Lição 10, Quando Os Pais Sepultam Seus Filhos
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Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/05/escrita-licao-10-cpad-quando-os-pais.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/05/slides-licao-10-cpad-quando-os-pais.html
I – A FAMÍLIA DE JÓ
1. Quem era Jó? 2. A esposa de Jó. 3. Os filhos de Jó. II – LIDANDO COM A MORTE DENTRO DA FAMÍLIA
1. Jó e sua esposa foram surpreendidos pela morte dos filhos. 2. Razões para a tristeza do luto de Jó e de sua mulher. 3. Fidelidade ao Senhor em meio à dor. III – OS CRISTÃOS E O LUTO
1. Não culpe a Deus. 2. Vivendo o luto.3. Mantenha a esperança.
TEXTO ÁUREO
Em tudo somos
atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos,
mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos [...].” (2 Co 4.8,9)
VERDADE PRÁTICA
Não devemos ser
indiferentes à morte inesperada, mas também não podemos nos desesperar como
quem não tem esperança.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE - Jó 1.13,16-19
13 – E sucedeu um
dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu
irmão primogênito,
16 – Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu,
e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para te trazer
a nova.
17 – Estando ainda este falando, veio outro e disse: Ordenando os caldeus três
bandos, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da
espada; e só eu escapei, par te trazer a nova.
18 – Ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tua filhas
comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,
19 – eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro
cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para
te trazer a nova.
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SUBSÍDIOS REVISTAS ANTIGAS
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Lição 4, O Drama de Jó
Revistas Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 4° trimestre 2020
Tema: A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: Lições do Sofrimento e da Restauração de Jó Comentarista: José Gonçalves.
Comentarista: José Gonçalves.
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel Esposa - 19-98448-2187
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TEXTO ÁUREO
“E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR.” (Jó 2.21)
VERDADE PRÁTICA
A despeito das grandes provações que se abatem em nossa vida, à luz do exemplo de Jó, devemos permanecer fiel ao Senhor.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jó 1.13-15 A tragédia se abateu sobre Jó - Primeiro anúncio
Terça - Jó 1.16 A tragédia se abateu sobre Jó - Segundo anúncio
Quarta - Jó 1.17 A tragédia se abateu sobre Jó - Terceiro anúncio
Quinta - Jó 1.18,19 A tragédia sobre a família de Jó - Quarto anúncio
Sexta - Jó 1.20-22 Primeira reação de Jó diante da tragédia
Sábado - Jó 2.6-8 Satanás e a saúde de Jó
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Jó 1.13-22; 2.6-8
Jó 1
13 - E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito, 14 - que veio um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pasciam junto a eles; 15 - e eis que deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e eu somente escapei, para te trazer a nova. 16 - Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de DEUS caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para te trazer a nova. 17- Estando ainda este falando, veio outro e disse: Ordenando os caldeus três bandos, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e só eu escapei, para te trazer a nova. 18- Estando ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito, 19 - eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova. 20 - Então, Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou, 21 - e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR. 22- Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a DEUS falta alguma.
Jó 2
6 - E disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está na tua mão; poupa, porém, a sua vida. 7 - Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. 8 E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza. 8 - E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza.
OBJETIVO GERAL - Mostrar que Jó manteve sua fidelidade a DEUS.
I – TRAGÉDIA DE NATUREZA ECONÔMICA
1. O sucesso na esfera comercial.
1. Filhos.
1.O Diabo toca na saúde de Jó.
Texto em forma de diálogos;
Dividido em atos e cenas;
Presença das rubricas — descrições do espaço e/ou da situação antes de cada ato;
Sequência da ação dramática geralmente constituída de exposição, conflito, complicação, clímax, desfecho.
Protagonista: personagem central da ação dramática (em nosso caso - Lição 4, Jó).
Antagonista: personagem que se opõe ao protagonista (em nosso caso - Lição 4, Satanás).
Coro: conjunto de atores que comentam a ação ao longo da peça (em nosso caso - Lição 4, Escritor do Livro, Mulher de Jó e os empregados de Jó).
Catarse: do grego, significa “purificação”, purgação experimentada pelo público de uma tragédia, o qual poderia apaziguar suas angústias internas por meio das emoções representadas nas cenas (em nosso caso - Lição 4, Nós).
As calamidades se abateram sobre ele, seus funcionários, animais e filhos. Num dia só foi derrotado e depois ainda lhe sobreveio uma doença maligna. Seus filhos, seu bem mais precioso, por quem madrugava e oferecia sacrifícios, morreram todos num dia só. Sua pela se enegreceu, chagas malignas se apoderaram de seu corpo. Cenas do ataque de Satanás! Estudemos as calamidades advindas de Satanás sobre Jó e sua reação.
1. O sucesso na esfera comercial.
Jó era “maior de todos os do Oriente” (Jó 1.3). Tudo na vida de Jó era grande. Sua integridade, sinceridade, retidão, riqueza, prosperidade, admiração de todos, família. Jó possuía sete mil ovelhas, e três mil camelos, e quinhentas juntas de bois, e quinhentas jumentas e muitos servos a serviço dele (Jó 1:3). Podemos supor que o comércio e a atividade do campo eram suas principais atividades, já que possuía muitas juntas de bois, geralmente usadas para arar a Terra. A produção de leite e lã deveria ser imensa. Seus animais de carga e número elevado de funcionários indicavam muito serviço executado em sua imensa fazenda.
2. O sucesso na esfera do campo.
Com certeza Jó não era um nômade como tantos outros nesta época (Abraão, Isaque e Jacó, por exemplo). Por causa do elevado número de juntas de bois podemos deduzir que havia uma grande plantação. O elevado número de jumentas demonstrava haver muitas cargas a serem transportadas e muito leite a ser vendido, resultado de muitas colheitas. O elevado número de Camelos indicava grande número de longas viagens atravessando desertos, certamente para escoar sua produção para outros lugares longínquos. Seu elevado número de ovelhas indicava grande produção de leite e seus derivados, bem como muita lã para confecção de tecidos. Seus muitos bois também indicavam venda de carne e do couro para outros locais. Estudiosos destacam o fato de que a palavra hebraica ‘abuddah, encontrada somente em Jó e em Gênesis 26.14, é uma referência direta à lavoura e ao cultivo da terra. Jó parece ter sido um empresário de grande sucesso em sua época.
3. O ataque do Diabo na esfera comercial.
Se a produção rural era a principal e mais rentável atividade de Jó, Satanás o atacou por ai, roubando seus animais e matando o pessoal a serviço dele, desestabilizando-o financeiramente. Jó quebrou literalmente. Sem animais de carga, o transporte estava prejudicado. Os primeiros a serem atingidos foram os bois que lavravam, e as jumentas que transportavam sementes provavelmente. Faltaria carne. Também os funcionários deste setor da fazenda foram mortos.
E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito, que veio um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pasciam junto a eles; e eis que deram sobre eles os Sabeus, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e eu somente escapei, para te trazer a nova. Jó 1:13-15. Quem Eram Os Sabeus?
Descendentes de Sebá, neto de Cam e bisneto de Noé. Território ao Norte da Etiópia. Eram pessoas de elevada estatura. Povo mais especializado e ousado em roubar gado na época de Jó. Os Sabeus ainda não tinham atacado os rebanhos de Jó porque DEUS protegia seus rebanhos, agora porém a proteção de DEUS havia sido retirada como forma de teste à fidelidade de Jó. DEUS provaria a Satanás e ao mundo inteiro, até a nossa geração que um crente fiel não se deixa abater por nada, principalmente por questões financeiras.
A plantação cessou e a futura colheita não aconteceria. A vida comercial de Jó estava falida.
Quantos crentes estão participando de greves, arruaças, quebra-quebras, invasão de terras, brigas com vizinhos e coisas desse tipo? A falta de fé e de temor de DEUS leva-nos a esquecer das palavras de JESUS: Mt 5.40 e ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; e Mt 5.44 Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem.
Os filmes de hoje estão a destilar a violência e principalmente a falta de perdão, sempre a história dos filmes se resume em alguém que matou alguém da família de alguém que agora vai matar essa pessoa e levar a forra o que o mesmo fez com a sua.
4. O ataque do Diabo na esfera do campo.
Após parar a plantação que seria a produção futura, Satanás ataca as ovelhas que produziam leite e lã. Faltaria roupas de frio para o inverno, principalmente, e leite. O Diabo atingiu em cheio toda a fonte de sua riqueza. Era preciso muito equilíbrio para não se desesperar diante de um quadro tão sombrio.
Satanás envia fogo para queimar as ovelhas e destruir a lã. Mais funcionários são mortos.
Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de DEUS caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para te trazer a nova. Jó 1:16.
Satanás ataca os camelos que eram usados no transporte pelo deserto, a longas distâncias. Mais funcionários são mortos.
Estando ainda este falando, veio outro e disse: Ordenando os caldeus três bandos, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e só eu escapei, para te trazer a nova. Jó 1:17
Os Atos de DEUS para conosco, mesmo que muitas vezes não entendamos, são de profundo Amor, pois no futuro estaremos mais perto D' Ele. O prejuízo foi imenso, além da perca do rebanho, os empregados morreram e tudo virou cinzas. A desolação tomou o lugar das verdes pastagens e o horror caiu sobre o que restou para dar a notícia.
O mais incrível é que depois da devastação e da prova de Jó se findar, esperava-se (como é natural) que aquela terra não mais produzisse vegetação e nem sobrevivência para famílias, como é o caso de Sodoma e Gomorra, mas ao invés disso, parece que DEUS recuperou o solo para dar a Jó uma fortuna em dobro, com muitos animais vivendo e comendo ali. Tudo é fácil para DEUS, ELE é o autor da vida!
