momento em que a notícia da morte de seus filhos chega à casa de Jó. Quando tudo parecia normal, a morte os surpreendeu. Todos os seus filhos morreram. Deus não nos criou para morrer, mas a morte é uma maldição advinda do Pecado e só o Senhor Jesus foi capaz de cravar essa maldição no lenho de sua cruz no Calvário (1 Co 15.55,56). Assim, todos ficamos perplexos diante da morte e, principalmente, quando envolve alguém próximo a nós. Por isso, a Palavra de Deus nos mostra que devemos estar conscientes quanto à realidade da morte. Não temos domínio nenhum sobre ela. Entretanto, a nossa confiança está em Cristo e, por causa de sua ressurreição, podemos afirmar que a morte não nos reterá na sepultura, mas servirá de meio para adentrar à vida eterna com o nosso Salvador (Jo 5.24).

 


2- Razões para a tristeza do luto de Jó e de sua mulher

De certo modo, Jó tinha uma família feliz (Jó 1.1-5). Nesse contexto, Satanás desafiou a fidelidade dele e o atacou frontalmente com a morte de seus filhos (1.13-18; 2.1-6). A Bíblia não fala do sepultamento dos filhos de Jó, mas certamente ele aconteceu. É importante ressaltar que uma perda como essa traz uma tristeza imensa. A Palavra de Deus diz que há tempo para tudo: Há tempo de sorrir e há tempo de chorar (Ec 3.4). A tristeza e o choro passaram a fazer parte da família de Jó, outrora feliz e próspera.

 


3- Fidelidade ao Senhor em meio à dor

O capítulo 1 de Jó mostra a reação do patriarca diante da notícia trágica da morte de seus filhos: Jó rasgou o manto, rapou a cabeça, lançou-se em terra e adorou ao Senhor (Jó 1.20). Isso mesmo: Jó adorou a Deus. Aqui, ele iniciou o processo de aceitação do ocorrido diante do Senhor da vida. Essa passagem bíblica nos mostra que a dor da perda não passa, mas o processo de aceitação torna o luto mais digno. Por isso, o patriarca pôde dizer em atitude de adoração: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21). Ainda, o texto bíblico diz que Jó em tudo não pecou nem atribuiu a Deus falta alguma (Jó 1.22).

 


III – OS CRISTÃOS E O LUTO
1- Não culpe a Deus

Não é muito difícil de, nos momentos de perdas inesperadas, o ser humano se desesperar e passar a blasfemar contra Deus. Não é isso que aprendemos com Jó (cf. Jó 1.21,22). O antigo patriarca nos ensina a viver a confiança em Deus mesmo no momento delicado da morte inesperada de um ente querido. Nem sempre saberemos o motivo da morte de uma pessoa amada ou de um determinado sofrimento. Há mistérios na vida que não conseguimos desvendar na Terra (Dt 29.29). O próprio livro de Jó não revela por que os seres humanos sofrem. O que o livro nos ensina e encoraja é suportar o sofrimento com paciência, achando-se fiel nos caminhos do Senhor diante do processo de um sofrimento imerecido. Haverá um dia que tudo estará patente diante de nossos olhos (1 Co 13.12).

 


2- Vivendo o luto

Com o patriarca Jó, aprendemos que o crente em Jesus não deve ser indiferente ao luto, pois, psicologicamente, isso não é saudável. Como seres humanos, devemos manifestar as emoções próprias de um momento de luto, tais como: o choro, o silêncio, a compenetração. Diante da dor da família de Lázaro, nosso Senhor agitou-se no espírito, comoveu-se e chorou (Jo 11.35 - NAA). É preciso levar em conta que o período do luto dura em média seis meses. Se após esse período, a pessoa não consegue voltar às atividades normais é preciso buscar ajuda especializada.”

 


3- Mantenha a esperança

Vimos que é saudável manifestar emoções próprias do período de luto, mas também é verdade que o crente não deve se desesperar como quem não tem esperança (1 Ts 4.13). É preciso levar em conta que o período do luto dura em média seis meses. Se após esse período, a pessoa não consegue voltar às atividades normais é preciso buscar ajuda especializada, pois isso não é saudável. Esse cuidado é coerente com a fé cristã que proclama a esperança de vida porque nosso Senhor ressuscitou no terceiro dia, vencendo a morte. Portanto, a Palavra de Deus traz consolo e conforto para a alma enlutada (2 Co 1.3-5). Um dia, brevemente, estaremos para sempre com a pessoa querida que partiu em Cristo (1 Ts 4.14-18).

 


CONCLUSÃO
Sem dúvida, a morte é uma experiência muito dolorosa para o ser humano. A de um filho, então, tem uma sobrecarga psicológica imensa. A dimensão da dor da perda de um pai e de uma mãe é incalculável. Por isso, é importante que levemos em conta esta declaração do salmista: “Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Sl 73.26 - NAA). No processo do luto, não devemos culpar a Deus, mas manter firme a nossa esperança nEle. O Senhor Jesus venceu a morte e ressuscitou ao terceiro dia. Essa é uma verdade consoladora e, ao mesmo tempo, esperançosa. Portanto, nesse momento, é tempo de confiar em Deus.