Sabemos que não é somente por uma ação direta de Satanás que existem falências. Por causa de uma tragédia familiar, um mal gerenciamento, uma sociedade desproporcional nos negócios (Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? 2 Coríntios 6:14), uma crise de mercado, etc.... A pandemia, por exemplo, trouxe uma quebradeira geral - restaurantes, cinemas, etc...Todavia, no caso de Jó, foi uma ação maligna e em muitos casos hoje também o é.
II – TRAGÉDIA DE NATUREZA FAMILIAR
e eis que deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e eu somente escapei, para te trazer a nova. Jó 1:13-15
2. Esposa.
A frase “Amaldiçoa a DEUS e morre” (Jó 2.9), atribuída à esposa de Jó, é uma das mais chocantes do livro.
Realmente a mulher de Jó dá conselhos a Jó para que amaldiçoasse a DEUS e morresse. Será que algum de nós não pensasse que o DEUS de Jó não fosse realmente o DEUS certo? A mulher de Jó conhecia seu marido intimamente e sabia de sua integridade. Como ouvir de seu marido que tudo aquilo vinha de DEUS e não se desesperar, e não aceitar este DEUS?
e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor. Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a DEUS falta alguma. Jó 1:21,22
Quanto a dizer para Jó morrer, o próprio Jó disse que seria melhor morrer do que permanecer naquela situação.
Quem dera que se cumprisse o meu desejo, e que DEUS me desse o que espero! E que DEUS quisesse quebrantar-me, e soltasse a sua mão, e acabasse comigo! Jó 6:8,9
A mulher de Jó se desesperou como qualquer outra mulher se desesperaria, ficaria meio louca. Sendo as mulheres mais emotivas que os homens, ainda acho que ela até que não se desesperou tanto assim para que a condenemos.
Esta mulher não deixou seus marido quando ficou pobre, como muitas fazem.
Esta mulher não deixou seu marido quando perdeu todos seus funcionários, como muitas fazem.
Esta mulher não deixou seu marido quando perdeu todos seus filhos, como muitas fazem.
esta mulher não deixou seu marido quando ficou a beira da morte com uma doença mal cheirosa e repugnante, como muitas fazem.
A reação de Jó foi pensar que ela havia ficado meio louca devido às calamidades e a perca dos filhos. Não a condenou e nem a deixou.
Então, sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a DEUS e morre. Mas ele lhe disse: Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de DEUS e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios. Jó 2:9,10
3. O fato.
III – TRAGÉDIA DE NATUREZA FÍSICA E PSICOLÓGICA
O texto sagrado diz que o Diabo “feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça.” (Jó 2.6,7). Tratava-se de uma doença extremamente maligna, capaz de provocar um grande sofrimento em Jó, a ponto de este sentar-se nas cinzas e pegar um caco de barro para com ele raspar as feridas. Essa era uma prática que o homem antigo adotava quando se via acometido de uma grande desgraça. Ele ia para o monte de cinzas (hb. mazbala), um local considerado imundo, onde os inválidos e dementes costumavam ficar. Ali ele esperava a morte entre cães, insetos e aves de rapina. Trágico!
As Tragédias na Vida de Jó de Natureza Econômica vieram sem que ele esperasse. De repente, num dia só. Jó era um homem grande em todos os sentidos, riqueza, sabedoria, prosperidade, família, na esfera comercial e na esfera do campo. Os ataques de Satanás na esfera comercial se deram pelo roubo de seus animais (juntas de bois) e morte de parte de seus funcionários, depois o ataque do Diabo veio na esfera do campo, com a queima das ovelhas e mais mortes de funcionários, depois no roubo de seus camelos e jumentas.
Jó passou pelos testes de tentação e provação. Tenhamos fé em DEUS e alegremos-nos na esperança, sejamos pacientes na tribulação, perseveremos na oração, JESUS está vindo nos buscar.
O cristão deve sempre estar disposto a passar o que preciso for para que o evangelho de nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO prevaleça sobre as trevas desse mundo mal.
POR MUITAS TRIBULAÇÕES. Aqueles que se dedicam a CRISTO como Senhor, e que um dia entrarão no reino do céu, hão de sofrer muitas tribulações ao longo do seu caminho. Por viverem em meio a um mundo hostil, têm que se engajar na guerra espiritual contra o pecado e o poder de Satanás (Ef 6.12; cf. Rm 8.17; 2 Ts 1.4-7; 2 Tm 2.12). Por outro lado, a vida verdadeiramente cristã é uma contínua batalha contra os poderes do mal.
16.33). Somente o crente morno ou de meio termo viverá em paz com este mundo (cf. Ap 3.14-17).
e uma cadeira, e um candeeiro; e há de ser que, vindo ele a nós, para ali se retirará.11 E sucedeu um dia que veio ali, e retirou-se àquele quarto, e se deitou ali.12 Então, disse ao seu moço Geazi: Chama esta sunamita. E chamando-a ele, ela se pôs diante dele.
13 Porque lhe dissera: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com todo o desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei ou ao chefe do exército? E dissera ela: Eu habito no meio do meu povo.14 Então, disse ele: Que se há de fazer, pois, por ela? E Geazi disse: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho.15 Pelo que disse ele: Chama-a. E, chamando-a ele, ela se pôs à porta.16 E ele disse: A este tempo determinado, segundo o tempo da vida, abraçarás um filho. E disse ela: Não, meu senhor, homem de DEUS, não mintas à tua serva.17 E concebeu a mulher e deu à luz um filho, no tal tempo determinado, segundo o tempo da vida que Eliseu lhe dissera.18 E, crescendo o filho, sucedeu que, um dia, saiu para seu pai, que estava com os segadores.
19 E disse a seu pai: Ai! A minha cabeça! Ai! A minha cabeça! Então, disse a um moço: Leva-o a sua mãe.20 E ele o tomou e o levou a sua mãe; e esteve sobre os seus joelhos até ao meio-dia e morreu.21 E subiu ela e o deitou sobre a cama do homem de DEUS; e fechou sobre ele a porta e saiu.22 E chamou a seu marido e disse: Manda-me já um dos moços e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de DEUS e volte.23 E disse ele: Por que vais a ele hoje? Não é lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem.24 Então, albardou a jumenta e disse ao seu moço: Guia, e anda, e não te detenhas no caminhar, senão quando eu to disser.25 Partiu ela, pois, e veio ao homem de DEUS, ao monte Carmelo; e sucedeu que, vendo-a o homem de DEUS de longe, disse a Geazi, seu moço: Eis aí a sunamita.26 Agora, pois, corre-lhe ao encontro e dize-lhe: Vai bem contigo? Vai bem com teu marido? Vai bem com teu filho? E ela disse: Vai bem. 27 Chegando ela, pois, ao homem de DEUS, ao monte, pegou nos seus pés; mas chegou Geazi para a retirar; disse porém o homem de DEUS: Deixa-a, porque a sua alma nela está triste de amargura, e o SENHOR mo encobriu e não mo manifestou.
28 E disse ela: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes?29 E ele disse a Geazi: Cinge os teus lombos, e toma o meu bordão na tua mão, e vai; se encontrares alguém, não o saúdes; e, se alguém te saudar, não lhe respondas; e põe o meu bordão sobre o rosto do menino.30 Porém disse a mãe do menino: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que não te hei de deixar.
Então, ele se levantou e a seguiu.31 E Geazi passou adiante deles e pôs o bordão sobre o rosto do menino; porém não havia nele
voz nem sentido; e voltou a encontrar-se com ele e lhe trouxe aviso, dizendo: Não despertou o menino.32 E, chegando Eliseu àquela casa, eis que o menino jazia morto sobre a sua cama.33 Então, entrou ele, e fechou a porta sobre eles ambos, e orou ao SENHOR.34 E subiu, e deitou-se sobre o menino, e, pondo a sua boca sobre a boca dele, e os seus olhos sobre os olhos dele, e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu.35 Depois, voltou, e passeou naquela casa de uma parte para a outra, e tornou a subir, e se estendeu sobre pele; então, o menino espirrou sete vezes e o menino abriu os olhos.
36 Então, chamou a Geazi e disse: Chama essa sunamita. E chamou-a, e veio a ele. E disse ele: Toma o teu filho.
37 E veio ela, e se prostrou a seus pés, e se inclinou à terra; e tomou o seu filho e saiu.
INDO... A SUNÉM, HAVIA ALI UMA MULHER RICA... A narrativa dessa sunamita rica contém três episódios-chaves.: (1) DEUS abençoou essa mulher fiel, dando-lhe um filho (vv. 8-17).
4.42 TROUXE AO HOMEM DE DEUS... PRIMÍCIAS. Certamente, o homem de Baal-Salisa não quis dar sua oferta aos sacerdotes e levitas corruptos (1 Rs 12.28-31). Pelo contrário, sendo um homem piedoso, trouxe sua oferta aos verdadeiros profetas do Senhor; aos que eram fiéis à sua palavra e aos preceitos do concerto.
38.5 OUVI A TUA ORAÇÃO. A declaração de DEUS no sentido de Ezequias preparar-se para a morte, e a oração que este fez a DEUS, (v. 2) oferece sugestões importantes em nosso relacionamento com Ele.
38.8 ASSIM, RECUOU O SOL DEZ GRAUS. Não se sabe exatamente como a sombra recuou dez graus no relógio de sol; o que está claro é que assim aconteceu, mediante a palavra poderosa de DEUS como um sinal profético a Ezequias, de que DEUS ouvira a sua oração e visto as suas lágrimas, e de que Ele o curaria.
mandou e dizei-lhe: Assim diz o SENHOR: Porventura, não há DEUS em Israel, para que mandes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? Portanto, da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás.
7 E sucedeu que, lendo o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes e disse: Sou eu DEUS, para matar e para vivificar, para que este envie a mim, para eu restaurar a um homem da sua lepra? Pelo que deveras notai, peço-vos, e vede que busca ocasião contra mim.
8 Sucedeu, porém, que, ouvindo Eliseu, homem de DEUS, que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel.9 Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e com o seu carro e parou à porta da casa de Eliseu.10 Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão,
e a tua carne te tornará, e ficarás purificado.11 Porém Naamã muito se indignou e se foi, dizendo: Eis que eu dizia comigo: Certamente ele sairá, por-se-á em pé, e invocará o nome do SENHOR, seu DEUS, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso.12 Não são, porventura, Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles e ficar purificado? E voltou-se e se foi com indignação.13 Então, chegaram-se a ele os seus servos, e lhe falaram, e disseram: Meu pai, se o profeta te dissera alguma grande coisa, porventura, não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te e
ficarás purificado.
5.1 NAAMÃ. A história de Naamã demonstra a providência de DEUS (vv. 1-14), seu poder e sua graça redentores (vv. 15-19) e seu juízo contra o pecado (vv. 20-27). A narrativa destaca a verdade de que a graça e a salvação divinas não se limitavam a Israel, mas que Ele queria compadecer-se dos não-israelitas e levá-los a conhecer o único DEUS verdadeiro (ver Lc 4.18,19; 25-27).
5.13 LAVA-TE E FICARÁS PURIFICADO. Este trecho, juntamente com muitos outros do AT, aponta profeticamente para JESUS CRISTO, o prometido Messias de DEUS.
17 Estando ainda este falando, veio outro e disse: Ordenando os caldeus três bandos, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e só eu escapei, para te trazer a nova.18 Estando ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,19 eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova.20 Então, Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou,21 e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu me o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR.22 Em tudo nisto Jó não pecou, nem atribuiu a DEUS falta alguma.
1.1 JÓ. Tudo indica que Jó viveu na época dos patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó, aproximadamente em 2100-1800 a.C.). A maioria dos eruditos crê que a terra de Uz ficava a sudeste da Palestina e do mar Morto, ou ao norte da Arábia (ver a introdução ao livro de Jó). Outros crêem que a terra de Uz ficava ao nordeste do mar da Galiléia, na direção de Damasco.
1.6,7 SATANÁS. Antes da morte e da ressurreição de CRISTO, Satanás tinha acesso vez por outra à presença de DEUS, quando então questionava a sinceridade e retidão dos fiéis (ver 1.6-12; 2.1-6; 38.7; Ap 12.10). Por outro lado, a Bíblia não declara em nenhum lugar que Satanás tem acesso direto a DEUS na nova aliança (ver Mt 4.10), embora ele continue acusando os crentes. O crente pode eliminar essas acusações por meio do sangue de CRISTO, de uma boa consciência e da Palavra de DEUS (cf. Mt 4.3-11; Tg 4.7; Ap 12.11). Nossa confiança é reforçada pelo fato de termos como nosso Advogado perante o Pai o Senhor JESUS CRISTO (1 Jo 2.1), que está à sua destra, intercedendo por nós (Hb 7.25).
1.8 OBSERVASTE TU A MEU SERVO JÓ? A essa altura, o livro apresenta o conflito entre DEUS e o seu grande adversário, Satanás. DEUS aqui repta Satanás a observar em Jó o triunfo da graça e salvação divinas. Na vida deste seu servo fiel, DEUS demonstrou que seu plano de redimir a raça humana, do pecado e do mal, é exeqüível.
1.9 PORVENTURA, TEME JÓ A DEUS DEBALDE? Satanás reagiu ante a declaração de DEUS, de ser Jó um homem piedoso, e passou a acusar tanto a Jó quanto a DEUS. (1) Satanás questionou os motivos de Jó e, portanto, a veracidade da sua retidão, afirmando que o amor que Jó tinha a DEUS era realmente egoísta e que ele adorava a DEUS somente porque tirava proveito disso. Satanás deixou claro que o amor que Jó tinha a DEUS não era sincero. (2) Satanás insinuou, ainda, que DEUS era ingênuo, que se deixara enganar, e que obtivera a devoção de Jó
mediante a concessão de bênçãos e suborno (vv. 10,11). Satanás concluiu que DEUS tinha falhado no seu propósito de reconciliar a raça humana consigo mesmo. Se DEUS deixasse de proteger Jó, e de lhe conceder riquezas, saúde e felicidade, ele (Jó) blasfemaria dEle na sua face! (v. 11).
1.10 CERCASTE. Posto que Satanás vem para roubar, matar e destruir (cf. Jo 10.10), DEUS coloca uma cerca de proteção em volta dos seus, para abrigá-los dos ataques de Satanás. Essa "cerca" é qual "muro de fogo" espiritual, de proteção para os fiéis de DEUS, de modo que Satanás não possa atingi-los. "E eu, diz o SENHOR, serei para ela [Jerusalém] um muro de fogo em redor" (Zc 2.5). (2) Todos os crentes que fielmente procuram amar a DEUS e seguir a direção do ESPÍRITO SANTO têm o direito de pedir e de esperar que DEUS mantenha esse muro de proteção ao seu redor e de suas respectivas famílias.
1.11 TOCA-LHE EM TUDO QUANTO TEM, E VERÁS SE NÃO BLASFEMA DE TI NA TUA
FACE! Nos versículos 6-12 estão propostas as perguntas principais do livro. É possível o povo de DEUS amá-lo e servi-lo por causa daquilo que Ele é, e não apenas por causa das suas dádivas? O justo pode manter sua fé em DEUS e seu amor por Ele em meio a tragédias incompreensíveis e sofrimentos imerecidos?
1.12 SOMENTE CONTRA ELE NÃO ESTENDAS A TUA MÃO. DEUS permitiu a Satanás destruir os bens e os filhos de Jó; porém, Ele fixou um limite até onde Satanás podia ir e não lhe concedeu o poder de morte sobre Jó. Satanás lançou tempestades e pessoas violentas contra Jó (vv. 13-19).
1.16 FOGO DE DEUS. O "fogo de DEUS" é provavelmente uma expressão referente ao relâmpago (ver Nm 11.1; 1 Rs 18.38).
[...] ... mas a cicatriz que essa destruição deixou na Terra PODE SER VISTA ATÉ HOJE ! É uma vasta cicatriz, tão imensa que só pode ser vista por inteiro do céu. Por isso sua existência só foi revelada no mundo recentemente, quando os satélites começaram a fotografar a Terra do espaço. Essa é uma marca para a qual nenhum cientista encontra explicação.
[...] O preto não é uma cor natural da península do Sinai, porque ali predominam a brancura do calcário e os tons avermelhados do arenito, que podem chegar ao marrom escuro mas jamais ao preto, pois este só é encontrado na natureza quando existe o basalto, que não ocorre naquela área.
No entanto, ali, na parte norte-noroeste da enigmática cicatriz, o solo é preto. Essa cor é provocada por milhares de pedacinhos de rocha enegrecida que espalham pela área como se tivessem sido atiradas por uma mão gigantesca.
Extraído do livro "As Guerras de Deuses e Homens" de Zecharia Sitchin.
Revelar de que forma as tragédias que se abateram sobre Jó atingiram seus bens;
Explicar de que forma Jó teve sua família destroçada pelos ventos;
Demonstrar de que forma Jó teve sua saúde física e mental abalada.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Nesta lição veremos a calamidade que se abateu sobre a vida de Jó. A partir desse drama temos a oportunidade de refletir a respeito do sofrimento e o modelo de comportamento que o cristão deve ter para a própria vida diante das adversidades. A realidade de Jó, muitas vezes, pode tornar-se um espelho na vida de muitos cristãos. O que nos deve levar a reagir conforme o que o Senhor JESUS ensinou aos seus discípulos. Em nenhum momento nosso Senhor negou que teríamos sofrimento na vida. Nesse aspecto, a grande diferença entre quem tem confiança em CRISTO está na forma que se passa pelo caminho do sofrimento. Assim, Jó é um grande exemplo de fé e paciência para os cristãos.
PONTO CENTRAL - O sofrimento se abate sobre o justo.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
Como introdução a esta lição, sugerimos que você faça um breve resumo para a classe a respeito dos aspectos gerais do sofrimento de Jó, como o físico, social, emocional e espiritual. Para isso considere este pequeno fragmento textual: “O sofrimento de Jó era multifacetado. Era físico, social, emocional e espiritual. Estava em dor e tormento (13.25; 16.6; 30.17) e tinha grandes dificuldades (’amal, ‘tristeza’, ‘desgraça’, 3.10; palavra também usada em 4.8; 5.6,7; 11.16; 15.35). No âmbito físico, teve insônia (7.4), perdera peso (16.8), ficou com os olhos vermelhos e olheiras profundas (v.16), emagreceu (17.7; 19.20), tinha calafrios (21.6), dores nos ossos (30.17), a pele enegrecera e descascara (vv.28,30), tinha febre (v.30) e furúnculos que coçavam (2.7). Socialmente, as pessoas o rejeitavam. Zombavam e escarneciam (12.4; 16.10; 17.2,6), e até as crianças debochavam dele (30.1,9-11). Por isso, não tinha alegria (9.25; 30.31). Na sua angústia e amargura (7.11; 10.1), sentia que estava na escuridão (19.8; 30.26) e em desespero (6.14,20). Todos os amigos e parentes o abandonaram (19.17-29). Diante de DEUS, Jó estava espiritualmente sem esperança (14.13; 19.10). DEUS estava parado e aparentemente desinteressado em Jó (19.7; 30.20), embora o sofredor clamasse por ajuda (30.24,28)” (ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.300).
SÍNTESE DO TÓPICO II - Jó perdeu dez filhos em um só dia e sua esposa instou-lhe a abandonar a fé em DEUS.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP2
“Seus bens mais queridos e mais valiosos era os seus dez filhos; e, para concluir a tragédia, uma notícia lhe foi trazida ao mesmo tempo de que eles estavam mortos e enterrados em meio às ruínas da casa na qual festejavam, junto com todos os criados que os serviam, exceto um que veio rapidamente com essa notícia (vv.18,19). Esta foi a maior das perdas de Jó, e que o atingiu mais de perto; e por isso o Diabo a reservou para o final, para que se outras contrariedades falhassem, esta pudesse fazê-lo amaldiçoar a DEUS. Nossos filhos são partes de nós mesmos; é muito difícil separar-nos deles, e isso fere um bom homem de maneira mais profunda possível. Mas separar-se de todos eles de uma vez, e o fato de estarem todos mortos, sim, aqueles que haviam sido por tantos anos a sua preocupação e a sua esperança, era algo que o atingia realmente no âmago do seu ser” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.10).
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP3
“[...] Foi o patriarca constrangido a suportar as dores mais terríveis e os piores desconfortos a que um ser humano jamais fora submetido. Entretanto, reteve a sua integridade. Muitos são os servos de DEUS que estão a sofrer as mais terríveis enfermidades. Uns, à semelhança de Ezequias, enfrentam um tumor maligno que, pouco a pouco, vão lhes consumindo as forças e o que lhes resta das humanas feições. Outros, como o Lázaro da história narrada pelo Senhor JESUS, jazem cobertos de uma chaga que os tornam repulsivos, embora espiritualmente sejam os mais puros dos homens. Outros, ainda, tal como o jovem pastor Timóteo, veem-se às voltas com uma doença no estômago que os fustiga com fortes ânsias” (ANDRADE, Claudionor de. Jó: O Problema do Sofrimento do Justo e o seu Propósito. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.85).
Eufemismo: Palavra, locução ou acepção mais agradável, de que se lança mão para suavizar ou minimizar o peso literal de outra palavra.
PARA REFLETIR - A respeito de “O Drama de Jó”, responda:
Como eram medidas a riqueza e prosperidade de Jó? Eram medidas pela grande quantidade de animais e servos a serviço de Jó.
Qual era o principal negócio de Jó? A atividade do campo era, sem dúvida, o principal negócio de Jó.
Jó perdeu quantos filhos em um só dia? Dez filhos.
Após tocar nos bens e na família de Jó, em qual área o Diabo tem permissão para tocar? O Adversário tem a permissão divina para tocar na saúde de Jó.
Segundo a lição, qual sofrimento Jó experimentou além do físico? Não há dúvida, que além do sofrimento físico, Jó também experimentou o sofrimento psicológico.
SUGESTÃO DE LEITURA
O Poder do Sofrimento
Onde está DEUS? É o que perguntam os que passam por grandes provações. O autor descobriu uma impressionante resposta.
A Mulher e a Saúde Emocional
Aprenda a manter casa, família, trabalho, vida espiritual, igreja, saúde e beleza em equilíbrio debaixo da vontade de DEUS
Porque coisas ruins acontecem se DEUS é bom
Como aceitar que existe um DEUS amoroso se ele permite tragédias pessoais e calamidades do mundo?
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LIÇÕES BÍBLICAS
CPAD ADULTOS - 4º Trimestre de 2020
Título: A
fragilidade humana e a soberania divina — O sofrimento e a restauração de Jó -
Comentarista: José Gonçalves
Lição 4: O
drama de Jó - Data: 25 de Outubro de 2020
TEXTO ÁUREO
“E disse: Nu saí do
ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou;
bendito seja o nome do SENHOR” (Jó 1.21).
VERDADE PRÁTICA
A despeito das
grandes provações que se abatem em nossa vida, à luz do exemplo de Jó, devemos
permanecer fiéis ao Senhor.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE - Jó 1.13-22; 2.6-8.
Jó 1
13 — E sucedeu
um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu
irmão primogênito,
14 — que veio
um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pasciam junto a
eles;
15 — e eis que
deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada;
e eu somente escapei, para te trazer a nova.
16 — Estando
este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as
ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para te trazer a nova.
17 — Estando
ainda este falando, veio outro e disse: Ordenando os caldeus três bandos, deram
sobre os camelos, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e só eu
escapei, para te trazer a nova.
18 — Estando
ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas
comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,
19 — eis que
um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a
qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova.
20 — Então, Jó
se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra,
e adorou,
21 — e disse:
Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu e o SENHOR
o tomou; bendito seja o nome do SENHOR.
22 — Em tudo
isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.
Jó 2
6 — E disse o
SENHOR a Satanás: Eis que ele está na tua mão; poupa, porém, a sua vida.
7 — Então,
saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a
planta do pé até ao alto do cabeça.
8 — E Jó,
tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio
da cinza.
HINOS SUGERIDOS
153, 342 e 440 da
Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que Jó
manteve sua fidelidade a Deus.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I. Revelar de
que forma as tragédias que se abateram sobre Jó atingiram seus bens;
II.
Explicar de que forma Jó teve sua família destroçada pelos ventos;
III.
Demonstrar de que forma Jó teve sua saúde física e mental abalada.
INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Nesta lição veremos
a calamidade que se abateu sobre a vida de Jó. A partir desse drama temos a
oportunidade de refletir a respeito do sofrimento e o modelo de comportamento
que o cristão deve ter para a própria vida diante das adversidades. A realidade
de Jó, muitas vezes, pode tornar-se um espelho na vida de muitos cristãos. O
que nos deve levar a reagir conforme o que o Senhor Jesus ensinou aos seus
discípulos. Em nenhum momento nosso Senhor negou que teríamos sofrimento na
vida. Nesse aspecto, a grande diferença entre quem tem confiança em Cristo está
na forma que se passa pelo caminho do sofrimento. Assim, Jó é um grande exemplo
de fé e paciência para os cristãos.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A provação de Jó
fez com que sua vida se tornasse um verdadeiro drama. Nem mesmo os mais
aclamados cineastas seriam capazes de dramatizar algo semelhante. Da condição
de homem mais rico e admirado do Oriente, ele tornou-se, não apenas um pobre
moribundo, mas, na visão de seus amigos, “um pecador revoltado e arrogante”.
De uma vida
abastada, piedosa e fraternalmente estruturada, Jó mergulhou em um mar de
calamidades. De repente tudo se desmoronou. Os rebanhos foram roubados e
dizimados; os empregados foram assassinados e, outros, mortos em desastres
aparentemente naturais; os filhos, seu bem mais precioso, morreram. Cenas
difíceis de esquecer! Refletir sobre como Jó reagiu a tudo isso é o objetivo
dessa lição.
PONTO CENTRAL
O sofrimento se
abate sobre o justo.
I. TRAGÉDIA DE
NATUREZA ECONÔMICA
1. O sucesso na
esfera comercial.
O autor sagrado já
havia sublinhado que Jó era “maior de todos os do Oriente” (Jó 1.3). O
respeito, a admiração, a riqueza e a prosperidade do homem de Uz contribuíram
para a construção dessa imagem. O autor já havia destacado a riqueza e a
prosperidade de Jó, medidas pela grande quantidade de animais e servos a
serviço dele. O comércio e a atividade do campo eram suas principais
atividades. Devido à sua grande riqueza, não são poucos os autores que igualam
Jó a grandes industriais e empresários contemporâneos. Enquanto as ovelhas
proporcionavam lã para a produção têxtil, por outro lado os camelos e jumentas
estavam a serviço do transporte de cargas. Dessa forma, Jó se destacava no
Oriente como um homem de negócios.
2. O sucesso na
esfera do campo.
A atividade do
campo era, sem dúvida, o principal negócio de Jó. O fato de que ele tinha
tantas juntas de bois a seu serviço demonstra que ele era um agricultor que
possuía uma grande extensão de terras, e não um nômade como alguns autores
supõem. Estudiosos destacam o fato de que a palavra
hebraica ’abuddah , encontrada somente em Jó e em Gênesis 26.14, é
uma referência direta à lavoura e ao cultivo da terra. Os bois, e da mesma
forma as ovelhas, ofereciam a proteína animal. As ovelhas, juntamente com as
jumentas, alimentavam a produção de laticínios. Isso fazia de Jó um verdadeiro
empreendedor no sentido moderno do termo.
3. O ataque do
Diabo na esfera comercial.
Satanás atingiu o
centro das atividades comerciais do patriarca. O Adversário procurou retirar
aquilo que, graças ao trabalho duro, Jó havia conquistado. Assim, destruiu os
animais e o pessoal a serviço dele, desestabilizando-o financeiramente. Seu
negócio foi à bancarrota. Sem animais de carga, o transporte estava
prejudicado.
4. O ataque do
Diabo na esfera do campo.
Da mesma forma que
atingiu os negócios de Jó na esfera comercial, Satanás o atingiu também na
esfera do campo. Destruindo a sua fonte de produção de proteínas e laticínios,
o Diabo atingiu em cheio toda a fonte de sua riqueza. Era preciso muito
equilíbrio para não se desesperar diante de um quadro tão sombrio.
Aqui é necessário
fazer uma ponderação. Evidentemente que nem sempre o empreendimento de alguém
quebra por investidura de uma ação maligna direta; muitas vezes é apenas um mau
gerenciamento ou até mesmo consequência de uma crise de mercado. Todavia, no
caso de Jó, foi uma ação maligna e em muitos casos hoje também o é.
SÍNTESE DO TÓPICO
(I)
A tragédia de
natureza econômica atingiu Jó tanto na esfera comercial quanto na esfera do
campo.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO—PEDAGÓGICO
Como
introdução a esta lição, sugerimos que você faça um breve resumo para a classe
a respeito dos aspectos gerais do sofrimento de Jó, como físico, social,
emocional e espiritual. Para isso, considere este pequeno fragmento textual: “O
sofrimento de Jó era multifacetado. Era físico, social, emocional e espiritual.
Estava em dor e tormento (13.25; 16.6; 30.17) e tinha grandes dificuldades
( ’amal , ‘tristeza’, ‘desgraça’, 3.10; palavra também usada em 4.8;
5.6,7; 11.16; 15.35). No âmbito físico, teve insônia (7.4), perdera peso
(16.8), ficou com os olhos vermelhos e olheiras profundas (v.16), emagreceu
(17.7; 19.20), tinha calafrios (21.6), dores nos ossos (30.17), a pele
enegrecera e descascara (vv.28,30), tinha febre (v.30) e furúnculos que coçavam
(2.7). Socialmente, as pessoas o rejeitaram. Zombavam e escarneciam (12.4;
16.10; 17.2,6), e até as crianças debochavam dele (30.1,9-11). Por isso, não
tinha alegria (9.25; 30.31). Na sua angústia e amargura (7.11; 10.1), sentia
que estava na escuridão (19.8; 30.26) e em desespero (6.14,20). Todos os amigos
e parentes o abandonaram (19.17-29). Diante de Deus, Jó estava espiritualmente
sem esperança (14.13; 19.10). Deus estava parado e aparentemente desinteressado
em Jó (19.7; 30.20), embora o sofredor clamasse por ajuda (30.24,28)” (ZUCK,
Roy B. Teologia do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2018,
p.300).
II. TRAGÉDIA DE
NATUREZA FAMILIAR
1. Filhos.
A tragédia que se
abateu sobre Jó foi de fato catastrófica. Ele perdeu em um só dia seus
dez filhos de forma calamitosa — sete filhos e três filhas. O texto sagrado
diz: “Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu
irmão primogênito, eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu
nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram” (vv.18,19).
Não haveria nada mais trágico do que esse acontecimento. Perder um filho é calamitoso,
mas perder todos de forma inexplicável é nefasto.
2. Esposa.
A frase “Amaldiçoa
a Deus e morre” (Jó 2.9), atribuída à esposa de Jó, é uma das mais chocantes do
livro. Talvez por isso seja objeto de várias explicações. Muitos autores tentam
suavizá-la quando a interpretam como sendo uma ironia feita pela esposa de Jó.
Nesse caso ela, de fato, estaria dizendo: “Você continua aí com essa sua fé
enquanto tudo desmorona à sua volta. Por que tudo isso? Deixe de lutar por isso
e aceite a morte”.
Outros procuram
atribuir um sentido ao texto o qual ele não tem. Para estes, a esposa de Jó não
estava mandando amaldiçoar a Deus, mas orientando Jó a louvá-lo e morrer em
paz. No entanto, as evidências do texto depõem contra esse entendimento. A
reação de Jó, ao dizer que sua esposa falava como qualquer louca, confirma esse
fato.
3. O fato.
Um vento forte
soprou sobre a família de Jó, devastando-a. Ainda hoje, “fortes ventos”
continuam a “soprar” em famílias inteiras. O resultado desses “ventos” é a
degradação familiar, divórcios, drogas etc. A exemplo de Jó, o crente deve se
refugiar em Deus. É preciso que a família abra a Bíblia em casa e busque o
Senhor em estudo e devoção.
SÍNTESE DO TÓPICO
(II)
Jó perdeu dez
filhos em um só dia e sua esposa instou-lhe a abandonar a fé em Deus.
SUBSÍDIO
BÍBLICO—TEOLÓGICO
“Seus
bens mais queridos e mais valiosos era os seus dez filhos; e, para concluir a
tragédia, uma notícia lhe foi trazida ao mesmo tempo de que eles estavam mortos
e enterrados em meio às ruínas da casa na qual festejavam, junto com os criados
que os serviam, exceto um que veio rapidamente com essa notícia (vv.18,19).
Esta foi a maior das perdas de Jó, e que o atingiu mais de perto: e por isso o
Diabo a reservou para o final, para que se outras contrariedades falhassem,
esta pudesse fazê-lo amaldiçoar a Deus. Nossos filhos são partes de nós mesmos;
é muito difícil separar-nos deles, e isso fere um bom homem de maneira mais
profunda possível. Mas separar-se de todos eles de uma vez, e o fato de estarem
todos mortos, sim, aqueles que haviam sido por tantos anos a sua preocupação e
a sua esperança, era algo que o atingia realmente no âmago do seu ser” (HENRY,
Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Jó a Cantares de
Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.10).
III. TRAGÉDIA DE
NATUREZA FÍSICA E PSICOLÓGICA
1. O Diabo toca na
saúde de Jó.
Depois que o Diabo
viu o seu plano fracassar, pois o patriarca não sucumbiu à tentação, mesmo diante
da dizimação de seus bens e familiares, o Adversário agora tem a permissão
divina para tocar na saúde de Jó. Essa nova prova é um drama muito distinto na
literatura do Antigo Testamento. Ela dará a tônica ao restante do livro.
2. Saúde física.
O texto sagrado diz
que o Diabo “feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto
da cabeça.” (Jó 2.6,7). Tratava-se de uma doença extremamente maligna, capaz de
provocar um grande sofrimento em Jó, a ponto de este sentar-se nas cinzas e
pegar um caco de barro para com ele raspar as feridas. Essa era uma prática que
o homem antigo adotava quando se via acometido de uma grande desgraça. Ele ia
para o monte de cinzas (hb. mazbala ), um local considerado imundo,
onde os inválidos e dementes costumavam ficar. Ali ele esperava a morte entre
cães, insetos e aves de rapina. Trágico!
3. Saúde mental.
Não há dúvida que,
além do sofrimento físico, Jó também experimentou o sofrimento psicológico.
Embora não haja nada no texto que nos permita dizer que ele entrou em
depressão, não há como negar que Jó passou por uma grande tensão psicológica.
Há vários textos no corpo do livro que permite fazer essa dedução, mas já no
início da sua fala é possível perceber esse fato (Jó 3.1-14). Ainda que mantivesse
sua fidelidade a Deus, o patriarca amaldiçoou o dia de seu nascimento, não
vendo mais razão para que fosse celebrado. Só debaixo de forte pressão
psicológica é que pessoas chegam a tal ponto.
SÍNTESE DO TÓPICO
(III)
Além de perder bens
e familiares, a tragédia atingiu a saúde física e mental de Jó.
SUBSÍDIO
BÍBLICO—TEOLÓGICO
“[…] Foi o
patriarca constrangido a suportar as dores mais terríveis e os piores
desconfortos a que um ser humano jamais fora submetido. Entretanto, reteve a
sua integridade. Muitos são os servos de Deus que estão a sofrer as mais
terríveis enfermidades. Uns, à semelhança de Ezequias, enfrentam um tumor
maligno que, pouco a pouco, vão lhes consumindo as forças e o que lhes resta
das humanas feições. Outros, como Lázaro da história narrada pelo Senhor Jesus,
jazem cobertos de uma chaga que os tornam repulsivos, embora espiritualmente
sejam os mais puros dos homens. Outros, ainda, tal como o jovem Timóteo,
veem-se às voltas com uma doença no estômago que os fustiga com forte ânsias”
(ANDRADE, Claudionor de. Jó: O problema do sofrimento do justo e o
seu propósito. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.85).
CONCLUSÃO
Nesta lição
vimos o drama de Jó, que foi provado de uma forma dura no seu trabalho, família
e saúde. Somente um homem com uma fé inabalável mantém sua lucidez diante de
tantas catástrofes. Somente o Senhor pode manter o fiel de pé diante de
calamidades dessa natureza. O Diabo chegou ao ponto máximo de pressão contra
Jó, mas não conseguiu executar o seu intento. O patriarca permaneceu de pé
diante da provação.
VOCABULÁRIO
Eufemismo: Palavra,
locução ou acepção mais agradável, de que se lança mão para suavizar ou
minimizar o peso literal de outra palavra.
PARA REFLETIR
A respeito de
“O Drama de Jó”, responda:
Como eram medidas a
riqueza e prosperidade de Jó?
Eram medidas pela
grande quantidade de animais e servos a serviço de Jó.
Qual era o
principal negócio de Jó?
A atividade do
campo era, sem dúvida, o principal negócio de Jó.
Jó perdeu
quantos filhos em um só dia?
Dez filhos.
Após tocar
nos bens e na família de Jó, em qual área o Diabo tem permissão para tocar?
O Adversário tem a
permissão divina para tocar na saúde de Jó.
Segundo a
lição, qual sofrimento Jó experimentou além do físico?
Não há dúvida, que
além do sofrimento físico, Jó também experimentou o sofrimento psicológico.
SUBSÍDIOS ENSINADOR
CRISTÃO
O DRAMA DE JÓ
Não há nada
semelhante ao que foi descrito no Livro de Jó. Trata-se de uma calamidade de
proporções inimagináveis sobre o indivíduo. De um homem rico e admirável, Jó
tornou-se pobre; de uma família sólida, a uma família dizimada; de homem
saudável, a um homem gravemente enfermo. Toda a vida de Jó foi mergulhada num
mar de calamidades sem precedentes.
Resumo da lição
Objetivo geral
desta lição é mostrar o drama de Jó e, ao mesmo tempo, sua fidelidade a Deus.
Três são os objetivos específicos na lição a fim de atingir o objetivo geral.
O primeiro, revelar
de que forma as tragédias que se abateram sobre Jó atingiram seus bens. Para
isso, o primeiro tópico descreverá o sucesso de Jó na esfera comercial,
mostrando o quanto ele era bem-sucedido nessa esfera. Também mostrará o sucesso
do patriarca na esfera do campo, o número de animais e produção agrícola. Em
seguida, há a descrição da ação de Satanás na destruição de todas as riquezas
de Jó. O sofrimento acabara de bater às portas do homem de Uz.
O segundo objetivo
específico, explicar de que forma Jó teve sua família destroçada pelos ventos.
Para isso, o segundo tópico descreve a perda dos seus dez filhos. Um fato
catastrófico. Depois, o fato de a sua esposa, devastada pelos acontecimentos,
pedir que Jó desistisse da vida. O desespero e aflição predominavam no interior
daquela mulher.
O terceiro objetivo
específico, demonstrar de que forma Jó teve sua saúde física e mental abalada
pelos fatos que lhe sucederam. Razão pela qual o último tópico mostra o toque
do Diabo na saúde de Jó. O patriarca de Uz teve tanto sua saúde física quanto
mental atingida. O que fica claro que, diante do sofrimento, o ser humano
inteiro é atingido. Portanto, sim, o livro nos mostra que o sofrimento se abate
sobre o justo.
Aplicação
Ao final desta
lição, podemos fazer uma reflexão com a classe quanto à exposição de todo
cristão ao sofrimento. É importante mostrar aos alunos que os cristãos não
vivem numa espécie de “bolha”, em que nada desagradável acontece com eles.
Infelizmente, devido a população de teologias triunfalistas, muitos pensam que
o cristão não pode ter doenças no corpo, na alma ou prejuízos financeiros.
Nesse sentido, a Palavra de Deus esclarece quanto a realidade do cristão no
mundo.
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LIÇÕES BÍBLICAS
CPAD ADULTOS - 4º Trimestre de 2020
Título: A
fragilidade humana e a soberania divina — O sofrimento e a restauração de Jó -
Comentarista: José Gonçalves
Lição 5: O
lamento de Jó - Data: 01 de Novembro de 2020
TEXTO ÁUREO
“Porque antes do
meu pão vem o meu suspiro; e os meus gemidos se derramam como água” (Jó
3.24).
VERDADE PRÁTICA
O sofrimento pode
nos levar a situação de extrema angústia, mas não devemos perder a esperança no
agir de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Jó 3.1-4
Jó lamenta pelo dia de seu nascimento
Terça — Jó 3.5-7 Jó
prefere que o dia de seu nascimento seja marcado pelas “densas trevas”
Quarta — Jó 3.8-10
Que a luz não resplandecesse e ele não olhasse para o sofrimento
Quinta — Jó 3.11-15
Jó lamenta por não ter morrido no dia do seu nascimento
Sexta — Jó 3.16-22
Jó deseja ser como um “aborto oculto” e não ver a luz
Sábado — Jó 3.23-26
O que Jó temia, lhe sobreveio, o que ele receava lhe aconteceu
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE - Jó 3.1-26.
1 — Depois
disto, abriu Jó a boca e amaldiçoou o seu dia.
2 — E Jó,
falando, disse:
3 — Pereça o
dia em que nasci, e a noite em que se disse: Foi concebido um homem!
4
— Converta-se aquele dia em trevas; e Deus, lá de cima, não tenha cuidado
dele, nem resplandeça sobre ele a luz!
5
— Contaminem-no as trevas e a sombra da morte; habitem sobre ele nuvens;
negros vapores do dia o espantem!
6 — A
escuridão tome aquela noite, e não se goze entre os dias do ano, e não entre no
número dos meses!
7 — Ah! Que
solitária seja aquela noite e suave música não entre nela!
8
— Amaldiçoem-na aqueles que amaldiçoam o dia, que estão prontos para fazer
correr o seu pranto.
9
— Escureçam-se as estrelas do seu crepúsculo; que espere a luz, e não
venha; e não veja as pestanas dos olhos da alva!
10 — Porquanto
não fechou as portas do ventre, nem escondeu dos meus olhos a canseira.
11 — Por que
não morri eu desde a madre e, em saindo do ventre, não expirei?
12 — Por que
me receberam os joelhos? E por que os peitos, para que mamasse?
13 — Porque já
agora jazeria e repousaria; dormiria, e, então, haveria repouso para mim,
14 — com os
reis e conselheiros da terra que para si edificavam casas nos lugares
assolados,
15 — ou com os
príncipes que tinham ouro, que enchiam as suas casas de prata;
16 — ou, como
aborto oculto, não existiria; como os crianças que nunca viram o luz.
17 — Ali, os
maus cessam de perturbar; e, ali, repousam os cansados.
18 — Ali, os
presos juntamente repousam e não ouvem a voz do exator.
19 — Ali, está
o pequeno e o grande, e o servo fica livre de seu senhor.
20 — Por que
se dá luz ao miserável, e vida aos amargurados de ânimo,
21 — que
esperam o morte, e ela não vem; e cavam em procura dela mais do que de tesouros
ocultos;
22 — que de
alegria saltam, e exultam, achando a sepultura?
23 — Por que
se dá luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus o encobriu?
24 — Porque
antes do meu pão vem o meu suspiro; e os meus gemidos se derramam como água.
25 — Porque o
que eu temia me veio, e o que receava me aconteceu.
26 — Nunca
estive descansado, nem sosseguei, nem repousei, mas veio sobre mim a
perturbação.
HINOS SUGERIDOS
256, 271 e 578 da
Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Explicar que Jó era
humano e como tal tinha todo o direito de extravasar seus sentimentos, não
sendo recriminado por Deus por isso.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I.
Esclarecer que a angústia de Jó fez com que ele desejasse a morte como um
escape;
II. Aclarar o
desejo de Jó em ser como um abortivo;
III.
Pontuar que Jó representa os que, em situação desesperadora, não veem
nenhuma luz no fim do túnel.
INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
A lição desta
semana esclarece que Jó desejou intensamente a morte. Ao desejá-la, o patriarca
tem como objetivo dar fim ao ciclo de sofrimento que Satanás lhe impôs.
Constataremos nesta lição que, apesar de ele desejar morrer, não buscou o
suicídio. Nesse aspecto, a vida de Jó nos passa uma mensagem muito importante,
mostrando-nos que, mesmo diante do mais terrível sofrimento, o patriarca não
ousou entrar numa “jurisdição” que pertence somente a Deus. Ele, indiretamente,
nos transmite a importante mensagem de que o único que pode decidir acerca do
início e do fim da vida é o Deus Altíssimo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição anterior
vimos de perto o drama vivido por Jó. Uma série de calamidades se abateu sobre
ele de forma catastrófica. Do estado de riqueza e prosperidade, Jó passou a
viver na adversidade; seus amigos foram para consolá-lo, mas ficaram sem
palavras ao contemplarem seu debilitado estado de saúde. Entretanto, depois de
sete dias, ele rompeu o silêncio com um lamento que veio do fundo da alma.
Nesse lamento Jó mirou o dia de seu nascimento e, através de três perguntas,
desabafou tudo o que sentia naquele momento: Por que nasci? Por que não nasci
morto? Por que ainda continuo vivendo?
Nesta lição veremos
a reação humana diante do sofrimento. Perceberemos que não há qualquer indício
de que Satanás tivesse alcançado êxito diante de Jó. Na perspectiva do patriarca,
se Deus era a causa de sua vida, deveria também ser a causa de sua morte, pois
se dEle vinha o bem, também deveria vir o mal.
PONTO CENTRAL
O lamento de Jó
revela toda sua dor como ser humano.
I. PRIMEIRO LAMENTO
DE JÓ: POR QUE NASCI? (3.1-10)
1. “Por que
nasci?”.
A dor de Jó era
profunda e somente a poesia podia expressar toda a carga emocional vivida por
ele. Nesse poema, os dez primeiros versículos do capítulo três são a respeito
do primeiro questionamento de Jó: Por que nasci? Esse questionamento sai do
íntimo de Jó, assim como ocorre com a alma do salmista (130.1). Da mesma forma,
o profeta Jeremias expôs os sentimentos diante de seus conflitos (Jr 20.14-18).
Nesse sentido, o patriarca não está sozinho em lamentar diante da dor.
2. Que em lugar da
memória viesse o esquecimento.
Neste momento de
dor, Jó não amaldiçoou a Deus, como Satanás previra; em vez disso, amaldiçoou o
dia de seu nascimento. No lugar de ser ocasião de grande celebração pelo dia do
nascimento de criança, Jó amaldiçoou esse dia por ocasião do grande sofrimento
e decepção. Para o homem de Uz, esse dia teria de ser apagado da memória. Não é
assim que muitas vezes nos sentimos? Um dia em que tudo foi mal e temos desejo
de nunca mais lembrá-lo.
3. Que em vez da
ordem viesse o caos.
Mencionamos o
desejo de Jó para que o dia de seu nascimento não tivesse entrado no calendário
e, que dessa forma, tanto esse dia como essa noite jamais tivessem existido. No
lugar da luz que raiou por ocasião do nascimento dele, e que revelou todo seu
sofrimento, o patriarca desejou que as trevas dominassem (vv.4-7). E por quê?
Porque em vez da paz veio a dor; em vez da ordem, o caos. Desse raciocínio, Jó
menciona a imagem do Leviatã. Este famoso e assombroso animal marinho
simbolizava o caos. O homem de Uz recorre a essa imagem para ilustrar o momento
tenebroso que estava vivendo. A lógica é simples: Se Deus não tivesse feito
aquele dia, ele não teria sido concebido e, portanto, não passaria por tudo
isso. Nesse sentido, o Novo Testamento revela como nosso Senhor é
misericordioso e nos trata com amor e ternura nos momentos de tribulação e
angústia, pois aos pés da cruz é o melhor lugar para derramar a nossa alma (cf.
Jo 11.32,33).
SÍNTESE DO TÓPICO
(I)
O primeiro lamento
de Jó revela seu desejo de esquecer o dia em que nasceu.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO—PEDAGÓGICO
Para introduzir
esta lição apresente os três pontos que formam seu eixo estrutural, ou seja, os
três lamentos de Jó: (1) Por que nasci? (2) Por que não nasci morto? (3) Por
que continuo vivo?
Mostre à classe que
essas três perguntas representam toda a angústia que se abateu sobre a alma de
Jó por meio dos eventos que marcaram sua tragédia familiar, econômica e
pessoal. Tais perguntas podem sinalizar o grau de estresse do patriarca, bem como
do ser humano, diante de um grande caos. Os lamentos de Jó são a expressão da
dor humana diante do sofrimento.
II. SEGUNDO LAMENTO
DE JÓ: POR QUE NÃO NASCI MORTO? (3.11-19)
1. Descansando em
paz.
Os intérpretes
observam que o discurso de Jó a partir do versículo onze muda de amaldiçoar
para reclamar. A partir desse versículo, Jó passa reclamar por não ter nascido
morto. Para ele nascer morto teria sido melhor do que existir naquelas
condições (vv.11-13). Era a melhor maneira de não passar por toda aquela
tribulação. Essas palavras de Jó revelam uma coisa: Ele queria descanso de todo
o seu sofrimento.
O que Jó pedia era
uma possibilidade real, pois muitos fetos nascem mortos (v.16). Para ele a
morte era uma forma de descansar em paz (vv.13-15).
2. Livre de
tributações.
O dilema de Jó
aumenta à medida que o seu sofrimento ganha intensidade. Ele continua com seu
argumento da “não-existência” (vv.16-19). Ele está convencido de que se não
tivesse se tornado um “ser”, nada disso estaria acontecendo. Ele desejava ter
sido como um “natimorto”, um feto que nunca viu a luz (v.16). A palavra
hebraica nephel , usada no versículo 16 como “natimorto”, possui o
sentido de “um aborto espontâneo” e é traduzido dessa forma em Eclesiastes 6.3
e Salmo 58.8. Aqui em nenhum momento Jó faz uma apologia ao aborto, mas usa-o
no sentido metafórico de “descanso do sofrimento”. No lugar de ter sido
abortado, ele nasceu e foi lançado no mundo da tribulação. O raciocino é claro:
Para os que morreram cessaram as angústias e tribulações da vida presente.
3. Uma realidade
para o cristão.
O Novo Testamento
nos ensina que enquanto estivermos neste mundo estaremos sujeitos à dor, ao
luto, ao sofrimento (Fp 4.11,12). Mas, ao mesmo tempo, temos uma promessa
consoladora de Jesus (Jo 16.33, cf. Fp 4.13).
SÍNTESE DO
TÓPICO (II)
O segundo lamento
de Jó revela o desejo de ter sido abortado.
SUBSÍDIO
BÍBLICO—PEDAGÓGICO
“Por não
haver a possibilidade de voltar atrás no tempo e cancelar os acontecimentos que
levaram ao seu nascimento, Jó volta-se para a fase seguinte do seu lamento: Por
que não morri eu desde a madre? (11). Muitos bebês nascem mortos; por que ele
não teve a sorte de um deles? Os joelhos da parteira e os peitos (12) da sua
mãe deveriam ter falhado em preservar a criança recém-nascida. Se a morte
tivesse sido o seu destino logo no início, então suas maiores esperanças teriam
sido alcançadas havia muito tempo - então, haveria repouso para mim (13). Entre
os versículos 14 e 19 há observações acerca do fato de que todos os homens são
iguais diante da morte. Os reis (14), os ricos (15), os maus (17) cessam de
perturbar, e, ali, repousam os cansados. Moffat interpreta o pensamento dos
lugares assolados (14) como ‘reis […] que constroem pirâmides para si mesmos’.
Os presos não são mais incomodados por aqueles que os oprimiam (18) e mesmo os
escravos estão livres de seu senhor (19). Em seu desespero, Jó pode apenas
esperar pelo alívio que a morte poderia lhe trazer” (CHAPMAN, Milo L.;
PURKISER, W. T.; WOLF, Earl C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó
a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.34).
III. TERCEIRO
LAMENTO DE JÓ: POR QUE CONTINUO VIVO? (3.20-26)
1. Vale a pena
viver?
Nessa terceira
seção do capítulo três Jó faz uma quarta pergunta (3.20): “Por que se dá luz ao
miserável, e vida aos amargurados de ânimo?”. As outras perguntas estão em
3.11; 3.12; 3.13. A palavra hebraica amel , traduzida aqui como
“miserável”, é usada no sentido de alguém cuja vida é atribulada pela miséria e
que, por isso, torna-se incapaz de exercer suas funções. Em outras palavras,
para Jó a vida havia se tornado intolerável.
2. Sem o favor de
Deus?
Jó novamente volta
a indagar: “Por que se dá luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus o
encobriu?” (Jó 3.23). A pergunta busca o significado do sentido de todo aquele
processo. Ela busca compreender o porquê de Deus permitir o sofrimento. Aqui há
um paralelo com Provérbios 4.18, onde é dito que “o caminho do justo é como a
luz da aurora que brilha mais e mais até ser dia perfeito”. Na literatura
sapiencial, a palavra hebraica traduzida como “caminho” é dereke se
refere ao caminho da sabedoria de Deus, que conduz a vida. Para o patriarca
esse fato havia se tornado um paradoxo, pois ele não sabia por que Deus
escolheu para ele o caminho do sofrimento.
3. Um caminho de
sabedoria e maturidade.
Muitas vezes
sentimo-nos iguais a Jó, desorientados, passando por uma via dolorosa do
sofrimento. E, como ele, não imaginamos nem compreendemos que Deus está agindo.
É preciso, porém, olhar para o alto onde Cristo vive (Cl 3.1-4). Nele, podemos
manter o equilíbrio e a confiança durante a tormenta e, assim, trilhar um
caminho de sabedoria e maturidade no sofrimento.
SÍNTESE DO TÓPICO
(III)
O terceiro lamento
de Jó revela a desistência da vida por causa do sofrimento.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Jó veio à luz; ele
foi trazido à vida (20); Jó estava perdido e Deus o encobriu (23). Tudo isso
ocorre contra sua vontade ou, pelo menos, sem que ele tenha alguma oportunidade
de escolha. Em sua miséria ele espera a morte. A morte seria como tesouros
ocultos a serem procurados ou algo de que ele poderia se alegrar sobremaneira
(21-22). Mas mesmo isso é negado a Jó; Moffat interpreta a primeira parte do
versículo 23: ‘Por que Deus dá à luz a um homem que está no fim de suas
forças?’. A miséria de Jó se tornou tão desmedida que seus gemidos (expressão
de agonia) se derramam como água (24) em uma corrente vasta e ininterrupta. A
sua vida tornou-se tão difícil que tudo que ele precisa fazer é temer por mais
agonia, e isso, de fato, acontece (25). O sofrimento de Jó não tinha fim. Ele
não teve qualquer oportunidade para experimentar descanso, sossego e repouso.
Veio sobre mim a perturbação (26) pode ser traduzido apropriadamente como: ‘A
perturbação vem continuamente’” (CHAPMAN, Milo L; PURKISER, W. T.; WOLF, Earl
C. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Jó a Cantares de Salomão. Rio
de Janeiro: CPAD, 2014, p.34).
CONCLUSÃO
Nesta lição vimos o
dilema de Jó. Desconhecendo a razão das adversidades que se abateram sobre ele,
o patriarca não negou a Deus nem o amaldiçoou. Todavia, ele expôs toda a sua
humanidade, de forma que o leitor que apenas o contempla sem, contudo,
participar de seu drama, tem dificuldade de entender seu lamento,
principalmente, quando ele se dirige a Deus. É o lamento de um corpo ferido e
de uma alma, que mesmo amando a Deus, se derrama angustiada.
PARA REFLETIR
A respeito de “O
Lamento de Jó”, responda:
Os dez primeiros
versículos do capítulo três dizem a respeito de quê?
Os dez primeiros
versículos do capítulo três são a respeito do primeiro questionamento de Jó:
Por que nasci?
O que Jó
amaldiçoou? E por quê?
No lugar de ser
ocasião de grande celebração pelo dia do nascimento de criança, Jó amaldiçoou
esse dia por ocasião do grande sofrimento e decepção.
Qual foi a
observação dos intérpretes sobre o discurso de Jó a partir do versículo onze?
Os intérpretes
observam que o discurso de Jó a partir do versículo onze muda de amaldiçoar
para reclamar.
Em que sentido a
palavra “miserável” é usada?
É usada no sentido
de alguém cuja vida é atribulada pela miséria e que, por isso, torna-se incapaz
de exercer suas funções.
Qual é o
significado da palavra “caminho”?
Refere-se ao
caminho da sabedoria de Deus que conduz a vida.
SUBSÍDIOS ENSINADOR
CRISTÃO
O LAMENTO DE JÓ
É falta de fé
lamentar diante de uma calamidade? Perder a alegria da vida diante de uma
tragédia? Será que conseguimos manter a aparência de piedade, como se fôssemos
intocáveis diante de uma catástrofe, em todos os momentos? Estamos diante de
uma lição em que um homem — temente a Deus, santo, piedoso, íntegro, um justo —
perdeu o desejo pela vida. Há, porém, uma grande diferença entre pedir para
morrer e desejar o suicídio. Jó não desejou o suicídio, mas que Deus, o autor
da vida, colocasse um fim naquele sofrimento. Isso é uma distinção importante
que pode e deve ser feita em sua classe.
Resumo da lição
O nosso objetivo
geral é explicar aos alunos que Jó era humano e como tal tinha todo o direito
de extravasar seus sentimentos, não sendo recriminado por Deus por isso. Para
alcançar o objetivo geral temos de alcançar três objetivos específicos de
acordo com cada tópico.
O primeiro objetivo
específico da lição é esclarecer que a angústia de Jó fez com que ele desejasse
a morte como um escape. Por isso o primeiro tópico trabalha o capítulo 3.1-10,
destacando a pergunta: “Porque nasci?”. Essa pergunta representa o desejo de Jó
em esquecer o dia de seu nascimento, pois se não tivesse existido esse dia,
consequentemente, todo esse sofrimento não aconteceria. Com essa pergunta Jó
expressa a dor humana.
O segundo objetivo
específico da lição a ser alcançado é aclarar o desejo de Jó em ser como um
abortivo. Para realçar esse ponto o segundo tópico põe em foco o capítulo
3.11-19 com a seguinte pergunta: “Porque não nasci morto?”. Para o patriarca
nascer morto, como um aborto, seria muito melhor do que viver naquelas
circunstâncias. Essa pergunta representa o desejo de descanso diante da dor
humana, o desejo de se ver livre de tal tribulação.
O terceiro objetivo
a ser alcançado é pontuar que Jó representa os que, em situação desesperadora,
não veem nenhuma luz no fim do túnel. Para isso, o terceiro tópico apresenta o
capítulo 3.20-26 com a seguinte pergunta: “Por que continuo vivo?”. Essa pergunta
mostra que não vale a pena viver sem o favor de Deus.
As três perguntas
desenvolvidas nos três tópicos desta lição constituem nos três lamentos de Jó.
Aplicação
Externalizar a dor
humana não significa ausência de fé. Nosso Senhor externalizou a própria dor
diante da dor de outras pessoas. Ele mesmo chorou (Jo 11.35).
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA NA ÍNTEGRA
Lição 10, Quando Os
Pais Sepultam Seus Filhos
TEXTO ÁUREO
Em tudo somos
atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos,
mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos [...].” (2 Co 4.8,9)
VERDADE PRÁTICA
Não devemos ser
indiferentes à morte inesperada, mas também não podemos nos desesperar como
quem não tem esperança.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE - Jó 1.13,16-19
13 – E sucedeu um
dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu
irmão primogênito,
16 – Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu,
e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para te trazer
a nova.
17 – Estando ainda este falando, veio outro e disse: Ordenando os caldeus três
bandos, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da
espada; e só eu escapei, par te trazer a nova.
18 – Ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tua filhas
comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,
19 – eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro
cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para
te trazer a nova.
INTRODUÇÃO
O patriarca Jó era um homem próspero, tinha uma família feliz e desfrutava
de razoável segurança. Sua esposa era mulher dedicada à sua casa e tudo parecia
dentro da normalidade, até que a tragédia familiar se abateu sobre a sua casa.
Nesta lição, estudaremos a respeito da morte dos filhos de Jó e como a família
do patriarca passou por essa tragédia. Veremos que a experiência de os pais
sepultarem os filhos talvez seja o experiência mais dolorosa da vida humana e,
ao mesmo tempo, como podemos encontrar na Bíblia, a Palavra de Deus, consolo
diante desse quadro.
I – A FAMÍLIA DE JÓ
1- Quem era Jó?
O patriarca
Jó nasceu no Norte da Arábia, na terra de Uz. As pesquisas dizem que ele viveu
numa época anterior a de Moisés, antes mesmo de Abraão, entre os séculos 25 e
28 a.C. Naquele tempo, a longevidade humana era maior que a atual, o que explica
a sobrevida de 140 anos do patriarca (Jó 42.16).
Mais
especificamente, ele nasceu depois do dilúvio (Jó 22.16) e tornou-se um homem
rico e próspero (Jó 1.3; 42.12). Seu caráter santo foi testemunhado pelo
próprio Deus: homem sincero, reto, justo, temente a Deus e, por isso, “se
desviava do mal” (Jó 1.8).
2- A esposa de Jó
Tudo o que se sabe
a respeito da esposa de Jó é o que está registrado no capítulo 2 do livro. Ela
ganhou a fama de uma mulher insana e ambiciosa por causa da perda de todos os
bens materiais e dos filhos que foram mortos por uma tragédia. Ainda, Jó foi
vítima de feridas purulentas, das quais ela teve repugnância. Todavia, fazia o
seu papel de esposa, não abandonando o patriarca. Indiscutivelmente, a esposa
de Jó foi perdendo a paciência diante da provação do seu esposo. Seu desespero
afetou sua fé, a ponto de levá-la a declarar para o seu marido: amaldiçoa a
Deus e morre (Jó 2.9). Ela teve 10 filhos com Jó, e como não se deixou
influenciar pela proposta desesperada de sua esposa, o patriarca suportou tudo
até que Deus virasse a sua sorte e transformasse o mal em bênção.
3- Os filhos de Jó
Jó estava
atento ao modo de viver de seus filhos. Estes tinham uma rotina social de
banquetes, muita comida e bebida. A Bíblia mostra que o pai apresentava
sacrifícios a Deus por seus filhos, e orava por eles todos os dias, ou seja,
havia zelo e cuidado do patriarca para o bem-estar espiritual de seus filhos
(Jó 1.4,5).
II – LIDANDO COM A MORTE DENTRO DA FAMÍLIA
1- Jó e sua esposa foram surpreendidos pela morte dos filhos
Os versículos 18 e
19 relatam o momento em que a notícia da morte de seus filhos chega à casa de
Jó. Quando tudo parecia normal, a morte os surpreendeu. Todos os seus filhos
morreram. Deus não nos criou para morrer, mas a morte é uma maldição advinda do
Pecado e só o Senhor Jesus foi capaz de cravar essa maldição no lenho de sua
cruz no Calvário (1 Co 15.55,56). Assim, todos ficamos perplexos diante da
morte e, principalmente, quando envolve alguém próximo a nós. Por isso, a
Palavra de Deus nos mostra que devemos estar conscientes quanto à realidade da
morte. Não temos domínio nenhum sobre ela. Entretanto, a nossa confiança está
em Cristo e, por causa de sua ressurreição, podemos afirmar que a morte não nos
reterá na sepultura, mas servirá de meio para adentrar à vida eterna com o
nosso Salvador (Jo 5.24).
2- Razões para a tristeza do luto de Jó e de sua mulher
De certo modo, Jó
tinha uma família feliz (Jó 1.1-5). Nesse contexto, Satanás desafiou a
fidelidade dele e o atacou frontalmente com a morte de seus filhos (1.13-18;
2.1-6). A Bíblia não fala do sepultamento dos filhos de Jó, mas certamente ele
aconteceu. É importante ressaltar que uma perda como essa traz uma tristeza
imensa. A Palavra de Deus diz que há tempo para tudo: Há tempo de sorrir e há
tempo de chorar (Ec 3.4). A tristeza e o choro passaram a fazer parte da
família de Jó, outrora feliz e próspera.
3- Fidelidade ao Senhor em meio à dor
O capítulo 1 de Jó
mostra a reação do patriarca diante da notícia trágica da morte de seus filhos:
Jó rasgou o manto, rapou a cabeça, lançou-se em terra e adorou ao Senhor (Jó
1.20). Isso mesmo: Jó adorou a Deus. Aqui, ele iniciou o processo de aceitação
do ocorrido diante do Senhor da vida. Essa passagem bíblica nos mostra que a
dor da perda não passa, mas o processo de aceitação torna o luto mais digno.
Por isso, o patriarca pôde dizer em atitude de adoração: “Nu saí do ventre de
minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito
seja o nome do Senhor” (Jó 1.21). Ainda, o texto bíblico diz que Jó em tudo não
pecou nem atribuiu a Deus falta alguma (Jó 1.22).
III – OS CRISTÃOS E O LUTO
1- Não culpe a Deus
Não é muito difícil
de, nos momentos de perdas inesperadas, o ser humano se desesperar e passar a
blasfemar contra Deus. Não é isso que aprendemos com Jó (cf. Jó 1.21,22). O
antigo patriarca nos ensina a viver a confiança em Deus mesmo no momento
delicado da morte inesperada de um ente querido. Nem sempre saberemos o motivo
da morte de uma pessoa amada ou de um determinado sofrimento. Há mistérios na
vida que não conseguimos desvendar na Terra (Dt 29.29). O próprio livro de Jó
não revela por que os seres humanos sofrem. O que o livro nos ensina e encoraja
é suportar o sofrimento com paciência, achando-se fiel nos caminhos do Senhor
diante do processo de um sofrimento imerecido. Haverá um dia que tudo estará
patente diante de nossos olhos (1 Co 13.12).
2- Vivendo o luto
Com o patriarca Jó,
aprendemos que o crente em Jesus não deve ser indiferente ao luto, pois,
psicologicamente, isso não é saudável. Como seres humanos, devemos manifestar
as emoções próprias de um momento de luto, tais como: o choro, o silêncio, a
compenetração. Diante da dor da família de Lázaro, nosso Senhor agitou-se no
espírito, comoveu-se e chorou (Jo 11.35 - NAA). É preciso levar em conta que o
período do luto dura em média seis meses. Se após esse período, a pessoa não
consegue voltar às atividades normais é preciso buscar ajuda especializada.”
3- Mantenha a esperança
Vimos que é
saudável manifestar emoções próprias do período de luto, mas também é verdade
que o crente não deve se desesperar como quem não tem esperança (1 Ts 4.13). É
preciso levar em conta que o período do luto dura em média seis meses. Se após
esse período, a pessoa não consegue voltar às atividades normais é preciso
buscar ajuda especializada, pois isso não é saudável. Esse cuidado é coerente
com a fé cristã que proclama a esperança de vida porque nosso Senhor
ressuscitou no terceiro dia, vencendo a morte. Portanto, a Palavra de Deus traz
consolo e conforto para a alma enlutada (2 Co 1.3-5). Um dia, brevemente,
estaremos para sempre com a pessoa querida que partiu em Cristo (1 Ts 4.14-18).
CONCLUSÃO
Sem dúvida, a morte é uma experiência muito dolorosa para o ser humano. A
de um filho, então, tem uma sobrecarga psicológica imensa. A dimensão da dor da
perda de um pai e de uma mãe é incalculável. Por isso, é importante que levemos
em conta esta declaração do salmista: “Ainda que a minha carne e o meu coração
desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre”
(Sl 73.26 - NAA). No processo do luto, não devemos culpar a Deus, mas manter
firme a nossa esperança nEle. O Senhor Jesus venceu a morte e ressuscitou ao
terceiro dia. Essa é uma verdade consoladora e, ao mesmo tempo, esperançosa.
Portanto, nesse momento, é tempo de confiar em Deus.